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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

ENGENHARIA CIVIL

ANA BARBARA AVELINO SANTOS


E-mail: ana.avelino@delmiro.ufal.br
Curso: Engenharia Civil, 5° período.

EXPERIMENTO DE EQUILÍBRIO UM CORPO EXTENSO

MACEIÓ-AL
2021
ANA BARBARA AVELINO SANTOS
E-mail: ana.avelino@delmiro.ufal.br
Curso: Engenharia Civil, 5° período.

EXPERIMENTO DE EQUILÍBRIO DE UM CORPO EXTENSO

Relatório apresentado para a disciplina


de Laboratório de Física 2, pelo curso de
Engenharia Civil, da Universidade Federal de
Alagoas, ofertada pelo Instituto de física –
UFAL e ministrada pelo Professor André Luís
Baggio

MACEIÓ-AL

2021
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................4

OBJETIVOS ................................................................................................................5

MATERIAIS..................................................................................................................5

PROCEDIMENTOS......................................................................................................6

PARTE I.............................................................................................................6

PARTE II...........................................................................................................9

ANÁLISE E DISCUSSÃO..........................................................................................10

CONCLUSÃO............................................................................................................14

REFERÊNCIAS .........................................................................................................14
4

INTRODUÇÃO

A estática, é o ramo da física que estuda as condições de equilíbrio de um corpo.


Por serem distintos, o estudo para essas condições é tratado separadamente, as
condições que podem ser tratadas como pontos materiais e para os corpos rígidos.
Relacionando ao equilíbrio de um corpo extenso pode-se dizer que um corpo é
rígido quando as posições da partícula que constituem este corpo não alteram sua
posição durante o tempo em que ele está sendo analisado.
Considerando que um corpo rígido esteja sujeito à ação de forças sobre um mesmo
plano, ele está equilibrado quando encontra sua rotação e translação em mesmo
estado. Para garantir o equilíbrio de um corpo extenso rígido sujeito a um sistema de
forças, é necessário impor algumas condições simultâneas:
A soma vetorial de todas as forças externas que agem sobre o corpo deve
ser nula.

A soma vetorial de todos os torques externos que agem sobre o


corpo, medidos em relação a qualquer ponto, deve ser nula.

As condições de equilíbrio de um corpo extenso não são exatamente iguais


às de uma partícula. Como devemos considerar as dimensões do corpo, para um
corpoextenso estar em equilíbrio, dizemos que devem ser satisfeitas as condições
de equilíbrio de rotação1 e translação2.

Para que não sofra translação, a resultante das forças externas que agem no corpo
deve ser nula.
F1 + F2+ F 3 +⋯+ Fn =0 (1)

Para que não sofra rotação, a soma dos momentos dessas forças deve ser nula.

∑ τ=τ 1 +τ 2 +τ 3 +⋯+τ n =0 (2)

O momento x pode ser encontrado através da equação (3):


τ=±F. d (3)

Onde, F é a força exercida no corpo e d é a distância, também chamado braço de


alavanca que representa a distância entre o ponto de apoio do corpo e o ponto de
aplicação da força, conforme a figura 1.
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Figura 1: Visualização da aplicação de forças em um

corpo rígido para estudo do momento (τ) de uma força.

Sendo o momento uma grandeza vetorial, adotamos como positivo quando a força
tende a girar o corpo no sentido anti-horário, e negativo quando a força tende a girá-
lo no sentido horário.

OBJETIVOS
• Reconhecer o movimento de rotação e translação de um corpo;
• Diferenciar corpo extenso de partícula;
• Verificar as condições de equilíbrio de um corpo extenso;
• Notar a influência do peso da barra quando apoiada por um ponto
fora do seu Centro de gravidade.

MATERIAIS
Material Quantidade
Tripé 2
Hastes 4
Régua Horizontal 1
Massas aferidas -
6

PROCEDIMENTO
Parte I

1. Foi montado um experimento considerando os eixos cartesianos, com


a barra apoiada no centro da gravidade, conforme mostra na figura 2.

Figura 2: Arranjo experimental


para medida de equilíbrio de um corpo.

2. Distribuindo as massas pela barra a fim de obter o equilíbrio assim


como mostra na figura 3.

Figura 3: Arranjo experimental com


distribuição de massas para o equilíbrio
de um corpo extenso
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3. Anote na tabela 1 o valor de cada uma das forças que as massas


exercem na barra. (Fe e Fd)
4. Meça o braço de alavanca de cada uma das forças exercidas. Anote na
tabela 1. (de e dd)
5. Mantenha as massas da extremidade direita da barra. No lado
esquerdo, mude as posições das massas acrescentando ou retirando mais
massas se necessário, para manter o equilíbrio da barra.

Figura 4: Arranjo experimental


Fonte: autoral

Tabela 1: Apresentação dos dados obtidos.


Fonte: Laboratório de Ensino de Física UFAL - 2021

Massas

(kg) Fe(N) de(m) τe(N*m) Massas Fd(N) dd(m) τ d(N*m)

esq. (kg) dir.

0,0532 0,5214 -0,2 -0,1043 0,0532 0,5214 0,05 0,0261

0,0532 0,5214 0,15 0,0782

Figura 5: Arranjo experimental


Fonte: autoral
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Tabela 2: Apresentação dos dados obtidos.


Fonte: Laboratório de Ensino de Física UFAL - 2021

Massas

(kg) Fe(N) de(m) τe(N*m) Massas Fd(N) dd(m) τ d(N*m)

esq. (kg) dir.

0,0532 0,5214 -0,2 -0,1043 0,0532 0,5214 0,2 0,1043

Figura 6: Arranjo experimental


Fonte: autoral

Tabela 3: Apresentação dos dados obtidos.


Fonte: Laboratório de Ensino de Física UFAL - 2021

Massas

(kg) Fe(N) de(m) τe(N*m) Massas Fd(N) dd(m) τ d(N*m)

esq. (kg) dir.

0,0532 0,5214 -0,15 -0,0782 0,0532 0,5214 0,05 0,0261

0,0532 0,5214 -0,05 -0,0261 0,0532 0,5214 0,15 0,0782

Parte II

6. Deslocando o ponto de apoio da barra, para 0,05 à esquerda de seu centro de


gravidade.
7. É possível perceber que ela não se mantém em equilíbrio como mostra na figura
7.
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8. Aplicando massas dos dois lados da barra, para fazer com que mantenha-se em
equilíbrio.

Figura 7: Arranjo experimental


Fonte: autoral

Figura 8: Arranjo experimental


Fonte: autoral

Tabela 4: Apresentação dos dados obtidos.


Fonte: Laboratório de Ensino de Física UFAL - 2021

Massas Fe(N) de(m) τe(N*m) Massas Fd(N) dd(m) τ d(N*m)


(kg) (kg) dir.
esq.
0,1064 1,0427 -0,05 -0,0521 0,0532 0,5214 0,1 0,0521
0,1064 1,0427 -0,10 -0,1043
0,0532 0,5214 -0,15 -0,0782
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Onde:

Fe (Fd) = força do lado esquerdo (direito);

de (dd) = distância do braço de alavanca do lado esquerdo (direito);

Te(Td)= momento do lado esquerdo (direito).

ANÁLISE E DISCUSSÃO

1) Qual a diferença entre a parte 1 e a parte 2 do experimento?

R: Na parte 1 a barra estava apoiada em seu centro de gravidade, já na parte


2 houve um deslocamento na barra para um ponto diferente de seu centro,
desta forma, não é permitido desconsiderar a força peso contrária a força
normal no suporte da barra, por não estarem mais em distância 0 de seu ponto
de giro.

2) Como determinar o momento resultante com essa configuração?

R: Na primeira configuração como o corpo estava em equilíbrio, o momento


resultante é a soma de todos os torques, sabendo que para um corpo estar em
equilíbrio, o somatório das suas forças devem dar zero a condição portanto é
atendida. Isso se justifica pelo fato de que as forças atuantes no sistema são
nulas. Já na segunda, como ocorre rotação do corpo, o momento vai ser
diferente de zero, pois a barra se movimentou, além disso o seu sentido torna-
se por ter sido no sentido horário como mostrado na figura 7.

3) Qual a interferência do peso da barra agora?

R: Na parte 1 não há interferência no peso pois está no centro de gravidade. A


partir do momento que há mudança no apoio, fora do centro de gravidade o
peso da barra fará com que haja momento em relação ao seu eixo, por isso há
a necessidade de adicionar uma certa quantidade de massa que se aproxime
do valor da barra para manter-se em equilíbrio.

4) O suporte da barra exerce alguma força sobre ela? E o momento?

R: Sim, pois pelo princípio de ação e reação temos garantia de que o apoio tem
uma força contrária às força aplicada na barra. Sim também, pois o apoio está
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exercendo momento na barra, deixando-a flexível à rotações, como mostra na


figura 7.

5) Determine através da condição de equilíbrio de rotação, o peso da


barra.

R: Obtendo o valor da barra através dos momentos referenciados na tabela 4,


temos:

∑τ=0

∑τ=-0,0521-0,1043-0,0782+0,0521+0,05.P=0

0,05.P=0,1825

P=3,65 N

6) Compare com o valor obtido com um dinamômetro ou balança (P=m.g).

R: Dado o peso da barra através do equilíbrio e comparando a peso da massa


dada em experimento (m=396,656g=0,396656 kg) temos que:

P = m.g

P = (0,396656).(9,8)

P =3,8872 N

Dado este valor, é possível perceber que a diferença obtida de 6,1% deu-se
atráves de seu centro de gravidade. Quando a barra é apoiada no suporte por
um ponto fora deste centro, considera-se o ponto do torque onde o suporte está
exercendo a força. O torque da força normal é nulo, entretanto as forças peso
não são, como o braço de alavanca está interferindo neste caso, a barra
mantém-se em equilíbrio.

7) Ao equilibrar a barra, as condições de equilíbrio foram verificadas


matematicamente?

R: Na parte 1, sim. Na parte 2 não, pois o somatório dos torques resultam em


-0,1825 ≠0.
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8) Para cada situação qual o valor do momento resultante sobre a barra?

R: Na figura 4 - tabela 1

∑τ=0

∑τ= τe+ τd= 0

∑τ=-0,1043+0,0261+0,0782=0

Na figura 5 - tabela 2

∑τ=0

∑τ= τe+ τd= 0

∑τ=-0,1043+0,1043=0

Na figura 6- tabela 3

∑τ=0

∑τ= τe+ τd= 0

∑τ=-0,0782-0,0261+0,0261+0,0782=0

Na figura 8 - tabela 4

∑τ=0

∑τ= τe+ τd= 0

∑τ=-0,0521-0,1043-0,0782+0,0521=-0,1825

Neste caso, houve erro pelo fato de que o apoio não estava no centro de
gravidade da barra.
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9) Qual relação você pode obter entre a força e o braço de alavanca?

R: São inversamente proporcionais, pois, na medida que o valor da distância


do braço de alavanca aumenta, menor vai ser a força aplicada para que se
obtenha torque em seu sentido de giro, fazendo com que a barra rotacione.
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CONCLUSÃO

Com base nos resultados encontrados podemos perceber que, na 1° parte


houve equilíbrio entre os objetos suspensos (vide tabelas) e a barra. Em contrapartida
na 2° parte, por algum erro de medição, houve divergência no valor, isso explica pelo
fato de que o apoio foi deslocado de seu centro de gravidade, fazendo com que o seu
braço de alavanca desse suporte ao peso contrário à esse braço. O erro percentual
encontrado foi equivalente a 6,1% entre o peso da barra encontrado pela rotação e o
seu peso real. Dito isto, pode-se dizer que em partes o objetivo foi alcançado, pois
matematicamente, grande maioria obteve suas resultantes sendo nula, já na 2° parte
não coincidiu matemática, embora em experimento tenha se mantido em equilíbrio.

REFERÊNCIAS
[1] FÍSICA EXPERIMENTAL 2. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=fB3bYBhsX8s Acessado em
08/10/2021;
[2] EQUILIBRIO DE UM CORPO EXTENSO. Disponível em:
*https://vamosestudarfisica.com/equilibrio-de-corpos-extensos/ Acessado
em 06/10/2021;
*https://brasilescola.uol.com.br/fisica/equilibrio-corpo-extenso.htm
Acessado em: 11/11/2021
3] HALLIDAY, D. FUNDAMENTOS DE FÍSICA. Rio de Janeiro: LTC
Editora 2006. v.2. – Física. Volume 2.

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