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Golpes e Ditaduras na Prof.

Manoel Oliveira
América Latina
Golpes e Ditaduras na
América Latina
(CONTEXTO)
•No contexto da Guerra Fria, com o temor de que a Revolução
Cubana pudesse gerar seu exemplo, outros movimentos
revolucionários no continente levaram os Estados Unidos a apoiar
golpes, sobretudo militares, e a sustentarem ditaduras.

•A primeira derrubada de um governo populista/reformista ocorreu


em 1964, no Brasil, quando João Goulart foi deposto por um golpe
desfechado pelos militares e apoiado pelo empresariado e pelas
classes médias temerosas do “perigo vermelho”. Além disso, os
militares contavam com o apoio do governo norte-americano, o
qual já havia enviado navios e porta-aviões para dar apoio efetivo
aos golpistas.

•Entre 1966 e 1979, o Brasil tinha apenas dois partidos legais, a


Aliança Renovadora Nacional (Arena), de apoio ao governo, e o
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), de oposição
consentida. Outros, como o Partido Comunista Brasileiro (PCB),
continuaram a existir na clandestinidade. Já nos últimos anos da
ditadura, o governo fez uma reforma partidária, para dividir a
oposição, ao mesmo tempo em que tentava manter unido o partido
do regime.
Abaixo, uma cronologia das ditaduras na
América Latina:
• 1964: Golpe Militar de Barrientos derruba o governo do MNR, na Bolívia.
• 1965: Uma invasão de marines dos EUA derruba, na República Dominicana, o presidente eleito, Juan
Bosch.
• 1966: Em junho, golpe militar organizado por Ongania derruba, na Argentina, o governo civil de
Arturo U. Ilia.
• 1967: O governo militar boliviano caça, prende e fuzila Ernesto “Che Guevara”. Agentes
norte-americanos da CIA participaram da Operação.
• 1968: O coronel Velasco Alvarado encabeça um golpe militar, no Peru.
• 1971: Em agosto, o golpe militar de Hugo Bánzer Suarez, na Bolívia, derruba o governo
nacionalista de Juan José Torres.
• 1973: Em julho, golpe militar dissolve Parlamento, no Uruguai. Em setembro, golpe encabeçado
por Augusto Pinochet, com apoio e financiamento dos Estados Unidos, derruba o governo de
Salvador Allende e inicia um massacre nos sindicatos, partidos de esquerda e movimentos sociais,
em geral.
• 1975: General Morales Bermudez toma o poder, no Peru.
• 1976: Em março, golpe militar (general Videla), na Argentina, inicia um processo repressivo de
dimensões inéditas, com “desaparecimento” de sindicalistas, militantes de esquerda e estudantes.
Repressão no Brasil: Ditadura Militar/
Ditadura Civil-Militar/ “Movimento
Anti-Revolucionário”
• De conformidade com as especificidades dos regimes de cada nação, pode-se verificar que a
ascensão dos militares ao poder significou um posicionamento identificado com a política externa
estadunidense.
• O padrão econômico colocado em prática também era altamente concentrador de renda, o que
tornou necessário reduzir o poder dos sindicatos e dos trabalhadores, reduzir salários, proibir
greves, entre outras medidas repressivas.
• AI-5
• O Ato Institucional nº 5, AI-5, baixado em 13 de dezembro de 1968, durante o governo do general
Costa e Silva, foi a expressão mais acabada da ditadura militar brasileira (1964-1985). Vigorou até
dezembro de 1978 e produziu um elenco de ações arbitrárias de efeitos duradouros. Definiu o
momento mais duro do regime, dando poder de exceção aos governantes para punir arbitrariamente
os que fossem inimigos do regime ou como tal considerados.
• O ano de 1968, "o ano que não acabou", ficou marcado na história mundial e na do Brasil como um
momento de grande contestação da política e dos costumes. O movimento estudantil ganhou
notoriedade como protesto dos jovens contra a política tradicional, mas principalmente como
demanda por novas liberdades. O radicalismo jovem pode ser bem expresso no lema "é proibido
proibir".
• Também no decorrer de 1968 a Igreja começava a ter uma ação mais expressiva na
defesa dos direitos humanos, e lideranças políticas cassadas continuavam a se associar
visando a um retorno à política nacional e ao combate à ditadura. A marginalização
política que o golpe impusera a antigos rivais - Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek,
João Goulart - tivera o efeito de associá-los, ainda em 1967, na Frente Ampla, cujas
atividades foram suspensas pelo ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, em
abril de 1968. Pouco depois, o ministro do Trabalho, Jarbas Passarinho, reintroduziu o
atestado de ideologia como requisito para a escolha dos dirigentes sindicais. Uma greve
dos metalúrgicos em Osasco, em meados do ano, a primeira greve operária desde o
início do regime militar, também sinalizava para a "linha dura" que medidas mais
enérgicas deveriam ser tomadas para controlar as manifestações de descontentamento de
qualquer ordem. Nas palavras do ministro do Exército, Aurélio de Lira Tavares, o
governo precisava ser mais enérgico no combate a "ideias subversivas". O diagnóstico
militar era o de que havia "um processo bem adiantado de guerra revolucionária"
liderado pelos comunistas.
Brasil - Militares no poder

• João Goulart foi deposto por um golpe civil/militar em 31 de março de 1964.


• Durante 21 anos, a sociedade brasileira viveu sob o comando de presidentes
militares impostos pelas Forças Armadas. Até 1985, dois marechais e três
generais se sucederiam na presidência da República: Castelo Branco, Costa e
Silva, Médici, Geisel e Figueiredo.
• Através dos chamados Atos Institucionais (AI), os governos militares foram
restringindo as liberdades democráticas, impondo censura aos meios de
comunicação. Durante todo o período da ditadura, muitos brasileiros que se
opunham ao regime militar foram perseguidos, exilados, torturados ou
mortos pelos órgãos de repressão política.
Concentração de Renda

• Do ponto de vista econômico, os militares adotaram o modelo desenvolvimentista,


baseado na aliança entre três grandes grupos:
• • A burocracia técnica estatal (militar e civil);
• • Os grandes empresários estrangeiros;
• • Os grandes empresários nacionais.

• Segundo estudiosos, esse modelo conduziu à modernização da economia, mas


também à concentração de renda nas classes altas e médias e à marginalização da
classe baixa.
Luta Armada
• Com o fechamento dos espaços institucionais políticos, os grupos opositores não
viram outra saída senão se lançarem à luta armada. Assim, promoveram diversas
ações de Guerrilha, objetivando desestabilizar o regime militar. Foram duramente
perseguidos, torturados e, a maioria, mortos.
• Transição do Regime Militar para a democracia.

Lei da Anistia
O primeiro grande marco do processo de redemocratização foi a Lei de Anistia,
promulgada em agosto de 1979, resultando de um movimento nacional
impulsionado por vários segmentos da sociedade civil.
Crise Econômica
• Enquanto a abertura avançava, no plano econômico, a crise se agravava.
• Dívida externa - Com a crise econômica, cada vez que o governo obtinha
empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI), era com a condição de se
submeter às exigências dos banqueiros internacionais, ficando cada vez mais
endividado.
• Inflação - Nesse contexto de endividamento, a inflação bateu recordes históricos,
superando a cifra de 200% ao ano. Os mais prejudicados com a inflação eram os
trabalhadores que tinham seus salários corroídos diariamente.
• Desemprego: Em 1983, os níveis de desemprego eram altíssimos, ocasionando até
mesmo saques a supermercados.
Fim do bipartidarismo
• Do ponto de vista político, restabeleceu-se, em 1979, o pluripartidarismo no país.
• Setor Social - Na área social, os governos militares não contribuíram com grandes avanços. Ao
contrário, os problemas existentes nos setores de educação, saúde, alimentação e emprego
permaneceram iguais ou se agravaram.

Concentração de Renda
No período dos governos militares, houve uma grande concentração de riquezas, ou seja, o
crescimento geral da economia (avaliado pelo PIB), durante o regime militar, não se traduzia em
melhores condições de vida para a maioria da população.
Apesar da intensa campanha pelas Diretas Já, observou-se o prosseguimento do processo de
eleição pela via indireta.
Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral deu maioria de votos à chapa da Aliança
Democrática, elegendo Tancredo Neves como sucessor de Figueiredo.
Tancredo Neves não chega tomar posse, falecendo no dia 21 de abril. Com sua morte, tornou-se
presidente, por sucessão automática, José Sarney, que, nos anos seguintes, conduziria o processo
de redemocratização do país.
FILMES SOBRE O PERÍODO
DITATOTIAL
ATIVIDADES

1. Aponte quais eram os Partidos Políticos legais durante a Ditadura Militar.


2. Pesquise quais foram os Partidos Políticos formados durante o período de
Redemocratização (1975 a 1985 – Governos de Ernesto Geisel e
João Figueiredo).
3. Explique o que foi o AI-5
4. Apresente qual era a conjuntura econômica do Brasil entre
1968 e 1973 (relacione PIB e Inflação)
5. Explique o que foi a Lei da Anistia
6. Explique o que foi a “Diretas Já” e a “Democracia Corinthiana”

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