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Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Exatas


Departamento de Física
Laboratório de Física Geral I

Relatório da Prática 5: Conservação de Momento Linear

Grupo
Aluno:
Luan Victor de Albuquerque
Nascimento
Turma: FB01
Prof. Haroldo de Almeida
Guerreiro

Manaus – AM
2023
1. INTRODUÇÃO
Neste experimento será observado se há conservação de energia
cinética e também o momento em colisões elásticas e inelásticas utilizando-se
de anteparos em trilho de ar.

2. OBJETIVOS
Usando o trilho de ar, verificar se há conservação de energia cinética e
de momento de colisões elásticas e enelásticas.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O momento linear (ou quantidade de movimento) é uma grandeza
vetorial que caracteriza o efeito dinâmico de um corpo de massa m, animado
com uma velocidade v :
p =mv
A unidade SI do momento linear é kg m s-1.
Características do vetor momento linear:
Tem direção tangente à trajetória em cada instante considerado,
coincidindo com a direção do vetor velocidade, v ;
Tem o mesmo sentido do vetor velocidade, v ;
O módulo do momento linear é igual a mv
Quando dois ou mais corpos interagem, o momento linear desse
sistema (conjunto dos corpos) permanece constante:
p inicial=p final

Colisões elásticas e inelásticas:


As colisões elásticas e inelásticas são interações entre corpos em que
um exerce força sobre o outro, sendo a classificação feita de acordo com a
conservação da energia.

Colisões elásticas
A colisão é denominada elástica quando ocorre conservação da
energia e do momento linear dos corpos envolvidos. A principal característica
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desse tipo de colisão é que, após o choque, a velocidade das partículas muda
de direção, mas a velocidade relativa entre os dois corpos mantém-se igual.
Vamos obter agora as equações para a energia cinética e para o
momento linear:
Como já citado anteriormente, nesse tipo de colisão, ocorre a
conservação da energia e do momento linear. Essa conservação pode ser
descrita pelas equações:
• Para conservação do momento linear:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . V IB = mA . VFA + mB . V FB
• Para a conservação da energia cinética:
EI = EF —> 1 m A . V IA 2 + 1 mB . VIB2 = 1 mA . VFA 2 + 1 mB . V FB2
2 2 2 2
Sendo que:
mA e mB são as massas dos corpos A e B respectivamente;
VI é a velocidade inicial;
VF é a velocidade final.

Colisões inelásticas
Se, ao ocorrer uma colisão, não houver conservação da energia
cinética, ela será denominada colisão inelástica. Nesse tipo de colisão, a
energia pode ser transformada em outra forma, por exemplo, em energia
térmica, ocasionando o aumento da temperatura dos objetos que colidiram.
Dessa forma, apenas o momento linear é conservado.
As colisões inelásticas podem ser classificadas de duas formas:
perfeitamente inelásticas e parcialmente inelásticas.

Colisões perfeitamente inelásticas: quando ocorre a perda máxima


de energia cinética. Após esse tipo de colisão, os objetos seguem unidos como
se fossem um único corpo com massa igual à soma das massas antes do
choque.
Como citado anteriormente, nesse caso, ocorre apenas a conservação
do momento linear. Podemos obter uma expressão para a velocidade final VF
dos objetos. Veja as equações a seguir:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . V IB = (mA + m B ) VF
Isolando VF, temos:
VF = m A . V IA + mB . V IB
mA + mB
Colisões parcialmente inelásticas: ocorre conservação de apenas
uma parte da energia cinética de forma que a energia final é menor do que a
energia inicial. Constituem a maioria das colisões que ocorre na natureza.
Nesse caso, após o choque, as partículas separam-se, e a velocidade relativa
final é menor do que a inicial.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1 MATERIAL
 1 trilho de ar  1 anteparo com agulha
 1 cronômetro digital  1 anteparo com massa
 1 compressor de ar  1 anteparo com liga elástica
 2 barreiras de luz  2 suporte com haste
 2 planador quadrada
 1 dispositivo de liberação  10 massas de 10 g
 2 anteparo de 100 mm  6 massas de 50 g
 1 anteparo de 10 mm  6 cordas de conexão

4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1


1. Fixou-se um ateparo de 100 mm na parte de cima de cada planador;
2. Usou-se um anteparo com liga elástica no planador 1, e um anteparo
de 10 mm planador 2, eles foram fixados na extremidade lateral dos planadores
que foram colididos;
3. Mediu-se a massa de cada planador;
4. Posicionou o planador 1 junto ao dispositivo de liberação, e o
planador 2 entre as duas barreiras de luz.
5. Acionou-se o dispositivo de liberação, e anotou-se os tempos;
6. Repetiu-se o procedimento mais duas vezes, aumentando a massa
de 10 em 10 g.
4.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 2
1. Fixou-se o maior anteparo, de 100 mm, na parte de cima do
planador 1;
2. Usou-se o anteparo menor com agulha no planador 1, e um anteparo
com massa no planador 2, eles foram fixados na extremidade lateral
dos planadores que foram colididos;
3. Mediu-se a massa de cada planador;
4. Posicionou-se o planador 1 junto ao dispositivo de liberação, e o
planador 2 entre as duas barreiras de luz;
5. Acionou-se o dispositivo de liberação, e anotou-se os tempos
indicados no cronômetro;
6. Repetiu-se esse procedimento duas vezes, aumentando a massa do
primeiro planador de 10 em 10 g.

5. RESULTADOS
 Experimento 1
Com o auxilio de um cronômetro verificou-se em quanto tempo ( t ) o
planador 1 colide com o planador 2 , como segue o esquema na Figura 1.

Figura 1 – Montagem experimental para a investigação de conservação do momento linear,


usando o trilho de ar.

Com os valores obtidos foi possível construir uma tabela com os dados.
( Tabela 1 )
Tabela 1 – Valores obtidos.
Com esses valores foi possível encontrar os valores de momento de
colisão e da energia cinética para o sistema elástico.
 Experimento 2
Para o sistema inelástico, com o auxilio de um cronômetro verificou-se,
também, em quanto tempo ( t ) o planador 1 com agulha colide com o planador
2. Com esse valores foi possível construir a Tabela 2.

Tabela 2 – Valores obtidos

Com esses valores também foram possíveis encontrar os valores de


momento de colisão e da energia cinética para o sistema inelástico.
6. CONCLUSÃO
Com a realização do experimento foi possível observar que, no sistema
elástico, há conservação de energia cinética e do momento linear, tolerando
um pequeno desvio nos valores que pode ter sido causado pela diferença nas
massas dos planadores e de possíveis atritos entre os planadores e o trilho. E
nas colisões inelásticas, ocorre a conservação do momento linear, tolerando
um pequeno desvio nos valores, mas não há conservação da energia cinética,
o que está de acordo com a teoria.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
1. HALLIDAY, David; RENICK, Robert. Fundamentos de Física 1. 4ª
Edição.

2. https://wp.ufpel.edu.br/vmalves/files/2019/03/Halliday-Vol-1-4%C2%
BA-Edi%C3%A7%C3%A3o.pdf

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