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O Tenente Ary Rauen nasceu na cidade de Papanduva-SC, em 20 de maio de

1922. Seus pais, Alfredo Rauen e Maria Werber Rauen, trabalhavam com comércio,
exploração de erva-mate, pecuária e lavoura.
Ele continuou seus estudos com o curso complementar pré-médio do
“Ginásio” Paranaense, enquanto ao mesmo tempo fez parte da base aérea, onde
chegou até a graduação de Sargento, dando baixa em 1941. Porém, logo em
seguida, já se matriculou no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, em
Curitiba, que por já ser Sargento da reserva, já iniciou no 3° ano. Concluiu o curso
em 1942, terminando como 1° lugar do curso, recebendo como prêmio a Espada de
Oficial, que hoje fica no Museu do 5° RCC.
Ele foi declarado Aspirante-a-oficial e foi convocado para estagiar no 14°
Batalhão de Caçadores, em Florianópolis-SC, onde o mesmo veio a ser promovido a
2° Tenente. Em seguida, ele foi convocado para integrar a Força Expedicionária
(FEB), para a Segunda Grande Guerra.
Após o período de preparação em solo brasileiro, quando já comandava o 1°
Pelotão da 2° Companhia do 1° Batalhão do 11° Regimento de Infantaria, por causa
da Segunda Guerra Mundial, embarcou em setembro de 1944, para o Teatro de
Operações da Itália, onde o mesmo na Itália, participou das batalhas de Monte
Castello, Castelnuovo e Montese.
Durante um ataque a Monte Castello, quando a Companhia fez um recuo
inesperado, ele manteve seu pelotão em posição, dizendo para seus subordinados
que poderia retrair para quem não estivesse preparado para aquele sacrifício.
Quando passou aquele perigo, posicionou-se em um local mais seguro, e em
seguida, à frente de um Grupo de Combate, retornou a sua antiga posição. Sua
atuação na Batalha de Monte Castello lhe trouxe bastante reconhecimento e
respeito de outros militares.
Em Montese, foi o primeiro elemento lançado junto com o seu pelotão, contra
a posição mais defendida pelo inimigo. Ao tentar penetrar as linhas de defesa do
inimigo, o inimigo lançou uma barragem de fogos de infantaria e de artilharia, junto
com campo minado, contra o pelotão do Tenente Ary Rauen. Mesmo perante as
terríveis situações, o Tenente lançou-se à luta à frente dos seus homens, e,
juntamente com mais dois homens, buscou assaltar uma posição inimiga e foi
mortalmente atingido na cabeça. Morreu tendo suas últimas palavras para seu
Sargento Adjunto, dizendo que ele não parasse enquanto não cumprisse o objetivo,
contribuindo, mesmo que com o Sacrifício Supremo, com a vitória de Montese.

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