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Wellington José
Rio de Janeiro
2020
Sumário
Capı́tulo 16 - Cálculo Vétorial
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Capı́tulo 16 - Cálculo Vétorial
16.1 - Campos Vetoriais
Definição 1 Seja E um conjunto em Rn . Um campo vetorial em Rn é uma
função F que associa a cada ponto (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ E um vetor F (x1 , x2 , . . . , xn ).
1
∇f (x1 , x2 , . . . , xn ) = fx1 (x1 , x2 , . . . , xn )j1 + · · · + fxn (x1 , x2 , . . . , xn )jn
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Integrais de Linha no Espaço
De forma análoga a integrais duplas
s
Z Z b 2 2 2
dx dy dz
f (x, y, z)ds = f (x(t), y(t), z(t)) + + dt
C a dt dt dt
e
Z Z b
f (x, y, z)dz = f (x(t), y(t), z(t))z 0 (t)dt
C a
Independência do Caminho
Suponha que C1 e C2 sejam curvas suaves por partes que tem mesmos pontos
iniciais e finais A e B, se ∇f é contı́nua então
Z Z
∇f.dr = ∇f.dr
C1 C2
3
R
Teorema
R 0.2 C F.dr é independente do caminho em D se e somente se
C
F.dr = 0 para todo caminho fechado C ∈ D.
Teorema 0.3 Suponha que F seja um campo R vetorial contı́nuo em uma
região aberta conexa por caminhos D. Se C F.dr for independente do cami-
nho em D, então F é um campo vetorial conservativo em D, ou seja, existe
uma função f tal que ∇f = F .
Teorema 0.4 Se F (x, y) = P (x, y)i + Q(x, y)j é um campo vetorial conser-
vativo, onde P e Q têm derivadas parciais de primeira ordem contı́nuas em
um domı́nio D, então em todos os pontos de D temos
∂P ∂Q
=
∂y ∂x
Teorema 0.5 Seja F = P i + Qj um campo vetorial em uma região aberta
simplesmente conexa D. Suponha que P e Q tenham derivadas contı́nuas de
primeira ordem e que
∂P ∂Q
=
∂y ∂x
Em todo D, então F é conservativo.
4
H
obs.: C F1 dx + F2 dy indica que a integral de linha é calculada usando a
orientação positiva da curva fechada C.
rot(∇f ) = 0
Teorema 0.8 Se F for um campo vetorial definido sobre todo R3 cujas
funções F1 , F2 e F3 possuem derivadas de segunda ordem contı́nuas e rot
F = 0, então F será um campo vetorial consecutivo.
Divergente
Se F = F1 i + F2 j + F3 k é um campo vetorial em R3 e F1 , F2 , F3 possuem
derivadas, então o divergente de F é
∂F1 ∂F2 ∂F3
div F = + +
∂x ∂y ∂z
Teorema 0.9 Se F = F1 i + F2 j + F3 k é campo vetorial sobre R3 e F1 , F2 , F3
têm derivadas parciais de segunda ordem contı́nuas, então
div rot F = 0
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16.6 - Superfı́cies Parametrizadas e suas Áreas
Podemos descrever uma superfı́cie por uma função vetorial de dois parâmetros
u e v, em vez de apenas um único t.
Superfı́cies de Revolução
Uma superfı́cie de revolução num certo eixo x, com uma função f :
Planos Tangentes
O plano tangente de uma certa função vetorial r(u, v) = x(u, v)i + y(u, v)j +
z(u, v)k, no ponto P0 com vetor posição r(u0 , v0 ) é dada por:
∂x ∂y ∂z
rv = (u0 , v0 )i + (u0 , v0 )j + (u0 , v0 )k
∂v ∂v ∂v
∂x ∂y ∂z
ru = (u0 , v0 )i + (u0 , v0 )j + (u0 , v0 )k
∂u ∂u ∂u
Onde o vetor normal do plano tangente é dado por |rv ×ru | = αi+βj +γk,
note que α, β, γ estão em função de u, v.
E a equação do plano num ponto (x0 , y0 , z0 ):
Área da Superfı́cie
Definição
Se uma superfı́cie parametrizada suave S é dada pela equação r(u, v) =
x(u, v)i + y(u, v)j + z(u, v)k, com (u, v) ∈ D e S é coberta uma única vez
quando (u, v) abrange todo o domı́nio D parâmetros, então a área da su-
perfı́cie de S é:
x
A(S) = |ru × rv |dA
D
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onde
∂x ∂y ∂z
ru = (u0 , v0 )i + (u0 , v0 )j + (u0 , v0 )k
∂u ∂u ∂u
∂x ∂y ∂z
rv = (u0 , v0 )i + (u0 , v0 )j + (u0 , v0 )k
∂v ∂v ∂v
i j k
∂x ∂y ∂z i j k
rφ × rθ = ∂φ = a cos φ sin θ a sin φ cos θ −a sin φ
∂φ ∂φ
−a sin φ sin θ a sin φ cos θ 0
∂x ∂y ∂z
∂θ ∂θ ∂θ
p
|rφ × rθ | = a4 sin φ4 cos θ2 + a4 sin φ4 sin θ2 + a4 sin φ2 cos φ2 = a2 sin φ
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Área de Superfı́cie do Gráfico de uma Função
Para o caso especial de uma superfı́cie S com equação z = f (x, y), onde
(x, y) ∈ D e f tem derivadas parciais contı́nuas, tomamos x e y como
parâmetros. As equações paramétricas são
x = x, y = y, z = f (x, y)
Então a área fica
s
x
∂z
2
∂z
2
A(S) = 1+ + dA
∂x ∂y
D
Gráficos
Como caso particular se z = f (x, y) podemos calcular a superfı́cie com
equações parametrizadas
x = x, y = y, z = f (x, y)
E a superfı́cie fica:
s
x x ∂z
2
∂z
2
f (x, y, z)dS = f (x, y, f (x, y)) + + 1dA
∂x ∂y
S D
Superfı́cies Orientadas
Dada uma superfı́cie z = g(x, y) orientada, onde sua orientação é dada pelo
vetor unitário
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∂g ∂g
i−− j+k
∂x ∂y
n= s 2 2
∂g ∂g
1+ +
∂x ∂y
E se S for uma superfı́cie orientada suave com parametrização vetorial
r(u, v), então pode ser associada à orientação do vetor normal unitário.
ru × rv
n=
|ru × rv |
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16.9 - Teorema do Divergente (ou Teorema de Gauss)
O Teorema do Divergente é uma generalização do Teorema de Green (16.5)
para o espaço com certas hipóteses, para que vala
x y
F · ndS = div F (x, y, z)dV
S E
Onde S é a superfı́cie fronteira da região sólida E.
Teorema 0.10 (O Teorema do Divergente) Seja E uma região sólida sim-
ples e seja S a superfı́cie fronteira de E, orientada positivamente (para fora).
Seja F um espaço vetorial cujas funções componentes tenham derivadas par-
ciais contı́nuas em uma região aberta que contenha E. Então
x y
F · dS = div F dV
S E
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