Características do Fascismo
O fascismo se caracterizava por ser um sistema político oposto ao socialismo e imperialista,
antiburguês, autoritário, antiliberal e nacionalista.
Estado totalitário: o Estado controlava todas as manifestações da vida individual e nacional.
Autoritarismo: a autoridade do líder era indiscutível, pois ele seria o mais preparado e sabia
exatamente o que a população necessitava.
Nacionalismo: a nação é um bem supremo, e em nome dela qualquer sacrifício devia ser
exigido e feito pelos indivíduos.
Antiliberalismo: o fascismo concordava com algumas ideias capitalistas, como a propriedade
privada e a livre iniciativa das pequenas e médias empresas. Por outro lado, defendia a
intervenção estatal na economia, o protecionismo e, no caso de algumas correntes fascistas, a
nacionalização de grandes empresas.
Expansionismo: alargar as fronteiras era visto como uma necessidade básica, pois era preciso
conquistar “espaço vital” para que a nação se desenvolvesse.
Militarismo: a salvação nacional viria por meio da organização militar, da luta, da guerra e
do expansionismo.
Anticomunismo: os fascistas rejeitavam a ideia da abolição da propriedade, da igualdade
social absoluta, da luta de classes.
Corporativismo: ao invés de defender o conceito de "um homem, um voto", os fascistas
acreditavam que as corporações profissionais deviam eleger os representantes políticos.
Também sustentavam que somente a cooperação entre classes garantia a estabilidade da
sociedade.
Hierarquização da sociedade: o fascismo valorizava uma visão do mundo segundo a qual
cabem aos mais fortes, em nome da "vontade nacional", conduzir o povo à segurança e à
prosperidade.
O fascismo prometia restaurar as sociedades destruídas pela guerra prometendo riqueza, uma
Nação forte e sem partidos políticos que alimentassem visões antagônicas.
Fascismo na Itália
Um profundo sentimento de frustração dominou a Itália após a Primeira Guerra Mundial
(1914-1918). O país saiu decepcionado por não ter suas reivindicações atendidas no Tratado de
Versalhes e a situação econômica era mais difícil que antes da guerra. Assim, a crise social ganhava
aspectos revolucionários com o crescimento da esquerda e dos movimentos de direita.
Em março de 1919, em Milão, o jornalista Benito Mussolini cria os "Fasci di Combatimento" e os
"Squadri" (grupos de combate e esquadrão respectivamente). Esses tinham como objetivo combater
os adversários políticos, em especial os comunistas, por meios violentos.
O Partido Nacional Fascista, fundado oficialmente em novembro de 1921, cresceu
rapidamente: o número de filiados passou de 200 mil em 1919 para 300 mil em 1921. O movimento
agrupava pessoas com tendências políticas de origens variadas: nacionalistas, anti esquerdistas,
contrarrevolucionários, ex-combatentes e desempregados.
Em 1919, um milhão de trabalhadores entraram em greve; no ano seguinte, já totalizavam 2
milhões. Mais de 600 mil metalúrgicos do norte ocuparam fábricas e tentaram dirigi-las seguindo as
ideias socialistas.
Por seu lado, o governo parlamentar, composto pelo partido socialista e pelo partido popular,
não chegava a um acordo nas grandes questões políticas. Isto facilitaria a chegada dos fascistas ao
poder.