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Electrodinâmica

Clássica
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Aula 4
2020
2 2. Electrostática

2.1. O campo eléctrico


2.2. Divergente e rotacional de campos
electrostáticos
2.3. Potencial eléctrico
2.4. Trabalho e energia na
electrostática
2.5. Condutores
2.6. Capacitores
2.7. Campos eléctricos na matéria
3 2.1. Em resumo
Carga É uma propriedade intrínseca das partículas fundamentais de que é feita a
matéria. Há dois tipos de carga, positiva e negativa. Cargas do mesmo sinal se
repelem e cargas de sinais opostos se atraem.
Quantização A carga é quantizada – ela sempre ocorre como múltiplos inteiros da carga
da carga fundamental (𝑛. 𝑒), onde ( 𝑒 = 1,602 × 10−19 𝐶 ).
Lei de 1 𝑞𝑄
𝐹= ∙ 𝑟
Coulomb 4𝜋𝜀0 𝑟 2
1 𝑁𝑚2 𝐶2
= 𝑘 = 8,99 ∙ 109 e 𝜀0 = 8,85 ∙ 10−12
4𝜋𝜀𝜀0 𝐶2 𝑁𝑚2
Campo O campo eléctrico devido a um sistema de cargas em um ponto é definido
Eléctrico pela como a força resultante 𝐹, exercida pelas cargas em uma pequena carga
Lei de 𝐹
positiva de teste,𝑞0 , dividido por 𝑞0 . 𝐸 = .
Coulomb 𝑞0
𝐹 1 𝑞
Devido a uma carga pontual: 𝐸 = = ∙ 𝑟
𝑞0 4𝜋𝜀0 𝑟2
Devido a um sistema de cargas puntuais: O campo eléctrico em p devido a
varias cargas e a soma vectorial dos campos em p devido as cargas individuais.
𝐸𝑃 = 𝐸𝑖𝑝
1 𝜆𝑑𝑙
𝐸 𝑟 = para distribuições lineares
4𝜋𝜀0 𝑟2
1 𝜎𝑑𝑎
𝐸 𝑟 = para distribuições superficiais
4𝜋𝜀0 𝑟2
1 𝜌𝑑𝑣
𝐸 𝑟 = para distribuições volumétricas
4𝜋𝜀0 𝑟2
4 2.2. Divergente de campos
electrostáticos
 O campo eléctrico é representado por vectores, que
conectados formam linhas de campo como
mostrado na figura:
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Assim, o fluxo do campo eléctrico E é a medida do


número de linhas de campo que passam através de
uma superfície S. Logo, se essa superfície for uma
superfície fechada, o fluxo será a medida da carga
total no seu interior. Esta é a LEI DE GAUSS
𝒒
𝑬𝒅𝒂 = para uma carga isolada
𝜺𝟎
𝑸𝒊𝒏𝒕
𝑺
𝑬𝒅𝒂 = para uma distribuição de cargas
𝜺𝟎
A lei de Gauss, é uma equação integral, que pode ser
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transformada em equação diferencial aplicando o
teorema do divergente.

𝐸𝑑𝑎 = 𝛻 ∙ 𝐸 𝑑𝜏
𝑆 𝜈

Como 𝑄𝑖𝑛𝑡 = 𝜈
𝜌𝑑𝜏, logo a lei de Gauss se torna

𝜌
𝜈
𝛻 ∙ 𝐸 𝑑𝜏 = 𝜈
𝑑𝜏 e sendo os integrandos iguais…
𝜀0

𝜌
𝛻∙𝐸 = é a Lei de Gauss na forma Diferencial
𝜀0

A lei de Gauss é sempre válida mas nem sempre é útil.


Se ρ não for uniforme comprometeria a simetria para a
aplicação da Lei de Gauss.
7 Exercício
 Encontre o campo eléctrico a uma distância z acima
do ponto central de um segmento de linha recta com
comprimento 2L que tem uma densidade linear de
carga uniforme λ.
8 2.2. Rotacional de campos
electrostáticos

 É sabido que o campo eléctrico é um campo cuja


intensidade depende da posição (distância) em
relação à fonte do campo (cargas eléctricas).

QUESTÃO:
O que se espera do rotacional do campo eléctrico?
𝐸 ∙ 𝑑𝑙 = 0

Aplicando o Teorema de Stokes


𝛻×𝐸 =0
9 2.3. O Potencial Eléctrico

 Recordando, o rotacional do campo eléctrico é


NULO.
 De acordo com a teoria dos campos vectoriais –
potenciais:
 Se o rotacional de um campo vectorial F se anula
em toda a parte, então F pode ser escrito como o
gradiente de um potencial escalar V:

𝛻 × 𝐹 = 0 ⇔ 𝐹 = −𝛻𝑉
𝑟
 Logo, 𝑉 𝑟 ≡ − ℴ 𝐸 ∙ 𝑑𝑙, onde ℴ é o ponto tomado
como referencial, V é então denominado Potencial
Eléctrico.
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A diferença de potencial entre dois pontos é


dado por:
𝑏 𝑎 𝑏
𝑉 𝑏 −𝑉 𝑎 =− ℴ
𝐸 ∙ 𝑑𝑙 + ℴ
𝐸 ∙ 𝑑𝑙= - 𝑎
𝐸 ∙ 𝑑𝑙

O teorema fundamental para os gradientes diz


que:
𝑏
𝑉 𝑏 −𝑉 𝑎 = 𝑎
𝛻𝑉 ∙ 𝑑𝑙
𝑏 𝑏
𝑎
𝛻𝑉 ∙ 𝑑𝑙 = − 𝑎
𝐸 ∙ 𝑑𝑙 e sendo os integrandos
iguais:
𝐸 = −𝛻𝑉
11 Comentários sobre o
potencial

 Se o potencial é conhecido, facilmente


se pode obter o campo eléctrico.
 O potencial obedece ao princípio de
superposição.
12 Equação de Poisson e Laplace
Teorema Teorema
de Gauss de Stokes

Sabemos que 𝐸 = −𝛻𝑉


 Das equações fundamentais de E sabemos que:
𝜌
 𝛻∙𝐸 = e que 𝛻 × 𝐸 = 0
𝜀0

 Expressando as mesmas equações em termos


de V ficaria
 𝛻 ∙ 𝐸 = 𝛻 ∙ −𝛻𝑉 = −𝛻 2 𝑉 o divergente de E é o
laplaciano de V. por isso, a lei de Gauss diz que:
2
𝜌
𝛻 𝑉=−
𝜀0
 Esta expressão é conhecida como EQUAÇÃO
DE POISSON
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 Nas regiões onde não existe carga, tal que


𝜌 = 0, a equação de Poisson se reduz à
EQUAÇÃO DE LAPLACE

𝛻 2𝑉 = 0

 Quanto à lei do rotacional


𝛻 × 𝐸 = 𝛻 × −𝛻𝑉
14 Resumindo
15 2.4. Trabalho e Energia na
Electrostática
𝑏 𝑏

𝑊= 𝐹 ∙ 𝑑𝑙 = −𝑄 𝐸 ∙ 𝑑𝑙 = 𝑄 𝑉 𝑏 − 𝑉 𝑎
𝑎 𝑎
𝑊
𝑉 𝑏 −𝑉 𝑎 =
𝑄
 A diferença de potencial entre os ponto a e b
é igual ao trabalho por unidade de carga
necessário para transportar uma partícula de
a para b.

 Se quisermos transportar de um ponto distante


para o ponto r:
𝑊 =𝑄 𝑉 𝑟 −𝑉 ∞
16 2.5. Condutores, propriedades
Diferente dos isolantes onde os electrões estão
ligados a um determinado átomo, nos condutores
estes estão livres para percorrer o material.
i. E=0 dentro de um condutor
ii. ρ=0 dentro de um condutor
iii. Qualquer carga líquida fica na superfície
iv. Um condutor é equipotencial V(a)=V(b)
v. E é perpendicular à superfície
imediatamente fora de um condutor.
17 2.6. Capacitores
A energia, nas suas variadas formas pode ser armazenada.
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 Capacitância – é uma quantidade puramente
geométrica, determinada pelos tamanhos e
separação de dois condutores, que mede a
capacidade de um dispositivo armazenar energia, e
está relacionada com a diferença de potencial.

 É medida em Farads (F), equivalente a 1 Coulomb por


Volt:
𝑄
𝐶=
𝑉
 O trabalho necessário para carregar esse capacitor
seria de:
1 2
𝑊 = C𝑉
2
19 Exercício

Encontre a capacitância de duas cascas esféricas,


metálicas e concêntricas, com raios a e b.
20 Para casa

Encontre a capacitância por unidade de


comprimento de dois tubos cilíndricos coaxiais
metálicos, com raios a e b.
21 Trabalho em grupo

1. Em grupos de 3;
2. Fale sobre o Desfibrilador Clínico (o que é,
princípio de funcionamento, aplicações e a
relação com o conteúdo abordado nesta aula);
3. Nota a contar para o EI2 com o peso de 15%;
4. Data de entrega 08/01/2021 até as 23:59min;
5. Entrega por email em
fismod.elclassica@gmail.com
22 2.7. Campos eléctricos na
matéria
 2.7.1. Polarização
 2.7.2. O campo de um objecto polarizado
 2.7.3. O deslocamento eléctrico
 2.7.4. Susceptibilidade, permissividade e constante
dieléctrica
 2.7.5. Energia em sistemas dieléctricos
 2.7.6. Forças em dieléctricos

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