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Brasil: A Primeira República (1889-1930)

1) Brasil – Primeira República ou República Velha (1889-1930): A Primeira República, também conhecida como República Velha, marcou a transição do
Brasil de um sistema monárquico para um sistema republicano. Esse período, que durou de 1889 a 1930, foi caracterizado por mudanças políticas, sociais e
econômicas significativas.

1.1) O Governo Provisório do Marechal Deodoro da Fonseca: A Primeira República teve início em 1889 com a Proclamação da República e a ascensão
do Marechal Deodoro da Fonseca ao poder. Ele liderou o Governo Provisório e derrubou o Imperador Dom Pedro II.

1.1.1) A Constituição de 1891: Durante esse período, foi promulgada a Constituição de 1891, que estabeleceu os princípios básicos do novo regime
republicano, como a separação dos poderes e a eleição direta do presidente.

1.2) A República da Espada (1891-1895): Nesse período, houve uma influência significativa dos militares na política brasileira.

1.2.1) A Primeira Revolta da Armada: Durante a República da Espada, a Primeira Revolta da Armada ocorreu em 1893, marcando um conflito entre a
Marinha e o governo.

1.2.2) A Renúncia do Marechal Deodoro: Em 1891, Marechal Deodoro renunciou à presidência, resultando na ascensão de Floriano Peixoto.

1.2.3) Governo do Marechal Floriano Peixoto – a consolidação da República: O governo de Floriano Peixoto, conhecido como "Marechal de Ferro",
contribuiu para consolidar a estrutura republicana.

1.2.4) A Revolução Federalista no Sul: A Revolução Federalista, ocorrida entre 1893 e 1895, foi um conflito armado no Sul do Brasil entre forças
republicanas e federalistas.

1.2.5) A Segunda Revolta da Armada: Em 1894, a Segunda Revolta da Armada ocorreu como uma tentativa de restaurar a monarquia.

1.3) A República Oligárquica: Após a República da Espada, a República Oligárquica dominou a política brasileira.

1.3.1) Características da República Oligárquica: Essa fase foi marcada por práticas como coronelismo, voto de cabresto, política dos governadores e a
política de valorização do café para beneficiar as elites agrárias.

1.4) Industrialização na I República: Apesar de ser um período dominado pela agroexportação, houve avanços iniciais na industrialização.

1.5) Panorama das revoltas na República Oligárquica: Durante a República Oligárquica, diversas revoltas ocorreram, incluindo a Revolta de Canudos, a
Revolta do Contestado, a Revolta da Chibata, questões relacionadas à vacinação, o movimento do Cangaço e o tenentismo.

A Crise da República Velha: Esse período chegou ao fim em 1930 com a Revolução de 1930, liderada por Getúlio Vargas, marcando o declínio da Primeira
República e o início de uma nova era política e social no Brasil.
Era Vargas (1930-1945):

A Era Vargas no Brasil é um período de importância ímpar, caracterizado por transformações políticas, sociais e econômicas sob a liderança de Getúlio
Vargas. Iniciada com a Revolução de 1930, essa era abrange uma série de eventos e governos que tiveram impacto significativo na história brasileira.

1) A Revolução de 1930 e Fim da República Oligárquica: A Era Vargas teve início com a Revolução de 1930, que encerrou o ciclo da República
Oligárquica. A insatisfação com a política do café-com-leite, a crise econômica e a exclusão política levaram à queda do governo de Washington Luís e à
ascensão de Vargas ao poder.

2) Governo Provisório de Vargas: Com a tomada do poder, Vargas estabeleceu um Governo Provisório para reorganizar a estrutura política e social do
Brasil.

2.1) A Revolução de 1932: A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um levante em São Paulo contra o Governo Provisório. Os paulistas demandavam a
restauração da Constituição de 1891 e maior autonomia estadual. Embora derrotado pelas forças governamentais, o movimento exibiu a insatisfação
regional com o governo central.

2.2) A Constituição de 1934: A Constituição de 1934 foi promulgada durante o período do Governo Provisório. Ela estabeleceu um regime democrático e
progressista, incorporando direitos sociais e políticos mais abrangentes. Vargas foi eleito presidente pelo voto indireto da Assembleia Constituinte.

3) O Governo Constitucional de Vargas: Após a promulgação da Constituição de 1934, Vargas continuou no poder como presidente, iniciando seu
governo sob o novo marco legal.
3.1) Polarização Política (AIB x ANL): Durante esse período, surgiu uma polarização política entre a Aliança Integralista Brasileira (AIB), de cunho
nacionalista e autoritário, e a Aliança Nacional Libertadora (ANL), que tinha inclinações mais à esquerda e populistas. Vargas reprimiu a ANL em 1935 e
desmantelou a AIB, demonstrando sua postura centralizadora e autoritária.

3.2) Intentona Comunista de 1935: Em 1935, uma tentativa de revolta comunista, conhecida como Intentona Comunista, ocorreu em algumas cidades do
Brasil. O governo reprimiu severamente o movimento, prendendo e perseguindo líderes comunistas. Esse evento fortaleceu a postura autoritária do
governo.

O Estado Novo: Diante de instabilidades políticas, econômicas e sociais, Vargas implementou o Estado Novo em 1937. Esse regime foi marcado pelo
autoritarismo, controle estatal sobre a sociedade e supressão das liberdades civis. A Constituição de 1934 foi suspensa, e Vargas passou a exercer poderes
quase ditatoriais, adotando medidas de centralização política e controle econômico.

A Era Vargas foi um período complexo, repleto de contradições e influências variadas. Suas políticas econômicas, sociais e políticas tiveram impacto
duradouro na trajetória do Brasil, moldando aspectos significativos do país até os dias de hoje.
A Guerra Fria e a Ordem Bipolar (1945 a 1991):

A era da Guerra Fria foi um período de intensa rivalidade geopolítica e ideológica entre os Estados Unidos e a União Soviética, os dois principais vencedores da Segunda Guerra
Mundial. Este conflito, embora não tenha escalado para um confronto militar direto entre as superpotências, moldou as relações internacionais e dividiu o mundo em duas
esferas de influência.

1) A Guerra Fria e o Mundo Bipolar (1945 a 1991):

a) Conceito e Fatores que Levaram ao Mundo Bipolar: A Guerra Fria refere-se ao período de tensões ideológicas, políticas e militares entre os Estados Unidos (junto com seus
aliados ocidentais) e a União Soviética (e seus aliados comunistas). Fatores como as diferentes visões ideológicas (capitalismo versus socialismo), o desejo de expandir suas
esferas de influência e a presença de armas nucleares contribuíram para a criação de um mundo dividido em duas superpotências.

b) Os Diversos Campos de Confronto entre as Duas Superpotências: As duas superpotências competiram em diversas áreas ao longo da Guerra Fria, incluindo:

 Corrida Armamentista: Uma busca constante por superioridade militar, incluindo a corrida nuclear, levou ao desenvolvimento de arsenais
nucleares.
 Guerras por Procuração: Embora não tenham travado um conflito direto, os EUA e a União Soviética apoiaram lados opostos em conflitos
regionais, como a Guerra do Vietnã e a Guerra da Coreia.
 Espaço: A corrida espacial foi um símbolo da rivalidade, culminando com a chegada do homem à Lua em 1969.
 Propaganda Ideológica: Ambas as superpotências utilizaram propaganda para promover seus sistemas políticos e desacreditar o outro lado.

c) A Fase da Distensão: A fase da distensão foi marcada por uma diminuição temporária das tensões entre os Estados Unidos e a União Soviética. Isso envolveu negociações de
controle de armas, como o Tratado de Limitação de Armamentos Estratégicos (SALT), e a cooperação em áreas como o meio ambiente e a exploração espacial.

Consequências: A Guerra Fria teve impactos duradouros nas relações internacionais e no mundo em geral:

 Divisão Ideológica: O mundo ficou dividido em dois blocos, com diferentes sistemas políticos e econômicos.
 Corrida Armamentista: O desenvolvimento de armas nucleares levou a uma tensão global constante e ao temor de um conflito nuclear.
 Descolonização: A Guerra Fria influenciou a descolonização, com superpotências competindo por influência em nações recém-independentes.
 Tecnologia e Inovação: A corrida espacial impulsionou avanços tecnológicos e científicos.
 Conflitos Regionais: Conflitos em várias partes do mundo foram influenciados ou exacerbados pelas rivalidades da Guerra Fria.

Em 1991, com o colapso da União Soviética, a Guerra Fria chegou a um fim abrupto, marcando o colapso da ordem bipolar e a transformação do cenário geopolítico global. A
Guerra Fria deixou um legado complexo, com suas influências ainda perceptíveis nas relações internacionais contemporâneas.
O Brasil de 1945 a 1964:

1) O Brasil de 1945 a 1964:

1.1) O Governo Dutra e o Alinhamento do Brasil ao Bloco Capitalista: Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o Brasil passou por uma transição
democrática com a presidência de Eurico Gaspar Dutra. Seu governo, entre 1946 e 1951, alinhou o país aos interesses dos Estados Unidos e do bloco
capitalista, resultando em políticas conservadoras. O governo reprimiu o comunismo e implementou a Lei de Segurança Nacional, que visava controlar
atividades políticas consideradas subversivas.

1.2) O Segundo Governo Vargas e a Crise de Agosto de 1954: Getúlio Vargas voltou ao poder em 1951, adotando políticas desenvolvimentistas
conhecidas como "nacional-desenvolvimentismo". Ele promoveu a industrialização, criou a Petrobras e implementou reformas trabalhistas e sociais.
Entretanto, crescentes tensões políticas e econômicas culminaram na Crise de Agosto de 1954, quando Vargas cometeu suicídio em meio a pressões da
oposição e de setores militares.
1.3) O Governo JK – Desenvolvimento e Endividamento Econômico: Juscelino Kubitschek, presidente de 1956 a 1961, lançou o ambicioso Plano de
Metas. Esse plano visava desenvolver diversos setores da economia, incluindo a construção de Brasília. O governo trouxe rápido crescimento econômico,
mas também aumentou o endividamento externo do Brasil, o que gerou impactos financeiros nas décadas seguintes.

1.4) O Governo de Jânio Quadros: Em 1960, Jânio Quadros foi eleito presidente com uma plataforma moralizadora e anticorrupção. No entanto, seu
estilo extravagante e decisões controversas, como proibir o jogo e restringir o carnaval, geraram descontentamento popular e de setores conservadores.
Menos de sete meses após assumir o cargo, Jânio Quadros renunciou de forma inesperada em agosto de 1961, alegando forças ocultas e não
especificadas.

1.5) O Governo de João Goulart e o Movimento Cívico-Militar de 31 de Março de 1964: Após a renúncia de Jânio Quadros, o vice-presidente João
Goulart assumiu o cargo. Goulart promoveu reformas de base e políticas mais à esquerda, o que gerou forte oposição de setores conservadores, militares e
dos Estados Unidos, que temiam a influência comunista. Em 1964, um movimento cívico-militar culminou no Golpe de 1964, que depôs Goulart e instaurou
um regime militar no Brasil, marcando o início de um período de ditadura que duraria até meados da década de 1980.

Esse período foi de notável transformação política e social no Brasil, com alternâncias de liderança, desenvolvimento econômico, desafios políticos e a
instauração posterior de um regime autoritário que teve profundos efeitos no país, durando até a redemocratização na década de 1980.
Geografia
O Processo de Desenvolvimento do Mundo Capitalista:

O desenvolvimento do mundo capitalista é uma história complexa e multifacetada que se estende por séculos. Este processo envolveu a evolução do
sistema capitalista, diferentes fases econômicas, a divisão internacional do trabalho e os modelos produtivos que surgiram durante as várias revoluções
industriais.

1) O Modelo Capitalista: O modelo capitalista é um sistema econômico caracterizado pela propriedade privada dos meios de produção, competição entre
empresas, busca pelo lucro e alocação de recursos pelo mercado. A força motriz do capitalismo é a inovação e o desejo de acumular riqueza.

2) As Diferentes Fases do Sistema Capitalista: O desenvolvimento do capitalismo passou por várias fases:

 Capitalismo Comercial: Surgiu com a expansão marítima dos séculos XV e XVI. Caracterizou-se pelo comércio de produtos
básicos e a acumulação de capital através da exploração colonial.
 Capitalismo Industrial: Desenvolveu-se com a Revolução Industrial a partir do final do século XVIII. Houve uma transição da
produção artesanal para a manufatura e, posteriormente, para a produção em larga escala nas fábricas.
 Capitalismo Financeiro: Emergiu no final do século XIX e início do século XX, com a crescente influência dos bancos e
instituições financeiras na economia. A especulação financeira e os investimentos em grande escala se tornaram proeminentes.
 Capitalismo Globalizado: Ganhou força no século XX com a globalização da economia. As empresas expandiram suas
operações internacionalmente, os mercados financeiros tornaram-se mais interconectados e a tecnologia acelerou a circulação de informações e bens.

3) Evolução da Divisão Internacional do Trabalho: A divisão internacional do trabalho refere-se à distribuição das atividades econômicas entre diferentes
países e regiões. Inicialmente, as nações industrializadas do Ocidente dominaram a produção manufatureira, enquanto colônias e países em
desenvolvimento forneciam matérias-primas. Com o tempo, essa divisão mudou, com a industrialização se expandindo para outras partes do mundo e a
especialização produtiva evoluindo conforme as vantagens comparativas de cada país.

4) Modelos Produtivos das Revoluções Industriais: Cada revolução industrial trouxe consigo novos modelos produtivos:

 Primeira Revolução Industrial: No final do século XVIII, a mecanização e a produção em fábricas substituíram os métodos
artesanais. A máquina a vapor foi um elemento central.
 Segunda Revolução Industrial: A segunda metade do século XIX viu avanços em tecnologia, como a eletricidade e o motor a
combustão. Isso impulsionou a produção em massa e a criação de grandes empresas.
 Terceira Revolução Industrial: O século XX trouxe a automação, a eletrônica e a tecnologia da informação. A produção se
tornou mais flexível e descentralizada, e a informação tornou-se uma parte vital da economia.
 Quarta Revolução Industrial: Atualmente, estamos na era da automação avançada, inteligência artificial e conectividade
digital. A interação entre físico e digital está transformando a produção e a sociedade.

O processo de desenvolvimento do mundo capitalista foi marcado por mudanças econômicas profundas, transformações na organização da produção e
distribuição global de trabalho. As diferentes fases e modelos produtivos refletem a contínua adaptação do sistema capitalista às mudanças tecnológicas,
sociais e econômicas ao longo dos séculos.
A Ordem Geopolítica e Econômica na Atualidade:

A ordem geopolítica e econômica atual é caracterizada por uma série de mudanças e desafios complexos que moldam as relações internacionais, a
economia global e a distribuição de poder. Alguns tópicos importantes incluem a Nova Ordem Mundial, a regionalização do mundo e as divisões
geopolíticas.
1) A Nova Ordem Mundial: A expressão "Nova Ordem Mundial" é usada para descrever o cenário internacional após o fim da Guerra Fria. Ela envolve a
redistribuição de poder entre as nações e a ascensão de novos atores globais. O declínio relativo dos Estados Unidos como única superpotência e o
surgimento de outros centros de influência, como a China e a União Europeia, reconfiguraram a dinâmica geopolítica.

2) A Regionalização do Mundo na Nova Ordem Mundial: A Nova Ordem Mundial trouxe consigo uma tendência de regionalização, em que grupos de
países próximos geograficamente ou com interesses comuns se unem para fortalecer sua posição geopolítica e econômica. Exemplos incluem a União
Europeia, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). Essas organizações buscam a
cooperação em áreas como comércio, segurança e desenvolvimento.

3) Divisões Geopolíticas do Mundo: A geopolítica mundial é caracterizada por divisões e desafios complexos:

 Polarização EUA-China: A competição entre os Estados Unidos e a China por influência política e econômica é um dos
aspectos centrais da geopolítica atual. Essa rivalidade abrange questões comerciais, tecnológicas, militares e ideológicas.
 União Europeia e Rússia: A UE busca consolidar a integração econômica e política na Europa, enquanto a Rússia busca manter
sua esfera de influência, resultando em tensões nas fronteiras orientais da Europa.
 Instabilidade no Oriente Médio: Conflitos, disputas étnicas, interesses divergentes e petróleo continuam a moldar a
geopolítica da região, afetando tanto os Estados do Oriente Médio quanto atores globais.
 Desafios Globais: Questões transnacionais como mudanças climáticas, terrorismo, migração, pandemias e cibersegurança
transcendem fronteiras nacionais e requerem cooperação internacional para resolução.
 África e América Latina: Essas regiões estão buscando maior desenvolvimento econômico e estabilidade política, enfrentando
desafios como pobreza, governança e conflitos.

A ordem geopolítica e econômica na atualidade é caracterizada por uma complexa interação de interesses e desafios. A evolução da Nova Ordem Mundial,
a regionalização, as rivalidades entre grandes potências e a busca por soluções para desafios globais continuam a moldar a dinâmica das relações
internacionais.
O Papel do Estado e as Organizações Internacionais:

1) O Papel do Estado como Gestor do Desenvolvimento Nacional: Os Estados desempenham um papel fundamental na promoção do desenvolvimento
nacional. Eles formulam políticas econômicas, sociais e ambientais que visam impulsionar a economia, melhorar o bem-estar social e criar condições para
um crescimento sustentável. Os governos desempenham funções de planejamento, regulamentação e investimento em setores estratégicos, como
infraestrutura, educação, saúde e indústria. O Estado também assume responsabilidades de redistribuição de renda, visando reduzir desigualdades e
promover justiça social.

2) A Relação das Organizações Não Governamentais e o Estado: Organizações Não Governamentais (ONGs) são atores importantes na arena
internacional, muitas vezes atuando como defensoras de causas sociais, direitos humanos e questões ambientais. As ONGs podem trabalhar em parceria
com os Estados, auxiliando na implementação de projetos de desenvolvimento, prestação de serviços e monitoramento de políticas públicas. Em alguns
casos, as ONGs podem atuar de maneira independente, pressionando os governos por transparência, responsabilidade e ações mais eficazes.

3) O Papel dos Estados Nacionais Frente ao Processo de Flexibilização Econômica e Protecionismo: Os Estados enfrentam um dilema ao lidar com a
flexibilização econômica e o protecionismo. A flexibilização econômica envolve a abertura para o comércio global e a atração de investimentos
estrangeiros, visando o crescimento econômico. No entanto, isso também pode levar à competição desigual e à desindustrialização, afetando setores
nacionais. O protecionismo, por sua vez, envolve a imposição de barreiras comerciais para proteger a indústria e os trabalhadores locais, mas pode levar a
retaliações comerciais e prejudicar a cooperação internacional.

4) Principais Organizações Supranacionais: As organizações supranacionais desempenham um papel central na governança global e nas relações
internacionais:

 Nações Unidas (ONU): Criada após a Segunda Guerra Mundial, a ONU promove a paz, a segurança, a cooperação
internacional e a proteção dos direitos humanos em todo o mundo. Ela abriga diversas agências especializadas que lidam com questões específicas, como
saúde, educação e desenvolvimento.
 Organização Mundial do Comércio (OMC): Regula o comércio internacional, estabelecendo regras e tratados que promovem
a livre circulação de bens e serviços.
 União Europeia (UE): Uma união econômica e política que visa a integração dos países europeus em diversas áreas, incluindo
comércio, políticas ambientais e direitos humanos.
 Organização dos Estados Americanos (OEA): Promove a cooperação entre os países americanos em questões políticas,
econômicas e sociais.
 Organização Mundial da Saúde (OMS): Responsável pela coordenação de questões relacionadas à saúde global, incluindo a
resposta a pandemias e a promoção de políticas de saúde.
 Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial: Instituições financeiras internacionais que fornecem assistência
financeira, empréstimos e políticas de desenvolvimento a países em todo o mundo.

Essas organizações supranacionais desempenham um papel vital na promoção da cooperação global, no estabelecimento de padrões internacionais e na
busca por soluções para desafios globais. A relação entre os Estados e essas organizações é fundamental para a governança global e para abordar
questões que transcendem as fronteiras nacionais.
Globalização, Comércio Mundial e Blocos Econômicos:

A globalização, o comércio mundial e os blocos econômicos estão interconectados e desempenham um papel crucial nas relações internacionais e na
economia global. Os seguintes tópicos são explorados de maneira mais detalhada:

1) Estruturação e Evolução do Comércio Mundial: O comércio mundial evoluiu significativamente ao longo dos séculos. No passado, o comércio estava
centrado em rotas marítimas e terrestres, como a Rota da Seda. Com o desenvolvimento do capitalismo e da Revolução Industrial, o comércio tornou-se
mais globalizado. Hoje, as cadeias de suprimentos internacionais conectam países em todo o mundo, com produtos sendo fabricados com componentes
de várias partes do globo.

2) A Nova Divisão Internacional do Trabalho: A nova divisão internacional do trabalho reflete como as atividades econômicas são distribuídas
globalmente. Países se especializam na produção de bens e serviços de acordo com suas vantagens comparativas. Isso resultou em países desenvolvidos
focando em indústrias de alta tecnologia e capital intensivo, enquanto países em desenvolvimento muitas vezes se especializam em manufatura de baixo
custo e produção de matérias-primas.

3) Diferentes Relações Comerciais entre Países: As relações comerciais entre países variam em termos de acordos bilaterais, multilaterais e regionais.
Acordos de livre comércio, como o NAFTA e o CPTPP, eliminam tarifas e barreiras comerciais entre os países membros, promovendo maior integração
econômica. Além disso, alguns países preferem estabelecer relações comerciais baseadas em cooperação e diplomacia, enquanto outros adotam medidas
protecionistas para proteger suas indústrias nacionais.

4) Os Impactos da Globalização na Geopolítica, na Dinâmica Socioeconômica e no Meio Ambiente:

 Geopolítica: A globalização reconfigurou a distribuição de poder global. Nações e blocos econômicos competem por
influência política e econômica, levando a alianças, rivalidades e negociações.
 Dinâmica Socioeconômica: A globalização trouxe benefícios como acesso a bens e serviços globais, mas também desafios
como desemprego devido à deslocalização da produção. As desigualdades econômicas e sociais podem aumentar se não forem gerenciadas
adequadamente.
 Meio Ambiente: A intensificação do comércio global tem impactos ambientais, como emissões de carbono relacionadas ao
transporte de mercadorias. Além disso, a busca por recursos naturais pode levar a práticas insustentáveis de exploração.

A globalização, o comércio mundial e os blocos econômicos são componentes essenciais da economia global e da política internacional. Seus efeitos
abrangem aspectos geopolíticos, econômicos, sociais e ambientais, sendo necessário um equilíbrio cuidadoso para maximizar os benefícios e minimizar os
desafios associados a esses processos.

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