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TRABALHOS ESCOLARES

Governos totalitaristas e a II Guerra Mundial


Os Governos totalitaristas da década de 1930

A crise de 1929 e a Grande Depressão criaram consequências diretas


na economia mundial, além de enfraquecer o capitalismo liberal. Cresceu
a ideia de que a economia deveria ter interferência do Estado e em prati-
camente todas as nações isso foi visível. Nos Estados Unidos, a política
do New Deal (Novo Acordo) criada pelo Franklin D. Roosevelt possibi-
litaram um início de recuperação. Em muitos países adotou-se o keyne-
sianismo, um sistema político que promove a interferência do estado na
economia, buscando o bem estar social.
No entanto, outros países buscaram ir além da simples interferência
do Estado e montaram uma política autoritária, como a Alemanha e a
Mussolini (esquerda) e Itália. Diferente do totalitarismo da esquerda (União Soviética e China
Hitler: líderes totalitaris- comunista), o fascismo e nazismo utilizavam:
tas da Itália e Alemanha
respectivamente • forte apoio da burguesia industrial;
• corporativismo nas relações de trabalho e tutela estatal sobre as orga-
nizações sindicais
• fundamentação ideológica em valores tradicionais (étnicos, culturais,
religiosos)
• forte apoio da religião.
• tem como base o capitalismo.

Além destas características, é comum para qualquer regime totalitarista,


seja de esquerda ou de direita:
• regime de partido único (e um partido de massas);
• centralização dos processos de tomada de decisão no núcleo dirigente
do partido;
• burocratização do aparelho estatal;
• intensa repressão a dissidentes políticos e ideológicos;
• culto à personalidade do(s) líder(es) do partido e do estado;
• patriotismo, ufanismo e chauvinismo exacerbados
• intensa presença de propaganda estatal e incentivo ao patriotismo
como forma de organização dos trabalhadores;
• censura aos meios de comunicação e expressão;
• paranóia social e patrulha ideológica
• militarização da sociedade e dos quadros do partido;
• expansionismo.

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HISTÓRIA

Alemanha e Itália iniciaram, na década de 1930, o armamento


para expandirem os próprios territórios. Os italianos reivindica-
vam territórios prometidos na Primeira Guerra e que não foram
entregues, enquanto os alemães exigiam a devolução dos territó-
rios perdidos na primeira guerra e o fim do pagamento das dívidas.
Hitler anexou a Tchecoslováquia em 1937 e dois anos depois inva-
diu a Polônia, iniciando a II Guerra Mundial.

II Guerra Mundial
Desembarque de soldados aliados na
costa da Normandia.
A Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) pode ser vista como
continuação da primeira, visto que muitos problemas criados pe-
las punições ou não cumprimento de contratos pós-guerra foram utiliza-
dos como argumentos para iniciar o conflito. França e Grã-Bretanha fo-
ram desafiadas pelos alemães que desta vez estavam liderados por Adolf
Hitler. Os países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) iniciaram uma política
expansionista: a Alemanha sobre os países da Europa, os italianos sobre
alguns países da África e os japoneses sobre a China e ilhas do Pacífico.
A Alemanha detinha um poderio militar superior a todas as nações oci-
dentais e conseguiu avançar sobre Polônia e Países Baixos com facilida-
de. Após um acordo com a União Soviética, única nação que poderia se
equiparar à Alemanha militarmente, Hitler se viu com o caminho livre
para dominar diversas regiões da Europa, tomando inclusive a França.
Conhecida como Guerra Relâmpago, as tropas nazistas derrotaram com
facilidade os exércitos franco-britânicos.
O Terceiro Reich, como era chamada a Alemanha de Hitler, conquistou
um vasto território na Europa e no Norte da África. Junto com a Itália, os
dois países do Eixo, conquistaram o norte da África e tiveram campanhas
vitoriosas até 1942. No entanto, a Alemanha precisava de petróleo e gás
natural para continuar a guerra e o Oriente Médio era um campo riquíssi-
mo. Hitler precisava conquistar aquela região, mas para isso era necessá-
rio invadir a União Soviética e quebrar o tratado feito com Moscou.
A invasão iniciou em 1941 e provocou a maior e mais san-
Soldados soviéticos em ação na batalha
grenta batalha da história: a batalha de Stalingrado. Cerca de de Stalingrado.
1,5 milhão de soldados morreram apenas nesse conflito, que
marcou por ser uma reviravolta na história da guerra. Os russos
conseguiram deter o avanço nazista e iniciaram um forte contra-
ataque. Com os russos na guerra e do lado dos aliados, ingleses
e franceses coordenaram um ataque na parte ocidental e – aju-
dados pelos Estados Unidos – protagonizaram outro momento
importante da guerra: o Dia D. Em 6 de junho de 1944, tropas
norte-americanas, inglesas e canadenses desembarcaram na pe-
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TRABALHOS ESCOLARES

nínsula da Normandia (França) e iniciaram um forte contra-ataque aos


nazistas.

Mapa indicando as alianças antes da II Guerra Mundial:

Aliados do oeste (principais: Estados Unidos, Inglaterra, França)


Aliados do leste (URSS)
Países do Eixo
Neutros

A partir disso, as tropas nazistas foram derrotadas e, em maio de 1945,


Berlim foi tomada pelos russos, enquanto os aliados ocidentais chegaram
pelo sul, derrotando os italianos na África e na própria Itália e os alemães
na França e nos Países Baixos.
A guerra na Ásia persistiu por mais alguns meses. Os japoneses, que am-
bicionavam territórios chineses e ilhas no Pacífico, persistiam num
conflito com os norte-americanos. O avanço da marinha americana,
tomando ilhas e avaçando sobre as conquistas japonesas. Contudo,
os americanos ambicionavam finalizar logo o conflito e – acima de
tudo – mostrar às nações europeias e à URSS o próprio poderio, lan-
çaram em agosto de 1945 as bombas nucleares sobre duas cidades
japonesas.

Um dos momentos mais polêmicos da Guerra, ao lado do holocausto:


os EUA lançaram duas bombas nucleares sobre os japoneses, eliminan-
do civis. A fotografia mostra a bomba lançada sobre Nagasaki.

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