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CAPÍTULO 1- Segunda Guerra Mundial: a ascensão


dos regimes totalitários.
A democracia liberal europeia entrou em crise após a Primeira Guerra Mundial,
especialmente nos países derrotados e insatisfeitos com os acordos de paz.
Na Itália, na década de 1920, o fascismo alcançou o poder, liderado por Benito
Mussolini. Instalou-se um Estado autoritário e nacionalista que perseguiu liberais,
sindicalistas e socialistas. Impondo o regime de partido único, os fascistas
praticavam violências contra todos que discordassem deles.
Na Alemanha, o nazismo triunfou nos anos 1930, liderado por Adolf Hitler, ex-
cabo do exército alemão. Adotando também o regime de partido único, os nazistas
praticaram violências e assassinatos, especialmente contra os judeus.
Nesses regimes de extrema-direita, houve recuperação da economia, mas com o
fim das liberdades democráticas. Mesmo assim, os dois líderes tiveram apoio
popular.
Roma, 3 de maio de 1938. Um visitante ilustre chegou à capital: Adolf Hitler, líder
do governo alemão. Hitler chegou de trem, com grande comitiva, incluindo
ministros e oficiais das Forças Armadas.
Foi recebido na estação por anfitriões ilustres: o chefe do governo italiano,
Benito Mussolini, acompanhado pelo rei Vítor Emanuel III, que reinava, mas não
governava. Quem mandava na Itália era Mussolini, chamado de Duce, isto é, líder. Hitler era chamado assim, só
que em alemão: Führer.
Mussolini e Hitler governavam as duas principais ditaduras da Europa ocidental. Mussolini chegou ao poder em
1922; Hitler, em 1933. Na Itália, o regime era chamado de fascismo; na Alemanha, de nazismo. Eles tinham dois
traços em comum:
*estavam empenhados em barrar o comunismo na Europa (o bolchevismo russo), perseguindo os partidos
comunistas;
*estavam convencidos de que a democracia era um regime decadente, incapaz de manter a ordem e resolver as
desigualdades sociais.
Tais regimes apostavam em um Estado forte, capaz de
promover a união nacional e acabar com os conflitos de
ou revoluções à moda bolchevique. Nada de exploração
implacável dos trabalhadores, como no capitalismo
liberal, pois estes deviam merecer a proteção do
Estado, salários dignos, educação e saúde.
Para tanto, qualquer recurso era válido, até mesmo a
opressão e a violação de direitos humanos. Para
fascistas e nazistas, as liberdades democráticas eram
um obstáculo à grandeza da nação e, por isso, não
podiam mais ser toleradas.
Benito Mussolini, primeiro-ministro da Itália, e Adolf Hitler, ditador da Alemanha, desfilam em carro aberto em
Munique, Alemanha. Fotografia de 1941.
O fascismo e o nazismo eram irmãos. Os movimentos começaram em 1919 em países em que a população acreditava
ter sido lesada pelos tratados realizados após a Primeira Guerra. A Alemanha, derrotada, passava por dificuldades
econômicas e lutas sociais. A Itália, embora vencedora, ficou de mãos vazias, sem nenhuma vantagem.
Terminada a guerra, em 1918, os socialistas revolucionários ganharam prestígio entre os trabalhadores.
A vitória da revolução bolchevique na Rússia em 1917 era sinal de crescimento das esquerdas.
Mussolini era inimigo dos partidos de esquerda. Crítico da democracia liberal, tornou-se líder de pessoas
desiludidas, como desempregados, ex-soldados, jovens de classe média sem esperança.
Ele fundou o movimento fascista em março de 1919. Os fascistas atacavam socialistas, anarquistas e operários de
esquerda invadindo sindicatos, destruindo sedes de jornais, espancando militantes.
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No final da Primeira Guerra Mundial, a Itália entrou em crise. Embora do lado vencedor, não obteve nenhuma
compensação pelo seu esforço na guerra. Os operários realizavam as greves e os partidos de esquerda – socialista
e comunista – se fortaleciam.
Mussolini percebeu que precisava do apoio dos empresários – a burguesia italiana, preocupada com o avanço dos
partidos de esquerda. Os socialistas tinham vencido as eleições de 1919 e os comunistas estavam crescendo.
Em 1921, Mussolini transformou sua milícia no Partido Nacional Fascista Italiano. Passou a contar com recursos
dos capitalistas e apoio dos latifundiários. A classe média urbana apoiou a aliança. O partido fascista logo chegou
aos 200 mil filiados, elegendo 35 deputados para o parlamento.
Em outubro de 1922, em Nápoles, no sul do país, os fascistas decidiram fazer um grande ato público, para mostrar
a grandeza e a força do movimento. Como? Marchar sobre Roma e ocupar prédios públicos, tudo para mostrar
que estavam preparados para tomar o poder.
A Marcha sobre Roma foi um sucesso para os fascistas. A polícia não impediu a marcha. O que mais surpreendeu
foi a decisão do rei Vítor Emanuel III: convidou Mussolini para ser o primeiro-ministro, o chefe do governo italiano.
É claro que as classes dirigentes do país estavam de acordo, empenhadas em defender o capitalismo contra o
avanço dos partidos de esquerda.

1.1- CARACTERÍSTICAS DO NAZISMO


• Totalitarismo – O indivíduo pertenceria ao Estado não poderia ser liberal
nem parlamentar, pois não deveria fragmentar-se em função de interesses
particulares. Como o fascismo, o nazismo era antiparlamentar, antiliberal e
antidemocrático. Deveria ter um único chefe, o Führer. Esses princípios podiam ser
resumidos em: um povo (Volk), um império (Reich), um chefe (Führer).
• Racismo – Segundo essa ideologia, os alemães pertenciam a uma raça
superior, a raça ariana, que sem se misturar a outras raças, deveria comandar o mundo. Os judeus eram
considerados seus principais inimigos. O combate a outras ideologias, como o marxismo, o liberalismo, a franco-
maçonaria e a Igreja católica, era fundamental.
• Antimarxismo e Anticapitalismo – Para Hitler, o marxismo era produto do pensamento judaico, uma vez que
Marx era judeu e propunha a luta de classes; o capitalismo só iria agravar as desigualdades, ambos atentavam
contra a unidade do Estado.
• Nacionalismo – Para o nazismo, as humilhações surgidas com o Tratado de Versalhes deveriam ser destruídas.
Deveria ser construída a Grande Alemanha, que constituía o agrupamento das comunidades germânicas da
Europa, como a Áustria, os Sudetos e Dantzig.

1.2- CARACTERÍSTICAS DO FASCISMO


1. Valoriza o nacionalismo – Os regimes fascistas valorizam de forma intensa o
sentimento de nacionalismo. Assim, é comum que os governos fascistas utilizem, de
forma exacerbada, propagandas nacionalistas através de lemas, símbolos, músicas e
bandeiras.
2. Totalitarismo e Corporativismo - O fascismo estabelece um governo totalitário
que exerce o controle absoluto dos direitos dos cidadãos, seja no contexto político,
cultural ou econômico. Além disso, o governo incita o corporativismo entre todos os
setores da sociedade com o objetivo de criar um “Estado Orgânico”.
3. Ênfase no militarismo - O fascismo é um regime que acredita na utilização da força e da violência para
atingir seus objetivos. Por esse motivo, o governo dedica quantidades desproporcionais de recursos ao
financiamento de armas e guerras, chegando a negligenciar outras áreas como saúde ou educação. Neste tipo de
governo, soldados e militares são vangloriados pelas massas.
4. Obsessão com a segurança nacional -Os regimes fascistas possuem uma necessidade constante de preparar
a nação para um conflito armado. Com esse objetivo, são propagados discursos de terror para causar um sentimento
de insegurança e paranoia na população, que busca se unir para lutar pela mesma causa. Assim, o fascismo utiliza o
medo como instrumento de motivação.
5. Desprezo pelos direitos humanos- Em uma sociedade altamente militarizada e em constante confronto, os
ideais do governo são constantemente impostos de forma violenta, convencendo os cidadãos de que os direitos
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humanos não são prioridade. Assim, no fascismo não existe valorização da liberdade, da integridade física, da
igualdade ou mesmo da vida.
6. Desprezo por intelectuais e artistas -Considerando que os governos fascistas possuem o apoio da população,
aqueles que não se adéquam aos ideais da nação são abertamente hostilizados.
7. Controle da mídia e censura -A fim de manter a integridade do sistema, os regimes fascistas tendem a
controlar os meios de comunicação. Por vezes, o controle é exercido diretamente pelo governo e, em outras, a
mídia sofre regulação indireta. De qualquer forma, a censura a ideias contrárias ao regime é comum.
8. Usa a religião como forma de manipulação -Tanto na Alemanha quanto na Itália o fascismo, nos primeiros
anos, disputava a devoção das pessoas com a igreja. No entanto, os dois governos resolveram utilizar a religião a
seu favor para manter os ideais da população alinhados e reunir mais seguidores. Dessa forma, os fascistas
passaram a traçar paralelos forçados entre preceitos religiosos e ideologias políticas para manipular as pessoas.

1.3- O NAZISMO NO PODER


Com a crise de 1929, o descontentamento tomou conta da Alemanha. A classe média desempregada, e a burguesia,
temerosa com o crescimento do "Partido Comunista Alemão", engrossaram as fileiras do "Partido Nazista".
Em 1932, empresas capitalistas passaram a dar-lhe apoio financeiro. Nesse mesmo ano, vários candidatos nazistas
venceram as eleições.
Em 1933, o apoio da alta burguesia levou o presidente Hindenburg a convidar Hitler para ocupar o cargo de
chanceler. Os nazistas chegaram ao poder, o que lhes dava mais força para combater os partidos de esquerda.
Em 1934, morreu o presidente Hindenburg, e o Parlamento deu poderes a Hitler, que passou a acumular os cargos
de chanceler e de presidente.
Estava então instalada na Alemanha a sangrenta ditadura nazista, sustentada pela SS, pela AS e pela Gestapo
(polícia política da ditadura).
Com o início do Terceiro Reich, Hitler supriu o estado federalista. A bandeira do Partido Nazista, com a suástica,
passou a ser a da Alemanha.
O Führer começou a aplicar o programa nazista e os membros do partido ocuparam todos os cargos da
administração. Começava assim, a escalada de ditadura e terror.

CONVERSANDO SOBRE O ASSUNTO

1 – Por que Hitler se intitulava Führer? ____________________________________________________


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2 - Quais características há em comum entre fascismo e nazismo?
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3 – Como se chamavam os símbolos dos regimes nazista e fascista?
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4 - Por que os regimes fascista e nazista não acreditavam na democracia?
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5 – Quais os líderes dos regimes nazistas e fascistas?
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6 - O que foi a Marcha sobre Roma? ________________________________________________________
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7 – E quais as consequências ? _____________________________________________________________
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8- O que significa a palavra TOTALITARISMO? ______________________________________________
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9- Antes do símbolo da Suástica ser adotado pelo nazismo o que ele significava e a quem pertencia ?
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1.4- Segunda Guerra Mundial (1939-1945) :a
indústria da morte.
A indústria de armas foi uma das soluções encontradas por alguns países para buscar sair da crise. Ao mesmo
tempo que gerava empregos, reforçava o poderio bélico das nações, que tinham fortes disputas ainda (existem
historiadores que acreditam que a 2ª Grande Guerra é apenas uma continuação da 1ª, uma vez que as disputas
imperialistas não haviam sido totalmente resolvidas). Hitler, buscando seu Lebesraum (Espaço Vital), desobedecia
ao Tratado de Versalhes e armava a Alemanha, inclusive na fronteira francesa. Assim, o mundo assistia a
construção da mais devastadora guerra de nossa história, a 2ª Guerra Mundial.
A Expansão do III Reich
Enquanto Hitler se armava e iniciava tratados que visavam a expansão (como o Pacto de Aço, criando o eixo Roma-
Berlim), as grandes nações europeias (Inglaterra e França) nada faziam. Historiadores acreditam que estes países
esperavam uma guerra entre os fascistas e os comunistas ao leste. França e Inglaterra na verdade realizavam a
política do apaziguamento esperando que Hitler esmagasse o grande inimigo do sistema capitalista na época: o
comunismo soviético.
Assim, Hitler foi incorporando territórios ao longo dos anos 30, tais como:
• 1936 – Militarização da Renânia (fronteira com a França);
• 1938 – Anexação da Áustria, formando a união dos povos germânicos, a Anshluss;
• 1938 – Sudetos, região da Tchecoslováquia;
• 1939 – Invasão da Polônia (marca o início da Guerra).

1.5- ANTECEDENTES DA GUERRA:


• Crise do capitalismo liberal;
• Questionamentos ao liberalismo político e a democracia;
• Ascensão de regimes totalitários com pretensões imperialistas (Alemanha, Itália);
• Armamentismo;
• Esvaziamento da Liga das Nações;
• Política de apaziguamento de Inglaterra e França para com Hitler;
• Isolacionismo Norte-americano;
• URSS isolada pelo “cordão sanitário”
• Expansão do pensamento socialista através de sindicatos e movimentos sociais;
• Alemanha, Hitler e busca pela recuperação econômica;
• Expansionismo alemão (“espaço vital” e construção do III Reich);

1.6- O QUE FOI O HOLOCAUSTO?


O Holocausto foi a perseguição sistemática e o assassinato de
6 milhões de judeus europeus pelo regime nazista alemão, seus
aliados e colaboradores.1 O Museu Estadunidense Memorial do
Holocausto define 1933-1945 como os anos do Holocausto. A
era do Holocausto começou em janeiro de 1933, quando Adolf
Hitler e o Partido Nazista chegaram ao poder na Alemanha, e
terminou em maio de 1945, quando as Potências Aliadas
derrotaram a Alemanha nazista no fim da Segunda Guerra
Mundial.
"Campos de concentração

A solução encontrada pelos nazistas foi a de promover a execução de judeus em câmaras de gás, que foram sendo
instaladas nos campos de concentração. Além disso, foram construídos seis campos de extermínio cujo intuito era

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unicamente promover a execução de judeus. A diferença é que, nos campos de concentração, os judeus, além de
executados, também tinham sua mão de obra explorada ao máximo."

"Dos campos de extermínio citados, a quantidade de mortos foi a seguinte:

Auschwitz-Birkenau: aproximadamente 1,2 milhão Sobibor: aproximadamente 170 mil mortos.


de mortos. Chelmno: aproximadamente 150 mil mortos.
Treblinka: aproximadamente 900 mil mortos. Majdanek: aproximadamente 80 mil mortos.
Belzec: aproximadamente 400 mil mortos.

Dentre os horrores cometidos nos campos de concentração, destacaram-se a jornada de trabalho extenuante, os
maus-tratos diários e as péssimas condições de higiene. Os prisioneiros ficavam em alojamentos abarrotados de
pessoas e eram mal alimentados. Execuções sumárias sem motivação aparente aconteciam como forma de tortura
psicológica aos prisioneiros, além das execuções nas câmaras de gás."

"Os prisioneiros recebiam roupas insuficientes para o inverno, e, na maioria das vezes, elas eram recolhidas em
abril (principalmente no caso de Auschwitz) independentemente se o frio tivesse passado ou não. Eles eram
obrigados a suportar a enorme quantidade de percevejos e pulgas nos alojamentos. Quando adoeciam, o tratamento
oferecido era sempre insuficiente. Na questão médica, também há registros de testes realizados em cobaias
humanas por médicos nazistas em diversos campos de concentração. “Depois que os nazistas se renderam em maio
de 1945, muitos deles e seus colaboradores, que atuaram diretamente no Holocausto, foram presos e levados a
julgamento no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg. Os julgamentos em Nuremberg estenderam-se
durante nove meses e condenaram alguns nazistas à morte por enforcamento, enquanto outros receberam penas
de prisão perpétua ou por certa quantidade de tempo."

mapa de um campo de concentração.

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SE LIGA NAS DICAS DE FILMES
“A lista de Schindler” (Schindlers List), filme de 1993 dirigido por Steven Spielberg.

"O pianista” (The Pianist), filme de 2002 dirigido por Roman Polanski.

“A vida é bela” (La Vita è Bella), filme de 1997 dirigido por Roberto Benigni.

“O filho de Saul” (Saul fia), filme de 2015 dirigido por László Nemes.

“Amém” (Amen), filme de 2002 dirigido por Constantin Costa-Gavras."

“O grande ditador” Lançamento: 15 de outubro de 1940 tem como ator principal o saudoso

Charles Chaplin

SINOPSE JOJO RABBIT lançado em 6 de fevereiro de 2020

Jojo é um jovem nazista de 10 anos que tem Adolf Hitler como amigo
imaginário. Seu maior sonho é ser da Juventude Hitlerista. Um dia, ele
descobre que sua mãe esconde uma judia no sótão de casa. Depois de
várias tentativas frustradas de expulsá-la, o jovem rebelde começa a
desenvolver empatia pela nova hóspede.

O filme se passa na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Jojo


(Roman Griffin Davis) é um jovem nazista de 10 anos, que trata Adolf
Hitler (Taika Waititi) como um amigo próximo, em sua imaginação. Seu
maior sonho é participar da Juventude Hitlerista, um grupo pró-nazista
composto por outras pessoas que concordam com os seus ideais. Um dia,
Jojo descobre que sua mãe (Scarlett Johansson) está escondendo uma
judia (Thomasin McKenzie) no sótão de casa. Depois de várias tentativas
frustradas para expulsá-la, o jovem rebelde começa a desenvolver
empatia pela nova hóspede. O filme é dirigido, roteirizado e
protagonizado por Taika Waititi, onde abre o filme com uma excelente
sequência, que já
anuncia o tom de sua narrativa, mostrando o personagem de
Jojo saltitando alegre pela cidade distribuindo panfletos sobre
a juventude nazista ao som de uma versão alemã de "I Wanna
Hold Your Hand", dos Beatles.

O cineasta mantém o tempo todo seu longa como uma constante


paródia, explorando a mentalidade facista e o antissemitismo
para ridicularizá-los através de situações absurdas (em um
momento as crianças aprendem que judeus são filhotes de
satanás que sugam sangue cristão). Tudo é abordado com leveza
pelo diretor, seja nas caricatas e infantilizadas atuações do elenco ou até no próprio universo criado pelo diretor,
onde tudo é enxergado de forma adocicada, até mesmo um assassinato.

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Análise do filme

01- O que aprendemos com o filme Jojo Rabbit? _____________________________


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02- Qual era o sonho de Jojo Rabbit? _______________________________________
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03- Como os judeus eram descritos no filme segundo a visão de Jojo? ______________________________________
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04- De que forma você acha que o nazismo era apresentado as crianças na Alemanha ? ___________________
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05- Que motivo levou a mãe de Jojo a ter sido morta? Porque a penduraram na praça ? O que isso significava
segundo os nazistas? ___________________________________________________________________
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06- O que levou a menina a se esconder na casa de Jojo? Quem ela era? O que aconteceu durante o filme que fez
com que eles se aproximassem? ___________________________________________________________
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Se liga na dica de leitura


O diário de Anne Frank, o depoimento da pequena Anne, morta
pelos nazistas após passar anos escondida no sótão de uma casa
em Amsterdã, ainda hoje emociona leitores no mundo inteiro.
Suas anotações narram os sentimentos, os medos e as pequenas
alegrias de uma menina judia que, como sua família, lutou em
vão para sobreviver ao Holocausto.

É ASSIM QUE CAI NO ENEM E VESTIBULARES

01 (ENEM 2008) Em discurso proferido em 17 de março de 1939, o primeiro-ministro inglês à época, Neville
Chamberlain, sustentou sua posição política: ―Não necessito defender minhas visitas à
Alemanha no outono passado, que alternativa existia? Nada do que pudéssemos ter feito,
nada do que a França pudesse ter feito, ou mesmo a Rússia, teria salvado a
Tchecoslováquia da destruição. Mas eu também tinha outro propósito ao ir até
Munique. Era o de prosseguir com a política por vezes chamada de apaziguamento
europeu‘, e Hitler repetiu o que já havia dito, ou seja, que os Sudetos, região de
população alemã na Tchecoslováquia, eram a sua última ambição territorial na Europa, e
que não queria incluir na Alemanha outros povos que não os alemães.
Sabendo-se que o compromisso assumido por Hitler em 1938, mencionado no texto acima,
foi rompido pelo líder alemão em 1939, infere-se que:
A) Hitler ambicionava o controle de mais territórios na Europa além da região dos Sudetos.;

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B) a aliança entre a Inglaterra, a França e a Rússia poderiam ter salvado a Tchecoslováquia.
C) o rompimento desse compromisso inspirou a política de apaziguamento europeu ‘.
D) a política de Chamberlain de apaziguar o líder alemão era contrária à posição assumida pelas potências aliadas.
E) a forma que Chamberlain escolheu para lidar com o problema dos Sudetos deu origem à destruição da
Tchecoslováquia

02-(Cespe/Cebraspe) Entre 1939 e 1945, aconteceu a Segunda Guerra Mundial, que se tornou o conflito
mais violento de todo o século XX. A respeito da Segunda Guerra Mundial, assinale a opção correta.
A) O Brasil não participou dessa guerra.
B) Essa guerra ficou circunscrita ao continente europeu.
C) A ex-União Soviética foi a principal causadora dessa guerra.
D) A França foi aliada da Alemanha nazista.
E) Estados Unidos da América, Inglaterra e ex-União Soviética foram considerados os grandes vencedores dessa
guerra.

03(Fuvest) “Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior.”(Winston Churchill, em discurso feito no
Parlamento em 21 de agosto de 1941 ).
A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial,
que contribuíram para alimentar antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses
problemas, identificamos:
A) O crescente nacionalismo econômico e o aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de
investimentos.
B) O desenvolvimento do imperialismo chinês da Ásia, com abertura para o Ocidente.
C) Os antagonismos austro-ingleses em torno da questão da Alsácia-Lorena.
D) A oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo.
E) A divisão da Alemanha, que a levou a uma política agressiva de expansão marítima.

4-Qual foi o estopim que levou os Estados Unidos a entrar na Segunda Guerra Mundial?
A) Rompimento das relações diplomáticas anunciado pela Itália.
B) Aprisionamento de cidadãos norte-americanos na França por tropas alemãs.
C) A assinatura do Tratado de Não Agressão entre Alemanha e URSS.
D) Invasão da Polônia.
E) Ataque japonês a Pearl Harbor.

05-(UFRGS/2015) Em 1942, o governo brasileiro decretou estado de guerra contra a


Alemanha e a Itália, enviando, em 1944, tropas para o continente europeu.
Com relação à participação brasileira na Segunda Guerra Mundial, é correto afirmar que:
A) a experiência da Força Expedicionária Brasileira (FEB), durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foi
decisiva para o sucesso da expedição brasileira.
B) a tomada de Monte Castelo, na Itália, foi a principal conquista militar realizada pelos pracinhas da FEB.
C) o Brasil, durante o período em que permaneceu neutro em relação aos conflitos, não permitiu a instalação de
bases militares norte-americanas em seu território.
D) a participação do Brasil na guerra, contra os regimes nazifascistas, estava em consonância com a forma de
governo democrática assumida por Getúlio Vargas, desde 1937.
E) a participação do Brasil junto aos aliados concedeu ao país um assento permanente no Conselho de Segurança
da Organização das Nações Unidas.

06- Faça uma pesquisa sobre a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial, procurando saber porque o
Brasil entrou na guerra, quais dificuldades passaram e quais foram suas contribuições.
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1.8-Análise do filme: O grande ditador
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Sobre o filme:
O Grande Ditador (The great dictator) é fruto direto da mente de
Charles Chaplin que não só atuou como também produziu, roteirizou e
dirigiu o filme. A obra é uma clara crítica ao regime nazista e seu
principal elemento, Adolf Hitler. Entretanto, também há uma
participação de um satírico Mussolini, no filme retratado como Benzino
Napaloni. A trama inicia-se em 1918, por ocasião da Primeira Grande
Guerra quando um soldado alemão, de ascendência judaica, salva um
aviador e, durante o resgaste, sofre um acidente que o mantém em
amnésia por 20 anos. Quando sai do hospital, o ex-soldado não tem sua

memória ainda recuperada e na loja dele


(ele é um barbeiro de profissão)
encontra uma realidade dominada por um
regime ditatorial que prega a segregação
dos judeus. O barbeiro conhece uma
mulher que o acompanha durante toda a
trama, a bela Hannah (esposa de Chaplin
à época). Hannah é a força que não se
curva diante dos perseguidores, uma
mulher com coragem e dignidade
suficientes para afrontar um poder
Chaplin brinca com o globo terrestre em cena clássica de "O Grande Ditador"...contra o qual ela não tem chances. Na
condição de judeus, o barbeiro, Hannah e todos os moradores do Ghetto são perseguidos pelos soldados da Dupla
Cruz.A tentativa de retomar sua rotina não dá certo, pois o barbeiro é sempre perseguido pelos soldados que
ganham fúria quando o judeu reage às suas agressões. Finalmente, a violência culmina com a tentativa de
assassinato (enforcamento em praça pública) do barbeiro, que é salvo por aquele a quem ele ajudou muitos anos
atrás. Agora na condição de Comandante, Schultz, o aviador, declara que não deverão mais ocorrer agressões aos
moradores do Ghetto. A paz dura pouco e a trama acaba recaindo não só na perseguição ainda mais violenta aos
judeus como também na decisão de invadir um país. De forma caricata, porém coerente, Chaplin mostra um homem
atormentado pelo poder e pelas pessoas que o influenciam. Tal como Hitler, Heynkel é um indivíduo que faz do
poder uma arma com a qual suas aspirações e loucuras são impostas.
Os Judeus:
O filme de Chaplin tem um ponto bastante positivo: a não-caracterização dos judeus como pessoas que valorizam
mais o dinheiro que a própria individualidade. Sem esses estereótipos, ficou simples sentir uma pequena parcela
do sofrimento desse povo, dessas pessoas. Mais do que um povo perseguido, eles são retratados como pessoas que
tem sua individualidade, seus defeitos e predicados, humanos como quaisquer outros. A mensagem final é de
tolerância e respeito pelas diferenças culturais e raciais.

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Entendendo o filme:
01 – Quem são os atores principais do filme O Grande Ditador?
A) Charlie Chaplin e Hanna Chaplin. B) Charlie Chaplin e Oona O’Neill.
C) Charlie Chaplin e Paulett Goddard. D) Ooona O’Neill e Jack Oakie.
E) Jack Oakie e Hanna Chaplin.

02 – A quem o filme faz crítica?


A) Lênin e também a Stálin. B) Adolf Hitler e também a Benito
Mussolini.
C) Aos presidentes do E.U.A. da época. D) Margareth Thatcher.
E) Rei Jorge VI (rei da Inglaterra na época).

03- O Filme "O Grande Ditador" foi lançado em 1940 durante a Segunda Guerra Mundial e faz uma sátira
do regime do ditador da Alemanha, Adolf Hitler. Sobre o regime nazista da Alemanha, que levou à
Segunda Guerra Mundial e a crítica feita por Chaplin em seu filme, assinale a afirmativa CORRETA:
A -Assim como está descrito no discurso final do filme, o regime nazista acreditava e defendia o sistema
democrático como um poder do povo para buscar a felicidade.
B -Assim como está descrito no discurso final do filme, o regime nazista era pacifista e contrário à
militarização, como é demonstrado no discurso de Chaplin.
C -Assim como está descrito no discurso final do filme, o regime nazista queria um mundo de fraternidade entre
os povos, etnias e religiões; tal como visto na cena do filme na qual o personagem brinca com o Globo terrestre.
D -O discurso de "O Grande Ditador" faz um apelo ao respeito às diferenças entre os homens e defende a
esperança de um mundo melhor para todos, ao contrário do
que era defendido pelo regime nazista.

04- No filme O Grande Ditador, produção norte-americana


de 1940, Charlie Chaplin compõe um retrato irônico do nazi
-fascismo europeu em duas de suas principais figuras:
Hitler e Mussolini. A cena reproduzida apresenta três
características da ideologia nazista:
A -colonialismo, expansionismo e antissemitismo.
B -militarismo, irracionalismo e expansionismo.
C -anticomunismo, expansionismo e centralismo.
D -liberalismo, militarismo e tradicionalismo.

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1.9-Josef Menguele: o anjo da morte de
Auschwitz.
O médico e assassino em massa nazista fugiu para o Brasil depois da guerra e nunca
foi punido. Sobreviventes de seus experimentos cruéis sofrem até hoje. Sua cidade
natal, Günzburg, luta com o legado do infame filho.
"Não me lembro do rosto dele, apenas de suas botas polidas. Quando ouvia seus passos,
rastejava-me para baixo da cama, fechava os olhos. Pensava que ele não me
encontraria", conta Lidia Maksymowicz, vítima de Josef Mengele.

Ela foi para Auschwitz-Birkenau em


dezembro de 1943 – então com três anos de
idade. Os alemães trouxeram sua família dos
arredores de Minsk, em Belarus, para o campo
de concentração.
Até hoje ela não esqueceu as cenas de quando chegou ao local. No meio da
noite, a rampa sob os holofotes, homens da SS gritando, cães de guarda
latindo. As famílias sendo brutalmente divididas.
Lidia foi separada da mãe e colocada na barraca das crianças. Era uma
estrutura de madeira com longas fileiras de camas. Em vez de colchões, deitava-se sobre feno. Havia vermes por
toda parte, os tetos estavam cheios de sujeira. As crianças sofriam de fome e frio – mas mais do que isso, elas
temiam as visitas do Dr. Mengele.

O Anjo da Morte chega a Auschwitz


Josef Mengele era o filho mais velho de Karl e Walburga, uma
família de empresários de Günzburg, no sul da Alemanha. Ele
estudou medicina e antropologia. Depois de concluir dois
doutorados, passou a pesquisar no Instituto de Biologia
Hereditária e Higiene Racial em Frankfurt.
Em meados de 1940, Mengele entrou voluntariamente para a SS, a
tropa de elite nazista. O tenente de 32 anos foi transferido para
Auschwitz três anos depois. O médico do campo de concentração
era particularmente ativo no processo de seleção na rampa de
entrada. Ele estava especialmente interessado em crianças,
sobretudo gêmeos e anões.
Mengele verificava se a cor dos olhos podia ser alterada injetando corantes. Ele operava em crianças sem
anestesia. Infectava gêmeos com tuberculose e tifo. Muitas crianças morriam nessas tentativas. Outras eram
assassinadas de forma direcionada. Os prisioneiros o chamavam de Anjo da Morte.

Fuga de Mengele
Em janeiro de 1945, pouco antes de o Exército Vermelho chegar a
Auschwitz, Mengele fugiu para o oeste. Sob um nome falso, ele se
escondeu perto de Günzburg. Em 1949, fugiu para a América do Sul.
Sua família apoiou financeiramente o criminoso nazista
internacionalmente procurado. Em 1979, Josef Mengele morreu
afogado no Brasil. Sua morte foi mantida em segredo pela família por
anos. A verdade só veio à luz em 1985. Perícias antropológicas
identificaram, em 1985, o esqueleto como sendo de Josef Mengele e,
em 1992, um teste de DNA confirmou a identidade, ao comparar amostras dos restos com os de seu filho Rolf,
fruto de seu primeiro casamento.

12
01- Na década de 80 do século XX, a medicina legal brasileira foi ainda mais reconhecida e respeitada
mundialmente após uma perícia que revelou a real identidade do indivíduo até então apelidado de “Anjo da Morte”:
o médico e oficial nazista Joseph Mengele. Tal perícia foi realizada por especialistas do IML.
Alternativas
A) de São Paulo e da UNICAMP.
B) de São Luís e da UFMA.
C) do Rio de Janeiro e da UERJ.
D) de Pernambuco e da UFPE.
E) de Belo Horizonte a da UFMG.

02- Josef Menguele, médico nazista atuou em diversos campos de concentração realizando diversos experimentos
e torturas, este tinha como principais vitimas :
A) mulheres e crianças judias.
B) negros e gêmeos.
C) judeus em geral e homossexuais.
D) Gêmeos univitelinos e anões.
E) anões e judeus sempre do sexo masculino.

03- após viver no Brasil por cerca de 17 anos qual foi a causa de sua morte?
A)
B)
C)
D)
E)

Capítulo.2: Revolução Industrial


13
A Revolução Industrial foi um processo de grandes transformações sociais e econômicas que começou na
Inglaterra no século XVIII.
O modo de produção industrial se
espalhou por grande parte do
hemisfério Norte durante todo o
século XIX e início do século XX.
Produzir mercadorias ficou mais
barato e acessível, porém trouxe a
desorganização da vida rural e
estragos ao meio ambiente.
O advento da produção em larga
escala mecanizada deu início às
transformações dos países da
Europa e da América do Norte.
Estas nações se transformaram
em predominantemente industriais e suas populações se concentraram cada vez mais nas cidades.
Por isso, a revolução industrial é caracterizada como o processo que levou à substituição das ferramentas pelas
máquinas, da energia humana pela energia motriz e do modo de produção doméstico (ou artesanal) pelo sistema
fabril.
O motor a vapor foi essencial para aumentar a produção das máquinas e a velocidade dos transportes
Causas da Revolução Industrial
A expansão do comércio internacional dos séculos XVI e XVII trouxe um extraordinário aumento da riqueza para
a burguesia. Isto permitiu a acumulação de capital capaz de financiar o progresso técnico e o alto custo da
instalação nas indústrias.
A burguesia europeia, fortalecida e enriquecida, passou a investir na elaboração de projetos para aperfeiçoamento
das técnicas de produção e na criação de máquinas para a indústria.
Logo verificou-se que se obtinha maior produtividade e se aumentavam os lucros quando se empregavam máquinas
em grande escala.
Consequências da Revolução Industrial
O longo caminho de descobertas e invenções foi uma forma de distanciar os países entre si, no que diz respeito ao
poder econômico e político.
Afinal, nem todos se industrializaram ao mesmo tempo, permanecendo na condição de fornecedores de matérias-
primas e produtos agrícolas para os países industrializados.
Essas diferenças marcam até hoje as nações do mundo que são divididas entre países desenvolvidos e em
desenvolvimento. Uma das maneiras de medir se um país é avançado é avaliar o quanto ele é industrializado.
2.1-Fases da Revolução Industrial
Foi na Inglaterra que o fenômeno da industrialização começou e por isso a Revolução Industrial Inglesa foi pioneira.
Vários fatores explicam as razões desta primazia.
A Inglaterra, possuía capital, estabilidade política e equipamentos necessários para tomar a dianteira do avanço
da Indústria.
Desde o fim da Idade Média, parte significativa da população se dirigia às cidades devido aos cercamentos
(enclousers) do campo. Sem terra, os camponeses acabavam entrando nas fábricas que surgiam.
Também tinha colônias na África e na Ásia que garantiam fornecimento de matéria-prima com mão de obra barata.
2.2-Primeira Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial ocorreu em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal
característica foi o surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase todos os
setores da vida humana.

14
Na estrutura socioeconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital, representado pelos donos dos meios
de produção, e o trabalho, representado pelos assalariados. Isto eliminou a antiga organização dos grêmios ou
guildas que era o modo de produção
utilizado pelos artesãos.
Desta maneira, surgem as primeiras
fábricas que abrigam num mesmo
espaço muitos operários. Cada um
deverá operar uma máquina específica
para realizar sua tarefa.
Mulheres e crianças eram usadas como
mão de obra barata nas fábricas
inglesas
Devido à baixa remuneração, condições
de trabalho e de vida sub-humanas, os
operários se organizam. Desta forma,
associaram-se em organizações
trabalhistas e sindicatos para
reivindicar melhores jornadas menores
e aumento de salários.
A mecanização se estendeu do setor
têxtil para a metalurgia, transportes,
agricultura, pecuária e todos os outros setores da economia, inclusive o cultural.
A Revolução Industrial estabeleceu a definitiva supremacia burguesa na ordem econômica. Ao mesmo tempo,
acelerou o êxodo rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária. Era o início de uma nova época, onde
a política, a ideologia e a cultura gravitavam em dois polos: a burguesia industrial e financeira e o proletariado.
As fábricas empregavam grande número de trabalhadores. Todas essas inovações influenciaram a aceleração do
contato entre culturas e a própria reorganização do espaço e do capitalismo.
Nessa fase, o Estado passou a participar cada vez mais da economia, regulando crises econômicas e o mercado e
criando uma infraestrutura em setores que exigiam muitos investimentos.
2.3-Segunda Revolução Industrial
A partir do final do século XIX, o capitalismo se tornava cada vez menos competitivo e mais monopolista. Apenas
poucas empresas ou países dominavam a produção e o comércio. Era a fase do capitalismo financeiro ou
monopolista, característica marcante da Segunda Revolução Industrial.
Nesta época, o Império Alemão surge como a grande potência industrial. Com a abundância do minério de ferro e
uma cultura militar, os alemães, capitaneados pela Prússia, fazem reformas políticas e econômicas que vão unificar
o país e dotá-lo de uma indústria poderosa.
Desde então, se estabeleciam as bases do progresso tecnológico e científico, visando a inovação e o constante
aperfeiçoamento dos produtos e técnicas, para melhorar o desempenho industrial.

2.4-Terceira Revolução Industrial


O ponto culminante do desenvolvimento industrial, em termos de tecnologia, teve início em meados do século XX,
por volta de 1950, com o desenvolvimento da eletrônica. Esta permitiu o desenvolvimento da informática e a
automação das indústrias.
Deste modo, as indústrias foram dispensando a mão de obra humana e passaram a depender cada vez mais das
máquinas para fabricar seus produtos. O trabalhador intervinha como supervisor ou em apenas algumas etapas da
produção.
Essa fase de novas descobertas caracterizou a Terceira Revolução Industrial ou revolução informática e
tecnológica.

15
SE LIGA NO ENEM E NOS VESTIBULARES
01- UVA 2016- A importância maior da Revolução Inglesa do século XVII, para o processo conhecido como
Revolução Industrial foi:
A- possibilitar uma gigantesca reforma agrária que abriu caminho ao capitalismo
britânico.
B- permitir a ascensão dos comerciantes e empresários industriais ao comando da
política inglesa.
C- suprimir os Últimos remanescentes feudais e eliminar as formas político-
econômicas mercantilistas.
D -instaurar a liberdade de consciência e estabelecer as bases do sistema parlamentar.

02. (Enem 2019) Dificilmente passa-se uma noite sem que algum sitiante tenha seu celeiro ou sua pilha de cereais
destruídos pelo fogo. Vários trabalhadores não diretamente envolvidos nos ataques pareciam apoiá-los, como se
vê neste depoimento ao The Times: “deixa queimar, pena que não foi a casa”, “podemos nos aquecer agora”; “nós só
queríamos algumas batatas; há um fogo ótimo para cozinhá-las”.
HOBSBAWM, E.; RUDÉ, G. Capitão Swing. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982 (adaptado).
A revolta descrita no texto, ocorrida na Inglaterra no século XIX, foi uma reação ao seguinte processo
socioespacial:
A- Restrição da propriedade privada.
B- Expropriação das terras comunais.
C- Imposição da estatização fundiária.
D- Redução da produção monocultora.
E- Proibição das atividades artesanais.

03. (Enem 2018 PPL) A partir da segunda metade do século XVIII, com a primeira Revolução Industrial e o
nascimento do proletariado, cresceram as pressões por uma maior participação política, e a urbanização
intensificou-se, recriando uma paisagem social muito distinta da que antes existia.
(QUINTANEIRO, T.; BARBOSA, M. L. O.; OLIVEIRA, M. G. Um toque de clássicos: Marx, Durkheim e Weber. Belo Horizonte:
UFMG, 2002)
As mudanças citadas foram conduzidas principalmente pelos seguintes atores sociais:

A- Burguesia e trabalhadores assalariados.


B-Igreja e corporações de ofício.
C-Realeza e comerciantes.
D-Campesinato e artesãos.
E- Nobreza e artífices.

04. (Enem PPL 2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações
que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma
articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da
renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos
de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou–se na inter–relação do campo com a cidade e, num primeiro momento,
também se vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (Orgs.) O Século XX, v. I. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).

Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o
A- Aumento do consumo interno.
B- Congelamento do salário mínimo.
C- Fortalecimento dos sindicatos proletários.
16
D- Enfraquecimento da burguesia industrial.
E- Desmembramento das propriedades improdutivas.

3.5-Análise do filme:Tempos modernos


Tempos Modernos é um filme de 1936 idealizado por
Charles Chaplin. A produção se tornou um clássico do
cinema e é uma das mais conhecidas do cineasta.

O personagem principal é Carlitos, interpretado também


por Chaplin. Essa figura inusitada é a marca registrada do
artista e está
presente na
maioria de seus
filmes. Carlitos
é um homem do
povo. Ele
consegue
misturar humor com ingenuidade de forma brilhante, sendo assim um tipo de
palhaço.
Resumo de Tempo Modernos
Tempos Modernos narra a vida de um trabalhador comum, um homem que
está em busca de se estabelecer tanto profissionalmente quanto como
indivíduo em uma sociedade cheia de inovações tecnológicas e
contradições.
A história começa com Carlitos sendo operário em uma fábrica. Lá, o trabalho
é cansativo e desinteressante, pois sua única função é rosquear parafusos. O
homem não se adapta à atividade repetitiva e às exigências do chefe, sempre
cobrando por produtividade e desempenho.
O filme retrata a preocupação e a disposição dos donos dos meio de produção em conseguirem lucrar cada vez
mais explorando trabalhadores.
O fato fica evidente na cena em que Carlitos é obrigado a testar uma "máquina de alimentação", que segundo seus
inventores iria "facilitar" a hora do almoço dos funcionários.
Na verdade, era um aparelho que prometia "alimentar" os operários enquanto eles continuavam executando suas
tarefas. Obviamente, a invenção não funciona direito, o que rende uma interpretação engraçadíssima de Chaplin.

Capítulo 3- Era Vargas( 1930 a 1945)

17
A Era Vargas foi o período de quinze anos da história brasileira que se
estendeu de 1930 a 1945 e no qual Getúlio Vargas era o presidente do
país. A ascensão de Vargas ao poder foi resultado direto da Revolução de
1930, que destituiu Washington Luís e impediu a posse de Júlio Prestes
(presidente eleito que assumiria o país).
Ao longo desse período, Getúlio Vargas procurou centralizar o poder.
Muitos historiadores, inclusive, entendem o período 1930-1937 como a
“gestação” da ditadura de Vargas. Vargas também ficou marcado pela sua
aproximação com as massas, característica que se tornou muito marcante
durante o Estado Novo.
Permaneceu no poder até 1945, quando foi forçado a renunciar à
presidência por causa de um ultimato dos militares. Com a saída de Vargas
do poder, foi organizada uma nova Constituição para o país e iniciada
outra fase da nossa história: a Quarta República (1946-1964).

3.1- Características da Era Vargas


Resumir as características da Era Vargas é uma tarefa complexa, principalmente porque cada fase assumiu
aspectos diferentes. De maneira geral, as seguintes características podem ser destacadas.
Centralização do poder → Ao longo de seus quinze anos no poder, Vargas tomou medidas para enfraquecer o
Legislativo e reforçar os poderes do Executivo. Essa característica ficou evidente durante o Estado Novo.
Política Trabalhista → Vargas atuou de maneira consistente no sentido de ampliar os benefícios trabalhistas.
Para isso, criou o Ministério do Trabalho e concedeu direitos aos trabalhadores. Era uma forma de reforçar seu
poder aproximando-se das massas.
Propaganda Política → O uso da propaganda como forma de ressaltar as qualidades de seu governo foi uma marca
forte de Vargas e que também ficou evidente durante o Estado Novo a partir do Departamento de Imprensa e
Propaganda (DIP.)
Capacidade de negociação política → A capacidade política de Vargas não surgiu do nada, mas foi sendo construída
e aprimorada ao longo de sua vida política. Vargas tinha uma grande capacidade de conciliar grupos opostos em
seus governos, como aconteceu em 1930, quando oligarquias dissidentes e tenentistas estavam no mesmo grupo
apoiando-lhe.
A postura de Vargas no poder do Brasil durante esse período pode ser também relacionada com o populismo,
principalmente pelos seguintes aspectos:

Relação direta e não institucionalizada do líder com as massas;


• Defesa da união das massas;
• Liderança baseada no carisma;
• Sistema partidário frágil.
• Transição de poder
Getúlio Vargas e militares aliados em foto tirada quando a Revolução de 1930 estava em curso.
A ascensão de Getúlio Dornelles Vargas à presidência aconteceu pela implosão do modelo político que existia no
Brasil durante a Primeira República. Ao longo da década de 1920, inúmeras críticas foram feitas ao sistema
oligárquico que vigorava em nosso país, sendo os tenentistas um dos movimentos de oposição de maior destaque.A
implosão da Primeira República concretizou-se de fato durante a eleição de 1930. Nessa eleição, a oligarquia
mineira rompeu abertamente com a oligarquia paulista porque o presidente Washington Luís recusou-se a indicar
um candidato mineiro para concorrer ao cargo. A indicação para presidente foi do paulista Júlio Prestes.
Isso desagradou profundamente à oligarquia mineira, uma vez que a atitude do presidente rompia com o acordo
existente entre as duas oligarquias (Política do Café com Leite). Assim, os mineiros passaram a conspirar contra o
governo e, aliando-se às oligarquias paraibana e gaúcha, optaram por lançar um candidato para concorrer à
presidência: Getúlio Vargas.
18
A disputa eleitoral travada entre Júlio Prestes e Getúlio Vargas teve como desfecho a vitória do primeiro. No
entanto, mesmo derrotados, membros da chapa eleitoral de Vargas (chamada Aliança Liberal) começaram a
conspirar para destituir Washington Luís do poder (Vargas, porém, havia aceitado a derrota).
Essa conspiração tornou-se rebelião de fato quando João Pessoa, vice de Getúlio Vargas, foi assassinado em Recife
por João Dantas. O assassinato de João Pessoa não tinha nenhuma relação com a eleição disputada, mas o
acontecido foi utilizado como pretexto para que um levante militar contra Washington Luís fosse iniciado.
A revolta iniciou-se em 3 de outubro de 1930 e estendeu-se por três semanas. No dia 24 de outubro de 1930, o
presidente Washington Luís foi deposto da presidência. Uma junta militar governou o Brasil durante 10 dias e, em
3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas, que aderiu à rebelião quando ela estava em curso, assumiu a presidência
do Brasil.

3.2- Fases da Era Vargas


Os historiadores dividem a Era Vargas em três fases: Governo Provisório (1930-34), Governo Constitucional (1934-
37) e Estado Novo (1937-1945).
Acesse também: Olga Benário, a mulher que foi deportada por Vargas para a Alemanha Nazista. Análise do treiler

3.3- Governo Provisório (1930-34)

Getúlio Vargas no Palácio do Catete (palácio presidencial) após o sucesso da Revolução de 1930.
O governo provisório, como o próprio nome sugere, deveria ter sido uma fase de transição em que Vargas
rapidamente organizaria uma Assembleia Constituinte para elaborar uma nova Constituição para o Brasil. Getúlio
Vargas, porém, nesse momento, já deu mostras da sua habilidade de se sustentar no poder, pois adiou o quanto foi
possível a realização da Constituinte.
Nessa fase, Vargas já realizou as primeiras medidas de centralização do poder e, assim, dissolveu o Congresso
Nacional, por exemplo. A demora de Vargas em realizar eleições e convocar uma Constituinte teve impactos em
alguns locais do país, como São Paulo, que se rebelou contra o governo em 1932 no que ficou conhecido como
Revolução Constitucionalista de 1932.
O movimento foi um fracasso e, após a sua derrota, Getúlio Vargas atendeu as demandas dos paulistas, nomeando
para o estado um interventor (governador) civil e nascido em São Paulo, além de garantir a realização de uma
eleição em 1933 para compor a Constituinte. Dessa Constituinte, foi promulgada a Constituição de 1934.
A nova Constituição foi considerada bastante moderna para a época e trouxe novidades, como o sufrágio universal
feminino (confirmando o que já havia sido estipulado pelo Código Eleitoral de 1932). Junto da promulgação da nova
Constituição, Vargas foi reeleito indiretamente para ser presidente brasileiro entre 1934 e 1938. Após isio, um
novo presidente deveria ser eleito.
Nessa fase, a política econômica de Vargas concentrou-se em combater os efeitos da Crise de 1929 no Brasil. Para
isso, agiu comprando milhares de sacas de café e incendiando-as como forma de valorizar o principal produto da
nossa economia. Nas questões trabalhistas, autorizou a criação do Ministério do Trabalho em 1930 e começou a
intervir diretamente na atuação dos sindicatos.

3.4- Governo Constitucional (1934-1937)


Na fase constitucional, o governo de Vargas, em teoria, estender-se-ia até 1938, pois o presidente não poderia
concorrer à reeleição. No entanto, a política brasileira como um todo – o próprio Vargas, inclusive – caminhava para
a radicalização. Assim, surgiram grupos que expressavam essa radicalização do nosso país.
Ação Integralista Brasileiro (AIB): grupo de extrema-direita que surgiu em São Paulo em 1932. Esse grupo possuía
inspiração no fascismo italiano, expressando valores nacionalistas e até mesmo antissemitas. Tinha como líder
Plínio Salgado.
Aliança Libertadora Nacional (ANL): grupo de orientação comunista que surgiu como frente de luta antifascista
no Brasil e converteu-se em um movimento que buscava tomar o poder do país pela via revolucionária. O grande
líder desse grupo era Luís Carlos Prestes.

19
A ANL, inclusive, foi a responsável por uma tentativa de tomada do poder aqui no Brasil em 1935. Esse movimento
ficou conhecido como Intentona Comunista e foi deflagrado em três cidades (Rio de Janeiro, Natal e Recife), mas
foi um fracasso completo. Após a Intentona Comunista, Getúlio Vargas ampliou as medidas centralizadoras e
autoritárias, o que resultou no Estado Novo.
Essa fase constitucional da Era Vargas estendeu-se até novembro de 1937, quando Getúlio Vargas realizou um
autogolpe, cancelou a eleição de 1938 e instalou um regime ditatorial no país. O golpe do Estado Novo teve como
pretexto a divulgação de um documento falso conhecido como Plano Cohen. Esse documento falava sobre uma
conspiração comunista que estava em curso no país.

3.5- Estado Novo (1937-1945)


O Estado Novo foi a fase ditatorial da Era Vargas e estendeu-se por oito anos. Nesse período, Vargas reforçou o
seu poder, reduziu as liberdades civis e implantou a censura. Também foi o período de intensa propaganda política
e um momento em que Vargas estabeleceu sua política de aproximação das massas.
No campo político, Vargas governou a partir de decretos-leis, ou seja, as determinações de Vargas não precisavam
de aprovação do Legislativo, pois já possuíam força de lei. O Legislativo, por sua vez, foi suprimido e, assim, o
Congresso e as Assembleias Estaduais e Câmaras Municipais foram fechadas. Todos os partidos políticos foram
fechados e colocados na ilegalidade.
A censura instituída ficou a cargo do Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), responsável por censurar as
opiniões contrárias ao governo e produzir a propaganda que ressaltava o regime e o líder. Para fazer a propaganda
do governo, foi criado um jornal diário na rádio chamado “A Hora do Brasil”.
Durante esse período, também se destacou a política trabalhista, destacando-se a criação do salário-mínimo (1940)
e Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) em 1943. Os sindicatos passaram para o controle do Estado.
A participação brasileira na Segunda Guerra e o desgaste desse projeto político autoritário enfraqueceram o
Estado Novo perante a sociedade. Assim demandas por novas eleições começaram a acontecer. Pressionado, Vargas
decretou para o fim de 1945 a realização de eleição presidencial e, em outubro desse mesmo ano, foi deposto do
poder pelos militares.

DE OLHO NAS QUESTÕES ENEM E VESTIBULARES

01-(Enem) A Justiça Eleitoral foi criada em 1932, como parte de uma ampla
reforma no processo eleitoral incentivada pela Revolução de 1930. Sua criação foi
um grande avanço institucional, garantindo que as eleições tivessem o aval de um
órgão teoricamente imune à influência dos mandatários.
TAYLOR, M. Justiça Eleitoral. In: AVRITZER, L.; ANASTASIA, F. Reforma política no Brasil. Belo
Horizonte: UFMG, 2006 (adaptado).
Em relação ao regime democrático no país, a instituição analisada teve o seguinte papel:
A) Implementou o voto direto para presidente.
B) Combateu as fraudes sistemáticas nas apurações.
C) Alterou as regras para as candidaturas na ditadura.
D) Impulsionou as denúncias de corrupção administrativa.
E) Expandiu a participação com o fim do critério censitário.

02- (Enem/2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das correntes
de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a tentativa fracassou. Além do governo, a
própria base dessas organizações pressionou pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade
de postular direitos perante às Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser membro de
sindicato reconhecido pelo governo.
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 (adaptado).
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi
caracterizada
A) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas.
B) por um diálogo democraticamente constituído.
20
C) pelas benesses sociais do getulismo.
D) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado
E) por uma legislação construída consensualmente..

03-(PUC-Campinas) A caricatura revela


um momento da chamada "era de
Vargas", quando Getúlio preparava-se
para
A) assumir a presidência da República,
após a sua eleição indireta pela
Assembleia Constituinte.
B) liderar um golpe militar, instaurando um
período histórico conhecido por Estado
Novo.
C) disputar as eleições diretas para a
presidência da República, no contexto da
redemocratização do país.
D) executar os princípios do Plano Cohen, visando impedir o avanço dos comunistas e dos integralistas ao poder.
E) comandar uma revolução constitucionalista, contra a oligarquia do setor agroexportador.

04- (Enem/2018) Essa imagem


foi impressa em cartilha
escolar durante a vigência do
Estado Novo com o intuito de
A) destacar a sabedoria inata do
líder governamental.
B) atender a necessidade
familiar de obediência infantil.
C) promover o desenvolvimento
consistente das atitudes
solidárias.
D) conquistar a aprovação
política por meio do apelo carismático.
E) estimular o interesse acadêmico por meio de exercícios intelectuais.

3.6- Segundo governo e o suicídio de


Vargas (1951 A 1954)

21
Getúlio Vargas em visita a Minas, poucos dias antes de cometer suicídio em 1954. Vargas montou sua estratégia
para a eleição presidencial de 1950 de maneira
perfeita. Aproximou-se de Ademar de Barros, um
político que tinha ganhado influência em São Paulo, e
conseguiu vencer seus adversários, que foram Cristiano
Machado (PSD) e Eduardo Gomes (UDN). Foi eleito com
quase 49% dos votos.
O segundo governo de Vargas foi, portanto,
democrático, e ele tentou governar dentro dos limites
constitucionais. Todavia, a oposição da União
Democrática Nacional (UDN) fez com que esse período
ficasse marcado por crises políticas. Antes mesmo de
ser empossado, a UDN já criava obstáculos para o
político gaúcho. Nesse governo, Vargas procurou
defender uma política econômica nacionalista que dava prioridade para que a exploração dos recursos nacionais
fosse realizada por empresas estatais e que o capital estrangeiro tivesse influência reduzida.
Também defendia que o Estado deveria interferir constantemente na economia como forma de garantir o
desenvolvimento econômico do país.
Procurou aproximar-se dos trabalhadores como forma de garantir sustentação ao seu governo, mas fracassou. A
crise política e os ataques da UDN enfraqueceram o governo de Vargas. Em 1954, um dos opositores políticos de
Vargas, chamado Carlos Lacerda, sofreu um atentado e descobriu-se que o mandante era o chefe de segurança do
palácio presidencial. Para saber mais, leia: Atentado da Rua Tonelero.
Isso foi um verdadeiro escândalo nacional e amplificou a crise do governo. Vargas ficou acuado com os ataques e
os pedidos de renúncia. No dia 24 de agosto, em seu quarto no Palácio do Catete, Vargas atirou contra o próprio
coração e, assim, pôs fim a sua vida cometendo suicídio. Deixou uma carta-testamento justificando sua ação e
defendendo seu governo.

Se liga na dica de leitura


Getúlio é um filme brasileiro de 2014, do gênero drama histórico-
biográfico, dirigido por João Jardim, com roteiro de George
Moura.
O filme percorre a intimidade dos 19 últimos dias de vida de Getúlio
Vargas, período em que ele fica isolado no palácio do Catete,
enquanto seus opositores o acusam de ser o mandante do atentado da rua
Tonelero contra o jornalista Carlos Lacerda. Lançado em 1.º de
maio de 2014,[1] Getúlio é estrelado por Tony Ramos como Getúlio e Drica
Moraes como Alzira Vargas, filha do ex-presidente.

22
Em um trecho da sua carta testamento, Vargas fala que:

Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma


e meu sangue terá o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei
contra a espoliação do povo. Tenho lutado de
peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não
abateram meu ânimo. Vos dei a minha vida.
Agora ofereço a minha morte. Nada receio.
Serenamente dou o primeiro passo no caminho
da eternidade e saio da vida para entrar na
história.
O funeral de Vargas mobilizou milhares de
pessoas, e o clima de comoção que se espalhou
pelo Rio de Janeiro forçou os opositores de
Vargas a recuarem. O pivô da crise, Carlos
Lacerda, acabou fugindo do Brasil. Depois do
suicídio de Vargas, o legado político do
varguismo foi continuado por meio de João
Goulart, conforme apontam muitos
historiadores."

SE LIGA NA QUESTÃO
Apesar das pressões e da inexistência, a essa altura, de uma sólida base de apoio a seu
governo, Getúlio equilibrava-se no poder. Faltava à oposição um acontecimento
suficientemente traumático que levasse as Forças Armadas a ultrapassar os limites da
legalidade e depor o presidente. Esse acontecimento foi proporcionado pelo círculo
dos íntimos de Getúlio.
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2013, p. 355.
A respeito do trecho acima, qual foi o acontecimento que levou ao desmoronamento do
segundo governo de Getúlio Vargas?
A) vazamento da proposta de criação da Petrobras.
B) nomeação de João Goulart como ministro.
C) escândalos de corrupção envolvendo propriedades ilegais de Vargas denunciado pelo jornal Tribuna da Imprensa.
D) Atentado da Rua Tonelero, organizado contra Carlos Lacerda.
E) envolvimento clandestino de familiares de Getúlio Vargas com partidos comunistas.

Produto Final
Como fazer a apresentação de um seminário?
5 dicas para apresentar um bom seminário
1. Estude muito sobre o assunto. Se você vai falar e ensinar sobre um tema, é importante saber do que está
falando. ...
2. Se prepare. Estude e ensaie muito. ...
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3. Não use “colas” ...
4. Use recursos audiovisuais. ...
5. Fique atento com sua postura.

Como apresentar um seminário de forma criativa e dinâmica?


1. Capriche ao escolher o grupo.
2. Não seja centralizador, delegue tarefas.
3. Defina o roteiro da apresentação.
4. Construa um resumo com tópicos pontuais.
5. Crie os slides no Powerpoint de acordo com os pontos criados acima.
6. Teste os projetores, caixas de som etc.

Como deixar sua apresentação mais interessante e eficaz: o que fazer e o que não fazer no
PowerPoint
SIM: comece sabendo quem é seu público. ...
SIM: crie um roteiro primeiro. ...
NÃO: slides cheios de texto para você ler enquanto apresenta. ...
NÃO: usar animações demais. ...
SIM: usar boas imagens ocupando toda a tela.

Para te ajudar a superar o seu medo, conheça nossas 9 dicas de como arrasar em uma apresentação:
1. Estude bastante o assunto sobre o qual vai falar. ...
2. Esteja atento &agrave sua linguagem corporal. ...
3. Seja natural. ...
4. Conheça a si mesmo. ...
5. Conte uma boa história. ...
6. Conheça seu público. ...
7. Utilize recursos visuais. ...
8. Aprenda com cada experiência.

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