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Regimes Fascista e Nazista na Europa

-Nazismo e Fascismo (regimes totalitários): Significado Os regimes totalitários foram regimes


políticos que existiram na primeira metade do século XX e baseavam-se no totalitarismo, um
sistema político fundamentado no controle absoluto de um partido ou de um líder sobre toda
nação. Dentro do sistema totalitarista, o líder ou o partido político detém amplos poderes sobre a
vida pública e privada e, assim, representam o Estado.
Origem do totalitarismo Todos os regimes totalitários surgiram em uma época de crise
europeia, deixada principalmente pela Primeira Guerra Mundial e por políticas econômicas
ineficazes. A crise levou a uma caótica situação de alta inflação, miséria, fome, desemprego e
falta de assistência básica à população. Os regimes políticos totalitários apareceram naquele
cenário caótico como possíveis soluções para os problemas da população e, por isso, ganharam
apoio popular.
Exemplos de totalitarismo Nazismo: liderado por Adolf Hitler, ocorreu na Alemanha entre
1933 e 1945. -Fascismo: liderado por Benito Mussolini, vigorou na Itália entre 1922 e 1943. -
Stalinismo: o comunismo soviético iniciou-se em 1917, a partir da Revolução Russa, mas o
stalinismo, surgido de uma interpretação particular de Josef Stalin do marxismo, somente entrou
em cena em 1924, perdurando até 1953.
Características do totalitarismo
-Cenário caótico da crise: A Alemanha, no momento de ascensão do partido nazista, passava
por crise financeira e institucional deixada pela Primeira Guerra Mundial, o que resultou na
fome e no desemprego. Hitler e o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães
surgiram como uma esperança de recuperação. No início, Hitler recebeu forte apoio popular.
Não foi diferente na Rússia, que também foi devastada pela Primeira Guerra e por anos de
monarquia czarista.
-Identificação de um inimigo em comum: em todos os regimes totalitários, podemos encontrar
a identificação de inimigos potenciais em comum, que, em geral, são grupos que não partilham
do interesse do regime ou que são escolhidos para servirem de alvo da indignação popular.
Tendo um alvo em comum, é mais fácil manter o povo unido em prol de um objetivo final. No
caso do stalinismo, o inimigo era o burguês; para os nazistas, o inimigo central era o povo
judeu, além de ciganos, comunistas e homossexuais; para os fascistas, os inimigos eram os
estrangeiros, os antinacionalistas e os críticos do Estado forte, como os anarquistas.
-Controle total da vida da população: o controle da vida da população, tanto no âmbito
público quanto no âmbito privado. Essa característica difere o totalitarismo das ditaduras, pois
ela confere ao Estado plenos poderes de decidir arbitrariamente sobre tudo aquilo que a
população pode ou não acessar, em todos os aspectos de sua vida. Isso faz com que o Estado
seja excessivamente inflado, estabelecendo um elo entre totalitarismo e autoritarismo.
-Centralização do poder: para se sustentarem, os regimes totalitários centralizaram o poder nas
mãos de um líder ou de um grupo político, o que levou ao culto à personalidade e, como
estratégia, os grupos ou líderes propagaram o nacionalismo e o patriotismo como elementos
essenciais para o crescimento da nação. Há também o unipartidarismo.
-Propaganda: todos os regimes totalitários investiram fortemente em publicidade para
propagarem os ideais totalitários e manterem o domínio ideológico sobre o povo. A ideia era
manter o apoio popular, mesmo em momentos de crise. A propaganda nazista, stalinista e
fascista foi extremamente forte, sempre apresentando o líder e o Estado como os salvadores da
pátria contra os inimigos. Qualquer indício de pensamento liberal ou antinacionalista (como a
defesa da cultura e da economia globalista) era combatido com a incisiva propaganda, que
dominava todos os meios de comunicação, afinal, todos os meios de comunicação foram
estatizados. As rádios, o cinema, os jornais, tudo que fosse meio de disseminação cultural
deveria passar pelo crivo do Estado. Para controle efetivo dos meios de comunicação e garantia
da propaganda, os líderes totalitários criaram ministérios e secretarias para regulamentação
midiática.
-Medo, terror e policiamento: há um constante policiamento da população, justificado pelo
medo do governante de seus governados e vice-versa. O terror é espalhado como sendo um
elemento real, o que causa medo nas pessoas, que se permitem serem governadas
totalitariamente.
-Eliminação das singularidades: o Estado totalitário elimina as diferenças existentes entre as
pessoas, criando um corpo total igual, ao implantar as mesmas ideias nas pessoas por meio da
propaganda, impor os mesmos produtos para o consumo e controlar as suas vidas privadas."

O fascismo na Itália
Após a Primeira Guerra Mundial, o cenário político era crítico em muitos países da Europa.
Grande parte da população estava frustrada, pois o fim da guerra não havia melhorado suas
condições de vida. Além disso, ainda era grande o sentimento nacionalista, que fora bastante
estimulado durante a guerra. Para alguns grupos sociais, nem a ideologia socialista nem a liberal
eram capazes de solucionar os graves problemas da sociedade. A destruição provocada pela
guerra, agravada pela falta de matérias-primas e de dinheiro, abalou a confiança de muitos
europeus em seus governantes. Nessa situação de crise, a ideologia do fascismo adquiriu
adeptos, atraindo desempregados, estudantes e a classe média, formada por funcionários
públicos, profissionais liberais, militares e pequenos proprietários de terras, de fábricas e de
estabelecimentos comerciais. O fascismo promoveu a mobilização das massas, mas também
recebeu apoio de grupos paramilitares nacionalistas e da burguesia, temerosa do crescimento do
socialismo. Na Itália, o principal líder fascista foi Benito Mussolini.

A ideologia fascista
O fascismo surgiu na Itália com base nas ideias difundidas por Benito Mussolini, que em 1921
fundou o Partido Fascista. Depois de combater na Primeira Guerra Mundial e escrever para
jornais socialistas, Mussolini procurou criar uma nova ideologia política. De acordo com essa
proposta, a solução para os problemas sociais dos países seria a adoção de alguns princípios
básicos, como: o nacionalismo, com tendências à xenofobia e ao racismo; a militarização, com
um governo autoritário e expansionista; e o corporativismo, sistema em que os sindicatos de
trabalhadores são substituídos por corporações submetidas ao controle do Estado, em que
participam operários e patrões.
A ascensão do fascismo
Os italianos, por terem lutado na guerra ao lado dos Aliados, acreditavam que com o término
dos conflitos receberiam compensações territoriais, porém o Tratado de Versalhes não
favoreceu a Itália conforme esperado, contribuindo para o aumento do sentimento de frustração
nesse país. Além disso, com o fim da Primeira Guerra Mundial, a Itália enfrentou uma crise
econômica generalizada, causando grande descontentamento na população. Aproveitando a
insatisfação popular, Mussolini organizou e liderou, em 1922, uma passeata fascista em Roma,
denominada Marcha sobre Roma, que contou com a participação de milhares de pessoas.
Após essa manifestação de poder, o rei italiano Vítor Emanuel III concedeu o cargo de
primeiro-ministro a Mussolini, que, a partir de então, aumentou a perseguição às pessoas
contrárias às suas ideias. Além disso, ele substituiu os sindicatos dos trabalhadores por
corporações e aboliu o Poder Legislativo e os demais partidos, concentrando o poder do Estado
no Partido Fascista. Com essas medidas centralizadoras, Mussolini tornou-se ditador da Itália.
Com a ascensão do fascismo, milhares de livros com ideias socialistas foram queimados pela
população.
O nazismo na Alemanha
No período final da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha passava por uma grande
instabilidade política e econômica. As difíceis condições de vida de grande parte da população
geraram revoltas e movimentos grevistas por todo o país. Soldados, marinheiros e operários
fundaram conselhos, exigindo o fim do regime monárquico e a implantação de um governo
republicano.
A República de Weimar
Em 1918, com a iminente derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial, o kaiser
(imperador) alemão Guilherme II abdicou do trono. Com isso, foi organizado um governo
republicano, que assumiu as negociações com os Aliados pelo fim da guerra. No ano seguinte,
na cidade de Weimar, os republicanos elaboraram uma Constituição federalista, que determinou
a criação de uma República democrática parlamentar na Alemanha, mais tarde conhecida como
República de Weimar. O kaiser foi substituído por um presidente eleito pelo voto popular. O
presidente passou a ser o responsável pela nomeação de um chanceler, ou primeiro-ministro,
subordinado ao Parlamento alemão. A Constituição de 1919 estabeleceu também alguns direitos
sociais, como o acesso à educação, à cultura e ao trabalho. Desde sua criação, a República de
Weimar enfrentou forte oposição, principalmente por parte de grupos socialistas radicais, entre
eles a Liga Espartaquista. Os espartaquistas lutavam pela criação de uma república socialista na
Alemanha.

A ascensão do nazismo na Alemanha


No início da década de 1920, a Alemanha atravessava uma profunda crise econômica e sofria
com a crescente inflação. A dívida do Estado alemão era agravada pela alta indenização que, de
acordo com o Tratado de Versalhes, o governo se comprometera a pagar aos Aliados. Nessa
situação crítica, foi fundado o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou
Partido Nazista. O nazismo, ideologia desse partido, apresentava princípios semelhantes aos do
fascismo, porém dava grande ênfase ao racismo e ao antissemitismo, além de reprovar a
democracia liberal da República de Weimar. O grande líder do Partido Nazista era Adolf Hitler.
Em 1923, Hitler liderou os nazistas em um golpe para tentar tomar o poder na cidade de
Munique, na região alemã da Baviera. A tentativa de golpe foi rapidamente sufocada pela
polícia bávara e Hitler foi preso com outros nazistas. Na prisão, Hitler escreveu a obra Mein
Kampf (Minha Luta), definindo alguns princípios da ideologia nazista, entre eles a necessidade
de a “raça” ariana se constituir como nação, o culto à personalidade do líder e a destruição da
democracia, utilizando para isso a própria política como estratégia, ao combiná-la com ações
armadas.
Hitler e os nazistas no poder
No ano de 1925, Hitler já estava solto e retomou suas ações para chegar ao poder na Alemanha.
No entanto, ele mudou de estratégia, abandonando as tentativas de golpe e tentando chegar ao
poder pelas vias burocráticas e eleitorais. Nas eleições de 1930, o Partido Nazista foi o segundo
mais votado. Em 1933, Hitler foi nomeado primeiro-ministro da Alemanha e, em 1934, com a
morte do então presidente Hindenburg, assumiu o comando do país.
Hitler era muito autoritário, tinha o apoio da alta burguesia e promoveu uma intensa
mobilização popular. Ele acabou com o federalismo, centralizando o poder do Estado em suas
mãos, e adquiriu poderes de ditador, autoproclamando-se führer (líder, em alemão). Além disso,
intensificou a censura e aboliu os sindicatos, substituindo-os por corporações nacionais. Hitler
também financiou a formação de uma milícia fiel às suas ordens, a Schutzstaffel (ou SS), que
perseguia membros de grupos sociais considerados “inferiores”, principalmente judeus, ciganos,
eslavos e homossexuais, bem como comunistas e demais adversários políticos.

1-Em que cenário surgiu o partido nazista e fascista?


2- Qual era a ideologia do Partido Nazista e Fascista?
3-Medidas centralizadoras
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Leia os trechos do Diário de Anne Frank e responda as questões abaixo.

“Eu sou a minha melhor crítica, e também a mais severa. Sei o que é bom e o que não é.
Uma pessoa que não escreva, não sabe o quanto é maravilhoso; eu costumava lamentar-
me por não saber desenhar, mas agora estou cheia de alegria por, ao menos saber
escrever. E, se não tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, posso escrever só
para mim. Mas quero mais que isso. Não me imagino ser igual aquelas mulheres que
trabalham, e são esquecidas.
Preciso ter mais alguma coisa a que me dedicar. Não quero ter vivido em vão como as
outras pessoas. Quero ser útil para as pessoas, mesmo aquelas que não conheci. Quero
continuar a viver depois da morte! E é por isso que estou tão grata a Deus por me ter dado
este dom que posso usar para me exprimir tudo o que está dentro de mim. Quando
escrevo, consigo libertar-me das preocupações. A minha dor desaparece, o meu espírito
reanima-se! Mas, e esta é a grande questão, conseguirei escrever algo grande, tornar-me-ei
uma escritora ou uma jornalista? Espero que sim, oh, espero mesmo, porque escrever
permite-me registrar tudo, todos os meus pensamentos, ideias, fantasias. (...) Mas não te
esqueças: vivo numa época louca e em circunstâncias loucas. Que sorte a minha poder
escrever o que penso e sinto. Se não fosse isto, sufocava, de certeza. (...) Não quero que a
minha vida tenha passado em vão, como a da maioria das pessoas. Quero ser útil ou trazer
alegria a todas as pessoas, mesmo àquelas que jamais conheci. Quero continuar vivendo
depois da morte!
FRANK Anne, Trechos de “O Diário de Anne Frank”, Editora: Pé Da Letra; 1ª Edição(19 de novembro de
2019)

1.Um dos desejos de Anne Frank é viver depois da morte. Ela quer realizar esse sonho:
A. Sendo lembrada pelas coisas importantes que pretendia fazer. B.Tornando-se uma
escritora ou jornalista C.Sendo igual às mulheres que trabalham D.Libertando-se das
preocupações
2.No trecho “Não me imagino ser igual aquelas mulheres que trabalham e são esquecidas.”
Assinale a alternativa INCORRETA.
A)Anne Frank desejava fazer algo que fizesse alguma diferença na vida das pessoas.
B)Anne Frank não queria ser uma mulher igual às outras. C)Anne Frank buscava apenas
sua satisfação pessoal ao escrever. C)Anne Frank deseja algo importante para se dedicar.
3.Assinale a alternativa INCORRETA. Ao dizer “Não quero ter vivido em vão como as
outras pessoas”, Anne Frank:
A)Deseja ser lembrada, mesmo depois da sua morte, como uma grande escritora ou
jornalista. B)Quer trazer alegria apenas às pessoas que conheceu. C)Deseja escrever e
compartilhar o que sente com outras pessoas. D)Quer trazer alegria a todas as pessoas,
mesmo àquelas que jamais conheceu.
4.Quando Anne Frank escreve:
A)Ela se liberta de todas as preocupações. B)Ela se sente sufocada com as palavras. C)Ela
acha que não tem talento para escrever e isso a entristece. D)Ela se conforma em escrever
apenas pra ela mesma.
5. Anne Frank (nasceu em 12/06/1929, e morreu em 12/03/1945) foi uma jovem judia
vítima do nazismo. Morreu no campo de concentração de Bergen-Belsen, na Alemanha,
deixando escrito um diário, que foi publicado por seu pai, sobrevivente do campo de
concentração de Auschwitz (Polônia), intitulado "O Diário de Anne Frank". Agora
responda: quantos anos tinha Anne Frank quando morreu? a) 14 anos b) 15 anos c) 16
anos d) 17 anos
O trecho a seguir foi extraído do livro “O Diário de Anne Frank”. Leia-o com atenção:
“Quinta-feira, 16 de setembro de 1943
Querida Kitty,
À medida que o tempo vai passando, pior estão as pessoas umas com as outras. Quase
ninguém ousa abrir a boca à mesa (a não ser para pôr a comida), pois tudo o que se diz é
levado a mal. Eu, por mim, engulo todos os dias ‘Valeriana-Dispert” por causa das
depressões, mas isso não me impede de me sentir ainda mais maldisposta no dia seguinte.
Ai, se pudesse rir, só uma vez, rir de todo o coração, seria melhor remédio do que dez
dessas pastilhas brancas. Mas já nem sabemos o que é rir assim.”
O trecho acima é um desabafo de Anne Frank, que, por medo dos nazistas, viu-se forçada
a viver confinada com a sua família durante vários meses. Nota-se que, à medida que o
tempo ia passando, o confinamento tinha efeitos sobre o estado de humor da família cujos
membros, à esta altura, já não riam mais e brigavam por qualquer motivo.
6. A disputa por matéria prima barata e mercado consumidor provocou uma intensa
disputada entre os países industrializado provocando a 1ª Guerra Mundial. A Alemanha
foi derrotada pelos países que formavam a Tríplice Entente e após a guerra os nazistas
chegaram ao poder com o objetivo de eliminar todos os judeus, que não representavam
1% de toda sociedade alemã.

Observando o texto e o quadrinho é possível afirmar a)Que os Judeus eram muito pobres.
b)Que os judeus eram “bode expiatório” (preconceito). c)Que os judeus eram pessoas
perigosas. d)Que os judeus eram ameaçadores à sociedade alemã.
7. Os nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial, colocaram em prática um verdadeiro
Holocausto, exterminaram aproximadamente mais de seis milhões de pessoas: judeus,
ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, deficientes físicos e mentais e opositores
políticos como o educador Janusz Korczak, assassinado no campo de concentração de
Treblinka em 1942.Afinal, o que foram os campos de concentração nazista?

A)centro de confinamento que abrigava e exterminava prisioneiros de guerra e/ou


prisioneiros políticos. B)centro de confinamento militar que abriga prisioneiros de guerra.
C)Abrigo e confinamento militar, para o trabalho forçado. D)Abrigo de prisioneiros de
guerra e/ou prisioneiros políticos

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