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Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial foi um conflito de escala global que aconteceu entre 1939 e
1945 e ficou marcada por eventos como o Holocausto e o uso de bombas atômicas.

O Dia D foi um dos dias mais marcantes da Segunda Guerra Mundial e ocorreu em 6 de junho de 1944.
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A Segunda Guerra Mundial foi um conflito de proporções globais que aconteceu entre
1939 e 1945. Caracterizada como um conflito em estado de guerra total (no qual há
mobilização de todos os recursos para a guerra), a Segunda Guerra Mundial fez Aliados
e Eixo enfrentarem-se na Europa, África, Ásia e Oceania. Após seis anos de conflito,
mais de 60 milhões de pessoas morreram.
resumo sobre a Segunda Guerra Mundial
● A Segunda Guerra Mundial estendeu-se de 1939 até 1945.
● O conflitou resultou morte de 60 milhões a 70 milhões de pessoas, embora
existam estatísticas que sugiram que a guerra provocou mais que 70 milhões de
mortos.
● O estopim para a deflagração da guerra foi a invasão da Polônia pelos alemães
em 1º de setembro de 1939.
● A guerra iniciou-se na Europa, mas espalhou-se pela África, Ásia e Oceania e
contou com o envolvimento de nações de todos os continentes, inclusive o Brasil.
● Pode ser organizada em três fases distintas: a fase da supremacia alemã, a fase
em que as forças estavam equilibradas e a fase que marcou a derrota do Eixo.
● Os grupos que se enfrentaram na guerra foram:
○ os Aliados (Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos) e
○ o Eixo (Alemanha, Itália e Japão).
● Esse conflito ficou marcado por uma série de acontecimentos impactantes, tais
como o Massacre de Katyn, o Holocausto, o Massacre de Babi Yar e o
lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.
● Teve fim oficialmente em 2 de setembro de 1945, quando os japoneses
assinaram um documento que reconhecia sua rendição incondicional aos
americanos (os nazistas renderam-se aos Aliados em maio de 1945).

Causas da Segunda Guerra Mundial


A Segunda Guerra Mundial teve como grande causa o expansionismo e o militarismo
da Alemanha Nazista. Essa postura da Alemanha refletia diretamente a ideologia dos
nazistas, que haviam alcançado o poder da Alemanha em 1933. A ação dos nazistas
resultava, em grande parte, da insatisfação de uma parte radicalizada da sociedade
alemã com o desfecho da Primeira Guerra Mundial.

Ao final da Primeira Guerra Mundial, consolidou-se fortemente na sociedade alemã


uma ideia de que a derrota na guerra havia sido injusta. Somado a isso, havia também a
grande humilhação que a Alemanha sofreu com o Tratado de Versalhes, acordo que
pôs fim à Primeira Guerra e que proibia a Alemanha de ter navios e aviões de guerra,
limitou ao número de 100 mil os soldados de infantaria, obrigou a nação alemã a pagar
uma indenização altíssima e a entregar suas colônias para aqueles que a derrotaram.
Para piorar, na década de 1920, durante a República de Weimar, a Alemanha encarou
uma crise econômica duríssima, que levou o país à falência. Essa crise foi agravada
com a Crise de 1929, que, por sua vez, reforçou a crise da democracia liberal e
fomentou movimentos autoritários e fascistas pela Europa. O fascismo italiano e o
nazismo alemão são os grandes exemplos.

Os nazistas ocuparam o poder da Alemanha em 1933, e Adolf Hitler, o líder do partido


nazista, iniciou uma campanha de recuperação da Alemanha, de doutrinação da
população e de perseguição às minorias. A Alemanha, ao recuperar a sua economia,
partiu para o rearmamento – um desafio claro às determinações do Tratado de
Versalhes. Franceses e ingleses nada fizeram, pois temiam que um desafio aos
alemães poderia levar a Europa a uma nova guerra, experiência essa que queriam evitar
ao máximo.

À medida que a Alemanha fortaleceu-se militarmente, Hitler deu início ao seu


expansionismo territorial. A ideia dele era construir o lebensraum, o “espaço vital” que
os nazistas tanto almejavam. Esse conceito consistia basicamente em formar um
império para a Alemanha em territórios que historicamente haviam sido ocupados por
germânicos. Esse era o Terceiro Reich, um império dedicado exclusivamente para os
arianos (ideal de raça pura dos nazistas) e que sobreviveria à custa da exploração dos
eslavos.

O expansionismo germânico ocorreu em três momentos distintos. Inicialmente foi


realizada a invasão e anexação da Áustria, evento conhecido como Anschluss e que
ocorreu em 1938. Em 1939, os alemães manifestaram o interesse de invadir e anexar
os Sudetos, região da Checoslováquia. Após negociações conduzidas por britânicos e
franceses, os alemães tiveram autorização para anexar os Sudetos (acabaram
anexando quase toda a Checoslováquia). Por fim, veio a Polônia. Esse país do Leste
Europeu havia surgido ao final da Primeira Guerra Mundial em territórios que
anteriormente pertenciam aos alemães e aos russos.

A retórica de Hitler contra os poloneses endureceu-se em meados de 1939. A invasão


da Polônia, no entanto, não seria aceita por ingleses e franceses. Ambos os países
haviam exigido de Hitler, durante a Conferência de Munique, que suas ambições
territoriais encerrassem-se na Checoslováquia.
Hitler, no entanto, não esperava que ingleses e franceses fossem reagir aos seus
movimentos. Em 1º de setembro, ordenou a invasão da Polônia utilizando como
justificativa um suposto ataque polonês na fronteira com a Alemanha (o ataque foi
forjado pelos nazistas). Dois dias depois, britânicos e franceses responderam à
agressão alemã contra a Polônia com uma declaração de guerra. Esse foi o início da
Segunda Guerra Mundial.

Confira no nosso podcast: Marcos do período entreguerras

Mapa Mental: Segunda Guerra Mundial

Combatentes da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial contou com o envolvimento de dezenas de países. Os


participantes da Segunda Guerra Mundial podem ser agrupados em dois grupos.
● Aliados: Reino Unido, França, União Soviética e Estados Unidos eram os
membros principais;
● Eixo: Alemanha, Itália e Japão eram os membros principais.

Adolf Hitler e
Benito Mussolini eram os líderes da Alemanha e Itália, respectivamente. Ambas as nações pertenciam
ao Eixo.

Naturalmente, ao longo da guerra, diversos outros países foram tomando partido e


juntando-se a um dos dois lados que estavam na luta. Do lado dos Aliados, por
exemplo, lutaram o Canadá, o Brasil, a Austrália, a China, a Holanda etc. No Eixo,
atuaram nações como Hungria, Romênia, Croácia etc. É importante mencionar que em
diversos locais que os nazistas pisaram houve colaboracionismo, mas também houve
resistência.

Um símbolo do colaboracionismo com os nazistas foi Vidkun Quisling, nazista da


Noruega que organizou o plano de invasão de seu próprio país com os alemães.
Símbolos de resistência contra os nazistas foram, por exemplo, os guerrilheiros
(partisans) da Bielorrússia (conhecida atualmente como Belarus) que organizaram
forças nas florestas de seu país e atuaram por anos sabotando os nazistas.
Fases da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial pode ser dividida em três fases para melhor entendimento
dos acontecimentos do conflito, a saber:

● Supremacia do Eixo (1939-1941): nessa fase, tornaram-se notórios o uso da


blitzkrieg e a conquista de diversos locais pelas tropas da Alemanha. Além disso,
na Ásia, os japoneses conquistaram uma série de territórios dominados por
britânicos, franceses e holandeses.
● Equilíbrio de forças (1942-1943): nessa fase, os Aliados conseguiram
recuperar-se na guerra, tanto na Ásia quanto na Europa, e equilibraram forças
com os alemães. Essa fase ficou marcada pela indefinição de quem ganharia o
conflito.
● Derrota do Eixo (1944-1945): nessa fase, o Eixo estava em decadência. A Itália foi
invadida; Mussolini, deposto; os alemães e japoneses passaram a ser derrotados
sucessivamente e ambos os países entraram em colapso.

A guerra, conforme mencionado, foi iniciada quando os alemães invadiram a Polônia


em 1º de setembro de 1939. A partir desse momento, os alemães iniciaram a utilização
de uma tática que se destacou no conflito: a blitzkrieg. Essa palavra em alemão
significa “guerra-relâmpago” e consistia, basicamente, em uma tática em que artilharia
e infantaria faziam ataques coordenados contra as linhas adversárias com o objetivo
de abri-las. A partir da abertura das linhas, a infantaria e os blindados faziam rápidas
movimentações no território para penetrar na brecha que foi aberta.

Entre 1939 e 1941, os alemães conquistaram Polônia, Dinamarca, Noruega, Holanda,


Bélgica, França, Iugoslávia e Grécia. Nesse período, as conquistas aconteciam em uma
velocidade assombrosa, com as forças alemãs passando a dominar grande parte do
continente europeu.

Em 1941, a Alemanha parecia invencível, e os alemães organizaram o seu plano mais


ousado em toda a guerra: a Operação Barbarossa. Essa operação consistia em
coordenar a invasão do grande adversário dos alemães na Europa: o bolchevismo
soviético. Até esse momento, ambas as nações estavam em paz, pois, em 1939,
haviam assinado um pacto de não agressão, em que concordavam em não lutar entre
si durante um período de 10 anos.
Tropas
alemãs em Minsk, Bielorrússia, durante a Operação Barbarossa.

A invasão da União Soviética aconteceu em 22 de junho de 1941, e o plano dos


alemães era conquistar o país em oito semanas. O fracasso dos alemães nesse
sentido destruiu toda e qualquer possibilidade de o fazerem em longo prazo, pois a
Alemanha não tinha recursos e nem dinheiro para uma guerra de longa duração contra
os soviéticos.

Os alemães tinham três objetivos: Moscou, Leningrado e Stalingrado. A capital


soviética quase foi conquistada (Moscou) porque os alemães chegaram a poucos
quilômetros dela, mas falharam. Leningrado foi cercada pelos alemães durante 900
dias e deixada para morrer de fome – os relatos sobre a fome na cidade mostram o
desespero da população diante da falta de alimento.

O ponto-chave da Segunda Guerra Mundial aconteceu em uma cidade do sul da União


Soviética (sul da atual Rússia) que fica às portas do Cáucaso e à beira do rio Volga:
Stalingrado. A conquista dessa cidade era crucial para os alemães garantirem o
controle sobre os poços de petróleo do Cáucaso, além de ser simbólico conquistar a
cidade que levava o nome do líder da União Soviética, Josef Stalin.
A luta em Stalingrado foi duríssima e estendeu-se de julho de 1942 até 1943. Antes de
Stalingrado os alemães haviam conquistado vastos territórios da União Soviética (os
alemães tinham conquistado os Países Bálticos, Ucrânia, Bielorrússia etc). Em
Stalingrado, os alemães sofreram a derrota que iniciou a virada dos Aliados.

A batalha por Stalingrado resultou na morte de 1 a 2 milhões de pessoas, e a descrição


dessa batalha define-a como um inferno. A cidade foi arrasada, e os alemães estiveram
bem perto de conquistá-la, mas a resistência dos soviéticos garantiu a derrota dos
alemães. Durante essa batalha, diariamente, milhares de soldados e de munição eram
enviados para as tropas soviéticas. A derrota dos alemães veio logo após a Operação
Urano.

Destruição
em Stalingrado causada pela batalha que aconteceu na cidade entre 1942 e 1943.

As tropas alemãs foram empurradas para fora da cidade e, sem autorização para
recuar, foram cercadas pelos soviéticos. Nesse momento, o exército, a indústria e a
economia alemã iniciaram seu colapso. Começava a recuperação dos Aliados na luta
contra os alemães. Outra batalha importante que selou o destino dos alemães na União
Soviética foi a batalha travada em Kursk, em 1943.

Nesse ano também (1943), britânicos e americanos ampliaram seus esforços na luta
contra os alemães. A partir dos esforços dos Estados Unidos e da Inglaterra, as tropas
alemãs foram expulsas do norte do continente africano. Depois, os Aliados debateram
a respeito das possibilidades de um ataque contra os alemães na Normandia. Esse
plano, no entanto, foi adiado, e americanos e britânicos optaram por invadir a Sicília.

Com o desembarque de tropas aliadas na Sicília, iniciou-se a reconquista da Itália, e os


alemães foram obrigados a reforçar as defesas no norte italiano. Foi na frente de
batalha travada na Itália, inclusive, que as tropas brasileiras lutaram entre 1944 e 1945.
A partir de 1944, a situação da Alemanha na guerra era caótica, e mais derrotas
ocorreram.

Em junho de 1944, britânicos e americanos lideraram, no dia 6, o desembarque de


tropas conhecido como Dia D. Essa operação fazia parte dos planos de reconquista da
França (ocupada pelos alemães desde 1940). No Dia D, foram mobilizados cerca de
150 mil soldados, que desembarcaram em cinco praias da Normandia: os codinomes
das praias eram Utah, Juno, Sword, Gold e Omaha.

No mapa,
podemos identificar as cinco praias designadas para o desembarque das tropas dos Aliados.

Na virada de 1944 para 1945, a situação da Alemanha era desesperadora. Nos


primeiros meses de 1945, os alemães acumularam grande parte de suas perdas em
toda a Segunda Guerra Mundial. Na virada do ano, foi travada a última ofensiva dos
alemães na Batalha das Ardenas, que tinha como objetivo recuperar territórios na
França e Bélgica. A campanha foi um fracasso e serviu para enfraquecer as tropas
alemãs que ainda resistiam no front oriental.

Uma consequência direta da derrota nas Ardenas foi a perda de territórios na Polônia,
quando os soviéticos conseguiram avançar do rio Vístula para o rio Oder e ficar à beira
da fronteira com a Alemanha. Além disso, os soviéticos avançaram pelo Leste Europeu,
conquistando locais como Budapeste (Hungria) e a Iugoslávia.

Segunda Guerra Mundial na Ásia

Em dezembro
de 1941, os japoneses atacaram os americanos de surpresa em Pearl Harbor, no Havaí.

O conflito na Ásia ficou marcado pela luta travada entre japoneses e americanos no que
também ficou conhecido como Guerra do Pacífico. Ao longo da década de 1930, o
Japão também manifestou intenções expansionistas baseado em um forte militarismo.
O resultado direto disso foi a Segunda Guerra Sino-Japonesa, conflito iniciado em 1937
que se fundiu com a Segunda Guerra Mundial e, portanto, só teve fim em 1945.
Antes mesmo do início da Segunda Guerra Mundial, os japoneses haviam participado
de uma batalha contra os soviéticos entre junho e agosto de 1939. A Batalha de
Khalkhin Gol, como ficou conhecida, foi travada basicamente por disputas territoriais
existentes entre japoneses e mongóis (apoiados pelos soviéticos).

Os japoneses foram derrotados nessa batalha, o que foi fundamental para o caminho
que os japoneses tomaram em seguida. Com a derrota nessa batalha, os japoneses
passaram a priorizar levar a guerra para o sul da Ásia, ou seja, para as colônias
europeias que ficavam no sudeste asiático, e contra os Estados Unidos.

Em 1937, foi iniciada a guerra do Japão contra a China. Em 1940, os japoneses


invadiram a Indochina Francesa e, em 1941, além de atacarem os americanos em Pearl
Harbor, invadiram uma série de colônias britânicas e a colônia holandesa.

O ataque a Pearl Harbor é entendido como marco da Guerra no Pacífico e aconteceu


em dezembro de 1941. Por causa desse ataque, os americanos declararam guerra
contra o Japão e iniciaram a sua luta contra o exército e marinha japoneses. Alguns
momentos marcantes da luta travada no Pacífico foram as batalhas de Midway (vista
como a virada dos americanos na luta contra os japoneses), Guadalcanal e Tarawa, que
aconteceram entre 1942 e 1943.

De 1944 em diante a situação do Japão era similar à da Alemanha: o país estava em


ruínas, mas seguia resistindo. No ano final da guerra, batalhas cruciais foram travadas
em Iwo Jima, Okinawa e nas Filipinas, sendo as duas primeiras ilhas pertencentes ao
território japonês. Nessas batalhas ficou evidente que a resistência promovida pelos
japoneses seria realizada até a morte.

Os soldados japoneses, de fato, lutaram até a morte – pouquíssimos renderam-se aos


americanos. Além da doutrinação imposta aos soldados, a rendição na cultura
japonesa era vista de forma vergonhosa; sendo assim, os soldados lutavam até ser
mortos ou, em casos extremos, cometiam o seppuku – um ritual de suicídio no qual
uma adaga é enfiada nas entranhas.

Após a rendição dos nazistas, os Aliados exigiram, na Declaração de Potsdam, em julho


de 1945, a rendição incondicional dos japoneses; caso contrário, eles enfrentariam a
sua própria destruição. Os japoneses não aceitaram se render e, em represália a isso,
os americanos organizaram os ataques a Hiroshima e Nagasaki com bombas
atômicas.

Veja também: Vitórias Japonesas na Segunda Guerra Mundial e Derrota Japonesa na


Segunda Guerra Mundial

● Bombas atômicas

Existe um debate intenso entre os historiadores a respeito da questão ética por trás do
lançamento dessas bombas sobre o Japão. Existem aqueles que defendem a hipótese
de que o lançamento foi apenas uma demonstração de força dos americanos e
totalmente desnecessário, tendo em vista a situação em que o Japão estava naquele
momento. Por outro lado, existem aqueles que afirmam que o lançamento foi
justificado dentro daquele cenário porque o Japão negava-se a se render, e a invasão
da ilha principal do Japão custaria a vida de milhares de soldados americanos.

Além disso, dentro do cenário de resistência dos japoneses até a morte, os americanos
não sabiam até quando o conflito se estenderia. Assim, o lançamento seria justificado
como ferramenta para forçar o fim da guerra.

Argumentos à parte, o lançamento das bombas atômicas foi um dos capítulos mais
tristes da história mundial. Os relatos narram toda a destruição e o horror que se
espalharam em 6 e 9 de agosto de 1945. Após o lançamento da segunda bomba, os
japoneses renderam-se incondicionalmente aos americanos.Para saber mais, leia:
Efeitos das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki.

Fim da Segunda Guerra Mundial


A batalha final no cenário de guerra europeu foi travada em Berlim, capital alemã, onde
foi organizada a resistência final dos nazistas em uma situação tão desesperadora que
havia tropas compostas por velhos e crianças. O ataque a Berlim foi realizado apenas
pelos soviéticos e, logo após as tropas do Exército Vermelho entrarem no Reichstag
(Parlamento alemão), Hitler e sua esposa (Eva Braun) cometeram suicídio. O comando
da Alemanha foi transmitido para Karl Dönitz, e os alemães renderam-se oficialmente
no dia 8 de maio de 1945.

No cenário asiático, a guerra teve fim oficialmente no dia 2 de setembro de 1945,


quando os japoneses assinaram sua rendição incondicional aos americanos. A
rendição japonesa foi resultado direto do lançamento das bombas atômicas sobre
Hiroshima, em 6 de agosto, e Nagasaki, em 9 de agosto.

Confira no nosso podcast: Consequências da Segunda Guerra Mundial para o Japão

Consequências
Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo passou por intensas e radicais
transformações. Logo após a guerra já estava predefinido o cenário que caracterizaria
o mundo pelas décadas seguintes: o da bipolarização do período da Guerra Fria. O
Leste Europeu foi ocupado pelas tropas do Exército Vermelho, e toda essa região ficou
sob a influência do comunismo soviético.

As potências dos Aliados reuniram-se em 1945 e debateram a respeito das mudanças


territoriais que aconteceriam no mapa europeu. Assim, a Alemanha, por exemplo,
perdeu territórios para os soviéticos (a chamada Prússia Oriental passou a ser da União
Soviética e atualmente é conhecida como Oblast de Kaliningrado e fica na atual
Rússia). Vale mencionar também que a Alemanha foi ocupada por tropas britânicas,
americanas, francesas e soviéticas.

Após a Segunda Guerra, foram criados tribunais que julgaram os crimes de guerra
cometidos por alemães e japoneses. Pessoas que estiveram diretamente envolvidas
com o Holocausto e com os massacres cometidos pelo Japão na Ásia foram julgadas
no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg e no Tribunal Internacional para o
Extremo Oriente.

Após o final da Segunda Guerra Mundial, foi criada a Organização das Nações Unidas,
conhecida como ONU e responsável pela manutenção da paz entre as nações. A
intenção de uma organização como a ONU é evitar que outro conflito como a Segunda
Guerra Mundial aconteça.
Por fim, uma consequência direta da bipolarização do mundo, com os soviéticos
representando um modelo e os americanos representando outro, foi a criação de um
plano de reconstrução da Europa Ocidental financiado pelos Estados Unidos: o Plano
Marshall.

Brasil Escola

Período entreguerras
Por Luisa Rita Cardoso

Doutora em História (UDESC, 2020)


Mestre em História (UDESC, 2015)
Pós-graduada em Direitos Humanos (Universidade de Coimbra, 2012)
Graduada em História (UDESC, 2010)

!
Ouça este artigo:

Chama-se de Período Entreguerras os anos compreendidos entre o fim da


Primeira Guerra Mundial, em 1918, e o início da Segunda Grande Guerra,
em 1939. Para o historiador Eric Hobsbawn, há uma continuidade da
Primeira Guerra Mundial no conflito iniciado em 1939, assim, os 21 anos que
separam os dois acontecimentos seriam uma pausa nas ações bélicas, mas
os eventos do período seriam o elo entre elas.
Após o fim da Primeira Guerra, foi assinado entre as potências europeias o
Tratado de Versalhes, em 1919. Derrotada na guerra, o Tratado impôs
sanções à Alemanha, dentre as quais a perda dos territórios conquistados,
como a Alsácia-Lorena e as colônias africanas e asiáticas; a redução das
Forças Armadas; proibição de fabricação de armamentos pesados e o
pagamento de indenização aos países Aliados, vencedores do conflito. O alto
valor da indenização e os custos de 4 anos de guerra deixaram a Alemanha
em uma profunda crise econômica.

Mas não só a Alemanha saiu destruída da Grande Guerra. Também o


restante dos países europeus envolvidos precisou encarar a reconstrução, e
o dinheiro para isso veio sobretudo dos Estados Unidos da América,
considerado o grande vencedor da Guerra. A década de 1920 foi de euforia
econômica naquele país, e é desse momento o chamado american way of
life (estilo de vida americano), caracterizado pela alta produção e consumo
em massa. Produtos como carros e eletrodomésticos tornam-se acessíveis
para parte da população americana, que consumia também cinema, música
(jazz e charleston eram os ritmos mais populares) e esportes eram
populares e muito procurados.

A euforia econômica, no entanto, logo teve fim. A desigualdade social era


gritante: metade da população estava abaixo da linha da pobreza. A
modernização da agricultura resultou em produção superior à demanda,
diminuindo o preço dos alimentos e aumentando os estoques. Também a
produção industrial atingiu níveis maiores do que a população era capaz de
consumir, resultando em demissões e diminuição da produção.
Em 1929, o mercado não aguentou a especulação de ações na Bolsa de
Valores e essas passaram a perder valor, culminando no Crash (queda) da
Bolsa de Nova York, em 29 de outubro de 1929, e no início de uma grave
crise econômica que atingiria todos os países de economia capitalista. A
crise começaria a ser resolvida com a adoção, em 1933, do New Deal,
conjunto de medidas adotadas pelo presidente Roosevelt.

A Alemanha, que no decorrer dos anos 1920 se recuperava da Grande


Guerra, enfrentou recuo econômico com a Crise de 1929, fortalecendo o
Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista),
fundado em 1920. Liderado por Adolf Hitler, o Partido Nazista culpabilizava
judeus pela situação econômica do país e defendia a superioridade alemã.
Em 1933, Hitler chegou ao poder, apoiado por grande parte da sociedade
alemã, que via no seu discurso a saída para a crise econômica e moral em
que se encontrava desde a derrota em 1918.

Também a Itália viveu no período a ascensão de um regime totalitário, o


fascista, cujo líder era Benito Mussolini. Como o nazismo, era antiliberal e
anticomunista, e via na construção de um Estado forte e autoritário a chave
para o desenvolvimento italiano. O Partido Fascista chegou ao poder em
1922, quando o rei Vítor Emanuel III nomeou Mussolini primeiro-ministro.

Itália e Alemanha formaram, em 1936, uma aliança de proteção mútua, o


Eixo Roma-Berlim, que lutaria junto na Segunda Guerra Mundial. Foi
também em 1936 que o general espanhol Francisco Franco se recusou a
aceitar a vitória da Frente Popular, formado por socialistas e republicanos, e
deu início ao conflito conhecido como Guerra Civil Espanhola. Franco,
simpatizante do fascismo, recebeu ajuda de alemães e italianos para
derrotar a Frente Popular e instalar um governo forte e autoritário, o qual
durou até 1975, quando morreu o general.

Referências:
HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos: O Breve Século XX (1914-1991).
São Paulo: Companhia das Letras. 2009.

RODRIGUES, Joelza Esther. Projeto Athos: História, 9º ano. São Paulo:


FTD, 2014.

https://www.suapesquisa.com/historia/periodo_entre_guerras.htm

Período entre Guerras


Os anos entre a 1ª e a 2ª Guerra Mundial é conhecido como Período entre Guerras.

Tropas alemãs invadem a Polônia: início da Segunda Guerra Mundial

Introdução (o que foi)

O período Entre Guerras foi uma fase da História do século XX que vai do final da Primeira Guerra Mundial
até o início da Segunda Guerra Mundial, ou seja, entre 1918 a 1939. Este período foi marcado por vários
acontecimentos mundiais, que são de extrema importância para entendermos a História mundial dos anos
seguintes.

Principais acontecimentos históricos (fatos) deste período:

Tratado de Versalhes (1919): impôs várias sanções e restrições à Alemanha, tais como: perda de colônias
na África, entrega da região da Alsácia Lorena à França, limitação do exército alemão, pagamento de
indenização pelas perdas provocadas aos aliados.

Fascismo na Itália: os fascistas ganham força na Itália sob a liderança de Benito Mussolini. Em 1922,
ocorre a Marcha sobre Roma e os fascistas assumem o poder na Itália.

Entre 1919 e 1922, ocorreu a Guerra Greco-Turca, no contexto da divisão do Império Otomano, gerada por
disputa de território. O conflito foi vencido pela Turquia.

Em 1929, é assinado o Tratado de Latrão na Itália. Neste documento o papa Pio XI reconhece a Itália como
país e Mussolini concede ao Vaticano a soberania como Estado Independente.

Em 1929, ocorre a Quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque e a crise econômica afeta a economia de
vários países do mundo todo, inclusive a brasileira.

Nas eleições parlamentares alemãs de 1930, o Partido Nacional Socialista (nazista) torna-se o partido com
maior representação no Parlamento Alemão. Em 1933, Adolf Hitler torna-se chanceler da Alemanha e
começa a implantar o regime nazista na Alemanha e, futuramente nos países ocupados.
Ascensão nazista na Alemanha: importante fato histórico no período entre
guerras.

Em 1933, entra em vigor o “New Deal”, plano econômico criado pelo governo Roosevelt para tirar a
economia norte americana da recessão.

Em 1936, tem início a Guerra Civil Espanhola. No ano seguinte, aviões alemães bombardeiam a cidade
espanhola de Guernica. Era o apoio de Hitler aos franquistas contra os republicanos.

Em 1938, a Alemanha anexa a Áustria. No ano seguinte, a Polônia é invadida pela Alemanha. França e
Inglaterra declaram guerra à Alemanha. Começa a Segunda Guerra Mundial.
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/regime-totalitario.htm

Fim das Guerra Civil Espanhola (1939): um dos principais fatos históricos do Período entre Guerras.

Última revisão: 27/02/2023

Por Jefferson Evandro Machado Ramos


Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).

"Os regimes totalitários foram regimes políticos que existiram na primeira metade do século XX e
baseavam-se no totalitarismo, um sistema político fundamentado no controle absoluto de um partido ou de
um líder sobre toda nação. Dentro do sistema totalitarista, o líder ou o partido político detém amplos
poderes sobre a vida pública e privada e, assim, representam o Estado.

Os regimes totalitários baseavam-se em um forte militarismo, que servia muito para intimidar e calar as
vozes dissidentes. Junto do poder de intimidação, o totalitarismo apoiava-se em uma intensa propaganda
ideológica com o objetivo de doutrinar a população e ressaltar as supostas benfeitorias realizadas pelo
regime. Outra marca importante, muito em associação com o militarismo, era o terror. Dentro dos regimes
totalitários, o terror era utilizado para perseguir os opositores.

Acesse também: Neonazistas: uma nova ameaça que afeta a democracia atual

Tópicos deste artigo


1 - Como surgiu o totalitarismo?
2 - Características do totalitarismo
3 - Regimes totalitários na Europa
Fascismo
Nazismo
Stalinismo
4 - Regimes totalitários no Brasil
Como surgiu o totalitarismo?
O auge do totalitarismo aconteceu nas décadas de 1920 e 1930, na Europa, e o surgimento desse sistema
político está diretamente relacionado com as consequências do pós-guerra. A Primeira Guerra Mundial foi
um acontecimento marcante na história mundial e, ao fim desse conflito, o saldo deixado foi de destruição,
morte e muita crise – tanto política quanto econômica.

Após a Primeira Guerra, a destruição material e a quantidade de mortos tinham alcançado níveis sem
precedentes. Além disso, o desfecho do conflito havia deixado uma série de ressentimentos, o crescimento
do comunismo atemorizava as classes médias e altas da Europa Ocidental, e as crises econômicas
afetava a todos e levava países à falência.

Todos esses elementos levaram muitos a questionar as qualidades da democracia liberal e, com isso, o
autoritarismo passou a ser visto como a solução de todos os problemas que acometiam o mundo. Essa
defesa do autoritarismo fez com que inúmeras democracias ruíssem na Europa, e pouquíssimos países
conseguiram sustentar suas instituições políticas democráticas naquele período.

O termo “totalitarismo” surgiu na década de 1920 e foi criado, a princípio, para referir-se ao fascismo
italiano, o primeiro regime totalitarista que foi implantado. Foi a partir do sucesso do fascismo italiano é que
o fascismo conquistou força para espalhar-se como alternativa política em toda a Europa.

O ápice do totalitarismo na Europa aconteceu quando os nazistas ascenderam ao poder na Alemanha em


1933. A partir daí, movimentos de apoio a ideais totalitários da extrema-direita espalharam-se pelo mundo
e chegaram, inclusive, no Brasil – o integralismo. No espectro político da esquerda, o totalitarismo
manifestava-se por meio do regime político de Josef Stalin.

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Características do totalitarismo
Os três grandes regimes totalitários da história foram o fascismo, o nazismo e o stalinismo. Esses foram os
grandes regimes totalitaristas do século XX, embora existam estudiosos que apontem a existência de
outros governos totalitaristas ao longo da história, como o Khmer Vermelho, que governou o Camboja de
1975 a 1979, e o atual regime da Coreia do Norte.

Apesar das diferenças ideológicas, existem algumas características em comum entre os três regimes
totalitários citados, mas é importante frisar que cada um dos regimes totalitários enfocados neste texto
possuíam características que eram peculiares a si exclusivamente. As características em comum eram:

Culto ao líder: o líder era reverenciado em todos os três regimes, e imagens deles eram espalhadas em
todo o país.

Censura: os meios de comunicação não podiam emitir opiniões que não fossem aprovadas pelo governo. A
existência de opositores também era proibida e eles eram calados à força.

Supressão dos partidos políticos: nos três regimes, somente existia o partido do governo. Todos os outros
eram proibidos.

Criação de inimigos internos e/ou externos: a retórica totalitária criava inimigos internos/externos, e o
combate a esses grupos justificavam a tomada de medidas extremamente autoritárias.

Os regimes totalitários, além disso, promoviam a centralização do poder no líder ou no partido,


doutrinavam ideologicamente sua população, promoviam o terror para intimidar os opositores etc.

Acesse também: Crise de 1929: um dos momentos mais tensos no período entre as guerras mundias

Regimes totalitários na Europa


Como já mencionado, a Europa teve três grandes totalitários: o fascismo (1922-1945), o nazismo
(1933-1945) e o stalinismo (1924-1953). Os dois primeiros estavam alinhados à extrema-direita e o terceiro
estava alinhado à extrema-esquerda. Neste trecho do texto, faremos o destaque de algumas informações a
respeito de cada um desses três regimes.

Fascismo

Benito Mussolini (à esquerda) foi o grande líder do fascismo italiano.¹

O fascismo foi o primeiro movimento totalitário a ser implantado na Europa. Ocuparam o poder da Itália, em
1922, quando Benito Mussolini foi nomeado primeiro-ministro após a realização da Marcha sobre Roma. O
fascismo, por sua vez, surgiu em 1919 quando foi fundado os Grupos Italianos de Combate (Fasci Italiani
di Combattimento).

A ascensão de Mussolini ao poder aconteceu em um contexto de crise política e econômica na Itália e de


crescimento do comunismo no país. Assim, no começo da década de 1920, as forças fascistas começaram
a agir violentamente contra grupos, como os comunistas, e angariaram o apoio dos liberais. Por meio da
pressão dos fascistas, o rei italiano acabou nomeando Benito Mussolini como primeiro-ministro, em 1922.
Em 1925, Benito Mussolini autoproclamou-se ditador da Itália e consolidou o sistema totalitário na Itália.

O fascismo é entendido como o regime precursor de movimentos conservadores na Europa e dentro do


fascismo pode ser destacado a exaltação de valores conservadores e tradicionais, romantização e
construção de um passado heroico, desprezo pelo socialismo, antiliberalismo etc.

O fascismo foi o grande aliado do nazismo na Europa e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi parte do
Eixo junto de alemães e japoneses. O regime fascista governou a Itália entre 1922 e 1945 e foi derrubado
do poder como resultado da derrota do Eixo, na Segunda Guerra.

Nazismo

Saudação nazista realizada durante os Jogos Olímpicos de 1936. A saudação era uma parte do culto ao
líder imposto pelos nazistas.¹

O nazismo surgiu na Alemanha, em 1919, com o nome de Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores
Alemães. Adolf Hitler foi um dos primeiros membros do partido e com o passar do tempo tornou-se líder do
partido. Atribui-se o crescimento de Hitler nos quadros do nazismo como resultado da sua capacidade de
mobilizar multidões a partir de sua capacidade retórica.

O nazismo ganhou força na Alemanha, ao longo da década de 1920, e o fortalecimento desse partido está
relacionado com a derrota do país na Primeira Guerra Mundial. A derrota espalhou uma sensação de que o
país havia sido vítima de um complô que forçou a rendição dos alemães. Além disso, a opinião na
sociedade alemã era de que o país tinha sido humilhado com os termos do Tratado de Versalhes.

A situação da Alemanha no pós-guerra, associada com a retórica nazista, empurrou muitas pessoas na
sociedade alemã para a defesa de medidas autoritárias. Com o crescimento do nazismo, as tropas de
assalto (SA) nazistas ganharam força e passaram perseguir os comunistas e social-democratas.
A ideologia nazista foi resumida por Adolf Hitler em seu livro escrito durante o período em que esteve preso
– o Mein Kampf. Um dos pilares da ideologia nazista era o antissemitismo, nome pelo qual conhecemos o
ódio contra os judeus. O antissemitismo era uma ideologia já difundida na sociedade alemã, desde o
século XIX, e foi explorado pelos nazistas.

O crescimento do antissemitismo dentro da sociedade alemã acabou resultando no Holocausto durante a


Segunda Guerra Mundial. O Holocausto causou a morte de 6 milhões de pessoas, dos quais a maioria
eram judeus. Os mortos durante o Holocausto foram mortos de diversas maneiras, destacando-se
fuzilamentos e morte nas câmaras de gás.

O nazismo incluía, na sua ideologia, o antimarxismo, o antiliberalismo, a exaltação da guerra, o controle do


Estado, o nacionalismo extremado, o culto ao líder e defendiam a ideia da superioridade da raça alemã
(chamavam os alemães de arianos). Outro ponto importante da ideologia nazista era a defesa de um
“espaço inato”, um território supostamente de direito onde os arianos/germânicos formariam o seu Terceiro
Reich.

Em consequência disso, os nazistas passaram a impor um expansionismo territorial, por isso invadiram e
anexaram a Áustria e a Checoslováquia. Quando invadiram a Polônia, em 1939, franceses e britânicos
declaram guerra aos alemães o que deu início à Segunda Guerra Mundial.

Leia também: Noite dos Cristais: o episódio que iniciou o aprisionamento em massa dos judeus

Stalinismo

Josef Stalin governou a União Soviética entre 1924 e 1953.²

O stalinismo foi o regime totalitário imposto durante o período em que a União Soviética foi governada por
Josef Stalin. Existe um debate entre historiadores sobre o caráter totalitário do stalinismo, uma vez que
existem historiadores que questionam essa classificação, embora grande parte dos historiadores concorde
que o stalinismo tenha sido totalitário.

Josef Stalin era um dos membros do alto escalão do governo soviético, mas acabou assumindo o poder do
país depois que Lênin morreu, em 1924. Em 1929, tornou-se o líder supremo da União Soviética e
governou o país de maneira totalitária até 1953, o ano de sua morte.

Uma das marcas do stalinismo foi o culto à imagem do líder tanto que quando Stalin morreu, em 1953, a
reação de muitos foi de assombro. Isso porque parte da sociedade soviética não conseguia imaginar o país
sem o líder no poder. Percebe-se que figura do líder e do Estado confundiram-se durante os anos do
stalinismo.

No stalinismo, outra marca muito evidente foi a perseguição de todos os opositores e todos aqueles que
eram entendidos como uma ameaça ao Estado. Muitos dos perseguidos eram torturados ou sumariamente
executados ou enviados para campos de trabalhos forçados, conhecidos como gulag. Até pessoas do
serviço público foram vítimas de Stalin durante os expurgos da década de 1930.

Um dos momentos mais conhecidos do stalinismo foi a coletivização das fazendas, que aconteceu na
década de 1930. Durante esse momento, os camponeses da União Soviética foram obrigados a
entregarem suas terras e posses para o Estado (propriedade privada eram proibidas no país). Os
camponeses também trabalhavam nessas terras e o que era produzido era entregue ao Estado por preços
baixos.

O objetivo da coletivização era financiar a industrialização da União Soviética e resultou na morte de


milhões de pessoas por conta da insuficiência de alimentos. Esse evento ficou conhecido na história como
Holodomor. Além dos que morreram de fome, existem também milhares de camponeses que foram
executados por resistirem à coletivização das terras.

Acesse também: Conheça a história de uma das armas mais utilizadas em toda a humanidade

Regimes totalitários no Brasil


O Brasil nunca viveu sobre um regime totalitário, apesar de, ao longo de nossa história, termos sido
governados por regimes ditatoriais, como o Estado Novo, entre 1937 e 1945, e a Ditadura Militar que
governou o país entre 1964 e 1985. Apesar disso, em nosso país surgiram grupos políticos que
inspiraram-se em ideais de regimes totalitários, como o citado integralismo.

¹Créditos da imagem: Everett Historical e Shutterstock

²Créditos da imagem: chrisdorney e Shutterstock

Por Daniel Neves


Graduado em História"

Veja mais sobre "Regimes totalitários" em: https://brasilescola.uol.com.br/historiag/regime-totalitario.htm

https://brasilescola.uol.com.br/historiag/crise29.htm

Crise de 1929
A Crise de 1929, ou Grande Depressão, foi o colapso do capitalismo e também do
liberalismo econômico. Ficou conhecida como uma crise de superprodução.

Desempregados em uma fila à espera de receber alimento em Nova Iorque, em 1930


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A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão
econômica que atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou
a decadência do liberalismo econômico, naquele momento, e teve como causas a
superprodução e especulação financeira.

Os Estados Unidos antes da crise econômica


Antes da crise de 1929 estourar, os Estados Unidos já ocupavam o posto de maior
economia do mundo. Antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, a economia americana
já possuía índices que comprovavam essa supremacia, e os eventos da guerra só
acentuaram a posição de potência econômica internacional dos Estados Unidos.

Em virtude do rápido crescimento da economia americana após a guerra, a década de


1920 foi um período de grande euforia econômica, o qual ficou conhecido como
Roaring Twenties (traduzido para o português como Loucos Anos Vinte). Esse
momento da história americana ficou marcado principalmente pelo avanço do
consumo de mercadorias, consolidando o American way of life, o estilo de vida
americano.

O avanço da economia americana tornou o país responsável pela produção de 42% de


todas as mercadorias feitas no mundo. A nação também era a maior credora do mundo
e emprestava vultuosas somas de dinheiro para as nações europeias em processo de
reconstrução (após a Primeira Guerra). No quesito importação, os Estados Unidos
eram responsáveis por comprar 40% das matérias-primas vendidas pelas quinze
nações mais comerciais do mundo.

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Essa euforia econômica refletia-se na população a partir de um consumismo acelerado,


levando as pessoas a comprarem carros e artigos eletrodomésticos de maneira
desenfreada. Esse consumismo ancorava-se, em parte, na expansão do crédito que
acontecia no país sem nenhum tipo de regulação ou intervenção estatal. A expansão
do crédito também cumpria importante papel no financiamento de diferentes
atividades econômicas.
Com esse quadro, os Estados Unidos viviam um momento de pleno emprego e rápido
crescimento industrial. Entre 1923 e 1929, os Estados Unidos possuíam uma taxa
média de desemprego de 4%, a produção de automóveis no país aumentou 33%, o
número de indústrias instaladas no país aumentou por volta de 10% e o faturamento do
comércio quintuplicou.

Por causa do boom econômico e da onda de euforia, as pessoas passaram a investir


de maneira intensa no mercado financeiro, disparando a especulação monetária.
Durante a década de 1920, os investimentos nas ações das empresas na bolsa de
valores de Nova Iorque tiveram saltos consideráveis.

O sentido de especulação financeira aqui está relacionado com pessoas que


compravam ações na bolsa, esperando que elas se valorizassem, para logo em seguida
revendê-las. Esse processo fazia com que os valores das ações aumentassem — pois
havia muitos compradores — e criava uma falsa sensação de prosperidade. A
continuidade desse falso cenário de prosperidade financeira e a superprodução
resultaram na quebra da economia americana.

Quebra da bolsa de Nova Iorque


Toda essa prosperidade estava amparada em bases extremamente frágeis. O crédito
desregulado e o crescimento da especulação financeira criaram uma bolha de falsa
prosperidade que estava à beira do precipício. A sociedade tornou-se incapaz de
perceber o que estava prestes a acontecer. Esse processo foi explicado por Hobsbawm
da seguinte maneira:

O que acontecia, como muitas vezes acontece nos booms de mercados livres, era que,
com os salários ficando para trás, os lucros cresceram desproporcionalmente, e os
prósperos obtiveram uma fatia maior do bolo nacional. Mas como a demanda da massa
não podia acompanhar a produtividade em rápido crescimento do sistema industrial
nos grandes dias de Henry Ford, o resultado foi superprodução e especulação. Isso, por
sua vez, provocou o colapso1.

A questão salarial que foi mencionada no trecho acima é muito importante para
entendermos uma das facetas da crise: a superprodução. Na década de 1920, a
indústria dos Estados Unidos expandiu-se e a produtividade do trabalhador aumentou.
Esse aumento na produção, no entanto, não foi acompanhado de aumentos salariais,
pois os salários permaneceram estagnados. Assim, o mercado não tive condições de
absorver a quantidade de mercadorias que eram produzidas (nem o mercado
americano nem outros países conseguiam absorver essas mercadorias). Isso abalou a
esperança de rápida prosperidade de muitos que tinham ações de empresas
americanas.

Milhares de pessoas resolveram vender as suas ações no dia 24 de outubro de 1929,


no que ficou conhecido como Quinta-feira Negra. Nesse dia, mais de 12 milhões de
ações foram colocadas à venda, o que deixou o mercado em pânico. Essa situação se
estendeu por dias e na segunda, dia 28, mais 33 milhões de ações foram colocadas à
venda. Imediatamente o valor das ações despencou, e bilhões de dólares
desapareceram. A economia americana quebrou.

Leia também: O programa de recuperação econômico aplicado durante a Grande


Depressão

Consequências da Crise de 1929


Os efeitos da crise para a economia dos Estados Unidos foram imediatos e
espalharam-se pelo país como um efeito dominó. O período mais crítico foi de 1929 a
1933; logo após, os efeitos da crise foram enfraquecendo-se, principalmente por causa
da intervenção do Estado na economia com o New Deal (Novo Acordo).

Separamos abaixo alguns dados que evidenciam o impacto da crise na economia dos
Estados Unidos:

● PIB nominal dos Estados Unidos caiu aproximadamente 50%


● O desemprego disparou e alcançou 27% (era 4% antes da crise)
● Importações caíram 70%
● Exportações caíram 50%
● Diminuíram em 90% os empréstimos internacionais
● Produção industrial caiu, no mínimo, 1/3
● Produção de automóveis foi reduzida em 50%
● Salário médio na indústria caiu 50%
● Falência de milhares de empresas e bancos

Milhares de pessoas perderam instantaneamente todo seu patrimônio, uma vez que ele
estava investido em valores da especulação que haviam desaparecido com a quebra da
bolsa. Os efeitos da crise espalharam-se pelo mundo, por isso, a economia de diversos
países entrou em recessão, e o desemprego disparou mundo afora.

A situação era tão crítica que o desemprego alcançou níveis altíssimos nos seguintes
países:

● Grã-Bretanha: 23%
● Bélgica: 23%
● Suécia: 24%
● Áustria: 29%
● Noruega: 31%
● Dinamarca: 32%
● Alemanha: 44%

A maioria desses países teve dificuldade em reduzir esses índices mesmo após 1933.
Vale dizer também que esses dados nos dão uma pista do motivo pelo qual o fascismo
e os ideais de extrema-direita tiveram tanta repercussão nos quadros políticos da
Europa durante a década de 1930. Ao todo, o comércio internacional foi reduzido em
aproximadamente 1/3.

Consequências da Crise de 1929 no Brasil


O Brasil também sentiu os impactos da Crise de 1929. A área que sofreu mais com a
recessão econômica foi a de produção do café – o principal produto de exportação do
país. O Brasil era responsável por cerca de 70% do café comercializado no mundo, e o
principal consumidor da nossa mercadoria eram os Estados Unidos (compravam cerca
de 80% do nosso café).

Com a recessão, o café estagnou-se no mercado brasileiro, e o preço do produto


despencou. Os cafeicultores tiveram prejuízos gigantescos. No auge dessa crise, o país
enfrentou transformações políticas profundas com o acontecimento da Revolução de
1930. O novo governo teve Getúlio Vargas como presidente provisório.

A mudança política em si que aconteceu nesse período já é levantada pelos


historiadores como uma consequência indireta da recessão sobre o nosso país. Além
disso, as exportações do café brasileiro reduziram-se por volta de 60%, e o preço do
café no mercado internacional caiu cerca de 90%. Com isso, o governo resolveu agir.

A medida de Vargas na economia foi a de proteger o principal produto do país. Para


isso, foi criado o Conselho Nacional do Café (CNC) em 1931. Para conter a queda no
valor do café, o governo decidiu realizar a compra das sacas que estavam paradas para
aumentar o valor do café no mercado internacional. As sacas que foram compradas
pelo governo eram incendiadas. Essa prática estendeu-se durante treze anos,
resultando na destruição de 78,2 milhões de sacas de café.

________________
*Todas as estatísticas utilizadas neste texto foram retiradas dos seguintes trabalhos e publicações:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2013.
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
MAZZUCCHELLI, Frederico. A crise em perspectiva: 1929 e 2008. Disponível aqui.
MARTINS, Luis Carlos dos Passos e KRILOW, Leticia Sabia Wermeier. A Crise de 1929 e seus reflexos no Brasil: a
repercussão do Crack na Bolsa de Nova York na imprensa brasileira. Disponível aqui.
ROSSINI, Gabriel Almeida Antunes. Crise de 1929. Disponível aqui.
Crise de 1929 atingiu economia e mudou a ordem política no Brasil. Disponível aqui.

1
HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p.
104.

Por Daniel Neves


Graduado em História
http://holhos.com.br/blog/daltonismo-entenda-o-que-e-o-que-causa-e-como-tratar/Dalto

nismo: entenda o que é, o que causa e como tratar

19/08/2022

O daltonismo altera a percepção das cores, como o verde e o vermelho, e ele afeta entre 8 e 10% da
população mundial.
Pois é. Se você está lendo este artigo, provavelmente já ouviu falar ou até mesmo pode ser uma
pessoa que confunde as cores, correto? Quando isto acontece, pode indicar o daltonismo. Isso pode
acontecer mesmo quando você tem a acuidade visual perfeita. O nome desta anomalia que afeta a
visão, vem de John Dalton, o químico que descreveu em um artigo sua condição de daltônico ao
confundir as cores verde e vermelho.

O que causa o daltonismo?


O daltonismo geralmente é hereditário, afeta mais os homens que, por sua vez, herdam o
cromossomo sexual X da mãe. Ou seja, como o sexo feminino é definido por dois cromossomos X e
o masculino por um X e um Y, para ser do sexo masculino, o bebê sempre recebe o cromossomo
X da mãe e o Y do pai. Por isso, os homens são mais afetados que as mulheres. Já as mulheres,
apesar de terem dois cromossomos X, raramente são daltônicas.
Além dos fatores de gênero, o daltonismo é também mais comum em europeus e raro em índios,
pontua Dr. Ricardo Guimarães.

A ATRIZ ANA FURTADO É UM DOS CASOS RAROS DE MULHERES DALTÔNICAS. Apenas 1 a


cada 200 mulheres tem daltonismo.

E por que os casos de daltonismo são raros nas


mulheres?
O fato de as mulheres serem menos afetadas é porque, para acontecer o daltonismo nas mulheres,
elas precisariam herdar tanto o cromossomo X da mãe, como o cromossomo X do pai, daltônicos. E
isso é raríssimo de acontecer. E, ao contrário dos homens, quando ela recebe apenas um
cromossomo X com daltonismo, ela não desenvolve a deficiência de enxergar as cores.
“Nos Estados Unidos, um a cada 12 homens pode ser afetado pelo daltonismo. Entre os americanos,
cerca de 8% da população masculina é daltônica. Isso quer dizer que, a cada 200 homens, 16 serão
daltônicos. É muita gente afetada. Ao contrário, a cada 200 mulheres, apenas 1 será daltônica.”
esclarece Dr. Ricardo Guimarães, médico oftalmologista, presidente do HOlhos de Minas
Gerais.

QUAIS SÃO OS TIPOS DE DALTONISMO?


Um daltônico não é capaz de enxergar, dependendo do tipo de daltonismo, as cores verde, vermelho
ou azul. Em alguns casos raros, nenhuma cor é capturada pelo olho humano o que é conhecido como
acromatia ou monocromia.
Entre todas as pessoas daltônicas, a grande maioria – 99%, segundo Ricardo Guimarães – sofrem de
daltonismo vermelho-verde, que é a dificuldade de distinguir e confundir essas duas cores. Ele,
inclusive, destaca que há tipos de daltonismo, com base nos diferentes tipos de cones encontrados na
retina que respondem à luz azul, verde e vermelha. Eles são chamados de defeitos tritanopia,
protanopia e deuteranopia.

COM DIAGNOSTICAR O DALTONISMO?


O diagnóstico pode ser feito com o Teste de visão de cores de Ishihara, através de uma sequência de
diversos círculos, com diferentes cores, tamanhos e brilhos, com números subscritos. Pessoas com
daltonismo não conseguem enxergar os números que constam nos círculos.
“O daltonismo mais comum é o daltonismo vermelho-verde, em seguida é o daltonismo azul-amarelo e
o mais raro é o daltonismo total, que é a ausência completa de cores. Uma forma ainda mais rara é
chamada de discromatopsia unilateral, o que significa que um olho pode normalmente ver as cores
enquanto o outro olho é daltônico”, explica o oftalmologista.

Entenda os tipos de daltonismo


​ Protanopia: dificuldade em diferenciar cores no segmento verde-vermelho-amarelo.
​ Deuteranopia: a pessoa tem dificuldade de perceber a luz verde e isso prejudica na distinção da luz azul,
amarelo, violeta, vermelho e verde.
​ Tritanopia: há ausência de cones “azuis” ou de comprimento de onda curta, resultando na impossibilidade de
ver cores na faixa azul-amarelo.
​ Monocromia (Acromatia): observam cores sob uma rampa monocromática ou com níveis de coloração
muito baixos. É muito rara a ocorrência em humanos.

DR. RICARDO GUIMARÃES, PRESIDENTE DO HOLHOS DE MINAS GERAIS, destaca que além da
anomalia genética, a perda da capacidade de distinguir as cores pode ser causada pelo
envelhecimento e degenerações oculares como a catarata, por danos ou disfunções no
processamento visual relacionados à retina.
Dr. Ricardo Guimarães, responde as 5 perguntas mais frequentes sobre daltonismo. Vamos
conferir?

1) Quais os desafios diários impostos para quem


daltonismo?
Dr. RG: Um dos problemas mais comuns que os daltônicos têm de enfrentar é comprar roupas que
combinem ou distinguir frutas maduras daquelas que não são. Para um cozinheiro daltônico, por
exemplo, o daltonismo vermelho-verde pode afetar o ponto de cozimento da carne. Isto porque ele
não vai conseguir distinguir os vários tons de vermelho.

2) Existe cura ou tratamento para o daltonismo?


Dr. RG: Não há cura, mas tem tratamento. Lentes de contato ou óculos com lentes especiais podem
ajudar a melhorar o daltonismo, enfatizando as cores que faltam em cada deficiência. Porém, nenhum
tratamento pode devolver a visão normal.

3) Como é feito o diagnóstico do paciente?


Dr. RG: É muito comum que o daltonismo seja confundido com outras condições. O diagnóstico pode
ser feito com testes de triagem. O mais comum é o Teste de cores de Ishihara. Porém, este teste
indica se você tem algum tipo de distúrbio relacionado à percepção das cores, mas não indica com
precisão o grau de profundidade dessa deficiência. Para saber o quanto o daltonismo afeta a sua
visão, qual é o tipo da deficiência que você possui, e principalmente, para iniciar um tratamento
oftalmológico, você deve procurar um médico oftalmologista e realizar exames quantitativos.

4) Como identificar o daltonismo em crianças?


Dr.RG: Quando as crianças começam a apresentar problemas para distinguir cores, dificuldade em
enxergar algumas palavras em fundo colorido nos exercícios da escola. Por exemplo, pintar as folhas
da árvore na cor vermelha e o tronco de verde.

5) Além dos fatores genéticos, existem outros


fatores que podem causar ou serem confundidos
com o daltonismo?
Sim. Além da anomalia genética, a perda da capacidade de distinguir as cores pode ser causada pelo
envelhecimento e degenerações oculares como a catarata, por danos ou disfunções no
processamento visual relacionados à retina.

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