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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

INSTITUTO DE FÍSICA

FÍSICA EXPERIMENTAL 1

COLISÃO ELÁSTICA E INELÁSTICA

Relatório referente ao experimento de


colisão elástica e inelástica, sob a
orientação do professor Noelio Dantas,
como requisito para avaliação da
disciplina de física experimental 1.

DISCENTES: Flávia Emanuelle Freitas Marques e Maria Edyla Santos Melo

TURMA: Química Bacharelado 2020.1

NOME DO PROFESSOR: Noelio Dantas

Maceió, 2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE FÍSICA

1. INTRODUÇÃO
As colisões são interações entre corpos em que um exerce força sobre o outro. Veja
quais são as características inerentes às colisões elásticas e inelásticas.
A colisão é denominada elástica quando ocorre conservação da energia e do
momento linear dos corpos envolvidos. A principal característica desse tipo de colisão é
que, após o choque, a velocidade das partículas muda de direção, mas a velocidade relativa
entre os dois corpos mantém-se igual. Para compreender melhor, observe o exemplo da
figura:

Velocidade dos corpos A e B antes e depois de uma colisão elástica

Pode-se observar na figura acima que, após o choque, as esferas passaram a mover-se
em sentido contrário ao que tinham antes de colidirem.
Nesse tipo de colisão, ocorre a conservação da energia e do momento linear. Essa
conservação pode ser descrita pelas equações:
Para conservação do momento linear:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . VIB = mA . VFA + mB . VFB
Para a conservação da energia cinética:
EI = EF —> 1 mA . VIA2 + 1 mB . VIB2 = 1 mA . VFA2 + 1 mB . VFB2
2 2 2 2
Sendo que:
mA e mB são as massas dos corpos A e B respectivamente;
VI é a velocidade inicial;
VF é a velocidade final.
Se, ao ocorrer uma colisão, não houver conservação da energia cinética, ela será
denominada colisão inelástica. Nesse tipo de colisão, a energia pode ser transformada em
outra forma, por exemplo, em energia térmica, ocasionando o aumento da temperatura dos
objetos que colidiram. Dessa forma, apenas o momento linear é conservado.
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As colisões inelásticas podem ser classificadas de duas formas: perfeitamente


inelásticas e parcialmente inelásticas.
Colisões perfeitamente inelásticas: quando ocorre a perda máxima de energia
cinética. Após esse tipo de colisão, os objetos seguem unidos como se fossem um único
corpo com massa igual à soma das massas antes do choque. Veja a figura:

Após um choque perfeitamente inelástico, os dois objetos seguem juntos na mesma direção como se fossem um único objeto

Como citado anteriormente, nesse caso, ocorre apenas a conservação do momento


linear. Podemos obter uma expressão para a velocidade final VF dos objetos. Veja as
equações a seguir:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . VIB = (mA + mB) VF
Isolando VF, temos:
VF = mA . VIA + mB . VIB
mA + mB
Colisões parcialmente inelásticas: ocorre conservação de apenas uma parte da
energia cinética de forma que a energia final é menor do que a energia inicial. Constituem
a maioria das colisões que ocorre na natureza. Nesse caso, após o choque, as partículas
separam-se, e a velocidade relativa final é menor do que a inicial. Observe a figura:

Após uma colisão parcialmente inelástica, as esferas afastam-se com velocidade relativa diferente da velocidade de aproximação

A figura acima mostra o comportamento de duas esferas antes e depois de uma


colisão parcialmente inelástica. Para compreender melhor, utilizamos valores numéricos
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para as velocidades. A velocidade relativa antes da colisão é dada pela diferença entre as
duas velocidades:
Vrel = VIA - VIB
Depois da colisão, temos a seguinte situação:
Vrel = VFA - VFB
Pode-se ver que a velocidade relativa antes da colisão é diferente da velocidade
relativa depois da colisão. É isso que caracteriza essa colisão como parcialmente inelástica,
mas que também pode ser chamada de parcialmente elástica.
2. OBJETIVO

Verificar a veracidade da lei de conservação do momento e da energia mecânica


entre dois corpos que colidem elasticamente e da energia mecânica entre dois corpos que
colidem inelasticamente.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
A tabela abaixo irá apresentar os equipamentos utilizados neste experimento.

Tabela 1. Equipamentos

Trilho 120 cm- 1 Massas aferidas 20 g com furo


central de Ø2,5mm -2
Cronômetro digital multifunção Massas aferidas 10 g com furo
com fonte DC 12 V -1 central de Ø5mm -2
Sensores fotoelétricos com Massas aferidas 20 g com furo
suporte fixador (S1 e S2)- 2 central de Ø5mm -4
Eletroímã com bornes e haste- 1 Massas aferidas 50 g com furo
central de Ø5mm -2
Fixador de eletroímã com Cabo de ligação conjugado -1
manípulos -1
Chave liga-desliga -1 Unidade de fluxo de ar -1
Y de final de curso com roldana Cabo de força tripolar 1,5 m -1
raiada- 1
Suporte para massas aferidas – 9 g Mangueira aspirador Ø1,5” -1
-1
Massa aferida 10 g com furo Pino para carrinho para fixá-lo no
central de Ø2,5mm -1 eletroímã -1
Carrinho para trilho cor azul -1 Arruelas lisas -7
Pino para carrinho para Manípulos de latão 13 mm -4
interrupção de sensor -1
Porcas borboletas -3 Arruelas lisas -7
Manípulos de latão 13 mm -4 Pino para carrinho com gancho -1
Fonte: Autoras, 2022.
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3.2. Procedimento experimental


Colisões elásticas
Montou-se o equipamento, foi fixado nos carrinhos a bandeirinha, fixou no primeiro
carrinho o suporte em U com elástico para choque. Ajustou-se os sensores de tal modo que
fique-se no centro do trilho e pelo menos 0,40 m um do outro. Colocou o segundo carrinho
entre os sensores 𝑆1 e 𝑆2, de modo que permitiu a passagem completa do primeiro carrinho
pelo sensor 𝑆1. Selecionou a função F3 do cronômetro.
Deu ao primeiro carrinho um impulso, movimentando-o para se chocar com o
segundo carrinho. Quando o primeiro carrinho passou pelo sensor 𝑆1, o cronômetro foi
acionado e mediu o intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,10 m.
Quando o primeiro carrinho se chocou com o segundo que estava em repouso. E quando o
segundo carinho passou pelo sensor 𝑆2, o cronômetro foi acionado e mediu o intervalo de
tempo correspondente ao deslocamento de 0,10 m. O cronômetro indicou os dois intervalos
de tempo. Foram anotados valores. Por meio de uma balança, aferiu a massa dos carrinhos.
E calculou os valores pedidos.

Colisões inelásticas

Montou-se o equipamento, fixou-se nos carrinhos a barreira para choque e nos


carrinhos os acessórios para o choque inelástico. No choque inelástico e após o choque os
dois carrinhos se deslocam juntos. Foi ajustado os sensores de tal modo que ficassem no
centro do trilho e pelo menos 0,40 m um do outro. Colocou o segundo carrinho entre os
sensores, de modo que permita a passagem completa do primeiro carrinho pelo primeiro
sensor. Selecionou a função F3 do cronômetro, deu ao primeiro carrinho um impulso,
movimentando-o para se chocar com o segundo carrinho.
Quando o primeiro carrinho passou pelo sensor 𝑆1, o cronômetro foi acionado e
mediu intervalo de tempo correspondente ao deslocamento de 0,10 m. O primeiro carrinho
se chocou com o segundo que estava em repouso. Quando o segundo carinho passou pelo
sensor 𝑆2, o cronômetro foi acionado e mediu o intervalo de tempo correspondente ao
deslocamento de 0,10 m. O cronômetro indicou os dois intervalos de tempo e foi anotado e
foi calculado o que se pede. Por meio de uma balança, foi afirado a massa dos carrinhos e
calculou-se o momento dos carrinhos antes e após a colisão.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
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5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste experimento, tentamos provar que através de experimentos realizados em
laboratório. Obtivemos dados interessantes como esperado, mostrando a eficiência do
equipamento utilizado. Notou-se que experimento é de suma importância, pois aprendeu-se
na pratica como funciona, no qual só era visto na parte teórica. E foi observado também
que, se comprova uma colisão inelástica há conservação de momento, mas não há
conservação de energia cinética, sendo a energia cinética final menor que a inicial, tendo
em vista que a velocidade final é metade da inicial, já a colisão elástica temos exatamente a
conservação do momento e da energia cinética sendo praticamente iguais antes e após a
colisão.
6. REFERÊNCIAS

DANTAS, N. Roteiro Para o Experimento de Dimensões Inteiras Facionarias - Física


Experimental 1. Maceió: Instituto de Física, 2021

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