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NOTAS GENEALOGICAS DA FAMILIA DO

SENADOR EUSEBIO DE QUEIRÓS


COUTINHO MATTOSO DA CAMARA

(COPIA DA COPIA DE UMA CARTA DO SENADOR EUSEBIO DE QUEIROS COUTINHO MATTOSO DA CAMARA) (1)

Meus filhos, temos a felicidade de viver em um tempo em que cada homem é estimado pelo que vale por sua pessoa, isto é, por suas virtudes, talentos e qualidades,
pouco se procurando saber quem foram e o que valeram seus antepassados. () pensamento é justo, mas seria exagerá-lo condemnar a natural curiosidade do homem,
que em suas meditações pergunta como José Agostinho de Macedo Quem sou? De quem procedo? - E quando naquelles que nos precederam la virtudes que
imitar, a resposta é util.

Vou pois dizer-vos o que sei. Nossa familia com o appellido

Gago da Camara - é vantajosamente conhecida nos Açores e especialmente em S. Miguel, onde possuia bens vinculados. O actual administrador (1853) de um desses
vinculos, chamado de N. S. da Quitação, em S. Miguel, é José Joaquim Mattoso Gago da Camara, nosso parente muito proximo, porque seu Pai, o capitão-mór Luiz Prates
Mattoso Gago daCamara, era irmão primogenito do coronel Francisco Mattoso de Andrade Camara, meu

Nctas escritas pelo Senador Eusebio de Queirós Coutinho


Mattoso da Camara.

avó materno, e sua mãi D. Anna de Queiroz Coutinho, irmã de minha avó paterna. Nasceu em Angola, mas depois de viver muito tempo em Lisboa, onde um casamento,
reprovado pelo pae e familia, o teve na dependencia de um emprego, que, desprotegido, a custo obteve na Torre do Tombo, foi ultimamente residir na ilha de S. Miguel.
Com este parente me correspondo; suas cartas serão encontradas nos massos correspondentes á suas datas. Em uma, datada de 20 de Julho de 1851, diz-me ele que
casou sua filha unica, D. Maria Mattoso Gago da Camara, com um primo de nome Joaquim Gago da Camara, os quaes já tem 3 filhos, a saber: Ruy Mattoso G. da C. Ayres
e uma menina — A prima que chamamos tia D. Anna, mãe do Sergio e do Diogo Teixeira de Macedo e irmă germana do referido José Jqm. M. G. da C. Quando os
hollandezes occupavam ou procuravam rehaver Angola, João Gago da Camara, administrador do vinculo de N. S. da Quitação em S. Miguel, hoje do José Jqm., equipou
á sua custa dois navios contra os hollandezes e, depois que estes foram expulsos, estabeleceu-se em Angola, onde militou contra os gentios, nestas expedições que
acabaram pela restauração da famosa rainha Ginga. Morreu tenente general da artilharia. Era elle casado com sua prima D. Luiza de Medeiros Bettencourt e sua filha
D. Anna Gago da Camara casou com seu primo Manoel Mattoso de Andade, coronel do 1.o regimento de linha, cavalleiro professo na ordem de Christo e Familiar do
Santo Officio, distinção naquelle tempo muito apreciada. Desse casamento procederam Luiz Prates M. G. da C., de quem já fallamos e que, como mais velho,
herdou o vinculo na Ilha de S. Miguel; e o segundo filho foi o Co ronel Francisco Mattoso de Andrade Camara, meu avó
materno, que falleceu em Angola deixando: 1.0 Innocencio, que conti

a residir em Angola, como chefe de familia; 2.o Antonio Mattoso, que falleceu no Pará; 3.0 Manuel Mattoso, que ainda vive em Angola, e duas filhas; 4.0 –

Mária, casada com seu primo, o Major de linha Francisco Militão Mattoso de Andrade e 5.0 Catharina, que ficou em
menoridade. Da mesma familia era o tenente coronel Mathias Rodrigues Mattoso o qual, casando com D. Beatriz de
Figueiredo Silveira, tiveram uma filha, Catharina Rodrigues Mattoso.

Com esta senhora casou o capitão de infantaria Euzebio de Queiroz Coutinho, que

havia sido anteriormente capitão da fortaleza de S. Pedro

nuou

e sargento-mór de Massangano (ordenanças) em 1726, e depois capitão por Patente Regia de 1746. De tudo isto tenho a certidão, passada da matricula da extincta
Vedoria em Angola sob n.° 4 do masso de documentos relativos á minha familia. Tiveram 2 filhas: uma, D. Anna de Queiroz Coitinho, casou com Luiz Prates Mattoso
Gago da Camara, de que já fallamos; a outra D. Helena de Queiroz Coitinho, minha avó paterna, casou em las. nupcias, com seu primo Antonio José de Lima. Tenho
uma certidão dos autos para dispensa de parentesco entre os contrahentes, do anno de 1765. E dahi se vê que D. Helena, avó de minha avó, era prima co-irmã de
D. Andreza Botelho de Paiva, mãi de Antonio José da Lima; portanto, eram primos segundos o pai de minha avó, Eusebio de Queiroz Coitinho (bisavô) e o primeiro
marido della, Antonio José de Lima. Como alem de parente de minha avó e seu 1.0 marido, por elle é que veio a meu pai, como adiante veremos, o vinculo da Finda
e Sacala, delle tratarei com mais individuação, pois com a herança do vinculo vieram a meu Pai os papeis de familia que possuo ainda hoje nos originaes, apesar de
serem algumas cartas regias e alvarás de Mercês datados do começo do seculo passado (1700). O de 20 de Março de 1708 dá fé que o 1.o, vindo a Angola, foi João
Coelho de Lima, natural de Ponte de Lima e filho de João Affonso de Lima; veio servir no posto de alferes da companhia do Mestre de Campo, teve o foro grande de
Fidalgo Cavalleiro por Alvará de 7 de Março de 1708; já era então Cavalleiro de Christo. Vê-se dos outros Alvarás e cartas regias, que com os dois citados conservo
nos proprios originaes, que este João Coelho de Lima foi coronel dos auxiliares de Massangano e secretario do Estado do Reino de Angola (supponho que era a
designação dada ao secretario do reino daquella capitania a que chamavam Reino). A carta regia de 20 de Julho de 1746 diz que Antonio José de Lima era filho do
coronel João Coelho de Lima e de D. Andreza Botelho de Paiva. Era este Antonio José de Lima homem de grande riqueza e possuia, alem do mais, como vinculo, a
importante fazenda de Finda e Sacála, dois predios, um dos quaes, onde tinha a Capella, o melhor talvez da cidade, que está quasi toda edificada em terras que
lhe eram foreiras. Este vinculo era formado por 2 fazendas, a 1.a das quaes de grande extensão e contendo uma grande lagoa piscosa e a ellas estavam annexos
os 2 predios já mencionados. Este vinculo, em que meu Pai depois succedeu, e que se tornou pela novissima legislação portugueza bens livres ou allodiaes, foram
por elle vendidos e si não me engano orça por 8 contos o que se apurou, tão grande ha sido a decadencia de Ingola e a depreciação de suas terras. Entretanto,
Antonio José de Lima allega e as testemunhas juram, que se tratava de assegurar successão a suas grandes riquezas e nobreza, sendo por isso escolhida uma
parenta igualmente nobre, mas não rica o que em terra apoucada devia tolher-lhe casamento extranho. Teve Antonio José de Lima uma unica filha, herdeira dos
bens vinculados, D. Anna, irmã materna de meu pai, a qual deixou um filho unico de nome Antonio José de Lima Carvalho; da mesma idade que o tio, foi o sobrinho
educado conjuntamente com elle e meu Pai fallava, nesse sobrinho, com affecto de irmã; infelizmente enloqueceu em Coimbra antes que concluisse sua formatura
em sciencias naturaez, sendo aliás mui distincto estudante. Voltando a Angola, recuperou a razão, casou e teve um filho unico, de nome Bernardino, misero idiota,
que faleceu depois de homem feito. Por sua morte. foi meu Pae, como já disse, chamado a succeder nesses bens vinculados.

Minha avó, que teve na meiação desses bens allodiaes uma fortuna consideravel, achou-se viuva antes de velha e passou ás 2as. nupcias com meu avô, o
Dr. Domingos Placido da Silva. Era este natural de Bragança e homem de verdadeira instrucção exerceu em Angola grande autoridade, já pelas lettras, já pela
riqueza; era succesor dos Capitães Generaes. Depois de haver servidos os cargos de ouvidor de Angola e de Auditor, conservou deste cargo, por Mercê Regia, a
Patente de Capitão de Infantaria e Commandante da Fortaleza de S. Pedro da Barra por decreto de 13 de Junho de 1796. Falleceu pouco depois, em 7 de Novembro
de 1796. Possuo certidão do assento e trato, que teve na respectiva thesouraria. E' a certidão de 4 de Maio de 1820. Era filho legitimo de Jacyntho Placido da Silva,
lavrador estabelecido em terras proprias nas vizinhanças de Bragança e de sua mulher, D. Escolastica Bernardes de Carvalho. Isto está escripto por lettra de meu
Pae no esboço de uma justificação quando quiz requerer para nós o exercicio de Moços Fidalgos; o que não quiz eu que se fizesse pois pareceu-me pouco proprio
da idade que tinhamos de mais de 21 annos.Meu Pae era primo de minha mãe, de sorte que foi preciso dispensa para se casarem; como vimos, a mãe de meu Pae
era filha de D. Catharina Rodrigues Mattoso, filha do tenente coronel Mathias Rodrigues Mattoso. Alem disto, aquelles de nossos parentes que residiam em Angola
casavam quasi sempre com parentes, como em terras pequenas acontece ás familias que se julgam nobres. Assim, entre os ascendentes de Angola, vejo duas
unicas excepções, a saber: meu avô paterno, o Dr. Domingos Placido da Silva e meu bisavô, tambem paterno, o Capitão Euzebio de Queiroz Coutinho, por quem nos
veio o vinculo de Finda e Sacála, de que já fallei.

Já vimos que a guerra com os hollandezes foi que atrahiu para a Angola o tenente general João Gago da Camara, o qual era casado com sua prima, D. Luiza de
Medeiros Bettencourt. Esta senhora era filha do Capitão mór Luiz Prates da Vide e Anna Mattoso de Andrade. Parente delles era o coronel dos moradores Francisco
Mattoso de Andrade Camara, cavalleiro professo na ordem de Christo (o que em taes tempos era mui valiosa distincção) casado com D. Josepha Maria de Lima
Carvalho Feijó. Tiveram estes um filho que depois foi o coronel dos regimentos de linha, Manuel Mattoso de Andrade Camara, tambem professo
na ordem de Christo e Familiar do Sto. Officio. Este coronel Manuel Mattoso casou com sua prima, D. Anna Gago da Camara, filha unica do tenente general João
Gago da Camara, e portanto successora no vinculo da Quitação da ilha de S. Miguel. Tiveram 2 filhos: o 1.0 -- Luiz Prates Mattoso Gago da Camara, cavalleiro professo
na ordem de Christo, capitão mór de Massango, homem muito estimado por suas virtudes mas de ideias tão aristocraticas que nunca perdoou ao filho o casar-se
mal em Lisboa e contra sua vontade, e que fechou as janellas de sua casa e tomou lucto quando sua filha (tia D. Anna) Casou com o finado Diogo Teixeira de Macedo,
apesar de ser filho de um antigo governador da Fortaleza da Conceição no Rio de Janeiro, e que naquelles
tempos havia sido 1.o Cadete.

0 2.° filho foi o coronel Francisco Mattoso de Andrade Camara. Deste meu avô possuo uma certidão de baptismo que diz ter elle sido baptisado em 30 de Julho de
1749 na Sé, pelo Conego Caetano Francisco Gago da Camara; ahi se declara ser elle filho de Manoel Mattoso de Andrade e de sua mulher D. Anna Gago

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da Camara e ter sido Padrinho o conde de Lavradio. Era homem muito amado e respeitado; casou com uma parenta, D. Mariana Simões da Silveira, da qual teve: 1.0
--- Innocencio Mattoso, que se tornou o chefe da familia em Angola, onde é hoje representado pelo primo José Maria Mattoso, que aqui foi educado; 2.o Antonio
Mattoso de Andrade Camara, que depois de fazer um casamento infeliz, morreu no Pará; 3.0 Manuel Mattoso de Andrade Camara, que vive em Angola e consta-me
que não corresponde aos seus maiores -- e 2 filhas, uma D. Maria, casada com o major de linha Francisco Militão Mattoso de Andrade, pae do primo José Mattoso
de Andrade Camara, actualmente Juiz de direito em Nictheroy e outra, D. Catharina Mattoso de Queiroz da Camara, minha mãe, que Deus tenha em gloria. Não sei
bem qual o grau de parentesco do tenente coronel Mathias Rodrigues Mattoso com estes meus avós maternos; era porêm muito conjuncto. Vamos que sua filha
D. Catharina Rodrigues Mattoso casou fóra da familia com o capitãode infantaria Euzebio de Queiroz Coutinho (que supponho era parente, mas em gráu remoto),
cuja filha D. Helena é minha avó paterna. Era este capitão, como vimos, primo segundo de seu primeiro genro, Antonio José de Lima, que, além de grandes riquezas,
possuia o vinculo de Finda e Sacála e de cuja familia já dei ampla noticia. Este vinculo merece que mencione uma circunstancia, de que não tenho prova, e que por
isso não posso garantir, mas ouvi que fora estabelecido em terras doadas como remuneração dos serviços do famoso Bartholomeu Dias, o descobridor do Cabo da
Boa Esperança (1487), que assim preparou a Vasco da Gama a viagem que o immortalisou. Considero com desvanecimento que a linha de successão de um vinculo
chamasse meu Pae a herdar terras doadas a tão distincto navegante. Passando minha avó a segundas nupcias com o Dr. Domingos Placido da Silva, teve, além
de filhas, 2 varões. O primeiro, fallecido na puberdade; o 2.o, foi meu pae, de quem pretendo occupar-me mais extensamente. Para completar esta noticia de nossos
ascendentes, noticia que, no até aqui exposto, funda-se em documentos, que possuo, e que a provam o mais authenticamente, que é possivel; acrescentarei que entre
os papeis de meu Pae ha um que, no fim, trazia escripto copia de outro por lettra de Luiz Prates Mattoso da Camara (irmão mais velho de meu avô materno).
Ahi diz-se o seguinte:

Do tempo d'El Rey D. Affonso V (1438) era fidalgo de sua casa Rui Esteves Barbosa oriundo de entre Douro e Minho casado com
Fillippa da Silva illustre Fidalga irmã do famoso Silva Regedor de suem descendem tantas casas titulares de Portugal

Destes nasceu

Luiz Lopes Barbosa da Silva que casou com Branca Gonçalves de Miranda; este casal veio para a ilha de S. Miguel.
Luiz Lopes Barbosa que casou com Guiomar Tavares filha de Fernão Anes Tavares.
Franco Barbosa que casou a 1.a vez e não teve filhos e a 2.a vez casou com Izabel de Miranda da Ilha de S. Miguel.
Hercules Barbosa da Silva casou com Isabel Fernandes filha de Fernão Lourenço e de Leonor Fernandes, filha de Gaspar Fernandes
Lealdador-Mór dos Pasteis.
Braz Barbosa e da Silva Lealdador e Alfs. Mór em Ponta Delgada que casou com D. Catharina de Bittencourt.
D. Anna de Bittencourt que casou com Ruy Gago da Camara 3.o do nome.
Gonsalo da Camara e Silva Lealdador dos Pasteis que casou com Mariana de Gusmões era alferes mór.
João Gago da Camara General de Artilheria que casou com D. Luisa de Medeiros Bittencourt filha de Luiz Prates da Vide e de D. Anna
Mattoso de Andrade.
D. Anna Gago da Camara foi casada com Mel. Mattoso de Andrade 1.o coronel deste regimento, Cavalleiro professo na Ordem de
Christo Familiar do Santo Officio filho legitimo de Francisco Mattoso de Andrade Cavalleiro Professo na ordem de Christo coronel dos
moradores de sua Magestade e sua mulher D. Josepha Maria de L. Carvalho Feijó.
Luiz Prates Mattoso da Camara Carvalho Professo na ordem de Christo Capitão Mór da villa de Massangana casado com D. Anna de
Queiroz Coutinho filha do Cap. de inf. Euzebio de Queiroz Coutinho e de D. Catharina Rodrigues Mattoso.
Dos antigos e illustres Botelhos:
Era Pedro Botelho Commendador mór que na batalha de Algibarrota deu o seu cavallo ao Condestavel D. Nuno Alvares Pra. vendo-o
sem cavallo.
Gonçalo Vaz Botelho que veio como 1.o provedor para ilha de Sta. Maria e Pedro Botelho que ficou em Lisboa provedor da Fazenda
em tempo d'El Rey D. João 2.0 e de seu conselho.
Lopo Botelho que casou com Brites de Mello.
Deste nasceu
Estevão Soares de Mello Sr. de Mello e D. Izabel Botelho de Mello que casou com 1.o Ruy Gago da Camara.
O 2.° Ruy Gago da Camara que casou com D. Francisca de Oliveira
O 3.o Ruy Gago da Camara que casou com D. Anna de Bittencourt já declarado acima.

CATALOGO DE AUTORES GENEALOGICOS


Família Andrade Câmara
1ª GERAÇÃO - João Gonçalves Zarco, 1º donatário do Funchal, casado com Constança Rodrigues.
2ª GERAÇÃO - Capitão-mór Rui Gonçalves da Câmara, pai de Antão Rodrigues c/ companheira Maria Rodrigues
3ª GERAÇÃO - Antão Rodrigues da Câmara, o Mulato que casou com Catarina Ferreira da Cunha.
4ª GERAÇÃO - D. Guiomar da Camara foi casada com Paulo Gago Da Câmara.
5ª GERAÇÃO - O 1.º Ruy Gago da Camara que casou com D. Izabel Botelho de Mello
6ª GERAÇÃO - O 2.º Ruy Gago da Camara que casou com D. Francisca de Oliveira de Vasconcelos
7ª GERAÇÃO - O 3.º Ruy Gago da Camara que casou com D. Anna de Bittencourt e Sá.
8ª GERAÇÃO - Gonçalo da Camara e Silva, alferes mór, que casou com Mariana de Gusmão Orosco.
9ª GERAÇÃO - João Gago da Camara General de Artilheria que casou com D. Luisa de Medeiros Bittencourt.
10ª GERAÇÃO - D. Anna Gago da Camara foi casada com Coronel Manoel Mattoso de Andrade.
11ª GERAÇÃO - Francisco Mattoso de Andrade Camara casou com uma parenta, D. Mariana Simões da Silveira.
12ª GERAÇÃO - Inocêncio Matoso de Andrade Câmara
Texto do livro Montes Claros Sua Historia Sua Gente e Seus Costumes
Andrade Câmara - Com este mesmo duplo sobrenome, há outra importante família em Minas Gerais. Um dos
seus troncos estabeleceu-se no Município de Montes Claros, e procedem de Justino de Andrade Câmara,
nascido em 1828, em São João Batista. Filho do Capitão João de Andrade Câmara. Passou a Montes Claros,
em 1857, na função de Agente do Correio. Vereador e Vice-Presidente da Câmara (1860). Administrador do
Município de Montes Claros (1869). Deputado Provincial. Presidente da Assembléia Provincial. Professor
público e advogado vitalício, por provisão de 1874, do Governo da Província. Promotor Público da Comarca de
Montes Claros. Deixou larga descendência de seu casamento com Maria Francisca de Oliveira.
(Hermes de Paula, Montes Claros, 179)
Heráldica [Inocêncio Matoso de Andrade Câmara – 25.11.1830. Cartório da Nobreza, Livro VIII, fl. 255v]:
um escudo esquartelado com as armas das famílias Andrade [1.º], Câmara [2.º], Simões [3.º] e Silveira [4.º]

1030. INNOCENCIO Mattoso DE ANDRADE CAMARA, natural da cidade de Loanda,


reino de Angola, filho de Francisco Mattoso de Andrade Camara, primeiro coronel de
milicias que havia na dita cidade de Loanda, e de sua mulher D. Marianna Simões da
Silveira; neto paterno de Manuel Mattoso de Andrade, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e primeiro coronel de linha que houve no reino de Angola, e de sua mulher
D. Anna Gago da Camara ; bisneto de Francisco Mattoso de Andrade, cavalleiro professo
na ordem de Christo, e coronel dos moradores na mesma cidade de Loanda, e de sua
mulher D. Josepha Maria de Lima Carvalho Feijó ; bisneto pelo mesmo lado de João
Gago da Camara, tenente general de artilheria, que passou para a dita cidade para a
defender no tempo da guerra com os hollandezes, e de sua mulher D. Luiza de Medeiros
Bettencourt; neto materno de Antonio Simões da Silveira, e de sua mulher D. Maria das
Candeas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Andrades, no segundo as dos
Camaras, no terceiro as dos Simões, e no quarto as dos Silveiras. — Br. p. a 25 de
Novembro de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. vii, fl. 255 v.

1030. INNOCENCIO Mattoso DE ANDRADE CAMARA, natural da cidade de Loanda,


reino de Angola, filho de Francisco Mattoso de Andrade Camara, primeiro coronel de
milicias que havia na dita cidade de Loanda, e de sua mulher D. Marianna Simões da
Silveira; neto paterno de Manuel Mattoso de Andrade, cavalleiro professo na ordem
de Christo, e primeiro coronel de linha que houve no reino de Angola, e de sua mulher
D. Anna Gago da Camara ; bisneto de Francisco Mattoso de Andrade, cavalleiro professo
na ordem de Christo, e coronel dos moradores na mesma cidade de Loanda, e de sua
mulher D. Josepha Maria de Lima Carvalho Feijó ; bisneto pelo mesmo lado de João
Gago da Camara, tenente general de artilheria, que passou para a dita cidade para a
defender no tempo da guerra com os hollandezes, e de sua mulher D. Luiza de Medeiros
Bettencourt; neto materno de Antonio Simões da Silveira, e de sua mulher D. Maria das
Candeas.
Um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Andrades, no segundo as dos
Camaras, no terceiro as dos Simões, e no quarto as dos Silveiras. — Br. p. a 25 de
Novembro de 1830. Reg. no Cart. da N., liv. vii, fl. 255 v.

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