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Conheça as 8 Características do Movimento Político

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Redação Brasil Paralelo

Conheça as principais características do Fascismo — muito


falado, mas pouco conhecido
26 de abril de 2023

-iIii

Nenhum país da história tinha vivido algo parecido. Quando o fascismo se instalou na
Europa do século XX, o mundo viu algo totalmente novo, e também uma ameaça à
liberdade. Hoje, as características do fascismo estão generalizadas em vários discursos
e o significado real ficou distante.

Para entender a definição do regime fascista, é preciso voltar na história.

Para saber mais sobre ideologias políticas e sua influência na história moderna, a
Brasil Paralelo está oferecendo gratuitamente o e-book Ideologias Políticas:
As Diferentes Correntes. Não perca a oportunidade de conhecer as origens e os
principais pensadores da transformação cultural do mundo ocidental dos últimos
anos.

O que você vai encontrar neste artigo?


1. O que é fascismo?
2. Principais Características do Fascismo

O que é fascismo?

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Fascismo é um tipo de governo onde todas as esferas da sociedade são
controladas pelo Estado. A principal característica desse tipo de governo é o
totalitarismo nacionalista.

Contexto histórico

O fascismo surgiu e foi aplicado no século XX, na Europa. A origem desse sistema está
atrelada ao fim das monarquias europeias e ao vácuo de poder político pós Primeira
Guerra Mundial.

Por séculos a Europa teve fortes monarquias, mas a vitória dos países democráticos na
Primeira Guerra Mundial mudou o sistema político europeu. As primeiras Repúblicas
do Velho Continente acabaram concentrando o poder total em si após o caos e
destruição causados pela grande guerra.

Principais Características do Fascismo


As principais características do fascismo são:

1 - Poder absoluto do Estado;

2 - Nacionalismo exacerbado;

3 - Tentativa de retomar o paganismo, em detrimento do Cristianismo.

Poder absoluto do Estado

A doutrina fascista prescrevia que todas as esferas da sociedade deveriam ser


controladas pelo governo.

De acordo com Mussolini em seu livro Doutrina Fascista, as ações humanas


realizadas fora do Estado não possuíam valor.

Isso porque o pensamento fascista foi moldado pelo coletivismo de Karl Marx e
Giovanni Gentile.

O coletivismo foi muito enfatizado por Marx em seus escritos.

Segundo Karl Marx, a coletividade possui mais importância do que a vida de cada um,
considerada individualmente. A vida deixa de ser um direito natural inviolável.

Conheça o pensamento de Karl Marx, o principal comunista da história.

Mussolini aderiu a essa máxima de Marx durante todo seu governo e em toda sua teoria,
como pode ser observado em seus livros e atos.

Benito Mussolini foi marxista desde a juventude. Seu pai, um renomado militante
comunista, nomeou o futuro Duce da Itália em homenagem ao revolucionário de
esquerda, Benito Juaréz.

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Mussolini chegou à sua teoria final após ter sido influenciado pelas teorias de
Giovanni Gentile, idealista político italiano de base marxista.

Giovanni defendia um comunismo não mais voltado para um governo operário global,
mas sim, nacional.

Conheça a verdade por trás do movimento ANTIFA, os antifascistas considerados


terroristas pelo governo dos EUA.

Ele defendia uma revolução comunista de acordo com as particularidades de cada país.

Essa era a principal diferença do fascismo para o comunismo.

O símbolo do fascismo italiano era o fascio, uma arma usada pelos antigos romanos que
simboliza a máxima “a união faz a força”.

Hitler pertenceu ao mesmo movimento.

Hitler na Argentina. Ele não se matou e conseguiu fugir — Verdade ou Mentira?

Ele se opunha ao livre mercado e nomeou seu partido como Partido Nacional-
Socialista dos Trabalhadores Alemães. Todas as grandes empresas eram
controladas ou supervisionadas pelos nazistas.

O fascismo de Hitler defendia uma superioridade étnica dos arianos, diferente do


fascismo italiano, que priorizava resguardar os habitantes da Itália.

Os governos militares ibéricos dessa época eram diferentes dos fascistas. Eles visavam
manter suas tradições postas em risco pelos terroristas comunistas.

O pensamento marxista dos líderes fascistas fez com que as empresas de seus países
fossem controladas pelo governo.

Empresas famosas até os dias de hoje, como Volkswagen, Hugo Boss e BMW
possuíam relações estreitas com os nazistas.

Outras características

Em suma, devido a característica principal do fascismo, o poder absoluto do Estado,


outras decorrem:

4 - a proibição da liberdade de expressão;

5 - o antiliberalismo;

6 - a oposição ao livre mercado;

7 - a proibição de participação política da população;

8 - ser um fenômeno mais prático do que teórico.

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Nacionalismo exacerbado
Os governos fascistas surgiram em um contexto de destruição das nações
europeias, conforme será analisado no tópico do contexto histórico.

Neste mundo pós Primeira Guerra Mundial, os discursos fascistas atraíram a população
que fora destruída por nações estrangeiras.

O termo nacionalismo surge pela primeira vez na história durante a Revolução Francesa
para desqualificar a turba revolucionária.

O Abade Augustin Barruel utiliza dele do seguinte modo em seu livro “Memórias da
História do Jacobinismo”:

“O nacionalismo ocupou o lugar do amor geral (…). Autorizou-se então a desprezar


os estrangeiros, enganá-los e ofendê-los”.

Veja os principais fatos e eventos da Revolução Francesa nessa linha do tempo em


ordem cronológica.

Para ele, o nacionalismo era o oposto do patriotismo, pois associava-se a um amor cego
do Estado e ao ódio contra os estrangeiros, tudo em nome do povo e da vontade geral.

A palavra nacionalismo surgiu, portanto, de maneira pejorativa.

Patriotismo remete à herança cultural e aos símbolos de uma nação, enquanto


nacionalismo remete à ideia de país e sua organização política.

Ou seja, o nacionalismo envolve um certo grau de patriotismo, mas é algo ligado ao


compromisso com um projeto político.

Já o patriotismo autêntico transcende interesses políticos e partidários imediatos, e


envolve o amor sincero por toda a bagagem cultural de uma nação.

Os fascistas desenvolveram tanto o nacionalismo, que passaram a considerar


justificável a invasão de países vizinhos.

Daí decorre o expansionismo fascista.

Esta análise a respeito do nacionalismo é apenas um trecho da entrevista do


professor universitário Adriano Gianturco a Brasil Paralelo. Entenda profundamente
o assunto lendo a entrevista na íntegra.

Tentativa de retomar o paganismo, em detrimento do Cristianismo

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Juventude fascista italiana.

Para ter êxito em seus planos estatizantes e nacionalistas, os fascistas defenderam a


formação de um imaginário pagão.

Mussolini trouxe de volta à Itália diversos símbolos da Roma pagã, inclusive


esculturas e arquitetura. O ditador também proibiu a atuação da Ação Católica
italiana e o ensino católico no país.

Já Hitler possuía um intenso interesse por esoterismo. A inteligência alemã possuía


missões responsáveis por procurar itens mágicos para benefício do Estado alemão.

Os membros da SS (Schutzstaffel) deveriam renunciar a sua fé cristã e deveriam


participar de rituais esotéricos pagãos organizados pela própria equipe.

Isso está documentado no livro de de Bill Yenne (2010), Hitler's Master of the Dark Arts:
Himmler's Black Knights and the Occult Origins of the SS. Minneapolis: Zenith.

O desenvolvimento do imaginário pagão por parte dos fascistas era necessário para a
manutenção do próprio sistema.

Se a fé Cristã se mantivesse na Europa, o sistema nacionalista, que defendia a


valorização exclusiva do próprio país e ódio aos países vizinhos, não funcionaria.

Por isso os Papas condenaram o fascismo italiano e alemão, através das Encíclicas Non
Abbiamo Bisogno e Mit Brennender Sorge.

Hitler assassinou aproximadamente 3.000 Padres nos campos de concentração.

Entenda como a base da Civilização Ocidental foi formada a partir do Cristianismo,


do Direito Romano e da Filosofia Grega.

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Contexto histórico e político do surgimento do fascismo
Para bem compreender as principais características do fascismo, é necessário entender-
lhe o surgimento.

Conforme aula do Lucas Ferrugem no curso Ideologias Políticas: As Principais


Correntes, presente no Núcleo de Formação da Brasil Paralelo, não existem muitas
teorias e tratados específicos do fascismo.

Foi um fenômeno mais prático do que teórico.

O pensamento fascista surgiu na Europa pós Primeira Guerra Mundial.

Nesse período, os europeus estavam praticamente todos desorganizados.

Os Estados Unidos haviam derrubado as monarquias europeias devido a política


do presidente Woodrow Wilson, defensor da democracia liberal e contrário às
tradições europeias.

Nesse cenário, os cidadãos do velho continente encontraram-se em uma desordem


social, pois não conheciam e muitos não desejavam a democracia.

Cidade destruída após a Primeira Guerra Mundial.

Por séculos a maioria da Europa era governada por reis, educados para comandar a
nação desde a infância.

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No cenário de crise política e caos econômico do século XX, discursos de ordem


através da centralização do poder agradaram os europeus.

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Foi neste período que surgiram os governos militares da Europa, como a Espanha de
Franco, Portugal com Salazar, a Itália com Mussolini e posteriormente o nazismo — um
fenômeno diferente dos países da península ibérica, mas semelhante ao fascismo
italiano.

Os regimes militares da península ibérica surgiram devido às grandes guerras internas


ocorridas antes da Segunda Guerra Mundial.

Os governos de Portugal e da Espanha visavam manter a tradição de seus países, em


contrapartida aos comunistas e anarquistas que tentaram tomar o poder.

Já na Itália e na Alemanha os governos militares tinham uma mentalidade


coletivista e revanchista, derivada do pensamento comunista. Não houve guerra
civil nestes países, mas sim a eleição destes governos.

Outros países possuíram movimentos fascistas, mas nenhum deles obteve algum poder
relevante.

Getúlio Vargas é considerado um fascista por diversos intelectuais. Entenda o


porquê.
Para saber mais sobre ideologias políticas e sua influência na história moderna, a
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principais pensadores da transformação cultural do mundo ocidental dos últimos
anos.

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fascismo?

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