Campo Elétrico Estacionário

14/06/2023, 08:35 Campo elétrico estacionário
Campo elétrico estacionário

Prof. Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
Descrição
Estudo da determinação na eletrostática de potenciais elétricos de distribuições discretas e contínuas e da capacitância de algumas configurações.
Aplicação das equações de Laplace e Poisson. Apresentação de materiais condutores e dielétricos.
Propósito
O conhecimento dos fenômenos físicos relacionados ao campo elétrico estacionário, bem como dos cálculos de campos, potenciais e
capacitâncias, são necessários para o estudo do eletromagnetismo, base de diversas disciplinas na área da Engenharia.
Preparação
Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
Objetivos
Módulo 1
Energia potencial e potencial elétrico

Aplicar cálculos para a determinação de potenciais e energia potencial de distribuições de cargas na eletrostática.
Módulo 2
Condutores, dielétricos e capacitância
https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212en/03676/index.html# 1/45
Reconhecer condutores, dielétricos e cálculos da determinação de capacitâncias.
Módulo 3
As equações de Poisson e de Laplace

Aplicar as equações de Laplace e de Poisson na determinação de distribuições de potenciais e campos elétricos.
meeting_room
Introdução
Antes de começar, confira os principais pontos que serão abordados neste conteúdo. Vamos lá!
Orientação sobre unidade de medida
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro
estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você
devem seguir o padrão internacional de separação dos números e das unidades.
1 - Energia potencial e potencial elétrico

Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar cálculos para a determinação de potenciais e energia potencial de
distribuições de cargas na eletrostática.
Vamos começar?
video_library
Energia e potencial elétrico
Confira os principais pontos que serão abordados sobre este assunto.
Carga elétrica e campo elétrico

A observação de que objetos, ao serem atritados, adquiriam a propriedade de atrair ou repelir outros corpos remonta à Grécia Antiga. A essa
capacidade de atração ou repulsão foi dado nome de carga elétrica. Posteriormente, verificou-se que essa carga estava relacionada à constituição
atômica da matéria, isto é, à diferença entre a quantidade de prótons e elétrons existentes.
Quando o número de prótons é maior que o de elétrons, o corpo apresenta uma carga elétrica positiva. Quando o número de elétrons é superior ao
de prótons, ele adquire uma carga elétrica negativa.
Corpos que apresentam o mesmo número de elétrons e de prótons são eletricamente neutros e não possuem cargas elétricas. Os que possuem
tais cargas são denominados corpos eletrizados.
Quando eletrizado, um corpo gera ao redor de si uma “influência” chamada de campo elétrico. Quanto maior o valor
da carga elétrica, maior será o valor do campo elétrico gerado.
Qualquer objeto carregado eletricamente que se encontre dentro de uma região que possua um campo elétrico sofrerá a influência desse campo.
Essa influência é sentida pelo aparecimento de uma força elétrica que age no objeto. Por isso, um corpo eletrizado atrai ou repele outro corpo
eletrizado, pois o campo elétrico gerado pelo primeiro age sobre o segundo, gerando uma força elétrica.
→
A relação entre a força elétrica gerada por um campo elétrico é dada por F = qE,→ em que q é a carga elétrica do objeto que está recebendo a
→ o campo elétrico que existe na região.
influência e E,
Uma analogia pode ser feita com o campo gravitacional. Qualquer objeto que possua massa gera ao redor de si uma influência denominada campo
gravitacional.
Quando outro objeto que também possui massa entra na região de influência do primeiro, sofre o efeito do campo gravitacional.
Sentido por meio de uma força gravitacional, tal efeito é proporcional ao campo gravitacional existente e à massa do corpo que recebe a influência.
A força de atração e repulsão entre dois objetos pontuais eletrizados foi medida pelo físico francês Charles Coulomb (1736-1806). Trata-se de um
processo conhecido como Lei de Coulomb: o módulo da força elétrica entre dois objetos é diretamente proporcional às cargas elétricas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre os corpos.
Assim:
1 q1 q2
F el = N
2
4πϵ d
Rotacione a tela. screen_rotation

Em que:
ϵ é a permissividade elétrica do meio;
q1 e q2 , as cargas elétricas dos dois objetos; e
d , a distância entre eles.
No vácuo, o valor da permissividade elétrica vale ficando a constante de proporção

−12
(ϵ 0 ) 8, 8510 [ F/m],
2
1 9
Nm
= 9 × 10 [ ].
2
4πϵ 0 C
A direção da força elétrica será da linha que une os dois objetos, enquanto o sentido dependerá do sinal das duas cargas. Se elas tiverem o mesmo
sinal, o sentido será de repulsão; se tiverem sinais diferentes, ele será de atração.
Observe a imagem a seguir:
Forças elétricas entre duas cargas pontuais.
Usando a relação entre campo elétrico e força elétrica, assim como a Lei de Coulomb, pode-se obter a intensidade do campo elétrico produzido por
uma carga pontual:
1 q
E = N/C
2
4πϵ d

Em que:
q é a carga elétrica do objeto que gera o campo;
ϵ, a permissividade elétrica do meio; e
d , a distância até a carga geradora.
A direção do campo elétrico será a direção radial. Se a carga geradora do campo for positiva, o campo terá o sentido de afastamento; se ela for
negativa, o sentido de aproximação.
Campo elétrico gerado por cargas pontuais.
A unidade de medida do campo elétrico será N/C ou V/m.
Um campo elétrico será considerado um campo elétrico estático ou campo eletrostático quando for produzido por cargas elétricas estáticas, isto é,
nem o valor da carga elétrica nem a posição espacial delas mudam com o tempo.
Resumindo
As cargas elétricas são constantes, e sua posição relativa não varia.
Energia potencial elétrica

O conceito de energia potencial não é novo. Nos estudos da Física, ele é sempre associado à energia potencial em um campo físico dito
conservativo.
Nos campos conservativos, garantimos o princípio da conservação de energia em um sistema isolado, associando um valor de energia potencial a
cada ponto do sistema.
onservativo
Campo conservativo é aquele em que o trabalho executado para levar um objeto de um ponto a outro independe do caminho percorrido, dependendo
apenas do ponto inicial ao ponto final.
Outro campo conservativo que você já estudou na Física foi o da força elástica de uma mola.
Acontece que o campo eletrostático também é um conservativo; com isso, o fenômeno associado à eletrostática também pode ser descrito por
meio da energia potencial associada.
Exemplo
Ao colocarmos duas cargas pontuais positivas próximas entre si, vemos que uma vai gerar um campo elétrico, o qual, por sua vez, produzirá uma
força elétrica de repulsão na outra. Se colocarmos as cargas nos pontos e soltá-las, a força de repulsão fará com que elas adquiram velocidade e se
afastem uma da outra até o infinito.
Podemos analisar esse fenômeno da seguinte forma: as cargas possuíam uma energia potencial elétrica armazenada pela existência do campo
elétrico na região. Além disso, por estarem paradas, elas não possuíam energia cinética. Ao soltá-las, a energia potencial elétrica foi se convertendo
em energia cinética, o que conferia uma velocidade às cargas enquanto elas se afastavam.
Calculemos essa energia potencial do sistema formado por duas cargas pontuais. Para isso, vamos fixar uma das cargas q1 e deixar a carga q2 livre
para se movimentar.
Dica
Não se esqueça de que a energia é dada pela variação do trabalho realizado pela força – que, nesse caso, é a força elétrica. Desse modo, a energia
potencial elétrica será dada pelo trabalho que essa força executar para levar a carga, que está livre, do ponto inicial até o infinito. A energia será
medida em Joules (J).
A energia potencial elétrica que uma carga q2 possui ao estar a uma distância r0 de outra carga q1 é:
E p = ΔW = ∫
→ →
F el ⋅ dr = ∫
1 q1 q2
dr =
q1 q2
∫
1
dr
2 2
4πϵ r 4πϵ r

Resolvendo a integral, temos:
∞
q1 q2 1 q1 q2 q1 q2
Ep = [− ] = −0 + = J
4πϵ r 4πϵr 0 4πϵr 0
r0

Lembre-se de que, no infinito (r = ∞), não existe mais a influência do campo, pois a distância será infinita; assim, o campo será nulo. Por
conta disso, considera-se que, no infinito, a energia potencial elétrica será nula para um campo gerado por uma carga pontual.
Se as cargas tiverem o mesmo sinal, a energia potencial elétrica será positiva. Dessa forma, a carga q2 sofrerá uma repulsão. Com o seu
deslocamento, o valor de r aumentará; consequentemente, o valor da energia potencial vai diminuir até o infinito.
Resumindo
A energia potencial armazenada será totalmente convertida em energia cinética no infinito, em que a carga atingirá sua velocidade máxima.
Se as cargas tiverem sinais contrários, a energia potencial elétrica será negativa. Dessa forma, a carga q2 sofrerá uma atração. Com o
deslocamento, o valor de r diminuirá. Consequentemente, a energia potencial ficará cada vez mais negativa, diminuindo o seu valor, mas
aumentando a sua velocidade (energia cinética) até eles se chocarem.
Exemplo 1
Uma carga de – 5C está fixa no vácuo. Outra carga de – 10C é colocada em um ponto a 1m de distância da primeira. Determine a energia potencial
elétrica armazenada no sistema e a velocidade que a carga terá no infinito, considerando uma massa de 9g.
Solução - exemplo 1 expand_more
Vamos avançar em nosso estudo!
Potencial elétrico
O conceito de energia potencial estudado no tópico anterior depende do valor das duas cargas envolvidas no fenômeno. Será interessante criar um
ente físico associado à energia potencial que dependa apenas da carga geradora do campo elétrico denominada carga fonte. Esse ente será o
potencial elétrico.
Definiremos o potencial elétrico φ em um ponto como a energia potencial elétrica do ponto dividida pela carga elétrica. A unidade do potencial é
J/C, que, por sua vez, é chamada de Volts (V).
Usando a fórmula da energia potencial e dividindo pela carga de prova colocada no ponto, será possível obter o potencial elétrico gerado por uma
carga pontual q1 a uma distância r0 dela:
Ep q1
φ = = V
q2 4π ∈ r 0
Dica
Repare que potencial elétrico é uma grandeza escalar e não vetorial, tendo apenas módulo.
Também é possível interpretar o potencial como o trabalho realizado pelo campo elétrico no deslocamento da partícula de prova do ponto dado até
o infinito. Veja:
∞ ∞ ∞
φ = ∫
→ →
E ⋅ dr = ∫
q1
dr =
q1
∫
1
dr ∣
2 2
r0 r0
4πϵr 4πϵ r0
r
∞
q1 1 q1
φ = [− ] = V
4πϵ r 4πϵr 0
r0

Observe que se obteve a mesma fórmula.
Nas fórmulas dispostas acima, consideramos como referência o potencial zero no infinito.
Veja mais exemplos para melhor compreensão do assunto:
Exemplo 2
Vamos determinar o potencial elétrico gerado por uma carga puntiforme de 10C em um ponto localizado a 2m e em outro a 1m da carga fonte. As
cargas estão no vácuo. Considere como referencial o potencial zero no infinito.
Exemplo 3
Aqui vamos determinar o potencial elétrico gerado por uma carga pontual de 10C em um ponto localizado a 1m dela e que esteja no vácuo.
Considere que o potencial elétrico a uma distância de 2m da carga fonte seja de
9
5 ⋅ 10 V.
Compare os dois exemplos resolvidos. O exemplo 2 tinha a referência o potencial igual a zero no infinito e o exemplo 3, o potencial igual a
em um ponto localizado a da fonte. Apesar da mudança de referencial, a diferença de potencial entre o ponto 1 e o ponto 2
9
5 ⋅ 10 V 1 m
não se alterou, ficando em Isso mostra que a diferença de potenciais entre os pontos não depende da referência escolhida.
9
45 ⋅ 10 V.
Retomemos a relação entre diferença de potencial e campo elétrico:
r2
φ2 − φ1 = − ∫
→
E ⋅ dr →
r1
Considere a carga fonte positiva; assim, o campo elétrico gerado será um campo de afastamento. Vamos considerar o ponto 1 mais próximo da
carga fonte e o ponto 2 mais afastado.
r2
Dessa forma, o campo elétrico aponta do ponto 1 para o 2, enquanto a integral de linha no deslocamento de 1 para 2, isto é, ∫
→
E. dr, → é
r1
positiva. Com isso, vemos que φ2 < φ1 .
Veja que o valor do potencial elétrico vai diminuindo conforme nos afastamos da carga, ou seja, diminui no sentido
do campo elétrico.
Vamos repetir o mesmo raciocínio para uma carga fonte negativa. O campo elétrico gerado será de aproximação, considerando o ponto 1 mais
próximo da carga fonte e o 2, mais afastado.
r2
Dessa maneira, o campo elétrico aponta do ponto 2 para o ponto 1. Já a integral de linha no deslocamento de 1 para 2, ou seja, ∫
→ →
E. dr, é
r1
negativa. Com isso, vemos que φ2 > φ1 .
Para esse caso, então, o valor do potencial diminui conforme nos aproximamos da carga, ficando cada vez mais negativo. Repare que o
comportamento foi mantido, com o potencial elétrico diminuindo no sentido do campo elétrico. Dessa forma, podemos concluir que o campo
elétrico gerado sempre apontará do maior para o menor potencial elétrico.
Comentário
As fórmulas vistas neste tópico nos permitem obter o potencial se conhecermos o campo elétrico. A seguir, veremos como se consegue obter esse
campo conhecendo o potencial.
Relação entre potencial elétrico e campo elétrico

Recapitulando, verificamos que:
φ − φ ref = − ∫ → →
E ⋅ dr
r ref

Sabemos ainda que:
φ − φ ref = ∫ dφ
r ref

A derivada direcional em determinada direção poderia ser obtida por:
dφ
= ∇φ ⋅ û r
dr

Em que ∇φ é o operador gradiente da função φ e û r , o vetor unitário da direção desejada.
Assim:
dφ = ∇φ. û r dr = ∇φ. dr →

Substituindo, temos:
r r
φ − φ ref = ∫ dφ = ∫ ∇φ ⋅ dr →
r ref r ref

Com isso, obtemos:
r r r
φ − φ ref = ∫ →
∇φ ⋅ dr = − ∫ →
E ⋅ dr = ∫→ → →
(−E) ⋅ dr
r ref r ref r ref

Comparando as duas integrais de linha, temos o seguinte:
→
E = −∇φ

Obtendo o valor do potencial elétrico, será possível obter o campo elétrico aplicando o valor do gradiente do potencial elétrico e multiplicando por
menos um.
Vejamos a fórmula do gradiente:
Coordenadas cartesianas
∂φ ∂φ ∂φ
∇φ = x
^ + y
^+ z
^
∂x ∂y ∂z
Coordenadas cilíndricas
∂φ 1 ∂φ ∂φ
^
∇φ = ρ
^+ ϕ + z
^
∂ρ ρ ∂ϕ ∂z
Coordenadas esféricas
∂φ 1 ∂φ 1 ∂φ
^+ ^ ^
∇φ = r θ + ϕ
∂r r ∂θ r sen θ ∂ϕ
Vamos a mais exemplos!
Exemplo 4
Determine o valor do campo elétrico gerado por uma carga pontual em um ponto a uma distância r da carga fonte. Sabe-se que o potencial
q
elétrico no ponto vale φ = k em que k é uma constante.
′
r
Exemplo 5
Determine o valor do campo elétrico gerado por um anel de carga de raio b em um ponto no eixo do anel a uma altura H do centro. Sabe-se que o
k
potencial elétrico, nesse ponto, vale φ = , em que k é uma constante.
√z 2 + b 2
Até o momento, trabalhamos com carga pontual. No entanto, vamos obter a seguir os potenciais elétricos de distribuições de carga mais
complexas.
Potencial elétrico de uma distribuição de carga

Estudada até aqui, a carga pontual constitui a base para se determinar o potencial elétrico de qualquer distribuição de carga. Toda distribuição de
carga discreta ou contínua pode ser analisada como um conjunto de cargas pontuais. Tendo isso em vista, podemos usar o princípio da
superposição para o cálculo do potencial elétrico.
O princípio da superposição atesta que o potencial elétrico gerado por uma distribuição de cargas é dado pela soma dos potenciais elétricos
individualmente gerados por cada carga.
No caso de uma distribuição discreta, temos um conjunto de cargas pontuais.
Dessa forma, o potencial elétrico resultante será dado por:
n
1 qi
φ = ∑
4πϵ ri
i=1

Em que: qi é o valor de cada carga elétrica individual e ri, a distância do ponto à carga.
Exemplo 6
Em uma região do vácuo, uma carga elétrica de 5C se encontra na origem do sistema de coordenadas, enquanto outra carga de −5C está
na posição (x, y, z) = (4, 0, 0). Determine o potencial elétrico resultante em um ponto localizado na coordenada (x, y, z) = (0, 3, 0)
Vejamos mais um exemplo com base no anterior!
Exemplo 7
Vamos determinar o valor do trabalho para se trazer uma carga de 1C do infinito até o ponto P para a distribuição de carga do exemplo anterior.
A seguir, confira como se dá o cálculo do potencial elétrico de uma distribuição de carga.
Cálculo de potencial elétrico de uma distribuição de carga

Obtivemos, antes, a fórmula para a determinação do potencial elétrico de qualquer distribuição de carga contínua. É óbvio que, quanto mais
complexa for a geometria da distribuição, mais difícil será obter o potencial.
Agora apresentaremos um exemplo de uma distribuição de carga na forma de um anel.
Exemplo 8
Determine o potencial gerado por um anel de carga de raio a e com densidade de carga superficial ρ, em um ponto no eixo central do anel e a uma
distância H do centro do anel.
Agora que você chegou até aqui, verifique seus conhecimentos através das questões propostas.
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Duas cargas pontuais Q1 = 2C e Q2 = – 2C se encontram a uma distância no vácuo. Marque a alternativa correta em relação ao fenômeno
eletrostático gerado pelas cargas.
A A carga Q1 gera um campo elétrico de afastamento e repele a carga Q2.
B A carga Q1 gera um campo elétrico de aproximação e atrai a carga Q2.
C A carga Q2 gera um campo elétrico de afastamento e repele a carga Q2.
D A carga Q2 gera um campo elétrico de aproximação e atrai a carga Q1.
E A carga Q2 gera um campo elétrico de afastamento e atrai a carga Q1.
Parabéns! A alternativa D está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20carga%20Q%3Csub%3E1%3C%2Fsub%3E%2C%20por%20ser%20positiva%2C%20gera%20um%20campo%20el%C3%A9trico%20de
Questão 2
Uma carga de 10C se encontra fixa no vácuo. Outra carga de 10C foi colocada em um ponto a 2m da primeira. Determine a velocidade que a
carga que está livre terá no infinito após ser repelida pela primeira. A carga livre tem massa de 100g.
6
m
A 3 ⋅ 10
s
6
m
B 4 ⋅ 10
s
6
m
C 5 ⋅ 10
s
6
m
D 6 ⋅ 10
s
E
6
7 ⋅ 10 m/s
Parabéns! A alternativa A está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%2
paragraph%20u-text--medium%20c-table%20u-centered%20my-
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20E_%7BP%7D%3D%5Cfrac%7Bq_%7B1%7D%20q_%7B2%
paragraph%20u-text--
medium'%3EQuando%20a%20carga%20for%20solta%2C%20toda%20a%20energia%20potencial%20ser%C3%A1%20convertida%20em%20cin%C3%A9
4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7D%0A%20%20%20%20%20
3%7D%7D%3D9%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Ccdot%2010%5E%7B12%7D%20%20%5C%5C%
Questão 3
Uma região no vácuo apresenta um campo elétrico gerado por uma carga pontual de 20C. Determine a diferença de potencial entre o ponto A,
que está a 2m da carga, e o ponto B, que se encontra a 4m.
A
9
15 ⋅ 10 V
B
9
45 ⋅ 10 V
C
9
65 ⋅ 10 V
D
9
85 ⋅ 10 V
E
9
95 ⋅ 10 V
Parabéns! A alternativa B está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EDevemos%20usar%20esta%20f%C3%B3rmula%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
%5Cvarphi_%7BB%7D%3D%5Cfrac%7Bq%7D%7B4%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%5Cleft(%5Cfrac%7B1%7D%7Br_%7B2%7D%7D-
%5Cfrac%7B1%7D%7Br_%7B1%7D%7D%5Cright)%20%5C%5C%5C%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
%5Cvarphi_%7BB%7D%3D%5Cfrac%7B20%7D%7B4%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%5Cleft(%5Cfrac%7B1%7D%7B2%7D-
%5Cfrac%7B1%7D%7B4%7D%5Cright)%3D%5Cfrac%7B1%7D%7B4%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%20%5Cfrac%7B20%7D%7B4%7D%3D9%2
Questão 4
Indique o valor do campo elétrico gerado por um anel de carga de raio 4m em um ponto no eixo do anel a uma altura a 8m do centro. Sabe-se
9
5 ⋅ 10
que o potencial elétrico gerado pelo anel em seu eixo central vale φ = , em que z é a distância medida em metros ao centro do
2
√z + 16
anel.
9
10 V
^
A Z
√ 100 m
3
9
10 V
B z
^
√ 200 m
3
9
40 ⋅ 10 V
C z
^
8
√ 200 m
9
40 ⋅ 10 V
^
D Z
3
√ 100 m
9
80 ⋅ 10 V
^
E Z
3
√ 100 m

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%2
paragraph%20u-text--medium'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Baligned%7D%0A%20%20%20%20%20%20
5%20%5Ccdot%2010%5E%7B9%7D%20%5Cfrac%7B1%7D%7B2%7D%20%5Cfrac%7B2%20z%7D%7B%5Csqrt%5B3%5D%7Bz%5E%7B2%7D%2B16%7D%
%5Cnabla%20%5Cvarphi%3D%5Cfrac%7B5%20%5Ccdot%2010%5E%7B9%7D%20z%7D%7B%5Csqrt%5B3%5D%7Bz%5E%7B2%7D%2B16%7D%7D%20%
medium'%3EComo%20desejamos%20encontrar%20o%20campo%20a%20uma%20dist%C3%A2ncia%20z%20%3D%208m%20do%20centro%20do%20a
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cvec%7BE%7D%3D%5Cfrac%7B5%20%5Ccdot%2010
Questão 5
Duas cargas elétricas de 10C e – 10C de um dipolo elétrico no vácuo estão respectivamente posicionadas sobre o eixo z de um sistema de
coordenadas nas posições 4m e – 4m. Calcule o potencial elétrico em um ponto P localizado em 3m, no eixo y.
1
A V
2πϵ 0
1
B − V
2πϵ 0
1
C V
πϵ 0
1
D − V
πϵ 0
E OV
Parabéns! A alternativa E está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAs%20cargas%20est%C3%A3o%20dispostas%20como%20na%20figura%20a%20seguir%3A%3C%2Fp%3E%0A%0A%20%20%20%20%20
image%20src%3D%22img%2Fimg_07e.jpg%22%20alt%3D%22%22%20title%3D%22Jorge%20Lu%C3%ADs%20R.%20P.%20de%20Cerqueira.%22%20loa
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medium'%3ETanto%20r%3Csub%3E1%3C%2Fsub%3E%20quanto%20r%3Csub%3E2%3C%2Fsub%3E%20podem%20ser%20obtidos%20por%20meio%2
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10%7D%7B5%7D%3D-
%5Cfrac%7B1%7D%7B2%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%20%5Cmathrm%7B~V%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3EPortanto%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%
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Questão 6
Determine o potencial gerado por uma linha de carga de comprimento 2a com densidade linear de carga uniforme ρ em um ponto no centro da
linha e a uma distância d dessa linha.
ρ √d 2 + a 2 + a
A φ = ln ( )
4πϵ d
ρ √d 2 + a 2 − a
B φ = ln ( )
2πϵ d
ρ √d 2 + a 2 + a
C φ = ln ( )
2πϵ d
2 2
ρ √d + a a
D φ = ln ( )
4πϵ d
ρ √d 2 + a 2 + a
E φ = ln ( )
2πϵ d + a
Parabéns! A alternativa C está correta.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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center'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cdiv%20class%3D'col-12%20col-md-
12%20col-lg-12'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cyduqs-
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note_alt_black
Teoria na prática
Uma carga negativa de é satélite a uma carga positiva de A órbita é circular com raio de Determine a
−19 −19
−2 ⋅ 10 C 4 ⋅ 10 C. 2μm.
energia necessária para desfazer essa ligação iônica, ou seja, a energia necessária para fazer com que a distância das cargas seja infinita em
repouso. O nome dessa energia é energia de ionização.
Mostrar solução expand_more
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
No vácuo, quatro cargas elétricas se encontram nos quatros vértices de um quadrado de √ 2m de lado. As cargas apresentam valores de
1C, 2C, 2C e – 1C. Determine o potencial elétrico gerado por essa distribuição de carga no centro do quadrado. Considere como referencial o
potencial zero no infinito.
A
9
72 ⋅ 10 V
B
9
45 ⋅ 10 V
9
C 36 ⋅ 10 V
9
D 18. 10 V
9
E 9 ⋅ 10 V

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
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4'%3E%24%24%20%5Cvarphi%3D%5Cvarphi_%7B1%7D%2B%5Cvarphi_%7B2%7D%2B%5Cvarphi_%7B3%7D%2B%5Cvarphi_%7B4%7D%0A%20%20%20
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4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cvarphi_%7Bi%7D%3D%5Cfrac%7Bq_%7
medium'%3ETodas%20as%20cargas%20possuem%20a%20mesma%20dist%C3%A2ncia%20do%20centro.%20Tal%20valor%20ser%C3%A1%20a%20m
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9%20%5Ccdot%2010%5E%7B9%7D%20%5Cmathrm%7B~V%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
medium'%3EAssim%3A%3C%2Fp%3E%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%2
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Questão 2
Calcule o valor do campo elétrico gerado por uma carga pontual em um ponto a uma distância de 10m da carga fonte usando a relação entre o
10
10
campo elétrico e o gradiente do potencial elétrico. Sabe-se que o potencial elétrico no ponto vale φ = V, em que r é a distância da
r
carga medida em metros.
V
A 2. 10
6
^
r
m
V
B 10
8
^
r
m
V
C 2. 10
8
^
r
m
V
D 4 ⋅ 10
10
^
r
m
V
E 8 ⋅ 10
12
^
r
m

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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10%5E%7B10%7D%20%5Cfrac%7B1%7D%7Br%5E%7B2%7D%7D%20%5Chat%7Br%7D%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
%5Cnabla%20%5Cvarphi%3D%5Cfrac%7B10%5E%7B10%7D%7D%7Br%5E%7B2%7D%7D%20%5Chat%7Br%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%2
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2 - Condutores, dielétricos e capacitância

Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer condutores, dielétricos e cálculos da determinação de capacitâncias..
Vamos começar?
video_library
Condutores, dieléticos e capacitância
Condutores
Condutores são materiais que permitem a condução de uma carga elétrica quando eles estão sujeitos à influência de um campo elétrico externo.
São exemplos de bons condutores o cobre, o alumínio e a prata.
A característica de um condutor é ter elétrons livres em sua estrutura. Uma vez aplicado, o campo elétrico age sobre os elétrons livres, fazendo com
que eles entrem em movimento. O movimento dos elétrons é denominado corrente elétrica.
Mas o que acontece com um condutor carregado?
Um condutor será considerado neutro quando estiver eletricamente descarregado. Isso significa apresentar o mesmo número de
elétrons que de prótons. Quando o número de elétrons (carga negativa) é diferente do de prótons (carga positiva) em um condutor,
considera-se que ele esteja carregado.
Um condutor carregado apresenta um número de cargas elétricas excedentes. Tais cargas criam campos elétricos internos que agem
nas demais cargas livres, fazendo com que elas se repilam mutuamente.
Essas cargas livres vão se movimentar até alcançar a superfície do condutor. Quando alcançam a superfície, significa que o condutor
alcançou o equilíbrio eletroestático. O condutor carregado, portanto, não terá no seu interior uma densidade volumétrica de carga,
porém terá na sua superfície uma densidade superficial de carga.
Entenda melhor nos exemplos que vêm por aí!
Exemplo 1
Um condutor esférico de raio r0 é carregado com uma carga Q0. As cargas elétricas Q0 estão na superfície do condutor esférico. Desse modo, a
densidade de carga em seu interior será nula.
Resumindo
Não há uma densidade volumétrica de cargas. Porém, na superfície, a densidade superficial de carga será dada por:
q Q0 2
ρS = = C/m
2
Area 4πr
0
Essa densidade superficial de carga gera um campo elétrico imediatamente exterior ao condutor que será perpendicular à superfície e proporcional
à distribuição das cargas da superfície.
As cargas excedentes dos condutores se acumulam em maior quantidade próximo de suas extremidades, criando campos elétricos maiores nesses
pontos. Esse efeito é denominado de poder das pontas. Uma utilização prática do poder das pontas é o uso das hastes pontiagudas, por exemplo, a
do para-raios.
Por não ter cargas excedentes no interior de um condutor em equilíbrio eletrostático, o campo elétrico será nulo no interior. Pois:
electric_bolt
Como não existe campo elétrico, não há uma diferença de potencial entre os pontos.
electric_bolt arrow_forward
Assim, o valor do potencial elétrico dentro do condutor é sempre constante.
Exemplo 2
Aqui vamos determinar a distribuição do campo elétrico e do potencial elétrico gerado pela esfera condutora de raio r0 com carga Q0 quando
colocada no ar.
Vamos avançar falando de isolantes, também chamados de dielétricos.
Dielétricos
Dielétricos ou isolantes são materiais que, uma vez aplicados em um campo elétrico externo, as cargas elétricas não se movimentarão. Nesses
materiais, os elétrons estão bastantes ligados aos seus núcleos. São exemplos de isolantes o vidro, o quartzo e a borracha.
As cargas excedentes em um dielétrico não se deslocam pelo material. Dessa forma, um dielétrico carregado tem uma densidade de carga em seu
interior diferente do condutor.
Exemplo 3
Um dielétrico esférico de raio r0 está carregado com uma carga Q0 uniformemente distribuída. As cargas elétricas Q0 estão no interior do dielétrico
espalhadas pelo seu volume, tendo, portanto, uma densidade volumétrica de carga.
Como a distribuição é uniforme, a densidade volumétrica de carga será dada por:
q Q0 3
ρV = = C/m
Volume 4
3
πr
0
3

Repare que, quando a distribuição é uniforme, o valor de ρV V é constante.
Por não haver cargas livres, a força do campo elétrico apenas alonga e orienta as moléculas, formando dipolos
elétricos. Serão dipolos, pois as cargas negativas ficarão de um lado das moléculas e as positivas, de outro,
polarizadas pelo campo elétrico externo. Tais cargas são denominadas cargas de polarização.
A criação dos dipolos dentro do material isolante cria campos elétricos internos; gerados pelas cargas de polarização, eles são contrários ao campo
elétrico externo, que age no material, diminuindo o efeito desse campo externo. Essa redução do efeito eletrostático é medida graças à
caracterização da permissividade elétrica do material (ϵ).
Enquanto no vácuo se considera que a permissividade elétrica seja ϵ0 , nos demais materiais ela é definida uma permissividade elétrica relativa
(ϵ R ). A permissividade relativa é a grandeza que, multiplicada pela permissividade elétrica do vácuo, determina a permissividade do material.
ϵ = ϵR ϵ0

Quanto maior a permissividade relativa, mais isolante será o material e maior a polarização que ele sofre quando sujeito a um campo elétrico.
Exemplo 4
Sabemos que o campo gerado por uma carga puntiforme no ar vale:
q
E0 =
2
4πϵ 0 r

Se essa carga for colocada na água, que possui ϵ R = 81, o campo gerado será:
q q q 1 q 1
E água = = = = = E0
2 2 2 2
4πϵr 4πϵ R ϵ 0 r 4π ⋅ 81 ⋅ ϵ 0 r 81 4πϵ 0 r 81

Veja, portanto, que o campo gerado pela carga puntiforme polariza as cargas da água ao seu redor, provocando um campo contrário. Isso faz com
que o campo na região fique reduzido em relação ao campo elétrico no vácuo.
Podemos calcular o módulo do campo de polarização (P) gerado pelas cargas de polarização da água:
1 80 80 q
P = E 0 − E água = E 0 − E0 = E0 =
2
81 81 81 4πϵ 0 r

Conseguimos escrever esse campo na seguinte forma:
(ϵ R − 1) q q (ϵ − ϵ 0 )
P = =
2 2
ϵR 4πϵ 0 r 4πϵr

Comparando a fórmula de P com E0, calcularemos a carga de polarização induzida no material:
q p = −q (ϵ − ϵ 0 )

O sinal de menos se justifica pelo fato de o campo de polarização ter sentido contrário em relação ao campo elétrico externo.
Comentário
A permissividade elétrica relativa do ar é quase um; assim, na maioria das vezes, dizemos que essa permissividade é igual à do vácuo.
Apesar de o isolante não permitir o deslocamento de cargas em seu interior, ao aumentarmos o valor do campo elétrico que age no isolante, ele, a
partir de certo valor, pode ser rompido, permitindo temporariamente o deslocamento de cargas.
O maior valor de campo elétrico que um isolante suporta é denominado rigidez dielétrica. Quanto maior a rigidez dielétrica de um meio, mais
isolante ele será.
Exemplo 5
Quando um campo elétrico no ar for maior que sua rigidez dielétrica, isto é, esse campo será rompido e se tornará
6
3 ⋅ 10 V/m,
temporariamente um condutor. Essa condução de elétrons formará os raios que vemos nas tempestades.
No próximo exemplo vamos determinar a distribuição de campo elétrico e de potencial elétrico para um dielétrico. Vamos lá!
Exemplo 6
Vamos calcular a distribuição do campo elétrico e do potencial elétrico gerado pela esfera dielétrica de raio r0 com permissividade elétrica ϵ e
carregada com uma distribuição volumétrica constante ρ0 . Essa esfera se localiza no ar.
Capacitância
Trata-se da propriedade de um dispositivo formado por dois condutores de armazenar carga elétrica.
Exemplo 7
Um sistema formado por dois corpos metálicos (condutores) imersos em um meio dielétrico é denominado capacitor.
Considere uma diferença de potencial Δφ entre os dois condutores. Essa diferença pode ser obtida ao se conectar cada um dos condutores aos
terminais de uma bateria.
A diferença de potencial fará com que os condutores fiquem carregados por cargas elétricas iguais de sinais contrários (Qe − Q). Ao serem
soltos, os condutores da bateria permanecem com as cargas elétricas Qe − Q.
Por isso, se diz que o capacitor tem a capacidade de armazenar cargas elétricas, possuindo, portanto, capacitância. Apesar de a carga total ao se
somar as duas placas ser nula, considera-se que o capacitor esteja armazenado com uma carga Q.
Saiba mais
Define-se a capacitância de um capacitor como a razão entre a carga armazenada e a diferença de potencial aplicado nas placas. Em outras
palavras, trata-se de uma medida da quantidade de carga que pode ser armazenada quando é aplicada determinada diferença de potencial.
Desse modo:
Q
C =
Δφ

A unidade da capacitância será C/V, que é chamado de Faraday [F]. Na prática, a capacitância dos capacitores usuais varia de até
−12
pF (10 F)
−6
μF (10 F).
Saiba mais
Os capacitores que possuem essa relação linear entre a carga e o potencial são denominados capacitores lineares. Há alguns que possuem uma
relação entre a carga e a tensão dependente do valor da tensão: são os chamados capacitores não lineares. Neste módulo, estudaremos apenas os
lineares.
Por definição, a capacitância é uma grandeza sempre positiva. Seu valor vai depender da geometria dos condutores envolvidos e do dielétrico no
qual eles estão imersos. Já a geometria significa o formato, o tamanho e o posicionamento dos condutores.
Para carregar as placas com carga elétrica, é necessário transferir as cargas de uma placa para a outra. No início, as placas estão descarregadas,
porém, conforme ocorre o deslocamento de uma carga dq, um campo elétrico que começa aparecer entre as placas precisa ser vencido. O trabalho
necessário para carregar as placas com a carga Q será a energia armazenada no capacitor.
Se lembrarmos que potencial é energia por unidade de carga, podemos dizer que o trabalho (energia) para se transferir uma carga dq será dado por:
dW = φdq

Em que φ é a diferença de potencial entre as placas, a qual, por sua vez, aumentará conforme deslocarmos mais carga.
2
q 1 Q
dW = φdq → w = ∫ φdq = ∫ dq =
C 2 C

Desse modo, a energia armazenada no capacitor será dada por:
2
1 Q 1 1
2
E = = Cφ = Qφ
2 C 2 2

Algumas conclusões podem ser tiradas em relação à capacitância de um capacitor:
check_box
Quanto maior a permissividade elétrica do dielétrico, maior será a capacitância do capacitor.
check_box
Quanto maior a área dos condutores (eletrodos), mais elevado será o valor da capacitância obtido.
check_box
Quanto menor a distância entre os condutores, maior será a capacitância do capacitor.
Cálculo de capacitância
Agora usaremos a definição dada anteriormente para determinarmos a capacitância de algumas configurações.
Confira alguns exemplos.
Exemplo 8
Vamos determinar a capacitância de um capacitor de placas paralelas. O capacitor de placas paralelas é um capacitor composto por duas grandes
placas paralelas de área A espaçadas por uma distância d. Já o dielétrico entre as placas possui permissividade elétrica ϵ.
Exemplo 9
Indique a capacitância de um capacitor esférico que consiste em dois condutores esféricos concêntricos. Um condutor interno tem raio a e o
condutor externo, raio b. Entre os condutores existe um dielétrico com permissividade ϵ.
Agora vejamos o último exemplo sobre capacitância.
Exemplo 10
Vamos calcular a capacitância de um cabo coaxial de comprimento L. Esse cabo é composto por dois condutores cilíndricos com raios internos a e
b, além de um dielétrico com permissividade elétrica ϵ.
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Marque a alternativa, que está corretamente relacionada: aos condutores, ou aos dielétricos perfeitos
A No condutor, as cargas elétricas livres entram em movimento quando sujeitas a um gradiente elétrico.
B No dielétrico, as cargas excedentes estão armazenadas na superfície.
C No dielétrico, as cargas elétricas serão polarizadas quando sujeitas a um campo elétrico.
D No condutor, em equilíbrio eletrostático, existem cargas elétricas no seu interior.
E No condutor, em equilíbrio eletrostático, as cargas elétricas se acumulam em maior quantidade no centro do condutor.

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAo%20se%20aplicar%20um%20campo%20el%C3%A9trico%2C%20as%20cargas%20livres%20entram%20em%20movimento%20no%20c
Questão 2
Um condutor esférico em equilíbrio eletrostático apresenta raio de 2m e uma carga excedente de 2C. Determine a densidade de carga
armazenada no condutor.
1 c
A
2
16π m
1 C
B
2
8π m
1 C
C
2
4π m
3 C
D
3
16π m
3 c
E
3
8π m

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3ECalculando%2C%20obtemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Crho_%7BS%7D%3D%5Cfrac%7Bq%7D%7B%5Ctext%
Questão 3
Considere a Terra e a atmosfera como um capacitor esférico, sendo o planeta uma esfera interior e a atmosfera, uma esfera exterior de raio de
4,8km. Calcule a capacitância obtida por esse capacitor considerando o raio da Terra como 6,4 103km.
A 0,95F
B 0,85F
C 0,75F
D 0,65F
E 0,55F

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EUsaremos%20a%20f%C3%B3rmula%20do%20capacitor%20esf%C3%A9rico%3A%3C%2Fp%3E%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20C%3D%5Cfrac%7B4%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B
a%7D%20F%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%2
medium'%3ERaio%20da%20esfera%20interna%3A%20a%20%3D%20RT%20%3D%206%2C4%20%24%24%5Ccdot%24%24%2010%3Csup%3E3%3C%2Fs
medium'%3ERaio%20da%20esfera%20externa%3A%20b%20%3D%20RT%20%2B%20h%20%3D%206%2C4%20%24%24%5Ccdot%24%24%2010%3Csup
medium'%3ECom%20isso%2C%20obtemos%20o%20seguinte%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%2
4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cbegin%7Bgathered%7D%0A%20%20%20%20%2
a%7D%3D%5Cfrac%7B4%20%5Cpi%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%7Bh%7D%20R_%7BT%7D%5Cleft(R_%7BT%7D%2Bh%5Cright)%20%5C%5C%5C%5C
Questão 4
Determine a energia armazenada em um capacitor do tipo cabo coaxial com comprimento de 8m. O capacitor possui um raio interno de 2m e
um externo de 4m. O dielétrico tem permissividade elétrica relativa ϵ R = 2. Sabe-se que a densidade de carga armazenada no cilindro
2 C
interior é de ρS =
2
.
π m
2 C
A ρS =
2
π m
ln 4
B 256 J
ϵ0
1
C 256 J
πϵ 0
ln 2
D 64 J
πϵ 0
ln 4
E 512 J
πϵ 0

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EUsaremos%20a%20f%C3%B3rmula%20do%20capacitor%20esf%C3%A9rico%3A%3C%2Fp%3E%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20
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4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20E%3D%5Cfrac%7B1%7D%7B2%7D%20%5Cfrac%7BQ%5
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medium'%3EAssim%2C%20obtemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%2
Questão 5
Considere uma coroa esférica dielétrica de raio interno r1 e externo r2 com permissividade elétrica ϵ. Localizada no ar, essa coroa está
carregada uniformemente com uma carga Q. Aponte a equação do campo elétrico para a região dentro da coroa esférica.
3 3
(r − r )
A →
E =
Q 1
^
r
2
4πϵ r
B
→
E =
Q 1
r
^
3 2
− r ) r
3
4πϵ (r
2 1
3 3
(r − r )
C →
E =
Q 1
r
^
2
4πϵ (r
3
− r )
3 r
2 1
3 3
(r − r )
D →
E =
Q 2 1
r
^
3 3
4πϵ (r − r ) r
1
E →
E = 0

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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Questão 6
Seja uma esfera condutora de raio r1 cercada por uma coroa esférica condutora, de raio interno r2 e externo r3, concêntrica com a esfera. A
esfera condutora é carregada com uma carga elétrica Q. A coroa esférica está carregada com uma carga elétrica 2Q. Determine a expressão do
potencial elétrico para uma distância menor do que r1. Considere potencial elétrico nulo no infinito.
Q 1 1 1
A ( + + )
2πϵ 0 r1 r2 r3
Q 1 1 1
B ( − + )
πϵ 0 r1 r2 r3
Q 1 1 3
C ( − − )
4πϵ 0 r1 r2 r3
Q 1 1 3
D ( + + )
4πϵ 0 r1 r2 r3
Q 1 1 3
E ( − + )
4πϵ 0 r1 r2 r3

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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note_alt_black
Teoria na prática
Vamos determinar a capacitância gerada por nuvens em torno da Terra modelando o planeta e a atmosfera como placas de um capacitor. Considere
que a camada de nuvens esteja em uma altura de 2km e que possua uma extensão de 1km2. Determine também a carga máxima que pode ser
armazenada na nuvem para não romper a rigidez dielétrica do ar.
Questão 1
Uma carga pontual de 2C é colocado dentro de um dielétrico com permissividade elétrica relativa de 50. Calcule o módulo do campo de
polarização a uma distância r da carga.
9 1
A
2
100πϵ 0 r
1 1
B
2
100πϵ 0 r
39 1
C
2
50πϵ 0 r
49 1
D 2
100πϵ 0 r
49 1
E 2
50πϵ 0 r

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3E%20O%20campo%20gerado%20por%20uma%20carga%20puntiforme%20no%20ar%20vale%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20E_%7B0%7D%3D%5Cfrac%7Bq%7D%7B4%20%5Cpi%20%
medium'%3ESe%20essa%20carga%20for%20colocada%20no%20isolante%2C%20que%20possui%20%24%24%20%5Cepsilon_%7BR%7D%3D50%20%2
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20E_%7B%5Ctext%20%7B%C3%A1gua%20%7D%7D%3D%5
medium'%3EO%20m%C3%B3dulo%20do%20campo%20de%20polariza%C3%A7%C3%A3o%20(P)%20gerado%20pelas%20cargas%20de%20polariza%C
4'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
E_%7B%5Ctext%20%7Bisolante%20%7D%7D%3DE_%7B0%7D-
%5Cfrac%7B1%7D%7B50%7D%20E_%7B0%7D%3D%5Cfrac%7B49%7D%7B50%7D%20E_%7B0%7D%3D%5Cfrac%7B49%7D%7B50%7D%20%5Cfrac%7B
Questão 2
Determine a energia armazenada em um capacitor de placas paralelas. As placas têm área de 1m2 e se encontram a uma distância de 10cm
c
entre si. O dielétrico é a ar. Já as placas estão carregadas com uma densidade superficial ρ S = 10 .
2
m
1
A J
ϵ0
2
B J
ϵ0
5
C J
ϵ0
15
D J
ϵ0
25
E J
ϵ0

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20f%C3%B3rmula%20do%20capacitor%20de%20placas%20paralelas%20%C3%A9%3A%3C%2Fp%3E%20%20%20%20%20%20%20%2
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2%7D%7D%3D10%20%5Cepsilon_%7B0%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%3C%2Fp%3E%0A
medium'%3EA%20energia%20armazenada%20vale%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
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medium'%3EDesse%20modo%2C%20obtemos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%
3 - As equações de Poisson e de Laplace

Ao final deste módulo, você será capaz de aplicar as equações de Laplace e de Poisson na determinação de distribuições de
potenciais e campos elétricos.
Vamos começar?
video_library
Equação de Poisson e Laplace
Lei de Gauss
Para definirmos as equações de Poisson e de Laplace, precisaremos partir de outras duas equações:
Lei de Gauss Elétrica (ou Lei de Gauss)

Relação entre o campo e o potencial elétrico
Já estudamos a relação entre campo elétrico e potencial elétrico. Dessa forma, só teremos de apresentar a Lei de Gauss. Muito importante na
eletrostática, essa lei descreve a relação entre o fluxo elétrico, por meio de uma superfície fechada, e a carga existente no interior dessa superfície.
Por intermédio de uma superfície fechada, o fluxo elétrico é calculado como:
ΦE = ∫
◯
∫ →
E ⋅ dS
→
Superf icie

A fonte geradora do fluxo elétrico é a carga elétrica. Quando é positiva, essa carga gera campo elétrico de afastamento, isto é, as linhas de campo
nascem (divergem) na carga. Quando ela é negativa, gera um campo elétrico de aproximação – em outras palavras, as linhas de campo terminam
(convergem) na carga.
Vamos partir do caso mais simples: uma carga elétrica pontual Q.
Já sabemos que o campo elétrico gerado é:
→
E =
1 Q
r
^
2
4πε r

Em que r é a distância até a carga.
Vamos envolver essa carga elétrica por uma esfera de raio r0 para calcular o fluxo por meio dessa esfera:
Carga elétrica pontual envolvida por uma esfera de raio ro.
O campo elétrico gerado pela carga pontual, por ter uma direção radial, será perpendicular à superfície da esfera. Sua intensidade, conforme pode
ser observado na fórmula, depende apenas da distância da carga. Desse modo, todos os pontos na casca da esfera terão o mesmo valor do campo
elétrico.
Assim:
→ → →
E ⋅ dS = |E||dS| cos 0 = E 0 dS =
1 Q
dS
4πϵ r 2
0
ΦE = ∫
◯ →
∫ E ⋅ dS =
→ ∫
◯
∫
1 Q
dS
2
4πϵ r
0
esf era esf era

Q Q
ΦB = ∫
◯
∫ dS = . Area esf era
2 2
4πϵr 4πϵr
0 0
esf era

Q Q
2
ΦE = ⋅ 4πr 0 =
2
4πϵr ϵ
0

Conseguimos provar que essa equação, determinada para uma carga pontual e uma esfera de raio r0, pode ser extrapolada para qualquer:
Distribuição de carga.
Superfície fechada que envolve essa distribuição.
Com isso, podemos concluir que o fluxo elétrico a atravessar qualquer superfície fechada vale a quantidade de carga elétrica no interior da
superfície dividida pela permissividade elétrica do meio (ϵ).
QT
ΦE =
ϵ

Tal equação é denominada Lei de Gauss. Na sua forma integral, ela é apresentada como:
ΦE = ∫
◯
∫
→
E ⋅ dS =
→ QT
ϵ
Superf icie

Entenda melhor no exemplo a seguir.
Exemplo 1
Utilizando a Lei de Gauss, vamos determinar o campo elétrico produzido por uma linha infinita de carga com densidade linear de carga ρL em um
ponto distante r da linha.
Vamos avançar em nosso estudo!
Laplaciano de um campo escalar

O gradiente de um campo escalar f é representado por ∇f , cujo resultado é um campo vetorial, enquanto o divergente de um campo vetorial
F→ é representado por →
∇. F , cujo resultado é um campo escalar.
Se combinarmos esses dois operadores diferenciais, teremos um novo operador diferencial aplicado a um campo escalar φ. Chamado de
Laplaciano, esse operador é representado por
2
∇ φ.
Assim:
2
∇ φ = ∇ ⋅ (∇φ)

Podemos então dizer que o Laplaciano de um campo escalar é o divergente do gradiente desse campo. Observe que, como a última operação
executada se trata de um divergente, o Laplaciano tem como resultado um campo escalar.
Com as fórmulas do gradiente e do divergente em todos os sistemas de coordenadas, pode-se obter as fórmulas do Laplaciano nos três sistemas
de coordenadas:
Coordenadas cartesianas
2 2 2
∂ φ ∂ φ ∂ φ
2
∇ φ = + +
2 2 2
∂x ∂y ∂z
Coordenadas cilíndricas
2 2
2
1 ∂ ∂φ 1 ∂ φ ∂ φ
∇ φ = (ρ ) + +
2 2 2
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂ϕ ∂z
Coordenadas esféricas
2
1 ∂ ∂φ 1 ∂ ∂φ 1 ∂ φ
2 2
∇ φ = (r ) + (sen θ ) +
2 2 2 2 2
r ∂r ∂r r sen θ ∂θ ∂θ r sen θ ∂ϕ
Vamos analisar um exemplo para fixarmos o conteúdo que acabamos de estudar:
Exemplo 2
3
Determine o Laplaciano do campo escalar em coordenadas cilíndricas:
3
φ = ρ + 2.
2
Equação de Poisson e de Laplace

Já deduzimos a equação da Lei de Gauss, veja:
∇ ⋅ E = → ρ

Da mesma forma, já estudamos a relação entre campo elétrico e potencial elétrico:
→
E = −∇φ

Se substituirmos a segunda equação na primeira, teremos o seguinte:
→
∇ ⋅ E = ∇ ⋅ (−∇φ) = −∇ ⋅ (∇φ) =
ρ

No entanto:
2
∇ ⋅ (∇φ) = ∇ φ

Desse modo, obtemos uma equação denominada equação de Poisson:
ρ
2
∇ φ = −
ϵ

Essa equação nos diz que o Laplaciano do potencial elétrico vale a densidade dividida pela permissividade elétrica do meio. Tal equação é utilizada
para obter a distribuição de potenciais em uma região que possui uma distribuição de cargas.
Quando estamos em um meio livre de cargas elétricas, isto é, ρ = 0, a equação de Poisson muda de nome. Chamada agora de equação de
Laplace, ela é representada por:
2
∇ φ = 0

A equação de Laplace tem a mesma utilidade da equação de Poisson: obter o valor dos potenciais elétricos em cada ponto de um meio, só que em
regiões onde não existe um distribuição de cargas.
Conforme veremos nos exemplos a serem resolvidos, além da utilização da equação de Poisson ou de Laplace para se obter a equação dos
potenciais elétricos, é preciso conhecer o valor dos potenciais ou do campo elétrico em alguns pontos dessa região. Tais condições são
denominadas condições de contorno do problema.
Como vamos resolver um Laplaciano composto por derivadas de segunda ordem, necessitaremos sempre de duas condições de contorno para a
solução do problema. Essas condições serão tiradas da geometria do problema e/ou do comportamento físico do potencial elétrico e do campo
elétrico.
Saiba mais
Em muitos casos práticos, as equações de Poisson e Laplace não podem ser resolvidas com o auxílio de um método analítico. Elas devem ser
resolvidas apenas por métodos numéricos ou iterativos. Este conteúdo, porém, não abordará tais métodos.
Cálculo da distribuição de potenciais elétricos e campo elétrico

Agora apresentaremos alguns exemplos de como obter a distribuição de potenciais elétricos e de campos elétricos.
Exemplo 3
Uma nuvem de carga cilíndrica de raio b apresenta uma densidade volumétrica de carga constante igual a λ. Essa nuvem está no ar. Determine a
distribuição de potencial elétrico e de campo elétrico dentro e fora da nuvem, considerando que só haverá variação do potencial com a distância ao
eixo do cilindro. Considere como referência que o potencial elétrico na casca dessa nuvem (ρ = b) seja nulo.
Solução - exemplo 3 (dentro da nuvem) expand_more
Solução - exemplo 3 (fora da nuvem) expand_more
Exemplo 4
Uma nuvem esférica de raio ro está uniformemente carregada com uma densidade volumétrica de carga igual a λ. Essa nuvem está no ar.
Determine a distribuição de potencial elétrico e de campo elétrico, considerando que só haverá variação do potencial com a distância ao centro da
esfera. Considere como referência que o potencial elétrico no infinito seja nulo.
Solução - exemplo 4 (fora da esfera) expand_more
Solução - exemplo 4 (interior da esfera) expand_more
library_add_check
Mão na massa
Questão 1
Determine o Laplaciano do seguinte campo escalar em coordenadas cartesianas:

2
φ = y − 20y + 15
A 8
B 6
C 4
D 2
E 1

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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20%20y%2B15%5Cright)%3D2%20x-
20%20%5C%5C%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cfrac%7B%5Cpartial%5E%7B2%7D%20%5Cvarphi%7
20)%3D2%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cend%7Bgathered%7D%0A%20%20%20%20%20%20%20%
medium'%3EDesse%20modo%2C%3C%2Fp%3E%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3
medium'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cnabla%5E%7B2%7D%20%5Cvarphi%3D2%0A
Questão 2
Determine o Laplaciano do seguinte campo escalar em coordenadas cilíndricas:

3 2
φ = ρ + 2ρ
A 9ρ − 88
B 9ρ + 8
C ρ + 88
D 9ρ − 6
E 3ρ − 15

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cnabla%5E%7B2%7D%20%5Cvarphi%3D%5Cfrac%7B1%7
Questão 3
Duas placas metálicas grandes e paralelas encontram-se no ar a uma distância de 2m uma da outra. Uma das placas, localizada em z =0,
possui potencial elétrico de 10V; a outra, potencial elétrico de 80V. Resolva a equação de Laplace e determine o valor do campo elétrico em um
ponto que está a 0,8m da primeira placa. Despreze o efeito das bordas das placas.
A 0V
B 15V
C – 15V
D 35V
E – 35V

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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medium'%3EEm%20que%20k%3Csub%3E1%3C%2Fsub%3E%20e%20k%3Csub%3E2%3C%2Fsub%3E%20s%C3%A3o%20n%C3%BAmeros%20reais.%3C
medium'%3ESubstituindo%20as%20condi%C3%A7%C3%B5es%20de%20contorno%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%20%20%5Cvarphi(z)%3D35%20z%2B10%20%5Ctext%20%7B%2
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4'%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
%5Cnabla%20%5Cvarphi%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cend%7Bgathered%7D%0A%20%20%20%20%20%2
medium'%3EComo%20potencial%20s%C3%B3%20depender%C3%A1%20da%20coordenada%20z%2C%20teremos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%
4'%3E%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
4'%3E%20%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cnabla%20%5Cvarphi%3D%5Cfrac%7B%5Cpartial%20%5
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cvec%7BE%7D%3D-
%5Cfrac%7B%5Cpartial%20%5Cvarphi%7D%7B%5Cpartial%20z%7D%3D-
%5Cfrac%7Bd%7D%7Bd%20z%7D(35%20z%2B10)%20%5Chat%7Bz%7D%3D-
35%20%5Chat%7Bz%7D%20%5Ctext%20%7B%20para%20%7D%200%26lt%3Bz%26lt%3B2%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%
Questão 4
Utilizando a Lei de Gauss, determine o campo elétrico produzido por um plano infinito de carga com densidade superficial de carga ρS em
um ponto a uma distância d do plano.
A →
E =
ρS
^
z
ϵ
B →
E =
ρS
^
Z
2dϵ
C →
E =
ρS
z
^
2ϵ
D →
E =
ρS
^
Z
4dϵ
E →
E =
ρS
^
Z
4ϵ

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPela%20simetria%20do%20problema%2C%20a%20melhor%20superf%C3%ADcie%20a%20ser%20escolhida%20%C3%A9%20um%20cili
section%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3C!--
%20Recurso%20Texto%20com%20imagem%20do%20lado%20direito%20-%20start%20--
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12%20col-md-
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0%22%3EVamos%20analisar%20inicialmente%20o%20campo%20gerado%20apenas%20por%20um%20peda%C3%A7o%20do%20plano%3A%20uma%
12%20col-md-
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21mu%20%5Cbigcirc%7D_%7B%5Ctext%20%7BBase%20Sup%20%7D%7D%20%5Cvec%7BE%7D%20%5Ccdot%20d%20%5Cvec%7BS%7D%2B%5Cmath
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21mu%20%5Cbigcirc%7D_%7B%5Ctext%20%7BBase%20Sup%20%7D%7D%20E%20d%20S%3DE%20%5Cmathop%7B%7B%5Cint%5C!%5C!%5C!%5C!%5
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21mu%20%5Cbigcirc%7D_%7B%5Ctext%20%7BBase%20Sup%20%7D%7D%20%5Cvec%7BE%7D%20%5Ccdot%20d%20%5Cvec%7BS%7D%2B%5Cmath
21mu%20%5Cbigcirc%7D_%7B%5Ctext%20%7BBase%20Inf%20%7D%7D%20%5Cvec%7BE%7D%20%5Ccdot%20d%20%5Cvec%7BS%7D%3D2%20E%20
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medium'%3ESubstituindo%20na%20Lei%20de%20Gauss%2C%20temos%3A%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%
21mu%20%5Cbigcirc%7D_%7B%5Ctext%20%7BSuperficie%20%7D%7D%20%5Cvec%7BE%7D%20%5Ccdot%20d%20%5Cvec%7BS%7D%3D%5Cfrac%7B
medium'%3EComo%20o%20valor%20do%20campo%20n%C3%A3o%20depende%20do%20tamanho%20do%20cilindro%20escolhido%2C%20o%20cam
4'%3E%24%24%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%5Cvec%7BE%7D%3D%5Cfrac%7B%5Crho_%7BS%7D%7D%7B2%20%5Cepsilon%
Questão 5
Uma superfície esférica de raio b no ar não apresenta carga em seu interior, porém possui uma distribuição superficial de carga β constante em
sua casca externa. Por meio da equação de Laplace, calcule a distribuição de potenciais dentro da esfera.
A φ(r) = 0
2
βb
B φ(r) =
2ϵ 0
2
βb
C φ(r) =
ϵ0
βb
D φ(r) =
ϵ0
βb
E φ(r) =
2ϵ 0

%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class
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Questão 6
π
Duas grandes placas metálicas fazem entre si um ângulo θ = . A placa mais à esquerda é mantida a 0V; a mais à direita, a V = 100V. As
3
placas estão isoladas. Determine a distribuição de potencial elétrico na região do ar entre elas.
150
A φ(ϕ) = ϕ
π
300
B φ(ϕ) = ϕ
π
500
C φ(ϕ) = ϕ
π
800
D φ(ϕ) = ϕ
π
900
E φ(ϕ) = ϕ
π

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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note_alt_black
Teoria na prática
Um capacitor de placas paralelas apresenta um dielétrico entre suas placas com permissividade elétrica relativa igual a 2. Esse dielétrico apresenta
uma densidade volumétrica de cargas ρ. As duas placas estão conectadas a uma fonte de tensão constante V0 e apresentam uma distância d entre
si.
Determine a distribuição do potencial elétrico e do campo elétrico dentro do capacitor. Despreze o efeito das bordas das placas. Considere a placa
ligada no polo negativo da bateria localizada em x = 0 e aquela ligada no polo positivo da bateria em x = d.
Capacitor de placas paralelas alimentado por uma fonte.
Questão 1
Duas placas metálicas grandes e paralelas entre si encontram-se no ar a uma distância de 1m uma da outra. Uma das placas, localizada em y
=0, tem um potencial elétrico zero; a outra, um potencial elétrico de 50V. Resolva a equação de Laplace e aponte o valor do potencial elétrico em
um ponto que está a 0,3m da primeira placa. Despreze o efeito das bordas das placas.
A 5V
B 10V
C 15V
D 20V
E 30V

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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medium'%3EPara%20%24%24y%3D0%2C3%20%5Crightarrow%20%5Cvarphi(0%2C3)%3D50.0%2C3%3D15%20%5Cmathrm%7B~V%7D%20.%24%24%3
Questão 2
Uma nuvem de carga cilíndrica de raio de 2m apresenta uma densidade volumétrica de carga constante igual a 1C/m3. Essa nuvem está no ar.
Indique a distribuição de potencial elétrico dentro da nuvem, considerando que só existe uma variação do potencial com a distância ao eixo do
cilindro. Considere como referência que o potencial elétrico na casca dessa nuvem ( ρ=2 ) valha 10V.
1
A
2
φ(ρ) = (4 − ρ ) + 10
4ϵ 0
1
B
2
φ(ρ) = (2 − ρ ) + 10
ϵ0
1
C
2
φ(ρ) = (4 + ρ )
4ϵ 0
1
D
2
φ(ρ) = (2 − ρ ) + 5
4ϵ 0
1
E
2
φ(ρ) = (4 − ρ )
4ϵ 0

%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
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%5Cfrac%7B%5Clambda%7D%7B2%20%5Cepsilon_%7B0%7D%7D%20%5Crho%2B%5Cfrac%7Bk_%7B1%7D%7D%7B%5Crho%7D%0A%20%20%20%20%
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Considerações finais
Apresentamos neste conteúdo o estudo do campo elétrico estacionário, base para o entendimento do eletromagnetismo. Destrinchamos o cálculo
de potenciais elétricos e energia potencial elétrica de distribuições discretas e contínuas de carga.
Em seguida, analisamos a diferença entre os materiais condutores e dielétricos, além de definirmos e calcularmos a capacitância de alguns
dispositivos. Por fim, estudamos a aplicação das equações de Laplace e Poisson na determinação de distribuições de campos e potenciais
elétricos.
Referências
NOTAROS, B. M. Eletromagnetismo. São Paulo: Pearson, 2011. cap. 1-2. p. 1-487.
PAUL, C. R. Eletromagnetismo para engenheiros com aplicações. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 3. p. 54-85.
QUEVEDO, C. P.; QUEVEDO-LODI, C. Ondas eletromagnéticas. São Paulo: Pearson, 2009. cap. 2-3. p. 32-96; 102-131.
SERWAY, R. S.; JEWETT, J. W. Princípios de Física – eletromagnetismo. v. 3. São Paulo: Thomson, 2002. cap. 19-20. p. 676-765.
WENTWORTH, S. M. Fundamentos de eletromagnetismo. Rio de Janeiro: LTC, 2006. cap. 2.1-2.13.
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14/06/2023, 08:35 Campo elétrico estacionário

Campo elétrico estacionário

Energia potencial e potencial elétrico

Condutores, dielétricos e capacitância

Reconhecer condutores, dielétricos e cálculos da determinação de capacitâncias.

As equações de Poisson e de Laplace

Orientação sobre unidade de medida

1 - Energia potencial e potencial elétrico

Carga elétrica e campo elétrico

Rotacione a tela. screen_rotation

ϵ é a permissividade elétrica do meio;

q1 e q2 , as cargas elétricas dos dois objetos; e

d , a distância entre eles.

No vácuo, o valor da permissividade elétrica vale ficando a constante de proporção

Observe a imagem a seguir:

Forças elétricas entre duas cargas pontuais.

Rotacione a tela. screen_rotation

q é a carga elétrica do objeto que gera o campo;

ϵ, a permissividade elétrica do meio; e

d , a distância até a carga geradora.

Campo elétrico gerado por cargas pontuais.

A unidade de medida do campo elétrico será N/C ou V/m.

As cargas elétricas são constantes, e sua posição relativa não varia.

Energia potencial elétrica

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Solução - exemplo 1 expand_more

Vamos avançar em nosso estudo!

Rotacione a tela. screen_rotation

Veja mais exemplos para melhor compreensão do assunto:

Solução - exemplo 2 expand_more

Solução - exemplo 3 expand_more

Retomemos a relação entre diferença de potencial e campo elétrico:

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positiva. Com isso, vemos que φ2 < φ1 .

negativa. Com isso, vemos que φ2 > φ1 .

Relação entre potencial elétrico e campo elétrico

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Vejamos a fórmula do gradiente:

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Rotacione a tela. screen_rotation

Rotacione a tela. screen_rotation

Vamos a mais exemplos!

Solução - exemplo 4 expand_more

Solução - exemplo 5 expand_more

Potencial elétrico de uma distribuição de carga

No caso de uma distribuição discreta, temos um conjunto de cargas pontuais.

Dessa forma, o potencial elétrico resultante será dado por:

Rotacione a tela. screen_rotation

Solução - exemplo 6 expand_more

Vejamos mais um exemplo com base no anterior!

Solução - exemplo 7 expand_more

A seguir, confira como se dá o cálculo do potencial elétrico de uma distribuição de carga.

Cálculo de potencial elétrico de uma distribuição de carga

Agora apresentaremos um exemplo de uma distribuição de carga na forma de um anel.

Solução - exemplo 8 expand_more

eletrostático gerado pelas cargas.