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História B

O mundo saído da 2ª Guerra Mundial

Trabalho realizado por:


Dinis Almeida nº3
Francisca Varela nº5
Inês Alves nº10
Marta Costa nº13
Índice
Introdução
Os antecedentes da 2ªguerra mundial
A queda das democracias liberais
Entre as décadas de 20 e 30 as democracias liberais entraram em crise
e por isso ao longo dos anos 30 as ditaduras espalharam-se no continente
europeu. A crise das democracias foi caracterizada por diferentes fatores, que
vieram impor um regime ditatorial, o que posteriormente originou a 2ºGuerra
mundial.

Os principais fatores que contribuíram para o desenvolvimento desta


crise foram:

 Fortificação da luta de classes entre a burguesia e o proletariado;


 Crise económica e financeira que resultam da ambição pelo poder
económico;
 Lutas internas pelo poder;

A implementação das ditaduras teve como consequências a exaltação do


nacionalismo, o rearmamento e a afirmação do pensamento patriotista pela
sociedade.

“Os chefes destes regimes utilizam uma


política externa de forma a legitimar em um
poder cada vez mais forte, sem controlos ou
limitações. e exaltação do nacionalismo
aparece como uma das grandes bases da
sua política externa tanto para apagar as
cláusulas dominantes dos tratados de paz
como para abafar a expressão das minorias
nacionais.”

J. Brunet, Entre as Duas Guerras, Dom Quixote, 2000


A Guerra Civil Espanhola

A Espanha da década de 1930 passava por dificuldades económicas


decorrentes da Crise de 1929 e de disputas políticas internas. Em 1936, a
Frente Popular, ligada ao Partido Republicano e a grupos comunistas,
socialistas e anarquistas, ganhou as eleições. Essa vitória instalou medo nos
setores conservadores da sociedade espanhola, que viam na mesma uma
ameaça de revolução socialista. Os conservadores estavam reunidos na Frente
Nacionalista, que tinha os generais Franco e Sanjurjo como líderes.

Esta guerra contou com apoiou internacional para ambas as frentes. Por
um lado, a frente popular foi apoiada pela Alemanha e pela Itália, ambos
regimes ditatoriais onde pretendiam experimentar o seu armamento. Por outro
lado, a URSS, enviou material de guerra a favor dos republicanos, As brigadas
internacionais.

Com o apoio das ditaduras fascistas, deu-se a vitoria dos nacionalistas que
implementaram, em 1939, a ditadura de Franco em Espanha.

Os Portugueses que
integraram as forças
nacionalistas em Espanha
ficaram conhecidos como os
Viriatos.
As novas políticas de aliança

Ao longo da década de 30 foram se afirmando novas políticas de


aliança, totalitárias e democráticas. Nas políticas democráticas, em 1935,
realizaram se a Frente de Stresa e o pacto Franco-Soviético e em 1938,
celebraram-se os acordos de Munique, que asseguravam a aceitação por parte
da Grã-Bretanha e de França para que algumas regiões do Este Europeu
fossem concebidas a Hitler.

Por outro lado, as políticas totalitárias expandiram-se através do pacto


Antikomintern, entre o Japão e a Alemanha e o eixo Roma/Berlim, em 1936.
Posteriormente foi assinado, a 23 de agosto de 1939, entre a Alemanha e a
URSS, o Pacto Germano-soviético. Este pacto visava a paz entre os dois
estados de maneira a não se confrontarem em caso de guerra e, secretamente,
estabelecia a repartição da Polónia e as suas respetivas áreas de influência.

Passados apenas 9 dia da celebração do pacto Germano-soviético, Hitler


invade a Polonia, fazendo com que a Grã-Bretanha e a França declarassem
guerra a Alemanha. Desta forma, iniciou-se a 2 Guerra Mundial.

A mundialização do conflito

Após a declaração de guerra contra a Alemanha os pactos/alianças


formadas anteriormente foram postos em ação, contribuindo para a
mundialização do conflito.

A Inglaterra recebeu auxílio dos EUA, que entraram na Guerra a março de


1941, a favor dos Aliados. Ainda neste ano, os EUA sofreram um ataque
inesperado vindo do japão à base militar de Pearl Harbour, no Havaí.

Em 1943 a guerra foi marcada pelo avanço dos aliados, devido a


sucessivas vitorias contra os japoneses (Batalha de Midway) e contra os
alemães e italianos. As principais batalhas que marcaram a vitoria dos aliados
foram:

 Batalha de Midway, em junho de 1942


 Batalha de El Alamein, no Norte de africa, de (8/1942 – 11/1942)
 Batalha de Estalinegrado, (9/1942 – 2/1943)
 Batalha do Atlântico em 1943

O fim da guerra aproxima-se com a vitoria dos Aliados, na Praia da


Normandia em França, no dia 6 de junho de 1944 que ficou conhecido como
Dia D. Com esta batalha as tropas inglesas e americanas libertaram a França
marcando o inicio da derrota alemã.

Com o intuito de obter a rendição do Japão, os americanos lançaram


bombas atómicas sobre as cidades japonesas: Hiroxima a 6 de agosto e
Nagasáqui a 9 de agosto de 1944 que provocaram uma destruição nunca antes
vista. A 2 de setembro o Japão finalmente rende-se fazendo com que a 2ª
Guerra Mundial chegasse ao fim

Desta forma, a 2ª Guerra Mundial retratou um conflito ideológico entre


países democratas e ditadores.

O ataque a Pearl Harbor, organizado pela


marinha japonesa, aconteceu no dia 7 de
dezembro de 1941. Nessa operação militar,
os japoneses atacaram a base naval
americana que estava localizada em Pearl
Harbor, no Havaí. Esse ataque resultou em
mais de dois mil mortos para a marinha
americana e marcou a entrada dos Estados
Unidos guerra

Batalha de Estalinegrado teve


quatro fases principais: 1º A fase
defensiva, até 19 de novembro de
1942; 2º A ofensiva russa ao norte e
ao sul de Estalinegrado, que levou
ao cerco das forças alemãs na
cidade; 3º A tentativa dos alemães
em socorrer as suas tropas sem
sucesso em Estalinegrado; 4º A
perda das unidades alemãs
cercadas (janeiro de 1943)
Balanço da 2º Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial foi o maior conflito da humanidade,


ocorrido de 1939 a 1945, em diferentes locais da Oceânia, Ásia, África e
Europa. Este conflito foi travado entre os Aliados (Reino Unido, França, EUA,
URSS etc.) e Eixo (Itália, Alemanha, Japão etc.) e teve como consequências a
morte de, aproximadamente, 60 milhões de pessoas, uma destruição material
significativa e danos morais irreversíveis.
A Segunda Guerra Mundial teve como causa direta o expansionismo
da Alemanha nazista ao longo da década de 1930. O estopim para o conflito
deu-se com a invasão da Polónia realizada pelos alemães, em setembro de
1939. A Segunda Guerra Mundial ficou marcada pelos horrores
do Holocausto e do lançamento das bombas atômicas.
A Segunda Guerra Mundial estendeu-se por seis anos e alcançou um nível de
mobilização chamado por alguns historiadores de “guerra total”. Esses anos
podem ser divididos em três fases, que são:

 1ª fase (1939-1941): Ficou marcada pela supremacia das forças alemãs e


japonesas no conflito. Os alemães, por meio da blitzkrieg, conseguiram
conquistar uma série de nações europeias. Os japoneses, por sua vez,
iniciaram a sua expansão pelo sudeste asiático, conquistando as colónias
de britânicos, franceses e holandeses.
 2ª fase (1942-1943): É o momento em que o quadro da Segunda Guerra
começou a inverter-se. Os alemães foram derrotados pelos soviéticos
na Batalha de Estalinegrado, e o poder de guerra dos alemães iniciou seu
declínio. O mesmo aconteceu com os japoneses, que, após a derrota
na Batalha de Midway, perderam parte considerável do seu poder de
guerra e foram sendo derrotados lentamente pelos norte-americanos.
 3ª fase (1944-1945): Momento em que os membros do Eixo são
derrotados. As forças dos Aliados na Europa cercaram os alemães e
conduziram a invasão do território germânico na virada de 1944 para
1945. Os japoneses passaram a sofrer cada vez mais com os
bombardeios dos EUA. Internamente o país estava em colapso, mas a
recusa dos japoneses em renderem-se levou os americanos a atingirem o
Japão com duas bombas atômicas. A derrota do Eixo trouxe o fim à
guerra.

A 2º Guerra Mundial causou um rasto de morte, dor, fome, miséria e


inquietação, tendo sindo a mais trágica guerra da história da humanidade.
Em termos humanos, destaca-se o significativo número de vítimas, na sua
maioria civis (cerca de 60 milhões de mortos e um grande número de
feridos, mutilados e desaparecidos), que ocorreram, essencialmente, dos
violentes combates (com recurso a meios terrestres, aéreos e navais), dos
massacres de reféns e das populações de cidades inteiras. As perdas
humanas também se contabilizaram com a morte, organizada, de
opositores ao nazismo e com a liquidação de pessoas que eram
consideradas “sub-humanos” ou “inferiores” (judeus, ciganos,
homossexuais…) em campos de exterminação. Os maus-tratos, os
massacres a exterminação nas câmaras de gás e nos fornos crematórios
provocaram um elevado número de mortos, dos quais 6 milhões foram
judeus. Foram muitos os danos morais irreversíveis que a Guerra
provocou. Foram desrespeitados os direitos humanos: os direitos
internacionais dos prisioneiros não foram considerados durante o conflito,
sendo que muitos deles foram sujeitos a experiências médicas.
A definição de áreas de influência

A II Guerra Mundial alterou completamente a configuração do mundo. O


chamado pós-guerra impunha grandes desafios às populações e governantes
de todo o mundo. A grande devastação provocada na Europa e na Ásia
necessitava de amplos esforços de reconstrução econômica e social.

Por outro lado, as potências vencedoras, principalmente os EUA e a


URSS, que haviam se aliado para lutar contra o nazi-fascismo, tornaram-se
potências rivais logo após o fim do conflito, opondo o capitalismo ocidental ao
chamado comunismo soviético, na configuração do que ficou convencionado
chamar de mundo bipolar.

A reconstrução da Europa vinha a ser preparada desde os últimos anos


da guerra, reunindo os dirigentes das potências aliadas em várias conferencias.
Particularmente, uma das mais importantes foi a conferência de Ialta. Estaline,
Roosevelt e Churchill reafirmam o desejo de destruir o militarismo alemão e o
nazismo e decidiram a divisão da Alemanha. Nesta conferencia foi ainda
confirmada a resolução internacional para salvaguardar a paz, a segurança e
para a cooperação entre os povos.

Doc: Conferência de Ialta

Os líderes das potências aliadas reuniram-


se na cidade russa de Ialta, com o propósito
de acordar um conjunto de medidas a
implementar para derrotar definitivamente a
Alemanha nazi, e de determinar uma
política concertada a ser aplicada por todos
os intervenientes desta conferência após o término do conflito mundial.

Doc: Divisão da Alemanha

Churchill, Estaline e Roosevelt chegaram a acordo sobre


questões importantes como: A divisão da Alemanha em
4 zonas de ocupação, tuteladas administrativamente
pelos comandos militares dos EUA, da Inglaterra, da França e da URSS.
Alemanha foi dividida em quatro zonas de ocupação: os russos, no Leste; os
ingleses, no Noroeste; os franceses, no Sudoeste; os norte-americanos, no sul.
Berlim, a ex-capital do Terceiro Reich, foi partilhada entre as quatro potências.

A criação da Organização das Nações Unidas (ONU) ainda nos meses


finais da II Guerra Mundial era uma tentativa de instituir um organismo capaz
de manter a paz e a segurança internacionais, bem como promover o
desenvolvimento da cooperação entre os povos em vários aspetos.

Entretanto, esse esforço de unificação de ações governamentais em


nível internacional coexistiu com as rivalidades do pós-guerra.

A perda de influência da Europa

No período pós-1945, a Europa encontra-se em ruínas, desautorizada e


dividida entre duas potências mundiais antagónicas: os Estados Unidos da
América e a União Soviética.

Unidos pelo receio do comunismo, alguns países da Europa Ocidental


seguem um rumo de cooperação a nível supranacional, a fim de controlar o
nacionalismo e eliminar o risco de guerra.

No entanto, na Europa Oriental, a libertação representou para muitos a


substituição da tirania nazi pela ditadura comunista sob o domínio
soviético.Doc: Dirigentes aliados a fazer um puzzle da Europa, Londres Reino
Unido, 1945, cartoon fac-simile puch

As fronteiras foram retraçadas e


grupos inteiros de populações foram
deslocadas à força. Os países
aliados ocidentais aceitaram a
deslocação das fronteiras polacas
para o Oeste, bem como o controlo
soviético dos países bálticos. Foram
igualmente alterados os traçados
das fronteiras da Itália, da Bulgária,
da Roménia, Da Hungria e da
Checoslováquia. A Alemanha e a
Áustria foram divididas em zonas de
ocupação.
ONU – Organização das Nações Unidas
Criação da ONU
Após o fracasso da sociedade das Nações, o mundo sentiu a
necessidade de criar uma organização que impedisse novas agressões e
eliminasse as causas políticas e económicas e sociais da Guerra, assim ainda
no decorrer da guerra foi assinada, 26 de junho de 1945 por 51 países, a Carta
das Nações Unidas.

Objetivos da ONU

A organização das Nações Unidas apresentava 4 objetivos de modo a


prevenir novos conflitos à escala mundial.

Manter a paz e a Para alcançar este objetivo era necessário Tomar medidas
segurança efetivas coletivas para prevenir e afastar ameaças à paz e
Internacional reprimir os atos de agressão

Desenvolver realizar a Ser um centro destinado a


relações de amizade cooperação harmonizar a ação das
entre as Nações Internacional Nações
Artº. 2
A Organização e os seus membros,
para a realização dos O Segundo artigo da Carta das
objetivos mencionados no Artº. 1, Nações Unidas mostra como irá
agirão de acordo com funcionar a ONU no âmbito de
os seguintes princípios: concretizar os quatro objetivos
1. A Organização é baseada no propostos no artigo 1, que são a
princípio da igualdade base da mesma.
soberana de todos os seus membros;
Primeiro princípio do Artº. 2, da Carta das Os principais organismos da ONU
Nações Unidas, 26/6/19445

Como qualquer organização a


ONU é composta por vários organismos e instituições especializadas, no
entanto o seu órgão mais importante é o Conselho de segurança pois este tem
a principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança
Internacional.
ONU é composta por 5 organismos principais nomeadamente a
Assembleia Geral, o Conselho de segurança, o Conselho económico e social, o
Conselho de tutela, o secretariado, e o tribunal Internacional de justiça.

A Assembleia geral O Conselho de Segurança O conselho económico e


social

 Constituída pelo É constituído por 15 Composto por 54 membros


representante Do Estado de membros 5 permanentes com teve contribuído para a
cada membro da das Nações direito a veto que são a melhoria das condições
Unidas. China, França, Rússia, Reino
 Composto por membros mundiais da economia saúde
 Caracter
Unido, administrativo
Irlanda do Norte e os  Principal órgão judicial

que neste organismo
administram são
territórios educação e situação social
EUA e 10 pelo
chefiado membros não
secretário- Composto por 15 juízes
tomadas as resoluções
sobre tutela, membros da do permanentes. Está ligado a instituições
ONU geral, nomeado pela eleitos pela Assembleia-Geral
conselho de Segurança e especializadas como a OMS
Assembleia-Geral por um e o Conselho de Segurança
membros eleitos pela
Assembleia-Geral período máximo de 5 anos
Conselho de tutela Secretariado Tribunal Internacional de
justiça

Atualmente, ONU conta com 193


países-membros, que participam na
As novas regras da economia Assembleia Geral.
internacional Uma vez por ano os
representantes de cada Estado
No final da Segunda Guerra Mundial membro reúnem-se na sede em
o estado da maioria das economias a nível Nova Iorque para discutir assuntos
da atualidade
mundial era caótico, fosse pela participação direta na guerra ou fosse pelos
efeitos colaterais que esta provocou nos territórios não atingidos pela mesma.
Por outro lado, assim como no final da primeira guerra mundial, a balança
comercial dos EUA encontrava-se excedentária, uma vez que o seu território
não tinha sofrido danos e eram os maiores fornecedores da Europa.

Com o objetivo de restaurar a economia, em julho de 1944, em Bretton


Woods, nos EUA, deu-se início a uma conferência monetária e financeira que
contou com a presença de 44 países. Como resultado desta conferencia criou-
se um novo sistema monetário internacional cujos objetivos eram:

 Evitar a ausência de cooperação entre os países


 Evitar desvalorizações desordenadas
 Evitar câmbios flutuantes

Para além de novos objetivos, esta conferencia estabeleceu novos


mecanismos de funcionamento, nomeadamente:

 Novas regras para as relações entre países


 Um sistema de instituições internacionais que regulavam o sistema
monetário e o sistema de pagamentos internacionais;

Com os novos objetivos e mecanismos a economia assentou numa regra principal:


Cooperação Internacional

Nesta conferencia foram aceites diversas


propostas americanas, destacando-se:
FMI – zelava pelo respeito das regras; geria o
Sistema Monetário internacional
BIRD – Criado para facilitar os investimentos no
estrangeiro;
O dólar foi estabelecido como referência do
sistema e é a única moeda diretamente
convertível em ouro

A emancipação das colónias pós-guerra Mundial

Com o fim da II Guerra Mundial, as colónias ficaram abaladas e


desprotegidas, principalmente devido ao acumular da I Guerra Mundial, a crise
de 1929 e a II Guerra Mundial.

Com o desmembramento do Império Alemão e Otomano, em 1918, a


Grã-Bretanha e a França passaram a ter controlo sobre esses territórios. Para
além disto como já tínhamos constatado a crise económica de 1929 teve
repercussões a nível do desenvolvimento de movimentos nacionalistas nas
colónias, tendo assim os preços dos produtos das colónias serem muito baixos
e mais baixos ainda dos produtos importados, abalando assim a economia e a
colonização impossível.

Por outro lado, a II Guerra Mundial trouxe grandes benefícios às


colónias. A guerra Mundial teve uma grande vitória para o lado Ocidental, onde
as colónias foram uma fonte de grande apoio. No entanto muito destas grandes
metrópoles ficaram arrasadas com a Guerra e as colónias sem liderança.

Apesar da ONU se basear nos direitos universais apoiava os direitos das


colónias, os países vencedores (EUA e URSS) tinham diferentes opiniões:

 EUA – a favor da colonização e que consideravam que o sistema


colonial, ao reservar os mercados coloniais paras as metrópoles
eram um entrave ao liberalismo económico.
 URSS – pelas suas ideologias, era a favor das colónias e da sua
liberdade, considerando o colonialismo uma forma de
imperialismo e de exploração capitalista
Assim concluímos que a emancipação dos povos colonizados foi
irreversível, no entanto dividida por duas diferentes ideologias.

Descolonização asiática

Um dos primeiros continentes a conseguir as suas manifestações pela


sua emancipação foi o continente asiático.

Sudeste asiático

No Sudeste Asiático, os movimentos foram apoiados pelo Japão, tendo


como territórios por exemplo, a Índia, a Indochina, Vietnam…

A Índia britânica começou com a sua independência em 1942 com


Ghandi, que lançou campanhas contra o poder inglês na Índia, no entanto, não
foi fácil devido à repreensão militar ocorrida no país. Neste momento havia
disparidades nos acordos sobre a governação do país.

Em 1947 a Índia britânica foi dividida em dois


devido às disparidades existentes de um lado, a União

Figura 1 - Divisão da Índia britânica


Indiana e por outro o Paquistão. No entanto esta decisão de divisão gerou
inúmeros massacres e mortos.

Ao longo dos anos o domínio inglês foi desaparecendo no continente


asiático, acabando definitivamente em 1948. Noutros territórios como as
Filipinas tornaram-se independentes em 1946 e a Indonésia em 1949.

Gandhi militou contra a presença


britânica e foi ele o grande
impulsionador da independência da
Índia

“Quit India” movimento de Gandhi a


favor da independência.
Gandhi demonstrou que é possível
atingir a independência sem guerra,
ele lutou pela não violência como
método de luta contra injustiça.

Figura 2 - Quit India


Indochina

Na Indochina o processo de descolonização foi violento e longo durando


aproximadamente 10 anos.

Os Vietminh (comunistas) após a derrota na II Guerra Mundial do Japão,


proclamou a independência da República Democrática do Vietnam. No entanto
França tentou outra vez o domínio sobre este território em 1945.

Com a vitória do comunismo na China em 1949, deram o apoio aos


Vietminh e fizeram com que a França, sendo capitalista criando uma guerra
dentro do período da Guerra Fria, por um
lado os capitalistas, que queriam continuar
com o poder das colónias e do outro lado, os
comunistas que apoiavam a libertação das
mesmas. Esta guerra teve o fim em maio de
1954 com a derrota dos franceses e

Figura 3 - Batalha de Dien Bien Phu,


uma das batalhas em que o Vietnam
lutava pela sua independência.
originado consequentemente 3 novos estados independentes: O Vietnam (a
norte comunista, a sul não comunista), o Laos e o Camboja.

Nascimento de Israel

Apesar do nascimento de Israel não se tratar de uma descolonização,


trata-se de uma afirmação e independência de um estado.

A Palestina, após a I Guerra Mundial estava sobre o poder britânico. Às


populações árabes que aí viviam, foram-se juntando judeus que fugiu do
antissemitismo que se alastrava na Europa durante a II Guerra Mundial,
começando a existir rivalidades entre os muçulmanos e judeus. Em 1947 com o
fim da posse britânica sobre o território, previa a formação de um único estado
em que os árabes por estarem em maioria iam ter o poder sobre a Palestina.
No entanto com o genocídio que ocorreu durante a guerra gerou um
movimento em que a Palestina devia ficar com o povo judeu, porém o povo
muçulmano ficou descontente com a decisão.

Sendo assim a ONU, propôs uma solução em que a


Palestina ficaria dividia em 2: um estado árabe e um estado
judaico. Jerusalém ficaria como uma capital religiosa das
religiões monoteístas. Mas 1947 esta proposta foi recusada
pelos árabes e em 1948 Israel proclamou a sua
independência.

Posto isto com a refutação do plano pelos árabes


iniciam-se conflitos que ainda hoje a ONU não encontrou
solução o conflito.
Figura 4 - partilha da
palestina - 1947

A guerra fria

Guerra Fria foi um período de tensão geopolítica que teve início após a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mais precisamente em 1947, quando o
presidente americano Henry Truman faz um discurso no Congresso americano,
afirmando que os Estados Unidos poderiam intervir em governos não
democráticos, passa se entre a União Soviética e os Estados Unidos e seus
respetivos aliados, o Bloco Oriental e o Bloco Ocidental.

Após a 2 guerra, todos os países europeus encontravam-se numa


situação de catástrofe. Os EUA tinham medo do domínio comunista e o bloco
soviético da agressão dos Estados Unidos que eram os únicos possuidores do
monopólio nuclear. Ao decorrer do tempo, o confronto entre os dois blocos
crescia cada vez mais, e em 1946 Churchill, referiu se a “cortina de ferro” que
retratava a divisão da Europa entre territórios, capitalista e socialista, e que era
um processo sem retorno.

Na Alemanha, é onde acontece o primeiro conflito entre as duas


superpotências. Como esta estava dividida em quatro, os EUA fundiam as suas
zonas para que não fossem atraídas pelo comunismo, zona ocidental,
enquanto a URSS permanecia com a zona do Leste e queria mentalizar toda a
Alemanha a converter-se ao comunismo.

Com isto, Turman, presidente norte-americano, temia que o equilíbrio do


Médio Oriente e do seu petrolio acabasse, e a doutrina que implementou foi um
fator que impulsionou a Guerra Fria e oficializou a separação do mundo,
reforçando a necessidade europeia de ajuda económica.

Diante do discurso britânico, o


então presidente
estadunidense Harry Truman
lançou a chamada Doutrina
Truman, que conclamava
todos os países do Ocidente a
lutar contra o avanço
soviético. Esse fato marcou o
reconhecimento público das
divergências entre EUA e
URSS, ou seja, a Guerra Fria.
A consolidação de um mundo bipolar

O Plano Marshall e a OECE


A URSS saiu da 2 guerra mundial forte, e os EUA não queira a
expansão do bloco soviético, nem de serem alvos de uma crise económica. A
economia estava cada vez pior, a qualidade de vida também, as balanças
comercias estavam com saldo negativo e portanto no ano de 1947, George
Marshall implementou o Plano Marshall, apos o anuncia da “doutrina de
Truman”, que consistia num programa para reconstruir economicamente os
países europeus ocidentais que foram destruídos ou que sofreram perdas com
a ocorrência da guerra, acabando com a penúria de dólar e aumentando a
qualidade de vida da população.

Foram feitas alianças entre os países ocidentais, pois no Ocidente o


medo da expansão comunista aumentava cada vez mais. Foi assinado o pacto
de Bruxelas, em 1948,entre os países do Benelux, a Grã-Bretanha e França.
Este pacto focava-se em “cooperação
económica” e em aliança defensiva.

Depois da aprovação do congresso


americano para o plano Marshall, foi criada a George Marshall
OECE – Organização Europeia de Cooperação
Económica. Esta organização tinha o objetivo de
organizar a repartição dos fundos. No plano
Marshall, os países que estavam sob influência
comunista também foram incluídos, mas a URSS
não reprovou esta aproximação dos EUA, que
era como uma jogada imperialista.

Plano Molotov, O KOMINFORM e o COMECON

Em resposta ao Plano Marshall, de ajuda (norte-americana) à Europa, a


URSS lançou, em 1949, o Plano Molotov: uma série de acordos bilaterais,
entre o estado soviético e cada uma das democracias populares, que
estipulavam, a longo prazo, ajuda técnica e financeira, e troca de produtos e
matérias-primas. Para a coordenação
conjunta da planificação económica, criou-se em 1949 o COMECON, o
Conselho de Ajuda Económica Mútua, organização de cooperação económica,
científica e técnica fundada pela URSS, Polónia, Checoslováquia, Bulgária e
Albânia.

Moscovo entendeu o Plano Marshall como uma “pressão política através dos
dólares”. E portanto não demorou muito ate os soviéticos responderem a este
plano, e foi feita a divisão da europa: um lado com os países que aderiram ao
plano Marshall e do outro os que aderiram ao plano Molotov. Como resposta ao
Plano Marshall, a União Soviética criou o Kominform, organismo encarregado
de conseguir a união dos principais partidos comunistas europeus. Também
era sua tarefa afastar da supremacia norte-americana os países sob sua
influência, gerando o bloco da “cortina de ferro”.

Prepetiva soviética sobre o plano


Marshall
Os soviéticos consideravam que
aceitar o plano Marshall era ser
subserviente ao capitalismo
americano.
“Não! A frança não será um país
colonizado”
“Os americanos na América”
As alianças lideradas pelos EUA

Com a guerra da Coreia, os EUA apostaram não só no rearmamento e


na qualificação do mesmo, mas também na construção de alianças de defesa,
criando assim uma oposição entre o lado Ocidental e lado Soviético.

De maneira a isolar a URSS, os EUA foram criando diferentes pactos


entre os países, criando uma “teia” de pactos de defesa a nível mundial, destes
destacam-se:

 Pacto do Rio (setembro 1947) – pacto em que havia uma


assistência mútua em caso de ataque militar lançado do exterior
contra um país do pacto.
 Pacto do Atlântico (1949) – é um pacto entre os EUA e os
países da Europa, em que as forças militares dos países
membros são integradas numa estrutura de aliança política e
militar permanentemente., chamado em NATO ou OTAN em
1950.
 O seu principal objetivo era defender a Europa de um
ataque militar da URSS
 Para além disto, a sua missão era também tentar
estabelecer a paz e garantir a segurança mundial.

Outras alianças de defesa foram estabelecidas pelos EUA, ao longo do


globo, como por exemplo na Ásia, com o plano OTASE, na Oceânia o ANZUS
e para além disto assinaram em 1951 um tratado de segurança com o Japão
que garantia ainda mais a sua segurança mundial.
Sendo assim, nos finais de 1950, os EUA tinham do seu lado cerca de
três quartos do mundo.

Como podemos observar no


documento a maneira como a
URSS estava isolada pelos
aliados dos EUA.

Economia das democracias ocidentais


Figura 5 - o cerco americano

Entre 1950 e 1973, houve um rápido crescimento económico que se tornou


permanente, fruto da conjugação de fatores que promoveram uma forte procura
a par de um aumento da oferta de bens e serviços, conhecidos como os “Trinta
Gloriosos”. Alguns desses fatores foram:

 Na Europa o plano Marshall reconstruiu os países da OECE e contribuiu


para o aumento das reservas nacionais.
 Após a guerra houve um aumento da diversificação das necessidades
como o aumento da mão de obra disponível, e também no
melhoramento das condições de trabalho.
 Desenvolveu-se o crédito e a publicidade que veio aumentar a procura
conduzindo assim ao consumo de massas.
 No setor da agricultura houve um aumento na mecanização e uma
inovação das técnicas utilizadas resultante no aumento do rendimento e
na disponibilidade alimentar.
 Na indústria dinamizou-se o crescimento do setor e também na
inovação tecnológica.

Desta forma, observamos o impacto do capitalismo na sociedade do pós-

ANO PNB EMPREGO guerra, e também o forte

1939 716.6 10.1 crescimento económico que este

1945 1354.8 15.4 trouxe.

1946 1096.8 14.7


1947 1066.7 15.5
1948 1108.7 15.6
1949 1109.0 14.4
1950 1203.7 15.2
Apesar do lento crescimento do
capitalismo até 1945, após esse
ano vê-se a evolução económica
e consequentemente o aumento
do emprego.

Figura 2 –aplicação do capitalismo entre 1939 - 1950

A nova sociedade de consumo

Com o impacto do capitalismo económico na sociedade este veio trazer


a sociedade nos finais dos anos 50 um novo estilo de vido, o já conhecido
american way of life.

Esta imagem dos EUA transmitida através dos seus filmes demonstrava
uma sociedade de consumo. No entanto este crescimento na sociedade
industrial, havia disparidades de crescimento entre diversos setores e grupos
sociais. Este rápido crescimento juntamente com a publicidade e a facilidade
do acesso ao crédito, incentivaram de tal maneira o consumo que criaram
necessidades irrealistas aos consumidores, gastando assim mais do que
podiam.

Desta maneira o capitalismo, para além de apoiar a superprodução,


indiretamente incentivou a poluição e o gasto dos recursos naturais.

No gráfico, pode ver-se que, apesar dos


Estados Unidos continuarem na frente no
que diz respeito aos bens de consumo, os
outros países da Europa registam um
elevado crescimento no consumo, influência
do forte impacto do capitalismo económico
Figura 3 - evolução do consumo

Estado-providência

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, o conceito de democracia adquiriu, no


Ocidente, um novo significado. Para além das liberdades individuais, do
sufrágio universal ao multipartidarismo o regime democrático começou agora a
assegurar o bem-estar dos cidadãos e a justiça social, implementado assim o
Estado Providência.

Com base nas teorias de Keynes, um economista inglês, nos anos 40, a
Inglaterra torna-se a pioneira na Europa a implementar o Estado Providência,
algumas das medidas implementadas em Inglaterra, foram o sistema nacional
de saúde, assente na gratuitidade dos serviços médicos a todos os cidadãos,
serviço de seguros sociais para a maternidade, o desemprego, invalidez e
velhice.

Assim, a estruturação do Estado-Providência no resto da Europa


procedeu-se através da generalização do sistema de proteção social a toda
a população, o que permitiu proteger os mais pobres com prestações e
subsídios, como podemos observar no documento … - “Saudações por parte
do Estado-Providência”, que demonstra o contexto em que
este tipo de Estado surge (pobreza e miséria) em que se dirigi
às classes baixas, de onde veio, também, maior adesão.

Estas medidas de reduzir o mal-estar e a miséria social contribuiu para


uma distribuição da riqueza e assegurou umaFigura
certa estabilidade
4 – cartaz à
sobre o Estado-Providência
economia, e por isso o Estado-Providência foi um fator da grande
prosperidade económica que o Ocidente viveu nas três décadas que se
seguiram à II Guerra Mundial.

O mundo comunista

Expansionismo soviético

No final da Segunda Grande Guerra era clara a divisão mundial em dois


grandes blocos, sendo eles o comunista, sob o comando da URSS, e o
capitalista, com os EUA na dianteira. Quando a guerra terminou a URSS foi
responsável pela implantação de regimes comunistas, inspirados no modelo
soviético, por todo o mundo.

Na europa central e oriental, os partidos comunistas iniciaram um processo


de sovietização e de construção de democracias populares, estas democracias
consistiam num partido único que dominava a organização social e económica.
Entre países como a Albânia e a Jugoslávia, a Polónia a Roménia e a Bulgária
tiveram um expansionismo soviético que favorecia a formação de “Frentes
Nacionais” e governos de coligação, onde os comunistas obtinham os
ministérios-chave, enquanto na Hungria e na Checoslováquia houve uma
evolução distinta uma vez que na construção de blocos foi imposto à
Checoslováquia a recusa do plano Marshall e através de um golpe de Estado o
poder foi atribuído a um dirigente pró-soviético

O golpe de praga, 1948


na Checoslováquia, os comunistas
venceram as eleições depois da guerra.
De seguida fizeram um apelo às massas
para manifestarem em seu apoio. o
Presidente foi obrigado a ceder e a
consentir um governo onde apenas os
comunistas detinham o poder, demitiu-se
pouco tempo depois
A Alemanha foi divida em duas, a RDF – República Federal Alemã, que
pertencia aos Aliados e a RDA – República Democrática Alemã, que pertencia
à União Soviética. A RDA foi construída devido à rivalidade americano-
soviética que existia

O expansionismo verificou-se também na Ásia, uma vez que a influencia


dos soviéticos chegou até ao pacifico. Após a guerra civil, acentuou-se a
divisão entre a Coreia do Norte – comunista, e a Coreia do Sul – anticomunista.
No resto dos países, devido aos movimentos revolucionários nacionais,
suportados pela URSS, foram implementados regimes comunistas, tal como na
China

Características do bloco socialista

O bloco soviético destacava-se por algumas características inovadoras,


nomeadamente:

 A existência do partido único, que era autoritário, hierarquizada e


dominava o Estado e a Administração publica

 Planeamento da economia, onde vigorava a coletivização dos meios de


produção

 Imposição da ideologia marxista a toda a sociedade

 Obrigatoriedade da aprendizagem do russo

O modelo soviético na China

Com a Revolução chinesa, em 1949, a história do país sofreu uma forte


mudança. Implantou-se inicialmente na China Revolucionária, um regime
político centralizado no poder do Partido Comunista Chinês, liderado por Mao
Tsé-Tung, seguindo a ideologia marxista-leninista da antiga União Soviética.
Somente após a Revolução é que a China reiniciou seu conturbado processo
de industrialização.

Em 1950, a China assinou um tratado de amizade, paz e assistência mútua


com a URSS, fazendo com que esta ficasse integrada no bloco socialista.

Seguindo a ideologia marxista, a China implementou uma campanha


anticorrupção “Três-Anti”, que lutava contra o desperdício, a corrupção e a
burocracia. Esta e outras campanhas de propaganda visavam a evasão fiscal,
o desvio de bens do Estado e a obtenção ilegal de segredos económicos
contra os burgueses corruptos.

Em 1955 e 1956 deu-se a coletivização dos campos e o desaparecimento


das empresas privadas na indústria.

Planeamento da economia

Durante a 2 guerra mundial, a produção industrial da união soviética, sofreu


uma queda de 42%, por isso era essencial iniciar um plano de recuperação da
economia. Assim, apos o final da guerra, retomaram-se os Planos quinquenais.

IV Plano Quinquenal (1946 – 1950)

O primeiro plano após o fim da guerra teve início em 1946 e a reconstrução


económica ficou definida neste mesmo plano, cujo objetivos eram a
reconstrução total da economia, em especial nas regiões que tinham sido
tomadas pela Alemanha

" ...quanto aos planos para um período mais longo, o partido pretende organizar
um novo surto poderoso na economia nacional, que nos daria a oportunidade de
elevar o nível da nossa indústria, por exemplo, três vezes em comparação com o
pré-guerra nível. Precisamos garantir que nossa indústria possa produzir
anualmente até 50 milhões de toneladas de ferro-gusa, até 60 milhões de
toneladas de aço, até 500 milhões de toneladas de carvão e até 60 milhões de
toneladas de petróleo. Somente sob esta condição pode-se considerar que
nossa Pátria estará garantida contra quaisquer acidentes. Isso levará, talvez, três
novos planos de cinco anos, se não mais. Mas esse trabalho pode ser feito e
devemos fazê-lo.
Estaline. Discurso na reunião pré-eleitoral dos eleitores do círculo eleitoral de Stalin na cidade de Moscovo
em 9 de fevereiro de 1946
Através deste documento é possível perceber que o quarto plano
quinquenal deu prioridade à indústria de bens de equipamento e ao progressivo
desenvolvimento do poder defensivo da União Soviética.

Apesar das dificuldades enfrentadas no primeiro ano, em 1950 os


ambiciosos objetivos do plano tinham sido superados, mas estes resultados só
foram conseguidos à custa da multiplicação dos esforços por parte dos
trabalhadores que enfrentavam difíceis condições de vida.

V Plano Quinquenal (1951 – 1955)

O quinto plano quinquenal previa um novo crescimento em todos os


setores da economia nacional, um aumento no bem-estar material e no nível
cultural do povo. Este foi um plano dedicado à construção de obras grandiosas,
como a construção da via-férrea ao longo do Círculo Polar e à tentativa da
melhoria das condições de vida da população.

No final de 1954, o Comitê Central e o Conselho de Ministros da URSS


convocaram, no Kremlin, a segunda reunião de toda a União de construtores,
que ficou para a história como uma reunião sobre a industrialização da
construção, uma etapa importante no desenvolvimento de novas tecnologias.

VI Plano Quinquenal (1956 – 1960)

Apesar de terem sido alcançados resultados positivos nos planos


anteriores, a verdade é que este não eram suficientes, fazendo com que os
países do leste europeu amentassem as suas importações. Assim, o VI plano
foi expandido dando-se o nome de plano de sete anos.

A necessidade de resolver uma série de problemas económicos


importantes que vão além do sexto plano quinquenal adotado em 1956 obrigou
a liderança do país a adotar um plano de sete anos

Os principias objetivos deste plano eram o desenvolvimento das forças


produtivas, o avanço de todos os ramos da economia e um aumento
significativo no padrão de vida da população. Este plano privilegiou a
exploração dos recursos naturais e o desenvolvimento militar, esquecendo
mais uma vez as miseráveis condições de vida da maioria da população.
Nikitita Kruchtchev
Secretário-Geral do Partido Comunista da
União Soviética de 1953 a 1964;
Encaminhou um conjunto de reformas
económicas para enfrentar a estagnação.
No VI plano Quinquenal procurou
equilibrar a produção e desenvolver bens
de consumo
Teve também um papel importante no
desenvolvimento da coexistência pacífica
O Bloqueio de Berlim

Durante a Guerra Fria, as duas superpotências lutavam por


prosperidade e expansão e por isso era muito difícil existirem acordos que
ambas gostassem. Como referido anteriormente, apos a 2ª Guerra mundial, a
Alemanha encontrava-se dividida em 2 partes, uma pertencente aos Aliados e
outra à União soviética. Berlim apesar de fazer parte da metade soviética,
também lidou com essa divisão.

Durante este bloqueio a União


Soviética interrompeu o acesso
ferroviário, rodoviário e hidroviário à
cidade de Berlim Ocidental, e o seu
principal objetivo era forçar as potências
ocidentais a sair, ficando com o poder
sobre toda a capital alemã. Mas este
bloqueio teve o efeito contrário, os
Aliados encontraram uma estratégia de
fornecer Berlim Oriental: através do
espaço aéreo.

Foi então em 1949, que, como já mencionado anteriormente, a


Alemanha ficou dividida entre RDA – pertencia à URSS e a RFA – pertencia
aos Aliados. O Bloqueio de Berlim durou 11 meses (24/06/1948 – 12/05/1949)
e foi um dos mais perigosos conflitos da Guerra Fria. Só acabou, uma vez que,
Estaline percebeu a sua inutilidade pois os aviões dos Aliados estavam a
fornecer a cidade.
A Guerra da Coreia

A Guerra da Coreia apresentou três fases distintas. A primeira fase


ocorreu entre junho e setembro de 1950, quando o predomínio das forças foi
exercido pelos norte-coreanos, que conseguiram encurralar as tropas sul-
coreanas no Perímetro de Pusan.

A segunda fase ocorreu entre setembro e outubro de 1950 e foi


caracterizada pelo predomínio das forças sul-coreanas e das tropas
americanas. A interferência americana no conflito iniciou-se após a Batalha de
Pusan, que garantiu a defesa dessa área. A partir do desembarque de tropas
americanas em Inchon, os exércitos norte-coreanos foram obrigados a recuar.

O recuo das tropas norte-coreanas levou as forças aliadas a ultrapassar


a fronteira do Paralelo 38 e encurralar as forças norte-coreanas no norte da
Península. A possibilidade de derrota dos norte-coreanos resultou no envio de
tropas pela China. A interferência chinesa ocorreu pelo temor do governo
chinês de que uma vitória dos americanos levasse a uma invasão do território
chinês.

Por fim, a terceira fase da guerra iniciou-se quando os chineses


entraram no conflito em outubro de 1950. A entrada dos chineses permitiu que
as forças se colocassem em situação de equilíbrio. Os norte-coreanos
conseguiram empurrar os aliados para as proximidades do Paralelo 38 e, nos
anos seguintes, a guerra foi travada sem grandes alterações de cenário
A Guerra da Coreia mais mortais conflitos de todo o século XX,
causando um total de 2,5 milhões de vítimas. Também contribuiu para agravar
a divisão existente entre as duas Coreias.

Este mapa mostra a divisão entre a


Coreia do Norte – apoiada pela
China; e a Coreia do Sul que
contou com a ajuda dos EUA.

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-o-que-
foi-a-batalha-de-stalingrado-segunda-guerra.phtml

https://ensina.rtp.pt/artigo/guerra-civil-de-espanha-ano-a-ano/

https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/world-war-ii-key-dates

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