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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A. C. SIMÕES

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA DE LAB. FÍSICA

EXPERIMENTO VII

GRUPO
FELIPE SALEM
JARDIEL HENRIQUE
LUCAS MATHEUS
PAULO ARTHUR

Maceió - Al - 2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS A. C. SIMÕES

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA DE FÍSICA

EXPERIMENTO VI

Relatório do experimento 7 (Colisões) realizado


sob orientação do professor Wandearley da Silva
Dias, como requisito avaliativo da disciplina de fí-
sica experimental 1.

Maceió - Al – 2021

1
Sumário
Fundamentação teórica ..................................................................................................... 3
Objetivos........................................................................................................................... 5
Parte 1 – colisão elástica................................................................................................... 5
Procedimento experimental .......................................................................................... 5
Parte 2 – colisão inelástica................................................................................................ 6
Procedimento experimental .......................................................................................... 6
Resultados..................................................................................................................... 7
Conclusão ....................................................................................................................... 11
Referências ..................................................................................................................... 12

2
Fundamentação teórica
Colisão é a interação entre dois ou mais corpos com mútua troca de momento linear e
energia.Uma colisão é uma interação com duração limitada entre dois ou mais corpos. O
choque entre bolas de sinuca é um exemplo, onde é possível observar que o movimento
das bolas se altera após a colisão, mudando a direção, o sendo e a intensidade de suas
velocidades. Uma colisão pode ocorrer sem que, no entanto, haja contato físico entre os
corpos envolvidos, como por exemplo, no caso de um meteoro vindo de um ponto distante
e que tem sua órbita desviada ao passar pelas proximidades de um planeta.
O estudo de colisões está diretamente ligado ao conhecimento da conservação da quanti-
dade de movimento, ou também chamado momento linear. Define-se momento linear ou
quantidade de movimento linear (P) de um corpo, como sendo o produto da massa do
mesmo pela sua velocidade:

𝑃𝑃�⃗ = 𝑚𝑚 ∙ 𝑣𝑣⃗ (1)

Aplicando a 2ª Lei de Newton, podemos mostrar que:


𝑚𝑚 ∙ 𝑑𝑑(𝑣𝑣⃗) 𝑑𝑑(𝑚𝑚 ∙ 𝑣𝑣⃗) 𝑑𝑑𝑝𝑝⃗ (2)
𝐹𝐹⃗ = 𝑚𝑚 ∙ 𝑎𝑎⃗ = = =
𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑑𝑑𝑑𝑑
Sendo 𝐹𝐹 a resultante das forças que atuam externamente sobre um corpo, podemos afir-
mar então que quando esta resultante for nula, o momento do corpo deve ser conservado.
Isso significa que o momento inicial é igual ao momento final deste mesmo. Quando há
a interação entre vários corpos em um sistema, podemos definir o momento total como:

� 𝑝𝑝⃗𝑖𝑖 = � 𝑝𝑝⃗𝑓𝑓 (3)

Levando em consideração a terceira Lei de Newton, “Ação e Reação”, sabemos que


quando dois corpos interagem, as forças que neles atuam são em cada instante iguais,
porém de sentidos opostos. Significa que a força interna resultante da interação entre cor-
pos num dado sistema é sempre nula. Portanto, não precisamos considerar tais forças no
sistema, somente as forças externas terão importância para a conservação do momento.
Para um dado sistema por exemplo de duas partículas, o momento total inicial antes da
colisão 𝑝𝑝⃗𝑖𝑖 , é igual ao momento total final após a colisão, 𝑝𝑝⃗𝑓𝑓 ou seja:

𝑝𝑝⃗1𝑖𝑖 + 𝑝𝑝⃗2𝑖𝑖 = 𝑝𝑝⃗1𝑓𝑓 + 𝑝𝑝⃗2𝑓𝑓 (4)

reescrevendo a equação anterior em relação as velocidades e massas (equação 1) que


podem ser facilmente medidas, obtemos:
𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑖𝑖 + 𝑚𝑚2 𝑣𝑣⃗2𝑖𝑖 = 𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑓𝑓 + 𝑚𝑚2 𝑣𝑣⃗2𝑓𝑓 (5)

A equação (5) corresponde ao princípio da conservação e quantidade de movimento, por-


tanto, é válida nas colisões elásticas e inelásticas.
Falando sobre a conservação da energia, onde entendemos por energia mecânica, ou seja,
a soma da energia cinética e potencial, pode ou não se conservar em uma colisão. Uma
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colisão em que a energia mecânica é conservada é chamada de colisão elástica. Por exem-
plo, o meteoro que se aproxima de um Planeta e tem sua trajetória modificada é um tipo
de colisão elástica. Em um jogo de sinuca em que a perda de energia cinética das bolas
após a colisão é muito pequena, também pode ser considerada uma colisão elástica.
Portanto, na maioria das situações que envolvem colisões elásticas, a energia mecânica
do sistema permanece a mesma. No entanto, trabalharemos em um sistema em que a única
energia presente será a energia cinética, logo:
2 2 2 2
𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑖𝑖 𝑚𝑚2 𝑣𝑣⃗2𝑖𝑖 𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑓𝑓 𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗2𝑓𝑓
+ = + (6)
2 2 2 2

Em que 𝑚𝑚1 corresponde a massa do primeiro corpo, 𝑣𝑣1𝑖𝑖 corresponde a velocidade inicial
do primeiro corpo, 𝑣𝑣1𝑓𝑓 corresponde a velocidade final do primeiro corpo, 𝑚𝑚2 corres-
ponde a massa do segundo corpo, 𝑣𝑣2𝑖𝑖 corresponde a velocidade inicial do segundo corpo
2
e 𝑣𝑣2𝑓𝑓 corresponde a velocidade final do segundo corpo.
Para colisões elásticas em uma dimensão em que duas partículas de massas 𝑚𝑚1 e 𝑚𝑚2
colidindo frontalmente. A partícula 𝑚𝑚1 tem velocidade inicial 𝑣𝑣1𝑖𝑖 e a partícula 𝑚𝑚2 está
inicialmente parada (𝑣𝑣2𝑖𝑖 = 0). As seguintes equações descrevem as velocidades finais de
cada partícula após a colisão:
𝑚𝑚1 − 𝑚𝑚2
𝑣𝑣⃗1𝑓𝑓 = 𝑣𝑣⃗ (7)
𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2 1𝑖𝑖

e
2𝑚𝑚1
𝑣𝑣⃗2𝑓𝑓 = 𝑣𝑣⃗ (8)
𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2 2𝑖𝑖

Uma colisão inelástica é aquela em que a energia mecânica não se conserva. É o caso de
uma bola de basquete colidindo com o piso de uma quadra, a altura atingida pela bola é
menor a cada colisão com o solo. Em geral, os processos de colisão do dia a dia a energia
mecânica sempre se alteram e grande parte é transformada em calor, por exemplo.
O balanço de energia durante uma colisão nos casos de energia inelástica pode ser
dado por:
2 2 2 2
𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑖𝑖 𝑚𝑚2 𝑣𝑣⃗2𝑖𝑖 𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑓𝑓 𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑓𝑓
+ = + + ∆𝑈𝑈 (9)
2 2 2 2
Onde ∆𝑈𝑈 seria a perda de energia.
Já no caso de uma colisão perfeitamente inelástica, ou seja, quando ao final da colisão os
dois corpos se movem juntos com a mesma velocidade 𝑣𝑣⃗𝑓𝑓 temos:

𝑚𝑚1 𝑣𝑣⃗1𝑖𝑖 = (𝑚𝑚1 + 𝑚𝑚2 ) ∙ 𝑣𝑣⃗𝑓𝑓 (10)

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Objetivos
Estudar as colisões elásticas e inelásticas, verificando os princípios de conservação do
momento linear e os princípios de conservação da energia.
Materiais utilizados

Material Quantidade
Trilho 120 cm; 1
cronômetro digital multifunções com fonte DC 12 V; 1
Sensores fotoelétricos com suporte fixador (S1 e S2); 2
Fixador de eletroímã com manípulo; 1
Y de final de curso com roldana raiada; 1
Suporte para massas aferidas - 9 g; 1
Massas aferidas de 20 g com furo central de 2,5 mm de diâmetro; 2
Massas aferidas de 10 g com furo central de 5 mm de diâmetro; 2
Massas aferidas de 20 g com furo central de 5 mm de diâmetro; 4
Massas aferidas de 50 g com furo central de 5 mm de diâmetro; 2
Cabo de ligação conjugado; 1
Unidade de fluxo de ar; 1
Cabo de força tripolar 1,5 m; 1
Mangueira aspirador 1,5 m; 1
Carrinho para trilho de ar; 2
Pino com placa do carrinho para interrupção de sensor; 2
Fixador em U para choque 1
Pino com ponta fina para colisão inelástica 1
Pino com massa para colisão inelástica 1
Porcas borboletas; 3
Arruelas lisas; 7
Manípulo de latão 13 mm; 4
Pino para carrinho com gancho 1

Parte 1 – colisão elástica


Procedimento experimental
Utilizamos um arranjo experimental similar ao apresentado na figura 1. Desta forma, al-
cançamos o objetivo descrito anteriormente, para isso:

1. Montamos o conjunto utilizado para medição do tempo conforme indicado na fi-


gura 1;

5
Figura 1: Esquema de montagem do arranjo experimental.

Fonte: (DIAS, 2021)

• Conferimos se no segundo carrinho (carrinho preto) estava com o fixador em


U para choque;
• Conferimos se os pinos para interrupção de sensor nos carrinhos tinham for-
matos de placa;
• Conferimos se a superfície do trilho de ar estava plana;
2. Com ajuda da balança, obtemos os valores de massas dos carrinhos;

3. Posicionamos os sensores S1 e S2 equidistantes do centro do trilho a uma distância


de 0,400 m um do outro;
4. Colocamos o segundo carrinho (carrinho preto) entre os sensores de maneira que
ficasse parado e selecionamos a função F3 no cronômetro;
5. Aplicamos ao primeiro carrinho um leve impulso, movimentando-o em direção ao
segundo carrinho;

Parte 2 – colisão inelástica


Procedimento experimental
Utilizamos um arranjo experimental similar ao apresentado na figura 1. Desta forma, al-
cançamos o objetivo descrito anteriormente, para isso:
1. Montamos o conjunto utilizado para medição do tempo conforme indicado na fi-
gura1;
• Conferimos se os pinos para interrupção de sensor nos carrinhos tinham for-
matos de placa;
• Conferimos se a superfície do trilho de ar estava plana;

2. Fixamos no primeiro carrinho (carrinho azul) o fixador com ponta fina para choque
e no segundo carrinho (carrinho preto) o pino com massa para colisão inelástica;
3. Com ajuda da balança, obtemos os valores de massas dos carrinhos;
4. Posicionamos os sensores S1 e S2 equidistantes do centro do trilho a uma distância
de 0,400 m um do outro;
5. Colocamos o segundo carrinho (carrinho preto) entre os sensores de maneira que
ficasse parado e selecionamos a função F3 no cronômetro;

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6. Aplicamos ao primeiro carrinho um leve impulso, movimentando-o em direção ao
segundo carrinho;
Resultados
Na tabela 1 são apresentados os dados coletados no procedimento experimental dos va-
lores da variação do espaço (Δx), para que o carrinho 01 (azul) e o carrinho 02 (preto)
passem pelos sensores 01 e 02 respectivamente e os dados dos tempos t1 e t2 necessários
para que eles completassem esses deslocamentos. Assim como, foram realizados os cal-
culados das velocidades inicial (Vi1) e final (Vf1) do carrinho 01, bem como as velocida-
des inicial (Vi2) e final (Vf 2) do carrinho 02. Todos os dados foram apresentados em suas
devidas unidades do Sistema Internacional de Medidas.
Tabela 01: dados coletados a partir do experimento.

Δx (m) t1 (s) t2 (s) Vi1 (m/s) Vf1 (m/s) Vi2 (m/s) Vf2 (m/s)
0,100 0,256 0,268 0,391 0,000 0,000 0,373
Fonte: Autor (2010)

Sabendo que foi aplicado um leve impulso sobre o carrinho 01 para que ele fosse ao
encontro do segundo carrinho e que o carrinho 01 ultrapassa o sensor 01 com um tempo
de 0,256s (t1), para uma variação de espaço de 0,100m (Δx) podemos, dessa forma, en-
contrarmos a velocidade inicial desse carrinho por meio de sua velocidade média que é
dada pela razão entre o Δx/t1, onde chegamos aos valores computados na coluna 4
(Vi1=0,391m/s). Para a velocidade inicial do carrinho 02 podemos observar que o mesmo
se encontrava em repouso (alvo estacionário) antes da colisão, portanto, podemos inferir
que sua velocidade inicial, nesse caso, foi nula. Já para o momento depois da colisão o
carrinho 01 que está em repouso (Vf1=0) e o carrinho 02 adquiri velocidade depois do
choque, que foi encontrada semelhantemente a velocidade inicial do carrinho 01, ou seja,
a velocidade final do carrinho 02 foi dada pela razão Δx/t2, onde chagamos ao valor da
coluna 07 (Vf2=0,373m/s). Vale ressaltar, outra forma de encontramos (Vf2), já que temos
calculada a velocidade inicial do carrinho 01 e sabemos que em uma colisão elástica a
quantidade de movimento se conserva podemos encontrar Vf2 a partir da equação (5). No
entanto, para está equação precisaríamos ter em mente que o sistema é conservativo em
sua energia é o que vamos demonstrar.
Diante dos dados das velocidades iniciais e finais de ambos os carrinhos preenchemos as
colunas 2, 3,4 e 5 da tabela 2 abaixo, bem como, tínhamos as informações das massas do
carrinho 01 (M1) e do carrinho 02 (M2) que foram coletadas do procedimento experimen-
tal, dessa maneira, conseguimos calcular a quantidade de movimento antes da colisão
(P.A) e a quantidade de movimento depois da colisão (P.D).

Tabela 02: Quantidade de movimento antes de depois da colisão.

M1(Kg) M2 (Kg) Vi1 (m/s) Vf 1 (m/s) Vi 2 (m/s) Vf 2 (m/s) P.A (Kg.m/s) P.D (Kg.m/s)
0,210 0,223 0,391 0,000 0,000 0,373 0,082 0,083
Fonte: Autor (2010)

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Para obtermos a valor do momento linear antes do choque mecânico aplicamos os dados
conhecidos no lado esquerdo da equação (5), que por se tratar de um sistema, seu mo-
mento linear inicial vai ser a soma dos momentos lineares iniciais dos carrinhos 01 e 02,
assim chegamos há um momento linear do sistema antes da colisão de 0,082 Kgm/s. Na
equação (5), da mesma maneira, pelo seu lado direito da igualdade temos o momento
linear do sistema depois da colisão, inserindo os dados das massas e velocidades finais
de ambos os carrinhos chegamos ao resultando da quantidade de movimento do sistema
depois da colisão de 0,083Kg.m/s, preenchendo desta forma toda a tabela 2. Com a tabela
toda preenchida podemos analisar os seus conceitos físicos envolvidos no que diz respeito
ao momento linear, pois como vimos pela equação (5) em um sistema fechado e isolado,
ou seja, um sistema livre da ação de força resultante externa a quantidade de movimento
total do sistema antes da colisão é igual à quantidade de movimento total do sistema de-
pois da colisão. Com isso, podemos afirmar que a quantidade de movimento do sistema
se conserva. E de fato é o que podemos perceber na tabela 2 a quantidade de movimento
linear antes e depois podem ser consideradas iguais, já que tem uma margem de erro
mínima muito inferior a 1%, logo podemos afirmar que a quantidade de movimento é
conservada em uma colisão elástica. É importante observar que essa pequena diferença
do momento linear pode ser dada a possíveis erros experimentais durante, por exemplo,
a aquisição dos dados do experimento.

Utilizando os dados obtidos da tabela 2, computamos na tabela 3 a seguir os valores das


massas dos carrinhos M1 e M2, bem como, através das velocidades calculamos as veloci-
dades iniciais ao quadrado e velocidades finais ao quadrado de ambos os carrinhos e por
fim encontramos a energia mecânica antes da colisão e energia mecânica depois da coli-
são. Com todos os dados apresentados em suas devidas unidades do Sistema Internacio-
nal.

Tabela 03: Energia mecânica antes e depois da colisão.

M1(Kg) M2 (Kg) Vi2 1 (m/s) Vf ² 1 (m/s) Vi² 2 (m/s) Vf² 2 (m/s) E.A (J) E.D (J)
0,210 0,223 0,153 0,000 0,000 0,139 0,016 0,016
Fonte: Autor (2010)

Para obtermos a energia mecânica antes e depois da colisão, nesse caso, a energia cinética
já que o sistema do experimento apresenta apenas energia relacionada ao movimento do
corpo, tivemos que encontrarmos os dados das velocidades (iniciais e finais) ao quadrado
de ambos os carrinhos. Com estes dados em mãos e com as massas de cada carrinho
aplicamos no lado direito da equação (6) para encontrarmos a energia cinética antes da
colisão (E.A =0,016J). Analogamente, pelo lado esquerdo da equação (6) encontramos a
energia cinética depois do choque mecânico (E.D =0,016J). Logo, podemos observar que
a energia antes e depois do choque mecânico do sistema coincidem, ou seja, toda energia
antes da colisão foi transformada em energia depois da colisão. Fica claro, portanto, que
a energia cinética foi totalmente conservada, consequentemente, como vimos podemos
afirmar que se trata de uma colisão do tipo elástica.
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As tabelas seguintes estão relacionadas a colisões do tipo totalmente inelásticas. Na tabela
4 abaixo, são apresentados os dados obtidos do procedimento experimental da variação
do espaço (Δx) para que o carrinho 01 (azul) e o carrinho 02 (preto) passem pelos sensores
01 e 02 respectivamente e os dados dos tempos t1 e t2 necessários para que eles comple-
tassem esses deslocamentos. Bem como, foram efetuados os calculados das velocidades
inicial (Vi1) e final (Vf1) do carrinho 01, assim como as velocidades inicial (Vi2) e final
(Vf2) do carrinho 02. Todos os dados foram apresentados em suas devidas unidades do
Sistema Internacional de Medidas.
Tabela 04: Colisões totalmente inelásticas.

Δx (m) t1 (s) t2 (s) vi1 (m/s) vf1 (m/s) Vi2 (m/s) vf2 (m/s)
0,100 0,330 0,664 0,303 0,151 0,000 0,151
Fonte: Autor (2010)

Como vimos, foi efetuado sobre o carrinho 01 um leve impulso para que ele fosse ao
encontro do segundo carrinho (colisão) e que o primeiro carrinho ultrapassa o sensor 01
com um tempo de 0,330s (t1), para uma variação de espaço de 0,100m (Δx) podemos,
dessa forma, encontrarmos a velocidade inicial desse carrinho por meio de sua velocidade
média que é dada pela razão entre o Δx/t1, onde chegamos aos valores computados na
coluna 4 (Vi1=0,303m/s). Para a velocidade inicial do carrinho 02 podemos observar que
o mesmo se trata de um alvo estacionário, ou seja, encontrava-se em repouso antes da
colisão, portanto, podemos inferir que sua velocidade inicial foi nula nesse caso. Já para
o momento depois da colisão temos que após o momento do choque os dois carrinhos se
“unem”, ou seja, saem com as mesmas velocidades como se fossem um único corpo e
pela equação (7) obtemos essa velocidade de 0,151m/s que pela tabela podemos observar
ser as velocidades finais de ambos os carrinhos.
Diante dos dados das velocidades iniciais e finais de ambos os carrinhos preenchemos as
colunas 3, 4, 5 e 6 da tabela 5 abaixo, bem como, tínhamos as informações das massas do
carrinho 01 (M1) e do carrinho 02 (M2) que foram coletadas do procedimento experimen-
tal, dessa maneira, conseguimos calcular a quantidade de movimento antes da colisão
(P.A) e a quantidade de movimento depois da colisão (P.D).

Tabela 05: Quantidade de movimento – colisões inelásticas.

M1(kg) M2 (kg) Vi1 (m/s) Vf (m/s)


1 Vi2 (m/s) Vf 2(m/s) P.A (Kg.m/s) P.D (kg.m/s)
0,217 0,214 0,303 0,151 0,000 0,151 0,066 0,065
Fonte: Autor (2010)

Para encontrarmos a valor do momento linear antes do choque mecânico aplicamos os


dados conhecidos no lado esquerdo da equação (5), que por se tratar de um sistema, seu
momento linear inicial vai ser a soma dos momentos lineares iniciais dos carrinhos 01 e
02, assim chegamos há um momento linear do sistema antes da colisão de 0,066Kg.m/s.
Na equação 5, da mesma maneira, pelo seu lado direito da igualdade temos o momento

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linear do sistema depois da colisão, inserindo os dados das massas e velocidades finais
de ambos os carrinhos chegamos ao resultando da quantidade de movimento do sistema
depois da colisão de 0,065Kg.m/s, preenchendo desta forma toda a tabela 5. Com a tabela
toda preenchida podemos analisar os seus conceitos físicos envolvidos no que diz respeito
ao momento linear, pois como vimos pela equação (5) em um sistema fechado e isolado,
ou seja, um sistema livre da ação de força resultante externa a quantidade de movimento
total do sistema antes da colisão é igual à quantidade de movimento total do sistema de-
pois da colisão. Com isso, podemos afirmar que a quantidade de movimento do sistema
se conserva. E de fato é o que podemos perceber na tabela 5 a quantidade de movimento
linear antes e depois podem ser consideradas iguais, já que tem uma margem de erro
mínima muito inferior a 1%, logo podemos afirmar que a quantidade de movimento é
conservada em uma colisão inelástica. Vale lembrar, que estas diferenças são ocasionadas
por erros experimentais durante por exemplo a aquisição dos dados.

Com as informações referentes a tabela 5, computamos na tabela 6 abaixo os valores das


massas dos carrinhos M1 e M2, bem como, através das velocidades calculamos as veloci-
dades iniciais ao quadrado e velocidades finais ao quadrado de ambos os carrinhos e por
fim encontramos a energia mecânica antes da colisão e energia mecânica depois da coli-
são do tipo inelástica. Com todos os dados apresentados em suas devidas unidades do
Sistema Internacional.

Tabela 06: Energia mecânica – Colisões inelásticas.

M1 (kg) M2 (kg) Vi²1 (m/s) vf²1 (m/s) Vi²2 (m/s) vf²2 (m/s) E.A (J) E.D (J)
0,210 0,223 0,092 0,023 0,000 0,023 0,010 0,005
Fonte: Autor (2010)

Para obtermos a energia mecânica antes e depois da colisão, nesse caso, a energia cinética
já que o sistema do experimento apresenta apenas energia relacionada ao movimento do
corpo, tivemos que encontrarmos os dados das velocidades (iniciais e finais) ao quadrado
de ambos os carrinhos. Com estes dados em mãos e com as massas de cada carrinho
aplicamos no lado direito da equação (9) para encontrarmos a energia cinética antes da
colisão (E.A =0,010J). Analogamente, pelo lado esquerdo da equação (9) encontramos a
energia cinética depois do choque mecânico (E.D =0,005J), onde ΔU é a perda de energia,
seja ela sonora, por temperatura ou até mesmo deformação que pode ser encontrada pela
diferença entre a energia cinética antes da colisão e a energia cinética depois dela
(ΔU=E.D-E.A).Logo, podemos observar que a energia antes e depois do choque mecâ-
nico do sistema não coincidem, ou seja, grande parte da energia antes da colisão, cerca
de 50%, como vemos na tabela foi dissipada em outras formas de energia depois da coli-
são. Fica claro, portanto, que a energia cinética não se conserva, consequentemente, como
vimos podemos afirmar que se trata de uma colisão do tipo inelástica.

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Conclusão
A partir desse experimento foi possível concluir que se tratando de uma colisão entre dois
corpos podemos classificar esse choque mecânico considerando a sua energia cinética do
sistema antes e depois da colisão. Quando a energia cinética se conserva, a colisão é do
tipo elástica; caso contrário, ela pode ser classificada como parcialmente ou totalmente
inelástica, onde nesta última é caracterizada pelos dois objetos permanecerem juntos após
a colisão (mesma velocidade e perda de energia). No entanto, o momento linear total do
sistema é conservado tanto na colisão elástica, quanto na colisão inelástica, desde que, as
forças externas que agem sobre os corpos sejam totalmente nulas.

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Referências
DIAS, W. 8 - Colisões. Universidade Federal de Alagoas. [S.l.]. 2021.
HALLIDAY, D.; WALKER, J. Fundamentos da Física Mecânica. 10ª. ed. [S.l.]: [s.n.].
HELLMEISTER, M. C. Física Laboratório. Universidade Federal de Alagoas. Maceió,
p. 19. 2021.
NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: Mecânica. 5ª. ed. São Paulo: Blucher,
v. 1, 2013. ISBN 978-85-212-0745-0.

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