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Heróis Mortos em Combate

 Cel CÂNDIDO DULCÍDIO PEREIRA


 Herói do Cerco da Lapa

 O Cel Cândido Dulcídio Pereira nasceu em Curitiba, no dia 22 de novembro de 1861, e faleceu no dia 08
de fevereiro de 1894. Filho do Capitão Cândido José Pereira e de dona Cândida da Silva Lopes Pereira.

Indo para Belém/Pará, assentou praça como soldado. Em 1877, foi reconhecido com “soldado nobre”, isto
é, “cadete”, por ser filho de oficial de patente.

Mais tarde, foi para o Rio de Janeiro, onde ingressou como aluno da Escola Militar da Praia Vermelha,
depois foi para o Rio Grande do Sul, onde continuou seus estudos.

 No dia 17 de junho de 1877, retornou à Corte, já como Alferes da arma da cavalaria.

Depois do advento da República, retornou à Curitiba, onde passou a servir no 8º Regimento de Cavalaria
do Exército Nacional.

No dia 07 de janeiro de 1890, foi promovido para o posto de Tenente.

 No Comando da PMPR


No dia 29 de janeiro de 1891, comissionado no posto de coronel, assumiu o comando do Corpo Policial
(atual PMPR).

Revolução Federalista
 No dia 23 de outubro de 1893, quando a Corporação denominava-se Regimento de Segurança do Paraná,
foi colocado a disposição do governo federal, passando a fazer parte da coluna expedicionária do General
Argolo, mais tarde sob o comando do Coronel Ernesto Gomes Carneiro que, seguiu com destino às
fronteiras de Santa Catarina, a fim de conter a marcha invasora dos federalistas comandados pelo general
Gumercindo Saraiva.

 O Cerco da Lapa: O ataque do dia 07 de fevereiro de 1894.


 A Lapa foi invadida por quase três mil federalistas. Do alto da torre da Matriz, o coronel Dulcídio
observava o movimento das tropas. Armado com a sua “manulicher”, caçava os ajudantes de ordens e
outros cavaleiros que se adiantavam um pouco da sua posição. Entretanto, foi atingido por uma “bala” que,
atravessando o seu porta-revólver e o talim, foi alojar-se na bexiga, achatando-se contra o osso ilíaco.

 Foi atendido pelo Dr. João Cândido, sendo conduzido a residência do coronel Lacerda (hoje, Casa
Lacerda- Lapa).
Antes de dar o último suspiro, dizia aos que o cercavam: “é só tirar essa dor de minhas costas, que eu
não bato o rosquete”.

 Às dez horas do dia 08 de fevereiro de 1894, faleceu o valoroso comandante do Regimento de Segurança
do Paraná (atual PMPR).

 Medalha “Coronel Dulcídio”


 Criada em 06 de março de 1961, pela Lei n.º 4.340, em “ouro”, “prata” e “bronze”, para premiar os
cadetes que concluem o Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar e Bombeiro Militar, em 1º, 2º e
3º lugar, respectivamente.

 “Regimento Coronel Dulcídio”


 Coronel Dulcídio, imagem imorredoura, espelho tradicional do cumprimento do dever, em vida, legou os
mais dignificantes exemplos. Como justa homenagem ao austero patriota, em 1968 a Polícia Militar
colocou sob sua proteção de seu espírito, de suas justas e fortes mãos, o Esquadrão de Cavalaria, que
recebeu o seu sagrado nome “Regimento Coronel Dulcídio”.

 Cel JOÃO GUALBERTO GOMES DE SÁ FILHO


 Herói do “Combate do Irani”
 O coronel João Gualberto nasceu no Recife/Pernambuco no dia 11 de outubro de 1874. Filho de João
Gualberto Gomes de Sá e Dona Júlia Bezerra Cavalcanti de Sá.

Em 26 de setembro de 1890, com apenas 16 anos de idade, ingressou na Escola Militar do Rio de Janeiro,
graduando-se alferes em 1894.

 Anos mais tarde escolheu o Paraná como seu segundo lar. Em Curitiba constituiu família casando-se com
dona Leonor de Moura Brito.

 Já como tenente retornou ao Rio de Janeiro onde prosseguiu seus estudos, formando-se engenheiro militar
com a turma de 1901.

 Retornando à Curitiba, passou a servir no 13º Regimento de Cavalaria, do Exército Nacional, ocupando,
ao mesmo tempo, papel de destaque junto à Associação Cívica Paranaense “Sete de Setembro”.

 Antes de ser indicado para o comando do Regimento de Segurança (atual PMPR), desempenhou cargos de
relevo: engenheiro da Linha Telegráfica Curitiba/Foz do Iguaçu, comandante do Tiro de Guerra “Barão do
Rio Branco”, que fundou em 1908 e Ajudante de Ordens do comando da 5ª Região Militar.

 Eras também bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas.

 Em 1912 foi escolhido para prefeito de Curitiba, no entanto, desistiu desse cargo para assumir o comando
do Regimento de Segurança do Paraná (PMPR).
 No comando da PMPR
 No dia 21 de agosto de 1912, tendo sido posto pelo Ministro da Guerra à disposição do governo do Estado,
assumiu com entusiasmo o cargo de comandante da Corporação, comissionado no posto de coronel.

 Movimentação dos fanáticos no campo de Palmas


 No início do mês de outubro de 1912, começaram a chegar as primeiras notícias sobre o movimento dos
jagunços chefiados pelo falso “monge” José Maria- Miguel Lucena de Boa ventura, que bem aparelhados
promoviam todo tipo de desordens nos campos de Palmas.

 Embarque da tropa paranaense


 No dia 13 de outubro, o governador do Estado determinou o seguimento da tropa (Regimento de
Segurança do Paraná-PMPR), para a localidade de Palmas. De trem, até União da Vitória, de onde
prosseguiu a pé e a cavalo, até os campos de Palmas e Irani.

 O “Combate do Irani”
 Pela manha do dia 22 de outubro, no lugar chamado “IRANI”, deu-se o sangrento encontro da pequena
força do Regimento de Segurança contra os fanáticos em número superior a quatrocentos. O combate foi
renhido. Os jagunços armados com vários tipos de armas primitivas e facões saíam de todos os lados.

 A metralhadora não funcionou.

O coronel João Gualberto, “com os punhos cortados por vários golpes de facão, viu-se rodeado por um
grupo de uma dúzia que discutiam se o matavam ou não. Surgiu então o assassino José Fabrício das Neves
que tomou a iniciativa, dando-lhe o golpe de misericórdia, produzindo profundo ferimento frontal,
provocando um movimento, instintivo, do moribundo levantar os dois braços para defender a cabeça
encarnecida e descoberta. Seu corpo ficou irreconhecível”.

 O coronel João Gualberto morreu bravamente, no Combate do Irani, no dia 22 de outubro de 1912, sem
recuar, sem acovardar-se um só instante.

 Medalha “Coronel João Gualberto”


 Criada em 24 de junho de 1968, pela Lei n.º5.798 em “ouro”, “prata” e “bronze”, para premiar os
cadetes que concluem o Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais da Polícia Militar, em 1º, 2º e 3º lugar,
respectivamente.

 12º Batalhão de Polícia Militar- “Coronel João Gualberto”


 Pelo decreto n.º 4.048, de 18 de outubro de 1977, sancionado pelo governador do Estado do Paraná- Jayme
Canet Júnior, o 12º Batalhão de Polícia Militar, passou a ter a denominação histórica de “Batalhão Coronel
João Gualberto”, como homenagem ao bravo militar que tombou morto no “Combate do Irani”, quando era
comandante da PMPR. A memória do coronel é cultuada em solenidade cívica organizada pelo 12º BPM,
anualmente, na data do seu nascimento, 11 de outubro.

  Avenida João Gualberto


 Uma das mais belas avenidas da capital do Estado ostenta o seu nome: Av. João Gualberto.

 Faleceu no dia 22 de outubro de 1912, com 39 anos de idade.

Tenente JOÃO PINHEIRO


 Herói Morto em Combate a Infratores da Lei
 O Bravo Tenente João Pinheiro nasceu no Paraná, em 1892, sendo filho de Alfredo Pinheiro.

 Com 20 anos de idade ingressou nas fileiras do Regimento de Segurança (PMPR), no dia 12 de setembro
de 1912, como voluntário.

Como praça sempre soube interpretar, com legítimo amor, os deveres de soldado de polícia, subindo na
hierarquia policial militar em virtude de seus méritos e viva inteligência que sempre demonstrou.

 Promoções:

Dezessete dias após ter verificado praça, foi promovido à graduação de anspeçada.

Em 28 de julho de 1913, foi promovido a furriel (3º Sargento) e classificado no Esquadrão de Cavalaria.

Em 1915, foi efetivado como 2º Sargento e passou a prestar serviços na Secretaria do Regimento.

 Acesso ao Oficialato
 No dia 07 de fevereiro de 1928 foi graduado ao posto de 2º Tenente pela sua destacada atuação na
manutenção da ordem pública e em defesa dos poderes constituídos.

 Sua fé-de-ofício registra uma série de triunfos conquistados todos eles a golpe de energia e perseverança.

 Sua Morte
 Entre tantas comissões que participou, em 1929, foi nomeado delegado de polícia em Bom Retiro
(Clevelândia) e em 1930 assumiu as delegacias de Rebouças e Irati.

 Após o término da Revolução Constitucionalista, em 12 de outubro de 1932, foi nomeado delegado de


polícia em Tibagi, continuando assim, as perigosas diligências na caça de famigerados bandidos que
infestavam as cidades paranaenses. E, foi numa dessas atividades, que no dia 05 de fevereiro de 1933, o
Ten  JOÃO PINHEIRO foi assassinado por três indivíduos, infratores da lei.

 Pareceu no cumprimento do dever, deixando para a geração futura um belo exemplo, digno de imitação,
pois a ordem, em defesa da qual perdeu a vida, continua a ser mantida a todo custo, queiram ou não os
transviados da lei.

 PATRONO DO QOA (Quadro de Oficiais de Administração)


 Como justa homenagem ao inesquecível oficial, que nos legou um exemplo frisante de abnegação e
perfeita compreensão do cumprimento do dever, seu nome foi indicado, como Patrono do Quadro de
Oficiais de Administração da PMPR, cujo ato foi oficializado através da Lei n.º 5.798, de 24 de junho de
1968.

 “Medalha Tenente João Pinheiro”


 Criada em 24 de junho de 1968, em “ouro”, “prata” e “bronze”, para premiar os alunos que concluem o
Curso de Oficiais de Administração da Polícia Militar, em 1º, 2º e 3º lugar, respectivamente, cujo ato foi
oficializado através da lei n.º 5.798.

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