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Elementos de Máquinas I: ME5510/NM7510

Elementos de Máquinas II: ME8520 (AC)


Prof. Dr. William Maluf
Exercícios de dimensionamento de fusos de movimentação e transmissão de potência 11/fev/2020

Exercícios de parafusos de potência

Exemplo de sistema de movimentação de cargas composto por parafuso de movimentação (www.joycedayton.com)


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Exercícios de dimensionamento de fusos de movimentação e transmissão de potência 11/fev/2020

1) Determinação de máximo esforço aplicado na morsa


A figura ilustra um dispositivo de fixação de peças, composto por um parafuso de rosca trapezoidal. Sabe-
se que o fuso é Tr22x5x1. Sua especificação é de acordo com a DIN103. O fuso é construído em aço
classe de resistência 4.6; E=200 GPa. A porca é de bronze (e=300 MPa) lubrificada. A montagem do
sistema segue o modelo de coluna engastada e pinada. Desprezar atrito entre mordente móvel e a base.
Coeficientes de segurança: tensões combinadas nmec=2; cisalhamento dos filetes nc=2,5; e flambagem
nfl=1,75. As dimensões estão em mm e a figura está sem escala. A extremidade do parafuso que está
dentro do mordente móvel tem seção circular de diâmetro 30 mm.
Determine:
a) O diagrama de esforços internos solicitantes para o parafuso quando ocorre compressão na peça
b) A máxima força axial que pode ser aplicada no parafuso para a situação de fixação da peça na
situação do item a)
c) O rendimento do sistema
d) O torque de acionamento para a situação de soltura da peça
e) A máxima força manual para a fixação da peça sendo que a cota G=300 mm

A=8 mm; B=30 mm; H=200 mm; m=50 mm

Após a resolução do exercício, faça as seguintes reflexões:

• Caso houvesse atrito entre o mordente móvel e o corpo da morsa, quais seriam as
implicações técnicas para o funcionamento do sistema?
• O que mudaria caso a porca tivesse limite de resistência de 130MPa?
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2) Determinação das dimensões do parafuso para dispositivo de levantamento


O dispositivo de elevação de cargas, a seguir, baseia-se em um parafuso de rosca trapezoidal. Ele é
acionado por uma alavanca que está à direita do parafuso (não representada no desenho). Determine o
diâmetro do fuso e a distância “m” na bucha considerando: fuso trapezoidal de aço classe de resistência
8.8, bucha de aço lubrificada, coeficiente se segurança: tensões combinadas nmec=2,5, comprimento do
parafuso L=400 mm. Na escora adote: =0,15; re=18mm e ri=0. As dimensões estão em mm e a figura está
sem escala. Desenhe o diagrama de esforços internos solicitantes para o parafuso.
Considere que a carga a ser erguida é de 6kN e que o ângulo entre as hastes e o parafuso é de 30º.

Obs.: como esse exercício tem estilo de “projeto”, ou seja, faltam dados para que sejam aplicadas as
fórmulas, recomenda-se que sejam feitas algumas adoções. Por querer um sistema irreversível, deve-se
adotar um ângulo de hélice que seja inferior ao ângulo de atrito. A resolução desse exercício foi feita
utilizando-se =5º. Adicionalmente recomenda-se utilizar uma simplificação impondo d2=d3 para o cálculo
da área.
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3) Determinação das dimensões do parafuso

Ao ser acionada, a válvula globo do sistema abaixo é capaz de abrir ou fechar um reservatório por meio
da movimentação do seu volante. O parafuso de rosca Trapezoidal possui 2 entradas e é do tipo
engastado. A bucha e o parafuso são de aço (existe lubrificação). A força necessária para fechar o sistema
é de F=1500 N. Como coeficientes de segurança considere 4 para evitar a flambagem elástica e 10 para
resistência mecânica do corpo do parafuso. Adote E=210GPa. As dimensões estão em mm e a figura está
sem escala. Para a posição mostrada abaixo desenhe o diagrama de esforços internos solicitantes,
determine o diâmetro, L e a classe de resistência para o parafuso (use tabela da página 5-12). Determine
o coeficiente de segurança de cisalhamento adotando (e=300MPa) para a bucha de aço. Além disso
pergunta-se: o sistema é reversível? Considere as seguintes dimensões [mm]: D=30; d=10; m=20.

D
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4) Determinação das dimensões do parafuso


A figura abaixo ilustra um mecanismo de elevação composto por um parafuso de rosca trapezoidal DIN103,
porca e acionamento por polia. A carga em questão é de 20 kN. A carga não gira enquanto o parafuso é
movimentado. O tempo de acionamento do mecanismo é de 15 s com rotação n=200 rpm. A altura sugerida
da porca é m=80 mm, o raio equivalente da escora é 80 mm, o coeficiente de atrito na escora é 0,01, a
porca e o parafuso são de aço (existe lubrificação) e o módulo de elasticidade do aço é 200 GPa. Adotar
coeficiente de segurança tensões combinadas nmec= nc=1,5 e o modelo de flambagem coluna engastada.
Pede-se para o parafuso:
a) O diagrama de esforços internos solicitantes.

b) O diâmetro. Realize as verificações obrigatórias da porca. Caso não esteja dentro dos parâmetros
proponha alterações.

c) O comprimento.

d) A classe de resistência (use tabela


da página 5-12).

e) O fator de segurança à flambagem.

f) Verifique o cisalhamento entre


bucha e parafuso
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5) Cálculo de parafuso de transmissão de potência


As figuras abaixo apresentam dois projetos para fixação de uma válvula. Essa válvula é utilizada para
conter gás Hélio dentro de um reservatório fechado. De maneira simplificada considera-se que sua
abertura/fechamento ocorre quando se aplica as forças manuais na alavanca gerando um binário. O
parafuso de potência possui rosca trapezoidal ISO normalizada pela DIN103. Sua especificação é
Tr65x10x5 aço classe de resistência 9.8 (E=210 GPa). A bucha é de bronze e não possui lubrificação. A
montagem respeita o modelo de flambagem engastado e pinado. O coeficiente de atrito entre a válvula e
sua sede é de 0,277. As figuras são ilustrativas e estão fora de escala. As dimensões fornecidas estão em
mm. Os coeficientes de segurança são: 2 para as tensões combinadas e cisalhamento 3,5 para a
flambagem. Adote e=300MPa para a bucha de bronze. São conhecidas as seguintes dimensões [mm]:
A=490; B=730; H=160; m=80; d=150; D=200.

a) Desenhe o diagrama de esforços internos solicitantes.


b) O sistema apresentado é reversível? O número filetes em contato é adequado? Justifique.
c) Qual a máxima pressão que o sistema pode conter?
d) Qual o valor da força manual que gera o binário de acionamento?
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6) Cálculo de parafuso de transmissão de potência

O extrator de engrenagens da figura é formado pela base CF, dois braços ABD e EGH, duas hastes BD e
EG e pelo parafuso central JK (rosca trapezoidal ISO-DIN 103 com 2 entradas). O parafuso central JK deve
aplicar uma força no eixo vertical KL para iniciar a remoção da engrenagem. Suponha que a lateral
arredondada da base que contém os pontos DE é lisa e exerce forças horizontais nos braços CBA e FGH.
As forças atuantes no braço ABC (forças simétricas em FGH) são expressas vetorialmente (valor do vetor
em N; seu respectivo ângulo) a seguir:

(𝐴 = 2257,19𝑁; 𝜃 = 85,426°)(𝐵 = 2550𝑁; 𝛽 = 61,928°) (𝐶 = 1020𝑁; 𝛾 = 0°)


O parafuso é fabricado em aço, a bucha é de Considere as seguintes dimensões [mm]: x1=60;
bronze (latão) sem lubrificação. Considere o x2=80; x3=150; x4=225; x5=90.
desenho fora de escala. Não existem acelerações
e as dimensões estão em mm. Admita que os
seguintes dados adicionais são conhecidos:

- Eaço=200GPa; nVM=3;

- Flambagem: modelo de coluna pinada,


comprimento sujeito à compressão de 200mm

- A largura da bucha=20mm. Apesar do desenho


não mostrar claramente, a escora tem seção
circular maciça com raio equivalente de 7,5 mm e
e=0,2.

Para a posição mostrada na figura determine:

a) O diagrama de esforços internos solicitantes no


parafuso
b) A força axial F em N que o parafuso exerce no
eixo vertical KL (faça o diagrama de corpo livre
da engrenagem)
c) O diâmetro do parafuso – use a DIN103
d) A classe de resistência do aço do qual o
parafuso é fabricado (tabela da página 5-12)
e) O coeficiente de segurança à flambagem
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7) Dimensionamento de parafusos de transmissão de potência

O esquema simplificado apresentado na figura, ilustra o funcionamento de um dispositivo de movimentação


de carga que utiliza um parafuso trapezoidal DIN 103 fabricado em aço ABNT 1045 (cuja classe de
resistência é 6.8; E=210GPa). O dispositivo deve ser capaz de mover uma carga F=8kN a 2 m/min em
ambos sentidos na direção horizontal. Considere os seguintes dados adicionais:

• m=1,5d2 ; Parafuso com 2 entradas, suponha coluna engastada e pinada


• Coeficientes de segurança: tensões combinadas=3; cisalhamento=2; flambagem=2,5
• Coeficiente de atrito μe=0,1; Força na engrenagem cônica Fc=12kN; E=210GPa
• Bucha em bronze, lubrificada cujo material tem σe=350 MPa

Determine:

a) O diagrama de esforços internos para o parafuso


b) O diâmetro normalizado do fuso
c) O rendimento do sistema
d) A máxima distância H
e) A rotação do fuso
f) Verifique se todos critérios de dimensionamento do fuso e da bucha são atendidos

Detalhe da engrenagem cônica, onde d=25 mm e D=45 mm

Após ter resolvido o exercício, faça as seguintes reflexões:

• Qual seria a influência no rendimento do sistema caso não


houvesse lubrificação?
• Qual sua opinião sobre o coeficiente de segurança de
flambagem?
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8) Dimensionamento de parafusos de transmissão de potência

O esquema simplificado da figura abaixo ilustra o mecanismo de elevação de um elevador


automotivo de coluna. Este sistema utiliza dois parafusos de rosca trapezoidal DIN103 40x7x3
classe 3.6 e buchas de aço (e=400 MPa) sem lubrificação. Pretende-se elevar um automóvel de
massa 1700 kg. Considere g=10 m/s2. Critique o projeto caso julgue ser necessário.

a) Desenhe o d.e.i.s. para o parafuso da direita. Indique força normal (N) e os torques (T).
120∙𝑓
𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
b) A rotação do motor é: 𝑛𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 . Calcule a velocidade de subida do veículo.
𝑑𝑒 𝑝ó𝑙𝑜𝑠

c) Calcule m pelo critério do esmagamento dos filetes. Realize as verificações obrigatórias da


porca e da reversibilidade do sistema.

d) Calcule o coeficiente de segurança ao cisalhamento nos filetes.

e) Explique sucintamente qual o motivo da porca, utilizada em sistemas de parafusos de


movimentação, precisar ter pelo menos 6 filetes em contato com o fuso (x≥6 filetes).
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Respostas do Exercício 1:

a) Diagrama de esforços internos solicitantes:


Tr 22x5x1 4.6
d=22 mm d2=19,5 mm
P=5 mm d3=16,5 mm
As=254,5 mm²

b) Máxima força axial: deve-se fazer os 4 critérios e escolher o caso mais crítico ou seja, a menor força.

1 Critério de esmagamento nos filetes: 3 Critério de tensões combinadas: nmec=2

19,5
Padm=13,8 MPa; m=50 mm 𝑇1 = 𝐹 · · tan(4,7 + 6,3) = 1,89𝐹
2
2·F 2 153
≤ 13,8 → F ≤ 21135,06 N 𝑇𝐸 = 𝐹 · 0,15 · ( 2 ) = 1,5𝐹
50 · π · 19,5 3 15
Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e 𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 3,39𝐹
m≤2,5d
Caso 1: F=0 ; T=TA
50
x= = 10 filetes (ok) 3,39𝐹 240
5 √0 + 3 · ( )² ≤ 𝐹 = 18361,27 𝑁
0,2 · 16,5³ 2
50 ≤ 2,5 · 22 (ok)

1·5 Caso 2: F=F ; T=TE


tan 𝛼 = → 𝛼 = 4,7° ; 𝜑 = 6,3° 𝐹 1,5𝐹 240
𝜋 · 19,5 √( )² + 3 · ( )² ≤ 𝐹 = 24596 𝑁
254,5 0,2 · 16,5³ 2
Onde φ>α ∴ sistema irreversível

2 Critério de cisalhamento:

nc=2,5; σe>240 MPa classe 4.6

2,28 · 𝐹 240
≤ → 𝐹 ≤ 10912,90 𝑁
𝜋 · 16,5 · 5 2,5
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4 Critério de flambagem: nfl=1,75

- Tipo engastada pinada: Leq=0,8·L=0,8·200=160 mm

- Índice de esbeltez:

4 · 160 2 · E · π2 2 · 200 · 103 · π2


λ= = 38,79 e 𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 128,25
16,5 σe 240

- Como λ<λlim ∴ Johnson

𝜆2 38,792
𝜎𝑐𝑟𝑖𝑡 = (1 − ) ∙ 𝜎𝑝 = (1 − ) ∙ 240 = 229 𝑀𝑃𝑎
2 · 𝜆2𝑙𝑖𝑚 2 · 128,25²

𝐹 𝜎𝑓𝑙
≤ → 𝐹 = 33303,14 𝑁
254,5 1,75

Conclusão do item b): e) Força manual para a fixação:

Força máxima [N] 𝑇𝐴 = 𝐹𝑚 · 300


Tensões 𝐹𝑚 = 123,31 𝑁
Esmagamento Cisalhamento Flambagem
combinadas
2135,06 10912,90 18361,27 33303,14

c) Rendimento do sistema:
10912,90·1·5
𝜂= = 0,235 ou seja =23,5%
2·𝜋·36994,73

d) Torque de acionamento para a soltura: o contato agora se dá do outro lado, re=15 mm e ri=7 mm

2 153 − 7³ 19,5
𝑇𝐸 = 𝐹 · 0,15 · ( ) = 1,72𝐹 𝑒 𝑇2 = 𝐹 · · tan(4,66° − 6,3°) = 0,28𝐹
3 15² − 7² 2

𝑇𝐴 = 𝑇2 + 𝑇𝐸 = 2𝐹 → 𝑇𝐴 = 21825,8 𝑁𝑚𝑚

Reflexões
- Caso houvesse atrito entre o mordente móvel, o torque para acionar o sistema seria maior.
2,28·𝐹 130
- Caso a bucha tivesse limite de resistência de 130 MPa: 𝜋·16,5·5 ≤ 2,5 → 𝐹 ≤ 5911,15 𝑁

Normalmente utiliza-se a porca com limite de escoamento menor que do parafuso. Caso ocorra alguma
falha costuma ser mais simples (e menor custo) trocar a porca ao invés de trocar o parafuso.
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Respostas do Exercício 2:

Diagramas de esforços internos solicitantes:

Cálculo da força atuante no parafuso: sendo FT=6000 N; Fx=FA+FB

𝐹𝑥 = 2 · 𝐹𝑇 · 𝑐𝑜𝑠30° → 𝐹𝑥 = 2 · 6000 · 𝑐𝑜𝑠30° → 𝐹𝑥 = 10392,30 𝑁

𝑍·𝑃
tan 𝛼 = → 𝛼; 𝜑 = 6,3°
𝜋 · 𝑑2

Adota-se α=5°(parafuso com 1 entrada) para tornar o sistema irreverssível.

Se φ>α ∴ sistema irreversível.

Cálculo do diâmetro do parafuso:

Ao analisar a fórmula da área perceberá que existem duas variáveis: d2 e d3. Por questão de indeterminação
adota-se d2=d3. Como o d3 é o menor dos diâmetros, essa será a variável de cálculo. A determinação da raiz
do polinômio pode ser feita ao substituir os valores de d3 listados na tabela, para posterior verificação.

Critério de tensões combinadas: nmec=2,5

𝑑3
𝑇1 = 10392,30 · · tan(5° + 6,3°) = 1038,29𝑑3
2

2 18³ − 0
𝑇𝐸 = 10392,30 · 0,15 · ( ) = 18706,14 𝑁𝑚𝑚
3 18² − 0

𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 1038,29𝑑3 + 18706,14
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p/ d=30; d3=23 mm; As=490,9 mm²

Caso 1: F=0; T=TA Caso 2: F=10392,3 N; T=TE


2
𝑇𝐴 640 𝐹 2 𝑇𝐸 2
640
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 23 3 2,5 490 0,2 · 23 3 2,5

30,3 < 256 MPa Atende 25 < 256 𝑀𝑃𝑎 Atende

p/ d=16; d3=11,5 mm; As=127,7 mm²

Caso 1: F=0; T=TA Caso 2: F= 10392,3 N; T=TE


2
𝑇𝐴 640 𝐹 2 𝑇𝐸 2
640
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 11,53 2,5 127,7 0,2 · 11,53 2,5

174 < 256 MPa 134 < 256 𝑀𝑃𝑎


Atende Atende

p/ d=14; d3=9,5 mm; As=90,8 mm²

Caso 1: F=0; T=TA Caso 2: F=10392,3 N; T=TE


2
𝑇𝐴 640 𝐹 2 𝑇𝐸 2
640
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 9,53 2,5 90,8 0,2 · 9,53 2,5
Atende, mas não pode
288,6 > 256 MPa Não 220,9 < 256 𝑀𝑃𝑎
ser usado pois no caso 1
atende não serviu

Parafuso escolhido:

1·4
Tr 16x4x1 tan 𝛼 = → 𝛼 = 6,1° 𝜑 = 6,3°
𝜋 · 14
d=16 mm d2=14 mm
P=4 mm d3=11,5 mm Onde φ>α ∴ sistema irreversível
As=127,7 mm²

Cálculo para a porca:


Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e
Critério de esmagamento nos filetes: m≤2,5d

Padm=10 MPa; F=10392,3 N 47,26


𝑥= = 11,8 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
4
2 · 10392,3
≤ 10 → 𝑚 ≥ 47,26 𝑚𝑚
𝑚 · 𝜋 · 14 47,26 ≤ 2,5 · 16; 47,26 > 40 (𝑛ã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒)

Pelo critério de flexão na porca (m≤2,5d), o valor de m=47,26mm não atende. Uma das opções seria mudar o material
da porca para bronze lubrificado (o ângulo de atrito continuaria o mesmo – veja a tabela). Com isso mudaria a
padm=13,8MPa e m>34,2 mm. Com m=35mm: x=8,75 filetes (ok) e 35<40 (ok).
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Para fazer o diagrama de esforços internos solicitantes desse exercício: Sugiro isolar o anteparo no qual a carga está
aplicada. Ele recebe o contato da carga (força para baixo) e recebe o contato da barra da esquerda (que vou chamar
de A) e da direita (que vou chamar de B). Barras só transmitem força axial (ou tração ou compressão). O anteparo
empurra a barra A para baixo e para a esquerda então o anteparo sofre uma força para cima e para a direita. Vamos
chamar de Força A. Então por ação e reação a barra A sofre compressão na sua direção. Então a parte da barra A
que está em contato com o anteparo sofre compressão. Ainda no anteparo, A acontece o mesmo fenômeno com a
barra B. Em função do contato com a barra B o anteparo sobre uma força para cima e para a esquerda. Vou chamar
de força B. Então a barra B que está em contato com o anteparo sofre compressão (para baixo e para a direita). Se
você aplicar somatória de força nula no anteparo percebe que ele está sujeito à 3 forças. A carga é conhecida. As
forças A e B são de mesma intensidade. Então ao fazer a somatória de forças vai descobrir que A ou B vale o
seguinte: 6kN=Axsen30+Bxsen30 então 6kN=Axsen30+Axsen30 então 6kN=2xAxsen30 então A=6/(2xsen30). A
barra A faz contato com o parafuso. E precisa estudar-se a interação deles. Se a barra A está comprimida então
existe uma força para cima e para a direita no ponto de contato da barra A com o parafuso. Então marque essa força
na barra e verá que ela está equilibrada estaticamente. Mas não se esqueça de marcar essa força no parafuso. Então
devido ao contato parafuso barra A, marca-se no parafuso uma força de valor A para baixo e para a esquerda. E faz-
se o mesmo procedimento do outro lado do parafuso decorrente do contato com a barra B. Essa força terá valor B
(que já sabemos que é o mesmo de A) só que para a direita e para baixo. Nesse ponto perceberá que o parafuso vai
estar sujeito à duas forças. Devido aos dois contatos com as barras de cima (A e B). Se o estudante entendeu até
esse momento basta usar o mesmo raciocínio para entender a interação com as barras de baixo. Pois o parafuso
está em contato com a barra C (a de baixo e da esquerda) e com a barra D (a de baixo e da direita). Ambas barras
estão comprimidas. Então marque as forças de compressão em ambas barras C e D. Mas não se esqueça de marcar
as reações no parafuso. Ou seja. Decorrente do contato barra C com o parafuso, marque no parafuso, no seu lado
esquerdo uma força para cima e para a esquerda. Decorrente do contato barra D com o parafuso, marque no
parafuso, no seu lado direito uma força para cima e para a direita. Perceberá que o parafuso está sujeito a quatro
forças. Todas com o mesmo valor e com ângulo de 30 graus com a horizontal. Afirme que a somatória de forças no
eixo x é nula. Pode-se afirmar que o parafuso está tracionado com uma força equivalente à: 2xAxcos30. Isso equivale
à uma força de 10392,3N tracionando o parafuso em cada extremidade.
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Respostas do Exercício 3:

Diagrama de esforços internos solicitantes:

Determinando o diâmetro:

Critério de esmagamento nos filetes: Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e m≤2,5d

Padm=10 MPa; m=20 mm; F=1500 N 20


𝑥= = 10 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
2
2 · 1500
≤ 10 → 𝑑2 ≥ 4,8 𝑚𝑚 20 ≤ 2,5 · 10 (𝑜𝑘)
20 · 𝜋 · 𝑑2

d2=4,8 mm → (pág. 4-27) adota-se: 2·2


tan 𝛼 = → 𝛼 = 8,1° 𝑒 𝜑 = 6,3° (𝑎ç𝑜/𝑎ç𝑜)
𝜋·9

Tr 10x2x2 Quando α > φ ∴ sistema reversível


d=10 mm d2=9 mm
P=2 mm d3=7,5 mm
As=53,5 mm²

Determinando a classe de resistência:

Critério de tensões combinadas: nmec=10

9 2 153 − 5³
𝑇1 = 1500 · · tan(8,1 + 6,3) = 1733,11 𝑁𝑚𝑚 𝑒 𝑇𝐸 = 1500 · 0,15 · ( 2 ) = 2437,42 𝑁𝑚𝑚
2 3 15 − 5²

𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 4170,53 𝑁𝑚𝑚

Caso 1: F=0; T=TA Caso 2: F=F ; T=TE


2
𝑇𝐴 𝜎𝑒 𝐹 2 𝑇𝐸 2
𝜎𝑒
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 7,5 3 10 53,5 0,2 · 7,5 3 10

𝜎𝑒 ≥ 856,13 𝑀𝑃𝑎 ∴ Classe 10.9 𝜎𝑒 ≥ 573,55 𝑀𝑃𝑎


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Exercícios de dimensionamento de fusos de movimentação e transmissão de potência 11/fev/2020

Determinando o comprimento L: Hipótese de Euler:

Critério de flambagem: nfl =4; σe=1080 MPa 𝐸 · 𝜋2 210 · 103 · 𝜋 2


𝜎𝑓𝑙 = → 112,15 = →
𝜆2 (0,533𝐿)2
- Tipo engastado: Leq=2,1·L
𝑳 = 𝟏𝟐𝟏, 𝟒 𝒎𝒎
- Índice de esbeltez:
Verificando Euler:
4 · 𝐿𝑒𝑞
𝜆= = 1,12𝐿
7,5 4 · 2,1 · 121,4
𝜆= = 135,97
7,5
2 · 𝐸 · 𝜋² 2 · 210 · 10³ · 𝜋²
𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 67,87 - Como λ≥λlim ∴ Euler. Então a hipótese estava
𝜎𝑒 900
correta.
1500 𝜎𝑓𝑙
53,5
≤ 4
→ 𝜎𝑓𝑙 ≥ 112,15 𝑀𝑃𝑎

Para este cálculo utiliza-se a tensão de


Determinar nc com σe=300 MPa: escoamento da bucha de 300 MPa,
pois a do parafuso é de 1080 MPa. O
Critério de cisalhamento: critério de cisalhamento é aplicado
sempre em relação ao material que
2,28 · 1500 300
≤ → 𝑛𝑐 = 4,13 tem o menor limite de escoamento.
𝜋 · 7,5 · 2 𝑛𝑐
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Respostas do Exercício 4:

a) Diagrama de esforços internos solicitantes:

b) Critério de esmagamento nos filetes: Após feita a verificação na altura da porca m=80 mm
nota-se que não atende ao critério. Então se adota
Padm=10 MPa; m=80 mm; F=20 kN m=45 mm, com isso os dois casos são atendidos.
2 · 20000 45
≤ 10 → 𝑑2 ≥ 15,9 𝑚𝑚 45 ≤ 45 (𝑜𝑘) 𝑒 𝑥 = = 11,25 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
80 · 𝜋 · 𝑑2 4
d2=15,9 mm → (pág. 4-27) adota-se: 1·4
tan 𝛼 = → 𝛼 = 4,6° ; 𝜑 = 6,3°
𝜋 · 16
Tr 18x4x1
Onde φ ≥  ∴ sistema irreversível
d =18 mm d2 =16 mm
P=4 mm d3=13,5 mm Entretanto com m=45mm, mantendo o parafuso Tr18,
As =170,9 mm²
ao aplicar-se o critério do esmagamento verifica-se que
Verificações obrigatórias na porca: a pressão atuante é 17,7 MPa. Superior à padm=10 MPa.

80 Seria interessante procurar algum material de bucha


𝑥= = 20 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘) que provesse uma tensão admissível maior do que 17,7
4
MPa. Contudo, na tabela o maior valor de padm é 13,8
80 ≤ 2,5 · 18 → 80 ≤ 45 (𝑛ã𝑜 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒) MPa. Por isso é necessário alterar o parafuso!

Uma escolha deve ser feita para atender aos dois


critérios, nesse caso iremos fixar o m=60 e recalcular o
esmagamento e a verificação na porca novamente.
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Novo esmagamento nos filetes: Nova verificação na porca

Padm=10 MPa; m=60 mm; F=20 kN 60


𝑥= = 12 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
5
2 · 20000
≤ 10 → 𝑑2 ≥ 21,2 𝑚𝑚 60 ≤ 2,5 · 25 → 80 ≤ 60 (𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒)
86 · 𝜋 · 𝑑2

d2=2,2 mm → (pág. 4-27) adota-se:

Tr 24x5x1
d =24 mm d2 =21,5 mm
P=5 mm d3=18,5 mm
As =314,5 mm²

c) Cálculo do Leq:
200
n=200 rpm; t=15 s; Z=1 entrada; · 15 = 50 𝑣𝑜𝑙𝑡𝑎𝑠 ; 𝐿 = 50 · 4 · 1 → 𝐿 = 200 𝑚𝑚
60

Tipo coluna engastada: Leq=2,1·L 𝐿𝑒𝑞 = 2,1 · 200 → 𝐿𝑒𝑞 = 420 𝑚𝑚

d) Critério de tensões combinadas: nmec=1,5

21,5
𝑇1 = 20000 · · tan(6,3° + 4,23°) = 39964,3 𝑁 𝑚𝑚 𝑒 𝑇𝐸 = 20000 · 0,01 · 60 = 12000 𝑁𝑚𝑚
2

𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 52964,3 𝑁𝑚𝑚

Caso 1: F=0 ; T=TA Caso 2: F=F ; T=TE


2
𝑇𝐴 𝜎𝑒 𝐹 2 𝑇𝐸 2
𝜎𝑒
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 18,5 3 1,5 314,5 0,2 · 18,5 3 1,5

σe ≥ 108,67 MPa ∴ Classe 3.6 𝜎𝑒 ≥ 98,52 𝑀𝑃𝑎

e) Critério de flambagem:

- Engastada pinada: Leq=420 mm

- Índice de esbeltez:

4 · 420 2 · 𝐸 · 𝜋² 2 · 200 · 10³ · 𝜋²


𝜆= = 98,81 𝑒 𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 148,10
18,5 𝜎𝑒 180
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- Como λ<λlim ∴ Johnson f) Critério de cisalhamento: σe=180 MPa; nc=1,5

𝜆2 2,28 · 20000 180


𝜎𝑐𝑟𝑖𝑡 = (1 − ) ∙ 𝜎𝑝 → ≤
2 · 𝜆2𝑙𝑖𝑚 𝜋 · 18,5 · 5 1,5

98,812 156,92 MPa ≥ 120 MPa


𝜎𝑐𝑟𝑖𝑡 = (1 − ) ∙ 180 = 140,0 𝑀𝑃𝑎
2 · 148,102
∴ Ocorre falha por cisalhamento nos filetes para
20000 140 esse coeficiente de segurança
314,5
≤ 𝑛𝑓𝑙
→ 𝑛𝑓𝑙 = 2,2

Respostas do Exercício 5:

a) Diagrama de esforços internos solicitantes:


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b) Verificar se o sistema é reversível: c) Deve-se fazer os 04 critérios e através da força


acha-se o caso mais crítico, ou seja, onde a peça
5 · 10
tan 𝛼 = → 𝛼 = 14,9° 𝜑 = 11,9° falha, com isso P=F/A.
𝜋 · 60
1 Critério de esmagamento nos filetes:
Onde α≥φ ∴ sistema reversível
Padm=13,8 MPa; m=80 mm
Verificando o número de filetes:

Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e Tr 65x10x5


d=65 mm d2=60 mm
m≤2,5d
P=10 mm d3=54 mm
80 As=2551,8 mm²
𝑥= = 8𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘) 2·𝐹
10 ≤ 13,8 → 𝐹 ≤ 104,05 𝑘𝑁
80 · 𝜋 · 60
80 ≤ 2,5 · 65 (𝑜𝑘)
2 Critério de cisalhamento:
∴ número de filetes está adequado
σe=300 MPa (usar a tensão de escoamento da
bucha pois é menor do que do parafuso) nc=2

2,28 · 𝐹 300
≤ → 𝐹 = 111,61 𝑘𝑁
𝜋 · 54 · 10 2

3 Critério de tensões combinadas:

nmec=2; σe=720 MPa. Usa-se SEMPRE a tensão de escoamento do parafuso!

60 2 1003 − 75³
𝑇1 = 𝐹 · · tan(14,9° + 11,9°) = 15,13𝐹 𝑒 𝑇𝐸 = 𝐹 · 0,277 · ( ) = 24,4𝐹
2 3 1002 − 75²

𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 39,53𝐹

39,53𝐹 2
720
Caso 1: F= 0 ; T = TA √0 + 3 · (0,2·543 ) ≤ 2 → 𝐹 = 165,6 𝑘𝑁

𝐹 2 24,4𝐹 2 720
Caso 2: F= F ; T = TE √( ) +3·( ) ≤ → 𝐹 = 257,5 𝑘𝑁
2551,8 0,2·54 3 2

4 Critério de flambagem: nfl =3,5; σe=720 MPa

- Tipo engastado e pinado: Leq=0,8·L=0,8·160 = 128 mm

- Índice de esbeltez:

4 · 128 2 · 𝐸 · 𝜋² 2 · 210 · 10³ · 𝜋²


𝜆= = 9,48 𝑒 𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 75,88
54 𝜎𝑒 720

- Como λ<λlim ∴ Johnson


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𝜆2 9,482
𝜎𝑐𝑟𝑖𝑡 = (1 − ) ∙ 𝜎𝑝 = (1 − ) ∙ 720 = 714,4 𝑀𝑃𝑎
2 · 𝜆2𝑙𝑖𝑚 2 · 75,882

𝐹 714,4
≤ → 𝐹 = 520,9 𝑘𝑁
2551,8 3,5

Força máxima [kN] d) Força manual binária para acionar


o sistema:
Tensões
Esmagamento Cisalhamento Flambagem
combinadas 𝑇𝐴 = 𝐹𝑚 · 980
104,05 111,61 165,9 520,9
39,53 · 104,05 · 103
A força máxima que o dispositivo pode aplicar é 104,05kN. 𝐹𝑚 =
980
Sabe-se que a área de atuação do gás corresponde a de uma
circunferência de diâmetro 150mm. Então: → 𝐹𝑚 = 4,2 𝑘𝑁

𝐹 104,05 · 10³
𝑃𝑚𝑎𝑥 = = = 5,9 𝑀𝑃𝑎
𝐴 𝜋 · (150)²
4

Respostas do Exercício 6:
a) Diagrama de esforços internos solicitantes:
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b) Força axial F no parafuso: isolando a engrenagem sabe-se que atuam as forças F () e a parcela
vertical () das forças A e H. As forças A e H são simétricas e dadas no enunciado então:

Sendo FA=FH

𝐹𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜 = 2 · 𝐹𝐴 · 𝑠𝑒𝑛(85,426°) → 𝐹𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜 = 2 · 2257,189 · 𝑠𝑒𝑛(85,426°) →

𝐹𝑝𝑎𝑟𝑎𝑓𝑢𝑠𝑜 = 4500 𝑁

c) Critério de esmagamento nos filetes: Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e


m≤2,5d
Padm=13,8 MPa; m=20 mm; F=4500 N
20
2 · 4500 𝑥= = 6,67 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
≤ 13,8 → 𝑑2 ≤ 10,4 𝑚𝑚 3
20 · 𝜋 · 𝑑2
20 ≤ 2,5 · 12 (𝑜𝑘)
d2 = 10,4mm → (pág 4-27) adota-se:
2·3
tan 𝛼 = → 𝛼 = 10,3° 𝑒 𝜑 = 11,9°
𝜋 · 10,56
Tr 12x3x2
d=12 mm d2=10,5 mm Onde φ>α ∴ sistema irreversível
P=3 mm d3=8,5 mm
As=70,9 mm²

d) Critério de tensões combinadas: nmec=3

10,5
𝑇1 = 4500 · · tan(10,3° + 11,9°) = 9641,18 𝑁𝑚𝑚 𝑒 𝑇𝐸 = 4500 · 0,2 · 7,5 = 6750 𝑁𝑚𝑚
2

𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 16391,18 𝑁𝑚𝑚

Caso 1: F= 0 ; T = TA Caso 2: F= F ; T = TE
2
𝑇𝐴 𝜎𝑒 𝐹 2 𝑇𝐸 2
𝜎𝑒
√0 + 3 · ( ) ≤ → √( ) +3·( ) ≤ →
0,2 · 8,5 3 3 70,9 0,2 · 8,5 3 3

σe ≥ 693,43 MPa 𝜎𝑒 ≥ 343,22 𝑀𝑃𝑎


∴ Classe 9.8
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e) Critério de flambagem: σe=720MPa; Leq= 200mm

- Índice de esbeltez:

4 · 200 2 · 𝐸 · 𝜋² 2 · 200 · 10³ · 𝜋²


𝜆= = 94,12 𝑒 𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 74,05
8,5 𝜎𝑒 720

- Como λ≥λlim ∴ Euler

Por Euler:

𝐸 · 𝜋² 200 · 10³ · 𝜋²
𝜎𝑓𝑙 = → 𝜎𝑓𝑙 = → 𝜎𝑓𝑙 = 222,84 𝑀𝑃𝑎
𝜆² 94,12²

4500 222,84
≤ → 𝑛𝑓𝑙 ≤ 3,5
70,9 𝑛𝑓𝑙

Critério de cisalhamento nos filetes: σe=720 MPa

2,28 · 4500 720



𝜋 · 8,5 · 3 𝑛𝑐

𝑛𝑐 = 5,62

Respostas do Exercício 7:
a) Diagramas de esforços internos solicitantes:
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b) Critério de esmagamento nos filetes: Verificação obrigatória na porca: x≥6 filetes e


m≤2,5d
Padm=13,8 MPa; m=1,5·d2; F=8000 N
24
2 · 8000 𝑥= = 6 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 (𝑜𝑘)
≤ 13,8 → 𝑑2 ≥ 15,7 𝑚𝑚 4
1,5𝑑2 · 𝜋 · 𝑑2
25 ≤ 2,5 · 18 (𝑜𝑘)
d2 = 15,7 mm → (pág. 4-27) adota-se:
2·4
tan 𝛼 = → 𝛼 = 9,0° 𝜑 = 6,3°
𝜋 · 16
Tr 18x4x2
d=18 mm d2=16 mm Onde α≥φ ∴ sistema reversível
P=4 mm d3=13,5 mm
As=170,9 mm²

16
c) O rendimento do sistema: 𝑇1 = 8000 · 2
· tan(9,0° + 6,3°) = 17556,45 𝑁𝑚𝑚

2 22,53 −12,53
𝑇𝐸 = 8000 · 0,1 · 3 (22,52 −12,52) = 14384 𝑁𝑚𝑚 e 𝑇𝐴 = 𝑇1 + 𝑇𝐸 = 31940,45 𝑁𝑚𝑚

𝐹·𝑍·𝑃 8000 · 2 · 4
𝜂= = = 0,32 → 32%
2 · 𝜋 · 𝑇𝐴 2𝜋 · 31940,45

d) Determinando o comprimento L: Hipótese de Euler:

Critério de flambagem: nfl =2,5; σe=480 MPa 𝐸 · 𝜋2 210 · 103 · 𝜋 2


𝜎𝑓𝑙 = → 117 = →
𝜆2 (0,237𝐿)2
- Tipo coluna engastada e pinada: Leq=0,8·L
𝐿 = 561,5 𝑚𝑚
- Índice de esbeltez:

4 · 𝐿𝑒𝑞
𝜆= = 0,237𝐿
13,5 Verificando Euler:

4 · 0,8 · 561,5
2 · 𝐸 · 𝜋² 2 · 210 · 10³ · 𝜋² 𝜆= = 133,09
𝜆𝑙𝑖𝑚 = √ = √ = 93 13,5
𝜎𝑒 480
- Como λ≥λlim ∴ Euler. Então a hipótese estava
8000 𝜎𝑓𝑙 correta.
≤ → 𝜎𝑓𝑙 ≥ 117𝑀𝑃𝑎
170,9 2,5

f) Verificar todos os 04 critérios e se a bucha e o fuso 2 Critério de cisalhamento:


atendem.
σe=350 MPa; nc=2
1 Critério de esmagamento nos filetes:
2,28 · 8000 350

Padm=13,8 MPa; m=1,5·d2; F = 8000 N 𝜋 · 13,5 · 4 2

2 · 8000 107,52 ≤ 175 ∴ 𝑜𝑘


≤ 13,8 → 13,26 ≤ 13,8 ∴ 𝑜𝑘
24 · 𝜋 · 16
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3 Critério de tensões combinadas: Caso 2: lado roscado

nmec=3; σe=480 MPa F=8000 N; T=TE ; A=AS

Nesse caso a falha pode ocorrer na redução do eixo, √( 8000 ) ² + 3 · ( 14384 ) ² ≤ 480
onde no desenho observa-se que ocorrem duas 170,9 0,2 · 13,5³ 3
reduções:
51,5 ≤ 160 ∴ 𝑜𝑘
Caso 1: lado não roscado Fc=12000 N; T=TA
e) Rotação do parafuso:
𝜋·18²
𝐴= = 254,469𝑚𝑚²
4 𝜈𝑏𝑢𝑐ℎ𝑎 2000
𝑛𝑓𝑢𝑠𝑜 = = = 250 𝑟𝑝𝑚
12000 31940,45 480 𝑍·𝑃 2·4
√( )² + 3 · ( )² ≤
254,469 0,2 · 18³ 3

47,66 ≤ 116,67 ∴ 𝑜𝑘

4 Critério de flambagem: Caso não houvesse lubrificação, o atrito seria maior. Portanto, T1 seria
maior. Dessa forma, o torque para acionar o sistema seria maior.
8000 117
≤ Então, o rendimento seria menor. Recomenda-se que para flambagem
170,9 2,5 de Euler, o coeficiente de segurança seja entre 3 e 6.
66,9 ≤ 160 ∴ 𝑜𝑘

Respostas do Exercício 8:

a) Diagrama de esforços internos solicitantes b) Velocidade de subida do veículo


𝑣𝑏𝑢𝑐ℎ𝑎
Sabe-se que 𝑛𝑓𝑢𝑠𝑜 = . Ao descobrir a vbucha determina-se a
𝑍∙𝑃
velocidade de subida do veículo. O parafuso é Tr 40x7x3. Então
e P=7 mm e Z=3 entradas. Resta calcular a rotação do fuso.

120∙𝑓𝑟𝑒𝑑𝑒 𝑒𝑙é𝑡𝑟𝑖𝑐𝑎
No enunciado é informado que 𝑛𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = . Então:
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑝ó𝑙𝑜𝑠
120∙60 70
𝑛𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟 = = 1200 𝑟𝑝𝑚. Eixo 1: 𝑛𝑒1 = ∙ 1200 = 400 𝑟𝑝𝑚.
6 210
17
Já no eixo 2: 𝑛𝑒2 = 𝑛𝑓𝑢𝑠𝑜 = ∙ 400 = 100 𝑟𝑝𝑚. Então a vbucha é:
68
𝑣𝑏𝑢𝑐ℎ𝑎 𝑚𝑚
100 = → 𝑣𝑏𝑢𝑐ℎ𝑎 = 𝑣𝑠𝑢𝑏𝑖𝑑𝑎 = 2100
3∙7 𝑚𝑖𝑛

c) Determinação das dimensões da bucha e da reversibilidade do sistema


DIN103-4, parafuso Tr40x7x3: d=40 mm; P=7 mm; Z=3 entradas; d2=36,5 mm; d3=32 mm; AS=921,3 mm2. Uma
vez que o veículo de 1700 kg é erguido por dois parafusos, a força axial em cada parafuso é metade do peso do
carro (F=0,5x1700x10=8500 N). Como parafuso e bucha são de aço p adm=10 MPa. Parafusos de aço montados em
buchas de aço sem lubrificação tem ângulo de atrito =9,1º.
2∙𝐹 2∙8500
≤ 𝑝𝑎𝑑𝑚 então ≤ 10 → 𝑚 ≥ 15𝑚𝑚.
𝑚∙𝜋∙𝑑2 𝑚∙𝜋∙36,5
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Verificações obrigatórias na porca


Valor mínimo Valor máximo
𝑚 =𝑥∙𝑃 → 15 = 𝑥 ∙ 7 𝑚≤ 2,5 ∙ 𝑑
𝑥 = 2 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑚 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑡𝑜 (𝑛ã𝑜 𝑜𝑘!) 𝑚 ≤ 2,5 ∙ 40 → 𝑚 ≤ 100 𝑚𝑚 (𝑜𝑘)
Como o valor mínimo de x=6: 𝑚 = 6 ∙ 7 = 42𝑚𝑚 Então: m=42mm
𝑧𝑃 3∙7
𝛼 = 𝑡𝑎𝑛−1 = 𝑡𝑎𝑛−1 = 10,40 . Como o ângulo de hélice é maior que o de atrito, o sistema é reversível. Isso é
𝜋𝑑2 𝜋∙36,5
um grande problema de segurança pois caso a potência do motor seja interrompida, o elevador retorna à sua
posição de origem.
d) Coeficiente de segurança ao cisalhamento dos filetes
2,28∙𝐹 𝜎
O critério de cisalhamento nos filetes entre parafuso e bucha é ≤ 𝑛𝑒. Deve-se usar no limite de escoamento o
𝜋∙𝑑3 ∙𝑃 𝑐
material com o menor e. De acordo com o enunciado, o parafuso tem classe de resistência 3.6 (e=180 MPa) e a
2,28∙8500 180
porca e=400 MPa. Então: ≤ . Portanto nc=6,5.
𝜋∙32∙7 𝑛𝑐

e) Número de filetes mínimo x=6


De acordo com as explicações na página 4-9 da apostila:
“primeiros filetes da bucha a contar da face onde a força
externa é aplicada, são os mais solicitados. Uma estimativa
conservadora geralmente utilizada é que o primeiro filete da
bucha equilibra, sozinho, 38% da força externa F, o segundo
equilibra 25%, o terceiro equilibra 18% e o restante seja
dividido entre os demais filetes até o sexto. A partir do sétimo
filete praticamente não existe solicitação mecânica dos filetes
da bucha”.

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