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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Relações Internacionais
Política Externa Brasileira

Ana Isabella
Lyslaine Gabrielle F Casita

Questão 01
Governo Dutra
A) O Medo das revoltas sociais, que teriam origem nos grupos de trabalhadores
sindicalizados influenciados pelo socialismo soviético. Tal fato levou a luta
contra a esquerda brasileira influenciada pela URSS e a adoção de um governo
conservador.
Veio a polarização EUA e URSS que originou a Guerra Fria: EUA possuía
hegemonia no plano político-militar e em nível financeiro e comercial (Bretton-Woods e FMI
elevaram o patamar do dólar).
Além disso possuía um certo monopólio em relação aos bens materiais e na produção
de matérias primas nas zonas periféricas, como por exemplo o Brasil. Tais aspectos levaram a
criação da ONU, que foi de grande relevância para os objetivos de Washington, uma vez que,
era um instrumento político, jurídico e ideológico do internacionalismo e que garantia seus
interesses. Nos foros internacionais, o Brasil seguiu o voto dos Estados Unidos em quase
todas as vezes, com exceção no conflito com a Argentina, no qual o país preferiu manter uma
postura de não hostilidade. Como consequência deste apoio aos norte-americanos, o Brasil
ganhou uma cadeira não permanente no Conselho de Segurança.
A URSS estava enfraquecida após a guerra, possuindo sua economia em crise e com
um terço de sua população morta, portanto no início não havia em si uma divisão do mudo,
porém ao longo da Guerra Fria ela ganhou muito poder e influência. O Brasil adotou o lado
norte-americano e chegou até a interditar o Partido Comunista Brasileiro. A Política Externa
do Governo Dutra adotava as medidas de Washington sem questionamento e muitas vezes
ignorando o interesse nacional, muitas vezes contrários às ordens e decisões norte-
americanas; existia um conflito interno no Brasil, uma vez que Oswaldo Aranha, percebeu os
reais objetivos dos EUA, que estava focado na Europa como palco da disputa na Guerra Fria
e deixando o Brasil e a América Latina de lado, ou seja também era necessário o
reconhecimento da URSS como potência por parte do Brasil, já Raul Fernandes visava o
alinhamento com os EUA a todo custo.
A política externa americana visava as regiões afetadas pela Guerra Mundial e que
agora eram o palco da disputa da Guerra Fria, deixando de lado a América Latina. Porém, o
Governo Dutra visava se tornar um aliado privilegiado dos EUA fazendo com que a
diplomacia brasileira seguisse as decisões norte-americanas. O Brasil adotou a posição
anticomunista tanto fora quanto dentro do país
Ocorreu a criação do TIAR que defendia o princípio que “um ataque armado de
qualquer Estado a um Estado americano será considerado como um ataque contra todos os
americanos”. Isso visava traçar um plano contra o comunismo internacional.
A criação da Organização dos Estados Americanos (OEA) estabeleceu o Brasil como
intermediário das relações dos EUA com outras nações do continente. Getúlio Vargas, na
oposição, denunciava as ações do governo da época e se atrelava aos grupos sociais
perseguidos, arquitetando assim sua volta ao poder.
O Brasil só obteve concessões mínimas na relação com os Estados Unidos, mesmo
adotando um alinhamento automático à estratégia americana. Com isso, é possível imaginar a
frustração e a indignação por parte dos países da América Latina, principalmente do Brasil
que se considera privilegiado. Para os Estados Unidos, a relação de apoio com a América
Latina não iria mudar, portanto o Brasil não possuía motivo para ser privilegiado.
No Governo de Dutra, a independência não era mais vista e pensada em termos
neutralistas, mas sim a capacidade de atuação autônoma do País, por meio da ampliação de
seus recursos políticos, sociais e econômicos. O Brasil era uma peça fundamental no que
tange as correlações da região latino-americana, algumas iniciativas registradas no plano
externo e algumas medidas tomadas por ele no plano interno afetaram os interesses de
Washington, e devido a isso a relação dos dois governos foi se deteriorando. Embora não
tenha participado diretamente do golpe de 1964 Washington apoiou o movimento que
derrubou João Goulart e junto com ele a Política Externa Independente.

B)
Jânio Quadros, eleito presidente da república em 1961, reformulou a Política Externa do país
instaurando a política externa independente.
Esta nova política externa era caracterizada por uma maior inserção do país no
cenário internacional e se aproximava mais de ideais adotados por países latino-americanos
em desenvolvimento, vistos como países que se encontravam em um estágio parecido ao do
país na época. Além disso, esta nova política era fundamentada em aspectos como a não-
intervenção, a igualdade das nações e a solução pacífica de conflitos.
A adoção desta nova política permitiu que ocorresse a ampliação do mercado externo
brasileiro e na busca por resoluções pacíficas, porém com a mudança do presidente para João
Goulart ocorreram mudanças. No primeiro período, era presente a busca pela paz e a adoção
de uma posição neutra na qual ocorria barganha com diversos países, já na segunda, regida
por Goulart, a questão da Guerra Fria passou a ser menos importante. A condução da política
internacional regida por Jango, visava o aumento do desenvolvimento do país buscando
ampliar a captação de recursos sendo estes naturais ou financeiros para que assim fosse
possível o aumento da capacidade e da autonomia do país.
Portanto, a partir do apresentado sobre a política externa brasileira independente,
adotada no Governo de Jânio Quadros, é possível analisar a decisão do governo brasileiro
sobre a manutenção ou não de Cuba no sistema interamericano. Ao apoiar a manutenção de
Cuba, o governo se mostrou coerente quanto aos ideais e princípios adotados pela diplomacia
brasileira, não cedendo à pressão Estadunidense e demonstrando que era a favor da
autodeterminação e da não intervenção. O governo Vargas é caracterizado por um aumento
significativo das políticas populistas, utilizando manifestações e até notícias (principalmente
a criação do Departamento de Propaganda e Informação, DIP em 1939) para divulgar o
discurso populista de Vargas. Na nova era de urbanização e industrialização, o fato de os
governantes se encontrarem na liderança do país se deve em parte ao padrão de migração das
pessoas das áreas rurais para as urbanas. Portanto, devido às suas características populistas, o
povo e o governo são muito próximos, o que justifica sua condição de um dos maiores
governos neste estilo político do Brasil. Outra característica marcante é o crescimento da
indústria nacional e medidas básicas como Companhia Siderúrgica Nacional (1940),
Companhia Vale do Rio Doce (1942), Fábrica Nacional de Motores (1943) e Central
Hidrelétrica Vale do São Francisco (1945). Com status internacional, Vargas adotou uma
estratégia depois denominada pragmática e equidistante, ou seja, ora se aproxima da potência
americana, ora se aproxima da potência alemã, se beneficiando assim da relação pacífica com
as duas.
Essa característica populista de Vargas o levou a buscar uma relação de apoio político
e estratégico entre o Brasil e os Estados Unidos. Isso é chamado de acordo nacionalista pelos
analistas, porque o acordo proposto por Vargas enfatiza a troca do Brasil pela ajuda dos EUA
para o nosso desenvolvimento econômico, que por sua vez tenta satisfazer os setores que
favorecem as alianças dos EUA e que mais apóiam o nacionalismo. Nos Estados Unidos,
Vargas tomou algumas decisões que o levaram a problemas como a contenção incomparável
de investimentos, portanto, mesmo que investissem no Brasil, ele controlava os lucros nos
Estados Unidos. Portanto, isso causou a insatisfação dos Estados Unidos, justamente por suas
restrições e pela expansão do nacionalismo brasileiro.
Portanto, Vargas deu continuidade à sua política nacionalista e se opôs aos Estados
Unidos e à Grã-Bretanha nas questões nucleares, além de firmar acordos com a França e a
Alemanha, visando suas instituições nacionais. Desde então, em 1953, as relações entre o
Paquistão e os Estados Unidos realmente se deterioraram e houve uma crise interna. Vargas
respondeu nomeando três ministros que se alinham com seus ideais políticos para criar
projetos nacionalistas como a Petrobras e próximos aos países europeus subdesenvolvidos.
Segundo ele, o fim do comunismo estará ligado ao fim do subdesenvolvimento.Governo de
Juscelino Kubitschek (1956-1961)
O governo Juscelino Kubitscheck é caracterizado por um cenário que visa modernizar
o interior do país por meio de um projeto de modernização, onde a tendência é aumentar para
50 anos em 5 anos (posteriormente denominado plano de metas). O governo JK visa expandir
o mercado consumidor, aumentando as exportações e promovendo o crescimento das
importações de bens e equipamentos. Por outro lado, internacionalmente, seu governo está
em plena Guerra Fria, priorizando o capital privado e piorando as relações com os Estados
Unidos, porque esse tipo de mudança de governo é ruim para o poder e porque apóia
governos ditatoriais. As relações com outros países da América Latina rapidamente se
tornaram tensas. Assim, em 1958, ocorreu uma ação mais tarde chamada de Operação Pan-
Americana, onde ocorreu um movimento contrário ao passado: a aproximação dos ideais
nacionalistas surgidos nos países latino-americanos e o movimento de afastamento da
idolatria norte-american
Após a breve posse de Jânio Quadros como presidente, algumas mudanças
ocorreram no campo da política externa nacional e deu-se início à chamada política externa
independente. Esta proposta se baseia em uma visão das relações internacionais, na convicção
de que embora muitos países tenham como objetivo o princípio da autoajuda, não buscam
apenas interesses relativos, mas absolutos, para que outros países também possam seguir os
princípio da autoajuda. Beneficie-se desta forma.
A globalização é um novo paradigma de política externa delineado, mas se opõe
ao argumento de que estar mais perto de Washington destacaria os recursos de poder do país,
ou seja, eleger a diversificação das relações exteriores e políticas do Brasil como condição
para aumentar seu poder de barganha no mundo, inclusive os Estados Unidos. Como a
economia brasileira se tornou mais complexa e a necessidade de alianças com os países do
bloco socialista é extremamente importante, a diversificação das parcerias tornou-se crucial.
Além disso, esta nova proposta de intervenção internacional também inclui outros princípios
básicos importantes, como o princípio da não ingerência na autodeterminação nacional, o
argumento de que todos os países são legalmente iguais e a fidelidade às normas de solução
pacífica. Disputas e assim por diante.

Questão 02

O Regime Militar estabelecido no Brasil no ano de 1964 definiu um novo padrão das
políticas externas brasileiro. Antes mesmo da instauração oficial do regime, essa categoria já
tinha relações estreitas com o exterior, principalmente os Estados Unidos da América. Assim,
com o apoio do país norte-americano, o golpe foi instalado em 1964, e assim os militares
passaram a comandar o país.
O novo governo de Castelo Branco (1964 a 1967), tinha como base a burguesia brasileira.
Dessa forma, o Brasil se manteve livre de qualquer desavença com os EUA, afim de apoio
em negociações sobretudo econômicas, e como consequência da lealdade, o país se juntou
aos EUA na Guerra Fria.
No governo Costa e Silva, a Política externa brasileira se manteve morna diante do cenário
internacional bipolar, não alterando sua relação com a URSS e os EUA, o que seguiu em um
distanciamento com os mesmos. Durante o governo Médici adotou uma linha conservadora
economicamente, limitando as funções diplomáticas. O novo governo de Ernesto Geisel
desenvolveu uma política externa através da diplomacia do chamado Pragmatismo
Responsável e Ecumênico.

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