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Salesianos de Manique

Ano letivo 2021/22

História B

O mundo saído da II Guerra Mundial

11ºC

Gabriel Meca nº 6
José Carreta nº 12
Miguel Carvalho nº16

Manique, 7 de março 2022

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Índice:

 Introdução;

 A irradiação do fascismo do mundo;

 As hesitações face à Guerra Civil de Espanha;

 Da aliança contra o imperialismo do Eixo nazi-fascista à mundialização do


conflito e à vitória dos Aliados;

 Balanço da II Guerra Mundial;

 A reconstrução do pós-guerra;

 O tempo da Guerra Fria – a consolidação de um mundo bipolar;

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Introdução

Neste trabalho vamos abordar o tema do O mundo saído da II Guerra Mundial. Foi
nos proposto a realização deste pela nossa professora de História, Aurora Mocho.
Já tendo conhecimento sobre este tema dos anos anteriores, conseguimos aprofundá-
lo mais e ter uma melhor compreensão e conhecimento sobre o mesmo.
Com a realização deste trabalho desejamos consolidar a matéria já dada e aprender
novos subtemas só lecionados neste ano letivo, de modo a ter um melhor conhecimento
sobre este tema.
Umas das formas de aprendizagem é a pesquisa, quer pelo manual “Tempos de
Mudança” quer pela internet, sendo esta uma das adversidades encontradas ao longo da
realização deste trabalho, pois preocupa-nos o facto da informação por certos subtemas
procurados não ser a mais assertiva.

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A irradiação do fascismo do mundo

A democracia liberal, tal como fora concebida e praticada no século XIX, burguesa e
elitista, entrou em crise nas décadas de 1920 e 1930. Entre os fatores desta crise,
destacamos:
• a intensificação da luta de classes (burguesia industrial-financeira e um proletariado)
• o desenraizamento de setores da população durante a I Grande Guerra e por largos
períodos de serviço militar que naquela altura era obrigatório;
• a crise económica e financeira e o desemprego;
• as lutas internas pelo poder (Checoslováquia, Jugoslávia), onde grupos étnicos
dominantes oprimiam minorias nacionais.
Em tempo de crise (económica, política e psicológica), a ditadura mostrava ser a única
solução. Assim sendo, nas décadas de 1920 e 1930 assistiu-se a uma sucessiva
implantação de regimes autoritários e fascistas (a Alemanha, a Itália, a Espanha e
Portugal, a Áustria, o Brasil e o Japão, entre outros. Até na França, Inglaterra,
Holanda, Bélgica, Noruega e Suíça, onde a democracia acabou por resistir, o fascismo
despontou.
Algo que as ditaduras apresentavam em comum era a exaltação do nacionalismo, que
assentava na opinião de que o prestígio nacional e a autodefesa exigiam uma política
internacional baseada na força e na guerra e, por isso, também no rearmamento. Neste
sentido, a Alemanha de Hitler entra em incumprimento com as disposições do Tratado
de Versalhes, ao restabelecer o serviço militar obrigatório e ao proceder a um
rearmamento maciço.
Por fim, em 1936, Hitler e Mussolini assinaram o Pacto de Amizade que resultou no
Eixo Roma-Berlim e que, em 1940, com a adesão do Japão no Pacto Tripartido ou Eixo
Berlim-Roma-Tóquio. Em Espanha, a Guerra Civil (1936-39) iria constituir uma
espécie de campo de ensaio para a 2ª Guerra Mundial.

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A irradiação do fascismo do mundo

A era das ditaduras

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As hesitações face à Guerra Civil de Espanha

Em julho de 1936 teve início um golpe militar contra o governo republicano,


legitimamente eleito. Eclodiu primeiro em Marrocos e estendeu-se depois às guarnições
militares de toda a Espanha, conduzindo a uma guerra civil que durou três anos. Esta
guerra foi uma manifestação do intenso confronto ideológico que marcou a década de
1930 e que opôs o fascismo, o comunismo e a democracia liberal.
Em Espanha, as eleições de 1936 deram a vitória à Frente Popular, coligação dos
partidos de esquerda (socialistas, comunistas e anarquistas), o que suscitou uma
imediata reação das forças conservadoras (grandes proprietários rurais, Igreja e grande
parte do exército), receosas da implantação do comunismo no país: a Guerra Civil
Espanhola.
Inicialmente, considerava-se que o exército franquista empreenderia uma ação violenta
e de curta duração com vista à capitulação do Governo da Frente Popular, sem
necessidade de estabelecer compromissos com forças políticas próximas dos seus ideais.
Porém, a guerra durou três anos (1936-39), devido à resistência da capital e das
principais cidades (Valência, Bilbau, Barcelona e outras).
A posição estrangeira face à guerra
Esta foi também uma guerra internacional, que teve uma enorme projeção no
estrangeiro. Foi um episódio determinante da crise europeia da década de 30, no qual
interferiram vários países estrangeiros, que procuravam influenciar o seu desfecho. A
intervenção estrangeira no conflito foi determinante para o resultado final, fazendo a
balança pender para o lado dos insurgentes
Na sequência do início da Guerra Civil Espanhola, as principais potências europeias
apressaram-se a estabelecer Acordos de Não Intervenção. As razões de algumas destas
alianças não foram muito claras, pois países como a França, com um governo de Frente
Popular idêntico ao que Franco tentava derrubar, viriam a assinar o referido acordo.
A Alemanha nazi e a Itália fascista apoiaram a fação do general Francisco Franco,
fornecendo aviões para transportarem militares de Marrocos e das Canárias para
Espanha. A Alemanha enviou ainda armamento e uma divisão especial, a Legião
Condor, que testou o seu mais moderno armamento durante a guerra. A própria Itália
enviou cerca de 40 mil homens. Foram experimentadas táticas militares, que seriam
depois utilizadas entre 1939 e 1945. O conflito permitiu ainda a aproximação entre a
Itália e a Alemanha.
A Grã-Bretanha e a França optaram pela não intervenção, uma posição que decorria da
política de apaziguamento de ambos os países face ao expansionismo alemão na
Europa.
Deixaram assim os republicados privados de uma importante fonte de financiamento e
de material de guerra. Os republicanos contaram com o apoio militar e diplomático da
União Soviética e do México, mas este não foi suficiente para ultrapassar o
desequilíbrio de forças. Mais de 30 mil voluntários estrangeiros foram para Espanha

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lutar ao lado dos republicanos. Organizados em Brigadas Internacionais, pelo
Comintern, sacrificaram as suas próprias vidas para salvar a República.
Também Portugal se posicionou perante o conflito que assolava a Espanha. António de
Oliveira Salazar deu apoio logístico, informativo, diplomático e material aos
sublevados. Fê-lo discretamente, por temer a reação que esse apoio poderia provocar
junto da Grã-Bretanha.
O desfecho da guerra
A Guerra Civil Espanhola contou, assim, com a intervenção estrangeira e prefigurou os
blocos que iriam confrontar-se na II Guerra Mundial. De facto, se por um lado os
republicanos tinham a simpatia das democracias ocidentais e da URSS, os nacionalistas
eram apoiados pelas ditaduras fascistas.
A vitória dos nacionalistas (conquista de Madrid em 28 de março de 1939) inaugurou na
Espanha a ditadura de Franco (o regime franquista iria durar cerca de 40 anos).
No dia 1 de setembro do mesmo ano em que terminava a Guerra Civil Espanhola
(1939), a Alemanha invadia a Polónia e, dois dias depois, começava a II Guerra
Mundial.

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Da aliança contra o imperialismo do Eixo nazi-fascista à
mundialização do conflito e à vitória dos Aliados

Em 1933, Hitler subiu ao poder e começou a preparar a Alemanha para a guerra. As


ações de força empreendidas por Hitler, em especial no período de 1938 a 1939, foram
cada vez mais contundentes D, bem como as de Mussolini em 1939, as quais
provocaram mudanças fundamentais nas relações internacionais que conduziram à II
Guerra Mundial.
A Grã-Bretanha e a França prometeram ajuda à Polónia e à Roménia, no caso de serem
invadidas pela Alemanha, ou à Grécia, no caso de ser invadida pela Itália.
Hitler e Mussolini celebram o Pacto de Aço (22 de maio de 1939).
Quanto à URSS, manteve conversações com a Grã-Bretanha e a França no sentido de
ajudar a Polónia, mas sem efeito, devido à oposição do presidente polaco Beck, que
temia a entrada de tropas russas na Polónia no caso de se efetivar o conflito com a
Alemanha.
Estaline inicia conversações secretas com a Alemanha e, a 23 de agosto de 1939
celebram o Pacto Germano-Soviético, no qual os dois Estados se comprometiam a não
se confrontar em caso de guerra e, numa cláusula secreta, estabeleciam a repartição da
Polónia e as suas respetivas áreas de influência.
Hitler decide invadir a Polónia a 1 de setembro de 1939. A 3 de setembro, a Grã-
Bretanha e a França declaravam guerra à Alemanha. Iniciava-se, assim, a 2.a Guerra
Mundial.
Aproveitando este facto, Mussolini juntou-se a Hitler (aliança conhecida por Eixo Nazi-
Fascista, inicialmente denominado Eixo Roma-Berlim) e juntos declararam guerra à
França e à Grã-Bretanha. Em 14 junho de 1940, Hitler ocupava Paris e inicia, em
setembro de 1940, uma série de violentos bombardeamentos aéreos às cidades inglesas
Porém, Winston Churchill incitou a população a resistir, a sua poderosa frota de guerra
e a sua pequena força aérea salvaram o país da invasão e fizeram com que o exército
alemão somasse a sua primeira derrota.
Ainda em junho 1941 os alemães atacaram a URSS, chegando às portas de Moscovo e
de Leninegrado.
Nesse mesmo ano a guerra alastrou-se ao Extremo Oriente e no Pacífico, o Japão
conquistou a Malásia, a Indonésia e as Filipinas e atacou base naval Pearl Harbour,
devido a este ataque os EUA e a Grã-Bretanha declararam guerra ao Japão e assim o
conflito tornou-se mundial, com a entrada das tropas americanas na guerra, os Aliados,
que se encontravam praticamente derrotados, começam a recuperar.
Em 1943, a Guerra foi marcada pelo avanço dos Aliados e pelas derrotas:
 dos japoneses nas batalhas aeronavais do Mar do Coral (maio de 1942) e de
Midway (junho de 1942) e nas batalhas em terra no Guadalcanal (1942-43);

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 dos alemães e italianos na Batalha de El Alamein no Norte de África
(agosto/novembro de 1942); derrota
 do VI Exército Alemão na Batalha de Estalinegrado (setembro de 1942 a
fevereiro de 1943);
 dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico (1943);
 dos italianos, com a invasão anglo-franco-americana na Sicília (Itália, 10 de
julho a 17 de agosto de 1943).
Em setembro de 1943 é declarada a capitulação da Itália.
A partir de julho de 1943, os dirigentes dos países aliados reuniram-se em sucessivas
conferências.
A 6 de junho de 1944, as tropas inglesas e americanas, comandadas pelo general
Eisenhower, desembarcaram nas costas da Normandia, marcando um dia histórico nesta
guerra, o início da derrota alemã que se sucedeu em maio de 1945. Neste mesmo ano
foram lançadas as bombas atómicas sobre as cidades japonesas Hiroxima (6 de agosto)
e Nagasáqui (9 de agosto). Estes ataques levaram o fim da guerra no Pacífico e à
capitulação do Japão a 2 de setembro, terminando, assim, a II Guerra Mundial.

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Da aliança contra o imperialismo do Eixo nazi-fascista à
mundialização do conflito e à vitória dos Aliados

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Balanço da 2ª. Guerra Mundial

A 2. ª Guerra Mundial causou um rasto de morte, dor, fome, miséria e inquietação,


tendo sido a mais trágica guerra da História da Humanidade.
Em termos humanos, destaca-se o significativo número de vítimas, na sua maioria civis
(cerca de 60 milhões de mortos e um grande número de feridos, mutilados e
desaparecidos), que decorreram, na sua essência, dos violentos combates (com recurso a
meios terrestres, aéreos e marinhos), dos massacres de reféns e das populações de
cidades inteiras. O racionamento e as pilhagens, nos países ocupados, e o agravamento
de doenças, como a tuberculose, contribuíram, também, para o aumento das vítimas
mortais. Por outro lado, as perdas humanas também se contabilizaram com a morte, de
opositores ao nazismo e com a liquidação de pessoas que eram consideradas "sub-
humanas" ou "inferiores" (judeus, ciganos...) em campos de exterminação. Os maus-
tratos, os massacres e as exterminações nas câmaras de gás e nos fornos crematórios
provocaram um elevado número de mortos, dos quais cerca de 6 milhões foram judeus.
As perdas materiais também foram significativas, devido à violência dos combates
terrestres e aos bombardeamentos aéreos: cidades, edifícios, vias de comunicação e de
transporte, instalações industriais ficaram total ou parcialmente destruídos, o que levou
à quebra de produção, à destruição das economias exceto a dos EUA e ao aumento do
endividamento.
Foram muitos os danos morais irreversíveis que a Guerra provocou. Foram
desrespeitados os direitos humanos. Também os lançamentos das bombas atómicas,
pelos militares americanos, nas referidas cidades japonesas, além de provocarem sérios
problemas físicos (doenças, malformações...) e ambientais, também causaram distúrbios
morais que ainda se manifestam face às condicionantes que o ataque provocou.
Na Alemanha, numa outra perspetiva, ainda hoje se vive, em alguns setores da
população, um sentimento de culpabilidade em relação ao passado nazi.

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A reconstrução do pós-guerra
 A definição das áreas de influência
A reconstrução da Europa vinha a ser preparada desde os últimos anos da guerra,
reunindo os dirigentes das potências aliadas em várias conferências. Teerão, Ialta,
Potsdam, onde os Três Grandes onde concertavam esforços para a derrota do nazismo,
definiam os moldes de reconstrução do Mundo, e em primeiro lugar, da Europa.
Em Teerão, Estaline, Roosevelt e Churchill:
 discutiram o futuro desmembramento da Alemanha
 debateram as fronteiras da Polónia
 formularam a ideia de criar uma organização internacional onde todas as nações
cooperassem pela manutenção da paz.
Em fevereiro de 1945, na conferência de Ialta reafirmaram o desejo de destruir o
militarismo alemão e o nazismo e decidiram a divisão da Alemanha.
Em julhos e agosto, já depois da criação da ONU, na conferência de Potsdam, os
Aliados reafirmaram as decisões de Ialta e chegaram a acordar sobre:
 desnazificação da Alemanha
 a desmilitarização e dissolução das indústrias bélicas alemãs
 o fim dos grandes trusts que haviam financiado o nazismo
 as reparações e indemnizações da Alemanha em Aliados
 a criação de Tribunal de Nuremberga
 a divisão da Alemanha em 4 zonas de ocupação
 a cidade de Berlim, foi-lhe ocupada um estatuto especial ficando também
dividida em zonas de influência
Em suma, os grandes vencedores da guerra foram os EUA e a URSS, que conseguiram
colocar vastas áreas do mundo sob a sua influência.

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 A perda de influência da Europa
A URSS sofrera grandes perdas, mas saíra com prestígio pelo seu papel na libertação do
nazismo. Tinha-se tornado uma grande potência militar que ocupava militarmente a
Europa Ocidental. Face a um continente retalhado, a URSS surgiu com um papel
determinante no novo quadro geopolítico que se desenhava.
As fronteiras dos países europeus haviam sido alteradas, em 1947, exanadas nos
tratados de paz de Paris.
Os EUA foram o único país a sair reforçado da guerra. Sofreram as menores perdas,
eram a primeira potência militar mundial, os únicos com armas atómicas e tinham a
supremacia económica e tecnológica, num contento mundial.
A Europa, arruinada e empobrecida, perdera influência e dividida por ressentimentos de
guerra, entre a dependência dos EUA e a ameaça do expansionismo soviético, esboçava-
se um corte político e ideológico.
 A ONU - Organização das Nações Únicas
A formação de uma nova organização mais atuante dos que a SDN mas animado do
mesmo espírito pacifista e democrático foi aprovada na conferência de Teerão de 1943 e
oficialmente estabelecida em 25 de unhas de 1945 na Conferência de São Francisco
através do documento designado por Carta das Nações Unidas. As suas principais
finalidades eram:
 Manter a paz e a segurança internacionais;
 Desenvolver relações de amizade entre as nações;
 Promover a cooperação internacional
 Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações
No entanto, a ONU tem encontrado problemas na ma atuação a os seus objetivos não
tem sido completamente cumpridos. Todas as ações desenvolvidas pela organização
foram motivadas pelo mesmo objetivo, o da defesa dos Direitos Humanos. Foi por isso
aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948, que se distingue da
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão pele facto de procurar definir
princípios de cooperação entre as nações do mundo além de direitos e liberdades
fundamentais.

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 Os principais organismos da ONU.
Os papeis de cooperação económica e o carácter humanitário e social da ONU é patente
nos órgãos que dela fazem parte e que espelham as preocupações, humanistas da
organização:
 A Assembleia Geral
 Conselho de Segurança
 Conselho Económico e Social
 • Tribunal Internacional de justiça
 Conselho de Tutela (extinto em 1991).

 As novas regras da economia internacional


A reconstrução económica dos pós-guerra iniciou-se ainda durante o ano de 1944 na
Conferência de Breton Woods. Objetivos:
- Reorganizar o sistema económico e financeiro internacional do pós-guerra.
- Evitar políticas de isolamento e autarcia que conduzissem a novos conflitos armados
Pretendia-se regularizar o comércio mundial, os pagamentos e a circulação de capitais
entre países e evitar os perigos resultantes da desvalorização monetária e da inflação e a
instabilidade das taxas de câmbio.
Os economistas propuseram para isso a criação de um novo sistema monetário
internacional baseado no dólar, a moeda mais forte da época, sistema esse que
garantisse maior estabilidade às moedas nacionais favorecendo as trocas comerciais
entre países. O sistema baseava-se na equivalência de dólar ao padrão-ouro e na
paridade entre as restantes moedas e o dólar.
Foram criadas instituições sob controle da ONU que permitem atingir tais objetivos:
 Criação de Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoiar países em
dificuldades e manter a estabilidade dos câmbios
 Criações de Banco Internacional para a reconstrução e Desenvolvimento (BIRD)
ou Banco Mundial pana financiar grandes projetos de desenvolvimento
 Em 1947, sob proposta dos EUA foi criado o Acordo Geral de Tarifas e
Comércio, o GATT em que 23 países do mundo acordaram para a redução de
taxas alfandegárias e outras restrições comerciais. Este acordo esteve na base da
criação na Europa de pós-guerra, do BENELUX e posteriormente da CEE.

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 A primeira vaga de descolonizações
A guerra, que exigiu também pesados sacrifícios às colónias, “acordou" os povos para a
injustiça da dominação estrangeira. A luta contra as forças do Eixo foi sentida por todos
como uma luta pela liberdade que, deveria estender-se ao Globo.
Os países coloniais viram-se importantes para suster a vaga independentista quem
terminado, o conflito, assolou a Ásia e a África.
Aos efeitos demolidores da guerra juntaram-se as pressões exercidas pelas 2
superpotências, que apoiam os esforços de libertação dos povos colonizados. Os
Estados Unidos, em lembrança do seu próprio passado e em defesa dos seus interesses
económicos, sempre se mostraram adversos à manutenção do sistema colonial.
A URSS atua em nome da ideologia marxista-que prevê a revolta dos oprimidos pelos
interesses económicos capitalistas - e não desperdiça a possibilidade de estender, nos
países recém-formados, o modelo soviético.

 A descolonização asiática
O processo de descolonização pós-segunda guerra Mundial inicia-se no continente
asiático.
No Médio Oriente, concluindo um processo já em curso, tornam-se independentes a
Síria, o Líbano, a Jordânia e a Palestina, onde, em 1948 nasce, num clima de guerra, o
Estado de Israel.
Na Índia, a vontade de independência era antiga. Durante a II Guerra Mundial o Partido
do Congresso, liderado por Ghandi obtivera de Churchill a promessa da retirada inglesa.
No entanto a pretexto do violento antagonismo entre as comunidades hindu e
muçulmana, os Britânicos atrasam o processo, que só se concretiza em 1947 ficando a
Índia inglesa dividida em dois Estados: União Indiana e Paquistão.
Em 1949 a Holanda reconhece a independência da Indonésia.
O fim dos impérios europeus alterou o mapa das nações; as relações internacionais
redimensionaram-se e, sobretudo, impôs-se o princípio da igual dele entre os todos os
povos do Mundo.

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1.2. O tempo da Guerra fria- a consolidação de um mundo bipolar

 A Guerra Fria
Durante 1947-85 aproximadamente, os EUA e a URSS intimidaram-se mutuamente
perante um clima de hostilidade e insegurança que deixou o Mundo num permanente
sobressalto. É este clima de tensão internacional que designamos por Guerra Fia.
Mais do que ambições hegemónicas das 2 superpotências, eram duas conceções opostas
de organização política, vida económica e estruturação social que se confrontavam: de
um lado, o liberalismo, assente sobre os princípios da liberdade individual; do outro, o
marxismo, que subordina o individuo ao interesse da coletividade.
Em 1947, o processo de sovietização dos países de Leste era já irreversível. Para
coordenar a sua atuação, criou-se nesse ano, o KOMINFORM; Secretariado de
Informação Comunista - quele se tornou um importante organismo de controlo por parte
da URSS
Para os Ocidentais, a extensão da influência soviética na Europa, era inaceitável. Os
americanos, em primeiro lugar, assumem a liderança da oposição aos avanços do
socialismo. Em segundo lugar, perante o enfraquecimento da Europa, lideram o mundo
livre e auxiliam na contenção de comunismo - a chamada "doutrina Truman"
Para atém de formalizar a divisão do mundo em duas forças opostas a doutrina Truman
deixava também clara a necessidade de ajudar a Europa a reerguer-se economicamente.
A devastação da guerra foi grande e as ajudas dos Estados Unidos, apenas atenderam às
necessidades mais urgentes. O clima de miséria de Velho continente estava instável, em
tudo, propicio à difusão de ideias de igualdade e justiça social do marxismo.
Neste contento, em junho de 1947, George Marshall lança o chamado Plano Marshall
que visava assegurar o relançamento geral da economia europeia, acabando com a
penúria de dólares e melhorando o nível de vida das populações, através da ajuda
económica
Em janeiro de 1949, Moscovo responde ao Planos Marshall, lançando o Plano Molotov,
que estabelece as estruturas de cooperação económica Oriental. Foi no âmbito deste
plano que se criou o COMECON (conselho de Assistência Económica Mútua),
instituição destinada a promover o desenvolvimento integrado dos países comunistas,
sob a égide da União Soviética
O mundo estava oficialmente dividido em dois blocos ou polos opostos cada um deles
liderado pela respetiva superpotência, que exerce a sua influência ao nível político,
económico, social e até cultural.

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 O Bloqueio de Berlim
O primeiro grande confronto entre a União Soviética e os EUA deu-se a propósito da
Questão de Berlim. A unificação das três regiões da Alemanha (francesa, inglesa e
americana), bem como o empenho posto no renascimento alemão contra o avanço
comunista, fez com que os Soviéticos protestassem contra a violação dos Acordos de
Potsdam.
Neste contexto, responderam com o controlo militar das vias de acesso terrestre a
Berlim e depois com o encerramento do tráfego terrestre e fluvial entre Berlim e o
Ocidente. O chamado “Bloqueio de Berlim”
O bloqueio de Berlim visava obstruir os planos ocidentais sobre a Alemanha ou, pelo
menos, forçar a abandonar Berlim; mas, na verdade, teve o efeito contrário. Truman
organizou uma " ponte aérea" para abastecer Berlim e acelerou o sistema de alianças.
Ao mesmo tempo, em abril de 1949. era firmado o Pacto de Atlântico, assinado em
Washington.
Em maio de 1949, consagrava-se a divisão da Alemanha. Nas três zonas do Ocidente foi
criada a República Federal da Alemanha (RFA). No Leste, como resposta, foi criada a
República Democrática da Alemanha (RDA)
O bloqueio de Berlim prolongou-se por 11 meses e foi um dos conflitos mais perigosos
da Guerra Fria.

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 A Guerra da Coreia
O comunismo triunfava também na China, com a vitória de Mao Tsé-Tuny toleos n
acionalistas. Abria-se assim uma pente de contronto entre os cois itaros na Asia.
Em junho de 1950, a Coreia do Norte comunista invade a Coreia do sul anticorunista.
Os umericanos prestam aunilio à coreia do sul, sol a bandeira da ONU. Mas envia tonas
em cunilio da Coreia do Norte.
Com u conhonto armado entre en dois bliros antagonistes atingiu -se o curage da Guerra
Feia. No entanto, houve a norte dos limites que cis duas potencian ambas com crmas
nucleares, se podian permitin.

A corpustênia parifica
Em 1953, o Mundo esteve hu auge da Guesna Fia. Na URSS, o KOMIN FORM
organigou
uma campanha internacional contra os EUA no quadro de um movimento
pela paz, denunciando a ameciça militar e atimica norte - americana. Por ma
vez, os EUA lançanam a campanha de propaganda que denunviava
o perigo comunista, pois temiam "a pene da bonba atomica pelos soviéticos.
Mas, ainda em 1953,
as circunstânuas mudaram e permitiram uma
atalmia nas relacper internacionais
A monk de Estaline e a posse da
bonabra H ( 1953) dava à
URsS mais confiança na ma força .
Na Furona Ocidental, a recuperação ecrimicos, bem como a confiança
ha protegis americana contribuiam para a estalilização das demorracion
Krucatcher, v moNu lider soviétiur ,
defende a e porsibilidade de uma
lenistênua perifica, citavés de uma solução negoriada prana os conflitor
em curso de modo a, harmoniosamente, se manter o mundo bipolar
1956 - Fim der KOMINFORM
Em suma, nos fincus dos anos 50, persistia a divisão na Eurona e não se tinha
encontrado uma solução para o problema da AlemanhaConferência de Genebra – 1954
Apesar de apaziguamento nas relcições entre os dois bloros e de terem dimiruido os
pontos de abito, a Crena Fria continoon
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