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Departamento de Física
Física Experimental I
Laboratório de Mecânica
Introdução
O presente trabalho tem como objetivo analisar um processo de colisão elástica
unidimensional no trilho da Pasco, a fim de determinar a melhor abordagem física para
conduzir o experimento, considerando colisões elásticas e inelásticas em um trilho de ar.
Além disso, busca-se verificar experimentalmente os princípios de conservação do momento
linear e da energia cinética do sistema.
Uma colisão representa a interação entre dois ou mais corpos, envolvendo a troca mútua de
momento linear e energia. Após o impacto, os corpos têm seus movimentos alterados,
resultando em mudanças nas direções, sentidos e intensidades de suas velocidades. Na física,
busca-se compreender o comportamento desses corpos após a colisão. Para essa análise,
aplicamos as leis de conservação de energia cinética e momento linear, de acordo com o tipo
de colisão em questão.As colisões podem ser classificadas como elásticas, perfeitamente
elásticas, inelásticas, perfeitamente inelásticas ou parcialmente elásticas. No contexto deste
trabalho em particular, estamos tratando de uma colisão perfeitamente elástica. Nesse tipo de
colisão, a energia cinética e o momento linear são conservados, o que implica que as
partículas envolvidas preservam suas velocidades relativas após o impacto.
Objetivo
A quantidade de movimento linear, também conhecida como momento linear, é uma medida
física que está diretamente ligada à massa e à velocidade de um objeto. Quando um corpo
possui uma maior quantidade de movimento linear, ele requer uma força mais significativa
para alterar sua velocidade. Isso pode ser expresso da seguinte forma:
De acordo com a terceira lei de Newton, as forças externas se cancelam aos pares:
Aplicando o princípio da conservação linear, para o sistema de duas massas antes e após a
colisão, o momento linear pode ser escrito como:
Uma colisão elástica é uma colisão em que não há nenhuma perda de energia cinética do
sistema como resultado da colisão. A quantidade de movimento e a energia cinética total do
sistema 𝑘𝑡 = 𝑘1 + 𝑘2 + 𝑘3 + ⋯ 𝑘𝑛, é conservada:
Quando há somente conservação de momento linear (colisão inelástica, tratada mais à frente,
ainda neste item), a energia cinética se dissipa em termos de outras formas de energia, como
por exemplo: sonora, térmica, etc.
– Esquema antes e após a colisão de dois corpos durante uma colisão elástica. Para calcular
as velocidades anteriores e posteriores à colisão:
- Colisões Inelásticas
Uma colisão inelástica é aquela na qual a Energia Cinética do sistema de corpos que colidem
não é conservada. Quando a energia cinética total dos corpos não é conservada e 9 se os dois
corpos permanecem juntos após a colisão, a colisão é dita perfeitamente inelástica, na qual a
velocidade final é igual para os dois corpos que compõem o sistema. Portanto, quando há
somente conservação de momento linear
A Teoria de Erros
As grandezas físicas são obtidas por meio de experimentos que envolvem medidas diretas ou
combinações delas. Essas medidas possuem uma incerteza intrínseca que resulta das
características dos equipamentos empregados na determinação e também da intervenção do
operador durante o processo.
A consideração da incerteza de uma medida é um dos princípios fundamentais da física.
Reconhecemos que é impossível medir uma grandeza física com precisão absoluta, ou seja,
"qualquer medição, não importa quão bem executada, sempre será aproximada". Isso implica
que o valor medido nunca corresponderá exatamente ao valor verdadeiro da grandeza, pois
este último nunca é conhecido com total certeza.
Determinar a incerteza no valor obtido é essencial para avaliar o grau de precisão e confiança
na medida da grandeza física, usando métodos estatísticos. Ao realizar aproximações e obter
um grande número de medidas, o valor médio pode ser considerado uma estimativa mais
próxima do valor verdadeiro. Como engenheiros, essa compreensão da incerteza é crucial
para garantir a precisão adequada e a confiabilidade das nossas análises e projetos. Uma dada
incerteza corresponde em geral a um dado nível de confiança, probabilidade de encontrar o
valor num dado intervalo. Para determinar a incerteza basta medir várias vezes a mesma
grandeza e calcular sua média aritmética.
A incerteza no momentum vale:
δp=mδv+vδm
A velocidade usada será a velocidade média ao passar por um sensor:
Nas tabelas a seguir,temos as anotações dos tempos em relação às massas de cada flutuador
Elástico x Metal
M1 (g) T1 (s) T2 (s) M2 (g) T1 (s) T2 (s)
1 210,5 0,269 0,195 210,0 0,180 0,295
2 230,5 0,315 0,174 240,0 0,162 0,368
3 261,0 0,442 0,351 250,0 0,317 0,459
4 271,0 0,272 0,254 260,0 0,225 0,283
5 240,5 0,22 0,214 220,0 0,176 0,221
6 311,0 0,182 0,277 290,5 0,186 0,251
7 350,5 0,595 0,375 308,5 0,205 0,680
8 361,0 0,609 0,396 310,0 0,293 0,787
Imã x Imã
M1 (g) T1 (s) T2 (s) M2 (g) T1 (s) T2 (s)
1 221 0,656 0,927 220,5 0,792 0,866
2 241,5 0,856 0,696 230,5 0,709 0,97
3 251,5 1,221 1,332 242,0 1,314 1,326
4 261,0 0,368 1,569 261,5 0,564 1,133
5 272,5 0,329 0,96 271,5 0,336 0,962
6 262,5 0,44 1,159 251,0 0,629 0,908
7 311,0 0,379 0,877 311,5 0,325 1,132
8 321,0 0,416 0,954 331,5 0,411 0,938
Imã x Madeira
M1 (g) T1 (s) T2 (s) M2 (g) T1 (s) T2 (s)
1 211,0 0,250 1,193 220,0 0,277 1,054
2 231,0 0,315 2,100 242,0 0,356 1,461
3 221,0 0,295 0,967 251,0 0,294 1,741
4 240,5 0,329 1,088 261,0 0,317 1,638
5 250,5 0,240 1,120 271,0 0,255 1,221
6 311,5 0,332 1,120 321,0 0,306 1,587
7 304,0 0,180 1,050 305,0 0,240 1,150
8 321,0 0,274 1,045 331,0 0,265 1,379
Seja considerada uma colisão frontal simples de dois corpos de massas diferentes, formando
um sistema fechado e isolado de dois corpos, no qual não há entrada ou saída de massa e
nenhuma força externa resultante agindo sobre o sistema. Se a energia cinética do sistema for
a mesma antes e depois da colisão, esta colisão é chamada de colisão elástica. O Momento
Linear desse sistema é sempre conservado em uma colisão, seja a colisão elástica ou não.
Considerando um corpo de prova m1 e outro m2 movendo-se ao longo da linha que une seus
centros de massa, parte da energia cinética total do sistema que não for conservada, pode se
transformar, em calor, energia potencial de deformação, som, etc. Se durante a colisão for
liberada energia potencial, a energia cinética final pode ser maior que a inicial. Como na
colisão perfeitamente inelástica os corpos permanecem juntos após a colisão, a velocidade
final é igual para os dois corpos que compõem o sistema, sendo assim podemos afirmar que
não ocorreu isso nos experimentos pois os flutuadores depois das colisões voltavam no
mesmo sentido da posição inicial.Quando a energia cinética total dos corpos não é
conservada e se os dois corpos permanecem juntos após a colisão, a colisão é dita
perfeitamente inelástica o que foi observado nesse experimento.
Resultados e Discussão
O trilho de ar permitiu a realização de dois experimentos nos quais o atrito foi desprezível.
Minimizar o atrito é um artifício que possibilita simplificar a dinâmica de um experimento, o
que facilita o estudo do fenômeno em foco. No primeiro experimento o estudo foi sobre a
segunda lei de Newton e permitiu que você observasse a relação entre a aceleração e a massa
do carrinho, sob ação de uma força constante. Por este experimento, foi possível determinar
experimentalmente, mais uma vez, a aceleração da gravidade.Já nas colisões foi possível
simular uma colisão perfeitamente elástica, uma parcialmente elástica e uma inelástica e
estudar a conservação de energia e de momento em cada caso.
Conclusões
Bibliografia
UFRGS:http://www.if.ufrgs.br/tex/fis01043/20011/Gustavo/colisoes.htm;
H. Mukai, P.R.G. Fernandes, Manual de Laboratório de Física I – DFI/UEM – 2016/2017;
USP: http://efisica.if.usp.br/mecanica/universitario/dinamica/leis_Newton/;
Materiais disponibilizados no sigaa e anotações em sala.