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Limites e continuidade

MÓDULO 1 – AULA 4

Aula 4 – Limites e continuidade

Objetivo
• Aprender a técnica de tomar limites de funções de várias variáveis ao
longo de curvas.

• Conhecer a noção de continuidade de funções de várias variáveis.

O último tema apresentado na aula anterior foi restringir o limite de


uma função de duas ou mais variáveis ao longo de uma curva. Essa técnica
faz o papel dos limites laterais das funções de uma variável, apresentados no
Cálculo I.
Realmente, quando os limites laterais,

lim f (x) e lim f (x),


x→a+ x→a−

são diferentes, concluı́mos que a função f não admite limite quando x tende
a a.
Na versão do Cálculo II, consideramos os limites de uma função de
várias variáveis, em um certo ponto, tomados ao longo de curvas distintas, e
eles são diferentes, também concluı́mos que a função não admite limite nesse
ponto, pois, se o limite existisse, o teorema 23.3 implicaria igualdade dos
limites sobre quaisquer curvas convergentes para o ponto. Veja o exemplo
a seguir.

Exemplo 4.1
|x − 2|
A função f (x, y) = ! , definida para todo (x, y) ̸=
(x − 2)2 + (y + 1)2
(2, −1), não admite limite quando (x, y) tende a (2, −1). Para ver isso,
considere α1 (t) = (2 + t, −1) e α2 (t) = (2 + 3t, −1 + 4t), por exemplo.
Em ambos os casos, temos

lim αi (t) = (2, −1).


t→0

No entanto,
|t|
lim f (α1 (t)) = lim √ = 1
t→0 t→0 t2
e
|3t| 3
lim f (α2 (t)) = lim √ = .
t→0 t→0 9t2+ 16t2 5

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Você viu que os limites tomados ao longo de duas curvas diferentes,


mas que convergem para (2, −1) quando t tende a zero, são diferentes.
Ou seja, a função f apresenta um comportamento para valores próximos
de (2, −1), ao longo da imagem de α1 , e outro comportamento para valores
próximos de (2, −1), ao longo da imagem de α2 .
Nessas circunstâncias, costumamos dizer que f não tem limite no ponto,
apesar de a frase ser canhestra.
Em contrapartida, você deve lembrar-se do Cálculo I, em que a coin-
cidência dos limites laterais assegura a existência do limite. No Cálculo II,
porém, estamos em situação bem diferente. Enquanto no caso das funções de
uma variável temos apenas dois limites laterais a considerar, no plano, por
exemplo, temos uma infinidade de direções a levar em conta. Por exemplo,
b
a equação
α(t) = (a + ct, b + dt),
com c2 + d2 > 0, parametriza o feixe de retas que contém o ponto (a, b), de
a tal maneira que
A condição c2 + d2 > 0 evita lim α(t) = (a, b).
t→0
que c e d sejam tomados
simultaneamente nulos, pois A surpresa, que evidencia a diferença entre as funções de uma variável
nesse caso α(t) seria a função
constante α(t) = (a, b).
das funções de duas ou mais variáveis, é que a análise do comportamento
da função f (x, y) no ponto (a, b), de acumulação do domı́nio de f , ao longo
de todos esses caminhos (i.e., todos os possı́veis valores de c e de d), não é
suficiente para estabelecer a existência do limite de f em (a, b), no caso de
todos eles serem coincidentes. Aqui está um exemplo.

Exemplo 4.2 (exemplo 2.6, revisitado)


4x2 y
Vamos analisar o comportamento da função f (x, y) = em
x4 + y 2
torno da origem.
Considere α(t) = (ct, dt), com c2 + d2 > 0, o feixe de retas que
concorrem para a origem:

lim α(t) = lim(ct, dt) = (0, 0).


t→0 t→0

Vamos calcular lim f (α(t)). É preciso dividir a análise em dois casos:


t→0
d = 0 e d ̸= 0.
Se d = 0, a condição c2 + d2 > 0 garante que c ̸= 0, portanto,
4 c2 t2 0
f (α(t)) = f (ct, 0) = = 0,
c4 t4 + 0

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se t ̸= 0. Assim,
lim f (α(t)) = 0.
t→0

Se d ̸= 0,
4 c2 dt3 4 c2dt
lim f (α(t)) = lim f (ct, dt) = lim = lim = 0,
t→0 t→0 t→0 c4 t4 + d2 t2 t→0 c4 t2 + d2

pois lim(c4 t2 + d2 ) = d2 ̸= 0 e lim 4c2 dt = 0.


t→0 t→0

Conclusão: o limite de f sobre qualquer direção que tomarmos, ten-


dendo à origem, é zero. Portanto, há evidências de que o limite da função f ,
nesse ponto, seria zero, não?
Sim, há evidências, mas em Matemática isso não é suficiente para es-
tabelecer a verdade.
Basta considerar as curvas

β1 (t) = (t, t2 ) e β2 (t) = (2t, t2 ).

Em ambos os casos, lim βi (t) = (0, 0).


t→0
No entanto,
4t4
lim f (β1 (t)) = lim f (t, t2 ) = lim = 2
t→0 t→0 t→0 t4 + t4

e
2 16t4 16
lim f (β2 (t)) = lim f (2t, t ) = lim = .
t→0 t→0 t→0 16t4 + t4 17
Sobre curvas diferentes, a função tem limites diferentes e, portanto,
4x2 y
! lim .
(x,y)→(0,0) x4 + y 2

Esse exemplo mostrou que o comportamento da função f , ao longo da


famı́lia de retas que concorrem para a origem, não é suficiente para determi-
nar o limite da função nesse ponto. Para entendermos um pouco mais esse
4x2 y
fenômeno, vamos estudar um pouco mais a função f (x, y) = 4 .
x + y2
Já sabemos que Dom(f ) = lR 2 − {(0, 0)}. Vamos determinar as curvas
de nı́vel da função. Isto é, queremos resolver a equação
4x2 y
f (x, y) = = c.
x4 + y 2

Para c = 0, temos as soluções x = 0 ou y = 0. Portanto, f −1 (0) =


{(x, y) ∈ lR 2 − {(0, 0)} ; x = 0 ou y = 0}.

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Esse conjunto é formado pelos dois eixos cartesianos menos a origem.

Suponha, agora, que c ̸= 0. Então,

4x2 y
f (x, y) = = c ⇐⇒ 4x2 y = cx4 + cy 4 .
x4 + y 2

Isto é, vamos resolver a equação

cy 2 − 4x2 y + cx4 = 0

em y, obtendo


4x2 ±
16x4 − 4c2 x4
y =
√ 2c
2 ± 4 − c2 2
y = x.
c

Note que, caso c ∈ [−2, 0) ∪ (0, 2], a equação anterior define um par de
parábolas cujos vértices coincidem com a origem e são as curvas de nı́vel c.
Observe, também, que se c ∈ (−∞, −2) ∪ (2, ∞), então f −1 (c) = ∅.
Ou seja, a imagem da função f é o intervalo [−2, 2] e a função f é uma função
limitada.
Finalmente, podemos observar que a curva β1 (t) = (t, t2 ), t > 0, é uma
Dizer que f é constante ao
longo da imagem de β1 (t), parametrização de um ramo da curva de nı́vel 2. Ou seja, f é constante e
t > 0, significa dizer que igual a 2 ao longo da imagem de β1 (t), t > 0.
f (β1 (t)) = c, para algum
16
número c. Além disso, f é constante e igual a ao longo da imagem de β2 (t),
17
t > 0. Como as imagens dessas curvas convergem para a origem (veja figura
anterior), i.e., lim βi (t) = (0, 0), e f é constante sobre cada uma delas,
t→0
porém com valores diferentes, f não admite limite na origem.
4x2 y
Aqui está uma série de perspectivas do gráfico de f (x, y) = 4 ,
x + y2
numa vizinhança da origem.

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Lembre-se de que esta função não está definida na origem. Observe


que os quatro semi-eixos cartesianos Ox e Oy estão contidos no gráfico de
f . Repare, também, que se y > 0, então f (x, y) > 0, e se y < 0, então
1
f (x, y) < 0. Ao longo da parábola y = x2 , a função assume seu valor
2
máximo, correspondendo ao nı́vel c = 2, enquanto ao longo da parábola
1
y = − x2 , a função assume seu valor mı́nimo, correspondendo ao nı́vel −2.
2
Correspondendo a nı́veis entre 0 e 2, temos os pares de parábolas na
região y > 0 do plano, enquanto para nı́veis entre −2 e 0 temos os pares de
parábolas simétricas em relação ao eixo Ox, na região y < 0 do plano.
É muito importante conhecer uma gama de funções, com seus gráficos
e suas curvas de nı́vel, para perceber a diversidade de situações possı́veis
quando lidamos com duas variáveis. Nosso próximo exemplo apresentará
alguns gráficos de funções com suas respectivas curvas de nı́vel.

Exemplo 4.3

y3
f (x, y) = − 2y 2 + 3y − x2 g(x, y) = cos y − x2
3

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Esses dois exemplos são de funções do tipo z = g(x)+h(y). Observe que


f tem um ponto de máximo local. Em torno desse ponto, as curvas de nı́vel
lembram cı́rculos. Essa função tem, também, um ponto que chamaremos
ponto de sela. Em torno desse ponto, as curvas de nı́vel lembram uma famı́lia
de hipérboles. Já a função g apresenta uma infinidade de pontos de máximo
absoluto (a origem é um deles) e uma infinidade de pontos de sela.

x2 − y 2 x2 − y 4
h(x, y) = k(x, y) =
x2 + y 2 x2 + y 4

Essas duas funções são parecidas uma com a outra. Você nota a dife-
rença nas curvas de nı́vel. Enquanto as curvas de nı́vel de h são pares de
retas, as curvas de nı́vel de k são pares de parábolas.

2
+y 2 )
u(x, y) = sen x sen y v(x, y) = 3x e−(x

O gráfico da função u lembra uma bandeja de transportar ovos que se


estende infinitamente para todos os lados. As retas x = k1 π e y = k2 π
formam o conjunto de nı́vel zero. Observe que a função tem uma infini-
dade de pontos de mı́nimo absolutos e de máximo absolutos, cada um no
centro dos quadrados, cercados por curvas de nı́vel que lembram cı́rculos,
e que se alternam numa disposição que lembra um tabuleiro de xadrez.

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Essa é, definitivamente, uma função bem interessante. Note que ela é uma
função periódica.
Já a função v tem um ponto de máximo e um ponto de mı́nimo absolu-
tos. Note que o eixo Oy é a curva de nı́vel zero. As curvas de nı́vel à esquerda
são curvas de nı́vel negativo e circundam o ponto de mı́nimo, enquanto as do
lado direito são curvas de nı́vel positivo e circundam o ponto de máximo.
Aqui estão mais duas variações sobre o mesmo tema.

2
1
+y 2 ) 2
+y 2 )
z(x, y) = 3xy e− 2 (x w(x, y) = (x2 − 3y) e−(x

Continuidade
Não há novidades na formulação desse conceito. Note, apenas, que
apresentaremos a definição de continuidade de uma função de duas variáveis
por uma questão de simplicidade. Essa definição pode ser naturalmente ge-
neralizada para os casos de mais do que duas variáveis, bastando acrescentar
tantas variáveis quantas forem necessárias.

Definição 4.1:
Dizemos que uma função f : A ⊂ lR 2 −→ lR é contı́nua em um ponto
(a, b), de acumulação de A, se

• (a, b) ∈ A;

• lim f (x, y) = f (a, b).


(x,y)→(a,b)

Dizemos que a função f : A ⊂ lR 2 −→ lR é contı́nua (sem especificar


um determinado ponto), se f for contı́nua em todos os pontos de acumulação
de seu domı́nio A.

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Exemplo 4.4
Vamos determinar o valor de c para o qual a função


⎪ xy 2 + (x − 1)2

⎨ (x − 1)2 + y 2 , se (x, y) ̸= (1, 0)
f (x, y) =



⎩ c, se (x, y) = (1, 0)
seja contı́nua.
Note, inicialmente, que A = Dom(f ) = lR 2 ; portanto, todos são pontos
de acumulação de A. Além disso, se (a, b) ̸= (1, 0),
ab2 + (a − 1)2
lim f (x, y) = = f (a, b).
(x,y)→(a,b) (a − 1)2 + b2
Portanto, como f (1, 0) = c, temos de calcular
xy 2 + (x − 1)2
lim f (x, y) = lim .
(x,y)→(1,0) (x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2

Este limite está indeterminado, porque


lim xy 2 + (x − 1)2 = 0 e lim (x − 1) + y 2 = 0.
(x,y)→(1,0) (x,y)→(1,0)

Precisamos de alguma estratégia algébrica que nos permita levantar


essa indeterminação. Muito bem; após algum tempo olhando o quociente do
limite, chegamos ao seguinte desenvolvimento:
xy 2 + (x − 1)2 xy 2 + (x − 1)2 + y 2 − y 2
Este truque é velho, mas = =
funciona! (x − 1)2 + y 2 (x − 1)2 + y 2
xy 2 − y 2 + (x − 1)2 + y 2
= =
(x − 1)2 + y 2
(x − 1)y 2
= + 1.
(x − 1)2 + y 2
y2
Como lim (x − 1) = 0 e g(x, y) = é uma função
(x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2
(x − 1)y 2
limitada, o teorema 23.3 garante que lim = 0.
(x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2

Assim,
xy 2 + (x − 1)2 & (x − 1)y 2 '
lim = lim + 1 =1
(x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2 (x,y)→(1,0) (x − 1)2 + y 2

portanto, f é contı́nua se, e somente se, c = 1.

Um resultado que continua sendo verdadeiro nesse contexto é que a


composição de funções contı́nuas é contı́nua.

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Teorema 4.1:
Sejam f : A ⊂ lR 2 −→ lR uma função contı́nua, α : I ⊂ lR −→ lR 2
uma função vetorial de uma variável real, onde I é um intervalo e α(I) ⊂ A,
e g : B ⊂ lR −→ lR uma função contı́nua tal que B é uma união de intervalos
e f (A) ⊂ B. Então, as composições f ◦ α e g ◦ f são funções contı́nuas.

A demonstração desse fato é, de certa forma, simples e rotineira. Va-


mos, portanto, apenas considerar um exemplo.

Exemplo 4.5
(a) A função h(x, y) = sen (x + y) é contı́nua, pois pode ser vista como
a composição h(x, y) = g ◦ f (x, y), onde f (x, y) = x + y é uma função
contı́nua (funcional linear, na verdade) e g(x) = sen x função contı́nua (do
Cálculo I).

(b) A composição de α(t) = (t, 2t), função contı́nua, com f (x, y) = xy +


2x + y , também contı́nua, resulta na função

k(t) = f ◦ α(t) = f (t, 2t) = 2t2 + 4t,

claramente uma função contı́nua.


Um resultado muito interessante e útil, que caracteriza as funções con-
tı́nuas, em geral, é o seguinte.
Teorema 4.2 (da permanência do sinal)
Sejam f : A ⊂ lR 2 −→ lR uma função contı́nua e (x0 , y0 ) ∈ A tal
que f (x0 , y0 ) > 0 (digamos). Então, existe uma número r > 0 tal que, se
(x, y) ∈ A é tal que

0 < |(x, y) − (x0 , y0)| < r, então, f (x, y) > 0.

Ou seja, se o sinal da função contı́nua f é positivo num determinado


ponto (x0 , y0), então o sinal de f permanece positivo em uma vizinhança de
raio r em torno do ponto (x0 , y0 ).
Como o teorema anterior ainda não foi demonstrado, vamos terminar
a aula fazendo a demonstração desse teorema.
Demonstração
Consideremos, inicialmente, a possibilidade de (x0 , y0 ) ser um elemento
de A, mas não ser um ponto de acumulação de A (essa situação não ocorre
com freqüência nas funções mais usadas no Cálculo, mas como é uma possi-
bilidade teórica, devemos incluı́-la de qualquer forma).

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Se (x0 , y0 ) ∈ A, mas não é um de seus pontos de acumulação, existe um


número r > 0, tal que (x0 , y0 ) é o único elemento de A contido no disco de
centro em (x0 , y0 ) e raio r. Neste caso, a afirmação do teorema é verdadeira.
Suponhamos, agora, que (x0 , y0 ) é um elemento de A, assim como um
ponto de acumulação de A. Logo, podemos reescrever a definição de conti-
nuidade em (x0 , y0 ) da seguinte maneira:
∀ε > 0, ∃δ > 0, tal que, se (x, y) ∈ A e

0 < |(x, y) − (x0 , y0)| < δ, então |f (x, y) − f (x0 , y0)| < ε.

f (x0 , y0)
Como f (x0 , y0 ) > 0, podemos tomar ε = . Para esse ε existe
2
δ = r > 0, tal que, se (x, y) ∈ A e

f (x0 , y0 )
0 < |(x, y) − (x0 , y0)| < r, então |f (x, y) − f (x0 , y0 )| < .
2

Isso é suficiente para garantir que f (x, y) > 0, pois a inequação é equi-
( f (x , y ) 3f (x , y ) )
0 0 0 0
valente a dizer que f (x, y) pertence ao intervalo , ⊂ lR .
2 2
!
Muito bem; com isso terminamos. Na próxima aula, o tema da dife-
renciabilidade será introduzido através das derivadas parciais.
Aqui estão alguns exercı́cios para que você pratique os conhecimentos
que aprendeu.

Exercı́cios
Exercı́cio 1
Calcule os seguintes limites.

2 −y 2 4 − x2
(a) lim ex . (b) lim .
(x,y)→(−1,1) (x,y)→(1,−2) 5 + xy

ln (1 + xy) sen xy 1 − cos y


(c) lim . (d) lim .
(x,y)→(0,0) xy (x,y)→(1,0) xy 2
x2 + y 2 + z 2 (sen 2x) (tg xy)
(e) lim . (f) lim .
(x,y,z)→(1,−1,1) 2 + x + y + z (x,y)→(0,0) x2 y
x2 z x2 − y 2
(g) lim . (h) lim ! .
(x,y,z)→(0,0,0) x2 + y 2 + 2z 2 (x,y)→(0,0) x2 + y 2
Dica: a resposta do item (h) é zero.

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Exercı́cio 2
(x + 1)y 3
Seja f (x, y) = .
(x + 1)2 + y 6
(a) Determine o domı́nio de f .
(b) Considere α(t) = (at − 1, bt), com a2 + b2 > 0. Mostre que

lim f (α(t)) = 0.
t→0

O que isso quer dizer?


(c) O que podemos dizer a respeito de lim f (x, y)?
(x,y)→(−1,0)

Exercı́cio 3
Calcule os seguintes limites ou mostre quando a função não admite
tal limite.
y x2 y 4
(a) lim ! . (b) lim .
(x,y)→(0,0) x + y2
2 (x,y)→(0,0) x2 + y 4

x2 − y 2 + z 2 x2 + y 2
(c) lim . (d) lim .
(x,y,z)→(0,0,0) x2 + y 2 + z 2 (x,y,z)→(0,0,0) x2 + y
x(z − 1) xy + xz + yz
(e) lim . (f) lim .
(x,y,z)→(0,0,0) (z − 1) − x2 + y 2 (x,y)→(0,0) x2 + y 2 + z 2

x2 (x + 1) + (y − 1)2 x3
(g) lim . (h) lim .
(x,y)→(0,1) x2 + (y − 1)2 (x,y)→(0,0) (x2 + y 2 )3/2

Exercı́cio 4
Determine o valor de c para o qual a função


⎪ 2x2 y − 3x2 − (y − 1)2

⎨ , se (x, y) ̸= (0, 1)
x2 + (y − 1)2
f (x, y) =



⎩ c, se (x, y) = (0, 1)

seja contı́nua.

Exercı́cio 5
Determine qual das seguintes funções é contı́nua. Para as que não forem
contı́nuas, determine o maior subconjunto do domı́nio no qual a função é
contı́nua.
2 2
(a) f (x, y) = ex +y .
!
(b) g(x, y) = 4 − x2 − 4y 2 .

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⎪ 2x2 + y 2

⎨ ! , se (x, y) ̸= (0, 0)
x2 + y 2
(c) h(x, y) = .




0, se (x, y) = (0, 0)
⎧ x + 2y

⎨ x2 + y 2 , se (x, y) ̸= (0, 0)

(d) k(x, y) = .



c, se (x, y) = (0, 0)

Exercı́cio 6
Seja D = { (x, y) ∈ lR 2 ; x2 + y2 ≤ 1 } e f : D −→ lR uma função
contı́nua, tal que f (0, 0) = 1.

(a) Mostre que existe um número r > 0, tal que, se x2 + y 2 < r 2 , então
f (x, y) > 0.
√ √ √ √
(b) Sabendo que f (− 2/2, − 2/2) < 0 e f ( 2/2, 2/2) > 0, mostre que
existe um número a, tal que f (a, a) = 0. (Considere α(t) = (t, t)).

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