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DESCRIÇÃO

Aplicação do conceito de integral de linha de campos escalares e campos vetoriais.

PROPÓSITO
Calcular a integral de linha para campos escalares e vetoriais, bem como a sua aplicação em campos conservativos e a do teorema
de Green.

PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora científica, ou use a calculadora de seu
smartphone/computador.

OBJETIVOS

MÓDULO 1

Calcular a integral de linha de campos escalares

MÓDULO 2
Calcular a integral de linha de campos vetoriais

MÓDULO 3

Calcular integrais de linha de campos conservativos

MÓDULO 4

Aplicar o Teorema de Green

BEM-VINDO AO ESTUDO DAS INTEGRAIS DE LINHA E CAMPOS VETORIAIS!

MÓDULO 1

 Calcular a integral de linha de campos escalares

INTRODUÇÃO
Existem alguns problemas práticos para os quais é necessário calcular o efeito de uma função escalar sobre uma determinada
trajetória.

Imagine que você conheça a densidade linear de massa de um objeto que tem a forma de uma curva. Essa densidade linear define
como a massa se distribui pelo comprimento do objeto em cada ponto dele. Se essa densidade não for
constante, deve ser
analisado o efeito desta função em cada ponto do objeto, e depois somar todos esses valores.

A integral de linha de campos escalares é a ferramenta matemática que fornece uma solução para esses problemas.

Nós já conhecemos a integração simples que permitiria a integração de uma função real para um intervalo [a,b]. Essa integral
simples permitiria resolver esse tipo de problema caso a função dependesse apenas de uma variável
e a forma da curva fosse uma
reta obtida pela variação dessa variável de a até b.

A integral de linha amplia essa possibilidade, permitindo trabalhar com um campo escalar, que depende de várias variáveis,
integradas por uma curva que tem um trajeto qualquer.
Neste módulo, você vai conhecer a definição e como calcular a integral de linha.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS ESCALARES


Iniciaremos nosso estudo apresentando uma curva parametrizada.

CURVA PARAMETRIZADA

() [ ]
A curva paramétrica γ t : a, b ⊂ R → R n,
com n inteiro maior do que 1, é percorrida variando o valor do parâmetro t.

Vejamos dois exemplos:

EXEMPLO 1
A curva γ(t) = (cos t,  sen t),
para 0 ≤ t ≤ 2π. Observe que x(t) = cos t e y(t) = sen t. Assim x 2(t) + y 2(t) = 1,
representando uma
circunferência de raio 1 no plano XY, com a variação do valor de t.

EXEMPLO 2
A curva γ(u) = (2 cos u,  2 sen u,  u),
para 0 ≤ u ≤ 10. Observe que x(u) = cos u,
y(u) = sen u e z(u)  =  u.
Assim x 2(u) + y 2(u) = 4 e
z(u) = u, representando uma hélice circular, no espaço XYZ, com raio 2 e com z variando
de 0 até 10, com a variação do valor do
parâmetro u.

Considere que esta curva é derivável em seu domínio. A derivada de γ(t) representa a taxa de variação instantânea
de γ(t) em
relação ao parâmetro t. Portanto, podemos usar uma aproximação, tal que o comprimento de um arco
(“pedaço”) desta curva será
dado por:

| ( )| ∆ t
∆ s = γ' t

Com ∆ t = t f - t i, sendo t f e t i os valores do parâmetro para o ponto inicial e final do pedaço da curva analisado.

É óbvio que essa aproximação será mais precisa para quando ∆ s → 0.

RELEMBRANDO O CONCEITO DE CAMPO ESCALAR

Vamos relembrar a função escalar ou campo escalar, já estudada em outra oportunidade.

AS FUNÇÕES ESCALARES SÃO FUNÇÕES F :  S  ⊂ ℝ N  →  ℝ,


ONDE S É UM
SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N COM N INTEIRO E N > 1. ASSIM, CADA ELEMENTO

(X1, X2, …,  XN ) ∈ S DE ENTRADA SERÁ ASSOCIADO A UM ÚNICO NÚMERO REAL


DENOTADO POR F (X 1, X 2, …,  X N ) NA SUA IMAGEM.

Vamos considerar o caso onde essa função escalar f apresenta em seu domínio os pontos percorridos pela curva γ(t).
Assim,
γ(t)  ⊂  S, para t ∈ [a, b].
PROBLEMA A SER RESOLVIDO PELA INTEGRAL DE LINHA DE UMA
FUNÇÃO ESCALAR

Imaginemos agora um problema em que desejamos obter o efeito da função em cada arco (“pedaço”) dessa Curva C.

Imagine que conhecemos o valor da densidade linear de massa de um objeto (δ) que tem a forma de uma Curva C, definida por uma
parametrização γ(t).
Essa densidade linear é representada por uma função que tem um valor diferente em cada ponto dessa Curva
C. Por exemplo, no caso do ℝ 3,
a densidade linear seria uma função δ(x, y, z).

Como o objeto tem a forma de uma curva definida por sua parametrização, podemos dizer que a função densidade será dada por
δ = f(γ(t)),
onde
γ(t) representa cada ponto da curva.

Como a densidade linear de massa é a razão entre a massa pelo comprimento, se desejarmos obter o valor da massa em um
pedaço ∆ L do objeto, ela
será obtida por:

∆M = Δ∆L


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Assim, se fizermos esse pedaço ser tão pequeno quanto desejarmos, isto é, ∆ L → 0, podemos definir que

| ( )| ∆ t.
∆ m = f(γ(t)) ∆ L = f(γ(t)) γ ' t

Vamos usar um raciocínio análogo ao da Soma de Riemann, utilizada na definição de integrais simples. Vamos pegar o objeto, na
forma da curva, e dividir em m pedaços. A massa total pode ser
obtida por:

M = LIM   ∑ I =M1 ∆ M I = LIM   ∑ I =M1 F Γ T I


M→∞ M→∞
( ( )) |Γ' (TI )| ∆ TI

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Esse limite do somatório, quando existir, será representado na forma de uma integral e denominado integral de linha de um campo
escalar.

Repare, portanto, que a integral de linha de funções escalares é uma ferramenta definida para determinar o valor do produto de uma
função escalar pelo comprimento em uma trajetória definida por uma curva.

No exemplo anterior, foi usada a densidade linear de massa, mas há várias aplicações práticas nas áreas de Eletromagnetismo,
Física, estudo de escoamento de fluidos, entre outras.

Vamos, agora, definir matematicamente a integral de linha de uma função escalar.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO ESCALAR

Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de função escalar é semelhante à integral simples de uma função real, com
a seguinte diferença:
A INTEGRAÇÃO É FEITA POR MEIO DE UMA TRAJETÓRIA DEFINIDA POR UMA CURVA
(OU LINHA) QUALQUER, E QUE O INTEGRANDO SERÁ O PRODUTO DE UMA FUNÇÃO
PELO COMPRIMENTO DE UM PEDAÇO INFINITESIMAL DA TRAJETÓRIA.

()
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t :  [a, b] ⊂ ℝ → ℝ n,
com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.

Seja uma função escalar f :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ,


com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.

A integral de linha da função escalar f sobre C será definida por:

B
∫ F(Γ(T))DL = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A
| ( )|DT

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Outra denominação para essa integral é integral de linha com relação ao comprimento de arco. Essa denominação é para
diferenciar da integral de linha de campos vetoriais, que será estudada posteriormente.

Repare na simbologia: a letra C colocada abaixo da integral representando que está se integrando sobre a Curva C.

Como estamos obtendo uma integração sobre a Curva C, para cada ponto do percurso é obtido o valor de f  γ t 0 ( ( )) vezes o
) ) | ( )| ∆ t.
comprimento infinitesimal ∆ s(t 0 . Lembrando que ∆ s(t 0 = γ ' t 0

Fonte: EnsineMe

Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ 2 e ℝ 3,


considerando que a Curva C é definida pelas parametrizações γ(t) = (x(t), y(t)),
no caso do ℝ 2, e γ(t) = (x(t), y(t),  z(t)),
para ℝ 3.

Assim:

√( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2
∫ F(X, Y)DL = ∫ F(X(T), Y(T)) + DT
DT DT
C A


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

ou
√( ) ( ) ( )
B DX ( T ) 2 DY ( T ) 2 DZ ( T ) 2
∫ F(X, Y, Z)DL = ∫ F(X(T), Y(T), Z(T)) + + DT
DT DT DT
C A


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Observe que, após a montagem da integral de linha, o problema recai no cálculo de uma integral definida simples com o integrando
sendo uma função real.

EXEMPLO

Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y)  =  2xy  +  1,
e a Curva C é a semicircunferência de centro na origem com raio
2 e com y  ≥  0.

RESOLUÇÃO

Vamos inicialmente definir a Curva C. Como ela é uma semicircunferência de raio 2, temos que:

γ(t) = (2cos t,  2 sen t)

Observe que x 2(t) + y 2(t) = 4cos 2t + 4sen 2t,


que é uma circunferência no plano XY de raio 2.

Como desejamos apenas a parte de cima dessa semicircunferência, isto é, y  ≥  0. O parâmetro t não
irá variar de 0 até 2π, que
seria o caso da circunferência inteira, e sim de 0 até π.

Montando o integrando da integral de linha f(γ(t)) γ ' t | ( )|.


Como γ(t) = (2cos t,  2 sen t),
então x(t) = 2 cos t e y(t) = 2 sen t.

f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 (2 cos t)(2 sen t) + 1 = 8 cos t sen t + 1 = 4 sen(2t)  + 1

f(x, y) = 4 sen(2t)  + 1 

x'(t) = 2 (  –  sen t)  e y’(t) = 2 cos t  → γ’(t)  =  (  –  2 cos t ,  2 sen t) 

|γ (t )| = √(- 2 cos t)
' 2 + (2 sen t) 2 = √4 cos 2t + 4 sen 2t = √4 = 2
Dessa forma:
π π

C 0
| ( )|dt = ∫ 2(4 sen(2t) + 1)  dt
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
0

∫ f dl = 8  2
C
1
( ( )|
- cos 2t
π

0
+ 2t| π
(
0 = - 4 cos2π - cos0) + 2(π - 0) = 2π

A integral de linha independe da parametrização utilizada para a curva. Em outras palavras, se usarmos duas parametrizações
diferentes, desde que as duas definam a mesma curva, a integral de linha tem que dar o mesmo resultado.

EXEMPLO
Calcule o valor da integral de linha ∫ C f dl, onde f(x, y)  =  2xy  +  1,
e a Curva C é definida pela equação γ(u) = ( - 2sen 2u,  2cos 2u)
π π
com - 4 ≤ u ≤ 4

RESOLUÇÃO

π π
Observe que este exemplo é igual ao anterior, pois γ(u) = ( - 2sen 2u,  2cos 2u) com - 4 ≤ u ≤ 4 representando
a semicircunferência
de raio 2 no plano XY com y  ≥  0.

() (
Assim, γ ' u = (- 2sen 2u) ',  (2cos 2u) ' = ) ( - 4cos 2u,   - 4 sen 2u )

Portanto, γ ' u | ( )| = √(- 4 cos 2u) 2 + (- 4 sen 2u) 2 = √16 cos 2 (2u ) + 16 sen 2 (2u ) = √16 = 4

E:

f(x, y) = 2xy + 1 → f(γ(t)) = 2 ( - 2sen(2u))(2cos(2u)) + 1

f(γ(t)) = - 8cos(2u)sen(2u) + 1 = - 4sen(4u) + 1

Dessa forma:

π
π 4

C 0
| ( )|du = ∫
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
π
4(- 4 sen(4u) + 1)du
- 4

(
π

( ( )| ( )) ( ( ))
π
1 4 π π
∫ f dl = 16  4 - cos 4u + 4u| 4π = - 4 cosπ - cos - π +4 4 - 4
= 2π
π - 4
C - 4

Observe que, apesar da mudança de parametrização para a curva, a integral de linha não mudou de valor.

Repare que quando o caminho C é uma reta sobre o eixo x, y ou z, a integral de linha se transforma na integral simples de uma
função real.
 EXEMPLO

Se a Curva C for a reta no plano XY que une os pontos (a,0) e (b,0), assim:

√( )
b dx ( t ) 2 b dx ( t )
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0) dt
+ (0) 2dt = ∫ f(x(t), 0) dt dt
C a a

b b
∫ f(x, 0)ds = ∫ f(x(t), 0)dx(t) = ∫ f(x)dx
C a a

Por fim, para definirmos a integral de linha, supomos que a equação que parametriza a curva apresenta derivada. Outra forma é
dizer que a curva é suave.

QUANDO TEMOS UMA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA QUE APRESENTA


PONTOS ONDE NÃO EXISTE DERIVADA, PARA CALCULAR A INTEGRAL DE
LINHA, DEVEMOS DIVIDIR O PERCURSO EM PEDAÇOS QUE, JUNTOS,
OBTÊM TODA A CURVA, MAS QUE SÃO INDIVIDUALMENTE SUAVES.

Observe a figura a seguir, a curva não apresenta derivadas no ponto c e d. Repare que forma um “bico”, tendo limites laterais
diferentes da variação da função. Outra forma de não ter a derivada no ponto é se a curva não fosse
contínua. Observe:

Fonte: EnsineMe

Se desejarmos calcular uma integral de linha do ponto t = a até o ponto t = b, não poderíamos aplicar a forma direta, pois a curva
não é integrável em todo o percurso.

É possível que você esteja se perguntando: Qual seria a solução?

Dividir a trajetória em três trechos:

t = a até t = c

t = c até t = d

t – d até t = b

Assim:

C D B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T))
C A
| (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) | (T )|DT + ∫ F(Γ(T)) |Γ (T )|DT
Γ'
C
Γ'
D
'

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Toda vez que conseguirmos dividir a Curva C dessa forma, dizemos que ela é suave em partes.

EXEMPLO

( )
Determine a integral de linha do campo escalar f x, y   =  x 2y sobre a Curva C definida pelos pontos (x,y) tais que γ(t) = (t, |t|) com

- 1 ≤ t ≤ 1.

RESOLUÇÃO

Observe que não existe a derivada para γ(t) quanto t = 0. Assim, para realizar a integral de linha, dividiremos
a curva em duas
partes:

γ(t) =
{ (t, - t),   - 1 ≤ t ≤ 0
 (t, t),  0 ≤ t ≤ 1

Obtendo a derivada de γ(t):

γ'(t) = { (1, - 1),   - 1 ≤ t ≤ 0


 (1,1),  0 ≤ t ≤ 1

Para ambos os casos γ ' t | ( )| = √1 + 1 = √2

Acontece que o valor de f(x, y)  =  xy em relação à parametrização


da curva será:

f(x, y) = xy → f γ(t) =
( ){ t 2(- t) = - t 3,   - 1 ≤ t ≤ 0
t 2. t = t 3,  0 ≤ t ≤ 1

Assim:

1 0 1
∫ f dl = ∫ f(γ(u)) γ ' u
C -1
| ( )|du = ∫ -1
| ( )|du + ∫ f(γ(u)) |γ (u )|du
f(γ(u)) γ ' u
0
'

| |
0 1 0 1
∫ f dl = ∫
C -1
(- t )√2dt + ∫ (t )√2 dt = - √2
3
0
3 1 4
4
t
-1
1
+ √2 t 4
4
0

√2 √2 √2
( )
∫ f dl = - 4 0 4 - (- 1) 4 + 4 1 4 - 0 4 = 2
C
( )

APLICAÇÃO DE INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS


ESCALARES
Vale a pena recordamos algumas aplicações possíveis da integral de linha para campos escalares.

Muitas dessas aplicações, quando temos uma configuração em duas ou três dimensões, são solucionadas por integrais duplas ou
triplas.

Em relação ao nosso problema atual, trabalharemos um objeto no espaço que possua uma dimensão.

MEDIDA DE COMPRIMENTO

Um objeto definido pela Curva C, com equação paramétrica γ(t), pode ter seu comprimento medido considerando na
integral de linha
à função escalar como unitária.

B
COMPRIMENTO =  ∫ DL = ∫ Γ ' T
C A
| ( )|DT

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Onde o ponto inicial da curva a ser medida se dá para o parâmetro t = a, e o ponto final, para o parâmetro t = b.

EXEMPLO

Qual é o comprimento total da hélice circular com a equação paramétrica definida por γ(u) = (3 cos u,   3 sen u,  u),
para 0 ≤ u ≤ 5.

RESOLUÇÃO

Se γ(u) = (3 cos u,   3 sen u,  u)  →  γ'(u) = (- 3 sen u,   3 cos u,  1).

Assim, |γ'(u)| = √9sen 2u + 9cos 2u + 1 = √9 + 1 = √10.


Portanto:

5
Comprimento =  ∫ dl = ∫ √10 du = √10(5 - 0) = 5√10
C 0

DENSIDADES LINEARES

Dependendo das dimensões de um objeto, podemos definir a massa do mesmo em relação a sua dimensão pela densidade de
massa. Quando o objeto tiver apenas uma dimensão, isto é, uma linha, a densidade linear de massa será medida
em kg/m.

Assim, cada parte infinitesimal do objeto (dl) terá massa dada por:

∆M DM
Δ = LIM   = (KG/M)

∆L DL
∆L→0

DM = Δ DL


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Quando esse objeto tiver a forma de uma Curva, definida pela equação γ(t):

B
MASSA(M) =  ∫ Δ(Γ(T))DL = ∫ Δ(Γ(T)) Γ ' T
C A
| ( )|DT

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 COMENTÁRIO

O exemplo de aplicação foi dado para grandeza de massa, mas pode ser utilizado para diversas grandezas físicas que podem ser
definidas pelas suas densidades, como carga elétrica, corrente elétrica etc.

CENTRO DE MASSA

A densidade linear de massa também pode ser usada para obter as coordenadas do centro de massa de um objeto.

O CENTRO DE MASSA É UM PONTO HIPOTÉTICO, ONDE, NA MECÂNICA CLÁSSICA, SE


CONSIDERA QUE TODA MASSA DO SISTEMA FÍSICO ESTARÁ CONCENTRADA.
As coordenadas do centro de massa de um objeto são obtidas dividindo o momento pela massa total. Para um objeto com
densidade linear dada por δ(x, y, z),
as coordenadas do centro de massa, de um corpo de massa m, onde m =  ∫ δ(γ(t))dl,
podem
C
ser obtidas pelas expressões:

∫ X DM ∫ X Δ ( Γ ( T ) ) DL
X
ˉ = C = C
M M

∫ Y DM ∫ Y Δ ( Γ ( T ) ) DL
Y
ˉ = C = C
M M

∫ Z DM ∫ Z Δ ( Γ ( T ) ) DL
Zˉ = C = C
M M

MOMENTO DE INÉRCIA

O momento de inércia quantifica a dificuldade de mudar um estado de rotação de um objeto em torno de um eixo e de um ponto.
Quanto maior for o momento de inércia de um objeto, mais difícil será girá-lo ou alterar sua rotação.
Podemos definir o momento de
inércia para um sólido definido no espaço.

Seja um objeto no espaço com massa dada por sua densidade linear de massa δ(x, y, z). Esse
objeto tem forma definida por uma
Curva C e sua equação paramétrica γ(t).

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO X:


Ix = ∫
C
(y 2
)
+ z 2  dm = ∫
C
(y 2
)
+ z 2  δ(x, y, z)dl

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Y:


Iy = ∫
C
(x 2
)
+ z 2  dm = ∫
C
(x 2
)
+ z 2  δ(x, y, z)dl

O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z:


Iz = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  δ(x, y, z)dl

RESUMO DO MÓDULO 1
TEORIA NA PRÁTICA
Um objeto tem a forma de uma hélice circular de raio 2 e altura π. Sabe-se que a densidade linear de massa desse objeto vale
δ(x, y, z) = 2y sen z.
Para esse objeto colocado no espaço xyz, determine: a massa do objeto, sabendo que a forma do objeto pode
ser parametrizada por γ(t) = (2cos t,  2 sen t ,  t) com ≤ t ≤ π.

RESOLUÇÃO

INTEGRAL DE LINHA – DENSIDADES LINEARES

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO

( )
F X, Y, Z   =  X 2Y  +  Z  SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T ,  2T 2,  T + 5 COM ( )
0 ≤ T ≤ 5:

) ( √t )
5

0
(
A) ∫ t 4 + t + 5 2 + 2 dt

) (√16t )
5

0
(
B) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 2 dt

) (√t )
1

0
(
C) ∫ 2t 4 + t + 5 2 + 4 dt
) (√16t )
5

0
(
D) ∫ t 2 + t 2
+ 2 dt

) (√6t )
1

0
(
E) ∫ 4t 4 + 5 2 + 4 dt

2. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL PARA CALCULAR O MOMENTO DE


INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE UM QUARTO DE CIRCUNFERÊNCIA
NO PLANO XY, DE RAIO 2, COM CENTRO NA ORIGEM, E COM X E Y MAIOR OU IGUAL A ZERO. SABE-
SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = √2X 2 + Y 2.
π
A) ∫ 02 √4 cos 2t - 1 dt
π

B) ∫ 0 4  4 cos 2t + 1 dt


C) ∫ 02 8  4 cos 2t + 1 dt


D) ∫ 02 8  4 sen 2t + 1 dt

E) ∫ π √ 2
0 8  4 cos t + 1 dt

( )
3. DETERMINE ∫ X 2 + Y  DL ONDE C É UM ANEL CENTRADO NA ORIGEM DE RAIO 4:
C

A) 16 π

B) 32 π

C) 64 π

D) 128 π

E) 256 π

4. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ 15 (X + 3Y) DL, ONDE A CURVA C É DEFINIDA PELA


C
(
EQUAÇÃO PARAMÉTRICA Γ(T) = T, 2T 2, 3T 3 COM 0 ≤ T ≤ 1: )
A) 90

B) 91

C) 92

D) 93

E) 94

5. DETERMINE AS COORDENADAS DA ORDENADA DO CENTRO DE MASSA DE UM FIO COM A


FORMA DE UMA HÉLICE CIRCULAR COM EQUAÇÃO PARAMÉTRICA DADA POR
Γ(T) = (2 COST,  T,  T SEN T), COM 0 ≤ T ≤ 2. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DESSE FIO É
IGUAL À QUARTA POTÊNCIA DA DISTÂNCIA DE UM PONTO DO FIO ATÉ A ORIGEM DO SISTEMA
CARTESIANO.

3
A)
111
10
B)
7
5
C) 7

5
D) 11
13
E) 3

( )
6. SEJAM O CAMPO ESCALAR F X, Y   =  E X + Y E O QUADRADO CENTRADO NA ORIGEM COM LADO
2 NO PLANO XY. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA EM RELAÇÃO AO COMPRIMENTO DE ARCO DA
FUNÇÃO F SOBRE OS LADOS DO QUADRADO:

(
A) 2 e 2 - e - 2 + 1 )
B) 2 (e 2 + e -2 )
C) 2 (e 2
- e -2 - 1 )
(
D) 2 e 2 - e - 2 )
E) 2 (e 4
- e -2 )

GABARITO

( )
1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f x, y, z   =  x 2y  +  z  sobre a curva definida pela

(
equação γ(t) = t ,  2t 2,  t + 5 com 0 ≤ t ≤ 5: )
A alternativa "B " está correta.

(
Como γ(t) = t ,  2t 2,  t + 5 :
)

() ( ( ) '
 γ ' t = (t) ' ,   2t 2 , (t + 5) ' = (1 ,  4t,  1)
)

 |γ'(t)| = √1 2 + (4t) 2 + 1 2 = √16t 2 + 2

( ) ( )
 f x, y, z   =  x 2y  +  z  →  f(γ(t)) = t 2  2t 2 + (t + 5) = 2t 4 + t + 5

Assim:

) (√16t )
5 5
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ (2t 0
4 +t+5 2 + 2 dt
2. Assinale a alternativa que apresenta a integral para calcular o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na
forma de um quarto de circunferência no plano XY, de raio 2, com centro na origem, e com x e y maior ou igual a zero. Sabe-

se que a densidade linear de massa do objeto vale δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2.


A alternativa "C " está correta.

π
Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( 2cos t ,  2 sen t,  0) para 0 ≤ t ≤ .

Assim, γ'(t) = (-  2sen t ,  2 cos t,  0)  → |γ'(t)| = √4 sen 2t + 4cos 2t + 0 = √4 = 2.

Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  δ(x, y, z)dl.

Então:

 x 2 +  y 2  em relação ao parâmetro t será 4cos 2t + 4 sen 2t = 4.

 δ(x, y, z) = √2x 2 + y 2 → δ(γ(t)) = √2.  4cos 2t + 4 sen 2t  → δ(γ(t)) = √8 cos 2t + 4 sen 2t = √4 cos 2t + 1

Dessa forma:

( ()
I z = ∫ 02 x 2 t + y 2 t ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt

'

π π


I z = ∫ 02 4.   4 cos 2t + 1 . 2dt = ∫ 02 8  4 cos 2t + 1 dt √
( )
3. Determine ∫ x 2 + y  dl onde C é um anel centrado na origem de raio 4:
C

A alternativa "C " está correta.

Necessitamos, inicialmente, parametrizar a Curva C. Como a curva é um anel (circunferência) de raio 4, teremos que
γ(t) = (4 cos t,   4 sen t) com  0 ≤ t ≤ 2π.

Assim:

γ'(t) = ( -  4sen t ,  4 cos t   →  |γ'(t)| = ) √( - 4sen t) 2 + (4cos t) 2  =  √16 = 4

( )
 f(x, y) =   x 2 + y   →  f(γ(t)) = (4cos t) 2 + 4 sen t = 16cos 2t + 4 sen t

Assim:

2π 2π
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t
C 0
| ( )|dt = ∫ 4 (16cos t + 4 sen t )dt

0
2

2π 2π
∫ f dl = 64 ∫ cos 2tdt + 16 ∫ sen tdt

C 0 0

Usando a fórmula do arco duplo 2 cos 2t  = 1  +  cos 2t

2π 2π 2π 2π 2π
∫ f dl = 32 ∫ (1 + cos 2t)dt + 16 ∫ sen tdt = 32 ∫ dt + 32 ∫ cos2tdt + 16 ∫ sen tdt

C 0 0 0 0 0

|
1 2π
2π 2π
∫ f dl = 32 t| 0 + 32  2 sen 2t - 16 cos t| 0

C 0

∫ f dl = 32 (2π - 0) + 16(sen 4π - sen 0) - 16  cos 2π - cos 0) = 64π (


C

4. Determine a integral de linha ∫ 15 (x + 3y) dl, onde a Curva C é definida pela equação paramétrica γ(t) = t, 2t 2, 3t 3 com
C
( )
0 ≤ t ≤ 1:

A alternativa "B " está correta.

Como γ(t) = t, t 2, t
( ) 2 3
3 () (
, então γ ' t = 1,  2t,  2t 2
)

√1 + 4t 2 + 4t 4 = √ (1 + 2t 2 ) ( )
2
Assim, |γ'(t)| = = 1 + 2t 2 .

( )
Como f(x, y) = 15  x + 3y → f(γ(t)) = 15 t + 3.2t 2 = 15 1 + 6t 2
( ) ( )

Portanto,

1 1

C 0
| ( )|
∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t dt = 15 ∫ 1 + 6t 2
0
( )(1 + 2t ) dt
2

A solução agora cai na de uma integral definida:

1
(
∫ f dl = 15 ∫ 1 + 8t 2 + 12t 4  dt

C 0
)

| ( )
1
1 5
|
1 1 8 12 91
∫ f dl = 15t| 10 + 15.8 3 t 3 0 + 15. 12  5 t = 15 1 + 3 + 5 = 15. 15 = 91
C 0

5. Determine as coordenadas da ordenada do centro de massa de um fio com a forma de uma hélice circular com equação
paramétrica dada por γ(t) = (2 cost,  t,  t sen t), com 0 ≤ t ≤ 2. Sabe-se que a densidade linear desse fio é igual à quarta
potência da distância de um ponto do fio até a origem do sistema cartesiano.

A alternativa "B " está correta.

INTEGRAL DE LINHA – CENTRO DE MASSA


( )
6. Sejam o campo escalar f x, y   =  e x + y e o quadrado centrado na origem com lado 2 no plano XY. Determine a integral de

linha em relação ao comprimento de arco da função f sobre os lados do quadrado:

A alternativa "D " está correta.

INTEGRAL DE LINHA

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA A INTEGRAL DE LINHA DA FUNÇÃO F(X, Y)  =  2XY

(
SOBRE A CURVA DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = 2T 2 ,  2T + 10 COM 0 ≤ T ≤ 2: )
( ) (√4t )
1
A) ∫ 8t 2 t + 5 2 + 2 dt
0

( ) ( √t )
2
B) ∫ t 2 t + 5 2
+ 2 dt
0

( ) (√4t )
2
C) ∫ 16t 2 t + 5 2 + 1 dt
0

( ) (√t )
2
D) ∫ 16t 2 t + 1 2 + 1 dt
0

(√ )
1
E) ∫ 16t 2 t 2 + 1 dt
0

2. DETERMINE O MOMENTO DE INÉRCIA EM RELAÇÃO AO EIXO Z DE UM OBJETO NA FORMA DE


UMA SEMICIRCUNFERÊNCIA NO PLANO XY, DE RAIO 1, COM CENTRO NA ORIGEM E COM X MAIOR
OU IGUAL A ZERO. SABE-SE QUE A DENSIDADE LINEAR DE MASSA DO OBJETO VALE Δ(X, Y, Z) = X.

A) 0

B) 1

C) 2

D) 3
E) 4

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta a integral de linha da função f(x, y)  =  2xy sobre a curva definida pela equação

(
γ(t) = 2t 2 ,  2t + 10 com 0 ≤ t ≤ 2: )
A alternativa "C " está correta.

(
Como γ(t) = 2t 2,  2t + 10 :
)

() (( ) '
 γ ' t =   2t 2 , (2t + 10) ' = (4t ,  2)
)

 |γ'(t)| = √(4t) 2 + 2 2 = √16t 2 + 4 = 2√4t 2 + 1

( ) ( )
 f x, y   =  2xy  →  f(γ(t)) = 2 2t 2 (2t + 10) = 8t 2 t + 5
( )

| ( )|dt = ∫ 16t (t + 5 ) (√4t )


2 2
Assim, ∫ f dl = ∫ f(γ(t)) γ ' t 2 2 + 1 dt
C 0 0

2. Determine o momento de inércia em relação ao eixo z de um objeto na forma de uma semicircunferência no plano XY, de
raio 1, com centro na origem e com x maior ou igual a zero. Sabe-se que a densidade linear de massa do objeto vale
δ(x, y, z) = x.

A alternativa "C " está correta.

Pela definição do objeto, a equação que define a sua parametrização será γ(t) = ( sen t , cos t,  0) para 0 ≤ t ≤ π.

Assim, γ'(t) = (cos t ,   - sen t,  0)  → |γ'(t)| = √ cos 2t + sen 2t + 0 = √1 = 1.

Mas, I z = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  dm = ∫
C
(x 2
)
+ y 2  δ(x, y, z)dl.

Então:

 x2+ y2 em relação ao parâmetro t será sen 2t +  cos 2t = 1.

 δ(x, y, z) = x → δ(γ(t)) = sen t.

Dessa forma:

Iz = ∫π( ()
2 2
0 x t +y t ( ))δ(γ(t)) |γ (t )|dt = ∫ sen tdt = - cos t| = (cos 0 - cosπ) = 2
' π
0
π
0

MÓDULO 2
 Calcular a integral de linha de campos vetoriais

INTRODUÇÃO
Nós já estudamos em outras oportunidades a função real, a função escalar e a função vetorial. Neste módulo, definiremos o quarto
tipo de função que está faltando: os campos vetoriais.

OS CAMPOS VETORIAIS SÃO AS FUNÇÕES EM QUE TANTO OS ELEMENTOS DO


DOMÍNIO QUANTO OS DA IMAGEM SÃO VETORES.
No módulo passado, foi definida a integral de linha para campos escalares. Aqui, vamos definir e aplicar a integral de linha para
campos vetoriais.

CAMPOS VETORIAIS
Dependendo da definição do conjunto domínio e do contradomínio de uma função matemática, definimos vários tipos diferentes de
função. A função real, a função escalar e a função vetorial já foram estudadas por nós em outras
oportunidades.

Vamos relembrá-las:

FUNÇÃO REAL
FUNÇÃO VETORIAL
FUNÇÃO ESCALAR
Tem domínio e contradomínio contidos no conjunto dos números reais. Assim, a entrada e a saída são números reais.

Tem domínio contido no conjunto dos números reais e contradomínio no conjunto ℝ m, com m inteiro e maior
do que um. Dessa
forma, sua entrada é um número real, mas sua saída é um vetor com m componentes.

Tem domínio contido no conjunto ℝ n, com n inteiro maior do que um, e contradomínio no conjunto dos números
reais. Portanto, sua
entrada é um vetor com n componentes e a saída é um número real.

Nesse momento, vamos definir o quarto tipo de função, denominada campo vetorial.

O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO QUE TEM DOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO ℝ N E


CONTRADOMÍNIO CONTIDO NO CONJUNTO
ℝ M, COM M E N INTEIROS E MAIORES DO
QUE 1.
Em outras palavras, tanto a entrada quanto a saída dessa função são vetores. O valor de m e n podem ser iguais ou até mesmo
diferentes.

Um outro nome para os campos vetoriais é função de diversas variáveis reais a valores vetoriais. Vamos definir formalmente o
campo vetorial.

DEFINIÇÃO

O CAMPO VETORIAL É A FUNÇÃO F :  S  ⊂  ℝ N  →  ℝ M,
ONDE S É UM
SUBCONJUNTO DO CONJUNTO ℝ N E TANTO M QUANTO N SÃO INTEIROS
MAIORES DO QUE
UM.

( ) ( ) ( )

Assim a cada elemento x 1, x 2, …,  x n ∈ S  ⊂ ℝ n,
será associado um único vetor F x 1, x 2, …,  x n = y 1, y 2, …,  y m ∈ ℝ m.

Portanto, a imagem da função será dada por:

{(→
) (
IM F = F X 1, X 2, …,  X N = Y 1, Y 2, …,  Y M ∈ R M /   X 1, X 2, …,  X N ∈ S ⊂ R N ) ( ) }

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A imagem do campo vetorial é um vetor e cada uma de suas componentes serão funções escalares que dependerão das variáveis
independentes de entrada.


Para o caso de uma função F :  S  ⊂  ℝ 3  →  ℝ 3,
podemos escrever o campo vetorial em relação às suas funções escalares
componentes, como:


F(X, Y, Z) = 〈P(X, Y, Z), Q(X, Y, Z), R(X, Y, Z)〉 = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO

→ →
Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈e x + y,  2z 2 + 10,  ln (y + 1),  x + y + z〉.
Determine as imagens de F para quando o elemento de
entrada for (– 1, 0, 2).

RESOLUÇÃO


Repare que o campo vetorial F apresenta domínio no ℝ 3 e imagem no ℝ 4. Assim, terá em sua entrada um vetor de 3 componentes e
a saída um vetor do
ℝ 4.


Dessa forma, F(- 1,0, 2) = 〈e - 1 + 0,  2.2 2 + 10,  ln (0 + 1),   - 1 + 0 + 2〉 = 〈e - 1,  18,   0,  1〉

O campo vetorial tem várias aplicações práticas.

 EXEMPLO
O mapeamento de velocidade de um líquido, isto é, em cada ponto do espaço, definido por variáveis (x,y,z), tem definido um vetor
velocidade com suas três componentes (vx, vy, vz) que
dependem das variáveis de entrada.

Outro exemplo é o valor de uma força tridimensional em cada ponto de um sólido. Que também associa em cada ponto espacial
(x,y,z) um vetor força. O campo elétrico em cada ponto do espaço.

Quando estudamos campos escalares, vimos o gradiente de uma função escalar, que foi definida como:

(
∇ F X 1, X 2, …,  X N = ) ( ∂ X1 (X1, X2, …,  XN ), …,   ∂ XJ (X1, X2, …,  XN ), …,    ∂ XN (X1, X2, …,  XN ) )
∂F ∂F ∂F


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Repare que o gradiente de uma função escalar é um campo vetorial, pois apresenta um vetor com n componentes na entrada e n
funções escalares na saída.

O campo vetorial, por ser um vetor, obedece a todas as operações e propriedades vetoriais.

EXEMPLO

→ →
Determine o produto vetorial entre a imagem dos campos vetoriais F(x, y, z) = 〈x + y,  x - z, z〉 e G(x, y, z) = 〈2y - z,  3x + y, y + 1〉 no
ponto (1,1,1).

RESOLUÇÃO

Calculando as imagens dos campos vetoriais no ponto (1,1,1):


F(1,1, 1) = 〈1 + 1,1 - 1,1〉 = 〈2,0, 1〉


G(1,1, 1) = 〈2 - 1,  3 + 1,1 + 1〉 = 〈1,4, 2〉

| |
x̂ ŷ ẑ
→ →
F(1,1, 1)XG(1,1, 1) = 2 0 1 = (0 - 4)x̂ + (1 - 4)ŷ + (8 - 0)ẑ = - 4x̂ - 3ŷ + 8ẑ
1 4 2

INTEGRAL DE LINHA PARA CAMPO VETORIAL


A integral de linha de um campo escalar f :  S  ⊂  ℝ n  →  R  sobre uma Curva C definida pela equação parametrizada γ(t) já foi
estudada e tem a forma:
B
∫ F(Γ(T))DS = ∫ F(Γ(T)) Γ ' T
C A
| ( )|DT

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Podemos, de forma análoga, definir uma integral de linha para um campo vetorial.

A PRINCIPAL DIFERENÇA É QUE O CAMPO VETORIAL APRESENTA COMO


IMAGEM UM VETOR E NÃO UM NÚMERO REAL, COMO NO CASO DO
CAMPO ESCALAR.

Para definir essa integral de linha, vamos seguir um exemplo prático que seria o cálculo do trabalho de uma força sobre uma
trajetória.

Seja a Curva C definida pela equação parametrizada γ(t). Imagine um objeto tendo como trajetória a Curva C. Assim, a posição
do

( )
objeto para o instante t o, seria dada por γ t 0 .


Seja um campo vetorial que representa uma força F. Considere que as posições definidas pela trajetória façam parte
do domínio do

( )

campo vetorial. Assim, em cada posição, teremos um valor para o vetor F. No instante t 0,
o objeto estará na posição γ t 0 , e sobre

( ( )).

essa posição existirá um campo vetorial de valor F γ t 0

Fonte: EnsineMe

Necessitaremos definir um sentido para essa trajetória. Tanto faz qual seja, mas após a sua definição, a parametrização da curva
deve respeitar o sentido escolhido. Em nosso exemplo, consideraremos sentido positivo da esquerda
para direita.

Quando não é informada a orientação da curva, considera-se o sentido de percurso o do crescimento do parâmetro.

Aprendemos, na Física, que o trabalho que uma força exerce sobre um deslocamento vale o produto escalar entre a força e o vetor
deslocamento.

 ATENÇÃO

Lembre-se que o vetor deslocamento é o que tem início na posição inicial do objeto e extremidade na posição final. Como
consideramos o sentido positivo da esquerda para a direita, o vetor deslocamento terá sempre esse
sentido.
Durante o percurso, a força pode variar. Assim, temos que fazer o percurso tão pequeno quanto pudermos para usarmos a condição

( ( )) para um

que a força não varia nesse trecho. Dessa forma, podemos dizer que o trabalho realizado pela força
F γ t 0

deslocamento infinitesimal ∆ γ, no ponto t 0,


será dado por:

( ( )) ( ) ( ( )) ( ( ) ( ))

→ → → → →
∆ Τ = F Γ T0 . ∆ Γ T0 = F Γ T0 . Γ T0 + ∆ T - Γ T0

COM ∆ T → 0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Considere que a equação parametrizada da curva apresenta derivada, isto é, que a curva é suave no seu domínio. Como o vetor

( )

∆ γ t 0 será tão pequeno quanto desejarmos, podemos afirmar que ele terá a direção da reta tangente à curva e usará o teorema
do valor médio para calcular esse vetor por meio da derivada:

( ) (( ) ( )) = Γ' (T0 ) ∆ T
→ → → →
∆ Γ T0 = Γ T0 + ∆ T - Γ T0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( ( )). ∆ γ (t0 ) = F (γ (t0 )). γ' (t0 ) ∆ t com ∆ t tendendo para zero.
→ → → →
Então, ∆ τ = F γ t 0

 COMENTÁRIO

( )

Observe a figura anterior, como γ' t 0 terá a direção da tangente à curva:

( ( )). γ' (t0 ) ∆ t = |F (γ (t0 ))|  |γ' (t0 )|cos α ∆ t


→ → → →
∆ τ = F γ t0


Onde α é o ângulo entre o vetor F e a tangente à curva da trajetória no ponto t 0.

( ) | | ||
→ → → →
Se considerarmos a componente do vetor F na direção e sentido da trajetória F T ,
como F T = F cos α:

( ( )). Γ' (T0 ) ∆ T = |FT (Γ (T0 ))|  |Γ' (T0 )| ∆ T


→ → → →
∆ Τ = F Γ T0


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em cada posição da trajetória, tanto o módulo do campo vetorial quanto o ângulo, que o vetor força faz com o deslocamento, pode

mudar. Para calcular o trabalho total exercido pela força F desde um instante t = a até um instante t = b, necessitaremos somar todos
os trabalhos realizados em cada trecho da trajetória.

Seguindo um raciocínio análogo que foi feito com a Soma de Riemann, dividiremos as trajetórias em partições tão pequenas quantos
desejarmos e calcularemos o trabalho para cada uma dessas partições infinitesimais. Quando o tamanho
das partições tenderem a
zero, ou como outra forma de pensar, quando o número de partições tenderem ao infinito, o trabalho total será obtido pelo somatório
do trabalho em cada partição.

( ( )) ( )
→ →
Τ = LIM   ∑ I =M1 ∆ Τ I = LIM   ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I
M→∞ M→∞


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

 ATENÇÃO

Quando o tamanho de cada partição tender a zero, será o mesmo que fazer a variação da parametrização ∆ t tender a zero,
garantindo a aproximação
do vetor deslocamento através de sua derivada.


Esse limite é semelhante ao da integral simples, sendo definido como a integral de linha do campo vetorial F sobre
a Curva C,
definida por γ(t):

( ( )) ( )
→ → → →
LIM    ∑ I =M1 F Γ T I . Γ' T I ∆ T I = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
M→∞


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Deduzimos a integral de linha para campo vetorial por meio de um exemplo prático de cálculo de trabalho. Existem, porém, diversas
outras aplicações. Toda vez que desejarmos obter o efeito de um campo vetorial sobre uma trajetória,
a integral de linha para campo
vetorial será usada.

Vamos, agora, definir matematicamente a Integral de linha de um campo vetorial.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL

Como exemplificado no item anterior, a integral de linha de campo vetorial é semelhante a integral de linha de campo escalar, com a
diferença que desejamos o efeito da projeção do campo vetorial sobre a trajetória e não apenas
o módulo do campo.

() [ ]
Seja uma curva paramétrica C, definida por γ t : a, b ⊂ ℝ → ℝ n,
com n inteiro maior do que 1, derivável em todo seu domínio.

Seja uma função escalar F  :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ n,
com a imagem γ(t) pertencente ao domínio S da função.


A integral de linha do campo vetorial F sobre C é definida por:

→ → → →
∫ F. DΓ = ∫ B
AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
 ATENÇÃO

É preciso tomar cuidado, pois no integrando temos um produto escalar entre dois vetores e não uma multiplicação simples.

Observe que, após a montagem da integral de linha e o cálculo do produto escalar, o problema recai no cálculo de uma ou mais
integrais simples com os integrandos sendo funções reais.

Quando essa curva for fechada, podemos representar a integral pela simbologia a seguir:

→ → B→ →
∮ F. DΓ  =  ∫ AF(Γ(T)). Γ'(T)DT
C

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Lembre-se, também, que caso a Curva C não seja suave em todo seu domínio, devemos dividir a trajetória em pedaços onde a
curva é suave, da mesma forma que fizemos para integral de linha em campos escalares para curvas suaves
em partes.

Da mesma forma, a integral de linha de campo vetorial também independe da parametrização da curva utilizada.

Agora, veremos dois exemplos para entender melhor.

EXEMPLO 1

→ → →
(
Determine o valor da integral de linha ∫ F. d γ,
onde F(x, y, z) = 〈2x, - y, 3z〉 e a Curva C é definida pela equação γ(t) = 1 - t 2,  2t,  t
C
)
com 0  ≤  t  ≤ 2, com orientação positiva no sentido do crescimento
do parâmetro t.

EXEMPLO 1

RESOLUÇÃO


( )
Como F(x, y, z) = 〈x, y, z〉 e γ(t) = 1 - t 2,  2t,  t ,
então:


F(γ(t)) = 〈2 - 2t 2, - 2t,  3t〉

γ'(t) = (- 2t,  2,  1)



( )
Assim, F(γ(t)). γ ' (t) = 2 - 2t 2 (- 2t) + (- 2t). 2 + 3t. 0 = 4t 3 - 4t - 4t = 4t 3 - 8t

→ →
( ) 2
| 2
|
∫ F. d γ = ∫ 20 4t 3 - 8t dt = t 4 0 - 4t 2 0 = 16 - 4.4 = 0
C

Vamos, agora, particularizar para o caso do ℝ 3. Seja a Curva C definida pelas parametrizações
γ(t) = (x(t), y(t),  z(t)).

Dessa forma, γ '(t) = (x'(t), y'(t),  z'(t)) =


( dx
dt
 (t),
dy
dt
 (t),
dz
dt )
 (t) ,

Considere o campo vetorial:


F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ.

Assim:

→ →
b→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ a F(γ(t)). γ'(t)dt
C

C
→ →
b
[ dx
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ a P(x, y, z) + Q(x, y, z) + R(x, y, z)
dt dt
dy
dt
dt
dz
]

Os valores de ( dx
dt
dy dz
)
 (t), dt  (t), dt  (t) são obtidos pelas coordenadas de γ '(t).

Esta expressão pode ser simbolizada como:

→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ (P dx + Qdy + Rdz)
C C

A forma p(x, y, z)dx + Q(x, y, z)dy + R(x, y, z)dz é denominada de forma diferencial definida.

Para o caso do ℝ 2, só não teríamos a parcela R dz.

EXEMPLO 2

(
π
Determine o valor de ∫ x 2dx + 2y dy,
sendo a Curva C definida por γ(t) = 2t 2, cos t),
com 0 ≤ t ≤ . Considere a orientação positiva
2
C
da curva no sentido do crescimento
do parâmetro t.

RESOLUÇÃO


Pelo enunciado, F(x, y, z) = 〈x 2, 2y〉.

[( ]
2

) 2 dx dy
Assim, ∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 2t 2 + 2cos t  dt.
dt dt
C 0

Mas,
dx
dt ( ) = 4t e
= 2t 2
' dx
dt
= (cos t) ' = - sen t.

Então:

π π
2 2

[ ]
∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 4t 4. 4t + 2cos t ( - sent) dt = ∫ 16t 5 - 2cos t sen t dt
C 0 0
[ ]

π
π π
2 8 π6 π6
[ ] |
1 1
∫ x 2dx + 2y dy = ∫ 16t 5 - sen 2t dt = 16 t 6 0 + cos (2t)| 02 =
2
=
6 2 3 64 24
C 0

RESUMO DO MÓDULO 2
TEORIA NA PRÁTICA
Um campo elétrico gerado por uma carga puntiforme Q, localizada na origem do sistema cartesiano, apresenta uma equação dada

( )
por E x, y, z = k
Q

(x +y +z )
2 2 2 3/2
(x x̂ + y ŷ + z ẑ ) [Volts/m], onde k é uma constante real positiva.

Determine a diferença de potencial elétrico entre os pontos finais e iniciais de uma Curva C dada pela equação γ(t) = (t, t, t),
com
1  ≤  t ≤  2, sabendo que a diferença de potencial é dada pela
equação:

→ →
∆ V = V f - V i = - ∫ E. d γ [Volts]
C
RESOLUÇÃO

CAMPOS VETORIAIS

MÃO NA MASSA

1. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO VETORIAL COM DOMÍNIO NO R3:

()
A) f y =  y 2 +  2 ln y


B) F(t) = 〈2t,  t + 1, cos t〉


C) F(u, v, w) = 〈2v,  u + w〉
D) f(x, y, z) = 2x + zln y


E) F(x, y) = 〈x + y,  y + 2,  yln x〉

→ →
2. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS F(X, Y) = 〈X + Y,  X 2 + 3,  Y - 1〉, G(U, V, W) = 〈U + V,  V + W,  U + W〉 E
→ →
H(X, Y, Z) = 〈X 2 + Y,  Z 2, 3Y〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL T(X, Y, Z),

( )
→ → → →
PARA O PONTO (X,Y,Z) = (1, 0, 2). SABE-SE QUE T(X, Y, Z)  =  2F(X, Y)  × G(X, Y, Z) - 3H(X, Y, Z) .

A) 6

B) 7

C) 8

D) 9

E) 10

→ →
3. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ F. DΓ, SENDO O CAMPO VETORIAL
C

(
F(X, Y, Z) = XYX̂ + YZŶ + XZẐ E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T 2, T 3, T , PARA)
0 ≤ T ≤ 1.

27
A)
28
23
B)
24
29
C)
28
21
D)
23
19
E)
21

4. DETERMINE A INTEGRAL ∫ (X DX + Y DY + ZDZ) COM C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO PARAMÉTRICA
C
( )
Γ(T) = T 3, T 2, T COM 0   ≤  T  ≤ 2. CONSIDERE A ORIENTAÇÃO DO PERCURSO NO SENTIDO DE
CRESCIMENTO DO PARÂMETRO T.

A) 32

B) 40

C) 42

D) 48

E) 50
5. DETERMINE O VALOR DA INTEGRAL ∫ (XZ DX + Y DY + DZ). A CURVA C É DEFINIDA PELA
C
INTERSEÇÃO DA ESFERA DE RAIO 2, CENTRADA NA ORIGEM, AS REGIÕES X  ≥  0,  Y  ≥  0 E Z  ≥  0 E
O PLANO X  =  Z. O SENTIDO DO PERCURSO DA CURVA C SERÁ ENTRE SEU PONTO INICIAL (0,2,0)
ATÉ (√2, 0, √2 ).
5√ 2 + 6
A) -
3

5√ 2 - 6
B)
3

2√ 2 - 6
C)
3

2√ 2 + 6
D)
3

5√ 2 + 6
E) 3


6. UMA FORÇA F(X, Y, Z) = 〈X + 2,  Y + 1〉 ATUA SOBRE UM OBJETO QUE SE MOVIMENTA SOBRE UMA
CURVA, QUE, POR SUA VEZ, É UM ARCO DE CICLOIDE DE EQUAÇÃO
Γ(T) = (2(T - SEN T),  2(1 - COS T)) COM  0 ≤ T ≤ 2Π DETERMINE O TRABALHO REALIZADO POR ESTA
FORÇA:

A) 8π 2

B) 8π(π - 1)

C) π(π + 1)

D) 8π(π + 1)

E) 8π 2 - 1

GABARITO

1. Assinale a alternativa que apresenta um campo vetorial com domínio no R3:

A alternativa "C " está correta.

A alternativa a apresenta uma função real.

A alternativa b apresenta uma função vetorial com imagem no ℝ 3.

A alternativa d apresenta uma função escalar com domínio no ℝ 3.

As alternativas c e e apresentam campos vetoriais, porém somente a alternativa c apresenta domínio no ℝ 3, sendo a alternativa
verdadeira.

O domínio do campo vetorial da alternativa e é o conjunto ℝ 2.


→ → →
2. Sejam os campos vetoriais F(x, y) = 〈x + y,  x 2 + 3,  y - 1〉, G(u, v, w) = 〈u + v,  v + w,  u + w〉 e H(x, y, z) = 〈x 2 + y,  z 2, 3y〉.

Determine o módulo da imagem do campo vetorial T(x, y, z), para o ponto (x,y,z) = (1, 0, 2). Sabe-se que

( )
→ → → →
T(x, y, z)  =  2F(x, y)  × G(x, y, z) - 3H(x, y, z) .

A alternativa "A " está correta.

Calculando os valores das imagens dos campos vetoriais:

→ →
F(1,0) = 〈1 + 0,  1 2 + 3,  0 - 1〉 = 〈1,4, - 1〉  → F(1,0) = 〈2.1,2.4,2. ( - 1)〉 = 〈2,8, - 2〉


G(1,0, 2) = 〈1 + 0,  0 + 2,  1 + 2〉 = 〈1,  2,3〉

→ →
H(1,0, 2) = 〈1 2 + 0,  2 2,  3.0〉 = 〈1,  4,0〉 → 3H(1,0, 2) = 〈3,  12,0〉

→ →
Assim, G(1,0, 2) - 3H(1,0, 2) = 〈1 - 3,2 - 12,3 - 0〉 = 〈- 2, - 10,3〉

| |
x̂ ŷ ẑ

T(1,0, 2) = 〈2,8, - 2〉X〈- 2, - 10,3〉 = 2 -2
8
- 2 - 10 3


T(1,0, 2) = (24 - 20)x̂ + (4 - 6)ŷ + (- 20 + 16)ẑ = 4x̂ - 2ŷ - 4ẑ

|T(1,0, 2) | = √42 + ( - 2)2 + 42 = √16 + 4 + 16 = √36 = 6


→ → →
3. Determine a integral de linha ∫ F. dγ, sendo o campo vetorial F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e a Curva C definida pela equação
C
( )
γ(t) = t 2, t 3, t , para 0 ≤ t ≤ 1.

A alternativa "A " está correta.


Como F(x, y, z) = xyx̂ + yzŷ + xzẑ e γ(t) = t 2, t 3, t
( )


F(γ(t)) = 〈t 2. t 3, t 3. t, t 2. t〉 = 〈t 5, t 4, t 3〉

(
γ(t) = 2t, 3t 2, 1
)

→ →'
Portanto, F(γ(t)). γ (t) = 2t. t 5 + 3t 2. t 4 + 1. t 3 = 5t 6 + t 3

| |
1 1
( )
→ → 1 1 1 5 1 27
Assim, ∫ F. d γ = ∫ 0 5t 6 + t 3 dt = 5 t 7 + t4 = + =
7 4 7 4 28
C 0 0

4. Determine a integral ∫ (x dx + y dy + zdz) com C definida pela equação paramétrica γ(t) = t 3, t 2, t com 0   ≤  t  ≤ 2.
C
( )
Considere a orientação do percurso no sentido de crescimento do parâmetro t.

A alternativa "C " está correta.

(
Como γ(t) = t 3, t 2, t
)

(
γ'(t) = 3t 2, 2t, 1
)

Analisando a integral de linha pedida:


F(x, y, z) = 〈P(x, y, z), Q(x, y, z), R(x, y, z)〉 = x x̂ + yŷ + zẑ

Assim:

→ →
2→ →
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 0 F(γ(t)). γ'(t)dt

C
→ →

[
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 20 x  + y + z
dt dt
dx
dt
dt

dy dz
]

→ →
[ ]
∫ F(γ(t)). d γ = ∫ 20 t 3 3t 2 + t 2 2t + t. 1 dt = ∫ 20 3t 5 + 2t 3 + t  dt

C
( )

| | |
1 2 1 2 1 2 26 24 22
→ →
∫ F(γ(t)). d γ = 3 t 6 + 2 t4 + t2 = + + = 32 + 8 + 2 = 42
6 4 2 2 2 2
C 0 0 0

5. Determine o valor da integral ∫ (xz dx + y dy + dz). A Curva C é definida pela interseção da esfera de raio 2, centrada na
C
origem, as regiões x  ≥  0,  y  ≥  0 e z  ≥  0 e o plano x  =  z. O sentido do percurso da Curva C será entre seu ponto inicial

(0,2,0) até (√2, 0, √2 ).


A alternativa "B " está correta.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL


6. Uma força F(x, y, z) = 〈x + 2,  y + 1〉 atua sobre um objeto que se movimenta sobre uma curva, que, por sua vez, é um arco
de cicloide de equação γ(t) = (2(t - sen t),  2(1 - cos t)) com  0 ≤ t ≤ 2π Determine o trabalho realizado por esta força:

A alternativa "D " está correta.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO VETORIAL


GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

→ →
1. SEJAM OS CAMPOS VETORIAIS G(U, V) = 〈2U + V,  V 2,  U + 2〉, F(X, Y, Z) = 〈X + 2Y,  Y + 2Z,  Z - 2X〉 E
→ →
H(U, V, W) = 〈U 2 + 2,  V 2, 3W〉. DETERMINE O MÓDULO DA IMAGEM DO CAMPO VETORIAL R(X, Y, Z)

( )
→ → → →
PARA O PONTO (X, Y, Z)  =  (–  1 ,  1,  0). SABE-SE QUE R(X, Y, Z) = 3G(X, Y)  × F(X, Y, Z) - H(X, Y, Z) .

A) 6

B) 6√2

C) 12

D) 6√3

E) 10√2

→ →
2. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∫ F. DΓ, SENDO O CAMPO VETORIAL
C

F(X, Y, Z) = 2Y 2ZX̂ + XZŶ + Z 2Ẑ, E A CURVA C DEFINIDA PELA EQUAÇÃO Γ(T) = T 2, T, T 2 , PARA ( )
0 ≤ T ≤ 1.

3
A) 4

5
B) 7
6
C) 5

9
D) 8
2
E)
3

GABARITO
→ → →
1. Sejam os campos vetoriais G(u, v) = 〈2u + v,  v 2,  u + 2〉, F(x, y, z) = 〈x + 2y,  y + 2z,  z - 2x〉 e H(u, v, w) = 〈u 2 + 2,  v 2, 3w〉.

Determine o módulo da imagem do campo vetorial R(x, y, z) para o ponto (x, y, z)  =  (–  1 ,  1,  0). Sabe-se que
( )
→ → → →
R(x, y, z) = 3G(x, y)  × F(x, y, z) - H(x, y, z) .

A alternativa "B " está correta.


G(- 1,1) = 〈2. (- 1) + 1, 1 2, - 1 + 2〉 = 〈- 1,1, 1〉 


3G(- 1,1) = 〈3. ( - 1), 3.1,3.1〉 =  〈- 3,3, 3〉


F(- 1,1, 0) = 〈- 1 + 2.1,  1 + 2.0,  0 - 2. ( - 1)〉 = 〈1,  1,2〉


H(- 1,1, 0) = 〈( - 1) 2 + 2,  1 2,  3.0〉 = 〈3,  1,0〉

→ →
Assim F(- 1,1, 0) - H(- 1,1, 0) = 〈1 - 3,1 - 1,2 - 0〉 = 〈- 2,0, 2〉

| |
x̂ ŷ ẑ

R(- 1,1, 0) = 〈- 3,12,3〉X〈- 4,0, - 2〉 = -3 3 3

-2 0 2


R(- 1,1, 0) = (6 - 0)x̂ + (- 6 + 6)ŷ + (0 + 6)ẑ = 6x̂ + 6ẑ

|R(- 1,1, 0) | = √62 + 02 + 62 = √72 = 6√2


→ → →
2. Determine a integral de linha ∫ F. dγ, sendo o campo vetorial F(x, y, z) = 2y 2zx̂ + xzŷ + z 2ẑ, e a Curva C definida pela
C
( )
equação γ(t) = t 2, t, t 2 , para 0 ≤ t ≤ 1.

A alternativa "C " está correta.


Como F(x, y, z) = 2y 2zx̂ + xzŷ + z 2ẑ e γ(t) = t 2, t, t 2 :
( )


F(γ(t)) = 〈2. t 2. t 2, t 2. t 2, t 4〉 = 〈2t 4, t 4, t 4〉

γ(t) = (2t, 1,2t)

Portanto:

→ →'
F(γ(t)). γ (t) = 2t. 2t 4 + 1. t 4 + 2t. t 4 = 4t 5 + t 4 + 2t 5 = 6t 5 + t 4

Assim:

| |
1 1
( )
→ → 1 1 1 6
∫ F. d γ = ∫ 10 6t 5 + t 4 dt = 6 t 6 + t5 =1+ =
6 5 5 5
C 0 0

MÓDULO 3
 Calcular integrais de linha de campos conservativos

INTRODUÇÃO
O rotacional e o divergente de um campo vetorial são dois operadores diferenciais aplicados em um campo vetorial que são
bastantes utilizados em diversas áreas de aplicação. Esses operadores quando aplicados a campos reais
apresenta um significado
físico, como será estudado neste módulo.

Baseado no resultado de alguns operadores diferenciais, o campo vetorial pode ser classificado como campo conservativo.

ESSE TIPO DE CAMPO TEM UMA PROPRIEDADE IMPORTANTE: A SUA INTEGRAL DE


LINHA INDEPENDER DO CAMINHO DE INTEGRAÇÃO, DEPENDENDO APENAS DO
PONTO FINAL E INICIAL.
Na física, por exemplo, trabalha-se com diversos tipos de campos conservativos que são associados a suas funções potenciais.
Podemos citar o campo gravitacional e o campo elétrico.

Os campos conservativos também serão estudados neste módulo.

OPERADORES DIFERENCIAIS
Antes de estudarmos o campo conservativo, precisamos definir alguns operadores diferenciais para um campo vetorial.

Já estudamos em outras oportunidades o gradiente de um campo escalar.

 COMENTÁRIO

O gradiente é um operador aplicado em uma função que tem saída real e tem como resultado um vetor, composto pelas derivadas
parciais da função que foi operada matematicamente.

Além do gradiente, podemos definir dois outros operadores diferenciais que são o rotacional e o divergente, que serão aplicados em
campos vetoriais.

ROTACIONAL DE UM CAMPO VETORIAL



Seja um campo vetorial F :  S  ⊂  ℝ 3  →  ℝ 3 representado por suas funções componentes da forma:


F(X, Y, Z) = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Suponha que as funções P, Q e R são funções escalares que admitem derivadas parciais em S. Assim, o rotacional de F,

simbolizado por rot F é também um campo vetorial definido por:

ROT F =

( ΔR
ΔY
-
ΔQ
ΔZ ) ( X̂ +
ΔP
ΔZ
-
ΔR
ΔX ) ( Ŷ +
ΔQ
ΔX
-
ΔP
ΔY )


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Essa expressão também pode ser representada por meio do cálculo de um determinante:

| |
X̂ Ŷ Ẑ
→ Δ Δ Δ
ROT F = ΔX ΔY ΔZ

P Q R


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Definindo o operador ∇ =
( ∂
∂x
,

∂y
,

∂z ) → → →
no ℝ 3, o determinante acima pode ser analisado como
rot F = ∇ × F,
por isso que ∇ × F


também é uma simbologia
usada para o rotacional de F.

Observe que o rotacional é um operador aplicado a um campo vetorial e tem como resultado também um campo vetorial. O

rotacional só será definido para um campo do R3 e seu caso particular no R2.

 COMENTÁRIO

A interpretação geométrica do rotacional de um campo vetorial é que ele é um vetor que representa quanto o campo se rotaciona em
torno de um ponto, por isso o nome rotacional.

Se um campo apresenta rotacional nulo é denominado de campo irrotacional.

EXEMPLO


Determine o rotacional do campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ no ponto (1,1,2).

RESOLUÇÃO
| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, z) =
δx δy δz
P Q R

Assim:

| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, z) = δx δy δz

2x 2z 3xyz y 2

Resolvendo o determinante:


rot F(x, y, z) = ( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
δ
δy
y2 -
δz
δ
3xyz x̂ +
δ
δz
2x 2z -
δ
δx
y2 ŷ +
δ
δx
3xyz -
δ
δy
2x 2z ẑ


(
rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 - 0 ŷ + (3yz - 0)ẑ )


rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 ŷ + (3yz)ẑ( )

Para (1,1,2):


rot F(1,1, 2) = (2 - 3)x̂ + (2)ŷ + (3.2)ẑ = - x̂ + 2ŷ + 6ẑ

Como lembrado no item anterior, o gradiente de uma função escalar ( ∇ f) é um campo vetorial. Existe uma propriedade que diz que,
para qualquer
função escalar:

rot( ∇ f) = 0

DIVERGENTE DE UM CAMPO VETORIAL



Seja um campo vetorial F :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ n,
com n inteiro maior do que 1, representado por suas funções componentes da forma

( )
→ →
F = f 1, f 2, …,  f n .
Considere que as derivadas parciais de primeira ordem de todas as componentes no domínio de F⃗ existem.


Assim, define o divergente de um campo vetorial, representado por div F⃗,
por:

→ ∂ F1 ∂ F2 ∂ FN
DIV F = + +…+
∂ X1 ∂ X2 ∂ XN


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Definindo o operador ∇ =
( ∂
∂ x1
,

∂ x2
, …,  

∂ xn ) no ℝ n, o divergente pode ser considerado o produto escalar entre o operador ∇ e o

→ → →
campo vetorial F. Por isso, também, se usa a simbologia ∇ . F para representar o divergente de um campo vetorial F.

Observe que o divergente é aplicado em um campo vetorial, mas tem como resultado um campo escalar.


NO CASO DE UMA FUNÇÃO F :  S  ⊂  ℝ 3  →  ℝ 3  COM A SEGUINTE
REPRESENTAÇÃO:     
→ →
No caso de uma função F :  S ⊂ R 3  →  R 3 com F(x, y, z)  =  P(z, y, z)x̂  +  Q(x, y, z)ŷ  +  R(x, y, z)ẑ

→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z)  =   ∂ x  (x, y, z)  +   ∂ y  (x, y, z)  +   ∂ z  (x, y, z)


PARA O CASO DO ℝ 2, COM F(X, Y) = P(X, Y)X̂ + Q(X, Y)Ŷ:

Para o caso do ℝ 2, com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ

→ ∂P ∂Q
div F(x, y)  =   ∂ x  (x, y)  +   ∂ y  (x, y)

EXEMPLO


Determine o divergente do campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ no ponto (1,1,2).

RESOLUÇÃO


Se F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ,
então:

→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z) = (x, y, z) + (x, y, z) + (x, y, z)
∂x ∂y ∂z

(2x z ) + (y ) = 4xz + 3xz + 0 = 7xy


→ ∂ ∂ ∂
div F(x, y, z) = 2 (3xyz) + 2
∂x ∂y ∂z

No ponto (1,1,2):


div F(1,1, 2) = 7.1. 1 = 7

A INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO DIVERGENTE DE UM CAMPO


VETORIAL É QUE ELE MEDE QUANTO UM CAMPO SE ESPALHA (DIVERGE)
A PARTIR DE UM PONTO, POR ISSO O NOME DIVERGENTE.

Pode também ser analisado que se temos um campo vetorial que mede um fenômeno físico, o ponto onde o divergente é diferente
de zero, são os pontos onde o campo é criado (fonte de campo) ou destruído (sumidouro de campo).

Existe uma propriedade que mostra que para um campo vetorial:

( )

div rot F = 0

Por fim, o divergente pode ser combinado com o gradiente, definindo um novo operador diferencial denominado de Laplaciano de

um Campo Escalar ∇ 2f : ( )

∇ 2F = ∇ . ∇ F OU ∇ 2F = DIV  GRAD F ( )

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Para o caso de um campo escalar f(x,y,z), com domínio no ℝ 3:

2 ∂ 2F (
∂ 2F X , Y , Z
∂ 2F
∇ F (X, Y, Z)  =  (X, Y, Z)  +  (X, Y, Z)  +  (X, Y, Z)
∂ X2 ∂ Y2 ∂ Z2


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

( )→
Para o caso de um campo vetorial, define o Laplaciano de um Campo Vetorial ∇ 2F pelo laplaciano de cada componente do

campo vetorial.

Assim no caso do ℝ 3, com:



F(X, Y, Z) = P(X, Y, Z)X̂ + Q(X, Y, Z)Ŷ + R(X, Y, Z)Ẑ


∇ 2F(X, Y, Z) = ∇ 2P(X, Y, Z)X̂ + ∇ 2Q(X, Y, Z)Ŷ + ∇ 2R(X, Y, Z)Ẑ


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

CAMPOS CONSERVATIVOS

O campo vetorial F :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ n,
com n inteiro e maior do que 1, será um campo conservativo se existir um campo escalar
f :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ tal que:


∇ F = F EM S


A FUNÇÃO ESCALAR F É DENOMINADA DE FUNÇÃO POTENCIAL DE F EM
S.


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal


Um ponto importante que podemos citar é que se F for contínuo em S, a função potencial f será contínua e derivável
no domínio S.

Observe que o campo vetorial será conservativo se puder ser representado pelo gradiente de uma função escalar.

De início, para que isso seja possível, o domínio e a imagem precisam ter a mesma dimensão.

 COMENTÁRIO

Repare que se o domínio estiver em ℝ n, a imagem, obrigatoriamente, deve estar em ℝ n.


Em outras palavras, não existe campo

conservativo para um campo vetorial F :  S  ⊂  ℝ n  →  ℝ m,
com n diferente de m.

Para o caso de n = 2 e n = 3, que são os casos principais de nossos problemas, uma condição necessária, mas não suficiente para

que o campo vetorial seja conservativo é que rot F seja nulo, isto é, que o campo seja irrotacional. Ou seja, o rotacional nulo é
necessário para que um campo seja conservativo. Quando o rotacional do campo é diferente de zero, o campo, com certeza, não é
conservativo.

Apenas um cuidado: pode ocorrer campos com rotacional nulo que não são conservativos. Por isso que a condição não é suficiente.
Mais à frente, analisaremos a condição suficiente para garantir que um campo vetorial seja conservativo.

EXEMPLO

Verifique se o campo vetorial F(x, y, z) = 2x 2z x̂ + 3xyz ŷ + y 2 ẑ é um campo conservativo

RESOLUÇÃO

Já calculamos em um exemplo anterior o rotacional deste campo vetorial


( )
Assim, rot F(x, y, z) = (2y - 3xy)x̂ + 2x 2 ŷ + (3yz)ẑ.

Repara que esse campo não é irrotacional, pois existem pontos onde o rotacional não é nulo.


Assim, podemos garantir que o campo vetorial F não é conservativo.

Na Física, trabalhamos com diversos campos conservativos.

 EXEMPLO

O campo elétrico será representado pelo gradiente de uma função escalar que denominamos de potencial elétrico. Por isso que o
campo é conservativo e terá propriedades relacionadas a sua integral de linha. Essas propriedades
serão vistas no próximo item.

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPOS CONSERVATIVOS


Quando o campo vetorial for conservativo, vamos verificar que podemos aplicar um teorema semelhante ao Teorema Fundamental
do Cálculo que denominaremos de Teorema Fundamental para Integrais de Linha.


Seja C uma curva suave definida por γ(t), com a  ≤  t  ≤  b.
Seja F um campo vetorial contínuo e conservativo, com função gradiente
f, então o Teorema
Fundamental para Integrais de Linha nos diz que:

→ → →
∫ F(Γ(T)). DΓ = ∫ B
A ∇ F(Γ(T)). Γ'(T)DT = F(Γ(B)) - F(Γ(A))
C

Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Em outras palavras, a integral de linha só depende do valor da função potencial nos pontos final e inicial. Dizemos que a integral de
linha de um campo conservativo independe da trajetória.

A INTEGRAL DE LINHA DE QUALQUER CAMPO VETORIAL INDEPENDE DO


PARÂMETRO. SE O CAMPO FOR CONSERVATIVO, ALÉM DE INDEPENDER DA
PARAMETRIZAÇÃO, A INTEGRAL DE LINHA INDEPENDERÁ DO CAMINHO TRAÇADO.
SE O CAMPO FOR NÃO CONSERVATIVO,
A INTEGRAL DE LINHA DEPENDERÁ DO
CAMINHO PERCORRIDO ENTRE OS PONTOS INICIAIS E FINAIS.
Um ponto importante é que a volta do teorema não vale para qualquer região. Em outras palavras, se o valor da integral de linha de
um campo for independente do caminho para todas as curvas dentro de uma região, dependendo apenas
dos pontos inicial e final,
só podemos garantir que esse campo será conservativo se a região for uma região conexa.

Outra conclusão importante do teorema é que, caso o campo seja conservativo, a integral de linha através de um percurso fechado
será obrigatoriamente nula. Ou se o valor da integral de linha através de qualquer percurso fechado for nulo, o campo será
conservativo.

Os teoremas e suas conclusões não foram demonstrados, mas essas demonstrações podem ser estudadas, se for o caso, nas
obras de referência deste tema.

Obs.: Uma região será conexa se quaisquer dois pontos da região puderem ser sempre ligados por uma poligonal totalmente
contida na região B. Por exemplo, uma região que é dividida em duas regiões separadas
não é uma região conexa.

 DICA

Toda vez que formos calcular a integral de linha de um campo vetorial, temos que observar antes se o campo é ou não conservativo,
pois assim podemos resolvê-la de forma muito mais rápida.

EXEMPLO


Seja o campo conservativo F(x, y) = 〈1 + 4xy,   2x 2 - y 2〉.
Determine a sua integral de linha entre o ponto inicial (1,1) até o ponto final
→ 1
(2,2). Sabe-se que a função potencial de F vale f(x, y) = x + 2x 2y - 3 y 3 para todo seu domínio ℝ 2.

RESOLUÇÃO

O enunciado já informa que o campo é conservativo. Repare que:

| |
x̂ ŷ ẑ
→ δ δ δ
rot F(x, y, 0) = δx δy δz =
1 + 4xy   2x - y 2 2 0

=
( () (
δy
δ
0 -
δ
δz
2x 2 - y 2
)) ( (
x̂ +
δ
δz
1 + 4xy -
) ( )) ( (
δ
δx
0 ŷ +
δ
δx ) (
2x 2 - y 2 -
δ
δy
1 + 4xy
)) ẑ

= (0 - 0)x̂ + (0 - 0)ŷ + (4x - 4x)ẑ = 0


Mostrando que o campo atende a condição necessária por ser irrotacional, isto é, seu rotacional é nulo para todos os pontos (x,y,z).

O enunciado já forneceu a função potencial do campo vetorial, observe:

∂f
= 1 + 4xy = F x
∂x

∂f
= 2x 2 - y 2 = F y
∂y


Provando que ∇ f = F.

Resolvendo a integral de linha, repare que o exemplo não informou qual é o caminho a ser traçado, pois, ao afirmar que o campo era
conservativo, a integral de linha só depende do seu ponto inicial e final.

→ →
∫ F(γ(t)). d γ = f(γ(b)) - f(γ(a)) = f(2,2) - f(1,1)
C

C
→ →

(
∫ F(γ(t)). d γ = 2 + 2. 2 2. 2 -
1
3 )(
2 3 - 1 + 1. 1 2. 1 -
1
3 )
13 =
38
3

Vamos apenas escolher um caminho para provar que a integral de linha para este campo vetorial, para qualquer caminho, tem que
fornecer o valor calculado. Seja o caminho γ(t) = (t, t) para 1  ≤  t ≤  2.


Neste caso, γ'(t) = (1,1) e F(γ(t)) = 〈1 + 4t 2, t 2〉

→ →'
F(γ(t)). γ (t) = 1 + 4t 2 + t 2  = 1 + 5t 2

|
2
t3

∫ F. d γ =
C
→ → →
∫ 21 F(γ(t)). γ'(t)dt = ∫ 21 (1 + )dt =
5t 2 t| 21 + 5 
3
1

→ →
∫ F. d γ = (2 - 1) + 5 3 - 3
C
( )
8 1
=1+ 3 = 3
35 38

Fornecendo o mesmo valor obtido anteriormente.

Esse conceito de campo conservativo pode parecer novo para você, mas já foi utilizado diversas vezes em seus estudos de Física.

OS CAMPOS GRAVITACIONAL, ELÉTRICO E DE FORÇA DA MOLA SÃO


CONSERVATIVOS, E VOCÊ APRENDEU QUE O TRABALHO QUE ESSAS
FORÇAS EXERCIAM SÓ DEPENDIA DOS PONTOS INICIAL E FINAL.

Outra forma de abordar isso era com a criação da Energia potencial, que dependia apenas do ponto do objeto.

Só resta buscarmos uma forma de verificar se um campo é conservativo, isto é, uma condição suficiente para essa garantia.

Antes disso, necessitamos definir alguns pontos:

Uma curva será simples se nenhum ponto dela se intercepta.

Fonte: EnsineMe

Uma região B será simplesmente conexa quando toda curva simples fechada dentro de sua região contornar apenas pontos
que pertence à região B. Em outras palavras, a região B não pode ter buracos ou ser constituída por
regiões separadas, veja:

Fonte: EnsineMe

Agora vamos definir uma condição suficiente para o campo vetorial ser conservativo.


SEJA F :  S  ⊂  ℝ N  →  ℝ N,
PARA N = 2 OU N = 3, UM CAMPO VETORIAL DIFERENCIÁVEL
→ →
EM S. SE O DOMÍNIO S FOR SIMPLESMENTE CONEXO E O ROT F FOR NULO, ENTÃO F
SERÁ UM CAMPO CONSERVATIVO.
Assim, a condição de simplesmente conexo para o domínio do campo vetorial garante que caso o campo seja irrotacional, o campo
vetorial será conservativo.

Os casos mais comuns serão aqueles em que o domínio da função será o próprio ℝ n. Podemos observar que o conjunto
ℝ n é
simplesmente conexo. Assim, para esse caso, basta garantirmos que o campo vetorial seja irrotacional.


Para o caso do ℝ 2, seja F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ,
então o rotacional do campo será:

| |
X̂ Ŷ Ẑ

ROT F =
→ Δ
ΔX
Δ
ΔY
Δ
ΔZ = ( ΔQ
ΔX
-
ΔP
ΔY ) Ẑ

P Q 0

POIS P E Q SÓ DEPENDEM DE X E Y.


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
δQ δP
Neste caso, para o rotacional ser nulo - = 0. .
δx δy

→ δQ δP → δQ δP
Assim, dizemos que se F for conservativo, então = .
E se o domínio do campo vetorial F for simplesmente conexo e =
δx δy δx δy

em todos os seus pontos, então F é conservativo.

EXEMPLO

Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈4xy,   x 2 - y 2〉.
Verifique se é um campo conservativo.

RESOLUÇÃO


Como o domínio de F é o ℝ 2,
que é um conjunto simplesmente conexo, basta verificarmos se será um campo irrotacional.

δQ δP →
No caso do ℝ 2, basta verificarmos se = ,
com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ
δx δy

( x )
∂Q ∂
= 2 - y 2 = 2x
∂x ∂x

∂P ∂
=  (4xy) = 4x
∂y ∂y

∂Q ∂P
Como ≠ então, o campo não é irrotacional e não será conservativo.
∂x ∂y

EXEMPLO

→ 2
Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈8 - 3xy 2,   2y 2 - 3yx 〉.
Verifique se é um campo conservativo.

RESOLUÇÃO


Como o domínio de F é o ℝ 2,
que é um conjunto simplesmente conexo, então basta verificarmos se será um campo irrotacional.

δQ δP →
No caso do ℝ 2, basta verificarmos se = ,
com F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ
δx δy

∂Q
∂x

(
= ∂ x   2y 2 - 3yx
2
) = - 6xy

∂P
∂y
=

∂y ( )
  8 - 3xy 2 =   - 6xy

∂Q ∂P
Como = ,
com domínio no ℝ 2, o campo será conservativo.
∂x ∂y
Por fim, para o caso de um campo ser conservativo, existem formas de obter a sua função potencial. Essa metodologia não será
vista neste módulo, mas pode ser estudada, se for o caso, nas referências deste tema.

RESUMO DO MÓDULO 3

TEORIA NA PRÁTICA
Sabe-se que um campo elétrico gerado por determinada carga puntiforme, localizada na origem do sistema cartesiano, tem uma
equação dada por:

→ 100
E(x, y, z) = (x x̂ + y ŷ + z ẑ ) [Volts/m].
(x +y +z )
2 2 2 3/2

Esse campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada por:

100
V(x, y, z) = - [Volts/m].
(x +y +z )
2 2 2 1/2
 

Determine a integral de linha para o campo elétrico entre os pontos (√2,  2√3,  √2 ) e (2√2,  4,  1 ) através de uma Curva C. A
Curva
C será contida na interseção de um paraboloide e um cone.

RESOLUÇÃO

INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO

MÃO NA MASSA

( )
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) =  ZE YX̂ + 3 ARCTG(Y)Ŷ + X 2 + 3Y  Ẑ. DETERMINE O VALOR

( )

DO ROTACIONAL ∇XF NO PONTO (1,0,2):

A) x̂ -  ŷ + 2ẑ

B) 3x̂ + 2ŷ + ẑ

C) 3x̂ - 2ŷ + 2ẑ

D) -  ŷ + 2ẑ

E) 3x̂ - ẑ


2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 2ARCTG(Z) X 2 X̂ + 3ZE Y Ŷ + √3X + Y Ẑ. DETERMINE O VALOR

( )

DO SEU DIVERGENTE ∇ · F NO PONTO (2,0,1).

π
A) +3
2

B) π - 3

π
C) + e3
4

D) 21
π
E)
2


3. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈2XCOS Y + YCOS X,   - X 2SEN Y + SEN X〉. DETERMINE O
VALOR DA INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL SOBRE UMA ELIPSE NO PLANO XY DE

EQUAÇÃO 9X2+ 7Y2 = 23, PARA UM PERCURSO QUE SE INICIA E TERMINA, APÓS UMA VOLTA

COMPLETA NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, NO PONTO 1, √2 . ( )


A) 4

B) -4

C) 3

D) -2

E) 0

4. ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA UM CAMPO CONSERVATIVO:


( )
A) F(x, y) = 2xy x̂ + x 3 + 1  ŷ

(
B) F(x, y) = 2y x̂ + y + x 3  ŷ )

(
C) F(x, y) = 2xy x̂ + x 2 + 1  ŷ )

(
D) F(x, y) = 2x x̂ + x 3 + 1  ŷ )

(
E) F(x, y) = 2xy 2 x̂ + x 3 + x  ŷ )


5. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈2Y 2SENZ,  4 XY SEN Z,  2XY 2COS Z〉. ASSINALE A

ALTERNATIVA QUE APRESENTA UMA AFIRMATIVA FALSA RELACIONADA AO CAMPO VETORIAL F:

A) Domínio do campo vetorial é o conjunto R3.


B) O campo vetorial F é irrotacional.


C) O campo vetorial F é conservativo.

→ π
D) O divergente do campo vetorial F no ponto (1,1, ) vale 3.
2


E) O divergente do rotacional do campo vetorial F é nulo.


6. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈2Y 2SENZ,  4 XY SEN Z,  2XY 2COS Z〉. DETERMINE A
INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA

(
Γ(T) = T 2 + 1,
3
√27 - 19T 3, √7T 2 + 9 DESDE O PONTO INICIAL (1,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (2,2,4).
SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA
PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 2XY 2SEN Z.

A) 3 sen 4 - 2 sen 3

B) 4 sen 4 + 3 sen 3

C) 6 sen 4 + 8 sen 3

D) 18 sen 4 - 16 sen 3

E) 16 sen 4 - 18 sen 3

GABARITO

( )
1. Seja o campo vetorial F(x, y, z) =  ze yx̂ + 3 arctg(y)ŷ + x 2 + 3y  ẑ. Determine o valor do rotacional ( ∇ XF ) no ponto (1,0,2):

A alternativa "C " está correta.

( )| |
x̂ ŷ ẑ
δ δ δ

rot F x, y, z = δx δy δz

ze y 3 arctg(y) (x 2 + 3y )

Assim, resolvendo o determinante:


rot F(x, y, z) = ( δ
δy ) ( δ
(x 2 + 3y - δz 3 arctg(y) )) ( ( )
x̂  +
δ
δz
δ
ze y - δx (x 2 + 3y )) ( (
ŷ  +
δ
δx ) ( ))
δ
3 arctg(y) - δy ze y ẑ


(
rot F(x, y, z) = (3 - 0)x̂ + e y - 2x ŷ + ze y ẑ
) ( )


( ) ( )
rot F(x, y, z) = 3x̂ + e y - 2x ŷ + ze y ẑ

Para o ponto (1,0,2):


( ) ( )
rot F(1,0, 2) = 3x̂ + e 0 - 2.1 ŷ + 2. e 0 ẑ = 3x̂ -  2ŷ + 2ẑ

( ∇ · F ) no ponto
→ →
2. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 2arctg(z) x 2 x̂ + 3ze y ŷ + √3x + y ẑ. Determine o valor do seu divergente

(2,0,1).

A alternativa "A " está correta.


Se F(x, y, z) = P(x, y, z)x̂ + Q(x, y, z)ŷ + R(x, y, z)ẑ, então:

→ ∂P ∂Q ∂R
div F(x, y, z) = (x, y, z) + (x, y, z) + (x, y, z)

∂x ∂y ∂z

(2arctg(z) x ) + (3ze ) + (√3x + y) = 4xz + 3xz + 0 = 7xy

→ ∂ ∂ ∂
div F(x, y, z) = 2 y
∂x ∂y ∂z

( ) ( )
→ ∂ ∂ ∂
div F(x, y, z) = 2arctg(z) ∂ x x 2 + 3z ∂ y e y + √3x + y ∂ z (1) = 2arctg(z). 2x + 3ze y

No ponto (2,0,1):

→ π π
div F(2,0, 1) = 2 arctg(1). 2.2 + 3.1. e 0 = 8 4 + 3 = 2 + 3


3. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈2xcos y + ycos x,   - x 2sen y + sen x〉. Determine o valor da integral de linha deste campo

vetorial sobre uma elipse no plano XY de equação 9x2+ 7y2 = 23, para um percurso que se inicia e termina, após uma volta

completa no sentido anti-horário, no ponto 1, √2 . ( )


A alternativa "E " está correta.


Considerando F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ:

δQ δP
= - 2xsen y + cosx e = - 2xsen y + cosx

δx δy

δQ δP
Assim como δx = δy e o domínio do campo vetorial é o ℝ 2, que é um conjunto simplesmente conexo, o campo vetorial será
conservativo.

A integral de linha de um campo conservativo para um percurso que se inicia e acaba no mesmo ponto é zero.

4. Assinale a alternativa que apresenta um campo conservativo:

A alternativa "C " está correta.

Como o domínio de todos os campos apresentados está no ℝ 2, que é simplesmente conexo, a condição de irrotacional é suficiente
para o campo ser conservativo.

→ δQ δP
No caso do R2, o rotacional será nulo para um campo F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ se = ,
δx δy

δQ δP
Para alternativa da letra a: δx = 3x 2 e δy = 2x

δQ δP
Para alternativa da letra b: = 3x 2 e = 2

δx δy

δQ δP
Para alternativa da letra c: = 2x e = 2x, sendo a resposta correta para questão.

δx δy

δQ δP
Para alternativa da letra d: δx = 3x 2 e δy = 0

δQ δP
Para alternativa da letra e: = 3x 2  + 1 e = 4xy
δx δy


5. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈2y 2senz,  4 xy sen z,  2xy 2cos z〉. Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa

falsa relacionada ao campo vetorial F:

A alternativa "D " está correta.

OPERADORES DIFERENCIAIS


6. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈2y 2senz,  4 xy sen z,  2xy 2cos z〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial em

(
relação à curva γ(t) = t 2 + 1,
3
√27 - 19t 3, √7t 2 + 9 desde o ponto inicial (1,3,3) até o ponto final (2,2,4). Sabe-se que este
campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 2xy 2sen z.

A alternativa "E " está correta.


INTEGRAL DE LINHA DE CAMPO CONSERVATIVO

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

→ X
1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 2YZ X̂ + 2Z 2E  Ŷ + (3X + 1) Ẑ. DETERMINE O VALOR DO

( ∇XF ) NO PONTO (0,1,2):



A) rot F(0,1, 2) = - x̂ + ŷ + 4ẑ


B) rot F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ


C) rot F(0,1, 2) = 8x̂ - ŷ + ẑ


D) rot F(0,1, 2) = - 2x̂ - ŷ + ẑ


E) rot F(0,1, 2) = 3x̂ - 1 + 4ẑ


2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y, Z) = 〈16 XZCOS Y,   - 8ZX 2 SEN Z,  8X 2COS Y〉. DETERMINE A
INTEGRAL DE LINHA DESTE CAMPO VETORIAL EM RELAÇÃO À CURVA

(
Γ(T) = T 2 - 1,   16T 2 + 9,  

3
√27 - 19T 3 ) DESDE O PONTO INICIAL ( – 1 ,3,3) ATÉ O PONTO FINAL (0,5,2).

SABE-SE QUE ESTE CAMPO É CONSERVATIVO E APRESENTA UMA FUNÇÃO POTENCIAL DADA
PELO CAMPO ESCALAR F(X, Y, Z) = 8ZX 2COS Y.

A) 24 cos 3

B) 24 sen 3

C) - 24 cos 3

D) 24 cos 3 - 12 sen 3
E) 24 cos 3 + 12 sen 3

GABARITO
x
( ∇ XF ) no ponto (0,1,2):
→ →
1. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 2yz x̂ + 2z 2e  ŷ + (3x + 1) ẑ. Determine o valor do

A alternativa "B " está correta.

Primeiro temos que calcular o rotacional para depois tirar o divergente dele.

| |
x̂ ŷ ẑ

δ δ δ
rot F(x, y, z) = δx δy δz

2yz 2z e 2 x (3x + 1)

Assim, resolvendo o determinante:


rot F(x, y, z) =
( ( ) ( )) ( ( ) ( )) ( ( ) ( ))
δ
δy
δ
3x + 1 - δz 2z 2e
x
x̂ +
δ
δz
δ
2yz - δx 3x + 1 ŷ +
δ
δx
2z 2e
x δ
- δy 2yz ẑ


( )
rot F(x, y, z) = 0 - 4ze x x̂ + (2y - 3)ŷ + 2z 2e - 2z ẑ

( x
)

(
rot F(x, y, z) = - 4ze xx̂ + (2y - 3)ŷ + 2z 2e - 2z ẑ

x
)

No ponto (0,1,2):

(
rot F(0,1, 2) = - 4.2. e 0x̂ + (2.1 - 3)ŷ + 2.2 2. e - 2.2 ẑ

0
)


rot F(0,1, 2) = - 8x̂ - ŷ + 4ẑ


2. Seja o campo vetorial F(x, y, z) = 〈16 xzcos y,   - 8zx 2 sen z,  8x 2cos y〉. Determine a integral de linha deste campo vetorial

(
em relação à curva γ(t) = t 2 - 1,   16t 2 + 9,   √
3
√27 - 19t 3 ) desde o ponto inicial ( – 1 ,3,3) até o ponto final (0,5,2). Sabe-se que

este campo é conservativo e apresenta uma função potencial dada pelo campo escalar f(x, y, z) = 8zx 2cos y.

A alternativa "C " está correta.

O enunciado diz que o campo é conservativo. Mas como o domínio é ℝ 3, determine o valor do rotacional deste campo e prove que
será nulo, confirmando a informação.

Como o campo é conservativo, a integral de linha independe da curva e depende apenas dos pontos inicial e final:

→ →
∫ F(γ(t)). d γ = f(γ(b)) - f(γ(a)) = f(0,5, 2) - f(- 1,3, 3)

Mas f(x, y, z) = 8zx 2cos y

→ →
( )
∫ F(γ(t)). d γ = (8.2. 0. cos 5) - 8.3. (- 1) 2cos3 = - 24 cos 3
C

MÓDULO 4

 Aplicar o Teorema de Green

INTRODUÇÃO
O cálculo de uma integral de linha e o de uma integral dupla podem ser relacionados por meio do chamado Teorema de Green.

Através dele, você obtém a integral de linha de um campo vetorial resolvendo uma integral dupla de uma função real.

Vamos estudá-lo?

TEOREMA DE GREEN
O Teorema de Green permite relacionar a integral de linha por meio de uma curva fechada simples C com a integral dupla sobre a
região B formada por esta curva. A região B será formada por todos os pontos da fronteira C e os
pontos dentro da curva fechada,
veja a figura.

Fonte: EnsineMe

Necessitamos orientar a curva, assim para o Teorema de Green, a orientação positiva será quando a curva for percorrida no sentido
anti-horário apenas uma vez.

Vamos, agora, enunciar o teorema. A demonstração desse teorema para uma região retangular, pode ser estudada, se for o caso,
nas obras de referência que se encontram no fim deste tema. Quando se trata de uma região qualquer,
a demonstração do teorema
é bastante complexa.

DEMONSTRAÇÃO DO TEOREMA DE GREEN


SEJA C UMA CURVA PLANA SIMPLES, FECHADA, CONTÍNUA POR
TRECHOS E ORIENTADA POSITIVAMENTE. SEJA B A REGIÃO DELIMITADA
POR C. SEJAM AS FUNÇÕES ESCALARES P E Q DERIVÁVEIS EM UM
CONJUNTO ABERTO QUE CONTENHA D, ENTÃO:

∮ P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∬


C B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

EXEMPLO

Determine a integral de linha ∮


C
(x 4
) ( )
- y 3 dx + x 3 + y 3 dy,
sobre a curva γ(t) = (cos t,  sen t),
com 0 ≤ t ≤ 2π percorrida no sentido

do crescimento do parâmetro t.

RESOLUÇÃO

Se desejássemos resolver a integral de linha da forma direta:

Com γ(t) = (cos t,  sen t) →  γ'(t) = ( - sen t,   cos t):


C
(x 4
) ( ) 2π
- y 3 dx + x 3 + y 3 dy = ∫ 0 [( x4 - y3 )
dx
dt (
+ x3 + y3 )
dy
dt ]
dt

Com γ(t) = (cos t,  sen t) →  γ'(t) = ( - sen t,   cos t):

=∫0

[(cos t - sen t )( - sen t ) + (cos t + sen t )cos t]dt =
4 3 3 3

= ∫ 2π ( 4 4 4 3
0 - cos tsen t + sen t + cos t + sen tcos t dt )

Que seria uma integral definida resolvida usando a substituição de variável que vai requerer muito trabalho.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que, ao crescer o parâmetro, a curva é
percorrida no sentido anti-horário, que é o sentido definido como positivo para o teorema de
Green.

∮ P(x, y)dx + Q(x, y)dy = ∬


C B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y )
ds

( )
δP
P(x, y) = x 4 - y 3 → = - 3y 2
δy

( )
δQ
Q(x, y) = x 3 + y 3 → = 3x 2
δx

Assim:


B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ( ( )
ds = ∬ 3x 2 - - 3y 2 dxdy = ∬ 3x 2 + 3y 2 dxdy
B B
( )

Ao analisarmos a Curva C fechada, que se trata de uma circunferência de raio 1. Assim, fica mais simples resolver a integral dupla
pelas coordenadas polares:

B
(
∬ 3 x 2 + y 2 dxdy = ∫ 2π )1 2 2π 1 3
0 ∫ 0 3ρ   ρdρdθ = ∫ 0 ∫ 0 3ρ  dρdθ

|
1 1 3 3π
2π 1 2π
∫ 0 ∫ 0 3ρ 3 dρdθ = θ| 0  .  3  ρ 4 = 2π. =
4 4 2
0

REPRESENTAÇÃO VETORIAL PARA TEOREMA DE GREEN



Observe que estamos trabalhando com funções e áreas no R2. Se considerarmos que F(x, y) = P(x, y)x̂ + Q(x, y)ŷ,  ,
então

( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) é o seu rotacional, com direção do eixo x, isto é, perpendicular ao plano XY.

Portanto, o Teorema de Green pode ser representado por:


( )
→ → →
∮ F. DΓ = ∬   ∇ XF . Ẑ DS
C B


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA UNIÃO DE REGIÕES

Se a região B for uma união finita de regiões simplesmente conexas, podemos também aplicar o Teorema de Green. Veja a figura,
na qual a região B será a união das regiões B1 e B2.

Fonte: EnsineMe

Seja C1 o contorno da região B1, no sentido positivo, e C2, o contorno de B2, no sentido positivo. Repare que, na fronteira que une

as duas regiões, C1 e C2 estarão em sentidos contrários e se anularão.

Assim, se considerarmos C o contorno apenas externo da região, podemos dizer que:


B1 ∪ B2
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y )
DS = ∫
C1 ∪ C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∫ P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY
C


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA REGIÃO COM FUROS

Quando a região B não for simplesmente conexa, isto é, quando apresentar furos, teremos que fazer uma adaptação do Teorema de
Green para sua aplicação, aplicando-o por meio de uma diminuição de áreas.

Seja a região B abaixo desenhada:


Fonte: EnsineMe

Observe que a região B agora será definida por uma área entre duas curvas, que serão suas fronteiras C1 e C2. Ambas as curvas

são orientadas em seu sentido positivo, isto é, anti-horário.

Dessa forma, podemos afirmar que:


B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS = ∫
C1
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY - ∫
C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

A combinação acima pode ser feita para quantos buracos houver na região. Se você quiser fazer o contorno externo C1 no sentido

anti-horário, e os contornos que definem os buracos no sentido horário, o sinal muda


para essa integral de linha dos buracos.

Suponha que a região B é definida externamente pelo contorno C1, orientado no sentido positivo, e tem dois buracos definidos,

respectivamente, por C2 e C3, ambos orientados no sentido negativo


(horário), assim:


B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS = ∫
C1
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫
C2
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY + ∫
C3
P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

TEOREMA DE GREEN PARA CÁLCULO DE ÁREAS

O Teorema de Green pode também ser utilizado como outra forma de se calcular a área de uma região B. Na verdade, será o
cálculo da área por meio de uma integral de linha.

Lembrando que se o teorema nos apresenta a seguinte relação:

∮ P(X, Y)DX + Q(X, Y)DY = ∬


C B
( ∂Q
∂X
-
∂P
∂Y ) DS


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Mas sabemos que a área da região B pode ser calculada como:


A = ∬ DS
B


Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal

Se observarmos o Teorema de Green na parte da integral dupla, seria o mesmo que fazer o termo
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y )
  igual a 1.

Existem várias possibilidades para esta combinação. E, para cada uma delas, teremos uma integral de linha diferente a ser
calculada, através da curva fechada C que contorna a área analisada.

P(X, Y)  =  0 E Q(X, Y)  =  X


A = ∬ ds = ∮ x dy
B C

P(X, Y)  =  –  Y  E Q(X, Y)  =  0


A = ∬ ds = ∮ - y dx
B C

( )
P X, Y   =   - Y E Q X, Y   =
1
2 ( ) 1
2
X

1 1
A = ∬ ds = ∮ x dy - ydx
2 2
B C

A escolha do tipo utilizado dependerá da curva que determina a área. Sempre devemos buscar a integral mais simples.
Exemplificaremos este cálculo na seção “Teoria na prática” deste módulo.

RESUMO DO MÓDULO 4

TEORIA NA PRÁTICA
Determine a área da elipse de equação 3x 2  +  2y 2  =  6 através de uma integral de linha.

RESOLUÇÃO
TEOREMA DE GREEN

MÃO NA MASSA

1. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∮ 2E YDX - 2XE YDY, ONDE A CURVA C É UM QUADRADO


CENTRADO NA ORIGEM, PERCORRIDO C
NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, COM LADOS (1,1), ( – 1,1), (– 1,
– 1) E (1, – 1).

(
A) 2 e - 1 + 3e )
B) 8 (e -1
- 2e )

(
C) 8 e - 2 + e )
D) 6 (e -1
- e)

E) 8 (e -1
- e)


2. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈Y 2,  XY〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESSA FUNÇÃO
SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0), (0,2) E (2,0).

1
A)
3
1
B) -
3
4
C) -
3
4
D)
3
2
E)
3
3. SEJA A REGIÃO S DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE: ∮ Y DX =   -  16, ∮ X DY = 4
C1 C2
E  ∮ (X DY - Y DX) = 10. DETERMINE A ÁREA DE B:

C3

A) 4

B) 5

C) 6

D) 7

E) 8

4. SEJA A REGIÃO B DELIMITADA EXTERNAMENTE POR UMA CURVA CIRCUNFERÊNCIA CENTRADA


NA ORIGEM DE RAIO 2. INTERNAMENTE, ESTA REGIÃO APRESENTA DOIS BURACOS EM SEU
DOMÍNIO. ESTES BURACOS SÃO DELIMITADOS, RESPECTIVAMENTE PELA CURVA C2 E C3. SABE-SE
QUE ∮ XDY - YDX = 2Π E ∮ XDY - YDX = Π, COM C2 E C3 PERCORRIDA NO SENTIDO ANTI-
C2 C3
HORÁRIO. DETERMINE O VALOR DA ÁREA DE B:

π
A)
2

B)
2

C)
2

D)
2

E) 2

5. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA ∮


C
(X 7
) ( )
- Y 5 DX + X 5 + Y 4 DY, SOBRE A CURVA
Γ(T) = ( - SEN T, COS T), COM 0 ≤ T ≤ 2Π  PERCORRIDA NO SENTIDO DO CRESCIMENTO DO
PARÂMETRO T.

π
A)
8
π
B) 4

C) 4


D)
4

E)
4

6. DETERMINE A ÁREA DELIMITADA PELAS CURVAS DE EQUAÇÃO PARAMÉTRICAS


Γ(T) = (2T - 2SEN T,  2 - 2COS T) PARA 0 ≤ T ≤ 2Π E O EIXO X.

A) 4π

B) 6π

C) 8π

D) 12π

E) 14π

GABARITO

1. Determine a integral de linha ∮ 2e ydx - 2xe ydy, onde a Curva C é um quadrado centrado na origem, percorrido no
C
sentido anti-horário, com lados (1,1), ( – 1,1), (– 1, – 1) e (1, – 1).

A alternativa "E " está correta.

Deseja-se calcular ∮ 2e ydx - 2xe ydy

Utilizando o teorema de Green:

( )
δP
P(x, y) = 2e y → = 2e y

δy

( )
δQ
Q(x, y) = - 2xe y → = - 2e y

δx

∮ 2e ydx - 2xe ydy = ∬


C B
( ∂Q
∂x
∂P
) (
- ∂ y ds = ∬ - 2e y - 2e y dxdy

B
)

A região B é um quadrado. Assim podemos considerar x variando de ( – 1 , 1) e y também variando de ( – 1 , 1).

( )
1 1
∬ - 4e y dxdy = ∫ ∫ - 4e ydxdy = ∫ - 4e ydy
B -1 -1
( 1

-1
)( )
1
∫ dx

-1

C
(
∮ 2e ydx - 2xe ydy = - 4e y - 1 | ) (x| ) = (- 4e + 4e )(1 - (- 1)) = 8e
1 1
-1
-1 -1
- 8e


2. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈y 2,  xy〉. Determine a integral de linha dessa função sobre um triângulo, percorrido no
sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,2) e (2,0).

A alternativa "C " está correta.

Desejamos calcular ∮ y 2dx + xydy utilizando o Teorema de Green:


C

( )
δP
P(x, y) = y 2 → = 2y

δy

δQ
Q(x, y) = (xy) → = y

δx

∮ y 4dx + xydy = ∬
C B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ds = ∬ (y - 2y)dxdy

A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,2} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(2,0) e (0,2).

x-2 0-2
Obtendo a equação da reta: y - 0 = 2 - 0 → 2x - 4 = - 2y → x + y - 2 = 0

Assim:

2
2-x
∬ (- y)dxdy = ∫ ∫ 0 (- y)dy dx

B 0

Resolvendo a equação em y:

2-x 1
| 2-x
∫ 0 (- y)dy = - y 2 0 = - (2 - x) 2 = 2x - 2 - x 2

2 2 2
1 1

|
2

( )
2 11 3
|
1 2 8 4
∫ 2x - 2 - x2 dx = x2 0 - 2x| 20 - x =4-4- = -
2 23 6 3
0 0

3. Seja a região S desenhada na figura abaixo. Sabe-se que: ∮ y dx =   -  16, ∮ x dy = 4 e  ∮ (x dy - y dx) = 10. Determine
C1 C2 C3
a área de B:

A alternativa "D " está correta.

A área da figura B é dada por ∬ ds.

Usando o Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬ ds = ∮ x dy.

B C

Como a região B é delimitada externamente por C1 e internamente por C2 e C3.

∬ ds = ∮ x dy = ∮ x dy - ∮ x dy - ∮ x dy

B C C1 C2 C3

Com C1, C2 e C3 percorridas no sentido anti-horário.

Mas:

∮ x dy = ∮ - y dx = - (- 16) = 16

C1 C1


C3
x dy = ∮
C3
( 1
2
1
xdy - 2 x dy = 2 ∮
) 1

C3
1
(x dy - y dx) = 2 . 10 = 5

∬ ds = ∮ x dy = 16 - 4  -  5  = 7
B C

4. Seja a região B delimitada externamente por uma Curva Circunferência centrada na origem de raio 2. Internamente, esta
região apresenta dois buracos em seu domínio. Estes buracos são delimitados, respectivamente pela Curva C2 e C3. Sabe-

se que ∮ xdy - ydx = 2π e ∮ xdy - ydx = π, com C2 e C3 percorrida no sentido anti-horário. Determine o valor da área de
C2 C3
B:

A alternativa "C " está correta.

TEOREMA DE GREEN

5. Determine a integral de linha ∮


C
(x 7
) ( )
- y 5 dx + x 5 + y 4 dy, sobre a curva γ(t) = ( - sen t, cos t), com 0 ≤ t ≤ 2π  percorrida

no sentido do crescimento do parâmetro t.

A alternativa "D " está correta.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples. Observe que a equação γ(t) está orientada no sentido
anti-horário.

∮ P(x, y)dx + Q(x, y)dy = ∬


C B
( ∂Q
∂x
∂P
- ∂ y ds

( )
δP
P(x, y) = x 7 - y 5 → δy = - 5y 4

(
Q(x, y) = x 5 + y 4 → ) δQ
δx
= 5x 4

Assim:


B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ( ( )
ds = ∬ 5x 4 - - 5y 4 dxdy = ∬ 5x 4 + 5y 4 dxdy

B B
( )

Ao analisarmos a Curva C fechada, sendo uma circunferência de raio 1, fica mais simples resolver a integral dupla pelas
coordenadas polares:

B
(
∬ 5 x 4 + y 4 dxdy = ∫ 2π) 1 4 4 4
(
1 5
0 ∫ 0 5ρ cos θ + sen θ   ρdρdθ = ∫ 0 5ρ dρ ) ( )(∫ (cos θ + sen θ ) dθ )


0
4 4

1
 ∫ 0 5ρ 5dρ = ρ 6 0 =

6 6
5
| 1 5

 ∫ 2π 4
( 4
0 cos θ + sen θ dθ
)

Mas sabendo que cos 2θ + sen 2θ ( ) 2


= 1 = cos 4θ + 2cos 2θsen 2θ + sen 4θ, então:

1 1 1 1
cos 4θ + sen 4θ = 1 - 2cos 2θsen 2θ = 1 - sen 22θ = 1 - + + cos4θ

2 4 4 4

( ) (

( )
3 1 3 11 3π
∫ 2π 4 4 2π 2π
0 cos θ + sen θ dθ = ∫ 0 4 + 4 cos 4θ dθ = 4 θ| 0 + 4 4 sen 4θ)| =

2
0

B
(
∬ 5 x 4 + y 4 dxdy = ) 5
6


2
=

4

6. Determine a área delimitada pelas curvas de equação paramétricas γ(t) = (2t - 2sen t,  2 - 2cos t) para 0 ≤ t ≤ 2π e o eixo x.

A alternativa "D " está correta.

TEOREMA DE GREEN

GABARITO

VERIFICANDO O APRENDIZADO

1. SEJA O CAMPO VETORIAL F(X, Y) = 〈XY + 3,  X 2 - 2〉. DETERMINE A INTEGRAL DE LINHA DESTA
FUNÇÃO SOBRE UM TRIÂNGULO, PERCORRIDO NO SENTIDO ANTI-HORÁRIO, DE VÉRTICES (0,0),
(0,1) E (1,0).

1
A)
6
1
B)
12
1
C) -
12
1
D)
18
1
E) -
10

2. SEJA A REGIÃO B DESENHADA NA FIGURA ABAIXO. SABE-SE QUE ∮ X DY VALE 8 E ∮ X DY = 3
C1 C2
. DETERMINE A ÁREA DE B:

A) 4

B) 5

C) 6

D) 7

E) 8

GABARITO

1. Seja o campo vetorial F(x, y) = 〈xy + 3,  x 2 - 2〉. Determine a integral de linha desta função sobre um triângulo, percorrido
no sentido anti-horário, de vértices (0,0), (0,1) e (1,0).

A alternativa "A " está correta.

)
Deseja-se calcular ∮ (xy + 3)dx + (x 2 - 2 dy.

Utilizando o Teorema de Green, a integral sairá de uma forma mais simples:

δP
P(x, y) = (xy + 3) → δy = x

( )
δQ
Q(x, y) = x 2 - 2 → = 2x

δx

∮ (xy + 3)dx + (x 2 - 2 dy = ∬
C
) B
( ∂Q
∂x
-
∂P
∂y ) ds = ∬ (2x - x)dxdy

A região B é um triângulo retângulo. Assim, podemos considerar x variando de [0,1} e y variando de 0 até a reta que une os pontos
(1,0) e (0,1).

x-1 0-1
Obtendo a equação da reta: = → x - 1 = - y → x + y - 1 = 0

y-0 1-0

Assim:

1
∬ xdxdy = ∫ ∫ 10- xx dy dx

B 0

Resolvendo a equação em y:

∫ 10- xx dy = x y| 10- x = x(1 - x) = x - x 2

| |
1 1 1
1 2 1 3
( )
1 1 1
∫ x - x 2 dx =   2 x - 3x = 2 - 3 = 6
0 0 0

2. Seja a região B desenhada na figura abaixo. Sabe-se que ∮ x dy vale 8 e ∮ x dy = 3. Determine a área de B:
C1 C2

A alternativa "B " está correta.

A área da figura B é dada por ∬ ds. .

Usando o Teorema de Green, ela pode ser representada por ∬ ds = ∮ x dy.

B C

Como a região B é delimitada externamente por C1 e internamente por C2.

∬ ds = ∮ x dy = ∮ x dy - ∮ x dy

B C C1 C2

Com C1 e C2 percorridas no sentido anti-horário.

Pelo enunciado:

∬ ds = ∮ x dy - ∮ x dy = 8 - 3 = 5
B C1 C2

CONCLUSÃO

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este tema apresentou e aplicou o conceito da integral de linha de campos escalares e vetoriais.

No primeiro módulo, foi definida e calculada a integral de linha de campos escalares.

No segundo módulo, foi definido o campo vetorial e calculada a integral de linha de campos vetoriais, com sentido um pouco
diferente da integral de linha de campos escalares.

No terceiro módulo, foram apresentados os operadores diferenciais rotacional e divergente e aplicada a integral de linha em campos
conservativos.

Por fim, no quarto módulo, foi apresentado o Teorema de Green, que relaciona o cálculo de uma integral de linha a uma integral
dupla.

Esperamos que, ao fim deste tema, você saiba definir um campo vetorial, calcular integrais de linha, usar os operadores diferenciais
e aplicar o Teorema de Green.

AVALIAÇÃO DO TEMA:

REFERÊNCIAS
APOSTOL, T. M. Cálculo. Vol. II. 2. ed. Nova Jersey: John Wiley & Sons, 1969.

GUIDORIZZI, H. L. Cálculo. Vol. III. 5. ed. São Paulo: LTC, 2013.

STEWART, J. Cálculo. Vol. II. 5. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2008.

EXPLORE+
Pesquise mais sobre integrais triplas e suas aplicações na Internet e em nossas referências.

Além disso, sugerimos a pesquisa e leitura do artigo Integrais de linha em um campo escalar, da Khan Academy.

CONTEUDISTA
Jorge Luís Rodrigues Pedreira de Cerqueira

 CURRÍCULO LATTES

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