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Elementos de Máquinas I

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Exercícios de união por interferência 23/mar/2023

• Nos exercícios as dimensões estão fornecidas em mm e as figuras estão fora de escala.


• Todos os diâmetros fornecidos são de projeto, a menos que explicitado ao contrário no
enunciado.
• Quando existirem intervalos, o critério de adoção nas tabelas de união por deve ser
utilizar valores intermediários.

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Exercícios de união por interferência 23/mar/2023

1. União por interferência e adaptação de forma – engrenagem/eixo


Determinar o máximo torque transmitido quando a engrenagem é montada no eixo.
Considere que a engrenagem e eixo são de aço (E=210 GPa; σe=400 MPa e =0,3).
Considere que não existe transmissão de força axial nas situações descritas abaixo:
a) União DIN 5463, choques fortes e
carga II.
b) União do tipo DIN 5480-2,
engrenagem de Fofo, choques fracos,
carga III. Considere que o diâmetro de
usinagem seja 41 mm.
c) Ajuste com furo base, qualidade IT8 e
eixo u7, montagem por ajuste forçado,
Raeixo=3 μm; RaFURO=6 μm; μ=0,1.
d) Para o item anterior, calcule as forças
de montagem e desmontagem para um
coeficiente de segurança k=1,5.

Vista isométrica do sistema de transmissão de potência.

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2. União por interferência – engrenagem/eixo


A engrenagem de alumínio de qualidade IT7; =0,39; E=70 GPa; σe=200 MPa foi fixada
à um eixo de aço classe de resistência 4.8, qualidade IT6; E=210 GPa; =0,32. A união é
capaz de transmitir 26 CV @ 600 rpm em regime de carga II.

A montagem foi feita através de variação de temperatura. Determine o ajuste necessário


supondo hipótese de furo base.

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3. União por interferência – junta universal


O conjunto do desenho abaixo corresponde à uma união tipo junta universal (cruzeta) que
é usada para o acoplamento de dois eixos. O flange é composto de uma peça externa (item
1) e de uma peça interna (item 2) de bronze. A união do flange no eixo (item 3) é feita
sob interferência com montagem feita através de prensa.

Cruzeta (item 1): feita em ferro fundido cinzento retificado com esmeril fino, IT7; σe=200
MPa; =0,25; E=90 GPa. Adote a hipótese de furo base. Eixo: feito em aço, torneado com
Ra=5 μm; IT6; σe=400 MPa; =0,32; E=205 GPa. As dimensões estão fornecidas no
desenho disposto na página seguinte. Pede-se especificar o ajuste por interferência de
forma que a união transmita 80 HP @ 560 rpm e uma força axial proveniente da cruzeta
de 3,8 kN. Determine também os coeficientes de segurança quanto ao escoamento.

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4. União por interferência e adaptação de forma – flange


O conjunto do desenho apresentado a seguir corresponde a uma união para o acoplamento de dois eixos. O
flange é composto por dois itens sendo o item 2 de FºFº maleável e o item 1 de aço ABNT 1020. A
montagem do flange é feita sob interferência com montagem radial utilizando o ajuste H7t6. Na parte
interna do item 1 foram usinados entalhes de acordo com a DIN 5462. O eixo ranhurado, que não está
desenhado, e se conectará com a peça 1 é de aço. Determinar a máxima potência transmissível pela junta
admitindo n=760 rpm. Calcule também o fator de segurança quanto ao escoamento dos itens 1 e 2. Adote
choques fortes, carga tipo III e montagem sem lubrificação (seco). Item 1: torneado com R=5 μm, IT6,
σe=200 MPa; =0,3; E=205 GPa. Item 2: retificado com esmeril fino, IT7, σe=200 MPa; =0,2; E=95 GPa.

5. União por interferência e adaptação de forma – polia/engrenagem


O conjunto da figura abaixo corresponde a um eixo de transmissão de aço (σe=600 MPa) onde
devem ser fixados uma polia de aço e um pinhão de ferro fundido UNS F36200. O pinhão é fixado
ao eixo por um ajuste H7t6 radial enquanto a polia é fixada mediante entalhes DIN 5481.
Determine os comprimentos L1 e L2 normalizados para a transmissão de uma potência máxima
de 40 CV @ 240 rpm.

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Interferência:
- Ajuste H7t6 radial;
- Reixo=20 m; RFURO=15 m.
- Pinhão: FOFO maleável FoFo=0,25;
E=95 GPa; σe=230 MPa
- Considere cubo com fator
geométrico nulo Q=0; aço=0,3;
E=205 GPa.

Ranhuras:
- Usinadas segundo norma DIN 5481
- Choques fortes
- Carga III

6. União por interferência e adaptação de forma – eixo/engrenagem


A engrenagem da figura abaixo deve ser fixada em um eixo tubular de aço rápido através
de um ajuste por interferência. A engrenagem é fabricada em FoFo maleável (E=95 GPa;
=0,25) com e=200 MPa e o eixo é fabricado em aço classe 6.8 (E=222,5 GPa; =0,32).
O diâmetro interno da engrenagem foi retificado previamente em esmeril de granulação
fina e o eixo foi usinado (torneado) em acabamento fino.

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a) Considerando um ajuste por interferência H7t6 e montagem com auxílio de uma prensa
hidráulica. Calcule as forças de montagem e desmontagem. Considere k=1,43.

b) Para o mesmo ajuste H7t6, com montagem axial, determine o máximo torque que pode
ser transmitido pela união. Calcule o coeficiente de segurança para resistência mecânica.

c) Considerando montagem por variação de temperatura e sistema furo-base com furo it7
e eixo it6, determine o ajuste necessário para a transmissão de um torque de 60 Nm e uma
força axial de 3 kN. Calcule também as temperaturas de montagem considerando os
coeficientes de dilatação térmica do aço (=-8,5x10-6 oC-1) e do FoFo (=10,0x10-6 oC-1).

7. União por interferência e adaptação de forma – eixo/engrenagem


A engrenagem de ferro fundido da figura deve ser fixada ao eixo de aço de modo a
transmitir um torque que varia entre +50 Nm e +150 Nm. Pede-se:

a) Especificar um ajuste por interferência para a transmissão do esforço acima.


Considere furo it8 retificado internamente com R=8 µm, eixo it7 torneado com
acabamento fino. As peças são unidas com auxílio de uma prensa hidráulica.

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Calcule as forças de montagem e desmontagem para um coeficiente de segurança


k=1,5.

b) Verifique se duas chavetas retangulares confeccionadas em aço classe de


resistência 5.8, temperadas e montadas a 120º, com L=36 mm, são capazes de
transmitir os esforços indicados.

c) Verifique se uma união DIN 5472 com L=30 mm é capaz de transmitir o esforço
indicado.

Para todos os itens adote:

• eixo: aço classe de resistência 6.8; E=200 GPa; ν=0,32;


• ENGRENAGEM: ferro fundido; E=95 GPa; σe=180 MPa; =0,28.

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8. União por interferência e adaptação de forma – eixo/engrenagem


A engrenagem da figura abaixo é fixada ao eixo por um ajuste Ø25H7s6 com auxílio de
uma prensa hidráulica. O eixo foi usinado com Ra=5 µm e a engrenagem foi retificada
internamente em acabamento fino. Eixo: aço classe de resistência 6.8; E=200 GPa;
ν=0,32. Engrenagem: ferro fundido; E=95 GPa; σe=180 MPa; ν=0,28.

a) Determinar o máximo torque que pode ser transmitido pelo eixo sem provocar
deslizamento da união por interferência. Verifique também se a união é segura do ponto
de vista das tensões.
b) Determinar as forças de montagem e desmontagem considerando k=2,0.
c) Ao invés de união por interferência, verifique se duas chavetas retangulares
confeccionadas em aço classe de resistência 4.6, montadas a 120º com L=30 mm são
capazes de unir as peças de modo a transmitir o mesmo torque calculado no item (a).
Considere choques fracos e torque alternado.

9. União por interferência e adaptação de forma – eixo/engrenagem


Sabe-se que na questão anterior, além do torque de 50 Nm, atua também uma força axial
de 450 N. Entretanto, utiliza-se montagem por dilatação do cubo. Os materiais do eixo e
do cubo são os mesmos da questão anterior. Suponha furo H5 e eixo na classe it7.
a) Selecione o ajuste necessário.
b) Calcule a temperatura de montagem admitindo Tamb=25º C.

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10. Uniões por adaptação de forma e por interferência


A potência de entrada fornecida pelo motor (Pmotor) é integralmente transmitida para a
elevação da massa m. As ecdr estão identificadas com letras maiúsculas. Entre parênteses
consta o respectivo número de dentes Z. Considere os seguintes 3 eixos, feitos em aço
classe de resistência 12.9 (G=81 GPa):
• eixo 0: acoplamento X, rolamento 1 (esquerda), ecdr A (20), rolamento 2
(direita);
• eixo 1: rolamento 3 (esquerda), ecdr B (60), ecdr C (25), rolamento 4 (direita);
• eixo 2: rolamento 5 (esquerda), ecdr D (50), rolamento 6 (direita); acoplamento
Y.
Informações adicionais: mA=4 mm; mD=6 mm; D=17º. Considere g=10 m/s2. Os
desenhos estão fora de escala, dimensões em mm.

a) Qual a máxima carga M que pode ser elevada à uma taxa de 3 m/min para Pmotor=1,2
HP?

b) Sabendo que a carga tem 3000 kg, especifique a chaveta retangular que une a ecdr de
aço D. Considere que o eixo 2 tem diâmetro de projeto 140 mm na seção de fixação.
O sistema opera com carga III e choques fracos.

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c) Considere o torque no tambor de 9000 Nm. A ecdr A é de FoFo e deve ser fixada por
eixo DIN5463 (série média). O comprimento do contato entre cubo e eixo é de 100
mm. Nessa região, o diâmetro de projeto é 30 mm. Especifique, para esse
equipamento, qual a recomendação para o binômio: intensidade dos choques x tipo
de carga.

Responda as próximas duas questões colocando-se na posição de responsável pelo


departamento de engenharia da empresa que produz esse redutor. O diâmetro de projeto
do eixo 1, que é maciço, na região de fixação da engrenagem é 50mm. Sabe-se que o cubo
(H7) sofreu brochamento fino e o eixo (s5) é retificado por acabamento finíssimo. Ambas
as peças são de aço (E=200 GPa; =0,3; classe de resistência 4.6). Adote valores
intermediários nas tabelas que forem necessárias.

d) Qual máximo torque que pode ser transmitido pela engrenagem B (Qe=0) cuja largura
é 75mm, sabendo que ela é montada por interferência axial?

e) Calcule os coeficientes de segurança do cubo e do eixo.

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Respostas parciais e finais da lista de exercícios

Exercício 1: a) TDIN5463=1620 Nm; b) TDIN5480-2=765,5 Nm; c) TH8u7=467 Nm; nmec_CUBO=1,2;


nmec_eixo=1,4; d) Fm≥48,6 kN; Fd≥138,7 kN.
Respostas parciais: a) eixo com d=42 mm; d1=42mm; d2=48 mm; Z=8 entalhes; r=22,5 mm; h=3
mm. Padm=80 MPa; T≤1620 Nm.
b) Eixo com dusinagem=41mm: d1=36 mm; d2=39,5 mm; Z=20 dentes; r=18,9 mm; h=1,8 mm;
Padm=30 MPa; T≤765,5 Nm.
c) Afastamentos [m]: amax=95; amin=70; Amax=39m; Amin=0. Interferências [m]: Imax=95; Imin=31;
I = 10,8; Zmax=84,2; Zmin=20,2. Fatores elásticos: Qi=15/42=0,357; Qe=42/82=0,512;
Ki=4,72x10-6mm2/N; Ke=9,57x10-6mm2/N; =0,1; Pmin=33,7MPa; T≤467 Nm.
d) Fm≥48,6kN e Fd≥138,7kN.
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 2: Ajuste 50H7t6.
Respostas parciais: amax= amin+16x10-6 m, amin=?, Amax=25x10-6 m, Amin=0, Imax= Zmax= amin+0,016;
Imin=Zmin=amin-0,025; I = 0; =0,055; T=304,145Nm; Pmin=23,5 MPa então o ajuste proposto
transmite os esforços sem escorregamento. Qi=Qe=0; Ki=3,238x10-6 mm2/N; EAl=70 GPa;
Ke=1,986x10-5 mm2/N; amin deve ser superior a 52x10-6 m. Então adota-se eixo t6 (amax= 70x10-3
mm e amin= 54x10-3 mm) Pmax=60,6MPa; nmec_eixo=3; nmec_CUBO =1,9 então o ajuste proposto
transmite os esforços sem danificar o eixo ou o cubo (coeficiente de segurança maiores que 1).
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 3:
Faxial=3,8 kN, P: 80 HP @ 560 rpm: Ajuste 90H7v6; nmec_CUBO=1,45 e nmec_eixo=3,23.

Respostas parciais para Faxial=3,8 kN; P: 80 HP @ 560 rpm: T=1017,68 Nm; Qi=0,556; Qe=0,634;
Eaço=205 GPa; EFoFo=90 GPa; Ki=7,672x10-6 mm2/N; Ke=2,881x10-5 mm2/N; =0,095; Pmin=28,46
MPa; Pmax=47,70 MPa; nmec_eixo=3,23; nmec_FURO=1,45.

---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 4: P=102 CV (transmitida por interferência); nmec_CUBO=2,3 e nmec_eixo=3,9.

Respostas parciais para DIN5462: d1=72 mm; L=38 mm; r=37,5mm; h=3mm; padm=35 MPa;
Fesm=3990 N; T=1122 Nm; P=121,5 CV. Interferência, Qi=78/120=0,65; Qe=120/150=0,8;
Eaço=205 GPa; EFoFo=95 GPa; =0,115; Pmin=9,5 MPa; Pmax=17,4 MPa; nmec_eixo=3,9;
nmec_CUBO=2,3; T=940Nm; P=102 CV.
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Exercício 5: L1=16 mm; L2=80 mm.


Respostas parciais para DIN5481: Para d=56 mm: d1=55 mm; d2=60 mm; r=28,8 mm; h=2,5 mm;
Z=41 entalhes; Padm=35 MPa; T=1169,8 Nm; L1=15,1 mm. Normalizando pela tabela de
chavetas: 16mm.
Interferência, Qi= 0; Qe=0; Eaço=205 GPa; EFoFo=95 GPa;=0,115; Pmin=36,46 MPa; L1=77,09
mm. Pmax=88,2 MPa; nmec_eixo=3,8 e nmec_CUBO=1,5. Ou seja, tanto o cubo quanto o eixo não
falhariam por escoamento.

---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 6: a) Fm=14469,3 N; Fd=41340,9 N; b) Tmáximo=227,3 Nm; nmec_CUBO=2,5;
nmec_eixo=6,1; c) Ajuste 60H7r6; nmec_CUBO=2,8 ; nmec_eixo=6,8.
Respostas parciais para o item a: 𝐼𝑚𝑎𝑥 = 85 − 0 = 85𝜇𝑚; 𝐼𝑚𝑖𝑛 = 66 − 30 = 36𝜇𝑚.
0,07+0,12
∆𝐼 = 1,2(4,5 + 11) = 18,6𝜇𝑚; 𝑍𝑚𝑎𝑥 = 66,4𝜇𝑚; 𝑍𝑚𝑖𝑛 = 17,4𝜇𝑚. 𝜇 = = 0,095.
2
45 60
𝑄𝑖 = = 0,75; 𝑄𝑒 = = 0,75. Ki=1,461x10-5 mm2/N; Ke=4,023x10-5 mm2/N.
60 80
66,4∙10−3
𝑝𝑚𝑎𝑥 = (1,461+4,023)∙10−5 = 20,18 𝑀𝑃𝑎.𝐹𝑚 = 0,7 ∙ 𝜋 ∙ 0,5 ∙ 0,095 ∙ 1,43 ∙ 60 ∙ 80 ∙ 20,18 = 14469,3 𝑁
∙60
𝐹𝑑 = 𝜋 ∙ 0,095 ∙ 1,43 ∙ 60 ∙ 80 ∙ 20,18 = 41340,9 𝑁

17,4∙10−3
Respostas parciais para o item b: 𝑝𝑚𝑖𝑛 = (1,461+4,023)∙10−5 = 5,29 𝑀𝑃𝑎
∙60

2𝑇 2
0,095 ∙ 5,29 ∙ 𝜋 ∙ 80 ∙ 60 ≥ √( ) + 0 → 𝑇 ≤ 221,3 𝑁𝑚
60
200 480
3,9 ∙ 20,18 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂 = 2,5; 3,9 ∙ 20,18 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜 = 6,1
𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜

2∙60∙103 2
Respostas parciais para o item c: 0,115 ∙ 𝑝𝑚𝑖𝑛 ∙ 𝜋 ∙ 60 ∙ 80 ≥ √( ) + (3 ∙ 103 )2
60
𝑚𝑖𝑛 𝑍
𝑝𝑚𝑖𝑛 ≥ 2,08𝑀𝑃𝑎; (1,461+4,023)∙10 −5 ≥ 2,08 → 𝑍𝑚𝑖𝑛 ≥ 6,9𝜇𝑚
∙60
𝑍𝑚𝑖𝑛 = 𝐼𝑚𝑖𝑛 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 𝐴𝑚𝑎𝑥 ∴ 6,9 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 30 → 𝑎𝑚𝑖𝑛 = 36,9𝜇𝑚.

Portanto seleciona-se o ajuste: 60𝐻7𝑟6: 𝑎𝑚𝑎𝑥 = 60𝜇𝑚; 𝑎𝑚𝑖𝑛 = 41𝜇𝑚


60∙10−3 200
𝑝𝑚𝑎𝑥 = (1,461+4,023)∙10−5 = 18,2𝑀𝑃𝑎; 3,9 ∙ 18,2 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂 = 2,8
∙60 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂
𝐼𝑚𝑎𝑥 +𝐹 (60∙10−3 +5∙10−4 ∙60)
Para resfriamento: ∆𝑡 = = = −176,5 °𝐶
𝛼∙𝑑 −8,5∙10−6 ∙60
𝐼𝑚𝑎𝑥 +𝐹 (60∙10−3 +5∙10−4 ∙60)
Para aquecimento: ∆𝑡 = = = 150,0 °𝐶
𝛼∙𝑑 10∙10−6 ∙60
---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 7: a) Não há ajuste dentro das especificações que atende este valor; b) Não, os
dois critérios de falha para chavetas (cisalhamento e esmagamento) são desrespeitados,
ou seja, tensão e pressão atuantes são superiores às tensão e pressão admissíveis; c)
Sim, atende ao critério de esmagamento para eixos ranhurados.
a) O coeficiente de aderência é obtido na tabela, ao determinar-se o valor médio entre 0,07 e
0,12 (valores oriundos da combinação de prensagem axial, com eixo de aço e cubo de ferro
0,07+12
fundido): 𝜇 = = 0,095.
2

Ao utilizar o critério do escorregamento, considerando a força axial (Fa) nula, pode-se calcular o
valor da pressão mínima. Sabe-se que o diâmetro nominal das peças é 25 mm e o comprimento
do contato entre CUBO e eixo é 40 mm.
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2
2∙150∙103
Então: 0,095 ∙ 𝜋 ∙ 25 ∙ 40 ∙ 𝑝𝑚𝑖𝑛 ≥ √( ) → 𝑝𝑚𝑖𝑛 = 40,21 𝑀𝑃𝑎.
25

25 (1−0,32) 𝑚𝑚 2
Calculam-se os fatores elásticos (𝑄𝑖 = 0 e 𝑄𝑒 = = 0,625): 𝐾𝑖 = = 3,4 ∙ 10−6 e
40 200∙103 𝑁
1 1+0,6252 𝑚𝑚2
𝐾𝑒 = ∙( + 0, 28) = 2,7 ∙ 10−5 .
95∙103 1−0,6252 𝑁
𝑍𝑚𝑖𝑛
Ao aplicar as equações de relação de pressão: (3,4∙10−6 +2,7∙10−5 )∙25
≥ 40,21 → 𝑍𝑚𝑖𝑛 ≥ 30,53 𝜇𝑚.

O ajuste é 25H8“?”7. Deseja-se descobrir o “?” que seria uma letra minúscula correspondente
ao afastamento do eixo. Para FURO 25H8: 𝐴𝑚𝑎𝑥 = 33 𝜇𝑚; 𝐴𝑚𝑖𝑛 = 0. Como se trata de ajuste
axial é necessário usar as rugosidades superficiais do FURO (8 mm fornecida no enunciado) e
do eixo torneado com acabamento fino (11 m calculada como a média nas tabelas de
acabamento superficial):
6 + 16
∆𝐼 = 1,2 ∙ ( + 8) = 22,8 𝜇𝑚
2
Ao equacionar a interferência mínima: 𝑍𝑚𝑖𝑛 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 𝐴𝑚𝑎𝑥 − ∆𝐼.
Então: 30,53 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 33 − 22,8 → 𝑎𝑚𝑖𝑛 ≥ 86,33 𝜇𝑚. Ao consultar a tabela de ajustes de eixos
com it7, não constam afastamentos dessa ordem de grandeza. Então constata-se que não é
possível transmitir esse torque com esse ajuste por interferência. Como não é possível fazer a
união por interferência, não tem o menor sentido calcular os coeficientes de segurança do CUBO
e do eixo. Caso houvesse um ajuste especificado, é mandatório o cálculo desses coeficientes de
segurança, caso aconteça uma montagem de um par eixo-CUBO que tenha a interferência
máxima (Zmax) e por consequência a pressão máxima entre as peças (pmax). Essa situação
específica poderia expor as peças ao risco do escoamento.
Igualmente não faz sentido calcular as forças de montagem e desmontagem pois não ocorrerá
união por interferência nesse caso.
b) O enunciado quer identificar se uma determinada chaveta é capaz de transmitir os esforços.
Então é um exercício de análise. É necessário analisar se a união especificada atende a
transmissão de potência de forma segura. Por segura entende-se que os modos de falha das
chavetas serão desabilitados, ou seja, não ocorrerão. Chavetas retangulares falham por dois
critérios. Esmagamento e cisalhamento. E ambos os critérios têm o mesmo formato: que a
pressão (ou tensão) atuantes sejam menores ou iguais a pressão (ou tensão) admissíveis.
Procura-se uma chaveta retangular para as dimensões do eixo de 25 mm nas tabelas
dimensionais. A chaveta retangular de perfil 8x7 (b=8 mm; h=7 mm; h1=4 mm; Lmin=18 mm;
Lmax=90 mm) atende esse caso. Inclusive como o comprimento útil da chaveta foi fornecido no
enunciado (L=36 mm) sabe-se que essa medida atende pois está entre os valores máximo e
mínimo especificados na DIN6885:1968.
Resta determinar a pressão admissível e a tensão de cisalhamento admissível. Como o
enunciado fornece a variação da carga entre +50 Nm e +150 Nm, constata-se que é uma carga
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com variação do tipo II. Falta a determinação do tipo de choque. Como o enunciado não forneceu,
adota-se o pior caso: choques fortes. Dessa forma a padm= 40 MPa (choques fortes, carga II, eixo
de aço, furo de ferro fundido, chavetas retangulares). Contudo, o enunciado indicou que as
chavetas são temperadas. Então: padm= 1,5x40=60 MPa. A tensão de cisalhamento admissível é
determinada através da classe de resistência do aço (5.8) e da carga (II): adm= 52 MPa. É
importante lembrar que existem 2 chavetas, então a recomendação para esses casos é: caso
2
necessite usar 2 chavetas retangulares à 120°: 𝐿120° = ∙ 𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 . Então pode-se determinar
3
2 2
qual seria o Lcalculado a ser usado como comprimento útil: 𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = ∙ 𝐿120° = ∙ 36 = 24 𝑚𝑚
3 3

Critério do esmagamento: 𝑝𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚


2∙𝑇 2∙150∙103
𝑑 3 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 → 25 3 ≤ 60 → 128,87 𝑀𝑃𝑎 ≤ 60 𝑀𝑃𝑎. A pressão atuante é
( −ℎ1 + ∙ℎ)∙ℎ∙𝐿 ( −4+ ∙7)∙7∙(24)
2 4 2 4

superior à pressão admissível (60 MPa). Então, o modo de falha de esmagamento acontece.
Critério do cisalhamento: 𝜏𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 ≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚
2∙𝑇 2 ∙ 150 ∙ 103
≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚 → ≤ 52 → 62,5 𝑀𝑃𝑎 ≤ 52 𝑀𝑃𝑎
𝑑∙𝑏∙𝐿 25 ∙ 8 ∙ (24)
A tensão de cisalhamento atuante (62,5 MPa) é inferior à tensão de cisalhamento admissível (52
MPa). Então, o modo de falha de cisalhamento acontece.
Como ambos os modos de falha atuam, essa união não permite a transmissão segura de
esforços. Na verdade, bastaria que apenas um dos modos de falha se fizesse presente para que
a união não fosse segura para a transmissão dos esforços desejados.
c) A união DIN5472 é um eixo entalhado. O único modo de falha atuante é o de esmagamento.
Igual ao item anterior, o objetivo é evitar que esse modo de falha atue. Portanto, para evitar sua
ação, deve-se verificar que a pressão atuante seja inferior à pressão admissível.
A leitura do enunciado constata que se trata de uma carga com variação do tipo II. Falta a
determinação do tipo de choque. Como o enunciado não forneceu, adota-se o pior caso: choques
fortes. Dessa forma a padm= 40 MPa (choques fortes, carga II, eixo de aço, furo de ferro fundido,
eixos ranhurados). É necessário consultar a tabela de dimensões desse tipo de eixos. Não existe
d1=25 mm. Por isso adota-se o primeiro valor maior que 25 mm. Portanto: d1=26 mm; d2=32 mm;
𝑑2 −𝑑1 32−26
Z=6 entalhes. Sabe-se que a altura dos entalhes (h) é calculada por: ℎ = = = 3 𝑚𝑚 e
2 2
𝑑2 +𝑑1 32+26
o raio de aplicação da força de esmagamento (r) é: 𝑟 = = = 14,5 𝑚𝑚. Critério do
4 4
𝑇 150∙103
esmagamento: 𝑝𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 → ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 → ≤ 40 → 25,54 𝑀𝑃𝑎 ≤ 40 𝑀𝑃𝑎
0,75∙𝑍∙𝑟∙𝐿∙ℎ 0,75∙6∙14,5∙30∙3

A pressão atuante (25,54 MPa) é inferior à pressão admissível (40 MPa). Então, o modo de falha
de esmagamento não acontece. Assim sendo, essa união permite a transmissão segura de
esforços.
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Exercícios de união por interferência 23/mar/2023

Exercício 8:
a) Tmax= 12,775 Nm; nmec_CUBO=1,3; nmec_eixo=5,6; b) Fm=10071,2 N e Fd=28775,0 N; c) duas
chavetas atendem sim, patuante  Padm e atuante  τ adm.
a) O ajuste é 25H7s6.Uma consulta na tabela de ajustes permite a determinação dos seguintes
afastamentos para

• FURO 25H7: 𝐴𝑚𝑎𝑥 = 21 𝜇𝑚; 𝐴𝑚𝑖𝑛 = 0 ;

• eixo 25s6: 𝑎𝑚𝑎𝑥 = 48 𝜇𝑚; 𝑎𝑚𝑖𝑛 = 35 𝜇𝑚.


Se a montagem foi feita através de prensa hidráulica, significa que houve perda de interferência
(I). Como o enunciado forneceu que a engrenagem foi retificada internamente em acabamento
fino, o RaFURO é uma média entre 3 e 6 mm. Então: RaFURO =4,5 mm. Já o eixo tem sua rugosidade
superficial fornecida diretamente no enunciado do exercício: Ra eixo =5 mm.
Dessa forma: ∆𝐼 = 1,2 ∙ (4,5 + 5) = 11,4 𝜇𝑚. Então podemos calcular as interferências reais (ou
finais, ou pós-montagem): 𝑍𝑚𝑎𝑥 = 48 − 0 − 11,4 = 36,6 𝜇𝑚 e 𝑍𝑚𝑖𝑛 = 35 − 21 − 11,4 = 2,6 𝜇𝑚.
25 (1−0,32) 𝑚𝑚 2
Calculam-se os fatores elásticos (𝑄𝑖 = 0 e 𝑄𝑒 = = 0,625): 𝐾𝑖 = = 3,4 ∙ 10−6 e
40 200∙103 𝑁
1 1+0,6252 𝑚𝑚2
𝐾𝑒 = ∙( + 0, 28) = 2,7 ∙ 10−5 .
95∙103 1−0,6252 𝑁

2,6 ∙10−3
Ao aplicar as equações de relação de pressão: (3,4∙10−6 +2,7∙10−5 )∙25
→ 𝑝𝑚𝑖𝑛 = 3,42 𝑀𝑃𝑎.

O coeficiente de aderência é obtido na tabela, ao determinar-se o valor médio entre 0,07 e 0,12
(valores oriundos da combinação de prensagem axial, com eixo de aço e cubo de ferro fundido).
0,07 + 12
𝜇= = 0,095
2
Ao utilizar o critério do escorregamento, considerando a força axial (Fa) nula, pode-se calcular o
2∙𝑇 2
valor do torque máximo: 0,095 ∙ 𝜋 ∙ 25 ∙ 40 ∙ 3,42 ≥ √( ) → 𝑇 ≤ 12775,8 𝑁𝑚𝑚 → 𝑇 ≤ 12,8 𝑁𝑚.
25

36,6 ∙10−3
Ao aplicar as equações de relação de pressão: (3,4∙10−6 +2,7∙10−5 )∙25
→ 𝑝𝑚𝑎𝑥 = 48,21 𝑀𝑃𝑎.
25
Com os fatores geométricos (𝑄𝑖 = 0 e 𝑄𝑒 = = 0,625) pode-se determinar nos gráficos os
40

fatores de concentração do eixo (1,78) e do CUBO (2,80).


480 180
Então: 1,78 ∙ 48,21 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜 = 5,6 e 2,80 ∙ 48,21 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂 = 1,3.
𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂

Ambos os coeficientes de segurança são maiores que 1 então as peças não falham.
b) Os cálculos das forças de montagem e desmontagem seguem as fórmulas cujas variáveis já
foram determinadas:
𝐹𝑚 ≥ 0,7 ∙ 𝜋 ∙ 0,5 ∙ 0,095 ∙ 2 ∙ 25 ∙ 40 ∙ 48,21 = 10071,2 𝑁
𝐹𝑑 ≥ 𝜋 ∙ 0,095 ∙ 2 ∙ 25 ∙ 40 ∙ 48,21 = 28775,0 𝑁
c) O racional da estratégia de solução desse item, é similar ao item das 2 chavetas do exercício
anterior. Uma chaveta retangular que serve um eixo de 25 mm tem perfil 8x7 (b=8 mm; h=7 mm;

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h1=4 mm; Lmin=18 mm; Lmax=90 mm) atende esse caso. O comprimento útil da chaveta foi
fornecido no enunciado (L=30 mm) encontra-se entre os valores de comprimento máximo e
mínimo especificados.
Como o enunciado forneceu a variação da carga como sendo carga alternada, constata-se que
é uma carga do tipo III. O enunciado cita o caso de choques fracos. Dessa forma a padm= 30 MPa
(choques fracos, carga III, eixo de aço, furo de ferro fundido, chavetas retangulares).
A tensão de cisalhamento admissível é determinada através da classe de resistência do aço (4.6)
e da carga (II): adm= 20 MPa. É importante lembrar que existem 2 chavetas, então a
recomendação para esses casos é: caso necessite usar 2 chavetas retangulares à 120°: 𝐿120° =
2
∙ 𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 . Então pode-se determinar qual seria o Lcalculado a ser usado como comprimento útil:
3
2 2
𝐿𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 = ∙ 𝐿120° = ∙ 30 = 20 𝑚𝑚. Para efeito da análise, deve-se utilizar o torque calculado
3 3

no item a desse mesmo exercício: 𝑇 = 12775,8 𝑁𝑚𝑚


Critério do esmagamento: 𝑝𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚
2∙𝑇 2∙12775,8
𝑑 3 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 → 25 3 ≤ 30 → 13,27 𝑀𝑃𝑎 ≤ 30 𝑀𝑃𝑎. A pressão atuante (13,27
( −ℎ1 + ∙ℎ)∙ℎ∙𝐿 ( −4+ ∙7)∙7∙(20)
2 4 2 4

MPa) é inferior à pressão admissível (30 MPa). Então, o modo de falha de esmagamento não
acontece.
Critério do cisalhamento: 𝜏𝑎𝑡𝑢𝑎𝑛𝑡𝑒 ≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚
2∙𝑇 2 ∙ 12775,8
≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚 → ≤ 20 → 6,39 𝑀𝑃𝑎 ≤ 20 𝑀𝑃𝑎
𝑑∙𝑏∙𝐿 25 ∙ 8 ∙ (20)
A tensão de cisalhamento atuante (6,39 MPa) é inferior à tensão de cisalhamento admissível (20
MPa). Então, o modo de falha de cisalhamento não acontece.
Como ambos os modos de falha não atuam, essa união permite a transmissão segura de
esforços.

---------------------------------------------------------------------------------------------------
Exercício 9:
a) 25H5p7; b) Tm=247 oC.
a) O racional da estratégia de solução desse item é o mesmo do exercício 7. E os dados são os
mesmos do exercício 8.
Ao utilizar o critério do escorregamento, considerando a força axial (F a) nula, pode-se calcular o
valor da pressão mínima. Sabe-se que o diâmetro nominal das peças é 25 mm e o comprimento
do contato entre CUBO e eixo é 40 mm.

2∙50∙103 2
Então: 0,115 ∙ 𝜋 ∙ 25 ∙ 40 ∙ 𝑝𝑚𝑖𝑛 ≥ √( ) + (450)2 → 𝑝𝑚𝑖𝑛 = 11,14 𝑀𝑃𝑎.
25

25 (1−0,32) 𝑚𝑚 2
Calculam-se os fatores elásticos (𝑄𝑖 = 0 e 𝑄𝑒 = = 0,625): 𝐾𝑖 = = 3,4 ∙ 10−6 e
40 200∙103 𝑁
1 1+0,6252 𝑚𝑚2
𝐾𝑒 = ∙( + 0, 28) = 2,7 ∙ 10−5 .
95∙103 1−0,6252 𝑁
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𝑍𝑚𝑖𝑛
Ao aplicar as equações de relação de pressão: (3,4∙10−6 +2,7∙10−5 )∙25
≥ 11,14 → 𝑍𝑚𝑖𝑛 ≥ 8,46 𝜇𝑚.

O ajuste é 25H5“?”7. Deseja-se descobrir o “?” que seria uma letra minúscula correspondente
ao afastamento do eixo. Para FURO 25H5: 𝐴𝑚𝑎𝑥 = 9 𝜇𝑚; 𝐴𝑚𝑖𝑛 = 0. Como se trata de ajuste
radial não existe perda de interferência. Então Zmin=Imin.
Ao equacionar a interferência mínima: 𝑍𝑚𝑖𝑛 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 𝐴𝑚𝑎𝑥 − ∆𝐼 → 10,24 = 𝑎𝑚𝑖𝑛 − 9 − 0.
Então: 𝑎𝑚𝑖𝑛 ≥ 17,47 𝜇𝑚. Ao consultar a tabela de ajustes de eixos com it7, para diâmetro de 25
mm, o primeiro valor de amin que atenda esse critério é o ajuste p7 com os seguintes
afastamentos: 𝑎𝑚𝑎𝑥 = 43 𝜇𝑚; 𝑎𝑚𝑖𝑛 = 22 𝜇𝑚. Para atender o critério do escorregamento e
transmitir os esforços mencionados no enunciado, a especificação do ajuste seria: 25H5p7.
Entretanto, a confirmação do ajuste depende da verificação do critério da pressão máxima. Para
sua aplicação é necessária a determinação da interferência máxima que esse ajuste pode
causar: 𝑍𝑚𝑎𝑥 = 𝑎𝑚𝑎𝑥 − 𝐴𝑚𝑖𝑛 − ∆𝐼 = 43 − 0 − 0 = 43 𝜇𝑚. Assim calcula-se a pressão máxima que
ocorreria entre as peças caso tivéssemos o maior eixo montado com o menor furo.
43 ∙ 10−3
𝑝𝑚𝑎𝑥 = = 56,64 𝑀𝑃𝑎
(3,4 ∙ 10−6+ 2,7 ∙ 10−5 ) ∙ 25
25
Com os fatores geométricos (𝑄𝑖 = 0 e 𝑄𝑒 = = 0,625) pode-se determinar nos gráficos os
40

fatores de concentração do eixo (1,78) e do CUBO (2,80).


480 180
Então: 1,78 ∙ 56,64 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜 = 4,76 e 2,80 ∙ 56,64 ≤ → 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂 = 1,13.
𝑛𝑚𝑒𝑐 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑛𝑚𝑒𝑐 𝐶𝑈𝐵𝑂

Ambos coeficientes de segurança são maiores que 1 então as peças não falham. Assim sendo,
o ajuste pode ser 25H5p7.
b) Como o enunciado prevê a dilatação (aquecimento) do cubo, e o mesmo é de ferro fundido,
utiliza-se =10x10-6 oC-1 . O cálculo da temperatura deve ser feito através da fórmula a seguir:
𝐼𝑚𝑎𝑥 + 5 ∙ 10−4 ∙ 𝑑
𝑇𝑚 = 𝑇𝑎𝑚𝑏 +
𝛼∙𝑑
Partindo-se do pressuposto que a temperatura ambiente é de 25 ºC, que Zmax=Imax :
43 ∙ 10−3 + 5 ∙ 10−4 ∙ 25
𝑇𝑚 = 25 + = 247 °𝐶
10 ∙ 10−6 ∙ 25
---------------------------------------------------------------------------------------------------

Exercício 10:
a) Máxima carga a ser transportada

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𝑣𝑐𝑎𝑏𝑜 = 2 ∙ 𝑣𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 = 2 ∙ 3 𝑚⁄𝑚𝑖𝑛 = 6 𝑚⁄𝑚𝑖𝑛

𝑚∙𝑔
𝑃𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑣𝑐𝑎𝑏𝑜
2

𝑚∙10 6
1,2 ∙ 746 = ∙ 60 → 𝑚 = 1790,4 𝑘𝑔
2

b) Chaveta da ecdr 𝑚 ∙ 𝑔 3000 ∙ 10


𝐹𝑐𝑎𝑏𝑜 = = = 15000 𝑁
D 2 2

∅𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 600
𝑇𝑒𝑖𝑥𝑜 2 = 𝑇𝑡𝑎𝑚𝑏𝑜𝑟 = 𝐹𝑐𝑎𝑏𝑜 ∙ = 15000 ∙ = 4500 𝑁𝑚
2 2

Diâmetro do eixo 140 mm. Dimensões da chaveta [mm]: b=36; h=20;


h1=12; Lmin=100; Lmax=400. Choques fracos; carga III; cubo de aço:
padm=50 MPa.

2∙𝑇 2∙4500∙103
Esmagamento: 𝑑 3 ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 . Então: 140 3 ≤ 50. Dessa forma: 𝐿 ≥
( −ℎ1 + ∙ℎ)∙ℎ∙𝐿 ( −12+ ∙20)∙20∙𝐿
2 4 2 4

123,3𝑚𝑚. Está aceitável pois 100 ≥ 123,3 ≥ 400. O ideal seria normalizar esse valor pela tabela
de chavetas normalizadas. O valor normalizado seria de L=125mm. Para os cálculos
subsequentes, deve-se utilizar o Lcalculado, a fim de evitar introduzir imprecisões nos cálculos.
2∙𝑇 2∙4500∙103
Cisalhamento: ≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚 . Então: ≤ 𝜏𝑎𝑑𝑚 . Dessa forma: 𝜏𝑎𝑑𝑚 ≥ 14,5 𝑀𝑃𝑎.
𝑑∙𝑏∙𝐿 140∙36∙123,3

Analisando-se a tabela, adota-se classe de resistência 4.6 (𝜏𝑎𝑑𝑚 ≥ 20 𝑀𝑃𝑎).


Resposta: chaveta retangular 36x20, L=125mm, classe 4.6.

c) Tipo de carga e intensidade dos choques


Todos os eixos do sistema de transmissão estão em equilíbrio estático. Então se o T tambor=9000
𝑑𝐷 50
Nm, TD=9000 Nm. Como D é maior que C, 𝑖𝑝𝑎𝑟 𝐷−𝐶 = = = 2. Então o torque em C é menor.
𝑑𝐶 25
𝑇𝐷 9000
Assim: 𝑇𝐶 = = = 4500𝑁𝑚. Por estarem no mesmo eixo 1, as ecdrs B e C tem mesmo
𝑖𝑝𝑎𝑟 𝐷−𝐶 2

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Exercícios de união por interferência 23/mar/2023

𝑑𝐵 60
torque: 𝑇𝐵 = 4500𝑁𝑚. Sabe-se que a roda B é maior que A, 𝑖𝑝𝑎𝑟 𝐵−𝐴 = = = 3. Então 𝑇𝐴 =
𝑑𝐴 20
𝑇𝐵 4500
= = 1500𝑁𝑚.
𝑖𝑝𝑎𝑟 𝐵−𝐴 3

𝑇
Esmagamento: ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 . Eixo com dprojeto=30mm. A seleção da DIN5463 deve ser feita
0,75∙𝑍∙𝑟∙𝐿∙ℎ

com 𝑑1 ≥ 𝑑𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 . Então: d1=32mm; d2=38mm; Z=8 entalhes. L=100 mm.


𝑑1 +𝑑2 32+38 𝑑2 −𝑑1 38−32 1500∙103
𝑟= = = 17,5 𝑚𝑚. ℎ = = = 3 𝑚𝑚. Então: ≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 . De tal
4 4 2 2 0,75∙8∙17,5∙100∙3

forma que 𝑝𝑎𝑑𝑚 ≥ 47,7 𝑀𝑃𝑎. Analisando-se na tabela do padm, para eixos ranhurados e cubo de
ferro fundido, a única combinação que atenda esse requisito é para choques fracos e carga I ou
II.
Resposta: choques fracos, carga I ou II.
d) Máximo torque na engrenagem B
Dimensões:
• Afastamentos [m]: amin=43; amax=54; Amin=0; Amax=25.
4+2 1+3
• Perda de interferência [m]: ∆𝐼 = 1,2 ∙ (𝑅𝑎𝐶𝑈𝐵𝑂 + 𝑅𝑎𝑒𝑖𝑥𝑜 ) = 1,2 ∙ ( + )=
2 2
6
• Interferências [m]: 𝑍𝑚𝑖𝑛 = 43 − 25 − 6 = 12 𝑍𝑚𝑎𝑥 = 54 − 0 − 6 = 48
• Fatores elásticos [mm2/N]:
1 1+𝑄 2 1
o 𝐾𝑖 = 𝐸 ∙ (1−𝑄𝑖2 − 𝜈𝑖 ) = 200×103 ∙ (1 − 0,3) = 3,5 × 10−6
𝑖 𝑖
1 1+𝑄𝑒2 1
o 𝐾𝑒 = 𝐸 ∙ (1−𝑄2 + 𝜈𝑒 ) = 200×103 ∙ (1 + 0,3) = 6,5 × 10−6
𝑒 𝑒
0,05+0,17
• Coeficiente de aderência: 𝜇 = = 0,11
2
• Como só existem ecdrs, não há transferência de força axial
𝑍 12×10−3
• Relações de pressão: 𝑝𝑚𝑖𝑛
𝑚𝑖𝑛
= (𝐾 +𝐾 )∙𝑑
= (3,5×10−6+6,5×10−6)∙50 = 24 𝑀𝑃𝑎
𝑖 𝑒

2∙𝑇 2
• Critério do escorregamento: 𝜋 ∙ 0,11 ∙ 50 ∙ 75 ∙ 24 ≥ √( 50 )
• Tmax=777,5 Nm
𝑍 48×10−3
• Relações de pressão: 𝑝𝑚𝑎𝑥
𝑚𝑎𝑥
= (𝐾 +𝐾 )∙𝑑
= (3,5×10−5+6,5×10−5)∙50 = 96 𝑀𝑃𝑎
𝑖 𝑒

e) Coeficientes de segurança
• Coeficientes de segurança:
240
o 96 ∙ 1,78 ≤ . Então: 𝑛𝑚𝑒𝑐𝑒𝑖𝑥𝑜 = 1,40
𝑛𝑚𝑒𝑐𝑒𝑖𝑥𝑜
240
o 96 ∙ 1,73 ≤ Então: 𝑛𝑚𝑒𝑐𝐶𝑈𝐵𝑂 = 1,44
𝑛𝑚𝑒𝑐𝐶𝑈𝐵𝑂
o Em ambas as situações, os coeficientes são maiores ou iguais a um, portanto
não são esperadas falhas estruturais no eixo e no CUBO.

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