Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O contexto político e econômico da Itália após a Primeira Guerra Mundial foi crucial para o
surgimento do fascismo. A sociedade italiana estava dividida e desiludida, com parte da
população desejando ardentemente a participação na guerra e outra parte rejeitando
totalmente o envolvimento do país no conflito. Benito Mussolini, um ex-militante socialista,
abandonou suas crenças anteriores e se tornou um fervoroso defensor do envolvimento
italiano na guerra, adotando gradualmente uma postura nacionalista e conservadora.
A crise econômica que se seguiu à Primeira Guerra Mundial agravou ainda mais as
tensões na sociedade italiana. A redução da produção e do consumo industrial deixou
milhares de italianos desempregados, incluindo muitos veteranos de guerra que retornaram
para casa sem perspectivas de emprego ou sustento. Esses veteranos, sentindo-se traídos
pelo país que defenderam, se reuniram em organizações paramilitares ultraconservadoras,
incluindo o próprio movimento fascista.
O crescimento do socialismo na Itália também foi um fator importante no surgimento do
fascismo. O fortalecimento do socialismo após a Revolução Russa de 1917 gerou
preocupações entre os setores conservadores da sociedade italiana, que viram o fascismo
como um contraponto necessário ao socialismo em ascensão.
O fascismo italiano, liderado por Mussolini, chegou ao poder em 1922 com a chamada
“Marcha sobre Roma”, durante a qual milhares de fascistas se mobilizaram para pressionar
o governo a fazer a nomeação de Mussolini como primeiro-ministro. Esse evento marcou o
início de um regime autoritário e totalitário, caracterizado pela supressão de oposição
política, controle estatal sobre todos os aspectos da sociedade e culto à personalidade do
líder.
Características
Neofascismo