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EQUILIBRIO DE UM CORPO

EXTENSO
Física Experimental
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
12 pag.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
CAMPUS A.C. SIMOES
INSTITUTO DE COMPUTAÇÃO

WILAMIS MICAEL DE ARAÚJO AVIZ

EQUILIBRIO DE UM CORPO EXTENSO

MACEIÓ - AL
2019

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WILAMIS MICAEL DE ARAÚJO AVIZ

EQUILIBRIO DE UM CORPO EXTENSO

Relatório do experimento 2 realizado no


laboratório sobre orientação do professor
André Luis Baggio, como requisito para
obtenção de nota na disciplina de Física
Experimental 2.

MACEIÓ - AL
2019

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RESUMO

Este relatório trata-se de um experimento feito dia 07 de outubro de 2019 no


laboratório 2 do Instituto de Física na UFAL, acerca do equilíbrio de um corpo extenso. Com
um arranjo experimental montado e com a utilização de uma régua, é possível inserir massas
nela de modo que a mantenha equilibrada. Foram realizados testes com o objetivo de avaliar
as condições necessárias para o equilibrio de um corpo extenso, onde possui duas partes: foi
testado com a régua apoiada em um ponto o qual equivale ao seu centro de gravidade e na
segunda parte foi deslocado o ponto de apoio da barra para realizar comparações e análises.

INTRODUCÃO

Um ponto material estará em equilíbrio quando a resultante das forças for igual a zero.
Esse equilíbrio é o de translação. Um corpo extenso pode realizar dois tipos de movimento:
translação e rotação. Para que ele permaneça em equilíbrio, é necessário que haja tanto
equilíbrio no movimento de translação quanto no de rotação.

● Equilíbrio de translação: ocorre quando a resultante das forças aplicadas nesse corpo é
igual a zero, ou seja, a soma vetorial de todas as forças aplicadas no corpo deve dar
resultante nula.
● Equilíbrio de rotação: ocorre quando o momento resultante é igual a zero, ou seja, a
soma dos momentos de todas as forças aplicadas no corpo deve ser nula.

Por exemplo: a figura mostra uma barra horizontal apoiada num suporte de maneira
que ela possa girar. Nos seus extremos estão apoiados dois corpos de massa m1 e m2.

Figura 1: Barra horizontal apoiada em um suporte maciço.

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As forças aplicadas no sistema barra e blocos são:

Figura 2: Barra horizontal com forças aplicadas aos seus blocos.

Estando o sistema em equilíbrio de translação, temos:

FR = 0 ⇒ N = P + P1 + P2

Estando o sistema em equilíbrio de rotação, temos:

MR = 0 ⇒ MN + MP1 + MP2 + MP = 0

OBJETIVOS

● Reconhecer o movimento de rotação e translação de um corpo;

● Diferenciar corpo extenso de partícula;

● Verificar as condições de equilíbrio de um corpo extenso;

● Notar a influência do peso da barra quando apoiada por um ponto fora do seu centro de
gravidade.

MATERIAIS UTILIZADOS

● 1 tripé;

● 2 hastes;

● 1 balança de precisão;

● 1 régua horizontal;

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● 4 massas aferidas;

PROCEDIMENTOS

Para que fosse iniciado o experimento, montou-se o arranjo experimental com as


hastes, tripé e régua horizontal de modo que a barra fosse apoiada pelo seu centro de
gravidade, ou seja, no centro da barra.
Foi medido o valor das massas conforme mostra a tabela 1:

Valor das massas


m1 52,49g
m2 52,37g
m3 52,64g
m4 52,58g
Tabela 1: valor das massas
OBS: O peso da régua foi de 393,75g.

Antes de ser encontrado força e momento resultante, calculou-se a força peso das
massas. Primeiro converteu-se as massas de g para kg, em seguida foi aplicado a fórmula:
F = m.g (considerando g = 9,80). A tabela abaixo contem as forças pesos de m1, m2, m3 e m4
respectivamente.

Força peso das massas


massa g para Kg F = m*g
m1 52,49/1000 = 0,05249kg F1 = 0,5249*9,8 = 0,514402N
m2 52,37/1000 = 0,05237kg F2 = 0,5237*9,8 = 0,513226N
m3 52,64/1000 = 0,05264kg F3 = 0,05264*9,8 = 0,515872N
m4 52,58/1000 = 0,05258kg F4 = 0,05258*9,8 = 0,515284N
Tabela 2: força peso das massas

O experimento foi dividido em duas partes de modo a explorar com detalhes o


equilibrio quando o corpo extenso está fixado em um ponto de apoio o qual equivale ao seu
centro de gravidade e na parte 2 modificando o ponto de apoio.

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PARTE 1
Na primeira parte, foi feito a distribuição das massas pela régua com o intuito de
validar se a régua permanecerá em equilibrio e pela imagem abaixo a mesma permaneceu em
equilibrio.

Figura 3: Arranjo experimental com distribuição de massas para o equilíbrio de um corpo extenso.
.
Foi repetido esse procedimento mais 2 vezes, utilizando do rearranjo das forças na
régua, de modo que ela ficasse equilibrada. É possível visualizar nas figuras 4 e 5.

Figura 4: Régua contendo 3 massas de forma que a mantenha equilibrada

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Figura 5: Arranjo experimental com distribuição de massas para o equilíbrio de um corpo extenso.

O que ocorreu para a régua ficar em equilibrio foi devido a força resultante (Fr) e
momento resultante (Mr) serem 0, ou seja, resultaram em vetor nulo.

ENCONTRANDO OS TORQUES (Mr)


Foi-se calculado o valor dos torques (momentos) pela fórmula: δ = F x d, onde F e d
são grandezas vetoriais. Foi dividido em 3 arranjos, onde será calculado o torque das figuras 3,
4 e 5 respectivamente.
Torque da figura 3
Para encontrar o torque da figura 3, tem-se que:
● F1 = 0,514402N
● F2 = 0,513226N
● F3 = 0,515872N
Como a régua estava presa no centro de gravidade, as distâncias de cada força ao
ponto de origem são:
● d1 = 150mm = 0,15 m
● d2 = 50mm = 0,05 m
● d3 = 200mm = 0,20 m
Encontrando o torque para F1 (δF1)
Vamos aplicar a fórmula 1: δ = F x d. Como torque (δ) é grandeza vetorial iremos
transformar F1 em vetor. Como F1 está na horizontal, não produz força no eixo X além disso,
estão apontando para baixo em eixo Y, logo teremos que F1 é um vetor com coordenadas X =
0 e Y = -0,514402, ou seja, temos: F1 = (0 ; -0,514402)N.

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Para transformar a distancia em vetor utilizamos o mesmo raciocinio anterior em d1.
Como d1 está na horizonal e foi andado 0,15m e não foi subiu na da na vertical, logo o vetor
será: d1 = (0,15 ; 0)m.
Realizando a fórmula 1 ficaremos com um terceiro vetor de resultado: δF1 = (0 ; -
0,0771603)Nm.
Será análogo para encontrar δF2 e δF3. Transforma-se F2 e F3 e suas respectivas
distâncias em vetores. Então ficou: F2 = (0 ; -0,513226) e d2 = (0,05 ; 0). Aplicando a
fórmula 1 obtivemos: δF2 = (0 ; -0,0256613)Nm.
Transformando a força F3 e sua distancia em grandeza vetorial: F3 = (0 ; -0,515872) e
d3 = (-0,20 ; 0).
Aplicando a fórmula 1 obtivemos: δF3 = (0 ; 0,103174)Nm.
Torque da figura 4 e 5
Para encontrar o torque da figura 4 e 5 realiza-se o mesmo procedimento. Confira na
tabela 3 o valor dos torques de todas as forças:

Dados relacionados a Figura 3


Força (N) Distância (d) Torque (N.m)
Nome Valor (N)
F1 (0 ; -0,514402)N (0,15 ; 0)m δ1 = (0 ; -0,0771603)N.m
F2 (0 ; -0,513226)N (0,05 ; 0)m δ2 = (0 ; -0,0256613)N.m
F3 (0 ; -0,515872)N (-0,20 ; 0)m δ3 = (0 ; 0,103174)N.m
Dados relacionados a Figura 4
Força (N) Distância (d) Torque (N.m)
Nome Valor (N)
F1 (0 ; -0,514402)N (-0,10 ; 0)m δ1 = (0 ; 0,0256613)N.m
F2 (0 ; -0,513226)N (-0,10 ; 0)m δ2 = (0 ; 0,0513226)N.m
F3 (0 ; -0,515872)N (0,20 ; 0)m δ3 = (0 ; -0,1031744)N.m
Dados relacionados a Figura 5
Força (N) Distância (d) Torque (N.m)
Nome Valor (N)
F1 (0 ; -0,514402)N (-0,15 ; 0)m δ1 = (0 ; 0,0771603)N.m
F2 (0 ; -0,513226)N (0,05 ; 0)m δ2 = (0 ; -0,0256613)N.m
F3 (0 ; -0,515872)N (0,05 ; 0)m δ3 = (0 ; -0,0256613)N.m

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F4 (0 ; -0,515284)N (0,05 ; 0)m δ4 = (0 ; -0,0257642)N.m
Tabela 3: Apresentação dos dados obtidos. Fonte: Laboratório de Ensino de Física UFAL

Para ter-se o equibilibrio é necessário que:


● ∑F = 0
● ∑δ = 0.

Na figura 3 vamos encontrar a força e torque resultante:


Força Resultante:
∑F = F1+F2+F3+F4+ ... + Fn = 0, onde Fn é uma grandeza vetorial.
∑F = (0 ; -0,514402) + (0 ; -0,513226) + (0 ; -0,515872) + FN = 0
Temos que FN será (0; 1,5435)N para que ∑F = 0.

Torque/momento Resultante:
∑δ = δ1 + δ2 + δ3 + ... + δn = 0, onde δn é uma grandeza vetorial.
∑δ = (0 ; -0,0771603) + (0 ; -0,0256613) + (0 ; 0,103174) = 0
∑δ = 0.
O procedimento é análogo para as figuras 4 e 5.

PARTE 2
No segundo momento, foi-se trocado o ponto de apoio o qual segurava a régua por
outro que não coincidisse ao seu centro de gravidade. Após fazer isso e soltá-la, houve
equilibrio com uma angulação no eixo horizontal conforme mostra a figura abaixo:

Figura 6: Régua em um apoio diferente ao seu centro de gravidade


Para ser comprovado matemáticamente que o sistema está em equilibrio, foi

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necessário decompor as forças no eixo horizontal e vertical e em seguida realizar o somatório
de todas elas.
Vamos inserir na figura 6 eixos horizontais e verticais (veja na figura 7) para nos
ajudar a enxergar a angulação que houve e auxiliar na decomposição das forças. Vamos
utilizar do recurso do próprio editor de texto WPS Office, para gerar os eixos X e Y e inserir
um triangulo retangulo auxilar de modo a obtermos a angulação gerada pela régua.

Figura 7: Inserçao de eixos x,y e triângulo auxiliar. As medidas do triângulo foram dadas pelo próprio
editor de texto.

Precisamos encontrar quanto vale o ângulo gerado pela régua com relação ao eixo
horizontal, para isso será formado um triângulo retângulo realizando o quociente do cateto
oposto pelo cateto adjacente. Com essa operação teremos o valor da tangente e para obter o
valor do ângulo realiza-se a operação do arctg.

Para realizar a decomposição das forças a equação é dada por:

Para decompor a força do eixo X usar a equação:

● F * cos α = Fx. (equação 2)

Para decompor a força do eixo Y usar a equação:

● F * sen α = Fy. (equação 3)


A tabela abaixo apresenta o valor do angulo em grau e as decomposições das forças:
Ângulo dado pela função Decomposição das Forças nos
Força
arctg eixos X e Y*

F X Y
F1 0,514402N 6,77º 0,510815 0,060639
F2 0,513226N 6,77º 0,509647 0,060501

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F3 0,515872N 6,77º 0,512275 0,060813
F4 0,515284N 6,77º 0,511691 0,060743
Tabela 4: Tabela com o ângulos e a decomposição das forças
* O cálculo foi realizado utilizando das equações 2 e 3.

Ao realizar ∑F obtem-se:
∑F = F1 + F2 + F3 + F4 + FN= (0,510815 , 0,060639)N + (0,509647 , 0,060501)N +
(0,512275, 0,060813)N + (0,511691 , 0,060743)N + FN = 0.
Temos que FN será (-2,044428 , -0,242696)N para que ∑F = 0.

Análise
1) Qual a diferença entre a parte 1 e a parte 2 do experimento?
Na parte 1 do experimento foi feito o arranjo experimental com uma régua com apoio
fixo no seu centro de gravidade e já na parte 2 foi deslocado o ponto de apoio de modo a
investigar o equilibrio desse corpo. A régua foi deslocada 0,05m a esquerda do centro de
gravidade da régua.
2) Como determinar o momento resultante com essa configuração?
Através da decomposição nos eixos coordenados dos braços de alavanca.
3) Qual a interferência do peso da barra agora?
Não há.
4) O suporte da barra exerce alguma força sobre ela? E o momento?
Sim. Ocorre sobre a barra uma força contrária a peso chamada Força Normal
que impede que o sistema “caia”. Nesse mesmo ponto não há torque, pois o braço é zero.
5) Determine através da condição de equilíbrio de rotação, o peso da barra.
6) Compare com o valor obtido com um dinamômetro ou balança (P = m.g).
7) Ao equilibrar a barra, as condições de equilíbrio foram verificadas
matematicamente?
Sim.
8) Para cada situação qual o valor do momento resultante sobre a barra?
Foi calculado no procedimental.
9) Qual relação você pode obter entre a força e o braço de alavanca?
Quanto maior o braço de alavanca, maior será a força aplicada num ponto e vice-versa.

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Considerações Finais
Foi possível perceber que dado um corpo extenso, para determinar se ele encontra-se
em equilibrio é necessário levar em conta que a soma de todas as forças resulte em zero e que
a soma de todos os momentos (torques) resulte em zero também. Com vários arranjos feitos
na régua, percebeu-se que mesmo que haja pouca força de um lado da régua e no outro lado
haja mais concentração de força, o sistema poderá estar em equilibrio se os seus torques
forem equivalentes. Com mudança do ponto de apoio concentrado no centro de gravidade da
régua, pudemos perceber algumas modificações quanto as forças e momentos.

Bibliografia
KELLER, F. J. ; GETTYS, W. E. ; SKOVE, M. J. Física. 1ª Edição. São Paulo. Makron
Books. 2004.
RESNICK, Robert; HALLIDAY, David; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física -
Volume 2 - Gravitação, Ondas e Termodinâmica. 9ª Edição. LTC, 2012.

Equilibrio Estático. Cola da Web, 2017. Disponível em:


<https://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/equilibrio-estatico>. Acesso em: 09 de outubro
de 2019.

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