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Prefeitura Municipal de São Vicente

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos de São Vicente

HISTÓRIA
ENSINO MÉDIO

TERMO III

UNIDADE 2

CONTEÚDOS:

 O PERÍODO VARGAS
 SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
 O MUNDO PÓS-SEGUNDA GUERRA E A GUERRA
FRIA.
 MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICOS NA AMÉRICA
LATINA E O BRASIL NAS DÉCADAS DE 1950 E 1960.
 A GUERRA FRIA E OS GOLPES MILITARES NO BRASIL
E NA AMÉRICA LATINA.

SÃO VICENTE
2020

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PLANEJAMENTO DE ESTUDOS
Leia com atenção as dicas abaixo e tenha SUCESSO nos ESTUDOS.

 Lembre-se de que você vai estudar sozinho, segundo suas oportunidades, conveniências e ritmo
de trabalho. Mas, o hábito de estudar deve ser planejado de forma a ocorrer sempre no em um
determinado horário.

 O local de estudo dever ser bem iluminado e silencioso. Evite musicas altas, TV ligada entre
outros.

 Realize todos os exercícios proposto na Unidade de estudo. Você esta com dificuldade na
matéria? Não desanime! Vem para o CEJAIN. Converse com o professor que o orientará.

 Quando o professor devolver uma atividade corrigida, refaça as questões que você errou,
consultando a Unidade de estudo. APRENDA o que ainda não sabe.

 Após a leitura, faça 3 perguntas difíceis sobre o assunto. Se você acertar é por que entendeu.

ANTES DA AVALIAÇÃO

 Nunca deixe pra estudar de véspera. Siga um plano diário para poder tirar as dúvidas.

 Estude sempre a matéria na seqüência da apostila.

 Refaça os exercícios. Em caso de dúvida, consulte o professor.

 Você deve repassar a matéria diariamente; na época da avaliação só precisará recordar o que
estudou.

NO DIA DA AVALIAÇÃO

 Leve o material necessário para fazer a prova: lápis, borracha, caneta (azul ou preta), etc...

 Leia toda a prova antes de respondê-la. Inicie sempre pelas questões mais fáceis.

 Responda uma questão de cada vez.

 Calcule o tempo para que sobre alguns minutos para revisar suas respostas.

 Preste atenção ao enunciado das questões, isto é, o que elas pedem como respostas.

 Evite rasuras.

 Lembre-se: toda avaliação é um documento, que deve ser feito a caneta.

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O PERÍODO VARGAS

Getúlio Dornelles Vargas (19/4/1882 - 24/8/1954) foi o presidente que mais tempo governou o
Brasil, durante dois mandatos. De origem gaúcha (nasceu na cidade de São Borja), Vargas foi
presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 e 1945 instalou a fase
de ditadura, o chamado Estado Novo.
Assumiu o poder em 1930, após comandar a Revolução de 1930, que derrubou o governo de
Washington Luís. Seus quinze anos de governo seguintes caracterizaram-se pelo nacionalismo e
populismo. Sob seu governo foi promulgada a Constituição de 1934. Fecha o Congresso Nacional em
1937, instala o Estado Novo e passa a governar com poderes ditatoriais. Sua forma de governo passa a
ser centralizadora e controladora. Criou o DIP
(Departamento de Imprensa e Propaganda) para controlar e censurar manifestações contrárias ao seu
governo.
Perseguiu opositores políticos, principalmente partidários do comunismo. Enviou Olga
Benário, esposa do líder comunista Luis Carlos Prestes, para o governo nazista.

Realizações

Criou a Justiça do Trabalho (1939), instituiu o salário mínimo, a Consolidação das Leis do
Trabalho, também conhecida por CLT. Os direitos trabalhistas também são frutos de seu governo:
carteira profissional, semana de trabalho de 48 horas e as férias remuneradas.
Getulio Vargas investiu muito na área de infra-estrutura, criando a Companhia Siderúrgica
Nacional (1940), a Vale do Rio Doce (1942), e a Hidrelétrica do Vale do São Francisco (1945). Em
1938, criou o IBGE (Instituto brasileiro de Geografia e estatística). Saiu do governo em 1945, após um
golpe militar.

O Segundo Mandato

Em 1950, Vargas voltou ao poder através de eleições democráticas. Neste governo continuou
com uma política nacionalista. Criou a campanha do “Petróleo é Nosso" que resultaria na criação da
Petrobrás.

O suicídio de Vargas

Em agosto de 1954, Vargas suicidou-se no Palácio do Catete com um tiro no peito. Deixou
uma carta testamento com uma frase que entrou para a história: "Deixo a vida para entrar na
História." Até hoje o suicídio de Vargas gera polêmicas. O que sabemos é que seus últimos dias de
governo foram marcados por forte pressão política por parte da imprensa e dos militares. A situação
econômica do país não era positiva o que gerava muito descontentamento entre a população.

Conclusão

Embora tenha sido um ditador e governado com medidas controladoras e populistas, Vargas foi
um presidente marcado pelo investimento no Brasil. Além de criar obras de infra-estrutura e
desenvolver o parque industrial brasileiro, tomou medidas favoráveis aos trabalhadores. Foi na área do
trabalho que deixou sua marca registrada. Sua política econômica gerou empregos no Brasil e suas
medidas na área do trabalho favoreceram os trabalhadores brasileiros.

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SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
A Segunda Guerra Mundial desenrolou-se no período de 1939 a 1945. Para compreender os
motivos pelos quais esse conflito foi levado a cabo e de que forma se tornou tão grandioso, é preciso
conhecer seus aspectos principais.
Ao fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, houve uma completa redefinição do mapa
geopolítico mundial, a começar pela ruína de três grandes impérios: o Alemão, o Turco-Otomano e o
Russo – esse último não apenas como consequência da guerra, mas também por causa da Revolução
Russa que ocorreu em 1917. Sabemos que os motivos principais da Primeira Guerra estavam
relacionados com o nacionalismo e com a busca desses impérios por expansão. Esses motivos também
deram o tom da Segunda Guerra, que, para diversos historiadores, foi, em grande parte, a continuidade
da Primeira.
A Alemanha saiu arruinada da Primeira Guerra Mundial. O peso das exigências do Tratado de
Versalhes, que a obrigava a pagar indenização aos países vencedores (como a França), ceder territórios
e não se rearmar, fez com que a situação desse país ficasse ainda mais complexa durante os anos 1920
e 1930. Esse período ficou conhecido, na história dos alemães, como a República de Weimar.
A realidade de outros países, como Itália e Espanha, também se tornou complexa nesse
período. Outro tipo de tensão era derivado do comunismo bem-sucedido na Rússia e da pretensão que
comunistas de outras nações tinham de realizar a revolução em outros solos. A situação no extremo
oriente, com o imperialismo japonês disputando regiões com a URSS, tais como a Manchúria, também
contribuía para a instalação de um cenário “explosivo”.
Mediante essas circunstâncias, durante essas duas décadas, 1920 e 1930, novos modelos de
regimes políticos ascenderam na Europa. Esses regimes tiveram um caráter absolutamente autoritário e
nacionalista com forte oposição ao modelo político típico do século XIX, o liberalismo. O fascismo, o
nazismo e, no caso específico da URSS, o stalinismo figuraram entre os principais representantes
desse novo tipo de proposta política, que ficou conhecida como totalitarismo. As características
principais desse tipo de política eram a concentração do poder na figura do ditador (cuja personalidade
era cultuada), a formação de uma economia de oligopólios, fortemente dirigida pelo Estado, e a
formação de uma sociedade de massas disciplinada e militarizada.
Entre as pretensões do totalitarismo político, os planos nazistas, idealizados e organizados pelo
seu líder, Adolf Hitler, foram, em grande parte, os principais responsáveis pelo desencadeamento do
conflito mundial. Hitler soube canalizar o ressentimento que a população alemã nutria desde o fim da
Primeira Guerra contra as nações vencedoras e transformá-lo em máquina de guerra. Em seus planos,
vários pontos confrontavam o Tratado de Versalhes, como remilitarização da Alemanha e o projeto de
construção do “espaço vital” para a raça ariana (branco) – fato que implicava a anexação de países,
como a Áustria, e a submissão de outros, como a Polônia e a Checoslováquia.
A partir de 1936, com os regimes totalitários já fortalecidos, começaram a surgir os primeiros
traços do que viria a ser a Segunda Grande Guerra. O auxílio prestado pelos nazistas ao general
Francisco Franco no contexto da Guerra Civil Espanhola demonstrou o poderio da máquina de guerra
alemã. Não demorou muito para que a Alemanha nazista impusesse seus anseios aos países mais
próximos de seu perímetro. De 1937 a 1939, os nazistas passaram a ocupar e a pressionar vários
países: Áustria, Checoslováquia, Polônia, Noruega etc. Mesmo com a tentativa diplomática da Liga
das Nações na época de dissuadir Hitler de seus empreendimentos autoritários, ele continuou seus
planos. A única resistência que Hitler considerava realmente importante era a da URSS. Por isso, em
1939, alemães e soviéticos assinaram o Pacto Germano-Soviético de não agressão, que dava aos
nazistas a garantia de que, em um possível conflito da Alemanha contra Inglaterra ou França, a URSS
não interferiria.
Com a invasão da Polônia, em 1939, que tinha por objetivo estabelecer uma ligação direta com
a Prússia Oriental, a Alemanha deu o pontapé inicial para a guerra. Logo invadiu também a Bélgica e a
França, que resistiram, mas, tal como a Polônia, não conseguiram enfrentar por muito tempo o
sofisticado exército alemão. No caso da França, houve ainda a particularidade do governo de Vichy,

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liderado pelo marechal Petáin, que apoiava os nazistas. Ainda em 1939 a Inglaterra declarou guerra à
Alemanha, e o conflito tomou rapidamente proporção continental.
A Itália fascista, liderada por Mussolini, apoiou a Alemanha e entrou na guerra em 1940, com
forte atuação no sul da Europa e no norte da África, onde havia colônias francesas. No extremo
oriente, o Japão, também autoritário e expansionista, aliou-se à Itália e à Alemanha, formando assim o
Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Em 1941, o ataque japonês à base naval norte-americana de Pearl Harbor
mudou o cenário na guerra, projetando-a para todo o globo. O referido ataque japonês foi decisivo
para que os EUA entrassem com seu contingente militar na Europa contra as potências do Eixo Roma-
Berlim-Tóquio. A entrada dos EUA na guerra promoveu a formação das potências aliadas, isto é,
Inglaterra, EUA, a resistência dos países que haviam sido invadidos, como a França, e outros países
que antes não se posicionavam contra a Alemanha nazista, mas que depois passaram a fazê-lo, como
URSS e o Brasil.
A principal operação comandada pelas potências aliadas foi o chamado dia D, em 6 de junho
de 1944, que teve por objetivos: neutralizar o contingente militar alemão, libertar os países que
estavam sob o jugo nazista e capturar Hitler e a cúpula do partido nazista. A guerra estendeu-se no
continente europeu e no oceano Pacífico, contra o Japão, até 1945. Boa parte da cúpula de oficiais
nazistas foi capturada, julgada e condenada. Hitler cometeu suicídio, junto a sua esposa. Mussolini foi
fuzilado em praça pública.
O Japão, apesar de, em agosto de 1945, já estar com seu efetivo militar quase que
completamente obsoleto, sofreu o pior ataque da história da humanidade: o bombardeio com bombas
atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki empreendido pelos EUA. A rendição do Japão, após
esse cenário catastrófico, selou o fim da guerra e inaugurou um período de incerteza e de tensão
extrema na segunda metade do século XX, a Guerra Fria.

Brasil na Segunda Guerra Mundial

O Brasil manteve-se neutro até certo ponto, quando alguns de seus navios começaram a sofrer
ataques e o país declarou guerra à Alemanha no ano de 1942, ajudando os Estados Unidos na
libertação da Itália que se encontrava quase que totalmente nas mãos do exército nazista. O país
enviou cerca de 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), 42 pilotos e 25 mil homens da
Foça Expedicionária Brasileira (FEB).

Fonte: https://static.todamateria.com.br/upload/56/72/56720a8b9715e-o-brasil-na-segunda-guerra-mundial.jpg

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Conclusão

Após um longo período de combate entre Eixo e Aliança, a Segunda Guerra chegou ao fim
apenas no ano de 1945 quando Itália e Alemanha se renderam. O Japão, último país a assinar o tratado
de rendição sofreu um ataque nuclear lançado pelos Estados Unidos onde uma bomba atômica
explodiu na cidade de Hiroshima dizimando um grande número de cidadãos japoneses inocentes.
O regime nazista foi responsável pela morte de cerca de 2 milhões de poloneses, 4 milhões de
pessoas com problemas de saúde (deficientes físicos e mentais) e um número exorbitante de 6 milhões
de judeus no massacre que ficou conhecido como Holocausto. Os danos materiais também foram
muitos, a guerra arrasou as nações perdedoras e outras envolvidas destruindo cidades inteiras e a vida
de milhares de cidadãos. O pagamento de uma indenização para reconstrução das nações derrotadas
foi determinado pelos Aliados assim como uma indenização aos países vitoriosos, assinada no Tratado
de Paz de Paris.
Ao final da guerra foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU), que tinha o propósito
de manter a paz entre as nações resolvendo os conflitos de forma pacífica e ajudar as vítimas da
Segunda Guerra.

O MUNDO PÓS SEGUNDA GUERRA E A GUERRA FRIA


O Mundo da Guerra Fria
(1945-1989)

O Mundo da Guerra Fria caracterizou-se pela confrontação entre o bloco capitalista, liderado
pelos Estados Unidos, e o bloco socialista, liderado pela União Soviética. Logo em seguida à Segunda
Guerra Mundial deu-se o progressivo alinhamento dos países aos dois grandes blocos, em meio ao
armamentismo e confrontos localizados. Os Estados Unidos estabeleceram o Plano Marshall e a
OTAN, enquanto os soviéticos respondiam com o Comecon e o Pacto de Varsóvia. Em 1949, Mao
Tsé-tung, liderando o Partido Comunista Chinês, tomou o poder, estabelecendo a República Popular
da China. Derrubado, Chang Kai-shek fugiu para a ilha de Formosa, criando ali a China Nacionalista.
No ano seguinte, na Coréia, teve início uma séria confrontação entre capitalistas e comunistas com
sérios riscos para a paz mundial. O conflito só terminou em 1953, com a manutenção da divisão da
região em Coréia do Norte, comunista, e Coréia do Sul, capitalista.
No final dos anos 50, o governo soviético Kruschev e os norte-americanos Eisenhower e
Kennedy ensaiaram uma aproximação e tentativas de distensão, no que ficou conhecido como política
da Coexistência Pacífica. Entretanto, tal política não impediu novas rivalidades e confrontações, ao
contrário, restabeleceu o clima de Guerra Fria, que foi seguido mais tarde de nova aproximação, como
aconteceu com a Détente dos anos 70. Após a reativação das rivalidades norte-americanas e soviéticas
durante os anos 80, no final desta década teve fim a Guerra Fria, quando houve o colapso do bloco
soviético seguido do fim da URSS. Na América Latina, Cuba engrossou o bloco soviético, durante a
bipolarização mundial, tendo à frente Fidel Castro, o qual reestruturou profundamente a ordem
tradicional da economia e a sociedade cubana. Em 1962, o país foi o epicentro de outra grave crise
internacional, a chamada Crise dos Mísseis. Nos demais países latino-americanos a instabilidade, as
ditaduras e os confrontos políticos não conseguiram alterar substancialmente a tradicional situação de
subdesenvolvimento, de miséria e de enormes desigualdades sociais.
Na descolonização da Ásia e da África, destacou-se a iniciativa da Conferência da Bandung,
onde se oficializou o bloco do Terceiro Mundo, disposto a não se alinhar automaticamente à
União Soviética ou aos Estados Unidos. No processo de independência indiano destacou-se a
atuação de Mahatma Gandhi, através da resistência pacífica. Na independência da Indochina, deu-se
a incorporação dos confrontos da Guerra Fria, transformando essa área numa da mais violentas do
mundo, sendo, portanto, ameaçadora à paz internacional, com a Guerra do Vietnã. Outra área de
permanente tensão na pós-Segunda Guerra Mundial, e até hoje marcada por intensos conflitos, é a do
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Oriente Médio, envolvido nos sucessivos confrontos árabe-israelenses, nos conflitos do Líbano, na
Guerra do Iraque contra o Irã e na Guerra do Golfo. Também na África, a herança colonial e as lutas
libertadoras desembocaram em sangrentos confrontos e impasses políticos que se prolongam até hoje,
como o caso de Angola, Moçambique, África do Sul, entre tantos outros.

MOVIMENTOS SOCIAIS E POLÍTICOS NA AMÉRICA LATINA E O BRASIL


NAS DÉCADAS DE 1950 E 1960.

Na América Latina, atraso econômico e ditaduras motivaram protestos.

O ano de 1968 foi o ápice do movimento estudantil na América Latina, mas os protestos na região
também foram motivados pela luta contra o subdesenvolvimento econômico e as ditaduras militares,
além da atmosfera de contestação cultural que se tornava cada vez mais presente em todo o mundo na
época.
A Revolução Cubana foi uma das inspirações para os latino-americanos, que passaram a acreditar que
a guerrilha conseguiria realizar a revolução em seus países.
Conheça o contexto histórico em que viviam os países da América Latina em 1968:

Argentina

Entre 1930 e 1976, o país sofreu sete golpes militares, que tiveram como objetivo sufocar as
tentativas dos movimentos populares em constituir uma sociedade democrática autônoma e obter o
desenvolvimento social mais eqüitativo e harmônico.
Em 1966, o general Juan Carlos Onganía (1966- 1970) destituiu o general Arturo Illia (1963-1966),
em um golpe militar chamado Revolução Argentina. A Confederação Geral do Trabalho, que surgiu
em 1930 e se fortaleceu durante o governo de Juan Domingo Perón (1946-1962/1952-1955), estava
desarticulada por confrontos internos. Mas, organizadas por sindicatos, as greves tornaram-se
freqüentes nos anos 60 e atingiram seu ápice em 1969, com o Cordobaço (protestos em Córdoba).

Bolívia

Entre 1952 e 1964, embora oficialmente existisse um sistema multipartidário, o partido de


esquerda nacionalista obtinha cerca de 90% dos votos dos camponeses. A então recém-criada Central
Operária Bolivariana, COB, transformou-se em um ator político com capacidade de nomear ministros
e pressionar pela implementação de políticas públicas.
Um golpe de Estado em 1964 deu fim a coexistência pacífica entre partido e sindicato e iniciou
um período que se estenderia até 1982.
O golpe foi chefiado por René Barrientos Ortuño. Foi durante essa gestão do governo militar
que se descobriu uma organização guerrilheira no território, liderada pelo revolucionário argentino
Ernesto Che Guevara.
A luta antiditatorial da guerrilha se somava às manifestações de índios e camponeses por
melhores condições de vida. Che Guevara foi morto em 9 de outubro de 1967.
Brasil

Em maio de 1968, o Brasil vivia a ditadura militar, instaurada em 1964 após o golpe que
destituiu o presidente João Goulart.
O movimento estudantil, que havia começado a se reerguer em 1966, ganhou força após a
morte do estudante Edson Luis de Lima Souto, no Rio de Janeiro, após uma manifestação contra o
preço da comida do Calabouço, o refeitório do Instituto Cooperativo de Ensino, onde Edson cursava o

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segundo grau. O regime militar deu aos estudantes uma razão a mais pela qual lutar, já que se
mostraram capazes de matar um deles.
Os estudantes brasileiros reivindicavam mudanças na educação, no sistema de ensino, e
queriam ter participação no processo educacional, visando à democratização do ensino. Mas as
reivindicações se ampliaram, e passaram a pedir o fim da ditadura, gerando greves, ocupação de
universidades e passeatas.
O governo militar usou os protestos como uma das formas de justificar a aplicação do Ato
Institucional número cinco, o AI-5, que implantou a censura e enfraqueceu o movimento estudantil.

Chile

Em 1968, o Chile estava sob o governo da democracia-cristã de Eduardo Frei Montalva. As


dificuldades econômicas e a perda de apoio político tornaram insustentável a continuação do partido
Democrata-Cristão no poder e, em 1970, Salvador Allende, da coalizão de esquerda União Popular é
eleito presidente.
Segundo o professor Henrique Carneiro, a eleição de Allende personificou a "efervescência de
mobilização semelhante ao que ocorreu em 1968". "Certamente, o Allende foi uma expressão eleitoral
do clima de rebelião, de busca de uma alternativa socialista e, ao mesmo tempo, uma alternativa
socialista que se distinguia do movimento soviético mais tradicional".
Três anos depois, em 1973, os militares chilenos liderados pelo general Augusto Pinochet,
derrubam o governo de Allende com um golpe de Estado.

México

O México foi palco para reivindicações de liberdade para presos políticos e autonomia
universitária. O movimento foi duramente reprimido, com centenas de mortos e milhares de presos.
O país não vivia uma ditadura, mas o presidente Gustavo Díaz Ordaz Bolaños (1964-1970) não
era tolerante com os protestos estudantis e ordenou ao Exército que ocupasse o campus da
Universidade Autônoma do México (UNAM) para por fim às manifestações, em setembro de 1968. Os
protestos foram reprimidos com espancamentos e detenções.
Mas os protestos estudantis continuaram e as manifestações aumentaram de proporção. No dia
2 de outubro, após nove semanas de greves, 15 mil alunos protestaram nas ruas da Cidade do México
contra a ocupação da UNAM. Forças do exército foram usadas para acalmar a manifestação e contra a
multidão.
O verdadeiro número de mortos é desconhecido. Na época, o governo mexicano divulgou um
total de quatro mortos e 20 feridos, mas outras fontes não-oficiais divulgaram a morte de mais de 200
pessoas.

Colômbia

A reforma constitucional realizada na Colômbia em 1968, atribuiu ao presidente do país --


Carlos Lleras Restrepo (1966-1970)- importantes funções econômicas, como o planejamento das
políticas públicas.
Como contestações, renasceram as lutas reivindicatórias sindicais, com base no desejo de
promover a Revolução Cubana na Colômbia.
A antiga guerrilha liberal foi convertida em movimento armado com as FARC e o ELN
(Exército de libertação nacional, do sacerdote Camilo Torres Restrepo), respectivamente em 1964 e
1965. O EPL (Exército Popular de Libertação), de inspiração maoísta, surgiu em 1967.

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Paraguai

Em 1960, a estrutura estatal paraguaia era representada pela figura central do presidente-
general Alfredo Stroessner (1954-1989). O poder era centralizado, e reprimia com violência as
organizações ideológicas da base social. As entidades representativas das forças sócio-econômicas
foram excluídas politicamente.
A Lei nº 194, promulgada pelo Executivo em 1955, legalizou a repressão contra os
movimentos estudantil, operário, camponês e contra dirigentes políticos dissidentes do Partido
Colorado, que formaram os partidos Comunista, Liberal e Febrerista.
Emergiram então, já na década de 60, dois movimentos: o Movimento 14 de Maio e a Frente Unida de
Libertação nacional (FULNA).
Mas os jovens dos partidos de oposição não conseguiram transformar a luta de guerrilha em
uma organização política que impedisse a formação de um governo ditatorial de Strossner. A guerrilha
foi reprimida e seus representantes presos ou mortos.

Peru

O ano de 1968 foi marcado pelo início da ditadura militar peruana, realizada para conter a
insurreição camponesa baseada na revolução de Cuba.
O presidente Fernando Belaunde (1963-1968) tentou implantar indústrias para contentar a
população e segurar as revoltas, mas não teve poder suficiente para lidar com a direita conservadora e,
principalmente com os militares, que o derrubaram.

Uruguai

Nos anos 60, o país estava em crise econômica, com a industrialização estagnada, a produção
agrária em baixa e o comércio defasado. A violência política se instalou como instrumento de luta pelo
poder.
Os protestos seguiram em meio a problemas de pauperização, inflação descontrolada, e
fenômenos de corrupção política. Os protestos foram contidos e seguidos do golpe militar, em 1971.

HISTÓRIA – TERMO III – UNIDADE 2 – ATIVIDADES


ENSINO MÉDIO

OS EXERCIOS ABAIXO SÃO PARA SEREM REALIZADOS EM SEU CADERNO, APÓS A


LEITURA DA UNIDADE.

1- Em quais anos Getúlio Vargas governou o Brasil, e o que ele instalou entre os anos de 1937 e
1945?
2- Quais eram os objetivos do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda)?
3- Dentre as realizações do governo de Getúlio Vargas, quais os benefícios que os trabalhadores
tiveram?
4- Qual frase era utilizada por Getúlio Vargas que resultou na criação em seu governo da Petrobrás?
5- Quais foram os fatores políticos que desencadearam a Segunda Guerra Mundial? Qual foi o estopim
desse conflito e quanto tempo durou?
6- Como se deu a participação dos Estados Unidos da América na Segunda Guerra Mundial?
7- Com relação a vida humana, quais foram as consequências da Segunda Guerra Mundial?

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8- Que países (potências) lideram a Guerra Fria e o que cada uma defendia?
9- Qual o país da America latina que sob o comando de Fidel Castro aderiu ao socialismo?
10- Que objetivos tiveram os golpes militares sofridos pela Argentina entre os anos de 1930 e 1976?
11- Quais eram os objetivos dos movimentos estudantis brasileiro durante a Ditadura Militar?
12- O que aconteceu no Brasil com a implantação do AI – 5? (Ato Institucional nº 5)
13- Relacione as colunas: (em seu caderno)
(a) Salvador Allende ( ) Presidente argentino
(b) Juan D. Perón ( ) Revolucionário argentino
(c) Ernesto Che Guevara ( ) Presidente do Chile

BIBLIOGRAFIA – E.M

www.aventurasnahistoria.com.br
www.historiadobrasil.com.br
www.dominiopublico.org.br
www.wikipedia.com.br
www.conhecimentosgerais.com.br
Rodrigues, Joelza Ester
História em documento: imagem e texto; 2. Ed. – São Paulo: FTD, 2002.
Rezende, Antonio Pinto
Rumos da história: história geral e do Brasil/ Antonio Pinto Rezende, Maria Thereza Didier – São
Paulo: Atual 2001.
História do Ensino Médio, volume único/ Ricardo, Adhemar, Flávio. – Belo Horizonte, MG: Ed. Lê,
1998.

BRASIL ESCOLA: <https://guerras.brasilescola.uol.com.br/seculo-xx/a-segunda-guerra-


mundial.htm> Acesso: 26/jul./2018.

TODA MATÉRIA: <https://www.todamateria.com.br/o-brasil-na-segunda-guerra-mundial/> Acesso:


26/jul.2018.

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