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SÃO CARLOS - SP
11 DE NOVEMBRO DE 2021
SÃO CARLOS - SP
11 de novembro de 2021
SUMÁRIO
1. RESUMO .......................................................................................................... 3
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS .......................................................................... 3
4. MATERIAIS UTILIZADOS................................................................................ 6
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .............................................................. 11
6. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................ 12
7. CONCLUSÕES .............................................................................................. 17
8. BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 18
9. APÊNDICES................................................................................................... 19
1. RESUMO
Esse relatório teve, como principais objetivos, determinar o momento de inércia
de sistemas discretos e descobrir a equação empírica entre o momento de inércia, a
massa de sistemas discretos e sua distribuição, através do método científico. Para
isso, foi utilizado um sistema experimental para a medição de momentos de inércia,
composto por um carretel, fio, roldanas e uma cruzeta. Com os dados obtidos com o
experimento foram construídos gráficos, através dos quais obteve-se os coeficientes
angulares, que permitiram descobrir os valores dos expoentes necessários para a
obtenção da equação empírica para o momento de inércia (𝑘 = 1 e 𝑛 = 2). Não
obstante, houve a necessidade da elaboração de um outro gráfico para a obtenção da
constante adimensional (𝐶). Portanto, a equação empírica para o momento de inércia
dos sistemas estudados é: 𝐼 = 1 × 𝑀𝑟². Logo, através do cálculo de concordância,
concluiu-se 98% de certeza que esse momento de inércia (𝐼) está relacionado a um
anel fino, em relação ao eixo central.
2. OBJETIVOS
• Determinar o momento de inércia de sistemas discretos;
• Estimar quais variáveis envolvidas nas medições são mais relevantes
para a determinação da incerteza de medições do momento de inércia de sistemas
discretos;
• Descobrir a equação empírica entre o momento de inércia, a massa e a
distribuição da massa de sistemas discretos.
3. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
As partículas que compõem um sistema em translação têm a mesma
velocidade de translação. Logo, pode-se interpretar as mesmas como sendo um só
corpo. Deste modo, é possível definir que o momento linear do corpo (𝑝) é o produto
da massa (nesse caso, é a somatória das massas de todas as partículas) pela
velocidade de translação do sistema.
De acordo com a segunda lei de Newton:
𝐹 = 𝑀𝑎 (3.1)
Sabendo que quanto maior a inércia de um corpo maior deverá ser a força para
acelerá-lo [1], é fácil entender que a massa (𝑀) está intimamente relacionada com a
A forma rotacional para a segunda lei de Newton pode ser apresentada como
a equação abaixo:
𝜏 = 𝐼𝜔 (3.3)
𝐷
Onde, 𝐹𝑡𝑎𝑛𝑔𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙 é a força responsável pelo torque, é o raio do carretel e 𝛼 =
2
𝑎
𝐷 é a aceleração angular.
2
2ℎ
𝑎= (3.8)
𝑡2
4. MATERIAIS UTILIZADOS
Foram utilizados, para a epigrafada aula prática, os seguintes materiais:
Figura 22 - Aparato experimental utilizado, composto por um carretel, uma cruzeta, roldanas, um fio e uma massa
suspensa.
Figura 33 - Sistema girante, composto por um carretel (onde o fio está enrolado) e por uma cruzeta (onde os
corpos a serem estudados estão fixados).
Figura 44 - Conjuntos de peças de diferentes massas, cujos momentos de inércia foram obtidos
no procedimento experimental.
4.3. CRONÔMETRO
Cronômetro digital da marca Akso. A incerteza considerada é o tempo médio
da reação humana ( ±0,2 segundos).
Figura 55 - Cronômetro Akso, com o qual foram realizadas as medições de tempo de queda das
massas.
4.5. TRENA
Trena da marca WORKER, com incerteza de ±0,05 centímetros.
Figura 66 - Trena WORKER, utilizada na medição da altura na qual a massa foi suspensa.
Figura 77 - Paquímetro Kingtools, com o qual foram realizadas as medições do diâmetro do carretel
e das distâncias entre os corpos de prova até os eixos de rotação.
Figura 88 - Balança tríplice escala JB, classe III, modelo 007. Utilizada na medição das massas das
peças dos cinco conjuntos.
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5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Para realizar a aula prática em epígrafe, foi necessário compreender o
funcionamento do aparato experimental utilizado, mostrado no item 4.1 deste relatório.
Com o sistema vazio foi medido três vezes o tempo (𝑡) de queda de uma altura
de (241,35 ± 0,05) [𝑐𝑚], para uma massa suspensa de (114,0 ± 0,2) [𝑔]. Também,
foram medidos e anotados:
• O diâmetro do carretel (𝐷): (380,00 ± 0,02) [𝑚𝑚];
• E os valores medidos para o tempo de queda (𝑡), altura de queda da
massa suspensa (ℎ) (que foi igual para todas as medições realizadas no
experimento) e a massa (𝑀) (que é a soma das massas de cada
partícula para cada conjunto).
O valor usado para a aceleração da gravidade foi o medido em São Carlos
(22°00’55” Sul, 47°53’28” Oeste), a uma altitude de aproximadamente 854 metros
𝑐𝑚
[3], que é de 𝑔 ± 𝑢(𝑔) = (978,5 ± 0,5)[ ].
𝑠2
Por diante, a partir do tempo médio de queda da massa suspensa, foi obtido
o momento de inércia do sistema vazio (𝐼𝑆 ) e a sua incerteza (𝑢(𝐼𝑆 )), através das
equações 3.9 e 3.10. Ainda, as massas de cada conjunto de corpos foram medidas.
Com isso, foi criada uma tabela apresentando a massa total para cada conjunto
(material) junto de suas respectivas incertezas.
Por conseguinte, foi estudado separadamente o momento de inércia para
cada um dos conjuntos (madeira, alumínio, latão 1, latão 2 e ferro).
Para realizar esse estudo, o raio (𝑟) (medido do centro de massa de cada peça
até o eixo de rotação) foi mantido fixo em (13,000 ± 0,002) [𝑐𝑚] e a massa suspensa
foi, para todo este relatório, constante: (114,0 ± 0,2) [𝑔], como já havia sido dito. Desta
forma, foi possível obter, com o auxílio da equação 3.9, o momento de inércia total do
sistema (𝐼𝑇 ) e o momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝐼𝐶 ), bem como
suas respectivas incertezas. Todos os dados referentes a esse estudo estão
apresentados na tabela 3.
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12
(𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa
suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈].
Tabela 3 – dados para a determinação do momento de inércia do sistema (𝑰𝑺 ) e das peças (𝑰𝑪 ) em função das
massas de cada conjunto (𝑴), onde 𝒓 é a distância fixa ao eixo de rotação, 𝒎 é a massa suspensa em queda e 𝒕 é o tempo
de queda. 𝑰𝑻 é o momento de inércia total do sistema.
Sistema Madeira Alumínio Latão 1 Latão 2 Ferro
15,390 13,000 13,000 13,000 13,000 13,000
114,0 114,0 114,0 114,0 114,0 114,0
(4,47±0,35) (6,5±0,2) (7,8±0,2) (9,2±0,2) (10,5±0,2) (11,7±0,2)
13
105
4×104
2×104
102
Massa (g)
Gráfico 1 – gráfico em escala di-log do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das
ordenadas), em grama-centímetro-quadrado, em função da massa dos corpos (𝑴) (no eixo das abcissas), em gramas,
com a distância do eixo de rotação (𝒓) fixa, com valores constantes de: altura (𝒉) = (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do
carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-square” (COD) para este gráfico é
de aproximadamente 0,99.
14
1,2×105
1,1×105
Pontos experimentais
5
10 Linha de tendência
9×104
8×104
Ic (g*cm²)
7×104
6×104
5×104
4×104
9×100 101 1,1×101 1,2×101 1,3×101 1,4×101
Raio (r) (cm)
Gráfico 2 - gráfico em escala di-log do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das
ordenadas), em grama-centímetro-quadrado, em função da distância do eixo de rotação (𝒓) (no eixo das abcissas), em
centímetros, com a massa do conjunto (𝑴) fixa em (𝟓𝟑𝟐, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐) [𝒈] e com valores constantes de: altura (𝒉) =
(241,35±0,05) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) = (𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-
square” (COD) para este gráfico é de aproximadamente 0,99.
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1,0×105
Pontos experimentais
Linha de tendência
8,0×104
Ic (g*cm²)
6,0×104
4,0×104
2,0×104
0,0
0,0 2,0×102 4,0×102 6,0×102
Massa (g)
Gráfico 3 - Gráfico linear do momento de inércia de cada sistema discreto de peças (𝑰𝑪 ) (no eixo das ordenadas),
em grama-centímetro-quadrado, em função da massa dos corpos (𝑴) (no eixo das abcissas), em gramas, com a distância
do eixo de rotação (𝒓) fixa, com valores constantes de: altura (𝒉) = (𝟐𝟒𝟏, 𝟑𝟓 ± 𝟎, 𝟎𝟓) [𝒄𝒎]; diâmetro do carretel (𝑫) =
(𝟑, 𝟖𝟎𝟎 ± 𝟎, 𝟎𝟎𝟐) [𝒄𝒎]; e massa suspensa (𝒎) = (𝟏𝟏𝟒, 𝟎 ± 𝟎, 𝟐)[𝒈]. O “r-square” (COD) para este gráfico é de
aproximadamente 0,99.
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7. CONCLUSÕES
A partir dos procedimentos elaborados na prática 6, foi possível a aplicação
prática dos conhecimentos teóricos sobre momento inercial de corpos rígidos. A
prática, em si, proporcionou o aprendizado de métodos para determinar, a partir da
análise dos resultados experimentais, os expoentes de cada coeficiente da fórmula,
que descrevem o comportamento da resistência da variação da velocidade angular de
um corpo rígido em rotação.
Ainda, foi observado que o momento inercial depende diretamente da distância
dos corpos até o centro de massa do sistema, bem como da sua massa inercial. Ou
seja, quanto maior for o raio e ou a massa inercial, maior será o momento inercial.
Portanto, os valores para os expoentes, determinados empiricamente, foram
𝑘 = 1 e 𝑛 = 2. Desta forma, através do valor obtido para a constante adimensional
(𝐶 = 1), constatamos, com base teórica na obra de Richard Feynman [2], que os
objetos são melhores descritos geometricamente como anéis finos, que rotacionam
em torno de um eixo central.
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8. BIBLIOGRAFIA
[1] FÍSICA EXPERIMENTAL A – São Carlos – Universidade Federal de São Carlos –
2013.
[2] R. Feynman – Lectures on Physics Vol. 1, 18 e19.
[3] Município de São Carlos. Cidade-brasil. Território de São Carlos. Disponível em:
<https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-sao-carlos.html>. Acesso em: 11 de Novembro
de 2021.
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