O documento discute o crescimento econômico do Brasil durante o "Milagre Econômico" entre 1967-1973. Apesar do crescimento do PIB, os indicadores sociais não acompanharam, com aumento da desigualdade e queda do poder de compra dos salários. O modelo econômico dependia de financiamento externo e sofria pressões inflacionárias devido aos desequilíbrios estruturais entre setores da economia.
O documento discute o crescimento econômico do Brasil durante o "Milagre Econômico" entre 1967-1973. Apesar do crescimento do PIB, os indicadores sociais não acompanharam, com aumento da desigualdade e queda do poder de compra dos salários. O modelo econômico dependia de financiamento externo e sofria pressões inflacionárias devido aos desequilíbrios estruturais entre setores da economia.
O documento discute o crescimento econômico do Brasil durante o "Milagre Econômico" entre 1967-1973. Apesar do crescimento do PIB, os indicadores sociais não acompanharam, com aumento da desigualdade e queda do poder de compra dos salários. O modelo econômico dependia de financiamento externo e sofria pressões inflacionárias devido aos desequilíbrios estruturais entre setores da economia.
01. Faça um breve comentário sobre o comportamento da economia
mundial no pós II Guerra. R: Este é um período de rápido desenvolvimento da economia capitalista. O comércio mundial cresceu em paralelo com os fluxos financeiros que abrem cada vez mais as economias. Todo esse crescimento se beneficiou de acordos institucionais e regulatórios firmados no pós-guerra, como o GATT, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
02. Qual foi o diagnóstico do processo inflacionário brasileiro
abordado por Delfim Netto, que assumiu a direção da economia em 1967? R: No contexto da elaboração do PAEG, a inflação é diagnosticada como inflação da demanda. Quando Delfim Netto era ministro da Fazenda, a inflação passou a ser vista como inflação de custos. Com base nesse diagnóstico, a política econômica da época estaria orientada para o controle de preços por meio de uma política monetária expansionista.
03. Que departamentos da economia podem ser considerados
responsáveis pelo crescimento econômico durante o milagre? R: A principal diretriz do governo em 1967 foi expandir a indústria de bens de consumo duráveis. Para isso, foram feitos investimentos significativos em setores energéticos, siderúrgico e preto químico. Com a expansão desses setores, pretende-se criar um sistema industrial praticamente autônomo, capaz de produzir tecnicamente produtos mais complexos.
04. O financiamento externo durante o período do milagre brasileiro
era realmente imprescindível? Por Quê? R: Sim. O país passava pelo processo de expansão economia, o que gerava pressão por importações, mas essa pressão foi superada pelo crescimento das exportações, este decorrente da expansão do comércio mundial. O cenário mundial era de muita liquidez, o que tornava os juros baixos e, portanto, mais atraente a alternativa de tomar empréstimos. Como o saldo da balança de pagamentos era positivo, os empréstimos tomados foram usados na forma de captação que era repassada para empresas instaladas no país. Apesar deste saldo positivo, a dívida externa brasileira foi registrada em torno de US$ 9 bilhões. 05. Como evoluíram os indicadores sociais durante o milagre econômico? R: Embora se tenha observado desenvolvimento econômico nesse período, os indicadores sociais não foram igualmente positivos. A concentração de renda aumenta à medida que o valor real do salário mínimo cai. Posteriormente, os salários reais foram reajustados, mas reiniciados devido à evolução da inflação. A exclusão social chegou ao ponto em que novas epidemias estão se espalhando e a mortalidade infantil está aumentando.
06. Como se comportaram os salários reais ao longo do milagre?
R: Adotou-se uma política de arrocho salarial. E esse achatamento somente se intensificava por conta de uma situação de pleno emprego. O reajuste salarial é um dos principais elementos que veio a constituir índices de distribuição de renda tão dispares.
07. Quais eram os limites estruturais do crescimento dependente?
R: A economia brasileira sofreu uma pressão significativa para aumentar sua importação de bens de produção devido à falta de desenvolvimento no Departamento 1. Isso foi causado principalmente pelo desenvolvimento planejado que não pôde ser absorvido pelo departamento. Adicionalmente, a formação da inflação na economia brasileira foi causada por aumentos salariais que reduziram a quantidade de bens exportados vs. processados. Com o aumento do peso dos serviços na conta de transações, o déficit do balanço de pagamentos cresceu mais do que antes. Isso se deveu ao aumento das taxas de juros no mercado internacional. Além disso, o país se endividava ainda mais para cobrir o déficit.