ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO JOÃO CORRÊA

TURMA 302, 3° ANO

LEANDRO BENETTON ROOS, JOÃO VITOR PLUVIE,

MURILO TIEPPO, GABRIEL REIS

Trabalho de História
Socialismo na América Latina

Canela
2023
 Trabalho de História
Socialismo na América Latina

Trabalho avaliativo na disciplina de História,

realizado no terceiro e último trimestre do ano
letivo. Proposto pela Prof ª Bruna Machado à
classe do 3° ano do ensino médio.

Canela
2023
 RESUMO

Este trabalho tem como objetivo abordar o socialismo na América Latina, com
ênfase em figuras importantes como Che Guevara e governos como o de Juan
Domingo Perón na Argentina (1946-1955), Gabriel González Videla no Chile (1946-
1952) e Luis Battle Berres no Uruguai (1947-1951). Será também discutida a
ditadura no Brasil e a influência dos Estados Unidos da América nesses eventos.

Palavras-chave: Socialismo, América Latina, Pós-guerra, Argentina, Uruguai, Chile,

Brasil.
 SUMÁRIO

RESUMO .....................................................................................................................2
SUMÁRIO ....................................................................................................................3
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO ..............................................................................................5
2.1 ARGENTINA: 1946-1955 ............................................................................... 5
2.2 CHILE: 1946-1952 ..........................................................................................6
2.3 URUGUAI: 1947-1951 ....................................................................................6
2.4 INFLUÊNCIA DOS EUA E DITADURA NO BRASIL ...................................... 7
3 CONCLUSÃO ...........................................................................................................9
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10
 4

1 INTRODUÇÃO

Com os eventos da segunda guerra mundial, podemos citar sua influência na

américa latina. Podemos notar influências desde o período da guerra, sabendo que
o Brasil foi o único país que enviou soldados sob a sua bandeira para a guerra. Com
o final da guerra, tivemos vários acontecimentos, como a fundação da Organização
das Nações Unidas (ONU) e a repentina incidência da bipolarização dos países
quanto à Guerra Fria, sendo que antes os países se mantinham “neutros”.
Estes países também foram atingidos de forma econômica, política e social.
Pois a influência de outros países como os Estados Unidos e a chegada de
refugiados, o risco da guerra e o terror das mortes e perdas que estavam ocorrendo
afetaram a neutralidade desses países.
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2 DESENVOLVIMENTO

A partir deste ponto, trataremos dos assuntos principais deste trabalho,

falando de governos socialistas que ocorreram após o período de guerra e a
influência dos Estados Unidos para que os países se voltassem contra o socialismo,
o que gerou reações como o período de ditadura no Brasil.

2.1 ARGENTINA: 1946-1955

Juan Domingo Perón

Perón foi eleito presidente em Fevereiro de 1946 com o apoio da classe
trabalhadora e dos sindicatos, que se beneficiaram de suas políticas trabalhistas e
sociais. A agricultura do país estava em crise, mas dispunha de uma reserva cambial
razoável. Assim, ele aproveitou para reforçar os investimentos industriais e
crescimento desta área.
Durante seu governo, Perón nacionalizou várias empresas, como bancos e
ferrovias. Também implementou políticas sociais, como a criação de um sistema de
seguridade social e a construção de moradias populares. Sendo um líder carismático
e populista, Perón apenas teve problemas nos conflitos com a oposição, a igreja
católica e a imprensa. Ele pregava um pensamento chamado “justicialismo” e a
“terceira posição” (uma posição autoritária e populista entre o comunismo e
capitalismo). Era um líder que conquistava o apoio dos trabalhadores e sindicatos do
seu país, pois os dava forte apoio.
Durante seu tempo no poder, Perón fundou o movimento conhecido como
“Peronismo”, fruto dessa sua “terceira posição”. O peronismo é amplamente
considerado uma forma de socialismo corporativo ou "socialismo de direita", pois
este tem sido objeto de muitos estudos e análises, com teorias que vão desde o
populismo até o fascismo.
O peronismo foi caracterizado por um forte nacionalismo, populismo e uma
retórica anti-imperialista que continuou a ser uma força importante na política
argentina após a queda de Perón, com períodos de governo e oposição.
Isso até setembro de 1955, quando ocorreu um golpe militar que depôs Perón
do poder. O golpe foi precedido por um atentado fracassado contra Perón, que
resultou no bombardeio da Plaza de Mayo e na morte de mais de 300 pessoas.
 6

Apesar do golpe ser plano da oposição dentro do exército, Perón ainda contava com
o apoio nominal da maioria do Exército, mas preferiu evitar um banho de sangue e
emitiu um renunciamiento ante os mandos militares. Após sua deposição, Perón foi
exilado do país e passou 18 anos no exterior.
Em 1973, Perón retornou à Argentina e foi eleito presidente novamente

2.2 CHILE: 1946-1952

Gabriel González Videla

Gabriel González Videla foi eleito presidente do Chile em 1946 pelo Partido
Radical, onde havia ingressado na carreira política em 1917. González Videla
promoveu a criação de novas escolas e universidades, bem como a construção de
estradas e outras infraestruturas, pediu a prorrogação dos poderes extraordinários
em 1948 e nesse ano aprovou a "Ley de Defensa de la Democracia", a qual declarou
ilegal o partido comunista. Esta medida foi tomada mediante a pressão dos Estados
Unidos durante a guerra fria. Ele também investiu bastante na educação,
promovendo universidades e novas escolas, além de moradias populares. Promoveu
a industrialização do país com a construção de novas indústrias e empresas.
Em 1952, González Videla foi sucedido na presidência por Carlos Ibáñez del
Campo. Após deixar a presidência, González Videla continuou a ser uma figura
importante na política chilena e foi eleito senador em 1953. Até mesmo se dedicou a
advocacia e chegou a ser conselheiro de Estado durante a ditadura de Augusto
Pinochet. González Videla faleceu em Santiago em 1980.

2.3 URUGUAI: 1947-1951

Luis Battle Berres

O governo de Luis Battle Berres no Uruguai de 1947 a 1951 foi marcado por
reformas sociais e econômicas, promoção da industrialização e construção de
infraestruturas. Battle Berres foi eleito presidente do Uruguai em 1947 pelo Partido
Colorado e promoveu a criação de um sistema de seguridade social e a expansão
da educação. Durante seu governo, Battle Berres também promoveu a
 7

industrialização do país e a construção de infraestruturas, como estradas e escolas.

Em 1951, Battle Berres apoiou um plebiscito que criou um sistema de governo
colegiado no Uruguai.
O governo de Battle Berres foi marcado por uma série de reformas sociais e
econômicas que buscavam melhorar a qualidade de vida da população uruguaia. Ele
promoveu a criação de um sistema de seguridade social que incluía seguro-
desemprego, seguro-saúde e aposentadoria. Além disso, Battle Berres expandiu a
educação no país, criando novas escolas e universidades e promovendo a educação
técnica e profissionalizante.
Outra importante iniciativa do governo de Battle Berres foi a promoção da
industrialização do país. Ele incentivou a criação de novas indústrias e empresas,
bem como a modernização das já existentes. Além disso, Battle Berres promoveu a
construção de infraestruturas, como estradas e escolas, que ajudaram a impulsionar
o desenvolvimento econômico do país.
Em 1951, Battle Berres apoiou um plebiscito que criou um sistema de governo
colegiado no Uruguai. Esse sistema de governo foi criado para garantir a
estabilidade política do país e evitar a concentração de poder nas mãos de um único
indivíduo ou partido político.
Em resumo, o governo de Luis Battle Berres no Uruguai de 1947 a 1951 foi marcado
por reformas sociais e econômicas, promoção da industrialização e construção de
infraestruturas. Battle Berres promoveu a criação de um sistema de seguridade
social e a expansão da educação, incentivou a criação de novas indústrias e
empresas, e apoiou a criação de um sistema de governo colegiado no Uruguai. Suas
iniciativas ajudaram a melhorar a qualidade de vida da população uruguaia e
impulsionaram o desenvolvimento econômico do país.

2.4 INFLUÊNCIA DOS EUA E DITADURA NO BRASIL

Guerra Fria
No período em que houve a Guerra Fria, os Estados Unidos fizeram uma
grande influência na América Latina, dando apoio a regimes ditatoriais militares em
vários países desta região, também incluindo o Brasil. Sua justificativa é que isso era
uma forma de combater a expansão do comunismo na região, que os mesmos viam
como uma ameaça à sua segurança nacional. Através de alianças político-militares,
 8

os Estados Unidos forneceram apoio financeiro, militar e político a esses regimes, o

que permitiu que eles se mantivessem no poder por muitos anos.
No Brasil, o golpe militar de 1964 foi apoiado pelos Estados Unidos, que viram o
governo de João Goulart como uma ameaça à sua influência na região. O regime
militar que se seguiu foi marcado por violações dos direitos humanos, censura à
imprensa e perseguição política, durando até 1985. Durante esse período, os
Estados Unidos forneceram apoio financeiro e militar ao regime, incluindo
treinamento para as forças de segurança brasileiras.
A influência dos Estados Unidos na América Latina durante a Guerra Fria teve um
impacto significativo na região, iniciando um período de instabilidade política e várias
violações dos direitos humanos. Ainda hoje, muitos países da região estão lidando
com as consequências desses regimes autoritários e trabalhando para construir
sociedades mais democráticas e justas.
A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos
(EUA) e União Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses
dois países foi marcado pela polarização do mundo entre duas potências, bem como
pela corrida armamentista e espacial. A Guerra da Coreia, a Crise dos Mísseis em
Cuba e a Guerra do Vietnã foram acontecimentos marcantes durante a Guerra Fria.
A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética em 1991.
Portanto, a Guerra Fria inaugurou no mundo uma era de caos e tensões entre
capitalismo e socialismo, que já existia ao menos desde de 1917 com a Revolução
Russa. A influência dos Estados Unidos na América Latina durante a Guerra Fria foi
uma tentativa de conter a expansão do socialismo na região, o que levou à
instauração de regimes autoritários e ditatoriais em vários países da região,
incluindo o Brasil. Esses regimes foram marcados por violações dos direitos
humanos e instabilidade política, e ainda hoje muitos países da região estão lidando
com as consequências desses regimes autoritários e trabalhando para construir
sociedades mais democráticas e justas.
 9

3 CONCLUSÃO

Em conclusão, a influência dos Estados Unidos na América Latina durante a

Guerra Fria teve um impacto significativo na região, levando à instauração de
regimes autoritários e ditatoriais em vários países, incluindo o Brasil, Argentina, Chile
e Uruguai. Esses regimes foram marcados por violações dos direitos humanos,
censura à imprensa e perseguição política, e ainda hoje muitos países da região
estão lidando com as consequências desses regimes autoritários e trabalhando para
construir sociedades mais democráticas e justas.
No caso específico da Argentina, Chile e Uruguai, os governos de Juan
Domingo Perón, Gabriel González Videla e Luis Battle Berres, respectivamente,
foram marcados por políticas populistas e nacionalistas, que buscavam fortalecer a
economia e a indústria nacionais. No entanto, esses governos também foram
marcados por repressão política e violações dos direitos humanos, o que levou à
instauração de regimes autoritários em cada um desses países.
Em suma, a influência dos Estados Unidos na América Latina durante a
Guerra Fria teve um impacto profundo na região, que ainda é sentido até hoje. É
importante que os países da região continuem trabalhando para construir
sociedades mais democráticas e justas, e que sejam capazes de lidar com as
consequências do passado autoritário e ditatorial.
 10

REFERÊNCIAS

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