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O que é o fascismo?
Concentração autoritária de poder.
Introdução
A palavra “fascismo” é oriunda do italiano fascio, que significa feixe. Na Antiga
Roma, o fasce era um machado revestido por varas de madeira. Geralmente,
era carregado pelos lictores, guarda-costas dos magistrados que detinham o
poder.
O fasce representava um símbolo de autoridade e união, assim era um único
bastão quebrável facilmente, enquanto um feixe era difícil de arrebentar.
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Em 1910, Mussolini foi nomeado secretário do Partido Socialista em Forli. Começou a editar o jornal
“La Lotta di Classe”. Depois de liderar um movimento operário contra a guerra turco-italiana, foi
condenado a cinco meses de prisão. Em 1911, Mussolini já era um dos principais dirigentes socialistas da
Itália. Entre 1912 e 1914, foi redator do jornal socialista “Avanti”. Benito Mussolini colocou-se contra as
posições de neutralidade e pacifismo defendidas pelo partido e por seu jornal. Fundou então o jornal
Popolo d'Itália, sustentado pela embaixada francesa, e passou a pregar a entrada da Itália na Primeira
Guerra, ao lado da Tríplice Entente. Foi expulso do Partido Socialista. Organizou o Grupo de Ação
Revolucionária. Em abril de 1915 voltou a ser preso. Em 1916, depois que a Itália declarou guerra à
Áustria, Mussolini foi convocado, alistou-se no exército, chegou a receber a patente de sargento, mas
em 1917 foi gravemente ferido. Voltou a editar o jornal, cada vez mais violento no ataque aos
socialistas.
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Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), polos de poder acabaram (Alemanha, Inglaterra, França,
Rússia, etc.). Na América, os Estados Unidos, com sua economia intacta, se tornaram os "banqueiros do
mundo". Na Ásia, após a Revolução Meiji (1868), o Japão se industrializara se tornou imperialista e
aproveitou o conflito mundial para estender seu poderio na região. Na descrença dessa sociedade pós-
guerra, os valores liberais (liberdade individual), política, religiosa, econômica, etc. começaram a ser
colocados sob suspeita por causa da impotência dos governos para fazer frente a crise econômica
capitalistas que empobrecia cada vez mais exatamente o setor social que mais defendia os valores
liberais: a classe média. Concomitantemente, as várias crises provocaram o recrudescimento dos
conflitos sociais e, o mundo assiste imediatamente após a guerra, uma série de movimentos de
esquerda e um fortalecimento dos sindicatos. O movimento operário já havia se cindido entre socialistas
ou social-democratas (marxistas que haviam abandonado a tema de luta armada e aderiram à prática
político-partidária do liberalismo) e comunistas (formados por frações que se destacaram do movimento
operário seguindo os métodos bolchevistas vitoriosos na Rússia (1917). Esses dois grupos eram
antagônicos.
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George Orwell (1903-1950) é o pseudônimo de Eric Arthur Blair, escritor e jornalista inglês, conhecido
pelo livro “1984”, cujo enredo se passa num país fictício onde há um regime político totalitário. O
personagem principal do livro é um funcionário público consciente da opressão que vivia. George Orwell
nasceu em Motihari, na Índia Britânica, no dia 25 de junho de 1903. Era filho de um funcionário público
a serviço da coroa e sua mãe era filha de um comerciante francês. Em 1911 mudou-se com a família
para Sussex, Inglaterra, época em que foi matriculado em um internato, onde se destacou por sua
inteligência. Aprovado no Elton College, escola de elite, ali permaneceu entre 1917 e 1921, graças a uma
bolsa de estudos. Sobre o Elton, Orwell escreveu mais tarde no prefácio do livro “A Revolução dos
Bichos”. Lembremos de célebres frases de George Orwell: "A maneira mais rápida de acabar com uma
guerra é perdê-la.”; “Pensamento duplo indica a capacidade de ter na mente, ao mesmo tempo, duas
opiniões contraditórias e aceitar ambas."; "Numa época de mentiras universais, dizer a verdade é um
ato revolucionário."; "Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é
publicidade."; "Se o pensamento corrompe a linguagem, a linguagem também pode corromper o
pensamento.".
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Bertold Brecht (1898 – 1956) foi um poeta e dramaturgo alemão. Suas primeiras obras foram marcadas
pelo Expressionismo com grande ênfase à estética musical. Mais tarde desenvolve o seu teatro épico,
em que os acontecimentos não são narrados, com o objetivo de provocar um certo “despertar” diante
das mazelas sociais. Em 1933, com a perseguição nazista, Brecht exilou-se na Suíça, depois em Paris e na
Dinamarca. Nessa época escreveu “Terror e Miséria do Terceiro Reich” (1935) e “A Vida de Galileu”
(1937), onde tem seu trabalho amadurecido, conseguindo fundir a análise sociológica com a psicologia
do ser humano.
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Embora o fascismo na Itália e na Alemanha sejam as experiências mais conhecidas, as experiências
fascistas não se restringiram a elas. Em Portugal, por exemplo, o regime fascista foi comandado por
Antônio de Oliveira Salazar entre 1932 e 1968. Já na Espanha, apareceu durante o governo de Francisco
Franco, de 1939 a 1976. A influência dos regimes fascistas chegou até mesmo ao Brasil. Logo após a
Revolução de 1930 surge o integralismo, que influenciado pelo fascismo italiano combatia os defensores
do pensamento de esquerda. Sua principal liderança foi Plínio Salgado.
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Domenico De Masi (Rotello, 1 de fevereiro de 1938) é um sociólogo italiano. Tornou-se famoso pelo
conceito de "ócio criativo" segundo o qual o ócio, longe de ser negativo, é um fator que estimula a
criatividade pessoal. De Masi residiu em 3 cidades italianas: Nápoles, Milão e Roma. Aos dezenove
anos, já escrevia, para a revista Nord e Sud, artigos de sociologia urbana e do trabalho. Aos 22 anos,
lecionava na Universidade de Nápoles. Mais recentemente, assumiu o posto de professor de sociologia
do trabalho na Universidade de Roma "La Sapienza". Entre 1978 e 2000, dirigiu a S3.Studium, escola de
especialização em ciências organizacionais que fundou. Escreveu diversos livros, alguns deles tidos como
revolucionários. Entre eles, se destacam: "Desenvolvimento Sem Trabalho", "A Emoção e a Regra", "O
Ócio Criativo" e "O Futuro do Trabalho". Em 2010, tornou-se cidadão honorário da cidade do Rio de
Janeiro, no Brasil.
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Curiosamente, aqui no Brasil, 0s integralistas também ficaram conhecidos como camisas-verdes ou,
pejorativamente, como galinhas-verdes por seus opositores, em referência à cor dos uniformes que
utilizavam. Salgado desenvolveu o que viria a ser a AIB, com a Sociedade de Estudos Paulista (SEP), um
grupo de estudo sobre os problemas gerais da nação. O encontro de Plinio Salgado com Mussolini em
1930 foi um momento de epifania para o líder brasileiro, o que desencadeou os passos seguintes que
levaram à formação da Ação Integralista Brasileira. A ideia de que os intelectuais ligados ao seu projeto
nacionalista devessem tomar à frente dos rumos do país foi um dos elementos do imaginário de
Salgado, que pensava em “romper com a tradição medíocre da política”. Plinio Salgado foi seduzido
profundamente pela política fascista e sua crítica à democracia, ao liberalismo e ao comunismo. No
entanto, acreditava ser capaz de construir um caminho único, afirmando que não era inspirado pelas
ideias de Mussolini, querendo fazer acreditar que construía bases inéditas para a sua ação política. Além
do encontro direto com o Duce, com quem estabeleceu acordos financeiros, enviando dinheiro para o
movimento em vistas de expandir sua doutrina pela América Latina, o Integralismo brasileiro teve
relações próximas com organizações fascistas e conservadoras internacionais. Pode-se citar, entre eles,
o Integralismo Lusitano e a Action Française de Charles Maurras, um dos grupos mais importantes da
direita francesa no início do século XX. Maurras, diga-se de passagem, é geralmente rememorado e
cultuado pelos neointegralistas contemporâneos. Os autores apontam também o interesse de Plínio
Salgado em se aproximar da Alemanha nazista, o que ocorre de fato, em reuniões com representantes
do regime de Hitler na Europa.
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O culto à personalidade era intenso no país, e Mussolini era chamado pela população italiana e pelos
fascistas de “líder” — Il duce, em italiano. Duce é uma palavra italiana que significa "líder". Também
pode ser um derivado da palavra latina dux, que possui o mesmo significado e de onde se deriva o título
de nobreza duca (“duque”). Outros líderes italianos cujos nomes derivam de dux são os Doges de
Veneza e Gênova.
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Emilio Gentile (Bojano, 31 de agosto de 1946) é um historiador italiano especializado na ideologia e
cultura do fascismo. Gentile é considerado um dos mais importantes historiadores da cultura da Itália de
ideologia fascista. Ele estudou com Renzo De Felice e escreveu um livro sobre ele. Gentile é professor na
Universidade de Roma "La Sapienza". Para Gentile, o fascismo é uma forma de religião política. Ele
aplicou também a sua teoria da religião política aos Estados Unidos após os ataques de 11 de setembro
de 2001.
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Pio Eugenio Di Rienzo (1952) em 2004 publicou o ensaio Un post-war historiography , no qual são
examinados os acontecimentos humanos e profissionais dos historiadores italianos após a transição do
fascismo à República, com particular atenção para a figura de Gioacchino Volpe , que foi o principal
expoente da historiografia nos anos do regime foi impedido de lecionar em 1945, embora também
tenha sido reconhecido como professor por várias personalidades do antifascismo (Gaetano Salvemini o
chamou de "o melhor historiador da minha geração"). De acordo com Di Rienzo, Volpe foi o bode
expiatório de uma geração de historiadores comprometidos de várias maneiras com o fascismo. Na
segunda parte do volume, os vãos esforços de Federico Chabod - aluno e amigo de Volpe apesar do
afastamento das respectivas posições político-ideológicas (Chabod tinha sido presidente do CLN do Vale
de Aosta) - pretendia obter a reintegração do professor.
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ECO, Umberto. Ur-Fascism. Disponível em: http://www.pegc.us/archive/Articles/eco_ur-fascism.pdf
Acesso em 3.8.2021.
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Em matemática, mais exatamente em teoria dos conjuntos, um urelemento ou ur-elemento (onde ur-
é um prefixo alemão com o significado de “primordial”) é um objeto (concreto ou abstrato) que não é
um conjunto, mas que pode ser um elemento de um conjunto.
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Ateu radical, Mussolini detestava o Cristianismo. Dizia que a fé cristã havia “afeminado” o homem
ocidental e transformado os romanos - e os povos ocidentais que os sucederam - em covardes e
resignados. Tinha em Friedrich Nietzsche seu grande referencial no que tangia à sua visão da fé. E, em
sua exaltação estatista, Mussolini não podia tolerar que a Igreja Católica, ainda tão presente na vida do
povo italiano, continuasse a exercer a influência moral e espiritual que exercia.
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Pode-se dizer que o fascismo italiano foi a primeira ditadura de direita que
dominou um país europeu e que, em seguida, todos os movimentos análogos
encontraram uma espécie de arquétipo comum no regime de Mussolini.
O fascismo foi, certamente, uma ditadura, mas não era completamente
totalitário, nem tanto por sua brandura quanto pela debilidade filosófica de sua
ideologia. Ao contrário do que se pensa comumente, o fascismo italiano não
tinha uma filosofia própria.
O fascismo italiano foi o primeiro a criar uma liturgia militar, um folclore e, até
mesmo, um modo de vestir-se, conseguindo mais sucesso no exterior que
Armani, Benetton ou Versace.
Foi somente nos anos trinta que surgiram movimentos fascistas na Inglaterra,
com Mosley, e na Letônia, Estônia, Lituânia, Polônia, Hungria, Romênia,
Bulgária, Grécia, Iugoslávia, Espanha, Portugal, Noruega e, até chegar, na
América do Sul, sem olvidar da Alemanha.
Foi o fascismo italiano que convenceu muitos líderes liberais europeus de que
o novo regime estava realizando interessantes reformas sociais, capazes de
fornecer uma alternativa moderadamente revolucionária à ameaça comunista.
O medo comum traduz em uniões exóticas e perigosas.
Todavia, a prioridade histórica não parece ser uma razão suficiente para
explicar por que a palavra “fascismo” se tornou uma sinédoque 19, uma
denominação pars pro toto para movimentos totalitários diversos.
Não adianta dizer que o fascismo continha em si todos os elementos dos
totalitarismos sucessivos, por assim dizer, em “Estado quintessencial”. Ao
contrário, o fascismo não possuía nenhuma quintessência e sequer uma só
essência. O fascismo era um totalitarismo fuzzy(difuso).
Tendo em vista o grave tensionamento e risco que o fascismo representa para
o Estado Democrático de Direito e os Direitos Humanos, mas é especialmente,
provocativo para os doutrinadores que têm preocupações mais urgentes com o
direito penal, processo penal, políticas públicas, políticas criminais, sistema de
justiça e o sistema carcerário.
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Tipo especial de metonímia baseada na relação quantitativa entre o significado original da palavra us.
e o conteúdo ou referente mentado; os casos mais comuns são: parte pelo todo: braços para a lavoura
por 'homens, trabalhadores'; gênero pela espécie ou vice-versa: a sociedade por 'a alta sociedade', a
maldade do homem por 'da espécie humana'; singular pelo plural ou vice-versa: é preciso pensar na
criança pôr 'nas crianças'.
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Eis que o texto de Eco20 não tece minúcias a estes temas, mas ajuda a refleti-
los de modo mais amplo e complexo, vez que evidencia a miríade de formas de
fascismo, desde as mais sutis até as mais agressivas e contundentes, com que
faz incidir todo seu poder sobre certos indivíduos e grupos. O perigo do
fascismo eterno que cogita Eco é chocante e nos faz adentrar em permanente
estado de alerta.
O fascismo não era uma ideologia monolítica, mas antes uma colagem de
diversas ideias políticas e filosóficas, uma colmeia de contradições. É possível
conceber um movimento totalitário que consiga juntar monarquia e revolução,
exército real e milícia pessoal de Mussolini, os privilégios concedidos à Igreja e
uma educação estatal que exaltava a violência e o livre mercado? Sim, tudo
junto e bem misturado.
Existiu apenas uma arquitetura nazista, apenas uma arte nazista. Se o
arquiteto nazista era Albert Speer, não havia lugar para Mies van der Rohe. Da
mesma maneira, sob Stalin, se Lamarck tinha razão, não havia lugar para
Darwin21.
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Eco não confunde “fascismo” e “totalitarismo”, nem “fascismo” e “ditadura”. Mas não quer limitar a
sua definição de fascismo ao único “fascismo” histórico. O “fascismo eterno” é, para ele, uma nebulosa
em que se acotovelam e se contradizem culto da tradição, rejeição do modernismo, medo da diferença,
irracionalismo, a obsessão da conspiração, a “vida pela luta” em vez da “luta pela vida”, o paradoxo de
um elitismo de massas, um culto do heroísmo “habitual” em que “o herói fascista aspira a morrer” (os
bombistas suicidas do Daesh podem com qualquer utilidade ser considerados heróis “fascistas?”), etc.,
etc., mas de que também têm um ar de família o “populismo qualitativo da TV e da internet” – em que a
resposta emotiva de um grupo selecionado de cidadãos pode ser apresentado e aceite como a “voz do
povo” – ou a tirania do “politicamente correto”. Fascismo e fascista são termos que perderam qualquer
rigor ou utilidade e se transformaram numa tautologia, numa fraqueza de expressão ou numa arma de
arremesso retórica: tudo o que quem quer que seja considera politicamente nefasto é “fascismo” – tudo
o que é “fascista” é criminoso.
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A construção da oposição total entre as teorias evolucionistas de Jean-Baptiste Lamarck e de Charles
Darwin foi utilizada, em fins do século XIX e início do século XX, para classificar autores que escreviam
sobre a evolução, mesmo aqueles que não eram cientistas. Lamarck defendia a Lei do Uso e Desuso (ou
Primeira Lei). Nela, as partes do corpo que não estivessem sendo usadas, desapareceriam
gradualmente. Um exemplo? O apêndice humano. Na Teoria dos Caracteres Adquiridos, Lamarck dizia
que se um organismo tivesse a vontade ou a necessidade de mudar ao longo da vida, e mudasse para se
adaptar ao ambiente, essas mudanças seriam transmitidas para a sua prole. Ainda que as teorias de
Lamarck sobre Evolução tenham sido contestadas, sua importância na construção dessas teorias na
época foi fundamental! Além disso, ele dedicou a sua vida aos estudos das ciências, em diversos
campos, trazendo outros elementos importantes. Isso permitiu que a comunidade científica da época
construísse teorias e conceitos que são aceitos até hoje.
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Aderiu aos bolcheviques em 1915. Partidário de Stalin, galgou postos na hierarquia do Partido e
ajudou-o a estabelecer sua política cultural, atuando na criação da União dos Escritores Soviéticos e no
estabelecimento da doutrina do "Realismo Socialista". Após o assassinato de Kirov, foi nomeado
Governador de Leningrado tendo desempenhado importante papel na defesa da cidade contra os
alemães, na segunda guerra mundial. Depois da guerra, em 1947, Zhdanov organizou o Cominform. A
doutrina do soviético Andrei Jdanov insere-se no contexto do pós Segunda Guerra Mundial (1947),
assumindo a dita teoria a divisão do mundo entre a parte democrática, antifascista e anti-imperialista
(Vietname, Indonésia, Síria, Egito, entre outros que seguiam as diretivas moscovitas) e a que era
imperialista e antidemocrática (China, Estados Unidos da América, Grécia, Turquia, América Latina,
Europa Ocidental e Próximo Oriente), não admitindo a neutralidade.
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Dândi, oriundo do inglês dandy, aquele homem de bom gosto e fantástico senso estético, mas que não
necessariamente pertencia à nobreza. É o cavalheiro perfeito, um homem que escolhe viver a vida de
forma intensa. E, como máscara ou símbolo, revela-se como subespécie de intelectual que dá grande
valor e atenção ao esteticismo e à beleza em seus pormenores. Este termo, atualmente, alterou
semântica e deturpou-se em significado vulgar, dado àqueles que dão cuidados extremados às
aparências. Segundo o Dicionário Houaiss da língua portuguesa: ''homem que tem preocupação
exagerada com a aparência pessoal''.
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A Croácia, durante a Segunda Guerra Mundial, se separou da Iugoslávia e foi governada por um
partido fascista, que iniciou uma "limpeza étnica" contra os sérvios. Calcula-se que 500 mil sérvios
tenham sido mortos, e essa atrocidade é usada hoje por Milosevic para justificar o expansionismo
sérvio. A violência da guerra de guerrilha entre iugoslavos e ocupantes nazifascistas fez com que a
Iugoslávia fosse o quinto país em número de mortos na Segunda Guerra, mais do que o Japão. Houve
1,7 milhão de iugoslavos mortos, contra 1,2 milhão de japoneses.
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Giulio Cesare Andrea Evola, conhecido artisticamente pelo pseudônimo de Julius Evola, foi um
escritor, esotérico, poeta, filósofo e pintor italiano do século XX. No tocante à Literatura e
posicionamento político, fez parte do movimento conhecido como Tradicionalismo. Já nas Artes
Plásticas, foi um representante do Dadaísmo. Seu pensamento é definido como antidemocrático, anti-
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igualitário, antipopular e antiliberal. Nesse campo, suas ideias misturam o idealismo alemão como o
tradicionalismo e doutrinas orientais. Mais conhecido como Julius Evola, foi um filósofo esotérico,
escritor, pintor e poeta italiano do século XX, em cuja obra se têm inspirado algumas correntes
esotéricas contemporâneas, e autodeclarados tradicionalistas. De acordo com o pesquisador Franco
Ferraresi, "o pensamento de Evola pode ser considerado um dos sistemas anti-igualitários, antiliberais,
antidemocráticos e antipopulares mais radicais e consistentes do séc. XX". Devido a seu tradicionalismo
extremado e crenças inusuais, Evola tem popularidade em círculos marginais específicos. O historiador
Aaron Gillette o descreve como "um dos mais influentes racistas fascistas da história italiana", enquanto
Stanley Payne o aponta como influente para movimentos neofascistas contemporâneos.
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Além dos neofascistas, descendentes de Mussolini vêm buscando espaço na política italiana, como
candidatos. Alessandra Mussolini, neta do ditador, chegou a se candidatar para a prefeitura de Nápoles.
“A ascensão dela se explica por ser neta de quem era, mas também por ser sobrinha da atriz Sofia
Loren”, conta o Gentile.
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Antonio Scurati ganhou o Prêmio Strega 2019. Professor de literaturas comparadas e escrita criativa
na Universidade IULM, colunista do Corriere della Sera, ganhou os principais prêmios literários italianos.
Ele fez sua estreia em 2002 com “O barulho surdo da batalha”. Scurati é codiretor científico do Master
in Storytelling Arts. De 2018 é M. Il filho do século, o primeiro romance de uma trilogia dedicada ao
fascismo e Benito Mussolini: no topo das paradas por dois anos consecutivos, vencedor do Prêmio
Strega 2019, está sendo traduzido em quarenta países e vai tornar-se uma série de televisão.
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É forma de governo a definição abstrata de um modo de atribuição de poder. Corresponde a uma
categoria pura, objeto do filósofo político, e afastada da realidade; atua, de certa forma, como um norte
para os sistemas. São sistemas de governo, portanto, a decorrência de cada uma dessas formas em
normas que as institucionalizam, isto é, na Constituição. Com a abstração influenciando a norma, esta
rege a realidade, a qual se denomina regime de governo, sendo modo efetivo pelo qual se exerce o
poder num determinado Estado, em determinado momento histórico. Assim, a distinção é simples: a
forma é a abstração que inspira as normas do sistema e este regula a realidade estatal como regime.
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Totalitarismo é um regime político que se caracteriza pelo controle da sociedade e do indivíduo,
através da ideologia de um partido político e terror permanente.
O regime totalitarista surgiu após a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, Itália e União Soviética.
Posteriormente seria adotado na China, Coreia do Norte e Camboja.
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Gerhard Lachmann "George" Mosse (1918-1999) foi emigrado alemão nazista que foi primeiro para
Inglaterra e depois para os EUA. Foi professor de história na Universidade de Iowa, na Universidade de
Wisconsin-Madison e na Universidade Hebraica de Jerusalém. Muito conhecido por seus estudos sobre
o nazismo, escreveu mais de vinte e cinco livros sobre diferentes temas da história constitucional,
teologia protestante e história da masculinidade.
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Estado liberal (ou Estado Liberal de Direito) é um modelo de governo baseado no liberalismo
desenvolvido durante o Iluminismo, entre os séculos XVII e XVIII. O liberalismo se opôs ao governo
controlador e centralizador do Estado absolutista, que tinha como principais características o acúmulo
de riquezas, o controle da economia e uma relação de autoritarismo entre o governo e o povo. O Estado
liberal, também chamado de Estado Liberal de Direito, é voltado para a valorização da autonomia e para
proteção dos direitos dos indivíduos, garantindo-lhes a liberdade de fazer o que desejarem desde que
isso não viole o direito de outros.
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Palmiro Togliatti (Gênova, 26 de março de 1893 —Ialta, 21 de agosto de 1964) foi um político e
dirigente do Partido Comunista da Itália e líder do Partido Comunista Italiano de 1927 até sua morte. Ele
foi apelidado de Il Migliore ("O Melhor") por seus apoiadores. Em 1930 tornou-se cidadão da União
Soviética e mais tarde teve uma cidade naquele país com o seu nome: Tolyatti. Togliatti sobreviveu a
uma tentativa de assassinato em 1948 e morreu em 1964, durante um feriado na Crimeia, no Mar
Negro.
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Clara Josephine Zetkin, nascida Eißner, (Wiederau, 5 de julho de 1857 — Arkhangelskoye, 20 de junho
de 1933) foi uma professora, jornalista e política marxista alemã. É uma figura histórica do feminismo.
Foi um dos fundadores e dirigentes do Socorro Vermelho Internacional. Apesar das leis antissocialistas
vigentes, então na Alemanha, Clara Zetkin (que adotou o nome de seu companheiro, Ossip, embora eles
jamais tivessem se casado), participa clandestinamente da difusão do jornal do SPD, Der Sozialdemokrat.
Ossip é preso juntamente com August Bebel e Wilhelm Liebknecht, e, como era russo, é expulso da
Alemanha em 1880. A própria Clara também seria expulsa da Saxônia pouco depois, refugiando-se em
Zurich. O casal se reencontraria em Paris, 1882, passando a residir na capital francesa. Obrigada a fugir
da Alemanha após a ascensão do nazismo e a interdição do KPD, faleceu algumas semanas mais tarde,
no exílio, em Moscou, aos 75 anos. O túmulo de Clara Zetkin se encontra junto à muralha do Kremlin, na
Praça Vermelha, em Moscou, local em que eram enterradas conhecidas e influentes personalidades
ligadas ao regime soviético.
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O bonapartismo é uma ideologia política e um culto à personalidade de origem francesa e alemã,
inspirada na maneira pela qual Napoleão Bonaparte seu sobrinho, Napoleão III, governaram. Em nossos
dias, o termo é frequentemente usado para definir um tipo de governo em que o Poder Legislativo
perde força, em proveito do Executivo. No modelo bonapartista, o governante pretende ser um ditador,
mas busca construir uma imagem carismática de representante popular. Esse tipo de sistema se instala
quando nenhuma classe ou grupo social tem poder suficiente para ser hegemônico, deixando a um líder
suficientemente habilidoso o poder de mediar as diversas forças sociais. Além de Napoleão III, o
governo de Bismarck, na Alemanha, é outro exemplo histórico de bonapartismo. Ambos eram
sucedâneos de monarcas absolutistas que, alçados ao poder por meio de revoluções burguesas, criaram
formas de governo despóticas ou autoritárias em lugar de instituições burguesas liberais.
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Para o teórico Eckhard Jesse, Estados totalitários não se baseiam apenas em repressão, violência e
terror, mas também em persuasão, mobilização e integração dos cidadãos. Por isso, Jesse chama a
atenção para o fato de que as pesquisas em torno do conceito de totalitarismo não deveriam se ocupar
apenas do aspecto repressivo de regimes tidos como totalitários, mas também dos elementos que
exerciam força de atração para as massas. Além disso, o teórico chama a atenção ainda para um traço
característico essencial de movimentos totalitários, ou seja, o fato de possuir semelhanças com
movimentos religiosos, e tal dimensão religiosa, muitas vezes, era empregada no sentido de justificar os
excessos de violência.
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No início dos anos 20, o conceito de “totalitário”, em sua forma adjetiva, foi empregado pela primeira
vez na Itália por Giovanni Amendola (1882-1926), jornalista e político liberal, no intuito de denunciar o
fascismo italiano enquanto movimento político antidemocrático. No sentido original, “totalitários”
seriam aqueles sistemas de governo que tentariam conformar os cidadãos dentro de uma ideologia,
para isso fazendo uso de mecanismos de controle e coação, e, ao mesmo tempo, buscariam mobilizá-
los. Todavia, em 12 de maio de 1923, Benito Mussolini utilizou pela primeira vez a expressão “sistema
totalitário” aplicado ao Estado fascista, usurpando o conceito e tornando-o de pejorativo, no sentido
empregado por Amendola, em positivo. Cabe lembrar que foi justamente na Itália, durante os anos 20,
que se iniciou o debate em torno do conceito de totalitarismo.
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Adolf Hitler nasceu em Braunau, na Áustria, no dia 20 de abril de 1889. Filho de Alois Hitler
empregado de alfândega e Klara Hitler pretendia seguir a carreira artística. Aos 21 anos mudou-se para
Viena e por duas vezes tentou, sem sucesso, entrar na Academia de Belas Artes para estudar pintura e
arquitetura. Em 1913 mudou-se para Munique e em agosto de 1914 alistou-se no Regimento de
Infantaria do Exército alemão para lutar na Primeira Guerra Mundial. Nesse mesmo ano, por sua
bravura, recebeu a condecoração da Cruz de Ferro. De volta a Munique passou a trabalhar na seção de
imprensa e propaganda do Quarto Comando das Forças Armadas. Com grande capacidade oratória,
Hitler mudou o nome para “Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães” (Partido Nazista), e
incorporou ao partido, uma organização paramilitar as “SA” (Seção de Assalto), encarregada de intimar
os opositores. O confuso programa do partido denunciava judeus, marxistas e estrangeiros, prometia
trabalho e o fim das reparações de guerra.
Em 1921, com 33 anos, Hitler tornou-se chefe do partido. Criou as “SS” (Brigadas de Segurança), uma
força de elite. Depois de fracassar na tentativa de um golpe em Munique (1923), Hitler foi condenado a
cinco anos de prisão. Cumpriu só oito meses, que aproveitou para escreve a primeira parte do livro
"Minha Luta", obra em que desenvolveu os fundamentos do nazismo.
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O racismo científico é uma corrente de ideias que busca justificar o racismo a partir dos conceitos
científicos. O racismo é uma forma de discriminação de pessoas por suas características fenotípicas
associadas às suas características socioculturais, como se ambas derivassem dos elementos biológicos
do ser humano, e não se uma construção histórico-cultural. Para Bobbio, as teorias racistas buscavam a
justificação cientifica a partir do século XVIII, devido às próprias características da época iluminista. A
ideia de um racismo científico se relaciona, assim, com a justificativa biológica de que existem raças
humanas superiores e inferiores, e isso pode ser analisado de forma objetiva pela ciência. Diferentes
ramos científicos estavam relacionados a estes estudos, como a frenologia, fisionomia, antropometria,
além da utilização de conceitos da biologia, psicologia, antropologia e mais. O racismo científico, porém,
não se sustenta enquanto argumento científico contemporaneamente. Tanto por não existirem raças
dentro da espécie humana, como por que suas bases não são comprovadas por meio de pesquisas
recente. O adjetivo científico se refere meramente à tentativa de justificar com as ciências do século XIX
e começo do século XX, as discriminações que diferentes grupos étnicos sofriam.
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O nazismo desenvolveu várias teorias a respeito de raças. Afirmavam que poderiam estipular
cientificamente uma hierarquia estrita entre "raças humanas"; no topo, estava a "raça nórdica", e em
seguida, as "raças inferiores". Na parte inferior dessa hierarquia estavam as raças "parasíticas", ou
Untermenschen ("subumanos"), os quais eram percebidos como perigosos para a sociedade. Os mais
baixos de todos na política racial da Alemanha Nazista eram os eslavos, ciganos e judeus. Ciganos e
judeus eram eventualmente considerados Lebensunwertes Leben ("vida indigna de viver"). Os judeus, e
posteriormente os ciganos, tornaram-se cidadãos de segunda-classe, expulsos da Alemanha Nazista
antes de serem confinados em campos de concentração e depois exterminados durante o Holocausto
(ver a descrição de Raul Hilberg das várias fases do Holocausto). Richard Walther Darré, Ministro da
Alimentação e Agricultura do Reich entre 1933 a 1942, popularizou a expressão Blut und Boden ("Sangue
e Solo"), uma das muitas expressões do glossário da ideologia nazista usadas para reforçar o racismo
popular entre a população alemã.
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Nazifascismo é um termo de conjunção entre o fascismo italiano, doutrina totalitária desenvolvida por
Benito Mussolini a partir do final da primeira guerra mundial em 1919 e tendo se mobilizado
politicamente em 1917 associado ao nazismo alemão, em muitos aspectos emulando a primeira, que,
embora tendo nascido em 1920, é amplamente utilizado na Alemanha Nazi apenas uma década mais
tarde sob regime de Adolf Hitler e do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.
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No livro “O guardião da Constituição”, publicado em 1929, Schmitt questiona nessa obra o papel do
Judiciário como guardião da Constituição. Para ele, somente o presidente do Reich poderia
desempenhar essa função, pois o povo é quem o escolhe. Na visão do jurista, o presidente, alicerçado
pelo artigo 48 da Constituição de Weimar, representava a unidade da autoridade política que traz
consigo os anseios sociais do povo. Assim, a revisão dos atos legislativos por um tribunal independente é
uma afronta clara à soberania estatal. O Estado nazista, conforme Carl Schmitt, privilegiava o conteúdo
das normas em detrimento da forma. As leis também não precisavam ser escritas – a Constituição de
Weimar, em tese, esteve em vigor durante todo o período em que Hitler ficou no poder (1933-1945). E o
führer era supremo nesse modelo. “Se a vontade do führer valia mais do que tudo, uma norma poderia
deixar de ser aplicada por sua vontade”, explicou Rodrigo Valadão.
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Ninguém nega que o fascismo nasceu em oposição ao marxismo ortodoxo. Na verdade, o que é difícil
para muitos entenderem é de onde surgiu a hostilidade entre os dois movimentos. As questões em
divergência não eram centradas em economia. Benito Mussolini, Adolf Hitler, bem como outros líderes
fascistas, estavam preparados para acolher o estatismo dos seus rivais socialistas. De acordo com o
marxismo ortodoxo, o destino da nação não era relevante para os trabalhadores. Os fascistas
discordavam: da mesma forma que membros de uma mesma classe têm interesses comuns, os
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habitantes de um mesmo país também têm. Os fascistas trocaram a veneração à “classe trabalhadora”
pela igualmente fanática devoção à “nação”. A transição de Mussolini do marxismo Ortodoxo ao
fascismo é bem documentada. Em abril de 1914, ele era “no julgamento de simpatizantes e opositores,
o ditador do Partido Socialista”, mas quando ele trocou suas alianças na questão da guerra com os
Impérios Centrais, o Partido Socialista o expulsou. Os fascistas eram bem menos radicais que os nazistas
alemães. Dessa forma, a influência da doutrina nacional socialista na política econômica italiana que
inicialmente era sutil, acelerou na metade da década de 30.
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Os dois sistemas emergiram em decorrência da Primeira Guerra Mundial, isto é, são rebentos da
guerra total que resultou na decomposição da ordem social e econômica liberal oriunda do século XIX e,
ao mesmo tempo, trouxeram para o plano da ação histórica outras ideologias também originadas
naquele século: a da luta de classes, luta racial e o nacionalismo. As ideologias que ganharam
notoriedade depois da Primeira Guerra na Europa (Nazismo, Fascismo e Comunismo) e que tinham em
comum o fato de serem antiliberais e antidemocráticas, já vinham ganhando terreno desde o final do
século XIX. Como doutrinas da violência que eram, estavam na ordem do dia após o conflito: na postura
de seus principais representantes, a retórica e a violência se superpunham à razão e à ação.
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É uma ativista e política birmanesa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 1991 e secretária-geral da
Liga Nacional pela Democracia (LND). Suu Kyi é a terceira dos filhos de Aung San, considerado o pai da
Birmânia moderna (atual Mianmar). Foi conselheira de estado do país de 2016 até 2021, quando foi
deposta por um golpe militar. Por muito tempo considerada um ícone pela liberdade, desde que foi
apontada como Conselheira de Estado, Aung San Suu tem sido criticada dentro e fora de Mianmar por
suas ações dentro do governo do país. Segundo seus detratores, ela não demonstrou qualquer simpatia
ou interesse em resolver a questão da perseguição ao povo ruainga, em 2016, no Estado de Raquine, e
recusou-se a aceitar ou reconhecer que o exército de Myanmar perpetrou qualquer massacre. Ao longo
da sua gestão no governo, Myanmar intensificou a perseguição aos jornalistas. Em 1 de fevereiro de
2021, Aung San foi derrubada da sua posição de Conselheira de Estado após um golpe orquestrado pelas
forças armadas do país.
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múltiplos grupos nacionalistas, neomonarquistas, defensores dos direitos dos homens e aos
organizadores da campanha presidencial Donald Trump, em 201 Durante e após a eleição presidencial
americana de 2016, o termo ganhou crescente difusão, gerando considerável controvérsia na mídia.
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