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DESCRIÇÃO

Aplicação do conceito de Integração Dupla.

PROPÓSITO
Definir a integral dupla e suas propriedades por meio das integrais simples iteradas em coordenadas cartesianas e em coordenadas polares, bem
como a integração dupla em alguns problemas de cálculo integral com duas variáveis.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Calcular a integral dupla

MÓDULO 2

Calcular a integral dupla na forma polar

MÓDULO 3

Aplicar o conceito de integração dupla


INTRODUÇÃO

MÓDULO 1

 Calcular a integral dupla

INTRODUÇÃO
A integração definida, estudada no cálculo de uma variável, foi uma operação criada por meio de um somatório para resolver problemas que
envolviam determinação de áreas.

AO SE APLICAR PROCEDIMENTOS ANÁLOGOS, SERÁ DEFINIDA A INTEGRAL DUPLA, POR


MEIO DE UM SOMATÓRIO DUPLO, COM O OBJETIVO PRINCIPAL DE CALCULAR VOLUME DE
UM SÓLIDO GERADO ENTRE O GRÁFICO DE UMA FUNÇÃO ESCALAR DO R² E O PLANO XY

Este módulo definirá a integração dupla e ensinará a realizar o seu cálculo.

DEFINIÇÃO DE INTEGRAL DUPLA


Você já deve ter estudado o procedimento em que se substituía a área, que se desejava calcular, por um somatório de áreas retangulares. Esse
somatório era denominado soma de Riemann.

Vamos relembrar, rapidamente, esse procedimento.

SOMA DE RIEMANN PARA FUNÇÕES REAIS

Desejava-se obter a área entre uma função real f(x), isto é, de apenas uma variável real, e o eixo x, para um domínio definido pelo intervalo [a,b],
com a e b reais.

O primeiro passo foi a criação de uma partição P desse intervalo P= {u0, u1, ..., un}, que dividia [a,b] em n subintervalos [ui − 1, ui], tal que a = u0 <

u1 < ... < un − 1 < un =b.

A amplitude de cada subintervalo [ui − 1, ui] era dada por Δui = u1 − ui − 1.

Depois, em cada subintervalo [ui − 1, ui] da partição P, foi escolhido, arbitrariamente, um ponto pi. Assim, foi definida a soma de Riemann de f(x)

em relação à partição P e ao conjunto de pontos pi por meio da expressão:

( ) ( ) ( )
∑ I =N1 F P I ∆ U I = F P 1 ∆ U 1 + F P 2 ∆ U 2 + … + F P N ∆ U N ( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( ) ( )
Cada parcela f p i ∆ u i pode ser analisada com a área de um retângulo de base ∆ u i e altura f p i . Portanto, podia-se cobrir toda a área por um

conjunto de retângulos correspondente a cada subintervalo da partição do domínio [a,b], conforme mostra a Figura 1.

Dessa forma, a soma de Riemann foi vista como uma boa aproximação para o valor da área desejada.

 Figura 1

É óbvio que essa aproximação ficava cada vez melhor quando se diminuía a largura da base dos retângulos, por meio do aumento do número de
subintervalos da partição P. Quando esse número de retângulos tendia para infinito, tinha-se a melhor aproximação.

COM ISSO, FOI POSSÍVEL DEFINIR A INTEGRAL DEFINIDA COMO UM LIMITE DA SOMA DE
RIEMANN PARA QUANDO O NÚMERO DE SUBINTERVALOS TENDE AO INFINITO:

B N
∫ AF(X)DX = LIM ∑ I = 1 F P I ∆ U I
N→∞
( )

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SOMA DUPLA DE RIEMANN PARA FUNÇÕES ESCALARES

A integral dupla será uma operação matemática definida para uma função escalar com domínio em um subconjunto do R², isto é, dependendo de
duas variáveis reais.

Seja um retângulo fechado R definido por:

{
R = (X, Y)  ∈ R 2 /  A ≤ X ≤ B E C ≤ Y ≤ D , COM A, B, C E D REAIS. }

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 COMENTÁRIO

De forma análoga ao realizado no caso da função de uma variável com o intervalo [a,b], vamos definir uma partição P para o retângulo R. A
diferença, agora, é que essa partição é por área, envolvendo duas dimensões.

Seja P 1 : a ≤ x 0 < x 1 < … < x n = b eP 2 : c ≤ y 0 < y 1 < … < y m = d partições dos intervalos [a,b] e [c,d], respectivamente. As amplitudes dos
intervalos serão definidas por ∆ x i e ∆ y j.

O conjunto definido por:

P= {(XI, YJ ) /  0 ≤ I ≤ N E 0 ≤ J ≤ M}, I E J INTEIROS



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é denominado de partição do retângulo R.

Para esse caso, a partição P determinará m.n retângulos, cada qual definido por:

{
R IJ = (X, Y)  ∈ R 2 /  X I - 1 ≤ X ≤ X I E Y J - 1 ≤ Y ≤ Y J }

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 Figura 2

Considere, agora, um conjunto S ⊂ R². O conjunto S será limitado se existir um retângulo R, tal que todo S está contido nesse retângulo, isto é, S
⊂ R.

 ATENÇÃO

Agora já podemos utilizar procedimentos semelhantes e definir a soma dupla de Riemann para a função escalar com domínio no R². Seja a
função escalar f(x,y) com domínio no conjunto S ⊂ R², com S limitado. Assim, existirá um retângulo R, tal que S está totalmente contido em R.

Seja a partição P do retângulo R, isto é, P = {(xi, yj  ) /  0 ≤ i ≤ n e 0 ≤ j ≤ m}, com i e j inteiros. Para cada sub-retângulo Rij da partição P, escolhe-
se um ponto pij arbitrariamente.

( )
P IJ = U I, V J ,  COM X I - 1 ≤ U I ≤ X I E Y J - 1 ≤ V J ≤ Y J


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DESEJAMOS DEFINIR UM SOMATÓRIO CUJAS PARCELAS SERÃO DO TIPO F P I J ∆ X I ∆ Y J. O ( )


PROBLEMA É QUE A FUNÇÃO F(X,Y) SOMENTE É DEFINIDA PARA S, E OS PONTOS PIJ PODEM
CAIR EM UMA REGIÃO DO RETÂNGULO R QUE NÃO PERTENCE A S.

Por exemplo, na Figura 3 a seguir, o ponto p11 está contido em S, existindo, portanto f(p11). No entanto, o ponto p34, não está contido em S, não

sendo possível definir f(p34).

 Figura 3

Para resolver esse problema, usaremos a seguinte definição para f(pij):

( )
F P IJ =
{ ( )
F P IJ ,  SE P IJ ∈ S

0,  SE P IJ ∉ S

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Agora, podemos definir a soma dupla de Riemann da função f(x,y) relativa a uma partição P e aos pontos arbitrários pij, pela expressão:

N M
( )
∑ I = 0 ∑ J = 0F P IJ ∆ X I ∆ Y J


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( ) ( ) ( )
Se o valor de f p ij ≥ 0, a parcela f p ij ∆ x i ∆ y j pode ser interpretada como o volume do paralelepípedo de base no retângulo Rij e alturaf p ij ,

( )
conforme mostra a figura 4. Caso o valor de f p ij < 0, a parcela representará o volume do paralelepípedo multiplicado por (– 1).

 ATENÇÃO

Repare que, como os pontos que não pertencem a S tem valor de função zero, as parcelas do somatório referentes a eles serão nulas. Portanto,
a soma dupla de Riemann em S será igual à soma dupla de Riemann em R.

 Figura 4

Se f(x,y) ≥ 0 para todos os pontos do seu domínio S, a soma dupla de Riemann pode ser considerada uma aproximação do volume do sólido
formado entre o gráfico da função z = f(x,y) e o plano xy, para a região S definida pelo seu domínio.

Para o caso de se ter, em alguns pontos, f(x,y) < 0, a soma dupla de Riemann será a aproximação da diferença entre (o volume do sólido formado
por f(x,y) acima do plano xy) e (o volume do sólido formado por f(x,y) abaixo do plano xy).

 COMENTÁRIO

É obvio que, quanto menor for a base dos paralelepípedos definidos na partição ou quanto maior for o número deles (n e m tendendo a infinito),
melhor será a aproximação do volume do sólido pela soma de Riemann.

Portanto, a integral dupla da função f(x,y) na região S será definida por um limite da soma dupla de Riemann:

∬ F(X, Y)DXDY = LIM ∑ I =N0 ∑ JM


S
= 0F P IJ ∆ X I ∆ Y J
∆ →0
( )

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em que ∆ → 0  representa que todas as amplitudes de ∆ x i  e ∆ y j  tendem para zero.

Se o limite existir, então a função f será integrável em S, e o valor da integral dupla será o valor obtido pelo cálculo do limite.

De forma similar, f(x,y) será denominada de integrando, e a integral dupla terá um limite inferior e superior de integração para cada uma das
integrais.

EXEMPLO 1

Determine ∬ 3 dxdy, em que S é o retângulo formado por 0 ≤ x ≤ 2 e 0 ≤ y ≤ 3.


S
SOLUÇÃO

∬ 3DXDY = LIM ∑ I =N0 ∑ JM


S
= 0F P IJ ∆ X I ∆ Y J
∆ →0
( )

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( )
Entretanto, f p ij = 3, para todos pij

∬ 3DXDY = LIM ∑ I =N0 ∑ JM


= 03 ∆ X I ∆ Y J
S ∆ →0


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∑ I =N0 ∑ JM N M N M
= 03 ∆ X I ∆ Y J = 3 ∑ I = 0 ∑ J = 0 ∆ X I ∆ Y J = 3 ∑ I = 0 ∆ X I ∑ J = 0 ∆ Y J


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Pela propriedade da soma telescópica:

∑ K T= 0 ∆ Z K = Z T - Z 0


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Assim:

3 ∑ I =N0 ∆ X I ∑ JM
= 0 ∆ Y J = 3(B - A)(D - C) = 3. (2 - 0). (3 - 0) = 18


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∬ 3DXDY = LIM ∑ I =N0 ∑ JM


= 03 ∆ X I ∆ Y J = LIM 18 = 18
S ∆ →0 ∆ →0


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DA MESMA FORMA QUE OCORREU COM O CÁLCULO DE INTEGRAIS SIMPLES, A


DETERMINAÇÃO DAS INTEGRAIS DUPLAS NÃO SERÁ FEITA PELO CÁLCULO DO LIMITE DE
SUA DEFINIÇÃO, CONFORME VISTO NO EXEMPLO ANTERIOR. EM TÓPICO POSTERIOR, SERÁ
ESTUDADO O TEOREMA DE FUBINI, QUE NOS PERMITE CALCULAR A INTEGRAL DUPLA POR
MEIO DO CÁLCULO DE DUAS INTEGRAIS SIMPLES.
PROPRIEDADES DA INTEGRAL DUPLA
Podemos apresentar algumas propriedades para a integral dupla. A demonstração de todas elas é feita por meio de sua definição pela soma
dupla de Riemann.

Considere as funções f(x,y) e g(x,y) integráveis em S e k uma constante real:

1)

∬ [F(X, Y) ± G(X, Y)]DXDY = ∬ F(X, Y)DXDY ± ∬ G(X, Y)DXDY


S S S


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2)

∬ KF(X, Y)DXDY = K∬ F(X, Y)DXDY


S S


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3) Se f(x,y) ≥ 0 em S:

∬ F(X, Y)DXDY ≥ 0
S


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 ATENÇÃO

Pode-se utilizar a mesma analogia para f(x,y) ≤ 0, f(x,y) > 0 e f(x,y) < 0.

4) Se f(x,y) ≥ g(x,y) em S:

∬ F(X, Y)DXDY ≥ ∬ G(X, Y)DXDY


S S


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Obs.: Pode-se usar a mesma analogia para f(x,y) ≤ g(x,y), f(x,y) > g(x,y) e f(x,y) < g(x,y)

5) Seja S1 e S2, tais que S1 ∪ S2 = S e S1 ∩ S2 = ∅

∬ F(X, Y)DXDY = ∬ F(X, Y)DXDY + ∬ F(X, Y)DXDY


S S1 S2


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CÁLCULO DE INTEGRAIS DUPLAS


No cálculo integral de uma variável, foi estudado que era possível se calcular as integrais definidas de uma forma mais direta, usando as integrais
imediatas por meio do Teorema Fundamental do Cálculo. Assim, não se necessitava determinar as integrais pelo cálculo do limite da soma de
Riemann.

Para o caso da integral dupla, o cálculo do limite da soma dupla de Riemann é ainda mais complicado. Desse modo, buscaremos uma alternativa
mais simples.

A SOLUÇÃO SERÁ CALCULAR A INTEGRAL DUPLA POR MEIO DE DUAS INTEGRAIS SIMPLES,
QUE SERÃO DENOMINADAS DE INTEGRAIS ITERADAS, COM PROCEDIMENTO DEFINIDO PELO
TEOREMA DE FUBINI E SEUS COROLÁRIOS.

TEOREMA DE FUBINI

O Teorema de Fubini não será demonstrado neste Tema, mas daremos uma interpretação geométrica para o caso de f(x,y) positivo que justificará
a sua validade.

Seja f(x,y) uma função escalar, integrável, definida em S ⊂ R2. O conjunto S é um retângulo definido por

{
S = (X, Y)  ∈ R 2 /  A ≤ X ≤ B E C ≤ Y ≤ D }

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com a,b,c e d reais.

Mantendo a variável y fixa, podemos integrar parcialmente f(x,y) em relação a variável x pela expressão:

A(Y) = ∫ B
AF(X, Y)DX,  Y ∈ [C, D]


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 ATENÇÃO

A integração apresentada segue a mesma lógica da derivada parcial, isto é, integra-se em x, mantendo a variável y constante.

Para cada valor fixo de y, dentro do intervalo [c,d], por exemplo y0 , obteremos uma função A(y0). Para o caso de f(x,y0) ≥ 0, essa função pode ser

interpretada como a área entre o gráfico da função f(x,y0) e o plano xy.


Vejamos a Figura 5 a seguir:

 Figura 5

Podemos, então, enxergar o cálculo do volume do sólido entre f(x,y) e o plano xy por meio da soma de vários prismas com base dada por A(y) e
a altura dada por dy, para c ≤ y ≤ d.

Portanto:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ D
S
D B
CA(Y)DY = ∫ C ∫ AF(X, Y)DX DY [ ]

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A integral ao lado direito da expressão apresentada é denominada integral iterada. Esse nome se deve ao fato de que, primeiro, integramos
parcialmente em relação a uma variável e, depois, integraremos em relação a outra. O uso ou não dos colchetes separando as integrais é
opcional.

NA INTEGRAL INDICADA, OS VALORES A E B SERÃO OS LIMITES DA INTEGRAL EM X, E DE C


E D LIMITES DA INTEGRAL EM Y. A ORDEM DA COLOCAÇÃO DE DX E DY DEVE SEGUIR O
APRESENTADO, ISTO É, O PRIMEIRO DIFERENCIAL SE REFERE À INTEGRAL DE DENTRO E O
ÚLTIMO DIFERENCIAL A INTEGRAL DE FORA. 

Vamos, agora, enunciar o Teorema de Fubini após ter visto uma justificativa de sua validade.

TEOREMA DE FUBINI

Seja f(x,y) uma função escalar integrável no retângulo por

{
S = (X, Y)  ∈ R 2 /  A ≤ X ≤ B E C ≤ Y ≤ D }

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Suponha que ∫ ba f(x, y)dx exista para todo c ≤ y ≤ d e que ∫ dc f(x, y)dy exista para todo a ≤ x ≤ b, então:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ D B B D
C∫ AF(X, Y)DXDY = ∫ A∫ CF(X, Y)DYDX
S

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Observe que, para esse caso, tanto faz integrar parcialmente em relação à variável x e depois y, ou vice-versa. Em certos casos, a escolha da
ordem de integração pode simplificar ou complicar o cálculo da integral.

REPARE NA NOTAÇÃO QUE, DEPENDENDO DA ORDEM ESCOLHIDA, A POSIÇÃO DE DX E DY


MUDA. COMO DITO, OS LIMITES DA INTEGRAL DE DENTRO ESTÃO RELACIONADAS AO
PRIMEIRO DIFERENCIAL QUE APARECE E DA INTEGRAL DE FORA AO SEGUNDO
DIFERENCIAL
Pode ser provado que, para o caso de se ter f(x,y) = g(x)h(y), a integral dupla para quando os limites são numéricos pode ser analisada como um
produto de duas integrais simples.

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ D
S
B B
C∫ AG(X)H(Y)DXDY = ∫ AG(X)DX ( )(∫ H(Y)DY )
D
C


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Por exemplo:

∫D B 2 B
C∫ A8 XY DXDY = ∫ A8XDX ( )(∫ Y DY )
D 2
C


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Por fim, como a integral dupla será calculada com a determinação de duas integrais simples, é importante relembramos as integrais simples
imediatas e os métodos de integração estudados no cálculo de uma variável.

EXEMPLO 2

( )
Determine o valor de ∬ 2x 2 + 3y dxdy, em que S é um retângulo definido por 1 ≤ x ≤ 3 e 0 ≤ y ≤ 4.
S

SOLUÇÃO
Usando as integrais iteradas:

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 40∫ 31 2X 2 + 3Y DXDY
S
( )

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ou

( ) 3 4
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 1∫ 0 2X 2 + 3Y  DYDX
S
( )

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Escolheremos a segunda, mas você pode realizar a primeira como exercício e verificar o mesmo resultado.

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 31∫ 40 2X 2 + 3Y  DYDX
S
( )

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( )
Vamos integrar parcialmente ∫ 40 2x 2 + 3y dyy em relação à variável y, mantendo x constante. Lembremos da regra de integração:

YΒ + 1
∫ Y Β DY = + K, K REAL E Β ≠ 1 E ∫ K DY = Y + K,  K REAL
Β+1


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Então:

|
4
2
( ) | (4 )
4 4 1 3
A(X) = ∫0 2X 2 + 3Y DX = 2X 2Y 0 + 3  2 Y = 2X 2(4 - 0) + 2
2
- 0 2 = 8X 2 + 24
0


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Portanto:

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 31 8X 2 + 24 DX
S
( )

|
3
( ) (3 )
8 8
∫ 31 8X 2 + 24 DX = X3 + 24X| 31 = 3 - 1 3 + 24(3 - 1)
3 3
1

( )
8 208 352
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = . 26 + 24.2 = + 48 =
3 3 3
S


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EXEMPLO 3

Calcule o volume do sólido formado por todos os pontos (x,y,z), tais que 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ 2e e 0 ≤ z ≤ ln⁡(xy).

SOLUÇÃO
Repare que o exercício está pedindo o cálculo do volume entre o gráfico de uma função
z = f(x,y) e o plano xy. Observe que f(x,y) ≥ 0 para todo
seu domínio 1 ≤ x ≤ e, 1 ≤ y ≤ e.

Esse volume pode ser obtido por meio da integral dupla:


E 2E 2E E
∬ LN(XY)DXDY = ∫ 1 ∫ 1 LN(XY)DY DX =∫ 1 ∫ 1 LN(XY)DX DY
S


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Resolvendo, inicialmente, em relação à variável x, mantendo a variável y constante:

∫ E1 LN(XY)DX  = ∫ E1 (LNX + LNY)DX  = ∫ E1 LNX DX  + ∫ E1 LNY DX 


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A segunda integral é mais rápida:

∫ E1 LNY DX  = LNY ∫ E1 DX  = LNY X| E1 = (E - 1)LNY


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Na primeira integral, devemos utilizar a integração por partes:

1
∫ E1 LNX DX , ONDE U  =  LN X  →  DU =  E DV  =  DX  → V = X
X


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Assim:

1
∫ E1 LNX DX = [X LNX] E1 - ∫ E1 X DX = [X LNX] E1 - ∫ E1 DX = [X LNX] E1 - [X] E1
X

(
∫ E1 LNX DX = ELNE - 1LN1) - (E - 1) = E - 0 - E + 1 = 1


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Dessa forma

∫ E1 LN(XY)DX  = 1 + (E - 1)LNY


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Retornando:
2E
∬ LN(XY)DXDY = ∫ 11 + (E - 1)LNY DY
S

2E 2E 2E
∫ 11 + (E - 1)LNY DY =  ∫ 1 DY + (E - 1)∫ 1 LNY DY


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a) ∫ 2e 2e
1 dy = [y] 1 = 2e - 1

2e
b) (e - 1)∫ 1 lny dy, usando a integral por partes já realizadas para o x:

∫ LNY DY = YLN Y - Y + K,  K REAL

(E - 1)∫
2E
1 LNY DY (
= (E - 1) [Y LNY]
2E
1 - [Y]
2E
1 )

(E - 1)([2ELN2E - 1LN1] - [2E - 1]) = (E - 1)(2ELN2E - 2E + 1)


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No entanto:

LN(2E) = LN2 + LNE = LN2 + 1

(E - 1)(2ELN2E - 2E + 1) = (E - 1)(2ELN2 + 2E - 2E + 1) = (E - 1)(2ELN2 + 1)


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Finalmente:

∬ LN(XY)DXDY = ∫ 2E
1 1 + (E - 1)LNY DY = 2E - 1 + (E - 1)(2ELN2 + 1)
S

∬ LN(XY)DXDY = 2E - 1 + 2E 2LN2 + E - 2ELN2 - 1 = 3E - 2 + 2E 2LN2 - 2ELN2


S


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Até o momento, aplicamos o Teorema de Fubini para quando o domínio é um retângulo. Vejamos, agora, um corolário desse teorema que permite
calcular a integral dupla para qualquer domínio fechado de f(x,y).

Veremos que a única diferença em relação ao caso anterior é que, neste, os limites de integração da variável y dependerão da variável x, ou vice-
versa. A consequência disso é que não teremos mais a liberdade de escolher a ordem das integrações.

TEOREMA DE FUBINI – COROLÁRIO 1


Seja f(x,y) uma função escalar integrável no domínio S ⊂ R². Sejam c(x) e d(x) duas funções contínuas em [a,b] e tais que c(x) ≤ d(x).

Seja o conjunto

{
S = (X, Y)  ∈ R 2 /  A ≤ X ≤ B E C X ≤ Y ≤ D X () ( )}

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Então:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ B D(X)


A∫ C ( X ) F(X, Y)DYDX
S

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Observe que, como a variação de y depende de x, obrigatoriamente a integração parcial em relação à variável y deve ser realizada primeiro.

TEOREMA DE FUBINI – COROLÁRIO 2


Seja f(x,y) uma função escalar integrável no domínio S ⊂ R2. Sejam a(y) e b(y) duas funções contínuas em [c,d] e tais que a(y) ≤ b(y).

Seja o conjunto

{ ()
S = (X, Y)  ∈ R 2 /  A Y ≤ X ≤ B Y  E C ≤ Y ≤ D () }

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Então:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ D B(Y)


C∫ A ( Y ) F(X, Y)DXDY
S

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De forma contrária, nesse caso, como a variação de x depende da variável y, a integração parcial em relação a x deve ser feita primeiramente.

EXEMPLO 4:
( )
Determine o valor de ∬ 2x 2 + 3y dxdy, em que
S

S = {(X, Y) /  0 ≤ X ≤ 1 E 0 ≤ Y ≤ X}


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SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo já resolvido para essa função, não estamos mais integrando em um retângulo, mais, sim, em uma
região, como mostra a Figura 6:

 Figura 6

 ATENÇÃO

Como os limites da variável y dependerão de x, a integral parcial em y deve ser feita em primeiro lugar, uma vez que, para um x fixo, a variável y
irá variar de 0 até x.

Usando as integrais iteradas:

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 0∫ 0 2X 2 + 3Y DYDX
S
1 X
( )

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x
( )
Vamos integrar parcialmente ∫ 0 2x 2 + 3y dy em relação à variável y, mantendo x constante.

|
X
2
( ) | (X )
X 1 3 3
A(X) = ∫ X0 2X 2 + 3Y DX = 2X 2Y 0 + 3  Y = 2X 2(X - 0) + 2 - 0 2 = 2X 3 + X 2
2 2 2
0


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Portanto:

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 10 2X 3 + X 2 DX
S
( 3
2 )

( ) | |
1 1
( ) ( )
3 2 3 1 1 1 1 1
∫ 10 2X 3 + X2 DX = X4 + . X3 = 14 - 04 + 13 - 03 = + =1
2 4 2 3 2 2 2 2
0 0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

É óbvio que a região S poderia ser analisada de outra forma, escolhendo um valor de y e fazendo x variar entre 0 e y. Assim, a integral também
poderia ser resolvida como:

( )
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 10∫ Y1 2X 2 + 3Y DXDY
S
( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Só que, para esse caso, a integral parcial em relação à variável x deve ser feita primeiramente. Essa segunda solução ficará como exercício para
se verificar o mesmo resultado do anterior.

 ATENÇÃO

É preciso que as integrais sejam sempre separadas em regiões onde a dependência de uma variável em relação à outra seja igual. Veja o caso
representado na Figura 7 para um domínio S

 Figura 7

Repare que a variação de y em relação a x tem uma composição para a ≤ x ≤ b e outra para b ≤ x ≤ c. Dessa forma:

B D1 ( X ) C D2 ( X )
∬ F(X, Y)DXDY = ∫ A∫ C1 ( X ) F(X, Y)DYDX + ∫ B∫ C2 ( X ) F(X, Y)DYDX
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 5

( )
Determine o valor de ∬ 2x 2 + 3y dxdy, em que
S

S = {(X, Y) /  0 ≤ X ≤ 2 E 0 ≤ Y ≤ G(X)}


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

, e g(x) =
{ x,  0 ≤ x ≤ 1
4,  1 ≤ x ≤ 2

SOLUÇÃO
Observe que, diferentemente do exemplo anterior, devemos dividir o intervalo de integração em razão de a dependência da variação de y em
relação a x ser diferente para cada intervalo.

( ) (
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = ∫ 10∫ X0 2X 2 + 3Y DYDX + ∫ 21∫ 40 2X 2 + 3Y DYDX
S
) ( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

1 x
( )
A primeira integral ∫ 0 ∫ 0 2x 2 + 3y dydx já foi realizada no exemplo anterior e vale 1.

2 4
Vamos resolver a segunda integral que está faltando ∫ 1 ∫ 0 2x 2 + 3y dydx ( )
( )
Integrando, inicialmente, em y,  ∫ 40 2x 2 + 3y dy, mantendo a variável x constante:

|
4
2
( ) | (4 )
4 1 3
∫ 40 2X 2 + 3Y DY = 2X 2Y 0 + 3  Y = 2X 2(4 - 0) + 2 - 0 2 = 8X 2 + 24
2 2
0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:

2 4
( )
∫ 1∫ 0 2X 2 + 3Y DYDX = ∫ 1 8X 2 + 24 DX
2
( )

|
2
(8X ) (2 )
2 2 8 3 2 8 3 64
∫1 + 24 DX = 3
X + 24X| 1 = 3
- 1 3 + 24(2 - 1) = 3
+ 48
1

( )
64 211
∬ 2X 2 + 3Y DXDY = 1 + + 48 =
3 3
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
RESUMO DO MÓDULO 1

TEORIA NA PRÁTICA
Use a integração dupla para determinar o volume de um cilindro de raio de 3 cm e altura de 10 cm.

SOLUÇÃO

Veja a seguir a solução desta questão:

MÃO NA MASSA

VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 2

 Calcular a Integral dupla na forma polar

INTRODUÇÃO
Em alguns problemas, devido à sua simetria, pode ficar mais fácil resolver a integral dupla transformando o integrando para sua forma polar.

Este módulo apresentará o cálculo da integral dupla por meio de sua forma polar.

INTEGRAL DUPLA EM COORDENADAS POLARES


O sistema de coordenada polares já foi estudado para representar curvas no plano. Para definirmos esse sistema, necessitamos de um ponto
(origem) e de uma semirreta, que parte dessa origem, denominada eixo polar.

UTILIZANDO OS EIXOS CARTESIANOS X E Y, COLOCAMOS A ORIGEM DO SISTEMA POLAR NA


ORIGEM DO SISTEMA CARTESIANO, ISTO É, NO PONTO O, QUE É A INTERSEÇÃO DOS DOIS
EIXOS, E O EIXO POLAR SERÁ O EIXO POSITIVO DO EIXO X.

As coordenadas polares de um ponto serão:

A distância do ponto à origem do sistema polar, representada por ρ.

O ângulo que a reta OP faz com o eixo polar, representada por θ, medido no sentido anti-horário.

Dessa forma, o ponto P em coordenadas polares será representado por P(ρ,θ).

 Figura 08

A relação entre o sistema cartesiano (x,y) e polar (ρ,θ) será dado pelas equações:

{ X = Ρ COSΘ
Y = Ρ SENΘ


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

{ √X 2 + Y 2
Ρ=

Y
TG Θ =
X

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Imaginemos, agora, a situação em que desejamos calcular a integral dupla ∬ f(x, y)dxdy, na qual a região S pode ser mais facilmente
S
representada por sua equação polar do que sua equação retangular.

PARA ESSES CASOS, SERIA MAIS FÁCIL TERMOS UM MÉTODO DE RESOLVER A INTEGRAL
DUPLA COM A FUNÇÃO NA SUA FORMA POLAR. NO ENTANTO, A INTEGRAL DUPLA É
DEFINIDA POR MEIO DE UMA SOMA DUPLA DE RIEMANN, QUE FOI DEFINIDA ATRAVÉS DE
UMA PARTIÇÃO DO DOMÍNIO DA FUNÇÃO EM RETÂNGULOS. DESSE MODO, TORNA-SE
NECESSÁRIO, PARA O CASO DA INTEGRAL EM COORDENADAS POLARES, RETOMARMOS À
DEFINIÇÃO DA INTEGRAÇÃO.

O desejo é obter os limites e integração determinados pelas variáveis polares ρ e θ. Assim, as partições da região S não poderiam mais serem
feitas na forma de retângulos que possuem áreas do tipo ∆x∆y , mas sim de retângulos polares, que serão definidos por ∆ρ e ∆θ.

Portanto, a partição será dividida em sub-retângulos polares do tipo:

R IJ = {(ΡI, ΘJ ) / ΡI - 1 ≤ Ρ ≤ ΡI E ΘJ - 1 ≤ Θ ≤ ΘJ }



Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 Figura 09

A área desse retângulo polar pode ser calculada pela subtração de dois setores circulares:

∆ A IJ =
1
2
2 1
Ρ I ∆ ΘI - ΡI - 1 ∆ ΘI =
2
2 1
2 ( 2 2
∆ ΘI Ρ I - ΡI - 1 )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas

(Ρ 2
I ) (
- Ρ I -21 = Ρ I + Ρ I - 1 )(ΡI - ΡI - 1 ) = (ΡI + ΡI - 1 ) ∆ ΡI

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como vamos trabalhar com retângulo polares muito pequenos, pois faremos, posteriormente, o número de retângulo tendendo a infinito

( )
ρ i ≈ ρ i - 1 → ρ i + ρ i - 1 = 2ρ i )
Assim

( )
1 2 1 2 1 1
∆ A IJ = Ρ ∆ ΘI - 2 ΡI - 1 ∆ ΘI =
2 I 2
∆ ΘI ΡI + ΡI - 1 ∆ ΡI = 2
∆ Θ I2Ρ I ∆ Ρ I = Ρ I ∆ Θ I ∆ Ρ I


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No caso das coordenadas retangulares, a área de Rij era dada por ∆ x i ∆ y i e deduzimos a soma dupla de Riemann como:
∑ I =N0 ∑ JM ( ) N M
= 0F P IJ ∆ X I ∆ Y J = ∑ I = 0 ∑ J = 0F X PI, Y PI ∆ A IJ ( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

(
Para cada um desses sub-retângulos, será escolhido, arbitrariamente, um ponto pij, com coordenadas polares ρ pi, θ pj . )
O valor da área infinitesimal em relação às coordenadas polares será ∆ A ij = ρ i ∆ θ i ∆ ρ i.

Assim, a soma dupla de Riemann será dada por:

N M
( ) N M
(
∑ I = 0 ∑ J = 0F X PI, Y PJ ∆ A IJ = ∑ I = 0 ∑ J = 0F Ρ PICOSΘ PJ, Ρ PISENΘ PJ Ρ I ∆ Θ I ∆ Ρ I )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Calculando o limite da soma dupla de Riemann, temos:

∬ F(X, Y)DXDY = ∬ F(Ρ COSΘ, Ρ SENΘ) ΡDΡDΘ


S SP

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

em que S é o domínio da função f em coordenadas retangulares e Sp é o domínio da função f em coordenadas polares.

COMO AS INTEGRAIS SÃO CALCULADAS EM RELAÇÃO AOS LIMITES DE INTEGRAÇÃO


DIFERENTES, TORNA-SE NECESSÁRIO UM FATOR DE CORREÇÃO NO INTEGRANDO. PARA O
CASO DA TRANSFORMAÇÃO DE COORDENADA RETANGULAR PARA POLAR, ESSE FATOR É Ρ,
CONFORME DEMONSTRAMOS PELOS NOSSOS CÁLCULOS.

Caso não fosse colocado o fator de correção ρ, os limites de integração em relação a ρ e θ não representariam uma região de forma polar, mas,
sim, um retângulo normal, não representando corretamente a região S.

 RESUMINDO

Seja f(x,y) integrável no retângulo polar definido por a≤ρ≤b e α ≤ θ ≤ β, com β- α menor do que uma volta completa, isto é, β- α ≤ 2π. Então:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ Β B
Α∫ AF(Ρ COSΘ, Ρ SENΘ) ΡDΡDΘ
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o caso de as variações angulares de θ dependerem da variável radial ρ, ou vice-versa, deve ser usado os corolários do Teorema de Fubini
para determinar a ordem de integração.

EXEMPLO 1

Determine o volume do cilindro de raio de 3 cm e altura de 10 cm.


SOLUÇÃO
No item Teoria na Prática do Módulo 1, resolvemos esse exercício por meio de coordenadas retangulares, solucionando a integral dupla:

9 - X2
∬ F(X, Y)DXDY = ∫ -33∫ -√ 9 - X 210 DYDX = 90Π CM 3
S √


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

No entanto, se observarmos o domínio S utilizado: x2 + y2 = 9, pela sua simetria, poderia ser representado pela curva polar ρ = 3, com 0 ≤ θ ≤ 2π.

Desse modo:

2Π 3
∬ F(X, Y)DXDY = ∫ 0 ∫ 0 10 ΡDΡDΘ
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como os limites são números, podemos resolver a integrais iteradas em qualquer ordem, inicialmente, resolvendo em relação à variável ρ:

|
3
( )
1
∫ 3010 ΡDΡ = 10∫ 30 ΡDΡ = 10 Ρ2 = 5 3 2 - 0 2 = 45
2
0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

∬ F(X, Y)DXDY = ∫ 2Π 2Π
0 45 DΘ = 45 Θ| 0 = 45(2Π - 0) = 90Π CM
3
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 DICA

Compare as duas soluções e veja como foi muito mais rápido pelo uso das coordenadas polares.

EXEMPLO 2

( )
Determine ∬ 2 cos x 2 + y 2 dxdy, sendo:
s
{
S = (X, Y) ∈ R 2 / X 2 + Y 2 ≤ 1 E Y ≥ 0 }

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SOLUÇÃO
A superfície S é uma semicircunferência de raio 1.

Como x2+y2=ρ2, em coordenadas polares, esta terá uma equação ρ = 1, com 0 ≤ θ ≤ π. O valor de θ foi limitado a π, pois é apenas metade da
circunferência e não ela inteira.

Convertendo a função cos(x2+y2 ) para coordenada polar, temos cos(ρ2 ).

Então:

( )
∬ 2 COS X 2 + Y 2 DXDY = ∫ 0 ∫ 0COS Ρ 2  ΡDΡDΘ
S
Π 1
( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, primeiramente, a integral em θ, mantendo ρ constante:

Π
( ) ( ) Π
∫ 0 COS Ρ 2  ΡDΘ = ΡCOS Ρ 2 ∫ 0 DΘ = ΡCOS Ρ 2   Θ| 0 = ΠΡCOS Ρ 2   ( ) Π
( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

1
( )
∫ 0COS Ρ 2  ΡDΡDΘ = ∫ 0ΠΡ COS Ρ 2 DΡ
1
( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Fazendo a substituição u = ρ2 → du = 2ρdρ. Para ρ = 0 → u = 0 e ρ = 1 → u = 1

( )
1 Π 1 Π 1
∫ 0ΠΡ COS Ρ 2 DΡ = ∫ COS(U)DU
2 0
= 2
  SEN(U)| 0

( )
Π Π Π
∫ 10ΠΡ COS Ρ 2 DΡ =  SEN(U)| 10 = (SEN(1) - SEN(0)) =  
2 2 2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO

Caso montássemos a integral de forma errada, como:

∫Π 1 2
( )
0 ∫ 0 COS Ρ  DΡDΘ 


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

isto é, sem colocar o fator ρ, não estaríamos integrando em relação a um semicírculo de raio 1, mas sim em relação a um retângulo de lados (π -
0 = π) e lado (1 – 0 = 1). Não sendo isso o que foi pedido no problema.

EXEMPLO 3

Determine o valor da integral ∬ 4 ρdρdθ, em que S é uma região definida por


S

{
S = (Ρ, Θ)  / -
Π
4
≤Θ≤
Π
4
  E  0 ≤ Ρ ≤ 2COSΘ
}

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SOLUÇÃO

Π
4 2COSΘ
∫ ∫ 4 ΡDΡDΘ
Π0
- 4


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como a variação de ρ depende de θ, a integral de ρ deve ser feita primeiramente:

|
2COSΘ 1 2COSΘ
∫ 4 ΡDΡ = 4  Ρ 2 = 2(2 COSΘ) 2 = 8 COS 2Θ
2
0 0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim
Π Π
4 2COSΘ 4
∫ ∫ 4 ΡDΡDΘ = ∫ 8 COS 2Θ DΘ
Π0 Π
- 4
- 4


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Usando a fórmula do arco duplo cos 2θ =


1
2 ()
cos 2θ +
1
2

Π Π Π Π
4 4 4 4
∫ 8 COS 2Θ DΘ = ∫ (4COS(2Θ) + 4)DΘ = 4 ∫ COS(2Θ) DΘ + 4 ∫  DΘ
Π Π Π Π
- 4
- 4
- 4
- 4

Π Π

( )| ( () ( )) ( ( ))
4 Π
2 1 4 Π Π Π Π
∫ 8 COS Θ DΘ = 4  SEN 2Θ + 4 Θ)| 4Π = 2 SEN - SEN - +4 - -
Π 2 Π - 2 2 4 4
4
- -
4 4

( )
4 2COSΘ Π Π
∫ ∫ 4 ΡDΡDΘ = 2(1 + 1) + 4 + = 4 + 2Π
Π0
4 4
- 4


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Este módulo apresentou apenas o caso das coordenadas polares. A análise também poderia ter sido feita com a obtenção da expressão geral
para mudança de variável em uma integral dupla, sendo a mudança de coordenadas retangulares para polares um caso particular dessa
expressão geral.

 DICA

As mudanças gerais não serão abordadas neste Tema, mas podem ser estudadas em nossa bibliografia de referência.
RESUMO MÓDULO 2

TEORIA NA PRÁTICA
Um reservatório de água tem a forma de um paraboloide de concavidade para baixo. Sua forma pode ser modelada por meio de um sólido

formado entre o paraboloide de equação z = 4 – x2 – y2 e o plano z = 0. Determine o volume desse reservatório.

RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:

MÃO NA MASSA

VERIFICANDO O APRENDIZADO
MÓDULO 3

 Aplicar o conceito de integração dupla

INTRODUÇÃO
Existem várias aplicações no cálculo diferencial e integral com duas variáveis em que a ferramenta da integração dupla é usada. Entre tais
aplicações, podemos citar: cálculo de área de superfície, densidades superficiais, momentos e centro de massa.

Este módulo apresentará algumas dessas aplicações na resolução de alguns problemas de cálculo.

CÁLCULO DE ÁREA DE UMA REGIÃO NO PLANO


A integral dupla pode ser utilizada para se calcular área de um conjunto de pontos em um plano.

Foi visto que ∬ f(x, y)dxdy representa o volume entre a função f(x,y) e o plano xy. Esse volume foi obtido dividindo-se o domínio da função em
S
retângulos com dimensões que tendiam a zero, desse modo, aproximando-se o volume por uma soma de paralelepípedos com base dxdy e
altura f(x,y).

Se fizermos o valor de f(x,y) = 1, o volume se converte apenas à área da base. Como estamos integrando em S, a área do conjunto de pontos
que compões a região S.

Assim, seja S ⊂ R²:

ÁREA S = ∬ DS = ∬ DXDY
S S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 1

Determine a área da superfície S definida por

{
S = (X, Y) ∈ R 2  /  0 ≤ X ≤ 2 E 0 ≤ Y ≤ E X }

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

SOLUÇÃO
A área S pode ser representada pela figura a seguir:

 Figura 11

Assim:
EX
ÁREA S = ∬ DS = ∫ 20∫ 0 DY DX
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Como o limite da variável y depende da variável x, a integral parcial em y deve ser resolvida primeiramente:

EX EX
∫ 0 DY  = Y| 0 = EX

ÁREA S = ∫ 20E XDX = E X | 2


0 = E2 - E0 = E2 - 1


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos, agora, repetir a solução do exercício analisando a área S contendo uma variação de x dependendo da variável y.

 COMENTÁRIO

A resolução da integral por esse caminho é mais complexa do que a primeira solução, mas serve como exercício para fixar o conteúdo. Esse é
um bom exemplo de que, às vezes, a ordem escolhida para integração pode simplificar ou complicar a resolução de um problema.

Para tal caso, a área S deveria ser separada em duas regiões:

S = S1 ∪ S2

{
S 1 = (X, Y) ∈ R 2  /  0 ≤ Y ≤ E 0 E 0 ≤ X ≤ 2 }

{
S 2 = (X, Y) ∈ R 2  /  E 0 ≤ Y ≤ E 2 E LN Y ≤ X ≤ 2 }

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Lembre-se de que, se y = ex → x = ln ⁡y

A região S1 é um retângulo de área 2e0 = 2 . 1 = 2

Para região S2
E2 2
ÁREA S 2 = ∬ DS = ∫ 1 ∫ LNY DX DY
S2

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

2
∫ LNY DX  = X| LN2 Y = 2 - LNY


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

E2 E2 E2
ÁREA S 2 = ∫ 1 (2 - LNY) DY =  ∫ 1 2DY - ∫ 1 LNYDY


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A primeira parcela

E2 E2
∫ 1 2DY = 2Y| 1 = 2E 2 - 2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para a segunda parcela, já foi calculado, neste tema, o valor da integral por meio da integração por partes

∫ LNZ DZ = ZLN Z - Z + C,  C CTE


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto:

E2 E2
(
ÁREA S 2 = ∫ 1 LNY DY =  (YLN Y - Y)| 1 = E 2LNE 2 - E 2 - 1LN1 - 1) = 2E 2 - E 2 + 1 = E 2 + 1) (

A ÁREA S 2 = 2E 2 - 2 - E 2 + 1 = E 2 - 3( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Dessa forma, a área S = 2 + e2 – 3 = e2 – 1, que foi o mesmo resultado obtido anteriormente.


EXEMPLO 2

Determine, por meio de uma integração dupla, a área de um círculo de 2 cm de raio.

SOLUÇÃO
Para esse caso, pela simetria de S, é mais fácil usarmos as coordenadas polares. Assim, a região S será dada por ρ = 2 e 0 ≤ θ ≤ 2π.

Portanto:

ÁREA S = ∬ DS = ∬ DXDY = ∬ Ρ DΡDΘ


S S S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Obs.: Essa mudança de variável na integral já foi vista no módulo anterior.

Portanto:

2 2Π
ÁREA S = ∬ Ρ DΡDΘ = ∫ 0∫ 0 ΡDΘDΡ
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo, inicialmente, a integral em θ:

∫ 2Π 2Π
0 ΡDΘ = Ρ Θ| 0 = Ρ (2Π - 0) = 2ΠΡ

|
2
|
1 2
ÁREA S = ∫ 202ΠΡ DΡ = 2Π  Ρ2 = Π Ρ 2 0 = 4Π
2
0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DE MASSA E CENTRO DE MASSA


A massa de um objeto plano pode ser definida por meio de uma função que determina a densidade superficial de massa (δ).

Lembremos do conceito que estabelece que δ é a razão entre a massa e a área da superfície, de modo que:

Δ = LIM
∆S→0
∆M
∆S
=
DM
DS ( )
KG / M²


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se a massa se dividir igualmente em toda superfície, então δ será constante, e a massa pode ser obtida multiplicando-se δ pela área. Entretanto,
quando a superfície não é homogênea, tendo densidade superficial de massa diferente em cada ponto, devemos usar a integração dupla para
obter a massa.

DM
Δ= → DM = ΔDS
DS


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Então:

MASSA S =  ∬ Δ(X, Y)DXDY


S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 ATENÇÃO

Foi dado um exemplo de aplicação para densidade superficial de massa, mas ele pode ser estendido para várias grandezas estudadas na Física,
por exemplo, densidade superficial de carga, densidade superficial de corrente etc. Em todos os casos, o valor da grandeza será obtido pelo
cálculo de uma integral dupla similar à utilizada para calcular a massa.

A Física também nos ensina que o centro de massa de um objeto plano pode ser obtido pela divisão do momento pela massa total. Para um
objeto com densidade superficial e massa dada por δ(x,y), as coordenadas do centro de massa podem ser obtidas pelas expressões:

∬ XΔ ( X , Y ) DXDY ∬ YΔ ( X , Y ) DXDY
ˉ =
X S ˉ =
  E  Y S
M M


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em que:

M =  ∬ Δ(X, Y)DXDY
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Vamos fazer um exercício para verificar a aplicação das expressões.

EXEMPLO 3

Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Este triângulo possui vértices nos pontos (0,0), (3,0) e (0,4). Determine a
massa e o centro de massa da chapa, sabendo que

δ = 5 kg/m²

SOLUÇÃO
Se tem uma chapa homogênea, m = δ Área.
1
Como é um triângulo retângulo de catetos 3 e 4, a área será A  =   3.4 = 6
2

Logo, a massa será m = 5 . 6 = 30 kg.

Para centro de massa:

∬ XΔ ( X , Y ) DXDY 1 1
ˉ =
X S = ∬ 5X DXDY = ∬ X DXDY
M 30 6
S S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para sabermos os limites de integração, necessitamos da equação da reta que une os vértices (3,0) e (4,0), uma vez que, fixando o valor de x, a
variável y irá variar de zero até essa reta (hipotenusa do triângulo).

A geometria analítica nos ensina que a equação da reta poderá ser tirada através do determinante:

| |
X Y 1
4
3 0 1 = 0 → 12 - 4X - 3Y = 0 → Y = 4 - X
3
0 4 1


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Portanto, para o triângulo poderíamos definir os limites de duas formas:

4
i) 0 ≤ x ≤ 4 e 4 - 3 x

ou

3
ii) 0 ≤ y ≤ 3 e 0 ≤ x ≤ - 4 y

Usaremos o primeiro caso:

1 1 4 4- 4X
ˉ =
X ∬ X DXDY = ∫ ∫ 03 XDYDX
6 6 0
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

1 4- 4X
( )
4
1 4- X X 4 2 2
6
∫ 03 X DY = 6
X Y| 03 = 6
4 - 3X = 3
X - 9 X2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

ˉ = ∫ 40
X ( 2
3
2
)
X - 9 X 2  DX =
2 1
   X 2
3 2 |
4
0
2 1
- 9   3  X 3 |
4
0 =
16
3
-
128
27
=
16
9

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Continuando:

∬ YΔ ( X , Y ) DXDY 1
Y
ˉ = S = ∬ Y DXDY
M 6
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Já calculamos os limites de integração, mas usaremos a segunda configuração para esse caso:

1 1 3 3- 3Y
ˉ =
Y ∬ Y DXDY = ∫ ∫ 04 YDX DY
6 6 0
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:

1 3- 3Y
( )
3
1 3- Y Y 3 1 1
6
∫ 04 Y DX = 6
Y X| 04 = 6
3 - 4Y = 2
Y - 8 Y2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim

ˉ = ∫ 30
Y
( 1
2
1
Y - Y 2  DY =
8 ) 1 1
   Y 2
2 2 |
3
0
1 1
-    Y 3
8 3 |
3
0 =
9
4
-
9
24
=
25
24


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Desse modo, as coordenadas do centro de massa serão


( )16 25
9
,
24

EXEMPLO 4

Uma chapa tem a forma de um triângulo retângulo de catetos 3, 4 e 5. Esse triângulo possui vértices nos pontos (0,0), (3,0) e (0,4). Determine a
massa e o centro de massa da chapa sabendo que

δ(x,y) = (1 + x + y) kg/m²

SOLUÇÃO
Nesse caso, a chapa é não homogênea, de forma que:

M =  ∬ Δ(X, Y)DXDY
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Os limites de integração já foram definidos no exemplo anterior.

4
4- X
M = ∬ (1 + X + Y) DXDY = ∫ 40∫ 03 (1 + X + Y) DYDX
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

( ) ( )
4 4 4
2
|
4- x 4- x 1 4- 3x 4 1 4
2
∫ 03 (1 + x + y )dy = (1 + x)y| 03 + 2  y 0 = (1 + x) 4 - 3 x + 2 4 - 3 x

4 4 16 8 8 4
= 4 - 3 x + 4x - 3 x 2 + 8 - 3 x + 9 x 2 = 12 - 3 x - 9 x 2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

4
( 8 4
M = ∫ 0 12 - 3 X - 9 X 2  DX = 12X| 0 - 3   2  X 2 ) 4 8 1
|
4
0
4 1
- 9   3  X 3 |
4
0 = 48 -
64
3
-
256
27
=
464
27
KG


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para centro de massa:

∬ XΔ ( X , Y ) DXDY 1
X
ˉ = S = ∬ (1 + X + Y)X DXDY
M M
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Substituiremos m apenas no fim:

1 4 4- 4X
(X + X )
1 2
ˉ =
X ∬ (1 + X + Y)X DXDY = ∫ ∫ 03 + XY DYDX
M M 0
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em y:

|
4 4 4- 3X
(X + X ) ( )
4- 3X 2 4- 3X 1
∫ 0 + XY  DY = X + X 2 Y| 0 +  X  Y 2
2 0

)( ) ( )
4 2
( ) (
4- X 4 X 4
∫ 03 X + X 2 + XY  DY = X + X 2 4- X + 4- X
3 2 3

4 4 16 8 8 4
= 4X - X 2 + 4X 2 - X 3 + 8X - X 2 + X 3 = 12X - X 2 - X 3
3 3 3 3 3 9


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

( ) |
4
∫ 40 12x -
8 2
3
x -
4 3
9
x  dx = 12 x 2
1
2
0
-
8 1
3 3
4 4 1
9 4 | 4
   x 3 0 -    x 4 0 = 96 -
512 256
9
-
9 |
32
= x3
3

1 1 32 27 32 18
xˉ = m ∬ (1 + x + y)x dxdy = 464 3
= 464 . 3 = 19
S 27


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Continuando:

∬ YΔ ( X , Y ) DXDY 1
ˉ =
Y S = ∬ (1 + X + Y) Y DXDY
M M
S

1 3 3- 3Y
(Y + XY + ) DXDY = (Y + XY + Y )DXDY
1
ˉ =
Y ∬ Y2 ∫ ∫ 04 2
M M 0
S


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em x:
3

| ) (3 - ) ( )
3 3 3- 4y 2
(y + xy + y )dx = (y + ) (
1 3 y 3
∫ 3 -04 y 2 y 2 x| 3 -04 y + y  x 2 = y + y2 y + 3- y
2 4 2 4
0

3 3 9 9 9 15 15
= 3y - 4 y 2 + 3y 2 - 4 y 3 + 2 y - 4 y 2 + 32 y 3 = 2 y - 32 y 3

( ) | |
3 3
3 15 15 15 1 15 1 135 1215 3105
∫0 2
y - 32 y 3 dy =   2 2 y 2 - 32 4 y 4 = 4 - 128 = 128
0 0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CÁLCULO DE MOMENTO DE INÉRCIA


A MECÂNICA ESTUDA O MOMENTO DE INÉRCIA DE UM OBJETO. O MOMENTO DE INÉRCIA
QUANTIFICA A DIFICULDADE DE MUDAR UM ESTADO DE ROTAÇÃO DE UM OBJETO EM
TORNO DE UM EIXO E DE UM PONTO. QUANTO MAIOR FOR O MOMENTO DE INÉRCIA DE UM
OBJETO, MAIS DIFÍCIL SERÁ GIRÁ-LO OU ALTERAR SUA ROTAÇÃO.

Considere uma partícula pontual de massa m. O momento de inércia dessa partícula em torno de um eixo é dado por md2, em que d é a distância
da partícula ao eixo.

Vamos, agora, considerar um objeto no plano com massa dada por sua densidade superficial de massa δ(x,y). Esse objeto está definido por uma
área dada por S. Estamos interessados em calcular o momento de inércia do objeto em relação ao eixo x e ao eixo y.

Dividiremos o objeto em partículas pontuais de massa dm, localizada em um ponto (x,y). Dessa forma, o momento de inércia em relação ao eixo

x será dado por y2dm, do mesmo modo que em relação ao eixo x, será de x2dm.

Se somarmos os momentos de inércia de todas as partículas que compõem o objeto, obteremos o momento de inércia do corpo desejado.
Devemos lembrar que dm = δ dS

Assim:

I X = ∬ Y 2DM = ∬ Y 2Δ X, Y DS
S S
( )

I Y = ∬ X 2DM = ∬ X 2Δ X, Y DS
S S
( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Também podemos calcular o momento de inércia referente a origem, lembrando que a distância de um ponto (x,y) para origem é dada por

√x 2 + y 2. Assim, o momento de inércia em torno da origem é dado por:

IO = ∬
S
(X 2
)
+ Y 2 DM = ∬
S
(X 2
)( )
+ Y 2 Δ X, Y DS


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO 5

Determine o momento de inércia em torno da origem para o disco de 2 cm de raio e centro na origem, que apresenta densidade superficial de
massa de 4 kg/m².

SOLUÇÃO

IO = ∬
S
(X 2
)( )
+ Y 2 Δ X, Y DS


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Pela simetria, é melhor trabalharmos com coordenadas cartesianas, da seguinte forma:

I O = ∬ Ρ 2Δ(Ρ, Θ) ΡDΡDΘ
S

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas o disco é homogêneo, isto é, δ é constante e vale 4.

I 0 = ∫ 20∫ 2Π 2 2 2Π 3
0 Ρ  4Ρ DΡDΘ = 4∫ 0 ∫ 0 Ρ  DΡDΘ


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Resolvendo a integral em θ:

4∫ 2Π 3 3
0 Ρ  DΘ = 4Ρ  2Π


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim:

|
1 2
I0 = ∫ 208ΠΡ 3DΡ = 8Π Ρ4 = 32Π  KG CM 2 
4
0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

RESUMO DO MÓDULO 3
TEORIA NA PRÁTICA
A placa de um capacitor tem a forma de um disco de 4 cm raio. Considere que a origem do sistema se encontra no centro do disco. Sabe-se que
esse disco é carregado eletricamente com uma densidade superficial de carga dada por σ(x,y)= 2x² + x + y + 2y², medido em C/m². Determine a
carga total da placa do capacitor.

RESOLUÇÃO
Veja a seguir a solução desta questão:

MÃO NA MASSA

VERIFICANDO O APRENDIZADO

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste Tema, apresentamos e aplicamos o conceito da integral dupla de funções escalares.

No primeiro módulo, definimos a integral dupla e estudamos como se calcula a integral em coordenadas retangulares. Vimos que o Teorema de
Fubini permitiu o cálculo da integral dupla por meio de duas integrais simples iteradas.

No segundo módulo, apresentamos a integral dupla em sua forma polar, permitindo o cálculo mais simples para algumas simetrias.

Por fim, vimos exemplos de aplicação de integral dupla no cálculo de áreas, no cálculo de massa e centro de massa, bem como no momento de
inércia.

Acreditamos que você, neste momento, já saiba definir e trabalhar com a integração dupla de funções escalares.

AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. 2 ed. Estados Unidos: John Wiley & Sons, 1969. Cap. 11, p. 353-378, 392-405. Vol 2.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. 5 ed. São Paulo: LTC, 2013. Cap. 2, p. 37-48; Cap. 3, p. 49-74 e Cap. 4, p. 75-104. Vol 3.

STEWART, J. Cálculo. 5 ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008. Cap. 16, p. 978-1019. Vol 2.

EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste Tema, pesquise sobre integrais duplas e suas aplicações na internet e em nossas referências.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES

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