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Relatório de aula prática - Estudo do Momento de Inércia de


Sistemas Discretos Pelo Método Científico
Física Experimental (Universidade Federal de São Carlos)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS


ENGENHARIA FÍSICA – TURMA E

GABRIEL FACENDA BUENO – R.A.: 802264


GREGÓRIO SANT’ANNA – R.A.: 800350
IVAN AUGUSTO VICENTIN – R.A.: 791383
ISA DIAS VIOTTI – R.A.: 800514

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 6


Estudo do Momento de Inércia de Sistemas Discretos Pelo Método Científico

SÃO CARLOS - SP
11 DE NOVEMBRO DE 2021

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Gabriel Facenda Bueno – R.A.: 802264


Gregório Sant’Anna – R.A.: 800350
Ivan Augusto Vicentin – R.A: 791383
Isa Dias Viotti – R.A.: 800514

RELATÓRIO DA AULA PRÁTICA 6:


Estudo do Momento de Inércia de Sistemas Discretos Pelo Método Científico

Trabalho de relatório de aula prática,


apresentado à disciplina de Física
Experimental A – turma E – do curso de
Engenharia Física da Universidade Federal
de São Carlos, como requisito parcial à
demonstração dos processos e resultados
utilizados e obtidos durante o estudo do
momento de inércia de sistemas discretos
pelo método científico.
Orientador: Prof. Waldir Avansi Junior

SÃO CARLOS - SP
11 de novembro de 2021

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SUMÁRIO
1. RESUMO .......................................................................................................... 3
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS .......................................................................... 3
4. MATERIAIS UTILIZADOS................................................................................ 6
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .............................................................. 11
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................ 12
7. CONCLUSÕES .............................................................................................. 17
8. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 18
9. APÊNDICES................................................................................................... 19

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1. RESUMO
Esse relatório teve, como principais objetivos, determinar o momento de inércia
de sistemas discretos e descobrir a equação empírica entre o momento de inércia, a
massa de sistemas discretos e sua distribuição, através do método científico. Para
isso, foi utilizado um sistema experimental para a medição de momentos de inércia,
composto por um carretel, fio, roldanas e uma cruzeta. Com os dados obtidos com o
experimento foram construídos gráficos, através dos quais obteve-se os coeficientes
angulares, que permitiram descobrir os valores dos expoentes necessários para a
obtenção da equação empírica para o momento de inércia (𝑘 = 1 e 𝑛 = 2). Não
obstante, houve a necessidade da elaboração de um outro gráfico para a obtenção da
constante adimensional (𝐶). Portanto, a equação empírica para o momento de inércia
dos sistemas estudados é: 𝐼 = 1 × 𝑀𝑟². Logo, através do cálculo de concordância,
concluiu-se 98% de certeza que esse momento de inércia (𝐼) está relacionado a um
anel fino, em relação ao eixo central.

2. OBJETIVOS
• Determinar o momento de inércia de sistemas discretos;
• Estimar quais variáveis envolvidas nas medições são mais relevantes
para a determinação da incerteza de medições do momento de inércia de sistemas
discretos;
• Descobrir a equação empírica entre o momento de inércia, a massa e a
distribuição da massa de sistemas discretos.

3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
As partículas que compõem um sistema em translação têm a mesma
velocidade de translação. Logo, pode-se interpretar as mesmas como sendo um só
corpo. Deste modo, é possível definir que o momento linear do corpo (𝑝) é o produto
da massa (nesse caso, é a somatória das massas de todas as partículas) pela
velocidade de translação do sistema.
De acordo com a segunda lei de Newton:
𝐹 = 𝑀𝑎 (3.1)
Sabendo que quanto maior a inércia de um corpo maior deverá ser a força para
acelerá-lo [1], é fácil entender que a massa (𝑀) está intimamente relacionada com a

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dificuldade para alterar a quantidade de movimento de um corpo. Assim, pode-se dizer


que a massa de um corpo “mede a sua inércia”.
Para um sistema em movimento de rotação, o princípio é análogo. Cada
partícula de um corpo rígido que gira em torno de um eixo de rotação tem a mesma
velocidade angular (𝜔), mesmo que as partículas tenham diferentes velocidades de
translação. Deste modo, um corpo que possua velocidade angular pode ser associado
a um momento angular (𝐿), como mostra a seguinte equação:
𝐿 = 𝐼𝜔 (3.2)
Na equação 3.2, 𝐼 representa o momento de inércia. Momento de Inércia é um
nome dado a inércia rotacional, ou seja, a uma rotação análoga a massa para um
movimento linear. Esta grandeza aparece numa dinâmica para corpos em movimento
rotacional, que deve ser especificado com respeito aos eixos de rotação. Para um
centro de massa, o momento de inércia é apenas a massa elevada ao quadrado de
uma distância perpendicular ao eixo de rotação, 𝐼 = 𝑚𝑟 2. Esta relação com o centro
de massa é a base para todos outros momentos de inércia, que variam de acordo com
a geometria do sólido estudado [2].

Figura 1 - Diferentes sólidos e eixos e seus respectivos momentos de inércia.

A forma rotacional para a segunda lei de Newton pode ser apresentada como
a equação abaixo:
𝜏 = 𝐼𝜔 (3.3)

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Onde 𝜏 é o torque. As equações entre os movimentos de rotação e translação


(3.3 e 3.2, respectivamente) são, portanto, matematicamente equivalentes. Desta
forma, o momento de inércia pode ser interpretado como a dificuldade para se alterar
o momento angular de um corpo, a inércia contra a rotação.
Ademais, o momento de inércia de uma única partícula em um sistema de
rotação pode ser descrito pela equação 3.4:
𝐼 = 𝐶𝑀𝑘 𝑟 𝑛 (3.4)
Na equação acima descrita, 𝑀 é a massa da partícula, que está a uma distância
𝑟 do eixo de rotação, as potências 𝑘 e 𝑛 são números inteiros e 𝐶 é a constante
adimensional.
Para um sistema em rotação com 𝑁 partículas considera-se um momento de
inércia total 𝐼𝑇 , que pode ser determinado da seguinte maneira:
𝑘 𝑛
𝐼𝑇 = 𝐼1 + 𝐼2 + 𝐼3 + ⋅⋅⋅ +𝐼𝑁 = 𝐶 ∑𝑁
𝑖=1 𝑀𝑖 𝑟𝑖 (3.5)
Para sistemas de massa contínuos, o somatório acima é transformado em uma
integral.
Analisando o sistema para medição de momentos de inércia, apresentado no
item 4.1 deste relatório, supõe-se que o momento de inércia provenha apenas do
sistema girante [2]. Com isso, aplicando a segunda lei de Newton para a massa
suspensa (𝑚) quando a mesma estiver a uma altura ℎ do solo, obtém-se a seguinte
equação para o movimento de queda na vertical:
𝑚𝑎 = 𝑚𝑔 − 𝑇 (3.6)
Na equação 3.6, 𝑚𝑔 é a força peso exercida na massa e 𝑇 é a tensão no fio,
que reproduz a tensão no carretel (de diâmetro 𝐷) e inicia a rotação do sistema girante,
originando um torque (𝜏) nesse sistema. Por conseguinte, as grandezas mencionadas
podem ser relacionadas da seguinte maneira:
𝜏 𝐼𝛼
𝑇 = 𝐹𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 = ( 𝐷 ) = ( 𝐷 ) (3.7)
2 2

𝐷
Onde, 𝐹𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 é a força responsável pelo torque, é o raio do carretel e 𝛼 =
2
𝑎
𝐷 é a aceleração angular.
2

Usando princípios de cinemática é possível considerar que a massa suspensa


descreve um movimento retilíneo uniformemente acelerado e que parte do repouso.
Assim, a aceleração descrita pela massa suspensa (𝑚) é definida pela equação 3.8:

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2ℎ
𝑎= (3.8)
𝑡2

Na equação acima, o 𝑡 é o tempo de queda da massa (𝑚) a partir de uma altura


ℎ.
Utilizando as equações 3.6, 3.7 e 3.8, podemos obter uma equação para o
momento de inércia total do sistema girante 𝐼𝑇 :
𝑚𝐷 2 𝑔𝑡 2
𝐼𝑇 = [ 2ℎ − 1] (3.9)
4

A obtenção da equação acima está detalhada no item “Apêndices”, no final


deste relatório.
Este momento de inércia é obtido para o sistema girante, levando em conta o
momento de inércia do sistema em si (sem corpos girantes) e do momento de inércia
dos corpos girantes. Assim, pelo princípio da superposição, pode-se determinar o
momento de inércia do sistema discreto de corpos 𝐼𝐶 :
𝐼𝑇 = 𝐼𝑆 + 𝐼𝐶 , ou seja, 𝐼𝐶 = 𝐼𝑇 − 𝐼𝑆 (3.10)
Onde 𝐼𝑆 é o momento de inércia do sistema girante vazio (𝐼𝐶 = 0).

4. MATERIAIS UTILIZADOS
Foram utilizados, para a epigrafada aula prática, os seguintes materiais:

4.1. SISTEMA PARA MEDIÇÃO DE MOMENTOS DE INÉRCIA


Sistema girante utilizado para a determinação dos momentos de inércia de
sistemas discretos. Na figura 2 (abaixo), está esquematizado o aparato experimental
(do sistema girante) utilizado, que possui um momento de inércia (𝐼), a massa em
queda (𝑚) e a altura de queda dessa massa (ℎ).

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Figura 22 - Aparato experimental utilizado, composto por um carretel, uma cruzeta, roldanas, um fio e uma massa
suspensa.

O sistema girante está detalhado na figura 3, sendo 𝑟 o raio da distância entre


o carretel e o centro de massa das partículas e 𝐷 é o diâmetro do carretel.

Figura 33 - Sistema girante, composto por um carretel (onde o fio está enrolado) e por uma cruzeta (onde os
corpos a serem estudados estão fixados).

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4.2. CONJUNTOS COM CORPOS DE DIFERENTES MASSAS


Cinco conjuntos de corpos com diferentes massas, compostos por materiais
diferentes (figura 4).

Figura 44 - Conjuntos de peças de diferentes massas, cujos momentos de inércia foram obtidos
no procedimento experimental.

4.3. CRONÔMETRO
Cronômetro digital da marca Akso. A incerteza considerada é o tempo médio
da reação humana ( ±0,2 segundos).

Figura 55 - Cronômetro Akso, com o qual foram realizadas as medições de tempo de queda das
massas.

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4.4. MASSA PARA SUSPENSÃO


Um corpo com (114,0 ± 0,2) [𝑔] foi utilizado como “massa suspensa”, com
intuito de empregar uma tensão no fio, rotacionando o sistema girante.

4.5. TRENA
Trena da marca WORKER, com incerteza de ±0,05 centímetros.

Figura 66 - Trena WORKER, utilizada na medição da altura na qual a massa foi suspensa.

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4.6. PAQUÍMETRO ANALÓGICO


Paquímetro analógico da marca Kingtools, com precisão de dois centésimos de
milímetro.

Figura 77 - Paquímetro Kingtools, com o qual foram realizadas as medições do diâmetro do carretel
e das distâncias entre os corpos de prova até os eixos de rotação.

4.7. BALANÇA ANALÓGICA


Balança analógica da Marca JB, com precisão de dois décimos de grama.

Figura 88 - Balança tríplice escala JB, classe III, modelo 007. Utilizada na medição das massas das
peças dos cinco conjuntos.

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4.8. SOFTWARE GRÁFICO


Para a elaboração dos gráficos e obtenção de seus coeficientes através do
método dos mínimos quadrados (MMQ), apresentados neste trabalho, foi utilizado o
software gráfico “OriginPro 2021b (Learning Edition)”, desenvolvido pela OriginLab.

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para realizar a aula prática em epígrafe, foi necessário compreender o
funcionamento do aparato experimental utilizado, mostrado no item 4.1 deste relatório.
Com o sistema vazio foi medido três vezes o tempo (𝑡) de queda de uma altura
de (241,35 ± 0,05) [𝑐𝑚], para uma massa suspensa de (114,0 ± 0,2) [𝑔]. Também,
foram medidos e anotados:
• O diâmetro do carretel (𝐷): (380,00 ± 0,02) [𝑚𝑚];
• E os valores medidos para o tempo de queda (𝑡), altura de queda da
massa suspensa (ℎ) (que foi igual para todas as medições realizadas no
experimento) e a massa (𝑀) (que é a soma das massas de cada
partícula para cada conjunto).
O valor usado para a aceleração da gravidade foi o medido em São Carlos
(22°00’55” Sul, 47°53’28” Oeste), a uma altitude de aproximadamente 854 metros
𝑐𝑚
[3], que é de 𝑔 ± 𝑢(𝑔) = (978,5 ± 0,5)[ ].
𝑠2

Por diante, a partir do tempo médio de queda da massa suspensa, foi obtido
o momento de inércia do sistema vazio (𝐼𝑆 ) e a sua incerteza (𝑢(𝐼𝑆 )), através das
equações 3.9 e 3.10. Ainda, as massas de cada conjunto de corpos foram medidas.
Com isso, foi criada uma tabela apresentando a massa total para cada conjunto
(material) junto de suas respectivas incertezas.
Por conseguinte, foi estudado separadamente o momento de inércia para
cada um dos conjuntos (madeira, alumínio, latão 1, latão 2 e ferro).
Para realizar esse estudo, o raio (𝑟) (medido do centro de massa de cada peça
até o eixo de rotação) foi mantido fixo em (13,000 ± 0,002) [𝑐𝑚] e a massa suspensa
foi, para todo este relatório, constante: (114,0 ± 0,2) [𝑔], como já havia sido dito. Desta
forma, foi possível obter, com o auxílio da equação 3.9, o momento de inércia total do
sistema (𝐼𝑇 ) e o momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝐼𝐶 ), bem como
suas respectivas incertezas. Todos os dados referentes a esse estudo estão
apresentados na tabela 3.
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O próximo passo, foi estudar apenas o conjunto de corpos de prova de ferro,


onde foi investigado a dependência do momento de inércia em função da distância do
eixo de rotação. Neste estudo, apenas o raio (𝑟) variou. Deste modo, o momento de
inércia total do sistema (𝐼𝑇 ) e o momento de inércia de cada sistema discreto de peças
(𝐼𝐶 ), bem como suas respectivas incertezas, foram obtidos. Todos os dados referentes
a esse estudo estão apresentados na tabela 4.
Na sequência, foram elaborados, através da ferramenta citada no item 4.8
deste documento, gráficos em formato di-log das seguintes grandezas: 𝐼𝐶 versus 𝑚 e
𝐼𝐶 versus 𝑟, conforme mostram os gráficos 1 e 2.
Com o auxílio dos coeficientes dos gráficos gerados no software, foi possível
determinar as potências 𝑘 e 𝑛 da equação 3.4.
Para obter o valor da constante adimensional 𝐶, foram utilizadas as potências
obtidas anteriormente na construção de um gráfico milimetrado de 𝐼𝐶 em função da
variável M, da qual ela depende linearmente (gráfico 3). Aplicando a estes dados o
critério de ajuste da reta mais provável, obtivemos o coeficiente angular da função e,
através deste, foi calculado 𝐶 .

6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


A tabela 1 apresenta os valores obtidos para a massa dos conjuntos de madeira, alumínio, latão
1 e 2, e de ferro, bem como suas respectivas incertezas.
Tabela 1 – massa dos conjuntos dos corpos de prova (𝑴).
Madeira Alumínio Latão 1 Latão 2 Ferro
m (± 0,2) [g] 90,2 197,8 314,8 427,8 532,0
Na tabela 2, constam os valores das medições do tempo (𝑡𝑖 ) de queda da massa suspensa (𝑚)
para o sistema vazio, seguidos de suas incertezas. Nela, também, está exibido o tempo médio de queda
da massa suspensa para o sistema vazio (< 𝑡 >), junto de sua incerteza.
Tabela 2 - tempo de queda da massa suspensa (𝒎) de uma altura fixa de (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎] e com diâmetro
do carretel (𝑫) igual (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎] para o sistema vazio.

4,4 4,5 4,5 4,47


Por outro lado, a tabela 3 apresenta os dados utilizados para determinação do
momento de inércia do sistema (𝐼𝑆 ), do momento de inércia total (𝐼𝑇 ) e do momento
de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) com a distância do eixo de rotação
(𝒓) fixa, e massa dos corpos (𝑴) variando, com valores constantes de: altura (𝒉) =

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(𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa
suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈].
Tabela 3 – dados para a determinação do momento de inércia do sistema (𝑰𝑺 ) e das peças (𝑰𝑪 ) em função das
massas de cada conjunto (𝑴), onde 𝒓 é a distância fixa ao eixo de rotação, 𝒎 é a massa suspensa em queda e 𝒕 é o tempo
de queda. 𝑰𝑻 é o momento de inércia total do sistema.
Sistema Madeira Alumínio Latão 1 Latão 2 Ferro
15,390 13,000 13,000 13,000 13,000 13,000
114,0 114,0 114,0 114,0 114,0 114,0
(4,47±0,35) (6,5±0,2) (7,8±0,2) (9,2±0,2) (10,5±0,2) (11,7±0,2)

Não obstante, a tabela 4 (abaixo) apresenta os dados utilizados para


determinação do momento de inércia do sistema (𝑰𝑺 ), do momento de inércia total (𝑰𝒕 )
e do momento de inércia do sistema discreto das peças de ferro (𝑰𝑪 ) com massa dos
corpos (𝑴) fixa e distância do eixo de rotação (𝒓) variando, variando, com valores
constantes de: altura (𝒉) = (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ±
𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈].
Tabela 4 – dados para a determinação do momento de inércia do sistema (𝑰𝑺 ) e das peças (𝑰𝑪 ) em função das
massas da distância ao eixo de rotação (𝒓), mantendo a massa do conjunto (𝑴) fixa, onde 𝒎 é a massa suspensa em queda
e 𝒕 é o tempo de queda. 𝑰𝑻 é o momento de inércia total do sistema.
Sistema Ferro
15,390 9,770
114,0 114,0
(4,47±0,35) (9,0±0,2)

O gráfico 1 mostra o momento de inércia de cada sistema discreto de peças


(𝐼𝐶 ) em função da massa dos corpos (𝑀). Com o coeficiente angular obtido através
desse gráfico, foi possível determinar o valor da potência 𝑘, da equação 3.4. Usando
as regras de arredondamento – visto que a potência deve ser um número inteiro –,
obteve-se que 𝑘 = 1.
O gráfico 2 mostra o momento de inércia de cada sistema discreto de peças
(𝐼𝐶 ) em função da distância ao eixo de rotação (𝑟). Com o coeficiente angular obtido
através desse gráfico, foi possível determinar o valor da potência 𝑛, da equação 3.4.
Usando as regras de arredondamento – visto que a potência deve ser um número
inteiro –, obteve-se que 𝑛 = 2.

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105

8×104 Pontos experimentais


Linha de tendência
6×104
Ic (g*cm²)

4×104

2×104

102
Massa (g)

Gráfico 1 – gráfico em escala di-log do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das
ordenadas), em grama-centímetro-quadrado, em função da massa dos corpos (𝑴) (no eixo das abcissas), em gramas,
com a distância do eixo de rotação (𝒓) fixa, com valores constantes de: altura (𝒉) = (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do
carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-square” (COD) para este gráfico é
de aproximadamente 0,99.

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1,2×105
1,1×105
Pontos experimentais
5
10 Linha de tendência

9×104

8×104
Ic (g*cm²)

7×104

6×104

5×104

4×104
9×100 101 1,1×101 1,2×101 1,3×101 1,4×101
Raio (r) (cm)

Gráfico 2 - gráfico em escala di-log do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das
ordenadas), em grama-centímetro-quadrado, em função da distância do eixo de rotação (𝒓) (no eixo das abcissas), em
centímetros, com a massa do conjunto (𝑴) fixa em (𝟓𝟑𝟐, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐) [𝒈] e com valores constantes de: altura (𝒉) =
(241,35±0,05) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-
square” (COD) para este gráfico é de aproximadamente 0,99.

O gráfico 3 foi produzido a partir dos coeficientes obtidos: 𝑘 = 1 e 𝑛 = 2. A


função apresentada neste gráfico é da forma 𝐼𝐶 = 𝑎𝑀 + 𝑏, onde o coeficiente angular
𝑎 = 𝐶𝑟 2 , com 𝑟 constante e igual à 13 centímetros.

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1,0×105
Pontos experimentais
Linha de tendência

8,0×104
Ic (g*cm²)

6,0×104

4,0×104

2,0×104

0,0
0,0 2,0×102 4,0×102 6,0×102
Massa (g)

Gráfico 3 - Gráfico linear do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das ordenadas),
em grama-centímetro-quadrado, em função da massa dos corpos (𝑴) (no eixo das abcissas), em gramas, com a distância
do eixo de rotação (𝒓) fixa, com valores constantes de: altura (𝒉) = (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) =
(𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-square” (COD) para este gráfico é de
aproximadamente 0,99.

Através do coeficiente angular obtido 𝑎 = (176 ± 7), pudemos estimar o valor


𝑎 176
de 𝐶, sendo este 𝐶 = = = 1,02, com incerteza 𝑢(𝐶) = (± 0,04).
𝑟2 132

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7. CONCLUSÕES
A partir dos procedimentos elaborados na prática 6, foi possível a aplicação
prática dos conhecimentos teóricos sobre momento inercial de corpos rígidos. A
prática, em si, proporcionou o aprendizado de métodos para determinar, a partir da
análise dos resultados experimentais, os expoentes de cada coeficiente da fórmula,
que descrevem o comportamento da resistência da variação da velocidade angular de
um corpo rígido em rotação.
Ainda, foi observado que o momento inercial depende diretamente da distância
dos corpos até o centro de massa do sistema, bem como da sua massa inercial. Ou
seja, quanto maior for o raio e ou a massa inercial, maior será o momento inercial.
Portanto, os valores para os expoentes, determinados empiricamente, foram
𝑘 = 1 e 𝑛 = 2. Desta forma, através do valor obtido para a constante adimensional
(𝐶 = 1), constatamos, com base teórica na obra de Richard Feynman [2], que os
objetos são melhores descritos geometricamente como anéis finos, que rotacionam
em torno de um eixo central.

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8. BIBLIOGRAFIA
[1] FÍSICA EXPERIMENTAL A – São Carlos – Universidade Federal de São Carlos –
2013.
[2] R. Feynman – Lectures on Physics Vol. 1, 18 e19.
[3] Município de São Carlos. Cidade-brasil. Território de São Carlos. Disponível em:
<https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-carlos.html>. Acesso em: 11 de Novembro
de 2021.

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9. APÊNDICES

Figura 9 - obtenção da equação 3.9 de forma algébrica.

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Figura 10 - desenvolvimento algébrico da constante adimensional (𝑪).

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Figura 11 – desenvolvimento do cálculo da 𝑰𝑺 , 𝑰𝑻 e 𝑰𝑪 . Os dados utilizados foram extraídos da tabela 3.

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Figura 12 – cálculo de 𝑰𝑪 e 𝑰𝑻 . Os dados utilizados foram extraídos da tabela 3.

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