Experiência 8: EFEITO FOTOELÉCTRICO E A CONSTANTE DE PLANCK
Neste trabalho pretende-se estudar o efeito fotoeléctrico e determinar a constante de Planck. Uma das experiências que, no início do séc. XX, veio pôr em causa a descrição clássica das ondas electromagnéticas foi a observação do efeito fotoeléctrico. O efeito fotoeléctrico é a libertação de electrões de um dado material (em geral um metal) quando nele incide radiação electromagnética. Na descrição clássica das ondas electromagnéticas (ondulatória), a energia de uma onda depende da sua intensidade e da frequência. Quanto maior a intensidade (proporcional ao quadrado da amplitude) da onda maior a sua energia. No efeito fotoeléctrico verifica-se que, contrariamente ao que seria de esperar para uma onda clássica, quando se faz incidir radiação electromagnética de frequência e intensidade variáveis sobre um metal, não é possível libertar electrões do material para frequências inferiores a um dado valor limiar, ν0, independentemente da intensidade da radiação incidente. Acima dessa frequência, a energia dos electrões emitidos é função da frequência da radiação incidente e não da sua intensidade: EE = h ⋅ ν − h ⋅ ν 0 (1) Einstein propôs uma explicação para este efeito, considerando que a absorção de energia pelo electrão é descontínua. O electrão só pode absorver energia em quantidades (h·ν) que dependem da frequência da radiação e não da sua intensidade (h é a constante de Planck com o valor 6,626×10-34 Js). Assim, a energia da onda electromagnética tem que ser considerada quantificada e o quantum de energia electromagnética, h·ν, é designado fotão. Admitindo que a radiação electromagnética é constituída por fotões, o efeito fotoeléctrico pode ser considerado um processo de interacção entre um fotão de energia h·ν e um electrão do material. (2) A energia do fotão absorvido é utilizada para arrancar o electrão do material (W0 = trabalho de arranque) e o excesso de energia é convertido em energia cinética do electrão emitido. Num metal os electrões mais externos têm uma energia de ligação não muito elevada sendo possível, em muitos casos, libertá-los do material utilizando radiação electromagnética na banda do visível. O feixe de electrões assim obtido dá origem a uma corrente eléctrica. Se se aplicar entre o ânodo e o cátodo uma d.d.p (diferença de potencial) negativa é possível parar o feixe de electrões. A d.d.p. necessária para anular a corrente é designada potencial de paragem e permite determinar a energia cinética dos electrões emitidos EC (sendo e a carga do electrão): EC = e ⋅ V (3) A teoria de Einstein prevê que, se variarmos a frequência ν da luz incidente e traçarmos o gráfico de V em função de ν, o declive da recta é igual a h/e, resultado obtido a partir das equações (2) e (3): h W V = ν− 0 (4) e e
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