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ARQUITETURA E URBANISMO
FOZ DO IGUAÇU
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO: 3
2. DESENVOLVIMENTO: 4
2.1 DITADURAS MILITARES NA AMÉRICA LATINA: 4
2.2 PARAGUAI E GUATEMALA 4
2.3 DITADURA MILITAR NO BRASIL 5
2.4 DITADURA MILITAR NA BOLÍVIA 7
2.5 DITADURA MILITAR NA ARGENTINA 7
2.6 DITADURA MILITAR NO CHILE E URUGUAI 8
2.7 OPERAÇÃO CONDOR 9
3. CONCLUSÃO 10
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
DITADURAS MILITARES NA AMÉRICA LATINA
INTRODUÇÃO:
A história da América Latina, já um tanto conturbada, ganhou ainda mais cicatrizes no século
XX, mais especificamente no período após a Segunda Guerra Mundial. Devido à “ameaça”
comunista instaurada pela União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), em conjunto
ao contexto das disputas indiretas da Guerra Fria e a proximidade do governo Cubano com a
União Soviética, os Estados Unidos tomou por objetivo evitar que o “perigo vermelho”
tomasse conta dos países latino-americanos. Dessa forma, a única maneira de controlar as
ações políticas dos países subdesenvolvidos do continente era apoiar, e muitas vezes
financiar, a tomada do poder pelos militares. Sendo assim, os países obrigados a lidar com o
regime ditatorial devido ao contexto histórico inserido foram a Guatemala e Paraguai (1954),
Cuba (1961), Brasil (1964), Peru (1968), Uruguai e Chile (1973), República Dominicana
(1978), Nicarágua (1979) e Bolívia (1982). Uma das características comuns entre esses
regimes era a militarização do Estado, ou seja, o poder anteriormente dividido entre
dirigentes políticos e agentes de repressão agora estava nas mãos dos militares. Os cargos
mais altos, como os econômicos e jurídicos, foram ocupados pelos técnicos com maior
conservadorismo e renda. Assim, esses ditadores reprimiram forças sociais como
manifestações de cultura, arte, reivindicações de trabalhadores, e tentaram de toda forma
promover a hegemonia de capital. Por conseguinte, esses regimes adentraram ao contexto da
Guerra Fria e lutaram junto aos Estados Unidos contra o comunismo. E com isso, surgiu uma
das operações mais terríveis da história latinoamericana, a Operação Condor.
A ditadura brasileira foi extremamente importante para o contexto histórico, pois foi após ela
que se desenrolou uma corrente de regimes ditatoriais pela América do Sul. Após a tentativa
de reformas de base propostas por João Goulart, vice-presidente que assumiu após a saída de
Jânio Quadros, um tanto revolucionárias e sociais demais para o contexto histórico bipolar no
qual o mundo estava inserido, Jango começou a sofrer ataques à seu posto de presidente
devido às crenças relacionadas à ele e ao comunismo. Esses ataques vieram em forma de
manifestações, como “A Marcha da Família com Deus e pela Liberdade”, protesto
anti-comunista e anti-populista liderado por grupos conservadores em São Paulo no dia 19 de
março de 1964. Por causa desses movimentos, os Estados Unidos, com medo do que poderia
acontecer ao deixar João Goulart no poder, auxiliou no golpe militar de mais um país da
América Latina.
Assim, na madrugada do dia 31 de março de 1964, com o apoio de tanques das Forças
Armadas do Brasil, o então presidente foi deposto e exilado três dias depois no Uruguai. O
Brasil passou a ser governado por uma junta militar, até 15 de abril, quando o primeiro
presidente do regime, Castello Branco, assumiu o governo, que ficaria em vigor até 1985.
Os presidentes e seus atos no decorrer dos 21 anos de regime militar no Brasil:
● Castello Branco (1964-1967): Instaurou o primeiro Ato Institucional (AI 1) que
consistia no fim das eleições diretas, suspendeu as eleições estaduais, vigorou uma
nova constituição em 1967, instaurou o segundo Ato Institucional (AI 2) em 1965,
onde se passou a ter somente dois partidos políticos: Movimento Democrático
Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARENA). E fez com que a
maior concentração de poder fosse no Executivo, deixando o Judiciário de lado.
● Hugo Banzer (1971-1978): O governo Banzer foi o mais parecido com as demais
ditaduras da América do Sul. Banzer aboliu o movimento trabalhista, suspendeu os
direitos civis, e enviou tropas para os centros de mineração. Em 1978 Banzer renuncia
ao cargo e o poder fica nas mãos de uma junta militar.
● Junta militar (1980): Período de crises no setor econômico. A queda dos preços dos
minerais e a gestão ruim da junta militar fez com que a Bolívia acumulasse uma
enorme dívida.
● Luís García Meza (1980-1981): Após dar um golpe de estado e tomar a presidência do
então presidente acabado de ser eleito, Hernán Siles Zuazo, Meza chega ao poder. O
governo de Luís teve uma forte repressão de seus oponentes, caracterizado pela
violência e desaparecimentos forçados.
A Argentina passou por situações semelhantes aos outros países da América do Sul que
lidaram com a ditadura, como: Brasil, Bolívia, Chile e Uruguai. A ditadura militar argentina
teve início em 1966, três anos após a ditadura do Brasil ter começado, com um golpe militar
orquestrado com auxílio estadunidense que depôs o então presidente eleito
democraticamente, Arturo Illia no dia 28 de junho, para que o regime militar entrasse em
vigor. O regime militar argentino ficou apenas sete anos no poder, no entanto, esse pequeno
período, comparado aos anos dos demais países que sofreram com a ditadura, já foi suficiente
para o governo cometer diversas atrocidades, como a perseguição, tortura, morte e
desaparecimento de opositores às medidas anti-democráticas. Estima-se que 30 mil
argentinos foram sequestrados por militares, os opositores que saíram do país chegam a 2,5
milhões, e a estimativa de mortes segundo os militares é de mil. A argentina foi governada
por três generais durante esse período, sendo eles:
● Primeira fase: Criação de base de dados compartilhada entre os países membros para
facilitar a troca de informações. Nessa base encontrava-se o nome de partidos
esquerdistas, pessoas que lutaram na guerra, líderes de movimentos sociais, etc.
● Segunda fase: Iniciação das ações de espionagem, prisão, interrogatório e/ou tortura
dos nomes listados na fase anterior.
● Terceira fase: Ataques planejados à pessoas específicas estando em seu próprio país
ou não.
3. CONCLUSÃO
Palmar, Aluízio. Onde foi que vocês enterraram nossos mortos? Curitiba: Travessa dos
Editores, 2006
Disponível em:
http://cnv.memoriasreveladas.gov.br/index.php/2-uncategorised/417-operacao-condor-e-a-dit
adura-no-brasil-analise-de-documentos-desclassificados
Disponível em:
http://educacao.globo.com/historia/assunto/guerra-fria/ditaduras-na-america-latina.html