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D I S C I P L I N A Eletromagnetismo

A lei de Gauss

Autores

Joel Câmara de Carvalho Filho

Ranilson Carneiro Filho

aula

04
Material APROVADO ((conteúdo e imagens)
g ) Data: ___/___/___
Nome:______________________________________
Governo Federal
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sem a autorização expressa da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
VERSÃO DO PROFESSOR

Apresentação

N
esta aula, introduziremos o conceito de fluxo do campo elétrico e apresentaremos a Lei
de Gauss. Essa lei, no caso do campo elétrico, pode ser vista como uma generalização
da Lei de Coulomb. Ela facilita bastante o cálculo do campo de distribuições de carga
que possuem alto grau de simetria. Faremos algumas aplicações práticas para o caso de
simetria esférica, cilíndrica e simetria plana.

Objetivos
Introduzir o conceito de fluxo do campo elétrico.
1
Estudar a Lei de Gauss para o campo elétrico.
2
Calcular o campo elétrico de uma carga pontual e de
3 distribuições com simetria esférica.

Calcular o campo elétrico produzido por uma linha e por


4 um plano infinito de cargas.

Analisar e calcular o campo elétrico de um


5 condutor isolado.

Aula 04 Eletromagnetismo 1
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Uma nova forma


para a lei de Coulomb

N
a aula 2 (Eletrostática), nós estudamos a Lei de Coulomb. Esta é a lei mais importante
da Eletrostática. Com ela, podemos calcular o campo elétrico (aula 3 – O campo elétrico)
para qualquer distribuição de cargas, o que não significa, porém, que esta é uma tarefa
fácil. Dependendo da forma do corpo carregado, o cálculo, devido a sua complexidade, só pode
ser feito usando um computador. No entanto, existem situações em que o corpo possui uma
forma simples (um cilindro, uma esfera, um plano) e ainda assim temos que fazer cálculos
extensos. Com o intuito de simplificar esses cálculos, nesta aula introduziremos uma nova
forma de calcular o campo elétrico: a chamada Lei de Gauss. Essa lei aplicada à eletrostática
representa uma nova forma da Lei de Coulomb. No cálculo do campo elétrico de problemas
onde existe um alto grau de simetria (linear, plana ou esférica), a Lei de Gauss simplifica
bastante o trabalho.

A Lei de Coulomb nos fornece uma relação entre a carga elétrica e o campo elétrico, ou seja,

|q| .
E=
4πε0 r2

A Lei de Gauss faz o mesmo, mas de forma bem diferente. Primeiramente, precisamos
introduzir o conceito de superfície gaussiana. Esta é uma superfície fechada hipotética que
envolve uma dada região do espaço onde pode ou não existir cargas elétricas ou um campo
elétrico. A forma da superfície é arbitrária, mas sua utilidade consiste em ela possuir a mesma
simetria do problema. Assim, ela pode ter uma forma esférica, cilíndrica etc. O importante é que
ela seja uma superfície fechada. O que a Lei de Gauss nos fornece é uma relação entre o valor
do campo elétrico sobre a superfície gaussiana e a carga total efetiva no interior da superfície.
O cálculo do campo elétrico sobre uma superfície está ligado a uma grandeza chamada fluxo;
no nosso caso, o fluxo do campo elétrico.

O fluxo elétrico é uma grandeza proporcional ao número das linhas do campo elétrico
que penetram em alguma superfície. Para calcular o seu valor, vamos primeiro considerar um
campo elétrico uniforme de módulo E e direção constante, perpendicular a uma superfície
retangular plana de área A, situação ilustrada na Figura 1. Suponha que o campo é horizontal
e a superfície vertical. Este é o caso mais simples e o fluxo, que representamos pela letra grega
Φ, é dado pela seguinte expressão,

Φ = E A. Eq. (1)

Ou seja, o produto do módulo do campo E pela área A. No sistema SI, o fluxo do campo
elétrico é medido em N.m2/C. Vemos que o fluxo é proporcional ao número de linhas de força
que atravessam a superfície.

2 Aula 04 Eletromagnetismo
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Área = A

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


E

Figura 1 – Fluxo do campo elétrico através de uma superfície perpendicular ao mesmo.

Se inclinarmos a superfície de um ângulo θ em relação à vertical, o fluxo através da mesma


diminuirá porque o que conta é a área efetiva atravessada pelo campo. No caso, esta é a área
projetada perpendicularmente ao campo, que vale A’ = Acosθ . Portanto, o fluxo passa a ser,
Φ = E A cosq. Eq. (2)

Normal
A

θ Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).

E
A' = A cos θ

Figura 2 – Fluxo do campo elétrico através de uma superfície inclinada.

Observemos agora a Figura 3 a seguir. Vamos definir um vetor A  cujo módulo é


igual à área da superfície e possui direção perpendicular a esta. Esse vetor faz um ângulo θ
com o vetor do campo elétrico. Se usarmos a definição do produto escalar de dois vetores
(A·B = A B cos θ) pode-se reescrever a equação (2) numa forma compacta,

 ·A
Φ=E  Eq. (3)

Chamamos a atenção para o fato de que o fluxo do campo elétrico é uma grandeza escalar.
A partir da equação (2), constatamos que o fluxo é máximo quando a superfície
é perpendicular ao campo. Nesse caso, a normal à superfície é paralela ao campo θ = 0

Aula 04 Eletromagnetismo 3
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(cos 0˚=1) e o fluxo através da superfície é igual a EA. Se a superfície é paralela ao campo,
a normal é perpendicular ao campo (θ =90º, cos90°=0) e o fluxo é nulo. Isso é mais ou menos
intuitivo, pois, se a superfície é paralela ao campo, este não pode atravessá-la.

A A

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


θ

Figura 3 – Representação da área da superfície como uma grandeza vetorial na definição do fluxo do campo elétrico.

Exemplo 1
Considere uma superfície plana de área A = 4,5 m2 na presença de um campo elétrico
uniforme de módulo E = 2,3 × 104 N/C. Qual o fluxo elétrico através dessa superfície nas
seguintes situações?

a) O campo elétrico é perpendicular à superfície.

b) O campo elétrico é paralelo à superfície.

c) O campo elétrico faz um ângulo θ = 60° com a superfície.

Solução
a) Como o campo é perpendicular à superfície e o vetor área também o é, o ângulo
 é θ = 00 . Usando a equação (2), temos que
 e A
entre E

Φ = (2,3 × 104 N/C) (4,5m2) (cos0°) = 1,04 × 105N.m2/C.


b) .
Se o campo elétrico é paralelo à superfície, ele forma um ângulo θ = 90° com A
Portanto, o fluxo é dado por,
Φ = (2,3 × 104 N/C) (4,5 m2)(cos90°) = 0.

c) Nesse caso, θ = 60°, portanto,


Φ = (2,3 × 104 N/C) (4,5m2)(cos60°) = 5,2 × 104 N.m2/C.

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Atividade 1
Uma placa retangular de lados iguais a a = 20,0 cm e b = 30,0 cm encontra-se numa
região do espaço onde existe um campo elétrico uniforme E  que faz um ângulo
θ  = 45° com a mesma. Se o fluxo através da placa for igual a Φ = 30 × 103 N.m2 /C,
calcule o módulo do campo elétrico E.

sua resposta
A definição de fluxo dada pela equação (3) só vale se o campo elétrico for constante em
módulo e direção sobre toda a superfície em questão. Numa situação geral, isso pode não ser
verdade. A Figura 4 mostra uma superfície de forma arbitrária onde em cada ponto o campo
aponta numa direção diferente em relação à normal. Para calcularmos o fluxo, é necessário
dividir a superfície em um grande número de elementos muito pequenos de área ΔA, de
modo que a variação do campo elétrico sobre o elemento pode ser desprezada. Este pequeno
elemento de superfície pode ser considerado plano. Se definirmos o vetor ΔA  normal a essa
superfície, então, o fluxo elétrico ΔΦ através desse pequeno elemento de área será,

 · ΔA
ΔΦ = E ΔA cos θ = E  Eq. (4)

A
Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).

θ
E

Figura 4 – Representação da área da superfície como uma grandeza vetorial na definição do fluxo do campo.

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Para calcular o fluxo total através da superfície, precisamos somar as contribuições de
todos os elementos, ou seja,

Φ=  · ΔA
E  .

Essa soma é feita sobre todos os elementos de área da superfície fechada representada
nessa figura. Para obtermos uma expressão exata do fluxo do campo elétrico através de uma
superfície fechada, devemos fazer a área de cada elemento aproximar-se de zero. O número
de elementos se aproxima de infinito e a soma é substituída por uma integral, isto é,

 
Φ = lim  · ΔA
E =  · dA
E . Eq. (5)
 0
ΔA→

O símbolo (integral fechada) indica que a integral é feita sobre toda a superfície
(fechada), ou seja, uma superfície gaussiana.

Observe agora a Figura 5. Nela, vemos uma superfície fechada imersa numa região onde
existe um campo elétrico arbitrário não uniforme apontando em média da esquerda para a
direita. Vamos nos concentrar em três pequenos elementos de área da superfície. Na região 1,
o campo elétrico aponta para fora da superfície (ver detalhe na figura). Ele forma um ângulo θ
menor do que 90° com o vetor ΔA  . Na expressão (4), o cosseno é positivo e, portanto, o
fluxo será ΔΦ > 0. É importante salientar que o vetor área aponta sempre para fora de uma
superfície fechada.

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


3

ΔA
θ
θ E
ΔA E
E 2
ΔA
1
3

Figura 5 – Superfície gaussiana de forma arbitrária imersa num campo elétrico.

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Na região 2, o campo é tangencial à superfície sem penetrá-la e de forma que o fluxo
 e ΔA
deve ser nulo. De fato, o ângulo entre E  é θ = 90°, seu cosseno é zero e, portanto, da
equação (4), temos ΔΦ = 0. Por fim, na região 3, vemos que o ângulo entre o campo elétrico e
a área é maior do que 90°, pois o campo está entrando na superfície. O co-seno de θ é negativo
e assim também será o fluxo.

Resumindo: quando o campo elétrico aponta de dentro para fora da superfície, ele
contribui positivamente para o fluxo; quando E  aponta de fora para dentro da superfície,
sua contribuição é negativa. Como o fluxo resultante através da superfície é proporcional ao
número de linhas que penetra a superfície, se mais linhas estiverem saindo da superfície do
que entrando, o fluxo resultante é positivo. No caso oposto, quando mais linhas estiverem
entrando que saindo da superfície, o fluxo resultante é negativo.

Exemplo 2
Neste exemplo, calcularemos o fluxo do campo elétrico através de uma superfície fechada
cilíndrica (superfície gaussiana), mostrada na Figura 6. O campo elétrico é uniforme e aponta
na direção ao longo do eixo do cilindro.

dA θ

E
b
θ
dA dA

a E c E

Superfície gaussiana

Figura 6 – Superfície gaussiana cilíndrica num campo elétrico uniforme

Solução
A integral fechada (5) que nos dá o fluxo pode ser escrita como uma soma de três integrais
abertas. A primeira sobre a base esquerda do cilindro (a); a segunda sobre a superfície lateral
do cilindro (b); e a terceira sobre a base direita do cilindro (c). Temos então,

   
Φ=  · dA
E =  · dA
E +  · dA
E +  · dA
E 
. Eq. (6)
a b c

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Na base esquerda (a), o ângulo θ entre o campo e o vetor área em todos os pontos da
superfície é de 180°. Além disso, E  é constante e todos os vetores dA
 têm a mesma direção
e sentido oposto ao de E  . A integral pode ser simplificada e calculada em quatro etapas,
como segue,
  
E · dA = E(cos 180◦ )dA = −E dA = −EA .

Onde A é a área da base do cilindro. Da mesma forma, podemos calcular o fluxo na área
da direita (c), sabendo que o ângulo θ entre o campo e o vetor área nessa superfície é igual
a 0°. Assim, obtemos
  
  ◦
E · dA = E(cos 0 )dA = +E dA = +EA .

Na superfície lateral do cilindro, o ângulo entre o campo e o vetor área é sempre


θ = 90°, de maneira que obtemos,
 
E · dA = E(cos 90◦ )dA = 0 .
 

Finalmente, substituindo esses resultados em (6), teremos,

Φ = –E A + 0 + E A = 0.

A lei de Gauss

C
omo explicamos anteriormente, o campo elétrico de uma dada distribuição de cargas
pode em princípio ser calculado usando a Lei de Coulomb. No entanto, esse cálculo
pode se tornar muito complicado. A Lei de Gauss é uma forma alternativa de calcular o
campo elétrico baseada no fluxo do campo. Ela pode ser expressa da seguinte maneira:

“O fluxo do campo elétrico Φ através de uma superfície fechada (superfície gaussiana)


multiplicado pela permissividade elétrica ε0 é igual à carga total Q no interior da superfície”.

Em termos matemáticos, temos,

ε0Φ = Q. Eq. (7)

Onde ε0 = 8,85 × 10 C 2/N.m2 é a permissividade elétrica do vácuo.


–12

Devemos chamar a atenção para o fato de que a carga Q é a soma algébrica de todas
as cargas presentes no interior da superfície gaussiana. As cargas externas não contribuem.
Para fixar esta idéia, imaginemos uma superfície gaussiana através da qual o fluxo resultante
é nulo. Nesse caso, podemos afirmar que em (1) não há cargas dentro da superfície, em (2)

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a carga líquida dentro da superfície é nula ou em (3) que o campo elétrico é zero em todos
os pontos sobre a superfície. Todas três afirmativas estão de acordo com a Lei de Gauss e
podem ser verdadeiras.

Observe a Figura 7. A única carga presente encontra-se fora da superfície gaussiana, a


carga total dentro da superfície é nula (Q = 0) e, portanto, de acordo com a equação (7), o
fluxo do campo elétrico nessa superfície é zero.

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


q

Figura 7 - Carga na região exterior da superfície gaussiana.

Na Figura 8, temos três superfícies. Na superfície S o fluxo do campo elétrico é


Φ = q1/ε0. Na superfície S ' a carga no interior da mesma é Q = q2 + q3 e o fluxo do campo
elétrico é Φ = q2 + q3)/ε0. Já na superfície S ˝, a carga no interior da mesma é nula e o fluxo
do campo elétrico é Φ = 0.

q2
Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).

q1

q3
S'

S"

Figura 8 – Superfícies gaussianas envolvendo três regiões distintas.

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Apesar da Lei de Gauss poder ser aplicada para qualquer distribuição de carga, seja ela
discreta ou contínua, ela se revela mais útil nas situações onde existe um elevado grau de
simetria. Por isso, faremos algumas aplicações da mesma nos casos de simetria esférica,
cilíndrica e plana.

A seguir, listamos alguns fatos importantes que resumem o que estudamos até o momento
sobre a Lei de Gauss. (1) As superfícies às quais se refere à Lei de Gauss devem ser fechadas
e são chamadas de superfícies gaussianas. (2) A carga que contribui para o fluxo é apenas a
carga total interna à superfície. As cargas situadas na própria superfície, ou no exterior, não
contribuem para o valor do fluxo. (3) A lei de Gauss se aplica para qualquer tipo de superfície
fechada e para qualquer tipo de distribuição de carga. (4) Se a carga total interna à superfície
for positiva, o fluxo é positivo, pois as linhas de força estão saindo de dentro da superfície. Por
outro lado, se carga total interna à superfície for negativa, o fluxo é negativo, pois as linhas de
força estão entrando na superfície. (5) As cargas externas não contribuem para o fluxo, uma
vez que as linhas de força que delas se originam entram por um lado da superfície e saem pelo
outro, dando uma contribuição líquida igual a zero. E, finalmente, (6) a localização das cargas
no interior da superfície não tem influência no resultado final.

Campo de uma carga pontual


Este é um caso onde existe simetria esférica, pois, como vemos na Figura 9, podemos escolher
como superfície gaussiana uma esfera cujo centro coincide com a posição da carga.

Superfície gaussiana

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


r

dA
q
E

Figura 9 – Cálculo do campo elétrico de uma carga pontual através da Lei de Gauss.

O primeiro passo aqui é calcular o fluxo do campo elétrico através da superfície esférica
de raio r. O vetor do campo elétrico é radial (perpendicular à superfície) e, portanto, é sempre
paralelo ao elemento de área dA  . Como a carga que dá origem ao campo é positiva, o campo
elétrico aponta para fora da superfície, concluímos então que o ângulo entre E  e dA é θ = 0°.
O produto escalar que aparece na integral do fluxo na equação (5) é igual a E dA. Como os

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pontos sobre uma esfera estão eqüidistantes do seu centro, o módulo do campo elétrico deve
possuir o mesmo valor sobre toda a superfície gaussiana. Assim, quando calculamos a integral
sobre a esfera, podemos considerar E constante. O fluxo será dado por
  
 · dA
= ◦
Φ= E E(cos 0 )dA = E dA = EA .

Como a área total da esfera é A = 4πr2, o fluxo será Φ = 4πr2E. Substituindo esse valor
na equação (7) e fazendo Q = |q |, obtemos,

ε0 Φ = 4πr2ε0 E = |q |.

E, portanto,

|q|
E= . Eq. (8)
4πε0 r2

Esta é exatamente a mesma expressão para o campo de uma carga pontual obtida na
aula 3 a partir da Lei de Coulomb.

Uma extensão do resultado acima é que uma superfície esférica uniformemente carregada
comporta-se, para pontos externos, como se toda a sua carga estivesse concentrada no seu
centro, o que pode ser visto na Figura 10. Vemos que o campo produzido pela esfera a uma
distância do seu centro maior que seu raio calculado através da Lei de Gauss é idêntico àquele
de uma carga pontual.

E E

q q

Figura 10 – Campo elétrico produzido por uma carga pontual e uma esfera de mesma carga.

Exemplo 3
Uma esfera de raio R=10 cm está uniformemente carregada e possui uma carga positiva
de módulo a |q| = 5,0 × 10–8C. Calcule o módulo campo elétrico a uma distância r = 3,0 m
do centro da esfera.

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Solução
O campo de esfera carregada a uma distância maior que o raio da esfera é igual ao campo
produzido por uma carga pontual no centro da esfera. Aqui este é o caso, pois r > R. Portanto,
usando a equação (8), temos,

|q| −8 C
9 2 2 5, 0 × 10
E= = (9, 0 × 10 N · m /C ) = 50 N/C .
4πε0 r2 (3, 0)2 m2

Atividade 2
Qual a carga de uma esfera de raio R = 50 cm se o módulo do campo
elétrico por ela produzido a uma distância r = 1,0 m do seu centro vale
E = 3,0 × 102 N/C?
sua resposta

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Campo de uma linha de carga


Figura 11 mostra uma linha de carga infinita com uma densidade linear de carga λ, carga

A por unidade de comprimento. Estamos interessados em calcular o campo elétrico a uma


 é perpendicular
distância r da linha. A simetria da distribuição de carga sugere que E
à linha de carga e orientado para fora, pois a linha está carregada positivamente.

Superfície gaussiana cilíndrica

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


E
A

A

Figura 11 – Cálculo do campo elétrico de uma linha de carga

A superfície gaussiana a ser usada deve possuir a mesma simetria do problema, que
é cilíndrica. Considere então uma superfície gaussiana na forma de um cilindro de raio r e
comprimento h co-axial com a linha. Lembre que a superfície gaussiana deve ser fechada de
forma que devemos incluir as duas bases do cilindro como parte da mesma. Como todos os
pontos da superfície cilíndrica estão a uma mesma distância da linha, o campo elétrico tem
magnitude constante e é perpendicular à superfície em cada ponto.
 , sendo dirigido radialmente,
Não há um fluxo através das bases do cilindro porque E
permanece paralelo à superfície para todos os pontos.

A integral do fluxo elétrico nesta parte cilíndrica da superfície gaussiana será simplesmente
o módulo do campo vezes a área do cilindro, ou seja, EA. A área do cilindro é igual a
A = 2πrh, de maneira que o fluxo através do cilindro é Φ = 2πrhE.

Falta calcular o fluxo através das bases do cilindro. Porém, como E  · dA é paralelo a
 , concluímos que o fluxo elétrico nas bases
essas superfícies, ou seja, ele é perpendicular a dA
é zero. Portanto, o fluxo total do campo elétrico através da superfície gaussiana cilíndrica
fechada é
Φ = 2πrhE.

Para aplicar a Lei de Gauss, devemos agora calcular a carga total dentro de nossa
superfície gaussiana. Como o comprimento do cilindro é h, a carga total ali dentro é
Q = λh. Aplicando a Lei de Gauss, obtemos

ε0 Φ = ε0 E =Q ,
 · dA

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ou seja,

ε02πrhE = λh.

De onde calculamos o campo

λ Eq. (9)
E= .
2πε0 r

Observe que o campo elétrico de uma distribuição de carga com simetria cilíndrica diminui
com o inverso da distância (1/r), enquanto o campo de uma carga pontual varia com 1/r2.
É importante salientar que esse resultado também é válido para o caso de um cilindro carregado
e infinito, desde que a distância r ao eixo do cilindro na qual estamos calculando o campo seja
maior que o raio do cilindro.

Exemplo 4
Um bastão de plástico fino e muito longo tem uma densidade linear de carga
λ = 2,0 × 10 -6 C/m . Calcule o campo elétrico a uma distância de r = 50cm do bastão.

Solução
Como o bastão é muito longo, podemos usar a expressão para uma linha infinita de carga,
ou seja, a equação (9). Temos então

λ 2, 0 × 10−6 C/m
E= = = 7, 2 × 104 N/C .
2πε0 r 2(3, 14)(8, 85 × 10−12 C 2 /N.m2 )(0, 50 m)

Atividade 3
O módulo do campo elétrico a uma distância d = 30,0cm de um cilindro infinito
de raio R = 5,0cm vale E = 500 N/C. Qual a sua densidade linear de carga λ?

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Campo elétrico de um plano infinito carregado
Nosso problema é determinar o campo de objeto que tem simetria plana, um plano não
condutor, infinito, com uma densidade superficial de carga uniforme, ou seja, carga por unidade
de área σ. Podemos imaginar uma chapa fina de plástico que adquire uma carga uniforme
quando atritada em um dos lados (Figura 12).

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).


E

Cilindro gaussiano

Figura 12 – Plano infinito uniformemente carregado

Por razões de simetria, a única direção preferencial é a direção perpendicular ao plano.


Assim, o campo elétrico deve ser normal ao plano e, se o plano estiver carregado positivamente,
ele deve apontar para fora do plano. Portanto, ele aponta em direções opostas em cada lado
do plano, como vemos na figura. Podemos também supor que, para pontos situados em lados
opostos do plano, o campo deverá ter a mesma magnitude. Nessas condições, a superfície
gaussiana mais indicada é um cilindro fechado que atravessa o plano perpendicularmente ao
mesmo. Tomemos um cilindro com bases eqüidistantes do plano e de área A.

Para calcular o fluxo do campo elétrico, primeiramente observamos que uma vez que E 
,
é paralelo à secção lateral da superfície gaussiana cilíndrica e, portanto, perpendicular a dA
o fluxo através da mesma é zero; o campo não a atravessa.

Em cada uma das duas bases do cilindro, o fluxo é simplesmente EA e concluímos assim
que o fluxo total através da superfície gaussiana é Φ = 2EA.

A carga total no interior da superfície gaussiana é igual à área A vezes a


densidade superficial de carga do plano σ, ou seja, Q = σA. Aplicando a Lei de Gauss
ε0Φ = Q, temos:

ε02EA = σA.

Aula 04 Eletromagnetismo 15
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E, portanto,

σ Eq. (10)
E= .
2ε0

Observando que o campo elétrico produzido por um plano infinito carregado não depende
da distância ao plano. Isto é, o campo tem o mesmo valor em todos os pontos do espaço, é,
portanto, uniforme.

Atividade 4
Qual o valor do campo elétrico a uma distância D = 2,0m de um plano infinito
que possui uma densidade de carga de valor σ = 1,0 nC/m2 na sua superfície?
sua resposta

16 Aula 04 Eletromagnetismo
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Um condutor isolado carregado

N
a aula 2, vimos que existem materiais isolantes e materiais condutores. Nos isolantes,
as cargas não podem se mover com facilidade; num condutor, por exemplo, o cobre,
algumas cargas, os chamados elétrons de condução, não estão presas aos átomos
e são livres para se mover dentro do material. As situações que estamos estudando aqui são
estáticas, ou seja, não há movimento de carga elétrica dentro do condutor. Dizemos então que
ele está em equilíbrio eletrostático. Nessas condições, se o condutor está isolado apresenta
algumas propriedades muito importantes que discutiremos a seguir.

A primeira é que o campo elétrico é nulo em qualquer ponto dentro do condutor. Se


o campo não fosse nulo, ele exerceria uma força sobre elétrons de condução presentes
no material condutor e surgiriam correntes internas. Mas, como o condutor está isolado e
encontra-se em equilíbrio, estas correntes devem ser nulas. Durante uma fração de segundo,
antes do condutor entrar em equilíbrio, aparecem correntes internas que agem rapidamente
para redistribuir a carga de modo que o campo elétrico dentro do condutor se anula.
Quando o equilíbrio é atingido, essas correntes deixam de existir. Concluímos assim que o
equilíbrio eletrostático só pode existir se campo elétrico dentro do condutor for nulo.

Superfície gaussiana

Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).

Figura 13 – Superfície gaussiana dentro de um condutor isolado

A segunda propriedade é que, se o condutor isolado tiver um excesso de carga, toda


essa carga se deslocará para a superfície do mesmo. Não haverá carga líquida no interior do
condutor. Isso pode ser demonstrado com o auxílio da Lei de Gauss.

Observe a Figura 13 que representa a seção transversal de um condutor isolado de forma


arbitrária no qual traçamos uma superfície gaussiana na sua parte interna, mas situada logo
abaixo da superfície do condutor. Como o campo elétrico dentro de um condutor em equilíbrio
eletrostático é nulo, ele também será nulo em todos os pontos da superfície gaussiana, já
que a mesma também se encontra dentro do condutor. Consequentemente, o fluxo através

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da superfície gaussiana será nulo e, de acordo com a Lei de Gauss, a carga líquida dentro da
superfície gaussiana é nula. Como essa superfície está arbitrariamente próxima da superfície
do condutor, concluímos que qualquer excesso de carga se encontra necessariamente na
superfície externa do condutor.

Finalmente, a terceira propriedade nos diz que o campo elétrico na parte externa ao
condutor carregado nas proximidades da sua superfície (E  ) é perpendicular à superfície
do condutor. Se o campo tivesse uma componente paralela à superfície, essa componente
exerceria uma força sobre as cargas, que criaria correntes superficiais para redistribuir as
cargas, retirando assim o condutor do equilíbrio eletrostático.

O módulo do campo pode ser calculado usando a Lei de Gauss. Suponha um condutor
positivamente carregado que possui uma densidade superficial de carga σ (carga por unidade
de área). Na Figura 14, mostramos uma superfície gaussiana na forma de um pequeno cilindro
cuja área da base é A. Uma parte do cilindro está no interior do condutor e a outra do lado de
fora, com as bases paralelas à superfície do condutor. A parte lateral do cilindro é perpendicular
à superfície. Como o campo também é normal à superfície, ele não atravessa a lateral do
cilindro e o fluxo é zero. Restam as duas bases. Naquela que está dentro do condutor, o
fluxo também é nulo porque o campo elétrico é zero dentro do condutor. Finalmente, na
base exterior, o campo é normal a mesma e, portanto, o fluxo é igual a EA. A carga total
no interior da superfície gaussiana em questão é igual à área da superfície do condutor
delimitada pelo pequeno cilindro (A) vezes a densidade superficial de carga σ, ou seja, Q = σA.
Usando a Lei de Gauss (ε0Φ = Q), obtemos para o módulo do campo elétrico

σ Eq. (11)
E= .
ε0

Observe que, comparando esse resultado com a equação (10), o campo elétrico é o dobro
do campo de um plano infinito.

A
Fonte: Serway e Jewett Júnior (2008).

Superfície
gaussiana

Figura 14 – Superfície gaussiana usada para calcular o campo na superfície de um condutor carregado.

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Resumo
Nesta aula, estudamos o conceito de fluxo do campo elétrico e definimos a Lei de
Gauss. Aprendemos como calcular o campo aplicando esta lei nos casos simples,
onde a distribuição de cargas tem simetria esférica, cilíndrica e plana. Vimos
também o comportamento do campo elétrico de condutores carregados isolados.

Autoavaliação
Considere uma superfície gaussiana (imaginária ou real) através da qual o fluxo do
1 campo elétrico é nulo. Com relação a essa superfície, identifique qual (ou quais) das
afirmações listadas a seguir é (ou são) verdadeira.

a) Não há corpos carregados dentro da superfície. ( )

b) É nula a carga líquida dentro da superfície. ( )

c) O campo elétrico é zero em todos os pontos sobre a superfície. ( )

d) O número de linhas de força que entram na superfície iguala o número de linhas que
saem da superfície. ( )

A Figura 15 mostra três pedaços de plástico carregados e uma moeda eletricamente


2 neutra. As seções transversais de duas superfícies gaussianas estão indicadas.
Suponha que Q2 = 2nC, Q3 = 4nC e Q4 = 6nC. Determine o fluxo do campo
elétrico através de cada uma das superfícies S1 e S2 mostradas na figura.

S1

S2
Q2

Q3

Q4

Figura 15 – Três pedaços de plástico carregados e uma moeda neutra

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Uma casca esférica isolante está carregada uniformemente com carga positiva.
3 Nessas condições, podemos afirmar que o campo elétrico:

a) é nulo em qualquer ponto no interior da casca.

b) é nulo apenas no centro da casca.

c) é nulo no centro da casca e no exterior.

d) é nulo em todos os pontos interiores e exteriores.

Uma esfera metálica, maciça, isolada, de raio R está eletrizada com carga elétrica
4 Q. No centro da esfera, o valor do módulo do campo elétrico é:

a) nulo.

b) proporcional a QR 2

c) proporcional a QR.

d) proporcional a QR –2.

e) proporcional a QR –1.

Nas mesmas condições da questão anterior, podemos dizer que o campo elétrico
5 em um ponto interior, mas que não seja no centro:

a) é nulo.

b) apontará em direção ao centro.

c) apontará para fora do centro.

d) seu módulo é proporcional a Q, mas independe de R.

e) seu módulo é proporcional a R, mas independe de Q.

Ainda com relação à questão anterior, se em vez de uma esfera maciça, tivermos
6 uma casca oca, podemos dizer que o campo elétrico:

a) será nulo em qualquer ponto interior.

b) será nulo apenas no centro.

c) seu módulo alcançará seu valor máximo exatamente no centro.

d) imediatamente fora da superfície da casca será tangente a ela.

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Referências
SEARWAY, Raymond A.; JEWETT JÚNIOR, John W. Princípios de física: eletromagnetismo.
São Paulo: Cengage Learning, 2008. v 3.

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: eletromagnetismo. 10. ed.
São Paulo: John Wiley & Sons, 2001. v 3.

NUSSENZVEIGG, Herch Moysés. Curso de física básica: eletromagnetismo. São Paulo: Edgard
Blücher, 1997.

Anotações

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Anotações

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Eletromagnetismo – FÍSICA

EMENTA

AUTORES

> Joel Câmara de Carvalho Filho

> Ranilson Carneiro Filho

AULAS

01 O eletromagnetismo

02 Eletrostática

03 O campo elétrico

04 A lei de Gauss

05 O potencial elétrico – Parte 1

06 O potencial elétrico – Parte 2

07 Capacitância

08 Corrente e Resistência Elétricas

09 Circuitos de corrente contínua


Impresso por: Gráfica Texform

10 O campo magnético

11 A lei de Ampère

12 A lei de Faraday e as equações de Maxwell

13 Aplicações do eletromagnetismo
1º Semestre de 2009

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