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UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz

DCET - Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas

Relatório:
- Sistema de Partículas -
( Colisão Elástica e Inelástica )

Equipe: Kauê Silva Costa, Pedro Vinícius Santos de Carvalho.


Curso: Engenharia Mecânica
Professor: Alex dos Santos Miranda
Laboratório: 9010 – Física Experimental
Ilhéus-BA, 30 de Maio de 2015.
Sumário:
-Introdução ------------------------------------------------------ 1
-Objetivos ------------------------------------------------------ 2
-Materiais ------------------------------------------------------ 2
-Métodos ------------------------------------------------------ 2
-Resultados e Discussões --------------------------------------- 3
-Conclusões ----------------------------------------------------- 5
-Referências Bibliográficas ------------------------------------ 5
Introdução:
Embora as leis de Newton também possam ser aplicadas no campo da dinâmica a
ser tratado a seguir, as informações que tais leis nos trazem sobre as forças são
insuficientes para permitir uma análise detalhada do movimento que envolve colisões
entre objetos.

Em uma colisão, os objetos em interação exercem forças um sobre o outro durante


um período de tempo bastante curto, sendo possível dividir a análise do movimento nos
momentos antes e depois da colisão, ou até durante este processo.

As forças que agem durante um pequeno intervalo de tempo, quando comparado


com o tempo de observação do sistema, que inclusive causam deformações nos corpos
em questão, são denominadas forças impulsivas.

Uma vez que a trajetória de partículas que colidem entre si é bastante alterada,
através do estudo dessa alteração e com o auxílio das leis fundamentais, é possível
reconstruir o evento original, podendo por exemplo entender como foi que dois carros se
chocaram, ou até como os mesmos se movimentavam antes do choque.

Para analisar colisões, um dos novos conceitos que necessita ser avaliado é o de
quantidade de movimento linear, em que sua equação é dada por:

⃗ = 𝒎𝒗
𝒑 ⃗

Em que “𝒑", “𝒎”, “𝒗”, correspondem respectivamente a quantidade de


movimento (N/s), massa do corpo (kg) e velocidade do corpo (m/s).

A quantidade de movimento depende do sistema de referência do observador, e


esse sistema deve ser sempre especificado.

Por fim, com o intuito de compreendermos a segunda lei de Newton do ponto de


vista de quantidade de movimento, podemos entende-la como um conceito no qual diz
que a taxa de variação da quantidade de movimento de um corpo é igual à força resultante
que age sobre o corpo e tem a direção e o sentido desta força.
Objetivos:
Analisar processos de colisão em um sistema de partículas, bem como a
conservação do momento linear e a variação da energia cinética nesses processos.
Materiais:
 Trilho de ar;
 Corpos de prova (carros);
 Massas acopláveis para um dos carros;
 Ímã e suporte com mola para o outro carro;
 Multicronômetro digital;
 Bobina de impulsão e largada;
 Sensores fotoelétricos;
 Cercas ativadoras;
 Elásticos ortodônticos;
 Balança.
Métodos:
1. Nivelou-se o trilho de ar;
2. Verificou-se a instalação elétrica do multicronômetro digital, conectando a
bobina de impulsão;
3. Posicionou-se cada sensor em seu devido local;
4. Realizou-se as adaptações necessárias nos corpos de prova;
5. Fixou-se as cercas ativadoras nas cabeceiras dos carros, com os elásticos
ortodônticos;
6. Obteve-se o valor dar massas dos corpos de prova com todos os seus
acessórios;
7. Ligou-se a unidade de fluxo de ar;
8. Posicionou-se devidamente os carros para a colisão desejada;
9. Configurou-se o multicronômetro em sua função adequada;
10.Acionou-se a chave de comanda da bobina de impulsão e realizou-se a
aquisição dos dados.
11.Repetiu-se o procedimento desde o passo 8 ao 10 para a outra colisão.
Resultados e discussões:
Com base em todo o procedimento experimental, pudemos obter os seguintes
gráficos:

Baseado nos dados acima, tornou-se possível calcular as velocidades


experimentais de cada carro em cada uma das colisões; uma vez que essa velocidade é o
coeficiente angular da reta que melhor se ajusta ao gráfico da posição por tempo, obtida
através da regressão linear pelo método dos mínimos quadrados.
Pelo modelo teórico, a velocidade final de cada carro é dada por:
(𝑻) 𝒎𝟏 −𝒎𝟐 (𝑬) (𝑻) 𝟐𝒎𝟏 (𝑬)
𝒗𝟏𝒇 = ( ) 𝒗𝟏𝒊 𝒗𝟐𝒇 = ( ) 𝒗𝟏 𝒊
𝒎𝟏 +𝒎𝟐 𝒎𝟏 +𝒎𝟐

Dessa forma, em relação às velocidades dos corpos de prova, temos:

Colisão Elástica Colisão Inelástica

Carro 1 Carro 2 Carro 1 Carro 2


(𝑬) (𝑬)
𝝂𝒊 (𝒄𝒎/𝒔) 21,9 0,0 𝝂𝒊 (𝒄𝒎/𝒔) 20,1 0,0
(𝑬) (𝑬)
𝒗𝒇 (𝒄𝒎/𝒔) -11,0 9,0 𝒗𝒇 (𝒄𝒎/𝒔) 10,3 10,3
(𝑻) (𝑻)
𝒗𝒇 (𝒄𝒎/𝒔) -12,1 9,7 𝒗𝒇 (𝒄𝒎/𝒔) 9,1 11,4
Como podemos ver, os resultados alcançados experimentalmente mostraram-se
bastante próximos aos valores previstos pelo modelo teórico. Portanto, torna-se claro que
a diferença encontrada entre tais valores se deve a pequenos erros experimentais, bem
como a influência de instrumentos que não são perfeitamente ajustados nas condições
ideais.
No que diz respeito ao momento linear e à energia cinética, temos:
𝟏
𝒑 = 𝒎𝒗 𝑲 = 𝟐 𝒎𝒗𝟐

Colisão Elástica
𝟏
𝒑𝒊 = 𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒊 𝑲𝒊 = 𝟐 𝒎𝟏 𝒗𝟐𝟏𝒇
𝟏 𝟏
𝒑𝒇 = 𝒎𝟏 𝒗𝟏𝒇 + 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝒇 𝑲𝒇 = 𝟐 𝒎𝟏 𝒗𝟐𝟏𝒇 + 𝟐 𝒎𝟐 𝒗𝟐𝟐𝒇

E suas incertezas são dadas por:

𝜹𝒎 𝟐 𝜹𝒗 𝟐 𝜹𝒎 𝟐 𝟐𝜹𝒗 𝟐
𝜹𝒑 = 𝒑 √( 𝒎 ) + ( 𝒗 ) 𝜹𝑲 = 𝑲 √( 𝒎 ) + ( )
𝒗

𝟐 𝟐 𝟐 𝟐
𝜹𝒑𝒇 = √(𝜹𝒑𝟏𝒇 ) + (𝜹𝒑𝟐𝒇 ) 𝜹𝑲𝒇 = √(𝜹𝑲𝟏𝒇 ) + (𝜹𝑲𝟐𝒇 )

Além disso, a variação da energia cinética, é dada por:


|𝑲𝒇 − 𝑲𝒊 |
𝑲𝒊
A energia cinética do sistema antes da colisão foi de 0,006 J e após foi de 0,005 J,
havendo uma perda de 16,7% desta energia. O valor do momento linear antes da colisão
foi de 5,2 kg.cm/s e após foi de 4,8 kg.cm/s.
Colisão Inelástica
A energia cinética antes da colisão foi de 0,006 J e após de 0,002 J, havendo uma
perda de 71,35% desta energia. O valor do momento linear antes foi de 6,63 kg.cm/s e
depois da colisão foi de 7,12 kg.cm/s.
Uma vez que na colisão inelástica, diferente de quando se trata de uma colisão
elástica, a variação da energia cinética é dada por:
𝒎𝟐 ∕ 𝑴𝒕
Conclusões:
O experimento sobre colisões teve por objetivo ratificar a conservação da energia
cinética e momento linear tanto na colisão elástica quanto na inelástica. Conforme os
dados obtidos em ambas as colisões houve a formulação do gráfico posição por tempo,
possibilitando calcular a velocidade de cada carrinho em sua devida trajetória que seria
esse o coeficiente angular da reta, com isso podendo calcular o momento linear e a energia
cinética.
Com os resultados obtidos na colisão elástica, tornou-se claro que tanto a energia
cinética quanto o momento linear antes da colisão foram muito próximos considerando
assim que houve uma pequena perda de energia por fatores externos, como desajustes nos
instrumentos utilizados, e pelo fato de não se tratar de um sistema fechado.
Já na colisão inelástica, com a formulação do gráfico posição por tempo, foi
constatado que depois da colisão as velocidades não possuem o mesmo valor por causa
da diferença da massa do carrinho 1 ou carrinho 2. Com isso, há uma diferença tanto na
energia cinética como no momento linear antes e depois da colisão, que o esperado era
ter diferença da energia cinética, mostrando a conservação do momento linear em que
seria a constatação da teoria, provavelmente pelos mesmos motivos supracitados.
Referências Bibliográficas:
 RESNICK, R.; HALLIDAY, D.; KRANE, K. S. Física 1, 4ª edição.
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1996.
 VUOLO, José Henrique. Fundamentos da teoria de erros. São Paulo:
Edgard Blucher Ltda, 1996.
 JEWETT JR., J. W.; RAYMOND, S. A. Física Para Cientistas e
Engenheiros, 8ª edição Norte-Americana; Volume 1. Cengage Learning,
2012.

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