Parte III – Unidade 11 – Relações
mobilidade ao longo do dia). Então, esses economistas
Financeiras
EPI 1 – Aula 04/11/2015
Reagan -> inflação aumenta e dólar desvalorizado ->
para reduzir inflação, Paul Volcker eleva taxa de juros,
reduz impostos; aumenta gastos de defesa.
Como manter o dólar forte com os déficits gêmeos –
externo e fiscal, teria que fazer desvalorizações
cambiais e cortar gastos -> não seria necessário se
houvesse financiamente externo.
A evolução do dólar Wall-Street -> fim do controle de
capitais -> Inglaterra, Holanda e Alemanha, leste
europeu e Japão.
Novos ativos financeiros para agilizar o fluxo de
capitais.
O papel do FMI e BM como avalistas dos devedores.
Para Helleiner -> como é possível haver tanta
liberalização se BW tinha o objetivo de controlar os
fluxos de capital.
Para autora os estados tinham papel importante:
1. Garantir a liberdade dos atores de mercado;
2. Contrapor às grandes crises;
3. Não implementar controles efetivos.
Fatos históricos que comprovam esse argumento:
 Razões para manter a liberalização dos fluxos;
 Incentivo devido a desregulamentação
competitiva;
 Dificuldade de manter a regulação -> free
riders;
 Apoio dos EUA e UK;
 Defensores da liberalização – grupos
domésticos.
Hoje o que agrega maior quantidade de recursos
financeiros são as relações financeiras – cresceram de
forma exponencial, inacreditável, na déc de 80.
Quantidade de recursos + capacidade de gerar
estabilidade ou crises econômicas -> dão sua
importância no internacional.
O que aconteceu para que tivéssemos essa enorme
quantidade de recursos?
A maior parte dos economistas afirma que com a
globalização, globalizou-se tudo, inclusive capitais, em
função da tecnologia (tecnologia da informação gerou
a possibilidade do indivíduo aplicar capital com alta
consideram que a mobilidade é resultado da
liberalização e sobretudo, a tecnologia, que viabilizou e
propiciou que essas transações acontecessem tão
rápido.
Procuraremos explicar isso a partir de EPI.
A intenficação dos fluxos financeiros é resultado da
liberalização do controle de Ks domesticamente –
então esses fluxos de capitais passam a fluir
enormemente?
Por que liberalizar o controle de Ks?
BW – controlar Ks -> como é possível compatibilizar
câmbio fixo com uma conta de capital que varia
enormemente? Geraria uma instabilidade incompatível
com o regime de cb fixo. Era fundamental o controle
de Ks para a manutência do cb fixo.
1978 – cb flutuante – desregulamentação vai
acontecendo domesticamente nos EUA e se
difundindo mundo a fora. Então o último tripé de BW
cai. Começa nos anos 70 e culmina no mercado atual,
altamente desregulamentado.
O que é desregulamentar os fluxos financeiros?
 BC cria as regas do mercado financeiro. Então
ele vira pros bancos comerciais e diz:
compulsório a 40%, o banco não pode
emprestar dinheiros nas condições x e y. Se
vier investidor externo ele pode aplicar na
BOVESPA, mas deve ficar 30 dias (existe
período de carência) – isso já vai dando
controle ao BC. Controle de Ks: a cada um real
que vier em ações de bolsa, um real deve ser
aplicado em outro lugar. Ou seja, significa cria
regras de comportamento. Aplicar o dinehiro
no mercado financeiro significa comprar um
produto financeiro no mercado financeiro.
 Ações é um produto. A desregulamentação
significa multiplicar esses produtos.
Década de 70 – desde o pós guerra vê-se que nos
anos 40-50 EUA era o grande exportador mundial ->
por isso foi possível fazer o acordo dólar-ouro, porque
os EUA exportava muito e possuía grandes reservas.
Superávits comerciais (entrava mais dólar que saía) –
possibilitava que ele mantivesse taxas de crescimento
economico sem quebrar o padrão dólar ouro.
Nos anos 60 e diante, EUA começa a possui déficits
comerciais sucessivos e crescentes (Europa e Japão).
1ª Característica fundamental dos EUA – déficits
comerciais.
Para além disso, uma outra característica é
fundamental na economia americana: o governo gasta
muito mais do que ele possui efetivamente de receita.
EUA possui déficits gêmeos – déficit externo e fiscal.
+ crise do petróleo = EUA possuía inflação alta –
medidas: elevação da tx de juros, redução de impostos
e aumento dos gastos com defesa.
Elevação da tx de juros -> isso quebrou a AL (possuía
muitos petrodólares), quando o governo americano
eleva a tx de juros, os investidores do mundo inteiro
investe nos EUA. Risco de não pagar americano é zero,
assim quando os EUA aumenta o juros é mais retorno
com risco zero, então o mundo todo flui para os EUA.
Toda vez que os EUA aumenta a taxa de juros eles
passam a ter um fluxo enorme de investimento
externo.
Elevação da taxa de juros – crise na AL, percebeu-se a
vantagem do dólar, utilizar-se dessa vantagem para
interesse interno: pra que desvalorizar o dólar? Fazer
reajuste fiscal? Se os EUA precisa somente emitir
títulos de dívida pública – o mundo inteiro compra.
Porque a forma de resgatar aqueles títulos é em dólar,
e os EUA emite dólar.
A emissão de dólar causa inflação doméstica? Não,
porque o mundo absorve.
EUA não tem problema de financiamente – isso é o
privilégio exorbitante. Possui a moeda de curso
internacional, amplamente aceita, não questionável e
com condições de ser financiado pelo mundo inteiro.
Para financiar essa economia americana precisa-se de
um mercado financeiro que alimente essa estrutura.
Diante dos déficits gêmeos – ao invés de fazer grandes
ajustes, os EUA intensifica um processo que já vinha
acontecendo: de segmentação do mercado financeiro -
> bancos comerciais controlados pelo governo,não
pode ser objeto de ação dos investidores porque ali é
a saúde do mercado financeiro, o meu dinheiro está lá;
e um outro mercado, agora crescendo
significativamente, operando com uma enorme gama
de novos produtos financeiros, sendo liberalizado.
Oferta diferentes produtos financeiros aos investidores.
Esse mercado é por conta e risco de quem quer operar
nele, nisso o estado não se envolve.
Lógica do mercado financeiro: risco e retorno. Quanto
maior o risco, maior o retorno.
O argumento dos liberais: agentes racionais tomando
riscos esperando um retorno.
Alavancagem do mercado financeiro; no mercado
financeiro crédito não fica parado. Multiplicação do
crédito.
Essa estrutura desregulamentada atendia os interesses
americanos, mas para funcionar, precisava ir para além
do mercado americano – ter crédito farto e barato,
competitivo para os americanos.
Por isso a pressão para desregulamentação – para
possibilitar o financiamento do mercado americano.
A população nem se dá conta disso.
Esse mercado começa a ter dimensões globais e,
novamente, tem-se o clássico dilema do prisioneiro.
Porque se um desregulamenta, todos precisam
desregulamentar para atrair Ks.
Para máquina capitalista funcionar precisa-se de
financiamento. Se você tem financiamento você
consome, investe e gasta.
Se desregulamenta-se, pode-se financiar infinitamente,
gastar/ investir infinitamente, com recursos vindo do
mundo inteiro. Cria-se uma oferta de crédito mundo a
fora, que para os liberais resolveria todos os
problemas da humanidade – resolveria os problemas
de financiamento pelo mundo. – essa era a fala do
governo Reagan, e impôs essa condição ao mundo
inteiro.
Ou coopera-se e se desregulamenta também, ou não
coopera, não desregulamente, e só ele perde.
Qual o problema? Tudo parece funcionar bem – tem-
se crédito e pessoas procurando créditos. Turbulências
da década de 90 que culminaram nas crises de 2007 e
2008 mostraram a fragilidade desse modelo.
O mercado financeiro está diariamente propenso a
tomar mais risco.
Não se avalia o que perdeu ou o que ganhou, vai-se
alavancando esse dinheiro. Perde-se o fim da meada
do investimento.
Mercado financeiro é muito ávido por granhos, porque
os ganhos são imediatos, e descola-se assim das
questões materiais.
O mais importante é compreender como isso é um
produto do capitalismo americano.
Inglaterra – ganhos da hegemonia era territoriais,
colonias.
EUA – ganhos financeiros – financia a dívida americada,
vai de acordo com os interesses americanos. Toda vez
que tem uma crise no resto do sistema as pessoas vão
para o único lugar de fato seguro – o mercado de
títulos norte americanos. A cada crise que ocorre,
amplica-se a capacidade de financiamente norte-
americana.

Além de pressionar os países pela liberalização, os

govenros do mundo todo não podem dizer que esse
mercado é produto da globalização/ tecnologia. Esse
mercado é produto do interesse das ações dos
estados, não está para além das ações dos estados, ele
é produto da ação dos estados - foram eles que
liberalizaram domesticamente, e toda vez que você
tem crises economicas que geram grandes perdas para
esses agentes o estado para uma parte da dívida, ele
minimiza uma parte das perdas do mercado financeiro.
Governo injeta dinheiro.

Por isso quando o LB’s quebrou galera ficou chocada -

> primeiro sinal de que o governo não interviria.

Intevêm com o argumento de que se quebrar um,

quebra todos.

Terceira ação dos estados é não implementar controle

sobre esse mercado. O mercado financeiro cresce, gera
crises, cada vez mais desregulamentados porque isso é
interesse dos estados.

O capitalismo passa a produzir os grandes bilionários

com os dois pés no mercado financiero, um
endividamente absurdo dos eua e a expansão do
dólar.

Não se tem mecanismos para regulamentação, apesar

das crises de 2007/8 e do fato de que eles continuaram
a acontecer.

Só vamos assistir a próximos episódios de crise

financeira porque os estados não possuem nenhum
interesse de regulamentar.

Apesar de o estado dizer que faz-se por conta e risco e

que se quebrar quebrou, não é isso que ocorre, porque
o estado intervem em momentos de crise.