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Universidade Eduardo Mondlane

Faculdade de Ciências
Departamento de Física
Curso de Física
Disciplina:
Optica e Ondas

Tema:
O Efeito Fotoelétrico

Discentes:
Raufa Alberto Mucavele
Shanísio Mário Chelene

Docente:
Prof. Dr. Carlos Alejandro

Maputo, Abril de 2019

PRÁTICA 5: EFEITO FOTOELÉTRICO

OBJETIVOS
 Verificar o efeito fotoelétrico;
 Determinar experimentalmente a constante de Planck a partir do efeito fotoelétrico.

MATERIAL

 Caixa com lâmpada espectral de mercúrio


 Filtros de interferência (05)
 Amplificador
 Fonte de p/ lâmpada espectral
 Tela metálica
 Fotocélula
 Voltímetro
 Cabo, BNC
 Cabos (02)

INTRODUÇÃO

Em 1887, Hertz observou que, quando uma superfície metálica era atingida por uma radiação
eletromagnética, elétrons poderiam ser expulsos dessa superfície. De acordo com a física clássica
(modelo ondulatório da luz) não foi possível explicar corretamente este fenômeno. Uma explicação
foi então proposta por Albert Einstein.

O EFEITO FOTOELETRICO:

A ocorrência desse fenômeno era explicada de maneira muito simples: os elétrons da superfície do
metal, ao serem iluminados, recebem energia, ficam agitados e abandonam o metal.Einstein
Generalizou o conceito da quantização de Planck, e supôs que a luz pode ser considerada como um
feixe de quanta. Atualmente chamamos esses quantas de luz de fótons. Cada fóton tem um quanta de
energia

E  h

Onde ν é a frequência da luz e h é a constante de Planck. De certo modo alternativamente temos que:

h
E   onde ℏ=

pela conservação da energia - Energia antes (fóton) = Energia depois (elétron)

h    12 mv 2max ou hν=φ+K máx


ondeØ é a função trabalho do metal (energia potencial a ser superada antes do eletron poder escapar)
e em seguida temos uma diferença de potencial que cesse a corrente – é o potencial de corte
(potencial frenador)
V =−V 0
é oW=eV
trabalho
0
realizado no processo de retirada do elétron daí temos que W= ΔK
K máx =eV 0 (Teorema trabalho-energia)

Admitinto-se que W0 e Ø são independentes da frequencia, uma relação linear existe entre a
voltagem U ( a ser medida utilizando-se alta impendancia) e a frequencia da luz v
W +φ h
U=− 0 + ν
e e

Então do gráfico U versos v a constante de Planck h pode ser determinada. [1]

PROCEDIMENTO

1. Conectamos o cabo da lâmpada de mercúrio a fonte de tensão. Ligamos a fonte de tensão e


esperamos estabilizar (cerca de 5 minutos).

2. Montamos o arranjo experimental como mostra a Figura 5.2. Conectamos a fotocélula a entrada U
do amplificador. No amplificador pressionamos a tecla U e escolhemos a escala 10V;

3. Conectamos um voltímetro à saída do amplificador. Para a escolha da escala do voltímetro


tinhamos em mente que a saída do amplificador é sempre no intervalo de 0 a 10V.

4. Colocamos um filtro de interferência na saída da fonte luminosa e anotamos o cumprimento de


onda na Tabela 5.1;

5. Tentamos zerar o valor da voltagem com a janela fechada;

6. Abrimos a janela da célula fotoelétrica e anotamos o comprimento de onda e a voltagem limite na


Tabela 5.1.

7. Repetimos o procedimento usando outros filtros de interferência.

Tabela 5.1. Resultados experimentais

λ (nm) U (V) ν (1012 Hz)


366,1 1,75 819,4
407,1 1,41 736,9
437,1 1,29 686,3
543,7 0,78 551,8
579,6 0,66 517,6

8. Preenchemos as outras lacunas da Tabela 5.1

QUESTIONÁRIO

1- Faça o gráfico de U(V) versus ν(10¹²Hz)

U(V) versus ν(10¹²Hz)


900819.4
800 736.9
686.3
700
600 551.8
517.6
500
ν(10¹²Hz)
400
300
200
100
0
1.75 1.41 1.29 0.78 0.66
U(V)

2- Determine a constante de Planck pelo gráfico da questão anterior e compare com o valor
teórico.

De acordo com o gráfico a média da constante é h = 6,03x10-34J.


O valor teórico conhecido é h = 6,63x10-34J e portanto o erro = 9,05%

3- A pele humana é relativamente insensível à luz visível, mas a luz ultravioleta pode ser
bastante prejudicial. Justifique em termos de energia do fóton.

R: a emissão de ondas eletromagnéticas que ocorre frequentemente é a infravermelha


que caracteriza a perda de calor. A ordem dos "tipos" de ondas eletromagnéticas da
maior para a menor frequência são: Raio gama, raio X, raio ultravioleta, luz visível
[parte do espectro que o nosso cerebro consegue codificar], infra vermelho, micro-
ondas, ondas de radio. A luz visível não nos afeta, porquê as transições eletrônicas dos
elétrons da molécula de DNA de nossa pele requerem energias superiores às
correspondentes da luz visível que não tem energia suficiente devido a sua frequência
não ser capaz de arrancar fótons de nosso DNA. De mas em raios-x é possível bem como
de luz ultravioleta pois os choque dos fotos emitidos por essas baixas frequências que
elas possuem causam o efeito mecânico que dá o aspecto prejudicial de quem sofre por
uma exposição elevada à raiosultravioleta...

4- A energia necessária para remover um elétron do Sódio metálico é 2,28 eV. Uma luz
vermelha, com comprimento de onda de 680 nm, provocará efeito fotoelétrico no
Sódio? Qual o comprimento de onda do limiar fotoelétrico do sódio e a que
corresponde esse limiar?

A energia do fóton da luz vermelha é;

hc
E= =( 6,63 ∙ 10−34 J ∙ s ) ¿ ¿
λ

E=2,93× 10−19 J

O que nos indica que com este valor calculado o elétron não pode ser removido.

O comprimento de onda do limiar é dado por:

hc
λ= =( 6,63∙ 10−34 J ∙ s ) ¿ ¿
E

λ=5,45nm

Este resultado é justamente o comprimento de onda de corte que nos indica o valor ideal
para se atingir o valor da função trabalho.

5- A função trabalho do tungstênio é 4,5 eV. Calcule a velocidade com que os elétrons são
emitidos quando iluminados por uma luz cujos fótons têm a energia de 5,80 eV.

Sabendo-se que:

hf =K máx +Φ onde:

hf = 5,80 eV, é a energia do fóton


Φ=4,5 eV é a função trabalho do tungstênio
1eV = 1,601 x 10-19J

m v2 2 ( hf −Φ )
hf =K máx +Φ ⟹
2
=hf −Φ v=
√ m

2 ( 5,80 eV −4,5 eV )
v=
√ −31
9,109 ×10 kg
v=676,21 ×103 m/s
6- Uma lâmpada emite radiação monocromática de comprimento de onda de 630 nm. A sua
potência nominal é 60W. Supondo uma eficiência de 90% na conversão de energia elétrica
em luz, quantos fótons esta lâmpada emite por segundo?

Temos queR é o número de fótons por unidade de tempo que a lâmpada emite, assim:

potência emitida P P Pλ
Remit = = = =
energia por fóton E hf hc

( 60 W ) ∙ 0,9∙ ( 630 ∙ 10−9 m )


R=
( 6,63 ∙ 10−34 J ∙ s ) ¿ ¿

R=1,71×10 20 fótons/s

7 – A luz amarela do Sódio tem comprimento de onda de 589 nm. Determine:

a) a energia do fóton;
A energia de um fóton é dada por:

hc
E=
λ

E=( 6,63 ∙10−34 J ∙ s ) ¿ ¿

E=3,37 ×1019 J ∙ s

b) afreqüência do mesmo e
A freqüência é dada por:

c
f = =¿ ¿
λ

f =5,09 ×1014 Hz

c) o seu momento.
O seu momento é dado por:
−34
h ( 6,63 ∙ 10 J ∙ s )
p= =
λ ( 589∙ 10−9 m )
p=1,23 ×10−27 kg ∙ m/ s
CONCLUSÃO

Através dos resultados apresentados nesta prática fomos capazes de observar o efeito fotoelétrico
e chegar a algumas conclusões a respeito dos fótons. Particularmente observei que ao fazermos as
perguntas corretas promovemos uma melhor compreensão dos fenômenos à nossa volta e isso se
deve ao fato do questionário promover questões que nos levam a concluir que:
O FÓTON:
 Carrega energia e momento
 Apresenta a dualidade partícula-onda, que lhe é inerente em qualquer situação;

Acredito também que ao que se destinou essa prática se constituiu um sucesso. É claro que erros
foram cometidos, mas grandes acertos e grandes conclusões foram tiradas graças ao bom trabalho
de todos. Na determinação da constante podemos observar que chegamos bem perto com um erro
relativo de apenas 9% por cento. É satisfatório então devido a caóticidade de todo processo
envolvido.

BIBLIOGRAFIA

Típler, Paul, Ótica e Física moderna, Vol.4, LTC –Livros Técnicos e Científicos 1995
Eisberg, Robert Martin. Resnick, Física Quântica, Editora Campus LTDA, 1988

NOTAS

1. roteiro de práticas Dr. Nildo Loiola Introdução à Física Moderna

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