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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCET


DISCIPLINA: EXPERIMENTOS DE FÍSICA III

Experimento 1: Potencial elétrico de carga puntiforme


Aluno: Thiago Silva Oliveira

São Luís – 2021


Resumo
Este experimento tem um intuito de trabalhar as definições e valores de
dados sobre Potencial Elétrico em uma carga puntiforme. Devido as restrições e
medidas de segurança contra a covid-19, este trabalho foi totalmente simulado
usando a plataforma de simulação PHET para os campos e potenciais elétricos
e a sua mensuração através de um voltímetro. Em seguida foi usado outra
plataforma para a geração de dados para que ficasse mais próximo de um
experimento real. Consequentemente foi usado o software gratuito SciDavis para
gerar os gráficos pedidos e o seu ajuste de curva mais apropriado para o gráfico
especificado.
Fundamentação Teórica

Um dos objetivos da física é identificar as forças básicas da natureza,


como as forças elétricas. Um objetivo secundário é determinar se uma força é
conservativa, ou seja, se pode ser associada a uma energia potencial. A razão
para associar uma energia potencial a uma força é que isso permite aplicar o
princípio de conservação da energia mecânica a sistemas fechados que
envolvem a força. Esse princípio extremamente geral pode ser usado para obter
os resultados de experimentos nos quais os cálculos baseados em forças seriam
muito difíceis. Os físicos e engenheiros descobriram empiricamente que a força
elétrica é conservativa e, portanto, é possível associar a ela uma energia
potencial elétrica.

Energia Potencial Elétrica

Quando uma força eletrostática age duas ou mais partículas de um


sistema podemos associar uma energia potencial elétrica 𝑈 ao sistema. Se a
configuração do sistema muda de um estado inicial 𝑖 para um estado final 𝑓, a
força eletrostática exerce um trabalho 𝑊 sobre as partículas. A variação da
energia potencial ∆𝑈 é dada por

∆𝑈 = 𝑈𝑓 − 𝑈𝑖 = 𝑊

Como acontece com qualquer força conservativa, o trabalho realizado


pela força eletrostática é independente da trajetória. Suponha que uma partícula
carregada pertencente ao sistema se desloca do ponto 𝑖 para o ponto 𝑓 enquanto
está sob o efeito de uma força exercida pelo resto do sistema. Contanto que o
resto do sistema não mude, o trabalho W realizado pela força sobre a partícula
é o mesmo para todas as trajetórias que ligam o ponto 𝑖 ao ponto 𝑓.

Por conveniência, em geral usamos como configuração de referência de


um sistema de partículas carregadas a configuração na qual a distância entre as
partículas é infinita. Além disso, em geral definimos a energia potencial de
referência que corresponde a essa configuração como tendo o valor zero.
Supondo que várias partículas carregadas passem de uma situação em que a
distância entre as partículas é finita (estado 𝑓). Suponha que a energia potencial
inicial 𝑈, seja zero e o trabalho realizado por forças eletrostáticas entre as
partículas durante o movimento seja 𝑊∞ . Nesse caso, a energia potencial final 𝑈
do sistema é dada por

𝑈 = −𝑊∞

Potencial Elétrico

A energia potencial de uma partícula carregada na presença de um campo


elétrico depende do valor da carga. Por outro lado, a energia potencial por
unidade de carga associada a um campo elétrico possui um valor único em cada
ponto do espaço.

Suponha, por exemplo, que uma partícula de prova com uma carga
positiva de 1,60 ∗ 10−19 𝐶 seja colocada em um ponto do espaço no qual a
partícula possui uma energia potencial elétrica de 2,40 ∗ 10−17 𝐽. Nesse caso, a
energia potencial por unidade de carga é

2,40 ∗ 10−17 𝐽
= 150 𝐽/𝐶
1,60 ∗ 10−19 𝐶

Suponha agora que a partícula de prova seja substituída por outra com
uma carga positiva duas vezes maior, 3,20 ∗ 10−19 𝐶. A energia potencial desta
segunda partícula é 4,80 ∗ 10−17 𝐽, duas vezes maior que a da primeira partícula,
mas a energia potencial por unidade de carga é a mesma, 150 𝐽/𝐶.

Assim, a energia potencial por unidade de carga, que pode ser


representada como 𝑈/𝑞, não depende da carga 𝑞 da partícula e é uma
característica apenas do campo elétrico na região do espaço que está sendo
investigada. A energia potencial por unidade de carga em um ponto do espaço
é chamada de potencial elétrico (ou simplesmente potencial) e representada pela
letra V. Assim

𝑈
𝑉=
𝑞

Observe que o potencial elétrico é uma grandeza escalar.

A diferença de potencial elétrico ∆𝑉 entre dois pontos 𝑖 e 𝑓 é igual à


diferença entre os potenciais elétricos dos dois pontos:
𝑈𝑓 𝑈𝑖 ∆𝑈
∆𝑉 = 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 = − =
𝑞 𝑞 𝑞

Substituindo ∆𝑈 por −𝑊 na equação acima, podemos definir a diferença


de potencial entre os pontos 𝑖 e 𝑓 como

𝑊
∆𝑉 = 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 = −
𝑞

A diferença de potencial entre dois pontos é, portanto, o negativo do


trabalho realizado pela força eletrostática para deslocar uma carga unitária de
um ponto para o outro. Uma diferença de potencial pode ser positiva, negativa
ou nula, dependendo dos sinais e dos valores absolutos de 𝑞 e 𝑊.

Tomando 𝑈𝑖 = 0 no infinito como referência para a energia potencial, o


potencial elétrico 𝑉 no infinito também será nulo. Nesse caso, podemos definir o
potencial elétrico em qualquer ponto do espaço através da relação.

𝑊∞
𝑉=−
𝑞

Onde 𝑊∞ é o trabalho executado pelo campo elétrico sobre uma partícula


carregada quando a partícula se desloca do infinito para o ponto 𝑓. O potencial
𝑉 pode ser positivo, negativo ou nulo, dependendo do sinal e do valor absoluto
de 𝑞 e 𝑊∞ .

Potencial Produzido por uma Carga Pontual

Para obter uma expressão para o potencial elétrico 𝑉 criado no espaço


por uma carga pontual, tomando como referência um potencial zero no infinito.
Considere um ponto 𝑃 situado a uma distância 𝑅 de uma partícula fixa de carga
positiva 𝑞. Imaginemos que uma carga de prova 𝑞0 é deslocada do ponto 𝑃 até
o infinito. Como a trajetória seguida pela carga de prova é irrelevante, podemos
escolher a mais simples; uma reta que liga a partícula fixa ao ponto 𝑃 e se
estende até o infinito.
Calculando o produto escalar:

𝐸⃗ ∙ 𝑑𝑠 = 𝐸𝑐𝑜𝑠𝜃𝑑𝑠

O campo elétrico 𝐸⃗ da figura é radial e aponta para longe da partícula fixa;


assim, o deslocamento elementar 𝑑𝑠 da partícula de prova tem a mesma direção
que 𝐸⃗ em todos os pontos da trajetória é radial, podemos fazer 𝑑𝑠 = 𝑑𝑟. Nesse
caso, se torna

𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 = − ∫ 𝐸 𝑑𝑟
𝑅

Onde foi usado os limites 𝑟𝑖 = 𝑅 e 𝑟𝑓 = ∞. Temos ainda 𝑉𝑖 = 𝑉(𝑅) = 𝑉 e


𝑉𝑓 = 𝑉(∞) = 0. O campo 𝐸 no ponto onde se encontra a carga de prova é:
1 𝑞
𝐸=
4𝜋𝜀0 𝑟 2
Com as substituições, 𝑉𝑓 − 𝑉𝑖 se torna

𝑞 1 𝑞 1∞
0−𝑉 =− ∫ 2 𝑑𝑟 = [ ]
4𝜋𝜀0 𝑟 4𝜋𝜀0 𝑟 𝑅
𝑅

1 𝑞
=−
4𝜋𝜀0 𝑅

Explicitando 𝑉 e substituindo 𝑅 por 𝑟, temos:


1 𝑞
𝑉=
4𝜋𝜀0 𝑟

Como o potencial elétrico 𝑉 produzido por uma partícula de carga 𝑞 a uma


distância 𝑟 da partícula. Embora a equação acima tenha sido demonstrada para
uma partícula de carga positiva, a demonstração vale também para uma
partícula de carga negativa, caso em que 𝑞 é uma grandeza negativa. Observe
que o sinal de 𝑉 é igual ao sinal de 𝑞:
Uma partícula de carga positiva produz um potencial elétrico positivo; uma
partícula de carga negativa produz um potencial elétrico negativo.

Objetivo
O objetivo desta atividade é verificar a dependência do potencial elétrico
V com a distância (r). Observe que o potencial V é função da distância(r) da
carga elétrica, dada pela relação: V=K Q/r. Onde K=1/4π𝜺 é a constante
dielétrica e 𝜺 a permissividade do meio. E demonstrar os cálculos da
permissividade elétrica no meio com os dados obtidos.

Procedimento de Coleta de Dados


Parte 1: Simulação Computacional sem Erros
Nesta primeira parte foi delimitado o valor da carga especifico para cada
aluno, em seguida foi usado a plataforma PHET Colorado para a simulação do
Campo e Potencial Elétrico, tendo a distância definido a escolha do aluno.

Figura 1

Nesta figura é possível perceber os campos elétricos e através do


voltímetro a medida do potencial elétrico em volts (V) em função da distância
medida por uma trena, tendo o valor da carga igual a −6𝑛𝐶. Após a mensuração
das distâncias e seus respectivos potenciais elétricos, foi obtido os valores
necessários para a plotagem do gráfico da parte 1 do roteiro dado. Após definir
a distância como r foi feito o cálculo 𝑧 = 1/𝑟 para a plotagem de um segundo
gráfico.
Parte II: Geração de Dados, cujos erros obedecem a uma função de distribuição
gaussiana
Na segunda parte do roteiro, foi usado a plataforma Social Science
Statistic para que os dados obtidos na parte I tenha um erro de aproximadamente
3% de cada potencial elétrico obtido no PHET, com o intuito de aproximar a um
laboratório real.

Figura 2 – Plataforma Normal Distribution Generator

Com os valores obtidos no Social Science Statistic obtemos os potenciais


elétricos que fique razoavelmente próximo ao que seria obtido em um laboratório,
com isso foi calculado erros de 1%, 2% e 3% em cima dos valores armazenados
do Gerador de Dados.
Dados Experimentais
Primeiramente temos os valores adquirido do PHET Colorado, tendo a
tabela com o Potencial elétrico e suas distâncias. E com isso foi calculado o 𝑧 =
1/𝑟

Potencial Elétrico dos Pontos - V Distância (r) - m Valor z = 1/r


1 -107,36 0,503 1,99
2 -75,95 0,711 1,41
3 -62,57 0,863 1,16
4 -59,87 0,902 1,11
5 -54,49 0,991 1,01
6 -50,47 1,07 0,93
7 -49,36 1,094 0,91
8 -44,48 1,214 0,82
9 -43,06 1,254 0,80
10 -40,27 1,341 0,75
11 -37,58 1,437 0,70
12 -35,04 1,541 0,65
13 -33,48 1,613 0,62
14 -32,35 1,669 0,60
15 -31,16 1,733 0,58
16 -30,46 1,773 0,56
17 -29,28 1,844 0,54
18 -26,32 2,052 0,49
19 -25,05 2,156 0,46
20 -24,24 2,228 0,45
21 -23,82 2,267 0,44
22 -22,62 2,387 0,42
23 -21,96 2,459 0,41
24 -21,54 2,507 0,40
25 -21,00 2,571 0,39
26 -20,68 2,611 0,38
27 -19,96 2,706 0,37
28 -19,24 2,806 0,36
29 -18,58 2,906 0,34
Tabela 1- Valores obtidos da plataforma PHET Colorado
Usando o gerador de dados, foi obtido novos valores de potenciais com
uma margem de erro de 3% para que ficasse próximo da realidade. Em seguida
foi calculado erros de 1%, 2% e 3% em cima dos valores gerados no Social
Science Statistic.

Potencial Elétrico G.D (V) Erro 1% Erro 2% Erro 5%


1 108,68 1,09 2,17 5,43
2 75,06 0,75 1,50 3,75
3 64,77 0,65 1,30 3,24
4 61,78 0,62 1,24 3,09
5 56,53 0,57 1,13 2,83
6 52,71 0,53 1,05 2,64
7 49,74 0,50 0,99 2,49
8 42,49 0,42 0,85 2,12
9 42,2 0,42 0,84 2,11
10 42,44 0,42 0,85 2,12
11 37,69 0,38 0,75 1,88
12 34,52 0,35 0,69 1,73
13 35,48 0,35 0,71 1,77
14 33,93 0,34 0,68 1,70
15 30,95 0,31 0,62 1,55
16 32,02 0,32 0,64 1,60
17 28,87 0,29 0,58 1,44
18 27,16 0,27 0,54 1,36
19 24,65 0,25 0,49 1,23
20 24,16 0,24 0,48 1,21
21 23,15 0,23 0,46 1,16
22 22,39 0,22 0,45 1,12
23 21,74 0,22 0,43 1,09
24 21,43 0,21 0,43 1,07
25 21,01 0,21 0,42 1,05
26 20,99 0,21 0,42 1,05
27 19,72 0,20 0,39 0,99
28 19,5 0,20 0,39 0,98
29 18,44 0,18 0,37 0,92
Tabela 2 – Valores obtidos da Social Science Statistics
Análise de Erros
Com os gráficos plotados e devidamente legendado, foi de escolha do
autor que esta parte do relatório foi escolhida para resolver as questões
propostas no roteiro.
Parte I – Simulação Computacional sem erros
a) Construa um gráfico do potencial V versus distância radial r. O gráfico é
linear?

Figura 3 – Gráfico Potencial Elétrico x Distância

O gráfico não possui um comportamento linear, mas sim um


comportamento hiperbólico, justamente por quê o potencial elétrico é
inversamente proporcional à distância.

1
𝑉∝
𝑟
b) Linearize a função por mudança de variáveis. Faça uma mudança de
variáveis, substituindo a variável r por uma nova variável z=1/r. Construa
um novo gráfico de V versus z.
Figura 4 - Gráfico Potencial Elétrico x Z

Após a mudança de variável 𝑧 = 1/𝑟 foi possível linearizar os dados


obtidos.

c) A partir do novo gráfico encontre a função que melhor se ajusta aos


pontos. Determine os parâmetros da curva de ajuste (inclinação da reta e
coeficiente linear). Qual o significado físico da inclinação da reta?

Figura 5 – Gráfico Potencial Elétrico x Z com ajuste de curva


O ajuste mais adequado para esse gráfico é o ajuste linear: 𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵.
Devido o potencial elétrico é inversamente proporcional a z:
1 1
𝑉∝ →𝑉∝ → 𝑉∝𝑟
𝑧 1
𝑟
Logo, fazendo sentido o seu ajuste adequado ser uma função linear.

• 𝑋 2 = 7,37
• 𝑅2 = 1

d) Com os valores obtidos no item anterior encontre o valor da


permissividade do meio (𝜺). Compare o resultado obtido com o valor
tabelado.

Salientando que o potencial elétrico está em função de 1/𝑟. Logo, é


possível a comparação com o coeficiente angular com 𝐾𝑞:
𝐴 = 𝐾𝑞

Sabendo que A é o coeficiente angular da reta.


1 𝑞
𝐴= 𝑞 → 4𝜋𝜀0 𝐴 = 𝑞 → 𝜀0 =
4𝜋𝜀0 4𝜋𝐴

Substituindo os dados:
𝑞 = −6,0𝑛𝐶
𝐴 = −53,99

−6,0 ∗ 10−9 𝐶
∴ 𝜀0 = → 𝜖0 = 8,85 ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2
4 ∗ 3,14 ∗ −53,99
Seguindo com o cálculo da propagação de erro, temos:
2
𝑑𝑔(𝑥)
𝜎𝑔2 = ( ) 𝜎𝑥2
𝑑𝑥

Sabendo que 𝑔(𝑥) = 𝜀0 , 𝑎 = 𝑥. Logo:


𝑞
𝑔(𝑥) =
4𝜋𝑥
Assim,
𝑞 2 2 𝑞
𝜎𝑔2 = (− ) 𝜎𝑥 = 𝜎𝑔 = 𝜎
4𝜋𝑥 2 4𝜋𝑥 2 𝑥
Substituindo os valores:
| − 6,0 ∗ 10−9 𝐶|
𝜎𝑔 = 8,40 → 𝜎𝑔 = 1,37 ∙ 10−12
4 ∗ 3,14 ∗ (−53,99)2
Encontramos:
𝜀0 = (8,85 ± 1,37) ∙ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2

É sabido que o valor da permissividade elétrica no vácuo encontrado


experimentalmente e em livros didáticos é de 8,854 ∙ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2 , de acordo com os
valores encontrado acima, chegamos a um valor próximo esperado.

Parte II: Geração de Dados, cujos erros obedecem a uma função de


distribuição gaussiana

Temos a tabela com os potenciais elétricos gerado no site e os erros relacionado


a esses valores. Com isso foi plotado três gráficos cada um com seus respectivos
erros.
• Para o erro de 1%, temos:

Figura 6 – Gráfico Potencial G.D x Z com erro de 1%

Com isso obtemos o gráfico com o erro de 1%, tendo o seu fitting linear. Mas
alguns pontos estão bem sobrepostos um ao outro devido a pouca variação da
distância que resultou em potenciais bem próximos. Com o ajuste linear obtemos
A e B de 𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵.
Calculando a permissividade elétrica para o erro de 1%:
Análogo ao método usado na parte 1, foi modificado apenas o valor do
coeficiente angular. Assim:
1 𝑞
𝐴= 𝑞 → 4𝜋𝜀0 𝐴 = 𝑞 → 𝜀0 =
4𝜋𝜀0 4𝜋𝐴
𝑞 = −6,0𝑛𝐶
𝐴 = −54,62

−6,0 ∗ 10−9 𝐶
∴ 𝜀0 = → 𝜖0 = 8,74 ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2
4 ∗ 3,14 ∗ −54,62
Calculando com a propagação de erro com as equações usadas
anteriormente, encontramos:
𝑞
𝜎𝑔 = 0,12 → 𝜎𝑔 = 0,0192 ∙ 10−12 ≈ 0,02 ∙ 10−12
4𝜋(−54,62)2

𝜖0 = (8,74 ± 0,02) ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2

• Para o erro de 2%, temos:

Figura 7 – Gráfico Potencial Elétrico G.D x Z com erro de 2%

Neste gráfico observamos poucas mudanças no coeficiente angular, mas


houve uma diminuição considerável do 𝑋 2 . Usando as mesmas expressões para
a obtenção da permissividade elétrica no vácuo, obtemos:
1 𝑞
𝐴= 𝑞 → 4𝜋𝜀0 𝐴 = 𝑞 → 𝜀0 =
4𝜋𝜀0 4𝜋𝐴
𝑞 = −6,0𝑛𝐶
𝐴 = −54,61

−6,0 ∗ 10−9 𝐶
∴ 𝜀0 = → 𝜖0 = 8,74 ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2
4 ∗ 3,14 ∗ −54,61
Calculando a propagação de erro:
𝑞
𝜎𝑔 = 0,25 → 𝜎𝑔 = 0,04 ∙ 10−12
4𝜋(−54,61)2

𝜖0 = (8,74 ± 0,04) ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2

• Para o erro de 5%:

Figura 8 – Potencial Elétrico G.D x Z com erro de 5%

Podemos observar o valor de 𝑋 2 do gráfico com erro de 5%, do qual


obteve um valor bem abaixo em relação aos anteriores. Repetindo os cálculos,
é demonstrado os valores da permissividade e com propagação de erro deste
último gráfico.
1 𝑞
= 𝑞 → 4𝜋𝜀0 𝐴 = 𝑞 → 𝜀0 =
4𝜋𝜀0 4𝜋𝐴

𝑞 = −6,0𝑛𝐶
𝐴 = −54,60

−6,0 ∗ 10−9 𝐶
∴ 𝜀0 = → 𝜖0 = 8,74 ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2
4 ∗ 3,14 ∗ −54,60
E sua propagação de erro:
𝑞
𝜎𝑔 = 0,62 → 𝜎𝑔 = 0,09 ∙ 10−12
4𝜋(−54,60)2

𝜖0 = (8,74 ± 0,09) ∗ 10−12 𝐶 2 /𝑁 ∙ 𝑚2

Conclusão
Este experimento teve o propósito de trabalhar com potenciais elétricos
em uma simulação e geradores de dados para aproximar a um experimento em
laboratório real. Foi encontrado e plotado gráfico com aparência e
comportamento aceitável e com um 𝑋 2 do qual foi variando de acordo com os
erros. Entretanto foi possível calcular e obter um valor satisfatório para a
permissividade elétrica e a sua propagação de erros dos valores obtidos do
gráfico (V, z) e com os gráficos com erros de 1%, 2% e 5%. Assim, aumentando
os conhecimentos sobre tratamento estatístico e tendo que revisar e estudar
ainda mais sobre outros tópicos.
Referencial Bibliográfico
PHET COLORADO. Disponível em: Cargas e Campos - Campo Elétrico |
Eletrostática | Equipotencial - Simulações Interativas PhET (colorado.edu).
Acessado em: 03/12/21
SOCIAL SCIENCE STATISTICS. Disponível em: Normal Distribution Generator
(socscistatistics.com). Acessado em: 04/12/21
HALLIDAY, David, 1916 – Fundamentos de Física, volume 3:
eletromagnetismo / Halliday, Resnick, Jearl Walker; tradução e revisão técnica:
Ronaldo Sérgio de Biasi. – Rio de Janeiro; LTC, 2009. 4v

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