Você está na página 1de 25

A crise do Liberalismo e o Totalitarismo

Período entre-guerras (1918 - 1939)


A crise do Liberalismo e o Totalitarismo
Período entre-guerras (1918 - 1939)

Solução para os problemas socioeconômicos gerados


pelo Liberalismo


-Estado forte, nacionalista e com um líder que cuidasse de
todos como um pai
A crise do Liberalismo e o Totalitarismo
Período entre-guerras (1918 - 1939)
Conceito de Totalitarismo
• Surge no período entre-guerras na Europa – Entre 1918 e 1939;

• Forma de organização do Estado com um regime político onde todo o


poder se concentra nas mãos de um pequeno grupo de pessoas ou partido
único;

• Baseado na extensão do poder do Estado a todos os níveis e aspectos da


sociedade:
Estado total = controle total sobre a sociedade

• Ocorre apenas em “sociedade de massas”


uso dos meios de comunicação de massa.
A crise do Liberalismo e o Totalitarismo
Período entre-guerras (1918 - 1939)
A crise econômica - altos e baixos do capitalismo entre 1918 e 1925
• Produção bélica → produção de mercado → crise nas economias mais fracas;
• Inflação astronômica e altos índices de desemprego.

Reconstrução da economia europeia


• Dinheiro dos EUA (bancos) → ciclo de prosperidade até 1930;
• Crescimento da produção industrial;
• Redução do desemprego e da inflação.

Crise de 1929 → a depressão econômica de alastra pela Europa


• Nova crise inflacionária;
• Falências;
• Desemprego de milhões de pessoas da Europa
fome, miséria e descontentamento.
A crise do Liberalismo e o Totalitarismo
Período entre-guerras (1918 - 1939)
A crise social
• Empobrecimento da classe média;

• Desemprego maciço na Europa:


- Milhões de pessoas sem trabalho e famintas;
- Revoltas com a situação.

• Aumento da violência e da criminalidade.


A crise do Liberalismo e o Totalitarismo
Período entre-guerras (1918 - 1939)
A crise política
• O modelo democrático liberal-burguês
- Predominante na Europa desde o fim do sec. XIX;
- Democracia parlamentar, eleições livres, renovação regular do governo e
liberdade de informação;
- Liberalismo econômico;
- Não intervenção do governo/Estado na economia
o próprio mercado resolveria os problemas.

Criticas a esse modelo


- Incapaz de acabar com as desigualdades socioeconômicas na sociedade
capitalistas;
- Foi incapaz de impedir a mortalidade da 1ª Guerra Mundial;
- Após a crise de 1929;
. o Liberalismo não é capaz de superar as dificuldades econômicas e
atender as necessidades básicas das pessoas.
Fascismo Italiano

Benito Mussolini (1883 – 1945)


- assume o poder como “DUCE”

1929 – Tratado de Latrão


Itália + Igreja Católica

- criação do estado do Vaticano

- Catolicismo = religião oficial do


fascismo
Fascismo Italiano
- “vitória mutilada” na 1ª guerra

- Monarquia parlamentar, enfrentava séria crise econômica

- Crescimento do partido socialista

1919 - “Fascio de Combate” (“camisas negras”)

1921 - fundado o Partido Nacional Fascista

1922 - 50 mil = “Marcha sobre Roma”, exigindo


Mussolini no poder
Princípios ideológicos do Fascismo
• Totalitarismo: Estado forte e disciplinado acima do indivíduo
(desprezavam-se os direitos individuais).

• Anti-Parlamentarismo: existência de um partido único de onde saíam os


dirigentes políticos .

• Corporativismo: união de patrões e empregados em corporações ou


grémios com o objectivo de evitar a luta de classes e resolver os problemas
segundo o “interesse do estado”.
• Culto da Personalidade ou Culto do Chefe: o chefe do País
concentrava todos os poderes; era considerado salvador da
pátria e todos os seus actos eram aprovados
incondicionalmente.

• Nacionalismo: exaltação das glórias do passado; a nação era o


valor mais importante a preservar.

• Nacionalismo económico: posição intervencionista e dirigista


da economia para conseguir a autosuficiência do país.

• Imperialismo: necessidade de alargar o seu espaço territorial.


MUSSOLINI
- Eliminou os outros partidos políticos;
- Apoderou-se de todos os poderes (legislativo e executivo);
- Tornou-se Chefe do Exército;
- Aboliu a liberdade de imprensa;
- Aboliu a liberdade sindical;
- Criou a Juventude Fascista;
- Criou a polícia política OVRA (Organização de Vigilância para a
Repressão do Antifascismo);
- Utilizou a escola, os professores e os manuais escolares para incutir nas
crianças os princípios fascistas.
Nazismo Alemão

Contexto:
- derrota humilhante na 1ª Guerra Mundial;

- revanchismo gerado pelo Tratado de Versalhes;

- crise econômica mundial;

- crescimento dos socialistas nas eleições.


Nazismo
Após a 1ª Guerra Mundial foi instaurada na Alemanha uma República, de
carácter democrático. Contudo, teve sérias dificuldades:

• Teve de aceitar as condições do Tratado de Versalhes, que responsabilizava


a Alemanha pela guerra e a obrigava a pagar pesadas indemnizações (o que
provocou grande descontentamento na população).

• A crise económica (inflação e desvalorização da moeda) era profunda e


persistente, provocando instabilidade política e social.

• Em 1924 começa a registar-se uma ligeira recuperação, graças à criação de


um novo marco e ao afluxo de investimentos externos.

• Mas, a crise de 1929 vai afectar fortemente a Alemanha e registam-se


novas falências que fizeram aumentar o desemprego e a miséria.
Nazismo Alemão

1919 – fundado o Partido Nacional Socialista dos


Trabalhadores Alemães (Partido Nazista)
→ Adolf Hitler (1889-1945)
- austríaco, voluntário do exército alemão
- agitador político eficiente, ótimo orador
Nazismo Alemão
1932 – fortalecimento do partido nazista

1933 – HITLER nomeado chanceler (1° ministro) da Alemanha)

1934 – morre o presidente Hindenburg, Hitler assume como “Führer” e


proclama o III REICH (império)
- recuperação da economia alemã com base na indústria bélica
(desrespeitando o Tratado de Versalhes)
- perseguições aos judeus
- busca do “espaço vital”
Princípios Ideológicos do Nazismo
• Racismo – distinção entre raças superiores e inferiores.
Consideravam a raça ariana (povo indo-europeu) raça
superior e todas as outras inferiores.

• Anti-semitismo – ódio aos judeus. Sistematicamente


perseguidos começaram a ser exterminados a partir de
1941. (Genocídio – eliminação sistemática de um povo,
raça ou tribo.)

• Totalitarismo – suspendeu o Parlamento, o Partido Nazi


tornou-se o partido do Estado; passou a controlar todos os
órgãos de poder; tornou-se Chefe absoluto.
Suportes do Nazismo
• Organizações de intimidação que prendiam e assassinavam os opositores ao
regime:

- S.A. – Secções de Assalto – milícias conhecidas como camisas castanhas


- S.S. – Secções de Segurança
- Gestapo – polícia política dirigida por Himmler.
Meios do Partido Nazi
• propaganda – nos jornais, na rádio e em manifestações e comícios.
• recurso à força e à violência através das milícias armadas (Secções de
Assalto -SA e Secções de Segurança – SS)

• Carisma do Chefe -

-
Política Económica
• Protecção da indústria alemã;

• Investimentos estatais;

• Frente de Trabalho: trabalhadores e patrões. Os trabalhadores estavam ;


• proibidos de fazer greves;

• diminuição do desemprego;

• Resultados: aumento da produção e melhoria das condições de vida dos


trabalhadores.
Para comprovarem sua pureza racial, dais nazistas medem a largura do
nariz de urn homem. 0 objetivo era levantar dados estatfsticos suposta-
mente capazes de avaliar a origem raciaL
Características divergentes dos regimes totalitários
(extremos ideológicos)
Socialismo Capitalismo
Abolição da propriedade privada Forte apoio da burguesia industrial
Coletivização obrigatória dos meios de Corporativismo nas relações de
produção agrícola e industrial trabalho e tutela estatal sobre as
organizações sindicais

Suspensão da religião da esfera Fundamentação ideológica em valores


política tradicionais (étnicos, culturais e
religiosos)

Tem como base o socialismo Forte apoio da religião


Tem como base o capitalismo
→ Guerra Civil Espanhola = “Tubo de ensaio” da 2ª Guerra Mundial

ESPANHA = Francisco FRANCO no poder

PORTUGAL = Antônio de Oliveira SALAZAR

BRASIL = Estado Novo – Vargas


“A morte de uma pessoa é uma tragédia a de
milhões de pessoas estatística”
Stalinismo
Características do Stalinismo:
• Ditadura burocrática do regime de partido único;
• centralização dos processos de tomada de decisão
no núcleo dirigente do Partido;
• burocratização do aparelho estatal;
• intensa repressão a dissidentes políticos e
ideológicos;
• culto à personalidade do(s) líder(es) do Partido e
do Estado;
• intensa presença de propaganda estatal e
incentivo ao patriotismo como forma de
organização dos trabalhadores;
• censura aos meios de comunicação e expressão;
• coletivização obrigatória dos meios de produção
agrícola e industrial;
• militarização da sociedade e dos quadros
do partido
A ERA ESTALINISTA NA URSS (Colectivização e Planificação da Economia)

• Em 1928, Estaline pôs termo à NEP (que considerava um obstáculo à consolidação do


socialismo) e lançou decisivamente a União Soviética na via do socialismo. Para isso
reorganizou a economia a partir de dois princípios:
a colectivização dos meios de produção;
a planificação da economia, através dos planos quinquenais:
1º plano quinquenal (1928-1932) teve como principal objetivo criar as bases da economia
socialista. Assim, a agricultura foi coletivizada, criando-se os kolkhozes (cooperativas), os
sovkhozes (quintas do Estado, cultivadas por assalariados) e as MTS (estações de maquinaria
para apoio aos agricultores). Quanto à indústria, a prioridade foi dada à indústria pesada,
siderurgia e electrificação.

2º plano quinquenal (1933-1937) privilegiou ainda a indústria pesada, mas deu também
atenção às indústrias ligeiras produtoras de bens de consumo. No mundo rural, constituíram-se
pequenas propriedades privadas.

3º plano quinquenal (1938-41) foi interrompido pela guerra. Os resultados dos planos
quinquenais foram, de um modo geral, positivos.

• O ritmo acelerado de desenvolvimento da União Soviética foi, contudo, assombrado pela


brutalidade da colectivização da terra (milhões de camponeses mortos ou deportados para
campos de trabalho) e por drásticas restrições aos direitos do Homem.
Referências
• VICENTINO, Cláudio. História Geral e do Brasil: Ensino Médio – Volume
3. São Paulo: Scipione, 2012, p. 80/93

Você também pode gostar