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PROPÓSITO
Calcular a integral de linha para campos escalares e vetoriais, bem como a sua aplicação em campos conservativos e a do teorema
de Green.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
MÓDULO 2
Calcular a integral de linha de campos vetoriais
MÓDULO 3
MÓDULO 4
MÓDULO 1
INTRODUÇÃO
Existem alguns problemas práticos para os quais é necessário calcular o efeito de uma função escalar sobre uma determinada
trajetória.
Imagine que você conheça a densidade linear de massa de um objeto que tem a forma de uma curva. Essa densidade linear define
como a massa se distribui pelo comprimento do objeto em cada ponto dele. Se essa densidade não for
constante, deve ser
analisado o efeito desta função em cada ponto do objeto, e depois somar todos esses valores.
A integral de linha de campos escalares é a ferramenta matemática que fornece uma solução para esses problemas.
Nós já conhecemos a integração simples que permitiria a integração de uma função real para um intervalo [a,b]. Essa integral
simples permitiria resolver esse tipo de problema caso a função dependesse apenas de uma variável
e a forma da curva fosse uma
reta obtida pela variação dessa variável de a até b.
A integral de linha amplia essa possibilidade, permitindo trabalhar com um campo escalar, que depende de várias variáveis,
integradas por uma curva que tem um trajeto qualquer.
Neste módulo, você vai conhecer a definição e como calcular a integral de linha.
CURVA PARAMETRIZADA
() [ ]
A curva paramétrica γ t : a, b ⊂ R → R n,
com n inteiro maior do que 1, é percorrida variando o valor do parâmetro t.
EXEMPLO 1
A curva γ(t) = (cos t, sen t),
para 0 ≤ t ≤ 2π. Observe que x(t) = cos t e y(t) = sen t. Assim x 2(t) + y 2(t) = 1,
representando uma
circunferência de raio 1 no plano XY, com a variação do valor de t.
EXEMPLO 2
A curva γ(u) = (2 cos u, 2 sen u, u),
para 0 ≤ u ≤ 10. Observe que x(u) = cos u,
y(u) = sen u e z(u) = u.
Assim x 2(u) + y 2(u) = 4 e
z(u) = u, representando uma hélice circular, no espaço XYZ, com raio 2 e com z variando
de 0 até 10, com a variação do valor do
parâmetro u.
Considere que esta curva é derivável em seu domínio. A derivada de γ(t) representa a taxa de variação instantânea
de γ(t) em
relação ao parâmetro t. Portanto, podemos usar uma aproximação, tal que o comprimento de um arco
(“pedaço”) desta curva será
dado por:
| ( )| ∆ t
∆ s = γ' t
Com ∆ t = t f - t i, sendo t f e t i os valores do parâmetro para o ponto inicial e final do pedaço da curva analisado.
Vamos considerar o caso onde essa função escalar f apresenta em seu domínio os pontos percorridos pela curva γ(t).
Assim,
γ(t) ⊂ S, para t ∈ [a, b].
PROBLEMA A SER RESOLVIDO PELA INTEGRAL DE LINHA DE UMA
FUNÇÃO ESCALAR
Imaginemos agora um problema em que desejamos obter o efeito da função em cada arco (“pedaço”) dessa Curva C.
Imagine que conhecemos o valor da densidade linear de massa de um objeto (δ) que tem a forma de uma Curva C, definida por uma
parametrização γ(t).
Essa densidade linear é representada por uma função que tem um valor diferente em cada ponto dessa Curva
C. Por exemplo, no caso do ℝ 3,
a densidade linear seria uma função δ(x, y, z).
Como o objeto tem a forma de uma curva definida por sua parametrização, podemos dizer que a função densidade será dada por
δ = f(γ(t)),
onde
γ(t) representa cada ponto da curva.
Como a densidade linear de massa é a razão entre a massa pelo comprimento, se desejarmos obter o valor da massa em um
pedaço ∆ L do objeto, ela
será obtida por:
∆M = Δ∆L
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, se fizermos esse pedaço ser tão pequeno quanto desejarmos, isto é, ∆ L → 0, podemos definir que
| ( )| ∆ t.
∆ m = f(γ(t)) ∆ L = f(γ(t)) γ ' t
Vamos usar um raciocínio análogo ao da Soma de Riemann, utilizada na definição de integrais simples. Vamos pegar o objeto, na
forma da curva, e dividir em m pedaços. A massa total pode ser
obtida por:
Esse limite do somatório, quando existir, será representado na forma de uma integral e denominado integral de linha de um campo
escalar.
Repare, portanto, que a integral de linha de funções escalares é uma ferramenta definida para determinar o valor do produto de uma
função escalar pelo comprimento em uma trajetória definida por uma curva.
No exemplo anterior, foi usada a densidade linear de massa, mas há várias aplicações práticas nas áreas de Eletromagnetismo,
Física, estudo de escoamento de fluidos, entre outras.
Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de função escalar é semelhante à integral simples de uma função real, com
a seguinte diferença:
A INTEGRAÇÃO É FEITA POR MEIO DE UMA TRAJETÓRIA DEFINIDA POR UMA CURVA
(OU LINHA) QUALQUER, E QUE O INTEGRANDO SERÁ O PRODUTO DE UMA FUNÇÃO
PELO COMPRIMENTO DE UM PEDAÇO INFINITESIMAL DA TRAJETÓRIA.
()
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : [a, b] ⊂ ℝ → ℝ n,
com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.
B
∫ F(Γ(T))DL = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A
| ( )|DT
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Outra denominação para essa integral é integral de linha com relação ao comprimento de arco. Essa denominação é para
diferenciar da integral de linha de campos vetoriais, que será estudada posteriormente.
Repare na simbologia: a letra C colocada abaixo da integral representando que está se integrando sobre a Curva C.
Como estamos obtendo uma integração sobre a Curva C, para cada ponto do percurso é obtido o valor de f γ t 0 ( ( )) vezes o
) ) | ( )| ∆ t.
comprimento infinitesimal ∆ s(t 0 . Lembrando que ∆ s(t 0 = γ ' t 0
Fonte: EnsineMe
Assim:
√( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2
∫ F(X, Y)DL = ∫ F(X(T), Y(T)) + DT
DT DT
C A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ou
√( ) ( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2 DZ ( T ) 2
∫ F(X, Y, Z)DL = ∫ F(X(T), Y(T), Z(T)) + + DT
DT DT DT
C A
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Observe que, após a montagem da integral de linha, o problema recai no cálculo de uma integral definida simples com o integrando
sendo uma função real.
EXEMPLO
Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1,
e a Curva C é a semicircunferência de centro na origem com raio
2 e com y ≥ 0.
RESOLUÇÃO
Vamos inicialmente definir a Curva C. Como ela é uma semicircunferência de raio 2, temos que:
Como desejamos apenas a parte de cima dessa semicircunferência, isto é, y ≥ 0. O parâmetro t não
irá variar de 0 até 2π, que
seria o caso da circunferência inteira, e sim de 0 até π.
f(x, y) = 4 sen(2t) + 1
|γ (t )| = √(- 2 cos t)
' 2 + (2 sen t) 2 = √4 cos 2t + 4 sen 2t = √4 = 2
Dessa forma:
π π
C 0
| ( )|dt = ∫ 2(4 sen(2t) + 1) dt
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
0
∫ f dl = 8 2
C
1
( ( )|
- cos 2t
π
0
+ 2t| π
(
0 = - 4 cos2π - cos0) + 2(π - 0) = 2π
A integral de linha independe da parametrização utilizada para a curva. Em outras palavras, se usarmos duas parametrizações
diferentes, desde que as duas definam a mesma curva, a integral de linha tem que dar o mesmo resultado.
EXEMPLO
Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y) = 2xy + 1,
e a Curva C é definida pela equação γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u)
π π
com - 4 ≤ u ≤ 4
RESOLUÇÃO
π π
Observe que este exemplo é igual ao anterior, pois γ(u) = ( - 2sen 2u, 2cos 2u) com - 4 ≤ u ≤ 4 representando
a semicircunferência
de raio 2 no plano XY com y ≥ 0.
() (
Assim, γ ' u = (- 2sen 2u) ', (2cos 2u) ' = ) ( - 4cos 2u, - 4 sen 2u )
Portanto, γ ' u | ( )| = √(- 4 cos 2u) 2 + (- 4 sen 2u) 2 = √16 cos 2 (2u ) + 16 sen 2 (2u ) = √16 = 4
E:
Dessa forma:
π
π 4
C 0
| ( )|du = ∫
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
π
4(- 4 sen(4u) + 1)du
- 4
(
π
( ( )| ( )) ( ( ))
π
1 4 π π
∫ f dl = 16 4 - cos 4u + 4u| 4π = - 4 cosπ - cos - π +4 4 - 4
= 2π
π - 4
C - 4
Observe que, apesar da mudança de parametrização para a curva, a integral de linha não mudou de valor.
Repare que quando o caminho C é uma reta sobre o eixo x, y ou z, a integral de linha se transforma na integral simples de uma
função real.
EXEMPLO
Se a Curva C for a reta no plano XY que une os pontos (a,0) e (b,0), assim:
√( )
b dx ( t ) 2 b dx ( t )
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0) dt
+ (0) 2dt = ∫ f(x(t), 0) dt dt
C a a
b b
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0)dx(t) = ∫ f(x)dx
C a a
Por fim, para definirmos a integral de linha, supomos que a equação que parametriza a curva apresenta derivada. Outra forma é
dizer que a curva é suave.
Observe a figura a seguir, a curva não apresenta derivadas no ponto c e d. Repare que forma um “bico”, tendo limites laterais
diferentes da variação da função. Outra forma de não ter a derivada no ponto é se a curva não fosse
contínua. Observe:
Fonte: EnsineMe
Se desejarmos calcular uma integral de linha do ponto t = a até o ponto t = b, não poderíamos aplicar a forma direta, pois a curva
não é integrável em todo o percurso.
t = a até t = c
t = c até t = d
t – d até t = b
Assim:
C D B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T))
C A
| (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) | (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) |Γ (T )|DT
Γ'
C
Γ'
D
'
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Toda vez que conseguirmos dividir a Curva C dessa forma, dizemos que ela é suave em partes.
EXEMPLO
( )
Determine a integral de linha do campo escalar f x, y = x 2y sobre a Curva C definida pelos pontos (x,y) tais que γ(t) = (t, |t|) com
- 1 ≤ t ≤ 1.
RESOLUÇÃO
Observe que não existe a derivada para γ(t) quanto t = 0. Assim, para realizar a integral de linha, dividiremos
a curva em duas
partes:
γ(t) =
{ (t, - t), - 1 ≤ t ≤ 0
(t, t), 0 ≤ t ≤ 1
f(x, y) = xy → f γ(t) =
( ){ t 2(- t) = - t 3, - 1 ≤ t ≤ 0
t 2. t = t 3, 0 ≤ t ≤ 1
Assim:
1 0 1
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
C -1
| ( )|du = ∫ -1
| ( )|du + ∫ f(γ(u)) |γ (u )|du
f(γ(u)) γ ' u
0
'
| |
0 1 0 1
∫ f dl = ∫
C -1
(- t )√2dt + ∫ (t )√2 dt = - √2
3
0
3 1 4
4
t
-1
1
+ √2 t 4
4
0
√2 √2 √2
( )
∫ f dl = - 4 0 4 - (- 1) 4 + 4 1 4 - 0 4 = 2
C
( )
Muitas dessas aplicações, quando temos uma configuração em duas ou três dimensões, são solucionadas por integrais duplas ou
triplas.
Em relação ao nosso problema atual, trabalharemos um objeto no espaço que possua uma dimensão.
MEDIDA DE COMPRIMENTO
Um objeto definido pela Curva C, com equação paramétrica γ(t), pode ter seu comprimento medido considerando na
integral de linha
à função escalar como unitária.
B
COMPRIMENTO = ∫ DL = ∫ Γ ' T
C A
| ( )|DT
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde o ponto inicial da curva a ser medida se dá para o parâmetro t = a, e o ponto final, para o parâmetro t = b.
EXEMPLO
Qual é o comprimento total da hélice circular com a equação paramétrica definida por γ(u) = (3 cos u, 3 sen u, u),
para 0 ≤ u ≤ 5.
RESOLUÇÃO
Portanto:
5
Comprimento = ∫ dl = ∫ √10 du = √10(5 - 0) = 5√10
C 0
DENSIDADES LINEARES
Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir a massa do mesmo em relação a sua dimensão pela densidade de
massa. Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será medida
em kg/m.
Assim, cada parte infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:
∆M DM
Δ = LIM = (KG/M)
∆L DL
∆L→0
DM = Δ DL
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Quando esse objeto tiver a forma de uma Curva, definida pela equação γ(t):
B
MASSA(M) = ∫ Δ(Γ(T))DL = ∫ Δ(Γ(T)) Γ ' T
C A
| ( )|DT
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
COMENTÁRIO
O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser
definidas pelas suas densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.
CENTRO DE MASSA
A densidade linear de massa também pode ser usada para obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.
∫ X DM ∫ X Δ ( Γ ( T ) ) DL
X
ˉ = C = C
M M
∫ Y DM ∫ Y Δ ( Γ ( T ) ) DL
Y
ˉ = C = C
M M
∫ Z DM ∫ Z Δ ( Γ ( T ) ) DL
Zˉ = C = C
M M
MOMENTO DE INÉRCIA
O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto.
Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação.
Podemos definir o momento de
inércia para um sólido definido no espaço.
Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade linear de massa δ(x, y, z). Esse
objeto tem forma definida por uma
Curva C e sua equação paramétrica γ(t).
RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Um objeto tem a forma de uma hélice circular de raio 2 e altura π. Sabe-se que a densidade linear de massa desse objeto vale
δ(x, y, z) = 2y sen z.
Para esse objeto colocado no espaço xyz, determine: a massa do objeto, sabendo que a forma do objeto pode
ser parametrizada por γ(t) = (2cos t, 2 sen t , t) com ≤ t ≤ π.
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
( )
F X, Y, Z = X 2Y + Z SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T , 2T 2, T + 5 COM ( )
0 ≤ T ≤ 5:
) ( √t )
5
0
(
A) ∫ t 4 + t + 5 2 + 2 dt
) (√16t )
5
0
(
B) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 2 dt
) (√t )
1
0
(
C) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 4 dt
) (√16t )
5
0
(
D) ∫ t 2 + t 2
+ 2 dt
) (√6t )
1
0
(
E) ∫ 4t 4 + 5 2 + 4 dt
√
C) ∫ 02 8 4 cos 2t + 1 dt
√
D) ∫ 02 8 4 sen 2t + 1 dt
E) ∫ π √ 2
0 8 4 cos t + 1 dt
( )
3. DETERMINE ∫ X 2 + Y DL ONDE C É UM ANEL CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 4:
C
A) 16 π
B) 32 π
C) 64 π
D) 128 π
E) 256 π
B) 91
C) 92
D) 93
E) 94
3
A)
111
10
B)
7
5
C) 7
5
D) 11
13
E) 3
( )
6. SEJAM O CAMPO ESCALAR F X, Y = E X + Y E O QUADRADO CENTRADO NA ORIGEM COM LADO
2 NO PLANO XY. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO DE ARCO DA
FUNÇÃO F SOBRE OS LADOS DO QUADRADO:
(
A) 2 e 2 - e - 2 + 1 )
B) 2 (e 2 + e -2 )
C) 2 (e 2
- e -2 - 1 )
(
D) 2 e 2 - e - 2 )
E) 2 (e 4
- e -2 )
GABARITO
( )
1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f x, y, z = x 2y + z sobre a curva definida pela
(
equação γ(t) = t , 2t 2, t + 5 com 0 ≤ t ≤ 5: )
A alternativa "B " está correta.
(
Como γ(t) = t , 2t 2, t + 5 :
)
() ( ( ) '
γ ' t = (t) ' , 2t 2 , (t + 5) ' = (1 , 4t, 1)
)
( ) ( )
f x, y, z = x 2y + z → f(γ(t)) = t 2 2t 2 + (t + 5) = 2t 4 + t + 5
Assim:
) (√16t )
5 5
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ (2t 0
4 +t+5 2 + 2 dt
2. Assinale a alternativa que apresenta a integral para calcular o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na
forma de um quarto de circunferência no plano XY, de raio 2, com centro na origem, e com x e y maior ou igual a zero. Sabe-
π
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( 2cos t , 2 sen t, 0) para 0 ≤ t ≤ .
Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.
Então:
δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2 → δ(γ(t)) = √2. 4cos 2t + 4 sen 2t → δ(γ(t)) = √8 cos 2t + 4 sen 2t = √4 cos 2t + 1
Dessa forma:
( ()
I z = ∫ 02 x 2 t + y 2 t ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt
'
π π
√
I z = ∫ 02 4. 4 cos 2t + 1 . 2dt = ∫ 02 8 4 cos 2t + 1 dt √
( )
3. Determine ∫ x 2 + y dl onde C é um anel centrado na origem de raio 4:
C
Necessitamos, inicialmente, parametrizar a Curva C. Como a curva é um anel (circunferência) de raio 4, teremos que
γ(t) = (4 cos t, 4 sen t) com 0 ≤ t ≤ 2π.
Assim:
( )
f(x, y) = x 2 + y → f(γ(t)) = (4cos t) 2 + 4 sen t = 16cos 2t + 4 sen t
Assim:
2π 2π
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ 4 (16cos t + 4 sen t )dt
0
2
2π 2π
∫ f dl = 64 ∫ cos 2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0
2π 2π 2π 2π 2π
∫ f dl = 32 ∫ (1 + cos 2t)dt + 16 ∫ sen tdt = 32 ∫ dt + 32 ∫ cos2tdt + 16 ∫ sen tdt
C 0 0 0 0 0
|
1 2π
2π 2π
∫ f dl = 32 t| 0 + 32 2 sen 2t - 16 cos t| 0
C 0
4. Determine a integral de linha ∫ 15 (x + 3y) dl, onde a Curva C é definida pela equação paramétrica γ(t) = t, 2t 2, 3t 3 com
C
( )
0 ≤ t ≤ 1:
Como γ(t) = t, t 2, t
( ) 2 3
3 () (
, então γ ' t = 1, 2t, 2t 2
)
√1 + 4t 2 + 4t 4 = √ (1 + 2t 2 ) ( )
2
Assim, |γ'(t)| = = 1 + 2t 2 .
( )
Como f(x, y) = 15 x + 3y → f(γ(t)) = 15 t + 3.2t 2 = 15 1 + 6t 2
( ) ( )
Portanto,
1 1
C 0
| ( )|
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t dt = 15 ∫ 1 + 6t 2
0
( )(1 + 2t ) dt
2
1
(
∫ f dl = 15 ∫ 1 + 8t 2 + 12t 4 dt
C 0
)
| ( )
1
1 5
|
1 1 8 12 91
∫ f dl = 15t| 10 + 15.8 3 t 3 0 + 15. 12 5 t = 15 1 + 3 + 5 = 15. 15 = 91
C 0
5. Determine as coordenadas da ordenada do centro de massa de um fio com a forma de uma hélice circular com equação
paramétrica dada por γ(t) = (2 cost, t, t sen t), com 0 ≤ t ≤ 2. Sabe-se que a densidade linear desse fio é igual à quarta
potência da distância de um ponto do fio até a origem do sistema cartesiano.
INTEGRAL DE LINHA
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO F(X, Y) = 2XY
(
SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = 2T 2 , 2T + 10 COM 0 ≤ T ≤ 2: )
( ) (√4t )
1
A) ∫ 8t 2 t + 5 2 + 2 dt
0
( ) ( √t )
2
B) ∫ t 2 t + 5 2
+ 2 dt
0
( ) (√4t )
2
C) ∫ 16t 2 t + 5 2 + 1 dt
0
( ) (√t )
2
D) ∫ 16t 2 t + 1 2 + 1 dt
0
(√ )
1
E) ∫ 16t 2 t 2 + 1 dt
0
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4
GABARITO
1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f(x, y) = 2xy sobre a curva definida pela equação
(
γ(t) = 2t 2 , 2t + 10 com 0 ≤ t ≤ 2: )
A alternativa "C " está correta.
(
Como γ(t) = 2t 2, 2t + 10 :
)
() (( ) '
γ ' t = 2t 2 , (2t + 10) ' = (4t , 2)
)
( ) ( )
f x, y = 2xy → f(γ(t)) = 2 2t 2 (2t + 10) = 8t 2 t + 5
( )
2. Determine o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de uma semicircunferência no plano XY, de
raio 1, com centro na origem e com x maior ou igual a zero. Sabe-se que a densidade linear de massa do objeto vale
δ(x, y, z) = x.
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( sen t , cos t, 0) para 0 ≤ t ≤ π.
Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2 δ(x, y, z)dl.
Então:
Dessa forma:
Iz = ∫π( ()
2 2
0 x t +y t ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt = ∫ sen tdt = - cos t| = (cos 0 - cosπ) = 2
' π
0
π
0
MÓDULO 2
Calcular a integral de linha de campos vetoriais
INTRODUÇÃO
Nós já estudamos em outras oportunidades a função real, a função escalar e a função vetorial. Neste módulo, definiremos o quarto
tipo de função que está faltando: os campos vetoriais.
CAMPOS VETORIAIS
Dependendo da definição do conjunto domínio e do contradomínio de uma função matemática, definimos vários tipos diferentes de
função. A função real, a função escalar e a função vetorial já foram estudadas por nós em outras
oportunidades.
Vamos relembrá-las:
FUNÇÃO REAL
FUNÇÃO VETORIAL
FUNÇÃO ESCALAR
Tem domínio e contradomínio contidos no conjunto dos números reais. Assim, a entrada e a saída são números reais.
Tem domínio contido no conjunto dos números reais e contradomínio no conjunto ℝ m, com m inteiro e maior
do que um. Dessa
forma, sua entrada é um número real, mas sua saída é um vetor com m componentes.
Tem domínio contido no conjunto ℝ n, com n inteiro maior do que um, e contradomínio no conjunto dos números
reais. Portanto, sua
entrada é um vetor com n componentes e a saída é um número real.
Nesse momento, vamos definir o quarto tipo de função, denominada campo vetorial.
Um outro nome para os campos vetoriais é função de diversas variáveis reais a valores vetoriais. Vamos definir formalmente o
campo vetorial.
DEFINIÇÃO
→
O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO F : S ⊂ ℝ N → ℝ M,
ONDE S É UM
SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N E TANTO M QUANTO N SÃO INTEIROS
MAIORES DO QUE
UM.
( ) ( ) ( )
→
Assim a cada elemento x 1, x 2, …, x n ∈ S ⊂ ℝ n,
será associado um único vetor F x 1, x 2, …, x n = y 1, y 2, …, y m ∈ ℝ m.
{(→
) (
IM F = F X 1, X 2, …, X N = Y 1, Y 2, …, Y M ∈ R M / X 1, X 2, …, X N ∈ S ⊂ R N ) ( ) }
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A imagem do campo vetorial é um vetor e cada uma de suas componentes serão funções escalares que dependerão das variáveis
independentes de entrada.
→
Para o caso de uma função F : S ⊂ ℝ 3 → ℝ 3,
podemos escrever o campo vetorial em relação às suas funções escalares
componentes, como:
→
F(X, Y, Z) = 〈P(X, Y, Z), Q(X, Y, Z), R(X, Y, Z)〉 = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
→ →
Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈e x + y, 2z 2 + 10, ln (y + 1), x + y + z〉.
Determine as imagens de F para quando o elemento de
entrada for (– 1, 0, 2).
RESOLUÇÃO
→
Repare que o campo vetorial F apresenta domínio no ℝ 3 e imagem no ℝ 4. Assim, terá em sua entrada um vetor de 3 componentes e
a saída um vetor do
ℝ 4.
→
Dessa forma, F(- 1,0, 2) = 〈e - 1 + 0, 2.2 2 + 10, ln (0 + 1), - 1 + 0 + 2〉 = 〈e - 1, 18, 0, 1〉
EXEMPLO
O mapeamento de velocidade de um líquido, isto é, em cada ponto do espaço, definido por variáveis (x,y,z), tem definido um vetor
velocidade com suas três componentes (vx, vy, vz) que
dependem das variáveis de entrada.
Outro exemplo é o valor de uma força tridimensional em cada ponto de um sólido. Que também associa em cada ponto espacial
(x,y,z) um vetor força. O campo elétrico em cada ponto do espaço.
Quando estudamos campos escalares, vimos o gradiente de uma função escalar, que foi definida como:
(
∇ F X 1, X 2, …, X N = ) ( ∂ X1 (X1, X2, …, XN ), …, ∂ XJ (X1, X2, …, XN ), …, ∂ XN (X1, X2, …, XN ) )
∂F ∂F ∂F
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Repare que o gradiente de uma função escalar é um campo vetorial, pois apresenta um vetor com n componentes na entrada e n
funções escalares na saída.
O campo vetorial, por ser um vetor, obedece a todas as operações e propriedades vetoriais.
EXEMPLO
→ →
Determine o produto vetorial entre a imagem dos campos vetoriais F(x, y, z) = 〈x + y, x - z, z〉 e G(x, y, z) = 〈2y - z, 3x + y, y + 1〉 no
ponto (1,1,1).
RESOLUÇÃO
→
F(1,1, 1) = 〈1 + 1,1 - 1,1〉 = 〈2,0, 1〉
→
G(1,1, 1) = 〈2 - 1, 3 + 1,1 + 1〉 = 〈1,4, 2〉
| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F(1,1, 1)XG(1,1, 1) = 2 0 1 = (0 - 4)x̂ + (1 - 4)ŷ + (8 - 0)ẑ = - 4x̂ - 3ŷ + 8ẑ
1 4 2
Podemos, de forma análoga, definir uma integral de linha para um campo vetorial.
Para definir essa integral de linha, vamos seguir um exemplo prático que seria o cálculo do trabalho de uma força sobre uma
trajetória.
Seja a Curva C definida pela equação parametrizada γ(t). Imagine um objeto tendo como trajetória a Curva C. Assim, a posição
do
( )
objeto para o instante t o, seria dada por γ t 0 .
→
Seja um campo vetorial que representa uma força F. Considere que as posições definidas pela trajetória façam parte
do domínio do
( )
→
campo vetorial. Assim, em cada posição, teremos um valor para o vetor F. No instante t 0,
o objeto estará na posição γ t 0 , e sobre
( ( )).
→
essa posição existirá um campo vetorial de valor F γ t 0
Fonte: EnsineMe
Necessitaremos definir um sentido para essa trajetória. Tanto faz qual seja, mas após a sua definição, a parametrização da curva
deve respeitar o sentido escolhido. Em nosso exemplo, consideraremos sentido positivo da esquerda
para direita.
Quando não é informada a orientação da curva, considera-se o sentido de percurso o do crescimento do parâmetro.
Aprendemos, na Física, que o trabalho que uma força exerce sobre um deslocamento vale o produto escalar entre a força e o vetor
deslocamento.
ATENÇÃO
Lembre-se que o vetor deslocamento é o que tem início na posição inicial do objeto e extremidade na posição final. Como
consideramos o sentido positivo da esquerda para a direita, o vetor deslocamento terá sempre esse
sentido.
Durante o percurso, a força pode variar. Assim, temos que fazer o percurso tão pequeno quanto pudermos para usarmos a condição
( ( )) para um
→
que a força não varia nesse trecho. Dessa forma, podemos dizer que o trabalho realizado pela força
F γ t 0
( ( )) ( ) ( ( )) ( ( ) ( ))
→ → → → →
∆ Τ = F Γ T0 . ∆ Γ T0 = F Γ T0 . Γ T0 + ∆ T - Γ T0
COM ∆ T → 0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Considere que a equação parametrizada da curva apresenta derivada, isto é, que a curva é suave no seu domínio. Como o vetor
( )
→
∆ γ t 0 será tão pequeno quanto desejarmos, podemos afirmar que ele terá a direção da reta tangente à curva e usará o teorema
do valor médio para calcular esse vetor por meio da derivada:
( ) (( ) ( )) = Γ' (T0 ) ∆ T
→ → → →
∆ Γ T0 = Γ T0 + ∆ T - Γ T0
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
( ( )). ∆ γ (t0 ) = F (γ (t0 )). γ' (t0 ) ∆ t com ∆ t tendendo para zero.
→ → → →
Então, ∆ τ = F γ t 0
COMENTÁRIO
( )
→
Observe a figura anterior, como γ' t 0 terá a direção da tangente à curva:
→
Onde α é o ângulo entre o vetor F e a tangente à curva da trajetória no ponto t 0.
( ) | | ||
→ → → →
Se considerarmos a componente do vetor F na direção e sentido da trajetória F T ,
como F T = F cos α:
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em cada posição da trajetória, tanto o módulo do campo vetorial quanto o ângulo, que o vetor força faz com o deslocamento, pode
→
mudar. Para calcular o trabalho total exercido pela força F desde um instante t = a até um instante t = b, necessitaremos somar todos
os trabalhos realizados em cada trecho da trajetória.
Seguindo um raciocínio análogo que foi feito com a Soma de Riemann, dividiremos as trajetórias em partições tão pequenas quantos
desejarmos e calcularemos o trabalho para cada uma dessas partições infinitesimais. Quando o tamanho
das partições tenderem a
zero, ou como outra forma de pensar, quando o número de partições tenderem ao infinito, o trabalho total será obtido pelo somatório
do trabalho em cada partição.
( ( )) ( )
→ →
Τ = LIM ∑ I =M1 ∆ Τ I = LIM ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I
M→∞ M→∞
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
Quando o tamanho de cada partição tender a zero, será o mesmo que fazer a variação da parametrização ∆ t tender a zero,
garantindo a aproximação
do vetor deslocamento através de sua derivada.
→
Esse limite é semelhante ao da integral simples, sendo definido como a integral de linha do campo vetorial F sobre
a Curva C,
definida por γ(t):
( ( )) ( )
→ → → →
LIM ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
M→∞
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Deduzimos a integral de linha para campo vetorial por meio de um exemplo prático de cálculo de trabalho. Existem, porém, diversas
outras aplicações. Toda vez que desejarmos obter o efeito de um campo vetorial sobre uma trajetória,
a integral de linha para campo
vetorial será usada.
Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de campo vetorial é semelhante a integral de linha de campo escalar, com a
diferença que desejamos o efeito da projeção do campo vetorial sobre a trajetória e não apenas
o módulo do campo.
() [ ]
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : a, b ⊂ ℝ → ℝ n,
com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.
→
Seja uma função escalar F : S ⊂ ℝ n → ℝ n,
com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.
→
A integral de linha do campo vetorial F sobre C é definida por:
→ → → →
∫ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
ATENÇÃO
É preciso tomar cuidado, pois no integrando temos um produto escalar entre dois vetores e não uma multiplicação simples.
Observe que, após a montagem da integral de linha e o cálculo do produto escalar, o problema recai no cálculo de uma ou mais
integrais simples com os integrandos sendo funções reais.
Quando essa curva for fechada, podemos representar a integral pela simbologia a seguir:
→ → B→ →
∮ F. DΓ = ∫ AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lembre-se, também, que caso a Curva C não seja suave em todo seu domínio, devemos dividir a trajetória em pedaços onde a
curva é suave, da mesma forma que fizemos para integral de linha em campos escalares para curvas suaves
em partes.
Da mesma forma, a integral de linha de campo vetorial também independe da parametrização da curva utilizada.
EXEMPLO 1
→ → →
(
Determine o valor da integral de linha ∫ F. d γ,
onde F(x, y, z) = 〈2x, - y, 3z〉 e a Curva C é definida pela equação γ(t) = 1 - t 2, 2t, t
C
)
com 0 ≤ t ≤ 2, com orientação positiva no sentido do crescimento
do parâmetro t.
EXEMPLO 1
RESOLUÇÃO
→
( )
Como F(x, y, z) = 〈x, y, z〉 e γ(t) = 1 - t 2, 2t, t ,
então:
→
F(γ(t)) = 〈2 - 2t 2, - 2t, 3t〉
→
→
( )
Assim, F(γ(t)). γ ' (t) = 2 - 2t 2 (- 2t) + (- 2t). 2 + 3t. 0 = 4t 3 - 4t - 4t = 4t 3 - 8t
→ →
( ) 2
| 2
|
∫ F. d γ = ∫ 20 4t 3 - 8t dt = t 4 0 - 4t 2 0 = 16 - 4.4 = 0
C
Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ 3. Seja a Curva C definida pelas parametrizações
γ(t) = (x(t), y(t), z(t)).
→
F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ.
Assim:
→ →
b→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ a F(γ(t)). γ'(t)dt
C
C
→ →
b
[ dx
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ a P(x, y, z) + Q(x, y, z) + R(x, y, z)
dt dt
dy
dt
dt
dz
]
Os valores de ( dx
dt
dy dz
)
(t), dt (t), dt (t) são obtidos pelas coordenadas de γ '(t).
→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ (P dx + Qdy + Rdz)
C C
A forma p(x, y, z)dx + Q(x, y, z)dy + R(x, y, z)dz é denominada de forma diferencial definida.
EXEMPLO 2
(
π
Determine o valor de ∫ x 2dx + 2y dy,
sendo a Curva C definida por γ(t) = 2t 2, cos t),
com 0 ≤ t ≤ . Considere a orientação positiva
2
C
da curva no sentido do crescimento
do parâmetro t.
RESOLUÇÃO
→
Pelo enunciado, F(x, y, z) = 〈x 2, 2y〉.
[( ]
2
) 2 dx dy
Assim, ∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 2t 2 + 2cos t dt.
dt dt
C 0
Mas,
dx
dt ( ) = 4t e
= 2t 2
' dx
dt
= (cos t) ' = - sen t.
Então:
π π
2 2
[ ]
∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 4t 4. 4t + 2cos t ( - sent) dt = ∫ 16t 5 - 2cos t sen t dt
C 0 0
[ ]
π
π π
2 8 π6 π6
[ ] |
1 1
∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 16t 5 - sen 2t dt = 16 t 6 0 + cos (2t)| 02 =
2
=
6 2 3 64 24
C 0
RESUMO DO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
Um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, localizada na origem do sistema cartesiano, apresenta uma equação dada
( )
por E x, y, z = k
Q
(x +y +z )
2 2 2 3/2
(x x̂ + y ŷ + z ẑ ) [Volts/m], onde k é uma constante real positiva.
Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos finais e iniciais de uma Curva C dada pela equação γ(t) = (t, t, t),
com
1 ≤ t ≤ 2, sabendo que a diferença de potencial é dada pela
equação:
→ →
∆ V = V f - V i = - ∫ E. d γ [Volts]
C
RESOLUÇÃO
CAMPOS VETORIAIS
MÃO NA MASSA
()
A) f y = y 2 + 2 ln y
→
B) F(t) = 〈2t, t + 1, cos t〉
→
C) F(u, v, w) = 〈2v, u + w〉
D) f(x, y, z) = 2x + zln y
→
E) F(x, y) = 〈x + y, y + 2, yln x〉
→ →
2. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS F(X, Y) = 〈X + Y, X 2 + 3, Y - 1〉, G(U, V, W) = 〈U + V, V + W, U + W〉 E
→ →
H(X, Y, Z) = 〈X 2 + Y, Z 2, 3Y〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL T(X, Y, Z),
( )
→ → → →
PARA O PONTO (X,Y,Z) = (1, 0, 2). SABE-SE QUE T(X, Y, Z) = 2F(X, Y) × G(X, Y, Z) - 3H(X, Y, Z) .
A) 6
B) 7
C) 8
D) 9
E) 10
→ →
3. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ F. DΓ, SENDO O CAMPO VETORIAL
C
→
(
F(X, Y, Z) = XYX̂ + YZŶ + XZẐ E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T 2, T 3, T , PARA)
0 ≤ T ≤ 1.
27
A)
28
23
B)
24
29
C)
28
21
D)
23
19
E)
21
4. DETERMINE A INTEGRAL ∫ (X DX + Y DY + ZDZ) COM C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA
C
( )
Γ(T) = T 3, T 2, T COM 0 ≤ T ≤ 2. CONSIDERE A ORIENTAÇÃO DO PERCURSO NO SENTIDO DE
CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T.
A) 32
B) 40
C) 42
D) 48
E) 50
5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∫ (XZ DX + Y DY + DZ). A CURVA C É DEFINIDA PELA
C
INTERSEÇÃO DA ESFERA DE RAIO 2, CENTRADA NA ORIGEM, AS REGIÕES X ≥ 0, Y ≥ 0 E Z ≥ 0 E
O PLANO X = Z. O SENTIDO DO PERCURSO DA CURVA C SERÁ ENTRE SEU PONTO INICIAL (0,2,0)
ATÉ (√2, 0, √2 ).
5√ 2 + 6
A) -
3
5√ 2 - 6
B)
3
2√ 2 - 6
C)
3
2√ 2 + 6
D)
3
5√ 2 + 6
E) 3
→
6. UMA FORÇA F(X, Y, Z) = 〈X + 2, Y + 1〉 ATUA SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVIMENTA SOBRE UMA
CURVA, QUE, POR SUA VEZ, É UM ARCO DE CICLOIDE DE EQUAÇÃO
Γ(T) = (2(T - SEN T), 2(1 - COS T)) COM 0 ≤ T ≤ 2Π DETERMINE O TRABALHO REALIZADO POR ESTA
FORÇA:
A) 8π 2
B) 8π(π - 1)
C) π(π + 1)
D) 8π(π + 1)
E) 8π 2 - 1
GABARITO
As alternativas c e e apresentam campos vetoriais, porém somente a alternativa c apresenta domínio no ℝ 3, sendo a alternativa
verdadeira.
( )
→ → → →
T(x, y, z) = 2F(x, y) × G(x, y, z) - 3H(x, y, z) .
→ →
F(1,0) = 〈1 + 0, 1 2 + 3, 0 - 1〉 = 〈1,4, - 1〉 → F(1,0) = 〈2.1,2.4,2. ( - 1)〉 = 〈2,8, - 2〉
→
G(1,0, 2) = 〈1 + 0, 0 + 2, 1 + 2〉 = 〈1, 2,3〉
→ →
H(1,0, 2) = 〈1 2 + 0, 2 2, 3.0〉 = 〈1, 4,0〉 → 3H(1,0, 2) = 〈3, 12,0〉
→ →
Assim, G(1,0, 2) - 3H(1,0, 2) = 〈1 - 3,2 - 12,3 - 0〉 = 〈- 2, - 10,3〉
| |
x̂ ŷ ẑ
→
T(1,0, 2) = 〈2,8, - 2〉X〈- 2, - 10,3〉 = 2 -2
8
- 2 - 10 3
→
T(1,0, 2) = (24 - 20)x̂ + (4 - 6)ŷ + (- 20 + 16)ẑ = 4x̂ - 2ŷ - 4ẑ
→ → →
3. Determine a integral de linha ∫ F. dγ, sendo o campo vetorial F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e a Curva C definida pela equação
C
( )
γ(t) = t 2, t 3, t , para 0 ≤ t ≤ 1.
→
Como F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e γ(t) = t 2, t 3, t
( )
→
F(γ(t)) = 〈t 2. t 3, t 3. t, t 2. t〉 = 〈t 5, t 4, t 3〉
(
γ(t) = 2t, 3t 2, 1
)
→ →'
Portanto, F(γ(t)). γ (t) = 2t. t 5 + 3t 2. t 4 + 1. t 3 = 5t 6 + t 3
| |
1 1
( )
→ → 1 1 1 5 1 27
Assim, ∫ F. d γ = ∫ 0 5t 6 + t 3 dt = 5 t 7 + t4 = + =
7 4 7 4 28
C 0 0
4. Determine a integral ∫ (x dx + y dy + zdz) com C definida pela equação paramétrica γ(t) = t 3, t 2, t com 0 ≤ t ≤ 2.
C
( )
Considere a orientação do percurso no sentido de crescimento do parâmetro t.
(
Como γ(t) = t 3, t 2, t
)
(
γ'(t) = 3t 2, 2t, 1
)
→
F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = x x̂ + yŷ + zẑ
Assim:
→ →
2→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 0 F(γ(t)). γ'(t)dt
C
→ →
[
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 20 x + y + z
dt dt
dx
dt
dt
dy dz
]
→ →
[ ]
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 20 t 3 3t 2 + t 2 2t + t. 1 dt = ∫ 20 3t 5 + 2t 3 + t dt
C
( )
| | |
1 2 1 2 1 2 26 24 22
→ →
∫ F(γ(t)). d γ = 3 t 6 + 2 t4 + t2 = + + = 32 + 8 + 2 = 42
6 4 2 2 2 2
C 0 0 0
5. Determine o valor da integral ∫ (xz dx + y dy + dz). A Curva C é definida pela interseção da esfera de raio 2, centrada na
C
origem, as regiões x ≥ 0, y ≥ 0 e z ≥ 0 e o plano x = z. O sentido do percurso da Curva C será entre seu ponto inicial
→
6. Uma força F(x, y, z) = 〈x + 2, y + 1〉 atua sobre um objeto que se movimenta sobre uma curva, que, por sua vez, é um arco
de cicloide de equação γ(t) = (2(t - sen t), 2(1 - cos t)) com 0 ≤ t ≤ 2π Determine o trabalho realizado por esta força:
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ →
1. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS G(U, V) = 〈2U + V, V 2, U + 2〉, F(X, Y, Z) = 〈X + 2Y, Y + 2Z, Z - 2X〉 E
→ →
H(U, V, W) = 〈U 2 + 2, V 2, 3W〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL R(X, Y, Z)
( )
→ → → →
PARA O PONTO (X, Y, Z) = (– 1 , 1, 0). SABE-SE QUE R(X, Y, Z) = 3G(X, Y) × F(X, Y, Z) - H(X, Y, Z) .
A) 6
B) 6√2
C) 12
D) 6√3
E) 10√2
→ →
2. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ F. DΓ, SENDO O CAMPO VETORIAL
C
→
F(X, Y, Z) = 2Y 2ZX̂ + XZŶ + Z 2Ẑ, E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T 2, T, T 2 , PARA ( )
0 ≤ T ≤ 1.
3
A) 4
5
B) 7
6
C) 5
9
D) 8
2
E)
3
GABARITO
→ → →
1. Sejam os campos vetoriais G(u, v) = 〈2u + v, v 2, u + 2〉, F(x, y, z) = 〈x + 2y, y + 2z, z - 2x〉 e H(u, v, w) = 〈u 2 + 2, v 2, 3w〉.
→
Determine o módulo da imagem do campo vetorial R(x, y, z) para o ponto (x, y, z) = (– 1 , 1, 0). Sabe-se que
( )
→ → → →
R(x, y, z) = 3G(x, y) × F(x, y, z) - H(x, y, z) .
→
G(- 1,1) = 〈2. (- 1) + 1, 1 2, - 1 + 2〉 = 〈- 1,1, 1〉
→
3G(- 1,1) = 〈3. ( - 1), 3.1,3.1〉 = 〈- 3,3, 3〉
→
F(- 1,1, 0) = 〈- 1 + 2.1, 1 + 2.0, 0 - 2. ( - 1)〉 = 〈1, 1,2〉
→
H(- 1,1, 0) = 〈( - 1) 2 + 2, 1 2, 3.0〉 = 〈3, 1,0〉
→ →
Assim F(- 1,1, 0) - H(- 1,1, 0) = 〈1 - 3,1 - 1,2 - 0〉 = 〈- 2,0, 2〉
| |
x̂ ŷ ẑ
→
R(- 1,1, 0) = 〈- 3,12,3〉X〈- 4,0, - 2〉 = -3 3 3
-2 0 2
→
R(- 1,1, 0) = (6 - 0)x̂ + (- 6 + 6)ŷ + (0 + 6)ẑ = 6x̂ + 6ẑ
→ → →
2. Determine a integral de linha ∫ F. dγ, sendo o campo vetorial F(x, y, z) = 2y 2zx̂ + xzŷ + z 2ẑ, e a Curva C definida pela
C
( )
equação γ(t) = t 2, t, t 2 , para 0 ≤ t ≤ 1.
→
Como F(x, y, z) = 2y 2zx̂ + xzŷ + z 2ẑ e γ(t) = t 2, t, t 2 :
( )
→
F(γ(t)) = 〈2. t 2. t 2, t 2. t 2, t 4〉 = 〈2t 4, t 4, t 4〉
Portanto:
→ →'
F(γ(t)). γ (t) = 2t. 2t 4 + 1. t 4 + 2t. t 4 = 4t 5 + t 4 + 2t 5 = 6t 5 + t 4
Assim:
| |
1 1
( )
→ → 1 1 1 6
∫ F. d γ = ∫ 10 6t 5 + t 4 dt = 6 t 6 + t5 =1+ =
6 5 5 5
C 0 0
MÓDULO 3
Calcular integrais de linha de campos conservativos
INTRODUÇÃO
O rotacional e o divergente de um campo vetorial são dois operadores diferenciais aplicados em um campo vetorial que são
bastantes utilizados em diversas áreas de aplicação. Esses operadores quando aplicados a campos reais
apresenta um significado
físico, como será estudado neste módulo.
Baseado no resultado de alguns operadores diferenciais, o campo vetorial pode ser classificado como campo conservativo.
OPERADORES DIFERENCIAIS
Antes de estudarmos o campo conservativo, precisamos definir alguns operadores diferenciais para um campo vetorial.
COMENTÁRIO
O gradiente é um operador aplicado em uma função que tem saída real e tem como resultado um vetor, composto pelas derivadas
parciais da função que foi operada matematicamente.
Além do gradiente, podemos definir dois outros operadores diferenciais que são o rotacional e o divergente, que serão aplicados em
campos vetoriais.
→
F(X, Y, Z) = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→
Suponha que as funções P, Q e R são funções escalares que admitem derivadas parciais em S. Assim, o rotacional de F,
→
simbolizado por rot F é também um campo vetorial definido por:
ROT F =
→
( ΔR
ΔY
-
ΔQ
ΔZ ) ( X̂ +
ΔP
ΔZ
-
ΔR
ΔX ) ( Ŷ +
ΔQ
ΔX
-
ΔP
ΔY )
Ẑ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Essa expressão também pode ser representada por meio do cálculo de um determinante:
| |
X̂ Ŷ Ẑ
→ Δ Δ Δ
ROT F = ΔX ΔY ΔZ
P Q R
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Definindo o operador ∇ =
( ∂
∂x
,
∂
∂y
,
∂
∂z ) → → →
no ℝ 3, o determinante acima pode ser analisado como
rot F = ∇ × F,
por isso que ∇ × F
→
também é uma simbologia
usada para o rotacional de F.
Observe que o rotacional é um operador aplicado a um campo vetorial e tem como resultado também um campo vetorial. O
COMENTÁRIO
A interpretação geométrica do rotacional de um campo vetorial é que ele é um vetor que representa quanto o campo se rotaciona em
torno de um ponto, por isso o nome rotacional.
EXEMPLO
→
Determine o rotacional do campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ no ponto (1,1,2).
RESOLUÇÃO
| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, z) =
δx δy δz
P Q R
Assim:
| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, z) = δx δy δz
2x 2z 3xyz y 2
Resolvendo o determinante:
→
rot F(x, y, z) = ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
δ
δy
y2 -
δz
δ
3xyz x̂ +
δ
δz
2x 2z -
δ
δx
y2 ŷ +
δ
δx
3xyz -
δ
δy
2x 2z ẑ
→
(
rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 - 0 ŷ + (3yz - 0)ẑ )
→
rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 ŷ + (3yz)ẑ( )
Para (1,1,2):
→
rot F(1,1, 2) = (2 - 3)x̂ + (2)ŷ + (3.2)ẑ = - x̂ + 2ŷ + 6ẑ
Como lembrado no item anterior, o gradiente de uma função escalar ( ∇ f) é um campo vetorial. Existe uma propriedade que diz que,
para qualquer
função escalar:
rot( ∇ f) = 0
( )
→ →
F = f 1, f 2, …, f n .
Considere que as derivadas parciais de primeira ordem de todas as componentes no domínio de F⃗ existem.
→
Assim, define o divergente de um campo vetorial, representado por div F⃗,
por:
→ ∂ F1 ∂ F2 ∂ FN
DIV F = + +…+
∂ X1 ∂ X2 ∂ XN
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Definindo o operador ∇ =
( ∂
∂ x1
,
∂
∂ x2
, …,
∂
∂ xn ) no ℝ n, o divergente pode ser considerado o produto escalar entre o operador ∇ e o
→ → →
campo vetorial F. Por isso, também, se usa a simbologia ∇ . F para representar o divergente de um campo vetorial F.
Observe que o divergente é aplicado em um campo vetorial, mas tem como resultado um campo escalar.
→
NO CASO DE UMA FUNÇÃO F : S ⊂ ℝ 3 → ℝ 3 COM A SEGUINTE
REPRESENTAÇÃO:
→ →
No caso de uma função F : S ⊂ R 3 → R 3 com F(x, y, z) = P(z, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ
→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z) = ∂ x (x, y, z) + ∂ y (x, y, z) + ∂ z (x, y, z)
→
PARA O CASO DO ℝ 2, COM F(X, Y) = P(X, Y)X̂ + Q(X, Y)Ŷ:
→
Para o caso do ℝ 2, com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ
→ ∂P ∂Q
div F(x, y) = ∂ x (x, y) + ∂ y (x, y)
EXEMPLO
→
Determine o divergente do campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ no ponto (1,1,2).
RESOLUÇÃO
→
Se F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ,
então:
→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z) = (x, y, z) + (x, y, z) + (x, y, z)
∂x ∂y ∂z
No ponto (1,1,2):
→
div F(1,1, 2) = 7.1. 1 = 7
Pode também ser analisado que se temos um campo vetorial que mede um fenômeno físico, o ponto onde o divergente é diferente
de zero, são os pontos onde o campo é criado (fonte de campo) ou destruído (sumidouro de campo).
( )
→
div rot F = 0
Por fim, o divergente pode ser combinado com o gradiente, definindo um novo operador diferencial denominado de Laplaciano de
um Campo Escalar ∇ 2f : ( )
∇ 2F = ∇ . ∇ F OU ∇ 2F = DIV GRAD F ( )
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2 ∂ 2F (
∂ 2F X , Y , Z
∂ 2F
∇ F (X, Y, Z) = (X, Y, Z) + (X, Y, Z) + (X, Y, Z)
∂ X2 ∂ Y2 ∂ Z2
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
( )→
Para o caso de um campo vetorial, define o Laplaciano de um Campo Vetorial ∇ 2F pelo laplaciano de cada componente do
campo vetorial.
→
∇ 2F(X, Y, Z) = ∇ 2P(X, Y, Z)X̂ + ∇ 2Q(X, Y, Z)Ŷ + ∇ 2R(X, Y, Z)Ẑ
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
CAMPOS CONSERVATIVOS
→
O campo vetorial F : S ⊂ ℝ n → ℝ n,
com n inteiro e maior do que 1, será um campo conservativo se existir um campo escalar
f : S ⊂ ℝ n → ℝ tal que:
→
∇ F = F EM S
→
A FUNÇÃO ESCALAR F É DENOMINADA DE FUNÇÃO POTENCIAL DE F EM
S.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
→
Um ponto importante que podemos citar é que se F for contínuo em S, a função potencial f será contínua e derivável
no domínio S.
Observe que o campo vetorial será conservativo se puder ser representado pelo gradiente de uma função escalar.
De início, para que isso seja possível, o domínio e a imagem precisam ter a mesma dimensão.
COMENTÁRIO
Para o caso de n = 2 e n = 3, que são os casos principais de nossos problemas, uma condição necessária, mas não suficiente para
→
que o campo vetorial seja conservativo é que rot F seja nulo, isto é, que o campo seja irrotacional. Ou seja, o rotacional nulo é
necessário para que um campo seja conservativo. Quando o rotacional do campo é diferente de zero, o campo, com certeza, não é
conservativo.
Apenas um cuidado: pode ocorrer campos com rotacional nulo que não são conservativos. Por isso que a condição não é suficiente.
Mais à frente, analisaremos a condição suficiente para garantir que um campo vetorial seja conservativo.
EXEMPLO
→
Verifique se o campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ é um campo conservativo
RESOLUÇÃO
→
( )
Assim, rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 ŷ + (3yz)ẑ.
Repara que esse campo não é irrotacional, pois existem pontos onde o rotacional não é nulo.
→
Assim, podemos garantir que o campo vetorial F não é conservativo.
EXEMPLO
O campo elétrico será representado pelo gradiente de uma função escalar que denominamos de potencial elétrico. Por isso que o
campo é conservativo e terá propriedades relacionadas a sua integral de linha. Essas propriedades
serão vistas no próximo item.
→
Seja C uma curva suave definida por γ(t), com a ≤ t ≤ b.
Seja F um campo vetorial contínuo e conservativo, com função gradiente
f, então o Teorema
Fundamental para Integrais de Linha nos diz que:
→ → →
∫ F(Γ(T)). DΓ = ∫ B
A ∇ F(Γ(T)). Γ'(T)DT = F(Γ(B)) - F(Γ(A))
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Em outras palavras, a integral de linha só depende do valor da função potencial nos pontos final e inicial. Dizemos que a integral de
linha de um campo conservativo independe da trajetória.
Outra conclusão importante do teorema é que, caso o campo seja conservativo, a integral de linha através de um percurso fechado
será obrigatoriamente nula. Ou se o valor da integral de linha através de qualquer percurso fechado for nulo, o campo será
conservativo.
Os teoremas e suas conclusões não foram demonstrados, mas essas demonstrações podem ser estudadas, se for o caso, nas
obras de referência deste tema.
Obs.: Uma região será conexa se quaisquer dois pontos da região puderem ser sempre ligados por uma poligonal totalmente
contida na região B. Por exemplo, uma região que é dividida em duas regiões separadas
não é uma região conexa.
DICA
Toda vez que formos calcular a integral de linha de um campo vetorial, temos que observar antes se o campo é ou não conservativo,
pois assim podemos resolvê-la de forma muito mais rápida.
EXEMPLO
→
Seja o campo conservativo F(x, y) = 〈1 + 4xy, 2x 2 - y 2〉.
Determine a sua integral de linha entre o ponto inicial (1,1) até o ponto final
→ 1
(2,2). Sabe-se que a função potencial de F vale f(x, y) = x + 2x 2y - 3 y 3 para todo seu domínio ℝ 2.
RESOLUÇÃO
| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, 0) = δx δy δz =
1 + 4xy 2x - y 2 2 0
=
( () (
δy
δ
0 -
δ
δz
2x 2 - y 2
)) ( (
x̂ +
δ
δz
1 + 4xy -
) ( )) ( (
δ
δx
0 ŷ +
δ
δx ) (
2x 2 - y 2 -
δ
δy
1 + 4xy
)) ẑ
Mostrando que o campo atende a condição necessária por ser irrotacional, isto é, seu rotacional é nulo para todos os pontos (x,y,z).
∂f
= 1 + 4xy = F x
∂x
∂f
= 2x 2 - y 2 = F y
∂y
→
Provando que ∇ f = F.
Resolvendo a integral de linha, repare que o exemplo não informou qual é o caminho a ser traçado, pois, ao afirmar que o campo era
conservativo, a integral de linha só depende do seu ponto inicial e final.
→ →
∫ F(γ(t)). d γ = f(γ(b)) - f(γ(a)) = f(2,2) - f(1,1)
C
C
→ →
(
∫ F(γ(t)). d γ = 2 + 2. 2 2. 2 -
1
3 )(
2 3 - 1 + 1. 1 2. 1 -
1
3 )
13 =
38
3
Vamos apenas escolher um caminho para provar que a integral de linha para este campo vetorial, para qualquer caminho, tem que
fornecer o valor calculado. Seja o caminho γ(t) = (t, t) para 1 ≤ t ≤ 2.
→
Neste caso, γ'(t) = (1,1) e F(γ(t)) = 〈1 + 4t 2, t 2〉
→ →'
F(γ(t)). γ (t) = 1 + 4t 2 + t 2 = 1 + 5t 2
|
2
t3
→
∫ F. d γ =
C
→ → →
∫ 21 F(γ(t)). γ'(t)dt = ∫ 21 (1 + )dt =
5t 2 t| 21 + 5
3
1
→ →
∫ F. d γ = (2 - 1) + 5 3 - 3
C
( )
8 1
=1+ 3 = 3
35 38
Esse conceito de campo conservativo pode parecer novo para você, mas já foi utilizado diversas vezes em seus estudos de Física.
Outra forma de abordar isso era com a criação da Energia potencial, que dependia apenas do ponto do objeto.
Só resta buscarmos uma forma de verificar se um campo é conservativo, isto é, uma condição suficiente para essa garantia.
Fonte: EnsineMe
Uma região B será simplesmente conexa quando toda curva simples fechada dentro de sua região contornar apenas pontos
que pertence à região B. Em outras palavras, a região B não pode ter buracos ou ser constituída por
regiões separadas, veja:
Fonte: EnsineMe
Agora vamos definir uma condição suficiente para o campo vetorial ser conservativo.
→
SEJA F : S ⊂ ℝ N → ℝ N,
PARA N = 2 OU N = 3, UM CAMPO VETORIAL DIFERENCIÁVEL
→ →
EM S. SE O DOMÍNIO S FOR SIMPLESMENTE CONEXO E O ROT F FOR NULO, ENTÃO F
SERÁ UM CAMPO CONSERVATIVO.
Assim, a condição de simplesmente conexo para o domínio do campo vetorial garante que caso o campo seja irrotacional, o campo
vetorial será conservativo.
Os casos mais comuns serão aqueles em que o domínio da função será o próprio ℝ n. Podemos observar que o conjunto
ℝ n é
simplesmente conexo. Assim, para esse caso, basta garantirmos que o campo vetorial seja irrotacional.
→
Para o caso do ℝ 2, seja F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ,
então o rotacional do campo será:
| |
X̂ Ŷ Ẑ
ROT F =
→ Δ
ΔX
Δ
ΔY
Δ
ΔZ = ( ΔQ
ΔX
-
ΔP
ΔY ) Ẑ
P Q 0
POIS P E Q SÓ DEPENDEM DE X E Y.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
δQ δP
Neste caso, para o rotacional ser nulo - = 0. .
δx δy
→ δQ δP → δQ δP
Assim, dizemos que se F for conservativo, então = .
E se o domínio do campo vetorial F for simplesmente conexo e =
δx δy δx δy
→
em todos os seus pontos, então F é conservativo.
EXEMPLO
→
Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈4xy, x 2 - y 2〉.
Verifique se é um campo conservativo.
RESOLUÇÃO
→
Como o domínio de F é o ℝ 2,
que é um conjunto simplesmente conexo, basta verificarmos se será um campo irrotacional.
δQ δP →
No caso do ℝ 2, basta verificarmos se = ,
com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ
δx δy
( x )
∂Q ∂
= 2 - y 2 = 2x
∂x ∂x
∂P ∂
= (4xy) = 4x
∂y ∂y
∂Q ∂P
Como ≠ então, o campo não é irrotacional e não será conservativo.
∂x ∂y
EXEMPLO
→ 2
Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈8 - 3xy 2, 2y 2 - 3yx 〉.
Verifique se é um campo conservativo.
RESOLUÇÃO
→
Como o domínio de F é o ℝ 2,
que é um conjunto simplesmente conexo, então basta verificarmos se será um campo irrotacional.
δQ δP →
No caso do ℝ 2, basta verificarmos se = ,
com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ
δx δy
∂Q
∂x
∂
(
= ∂ x 2y 2 - 3yx
2
) = - 6xy
∂P
∂y
=
∂
∂y ( )
8 - 3xy 2 = - 6xy
∂Q ∂P
Como = ,
com domínio no ℝ 2, o campo será conservativo.
∂x ∂y
Por fim, para o caso de um campo ser conservativo, existem formas de obter a sua função potencial. Essa metodologia não será
vista neste módulo, mas pode ser estudada, se for o caso, nas referências deste tema.
RESUMO DO MÓDULO 3
TEORIA NA PRÁTICA
Sabe-se que um campo elétrico gerado por determinada carga puntiforme, localizada na origem do sistema cartesiano, tem uma
equação dada por:
→ 100
E(x, y, z) = (x x̂ + y ŷ + z ẑ ) [Volts/m].
(x +y +z )
2 2 2 3/2
100
V(x, y, z) = - [Volts/m].
(x +y +z )
2 2 2 1/2
Determine a integral de linha para o campo elétrico entre os pontos (√2, 2√3, √2 ) e (2√2, 4, 1 ) através de uma Curva C. A
Curva
C será contida na interseção de um paraboloide e um cone.
RESOLUÇÃO
MÃO NA MASSA
→
( )
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = ZE YX̂ + 3 ARCTG(Y)Ŷ + X 2 + 3Y Ẑ. DETERMINE O VALOR
( )
→
DO ROTACIONAL ∇XF NO PONTO (1,0,2):
A) x̂ - ŷ + 2ẑ
B) 3x̂ + 2ŷ + ẑ
D) - ŷ + 2ẑ
E) 3x̂ - ẑ
→
2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 2ARCTG(Z) X 2 X̂ + 3ZE Y Ŷ + √3X + Y Ẑ. DETERMINE O VALOR
( )
→
DO SEU DIVERGENTE ∇ · F NO PONTO (2,0,1).
π
A) +3
2
B) π - 3
π
C) + e3
4
D) 21
π
E)
2
→
3. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈2XCOS Y + YCOS X, - X 2SEN Y + SEN X〉. DETERMINE O
VALOR DA INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL SOBRE UMA ELIPSE NO PLANO XY DE
EQUAÇÃO 9X2+ 7Y2 = 23, PARA UM PERCURSO QUE SE INICIA E TERMINA, APÓS UMA VOLTA
B) -4
C) 3
D) -2
E) 0
→
( )
A) F(x, y) = 2xy x̂ + x 3 + 1 ŷ
→
(
B) F(x, y) = 2y x̂ + y + x 3 ŷ )
→
(
C) F(x, y) = 2xy x̂ + x 2 + 1 ŷ )
→
(
D) F(x, y) = 2x x̂ + x 3 + 1 ŷ )
→
(
E) F(x, y) = 2xy 2 x̂ + x 3 + x ŷ )
→
5. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈2Y 2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY 2COS Z〉. ASSINALE A
→
ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA AFIRMATIVA FALSA RELACIONADA AO CAMPO VETORIAL F:
→
B) O campo vetorial F é irrotacional.
→
C) O campo vetorial F é conservativo.
→ π
D) O divergente do campo vetorial F no ponto (1,1, ) vale 3.
2
→
E) O divergente do rotacional do campo vetorial F é nulo.
→
6. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈2Y 2SENZ, 4 XY SEN Z, 2XY 2COS Z〉. DETERMINE A
INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA
(
Γ(T) = T 2 + 1,
3
√27 - 19T 3, √7T 2 + 9 DESDE O PONTO INICIAL (1,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (2,2,4).
SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA
PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 2XY 2SEN Z.
A) 3 sen 4 - 2 sen 3
B) 4 sen 4 + 3 sen 3
C) 6 sen 4 + 8 sen 3
D) 18 sen 4 - 16 sen 3
E) 16 sen 4 - 18 sen 3
GABARITO
→
( )
1. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = ze yx̂ + 3 arctg(y)ŷ + x 2 + 3y ẑ. Determine o valor do rotacional ( ∇ XF ) no ponto (1,0,2):
→
( )| |
x̂ ŷ ẑ
δ δ δ
→
rot F x, y, z = δx δy δz
ze y 3 arctg(y) (x 2 + 3y )
→
rot F(x, y, z) = ( δ
δy ) ( δ
(x 2 + 3y - δz 3 arctg(y) )) ( ( )
x̂ +
δ
δz
δ
ze y - δx (x 2 + 3y )) ( (
ŷ +
δ
δx ) ( ))
δ
3 arctg(y) - δy ze y ẑ
→
(
rot F(x, y, z) = (3 - 0)x̂ + e y - 2x ŷ + ze y ẑ
) ( )
→
( ) ( )
rot F(x, y, z) = 3x̂ + e y - 2x ŷ + ze y ẑ
→
( ) ( )
rot F(1,0, 2) = 3x̂ + e 0 - 2.1 ŷ + 2. e 0 ẑ = 3x̂ - 2ŷ + 2ẑ
( ∇ · F ) no ponto
→ →
2. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 2arctg(z) x 2 x̂ + 3ze y ŷ + √3x + y ẑ. Determine o valor do seu divergente
(2,0,1).
→
Se F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ, então:
→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z) = (x, y, z) + (x, y, z) + (x, y, z)
∂x ∂y ∂z
→ ∂ ∂ ∂
div F(x, y, z) = 2 y
∂x ∂y ∂z
( ) ( )
→ ∂ ∂ ∂
div F(x, y, z) = 2arctg(z) ∂ x x 2 + 3z ∂ y e y + √3x + y ∂ z (1) = 2arctg(z). 2x + 3ze y
No ponto (2,0,1):
→ π π
div F(2,0, 1) = 2 arctg(1). 2.2 + 3.1. e 0 = 8 4 + 3 = 2 + 3
→
3. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈2xcos y + ycos x, - x 2sen y + sen x〉. Determine o valor da integral de linha deste campo
vetorial sobre uma elipse no plano XY de equação 9x2+ 7y2 = 23, para um percurso que se inicia e termina, após uma volta
→
Considerando F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ:
δQ δP
= - 2xsen y + cosx e = - 2xsen y + cosx
δx δy
δQ δP
Assim como δx = δy e o domínio do campo vetorial é o ℝ 2, que é um conjunto simplesmente conexo, o campo vetorial será
conservativo.
A integral de linha de um campo conservativo para um percurso que se inicia e acaba no mesmo ponto é zero.
Como o domínio de todos os campos apresentados está no ℝ 2, que é simplesmente conexo, a condição de irrotacional é suficiente
para o campo ser conservativo.
→ δQ δP
No caso do R2, o rotacional será nulo para um campo F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ se = ,
δx δy
δQ δP
Para alternativa da letra a: δx = 3x 2 e δy = 2x
δQ δP
Para alternativa da letra b: = 3x 2 e = 2
δx δy
δQ δP
Para alternativa da letra c: = 2x e = 2x, sendo a resposta correta para questão.
δx δy
δQ δP
Para alternativa da letra d: δx = 3x 2 e δy = 0
δQ δP
Para alternativa da letra e: = 3x 2 + 1 e = 4xy
δx δy
→
5. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈2y 2senz, 4 xy sen z, 2xy 2cos z〉. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa
→
falsa relacionada ao campo vetorial F:
OPERADORES DIFERENCIAIS
→
6. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈2y 2senz, 4 xy sen z, 2xy 2cos z〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial em
(
relação à curva γ(t) = t 2 + 1,
3
√27 - 19t 3, √7t 2 + 9 desde o ponto inicial (1,3,3) até o ponto final (2,2,4). Sabe-se que este
campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 2xy 2sen z.
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→ X
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 2YZ X̂ + 2Z 2E Ŷ + (3X + 1) Ẑ. DETERMINE O VALOR DO
→
A) rot F(0,1, 2) = - x̂ + ŷ + 4ẑ
→
B) rot F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ
→
C) rot F(0,1, 2) = 8x̂ - ŷ + ẑ
→
D) rot F(0,1, 2) = - 2x̂ - ŷ + ẑ
→
E) rot F(0,1, 2) = 3x̂ - 1 + 4ẑ
→
2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈16 XZCOS Y, - 8ZX 2 SEN Z, 8X 2COS Y〉. DETERMINE A
INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA
(
Γ(T) = T 2 - 1, 16T 2 + 9,
√
3
√27 - 19T 3 ) DESDE O PONTO INICIAL ( – 1 ,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (0,5,2).
SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA
PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 8ZX 2COS Y.
A) 24 cos 3
B) 24 sen 3
C) - 24 cos 3
D) 24 cos 3 - 12 sen 3
E) 24 cos 3 + 12 sen 3
GABARITO
x
( ∇ XF ) no ponto (0,1,2):
→ →
1. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 2yz x̂ + 2z 2e ŷ + (3x + 1) ẑ. Determine o valor do
Primeiro temos que calcular o rotacional para depois tirar o divergente dele.
| |
x̂ ŷ ẑ
→
δ δ δ
rot F(x, y, z) = δx δy δz
2yz 2z e 2 x (3x + 1)
→
rot F(x, y, z) =
( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
δ
δy
δ
3x + 1 - δz 2z 2e
x
x̂ +
δ
δz
δ
2yz - δx 3x + 1 ŷ +
δ
δx
2z 2e
x δ
- δy 2yz ẑ
→
( )
rot F(x, y, z) = 0 - 4ze x x̂ + (2y - 3)ŷ + 2z 2e - 2z ẑ
( x
)
(
rot F(x, y, z) = - 4ze xx̂ + (2y - 3)ŷ + 2z 2e - 2z ẑ
x
)
No ponto (0,1,2):
(
rot F(0,1, 2) = - 4.2. e 0x̂ + (2.1 - 3)ŷ + 2.2 2. e - 2.2 ẑ
0
)
→
rot F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ
→
2. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈16 xzcos y, - 8zx 2 sen z, 8x 2cos y〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial
(
em relação à curva γ(t) = t 2 - 1, 16t 2 + 9, √
3
√27 - 19t 3 ) desde o ponto inicial ( – 1 ,3,3) até o ponto final (0,5,2). Sabe-se que
este campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 8zx 2cos y.
O enunciado diz que o campo é conservativo. Mas como o domínio é ℝ 3, determine o valor do rotacional deste campo e prove que
será nulo, confirmando a informação.
Como o campo é conservativo, a integral de linha independe da curva e depende apenas dos pontos inicial e final:
→ →
∫ F(γ(t)). d γ = f(γ(b)) - f(γ(a)) = f(0,5, 2) - f(- 1,3, 3)
→ →
( )
∫ F(γ(t)). d γ = (8.2. 0. cos 5) - 8.3. (- 1) 2cos3 = - 24 cos 3
C
MÓDULO 4
INTRODUÇÃO
O cálculo de uma integral de linha e o de uma integral dupla podem ser relacionados por meio do chamado Teorema de Green.
Através dele, você obtém a integral de linha de um campo vetorial resolvendo uma integral dupla de uma função real.
Vamos estudá-lo?
TEOREMA DE GREEN
O Teorema de Green permite relacionar a integral de linha por meio de uma curva fechada simples C com a integral dupla sobre a
região B formada por esta curva. A região B será formada por todos os pontos da fronteira C e os
pontos dentro da curva fechada,
veja a figura.
Fonte: EnsineMe
Necessitamos orientar a curva, assim para o Teorema de Green, a orientação positiva será quando a curva for percorrida no sentido
anti-horário apenas uma vez.
Vamos, agora, enunciar o teorema. A demonstração desse teorema para uma região retangular, pode ser estudada, se for o caso,
nas obras de referência que se encontram no fim deste tema. Quando se trata de uma região qualquer,
a demonstração do teorema
é bastante complexa.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
do crescimento do parâmetro t.
RESOLUÇÃO
∮
C
(x 4
) ( ) 2π
- y 3 dx + x 3 + y 3 dy = ∫ 0 [( x4 - y3 )
dx
dt (
+ x3 + y3 )
dy
dt ]
dt
=∫0
2π
[(cos t - sen t )( - sen t ) + (cos t + sen t )cos t]dt =
4 3 3 3
= ∫ 2π ( 4 4 4 3
0 - cos tsen t + sen t + cos t + sen tcos t dt )
Que seria uma integral definida resolvida usando a substituição de variável que vai requerer muito trabalho.
Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que, ao crescer o parâmetro, a curva é
percorrida no sentido anti-horário, que é o sentido definido como positivo para o teorema de
Green.
( )
δP
P(x, y) = x 4 - y 3 → = - 3y 2
δy
( )
δQ
Q(x, y) = x 3 + y 3 → = 3x 2
δx
Assim:
∬
B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ( ( )
ds = ∬ 3x 2 - - 3y 2 dxdy = ∬ 3x 2 + 3y 2 dxdy
B B
( )
Ao analisarmos a Curva C fechada, que se trata de uma circunferência de raio 1. Assim, fica mais simples resolver a integral dupla
pelas coordenadas polares:
B
(
∬ 3 x 2 + y 2 dxdy = ∫ 2π )1 2 2π 1 3
0 ∫ 0 3ρ ρdρdθ = ∫ 0 ∫ 0 3ρ dρdθ
|
1 1 3 3π
2π 1 2π
∫ 0 ∫ 0 3ρ 3 dρdθ = θ| 0 . 3 ρ 4 = 2π. =
4 4 2
0
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) é o seu rotacional, com direção do eixo x, isto é, perpendicular ao plano XY.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se a região B for uma união finita de regiões simplesmente conexas, podemos também aplicar o Teorema de Green. Veja a figura,
na qual a região B será a união das regiões B1 e B2.
Fonte: EnsineMe
Seja C1 o contorno da região B1, no sentido positivo, e C2, o contorno de B2, no sentido positivo. Repare que, na fronteira que une
∬
B1 ∪ B2
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y )
DS = ∫
C1 ∪ C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∫ P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY
C
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Quando a região B não for simplesmente conexa, isto é, quando apresentar furos, teremos que fazer uma adaptação do Teorema de
Green para sua aplicação, aplicando-o por meio de uma diminuição de áreas.
Fonte: EnsineMe
Observe que a região B agora será definida por uma área entre duas curvas, que serão suas fronteiras C1 e C2. Ambas as curvas
∬
B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS = ∫
C1
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY - ∫
C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
A combinação acima pode ser feita para quantos buracos houver na região. Se você quiser fazer o contorno externo C1 no sentido
Suponha que a região B é definida externamente pelo contorno C1, orientado no sentido positivo, e tem dois buracos definidos,
∬
B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS = ∫
C1
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫
C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫
C3
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O Teorema de Green pode também ser utilizado como outra forma de se calcular a área de uma região B. Na verdade, será o
cálculo da área por meio de uma integral de linha.
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Se observarmos o Teorema de Green na parte da integral dupla, seria o mesmo que fazer o termo
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y )
igual a 1.
Existem várias possibilidades para esta combinação. E, para cada uma delas, teremos uma integral de linha diferente a ser
calculada, através da curva fechada C que contorna a área analisada.
( )
P X, Y = - Y E Q X, Y =
1
2 ( ) 1
2
X
1 1
A = ∬ ds = ∮ x dy - ydx
2 2
B C
A escolha do tipo utilizado dependerá da curva que determina a área. Sempre devemos buscar a integral mais simples.
Exemplificaremos este cálculo na seção “Teoria na prática” deste módulo.
RESUMO DO MÓDULO 4
TEORIA NA PRÁTICA
Determine a área da elipse de equação 3x 2 + 2y 2 = 6 através de uma integral de linha.
RESOLUÇÃO
TEOREMA DE GREEN
MÃO NA MASSA
(
A) 2 e - 1 + 3e )
B) 8 (e -1
- 2e )
(
C) 8 e - 2 + e )
D) 6 (e -1
- e)
E) 8 (e -1
- e)
→
2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈Y 2, XY〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESSA FUNÇÃO
SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0), (0,2) E (2,0).
1
A)
3
1
B) -
3
4
C) -
3
4
D)
3
2
E)
3
3. SEJA A REGIÃO S DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE: ∮ Y DX = - 16, ∮ X DY = 4
C1 C2
E ∮ (X DY - Y DX) = 10. DETERMINE A ÁREA DE B:
C3
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
π
A)
2
3π
B)
2
5π
C)
2
7π
D)
2
9π
E) 2
π
A)
8
π
B) 4
3π
C) 4
5π
D)
4
7π
E)
4
A) 4π
B) 6π
C) 8π
D) 12π
E) 14π
GABARITO
1. Determine a integral de linha ∮ 2e ydx - 2xe ydy, onde a Curva C é um quadrado centrado na origem, percorrido no
C
sentido anti-horário, com lados (1,1), ( – 1,1), (– 1, – 1) e (1, – 1).
( )
δP
P(x, y) = 2e y → = 2e y
δy
( )
δQ
Q(x, y) = - 2xe y → = - 2e y
δx
B
)
( )
1 1
∬ - 4e y dxdy = ∫ ∫ - 4e ydxdy = ∫ - 4e ydy
B -1 -1
( 1
-1
)( )
1
∫ dx
-1
C
(
∮ 2e ydx - 2xe ydy = - 4e y - 1 | ) (x| ) = (- 4e + 4e )(1 - (- 1)) = 8e
1 1
-1
-1 -1
- 8e
→
2. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈y 2, xy〉. Determine a integral de linha dessa função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,2) e (2,0).
( )
δP
P(x, y) = y 2 → = 2y
δy
δQ
Q(x, y) = (xy) → = y
δx
∮ y 4dx + xydy = ∬
C B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ds = ∬ (y - 2y)dxdy
A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,2} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(2,0) e (0,2).
x-2 0-2
Obtendo a equação da reta: y - 0 = 2 - 0 → 2x - 4 = - 2y → x + y - 2 = 0
Assim:
2
2-x
∬ (- y)dxdy = ∫ ∫ 0 (- y)dy dx
B 0
Resolvendo a equação em y:
2-x 1
| 2-x
∫ 0 (- y)dy = - y 2 0 = - (2 - x) 2 = 2x - 2 - x 2
2 2 2
1 1
|
2
( )
2 11 3
|
1 2 8 4
∫ 2x - 2 - x2 dx = x2 0 - 2x| 20 - x =4-4- = -
2 23 6 3
0 0
3. Seja a região S desenhada na figura abaixo. Sabe-se que: ∮ y dx = - 16, ∮ x dy = 4 e ∮ (x dy - y dx) = 10. Determine
C1 C2 C3
a área de B:
B C
B C C1 C2 C3
Mas:
C1 C1
∮
C3
x dy = ∮
C3
( 1
2
1
xdy - 2 x dy = 2 ∮
) 1
C3
1
(x dy - y dx) = 2 . 10 = 5
∬ ds = ∮ x dy = 16 - 4 - 5 = 7
B C
4. Seja a região B delimitada externamente por uma Curva Circunferência centrada na origem de raio 2. Internamente, esta
região apresenta dois buracos em seu domínio. Estes buracos são delimitados, respectivamente pela Curva C2 e C3. Sabe-
se que ∮ xdy - ydx = 2π e ∮ xdy - ydx = π, com C2 e C3 percorrida no sentido anti-horário. Determine o valor da área de
C2 C3
B:
TEOREMA DE GREEN
Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que a equação γ(t) está orientada no sentido
anti-horário.
( )
δP
P(x, y) = x 7 - y 5 → δy = - 5y 4
(
Q(x, y) = x 5 + y 4 → ) δQ
δx
= 5x 4
Assim:
∬
B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ( ( )
ds = ∬ 5x 4 - - 5y 4 dxdy = ∬ 5x 4 + 5y 4 dxdy
B B
( )
Ao analisarmos a Curva C fechada, sendo uma circunferência de raio 1, fica mais simples resolver a integral dupla pelas
coordenadas polares:
B
(
∬ 5 x 4 + y 4 dxdy = ∫ 2π) 1 4 4 4
(
1 5
0 ∫ 0 5ρ cos θ + sen θ ρdρdθ = ∫ 0 5ρ dρ ) ( )(∫ (cos θ + sen θ ) dθ )
2π
0
4 4
1
∫ 0 5ρ 5dρ = ρ 6 0 =
6 6
5
| 1 5
∫ 2π 4
( 4
0 cos θ + sen θ dθ
)
1 1 1 1
cos 4θ + sen 4θ = 1 - 2cos 2θsen 2θ = 1 - sen 22θ = 1 - + + cos4θ
2 4 4 4
( ) (
2π
( )
3 1 3 11 3π
∫ 2π 4 4 2π 2π
0 cos θ + sen θ dθ = ∫ 0 4 + 4 cos 4θ dθ = 4 θ| 0 + 4 4 sen 4θ)| =
2
0
B
(
∬ 5 x 4 + y 4 dxdy = ) 5
6
.
3π
2
=
5π
4
6. Determine a área delimitada pelas curvas de equação paramétricas γ(t) = (2t - 2sen t, 2 - 2cos t) para 0 ≤ t ≤ 2π e o eixo x.
TEOREMA DE GREEN
GABARITO
VERIFICANDO O APRENDIZADO
→
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈XY + 3, X 2 - 2〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESTA
FUNÇÃO SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0),
(0,1) E (1,0).
1
A)
6
1
B)
12
1
C) -
12
1
D)
18
1
E) -
10
2. SEJA A REGIÃO B DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE ∮ X DY VALE 8 E ∮ X DY = 3
C1 C2
. DETERMINE A ÁREA DE B:
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8
GABARITO
→
1. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈xy + 3, x 2 - 2〉. Determine a integral de linha desta função sobre um triângulo, percorrido
no sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,1) e (1,0).
)
Deseja-se calcular ∮ (xy + 3)dx + (x 2 - 2 dy.
δP
P(x, y) = (xy + 3) → δy = x
( )
δQ
Q(x, y) = x 2 - 2 → = 2x
δx
∮ (xy + 3)dx + (x 2 - 2 dy = ∬
C
) B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ds = ∬ (2x - x)dxdy
A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,1} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(1,0) e (0,1).
x-1 0-1
Obtendo a equação da reta: = → x - 1 = - y → x + y - 1 = 0
y-0 1-0
Assim:
1
∬ xdxdy = ∫ ∫ 10- xx dy dx
B 0
Resolvendo a equação em y:
| |
1 1 1
1 2 1 3
( )
1 1 1
∫ x - x 2 dx = 2 x - 3x = 2 - 3 = 6
0 0 0
2. Seja a região B desenhada na figura abaixo. Sabe-se que ∮ x dy vale 8 e ∮ x dy = 3. Determine a área de B:
C1 C2
B C
B C C1 C2
Pelo enunciado:
∬ ds = ∮ x dy - ∮ x dy = 8 - 3 = 5
B C1 C2
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral de linha de campos escalares e vetoriais.
No segundo módulo, foi definido o campo vetorial e calculada a integral de linha de campos vetoriais, com sentido um pouco
diferente da integral de linha de campos escalares.
No terceiro módulo, foram apresentados os operadores diferenciais rotacional e divergente e aplicada a integral de linha em campos
conservativos.
Por fim, no quarto módulo, foi apresentado o Teorema de Green, que relaciona o cálculo de uma integral de linha a uma integral
dupla.
Esperamos que, ao fim deste tema, você saiba definir um campo vetorial, calcular integrais de linha, usar os operadores diferenciais
e aplicar o Teorema de Green.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. Vol. II. 2. ed. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 1969.
STEWART, J. Cálculo. Vol. II. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.
EXPLORE+
Pesquise mais sobre integrais triplas e suas aplicações na Internet e em nossas referências.
Além disso, sugerimos a pesquisa e leitura do artigo Integrais de linha em um campo escalar, da Khan Academy.
CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira
CURRÍCULO LATTES