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Capitalização Simples

Os juros crescem de forma linear ao longo do tempo;


Por quê?
A taxa de juros incide somente sobre o capital inicial, também chamado de
principal (não há “juros sobre juros”).

(a) VP (PV): é o valor presente do capital, ou seja, o principal;


(b) i: é a taxa de juros periódica (interest rate);
(c) J: são os juros acumulados, expressos em unidades monetárias;
(d) VF (FV): é o valor futuro de uma capital (ou montante), isto é, o principal
somado aos juros acumulados até certo momento.
(e) n: é o prazo que o principal fica aplicado/emprestado.
Fórmula do valor dos juros acumulados:
𝐉 = 𝐕𝐏 × 𝐢 × 𝐧
Logo:
𝐕𝐏 = j/i x n
I = j/vp x n
N = j/vp x i
Exemplo I
Um capital de R$ 80.000,00 é aplicado à taxa de 2,5% ao mês durante um
trimestre. Determine o valor dos juros acumulados neste período.
𝐉 = 𝐕𝐏 × 𝐢 × 𝐧
𝐉 = 𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎 × 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 × 𝟑
𝐉 = 𝐑$ 𝟔. 𝟎𝟎
Exemplo II
Um negociante tomou um empréstimo pagando uma taxa de juros simples de
6% ao mês, durante nove meses. Ao final deste período, calculou em R$
270.000,00 o total dos juros incorridos na operação. Determine o valor do
empréstimo.
𝐕𝐏 = 𝐉/ 𝐢 × 𝐧
𝐕𝐏 = 𝟐𝟕𝟎. 𝟎𝟎𝟎/ 𝟎, 𝟎𝟔 × 9 = 𝟐𝟕𝟎. 𝟎𝟎𝟎 /𝟎,54 = 𝐑$ 𝟓𝟎𝟎. 𝟎𝟎
Exemplo III
Um capital de R$ 40.000,00 ficou aplicado em um investimento por 11 meses,
produzindo um rendimento financeiro de R$ 9.680,00. Pede-se para apurar a
taxa de juros oferecida por esta operação.
𝐢 = 𝐉 /𝐕𝐏 × 𝐧
𝐢 = 𝟗. 𝟔𝟖𝟎 /𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎 × 11 = 𝟗. 𝟔𝟖𝟎/ 𝟒𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟐 = 𝟐, 𝟐% 𝐚. 𝐦.
Exemplo IV
Uma aplicação de R$ 250.000,00, rendendo uma taxa de juros de 1,8% ao
mês, produz, ao final de determinado período, juros no valor de R$ 27.000,00.
Calcule o prazo da aplicação.
𝐧 = 𝐉 /𝐕𝐏 × i
𝐧 = 𝟐𝟕. 𝟎𝟎𝟎/ 𝟐𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎 × 0,018 = 𝟐𝟕. 𝟎𝟎𝟎/ 𝟒. 𝟓𝟎𝟎 = 𝟔 𝐦𝐞𝐬𝐞𝐬

Valor Futuro (Montante)


Formula do valor futuro de um capital: 𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 + 𝐉
Como 𝐉 = 𝐕𝐏 × 𝐢 × 𝐧:
𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 + 𝐕𝐏 × 𝐢 × 𝐧
𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 × (𝟏 + 𝐢 × 𝐧)
VP por VF
Como 𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 × (𝟏 + 𝐢 × 𝐧):
𝐕𝐏 = 𝐕𝐅 / (𝟏 + 𝐢 × 𝐧) =
𝐕𝐅 × 𝟏 / (𝟏 + 𝐢 × 𝐧)

Fatores do Regime Simples


(a) Fator de capitalização de juros simples (FCS) (ou de valor futuro):
 “(𝟏 + 𝐢 × 𝐧)”.
Ao multiplicar um capital por FCS: Os juros são somados ao principal; e
chega-se ao valor futuro do capital.
(b) Fator de atualização de juros simples (FAS) (ou de valor presente):
 “𝟏/(𝟏 + 𝐢 × 𝐧)”.
Ao multiplicar um capital por FAS:
Os juros são subtraídos de seu valor futuro; e chega-se ao valor presente do
capital.
Fatores do Regime Simples
𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 × (𝟏 + 𝐢 × 𝐧)
𝐕𝐏 = 𝐕𝐅 × 𝟏 /(𝟏 + 𝐢 × 𝐧)
Exemplo V
Uma pessoa aplica R$ 18.000,00 à taxa de 1,5% ao mês, durante 8 meses.
Determine o valor acumulado ao final deste período.
𝐕𝐅 = 𝐕𝐏 × (𝟏 + 𝐢 × 𝐧)
𝐕𝐅 = 𝟏𝟖. 𝟎𝟎𝟎 × (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 × 𝟖)
𝐕𝐅 = 𝟏𝟖. 𝟎𝟎𝟎 × 𝟏, 𝟏𝟐 = 𝐑$ 𝟐𝟎. 𝟏𝟔
Exemplo VI - Fixação
Uma dívida de R$ 900.000,00 irá vencer em 4 meses. O credor está
oferecendo um desconto de 7% ao mês, caso o devedor deseje antecipar o
pagamento para hoje. Calcule o valor que o devedor pagará se antecipar a
liquidação da dívida.
𝐕𝐏 = 𝐕𝐅/ (𝟏 + 𝐢 × 𝐧) = 𝟗𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 /(𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟕 × 𝟒) = 𝟗𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 /𝟏, 𝟐𝟖 = 𝐑$ 𝟕𝟎𝟑.
𝟏𝟐

Prazos
Toda operação envolve dois prazos:
(a) Prazo a que se refere a taxa de juros contratada:
Medida de tempo considerada pela taxa que é definida no contrato.
(b) Prazo de capitalização (ocorrência) dos juros:
Intervalo de tempo periódico em que há incidência de juros. 
Obs.: (a) e (b) podem ou não ser iguais!
Exemplo de inequidade entre (a) e (b):
Como a taxa Selic está maior do que 8,5% ao ano, a Caderneta de Poupança
paga aos seus depositantes uma taxa de juros de 6% ao ano, a qual é
capitalizada ao principal todo mês por meio de um percentual proporcional de
0,5%. - Tem-se aqui, então, dois prazos:
Prazo da taxa (a): ano; e
Prazo de capitalização (b): mês.
Se (a) e (b) forem diferentes:
Transforma-se o prazo da taxa no prazo de capitalização. Como?
Por meio de taxas proporcionais ou equivalentes.
Taxa Proporcional (𝐢𝐩)
Também chamada de taxa linear ou “nominal”;
Obtida da divisão entre a taxa de juros cotada e o número de vezes que
ocorrerão os juros:
𝐢𝐩𝐫𝐨𝐩 = 𝐓𝐚𝐱𝐚 𝐝𝐚 𝐨𝐩𝐞𝐫𝐚çã𝐨 /𝐪
Em que: q = número de períodos de capitalização dentro de (a)
A Caderneta de Poupança paga aos seus depositantes uma taxa de juros de
6% ao ano com capitalização mensal:
Número de períodos de capitalização:
12 (1 ano tem 12 meses).
Percentual de juros que incidirá sobre o capital a cada mês:
𝐢𝐩𝐫𝐨𝐩 = 𝟔% 𝟏𝟐 = 𝟎, 𝟓% 𝐚𝐨 mês
Por que proporcional?
Duas taxas, x e y, são proporcionais, se:
- Para intervalos de tempo diferentes, medidos em unidades iguais:
𝐧𝐱 /𝐧𝐲 = 𝐢𝐱/ 𝐢𝐲
Em que:
nx = intervalo de tempo do prazo de x; ix = taxa de juros mensurada no prazo
de x; ny = intervalo de tempo do prazo de y; e iy = taxa de juros mensurada no
prazo de y.
A Caderneta de Poupança (com intervalos de tempo em meses):
𝐧𝐱/ 𝐧𝐲 = 𝐢𝐱/ 𝐢𝐲
𝟏𝟐 /𝟏 = 𝟔%/ 𝟎, 𝟓% = 𝟏2
A Caderneta de Poupança (com intervalos de tempo em anos):
𝐧𝐱/ 𝐧𝐲 = 𝐢𝐱/ 𝐢𝐲
𝟏/ 𝟏/𝟏𝟐 = 𝟔% 𝟎, 𝟓% = 𝟏𝟐
Duas taxas são equivalentes quando:
Aplicadas a um mesmo capital; e Pelo mesmo intervalo de tempo (expresso
em unidades diferentes):
- Produzem o mesmo volume de juros (J) / Montante (VF).
Taxas Equivalentes - JS 
Duas taxas, x e y, são equivalentes, no regime de juros simples, se:
- Para intervalo de tempo iguais, medidos em unidades diferentes:
𝐧𝐱 × 𝐢𝐱 = 𝐧𝐲 × 𝐢𝐲
Em que: nx = intervalo de tempo medido no prazo de x; ix = taxa de juros
mensurada no prazo de x; ny = intervalo de tempo medido no prazo de y; e iy =
taxa de juros mensurada no prazo de y.
Observação Importante I 
No regime de juros simples:
A taxas proporcionais (nominais ou lineares) são taxas equivalentes!

Exemplo VII
Calcule a taxa de juros semestral proporcional/equivalente a 60% ao ano e
mostre a equivalência entre as taxas para um capital inicial de R$ 100.
 Taxa semestral proporcional/equivalente:
nx × ix = ny × iy = 1 × i semestral = 0,5 × 60% = 30% a. s. 
Equivalência:
J = VP × i × n = 100 × 0,6 × 0,5 = 100 × 0,3 × 1 = R$ 30
VF = VP × 1 + i × n = 100 × 1 + 0,6 × 0,5 = 100 × 1 + 0,3 × 1 = R$ 130
Exemplo VIII
Calcule a taxa de juros bimestral proporcional/equivalente a 9% ao mês e
mostre a equivalência entre as taxas para um capital inicial de R$ 100.
 Taxa bimestral proporcional/equivalente:
nx × ix = ny × iy = 1 × i bimestral = 2 × 9% = 18% a. b. 
Equivalência:
J = VP × i × n = 100 × 0,09 × 2 = 100 × 0,18 × 1 = R$ 18
VF = VP × 1 + i × n = 100 × 1 + 0,09 × 2 = 100 × 1 + 0,18 × 1 = R$ 118
Equivalência Financeira
Ocorre quando dois ou mais capitais:
Com diferentes datas de vencimento; e Considerando a mesma taxa de juros;
- Produzem, em uma mesma data (data focal), resultados iguais.
 Equação geral (juros simples) para data focal = 0:
𝐂𝟏 /(𝟏 + 𝐢 × 𝐭𝟏) = 𝐂𝟐/ (𝟏 + 𝐢 × 𝐭𝟐) = 𝐂𝟑/ (𝟏 + 𝐢 × 𝐭𝟑) = 𝐂𝐧 /(𝟏 + 𝐢 × 𝐭𝐧)
Exemplo IX
Mostre que R$ 438.080 vencíveis daqui a 8 meses é equivalente a se receber
hoje R$ 296.000, admitindo uma taxa de juros simples de 6% ao mês.
𝐃𝐚𝐭𝐚 𝐟𝐨𝐜𝐚𝐥 𝟖: 𝐕𝐅 = 𝟐𝟗𝟔. 𝟎𝟎𝟎 × (𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟔 × 𝟖)
0-----------------------------------------------------------------------------------8
296.000 438.080
𝐃𝐚𝐭𝐚 𝐟𝐨𝐜𝐚𝐥 𝟎: 𝐕𝐏 = 𝟒𝟑𝟖. 𝟎𝟖𝟎 × 𝟏 /(𝟏 + 𝟎, 𝟎𝟔 × 𝟖)

Observação Importante II
Na equivalência financeira em juros simples:
Os prazos não podem ser desmembrados (fracionados) sob pena de alterar
os resultados; Por quê? - O fracionamento dos prazos resulta na incidência
de juros sobre juros (capitalização composta).

Exemplo X
Admita um capital de R$ 100 aplicado:
(a) Durante dois anos à taxa de juros simples de 20% ao ano.
(b) Durante 1 ano à taxa de juros simples de 20% ao ano, e, logo na
sequência, aplicado por mais 1 ano à mesma taxa.

Exemplo IX
𝐕𝐅 = 𝟏𝟎𝟎 × (𝟏 + 𝟎, 𝟐 × 𝟏) 𝐕𝐅 = 𝟏𝟐𝟎 × (𝟏 +
𝟎, 𝟐 × 𝟏)
100 120 144
0---------------------------------------------------1----------------------------------------------2
100 140
𝐕𝐅 = 𝟏𝟎𝟎 × (𝟏 + 𝟎, 𝟐 × 𝟐)
 Consequência do problema de fracionamento de n para JS:
A equivalência depende da data de comparação escolhida (data focal);
A matemática financeira não consegue definir qual deve ser a data focal;
Na prática: a definição da data focal em problemas de substituição de
pagamentos no JS deve ser decidida entre as partes.
Exemplo XI - Fixação
Assuma que uma empresa deva ao banco os seguintes pagamentos:
R$ 50.000,00 em 4 meses; e
R$ 80.000,00 em 8 meses.
O banco exige uma taxa de juros simples de 2,0% ao mês. Suponha que a
empresa esteja avaliando um novo esquema de pagamento, em substituição
ao original. A proposta envolve pagar:
R$ 10.000,00 hoje; 
R$ 30.000,00 em 6 meses; e
O restante em 12 meses.
Calcule o pagamento restante após 12 meses para as seguintes datas focais:
(a) Hoje.
(b) Final do décimo segundo mês.
𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝟓𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝟑𝟎. 𝟎𝟎𝟎 𝟖𝟎. 𝟎𝟎𝟎 x
0-------------4-------------5-----------------8----------12 (meses)
 Data focal t = 0:
50.000/ (1 + 0,02 × 4) + 80.000/ (1 + 0,02 × 8) = 10.000 + 30.000 /(1 + 0,02 × 6)
+ X/ (1 + 0,02 × 12) 46.296,30 + 65.965,50 = 10.000 + 26.785,70 + X /1,24 X =
R$ 97.310,40
 Data focal t = 12:
- Proposta original:
VF = 50.000 × 1 + 0,02 × 8 + 80.000 × 1 + 0,02 × 4 = R$ 144.400
- Proposta alternativa:
10.000 × 1 + 0,02 × 12 + 30.000 × 1 + 0,02 × 6 + X = 144.400 46.000 + X =
144.400 X = R$ 98.400
O que é a taxa de retorno?
A taxa de retorno é um conceito fundamental no campo das finanças e
investimentos. Ela é amplamente utilizada para avaliar o desempenho de um
investimento ao longo do tempo e comparar diferentes oportunidades de
investimento.
Em suma, a taxa de retorno mede a rentabilidade ou lucratividade de um
investimento, expressando o ganho ou perda relativa em relação ao valor
inicial investido.

Importância da taxa de retorno

A compreensão da taxa de retorno é crucial para investidores e tomadores de


decisão financeira, pois fornece informações valiosas sobre o desempenho e a
viabilidade de um investimento.
Ao calcular a taxa de retorno, os investidores podem avaliar se um
determinado investimento está gerando retornos satisfatórios ou se é mais
vantajoso buscar outras alternativas.
Além disso, a taxa de retorno também é utilizada para comparar
diferentes investimentos. Ao analisar as taxas de retorno de diferentes
opções, os investidores podem identificar quais oferecem o melhor potencial
de lucro e, assim, tomar decisões informadas sobre como alocar seus recursos
financeiros.

Interpretação da taxa de retorno


A interpretação da taxa de retorno de um investimento é crucial para
compreender seu desempenho e tomar decisões financeiras informadas.
Ao analisar a taxa de retorno, é essencial considerar diversos fatores, como o
contexto do investimento, os objetivos financeiros e as expectativas
do investidor.
Uma taxa de retorno positiva indica que o investimento gerou lucro em
relação ao valor inicial investido. Por exemplo, se um investimento de
R$10.000 resultar em um retorno de R$12.000, a taxa de retorno será de
20%. Isso significa que o investimento teve um desempenho positivo, gerando
um lucro de 20% em relação ao valor investido.
No entanto, apenas a taxa de retorno não é suficiente para uma análise
completa. É essencial considerar outros fatores, como o tempo de duração do
investimento, o risco envolvido e as expectativas de mercado. Investimentos
de maior risco geralmente têm o potencial de gerar taxas de retorno mais altas,
mas também apresentam maior volatilidade e incerteza.
Por outro lado, investimentos de menor risco podem proporcionar taxas de
retorno mais baixas, mas com maior estabilidade.
Ao avaliar a taxa de retorno, é importante compará-la com indicadores de
referência relevantes.
Por exemplo, se o mercado de ações tiver um desempenho geral de 15% em
um determinado período, um investimento com uma taxa de retorno de 10%
pode ser considerado abaixo da média, enquanto um investimento com uma
taxa de retorno de 20% pode ser considerado acima da média.
Outro aspecto importante na interpretação da taxa de retorno é considerar as
necessidades e objetivos individuais do investidor. Cada pessoa possui metas
financeiras diferentes e um nível de tolerância ao risco variado.
Um investimento com uma taxa de retorno mais baixa, mas com
menor volatilidade, pode ser preferível para investidores mais conservadores,
que priorizam a preservação do capital.
Por outro lado, investidores mais agressivos podem buscar investimentos com
taxas de retorno mais altas, mesmo que isso envolva maior risco.
A interpretação da taxa de retorno também pode ser influenciada por fatores
econômicos e de mercado. Em períodos de recessão econômica
ou instabilidade financeira, as taxas de retorno podem ser afetadas
negativamente.
Por outro lado, em períodos de crescimento econômico, as taxas de retorno
tendem a ser mais favoráveis. Portanto, é importante considerar o ambiente
econômico atual ao interpretar a taxa de retorno de um investimento.
Para ilustrar a interpretação da taxa de retorno com exemplos do mundo real,
vamos considerar o setor imobiliário e o mercado de ações.
No setor imobiliário, a taxa de retorno pode ser avaliada através do cálculo
do retorno sobre o investimento (ROI). Suponha que um investidor compre
um imóvel por R$500.000 e, após um ano, consiga vendê-lo por R$600.000.
O cálculo do ROI seria:
ROI = ((Valor de Venda - Valor de Compra) / Valor de Compra) * 100
ROI = ((600.000 - 500.000) / 500.000) 100 ROI = (100.000 / 500.000) 100
ROI = 0,2 * 100 ROI = 20%
Nesse caso, o investimento imobiliário obteve um ROI de 20%, o que pode
ser considerado um desempenho sólido.
No mercado de ações, a taxa de retorno pode ser calculada com base na
valorização do preço das ações e nos dividendos recebidos. Suponha que um
investidor compre ações de uma determinada empresa por R$10 por ação.
Após um ano, o preço das ações subiu para R$12 e o investidor recebeu
R$0,50 em dividendos por ação. O cálculo da taxa de retorno seria:
Taxa de Retorno = ((Valor Final - Valor Inicial + Dividendos) / Valor Inicial)
* 100
Taxa de Retorno = ((12 - 10 + 0,50) / 10) 100 Taxa de Retorno = (2,50 /
10) 100 Taxa de Retorno = 0,25 * 100 Taxa de Retorno = 25%
Nesse exemplo, o investimento em ações obteve uma taxa de retorno de 25%,
o que indica um bom desempenho.
É importante ressaltar que os exemplos fornecidos são simplificados e a taxa
de retorno pode variar dependendo de diversos fatores, como o desempenho
específico do mercado, riscos associados ao investimento e flutuações
cambiais.
Portanto, é recomendado realizar uma análise aprofundada e considerar
diversas fontes de informação antes de tomar decisões de investimento.

Fatores que influenciam a taxa de retorno.


A taxa de retorno de um investimento pode ser influenciada por uma
variedade de fatores que afetam seu desempenho financeiro e risco associado.
É importante entender esses fatores para tomar decisões de investimento
informadas e maximizar os retornos. Vamos explorar alguns dos principais
fatores que podem influenciar a taxa de retorno de um investimento:

1. Mercado Financeiro e Econômico

O ambiente econômico e as condições gerais do mercado financeiro têm um


impacto significativo na taxa de retorno dos investimentos. O desempenho do
mercado de ações, as taxas de juros, a inflação, as políticas governamentais
e os eventos econômicos globais podem influenciar diretamente o retorno de
um investimento.
Por exemplo, em períodos de recessão econômica, é comum que a taxa de
retorno dos investimentos seja afetada negativamente, enquanto em períodos
de crescimento econômico robusto, os investimentos tendem a gerar retornos
mais favoráveis.

2. Risco do Investimento

O risco é um fator importante a considerar ao avaliar a taxa de retorno.


Investimentos com maior risco geralmente apresentam a possibilidade de
maiores retornos, mas também trazem consigo a chance de perdas
significativas.
A relação entre risco e retorno varia de acordo com cada tipo de
investimento. Ativos de renda fixa, como títulos do governo, tendem a ter
retornos mais estáveis, porém mais baixos. Já investimentos em ações ou em
mercados emergentes possuem maior volatilidade, o que pode resultar em
retornos mais elevados, mas também em riscos aumentados.

3. Prazo de Investimento

O prazo de investimento é outro fator que influencia a taxa de retorno. Em


geral, quanto mais longo o prazo de investimento, maior a probabilidade de
obter retornos mais elevados.
Investimentos de longo prazo têm a vantagem de permitir que o dinheiro
cresça e se beneficie dos juros compostos ao longo do tempo. No entanto, é
importante lembrar que o prazo de investimento também está relacionado ao
risco, uma vez que eventos imprevisíveis podem ocorrer ao longo de períodos
mais extensos.

4. Diversificação do Portfólio

A diversificação do portfólio é uma estratégia fundamental para gerenciar o


risco e maximizar a taxa de retorno. Ao investir em uma variedade de ativos,
setores ou regiões geográficas, o investidor reduz a exposição a riscos
específicos e aumenta as chances de obter retornos mais consistentes.
A diversificação pode ser alcançada por meio de investimentos em diferentes
classes de ativos, como ações, títulos, imóveis e commodities. Ela ajuda a
mitigar o risco de perdas significativas em um único investimento e aumenta a
probabilidade de obter um desempenho equilibrado em todo o portfólio.

5. Desempenho da Empresa e Setor

O desempenho da empresa ou setor em que se investe também pode


influenciar a taxa de retorno. Empresas sólidas, com histórico de crescimento
e lucratividade, tendem a gerar retornos mais favoráveis para os investidores.
Por outro lado, empresas em dificuldades financeiras ou em setores de baixo
desempenho podem resultar em retornos mais baixos ou até mesmo negativos.
É importante realizar análises fundamentalistas e acompanhar as notícias e
tendências do setor para avaliar o potencial de retorno antes de investir.

6. Política de Dividendos e Juros

Para investimentos em ações e títulos de renda fixa, a política de dividendos e


juros da empresa ou emissor é um fator importante na determinação da taxa de
retorno. Empresas que pagam dividendos consistentes e crescentes ao longo
do tempo podem fornecer uma fonte adicional de retorno para os investidores.
Da mesma forma, títulos com juros atrativos podem gerar uma renda estável
e previsível para o investidor. É importante avaliar a capacidade da empresa
ou emissor em manter e aumentar os pagamentos de dividendos e juros ao
longo do tempo.

7. Custos e Taxas de Investimento

Os custos e taxas associados ao investimento podem reduzir a taxa de retorno


efetiva. Comissões de corretagem, taxas de administração, impostos e outros
encargos podem diminuir os retornos obtidos pelo investidor.
É essencial levar em consideração esses custos ao analisar a taxa de retorno
potencial de um investimento. Comparar diferentes opções de investimento e
buscar opções com custos mais baixos pode ajudar a maximizar a taxa de
retorno líquida.

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