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Escola SESI - Jardim Morumbi CE 409

Isabela Leal Guarini


Maria Eduarda Lino Rossi
Maria Eduarda Santos Da Mata

“Fascismo”

Jundiaí
Agosto/2022
Isabela Leal Guarini nº12
Maria Eduarda Lino nº23
Maria Eduarda Santos da Mata nº24
3º Ano F

“Fascismo”

Trabalho de Pesquisa apresentado a


Escola SESI de Jundiaí – 409,
disciplina de História sob a orientação
do Prof. Lobato.

Jundiaí
Agosto/2022

1
Índice

Introdução 03

Justificativa 04

Contexto Histórico do Fascismo 05

Principais características do Fascismo 06

Benito Mussolini 07

Fascismo no Brasil 08

Marcha sobre Roma 09

Conclusão 10

Referências 11

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Introdução

Nesse trabalho de pesquisa de história, escreveremos sobre o fascismo, uma ideologia


que se baseava no autoritarismo, na exaltação dos valores patrióticos e na expansão
territorial militar.
O fascismo surgiu na Itália entre as décadas de 1920 e 1940. Em 1922, Benito Mussolini
chega ao poder declarando a formação de um governo que implementou as ideais
fascistas. O Estado forte e impositor sobre a individualidade, bem como o culto ao
“dulce”, líder em italiano, foram grandes características desse regime de governo.
Por esse motivo, citaremos suas características, contexto histórico, liderança, fascismo no
Brasil e a marcha sobre Roma.

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Justificativa

Escolhemos o tema do Trabalho de Pesquisa sobre o fascismo pois foi um regime


totalitário que marcou a história devido à violência, perseguição e terror que causou no
século XX.
O governo fascista desenvolvido por Benito Mussolini foi muito importante para a
história da Itália pois fez com que ela se reerguesse após a segunda guerra mundial, e
afirmas sua superioridade diante de outros governos. O fascismo italiano se opôs ao
liberalismo, que os líderes fascistas denunciaram como "o desastre do individualismo",
como uma forma de sempre ter tudo sob controle.
As políticas estão retornando novamente, e relembrando o fascismo daquela época,
podemos perceber a quão prejudicial e autoritário foi esse regime político. Por isso é
importante refletir sobre o fascismo, por que pensar sobre o fascismo implica sempre
em pensar em nossos próprios erros, e tendo a conscientização do que aconteceu no
passado, podemos impedir que algo parecido aconteça novamente na nossa sociedade.

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Contexto Histórico do Fascismo

O fascismo surgiu na Itália no começo do século XX, é importante considerar que o


mundo passava por processos de mudanças causadas pelas recentes revoluções
econômicas e científicas que ocorreram no final do século XIX.
Três pontos importantes antecederam o surgimento do fascismo: o imperialismo, a
Primeira Guerra Mundial e o novo quadro político e social na Itália no período pós-guerra.
Esses elementos contribuíram para um ambiente cujas ideias fascistas tomassem corpo e
direção. O imperialismo surgiu dentro do capitalismo como forma de realizar e expandir
os mercados, resultando em uma maior concentração de capital. Como resultado, adveio
diferenças nos interesses internacionais entre as nações, conflito que mais tarde levou ao
confronto na Primeira Guerra Mundial.
Após a primeira guerra, a Itália, como outros países europeus, iniciou um período de crise
econômica e moral nacional. A crise, por sua vez, levou ao achatamento e
empobrecimento das classes médias, pequena e média burguesia e intensificou as
contradições sociais. Aproveitando-se dessa realidade, os nacionalistas, e depois os
fascistas, começaram a incitar o descontentamento dessas classes, agora insatisfeitas com
seu novo status social. Os trabalhadores rurais e industriais também não foram excluídos
dessas ansiedades do pós-guerra, pois todas as promessas: salários mais altos, menos
exploração, reforma agrária, feitas a esses indivíduos não foram cumpridas com a perda
do país no conflito mundial, gerando uma descrença em relação aos partidos políticos.
Em 23 de março de 1919, foi constituído o Movimento dei fasci di combattimento, que
depois, no congresso de 1921, se transforma no Partido Nazionale Fascista. Um partido
antimonárquico, antiburguês, antissocialista. Desta forma, apresentando-se como algo
totalmente novo e diferente, o partido rapidamente ganhou apoio de grandes proprietários
de terras, mercados internacionais e líderes. No entanto, foi somente com sua marcha
sobre Roma em 1922 que Mussolini conseguiu dar continuidade ao processo de abolição
da democracia, que culminou com o fechamento do Congresso em 1926 e a prisão de seus
opositores políticos, formando a partir daquele momento uma ditadura. O fascismo
chegou ao poder principalmente porque não havia oposição aos seus ideais. Com todos
esses movimentos, o fascismo rapidamente ganhou apoio de massa, pois Mussolini
investiu em diversas propagandas, e com o fácil engajamento dos jovens por conta dos
discursos nacionalistas e de colaboração mútua entre as classes disseminados pelo
movimento.

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Principais características do Fascismo

Poder absoluto do Estado: É um Estado que centraliza todo o poder político e econômico
nas mãos de apenas uma pessoa, geralmente um monarca ou ditador. A essência desse
tipo de governo é que a pessoa que possui o poder absoluto e ilimitado, não está sujeita a
contestações ou regulamentações de qualquer outro órgão ou instituição. Nacionalismo
exacerbado: É um patriotismo exagerado. Tentativa de retomar o paganismo, em
detrimento do Cristianismo. A proibição da liberdade de expressão: Queriam que uma
sociedade toda seguisse apenas o que eles pregavam. O antiliberalismo: um movimento
contrário ao liberalismo, não como afirmação do socialismo, mas sim, pelo contrário,
como defesa dos valores e moralidade social tradicional e cristã.
A oposição ao livre mercado: O livre mercado é o que acontece em oposição a economia
planificada ou na economia de Estado. Em países com uma economia capitalista há um
domínio da economia de mercado, sistema defendido pelo liberalismo econômico.A
proibição de participação política da população. A doutrina fascista prescrevia que todas
as esferas da sociedade deveriam ser controladas pelo governo. De acordo com Mussolini,
as ações humanas realizadas fora do Estado não possuíam valor, isso porque o
pensamento fascista foi moldado pelo coletivismo de Karl Marx e Giovanni Gentile. Os
governos fascistas surgiram em um contexto de destruição das nações europeias,
conforme será analisado no tópico do contexto histórico. Neste mundo pós Primeira
Guerra Mundial, os discursos fascistas atraíram a população que fora destruída por nações
estrangeiras. O termo nacionalismo surge pela primeira vez na história durante a
Revolução Francesa para desqualificar a turba revolucionária.

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Benito Mussolini

Benito Mussolini foi o líder do fascismo italiano e governou ditatorialmente a Itália entre
1922 e 1943. Mussolini é considerado o grande responsável pela ascensão do fascismo
na Europa. Ele conseguiu assumir o poder em 1922, durante um evento chamado de
Marcha sobre Roma. A derrota da Itália na Segunda Guerra fez com que Mussolini fosse
capturado e executado por partisans, em 1945. Ele veio de uma família pobre, e era
conhecido por ser uma criança agressiva e desobediente, sendo expulso de 2 escolas por
agressão aos colegas com um canivete. Depois de concluir seus estudos regulares,
Mussolini conseguiu um título para trabalhar como professor de escola primária.
Em 1902, Mussolini mudou-se para a Suíça à procura de trabalho, mas também para fugir
do serviço militar italiano. Na Suíça, Mussolini passou a dedicar-se à leitura de muitos
autores de cunho anarquista e socialista, e chegou a trabalhar em sindicato.
Mussolini foi o fundador do fascismo, que incluía elementos de nacionalismo,
corporativismo, anticapitalismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social,
antiliberalismo e anticomunismo, se opondo às ideias de luta de classes e do materialismo
histórico, combinado com a censura de subversivos e maciça propaganda do Estado e
culto à personalidade em volta do líder. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista,
Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas. Embora
inicialmente tenha favorecido o lado da França contra a Alemanha no início da década de
1930, Mussolini tornou-se uma das figuras principais das potências do Eixo e, em 10 de
junho de 1940, inseriu a Itália na Segunda Guerra Mundial ao lado dos alemães. Três anos
depois, foi deposto pelo Grande Conselho do Fascismo, motivado pela invasão aliada.
Logo depois de preso, Mussolini foi resgatado da prisão no Gran Sasso por forças
especiais alemãs.
Após seu resgate, Mussolini chefiou a República Social Italiana nas partes da Itália que
não haviam sido ocupadas por forças aliadas. Ao final de abril de 1945, com a derrota
total aparente, tentou fugir para a Suíça, porém, foi rapidamente capturado e
sumariamente executado próximo ao lago de Como por partigiani italianos. A morte de
Mussolini é polêmica e suspeita-se do envolvimento de agentes britânicos no processo.
Seu corpo foi então trazido para Milão onde foi pendurado de cabeça para baixo em uma
estação petrolífera para exibição pública e a confirmação de sua morte.

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Fascismo no Brasil

A principal organização do fascismo brasileiro foi a Ação pela Integração Brasileira


(AIB), criada na década de 1930, logo após o Movimento Constitucional de 1932. Seu
principal representante é Plínio Salgado, enquanto os membros da AIB são chamados de
integradores, camisas verdes ou termos pejorativos como galinhas verdes por causa da
cor de seus uniformes. A principal característica do integralismo é seu militarismo e
nacionalismo intensificados.
As semelhanças com os grupos nazi-fascistas europeus vão desde os uniformes aos
cumprimentos e, claro, os ensinamentos que pregam. Seu emblema é a letra grega sigma,
∑, que eles exibem em bandeiras e braçadeiras, significando a soma da população,
fundida e unida em uma nação centralizada e militarizada. O conjunto de símbolos
também inclui saudações entre militantes, pronunciando a palavra indígena Anauê,
semelhante ao "Viva Hitler" do nazista, mas com conotações tupi-guarani. A necessidade
de apresentar o movimento como um todo evita fomentar o individualismo, com os
membros sempre exibidos publicamente de maneira uniforme, com farda e pose. A
principal base social que sustentava os integradores era a chamada classe média urbana e
alguns grupos intelectuais.
Os símbolos integralistas incluem também o culto à personalidade do líder, no caso de
Plínio Salgado, justificando assim a insistência na organização hierárquica e a ideia de
obediência aos superiores na escala do comando integrador. Essa obediência hierárquica,
alinhada ao nacionalismo, foi pensada para solidificar as bases do militarismo, uma das
várias utilizadas pelos integradores como se vê na seguinte frase: e ela dará o primeiro
passo, marchando."
Ainda em termos doutrinários, os integradores defendem a necessidade da organização
política do Estado, livre do controle de um único e intensificado partido político,
semelhante ao nazi-fascismo europeu, ferramenta necessária para a integração estatal, de
onde surgiu o nome do festa vem. Com o nacionalismo pendendo para a xenofobia e o
racismo, os holistas fizeram manifestações de rua na década de 1930, sempre de forma
disciplinada e simbólica, como as mencionadas acima. Outra ação de rua dos integradores
é contra membros da Liga Libertadora Nacional (ANL), coalizão de várias forças políticas
que buscam mudanças sociais, incluindo os comunistas. O motivo da luta foi uma reação
contra o comunismo, o liberalismo e o capitalismo financeiro, pois seus planos de controle
social eram baseados no corporativismo e na abolição do parlamento.
Devido às origens fascistas dessa estrutura estatal e sua proximidade com as potências do
Eixo durante a Segunda Guerra Mundial, todos esses gestos ainda levarão os
integracionistas a apoiar o governo Vargas, especialmente depois de NSW. Mas, apesar
da ação continuada, os integradores não conseguiram se sentar no Parlamento de NSW e,
diante dessa marginalização, tentaram derrubar Vargas em maio de 1938, pelo controle
do Palácio da Guanabara conhecido como Intentona Integralista. O ataque fracassou.
Após este acontecimento, Plínio Salgado foi exilado e o integralismo perdeu força.

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Marcha sobre Roma

A Marcha sobre Roma ficou conhecida como a Grande Procissão dos Fascistas na cidade
de Roma em 28 de outubro de 1922. Este evento é considerado o principal motivo da
ascensão de Benito Mussolini e da ascensão dos fascistas na Itália. No dia seguinte à
marcha, Mussolini foi nomeado para o cargo de primeiro-ministro. A marcha romana foi
preparada a partir das datas mencionadas e decorreu de forma ainda desorganizada. O
importante sobre este evento é que não foi organizado como uma revolução ou golpe para
levar os fascistas ao poder pela força. Seu objetivo era simplesmente pressionar a
monarquia italiana a nomear Mussolini como primeiro-ministro.
O acadêmico Donald Sassoon afirma que essa descoberta (que a Marcha Romana não foi
uma revolução) é apoiada pelo fato de que o ato não foi organizado como um segredo
revolucionário |2|. A ideia de tomar o poder por meio de uma “revolução” chegou a ser
cogitada, mas abandonada quando Mussolini percebeu que poderia ganhar o poder por
meios legais.
A ideia do desfile era trazer uma equipe de fascistas para a capital italiana, Roma. Os
seguidores do fascismo se mudaram para Roma de diferentes maneiras: a pé, de carro e
muitos de trem, as passagens eram pagas pelo próprio governo. Isso porque a nomeação
de Mussolini como primeiro-ministro tem o forte apoio da elite econômica italiana. O
plano fascista era tomar o poder em várias cidades do norte e centro da Itália, depois
enviar as legiões fascistas a Roma para pressionar o rei Victor Emmanuel III a nomear
Mussolini como primeiro-ministro. Em 28 de outubro, 30.000 a 40.000 fascistas, a
maioria deles fortemente armados, estavam estacionados nos arredores de Roma.

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Conclusão

Através desse trabalho de pesquisa, concluímos que o fascismo é um fenômeno


historicamente determinado por um conjunto de fatores sócio-históricos, visto que tem
lugar e características próprias para seu advento. Em suma, o fascismo se tornou um
grande marco para a história de nossa humanidade.
O fascismo terminou com a derrota na Segunda Guerra Mundial da Alemanha, Itália e
Japão, três países que adotavam uma forma estatal fascista. As experiências fascistas
contaram com amplo apoio dos banqueiros e industriais, tanto na Itália quanto na
Alemanha. Alguns aspectos da ideologia fascista aparecem até hoje em grupos e partidos
políticos, como os na Europa que defendem plataformas políticas baseadas na aversão a
estrangeiros.

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Referências Eletrônicas

https://mundoeducacao.uol.com.br/amp/historiageral/marcha-sobre-roma.htm - Acesso - 30
de julho de 2022.

https://super.abril.com.br/historia/o-fascismo-no-brasil/amp/ - Acesso 30 de julho de 2022.

https://www.infoescola.com/historia/ascensao-do-fascismo-e-do-nazismo/ - Acesso 01 de
agosto de 2022.

https://outraspalavras.net/outrasmidias/para-entender-o-fascismo/ - Acesso 01 de agosto de


2022.

https://www.stoodi.com.br/blog/historia/historia-o-que-foi-o-fascismo/ - Acesso 01 de agosto


de 2022.

https://www.suno.com.br/artigos/livre-mercado/amp/ - Acesso 02 de agosto de 2022.

https://www.funag.gov.br/ipri/btd/index.php/12-mestres-irbr/1748-um-estudo-sobre-o-
antiliberalismo-de-oliveira-viana - Acesso 02 de agosto de 2022.

https://www.historia.uff.br/stricto/td/1165.pdf - Acesso 02 de agosto de 2022.

https://www.significados.com.br/estado-absolutista/amp/ - Acesso 02 de agosto de 2022.

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