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CATALOGO GENEALOGICO

DAI

PRINCIPAES FAMILIAS
Que procederam tle Albnqnerqnes, P Cavaicantes em Pemanibuco.
e Cararnarus na Bahia,
tiradas de iiiernorias. manuscritos antigos e fidedignos, nulorizatlos
por aiguns escritores, e eiii especial o Theatro Genealogicu
ile D. L i v i m de NaAo Zarco e Colona, a l i b Yanml de
Carvallio de Atahide, e acrescenlado o mais nioùemo, e conlirriiailo
tudo. assim modemo, como antigo coiii apsentos dor
livros de baptizados, cazamentos, e enterros, que 8e giiardani
na camara occleziostica da Bahia.
POB

d[r antonio de S. F a r i a &boa&,


m a d o r , ex-difinidor, chronista da provincia de S. Antonio do tirazil,
academico numerario da Academia Brazilica dos Renascidos,
e natural de Pernamhuco.
Na oficina do cuidado icnlar e A custa do desvello proprio no
auno de%, em idade de 73 annoa.

TRASLADO AUTENTICO
DA ATTESTAÇÀO, QUE MANDOU PASSAR O DUQUE DE FLORENÇA
A FELIPPE CAVALCANTI SOBRE O SOLAR, E T1TI;LO DE
SUA ILLUSTRE NOBREZA.

Em nome de Deos. Anien.


No anno de Nosso Senhor Jesus Christo de 1683, a
3 0 de Dezembro, se leu este testimunho publico, como
está no 1". livro dos decretos e privilegias dos serenis-
simos e grandes Duques de Toscana, onde se vê o de-
creto abaixo escrito de certitlcaçiio de nobreza pelo
6 REVISTA TBIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

teor seguinte, como se guarda no archivo das reforiiia-


çóes da cidade de Florença, em seu original do numero
141 at6 142.
Cosme de Medicis, por graça de Deos, Duque 11 de
Florença e Sena. etc. A todos e a cada um, a sujas iiiãos
chegarem as presentes letras, saude e prosperidade: etc.
A familía dos Caralcantis n'esta nossa ci&de.de Florença,
como tambetn a foglilia dos Manelloe, reeplnndeoe com
singular nobreza e laziniento, dos quaes até este teiupo
fiem sahido varões de n6s, de nossos progenitores, e da
nossa republicrt henemeritos ; porque elles t.èm alcançado
eiii succesivou tempos todas as honras e dignidades da
nossa cidade, e têm servido os supremos magistrados com
grande louvor ; trazendo as armas proprias da sua fa-
milia, á maneira dos patrici~sflorentinos, distintas eiu
seus campos e cores conhecidas, como abaixo se pode
vêr, viveram como os outros mais liizidos fidalgos de siia
patria. Eiitre os qaaes contamos principalmente a .Joio
Cavalcanti, pai de Felippe Cavalcanti, o qnal viveiiclo
n'esta cidade em tempos passados cazou com a nobilissiiua
Genebra Manelli, de quem teve de legitimo matrimonio
ao dito Felippe Cavalcanti: o qnal, não degenerando tle
seus pais, vive com toda tl pompa no nobilissimo reino
de Portngd. Pelo que amamos, como nos é licito. itS
mesmas familias, e a seus descendentes, e até d'isso signi-
ficamos, que o mesmo Felippe Cavalcanti, nascido dos
ditos pais nobres, a saber .To&oe Genebra de legitimo ma-
trimonio, e de familias milito nobres, com razão é muito
amado de nbs, e com o testimunho das presentes letras,
que mandamos sellar com o nosso se110 pendente de armas,
certificamos sua nobreza; e a al6m d'isso dezejamos
e pedimos. que por nosso respeito se lhe faça com toda a
. benignidade muita honra, porque nos ser8 isso milito
agradavel, e o teremos em grande obzequio. Dado em
Florença em nosso palacio dos Duques a 23 de Agosto de
1569, e do nosso ducado florentino 23O., e do de Sena o :I".
Eu Jeronimo de Giuntinis, doutor em ambos os (li-
reitos, filho do Snr. D. Francisco, cidadBo florentino,
primeiro ministro do dito archivo das reformaqóes da ci-
dade de Florença, juntamente com o abaixo assignaclo
D. Lonrenço de Continis, meu companheiro no dito offtcio,
para credito publico,por m8o propria asdignei para louvor
de Deos.
Eu Loureiiqo de Coiitiiiis, íilho de Cosme, cidaùgo
flnrentinc, segiindu ministro no dito ofticio das reforma-
çoes junto com o tlitr, D. .leroniiiio de Giunlinis, primeiro
ministro no mesmo officio. por passar assim ns verdade,
aqsignei por mão propria para louvor cle Deos.
N6s Antonio de Deis, ao presente proconsul do
collegio dos juizes e notarios da cidade de Florença,
damos fe. e publicauieiite certiticamos, que os sobreditos
Snrs . D. Jeroninio de Giiintinia e D . Lourenço de Con-
tinis foram e silo taes quctes fazem nas suas assi-
gnaturas, e sBo dignos tle fé, e que nos seus signaes
sempre a elle se deu e RO presente se llie dB plena e indu-
bitavel fé, em juizo e fóra d'elle, e por passar assim na
verdade, passamos esta sellda com o nosso sello. Dada
eu1 Florenqa a 4 de Janei1.o de 1~63.-.Ttfr~nh Biltdio, ('nn-
crlla~to,etc.
N6s abaixo-ctssigna(los, mercadores da yrcrçn de Fio-
rença, certificamos como o sobredito Sr. D. .Jeronimo
Giuntinis e o Snr. T,ourenyo Continis, s&o taes quaeu
se fazem nas suas ctssignatiiras legaas, e dignas de f6,
e s sens signses se deu, e díl por todos inteiro credito,
e por ser assim n;i verdade, pasuanios esta a 4 de Janeiro
de 1689.
José Bitona Corsi dtí a dita f6 por mHo propria.
Carlos de Gmeni tlii a tlitai f6 por mHo propria.
Lugar -i-.

Diogo Alvares. Eu el-rei vos envio muito saudar. Eu


ora mando Thom6 de Souza, fidalgo de minha caza, a essa
Bahia de Todos os Santos por capitiáo governador d'ella,
e para na dita mpitcrnia e mais outras d9esse estado do
8 REVISTA TRIMENSAL DO IKSTITUTO HISTORICO

Brazil prover de justiça d'ella,e do mais que ao meu serviçcr


cumprir, e mando, que na dita Bahia faça uma povoaçilo,
e aesento grande eoutras couzas de meu serviço. E porque
sou informado ela muita pratica e experiencia,que tendes
d'essas terias, e da gente, e costumes d'ellas, e sabereis
bem ajudar e conciliar, vos mando, que tanto que o dito
Thomé de Souza 18 chegar, vos vade para elle e o ajndeis
no que lhe deveis cumprir, e vos elle encarregar,
porque fareis n'isso muito serviqo; e porque o cumpri-
mento, e tempo de sua chegada a elle abastada de manti-
mentos da terra, para provimento da gente, que com elle
vai, escrel-o sobre isso a Paulo Dias, vosso genro, pro-
cure por se haverem, e os vA buscar pelos portos d'esea
capitania de Jorge de Figueiredo. Sendo necesearia vossa
companhia e ajuda, encommendo-vos, que o ajudeis no
que virdes que cumpre, como creio, que o fareis. Barto-
lomeu Fernandes a fez em Lisboa a 19 de Novembro d e
-
1648. R&.
Sobescrito - Por El-Rei a Diogo Alvares, caval-
leiro de minha caza na Bahia de Todos os Santss. *

CARTA D'EL-REI
DE 24 DE DEZEMBRO DO ANKO DE 1605

Vi uma.consulta do conselho da India,que me envias-


tes sobre Alvaro Rodrigues e Rodrigo Martins, irmilos.
Hei por bem de fazer mercê de os tomar por caval-
leiros fidalgos de minha caza, e mil e duzentos de mo-
radia a cada um, e que se lhe dê b r a a de armas de

* Acha-se no liv. 4 de serviços da camara da Bahia a íl. 24, e alii


as cerlidáes dos tabelli&s, que a.reconhecemm.
Consta dos papeis dos serviqos de Alt7aro Rodrigues Adorno,
neto do dito Diogo Alvares CaraniurB. que se acha a fl. no cariorio d e
Valensuela, que serve o capiião Antonio Teixeira Braga, em o livro
d'elles do anno de 1504 a íl. 328.
CATALOGO OENEALOOICO 9

nobreza conforme os seus feitos, e assim lhes faço mercê


do habito de Aviz, com vinte mil r6is de tença a cada um
e tam bem lhe faço de quatro leguas de terra,comoparecen
do conselho da India, as quaes lhe assignarh 01 go-
vernador do Brazil .

TRASLADO AUTENTICO
PARA O 1 . OOVER-
DE CMA CARTA D'EI.-REI D. JOÃO O 3'.
NADORE FUNDAKWR DA CIDADE DA BAHIA

Diz o thezoureiro-mor Jogo Borges de Barros, que,


para certo requerimento, lhe R necessario, que qualquer
dos escriviles d'esta ouvidoria, a quem forem apresen-
tados os autos juntos, lhe passe por certidão o teor
da carta do Senhor rei D. Joáo o 3'. , escrita a Thomt3 de
Souza, primeiro governador d'este estado do Brazil, a qual
se acha 9, 0. 8 verso. E que outrosim, revendo os ditos
antos, certifique, si nos teirnos judiciaes, e mais partes
d'ellw, se nomeia a esta cidade por cidade do Salvádor,
ou de São Salvador, e quantas vezes de um e outro modo.
Pede a Vmc. seja servido mandar passar certidão em
modo, que faça f4, entregando-se outra vez os autos,
a quem lhes apresentar. E. R. M. Passe.- F a W .
Antonio de Sepulveda Carvalho, que sirva de escrivso
da ouvidoria geral do civel da Relaqiio d'este estado da
Bahia nos impedimentos do proprietrrrio o capitáo-m6r
JoBo Teixeira de Mendonça, etc. Certifico, que por parte
do recorrido supplicante, o thezoureiro-mór Jogo Borges
de Barros, me foram apresentados uns autos, que pela
sua antiguidade lhes faltam algumas folhas ao principio, e
por essa raz80 ngo tinham aotoaçiio, mas pela contestura
d'elles se percebia serem os ditos autos 'de traslado de
outros de libello processado entre o procurador da
mitra,igrej% e amezapontifical d'esa cidade e o provedor
2 P. I. VOL. L I I .
e mais irmaos da Snntn Mizericordia. e revendo os
ditos autos sobre o pedido ou petiqilo retro, n'elles a
fl. 8 verso computadas pelo nnmero, que ao diante se
segue, achei inserta a carta, de qne a petiç8o retro faz
menção, cujo teor de verbo ad verhmw 6 o seguinte :
Tliom6 de Souza, Amigo. Eu El-Rei vos envio
inuito saudar. O bispo d'essa cidade do Salvador, ora
rezidindo em seu bispado como por outras cartas tivesse
sabido ; e por que folgaria, que em a dita cidade houvesse
duas cazas para apozento do dito bispo, e Aos que ao
diante forem,vos encommeiido e mando.que ordeneis de as
mandar fazer mais perto que poder ser da sé, ou pegadas
com ella, si para isso houver logar conveniente, e com o
dito bispo praticareis aonde ser8 melhor. Muito vos
itgradeçerei fazerem-se as ditas cazas com a mais brevi-
dade qiie poder ser, as qnaes terão ao redor de si um
xão, ein que se possa fazer quintal e jardim; e o que n'isto
fizeres me fareis a saber por vossa carta. Sdriano Lucio
fez em Almeirim a 22 de Setembro de 1552. Andre Soares
a fez escrever.- Rei. Para Thom6 de Bouza, governador
das terras do Brazi1,sobreas cazas que ha de mandar fazer
lia cidade do Salvador para os bispos d'ella. Por EI-Rei.
Registrada a fl. 176.
N h se contem mais em a dita carta. E outrosim
consta dos ditos autos -sim pelos termos judiciaes como
pelas certidões, qne n'elles se acham copiadas, nomear-se
e m quarenta e cliias partes esta cidade com o titulo de
-Salvador-Bahia de. Todos os Santos-e em nenhuma
parte com o de-São Salvador. Passo o referido nrr ver-
dade e consta dos ditos autos, aos quaes em tudo e
por tudo me reporto, que tornei a entregar a quem
aqui assignoii de como os recebeu, e d'elles fiz passar a
presente certidao bem e fielmente ; sem couza que da-
vida faça em observancia do despaxo retro do dezem-
hargador ouvidor c10 civel ~ernardhioFalcão de Gouvêa,
cavalleiro professo da ordem de Christo, com o teor da
mencionada carta e outro official comigo assignado, esta
conferi, concertei, subscrevi e assignei na Bahia aos
19 dias do mez de Julho de 1759 annos. Pagou-se d'esta,
na fhruin (10 iegiiiieiito. 216 iYis. Ii: eu Siitoiiio de Sepril-
veda de Carvalho a subscrevi .
E comigo inqnirirlor
.7osepl, r2n t»ll io Troiano.
' t'oncertada por mim escriváo
Antcmio de S ~ p r h - e d ad~ (7nrvalho.

CIO 1."8 1)E U M (:ATAI.Ol;O .\STlC;O DOS G O V E K S . ~ l ) C ) K S S I).\


Ii.\I1IA

Thomé de Souza veio coiii yateiite d'el-rei L). . l o b 111


e com titulo de capitão-m0r emquanto não fimdasse a
cidade, trazendo em sua companhia o Dr. Pedro Borges
para ouvidor geral e Antonio Cardozo de Barros para
provedor da fazenda real; e desembarcando na ponte de
Santo Antonio da Barra em o mez de Março de 1549,tomou
logo posse da dita capitania-mór da villa velha de N. 8e-
nhora da Victorilt, e preparando atE o mez de Julho a
gente de guerra, que havia trazido de Portug~1,escolhido
.i& o sitio por Diogo Alvares, marido de Cathariua Al-
vares, que A o em que estii hoje fundada a cidade, por
ter porto acommodado para os navios e sei. a terra levan-
tada,que a faz participante de bdas as virações, mar-
chou o dito capiao-mGr com mil liornenu de guerra e
quatrocentos indios, e com effeito Azeram despejar as
tres aldêas do gentio, que se achavam estabelecidas
onde 6 o Terreiro de Jesus, o convento do Carmo e o
Desterro, e a primeira couza que fez foi a igreja (18
N. Senhora da Ajuda, para os religiosos da compsirhir,
e logo se continuaram cazas para o capitiio-mór e para o
oavidor geral, provedor da fazenda e caza para o senado
da camara e mais povo, e no primeiro de Novembro, dia
de Todos os Santos, se estabeleceu a cidade do Salvador
da Bahiade Todos os Santos, tomando o dito capitão-m6r
CATALOGO OENEALOOICO

Jeronimo de Albnqnerque, de qnem aqui falamos,


foi o 1". d'eate appellido! que passou a Pemambnco, em
companhia do seu primeiro donatario descobridor e fun-
dador Duarte~Coelho Pereira. a quem o rei D. JoBo 111,
pelos bons serviços, e flel companhia que este Duarte
Coelho Pereira havia feito na India a Jorge de Aibu-
qnerque, capim na tomada de Malaca, fez dosç80, senhor.
e proprietario da capitania de Pernambnco ;e Jorge de
Albnqnerqne pelas mesmas raz6es voltando da India para
'
o reino no anno de 1627, em Lisboa cazon a este Duarte
Coelho Pereira com sua sobrinha D. Brites de Albuqnerqne,
que era fliha de Lopo de Albuquerqne, a qnem chamavam
o Bode, e de sua mulher D. Joanna de Bulhilo, e era
irmb este Lopo de Albnquerque do sobredito Jorge de
Albnqnerqne ; e Jeronimo de Albnqnerqne acima, de
quem aqui entramos a tratar, era íilho 3'. d'este Lopo
de Albnqnerque e i r m b de D. Brites de Aibnqnerqne,
mulher de Dnarte Coelho Pereira.
No anno de 1630, vindo Dnarte Coelho Pereira
conqniatar e tomar posse da capitania de Pemambnco,
trouxe em sua companhia a este seu cunhado Jeronimc,
de Albnqnerque, o qual n'esta empreza e conquista obrou
as acçõesde esforça elealdade que andam escritas, e ven-
cidos os indios do monte de Olinda, hndada a sua pri-
meira povoação, feita8 as pazes, e convertidos muitos B
fé e amizade dos Pertnguezes, de uma fllha da ald8a de
Olinda, chamada -Verde, quando gentia, e depois
d'estes D. Maria do Espirito-Santo Arco-Verde, a qnem
os seus reconheciam antes por princeza, teve d'este Jero-
nimo de Albnqnerque, cunhado do donatario Dnarte
Coelho Pewirs, vafios fllhos bastardos.
.
1. D Cathanna de Albnqueqne, que ae segue.
8 . D. Brites de Albnqnerque, muiher do citado Lins
adianta.
8 Jeronimo de Albnqnerque, que sua descendencia
vai bfl.. .
.
4 D Simoa de Albnqnerqne, fl . ..
14 REVISTA T R I L l t S > \ I . Ivi i ISSTITI'TO 1IIL;TORICO

S. I. Felipe. Cavalcanti, fidalgoflorentino, foi *de


JoSo Cavdcanti, e de sua mulher Genebra ManeIli, e
por canur de uma conjuraçáo, que fez com seus parentes
Hddo Cavakanti, Pandolfo Pucei, e o u m contra o
duque (%me de Jfedicis, fugio para PortngP1 no .ano
de 1558, e MO se dando por seguro na E m p se
a Pernsmbuco, oude experimentou tal hospitalidade em
.Jeronimo de Albuqueqne, cunhado do primeiro dana-
tario Duarte Coelhu Pereira, que o cama o dito
Jeronimo de Ilbuqnerqne com uma filha sua nabual
chamada D. Catharina de Aibnqueqme ;a primeira que
houve este Jeronimo de Albuqnerqae em D. M a r h do
Espirito Santo -Imo-verde, e por ser a Ia. lhe chamavam
D. h t h a r i n a a velha ; seu pai a estimou mais e mais
que b outras Cllios; e P uma das pertilbadlw a seu requeri-
mento pek, rei D. Sebastiáo. Sobreviveu Felipe Cavd-
canti de alguns ;irmos a seu sogro Jeronimo de Mbu-
querque. Do limo vellio da s4 consta, que sua malhar D .
Catliarina de -\lbiiqueque falecera a 4 de Junho d e
1614. e que sepultada na matriz do Salvador de
Olinda, sua p i tria, na mesma sepultura de sea marido
Filipe CavdCauti na capella de 8 . Joáo, de que eram
padroeiros. lh m m u livro oonsh, que haviam feito
testamento de m80 coniuiiim, o q n d ella ratifica em um
c.iaddlo; não ha lioje notiuia d'esta insticaiqh, nem da
q d a de S. JuBu : urui ha na JB nenhuma d'este titulo.
D'esta D. Cuthrinr (ia -iIBiiquque e seti marido Fe-
lipe Cavaloanti irwotti-aw oiiae filhos.
1. Antonio c'w\'dt.cuiii~ tia Alhuqurque, que se
segue.
S. L o u ~ n \ . cavdcmttt
o de Aibuqwtyue,q u e m luina
de 1634. quando o Olwkdea tumau oril&e da Bahir, s.4

rcker ali, semdo cwmuel e m u n d o aUa o Antonio Cai--


doso de B a r n \ a ~ W H o govt\rno d- arnus na f d t a do
governador Irtntliiw de .4lhuq\ituyue, que mnxnavu Per-
nambiico. tt niad:~iioiiitbtrtii>pu*#tb li.uhiw. Ali\iii b outros,
que o rwi\\vtbiii, #<\i111 o traa A). Thuw 1\LPLIùO d e
Vargas na Restaur~tc;ãoBitliia, i ti. 43. Náo cazou este
Lourenço Cavalcanti na Bahia, como diz unia escrita
que vimos, e diz ella, que assim o escrevem as memo-
rias de Joz4 de Stí de Albuquerqne, affirmando estas que
não só caztíra na Bahia este Lourenço Cavalcante, mas
que ali tivera bastante descendencia ; porque este Lou-
renço Cavalcante,que cazou na Bahia, e teve n'ella larga
descendencia, foi outro Lourenço Cavalcante sobrinho do
acima referido, íilho de D. Felippa de Albuquerqne,
irman do primeiro Lourenço Cavalcante, coronel na
Bahia, a qual D. Felippa de -4lbuqiierqiie foi cazada em
Pernambuco com -4iitonio de Olanda, filho de ArnBo do
Olanda, de quem adiante se dirh; e vamos com os mais
tilhos de Felippe Cavalcante, Florentino, e sua mnlher
D. Catharina de blbuquerque.
6. Jeronimo Cavalcante, de quem não vimos a sua
snccessb, e do qual consta, quenoanno de 1625 foi remet-
tido pelo governador de Pernambnco, Mathias de Alba-
querque, A Bahia em um navio com gente em soccorro
para a restauraçáo d'crquella praça, que os Olandezes
haviam occnpado em 9 de Maio de 1624, e com effeito se
restaurou no 1.0 de Maio seguinte de 1625.
7 . Felippe Cacalcante de Albuquerque.
H. D. Genebra Cavalcante, mnlher de D. Felippe
de Moura.
9 . D. Yargaridrt Cavalcante de Albuquerque, mil-
lher de Cosme da Silveira. e depois de Joiio Gomes d e
Jdello, o moço.
10. D. Cathariiia de Albnquerque, mulher de Chris-
tovão de Olanda, 6. fl . . .
11. D. Felippa de Albuquerqne, mulher de Anto-
nio de Olanda, & fl . . .
.Jao, Joanna e Brites, que faleceram pequenos.*
h'. B. Antonio Cavalcante de Albuquerque, fllho
segundo de Felippe Cavalcante e de sua mulher
D . Crttliarinri de: Albuquerque, succedeii a seu pai

T;iti~:iiode Vargas, Rrsfaumcion de ln Hnhia. fl. 11H


'U. Tl~i~iiiaz
V. !ij33.
16 REVISTA TRIMEXSAL DO INSTITUTO ICISTOBICO

naa administração dos bens da capella de S.Jolo da matriz


do Salvador de Olinda, .e cazou com D. Izabel de Gtóes de
Vtramncellos, filha de Arntío de Olanda, de quem adiante
s e dirtí, e d'esta e seu marido Antonio Cavalcante foram
Alhos :
12. Jeronimo Cavalcante de Albuquerque, de quem
faz memoria Brito,no liv . 5 n .396 e liv.8 n. 655,foi fidalgo
cavaiieiro da caza real e professou na ordem de Christo,
lilrbilitado no anno de 1634 ; assistio com valor nas guer-
ras de Peinambuco contra os Olandezes, e na retirada que
fez o povo para as partes da Bahia, se retirou tambem
este Jeronimo Cavalcante, deixando em Goiana, onde
era morador, tres engenhos de fazer aasucar, e mais a
fazenda que possuia.Foi governador de Cabo-Verde, como
escreve Duarte de ,Qlbuquerque Coelho, donatario de
Pernambuco, nas snas Memorias diarias, a que assistio
pessoalmente nos primeiros 8 annos d'aquellas guerras,
A fls. 17, 49 e 192 v.; nao consta fdsse cazado.
13. Manoal Cavalcante, que foi religioso capuxo da
provincia de Sauto Antonio do Brazil, professo no con-
vento de Olinda a 9 de Novembro de 1608, chama-se frei
Manoel de Santa Catharina. Enganou-se o padre Cruz na
sua Bibliotheca luzitana, onde escreve, que fôra este
religioso filho de um dos conventos do Carmo em Per-
nambuco, porque, como aqui dissemos, no livro antigo
das proflssdes do convento da Senhora das Neves de
Olinda, está o termo da sua profissão no dia referido,
e os nomes de seus pais acima, como aqui vão.
14. Paulo Cavalcante, que foi religioso professo
nos capuxos de Portngtil a 19 de Fevereiro de 1632, dia
em que fez a sua profissão no convento de Santo Antonio
de Lisboa, estudou as letras e foi guardiiio do collegio da
Pedreira, provincial de sua provincia eleito a 6 de Maio
cle 1662, vizitador da provincia da Piedade, e faleceu no
convento de Lisboa a 3 de Fevereiro de 1693 ; compoz a
abra que traz a Bibliotheca Luzitana, tom. 3, fl.619.
15. Felippe Cavalcante de Albuquerque, que se
segue.
16. D. Brites de Albuquerque, que cazon com Fran-
cisco Coelho de CarOalho, como vai adiante B fl. .. n. 1.
CATALOGO OEKEALOOICO 17

17. D. Izabel Cavalcante de Albuquerque, que cazon


duas vezes, a primeira com híanoel Gonçalves Cerqueira,
cnvalleiro da ordem de Christo e familiar do santo officio,
administratlor da capella de Santa Catliarina de Nizeri-
cordia de Olinda, e a segiindã com Francisco Bezerra
Barriga, primo de seu primeiro marido, e de ainbos estes
honve successão.
E D. Alaria, L.. Ursula e I). I'aiil~, religiosas no
mosteiro de Santa Clara de Lisboa.
N. 15.-Felippe Cavalcnute de Albuqiierque. filho
de Antonio Cavalcante de Albuquerque e de sua mulher
D. Izabel de Góes, foi fidalgo cavalleiro da caza real, e
professo na ordem, para a qunl foi Iiabilitado no aniio de
l(i38. Servio com honra e credito nas guerras de Pernam-
bnco contra os Olantlezes, e depois da. restliuraçilo viveu
muitos annos na fregiiezia de Ipojuca, onde faleceii . Cazon
depois do aniio de 1657 (porque no termo tle irmlo da
Mizericordia de Olinda, que assignoii e u 2 de Julho do
dito anno, ainda era solteiro)* com I). Uaria de Lacerda,
filha herdeira de Antonio Ribeiro de Lacercla, aquelle
valerozo capitilo, qiie indo por cabo de iima esquadra
ganho11 o forte de S. Antonio, que era o nosso convento do
Recife, que os Olandezes fizeram d'elle fortaleza, a que
chamavam de Ernesto, e faleceu em poucos tliss por ficar
ferido mortalmente da bala de uma peça. Foi esse as-
salto no dia 24 de Xarço de 1630. Assini o relatam as
Memorias diarias (te Duarte de Albiiqiicrqiie á fl. 36
verso, onde nota o pouco que uereceu por essa acção de
sem marido Antonio Ribeiro de Lacerda siia inulher e
uma filha, quedeixava. Era esta siia mulher Z) . Izabel de
Moura filha de D. Felippe de Noura e de aiia mulher
D . Genebra de Albuquerque, avõs maternos de I). Meria
de Lacerda, mullier de Felippe Cavalcante de Albuquer-
qne. Era Antonio Ribeiro de Lacerda, esse que morreu,
filho de Antonb Ribeiro de Lacerda,**que foi provedor da
C+ram na ac! da Baùian 9 dth Maio de 1636.- 0 cmiir;kAntonio
Viepas.
D'eete Antonlo Ribeiro do Ircerdaera irmdo Cosme Dias da Fon-
seca. dos quaes era riinliado D. Jeivniino de moi ir;^, diz asini um
assento do carturio do convento de Pujiica de 6 de Jrn~imtle IBOR,
com testiniunlias.
3 P. I . VOL. LI1
18 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

fazenda real em Pernambuco, antes dos Olandezes, e de


sua mulher D . àdaria Pereira Coutinho, natural de Tancos,
e da sua primeira nobreza. Assim o achamos em alguns
papeis, que de Pernambuco nos vieram á mão, que tratam
d'essas gtraçbes; mas o Theatro genealogico, na arvore213,
assenta, que esse Antonio Ribeirode Lacerda,de quem aqui
falamos, que era pai de D. Maria de Lacerda, mulher
d'esse Felippe Cavalcante, escreve, que nho era filho do
outro Sntonio Ribeiro de Lacerda, provedor de Pernam-
buco, mas sim de Pedro Dias da Fonseca, cazado com
a propria mulher D. Maria Pereira Couto ; mas si
nos devemos conformar com a consonancia ou correspon-
dencia dos sobrenomes, parece, devemos assentar, que
um Antonio Ribeiro de Lacerda seria filho de outro An-
tonio Ribeiro de Lacerda, e não de iim Pedro Dias da
Fonseca. Especialmente não havendo na ascendencia de
Pedro Dias da Fonseca, tanto por parte paterna como
materna, nenlium Ribeiro, nem Lacerda, qne o pudesse
herdar Antonio Ribeiro de Lacerda, que assenta a tal
arvore era filho de Pedro Dias da Fonseca.
Tambem 6 para advertir, que, siipposto assentamos
aqui, conforme a memoria qiie nos mandaram de Pernam-
buco, que esse Felippe Cavalcante era solteiro no anno
de 1657, conforme o termo qne' fez como irmfio da Mizeri-
cordia de Olinda em 2 de Julho do dito anno, não se põde
entender, que esse solteiro 6 , porque nfio tivesse ainda
cazado, antes porque, sendo cazado havia muitos annos,
era já viuvo ; pois é certo, que no anno de 1635 era já
cazado com esta propria mulher D. Mctria de Lacerda,
com st qual com os mais moradores de Pernanibuco e Po-
juca, donde era morador,se haviam retirado para a Bahia,
e ali estava ainda assistente no auno de 1650, em que a
14 de Fevereiro d'este anno foi elle e soa mulher D.Marta
de Lacerda e sua sogra D. Izabel de Moura padrinhos,
ou testimunhas de um cazamento celebrado na igreja de
Nossa Senhora da Ajuda da cidade da Rahia, como vimos
em o livra antigo d'aquella sé, que tivemos em nossa mão.
D'este D. Felippe Cavalcante e siia mnlher D. Maria
de Lacerda foram fillios :
. Antonio, baptiado lia s6 a 3 1 de Outiibro de 1647. *
18. Jeroniuio Cavalcante do -4lbuquerque de La-
cerda, que se segue.
19. D. Izabel de Moiira, mulher tle L e h Falcfio de
Nello, adiante, S tl. . . 11. 5.
80. D. .Toauna de Lacerda, que cazoii coin \'asco
Jlarinho Falcão, B fl ... n. i .
21. D. Felippa de JCoura, mulher de Pedro Marinho
Fdc&o. ii fl.. . n. (i.
2 2 . D. Mwia de Lacerda, que crrzoii com Francisco
de Barros Falc.ão, senhor dos .engeiihos tle ~~ossumbú e
Pedreiras, clispensados no 3". e C.gráos de consnnguini-
dade.
23. D . Ursuln Cavalcante, iuullit?r de D. Francisco
de Souza, adiante.
Antonio Cavslcaiite, qiie faleceu solteiro, sendo o
primeiro.
3f . 18. - .Jeronitno Csvaicante de Albiiquerque
Lacerda, filho seguiido de Felippe Cavillcante de .4lbii-
qnerque, n. 15, e de suamulher L). Maria tle Lacerda,
foi fidalgo da caza real, cnvalleiro da ortlem de Cliristo,
oapitáo-mbr da capitania de Itamarach ; cazoii com D.
Catharina de Vasconçellos, filha herdeira de Fraiicisco
Camello Valciicer,** cavalleiro da ordem de Cliristo e ca-
piuo de infaiititria, senhor do engenho dos Reis na
Parahiba, o qiial engeiiho depois dos Olaiidexes trocou
pelo tie Camarntiiba, e de sua iiiulher D. Catharina de
Vasconcellos. Era D. Catliarina de Vasconcellos, mulher
ù'esse Jel.oniiiio Cavalcaiite, neta por via paterna de
Francisco Ciiuiello, de quem trata o Castrioto, e de sua
mulher D. Aniia da Silveira: e por via inaterna neta de

.41" 31 de Oiitni~rt)d ~ .liii; 1)aplizei r Aslunio. filho de Felipe


IAvaleriite e de sua uiiillier U . Maria tl~:I.ac~rrla.Forriii ~)adrinlion
Coame Dias da Foiiscuia e D. Marla de loura.-Padre+-nra, Rerilo
Freirc.
* * &do e s b coin D. Cathariiia de Vasconcelloi a 10 de Janeiro
de 1651. na capella do Cariiio. pelo adre rior frei J e o Cavaicante.
Pe.1 se i0. I I, n . O, de quem era l h a
call&. ak D. trilirrina de YawOn-
miilher &este Francisco Camello de Valcaccr.
Arntio de Olanda de Alb~qiierque~ A f l . . ., n. ti, e de
sua mulher D. Uaria Lins.
Francisco Camel10,pai tl'este outro, foi fillio de Jorge
Camello, que no anno de 1598 servia de oiividor da capi-
tania de Pernamhuco,do qual se affirina descender de Lopo
Rodrigues Camello, escrivão da puridade d'el-rei D. Se-
bastiáo e desua uiiilher D. Catharina Valcacer, fidalga cas-
telhana. Anna da Silveira, iiiulher do sobredito Francisco
Camello, foi filha de Domingos da Silreira, ede siia mulher
Margarida Gomes da Silva, naturaes de Viaiina .
Domingos da Silveira foi procuratlor da corfia e fa-
zenda da capitania de Pernambuco, onde ainda vivia com
idade muito avançada no aiiiio de 1636,couio escreve Brito
liv. 9 n. 720, e era fillio de Petlro Albuquerqiie da Sil-
veira, natural tle Serpa, na proriiicia do Alerntejo, e de
sua mullier Margarida Gomes Bezerra, filha de Antonio
Gomes Bezerra, nati1rae.i de Trianna, que assim consta da
instituição do tnorgado da Paraliiba, que com permissi30
. régia fez seli irwáo Diiar.te Gomes da Silreira em 6 de
Dezembro de 1639.
Do referido Jeronirno Cavalcante de Albuquerque
Lacerda e de sua mulher D . Catharina de Vasconcellos
foram filhos.
24. Manoel Cavalcante de Albuquerqiie Lacerda, qne
se segue.
25. D .Anna Cavalcante, que cazou com sei1 primo o
coronel Felippe Cavalcante de Albuqnerque.
26. D. Maria de Lacerda, que cazou com Joxe
Pessoa, cavalleiro da ordem de Christo e admiuistrador
das capellas de N. Sra. das Angustias do collegio de
Olinda, e da do engenho de S. Pantaleiio da Vargem, e
capelliio-mór da villa de Goiana.
27. D. Francisca Cavalcante, que cazou com Migiiel
Carneiro da Ciinlia, irmlo de sua cunhada D. Sebastiana
de Czrrvalho, sem successfko.
N. 24. Manoel Cavalcante de Albuquerque Lacerda,
filho de Jeronimo Cavalcante de Albuquerque Lacerda,
n . 18, e de sua mulher D. Catharina de Vasconcellos, foi
fidalgo da caza real, cavalleiro da ordem de Christo, e al-
caide mór de villa de Goiana ; cazon com D. Sebastiana
CATALOGO GENEALOGICO 21

de Carvalho, filha do coronel Manoel Carneiro da Cunha,


senhor de engenho do Brum, e de sua mulher D. Se-
bastiana de Carvalho, neta por via paterna de Manoel
Carneiro de Mariz, que era juiz ordinario de Olinda no
anno de 1654, em que se restauron Pernambiico, e de sua
mulher D. Cosmii da Cunha; e por via materna neta de
SebastiAo de Carvalho, fidalgo da crtza i.eal, ciijo faro foi
passado a 30 de Junho de 1623, e de siis terceira mulher
D. Francisca Jíonteiro .
Manoel Csrnei1.0 de Mariz. que 6 o mesmo que assi-
gnou o memorial, que Calado t,r~nli\doiiA ti., foi filho de
,Coh Carneiro de Mariz, natiiral da villa tlo Conde, e da
caza dos inorgadns de S. Roqiie e Horh-Grande, e de sua
mulher D. Maria Coresma, fillia de seti parente Pedro
Alves Carneiro, ede sua miilher I). Maria Vellio. D. Cosma
da Cunlia, mnlher de Manoel Carneiro Jlariz, foi filha de
de Pedro tla Canlia de Andrade, moqo fidalgo da caza real,
e de saa segunda mnlher D. Cosma Próes, filha de Diogo
Gonçalves, auditor da gente de giierrn, e de sua mulher
Izabel Fróes, que foi cilada da Sra. rainha D.Catharina.
O sobredito Pedro da Cnnlia de Andrade foi filho de
Rui Gonçalves de Anclrade, moço fidalgo da cnza recll, o
qual era natural da ilha da Matleirs e de sua mulher
D-Leonor da Cunha Pereira, fillia de Niino da Cunha, que
servio na Iudia, e foi capit,ão m6r do Jlalabar, oque foi filho
de Tristáo da Cunha e de siia iniillier D. Helena de Ata-
hide, irman cle D. Liiiz de ritahide, I". conde, e 4". senhor
de Atougiiia, qiie foi duas vezes vice-rei da Indis, como
escreve D. Antonio Caetano de Souza na Historia genea-
logica da caza real portiigueza, tom. 12 liv. I:+ part.
3' cap. 2 5 2" pag. 20 n. 16: neto por via paterna de
Simão da Cunha, coinmendatlor de S. Pedro de Torres
Vedras, trinxant.e do rei D. ,Toão I11 e irrnao tlo grande
Nono da Cunha, governador (Ia Incliti, oiide elle tambem
servio, e de siia miilher D . Izabel de Yenezes.
Sebastião cle Carvalho foi iiatural c10 Crato, filho de
JoBo Alves de Carvalho, fidalgo da caza real, e dezembar-
gador da Reialgo do Porto, e cle sua miilher D . Maria de
Andrade, filha de Femilo Dias tle Andrade, natural da
ilha da Madeiril, e de sua miilher D . Angela Berenguer
de Alconcinha ; e o dito dezembargador Jogo Alves da Car-
valho foi filho do dezembargador Manoel a v e s de Car-
valho, que foi dezembargador do paço, e embaixador a
Inglaterra no tempo qiie a Sra. rainha governou o reino
na menor idade de seu neto el-rei D. Sebastiao, e de sua
mulher D . Ignez Cazado Maciel, natural de Viannn, filha
de Joao Cazado Maciel, que se achou na tomadir de Azamor
comduns navios B sua casta, e passando & India com o vice-
rei D. Vasco da Gama acouiprtnhoii ao governador D . Es-
tevão da Gama na viagem do Mar-Roxo porcapitão de uma
nho, e de sua miilher Ignez Annes Maciel ;o sobredito de-
zembargador do paço Manoel Alves de Carvalho fai filho '
de SebastifkoAlves de Carvalho. commendador da ordem de
Christo e corregedor da cbrte, descendente da nobilissima
Gaza dos Carvalhos do nosso reino, e de sua mulher
Branca de Guimarães, filha de N .. . Alves de Guimaraes,
senhor do Couto e concelho de Sabariz, e de sua mulher
Izabel Loyes Xamisso, pessoa muito principal da cidade
de Braga.
D.Frrtncisca Monteiro,terceiramulher de Sebastigo de
Carvalho,foi filha de Francisco Monteiro Bezerra, de quem
fazem memoria Brito,Calado, Castrioto em muitos logares,
e de sua mulher Maria Pessoa, os quaes do livro velho da
sé consta receberam as benc;los de cazados na sua er-
mida de S. l'antaleáo a 2 de Fevereiro de 1606, neta por
via paterna de 1)omiiigos Bezerra Felpa de Barbuda, flue
faleceu a 11 de Outobro de 1607, e de sua mulher
Brazia M~nteiro;que faleceu a 12 de Outubro de 1606 ;
e por via materna ueta de Fernão Martins Pessoa, e de
sua mulher Maria Gonçalves Rapozo, que faleceu a 16 de
Outiibro de 1612, e era filha de bntáo Gonçalves Rapozo e
de sua mulher Maria de Araujo, natural de Portugal, e
dos primeiros povoadores que vieram & capitania de
Pernambuco. O sobiedito Fernáo Martins Pessoa foi filho
de .Tolo Fernandes Pessoa e de sua mulher Guiomar
Barrozo. naturaes de Viauna.
Do sobredito Manoel Cavalcante de Albuquerque La-
crrda e sua miilher D.Sebastiana de Carvalho foixni filhos:
48. 1IIanoel Carneiro Cavalcante de Lacerdii? qiie se
segue.
CATALOQO QENEALOQICO 93

29 Jozé Cavaicante de Lacerda, fidalgo da cala real,


que cazou no sertão de Jwuaribe com D. Caetana de
Mello, filha herdeira de Miguel Francisco de Mello e
de sua muiher D. Maria da Assiimpçáo G6es, &emsuc-
cesao.
30. D. Maria Sebastiana, I). Cosma, t! D. Rosa.
N . 28. Manoel Carneiro Cavalcante de Lacerda, filha
de Manoel Cavalcante de Albuquerque Lacerda, n. ,24,
e de sua mulher I?. Sebestianii de Carvalho, foi fidalgo
da caza real, cazou com sua parenta. D . Maria Magda-
lena de Valcacer, filha do sargento m6r Jorge Camello
Valcacer e de sua mulher D. Maria Ferreira, filha de
Francisco, Ferreira e teve filhos.
30. Manoel Carneiro de Lacerda.
31. D . Sebastiana de Carvalho.
N . 93 D.Ursiila Cavalcante, Alha de Felippe Caval-
cante de Lacerda, n. 13, e de sua mulher D .Maria d e L ~ e r d a ,
foi cazada com D. Francisco de Sonza, commendador da
commenda de S. Eurico da ordem de Christo, e mestre
de campo do terço da infantaria paga da praça do Recife
em Pernambuco, e por falecimento de Manoel de Sonza
Tnvares foi ali governador desde 11 de Fevereiro de 1721,
ate 11'de Janeiro do seguinte anno de 1722, dia em
que entregou o governo a seu successor D. Manoel Rolin
de Monra. Era o dito D . Francisco de Souza filho natu-
ral de D. João do Souza,commendador da mesma commenda
de S. Euricio e de Q. Lino e mestre de campo da infan-
taria do mesmo terço do Recife, em que succedeu Andr4
Vida1 de Negreiros, e foi havido o tal D. F'rancisco de
Sauza em D.Leonor Cabral, filha de Luiz Braz Bezerra
e de sua mulher D. Maria Paes Barreto, genhores do en-
genho de SS. Cosme e Damiáo da freguezia da Vargem.
De D .Ursnla Cavalcante e seu marido D . Francisco de
%aza nasceii unico:
32. D. Joiío de Yonza, cavalleiro da ordem de Christo
com promessa da commenda, que foi de seu pai e av6, a
qual se niiq sabe, si cliegon a lograr. Cazori com D. Maria

Tliealro geiiealogico, arvore 41:r.


24 REVISTA TRIMENS.4L r>6 INSTITUTO HISTORICO

Bernarda de Vilhna, filha de D. Lourenço de Soiito-


maior, senhor do morgado de Fonte-Pediinha, e de sua
mulher D. Ignez de Vilhena :do tal D. J d o de Souza e
de siia mulher D. Naria Bernarda náo honve successiio.

ROLINS E HOURAS EM PERNAXBIJCO

N. 1. D. Alicia de Xonra, que cazou cem seu primo


Manoel Garcia Pimentel, fidalgo da Gaza real, e dona-
tario da capitania de Espirito Santo, e não teve filhos.
Veja-se a fl. . . n. 2, quem era este Manoel Garcia Pi-
mentel.
N. 8. D. Genebra Cavalcante, filha de Felippe Ca-
valcante Florentino e de sua mulher D. Cathariiia de
Albuquerque á fl. . ., n . 8,foi cazada com D. Felippe de
Moura, que era filho de D. Manoel de Moura e de sua
mulher D. Izabel de Albuquerque, filha de Lopo de
.
Albuquerque* o Bode á fl.. De D. Felippe e de sua
muilier D. Genebra Calvacante foi filha.
1. D. Alicia de Xoura, B f l . . . n. 7, e vai o n. 7
a diante.
2. D. Izabel de JIoura, que cazou com Antonio
Ribeiro de Lacerda, dos quaes foi fillia I). Maria de
Lacerda, mulher de Felippe Cãlvacante de Albuquerque
.
a fl . . n. 75, e ahi a sua descendencia, e no Theatro
genealogico, arvore 21 3.
3. D. Paulo de Noura, a diante e iio Tlieatro genea-
logico na arvore 63, no fim.
De Pernanbuco escreve uma meiuoria dizendo assim :
Tambem veio de Pernambuco, no tempo do Olandez, Ma-
noel de Moiira Rolin, e seu irmão Felippe de Moura
Rolin, sem expressar de quem eram filhos, e sb que na
Bahia cazárani:
4 . Felippe de Moura Rolin com D. Felippa, filha
CATALOGO GENEALOGICO 25

legitima d e Diogo Pissarro de Vargas, de nobre familia,


e d'elles n8o houve successão.
ri. Manoel de Moiira Rolin, .que s e segue.
N. 9. Yanoel de Moiira Roliii, irmiio de Felippe de
Moura Rolin. cazon na Bahia com D., -4nnrt Maria da
Silva, filha de Aiitonio (ia Silva Pimentel e de sua mulher
.
D. Joanna de Arni~joti fl. . . . n. 4 e teve filhos.
6. Cosme de Jloiira Rolii~,que niío cazou, e faleceu
com 68 annoci tle idade ; fez tratamento, em titrilo por
seli herdeiro a sen filho 13. Ant.oiiio de Moura Itolin.
Mandon dizer duiie inil missa3 pelas almas de seus pais,
e de aua av6 D. Joaniis de Ararijo e de seu tio Felippe
de Monra, e de seus irmilos Felippe de Jionra Holin,
Ant.onio de Aloiira Roliii, c D. Alicia de Jlonra. Foi
amortalhado no litiùito de S. Frnnciso e sepiiltado no seu
convento. &silu estH esciipto no livro de obitos da sé.**
7. Felippe tle JIsurnBolin, que ccrzou com D. Jlaria
Pimentel ii fl. . . . n. 10. Caziiraui a 34, tle Outubro
de 1644.
8. Antonio tle 31oni-a Holin. que, passando a Per-
nambuco, cazoii IA e teve nm fillio por nonie 3íanoel
Garcia de Jlou1.a.
h': 2. D. Paulo de Jloiir:~,filho de D. Genebra Cal-
vacante, n. H, e de seri miii.it10 D. Felippe de Monra, o
qual de sua prima D. Brites de Jlello teve lima filha por
nome D. Jlariii de JIello, que cazeu com Francisco de
Mendonça Furtatlo, iilcaide-ni6r de ?úour&o, bisavbs de
Sebastiáo Jozé de Cai.valho, conde fie Oeiribs, como se rê
n a arvore .i3 do Tlientro genealogico ; e na nossa chro-
nica B fl. 206, n . 347 at,k 352, eni que se trata de frei
Paulo de S. Catharina, que 6 o sobredito D. Paulo de
Moura, de quelu sqiii se t.rata.
Antonio de Moura Rolin, fillio cle Manoel (te Noura
Rolin, untura1 de Pernambuco, e de sua inulher D. Anna
Maria da Silva, natnral da Rahia. neto por parte paterna

Faleceu essBna frrgu~ziatla Scncorro wpullou-w tio t.tiirc~nt0


de iw, e halia. cazado a Y t
de S. Frdncisct~ iI;i B;il~ia;i 7 dc. ?;tbteriii~i.o
de Abril de 1651;.
* * Faltren r 3; (lc Agoxto tlt' 1730.
4 P. I . VOL. L I I .
26 REVISTA TRIMEXSAL DO INSTITUTO HISTORICO

de Cosme Dias da Fonseca e de sua mulher D. Alicia de


Albuquerque, naturaes ambos de Pernambuco, e pela
materna de Antonio da Silva Pimentel e de sua mulher
.
D. Joanna de Araqjo da Bahia, fl. . . Cazado o tal h-
tonio de Moura com D. Maria de Moura Bolin, filha de
Pedro de Moura Peieira e de sua mulher D. F r a n c i w
Cavalcante, naturaes ambos de Pernambuco, neta ~b
parte materna de Cosme Dias da Fonseca, natural de
Lisboa, e de sua mulher D . Margarida Cavalcante, na-
tural de Pernambuco.
Xanoel Peqanha, filho de Auibrozio Peçanha e de sua
mnlher D. B.rites de Souza, filha de Alvaro de Aboim de
Brito, cazou com D. Izabel da Silva, filha de Antonio de
Moura, e neta de Francisco de Moura, e Antonio de
Moura, cazoii com D. Brites, filha de Christoviio BB1.60,
diz um assento sem mais clareza.

OLANDAS E VASCONCELLOS EM PERNAMBUCO


COM CAVALCANTES E ALBUQUERQUES
1. Arnáo de Olanda foi filho de Henrique de
Olanda Baravito de Reneoburg, natural de Utreque, o
qual Henrique de Olandrr foi cazado com Margarida
Florença, que era irman do papa AdrianoVI, e foi cazado
Arnho de Olanda com Brites Mendes de Varconcellos,
que era fillia de Bartolomeo Rodrigies, camareiro-mbr
do infante D. Liiiz, filho d'el-rei D. Jianoel, e cazado
com Joanna de Qóes de Vasconceilos. D'este Arnáo de
Olanda e de sua mulher Brites Mendes de Vasconcellos
foram filhos :
2. Christovso de Olanda de Pasconcellos, que cazon
.
com D . Catharina de Albuquerque, n. 10, fl.. . filha de
Felippe Cavalcante, fidalgo florentino, e de sua mulher
D. Catharina de Albuqoerque, fl.. .. n. 1. E a siia des-
cendencia vai B fl.. . . n. 10 e seguinte e aqui verso.
3. Antonio de Ollanda de Vasconcellos, cazndo com
D. Felippa de Blbuqnerqne. sua cunhada, n. 11, fl.. .
e a sua descende n cia, á fl . . . ., n. 1 e seguinte.
4. D. Izabel de Goes deVasconcellos, que cazou com
Antonio Cavalcante, filho do mesmo Florentino e a sua
descendencia fica á fls. . . n. 12 e seguinte.
5. D. Adriana de Olanda, mulher de Chriutováo
Lins, adiante á fl.. .
6. D. Brites de Barros, cazada com Antonio Coelho
de Carvalho. adiante 9, fl..., e ahi o mais.'
7. D. Anna de Olanda, qiie cezou con .To&o Gomes
de Iüello. adiante 4 fl.. .
8. D. Naris de Olaiida, mulher de ChristoviLo de
Ollanda de Vasconcellos, filho de Arnho de Olanda
acima, e de sua mulher Rrites Mendes de Vasconcellos,
cazado com D. Catliarina de Albiiquerque já referida,
alem da sua descendencia que vai adiante a 0. . . li. 10,
teve mais filhos.
8. AmAo de Olanda tle Albuqoerqne, que cazou com
D. Maria Lins, a qual era filha de Sibaldo Lins e do sua
mnlher D. Brites de Albnqnerque, com quem o filho Ci-
baldo Lins foi segunda vez cazado, como vai adiante.
D'este Arnáo de Olanda de Vasconcellos e de sua
mulher D. Maria Lins foi filha :
9. D. Catharina de Vasconcellos, que foi cazada com
Francisco Camello Valcacer,como Aca á fol.. . e d'este seu
marido Francisco Camello Valcacer teve entre outros
filha:
10. D. Catharina de Vasconcellos, que cazou com
Jeronimo Cavalcante de Albiiqnerque Lacerda, & fl . . .
n. 18 e ahi a sua descendencia.
N. 3. Antonio de Olanda de Fasconcellos, filho de
Arnáo de Olanda e de siia mulher Margarida Florenya
n. 1, foi cazado com D. Felippa de Albuquerque, sua
cunhada, por ser irman de D. Catharina de Albuquerqiie,
filhas ambas de Felippe Ca~nlcante,fidalgo florentinu,
.
como fica em seli liigar, e vai adiante 9, fls.. .. e.. .
11. ArnHo de Olandn de Tasconcellos, que se segue.
Arniro de Olanda de 1-asconcellos, filho de Antonio
de Olanda, n. 3, e de sua mulher D. Felippa de Albu-
querque a fl.. . u. 2, viveii em Paripe, onde era cszado
com D. Maria Cavalcante, e teve filhos.
28 REVISTA TRIMENSAl. DO INSTlTUTO HISTORICO

12. D. Felippa de Vrtsconcellos, cawrda com o capitã.0


Lniz de Qodoi, sem fllhos.
Segunda vez cazoii esta D. Felippa com o alferes
Antonio de Pontes Silva, do qual fôram fllhos :
13. Pedro de Pontes, que cazou com D. Leonor dos
Santos.

LINS

S. H. 1). Britds de Albiiqiierqiie, filha natural de


.Teronimo de Albuquerqiie, como fica & fl... n. 2, foi
cszada, diz o assento de que se tirou esta noticia, com Si-
baldo Lins,sein mais iiidividnqáa cle quem era este Sibaldo
Lins ; mas por conjecturas, couzas, circnnistancias, se
póde com juizo discorrer,que este Sibaldo Lins foi o pai de
Christovão Lins, cazado com Adriana de Olande, como
adiante se dir&, do qual Cliiistovão Lins nasceu Barto-
lomeu Lins e d'este iim Sibaldo Lins,que,no anno de. 1673,
por breve pontificio, foi dispensado em segundo e terceiro
grhos de conssngiiinidade para cazar com lima sua parenta,
como se vê 5 fl.. .. E parece não haver oiitra razão para
qiie,passados taiitou aniios qiiantos os de i 530,em que vie-
ram a Periianbuco os seus primeiros fundadores, e com
elles Jeronimo de Albiiqiierque, atC! .os de 1673, e u qiie
achamos a iim Sibaldo Lins, tillio de Bartolomeu Lins. dis-
pensado por breve pontitiçio para cazar coiii unia sua pa-
renta D.Aiina de Barros,& fl.. ..,e pareci! nLo haver ontra
raz8o para que entre Port.ugiiozes se buscasse este novo
estrangeiro nome de Sibaldo, para se dar ao filho de Barto-
lomeii Lins, si na geracão dos Lins jh n8o tivesse havido
outro Sibaldo, antigo, que fosse bisavi, d'este novo ; e
assim temos fundamento para assenta.r,que a dita D.Brites
de -~lbiiqiierqueacima,caznda coiii Sibddo Lins,fos:e este
o que deu principio a esta geracão em Pernambuco, e
tivesse o filho CùristovBo Lins. que cazou com D. Adriana
de Olanda, como rai adiante.
CATALOGO GEXEALOGICV

S. 5. D. Adriana de Olanda, fillia de Aru6o de


Olanda, 6 fl.. ., e cie sua iiiiillier Brites Yendes de
Vasconcellos, foi çazada com Cliristoviio Liiis, illiistre fi-
dalgo estraiigeiro. parente em griio não mui remoto do
Duqiie de Floreiiqa. Piissoii i1 Pernambiico lios yrinciyios
da sua fundaç5o.e foi o que conqiiistou as terras do Porto-
Calvo dou inclios IJutiguares, e 1ev;iutou atB o cabo de
Santo ;lgostinho sete engcnlios de fazer ausiicar e uina
igreja em honra dc Nossa Seiiliora. Foi caztldo com
Adriana de Olanda, aciiiia, a qiial diz Calado na siia his-
toria das guerras de Pernambuco, que no itiino de 1615,
em que se dava principio a açc1amac;áod;i liberdade, con-
tava a cidade 110 annos ; e tinliii visto até os seus quatro
netos, B fl. 254, cap. 5". D'esta e seu marido CliiistovPo
Lins foram filhos :
1. Bartolomeii Liris de Vasc:oncellos, qiie be segiie.
l l ~ ~ , de Gasco
2. D. Ignez Lins de V i ~ s ~ O i i ~ emulher
Marinho Falcão, ;diante.
3. D. Beatriz Neiides tle F;tccoiicellos, miillier de
Baltszar de tllmeida Botellio, ao depois. (*)
N. 1. Bartolomeu Liiis de Vascoiicellos, fi:lio de
Cliristoviio I~iiisde Liina e de siia miilher D. Adriana de
Olanda, foi cmacio com Milrili da Rocliii, nstiiral da
fregnezia de Sel*iiiliaen (10 iuesnio Pernauibuco, e teve
filhos.
i. Ignez Liiis, mulher de Rodrigo de Barros, 6 fl...
4. Chiisto\-&oLins de Vasconcellos, que foi dos pri-
meiros que, em Porto-Calvo, coin outras pessoas nobres e
moradores, seguio as ordens de .logo Fernandes Vieira
para a reshuraçiio da patria, eleito capitgo cle iima es-
quadra. Calado á fl. 254, ibi.
5. Constantino Lins, que se segue.
6. Sibaldo adiaute.

(*I Beatriz Mendvs, wsiiii está I>III tliias tlisln.iis;i c I~rvvos~wiilili-


cios, calno vai.
30 REVISTA TRIYEXSAL DO 1NSTlTUTO HISTORICO

6. Constantino Lins, filho de Bartolomeu Lins e de


sua mulher Maria da Silva, pusou á Bahia na retirada,
que com o mais povo fizeram de Per~ambucomuitas pes-
soas principaes na guerra dos Olandezes, no anno de 1635 ;
foi capitão da fortaleza da Ribeira, e depois da do Mar, e
fidalgo da caza de Sua Msgestade, e cazou na Bshía com
D. Maria de Sá de'Menezes, filha de Antonio Xuniz Telles
e de sua mulher Catharina de Sá de Almeida, teve filhos,
á fl.. ., n. 11. *
8. Antonio Mnniz Barreto, que se segne.
7. Bartolomeii Lins de Vasconcellos, adiante.
6. D. Francisca Lins, depois, e outros miiis.
N. 6. D. Francisca Lius, fllha do capittio Constan-
tino Lins e de sua mulher D. Maria do Sa, foi cazada com
Manoel Telles Bsrreto, fidalgo dacaza real, filho de Jorge
Barreto de Vasconcellos e de sua segunda mulher D. Apol-
lonia Telles de Menezes, filha de Antonio Muniz Telles e
de sua mulher Catharina de Sh. de Almeida, o qual An-
tonio Miiniz Telles era filho de Diogo Muniz Telles, neto
de Henrique Nuniz Telles, ou Barreto, e bisneto de Egas
Mnniz Barretcl, e teve filhos.
9. YanoelMniiiz Barreto, tenente de infantaria d'esta
praça ; cazou com D. Thereza Maria de Jesus, filha de
Antonio de Araiijo Gbes e de sua mulher D. Anna Uraula
de Souza, e teve filhos - Luiz Muniz Barreto e Jo&o
Telles de Menezes.
N. 8. Antonio Muniz Barreto, filho de Constantino
Lins e de sua molher D.Mitria de Sá., cazou com sua prima
legitima D. Maria da Conceiçáo de Menezes, pela qual foi
pessoalmente á Roma elle mesmo buscar a dispensa, por
ser ella filha de D. Apollonia Telles de Menezes, irman
esta de D. Maria de SA, mulher de Const:~ntinoLinu,
pai d'elle supplicante -4ntonio Miiniz Barreto, e tiveram
filhos :
10. Francisco Muniz Bsrreto de Vaaconcellos.
11. D. Jozefa e D. Clara, recolhidas no Desterro, e
D. Rita de Cacia, que morreu menina.
CATALOGO GE?lEALOGICO 31

N. 7. Bart~>lonieuLins de Vasconcellos, tillio cle


Conatantino Lins e de sua iiiullier D. Maria cle S6, cazou
com D. Branca Telles, tambem sua prima legitima, por
ser irman de D. Maria da ConceiqBo, e filha de Jorge
Barreto e de sua mulher D.hpollonia,acima, e teve filhos.

OIJSSDAS, B-IHROS, ETC.


. 8. D. Maria de Olanda. fillia de hrniio de
Olmda 9, fl . . ., n. 1, e de sua mullier Brites Mendes de
Fasconcellos. foi cazada com
Rodrigo de Barros Pimentel, que se segue.
N. 1. Roilrigo de Barros Pimentel, fillio de D.
Maria de Olantla e de seu marido.
Foi cazado com D. .Jeronima de -4lmeida, fillia de
Baltazar de Alnieida Botelho e sua iiiiilher D. Beatriz
Mendes, irman de Bartolomeii Lins, A ii. 15, 11s. 2 e 3, e
teve filhos.
1 . doze tle Barros Pimentel, ii fl . . .
2 . D. Maria de Barros, que se segue.
3. D. Couiiia de Barros, adiante.
4. Rodrigo de Barros, rio depois.
5. D. Beatriz Pimentel, cazada A A. . .
N. 2. D .Maria de Barros, filha de Rocliigo de Barros
Pimentel e de sua niiillier I). Jeroiiiina de .Ilineidit, foi
cazada coiu Leiio Falciro Ileça, filho de Vasco Jlarinlio
FalciZo e de: siia inii1:ier D. Ignez Liiis, fillia cle Christo-
v8o Lins e tle sua uiiillier Adiiiina de Olaiida, ir fl.. . ,
e teve fillio:
6. Francisco de Barros FalçBo, que se segue.
S . 6. Francisco de Rsrros Falciio, filho de D. Ma-
ria de Barros e de seli marido Leão Falcdio D e p , foi
cazado com D. Maria de Lacerda, 0lha de D. Maria de
Lacerd~e de seu marido Felippe Cavalcante, Alho este
de Antonio Cavalcante de Albnqnerqne e de sua mulher
D. Izabel de Goes de Vasconcellos, filha de Arnho de
Olanda e de sua mulher Brites Mendes de Vasconcellos, o
qual Antonio Cavalcante, cazado com a sobredita Izabel de
cfoes, era filho de Felippe Cavalcante, fidalgo florentino,
o primeiro que passou a Pernambnco, como outras vezes
fica dito. e de sua mulher D. Catharina de Albuquerque,
6iha natural de Jeronimo de Albuqne~~ne, cunhado de
Doarte Coelho Pereira. primeiro donatario de Per-
nambuco, e cle D. Maria do Espirito-Santo Arco-Verde,
india principal de Olinda, da qnal o sobredito Jeronimo
de Albuqiierque teve varios filhos naturaes, como flca B
fl.. . etc.

Brites ,Wendes de Vasco~zcellos

Fillio Pillio
tiodrigi~ lia rros Pirn1~1111*1.
1111 - P r i ~ i ~ ~ ~ s - ~ ~l:a\
~ lali.
i ~ Ii: ~I I iI ~t. ~
I). Jibroniiiint l ~ .A1riieitl;i . 2* gr. I). M;trkt (113 l.;~cer~ln.
Filli:i Fillir
I). Ynrir tlt* B:rrros.- I). M;iiin 1.nrrriln.
11th

Leio P:tlr:iv DI'I;;~. 3" gim. Ora~lvr;~.

OLANDAS, BARROS E LIKS


N. 3. D. Cosma de Barros, filha de Rodrigo de Barros
Pimentel e de sntt mulher D. Jeronima de Almeida, foi
cazada com Sibaldo Lins, filho de Bartolomeu Lins,
a fl.. ., n. 1, e de sua mulher D. Maria da Silva, ahi, o
que Bartolomeu Lins, era filho de Christovllo Lins e
de sua mulher Adriana de Olanda, ibi, e foram dis-
pensados Sibaldo Lins e D. Cosma no 2." e 3." grhos de
consanguinidade por breve do Santissimo padre Ale-
xandre i .",datlr~nRornle apud Saltctai~t11fal.ianz Majorem
nnno incarnationis dot~ainic E r~aibsiatosexcentesiaaoquin-
qicqesiino octavo, octauo Kaleizdas driaii,po~tt$catrisnostri
anno quarto.
CATALOGO GEXEALOOICO 33

Assim se acha no cartorio eccleziastico da Bahia,


nnido aos autos das testimunhas, qne se tiraram em Per-
nambuco.Dispensados por nmo ria no 2." e 3." grAos com-
mnn de consanguinidade, e tsmbem em 3." por outra via,
como expõe o mesmo breve de Sua Santidade : Oblata
nolr2s nuper proparte delecti j l i i Sibaldi Lins et dilectoe in
(:ltristofilb C o m e de Barros, n ~ l i e r i sFancti Salvatoris
in partibits clel Brasil, petitio contiuebat, qaod ipsos alias
scientibirs se secintdo rt tertio cx tino cotnz(ni, et ta'tio e z
altero consangtrinitcctis gradibzts inriceiir esse cmjtcnctos.

TRONCO

Brites IUmtdta de T'asco~2cellos


Pillio Fil1i;i
A11ri;kno dtbOI:~iida.-lr~ii:~~i-Mnri~i IIC OI:III~I;I.
1" g r .
Filho Iriiifios. .?O gr. Fillii~ Priiiios. 20 g?. Fillic~
Rcalriz Mtliirl~'s.- Bar1c1lonrt.111.i nu.-Roilrigo d~ Barros Piiiic~iib~l.
Bal1;rz:ir 1lt1 Aliiit~itl;~. D . Jrroniiiia de Aliiic3id;i.
D. Jerniiiiii;~(ftb .\liiii.itla.-Priiiios-Sil~altlo I.ins-?' gr -D. Cosiiia t l ~
R ~ l r i g odii Barros Piiiic?iitihl .r' :.r. 0r:idor Birros. Oradora
Filli:i
D. Cosiiia tltb Bnrriis. :)o gr. iiiiuto criiii o 2"
Ontlora.
Para maior clareza offerecemos aqui o que ilepuzeram
os testimunhas, que nos taes aiitos juraram. Pergun-
tado pelo segundo artigo disse, que sabe,que os oradores
parentes por uma parte a saber, que L). Jeronima de
Aimeida, m&i da oradora, D . Cosniit de Barros, foi filha
de Beatriz Jíendes, e Beatriz Mendes foi irmau de Bar-
tolomen Lins pai do oratlor Sibaldo Linu ; e por outra
parte Rodrigo de Barros Pimeutel foi filho de Maria de
Ohnda,e Maria de Olanda foi irman de Adriana de Olanda
e Mriana de Olanda foi m8i de Bartolomeu Lins, pai
do orador Sibaldo Lins.

6 P. I. VOL. LII.
34 REVISTA TRIXENSAI. DO INSTITUTO HISTORICO

N. 4.- D. BEATRIZ PIMENTEL


Christovlo Lins de Vasconcellos, filho de Bartolomeu
Lins de Vasconcellos e de sua mallier Maria da Rocha,
n. . ., foi cazado com D. Beatriz Pimentel sua parenta em
3." gráo de consaiiguinidade, por ser essa D. Beatriz
Pimentel filha de Rodrigo de Barros Pimentqi ; e este
ser primo co-irmiio de Bartolomeu Lins, pai de Chris-
tovão Lins. E além d'este parentesco serem tambem pa-
rentes, por ser o dito Rodrigo de Barros cazado com D.
Jeronima de Almeida ;filha tle D. Beatriz Mendes, irman
do dito Bartolomeu Lins, e sua sobrinlia, e por esta via
tambem em 3 . 0 gríto, os oradores; e foram dispensados por
breve, (ligo dispensa do bispo da Bahia D. Pedro da
Silva c1e 11 de Ahril de 1645.

ARNAO DE OLANDA
W.ites Le)tdes de Vasconcellos
~;Iiristo\S~~ I.i~i~.-lriii~~~i-l). Maria ele Olanda.
Adriano de. Olniida. l 0 gr.
Irririu Fillio Priino b gr. Fillio
D. Btbiitriz Mcn(lrs.-Harttic~le~iiic~iiI.iiis -H(xlrigu tlt! H:irros Pimenkl.
Baltliazar ele>Iliiieitl:~ D. Jrroniiiia de Alnieida.
Borellio.
Filha Fillio Fillio
D. Jeroniiiia (Itl - Clirislorào Liiis V:ine.oricellos - :3O gr.- D. Bcrtriz
Alnieitla Orador Piinenlcl.
Hodrigo de Bar- Oradora.
n)s Piiiictiilel.
Pillia
I). Baitriz Yiiiiriitel, :)o pr.
0rador:i .

BdRROS, LINS, ETC.


N . 4 . Rodrigo de Barros, filho de Rodrigo de Bar-
ros Pimentel e de sua mulher D. Jeronima de Almeida
á fl ... foi azado com D. Ignez Lins, fillia de Bartolomeu
Lins h fl... e foram dispensados por duas vias no 3." e 4."
CATALOGO OENEALOGICO 35

g r h s de consanguinidrule ; a primeira porque o orador


Rodrigo cie Barros 6 filho de D . Jeroiiiii1.t de Almeida,
a qnal D. Jeronima foi tilha de Beatriz Mendes, a qual
Beatriz jtlendes foi irman de Bartolometi Lins, o qnal Bar-
tolomeu Lins foi pai da oradora Ignez Lins. E pela outra,
porqoe o orador Rodrigo (de Barros i! til110 de Rodrigo de
Barros Pimentel, o qnal Rodrigo tle Barros Pimentel
foi fillio de Maria de Olandit, a qual Naria de Olanda
era irman de Adriana de Olanda,mlii de Bartolomeu Lins,
pai da oradoi a Iqnez Lins . Foram esses oradores dispen-
sados no 3." e. 4." gráo3 commliri de (:onsanguinidade por
breve do Santissimo papaAlexandre 7",datu1nRoinmapttrl
sa1acta118llfariu Ilfajore~i~, anil0 incro-nationis dominicc~
1657, ?zonas -1fartii. ponti$catcts ?ia~ti'i anno t~rtio. E
começa assim - Alexander epucoprcs, s c r t . ~smoruaa ~
Dei, dilecto filio officriali Brazilien saltitear, et apostolicam
benedictiotzenz . Oblata uobis nzcper- pro parte dilecti $lii
Roderici de Bal-)-osLaici, et tlileciw ira Clz~isto~lice dgne-
tis Lins sztclieris Brasilien dioceses petitio crmti?tobat,
quod iysi alias scientes se tm-tio et qtrartb a coinnaujli stipite
prot~ewieiatibtts cotz~nngrrinitatisyrnrlibzw inciceia esse
cot~ttnrtos.etc.

Filli;~ Fliio
3I;iri;r de olaiida. -Iriiiaiis-.\drieiio do 0l;tiid:i
1 gr. Clirislo\-àt) Liiis.
Filho Priiiios Fillio Filli?
Rdrigu tlt: Barms Piciit:iitel ? %r.Ilai~lbol~~iiioii Lins.-Beatriz Mciidca
D. Jerniiiiiio de Aliiteida-Maria da Silva - tlaltazar Botelho de AI-
iiieida.
Fillio Fillia Fillio
Rodrigo da? Barros.4' gr.-l nez Lins-o. Jeronima de Alineida
Ontlor aradora Hodrigo dr Barroa Piirieiitel
Filho
:i'gr.-Rotlrigo de Barros
Orador
36 REVISTA TKIMENSAL I>O ISSTITÇTO IIISTORICO

D. *Varia dccioli
Beatrit Xendes de TascowceElos .
Baltazar tle BL~teiduBotellto *
Fillio Filha
I) Jcroniiiiii d? Aliiieitla.-lriiiaiis-D. Adri:ri:a d r Aliiieida.
Rodrigc~tle Barros Piiiieiilel-10 :r.-Maiiocl (.oiiies dtl 3iello.
Fillio Fillia
JozP dc Barros Pinientcl-20 gr.-U. Maria d. Mello.
Orador J o i o Baptiuta AI-cioli.
Fillia
Milto coiii o 9-4. Maria Act.ioli.
Oradora.

BRITES XENDES DE VASC ONCELLOS


drncío clr Olnlztla
Fillin Filli:i
U . Mnrin ite 0land;i .-lriiiàos-11. .\nnn (Ic 0l:inda.
1" gr. Joaa Goriit~sde 31ello. c,r:idor.
Fillio Fillio
Rodrigo tlt. Bari'iis Pimrnldl .-i0 gr.-I:iiioel Coiiies (te Mrllo.
I). Jrroniiiin tle Alnit.itl;i. I). Adriniia de A liiit.id:i.
Filliti Fillin
Jozi. de Il:irror Piiiirii1rl.-3" g r . 4 ) . Maria (Ip Mcllo.
Orador rnixto roiii o -10 ar.
Filli:~
D. Maria .ircioli, oradora iiii\ta
roni o 4" g.
I). M;iria dt> 0l:iiidn.-lriiinn-Ann:i tlr 0laii~lii.
l0 irr.
Fillit~ Fillio
Rdrigo dr Barros Pi1iirntcl.-20 pr.-Jo;it~ GOIIIPS tie Mrllo. o iiioi;~.
I). Jeroiiiiiin t l ~
Aliiieidn. I). Miirgarid:~Cav;ilrnnti.
Fillio Fillia
Jozí. de Barrcas Piiiiciittbl.-30 gr.-I). Iniia Cal-alcanti.
orador. ciiiir t b i 0 c 5"
Fillio
Joào Bal~LisL?Accioli. iiiihlo com
o 4".
Filha
1). Maria de Mello.
D. h1ari:i Accioli, oradora, iiiixlo
com o 5".
* Dispensados por iiiciiiiilit~iicia do cabitio tla Baliia. Sede vacante
de 23 de Agosto de 1668.
CATAI.000 GENEALOGICO 37

D. Brites de Barros, filha de ArnBo de Olanda e de


sua mulher Brites Mendes de Vasconcellos, B 0. . ., foi
cazada com Antonio Coelho de Carvalho, ibi n. 6, 0
qual era filho 2." de Feliciano Coelho de Car~allio~adiante
fl. . . n. 2, e foi este Antonio Coelho de Carvalho embai-
xador fr França e tlepntado ordinario do santo ofticio, e
teve d'esta sun iuiilher D. Brites de Barros entre outros,
filha :
1. D. Igncz Maria Coelho, que se segue.
N. 1. D. Ignsz Maria Coelho, filha de D. Brites de
Barros e de seo marido Antonio Coellio de Carvalho,
w o n com Antonio de Albiiqiierque Coellio, seo primo
legitimo, porque era este Antonio de Albiiqiierqiie Coelho
0lho de Francisco Coelho de Carvdlio, iniiáo 1." de An-
tonio Coelho de Carvalho, e ambos tillios de Feliciano
Coelho de Carvalho, adiante. Foi este Antonio de hlbn-
querqne Coelho governador e capitáo general do es-
tado do Maranhão, coinmendador de S.Mnrtinlio da Cea e
de S. Martinho das JIoiit,as, e donatario das capitanias
do Cauint8. e 'L1apuitapera no mesmo Maraulitio. D'este e
de sua mullier D. Ignez Maria Coelho foram filhos. *
2. Francisco de Albuqiierqiie Coellio, que cazou com
D. Luiza Maria de Soiiza, filha de JoBo Alvares
Soares, provedor das alfandegas do reino, dos quaes
não houve snccessiio.
3. Antonio de Albiiquerqiie Coelho, que se segue.
-1. Feliciano de Albiiquerqiie, prior da igreja de S.
Jlrtrtinho de Abreii.
D. Yanoel, conego regrante de S. Agostinho.
Fr. Feliciano, monge de S. Bernardo, qiie foi abade do
convento de N. 8. do Desterro de LisbGa.
D .Brit.es JIaria de Albuquerque, que cazoii com Fer-
não Gomes de Qiiadros, tilho de Pedro Lopes íle Quadros
e de sua mnllier D. Maria Telles, que foi dania da rainha
D. Lniza, esta filha de D. Alvaro Pereira Soiito. Faleceo
a dita D. Brites Naria de Albuquerque deixando mais fi-
lhos; e seo ninritlo Feriião Gomes de Quaclros,ficando viuvo,

Coropraí. Port. I... t i . 33


se fez religiozo leigo no reformadissimo convento de Va-
ratojo.
D. Bernarda Naria de Albiiquerque, que foi a b a d ~
do mosteiro de Lorrão.
D. Lniza de hlboqiierque, religioza no mesmo con-
vento, D. Maria de Albiiqnerqiie. freira no mosteiro de
S . Clara de Lisbih.
N. 3. Antonio de Albiiquerqiie (!oelho, filho de An-
tonio de Albnquerque Coelho, n. 1, e de sua mulher D.
Ignez Maria Coel110,n. I ,foi alcaide-mbr da villa de Sines,
commendador de S. Iltlefoiiso, na ordem de Aoiz, senhor
do couto de Ootiz, por mercê d'el-rei D. Pedro 11,jiinto a
villa de Senegal. com o padroado da igreja de S. Maria
Magdaleiia, piorado, que rende FiOOJP, aonde confirma
as justiças e paut.ss do mesmo coiito. Foi governador do
estado do DIaranháo e sargento-mór de batalha ; gover-
nador da Beira Baixa e prata de Olivença, ao'nde pro-
cedeo com grande valor, e credito do bom soldado. Foi
governador do Rio de Janeiro, e o que succedeo n'elle
a Sebastiiío de Castro Caldas.
Feliciano Coelho de C~irvalho,de qliem fala a Coro-
grafia portugiieza,* e ahi acha ascendencia, foi commen-
dador de Christo, governador da Parahiba e Sáo-Thomé,
e cazou com D. Alaria Monteiro, filha de Antonio Sal-
vado de Almeida, e teve entre outros tilh3s :
1. Fi.ancisco Coelho de Carvalho, qiie se segue.
2. Antonio Coelho de Carvalho, qiie já fica 9, fl.. .
N. 1.-Francisco Coelho de Carvalho, filho primeiro
de Peliciano Doelho de Carrallio. acima, foi cazado com
D . Brites de Albuqiierqiie, filha de Antonio Cavalcante
do Albuqiierqiie, e neta de Felippe Cavalcaiite Floren-
tino, que já ficam & fl.... n. 2 e 4 e & fl... n. 16, e teve
filha.
3. Antonio de Albiiquerque Coelho, qiie cazou acima
com D. Ignez I I i ~ r i aCoellio, siia prima legitima, filha de
-4ntonio Coelho tle Carvalho, irmão de seu pai Francisco
Coelho de Cai.valho,e anibos filhos de Feliciaiio Ceelho de
Carvallio, e a siia desceridencia jh fica A f l . . .
4. Feliciano Coelho, que com xeii pai Francisco
Coelho de Carrallio, que era governador do Maranhb, e
achando-se na Parahiba, donde era governador n'aqnelle
tempo e anno de 1626, no principio do mez de Maio, Ma-
thias de Albiiquerqiie. Tendo noticia o dito Nathias de
Albuquerqne, que a armada de Olanda, qiie vinha em
soccorro dos seus que estariim senhores da cidade da
Bahia desde Maio do anno passado de I f i ~ i ' , e fora essa
armada arribada á Bahia da Traiqiio, cinco l e g u ~ sao
norte da barra da Pareliiba, dali ciespaxoii Mathias
de Albuqnerque a Francisco Coelho de Carvallio, com o
dito seu tilho Feliciano Coelho, com qun t,ro cara~ellasde
18 peças de artilharia com tal fortuna, que estando o
inimigo bem petrexado em terra com miiitos alliados,
foram vencidos, e desbaratatlos se retiraram e a sua ar-
mada.
Veja-se o mais deste successo no autor da Restau-
ração da Bahia Tliomaz Tamaio de Vargaq á fl. 154 e se-
pintes. . .

MARINHO E FALCÃO EM PERNAMBUCO


N. 2.-D. Ignez Lins, filha de Christovão Lins e de
sua mulher Adriana de Olrinda, 9, fl. . . n. 5 , cazou
com Vssco Marinho Falcilo, e d'este e siia mulher D.Ignez
Linz foram filhos:
1. Pedro Marinho FalciEo. que se sepie
2. Francisco de Souza Falcáo.
3. Leáo Falcão Deqri, cazado com D. Maria de
Ramos e teve filho Francisco de Barros FalcBo. *
4. Leandro Pacheco Falcão. adiante.
N. I .-Pedro Marinho E'iilciÍo, tilho de Yasco Ma-
rinho Falciio, e tle sua miilhsr D . Ignez Tiins cle Vascon-
rkllos, foi cazado com D. l3rites tle Mello. filha de Manoel
Gomes de Mello e de sua miilher D. Adriana t l ~Almeida

' Firiic.isco di. Barros Falràa. lillio 116. 11. Yarir (11. H;ii.ros e de seu
iiiaridu Lt130 Falcao Deça i 11. ..
40 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO IIIS~ORICO

Lins, que era filha de Balthazar de Almeida Botelho, fi-


dalgo da w a real, cavalheiro da ordem de Christo, e de
sna mulher Brites Lins de Vasconcellos, filha de Chris-
tovão Lins de Vasconcellos e de D. Adriana de Hollanda,
á fl. 15 n. 3. Desse Pedro Narinho Falçiio e de sua
mulher D. Brites de Mello, foram filhos :
5. Leão Falciio de 31ell0, que casou com D. Isabel
de Noura, filha de Felippe Cavalcante de Albuquerque e
de sua mulher D. Maria de Lacerda, á fl. 5 e 6 n.19, sem
snccessáo.
6. Pedro Marinho Falcáo, =ado com D. Felippa de
Moura, sua cunhada, ibi li. 21, sem siiccessiio .
N. $.-Leandro Pacheco Falcão, filho de Vasco Ma-
rinho Falcáo e de sua mulher D. Ignez Lins de Vascon-
cellos, foi cazada com D. Maria de Mello, filha de Manoel
Gomes de Mello, o referido teve filho.
7. Vasco líarinho Falcão, cavalleiro da ordem de
Cliristo, commissario honorario da cavallaria, que cazou
com D. Joanna de Lacerda, filha do sobrinho Felippe
Cavalcante, sem siiccessão.

ALMEID-1 E BOTELHO
N. 3. D. Brites Lins de Trascùncellos, filha de
Christovao Lins e de sua mulher Adriana de Olanda, á
A. .., foi cazada com Baltazar de Almeida Botelho,fidalgo
da caza real e cavalleiro da ordem de Christo, e d'este
e sua mulher D. Brites Lins de Vasconcellos foi filha. *
1. D. Adriana de Almeida Lins, a qual cazou com
Manoel Gomes de Bíello, que era filho de João Gomes de
Mello e de sua mulher Snna de Olanda, filha de Arnáo
de Olanda e de sua mulher Brites de Vasconcellos e
d'este Manoel Gomes de Mello e de sua mulher D.Adriana
de Almeida Lins foi filha :
2. D. Brites de Mello, que cazou com Pedro Marinho
Falcão, filha de Vasco Marinho. Falcão e de sua mulher

B&~trizMsiides, C í J l l l ~\-ai
~ 110sI~revestia dispensas, .l11. ..
CATALOGO (iEh'E.4I.OGlCO 41

D. I p e z Lins de Vasconcellos, e ali já fica a sua descen-


dencia, B fl.. . retro, n. 1 e 5 , e seg.
3. D. Alaria de Mello, que cazou com Jo&o Baptista
-4ccioli (1)irmão de Genobic, Accioli e fillios de D. Annrr
Cavalcanti e de seu iuarido, a qual D. Aiina Cavalcanti era
íiiha de João (ioiiies de Jlello, o moço, A fl.. ., n. 9 e fl. . .,
n. 3, e de su;i iuiillier D. lIi~rgai.iditCii~valcanti,irman de
D. Genebra Cavalcwite, e tillias coni outros mais de Fe-
lippe Cavalcante, fitl;blgc~floren t iiio, ;i fl.. ., n. l. :
D. Maria (li! 'rlello acima tlt: seii marido João Ba-
ptist.a Accioli teve filha :
4. D. Margarida ,lccioli, qiie c;izou com seu primo
legitimo Felippe tle Jloiira. A%ccioli.fillio de Genobio
Accioli e de sua iuiilher L). Xsria Yereira, filha de D. Alicia
de JIouia, e neta tle L). Genebra Cavalcante, cazada esta
com D. Felippe de Youra, it fl. . ., n. H. (2)

GOJZES E-, JIELLOS


N. 7. -4niia de Olanda, fillia altims de Aruáo de
Olanda e de sua mullier Brites Mendes de Tasconcellos, B
fl . . . n. 1. Foi cazada coni João Gomes de Mello e d'este
e a dita sua mullicr foi tillio :
1. Jlanoel Gomes de Slello, o qual cazoii com
D. $(lri;~.nade hlmeida Liiis! A fl.. . n. 1, e ahi a sua des-
cendencia.
2. D. Margarida ile Xello, que cazoii, teve dez filhos,
com Christovão Paz Bai,reto, fidalgo da caza real e caval-
leiro da ordem de Christo, e era irmáo de João Paz
Barreto. Faleceu este Christováo a 28 de Agosto de 1646.
3. Jo&oGoines de Mello, o nioqo, ít fl... n. 9.
S. 4. D. Margarida de Alello, esta acima, fillia de
Joiio Gomes de Jlell;, e tle sua inullier Anria de Olancia,
acima n. 7, cazou com Cliristovão Paz Barreto, cùmo
fica acima n. 2, e teve fillios :
(1) D't'sle foi :r:iiiitla iiiiiI1i1.i. e priti~r.iraclt! Leaiitlro Pacheco Faldo.
Iillio de P ~ l mYnriiilio F;ilci~b,tia li r e t n ~2, ri. .i.
(2) Fora111diap~nwlosIIO?~ ~art*nlwco?i, roino consta dos nulos de
,die
19 d~ J I I I ~ O~ I Clti;2, contcb sea iGr ,I...
6 P. I . VOL. ~ n .
1. O capitão João Paz de Mello.
2. D. Margarida de Nello.
3. D. Michaela. -- 4. Miguel Paz.-.?. D. Maria de
Me1lo.-6. D. Anna.-7. D. Fmncisca.-8. Luiz Paz.
-9. Gonçrilo Paz. -10. D . Catliarina .
N. 3. João Gomes de Mello, o moço, filhãde J o h
Gomes de Mello e da sua mulher D. Anna de Olanda,
foi cazado com D. Margarida Cavalcante, filha de Fe-
lippe Cavalcante, fidalgo florentino, e de soa miiiher
D . Catharina de Albuquerqiie, a qual D . Margarida Ca-
valcante, era jti viuva de Cosme da Silva, quando cazon
segunda vez com este João Gomes de Mello, e t.era d'elle
Alhos :
4. D. Anna Cavalcante, que se segue.
N. 4. D. Annir Cavalcante, esta aqui foi c a 7 d a com
F. Accioli da nobre familia dos Acciolis de Florença, e
teve filhos :
5. Genobio Accioli, cazado com D. Maria silieira,
A fl...
6. João Benedicto Accioli, cazado com D . Maria de
Mello, filha de Mauoel Gomes de Mello, B fl.. .
i . Oaspar Accioli, qiie cazoii com sua parenta D. Ma-
riana Cavalcante,filha de Antonio Cavalcante, á fl.. .

.leronimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Coelho


Pereira, primeiro donatario da capitania de Pernanibuco,
niio foi cazado : teve de D.Maria do Espirito Santo Arco-
verde, principal dos Tobajaras de Olinda, albm de duas
filhas naturaes, que foram D. Cat,liarina de Albuquerque
que cazou com Felipe Cavalcante, fidalgo florentino, como
fica varias vezes repetido, e D. Brites de Albuquerque
crusada com Sibaldo Lins, tambeni Floi.entino, tidalgo,
teve mais outro filho variio, que foi :
3. Jeronimo de Albuquerque, que segue.
N. 3. Jeronimo de Albuquerque, filho bastardo de
Jeronimo de Albuquerque,a quem cliainavani o Torto,e de
D. Maria Arco-verde. Foi o primeiro capiao-mór do Rio-
Grande para a qual conquista foi mandado depernambuco
por ordem do rei Felippe I em Portuga1,com Manoel Mas-
carenhas Homem, que partindo por niar com n gente da
Bahia e Jeronimo de Albiiquerqiie por terra com a de
Pernambuco a tomar outra mais na Parahiba, quando da
Parahiba partio tambem por mar e chegou B barra doKio-
Grande a 18 de Dezeinbro tle 1597. já achou na terra rr
Manoel Mascarenhas Homem, mas com pouco effeito n'a-
quella empreza. Com a cliequda de .Teronimo de Albii-
querque se continuoii n'ella, fazendo logo na coetrr da
barra uma fortaleza de madeira. e vencitlos os indios da
terra, meia legua da fortaleza pela terra a dentro se deli
principio B povoaçiío e tomou logo Jeronimo de Albu-
qnerque a posse do governo capitão-mór, e foi honrada a
tal povoaqiío cidade do Natal, porque pela festa do nasci-
mento do Senhor se fez este acto, no anno de 1599: com
parocliia, e igreja matriz, dedicada 6 Senhora com o ti-
tulo da Apresentaçlo. No anuo de 1602, governara ainda
a dita capitania Jeronimo de Albiiquerqne, como consta d a
data do engenho de Cunliau situado nas terras entilo
chamadas do UruA, qiie doou a seus tilhos Antonio e Ma-
thias. Este Jeronimo de Albiiquerque, foi tambem o con-
quistador do BIaranhão, para onde embarcou com o soc-
cnrro para isso no anno de 1614.
Foi cazado com D. Catharina Pinheiro Feio, iiatiiral
de Pernambuco, e fillia de Antonio Pinheiro Feio. natural
do reino, o qual foi tambem ao Maranhão por feitor-mór da
armada, emquantn sei1 genro. e de siia mulher Leonoi.
Guardes, natural da Vargem em Pernambiico. onde vive-
ram seus pais Francisco Carvalho de Andrade e Maria
Tavares Guardes. senhores do engenho de %o-Paiilo, qiie
hoje está de fogo morto, dos qiiaes tambem foram filhas
D. Ignez Guardes, miillier de ,Toiío Paes Hrrrreto. institui-
dor do morgado do Cabo, e R'. (fuartles niiillier de Rrax
Barbalho, que foram avUs maternos tlo inestre de campo
Luiz Barballio Bezerra. A :ideh'oveiiibro de l(i1.j. restaii-
rada r\ cidade de Pão-Luiz doMaranhlo do poder dosFran-
cezes, ali ficou por se11 governador Jeronimo de Albuquer-
que ate 11 de Ferereiro. em qiie faleceu no anno de i 6 i 8.
44 REVISTA TRIYENSAL DO INSTITGTO HISTORICO

Teve este Jeronimo de Sllniqiierqiie Maranhso, que


assim se ficou chamando e seus successoreu por aquella
conquista, de sua muHier L). Catharina Pinheiro Feio, os
filhos seguintes :
4. Antonio de Slbiiquerque Naranli&o, que se segue.
5. Mathias cle Albuque~queUaranhão, adiante.
N. 4. Antonio de Albuquerqiie llaranhtro,fillio de Je-
ronimo de Albaquerqiie llaranliiio e de sua mullier D.
Catharina Pinheiro.foi fidalgo (Ia caza de Sua Magestade,
commendador de S.XndrB de Ervedal na ordem de Christo ;
assisti0 com seu pai á conqiiist,a do AlaranhHo, e por sua
morte o deixou em seu logar por goveriiador, cargo, que
exerceu por 14 mezes até Abril do seguinte anno de 1619;
e vindo-lhe successor do Jlaranhiío, passou a Portugal,
aonde,diz o autor dos-innaes Iiistoricos do Nai.anhh,(l)se
attendeu bem a sei1 mereciniento no piwmpto despaxo da
capitania-iuór da Paraliiba, com a iuercê de sua com-
menda que foi a do Erredal. como fica dito. No anno d e
1631, era ainda goreriiatlor da Parahiba, e continuou a t e
o piincipio do anno de l m 5 , em que, occupada a cidade
pelo olandez, se retirou para o cabo de S . Agostinho,
aonde se achava Dnarte de Albiiquerque Coelho, senhor
de Periiambuco, e dali passou Antonio de -4lbuquerque
para Lisboa e foi taiuberu goreriiador de Jfazagáo.
Em Lisboa sendo já de miiioridade cazoli com D.
Joanua Luiza de Castello Branco,fillia bastarda de D . J o b
de Castello Branco com D. Catliariiia, nat.ura1 de Andalu-
zia.(:,)Era D.Jo&u de Ca.;t.ello Branco fillio legitiiuo de D.
Duarte de Castello Brai~co,conrlcde Sabugal, o meirinho-
m6r do reino, e de sua mulher D. Catlitiriiia da Silva,filha
de D.Beriiardo Cout.inho, alcaide-uiór de SaritarBiu.Depois
de ter Antonio tit! Albuquerqae de sua consorte D.Joauna
de Castello Branco alguns partos, que se malograram,
teiido logo depois tle mzado feito retirada para a quinta do
Lavrsdio da oiiLra parte tlo rio de Lisboa llie nasceii sua
filha L). Aiitonia Margarida de Al1)uquerque a 4 de Agosto
de 1652 em uma quinta-feira tlas 2 para As 3 horas d a

( I ) Berredo, Anrines Hist ns. 171 ~ 1 7 2 .


i.?] Ttieatro tieiiealogico Ar\ #Ir. 233.
ÇATbI,OQO GEXEALOGICO 45

manhan. Faleceu -4ntonio de Albiiquerque pelos annos de


16f;7, com 6pinilLo de virtude, pois como tal se notou
crescer a cera que serrio no seli enterro. No de l(i7(1 a 23
de Seteinliro cazoii Sua fillia L). -4ntonia Margarida de
Albnqiierque com Brax Telles de Iienexes, senhor da villa
das Enqiiias e Lamaroza, fillio tlo Fernando Telles de
Faro, cominendador da urdem cle Christo, de Santa Maria
da Campanha, da coiiinienda de S. Romão de Moiiriz e de
S. Darnino tle Azere, e Santa M:rria de Xiza; o qual suc-
ceden na cazn. de sna, m8i I). Mariana de Noroiiha, fillia
herdeira de Christoriio Soares Lasso, commendador de
S. DamiBo de Azere, e de S. Petlro cle Meolim nit ordem
de Christo, secretario tl'estaclo, qiie foi dos reis Fe-
lippe 111, e Alho (le Cnstella . Do uiatrimonio de D . An-
tonia Yargarida de .Ilhiirliierque ficon filho nnico Braz
Manoel Telles, que lhe nasceii em I "e Setembro de lfii?,
e da successlLo d'este trata o autor da caza leal cie Por-
tugal tomo IX, liv. 8" cap. IV. pag. 636; sendo ainda
vivo Braz Telles se recolhe11 siia mulher D. Siitoriia Mar-
garida de Albuquerqiie ao mosteiro de Santos em 22 de
Jnnho de 1675, eiuqiiaiito se litizara o seu divorcio, e
dali passou em 21 de Marco de 14;7!) para o real mosteiro
da Madre de Deus tle Sabregas, aonde professo11 na do-
minga quarta da qiiareuiua tio anno de 1680, a 31 de
Xarço, quando contrrva os 2H aiinos de idade, tomando o
nome de soror Clara tlo Sacraiiiento. Faleceu com fama
publica de santitlatle eiu iiiiia sexta-feira 15 de Janeiro
de l i 1 7, 6 uma Iiora depois do meio (lia. A sua vida
sahio impressa iio anno de 1755 na 3." parte dns clironicau
da provincia dos Xlgarves dos religiosos observantes, liv .
XVI cap. I, pag. 409. Briiz Telles marido da sobredita
D. hntonia 3Iargarida de Albuquerque, depois tle tres
annos de profissai3 d'esta siia consorte; passadoj em uma
vida licendoza e mineravel, convertido a Deus por me-
recimento da sua dita consorte, convertido tambem a
Dens,entron noviço em dia da apresentaçiio da Senhora (10
anuo de 1683 no convento de S. Eloi dos sacerdotes da
3.'ortlem seraflca, e com uma vida em tudo mudada,
sobrevindo-lhe uma febre apopletica, confessado antes,
sacramentado e professo, faleceu com um mez e quatro
dias de noviço a cle Dezembro, dia do natal do Senhor,
quando se cantavam as laiidea das matinas, contando de
idade 37 mnos no de 1683.
De Antonio de Albuquerqiie Mamnlião, acima, e d e
suamulherD. Joana Luiza de Castello Branco foi tambem
tilho, e irmiLo de D. Antonia Margarida e Affonso de Albu-
qnerque Xaranhgo, qkie faleceu no aniio de 1671 na altura
de Pernambiico, vindo tle Lisboa em companhia de Affonso
Furtado tle Xendonqa, Visconde de Bitrbacena, que vinha
por governador geral do estado do Brazil pura a Bahia.
foi lançado ao mar ein um eaixiio, e as aguas o trouxeram
As praias dosMeirepes entre o cabo de Santo-Agostinho e o
Recife, e D. Francisco de Souza o fez sepultar em sua ca-
yella, que tinha n'aquelle logãr e terras suas, entendendo
ser cadaver de pessoa de distinçfio.
.?. Mathias tle Albuqiierqiie Maranhão.
N. 5.-3Iatliias de Albiiquerqiie Marauhão, filho 4.'
de Jeronimo de Albiiqiierque Jiaranliiio e de sua mulher
D. Cat,liarina Piiilieiro, foi tidalgo da caza real, commen-
dador de S. Vicente da Figueira na ordem de Christo.
Tambern se achou com seu pai e irmão na conquista dos
Francezes na ilha de São-Luiz, e concluida ella passou ao
Par&com seu primo Jeronimo Fragozo de Albuquerque,
que foi por governador d'aquella cidade desde os ultimos
de a b r i l de 1618 ate o seguinte anno de 1619, em que.
falecendo tambem JeronimoFragozo, em seu logar entrou
Xathias de Albiiquerque com patente que para isso tinha
no principio de Setembro do referido anno de 1619;* mas
governou sómente vinte dias, por julgarem por nulla a
sna pi-ovisilo, e elegzram em seu logar a um Custodio
Valente, dando-lhe por adjunto a Fr. Antonio da Mer-
ciana, capuxo de Portugal? e superior da missiio, que
tinham esses religiosos no Parti. No anno de 1630 veio
Yathias de Albuquerqiie Maranhho, mandado por seu
irmão Antonio de Albuqrierque Maranhiio, governador da
Parahiba, com alguma gente de soccorro d'aquella capi-
tania e de Pernambuco contra os Olnndezes, - e assisti0
na estancia de S. Amaro de Olinda, como diz Castrioto,
* Ann. gistor. 11. iE0.
CA1'ALOGO UENEALOGICO 47

' e Duarte de Albiiquerque Coelho nas suas Memorias


Diarias d'aquella giierre. I)e Pernambuco yasson Mathias
de Albuquerqne a Lisboa com seu irmão Antonio de A-
buqiierque Naranhiio, e de IA passou para o Rio de Ja-
neiro, onde cazou com I). Izabel da Camara, filha legi-
tima de Petlio Gago da Caninra e tle sua mulher D. Izabel
de Oliveira, tia illia de Sãa-iiligliel, fidalgos. I'elos annos
de 1657, cwno consta da siiil carta, que se acha no livro
da camara da cidade da Pai-aliiba, assignada pela miio da
rainha D . Luiza, niullier tl'el-rei D. Joáo o 11, .enGo
regente do reino, feita a 29 de Llezembro do anno de
1656, pela qual ordenava a dita seiihwa a João Fernan-
des Vieira. governstlor tla Parahiba, que para effeito de
passar para a Angola o dito João Fernandes Vieira, por
seu govei.nador, iiáo se i~chaiido ainda na Parahiba
Mathias de Albuquerqiie Xaranháo, vindo do Rio de J a -
neiro, diz R mesma carta, e ser& nomeado para gover-
nador da Paraliiba e succeder ao dito João Fernundes
Vieira, qiie este entregasse o governo ao mestre de
campo Antonio Dias Cxrdozo, como se fez, e esse o en-
tregou depois a Mathias de Albuqiierque Maraiilião, que
d'elle tomou posse a 1 7 de Outubro de 1657, e a sua pa-
tente foi passada em Lisboa a 21 de Agosto de 1656.
como se acha no livro da camara da Parahiba, a fl.. .
NBo consta os annos do governo que teve na Parahiba
Mathias de Albuquerque Maranhiio, mas acha-se, que já
no de 1663 era governador ali Joáo de Rego Barros.
Retirado da Parahib:~Jlatliiits de Albuque:.que Mara-
nMo, foi viver a Cuiiliaú. enqeiilio seu, hoje fieguezia de
Joanninha. termo do Rio-Grande, onde faleceu. De Ya-
thias de Albuqnei.que Maraiilifio e stia mulher D. Izabel
da Camara forani filhos :
6 . Antonio de Albiiquerque Alaraiihão. que foi mestre
. de campo em Periiambuco e faleceu solteiro.
7. Lopo de Albuquerqiie Maranhiio, caztido na Bahia.
8. Affonso de Albuqnerque Maranhão, que ficou se-
nhor do engenho de Cunhaú.
9. D. Catharina Simija de Albuquerque, que cazoii
com Luiz de Souza Furna, proprietario dos officios de
juiz de orfãos e de escrivão da camara da cidade da
48 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Paraliiba, filho de Antonio Fernandes Furna, cavalleiro


da ordem de S. Bento de Aviz, e capitKo-mbr do Rio-
Grande, o qual era natural da ilha da Madeira, e de sua
mulher D. Brites de Soiiza Abreu, irman de Aleixo de
Souza, o velho, progenitor dos Borbas da Tracunhaen,
ambos naturaes de Olinda, e filhos de Paulo de Souza,
proprietario de um officio de tabeliiio da mesma cidade,
e de sua mnlher Catharina Luiz, naturaes da cidade do
Porto; d'estes acima D. Catharina Simoa e sei1 marido .
ha successáo.
10. D. Joanna da Camara Albuquerque, que foi
primeira mnlher de JoBo de Noballias Urrêa, senhor do
engenho de Sibiró e de oiitros engenhos; filho de Manoel
de Nobalhas Urrêa, nobre Espanhol, e de siia mulher D.
Anna Soares, sem successáo.
11. D. Barbara da Camara de Albiiqneique, que
cazou com Salvador Quaresma Doiirado, proprietario do
officio de provedor da fazenda real da Parahiba, filho de
Luiz Quaresma, natural de Santarcin. proprietario do
mesmo officio, e de sua mnlOer D. Maria Donrado de
Bulhóes,irman do dezembargador Feliciano Donrado, que
foi enviado 4 França, e do consellio ultramarino, e d'essa
D . Barbara e seu marido ba succesrão.
12. D. Marianua da Camara Albuqueique, que foi
segunda mulher de Affonso de Albuquerqne de Mello, fl-
dalgo da caza real, filho de Jozé de SA e Albuqnerque,
fidalgo cavalleiro da caza real e da ordem de Christo, e
de sua mullier D. Catharina de Albuqiierque, sem suc-
cessão.
13. D. Apollonia da Camara Albuqiierque, que foi
cazar ao Rio de Janeiro com seu primo Andr6 Gago da
Camara, filho de Lopo Gago da Camara e de sua mnlher
D. Uraula da Silveira, e depois de viuva cazon segunda .
vez com Yanoel Pimenta Mello, mestre de campo de au-
xiliares na mesma cidade e de nenhum d'estes deixou suc-
cessáo.
Jeronimo, Pedro e D. Anna Maria, qiTe faleceram
sem estado, excepto Jeronimo, que foi padre da compa-
nhia.
I CATALOGO GENE.41AGICO 49

N. 6. Lopo de Albuquerque da Camara, filho de


Mathias de Albuquerque Marnnlião, n. 5, e de siia mu-
Iher D.Izabel da Camara ; estando assistente na Para-
hiba mou na Bahia por procuraçlo, como consta do
tetino seguinte, tirado dos livros tla freguezia de S. Pedro :
Aos 2 de Fevereiro de 1686, com minha licença recebeu
0 h d . padre Mauoel Coelho Gato a Lopo de Albuqiier-
I1 que da Ciimara (em 'sua auzencia foi prociirador Pedro
I
pernanles ~ r a n b a )filho
, de Nathias de Albuquerrliie Ma-
I.- ranh8o e de sua mulher D. Izabel ila Camara, morador
nacidade da Parahiba, com D . Francisca Clara de Sande,
fllbdo mestre de campo Nicoláo Aranha Pacheco, (1)
JB defanto, e de I). Francisca ,de Sande siia mulher.
.Fomm testimunhas o padre Airtonio Cavalcante, D. Anna
mdher do capitão Di-.Martins Pereira e D. Francisca
asande. O rigario de & Peùm Joáo Rou~esda Silva.
O mestre de campo hicol8o Aranha Pacheco era na-
fhdos Arcos de val-de-Vez, fregiiezia de S. Vicente de
m a , e D. Francisca de Sande, sus mulher era natural
'
da Bahia, filha de Francisco Fernandes ( 2 ) senlior da
ilha da Maré, e bemfeitor da 31izericordia, e morava junto
88. Bento, filho de Antonio Fernandes, senhor da mesma
ilbada Mar& D . Francisca de Sande, mulher do mestre
de campo Nicolao Aranha Pacheco, faleceu a 21 de
Abril de 1702 e foi sepultada na igreja da Piedade dos
Capaxixiboa. No tempo dos m.zles, chamados da bixa,
recebeu em sua coza, como em liospital, muitos infermos
pobres, a quem curava, e assistia com esinolas. Tudo
consta dos livros dos obitos da dita freguezia de S. Pedro,
bairro de S. Bento. De Lopo de Albiiquerque e de D.
Franeisca Clara de Snnde siia mullier foram fillios : (3)
N . 4. Nir~lAoAranha Paclieco, que cazou coni L).
Magdalena Clara Maria, filha legitima do capitão João
Pereira doLao;o, e de sua mulher D.Bernarda de Siqueira
da Silva, de quem teve iim filho chamado Pedro de
(1) Faleceu a 29 de Oritiibro do 1650 e sepultou-se eiii L. P13iicisco.
(q Cazado com D. Clara de Saude,qiie hleceii a P de Dezcaiirbrodc
1640e sepnlbu-se eiii S. Francisco. .
e, . ri.aneiseo Femandes da ilha da Mar6 era cnvalleiro da Ordem
de S u i t i i g O .
7 P. I . VOL. 111.
Albuquerque da Camara, fidalgo da caza real, que vive
cazado com D. Catharina Francisci~Correia Vasqueanes,
ou de Araqgo, viiiia do mestre de campo Francisco
Dias de Arila, da caza da Torre, pai do que ao presente
vive Gnrcia de Avilit Pereira, dos qiiaes Pedro de Albu-
querque e 1). Catliarinlt nBo 118 fillios.
N. 5. lilatliias de Albiiquerqiie da Camara, que foi
conego lia Baliia. e se retirou para o Rio de Janeiro a
lierdar a sua tia D. -4pollonia d:t Cztinara Albuquerque,
irman de seu pai Lopo de Albuqiierque Mar,inli&o,aqual,
como fica dito no n. 13, cazoii ali com seli primo Andr6
Gago da Caiiiara .
N. 6. Francisco de Albuquerqiie dit Camara, que
cazou coni D. Maria Tlierez;~,de qiiem teve uma s6 filha,
antes de citzar, por iiouie Maria Jíagtlalena, que vive
religiozã no coriveiito do Desterfo (da Bttliiia. Faleceu este
Francisco de Albuquerque da Camrtrit, cloiiiiiigo 21 de
Julho de 1763, e foi sepultado no outro dia iic, convento
de S. Francisco cla Brthia.
Francisco Pereira do Lago, coronel, e bisavo mater-
no de Peciro de Albuquerqiie tla Cmara, porque era pai
de João Pereira do Lago, de quein era fillia 1).Magdalena
Clara Naia, mullier de Xicollio Aranha Paclieco, n.14, foi
cazado duas vezes, a primeira com D. Andreza de Aranjo,
da qual teve duas filhas, a primeira D. Nagdalena e a
segunda D. Fruncisca, as quaes cazarain unia com tio, e
outra com o sobrinlio Tlieotoriio S0iii.e~tle Brito,e d'este
c2 que existe successio iio morgado.
De siia segunda mullier. qiie foi I). Joannri, d'ella
teve o coronel Francisco Pereira do Lago tres filhos,Fran-
cisco Pereira, que foi religiozo do Carmo, na Bahia, e
Jorge Pereira, e o terceiro foi
O capitão .João Pereira do Lago, que foi cazado com
D. Bernardã Siqueira da Silva, e d'estes. aléui da filha
D. Nagdalena Clara Maria, que cazoii com Nicolrio Aranha
Paclieco de Albiiqiierque, acima li. 14, teve mais filhos
Francisco Pereira do Lago, que cazou, e teve successão,
e Caetano Pereira do Lago, que fiileceu solteiro, e D.
Francisca Savier Pereira, sol teira.
CATALOGO GENEAT.OGICO 51

PEREIRAS DO LAGO
Francisco Pereira do Lago, veio de Portugal, foi
mnel e fundou na Bahia a capella de Santa Barbara, na
praia d'esta cidade, aonde cliamão o caes de Sitnta-Barba-
m,e n'ella institui0 um morgacio para seos descendentes.
Cazon com Andreza de Araujo, filha do capitiio-m6r Do-
hgos Aranha Pestana, natural de Ponte de Lima, e de
ma mulher Francisca Dias teve filhos :
1 D. Francisca Pereira, que se segiie.
8 D. Magdelena Pereira, ao depois.
Segunda vez cazoii com Joana de Sh, filha de Joílo de
Freitas, tabelliáo proprietario n'ests cidade, e de sua mu-
lher Naria de Aguiar,(l) fillia esta de Matliias de Aguiar e
deMarcellina de Sá, sua mulher, e teve filhos :
3 Fr. Francisco Pereira, cttrnielita calqado na
Bahia.
4 Joáo Pereira do Lago, que se segue.
5 Jorge Pereirn do Lago, adiante.
N. 1. D. Franciscs Pereira, iiltima filha do coronel
bncisco Pereira do Lago e de siia primeira mulher An-
dr@Zade Azevedo, foi segunda miilher do capitiio DamiBo
de Lençoes de Andrade, natural da rilla de Valença do
h h o , filho de Ainbrozio de Abrep, de Suniqa, e de sua
mulher Anna Veloza de Barcellar, e náo teve filhos.
N. 2. D. Magdalena Pereira de ilraujo, filha
?.'do coronel Francisco Pereira do Lago e de siia mulher
D. Andreza de Araujo, cazoii com o capitiio Theotonio
Soares de Brito,(4) natural de Valenqa do Miiiho, fidalgo
da caza real, e cavalleiro professo Da ordem de Christo,
lilho de Diogo Alvares de Brito e de siia mulher Luzia de
Souza de Araujo, e teve filhos :
6 Joz6 Soares de Brito, que se segiie.
7 D. Luzia. (3)
N. 6. Jozé Soares de Brito, filho de Magda-
lena Pereira de Araujo e de seo marido o capitão-m6r

(1) Cazaiõiri na si..m 1' de Maio de 161-1.


db
(3) Cuaraiii na st. a 21 Junlio de lusi. Sa succc'ss8o d'esta i: clue
existem os senhores do riiorgado da Praia.
(5) Batizada naSt n 8 de Julhode 1665.
52 REVISTA TRIJIEKSAL I>O ISSTITCTO HISTORICO

Theotonio Soares de Bi.ito, foi fidalgo da wza leal, e


cazou em Rraga coiii D.Ignez Aíagdalena Lobo Maldonado,
filha de Joáo JIaldonado ,4zevt~doe de siia mulher D.
Brites de Gama Lobo, teve filhos :
S. D. Magdaleiiu PereIra do Lago.
9. Nanoel Joz6 Soares de Brito, fidalgo da caza
real, e professo lia ordeiu de Cliristo.
10. Francisco Savir Naldoiiado, fidalgo da caza real
N. i, Joáo Pereira do Lago, fillio do coronel
Francisco Pereira do Lago e de Joana de Sfr, sua segunda
mulher, foi çapitHo e caralleiro da ordem de Christo,
e cazou coiu D. Bernarda de Siqueira.
D. híagdaleiia Clara Maria, iniillier do alferes Nico-
láo Aranlis Paclieco de Alhuquerque, que fica it fl. ..
Francisco Pereira tloLago,que cazou com Caetano,que
falece0 solteiro. D. Francibca Xavicr Silveira, solteira.
N. 5 . Jorge Pereira, do Lago, (1) fillio do coronel
Francisco Pereira do Lago e de Joaua de Sá, sua segunda
mulher, cazou com Aiitonia Pereira Soares e sua prima,
filha do capitão Antoiiia Pcreira Soares, e de sua mulher
Leonor de Freitas, irman de Joana de Sá, mãe de Jorge
Pereira e foram dispensadas pela sé apostolica, teve um
unico fiilio, que nasceo no anno de 1G73.
Braz Pereira do Lago, que cazou coui D. Antoiiia de
Abreode Araujo, fillia unica do capitáo Francisco de
Araujo da Costa e de sua miillier Maria de Abreo, que
era viuva de Pedro Macliado Palhares.
Vicente Pereira do Lago, cazado com D. Angela de
Souza.
D. Joana de Araujo Pereira, que cazou com LiUz
de Lacerda de Goes,(d) filho de Luiz de Goes de Nello e de
sua mullier D. Aniia de Lacerda, naturaes da fregiiezia
de S. Amaro da Purificação, moradores na Patatiba.

(I! Paleceo Jorge Pereira a 8 de Abril tle 1693.


(2) Caz;irâiii a 15 de Agosto de 1717.
CATALOGO GEXE.4LOGICO

CAVALCANTES ETC. S A BAHIB


P a r a melhor conhedimento assentamos a sua ascen-
dencia em Pernsmbiico .
Felippe Cavalcante, fiditlqo florentino, foi cazado em
Pernambuco com D. Catliarina de Albiiquerqiie, filha de
Jeronimo de Albuqiierqiie e de D. :\;;iria do Espirito-
Sanio-Arco-Verde, como tica assentado it fls. . . e . . .n . 1
e d'elles foram tillia.;, i t i h doi: mais qiie já. ficam ali
mesmo :
10. D . Catliarinir de Albiiquerqiie, qiie se segue.
11. D. Felippa de Albaqiierque, " atliiiiite.
S. 10. D. Catliarina (te Albiiqiiei~que, tillia de Fe-
lippe Cavalcante Florentino, e de D. Catliarina de Albu-
qnerque,siia mulher foi cazuda coni Clirihtováio de Olanda
de Vasconcellos filho de Srnáo de Olanda, de quem j8
fica dito á 0. . . n . 2 ; e de siia inullier Brites Mendes
de Vasconcellos, e d'estes, alem de outros, foi filhu:
1. Felippe Cavalcante, qiie se segue.
N. 1. Felippe Cavalcante de Blbiiqiierque filho de
D. Catharina tle hlbiiquerqiie n . 10, e de scii marido
Christováo de 0land.i de Vasconcellos, foi um dos que na
retirada,qiie fizeram tle Periinmbuco alguns d'esses mora-
dores no anno de I 635 pelas guerras dos Olandezes, veio
ter tí Bahia com oiitros seiis pareiite~, acompanhado de
muitos familiares seus, e n'ella cazou com D .Antonia Pe-
reira Piieiros, filha legitima de Mai tini Lopes Sueiros, e
de sua mulher D. Anna Pereira ; esta sobrinha legitima
do bispo nomeado da Bahia D. Nigiiel Pereira., cavalleiro
professo n a ordem de Cliristo, iiatiirii! (te Vixnna, e da
nobre familia dos Pereiras, e J1:~rtiiiiLopes Sueiin,natiiral
tambem do reino, e desceriilente (10s Siieii-os, familia tam-
bem nobre. E d'este Felippe Cavnlcaiite e de siia uinllier
L). Antonia Pereira foram fillios :
2. Chiistováo Cavalc,~iitede ~Ilbiiqiierque.que se
segue.

' C~zoricburii o 1.npiI5oLiiiz ile Godoi dtb


iin ~ . . i ~ ~ ~ ~ iFraiic-isco
l;i
Ca\alcante eiii 17 d e irtc.iiiIii.ode 1O:l;.
64 RETrISTA TRIMENSAL DO INSTITUT3 IIISTORICO

E D. Anna Cavalcante, que cazou já orfan com J o b


Peixoto da S ilva,ssm successáo, e foi sua primeira mulher.
N. 2. Christovão Cavalcantede Albuquerque filho
de Felippe Cavalcante de Albnqiierque, n . . . ; e de sua
mulher D. Antoiiia Pereira Siieiros, foi coronel, cazou
a primeira vez com siia prima D. Izabel de Aragiio,
n.45 a fl.. .filha legitima de Francisco de Araujo de Ar*
e de sua mulher D. Anna de Barros, neta do já nomeado
Martim Lopes Sueiros e de siia mulher D. @na Pereira ;
e de Cliristovúo Cavalcante e de sua mullier foram filhos :
3. D. Aiina de Sragáo, mullier do coronel Sebastiilo
da Roclin Pita, antor da America Portiigueza, que se
segue.
4. D. Joaniia Cavalcante, que se segue.
E Antonio Caralcai~te,que ainda solteiro o mataram
em sua fazenda na Caxoeira, e foi fama, que seu pai
o mandhra matar ; deixou flllios bastardos.
Segunda vez cazoii o coronel Christovúo Cavalcante
com sua parenta D. Maria de Barros Pereira, filha de
Miguel Fernandes e de sua mullier D. Maria de Barros
Sueiros, neta de Martim Lopes Sueiros, e de sua mulher
D. Anna Pereira,e teve filhos.
5. D. Adriana, que cazoii coni o dezembargador
Christovão Tavares de 1iorri.e~e Sá, A fl.. .
6. D. Brites cazada cuin Joho Alexandre á fl...
n. 51.
7 . L). ITisiila, miillier de .Tozé de Aragão, ib. fl...
n. 52.
H. Victorio Cavalcante. sem siiccessáo.
O . Bernardino Cavalcante abaixo, fl... n . 9.
E D. Joannn, que faleceu solteira a 21 de Outubro
de 1716 ; e Cliristováo Cavalcaiit~.que faleceu no 1" de
Junlio de 1734. Sepiiltados em S. Thereza .
N. R . D. Xiiiia de AragHo, filha primeira (lu coronel
Clirihto~úo C,lvaIc:iiite e de siin iiiiillier D. Iziibel de
-41ogáo, li. L'. çitzoii coiii o coronel Sebnstiiio d a Rocha
Pita, 11... A.:: e tiveraili lillios.
10. D . Hrites (li1 Roclia I'ita, qiie se segiie.
E n. Tl~erez;~, que fi~leceiisolteir,i, e Aiitouio da
Roclia.
CATALOGO GENEALOGICO 55

N. 10. D. Brites da Rocha Pita, filha deD. Anna


de Aragáo, n. 3 , e de seu marido o coronel Sebastiáo da
Rocha Pita, cazou com o coronel Domingos da Costa de
Almeida, profes.;o na ordem de Christo, filho legitimo do
tenente-general do reino de Angola Rodrigo da Costa de
Almeida e de sua miilber D. Joauna Duqiie, cavalleiro
professo na ordem de Christo e provedor proprietario (Ia
Jfandega da Biihis, em cujo emprego siiccedeu o sobre-
dito seu filho Domingos da Costa. de Alineidii, do qual e da
dita sua mulher D. Brites da Roclia Pita foram filhos:
11. D. Izabel Joaqiiina c1e Aragáo, que sc segue.
12. Sebastiáo da Rocha Pita, alferes tie infantaria,
caeado coin D . Luiza, da Franca Corte-Real, fillia de
Francisco de Negreiros Ci~rte-Real e de siia miillier D.
Antonia, filha de Peclro Cnmello, n. 74,f l . . . , sein suc-
cessho.
13. Rodrigo da Costa de Alineida, que se segue
aòaixo .
Fr. João de Jesus Maria, religiozo no Carino, e tres
filhas religiozas (1) no Desterro da Baliia.
Uma B. ttimbem recolliida, que faleceu no anno '
de 1770.
N. 11 .-D . Izabel Joaquina de Aragáo, que cazou
com o Dr. Jose Piises de Carvalho Albiiquerque, e a sua
descendenciii vai 6 fl . . ., n. 13 .
N. 13. Rotlrigo da Costa de Almeida, cavaleiro
professo na ordem de Cliriuto, familiar do santo officio,
provedor e proprietario da alfandega da Baliia, que suc-
cedeu a sei1 pai, e;~vb.E 6 cazado com sua priini~D. Maria
Francisca de Weiiezes, filha do coronel Berniirdiiio Ca-
valcante de Slbiiqiterqae (2) e de siia iiiulher D.Antonia
Francisca de JIenezes á fl.. .
Teiii Itodiigo da Costa de sua mullier D. Mal-inFran-
cisca urn;~só fillia.
l i . D . Brites Mitriaiina Fraiicisca, que coiii seli pai
e mãi se embarcou para o i eiiio na frota do iliiiio de 17FG

(1) Sorur Tlicieza di? 3lesqiiiln I:ilcc.cu n 18 d~ Seleiiif>ro iIc 1775.


( 2 ) Caznraiii a 2.2 de Janeiro tle l i l u iio or:itorio das cai.:ts dtl Bcr-
iiardiiio C;i\;~icaiite,seu sogro.
56 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO IflSTORICO

para cazar 16, como cazou, com o dezembargador Nanoel


Pereira da Silva, procurador da fazenda na corte de
Lisboa, fidalgo da caza de Sua Magestade.
O coronel Domingos da Costa de Almeida, cazado
com D. Brites da Rocha Pita, acima n. 11, era filho de
Rodrigo da Costa de Almeida e de siia mulher D. Anna
Duque, neto por parte de pai de Domingos cie Almeida 8
de D. Anna Maria, e por via materna de João Duque e
.de D. Maria de Audrade.

i
PITA
O coronel Sebastião da Rocha Pita, cazado com D.
Anna Cavalcante de Albuqiierqiie, A fl.. . n. 3 ou D.
Anna de Aragão, foi filho de João Velho Gondim e de sua
mulher D. Beatriz da Rocha Pita,(]) e esta era filha de
Sebastião da Rocha Pita e de siia mulher D. Ursula
Dantas Barboza.
N. 4. D. Joanna Cavalcante d'Albnqiierqiie,filha se-
gunda do coronel Christovão Cavalcante de Albuqiierqne,
n. 2, e de sua primeira mulher D. Izabel deAragão, cazou
tres vezes,aprimeira com o coronel Francisco Pereira Bo-
tellio, filho de Pascoal Botelho e de sua mullier Ignez Pe-
reira, natiiraes do Carvajal, fregiiszia do Sacramento,
termo de Obidos, patriarcado de Lisboa ; de D . Joanna
Cavalcante e seu marido Francisco Pereira Botellio foi
filha iinica:
15. D. Naria Francisca Pereira, que se segue.
Segunda vez cazoiiD. Joanna Cavalcante(2) com oDr.
Jozé de SB de Mendonça, (3) ouvidor do civel na Baliia.(4)
Terceira vez cazou com o dezembargador Beinardo de

( I ) Aos I2 dv Al~rilde IGGO reccl~ia Joliv Ytxllio(;oiidiiii. lillio de


Peùro Perriaiitles Rarboen, e tle sua iniillirr I ) . :\iin:r Frriiniidesda
Guerra, (lefiiritos, iialarirl da villa tlc Liiiia, coin 1ie:ili'iz (Ia Rocha
Pita, iiatiiral de Pernaiiiltoro, lilha de Seli;isti.io 113 Hocli:~Pita e tlr siia
iiiiilher Lrsula I)âiiL~s.
(2) Caz;iraiii :I 5 de Y;iio tle 1G90,nacnptbll;idc N.i;i~iiIioi;r
tla Virtoria
da Ireguezia dfbMaragogil~c.
(3) Faleieo este a :idc Marqo de 1741.
(1) Faleceu esta U. Joniia a tide Koveiiil)ro (11. 1;lh.
CATALOGO GENEALOGICO 57
Souza Estrella, que faleceu o anno passado de 1759, e
d'estes n8o liouve successáo.
N. 15. D. Maria Francisca Pereira de Albu-
Qnerqne,fillia de D. Joanna Cavalcante de Albuquerque,
n. 4, e de aeii primeiro mnrido Francisco Pereira Botelho,
~ Z O Ucom seu primo Francisco Pereira Rotelho, juiz de
fha daBaliia,filliode Antoiiio Lral de Fontes e de sua mu-
lher Naria Pei eirz,irman inteira do coronel Francisco Pe-
'eira Botelho,uiarido de D ..Joanns Cavalcante,mãi d'esta I .
D-Maria;naturnes do memo logar do Carvajal. Tere esta
, hlaria Francisca de seu marido Francisco Pereira
B o t e l h o fillios :
16. O Di.. Jaz% Pereira de Albuquerqiie, conego
na da Baliia ; o qual faleceu a 30 de Maio de 1766,
Wnltado sé.
E outras fillias mais, freiras em Portugal, e unia, que '
I A c a z o u , com o dezembargadorManoe1 Pereira da Silva. (*)
N. j.D.Adriana,filha primeira do segundo cazamento
do coronel Cliristováo Cavalcante ede suasegunda mulher
D- Blaria de Barros Pereira ii fl... cazou com o de- a

zembargador Cliristováo Tavares de DIoraes e SB e teve


filhos.
17 Antonio Tavares de Moraes.
D. Antonia Naria Francisca.
Cliristováo Ta~ares.
Caetano Cavalcante tle Albuqiierque.
Rodrigo Joz6.
Francisco Cavalcante in rninoi.ibiis, que é dini-
nistrador do morgado, que siia tia D. Cecilia de Souza
institui0 nas suas fazendas de Pirajuba, e possuidor da
capella da Barra, que institui0 Cecilia Sueiros, que
vagou por mnrte d o padre Joiio tle Aragão, seu neto.
18. D. Anna, cazada com Francisco de Araiijo
de Aragão, n fl. . . e tem tima sú filha seg.
S. 18. D. Anna, filha de D . Adriana, acima, e de
seu marido o dezeiiibargador Christovão Tavares de

(') Falec~iieste a 15 dv Sett~iiiliro~tle 1762.


(*)Erro; porcluc cclrii este caxcii uiiia flllia do intendente nodrigo
da Costa.
8 P. I VOL. LII
Moraes, : cazou com Francisco de Araiijo á fl. .., n. 53 e
d'estes ouve essa uma s6 filha, que é:
19. D . Maria Frsuciscn de Araujo Aragão, que
cazou com Jozé Pereira de Cnrvallio Albuquerque, filho
do secretario de estado da Bahia Jozé Pires de Carvalho
4 fl . . . n. 17, etc ., e cazaram a 21 de Setembro de1766.
N. 9. Beniardino Cavnlcaiite de Albuquerqiie,filho do
coronel Cliristoviio Cavalcante de Albuquerque e de sua
segunda mulher,D.Maria dc Barros Pereira (I), foi coronel
como seu pai, e çazou com D. hiitonia Francisca de Me-
nezes (2), filha legitima de Jozé Garcia de Araujo e de
sua mlllher II . Izabel de dragiio, fillin do primeiro matri-
monio de Pedro Caniello de Aragão Pereira, 6, fl. 78
, n. 70, e de sua mulher D. Maria de Menezes. De Rer-
nardino Cavalcante e siia miillier D . Aiitonia Franciscrr
de Menezes foram filhos :
30. D. Xaria Francisca de Menezes, que nasceu a
.5 de Setembro de 1731 e foi baptisada a 6 de Janeiro de
1732, e se seguio á fl. 33 n. 13.
21. José Garcia Cavalcante cie Albuquerque, sol-
teiro e segue.
22. Francisco Cavalcanre, solteiro.
I). Izabel, religioza no Desterro da Bahia, nasceu a
10 de .Tiillio de 1736 e foi baptizuds a 24 de Setembro do
mesmo anno.
N. 21. Jozé Garcia Cav;tlcnnte de Albuqiierque,
81110 de Bernsrdiuo Cavalcante, aciina.
O mestre de cainpo BriM (1;~Roelia Cardozo, qiie
cazoii na fi.egiiezia (ia Vargein, termo (1s cidade de Olinda,
em Pernninbiico, coin D. Catharina de Albiiquerque; teve
os filhos hegiiiiitos, que neniiam cazou:
1 . Diogo da Roclia tle Blbiiquerqiie, fidalgo da caza
de Sua Magestade, natiiral tla iuesnia freguezia dn Var-
geiil, que corii seiis irriiáos abaixo passílrani todos ir
Baliia.
2 . O sargento-iilór Liiiz Tenorio tle hloliiia .
- -- .- --
CATALOGO GEKEALOGICO 59

3. O capitáo Braz da Rocha Cardozo.


4. D . Cathariiia de Albiiquerque, qiie faleceu a 18
d e Abril de 1728 e foi sepiiltada em S . Bento.
.i. D . Leonor de Albiiqiierqiie, que faleceu a 26 de
Novembro de 1i 4 3 e sepiiltou-se em S . Bento.
6 . I). Margarida de Slbiiquerqiie .
7. D . Igriez Tenorio.
8. D. Izabel Teiioi-io de Molina.
9. D . Luiza Tenorio de hlolina, que faleceu a 23 de
Julho de 171G. Sepultada ein S . Bento.
10. I). Marianna Tenorio de Molina.
O coronel Leonardo Bezerra Càval~ant~e, natural da
freguezia tla Vargem de Pernanibuco e 18 cazado com
D. Joanna Pereira tla Silva, e era elle tilho de Coume Be-
zerra Monteiro e de sua mullier D . Leonarda Cavalcante
de Albuquerque, faleceu na Bahia, para onde se havia
retirado da India, degredo em &e havia annos estava
pelos levantes de Periiambiico, e faleceu a 1 de Setembro
de 1728 e foi sepultado na capella da ordem terceira do
Carmo, de idade cle 70 aiinos.

CAVALCASTES E ALBUQUERQUES NA B.4HIA


POR OUTRO RAMO DE PERWAMBÇCO

N. 11. D . Felippa de Albuquerqiie, filha de Fe-


lippe Cavalcante Florentino e de siia mullier D . Ca-
tharina de ,4lbiiqiierqlie, n . l fl.. . e n . l l . Foi cazada
com Antonio cie Olunda (te Vasconcelloa, irmiio de
Christovãe tlt: Olaiida de Vasconcellos e fillio de ArnBo
de Olanda e Rrites 3lerides de Vasconcellos, como fica
dito. D'est-i D . Felippa de Xlbiiqiierqiie e seii marido
Antonio tle Ol;tii(:;i de Vascoiirellos foram fillios :
1. Loiireiiqo Cavalcante tle Albiiqiierqiie, qiie se
segiic.
2. Antonio de Vasconcellos Cavalcante, abaixo.
2. ArnAo de Olanda de Vasconcellos, cazado e fica
Afl... n. 11.
N. 1. Lourenço Cavalcante de Albuquerque, filho de
D. Felippa de Aibiiquerque e de Antonio de Oltinda de
Vasconcellos, acima, er:t natural de Goiana, em Per-
nambuco, onde possiiia dous engenhos, como escreve
Duarte de Albuquerque Coelho nau suas ithettlorias Diarias
das Oicerras tle Pet-1fa'antbttco, onde diz o mesmo autor
para a Bahia na retirada, que fez aquelle povo no anno
de 1635, em compaiihia de seu primo Jeronimo de Albu-
querque, que na mesma Goiana deixava tres engenhos, e
poiicos annns depois voltou para Pernambiico e foi pelo
tempo adiante governador de Cabo-Verde. Era este Jero-
nimo de Albuquerque primo legitimo de Lourenço Cãval-
cante, aqui por ser Loureuço Cavalcante e fillio de D. Fe-
lippa de Albuquerque, irman de Antonio Cavalcante de
Albuqiierqiie, pai d'este Jerunimo de dlbuquerque, A fl...,
ns. 6 e 11.Na Raliia cazou este Lourenço Cavalcante com
D. Ursula Feio do Bmaral ; cazaram a fins de Março de
1621,em Cotegipe,nobre viiiva e miillier que havia sido d e
Pedro C arneiro(1) e irman inteira do padre EstevBo Fer-
reira, religiozo de autoridade no collegio de Biihia, e tam-
bem irmitn inteira de D.LuizaFerreira,cazada coinJIartim
Affoiiso Moreira, fidalgo esclarecido da caza de Sua Ma-
gestade, de qviem lia a mais larga descendeiicia n'este es-
tado, diz o manuscrito que seguimos. Era L'.Ersula Feio
senliora do engenlio de Cotegipe, que moia com diiirs mo-
endas de agiia. »'esta tal viuva e seli marido segundo
foram filhos :
2. Antonio, biipti~adoa 15 de Outiibro de 1625.
Felippe, baptizado a 5 de Fevereiro de 1627.
:I. D. Felippa Cavalcante (d), qiie foi inãi de Gonçalo
Ravasco Cavalcante de Albuqiierqiie (3),que o houve fóra
de matrimonio de Bernardn Vieira Ravasco, secretario d e
estado na Baliia, tlontie nasceri, irináo tlo padre An-
tonio Vieira da coiiiprtiiliia ; e ambus fillios de Cliristováo
CATAI.OGO GENEALOGICO 61

Vieira Rirvasc.o e de D. Maria de Azevedo, sua mullier.


Veja-se A . ..n..., Baptizada esta D.Felippa a 2 dehgosto
de 1633. Cotegipe.
4. D. Maria(1) religioza de autoridade m Odivellas,
que a recolheti a este convento D. Francisco 3Ianoel no
tempo, em que veio de Portugal á Babia, do qual com
mais cautela, que SUA irman acima, houve uma filha, que
se expoz em certa cazii rica de C6tegipe com o nome de
D. Bernarda, e cnzou com Oaspar de Braiijo, pessoa nobre,
e teve por filha s L). Izabel Cavalcanti, que cazou com
Paalo Pereira dos Santos, natural de Vianna, e tiveram os
filhos seguintes :
Francisco Pereira dos Santos, capitao de ordenança
na freguezia de Nossa Senliora da Madre de Deus, que
faleceu solteiro.
Matlieus Pereira dos Santos Cavaloante, sargento -
m6r actual de iim regimento de c.trallaiia d'este estado.
Segunda rez cazou Lonreiiqo Cavacante (2) com
D. Izabel de Lima, fillia legitima de Antonio de Barros
Cardozo, fidalgo da caza real, senlior dos engenhos de
Jacaracanga e Cornabiissu, e tio siis mullier D. Guiomar
de Mello, esta filha de Roqrie tle Jlello, capitão de Malaca,
e de L). Leonor de Lscerdti, segtinda mullier, e filha de
Nano Alvares Pereira, e .4iitoiiio de Barros Csrdozo, filho
de Chiistovão de Barros Cardozo, feitor da fazenda real
no Brazil, Bahia ; e de sua miillier I). Izabel de Lima,
filha bastarda de .Jorge tle Lima Bsrreto. D'este segundo
cazamento de Loiireiiço Cavalcante e sua mulher D. Izabel
de Lima foi fillii~
5. D. Guiomar, baptizada a 28 de Junho de 1637.
5. D. Brites Francisca de Lima, que se segue, ba-
ptizada a 29 de Agosto de 1838.
N. 5. D. Brites Francisca de Lima, por falecimento
de seus pais Lourenço Cavalcante e D . Izabel de Lima,
fioou em caza de sua av6 D . Guiomar de Mello e n ' e l l ~se
cazou (3) com uui sei1 primo, que viera da India Joáo de

(1) B a p t i d a a 27 de Aljril de 1628.


(2) Cazaraiii a 11 de Outiihm tle 1U.j. Maruim.
(3) Cazaraiii a 3 de Outubro de 1050, na igreja do Desterro.
Barros Cardozo, muito prodigo e riciozo, de sorte que,
gastando tudo o que possuia, por queixas de sua mãi
D. Ignez de Bsrros, inullier de Aiitonio de Barros Car-
dozo, que eram pais do dito Joiio de Barros Cardozo,
marido de D. Brites Francisca de Lima, u dita miii de
' João de Burros, queixando-se a el-rei, Sua Magestade
o mandoii ir com sua iiiullier para Portugal, 18 foi ella,
sua tutora. De D. Brit.es de Lima e seu marido João de
Barros Cardozo, foi filha
N . ti. D . Maria ~lagtlirlenade Barros,fillia herdeira
' de João de Barros Cardozo e de sua iiiullier D. Brites
Francisca de Lima,foi cazirtla á vontade d'el-re! com Luiz
de Mel10 XIV senlior de Mello, (*)e ci'estes ex' t e succes-
siio n'aquella Gaza porque d'esses foi tilho:
7. Estevio Soares de Mello .
N. 2 . Aiitonio Cavalcante tle Albuquerque, filho de
Lourenço Cavalcunte de Albuqiierque e pag.. .., n. 1, foi
cazado com D. I e teve fillia.
L). Maria Cavalcante, a qual para cazar com Joro-
nimo Cavalcante de Albuquerqiie, foram dispensados pelo
cabido daBaliia sede vacante por sentença de 18 de
Agosto de.1667, por serem parentes em 3." grho de con-
sanguinidade pelo orador ser tillio de D. Joanna de Val-
flor e neto de Arnáo de Olanda de Valflor e a oradora
filha de Antonio Cavalcante, e neta de Loiirenço Caval-
cante de Albuquerque,que era irmão inteiro de AmBo de
Olanda de Valflor, avo da oradora; e sabe que o orador
tirou a oradora de caza de sua mii e padrasto, e I, levou
e recollieu em çaza de D. Joaiina de Albuquerque, irman
de Antonio Cavalcante e tia de ambos os oradares; e sabe
tambem, queos oradores procedem de neofitos, porquanto
a av6 do orador D. Catliarina Camello tinha um quarto
de india da terra.por ser filhade uma mamaluca, e esta D;
Catharina Camello foi mulher de Jeronimo de Atahide e
estes foram 03 pais de Gaspar de Albuquerque, pai do
orador.
CATALOGO GESE.%LOOICO 63

ANTONIO D E OLANDA DE VASCONCELLOS

D . Fdijll,n do .-llbtiqtierq~ie
Fillio Pillio
Arnso dc Olniidn 1111-1riri:ios 11.gitiini1.;-1.oiir1~11roCii~alr:iril~~ tic Albii-
Va.wonct.ll~1s 1 :r.
.O 111ivrt1ue.
D. Calhariii;~C:~iiiello. 1). t:rsiiln Pcio
110 .\11i:1r;11.
Fillin Fillio
D. Jnannr Y;isi~oiic~clltis.-2.~
11th gr.-.\n1011io (11: V;IS~OI!C(~IIOS.
Jeroiiiino C:i\-alvniite tlv M;i~~illi.?es.-3.0gr.-1). 51:rri:i C:ivalcantc.
Or.ador. 0ratIur:i.
N. 2. Antonio de Vasconcellos Cavalcaute, filho se-
gundo de Antonio de Olaiida de Vasconcellos e de su3
mulher .D. Felippa de Albuqiierque, n. 11 fl. . . . Veio &
Bahia depois chaiiiado por seu irmão Loiireiiço Cavalcante
e este cazou (1) o dito seu irmiio Antoiiio deVasconcellos
Cavalcante com uma enteada sua, que se cliauii\va D. Ca-
tharina Soares, filba de D. Ursula Feio, mulher do so-
bredito Lourenço Cavalcante e do seu primeiro marido
Pedro Carneiro, e viveram pouco Antonio de Vnsconcellos
e a dita sua mullier D.Cathiirina Soares,(2) ficandod'elles
um s6 filho de idade de uni aniio cliamado .
3. Francisco de Vasconcellos Cavalcanti, que se
segue.
N. 3. Francisco cle Vasconcellos Cavalante, filho de
Antonio deVasconcellos Ca~alcaiite e de sua mulher D.
Catharina Soares, ficou orfao de um aniio de idade e se
criou ate os 24 em caza de seu tio Lourenço Cavalcante,~
qual o cazou (3) com uma sua parenta chamada I).Antonia
Lobo,(4) filha legitima de Baltazar Lobo de Souza e de sua
mulher D. Anna d a Ganiboa. E r a D. Antonia Lobo neta
por parte paterna de Gaspar de Barros de Magaihães,
homem fidalgo, que veio ao Brazil exterminado, e de sua
mdher D. Cntharina Lobo de Barboza de Almeida, uma
(1) Cazaram n 15 de No\-eiiihro de 162.J.
(2) Faleceii esL? I). CathariiiaSoares a 2
de .Har(:o de 1633.
(:i)Faleceii
esla U . Aiitoiiia Lolm a 5 de Agosto de 1669. Sepultada no
rnrmo. Teslaiiienteiiu Aiina de c;aii;Ma, siia inài e seus lillios, Baltazar
de V.woncellos e Antonio de Vasconcellos.
Cazarani a 9 de Jnnho de 1W.
(i)
das tres irmans, que maiidou a rainha D. Cstliarina no
anno de 1552, para cazarep lia Bahia com os homens
ricos e principaes da terra, e estas tres irmans eram 0-
lhas legitimas de Bitltazar Lobo de Souza, que morreu na
carreira da India no serviqo tl'el-rei, irm8o segundo e
inteiro do Conde de Sortelhas. Era D. Antonia Lobol de
quem inios falando, neta por via mdterna de Antonio
Moreira de Gsuibi,a e de siia iniillier D. Sntouia Doria de
Nenezes, que era fillia de Cliristoviio da Costa Doria, B
fl. . . . n. 2.
Vide nota marginal,fl..S:lj,Amãi e irmans de D.Catha-
rina Lobo Barbom de Alineida.
4. Baltazar de Vasconcellos Cavalcante cfe Albn-
querque, qiie se segue.
5. D. Ursiiltt, religioza, no convento do Desterro da
Bahia.
. D. Cathariiia Soares, qiie cazoii com Francisco
da Fonseca de Siqiieir~, filho de Siinllo (1:t Fonseca de
Siqueira e de sua mulher D. Francisca de Ia Penha Deos-
dará, como vai B fl. 59 n. 6.
7. D. Anns Cavalcante de Albuquerque, que cazon
com o capitão Dr. llartins Pereira,(l) caralleiro professo
na ordem do Cruzeiro, senhor do engenho de São-Paulo,
de quem foi filho Antonio Cavalcante, que cazou com D.
Cordiila de S6 Barreto, fillia do capitiio Gaspar Maciel de
Sti e de sua mulher D. Joanna Barreto, dos quaes foi
filho Pedro Cavalcdnte, sacerdote. Segunda vez cazou a
ditit D. Anna Cavalcante, morto sei1 primeiro marido Dr.
Nartiiis Pereira, com Pedro Fernnndes Aranha,(2) filho do
mestre de campo Xicoltio Aranha Pacheco e de sua mn-
lher D. Francisca de Sande, á fl.. . ., de que n8o houve
successiio, e Pedro Fernaudes Aranha se ordenou de sa-
cerdote, bem conhecido na Bahia .
8. Antonio tle Vasconcellos, sacerdote.
O sobredito Francisco de Vasconcellos Cavdcante,
depois de ter a prole aciuia referida, passou a Pernambnco
(I) Fali~ceiielle a !I de Noveinbro de 1861.
(,1) Cazaraiii :I 3 de Outubro de 1677 e era j;Z riuuo de Juanna
Pereira Riilriia. ilcclara o ternio d'este seu Y.O caz;irnento.
(2) C;izar;iiii a 2 de Fevereiro de lGs9 na capelia de S. Paulo.
o projecu, de remir o engenho Gecipitanga da vo-
de S. Antonio, denominado o Engenho-Sovo de
&h , o tinha o inimigo assolado, e tinha sido de
que
?sa pbi e avô Antonio de Olanda de Vasconceilos, o q u d
engenho moia com tres moendas, duas de agua e uma
de bestas, e confinava com as terras dos engenhos do
Diamante e Palha, pelo que era intitdado o Rico Homem
&iana o dito seu avô Antonio de Olanda de Vas-
mIceiioa. E tendo reedificado o dito engenho, se tornou
dali a baetantes amos para a Bahia, onde havia deixado
sua malher e filhos, e falecendo logo, deixou em seu tes-
tamento se niio vendesse aqueilri, propriedade, mas por
serem aens herdeiros menores, com provi& r6gia, foi
vendida, e rematada por AndrB Vida1 de Negreiros.
N. 4. Baltazar de Vasconcellos Cavalcante de Ai-
baqnerqne,filho de Francisco de Vasconcellos Cavalcante,
11. 8, e de sua mulher D. Antonia Lobo, foi cazado com
D. Antonia de la Penlia Deosdorh, qne era filha legitima
de D. Franeisca de la Penha Deosdarh, que para a Bahia
havia passado em companhia do dezembargador Simão
Jiartins de la Penha Deosdarh e na Bahia cazon esta sua
irman D. Francieca de la Penha Deosdarh com Simão da
F011seasde Siqneira,fidelgo da caz:t de Pua Magestade,se-
nhor do engenho do Caboto, e filho legitimo de Francisco
da E'- de Siqneira (1) e d e sua mulher l).Maria de
Goes. De D. Antonia de la Penha Deodarh e seu ma-
rido Baltasar de Vtrsconcellos Cavalcante foram filhos :
9. Bdtszar de Vasconcellos Cavalcante, que ae
segae. Simh de Vasconcellos,religiozo do Carmo. D. An-
tonia do Paraixo, religioza no Dmterro da Biiliia.
10. D. Thereza Cavalcante de Albnqnerqne, adian-
te, n. 10.
E um qae faleceu estndante.
N. 9. Baltaesr de Vasconcellos Cavalcante, filho
de Baltazar de Vasconcellos Cavalcante e de sua muiher
D.Antonia de la Penha Deosdará, foi familiar do santo
offlaio, cazou com D . Anna Pereira da Sfiva (4) filha
(1) Faleceu este Lirançisco 'da Fonseca de Siqueira a 19 d2 OU-
Lubro de 1660. Sepultado no Carmo.
(2) Cazarani em 31 de Outubro de 1691, sendo jBi vinvo.
9 P. I . VOL. LI1
66 REVISTA TRIMENSAL DO INBTITCTO IIISTORICO .
legitima de Albino Pereira da Silva e de sua mulher D..
Antonia de 98 Barreto, que era filha de Fraucisco de Sg
..
Barreto, ou de Menezes, á fl. . n. 6, e de sua mnlher
D. Jeronima Diniz, filha de Felippe Vellozo e de ma
mulher Maria da Crnz Diniz; Nuno Pereira da 8ifva
era filho legitimo de Pedro Machado Palhares e de D.
Maria de Abreu, sua mulher; a qnal, por morte d'este sen
marido Pedro Machado Palhares, cazou segunda vez D.
Maria de Abreu com o capitão Francisco de A n d o da
Cbsta ; e Nuno de Abreu era tambem j8 viuvo de Apol-
lonia Ximenes. Foi escriv80 proprietario da alfandege da
Bahia com provizb de 13 de Março de 1698, sendo rei.
D.Pedro a.", e jti o tinha sido seu pai Pedro Machado Pa-
lhares. De Baltrrzar de Vasconcellos Cavalcante e de
sua mulher D. Anna Pereira da Silva foram filhos :
I I. D. Joanna Cnvalcaiite de Albuquerque, que vai
adiante n.. . . houve Catharina do?; Anjos, religioxa
no convento do Desterro da Bahia, donde passou para
o do Rio de Janeiro no auno de 1748, a ser 18 fundadora
e voltou pare o da Batia no de 1761 .
Segunda vez cazou o sobredito Baltazar de Vas-
concelloa com sua parenta D. Antonia de Argolo de Me-
nezes,0lha legitima de Antonio Moreira de Menezes e de
sua mulher D. Anna de Argolo, filha esta de Rodrige
de Argolo e de sua mulher I). Izabel Pereira de Maga-
lhães, filha de AnùrB de Pirdi;il? :: I I . . . c de D. Antoni&
de Argolo e de seu marido Haltazar de Vasconcellos
Cavalcante. * Foi o sobredito B~ltazarde Vasconmllos
Cavalcante, senhor do engenho de Mo mbaça, e proprietarie.
do oficio de escriv80 da alfandega da B ahia por via d e
sua primeira mnlher, e pela segunda foi senhor dos en-
genhos de São-Miguel, Traripe e Caznmbá, com maic;
terras a elles annexas e outras na Piiicuara, Catacumba,
Carapiá e na villa de Santo-Amaro. Faleceu inuito velho.
em.. . de Abril de i761.
N. 10. D. Thereza Cavalcante de Albuquerque, fllhn
de Baltazar de Vasconcallos Cavalcante de Albuquerque,
n. 4, e de siia niiilher D. Antonia de Ia Penha Deodarii,
m o com o capitão JozB Pires de Carvdho, familiar
do santo oficio, fldalgo da caza de 9. Magestade e cava]-
I& prof8980 na ordem de Christo, que era fflho do coro-
nel Domingos Pires de Carvalho e de sua mnlher Maria
(iamoa, filha de Paiilo Nogueira e de sua mnlher Ignec
t l a Ealva, e desembargador Pires, filho de J o b Pires de
Carvalho e de sua mulher Catharina h n c h , natnrses
todos da freguezia de S. Pedro de Senedeilo, arcebh-
@o de Braga. Tem morgado n'esta cidade este JozP. .
Pires de Carvalho, do qual e da sobredita sua mulher
D. Thereza Cavalcante ficaram íilhos.
1%.Salvador Pires de Carvalho, que se segue.
13. JozB Pires Carvalho de Albuquerqne, adiante.
E cinco religiozas ~ i oconvento do Deste~.ioda Bs-
hia, donde foi abadessa a madre Maria do Sacramento e
a madre Jozefa Thereza de Jesus, que faleceu a 88 dv
-4gosto de 1761, com Ma opiniso.
h'. 12. Salvador Pires de Carvalho Albiiquerqiie.
filho de Jozb Pires de Carvalho e de sua mulher I).
Thereza de Carvalho e Albnqnerqne,* n. 10. Alem do
ioorgado que tem n0esta cidade, herdado de seu pai, teni
mtro em Santa-Senhorinha de Vianna, que lhe vem pelos
Pereiras. Cazou com sua prima D. Joanna Cavalcante de
-Ubaqnerque, %lhade Baltazar de Vasconcsllos Caval-
cante, n. 9, e de sua mulher primeira D. Anna Pereira
da Silva ; d'esta e seu marido Salvador Pires de Car-
valho teve filhos :
14. Jozé Pires de Carvalho Albnquerqne, que sa
~~goe.
15. D. Anna Thereza Cavalcante de Albnquerqne,
que cazon com o mestre de campo de auxiliares da
Torre, Garcia de Avila Pereira, ultimo ate aqui d'este
name, que, sem snccesp80, é viuvo, morte a dita sua
mulher.
16. Salvador Pires, religiozo da companhia, Anto-
nio Pires, religiozo menor, a madre Thereza Barboza,
religioza no Desterro, Ignacio e Fraiicisco, estudantes.

* Cmaram-se a 22 tlr J:tneiro de 1727, lia capella tle Sao Roque.


N. 14. Joz6 Pires de Carvalho Aibuqueque,
filho de Salvador Pires de Carvalho Albuquerque, a. 12,
e de sua mulher D. Joanna Cavalcante Albuquerque,
foi mestre de campo das marinhas, e hoje capitão-m6r
(iacidede da Bahia, succeduu no morgado de seu avb,
fidaldo da caza de Sua Magestade e cavalleiro da brdem
tle Christo, cazou com D. Leonor Pereira Marinho, filho
legitima do mestre d+ campo de auxiliares da Torre
Francisco Dias de Avila, pai do que ao presente vive,
Garcia de Avila Pdreira, e de sua mulher D. Cathariiur
Francisca Corrêa Vasqueanes. De Jozb Pires de Car-
valho Albuquerque e de sua mulher D . Leonor Pereira
Xsrinho ha filhos de menoridade :
D. Anna Maria, D. Joanna, Salvador, D. Y a r h
e D. Catharina.
N. 13. Jozh Pires de Carvalho Albuquerque,
irm8o de Salvador Pires e filho de Salvador Pires de
Carvalho Albuquerque e de sua mulher D. Themai
.
Cavalcante de Albaquerque, n 10, fidalgo da caza real,
cavalleiro da ordem de Christo, alcaide m6r da villa de
Xaragogipe e secretario de estado na Bahia, cazou ùom
D. Izabel Joaquina de Aragáo, filha do provedor da aI-
fandega, que foi da Bahia, o coronel Domingoa da Costa
de Almeida e tle sua mulher D. Brites da Rocha Pits,
.
filha do coronel Sebastiso da Rocha Pita, b fl.. e tem
mos.
Jozb Pires de Carvalho Albuquerque, que cazou a
21 de Setembro de 1776 com D . Maria Francisca dr;
Araujo Ara*, filha herdeira de Francisco de Araujo
Aragb e de sua mulher D. Maria Francisca Cavalcante.
i i f l . . . 11.630 fl... n.18.
Jozé Pires de Carvalho Aibuquerque, Antonio Joa-
quim Pires de Carvalho Albuqnerque, I). Thereza
Jozefa, D . Thereza Mariauna.
CATALOQO GENEALOQICO

ACHIOLI EM PERNAMBUCO
D. Anna Cavalcante, filha de Joáo Gomes de Mello,
o moço, a fl..., e de sua mulher D .òdargarida Cavalcante ;
4 qual D.Iargarida era irman de D.Genebra Cavalcante e
íühw embas de Felippe Cavalcante; fidalgo florentino,
.
e de ma mulher D Catharina de Albuquerque, filha eata
de Jeronimo de Albuquerque, cunhado de Duarte Codbp
Pereira, primeiro donatario e fundador da capitania $e
Pernambuco, como fica referido varias vezes, foi c a d a
esLaD. Anna Cavalcante ; mas n&oachamos ainda o nome
d'am seu marido, mas que era dos Achiolis, familiír
iiipsfre de Florença, da qual passou para a ilha da a-
Qeirir um Simb Achioli, que foi -bem povoador da
dita h, e den ali principio a esta familia, como escreve
o mtor da Nahbliarchia Portngueza b pag. 227, e por
oapeeqnencia podemos discursar,, que esta d o com a
.
sebiedita D Anna Cavalcante eis descendente d'eate
Simllo Achioli, e da dita ilha da Madeira, on de outra
piule pasearia para Pernambuco, como o fizeram outws
muitos, e p e a m nobres. E daqui podemos tambem die-
correr com fundamentos e razh, que este, que passou a
Pmambnco, se podia chamar- Genobio Achioli, por
que com este nome n&opraticado entre os Portuguezes
achamos fira assim chamado um dos filhos varbee d'esta
D. Anna Cavalcante e do tal seu marido F. Aahioii ; o
que tudo consta de autos de dispensas autenticas como
v d a f l . . . etevefilhos.
1. Genobio Achioli,que se segue.
2. h ã o Baptista Achioli, adiante.
3. Gaspar Achioli, ao depois.
N. 1. Genobio Achioli, filho de D. Anua Cavalcante,
e de mn marido Felippe Achioli. foi cazado com D. Bdrrriu
Pareira ;a qual era filha de Felicia de Moura, e esta 6lha
de Felippe de Moara e de sua mulher D. Genebra Caval-
cante, irman esta de D. Margarida Cavalcante : e filbas
70 REVISTA Tt:I~ILN,SAL DO INS'TITUTO HISTORICO

ambas do sobredito Felippe Cavalcante,fidalgo florentino;


de (3enobio Achioli e de siia mulher D . Maria Pereira
foi filho.
4. Felippe de Monra Achioli, que se segue.
N. 4. Felippe de Monra Achioli, filho de Oenobio
Achioli, e de sua mulher D. Maria Pereira, foi cazado
com D. Xargarida Achioli, sua prima legitima, e dia-
pensados, como vai na folha seguinte.
h'. 4. Felippe de Moura Achioli e D. Margarida
Achioli foram dispensados no 2." grho de consangniditbde
simples ; porquanto elle orador 15 filho legitimo de Qe-
&o Achioli de Vssconcellos, aqnelle ir& inteiro de
jollo Baptista Achioli, pai da oradora D . Margarida
Achioli. E pela ont.mlirihasão parentes em 3.. e 4 . O gnio
&tos ednplicados ;porquanto ella oradora por via m6-
terna B neta de Manoel Goines de Mello, irmão inteiro de
Jo&oGomes de Mello, bisava pela parte paterna de a m h
os oradores. Mostra-se mais serem os oradores parentas
em 3.O.e 4.. grho por via materna do orador ; porque D.
h e b r a , bis-av6 do orador, pela parte materna, era irman
ds D. Margarida Cavalcante, bisavb de ambos os ora-
dores por via materna, como mais consta dos autos. Por
tudo foram dispensados pelo cabido da Balia em 14 de
Julho de 1673. D1esta mesma sentença se conclae m i m
por ultimo :E legitimamos os filhos, que de entre ambos
uaceram: ou firem nascidos, etc.
Foi c:iznda coni
D. Geiiebra. Ir- Jo;ioGoiiies dt. D. Margarida
mande8. Mar- Mello. o moço. (:a ralcante.
garida. Irmão de Na- Iriiian da D.
iiwl tiomrs. 6enebra.
2 I
5:
PI
F
P)
D . Illicia de LI. Anna Ca- Manoel Comes de Meiio. I r d o
Illonn valcanle. dr?JoãoGoincrsdeMello,o m w .
3!
cazadocorii
'--.
2
C-.IZ.~Oc 0 1 1 1
'P-
w
Y O OI

B. Maria Pereira Genebra Accioli-Irm3os-João Ba ti& D . Maria de


de Moura de V;urconcellos AccioE ~eii0.
Filho Filho
felipe tlr loiir:i D. Margarida A o
Accioli. oriuior. cioli. Oradora.
Gaspar Accioli de Vascontwllo~r. I). Marianna Ca-
.'
valcante dispensaclos no 1 gráo de consanguinidade por
via materna. Em 28 de Março de 1867-Bahia.
Porqne de Qeorge Teixeira, primo direito de D. Mar-
garida, nasceu D . Maria, e d'ella D. Marianna oradora ;
e âa dita D . Margarida nasceu D. Aiina, e d'esta Gaspar
de Accioli orador ; porqne os ditos primos direitoe eram
filhos, Gleorge Teixeirri. de D. Simda de Albuqaerqne, e
D . M-rida .
nasceu de D Catharina de Albnqnerque,
que unbas eram irmana direitas : ' e outrosim por parte
paterna estão os oradores em quinto grAo, pelo orador ser
parente do avd da oradora Antonia Cavalcante em tar-
ceim grAo na fbrma abaixo, porque de D. Margarida, que
era irnian de Antonio Cavalcante, tataravd da oradora,
na- D .Anna, e d'ella Qaspar Accioli, orador. E do dito
Antonio Cavalcante naacen D. Izabel Cavalcante, e d'esta
Antonio Cavalcante e d'este nasceu Antonio Cavalcante,pai
de D.Harianna, oradora. Assim o depbe uma testimnnha, e
oritias depóem assim-em quanto ao 4."grh e tambem 5.'.
P q a e de D . Simda de Albuquerque u a d r a h r g e
Teixeira e d'elle D. Maris, msi de D. Marisnna, oradora.
E de D . Catharina de Albnqaeque, irman de D. Simôa,
naaceu D . Margarida, e d'elia D . Anna, miii do orador
&uqtar de Accioli. E tambem siio parentes em 6.' gráo
os oradores, por ficar o orador com Antonio Cavslcnnte,
sv6 da oradora, em 3.", poque de I). Margarida, irman
inteira de Antonio Cavalcante (por serem filhos de Fe-
tippe Oavalcante e de D. Catharina de Albuqaerqne),
nsscen D. Annr, m8i do orador Qaspar Accioli. E do
dito Antonio Cavalcante nasceu I). Izabel Cavalcante, e
d'ella Antonio Cavslcante e d'este nasceu Antonio Csval-
a n t e , pai de D. Marianna Cavalcante, oradora.
TRONCO

Filba I m y inteima
~ Pilha
D. S i m de Alb~querque.-I. %r.-D. Catharina de AlbiiqUfxQIie,
niulher de lelipe Cavai-
cante, Fiorentlno.
78 REVISTA TRIYENSAL DO INSTITCTO iIISTORICO

Filho Filha
W q e Teixeira. Primor legitimes D. Maria de Albuq~ieqiii*.
2.O gr.
Filha Filha
D. Haria. Prinlos segnndos D. Anna Ca\:ilcanti.
3."gr.
Filba Filho
D. Yarh Cvalcanti. 4.O g. Gaspar Accloli.
Oradora. Orador.

TRONCO
FELIPE
CAVALCAXTI FLORENTINO
.
D Catharina 4% Albtcqtm-qtce
Filha Filho
D. Yargarltla tle Albuqn~rqne. IrmBos Antonio Cavslcnnle.
1.O g.
Filha Filha
D. Anna Olvalcriili. Primor D.Izahel Cavalcanle.
9.' gr.
Filho Filho
Gapar Accioii tle Vasconwllos. Antonio C%\-alcnnta.
Orador
Fllho
Antonio (:avalcante. iiiixto cxw n
i." gr.
Filh%
D. Marinna Cavalcanle,orado~mlxlo~
com o 4." e 5." g.
N. 2. Jogo Baptista hccioli, fillio de D. Anua h-
valcante e de seu marido S. .iccioli, á fl. . . n. 9, foi
cazado com D . Maria de Mello, filha de Manoel Qomee de
Mello, B A. . . n. 1, e de .sua mulher Adriana de Aimeida
Lins, B fl.. . n. 1, e teve filhos como fica ahi.
N. 1. D. Simoa de Albuquerque, filha nat,ural de Jr,-
ronimo de Albuquerque, cunhado do donatario de Per-
nambnco Dnarte Coelho Pereira, como fica á As. . e . ., .
foi cazada e teve filho.
1. Jorge Teixeira, que se segue.
N. 1. Jorge Teixeira, filho de D. Simcia dr Albuqaer-
que e de seu marido, foi cazado e tere filha:
2. D. Maria, que se segue.
CATALOGO (;E;\;
EA I.OC;ICO 73

N. 2. L). Maria, filha de Jorge Teixeira e de Sua


mulher, foi cazada com Antonio Cavalcante, que era filho
de Antonio Cavalcante e de sua mulher D. Izabel de
Góea, a fl. . . n. 4,filha esta D ,Izabel de Arnáo de Olandi~
e de sua mulher Brites Mendes de Vasconcellos, a fl. . .
n. 4. De D. Yaria e de seu marido Antonio Cavalcantt:
foi fllha :
3. D. Izabel Cavalcante, que se segue.
N.3. D.Izabe1 Cavalcante,íIlha de Antonio Cavalcanti?
e de sua mulher D. Maria, foi cazada duas vezes : a pri-
meira com hfanoel Gonçalves Cerqueira, cavalleiro da
ordem de Chnsto e familiar do santo-oficio, e a segundii
vez com Francisco Bezerra Barriga, primo de seu pri-
meiro marido ; de ambos teve filhos, mas n b declara 1,

papel, que isto diz, de qual d'estes maridos foi esse filho.
4. Antonio Cavalcrrnte, que se segue.
N. 4. Antonio Cavalcante, filho de D. Izabel Caval-
cante, acima, e de seu marido, foi cazado e teve filho.
5. Antonio Caralcante, que se segue.
N. 5. Antonio Cavalcante, este foi cazado e teve
fllha.
6. D. Marianna t'avalcan te, que para cazar com seii
parente Oaspar Accioli, filho de D. Bnna Cavalcante e
de seu marido .F.Accioli, foi dispensado por sua via no
'4.' grAo de consanguinidade e por outra no 4." e tambeiii
or sentença de 28 de Março de 1667, do reve-
&tkA\ido da st de Braga, em sbde vacante, como fica
napagina ...
Felippe Francisco de Molira Accioli, fllho legitimo
do capit8o-m6r Francisco de Freitas Accioli de Moura e
e de saa mulher D. Roza Luzia Maria de Bíoura Accioli,
netp pela parte paterna do coronel Duarte de Albo-
querque da Silva e de sua mulher D. Alicia de Moura, e
pela parte materna neto do alcaide-m6r Felippe de Mouri~
hccioli e de sua mulher D.Margarida Accioli e bisneto do
mestre de campo Zenobio Accioli de Vasconcellos e de
su mulher TI. Maria Pereira de Monra.

10 I'. 1 . \'<>I..
1.11
-4SCENDEBCIA
Boi3 Albzcqclerqnes em Pernattrhzcm e d g o b ~ p m a r a n r
(í Bakio
Jeronimo de Albuqiierque, de qnem aqui se fala
no principio, irmgo de D. Brites de Albuqnerque e a

cniihado de Duarte Coelho Pereira, primeiro donatado e


senhor da capitania de Pernambnco, foi 0lho terceiro de
Lopo de Albnquerque, a qnem chamam o Bode, e de wa
miilher D. Joanna de Bulhh, que era vinva de JoBo de
Mel10,mestre-sala do rei D. Jogo . II., e a dita D. Joanru
de BulhiLo era filha de Affonso Lopes de Bnlhão.
Lopo de Albuquerque. pai de Jeronimo de A l h -
qiierqne, acima, era filho prinieiro de Jogo de Albuquerqae
e de D. Leonora, filha do Dr. Lopo Gonçalves, desem-
bargador da cala do cirel. D'este João de Albnqneque
era tambem filho Jorge de Albuquerque, que foi capitQo
de Malaca, e mni famozo na India, em companhia do q d
;indon Duarte Coelho Pereira, e pelo esforço e fidelidade
d'este, voltando da India Jorge de Albnqnerque cama r
Duarte Coelho Pereira em Portugal com sna sobrinh
D. Brites de Albuquerque, filha de seu irmão Lopa
de Albuquerque, e irman do sobredito Jemnimo de Alba-
qiierque,tambem seu sobrinho.
Jodo de Albuqnerqne, pai de Lopo de Albnqnerqne,
era filho de João Alvares de Gomide e de D. Leonon
de Albnquerque. Esta era filha de D. Gonçalo Vaz de
Mello, o moço, senhor da Castanheira e Xaleiroa, e de
siia mulher D. Izabel de Albuqnerqne, filha de Vesoo da
Cunha, o velho, senhor do morgado da Tabus, Angejr,
Bemposta, Pinheiro, Figneiredo, Azeqnes, e outras
maiores terras, alcaide-mbr de Lisboa, e senhor de h-
t r i h s do reino, rico homem e mni estimado dos mis
D. Pedro I, D. Fernando, e do rei D. Jogo I, chefe
duii Cunhas e familia d'estes, e de sua mulher segunda
D. Thereza de Albnquerque. Esta era filha de D . Fer-
nando Affonso de Albnquerque, mestre de Santiago em
Portngal ; e este foi filho bastardo de D. Jogo Affonso
de Albuquerque. o Bom, mui valido do rei D. Yedro de
c:astella. Este D. J o k Affonso de Albiiquerque, o Bom,
foi filho de Affonso Sanchea, que fundou o mosteiro ds
villa do Conde, e era este filho bastardo do rei D. Diniz ;
e J& Affonso de ~lbaqaerque,filho d'este foi cazado
com uma fllha do Conde de Barcellos D.J& Affonso Tello,
de Portugal, e de siia mulher D. Thereza, que era filha
d'el-rei D. Sancho e de sua mulher D . Maria, Alha do
infante D . Affonso, senhor de Molina.
O sobredito OonçaloVaz de Mello, o moço, foi Uho de
Gonçalo Vaz de Mello, o \velho, e neto de Vaaco Martinu
de Mello, senhor de Castanheira, Povos, Xaleiros,
qaarda-mór, e alferes-mbr d'el-rei D. Fernando de Por-
t ugal, alcnide-mór de Evora, e de sua mulher D. Thereza
('ori.na,filha de Gonçalo Gomes de Azeve do, alferes-mdr
ci'el-rei D. Ationso IV, e bisneto de blartim Affunso de
nldo, o primeiro, e de sua mulher D. Marinha Vasques,
Rlha de EatevBoSoares de Albergaria, o velho, senhor de
Albergaria de Paio-delgado, genro, qne foi, de Rui .Tas-
qaee Corerima, cujos illiistrissimos ascendentes refere o
Conde D. Pedro nos titulos 45, 46 e 68, no tomo 55.
&ou Affonso Velho de Mello, terceiro avô do dito
Gonçalo Vaz de Mello, o moço. com D. Ignez Vasques da
Osnha filha de Vasco Lourenço da Cunha, senhor da
Tabua e rico homem, i r m b de D. Gomes Lourenço da
Canha, padrinho do rei D. Diniz, e fllho de Lourenço
~ ~ d da Canha e e e de sua muiher D. Maria filha de
Loarenço Qomee de Masseira, que se acharam no cêrco
de Sevilha, e netos de Ferniío Paz da Cunha e de sua
muiherD. Maior Rendiafez, bisnetos de D. Paio Gatierres,
os primeiros que nzaram do appellido de Cunha! .cqjo
d o r i o tiveram no soiar de Cnnha a velha, e adquiriram
o nome no cérco de Lisbih em tempo d'el-rei D . Manso
f i d q u e s , que para guarda das cunhas, com que rom-
peram oa muros, lh'as deu por orla d'eilas as quinas.
Terceiros netos de D .Guterre P e l w , Conde de Lima
em Galias, i r m b do CondeD. Fernando Pelaez, e 6ihos do
Conde D. Pelaio, mui aignnlados na raia de Portugal.
emdeu de Trastamara e ricos homem.
O dito D .Pelsio Guterre foi cacsdo com D . Oarença,
filha do Conde D . Trastamoro, irmão de D . Ermigiw,
netos d'el-rei D. Ramiro, o 2." de L e a , e de sua muiher
D. Mendola, filha do Conde D. Gonçalo Nuna, i n n b
(10 grande F e r n b Gonçalves, Conde de Castella.
Foi o dito D. Vasco Lourenço da Cunha w a d o com
D. Tbereza. filha de D. Pedro Fernandes de Portngai e de
sua mulher D. Fmile Rodrigues, segunda filha deRni Gton-
yalves de Pereira, em titulo de Pereiras, Ehjazee, t i t d o
setimo, de que teve o grande Martim Vasques 'da Cunha,
que teve o castello de Celorico de Bastos, e foi Senhor da
.
'i'abua, cazado com D Joapna, filha de Rui Martina de
Nomaez, de que teve Vasco Martins da Cunha, o seco,
por alcunha, cazado com D. Senhorinha, filha de Fer-
não Gonçalves, neto de D. Martinho Barregb, com-
inenùador m6r de Santiago em Portugal, de que teve
Martim Vasques da Cunha, o segundo, cazado com D. Vio-
Iante, fillia de Lopo Fernandes Pacheco, senhor de Fer-
i.eix-a de Avez, qiie depois foi mulher de Diogo Affonao de
Souza, senhor de Mafra, filho de D. Affonso Diniz, e avf
110Lopo Dias de Souza, mestre de Christo, e foi filho do
(lito Martim Vasco da Cunha e da dita sua mulher.
Vasco Martins da Cunha, o velho,senhor do morgado
(ia Tabua, acima dito, pai da dita D. Izabd, mdher de
c fonçalo Vaz de Jfello, o iiioço, sogro do dito J o b &n-
calves de Oomide, senhor de Villa-Verde, e foram tem-
bem irmiíos da dita L). Izabel, I). Gonçalo Vaz da Cunha,
progenitor dos Condes de Pena-macor, e Martim Vasques
da Cunha, Conde de Valença, Esteváo Soares da Cunha,
cfil Vasques da Cunha, Lopo Vasques da Cunha, que
t5ram alferes mbres, e Vasco da Cunha, o moço, Rabo
clasno, por alciinha, senhor da Tabua e Lanhozo,illustria-
simo tronco da maior nobreza de toda a Espanha. Foi
o sobredito J o b Gonçalves de Gomide, pai do sobredito
Jo&o de Albuquerque, acima, cazado com D. Leonora de
-4lbnquerque e outras quatro mais :
D.Marta de Soaza cazou com Jo&otionqalves Dor-
mondo.
Clemencia Doria com Fernão Vaz da Costa.
D. Violante Deçs com João de Arado de Souza,pag...
D. Ignez da Silva com Christovão Bmndáo.
ADVERTENCIX
Dss trez irmana, que, em o n. 3, falando de Fran-
cisco de Vasconcellos Cavalcante, se diz, e eram filhas
de Baltazar Lobo de Souza, que faleceu na carreira da
Iiidia, foi a
:1 Yaria Lobo, (1) que se segue.
8.' Catharina Lobo de Barboza Almeida, mulher
de Uaspar de Barros de Magdh&es, a 0. . .
3.' Joanna Barboza, cazada com Rodrigo de Argolo,
fidalgo castelhano a fl. . .

BICUDO
Francisco Bicudo foi um sugeito,que veio B Bahia iio
principio da fundaçaio d'essa cidade, no lugar em que est8
hoje, em companhia de Thom6 de Souza, 1 governador .O,

e fundador da meama cidade, e n'ella cazou com D. Micia


Lobo de Mendonça, (2) ama das 3 irmans orfans, de que
jB fica dito, e teve filhos.
1. Micia Lobo, batizada na aB a 21 de Novembro
de 1664, e foi primeira mulher de Jero~iimoMoniz Barreto
B fl. . . n. 3, e ahi a ma descendencia.
2. Izabel, batizada na sé a 18 de Março de 1656.
3. lzabel, batizada na s6 a 3 de Março de 1560.
Com as duas orfans fidalgas, e por outras vezes mandou
maia el-rei D. JoBo 111, e a rainha D. Catharina, a uma
por nome Clmencia, que cazou na Bahia com F e d o
Vm da Costa, a L. . . e ahi a sua ascendencia e des-
cambcirr.
D. Violante Deça, que no Cairfi cazoa com JoBo de
Ara* de Souza, a fl...
(1) Maria Lobo etc. E D. Marta de Soaza,bmbem a ti.. .,que crzoii
com J o b Gonçalves Dormondo a fl ...
(P) Consta do inventario, que se fez, de D. licia de lendonça,üiba
teste Francisco Blcudo, e primeira muiher de Jeronimo IltoniZ Burato.
li: D. lgiiez da Silva, qiie não achamos ainda com
quem w o u a s6 diz iusim ama memorin : Cázoa 'com
Christovb Brandb. Seiii mais clarez;~.* Em tempo
d'el-rei D. João 111. mandou para a Bahia trez Aítslgiie,
que são as ditas que 0cam acima.
Recolhimento em que se criavam as ditas 0dalg.s :
vai o principio.
Nossa Seiilioi ;r da, Eiicarnaçiio. Para amparo e
abrigo de algumas orfans nobres e pessoas honradas d-
giram alguns religiozos e homens de negocio d'esta drte
iim recolhimenta, qlie sustentavam ; vendo el-rei D.
João 111 o bom fim, a que be dirigia acçiio tso pia, tomou
esta recolhimento debaixo da sua prohcçib, no anno t b
1.543, dotando-ocom reiidas certas e annuaes, para
tentsçáo de 21 orfaiis Iionradas, filhas de ministros, e
ainda fidalgau, cujos pais I~ouveusenifalecido em serviço
da coroa, ordeiiaudo que de tres em tres auno se envi-
assem para a I d i a e Bruil alguiuas d'ellas d tas orfens
com carta para os vice-reis e governadores as cmarein
I
com a decencia possivel, preferindo-as nos provimemtos
dos of6cios para seus dotes, e tiveram na India tanta
estimação estas orfans. qiie uma chamada D. Maria foi
rainha da Maldiva ; porque o rei d'quellas ilhas cezon
com ella em GOa no aiino de 1548 ; e soube muito bem
reconhecer ir educa@ito: que teve no recolhimento, pois
mandou para a igreja d'elle um fiontal e uma cada,
que para menioria aiiidii se cmnservava no anno de 1781.

1)E LB PESHA DEOS1)AUA'


O tlezeinbarga(1or Siiuiio ,%lvares tlel la Penhx
Deosdarti foi fillio tle Manoel Alvares DeosdarB, e de
sua mullier -4ldonça Alvares de Ia Penha, morador em
Pernambuco, ao qual òianoel Alvares prinieiro por alcunha
chamavam o Deosclai-á ; e pelos grandes serviços, que fez
A corfia. no tempo dos Olandezes lhe fez o Sr. rei
D. Jolo IV a iuerc6 d~ o Iioni'ar coni bi'azáo de armas
.-.. -- -
VIja-se solirr isso o 1101 o iiialilia de Piirlug;il iia 5. parte a íi.U3
e seguirilr.
e appellido de-Deosdarir-fazelido-o chefe da aua descen-
descia, e fidalgo de cota de armas para sempre, com
tad-0608privilegias dos nobres e antigos fidalgos da seli
reino e senhorios, o qual se acha em poder de Baltazai.
da V ~ n c e 1 1 o Cavalcante,
s seu bisneto,e por j u s t i f i w ~ ~
que ae fez tirou esse mesmo braz8o.
E fez o sobredito rei ao mesmo òdanoel Alvares
Deosdar& a merci! de propriedade da provedoria-m0i.
de Pernambuco para O filho e genro, ou parente qne:
eUe nomeasse, conforme a carta de propriedade, que estA
registrada nos livros da fwenda real de Pernsmbaco,
e tambem ha de estar nos d'esta cidade da Bahia, e lhe
dm mais tres habitas : tle Christo, de hviz e -Santiago.
O pobredito dezembargador tambem serviu por via
drs letras, sendo ministro da relaç8c, d'este estado. juiz
d m cavalleiroa, e servindo muitos annos de provedor da
hzenda real da cidade da Bahia com carta de serventia.
onde havia cazado com I). Leonarda de Azevedo Ra-
nsoo, (1) irman do padre Antonio Vieira, e passando
depois a Pernambuco a servir o officio de provedor da
iesrnda,de que era proprietario, rezolveu embarcar para
o reino com toda a sua familia de mulher, Alhos, e
siu mAi, e nanfiagou, perecendo todos sem sucess8o, e
m perde0 a propriedade do dito officio de provedor da
fuenda, que comprou por ridas JoBo do Rego Barros.
e &da persevera na sua csza.
Trouxe o dito dezembargador nma sua irman chamadii
D. Francisca de Ia Penha Deosdarh, e na Bahia a cazoii
cám S i m b da Fonseca de Siqueira, %dalgo da caza de
&a Mageatade, senhor do enenho do Caboto, e d'ella
tsre a auccesaão, que adiante vai :
.
1. D Franciwa de Ia Penha Deosdarti, que cazoii
eam Si& da Fonseca de Siqueira, o qual era filho
de Francisco da Fonseca. (2)
N. 1. D. Fraucisca de Ia Penha Deosdarh, irmaii
do dezembargador Similo Alvares de Ia Penha Deosdarti,
i Cuon eni 15 de Julho do iósi.
da Fonseca de Siqneira a 7 de Julbo dr 1661:.
Matuiiii. 'u.dna a PO ale !lorembrode lC:>oeiii
H0 1iEVldT.i TRIMESSAL DO INSTITUTO HISTOKICO

:tima, e filhos de Manoel Alvares Deoadará, e de sua


miilher Aldonça Alvcrrw de la Penha, que ficam na
11%. . ., passou ti Bahia com o dito seu irmão Simbo
-4lvarez de la Penha Deosdarti, e ali cazou com Simão da
Fonseca de Siqueira, 0lho de Francisco da Fonseca
(:&boto a fl. . ., e de siia mulher D. Maria de (Mw,
senhores do engenho do Caboto ; e da dita D. Franciacs
dela Penha Deosdarh e de seu marido Simh da Fonaeta
de Siqneira, foram filhos :*
2. Francisco da Fonseca de Siqueira, fidalgo da
caza de Sua Magestade, cavalleiro professo na ordem de
Christo, e senhor do engenho do Caboto. Foi m a d o com
I). Catharina Soares, filha de Francisco de Vaau~ncellos
Cavalcante e de SIIR mulher D. Antonia Lobo, faleceu
sem snccessão. A' fl . . . n . 6.
3. D. Antonia de la Penha Deosdarb, que .casou
com Baltazar de Vasconcellas, a fl. . . n. 4, e ehi acha
tlescendencia.
4. D . Aldonça de Ia Penha Deosdará, que ae segne.
N . 4. D . Aldonçs de la Penha Deosdarti, L l b de
Francisca de Ia Penha Deosdarti e de seu marido Si& da
Fonseca de Siqneira, foi primeira mulher de Aiitonio da
Itocha Pita, de qnem adiante se dirti, e d'esta teve filhos.
5. O wronel Lniz da Rocha Pita, que faleceu mm
c:izar : foi professo na ordem de Christo.
6 . D. Brites, cazzidir com o dezembargador JoBo de
SB Sotomaior.
7 . D . Francism Xavier de la Penha Deosdará, que
cazou com o dezembargador Jogo Homem Freire, mmo
diz o assento do seu enterro. A 24 de Fevereiro de
1793 faleceu I). Francisca Xavier de la Penha Deos-
tlará, iiatural de Matnim, filha de Antonio da Rocha Pita
e de sua mulher D. Aldonça de la Penha Deosdarb. Era
cazada com o dezembargador Jogo Homem Freire ; testa-
inenteiros, seu marido e sen irm8o o coronel Lniz da
Ilocha Pita.
8. D. Maria, que, indo em companhia de seu cunhado
-Joáo Ilomein Freire para Portugal, 1s cazou com Manoel
* D. Maria tln Góes, flllia do SiriieJo de Areujo de Góes, o velho,
311. ...
CATALOOO OENEAL001CO H1

Homem Freire, eobrinlio do dito seu cunliiiclo em Coiiubrti ,


senhor da quinta das Lagrim~se morgado e u villa Cova,
e tem filhos.
9. Simiio da Fonseca Pita, que se segiie :
N . 9. Simão da Fonseca Pita, filho 11e D. Altloiiqa
de la Penlia DeosdarS e de seu marido Antonio da Rocha
Yita, foi cazado com D. Ai1tonia. filha de Francisco da
Fonseca Vill;uboas, qiie era filho de JoBo de Agiliar
Villasboas a fl . . . n. e de sua mulher D. Antonia
ou Maria de Góes de Siqneira, íiil~ade Francisco da Fon-
seca e de sua mulher D . Maria de Goes, e do sobredito
Francisco da Fonseca Villas boasfoi mi.llier D. Maria de .
Mello, filha de Pedro de G6es tle Araiijo. it A-. . n . 1, e
de sua mollier D. Liiiza de hlello, fillia do coronel Liiix
de Mello de Vasconcellos, a fl.. . 11. 7 c 28. De Sim80
da Fonseca acima e de sua mullier I). Antonia foi fillia :
10. D. Aldoiiça de Ia Penlia Deo.;4arb, qiie se segiie:
N. 10. D. Aldonça de la Penlia Ueosclarh esta acima
foi segunda mulher de Amaro de Souza Coutinlio, que era
fiiho legitimo de Christo~iiotle Soiiza Dalte e de sua
mulher D Maria de Barros Pereira, e liavia sido çazado
este Amaro de Souza. com D. Aiina Maria de Espindola,
que sem filhos faleceu a 17 cle Maio de 1532, sendo e n u o
alferes este Amaro de Sonza . De sha segiinda inulher
acima D. Aldonça teve Amaro de Soiiza um filho,qiiefoi :
11. Antonio da Rocha Pita, que faleceu solteiro, e
por falta d'este seu neto e unico herdeiro de siia caza
e bens, chamon Simao da Fonseca Pita, senhor do en-
genho e fazendas do Caboto para herdeiro tl'ellau a Chiis-
torHo da Roclia Pita, seu sobrinlio o, fl.. .n. :i, qne A hoje
o possuidor d'eljas e dos taes bens.
FONCECAS DO CABOTO
Francisco da Fonceca, a quem chainavain o Caboto,
foi cazado com Maria de Goes de Siqueira, filha de Si-
m& de Araujo de Goes, o velho, e de sua mulher Maria
de Siqneira, a fl.. . n.. ., e teve filhos. *
Cuaraiii em Llaliiim a 25 de Fevereiro de 162!1. Faleceo ;i 12
dr Outubro de i&. Sepultou-se no Cnriiio.
11 P. I. VOL. L f l .
1. Catliarinade Goes de Siqiieira, mulher do capit8n
Joiío da Agniar Villasboas, a fl . . . n. 1. (1)
2. Simio da Foncem de Siqueira, cazado com.D.
Francisca de 1% Penha Deosdarti, ti fl. . . n . 1 e fl. 18
n. 2 e 3 e ahi a sua descenciencia. (2)
N. 2. Simao da Fonceca de Siqueira, Alho de Fran-
cisco da Fonceca Beato e de sua mulher Maria de (-foes
de Siqiieira e cmou com D. Frnncisca de Ia Penha Deos-
dar&,irmando ilezembargador Siniáo Alvares de Ia Penha
Deostlarh, como fica na fl.. . . n. 1, e dahi por diante
o mais.

ROCHA PITA

Antonio da Rocha Pita, (3) de quem se dice jtí


na folha, . . ., qoe foi cazado segunda vez com D.
Aldonça de lã Penha Deosdar&, era natural, conforme
se dizia, de Coura, d'onde viera para a Bahia e foi reco-
lhido na caza dos BrandBes do Igiiape, fregiiezia de San-
tiago, onde assistiu alguns annos ; enamoran do-seahi de
uma D. Maria da Rocha Pita, que era filha de D. Maria
Falcáo, Alha esta de Braz Rabelo Falcáo, que tambem era
pai este Braz Rabelo de Tlioin&Pereira Falcáo, o velho,
em cuja caza, on no seii engenho, assistia o tal Aiitonio da
Rocha Pita, que tirando a furto a sobredita sobrinha de
Thomk Pereira Falcão enetade Braz Rabe10,se ofenderam
muito ii'isto, e lhe mandaram dar iim tiro, de que ficou
ferido em uui braço e se retirou do logar e cazou com a
dita D. Maria da Rocha Pita, (4) assim intitulada ;por-
que a siia mãi j8 dita, D. Maria Falcão, foi e era cazada

(1) Batizada no 10. di, Dezciiil~n)de 1629.


(.2) Batizado ao 1'. tle Jiiiilio do 16:II.
(3) Era lillio dtb Francisco da nocha Pih, e de
siia itiiillier Beatrrz
tlc L:iia, iialuriies d*: Coiira.
(1) Catarnin a 1 de Julho de 1G78, na capella do Eoiii Jezus dr
Igriiiipe.
CITALOGO GESEALOGICO 83

com o c a p i t b Valentim da Rocha Pits, * de quem niio


achamos aindaa sua ascendencia; d'este Antonio da Rocha
Pita, e esta sua mulher D. Maria da %cha Pita, que
foi a primeira, teve filho.
1. Francisco da Rocha Pita, que se segue :
N. 1. Francisci, da Rocha Pita este aqui, L? quem
por morte de sua mài coube bua legitima. que o pai lhe
entregou tanto qiie teve idade. Cazou na mesma caz8
do Iguape com D. Roza Maria, q.ue era filha do jA referido
ThomB Pereira Falciio, o velho, irmiio do avo d'este Fran-
cimo da Rocha P i a , e filho de Braz Rabelo Falcão,
tambem jA referido. D'este Francisco da Roclia Pita, e
sua mulher D. Roza Maria E'alcao, que foi a primeira,
foram filhos:
2. João da Rocha Pita, que se segue.
3. ChristovBo da Rocha Pita, adiante.
4. Antonio da Rocha Pita, ao depois.
3. Lancerote Pereira é filho da primeira mulher.
6. Michaela, cazada com Manoel de Lima Pereira,
adiante.
Segunda vez cazou o dí to Francisco da Rocha Pita com
D. Leonor Pereira Marinho, tambem viuva de Thomé Perei-
raFalcão, o moço, e filha de Vasco Aiai inho e de sua mulher
D. Cathai.ina de Araujo Azevedo, que era filha esta de
Paio de Araujo de Azevedo, a quem chamavam o Par
Deas-homem, conimendador da ordem de Clirist,o e de
D. Anna sua mulher, filha de Duarte Lopes Soeiro e de
D. Xaria de Souza. D'esta sue segunda mulher D. Leonor
Pereira Marinho teve filhos.
' l . D. Francisce, cazada com o capitiio Antonio Gomes
de Sá, adiante, afl. .. .
8. D. Boza, solteira, em caza de seo meio irmiio
Christováo da Rocha Pita.
Era Illlio de Valeiilini da Rt>clia Pih, iialiiral da freguezia de
Santa Yirin da Ribeira. lerino de Valei1ç.i do ,Uinlio. e Illlio de Joào
Uarhoza A ~ i i i h ae de sii:i iniillier Izahel da Rocha P i h . D'este Valen-
litu tia Roclia Pita foi iarnbeiii lillio Christovào da Roclia Pila, o u l m
d'esie noiiie.
Por ii,ortc?de seu iii;irido Virlenliin da Horlia Pila. cnulii D. Maria
Palcso u m o capi& Joàu Peixuto da Silta, V ~ U V Ofplii~wrude I). Anna
U r a k a n l e e W ; i m r 26 de Y a b de 16139, eiii Iguape.
N. 2. Joáo da Roclia Pita, filho de Francisco da
liocha Pita, n . 1, e de sua primeira mulher D. Roza Ma-
ria Falcão, cazoii com D. Anna Maria de Lacerùa, íilha
tie Luiz de Laçerda de GOes, o qual era fillio de Lniz de
Góes Tssconcellos, e de uma D. Anna de Lacerdn Bran-
diio ; e a mulher do sobredito Liiix de Lacerda de Gbes
erada cliza da Copacabana. Faleceii este Joilo da Hocha a
28 de Fevereiro de 1775, a sepiiltoii-se eui S. Francisco na
cidade da Behia.
N. 3. Christoriio (ia Rocha Pita, filho de Francisco
da Rocha Pita e de siia primeira miillier I). Roza, filha
do 1'. TliomC Pereira k'slcilo e de sua mu1her.D. Ignacia
tle Araujo, H fl. . . n. 17 e 14, e foi cazado com 1). Jo-
zefa, fillia tle Jo&o da Costa Lima, mercador rico na
Bahia, e j&falecida, da qiial teve uma fillia :
$1. 1 ) . Jozefa, caxoii esta.
X. 4. Antonio tlit Jtoclia Pita, 01110 tle Francisco da
IlochaPittt n. 1, e de sua primeira miillier D. Roza, ca-
soii com D. Ignncia Narinlio, fillia do c a p i t b Pedro Ma-
.
rinho, a f l . . n. 3, e de sua miillier D. Roza, e teve
filhos.
N. 6. D. Mic.liaela, tilliade Francisco da Rocha Pita,
n. I , e de siia primeira mulher I). Maria Rozrr cazou com
Manoel de Lima, natural do reino e foi enteado este Na-
noel de Lima Pereira do capitão-mbr Teotonio Teixeira,
e tem filhos.

CAHAMURUS NA BAHIA
Diogo Alvares Corrêa, " da principal nobreza de
Vianna, vindo ter B Bahia por acazo da fortuna, sendo o
primeiro Portupuez, que n'ella aportoii, e pizou a s suas
praias, e pelo sucesso do seu naufragio, e modo com que
escapando d'elle com vida a conservou entre o gentio, que
lhe acrescentou o cognome de-Caramiirú-6 tso ce-
lebrado na tradiçiio e historia. Depois de ter de uma

Faleceii a 3 de Oiiliibro tle 1557. wpulhdo no iiioslciro de


Jezus, que era collqio da Coiiipnnliir : cndern. f l . 50 verso.
filha do principal dos iiidios, que habitavam as costas
da barra da Baliia, varias filhiis illegitimas que n'esse
lugar se assentaram, e clinmada ainda eiit&o,comogentia,
-Paragua~íi-coiuo escrevem algumas memorias, ou
como t ê m oiitras-Giiaibim-Pará-e tudo quer dizer o
mesmo qut:-iiiar oii rio-grande-e conhecida depois de
batizada por Catliariiia Alvai-es : d'esta e de seu marido
Diogo Alvares Caramurii foram filhas legitiinas:
1. Anna -Alvai.es, que se segiie .
2. Genebra Xlv:ii.es, adiante.
3. Apolonia A41vai-es,depois.
4. Gracia ,4lvnrrs, mulher ile XiitAo Gil.
N . 1. Auna Alvares, filha priineira de Catliarincr
Alvares e seli maritlo 1)iogo -ilvares Caramiirú, foi ca-
zade com Custodio I~otlrigiiesCori+a, pessoa nobre e das
principaes fauiilias cle Saiiti~rein. iloiide era natural, e
d'elles nasceram os tillios segiiiiites :
5. O patlre llai-çal liotlrigiie?;Corres. vigurio de
Villa-Veiha e povoaqSto do Pereira.
6. O capitão AiidrA Rodrigries Corre%, sem wi-
cessiio .
7. Paiilo Hodrigoes C1oi.rf.ii ( I ), sem siicessão.
H. Lourenço Rodriqiies Coi.i Pii, sem siicessáo .
9. .Jorge Alvai e:: Corr6a (i!), selu suc~ssiio.
10. Izabel Kotli igiies, iiiii11i~i.( 1 ,1030
~ 31arante, sent
s11cecr.so.
11. Naria CorrCn. que se segue.
N . 11. J1ai-i~Corrên, tillia iiltiii~alegitiuia de Alina
Alvares e seu marido Ciistodio Hodrigues, cazou com
ires da Rocha Peixoto, iiatiiml da cidatle de Elvas, das
principaes faniilins. Sua m8i Leonor Peixoto ertt dos
Alvarados, Peixotos r10 Porto. -$ires da Rocha Peixoto
veio para o Brazil pol* iiiiia morte qiie fiz, sendo de
16 annos. Assim o contiriiia, iim instrumento tle sua no-
breza e qiialitladr . D'esta Naria Corrêa descendem os
Rochas Peixotos, e algiini Corrras. que lia ii'esta cidntle
da Bahia, e sc?ii reconcttvo.

(1) Batizado a 15 tlr .\l~rilt l Ihjt;.


~
(i)Bati,ado 11.2 siB a ?i d e . 4tiriI d11I;;+.
D'esta primeira filha de Maria Corrêa e seu marido
Aires da Rocha Peixoto'não podemos descobrir mais des-
cendencia e sb o assento seguinte do livro dos cazamentos
da se. Aos 20 de Agosto de 1642 recebi na igreja de
N. S. da Ajuda tl'esta cidade da Bahia, com licença do
Sr. provisor Diogo Lopes Chaves, rr Baltazar de Aragão
de Sonza, filho de Melcliior de A1.8gaIo de Sonza e de sua
miilher Maria Dias, coni Leonor da Rocha Peixoto, filha de
Melchior Velho, jit defuiito e de Maria Corrêa Peixoto,
todos moradores na fregnezia de Santiago de Paiagnassú.
Foi padrinlio o governador Lourenqo de Brito Corrêa, e
madrinha Jolznna Correia. Testimiinhas os capit8es Paido
de Barro$, 3Ianoel Soares Homem, e o mestre de campo
Mai tim Soares 3Ioreno.

d a k:qitii~rrc de Catliartila Altqrcres


A'ncos~ioda s ~ g t t í ~ .filltcc
c seu . ~ , t a ~ i dDiogo
o Al~.ares CCo.anltt?-t;,que foi
N. 2. Cfeneù1.a Alvares, fillia aegiinda de Catliarina
Slvares e de seu marido Diogo dlvareu Caramurii, cazou
com Vicente Dias de Beja, natiiral da provincia do
Alemt.ejo, moço fiddgo da caza do infante D. Liiiz. bssim
se acha em varios papeis manuscritos feitos por pessoas
antigas,qiie tiveram ocuidado deescrever e fazer memoria
dos sngeitos, que cazaraiii com estas filhas de C3hs-
rina Almres e seu mariclo Diogo Slvrtres Caramuru,
como tlzmbeiii do Tlieatro Genealogico das arvores das
principaes familias do reiiio de Portugal e suas conqnistas.
De Genebra Alvares e seu marido Vicente Dias
forani filhos:
1 2 . Diogo Dias, qiie se eegiie.
1 3 . Maria Dias, (1) mulher de Fraiiciscci de Ara-
ujo, adiante.
14. Lourenqo Pias, sem gerrtqiin,
15. iüelcliior Dias, sem geraçiío.
1 6 . Vicente Dias, sem geraçáo.
1 7 . Ciatliarina h l ~ ~ r e(2)
s , adialite.

(1) Ualizndn iin sl; n 5 tlr Jnnfirv d? I58ii.


(2' 1l:itizatla 11:) sib a lu ttt. Jnllio de l:C~!h
CATALOGO GENEALOGlCO 87
18. Andreza Dias, miillier de 1)iogo de Amorim
Soares, (1) filho de Francisco Soares, de Ponte de Lima ;
sem geraçiio.
19. Francisca Dias (2) mullier de Antonio de Aranjo,
irmw de Gaspar Barboza, de Ponte de Lima, adiante B
fl.. . Segunda vez cazoii essa Francisca Dias (3) como
consta do assento seguinte : Aos 15 de Fevereiro de 1597
recebi eu o legado Pedro de Campos, de80 da sS, a
Francisco de Aguilar, filho de Jacome 1)uarte e de sua
mulher Izabel de Aguilar, moradores na cidade de Braga,
fregnezia de S. Joiio de Souto, com Francisca Dias, fillia
de Vicente Dias e de sua mulher Geiiebra Alvares.
N. 12. Diogo Dias, (4) filho primeiro de Genebra
Alvares, e de seu marido Vicente Dias de Beja, cazou com
Izabel de Avila (6) filha natural de Garcia de Avila, o
velho (6), que veio B Baliia, com Tlionib de Souza, pri-
meiro governador que fundou esta cidade. O qual Garcia
de Avila foi cazado com Nicia Rodrigues, cliristan nova,
obrigado por justiça, mas n8o teve d'ella filho algum.
Adita Izabel de Avila acima, antes de cazar com o
sobredito Diogo Dias havia sido cazada com um 'fidalgo
genovez, que a tirou por justiça, e vivendo com ella no
I t a p u a n , ~inatoti iim gentio'sem deixar success%oalguma.
Por morte d'este cazou então com o dito Diogo Dias ; vi-
veram sempre no Itapuan, aonde existe um grande
penedo, B beira-mar no porto de cima, chamado rt Pedra
d e Diogo Dias. D'este e de siia mulher Izabel de Avila
nascen unico filho varão.
20. Fraucisco Dias de Avila, que se segue.

(1) Cazarniii a 12 de Janeiro de 1586.


{a C.2~011 com I ~ S ~a RR de Janeiro de 1518. Sa si.. Padrii~liosA i i -
lonio de Pairi e IiiUo G i l .
(:9 Faleceu esta a 8 dc Agosto de 1611. Sepiiltatla em S. Francisco.
( 1 1 Paleceii este Diogo Dias a 10 de Noveinbro de 1597 e sepiiltatlo
iir Miserieordia.
(5) Izil~elde Avmila faleceu a 18 dr Outnl~rode 1593 Sepultada lia
biizeriwrdia.
(6) Faleceu Garcia de Avila, esle o lelho, n 13 de Maio de 1609.
Sepultado na st'. Tt?stauic?iiteirosFrniicisco Uins de Avila e br. Yerncin-
tles, yenr nelos. COIidta asuiiii do assento do seli eiilerro na &.
88 REVISTA TI1IMENSAI. DO ISSTITUTO HISTORICO

E Micia, qiie. 1)atizada a 25 de Dezeoibro de 1576,


sendo seus padriiilios Garcia de A ~ i l a o, velho, e Maria
Pias, falec~iia I1 rlt: J;i.iieirode 15!J8.
E Fraiicisco Fc'ernitndes, adiante.
Francisco Dins de. Avila, filho de Diogo Dias e de
siin miillier 1zaI)el de Avila , teve o f6i.o de cavalleiii)
fidalgo. Caxoii com Aniin Pereira, (1) fillia de Manoel Pe-
reira Gago e tle sua 11i::lliei. Cat.liarina Fogaçs ; gente
honrada tlc! Porto-Segiiro. ll'este Francisco Dias e de sua
innllier AIIIIRPercira foi fillio
21. (>areia de Avila,.que se segue.
S. 21. (I;arcia de A\ila. fillio cle Francisco Dias cle
Bviln e tle sua niiillier Aniia Pereira (2) fui capitiro de (i.-
tlenan(;a, feito pelos governadores interinos Liiiz Barbalho
Bezerra, Luiirenqo de Bi.ito Corrêu, e o Bispo, gover-
nador, no anno tle 1641, pelos serviços de sen pai Francis-
co Dias no recehiineiito do exercito do Conde de Banliolo, e
t e ~ oe inc!siiic, fGro de. fidalgo de aeii pai.Cnzou comleonor
Pereira (3) fillia de Mniioel Pereira Gago e de siia mullier
Crtt.liarina Yogaqa, iiman de sua mhi. D'essã Leoiior
Pereirn e tle seu marido (4cti-ciade hviltt foram filhos :
22. Francisco Dias de Avila, que se segue.
8:). Rernartlo Pereira Gago, batizado a 2 de Agosto
de 1 ii64, sem siicessiio.
44. Cntliiirina Fogaça, mullier (1s Vasc.o Marinho
Falcíto; cazaraui a 2:: de Junho de l(i6!1, e tiveram filhos,
D. Leonor Yereir:~Jlarinlio, que eiizou com seu tio Fran-
cisco Dias de .\vila, acima. e o que se segue em o n. 22,
e alii se acliu. n siiit clescendencia.
'
Teve mais esse Vaxco JIariiilio Falcáo d'essa sua
inullier Cntharinn Fogaqa outra fillis por nome Izabel de
Arila lIarin11o (4) qiie contra a vontade de seii pai
-- .

( I ) (:nz:iraiii ;i 20 dc J;r~ieirotle li;i>i.Faleceii Arina Prrc4r:i a 18


116. Jiillio 14;l:). ;i ' l i . i r ~ ~ iioitc.
la 8~!11iiIladaiin dikr c ~ p e l l nd:i Torro.
(2) C u ; i r ; r i ~ ia X 4bb JIIIIIII>tlt? !til2.
(31 Fnlt:t.i-ti clsl:r :I 1:) 411- Jiiiilio ili? ItWli : sepiiltada iia sua cc-
[ l ~ i l :(!:L~ Torrt*.
(li 1-2 ( 1 1 ~J:iiiibiro iIi> 1678 riv.cblii iin isnJ:i d o Carino, aiitt~s
\(I';
11011.~1hIios corri~Io<, pir I I I ~ I I I I I ~ I I (10
O S I . 11rftt~ s o :tu
r l i t ~ ~ ~ ~ i ~bl:~nuel
~eatio
Paes tln Cosia, i w i i i Iznlbt1l de .\vila 31ari11Iio.:11111insiiatiiraes d'esl:~
Bahi;~,frchgiieei:~iIr S. .\iiiaro dn P i t a i i ~ ; ~for:iiii , lesliiiiiinlias o mmtrc.
d~ ~ f t ~ i i (.\lv:irl)
io 111: .\xibvl>dot! a sargeiito-rii0r Francisco dc 816.
CATALOGO OENE.%I.OGICO 89

=ou coiii o eapitjlo Manoel Paes da Costa ( I ) e faleceu


a 44 .de Janeiro de 1704. Sepiiltarla no Carmo. E Vasco
Yarinhn, seu pai,tbleceii a 18 de Agosto de 1666. Sepiil-
tado em S. Francisa~.
3. 22. Francisco Dias de Avila, filho primeiro de
Garcitl (te -%vila,n. 21, e de siia miilher Leonor Pereira,
foi coronel cle ortleiittnça d'estacitlado da Bahia, provi-
mento qiie n'elle fez o governatlor Mathias da Cunha, no
anuo ds I ti%, por fãlecinient,, de Yetlro CameHo de
Aragtio, que exerciil o (tito posto. Esse Francisco Dias
de Avila foi ao iio de Sito-Francisco com os sens escravos
e indios ile ,\lacacsntlupio, qiie hoje estlo aldeiados no
mesmo lugar, e paciticarain o gentio no levante geral, que
t.inha feito, e n~octo inuita gente ; elle os aqnietou, e
aquelles qiie não qiiizeram siigeitar-se It paz, os manclon
degolar, na fazencla do Pontal. Siiçedeii isso no anno de
1680 : e elle faleceu no de 16!t.r>.
Foi cazado com D. TJcoiinr Pereira 3larinli0, sua
sobrinha, (2) filha de siin iriniln Catliarina Bogaça e de
seu maiido Vasco Narinho FalcBo . De Francisco Dias
de Avils, e sua miilher foi fillia :
25. CTai.cia de Avila Pereira, que se segue. R has-
tanlos :
Francisca Dias, miilher cle -4lexandre Gonçalves
Barros ; cazaram a 3 tle Oiitiihro de 1695. Era esta
Francisca filha de iinia Clara Dias, diz o assento.
Cleniencia Dias, que caxoii com Jogo Vieira de Lima,
a 1.5 de Fevereiro tle 16!t9. Era este .Tofio filho de TJiiiz
Vieirn de Lima.
-4lbina de Avilã.
?i. Z5. Garcia (?e Avila Pereira, filho legitimo tle
Francisco Dias de ,lvila, n . 24: e de sua niullier D. Leo-
nor Pereirallarinho, teve o foro de fidalgo cavalleiro, que
lhe fez mercê d'elle el-rei D. Pedro I1 no anno de lc>!)c>,
por requeriiiit.nto de siia mAi 11. Leonor Pereira Marinho.
1) M . l a r o . qiie iiiiiilin lillia l z a l r l razoii coiitra iiiiiilia \oiil;idv
com Ianoc'l Paw da Costa. e licoii deslirrdnda, selido do 16 nnno*.
Verba (10 testariic~iitode seli pai Vasc-o Yaririlio.
131 &~tizad:ie s.w a 10 111: c'elenil~rode 1691. Patlriiiho I , c . : ~ l : i l i c b
Valeiitinr da Hoi.liii P i t . Frrgiifisia de lguaye.
12 P. I . VOI.. 1.11.
90 REVISTA TBIMENSAL DO INSTITUTO IIlSTORICO

s qual prometteu ao dito rei, que lhe daria 20.000


quintaes de salitre, postos no porto da Caxoeira & sua
custa, fazendo-lhe a mercê do acrescentamento do foro de
cavalleiro fidalgo: que tivera seu marido, e tinha seu filho
a fidalgo cavalleiro, e de dous habitos com 150go00 reis
de t e n p , emquanto não houvesse encomenda de lote, e de
lhe fazer mais a mercê de senhor donatario de lima vills,
fazendo os officios necessarios 1.t sua custa, no lugar cha-
mada da Torre, de que elle eiir senhor, e seus antepas-
sados o tinliani Sido, ou em qualquer das suas aldêas,
tendo ao menos 60 cazaes, de juro e herdade com livre
jurisdiçiio.
Nlo teve effeito esta promessa do salitre ; e para
Iiavêr de se aproveitar das mercês coiicedidas, tornou
a requerer ao dito rei no anuo de 1699, que lhe aliviasse
il obrigação do salitre, e que em equivalente d'ella lhe
ofierecia 60.000 cruzados pagos em doze annos, porem
se llie defirio, que, pagos eni nove, ficariam as ditas
mercSs validas ; para o que, celebrou iima escritora com
o procurador da coroa, a qual se acha no cartorio do es-
crivilto .João da C0st.a Ferreira.
Foi este Gãrcia de Avila Pereira coronel de
ordenança como seu pai; e cazou com D. Ignacia de
Araujo Pereira (I), sua prima, filha do capitiio Thomé
Pereira Falcão e de sua mullier D. Ignacia de Araujo, esta
filha cle Gonçalo Rodrigiies de Aranjo e de sua mulher
Izabel Freire Baraxo, e Thoué Pereira F a l d o e era filho
de Braz Rnbelo e de sua mulher Izabe113randáol filha do
Melcliior Brandão Coelho e de sua mulher Maria Pestana.
86. Francisco Dias de A ~ i l a que
, se segue.
N . %i. Francisco Dias de A ~ i l a filho
, de Garcia de
AvilaPereira,n.2.i,e de sua miillierD.Iguitcia de Araiijo (i)
foi mestre de campo de auxiliares do terço da Toi~e,
sendo elle o primeiro que occiipoii esse cargo, teve o firo

(1 C;izni'aiii n !I de ;\I~rilde 1707. ii:i iiiatriz tle S:iirliago. 6 lalec3eii


a 13 di* Jiiiilio lia cidade: sepiiltnda ciii S . Fi'niicisro eiii sepultiira
~rc~lwia no altar da Coiicei~3oeiii 1731. E aiin iiiài 1giiaci:i de Aratijo
!althei-11 a 1 de Jiillio de i7.i:j coiii iiiais de 10o nniios de idade.
(31 Cazoii iio oratorio tlo coruiiel Frriicisco Harrelo de Arajào. tI;i
fii*giieziade Saiitiago, n 10 de n'o\'ciiil)rodr I'i;l2.
CATALOGO OENEALOQICO 91

de fidalgo cavalleiro, foi familiar do santo officio, e antes


de ser mestre de c a q o da Torre, tinlia sido coronel de or-
denança da cidade; cazou com D. Catharina Francisca Cor-
r6a de Ar-o Vasque Anes, filha do coronel Francisco
Barreto de Aragalo e de sua mulher D. Catharina Corrêa
Vasqne Anes, filha de Salvador Corrêa Pasque Anes, ou
de SB, e de sua mnlher D. Maria de Araujo, oii de Af-
fonceca de Siqneira, filha de JoBo de Aguiar Villasbôas
e de sua mulher D. Antonia (18 Fonceca Siqueira, que
era filha de Francisco da Fonseca á fl.. . D'este Fran-
cisco Dias de Avila e de siia mnlher D. Catharina
Francisca, acima, foram filhos:
27. Garcia de Avila Pereira de Aragb, que se ,
segue:
28. D. ~ e o n o rPereira Marinho. mulher do mestre
dê Campo Joz6 Pires de Carvallio Albuquerque, que
ja fica B fl . . n. 12, e ahi a siia descenclencia.
N. 27. Garcia de Avila Perdra Aragiio, filho de
Francisco Dias de Avila, n. 28, e de sua mulher D. Ca-
tharina Francisca Corrê t Vasque Ane.;, e mestre de
campo de auxiliares da Torre, professo na ordem de
Christo e fidalgo cavalleiro, como seu pai e avo ; cazoii
com I). Anna Thereza Cavalcaiite de Albnquerque, fillia
do alcaide-m6r, que foi na Bahia, Salvador Pires
de Carvalho, do qual matrimonio nlo houve filhos por
falecer esta poiicos annos depois de cazada ; e ate este de
1767 se acha viuvo.

TRONCO
Bras Rabelo FtdcÜo
Filh!) 1 . 0 gr. Filli~i
Tlioiiic: Pertbir;iFalc;io.-lriiiàos-\-:~s~.t~ M:rriiilio F;ilc;io.
Fillia 2.0 kr. Fillin
D. Ignrcin tia Ar:iiijo Pt*rt'irn.-Priiii~~c-l.ct~iii~r Pt'rtnir;iY;criiilit>.
Nixto coiii o 3.0 gr.
Fillio
Giirci:i 1 1 1 ~ Avi1:i Pt-rtbirii.
Millo roiii o 3." gi'. *

* Foraiii dispeiisados por sentcbiiCnde -28 d e Jrillio tle 170,;.


N. 19. Fraiic:isca Diils,tillin de Genebra Alvirres e seli
marido Vicente Dias dt. Reja, (1) cazoli d i i ~ svezes, a pri-
meira com Antonio de Araujo, natural de, Ponte de Lima,
da familia dos Aritiijtl~, primo de Bultazar Barboza de
Aranjo e seu irm;ío Francisco tle Araujo, em cuja com-
panhiavieram todo. para o lh-aail, e teye filho unico.
1. Frei .Toao (11,Espirito Saiito ( Y ) , religiozo benedi-
ctiiio, que falece11 na c.id;ide do Porto no anno de 1634.
Segiintlu rez caeou ~ririiciscizDias, acima, com Fran-
cisco de Agiiilar de Araiijo (:3), fillio de Jacome Dnarte 0
de siia irulher Izabel tle =5guilar, iiiorndores na cidade de
Bragc~.freguezia de S. Joiio tle Soiito, e teve fillios.
2. Izabel cle Agiiilar (4), caaadn com Bentr, de hraujo
Soares, sem fillit~s.
3. Maria de Araiijo, tliic cazoii coin o capitgo Miguel
Francisco, com tillios .
4. ,%iiii:; Tlarrozo de -%ini?jo(n), cazndtl com o filho de
SebastiHo Botelho e Reatriz Cnrdozo, ;\lsnoel Botelho, da
cidade da (Tuni.da : caziiram iin se a 7 de Maio de 1623.
5. Sebastiana tle Qiieirt~z. mullier de FernBo Pe-
reira do L:igo. (6)
N. 3. Maria de -4l.i~ll.j0,tillin de Francisca Dias e de
sei1 segiindo marido Fraiicisco tle Aguilar, foi segunda
mullier do capitilo Nigiicl Frniicisco, nwtnral da c i d d e
de Lisboa, tillio tle Simâo Feriiaiides e de Giiioniar Nunes,
aia mulher, P teve dllios.
(i.Soror 'tc'iiiiici~ci~ i10 Sal\-ntlor, religioza do mos-
teiro ilc Villslnngn.
7. Izctbel da .%i.itiij~. miillier de ~ ~ ~ n c i de
a c3Iaced0,
o
coiii ti 1110s.
8. D. ('l;i-;i tlr Arili!io. c;~zatl:\com Diogo Varella de
Macedo.
CATALOGO iiENEhl.fl~.;IC<l 93

Sucesscio du sc,g?rndajilltu ( 7 ~Goaekrt AZt-nres?que j Ò i


N. 3. Maria Dias, fillia segunda de Geiiebr~Alvares,
n. 8 , e de seu marido Du8rt.e Dias, wzon COIU Francisco
de Aranjo, filho natiiral de Gaspar Barboza de Araujo,
natural de Ponte de Liiua. da uobilissima familia dos
Aranjos,que ha na provincia de Entre-Douro e Minlio. (1)
I)e Maria Dias e seu marido foram filhos :
29. Maria de Aiaaujo, (2) que se segue
30. Francisco de Araiijo, (3) clerigo, o qual doou á
Mizericordia da Baliia a fazenda da Gnubara.
31. D. Violante de Araiijo, adiante, f l . . .
Outra Maria, batizada lia SB a !I de Xo~embrode
1582 e Manoel batizado a. 11 de 1)ezenibro(\e 1583.
N. 29. D. Maria de Araujo, (1)tillia primeira de
Francisco de Araujo e de siia ruiillier Maria Dias u. 13,
foi cazada com o capitiÍo-iuOr B~1taz:irde Artigiio, o
Bangala por alciinlia, que havia sido crtpitlo-iiiór em
Angola, onde por ser deinaziaduinente cruel para com os
escravos, que os ciistigava com grande rigor,llie chamaram
o Bangala, que no seu itlioma quer dizer - PB,)duro.
Morreu este liomem no anno de lfi1:%:goveimand:, elle a
Bahia por mort,e do governador D . Diogo de Menezes,
sahindo em uma nio a pelejar contra os Olandezes, e
virando-se esta no mar ficou afogado. Deixou fllhos.
32. Francisco de Arai~jode Aragiio? que se segue.
33. Baltazar de Araggo, qiie cazou com Cat,harina
de Barros, fillia de Paiilo de Barros, sem grraçiio. Por
morte d'este seu marido clizou esta com Domingos Garcia,
sobrinho de Baltazar de Aragiio ; B fl . . . n. 2 .

(I) Tbeat.(;eneal.. arv. :!ti. Falecrii rstr a 2; de Agoslo de ItW. Seliul-


tado na M izrricordia.
(2) Batizada na 86 a 21 d~ Aposto tlr 19;!1. Falrct>iicala a !I de M;iwo
de I W . Sepnllada na Mimricordia. Cazarani na RPa 13 dr Novrii~bm
de 1:*0.
. (9) H .lizado na s6 n i i dt*Ftsvereiro 11r 1531.
(I) D'esla D. Maria de Araiijo foi tniiilem Illl~odos iiir9nios pais
F m i m de Araujo e H a r i ~Dia!,II 11ue RC R P ~ I I 11111.
~* J d o de Araiijo,
(ue cazou win D. Hrites V:ildoveso r levr lilliux: I;raiicisco dc Arau'o
Jildaveso, cazado coin D. Marir da Rocha. rorno ii.. . D. hanna he
Aruijo, inulher de Francisco de H q n i t a . .Falr?ii cste Jalo de Araiijo r
41 de Janeiro de 1633. Sepulkido na Mizericordia na cova de seiis pais.
I 94 REVISTA TRIMESS.\I. DO INSTITUTO HISTORICO

34. D. Izabel de AragBo, mulher de Diogo de AragBo


Pereira, adiante, fi.. . 11. 34.
3.5. D. 3Iaria de Aragilo, mulher de Domingos Garcia
de Xello, a A. .. n. 35.
Por moite de Baltazar de Araggo, o Bangala,
tornou a cazar D. Xaria de Araujo com Pedro Garcia, a
quem chamaram o velho, mercador muito rico, e o que
corria com o fornecimento do engenho do Conde n'esse
tempo. Era este Pedro Garcia iiatiiral da ilha de Sb-Mi-
giiel, e fillio de Manoel Pereira e de sua mulher Joanna
Garcia : consta isto das inquirições de seu filho Pedro
Garcia, quando se ordenou de sacerdote.
De Pedro Garcia e sua mulher D. Maria de Araujo,
fham fillias :
36. Pedro Garcia de Araujo, que se ordenou de wr-
cerdote de maior idade ji5, foi muito rico, e instituio um
morgado de toda a bna fazenda, que deixou a seti sobrinho
3lanoel Garcia Pimentel, filho de siia irman L). Joanna,
cazada com o doiiatitrio (10 Espirito-Santo, Francisco Gil
de Araujo, adiante.
Este Pedro Garcia foi o que deti a terra para fun-
daçiio do convento de Paraguassti aos ieligiozos de S.
Antonio ; e n'elle foi sepultado. Faleceu a 7 de Maio
de 1691.
37. Frsncisc.o* Gil de Aruujo, que foi donatario do
Espirito-Santo, e vai adiante, a 0 . . .
38. D. Joanna de Araujo, mulher de Antonio da
Silva Pimentel, que vai depois á fl . . . ii . 5 .
N. :i2. Francisco cie Araujo de Aragáo, filho de
D. Xaris de Araiijn, 11. 29, e de seu priineiio marido Bdl-
taxar de Aragao, o Bangala, foi senhor do Engenho-novo
em Pnraguassii, cazou com D. Anna de Barros Sneiros,
que era tilha de Nanoel de Barros, natural de ilha da
Nadeira, e de sua iiiulher Cecilia Sueiros, a qual Cecilia
Sueiros era fillia de Maitins, ou Martiui Lopes Sueiros e
desiia mulher D. Anna Pereira, sobriiiha legitima do bispo
da Baliia D. Migiiel Pereira, dos Pereiras de Viannir ;
consta isto do livro dos batizados e da verba do testa-
mento de D . E'rsncisca de Aragão, fillia d'esta D . Anna,
que foi c a d a com o mestre de campo Jeronimo SodrB .
C-\TAL000 GENEALOGICO 95
#
D'esta D. Anna de Barros Sueiro foram tambem
irmiios inteiros o padre Martim de Barros Siieiro, vigario
de São-Gonçalo da Caxoeira, então curato, e tambem Ma-
noel de Barros Sueiro.
De Francisco de Araiijo de Aragão, acima, e sua
mulher D. Anna firam filhos :
39. Maiioel de -4raujo de Aragiío, que se segue.
40. Francisco de Aritiijo de AragBo, crtzado com
. D. Agueda de Wes, fillia de Manoel Pereira de GOes e
d e sua mullier D. Aiina Brandão, filha de Antonio de
Souza de Andrade .
41. Joâo de Aragtio, clerigo, batizado em 20 de
Maio de 1653.
42. Baltazar de Aragão.
43. D. Fritncisca de Aragão, segunda mulher do
mestre de campo Jeronimo S o b 6 Pereira, a fl.. . n. 2.
44. D. Anua de Araujo, segunda mulher de Pedro
Camello, a fl... n . . ., e por iiiorte d'este cazou com Anto-
nio Gnedes de Paiva, a fl. . .
45. 11. Izabel de Artqiio, primeira mulher de Chris-
tová-o Cavalcante de Albuquerqiie, que j A fica a fl. . .
e .. . n. 8.
46. D. Cecilia de Xiaujo, miilher de Francisco Pe-
.
reira de Araujo, a fl .. n. 4. Cazada com Sebastiiio Paes
Machado, diz outro assento.
N. 39. Manoel de Araujo de Aragão * filho primeiro
de Francisco de Aragão, n. 32 , e de sua mulher D. Anna
de Barros Siieiro, foi coronel de ortlenanqa n a Baliia, e
um do8 mais autorizados homens do seu tempo. Cazou
com D. Maria Adorno, filha de Gaspar Rodrignes Adorno,
da Caxoeira, e houveram filhos. E s t e Gaspar Rodrigues
Adorno vai a 0 . . . l i . 18, cazado cam Felippa Alvares .
4 7 . Manoel de Araujo de A r a g b , que se segue.
48. Antonio d e Araujo d e AragBo, Gonqalo d e
Araojo d e Aragiío, Cosme de Arau-jo de Aragão, Se-
b a s t i b de Araujo tle hragiio, etc., foi religiozo do Carmo,
Cuoii este a R 110 Fcc'creiro de 1Mi e faleceu a 19 dr
Janeiro de 1700. Scpiiltada no cc~nuentodt~ Paraguassi~,e sua iiiiilli~r
falmn r 27 de NoviBiiil)ro dr l i P I , sc[blilL?da no con\enk) de Para-
gassu.
!)6 REVISTA TRIMENSAL I>O 1NSTITI;TO IIISTORICO

e cinco filhas freiras cm Portugal. Brites, batizada a 8


de Agosto de 1669, Alaria, batizada a 25 de Dezembro
de 1674.
N. 41. Blaiioel (le Araujo de AragiLo, fillio tle Ma-
noel de Araujo de AragBo, 11. 39, e de sua niulher D.
Naria Adorno, (1) cazou com D. Biaria (le AragLo, filha
de Pedro Camello e de sua mulher D . Aiina tle Ara@,
irinan cle seu pai, e tirerain fillios:
40. bianoel de Ai.;~ujocle AritgtdHo.
5 0 . Antonio de Araujo ile Aixgã0. Falecen soltairo
em 15 de .Tunlio de 1720.
5 1 . Jolo ~lesanc\re,cazlirlo com D. I-lrites. fillia do
coronel Cliristovlo Ca\.ii:~uiitea fl. . . li. (i.
.;2. Jozk iie Xrugáo, cazou com D. Ilrsiila fillia i10
inesmo.
5:l. Francisco (\e Aranjo (\e AragLo, cazado com
1). Anna, tilha tio dezeuibargador Christoviio Tavrres de
Moraes, a fl . . . 11. 18.
54. D. k'loiinda,que cazou wni Jozk Gonqalves Fina,
senhor do engenho da Ponta. e sargento-mtr da rilla
da Canoeira.
55. Liicas de Araujo de Aragiio, que falecen sol-
teiro.
S. 40. Francisco de Araiijo ile Xragiio, (2) Alho se-
gunclo de Francisco de Sraujo de Araglo, 11. 32, e de sua
mulher D.Annil de Barros Siieiro,foi alcaide-mór da cidade
ila Baliia, cazou com D. Agueda de Góes, filha de Jianoel
Pereira de Góes e c1e siia miillier D. Anna Rrandiío, que
era fillia cie Antonio de Souza tle Aiiclrade, (3) a quem o
padre Lourenqo Ribeiro, vigario que foi de Pasri6, no seu
inaniiscrito diz, era filho natural d'el-rei D. Pedro li;
teve este Francisco de Aranjo de sua mnllior os filhos
seguintes ; foram cazados a 23 de Agosto tle 1688, na fre-
guezia do Monte. D. Agueda de Souza, diz o assento.
66. blanoel de Araiijo de Aragão, alcaide-múr,
( I ) Faler*c]iitsl;i n 27 de S o \ c ~ i i i l ~tltb
i o 1721, selbiillatln iio iuiil-ento
de Pai:igiiassii.
(I) Fa!eccii r R dc Jiillio Rr 1705. St~j)iilladoiio r.riiio.
.
(3) Yqn-se t! png.. cle cliit.iii e n iiiiio (%slcb.4iiluiiic1dil Soiiza de
Aiidrntle.
m o seu pai, a qual mercê foi a primeira,que fez el-rei
D. JoBo V para o Brazil. Falece11 solteiro em 16 de
Agoeto de 1727.
57. D. Maria. de Araujo Aragiio, que se segue.
38. D. Anna de Souza Aragso. adiante a fl. . .
n. 3, e Francisco de Araujo de Aragáo. bastardo, e cazado
a 22 de Junho de 1707 com D. Francisca Pinlieiro, filha
de Antonio Rodrigiies Pinheiro e de sria mulher D. Fran-
cisca Ferreira.
N. 51. D. Maria tle Araujo, o11 de Souza de Aragáo,
(1) filha segunda do alcitide-1n6rFrancisco de Aranjo de
..4ragão, n. 40, e de siia mulher D. Agueda de Gbes ( 2 )
ou de Souza, com JozB da Costa Rolclo, de que adiante
se dirá, e tiveram filhos.
59. Baltazar da Costa Bolcilo, que se segue.
60. D. Francisca de Araujo BragBo. que cazou com
Antonio Manoel de Moraes Sarmento Portocarreiro,
professo na ordem de Christo, e corregedor, que foi, da
comarca da Bahia. Faleceu esta a poncos anuos de cazada,
deixando uma s6 filha, que tambem faleceu solteira ; e
een pai Antonio Mrtnoel faleceu a 19 de Janeiro de
1774.
61. JozB. batizado a 22 de Janeiro de 1730, a fl.. .
- n. 2.
. Francisco, batizado a 21 cle Maio de 1733.
Anna, batizada a 30 de Janeiro tle 17:J.i. Esta
freira no Desterro, e Francisco religiozo d~ couipanhia,
este acima.
N. 34. D. Izabel de Aragão, (3) filha terceira de
D. Maria da Araujo, n. 29, e de seu marido Baltazar de
A w o , o Bangala, foi cazada com Diogo de Aragão
Pereira, natural da ilha da Madeira, homem fidalgo, e
muito eatimado de todos os goveiliadores do sea tempo.
Iiistitaio mn morgado da sua terça. que deixou a seu
sqpndo filho Antonio de Aragáo Pereira, que por morrer
sem sucessilo, hoje o administra frei Beneclicto, religiozo
- - - -
(1)Faleeeu a 28 de Outubro de 1767.
12)Cazaram a 6 de Fererelro de 1iW. Falcreu esta D. Yaria a r8
de Botnbm de 1767.
(3) Faleceu esta a 13 de Jiinho de Sepultada eiii S.Pranc1wo.
ia P. 1. voL. L U .
98 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO IIISTORICO

de S. Bento, filho do segundo matrimonio de Pedro


Camello de Aragilo Pereira e de su I segunda mulher
D. Anua de AritgBo, filha de Francisco de Araujo de
Aragh, n. 32; da qual administraç8o fez doa* frei
Benedicto a Pedro Paes Machado de Aragáo em sna vida,
e por morte do tal frei Benedicto passa ao Dr. Gsi-cia de
Arqá.o, e pela d'este a Jozk Garcia Cavalcante de Albn-
querque, capitso-mór da Caxoeira e senhor do engenho
cla Ambiara. Teve D. Iztabel de Arag.io de seu marido
lliogo de AragBo Pereira os fillios seguintes :
3. r;:). Petlro Camello de AragBo Pereim., que ae
segue.
N. 64. Aiitonio de AragBo Pereira, administrador
(10morgado acima, que sendo duas vezes cazado, a pri-
meira com D. Mariana Pimentel (I), filha de Antonio .
da Silva Pimentel e de D. Joanna de Araujo, sua prima
direita, e a segunda com D. Catharina de AragBo, 0lha
de Domingos Garcia de Mello e de sua mullier D. Maria
de Araujo de dragáo, tstiibem sua prima direita, de
nenhuma d'estas teve filhos.
N. 6 5 . Diogo de Aragáo Pereira, que camu
com I). Ignez de Aida (2), fillis de Manoel de Vieda, e de
sua mulher D.Barbrira , d'este Diogo e sua mulher foi filha
D . Catharina, que cazou com Jorge de Brito (3), e depoin .
com D . E'elix de Betencourt, a fl . . .,fidalgo da casa real,
mvalleiro tlri ordem de Cliristo, familias do santa officio .
N . 6 6 . D. Ignez, mulher de Antonio de S r a g h , da
ilha da Madeira.
N . 67. I). Maria de Aragão, mulher de Sebastião de
Brito de Castro, a fl. . . 11. 1.
N. 68. Pedro Camello de Aragiio Pereira (4), filho
primeiro de Diogo de AragBo Pereira e de sua mulher D.
Izabel de Aragh, n. 34. Foi coronel da ordenança de, ci-
dadedaBahia, em cujo lngar entrou Francisco Diasde Avila
3 . O senhor da Torre por seu falecimento no anuo de 1607.
1) Faltbwiiesc1 :i 18 1 1 1 , J:iii~'irode 10715. D. M:iriana tle .iraujo,
iliz o :iq.wntn tio wii olbito.
( 2 ) F ~Irct~ii de 173.2.
e5t:i :I li tle Oiiliil~ro
(3) C m ~ i ia % d f Svteiiihro de 1687.
( I ) F i i l t ~ i . i i cstc. Ptrln~ Caiiirllo a -L!) IIP So<eiiibrode 11187. Svpnl-
m o no convento cle Pangtiwsii.
CATALOGO UESEALOiilCO 99

Cezou doas vezes. A segunda com D. Naria de híeneõss


(I), filha de Francisco Bar1eto de Jlenezes. senhor do
engenho de Mataripe, e de sua mulher D. Maria de
bragão, o qual Francisco Bnrieto de Menezeu foi filho de
Dnarte Moniz Barreto, segundo alcaide-mór, que teve a
cidade da Bahia, e de sua mulher D. Elena de Mel10 de
Vasconcellos, filha de Antonio de Oliveira de Carvalhal,
que foi o primeiro, a quem D. J o h I11 fez mel.& da pro-
priedade d'este ot'ficio iio anno de 1550; vindo o dito An-
tonio de Oliveira por capitáo-uór de sua armada, que o
mesmo rei maiidoii a osta cidade no anno seguinte de
1561, como se póde ver na Chronica do Brazil (10 padre
Similo de Vasconcellos, e outros.
Por este cazamento de sua fillia renunciou o dito An-
tonio de Oliveira em Dunrte Jloniz B m e t o , seu marido,
a propriedade do (lito ofticio de alcaide-mór, que con-
tiauoii em seoa descendentes.
Teve Pedra Cilmello de sua priiueiramuliier D.Maria
de Xenezes filhos :
S. 68. Frai~cisco Barreto de Aragáo, que se
segue.
N. 6 9 . Antonio de Aragiio Pereira, ou de Menezes (e),
qae cazou com D. Naria tle Menezeu, 6lhe de Joze
Garcia da Aragão e de sua mulher D. Izaùel de Menezes
A r a g b , abaixo. Cazaram a 8 de Setembro de 1710. Vide
a 0 ... li. 13.
N. 70. L). Izabel de Menezes cle Arqáo, que cazou
com Joze Garcia de Aragão (:i),a 0. . n. 7. .
Por morte de sua primeira mulher 1). Anna de Araujo
de Aragiio,fillia de Francisco de Araujo de Aragão, n. 32
e 44, e de sua mulher D . Anna de Barros Sueiro : e
d'esta segunda teve filhos.
h'. 7 1 . Francisco de Araujo Aixgão, (4) foi coronel,
que cazou com D. S e k t i a n a Cfuedes de Brito, de
l i F$lec'c~ii CSLI 3 U diaYar~udr I b X . Si'piillatla (.iii S. Fr;inci.wo
ahiiiIt?itaila.
(2) Y;ileohii a -L; de Mais de 17 i0. S~~ltulbb) no se1iianar.o de
Btbleiii.
13) Sasc*tsuinslaiioarino Ira! e Ialcccsnn 5% dr J u l i o tlc 1724. Se-
puliatlr nvwiiiinario de Brltvi~.
( i ) Ik~tizado a 9 dv seli.iiihro iIe 16; 1.
100 REVISTA TRIMLSS.iI, DO ISSTITCTO IllSTOBICO

qnem teve uma 56 filha, que foi D. Anna Giiedu de


Aragito, (1)cazada um seli primo co-irmito Pedro Paes
Machado de Arag&o.deqnem n8o teve fillios; segnndavez
cazon este Francisco de Aranjo comD.Perpetua da Silva,
( o ) , filhade Domingos tla Silva 3Iorro. daqual teve filhos:
Domingos cla Silva de AragBo.
D. Ignez, niullier tle D. Caetano de Betencourt SB,
D. Ursula, eogru de Sebastião Gago tla Cxmara e D. An-
tonia Betenconrt de Sá. fillia do outro do mesmo nome e de
sua mulher D. Cnthnrina de hiagíio Aida, a fi. . . n. (;.
72. Frei Benedicto, religiozo de S. Bento. Foi ba-
tizado tt 17 de Novembro de 1661. Faleceu no convento
da Bahia em segiiiitla feira de inanhiln 28 de Fevereiro
de 1763.
73. l'edro Csmello tle Srcrgiio. Batizado a 13 de '

Outtibro da l G i 2 .
74. I). -1iitoiiia (3) iiiullier de Pedrn Paes Machatlo,
e por morte d'eute C~UOII com Francisco de Negrtiros.
Do primeiro teve ri 1'edi.o Paes Xschado de Aragáo, que
cazon a 15 de Janeiro de 1720 coin D. Anna Guedes de
Aragíto, fillia do coronel Francisco de Arnujo de Aragáo,
aqui n. 72.
Do seguiido teve a D. Luiza CGrte-Real, mulher do
alferes Sebastifio tla llocha Pita, a fl. . . n. 12.
Luiz Barbalho de Negreiros Chrte-Real .
D. Aiina de Araujo Br~gii0e Antonio Joz6 de Xe-
greiros Corte-Real.
75. L). Naria de ,lragilo, mullier de Manoel de
Araqjo de Aragão, fillio do coronel Manoel de Aranjo de
Aragilo e de sua mulher D. Maria Adorno, a 0. . . n. 47.
76. D . ROZHcle Ai-aujo, miilher de Antoniode Ne-
greiros Barbalho. de quem tere filhos, Ignacio Barbalho
e Luiz Barbalho, D. Snna de -\ragiio, mulher de D. Felix
de Itaparicã e D. Antonia, niullier do doritor JoBo Pereira
de Vasconcellos.

i11 Batizada esta ai ir^;^ :i 7 01.I ~ i i t ~ i l ~tlr


r c ,160;l.
i2 G ? z a ~a 12 ~ ~dit~ st~tt~i~il~i.~~
~ tle 1701.
(3) Fnleceii c,sla n à!& (I? 61wil de 1701. Srpiillnb no cniitente de
Parngiinssii.
CATALOGO (.iI<SEAI.~'i;ICO 101

77. D. Victoria de -4raiijo. (i) iiiiilher do coroiiel


Ferniío Pereira de Macedo, de queni nasceii Fernso Pe-
reira Aragln. e d'este reni D Iznllel Soares.
77. E ThoiiiB, batizatlo em r> de ( butnbro ile l l i R 7 em
Ipiape .
N . 6 8 . Fritncisco Bsrrc?to de Aragão, fillio priuieiro
cio primeiro matrimonin tle Petlro Camello de dragão Pe-
reira e de siia primeira iiiiilher ll . Maria de Menezes.
Sncedeo a sei1 tio -4ntonio de .Irrtgilo l'eiaeira, fillio de
Pedro Camello de -\riigão Pereirii. li. I;!), iio morgado, que
institiiio seu avi, Diogo elr -4i.:igão Pereira, li. :!-I, senhor
da Ponta, por falta que teve de siice.~8o o tiito seii tio.
Cazou coin D . Catai.ina Corri.x Vitsrliie;iiies, fillia de Sal-
vridoi- Coi.i.i.s Viwqueanes, coiii~)teiii uni ui:tniiscrito, ou
Sralvaelor Corrc'tt de 56, coiiio cou iuiiis certeza se acha
eni outros, P, dt: SIIH iniillier r). Afaria de -\r;iiijo. tilliit
de JoBo de Aziiiar Villasl)t):is,9 11. . .. li. 1 e seguinte, e
de sua mulher 1). Antoiiiii da Foiicec:t de Siqiieira, senhor
do engenho ile Santo-Auiaro de Scrqipe clo ('cine1e.De Fran-
cisco Burreto de ,4i*itgii0 e tle snib iiiiilher L). Catharina
Corrêa Vasquesnes forain Hllius :
78. D. Catt1i:irintb Fniiicisoa C'ori.i;;i (1~.;\r:igáo, qiie se
segne .
79. D. .lntoiiia JI;ii.itr ele Yenezes, niullici. de .4n-
tonio 31achiielo 1-elho (2), senlior (10 engenlio de Mata-
ripe, sogro (li: Egi~sCarlo.; de Souza, adiante a ti. . .
n. 9.
S. 5s. U. Cstlictriii;~E'i ;~iic.iy~;;t
CorrBa Vaqqiie:iiiei,
ou de -1ragii0, íillin priiiieii.;~11,) corc~iic*lFrancisco Ear-
reto (le Aragiio, 11. tjs, e (i, -lia mulher D. Catharina
Cor:-ea Vauqiieaiies. w o i i tliia:: veze*, ti priiueira çoui
Franciscc Dias de Avila, mestre ele cituipo de auxiliares
tia Torre, e senhor da iiiesiiia caza, de quem teve filhos.
80. Garcia de B v i l ~l'er~ira, qiie jh tica 11, fl. . .
n. 27.
tcl 1). Lèoiior Pereirir blarinliu. ti A. . . n . 12.
I j F3I*.i.cii 4.sl.l ;i i 11,- I h 5 z ~ - i i i l ) r idea
. : i % ' Sqiiiltnda ir;i iiinlriz di.
IUII~~~?.
(21 C ~ L ~ T :i~ 1I iI dc
I F ~ . \ - ~ . r ~ 4~1 . .i i . i-$.
~> #*lia :! 13
1, i;i't~c+~ii So-
~ V I I I I T C(I?I ? i 3 l .
102 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITCTO IIISTORICO

N. 78. Segunda vez cazoii D. Catharina Franciaca


Correa de Aragão, acima, por morte de seu primeiro me-
rido o mestre de campo Francisco Dias cle Avile, com
Pediu, de Albuquerqiie da Camara, como fica a fl . . . n.
14. Sem suçess&o.
S. 70. Seguia-se aqui D. Izabel de Meiiezes de
Aragiio, filha de Pedro Cauiello de Araglo Pereira, n. li3,
a qual cazou com Joz6 Garcia de Aragilo : e para maior
clareza, pomos adiante a descendencia d'esse .To26
Garcia de AragBo, na fl . . . n. 7 .

N . :Ia. Domingo. Chrcia tle 3Iello (I), que era filho


tle Pedro Fernandes de JIello e de siia mulher Izabel
(farcia, natnrses todo.; da ilha de Sko-lfiguel,comoconsta
das inquiriçiies de Pedro Gitrcia de Jlello, filho d'este
Domiiigos de Mello, 1)ar;i se ordenar de clerigo ; cazou
com L). Maria do 14rtig&o,fillin de I). Maria de Araujo,
n. 29 fl . . ., e cie seu primeiro marido Baltazai. de
Araggo, o Rangda. De I). Maria de AraqAo e sdn mlii.ido
1)orniiigos Garcia tle JIello foram filhos :
1. JoBo de Artigáo. sem fillios.
2. Domiiigns (2;irciit cle A~.~igiii), qiie se ~ t y ~ i c - .
:i.Pedro G;trc.iii cle Nello. sacci~tlote.
4. Francisco Pereira tle Araluo (2), qiis camu caiu
1). Cecilia de Ainiqc, d r Ar,igiio. fillia tle Fraiicisco de
Araiijo de Ai'iigHo, qiic era siia priiiia legitiin~i, por ser
esta Cecilia de Araujo fillia.c~~iiic~ tic:~ciito.de Francisco de
Araujo de Aragio. ii-miio de 1). Mnria tle Araiijo. mili
d'este B'rrinciuco Yibi.eii.ii tle .iraii,io. qii(. caxnri coni esta
Cecilia tle Araiijo, seiii sucUeasicl.
.5. Antonio B~iptistn de 3lrllo. c*axiido com *ua
sobrinha D. 1Jrsula de Aragiio (1 ), abaixo n. 1I , sem filhos
e esta por morte do seli primeiro marido Antonio Baptista,
cszm com Antonio de Aragiro Pereira, abaixo.
6. Jdanoel Garcia, que faleceu sem geraçiio, e T).
l a r i a , D. J o ~ n n a ,e D. Narianna, freiras.
7. JozB Garcia de Aragtio de Araujo, adiante.
8. D .. Catharina Garcia (2), segunda mulher de
Antonio de Aragão Pereira, filho de Diogo de Aragiio Pe-
reira, fl. . . n. 64, sem filhos.
N. 2 . Domingos Garcia de Mello Aragão, ou Araujo,
filho de Domingos Garcia de Mello e de sua mulher D.
Maria de -4ragiio (:i), n . 35, cazou com D. Catharina
Paes, filha de Pedro Paes Macliado,~velho,o qual Domin-
gos Garcia, por morte d'esta Catliarina Paes (4), cazou
segunda vez com Crrtharina de Barros ( 5 ) , tilha de Paulo
de Barros, sem gerasão. Esta era jh viuva de Baltazar
de Aragáo, que era filha de Baltazar de Aragão, o Ban-
gaia,e de sua primeira mulher D.BIaria de Arau.jo. De sua
primeira mulher teve esta Domingos Garcia de Aragiio .
os filhos seguintes:
9. Pedro Garcia de Mello, que faleceu de bexigas.
e deixou um filho de D. Ignez de Menezes,filha de dntonio
Gomes Victoria, com quem corria demanda para cazar.
10. Antonio Paes cie Araqão, Iterdoii por morte a seu
im8o Pedro Garcia e 4 sua irmaii D. Ursula, e foi muito
rico. Herdoii-o sen fillio natiira1 Domingos Dias Machado,
porque n&ocazoii o dito Antonio Paes de Ar;~giio.
11. D. Ursiila de Aragio, que cazou iluas vezes, a
primeira com Antonio Baptista, seu tio, 11. 5, çt segunda
vez cazou com Antonio de Aragito Pereira, Alho de Pedro
Camello e de sua primeira mulher D. Maria de SIenezes,
e faleceu esta D. Ursula a 5 de Setembro 1700, ao cabo
de nove mezes depois de cazada coin este Antonio de Ara-
@o Pereira; e elle cazou depois s H de Setembro (te 1710,

( l i Cazaraiii a !, de Setnriil~ro1693.
1) Frleceii esla i:) d r Xoutbiiil~ro de 1;(!1. tb (:azaraili ;i ?rs &IrK ~ I -
triiiLro de ltiiti.
(3) C;izaraiira 'i tle Fevereiro dv 1 ~ 0 .
(4) Faleceu esta a l u de Fevereiro tle lM;.
(5) Cazoii o 1 1 1 osla segiiiida iriiillier a 23 de Soceiiilir~~ tle iti;*i.
104 REV1S'T.i TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

com D. Maria de Xenezes, fülia de JozB Garciade Aragh,


adiante.
N. i. .Jaze Garcia de Aragão IUeilo ( I ) , Alho aetiinu
(le Doniiiigox Garcia de Mello e de sua mulher D. Biaria de
Aranjo, n . 35 ; foi cazado com D . Izabel de .I! enezes de
Sragáo,tillio de Pedra Camello de AragBo Pereira, a fl...
, n. 6.3 e io, e de 5un primeira mrilher I). Maria de Mene-
zes. Dr. Joxk Gsrcia tle Bragáo e de sua miillier si30 filhos.
12. Do!qingos Garcia de Aragiko (f), que cazon com
Catliaiina de Barros, viuia de seu parente B;rltazsr de
Arrtgáo, o Baiigs1a.e de sua mrillier L). Maria de Arui~jo,
s fl. ..., 11. 33.
13. 11. 3Isria de 1Ienezes (3), que cazou a 8 de 8e-
temb1.o tfe lil(1, coin Antonio de Aragão Pereira de Ale-
nezes, filho de Pedra Cainelio de Aragtg.ao Pereira e de
siia mullier D. Maria de Menexeo? a A. . ., n. 69.
14. D. Catliilrina Bernarda de Menezes (4), que cazou
v.om Jerouiino ,Sodrk Pereira, filho do mestre de campo
Jr.ronimo Sodrb Pereira e de s u ; ~mulher I). Francisca
tle Aragiio, a f l . . . n. 43.
1.5. D. Aiitonia Frniic.isca de, Menezes (5) cazada com
Bernsrclino Cavalcante tle Albuquerque, a tl. ... n. 9, e
ahi a siia descendencia.
E ,roxC, batizado s 22 tle Jullio do 1699, faleceu
a 12 de Fevereiro de 1722, e Jozefà, batizada a 30 de
Koveuibro de 1(;:14.
5 . 37. Francisco Gil de Arau.jo, fillio segundo de
Petlro c+:ii.ci>~ Pttscoal e de sua mullier Naria de Aranjo
( 6 4 a 0 . . . n. 29 c 37, foi tainbuin muito rico, e doton
a suas sobrinhas, fillias cle sua irman D. Joana de Aranjo,
mulher de Antonio da Silva Pimentel, a f l . . . n. 12,
para cazarem, e elle cazoii com uma chamada D. Joana
Piment.el. IJeii para o collegio da Bahia fazer a capella-
.- -
. I ( Falet.eii;i10 tle Sii\eitiliro do 17311.
.I! f;ils-c!u a 4,;dt! Jiillio dib 1;i:I. ki'ro ; csle vi\cii s01teiro:iti. ;i
I-.IZIIII n st-11 posto. .Yola 4 t ~ t n r g .
i.l;tdi.tli. no ;iiiiios cbdel~oi.;
13) Hali7;ul.i ;i21 dt! Ibr!zeiiihr~~ de lt;!ii.
jl I Datiz;ida ;i 2; de Sòt~!iiiliri)
1 1 16!1:1.
~ ~ cnzaila a 1 i dc* favereiin de
!;!!i.
(5, HaIir;itla a i!) ile Selciiibro tln 1697.
$1 1:az:iatiii ;i 2 tlc! Dewrnbro dr l:;57.
CATALOGO GE1'íEALOOICO 103

mcir t.sinta uiil cruzatlss. Comprou x capitania do Napi-


rito-Santo ao aluiotace-mór Antonio Liiiz Gonçalves d a
Camara Continho por quarenta mil cruzados, e foi donata-
riod'ella.D'esta sua iuullier Z). Joana Pimentel teve filhos:
1. Antoiiio da Silva Pimentel, que faleceu moco.
.Toz&, e Anna.
2 . Manoel Garcia Pimentel, que se segue.
N. 2. nlanoel Garcia l'imentel, fillio segundo de
Francisco Gil de diailjo e tle sua mullier D. Joana Pi-
mentel. he-nlou a caza de seli pai por falecer seu iimáo
Antonio tla Silva Piinentcl tle poiicos annos. Foi dona-
tario da capitania tlo Esl)irito-Santv e senlior do morgado.
que lhe cleixoii seu tio o padre Pedro ífarcia de Araujo,
senhor que foi tlo engenlio velho de Paraguass6. Cazoii
com D. Micia de Jloura Koliii ( I ) , siia prima co-irrnan.
por sei. filha de 3liinoel de Mniira Kolin e de sua mulher
D. Anna Pimen t.el, iruixn tle L). Joana Pimen tel, mãi do
mesmo Uanoel Garcis Pinieutel e mulher de Francisco
Gil de Arau.jo, pai d'este Jlanoel Garcirr Pimentel.Foi se-
nhor das villas que chamam Veltia, e u do Espirito Santo,
goveriia(1or e capitão-iuór tla tlita cspitaiiia ; csvalleiro
tla ordem de Christo e sucesior da çonimenda que foi de
seu pai. NBo teve filhos de sua legitima mulher D . Alicia
de SIoura, mas tle uma intlia natural da terra t e r e uma
filha bastarda. que foi períilliatlit, por nome :
S n n a Garciii, Pimentel, (2) a qual cazoii com o [)r.
-4ntonio Pacheco de Almeida, qrie foi ouvidor eu1 Angola,
aquem se deraui cem mil ci.uzaùos de (lote. Por morte
d'wte cazou a dita D . Aniid Garcia Pimentel com seli
primo 3Ianoel de bfonra ltolin, fillio de Felippe de itlonrn
Rolin, sem filhos, ruas do primeiro marido Antonio 1'11-
checo de Almeida teve iim fillio, que é:
Francisco Gil (iarcia de Aiai~jo,adiante.
Francisco Ctil Garcia de Araujo, fillio ,legitimo
de D. Anna Garcia Piinentel e de seu marido Antonio

l i Faleceii esfaa !B di. Janeiro dt' 1705. na freguazia de S. S. tln


c:oiiceiy;io ein Scrgi do i:onil~r, sci~ultadana caplln-iiii~rtlo collrpio
&esta sitiade 'Ia H a E t .
-2) Fal~!ceii esta :4 1-1 de .\liri1 de 1717, s piiltada iioCariiio, sendo
ji f:ilei:i~lo srii iiiaritlo tiitoiiio Parlieco a 9 de L)ezeinbro de 1;I.L.
1.I P. I . VOL. L l f
106 REVISTA TRIMEIGAL DO INYTITCTO IIISTORICO

Pacheco de Almeida, cazou duas vezes; uma com D.


Florinda de Freitas Souza Eça, filha legitima do tenente
coronel Miguel de Freitas Ferreira e de sua mulher D .
Antonia Maria de Soiiza Eça, naturaes da ilha de Itapa-
rica,çazaram (1) e tiveram filhos, e foi esta a sua segunda
mulher; e faleceu este Francisco Gil a 14 de Maio de 1770
na cadeia da Bahia, e foi sepultado em S. Francisco. Teve
d'estil sua segunda mulher os filhos seguintes :
Antonio Garcia Paclieco de Almeida, Hanoel Gamh
Pimentel, Francisco Gil Garcia de Araujo, D. Iria Fran-
cisca Garcia, D. Joaquina e D. MaCa Garcia.
Foi cazadoa primeira vez Francisco Gil,acima,l;om D.
Anna, filha de Francisco de Arailjo de Aragão, filho natn-
ral do alcaide-mór da Baliia Francisco de Araujo de Ara-
@o, a fl. . . n. 40, o qual Francisco de Aragão, cazado
este com I). k'isncisca Pinheiro, fillia do pai da sobredita
D. Anna, primeira mulher d'este Francisco Gil, foi capi-
tão da fortaleza de Paraguassíi; e teve Francisco Gil d'esta
sua primeira mulher D. Anna os filhos seguintes :
D. Francisca Garcia, I). 1gnaci:i de Aranjo e D.
.Tozefa Garcia.

SILVAS PIMENTEIS ETC.. K A I:XHIA


Bernardo Pimentel de Alueida (2), foi IIIU tidalgo
iiiuito honrado, que passou a Baliia iio aiino de 1584, go-
vernando Portugal E'elippe I1 de Castella, e 1 c&no
reino, e com o temor, de que o dito rei o iiio1est;isse
por ter sido seli pai tis cuza do senhor D. A~it~oiiio.
e seus
avós da caza do si.. iiifante D. Liiiz, e d'ttl-rei I). Na-
noel. Governava n'este teiiipo a Baliia Liiiz tle Brito de
Almeida, 4". goveriiardor d'este estado, o qiial era muito
parente do dito Beriiaiiio Pimeiitel tle i\lmeitla : cazuu

1 1 ) Cnzarani a I de Otitiil~rotln 171!1, iiii 1.a rll;i tl+ K S . d;i P~ii.i


alo K I I ~ P I I ~ I I Ipor
, ~ ) r w ~ i l . a ~que
. i o a1,rt!~(~i11011
3811111i.1
1.11i; tle Freilar.
iriiiAo da niiliciit~.
(21F:I!*!CCII a 26 de Janeiro 1141 1611 . le1r11h)(IP i ~ ~ t ~ ~ r ~ ~ ~l Ii~ rI Il I~~ ~; I ,I I Q
. p ~ l o rs ~ l~ i3~z o
1111 C A ~ I I I I Is6 ' s.
com D. Custodia de Faria ( I ) , filha de Sebastiiio de Faria
e de sua mulher Brites Antiiiies. De Bernardo Pimentel.
e d'estrr sua primeira mulher foram tilhos :
1. Agostinho, que faleceu solteiro. Agostinho fal-
~ C ~ aI 25
I de .Julho tie 1619 e sepultoii-se no Carmo.
2 D. Rrites, mulher de Manoel Hodrigues Sanclies,
e depois de Joiio Paes Floriano, a fl.. .
3. D. Antonia, segunda miilher cle Francisco de
3Iello Corrêa, sem filhos.
4. D. Magdalena, iiiulher de Blanoel Homem, sem
tilhos.
D. Maria e D. Catliarina, batizada D. Maria na sé
a 14 do .Junho de 1592, iiBo caxarrrm.
Segunda vez cazoii Hernardo Pimentel de Almei-
da com D. Joana de Mello ( 2 ) irman de D. Clara de
Nelio, mulher.de Bento de -4raiijo. e filha de Baltazar
Ferreira Peixoto e de siia ninlher D. C;itliarina de Mello,
filha de Froilo de Vasconcellos e de siia niiilher D . Iria
de Mello, filha de Diogo de Mello da Cunha : e (\'esta se-
gunda miilher teve filhos :
5. Antonio da Silva Piuientel, que se segue, e D.
Maria, que falece11solteira .
Terceira vez CHZOU Bernarrlo Piuient,el de Almei-
da com D. Maria de Jlello f3), tilli;i de Duarte Moniz
Barreto, a A. . ., e de sua miilliei. D. Elena tle Mello, que
em filha de Ant,onio de Oliveira Carriillial~o primeiro al-
caide-mór, que teve a Rithia, a fl . . ., e de sua miilher
D. Luzia de Mello de Vasconcellos (l filha
), do sobredito
Froilo de Vasconcellos e de siia iiinllier D. Iria tle Mello,
e teve d'este despc:zorio os tilhos seguintes :
6 . Bernnrdo Pimentel. fwleceii solteiro, batizado a
18 de Junlio de 1608.
E D. Izabel de Oliveira. que faleceu seiu estadu,
batizada a 18 de hIar$o de 1(;07 em Matiiim.
(I) EIII3 tle Ftl\-prt>irodt*l~t!I7.íal?ct~11
11. l:t~sto~Ii;i.
11ri11it~ir.1
IIIIIIII~?~
de &>rn:inloPiineiitel dt: Iiircitl;r. tliz nshiiii i ) livro t t t i h t~l~itos
d : ~sib.
( B Fllcwu esta a 3 dt. ~P~riirl~rri tle Ilio;>. ~epiilt;ctl:il i t i < - I I I I \ thiitf)
tlo Cliniio.
(3) Cazanin-se eni Ibrila a 3 tlr Al~riltlt. It;ol;.
( t ) 1r111xnesla 1). Li~ziade Yello de 1). C8th:irin:t III. Mrllfb. 111nlI1er
de Baltazar FerrcbiraPeixt>lil.
108 REVI ST:\ TRIMESYAI, 1)O ISSTITCTn HISTORICO

D'este Rernardo ~iuieiiteldiz o ausento dosbatizados


da sé, que foi sua tilha Maria batizada a 14 de Junho de
1.592, fillia d'este e de siia iniilher, sem dizer n nome.
D. Dlciii~da Silva, segiindri miilher de ?datlieiis Pe-
reira de Jleiiezes. tilho dc Gaspar Pereira, o velho, e de
siin segiinda miillie;. D. Angela de Mendonçs, a qual
I). Elen;i (Ia Silvtr, depois de riiira de Jlatlieiis Pereira,
cazou com o I);.C1iristoráo cle I3arros de Biirgos de Con-
treiras, tio qual iiiio teve fillios.
S. 5 . Siitouio tlil Silva Piiiieiitel (I), fillio pi-iuiairo
cla seguiida inullier de Ilernardo Piuieiitel tle hlmeida e D.
.loans de Uello de Vãscoucellos, cazoii çoui D. Joana de
Araujo, a fi. . . 11. 38, fillia de Pedi-o Garcia, o velho,
iriercador iuuito rico. e tle siia uiullier D. Jlnria de Aranjo,
tillia de Fc'i.aiicisco de Araiijo, o velho, e de sua mulher
Maria Dias, filha de Viceiite 1)ias e de sua mulher Gte-
nebra Alvaies, a 11. . . 11. 3 e scguiiite, c d'estes acima,
ASiitoiiioda, Silva Piiueiitel e siis uiullier, foraiu fillios:
i . Pedi-o Gitrcia l'iiiieii tei, que se segiie.
8. -~gostinlio Caldeira Pinie~t~el, conego na sé de
Evora ( d ) , que trouxe demanda com I). Hodi-igo da Costa,
iruiiio de I). Duarte da Costa, à '. goveriiador da Bahia.
sobre iiu uiorga~lo,e 111.0 t,iroii. Foi seu fillio bastardo
Rartoloiueo cie I;iim)s, clerigo .
!I. Antonio da Silva l'iuieiitel, adiante.
1 ti. 1). ,\liiria, iiinllicr tle Felippe cle JIoiirs llolin,
A . .. n. 5 .
1 1 . L). hriua. iiiiillier du JZanoel cle Jlourn Rolin,
a f l . . . 11. 3 .
12. D. .loaiilt, qiie cazvii com seu tio Francisco
t;il, (loiiatariodo Espirito Saiito. a í i . . . li. 37.

( I I V ; I I ~ ~ P Va~ I21
I i111 S o ~ r i i i I ~114,
r ~11iGi.
~ St~1111I~itlo i111 adr11 d a igreja
ç o l l ~ ~ ~ iFoi ~. i ;rli.;iiilia
iii4'1i. da ll;ilii.i li; : I I I I I I I S 1 i i i ~ ze 1; dias, por
l;~lrcii~~t?iitt.~ 111: stii ~ ~ r r ~ ~ ~ r i c t a r i o .

( 2 , Tev.: r?slc c-oiieg~i\ ~ o ~ l i i i l ile i o iiiiia I ) . t:atlinriiia .H;illiei, alçni


alo clii'igc, B.irIi~li~iiir!ii ili! Il:irri~s. oiilro lillio Iior iioiiie Aiilonio tia
S i l t ; ~ l : ; i l r l ~ ~I i' iriai i i ~ i i l ~ ~I;~i.iiiatli~
l. l i ~ k:vor:l
iiai i i i i i v ~ r ~ i ~ l ; i tdo- s O Coim-
iwa, 1~;1 it.io rla 1iiili.i. c ;u\.t.rn;rlor tl:i 1irat:;i ~ i Valciri:r, e dc Alc;iiitrra,
I ~ s s it l~~ . i r i~i ~ ~ r ~~. i ~ i ~ , s t.:tza.; rlris Sili;ls, \IiiicLid;ia, Piiiientel e
r tl:is
nrittls
13. D. Mariana, mulher de Aiitonio cle Sragiiot seu
.
primo, a fl. . n. 64.
L). Beriiartla e D. I3rites. qiie fnleceraui solteiras.
Pdro dn Sili a Pimeiitel, qiie o iuatartim, seni fillios.
N. 7. Pedro Gnrcia I'iii~eiitel(1), tillio pi.iineiro (\e
Antonio da Silva Piineiitel e tle siiii iniillier D. Joana cle
Anrujo, clirrmado por irlciiiiliii o Capa-nrriisto, cazoii com
D. Leonor de Brito (2), a f . . . 11. (i.fillia tle Sebas-
t i h de Hrito de Castro e tle siia. wiilher D. Maria de
-4rayao. fillia de niogo (le Ai-sg&oPereira. cavalleiro da
ordem de Christo,e esta I). alaria era sua prima co-irman.
Nlo tiveram fillios. Teve o foro de fidalgo, com 1FnOo
reis de moradia por inea de fidalgo esciideiro e um al-
qiieire de cevada por (lia, e era o foro,qiie por seu pai llie
pertencia. Passado este iilviir&a!) de Xovemhro de 1652.
N . 9. Antoiiio da Silva Pinieii tel, primeiro filho de
Antonio da Silva Piineiitel. 11. 7. e tle siis miilher D.
.Toana de Araujo, cazoii com 1). Iznbel Maria Giierles de
Brito. fillia baistardrr do inest.rc de CHIIIPO Antonio Giiedes
de Brito 'e de siia mulher D. Serafina de Soiiza. s fl . . .
n. 15. D'esta sua niiillier D. 1znl)el Maria Guedes teve
Sntonio da Silva Piment.el fillia .
14. D. Jcanna da Silva Cnldeira Piuientel C;iiedes de
Brito,que cazoudiias vexes.a primeira com D. Jolo Masca-
renhas, filho do conde de Cuciiliiii : s segrintla com Manoel
Saidmha da i+nma,filho de .To50 Ealdsnlia da Gania. ice-
rei, que foi, da India, e de nenliiim teve siicessiio. Este
seu marido J o h Sii.lda.nliase ret.irou para o reino na frota
do anno de 1766 ; sendo jit ftiler.iclrt esfa D. .Toana. siia
mulher, em domixigo por iioite de 24 de Oiitubro cie 1762:
sepnltada no collegio.
?i. 32. Maria Dins, oritra fillia de Maria Dias e seo
marido Fritncisco de Araujo. H fl . . . n. 3, cazou com Mel-
chior de Arcigilo de Souza. da ilha d~ Madeira, e ti'este
teve fillios :
1. Baltazar de Aragilo de Souza! cnzado com Maria
da Rocha Peixoto.
.- ..- ..

(1) h l l z u l o iir z f a 3n tIe J iiiilio 1111 1 I; I;.


(2) U r n m - s e :i 31 ile iie7eiiibro de it%.
110 REVISTA THIMESSAI. DO INYTITFTO 1IlSTORICO

2. Belcliior de AragHo de Souza, diante.


3. hntonia de AragSto, mulher de Luiz Pereira de
Ai-agilo.
4. D. Izabel de Aragáo, iunllier de Francisco
Barreto de Menezes, a tl.. .
N. 1. Bnltazar de -\ragiio de Souza, filho primeiro de
Xaria »ias e de seo maritio bielcliior de Arngáo de Souza,
cazou com Leonor tls Roclia I'eixoto, fillia de Belchior
Velho e de siia m~llierMaria Corrêa Peixoto, ( I ) ii& teve
filhos.
N . 2. Belcliior de Araglo de Souza, filho de Belcliior
de Ara@ de Soiiza e tle sua miillier Maria Dias, cazon
com JIari;~da H.0~118 I'eixoto, Allia de Belchior Vellio e
cle sua niiilher Maria Coriêtr Peixoto, e teve filhos
.>. ». Maria tle Araglio tle Souza, que se segiie
r i . Gaspar de -4rngáo de Sonza.
D. JIrai-ia cle Aragiio tle Soiiza, filha de Belcliior de
-4rugiio tle Soiiza e de sua iiiiillier Maria tla Rocha Pei-
xoto, (2) wzou coni Pai110 Barbozn de -\leirellea, natural
tln fieguezia tle S. Miguel da Matos, terino tlo bispado do
I'orto, tillio legitiiiio do alferes Ainador tln Criiz e de D.
JIaria de .\Iafera I'ossxiite, e teve tillios.
Antonia de Aragiio, fillin de Helchior de Aiagilo de
Souza e de sua niiillier AlitriaDias,(:J) cazoii contravontade
tle seos pais com seo priiiio em 2". gran Luiz Pereira de
AragSt3, iiaturd da illi~rda Madeira, filho (te Liiiz Gomes
dn Gaiiia c de so;t iniillier Ataria de Aragao, irinaii esta de
Jlelçhior de Arngiio de Souza e foram despensados pelo
santo padre Lrbano VI11 ; e teve filhos.
Izabel de BragHo, m a d a com Jogo Ribeiro.
I). Maria tle Aiagiio, iniiilier do capit%o Yicolilo
Carvalho Pinlieiro, rt ti . . . n. I .
Belcliior tle Arngh Pereira, ttlerigo seciilar, faleceu
a 10 de Oiitiibro de 1 1 ; i - t sepultado
~ ein S. Francisco.

(1, C:irar.iiii i i ; ~fi.egiic~zi:itla SI', i:'l'cj:i #]:I .\jiiila, a W ila .tgosk,


~ l eI l j I ? , e fi~It%-eiit!llc ;I . I S I ! I I ~ I I I dC
I I ~lW33,
O SI?~IIIII:III~I II:Icap!lla
1 1 1 1 Lic~stc:in~ dc- Igiialic!.
12) i.;iz;Lr;tilt I I ; I ~ ! : i ~ b ~1 ~
1 4 1l l al1thsL~'rrc~ ilc I ~ ~ I ; I IaI I i~ IIP Jullio
S. D. Izabel tle Airrglío! acima, crrzou com Jdlo
Ribeiro de Ai-aiijo, tillio tle Joílo Ribeiro Trnvãssos e de
snrr mulher Izabel tle Aiaiijo, e teve filhos :
Sntonio tle Aragiio .

S. :)i. F,st4ev;iode Rrito Freire, (1) flllio de Gas-


par ile Biito Freirc (? tle siia iiiullici D . Brites Ooiidiui
de Brito, que era filha de Ileit.oi. Gondini de Britt, e
tle siia iiiiillier TI. Izabel Soares, fillia tle Francisco Soa-
res ; e por via paterna, oii (IR seu pai Giispsr de Brito
Frei1.e. era este E>tecUo tle ni.itc>Freire netn de olitro
(;aspar de Urito, qiie foi trinsantu do iiifiiiitt~D. Xtfoiiso,
e foi c a ~ l com o 1). i3rancii Fi-eire, tillia de Liiiz I)aiitas,
r Lztndrnal . Xii naliiii cazoii EstevBo de
d ~ i d e - i n b do
Brito Freire ci)m I). Vitilunte de Araiijo ( o ) , que elaa
filha legitima de Francisco tle Ai.iiiijo e tle D. Iraria
Dias, como fica á pag . . . n. :I I , e era est,a bisneta (le
Cathariiia Xlvnres a Lliogo .4lr~res,Cai~aniiiríis. Pirg . . .
11. 2. Si1 siia fueiiiltr de Sitiito-Estcr3.o institui0 iiiii mar-
gado coiu o titiilo tIc Situt~-E:st.e~Bo e X. Sra. de Jezila,
e ile sua iiiullier i). \-ioltiiite tlc Araujo teve fillios :
1. tGssprrr tle Brito Fi.eii,e, que se segue. Ihitizado
na si? a 1:I de Jullio tle I .;!i>. Padi~inlioo gorernndor 1).
Fraiicisço de Souza.
2 . Friincisco de Brito Freire. ndiante, batizado na
se a .í de Abril de 1 (;O>. Pii.tlrinlio. o uiesinó gove1.-
nador.
F'. 1. Gaspiir tle Brito Freire, fillio primeiro de Es-
t e r h de Brito Frrire e tle sua mlillier D. \Tiolaiite de
ãmujo, foi possuidor do iuorgado tle S rntr-Estevb, e cazou
com D.Fraiicisça da Silveira, flllia tle Alvaro da Silveira.
(:omuendador (lu Sortel!a e a,lc;iide-m6r tle Alenqiier, e
de sua miillier D. Brites de Mexia. De Gaspar de Brito
--
i ] Tliei~trtbG~iit~al.
.\rvc~rt*36.
(2, 1AZar;iiii iia Iwpiitnziatla sib,r 10 dc Agoslo de 1592. cbin (.;173,
Iit-eiit;a tlo Iii*lw~li. \iik)nio Barrriros. c
112 RE\'IST.\ TKIHEKSAL DO IKSTITL'TU IiIS.T~,RIi?O

Freire e sua mnllier D. Fi.aiicrisca da Silveira foi


filho :
Fraiiçisco de Rrit,o Freire! qiie sc segiie.
X. 3. Francisco de Brito Yreii-e. filho de Gaspar
de Brito Freire e sua iiiullier D. E'riinci~çatla Silveira:
11. 1 ; foi senlior do morgado tle seu pai? e cuzoii c.om I).
Tliereza de Tacora, filliii cle Luiz de liiranda Henriqnes
e de sua miilher D . Fianciscar de Tavora. De Franciaco
rle Brito e sua miilher D . Tliereza tle T;~voi.afoi filho :
S. 4 . Gaspar tle Brito, capitão de infantaria do
terço da guarniyiio da fortaleza de Sáo-JiiliHo daBarra de
T~isbiia. S~icedeu no wza de seli pai e falereii solt.eiro.
S. 2 . Francisco de Brito Freire,fillio sagnndo de Es-
t>eváode Brito Freiri: e de sua inullier L). Yioltiiite de
Araujo, foi inoqo fitlalgo da caza rei~l,t! teve filho :
.'>.Esteviio de Brito Freire, que se segue.
S. .',. Esteviio do Brito Freire, fillin de Francisco
de Brito Freire, li. i!, e de si13 iiiullier (I), cazoii com
1). Violiiiite de Ilenezes, e teve fillia :
G . D. Felippa de Rrito Freire, que se segue.
N. 6 . D. Felippa de Rrito E'reire, filha de Este-
viio de Biito Freire, n. 5, e de sua mulher. ciizou com
o Dr. Jlanoel Botcllio de Oliveira (-),fidalgo da cazii real,
e teve tillios :
i . Francisco Felix, qiie faleceu a Ci de Xaio de
17:l(!, caitpitLo.
8. Est,evlo de Brito E'reire! qiie so segiie! e Iraria,
batizada a 10 de Outiibro de 169u, e foi iuiilher de D.
.'Teroninio da Silveira.
X. 8. Est.evRo de Brito Freire, 811ii1de D. Felippa
cle Bri to, n. (i, e de seo inarido Blanoel Botellio de Oli-
veira, foi fidalgo dti caza real, e cavalleiro da ordem
de (?liristo, iilo cazoii,e teve bastardo.
9. Antonio de Brito Freire, capitiío de mar e gner-
ra, fidalgo da caza d'el-rei, e cavalleiro da ordem da
Christo ; nlo cazciii, faleceu eiii Lisboa no anno de 1767.
Legitimado por JIagalliáes.
-. - . - -
- - - .
1) C ; t ~ ~ r ~a l 2l il i1tb t ~ l l t 1 1 ~ 1 ~ 1i ~ti>;.
(3: C:iz:irniii n 2 1 de Jaiieiro dc 1!;77: i1 iBrn elli~\ iiivo de F. .Aiituiii:i
Me~iczl.s,ileilara o nss ento.
St~cessãoda sexta $lira de Genebra Aloares e de seu
marido T'icente Dias, n qual foi
N. 17. Catharina Alvares, fillia de Genebra Alvares
e de seu marido Vicente Dias de Beja, moço fidalgo da
caza do infante D. Luiz, cazou com Baltazar Barboza de
Araajo, natural de Ponte de Lima, filho de (Taspar Bar-
bom de hraujo e de sua mulher D. Maria de Araujo.
De Catharina Alvares e seu marido Baltazar Barboza,
foram filhos.
1. Francisca, batizada na sB a 18 Fevereiro de
1679. Cazada com Christovlo de SB Betencourt, a fl. . .,
e depois com Felippe de Lemos.
3. Joanna Barboza, mulher de Antonio de Souza
Dormondo.
2. Izabel, faleceu menina, batizada na sB a 9 de
Novembro de 1680.
3. Maria, batizada ahi, a 28 Julho de 1582.
4. Antonio, faleceu pequeno, a 28 de Novembro de
1583.
6. Domingos Barboza de Araujo, que se segue.
Batizado a 3 de Novembro de 1585.
N. 5. Domingos Barboza de Araujo, filho de Catha-
rina Alvares e de seu marido Baltazar Barboza de Araujo,
cazou com Izabel de Lemos de S&, * filha do licenceado
Bartolomeu Madeira de Sá e de siia mulher Maria
de Lemos Landim, filha esta de Joiio Rodrigiies Palha,
ewndeiro fidalgo da caza d'el-rei, e de sua mulher Micia
de Lemos, a fl . . . e seg., e teve filhos :
6. Maria Barboza de Araujo, que se segue
N. 6. Maria Barboza de Araujo, mha de Domingos
Barbom de Araujo e de sua mulher Izabel de Lemos de
cazou com Yanoel Gomes Figueira, natural de Torres-
Vedras, e teve filhos:
7. D. Felippa de Braujo, que cazou com Joiio Tei-
xeira de Jlendon<;a,a ti.. .

* Cazaram em Paripe a 9 de Jullio de 1W3.


15 P. I . VOL. LII.
.
N 1. Francisca Barboza, mulher de Christovão de
Sá Betencoiirt, e depois de Felippe de Lemos, d'este
teve filhos :
1. Vicente
2. Baltazar
3. Lourenço
4. Maria
Agueda Pina, mullier dz Loiirenço de Oliveira Fita,
com filhos.
Do primeiro teve Joana de Betencoiirt, cazada eo@
Miguel Telles de Menezes, Francisco de Sá Betenaorirt,
c a d a com D . Anua de Souza.
N. 3. Maria de Araujo, mullier cle (Taspar Dias Bar-
boza, com íiihos.

Stdcessão da setinan jifiblln de Genebra Slr.nr~se de 61314


marido Vicente. Dias de Beja, que f o i
h'. 18. Andreza Dias, filha de Genebra Alvares e de
seu marido Vicente Dias de Beja, cazou com Diogo de
Amorim Soares, (1) filho de Francisco Soares,de Ponta de
Lima, e teve fillios :
1. Maria, batizada na sé a 10 de Junho de 1587.
2. Izabel, batizada da se a 6 Jiinho de 1588.
3. Francisco, batizado na sé a 8 de Abril 1591.
4. Maria, batizada na sé a 1.5 de Maio de 1592.

Sucessdo da oitacnJillla (le Gencl~radlt.n).eb c (Ir seti


marido Vicazte Dias dr Bejn, que foi
h'. 19. Francisca Dias, filha de Genebra Blvares e
de seu marido Vicente Dias de Beja, cazou com Antonio de
Araujo (2), natural de Ponte de Lima, da familia das
Araujos, primo de Baltazar Barboza de Araujo e seu meio
im8o Francisco de Araiijo, eni ci~jacompaiiliia vieram
todos para o Brazil, e teve fillio :
CATALOGO GBNEALOGICO 115
1. Frei Jolo do Ehpirito Santo, religiozo benedictino,
que fdecaa na cidade do Porto, no aiino de 1632, e havia
sido batizado na s6 da Babia a 14 de Março de 1.585.
SBgnnda vez caaou Francisca Dias, esta por morte
d'esbs seu marido Antonio de Araajo, codao fica a fl . . .,
n. 19.

S u d e da terceira jJi17ia de Catha?-ina Alz.are,c e Diogo


Alt.ares, Ca~anlzlrfis,a qltaifoi
N. 3. Apollonia Blvares, cazoii esta com Joáo de Fi-
gueiredo Mascarenhas, fidalgo da caza de Sua Slagestade
e naturdl da cidade de Faro, no reino do Algarve. Era
filho de Lourenço de Figueiredo, que passou ao Brazil no
principio, em que se fnntlava a Baliia, por haver morto
um conego seu parente, e trouxe comsigo a este seu filho
de idade de 12 annos, os quaes ambos fizeram a Deus e a
el-rei grandes serviços na conquista d'esta capitania,
pela qaal razito el-rei D . .João 111 lhe escrevia e o esti-
mava muito. A este JoBo de Figueiredo cliamttva o gentic
o Boahtcci. Teve de sua mulher os tililos seguintes :
1. Felippa de Figneiredo Mascarenhas, que se
seglle.
2. Micia de Figneiredo lascarenhas, que cazoii com
Manoel Correa de Brito, adiante.
3. Maria de F'igneiredo Mascarenhas, muIher de Se-
bastib de Rrito Cori êa, ao depi~isa fl. .. n . 3.
4. Gracia de Figueiredo, que cazou com Francisco
de B m s , de Ponte de Lima, adiante.
6. Clemencia de Figneiredo, mulher de Bento de
Barbircta. Teve mais a Crtthaiina, batizada na se a I
de Dezembro de 1567. Cadern . fol . 20.
Izabel, batizada na st3 a a de Março de 1539,
(Cadern . fol. 23) pelo cura Joiio Lourenço.
N. I. Felippa de Figueiredo Mascarenhas, filha pri-
meira de Apollonia Alvares e seu marido Joáo de Fi-
gueiredo Mascarenhas, cazou com o capitho Antonio de
Pai- e d'elies nasceu :
6. Antonio Guedes de Paiva, que se segue.
116 RE VISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO 1IISTORICO

. N. 6. Antonio (3uedes de Paiva (I), filho de Felippr


de Figiieii.edo,n. 1, e de seu marido Antonio de Paiva (O),
foi coronel ; mzon com D. Anna de Araujo, que era ~ i n v s
de Pedro Camello (3) & pag ..., e teve filha, Anna, ba-
tizada a 16 de Novembro de 1689 na capella do engenho
da Ponta. E filha d'estes.

Sucessáo da segunda jillra de Apollonia Alvares, que foi


N. 4. Micia de Figueiredo Mascarenhas, cazou com
Dfanoel Corrêa Brito. Faleceu Micia de Figueii-edo a
18 de Agosto de 1614 e foi sepultada em Nossa Senltorir
da Ajuda. D'estes foram filhos :
1. D. Vblante de Araujo, que se segue.
2. Catharina Cori'êa de Brito, adiante pag.. .
N. 1. D. Violante de Arnujo, (4) filha de blicia de Fi-
gueiredo h1 ascarenhas,n. 2,e de seu marido Manoel C a r r b
de Brito, dbi cazada com Francisco Feimandes Paclim,
fidalgo da caza de Sua Xagestade, filho de Gaspai. Fer-
nandes de Afonceca, tambem fidalgo, e tiveram filhos:
3. O capitiio Francisco Feruandes Pacheco, caval-
leiro da ordem de Christo, a fl. .. n. 9, solteiro.
4. D. Luiza Paclieco, que se segue.
Frei Antonio dos Anjos, religiozo do Carmo.
N. 4. D. Luiza Paclieco, filha segunda de D. Vio-
1ant.ede Araujo,n. 1, e de seu marido Francisco Fernandes
Paçheco ( 5 ) , foi cazada com Bastolouieo de Vasconcelloa,
filho de Paulo de Carvajal de Oliveira, a pag.. . e de sua
mulher D. Francisca de Aguiar Espinoza ou de Espinola,
filha de Christ,ov&ode Aguiar Daltro e (le sua ninlher
D. Anna de Figueiró, a fl.. ., e tiveram uma sb filha,
que foi
rl) Fnlrceu este a 4 de Fererein~de 1706.
(3) C;iz;iraio eiii 29 de Janeiro de 1680.
r.81 Aiitonio Giiedt's de Paiva. qiie cazoii c0111 I). Anna. foi outro, e
nào esb, I' porissn ludo quaiito tssiá escrilito no 11. ti esta e r d o .
.
Sola ri rn<irgri~i
(4) Era viuva j i de Sehastiào Barhza.
151 Srgiintla vrz cazoii, sclruio j l dt! a s a ~ i p d idade
i com João Fr8-
~ o z odr Afou~tm, e nào teve fllhos, ao 1.' de Par:o de 1672, em e=,
frtbguczi:ide Cotegipe.
CATALOGO QENEALOQICO 117
5. D . Maria de Vasconcellos, que se segne. Batizeda
em Cotsgipe a 27 de Setembro de 1637.
N. 6 . L). Maria de Vasconcellos, filha unica de
D. Luiza Pacheco, o . 4, e de seu marido Bartolomeu de
Vacrconcellos, foi cazada com Matheus de Aguirrr Dal-
a fl..
h,* . n . 7, filho de Custodio Nuiies Deltro,
r engenho em Cotegipe, e de sua mulher D. Iza-
~ e n h o de
bel de Figueir6, e tiveram filhos. que v80 adiante a fl.. .
n. 13, e aqui s6 :
6. O doutor João Alvares de Vasconcellos, que se
segne.
O dontor J o b Alvares de Vasconcellos, filho de D.
Maria de V m n c e l l o s e de seu marido MatLusde Aguiar
Daltro, foi cazado com D. Antonia Telles de Menezes,
filba do sargento-maior Marcos de Betencourt e de sua
aeganda mulher D. Angela de Menezes, irman do alcaide-
m6r d'esta cidade Francisco Telleo de Menezes, que ma-
taram os Britos, e filha de Metheus Pereira de Nenezes e
de sua primeira mulher D. Izabel de Almeida, filha de
Daarte Maniz Barreto,que por morte d'elle tornou a cazar
com Christovb de Bargos, que interinamente governava
a cidade, como fica a pag.. . n . 6. De Jogo Alvares Vas-
concellos e de sua mnlher D. Antonia Telles de Menezes
foram filhos :
7. Christovibo de Aguiar de Betencourt,diz o assento
do seo obito, faleceu a 22 de Março de 1719.
8. D. Angela de Menezes, que se segue :
N. 8. D. Angela de Menezes, filha segunda do doutor
Jdo Alvares de Vasconcellos, n. 6, e de sua mnlher D.
Antonia Telles de Menezes, cazou com o capim-mor
Lniz Carneiro de Menezes, filho de Antonio Carneiro de
Rocha e de sua mnlher D . Ignacia de Menezes Castro,
filha de Francisco de Abreo da Costa Doria, fidalgo da
caza de Sua Magestaùe, que morreu degolado em estatua
pela cruel morte. que mandou fazer t i sua mnlher D. Anna
(\e Menezes Castro,filha de Rui Dias de Menezes, a fl.. . n,
1, e de sua mnlher Guiomar Ximenes de Aragão . De D.

Cuuun em Cotegipe a P;i de Janeiro de 1659.


Angela de Menezes e seo marido Lniz Carneiro de Me-
nezes foram filhos :
9 . D. Luiza Archaagela de Menezes, que se segne.
I O. Vicente Lnie Carneiro de Menezes.
11. Custodio de Aguiar de Vasconcelios, adiante.
18. D. Francisca de Menezes Doria.
13. D. Anna de Menezzs Castro.
N. 9. D. Luiza Archnngela de Menezes Castro,
filha primeira de D. Angela de Menezes, n. 8, e seu ma-
rido o capitilo-morLniz Carneiro de Menezes, catoii com
.\ntonio Jozk de Souza Portugal, que 6 sargento-m6r de
infantaria em um dos regimentos da parniçilo da praça
da Bahia. tilho do coronel Mnnoel Domingues Portugal e '
de sua uiullier D. Jozefa &ria de Warie Girão, fih
de Francisco Girho Cardozo de Vasconcellos, fidalgo da
caza de Sua nfsgestade, e de sua mnlher D. Maria Fígneirr
Palha, e neta pela parte paterna de Manoel Domingaes
Ferreiia Barbuda de Vasconcellos, coronel da infrntr*
que foi da praça de Penamacor, na provincia da &ira,
do qu:d emprego passou para o de governador da p m p
de Salvaterra, da Extremadura, onde f a l e m , e de ep8
mulher D. I I a r i a n ~Robalo, de Portugal. Dos sobreditos
Antonio JozB de Souza Portugal e sua mulher D. L\ib.
Archangela sáo filhos :
14. Pedro Alexandre, alferes de infantaria.
15. Manoel Domingaes Po;-tu@, que faleceu.
16. D. Naria Françisa.
N. 12. D. Francisca X ~ v i e de r Menezes Doria, fillia
de D. Augela de Menezes e de seu uinritlo o c~pitiio-mór
Luiz Carneiro tle Menaes, foi semirida mnlher do aeu
primo o capitão J o d Liiiz da Roclie Doria,fillio de Manwl
da Rocha Doria e de sua miillier A n ~ i tMaria tle dezus
Vasconcellos, e teve filhos :
Antonio da Rocha Doriti de Meneeea .
D . Maria.
D. Anna.
N. 11. Custodio de Aguisr de \'sscoi~cellos~fillio ter-
ceiro do capitiio-in6r Luiz Carneiro de JIenezes e de sua
mulher D. Angela de Jienezes, n. H, cazon aw
Clara Maria do Espirito-Santo, filha do capitão S i m b
de dveiiar e de sua mulher D. Antonia de Freitas Jardim,
e teve filhos :
Lniz Carneiro de Menezes.
Simão Carneiro de Xenezes.
N. 2. Catharina Corrêa de Brito, filha segunda de
Micia de Figueiredo e de seu marido Manoel Corrêa do
Bnto, cazon com Francisco Pereira de Abreo, qiie era na-
tural de Vianna, e tere d'este 9 fllhos, 6 maxes, que não
s e acham os nomes, e trez femeas seguintes :
1. Izabel de Brim Corrêa, que cazou com João Cor-
rêa Amh, natural de Coinibra.
8. Maria de Figueiredo, cazada com Antonio de
Sonas, da Arrifana de Sonza, filho de ManoeI Gonçalves
e de ma mulher Catharina Guiolilar, tiveram filhos: Jozé
e Haneel.
3. Catharina Corrêa de Brito, mnlher de Agostinho
de Crssto Pereira, natural da Bahia, e teve filho, Fran-
cisco Pereira de Castro.
4. Manoel Corrêa de Brito, cazado, com filhos.
5. J o h Pereira de Abreo,cazado, com Alhos.
D. Maria de Brito Souza, fllha de Francisco Pereira
d e Castro, sargento-mor, filho este de Agostinho de
Castro; foi cazado e teve filhos.
N . 2. Maria de Figueiredo, filha de Catharina Chh!!a
de Brito,n . 2, e de seu marido Francisco Pereira de
Abrea, cazou com Antonio de Souza, natural da Arfifi~na
deSouza, e filho de Manoel Gonqalves e de sua nidlher
Chtbrina Gaspar, e teve filhos :
6. Manoel de Figueiredo Mascarenhas.
7. Jozé de Souza.
N. 6. Antonio Manoel de Figueiredo Mascarènhas,
l2ho de Maria de Figueiredo e de seu marido Antonio de
Sonh, foi capitão, e cazon com Luzia Paes Brantlllb, que
eraíiiba de Manoel Edartins Brandão, natural db i'lhd Q
Xadeira,do lugar da Ribeira-Brava, freguezia de 8. B(JIlto,
e de saa mnlher Catharina Paes de Oliveira, n a t u d da
fwgnezia da sé da cidade da Bahia, e teve fllhos ;
8. Frei Antonio da Piedade, religiozo t&paSb W
%&ia.
9. O padreAndr4 de PTgWiredo M~oaretiW,dW8r
120 REVISTA TRIMEKSAL DO INSTlTCTO HISTORICO

N . 1 . Izabel de Bri to Corrêa, filha de Catbarinir


Corrêa deBrito e de seli marido Francisco Pereira de
Abreu,cazou com .To50 Corrêa Arnh, natural de Coimbra.
10. João Corrêa Anho, que se segue.
11. Izabel de Brito .
12. Jogo Corrêa de Brito, cazado com Yicia de Fi-
gueiredo.
N. 10. Jogo Corrêa Arn&o,filho de Izabel de Brite
Corrêa e de seu marido João Corrêa Arnho , cazou com..,
13. Joz6 Pereira Mascarenhas, cazado com D . Anm
blascarenhas.
N. 3. Catharina Corrêa de Brito, filho de CathaRns
Corrêa de Brito e de seu marido Francisco Pereira de
Abreu, cazou com Angusto de Crasto Pereira. natural da
Bahia, filho do capitiio Fi.sncisco de Crasto e de 8118
mulher D. Marta de Souza, fillia de Belcliior de S o m
Dormondo, a fl. .., e tle sua mulher D. Miçia. de Armas,
e teve filhos.
13. Francisco Pereira de Crasto, que se segue.
14. Antonio de Brito Pereira, adiante.
N. 13. FmnciscoPereira decrasto, filho de Catharina
Corrêa de Brito e de seu marido Augusto de Crasto
Pereira; foi sargento-mbr, e cazou com D. Maria de
Castro, filha do capitão Pedro Marinho Soutomaior, ca-
valleiro da ordem de Christo, e de sua mulher teve
filhos :
16. D . Marta de Souza, que se segue.
D. Marta de Souza, filha do capitlo Francisco
de Crasto Pereira e de sua mulher D. Maria de Castro,
cazou com Faiistino da Costa Peixoto, natural de Gaima-
rbs, e teve filha :
16. D . Maria da Costa Souza, que se segue.
Segunda vez cazou D. Marta (te Souza com Bal-
tazar Gonçalves de Paiva, natural do arcebisyado de
Braga, do qual não teve fillios .
N . 16. D. Maria da Costa Souza, fillia de D. Marta
de Souza e de seu primeiro marido Faiistino da Costa
Peixoto, cazou com Diogo Alvarea de Brito, natural dafre-
guezia de Inhambupe, sertão da Baliia, fillio de Manoe.1
Aivares Leitáo e de sua mulher D. Catharina de Brito ;
CATALOGO GEh'KhI.001CO 12t.

foram dispensados no 4". grtío de consanguinidade, e teve


filho :
17. Manoel Alvares Craveiro, que vive solteiro n'eute
anno de 1 7 7 % .
N. 14. Antonio de Brito Pereira, filho de Agostinho
de Crasto Pereira e de sua mulher Catharina Corrêa d e
Brito, n. 3, foi capitão, e cnzou com D. Maria Telles,
filha de
18. D. Joana Maria de Brito, mulher de Manoel,
de Figueireito de Abreo .

Sticessão da terceira fillta de Apollonia Aluare~,qcte foi


.
N. 3. Maria de Figueiredo Mascnrenhas, cnzou
com Sebastião de Brito Corrèir,que d'estasua mulher teve
filhos.
Apollonia de Siqueira de Brito. mnlber de EsteviLo.
Pereira Barcellar, e depois de Francisco de Brito de
Aranjo.
1. Felippa de Brito, que se segue.
2. Loarenço de Brito Corrêir, chamado o Formozo.
Joana Corrêa.
João de Brito Corrêa.
N. 1. Felippa de Brito,(l) fi!ha primeira de Maria de
Figueiredo e de seu marido Sebastiso de Brito Corrêa ;
cazou com Antonio Guedes,(a) que teve na Bahia o offlcia
tle tabelliiio, e d'estes foi flllia :
3. Izabel, batizada na se a 18 de Fevereiro de
1601.
N. 3. D. Maria Giiedes, que se segue. Batizada nal
se a 23 de Julho de 1606.
3 Antonio, batizado ns si5 a 26 de Janho de 1519.
N. 3. L). Maria Guedes, filh8 de Felippade Brito e.
de seu marido Sebastiiio de Brito Correa, cazon com An-
tonio de Brito Corrêa, (3) que era fillio de Melchior Maciel
-4ranha e de sua mulher Izabel de Brito, teve Antonio\
-
( I ) Segunda vez a r o u esta coni Joào Alvares da Fonseca, a 97
tle 131ituhrode 16-21 na s6.
(O Faleceu Antonio Guedes a P de Julho de 1619. Sepultado na &.
8)Paleau a 07 de Jaueiro de 1657: sepultado no collegio.
16 r. I. VOL. LII.
l9B REVISTA TRIMESSAL DO ISSTITOTO IIISTORICO

de Brito Corre&o of8cio de tabelli8o de seu sogro, e


d'elle e sua mnlher Maria Giiedes foi filho :
4. Antonio Guedes de Brito, que se segue. Batizado
lia sé aos 13 de Fevereiro de 1637.
IV. 4 Antonio Giiedes de Brito, 0lho de Antonio
de Btjto Correa e de sua mulher D. Maria Gluedes, foi
mestre de campo de iim terqo pago na cidade da Bahia,
e a governou interinamente por morte de Affonso Fortado
de Mendonça com Alvaro cle bzevedo e o Dr. Christovb
de Burgos Contreiras ; foi cazado com D. Guiomar ?Li-
menes de Aragão, que era viiiva de Rui Dias de Henezes,
s d . . . n. 1, e d'esta niio teve filhos, mas teve baatardoe:
6. D. Izabel Guedes de Rrito, que se segue.
19. 3. D. Izabel Guedes de Brito, filha natuml,
herdeira do mestre de campo Antonio Qnedes de Brito,
e de D. Serafina de Souza, iiman de D. Clara de Souza,
mnlher esta D. Clara de Xiguel Pereira Soares a A . . .
n. 16, cazon esta D. Izabel Gnedes com Antonio da Silva
Pimentel, e teve d'ella fillia TI. Joana, que j A fica rt fl...

T. 4. Gracia de Figueiredo c.azou com Francisco


de Barros, natural de Ponte Lima, e teve 9 filhos seguiu-
tes :
I. Nuno de Barros, sem geraqáo.
2. Joana de Barros, * mullier de Lniz Fernandes
Fajafdo, e de João Lobo de Xesqnita, segundo marido.
3. Luiza de Barros, que cazoii com Manoel Lobo,
iiatural de Ponte de Lima, filho (Ir Francisco da Rocha
Lobo, e primo de J o h Lobo de Mesquita.
N. 2. Joana de Barros. tillia segunda de Gracia de
Figiieiredo e de seu marido Fraiicisco de barro^, foi
c m d a com Liiiz Fernaiides Fajardo, e teve filho :
4. Luiz de Barros Fajardo, que se segue.
- .

' # a 6 Joana e sirn IDez. Sota d matgmi.


Segunda vea ciaou .Ttane de Barros c.iom João Lobo
cie Yesqnita, filho de Joiío da Cea Marinho, e teve filha.
6. Joana Lobo de Barro% que cazoa com Francisco
Barbom de Brito, a primeira \ ez. e outra vez cazoii com
Paio de -4 raujo Amvedo.
N. 4. Luiz de Barros Fajaido, fillra de Joaua de
Barros, u . 2, e de seu marido Luiz Fwiiandes Fqiardo,
cazon com Maria Barbom, filha de Pedro de Barros e de
D . Izabel, e teve f i h .
6. D. Violante de Sá, primeira mtillier de 'rlanoel
l'elles de Menezes, a pag . . . n. 7 .
7. D. Izabel de SB. que w o u com o capitko Pedso
Horges de Souza Vascnncellos .
N. 3. Luizo de Barros. íilha terceira de Cfmcia de
Figueiredo e de seu inrrrido Francisco de Barros, n. 4,
cama com Manoel Lobo e teve filho :
7. Frgwisco de B ~ r r o sLobo, que ae segue.
N . 7 . Francisco de Barros Lobo * filho de Yanoel
Lobo e de sua mulher Luizs de Barros, cazou com D .
-4nna de Jlenezes, filha tle Egas Moniz Barreto, escu-
deiro fidalgo, e de D. Jnliana Rangel, sua ttroeira
mulher, a 0 . . . e teve filhos.
8. Nuno de Barros Lobo, que se segue.
9. D. Juliana Telles de Menezes, adiante.
10. D. Ignea Telles de Menezes, abaixo.
11 . D. Maria de Menezes, ao depois.
12. D. Euzebia Telles de Menedes, ao depois.
N. 8. Nuno de Barros Lobo.fllho primeiro do Frun-
cisco de Barros, n.7,e de sua mulher D.Anna de Menezes,
caron com sua prima D. Iaabel ds Rocha Telles, filha de
D. Maria e Joúo Lobo Narinho, e teve fllli<~3.
13. Antonio de Barros Lobo.
14. D. Felisbella Telles, mulher da BIanoel Alves
d e -08, oom fraiilia .
16. D. M n o r Telles, w n f i h .
16. D. Ursula Telles, sem filhos.
N. 9. D. .Tuliana TeUes, fllha de Francisco de
Barros, a. 7, e (10 sua mulher D. Aiina de Menezes, foi
csndrr com Jdaooel Maciel Aranha, e teve filhos.
e Faleceu nos Iraras no anno C P !i\R9.
184 REVISTA TRIMENSAL DO IKSTITUTO I l IaTCiHlCO

17. Manoel Maciel Aranha, sem filhos.


18. Antonio Telles Barreto, uuado com D. Emeren-
ciitna Barboza, com filhos, qae foram Antonio Maciel Ara-
nha, sem filhos, e Francisco de Barros Lobo, sem !ilhoa.
N. 10. D . Ignez Telles de Menezes, íilha de Fran--
cisco de Barros, n. 7, e de sua mulher D. Anna de Mene--
zes, foi cazada com Diogo Alvares Campos, e teve filhos.
19. Diogo Alvares Campos, que se segue.
20. Jozé Telles de Menezes, sem filhos.
21. Antonio bloniz Barreto, sem 0lhos.
22. Francisco de Barros Lobo, sem filhoe.
23. D. Thereza Telles de Menezes.
24. O capitão Egas Mnniz Barreto.
N. 19. Diogo Alvares Carnpos,fillio de Diogo Alrares.
Campos e de sua mulher D. Ignez Tellea de Menezes, n.
10, cazou com D. Maria Francisca da Camara, 0lhs d e
c a p i m Pedro de Afonceca de Mel10 e de sua mulher D.
Ignez Francisca da Camara, e teve filhos.
2.5. O capitão m6r Diogo Alvares Campos.
26. O doutor Jozé Telles de Menezes, conego.
27. Pedro Alvares tia Fonceca.
28. Francisco, que faleceu ;L). Ignez, D. Anna, D..
Francisca, D. Bernarda, D. Victoria, L). Antonia, toda8
religioms, e D. Maria, que falecen solteira.
N. 20. Jozé Tellbs de Menezes, acima n. 80, foi
eazado com D. Anna Maria, tilha do cnpitáo Pedro da
E'onceca e de sua mulher D. Ignez, sem filhos.
N. 41. Antonio iiioniz, acima n. 21, cazou com D .
Antonia, filha de Jozé Pereira Freire, e teve filhos.
N. 13. L). Tliereza Telles de Menezes, acima n. 43,
c:;tzou com Ignacio de Cerqueira Lima, senhor do enge-
iilio do Bom-Jardim ; e teve filho.
2. Bernardo de Cerqueira Lima de Díenexes.
N. 24. O capitilo Egas iiioiiiz Barreto, n. 44 acima,
cazou com D. Antonia, filha de Jozé Pereira Freire,
coiii filhos.
h'. 1 1. D. Maria de Jienezes, filha de Franciscode
Barros Lobo, n. 7, e de sua niulher D. Anua de iilenezes,
foi cazada com seu primo o saigento-ni6r Antonio Moniz,.
e teve filho :
CATALOGO OENEALOOICO 185

Diogo Moniz .
N. 12. D. Euzebia Telles, filha de Francisco de
Barros Lobo, n. 3, e de sua mulher D. Anna de Me-
'nezes, cazoii com Bliguel Alvares Campos, e teve filhos.
-4ntonio Telles de Menezes, sargento-mbr, cazado
-com D. Maria, com filhos.
D. Francisca Maria Telles, mulher de Sebastiáo Bar-
Iboza de Mello, com 01hos.
D. Angela Telles, mulher do cspitso Francisco Bar-
'bomLeal.
D. Lniza Telles, mulher do sargento-mór -4ntonio
Pinheiro de Carvalho.
D. Yaria Teodozia Telles, mulher do capitiio Ma-
noel Nunes Lobato, com filhos.
D. Maria Teodozia Tellej de Menezes, acima, cazoii
com o eapitso Manoel Nunes Lobato, natural da freguezia
de S. Pedm da villa do Crato, filho legitimo de Xanoel
Nnnes e de Anna Antunes Lobato, de cujo matrimonio
nasceram os filhos seguintes.

Stccessfio da quinta fifilha de Apollmia Alvares e seic


marido Jodo de Figtteiredo Mmcarenhas, a qual foi
Clemencia de Figueiredo (I)quinta filha de ~ ~ o l l o n i s
Aivares e sen marido Joiro de Figueiredo Mascarenhas,
.
a fl. . n. 3, cazou com Bento de Barbuda (4), filho de
Francisco de barbuda,^ velho, e de sna segunda mulher
Maria Barboza, e tiveram filhos.
1. João Barboza de Barbuda, ou Figueiredo, que se
segae .
8 . Maria Barboza de Figueiredo. Batizada em caur
a 30 de Agosto de 1699.
. .
N 1 JoBo Barboza de Barbuda, filho de Bento de
Barbuda, acima,e de sua mulher Clemencia de Figueiredo,
camu com Barbara de Aguiar Daltro, filha de Christovão
Luiz Salazar e de sua mulher Barbara de Agiiiar Daltro,
e tiveram filhos.
!1) Faleceu Clemencia de Figueiwdo ao 1." de Agoslo ale 1603. Se-
pnltadi na Ajuda.
(91 Faleceu Bento de Barbuda a 3 de Novembro de 1016.
#

186 REVISTA TRIYENSAL DO LSbTITUTO HISTORICO

3 . Bento Rarboza de Barbuda.


4. Maria de Figueiredo Mascarenhas, que se m e .
N . 4. Jlaria de Figueiredo lIascarenhas, filha de
Joáo Barboza de Barbuda e de sua mulher Barbar8 de
Aguiar Daltro, caaou coin o soldado Xanoel Rodngnes
da Silva, filho de Joáo Rodrigiies da Silva e de sua mu-
lher Maria Quaresuia,e d'elles foiaiu filhos:
r i . O padre Antonio de Figueirdo, e o padre Ma-
noel de Figueiredo, padres da companhia.
6 . O padre João Rodrigiies de Figueiredo, (1) carai-
kiro da ordem de Christo, e vigxrio collado de Santo
Aiuaro da Ipit,:iiiga.
7 . Ignez de Figueiretlo tl:i Silva, cazada, que se
segiie.
8. Victoria de Figiieiredo, caznda adiante.
9. Barbarti de Figueiredo (2) ; Clara de Figueiredq
beata donzella: Xaria de Figiieiredo, Anna, Therezo,
e Francisca, todas donzellas.
K. 7. Iguez de Figiieiredo dx Silva, filha do soldado
Manoel Rodrigiies da Silva r de siia mulher Maria de
Figueiredo 3lascarenhas,cszoii c0111 o alferes Aptonio Dias
Ribeiro, e teve filhos.
10. Christoviio Dias de Figiieiredn, sacerdote.
11. Caetano Dias de Figueiredo, conego na Bahia.
Faleceu a 17 de Setembro de 1731: sepultado na sé.
12. O padre Antonio Dias de k'igueiredo.
13. O padre Sanoel Rotlrigues de Figueiredo.
14. Maria e Barbara.
N . 8. Victoria de Figiieiredo Nascarenhas, filha do
soldado JIaiioel Rodrigues da Silva e de sua muiber
Maria de Figiieiredo Mascarenhas, cazou com Jozk
Rodrigues de Oliveira Fillio.
15. O doutor Manoel Rodrigies da Silva, vigario
geral'e parochial das minas do Arasiiahi.
16. O p;~clreJoáo Rocidg~esde Figueiredo, conego
na Bahia.
1 7 . O padre frei Jozl! (10sReis, provincial do Carmo.
- - -

(1) Falereii a 1 L tle Azodo tld I;>:. St.l~iillad(,1 1 % igrrjii dos cle-
rigos.
) :~lecea
~ 2F ~ ~?ti de I ~ I ~ Z I ~ I I I 1:1!1.
III.~,
CATALOGO GEh'EAL001CO 187

18. O padre Antonio de Figueiredo, vigario eecom-


m e n w o em Cotegipe.
Bernardo, que faleceu solteiro, Rita e Maria.

BARBUDAS
" Francisco de Barbuda, o velho, nascido em Portugal,
passou para a Bahia nos primeiros annos da sua fundação.
Foi cavalleiro da caza d'el-rei, e cazou trez vezes; g pri-
meira com Beatriz Pacheco, neta do grande Duarte Pache-
co Pereira, que tantas proezas fez na India, quando 18 foi
vice-rei, pelas quaes, e por lhe tirarem s comn.enda do
Banbo,que era de João Pacheco,seu filho, quando faleceu,
e a darem outro, em recompensa deram t i filha d'este, que
era Beatriz Pacheco, esta mnlher de Francisco de Bar-
'
buda,a propriedatle de juiz de orBos da Bahia,que depois
veio a servir e exerceu o licenceado Jeronimo de Burgos
Contreiras, que cazoo com sua neta Maria Pacheco. Teve
Francisco de Barbuda d'esta primeira mulher filha unica.
1. Micia Pacheco de Barbuda, que se segue. Bati-
zada na sé a 9 de Março de 1562.
Segunda vez cazou Francisco de Barbuda com Maria
Barboza, filha de Gaspar Rodrigues e de sua mulher
Anna Barboza, e teve filhos.
2. Bento de Barbuda, que se segue, fica a fl . . .n. 6.
Batizado na s6 a 11 de Dezembro de 1566.
3. Margarida, batizada a 11 de .Junho de 1669.
4. D. Agueda de Barbuda, cazada com Francisco
Barreto Telles,* filho de Dnarte Moniz Barreto, alcaide
mór, e de sua iniilher D. Elena de Nello, a fl. . . e seg.
6. Francisco de Barbuda, que se segue. Batizado a,
L0 de Julho de 1575.
6. D. idaria Barboza, mulher de Nem de Sá Soto-
maior a fl . .. ri.. . , cazados i% 23 de Julho de 1595 '; fale-
cen a 8 de Setembro de 1682, sepultada em Nossa Senh3-
ra da Ajuda. Batizada a 7 de Ferereiro de 1580.

C3zaram :i 21 de Jiinho de I:!J~.


Terceira vez cazou Francisco de Barbnda com Chita
'tina de Almeida, ( I ) filha de Sebastih Luiz, de Itapuaa
e de sua mulher Christina de Almeida, e teve filha :
7. Juliaiia Barbuda de Almeida, que cazon com
'Nuno Pinlião a 8 de Maio de 1617.
Faleceu Francisco de Barbuda, o velho, este de
,quem aqui se trata, a 11 de Março de 1607, e foi enter-
rado em Nossa Senliora da Ajuda. Testamenteiros sua
mulher Christina de Almeida e seu genro Gaayar Fer-
nandes; tambem diz um assento,que no anuo de 1598 tinba
este Francisco de Barbuda 63 aiinos de idade.
Nota.- Outro assento diz, que a este Francisco de
Barbuda o nianclou abrir pelas costas de alto a baixo com
um macliado Puiilo de Carvallial tieVasconcellos e sen Iilio
IBart,olomeu de. Vascoiicellos. pela qual morte foi Paulo
de Carvallial tlegolado na Bahia, e ao filho lhe ficaram
.chaiiirindo vulgarmente por esta morte o MA-pelle.
N. 1. Micia Pwheco de Barbiitla, batizada na '
sé a 1 7 de Maio de 1592, filha uiiica de Francisco
-de Biirbuda, o velho,e de siia primeira mulher Beatrix
Pacheco, cazau coni Gaspar Feriiandes da Fonseca, (2)
natural da villa de Viana, Foz do Limp, das principees
familias d'ella, e mui opulento em cabedaes, e por este
.cazamentoteve a propriedade do offlcio tle juiz dos or-
aos, que depois deu em dote ao licenceaclo Jeronimo de
Burgos Contreiras, por cazar com sua filha Maria Pacheco.
Teve de seu marido esta Micia Pacheco de Barbiida filhos:
8. Beatriz Pacheco, batizada na se i~ 20 deJunho
.de 1581.
9. Francisco Feriiandes Pacheco, que se segue. Bs-
.tizado a 4 de Abril de 1683.
10. Elena Pacheco, mulher de Bento Jlonteiro a
fl . . ., primeiro.
11. Marçal Pacheco, adiante. Hatizaclo n 6 de Feve-
reiro de 1587.
12. Maria Paclieco, uiullier do licenceatlo Jeronimo
de Biirgos a fi. . . ; batizada a l i tle M;~iode 1592.
( I ) Cazararn :l I8 de M:irro tle 15X1.
r21 C;iroii lia sfia 17 cle Jullii) de I:#(); faleceu csitb1;:isp;ir Fernandes
- a 13 de Outuhn, de lG5. S4hpult~do eiii .H«iiserratr.
X. ! I . fi'iltncia~t, E'eiiiantles Pacheco, (1) filho de
Jdicia Pacheco de Barbiida, n. I , e de seu marido Gaspar
Fernander. da Fonceça, ct1zou com D. Yiolante d e Araujo,
viuva de Sebastiáo Barboza, e filha de Micia d e Fi-
gueiredo Mascarenhas, a 0 . . . 11. I , e de sei1 marido
Manoel Correia (19 Brilo, e teve filhos, que ficam ahi.
N. 11. Illaryal Yaclieco ou 3Iarcellin0, filho de JIizia
Pacheco, n. I ,e de seu marido Gaspar Fernandes da Fon-
seca, cazou com Maria nionteiro, (2) filha de André Non-
miro de Almeida e d e sua mulher 1-ictoria de Barros, rt
f l . . . n. 2 , e teve filhos.
18. liicia batizada a 13 rle Janeiro de I 6%. Pà-
drinhos Bento Monteiro, irmiio de siia mãi, e 3Iicia PH-
checa, sua avó.
14. Victoria, batizada a 15 de Outubro de 1629.
16. Brites, batizada a 7 d e Agosto de 1631.
16. Gonçalo, batizado a 3 0 de Outubro de 16%;.
17. Victoria, batizada a 5 de Novembro de 1639.
N. 2. Francisco de Barbiida, filho de Francisco de
barbuda,^ velho, e d e siia segunda mulher Maria Barboza,
camu com Angela d a Cunlia (3), filha de João da Ciiiiha
e de soa mulher Angela da Cunha e teve filhos.
2 3 Baltazar de Barbuda, que se segue, batizado
19 d e Naio de 16 19.
14. Fernando, batizado a 24 de Outubro de 1605.
15. Francisco, batizado a 28 de Fevereiro de 160!)
em Paripe.
16 . Sebastiáo, batizado a 47 de Janeiro tle 1ijl:i
na&.
16. Gregorio da Cuiilia de Barbuda, cazado coiu D .
Antanitl de Menezes. a f l . . . n. 1 .
N. 13. Baltazar de Barbiida (4), filho de Fraiicisco
deBarbuda, o moço, e cle sua miilher Anna da Cunha, e
teve filhos de sua mulher I). Angela de Menezes, qiie
--
,.I) Batizaclt) lia sisa I de .\l1ri1 tle l7b8:I.
(21 Cazaraui a 11 tle Fet ereiro t l t l lW7.
13) Cazanm na si. 3 5 de .igosto de I ~ ; t ) c ) , 4 . falece^^ a l i ~ 1 .\r040
1 ~
de 1646, sel)riltadorin S. Fi-aiicisc-o.
(4) Lazarairi a I j d e Uezeriibro cle 1615 ziii P;iripe, este Hallliartii de
Barbuda coiii D. Angela de Menezes. lillia tle Francisco de Fivita? d+:
Maplhàes e ~I~siia n i i i l h ~ rD. Ciistodia de JleiiPzrs.
17 .I' 1. rol.. LII
era fillia de Francisco de Freitas de Nagalhiies e de sua
iuulher 1).Custodia.
17. doze Telles de Barbuda, qiie se segue.
1 9. Francisco tle Freitas de Iltenezes, adiante.
N. 17. Joz6 Telles de Barbuda, capitBo de cavalla-
ria, batizado a 25 de ,Junlio de 1651 eu1 Paripe, filho de
Baltazar de Barbuda e de siia mnlher D. Angela de Me-
nezes, que era esta fillia de Franqisco de Freitas de Ma-
galhiies e de siia miillier I). Custodia de Menezes a fl. . e .
cazou Jozé Telles de Barbuda com D. Izabel de L8-
cerda Coutinlio, fillio de Sebastião Paes e de sua segunda
mulher I). Maria de Lacerda Continha, a fl.. . n. 14
e teve filha.
19. D . Elena de Lacerda Coutinho, que cazou com
Domingos Barboza da Franca, a fl. . . n . 6 .
19. D . Izabel de Lacerda Coutinho,mullier de Nnno
cle Amorim Salgado, filho de Gaspar de Brito Freire e de
sua mnlher D . Angela de Jezus de Sonza, cazaram a 7
cle Junho de 1716, no Carmo.
N. 18. Francisco de Freitas de Menezes * filho
segundo de Baltazar de Barbuda, n . 13, e de sua mnlher
D. Angelil de Menezes, cazoii com D. Margarida de La.
cerda Coutinho, filha de Sebastião Paes e de sua mu-
lher D . Maria de Lacerda Coiitinho, que foi sna segunda
miillier. a f l . . . n. 21, e teve filhos.
20. Jogo Barbozu de Goes, com ordens menores,
çazou e faleceu.
21. 1). Maria de Lacerda de Goes, que cazou com o
çapitao Ignacio Rodrigues Ta\-ora, natural da ilha da
3lideira, fillio de Antonio Rodrigiies Tavora e de sua
mulher Joana de Oliveira. da ilha da Nadeira, e teve
tilhos : Francisco Telles, Pedro de Freitas, vigario,
Ignacio Itodrigues, todos sacerdotes, Pedro de Freitas,
vigario no Saco dos Morcegos, e mais irinãos d'estes: Ma-
iioel. Paulo. Maria, JIargitri(la, Aniiit Maria, Antonia e
'i'lierezu .
22. D. Friiiicisca Coiitiiiho de Litcerda, que cazoii
com o capitão Antonio Burboza de Souza Coutinlio Pinto.
-
C;txar;iiii a 15 (11, Setenibro de lcliti, eiii P;irips.
e era esta D. Francisca, diz um assento, tia dos reve-
rendos Ignacio Rodrig~iese do ~igarioFrsncisco Telles
de Menezes.
82. D. Luzia Coutinho de Lacerda, mnlher de Ma-
noel Telles Barreto, com fillio.
N. 13. De Baltazar de Barbuda, e de sua mulher
D. Angela de Menezes, que jB ficam na pag . . . foram
tambem filhos, alem dos que jB ficam ahi:
1. D. Cnstodia de Menezes, mnlher de Ferniio Ro-
drignea Santiago, com filhos.
8. Manoel de Barbuda de Menezes, cazado com D.
Agneda Coutinho.
3. D. Benta.
4. Fernando de Barbuda.
5 . D. Jeronima de Menezes, miilh6r de Manoel Cio-
meu de Escobar, com filhos, batizada a 6 de Outubro de
1667.
6. ThomB Telles de Menezes, mulher D. Maria de
Xello, sem filhos.
7. Gregorio Telles Barbuda, cazado com Felippa
Henriques de Serra, sem filhos.
N . 16. Gregorio da Cunha de Barbuda, filho do
capitão Francisco de Barbuda, n. 2, e de sua mnlher An-
%elada Cunha, cazou com D. Antonia de Menezes, filha de
Diogo da Rocha de S&,a fl ..., e de siia mulher D. Izabel
da Silva, a qual D. Antonia de Menezes era j&viuva de
Rodrigo Pedrozo, do qual deixou filhos,e teve outros mais
do segundo consorcio, qiie s&o os seguintes, filhos d'este
Gregorio da Cunha:
Angela de Y enezes .
Antonio Telles da Silva, batizado a 14 de Novemh~o
de 1696 em Paripe.
Fr~ncisoode SB de Menezes.
Blanoel da Cunha, batizado a 12 de Novembro de
1 654.
O capitão Sebastião Barhoza, fillio do capitão Friro-
c~iscode Barbuda e de sua mulher Angela da Ciinlia, ca-
zon com Yaria de Goes de Mncedo, natural do Caini,
filha de SebastiBo Pedrozo Barboza e de sua mulher Ma-
ria de G6es de Macedo, e teve filhos :
1 . líaiiu de Goes, uiillier tle Thomé de Paiva, bati-
zada a 9 de Fevereiro tle 1641 .
2 . Francisco, Hrites. Sebastilo, -4ntoni0, Jogo,
Ingela, blanoel .
1. D. Maria de Goes, tilba do wpitso Sebastiáo Bar-
boaa e de sua mullier Maria de Goes de Macedo, (1) cs-
zou com Thom6 de Paira, iiatural da Bahia, filho de
João de Paiva e de sua midher D. Leonor do Freitas,
da ilha da Madeirale teve filhos: Cosme de Freitas de $8,
Thomé Pedrozo de Goes, clerigo. (2)
Aos 25 de Março de 1686, recebi em Gaza de Bartw
loineii de Azevedo, com licença do Sr. prevedor, a. Manoel
de Mello de Vasconcellos. filho de Francisco de Barbuda
e tle sua mulher D. Feliypa de Mello, com D. Maria de
Vasconcellos, filha de Bartolomen de Azevedo e tle sua
mulher D. Izabel de Vasconcellos. Pirajti. O vigario
Doi,tingos rla Costa Rel/o~rçns.

Sr~rwscü)da qiiwta.jil11~c
((1. Ccstltnrinadilvarw, (jnrn~tt!o'ú,
que foi
N. 4. G'racia Alvares, a 0.. . Foi cazada com
Bntão Gil (3) e teve filhos; era este natnral de Erora,
e faleceu a31 de Outubro de 1603. (4)
1 . Catharina Gil, que se segue.
2 . Maria Gil, que CRXOII com r) capitiio (3onc:.ii.lo Ba-
zerra de Mesquita.

1) Cikzar;~~~~ a ?i de . S C L I ! I I I I I ~ I I t i t 11j54. I'i~ripc. 1~~Liz;tda


esl;~Nttria
aos 9 de Pevert4ro. de 1611. Francisco, I~alizado a 19 de Abrii
tle 1043. Urites, ;I i; de Fevereiro tle 1615. Sebastiào, a 8 de Janeiro de
de 1647. Joio, :i I t l t > Juiilio tle 1651. Angel;t,a 29 tle Jiinlio de 1653.
Yaiioel, a 28 tle Fel-t.rt1ii.o ile 16.56.
' ) Cosiiie dr Freitas tle Si, lillio de I). 3l:ii.i;~tlc tiúes. Liatizuloa I
2
tle .Abril d~ l(;t;j. .i'li~,rní:Pedrozo. Iiiitizado a 18 tle hot tLiiibrode 1670.
13) E'alecrii Alitio (;i1 ;I :I1 de Oiitiihrtl da: 160:). enlerralo iin
collegio.
(4) A ?U 11e Outiilro 11e l>!VJ. tliz uiii a.seiito do livro tla s<.. 6-
leceu Beatriz de Lenio3, n~iilliirtle (;aspar Harboza de Arsiijo ;do o8
se segue foi teazado segiiiida vez rsse Gaspar llsrliosa c:tiin essa Bcahz
de Lenios. ue tlevin stsririii;hii de !livia tle Ltbinos: iiiullier tlc JGtr> Ro-
drigura ~ n ; h a .
CATALOGO GENE.4I.OOICO 133

3. Cosme Gil, Diogo Alvares, Loiirenço Barradas e


Antão Gil.
N. 1. Catharina Gil, filha de Gracia Alrares e de
seu marido Antao Gil, cazou com Gaspar Barboza, de
Ponte de Lima ( I ) , que era irmáo de Antonio de Araujo a
fl. . . n. 19, e primo de E'raiicisco de -4raujo e Bal-
.
tazar Barboza, a fl .. . d'elles acima são filhos :
4. Domingos Barhza tle Araujo, que se segue.
5. D. Brites Barboza. adiante. Batizada na sé a 23
de Abril de 1586.
'E lima que foi a primeira, batizada na s6 a 8.7 de
Abril de 1586.
D- Gracis Barboza, mullier (te Vasco de Bsito Freire,
com filhos.
N. 4. Domingm Barboza de Araujo, filho de Catha-
rina Gil e de seu marido Gaspa: Barboza, cazou coa D.
Luiza da Franca Côrte-Real, a f l . . . n . 3, filbo de Af-
fomo da Franca, o velho. e de sna mulher D. Catharina
Côrte-Real, e teve filhos.
6. Miguel Barboza da Franca, que Servio bem, e foi
mestre de campo e governador de Serprr nas guerras de
Portugal com Castella .
7. Affonso Barboza da Franca, que se segue.
8. Lourenço Barboza da Franca.
9. D. Catharina CGrte-Real, mulher de JoSo Al-
vares Soares, a fl. ..
10. D. Joana, mulher de .Toão Paes Floriano, o
velho, sem filhos, a f l . . . n . 1.
11. D. Clara da Franca, que camu com Luiz Paes
Floriano, filho de JoBo Paes Floriano, o velho, e teve
filhos, a fl.. . u. 2.
N. 7. Affonso Barboza da Franca, filho segundo de
Damingos Barboza de Araujo, n. 4, c m u ( 2 ) com D .Jero-
n h de Catr0,filha de Sebastiiio P a c h m de Castro e de
su8 mulher D-Antonia, e segunda vez eaeoa esse Aifonso
Barboza da Franca com D.Cedlia, r i u r a que era de Chris-
t o v b da Cnnha,e d'eota não teve filhos,e teve da primeira.
(1) Pa- eete a 90 de Janeiro de. iW19. Sepiiltailo na H~ztri-
cordia.
(3) CazPlrn a 15 de Junhode itj'wb
1 I. Andrk Barboza da FI'HI~CH, qiie se segue.
E bastardos coin Iliiii.a Ràrboza.
SebautiBo, clerizo, Miziioel e Domingos, e MariaBar-
boza, mulher tle .loíto tle .\l;it,lieus, e depois de Esteviio
da Silva
S . 12. Aiidré Barboza (ia Franca, filho de Affonso
Barboza da Franca.. 11. i,cazou com D. Ignez tie Castro,
t i l h ~de Iliogo Paclieco de Castro e de sua mnllier D.
Antonis cle Yeiiezes! e teve filho, a A. . . n. 1 6 .
13. hffonso 13ai.boza, qiie morreu solteiro e deixou
lima filha. I ). .-ilbaiia da Franca, mulher de E3teváo C&
I)ral, a qiiitl foi legitimada por e1-rei D. Pedro 11, com
dous tilhos Alfonso e Andrk.
N. 5. D. í3rite.i Barhoziz. tillia seyndn cle Grispar
Barboza, de Poiite tle L i i u ~ e, tle siia miillier Catharina
Gil, cazou com Sebastiáo Pacheco cle Castro, e teve filhos.
14. Diogo Pwlieco de Cast,o, qiie se segue.
15. Gãspar Paclieco de Castro. adi3nt.e.
16. D. Jewnima, inulher do coronel Affonso Bar-
beza, n. 7 .
17. D. Antonia de Castro, iniillier de Gaspar B o r p
da Vide.
N. 14. Diogo Pacheco de Cas~ro,fillio primeiro de
L). Brites Barboza, n. 5 , e de seu marido SebastiBo Pa-
checo de Castro, cszoa coin L). -4ntoiiia de Menezes, filha
de Bieui de Sh, a A. . . n. 16, e teve filhos.
18. D. Ignez do Castro, mulhe: de ilndr6 Barboza,
n . 12.
19. D. Jeronima de Castro, mulher de Fi.aiicisco
rle Lucena Vasconcellos.
20. D. Maria de Castro, iuollier de Sebastiilo da
Rocha.
N . 15. Gaspar Paclieco de Castro, fillio segundo de
D. Brites Barboza, n. 5, ede seu marido Sebastiiio Pa-
checo de Castro, cazou com D. Aglieda Moreira, filha de
Gonçalo Noreira Daltro , nobre cidadão do Porto.
21. Diogo Barboza, que se segiie.
22. Vasco Pacheco, qiie c:tzoii coin D. nlitriima, fillia
de Luiz Paes Floriaiio, a fl . . . n . i .
N. 21. Diogo Harboza, tillio de Gaspar Pàclie;~,
n. 1.5, e cle sua milliler. Cazoii no sertão com Izabel Cer-
queira, tilha de Antonio Vuz Ribeiro e tle siia mulher D.
Maria de Evora, e teve filhos.
23. D. Igiiacia Cerqiieira, uiiilher de Francisco Ma-
chado da Silva.
24. D. Aguetla 'uIoi.eira, inulher de Baltazar Lobo.
I). -4iitoiiia?D. 'i'liei.eza e D. Leonor.

Baltazàr Barbdzii de Araujo, de quem era irmáo


bastardo Francisco de Araujo Barboza, a fl. . n . 3, e .
ambos natnraes de Ponte de Lima, era filho legitimo de
h p a r Barboza de Araujo e de sua mulher D. Maria
de Araujo, neto de Francisco Rodrigues de Araujo (:
de sua mulher D. Genebra Barboza, filha de Esteváo
Gonçalves Susteiro e de sua mulher D. Brites Barboza.
filha de Gonçalo Fernandes de Barboza, que servio a
el-rei I). João I com gente ti sua ciista na batallia de
Aljubarrota, o qual Gonçalo Fernandes de Burboza.
houve a dita D. Brites de Bãrboza de sua miilher Beatriz
<Corrêa, filha de FernBo Affonso Corrêa, senlior da honra,
de Farelóes, e das fi.egiiezias de S. Pedro do Bdonte, e
Villameana, e de siia inullier D. Leonor Rodrigues da
Cnnha, neta de Atfonso Vasqiies Corrêa, senlior da Iioiirit
de Farelões, e de D. Bereiigueira Niines Pereira, fillia
de Rui Pereira, a quem cliania:.ani o Bravo, e de D.
Violante Lopea de Albergaria. e neta de II . Eui Gon -
qalves Pereira e de D. Berengueira Nrines, tilha de
Nuno Martins Barreto, hisneta de Paio Cori.èa de Al-
varauntu e de D. Naria Mendes de Mello, filha de Meui
Soares de Mello, terceira neta de Petlro Paes Corrêa, e cie
D. Dorùens Pses, filha de Dom Pedro Xendeu de Agniar,
quarta neta de D. Paio Soares Corrêa, o velho, e de sua
segunda mulher D. Jiaria Gomes da Silva, iilha de
-~
-- -- - - - -

* T t ~ e ~ l r~ o~ I I G I I O : . \ r \ . 36. fl. $11 11. 27.


D .Gomes Paes da Silva. alcaide-mbr do calitello de Santa
Olaia. quinta iieta de D. Sueiro Paes Corres e de D.
Lrraca Sueii-o. filha de D. Hiiergueda, sexta neta de D.
Paio Ramirci. fidalgo portuguez, rico homem d'el-rei
I?. Affonso VI da Espanha.
Foi Gonqalo Fernandes de Barboza 31110 de D.
Fernão Pires de Barboza e de sua mulher D. Ilauroires,
filha de Aires Paes de Torozelos e de D . Urraca Ramires,
filha de Dom Rui C+oiiçalves da Cunha. neto de Xartim
de Barboza e de I). Margarida Eanes. filha de J d o
Aires Duro, e neta de Aires Rodrigues Duro e de D.
Thereza de Vasconcellos, filha de João Pires de Yas-
wncellos, bisneto de Nuno Pires Barboza, e terceiro neto
de D. Pedro Nunes de Barboza e de D. F!lvira, 6lbe de
3Iartim Pires da Maia. Ojami, de alcunha, quarto netode
D. Xuno Sanches de Barboza e cle sua miillier D.
Tliereza Alvares, filha do Conde D . Alvaro de Ferreire
de Castella, qiiinto neto do Conde I). Sanclio Nunes e da
.Condessa D . Thereza Mendes, filha de D . Mem Monb
de Iliba-Doiiro,sexto neto do Conde I). Nuno de Salanova
e de D. Sanchs Gomes Echegni, setimo neto de G n t m
Arias, Conde de Tiii. mordomo-mór d'el-rei D. Aflons~
Yagno, oitavo neto de Ermenelgido, Conde de Tni, mor-
domo-mór, e parente d'el-rei D. Affonso Xagno, pelos
aiinos de Christo de 864.
Foram Baltazar Barboz;~ de Araujo e seu ir-
Francisco de Araiijo Barhoza bisnetos de Rodrigo Aivares
de Araujo, commendaclor da ordem de Santiago, e de
D. Bibiana Alvares de Antas, filha de Alvaro Pires de
Antas, e neta de Estevão Rodrigues de Antas, que se
achou no escalamento de Tui, como refere Aznrara na
Chronica d'el-rei D . Joáo I. e concorre0 nos tempos
d'el-rei D . Diniz, bisneta de Goiiçalo Fernandes de
Antas, senlior do Pasto de Antas, e do conselho de Fra-
gBo, e de sua mullier I). Ignez Aldrecl, filha de D. Pas-
que Aldred da Silva, terceira neta de Garcia Pasques de
Antas e de sua miillier 1). Thereza de Sovaes, filha de
D. Paio de Noraes. senlior de Gondum, que era da caza
de Castella,e de sria miillieiD.Tlierezu Oerio. quarta neta
CATALOGO OESEAI.OGICO 137

de Pedro Esteves de Antas e de L). Dordia Nartins.


filha de Vartim Dadi, o velho, e de sua mulher D. Ur-
raca Pires, filha de D . Pedro Mendes de Aguiar .
Foram os ditos Baltazar Barboza de Araujo e seu
irmlo Francisco de Araujo Barboza, terceiros netos de
Alvaro Rodrigues de Aranjo, commendador do Rio-Frio, e
de D. Constança da Veiga Azevedo, filha de Rui Lopea
cla Veiga Azevedo, quartos netos de Paio Rodrigues de
Aranjo, que chamaram o cavalleiro, embaixador d'el-rei
D . Jogo I de Portugal, capitBo da guarda do infante D .
Henrique. e de sua mulher D. Leonor Pereira de Bar-
budo, senhor do solar de Barbudo, quintos netos de Pedra
Anes de Araujo Portegueiro, maior de Cella-nova, senhor
da terra de Lindozo, e de sua mulher (não lhe explica (1
nome) filha do senhor de Pedrozo, sextos netosde Gonçalo
Rodrigues de Araujo, vassallo d'el-rei D. Feinando de
Portugal, senhor de Villar de Vallar, e do lugar de La-
áróes, e cazal de Ilonez, e da t e i ~ ade Lindozo, e doi.
Snsgtdos, e Portorgo de Castro Laboreiro, e de siia
mnlher, que foi filha de um senhor da caza de Ribeira
em Ctaiiza, setinios netos de Pedro Anes de Araujo,froii-
Miro-mbr contra a parte de Galiza, e de sua mulher N.
Velozo, oitavos netos de Fasco Rodrigues de Araujo, o
primeiro que teve este appellido de Araujo, por ser senhor
d'esta villa,Milnienda,Interino e 13 da ordem de Santiago.
e de sua mulher D. Leonor Gonçalves Velho, 01ha de
Pedro Anes Velho, mestre da ordem de Santiago em Por-
tugal, nonos netos de Paio Canlleiro, em qiiem conie-
çou esta familia.
O Marqiiez de Monte-Bello, nas i i o t ~ao Conde L).
Pedro, afirma descender do infante D. Velozo, Alho
d'el-rei D. Ramiro. Foi este Paio Cariilleiro senhor (Ias
villaa de Aranjo, Interino, Giiiiideve, JIilmeiida, e Val
de Pedras. Tudo o que aqui se refere anda nos livros das
lintiagens em Portngal, e no Conde D. Pedro ; e nos ali-
tores,que escreveram as notas ao dito Conde D. Pedro; e
tambem no 1." tomo da Corografia Portugiieza, cap. 14
0. 253, se trata da familia dos Arnujos.
538 REVISI':\ TIIIJIESSAI, DO ISSTITUTO IIISTORICO

N . 7 . Izabel Alvares, tilha natural de Diogo A1vai.w


Caraniurii, que vai na pag. . ., cazou com Francisc~
Rodrigues, e teve tillios :
1 . Heiiriqhe, batizado iilt se a 3 de Abril de 1564.
2 . Felippe, batizado na se a 2 de Maio de 1557.
3 . Maria, batizada na sB a 29 de Janeiro de 1659.
N. H . (.'atliarina Alvares, fillia natiiral de Diogo
Alvares Carauiuríi, foi cazada com Gaspar Dias, que sn-
posto se náo declara no livro, ou caderno cios batimtlos
da sé, quem era este Gaspar Dias, e de queiii era filha
esta sua iniillier Cathariiia Alrares pela ocurrencia dos
annos e batiz:idos seguiiites dos seos fillios assim o as-
sentamos, e forain fillios :
1. Izabel, batizada iiit s6 a 4 de Setembro de
I .>.i7 .
2. Maria, batizada na st. a 7 de Maio cle 1559.
3. Nanoel, batizado na se a 25 de Ilar(;o tle lr>(;7.
4. .loão, batizado iib sé a :I9 de Junlio de 1SI;.
6 . Anns. batizatla iis sé i1 27 cle .Jiillio de 1570.

Diogo Alvitres Carainiirii, o qiial, alkiii dos fillios


legitimas, que teve de siia leqitiuia iiiulliei. C:iltliarina -41-
.
vares Paraguassu, qiie jB ficliiii a fl. . n. 1 e segiiintes,
teve da mesma, antes de cazar, e de oiitras iiidias os
oeguintes :
1. Gaspar Alvares, * que cazou com JTai i i i &belo:
irnian de Lopo Rabelo, escrivlo tl:~alqada, ot'tic.io que lhe
cieu el-rei, pelo que perdeu e u Arzila na Afika, onde
era morador, quaiido se perdeo aquella fronteii ; i .

T;iiiibt.iii acoiiipaiili~iua *IYI iriiiào e cunliado.


2. Marcos Alvares, qoe foi o que fez as pazes c.om os
Tapnias e os trouxe 6 çommunicação com os Portuguezeu
V r ordem do governador Mem de Sá, igualmente coiii
Oarcia de avila, o velho.
3. Manoel Alvares e João Alvares, aos quaes ma-
.taram os indios em Gequiriçá, quando mataram a E'erngn
de S8, filho do governador da Bahia Mem de Sá.
4. Felippa Alvares, que se segue.
5. Magdalena Alvares, adiante.
6. Elena Alvares, qiie cazou com Jo&o Liiiz, i? teve
filhos : Thomé Luiz, Antonio Luiz (i ), Salvatlor TJiiiz e
Ignez Luiz, qiie cazou com Antonio Itodrigiies Prior. ( 2 )
7. Izabrl Alvarez, qne foi crrzrrda com Francisco Rn-
drigues e teve filhos. Felippe Rodrigues (3), Soanna Ro-
drigues, que cirzou com (;aspar Melio, sogro (te Sebastilto
-de Onbellos, na folha. . . n . 7.
8. Catharina Alvares, mulher de Basp:ri. Dias iix
f l . . . n. 8.
9. Beatriz Alvares, que cazou com Antonio V;tz ( 4 ) .
e teve filhos : Gonçalo Vaz, Jeronimo Vaz e J1iii.i~Gnii-
qdves, que cazou com Baltazar Margalho, do Acupe.
N. 4. Felippa Alvares,filha do Caramiiru, bastai.tl;~.
cazou com Pai110 Dias Adorno, fidalgo genovez, (5) qiie st3
achava na Bahia em companhia do Caramnru, para oiiilt.
-se havia retirado de Sáo-Vicente ein uma lanxa junto (:II:II
Affonso Rodrigues, natural de Obidos, por um homizio,
.que l á fizeram. De Paulo Dias Adorno e siia mulher 1.'~-
lippa Alvãres foram filhos :
10. Catliarina Dias Adorno, que cazou com F i ; ~ i i -
cisco Roclrigiies em 1." de Janeiro de 1552,sendo padriiili~~
d'estes o ~overnadorTliomB de Soiiza. Cadern . fl . 8.;.
11. Antonio Dias Adorno, cavalleiro do habito cla
Santiago.

(1) Antonio. batizado na sB a 13 de So%enibrode 1558.


@) Henri ue, batizado a 3 de Ahril de 1551.
(3) Este ?elipi,e foi batizado na st! a 9 de Maio da 1557.
(I) Este taini~ein xlci>rnpanhou a seli ciiiihado Jbarcos Alvares IIA.
redacào do gentio, e p:tzes coin os Portiigueses.
( 5 ) Ca7arani iio anno do IYU ria ign-jinlin da .4jiida. Erro.
ld0 REVISTA TRIMESSAL DO IS.STITCTO IIISTORICO

N. 6. Magdalena Alvares. filha bastarda do Cara-


muni, cazoii com Atfonso Rodiigues,(l)que jB se dice e no
meamo dia em que cazou tnmbem Felippa Alvama otm
Pauio Dias Adorno, e cazaram na igreginha da G m p e
foram ministros d'estes sacramentos o padre frei Diago de
B o r b , religiozo de S. Francisco, que com companheim
iam para a India com Bíartim Affonso de Souza, num-
dados no anno de 1534 pelo rei D. JoBo 111, a fundar
1& conventos, e por occaziso dos mares foram arriba-
dos & Bahia, e estes foram tambem os primeim religioím,
que a elia vieram e admistraram os sacramentos não sb &e
do matrimonio, mas tambem o do baptismo a estas dnre
filhas do Caramurú,e a outros mais tilhos, que tinha msim
bastardos de outras indias, como aos legitimos de sua
mulher Ctitharina Alvares ; com a qual havia cazado em
Franqa, eestes sacramentos se administraram naigreginhs
da Graqci. que havia levantado o Caramurú a h'. S. ;
tambeiu a primeira que houve na Baliia, aonde 96 assistia
o Caraiiiiirii com estes poucos Portuguezes, que haviam
vindo de São-Vicente. De Affonso Rodrigues e sua muiher
Magdalena Alvares firam filhos :
13. Aharo Rodrigues, que se segue.
14. Rodrigo Martins, capitão.
IR. Gaspar Badrigues (2). Consta que fbram mta
tree irmãos por uma justificação dos serviços d'este Alvaro
Rodrignes, acima, em 26 de Setembro de 1594, e outra
de 23 de Janeiro de 1593, e dos dous acima consta por
uma carta ou alvarh real; a carta é a seguinte :

ADORKOS DA CAXOEIRA
CAXTA DE EL-REI, DE 24 DK DEZEMRRn LE 1607
Livro 4 de serziicos da camara da Bnhia
Vi uma consulta do conselho da India, que me envi-
a s t e ~sobre
, Alvaro Rodrigiies e Rodrigo Martins, irmãos, e
hei por bem de f u e r merc8 de os tomar por cavolleiros
(1) Cazanin no anno íIc 1% na igreginhs da A'uda.
(2) F8iwro o 29 de Setembro de 1606. ~ e ~ u l t a dnuc collegio.
tidalgos de minha caza, com 2o;SZoO rs. de moradia c*
um, e qiie se lhe dê bra& de armas de nobreza, conforme
a seus feitos ; e assim lhes faço mercê do habito da ordem
de bviz com 2 ( ~ @ 0 0reis de tença a cada um e tambem
lhe faço de quatro leguas de terra. como pareceu a tlsii-i
votou do conselho da India, as quaes lhes assignará 1 8 50-
~ e r n a d o rdo Brazil etc.
N. 13. Alvaro Rodrigues, a quem chamavam trtinl~euio
Caramnrú, * á imitaçilo de seli avu Diogo Alvares, Cara-
mnrú, foi filho de Affonso Itotlrigues, como fica acima, e o
diceomesmoAlvaroRodrigues emuma petição, que comeqa
assim: Diz Slvaro Rodrigoes, que 4 filho de AiYonso
Rodngues, um dos primeiros fundaclores e povoadores
d'eatas terras da Bahia;-a qnal petiçáo se acha des-
paxada no liv. 4." dos serviqos da camara a fl. 37, com
deapaxo de 9 de Novembro de 1594, com testimnnhas,
que assim o provam.
Foi senhor do engenho da Caxoeira e suas terras,
como fica dito, cavalheiro fidalgo, e não sabemos
com quem fosse cazado este Alvaro h l r i g u e s Caramiirii,
ma$ porque consta dos papeis e escrituras aiiten-
ticas,que ficam referidas no livro que citamos dos serviços
d'estes Adornos,qne os tilhos d'este Alvaro Rodrignes,que
foram Aft'onso e João não s6 tomaram o sobrenome tle Ro-
drigues, que era o de seu pai, mas tambein tomaram o de
Adorno, que só lhe podia vir por siia mhi, assentamos
aqni,emqiianto niio apparecer outra clareza mais evidente,
que esta podia ser alguma F. Adorno, filha de Catharina
Dias Adorno e de seu marido Francisco Rodrigues, a
qual Catharina Dias Adorno era filha de Paulo Dias
-4dorno:n. 4,e de sua mulher Felippa Alvares,vindo assim
a ser a dita Catliarina Dias Adorno prima legitima tie Al-
varo Rodrigiies, e a dita F. -4dorno mulher de Alvaro Ro-
drigues, sna sobrinha em 3O.griio mixto com o 2". E nem
de outra sorte podiam tomar como tomaram os filhos de Al-
varo Rodrigues,e todos os seus descendentes o sobreaome
de Adornos, si n8s fira a s i m . E confirma-se o poder ser
143 REVISTA THIYENSAL BO 1.iJ.T1T1.'rO HII.I'I.lKIC0

isto assim, porque de Catharinli Dias Adorno e de An-.


tonio Dias Adorno,fillios legitimou de Pai110 Dias Adorno,.
nHo achamos para esta linha descenden:is alguma.
])e Alvaro Rodrigiies Caramuríi e sua mulher foram
till10s :
1fi. Affoiiso Rodrigues Adorno, que se segue.
l i . Naria Adorno, no fim.
N . 16. Affonso Rodrigues Adorno, filho de Alvaro
liodrigues Carcimurú, n. 13, foi parti a India no anno de
Ilio4, ou 5, e voltando, foi eleito capitáo dos indios drs
itldêas das partes (la Caxoeira, e seu administrador, por
provizáo do goreriiador Diogo Botellio de 9 cle Dezembro
tle 1607. Foi moqo da camara, e faleceu. diz assim o
assento cio seu obito : Em 7 de Abril de 1665 falmu
Aífonso Rodrigues Adorno, está sepultado lia mpella de
N. Sra. do Rozarin do capitão Gaspar Rodriguee
Adorno ; ficaram por testamenteiros o capitão-m6r Glaspar
Rodrigiies e o capitão João Rodrigiies, seu filho.
18. doáo Rodrigties Adorno, o velho, filho segundo.
18. Gaspar Rodrigues Adorno, que se segue.
19. Affonso Rodi-igiies Adorno, foi eleito c a p i m da
gente branca e indios das trez aldêas lias partes da
Caxoeira por patente do Conde da Torre I). Fernando.
Mascarenlias, governador da Bahia, de 25 de Julho de.
16:)9, e faleceii no inesuio itnno n'eyta guerra.
20. Agostinlio Pereira, que foi alferes reformacio,
como se diz na ordem do governador João Rodrigues de
Vasconçellos, para que fosse mandado por seu irmãe
Cfaspar Rodrigues com 30 soldados para a guerra do
inesmo gentio, por patente do dito seu irmiio de 6 de Se-
tembro tle 1651.
N. 18. Gaspar Hotirigiies Adorno, filho de Affonso
Kodrigiies Adorno, u. 16, por morte de seu iriiiíto Affonso
Roclrigiies, que o inatoii o geiitio no anno de 163!r, foi
mandado castigar o tal gentio por patente do governadar
D. Feruando de Mascarenhas de 15 de Maio de lti40 e no
tle 1642, por outra patente do governador Antonio l'elles
de 1 1 de Janeiro. foi nonieado capitáo de infantaria paga
cle toda a gente, que ajuntasse no reconcavo da Casoeira
para socorro do mestre de campo Francisco liabelo.
CATALOGO OENEILOOICO 143
Por patente do governador J o h Rodrigiies de Vas-
mncellos de 6 de Setembro de 1831, em que ia iiicluza a
de seu irmiio Agostinho Pereira,que jk se dice foi mandado
AO sertiio a castigar o gentio bravo, e aldêas levantadas
da Caxoeira, com poder para tiido o qne fosse necessario
fazer assim de iiifanhrias, cabos, soldados, e tudo o mais.
E por outra ordein do governatlor D. Antonio de Atahide
cle 24 de Dezembro de 1654 foi mandado a outra guerra
tio gentio. Foi cazado com Felippa Alvares, e teve
fill1os.
4 L. João Rodrigues Adorno, que se segue.
42. Alvaro, de quem tliz assiiii o assento seguinte :
E m 14 de Janeiro ile 1654 batizou o padre Paiita-
leáo Alvares, na capella tle CTitspar Rodrigiies, a 811-aro,
seo filho e de sua miilher Felippa Alvares. Padrinhos
Francisco Dias e Izabel Fernandes .
93. D . Maria Adorno, que cazou com Jfanoel de
.2ragão, a A. . . n. 39, e ahi a sua descendencia.
Felippa Alvares, ultima miilher de Gaspar Rodri-
gues Adorno, era filha de Maria Fernandes, como diz o as-
sento seguinte da freguezia de Iguape. : Em 26 de Abril
de 1672 faleceu n'esta fregiiezia Naria Fernandes, viuva
e sogra de Gaspar Rodrigues Adorno, sepultou-se na ca-
pella de N . S. do Rozario do mesmo Gaspar Rodrignes,
e ficou o dito por seu testamenteiro
Veja-se omais na pag . . . No fim.
N. 21. JoBo Rodrigiies Adorno, filho de Gaspar Ro-
clrigueu Adonio, n . 18, foi capi t l o de ordenança da Ca-
xoeira, por patente do governador Francisco Barreto,
íle 1 de Jiinlio de 1673.
N. 17. Afaria Adorno, filha de Alvaro Rodri-
gues Carauiuríi, n. 13, e de siia iiiulher F. Adorno, foi
cazada com Jfartinho de Ugim, coino consta do assento tio
seo enterro,.qiie diz assiui : E m 2:I de Koveuibro de 1667,
faleceu Maria Adorno, mulher cazada, sepultada na ca-
pella do capitão-múr Gaspar Rodrigues Adorno, testa-
meiiteiro seo marido Martinlio de ligim e seo fillio Affonso
Rodrigiies de Ugim.
Do que se segiie que tiveram estes acima filho :
Affonso Rodriguee de Ugim.
Em 24 tle Sovenibro de 1666 cazou, na capella de
Gasyar Rodrigiies Adorno, Sffonso Rodrigiies Adorno
com Maria Dias de Souza : sem explicar quem era este
Sffonso Itodrigues bdorno o assento tl'este c~amento.
Maria Fernandes * foi cazada com Francisco Dias,
e teve filhos :
I. Felippa -4lvares, mulher de Gasyar lbdiigues
Adorno.
2. Izabel tle Soiiza, mulher de Alfonso Rdrignes
Harreto.
:I. Clara de Souza, mulher e viuva de Ignacio Car
clozo.
4 . Vrancisi:~~Dias.

MONIZES HARRETOS NA BAHIA.


Egas JIouiz Barreto, uatiiral 11% ilha Terceira,
etc ., fillio de Gailherme Moniss e siia mulher. Foi mor-
@o, neto de Sebastiáo Moniz tambein morgado, e de
sua mulher D. ;Toana cla Silva, fillia de Gonçalo da Silva,
regedor da justiqa em Lisboa, e bisneto de Guilherme
Xoniz Rarreto, alcaide-mór de Silves, e de siia segunda
iiiullier L). Ignez, filha de Gonqalo Niinez Barreto,alcaide-
iuór de Faro, i10 qual Giiilherme 3Ioniz Barreto foi muiher
n. .Toana cla Costa CGrte-Real, filha tle .Toáo Traz da Costa
CGrte-Real, terceiro neto de IIenrique Moniz. quarto neto
cle Vasco Martiru AIoniz ; foi este dito Egas IIoniz Bar-
reto o prinieiro, qiie veio B Haliia no tempo eu1 que
só havia a Villii-Velha e poroaçfio do Pereira junto
H Tictoria.
Foi cazado lia inesma illia Terceira com D.
Maria ria Sil1eii.a. cle quem tere trex fillios abaixo
nomeados ; sendo certo que se t,azoii com D . Anna
como consta, do assento do scii eiiterru. que tliz assim :
Faleceii Egas 3loniz Tja~reto :i. 4 11e No~eiiibro de
1582, sepultado em Nossa Senhora da Ajuda. Testa-
menteira sua mulher D. Anna, a qual por outro aa-
sento consta falecen a 4 de Setembro de 1596. Tes-
tamenteiro seu filho Duarte Moniz, sepultada em Nossa
Senhora da Ajuda.
Nem se deve dizer, que na Bahia cazou segunda
vez este Egas Moniz com outra mulher chamada D.
Anna; porque a ser assim, não diria o tal assento
do seu enterro, que fòra testamenteiro seu filho Duarte
Moniz ; porque diz Cordeiro (1) no lugar citado, com os
outros filhos foram nascidos na ilha Terceira, e eram
filhos de D. Maria da Silveira, podendo ser erro da
escrita o pôr D . Maria, em lugar de D. Anna Soares,
como se acha no seu testamento feito a 3 de Novembro
de 1595. Faleceu a 4 de Setembro de 1596. Sepultada
em Nossa Senhora da Ajiida pois o assento do obito é
manifesto. Foram filhos os seguintes :
1. Duarte Moniz Barreto, que se segue.
2. Henrique Noniz Barreto ou Telles, abaixo.
3. Jeronimo Moniz Barreto ou Telles adiante.
4. Diogo Moniz Barreto, e D. Ignez Barreto a
f l . . ., mulher de Diogo da Rocha de Sá, a fl.. .
N. 1. Duarte Moniz Barreto, (2) primeiro Nho
de Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. Maiia
da Silveira, ou D. Anna, foi o segundo alcaide-môr,
que teve a Bahia, por doaçiio que lhe fez da alcai-
daria-mór Antonio de Oliveira de Carvalhal, o primeiro
aicaide-mõr que houve na Bahia, por mercê d'rel-ei
D. J o b 111, por cazar Duarte Moniz com a filha do
dito Antonio de Oliveira chamada D. Elena de Mello, de
quem teve filhos. D. Elena de Mello fez testamento
a 4 de Maio de 1621, e faleceu a 28 de Dezembro
de 1630; sepultada em Matuim.
Cazaram a 17 de Dezembro de 1633. Teve mais filhos :
D. Catharina de Menezes, primeira mulher do capi-
t s o Manoel GirBo. Sem filhos. Batizada a 10 de Janeiro
-de 1592.
(1)Cordeiro,
(oiFalecen e s R g b E i e Yoniz a 10 de Janeirode ia8 5 meia noite
19 P. I. vos. LI1
D . Joana de 11 ttnezes, mullier de Gaspar dos Reis
Pinto.
D. Luiza de ivlello, tambem tillia, e Bemardo, que
faleceu pequeno.
4 . Jorge Barreto de Mello, que se segue.
5. Francisco Barreto de Mello Telles, abaixo.
6 Antonio Barreto de Mello.
7. D. Maria, terceira mulher de Bernardo Pimen-
te1 de Almeida, que foram pais.de D. Elena da Silva
etc. a fl... e ..., que alii ficam.
7. D. Brites de Menezes, segunda mulher de
Francisco de Freitas MagalhBes, sem filhos. Batizada a
2 de Outubro de 1588.

ALONBA.
4. Jorge Barreto de Mello, filho primeiro de Duarte
Moniz Barreto e de sua mulher D. Elena de Mello, foi
o terceiro alcaide-mór da Bahia, cazou com D . Maria de
Lomba, filha de Pedro de Alomba e de sua mulher Beatrix
de Albernaz, dos Lombas da ilha da Madeira ; e tiveram
filhos. *
8. Francisco Moniz Telles, que se segue. Batizado
ct 24 de Setembro de lfi02.
9. Luia de Mello de Vasconcellos, adiante. Batizado
a 5 de Setembro de 1604.
10. Diiarte Monix Harreto, ao depois. Batizado a 14
de Julho de 16 11.
11. Antonio de Oliveira de Ca rvalhal, adiante. Ba-
tizado a 2.5 de Agosto de 161 1 .
I a. Nanoei Moniz Barreto, cazado com D. Maria
de Aguiar, filha de Antonio tle Aguiar Daltro, neta de
Pedro de Aguiar Daltro, irm5o de Chri stováo de Aguiar
Dnl tro, o velho, á fl . . . n . 7.
12. D. Catliarina de Xenezej. Bãt izada a 24 de
Agostode 1614.

* Çazaraiii ein Paripc. :i 13 de Agosto de 16Od l~aloviydrio EstUvio


Feriiaiides. Faleceii ~ l l eeiii IUJA, r ella n 11 tlc Sereinbro de 16i7. S e
pnltada no Carmo.
CATALOGO OENEALOOICO 147

13. Bartolomeo de Vasconwllos, adiante.


14. Pedro Moniz Barreto, ao depois.
15. D. Joana de Nenezes, mulher de Jolto Qarccu.
Batizada a 24 de Junho de 160ti.
16. D . Angela de Menezes, mulher de Qaspar Pe-
reira,e por morte d'este de Manoel Pticheco Freire.
N. 8. Francisco Iüoriiz Barreto ou Telles ( l),contém o
assento do seu enterro:-filho primeiro de Jorge Barreto,
n.4, e de sua mulher D. Maria de Lomba,por morte de seu
pai,foi o primeiro alcaide-mór dtt Bahia (I.>), cazou em h-
gola com D. Francisca de Almeids Veloria, de quem não
teve filhos,e n'elles se acabou a baronia dos alcaides-mbres
da Bahia por incuria de seus irmãos,qne a n&oprocnraram.
El-rei D. Affonso VI a deu a Bernardo de Miranda Hen-
riqnes,o qual avendeo a Francisco Telles de Menezes,filho
de Mathens Pereira de Menezes e de sua mulher D .Elena .
da Silva Pimente1,filha de Bernardo Pimentel de Almeida
e de sua mulher D. Izabel de Almeiùa, a fl... l i . 2. Por
morte de Francisco Moniz Telles se cazou D. l- t.ancisca
com Jozk Mendes de Faria, filho de Manoel Veza e de
Izabel de Faria, a 15 de Fevereiro de 1665.
N. 9. Luiz de Mello de Vssçoncellos, filho segundo
de Jorge Barreto, n. 4, e de sua mulher D. Maria de
Lomba, foi cazado com D . Leonor Vsrela, filha de
Domingos Varela, familiar do santo officio, e de sua
mulher P a d a Dornellas ; e teve filhos.
1 7 . Antonio Xoniz, sacerdote. Batizado na sé a 13
de Abril de I ti31 .
18. D . Joana, mulher do capitão João de Cassares.
19. D. Felicianrr, mulher de seo primo JorgeBar-
reto de Vasconcellos ou de Mello, adiante. Batizada em
Paripe a 21 de Juiho de 1641.
20. D. Anna, mulher de Gonçalo de Amorim.
. N. 10. Dnarte Moniz Barreto,filho terceiro de Jorge
Barreto, n. 4, passou a Angola,onde cazou com D. Izabel,
irman do capit8o JoBo de Veloria, e teve fllhos.

(1) Paleceu a 19 de Junho de 1669. Knterrado iio convenio de


S. PMcieeo.
(2) AIcPide-iiiór por alvarh regi0 de 2 de Ooíubm de 1647.
1m REVISTA TRIMENSAL DO INSTITVI'O HWTOBIW

81 . Jorge Bnrreto de Mello, que se segue.


N . 21 Jorge Barreto de Mel10,fllhonnico de I)aai.te
Monie Barreto, n. 10, cama trez vezes ; a primeire em
D.F, irman de .Toh Barbozade Amorim,e teve d'esta m:
22. Joachim Barreto de Mello :
Segunda vez cama com D. Angela de 8onzfa, flb
de Agostinho de Paredes, a qual era jB vinva de Baib
zar de Amorim; d'esta 1180 teve filhos e a matou o dito sm
marido Jorge Barreto, por lhe fazer traiç8o com BeaQ
Monteiro, seo primo.
Terceira vez cnzon este Jorge Barreto com D. h-
Unia Ferreira, * irman de Lourenço Ferreira L o a ç ~ e ,
e teve filhos :
23. Jeronimo Moniz Barreto.
. 24. Thomaz Borges de Miranda.
N. 11. Antonio de Oliveira de Carvalha1,Blho qumb
de Jorge Barreto de Mello, ii. 4, cazou com D. Maria da
Barros, flha de Antonio de Barros de Magalhses, e teve
mos:
85. Pedro Moniz Barreto, que se segue.
26. Dnarte Moniz Barreto.
27. Jozb de Barros, que faleceu solteiro.
88. D. Catharina, mnlher de Luiz Lopes de Par&&
29. D. Margarida, mnlher de Francisco Barboa
-.
30. D. Elena, segunda mulher de J o h de Barroa de
Araujo .
31. D. Ignez, mnlher de Gtaspar de Amorim de
Passos.
N. 25. Pedro Moniz Barreto, filho de Antonio de
Oliveira de Carvallial, R. 11, e de sua mulher D. Marie
de Barros, cazou com D. Maria de Almeida, filha de
Baitazar Lonreuço Pacheco, a primeira vez, e teve filhos:
34. Egas Moniz Barreto.
D. Maria de Almeida e D. Joz6 de Menezes.

Cazaram a 15 de Agosto de 1674. Era esta D. AntoaL


U r d e Simão Ferreirr Lou no e de sua mulher Gniomu Sorm &
hab, e natural de Llsbôa etá, diz o termo de seo crzamento.
CATAL000 OBNEALOOICO 149

Segunda vez cazon Pedro Moniz Barreto com D.


LPira de Goes, íilha de Lourenço de Souza Vieira, e tme
blios:
33. Antonio de Oliveira de Carvalhal .
D. Maria de Barros.
R. 13. Bartolomeo de Vasconcellos, ( I ) filho de Jorge
Baireto de Mello, n.4, cazou com D.Mariada Conceiçb da
Cunha, dlha de J o b da Cunha,(2) de quem teve filhos. %I-
h a este Bartolomeo de Vasconcellos a 21 de Março de
166ó, na freguezia de Pirajh, sepultado no Carmo, e tevh
blhoe.
34. Jorze Barreto de Vasconcellos, que se segue.
36. Jogo da Cunha e Manoel Barreto, sem filhos.
36. D. Angela da Cunha,segunda mulher de Ciiatodio
10Mm Daltro, e ahi a sua descendencia a fl... n. 20.
D. Bernarda Telles, que faleceu solteira com 91
amos de idade.
N. 34. Jorge Barreto de Vasconcellos, (3) filho p ~ +
meiro de Bartolomeo de Vasconcellos, n. 13, e de sua
mulher D. Maria da Conceiflo, ou Cunha, cazou com D.
M o i a n a de Mello, sua prima, filha de Lniz de MeUo
de Vasconcellos, a fl... n. 19, e teve filhos. '
37. D. Leonor de Vasconcellos, mulher de Vaientim
dr Fonaeca, que sahio da companhia; e faleceram no
wrtio, sem m o s .
Segunda vez cazoa Jorge Barreto de Vasconeello6
com D. Apolonia Telles de Menezes, filha de AntoniiD
Monb Telles, senhor do engenho de Pirajh, e de 8-
mdher D. Catharina de SB, filho este Antonio Moni~ds
Diogo Moniz Telles, neto de Henriqne Moniz Barreto, e
b t o de Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. C&
thrins Victoria ; e de sua segunda mulher D . ApoIlda

t ~ Faiecea
) a 31 de Maqo de 1665.
(2)Joáo da Cunha cazado com D. Angelada Cunha.
Teve este Jo e Barretode Vascancelloao mesmo fhro de B/I@
&m. como o% ve seo pai Barblomeo de Yaaconeellos. com
lp00 de moradia por mez e am rl aeire de cevada por dia, por al-
vat6 & el-rei de 31 de Janelm de 1615. e era neto de Jorgfi Bureto de
H&, declara o niesmo aiv-.
160 REVISTA TRlMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

teve filhos ; e cazaram a 29 de Outubro de 1674. D Ca- .


thscina de SB, diz o termo do cazauiento.
38. Manoel Telles Barreto de Vasconcellos (1). q U 6
se segue.
39. D. Alaria tla Conceição de Menezes, que cazon.
com seu primo legitimo Aritonio Moniz Barreto, filho d u
capitáo Constantino Lins, a fl... o qual Antonio MO*
B m e t o foi pessoalniente & Roma buscar a dispensa.
40. D. Branca Telles, mulher de seu primo legitimo
Bartolomeu L.ns de Vascoueellos, filho tambem de C t b n i l -
tantino Line, acima, e tiveram filhos:
41. D. Anna da Consolqáo de Menezes, que c8zon
com o c.apitao Vasco Pacheco de Aguiar Espinoza,
sem filhos.
38. Manocl Telles Barreto de Vasconcellos, filho de
Jorge Barreto de Vasconcellos, n. 34. Teve o mesmo fôm
de seus pais e a ~ 6 s e, cazon com D. Luzia Coutinho de
Meiiezes de Lacerda. filha de Francisco de Freitas de Me-
nezes e de sii:~mulher D. Margarida Coutinho de Laceda,
e tiveram filhos :
J o b Baptista Barreto de Vasconcellos, que caem
com D. Joana de Aragáo, a fl .. . n. 28.
Outra vez c;azaii Manocl Telles Barreto, acima n.
38, com D . Pran~iscaLins,filha de Constantino Lins, que
jhficrtm ;i0... n. 6 , e ahi omais.
N. 14. Pedro Moniz Barreto, filho setimo de Jorge
Baineto de Mello, n. 4, e de sua mulher D . Maria de
Lomba, cazou com D. Angola da Cunha, filha de JoBo da
Cunha, e teve filhos :
42. Francisco Moniz.
43. Antonio Moniz.
D. Maria de Menezes, mulher de Pedro Dnarte.
N. 6. FranciscoBarreto Telles, como tem o assentodo
seu enterro, oii de Menezes, camo se acha em outra parte,
filho segundo de Duarte Moniz Barreto, n. I , e de sua
mulher D. Elena de Mello, cazou ('r), com D. Agueda de
---
(1) De Mano~!TTees Barreto foram mais irmãos os seguintes : JoBo
da Cunha, Antonio Moniz, que nasceu cego, Bartolemeu de Vascon-
cellos, ue morreu nas iiiinns. Francisco Xavier de Vasconcell~.
O%aznrâma 21 de Junho de 1595. Foi senhor do cngenho de Ma-
taripe, e fldalgo dii raea real.
I CATALOGO GENEALOGICO

Barbuda, filha de Francisco de Barbuda, o velho, e de sua


segiinda mnlher D. Maria Barboza, a fl. . . n. 3 ; e não
achamos tivesse d'esta filhos.Mas sim que de sua primeira
mdher D. Maria de Aragão, que não declara o assento,
Que d'isto trata, de quem era filha, tivera d'esta filha :
4$. D. Maria de Menezes, a qnal foi primeira mulher
de Pedro Camello de Aragão Pereira, a fl. . . n. 63, e
ahi a sua descendencia.
Nota. Achamos em outro assento, que da sua se-
Dnda mulher D . Agueda de Barbuda teve os filhos se-
gninta :
45. D. Joana Barreto de Mel10 . Batizada 20 de Maio
161

de '1603.
46. Francisco Barreto de Menezes e Duarte Moniz
Barreto. batizados ambos por gemeos a 2-9 de Novembro
de 1604'.
47. Bernardo Bíoniz Telles. Batizado a 1 9 de
Agosto de 1606.
48. Antonio Moniz Bãrret o. Batizado a 27 de Maio
de 160s.
41). Bento Moniz Telles. Batizado a 14 de Junho de
1610.
N. 2. Henrique Moniz Telles, * Alho de Egas
Moniz Barreto, n.. ., e de siia mnlher D . Anna Soares,
Eoi fidalgo escudeiro da caza real, e cazou duas vezes,
como se acha nos assentos dos batizados de seus filhos,
que logo se apontariio. Foi primeira mulher d'eete Henri
que Moniz D. Luiza, da qnal ngo achamos mais noticia,
e d'esta primeira teve filhos :
1. Henriqne Moniz Barreto, que se segue. Batizado
na YB a 3 de Maio de 1584.
2 . D.Antonia Soares,mullierde AntonioVaqadiante.
3 D. Maria Soares, mulher de Gaspar Pereira, o
velho, a fl...
Segunda vez cazoii Henrique Moniz Telles, acima,
com D. Leonor Antunes, filha de Sebastiáo de Faria, e
de sua mnlher Custodia Antunes, e teve filhos :
Faleceu a 20 de Fevereiro de 1690, se ullado i10 collegio. Tes-
tamenteiros, seo ílllio Diogo Yonir, e sua rnilfher D. Leonor Antunes.
E falece0 esta a 17 de Dezembro de 1M1,sepultada i10 colleglo.
teve filhos ; e cazaram a 29 de Outubro de 1674. :
thmina de SB, diz o termo do cazauiento.
38. Manoel Telles Ritrreto de Vasconcellos (
se segue.
39. D. Marin tla Conceição de Menezes, quf
com seu primo legitimo Antonio Moniz Barreto, 1
c a p i m Constantino Lins, a fl... o qual Antonio
B m e t o foi pessoalmente B Roma buscar a dispens
40. D. Branca Telles, mulher de seii primo h
Bartolomeu Lins de Vasconcellos, filho tambem de
tantino Line, acima, e tiveram filhos :
41. D. Anna da Consolqão de Menezes, qut
com o c.apit80 Vasco Pacheco de Agiiiar Es]
sem filhos.
38. Blanoel Telles Barreto de Vasconcellos, i
Jorge Barreto de Vasconcellos, n. 34. Teve o mesi
de seus pais e a ~ h s e, cszou com D. Luzia Couti
Menezes de Lacerda, filha de Francisco de Freitas
nezese de sua miilher D. Margarida Coutinho de LI
e tiveram filhos :
João Baptista Baireto de Vasconcellos, qut
com D. Joanic de Aragão, a fl ... n. 28.
Outra vez cazoii Manoel Telles Barreto, aci
38, com D . FranziscaLiiis, filha de Constantino Li
jhficam ikd ... n. 6 , e ahi o mais.
N. 14. Pedro Moniz Barreto, filho setimo df
Baneto de Mello, n. 4, e de sua mulher D. Ma
Lomba, cazou com D. Angela da Cunha, filha de
Cunha, e teve filhos :
43. Francisco Moniz.
43. Antonio Moniz.
D. Maria de Menezes, mulher de Pedm Duarl
N. 5. FranciscoBarretoTelles, como tem o ass
S8U enterro, oii de Menezes, camc, se acha em outre
filho segundo de Duarte Noniz Barreto, n. 1, e
mulher D. E l e ~ ade Mello, cazou ('L), com D. A g
-- -

(1) De Manoel Telles Barreto foram mais irmàos os segnlnl


da Cnnba, Antonio Moniz, que nasceu cego, Bartolemen de
cellos, ue morreu nas niinaa, Francisco Xavier de Vasconcel
O%mrarn a 21 de Junho de 1 5 8 . Foi senhor do engenba
tWipe, e fldaigo da caza real.
160 REVISTA TRIMENSAI, DO INSTITUTO HISTORICO

teve filhos ; e cazaram a 29 de Outubro de 1674. D. Ca-


thacina de SI, diz o termo do cazamento.
38. Manoel Telles Rnrreto de Vasconcellos (I), que
se segue.
39. D. Rlarin tla Conceição de Meiiezes, que cazon
com seu primo legitimo Aiitonio Moniz Barreto, filho du
capitão Constantiiio Lins, a fl. .. o qual Antonio Moniz
Bmeto foi pessoaltnente á Roma buscar a dispensa.
40. D. Branca Telles, mulher de seu primo legitimo
Bartolomeu Lins de Vasconc.ellos, filho tambem de Con&
tantino Lins, ac,ima, e tivei.an1 fillios:
41. r). Anna da Consolqáo de Xenezes, que cazon
com o eapitáo Vtrsco Paclieço de Sguiar Espinoza,
sem filhos.
38. Blanoel 'i'elles Barreto de Vasconcellos, filho de
Jorge Barretu de Vasconcellou, n. 31. Teve o mesmo fim
de seus pais e n~cis,e ciizOii com Luzia Cuutinho de
Meiiezes de Lacerdtl, filha de Francisco de Freitas de lüe-
nezes e de siia mulher T I . Dlargarida Coiitinho de Lamrda,
e tiveram filhos :
Jogo Bitptista Bai.ret.0 de Vasconcellou, que mzon
com D. Joana de AragLo, a fl.. . 11. 28.
Outra vez cazoii Manoel Telles Barreto, acima n.
38, com D . FranziscaLins, filha de Constantino Lins,que
jsficam ;L f l . . . n. 6 , e ahi omais.
N. 14. Pedro Moniz Barret.0, filho setimo de Jorge
Baureto de Mello, n. 4, e de sua mulher D . Maria de
Lomba, cazou com D. Angela da Cunha, filha de Jotio da
Cunha, e teve fillios :
48. Francisco hloniz.
43. Antonio Bfoniz.
D. Maria de Blenezes, mulher de Pedro Duarte.
N. 5 . FranciscoBarreto Telles, como tem o assentodo
seu enterro, oii de DIenezes, camo se acha em outra parte,
fill!o segundo de nuarte Moniz Barreto, n. 1, e de sua
mulhei- D. Elena de Mello, cazoii ( e ) , com D. Agaeda de
(1) De Manocl Telles Barreto foram mais irinàos os seguintes : João
da Cunha, Antonio Moniz, que nasceu cego, Bartolemeu de V w n -
cellos, ue morreu nas iriin:is, Francisco Xavier de V.lsconcel1~.
(%%az:irâma 4 1 de Jitnfho de 1595. Foi senhor do engenho de Mn-
t3ripe, c fidalgo da raza rt!;il.
! Barbida, filha de Francisco de Barbuda, o velho, e de sua
segnnda mulher D. Maria Barboza, a A. . . n. 3 ; e não
achamoe tivesse d'esta filhos.Massim que de sua primeira
molher D. Maria de Aragão, que não declara o assento,
Que d'isto trata, de quem erii filha, tivera d'esta filha :
44. D. Maria de Menezes, a qual foi primeira mulher
depedro Camello de Aragso Pereira, a A. . . n. 63, e
ahi a sua descendencia.
Nota. Achamos em outro assenta, que da sua se-
gunda mulher D . Agueda de Barbiida teve os filhos se-
gnintes :
4.3. D.Joana Barreto de Mello. Batizada 20 de Maio
de 1603.
46. Francisco Barreto de Menezes e Duarte Moniz
Barreto, batizados ambos por gemeos a 91 de Novembro
de 1604.
47. Bernardo bioniz Telles. Batizado a 19 de
Agosto de 1606.
48. Antonio Moniz Barreto. Batizado a 27 de Xaio
de 1608.
49. Bento Moniz Telles. Batizado a 11 de Junho de
1610.
N. 2. Henrique Moniz Telles, * filho de Egas
Yoniz Barreto, n.. ., e de sua mulher D . Anna Soares,
fbi fidalgo escudeiro da caza real, e cazou dnas vezes,
como se acha nos assentos dos batizados de seus filhos,
que logo se apontariio. Foi primeira mulher d'eete Heuri
qur Moniz D. Lniza, da qual nilo achamos niais noticia,
e d'esta primeira teve filhos :
1. Henrique Moniz Barreto, que se segue. Batizado
na sé a 3 de Maio de 1584.
2. D.Antcinia Soares,mullierde AntonioVaz,adiante.
3 D. Maria Soares. mulher de Gaspar Pereira, o
velho, a fl...
Segunda vez cazou Henriaue Moniz Telles, acima,
com ~ . k e o n o Antunes,
r filha de Sebastiáo de Faria, e
de sua mulher Custodia Antunes, e teve filhos :
* Faleceu a 40 de Fevereiro de 1690, se ulla(lo no colleglo. Tes-
iamenteiros, seo filho Dlogo Yonir, e suamnfher D. Leonor Antunes.
E falem e l a a 17 de Dezembro de 1611, sepultada iio ~ ~ l l e g l o .
teve filhos ; e cazaram a 29 de Outubro de 1674. D. Ca-
thacina de SB, diz o termo do cazamento.
38. Manoel Telles Barreto de Vasconcellos (I), que
se segue.
39. D. Maria tla. Conceiçiio de Menezes, que cazoa
com seu primo legitimo Antonio Moniz Barreto, filho du
capitão Coiistantino Lins, a fl... o qual Antonio Mo&
B m e t o foi pessoaliiiente B Roma buscar a dispensa.
40. D. Branca Telles, mullier de seu primo legitimo
Bartolomeu L n s de Vascoucellos, filho tambem de C1)n8-
tantino Lins, acima, e tiveram filhos:
41. r). Anna da Consolqáo tle Menezes, que cazou
com o capitão Vasco Pacheco de Aguiar Espinoza,
sem filhos.
38. bIanoc!l 'i'elles Barreto tle Vasconcellos, filho de
Jorge Barreto de Vasconcellos, n. 34. Teve o mesmo firo
de seus pais e avOs, e cnzoii com Di Liizia Cuiitinho de
Meiiezes de Lacerda, fillia de Fraiicisco de Freitas de Me-
nezes e de siiil miilher D. Riargarida Coiitinho de Lacerda,
e tiveram filhos :
J o h Bitptista Barretn de Vasconcellos, que cazon
com D. Joana de Aragio, a fl.. . 11. 28.
Outra vez cazoii Manoel Telles Barreto, acima n.
38, com D. FranziscaLins, filha de Constantino Lins, que
jkficam i1 f l . . . n. 6 , e ahi o mais.
N. 14. Pedro Moniz Barret,~,filho setimo de Jorge
Baweto de Nello, n. 4, c de sua mulher D . Maria de
Lomba, cazou com D. Angela da Cunha, filha de ;To80 da
Cunha, e teve fillios :
43. Francisco Jloniz.
43. Antonio Moniz.
D. Maria de blenezes, mulher de Pedro Dnarte.
N. 5. Franciscí~BnrretoTelles, como tem o assento do
seu enterro. oii dr iilenezes, camc, se acha em outra parte,
filho segiincio de Diiarte Moniz Bai.reto, n. I , e de sua
iiiulher D . Elena tle BIello. cazoii ( 2 ) : com 1). Agueda de
-
... ~

Manoel Telles Uarreto foram mais irinàos os seguintrs : Joào


(1) De
da Cunha, Antonio Moniz, que nasceu cego, Bartolemeu de Vascon-
~ i l ~que
s , morreu lias iiiin:ili, Francisco Xavier de Vnscoiicell>s.
(Y) Caz3rsrn a 21 de Jiinlio de 15'35. Foi scnliiir tio thngenho de Ya-
taripe, c ndalgo da raza re;il.
CATALOGO GENEALOOICO 161
Barbada, filha de Francisco de Barbuda, o velho, e de sua
segunda mulher D. Maria Barboza, a fl. . . n. 3 ; e niío
achamos tivesse d'esta filhos.Massim que de sua primeira
mulher D. Bfaria de Arsgáo, que ntto declara o assento,
que d'isto trata, de quem era filha, tivera d'esta filha :
44. D. Maria de Menezes, a qual foi primeira mulher
de Pedro Camello de Aragão Pereira, a fl. . . n. 63, e
ahi a sua descendencia.
Nota. Achamos em outro assenta, que da sua se-
gunda mulher D . Agueda de Barbuda teve os filhos se-
guintes :
45. D. Joana Barreto de Mello. Batizada 20 de Maio
de 1603.
46. Francisco Barreto de Menezes e Duarte Moniz
Barreto, batizados ambos por gemeos a 22 de Novembro
de 1604.
47. Bernardo Xoniz Telles. Batizado a 19 cie
Agosto de 1606.
48. Antonio Moniz Barreto. Batizado a 27 de Naio
de 1608.
49. Bento Moniz Telles. Batizado a 14 de Junho de
1610.
N. 2. Henrique Moniz Telles, * filho de Egas
Moniz Barreto, n ..., e de siia mulher D . Anua Soares,
foi fidalgo escudeiro da caza real, e cszou daas vezes,
como se acha nos assent,os dos batizados de seus filhos,
que logo se apontarão. Foi primeira mulher d'este Henri
que Moniz D. Laiza, da qual u8o achamos mais noticia,
e d'esta primeira teve filhos :
1. Henrique Moniz Barreto, que se segue. Batizado
na se a 3 de Maio de 1684.
2 . D.Antonia Soares,mulherdeAntonioVaz,adiante.
3 : D. Maria Soares, mulher de Gaspar Pereira, o
velho, a fl...
Segunda vez cazou Henrique Moniz Telles, acima,
com D. Leonor Antunes, filha de Sebastiáo de Faria, e
de sua mulher Custodia Antunes, e teve filhos:
-

Faleceu a 90 de Fevereiro de 1690, se ullado iio collegio. Tes-


Umenteiros. seo íillio Dlogo Yonir, e sua mii%er D. Leonor Antiines.
E faleceo esta a 17 de Dezembro de 1641, sepultada no colleglo.
18. D. Nariaiia Telles, (1) primeira mulher de L n b
Alvares Franco.
19. D. Branca Te!les, mullier de Amaro Homem de
Almeida, cazoii a I2 de Ahril de 1651.
20. D. Antonis de Menezes, mulher de Francisco
tl:i Roclia cle Sá, com filhos.
21. Mitnoel Telles, cazado em Angola, com filhos.
22. Bartolomeu Moniz, cazado coui D. Arcliangeh
tla Lomba.
23 Cosrne Moniz, que faleceii no Algarve.
Segunda vez ciizou Diogo Moniz Telles, acima, com
I). Felippa tle Alnieitla, fillitt de Mrtnoel de Alineida Lo-
bato e tle sua iiiullier D Felippa Cordeiro Aires fllhs
de Antonio Cordeiro Aires e de sua inulher Izabel do
Rego, a fi. .., li. 1 e 2, e d'esta náo teve filhoa, e
falece11 ella a 1 5 de Seteiubro de 164 6, sepultada no
--
çollegio .
IS. I ti. Antonio Moniz Barreto, fillio rle Diogo MO-
iiiz Telles, n. 7, e ile siia primeira miilher D. Catliarina
Victoria,foi fidalgo da caza i.eal,e cazoii com D.Catharina
tle Sá de Almeida (2) ; fillia esta do Dr. Gonçalo Homem
de Aliiieida (I de siia mulher Maria de S&,e teve filhos.
24. Manoel Telles Barreto, que se segue.
25. D. Afaria de SB, primeira mullier do capiULo
Const.antino Lins de ~asconceiios,a A. . ., n. h: e ahi
o mais.
2 6 . D. Apolonia Telles de ~~asconcellos, segunda
wulher do seu primo Jorge Rarreto de Menezes! a fl. . .
n. 34.
27. D. Antonia de Menezes, mulher de Ambrozio
tle Qneiroz Cerqueira, e D. Leonor, que faleceii pequena.
N . 24. Msnoel Telles Barreto, filho de Antonio
AIoniz Barreto o de siia niiil1ic.r D. Catliarina de SB, foi
lidalgo da caía real. e cazou com siia sobrinlia D. Fran-
cisca t Lins cie Vasçoncellos, fillia do capitiio Constantino

(1) Faleceii rlla :i 1:1 dc Agnslo dr 11;3.-~,sepultada eni S. Fran-


cisco.
(i?)Falowii esta a 27 de Fevereiro de ltiG6, sepiilloii-se no Carmo.
CATALOGO UENBALOGICO 155
Lins de Vasconcellos e de sua mulher D. Maria de Sii
de Menezes, e teve fillios.
28. Manoel lloniz Barreto. que se segne.
28. D. Thereza de Jezus, mullier de L). Antonio de
Uzeda Aiala, e depois de Relchior de Sh Coutinho.
N. 28. Manoel Moniz Barreto, filho de Nanoel
Tellas Barreto e de sua miilher D. Francisca Lins de
Vasmncellos, foi tenente de infantaria de um dos regi-
mentos pagos da Bnliia, fidalgo da caza real. como seu
pai e av6s ; caxon com D. Tliereza Maria de J e z n ~filha
,
de Antonio de Amujo de Góes e de sua miilher D. Anna
Irrsala de Soiiza, e teve filhos :
29. Luiz Muniz Barreto.
30. Jogo Telles tle &Ienezes.
N. 1 7 . D. Leonor Telles, fillia do capitiio Diogo
Moniz Telles e tle siia primeira mulher D. Catharina
Victoria, cazou com o capit;Io Jogo Mendes de Vnscon-
cellos (l), cavalleiro da ordem de Santiago, natural da
i l h da Madeira, filho rle Joáo Meiitles Delgado e de sua
malher Constança de Mendonqa de Vits~onçell~~, teve filhos:
31. D. Catharirin de Vasconcellos, cazada com O
capitão Jogo Nunos Pita, que se segne.
32. João Mendes de Vasconcellos.
33. O capitão Diogo Moniz Telles (2), cazado com
Izabel de Almeida (3) e teve filho :
Antonio Telles de Menezes
N . 31. D. Catharina de Vasconcellos, acima, cazou,
como fica dito, com o capitáo João Niines Pita, natural
da Bahia, filho de Sehnstião Nartins Branda0 e de sua
muiher Maria das Neves, e teve filha :
34. D. Maria de Vasconcellos. Batizad~na se a 31
de Maio de 1677.
N. 18 D. Maria Telles, filha do capitão Diogo Moniz
Telles, n.7, e de sua primeira mulher D.Cathaiina Victo-
ria, cazoa com Lniz Alvares Franco (4), e teve filhos :
-- -
(1) Faleceu estc a 12 ile Jiiiilio de 1 6 5 , sepiiltou-se iio Carmo.
(2) Faleceu a 21 de gosto de 1698, sepuiloii-se n!l Carnio.
(:i)Cazarain a l 0 de Rovembro de 167R na cal)ella de Santo Antonio
da M t i b a .
(4) Cauram a PA de Setembro de 1651 em Matuim.
166 REVISTA TRIMBNSAL DO INSTITUTO HISTORICO

3.5. Diogo Lopes Franco,cazado com sua prima D.


Frnncisca Teiies, adiante, batizada a 18 de Setembro ds
1663.
36. D. Joana Teiies, que se segue, batizada ao
1 de Julho de 1655.
37. Jozé Telles Barreto (l),cazado com D.Ursuls da
Rocha, filha de Antonio Moniz, a fl. .., n. 9 ; e teve tllhr
D. Luzia, batizada a 20 de Abril de 1690 em Matuim.
N. 36. Joana Telles, filha de D . Mariana Telleo,
acima, e de seu marido Luiz Alvares Franco, w o u aor
o sargenk-mór Joilo de Couros Carneiro, ezciivb da ca-
mara da Bahia, proyrietario, n 3 u r d de Ponte de Lima,
e teve filhos :
38. Joilo de Couros Carneiro, (2) e Luiz Pessoa de
Vawoncellos, batizado a 14 de Janeiro de 1678 na
igreja da Graça.
39. Miguel Pessoa de Vasconcellos.
40. E tres religiozas no Desterro da Bahia, Smr
Maria Caetana, ahi ttbadeça, e tambem na Lapa soror (h-
tharina do Monte Sinai, e soror Pasma da Resurreic;ae,
e D. Mariana Xavier.
N. 19 D Branca Telles, 0lha de Diogo Mo&
Telles, n. 7,e de sua primeira mulher D.Catharina Victo-
ria, cazoii com Amaro Homem de Almeida (3), filho de
Gonçallo Homem de Almeida e de sua mulher Maria de
SB, chrishn velha, e teve filhns .
41. Antonio Telles de Almeida, sscerdot.a do habito
de SBo Pedro, dispensado por Clemente X . Batizado a
36 de Junho de 1663.
42. Diogo Moniz Telles, que Pegue.
N. 42. Diogo Moniz Teiies,filho de D.Branca Telles,
e de seu marido Amaro Homem de Almeida; cazou com D.
Thereza de UlhOn (4),filha de Antonio Gomes Victoria e

( I I Batizado a 25 de Marco dc 1682 e cazon a 10 de Junho de 1885


eni Guadalupe.
(1) (:azarar11a 8 de: Abril 1 2 6 ; cazon este coni D. Anna de Albu-
qnerque e d'esta foi fillia D. Catliarina Maria da Graça, mulher do
.
niestrr cle raii~poJeroiiinioSodr&Pereira com filho. Vide a palg.. n. 4.
(3) Cararani a 12 de Abril de iii5l nas&.
(4) Cazararii a H de Maio de 1696, dispensado8 no . 3 @o de coma-
guinidade, na capella da Eiiibiara. eni Ignape.
CATALOQO OENEALOGICO 167
de sua mulher D. Mariana de Ulhóa, filha de Antonio
Dias Duerte e de Paula de Mesquita, teve filhos :
D. &ria de CJlhòa, batizada a 22 de Abril de 1697.
44. Antonio iúoniz Telles, outra filha de D. Mariana
e D. Paula, batizada a 25 de Julho de 1700.
43. Yanoel Moniz Telles, cazado com D. Catharina
l&rboza a 13 de Junho de 1689.
44. Bartolomeo, adiante.
Nota.- Em 25 de Novembro de 1675, recebi em sua
cayr,coui licença dos senhores do cabido,a Antonio Gomes
Victoria, filho de Constantino Gomes Victoria e de D.
Ignez de Menezes, com D. Marians UlhiIa,filha de Antonio
Dias Dunrte e de Panla de Mesquita. Padriuhos Constan-
tino Vieira, Diogo Lopes Ulhaa, D. Branca. O vigario
João Alvares. Iguape.
Nota. -Das inquiriçóes, com que se ordenou o padre
Antonio Telles de Almeida, acima, consta o seguinte:-
Antonio Telles de Almeida, batizado a 26 de .Junho de
1662, 0lho de Amaro Homem de Almeida e de sna mulher
Branca Telles, neto paterno de Gonçalo Homem de
Aimeida (parte de naçao) e de sua mulher Maria de Sá
(christan velha), e pela materna de Diogo Moniz Telles
(1 e 4) e de Catharina Victoria; foram dispensados na
ametade por Clemente X, sumo ponti0ce.
N. 6. Ignez de Yenezes, üiha de Henriqne Yoniz
T d a , o velho, e de sua segunda mulher D. Leonor Antu-
um, WA)U com Antonio Coelho Pinheiro, homem nobre,
Êsmiliar do santo offlcio, e teve 0lha :
D. Margarida de Menezes, que cazon com Ignacio
Ferreira de Souza, qne foi pai de Manoel Ferreira de
Souza, cazado este com D . Lniza Telles de lüenezes,0lha
do coronel Miguel Telles Barreto, como vai B 0. ..
N. 4. Antonia de Yeneees, filha de Henrique Yoniz
Tellea,~velho,e de sua mnlher D. Leonor Antunes,e cazon
com Diogo Lopes Franco, * o velho, como diz o assento
segointe:-Em 30 deMaio de 1618,recebeoo chantre Bar-
tolomeo de Vasconcellos a D. Antonia com Diogo Lopes

Faiecen erite Di o Lopes a 19 de Julho de 1660, sepultado em


S. R.oeisco; testame%ira sua mrilher D. Antonlr de Menetes.
Franco, na igreja de Pirajh, com licença do Sr. bispo
D. Constantino Barrãdas . Padrinhos, Marcos da Costa e
D. Catharina, mulher de I)iogo Honiz Telles.
De seu marido teve D. Antonia filho :
Diogo Lopes Franco, foi capitão, e cazon com
D . Francisca Telles, (1) filha do capitão Jeronimo Monia
Barrcto e de su3 1 1 : .;liler D. Maria de Azevedo, 1689.
Segunda vez cazoii. c%oruovai abaixo.
N. 6. D. Joanw Telles (2), filha de Henrique Monir
Telles e de sua segunda mulher D. Leonor Antunes, ca-
zou com Nuno Dares, e teve filhos :
O capitão Henrique Moniz Telles.
Antonio Dares de Uenezes.
D . Genebra tfe JIenezt:~,mulher de Lourenço Abre@
de Brito Souza.
I). Leonor.
D. Ignez.
D. Mariana.
Manoel Telles.
Segunda vez azou o capitãoDiogo Lopes Franco (8),
que fica acima, com D. Leonor Ximenes de AragBo, 0iha
do tenente general Domingos Antunes da Costa e de sua
mulher D.Guiomar Ximenes de Aragáo, e teve filhos :
Guiomar Ximenes de Aragão, cazada com Antonio
Calmon, a fl. . . , n. 24 e seguinte. Batizada 7 de Feve-
reiro de 1711.
D. Francisca. Batizada a 9 de Novembro de 1714.
João. Batizado a 27 de Fevereiro de 1708, na ca-
pella de S. João Baptista.
Jozé. Batizado na freguezia da Victoria a 23 de
Maio de 1712.

(1) Cazaraiii a 27 dr Agosto de 1679, em caza.


1.2) Faleceu iio aiino de
(3) Camrniii a 17 de Al~ril dc. 1708, na capella de Sào Jdo-
Baptista.
CATALOGO CIENEALOGICO 159

(;OlIE:S VICTORIX

Manoel Gomes Victoria, o velho (I), de quem não


achamos qual fôsse a sua patria, nem seus progenitores,
cazon na Bahia com Catharina de Moura, fllha de Pedro
Fernandes de Moura e de siia mulher Leonor Martins.
Da dita siia mulher Catharina de Moiira teve iim s6 flllio
que faleceu logo depois de sua mãi.
Segunda vez cazou com Branca Serrão, filha de
Antonio Serrão e de sua mulher Cathariiia Mendes, e
teve filhos.
1. Antonio Gomes Victoria. cazado com Izahel
Nunes.
2. D. Catharina Victoria, mulher de Diogo Moniz
Teiies, a fl. . . n. 7, e ahi a sua descendencia.
3. Maria Gomes, cazada com Feriiao Rodrigues Ri-
beiro, sem filhos.
4. Constantino Gomes Victoria, cazado com Maria
da Fonseca, sem filhos.
E Diogo, qne faleceu moço, sem cazar.
Terceira vez cazoii Manoel Gomes Victoria. com
outra Branca Serrão, viuva de Gonçalo Nunes Campo-
maior, e filha de João Vaz Serrão e de sua mulher Leonor
Boes, e foram dispensados pelo Sr. bispo D. Constantino
Barradas no grho de afinidade,por ser esta Branca Serráo
prima da outra Branca Serrão, segunda mulher d'este
Manoel Gomes Victoria ; e d'esta aqui não teve filhos.
Quarta vez se tornou a cazar com D. Maria de Me-
nezes, viuva de Domingos Gomes Pimentel, e filha de
Valentim de Faria e de sua mulher Felippa de Sá, e
tambem não teve filhos.
Constantino Gomes Victoria, filho de Manoel Gomes
Viotoria e de sua segunda mulher Branca Serrão, cazou
com Maris da Fonceca (2), filha de Manoel da Fonceca
-

(1) Faleceu a 22 de Noveinbro de 1618. SepiilLido ein S. Fraii-


dsco .
(9) Cazaram na s& a 7 d~ Janeiro de 11324.'
160 REVISTA TRIMENSAI. DO INSTITUTO IIISTORICO

Homem e de sua mulher Catharina Mendes, da qual IW


teire filho.
Segunda vez cazou com D. Ignez de Menezes (I),
filha de Domingos Gomes Pimentel e de sua mulher
D. Naria de Menezes, e teve filhos :
5. D . Branca de Menezes, cazadri, que se segue.
6. Nanoel Gomes Victoria, cazado com D. C h
Maria de Ulhi3a.
7. Antonio Gomes Victoria, cazado com D. Mariaas
tltt Ulhoa.

ULHOA
N. 5 . D. Branca de Menezes, filha de Constantino
Gomes Victoria e de sua segunda mulher D. I g n a de
Menezes, cazou com o capitilo Duarte Lopes UlhBa, (2)
natural de Lisboa, freguezia de S. Mamede, Adalgo da
caza real, cavalleiro da ordem de Santiago e provedor
da fazenda real da capitania da Bahia, filho de Diogo
Lopes Ulhôa, fidalgo da caza real, enviado a Londres,
e de siia mulher Maria Duarte. De D. Branca e aen ma-
rido Duarte Lopes foram filhos :
8. Constantino Moniz Barreto.
9. Liiiz de Sfi de Menezes.
N. 44. Bartolomeu Moniz Telles? filho do capitão
Diogo Moniz Telles, n . 4 2 pag. ...! e de sua primeira
mulher D. Catharina Victoria, teve o f6ro de fidalgo como
seu pai e av6s,cazoii com D. Archangela da Lomba,(3) na-
tural da Baliia, filha de Paulo da Lomba e de sua mulher
Thomazi;~Barboza, e teve filhas:
10. D. Catharina Moniz. Batizada a 17 de Março
de 1644.
11. D. Tliomazia Barboza, que se segue.
N. 11 . D. Tliomazia Barboza filha de Bartolomeu
JIoniz Telles e de D. Archangela tla Lomba, sua mulher

( I 1 Cazaraiii iir ao 10. tle Maio de 1641.


( I ! Cazarniii iio Igqape ao 1'. de Janeiro de 1659.
(3) Cazaraiii :r I7 de Abril de 1813. Paripe.
CATALOGO QENEALOQICO 161

sazou com Manoel Telles de Menezes (1) natural da Bahia,


filho de Antonio Moniz Barreto e de sua mulher D. Luiza
de Espinoza, e foram-dispensados no 4". grko de consa-
guinidade, e teve filho :
12. Constantino Moniz Telles, cazado com D. The-
reaa de Lacerda Coutinho, de quem teve filhos, que fale-
ceram solteiros.
N. 3. Jeronimo Moniz Barreto (2), fllho terceiro de
Egaa Brrrreto, a 0 . . ., e de sua mulher D. Maria da
Silveira ou D. Anna, como j& fica ahi notado, passou B
Bahia com seu pai e irmáos, e ali cazou duas vezes, a pri-
meira com D . Micia Lobo de Mendonça,füha de Francisco
Bicudo e de sua primeira mulher D. Micia Lobo de Meu-
donça, a fl ..., uma das 3 irmans orfans, que mandou a ra-
inha D. Catharina para cazarem com as per'soas prin-
cipaes, como jk se tem dito; e d'ella teve filhos :
1. Egas Muniz Barreto, que se segue.
8. D . Angela Lobo de Almeida, segunda mulher de
*par Pereira, o velho, a fl. . . n .
3. D. Maria de Menezes, mulher de ChristovBo da
Costa Doria, a fl. .. n . 2, e ali a sua geração.
3. D. Francisca de Menezes, mulher do Dr. Bar-
boza de Amorim, com filhos, a fl.. . n . 3, Izabel e Vasco,
que faleceram sem cazar.
Segunda vez cazou Jeronimo Moniz Barreto com D.
LEabel de Lemos, filha de Jogo Rodrigues Palha e de sua
mulher Micia de Lemos, e teve !lihos :
4. Miguel Telles de Menezes, a fl. . . e ali o mais.
4. Antonio Moniz Telles, adiante Batizado na s6 a
19 de Abril de 1586.
4. Vicente, Francisco, Jeronimo, D. Joaua e
. h n a de Lemos, mulher de CliristovBo Rabelo, com filhos,
r d...

(L) Cazaram a 3 de Fevereiro de 1658. Pari


(91 Faleceu a I2 de Outubro da 1606, se u&o o,,, S.. Francisco.
I e s l m e n l r a sua segunda mulher D. lubsfde Lernvs. Foi hdal o da
caza real. Do seu testanieiito consta,que foi esta D. Yicia,filha do Bfcudo
srta primeira mulher,^ qual tesbinento se acha no cartorio dos ermos,
o inventario foi dos bensde D. Hicia, esta acima 3. mnlher deste Jero-
nymo Moniz, n. 3.
21 r. I. vos. LI1
N. 1. Egas Moniz Barreto (I), filho primeiro de Je-
ronimo Moniz Barreto e de sua primeira niulher D. Micia
Lobo de Mendonça, cazou trez vezes, a primeira com D.
Agueda de Lemos, irman de sua madrasta D . Izabel de
Lemos, acima) e a A. . . n. 5, e della teve filho :
5. Francisco Barreto de Menezes, que se segue.
Batizado em Paripe a 6 de Junho de 1602.
D. Micia de Menezes, mulher de Paulo de Argol, s
fl...
Segunda vez cozon Egss Moniz com D. Jotlnna, a qual
faleceu a 8 de Julho de 1618, e teve filhos. Irman essa D.
Joana do vigario do Socorro Francisco Pereira de
Agaiar.
6. O padre J o h Pereira, da companhia.
7. Antonio Moniz Barreto, sacerdote.
Terceira vez cazou Egas Moniz Bnrreto, com D.
Juliana RHngel, filha de Rafael Telles e de sua mulher
Maria Rauge1,que era irman do padre Antonio Rangel, da
companhia, e teve filhos :
8. D. Anua de Nenezes, mulher de Francisco de
Barros Lobo, que fica a fl... n. 7, e ahi a sua dea-
cendencia.
9. D. Izabel, mulher de Francisco Freire de An-
drade, o Xumbergn, cavalleiro da ordem de Cliristo .
10. D. Maria, mulher de Joáo Lobo Marinho.
11. Diogo Moniz, o Gordo, adiante.
N. 5. Francisco Barreto de Menezes, fidalgo eacu-
deiro, filho de Egas Moniz, n. 1, e de sua primeira mulher
Agaeda de Lemos, cazou com D. Izabel de Aragão, a h a
de Melchior de Aragão ( 2 ) e de sua mulher Maria Dias, e
teve filhos. Faleceu D. Izabel de Aragão a 19 de Maio
de 1674, jB viuva. Sepultada em S. Francisco.
12. Egas Muniz Barreto, que se segue. Batizodo
na sB a 22 de Agosto de 1646.
1 3 . D. Micia, mullier de seu tio Diogo Moniz, o
Qordo. Batizada a 22 de Jiilho de 1644.

(1) Fidalgo escudeiro. Faleceu a P3 de Outiibro de 1616, sepultado


em Camamú, onae era morador.
(O) Senhor do engenho Mataripe. Falece11 eu1 1669.
14. D. Agneda, mulher do coronel Luir deQMelb
de+V ~ n c e l l o s a, fl. . . n . 26. Batizda a 20 de Jnnhb
de 1649.
D. Ignez de Aragh de Menezes, batizada a 4 de W
tembro de 1652 no Socorro, capella de Santa Maria M U
das Almas.
N. 12. Egw Moniz Barreto, filho de Fmncisco B8r-
reto de Menezes, n. 5, foi coronel escudeiro Ittrrlgo,
com D. Ignez Barbalho Bezerra, filha de Antonio -r-
reirs de.Souza e de sua mulher D. Antonia, filhade~Luiz
Bubalho, a fl. . ., n. 4, como consta do livro dos cazq-
mentos, na capella do Bom Jezos, a 8 de Janeiro de 1696,
e teve filhos.
15. Antonio Ferreira de Souza, que se segue.
16. Francisco Barreto de Menezes, sem dibos de
wliaaalher D Izabel da Silva, filha do Dr.. Manoel da-
Matas Viveiros. Batizado a 12 de Fevsreiro de 1689.
17 . Egas Moniz Barreto, adiante.
18. Bento Pereira de Aragb.
19. D . Izabel, mulher de Antonio Machado Ve-
s i... n. 6, e por morte d'este cazou segunda vez coa'
o capith Nicolau Lopes Fiuza, sem filhos. Batiza& a
11 de Agosto de 1680.
N. 15. Antonio Ferreira de Sonza, Blbo do oorond'
Moniz Barreto, n. 12, foi ewudeiro fidalgo, como
seu pai, e senhor do engenho de Mataripe, cazon com B. .
1-1 *, filha de seu tio Diogo Moniz, o Gordo, e.teye
mm:
20. Antonio Ferreira de Soaza, sem geraçâe.
21. Egas Carlos do Souza Yenezes, adiante.
88. Diogo Luiz, que cama com a filha do aa-o.
m6r Jozé Batista de Carvalho, e ae desquitam, chat
ma-se esta D. Thereza Jozefa Maria de Jeans, e aua'm8i
mulher do dito sargento m6r Jozé Batista de (lanalha!
chama-se D. Brites de Brito Faria.
N . 17 . Egas Moniz Barreto, filho do coronel Egaa

Cíuaram a 13 de Junho de 1700, na i .a de S. Pah9 4r v


pio m vigario 0 ar. inacim, ri&- Emb.
164 ' REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBLCO

Honiz Barreto, n. 12, cazon em Sergipe dlel-rei com D.


ROaa de Sá Soutomaior, filha do cap'tso Mem de 88, a
0 . . . n. 2, e de sua mulher D. Maria Barboza, e teve
filhos.
83. O padre Gonçalo de Sá.
23. Roque Mnniz Barreto, capitso, faleceu solteiro.
23. Jozé Soterio de SB Barreto, d o em Per-
aambuco com D . Apollinaria.
23. Egss Moniz Barreto, faleceu solteiro.
28. Estacio de S&Moniz Barreto, que cazou com m
prima D. Francisca Xavier de Santa Jozefina, sua
prima, filha do capitão João Telles de Menezes.
D. Ignez Moniz Barreto, cazada com seu primo o
capim Theodoro Moniz Barreto.
24. D. Joana de SB Menezes, que cazou com seu
primo o tenente-general Francisco Telles de Menezes,
que mora nas Alagaas.
Nazario da Roza SB Soutomaior, cazado.
N. 19. D. Izabel Maria de Aragáo, filha do coronel
Egrra Moniz Barreto, n. 12, cazou (1) com Antonio Ma-
chado Velho, que foi coronel e era filho de Manoel Pereira
de W s , a fl. .. n 6, e ahi a sua descendencia.
N. 11. Diogo Moniz Barreto, a quem cbamavm o
Gtordo (2), filho de Egas Moniz Barreto, n. 1, e de mur
mulher, terceira, D. Juliana Range]. cazou com D. Micis
de Aragso de Menezes (3) sua sobrinha,0lha de seu Ilm8o
Francisco Barreto de Menezes, n. 6, e de sua mulher D.
Liabel de Aragh, e teve filhos:
26. Antonio Moniz Barreto, que se segue.
27. D . Leonor Jozefa de Menezes, segunda mnlher
de'(3onçalo Ravasco, secretario de estado, de quem não
teve íllhos, e faleceu esta a 9 de Novembro de 1737.
88. D. Izabel, que cazou com o coronel Antonio
Ferreira de Souza,a 0. .. n. l5,e ahi a sua descendencia.
29. D. Xariana, mulher do Dr . Pedro Baldes, e por

(1) Cazaram em 8 de Janeiro de 1698 na capella do Bom, Jezus.


(2) Faleceu a 3 de Maio de 1608. Sepultado na Mlzericordia a 18 de
Fevereiro de 1693.
. (3) Sepultado no convento de S. Francisco a 1 de Oatnbro, e D.
dlcia faleceu a 30 de Dezembro de lW1.
CATALOW QENEALOQICO 166

morte d'esse cazou (1) segunda vez com o Dr . Ignecio


Barboza Machado, juiz de f6ra na Bahia.
Francisco Barreto de Menezes.
Pedro Telles Barreto.
N. 26. Antonio Moniz Barreto (i?), filho de Diogo
Moniz Barreto, o Gordo, n. 11, foi sargento-m6r, cazom
com D. Maria, sua prima, filha de Francisco de Barros
Lobo, a fl . .., n. 7, e de sua mulher D. Anna de Menezee,
filha de Egas Moniz Barreto, escudeiro fidalgo e de sul
mulher D. Juliana Range1 e teve filho :
30. Diogo Moniz Barreto, que se segue.
Matheiis Moniz Barreto, que faleceu moço.
Segunda vez cazou Antonio Moniz Barreto com D.
A u a de Almeida, filha do capitso Domingos Monteiro de
SB e d e sua mulher, mãi dos Calmóes, D . Juliana de Al-
meida, viuva do capitão João Calmon, o velho, e teve
filhos. Cazaram em caza na fregiiezia da s6 a 24 de Abril
de 1697 : o governador D. João de Alencastro foi testi-
manha til) cazamento, JoBo Calmon, vigario geral, o#
recebeu.
32. Francisco Barreto, que foi capit&o. Sem filhos
em Sergipe d'el-rei.
N. 30. Diogo Aíoniz Barreto, filho do sargento-m6r
Bntonio Moniz Barreto, n. 26. Cazou com D . Maria J e
zefa, füha de Antonio de Faria Severim, e teve filhos, e
de sua mulher D. Luzia de Menezes, filha de Antonio
.
Moreira da Gamboa, a pag . . n. 11 .
32. Antonio Pedro Moniz Barreto e D. Maria Lima.
N. 21. Egas Carlos de Souza de Menezes, %lhode
Antonio Ferreira de Souza, n. 15, e de sua mulher D.
Isabel, w o u com D. Maria Francisca da Concei@o, fib
de l h t o n i o Machado Velho, a fl.. . n. 9, e de sua
muiher D. Antonia Maria de Menezes,e teve filho: ,
32. Antonio Moniz de Souza Barreto, que se segue.
N. 32. Antonio Moniz de Souza, filho de Egas Carlos
de Souza Menezes, n. 21,tem f6ro de fidalgo cavalleiro,

(1) C a m m a 8 de Setembro de 1720.


(2) Fol Bdal o da caza real e sargento-m6r. Faleceu a 17 de Jonho
de 130. 9ePnldo em S. Francisco.
'V66 i U V I 8 T A TRIMENBAL M> INSTITUTO HISTOBICO

com o tem sen pai, com 18500 de moradia e um d-


queire de cevada por dia, por alvarh dfi el-rei, de 30 de
Maio de 1768. Cazoii com D. Luiza Frrrncisca Severina
(1) filha de Luiz Coelho Ferreira, cavalleiro professo da
ordem de Christo, e mercador na praça da Bahia, e de URI
einlber D. Maria Dias do Vale.
.H. 4. Antonio Moniz Tt;lles, filho de Jeronimo H*
aiz Barreto ('i! a)fl...
, n. 4. e de sua segunia malher
I). Iaabel, foi fidalgo escudeiro como consta do rrlvaii
de seu filho Jeronimo Moiiiz Barreto, que se segue, mim
com D. Christina Coutinlio, e teve filhos.
33. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue.
434. D. Izabel Telleu quarta mnlher de Qaspar de
Aranjo de m e s , a fl. . . n . 2, e alii a descendencia.
Batizada a 92 de .Ianeiro de 164s.
85. Antonio Moniz Telles.
87. D. Fl ancisca Cautinho, segunda mnlher de Pedi(b
*aldes Barboza a fl . . . Batizada em Paripe a 1 de Oti-
a b r o de 1637.
38. D.Maria Telles, segunda mnlher de P d
de Freitas Pimentel, a A . . ., e depois do capitão Manoel
de Quadros Gregoriu. ( )
t89. .D. Thereza Moniz Telles, mnlher de Geraldo
Baldes LeitBo, com filhos, a fl. . . Batizada a 24 de Maio
de 1667.
' N. 33. Jeronimo Moniz Barreto, filho de Auto&
Moniz Telles, n. 4, e de soa mnllier D. Christina Cantinho
foi 5dhlgo escudeiro, como seo pai, cazou com D. Maria
de Soam (4), filha do dezembargador Joáo de (36es de
Araiijo e de sua mnlher D. Cath~rinade Sonza a 0 . ..
a. 1, e teve filhos:
40. 33. Thereza Catharina de Sonza, mnlher &O
&ente coronel Nicolho Carvalho Pinheiro, a fl. . . U .
14,. 8 ahi o mais.
41. I). Francisca de Xenezes .

(1 Cmram a 2l de Janeiro de 1769,


Ouan na Ircguezia dor I l b h i i0 de Agosto de 1633.
3J.i~aradooa 2i de J..iihode 1713.
(4J.Pakceu esta D. Paria 3 23 de Maio dc 1650; sepnltdr M
niatriz.
CATALOOO OENEALOOICO 167
JoBo de Góes de Aranjo.
Ea el rei faço saber n vos D. Jo8o ctrr Silva, Mar-
q u a de Goiivea, Conde de Portalegre, men muito amado
sobrinho, do meu conselho de estado, e meu mordomo-
m6r, que hei por bem, e me p m fazer mercê a Jeronim
Moniz Barreto, natural da cidade da Bahia, filho de An-
tonio Moniz Telles, fidalgo da minha caza, e neto de
Jeronimo Moniz Barreto, de o tomar no mesmo fbro de
flhlgo d'ella, com 18600 reis de moradia por mez, de
fidalgo escuileiro d'ella e um alqueire de cevatia por
dia paga segiindo o ordinariù e é o fdro e moradia, que
pelo dito seu pai lhe pertence ; mando-vos, que o façaes
ameatar no livro da matricula dos moradores da minha
C-, no titulo dos fidalgos escudeiros com a dita mo-
radia e cevada. Mnnoel Ribeiro Monteiro a fez em Lisbbs
a 16 de Fevereiro de 1684. Menoel Leiiiío de And: ade a
fez escrever.-Rei .
N. 3. D. Francisca Coutinho, filha de Antonio
kIoniz Telles, n. 4, e de sua miillier D. Christina b u -
finho, (1) foi segnndrr mulher de Pedro Baldes Bai boza,
vinvo, e filho do sargento-mór Justo B~tlhese de sua
mulher D. Leonor, teve filhos:
48. í3etaldo Bxldez Leiião, qne se segue.
N. Geraldo Baldez Leitso, filho de Pedro Baldez
Barboza, acima, e de sua segunda mulher D. Francieca
Coutinlio, cazou com D . Thereza Moniz Telles (i), flllia de
Antonio loniz Telles, n. 4, e de sua mulher D. Cliristina
e teve Blha :
N. 3. D . Francisca de Menezes, filha de Jemnimo
Moniz Barret to, o velho, fl . . . n . 3. e de sna primeka
muiber D. Micia Lobo de Mendonça, cazon com Do-
mingos Barboza de Amorim,(3) natural de Ponte de Lima,
fflho de Baltazar de Amorim e de sua mulher Ignes
Rbdrigues, e teve fllhos.
43. D. Angela de Menezes, mulher de Alvaro de
Souza Basto, e faleceu sem successáo a 26 de Janeiro
(1) Cuaram s freguezia de' Socorro a 3 de Fevereiro de 1675.
(4) Ciuram a POde Noveiobro de 16;s. Soccorro.
(8) Cuaram em Pari a 40 de Janeiro de 1606 ; e íaiecsu ellr a 00
de Junho de 1608. Seyu& rem S. ~irnciseo.
de 1667 ; foi baptizada a 1 5 de Julho de 1607, e caad8
a 6 de Novembro de 1633.
44. D. Maria de Menezes, mulher de EstevBo de
Aguiar, o Gago ; a fl. . . n. 4, e teve filhos ahi ; ba-
tizada a 31 de Março de 1610.
45. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue. B a t i d o
a 30 de Março de 1613 em Matuim.
46. Baltazar de Amorim Barboza.
47. Antonio Moniz Barreto, segundo testamenteiro
de suairman D. Angela.
N. 43. Jeronimo Moniz Barreto, filho de Domingos
Barboza de Amorim e de sua mulher D. Francisca de
Menezes, n.3, cazou com D. Naria de Azevedo Teixeira *,
filha de Manoel de Azevedo Teixeira e de sua mulher
Izabel Soares,'filha esta de Gaspar Pereira, de Paripe e
de sua mulher D . Maria Soares, e teve filhos. Faleceu
estaD. Maria, mulher d'este Jeronimo Moniz a 28 de
Maio de 1650 ; sepultada na matriz.
48. Domingos Barboza de Amorim. Batizado a 30
de Junho de 1641 .
49. D.Antonia de Menezes, wzou, e faleceu sem
sucessão, e deixou a seu pai por herdeiro. Batizada a 83
de Setembro de 1643.
50. Manoel Telles Barreto faleceu a 28 de Outubm
de 1692 batizado a 29 de Março de 1645.
51 . D . Francisca Telies, mulher do capitiio Diogo-
Lopes Franco, o moço.
52. D. Joana Telles. Batizada a 5 de Janeiro de
1648.
63. D . Angela de Menezes; batizada a 7 de Janeirc~
de 1649.
64. D. Izabel Telles, segunda mulher do coronel
Baltazar dos Reis Barrenlio, cazados a 11 de Dezembro
de 1674, e era 39, viuvo de D. Anna de Soiiza, diz o termo
d'este cazamento.

(:azaram a P de Setembro de 1635, na capella de S. Jeronini O


do Utuni de Wrluim.
CATALOGO OENEALOQ~CO 169

Segunda vez cazou Jeronimo Moniz Barreto n. 43,


com D. Ignacia de Almeida Serrão (l),viuva de Leopoldo
Jogo de Azevedo, e teve filhos :
63. Antonio Moniz Barreto, que cazou com D.Izabe1
de Vargas,filha do sargento-m6r Miguel deVargas Cirne,
a fl. .., n. 3 ; e teve um filho Antonio, que faleceu me-
nino.
66. D. Branca Telles.
N. 4. Francisco Moniz de Menezes (2), filho de
Jeronimo Moniz Barreto, o velho, fl. . ., n. 3, e de sua
segunda mulher D. Izcrbel de Lemos, foi fidalgo da caza
real, e cazon com D. Maria Lobo de Mendonça, filha de
Manoel de Freitas do Amara1 e de sua mulher D.Victoria
de Barros, a fl. . . n. 6, e teve filhos:
67. D. Victoria de Menezes, qne se segue.
58. Jeronimo Moniz Barreto, cazado com Thereza
d e Souza.
N. 67. D. Victoria de Menezes, filha de Francisco
Moniz de Menezes, n. 44,e de sua mulher D.Maria Lobo
de Mendonça. cazou com Vasco de Souza (3), filho de
Manoel de Paredes, a fl ..., teve filhos :
59. Francisco Moniz de Souza, que se segue.
60. D. Angela de Souza, mullier de Thom6 Pereira
de Menezes, a fl. .. n. 9, sem filhos.
D. Naria, e D. Anna, que faleceu solteira com 90
annos.
N. 59. Francisco Moniz de Souza, filho de Victoria
de Menezes e de seu marido primeiro Vasço de Souza,
cazon com D. Izabel Soares de Abreu (4),filha do capitão
J o b Leitão de Faria, (irmiio do mestre escola da se da
Bebia e provizor Antonio de Faria Leitão) e de sua
muiher D. Mariana de Araujo. De sua mulher I). Izabel

(1) Cuaram a 2 de Maio de 1651 na Freguezia de S.Agostinho dt.


Iguape ; e faleceu a 27 de Março de 1678, sepultada no convento dls
S. Fpocisco da Bahia, onde falece!^: kstaiiientriro sei1 filho Aiitoni~t
Yonu e seu cunhado Aiibnio Moniz Barreto.
(2) Faleceu a 1 de Abril de 1674, sepulhdo na capeila-rnór da rize-
ricordia na sepultura de seu avo Francisco.
(3) Cazaram no Socorro a 30de Abril de 1658. Cazou seguiida
vez com Jemnimo da Cruz a 14 de Agosto de 1670.
(41 Cazanm a 521 de ~ b r i de
l 1687 na SI?.
22 P . I . VOL. LU.
170 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Soares n8o teve Francisco Moniz de Sonza filhos, mas


bastardos teve :
61. Luiz Moniz de Souza.
D. Annn de Lemoa, filha da.segunda mulher de Je-
ronimo Moniz bar reto,^ velho, que foi D.Ixabe1 de Lemoa,
cazou com Christoviio R:tbelo de Macedo,(*) e teve filha:
1. Math311s Pereira de Azevedo, que se segue.
2. D. Perpetua de Menezes, adiniite.
3. Maria cie Menezes, mulher de Diogo Bnrreto CAL
4. Miguel Moniz Barreto, ao depois.
6. D. Joi~ntide Menezes, mulher do capit8o Jobo
Pinto da Fonseca Goes .
6. ChristovBo Rabelo de Azevedo.
7. D. Margarida de Menezes.
N. 1 . Matheus Pereira de Azevedo, filho de D.
Anna de Lemos e de seo marido Pacheco e Christovb
Rabelo de Azevedo, a z o u com D. Antonia de Goes,
6ihos:
8. Matheus Pacheco de Azevedo. Batizado a 31 de
Maio de 1655.
9 . D. Apolonis de Menezes. Batizada a 9 de Julho
de 1661.
10. Joz6 Moniz Telles.
1 1 . D. Therezn de Menezes. Batizada a 1 6 de
Agosto de 1658.
12 D. Luzia de Menezes,cazada com Francisco de
Almeiila Sarmeiito. Batizada em 1661.
13. D. Anna de Goes, que se segue.
14 D. Maria de Goes Menezes, mulher de Antonio
Corrêa de Figueiredo.
15. Joiio Pinto de Faria.
1 6 . D . Joana de Menezes .
N. 13. D. Anna de Goes, filha de Matheus Pacheoo
de Azevedo e de sua inullier D. Antonia de Goes, cazou
com Ignacio Fiirtado de Mendonça.
D . Maria. Batizada a 9 de Março de 1676.

( * ) Faleceu este Christov20 Rabelo em Dezembro de 1641. Se@-


(ou-se na igreja do Socorro.
CATALOGO GENBALOGICO 17 1

N. 2. D. Perpetua de Menezes, filha de D . Anna


de Lemos e de seu marido Christov&oRebelo de Azevedo,
aamn com Belchior Dias de Avila. ( I )
Jeronimo Moniz Barreto, m i t d ~com D. Sebastiana
de Aranjo e morador no Rio-Real.
Antonio Moniz de Menezes
D. Maria de Menezes, mulher de Carlos Preto
Dornellas.
N. 4. Miguel Moniz Barreto, filho de Anna de
Cemos e de seu marido Cliristovtio Rabclo de Azevedo, foi
fidalgo da caza real,e cazou com D. Ursula do Rego, ( 9 )
fiha de Sebastiiáo Paes e de siia primeira mulher Jzabel de
Azevedo, e teve filhos.
D. Izabel de Menezes, que se segue. Batizada a 9
de Ontnbro de 1653 no Socorro.
Mguel Moniz Barreto. Baptizado a 10 de Maio de
1666.
JoBo Baptista Moniz, cazado com sua prima, filha
de Antonio da Foiiseca Saraiva e 11esua mulher D. Fran-
cima Menezes. Batiziido a 30 de Junho de 1659.
Jozé Telles de Menezes, cazado com D. Mariana de
lenezes. Batizado a 29 de Maio de 1661 .
D. Mariana de Menezes. Batizada a 22 de Dezembro
de 1662.
D. Anna Paes de Azevedo, mulher de Francisco de
de SB de Betenconrt. Batizada a 18 de Junho de 1668.
D. Maria de Menezes. Batizada a 6 de Maio de 1671
D. tzabel de Menezes, filha de Miguel Moniz Bar-
reto e de sua mnllier D. Ursula do Rego, cazou com o
crpW Jogo Borges David, (3) natural da Bi&ia, filha
do capitão Qasqpar Borges David e de sua malher D.
Bntania de Cetro; teve fllha anica :
D. ântonia de Menezes . Batizada a 23 de Maio de
1673.

(1) Cauram a 15 de Fevereiro de 1618. Socorro.


O) Cx8rrni a 8 de Setembro de 1662, na capella de S. Luzia de
-7'- a de Janeiro de 1â11. -rm.
N. .. Miguel Telles de Menezes, filho de Jeronimo
Yoniz Barreto, o velho, e de sua segunda mulher D.
Izabel de Lemos Palha, foi fidalgo da caza real, wzou
com D. Joana de Sá de Betencourt, filha de Christo*
de Sá de Betencourt, e de sua mulher Francisca Barbozr,
filha esta de Baltazar Barboza de araujo, de Ponte de
Lima,e de sua mulher Catharina Alvares ; teve filhas :
D. Izabel de Lemos, terceira mulher de Domingos
Maciel Teixeira, (1) e depois de Germão Botello.
D. Francisca de Menezes, (2) cazada com Antonio
da Fonseca Saraiva. Batizada na SA a 11 de Outubro
de 1620.
D. Madaglenn de Menezes, mulher de DamiBo Pi-
nheiro de Mendonça.
De seu marido Domingos Maciel Teixeira teve D.
Izabel de Lemos um filho por nome ThomB, batizado na
capella da Trindade a 23 de Setembro de 1646, o qual
Thome faleceu sete mezes depois da morte de seu pai.
Christovão de SB de Betencourt foi cazado com Fran-
cisca Barboza, filha de Baltazar Barboza de Arado e
de sua mulher Catharina Alvares, a A. . . n. 1; e teve
filha :
1. D. Joana ile SB de Betencourt, cazada com Mi-
guel Telles de Menezes, acima.
N. 1 . Diogo JIoniz Telles (a), filho de Henriqne
Moniz Barreto, ou Telles, como se acha em varios assen-
tos de batizados e cazamentos, alem do que já d'este 5ca
assentado á pag. ... n. 7, achamos em outros papeis,
que foi cazado segunda vez com D. Felippa de Almeida,
filha de Manoel de Almeida Lobato e de sua mulher D.
Felipps Cordeiro Aires, filha de Aiitonio Cordeiro Aires
e de sua mulher D. Izabel do Rego, e não teve sncess8o
d'esta. Faleceu ella a 15 de Setembro de 1646, sepultada
na igreja ( 1 1 1 collegio.
Tnmbem 6 de notar, que escrevendo n6s no lugar jA

(1) Cazai.;iiii a 10 tlc Janeiro ilz 161 I , iiu Socorro.


(O] I:?lrCrii clsle Diopo Moni7. a 25 tle Dezemhro de 1657, se nltailo
nocol r lu. I: I, Calhnriii:~sua iriiilliiBr faleceu a 13 de:.4gosto d)e 1835.
sepnlla8a ~ n l.S..~rancisco.
.
CATALOGO GENEALOOICO 17 3

citado a pag. . ., que da sua primeira mulher D. Catha-


rinaVictoria,que era filha de Manoel Gomes Victoria e de
sua terceira mulher Branca Serra, ou Se&, fóra os dous
m o s que 1 se diz, que ergo Antonio Moniz Telles e D.
Branca Telles, teve mais os seguintes :
3. Henrique Moniz Telles, cazado com D . Izabel de
Almeida, sem filhos.
4. D. Antonia de Menezes, mnlher de Francisco da
Rocha de Sá, com filhos.
6. D. Leonor Telles, mulher do capit8o João Mendes
de Vamncellos .
6. D. Marianna Telles, primeira mulher de Luiz 81-
vares Franco, adiante.
7. D. Branca Telles, mulher de Amaro Homem de
Almeida.
8. Manoel Telles, cazado em Angola, sem 0lhos.
9. Cosme Moniz, que faleceu no Algarve.
10. Bartolomeu Moniz, cazado com D. Arcangela da
Lomba, com filha.
N . 14. Manoel Telles Barreto,filho primeiro de An-
tonio Moniz Barreto e de sua mulher D. Cãtharina de SB,
foi fidalgo da caza real, e cazou com sua sobrinha D.
Francisca Lins de Vasconcellos, filha de Constantino Lins,
a fl. ... n . 6, e ahi como se diz.
N. 6. D. Leonor Telles, filha do capitiio Diogo
Yoniz Telles e de D. Catharina Victoria,primeira mulher,
aszoa com o capitão Jogo Menezes de Vasconcellos,caval-
leiro da ordem de Santiago, natural da ilha da Madeira,
a o de J& Menezes Delgado e de sua mulher Constança
de Mendonça de Vasconcellos, e teve filhos :
11. D. Catharina de Vasconcellos, muiher do capitão
JoBo Nanes Pita.
18. Jogo Mendes de Vasconcellos.
13, Dioqo Moniz Telles, capitão, c d o com D. Iza-
bel de Aimeida.
N. 11. D. Catharina de Vasconcellos, filha de D.
Leonor Telles, acima, cazou com o capitão J o b Nunea
Pita, natural da Bahia, 0lho de Seblrstiiio Martins Bran-
dãn e de sua mulher D. Maria das Neves, e teve 0lha :
14. D . Maria de Vaaconcelloa.
D. Marianna Telles, filha do capitão Diogo Monu,
Telles e de sua primeira mulher D. Catharina Victoria,
cazou com Elias Alvares Franco, e teve filhos :
15. Diogo Lopes Franco, w d o com D. F r a n h
Telles, sua prima.
16. D. Joana Telles, que se segue :
17. .Jozé Telles Btrrretto, cazado com D. Uraula &
Rocha.
N. 1s. 1). Joana 'l'elles, acima, cazon com o asr-
gento-mbr Jogo de Couros Carneiro, escrivb da cam&m
da Bshia, e teve filhos :
18. Manoel Paiva de Vasconcellos.
Maria Cnet,ans, abatleçtr, Catharina do Monte S i d
e Pascoa da Resurreiçáo, freiras no Desterro.
19. Jogo de Couros Carneiro.

'I'ELLES

Rafael Telles, nat4iiral (1% ilha da Madeira, filho de


Antonio Fernundes de Bbreu e de sua mulher Maria de
Gouvêa,passou á Bahia,e ahi cazou com Maria Ibanqel, *
filha de Xiguel Ribeiro e de sua mulher Marta Viliela,
pessoas opulentas eni cabedal : teve Rakel Telles de
sua mulher os filhos seguintes :
1. Maria Rangel, que se segue. Batizada na sé a 16
de Abril de 1685.
2. Joana Telles, adiante.
3. D. Juliana Rangel, terceira mulher de Egas
Moniz Barreto, a pag. . . 11. 1 e seguinte.
4. D. Izabel Telles, mulher de Christovão de A g a b
Daltro, sem sucesdo, a pag. . .
5. Francisco Telles, bntizado a 6 de Dezembro de
1.593.
I;. Antonio Raiigel. religiozo da companhia. Bati-
zado a 22 de Abril de 1695.
(*: Cs~ararnna si' a t i tle Janciro de 1583.
CATALOOO OENEALOOICO 175
Segunda vez cazou Rafael Telles com D. Micia
de Armas, viuva de Belchinr de Souza Dormando, e filha
de Lniz àe Armas e de sua mullier Catharina .Jiicques,pes-
soas nobres e piincipaes cin Baliia, e d'este seguiido ma-
trimoniu n b teve sucessão.
N .1 D. Maria Range1,filha de Rafael Telleu, acima,
e de sua mulher Maria Rangel, cazou com AndrB de Pa-
dilha de Barros, natural de Portugal, o qual havia pas-
sado ao Brazil no anno de 1589, e foi mpitão de infan-
taria nas guerras dos Olandezee, fidalgo cavalleiro da
ordem de Christo, teve filhas:
7. Marta Rangel, que se segne.
8. Izabel Pereira de Magalhiies, cazada com Rodrigo
de Argolo, e a sua desceqdencia vai a pag. .. n . 7 .
9. Maria Telles de Padilha, cazada com Vicente
Rangel de Macedo.
N. 7. Marta Rangel. filha de Maria Rangel, n . 1, e
de seu marido Anclr6 de Padilha de Bqrros, cazou a
f p r h e contra a vontade de seus pais * com Christovb de
Leíio Camello, filho de Francisco Teixeira Soares, mestre
de assucar do engenho de Baltaznr Lobo, e de ma
mulher D. Beatriz de Leão, que era filha de Christovso de
Leão Camello, e teve filhos :
10. Joana Telles de Magalh&es, que se segne. Ba-
tizada a 3 de Julho de 1646, pelo vigario Diogo Coelho.
11. Beatriz Telles de Magalhiies, cazada com Rafael
Pessoa da Gama, batizada a 29 de Setembro de 1648.
1%.Antonio Telles de MagaLhges, cazado com Izabel
da Silva, batizado a 28 de Agosto de 1660.
13. Izabel Telles de Magalhhs, cazada com Antonio
de Almeida, batizado a 28 de Março de 1663.
14. Andrd de Padilha de Magalhges, cazado com
Clara da Gama, Blha de Antonio Pessoa e de sua muiher
Maria da Silva, cazaram a 30 de Janeiro de 1690.
N. 10. Joana Telles de Magalliiies, filha de Marta

Foi recebida lia ~ i: 118 de bemiiibro do 1610 r ordem do


senhor bispo D. Peúm da Silra,por se haver aomnlalo de
y~, e foram .receber as k n ç es na treguez~ado S a m m eni Abril
e 1641 pelo vigario Prancisco Pereira de Aguiar.
176 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

Rangel e de seu marido Christovão de L& Camello,


cazou com Euzebio Teixeira (I), e teve filhos.
15. Maria Telles, mulher de Domingos da Mota.
16. Antonio Telles de Magalhães, batizado a 20 de
Junho de 1672.
17. Ignacio Teixeira de Magalhies.
18. Manoel Telles.
19. Anna Pereira, cazada com Antonio Ferreira
Feio.
20. Beatriz Telles de Magalhães, mulher de Domin-
gos de Araujo .
21. Joana Telles de Magalhies.
N. 19. Anna Pereira, filha de Joana Telles de Me-
galhies, n. 10, e de seu maildo Euzebio Teixeira, cazoa
com Antonio Ferreira Feio e teve filho :
22. Antonio FerreiraFeio, que cazou com sua prima
D. Ursula de Almeida.
N. 2 Jouna Telles, filha de Rafãel Telle e de aaa
inulher Maria Rangel, cazou duas vezes, uma com o capi-
ta? Francisco de Padilha, do qual náo achamos mais no-
ticia. Segunda vez cazou com João Borges de Escobrrr,
naturd da villa de Bemposta, termo do bispado de Mi-
randa, filho de Joao Borges de Escobar e de sas
mulher Leonor de Aguirre ; de seu segundo marido teve
.Joanna Telles filha :
23. D. Leonor Telles, que cazou com Francisco Cer-
valho Pinheiro, a fl . .. n. 6, e alii a sua, descendencia.
Foi batizada esta D. Leonor Telles ao 1" de Agosto de
16.35. Padrinho o governador Diogo Luiz de Oliveira.
Francisco iúoniz Biirreto (a), filho do capitb Miguel
Telles Barreto e de sua mulher D. Jeronima Corrêa, foi
cazado tres vezes; a primeira com D. Antonia de Menezes,
fllha de Manoel Telles de Nenezes e de sua mulher D.
Izabel de Iüariz, e teve filhos.
D. Aiigela de Nenezes, cazada com o capittio b
herto da Silva Henriques Baldes.
D. Jeronima de Xenezes, cazada.

(1) Cararaiii lia fWgiii%ia do Socorro.


(2) Falwc'ii eiii Jiillio tlr 1688.
CATALOGO GENEALOQICO 177

Segunda vez cazou com D .Fraiicisca de Araujo, filha


d e Ferniio Pereira do Lago e de siia mulher Sebastiana de
Queiroz,e teve filho :
Egas Moniz Barreto, cazado com D. Ignez Telles.
Terceira vez cazoii com D. Maria Telles, fillia de
Francisco Xoniz Telles e de sua mulher D. Izabel Garcia,
a teve filhos :
D. Maria de Menezes.
Francisco Barreto de SB .

ARGOLOS
Rodrigo de Argolo foi um nobre castelhano, que pas-
sou aí Bahia nos principias da sua fundação,e n'ella cazou
com Joana Barboza Lobo, urna das trez irmans orfans,
0ihas de Baltazar Lobo de Souza, que faleceu na car-
reira da India, as quaes trez irmans,com outras mais,tam-
bem orfans e filhas de pessoas nobres, mandou a rainha
D. Catharina, mulher do Sr. rei D . João 111,no anuo de
1651, na armada de que era capitiio de mar e guerra
Antonio de Oliveira de Carvalhal, que foi o primeiro al-
aide-m6r da Bahia, e vieram a entregar estas orfans ao
governador Thomé de Souza, primeiro que no anuo de
1549 veio fundar esta cidade, mudando-a da Villa Velha
do Pereira para onde agora está, recommendando el-rei e
a rainha ao dito governador cazasse as taes donzellas
com as pessoas principaes que houvesse na terra, e assim
aon o tal Rodrigo de Argolo, acima, que n'esta mesma
ocazib, com o governador Tliomé de Souza, ou na pro-
pria armada do Oliveira veio á Baliia cazou o governador
aD. Joana Barboza, a qual e suas duas irmans, nomea-
das a fl .. . dizem as memorias, que d'ellas tratam, eram
sobrinhas do Conde de Sortella. Foi este Rodrigo Argolo
provedor da alfandega da nova cidade do Salvador, Bahia
de Todos os Santos, por mercê do Sr. rei D. JoBo 111,
por cazar com a sobredita D. Joana Barboza, da qual
teve os filhos seguintes :
1. Paulo de Argolo, que se segue.
!u P. I. VOL. UI.
1 7 8 REVISTA TRIMENSAL DO IKSTITCTO IIISTORICO

2 . D . Ignez, (1) miilher de Jacome Raimundo.


3. L). Anna de Argolo, (2) mullier de Joiio de Brito,
sem filhos.
4 . 1). Maria de Argolo, cazada com Antonio Ribeiro
adiante, a fl.. .
N. 1 . Paulo de Argolo (3), filho de Rodrigo de Argolo,
Castelhano, e de sua miillier D. Joana Barboza Lobo, foi
proveílor da alfandega da Bahia, e mzou com D. F e l i h
Lobo,sua prima, filha de Gaspar de Barros de Xagalhks
e de sua niolher Catharina Lobo de Barboza de Almeida,e
era a dita Felicia Lobo irman de D. Joana Barboza, m8i
tl'este Paulo de Argolo, e mulher de seu pai Eodrigo de
Argolo, Castelhano. A dita Felicia Lobo era jh viuva de
Pedro Dias, mercador rico, a fl.. ., teve filhos.
5. D. Joana de Argolo (4), que cazoii duas vezes ;
a primeirti com o dezembargador Francisco Subtil de Si-
qileira, a fl...
Segunda rez cazou com o Dr . SebastiBo Pami de
Brito, a fl. ... e ahi a sua descendencia .
6. Paulo de Argolo ( 5 ) que cazou com I). Micia Lobo
de Mendonça ( 6 ) , filha de Egas iiloniz Bal~eto,filho de
Jeronimo bloniz Barreto, o velho, e de sua primeira mn-
lher D. Micia Lobo de Mendonça. E' cazado este Eges
Xoniz Rarreto a primeira vez com D . Agueda de Lemos,
de quem foi fillia esta Xicia Lobo de Iilendonça, mnlher
cl'esse Paulo de Argolo, veja-se a fl. .. n... .
7. Hodrigo de Argolo, que se segue.
N. i . Iiodrigo de Argdlo, fillio de Paulo de Argolo e
de sua miillier Felicia Lobo, (7) cazou com Izabel Pereira
de Jlagalhiies, filha do capitáo Anclrk de Padillia e de

. I ) Falece11 :I I I de Seteiiil~rodo I(i05, srpulL111n~ i i Francisco.


~ i S.
(2) Cazoii ir 21 dii No\ c!iiil~rode 1552.
i:])Falet.rii ilsle Paiilo de . \ r ~ c ~:Il o12 di! Janc!iro [li! I(il!l. Tesk-
iiicnleirus siii? iiiiillicr 12elici:i I.ol~nc scii eiiteado Ilaltizar Lobo, Ulho
1 1 1 ) l'cdro Ili;is.
( I ) F;rlet~ibiie.il:i a 18 tle J;iiicira~tlc li;Ai, 9s H Iiorar d;i iioite, se-
11ll;11ia rili S. Pr;~ii'isi~~).
(5) Uatiz;ulo n:i si; :i 'i ( l i h 1iiiiIi11(le 1 1 X i l .
(C] 1:. c:izoii i-uiii t'stii li. biici:r iL 23 tlr Xo\ ciiil~rudc lti21.
( 7 ) C;izoii iio Sucorro eiii Jiillio iI(' Ifi.ià, e a 28 i10 dito r~vebeuas
Iiciiyius, f:il~~cc~i eni 1M5.
CATALOGO QENEALOQICO 179

sua mulher Maria lbngel, filha esta de Rafael Telles e


de sua mulher D. Maria Rangel, e teve filhos.
8. Rodrigo de Argolo, clerigo de ordens sacras.
Batizado em Jaguaripe a 30 de Abril de 1643.
9. Francisco de Padilha.
1 0 . Panlo de Argolo, que se segue. Batizado no
Socorro a 30 de Maio de 1646.
11. Filicia Lobo. Batizada a 19 de Novembro de
1647.
12. Yariana Pereira, soror. Batizada a 5 de Junho
de 1649.
13. D. Anna Argolo, miillier do capitão Antonio Mo-
reira de Menezes, a fl... Batizada a 19 de Fevereiro de
1630.
14. D. JoanaTelles de Yenezes, mullier do licenciado
Bartolomeu Soares, sem filhos. Batizada a 9 de Março
de 1654.
15. ~ i n l o que
, faleceu de 10 annos. Bàtiz ,do a 2 0
de Agosto de 1654.
N. 10. Paulo de Argolo, filho de Rodrigo de Argolo.
n. 7., e de sua malher D. Izahel Pereira tle Magalhães,
cazou com D. Ignez de Gnsmso, * filha de Niguel Rodri-
gues de Gusmão e de sua mulher I). Maria deSouza, que,
por morte d'esse seu marido Migiiel Rodrigues de Gusmão,
cazon segunda vez a tal D. Maria de Souza com Sebastiáo
Moniz, filho de Martim Affonso de Mendonça, a fl...
n. 13, e a tal D. Maria de Souza era filha de Francisco
Barreto e de D. Clara de Souza, a fl.. ., teve filhos :
16. .Joz&de Argolo de Gusmão, que faleceu solteiro.
17. D. Joana de Argolo, cazada com Jogo Pereira
Barboza, adiante a fl.. .
18. Panlo de Argolo, cazado com D. Leonor Fran-
cisca, a fl.. . Baptizado na capella de Cinco-Rios a 16 de
Junho de 1708.
19. Jo& de Teive de Argolo, cazado com D. Joa-
quina de Almeida,a fl... Baptizado na dita capella a 6 de
Setembro de 17 11.
--
- Cazou na Copacabana a 18 de Fevereiro de 1892.
N. 18. Paulo de Argo10,íiiho de Paulo de Argolo, n.
I 0,e de sua mulher D .Ignez de Gusmáo,foi senhor do en-
genho de Cinco-Rios, e cazou com D. Leonor J?rancieca
de Aranjo Queiroz, filha do capit8o Antonio &nplves da
Rocha, cavalleiro da ordem de Christo, e de sua mulher
D. Luiza de Queiroz Araqjo (I), e teve filhos, vide fl...
20. Miguel Jeronimo de Argolo .
21. Francisco de Argolo.
22. Joz6 de Argolo.
23. Paulo de Argolo .
24. D. Francisca.
26. D. Maria, D. Ignez, D. Maria Roza.
26. D. Ant.onia .
27. D. Luiza Clara de Queiroz, segunda mnlher do
deeembargador adiante.
28. D. Anna, D. Antonia, D. Clara, D. Leonor.
N . 19. JoBo de Teive, filho de Paulo Argolo, n.lO, e
de sua mulher D. Ignez de Gnsmão, cazou com D. Annm
Joequina de Almeida, viuva de Luiz Barbalho de Ne-
greiros Corte-Real, e filha do capitão André Marques, ca-
vaiieiro professo na ordem de Christo, e de sua muiher
D. Izabel de Almeida, e teve filho :
29. Paulino.
N. 21 . D. Luiza Clara de Queiroz, 6lha de Paulo
de Argolo, n. 18, e de sua mulher D. Leonor Francisca de
Queiroz, é segunda mulher 'do dezembagador Bernardino
FalcBo de Gouvêa,cavalleiro professo naordem dechristo.

ARGOLO RIBEIRO
N . 14. Antonio Ribeiro, de quem n8o achamos mais
noticia de que no livro antigo dos cazamentos da s6, que
cazou a 6 de Novembro de 1556 com Maria de Argolo,
n . 4 (2), a qual era filha do primeiro Rodrigo de Argolo,
Castelhlino. De sua mulher Maria de Argolo teve Antonio
Ribeiro filhos :
( I ) Faleceu esta 1). Luiza de Qiieiroz a 23 de Agosto de 1771.
(1) Faleceu esta Maria de Argolo a 11 de Fevereiro de 1601. Tes-
tamenteiro seu Ulho Bernardo Ríbeiro. Sepultada em S. Bento.
CATALOGO GENEALOGICO 283

30. Bernardo Ribeiro. Baptizado na sé a 20 de


Agosto de 1562.
31. Agostinho Ribeiro. Baptizado na sé a 4 de
Março de 1564.
N. 4. Maria de Argolo, filhade Rodrigo de Argolo, o
primeiro, e de sua mulher D. Joana Barboza; cazou com
Antonio Ribeiro (I), qne tambem serviu de provedor e juiz
da alfandega da Bahia, e teve filhos:
1. Joana Barboza, que se segue. Baptizada na
sé a 10 de Marco de 1568. Padrinho o governador
D. Dnarte, etc.
2. D. Elena de Argolo, cazada com Manoel de 98
Soutomaior. Baptizada na se n 'i de Junho de 1560.
3. Bernardo Ribeiro. Baptizado a 21 de Agosto de
1562.
4. D. Agostinho Ribeiro, bispo de Ceut.a. Baptizado
a 4 de Marco de 1564.
N. J . D. Joana Barboza (a), filha de Maria de Argolo
e de seu iqarido Antonio Ribeiro, cazon com Diogo Corri%
de Sandt,, natural de Portuga1,da caza dos Corrêas de Sa,
tronco d1.8viscondes de Asseca, e teve filhos :
5. André Corrêa de Sande.
6. Antonio Ribeiro.
7. D. Maria de Argolo .
8. D. Leonor Corrêa de Sande.
9. D. Luiza de Sande.
10. Pedro Corrêa.
11. D. Catharina de Sande deAndrade,que se segue.
N. 11. Catharina de Sande, filha de D. Joana Bar-
.
bom, n I , e de sen marido Diogo Corrêa de Sande,foi se-
gunda mulher de Sebastião Pacheco deCastro,e teve filha:
12. D. Clara de Sande, que se segue.
N. 12. D. Clara de Sande, filha u n i a deD. Catharina
de Sande e de seu marido Sebastião Pacheco de Castro,
w o n com o capitão Francisco Fernandes da Ilha.
(1) Catou na a 5 tle Novembro de 15%. Testimunhas o
nador D. Doarte da Costa, seo filho D. Alvaro e Paria I . o b n . m o l ~ &
Irrancim Bicodo ; e falecen ella a I 1 de Fevereirp d e 1603. Sepnltida
em S. Bento. Teshmentc~irowu íllho Bernardo Ribeiro.
(P) Faleceu esta no u n o de 1598. Sepultada no collegio.
ARAUJO, BARBOZA
Antonio Barboza de Araiiio, cazado com D . Monica
de Menezes, natural de ~ ~ i i a ~ e ; f i e ~ ude
e zSantiago,teve
ia
filho :
1. João Pereira Rarboza, que se segue
N. 2. João Pereira Barboza, filho de Antonio Bar-
boza de Araujo e de sua miilher D . Monica de lienezes,
foi cazado com D. Joana de Argolo de Gusmão,* filha
Paulo de Argolo, n. 20, fl.. ., e de sua mulher D.Iguez de
Gusmão .

ARGOLOS E MOREIRAS
S. 13 D. Anna de Argo10,fillia de Rodrigo de Argolo,
n. 7, e de sua mulher Izabel Pereira de Menezes,
oom o capitão Antonio Moreira de Menezes, filho de
Antonio Moreira de Gambijir, fidalgo da caza rea1,e de ma
mulher D . Antonia do Menezes a fl. .., e teve filhos :
1. Jozb de Argolo de Menezes, que se segue.
2. Bartolomeu de Srgolo de Menezes, depois.
3. Vicente de Argolo tle Menezes, adiante.
4. bfanoel Telles tle Jlenezes, ao depois.
5 . Rotirigo de Argolo, que morreu com ordens sacras.
6. D. Elena Maria de Argolo, cazada duas vezes,
a primeira com Bartolomeo Soares, a fl., a segunda com
Francisco de Negreiros Ci~rte-Real,a fl.. . Batizada a 29
de Junho de 1672.
7. D. Antonia de Argolo, cazada com João Pereira
Coronel, e depois com Baltazar de Vasconcellos, e de
nenhum teve sucessão. Batizada no Socorro a 31 de Jdho
de 1675.
8. D. Ignez de Argolo, cazada em Sergipe d'el-rei
com Theodozio de SB Braiidáo, sem filhos.
N . 1. Joz6 de ilrgolo de llenezes, filho de D. Anna
de Argolo e de seo marido o capitáo Antonio Moreira
de Menezes, foi cazado dnas vezes ; a yriuieira com D.
-- ~

* C,uararii a 27 de Fevereiro de 1721.


CATALOGO GENEALOGICO 183
Francisca de Menezes, (1) filha de Antonio Barboza de
Araojo e de sua mulher D. Jionica Serrão de Menezes,
tiveram filhos :
9. João de hrgolo de Menezes, cazado com D. E'6
de Souza na villa do Cairii, dos Eças e Couros, seili sii-
cessso.
10. Antonio Noreira, que faleceu solteiro.
Segunda vez cazou Joze de Argolo de Menezes com
D. Catharina Poncina Bezerra de Vargas Cirne, (2) filha
d o capitão de cavallaria Jliguel Bezerra, e cavalleiro da
ordem de Christo, filho de André Fernandez Bezerra e
de D. Marta de Cortes, filha do capitão Affonso Vaz
Corte e de sua mulher D. Maria de Vargas Cirne, filha do
sargento-mór Manoel de Vargas Cirne, fidalgo conhecido,
.e de sua mulher D. Anna Pereira, filha do capitão
Lazaro Lopes Soeiro, dos Sueiros do Ninho. De sua se-
gunda mulher D. Catharina teve JozC de Argolo os
filhos seguintes :
11. Simão Manoel de Argo10,que se segue. Batizado
a 28 de Dezembro de 1730.
12. Joz6 de Argolo de Menezes, solteiro. Batizado
a 1 5 de Abril de 1731, no Monte.
13. D. Maria de Vargas Cirne, adiante.
N . 11. Simáo Jfanoel de Argolo de Menezes, filho
de Joz6 de Argolo de Menezes, n. 1, e de sua segunda
mulher D . Catharina, cazou COEI D..Clara Maria da Encar-
nação, filha do sargento-m6r Antonio da Costa Coelho e
de sua molher D. Agoeda Luiza Gomes de Lima, e teve
0Ih :
14. Thomaz de Argolo de Menezes.
15. Joz6 de Argolo de Menezes .
16. D. Roza Maria de Argolo.
17. D. Clara Maria de Argolo .
N . 13. D. Maria de Argolo, ou Vargas Cirne,
filha de Joz6 de Argolo de Menezes, n. 1, e de sua

(1) Cemarama 4 de Jiinlio de 1710, dispensadosno :L0 grao de coii-


sanguinidade em Gnadaliipe.
(O) Cazaram a 8 dr Jiinrirc, de 1737 na capella tle S. Doiniiigos.
segunda mulher,cazou com o guarda-mõr Bernardo d;r Sil-
veira de Menezes, cavalleiro da ordem de Christo, e teve-
filhos :
18. D . Anna de Nenezes.
19. Caetano JozB.
N. 2 . Bartolomeo de Argolo de Menezes, filho de.
D. Anna de Argolo, n. 13, e de seo marido o capitão
Antonio Moreirtr do Menezes, cazou com D. Antonia Izi-
dor8 Maria Bezerra de Vargas Cirne, * filha do c a p i m
Miguel Bezerra, cavalleiro da ordem de Christo, e de sa8
mnllier D. Maria de Vargas Cirne, e d'esta sua mulher
teve filhos :
20. Frei Jogo deArgolo, carmelita calçado na Bahir-
21. Rodrigo de Argolo Vargas Cirne, que se segue-
22. D . Anna, que faleceu solteira a 13 de Maio d e
1731.
23. D . Elena Maria. Batizada a 7 de Novembre
de 1729.
24. D . Roza, que faleceu a 8 de Setembro de 1733.
Segunda vez cazou Bartolomeu de Argolo com D.
Agueda Luiza Gomes de Lima, filha do capitb Manoel
Rodrigues Brandão e de sua mulher D. Maria Rebonçe, e.
era a tal D. Agueda Luiza viuvtr do sargento-m6r An-
tonio da Costa Coelho, e teve filhos :
26. Pedro de Argolo de Menezes, cazado com D-
Jozefa Maria. Batizado'a 2 de Setembro do 1734.
26. Victorino de Argolo de Menezes, adiante.
N. 21. Rodrigo de ArgoloVargas Cirne de Menezem,
filho do capitão Bartolomeu de Argolo de llenezes e de.
sua primeira mulher D. Antonia Izidorit Rezerra, etc.,.
foi sargento-mõr do regimento de caviillrtria do t.ermo da
cidade, e ao prezente é. coronel do mesmo regimento ;.
cazou com D . Marcella da Silva, filha de Antonio da Silva.
Gomes, familiar do santo officio, e de sua mulher The-
reza de Jezus; teve onze filhos.

' Cnzainin no Socorro n 29 d ~ ?Janeiro tle 1715. Faleceu D. An-


ionia a 18 d e Agosto de 1739.
CATALOGO GENEALOGICO 185

27. Ignacio de Argolo Vargas Cirne (1) , que se


seme-
28. D. Luiza Vicencia da ResurreiçAo .
29. João de Brgolo. que faleceu moço.
30. D . Antonia Izidora de Argolo.
31. D. Anna Naria de S. Joaquim,
33. D. Maria Francisca de Argolo.
N. 2 7 . Ignacio de Argolo Vargas Cirne, filho do co-
ronel Fbdrigo de Argolo Vargas Cirne de Iüenezes e de
sua muher D. Narcela da Silva, G ajudante de um dos
regimeatospagos. e cazoii com D. Anna Joaquina de Sonza
de Matos, filha do capitáo Jozk de Souza de Matos e
de sua mulher D. Francisca.
32. Ignacio de Argolo.
N. 26. Victorino de Argolo de Menezes, filho do
capitgc Bartolomeu de Argolo de Menezes e de sua se-
gnndamolher D. Agueda Luiza Gomes de Lima, çazoir
com Il Anna Ignez Jozefa Saldanha de Andrade, filha
do Dr Jozk Borges de Siqneira e de sua mulher D.
ClaraJozefa Saldanha, pelo qual caaamento 6 proprie-
tario dos officios de distribuidor, inquiridor e contador
dos aiditorios judiciaes da cidade da Bahia, e teve filhos :
3.D. Maria.
:õ. Antonio Moreira.
I.3. Vicente de brgolo de Iüenezes, filho de D.
Anncde Argolo, li. 13, e de seu marido o capitão Antonio
Morera de Iüenezes, cazou com D. Anna Maria de
Var s Crne,(2) filha tambem do capitão de cavallariaMi-
5
gue ezerra, jA referido na descendencia de Jozé e Barto-
lomade Argolo, irmãos d'esse Vicente,e cazados tambem.
coi1i8s irmans d'est,a, cazada com Vicente de Argolo, e
d'eh teve filhos.
36. D. Anna de Argolo Vargas Cirne, cazada com
Joa Pinto .Ribeiro.
37. D. Naria, que faleceu menina a 15 de Janeiro
de1728, batizada em caza .

(1) Balizado no Monte, no anno de 1748.


(2) Cazaraiii a 2 de Outubro de l i 2 6 na capella de S. Antonio
dr Cinco-Rios.
24 P . I . VOL. LII.
38. D. Ilarin: ùatizacla iio Jlonte a 1-5 de Janeiro
de 1731.
39. Francisco Xavier de Argolo, (1) cazado com D.
Antonia Bezerra de Vargas, sem filhos.
30. Ignacio de Argolo de Xenezes (e), solteiro.
31. Leandro de Argolo de lfenezes, que se segue:
N, 31. Leandro de Ai-gol0de JIenezes,fillio do capitão-
mor Vicente de Argolo de 3fenezes e de sua mulher D.
Anna Maria de Vargas Cirne. cazou com D. Thareza.
N. 4. Manoel Telles de Jlenezes, filho de D. Anna
tle Argolo e de sei1 marido o capitão Antonio bioreinr de
Jleiiezes, jSt referido, cazoii com D. Izaùel (ia Rocha,filha
de Zenobio de Alnieida e de siia mullier Maria d a Rocha
de ~ l v i l a e, teve fillios:
Antonio Jforeira de Menezes, cazado.
Carlos .Jozé de Argolo de Menezes, cazado.
Jogo cle Argolo.

Meni R.uiirigues de Vliscoiicellos, filho de IUa-tim


Mendes de Vasçoncellos e 1iet.o de I). iifem Rodriguei de
Vasconcellos, cazoii com Catliariiia Furtado de Aíendaiça,
fillia de Bartolomeo Pei.est,rello, que foi capitiic de
Porto-Saiito (I%), nit illia tla JIadeira, a de sua indher
Beatriz Fiirt,ado tle Jleiitloiiqa! tillia de Anna Delnor.
Teve este Bartolomeo Perestrello, entre outros fihos,
uma que cazoii com Christoviio Colon, outra que c m u
com o Conde de Golvez, e outra com Pedro Corrêa d a
Ciinlia, segundo cayitáo doiiatario da ilha Gracioza 4).
De Mem Rodrigues de Yascoricellos e sua mulher Caiu-
rina Fiirt,ado tle Meiidon~a.aleiu de outras femeits e m-
xos, foi taiiiùem fillio :
1. Heit.or Meiitles de 1-ascc~ncellos,que se segue.
CATALOGO GENEALOGICO 187

N. 1 . Heitor Bfendes de Vasconcellos, filho de Meni


Rodrigues de Vasconcellos, acima, cazou com . D. Maria
Corrêa da Ciinha, oii D. Catliariua Corrêa da Cunlia, coiuo
tem o aiitor da Corografia Portugiieza P . . . fl. 55.1,
5 ultimo, a qual era filha de Pedio Corrêa da Ciiiilia
Lacerda, segundo capitão douatario da ilha Graciozli. e
de sua mulher Izac Perestrello de Mendonça, filha do (10-
nataric do Porto-Santo, Bartolomeo Perestrello, e teve
filhos .
1. Troilo de Yasconcellos, que se segue.
3. João Rodrigues de Vasconcellos.
N. 2. Troilo de Vasconcellos, filho primeiro de Hei-
tor Mendes de Vasconcellos, acima, cazou com D. Iria
de Eello, filha de Diogo de Mello da Cunha, neta de
Vasço Martins de Mello, tio do Concle de Olivença Ro-
dng, Affonso de Mello, e primo co-iriniio do piii do
Conle de Atalaia, Pedro Vaz de Mello. E Vasco Martins
de ileiio por sua mãi D. Izabel de Albuquerque era
netc de Vasco d a Cunha, o velho, senhor da Tabua; e
por-sua av6 D. Thereza de Albuqiierque, descendente de
D. ,oão Affonso Tello de Menezes Albuqiierque, Conde
de 9lbuquerque e neto d'el-rei D. Diniz. Teve Tsoilo
de Tasconcellos de sua niulher filhos :
4. Bartolomeo de' Vasconcellos, que se segue.
5. D. Luiza de Mello, mulher de Antonio de Oliveira
do :arvalhal, alcaide-m6r da Bahia, a fl.. . e seguinte.
6. D. Catharina de Mello, mulher de Baltazar
Fereira Peixoto.
N. 4. Bartolomeo de Trasconcellos, filho de Troilo
deVasconcellos, acima, foi commendador da ordem do
Sexo, tomou a fortaleza do Rio de Janeiro aos Francezes
no anno de 1560, sendo capitão da armada, que mandou
a 'ainha D. Cathnrina a este effeito, cazou com Joaiina
dtMendonça, senhora da villa da Praia na ilha Terceira ;
viva do capitão d'ella Antão Martins da Caniara, e não
tue filhos. Segunda vez cazou com D. Francisca Corrêa
d Albuquerque, filha de Vicente Corrêa de Albuquerqiie,
i m h de Pedro de Albuquerque de Penalva, sobrinhos de
I. Brites de Albuquerque, que fundou o mosteiro de
188 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Ferreira e foi abadeça perpetua d'eiie. De sua segunda


mulher teve filhos :
7. Martim Mendes de Vasconcellos, sem filhos.
8. Rui Mendes de Vasconcellos, que sucedeo a seu
pai na comenda do Seixo.
$1. Francisco de Vasconceilos da Cunha, que m
segue.
N. !i. Francisco de Vasconcellos da Cunha,flho tar-
ceiro ile Bartolomeo de Vasconcellos e de sua segunda
mulher I). Francisca Corrêa de Albuquerque, foi wnsg
Iheiro de Sua Nagestade,commendadorde S.Facundo e de
S. Nttria da Torre, da ordem de Christo, cazon cam D.
Izabel de Brito,fillia de Jeronimo Dias Cardozo de B r i b
e de siia mulher D. Guiomar da Gama, e teve filhos :
I O. Rartolomeo de Vasconcellos da Cunha, que se.
segue.
N. 10. Bartolomeo de Vasconcellos da Cunha, tllho
de Francisco de Vasconcellos, n. 9, foi governadn da
ilha da Madeira, * crtzou com D. Juliana de Melb, sua
prima, morgada em Angra, filha de Joz6 Ferrei-a de
Xello, irm8o de sua mái, e neta de Luiz Ferreim de
Mello, e de sua mulher D. Guiomar da Gama ; bisneta
de EsterBo Ferí-eira de Mello e de sua mulher D. luto-
nia de Limil, fillia de Nanoel Pacheco de Lima e de.
sua mulher D. Francisca Neto. O mais se páde rn no
autor citado na nota.

OLIVEIRAS E CARVALHAES, MELLOS E


VASCONCELLOS NA BAHIA
Antonio de Oliveira de Carvalhalfoi o primeiro d b t e
apellitlo o11cognome, que veio h Bahia. Em um manusaito
que vimos, se diz, que este Antonio de Oliveira, a qiem
acrescentam o segundo cognome de Carvalhal, era :lho
de Heitor de Oliveira e de sua mnlher D. Violante de
Miraiida, filha de Nartim AíYonso de Iriranda e de ma
miilhei D. Izabel de Brit.0, que era filha de João Nmes
de Carvalhal, ama cio infante D. Fernaudo, Duque de
Viseu, e filho d'el-rei D. Duarte. Mas do alvarh de
Sua Nagestade, em que o nomèa cavãlleiro fidalgo, que 6
o certo, consta, que era este Antonio de Oliveira filho de
S i m b de Oliveira, morador na villa de Extremoz, e
irmão de Francisco de Oliveira, ao qual o sobredito rei j8
tinha concedido o mesmo fôro, e foi passado este na f6rma
seguinte.
Eu el-rei faço saber a ros Thom6 de Souza do meu
conselho, veador da minha caza, que Antonio de Oliveira,
alcaide-mór da povoação de Pereira, nas partes do Brazil,
filho de Simão de Oliveira,morador na villa de Extremoz,
me pedio por mercê o quizesse tomar no foro e moradia
de seu i r a o Francisco de Oliveira, e por lhe fazer
mercê, havendo respeito aos serviços, que me tem feito
nas ditas partes, hei por bem, e me praz de tomar ao
dito Antonio de Oliveira por cavalleiro fidalgo de minha
caza, com mil e cem r6is de moradia cada mez, e um
alqueire de cevada por dia, quando tiver cavallo, pago
segundo a ordenança de minha caza, com declaraçilo que
não ha de haver cazamento a respeito dos oitocentos reis,
que o dito seu irmão tem de moradia de escudeiro fidalgo,
segundo mostrou por certidgo de Francisco de Siqueira,
que ora por meu mandado serve de escriviío da matricula
dos moradores de minha caza ; pelo que vos mando, que o
façaes assentar no livro da dita matricula no titulo dos
cavalleiros fidalgos com a dita moradia de cevada, e de
como o fica assentado passar8 o escriváo da matricula sua
certid8o nas costas d'este, em que declarar8 a quantas
laudas do dito limo fica o dito assento, e este lhe ser8
tornado para elle obter para sua guarda. Diogo Lopes o
fez em Lisboa aos 10 dias de Maio de 1664. Rei.
D7este alvar8, que não tem duvida, consta. que
Antonio de Oliveira, de quem aqui se fala, n&o foi filho
de Heitor de Oliveira, mas sim de Simão de Oliveira, mo-
rador na vilia de Extremoz,e d'este ajuizamos podia vir a
Antonio de Oliveira o cognome segundo de Carvalhal ;
porque bem podia ser este Simi%ode Oliveira irm&o, por
parte de pai, de Heitor de Oliveira, este que o manu-
scrito que vimos dá por pai de Antonio de Oliveira e filhos
ambos, assim Heitor de Oliveira, como Simão de Oliveira
de João Mendes de Oliveira, o qual foi cazado duas vezes,
a primeira corii D. Brites cle Aíello, filha de Vascolfartins
cle JIello, alcaide-inór de Evora e Castello de Vide, e teve
cl'esta a Heitor de Oliveira e outros ; segunda vez foi
casailo João Mendes de Oliveira com D. Izabel de Brito,
fillia bastarda de Heitor de Carvalhal, amo da rainha
D. Leonoi., iiiiillicr 1lc el-rei D. João I1 e d'esta sua
segiiiitla mulher podia ser fillio Simão de Oliveira e por
esta via, vir a seo filho Antonio de Oliveira, o cognome
de Carvalliiil, que iião podia ter por via de Heitor de
Oliveira, e para qiie iriellior se entenda isto pomos aqui a
seguinte arvore :
.Joane Meiides de Oliveira foi cazado duas rezes, a
priiiieii-açoiii D. Brites de Nello, filha de Vasco Nartins
de Mello, e d'esti~teve fillio.
1. Heitor Mendes de Oliveira, como os mais.
Pegintla vez cazou Joane Mendes com D . Izabel de
Brito, bustartla, e d'esta teve, entre outros, filho
2. Sim&) de Oliveira, que se segue adiante.
S. 1. Heitor Meiitles de Oliveira, filho de Joane
Mendes de Oliveira, ciizoü com D .Violante de Iriranda, e
teve íillios.
:i. Martini Atfonso de Oliveira JIiranda e outros.
S. 1. SimHo de Oliveira, filho de Joane Nendes e de
siia segiiiiilii miilher, teve filhos.
4. Friiiicisco tle Oliveira.
.i.,4iitonio de Oliveira de Cnrvnllial, que se segue.
Aiitoiiio de Olireira de Carviilhal. filho de Simão de
Oliveira, como fica assentado. foi cavalleiro fidalgo, ao
qiial iiiiiiidou el-rei L). João I11 no amo de 1551 por
capitão-mór de uma armada ti Bahia, governando Thomt3
de Souza. E foi o primeiro alcaide-mór, como fica dito,
nii Haliia . Cazou com . Luzia de Jlello de Vasconcel-
los, * fi1li;t de Froilo de ~~asconcellos e tle sua mulher D.
l i i:i oii Eria, de Jlello. que era fillia de Diogo de JIello da
C'iinlin. tlc qiieiii teye fillios :

t ~ r i t ~ ~ I ~) . i ~Lii1z.i
ii <li- Mi~llo;I 18 d q x I,tbzi~niliriid~ 1W3. Sepultada
:)#L
1 . Manoel de Jlello clr Vasçoiicellos, que se segue.
2 . Paulo de Citrval1i;il tle Oliveira adii~iite.Batizado
na se a 11 de Jullio de l r , > i .
3. Francisco de Mel10 tle Carvallial .
4. D. Helena de Jlello, mulher de Duarte Moniz
Barreto que já fica á 0. 121 e seg.
5. D. Naria de Vascoiicellos, * que ficou cazada
em Lisboa com Baltazar Pereira, mercador em Lisboa,
moço da camara ; d'estes foi filha,entre outras, D . Luzia,
batizada na se da Bahia a 9 de Agosto de 1587.
N. 1. Manoel de Mello de TTasconcellos,filho yri-
meiro de Antonio de Oliveira, acima foi coinmendador na
ordem de Christo, acompanhou a el-rei D. Sebastião e
por alvarh d'el-rei D. Felippe I1 de Castella e I em
Portugal, que trasladamos, cmsta ao certo de seus ser-
viços e premios.
D. Felippe, por graça de Deiis, rei de Portugal, etc.,
m o governador e perpetuo administrador que sou (lit
ordem e cavallaria do mestrado de Nosso Senhor Jezus-
Christo,a quantos esta minha carta virem, faço saber, que
havendo respeito aos serviyos de Manoel de Mello de Vas-
eoncellos, e o ir com o Sr. rei D. Sebastião, meu sobri-
nho & Africa, e ser captivo na batalha de Alcacer : hei
por bem, e me praz fazer-lhe mercê de vinte mil réis cle
tença em cada uin anno, como é iizo na dita ordem, que
ora lhe mandei lançar, os quaes terá e haverá de ininlia fa-
zenda, de treze dias do uiez de Agosto passado d'este anno
prezente de 1582 em diante, em que lhe fiz esta mercê,
e lhe serão assentados e pagos nas rendas da Bahia cle
Todos os Santos, nas partes do Brazil, aonde ao prezente
vai com o governador Manoel Telles Barreto.; pelo que
mando ao almoxarife ou recebedor das ditas rendas, que
ora e ao diante fíir, que dos ditos 13 dias de Agosto d'este
prezente anno em diante, dê e pague ao dito Manoel de
Mello de Vamncellos esses vinte mil reis de tença, cada
amo, e lhe faça d'elles bom pagamento, aos qiiarteis, por
esta só carta geral sem mais outra provizáo, com decla-
raç8o que o dito almoxarife oii recebedor lhe niio farn
--
Batizada na SI! a 15 de AI) ri1 de 1566.
192 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITCTO HISTORICO

pagaiiiento d'esses viute iiiil reis, o aiinn de 584, sem elle


dito 31;inoel de 3lello nao aprezentar certidão de Rui
Dias de 3Ieiiezes, tidalgo de minha caza, escriviio de
minha fazenda, e das ordens. de como tem pago os trea
quartos d'esta tença, e tirado antes n certidão d'elles, re-
gistrado no livro da fazenda (ia dita ordem, n qual cer-
tidão do dito almoxarife ou recebedor aprezentarh em sua
conta, e pelo traslado d'ella, que terh registrada no livro
de sua despeza pelo escrivão do seu cargo, e os conheci-
mentos do dito Manoel de Mello. Mando, que lhe sejam ur
ditos vinte mil r6is levados e u conta cada aiino, que lhe8
assim pagar ; e aos vedores da minha fazenda, que lhe
façam assentar no livro da fazenda da ordem ; por firmem
de tudo lhe mandei dar esta minba carta por mim asai-
gnada, e sellada coni o sello pendente da minha ordem.
I h d a na cidade de Lisboa aos 1 7 dias de Setembro. Ma-
noel Affoiiso a fez, anno do nascimento de Nosso Senhor
Jezus-Cliristo de 1582. E eu Diogo Velho a fiz escrsver.
Rei.

CertidCo tlo mordonto-r)bór


El-rei nosso seiilior ha por bem de fazer mercb a
Manoel de Mello de ~asconcellos,que foi apozentador doa
fidalgos. de o tomar por caralleiro fidalgo da sua caea
coni inil e duzeiitos 1 . 4 . ; rle moradia e havendo respeito aos
serviqos de seu pai e seus, e a se perder na batalha de
Alcacer, e esta iiiercê lhe fez Sua Magestade a 9 de
Abril de 1585. Em Lisboa a 1 6 de Agosto do dito anno,
na consulta que veio ciespaxaùa .

Certidão
Certifico eu Dnarte bloiiiz Barreto, fidalgo da caza
de Sua Magestade e alcaide-in6r (l'esta cidade do Salva-
tios que é verdaùe. que Manoel de Xello de Vasconeellos,
fidalgo da caza de SuaMagest ade e caralleiro da ordem de
I<osso Senlior .Jeziis-Cliristo. e seu fillio Liiiz de Mello de
Vasconcellos,ambos assistiram n'esta ciditde no tempo do
CATALOGO GENEALOGICO 193

*overnadorD. Francisco de Souza, e Alvaro de Carvalho,


apitão-m6r, e Diogo Botellio Jiinior! governador, e em
odas as occazióes de guerra, que no dito tempo se suc-
ederam, vindo a esta Bahia os inimigos olandezes, etc.
Cm 15 do mez de Abril de 1611 annos. -Doarte Moniz
Iarreto .
N. 1. Manoel de Mello de Vasconcellos, este de quem
,qni se trata, viveu ein Cotegiye, termo da Bahia, cazou
om D. Francisca de Perada, filha de Henrique de Pe-
d a , a fl.. ., e de sua miilher Francisca de Siqueira
hbral, e teve filhos:
6. Antonio de Mello de Vasconcellos, que se segue.
7. Luiz de Mello cle Vasconcellos, adiante. Batizado
L 2 de Maio de 1583.
8. D. Maria de Mello, segunda mulher, de Andrk
Javailo de Carvalho a fl. ..
9. D. Archangela de IkIello, mulher de Francisco
3etenconrt, i r m b de Andrt5 Cavallo. Batizada a 21 de
laneiro de 1686.
10. Henrique de Perada, vigario em N. S. do
Monte.
N. 6. Antonio de Mello do Vasconcellos ( I ) , filho
le Manoel de Mello, n. 1, cazou com D. Maria de Pai-
va (a), filha de Sebastiáo Barreto e de soa mulher D.
Anna da Fonseca, morou na fregoezia de Matuim, e teve
6ihos.
11. Jorge de Mello de Vasconcellos, que se segue.
1 2 . Ignacio de Mello, adiante.
13. D. Loorença de Mello, mulher de Jogo Lopes
de Paiva.
Sebastib e Henrique, que faleceram solteiros.
N. 11. Jorge de Mello, filho de Antonio de Mello,
n. 6, cazon com D. Izabel Cordeiro, a qual faleceu (3),
i&vinva, a 20 de Julho de 1679, e teve filho :
14. Antonio de Xello de Vasconcellos, que se segue.

(1) Fdeceu a 12 de Junho de 1653, sepiiltado na niatrlz do


Yatuim
O Faleceu esla a 28 de Janeiro de 161-2,sepultada em Matuim.
(3) Sepultada na matria de Yatuim.
25 - P. I . VOL. UI.
194 ,REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

N. li. Autonio de Xello de Vasconcellos, filho de


Jorge de Mello, n. 11, cazou com D. Ignez Lobo, íllha
de Andrh Youteiro e de sua mulher Victoria d e Barros,
e não teve filhos. Segunda vez mzon com D. Maria &
Silva, ou líachado, filha de Antonio Bello da Silva, e
de siia mulher Anua Machado,e teve d'esta segunda 81hs:
15. D. Liiiza de Nelln, mnlher de Francisco] de
bíacedo.
Francisco das Neves, diz o termo de seu cszlimento,
que foi a t; de Fevereiro de 1690, a fl . . . n . 11.
Terceira vez cazoii este Antonio de Mello, com
D. Izabel Barbara de Nenezes, filha de Francisco da
Costa e de sua mnlher D. Clemencia Doria, e teve d'esta
filhos :
16. JozB de Mello, Antonio e Joáo de bíello.
17. D. Mariana de JIello, que cazou com Anhnio
Moniz Barreto, o qual faleceu a 12 (te Outubro de
1692.
N . 12. Ignacio de Mello de Vasconcellos, filho se-
gundo deAntonio de Mel10 de Vasconcellos, n.6, e de m
mulher D . Maria de Paiva, cazou no Socorro com D . Fer
lippa, ou Felicia Lobo de Barros,filha de Manoel Pinheiro
de Carvalho, o velho, e de sua miilher D. Maria de Bar-
ros Lobo, a fl.. . . n. 3.
18. Antonio de JIello, Jfanoel Pinheiro.
19 . TI. Catliarina, miillier de Antonio de S&Peixoto.
20. D . Angela, mulher do Domingos Rodrigaes Ca-
xoeira.
N . i- . Luiz de Mello de Vasconcellos, Nlio segando
de Manoel de 31e110 de Vasconcellos, n .1.e de siia mulher
D . Francisca Parada, foi coroiiel e cazou quatro vezes, a
primeira com D .Maria, * filha do Dr . Sebastião Cavallo
de Carvalho e de sua mulher D. Naria de Betencoart,
e tevefilhos, a fl... n. 2 .
21. Cliri>továo de Jlello de Vasconcellos, que se
segue.
22. Hartolomeu tle Vasconcellos, adiante.
2 3 . Francisco de Vasconcellos de bíello, ao depois.

C;izuu wiii e s h erii lij de Abril tle 1606.


CATALOGO GENEALOGICO 195

24. D. Serafina, mulher de Nartim de Freitas de


.
Oliveira, a fl . .
D . Ignez de Mello e D . Felippa de S&.
Segunda vez cazou Luiz de Mello de Vawncellos
com D. Antonia Qarcez de Oliva (I), filha de João Qarcez
e de sua mnlher Victoria de Oliva, e teve filhos.
25. Luiz de Nello de Vasconcellos (2), adiante.
26. D. Luiza de Mello, mulher de Pedro de Goes de
Araujo.
27. D . Felippa, mulher de Antonio Homem de Al-
meida.
Joaquim deXello e D. Thereza, que faleceram sol-
teiros.
Terceira vez cazou Luiz de Mello, acima, com D .
Luiza Doria, filha de Braz da Silva: sem filhos, cazaram
a 12 de Junho de 1645. Faleceu este Luiz cle Nello a 28
de Fevereiro de 1668, e sepultou-se no Carmo.
Quarta vez cazou o mesmo, com D . Berii.~rdaCou-
tinho, filha de Francisco Pinheiro Coutinho, e tambem não
consta ter filhos.
N. 21 . Christovão de Mello de Vasconcellos, filho
primeiro de Lniz de Melio de Vasconcellos, n. 7, e de sua
1' mnlher D. Maria Cabra1 de Carvalho, cazou no Rio de
Janeiro com D. Antonia Pereira Lobo, filha de Sebsstib
Lobo Pereira, e teve filhos.
28. Sebastião Pereira de Mello, que cazou na Bahia
com D. Luzia da Cruz, diz outro assento, Luzia de Aze-
vedo, filha de Sebastião Paes, irman de Aleixo Paes
de Azevedo, sem fílhos .
29. Paulo Pereira de Mello, que cazou com D. An-
tonia de Menezes, filha de Martim Affonso de Men-
donga, sem filhos.
30. Antonio de Mello, Pedro de Mello, D. Izabel de
Vasconcellos.
31. D. Serafina de Vasconcellos, adiante.

(1) Camn com esta a 3 de Jiilbo tle 1624.


12) Aos 3 de Abril de 1631, baptizei a Antonio, filho de Luiz de
Meiio de Vasconceiios e de D. Leonor sna mulher.
N. 23. Francisco de Nello de Vasconcellos, filho ter-
ceiro de Luiz de Mello de Vasconcellos, n. 7, e de aua
primeira miilher D. Franciwa de Perada, cazou na ahie
com D. Angela Soares Barboza, filha de Jacome Barboza
de Amorim, e de sua mulher Izabel Soares, teve filhos.
32. Jacome Barboza, que faleceu solteiro, L& de
Mello, Francisco Xavier de Vasconcellos, João Barboza,
e D . Agueda, mnlher de Christovão Alberto, a fl. .. .
N. 25. Lniz de Melio de Vasconcellos, filho pri-
meiro de Lniz de Mello de Vasconcellos, n. 7, e de sua
segunda mnlher D. Antonia Garcez de Oliva, foi tambem
coronel, como seu pai, cazou a primeira vez com D.Bgneda
de Menezes, filha de Francisco Barreto de SCenezes,a fl...,
n. 14, em Matariye, e teve filhos.
33. Luiz de Mello, que faleceu a 20 de Julho de
1782.
E D. Izabel de Mello.
Segunda vez cazou este Luiz de Mello comD. Marga-
rida Telles de Menezes, ou Betencourt, (1)filha de Mama
de Betencourt e de sua mulher D. Angela de Meneaea, 8
fl.. ., e teve filhos.
.
34. Mhrcos de Betencourt,-D. Antonia-D . An-
gela e Vasco de Mello, cazado com uma filha de
Antonio Rabelo, de quem teve um filho por nome Fran-
cisco, e por morte d'esta cazou com uma mulata, a fl. ...
n. 43.

OLIVA E . FREITAS
N. 24. D. Serafma, filha de Luiz de Mello de Vas-
concelios, n. 7, e de sua mnlher D. Francisca de Perada,
cazou com Martim de Freitas de Oliva (2), e teve filhos :
35. Francisco de Freitas, capitão de infantaria,
ao qual mataram os Britos .
36. D.. Ursula, mulher de Antonio de Couros Car-
neiro, capitgo-mor dos Ilheos, e por morte d'esta cazon
(1) Cazaram em caza a 2 de Maio de 1679, com iicença em Cotegipe.
e toinaram as benqãos a 4 de Oului~rode 1680.
(9 Cazaram a 28 de Janeiro de 1629.
CATALOGO GENEALOGICO 197

Antonio de Couros outra vez com D . Joana, filha de Mel-


ohior da Fonceca Saraiva.
37. D, Jozefa de Mello e Francisco de Oliva.
Segunda vez cazou Martim de Freitas de Oliva com
D. Joana, filha de Melchior da Fonceca Saraiva.
38. Martim de F'reitas, que mataram moço, João de
Oliva de Mello.
N. 36. D. Ui-mla, filha de Martim de Freitas de
Oliva e de siia mulher D. Serafina, cazou com Antonio
de Couros Carneiro, capith-mor dos Tlheos, e teve fflha :
39. D. Ignezde Mello, que se segue
N. 39. D. Ignez de Mello, filha de D. Ursula, n.
36,e de seo marido Antonio de Couros Carneiro,cazou com
Thomé Pereira do Menezes, a fl . . . n. 9 e era j&viuva
e8tsD. Ignez de Gaspar de Vargas Cirne,e Thomé Pereira
tambem vinvo de D . Angela de Menezes, tUha de Vasco
de h n z a e de sua mulher D. Victoria de Menezes, que
era irman de Jeronimo Moniz Baneto, genro de Antonio
Ferreira de Souza. D'esta D. Ignez e de seu segundo
marido l'homé Pereira foi filha :
40. D. Joana de Menezes.
N . aa . Bartolomeo de Vasconcellos filho segundo de
Lnia de Mello de Vasconcellos, n. 7,e de sua primeira mn-
lher D. Maria, cazou no Rio de Janeiro com D . Ignacia
Pereira Lobo, frlha de Sebastião Lobo Pereira, e teve
mo :
10. Manoel de Mello de Vasconcellos, que faleceu
eolteim .
N. 34. Vasco de Mello de Vasconcellos, filho do
coronel Luiz de Mello de Vasconcellos e de .sua se-
ganda muiher D. Margarida Telles de Menezes, foi
d o com D. Izabel Telles de Menezee, * filha de
Antonio Babello de Macedo, a fl.. . ., n. 39, e de sua
muiher D. Mariana Monteiro ; ibi, n. 33 : e teve
m o s:
41. Fraucisco de Yello de Vasconcellos, que se
segue.
- -

Faleceu D. Izabel a 29 de Maio de 1725. Sepultada na igreja


de Matnim da grade para dentro.
N. 41. Francisco de Nello de Vasconcellos, filho de
Vasco de Mello de Vasconcellos e de sua mulher D.
Izabel Telles de Mbnezes, cazou com D. Ignacia de
Araujo de Góes, filha de Ignacio de Araujo de Qóes
e de sua mulher D. Maria de Souza, e tevo filha:
42. D. Francisca de Vasconcellos.
N. 92. D. Agueda de Mello, filha do capitáoFran-
cisco de Mello de Vasconcellos, a fl.. ., e de Rua mulher
D. Angela Barboza, ou Soares, cazou com Christovb
Alberto de Castello-Branco (I), jh riuvo, e filho do capi-
táo Marcos Alberto e de D. Antonia, natural da cidade
de Lisboa.
N. 34. Marcos de Betencourt Vasconcellos, filho do
coronel Luiz de Mello de Vasconcellos e de sua segunda
mulher D. Margarida Telles de Menezes, a fl . . ., n. 86,
e 34, foi capitão, e cazou com D . Ursula Telles de Me-
nezes (2), natural do Monte filha do sargento-mõr Anto-
nio Moniz Barreto e de sua mulher D. Archangela de
Mello Vasconcellos, dispensados no 4." gráo dobrado,
mixto com o 3." de consanguinidade .
N. 2. Paulo de Carvalhal de Oliveira, filho segundo
de Antonio Oliveira de Carvalhal, primeiro alcaide-m6r
da Bahia, e de sua mulher D. Luzia de Mello de Vascon-
cellos (3), como fica acima, cazou na Bahia com D. F m -
cisca de Agiiiar de Espinola, filha de Christovb de
Aguiar de Altro, a quem chamavam o velho, a fl.. . n.
3, e teve filhos :
1. Francisco de Carvalhal de Oliveira, que se segue.
2. Bartolomeo de Vasconcellos de Oliveira, adiante.
3. D . Maria de Vasconcellos, mulher de Gaspar de
Araujo de Goes, a fl... Cazada a 8 de Setembro de 1630.
4. D . Catharina de Vasconcellos, mulher de Amador
Dias Canal . Batizada a 23 de Janeiro de 1604. Cazon a
22 de Maio de 1633 em Cotigipe.

(1) Cazaranl ,em 27 de No~eriibro de 1686, na capella de S. Je-


roiiimo em Cotigipe.
!i) Cazararn a 28 de Agosto de 1728. ria capella de Nossa Se-
nhora tla Conceiqao.
(3) Faleceu esta a 17 tle Julho de 1633. Sepultada na bpella de
S. Antonio de Custodio Nunes.
CATALOGO OENEALOOICO 199
D. Iria de Vasconcellos, mulher de Paulo Mendes
Escobar. Batizada a 23 de Jnllio de 1591.
N. 1. Francisco de Carvalhal de Oliveira,acima, ca-
valleiro fidalgo cazou com D.hIaria de Menezes (l),filha de
€#aspar Pereira, o velho, a fl..., n. 8 e de sua mulher D.
Angela de Menezes, sua segunda mnlher,e teve filhos :
5. Jogo de Carvalhal de Oliveira de Fasconcellos,
como se acha em papeis autenticas, que se segue.
6. Paulo de Carvalhal de Oliveira, adiante.
7. Gaspar Telles de Menezes, ao depois.
8. D . Francisca de Menezes, mnlher de Lucas Pinto
Coelho filho de Sebastiáo Soares Pinto, B fl. .. n. 1.
Cazaram a 7 de Maio de 1667.
N. 6. J o b de Carvalhal de Oliveira (2), filho pri-
meiro de Francisco de Carvalhal de Oliveira,n.l,e de sua
mulher D. Maria de Menezes, cazou com D. Joanna Soa-
rea?irman de Lncas Pinto Coelho, e filha de SebastiW
&ares Pinto, e teve filhos, a fl.. . . n. 2 . Cazarani a 5
d e Julho de 1649.
g. Fernandes Telles, que cnzou com D. Agueda Bar-
bom, filha de Baltnzar de Amorim e de sua mulher D.
Angela de Souza, sem filhos.
10. JozB de Mello, qne cazou com D. Maria de Me-
neses, filha de Angelo de Araqjo e de sua mulher D. Iza-
bel de Menezes, filha de Gaspar Pereira de Menezes, e
teve filha D. Izabel.
11. Manoel de Carvalhal de Oliveira, que cazou com
D. Angda de Menezes a 13 de Setembro de 1693, fllha
de Angelo de Asaujo e de sua mulher D. Izabel de Mene-
res, 0iha de Gaspar Pereira de Menezes, e teve filhos :
Jozé de Cervalhal de Oliveira, D. Luzia e D. Apollonia.
12. Brites, batizada ao 1". de Junho 162d. Veja-se
a fl.. . n. 94.
12. D. Maria,mnlher de Jose de Almeida e de ThomB
Tellea de Barbuda e depois de Francisco de Araujo, filho
(1) CYaram a 4 de Julho de 16'0.
(9) Faleceu este a 18 de Junho de 1670. Cazado com D. Joanna
Soap,dlz o assento de WII en1erro;elle cl;l o iiltimo a pellido de Vascon-
sllllos. Teve mais este João de Carvalhal n. 6, sus fiil!a FrancisG3.Yaja-
se a fl.n 9, A margem.
200 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

de Angelo de Araujo, a fl.. . e teve filhos, D. Clara e D,


Brites, mulher de Manoel de Araujo, filho de Angelo de
.
Araujo, fl.. n. 14.
12. D. Clara de Mel10 de Vasconcellos, mulher de
Manoel Rodrigues de Blenezes, sem filhos.
N. 6. Paulo de Carvalhal de Oliveira, filho segando
de Francisco de Carvalhal de oliveira,^. 1, e de sua ma-
lher D.Maria de Menezes, cazou com Apollonia Pereira, *
filha de Bento Monteiro e de sua mnlher D.Suzana Pereira,
filha de JoBo da Rocha de Andrade e de sua muiher
D. Marta Pereira, e tsve filhos :
13. Joiío de Carvalhal de Oliveira, que cazon colm
D . Angela de Menezes, filha de Manoel Prrcheco Freire,
e de D. Angela de Menezes, sem filhos.
14. Francisco Telles de Menezes, que =ou com D.
Thereza de Menezes, filha do sobre dito Manoel P a c h w
fieire e de sua mulher D . Angela de Menezes, acima,
sem filhos.
16. Lourenço de Carvalhal de Oliveira que c m n
com D. Leonor Baldez, viuva de Mathirrs Barboza. Bati-
zado a 16 de Agosto de 1672.
16. Joz6 de Carvalhal Oliveira, que se segae.
Batizado a 13 de Janeiro de 1669.
17. D. Antonia, batizada a 29 de Janeiro de 1667,
D. Maria, D.Martha, e D. Izabel.
N. 15. Joz6 de Carvalhal de Oliveira, filho de PR&
de Carvalhal, n. 6,e de sua mulher D.Apollonia Monteiro
Pereira, cazon com D. Maria Caetana de Vasconcelios,
filha de Mathias Barboza,fidalgo cavalleiro, s de ena pri-
meira mnlher D. Leonor baldes,^ qual Mlrthias Barbom
era filho de Pedro Barboza, fidalgo da caza real, e neto
de Simh Barboza, tamhem fidalgo da caza real ; e teve
o dito Mathias Barboza, acima, o titulo de fidalgo cavalo
leiro com vinte mil reis de moradia e um alqueire de ce-
vada por dia por alvará d'el rei de 2 1 de Novembro
de 1687. De Joz6 de Carvalhal e de sua mulher D.Maria
Caetana foram filhos :

Falleceu 1). Apollonia a 11 de Juiilio tle ltj7l.


CATALOGO GENEALOGICO ao1
18. Francisco Teiles de Carvalhal Vasconcellos, que
se segue.
N. 18. Francisco Telles de Carvalhal VasconceUoS,
m o de Joz6 de Carvalhal de Oliveira e de sua mulher D.
Maria Caetana de Vasconcellos, cazou com D. Maria de
Jame,a qual era filha bastarda do capit8o de infantaria da
praça da Bahia, Ambrozio Alvares Caranha, e neto do ca-
pit& de infantaria Xanoel Fernandes, da ilha de São-Mi-
mel, d o com Natalia de Almeida, filha de Domingos
de Almeida e de sua mulher Catharina Corrêa, natural de
Villa Velha da Bahia, e bisneta a dita D. Anna Maria de
Jema de Manoel Fernandes, da sobredita ilha de São-Mi-
guel, e de sua mulher Barbara Teixeira. De Francisco
Telies de Carvalhal, acima, e de sua mulher D. Anna
Maria de Jezus são filhos :
19. JozB Telies de Carvalhal .
20.
21.
N. 2. Bartolomeo de Vasconcellos, filho segundo
de Paulo de Carvalhal de Oliveira, a fl.. . . n. 2, e
de sua muiher D. Francisca de Aguiar de Espinoza, foi
csaado com D. Luiza Pacheco,a qual era irman inteira do
padre Frei Antonio dos Anjos, religiozo do Carmo, e do
capitso Francisco Fernandes Pacheco, que serviu a Sua
Magestade de capitiio de infantaria na Bahia, e filhos
estes trez de Francisco Fernandes Pacheco e de sua
mulher D. Violante de Araujo, a fl.. ., n. 1. D'este Bar-
tolomeo de Vasconcellos e de sua mulher D. Luiza Pa-
checo foi íUha :
28. D. Maria de Vasconcellos, qiie cazou com Ma-
thens de Aguiar Daltro, e a sua descendencia vai a fl...
n. 7.
Nota.-A este Bartolomeo de Vasconcellos cha-
maram o MA-pelle, porque concorreo com seu pai Paulo
de Carvalhal para a cruel morte,que este fez a Francisco
de Barbuda, o velho, mandando-o abrir pelas costas de
alto abaixo, com um machado, pela qual morte foi Paulo
de Carvalhal degolado na Bahia, com c d e a no pB, a 7 de
* Faleceu este a de J ~ h deo 1671,sepultado fio Carrno.
46 P. I. VOL. LII
202 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Outubro de 1 6 14, e o fillio, ainda que se livrou da morte,


ficou com o appellido de NA-pelle.
N. 7. Gaspar Telles de Carvalhal (I), filho de Fran-
cisco de Carvalhal de Vasconcellos, n .1 , e de sua malher
D. Maria de Menezes, cazou com D. Benta de SB (2),on
cle Oliva, filha legitima de André Cavallo,~velho. e de aua
mulher D. Margarida de Betencourt de SB, o qual Andrú
Cavallo era filho de Sebastiiio Cavallo cle Carvalho, o
primeiro ouvidor que el-rei mandou a esta terra, 5 Bahia,e
cle sua mulher Margarida de Betancourt de SA; de W p a r
Telles de Menezes e sua mulher D. Benta foi filha :
23. D. Maria de Vasconcellos de Xenezes, qae m
segne.

TORRES
N. 8.1. D. Maria de Vasconcellns de Menezes, íilha
de Gaspar Telles de Menezes de Carvalhal e de sua mulher
D. Berta de Oliva, foi cazada com o doutor Francisco
Telles de Menezes, ou Barreto, filho de D.Felippa de Me-
nezes e de seu marido Sebastião de Torres, a fl..., n. 4
e d'estaD. Maria de Vasconcellos e seu marido o doutor
Francisco Telles Barreto foram filhos:
24. Francisco Telles Bnrreto.
25. O capitáo Miguel Telles Barreto, que se segue.
N. 25. Miguel Telles Barreto, este aqui foi cazado
com D. Maria de Burgos de Menezes, fllha de Francisco
Telles de Menezes e de sua mulher D. Francisca de Vas-
concellos. Todo o referido aqui, e acima se acha no temo
de seu cazamento assim: Aos 23 do Fevereiro de 1741re-
cebi ao capitiio de cavallaria Miguel Telles Barreto, llho
do doutor Francisco Telles Barreto e de sua mulher
D . Maria de Vasconcellos de Menezes, com D. Maria de
Burgos de JIenezes, filha de Francisco Telles de Menezee

crn SAo Frnnci..


( I ) Fal~breiia 18 tlc 0iitul)ro tle 1Ri'i. Sq~iilL~do
Foi cazatln priiiieiro com D. Margarida de Gws. lilha de Jo20 tle Aratuo
de Si 11tlii-ne de D . M:ii.ia do Mrnezcs, L' tert. tilba LI. Arino de V*
r»nctB710s,cazada coin Jolo tle Olirn G:rriez.
(2) Cazaraiii a 17 de Março de 1674 oiri Cotegipe.
CATALOGO GESEALOGICO 203

e de sua mulhor D. Francisca de Vasconsellos. O vigario


Ignacio Jardim.
N. 1. Baltazar Lobo (I), filho de Pedro Dias de
Figneirb e de sua mulher Felicia Lobo, cazou com D.
A m a de GambLa, filhu de Martim Afonso Noreira e de
sua muiher D . Luzia Ferreira, cazou e teve filha unica :
6. D. Antonia Lobo, que ciizoii com Francisco de
Vtumncellos, a fl.. . e começa em fl.. ., n. 3.
.
N 4. Pedro Dias de Figueiró (2), natiira1 da cidade
do Porto, freguezia de S. de Pedro de Iliragaia, era
filho de Gonçalo Alvares e de sua mulher Barbara Dias,
pmwn B Bahia, donde foi mercador muito rico, e n'ella
cazoa com Felicia Lobo, filha de I). Catharina Lobo
Barboza de Almeida e de seu marido Gaspar de Barros de
Magalhses, na fl... diante, e foi este Pedro Dias seu
primeiro marido, do qual teve filhos :
1. Baltazar Lobo,que se seguio acima, n. 1. Batizado
na %3 a 29 de Abril de 1684.
2. Barbara,batizada ns se a 3 de Setembro de 1685.
Padrinhos seu sogro Andr6 Monteiro e sua cunhada
Ignez de Barros, diz o assento.
3. Pedro, batizdo na s6 a 1 de h'ovembr o de 1587 .
Fidecen este a 11 de Janeiro de 1618, sepultado na sB.
Testsmenteiro seu padrinho Paulo de Argolo.
4. Frei Gonçalo de S. Antonio, professo no con-
vento de S. Francisca da Bahia a 13 de Junho de 1610,
em idade de 18 annos.

BARROS E MAGALH-~ESNA BAHIA


Gaapar de Barras de MagalhBes, homem fidalgo, vi-
veu no Brazil no reconcavo da Bahia, onde chamam Sáo-
Paulo : e viera de Portugal extsrminado, foi mui rico e
sfszendado, cazon na Bahia com Catharina Lobo de Bar-
boza Almeida, uma das trez irmans orfans, que mandou a
(1) Faleceu este a 27 de Janeim de 1628.
(4)Assim o dia o assento de seu cazaiiiento, que foi 3 1 de Novem-
bro de 1583, na 3.
rainha D . Catliarina para na Bahia cazarem com as pe+
soas principaes, como j& ficou dito, e d'ella teve filhas :
1. Jeronimo de Barros, que se segue.
2. Baltazar Lobo de Souza, adiante.
3. %par de Barros de Magalhães, ao depois.
4. D . Felicia Lobo, que foi cazada quatro vexes, r
.
primeira com Pedro Dias, de quem teve filhos, a 11..
retro n . 1 ;a segunda com Paulo de Argolo, e teve ílboe
.
a fl .., a terceira com Vicente Coelho, e a quarta cuu
Constantino Meneltío, dos quaes n8o achamos filhos.
5. D . Micia Lobo de Mendonça, primeira mulher de
Jeronimo Moniz Barreto, a fl.. .,n. 3. Não era filho d'este.
6. D. T7ictoria de Barros, mulher de Manoel de M-
tas do Amaral, adiante, e D . Ignez de Barros Lobo, de
pois.
D. Paula de Barros, mulher de Manoel de MBB
a fl...
N . 1 . Jeronimo de Barros, filho primeiro de Gmpar
.
de Barros de Magalháes e de sua mulher D Catherinr
Lobo, cazou a seu gosto com F. de Aguiar, que dizem em
india da terra, e teve filhos :
7 . Felippe de Barros Lobo, que se segue.
8. D . Anna de Aguiar, mulher do Francisco Alvaree
Varejáo, a A. ...
N . i . Felippe de Barros Lobo, filho de Jeronimo de
Barros, n. 1, cazon com D. Maria de Moraes, filha de Do-
mingos Pires, e teve filhos.
9. João de Barros de Magalháes, que cazou com D.
Izabel deVasconcellos,tllha de Mathens de Aguiar D d h ,
sem filhos, e ella era viuva de Francisco Monteiro, doe &
Giquitaia .
10. Atanazio de Barros Lobo, que cazon por amores
com Ignez Lobo, filha de Ignacio de Miranda e de Izabel
de Faria, sua parenta.
11. Antonio de Barros.
N . 2 . Baltazar Lobo de Souza, filho segundo de
('raspar cle Barros de Magalháes e de sua mulher D. Ca-
tharina Lobo da Almeida, cazou com D. Anna da Qam-
boa, filha de Martim Affonso Moreira, a fl.. ., n. 2, e teve
filha
CATâLOG O QENEALOGICO 205

1 2 D. Antonia Lobo, mulher de Francisco de Vascon-


d o s Cavalcante de Albuquerque, a fl ..., e ahi a sua des-
cendencia, n . 3, e seguintes.
N. 3. Gaspar de Barros de Magalhiies, filho terceiro
de Gaspar de Barros de IüagalhiLes e de sua muiher D.
Catharina Lobo, cuou com D . Antonia da GambGa, filha
de Martim Afonso Moreira a fl . . . n. 3 ; e teve filhos :
Francisco de Freitas, filho de Gaspar, acima.
13. Antonio de Barros de Gambôa, que se segue.
1.5. @aspar de Barros, que morreu solteiro : e teve
um filho baatardo Pedro Dias de Barros.
15. Lniz Lobo, que tambem não cazou e teve trez
fllhos bastardos Mathias de Barros,Maria Barboza, mulher
de Antonio Fernandes, sem filhos, e Elena Lobo, mulher
de Antonio Rodrigues, de quem teve trez filhos.
N. 13.Antoniode Barros da Gambôa, filho primeiro de
Qaspar de Barros, n . 3, e de sua mulher D. Antonia de
hmbos, cazou com D. Margarida da Cunha, irman de
Msnoel TrinxBo e 6lha de Diogo da Cunha Trinxáo e de
sua mulher Natalia Pinto de Faria, e teve filhos :
16. Gaspar de Barros, qiie se segue.
17. D. Luzia de Barros, mulher de Antonio Martins
Lima.
18. D. Elena da Cunha, mulher de Antonio Rodri-
gPes Paahete .
N. 16. Gaspar de Barros de Magalhães, filho pri-
meiro de Antonio de Barros, n. 13, e de sua mulher D.
Mqpwida da Cunha,cazou a 12 de Novembro de 1676, diz
o livro do seu cazamento, com D. Jeronima Qarcez, filha
de Antonio de Abreu G a m z e de D. Mariana, filha de
(;)aspar Pinto de G6es, jB defuntos.
N. 19. Pedro de Goes que cazou com Jozefa Ro-
drigues da iüadre de Deus, filha de Valentim Rodrigues e
de sua mulher Antonia de Faria. Cazaram a 3 de Feve-
reiro de 1709.
N. 20 Francisco de Barros de Magalhães.
N. 81. D. Joana, mulher do coronel Francisco
BarbaaDBç8, afl..., n. 6.
N. 21. Antonio de Barros de Gamboa, a fl..., Igna-
cio de h, alejado, e D. Paula.
N . 18. Elena da Cunha, filha de Antonio de Barros,
n. 13, e sua mulher D . Nargarida da Cunha, cazon com
Antonio Rodrigues Palhete, e teve filhos :
N. 22. Manoel Rodrigues da Cunha.
N. 23. Pedro da Cunha de Freitas, que cazon com
D. Maria Francisca de . Vascuncellos, filha de A n M o
Martins Bareùa, ou Barexe e de sua mulher D. Meria
Francisca de Vasconcellos, e teve trez filhos, duas femeas
e um maxo, que faleceu menino, e por morte d'esta saa
mulher se ordenou de sacerdote no anuo de 1718.
N . 24. D . Izabel de Freitas Lobo, mulher de Job
Martins da AssumpçBo.
3 . 17. Luzia de Barros, filha de Antonio de Banwi,
n.13, e de sua mulher D-Margarida da Cunha, cazon com
Antonio Martins Lima, e teve filhos :
'J . 2.5. Francisco Martins .
N . 26. Tliereza Lobo, mulher de Manoel Rangel, de
quem teve fillios, Aiitonio de Barros e Caetano de B ~ I T o ~ .
N . 6 . D. Victoria de Barros, filha sesta de Qaepai
de Barros de Magalhães, o primeiro d'este nome, e de sa9
mulher Catharina Lobo de Almeida, cazou.com Manoel de
Freitas do Amaral, homem forado e cavalleiro fidalgo.
N . 27. dntonio de Azevedo Lobo, que se segue :
X . 28. Yanoel de Freitas Lobo, filho de Iiíanoel de
Freitas do Amaral e de sua mulher D.Victoria de Barros,
cazou com D .Felipya Pimentel, e teve filhos, filha esta de
Christovho Causão e cle siia miilher Joana Pimentel.
1. Nicoliro de Freitas Lobo, cazado com D. Maria
de Menezes Nariana.
2. D. Ursula de Freitas, cazacla com AndrB Pinheiro
de Carvalho.
3 . D. Maria de Freitas, cazada com Nanoel Telles,
Barreto a fl.. ., n. 68 no fim.
4. D. Joana Pimentel, cazada com Nanoel de
Barros Lobo a 13 de Novembro de 1690, filho este de
Francisco de Azevedo e de sua mulher Maria de Barros
Lobo.
5. Pascoal de Freitas Pimentel, cazado com Maria
Telles de Menezes.
t i . D. Felippa Pimentel.
CATALOGO OENEALOGICO 207

28. D . Maria, mulher de Francisco Maria de Me-


nezes, a fl.. ., batizada na si: a 27 de Março de 169l.
N. 1 7 . Antonio de Azevedo Lobo, filho de D. Vi-
ctoriade Barros, n. 6, e de seu marido Manoel de Freitas
do Amaral: teve o foro de seu pai, clrzoii com D. Maria
do Cazal, filha de Fernão Pinto do Cazal, (1) e de sua
mulher Violante da Costa, e teve filhos.
N. 2 9 . Bartolomeu de Azevedo Lobo, que se segue.
N. 30. Manoel de Azevedo Lobo, sem filhos.
N. 31. Violante de Mendonça, mulher de Manoel de
Lara, de quem teve filhos, Dionizio de Lara Lobo, e Joz6
de Mendonça de Barros.
- N. 32. FernBo Pinto do Cazal, que cazou com D. Ro-
mana, (2) filha de Nuno de Amorim Salgado, de quem
teveflhos Antonio Manoel Vasco, D. Maria, D. Leonor e
D. Anna.
26. Nuno de Amorim, cazado com D. Naria de
Psmdes, que faleceu a 25 de Maio de 1696, e foi sepul-
tado na matriz.
N . 33. D. Margarida de Freitas Lobo, mulher de
Antonio de. Barros Furtado, e teve filhos Constantino
de Barros Lobo, Francisco Furtado, Antonio de Freitas
do Amaral e Luzia de Freitas.
N. 29. Bartolomeu de Azevedo Lobo, acima, cazoii
com D. Maria de Vasconcellos, filha de Duarte Maciel de
Andrade e de Maria de Qnevedo, e teve filhos de
Vasconcellos.
N. 34. Maria de Vasconcellos, cazada com Antonio
Pereira de Soiiza, (3) filho de Joz6 Pereira e de sua mulher
Maria de Souza, natural de Braga.
N. 34.Braz Pinto de Barros, batizado ao 1."de Julho
de 1667 no Soccorro.
.
N 35. João de Quevedo de Vasconcellos, que cazoii
com Ursuia da Cruz.
N. 36. Antonio de Freitas Lobo, que cazou com

I ) Cazaram a 8de Ahril tle 1630.


I4) Cazaram no Socorro a 13 de Abril do 1682.
(3) Cazaraiu a 23 de Julho de 1714 na capella de Sào-Paulo.
D. Francisca de Brito (I), sem filhos, batizado a 83 de
Fevereiro de 1673.
N. 37. D. Suzana de Vas~ncellos~ que se segne,
batizada a 31 de Janeiro de 1671.
N. 38. JozB de Fieitas Lobo, Pelonia Msciel, Maria
de Quevedo, Anua e Paula de Barros.
N. 37. D . Siizana de Vasconcellos, filha de Barto-
lomeo de Azevedo Lobo, n. 29, cazou com Antonio de
Freitas Telles Sotomaior (2) e teve filhos, filho este de
Jogo de Freitas Madeira e de sua mulher D. Thereza
de Brito.
39. Francisco Xavier de Vaswncellos, Antonio de
Bríto Cassao Sotomaior ; D. Iztrbel Maria, e D.Luiza Mi-
chaela, Ignacio de FreitasTelles,cazado este com D.Ger-
trudes Maria da Conçeiqiio, com os filhos seguintes :
Lucas de Sá Sotoinaior. solteiro, André Cursino de
Brito. Era D. Gertrudes esta aqui filha de Antonio de
SA e Souza e de siia mullier.
N. 39. D. Izabel Maria de Vasconcellos, filha de
D. Suzana, acima, foi cazada com o coronel Antonio de
Aragáo Sonto, e teve fillio.
N. 38. D . Pauls de Barros Lobo, filha de Barto-
lomeo de Azevedo Lobo, n. 29, e de sua mulher D .Maria
de Vasconcellos, cazou com Theodozio de Lira de Agniar
(3) natural da ilha (ia Bfadeira,tilho legitimo de Francieco
de Aguiar e de I). Maria de Lira, e teve filhos :
1. O padre Gonqalo Maciel de Andrade.
2 . D . Lndovina de Vasconcellos, que se segne.
3 . D. Rita de Vasconcellos, adiante.
4. D . Thereza bIaciel, mullier de bfelchior Fernan-
des Barreto.
5 . Ignacio Caetano Maciel, cazado com D. Joana.

(1) C:~z;ii'aiii dt' 1ti:Ii. tio Soi~orro: tira esL1 D.Fran-


:i i; t l t > Fi>\-ert>iri)
ciuca lilha dc Tlioiiil' 1.011~) dil B;iirox, i? do sii:i mullit~r Li. Thrreza de
Hrito ; vi:t j i ria\:i 11. Fiaiicisc:~ tle Ji15o ile Fiilit;is Madeira. e
fora111tl~~sl~t~iis:iili~s
I I I I I' ;rio dr i*onsaiigiiiiiidatlt~.
(a) C;izar:iiii :r 3 I). Fi.rt:rriro tio 16!11, Soi:i~rr«. Foi batizada
I). Siizaiia ;I 31 IIC Jaiiibiro de 1671. L)#' I). Siizaii:i roi taiiibeiii lilhr
n. Thercv.n di' Urilo, :idiniitc~.n. 4 .
(3) Cazaraiii a 8 tlc Jaiieirode 1703, tio Sworro.
c*T*~&mmLocaIco aos
N. 2. D. Ludovina de Vasconcellos,filha deD. Paula
de Barros e de seu marido Theodoro de Lira Aguiar,
cazou com Luiz Gomes Vitrnna, natural de villa de Vianna,
o qnal 6 jh falecido, teve filha :
6. D . Paula de Barros, que se segue.
N . 6. D. Paula de Barros, filha de Ludovina de
Vasconcellos e de seu marido Luiz Gomes Vianna, cazon
com João de Lima Fiuza, filho legitimo de Manoel de
Lima e de Paula Lopes Fiuza, natural de Ponte de Lima,
e teve filhas :
7. D. Maria e D. Anna, de menor idade : 1771.
N. 3. D. Rita de Vasconcellos, filha de D. Paula de
Barros e de seu marido Thendoro de Lira Agoiar, cazoii
com Estevão Lauterio, natural da freguezia do Socorro,
o qnal faleceu e deixou filhos :
8. Salvador, que viveu solteiro.
N. 4. D. Thereza Maciel, filha de D. Paula de
Barros e de seo marido Theodoro de Lira Aguiar, cazou
com Melchior Alvares Barreto, nat.ura1 da villa de Ca-
xoeira, filho de Cnstodio Barreto e de sua mulher Fe-
lippa Aivares; e teve filhos :
9. D. Anna Dina, cazada com Manoel de Passos,
com dlho de menor idade por nome JozB .
10. Gonçalo, Custodio, Vicente, Francisco, Anto-
nio, todos de menor idade.
N . 6 . Ignacio Caetano Maciel, filho de D. Paula
de Barros e de seu marido Tlieodozio de Lima de Agiiiar,
crrzon com D. Januaria, viuva, e teve um 0lho.
11. Jozk, de menor idade.
N. 40. D. Thereza de Brito, filha de D. Snzana de
Vasconcellos e de seu marido Antonio de Freitas Telies
Sotomaior, n. 37, foi cazada com Antonio de Aranjo
Pestana, e teve filho. Antonio de Araujo, marido d'esta
D. Thereza, era filho de Antonio de Araujo Pest,ana,
homem forado, natural da Caxoeira, teve filhos.
ia. Antonio Reginaldo .
N. 39. Francisco Xavier de Vasconcellos, filho de
D. Suzana de Vasconcellos e de seu marido Antonio de
Freitas Telles Sotomaior, cazou com D. Thereza Nogueira,
nIhoa:
27 e. I VOL. LII
-
810 REVISTA TRIMENSAL DO INSTlTUTO HISTORICO

Francisco Xavier de Vasconcellos.


Antonio Nogueira de Freitas.
D. Anna Maria das Neves, mulher de Custodio (30x1-
çalves, sem filhos.
N. 21. Antonio de Barros de Gamboa, filho de Gas-
par de Barros de Magalhães, n. 16, a fl..., e de soa mu-
lher D . Jeronima Garcez Deça, natural e moradora. na
freguezia do Socorro, cazou com D. Anna de Goes(l!, tUha
de Simiio de Braujo de Goes e de siia mullierD. Ignez de
Castro, a fl..., n. 26, e tiveram filhos, que faleceram
pequenos.
Por morte d'este seu marido Antouie de Barros de
Gamboa cazou esta D. Anna de Goes com Manoel Telles
de Menezes, (3) tambem viuvo de L). Naria de Menezes.
N. 38. D. Anna de Barros Lobo, irman de D. P a d a
de Barros, que jB fica na folha . . .. e filhas ambiis de
Bartolomeo de Azevedo Lobo e de sua mulher D. Maria
de Vasconcellos, cazou com Pedro Corrêa de Vasconcellq
(J), filho legitimo do capitão Leandro Corrda de Vascon-
cellos e de sua mulher D. Margarida da Camara Pes:
queira, e tiveram filhos:
1. D. Luzia de Vasconcellos, cazada com Francisco
de Bra da Rocha Moutinho, sem filhos, viveu cego.
2. Leandro Corrêa de Vasconcellos, que se segue.
3 . D . Maria de Vasconcellos Naciel, adiante.
4. D . Apollonia de Barros Lobo, solteira, faleceu.
5. D. Anna da Luz, cazada coiu Gonçalo Rodrigues
Bezerra, natural da freguezia da Caxoeira, filho legitimo
de Antonio Narques de Azeredo e de Luzia Pereira, sem
filhos.
6. Antonio de Barros Lobo, solteiro.
6. Gonplo Jozé, cazado com Luzia da Assump~ão,
viuva de Manoel Ribeiro, sem filhos.
N. 2. Leandro Corrêa de Vasconcellos, filho de D.
Anna de Barros Lobo e de seli marido Pedio C0rrS.a de
. --

(i) Crzaraiii a 27 (lc Ferciviro de l;l:i, iio Socorro.


(i) Cazarani a 3 de Fevereiro de 1718.
(3) Cazaram a 9 de Outiibro de 1701, na capella de S. Paulo do
Socorro.
Vamncellos, çazou com Anna llaria de Jezus, filha legi-
tirna.de Fabiano Lopes e de siia mulher Maria Sardinha
Pereira, elle filho de Portuqitl e ellrt da fregiiezia do Oi-
teir0 Redondo, faleceu, e deixou filhos :
7. Joõ6 Corrês, Antonio Corrêa, Domingos Corrba,
s~lteiros.
N. 3. D. Maria de Vasconcellos Jlaciel, fillie de D.
Anna de Bitrros Lobo e de seli marido Pedro Corrêa de
Vasconcellos, cazou com Manoel Pereira de Azevedo, na-
tural da cidade do Pai-to, filho legitimo de Francisco de
Azevedo, e de siia miilher Liizia Piireirrr, e teve fillios :
8. Manoel Pereira de Szerrtlo, teiieiite.
9. Jeronimo Jozé de Vasconcellos, alferes.
10. Antonio Caetano de Barros Lobo.
11. Jonquim Pereira (te Sant' Anna .
1 2 . D . Luzia Pereira tle Vasconcellos.
13. D. Anna Alaria de S. Joz6, todos solteii.os at6
este anno de 1770.

BARROS, LOBO E TELHO


N. 39. D. Izabel Maria de Vascoucellos, filha de D.
Joans de Vasconcellos e de Antonio de Freitas Telles,
cszou coin o coronel Antonio de Aragão de Souza, e teve
filho :
1. Antonio Felix de Aiagiio de Soiiza, que se segue.
N. 1. Antonio E'elix tle Aragiio de Souza, filho de D.
Izabel Maria de Vasconcellos e de seu marido o coronel
Antonio de Arbgão de Souza, cazou com D. Bernarda
da Assnmpç&o Corte-Real, * filha de Francisco líoniz
Barreto Cõrte-Real e de sua miilher D. Bernarda hlonir
e teve filhos :
2. D. Reginalda Naria da Purificaçiio CGi te-Real,
baptizada a 11 de Dezembro de 1758 na igreja da Bar-
roqnihhs.

Cazpruu na uiatriz do Rozario da villa do Cairii a li de Agosto


de 1751.
212 REVISTA T R I M E N S ~ LDO INSTITUTO IIISTORICO

3. D. Firmiana Joaquina de Aragáo de Brito, bapti-


zada na matriz da Purificação a 21 de Setembro de 1760.
4. Fri~nciscoJfoniz de Aragáo Barreto, baptizado
na matriz de S. Pedro da cidade a 13 de Dezembro de
1762.
5. .liIanod Xavier de Aragão Côrte-Real, baptizado
a 16 de Outubro de 1764 na mesma igreja de S. Pedro.
6. Liiiz de Aragão Barreto Côrte-Real, baptizado
a 5 de Junho de 1766 na mesma matriz de S. Podro.
N. 6. D. Ignez de Barros Lobo, filha de Qaspsr de
Barros de lIagalhães e de sua mulher Catharina Lobo de
Barboza, cazou com Cipriáo Velho Barreto (1), natural
de Vianna, e teve filhos :
1. D. Haria de Barros, cazada com Garcia da Ca-
mara, fidalgo da caza real.
2. D. Izrrbel de Reboredo.
3. Heiiriqiie Lobo, cazado com D. Elena.
4. D. (hiomar Lobo, mulher de Francisco lüoniz
Telles (2).
5. D. JIagdalena de Barros.
6. D. Margarida.
7. Fernão Lobo.
o
Tavares e de sua mulher D. Margarida de egreiros, na-Ee
Lourenço de Barros Lobo, filho de An ~ i Carvalho
tural da fregiiezia de S. Antonio alhm do Carmo, da ci-
dade da Bahia, cazou com Leonor Telles Pinheiro, filha
de Antonio Rabelo de Macedo e de sua mnlher Maria
Telles PinlieiroiCazaram a 17 de Abril de 1717.

MOREIRAS DO SOCORRO
Martini Affonso Moreira, natural de Setubal, Bdalgo
cavalleiro, filho legitimode Antonio Moreira de Mendonça,
fidalgo cavalleiroda familiade solar dos Noreiras em Santa
Maria de Moreira, em Cerolico de Basto, e de sua mnlher
( 1I Falecc!ri a 27 de Setembro de 160 i, sepullado na cova de Oupar
de Barros.
ld Cazaram a 96 de Abril de i6i3. Paripe .
D. Joana de Souza Gambôa, descendente de um irmBo
segundo de Martim Affonso de Souza, governador e vice
rei da India.* Nos seus piimeiros annos foi Martim
Affonso lüoreira moço da camara real em tempo do Senhor
rei D. Joiio 111, e passando para a Indis no serviço dw
dito Senhor por almirante de uma armada, deu a costa
em Porto Seguro no Brazil, dahi se passoii para esta c.i-
dade da Bahia,e n'ella cazou com D.Luzia Ferreira Feio,
irman de D. Ursula Feio,viuva de Pedro Carneiro, e por
morte d'este cazon com Lourenço Cavalcanti de Albu-
querque,filhas ambas de Entevão Ferreii a e de sua mnlher
D. Ursula Feio, pessoas de qualidade que de Portugal
passaram cazados para esta Bahia, e tiveram assento em
um engenho, que levantaram em Cotegipe. Teve Martim
Affonso Moreira de sua mulher D.Luzia Ferreira os filhoe
seguintes :
1. Antonio Moreira de Gambôa, que se segue.
2. Martim Moreira, religiozo jezuita.
3. D. Anna de Gambôa, mulher de Baltazar Lobo
de Souza, a fl. . .
4. D. Antonia de Gambi,a,mulher de Gaspar de Bar-
ros, a fl. .., n. 3,e ahi a sua descendencia.
5. Francisco Moreira, sacerdote.
N. 1. Antonio Moreira de Gamboa, fidalgn, e filho
de Yartim Afonso Moreira, e de sua mulber D. Luzia
Ferreira Feio, cazon com D. Antonia Doria de Menezes,
füha de ChristovBo da Costa Doria, fidalgo cavalleiro, e
de sua mulher D. Maria de Menezes, filha de Jeronimo
Yoniz Barreto, fidalgo escudeiro da caza real, e de sua
primeira mulher D. Maria Lobo de Mendonça, filha de
Gaapar de Barros de MagalhBes, fidalgo da csza real, e
de sua mulher D. Cathsrina Lobo de Barboza de Almeida,
uma das tres irmans orfans,qae mandou a rainha D.Catha-
rina para n'esta Bahia se cazarem com as pessoas princi-
paee. De Antoniu Moreira de Gambôa e de sua mulher
D. Antonia foram íilhos :

Consta de iim docrirnento, que se arlia em pndrr do coronel


Rodrignes de Argolo, e m que declara fbrn passado o alvará em PR de
Fevereiro de i.=.
6. Martim Affonso de Mendonça.
.
7. D Francisca de Menezes, mulher de F r e i i u
S o m s Brandb, afl. .. .
,n. 19.
8. D. Joana Moreir*, mulher de (iaspar ãa Cobf.
.
Severim, na fl. .,n.
9. Antonio Moreira de Menezes, e uzado c o p b-
.
Anua de Argollo a fl. . ., n. 13.
10. JozB Tellea de Menezes, derigo .
11. Francisco de SB Barreto, ou de Menezes.
z d o 18 de MHI.ÇOde 1612 em Paripe.
12. D. Lnzia de 'Menezes, mulher de Antonio :b
Faria Sererin. Batizada a 2 ' 1de Dezembro ile 1643. .
13. D. hlariana de Menezes, mulher de Nicoláo :de
Freitas, e depois de Felippe de Qoes . Batizada a 89 'h
Novembro de 1648.
14. Iianoel Telles de JIenezes, adiante.
N. 6. Martiui Affonm de Mandonçe, fidalgo da cma
real, filho primeiro de Antonio Moreira de Bamb6a e de
sua mulher D. Antonia Doriiz de Menezes, cazon com D.
.
Ignez, filhs de Nicolh Carvelho Pinheiro, a fl .., e 'não
teve filhos.
Segunda vez com D. Brites, filha de Sebastib 90b
res e de sua mulher.
16. Sebastiiío Monia, que se segue.
16. D. Antonia de Menezes, mulher de J& ,(de
Araqjo Cabreira e depois de Paulo Peruia de Mello,e.de
nenhum teve filhos, teve do primeiro um filho, que Toi
J& de Araqjo Pereira.
17. D. Bfizria, mulher de Manoel Gomes, depoia de
Pedro Moniz, e tambem de Henrique de Valença, eeai
lilhos de nemhum d'estes.
18. D. Elena de Menezes, mulher de Gregorio QOb
res e D. Pauliz Pereira de Mel10 .
Terceira vez cazou Martim Affonso de Mendonça córn
D. Joana Bsrboza, * filha de Miguel Nunes Peixoto, e
de sua mulher Concordia Barboza, e teve filhos:
10. Christovão da Costa Doria, adiante.

* Cazanm a 10 de Seternl~rode 1605, na igreja do Monte.


CATALOGO GENEALOGICO 215

20. D. Brites de Menezes, mulher de Nicolho Car-


valho Pinheiro, a 6. . . . foi segunda mulher, fl. . . .
21. D. Nariana de Menezes,mulherde Jozk Telles de
Menezes: afl. . . ., no fim.
22. Gonçalo Barboza de BIendonqa, cazado com D.
Antonia de AragBo Pereira, filha de Alberto da Silveira
de Gnsmão e de sua mulher D. Izabel de Arag?io, com
filhos ( I ) .
23. Antonio Mouiz.
24. Mignel Jloniz.
N. 15. Sebastião Moniz. filho de Martim Affonso de
Xendonqa e de siia segunda mullier D. Brites, cazou com
D. Maria de Souza, filha de Francisco Barreto e de D.
Clara de Souza, a qual D . Xaria era já vinvade Migud
Rod:igues de GusmBo do qual teve uma fillia por nome D.
Ignez de Giismão, cazada com Paulo do Argollo, a fl .. .
n. 6.
bJ. 19. Christoviio da Costa Doria, filho de iiíartim
Affonso de Mendonça, n. 6, e de sua terceira mulher D.
foana Barboza, cazou com D . Catharina de Vasconcel-
10s (a), filha de Manoel Mendes de Vasconcellos e de sua
mulher D. Brites de SA, filha de Migiiel de SB e de sua
mulher Catharina Corrêa, e teve filhos.
25. Martim Affonso Moreira, que foi cazado com D.
Leonor Francisca de Menezes, natural de Passe, filha de
Nicoib Carvalho Pinheiro e de sua mullier D. Brites de
Benezes, irman inteira do sobredito Christovão d a Costa
Doria.
26. D. Joana Barboza, cazada com Antonio Moreira
de Menezes (3), seu primo, filho de Antonio Moreirade
Gambôa e neto de Martim Affonso Moreira.
N. 1 i. Francisco de Sá de Menezes ou Barreto, filho
d e Antouio Jloreira de Gamboa, n. 1, e de sua mulher
a. Antonia Doria de Menezes, foi cazado com D. Jero-
nima Diniz, filha de Felippe Velozo e de sua mnlher D.
Maria da Cruz Diniz, e teve filhos:

(1) Cnzarniii a -27 de Abril de 1716, nn niatriz do Socorro.


(2) Caznr:iriia 2 i de Novrml)ro de '692.
(3) Cazaraiii a 14 de Dezembro de 1728.
27. D. Antonia de Sá Bnrreto, que se segue.
28. D. Maria de SB Barreto, mulher de I g d o
Telles, a fl. ..
N. 77. D. Antonia de Sá Bnrreto, filha de Fraa-
cisco de SB de Menezes e de sua mulher D. .Teronima
Dinis, cazon com Nuno Pereira da Silva,* vinro de
Apolonia Ximenes, e d'este e de sua mnlher D. Antonia
foi filha :
D. Anna Pereira da Silva, que cazou com Baltacst
de Vasconcellos Cavalcante de Albuquerqne, a fl :.., n. 9.
Nnno Pereira da Silva era filho de Pedro Machado
Palhares e de D. Maria de Abreo,sua mulher,e por morte
d'este cazou segnrida vez com D. Maria de Abreo com o
capitão E3ancisco de Araujo da Costa. O sobredito Nnno
Pereira da Silva foi escrivãoproprietario da alfand~gada
Bahia por mercê d'el-rei D. Pedro I1 e provizáo de 13
de Março de 1692, offici~que tinha sido tambem de pro-
priedade de seu pai Pedro Machado Palharea, com con-
d i @ ~de pagar a sua mili Maria de Abreo no decurso
de seis annop 3:733@576réis, e juros emquanto não pa-
gasse.
N. 20. D. Brites de Menezes, Alha de Martim Affonso
Mendonça e de sua terceira mnlher D. Joana.Barbnza,a 11;.
cazon com o tenente-coronelNicolBoCarvalho Pinheiro, que
era jB viuvo de D.Thereza Moniz Barreto, filha de Jero-
nymo Moniz Barreto, fidalgo da caza de Sua Msges-
tade, e de sua mulher D. Maria de Souza, filha do dezem-
l~argadorJoilo de Q6es de Araujo e de sua mulher D. Ca-
.
tharina de Souza, a 0. . De seu marido o tenente-coronel
Nicoláo Carvalho Pinheiro teve D. Brites filha:
30. D. Leonor Francisca de Menezes, que cazou com
Aiartim Affonso Correa, filho de Christovão 43 Casta
Doria, segundo do nome, e era este Martim Affonso Mo-
reira primo legitimo d'esta sua mulher D. Ireonor Fran-
cisca de Menezes por serem filhos de dons irmilos inteiros
Christovão da Costa Doria e de D. Brites de Menezes.
N. 14. Manoel Telles de Menezes, filho de Antonio
Jioreira de Qambôa, n. I, e de sua mulher D . Antonia
Cazarani a 21 de Outubro dc 1691.
CATALOGO OBNBbLOOICO 2 1'7

Doria de Menezes, cazou com D. Violante, filha de Luiz de


B a m Fajardo e de sua mulher Maria Barrozo, a fl. n- ..
Cazou segunda vez com D.Maria deBurgos,bastarda,
Alha perfilhada de Gaspar Pacheco e de D. Petro-
nilha, pelo qnal cazamento hoiive de seu sogro o officio de
jaiz dos orfiios de propriedade, e teve filhos :
31. Gaspar Pacheco de Menezes, que se segue.
33. ChristovZIo de Biirgos.
93. Caetano Telles de Menezes .
34. Francisco Telles de Menezes .
D. Antonia e D. Magdalena.

CUNHA E SEVERIM

N. 31. Gaspar Pacheco de Menezes, * filho de


Manoel Telles de Menezes, n . 14, e de sua mulher D .
Naria de Burgos. Foi muita honrado e bemquisto, e por não
ter idade não entrou logo no oficio, que fiaira de seu pBi,
e ae deu o dito officio de serventia ao doutor Miguel Cal-
mon de Almeida, que tinha poiico mais idade que o dito
(;taspar Pacheco, mas entrou no oficio no anno de 1706.
Parece-me necessario, dice quem isto escreveo, advertir,
que o dito Gtupar Pacheco tomou o nome de seu avG
materno par lhe pertencer tambem o apelido de seu ascen-
dente o grande Duarte Pacheco Pereira, que tantas
proezas fez na India, e foi pai de JoBo Pacheco, commen-
dador do Banho, a qual commenda se deu por sua morte a
outra pesam e satisfizeram ao filho JoBo Pacheco com o
oficio de juiz dos orfãos da Babia, e o teve Gaspar Fer-
nandes Pacheco,pai de Maria Pacheco,a qnal cazou com o
licenciado Jemnimo de Burgos, e foram pais de Gaspar
Pscheco,sogro de Manoel Telles de Menezes, por m a r
A #I de Março de 1720 falemu Gaspar Pacheco de Yenep,
solteiro nr, idade de 48 anncw, natural da cidade da Babia. e n'ella iiiz
dos o&, Blbo do caplião Yanoel Tellea Barreto e da sua m i h e r
0 . Irrb de Burgos ; .sepultado em Eio Francisco. Assento dos ubitos
da &.
28 r. I. VOL. LII.
21Sd i SAL DO ISSTITÇTO IIISTOBlCO
R E V I S S a TRIllEY

com sua Rlha D. Maria de Buigos, que são os pais d'esta


Gaspar Pacheco aqui. Veja se a A. . ., n. 2, e a fl. ..
n. 1 .
Para maior clareza do que acima fico dito, e 'Pai
adiante, pomos o assento seguinte : A 24 de Janeiro
de 1677, recebi ao capitão Manoel Telles de ke
iiezes, viuvo, que íic~iide D. Violante, com D . Maria de
Burgos, filha natural e perfilhada do capitão Gaspar Pa-
checo de Contreiras e de D . Petronilla : t e s t i m u n b o
mestre de campo Alvaro de Azevedo, Diogo Xoniz Bar-
reto, etc.
D'este assento, que 6 verdadeiro, consta o que aqui
fica acima, e n5o dizem, nem explicam outras memorias
e manuscritos avulsos.
N. 8. D. Joana Moreira de Menezes, fiiha de Anto-
nio Moreira de GambCa e de sua mulher D. Antonia
Doria de Menezes, cazou com Gaspar da Cunha Severim,*
e teve filha :
35. D. Jozefa Caetana Doria, que se segue.
N. 35. D. Jozefa Caetana Doria, filha de D. J o a ~
Moreira e de seu marido Gaspar da Cunha Severim cazou
com Manoel Botelho de Sampaio, e teve filhos.
36. D. Luzia, cazada com Manoel Moniz Barreto,
sem filhos.
37. D. Joana Moreirri de Gambôa, que c m u com o
capitão Clemente da Costa, e tere filho, o padre Egas
Moniz.
38. Gaspar da Cunha.
39. Miguel da Cunha Severim.
40. D. Gertrudes Bfaria do Espirito Santo, c a d a
com J o h Paes Barreto.
41. D. Branda, que se segue.
41. D. Branda, filha de D. Jozefa Caetana Doria
e de seu marido 3Ianoel Botellio de Sampaio, cazou com
Pedro Rodrigues, e teve filhos :
42. Antonio Pereira de Sampaio.
43. D. Leonarda.
54. Francisco Telles de Menezes, filho do cacpitio

* Gizaram a 15 de Oulubro de 1657.


CATALOQO GESEALOGICO 219
Manoel Telles de Menezes, a fl. . ., n. 11, e de sua se-
gunda mulher D. Bfaria de Biirgos, filha bastarda e per-
filhada de Gasprtr Pecheco de Contreiras, como fica aqui
nafl. . ., e vai adiante a A. . ., n. 3, e cazou este
Francisco Telles de Men~zes com D. Francisca de Tas-
concellos (I), filha de Cnstc)dio Kunes Daltro e de sua mu-
lher D. Angela da Cunha, a fl. . ., n. 22, e teve filha :
44. D. Maria Burgos de Jlenezes, que se segue.
N. 44. D. Bfaria Brirgos de BIenezes, fillia de Fran-
cisco Telles de BIenezes e de sua uiulher D. Francisca de
Vasconcellos, cazoti com o c:~pitâode carallos Mime1
Telles Barreto (4, filho do doiitor Francisco Telles Bar-
retoe de siia mn!her D.lIa!.ia dc Ynrcoiiccl:o+ <e SIeiiezes.

PEREIRAS E SOARES DE PXRIPE


Gaspar Pereira, o velho, (3) qne, dizem meniorias e
papeis antigos,foi filho natural de Leandro Pereira Pinto,
fidalgo da caza de Britiandos da provincia do Minlio no
arcebispado de Braga, que o teve de Justa Aivares, moça
branca, e christan velha,natural da freguezia de S.Pedro
de Arcos, termo de Ponte de Lima, comarca de Vianna,
íilha de um lavrador honrado, a qual recolheram em um
mosteiro de religiozas de S. Bento, e o menimo sc? deo a
criar a Baltazar Pereira, moço da camara dr el-rei,
descendente da caza de Mazarefe, sendo morador em
h n t e de Lima, de oude ae passou para o Braeil no anno
-de 1660, e viveu n'esta cidade d~ Baliia, com engenho

Cazaram a de Fevereiro de
JP1icruaram
(3)
7
a de Pex ereiro de
19
1778.
1741.
Consta todo o referido de unia justificW0,quc fez o GIpiHo-mc)r
Domingw Yonteim de Abreu, cazado com u n ~ aneta de <;aspar Pereira,
sobre a lim eza de sangue do dito, or SP dlztlr era u dito Gaepar Pe-
reiri de na$o por se apelidar till~of e Rallazar Pereira, onde se criuu,
diziam era cbristào novo, a qual justincaçào foi feita no anno de
%, W n < e o h i r orüinirfo a mestre dc campo Anbn(P Gnedes de
Bdto ; escnvao obominroa Dintas de riu o,e se *h. na mm %de-
-m ie &c das inquiri- do padrecoaCilo Monhro da Abrea.sn> bls-
neto. Faleceu Gaspar Pereira, o velho, em 1603, sepahdo no COn-
vento do Carmo.
220 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO IIISTORICO

nos limites de Paripe, com invocação Santa-Cruz de Tor


res, o qual engenho vendeu Baltazar Pereira, a cima,
a Antonio Vaz, por escritura de 20 de Março de 1589, e
no seguinte anno de 1690, se retirou Baltazar Pereira
outra vez para Portugal ; foi opulento em cabedaes, . por
cujo motivo se quiz Qaspar Pereira,de quem aqui se trata,
tratar-se por seu filho, só a fim de ser seu herdeiro, mas -
opondo-se a isto Ventura de Frias Salazar, fidalgo da
caza real, e provedor-mór da fazenda de el-rei. por
ser cazado com D. Branca de Vasconcellos, filha do dito .
Baltazar Pereira, correram litigio e teve sentença a seu
favor mntra Qaspar Pereira, a qud se confirma pelo des-
troço dos Olandezes n'esta cidade da Bahia. N'ella cazon
Qa~parpereira,^ velho, com D. Maria Soares, (1)'fdha de
Henrique Moniz Barreto, a 0 . .., e de sua mulher..
.
1 D . Margarida Soares. Batizada em Pwipe a 89 '
de Julho de 1690.
2. Francisco Pereira Soares, que se segue. Bati- -
zada a 30 de Junho de 1591.
3. D. Izabel Soares, adiante. Batizada a 9 de Ja--
neiro de 1593.
Fr. Lourenço Pereira, religiozo calçado, prior do-
convento da Bahia, batizado a 20 de Agosto de 1595.
Segunda vez cazou Gaspar Pereira com D. An&
Lobo de Mendonça, (2) filha de Jeroninio Moniz Barreto,
fidalgo escudeiro primeiro d'este apelido, e chamado o
velho, e de sua primeira mulher D. Micia de Mendonça
Lobo, filha de Francisco Bicudo, fidulgo mui esclarecido,
e desua mulher D. Micia Lobo de Mendonça Almeida,filha
de Baltazar Lobo de Souza, general da carreira da
India, onde faleceu o irmão do Conde de Sortelha. D'esta
sua segunda mulher D.Angela teve Gaspar Pereira filhos:
4. D. Micia, que faleceu solteira, batizada a 21
de Setembro de 1600.

(1) Faleceu D. Maria Soares a 13 de Setembro de 1597. sepultada


no convento do Carmo.
(v Uraram noannode 1600. e faleceu D. Angela a de Abril de
1611, wpiilkda no Carmo.
. C.4TALOQOQENEALOOICO sal
-5. D. Custodia de Yenezes, mulher de Francisco de
. Baptizada a 10 de Janeiro
1 Freitas de Yagalhiies a fl..
de 1602.
6. Manoel Telles de Menezes, ou Barreto, adiante.
Batizado a 2 de Maio de 1603.
7 . Yatheus Pereira de Menezes, ao depois. Bati-
zado a 26 de Setembro de 1604.
8. Baltazar, que faleceu menino. Batizado a 3
d e Abril de 1606 .
9. Antonio Moniz Barreto ao depois. Batizado a 6
de Junho de 1608.
10. üaspar Pereira de Menezes, adiante. Batizado
8 13 de Setembro de 1609.
11. D . Maria de Menezes, mulher de Francisco de
Cawalhalti fl.. . n. 1 . Batizada a 11 de Janeiro de 1612.
12. Cosme.Pereira de Mendonça, adiante. Batizado
a 8 de Ontubm de 1613.
13. Diogo Moniz Sobrinho.
14. Francisco Moniz Telles. Batizado a 20 de Abril
de 1617.
N . 2. Francisco Pereira Soares,filho segundo da pri-
meira mnlher de Gaspar Pereira, o velho, D .Maria Soares;
foi senhor do engenho Santa-Cruz de Torres, que foi de
Bal-r Pereira,como 5ca dito, ecazou com Maria Pereira
de Goes, filha do dontur Diogo Pereira Coutinho e de sua
muiher D. Luzia de Goes de Mendonça, tiveram filhos :
16. D. Luzia Pereira, que se segue, batizada a 3 1
d e Maio de 1626.
16. D. Maria Soares, adiante. Batizada a 9 de Se-
tembro de 1629.
17. Niguel Pereira Soares, ao depois. Batizado a
1 2 de Maio de 1631.
18. *par Pereira Soares, batizado a 29 de Maio
de 1632.
19. Diogo Pereira Soares, batizado a 11 de Setem-
bro de 1633.
.
20. D Francisca Pereira Soares, batizada a 11 de
Outubro de 1634.
21. Bento Pewi., batizado a 19 de Fevereiro de
1'1636.
22. D. Agueda Pereira, batizada a 9 de Setembro
de 1637.
23. Antonio Pereira Soares.
24. D. Clara Pereira, batizada a 5 de Julho de
1639.
25. Bernardo Pereira.
26. D. Apolonia Pereira, batizada a 24 de Feve-
reiro de 1641.
27. D. Margarida de Goes, batizada no anno cls
1642, no tempo em que Segismundo ocupou esta cidade,
e por isso se não fez assento.
28. O padre Gonçalo Pereira Coutinho, batizado a
12 de Março de 1646.
29. J o h Pereira Coutinho, batizado a 9 de J n h o
de 1652.
N. 13. D. Luzia Pereira, 5lha de Francisco Pereira
F cai t~ e de sua mulher D. Xaria Pereira de Goes, cazon
por amores com Pedro Mendes bleza, um dos liomens
mais honrados da fregiiezia de Paripe. e senhor do en-
genho grande de PirajS? que o fundou it sua custa,e ii'elle
perdeu todo o cabedal, que possuia ; era filho de Ifrinoel
Mendes Meza e de sua mulher D. Izabel de Faria;
teve d'esta tillios :
3 0 . Barbara, que faleceu solteira, batizada e 18.
de Fevereiro tle 1746
31. Jozé, qiie faleceu solteiro, batizado a 26 de
Março tle 7 ti.51.
32. Manoel IIendes, batizado a 3 de Fevereiro de
1653.
33. F,aiici?;co, que faleceu solteiro, batizado a G
de Abril de 1ti54.
h?. D. Maria Pereira de Goes,terceira mulkr de Es-
t e r & ~Rodrigues do Porto, batizada a 24 de Abril de
1657.
3 3 . Gonqalo e Suiio, que fiilecerani solteiros.
N. 34. L). Maria 1'ereii.a de Goes. tillia de D.
Luzia Pereira e de seu marido Pedro Jlendes Aleza,
foi terceira mullier de EsterBo Rodrigues cio Porto *,

Cazararii iia igreja tlo Iiospicio da Paliiin a : O de Jullio dc l!M.


CATALOGO C ~ I < S E . \ L O ( ~ I ~ O 283

naturalda Bahia, filho de Ferniio do Porto e de sua mulher


Maria da Cruz, e teve filhos :
36. Jozk Pereira Porto.
37. Francisco Pereira Porto.
38. Thomazia Pereira.
N . 16. D. Maria Soa1es, filha de Francisco Pereira
Soares, n. 2,e de sua mulher Naria Pereira de Goes,cazou
com o rapitão de infantaria Domingos Monteiro de Abreo,
(l),natural de Villa Nova, freguezia de S. .João do bispado
do Porto, filho de Domingos D~iartede Abreo, e de sua
mulher Brazida Monteiro, o qual Domiiigos Monteiro veio
em companhia do Conde de Castello-mellior,.Jo Rodrigiies
de Souza Vasconcellos. quando veio por XIV gover-
nador d'esta capitania,e vive0 sempre h~nradamente~teve
filhos :
39. Gonçalo Monteiro de Abreo, sacerdote secular.
40. Francisco Mon teiro de Abreo. o mesmo.
41. Mano01 Monteiro de Abreo .
42. Doiningos Monteiro de Abreo.
43. D . Aiina Jtonteiro de Abreo, que se segue.
44. D . Uaria Nonteiro, mulher de seti primo Fran-
cisco de 88.
45. D. Thereza Mqnteiro de Abreo.
N. 43. D. Anna BIonteiro de Abreo, filha de D .
Maria Soares e de seu marido o capitáo Domingos Mon-
teim de Abreo, cazou com o dito Gsbriel Vieira de Araujo
(2) natural da villa de Guimarães, filho de João Vieira
e de sua mulher Domingas Monteiro, teve filhos :
46. O padre Manoel Monteiro de Abreo, vigario da
fregnezia de Cotinguiba, batizado ao 1". de Setembro de
1683.
47. O padre Niguel Tieira Monteiio, vigario da
fregnezia do Roazrio da cidade, batizado o 11 de Janeiro
de 1689.
N. 17. Xignel Pereira Soares, filho de Francisco
(1) Cazaram na frrpilezia tlr. Pwipe n 2:I tle Agosto de 165t.
(P) Este iiahriel Vieira jiistirit~o~i, qiie scii sogro 1)oniingcis Non-
leiro f6ra Injustaiiiente inf:iiiiado dt- t.hrisl:io iio\.o,c Ic\.e scnleii.:l tlu
oficio a seu favor. no nnno (Ir 1688.
Pereirl Soares, n. 8, e de sua mulher Maria Pereira de
Góes, cazou com D. Clara de Souza, filha de M a n d de
. Souza Dormondo e de sua mulher D. Maria C&&, teve
mais esta D. Clara uma irman chamada D. Seratina, de
quem o mestre de campo Antonio Quedes de Brito teve
uma filha, que foi herdeira da sua caza, chamada D. Iza-
bel Maria Gnedes de Brito, que cazou com Antonio dm
Silva Pimentel, de quem jA se dice a 0. . Foi este .
Miguel Pereira tambem jogador e viveo de tal sorte, que
depois de jogar o seu engenho de Paripe e mais bens, que
possuis, jogou sua propria mullier duas vezes, e perden-
do-a a foi entregar aos que a ganharam. Depois houveram
desquites por justiça, e ella se amigou com vario8 ho-
mens e foi mulher publica, e diziam, que o tal seu marido
muitas vezes lhe entrava em caza a pedir-lhe, que o so-
corresse com algum dinheiro, do que eila ganhava pela
sua
'
culpa. Tiveram filhos :
48. Manoel, que faleceu solteiro, batizado a 18 de
Novembro de 1653. Paripe.
49. Braz Pereira Soares, que se segue.
N. 49. Braz Pereira Soares, filho do Mignel Pereira
Soares e de sua mulher D. Clara de Souza, contra von-
tade de seus parentes cazou com D. Izabel de Barros, (*)
fllha do capitão de infantaria da Bahia Manoel da Bar-
ros e de sua mulher Maria de Borba, e teve íllhos :
bO. Manoel Pereira. D. Antonia, I). Jlaria.

-4llORIM, BARBOZA

N . 3. D . Izabel Soares, filha de Gaspar Pereira, o


I elho,e de sua primeira mulher D. Maria Soares, cazou
duas vezes, a primeira com Manoel de Azevedo Teixeira,
do qual teve uma filha uuica, que foi :
51. D. Naria de Azevedo, primeira mulhe do c a
pitão Jeronimo Muniz Barreto a fl . . .
(') Cazanrn no convento de S. Francisco da Batiia a 6 de I~ezembm
de 1079.
CATALOGO GENEALOGICO 335

Segunda vez cazou D. Izabel Soares com Jacome


3arboza de Amorim (I), natural de Ponte de Lima,
arcebispado de Braga, filho de Baltazar de Amorim Bar-
boza e de sua mnlher Izabel Barboza. Teve filhos.
58. Jogo Barboza dz Amorim, baptizado a 28 de
Janeiro de 1624.
53. Baltazar de Amorim Barboza, baptizado a 15
de Março de 1625.
64. D. Joana Soares Barbara, baptizada 80 1 de .O

Julho de 1636.
55. D. Angela Barboza Soares, baptizada ao 1." de
Novembro de 1631. Cazada com Francisco de Nello de
Vasconcellos .
56. D. Agneda Barboza, baptizada a 6 de Setembro
d e 1629.
57. D. Francisca Soares, baptizada a 20 de Junho
d e 1632.
N. 6. Manoel Telles Barreto, filho de Gaspar Pe-
reira, o velho, e da sua segunda mnlher D. Angela de
Mendonça, viveu em Paripe (2) em sua fazenda chamada
São-Thom6, e cazou com D. Maria de Lima, ou Espinoza
Ribeira, como em outros lugares se apelida, filha de
Christoviio de Espinoza, e de sua mulher Anua Ribeiro,
ir- do Rev . Thesonreiro-mór da S6 da Bahia Francisco
Ribeiro, e do Rev. Bartolomeu Ribeiro, por serem todos
a o s de Francisco Ribeiro e de Catharina Gonçalves sua
muiher Teve Manoel Telles filhos.
58, Oaspar Telles Barreto, que se segue, batizado
a 2 de Dezembro de 1628.
59. D. Anna Antonio, Francisco, Manoel, Miguel.
Estes faleceram solteiros.
60. J o b Pereira Telles, adiante.
N. 58. Oaspar Telles Barreto, filho de Manoel
Teiles Barreto e de sua mulher D. Maria de Lima, ou
Espinoza, cazou em Curnpeba com D. Izabel Pereira,
filha de Sebastigo Pereira e de sua mulher Anna Corrêa.
Teve filhos:
( i ) Camrarn a 26 de Fevereiro de 1623 na f w e z i a de Pari
(4) Faleceu a 23 iie Y i i r p de 1683. Sepultado na capelrde S.
Thome.
29 r. I. VOL. LII.
826 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

6 1 . Manoel Telles Barreto, que cazou com D. Maria


de Freitas, filha de Manoel de Freitas Lobo e de D . Fe-
lipa Pimentel, sem filhos, a fl . . ., n . 28.
62. Sebastião, batizado a 28 de Maio de 1656, e
faleceu pequeno.
63. Antonio Telles Pereira, cazado com D. Antonia
de Menezes, filha de Augusto Siibtil, dispensados no pa-
rentesco, sem filhos, e segunda vez cazou com D. T h e m
de Menezes. Batizado a 2 de Agosto de 1652.
64. Pedro Pereira de Menezes, cazado com D. Maria
de Sonza, filha de Ignacio Pereira de Souza, sem filhos;
N. 60. Jogo Pereira Telles, fillio de Manoel Telles
Barreto e de sua mulher D. Maria-de Lima, ou Espi-
noza, cazou com D. Esco1,wtica Cabral, fillia de João Fer-
nandes, teve filhos :
65. Thom6 Pereira.
66. Mathias Pereira.
67. D. Enfrazia. TI. Tliereza, D . Fanstina, D.
Blarirrnrr.

PEREIRAS DE PARIPE

N. 7. Matheus Pereira de Menezes: filho de Qa9per


Pereira, o velho, e de sua segunda mulher D. Angela de
Mendonça, cmou com L). Izabel de Almeida, filha de
Gaspar de Freitas de Nagalhaes, a fl.. ., e teve filhos :
67. Gaspar Pereira de Magalhlles, que se segue.
68. D. Antonia de Menezes, caziula com .Jorge de
Araujo de Goes a fl.. . Batizada a 17 de .Junho de 1689.
69. D. Angela de Menezes, segunda mulher de
Marcos de Betencourt-,a fl.. ., batizada 8 1 (le Maio
cle 1631.
70. D. Naria de Menezes, primeira mullier do licen-
ceado JozC tle Arailjo de Goes, a fl . . ., batizada 8 26 de
Ivfarqo de 1634 .
72. O alcaide m6r Francisco Telles de lüenezes,
que faleceu solt,eiro, batizado a 9 de Outubro de 1635.
CATALOGO G E 9 E A I . O G I Ç O 22 7

73. O capitiio Antonio Telles de blenezes: b;r-


tizado a 27 de Setembro de 1639, adiante.
73. Domingos Telles de Menezes, batizado a 25 tle
Junho de 1643, depois.
Segnnda vez cazou AIatheus Pereira com D . Elena
da Silva Pimentel ( I ) , irman do coronel Antonio da Silva
Pimental, o velho, e filhos ambos dc Bernardo Pimentel de
Aimeida, fidalgo da caza real, e sobrinlio do governador
do B& Luiz de Brito de Alueida e de D. Maria cle
Mdla, sua terceira mulher, niío teve Matlieus Pereira
à'& segunds mulher filhos.
N. 67. Gaspar Pereira de Meuezes Magalháes, tilho
primeiro de Matheus Pereira de Menezes e de sua
primeira mulher D . Izabel de Almeida, cazou com D .
'Fiolante Brandoa (2), filha de Thonik Tavares de Alvim
e de sua mulher BarbaraPereira de- Giisnião, rendeiro do
engenho de Santo-Estevão, e n'elle perdeu todo o cabedal.
que tmba, por seus parentes lhe niio sahirem tle caza, e
eile os querer hnquetear todos os dias; teve filhos:
74. Thome Pereira de Menezes, qiie se segue, ba-
tizado a 4 de Dezembro 1657 .
76. Antonio Telles de Meneaes, batizado a 9 de
Novembro de 1661.
'E o padre Antonio Caldeira de Menezes, bastardo.
N . 74. TliomB Pereira de Menezes, 6lho de Oaspar
Pereira de Menezes Magalhães e de aua mulher D.
Fiol.nte Brandos, cazou com D.Angala de Souza (3), filha
de Fmco de Souza Doimondo e de sua mulher D. Vitoria
& Yemmm, irmsn de Jeronimo Moniz Barreto, e filhos.
e, deErsncieco Moniz de Menezes, fidalgo e herdeiro,
e de.- muiher D . Maria Lobo de Xendonça. e n h teve
TLrPaá Pereira d'esta sua mulher filho algum.
Begands vez cszou Thomk Pereira com D . Ignez de
Xdlo~FaeeonceiloeCorte-Real,viuva de Gasper de Yargas
Iliae Bsrboza, a filha de Antonio de Couros Carneiro,
(I) Cnrulairi na capella tle S. Pedro do Acape n !i de Janeiro dt.
1M.
( p ) Cnxwm na capelia de Santo-Ester&)do Socorro n :! de Se-
tembm de 16-56.
(8) Cazamm na trcgnezl do monte a 18 de Fevereiro (ie 1697.
capitão-mór dos Illieos, e de sua primeira mnlher D. Ur-
snla de Mel10 ; e teve filhos:
76. D. Joana Maria de Vasconcellos, muiher de
Elias de Souza Salgado.
N . 7 1. Francisco Telles de Nenezeu, filho de Ms-
theiis Pereira de Menezes e de siia segunda mulher D.
Elena da Silva Pimentel ; servio a el-rei na Bahia com
o posto de alferes e capitão-mbr de infantaria, e dahi
passando para Portugal, foi roubado dos piratas, veio
com o Conde de Obidos para a Baliia ; porem maquinando
elle e Lourenço de Brito Oorrea, o velho, o Queiroz, e Ai-
varci de Azevedo a prizáo do Conde, e embarcal-o para
Portugal, revelou o segredo Dainião de Lançoes, que era
capitão, e por isso o fizeram sargento mbr, e cedeu a
companha a seu sobrinlio Theotonio Soares e Francieco
Telles prezo, e remetido para Portugal na frota, e Lou-
renço de Brito e os mais ficaram prezos na Bahia; entso
foi que Francisco Telles de hlenezes comprou a a l d -
daria-mór da Bahia a Bernardo de Miranda Heniiqnes, a
quem el-rei D. Afonso I V a havia dado. e voltou para
a Bahia com Alexandre de Soiiza Freire, quando a veio
governar no anno de 1668. Este foi o alcaide-mór R
quem Antonio de Rrito de Castro matou na rua do
Palacio em Junho de 1683. NBo cmon Francisco Telles,
mas teve bastarcios, filhos :
Antonio de Qrieiroz e Rrii Telles de Menezes.
N. 72. Antonio Telles de Menezes, filho de Matheus
Pereira de Menezes e de siia secunda mnlher, acima,. por
morte de seu irmiio Francisco Telles de Menezes, acima,
o fez o governador Antonio de Soiiza de Menezes, a quem
chamavam o Braço de prata, aldaide m6r da Bahia no
logar de seu irm8o ;e passou a Portugal a queixar-se da
tal morte, em os quaes requerimentos gastou tudo o que
tinha e depois de estar na corte annos voltou para
a Bahia, aonde acabou muito pobre, tendo dado perdb a
Antonio de Brito por intercessão de D. Jogo de Alencas-
tro, q u ~tinha
_ vindo de governar Angola. Foi cazado este
Antonio Telles de Xenezes com D. Angela Barboza, 6iha
de Belchior Barboza e de sua mulher D. Ursula da
Rocha, filha de Jogo da Rocha, e d'ella náo teve filhos.
CATALOGO GENEALOGICO 229

N. 73. Domingos Telles de Menezes, filho de Ma-


thens Pereira de Menezes e de sua primeira mulher D.
Izabel de Almeida, cazou di:as vezes, a primeira com D.
Francisca de Aguiar, filhade Estevão de Aguiar, o gago,
a fl.. ., e de sua miillier D. Maria Barboza, fillia de
Domingos Baiboza de Amorim, sem filhos ; segunda vez
cazon com D. Anna de Menezes, filha de Francisco Fur-
tado e de sua mullier D. Antonia de blenezes, que era
filha de Henrique Moniz Barreto, a fl . . . sem filhos ; \i\%-
ram muito mal, e se desquitaram, e ella cazou depois com
Joh Pereira.
N . 9. Antonio Moniz Barreto, filho de Gaspar Ye-
mira, o velho, e de sua segunda mulher D. Angela de
Mendonça, cazou com D. Luzia de Espinoza ( I ) , fillia de
Christovilo de Espinoza, e de sua mulher Anna Ribeiro.
irma do Reverendo Conego Tliezoureiro mbr da Sé da
Bahia Francisco Ribeiro, e do Revd. Bartolomeu Ribeiro
por serem todos filhos de Francisco Ribeiro, e de Ca-
tharina Gonyalves e sua mullier, e teve filhos
77. Christoviio Pereira de Aguiar, que se segue. Ba-
tizado a 26 de Outubro de 1631-
78. D. Izabel de Figueirb, mulher de João Dias
Ribeiro.
79. Manoel Telles, adiante. Batizado a 26 de Março
de 1636.
80. Jeronimo Moniz Barreto. Batizado a 4 de Marto
de 1638.
81. D. Antonia de Figueiró, mulher de Pedro Men-
des de Escobar .
N. 77. Christoviio Pereira de Aguiar, filho de An-
tonio Moniz Barreto e de sua mulher D. Luzia de
Espinoza, cazou com D. Maria do Campo Alomba, (2)
í i h de Paalo de Alomba, e de sua mulher Thomazia
Barboza, e teve filhos. A este Christovão chamavam o Pai
de Egaas.
82. Gonçalo Telles de Castello Branco.
-- -
( I ) Gazaral11 e111 Colegipe rapeiade Sniilo Antonio a 30 I~e71~1iit)ro
de 1W.CaWU esla D. Liiiza sihgiiiiila\ c z r~,iii G~iiiestlc Agiliar, a
d..., n . 9.
(2) C a z a w ~a 2 de Sett~nilimtle Itd9.
83. D. Thomazia de JIenezes, mulher de Luiz Pereira
de Mendonça, filho de Cosme Pereira, a fl... e depois de
Thoinb de Vello, filho de L u a s Pinto, a f!. . . Batizado a
9 tle Vaio de 1652.
84. D. Angela de Meiiezes, batizada a 20 de Fe-
vereiro de 1656.
85. D. Anna de JIenezes, batizada a 9 de XUarço
de lti58.
N. 79. Manoel Telles de Yeneze~,fillio de Antonio
JIoniz Barreto, n. 9, e de sua mulher D. Luzia de Espi-
iioza, cazou duas vezes, a primeira coin D. ThomaziaBar-
boza (1) filha de Bertolomeu Jloniz, e de sua mulher
D. Achangela da Lomba, e teve filho
86. Constantino Moniz Telles, cazado com D. The-
reza de Lacerda Coutinho, t: teve filhos.
?J. 86. Constantino JIoniz Telles, este acima, cazou
ooin D . Tliereza de Lacerda Coutiiiho, filha de Sebastião
Paz, a fl . . ., n. 18, e de sua segunda miillier D . M a
de Lacerda Coutinho, e teve filhos, G mortos e
87. Francisco JIonix Coutiiiho.
Segunda vez ~.azouXanoel Telles de Menezes com
D . JIariana JIonteiro, (2) filha de Bento Jlonteiro F r e h
e de sua segunda mullier D. Suzana Pereira, viuva de
Belchior Barboza Pinheiro, e tere filhos :
88. Antonio Telles, que se matou.
~ 9 D. . Catliarina tle lIeiiezes, mullier de Mirnoel de
JIello, o Panica ;
90. D. JIariana Telles de Jteiiezes, que se segue.
Batizada em Pnripe ti 18 de Outubro de 1667.
X. 90. D. Mariana Telles de Jlenezes, fillia de Manoei
Telles de JIenezes, e sna segunda mullier D. JIariaiiP
JIonteiro, cazou com Antonio Rabelo de JIacedo, o Panica,
fillio de Diogo Rabello de Nucedo e de sua miilher D.
JIwrgarida de Mello, e tere iilhos :
0 1 . O padre Gonqalo Babe10 tle Jleiiezes.
92. D. Anna Telles de Menezes, que se segue.
CATALOGO GEKE.4LOGlCO 231

93. D. Izabel Telles de Menezes, mullier de Vasco


de Yeilo de Vasconcellos, a ti ...
N. 92. D. Anna Telles de Menezes, filha de D .
Mariana Telles de Nenezes e de se11 marido Antonio
Rabelo de Macedo, cazou com Ignacio de Matos Pinto
de Carvalho, cavalleiro professo cla ordem de Christo,
fidalgo da caza de Sua 3Iagestrtde,.por alvarh regio do
anno de 1755, capitb cle infaiitaria de um dos regi-
mentos pagos da Bahia, e commandante da fortaleza
do mar, e foi filho de Naiioel Pinto de Carvalho e de sua
mulher Ursula de Matos, irman de Monseulior Matos;
e teve filhos.
94. Antonio Ilabelo de Xacedo, tenente de infanta-
ria, cavalleiro da ordem de Cliristo, vive solteiro.
90. Ignacio de Matos Telles de Menezes, que se
-0.
96. O doutor Manoel de Matos Piiito de Carvalho,
cazsdo em Lisboa com I). Alaria Violante de Albuquerqiie.
N. 95. Ignacio cle Matos Telles de Menezes, filho de
I). Anna Telles de Menezes e do capitáo Ignacio de
Matos Pinto de Carvalho, 6 capitão de infantaria ua Ba-
hia, fidalgo da caza real, cavalleiro nit ordem de Christo,
caaou com D. Maria, (1) filha. do capitno dos auxiliares
Jacome Joz4 de Seixas e de sua mulher D. Jozefa.
Homem de negocio e rico, que foi criado do Conde de
Ssbagoza, Vasco Fernnndes Cezar, vice-rei e governador
que foi da Bahia. Teve filhos.
N. 10. Gaspar Pereira de Menezes, filho de Gaspar
P m i r a , o vellio, e de sua segunda mulher D. Angela de
Mendonça (2) foi seiilior do engenho de Xrttiiim, cazon tres
vezes, a primeira com D. Brites Antiines, que era irman
da D. Custodia de Faria, mulher de Bernardo Pimentel de
Aimeida, e teve filhos :
97. Manoel Pereira de Faria, que se segue. Batizddo
a 28 de Outubro de 1629.

(1) Faleccu esla D. Naria ;i Ptl de Julho tle 1773. Scpullaùa no


Carmo.
(3 Cazaram a !I de' Jaiicin, tle 1629 em Paripe e faleceu eiie a 23
de Oulubro de 169, wpuita<fo iiu €armo.
98. J o b Pereira de Faria, adiante. Batizado a 6 de
Fevereiro de 163 1.
99. -lugela, e Roque, que faleceram de pouca idade.
Segunda vez cazon Gaspar Pereira de Menezes com
D. Maria Bsrboza, (1) filha de seu cunhado Francisco de
Freitas de Magalhães, fidalgo da caza real, e de sua
primeira miilher D. Maria Barbaza, filha esta de
Francisco Dias de Almeida e de sua mulher D. Agueds
Barboza de Barbuda ; e teve filhos :
100. D. Micia de Menezes, mulher de Pedro Bar-
boza de Vasconcellos. Batizada a 19 de Abril de 1637.
101. Francisco de Freitas de Menezes, cazado com
Il . Elena Monteiro, com filhos. Batizado a 7 de Novem-
bro de 1638.
102. Jeronimo bíoniz Barreto, cazado com D. Felippa,
filha esta de Antonio de JIiranda Silveira e de sua mulher
Catharina Corrêa, sem filhos. Batizado a 3 de Outubro
de 1630.
103. Gonçalo Pereira de Menezes, adiante. Batizado
a 15 de Outubro de 1614.
104. D . Izabel de Menezes, mulher de Anqelo de
Araujo. Batizada a 19 de Novembro de 1648.
Terceira vez cazou o mesmo Gaspar Pereira de
Menezes com D. Xngela de Menezes Vasconcellos, filha
do alcaide-m6r Jorge Barieto de Mello, fidalgo da c9ze
real, e de sua miilher D. Blaria da Lomba, e teve filho.
105. Fernão Telles, que faleceu solteiro, batizado
a 26 de Janeiro de 1653.
N . 9 7. Manoel Pereira de Faria. fillio do c a p i m
Gaspar Pereira de Menezes, li. 10, e de siia primeira
mulher D. Brites de Faria, cazou com D. Francisca de
Perada, (2) v i u ~ ade Francisco Lopes GirBo, o moço,
e filha de Francisco cle Betencourt, e de sua mulher
D . Archangela de Rlello ; e teve filhos :
106. Francisco Beteiicoiirt de Pá, que se segue.
107. D. Brites de Faria Blenezes, cazada com o
capitáo Antonio Ferreira de Souza. sem fillios .
-

(1) Cazaraiit a :I tlv F I ~tlrtbiro


I tle 16:It;.
(2) Crizaraiii a 15 do Oritul~rode 1051 eiii Matiiini.
108. D. Joana de Yenczes.
109.ThomB Pereira de Faria,cazado com D. BIariana
de Souza, filha de Ignacio Ferreira de Souza e de sua
mnlher D. Margarida Coellio, viveu em Matuim na
fazenda, que foi de seu pai, e administraçáo da que foi
de sua tia. irman de sua mai, sem filhos.
N . 106. Francisco de Betenc.oiirt de S&, filho de
Manoel Pereira de Faria, e de D. Francisca de Perada,
sua mnlher, cazoii com D .Anna Paes de Azevedo, filha de
Miguel Moniz Barreto, fidalgo da caza real, e de sua
mnlher D . Ursula do Rego, e teve fillio :
110. Manoel Moniz Telles.
N. 98. João Pereira de Faria, fillio do capitiio Gaspar
Pereira de Menezes, n. 10 e de siia primeira mulher
D. Brites de Faria, cazou com D. Joana de Albiiquerqiie,
íüha do licenceado João Leitão Arnozo, cavalleiro fidalgo
e professo na ordem de Christo, e de sua segunda mulher
D. Felippa de Albuquerque Coutinho, e teve fillios :
111. Gaspar Pereira de Alhuqnerque, que cazou com
D. Joana, filha de Jeronimo Moniz Barreto, senlior do
engenho da Passagem.
Segunda vez cazou Joáo Pereira com L). Izabel,
filha de Antonio de BIello.
N. 104. D. Izabel de Menezes, filha de Gaspar
Pereira de Menezes, n 3 0 , e de siia segunda mulher
D. Maria Barboza, cazon duas vezes, a primeira com
Manoel de Mello, que era de Portugal, e niio teve filhos,
a segunda vez cazoii com Angelo de Araujo e teve filhos :
111. Manoel de Araujo, que cazou com D. Brites,
filha de seu irmiio Francisco de Araujo.
112. Francisco de Araujo, que cazou com D. Maria,
flha de João de Carvallial, ti fl . .., n . 12.
113. D. Maria, mnlher de Jozh de Mello, a fl . . .,
n. 11, e teve filhos :
114. D. Angela, mulher de Manoel de Carl-allial, a
fl.. . n . 11, e ahi a sua descendencia. D. Joana, que
faleceu solteira.
N . 6. Manoel Telles de Menezes, oii Barreto, filho
de Gaspar Pereira, o velho, e de sua segunda mulher
D. Angela de Mendonça, a fl. . . ; viveii na sua fregnezia
30 P. I. VOI.. 111.
de Paripe, em iima fazelida, que chamam Siio ThomB, e
cazou com D. Jlaria de Espinoza, que era sobrinha do
padre Bartolomeo Ribeiro, irmão do conego Francisco Ri-
beiro, e teve filhos :
115. Gaspar Teiles, qiie se segue :
116. Joáo, iüanoel e Francisco, que faleceram sol-
teiros.
N. 115. Gaspar Telles, filho de Nanoel ~ e l l e sacima,
,
li. (i,e de sua mulher D. liiariit de Espinoza, cazou em
Curiipeba com D . Izabel, fillia de Sebastião Pereira e de
sua mulher Xnna Corres- e teve filhos :
117 . Nanoel Telles, que cazou com D. Naria, filha
de Manoel de Freitas Lobo.
118. Antonio Telles, que cazoii com D. Antonia,
fillia de Augusto Subtil, sem filhos.
119. Pedro Pereira, cazado com D . Naria, filha de
Igiiacio Ferreira de Souza, sem filhos
X. 116. Joáo Pereira Telles, filho do Manoel TeUes
cle Jlenezes, 11. 6, acima, e de sua mulher D. Maria de
Espinoza, cazou com D. Escolastica, filha de João Fer-
iiandes Perfeito, mercador na Bahia, o qual era ir&
do padre Jozé Henriques, do padre Domingos Cabrai,
e de Ignacio Cabral, e teve filhos:
120. Thotu6 Pereira, Natheiis Pereira, D . Eufrazia,
D. Thereza, D . Faustina e D. Mariana.
S. 12. Cusnie Pereira de Nendonqa, filho de Gaspar
Pereira, o velho, e de sua segunda mulher D. Angela de
llendonça, cazoii com D. Luiza Giráo, " a qual era
filha de Andrk Cavallo, o velho, e já havia sido cazado a
primeira vez com F . chamava-se esta primeira D . Iüaria
de \'asconcellos e era fillia de Francisco de Mesquita, e
cazaram a 2.5 de Novembro de 1635, de quem lhe n h
acliamos OS nomes, nem os pais, e d'esta tal segunda teve
fillios.
121 . Luiz Pereira, que cazou com D. Tliomazia de
Menezes, filha de Cliristováo Pereira de Sguiar, a fl . . .
e tle sua miilher D. Jluria do Campo Alomùit.
122. ,hdrG Cavallo de Carvalho, que cazou com
--
' C+irairi a . . . de Yo\einbn~de 1618.
CATALOGO GEXEALOGICO 235

D. h n a de Souza, viuva de Sntonio Simóes de Crasto,


filho de João de Souza Pereira e de sua mulher D . Xaria
de Souza, não teve filhos ; foi sargento-mbr de auxiliares,
e capitso de cavalios.
133. Ibtheus Pereira, cazado com D. Jeroiiiina de
Xenezes, sua prima, filha de Antonio Moniz e de siia
mulher D. Archangela Giráo, filha de Francisco Lopes
Girão e de sua mulher Francisca de Betencourt, e ella
depois de viuva cazou com Antonio de Crasto.
124. Martim Telles, que cazoii com D. Berbara de
Sá de Menezes, viuva de João de Seixas, de quem 1150
teve m o s , mas teve bastardos I). Florencia de Menezes, .
maiher de João Batista de Brito e I).Luiza de Nenezes
1%. Alvaro Girão, que se segue.
N. 145. Alvaro Giráo, filho de Cosme Pereira, n. I 2,
e de sna mulher segunda D. Luzia Girão, cazou por amo-
res com D . Joana Betencourt de Menezes, filha de Agos-
tinho da Costa de Menezes, e morreu na cadeia pobre, ao
desamparo, e deixou filhos :
146. Andrk Cava110 de Carvalho.
127. D. Antonia, D. Maria, D. Simoa, e D. Anna.
N. 14. Francisco Moniz Telles, filho de Gaspar Pe-
reira o velho, e de siia segunda mulher D. Aiigela de Men-
donça, cazoii com D. Policena de Souza Rabelo, filha de
Bartolomeo Rabelo, a primeira rez e teve d'esta filhos, e
de sua mdher Constancia de Souza.
188. Antonio Telles, que se segue.
139. João Moniz, que faleceu solteiro e Fernáo Telles.
149. Francisco Moniz Telles, que cazou com D. Iztr-
bel Garcia, filha de Antonio Cordeiro Aires, a fl . . ., n. 3.
Segunda vez cazou Francixo líoniz, acima, coni L).
Ignez Lobo, e teve filhos :
130. Antonio Telles, abaixo :
E dnas femeas mais.
N. 128. Antonio Telles, a quem chamavam o Cara-
peba, filho de Francisco Xoniz, acima, e de sua primeira
muiher Puiiceinr Rabelo, caaou com D. Brites de -ar,*
filha de Gomes de Aguiar Ddtro e sua primeira mulher
Cazaraiii a 1 de Fevereiro de 1665 em Paripe.
D . Luzia de Espinoza, a qual era jB viuva de Antonio
. Moniz Barreto, filho de Gaspar Pereira, o velho, e de sua
segunda mulher D. Angela de Mendonqa, e teve filhos:
131. Lazaro Telles de Nenezes, que cazou com D.
Elvira de Esteria, filha de Carlos e de D. Angela de Be-
tencourt .
132. Bernardo Noniz Telles.
D. Luzia.
D. Maria.
D. Mariana.
E D . Policena.
N. 130. Antonio Telles, que foi chamado, o Barradas
por alcunha, e filho tambem de Francisco Moniz e de sua
segunda mulher D. Ignez Lobo, cazou com D. Mariana
cle Bitencourt, filha de Aleixo Antunes da Silva e de
sua mulher Natalia Guedes de Carvalho, filha de Rui de
Souza de Carvalho e de sua mulher Antonia Corrêa de
S6, e Aleixo Ant,iines era filho (te Roque Antanes e de sua
mulher Anna da Silva, filhos d'elles
133. Urbano Telles.
David Telles.
D. Antonia de Betencoiirt, mulher de Francisco Pe-
reira Pinto.
E D. Florencia de Betencourt.

GONES DE LAMEGO
Jorge Gomes de Lamego, morador na cidade de
Lisboa, foi cazado em Lisboa, duas vezes, a primeira com
Izabel Henriques, da qual teve filhos :
1 . Diogo Rodrigues de Lisboa.
2. Gomes Rodrigues.
3. llanoel Rodrigues.
4. Branca Rodrigues.
Segunda vez cazou Jorge Gomes de Lamego com Ca-
tiiarina Lopes, tambem teve filhos, que não achamos na
escrita de onde tiramos isto, quaes foram elles,nem os seus
nomes.
CATALOGO OENEILOGICO 237

Foi este Jorge Gomes senhor do engeiilio de Santa


Cruz de Torres em Cotegipe, arrebalde da Bahia, o qnal
eogenho vendeu a Baltazar Pereira. de quem adiante se
dirã, e este Baltazar Pereira, o vellio, o vendeu depois a
Antonio Vaz, e este o vendeu a Gaspar Pereira, de Pa-
ripe, o que tudo se acha em uns autos de demandas, que
sobre o tal engenho correu pelo tempo adiante Gaspar
Pereira com Antonio Vaz, mas nos taes autos ainda que
n'elles se fale n'este Jorge Gomes, primeiro senhor do tal
engenho e no seu segundo possuidor Baltazar Pereira,
n b se declara o tempo, em que foram senhores d'este en-
genho nem as escrituras das suas vendas e compras, e s6
se acliam as de Baltazar Pereira com Antonio Vaz e as
d'eiste com Gaspar Pereira, o vellio, como em seu logar
se dirh.

PEREIRA
Baltazar Pereira, mercador, e morador na cidade
de Lisboa, teve o titulo de moço da camara de Sua Ma-
gestade, foi mercador mui rico, e cazou com D. Maria de
Mello de Vasconcellos, filha de Antonio de Oliveira, pri-
meiro aleaide-mbr da Bahia, onde cazou o dito Balta-
wrr Pereira, quando veio n'esta cidade tratar do seu en-
genho de Cruz de Torres, em Cotegipe, o qnal engenho
havia comprado em Lisboa a Jorge Gomes de Lamego,
e o vendeu depois no auno de 1589 por escritura de 20 de
Março do dito anno a Antonio Vaz, por 32 mil cruzados,
como vai adiante. Teve Baltazar Pereira de sua mulher
D. Maria de Mello filhos :
1. D . Branca, que se segue.
2. D. Luiza, batizada na se a 9 de Agosto de 1587.
3. D . Maria, batizada na sé ao 1". de Setembro de
1585.
4. D. Mariana.
N. 1. D . Branca, filha primeira de Baltazar Pe-
reira e de sna mulher D . Maria de Mello de Vasconcellos,
m o com Ventura de Frias Salazar, fidalgo da caza de
Soa Magestade, servio de provedor da fazenda real, e
teve filhos. Faleceu Ventura de Frias a 15 de Abril àe
1630, sepultado em S. Francisco.
5. D. Maria, que faleceu sem m a r e deixou por
herdeiro a seu irm8o João de Salazar de Vssoonaelloe,
fidalgo da caza real.
6 . Jogo de Salazar de Vasconcellos, jti nomeado.
De Ventara de Frias Salazar, acima, foi i r m b J o b
de Frias Salazar, fidalgo da caza real, dezembargaãor
do paço, testamenteiro, tutor e admistrador das pessoas
e bens dos ditos orfaos, filhos de Ventura de Frias 8s-
Iazsr.
Baltazar de Amorim, cazado com a irman de Baltazar
Pereira.
Domingos Barboza de Amorim, sobrinho de Baltazar
Pereira.
Antonio Mendes de Oleiva, tutor dos filhos de Ven-
tura de Frias.
Baltazar Pereira, acima, passou á Bahia no anno de-
1660, como se dice já, tratando de Gaspar Pereira, o
.
velho, a fl. ., e no anno de 1590 se retirou outra vez
para Lisboa, e lti na corte, por escritura de 31 de Maio
de 1596, rati0cou a venda que havia feito do tal engedo
ao sobredito Antonio Vaz, por seu procurador e purente
de sua mulher na Bahia o Rev . Bartolomen fie Prrãcan-
cellos, conego e chantre da sé.

VAZ, ETC.
Antonio Vaz, de quem náo achamos ainda aonde
era natural e s6 que no anno de 1688, por escritura de 20
de 3Iarç0, comprou na Bahia, aonde assistia, a Baltazar
Pereira o seu engenho de5anta Cniz de Torres, em Co-
tegipe, por 32 mil cruzados, e no anno seguinte de 1590
a 2 de Novembro vendeu ao sobredito Antonio Vaz H,
metade dotal engenho, por escritura de 2 de Novembro,
a G ~ p a Pereira,
r o velho, por 140 mil cruzados e cem
mil reis, e no mesmo anno de 1590 por ontra escritura de
CATALOGO GENE ALOGICO 239
22 do mesmo mez de Novembro vendeu o tal Antonio
Vaz a outra metade do proprio engenho ao sobredito
*par Pereira, com tudo o mais que tocava d'esse
engenho por 160 mil cruzados. Tudo isto sobre o tal
engenho e eates que foram seos possuidores Jorge
@orneso 1"., Baltazar Pereira o 2"., Antonio Vaz o 3"., e
Gaapar Pereira o ultimo. Se acha assim nos autos de de-
mandas, que correu Antonio Vaz com seu cnnhado Gas-
par Pereira, o velho, sobre o mesmo engenho, e nus
qnaes autos se dizeram Antonio Vaz e Gaspar Pereira cu-
nhados. Assim se diz nos autos das demandas a A. 41
vem, por serem cazados ambos com duas irmans, Gttspar
Pereira com D . Maria Soares e Antonio Va;z com D. An-
tonia Soares, filhas ambas de Henrique Moniz, o velho,*
irmão de Diiarte Moniz, alcaide-mór da Bahia, como fica
afl...
De Antonio Vaz e de sua mulher D. Antonia Soares
foi filha :
1. D . biaria Soares, que se segue e cazou ao 1". de
Setembro de 1596 com Henriqne Moniz Barreto, filho de
Henrique Moniz Telles e de sua mulher, como fica tudo
ali ...
E assim o diz o termo do seu cazamento:-Henrique
Moniz Barreto, filho de Henrique Mouiz Telles e de sua
mulher D. Leonor Antunes, cazou com D. Maria Soares,
l2ha ãe Antonio Vaz ede suamulher Antonia So~res.
Cazaram na freguezia de Paripe ao 1". de Setembro de
1596.e os recebe0 o vigario Miguel Martins.

J d o Teixeira de Mendonça, natural da cidade de Lis-


boa, passou á Bahia,e ahi cazoucom D.Felippa de Arado,
filhade Maria Barboza de Arayjo e de seu marido Hanoel
Nnnes Figueira, a fl. . . ., n. 7. Era o sobredito JoBo Tei-
mira de Mendonça fllho do capitilo Andr6 Teixeira de

Erro muito grande. Nota (í íttargeni.


Mendonça e de sua mulher D. Mariana de Magalhãe~s,
filha esta de Jdanoel Jorge de Magalhães, moço fidalgo
da caza de Sua Magestade, e de sua mulher D. Maria
Coelho de Brito, e Andrb Teixeira de Mendonça era filho
do capitão Antonio Teixeira de Mendonça, moqo fidalgo
da caza real, e de sua mulher D . Julia de Carvalho, neto
do doutor Marcos Teixeira, deputado da meza da consci-
encia e ordens e do geral do santo officio de Lisboa, e de
sua mulher D, Nariana de Mendonça, bisneto de Diogo
Teixeira e de sua mulher D . Violante de Vasconcellos ;
e D. Julia de Carvalho, mãi do capitão Andrb Teixeirs
de Mendonça, era filha de Jogo Mendes de Carvalho,
commendador de Ferreira e irmão do Marquez de Monte
Bello em Castella. De D . Felippa de Araujo e seu ma-
rido João Teixeira de Mendonça, foram filhos :
1. Manoel Teixeira de Mendonça, que se segue.
2. D . Mariana, que faleceu solteira a 18 de Maio
de 1715.
3. D . Julia de Carvalho, adiante.
N. 1. Manoel Teixeira de Mendonça, filho de D.
Felippa de Araujo e de seu marido João Teixeira de Men-
donça, foi capitão das ordenanças d'esta cidade da Bahia,
e cazou a primeira vez com Pascoa da Resurreição, IUha
de Christovão de Santiago e de sua mulher Violante de
Costa, e por morte d'esta cazou segunda vez com D. Joaae
Pinheiro de Lemos, filha do licenceado João Pinheiro de
Lemos e de sua mulher D. Elena de Mel10 ; cazoa a se-
gunda vez a 27 de Novembro de 1687 ; Faleceu a 20 de
Fevereiro de 1734 coni 70 aiinos de idade, a fl.. ., e
teve filhos.
4. O doutor Luiz Teixeira de Mendonça: clerigo,
que,sendo vizitador das miuas d'este arcebispado,falecen.
5. João Teixeira de JIendonça, que se segue.
6. D. Roza, que faleceu solteira a 2 de Julho de
1729.
7 . D. Bnna Maria de 3lendonça, adiante.
8. D. Clara. solteira.
N . ri. Joáo Teixeira de Mendonça, filho do capim
Manoel Teixeira de blentlonqa e de sua mulher D. Joana
Pinheiro de Lemos, 6 sargento mór das ordenanças da
CATALOGO GENEALOGICO 241

cidade e proprietario de um dos officios de escrivh da


oiwidoria gemi do civel d'esta capital, de que foram tam-
bem proprietarios seu pai, avô e bisavo, por mercê do
Sr. rei D . João I V pelos seus relevantes serviços; cazou
com D. Leonor Thereza da Franca Corte-Real, filha de
Domingos Barboza da Franca e cie sua mnlher D . Elena
de Lacerda Continho, neta pela parte paterna de Luiz
Paes Florião e de sua mulher D. Clara da Franca, filha
de Domingos Barboza de Araujo ede sua mulher D. Luiza
Franca Cijrte-Real, filha esta de Affonso da Franca, o
velho, fidalgo da caza real, e de sua muiher D. Catha-
rina Corte-Real, bisneta de João Paes Florião, fidalgo
espanhol, e de sua mulher D. Brites de Almeida, filha de
Bemardo Pimentel de Almeida, fidalgo da caza real, e de
sua primeira mulher D. Custodia de Faria,a qual descen-
dencia B pela parte matei-na, neta do capit8o Jozb
Teiies deBarbudaMenezes ede sua mulher D.Izabe1 Cou-
tinho, filha de Sebastião I'aes e de sua segunda mulher
D. Bíaria de Lacerda de Goes, a fl.. ., bisneta de Baltazar
de Barbnba e de sua mulher D. Angela de Menezes, filha
de Francisco de Freitas de Magalhães; e este de Glaspar
de Freitas de Ibíagalhães, fidalgo da caza real, e provedor
da alfandega da Bahia; terceira-neta do capitão Francisco
deBarboda, o moço, e de sua mulher Angela da Cunha ;
quarta-neta do capitão Francisco de Barbuda, o velho, e
moço da camara real, e cavalleiro da caza de el-rei, e de
sua aeganda mulher Maria Barboza. Do sargento-mór João
Teixeira de Mendonça e de sua mulher D. Leonor Thereza
foi 5iho unico :
9. lanoel Teixeira de Mendonça,que faleceu solteiro.
N. 7. D. Anna Maria de Mencionça, íUha do capit8o
Manoel Teixeira de Mendonça e de sua mulher D. Joana
Pinheiro de Lemos, cazou com Francisco Lopes Delgado.
10,. João Lopes Delgado.
N. 3. D. Julia de Carvalho Aranjo, filha de D.
Felippa de Araujo e de seu marido João Teixeira de
Mendonça, cazon com Manoel Soares da Veiga, natural
de Lisboa, freguezia de Sant'Anna, filho de Manoel Pinto
Eloza e de sua mulher Lucrecia Nunes da Veiga, e teve
íUhos. Cazaram a 3 de Jiilho de 1678.
31 P. I. VOL. LII.
D. Antonia de Carrallio Araiijo, que se segue,
cazou com João Nunes da Cunlia, cavaleiro professo na
ordem de Christo e guarda-mór da relaqlo da Bahia e
iiáo teve filhos.
D. Clara Maria Sobrinha. faleceu a 24 de Jalho
de 1776 As 8 para 9 lioras da noite, e foi sepultada no
oiitro dia no convento de S. Francisco da cidade da
Bahia.
João Pinheiro de Lemos, clizado com D. Elena de
Mello. e teve filhas :
1. D. Joana Pinheiro. de Lemos, mulher de Na-
noel Teixeira de Mendonqa, que fica.
2. D. Luiza de Jfello, que se segue, a fl. . ., n. 70.

FLORIASOS KA BAHIA
1. João Paes Floriano, ou Florião, como escrevem
alguns, foi um cavalleiro. que passou de Madrid, e dizem
que pela morte cio Conde de Villa Mediana, e o Conde de
Castello Melhor fez d'elle muita estimação, e dizia era
seu parente, cazou com D. Brites de Almeida * neta
de Sebastião de Faria e de Brites Antunes, e filha de
D. Custodia de Faria e de seli marido Bernardo Pimentel
de Almeida, que era fidalgo bem conhecido, e a dita D.
Brites de Almeida. haria sido cazada com Manoel Rodri-
gues Sanches, homem muito rico, e senhor do engenho
de Matuim, em cujo pasto est8 a igreja matriz de Nossa
Senhora da Piedade, e de JIanoel Rodrigues Sanches
tinha já D. Custodia de Almeida uma filha, que depois
cazou com Rui Lobo Freire, dos quaes não houve filhos, e
outra irman D. Francisca,solteira. E por morte d'esta sua
mulher D. Brites de Almeida cazoii João Paes Floriano
com D. Joana Barboza. fillia de Domingos Barboza de
Araujo e de siia mullier D. Liiiza da Franca ; e d'esta
i150 teve filhos, e teve da primeira e seguintes :

* C;izar;riii a 11 de Jiillio t l I<?:*.


~ Era ' j i \ ~ i i i \ adt' Maniit!l Ro-
drigiies Ssnclies, cor11cliieiii lia\ i:t cazailo eiii 11 de Maio de 1618.
CATALOGO GENEAI~OGICO 243

2. Luiz Paes Floriano, que se segue.


3. Bernardo Pimentel, que morreu solteiro.
4. D. Luixit Floriana, mulher de JIanoel da Rocha,
cavalleiro de Aviz; cazaram a í; de Maio de 1655.
E Amaro Paez, bastardo.
N. 2. Luiz Paes Floriano, filho de Joáo Paes Flo-
riano,acima,e de sua mulher D . Brites de Almeida, cazoii
com D. Clara da Franca, filha de Domingos Barboza de
Araujo e de sua mnlher D. Luiza cla Franca Corte
Real, a fl.. ., n. 3, e teve filhos :
5. João Paes Floriano, que se segne.
6. Domingos Barboza da Franca, adiante.
7. D. Mariana Corte-Real, mulher de Vasco Pa-
checo de Castro, filho de Gaspar Pacheco de Castro, n
fl..., n. 22.
- 8. D. Brites da Franca, mulher cle Manoel Belam-
berge .
9. D. Luiza, que faleceu solteira, D. Joana, e
D. Custodia, freiras no Desterro da Baliia.
N. 3. Jogo Paes Floriano, filho de Luiz Paes Flo-
riano, acima, e de sua mulher D . Clara da Franca, cazou
em vida de seu pai com D. Maria Telles de Xenezes,
filha de Narcos de Betencourt e de sua segunda niulher
D. Angela de Menezes, filha de Marcos Pereira de Me-
nezes, a fl.. ., n. 14. E por morte de seu pai, elle e o
sobrinho dissiparam a fazenda, e estiveram sem moer
alguns annos, e fizeram depois com sua mãi, que ven-
desse o engenho e fazendas a Antonio da Rocha Pita,
dando-se-lhe 1 2 mil cruzados em dinheiro de dote ; com
sua mulher consumiram tudo, e assim mais o que lhe
coube por morte da sogra e sogro, e não teve filhos
d'eila.
N. 6. Domingos Barboza da Franca, fillio de Luiz
Paes Floriano e de sua mnlher I). Clara da Franca, foi
tambem homem desperdiçado, e mui notado por isso,
cazon com D. Elena de Nenezes * filha de Jozé Telles
de Menezes e de sua primeira mulher D. Izabel Lacerda
244 REVISTA TRLJIE NSAL DO I XSTITUTO HlSTORICO

Coutinho, filha de Sebastiito Paes de Azevedo e de sua


segunda mulher (1) teve filhos.
10. Luiz Paes Floriano.
11. D . Leonor Thereza da Franca C o r t e - W ,
mulher do sargento-mór Jogo Teixeira de Nendonça a
fl..., n . . .
12. D. Clara, mulher de Jogo de Betemcnrt, e
depois de Doiningos Simóes .
13. O padre JozB Barboza da fimca; e o psdre
Manoel Paes B fl. no fim.

BARROS DA FRANCA NA BAHIA


Affonso da Franca, o vellio, foi um homem honrado,
e fidalgo de bom procedimento, irmão de Andr6 Dias da
Franca, o qual Affonso da Franca passou B Bahia com ma
mulher D. Catharina C0rt.e-Rea1,e o pai d'esse Affonsoda
Franca foi Lancerote da Franca. De Affonso da Franca
e sua mulher foram fillios :
1. D. Leonor da Franca, qne se segue e Francisco,
batizado na s6 a 16 de Setembro de 1606. Padrinho o
governador Diogo Botelho.
2 . D. Anna, mulher de João Paes Barreto, sem
filhos.
3 . D . Luiza, mulher de Domingos Barboza de
Braujo, a fl.. ., n . 4, e alii a sna descendencia.
4. D. Antonia, mulher de Liiiz de Basto Saraiva, a
qual se meteu freira com uma íilha que teve, e a z a r a m a
1 2 de Yetembro de 1639 no Desterro.
N. 2. D. Leonor da Franca, filha de Affonso da
Franca,acima, cazoii com AlUnoel Gonçalves Barros,(2) da
ilha da Madeira, muito rico, servio na Bahia os cargos e
postos maiores da repiiblica e milicia, e lhe escreveram
muitas vezes os reis satisfeitos dos serviços ; teve Alhos.
Faleceu D. Leonor acima a 19 de Novembro de
-.
. - ---. - . -
.
D. 1l.iri;r dt> I..werda de Cóes, n fl.. , n. i .
( l ! Segiiiici;i iiii~iiit~i.
dc 1630 iia si'.Vcbja-*urna d'cslas cartas no
( 2 ) Lnzarniiit~iii27 dejl:ii~j
~jriiicipiod'estc li! ro.
1673, sepultada em S. Francisco. Testamenteiros seus
filhos o capitão Affonso da Franca e o capitão Manoel de
Barros da Franca.
5. Joáo de Barros da Franca, que serviu nas guerras
de Pernambnco, e falecen solteiro.
6 . Manoel de Barros da Franca, que se segue.
7. ~ffonsoda Franca, adiante.
8. D. Margarida da Franca, primeira mulher de
Salvador Corrêa de Sá ou Vasrlueanes, ou Benavides,
ao depois, e D . Maria, qne falecen solteira.
N . 6. Manoel de Barros da Franca, filho segundo de
D. Leonor da Fraiica e de seu maiido Manoel Gonçalves
Barros, servio em Portugal, e depois na Bahia no
anno de 1688, foi capitáo de carallos, e coronel de
auxiliares. Teve de Elena da Silra (I), filha de Manoel
da Silva e de sua mulher Maria Pinto, com a qual Elena
cazon depois, filhos :
9. JoBo de Barros da Franca, que morreu solteiro e
afogado.
9. Manoel de Barros, Affonso da Francn, clerigo,
Antonio de Barros, que falecen so!teiro, e trez freiras.
D. Leonor, D. Anna e D. Margarida.
N. 7. Affonso da Francs, filho terceiro de Leonor da
Franca e seu marido Manoel Gonçalves Barros foi ca-
pitão de infanteria, em que servio a el-rei muitos aiinos,
u m n com D. Maria Gomes, (2) filha do mestre de campo
Pedro Cfomes, que governou o Rio de Janeiro, e de sna
mulher D. Izabel Madeira, filha legitima do Dr. Lopes
Falmto e de Agueda da Costa, vinva do capitgo de
infantaria Lazaro Lopes ; e teve filhos :
10. Pe<lroGomes da Franca Corte-Real, foi alferes,
capitão de infantaria e mestre de campo, na Bahia,
foi dotado de grandes prendas, e muito estimado entre os
grande6 d'esse tempo, passou a ajudante de t e ~ e n t ee
depois a tenente-general, sendo governador Pedro de
Vaaconceilos no anno de 1712, e faleceu no de 1743, a
23 de Agosto ; n8o cazon .

(1 Cazaniii a 27 de Novembro de 1680na matriz de Paed.


(3) C;rzaaiii no anno de 1669.
11. D. Leoiior, qire faleceu a 23 de Janeiro de 1703,
e foi sepultada eni S. Francisco, João, Manoel, Affonso,
D. Catliarina, (1) e D. Izabel, e outro Mauoel, que todos
faleceram pequenos.
D. Catliarina daFranc.a, mulher de Trisiiio Velho de
Aranjo, a fl.. ., n. 3.
S . 8. D. JIargarida da Franca, filho de Leonor da
Franca e de seu uiãrido Manoel Gonplves Barros, n. 2.
foi cazada com Salvador Corrêa Vasqueanes, e teve filhos
1 2 . JIanoel, que falleceu de 1.5 annos .
13. D.Marta de Christo,foi a primeira religioza, que
entrou no conrento do Desterro a tomar n'elle o habito,
tendo de idade 28 annos, no de 1678, em 28 de Janeiro,
e liavia nascido no de 1650 ; foi abadeça, viveu no con-
vento 60 annos, e falecen com fama de virtude e com 88
annos tle itlade em 3 do Outubro de 1738, veja-se este
Salvador Corrêa que jB fil-o B fl. 60 e ri 1 .
D. Leonor tambem freira no mesmo convento.
João Alvares Soares da Franca, era filho de Rafael
Soares e de sua mulher D . Joana de Mendonqa, filha de
Andrb Dias da Franca, alcaide-ni6r de Tanger, e que a
governou, e era neto de João Alí Soares e de D. Paula
da Silva, sua mulher ; fillia de Matliens Pires da Silva,
vedor da fazenda da India, bisneto de Christovão Lagarto
e de siia mulher Leonor Soares, fillia de João Alvares, o
do Aniieira, e IZafael Soares era irináo inteiro de Diogo
Soares, esci.iri2o da fazenda, e secretario do conselho de
esta110 de Portugiil em Bladrid. (2) Cazou este João
A l ~ a r e sSoares cla Franca com D . Catliarina Corte-Real,
sua prima regu~iclafilha de Diniiiigos Barboxa de Aranjo
a f l . . . n . 0, e de sua mulher D. Luiza da Franca Corte-
Iieal. e teve fillios :
I . 1)omingos Soares da Fritrica, que tere a couimenda
tle seu pai, eiitrciu lia religião dos carinelitas descalços,
tt breveiiiciite saiii ; cazori coiii D . Lriizit Corte-Real, sua1
prinia, fillia de seli iriiião liafile1 Soares tla Fraiica, e teve
tl'ella geiaqão, qiie foi iiiua fillia I). Catharina .Jozefa
CATALOGO GESEAI.OGICO 247

Corte-Real, que cazou com Antonio Jozé de Negreiros,


e 96 teve bastardo um por nonie Lourenço Barboza da
Franca. Cazou a 15 de Agosto de 1692, no Socorro.
2 . Rafael Soares da Franca, que se segue.
3 . D. Luiza da Franca Corte-Real, mulher de Luiz
Barbalho Bezerra, filho de Francisco de Negreiros, cazado
este Francisco de Negreiros com D. Elena Maria de
d e Argolo de Nenezes, segunda vez, sem filhos. Faleceli
esta D. Luiza a 23 de Janeiro de 1716.
N . 2 . Rafael Soares da Franca, filho de .João dlrares
Soares e de sua miillier D. Catliarina Corte-Real, cazoii
com D. Catharina de Souza, filha de Antonio Pereira de
Souza, cavalleiro do habito de Santiago, e de siia iniilher
D. Antonia Bezerra, filha do uieatre de campo Luiz
Barbalhc Bezerra ; foi liouiern rico e senhor de engenho
no rio de ParanB-mirim ; teve filhos :
4 . João Alvares Soares da Franca, clerigo, autor do
livro ,%ares Baliiense, batizado a 17 de Setembro de 1676.
5. Antonio Soares da Franca, mestre de campo na
Bahia, batizado l i de Maio de 1679.
6 . D . Luiza da Franca Corte-Real, que cazoii com
seu tio Domingos Soares da Franca, acima, n. 1 ; teve
filha D. Catliarina .Tozefa Corte-Real, mullier de Antonio
José de Negreiros Corte-Real, sem filhos, batizado a 20
d e Janeiro de 1672.
7 . Domingos Soares da Franca, batizado a 1 7 de
Janeiro de 1686, que a 3 de Fevereiro de 1721 lia fre-
gnezia de Santiago cazoii com D. Izabel de Borba
Ribeiro, viuva de Domingos Soares Barbalho, natural de
Maragogipe, e faleceu esta I). Izabel a 11 de Julho
de 1735.
8. Francisco, que falece11 iiienino. D. .Toana, D. Sn-
tonia, D. Paula, D. Maria e 1). Narianna, religioza no
convento de Odivelas, em Lisboa.
N. 10. O mestre de campo Pedro Gomes da Franca
Corte-Real, filho legitimo cio capitão Affonso da Franca
e de sua mnlher D. Maria Gomes, n. 7, era neto por
parte paterna de Manoel Gonqalves Barros e tle sua
mnlher D. Leonor da Franca. n. 2, e pela inaterna era
neto do mestre de campo Pedro Gomes e de sua mulher
848 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

D. Izabel Madeira, filha legitima de Domingos Lopes


Falcato e de Agueda (ia Costa, riuva do capitão de infan-
taria Lazaro Lopes 8oeiro.

AGUIAR DALTRO
Christoviio de Aguiar Daltro. Faleceu a 10 de Da-
zembro de 1622, sem testamento. Sepultado na capella
de S. Antonio da fazenda de Custodio Nunes,a quem cha-
mavam o Vellio,e era filho de Alvaro de Aguiar Daltro.eneto
de Pedro Vaz, que foi collaço de el-rei D. Pedro I,
como se achaem um instrumento de jiistitica~ão,que um-
servam seus descendentes, feito navilla da Feira no anno
de 1534; passou á Bahia, e este foi o que deo áosreligiozos
do Carmo todas as terras, que lhe foram necessarias para
formarem o seu convento da Bahia, em satisfaçiio do que
lhe permittiram na capella maior sua sepultura para elle
e seus descendentes, a qual ainda hoje conservam, mas
f6ra da capella-mór, e 6 a primeira, porque quando os
padres acrecentaram a igreja, a deixaram de fhra. Na
Bahia cazou com D. Izabel de Figueirb. Cazoii esta D.
Izabel, que diz o assento era filha de Pedro Nnnes, em
Cotegipe, a 2 de Fevereiro de 1592, na fazenda e ilha
do Santo Bispo, e teve filhos :
1. Francisco, batizado na sé, a 18 de Julho de 1580.
2. D. Anna de Figueiró, que se segue, batizada a 16
de Abril de 1587.
3. D. Francisca de Aguiar de Espinoza, mulher de
Paulo de Carvalhal. a fl.. .. n. 2.
4. D. Antonia de Aguiar. batizada a 24 de J n n h ~
de 1590.
5. Christoviio de Espinoza, adiante.
6. Maria de Figiieii.6, ou de Espinoza. cazada com
Manoel Lopes Caldeira a 16 de Fevereiro de 1620,
a fl...
N. 2. D. Anna de Figueiró * filha de Christoviio

* Faleceu eaia a 6 de Agosto de 1657. Sepiiltatla no C.miiio.


CATALOGO GENEALOQICO 249
de Aguiar Daltro, acimn, e de sua miilher D. Izabel
de Figueiró, cazoii com Custodio Nunes * a quem cha-
mavam o Velho, e teve filhos :
7. Matbeus de Aguiar Daltro, que se segue.
8. Christo~áo.de Agniar Daltro, que cazou com D .
Izabel Telles, filha de Rafael Telles, sem geração. Fa-
leceu este Christoviio a 15 de Janeiro de 1664. Havia
cazado a 26 de Julho 1651 .
9. O Dr. Joilo Alvares de Figueiró, cazado no Rio
de Janeiro. Sem filhos.
10. D. Izabel de Figneirú, adiante. Batizada a 18
de Junho de 1622.
N. 7. Matheus de Aguirtr Daltro, cazoii a 23 de
Jsneiro de 1652 e foi batizado a 29 de Agosto de 1624
em Cotegipe ;filho primeiro de D. Anna de Figueiró e de
seu marido Custodio Nunes, o velho, n . V, cazou com D.
Maria de Vasconcellos, siia .prima, filha de Bartolome11
de Vasconcellos, que era filho de Paulo de Carvalhal, a
fl. .., n .. 2, e neto de Aiitonio de Oliveira de Car-
valha1 primeiro alcaide-mór da Bahia, e teve fillios:
11. D. Luzia de Va~concellos,cazadaa 1.7 de Janeiro
de 1681 com Francisco Monteiro F'reire, filho de Andr6
Monteiro de Almeida e de sua mulher Victoiia de Barros
Lobo, a fl.. ., e n? anno de 1695 tornoii a cazar esta
D. Luzia, morto o sei1 primeiro marido, com Francisco da
SilvaPescador, filhode Francisco da Silva e de sua mulher
Angela Custodia. E adverte o assento de primeiro caza-
mento d'esta D. Luzia com Francisco Monteiro Freire
no m o de 1681, que era filha de Matheus de Aguiar
Daltro e de ma mulher D. Maria de Vasconcellos, jh
defanta, e que foram padrinhos do tal cazamento Matheus
de Agniar Daltro e sua mulher D . Maria Pereira, signal
de que era esta D. Maria Pereira siia segunda mulher.
12. Antonio de Vasconcellos, que se segue, e cazon
com D . Maria Gomes Filha.
13. João Abares de Vasconcellos, adiante, e j8
fim a sua decenùencia a fl.. ., n. 6.
--

* Faleceu este a 11 de Novembro de 1662, 'sepultado na sua ca-


pella de S. A n t o n i o de Cotegipe.
32 P . I . VOL. LII.
250 HEI'ISTA TRlNEXSAL DO IXSTITCTO IIISTORICO

14. D. Maria tle Vasconcellos, ao depois.


1.5. D. Izabel, mulher de João de Barros Lobo,
e teve fillio: Martinlio de Aguiar de Vasconcellos .
16. D. Angela, mulher de Aiidr6 Monteiro de Barros,
filho de Andr6 Jlonteiro, acima, n. 11.
17. D. Xnna, in~illierde Esteves Telles.
18. Fr:tncixco de Agiiiar Gaspar Paclieco e Bar-
tolomeu de \Tasconcellos.
N. 14. 1). Naria de Vasconcellos. tillia de Mathens
de Agiliar Daltro, n. 7, e de siia mulher D. Maria de
Yasconcellos, foi cazada coni Slanoel Gomas Dias, e teve
filha :
Ir). D. Anna Naria de Vuscoiicellos, que cazou com
Manoel da Roclia Doria, e teve d'este hllio o capitáo Jozé
da Roclia Doria, que cazou com sua prima D. Frnncisca
de Mciiezcs. Cazaram iL 4 de Dezeiiibro cle 1726 na
capella do Csrmo. Fillio este Jlanoel da Rocha Doria do
capit3o lligliel Moniz Barreto e de siiit iiiiillier D. Angela
da Rocha.
I!). n. Ignacia (le Figiieiró, miillier ds Manoel A*
Coutinho, fillio de Manoel Aráo Coutinho e de sua mulher
Naria tlc Brito. Cazarani a 4 de Narqo de 1715 na ca-
pella do Carnio do Limoeiro.
N. 10. D. Izabel de Figueiró, filha de Custodio
Nunes, o vellio, e de sua mulher Anna de Figiieiró, foi
cazada duas vezes, a primeira com Melchior Rodrigues
Itibeiro, fillio de Bento l<odrigiiese de siia mulher Izabel
Ribeiro d i ~Costa, naturaes cio Algarve. Villa-Sova de
Portimão. Cazaram na sé a 19 de Outubro de 1637. Fale-
ceram, elle n 6 de Oiitiibro de 1651, e ella a 16 de Xarço
de 1666, e teve fillios :
20. Custodio Nunes Dãltro. que se segiie.
neii to Rotliiqiies de Fig~eiró~licenceaùo, que faleceu
solteiro a 2.7 cle Março cle lsn!).
.To50 e E'raiicsisco,qiie fitleceii solteiro.
Segunda vez CiMoü D. Izabel de Figlieiró com Diogo
Pereira tia Silva * e teve fillios.

- (.:IX~I.'LI,I
t e ~ ~ ~ l ) r1~;:j.
a 211 114' F c \ t b r l b i r o
~ ~ t l+~p1111;1tIo
c
dt!
1 1 0 I::I~'III~.
1t;:X t3 I I a 2 1 de?
~ : I I I Y ~ 1~110 SI?-
2 1 . Bento Rodrigiies tle E'igiieiii). Testaiiienteiio de
seu pai.
.
2 1 . D Francisca da Silva, abaixo.
2 1 . Nicoltio Mendes tle Vascoiicellos e Xutoiiio Pe-
reira da Silva.
N. 20. Custodio Xiiiies Daltro, fillio de Belchior
Rodrigneu Ribeiro, n. s, e de sua mullier D. Izabel de
Figneir6, foi cazado com Angela da Ciinha, e teve filhos,
filha esta de Baitoloiiieo de Vascoiicellos, fidiilgo da
da caza real e de siia mulher D. Maria da ConceiçBo.
Faleceu este Custoclio Siines a I5 tlo Maio de 1720.
22. D. Francisca tle Vascoiicellos, cazada com
Francisco Telles de Menezes, a fl. . . . li. 34.
23. D. Anna Maria de Yascoiicellos, que se segue.
24. ChristovHo de Aguiar Daltro, qiie cazou com
D. Maria Gomes de Vasconcellos, fillia de Manoel Gomes
Dias e de sua mullier JIai ia fie V;lsconcellos, e teve filha
.Tozefa Maria do Socoi.io, crizada cniii Antonio de Brito
Freire, e teve fillios. Cazaraui a l i tle Oiitubro de 1718.
2 5 . Bento Nunes, Rartolomeo de Vasco~icellos,
Cnstodio Niiiies Daltro, Joáo Alvares Rarrreto, Jozk Tel-
les de Vasconcellos, L). Izabel de Figueiri,. D. Fraiicisca
de Vasconcellos, e 4 moi.tos.
N. 21. D. Francisca da Silva. filliit tle D. Izabel de
Figneiró, e seu segunclo marido Diogo Pereira da Silva,
c m u com JIanoel tle Jlatas de Viveiros, caziiram a 8 de
Fevereiro de 1679, e teve filhos :
26. D . Xnna Subtil de FigueirO. que cazoii com
Sebastião Subtil de Siqueira. Esta tal D. Anua, que o
seu sobre nome antes de cazar era si, o de Figueir6, de-
pois de cazada tomou mais o de Siibtil, por fazer a von-
tade ou lizouja a seu maritio, pois muito se amavam.
Mais filhos: Soror Xaria, religioza no Desterro, o
capitão Francisco Xavier, o capitão Diogo Pereira da
Silva, cazado com D. Leonor Jozefa Siibtil de Siqueira,
sem fllho, Jozé Pereira da Silva.
N. 6. Cliristovão de Espinoza,filho qiiarto de Christo-
v b de Aguiar Daltro, o velho, e de sua mulher Izabel
de Figueiró, =ou com Anua Ribeiro, como se acha no
livro dos cazamentos da matriz de Cotegipe . A 23 de
262 REVISTA TRIMENSAL DO IXSTITCTO IIISTORICO

Outubro de 1603 recebeu o vigario Esteváo Fernandes a


Christovão de Espinoza, filho de ChristovBo de Aguiar
Daltro e de siia mulher Izabel de Figueiró, j&defanta,
morador em Cotegipe, com Anna Riheiro, fiha de Fran-
cisco Ribeiro e de sua mulher Catharina Gonçalves; ti-
veram fllhos :
27. D. Luzia, batizada a 19 de Dezembro de 1604,
cazou esta com Antonio Mnniz Barreto, a fl. . .,n. 9,
e alii a sua decendencia.
28. Francisco, batizado a 28 de Janeiro de 1607.
2 9 . Catharina, batizada a 15 de Janeiro de 1609.
30. Beatriz, bat.izads il 30 de Julho de 1610.
31. D. Maria, cazada com Manoel Telles Bamto,
fillio de Gaspar Pereira, o ~ellio.
32. Christovão, batizado a 7 de Fevereiro de 1623,
N . 23; D. Anna Maria de Vasconcellos, 61ha de
Cnstodio h'iines Daltro e de sua mulher D. Angela da
Cunha,n. 20, cazou com o doutor Manoel Nunes Leal, +
e R s11a ascendencia d'este Manoel Nunes Leal e a de--
dencia com elle de sua mulher, vai adiante a fl... e a qui
tambem que slo os seguintes :
32. O qoutor Bernardo Manoel de Vasconcellos, que
cazou com D. Roiliana. fillia do capitão Antonio F e m i r e
da Cnnha e de sua mullier D. Francisca.
33. O doutor Manoel Nnnes,medico, faleceu solteiro.
34. D. Angela, cazada com o capitão Piancisco Xa-
vier da Costa, com um fillio por nome Custodio.
35. D. Anna, mulher de Jozé Barboza da Cnnha,
sem fillios .
36. D. Catharina de S. bíonica (Ia Cnnha, que se
segne.
h'. 36. D. Catharina de S. Mouica da Cunha: que
cazou com o capittio Francisco Xavier de Castilho, filho
de Antonio Mendes Brnro e de sua mulher Mariana de
.Tezus, e tem fillios.
37. D. Aiina, Pedro de S. Manco, João de Castilho,

Fnlercii este a R dc Raio dc 1728, efnl~cciiella a ?3 dc Setembro


de i7&2, sibl)ultada1111 Carmo.
CATALOGO GENEALOGICO 253

D . Maria, D. Ignacia, D. Roza e Alberto J l a g o Range1


Aguiar Daltro.
Nota-se. Nariana de S. Cruz, mulher tle -4nt.onio
Mendes Bravo, e mãi da Francisco Savier de Castilho,
era filha de Duarte Ximenes, o qual Duarte Ximenes era
filho legitimo de matrimonio de André Lopes da India, e
de sua legitima mulher Micia Lupes de Almeida; e por
que, por morte de seiis pais, foi criado desde menino este
Dnarte Ximenes em caza de Antonio Correia Ximenes,
este lhe põz o sobrenome de Xitneues, o que tudo consta,
de um instrumento autentico, que se acha no cartorio do
capitso m6r João Teixeira de Xendonça, de que 6 proprie-
tario,e hoje serve n'elle Antonio de Sepulveda de Carva-
lho; tirado este instrumento no anuo de 1698.
A 29 de Dezembro de 1672, faleceu Joana da Vega,
moça solteira, filha de Andre Lopes da Inclia. Testamen-
teiro seu irmão Manoel Rodrigues de Slmeida, sepultada
em S. Francisco.

NUNES E LEAL
J o h Nunes, cazado com Magdalena Leal, vieram de
Portugal B Bahia e tiveram os filhos seguintes :
1. Fr. Nanoel Leal, religiozo do Carmo.
2. Mariana Leal, que se segue.
3. CatharinaNiines, adiante.
N. 2. Xariana Leal, flha de Jogo Nuiies e de sua
mulher Magdaiena Leal, cazou com Manoel Lopes da
U, e teve Hhas :
4. ãbaria Runes, que se segue.
5 . Joana Leal, arliante.
X. 4. Maria Nunes, filha de Mariana Leal e de seu
marido Nanoel Lopes da Nata, foi cazada com Francisco
de Lima, e teve filha :
6. Mariana Leal, que cazou com João Gonqalves de
Souza, e teve filha, que cazou com JIanoel Infante
Guimarães, chamada ella Antonia de Souza Lobato, e
teve de seu marido filhos :
O padre Aiitonio Gonçalves Lima e o padre Menoel
Gon~alvesGuiiiiariies .
K. 5 . Joaiia Leal, fillia de Mariana Leal e de seu
marido BIanoel Lopes da Nata.ciizoii com Tliom6 Ribeiro,
e tere fillia :
6 . Thereza Kiiiies, qiie cnzou com Pedro Fernandes
de Azereilo, e tere tillio :
O padre l'edro Fernandes de Azevedo.
R'. 3. Catliarina Nunes, filha de João Nunes e de
sua mulher JIagdalena Leal, foi cazada com Domingos
Rodrigiies, fillio de Jeroniiiio Rvdrigues e de Anua Lopes,
naturaes de Libbi~a, e moradores na Baliia, e teve filho:
8. O doutor Xanoel Kliiies Leal. que cazou com
I). Anria Naria de Vasconcellos, fillia de Custodio Nunes
e de siia mulher D. Angela da Cunlia. a A. . ., n. 23, e
.
fl.. . li. 23, e alii a siia descentlencla.
9. Franciscti Kiines,ir;iilher de Esteváo Rodrignes do
Porto, a fl.. .
De Jeroiiinio Rodrigiies, acima, e de sua mulher
Annit Lopes, foi tambein fillia Grac.ia Lopes, que cazon
com Francisco da Cruz Arraes, e tere filhos sacerdotes ;
O padre Aiitoiiio (Ia Criiz Airaes, e o padre Thom6
da Criiz Arraes.
K . (i. Maria de Figueiró, filha Christovão de Aguiar
Daltro e de siia rniillier Izabel tle Figueiró, a 6.. ., n. 6
cazoii com Naiioel Lopes Caldeira ; * e teve filhos :
Aiina, batizada a ii de BItiryo de 1622.
Aiitonio. batizado a 6 tle Novenibro de 1623.
Christoráo, batizado a I I de BZarqo de 1626.
S. 21. Antoiiio Pereira cla Silva, filho de D. Izabel
tle FigiieirO e de seu segundo marido o capitáo-m6r Diogo
Pereira da Silva, cazoii com D. Urs~ilada Fonseca,filha de
Aqostinlio Paes da Costa e de siia iniilher Catharina da
Fonseca. com tilli1)s:
Dio~oPereirii tla Silva, cazado.
1). Cntliariiia de Saiide.
D. Tliereza tle Jeziis.
C.4TTALOGO GENEALOGICO 25.5
Pedro de Aguiar Daltro, que era irmáo de Cliris-
továo de A g i a r Daltro, o velho, foi cazatio com Custodia
de Faria.
A 3 de Maio de 1568, batizei a Cliristováo, filho de
Pedro de Aguiar e de sua mulher D. Luiztr . Madrinha
Leonor de Aguiar . Livro da sé.
1. Antonio de Aguiar Daltro, que se segue.
9 . Esteváo de Aguiar, abaixo.
3. ThomB de Aguiar Daltro, adiante.
4. Manoel de Agiiiar Daltro, ao depois.
5. Sebastiáo de Aguiar, no fim.
5. D. Jacinta de Aguiar, cazada, a fl.. .
N. 1. Ant.onio de Aguiar Daltro, fillio cle Pedro de
Agniar Daltro e de sua mulher Custodia de Faria, cazoii
com Brites Barboza, filha de Sebastiáo Pedrozo e de siia
mulher Maria Barboza,que era filha de Thomé Lobato de
Lamego e de sua mulher Auna Barboza de Moraes de
Viana. e teve filha :
6 D. Custodia Barboza, que se segue.
7 D . Haria de Aguiar, adiante.
Estevão Barela.
N. 6. D. Custodia Barboza, filha de Antonio de
Aguiar Daltro, n. 1, e de sua mulher Brites Barboza,
cazau com Antonio Ferraz de Abreo, filho cie João cle
Aranjo de Souza, que era fillio de D. Ignez Deça e de seu
marido Lniz Alvares de Espinola, o qual João de Sonza
cazou coa D. Francisca Garcez, filha de Antonio Ferraz
de Abre@, a fl.. ., n. . . De D. Custodia e seu marido foi
Alho :
8. Nicolho de Souza Deça, que cazou com D . Ca-
tbarina Deça, filha de Manoel de Souza e D. Naria Deça
.
sua mulher, a fl. . , n. 41, e depois cazou este NiwlBo de
Souza com D. Ursula, e esta D . Maria Deça era filha de
D. Izabel Deça e de seu marido Sebastiào Pedrozo de
de Viana, a fl.. . n . 35.
7. D. Maria de Aguiar, filha de Antonio de Ayuiar,
n. 1, e de sua mullier Custodia de Faria, cazou com Na-
noel Moniz Barreto, filho de Jorge Barreto de Menezes,
a fl . . ., 11. 4, e era neta de Pedro de Aguiar, acima.
N. 2. Manoel de Aguiar Daltro, filho segundo .de
Pedro de Aguiar Daltro e de sua mullier Cnstodia de
Faria, foi cazado com F. e teve filhos :
9. Gomes de Aguiar, que se segue.
10. Manoel, batizado a 30 de Agosto de 1609. Pa-
drinhos Antonio de Agniar, seu irmh, id est, de aea
pae ; e Ignez Ribeiro, mullier de Sebastiáo de A g a k ,
iriiiáo tambem do pai do batizado.
N. 9. Gomes de Agniar, filho de Uanoel de Aguiar,
n. 8, e de sua mulher: foi w a d o duas vezes ; a primeira
com D. Luzia d6 Espinoza, filha de Christovh da Espi-
noza e de sua mulher Annit Ribeiro, a qual D. Luzia de
Epinoza era j&viuva de Antonio Moniz Barreto, a fl.. .,
n. 12, e alii os filhos que teve d'este seu primeiro marido,
e do segundo aqui, Gomes cle Aguiar, * teve filhos :
1 1. Thom6 de Agiiiar, que se segue.
12. D. Brites de Aguiar, a qual, sendo batizada a I9
de Dezembro de 1604, foi caza(la,comodizo assento assim
Ao I ",de Fevereiro de 1665,recebi,n'esta matriz de Paripe,
a Antonio Telles de Betenconn, o Carapeba, flho de
Francisco Moniz Telles e de sua mulher D. Policena,
com D. Brites de Aguiar, filha de Gomes de Aguiar
Daltro e de sua mullier D. Luzia de Epinoza, j&defan-
tos. Teve D. Brites de Agiiiar de sei1 marido Antomo
Telles iie Betencourt a gera~iio,que fica a fl. . . n. 47.
Segniicia vez cazoii Gomes de Aguiar com D. Clara
de Melio, u qual erit tainbeiu viuva e teve d'esta filho :
13. Xanoel de ilguiar ; consta isto do assento da
morte tl'esta D. Clara! o qual diz assiiu: A 29 de Março àe
16Gti faleceu D. Clara, riiiva tle Gomes de Aguiar. Tes-
tamenteiro seu filho Xanoel cie Agiiiar. Esth sepuitada na
capella de 8. Tliom6.
N. 11. Thomé de Sguiar, til110 de Gomes de Agniar,
n. 9, e cie sua primeira iiiulher D. Liizia de Espinoza,
foi cazatlo coin JIargaritla cie Ai.nujo, e teve filhos :
14. JIaiiit, b i i t i z d a 10 de Fevereiro de 1670.

' Faleceii t;oiiic?s de Agiiiar ;i 2 1 de Marco de l6ù0, e D. Luzia


;L 7 dc Fe\.erein~de itiiti.
fa1c~C11
CATALOGO OENEALOOICO 257

13. Vasco, batizado a 21 de Abril de 1673.


16. Antonio, batizado a 16 de Jiilho de 1674.
17. Antonio, batizado a 12 de Jiilho de 1676.
18. Francisco, bittizado a 26 de Setembro de 1679.
N. 3. Thomé tle Agiiiar, fillio terceiro de Pedro de
m i a r e de siia miilher Ciistodia de Faria, cazou com
D. Maria de Lemos ( i ) , viuva de ùlartim Carvalho, e
teve filha :
19. D. Ignez de Aguiar Daltro, que cazou com o
alferes Manoel de Souza de Abreo a 13 tle Março de 1663,
e faleceu ella no 1 de Agosto do mesmo anno, e o ma-
.O

rido em 7 de Junho do seguinte de 1664. Elle sepultado


em S. Francisco, e ella no Carrno.
N. 4. Estevão de Agiiiar, filho quarto de Pedro de
Aguiar Daltro e de sua mulher Custodia de Faria, cazou
com D. Maria de Menezes ( d ) , filha de Domingos Barboza
de Amorim; a este Estevlo de Aguiar chamavam o Gago,
e teve filhos :
20. D. Francisca de Agiiiar,qiie foi primeira mulher
de Domingos Telles de Menezes, fillio de Xatlieus Pereira
de Menezes, a fl.. ., u. 4, sem filhos.
91. D. Mariib. baptizada a 4 de Novembro de 1633.
N. 5. Sebastião de Aguiar, fillio quinto de Pedro de
Aguiar Daltro e de siia mulher Ciistodia de Faria, cazou
com Ignez Ribeiro, tere filhos:
22. Christováo, batizado a :3 de Fevereiro de 1.799.
23. Maria, batizada a 27 de Março de 1601.
21. João, e Sebastiáo Thonié de Agiiiar, este cazou
com D .Maria Corrêa, filha de I'edro Vaz Corrêa e de sua
mulher Maria do Campo ; e viuva que ficou de Nanoel
de Souza : cazaram a 4 de Outubro de 1640.
N . 23. Maria de Aguiar, filha de Sebastião de
Agniar e de sua mulher Ignez Ribeiro, cazou com Ber-
nardo de Aguirre, filho cio capitiio Pedro Aires de hgiiirre
e de sua mulher JI . Catharina Quaresma, e teve filhos :
25 Pedro, batizado na sé a 21 de Junho de 1620.
26. Sebastião Carlos e Catharina Quaresma.

(1) Caurrnm a 19 de Jnnho de lW.


(2) Cazarani a YO de Fevereiro de LUA, eiii Matiiiiii.
i3 P. I. VOL. LII.
87. Thom6 de Aguiar.
28. Nuno Alvares Pereira.
29. Francisco Aires de Aguirre.
N. 6. D. Jacinta de Aguiar, filha de Pedro de
A m a r Daltro e de sua mnlher D . Cstharina Antunea
natural d'esta Bahia, cazou com Antonio Diniz Ri&,
natural d'esta Bahia ; filho de Francisco Diniz e de sua
mulher Catharina dos Reis, da treguezia do Socorro.
Donde se segue, que foi cazado duas vezes Pedro de
Aguiar Daltro, a primeira como flca a fl.. ., n. 1 ; e rr
segunda com esta D.Catharina Antunea,com a qnal cazou,
como consta do assento do livro da se.
N . 24. Christovh de Aguiar Daltro, filho de Cua-
.
todio Nunea Daltro, a 0 . . n. 20, e de sua mnlher An-
gela da Cunha ahi, foi cazado com D.Maria de Vasconoel-
los, fillia de Manoel Gomes Dias e de sua muiher
D. Maria de Vasconcellos, a fl.. ., n. 14, e teve eate
Christovão de Aguiar d'esta sua mulher D. Maria de Va8-
concellos filha :
D. Jozefa Maria do Socorro.
Por morte d'este seu marido Christovão de Aguiar
Daltro, cazou segunda vez esta mnlher D . Maiia de Vab
concellos com o capitão Francisco de Rrito Freire, na-
tural do Socorro, filho de Jozi! de Brito Freire e de sua
mnlher D. Clara dos Anjos ;cazou com este segundo ma-
rido a 28 de Maio de 1714, na capella do Carmo do Li-
moeiro.

PERADA
Henrique de Perada, que foi da caza da Exceiiente
Senhora,e irmão de Antonio de Perada (a Excellente Sra.
D .Joanna, filha de Henrique IV de Castella), e não acha-
mos de quem eram filhos, foi cazado com Francisca de
Siqueira Cabral, de quem tainbem não achamos a sua
ascendencia, e s6 que tiveram filhos :
CATALOGO GENEALOGICO 259

1 . D. Francisca de Perada, qiie cazoii com Manoel


de Mel10 de Vasconcellos filho de Antonio de Oliveira
de Carvalhal. rt fl. . . n. 1 ; e alii a sua decendencia.
2. Rafael de Perada, clerigo, cura da se pelos annos
de 1642, em que a 20 de Agosto do dito anno, em Nossa
Senhora da Ajuda, administroii, ou foi ministro dos
contrahentes Baltazar de Aragão e Leonor da Rocha
Peixoto, e foi padrinho o governador Loiirenqo de Brito
Corrêa .

En el-rei faço saber a vós D. João da Silvit, Conde


de Porto-Alegre, múrdomo-m6r tle minha caza, qne eu
aprezento ora de escudeiro fidalgo e cavalleiro a Hen-
rique de Persda, que foi da Excellente Senhora, que
santa gloria haja, irmão de Antonio de Perada, com
trezentos moios mais em sua moradia em cada mez, alem
dos 550 réis, Que até agora teve de escudeiro, e assim
baverh d'aqui em diante de cavalleiro fidalgo R50 de mo-
radia por mez, e um alqueire de cevada por dia, pagos
segundo ordenança. Mando-vos, que façaes assim assentar
em os livros de minhas moradias, e tanto qiie llie f6r as-
sentado lhe tornareis este alvará para sua giinrda. Aires
Tavares o fez aos 30 dias de Julho de 1550. Rei.

Requeri~nentoda ~nalkerd'este He~zriqisede Perada


Francisca Siqueira Cabral, D. viuva, que ella tem
150 réiu de tensa em cada um anno, que llie fez Sua Ma-
gestade mercê pelos serviços de seu marido Henrique de
Perada, que Deus tem, e porque agora lhe é neces-
sario aprezentar provizão, por onde o dito Senhor lhe
fez essa mercê, e a propria se lhe queimou, ha muitos
annos, queimando-se-lhe as cazas a seu genro Maiioel de
Mel10 em Paripe, onde ella supplicante estava, e tem a
dita proviziio registrada no livro da fazenda, por onde
se lhe fez o sen pagamento. Pede a Vossa Nagestade lhe
mande dar o traslado da dita provizão na verdade, para
o aprezentar. E. R. M . Desse-lhe, como pede. Rorges.
260 REVISTA TRIYENSAL DO INSTlTUTO 11lSTORICO

E m cumprimento (10 ciespaxo acima de Sebastião Bor-


ges, provedor m6r de fazenda de Sua Magestade d'este
estado, certifico eu Pedro de Vargas Giraldes, escrivão
da fazenda de Sua Naqestade, n'esta cidade da Bahia do
dito estado, qiie no liv. 2." dos registros das provizões,
a fl. 230 verso est,ão registradas uma provizã;~de Sua
Magestade e uma postilla cujo traslado é o seguinte :-Eu
el-rei faço saber aos que este meu alvarh virem, que,
havendo respeito aos serviços de Henriqiie de Pelada,
cavalleiro fidalgo de minha caza, apozeiitatlor dos fidal-
gos, e haver muitos annos que ine servio em Africa, no
reino, de ir com o Senhor rei, meu sobrinho, que Deus
tem, na jornada de Africa, * e ficar, por seu inandado
com os doentes que ficaram em Arzilla, por infermeim
m6r, vindo de lá doente, faleceti n'esta cidade : Hei por
bem de fazer mercd a Francisca Siqueira, sua mulher,
150 réis de tenqa cada um armo em dias de sua vida, que
começar8 a vencer de 11 dias de Agost.0 d'este anno
prezente de 1579 em diante ; os quaes hei por bem, que
lhe sejam pagos no recebedor do dinheiro de um por cento
e obras pias ; e portauto mando ao recebedor, que ora 6 e
aodiante for, que do? ditos 11 dias de Agosto em diante.
em cada um ann?, pague h dita Francisca Siqneira w
ditos 150 reis, aos quarteis do anno, por o traslado d'esta,
que será registado no livro de sua despeza pelo escrivb
do seu cargo e conheciinento da dita Francisca Siqueira,
mando aos contratadores, e levem em conta ao dito rece-
bedor os ditos 150 réis, que llie assigne pagar cada anno,
e estz hei por bem, que valha pela minha chancelaria, sem
embargo da ordenação do liv. 2 tit. 20, que o contrario
dispóe. Luiz Henriques o fez, Lisboa a 26 de Agosto de
1579. E eu Alvaro Pires o fiz escrever. E não diz mais
a dita provizão, que estava assignada por el-rei e com
\.isto de D. Francisco de Faria.
O que tiido fiz trasladar por mim Simão Nunes Ultra,
e concertado com o contador Antonio de Faria, hoje 11 de
Agosto de 1591. Sii~lãoNtozes L'lt~a. Antonio de Fana.

Perda tle el-rei D . Pzliastiio eiii I tle ?rgoslode 15%.


CATALOGO GENEALOGICO 261
Affonso de Siqueira, amo da Excellente Senhora, e
cazado com D. Brites Soares, filha de FernCio Soares de
Albergaria e de sua mulher I). Izabel de Mello, filha
de Estevso Soares de Mello, senhor de Mello, neta esta
D . Bristes de Diogo Soares de Albergaria e de sua mu-
lher D . Brites de Vilhenha, filha de Rui Vaz Coiitinlio,
senhor de Ferreira, bisneta de Fernão Gonçalves de
Santar, criado de el-rei D. João I e pagein dos infantes,
e era filho este Fernáo Gonçalves de Santar de D. Gon-
çalo, bispo de Vizeii. Caderii. ant. fol. I I:! verso.

RAVASCO

Christovão Vieira Ravssco, fidalgo da caza de Sua


Magestade, descendente da nobre faniilia dos Ravascos
da famoza praça de Moura da parte tl'além do rio Gua-
diana, cazou com D. Maria de Azevedo, de quem diz o
padre Audré de Barros na vida que cornpoz do padre
Antonio Vieira, uáo achou lá mais noticia, do que ser
natural da corte de Lisboa ; ù'estes foram filhos, e o pri-
meiro :
1. O padre Antonio Vieira, que a 6 de Fevereiro
nasceu em Lisboa no auno de 1608, e a 15 do mesmo
mez foi batizado, em unia quarta-feira, dia da trasltldaçilo
de S. Antonio, na sé de Lisbca, sendo seu padrinho D .
Fernão Telles de Bíenezes, Conde de Unháo; antes de
completar os oito annou partio de Lisboa com seu pai
e m&i para a cidade da Bahia; e n'ella faleceu em
1697.
2. Bernardo Vieira Ravasco, que se segue, batizado
na sé a 3 de Julho de 1619.
3. D. Ignacicr de Azevedo Ravasco, adiante.
4. D. Catharina Ravasco de Azevedo, ao depois, ba-
tizada a 24 de Outubro de 1620, cazou em 15 de Julho

Faleceu a 1 Junho de ir*;; sepultado em S . Bento.


de 1763. D. Catharina Ravnbco, n. 4, cazou com o sar-
gento m6r Rui Carvalho Pinheiro, e n&o teve filhos e
faleceu a.28 de Janeiro de 1662.
h. D. Leonardade Azevedo Ravasco,que naBahiacazou
com o dezembargador Simiio Alvares de la Penha Deos-
. dar& fillio de Manoel Alvares Deosdarh, a fl. . ., o q d
dezembargador Simiio Alvares havia passado de Pernam-
bnco para a Behia, onde foi provedor m6r da fazenda real,
e o unico juiz dos caralleiros. qiie houve, e embarcando-se
da Biihia para Portugal com um filho Manoel Alvares de
la Penha, quatro filhas, sua mulher, com toda a sua fazenda
e bens, naufragaram todos nas ondas do mar.
N. 2. Beiliardo Vieira Ravasco, * filho segundo de
CliristorLo Vieira Ravasco e de sua mulher D . Maria de
Azevedo, acima, foi o priiiieiro secretario de estado, da
Baliia feito por el-rei D. João IV, alwide-m6r da cidade
da A ssumpqáo do Cabo Frio ; ii&ocazoii ; mas de D. Fe-
lippa Cavalcante Albiiquerque, fillia de Lourenqo Ca-
valcante e de siia primeira mulher D. Ursula Feio, a
0 . . ., n. 3; teve bastardos filhos.
, 6 . Gonçalo Rcrvasco Cavalcante de Albuquerqne,
que cazoii duas vezes, a primeira com D. Antonia Maria
de Vasconcellos, fillia de dleixo Paes de Azevedo e de
sua miillicr I). Friincisca de Vasconcellos, a fl..., n . 26.
E n segunda com . Leonor Jozefa de Menezes, filha de
Diogo Moiiiz Telles, o Gordo, a 11. . ., n . 27, a qual fa-
leceu a 9 de Noveiiibro cle 1737 ; e de uma teve filhos.
Foi fit1:ilgo tia caza de Siia Dlagestade.Sucedeu ao seu pai;
foi coiiiinenclador da ordem de Christo, alcaide-mór da
cidade da As~iinipqáode Cabo-Frio, secretario de estado
das giierrss (10 Brazil, e repetidas vezes goveruou a re-
publica dii Baliia, servindo, como vereador intiiu velho, de
juiz de fbrn. Faleceii a 9 de 0iit.ubro de 1725, sepultado
na sua ccipelln do Carino coiii 8 5 annos tle idade.
C!azoii x priiiieira vcx a 26 de diillio de l(i85.
Cnzoii ~clgiindiivez a 22 (de Seteiubro de 1692.
N. 3. I). Ignacia cle Azevedo. fillia terceira de
CATALOOO OENEALOQICO 263

Christovh Vieira Ravasco e de sua mulher D. Maria


de Azevedo, foi cazada com Fernáo Vaz da Costa Doria,
como vai na fl.. ., n . 10, e ahi a sua descendencia.
N. 4. D. Catharina de Azevedo Ravasco, filha de
Christovh Vieira Ravasco e de sua mullier D. Maria
de Azevedo, foi primeira mulher do sargento m6r Rui
Carvalho Pinheiro ; filho do primeiro Rui Carvalho Pi-
nheiro, ~hamadoo velho, a fl.. ., n . 1, e seguinte e ahi
o m&s.

COSTAS

D. Duarte da Costa, governador da Bahia, que


entrou n'elia pelo aiino de 1553, e era tio de Fernso Vaz
da Costa, de que-, adiante se trata, e cazou este Fernão
Vaz da Costa na mesma Bahia, para onde viera em compa-
nhia do dito governador,seu tio, com Clemencia Doria, de
quem logo se dirh. Eraeste D.Diiart,e,governador da Baliia,
filho segundo de D Alvaro da Costa e de sua mulher
D. Magdaleua da Silvit, filha de Rodrigo Pimentel de
Almeida, alcaide-mbr de Torres Novas. Era o tal D. Duarte .
da Custa neto de D. Alvaro da Costa, deáo da se da
Guarda ; e este era filho de D. Gilianes da Costa e de sua
segunda mulher D. Joana da Silva, fillia de D. Felippe
de Souza, e irman do Barlo de Alvito. E D. Gllianes da
Costa era filho de D . Alvaro da Costa, camareira-m6r
e armeiro-nibr de el-rei D. Manoel, e vedor da fazenda
da rainha D. Leonor, sua terceira mulher, e foi cazaclo
com D.Beatriz de Paiva, filha de Gilianes de Magalhães, o
cavalleiro, pelo ser de Garrolhea, e de D.Izabe1 de Paiva,
sua mulher. A este I). Aivaro da Costa, tronco dos Costas
de Portugal, concede0 o dito rei D. Manoel o Dom ; e este
D.Joáo da Costa, terceiro neto d'este D.Alvaro da Costa,
foi o primeiro Conde de Soiire e d'este foi filho segundo
D. Rodrigo da Costa, que foi governador da ilha da
Madeira e da Bahia d'onde entrou no anno de 1702, e
depois vice-rei da India. De D. Duarte da Costa, a c h ,
foi sobrinho, como se dice :
Fernáo Vaz da Costa, qne cazou com Clemencia Doria
na fl. . . adiante :
Das inquiriçóes com que se ordenou de sacerdd
Francisco du Silva de Menezes, tiradas na Bahia no 8-
de ll;:14, consta o seguinte dos juramentos, que d m
varias testimunhas :
Frei Bernardo de Azevedo, religiozo de S. Ben@
certifico,que eu conheci a vizav6 ?e Francisw de Ma-
chamada Clemencia Doria, pessoa niuito nobre, a qml veio
a esta terra por mandado da rainha D. Cathaina, e
assim conheci sda av6 D . Luiza Doria, e seli avciMartim
Carvalho, pessoa nobre, e foi provedor da fazenda em
Pernambuco, e aqui sempre andou no governo ds terra ;e
assim conheço tambem Braz da Silva de Menezes e
D. Clemencia Doria, pai e mãe do ordenando. 10 de Dê-
zembro de 1634.
Frei Vicente do Salvador, padre d'esta custodia de
S. Francisco do estado do Brrtzil, que eu conheço a Frsn-
cisco da Silva Menezes, 0lho do capitão Braz da Silva de
Menezes e de sua legitima mulher D . Clemencia, a q d
sei ser filha de Martim Carvalho e de D. Luiza Dori8
etc. E m 7 de Novembro de 1634.
Frei Placido das Chagas, religiozo de S. Bento, que
eu conheço a Francisco da Silva de Menezes, filho do m
pitiio Braz da Silva de Menezes e de sua mulher D. Cle-
mencia Doria, neto de Martim Carvalho e de sua mulher
D. Luiza Doria. 10 Setembro de 1634.
Francisco da Silva de Menezes, filho legitimo do
capitão Braz da Silva de Menezes, natnral da villa de
Campo maior, e de sua mulher D. Clemencia Do*
natural da Bahia ; e por via paterna, neto de FernBo da
Silva de Menezes, natural da mesma lrilla de Campo-
maior, e de sua av6 Domingas Pereira, natural da mesma
villa, e por via materna, de Martim de Carvalho. da ilha
da Madeira, e de sua a ~ D. 6 Luiza Doria, natural da
Bahia diz petição, que fez para as ordens. E m 6 de
Outubro de 1634.
DORIAS
Clemencia Doria, * descendente de Florintim Doria,
que era sobrinho legitimo de André Doria, principe,
e delA de Genova, que com o favor de Cailos V, impe-
rador de Allemanha, livro11aquella republim da sugeiçáo
que havia a varias potencias,e ultimamente de Francisco I
de Franca no anno de 1528, ajudado do mesmo Carlos V,
e dahi em diante a ficaram governando como (loges, e
senhores independentes AndrS Doi ia e seiis siicessores.
dos qnaes procedeu a sobredita Clemencia Doria, a quem
uma memoria, que vai adiante triisladada, d&o nome de
Martini Doria, a qual passou n Bahia, e nito achamos a
csum, porqne; e s6, que na Baliia cazoii esta Martini
Doria, como traz o matiriscrito qiie citanioà, ou Clemencia
Doria, como 6 mais certo, por cotistar assim do assento
do livro dos batizados tla se da Baliia, qiie logo traslada-
remos. Cazon na Bahia esta Clernencia Doria com Fernão
Vaz da Costa, qne era sobrinho d~ governador acima
D . Dnarts da Costa, e teve filhos :
1. NicolBo, batizado tia r36 a 13 de Dezembro
de 1558.
2. Christovão, batizado na sé, a 17 de Julho
de 1560.
3. Guiomar, batizada na s6 a r> de Dezembro
de 1561.
4. Francisco, batizado na sé a 17 de Oiitiihro
de 1563.
6. Clemencia, batizada na se em 1.565.
6. Maria, batizada na s6 a 10 de Fevereiro de
1667.
7. Anna, batizada na se a 31 de Julho de 1568.

* Outra iiieiiioria diz, que era esta Cleriiencia do ri:^, sohrinlia


iambeni de AndrE Doria.
Foi esta í:leiiiencia iiiiia tlns trcz ortans, qiic Lnrnht~iii mandou a
rainha D. Catharina. para na Bahia carareni rorii as cqsoas rincipaes.
A outra foi D. Ignez da Sil\.n. que wzou coiii &i;isloIr!o Brandào
e a terceira D. Violantc tlc Eça, que cazoii coiii Joào de Araujo de
Souza.
34 P. I VOL. LII.
Quando foi batizada esta Anna, declara o assento,
que seu pai Fernáo Vaz da Costa era já falecido, e por
conseqiiencia faleceu entre o mez de Novembro do anua
de 1567 at6 o principio de Jullio de 1568.
N. 2. Christovãr, da Costa Doria, fillio segundo de
Fernão Vaz da Costa e de sua miilher Clemencia Dons,
cazou com D . Maria de Menezes, que era filha de Jero-
nimo Moniz Barreto e de sua mullier D. Micia Lobo, 8
fi ..., n . 3, e tere filhos :
8. Francisco da Costa, que se segue.
9. D. AntoniaDoria, miilher de Antonio Moreira, de
Gambôa, filho de Xartim Afonso Moreira e de sua mulher
D. Luiza Ferreira, a f l . . ., n. 2, e alii a sua descen-
dencia. Batizada na sé a 19 de .Junho de 1606.
N. 8. Francisco da Costa, filho primeiro de Chris-
toviio da Costa Doria e de siia mulher D. Maria de Mene-
zes, cazou com D. Clemenciii Doria, sua tia, irman de seu
pai Christovão da Costa Doria, e tere fillios:
10. Fernlo Vaz da Costa Doria, quo se segue.
11. D. Izrtbel barba ri^ de Menezes, que cazou com
Antonio de Nello de Vasconcelos, a fl.. .,n. 14, e ahi a
sua descendencia.
N. 10. Fernso Vaz da Costa Doria (1) filho de
Francisco (ia Costa, n. H, e de sua mulher Clemencia
Doria., cazou com D. Ignacia de Azevedo, filha de Chria-
tovão Vieira Ravasco e de sua mulher D. Maria de
Azevedo, e tere fillio :
12. Fri~nciscocle Abreo da Costa Doria, que se
segue.
N . 12. Francisco de Abreo da Costa Doria, (2) tliho
de Fernão Vei, da Costa Doi ia e de sua mulher D. lgnacia
de Azevedo, foi cazado com D. Anna de Menezes, filha de
Rui Dias de Iilenezes e de sua mulher D. Guiomar
Ximenes. e teve fillios :
13. Rlanoel de S i Doria Ravasco, que se segue.
14. D . Ignacia de Rfenezes, adiante,e D. Francisca.

ili F:ileceii a 2 III. Agosto tle 1606; sepultrtlo na sc. Habirri~c;izailo


2 1.f tlr Nt~vt~iiil~ro
iie 1618.
.
121 Foi drgo1;ido i ~ i i icstatur, veja-sr a li.. n. 8.
CATALOGO OENEALOOICO 267
N. 13. Manoel de SB Doria Rarasm ,filho de Fran-
cisco de Abreo da Cosla Doria e de sua mulher D. Anna
de Menezes, foi cazado com D. Mariana da Rocha de Afon-
cem, filha do captiíio Liiiz Carneiro da Rocha e de sua
mulher D. Jeronima da Silva, e teve filha :
16. D. Anna de Menezes Alencastro, mulher de
Nicolh Carneiro da Rocha, a f l . . . , n . 8, faleceu a 10
de Dezembro de 1760, sepultada no Carmo.
N. 14. D. Ignacia de Menezes, filha de Francisco
de Abreo da Costa Doria e de sua mulher D. Anna de
Menezes Castro, foi cazada com Antonio Carneiro da
Iloeha. Faleceu esta a 12 de Novembro de 1737, e teve
filhos:
16. Luiz Carneiro de Menezes, que cazou com D.
Angela de Menezes, filha do doutor Jogo Alvares de Vas-
eoncellos, a fl.. ., n . 8, e ahi a sua descendencia.
17. Maria iilagdalena de L;& Doria, segunda mulher
do coronel Diogo de Sá Barreto.
N. 4. Francisco de Abreo da Costa Doria, filho
quarto de Fernlo Vaz da Costa e de sua mnlher Cle-
mencia Doria, cazou com Francisca de Sá, e teve filho :
17. Diogo, batizado lia sé a 19 de Maio de 1591,
diz o assento do seu batizado, e que f6ra madrinha d'este
Dicgo Clemencie Doria. a maça.

Verba do tt-starne~ttocal,, que falecetl


Manoel de Sá Doria Ravasco, natural d'esta cidade
da Bahia, filho legitimo do sargento-m6r Francisco de
Abreo da Costa Doria e de sua mulher D. Anua de Me-
neees, m a d o com D. Mariana da Rocha daFonseca, filha
do capitão Luiz Carneiro da Rocha e de I). Jeronima da
Silva, de cujo matrimonio houve uma filha, por nome
D. Annrr de Menezes, e sobrinho do coronel Gonçalo Ra.
vasto Cavalcante de Albuqiierque . Declaro, que sou neto
por linha legitima da parte materna de Rui DiBs de
Menezes, e bisneto de Damião Dias, e pela paterna quarto
neto de Clemencia Doria, sobrinha do principe Andr6
Doria, cuje sentiora cazou n'esta Bahia com o sobrinho
de D. Duarte da Costa, tronco da caza do armeiro-mbr e
Condes de Soiire, e neto de D. Ignacia de Azevedo, irman
do padre Antonio Vieira e de Fel não Vaz da Costa Dorir,
descendeutes dos avós paternos. D. Duarte da Costa Ju-
nior, da Bahicr. entrou em 1553.
Damião Dias de bienezes, foi filho de Rui Dicu, de
Menezes, esc1ivlo da fazenda e secretario das m e d s ,
era neto de Diiarte Dias de Menezes, escriviio da h-
zenda, e secretario das mercês, e bisneto de DamiUDi88
da Ribeira, alcaide-mór (1;t Amicira, escrivi40 da fazenda
do rei D. João 111. Cazoii com 1). Aiina de Castro, filha
de Thomk de Castro do Rio, filho bastardo de Luiz de
Castro do Hio. cavalleiro da ordem de Christo, (1) e teve
filhos :
I . Rui Dias de Menezes, qiie se segiie .
2. D. Brites de Menezes, adiante.
N. 1. Rui Dias de Nenezes, filho de DamiRo Ditu,
acima, foi cazado com D. Guiomar Ximenes de Ara@
(2) filha de Matheus Lopes Fraiico e de sua mulher D.
Leonor Ximenes de Aragáo, e teve tillios. Cazaram a 27 de
Jaueiro de 1
2. Rui Dias de Menezes, qiie se segue.
3. I). Rrites Maria de Meiiezes, que ccizou com o
doutor ThoiiiB Lopes de liagtrlhães, a 28 de Novembro de
1699. E a 22 de Fevereiro de . . . . tornoii a cazar esta
. D. Brites, oii Beatriz, com .Toão Pereira do Lago, filhode
JoáoPereira i10 Lago e de I). AInrianna tle Barros, natu-
raes da freguezia de S. Jeronimo, t e r m da cidade de
Braga .
D. Aniia Naria de Menezes Castro, cazada com
Francisco de Abreo da Costa Doria,que fica na fl.. retro, .
n. 1 2 , o qual foi (legolado em estaturt, pela cruel morte
que mandou fazer a esta sua mulher. Foi fidalgo da caza
de Sua Nagestade. e teve :
N. 2. I). Brites ne Menezes, tilha de 1)amiBo Dias,
acima,cazou com I). Liiiz Nascarenhas de Lancastro,filho

( I ) Tlie:ilro tic~iic~.ilogic.o.
Ar\orc1 ri. I Y 1 .
(2) Faleceii I). c;iiinrii;rr n H de Jiillio de 1908. Sepultada na igreja
do colegio.
CATALOC~OGENEALOGIGO 269

de D. Fernando Martins Mascarenhas, alcaide-mór de


Montemor o novo, e Alcacer do Sal, senhor de Lavre e
Estepa, commentlador de Mertola, e de sua segunda
mulher D . Catharina de Lancastro, filha de L). Joho de
Lancastro, comuiendador de Cliristo, teve entre outros
filhos :
D. Fernando Jlartin'; Xnscarenlias de Lancastro,
governador da India e Pernarubuco.
N. 2. Rui Dias de Menezes, filho de Rui Dias de
Menezeu, n 2, e de sua uiullier L). Guiouar Ximenes
de AragBo, foi çazado com Christina Coutinlio, e teve
filha, Christina (te hluieitllt, diz o termo de batizado dos
filhos.
Diogo, batizado na se u 3 1 de Julho de 1639.

CAVALLOS, E CARVALHOS
O doutor SebastiBo Carallo dt: Carvalho foi natural
da cidade do Porto, filho de Andrk Cavallo e de sua mil-
iher Margarida de Carvslho, moradores que foram na
viiia de Barcelos. Seivio tle ouvidor na cidade da Baliia,
e foi cazado com D . Maria de Betencoiirt, de SB, filha de
Francisco Alvares Ferreira de Betencourt, da ilha da &Ia
deira, cavalleiro fidalgo, e professo na ordem de Cliristo,
e de sua mulher Policena de Souza, a sobredita D . Maria
de Betencourt de Sá, antes de cazar' com este Sebas-
ti&o Cavallo, era jA viuva de Jorge Antiines, de quem
tivera filhos, que aponta qiiaes foram o assento, qne d'isto
consta: mas d'este seu segundo ma:ido Sebastião Cavallo,
teve os seguintes :
I . Francisco de Betencourt*, que se segue.
2. D. Maria de Sá, primeira mulher do capitAo Luiz
de Mel10 de Vasconcellos, a fl.. ., n. 7, e ahi o mais.
3. O capitão Andr6 Carvallo de Carvalho, adiante.
Segunda vez cazou o doutor Sebastião Cavallo de

* Erro; este foi filho de Jorgi~Antuiies, P d'este lilho o foraiii


D. Maria de Sa e o capitão Andrti Caballo. .Volu 4 ttlorgeni.
270 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Carvalho com Victoria Barboza, filha de Gaspar Piws e


de sua mulher Maria Barboza, de Porto-Seguro, e nio
teve filhos.
N. 1. Francisco de Retencourt, fillio do doutor S e b
tião Cava110 de Carraltio e de sua mulher D. Maria de
Betencourt de Sá,(l) cazoii com D. Archangela de Mello,
filha tle Manoel de Mello de Vasconcellos ede sua mulher
D. Francisca de Piirada, a fl. .., n. 1, e teve filhos :
4. D. Cecilia de Betencoiirt,, batizada em caea e
tomou os santos oleos a 27 de Norembro de 1608 em
Matuim. Cazada coin Fernáo Alvarea, e depois com
Antonio Fernandcts da Costa, sem filhos.
5. Manoel tle IIello (te Vasconcellos, batizado a 28
de Naio de 16 11, qiie se segue.
(i.D. Joana tie Betencourt, batizada a 3 de Outu-
bro de lc>.':J, cazada com .Toso de Miranda Henriqnes.
7. Jorge de Jiello de Vauconcellos, batizado a 4 de
Xaio de 1616, que passou a Pernambuco.
8. D. Francisca de Perada, batizada a 7 de Ontubm
de 1618, calou com Francisco Loyes Girão, e segnndavez
cazoii coin llanoel Perei1.a do Faria, tudo fica a 0 . ., .
n. 1, e seguintes, cazoii com este primeiro ti 13 de Abril
de 1651 e com o segundo n 1 5 de Outubro de 1664, s
fl..., n. 9 7 .
9 . Antonio de Mello de Vasconcellos, batizado a 3
de Maio de 1621, cazado coin D . Izabel de Nacedo, com
filhos, adiante. .
10. Friincisco de Betencourt, batizado a 6 de Agosto
de 1623, cazou com D. Maria de Miranda Henriques, seu
cunhado, acima.
N. 5. Dfrnoel de Mel10 de Vasconcellos, filho de Fran-
cisco Betencourt de Sá e de siiit mullier D. Archangela de
Mello, cazou coni D. Luiza GirUo (i?), filha de Diogo Vs-
rela cle JIacedo e de siia iiiiillier D . Liiiza Girao, e teve
fillius :
11. Francisco de Betencorirt de Sá.

( i ; F:ilt~t.t*iiolle a 1!l dc .ilbril dtbI G j l . F:ilcrc~iiclla a 20 dt- Feve-


reiro tlc, ItitiH.
(i)t:azaraiii a 1t; dc Fevrreinb dt* 1651 eiii Cotegip~.
CATALOGO QENEALOQICO 27 1

12. Diogo Varela de Macedo, que cazou com D .


Enzebia Girão, sua prima, filha de Diogo Varela, seu
tio, irmão de sua mãi .
13. D. Maria de Mello, mulher cie Estevão da Costa
Peixoto.
N. 9. Antonio de Nello de Vascúncellos, filho de
Francisco Betencourt, n. 1, e de siia mulher D. Archan-
gela de lbtello, cazou com D. Izi~belde Nacedo, filha de
Diogo Varela e de sua mulher D. Maria de Macedo, e
teve filhos :
14. D . lzabel, mnlher de João Pereira de Faria, e
depois de Pedro Tavares.
15. D. Mariana, segunda niullier de Antonio lfoniz,
e depois de Gaspar Pacheco Freire.
N . 3. O capitão Audré Cavallo de Carvallio, filho
do d o ~ t o Sebastião
r Cavallo de Carvalho e de sua primei-
ra mulher D. Maria de Betrnmurt de S&,cazou com D.
Margarida Giríio*, filha de Francisco Lopes Girão, o
velho, e de sua mulher D. Maria Correia; d'essa sua mu-
lher teve entre outros filhos, que faleceram pequenos, os
seguintes :
16. Marcos de Retenconrt, que se segue.
16. D. Maria Giriio, batizada a 1.5 de Dezembro
de 1613, e cazada com Feli ppe Garção de Olil-a; cazaram
a 28 de Setembro de 1661.
1 7 . D. Liiiza Girão, mnlher segunda de Cosme Pe-
reira de Meudonqa, a fl.. ., n . 12.
18. D. Anna de Girão.
19. Sebastião Cavallo de Carvalho, batizado a 2 de
Maio de 1624, cazado com I>. Simoa de Macedo, com
filhos.
Segunda vez cazou com D. Brites de Oliva, viuva
do capitão Joiío Garção, filha de João Garcez, o velho, e
de sua mulher Victoria de Oliva, e teve d'este segundo
cazamento a
20. D. Benta de Oliva, primeira mulher de Gaspar
Telles de Carvalhal, a 0 . . ., u. 7, e alii o mais.

Cazararn a 95 de Noreinhro de 160J eni Cotegipe. Faleceii a 13 de


Janeiro de 1661 e sepultado na se, na cova de seus av6s.
272 REVISTA TRIMENShL DO INSTITUTO HISTORICO

N . 1 6 . O sargento-mór Marcos de Betencourt, filho


do capitão André Cavallo de Carvalho e de sua primeira
miilher D. Margarida Giriio, cazou com D. JeronIma àe
Menezes, (1) fillia tie Ilenriqiie Moniz Barretn e de sua
mulher D. Naria Soares, e d'ells nfio teve filhos.
Segunda vez cazou com D. Angela de Menezes, (2)
filha de Matlieus Pereira de 3Ienezes e de sua primeira
mnlher D . Iznbel de Almeida, e teve filhos :
21. D. Margarida Telies de Menezes, segunda mu-
lher do coronel Liiiz dc Mel10 cleVasconcellos, a fl. .., n. 85.
22. D. Maria de Menezes, mulher de João Paes
Florião, sem fillios.
33. D. Antoniik Telles de Menezes, cszada como
doutor JoLo Alvares de Vasconcellos, a fl .. ., n. 6 .
24. D. Leonor Telles, inulher do capitáo J o h de
I
Brito e Soiiza, sem fillios.
2.5. D. Luiza Telles de Menezes, cazada com Mar-
tinho de F i e itas de Couros Carneiro.
N . 19. Sebastião Cavd10 de Carvalho, filho do a-
pitão Anciré Carallo de Carvalho e de sua primeira
mulher D. Margarida GirUo, cazoii com D. Simoa de Ma-
cedo (3) filha de Agostiiilio da Costa de Moraes e de sua
mnlher D. Barbara de Macedo, teve filhos :
86. D . Maria de Betencorirt, batizada a 28 de
Setembro 1659.
27. Agostinlio da 'Costa de Carvalho: batizado a
27 de Fevereiro 1661.
28. D. Margarida Giráo, batizada a 25 de Setem-
bro de 1663.
29. D. Izabel Corrêa de Almeida, bztizada a 17
tle Março de 1666.
30. D. Joana de Betencourt, batizada a G de
Yarçode 1 6 . . .
31 . Alvaro Giráo de Carvalho.
32. D. B.1rbai.a de Betencourt, batizada n 27 de
Setrinbro tle 1672.
(1)(:AZ:L~:IIII n 10111~ 011ti1I)ro 16:M e111C0te~illib.
1111

L)I::lzar:iiii :I 12 di> Jiiiitiu ile 1 l ; ~ Ot'i11 P . I c I ( ) ~ .


(31 l::iznca~l~ 3 18 de S i ~ \ ~ i i i b r i11%
o 1u6i. 11:t cnipclia tlc Sio Joáo
Baptisln.
CATALOGO GENEALOGICO 27 3

3 3 . Manoel Girão de Carvalho, batizado a 18 de


Outubro de 1674.
N. 2 7 . Agostinho da Costa de Carvalho, filho de
Sebastião Cavallo de Carvalho e de sua mulher D . Simoa
de Macedo, cazou com D . Ignez Telles de Nenezes (1)
filha do capitão João de Ceitas e do sua mullier I>. Bar-
bara de Sá de Menezes, e teve filhos :
34. D. Barbara Telles de Menezes, mulher de An-
tonio dc Souza Freire, com filhos, batizacla ao 1 de Ou- .O

tubro de 17 0 4 .
34. D . Antonia Telles da hienezes, mulher de Pedro
Barboza de Vasconcellos, com filhos, batizada a 8 de
Setembro de 1702.
3 5 . D . Joana Telles, cazada com Arnaldo Bezerra,
batizada a 25 de Julho de 1706.
36. D. Maria Francisca de Betencourt, cazada com
Francisco de Barros de Azevedo, batizacla a 8 de Julho
de 1708.
37. Sebastiilo Cavallo de Carvalho, batizado a 20
de Fevereiro de 1740.
38. D. Luzia Telles de Menezes, batizada a 9 de
Abril de 1713.
3 9 . D. Anna Telles de Menezes, batizada a 8 de
de Janeiro de 1715.
34. D. Antonia Telles cle Menezes, filha de Agosti-
nho da Costa de Carvalho e de sua mulher D. Ignez
Telles de Menezes, cazou com Pedro Bsrboza de Vascon-
cellos, natural da Bahia, freguezia de Matuim, filho de
Agostinho Corrêa e de sua primeira mulher D. Maria da
Piedade Barboza, e teve filhos :
40. Agostinho, batizado a 26 de Março de 1720.
41. D. Ignez, batizada a 9 de Novembro de 1721.
42. D. Francisca, batizada a 10 de Maio de 1723.
N. 34. D . Barbara Telles de Menezes, filha de
Agostinho da Costa de Carvalho e de sua mulher D.
Ignez TeUes de Menezes, cazou com Antonio de Souza
Freire, (2) natural de PirajB, filho de IIatliias de Souza

(1) Cazaram a 1 7 de Maio de 1701.


(9) C a z a r a m a 3 0 de Outubro de 1719.
35 P. I VOL. LII.
Freire e de sua mulher D. Ignacia Jozefa Brandso, e
teve filho :
43. Francisco.

Nota
Aos 20 dias do mez de Janeiro de 1580, recebi, em
a s6 d'esta cidade da Bahia, a Sebastião Cavallo, filho de
AndrB Cavallo e de Margarida de Carvalho, moradores
que foram na villa de Barcelos, com Victoria Barbom,
filha de Gaspar Pires e de Maria Barboza, moradores que
foram na capitania deporto-Seguro .

PARUI, BRITO E LOBO

O doutor Sebastião Parui de Brito (I), natural da ci-


dade de Evora, filho de André Parui de Brito e de saa
mulher D . Leonor de Brito, natural da villa de Casteiio-
Branco, cazou iia Baliia com D . Jortna de Argôlo (8))
filha de Paulo de Argôlo e de sua mulher Felicia Lobo, a
fl.. ., a qual D. Joana era j& viuva de Francisco Snbtil
de Siqueira, dezembargador e provedor da alfandega da
Baliia, o qual officio servio Sebastitão Pirrui de Brito,(3)
pelo tal cazamento, e havia feito d'elle mercê el-rei
D. João 111 a Rodrigo de Argolo, Espanhol, avô de
sobretida D. Joana. D'ella teve fillios :
1. D . Leonor de Brito, mulher do tenente-general
Antonio de Brito de Castro, a fl.. ., batizada na sé a 23
de Setembro de 1620.
2. Manoel de Brito Lobo, que se segue.
Andr6 e uma fillia que faleceram sem siicessáo.
N. 2. Manoel de Brito Lobo, fillio do dezembargador
Sebastiáo Parui de Brito e de sua mulher D. Joana de

(1) Fnleu~iia .20 de Janeiro de 1661. sel~iiltaùnriii SAo Francisco.


12) Palt!ceu a 18 de J;rneiro cle líj.Lti, sc1)ultada eiii Sào Francisco.
(3) Seririo de provcclor-iiibr tlils fazendas dos defuntos r aiizentes.
CATALOGO OENEALOQICO 27 5

Argolo, foi cavalleiro professo na ordem de Christo, e


cazou com D. Margarida de Araujo, filha de Feliciano de
Araujo Soares e de sua mulher.
3 . D. Antonia de Mello de Vasconcelos, terceira
mulher de Pedro Baldes Barboza, sem filhos, batizada na
se a 8 de Maio da 1646.
4. D. Luiza de Mello, batizada no Socorro a 3 de
Julho de 1649.
5. Andr4 Parui de Brito, que faleceu de poucos
annos ; batizado no Socorro a 25 de Maio de 1652.
6. Sebastião, batizado a 14 de Maio de 1657.
7. D. Leonor de Brito.
8. Manoel de Brito Lobo, que se segue.
9. Feliciano de Araujo de Brito .
10. Bento de Araujo de Brito, adiante, batizado na
PnriílcqAo a 29 de Dezembro de 1660.
11. D. Anua de Brito, ao depois ; batizada a I1 de
J d h o de 1662.
N. 8. Manoel de Brito Lobo, filho de Manoel de Brito
Lobo, n. 2, e de sua mulher D. Margarida de Araujo,
cazou com D. Thereza Borges de Abreo, * filha de Chri8-
toviio Barboza Villas-Boas e de sua mulher Mariana
Borges de Abreo, e teve filhos :
12. Manoel de Brito e D . Maria Magdalena .
N. 10. Bento de Araujo de Brito, filho de Nanoel
de Brito Lobo, o velho, e de sua mulher D. Margarida de
Araujo, cazou com D . Thereza Ignacia de Menezes, filha
do capim-mãr o doutor Manoel Botelho de Oliveira,
fidalgo da caza de Sua Mttgestade, e de D. Antonia de
Menezes, sua primeira mulher, e teve filhos :
13. Sebastião Parui de Brito, qne se segue.
D . Thereza, que faleceii solteira.
N. 13. Sebastiao Parui de Brito, filho de Bento de
Araujo de Brito e de sua mulher D. Thereza Ignacia de
Menezes, cazou, in periczclo niortis, com D. Marcelina de
Araujo de Vasconcellos, vinva de Antonio Rozado, da qual
teve no tempo do dito Antonio Rozado uma filha, que foi :

Cazaram na se a l i de Onlnbro de 1697.


276 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

11. D. Maria Tliereza da Conceiçiio Brito, que cazoa


com JozB da Rocha, Porto, natural do Porto.
N. 11. D . Anna de Brito, Allia ultima de Manoel de
Brito Lobo e de sua mulher D . Margarida de Araujo,
cazou com Henrique da Cunha Barboza, e teve Alha :
15. D. Leonor de Brito de Mello, que faleceu sol-
teira.

BRITOS E CASTROS

Antonio de Brito de Castro,* filho de Francisco


de Brito de Sampaio e de sua mulher D. Suzana Bar-
boza, da caza de Amorim, neto paterno de Antonio de
Brito de Castro e de sua mulher D. Antonia de Sampaio,
filha esta de Antonio Mentles de Vasconcellos e de sua
mulher D. Izahel Pereira, dama cio paqo, e foi este An-
tonio de Brito o primeiro d'este apelido, que com seu
irmão Matlieus Pereira de Sampaio passou B Bahia na
armada real, e no aiino de 1625 com o posto de c a p i m
veio no navio S. Bartolomeu, de que era comman-
dante Domingos da Camara Pinto, a militar contra os
Olmdezes, pelos quaes em guelra foi morto seu imib
Matheus Pereira de Sampaio ; e continuando no serviço
real foi tenente do mestre de campo general, e cavalleiro
professo na ordem de C1ii.isto. Na Bahia cazou com D.
Leonor de Brito, lilha da doutor Sebastião Parui de
Brito e de sua mullier D. Joana de Argolo, e em dote
lhe fez data Sebastião Parui da propriedade de prove-
dor, de que foi confirmado por alvar8 d'el-rei de 7 de
Maio de 1610, e tomou posse em 1 2 de Janeiro de 1641,
teve fillios :
1. Sebastião de nrito de Ci~stro,que se se gue.
2. Francisco de Brito de Sampaio, adiante.
3. AiidrS de Brito de Castro, ao depois.

no
* FaIev~i~AriIo~lio 111l llrito a 9 dtl A l w i l t l t 3 1675, SC]~IIILUI~
r
coii\ciitu do (::ii.iiio : laleceii D. I.eoiiur :i de Maio de 1678, sepultada
110 IIicsino C O I I V ~ I I ~ O .
CATALOGO GENEALOGICO 277

4. D. Joana de Castro, que cazou com seu primo


Francisco Pereira Ferroz, sem ~ucessiio, a 23 de Junho
de 1708. Batizada na sé, ao 1 de Março de 164.5.
5. D. Antonia de Castro, que faleceu a 8 de No-
vembro de 166.5, sepiiltda em S. Francisco.
6. Antonio de Brito de Castro, no fim.
1. Se bastiáo de Brito de Castro, (1) filho primeiro
do tenente general Antonio de Biito de Castro e de sua
mnlher D. Leonor de Brito, foi fidalgo da caza leal, ca-
valleiro da oi dem de Christo e capitão, cazou com D.
Maria de Arsgão, (2) filha de Diogo de Aragão Pereira, da
ilha da Madeira, fidalgo da caza real, e de sua mulher
D. Izabel de AragBo, filha do capitão-mór Baltazar de
AragBo, O Bangala, e sua mulher D. Maria de Araujo,
bisneta de Diogo A lvares, o Ca~amurií,teve a capella. de
sen avô Francis co de Brito de Pampaio, de Mansos, junto
tí Villa-Real. Cazaram a 17 de Fevereiro de 1666 com o
nome de Sebastião P a ~ u de
i Brito, assim o diz e escreve
o livro dos caza mentos. De sua mulher D . Maria de Ara-
gio teve filhos :
7. D. Leonor de Brito de Castro, qne se segue.
8. D. Izabel, religio za no mosteiro de Almoster .
Liebôa.
N. 7. D. Leonor d e Brito de Çastro, acima, cazou
com Pedro Garcia Pime nt'el, fidalgo da caza real, como
ficaafl. 86, n. 7 e 289 n.3.
N. 2. Francisco de Brito de Sampaio, filho segundo
do tenente general Antonio de Brito de Castro e de sua
mulher D. Leonor de Br ito, foi capitão de infantaria na
Bahia, fidalgo da caza r eal, e servio bem a Sua Magestade
na praça d'esta cidade . N'ella cazon com D. Maria Fran-
c h Xavier Aranha, filha do mestre de campo h'icolao
Aranha Pacheco e de sua mnlher D. Francisca de Sancle :
veja-se a fl.. . n. 6, e ahi o mais. Teve Francisco de
Brito de Sampaio de sua mulher D. Maria Francisca
filhos :

(1) Faleceu a PO de Agoslo de 1707, sepiiltado no Cariiio.


(O) Faleceu a 27 de Ftrereiro de 1418, sepiillnda eni S. Fraiicisco.
278 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

9. Francisco de Brito de Sampaio, com o mesmo


foro de seu pai, e foi tenente do regimento de cavallaria
d'esta cidade, da qual passou B, India, onde faleceu sol-
teiro.
10. D. Clara do Sacramento, batizada na freguezia
de S. Pedro a 22 de Novembro de 1679. Amada F m -
cisca das Chagas, falecen a 30 de Março de 1779. h-
touia do Salvador, que faleceu a 26 de Dezembro de
1738. Joana da Ciuz. Francisca Catliarina da ConceiçBo,
faleceu a 8 de Dezembro de 1774. Maria dos Prszerea,
batizada na dita freguezia a 28 de Abril de 1689, e h
leceu a 21 de Janeiro de 1774, sepultada no outro dia.
Todas estas foram religiozas no convento de S. Clara do
Desterro n'esta cidade da Bahia, e tambem : Leonor, etc.
11. Antonio e Nicoláo, que faleceram solteiros.
12. André deBrito de Castro, que viveu solteiro,
e faleceu a 28 de Dezembro de 1773, sepultado no
Carmo .
N. 3. Andrk de Brito de Castro ( I ) , filho do tenente
general Antonio de Brito de Castro e de sua mulher D.
Leonor de Brito, foi fidalgo da caza real, provedor e
juiz da alfandega da Bahia, officio, que fora de seu pai e
avo materno, por conceder el-rei D. João IV, o favor de
se nomear a serveutia e propriedade do dito officio em
um de seus filhos. Foi capitão e professo na ordem de
Christo, cazoii com D . Francisca Maria Duarte Leite,@)
viu!-a de AiidrC! da Costa de Barros, Iiomem de negocio,
que tieixou por sua morte mais de trezentos mil cruzados;
era D. Fraucisca filha de Sebastião Duarte, capitão de
auxiliares, e familiar do santo officio, e de sua maiher
Elena Leite teve fillia legitiiua, e sua herdeira :
13. D. Leonor Naria de Brito, mulher do mestre
de campo Alexandre de Souza Freire, a fl. . .
14. D. Joana de Brito, bastdrda, que se segue
depois.

(11 C:ixai.;iiii iia si,, n ' 6 dr Jiillto t l c b 1M2.


(21 Falece11 :i 12 (I($ Fr\ci.eii.o de l;.Li, dc idade de i 0 riinos; se-
pultada na sua capella de S. AiitlrP, que temi lia igreja do collegio.
CATALOGO G E N E A I ~ O G ~ C O 279

CASTROS, FREIRES, SOUZAS E TAVORAS

N . 13. Alexandre de Souza Freire, fidalgo da caza


real, foi filho de Bernardim de Tavora de Souza Tavares,
governador de Mrzzagão e Angola, e de sua mulher
D. Maria de Lima, sua sobrinha, neto pela parte paterna
de Loiz Freire de Souza, senhor de Mira, e de sua segunda
muiher D. Joana de Tarors, filha esta de Bernardim de
Tavora Tavares, senhor de Mira, e de sua mulher
D. Micib Mascarenhas ; bisneto de Alexandre de Souza
Freire, capitão-mór de uma armada da India e em Caul,
filho este de JoBo Freire de Andrade ; e este de Gomes
Freire de Andrade, commendador, senhor de Loca, na
ordem de Santiago, e de sua mulher D. Maria de Aragão,
nIha de Luiz Carneiro, senhor da ilha do Principe, e de
suamulher D. Leonor #te Aragão. Foi Alexandre este
aqui mestre de campo de auxiliares na Bahia, onde
exerceu o cargo de provedor da alfandega, por cazar
com D. Leonor Maria de Castro, filha legitima e unica
de matrimonio do capitáo Andrk de Brito de Castro e de
sua mulher D. Francisca Maria Duarte Leite, como fica
n. 13*. Foi estudante de Coimbra no direito civil e
canonico, e teve de sua mulher filhos :
15. Bernardim de Souza Tavares, batizado pelo
arcebispo D. Sebastiáo Monteiro da Vide no anno de 1707,
e padrinho o governador Luiz Cezar de Menezes.
16. Luiz Freire, que faleceu a 19 de Novembro
de 1743.
17. Antonio Jozk de Souza Freire, que se segue.
N. 14. Antonio Jozé de Souza Freire Castro
Leal, filho do mestre de campo Alex~ndre de Soiiza
Freire e de sua mulher D. Leonor &faria de Castro, e
fidalgo da caza real e mestre de campo dos auxiliares
das marinhas de Pirajh, vive solteiro n'este anno de 1 7 7 1 ,
mas de l b z a Maria do Sacramento,moqabranca recolhida,

Coroqrafia Portugueza, toiiio 11 fl. 65.


2 80 REVISTA TRIMEKSAL DO IKSTITUTO HSTORICO

filha de Manoel Martins de Souza e de siia mulher Fran-


cisca Xavier da Silva, teve filhos, que períilhou por
el-rei.
18. Alexandre de Soiiza Freire Tavares de Brltt
Castro.
N. 6 . Antonio de Brito de Castro, filho ultimo do
tenente-general Antonio de Rrito de Castro e de ma
miillier D. Leonor de Brito, teve o mesmo f6ro de seu
pai, e foi miii liberal. Este foi o que matou o alcaidc-mbr
da Baliia, Francisco Telles de Menezes, no anno de1683,
e feita morte &s10 horas do dia detraz da sé, vindo
o matador coiu niascarados, e sendo governador Antonio
de Souza de Menezes, o Brafo de Prata; pela qral andou
muitos annos hoiiiiziado ate que se lhe perdooc, rogando
o pontifice Innocencio XII a el-rei D. Pedro I1 por seu
embaixador, por coiiiprazer ao grão-duque de Florença e
ao cardeal d'Este, que o pedio ao pontifice, e alcançan-
do D. João de Alentastre, governa(1or d'csta capitania,
o perdão de Antonio Telles de Menezes. irmão do dito
alcaide-mOr, no anno de 1692. veio de Portugal para a
Bahiti Antonio de Brito no anno de 1694, e faleceu no
de 1699. Não cazou, mas teve bastardos :
Antonio de Brito de Castro.
Francisco de Brito de Castro.
N . 14. I3 . Joana cle Brito, filha bastarda do capim
Andr6 de Brito, n. 3. que a hoiive estando em Lisbôa de
Maria de Arsujo, mullier branca e cliristan vellia, cazou
com o capitão Jozb Lobo de Barros,* filho do dcntor
Nicoláo Mendes de Oliva e de sua miillier Victoria de
Barros, filli:~esti~de Francisco cie Freitas e de sua
mulher Micia de Lemos. De D . Joana e seli marido Jozé
Lobo de Barros foram filhos :
Nicdáo Mendes de Oliva.
Andrb Caetano de Brito de Casti.o,que viveu solteiro.
Anna Naria da Conceiqào e Clara Aiaria do Desterro,
religioza no convento de S. Beimardo de Aliuoster.
D. Joana cie Brito, flllia bast:lrda do capitao AndrB
cie Brito, n. 3, qiie it iiouve em Portugal.
- - -

* Cazai'arii 3 3 de Jiillio de l;o!!.


CATALOGO GEKEALOGICO

SOCZAS DE ANDRADE

Gaspar Carvalhocle Novaes oii Karaes, foi filho de


Pero Vaz de Carvalho e de suii mulher Cecilia Feij6 Bar-
boza, naturaes todos de Entre Doiiro e Ninho, e.nas-
cidou os fillios que teve o sobredito Giispar Carvalho de
Novaes na freguezia de S. Maria da Sllva. Foi cazado
Gaspar Carvalho de Novaes com Anna H!.andão, filha de
Gaspar de Caldas de Souza, juiz dos orfios tle propriedade
do conselho de Loura, e tle sua niullier Ci~tharinade An-
drade. De Gaspar Carvallio tle Nor;ies e de sua mulher
,\una Brandiio foram filhos :
1. Antonio de Sonza de Aniirade, qiie se segue.
2. JotSo de Anclrride, sacerdote e abade de S. Niguel
de Fontoura.
3. Anna Brandoa, sem cazar no anno de 1680.
4. Izabel Brandoa de Souza, riiii a 11eblelçhior Bar-
boza de Lima, já no mesmo anno.
N. 1. Antonio de Souza de Andratle, filho de Gaspar
Carvalho de Novaes, acima, e de sua nirillier Anna Bran-
d8o de Sonza, foi capitão e cazou coni Agiieda Gomes Vie-
gas ou de Goes, a qual era jii falecida em 24 de Julho de
1659, como consta dos autos e o inventario, qiie nleste
anno por sua iiiorte fez seu filho.
5. Nicolho de Souz;~de Andrade, que cazori com D .
a r i a Furtado, que era firlecida sem fillios em 1682.
6. Anna Brandoa, que cazuii coiii JI:inoel Pereira de
Goes, filho de Antonio JIachado Vellio, a fl.. . n. 2, e
ahi a soa decendencia .
Do testamento do capitão Antonio de Souza de An-
drade, feito a 19 de Novembro de 1680, consta, que no
fim d'esse mesmo aiino faleceu elle, pelas contas, que dos
gastos do seu enterro deu o seu testamenteiro e genro
Manoel Pereira de Goes, dizendo assim : conta dos gastos
e enterro do capit8o Antonio de Souza de Andrade no
anno de 1680.
Dos mesmos autos consta, que a 24 de Julho de 1659
era jtí falecida Agueda Gomes Viegas, mulher do sobredito
86 r. 1 VOL. LI1
Antonio de Soiiza de Andrade, porque n'esse anno e
dia se fez o auto das partilhas com os dons filhos seus,
o alferes NicolBo cle Souza de Andrade, que contava então
8 annos de idade, e Anua Brandoa tambem de menor idado
e menos de 25 annos, mas já cazada com o sobredito
Manoel Pereira de Goes, como tudo se declara n'aqndea
autos.
Tambem consta de uma verba do mesmo testamento,
que jB, quando feito a 19 de Novembro de 1680, era fala
cido o alferes Nicoláo de Souza de Andrade, sem deixar
filhos de sua mullier D . Maria Furtado Barbalbo ; por-
que diz assim o dito seu pai na tal verba :-Declaro que
os herdeiros forçados que tenho são a minha filha Anna
Brandoa cle Souza, e seus filhos Antonio e Agueda.~Anna
Brandoa de Souza, que era mulher de Manoel Pereira de
Goes ; Antonio, filho d'este, que foi Antonio Machado
Velho, a fl.. . , n. 6 ; e Agiieda, que foi Agueda de í3w,
mnlher do alcaide-niór Francisco de Araujo de Aragão,
a fl.. ., n. 40.
Tambem consta dos autos acinia, que, qnnndo no
anuo de 1680 fez Antonio de Souza de Andrade seu tas-
tamento, era falecido aquelle seu filho Nicolho de S o m
de Andrade, porque nos mesmos autos e nos annoa se-
guintes de 1681 e 1682, de 15 de Março,se acham certi-
dóes de D. Maria Furtado Bezei~a,sobre algumas alfor-
rias e deixas do t.estamento do sobredito seu sogro o a-
pitáo Antonio de Souza de Andrade, que ella as não
passhrrz, si fora vivo o dito seu marido Nicolho de S o m
de Andrade.

ARAUJO E VELHO
Feruiio Velho de Araujo foi senhor da caza dos
Araujos da Barca, P, fidalgo tla caza real, cazado com
A m a Xuries Bezerra, da qual teve fillios :
1. Paio de Araujo de Aze~edo,que se segue.
H . Gaspar Barboza de Aruujo, que cazou com
D. Maria, de Sá, filha de Diogo de Sá Soutomaior, a fl.. .
CATALOGO GENEALOGICO 2 83

N. 1. Paio de Araujo de Azevedo, filho de Fernáo


Velho de Araujo e de sua mulher Anua Nunes Bezerra,
era chamado vulgarmente o Par Deus homem. Foi
comendador da ordem de Christo, e na Bahia cazou
duas vezes, a primeira com D. Joana Lobo, (1)viuva de
Francisco Barboza de Brito.
Segunda vez cazou com D. Anua de Souza, (2) filha
de Duarte Lopes Sueiro, a fl. . ., n. 9, e de sua mulher
D. Maria de Souza Dormondo, e teve filhos :
3. Tristáro Velho de Araujo, que se segue.
4. D. Catharina de Araujo de Azevedo, mulher de
V a s a Marinho Pereira, a 0.. ., n. 25.
D. Luzia, batizada na Purificação a 22 de Agosto
de 1661. Fateceu solteira a 22 de Fevereiro de 1723.
Paio de Araujo, batizado ao 1." de Novembro
de 1662.
N. 3. TristAo Velho de Araujo, filho de Paio de
Araujo de Azevedo e de sua segunda mulher D. Anna de
Souza, foi fidalgo da caza real, e cazou com D. Catha-
rina da Franca Corte-Real, filha de Affonso da Franca
Corte-Real, fidalgo da caza de Siia Magestade, e de sua
mulher D. Maria Gomes, neta do marechal de campo
Pedro Gomes, que governou o Rio de Janeiro, e de sua
muiher D . Izabel Madeira, filha legitima de Domingos
Lopes Falcato e de Agueda da Cost4a, viiiva do capitão
de infantaria Lazaro Lopes Sueiro, a fl. . . . De Tristão
Velho, acima, e de sua mulher D. Catharina da Franca
foi íllha :
6. D. Anna Maria da Franca Corte-Real, que cazou
com Lopo Gomes de Abreo, que se segue.
N . 5. D. Anna Maria da Franca Corte-Real, filha de
Tristão Velho de Araujo e de sua niiilher D. Catharina da
Franca Corte-Real, n. 3, cazou com Lopo Gomes de
Abreo Lima, filho de Francisco Gomes de Abreo
Lima e de Maiia de Rrito Caqão, e teve filhos :

(1) Cazaram a 30 de Oulribro de: 1649, na capella do Rozario de


ao i: de Setembro de 1633, na igreja do Raaiio de
1. Francisco Gomes de Abreo Lima Corte-R-d,
cavalleiro da ordem de Christo, que faleceu solteiro.
3. Lobo Gomes de Abreo Lima Corte-Real, capel-
lão fidalgo da caza real, que vive sacerdote n'este anno
de 1770, e foi vizitador das minas do arcebispado.
4. Manoel Caetano de Araujo Corte Real, clerigo.
5. D. Clara Maria da Abreo Lima.
6. D. A111iaMaria Antonia da Franca.
7. Gsnqalo Gomes da Franca, solteiro.
H. D. Tiiereza Maria da Franca.
9. D. Izabel Clara de Abreo.
10. D. Catliarina Jozefa da Franca.

CARVALHOS PINHEIROS

Xanoel Pinheiro de Carvalho, natural de Portugal,


donde passou para o Brazil em companhia de seus ir-
mãos Riii Carvitlho Pinlieiro e Nicolho Pinheiro Cama-
lho, foi fidnlgo da czizit real, e na Bahia cazou com D.
Maria de R,~rros,* filha legitima de 3fanoel de Paredes
da Costa, dos legitimos Paredes de Viana, e de sua mu-
lher Paula cle Barros, que era fillia de Gaspar de Barroa
de Xagalliaeu, o velho, fidalgo conhecido, e de Catharina
Lobo, sua mulher, sobrinha do Cnniie de Sortella, uma
das orfrtiis que a serenissima rainha D. Catharina re-
metteii ao governador do Brazil para as cazar com as
principaes pessoas, qne vieram á fiindaqiio da nova cidade
do Salvatlor, Bahia cle Todos os Santos. De Ilanoel Pi-
nheiro e (\e sria miillier D. Maria de Biirros foram filhos :
1. NicolAo Carvallio Pinheiro, que se segue. nasceu
em 1621.
2. D. 11iii.garitla tle Barros, adi:inte.
:$. D. Felicia Lobo, ao depois.
4. RIaiioel Piulieiro tle Carvalho, adiante, nasceu em
1627.
---. - - -- - - -
* Faleccii I). Maria tlc Barros n 6 tlr Maio de 1680.
CATALOGO GENEALOGICO 286

6. D. Maria de Barros Lobo, ao depois, a f l . . .


Nasceu em 1628, e foi cazada com Francisco de Azevedo.
6 .. Francisco Carvalho Pinheiro, adiante, nasceu em
1630.
7. André Pinheiro de Carl-alho, que cazou com D .
Ursnla de Freitas, sem sucessão.
8 . D. Brites de Barros, mulher do capitAo-mbr An-
tonio de Alemão. Nasceu em 1633.
9 . Antonio Pinheiro, D. Ignez, e 5 mais que fale-
ceram solteiros. Nasceu D . Ignez no anno de 1636.
N . 1. Nicoláo Carvalho Pinheiro, filho primeiro do
capitão Manoel Pinheiro de Carvalho e de siia mulher
D. Maria de Barros, teve o fôro de seu pai, e cazou com
D. Maria de Aragão, * filha de Lniz Pereira de Aragão,
natural da ilha da Madeira, e de sua mulher e prima D.
Antonia de Aragiio, irman de D. Izebel de Aragão, mu-
lher de Francisco Barreto de Menezes, fidalgo da caza
real, e senhor do engenho de Mataripe, por serem ambas
filhas de Melchior de Aragão e de sua mulher Maria
Dias. Teve Nicolt'io Carvalho de sua mulher D. Maria
de AragBo filhos :
10. D. Antonia de Aragiio, que se segue, batizada
no Soccorro a 80 de Setembro de 1671.
11. D. Izabel de Aragão, diante, batizada a 26 de
Ontnbro de 167 2.
13. D. Angela de Aragão, ao depois. Angela Joze-
fa Pereira.
14. Nicdlt'io Carvalho Pinheiro, adiante. Batizado a
30 de Setembro de 1681.
12. Rui Carvalho de Aragão, que no batismo se
chamou Rodrigo a 7 de Setembro de 1674.
N. 15. Izabel de Aragiie Pereira. Batizada a 22 de
J d h o de 1688.
16. Francisco Pereira de Aragiio, batizado a 28 de
Setembro de 1688.

Cazarani na capella do Desterro da Ire iiezia de Ipiiapr a 13 de


Fevereiro de 1670 e iateceu elle a I0 de Seleci%ro de 1696. Sepiiilado
na matriz do Socorro. E faleceu ella a 12 de Janeiro de 1701, sepul-
íada abi.
16. Antonio e Manoel, que faleceram sem sncesaBo.
N. 10. D. Antonia de Aragáo, filha de Nicoláo Car-
valho Pinheiro e de sua mulher D. Maria de 8.-
cazou com Jozé Godinho Freire (I), fillio do licenceado
Domingos Ferraz de Soiiza e de sua mulher Cathsrinir
Godinho e teve filho unico :
17 . Antonio Godinho Freire .
N. 11. D. Izabel de Aragão, fillia segunda do capi-
táo Nicolao Carvalho Pinheiro e de sua mulher D. Maria
de Arrgão, cazou com Alberto da Silveira Gusmh, filho
de Miguel Rodrigues de Onsmão, cavalleiro professo na
ordem de Cliristo e de sua primeira mulher Maria ds
Silveira, e teve filhos :
18. D. Antonia de Aragáo, mulher de Gonçalo Bar-
boza de Mendonça, com fillios, e se segue.
19. Nicolho Carvalho Pinheiro, cazado com D. Joana
de Brito, filha de ThomB Lobo e de sua mulher D. The-
reza de Brito, sem filhos.
Bento e Angela, que faleceram solteiros.
18. D. Antonia de Aragão, filha de D. Izabel de
Aragão e de seu marido Alberto da Silveira de Gnsmb,
cazou com Gonçalo Barboza de Mendonça, e teve filhos :
20. Miguel Telles de Menezes, cazado.
21. D. Elena de Aragão, que cazou com seu tio
Antonio de Aragão Pereira.
22. D. Izabel de Aragão, cazada com o capitão Jozé
Luiz da Roclia, e tere dous filhos : Cliristováo da Costa
Doria, cazado com D..Joana, sua prima, e hlartim Affonso,
cazado .
N. 1 8 . Rui Carvalho AragOo ou Rodrigo etc., filho
primeiro varlo e terceiro na sucessão do capitão Nicoláo
Carvalho Pinheiro e de sua mulher D. Maria de Aragão,
cazou com D. Felippa da Silva (2), fillia de Estevso Feio
de Carvalho, natural de Lisboa, e de siia miillior D. Izabd
Ferreira, e teve filhos :
23, Antonio cle AragRo Pereira, que cazou com sua

, I ) Caz;ir,~iiilia frzgiit~zia~ I Socr~rro


I a 5 tle Juiilio de 1692.
(-2) Lazar;iiii lia sc a 39 tle 11ar1;o tle 1703.
CATALOGO GENEALOGICO '287

sobrinha D. Elena de Aragão,filha de Antonia de Aragão


e de seu marido Gonçalo Barboza, n . 18 e 21, sem filhos.
84. D . Anna Maria de Aragáo, que se segue.
25. O alferes Estevão da Silva de Aragão, que
viveu solteiro.
Francisco e João, que faleceram solteiros.
N. 24. D. Anna Maria de Aragáo, filha de Rui, ou
Rodrigo Carvalho de Aragáo, n. 12, e de sua mulher D .
Felippa da Silva, foi segunda mulher de Jozé de Mello de
Vasconcellos, filho de Nanoel de Araujo Telles e de sua
mulher D. Brites de Mello de Vasconcellos; filha esta de
Jogo de Garvalhal de Oliveira e de sua mulher D. Joana
Soares, a fl.., n. 6, e teve filhos :
26. D. Maria, D. Luiza, D. Clara e D . Roza, ca-
zada esta com o bacharel Antonio de Brito da Assumpção.
N. 13. D. Angela Jozefa Pereira de Aragão, filha
do capitão Nicolho Carvalho Pinheiro e de sua mulher
D. Maria de Aragáo, cazou com Nartim Affonso de Men-
donça, * filho de João de Araiijo Cabreira e de sua mu-
Iber D. Antonia de Mendonça; e teve filho :
27. Joáo de Araujo Pereira, que se segue.
N. 27. João de Araujo Pereira, filho nnico de D.
Angela Jozefa Pereira de Aragáo e de seu marido Mar-
tim Affonso de Mendonça, cazoii com D. Antonia de
Menezes, filha de Manoel Telles.
28. D. Joana de Aragão, que se segue.
N. 28. D. Joana de Aragáo, filha iinica de João de
Araujo Pereira e de sua mulher D. Antonia de Menezes,
cazon com João Batista Barreto de Vasconcellos, fidalgo
da caza real, filho de Manoel Telles Barreto de Vas-
concellos e de sua mulher D. Liixia Coutinho de La-
.
cerda, e teve filhos, a fl.. ? n. 38.
N. 14. Nicoláo Carvalho Pinheiro, filho do capitão
Nicoláo Carvalho Pinheiro e de sua mulher D. Maria
de Aragáo, n. 1. Cazou com D. Thereza Moniz Barreto,
filha de Jeronimo Moniz Barreto, fidalgo escudeiro da
caza real, e de sua mulher D. Maria de Souza, e foram

* Cazarani na capella de S. Paulo, freg~eziado Socorro, a 23 de


Novembro de 1698.
288 REVISTA TRIJIENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

dispensados no 4."gráo mixto coin o 3." ; cazaram na ca-


pella de Santo Antoiiio de Xataripe a 13 de Outubro de
1706. Foi tenente coronel, e teve filhos:
29. D . DIitria JIoniz cle Aragão .
30. Jeronimo 3loniz Barreto.
31. D. Catliarina de Aragão, mulher de Pedm
MerClo de Cerqueirii, sem sucessão .
32. D . Angela DIoniz de Aragáo .
N. 1.5.Jozé de Aragão Pereira, filho tambem do
capitão lo'icolSo Carvalho Pinlieiro, e de sua mulher
D. Maria de Aragáo, cazou com D. Maria.
33. D. Maria Liicinda de Aragão, m a d a com
Manoel Xoniz Barreto.
Francisco, que faleceu solteiro.
N. 16 Francisco I'ereira tle Aragão, filho ultimo do
capitão Xicoláo Carvalho Pinlieiro, e de sua muiher
D . Maria de Aragão, cazoii coni D . Maria.
31. D . Joana, Jozb Pereira,D .Francisca de Ar-.
N. 2. D. Margarida de Barros, filha do capitãlr
Manoel Pinheiro de Carvalho, o velho, e de sua
mulher D. Maria de Barros Lobo, cazou com o capim
Manoel Cardozo de Xegreiros.
35. Na.ioel, Loureiiqo, D. Ignez de Barros.
36. D. JIai-iade Barros, cazada com Lourenço Lobo
de Barros, com fillios.
N. 3 . D. Felicia Lobo, fillia de 31anoel Pinheiro de
Carvalho, o veliio, e de siia iiiulher D . Maria de Barros
Lobo, cazou coiii o capitiio Ignacio de Mel10 de VM-
concellos, filho de Antonio de Mello de Vasconcellos e de
sua mulher D. Maria de Paiva, e teve filhos :
37. Antonio de JIello de Vasconcellos. batizado a
14 de Fevereiro tle 164'3 no Socorro.
38. D. Maria Lobo, batizada a 25 de Julho de
1650.
39. D. Crttharinn clc JIello, niiilher de Antonio de
SB Peixoto, batizacla a 8 de Oiitubro de 1651.
40. Rlanoel Pinheiro, batizado a 24 de Novembro
de 16.54.
41. Henrique (19 JTello, batizado no mesmo dia
34 de Novembro de 1654.
CATALOQO OENEALOGICO 289

42. D. Angela, mulher de Domingos Rodrigues, da


Caxoeira.
N. 4. Manoel Pinheiro de Carvalho, 61110 de Ma-
noel Pinheiro de Carvalho, o velho, e de sua mulher
Maria de Barros Lobo, foi capitão, e cazou com D. Maria
da Gama, filha de Diogo de Moraes e de sua primeira
mulher Francisca da Gama, e teve filha :
43. D. Jozefa da Gama, que se segue.
N. 43. D. Jozefa da Gama, filha de Manoel Pinheiro
de Carvalho, o moço, e de sua mulher D. Maria da Gama,
cazoa com Antonio da Silva de Menezes, filho do capitão
Antonio da Silva de Menezes, commandante da fortaleza
de Santo Antonio da Barra, e de sua mulher D. Francisca
da Gama : cazaram no Socorro a 2 de Maio de 1605.
N. 5 . D. Maria de Barros, filha de Maiioel Pi-
nheiro de Carvalho, o velho, e de sua mulher D. Maria
de Barros Lobo, cazoii com Francisco de Azevedo, filho
de Affonso de Azevedo, e teve filhos :
44. Manoel de Barros Lobo, cazado com D. Joanit
Pimentel, sem filhos.
45. D. Ignez de Barros Lobo, batizada no Socorro
a 28 de Maio de 1654.
46. D. Margarida Pinheiro, que se segue, batizada
a 15 de Maio de 1656.
47. Alvaro de Azevedo, adiante, batizado a 11 de
Maio de 1660.
48. NicolAo Carvalho Pinheiro, ao depois, batizado
a 26 de Junho de 1662.
N. 41. D. Margarida Pinheiro de Azevedo, filha de
D. Maria de Barros e de seu marido Francisco de Aze-
vedo, cazou com Theodorico de Moraes, filho de Manoel
Corrêa de Moraes e de sua mulher D. Francisco Lopes
de Paiva, natural de Lorvão, termo de Coimbra.
N. 47. Alvaro de Azevedo, filho de D. Maria de
Barros Lobo e de seu marido Francisco de Azevedo,
cazou com D. Archangela de Negreiros, filha de Lon-
renço Lobo de Barros e de sua mulher D. Meria de
Negreiros, e foram dispensados no 2." grtio de consan-
@idade, e teve filhos :
37 P. I. VOL. LII.
49. Antonio de Azevedo.
50. Ricardo de Azevedo.
61 . Francisco de Barros Lobo.
N. 48. Nicolh Carvalho Pinheiro, filho de D.
Maria de Barros Lobo e de seu marido Francisco de
Azevedo, cazou D. Brites de Menezes, 5lha de Martim
Affonso de Mendonça, fidalgo da Gaza real, e de sua ter-
.,
ctrira mulher D. Joana Barboza, a 0 . . n. 80, e teve
filhos :
54. Sebastião Muniz Telles, que se segue.
63. Antonio Moreira de Menezes, adiante.
54. D. Leonor Francisca de Menezes. mnlher de
seu primo Jdartim Affonso Moreira, a 0.. ., n. 25.
5 5 . JozB de Barros Lobo, sem filhos.
6 6 . D. Eugenia de Jezus.
67. D. Maria de Menezaa.
58. D. Joana Barboza de Menezes.
N . 52. Sebastião Moniz Telles, filho primeiro de
Nicolho Carvalho Pinheiro e de sua mnlher D. Brites de
Menezes, cazou com D. Jacinta Telles de Menezea, ilib
de Manoel Telles de Menezes, cazaram a 31 de Agasto
de 1733 no Soccorro, e de sua mulher D. Brites Aim de
Figueiredo teve filhos :
69. Antoiiio Moniz Telles.
60. JozB Moniz Telles.
61. D. Brites de Menezes.
62. D. liíichaela, cazada com Manoel de Lima,
natural do reino, e tem engenho no Igiiape, e era
este Manoel de Lima enteado do capit80-mór Theotonio
Teixeira, e tem filhos de menor idade.
N. 43. Antonio Moreira de Neaezes, filho de Nicoláo
Carvallio Pinheiro, n. 43, e de sua mulher D. B r i h de
Menezes, cazou com siia prima D . Joana Barboza, 0 l b
de Cliristoviio da Costa Doria e, de sua iiiiillier D. Catha-
rina de Vasconcellos, e foram dispeiisados no 2" gráo de
coiisring~iiiiiclacl~,
e teve tillios:
Cliristovíto da Costa Doria.
Nicoltio Carvalho Pinheiro.
D . Joana Barboza.
N. 46 . Francisco Carvalho Pinheiro, filho de Manoel
CATALOGO GENEALOGICO 291

Pinheiro, o velho, e de sua mulher D. Maria de Barros.


cazon com Leonor Telles de Escobnr, filha de JoBo Bor-
ges de Escobar e de sua mul!ier Joana Telles, e teve
filhos:
Antonio, que faleceu sem filhos, batizado a 27 de
Janeiro de 1653 no Socorro.
Maria Telles, primeira mulher de Antonio RtQelo
de Xacedo, batizada a 13 de Seteinbro de 1664.
Joana Telles Pinheiro, batizada a 25 de Fevereiro
de 1666.
Igiiez Lobo Piriheiro, batizada a 26 de Junho de
1661.
Ignacio Telles Pinheiro, que se segue, batizado a 31
de Dezembro de 1663.
Leonor Telles, que faleceu solteira.
N. Maria Telles Pinheiro, filha de Francisco Car-
valho Pinheiro e de sua mnlher Leonor Telles de Es-
cobar, foi a primeira, miilher de Antonio Rabelo de
Macedo.
N . Iqnacio Telles Pinheiro, filho de Franciwo Car-
valho Pinheiro e de sua mulher Leonor Telles de Escobar,
cazou com D. Alaria de Sfi de Menezes, filha do aipitão
Francisco tle Sá Barreto e cie sua miilher D. Jeronima
Denis, a fl. . ., li. (ie 22.
Francisco de Sá, que faleceu solteiro.
O patlre Antonio Telles de Menezes, sacerdote se-
cular.
Claudio Telles de Menezes, cazado com D. Izabel
Maria de Souza, sem filhos.
Rui Carvalho Pinheiro, a quem chamavam o velho e
irmáo de Manoel Pinheiro Carvallio, que j& fica a A. . . e
passou com o dito seu irmiio de Portugal para a Bahia,
foi moço de camara, escudeiro e caralleiro fidalgo, e teve
o firo no anno de 1577, dado pelo Duque de Rragança a
rogo do Sr. D. Daarte, que lh'o encommendou muito em
seu testamento. Na Bahia cnzou este Rui de Carvalho
trez vezes, como consta da verba do seu testamento, além
de oatras memorias maniiscritas. A primeira com Ursula
do Rego, filha de Salvador Fernandes do Rego, o moqo, a
0 . . ., n. 6, da qual teve filhos :
293 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

1. Rui Carvalho Pinlieiro, que se segue.


2. Francisco, batiza.do a 2 dz Janeiro de 1620.
Segunda rez cazou com D. Maria de Souza, e teve
d'esta trez filhas :
3. D . Catharina de Souza, mulher do dezembsr-
gador João de Góes de Araujo, a A. . ., n . 1.
4. D. Violante, que cazou com o capitão Joáo ds
Silka Vieira.
6. D. Ignez de Castro, mulher de Simeão de Araujo
de Góes, a fl. . .
Terceira vez cazou Rili Carvalho,acima,com D.Izabel
de Almeida, e declara na tal verba do seu testamento, que
d'esta não teve fillios. E faleceu elle a 31 de Março de
1645. Testamenteiro seli irmão Nicoláo Carvalho Pi-
nheiro e seu filho Rui Carvalho Pinlieiro, que se segue.
Por morte d'este seu marido, cazou esta L). Izabel
segunda vez coiii o alferes Ftlippe Cardozo do Amaral,
filho do cai~itãoMauoel Cardozo do Amaral e de ena
mulher D. Maria Pacheco. Cazaram a 3 de Nsio de 1651.
N. 1 . Rui Carvalho Pinheiro, filho do primeiro.
Teve tambetu o fóro de fidalgo dado por el-rei, sendo
mordomo-mór o bispo cie Coimbra. Foi cazado trez vezes ;
a segunda com D. Catharina de Azevedo, fllha de Gaspar
de Azevedo *, e d'esta n8o teve filhos. Cazaram a 10
de Janeiro de 1667.
Segiinda vez cazou com D. Apolonia de Araujo, filha
de Gaspar de Araujo de (Toes e de sua mulher Maria do
Rego, e tamtem náo teve filhos, a A.. ., n. 28. Faleceu a
1 0 de Janeiro de 1673, sepultatio no Carmo.
Foi cazado este Rili Carvalho a primeira vez com
D. Catharina Ravasco, fl. . .
N. 4. D. Violante Pinheiro, fillia de Rui Carvalho
Pinheiro, acima, e de sua segunda mulher D . Maria de
Souza, cazou com o capitão João da Silva Vieira, natural
da illia da Macieira, freguezia da se, filho tle Jeronimo

* í:atli;triiia de .Azevedo. lilha de Gaspai de Az~~xedo e de sua


iiiullier Maria KiiiieS do Rezo, tlizilin o breve e aulos (ia dis lisa d o 2.O
para cazar coiii o primeiro Rui i!%villio Pi-
<It.ciiiisaiigiiiiiiilnd~~
nheiro, seii ~iriiiiolegitiiiiu.
CATALOGO GENEALOGICO 293

Vieira Tavares e de sua miillier Catharina Machado;


cazaram a 11 de Setembro de 1662 .
Diz assim o livro da sé : Aos 10 de .Janeiro de 1667,
recebi dispensados no parentesco, que entre si têm,
pelo sumo pontifice, ao sargente mói. Rui Carvalho Pi-
nheiro, viuvo que ficou de D . Crttliarina Ravasco, com
D. Catharina de Azevedo, natural de Santa Barbara, filha
de Gaspar de Azevedo e de sua mulher Maria Niines.

FEIO E CARVALHO
Diogo Feio de Carvalho, capitão de infantaria na
cdrte de Lisboa, cazado com D. Violante da Silva de Oli-
veira, e teve filhos :
1. Estevão Feio de Carvalho, que se segue
N. 1. Esteváo Feio de Carvalho, natural de Lisboa,
e filho de Diogo Feio de Carvalho e de siia mulher D. Vio-
lante da Silva Feio de Oliveira cazou com D. Izabel Fer-
reira, e teve tilhos :
2. Gaspar Feio de Carvalho, que se segue.
3. D . Maria da Silva Feio, que cazoo com Joz6
de Abreo Castello-Branco, sem filhos.
4. D. Feiippa da Silva Oliveira, cazada com Rui
Carvalho Pinlieiro, filho de Nicolho Carvalho Pinheiro,
n. I , e de sua.mulher D. Naria de A~agáo,de quem teve
.
filhos, que jA ficam a fl.. , n. 12, e seguintes.

FEIO E FERREIRA
Manoel Ferreira, de quem niio achamos a sua ascen-
dencia e s6 que foi cazado com Maria Feio do Amaral, e
que d'ella teve filhos :
1. Miguel Ferreita Feio, que se segue.
2. Luzia Ferreira do Amaral, qiie cazoli com Mar-
.
tim Affonso Moreira, a A. .
294 REVISTA TKIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

3. Ursula Feio do Amaral, que cazou duas vezm, a


priineira com Pedro Caiaeiro, e a seguiida com Lourenp
Cavalcante, como fica a fl . ..
4. Esteviio Pereira. Padre da Companhia.
N . 1. AIigiicl Ferreira Feio, filha de Manoel Fer-
reira e cle siia rnii1lic.r Maria Feio do Amaral, cazou com
Izabel Serrúo, fillia de Antonio Vaz.
5 . Nonica. do Aniaral, que se segue.
6. Antonio Ferreira e Gonçalo Ferreira, que fale-
ceram sem cazar.
Por siia morte fez Miguel Pereira Feio testamento
aos 9 dias do invz de Outiibro de anuo de 1626, e em uma
das verbas do tal testamento diz assirn : - Instituo uma
capella perpetua tle uina missa cada semana, por mim e
por miiilia mullier Izabel Serrão, e deixo por adminin
tratlor tia dita capella a minha fillia Monica do Ainarai,
e teiido fillios seráo depois de sua morte d'ella os admi-
nistradores, e não tendo fillio, ser8 a filha mais velha, e
por siia morte a que se seguir, e náo tendo a dita minha
filha herdeiros, ineu iillio mais vellio o ser&, o qual tendo
herdeiros ser8 sempre o administr;idor na fii.nla que da-
claro acima; e nlo t.entlo o dito nieu filho mais velho her-
deirou,virá ao ontro nivu fillio e ii'esta capella, em falta de
ilescciitlentes, conio digo, virá ao parente mais chegado.
Declaro, que tenlio dous filhos iuaxos, a saber : Antonio
e Gon~aloPereira. Mando, que iiieii corpo seja sepultado
na cuza da santa Mizeiicordiit na sepultiira. tle ineu sogro
Aiitoiiio Vaz ; testaiiieiiteiro Aiitoiiio Ciistaiilieira, meu
primo.
N. 5 . JIoni~,ii,do diiiaral, fillia de Jfiguel Ferreira
Feio e tle sua iiiiillier 1zahi.l Serrilo, foi a administradora
dn capella, qiic institiiio o dito seu pai e cazou com Miguel
Bra.ndão, * tillio tle 3Ielçliior Braiitláo Cuellio e de sua
priiiic!ir;t iiiullier JIi~i.iit Pest;in:~, a li.. ., n. S . De seu
iiiaritlo Miziiel Eriin(láo t,ere 1lo:iica tlo Ainnr;il lilhos, e
foi este Migocl 13r;iiitl,'io,>eu prinieiro uiaritlo, e filho
tl'esti: alem (10sqiie já ticaui na sol~retlitaf ...
CATALOGO GENEALOOICO 295

7. Francisco Soares Braiidiio, que se segue.


Segunda vez cazou Monica do Amaral com o capitiio
Constantino Pereira de Lacerda, * e teve filhos :
8. Francisco, que faleceu pequeno, e D. Anna de
Lacerda .
N. 7. Francisco Soares Brandão, filho de Monica do
Amaral e tle seu primeiro marido Miguel Brandiio, cazou
com D. Francisca de Menezes, filha de Antonio Moreira
de GambGa, a fl..., e de siia mulher D. Antoniit Doria de
Menezes, e teve filha :
9. D . bIonica Serráo de Menezes, que se segue.
N. D. lfonica Serrão de Menezes, filha de Francisco
Soares Braiidão e de sua miillier l).Francisca de lfenezes,
cazou com Antonio Rilrboza de Araiijo, filho este de Bel-
chior Brandão Pereira e de siia mulher Izabel Barboza e
Belchior Brandão Pereira, este aqui era filho de Braz
Rabelo Falcão e de sua mulher Izabel Brandão, filha
esta de Belchior Brandáo Coelho e de sua primeira mn-
lher ;Varia Pe+taiis. D'esta RIonica Seri.50 e de seu ma-
rido Antonio Bdrboza de Araiijo foram filhos :
10. D. Francisca cle Meneoes, que cazou com JozB
de Argolo de JIenezes, a fl. . . , tillio cle Antonio Moreira
de Menezes, irmiio este inteiro de D. Franusca de Mene-
zes, cazada coin Francisco Soares Brr~ntliio,acima, n. 7.
11. Joiio Pereira Barboza, que se segue.
12. D. Izabel Maria de Jeziis, qiie cazoii com Fran-
cisco Gomes tle Sá, irmiio de Antonio Gomes de Sá e pai
do marechal de campo Antonio Gomes de Sh.
1 3 . D. Monica de Menezes, qiie vive solteira.
N. 11. Joáo Pereira Barboza tle Arriujo, filho de
Antonio Rarboza de Araiijo e de siia miillier D. Monica
S e r d o de llenezes, cazoii com D . ,Toana, Maria de Ar-
gôlo, filha de Paulo de Argõlo e de siia niiillier D. Ignez
de Gnsmão, a fl.. . , n. 10 e 17, e teve filhos:
14. Antonio Barboza de Arg6lo Araiijo, que vive
solteiro n'este anno de 1772.
1 5 . D . Anna, D. Joana, e o padre Jozé Pereira,
falecidos.

Cazaram a 2 de Fevereiro de 1 G U .
996 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITOTO HIBTOBICO
I

16. D. Anna Maria Monsei~ate,s o l t e h .


17. O padre Manoel Xavier do Nascimento.
Antonio Soares de Souza, cazou com D . Luiza Fah
em 12 de Fevereiro de 1645,diz o assento da fregnezia &
Cogilepe, sem mais declaraçlio .

PEIXOTO VIEQAS
.Joiio Peixoto Viegas, foi filho de F e r n b Pei-
xoto, que era natural de Viana, e cazado com Barbur
Fernandes, de quem al6m de outros teve filho a este João
Peixoto Viegas, que na Bahia cazou com Joana de 81
Peixoto, * que era filha de Cosme de 98 Peixoto e
de sua mulher Maria de Novaes ; consta isto das inquiri-
@es de Joz6 Peixoto Vijgas, filho d'este João Peixoto
Viegas, dizem as mesmas inqniriçóes, que foi familiar do
santo officio este JoBo Peixoto Viegas, e teve mais
1. Jozb de SB Peixoto.
2. Joz6 Peixoto Viegas, que sendo j8 de maior idde
se ordenou de sacerdote ; e passou ao sertão por v h i b
dor, e tambem por vigario, e o matou um seu escravo.
3. Fernãg Peixoto de SB, batizado em Iguape a 30 de
Setembro de 1661, e faleceu solteiro.
4. Francisco de SA Peixoto, que se segue.
6 . Cosme de SB Peixoto, caxadocom Maria de Novses
a 26 de Março de 1602,que tendo ordens o mataram mua
sobrinhos ahaixo. O assento do seu enterro diz assim:
No mez de Abril de 1638 mataram os inimigos olandttxes
em Maré a Cosme de SA Peixoto, enterrado na igrejade
S. Sebastião.
6. Apolonia, batizada em Iguape a . . . de Dezembro
de 1662, e mais trez filhas, que foram para o reino, todas
estas quatro, as trez foram freiras: e L). Apolonia cazou 16
com iim F. Vanique, que dizem era secretario do Duque de
Cadaval, com o (lote de 40 mil cruzados, teve filhos 1h.
N . 4. Francisco de SB Peixoto, fillio de João Peixoto
Viegas, acima, fugio a seu pai, e foi ter a Pernambnco, e 18
Ca~iraiua 19 de Junho dr 1650.
CATALOQO QENEALOOICO 297

por requerimento do pai o prendeu o governador Antonio


Lniz Gonçalves da Camara no anno de 1689, em uma for-
taleza, da qual sahio a cazar com D . Angela Bezerra,
irman do secretario d'aquelle estado Bernardo Vieira, da
familia dos Bezerras, e teve filhos.
7 . O coronel João Peixoto Viegas, que cazou no
Arraial.
8. Jozé de Sá Bezerra, que faleceu, sem cazar, de
um tiro,como o havia feito a eeu tio Cosme de SB Peixoto.
9. L). Maria, que vive solteira na fazenda de
S. Jozh das Taporócas, que herdou de seus pais e av6s.
10. D . Joana, que tambem vive recolhida no con-
vento das Mercês da Bahia.
JozB de SA Peixoto, Jozé Peixoto Viegas, Cosme
de SB Peixoto, e Fernão Peixoto de Sá, natiiraes
todos d'esta cidade da Bahia, filhos legitimo2 de João
Peixoto Viegcrs, familiar do santo ot'ticio, natural da
villa de Viana, e de Joana de SSI Peixoto, natural d'esta
cidade da Bahia, netos parternos de FernrEo Peixoto e de
Barbara Fernandes, e pela materna de Cosme de Sá Pei-
xoto e de Maria de No1 aes. Dizem as inquiriçóes d'estes.
Maria Corrêa, que já fica a fl.. ., e era filhaultima de
Anna Alves e de seu marido Custodio Rudrigues, cazou
esta Maria Corrêa com Aires da Rocha Peixoto, natural
de Elvas, pessoas nobres, e era filho este Aires da Rocha
de Leonor Gomes Peixoto, dos Peixotos e Alrarados do
Porto. Consta isto de um instrumento, que tem em seu
poder o sargento-mórAntonio Joz6 Portugal.
A 6 de Junho de 1615, faleceu Antonio de Novaes,
sepnltado em Siío Francisco, testamenteiro Cosme de
Sb, seu cunbado.

BETENCOURT DE SA'

D. Felix de Betencourt de S8,que náo achamos ainda


quem foram sens pais, e só que descendia dos d'este ape-
lido da i l b de Sho-Miguel. Na Bahia cazou este com
38 P. I . VOL. LII.
898 REVISTA TRIMENSAL DO ISSTITOTO HISTORIW

,D. Catharina de Aragáo de Aiala, que era filha de Dhge


de Ara@ Pereira, o moço, a fl. . ., n. 66, 8 qual D. OI.
tharina era já viuva de Jorge de Brito.
1. D. Joana Catharina, mulher do capit8osdr
Ignacio de Siqueira Villas-Boas, a fl.. ., n 9.
2. D. Antonio Manoel da Camara, que cazon com D.
Maria de Barros, filha do capitfto-mór Estevão Borger da
Barros, a fl..., n. 4, e teve d'ella dons filhos o padra
D. EstevBo de Barros da Chmara e D . Antonio àdrrnod
da Camara.
3. D.Manoe1 Jozé de Betenconrt de Sá,que ae sega6.
4. D. Caetaiio de Betencourt de Sá, adiante.
6 . D. Felix de Betencourt de SB, ao depois.
6. D. Francisca, mulher de Sebastiiio Gago da Ck
mara, sem filhos.
7. D . Antonia Francisca de Arsgiío, que cazon c m
o capitiio-mór Sebastiiio Borges de Barros, sem tilhos.
8. D. Antoniu Telles de Betencunrt de &%,que cazoa
com D. Thereza, filha do mestre de campo Caetano
Lopes Villas-Boas, e tem filhos de menor idade.
9. D. Diogo de Betencourt, que falecen decrepito,
sbm cazar, 'a 14 de Fevereiro de 1 7 2 3 .
10. Fraacisco, batizado na capella de Santo Ante
nio do Acu, a 11 de Julho de 1690, e Jozé Francieco, ba-
tizado na capela de Santa Mana Maior, a 29 de Dezemtm
do 1693.
N. 3. D. Mnnoel Joz6 de Betenconrt de Sá, Alho de
D . Felix de Betencourt de SB e de sua mulher D .Catha-
rina de AragBo de Aiala, cszou com D. Xaria Barros*
.
do capitiio-mór Estevão Borges de Barros, a fl. ., n. 11,
e tem filhos :
11. D. Joz6 Felippe de Betencourt.
13. D. Liiiz, D. Urslila.
13. D. Catliarina, cazada com Bento da Silva de
Cerqueira.
N. 4 . D . Caet;ino de Betencoiirt de SA, filho de D.
Felix de Betencoiiit de Sá e de siia mullier D. Catharina
CATALOGO ~ E N E A L O G I C O 299

de Aragão de Aiala, cazou com D. Ignez da Silva Ara-


@o (I), filha do coronel Francisco de Araujo de Aragiio e
de sua segunda mullier D.Perpetua da Silva+ 0.. ., n .71,
8 qual D.Perpetua era filha de Domingos da Silva Morro,
e teve fillios :
14. D. Felix, Francisco, Perpetua, Antonia, Catha-
rina, Roza e .Toaiia.
N. 5. D.Felix de Betencourt de SB,filho de D .Felix
de Besencourt de Si e de sua mulher D. Catliarina de
Aragão de Aialit, a f l . . . retro, cazou com D. Ursula
Bdzerra (4, filha do coroiiel Francisco tle Araujo de
Aragão e de sua segiinda uiiillier já referida acima, D.
Perpetua da Silv;t, e teve filho :
15. Francisco de Beteiicourt de Sá.

GIRBO OU GIRÕES NA BAHIA

Francisco Lopes Giráo o11 Alves, falece11 u 23 de


Março de 1652, sepultado na se, o primeiro d'este nome
na Bahia, foi cuzadq com D. Xariu Cori.êa (3) ; faleceu
D.Maria Corréa a 22 de Outubro de 1637, e d'este foram
fllllos :
D. Francisca, batizada na sé ao 1" cle Janeiro de
1597.
1. Francisco Lvpes Giriío, que se segue, batizado
na st5 a 22 de Abril de 1600.
2. D. Margitrida Girão, niiilher tle André Cavallo
de Carvalho, o vellio, a fl. . .
Manoel Girão, caz;ido com r). Catharina de Mene-
zes, filha do alcaide mós Duarte de líeiiezes. Cazaram a
17 de Setembro de 1623.

(I) Carar~mno oratorio de I).Per~ietiia.sua sogra. a 19 (IcB Setclni-


bro de 1721.
(2) Cazaraiii a 12 de Ftl\.erriro tle 1727. ria capel1;t (Ias Larangeiras
do P u d .
(3) Cazarain a S I de Junlio delrd31.
300 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

N. 1. Francisco Lopes Girão, o segundo d'este nome,


e filho do primeiro, cazou com D. Naria de i ü e n q *
filha de Gaspar pereira,^ velho, a fl. .., n. 8, e de sua se
gunda mnlher D . Angela de Blendonça, a qual era viam
de Francisco de Carvalhal, a fl. . ., n. 1, de quem b v 0
alguns filhos, e d'este seu segundo marido teve mais:
3 . Antonio Moniz, qiie se segue.
4. Thouik GFirBo, adiante.
D. Benta, depois.
Segunda vez cazou este Francisco Lopes G i r b com
D. Francisca de Betencourt, fllha de Francisco de Betea-
curt, a 13 de Abril de 1651, a fl... , n. 8, a qual D. Frrrn-
cisca cazou ao depois com Manoel Pereira de Farh,
e com este cazou a 25 de Outubro de 1654, e de Fmn-
cisco Lopes Girão teve filha:
5. D. Archangela GirBo, mulher de Antonio Mònh
Telles, a fl. . ., n. 1 .
N. 3 . Antonio Xoniz. filho de Francisco Lopes
Giráo, o segundo d'este nome, e de sua primeira mulher
D. Maria Coriêa, cazoii com D. Luzia Barboza, filha de
Baltazar Barboza e de sua mnlher D. Ursula da Rocha,
e d'elles forain filhos:
ti. Francisco Jloniz Barreto, que se segue.
7. JIanoel Iloniz Barreto, adiante.
8. .Jozé Moniz Barreto, ao depois.
9. D. Ursula, mulher de Jozé Telles, filho de Luk
Alvares Franco, a fl. . ., n . 3 7 .
N. 6 . Francisco Aloniz Barreto, ou Francisco Lopes
Girão, filho tle Antonio Moniz Hitrreto, n. 3, e de sua
mulher D. Luzia Barboza, cazou com Micliaela de Aze
vedo da Silva, filha de Marcos da Silva e de sua mulher
Anna de Azevedo, e teve filhos:
10. Antonio 3Ioniz e Marcos da Silva.
N. 7. 3Ianoel Jloniz Barreto, fillio de Antonio Moniz
Barreto, n . 3, e de süii iiiulher D. Luzia Barboza, cazou
com The,)dora de Moraes, filha de Francisco de Jioraes,
e de siia miillier Anna de Azevedo, e teve filhos:
CATALOGO GENEALOGICO 301

11. Manoel Moniz Barreto.


N . 8. Jozé Moniz ou Telles Barreto, filho terceiro
de Antonio Moniz Barreto e de sua mulher D. Luzia
Barboza, cazou com D . Maria de Souza cie Amoriin, filha
de Amaro de Souza de Amorim e de sua mulher D. Mar-
garida de Barros, foi morto de um tiro, e. não teve filhos.
Segunda vez cazou este Jozé, em Sergipe d'el-rei,
com a filha de Jeroiiimo Paredes, ou da tal D. Ursula
Rocha.
N. 4. Thom6 Giriio, filho segundo de Francisco
Lopes Girão e de sua primeira mulher D. Maria de
Menezes, cazoii com D . Margarida, filha de Baltazar
Barboza e de sua mullier D . Ursula da Rocha, e tiveram
filhos:
12. Baltazar Barboza.
13. Jozé Telles .
14. Francisco Girão, que cazoii com a filha de JozB
de Araujo.
15. D. Thereza Girão, mulher de Antonio Telles e
depois de Jozé Qodinho, filho do Lima.
Aos L6 de Novembro de 1648 recebi ao capitão Ma-
noel Girão, viuvo com D. Felippa de Nenezes, filha de
Xgnel Telles. Matnim.
Diogo Varela de Macedo, cazado com D. Luiza
G i r b , moradores em Cotegipe, teve filhos :
Francisco de Macedo, que cszou com D. Izabel de
Araujo, filha do capitão Miguel Francisco e de sua mu-
lher Maria de Araujo, cazaram a 16 de Agosto de 1654
em Cotegipe.

PAES E AZEVEDOS
Aleixo Paes, o velho, natural das parte de Port.oga1,
na Bahia viveu honradamente, e n'ella ctlzou com Apo-
lonia Nunes,irman do padre Antonio Nunes,da companhia,
e teve filho:
1. Sebastiso Paes, que se segue.
N. 2. Seba~tiiloP a e ~ ,filho de Aleixo P ~ e a o, velho,
e de sua mulher Apolonia Nunes, foi cazado duas vecsr,
8 pjimeira com Izabel de Azevedo * de quem tsrs
os Alhos seguintes :
2. aieixo Paes de Azevedo, que se segue, batido
I
a 30 de Outubro de 1628.
3. Manoel Nunes de Azevedo,cazado com D. Apoloiir
de Lacerda,com filhos,batizado a 9 de Novembro de 1696.
4. Antonio Paes, cazado com Maria Neri do m,
e tem filhos. Cazaram a 27 de Agosto de 1663. B a W
a 95 d e Out,ubro de 1628.
6. João, batizado a 11 de Maio de 1638.
6. U n n l a de Azevedo, mulher de Miguel Manic
Barreto, com Alhos, batizada a 8 de Agosto d e 1638.
7. Angela Pnes, cazada com o licencrado E M
Qomes de Escobar, com filhos. Batizada a 4 d e Outubro
de 1635. .
8. Joko Pnes, religiozo do Carmo e provinciai. FI
leceu afogado, com outros religiozos seus, indo para Per-
nambnco. Batizado a 28 de Julho de 1637.
9. Jacome Paes, cazado com Izabel Godinho Freim,
e teve filhos, e faleceu a 2 de Agosto de 1710, e foram
testamenteiros seus filhos Domingos Fewaz d e 80-
João Paes de Souza e sua mulher Izabel Godinho. JM-
zado a 90 de Junho de 1639.
10. Joz6 Paes, que com ordens menores w n u r
desgosto de seu pai.
11. Maria do Rego, cazada com Gaspnr de Araqjo
de Goes, com filhos, a 0 . . . e segninte, batizado a ...
de Agosto de 1620, e foi a primeira.
12. Luzia da Cruz, cazada com Jorge Antnnes, e de-
pois coiii Sebastiko Pereira de Mello, fillio de Christovb
de Mello de Vasconcellos, sem filhos a fl. . .
13. Salvador, batizado a 10 de Agosto de 1640, ps-
drinhos Aleixo Paes, seti avo. e 31nria do Rego,na capella
de Cotegipe.
14. ,4poloni,z Kiines, cnzads com Jacome Coelho, a
fl. ..
Vidr a 11. . .. 1 1 . . . dr qiiein era iillia esta Izabel de .4zevrdo.
CATALOGO GENEALOGICO 303

Segunda vez cazon Sebastiso Paes coni D. Maria d e


Lacerda Coutinho ( I ) , fillia de Joso Barboza Coutinho,
natural d a ilha de São-Migiiel, e de sua mullier D . Fran-
cisca d a Fonseca de Goes, natural do Cairú, e teve filhos:
13. D. Luzia Coutinho, cazada com Joáo de Barros
de Araujo, a qual faleceu deixando dous filhos menores,
e e r a já falecida em 1 7 de Agosto de 1671, por um termo
que se acha nos autos do testamento de D. Maria de La-
cerda, av6 d'estes dous menores.
14. D. Izabel Coutinho, cazatla com Alonso Mar-
ques e depois com o capitiio Jozé Teles de Menezes,
ou de Barbuda, a fl. . , n . 6, e ahi o mais.
16. D. Ignez Coutinho, cazatla com Nanoel Fer-
nandes Cordeiro; constado recibo, que fez do dote a 7 de
Maio de 1674, j6 cazado. Cazaram a 6 de Julho de 1671
em Cotegipe.
16. D. Francisca, cazacla coin Viceiite Pereira de
Mel10 ; consta do recibo do dote a 22 de Julho d e 1678.
17. D. Margarida, cazada com Francisco de Frei-
tas d e Menezes, a fl.. ., n. 7.
18. D. Thereza, cazada coni Conçtaiitino RIoniz
Telles, e teve d'este 6 filhos mortos e Francisco Noniz
Continho.
19. Bento Ferraz Continho, que faleceu solteiro, e
jB era falecido em 8 de Novembro de 1683.
20. Elias de Goes Coutinho.
21. D. Agiieda Coutinho de Goes, qi;e cazou com
Manoel de Barbuda de Menezes .
N. 2. Aleixo Paes de Azevedo, filho de Sebastiiio
Paes e de sua mullier Izàbel de Azevedo, cazou com D.
Franciucs de Vasconcelos (4, filha. tle Gaspar de Araujo
d e Goes, a fl.. . , n . 2, e de sua pritueirit iiiiilher D.
Maria de Vasconcelos, filha tle Paulo tle Carvalhal, a fl.
.., n. 3, e de sua mulher D. Francisca de Aguiar, e teve
filhos:
22. Aleixo Paes de Vascoiicellos.

(I) Falece11 este a 23 tlr J~iltiotlc 16W e ~ l l a:i 1:l dr .\liri1 dr 16;;.
10)Cazaram a 13 de Dezeiiil~rode eiii Cotejil~eria cal~ellrde
S. Luzia de Cotegipe.
304 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO BISTORICO

23. Miguel de Goes de Vasconcellos.


24. D. Izabel Thereza de Vasconcellos, que cs9on
com Joz6 de Araujo de Goes, em 33 de Março de 1674,
a fl.. ., n. 10. Batizada na capella de S . Luzia a 6 de
Setembro de 1654.
D. Antonia Afaria cle Vasconceloe, batizada na fre-
guezia de Cotegipe a 12 de Maio de 1657.
2.5. D. Antonia de Araiijo de Goes, mulher primeira
de Barboza Leal, (1) e segunda de Ignacio R a v a m , co-
ronel, a fl. . ., n . 6 .
26. D. Maria de Vasconcellos, que se segue.
27. D. Luzia, cazada com o capitso Jeronimo L
Costa Pinto, natural do Fundáo, bispado da Guarda, filho
de Ignacio Ferráo de Azevedo e d e sua molher Juliana da
Costa Pinto; cazaram a 10 de Novembro de 1695.
D.Anna cazada com sei1 tio Jozé de Goes.
N. 26. D . Maria de Vasconcellos, filha de Aleixo
Paes, o moço, e de sua mullier D . Francisca de Vascon-
cellos, cazou com Jozé Sanches de Goes, ou Delpoço (2),
como se acha em alguns assentos, e era Alho, diz nm doa
taes assentos, de Domingos Sanches Delpoço; e teve
D . Maria de Vasconcellos de seu marido JozB Sanches
filha:
28. D . Francisca Sanclies, que se segue, batizada
a 31 de Março de 1672.
N. 28. D . FranAsca Saiiches Delpoço, acima, camu
com o capitáo Liiiz Braz Bezerra, natural de Pernambuco,
fillio de Luiz Hraz B~ezerra e de sua mulher T . Falcoa, e
teve filhos:
29. Jozé Sanches Delpoqo, que nasceu em Pernam-
buco no anno de 1697, para onde voltou seu pai depois de
cazado, a fl. . .
30. D . Innoceiicia de Brito Falcãao, que se segue,
e nasceu em Periiambiico no anno de 1700.
N . 30. D . Innùcencia de Brito Falcão, acima, cazou
ein Pernitinbuco com Xanoel Rodrigues Campello, e teve
filllos, a fl. .. . , n. 1 .
(11 i::izoii V U I I I este a -I.)iIe J ~ i l l i utle 1GR2.
(2) r:az:ir.iiii ao 10 de Jiinlic, de 1671, eiu Cotegipe.
CATALOGO GENEALOOICO 305
N. 14. Apolonia Nunes de Azevedo, 0lha de Sebas-
tião Paes e de sua primeira mullier Izabel de Azevedo,
cazou com J m m e Coelho,* natural de Barcelos, e teve
filhos:
1. Catharina de Azevedo, cazada com Miguel Soares
.Branda0 em 25 de Setembro ile 1658.
2. Maria de Azevedo, mulher de Antonio Simões de
Castro.
3. Jeronimo Coelho de Azevedo.
4. Jozé Coelho de Azevedo.
5. D. Luzia de Azevedo, cxzada com o capitão Luiz
de Matos Coutinho.
6. Sebadião Qoes de Azevedo, que faleceu a 13 de
Outubro de 1647.
7. Christovão Coelho, faleceu a 27 de Fevereiro de
1642.
N. 6. D . Uraula Paes de Azevedo, filha de Seh3stik
Paes, n. 1, e de siia primeira inulher Izabel de Azevedo,
cazou com Higiiel Moniz Barreto, dos do Socorro, sepul-
tada ne sB a 14 de Janeiro de 1729, sendo viuva com 109
annos de idade, e teve fillios :
32. O licenceado Joz6 Telles de Menezes : 163.2, 18
de Setembro.
33. João Batista Moniz .
34. D . Anna Teles, que se segue.
35. D. Izabel de Menezes, adiante, Paes de Ave-
vedo 14.
N. 34. D. Anna Telles de Menezes, acima, cazou
cum Francisco de S&Betencourt, filho de Manoel Pereira
Faria, a fl.. ., n. 1 , c! teve Alho :
36. Manoel Moniz Telles.
N. 35. D . Izabel de Menezes, filha de Miguel Moniz
Barreto e de sua mulher D. Ursula Pites de Azevedo,
cazon com João Borges David, e teve filha :
37. D . Antonia de Menezes.
N. 18. D. Thereza de Lacerda Coutinho, filha de
Sebastião Paes e de sua segunda mulher D. Maria de
-
.
Cazaram a 11 de.. de 1637 na capella de Santa Luzia.
39 P. L VOL. Lu.
306 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITGTO HISTORICO

Lacerda Coutinho, a fl..., n. 18: cazou com Constantino


Moniz Telles, do qual teve 4 filhos mortos, e
38. Francisco 1Iotiiz Coutiiiho, o qual dice assim
em uma verba tle sei1 testamento :-Declaro, que fui pro-
curador do coroiiel Antonio Barreto de Menezes, enquanto
o dito foi adniitiistrncior da capella de Santo Antonio al6m
do Çarmo ; declaro, que trago demanda com Aguiar
Daltro sobre a adiiiinistiaqáo da capella de SaiitoAntonio
e faltando eu d'esta vida, a elle lhe toca e a seus irmlos,
por direito, cazo o iiUo queira meu primo o padre Goes
Rabello de Menezes yunir pela dita capella, porque ao
dito meu primo toca prinieiro, por descendente do pri-
meiro matriinonio cle 1). Luiza de Espinoza, que esta
cazou duns vezes. l)eclaro,qiie soii filho legitimo de Cons-
tantino Moiiiz Telles e de D. Thereza de Lacerda Cou-
tinho.

AZEVEDOS E BARROS NA BAHIA


Francisco de Azevedo, filho primeiro de bffonso de
Azevedo, passou 5 Baliia, e n'ella cazou com D. Naria de
Barros Lobo, filha de JIanoel Pinheiro de Carvalho, a
fl.. ., n . 5, e teve filhos :
1. ùlaiioel de Barros, qiie cazou com D. Joane Pi-
mente], fillia de JIaiiocl tle Freitas Lol~oe de sua mn-
1her Felippa I'iiiieiitei, s e u filhos. Cirzai.aui n 13 de No-
vembro de 1690.
2. Alvaro de Azevedo, que se segue.
3 . Nicoluo Carvallio, adiaiitc.
4. D. Xargni'itla, mulher dc Theodozio de Moi.aes.
D. Ignez de Barros Lobo.
N . 2. Alvaro de ASzc\.iitlo, fillio segiiiiilo de Fran-
cisco (le tizcveilo, nciuin, CilZOU c o n~ . ~rii.~llangelade
Negrcirus, filli;~de Loill~cll$oLilh~tlc h i . i . 0 ~e de suii u u -
)hei. 1). l[;irit~dt: Sc:.1,chircis; eraiii pi,iiiios seguiidos, por
D. JI:iiin tlc 13urios sei. irii1;iii ( 1 l).1giiez
~ Lobo,mulher de
Antc.,iiic,Jloiiiz dc Lisliou, ar1i;biite a 11. . .; teve filhos :
5 . Antouio de Azevedo, Iticardo e Francisco.
CATALOGO CiESEAl.uGlC0 307

D. Joana de Menezes, fillii~do licencendo Jozé Telles


d e Bíe.nezrs e de sua mullier D. Nariana de Menezes,
cazon com Salvador Lobo de Bi~rros,natural do Socorro,
filho de Tliomaz Lobo de Biii.ros e de sua miilher L). An-
tonia d.,s Cantlêas : Cazaiam na c;ipell& do Cariuo a 2 (le
Ferereiro ile 1735.
N. 3. Sicoláo Carvalho, fillio terceiro de Francisco
de Azeredo. aciiiia, cazoii c;oiii D. Briteu de Menezes,
filha de >Iart,iiii Affoii~o tle 3lt:irtlonça, a fl . . . , e ilc
sua te:.cc-i1.a iiiiillicr I). .Toniiii. I { ~ L I . ~ ~e Zteve
; L , fillios :
òlitrtini Aíion>o,Juzh ile Eilrros, L). Eiigeiiia,ll.JIuria,
Seba5tiáo e Alraio.
N. 3 2 . .TozéTelles de llenezea, fillio de Miguel Xoniz
Barreto e de siia miillier D. Ursula Pues de Azevedo,
cazou coin D. Xariuiia d e bIcnezes, filha de Martim
Affonso cle Mendonça, a fl. . ., 11. 21, e de sua terceira
mnllier D. Joana Barboza de Azevedo :
1. lligiiel Jloniz Barreto, qiie se segue.
2 . João Paes Barreto,fillio do licenceado Jozé Tellea
d e bienezes e de sua mulher I). Mariana de 3lenezes,
cazou coui D. Gertudes Jlaria de Sampaio, fillia de ;\Iniiocl
Botellio de Sampaio e de D. 1x;ibel filiiria Caetaiia, tlis-
pensada no 3". giiiu de cí~ii~niigiiiiiitl;idr? e legitilua,la
prole. Cazaram a 5 d s blcri.c;o de l i 26 iio JIorite.
Migtiel Moniz Barreto,fillio do licenceado Joné Tellcs
d e Aíenezes,acima n. 32, cazou duas \exes,a priineii~ii.coui
D. Luzia JIoreira ; it segunda coin D. filaria Uni.boza cle
Amorim,* filha do sargento-iuór Tlioiuaz Ferreira da
Cunha e (?e sua niullier Francisca de Fieitas, dispen-
d o s no 4". gráo. I). Luzia 310reil.a~primeira mullier tle
Mignel lioniz Barreto, era fillili de Maiioel Botellio de
a m p a i o e de sua mullier D. Jozefa ; cazou com esta a
25 de Fevereiro de 172 1, n a cttpella &as Ala,-w ~ a s .
Alvaro tle Azevedo passou á Bahia coui seli iriiiáo
Francisco de Azevedo ; foi lioinem que servio bem a
&rei e á republica, e por sei1 merecimento chegou a
ser mestre de campo de um terc;o na Ealiia, e por morte
do governador Affonso Furtado de Mendonça, a 86 de No-
vembro de 1675, foi nomeado por um dos trez governa-
dores interinos, janto com o chanceler e Antonio Gnedes
de Brito, cazou com D. Felippa.

NEQRELROS DE SERGIPE DO CONDE


Jorge Esteves. que era filho de Jeronimo Esteves,
passou com siia mullier Dorotba Fernandes, naturaes todos
da villa de Agua Revez, do arcebispado de Braga, para
a Baliia, e na villa de Sergipe do Conde foi juiz ordina-
rio e dos oraos, e teve filhos :
2. Domingos de Negreiros, que se segue.
3. Jeronimo de Negreiros.
N. 2- Domingos de Negreiros, alho de .Jorge Este-
ves, acima, foi cazado com Maria Pereira* fillicr de iúiir-
tim L ~ ~ pSueiro
es e de sua mulher Anna Pereira a fl. .. ,
n. 2, e teve filhos :
3. Dami fio de Negreiros Saeiro, mulher sua D. Lnzia
de Souza, a fl.. .
4. O capitao Domingos de Negreiros Sueiro, que se
ordenou de sacerdote no anno de 1645, e das suas inqui-
riçóes consta,qiie era filho de DomingosdeNegreiros,acima,
e de siia mulher Maria Pereira, neto por parte paterna
de Jorge E3teves e de sua mulher Dorotka Pernandes,
naturaes da villa de Agua Revez, do arcebispado de
Braga, e por parte materna neto de Martim Lopes Sueiro
e de sua mulher hnna Pereira. Batizado na capellã, de S.
Germano da Patativa, pelo coadjutor NicolAo Viegas, a
1 7 de Março de 1629. Padrinhos seu tio Jeroniino de
Negreiros e D. Maria de Souza, mulher de Duarte Lopes
Soeiro.
5. D. Anna de Negreiros, miillier de ciipittio Gui-
lherme Bs ebalho, a fl.. . n. 2.
6. Francisco de Negreiros Sueiro, que se segiie.
-

Cazarain a 4 tlc Fprerciro de 1607.


CATALOGO GENEALOGlCO 309

N. 6. Francisco de Negreiros Sueiro, filho de Domin-


gos de Negreiros, n. 2, e de sua mulher Maria Pereira, fui
cazado com D. Cosma Barballio, fillia do mestre de
campo Liiiz Barbalho e de sua mulher D. Naria Furtado
de Mendau~a.ti fl. . ., e teve fillio :
7. Luiz Barbalho de Negreiros, que se segile.
N . 7. Luiz Bartalho do Negreiros, filho de Francisco
de Negreiros, n. 6, e de sua mullier D. Cosma Barballio,
CRZOU com D. Luiza Cúrte-Real, ( I ) filha de Jolo Alvares
da França, a fl.. ., e de sua mulher D. Catharina CCrte-
Real, e teve fillios:
8. Fraiicirco de Negreiros Ciirte-Real, que se segue.
9. Joáo Alves Soares Coite-Real, batizado a -(i
de Fevereiro de 1668.
10. Douiingos Soares Rarbnlho, batizado a 23 de
Xarço de 1f1(,9,cazou com D. Izabel Barboza a 1 5 :'e
Fevereiro de 1700.
11. Antonio Barbalho da Franca, adiante, batizado
a 7 de Noveuibro de 167u.
12. Gonçalo Soares da Franca, batizado a 10 de
Janeiro de 1678, clerigo.
13. JozP, Barbalho Corte-Real, faleceu solteiro.
14. D. Alaria Jozefa Corte-Real, solteira.
N. 8. Francisco de Negreiros Córte-Real, filho d e
Luiz Barbalho da Negreiros,n. 7,e de sua mulher D. Luzia
Corte-Real, cazou com I). Antonia de Araujo oii Aragáo
('i) fillia de Pedro Camelo (te Aragáo Pereira e de sua
segunda miillier D. Anna de Araiijo,a fl.. ., n. 74, a qual
D. Antonia era jir viuva de Pedro Paes M~cliado,comofica
ahi, e d'este seu segundo marido Fraiicisco de Negreiros
teve filhos; segunda vez cazoii com D. Elena Maria de Ar-
gol0 Alenezes, tilha do capitlo Antonio Moreira de Nene-
zes e de sua mulher D .Anna de Menezes, a qual D.Elena
era jB viuva do legado Rartolomeo Soares, não teve filhos.
15. D. Luiza Corte-Real. mullier do alferes Sebas-
ti80 da Roclia Pita a fl.. . n. 12, sem fillios.

(1) Fal. wii esta a 13 dt? Janeiro de 1716.


(9Cazaraiii a 7 de Outiibro de 1697 na capella da Pena doengenho
da Po,~ia.
16. T~iiiz Barhallio dc Negreiros Corte-Real, cazon
com D. Anna Joaquina de Alineida, irman do mestre de
campo Bernardino Marqiies ; não teve filhos.
17. D. Anna d e Araiijoou AragBo, vive solteira.
18. Antonio Jozé de Negreiros CGrte-Real; cazado
com D. (':ttli.ii.inn .JI)zP~:I,PIIZ p ~ r e n t a ,sem filhos.
N. 11. Antonio Barbalho d a Fr,inça, lillio de Lniz
Barballio de Negreiros, n. 7, e de siin miillier D. Luzia
Corte-Real, cazoii com D . Roza de Araiijo de Aragúo, (1)
fillia de Pedro Camelo de Arrig-&o Pereira, que já fica
acima, e era esta D. Roza iriii:tn de D . Antonin, e filhas
ambas do sobredito Peclro Cailielo. De D. Roza e seu
marido Antonio Barbnlho d a Franca foram filhos :
19. Ignacio, batizado ;t 8 de Dezembro d e 1698.
20. Luiz Barb:tlho de Negreiros.
21. D. Anua de Aragão, mulher d e D. Felix de
Itaparica, sem filhos.
22. D. Antonia, mullier do doiitor João Pereira de
~asconcellos,a fl... n. 7 6 .
Segunda vez cazoii Antonio Barbalho, acima,com D.
Catliarina Jozefa d e Araiijo Azevedo, filha do capitão
Gaspar tie Araujo Azevecio e cle sua mullier D. Izabel
B a r b ~ n e, teve tambem filhos:
Antonio e D. Couma, qiie fitleceram solteiros.

LuizRarbalho, o velho, natural de Pernariibuco, filho


d e Antonio Barbalho, foi incstre de caiiipo na Bahia (2)
e na armada do Conde da Torre:por ir esta derrotada para

( I ) C;tzararil a 7 I I P O!ittiI~ro ti 11; 1; na I ~ ~ [ I c I I x (!:I I ' ~ > I110 I AI,~ I I ; ~ > I I I I ~


~IaPoritn,(Ii;~em I I I ~ P C ~ Z O l;~rnl~e~ti
II S I ~ I irt~i;io
I ~ ~ - ~ I I I F: I~ . I I I ~ I S C
dtbO iie-
greirns.
(91 Pelos relevarile.; serviços tio iiifslrc? de carnpo 1.11iz Bar1)allio
Hezern,lhe fez el-n!i a mercede uiii~icoiiiriieiidae parnseeiis lilhos outrus
hcncblicioscoiii liabitos.
CATALOGO GENEALOGICO 311

as Indias de Castella, passou d'ella ao porto de Touro na


costa do Brazil ao norte, donde caminlioii por terra com
a gente, que trazia, assim soldados, como moradores,
rompendo matos, atravessando pelos sertlies, vencendo
as difficuldades dos rios e hrenlias, soffrendo fomes e
gentio selvagem; o que engranclecem muito todos os que
isto escreveram com D. E'i.ancisco Manoel na Epans
fora Triunfante,e foi est,a armada do Conde da Torre der-
rotada no aiino de1639. Depois governou a Bahia com
o senado da camara, o pi-ovrtlor da fazenda real Lou-
renço Corrêa, e o bispo L). Pcilro da Silva* pela prizáo
do -veriiador D . Jorge Rlit~~ili.cnh;\~,
IIarquez de Mon-
talvao, primeiro vice-rei tl'este estndo desde, 16 de
Abril de 1641 atk -C, de Agosto do niesmo anno. Cazon
com D . Naria Fiirtado de lleiidonya, filha de Aires
Furtado de Mendonqa e cle sutt iiiiillier Cecilia de An-
drade Carneiro, e teve filhos :
1. Agostinlio Barbalho, que, servindo bem em todas
as occazifies em que se achou, na remoqão de Salvador
Corrêa de Sá Benevicies, gnveriiador do Rio tle Janeiro,
o degolaram. Foi senhor da ilha de Santa-Catharina, de
que lhe fez mercê el-rei D. Affonso VI, por proviziio
de 4 de Fevereiro (te 1664.
2 . Guilherme Barballio, que se segue.
3. Fernão Barballio, que scrvio ao infante D.Pedro,
e morreu vedor da India, sem filhos ; foi. fidalgo de
caza real, e capitão da fortaleza de N. S. do Populo.
4. D . Antonia, mullier de Antonio Ferreira de
Souza, filho este de Eiizebio Francisco e de sua mulher
D. Catharina de Souza, e cazoii D. Antonia com este
Antonio Ferreira de Souza a 11 de Setembro de 1642,
e foi ministro e padrinho o Sr. bispo D . Pedro da Silva
na igreja c1e S . Bento da B,.hia, padrinhos o mestre de
campo Luiz Barballio e o governador Lourenço Corrba
de Brito.
5. D . Cosma, mullier de Francisco de Negreiros,
na Patatiba, a f l . . ., n. 6, e ahi a sua descendencia.
-- p~ - - -- -

* Por provizào regia de .i de Março de iMi.


312 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

6. Francisco Monteiro Barbalho Bezerra, que, diz


d'elle o liv. 4 . a fl. 304, que trota dos serviços das pes-
soas d'ebte estado, e r a fidalgo da Gaza d e SuaMagestade,
como era o dito seu pai o mestre de campo Luiz Barbalha
Bezerra, e natural de Pernambuco, e que este seu füho
Francisco Barbalho Bezeri a, de idade de 8 annos, as-
sentou praça de ~oldhdon a companhia de seu irmb
Ago: tinho Barbalho Bezerra, uma das do mestre de campo
D. Felippe de Moura. com seis cruzados por mez, em 20
d e Feveieiio de 1642, e servio de soldado em outras
companliias a t e 17 de Mnrço de 1667, em que, passando
seu ii n.?io Fernão Barbalho pai a o serviqo do Sr. infante
D. Pedro, como fica dito, entrou o dito Francisco Mon-
teiro Bezerra, ou Rai halho Bezerra, por capitão do forte
novo de N. S r a . do Populo do niar, de que era capitão o
dito seu iimâo Fernáo Barbalho, serrio n'este atk 1704,
que n'este anno, que rcqueria os seus servi~os,faziam 24
annos 4 mezes e 17 dias, que servia ; e k o que d'elle
achamos.
N . 2. Guilherme Bai balho, filho segundo de Luiz
Barbalho, o mestre de campo, e de sua mulher D. Maria
Furtado de Mendonça, servio nas guerras de Pernambuco,
foi fidalgo d a caza real, caralleiro da ordeni de Christo,
foi alcnide-mór da cidade de São-Christovão de Sergipe
de el-rei, coronel de iim partido de auxiliares na Bahia,
onde cazoii com D. Anna de Kegreiros, fillia de Do-
minpos de Negreii os, a fl.. ., n . 2 e 5, e d e siia mulher
Maria Pereira, filha tle Martim Lopes Soeiro e de sua
miillier Anna Pereira, a fl. . . , e teve filhos :
7 . Domingos Barbalho Bezerra, que se segue.
8. D. Mai iana Barballio, mulher de Manoel Alves
d a S i l ~ a ,filho de Antonio Alves da Silva e de Luiza
Freire, sua mulher, sem filhos.
llanoel Alves da Silva, cal alheiro pi ofesso na ortleni
de C111isto.
3 . 7 . Domingos Bai ballio Bezerra, filho de Giii-
lhern~eBarballio, n . 2, te\ e o fi~rode fidalgo,e commeiida
e alcaidliiia de seu pai e a v 6 , ~ i v e ucom seu pai na Pata-
tiva, solteiro.
CATALOGO OENEALOOICO

FERREIRAS E SOUZAS
Euzebio Ferreira, natural do Porto-Santo da ilha
da Madeira do reino de Portugal, fillio de Leão Fer-
reira passou & Bahia, e n'ella cazou com D . Catarina de
Soiiza (1), filha de Melcliior de Souza Doi monclo e de sua
mulher D . Micia Darnias, filha de Luiz Daimas e: de sua
mulher Catarina Jaquei: De Enzebio Ferreira e sua mulher
D. Catarina de Souza to1 am fillic>s:
1. D. Francisca de Souza, que se segue.
2. Jeronimo de Souza, carinelita calçado.
3. D. Maria de Soiiza, segunda mulher de Rui Car-
valho, o velho, & fl. 253, e ahi o mais.
4. D. Clara de Souza, mulher do capitão Blelchior
Barreto, ao depois.
5. Antonio Ferreii a de Souza, adiante.
6. Francisco de Souza, cai melita calçado.
7. Ignacio Fei reira íie Souza, ao depois.
8. D. Ignez cle Castro, primeira mulher do capit?io
DamiiLo de Lançbes de Andiade, sem sucessd.~.Cazaram
a 7 de Julho de 1644.
D. Anna de Soiiza, cazada com Agostinho de Pa-
redes, filho este de Manoel de Paredes, a f l . . . (Erro.
h'ota á margem).
N. 1. D. Francisca de Souza(-), filha de Eiizebio
Ferreira e de sua mulher D. Catharina de Souza, foi pri-
meira mulher do capitão Christovão da Cunha de S&
Soto-maior, cavalleiro professo na ordem de São Bento de
Aviz. filho de Melchior de S& Soto-maior e de sua mu-
lher Izabel Jaques Darmas, e teve D. Francisca cle seu
marido Christovão da Cuiilia filho unico :
9 Meichior de SB, que faleceu solteiro.
N. 4. D. Clara de Souza, filha de Euzebio Ferreira

( I ) Camrarn na SE a 13 de Maio de 1G03, em caza. que os recebeu o


c-oadjutor Antonio Viegas ; testirnunhu Christovào de Agiiiar e Mel-
chior de %. E faleceu ao 1°de No! eii~brode 1638
h. Catarina suamulher laleceu a 21 de Aposto de 1649, sepultada
no Carmo.
(2) Faleceu esta a 27 de Maio de 1665, sepultada no Carino.
40 P. I . VOL. LII.
e de siia mulher D . Catharina de Souza, cazou com o ca-
pitáo Melchior Barreto de Teves ( I ) , fidalgo da caza
rea1,filho de Pedro Teves, tambem fidalgo,e de suamulher
Leonor Barreto teve filhos.
10. Pedro de Teves Barreto, capellão fidalgo da
caza real, e arcediago da sé da Baliia e vizitador etc.,
Batizido na s6 a 26 de Outubro de 1639.
11. D. Joana Rarreto, miilher do capitão Gas-
par Maciel de SB,a fl. .., batizada a 25 de Junlio de 1648.
12. D. Maria de Souza, mullier de João Soares
Brandão,e depois de Miguel Rodrigiies de Gusmáo, a fl. ..,
batizada a 20 de Abril de 1644 na sé.
13. Antonio de Teves Barreto, que mudou o nome na
crisma em João de Teves ; batizado a 9 de Julho de
1646, na Sé.
N. 5. Antonio Pereira de Souza, filho de Euzebio
Ferreira e de sua mulher D.Catliarina de Souza,cazou com
D . Antonia Bezerra (2), filha do mestre de campo Luiz
Barbalho, o vellio, a fl.. ., batizada na capela (10 Nome de
Jezus do Socorro a 27 de Agosto de 1656, e teve filhos :
14. D. Ignez Barbalho Bezerra, que cazou com o
coronel Egas Noniz Barreto, a fl.. ., n. 12, e ahi a ana
descendencia.
15. D. Thereza de Souza, mulher de Jeronimo
Moniz Barreto, irmão de D. Victoria de Menezes, filha
esta de Francisco Moniz de Menezes, a fl.. ., n. 4.
16. D. Catharina de Souza, mullier de Rafael Soares
da Franca, a fl.. ., n. 2, e ahi a sua descendencia.
17. D. Maria Furtado de Souza, mulher do alferes
NicolBo de Souza de Andrade, sem siicessáo. Euzebio
Ferreira, que faleceu peqiieiio ; batizado em Janeiro de
16.51. D. Francisca Barbalho, seguiida mulher de Diogo
de Sh Soto-maior, a fl. . ., n. 6.

(1) Falrceii Helclrior Barrclo a; t l St~t~~iiiliro


~ de i~it:?, sr[~iillndo iio
C:irriio; natural d : ~illin tia Madeira.
(2) i:azaraiii na igrej:~do iiiostciro tle S . Ucrito a l l tlc Setembro
d(b 1615 r us rt'cc'lieu o liislin I ) . Pvtlro da Silva. seiido adrinho
juiitaiiieiitc roni o iiiestre <]e campo 1.1iiz ":irbalhu Bezerra, e Eoiirciiyo
dr Urito Correa, provcdor d;i fazenda rt,nl e uiii dus pnvcrnadom
iiiterinos.
CATALOGO GESE.~LOGICO 315

Antonio Ferreira de Soiiza, foi cavalleiro da ordem


de Santiago, mercê que fez el-rei ao sogro d'este,
para o siigeito que cazasse coin sua fillia, e habito de
Aviz para dote da outra filha, e um da ordem de Cliristo
para o filho segundo.
N. 7. Iqnacio Ferceirs de Sonza, fillio de Euzebio
Pereila r de sna mulher D. Catliarina de SOIIZR,eazou
com D. Nitrgarida de Menezei, fillia do capitão Antonio
Coellio Pinheiro, familiar do santo officio, e de sua miilher
D. 1gnl.z de Menezes, que era filha de Henrique Noniz
Telles e tle sua mulher D. Lennor Antunes, e o dito
Henriqiit. Moniz Telles, ou Barreto, que com estes dous
sobrennmes se acha ein varios assentos, era irmáo do a1-
caide-múr-Duarte Xoniz Barreto, e fidalgo da caza real.
Teve I~riacioFerreira de Souza de sna mulher os filhos
seguintes :
1s. D. Ignez de Sonza, cazada com o sargento-mór
Antonio Xoniz, sem filhos ;batizada na sé a 3 de Abril de
1647. Erit j&viuva cle Amaro Homem de Almeida.
19. D. Mariana de Souza, mulher de Thom6 Pereira
de Faria, sem filhos; batizada em Matuim a 16 de Se-
tembro de 1648.
20. D. Maria de Souza, mulher de Pedro Pereira de
Menezes, sem filhos, a fl.. ., n. 22.
21. Antonio Ferreira de Souza, cazado com D. Rrites
d e Nenezes, sem filhos, batizado a 3 de Agosto de 1 i53.
22. Manoel Ferreira de Souza, que se segue.
João, Euzebio, Catharina, Apolonia, qne faleceram
sem estado.
N. 2 2 . Xanoel Ferreira de Souzs, filho de Ignacio
Ferreira de Souza e de sua mulher D. Margarida de Me-
n e m . cazoii com D. Luiza Telles de Menezes, * filha
do sargento-mór Antonio Moniz Telles e de sua mulher
D. Arcangela de Mello, a 0 . . . , n. 1, e teve filhos.
23. Ignacio Ferreira de Soiiza, cazado COIP D. An-
tnnirt Xoiiiz Barreto, filha do ciezembargador Francisco
Telles Barreto e de sua mulher D. Maria de Vascon-ellos,
sem filhos.
* Cazard~iina capella do Monte a 8 de Dezembro de 1699.
24. D. Luzia Violalite Barreto, mulher de Joz6
Pereira de Souza, sem filhos.
25. Gançalo Ferreira de Souza, cazado com D. Anna
Maria de Jezus, sem filhos.
26. Antonio Moniz de Sonza Barreto, cazado com
D. Catharina de Goes de Sonza. e ate o ~rezenten h tem
flhos.
27. D. Arcangela, Margarida, Ignacia, Eugeaia.

BORGES DE BARROS
O capitão João Borges de Macedo era filho de Do-
mingos Borges, natural do lugar de Dom Duriío, termo da
villa de Cadaval, arcebispado de Lisboa, e de siia mulher
Maria da Penha, natural dahi, e na Bahia cazou com
Maria de Barros, que era filha de Salvador Vieira, na-
tural da Ribeira de Suas, termo de Braga; e de sua mulher
Maria de Barros teve J o h Burges os filhos seguintes :
1. O doutor JozB Borges de Barros, mestre-escola
da se da Bahia, batizado a 5 de Março de 1657.
8. Maria, batizada a 19 de Setembro de 1658, fa-
leceu solteira.
3. Sdvador Borges de Barros, batizado a 29 de
Agosto de 1660.
4. O capitão Estevão de Barros, que se segue. Ba-
tizado ao 1." de Janeiro de 1662.
5. O doutor Manoel Vieira de Barros, batizado a 2 2
de Fevereiro de 1663.
6. O doutor João Borges de Barros, que foi cura da.
sé, batizado a 22 de Janeiro de 1666.
7. Manoel Borges de Barros, batizado a 5 de Marqo
de 1667.
8. A madre Maria da Soledade, religioza no Des-
terro, onde faleceu com opinião de virtude a 30 de Ou-
tubro de 1719, batizada a 8 de Setembro de 1668.
9. O coronel Domingos Borges de Barros, que se
segue, batizado a 26 de Maio de 1670.
CATALOGO QENEALOGICO 317

N . 9. O capitão-mor Estevão Borges de Barros, filho


do capitiio João Borges de Macedo e de sua niukher
Maria de Barros, acima, cazou com Eugenia de Jezus,
que era filha de Pedro Ferreira, natural da villa de Se-
rinliaen, bispado de Pernambuco, e de sua inullit?r Maria
Barboza e teve filha : Maria Barboza de Amorim, natural
da freguezia do Monte na Baliia.
10. D. Naria de Barros, que cazou com D. Antonio
Manoel da Camara, filho de D. Felix de Betencourt. de Sá,
-a fl. . ., n. 2, e ahi a sua descendencia.
11. D . Roza de Barros, mullier de D. RIanoel Jozé
de Betencourt, filho cio mesmo D. Felix, a A. ., n. 4 .
12. O sargento-mor Antonio Borges, cazado com D.
Anna, viuva cle Pedro Dias, sem filhos.
13. Francisco, que é religiozo capuxo, com o nome
de frei Mauricio de S. Francisco.
14. O padre Miguel Thomaz.
15. João Borges de Barros, frade capuxo, chamado
frei Esteviio cla Soleclade.
1 5 . D. Joana Maria do Socorro, mulher do capitão
André Vaz Corte, capitão de cavallos, filho do capitb
Alvaro Vaz Corte e de sua mullier Maria Bezerra. Ca-
zaram a 25 de Novembro de 1727 na fregiiezia da Puri-
ficação.
N. 9. Domingos Borges de Barros, filho do capitiio
João Borges de Macedo e tle sua mulher Maria de
Barros, foi davalleiro da ordem de Christo e coronel de
um regimentode auxiliares, cazon com D. Maria de Araujo
Azeredo, filha de Luiz Ferreira de Araujo e de sua
mulher D . Joana de Azeredo, a qual D. Maria de Araujo
era jti viuva do coronel Francisco de Brito Barboza, do
qual tinha uma filha por nome D. Thereza Maria de
Brito, que cazou com Jozé Pereira Sodré, filho do mestre
de campo Jeronimo Sodré Pereira e de sua mulher D.
Francisca de Aragão a fl. . ., n . 3, e por morte tl'este,
seo marido Jozé Sodré Pereira, que o mataram, se reco-
lheo esta D. Thereza Maria ao Desterro. Do coronel Do-
mingos Borges de Barros e de sua mulher D . Maria de
Araujo foram filhos :
16. Sebastião Borges de Barros, que foi coronel e
318 REVISTA TRIMENSAL DO 1NSTITUTO HISTORICO

capitão-m6r na vila de Sergipe do Conde e cavalleiro da


ordem de Christo, e cazado com D. Antonia Francisca de
Menezes, filha de D. Felix de Betencourt de Sh, e de siia
mulher D. Catharina de Aragão, e faleceu sem filhos a 6
de Dezembro de 1766.
17. Jo%o Borges de Barros, que foi conego thezon-
reiro-mór, e hoje deão na sé da Bahia.
18. Domingos Borges de Barros, que foi copitlo de
infantaria, com exercicio de ordens, adiante.
19. Luiz Antonio Borges de Barros, que 4 actnal
conego na sé da Bahia .
20. Joze e Antonio, que faleceram meninos.
Blém (19s fillios acima teve mais o coronel Doiningos
Borges de Barros em solteiro um filho de uma D. Brites
de Brito Paria.
21. Salvador Borges de Barros, bastardo.
N . 22. Salvador Borges de Barros, filho bastardo
de Domingos Borges de Barros, n. 9, cazon com D.
Thereza Angelica de Xeirelles, filha de Custodio de
Mereilles Machado e de süit mulher D. Florencia, e teve
filhos :
22. Frei Domingos de Santa Thereza, religiozo finii-
ciscano .
23. João Borges de B~rros,Joz6 Borges, Ciistodio
Borges, Francisco Xavier, Custodio Borges, todo3 sacer-
dotes seciiltlres.
21. D. Nwiana Tiicreza do Salvador, que cuou com
Pedro Moreira e faleceli seiii tillios.
26. D. Joana Clara do Paraizo, solteira.
26. Salvador Bo~geitlc Barros, que se segue.
N. 26. Salvador Borges tle Barros, filho de S::lvador
Borges de Barros e tie siia iuullier D. Tliereza Arigelictt
de Meireles, é capitiio-mór da lilla de S. Aiiitiro tlc Ser-
gipc (10 Coiidr, cazoii coni I ) . Reza Maria tic Liiiin. fillla
do (lezenib,~rgatlorTlioiiié JIoreir,~de IJiiilio c tle sua
miillirr L). Maria Iioza. tlc Liiiia.
N . 18. Doiiiiiigos I<orge- tle Barros, fillio (10 ct)i.oiiel
Domiiigos Uorges de Barros C tlt! sua nliilli-r D. JIaria
de Arailjo Azercdo, cazoii roili 1). Florencia 3101eira
de Alnieida,viuva de Jogo Doiiliugues do Pas30, e d'e>ta
CATALOGO GENEALOGICO 319

não teve sucessão ; mas de uma moça branca teve filho


natural :
Francisco Borges de Barro$, que assiste e u caza do
deão da se Joáo Borges de Barros, seu tio.
A mái d'este chama-se Florencia, cazada depois com
Claudio Pereira da Silva, fillio de Ignacio da Silva, mo-
radores na villa de Sergipe do Colide. Erà esta Florencia
filha de uina irman das in;iiu dos religiozos menores: frei
Manoel da Conceicão e frei Agostinho.

PINHO E RIOREIR.4
Thomé Xoreira cle Piiilin, iiatiiral diis partes do
reino, cazado com Joana da Fonseca.
1. Thomé Noreira de Piiilio, que se segue.
2 . O padre-mestre frei Aiitouio de Santa Maria
Traripe, franciscauo .
3. O padre Francisco lioreira cle Pinho, sacerdote.
4. Domingos Francisco de Piuho.
5. O capitiio ,Toao Marinho da Fonseca, frei Joz6
da JIadre de Deus, religiozo carmelita calçado.
N. 1. Thomé Noreirs de Piiilio, filho ile Tliomé Mo-
reiradt Pinho, aciins, e de sua mulher Joana (li1 Fouseca,
cazoii cam D. Roza Maria tle Lima, e teve filha :
6 . U. Hoza Xaria tle Liliia, que cazou com o capitáo-
mór Salvador Borges de Barros, que já fica na fl.. . retro.

BURGOS
O licencado Jeronimo de Burgos Contreirus,foi cazado
com Maria Paclieco,* filha de Gaspar Ferreira Pacheco
e de Maria de Barbiida, a fl. . ., n. 1, donde se diz Gaspar

Cazaraiii :I 24 dc J;inilirij t i a s 1616 e ialeceii elle a 2G de Janeiro


de 1667. Sepril1;ido eiii S . Fraiicisco.
320 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Fernandes da Fonseca e Micia Pacheco, sua mulher, e


teve filhos.
1 . O dezembargador Christovão de Burgos Contrei-
ras, dezembargador dos agravos, e ouvidor do crime na
relação da Baliia, e cavaleiro da ordem de Christo ;
cazou com D . Elena da Silva Pimentel, * riuva que era
de Matheus Pereira de Meiiezes, a fl . . ., n. 3, fillia de
Bernardo Pimentel de Almeida, a fl. . ., n . ri, e de sua
mulher D.Maria de Mello, fillia de Duarte Moniz Barreto,
alcaide-m6r da Biihia, como fica a fl. .. D'este Christovh
de Burgos e de sua mulher D. Elena da Silva não houve
geração.
2. D. Maria de Burgos, que cazou com Nanoel do
Couto Deça, tt fl .., n. 18, e ahi 4 siia desceiidencia .
3. Gaspar Pãclieco de Contreiras,que não cazou, mas
de uma D. Petronila teve uma filha natural e perfi-
lhdda, a qual cazou, e foi segunda mulher de Manoel
Telles Barreto, como fica a fl. . ., n. 14, e ahi o mais
que a este ponto pertence. Batizado na s6 n 12 de Junho
de 1619 e faleceu a 2 de Abril de 1720.
4. Gaspar Pacheco de Burgos, que diz um as-
sento cazou sem lhe deixar o nome da mulher, que
teve trez filhos, um clerigo e dous frades ; e que
faleceu a 2 de Abril de 1720. Bstizado a 2.3 de Novembro
de 1620.
5 . Luzia, bztizada na sé a 10 de Novembro de
1623.
N. 2 D. Maria de Biirgos, fillia do licenceado Jeroni-
mo de Burgos Contreiras e de sua iniilher DIaria Pacheco,
foi cazada, como fica acima, com hIanoel do Couto Deça, e
supposto diz iim manuscrito donde tiramos esta noticia,
foi cazada segunda vez com hI,int~c:lTelles Barretn, iiAo 6
assim ; porque a tal D . JIariade Uiirgos, que foi segiiiida
mulher de JIanoel Telles Edrreto, era oiitra e til1i.t de
Gsspar I'ãclieco tlecoiitreiras, tillio (10 licenceado .Jeroiiiino
de Burgos ; veja-se a fl . . . , 11. i.

- Caz.iraiii em Paripe ao 1.0 tle Nore:iibro tle 1651.


CATALOGO GENEALOGICO

EÇAS NOS ILHEOS E BAHIA


1. D. Violante de Eça, ou como pelo vulgar se
escreve Deça (1), foi uma das trez orfans fidalgas,
que no tempo do Sr. rei D. Joáo 111 e de sua mulher a
Sra. rainha D. Catariiia mandaram estes monarcas ao
governador da Baliía D . Duartt: da Costa, para que a s
cazasse com pessoa de clistinção. Era esta D. Violante
Deça filha bastarda de D . Jogo Deqa, capitão de GCa, e na
Bahia cazoii com Joáo de Araujo de Souza, fidalgo gal-
lego, da caza dos alcaides mores de Lindozo e Perti-
gneiras de Cela-Nova. D'este seu marido teve fillios
1. D. Ignez Ueça, que se segue. Batizada na sé a
3 de Setembro de 1.365, padriiilio o governador D. Duarte
da Costa, D. Alvaro da Costa, seu filho, e D. Leonor,
mulher de Siiiiiia da Gama.
2. Joáo de Araujo de Souza de Eça, adiante, bati-
zado ahi a 30 de Junho de 1.357.
3. D. Damiana Deça, batizada a 5 de Novembro
d e 1558.
4. Jeronimo de Araujo Souza Deça, batizado a 13
de Fevereiro de 1563.
5. D . Antonia Deqa.
6. D . Maria D~ç(t,mullierde Gaspar Lobo de Souza,
sem filhos, batizada a 20 de Fevereiro de 1566.
N. 1 . D. Ignez Deça, filha de D. Violante Deça
e de seu marido Joái, de Araiijo de Souza, cazou nos Ilhkos
com Liiiz Alves de Espinha,(.') fillio de Henrique Luiz de
Espinha, capitão-mór dos Ilhkos, e de sua mulher D.
Elena Gonçalves cle Castro, e teve filhos :
7. Manoel de Souza Deça, que faleceu sendo gover-
nador no Maranhgo, sem filhos.
8. Bartolomeo de Souza Deça, que se segue.
9. Henrique Luiz de Espinha, adiante.

(1) Faleceri D . Violantc' no 1". de Junho de 1603, scpiiltada em S.


Francisco.
( 9 , Paleccii Luiz Alves a 26 de Agosto de 1W. sepultado em S.
Pranciscd.
41 P. I . VOL. LU.
822 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

10. João de Araujo de Sonza, ao depois.


11. D. Elena de Castro, mulher de Cosme Barboas
de Almeida.
12. D. Catharina Deça, mulher de Joáo Nnnea de
Matos.
13. D. Izabe'i Deça, mulher de Sebastião Pedrozo
de Viana.
l i . D. Margarida Deça, mulher de Antonio de
Araujo de Sonza, a fl. ..
15. D. Magdalena de Castro Deqa, mulier de V a m
Moniz Barreto, a fl.. . Cazaram a 21 de Janeiro de 1621.
16. D. Francisca Deça, mulher de Baltazar Pei-
xoto da Silva Cabral.

ESPINHA COM EÇAS


.
N. 8. Bat tolomeo de Souza Deca, filho de D Ignez
Deça e de seu marido Luiz Alves de Espinha, foi capitão
m6r dos IlhBos, e cazou com D. Domingas de Almeida,
filha de Manoel do Couto, e de sua mulher D . Luiza de
Almeida, e teve fillios
17. Francisco de Souza De$&,que se segue.
18. 3Ianoel do Coiito D e ~ ;a adiiinte .
19. Joáo de Araujo Deqii., ao depois.
20. D. Anna Deqa, miilher do capitiio múr Barto-
lomeo Fernaniles Albernaz.
21. D. Leonor de Souza, mulher do capitão-m6r An-
tonio de Araujo de Souza, sem filhos.
33. D. Angela Deça, mulher de Marcos de Aranjo
de Brion, sem filhos.
23. D. Antonia Deça, mulher do ca.pit.50m6r Pedro
Pinto tle IIagalliSes.
N. 17. F'ranciscc~ de Soiiza D e p , fillio de Barto-
lomeu de Soiiza Deça, n. 8, e de sua miillier D. Doiningas
de Almeida, cazou com D. Ursula da Fonseca, filhit do
capitáo m6r Lucas da Fonseca Saraiva e de sua mulher
Catharina de Góes Paes, a fl. . ., n. 13.
24. D. Domingas Deça, mulher do capitão-m6r
Nicoltio de Souza Deça.
24. Bartolomeu de Souza Deça, que chzou duas
vezes, a primeira com D. Maria cla Cunha, filha cle Xanoel
Trinxão, a fl. ..,n. 5 , cazou com esta a 11 de Julho de 1677
Cairú: a segunda vez cazou com D . Theotonia de Padua,
filha de Gaspar Pinto da Fonseca e G6eS, cazou com esta
aqui a 7 de Janeiro de 16!11 em Cairu. Da primei1a teve
6 filhas e da segunda um filho e uma filha. Foi alcaide
m6r dos Ilhkos.
2.5. Francisco de Souza neça, que cazou com sua
cunhada D. Joana Trinxáo, filha do sobredito Nanoel
Trinxão .
N. 18. Manoel do Co~itoDeça, filho segundo de Barto-
lomeo de SoiizaDeça, n . H, e cle sua niullier D. Domingas
de Aliiieida, cazoii com JIaria de Burgos, * filha do
licenceado Jeronimo de Buigos de Contreiias, juiz de or-
fios de proprieclade que foi d'esta Bahia, e de sua
mulher Maria Paçlieco, que era fillia de Gasyar Fer-
nandes da Fonseca e de Jlicia de Barbuda, sua mulher, e
neta de Francisco de Barbuda, o velho, cavalleiro da
caza d'el rei, e tle sria primeira mullier Beatriz Pacheco.
Teve Nanoel do Couto Ilesa de sua mulher D. Xaiia de
Bnrgos filhos segiiirites :
26. Jeroiino de Biirgos de Souza D e ~ a ,que cazou
com D . Elena, de Olivit, fillia de Francisco de Oliva de
Xello e tlt: sua mullier Jlaris tle Araujo, sobrinha do vi-
gario de S . Ainaio tia ritanga Domingos Fernandes, a
qual D. Elena eiilouqueceo rio armo de 1702 sem remedio,
e faleceu em Abril de 1727, sem tilhos.
27. Manoel de Souza Der;a, que morreo degolado na
Bahia no I? (te Junho de 1702, adiante.
28. Joaquim de Souza Deça, cavaleiro cla ordem
de Christo, estudou leis em Coimbra, e cazou em Por-
tugal com D. Maria de Nendonça Vasconceilos. mora-
dores na villa de Catanhede, sobrinha do arcebispo da
Bahia D. Joáo Franco de Oliveira.
324 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

29. D. Gertrudes, D. Elena, e oatra,que t e m b e -


ram religiozas na cidade de Evora em companhia de
sua m&i.
N. 19. J o b de Aranjo Deça, filho de Bartolomeo
de Souza Deça, n. 8, e de sua mulher D. Domingas de
Almeida, foi capitáo m6r da capitania dos Ilheos, e n'eila
cazou com D. Angela Deça, filha de Manoel de hnzs
Deça, e de sua mulher D.Maria Deça, n..., o qual Manoel
de Souza Deça era filho de D. An tonia Deça, n. 4, e teve
filhos.
30. Bartolomeo de Souza D q a .
31. D . Ignez Deça e D. Mariana de Menezes, D .
Antonia Deça, D. Angela e D . Joana.
N. 9. Henrique Luiz de Espinha, filho de D. Ignez
Deça e de seo marido Luiz Alves de Espinha, n . 1,
cazou com D Maria Ferraz de Garcez, filha de Antonio
Ferraz de Abreo e de saa mulher.
32. D. Izabel Garcez, mulher de Zeno Luiz de Es-
pinha, a fl . . .
N. 10. Jogo de Aranjo de Souza, filho de D. Ignez
Deça e de seu marido Luiz Alves de Espinha, n. 1,
cazou com D. Franciaca Gaicez, filha de Antonio Ferraz
de Abreo, acima, e teve filhos :
33. Antonio Ferraz de Abreo, se que segue.
5.1. D. Iguez, mullier de Antoiiio de Couros Car-
neiro, capitáo m6r dos Ilheos.
N . 33. Antonio Ferraz de Abreo, filho de Joáo de
Araujo de Souza, u. 10, e de sua mulher D. Francisca
Garcez, cazou com D. Custodia Barboza, filha de Antonio
de Aguiar Daltro, a fl . . ., n. 1, e de sua mulher BI-ites
Barboza, esta Alha de Sebastiáo Pedrozo e de sua mulher
Naria Barboza, tilha de Thonie Lobato de Lauiego e de
sua mullier Snna Barboza de Moraes, de Viaiia,e Antonio
de Aguiar Daltro, era filho de Pedro de Aguiar Daltro, e
de sua mulher Custodia de Faria, teve filhos :
3 5 . Nicolho de Souza Deça, que cazou com D. Ca-
tliarina Deça, filha de Manoel de Souza Deça, a fl . . .,
n. 46, e de sua mulher D. Maria Deça, e clepois cazou
CATALOGO GENEALOOICO 326

este Nicoltio de Souza Deça com D. Domingas Deça, filha


de D. Ursiila da Fonseca e de seu marido Francisco de
Souza Deça, e cazaram a 25 de Fevereiro de 1673 na
fregiiezirt do Cairíi, a f l . . ., n. 21 e 24.
N. 13. D. Izsbel Deça, filha de D. Ignez Deça,n. 1,
e de seu marido Liiiz Alves de Espinha, cazou com Seblts-
tia Pedrozo, de Viana, e teve fllhos :
36. D. Aiirria Deça, que cazoii com Manoel de Souza
Deça, filho de D. Antonia Deça, e era este Manoel de
Souza Deya primo tl'esta D . Naria Deça por serem filhos
de suas ii.niaiis.
37 . D . Brites de Souza, mulher de Vicente Fel nan-
des Persira.
N. 4 . D . Aiitonia Dela, filha de D. Violante Deqa,
n. 1, e de seu marido João de Araiijo de Souza, cazou com
Bartolomeo Luiz de Espinha, filho de Henrique Luiz de
Espinha, capiti-to-mórdos Ilheos, e de sua mulher Elena
Gonçalves de Castro, o qual Bttitolomeo Luiz de Espi-
nha era irmão de Liiiz Alves de Espinliu, marido de D .
Ignez Deça, irman d'esta D. antonia, como tica dito, teve
D. Antonia de seu marido fillios :
38. Antonio de Araujo de Souza, que se segue.
39. Manoel de Souza Deça, abaixo.
40. D. Elena de Castro, miilher de Jordão Salazar
de Almeida.
41. D. Violante D e ~ a miilher
, de Duarte Osquer.
42. D. Maria Deqlt, mulher de Manoel Lobo de
Souza.
43. D . Paiila de Castro, mulher de Francisco Fur-
tado de Mendonça.
D . Ursula de Souza, solteira.
N . 38. Antonio de Araujo de Souza, filho de D . An-
toniaDeça, n. 4, e de seu marido Bartolomeu Luiz de
Espinha, foi capitão m6r, cazou com D . Margarida Deça,
sua prima, filha de D . Ignez Deça e de seu marido Luiz
Alves de Espinha, e teve filhos :
44. Bartolomeu Luiz de Souza.
45. Francisco de Araujo Deca,
N. 39. Manoel de Souza Deça, filho de D. Antonia
326 REVISTA TRI MENSAL DO INSTITUTO HIdTORICO

Deça, n. 4, e de seu marido Bartolomeu Luiz de Espinha,


cazou com D. Maria Deça, * filha de Sebastião Pedrozo,
de Vianna, e de sua mulher D . Izabel De@, n. 13, e teve
filhos :
46. D. Catharina Deça, que cazou com NicolBo de
Souza Deça, filho de Antonio Torres de Abreo, n. 33,
retro A. . .
47. D. Angela Deça, mulher de João de Araujo
Deça, n . 19, cazaram a 15 de Abril de 1658.
48. D . Arcangela Deça, mulher de JoBo Furtado
de Mendonça, a f l . . ., n. 1.
49. D. Izabel Deça, mulher de Francisco Furtado de
Mendonya, a f l . . ., n. 2 .
50. D . Maria Deça, qiie se segue.
N . 50. D. Maria Dela, tillin de Manoel de Souza
Deça, acima, n . 39, cazoii com Vicente Fernandes de
Retencourt, e teve filbos :
51. Thom6 Fernancles de Betencourt.
52. D. Elena de Atoiiguia, mulher de Francisco
Luiz .
N. 32. D. Izabel Garcez, filha de Henriqne Lniz
de Espinha e de sua mulher D. Mitria Ferraz Soares,
cazou com Zeno Luiz de Espinha, filho de Paulo Dias do
Couto e de siia mulher D . Elena Gonçalves de Castro, e
teve filhos :
53. Joz6 Luiz de Espinha, cazado com D . Serafina
de Oliveira, com filhos, avo do padre Joz6 Luiz de Souza,
a fl...
54. Henrique Luiz de Espinha, sacerdote secular.
55. Antonio de Sbreo Ferraz.
56. João Garcez de Abreo .
57. D. Anna Garcez Deça, mulher de Francisco
Saraiva Tourinlio, com filhos, batizada nos IlliP,os a 30 de
Agosto de 1635.
58. D. Margarida Garcez Deqa, batizada a 18 de
Outubro de 1637.
59. D . Maria Garcez Deça, mulher de Francisco
Pinto, o vellio, do Cairu.
* Cazaram a 2de Pevemiro de 1633 em Ilhbos.
CATALOGO GENEALOGICO 3 87

60. D. Izabel Garcez Deça, mollier de Manoel de


Medeiros Perdigão, com filha, que se segue.
D. Antonia, que faleceu solteira.
N. 6 0 . D. Izabel Garcez Deça, filha de Zeno Luiz
d e Espinha, acima, cazou com Manoel de Medeiros Per-
digão, homem fidalgo da ilha de São-Miguel, da cidade de
Ponta-Delgada, e teve filhos ;
61 . D . Apolonix . D. Tliereza, que faleceu menina.
6 2 . Manoel de Medeii os de Souza, Daniel Furtado,
JOGO Furtado ile Souza.
N. 53. Joz6 Liiiz de Espinha, filho de Zeno Luiz e
de sus miillier D. Izabel Garcez, cazoii com D. Serafina
de Oliveira, natural da villa de Boipeba, e teve filhos :
6 3 . Joao Fiirtado, que cazou, e faleceu sem filhos.
6 4 . Diogo Luiz, cazado com Francisca.
66. D. Fraiiciscn, cazacla com Gabriel da Silva.
6 6 . D. Ignacia, miillier de Lucas da Fonseca Cas-
te110 Branco, czlzaram a G de Janeiro de 1687 na fregue-
zia de Cairú.
67. D. Maria de Jezus, mulher de Vital Corrêa de
Souza, a f l . . ., n. 16.
D. Ursiila, religioza no convento da ilha de Sáo-Mi-
guel, que se diz estar o seu corpo inteiro, com a declara-
ção de ser natural do Cairú.
N. 5 9 . D. Maria Garcez Deqa, filha de D . Izabel
Garcez Deça, n. 32, e de sei1 marido Zeno Luiz, cazou
com Francisco Pinto, o vellio, do Caírú, e teve filhos.
68. O sargento-mór Francisco Pinto da Fonseca, que
se segue.
60. O padre Simao Pinto de Góes, clerigo secular.
70. O alcaide-m6r Jozé de Góes Pinto, cazado com
D. Jacinta.
71. O alferes Aiitonio de Souza Deça, cazado com
D. Custodia Deça, i i 5 de Agosto de 1693, com filhos.
78. D. Izabel Garcez Deça, segunda mulher do ca-
pitão-m6r Bento Ribeiro de Lemos.
73. D. Antonin Garcez Deça, cazada com seu tio
Francisco fiioniz Barreiros Corte-Real, com filhos.
N. 78. O sargento-m6r Francisco Pinto da Fonseca,
acima, fillio de D. iiiaria Deça e de seu marido Francisco
Pinto, o velho, e de sua mulher D. Ildaria Deça, cazou
com D . Maria do Rozario, filha.
74. O padre Martinho Pinto, jezuita na Bahia.
N. 27. Manoel do Couto Deça, filho do capitão Ma-
noel do Conto Deça, u. 18, e de sua mulher D. Maria de
Burgos, cazou com D. Michaela de Azevedo, filha de Lon-
renço da Costa e de sua mulher D. F r a n c i s c ~de Sowg
moradores que firam na capitania de Sergipe d9Ebk;
cazaram na caza do segredo da cadêa da Bahia a 31 de
Maio de 1702, estando para ser degolado, como foi no se-
guinte dia, i? de Junho do sobredito anno de 1708,
por uma rezistencia que fez ao juiz de fbra, na q ~ afoi l
morto de um tiro o meirinho Antonio Luiz, e escapou o
juiz de fbra em caza de seu tio o doutor Chrisbvh de
Burgos. Da sobredita sua mulher D. Michaela teve Alhos:
76. D. Florencia Maria Magdalena D e p Burgos
Pacheco, que cazou com Manoel Rodrigues cùr Cunha, e
teve filha : D . Izabel Violante de Yenezes, cazada com
,

Joz6 de Yello Corrêa.


N. 41. D. Violente Deça, ou da Guerra, como se
acha em papeis juiiiciaes, foi moradora em'Jacuruna, e
filha de Bartolomeu Liiiz de Espinha e de sua mulher
D. Antonia Deça, n. 4, foi cazada com Dnarte Osqoer, e
teve filhos :
76. Henrique de Souza Deça
77. Bíanoel de Souza Deça
78. Joáo de Aruajo D e p , que se segue.
79. D . Antonia Deça, adia11te.
N. 78. Joiio de Araujo Deça, filho de D. Violante da
Guerra ou Deça e de seli marido Duarte Osquer, foi ca-
zado com D. Maria da Conceição, dit qual teve filhos :
80. D. Leonor de Souza, mullier de Gregoria Mendes
Pimen te1 .
81. Maiioel de Souza, JoSo de Araiijo, D. Aiitonia
Deqa, que se segue.
N. 81. D. Aiitonia Deça, fillia de Jogo de Sraujo
Deqa e cle sua mulher D. Maria da Coiiceiç&o,cazou com
. D. Luiz de Veras, e teve fillia:
82. D. Violente Deça, que cazou coin Joáo Pinto
Vieira, e teve filhos :
CATALOGO GENEALOGICO 3 29

N. 12. D. Catharina Deça, filha de D. Ignez Deça,


a fl.. ., n. 1 , e de sen marido Luiz Alves de Espinha,
cazoii com João Nunes de Matos, dos Ilheos, e teve
filho :
83. Luiz Alves de Espinha, que se segue.
N. 83. Liiiz Alves de Espinha, este aqui cazou com
D.Izabel de Betencoiirt, filha do capitão Rui de Souza
Carvalho e de sua mullier Antonia Corrba, natural de Per-
nambiico e morac1or:t n'esta cidade da Bahia. Cazaram a
13 de Abril de 1665.

FURTADOS NENDONSAS E: DECAS

1. João Furtado de Nendonqa, cazou, como fica


retro 11. 49, com D . Arcaligela Deça, filha de Manoel
de Souza Deqa, 11. 39, e de sua mullier D. JIaria Deça, e
teve filhos :
8 2 . Jozk Fiirttido de Mendotiqa, que cazou na Pata-
tiba com D. Francisca .
83. O padre João Furtado, que faleceii, o padre
Manoel de Soiiza de Menezeu, Antonio de Soiiza, D . Ur-
siila, e D. Leonor.
2 . Francisco Fiirtado de Mendonça, irmilo de João
Fiirtado de Mendonqa, cazoii com D . Izabel Deça, n. 47,
filha de Manoel de Souza Deça e de siia mulher D. Maria
Deça acima nomeados, e teve filha :
81. Francisco Xavier de Mendonça, que cazoii com
D. Maria, filha de João Tamirelo.
85. Jozé Furtado de ~Ienclonça,que faleceu, estando
para cazar com siia prima filha de Jogo de Araujo
Deça.
86. Baltazar Fiirtado de iifenclonça, que cazou com
uma filha de Agostinlio Coelho e de sua miilher D. Paiila,
filha esta do capitão Pedro Pinto ; e Baltazar Furtado foi
capitão-m6r.
42 P. I . VOL. ~ 1 1 .
DEÇAS, BARBOZAS
N . 7 . Cosme Barboza de Almeida, * foi c a p i t b
mbr de Sergipe de el-rei, cazou com D . Elena de Castro,
íUha de Luiz Alves de Espinha e de sua mulher
D. IgnezDeça, a fl.. ., n. 1 e 7 ; e teve filhos:
.
1 D. Violante Deça e Menezes.
2 . D . Maria Barboza de Castro, mulher de D. Luh
de Souza.
3. D . Ignez Deça, mulher de Francisco de Sonza
de Vasconcelos.
.
4 . D Izabel Deça, que se segue.
N. 4. D. Izabel Deça, aqui cazou com Bfanoel
Nogueira Freire, e teve filhos :
5. Francisco Barboza Deça, que se segue.
6 . Cosme Barboxa de Almeida.
7 . D. Maria de Castro, mulher de Manoel de Souza
Freire, a quem chamavam o Menino-Diabo.
N . 6. Fnrncisco Barboza Deça, filho de D . Izabel
Deça, n. 4, e de seu marido Manoel Nogueira Freire, foi
coronel, e cazon com D. Margarida de Oliveira, filha de
Antonio de Olivaira Carvalhal, homem fidalgo, segundo
neto de Antonio de Oliveira, o primeiro alcaide-mbr da
Bahia, e de sua mulher D. Maria de Barros, e teve filhos:
8. Antonio de Oliveira de Carvalhal, foi prezo por
umas mortes dos Farias, pai e filho, no serao.
9. Manoel Barboza Deqa, cazou com D Clara Eu-
genia Barboza, filha do doutor Francisco Rodrigues de
Souza e de sua mulher D. Custodia Barboza cie Vascon-
cellos, que era filha de Pedro Barbozu de Vasconmllos,
fidalgo, e com o fóro melhor que houve n9 Brazil, diz
uma memoria.
Outra vez cazoii o coroiielFrancisco Barboza Deqa com
D. Joana Fraiicisca Deqa, filha de Gaspar de Barros e

* Dizeiii cliie era filtio dc Fcriiào Ltailioza. da Gua do Duqiie de


Bragança, e de Izabel Juidoa. VtJa-se esses Barbuzaq tio Lirro dos Li-
nhagens do Conde D. Pedro a 11. 160 e 426.
C ATALOGO GENEALOGICO 331
de sua mulher D. Jeronima Garcez, qne ficam a fl.. .
e cazaram a 27 de Outiibro de 1698, na capella de Bom
Jezus do Socorro.

DEÇAS, PEIXOTO E BARRETO


Baltazar Peixoto da Silva Cabral, descendente de
Baltazar Pereira Peixoto, que foi cazado com D. Catha-
rina de Blello, irman de D . Iria de Mello, mulher do al-
caide-mór primeiro da Baliia, Antonio de Oliveira de Car-
valha1 a fl.. . n. 8., foi capitão-mór dos Ilheos, e cazou
com D. Francisca Deça, filha de D. Ignez Deça, a fl.. .,
n. i e 8, e teve fillios :
1. Jeroriiruo Peixoto da Silva, conego doutoral na
sé do Porto.
2. Baltazar Peixoto da Silva,João Peixoto da Silva,
Jozé Peixoto de iilenexes, Maiioel Peixoto Deça, D. Maria,
D. Ignez, mulher de Christováo Peixoto Cirne, D .Ursula,
freira na Roza de Lisboa.
N. 1 2 D. Magdalena de Castro, filha ultima de
D. Ignez Deça, n. 1, etc., e de seu marido Luiz Alves de
Espinha, cazou com Vasco Moniz Barreto, da Ilha, e teve
filhos :
I . D. Violante Deqa de Castro, que se segue.
N . 1. D. Violante Deça de Castra, acima, cazon pri-
meiro comAntonio da Costa,filho de Jorge Lopesda Costa,
e de Jeronima de Souza, sua mulher, cazon depois com
Esteváo de Brito Freire, a fl. . ., e teve do primeiro
marido :
2. Antonio iiIoniz de Souza, que se segue, e D.Ignez,
freira em Lisboa.
3 . D. Felippa de Castro, filha do segundo marido
Estevão do Rrito Freire, mulher de Manoel Botelho de
Oliveira, a fl. . . n. . .
N . 2 . Antonio Maria de Souza, filho de D. Vio1ant.e
e seu primeiro marido Antonio da Costa, cazon com D.
Paula Vieira, filha de Antonio Gonçalves, do Cairu, e sua
mulher Maria des Cortes, e era esta Paula viuva de
Felippe Pereira Deça, filho de Pedro Francisco Crispim,
e teve do primeiro marido :
3 . Felippe Pereira ; e do segundo :
4. Vasco, religiozo do Carmo.

Jeronimo Sodré Pereira, filho terceiro de Fernão


Sodré Pereira, senhor de Aguas Bellas *, e de sua mulher
D. Brites Tibho, o qual Fernão Sodré Pereira, por morte
d'esta sua mulher, se metteu frade de Nossa Senhora da
Graça ; era Jeronimo Sodré Pereira neto de Duarte
Sodr6 Pereira, a quem chamaram o Estragado, e de sua
mulher D. Guiomar de Souza ; bisneto de Fernão Sodré
Pereira e de sua mulher D.Branca Caldeira, terceiro neto
de Duarte Sodré Pereira e de D. Luiza de Sande ; e quarto
neto de D.Violarite Pereira, que era fiiha de João Pereira,
quarto senhor de Aguas Bellas ; d'esta Violante Pereira
foi irmão mais vellio Rui Pereira, cazado com Anna da
Costa,dos qnaes foi filho Jogo Pereira, que herdou a caza
e morgado de seu pai ; foi este João Pereira mentecapto,
e teve tutores, e por sua morte tomou a corôa posse do
morgado por falecer elle seni filhos.
A esta posse se opp5z Violante Pereira, irnian de Rui
Pereira, e tia de João Pereira, o mentecapto, e pas-
sados muitos annos alcançou sentenqa por sua parte
Duarte Sodré Pereira, terceiro avo d'este Jeronimo Sodré
aqui, o qual Dusrte Sodré Pereira era filho da sobredita
Violante Pereira, a qual cazou com Francisco Sodré, que
era filho de Diiarte Sodrk, que foi alcaide-mbr das villas
de Tomar e C&, veatlor d:i caza d'el-rei D. JIaiioel, e no
dito sei1 filho Francisco Sotlie iristitiiio o iiiorgado com
obrigaqiio (10 seii appellido, qiic Iiojr se conserva ii'esta
desceiitleiicia, e foi tambein este Duarte Sodré commen-
dador da ordeiii de Cliristo, e foi neto de João Sotlre, que

Corogrc~/iaP«rlicgtcr;n, Loiiio 3, pag. 211 e seg.


CATALOGO OENEALOGICO 333

teve moradia de fidalgo na caza d'el-rei D. Affonso V.


E assim por um e outro sobrenome, nobilissima ascen-
dencia, de que se trata, por Sodrés, como se vê pelo
quarto avo d'este Jeroninio Sodrb, que foi Francisco
Sodré, filho de Diiarte Sodrk, alcaide-m6r, como já, se
dice ; e por Pereiras. por sua qiiarta av6 Violante Pe-
reira, miilher d'este Francisco Sodr6,por ser filha de João
Pereira, neta de Galeote Pereira, e bisneta de Rodrigo
Alvares Pereira, filho hastardo de D. Alvaro Gonqalves
Pereira. D. prior do Crato, e de Iria Vicente ; o qual
Rodriyo Alvares foi legitimatlo por el-rei I). Pedro em
Torres-Vedras a de Agosto cle 1367. Foi senhor de
Aguas Bellas, e da vills tle Soiizel, Villa-nova, e Villa-
Ruiva, e das avenhiis de Anhaloiiro, e Bem-lhe-quero, no
termo de Extreinós, por cloaqão, que lhe fez el-rei D. Fer-
nando em 14 de Ilezembro tle 1413 . Foi fidalgo Rodrigo
Alvares Pereira dos iiiais respeitados d'aquelle tempo, e
um dos que el-rei D. Henrique de Castela pedio a el-rei
D. Fernando em refeiis da paz, como refere Duarte Nu-
nes, na vida do dito rei D. Fernando. Acompanhou a seu
irmáoD. Pedro Alvares Pereira, prior do Crato, quando foi
a governar LisbGa, que estava sitiada pelos Castelhanos ;
seguio a el-rei D. João I, que lhe fez algumas das
mercês referidas, morreu em Castela, e não se averigua
a cauza que lioiive para isto : foi cazado com . Maria
Affonso do Cazal, de quem teve a Alvaro Pereira, que
jB se dice ; e Gonqalo Pereira, o pai d'este Rodrigo
Alvares Pereira ; era, como jB dicemos, D. Alvaro Gon-
çalves Pereira. irmão cio conde D . Nuno Alvares Pereira,
e é o que basta.
N . I . Jeronimo Sodré Pereira, (ie quem aqui se
trata, filho terceiro de Fernão Sodré Pereira e de siia
mulher D. Brites Tibtio, passou á Bahia e n'ella cazou
duas vezes ; a primeira com D. Maria, como se acha em
assento do livro tlos obitos. que diz assim : Em 22 de
Maio de 1719, faleceu D. Maria, mái do capitão Jeronimo
Sodrk.. E por consequencia foi este Jeronimo Sodré filho
primeiro do sobredito acima e de sua mulher primeira
D. Maria, de quem teve fillio :
2. Jeronimo Sodrk Pereira, que se segue, foi capitáo,
334 REVISTA TRIMBNSAL DO INSTITUTO HISTORICO

e cazou com D. Catharina Bernarda de Menezes, íilha de


JozB Garcia de Aragão, a fl.. ., n. 14. Cazaram a 14 de
Fevereiro de 1719. Sem filhos. Foi cego este Jeronimo
Sodr6.
Segunda vez cazou Jeronimo SodrA Pereira, mestre
de campo que era j8 da Bahin, com D . Francisca de
Aragão, filha de Francisco de Araujo de Aragão, a fl.. , .
n. 43, e irinan do alcaide-m6r da Bahia Francisco de
Aragão ; do mestre de campo Jeronimo SodrB Pereira e
d'esta sua segunda mulher, foram íilhos além de outros,
que faleceram pequenos :
3. Jozé Sodré Pereira, que se segue.
N. 3. JozB Pereira Sodrk, filho do mestre de campo
Jeronimo SodrB Pereira, n. 1, e de siia segunda mulher
D. Francisca de Aragso, * cazou tambem duas vezes; a
primeira com D. Leonm de Brito Castro, filha do capi-
tão Sebastião de Brito Castro e de sua mulher D. Maris
de Aragão, a fl . .., n. 1 e 6 ; a qual D. Leonor de Brito
Castro era viuva de Pedro Garcia Pimentel, o Capa-
arrasto, do qual não teve fillios; como tambem os não
teve d'este seu segundo marido Jozk Pereira SodrB, e
cazaram na sB a 6 de Junho de 1709.
Segunda vez cazou JozB Pereira SodrA com D. Tbe-
reza Maria de Brito, que era filha do coronel Francisco
de Brito Barboza e de sua mulher D. Maria de Araujo
Azeredo, que era filha de Liiiz Ferreira tle Araujo e de
sua mulher D. Joana de Azeredo. D'esta siia seguiida
mulher D. Thereza afaria de Brito teve o alferes Jozé
SodrB Pereira ou Pereira Sodré filhos :
4 . Jeronimo Sodré Pereira, qiie se segue. A 31 de
Fevereiro de 1 719, na capella de S. Pedro do Traripe
batizou o cura Jogo da Se Borges de Barros, a Jeronimo,
fllho do alferes SozB Pereira Sodr6 e de sua mulher D.
Thereza Maria de Brito.
5 . .Tozé Alvaro Pereira Sodré.
6 . D. E'ranciscã, I). Tliereza e I). Aiina, religiozas
no Desterro da Bahia.
N . 4. Jeronimo Sodré Pereira, filho tle Jozé Pereira
- - -

Cazaram 3 6 de Juiiho de 1709.


CATALOGO GENEALOGICO 335

SodrC, n. 3, 8 capitão-mór e moço fidalgo da caza de Siia


Xageshde, cazado com D . Cathariria Alaria da Graqa de
Albuqrierque, filha nnica do sargento-mór ,João de Couros
Carneiro e de sua, mulher D. Anna Francisca de Albu-
querque, filha de. . . e Joáo de Couros Carneiro sobredito
era filho do sargento-mór .ToiZo de Couros Carneiro e de
sua mulher D. Joana de Vasconcellos; e de Jeronimo
Sodré Pereira, mestre de campo de auxiliares n'este anno
de 1769, e de sua mulher D. Catharina são filhos :
7 . João Sodré Pereira.
8. Joze Alvaro Pereira Sodré, capituo.
9. Luiz Sodré Pereira, faleceu solteiro a 10 de No-
vembro de 1774.
9 . Jeronimo Sodrk Pereira, alferes.
10. Francisco Sodié, Kotlrigo Sociré.
11. D . Anua, D . Caetaiia.
N . 1 . Alvaro Gonc;alrcs Pereira Sodrk (1) era so-
brinho de Jeronimo Sodri. Pereira, do qual se dice já em
o n 1, por ser este Jeronimo Sodrk Pereira irmão segundo
de Jozk Pereira Sodré,hertleiio e senhor das Aguas-Belas,
e filhos aml)os de FeriilZo Pereira Sodr6 e de sua mulher D.
Brites TibAo. De Jozé Pereirir Sotlrk, irmiio de Jeronimo
Sodrb Pereira, acima, alkm do fillio moi gado e outros, foi
tambem fillio :
Alvaro Gonçalves Pereira SotlrC., n . 1, sobrinho de
Jeronimo Sodrt Pereira, n . 1, clieqou ;i Raliia em 14 de
Maio de 1700 como soldado da náo Nossa Seiiliora do Bom
Sucesso, a qii;tl se queiinou iiii Bslii;t, e contava enttto
22 annos rle idade, e assento11prac;a no terço do mestre
de campo Jeronimo Sodrk Pereira, seu tio (2). Na Bahis
cazou com D . Tliereza Pereira Yerdox, e teve filhas :
Jozefa, batiziida na capela de S . Gonqalo de Cama-
rogi a 3 de Dezembro de 1722.
Jlaria, batizada a 26 de Janeiro de 1724, e foi pa-
drinho João Gonçalves Pereira Sodre, irmão do pai da
batizada.

(1) Con)gralia Portiigllcza


(2) Conah o referido aqui dOn gIivro
. 211 211.
<!
'1 de serviços a lls. On vers.
LOPES SOEIRO
Martim Lopes Soeiro, (1) natural dn ilha da Madeira,
freguezia de S. Gonçalo do Caniso, cavalleiro fldalgo da
caza del-rei, e professo na ordem de S. Bento de A*,
e cazou na Bahia com D. Anna Pereira,natural da mesma
Bahia, sobrinha do bispo do Brazil D. Mignel Pereira,
natural de Viana, cavalieiro da ordem de Christo, sendo
ainda inquizidor, e relator de Tomar, por ser filha de
uma sua irman,cazada com Lazaro Colbert,fidalgo francee,
que morreu de peste n'esta Bahia, por cnjo cazamento
teve o fõro e o habito,que o tomou sem dispensa de meca-
nica de seos arbs, como consta dos alvarhs, pelos quaes
se lhe mandou lançar o dito habito. Teve de sua mulher
os filhos seguintes :
1 Duarte Lopes Soeiro, que se segue.
2. D. Maria Pereira Soeiro, mulher de Domin-
gos de Negreiros, a fl. . ., n. 2, e ahi o mais.
3. D. Cecilia, que faleceu menina, batizada na 84
a 24 de Junho de 1589.
4. D. Cecilia Soeiro, mulher de Manoel de Barros,
a fl. ..batizada na sé a 2 3 de Março de 1592.
6. D. Antonia Pereira Soeiro, mulher de Felippe
Cavalcante, a A. . .
ri. Lazaro Lopes Soeiro, adiante. .
7. Xartim Lopes Soeiro, vigario de S. Gonçalo da
Caxoeira, então curato. O padre ThomB Lopes, Matheus
e Felippe, que faleceram solteiros.
N. 1. Duarte h p e s Soeiro (2) filho de Martim
Lopes Soeiro e de sua mulher D. Anna Pereira, foi cava-
leiro fidalgo, como seu pai, e cazou com D. Maria de

(1) F;rleccii %íartiinI.ol~es Soeiru ri 1; t l i 8 Mai-qo de 1i;20, eiilerrado


eiii Sio Francisi'o.
(21 Faleceu ente Uiiarte no aiiiiode lfi51.
Aos 21 dias tlo iiiez de Maio dt3 l u 0 aniios Ijatizei a 1.iizi;i fillia de
Duarte Loprs S i ~ i r or de sua iiiullier D . Maria de Souz;~, rr:r liiatriz
de Serpipe do Conde. O padre Zgnacio Dias.
CATALOGO QENEALOQICO 337

Souza Dormondo, filha de Antonio de Souza Dormondo


e de sua mulher D. Joana Blirboza, a fl..., n. 1, com filhos:
8. D. Margarida de Souza, mullier de Paulo Coelho
de Vasconcellos, e depois do capitão Constantino Lins de
Vasconcellos, e de ambos não teve sucessão.
9. D. Anna de Souza de Barros, mulher do capitão
Paio de Aràujo de Azevedo, e foi a segunda 9, fl..., n. 1.
e seguinte.
10. Antonio Lodes Soeiro.
11. D. Luzia de Souza, mulher do capitão Damião
de Negreiros Soeiro.
12. D . Cecilia Soeiro, mulher segunda de Christo-
váo da Cunha tle SA Souto-maior, batizada a 27 de No-
vembro de 1631.

BARROS DA ILHA DA MADEIRA


N . 4. Cecilia Soeiro, filha de Martim Lopes Soeiro
e de sua mulher D. Anna Pereira, ( I ) cazoii com Manoel
de Barros, natural da ilha da biadeira, e tiveram filhos:
11 . D . Maria de Barros Soeiro, que se segue.
12. D. Anna de Barros Soeiro, mulher de Fran-
cisco de Sraujo de Aragão, a f l . . ., n. 3 3 .
13. Francisco de Barros Soeiro, adiante.
14. O padre M;trtim de Barros Soeiro. vigario do
curato de S. Gonçalo dos campos da Caxoeira, e depois
de Itaparica.
15. Manoel de Barros Soeiro , ao depois cazado com
Feliciana de Oliveira, com filhos ; filha esta do capitão
Antonio Moniz Botelho e de sua mrilhpr Leonor de Oli-
veira : cazaram a 8 de Setemliro de 1660.
Joana., aue faleceu de menor idade a 20 de Julho de
1650.
N . 11 . D . Maria de Barros Soeiro. (2) filha de D.
Cecilia, acima,e de seu marido Manoel de B&-&s,cazoucom

11, Falece~~aJ1 de Anostods 1666: roi ~eoiiltadano Cariiia.


i2) Cazaram na freguezia da ~urific:içàide Segipe do Conde a, 91
de Jiinlio de 1611.
43 r. I . VOL. LII.
Miguel Fernandes de Barros,da mesma ilha da Madeira, e
tiveram filhos :
16. D. Maria de Barros, segunda mnlher do coronel
Christovão Cavalcante, seu parente, a fl . . ,n. 2, e ahi a .
sua decendencia :
17. Cecilia, Francisca, Victoria.
N. 13. Francisco de Barros, filha de D. Cecilia
Soeiro, n. 2, e de seu marido híanoel de Barros, foi capi-
tão e cazon com D. Anns de Souza, (1) filha do
18 O licenc!ado Martim de Barros,Antonio de Bar-
ros, I). Maria de Souza, D. Cecilia de Souza.
N . 6. Lazaro Lopes Soeiro, filho de Martim Lopes
Soeiro, e de sua mnlher D. Anua Pereira, foi capitão de
infantaria, e teve o foro de fidalgo, cazou com D. Izabel
da Costa Madeira, filha de Domingos Lopes Falcato e
de aua mulher Agueda da Costa, e teve filhos :
19. Alvaro Lopes Soeiro.
20. Francisco Lopes Soeiro.
21. Antonio Lopes Soeiro, capi tiio .
9 2 . D . Anna Pereira, que se segue.
Manoel de Vargas Cirne, fidalgo da caza real, e
natuial da villa de Viana, k'6z do Lima, foi sargento-mor,
era filho de Antonio de Vsrgas Cirue e de D. Gtracia
Maciel da Rocha, e na, Bahia cazou com D. Anna Pe-
reira, (2) filha do capitão Lazizro Lopes Soeiro e de sua
mulher D. Izi~belda Costa, a fl..., e teve filhos :
1. D. JIaria de Vsrgas Ciriio, mulher do capitao Mi-
guel Bezerra, a A. . .
2. Gaspar de Vargas Cirne Barboza, cazado com
D. Ignez de liíello de Vasconcellos Corte-Real, que se
segue.
3. D. Izabel de ~ a r g a sCirne, cazada com Antonio
Iiíoniz Barreto, (3) e depois com Antonio Moreira de
Gamboa, sein filhos : cazoii com este a 1 7 de Setembro
de 1693.
( 1 ) Caz:irarn ;L 21 di. Fel ereiro dcs1611 iin fi.c;ii(>zintia PiiriliiS~.io.
12) F.llewii a 1.3 tlt. Al~ril de ](;;H I) i i i i i . i Peiibir.~siia iiiullit~r,r
elle r:rlec.eu a 21 de Setriiil~rode ll;!U, e fui st*piill;idolia caliclla da Co-
pacal~:ina,r ella na rapella dt' S. c.oiic;alo.
(.j) Caz:iraiii a 35 de Jiiiiho de 11~91 .
CATALOGO GENEALOGICO 339

4. Liizia Pereira de Vargas Cirne, miilher do alferes


Martinho Soares da Cunha, com filhos, batizada na fre-
guezia cio Nonte a 2 de Dezembro cle 1674.
Gracia Maciel, que faleceu solteira.
N. 2 . Gaspar de Vargas Cirne Barboza, filho do
sargento-mór Xanoe.1 de Vargas Cirne, acima, e de siia
mulher D. Anna Pereira, cazoii com D . Ignez de llello
Vasconcellos, (1) natiiral da villa de Cairii, filha de An-
tonio de Coiiros Carneiro, capiti-io-mór da capitania dos
Ilheos,e de sua primeira mullier L).Ursula de Jlello,a fl. ..,
e teve filhos :
5. D. Anna Vargas Cirne, cazada com Paulo de
Magalhães de Azevedo, natiiral de Viana, $em filhos.
6 . n. Cathariria de Paigas Cirne, qiie se segue.
N. i;. Catharina de \largas Cirne, filha de Gaspar
de Vargas Cirne Htirboza e de sua miillier D. Ignez de
Mel10 Vasconcellos, iiciriia, cazoii com o sargento-mór
Manoel de J1;igitlhkes de Azevedo ,(?) natiiral da vila de
Viana, fiegiie.<ia cle S. Maria Maior, arcebispado de
Braga, fillio de Siiiiilo tle Magallikes e de sua miilher
Domingas Gonqalves ; e teve D. Catliarina de sei1 marido
filho unico :
7. Paiilo de Targas Cirne, que se segue.
N . 7. P;tiilo cle V;tigas Cirne, filho iiiiico de D. Ca-
tharina de Tnrgas Cirne, e de seli maridn 31anoel de Xa-
galhães de Azevedo, cnzou com D. .Toana Marp de
Araujo, fillia tle .To20 da Costa Pereira e de sua mulher
D. Therez:~de Jeziis Pereira, natiiraes todos da fre-
gnezia do Socorro, e atk este anno de 1 7 7 0 não tem
filhos.
N. 3. D. Izabel de Vargas Cirne, filha do sargento-
m6r Manoel de Pargas Cirne e de sua mulher D. Anna Pe-
reira, cazou duas vezes, a primeira coin Antonio Moniz
Barreto, filho do capitão Jeronimo lloniz Barreto e de siia

(I ) Caznraiii :i 2 11rJiilliotlr' I I ; H ~ Ieiii Cairii. Faleceii D.Ignezdr Mel10


a 27 de Jiiiilio de 172-i, lentlai c.az:iilo stl~iiiidavez coiii Tlioiiil Prrtlira
de Meriezt.s, a 18 de Fe\-eieirt~dta 1727 e d'este drisoii i i i i i . ~ filti:~D.
Joana Mnrin de Y : i ~ ~ » i i c ~ ~11Iit'
i i ~ ~C:li%n~'Olii
S. Elins (!ib Suiiza Salgado.
(4) Cazaniii. a 23 de Seteiiibru de 1715, ria Gipella o11 si110 de
S. Domingos da Fazenda-grande.
340 REVISTA TRIMENSAL DO ISSTITUTO HISTOBICO

segunda mulher D. Ignacia de Almeida, (1)e teve um filho,


Antonio, que faleceu de 4 mezes. Segunda vez caeou
esta D. Izabel com Antonio Moreira da Gamboa, (2) filho
de Gaspar da Cunha Severim e de sua mulher D. Joana
Moreira de Gamboa, a 0 . . ., n. 10, dispensados no gr8o
de afinidade, e niio teve filhos.
N. 4. D. Luzia Pereira de Vargas Cirne, filha do
sargento-mór Manoel de Vargas Cirne e de sua muiher
D. Anna Pereira, cazou com o alferes Martinho Soarea
da Cunha, (3) 0lho do capitiio Belchior Yaciel de An-
drade e de sna mulher.
Manoel de Vargas Cirne .
Antonio de Vargas Cirne.
D. Francisca de Vargas Cirne, cazada com Antonio
Moniz Barreto, natural do Cainí, e morador na Jacobina,
e teve filho:

BEZERRA, VARGAS E CIRNE


.
N . 1. D Maria de Vargas Cirne, filha de D. Anna
Pereira, e de seu marido o sargento-mbr Manoel de Vargas
Cirne, cazou duas vezes, a primeira com Manoel Rodri-
gues de Gusmh, sem filhos.
Segunda vez cazou com o capitiio de cavallaria,
Miguel Bezerra, (4) cavalleiro da ordem de Christo, filho
de Andrk Fernandes Bezerra e de sua mulher D. Marta
de Cortes, teve filhos :
2. D . Catharina Ponciana de Vargas Cirne, segunda
mulher de Jozk Argolo de Menezes, a fl. .. , n. 13, e
ahi sua decendencia.
3. D. Antonia Izidora Maria Bezerra de Vargas
Cirne, primeira mulher do capitão Rartolomeu de Argolo
de Menezes, a f l . . ., n. 1 7 , e ahi o mais.
-

(11 i:axoii a -2511c Jiiiilio tle ir>!,l ria frcniic~ziatlo ~ i i i i t e lia


. caplla
tle S. Doiriiiigos.
(-21 Cazou a 17 de Seterril~iode 1693 i i : ~frcgui'zia do Socorro.
(:i1 (:az:iraiii na capela da Alagtk, frclguezi.i du Morite, a 5 de Ou-
tubro de 1699
(4) Faleceu a 29 de Agosto de 1706 seiii testaiiieiito; sepiiltado na
niatriz do rdoiite.
CATA LOGO GENEALOGICO 341

4 . D. Anna Maria de Vargas Cirne, mulher de Vi-


cente de Argolo de Menezes, a fl . . ., n. 16.
5. Prudente, Manoel e D. Izabel, que faleceram eol-
teiros.

VARGAS PISSARROS

O capitão Paiilo Cardozo de Vargas, natiira1 da ilha


da Madeira, donde passoii para a Baliia e ahi cazon com
D. Margarida Diniz. (1) filha de Diiiiz Brabo e de sua
mulher Beati iz Niines Diniz, teve filhos :
1 . João Cardozo Pissarro, que passou a Portugal.
2 . Diogo Pissarro de Vargas, que se segue.
3 . D. Maria de Vargas, miillier de Manoel de Mel10
de Quadros, com um filho.
4. D. Brites, D. Felippa e D. Ursula.
N . 2 . Diogo Pissarro de Vargas, filho do capitáo
Paulo Cardozo de Vargas e de sua miilher D. Margarida
Diniz, cazou com D. Melicict de Barros. (2) sua prima, filha
de capitáro Domingos de Rarros, cavaleiro na ordem de
Christo, e de siia miilher D. Margarida de Menezes, dis-
pensados no 3." gráo de consanguinidãde, tiveram filhos :
5. Ignacio Pissarro de Vai-gas, cazado com Thereza
Henriqiies Soares, batizado a 5 de Agosto de 1668.
6. D. Maria de Vargas, batizada a 29 de Julho de
1669.
7 . João Cardozo I'issarro, batizado a 12 de Junho
de 16'í2.
8. bianoel de Barros Cardozo.
9 . Francisco de Barros Cardozo, cazado com D. An-
tonia de Menezes.
10. Nathias Cardozo Pissarro.
11. Paulo Cardozo de Vargas, qiie se segue.

(1) Cazarani em caza, e tomaram na hrnçfies na s6 a 8 de .{gosto


de 1697. Falccrti elle a i de Setenibro dt' ltiti3. Sepiiltado eni k s s a
Senhora da Ajiida.
(9) Lazaraiii lia igre;a da Piirificayão. a 1 de Fevereiro de 1663.
N. 11. Paulo Cardozo de Vargas, filho de Diogo
Pissarro e de sua mulher D. Melicia de Barros, cazon com
D. Luzia Girão Telles de Menezes, * filha de Aivam
Girão Telles e de sua mulher D. Joana de SB Betenconrt;
este Paulo Cardozo passou para Pernambuco .

UNHÃO CASTELLO BRANCO, E FERRÃO


Pedro de Unlião Castello Branco, foi professo na
ordem de Christo, dezembargador na Bahia, e cazado com
D .Damiana Francisca da Silva, natural de Lisboa, e filha
do tenente general Gonçalo da Silva Ferrgo e de ma
mulher D. Francisca da Silva Metello. Teve Pedro de
Unhão de sua mulher D. Damiana os filhos seguintes:
1. D. Maria Francisca Castello Branco, que se
segue.
2. Antonio Ferrilo Castello Branco, adiante.
3. D. Feliciana Luiza Castello Branco, esta foi filha
de Antonio Ferriio Castello Branco, acima, e não do dezem-
bargador Pedro de Unhão, e cazou com o coronel An-
tonio Alvares Silva.
4. Jo&oFerr&o, religiozo da companhia.
D. Anna, D. Maria, e D. Joana, freiras no con-
vento da Roza de Lisbiia,
N. 1 . D. Maria Francisca Castello Branco, fiiha do
dezembargador Petlro de Unliao, aciuia, e de sua mulher
D. Damiana, foi cazada com Antonio Gomes, filho do
mestre de campo Pedro Gomes, a fl.. ., e diz o assento de
quando cazaram assim : Aos 20 de Outubro de 1687, o
Revm. chantre Francisco Pereira, com licenqa do cabido,
recebeu em caza a ,\iitonio Gomes, filho do mestre de
campo Pedro Gomes, com D. Maria Francisca Castelo
Branco, fillia do dezrmb:irgador Pedro de Uiilião Cast,elo
Branco e de D. Mariana da Silva, sendo testimiinhas
o governador d'esta praça blathias da Cunha, o mestre

Cazaraiii a 29 de Seleiiibro de 1710, na frepiiezia tl:i villa de


S2o Francisco.
CATALOGO GENEALOOICO 343

de campo Pedro Gomes, e D . Izabel, mulher do dezem-


bargador Francisco da Silveira.
Por morte de seu mal ido Antonio Gomes, cazou se-
gunda vez D. Naria Francisca, acima, emLisbGa, intem-
pestivamente, diz a verba do testamento de seu pai
Pedro de Pnháo, com o dezembargador Jeronimo da Costa
de Almeida, de quem, diz, teve 5 filhos.
K. 2. Aiitoiiio Ferráo Ciistelo Branco, filho segnndo
do dezembargador Pedro dc Unlião, foi tenente general, e
goveinadoi da ilha de SAo 'l'houié, e cazoii com D. Mar-
garida Maria Teles, e teve fillios :
Pedro de I'nliáo, que faleceu a 28 de Junho de
1738.
D. Feliciana Luiza Castelo Branco, cazada com o
coronel Antonio Alvares Liliia.

GOMES, FRANÇAS, FERRÓES, CASTELLOS


BRANCOS

Pedro Gomes, natural de Setubal, passou ao Brazil, e


na praça da Bahia militou, foi cnpitáo de infanteria, aju-
dante de tenente, e tenente geiiei~tl,mestre de campo de
um terço dos do seti prezidio, donde passou a governar
interinamente a capitaniit do Rio de Janeiro por algum
tempo, o qual concluido, voltoii piira a sua praça. Pelos
seus relevantes serviços, lhe fez el-rei D. Joáo I V mercê
do fôro de moqo fidalgo e do habito da ordem de Christo,
de quem foi professo. Cazoii com D. Izabel da Costa Ma-
deira, viuva do capitáo Lazit1.0 Lopes Sueiro, filha de
Domingos Lopes Falcato e de sua mulher Agueda da
Costa. Teve de sua miillier fillios :
1. Antonio Gomes, que se segiie .
2. D. Agueda da Costa. segunda miilher de Salvador
Corrêa de SA, OU Vasqueaiies, mzou a 30 de Setembro de
1676, batizada na sé a 25 de Jiilho de 1641.
3. D . Maria Gomes, mulher de Affonso da França,
a f l . . . , n . 7.
344 REVISTA TRIIUENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

4. D. Izabel de S. Antonio, freira no Desterro, e


ab adeça.
D. Brites, que faleceu solteira a 11 de Maio de
1672, sepultada em S. Francisco, D . Valeria, batizade
na se a 4 de Maio de 1646, Miguel batizado na s4 a 14 de
Maio de 1646, e faleceu solteiro.
N. 1. Antonio Gomes, filho primeiro do mestre de
campo Pedro Gomes e de sua mulher D. Izabel da Costa,
foi moço fidalgo da Gaza real, como seu pai, e cazon com
D. Maria Francisca Castelo Branco, filha da dezembar-
.
gador Pedro de Unhão, como fica na fl.. retro, e teve
. filhos :
5. Alexandre Gomes Ferrão Castello Branco, que se
segue.
6. Gonçalo Jozé Gomes Castello Branco, adianta.
N . 5 . Alexandre Gomes Ferrão Castello Branco, filho
de Antonio Gomes, acima, e de sua mulher D. Maria
Francisca Castello Branco, foi moço fidalgo, como seu
pai, e avô, cavaleiro da ordem de Christo, e coronel daa
ordenanças do rio de S&o Francisco, onde tinha o aen
morgado. Cazou com D. Maria Cardozo de Oliveira, filha
do coronel Salvador Cardozo de Oliveira e de sua mulher.
7. Antonio Gomes Ferrão Castelo Branco, que se
segue.
O. Salvador Gomes Ferrão Castello Branco.
9. Pedro Gomes Ferriio Castello Branco, sacerdote.
10. Diogo.
N. 7. Antonio Gomes Ferrlo Cast,ello Branco, filho
do coronel Alexandre Gomes Ferrão Castello Branco e
de sua mulher D. Maria Cardozo, 6 moyo fidalgo da cawr
real, e sargento-m6r pago do terço da Torre, cazou com
D. . ., filha do tenente Thomaz Feliciano de Albernaz,
cavalleiro professo na ordem de Christo, e de sua mulher
D. Antonia Caetana.
N. 6 . Gonçalo Jozé Gomes Castello Branco, filho
segundo de Antonio Gonies, l i . 1, e de sua ziillier D.
Maria Francisca Cast.ello Branco, foi nioyo tidalgo da
caza real, e cazou coin D. Aldonça F'rancisca da Rocha
Pita, filha do capitão Theodoro da Rocha Fienis e de sua
mulher D.. .
CATALOGO GENEALOGICO

Est.a familia dos Calmóes procede do reino'de F r a n ~ a ,


na provincia da cidade de Cahors, aonde em distancia de
uma legua se acha o castelo chamado Pin, antigo solar
d'esta familia. Tem o dominio do dito castelo, sendo tam-
bem senhores de uma legoa em circuito, e de sua povoa-
ção em o ultimo lugar da mesma c.idade, em o qual esth a
igreja de S. JuliBo, e na sua capela-mór o jazigo ou
sepultura tl'esta fitmilia ; tendo o chefe d'ella sitial, e ca-
deira de espaldar, em que se senta, que em França se
chama banco dobrado, e o vigario da dita igreja o vai
receber, dando-lhe agoa benta, os ductos e as mais ceri-
monias, ou honras competentes, porque todos os que moram
n'aquella povoação e terras do castelo são seus vassalos.
Nomêa justiça1 e iiin procurador fiscal, que na au-
zencia do senhor por elle governa. Tem jurisdiqão nas
cauzas civeis até a quantia de 243 na nossa moeda sem
apelação nem agravo, e n 1s crimes ate sentença de
morte com apelação para o p~rlamentode Toloxa, onde,
confirmando-se, se vem executar a sentença no (lito cas-
telo, e das penas peciiiiiarias, separado o salurio da
justiça, o mais pertence ao senhor. Nas posturas, falt,ando
a ellas os seus vassalos, siio multados, a metade pars o
procurador fiscal, e a outra parte para o senlior, que pelos
pobres manda repartir.
São senhores e perpetuos governaclores de juro e
herdade da cidade de S. Antonio, por haverem herdado a
cazadeMonsieiirVi1lit;e na cidade de Cahors sBo lentes na
sua universidade por Sua Magextade Christinissima, tendo
no mesmo colegio cazas, conferindo o grho hquelles su-
geitas, qiie na tal universidade andam os annos do seu
estatuto, recebendo propina, aléni do ordenado da fazenda
real, tendo na cathedral banco dobrado, honra que
custumam ter os lentes em França.
D'esta caza boriuiido Beltrão Calmon, que, vindo de
França para Portugal, cazou em Lisbòa com D. Maria de
Tovar, e d'este matrimonio, entre outros filhos, teve a J o b
44 P. I. VOL. LI].
Calmon, que, seguindo as armas, passou ao Brazil na
armada, que veio a cargo do Conde da Torre, q?e foi a
primeira certidilo, que teve do serviço d'el-rei, e vol-
tando para o reino, foi servir na fronteira da Beira,
onde, occupando o posto de alferes do commissario geral
da cavallaria e de reformado, achando-se nas ocazióee,
que se offereceram sem fazer auzencia do reai serviço,
passou R tenente-cnpitfio da companhia de cavallos do
commissario geral de cavallaria, e consta por certidóea
haver pelejado e roto o inimigo, ficando com uma ferida,
e haver passado com sua companhia de socorro para a
provincia do Alentejo, achando-se na campanha d'aqneiie
anno ; e haver pelejado e roto o inimigo ; governando ae
tropas da cirvallaria com sstisfaçáo; e pela nona certidso
consta haver pelejado e roto o inimigo, e ser parte e
cauza de se alcançar uma victoria, ficando com trez feri-
das pelo empenho que fez da sua pessoa; e pela undecima
certidão consta haver pelejado mais vezes, e governado as
tropas. E pela duodecima certidão, passada pelo general
das armadas, consta haver governado a cavallaria da pro-
vincia, e opor-se com valor ao poder do inimigo; e o mesmo
consta da certidao decima terceira na continuaqlo do go-
verno da cavallaria sem n'esse tempo o inimigo fazer
dano, pelo seu cuidado e valor, e da certidgo decima
quarta, consta romper o inimigo, aprizionando-lhe seus
cabos, pelo que o honro11 S. Magestade com uma real
carta de agradecimciito, coino se refere na dita certidáo.
Depois passado á corte o niandou el-rei por lim alvarsi
governar a praça de Cascrtes, que a fortificou, e o fez el-
rei capitiio de mar e guerra da corôa, como consta de sua
patente, e vir por almirante na esquadra.
E da segiinda patente de capitiío de mar e guerra,
vai de socorro d restauraçáo de Pernambiico, em cujo
sitio pelejou, e na volta para o reino com singular
esforyo, como consta da certidáo decima setima, e da
mesma consta passar ao Brazil com praça de reformado na
armada, que veio a cargo do general Friincisco de Brito
Freire, que elle no seo livro Guerra Brazilica, entre as
pessoas mais distintas que embarcaram faz menção do
seu nome.
CATALOGO GENEALOOICO 347

E finalmente assistindo na Baliia em ocmziões que o .


inimigo in restava a barra, se aprestaram armados, que elle
o fez sem soldo por nomeiiyão da camara, ajudando com a
sua fazenda a contribiiiçáo da gente de guerra, e com os
seus escravos as fortificayóes, como tudo consta da certi-
, officiaes da camara. E ultimamente
diío decima o i t a ~ ados
governando esta praça Alexandre de Souza, vindo noticia
que o olandez aprestava uma armada, que se prezumia in-
vadir a Baliia, o occiipou nas fortificaçóes, e particular-
mente reedificou o forte cliaiiiado Barbalho, com dispendio
de sua fazenda, assim pelo siistento, que deu aos officiaes
da obra, como o que gastou na doença de umas sezões ri-
gorozas, que grangeou na dita obra ; por fazer serviqo a
el-rei, como colida das certidi~esdo dito governador, e
por umad'ellas consta haver socorrido uma nAo da India,
que lastiiiiozamonte ia dando á costa dentro na Bahia,
e por estes seus tão relevantes e honrados serviços, foi
despachado seu filho o coronel Francisco Calmon com a
mercê de fUio de fidalgo da caza real.

CALJIÕES NA BAHIA
Beltrão Calmon foi o primeiro d'esta familia, que
vindo de França pura Portiigal cazou em LisbGa com D.
Maria de Tovar, e entre outros filhos teve d'esta a :
1. Jogo Calmon, que se segue.
N. 1. João Calinon, * filho de Beltrão Calmone de
sua mullier D . ,Maria de Tovar, tendo servido a Por-
tugal, e alcançatlo os premios pelos seus serviços, que
ficam apontados, cazou eni Lisboa com D. Maria Mala-
faia de Brito , natiiral de Mazagáo, filha de Francisco
Caldeira de Brito e de sua mulher D. Izabel do Couto,
e teve filhos :
2. D. Izabel, que faleceu menina, enterrada em
Lisbi~ana freguezia de N. Senhora dos Mart.ires.

Diz o asseiito do seti caznrnento coiii D. Aleixa de Alineida ser


estrangeiro.
3. Antonio Calmon de Brito, que, vindo de LisN
com seu pai de tenros annos, cursando os estados gemes
do collegio da Bahia, passou B universidade de Coimbra,
e n'ella se graduou no direitn canonico e civil, e indo B
c6i-te se rezolveu a ser religiozo Agostinho descalça no
convento, que está adiante de Xabregas, e se chamou
frei Antonio da Penha de França, ocupando na
sua religião as cadeiras de mestre de filozofitr e teo-
logia, em que se jubiloa. Foi prior, definidor geral, e
fandou os conventos da sua religião no estado do Bra-
zil, e recolhendo-se para a corte, o elegeram prior vizitador
geral, e eleito tambem vigario geral da congregaqb ; e
no anno de 1696 o nomeou el-rei D. Pedro I1 bispo de
SBo-Thom6, e sagrando-se no convento de SBo Bento
da cidade da Bahia foi para o seu bispado, que logrou
anno e meio, e faleceu em 19 de Dezembro de 1703.
Segunda vez cazoa João Calmon, acima, na Bahia
em 6 de Maio de 1659, com D. Juliana de Almeida, filha
de Martinho Ribeiro e de sua mulher Maria de Almeida,
senhores do engenho da Ilha das Fontes, e se recebeu no
dito sea engenho,, sendo ministro d'este sacramento
frei Gregorio Pereira, religiozo de São !Bento, o qual
frei Gregorio era tio da noiva, por ser irmão in-
teiro da dita sua mai, por serem filhos de Rodrigo de
Almeida e de sua mulhar Margarida Pereira de Castro,
naturaes dos Arcos de Valderez, da familia dos Pereiras
de Viana, e veio o dito Rodrigo de Almeida com sua
mulher para a Bahia com quatro filhas e am filho, qae 6
o dito frei Gregorio Pereira, religiozo de São Bento,
e este Rodrigo de Alineida é o troiico d'estes Calmõea
pela via materna. De João Calmon, * e de sua segunda
mulher D. Jaliana de Almeida foram filhos : .
4. D. Margarida, que naceii eni 4 de Narço de
1660, e falece11 em 2 de .Julho do dito anno.
5. D. Mariana, nasceu em 13 de Março de 1661,

Por iiiorte d'cste Jo5o Caliiion cazou siia segiiritln iiiiillier I).
Juliana dt. Aliiirida coiii o doutor .\loi~leirnde S:i c tevc d'cbsle uiiia
filha D. Aiiiia tle Aliiieidir. qiie cazou coiii Anlonio Moniz Barreto. lillio
de Diogo Moniz, o gordo, ri 11. .., ri.
CATALOGO GENEALOGICO 349

embarcou-se com seu irmão frei Antonio da Peiiha de


França, que ao depois foi bispo de São Thom6, em 24 de
Agosto de 1677, e se recollieu religioza no convento do
Salvador de Lisbfia, da ordem de São Domingos, e se
chamou soror Meriana da Penha de França, e varias
vezes foi priora do seu convento, onde faleceu car-
regada de annos.
6. Nigiiel Calmon, nasceu em 22 de Setembro de
1662, e faleceu em 18 tle Maio de 1735, enterrado na
fregnezia de São Pedro dn Bahia; e seus ossos trasla-
dados depois para a sepiiltura de seus paes, que esth no
mosteiro de São Bento da Bahia, no arco da ciipella m6r,
da parte do Evangelho.
7. Martinlio Calmon, nasceu em 21 de Abril de
1665, foi religiozo da companliia do 4. voto, reitor do
colegio de Pernambuco ; e faleceu no da Bahia em Março
de 1728.
8. João Calmon, qiie nasceu a G de Setembro de
1668, e batizado na se ; estudou latim, filozofia, e
teologia nos estudos geraes do collegio da Bahia ; e
passando h universidade de Coinibra se graduou nos
sagrados ciinones, e voltando para a yatria se ordenou de
sacerdote ; foi vig;~rio geral do arcebispatlo, e conego
mestre escola, cliantre, e dezenibargador do numero;
vizitador varias vezes, do arcebispado, provizor, juiz
dos caxnmentos, conimissario da bulla, e do santo officio ;
procurador geral (10s intlios, juiz conservador dos re-
ligiozos de Sáo Francisco, e de Sáo Bento ; promotor do
sinodo que celebroli o Exm. arcebispo D. Sebastião
Yonteiro da Vide; protonatario apostolica, juiz dos
reziduos, e varias vezes governador do arcebispado.
Teve a patente do geral da ordem carmelitana para ser
commissario geral da dita ordem na provincia do Brazil,
que por razóes particulares não quiz aceitar ; foi con-
sultado para bispo, e faleceu carregitdo de annos, e jaz
na sepultura de seus paes no mosteiro de S. Bento.
9. Xiguel Calmon de Almeida, segundo do nome,
nasceu em 21 Maio de 1672, e se segue.
10. Francisco Calmon, adiante.
N. 9. Miguel Calmon de Almeida, íüho de JJoão
Calmon, n. 1, e de sua segunda mulher D. Juliana de Al-
meida. Foi corone1,depois que, graduado na univemidade
de Coimbra nos.sagrados cauones, voltoii para a patria,
donde foi por nove annos juiz dos orfáos, e cazou com D.
Margarida Pereira de Andrade, senhora cio engenho de
Santo Antonio da Patatiba, reconcavo da Bahia, filha do
alferes Felippe Rabelo de Andrarle, natural de Bastos, e
de sua mulher Antonia Pereira dos Santos, de cujo matri-
monio teve :
11. D. Antonia Caetana Calmon, que cazon com o
tenente-coronel Felippe da Silva Bezarra de Almeida,
filho do tenente-coronel Amaro Francisco de Almeida e de
sua mulher D . Barbara de Souza, adiante.
12. D. Clara JEaria Calmon, que faleceu solteira no
anno de 1737.
E D. Juliana, que faleceu na Bra de 1758.
13. Jogo Calmon, que cazou com D. Ignacia de Na-
zareth, adiante,
14. D. Ignacia Francisca Calmon, que cazou com o
capitgo da villa de Jagoaripe, reconcavo da Bahia, J&
de Souza Deça, e rive com o dito seu marido na sua fa-
zenda da .Jacuruna, e tem um s6 filho chamado Antonio
Joz6 Calmon de Souza Deça, o qual, cazando de proximo
com unia filha do tenente-coronel do regimento novo da
guarniqáo da p r a p da Bdiia, Jogo Pinto, já se acha des-
quitado d'ella, n'este aniio de 176s.
N. 13. João Caliuon, fillio do coronel Nigiicl Calmon
de Alineida e de sua mullier D. Margarida Pereira de An-
drade, cazou com D . Ignacia de Nazareth, filha do capitiio
Antonio Dias de Macedo e de siia mullier D. Virginia de
Afonceca, e t e ~ íillios
e :
15. I). Jlargaritla Jazef,~Cirliiioii tle AIl~neitla,
iiiulher
de D i o p Moiiiz da Silveira, seu parente.
18. D. Virgiiiia Francisca Caluioii, que se segue.

* Faleceu ;L 21 d:' Maio de 17%.


CATALOGO OENEALOGICO 351

17. D . -4nna Joaquina Calmon, adiante.


18. D. ,Toana Calmon, L). Maria ,Toaquina Calmon,
D . Francisca Calmon .
19. Jozé Gabriel Calmon.
N. 16. D. Virginia Francisca Calmon, fllha de João
Calmon, n. 13, e de sua miillier D. Ignacia de Nazareth,
cazou com seli primo Caetano Lopea Villi~s-BGas,escudeiro
fidalgo, dispensados (10 3 ." gráo tle consangiiinidade, no
anno de 1767.
h'. 1 7 . D. Anna Joaqiiiiia Calmon, filha de .Toão
Calmon, n . 13, e de siia miillier D. Ignaçia de Nãzareth,
CMOII com seu primo Felippe 'l'lioniaz de Almeida Calmon,
dispensados no 2." griio (te conbanguinidade, no anno de
1766. e teve filli%s,duas peqiienas.
S. 1 0 . Francihco Caliiion *, tillio de João Calmon,
n. 1, e de siia segiiiitla inollier I). .Tiili;tiia de -4lrneida,
foi coronel, e fidalgo da cazit dc Soii ll:igestarIe, e ciizou
com sua prima L). 1griaci;tde Alineida Pereira, dispensados
no 3." griio de coiisangiiiiii(la(le, por a (lita siia prima e
mulher, filha de Hitrtolorueii tle Barros, qiiv foi jezuita,
expulso pela religitto no seciilo assado, natural da villa
de Thomitr e de sua miilher Iziihel tle Almeidii, filha de
BdBo Francisco Habelo, tidul,rrt, tle cota de armas, na-
tural de Penso, do concellio de (:avia, hispado de L~mego,
descendente por biiroiiia dos Iiab(~losdo Grajal, que todos
foram, nos tempos antigos, titlalgos tle cota de armas,
cujo braziio do dito Adáo Franci%coRabelo se acliará na
oiividoria geral do crime (li%citlade (1:~ Baliia, escrivão que
foi d'estes autos crimes llaiioel 'Peixeira de Carvallio, por
cujo brazáo de armas livro11seti sohrinlio Gregorio Rabelo
de Barros da Fonseca de pena ~ i de l baraqo e pregão pela
morte que fez, e a dita, Izabel de Aliiieitla de Barros, filha
do dito Antão Rabelo, proprietaiio que foi do oficio de
escriváo do tliezoiiro d'el-rei n:t Baliia, e de siia iniillier
Brites de -4lmeida, qiie é uma das filhas de Rodiigo de
-

Fal~lceiilia siia cnrx, em (::ihil~e,ein 1:) de \I~riltle 1710, e se-


pultado na sii:i cal~rllade Caliipe tl:i Ire:iiezia ilo Socorro; e siia
~ i ~ u l b eI).r Ignaciit Y:iri:i de .41iritbida,sepultada lia igreja i10 Desterro tla
hhia.
Aimeida e de sua mulher Margarida Pereira de Castro,*
natiiral dos Arcos de Valdevez, tronco d'esta geraç8n pelas
e
partes maternas. De Francisco Calmon, acima, e sua mu-
lher são filhos:
20. Jogo Calmon de Almeida, que nacen em 16
de Abril, foi fidalgo da caza de Sua Magestade, bati-
zado por seu tio o Exm. bispo de São-Thom4, D. frei Auto-
nio da Penha de França, recebendo as quatro tonsnras de
ordens pelo senhor arcebispo da Bahia D. Sebastiilo Yon-
teiro da Vide. Faleceu em 3 de Maio de 1731 em Traripe
em caza de sua avó materna, e foi enterrado na freguePr
de Nossa Senhora da Purificaçilo da villa de SantoAmaro.
21. D. Mariana, que, nascendo a 12 de Outnbro de
1702, faleceu em 17 de Janeiro de 1703.
23. Francisco Calmon, que se segue. Foi batizado a
28 de Setembro de 1703.
23. D. Mariana da Penha de França, aegunda dleate
nome, nasceu em 21 de Setembro de 1707, e A religiozs no
Desterro de S. Clara da Bahia, e uma das fundadoras do
convento da cidade do Rio de Janeiro, para onde partio
com as mais em dia do Patrocinio de Nossa Senhora, do
anno de 1748, e 18 foi abade*, e voltou para a Bahia no
de 1762.
24. Antonio Calmon, qiie cazou com D. Guiomar
Ximenes de Aragiío, adiante.
25. Miguel Calmon de Almeida, que, nascendo em
Cahipe a 22 de Naio de 1710, faleceu de poucos aunos.
26. Rodrigo Calmon de Almeida, fidalgo da caza de
Sua Mlgestade, naceu em Cahipe a 16 de Setembro de
17 13, b ~tizadona dita capella, e padrinho D. Rodrigo da
Costa, vice-rei da India e do estado do Brazil, e indo
ao sertão do rio de S. Francisco, faleceu no anno de
1743, e foi sepultado na igreja da Carunhanha, jurisdiçb
de Pernambuco.

Erro i. iiiiiilo grnnile; [Iorqlic! Iteatriz dz Aliiic'itla era lillia le-


gitima tli: hntlrk Itil)eiro, riii)ratlorii:i Palatil)a, e de sii:i iiiiillier Fi~lippa
de Aliiii~id:~. qiie depois cnxoii, por inorli: tl'aclui:lle, çoiii Pedro de
Aliiieida,cc,iish do inveiitario, cluc se ai:tia no cariorio anti 'O dos or-
130s. 'iiiii, si fhra Roilrigo de ,iliveiila e soa.iiiultier Maryuikr Pereira
de Castro pais de Pelip a de Aliiieida ; e podia o autor iiidagiir riiellior
para escrever. (Nota d) ,,I argern) .
CATALOGO GENEALOGICO 353

27. D. Francisca Maria Calmon de Pin, nasceu em


9 de Março de 1715, batizada ern Cahipe, e foi incluza no
breve de educanda no convento de S. Clara do Desterro
da Bahia, acompanlioii a sua irman a madre Mariana da
Penha de França, uma das fundadoras do convento do Rio
de Janeiro, de quem j U se dice acima, e professoti n'a-
quelle convento com o nome de soror Francisca Mariana
da Penha de França.
28. D . Antonia Calmon*de Pin,que nasceu em 23 de
Junho de 1716, faleceu solteirano anno de 1732, e foi en-
terrada na fregiiezia de Nossa Senhora da Purificação de
S.Amaro, na sepultura de seu primo Francisco Barreto de
Nenezes, fidalgo da citza de Sua Magestade.
Francisco Calmon,*filho de Francisco Calmon, n. 10,
e de siia mulher D. Ignacia de Almeida Pereira, foi fi-
dalgo da caza de Sua Magestade, estiidou gramatica em
estudo particular, e filozofia nos estudos geraes do collegio
da Bahia, e cazou em 9 de Abril de 1731, na s6 da Bahia,
por procuraçáo,com sua prima D.Luiza Maria de Almeida
Pereira de Castro, dispensados no 2." e 4." gráo de consan-
guinidade,por ser esta filha do capitão Luiz de Barros Al-
meida, irmão de sua mãi inteiro, e de sua mulher Vicencia
Pereira da Cadro, esta filha de João Gomes Pereira de
Castro, natural dos Arcos de Valdevez, da mesma familia
dos Pereiras de Viana, proprietario do officio de escrivão
do thezouro de el-rei da cidade da Bahia, e de sua mulher
Maria de Almeida, irman da dita Izabel de Almeida de
Barros, filhas de Adão Francisco Rabelo, fidalgo de cota
de armas, comoj A se dice,por cujas estava o dito Francisco
Calmon ligado com a dita sua prima D. Luiza Maria de Al-
meida Pereira de Castro no segundo e quarto griio de pa-
rentesco ; e 6 de notar, que a dita D . Luiza Maria de Al-
meida Pereira de Castro teve um irmão inteiro, chamado
Bartolomeu de Barros de Almeida, com papeis correntes
para se ordenar,de limpeza desangue,que se acham na ca-
mara ecleziastica da Bahia, vindos do arcebispado de
Nasceu eiii 18 de Stltrmbro de 1703 em Cahipe.Cazou na d a 9de
Marçode 1731, seiido seti procuradoro riferes Domingos Borges de Bar-
ros, e do contraliente o ~IpitàoDiogo Moniz Barreto, sendo testimu-
nhas os padres arrediago Aiitoiiio Rodrigues Lima e o conego doutor
Francisco Marliiis Pereira.
45 r. r. VOL. LII.
364 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOIUCO

Braga ; o que atalhou a morte. De Francisco Calmon,


aqui, e sua mnlher D. Luiza Maria foi 61ha u n i a :
29. D. Luiza Antonia Calmon, que se segue.
N. 29. D. Luiza Antonia Calmon, filha de Fran-
cisco Calmon, n. 22, e de sua mulher D. Luiza Maria de
Almeida Pereira de Castro, nasceu em 2 de Setembro d e
1751, batizada em caza com necessidade por seu av8
materno o capitão Luiz de Almeida, e pôz os santos
oleos, com licença do arcebispo D. Joz4 Botelho de Matos,
o reverendo vigbrio da freguezia da Purificação Joz6 No-
gueira da Silva, sendo padrinhos o dito seu avô materno
Luiz de Barros de Almeida e sua tia D. Joana Thereza
de Jezus. Cazou a dita D. Luiza Autonia Calmon em
caza de seus pais em Traripe, com licenp do arcebispo
D. frei Manoel de Santa Ignez, com Jozb de Góes de Si-
queira, filho do capitão Ignacio de Siqueira Villas-Btb,
a fl.. ., aos 2 de Fevereiro de 1768 a fl.. ., n. 11.
N . 24. Antonio Calmon, filho de Francisco Calmon,
n. 10, e de sua mulher D. Ignacia de Almeida Pereira,
nasceu em Cahipe em 5 de Março de 1709, padrinhos seu
tio o conego João Calmon e sua tia Vicencia Pereim de
Castro. Cazou em Matnim, freguezia de N Sra. da Pie- .
dade, reconcavo da Bahia, com D. Guiomar Ximenes de
Aragáo, * seiihora do seu morgado de S . Joáo do dito
Matuim, filho do capitão Diogo Lopes Franco, primeiro
administrador do dito iuorga~lo,e de sua miilher D. Leonor
Ximenes de Arapão, q!ie era filha do tenente general da
praça da Baliia, Domingos Antunes, e de sua mnlher
D. Guiomar Yimeiies, que era irman iuteira de E s t e v b
Fernandes Horeno, senhor do engenho da ilha da Mar4,
e de seu irmiio Ignacio Fernandes Moreiio. De Antonio
Calmon e sua mulher D. Guiomar Ximenes de A r a g b
são filhos :
30. Leonor Frnncisca Calmon, que sucedeu no dito
morgado, e cazou com Duarte Sodré Pereira, fidalgo da

* A 26 do Agosto de 17315 sepriltei na cal ella tlc S. Joàn Batista.


filial d'esia iiiatriz a I). G1iiorii;tr Siiiieiies dt! .\ragio. iiiullier de Aiitonio
Calnion.
CATALOGO GENEALOGICO 355

caza de Sua Magestade, e ate o prezente de 1768 não teve


filhos.
3 1 . D. Guiomar Calmon, que vive solteira.
N. 11. D. Antonia Caet.ana Calmon, filha do coronel
Jiiguel Calmon de Almeida, n. 9, e de sua mulher D. Mar-
garida Pereira de Andrade, foi cszada com o tenente-
coronel Felippe da Silva Bezerra de Almeida, o qual teve
um irmão inteiro padre da companhia chamado Francisco
de Almeida, e teve D . Antonia Caetana Calmon de seu
marido Felippe da Silva Bezerra os filhos seguintes :
32. D. Barbara Maria de Jezus.
3 3 . D. hgueda de Souza Calinon .
34. D. Jiiliana Fiancisca Calmon.
35. Ignacia Vicencia Calmon.
3 6 . D. Maria do Amparo Calmon.
3 7 . Niguel Calnion de Almeida.
38. Felippe Calmon de Almeida .

VILLSS-BOAS

João de Aguiar Villas-Boas, foi natural do reino de


Angola, onde passou para a Bahia no aniio de ltiio,
e era filho com oiitios iruiáos do capitiio Domingos Luiz
de Andrade; que foi cazado com D. Violante Ferreira,
o qual seivio em Angola os cargos de provedor da fa-
zenda real, ouvidor geral, e auditor do campo na villa
da Fictoria, prezidio do Masssngano do dito reino de
Angola por p~ovizãodo seu governador Pedro Cezar de
Menezes de 2 de Março de 1644 ; e d'este Domingos Liiiz
e de sua mulher D. Violante Ferreira foram filhos :
1. João de Aguiar Villas-BOas, de qiiem aqui se
trata.
O padre Ignacio de Andrade .
D. Izabel Pereira, mulher do capitiio Luiz Pereira
de Yacedo.
D. Anna de Andrade, mulher do ctapitiio Antonio de
Estrada.
TI. Srintina da An(lrarte, mnlh~rd o capitiio Jfannel
Carneiro (IPJIPRCZBS.
Li. I'rsula rie Andrnde, mulher do capitrio AíF~nsn
Darid.
I). PauIaFerr~ir:~, mulher do c,zpitBo Bento rfe L ~ r r i o i
Lanrl im .
D . Cittlirti.ina de Siqiieirx. rniilher ilt! Francisco (li.
Latorre.
TI. 3Iarirc de Andrade. nirillier rln canitiio JoBn
Dtlqil~.
LI. 3ínnir.z de Andrarle. miiliier cio capit Zo Loi~i.~nc~,
de An~lrn(le(:ollxyo.
17iolnnteFerreir r rio CRP itao Frn,nciscn
eca Saraiva.
Jiargsrida, solte cio 011 I\Isnoel e Jozb,
que raiecerarti solt.eirns.
& . 1. .fo&o de Aguirtr Villns-R iac, acima. e ( 1 qrieni~
se trata, e chamavam o velho, prim~irofillin i10 capit21,
T)omiti~nsLuiz de Andrade, r jit refericln, e de siia miillicr
D, l'iola eira, foi capit5n efrtmilinrdn santo nf'ficin,
vere~rlor ara P jiliz orrliniirio na ciilarle tln I? iIii:t.
e caxnri r $thrrrins deCThes tle Siqtirira, * fillia (Ir
Franci.cn (1% P'onseca P de: 'sua IIIIIIIIP~ J1ai.i~ dr c:ti~r,
fillin 11e Sinieiici de Arnqio Giieq, o r~llio,r ile sria iunllier
Varia de Sirliieira, n f l . . ., n. 8. D'eqte .Tnãn r l hziiifir.
~
Tillas-H jlts P sua niiilh~r D. C;~ttinrinrtde GAes i l e Si-
queira foram fiIlios :
2. D. Maria de Araujo, qne se segue, batizads a 3
de Agosto de 1651.
3 . JozB de Gbes Siqueira Villas-Bôas, adisn te.
4. Francisco da Fonseca Villas-Boas, ao depois
6. O dontor Jogo de A p i a r Villas-Bôas, que cazoii
com D. Joana de Souza Barreto, filha do capitão Jeroni-
mo Moniz Barreto e de sua mulher D. Maria de Souza, a
...
fl , n. 37 ; e teve filhos : Caetano Luiz Villas-Boas,
que faleceu sem sucessão, e D. Threza Joana de Menezes,
que vive solteira em idade avançada.

* Cazaram na freguezia de latuim a 4 de Setembro de 1G0.


CATALOOO GENEALOQICO 357

6. Amaro Ferreira Villas-Boas, que fnleceii sol-


teiro.
7. D . Maria de GOes, mulher de Cosme de Sá Pei-
xoto, no fim.
N . 2. D. Aíaria tle Araujo de G6es, fillia de João
de Aguiar Villas-Bhs, n. 1 , e de sua mulher D. Cathtt-
rina de G6es de Siqueira, cazou com Salvador Corrêa de
$A, * oqiial era fillio de Nartim de Sá, governador do Rio
de Janeiro, que no anrio de 1620, estando a cidade da
Bahia occupada pelos Olandezes desde o dia 12 de Maio
do anno antecetleiite de 1 ~ 4 1o, mandou oclito seu pai
e governatlor (lu Rio de Janeiro, com 3 canoas armadas
de gente, e iriilios (Ia terra, e diias fragatas de giirrrn de
socorro ; e chegou á Baliia este socorro com Salvador
Corrêa de SA, a 1.5 (te Abril do sobredito anno de 1625,
vindo da capitania do Espirito-Santo; e lanqados os
Olandezes da cidade no 1" do mesmo mez de Maio do
sobredito anno de lri25, foi cazar este Salvador Corrêa
de Sh coni a refrrida D. 3li~riade Arailjo, que era filha
do sobretiito doáo de Aguiar Villas-Boas, senhor do
engenho de S. Ainaro de Sergipe do Conde. Que este Sal-
vador Grrea de Sá se clianiasse assim, e fkse fillio de
Martim de Sá governador do llio de Janeiro, e viesse á
Bahia com o socorro que fica dito, e chegasse no dia
assignalit(lo, assim o refere Thotnaz Tainoio de Vargas,
Castelhano, no livro, que escreveu- Restaltraciott de la
Bahk a fl. 128 4 29. D'este Salvador Corrêa de Sá e
de siia mulher D. Jlaria tle Araujo de GGes foi filha :
8 . D. Ci~tliarin~ Corréa Vasqueanes, que cazon com
Francisco Barreto de Aragão, a fi.. ., n. 68, e f l . . .,
n. 78, e ahi a sua descendencia.
Nota. -Nas meinorias manuscritas, de que tiramos
estas noticias se acha nas que falam n'este Francisco
Barreto de Aragáo, fi.. ., n. 68, que esta sua mulher
D. Catharina Corrêa Vasqueanes, era filha de Salvador
Corrêa Vasqlieanes e de sua mulher D. Antonia da Fon-
seca de Siqueira, filha de João de Agiiiar Villas-Bôas,

* Foi esta terceira iiiiillier e <;izaraiiia 18 41'Novembro de 1679, e


elle faleceu a 4 de No!eiiil~rc~ile 1GCLr).
srnhnr ílc S. .lninrn r l ~Seraipc r l i i Cniicle. Jlns c10 n-qs~nto
rlri livrii clns rilii t n.; i l ~t'rryiiezin ilrrn dc Icriinpa
cnnstii. qiiv a m;ii i1'~qinr). C!~tlln ri, I T ~ ~ F ~ I I I ~ ~ ~ I ~
se c11:iiiinva 1). 3Taiin. (161 .lr~~i.it i~:~ridn S ~lvaílnr
Corrrn (Ir $5 ; diz nscirn o tal :\S\T,,,,, . . Xn, . < I ( 1 JI.iin ~
(IP l i 3 i f:ilc)cr>n irrns D. JTnrin. dc .li.aiijn. \-iii~n.
~ T I Pfiroli d p S;in I1cii.i'í':t (IP
Si, P n\oct~'.t\:I. TPT (11'
jdzdrt m d s de os ;n'in frx tr.tnnlc.nto, I. foi siJ-
tIiit.ccfir, IIP slin frll-in TI. i ' itli.trin:i Corr.;:t V:i~111ii.nni--,
~ i u r cn10 ciirnnel Frnnciqcn T:ni-r~tn{ t t a :\l-;lz;ln ,. ( i ) . TI: i;1 1
que liastn parti, ii. rr:.t~z,ztlr~ I I eP q t ~S.~lv,i(lc~r Ci)vrGit era
Salv~rlorCori.9~dp S l i , P n5o Tncqii~anr><, o11J3riinrirle~,
~in(l% qiie este (IPIirinxridvs 11ii. toc:rr:i por s ~ i i a\ w n -
tl~nteg.
TSste rnpsrno Snl~nrlarCnrr~inde Sk liaria sirlo cn-
zado prim~irn com D. Jt;tr:nrirl.i (1%Frnncn, fillia ilr
Manoel S!t Barros P ( 1 siin ~ miilltrr T). Lenn~irda F r n n y ,
a tl.. ., e t ~ v efilho.; alii nnrn~:iclos; c wniinr1.t vi4z
cazntlo coiii D . :\rl~rda da C n s t : ~ , qiie f:al~i:~i~ nI pniii-11
trrnpn, sem fillios. Yrjn-scl a fl . . . . Ciixnr nni n :!O (IP SP-
temhro ( 1 I(i;G.
~ Foi c:ipit%od r nii~ilinrc;, ettv~11i rim d:i
ordrm d~ Cliristo. familiar tlo ssiritn otticiap, * ,.,.',",l~
., r . b q tem
qi 2 ' )

de .T:in~iroilr 170ii.
S. :i. .Tnzi? dr í ' r n ~ sdeSíqneir,a Tillns-Riias, tilho d~
.TOLO de Aaiii:xr Yilns-Rnnq, n . 1, P ri(. sii i iiiiilli~rD. Ca-
thxrina rlr! 4:oez dr *iqii*,ir:i, cxznii rniii P. 31nii.1 tlr Rr:t
Arsiijn. tilha de Francisco da Rr:i e de siia innll,er L).
Apnliinirt de Ai-niljn, n 11..., n. 4. e ~ n t c s ,e t e r e JozP (ip
Goes de sua mulher filhos :
9. Ignacio de Siqueira Villas-Boas, que se segue.
N. 9. Ignacio de Siqueira Villas-Boas, filho de Joz6
de Goes de Siqueira Villas-Boas e de sua mulhor D.Maria
de Bra, n. 3, 6 capitão-m6r da ordenança de Sergipe do
Conde, cazado com D. .To:~naCatharina de Menezes de
Arsgáo, (2) filhade D.Felix cle Betencoiirt de SB, a fl..., e
de sua mulher D.Catharina de Aragáo Aiala, e t e r e filhos :
- --
(I) Este falec~ua 2 de Setembro de 173G.
(O Cazaram a 90 de Novembro de 1727, na freguezia do Monte. Ser-
g i p do conde.
João Felippe, capitão-mór da villa de Sergipe do
Conde.
10. D. Catliarina, freira professa no Desterro.
11. Joz6 de Goes de Siqueira, que se segue.
18. D. Maria de Siqueira, ao depois.
13. D. Anna e D. Luiza, solteiras, e D. Anna, já
cazada com RIathias Vieira de Lima, L: fl.. .
N. 11. Jozé de Goes de Siqueira, filho do capitão-
m6r Ignacio de Siqueira Villas-Boas, n. 9, cazou com D.
Luiza Antonia Calmon, filha de Francisc.~Calman e de
sua mulher D. Luiza Mariade Almeida, a fl.. ., n. 29. Ca-
zaram a 2 de Fevereiro de 1768.
N. 12. D . Maria de Siqueira, filha do capitão-m6r
Ignacio de Siqueira\-illas-Boas, n. 9, cazoii com Baltazai
da Costa Bulcão, tillio de Jozé da Costa Bulcáo, a fl . . .,
n. 2 e seg., e teve filhos :
15. Jozk .Joaquim.
Joaquim Ignacio.
N . 4. Francisco da Fonseca Villas-Bóas, filho de
Jogo de Aguiar Villas-Boas, n. 1, e de sua mulher D. Ca-
tharina de Goes de Siqueira, cazou com D.Maria de Nello,
51ha de Pedro de Goes de Araujo e de sua mulher D.
Luiza de Mello, a fl.. ., n. 13, e teve filhos :
18.Francisco da Fonseca Villas-Boas, cazado,abaixo.
19. JoTto de Aguiar Villas-Boas, senhor da caza e
fazenda de S. Amaro de Sergipe do Conde, que existe
viuvo, e teve de sua mulher os filhos Francisco e Pedro,
que faleceram sem filhos.
N. 5. O doutor João de Aguiar Villas-Boas, filho de
João de Aguiar Villas-Bòas, n. 1, cazou com D. Joana de
Souza Barreto, filha do capitão Jeronimo Moniz Barieto
e de sua mulher D.Thereza de Souza,fillia de Antonio Fer-
reira de Souza e de sua mulher D. Antonia Bezerra Bar-
balho, a fl.. ., n. 5 e seg.
20. Caetano Luiz de Menezes Villas-Bôas, que fale-
ceu sem sucessão de sua mulher D . Virginia Calmon .
21 . D . Thereza Joauti de Menezes, que vive solteira
em idade avançada n'este anno de 1768.
N . 7. D . Maria de Goes, filha tambem de João de
Aguiar Villas-Bôas, n . 1, cazou com Cosme de SB Peixoto
360 REVISTA TRIIIEYSAL DO ISSTITTTO IlSTilRICO

qne diz uma menioria, que virnns,virrn de ( i i i i m ~ r á p sclia-


nixdn por .;PU tio Cnsmc da Sii I'clixcito, cnzadn este com
D. Apnlonia, e e r a senlinr de rnrenlia ilc Siiitn-Cntlixrinn.
e PHo-Cosme., o qnal enqenho t i ileixnii por siia inerte n
este seli snhrinho h r n e rle Sh Peixntn, que cnziiii com a
sohrecli ta D . Maria (lc (40~s. acima, n. 7 .
S . I H . Frnncisco rln F n n s ~ c , aVillrts-RUns, fillio d o
cfipitati Franciscci d a Foneec,n \'illn~-Fib:iq, ri. 4, e de siin
iiiiillier 11. Jlarix de .\lello, cnznii rom D. Catlinrinn .-h-
plir.tt de Alrnrida, natrirnl r10 3lnnte. fillt:\ do c:iliif;ici Lriis
c r ,Tn~nit(1~1J l ~ l l o .
I'ereira de Ariiinr c (Ir yiia ~ i i ~ i l l i I).
Cnz:tr~mn 2 ; (Ir? Nriv~riihrod~ 1721;r1a cap~1I:tdo T h -
tcrro .

Salvador C o r r c ~d~ S5, (1) filhn do gorernntlor do


Rin de Jan~iro'ilnrtirn Corrfis tle S:l, oii ,\[artini tle S;i,
c.omo assim rlcucrere o aiitor r l : ~I ~ c ~ s t a i ~ r :i13 y ~Tn< R ~ I ~ %
D. Thnmnz Tainnin cie Vai.p:is no spii livro i m p r ~ q ç o ,:'a
fl. 11!i n. 29, fnltnndo no Sncorrn, q i i ~(1% c a p i t n n i : ~c10
Esyiiritn-S:tntn maridnii n dito r t o r ~iiriilnr i r10 Rio dc Jn-
t i ~ i r n ,3T:lrt ini ilc S i pqr P S P~ ~ P I filhn
I Stilva(1or Cnrrsa i l ~
Pari1 H 13al\i;~,iic111i~il;trlns ~ I S ~ ~ P ZPP cS, .h ~ ~ opi-t ii P
socorro 5 Baliio, (li;! i, mesmo niiior a 15 i l Abril ~ de
1625. Restaurada a Bahia em 1 de Maio deste mesmo
anno de 1626, estando senhor da cidade os Olandezes
desde 1 2 de Maio do anno antecedente de 1624, ficou
rezidente n'ella Salvador Corrêa de SB, e ahi cazou trez
vezes. A primeira com D. Margarida da Franca Corte
Real, (1) filha de Manoel Gonçalves Barros e de sua
.
mulher D. Leonor da Franca, a fl .., n. 8, e teve os filhos
seguintes :
1. D. Maria de Christo e D. Leonor, religiozas no

(1) Foi capitão na frpgiezia do Socorro, e hleceii a I de Sorembro


de 1685 ; erii seu testanienfo dcclara ser iriiiào de 1l:irtirii Corrcía Vas-
queanes n qiierii deixava por sei1 tesianienteiro.
(2) haleceu esta no Rio de Janeiro.
CATALOGO GENEALOGICO 361

convento do Desterro, COUIO fica ahi a fl.. ., n. 13, e Manoel


que faleceu de 15 annos.
Segunda vez cazoii Salvador Corrêa de S6 com D.
Agueda da Costa, filha do mestre de campo Pedro Gomes
e de sua mulher D. Izabel da Costa, como fica a fl. . .,
n. 2; cazaram a 30 de Setembro de 1676, e faleceu ella
dahi a poaco tempo, sem filhos.
Terceira vez cazou Salvador Corrêa de S6, com D.
Maria de Araiijo, fillia de João de Aguiar Villas-Boas, e
de sua mulher Catliarina tle Goes de Siqueira, a fl . . .,
n. 1 e 2, e ahi o mais que se póde vêr ; cazaram a 18 de
Novembro de 1679, e teve filhos :
2 . D . Catliarina Corrêa Vasqueanes, que cazou com
Francisco Barre to de Aragiio, a fl .. .,n. 68, e alii o mais.
Ignacio Jlaiioel .
Maria Jozefa.

Jorge Feinantles, cazado coiii Catharina Fernnndes,


eram natiiraes ambos de Arouca, teriiio dit cidade do
Port.0; passou ii Bahia com sua iniilhei, tla qual teve
filhos :
1. Antoniz Nunes, que se segue.
2. Apoloiiia Kiines, adiante, mullier de Aleixo Paz,
O vellio, a fl..., n . 1.
O padre Jogo Xi~iies,sacerdote da companhia.

FERNANDES E REGOS COM NUNES


Salvador E'ernandes, chamado o vellio, passou iiBaliia,
e n'ella cazou com &ria Liiiza Nunes, natural da ilha de
Itaparica, e teve filhos :
1. João Alveu do Rego, que se segue.
2 . Izabel do Rego, uiulher de Antonio Cordeiro
Aires, a f l . . .
46 P. I . VOL. LII.
S. 1. JoSn Alvnr~stlo R ~ p n fil11n , i1t~S~ilv.iiloi- Fpr-
nandes, iicimn.e t l sii:i ~ iniilher 3Iai.i;t Liii7n Yiii,t~.. r-?7011
com licttttrií: tle F r e i t ~ s *, tillin d e (:n+p:!r c t t a Iii-clit:~.;
~ ~ R ~ ~ ~ I I R; i\ ~ .'.
{ ~,,e , siln iulllii~rPoiitrnn
R de ~crilzn.
e fpvp 1 1 1 1 1 i i ~ .
:I. I'olieenn de Sniix,~{TeIJetrnrniirt, ~ I I Pn 5 n c a i o u .
-1 . t'nlstnnq:~ ile S I ~ I I qllc4 X ~ .c6tznii CI)III -111130 DPI-
rarln, FCII pi'inici, filho rlt? Antonio Ciirciriro -\iiPç, w n l
iillin, n. f ...
:,. Snlvarlrir P ~ r e i r nr10 RPEO,qur s r crrriicb. Bati-
xadn B 3 1 de JIarqo cle 1 (;:<?.
17, Oasyinr dc P'rritns d11 3 l n ~ a l l 1 5 ~q si ,i ~snztlii com
<na prirn*~Jz;iliel ('ilrii.:~,fillia tlc I ~ a i t ~ i l o i iI~l ;t i~l ~ il otIc
1l:irl rtn, niio ~ P eI fillinq, e t l ~ i s o upor 1ii~i~lic~ii.o :i >(>li p:ii
.Toso Alvares do Rego.
N Irntlt~tFeriinnrleç i10 Regn, O uincn, íillio tle
Jiino A i Hr:n r (li. siin 1111111irt (li* li'rrit~c,
1Ic~nti.i~
cnznii in tlo Rezo, stix priiiia. , llin de Xntrinio
Curtl~irnAXITS, H. i1 . . ., P teue fillin :
7 . Prdrii c l ~T"rcit:iu tle Illn~nlIi?ies,que iaaznii com
D. 3I;irinrin de Ta~cnnc~ll~ns, IilIiit (14%1). 3lxri;i ilr 3Ie-
nczw c (IP se11 mni'iilo Ft.;inc.isrn t l C:i.i.~nlli;il, ~ n fl.. .,
n.;l e 4 .

Sim80 Alrares,cazado com Anna Fernarides,naturaes


da Povoa de Varzim, passaram á Bahia com seu filho :
1. Salvador Fernandes do Rego, que se segue.
.
N 1. Salvadoi Fernandes do Rego, filho de Simlio
Alvares do Rego e de sua mulher Anna Fernandes, na
Bahia cazou com Antonia Nunes, natural da mesma
Bahia, e filha de Jorge Fernandes e de sua mulher
Catharina Fernandes e tiveram filhos :
2. Maria Nunes do Rego, cazada com Gaspar de
Azevedo, adiante.
3. Francisco Nuues do Rego, que cazoii com Bar-
ùara Antunes Rttngel, e depois de viuvo se ordenou de

* Cazaraiii a 30 de Abril de 1627.Falcceu ella a 21 de Março de 1653.


CATAL000 G E X E A L O G I C O 363
sacerdote ; iato e o mais que fica nci'nia consta das inqui-
riçbes, que pala se oixleiiai. se tira ;11n 110 anno lfi56, nas
quaes se tlix assim : Francisco Kuiirs do Rego, iiatural
d'este bibpatlo da Baliia, v i i i ~ oqiie ficou de Barùara
Antuues Rangel, tillio de Salvail~~r Feriiaiides do Rego,
natural da Povoa de Varzim, e ile siia mulher Antonia
Nunes, natural d'este bispado, neto por via paterna de
Simão Alvares e Aniia Fern;intles, iixtiii.aes d a mesiiia Po-
voa de Viiiziui ; e por sua via iilatern:i, neto ile ,Jorge
Fernandes e C,ltliarina Feriidnde-, 1i;ituraeu da Arouca,
bispado do Porto.
4. Catliarina do Rego, c.iz;ida corri Antão Lopes
Dorta, H fl . . .
5. Ui.>rila do Rego, uiullier de Rui Carvalho Pi-
nheiro, o rellio, a fl.. .
6. Aiina c10 Rego, iiiiillier tle Mitnnel Ribeiro Car-
valho, de quem teve um tillio Fi aiic.isço Piiilieii o de Car-
valho.
7 . Izabel do Rego, iniilher de Aritoiiio Cordeiro
Aires, a A. . .
8. Felippa, Autonia, Francisca, Bento, Simào e o
padre Ihnoel Fernarides, irligiozo da compariliia.
N . 4 . Catliarina do Rego, n. 4, de seu marido Autão
Lopes Dorta, teve filhos :
9. Violante Dorta, S n n a do Rego, Antonia Nunes,
e Felippa Nuiies.

AZEVEDOS
Gaspitr de Azevedo, este aqui, foi cazado com Maria
Nunes do Rego, tilha de Salvador Fernandes do Rego, e
d a sua mulher Antonia Nunes, como fica a fl... retro, e
da tal sua rniilliei teve filhos :
1. Catliarina de Azevedo, primeira mulher de Rui
Carvalho Pinlieiro,'~moço, que era seu primo legitimo, e
foram dispensados por breve do papa Alexandre VI1 de
13 de Janeiro de 1665, e não houveram filhos.
2. Francisco Diiarte de Azevedo, que se segue.
IE?'ZITA TRIYESSAL DO INSTITUTO tlISTORlC0

, Izabel ile Aaevedo, primeira mnlher de S~hsst~irio


P a z , fillio de Aleixo Pnez, o velho, a fl. .., n. I , P :Ai
seus Alhria.
4 . (hspnr de Azevedo.
5 . Antonio Leitao tle Plzevedo,. qiip. se s e m e e o
padre f r ~Antonio
i d:r. Trindade, rc.liainzo i l S.
~ Hento.
N. 5. Antonio Leit5o de Azeveiio, fillio {Te Chspnr ilp
Azevetlo e de sna miilher Jfarirt Nunes do Keeo, c:tznii
com Marg~rirlada q'i L I Ta..

G . Mariana.
S. 2. E'rancisco Dnsrte de Azevedo, fillio de G ~ s p n r
de Azevedo e tle ciiin mullior Maria Ynnecr, t i fl ... rptrn.
n. 2., cnzori coin JInr~nritlrtPinheiro, viiirra, rlna ticboii
de Amatlor de I \ ~ i i i a r qiir
, f;ilcceii no Rio de .laneiro.
Cazaram a 22 de Abril de lriG2.

AIRES, CORDEIROS, DELGADOS


Ant 5o Delgado .4ireii, nrrt.iira1 do reinn, caxatlo
no Portn rnm F. rIti Carrii~n,(1% rlnnl tinlirr tillios r! v ~ i n
para n J 3 ~ I t i m nl~iinstln dita siin miilhei., e n;in .r
nclia nn ccrto, si er:tji viiivo, a sb qiie nn Rnliin, cnznii
sei~iinilitTez com Rrnnca de Pcrnlta, tln qiial tpre tnrii-
1ie1nriirios HlIios, conio constn 111, iriv~ntnrin,qiip pnr giin.
morte tBz a dita sua seyiintls niullier Rrnncn de F'errtlt:~,
no qual inventario se nomeam onze, que são os seguintes:
Da primeira mulher foram.
1. Antonio Corcleiro Aires, que se segue.
2. Felippa de Cardiga, que cazou , e faleceu ainda
em vida de seu pai, e deixou tilhos:
3 ..Jeronimo de Cardiga .
4. Manoel Delgado.
Da segunda niulher teve os seguintes filhos :
5. Jeronimo Aires.
6 . D. Anna, cnzada com Simão Barboza.
7 . D. Maria Cordeiro, de idade de 28 annos.
8. Gaspar Cordeiro, de idade de 24 annos .
9. Francisco Cordeiro, de idade de 22 annos .
CATALOGO O E N E A L O G ~ C O 365

10. Antão Delgado, de idade de 1 7 annos.


11. Izabel, de itlade de 5 annos .
N. 1. Antoiiio Cordeiro Aires, filho tle Antão Del-
gado Aires, acima, natural do Porto, d'onde veio para
a Bahia, e n'ella cazou com Izabel do Rego, filha de Sal-
vador Fernandes, o velho, e de sua mulher Maria Luiza
Nnnes, e teve filhos :
1. Antonio Cordeiro Aires, que foi mentecapto.
2. D. Felippa Aires, mullier de Manoel de Almeida
Lobato ; d'estes foi filha D. Felippa de Almeida, segunda
muiher de Oiogo Moniz Telles, filho de Henriqne Moniz
Telles e de sua segunda mulher D. Leonor Antunes, a
fl.. ., n. 7, e seguintes.
3. D. Izabel Garcia, mulher de Francisco Monix
Telles, a fl ...
4. bfaria Cordeiro, mulher de Rodrigo Homem de
Blmeida.
5. Leonor Cordeiro, mulher de Bartolomeo Franco,
sem filhos.
6. Manoel Fernandes Cordeiro, que cazou com D.
Ignez Continho, filha de Sebastião Paes e de sua segun-
da mulher D. Maria de Lacerda, a fl. . .
7 . Antão Delgado Aires, cazado com Constancia de
Souza, sua prima, filha de João Alvares do Rego, a fl. . .
8. D. Ursula do Rego, que cazou com Antso de
Mello Aires, seu primo, por ser sobrinho do pai d'ella,
Antonio Cordeiro Aires, como Izabel do Rego, mulher do
doutor AntonioCordeiro Aires, declarou no seu testamento
e se entende ser o dito Antão de Mello Aires, filho de
Felippa de Cardiga, irman do dito Antonio Cordeiro Aires.
9. D. Brites Aires, segunda mulher de Miguel de
Figueiredo Adorno, que se segue, cazou primeiro com Gas-
par Monteiro Freire, filho de Bento Monteiro Freire,a fl.. .
10. Margarida Cordeiro, mulher de Antonio Mon-
teiro Freire, a fl.. ., n. 9 .
11. Maria do Rego, mulher de Salvador Fernandes
do Rego, seu primo, a fl.. ., n. 6.
N. 7. A n t h Delgado, filho de Antonio Cordeiro
Airea, n. 1, e de sua mulher Izabel do Rego, cazou com
Constancia de Souza, sua prima, filha de Jogo Alvares do
366 REVISTA TRIMEXSAL DO INSTITUTO HISTORICO

.
Rego, a fl. . , e ngo teve filhos ;mas de sua segnnds mu-
lher Branca de Peralta teve filhos :
12. D. Branca, D. Luzia, D. Jeronima, D . Mar@,
Lniz e Izidoro
N. 9. D. Brites Aires, filha de Antonio Cordeiro
Aires, n. 1, cazou segunda vez com Mignel de Fignei-
redo Adorno, viuvo que era de D. Maria Cordeiro, ülha
de AntBo Delgado Bireu e de sua segunda mulher Branca
de Peralta, e teve filhos '
Foi cazada antes com Gaspar Monteirù Freire, m o
de Bento Monteiro, a A. . .
13. Antoiiio, Nanoel, Miguel, Diogo, Ignacio.
N. 7. n. 31aiiib Cordeiro, filha de Bntiio Delgado
Aires e de siia srguiida mullier Branca de Peralta, cazon
com Nignel de Figiiciredo Adorno, e foi esta sua primeira
mulher.
Sebastiilo Sonrcs Piiito, que sei-vio de provedor da
fazenda real diz capitania de Sergipe de El-rei, e n'ella
onvidor :cazou coiii Naria Borges, da qiital teve :
1. Lncas Piiito, que se segne.
2 . Joana Soiri.es, mullier de JuBo de Carvalhal, e
diz o termo do seli c%xaiiiento,q'ie era iimxn de Lucaa
Pinto, e filhos auih).; de Sebastiao Soares Pinto.
N. 1. Lucas Piiito, fillio de Sebastiiio Soares Pinto,
cazon, como diz o ternio ;issiin : Em 7 de Xaio de 1657
recebi a Liicas Piiito Coellio com I). Francisca, filha de
Francisco de Ci~vallial*.Teve fillia, a 11 .., n .1 , segunda
vez cazou este Lucas Pinto Coellio couiAnn;i.Xaria, como
consta do termo do batizado de seu neto Liicus Pinto
Coelho, n. 4, abaixo.
3 . D. Mariana de Vasconcellos, que se segne, bati-
zada a 6 de Dezembro de 1676 ; padrinlios Francisco de
Car~rallial,seti avó, e D. Francisca, fillia tle ,To20 de Car-
uallial .
N . 3 . D . 3í;~rianade Vazconcellos, tilli:i tlc Lucas
Piiito Cnellio, cazoa :i 15 de Outiibro de 169 I , niL cripella
de S. Tlioiiié, com l'edro tle Freitas de 3I;ig<tlliãe.s,filho
de Fraiicisco de ;\IngalIi;les e de siia iniillic~i.D . Ciistodia
de Nenszcs, filha de Gaspar Pereira, o velho. 'S'ide fl.. .
retro, n . 9. De Pedro de Freitas e de sua mullier D. Ma-
riana de Vasconcellos foi filho : I
4. Lucas Pinto Coelho, que se segiie, batizado a
18 do Janeiro de 1694, padrinhos Lucas Pinto Coelho e
Anna Maria, sua mulher.
N. 4. Lucas Pinto Coelho, filho de D. Mariana de
Vasconcellos e seu marido Pedro de Freitas, cazoii na
igreja de S. Pedro dos Clerigos da Bahia a 18 de Outubro
de 1728, com D . Apolonia Pereira, filha de Jozé Pa-
. checo Freire e de sua mulher D. Mariana da Silva, a
fl..., n. 12, e teve filho :
5. Joz6 Pereira Pinto, batizado em Pirajh, a 8 de
Setembro de 1730. Seu avo materno Joz6 Pacheco Freire,
filho de Joko Monteiro Freire ; e sria avó materna D. Ma-
riana da Silva, filha do capitáo Antonio Pereira Soares
e de sua mullier D . Mariana da Silva.
O capitão Migiiel Telles Bi~rreto,filho de D. Fe-
lippa de Sá e de Valentim de Fsria de Vasconcellos,
cazou com D. Jeronima Corrêa, (1) filha de Pedro Vaz
Corrêa, a quem el-rei fez merçe do foro de fidalgo pelos
relevantes serviços, que fez na Inciia, e de sua mulher
Felippa de Santiago, filha de Tliomk Fernandes Baião
e de sua mulher Leoiior Dias ; teve Miguel Telles da dita
sna mulher os fillios seguintes :
1. Antonio Noniz 'í'elles, cazado com D. Arcangela
de Mello de Vasconcellos, a fl.. ., n. 5 . Falaceu em
J d h o de 1683. D. Antonia de Menezes, mulher d'este,
era filha de Jlitnoel Telles de Menezes e de sua mulher
D. Izitbel de Rlariz.
2. Francisco JIoniz Barreto, cazado com D. Antonia
de Xenezes, coin fillios, Angela. de Menszes, mulher do
capitão Roberto da Silva e Henriques Baltiez.
3. Jliogo JIoniz Telles, que faleceu solteiro.
4. D.Felippa de Menezes, segunda mulher do capitão
Manoel Giráo (2) e depois de Sebastião de Torres, e d'este
teve filho o doutor Francisco Telles de Menezes, ou Bar-
reto a fl.. ., n. 23.

(11Faleceii esta a ?C> tle Agosto de 166i ; sel~ultadann collegio,


(q Cazarain eiii latoim a 16 de Novembro de 16ffl.
N. 1 . Antonio 3lonil: TPIIPU.fillin do c9nit;ín 3 t i z i i ~ l
Te\lesBnl-reto p miillier Li. .Ter( nrri.:~:
foi capiriiri r srtr ir, c~zoiicom D. 'ela (IP
;\fel10de Vnscnn iillia (i@ Frxncisc Gir5n.
n s ~ f t ~ n i (I'ectp
lo iiiiiiir ;L fl .... n.;. I v .rI . , r- f i e i.iiii miilli~r
l ^

D. E'rani.iscrt de Pernda, iillia de Franci.;ro cie Eetenroiirt


a fl.. ., r IIP via nii1111~rr). X r c l t ~ n ~ c de l n Are110 de Yas-
conc~lios. De Antonio JTariz T ~ l l r se de siia mnllicr
1,. ,4rcI ~ a n p l : ~tnrnm
, fillio.; :
.
-1 O c.01rinie1 Jliqiiel Telles Rsrreto seyiie.
C; . Ti. G r ~ila lirbr (ln
-- i tlr JTenezes B,zsc.once
capi t5o nlarcns ((e Betencciiirt Vnsc,onc,elns,sem siic~ssRo.
F . I1 . .T~rniiiriin 'I'cllles rle Jlrnrzes, rniillier tln
capit 50-miíiullatl~eitsP ~ r t ~ iGiran, m e depnis ( l Atitoriio ~
de C,i4t.r11de Soriz:i Rritn, i1 d~ nenhiim tevr fillio.;.
S. 1). Maria Telles tle 3lenezcs, miilher rle .Tero-
nimo (firlto, srm filhnq.
!i. 'li. Lnizn T ~ l l e de s l l e n ~ z ~ mulher
;. rle níannela
Ferreira de Soiiza, a íi.. ., n. '.'i 1, Iiatiz~dn no J I n n t ~R
'>ri dc J a n ~ i r orle 1G ~ H .
Pe~iindavez c ~ z o i rii srtrg~ntn-mt5r Antonio Xonix
s I i . Icnci: de Soiixn, viiira tamhem ( 1 ~Amarn
T ~ l l e ciirn
Homem rlr Alrneirlrc, e nem d'egtn teve fillins ; e era wt:t
U . I r n ~ zd p Sniizn fillin de Ignacin Farrcira de Sonzn.
S . ri. Jlipirel Telle.;H~rrctn,tilho d o capit4o Antonio
1IIonix Telles ia(te suti iiiiillier 1). -4rcsngela de 3lello ( 1 ~
J~itsconcellos(1) cazoii com D. Elena Telles de Jleneze5,
filhos :
10. Aroangela Telles de Menezes.
11. Antonio Moniz Barreto.
12. Maria Telles de Menezes.
N. 10. D. Luiz Telles de Menezes, Nha do capitso
Antonio Moniz Telles e de sua mulher D. Arcangela de
Mello de Vasconcellos cazou com Manoel Ferreira de
Souza (2) filho de 1gnacioFerreira cie Souzae de suamulher

(1) Cazaraiii na capella da Conceifio do Monte a 4 de Oiitubro da


1693. E foi coronel.
(2) Cazaram nacapellada Concctição da freguezia do Monte a 8 de.
Dezembro de 1699. Pelo cooego Sebastlào do Vale Pontes, 11.. , n. 7 .
CATALOGO GENEALOGICO 369

D. Margarida de Menezes, filha de Antonio Coelho Pi-


nheiro, homem nobre, familiar do santo officio, e de
D. Ignez de Menezes, filha de Henriquí! Moniz Telles,
fidslgo da caza real e irmão do alcaide mbr Duarte bloniz
Barreto, e Jeronimo Moniz Barreto, o velho. Teve
D . Luiza Telles de seu marido Manoel Ferreira de Sonza
os filhos segointes :
13. Ignacio Ferreira de Soiiza, cazado com D. An-
tonia Moniz Barreto, filha do dezembargador Francisco
Telles Barreto e de sua mulher D. Maria de Vasconcelos
sem filhos.
14. D. Arcangela Telles, faleceu solteira.
15. D. Luiza Violante Barreto, cazada com Joz4
Pereira de Souza, sem sucess80.
16. D. Margarida Telles de Menezes.
17. D. Ignacia de Souza.
18. D. Eiigenia de Souza.
19. Gonçalo Ferreira de Souza, cazado com D. Anna
Maria de Jezus, sem sucess80.
20. Sargento-mor Antonio Moniz de Souza Barreto,
cazado com D. Catharina de Goes de Sonza, que atk
o prezente não teve filhos.
N . 4. D. Felippa de Menezes, tllha do capitão Mi
gnel Telles Barreto e de sua mulher D. Jeronima Correa,
cazon segnnda vez com SebastiBo de Torres, e d'este teve
filho :
21. O doutor Francisco Telles de Menezos, ou Bar-
reto, cazado com D . Maria de Vasconcellos de Menezes,
a d.. ., 11. 23, filha de Gaspar Telles de Menezes e de
sua mulher D . Berta de Oliva, e ahi a sua descendencia.
28. O doutor Miguel Telles Barreto.
23. D. Clara.
24. Manoel Telles Barreto.
N. 2. Fmncisco Moniz Barreto, filho do capitão
Mignel Telles Barreto e de sua mulher D. Jeronima
Corrêa, * foi fidalgo da caza real, e cazoo com D. An-

Cazarnm no Socorro a 8 de Maio de 1670. Faleceu em Julho-


de 1688:
47 .'I I VOL.
tonia de Iienezes, filha de Manoel Telles rle I l ~ n e z e se
n i i l l i ~ rD. Izabel, a t,eve filhos :
hnyrlri tle Jlenezies, miillif?r do cnpitRn Roberto
Jlrnriqiies Rnlde Z :
11. J ~ r o n i u m
--,
de J T ~ n r ~ e açazrida.
Sem~ndn, rez c~zoiicom D. Francisca de Ar~iijo"
fillia tle FernZo Pereira do Lago P de siin mnlher Sehas-
tiana de Qiieiroz, r teve Cesta filho unicn :
EqnLE lloniz Rarreto, caxndo com D. I les.
rp[ay,c ~ i r n~ ec c.azoii
i F'rnncisco JIoniz 1 nm D.
..
Maria T-rlles, fil lia tlc Fr ancincn líonix
?. . e t e v ~fillios :
miiiiier 11. I z a b ~ lc~arcia,
Te e SIIR.
D. Risria cle Xenezes, cazada com
Frttncisro Rarreto, qiie faleceu solteira

CORREIAS DE SOUZA
Tital Correia de Soiizn, homem fidalgo, natiiral do
reino, passando ao Lir:tzil, cazoii no Cnirii com 1). línria
de tllpiiirii, tilhn de Ti. Tlicnrliizio Cabrxl de Ilitllo, gorer-
nador. qiie foi dn illin (1% JTndeirn, qiie pni;s:ir.nm para
eKsa terra, onde caznram e tivernni os filhos segiiintes :
1 . Frei Fclippe, relipiozo frnnciscnno .
2 . l)oniirijios tle Alpoim, que ciizoii 11tr Camamfi.
3. D. Maria tle ;Ilpoim, qiie se seyie.
4. Bernardo Cabra1 de iüello, que faleceu solteiro.
5. José Cardozo de Mello, adiante.
6. Izabel Correia, ao depois.
N. 3. D. Maria de Alpoim, filha de Vital Correa d e
Souza e de sua mulher D. Maria de Alpoim, cazou com
Miguel Cardozo, e teve filho :
7 . Francisco Cardozo de Alpoim, que se segue.
N . 7. Francisco Cardozo de Alpoim, filho de Miguel
Cardozo e cie sua miilher D. Maria de'Alpoim, cazou com
D. Luiza de blello, filha do licenceado João Pinlieiro de

* Cnzaraiii do Monte a 1.2 de Juiilio dc 1675.


CATALOGO GENEALOGICO 37 1

Lemos e de sua mulher D. Elena de Mello, como fica a


fl..., n. 4 e seg. e teve filhos :
8. Frei João Batista e frei Francisco de Jezus Ma-
ria Cairú, que foi lente de teologia no convento da Bahia
e ambos religiozos franciscanos.
9. F. cazada no Cairú .
10. Jozé Cardozo de Mello, que se segue, João e
Bernardo, que faleceram sem estado.
N. 10. Jozé Cardozo de Mello, filho de Francisco
Cardozo de Alpoim e de sua mulher Luzia de Melio, ca-
zou com Joana Maria do Sacramento, filha legitima do
capitão-mór Bernardino Pessoa de Almeida e de sua mn-
lher Agueda Corrêa de Sil.
11. Joaquim Cardozo de Mello.
11. Frei Jozé de S. Bernardo, religiozo de S. Fran-
cisco.
12. João Cardozo, clerigo .
12. Jozé Caetano Tasco de Mello, cazado com D.
Francisca Xavier de Alacedo, e teve filhos D. Ricarda e
Silvestre Cabra1 .
12. Francisco Cardozo de híello, cazado com D.Anna
Maria de Jeziis, filha de Simeão de Araujo e de sua mullier
D.Izabe1 Cbrte-Real, e teve fillios:D. Joana Maria e Jozé
Bernardo.
N . 6 . Izabel Corrêa de Nello, filha de Vital Corres.
de Soum e de sua mulher D . Aiara' de Alpoim, foi cazadã
com Joáo Coelho, homem principal da ilha São-Miguel, e
teve fillios :
13. Frei Joáo do Espirito Santo, religiozo francisca-
no, que faleceu no convento do Cairii, donde se fez con-
ventual, com muitos annos de idade.
14. O padre Jozé, clerigo secular.
15. D. Ursula, religioza na ilha de São-Migiiel.
16. Vital Coriea de Souza, que se segue.
N. 16. Vital Correa de Souza, filho de Izabel Correa
de Souza e de seu marido João Coelho, cazou no Cairú,
donde era natural, com D. Maria de Jezus, * filha de

cazlraiii a 23 de Agosto dc 16% ,


JozP Liiiz rle Espinola e de siin mnllier P. Sernfinn dp
( l l i v ~ i rnat11ra1
~, ile Bciipehn, e Jiizi; Liiiz de E~pino1;tera
fillio r l ~Zrnn Ltiiz de Espinoln e de sua iiiiilh~rP.1xal)~I.
tillitt dr Henriqne Liiiz tle Espinoln, o11 Espinha, w A-...
n. e Reg. De Tital C n r r ~ ae de siin miillier D . 3Irtria cita
.lezus foi.;tm tillios :
17. D . U~.siiln das T i r ~ e n s ,qrie se segne. '
18. (3 prtilre Joz6 Liiiz de So~iza,car~e1:in do regi-
mento novo de Santa (Trnt;n, r n patiro An orrcin
de Soiizs, vigario qne foi de Psri~ie,e D. ! R f:t\p-
ceu menina.
S . 13. D. Ursrila das Virgens, filha ua iia1 Cor-
rea de Souza e de sua mitllier ». Maria t l i Jexiis, crrznii
com 3Ianriel Gomes rln S i l ~ n naturnl , i10 Porto, terra clii.
feira, fregiexin de. S. Joiio (1% ;\ladeira, e teve fillios :
l t + .Frei Antonio de Santa I'rsiila, reliqinzo de S.
Francisco da Bahia.
1 0 . JozA da Conceiqão.
Y i . J I ~ n o e Gomes
l tia Silva.
22. U. .\taria dii Rozlirio .
23. Ursiila <Ias Virgeiis.
24. D. Rarbsra da i'niiceiqLo.
2 5 . D. Anna JZaria d~ S. Domingos.

MONIZES DO SOCORRO E FIUZAS


.
N 1. Francisco Moniz d e Menezes, * filho de Jero-
nimo Moniz Barreto, o velho, e de sua segunda niullier
. . ..
D Izabel d e Lemos, a fl , foi fidalgo da mza real 4.
cazon com D. Maria Lobo d e Mendonça, filha de Miinoel
d e Freitas do Amara1 e d e sua mulher D . Victoria de
.
Barros a 0. . ., n. 6, e teve filhos:
1. D.Victoria de Menezes,mulher de Vasco de Souza,
a fl..., e depois de Jeronimo d a Cruz, cazou com este a
30 d e Abril de 1658.

* Faleceu a, 1 de Abril de 1674, se ultado na capella-mór da lize-


ricordia na sepulturade seti arb -~nneP8codc Arrujo.
CATALOGO GENEALOOICO 373

2. Jeronimo Moniz Barreto, que se segue.


N. 2. Jeronimo Moniz Barreto, filho de Francisco
Moniz de Xenezes, acima, e de sua mulher D. Maria
Lobo de Mendonça, Fazou com D. Thereza de Souza, (I),
filha de Antonio Ferreira de Souza e de sua mulher D.
Antonia Bezerra, a fl. 269, e teve filhos:
3. D . Francisca Izabel Barreto de Nenezes, que se
segue, batizada a 2.1 de Janeiro de 1666.
i. D. Joxnn de Souza Barreto, miillier do doutor Jogo
de Aguiar Villas Boas, a f l . . ., n. 5, batizada a 5 de
Julho de 1667.
5 . D . Eiigenia Tliereza de Menezes, adiante, bati-
zada a 25 de Setenibro de 1687.
6 . D . Luiza Jozefa de,Menezes, depois. Batizada a
3 de Setembro de 1673.
D. Antonia, que faleceu solteira, batizada a 25 de
Abril de 1672.
D. Catliarina Rarreto de Menezes, batizada a 8 de
Marco de l(iH2.
Diogo 1Ioniz Barreto, batizado a 2 de Agosto d e
1677.
N. 3. D. Francisca Izabel Barreto de Nenezes,
filha de D. Tliereza de Souza e d e seu marido Jeronimo
Xoniz Baireto, citzoü com O capitão KicolSto Lopes Fiuza,
(2) natural de Viana, freguezia dz S. Maria Maior, filho
d'este capitão Nicolau Lopes Fiuza e de sua mulher Izabel
Lopes, o qiiiil Nicolaii Lopes Fiiizn era viuvo de D. Izabel
Maria de Arazticl de JIenezes, fillia do coronel Egas Moniz
Barreto e tle D. Ignez Barbalho Bezerra, sua mulher, e a
sobredita Izabel Maria de Aragiio era tambem viuva do
coronel Antonio Machado Velho. Náo teve a dita D.
Francisca Izabel Barreto de Xenezes do dito Nicolaii
Lopes Fiiiza filho algum.
Segiiiida vez cazou esta na freguezia de N. S. da

(1) Cazaram na ral)ella do nume dp Jrziis da Iregii~ziado Desterro a


21 de Juiilio IIC ltiii:J, c os ieci~l)c~ii
o padre Irei Francisco de Soiizn, ieli-
giozo do Lariiia~,iriii511d t ~1)ai da iiiilieiit~~.
p) Cazaraiii-se a ? tle Janeiro tle 170;; sentlo con.orcio celebrado
pelo vigario de S. Pedro \%lliotl:rHaliindoillor Francisco Jinheim~arreto.
Ajiiila da Rnliia a 1 rle Yo~embro dc 1713, esta c(....
c;ipit:lo (IR intsnt~rjn,pa4n Franciwo Jloniz FZ~rr~to.
fidnlzn d:t c.msreal, P nntiir:tl tln ilha T~rccirn,filho 11t1
(;iiitIi~rnie 314,niz Rarret,,, tiilalgn 41% caza rr:il, P ( 1 siia
~
miillirr 4). 3laria I;aleirci, tpve d ' e s s ~ seoiintlo m:iriclll
ns tillins s ~ z t i i n t :~ s
7. D. L~onoi.3lnri:t rln Silv:~Cortp-real, qnp se
seme.
8. D. BIzrirtn~Antnn in Cort,fb-r~nl, q iie vire sol-
teira recolhirln no c,nnventc dn De:~terro.
H. 7. D. Leonor JT:!ria (\;c. 5,: i l ~ xCor fillis
de D. Francisca 11ali~l Jinrrcro
h
ti13 Jlenezrí H rie seli
marido n c,apit:ín Ji'rancisrci Jloniz B ~ r r r t o ,cazoii * cnni
JIartinho Affonso de ,II~llo,natiirnl da ~ i l l(111 , ~'iraragn-
gipe, qiie a tiroii por jiistiyn, o qnnl CTR fillio do onr-
g~nto-m/~r .TozG Pereirn da Ciinlin P ~ I PSIM miillier L?.
Ivncit\. Pereira rle Jlcllo, nntilral da Rnlii;i, e tiveram
filhos :
9. D . Annn Maria rle Nello, que se segue.
10. D. Fr~ncincnIzrrhelI1~rretode Jl~nezcc,adisntr.
I I . .TozP Manos1 rle Jíenezes Corte-real Sohririho.
12. Iliartinlio Francisco tle 3tenczes Cnrt P-real, sol-
teiro.
N. 9 . D. Anns Mari real, fillix d~
D. Leonnr Maria da Silv sitio hlnrtinlin
Affonso rie hlello, cazoii com seu parente Antonio C+alxq
dn. Silva, filho de Dil-go Jtoniz da Silva da Silreira e de
sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, e foram dispensa-
dos not erceiro gráo de concanguinidade, e tiveram filhos:
13. Francisco Joaquim da Silveira.
14. Gonçalo Joz6 Gales da Silveira.
16. Joana Senhorinha de Idenezes Corte-real.
16. Diogo Muniz Barreto da Silveira.
17. Maria Francisca de Menezes Cort e-real .
18. Victorino Moniz Barreto da Silveira.
Todos menores em 17 70.

Cazaram na capella da ordem terceira do Carnlo a 19 de Dezeni-


bro de 1736 coin licença do cabido pelo coaQutor Jorge Francisco de
Souza.
CATALOOO OENEALOGICO 375
N. 10. D. Francisca Izabel Barreto de Menezes,
filha segunda de D. Leonor Maria da Silva Corte-real e
de seu marido Martinho Affonao de Mel10,cazou com Mar-
tinho Moniz Barreto, filho de Diogo Moniz da Silveira, e
de sua mulher D. Anna Maria da Fonseca, e foi tambem
dispensado no terceiro grho de consanguinidade, por ser
irmão de Antonio Galas, acima, e teve filhos :
19. D. Margarida Francisca de Menezes Corte-
real.
20. Antonio JozB Moniz Bãrreto.
22. D . Lu'iza Thereza de Menezes.
N. 5. D. Eugenia Thereza de Nenezes, filha de D.
Thereza de Souza e de seu marido Jeronimo Moniz
Barreto,n. 2, cazou com o sargento u6r João Lopes Fiuza,*
cavaleiro professo na ordem de Christo, natural de
Ponte de Lima, villa de Viana, filho de Sebastião Fiuza
e de sua mulher Izabel Lopes ; e teve filhos :
22. Jogo Lopes Fiuza Barreto, que se segue: bati-
zado na sB a 12 de Outubro de 1714.
23. D. Thereza Eugenia de Menezes, cazadtt com o
capitão-m6r João Felix Machado Soares em Santo-Amaro,
e depois com o doutor Francisco Gomes de Si%, e de
ambos sem filhos. Batizada a 11 de Maio de 1713, na sB.
24.. Jeronimo Moniz, religiozo da companhia e
mestre de filozofia, do 4". voto.
N. 22. João Lopes Fiuza Barreto, filho deD. Eu-
genia Thereza de Menezes e de seu marido o sargento-
m6r João Lopes Finza, 6 cavaleiro professo na ordem de
Christo, e cazado com D. Luiza Thereza de Sant'Anna,
filha do sargento mbr Manoel Fernandes da Costa, caval-
leiro professo na ordem de Christo, homem de negocio
desta praça,e de sua mulher D. Thereza de Jezus Maria'
irman do reverendo thezoureiro da s6 da Bahia, o
doutor João de Oliveira Qnimarães, commissario do santo
officio,e da bulla da cruzada, e provizor do arcebispado.
Tem J o h Lopes por filhos :
26. Manoel Felis Fiuza Barreto, cazado com D.
Maria da Qama de Araujo Mel10 .

Cazaram na Conceição da Praia a 9 de Fevereiro de 1709.


9 6 . .To50 Ferlro Finza Barreto, cazado com n. Annn.
irrnan ile D. JI:irin, fillia do rapit:ío 1)orninani;do Talle e
P iiiiilher Ti. JInris dn C+~nia.
~ Istla
27. 3rrnnimo Jlnniz Fiiiza Barreto.
? R . Jnrrrliiim .Trrzib Finz:t Hai.ret,ci.
X . 6 . r). L n i z : ~.lnzefa {te . \ l r n ~ z e s fillia
, qnwts
rle D. T l i e r ~ z nrle Soiizn de seli iiiarirlo Jernnimn
llnniz R a r r ~ t o ,n. 2 ; cnzou com Antoni:) c ;alas iln Sil-
n riierce i10 lw?jito (Ia, cirtleni 11eCliristct.
I

I 4, P n50 profi*ssiiii por f ~ l ~ c ~ i .


seirs cr~'i'~
Ir.,; e .er'a filliri de Lniirr~iit;~( l Oliveir-,i
~

r ~ c e b e r e n fi i m m iiispens itlos, e teve fillins :


29. ;i~nrtl:t, Jonn:t P Tlierex;i, qiie f,~leceramtlon-
zela^.
30. Dingn 3loniz d:i, Silr~ii.:i,qiie se s r ~ i i r .
E. 3 0 . r)inno 3loniz t l ~Silveira, fillio iiltimo ilil
D. Tdiriaa Jr1zef.i ilr, JI~nrztrse ( 1 seri ~ mnriiln -1ritnnio
Galas dn, Silrrira, c a ~ o i com i I). Aniin 3I:trin (11%
Atnri-
crcn, fillia r10 cnpitho ,1ntonio Diniz i l e Jl:icedo, P tlc i.iin.
niiillicr n. 1-irriiii:~dn Fonseca, fil1i.i. J o snrrento-mi~r
Fmnciqci~Pinto i13 Fririscrx lirc;.c, P ~ P V Cfillins :
:<I . Jrizb 'I'rlles J l n i i i z I'lnrr~to,solteiro.
v 3 2 . ,Intntiic> 4 ;itlnq 4l:t silveira, P:IZ«II r o ~ nD. Annn.
lrririii de Jlcllv, f i l l i i tlri 3lartinlici Alonsn dt> 3I~llrt.
n, q.
33. Martinho Moniz Barreto, cazado com D. Fran-
cisca Izabel Barreto, filha do sobredito Martinho Affonso.
N. 34. Diogo Moniz da Silveira, cazou com D.
Margarida Jozefã de Almeida Calmon, filha de J o b
Calmon e de D. Ignacia de Nazareth, dispensados no
parentesco por ser o dito Diogo primo co-irmão de sua
espoza, e ate este anno de 1770 não teve filhos :
35. Liiiz Antonio Moniz d a Silreira, carado; mulher
D. Apolonia.

* Cazaram na capella do Desterro da freguezla do Socorro r 2 (IP


Feverriro de lli!~O. e os ieceheu o conego Pedro de Tei! e, sendo tes-
timunlias o sargento ni(ír Egas Moniz Barreto e o capilào Hartolomeri
Vabo, e rigario Joào Ril)eiro de Souza.
Segunda vez cazou com o capikio Martinlio Ribeiro, sein fllhos.
CATALOGO GENEALOGICO 377

3 6 . Martinho Noniz Barreto, cazado com sua prima


segunda D . Francisca Izabel .
3 7 . D. Maria Gertrudes, D. Anna Xaria, donzelas.
F r . Carlos de S. Bartolomeu, religiozo menor
na Bahia.
N. 33. Marinho Noniz Barreto, filho de Diogo Mu-
niz da Silveira, li. 30, e de sua mulher D. hnna Maria da
Fonseca, cltzo~icoin siia prima segiinda D. Francisca
Izabel Barieto de Meriezes, fillia de D. Leonor da Silva
CBrte-Real e tle seu marido liartinho Affonso de Mello,
e foram dispensados no 3". gráo, e teve tillios :
3 8 . Jlaiqirida Francisca de hfenezes Corte-Real.
39. Antonio Jozé Iíoniz Barreto.
40. D. Liiiza Thereza de àlenezes.
N. 35 Luiz Ant,onio Moniz dii Silveira, fillio de
Diogo Nuniz da Silveira e tle siia niiilliei I). -4nna Maria
da Fonseca. cazoi~com D. Apoioiiin de .Jeziis Maria, fillia
do capitiin Fi~niicis(:ode Soiizit Santos e de sua mulher
Maria Leite, c teve tillios :
4 . D. Aiitonia, D. Maria Joaqiiiiia., D -4nnn, Pedro
e Franciso .
htiqiiel lloniz Barreto Fillio, cazou cnin V . Ursiila
Paes de i\zercdo, a fl.. ., n. 6 ; (1) c teve tilliù :
O liceiic*i;iclo Jozé tle llenezes, qiie cazou com D.
Marian;~de irlciiezes fillia cle M;irtiin Affonso de llen-
donçs e tle sua wguncia miilhei D. Joans Barboza, a fl.
n. 21, e f l . . . li. 21.
Miguel ir1oiiiz Barreto, fillio cl'este licenciado JozC:
Telles de Jieiiezes, cazou a priiiic~iravez (2) coni D. Luiza
Moreirn, e a segiindu coin D. alaria Barboza de Aniorim,
natural do Jioiite, e filha do s:trgeiito-niór Tlioruaz Fer-
reira da Cunlia e de siia mulher D. Fiancisca de Freitas,
dispensados no 4." grho

11) Veja-se nos Monizes a fl. . n. .i(. li. .., 11. 8.


(.2) Cazaiarn a 5 de Fevereiro de 17%.
48 P. I. VOL. 1x1.
Gnslinr rle Ai.at.jo de A7eredo. era nntiirnl do arcp-
bispxtlri dc Rrnga, c hllin de (=niiçalo C o ~ l l i nt l ~Ara~iin
e dc suil miillier D. Cntliarinx 1'l:irhriza. ff)i t.apit,in ; P
cbznil com 11. IZIII~PIJin~.li(iza,f i l l i i l (10 rapit5ci Rrlcltior
IlritndíLO P ~ r e i rH~A., .., n. 13, e d~ siix miillier 11.17:il~cl
BnrlinzR, e t e v e filhos :
1 D. Vathal-ina de A ~ R I I ~deO Azcv~cln, s ~ ! y n í l a
r-. i l l ~ ~cie
n i.... r Antonio 1:~rl)~lhod : ~Franca, n fl.. .
Y . 1). Rnza JI:ii-ia de Araiijo, qiie
N. i. I ) . R n z o Maria tic, Xrniijr~. I\. zon com
o capith-mlir das conqiiistas Aiitnnio C P SA, e
teve tillins :
-3. D. Antonis T h ~ r ~ ztlc a 85, miillier dn rripit80
Pedrn Ifnrinhn d~ Ph, a tl . .., n. 3 ., e alii n iiiais.
4 . Crilintn Gonies (Ir $5, cnronrl, sn1trii.q.
.>. t r 1 Aralljo
~ de A z ~ v ~ d o . ~ I ~ i 'dnntnr.
ino,
6. PCO G n i i l ~ sde SA (IP Ara1110, do~lt,or,c:~~ltrlo
com D t E i i ~ ~ n i scni
n , filbcis.
7. n i i i i i i i i r i ('rnmes de Sh, qne se s e m e .
8, JozG D a ~ i d r~lizioxn , (]:L c o r n p ~ ~ ~ ql i1i1~sahin(10
~,
de lh para cl~rigo,e inrlii pnra o reino, f:ileceii IA o nnnn
passndn de l í i O .
S . 7. Antonio Gomes de Sh, filho do crrpitilo-mbr
das conquistas Antonio Gomes de Sá e de sua mulher
.
D Roza Maria de Araujo, 6 mestre de campo, e cazado
com D. Francisca, filha de Francisco da Rocha Pita e
e de sua segunda mulher D. Leonor Pereira Marinho, viuva
de ThomB Pereira Falcão, o moço, e teve fllhos, a fl..., n.
6 1 0 fl..., n. 7.

SA MACHADO
N . 1. Francisco de Sá, passou á Bahia com siia mu-
lher Naria Machado, e eram naturaes de Ruiváes, fregue-
zia de S. Martinho do Campo, e trouxe comsigo seu filho:
2. Esteviio Machado de SB, que se segue.
CATALOGO GI:NE.\LOGlCO 379

N. 2. Estevão Machado de Sá, filho de Francisco de


Sá e de sua mulher Maria Macliar\o, cazou na Bahia com
D. Antonia de Faria, natural da freguezia de Santiago
de Iguape (1), fllha de Francisco Rabelo de Macedo, (Ia
villa de Guimarães, freguezia cie Nossa Senhora da Oli-
veira, e era tilho de Antonio Rabelo de Macedo e de
sua mulher Violante de Faria, e Francisco Rabelo de
Macedo cazado no Iguape com Iziibel Brandiio, filha de
Braz Rabelo Falcão, e de sua mulher Izabel BrandBo, a
fl. .., n. 3. e teve filhos :
3. Pedro Marinho, qiie se segiie.
4. Frei Dirv'd dos Reis, religiozo de S. Francisco
e mestre na sua religih, faleceu a 20 de Outubro de
1758.
N. 3. Pedro Marinho, (2) filho de Estevão Machado
de SB e de sua mulher D. Antoriia tie Faria, cazou com
D. Antonia Thereza de SB, fillia do capitáo-mór tle con-
quistas Antonio Gomes de Sá e de sua mulher D. Roza
Maria de Araiijo, filha do capitiio Gaspar de Araujo de
Azevedo, a 0.. . , n . , e de sua mulher D. Izabel Bar-
boza, e teve fillios :
6. Pedro Nolasco, que se segue.
6. D. Catliarina, mulher cie Manoel Fernandes da
Costa.
7. D. Francisca Thereza, religioza no convento do
Desterro.
8. D. Ignacia, mulher de Antonio da Rocha Pita,
a fl. . .,n. 4.

Manoel Trinxáo Pinto, cazado com Catharina Mo-


niz, naturaes ambos da villa de Boipeba, arcebispado da
Bahia, e era a dita Catharina Moniz irman do conego An-
tonio da Rocha Moniz, Alho de Diogo da Cunha Trinxão,
adiante a fl. .., e de sua mulher Natalia Pinto.
(1) Cazou na freguezia de Santiago a 6 de Dezembro de 1691-eni
l ~ ~ . F a i e c ei u27 de Janeiro de 1'770.
1 . Diogo (ia Cnnba T r i n x b , sargeiito-mcir razarln
com D. CatIiarinn Dqa, qne se srgiie
i . Ignncio tl:i Ciinha Trinxlio, cnzado coin 3laria
Pereira II:L Ctinlia, irnian (Io vigai.io Antnnio rle Sniiza de
Rrnm .
2 . Paiilo da Ciinlia, TrinxRo, ar;i de frei JozP rlr
S. Ritn, carme1it:t.
-I. ;Tnzh cln C'nnh:~Trinx;iri, c:tzatlo coni -1ntoriia (Ir
Silre ira.
.I. D. 1lnri:t (1%C~it\lin,primeirlx iiii1111t~rilo nlcniilr~
m6r dns Il!ic.cir Ji.ii.tnliinieii rle S O I I ZZ)t3r:i, ~ s fy. .., n. 2 4 .
i ; . 1). .Tn.inn 'I'i~iiix~n,~,i.iinrirn. iii~:IIi~r(IP E'raiiciwn
rle Soiizn, irni5n (Ir n:irtnIiiiiieii ( l i a Saiiza PP[<;I,nriiiin, I.
afl, . ,, n . ??t.
?i 1.. I)inqn 118 C i i n l i ~ Trinxao, fillic, de J'lnnot.1
Trinx; in Pinto. .icini:i, f it n illtii., C C R Z ~ ~rnm
I P.
Cnt li:it -in:i T)P( -1. til lia 1ici.1.o ( 1 SI ~ t i ~ m Tpiv:~.
natiira 1 flor; I l l l l i t q , ~ilv c81.L). l*f..111;~i1:t FOIISIJI3,
nattira,I 11- .i:II.i (10 ( ' , ~ i r \ , r.-
\,!,.I ,t-,l- !ill~os.
7 . l I : ~ t i ~ tT~ I~inx.7iI l I'inti~,clvi irri.
c( . 1'1.iiflt~i t i l r)pi:-t oii t i - ~ I's~iili~t~tr
i (10 Sncraniciitn.
religiozi I (li*S. I'r-,irici.rco.
:i. , 1 1 1 t o i i i($ f I t . [J,i-ti'n 'I'rins:to, cnyiitrio. CRL: tdn rnrn
Jwinri. \t.ii*i:i. 11.i. Lliz.
11). ~ i c t (1.1~ p1i11111
~ Tr~
i ~ ~ ~ ;ny?~n, 17.1dn
Frani-iqr;:~, I?III*I ( I P 11i q i t a I ( ' , t ~ ~ t i n l ~ fF:i<t\*ít;
i e SPTVI~[IF~
vez CO;II 13. 1 1 : 1 1 y ~ r i ~wIjri1111:i
I~i. IIP f ' ~ ~ tCipriann
i 111, S .
Julião, religiozo de S. Francisco.
11. Agostinho Tsinxão, solteiro.
1 2 . Christovão d a Ciinlia Trinxão, vigrtrio.
13. Apoloiiia d a Cunha, miillier de Manoel Trin-
xão, com filhos :
14. D. Maria Magdalena, mullier de Jozé lfoniz
Paiva, com fillios.
15. Leonor, mulher do alcaide mGr João Vieira de
Azevedo, com filha.
N. 2 . Ignacio da Clinha Trinxão, filho de Manoel
Trinxão Pinto, o 1 acinia, e de sua, mullier Catharina
.O

Noniz, cazou com Maria Pereira d a Cunha,irman do viga-


rio Antonio de Souza de Brum, e teve filhos.
CATALOGO GENEALOGICO 3

16. Manoel Trinxão de Brum, cazado com a filha


de Joaquim de Afonceca, sem filhos e segunda vez cazou
com D. Clara Maria, filha do sargento-mór Paulo de
Araujo de Afonceca, da qual teve filhos.
1 7 . Theotonio da Cunha Trinxão, cazado segunda
vez com D. Antonia de Mello, filha de Joz6 de Mello
Varejtlo, e teve filhos.
18. Bartolomeo da Cunha Trinxão, capitáo, e ca-
zado com a filha do sargento m6r Francisco Pinto de Faria,
com filhos.
19. D. Maria da Cunha, mulher de Fernão Ribeiro
de Souza, sem filhos.
N. 6. D. Joana Trinxão, filha de I\Ianoel Trinxão
Pinto e de sua mulher Catharina Moniz, foi cazada a pri-
meira vez com Francisco de Souza Deça, filho de Fran-
cisco de Souza Deça, a 0. . ., n. 25, e de sua mulher
D. Ursula da Fonseca, e teve filhos.
20. Sebastião de Souza Deça, cazado com D. Maria
Oarcez, filha do sargento m6r Francisco Pinto de Faria,
sem filhos.
21. Bartolomeo de Souza Deça, cazado com a filha
de Francisco Moniz Barreto Corte-Real, com filha.
22. Francisco de Souza Deça, cazado com D. Maria,
filha do coronel João de Couros Carneiro, sem filhos.
23. D. Paula, cazada com seu primo-irmiio Qaspar
Pinto Deça, sem filhos.
24. D. Angela, cazada com Jozé Coutinho de Qoes,
com filhos.
25. D. Maria, cazada com Martinho de Freitas, com
filhos, e D. Fabiana, que faleceu solteira. Segunda vez
cazou com D. Joana Trinxiio.
26. Joz6 Francisco Moniz, cazndo com a filha do
sergonto-m6r Qonçalo de Aranjo de Azevedo.
27. Martinho Pinto Deça, sacerdote,
28. Braz da Fonseca Deça, cazado com a 0lha do
c a p i m Joiio de Araujo Continho .
99. Bemardo Moniz Deça, sargento-mbr, cazado com
a filha de Antonio de Freitas de Mello, com filhos.
30. Joaquim de Souza De*, cazado com 8 filha de
383 RF.VlST.1 TRI3IRSS.kI. DO ISSTITCTO 1IISTORlCO

Jo5o Antonin, cnni fillios. E srgiinda vez com n fillin 11e


31;\no~lCartlozn.
Iiiogo tln Cunha Trinxào, foi cazndo com h'atrilia
Pinto de Faria., e teve filhos
IIanoel Trinxt5o Pi~ito, que cazou com Cntliarins
Xoniz, e teve fillios.
I). Jlnrg;lricla (1% Ciinhn, cazada com Antnnio rle
Barros, tilliu ile (;nsp;kr de Bnrros Illaadliiles e cle sna
i I i b

miiilier I). Antotiitt i l Glarnliiia,


~ a fl.. ., n. 2, e alii 3 sua
descendencin.

AntlrC Jloiiteirn ile .l\lmciiln, (1) morxilor em $50-Jli-


gitel tle C n t e ~ i p e or.rrlriyindti
, d:i B:ilii:t, f(ii r ~ z a d ocnm
J-ictorin de I: irros, ( 2 ) l i l l i : ~ de 1I;tnoel d t * P : i r r f l ~ . se clc
<na miillier 1 i, Paiiln tlr Ihr-roi, fillin (Ir G:t~piirt l ~R:irrni
tic: Jlngallifies, R 11. .., n . r ; , e t w e filhos :
3 . Driitn htonteiro Frcaire, i ~ t i eqt4 segnc, hntizafln na
s t a 26 i 1 Jlarqo
~ (I,? 16i1ii .
2 . JIariit l t o n t c i ro, miiliier de 31arya1, nu ?rIxrc~lino
Pacheco, a. ti ..., n. .i.
.
:(. Fiãiiciscn JIoiiteirn. qiie j:i fica a. fl. ., n. 11.
4. hntll-i':.\Ionti.irn (li. Barros, qiie i:nzori com T). _4n-
gela, filha de Matheus de Aguiar IJaltro, s fl. ..,
n. 16.
.i.Salvador XIonteiro de Almeida, no fim.
N. 1. Bento Monteiro Freire,filho de Andr6 Monteiro,
acima, cazou duas vezes ; a primeira com Elena Pacheco,
(3) filha de Gaspar Fersandes d a Fonseca e de sua
mulher Micia Pacheco de Barbuda, a fl.. n. 10, e teve .,
filhos.
5. João Monteiro Freire, batizado a 1 de Maio de
1622.

(li Falecc'ii a C tlc Iio\eiill~rode 1610, Sepiiltndo eiii Sio Fraiicisco.


(21Cazactiii a:Jl tle Janeiro de 1599.
(3) Cazaraiii iin sí. erii 1)ezeinbro de 1620, r tomaraiii as beiiGos ein
Cotegipo a 24 de Fevereiro de 1631, e falece11 elle a 3 de Agosto de
1642. Scpiiltado em S. Francisco.
6. Gaspar 3Ionteiro Freire, batizado a 27 de J a -
neiro de 1628.
7. Apolonia, batizada ao 1". de Abril de 1630.
8. Antonio, batizado a 15 de Agosto de 1632.
9. Manoel, batizado a 15 de Maio de 1636.
Jeronimo Mon teiro.
Segunda vez cazoii Bento Monteiro com Suzana Pe-
reira, ( i ) H qual era tambem viuva de Melchior Barboza,
do qual teve uma filha por nome Marta, batizada em
São-Miguel de Cotegipe a 11 de Março de 1632, e cazou
com Simeáo de Araujo de Goes, o moço, a fl.. ., n. 16, e
ahi a sua descencieiicia. De sua seguuda mulher Siizana
Pereira teve Bento Monteiro filhas.
10. Apolonia, batizada R 14 de Setembro de 1639,
e cazou com Paulo de Carvalhal, a fl. . . , n. 6, e ahi o
o mais : cazaram a 2 de Fevereiro de 1655.
11. D. Nariana, mulher de Antonio Rabelo, o Panica.
N. 5. Joáo Monteiro Freire, (2) fillio de Bento Mon-
teiro Freire, u. 1, e de sua primeira mulher Elena Pa-
checo, cazou com D. bIaria Barboza, filha de Melchior
Barboza Pacheco e de sua mulher D. Suzana Pereira, que
depois de viuvn cazoii, e foi segunda mulher de Bento
Monteiro Freire, acima, n. 1, e pai d'este João bIon-
teiro Freire. Teve este filhos :
12. Jozé Paclieco Freire, que se segue.
13. D. Elena, mulher de Francisco de Freitas de
Nagalhães, filho de Gaspar Pereirade Menezes, a fl. . .,
n. 101.
14. O capitão Bento Monteiro Freire, cazado com
D . Francisca da Silva, viuva do capitão Antonio Pereira
Soares.
16. D. Luzia Pereira, mulher de Manoel Alvares, o
velho, com filhos.
16. D. Antonia Freire, mulher de Estevão Telles.
17. D. Maria Freire e Baltazar Barboza.

(1) Cn7;irarri a 28 de Oiitiil,ro de 1638, em Cotrgip! ria cnpelln de


Santa Luzia. Era esta S~izan;rPereira lilh;i de JoBo da Roclia de An-
drade e de sua iiiiillier il. 3Iarta I'ereira.
(2) Faleceu a 1:) tlc Oiitubro tle 1672, e foi sepultado eni Sào Fran-
cisco.
384 REVISTA TRIMENSAL DO INSTlTUTO HISTORICO

N . 12. Joz6 Pacheco Freire, alho de .Job Mon-


teiro Freire, n. 5, e de sua mulher D. Maria Barboes,
cazoa com D. Nariana da Silva, 0lha do capitão Antonio
Pereira Soares e de saa mulher D. Mariana da Silva, e
teve 0lho3.
18. D. Apolonia Pereira, batizada a 15 de Abril
de 1695, que cazou com Lucas Pinto Coelho, a fl. ..,
n. 4, e ahi a sue descendencia.
N. 6. Gaspar Monteiro Freire, filho de Bento Mon-
teiro Freire, n. 1, cazou com D. Brites Aires, flha de
Antonio Cordeiro Aires e de sua mulher Izabel do Bsgo,
afl. .., n. 1 e 9 .
N . 8. Antonio Monteiro Freire, filho de Bento Mon-
teiro Freire,~.1, e de soa primeira mulherElenaPach800,
cazoa com Margarida Cordeiro, filha do sobredito h-
tonio Cordeiro Aires, e teve 0lha :
19. D. Antonia Barboza.
N. 9 . Salvador Monteiro de Almeida, filho de André
Monteiro de Almeida e de sua mulher Victoria, e teve
0lhos.
ao. J o b Monteiro Lobo cazado com D. Leonarda
de Menezes a fl.
2 1. Manoel Monteiro Lobo.

ROCHA, SA E SOTOhíAIOB
Diogo da Rocha de SB, o 1". aqui.
Yanoel de SB Soiitomaior,foi provedor daalfandega da
Bahia, e cazado com Elena de Argollo, a fl. . . E era i r m b
de Diogo da Rocha de Sá, que aqui se segae, e nataraes
da villa de Viana, Foz de Lima, dos Sás e Soutomaiores,
e filhos legitimos de Leonardo de SB Soutomaior. pessom
nobres e de familias principaes do reino de Portugal,
donde se passaram para a Bahia nos principias de sua
fundaçáo, e n'ella cazou Diogo da Rocha de SB com D.
Ignez Barreto, irman do alcaide-m6r Duarte Moniz Bar-
reto, e filhos ambos, com outros mais, que jB ficam a fl...,
n. 1, e seus fllhos e filhas com outros mais de Egas
Moniz Barreto ahi a A. . ., n. 1 e seg, e n'ella cazou
Diogo da Rocha de S&(1) e teve filhos :
1. Mem de Sti, que se segue.
2 . D. Felippa de Sá, adiante.
3 . Diogo daRocha de S&,ao depois.
N. 1. Mem de S&,filho de Diogo da Rocha de Si
e de sua mulher D. Ignez Barreto, cazou com D. Maria
Barboza, (2) tilha de Francisco de Barbuda, o velho, ca-
valleiro da caza de el-rei, e de sua segunda mulher
Maria Barboza,que era irman inteira de Gaspar Dias Bar-
boza Mello, e teve no decurso de 21 annos, que viveram
cazados, os filhos aegiiintes :
4. Diogo da Rocha, de S i , cazado com Catharina
Barboza., viuva de Paiilo da Rocha. Batizado a 7 de De-
zembro de 1.599. Padrinhos Francisco de Barbuda e
Micia Barbuda Pacheco, sua tia.
5 . D. Escolastica, mulher do capitáo Gaspar Ma-
ciel, adiante.
6. Francisco da Roclia, cazado com D. Xntonia
Telles, com filhos.
7. D. Antoiiia de hienezes, mulher do citpitáo
Diogo Pacheco de Castro, com filhos.
N. 4. Diogo da Rocha de SA, filho cle Mem de S&
e de sua mulher D. Maria Barboza, cazou com sua prima
Catharina Barboza, e foram clispensados no 3". gr&ode
consanguiuidade, por ser filha de Gaspar Dias Barboza, o
moço, que era filho de Gaupar Dias Barboza, o velho,
irmão de siia av6 Maria Barboza, cazada cnm Francisco
de Barbuda, p ~de i D.Maria Barboza, sua mãi. De Diogo
da Rocha, aqui, e de sua mulher Catharina Barboza foram
tllhos :
N . 6 . Francisco da Rocha de Sá, filho de Mem de
SB, n. 1, e de sua miilher D. Maria Barboza, cazou com
(11Consta o relerido (11. sii:i jiisliliciyic~, leita rio aiino de 1645, lia
villa de Viana por Marliin de S:I S~iiitoiiiaioi-,I~isiietode Diago da Rocha
de Si, Iperaiiie o juiz tli: ii~rada tlila \ illa o Ur. Maiioel da Silveira
Corrêa, cuja cSpia a ierii t h i i i seii poder Luiz Moiiiz de Souza, forriel
do regirnriito de carallaria c .i11 os alvari~sdos seus fhros.
(2) Cazaraiii na fwgiiezia da 96, eiri caz.8, coili liceiiça do prevedor
a 93 de Jullio de 1595. PalWc'ii essa Maria Ilart~ozaa 8 de Setaiiibro da
a6W. sepiiltada eiii Sossa Seriliora tla Ajiida.
49 P. I. VOL. LII.
886 BEVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

D. Antonia Telles, a qual era cuohada de Lniz Alvares


Franco, e teve filhos :
D . Mariana de Menezes. '

D . Joana de Menezes.
Diogo Moniz de SB.
Pedro Moniz Telles .
Sotero Telles de Menezee.

MACIEL E 88'

N. 6. Diogo de Sá Soutomaior, filho unico de D.


Escolastica de SB, n. 6, e de seu marido Qasprrr Maciei,
capitiio de mar e guerra, crtzou com D. Quiomar da
Rocha, primeira mulher, e teve íilhos :
7. Qon~alode SB Soutomaior, que foi coronel, ca-
zado dom D. Anna Corrêa Dantas, sem filhos.
8. Gaspar Maciel de SB, que se segue.
9. Leonardo de Sá Sontomaior capitso, e cazado
com D. Clara Soares, filha de Joiio Soares Brandiio e de
D. Maria de Souza.
10. bíendo de SB Soutomaior, cazado com D. Ma-
riana.
11. D. Maria de SB, mulher do coronel Gaspar Bar-
boza de Araujo, com filhos.
1 2 . D. Francisca de Si%, cazada com Timoteo Fa-
gundes ou Manoel, ao depois.
13. D. Ignez Barreto, mulher de Diogo da Costa,
com sucessão ; adiante.
14. D. Escolastica de Si%, cazada com Rodrigo de
Mello, com filhos.
Segunda vez cazou Diogo de SB Soiitomaior com D.
Fraiicisca Barballio, fillia cie Antonio Perreira de Souza,
filho de Eiizebio Ferreira e de sua mulher Catliarina de
Souza, a fl.. ., n. 5 e 18 : cnzarani na capela do Bom
Jezus do Socorro no 1' de Dezembro de 1668.
N. 8. Gaspar Maciel de SA, filho de Diogo de SB
Soutomaior, n. 6, e de sua primeira mulher D, Guiomar
CATALOGO GENEALOGICO 387

da Rocha, cazoii com D. Joana de Souza Barreto, (1) filha


do capitáo Belchior Barreto e de sua mulher D. Clara
de Sonza, filha de Euzebio Pereira, a fl. . ., n. 4, e de
D. Catharina de Souza, sua mulher, e teve filhos :
16. Diogo de SA Barreto, que se segue.
1 6 . L). Cordula de S& Barreto, que cazou com
Antonio Cavalcant.e, a fl. . . , n. 7.
17. D. Roza Barreto de S&.
18. Jozé Sotero Maciel de SA Barreto, coronel,
fidalgo dà caza real e cavalleiro da ordem de Christo.
19. D. Guiomar Cassilda de Jezos Maria, que vive
n'este anno (\e 1770 no estado de donzela com 96 annos
de idade. (2)
20. L). Maria Jozefa de S&Barreto, faleceu no anno
de 1775, sepultada no convento de S. Francisco.
N. 1 5 . Diogo de S&Barreto, filho de Gaspar Ma-
ciel de SA, n. 8, e de sua mulher D. Joana de Sonza
Barreto, cazou a primeira vez com L). Joana de Araujo,
(3) filha de João Batista Vigri, e de sua mulher D.
Joana de Araujo, e teve filho unico :
21 . Gaspar liaciel de SB.
Segunda vez ctrzou Diogo de S&Barreto coni D. Ma-
ria Riagdalena de Sfi Doria, filha de Antonio Carneiro da
Rocha e de sua mullier D. Ignacia de Rfenezes de Castro,
filha de Francisco de Abreu da Costa Doria, tidalgo da
caza rea1,e de sua mulher D. Anna de Nenezes de Castro,
e d'este segundo niatrimonio náo teve filhos, a fl. .. ,
n. 1 7 , e a f l . . . , n . 8 .
N. 11. Qaspar Riaciel de SB, filho de Diogo de Sa
Barreto, 11. 15, e de sua primeira mulher L). Joana de
Araujo, foi coronel de um regimento de ordenanças, e
cazou com D. Antonia Jozefa Oaiozo de Peralta, (4)

(1) Cazaraiii na fregiiczia do Socorro a 1 de Maio dc 1 6 3 .


(5) Fnlrceu riii 1775, si?piilkitlanu coiivento de S. Francisco.
(3) Cazarain na fregiiezia do Socorro ria capela de Copacabana a :>
de Maio de 1704.
(4) Cazaram a 30 de Ahril de 1730. no oratorio de Nossa Senhora
da Conceicào, eiii cazn do coroiiel Jozb Sotero Uaciel.
33% RFTTST.\ TRIMRBSAL no 1SsTITCTO 11lSTnRICO

tillia rln r o r o n ~ l.Tozi: Gaiozu cie Peri~ltn. cnvnll~irn(I:\


orilcni isto, p r o r ~ ~ l cd:i
ir nined:r 11% Rnhi:~.
P (Ir si r D. Jlayia I'prci e tilhn.: :
2 Antnnio de Sií I que -e F P ~ I I P .
23. Jlrnilo de Sh, qne vive 5nlteii.n.
K. 23. Diono Antonio de SA Harretn, fillin (111 coronel
f 4 a s p ~ rJlaciel tle Sh, n. 1 1 , e ile sua itiiilhcr P. A r i t n n i , ~
.Tozefit Grtiozri de Peralta, ~azoiicom D. .\I;t:.i:i Antnni.~
C;lettiiin fie tZrag50, fillia 1111sat~eiitct-riitirJI.innel 1114
31;tgiiIli;le.;de Azi~rtvlo,nntii~itldr l'i:rna, e cle siin niiilhri
I). A$iii.rIa Caiiiilo ile A r a ~ t i n ,e trw fillios :
2 4 . (4aspar, D. - R oz:i P I)..To:inn.
S. 11;. I?. Cordiil a de Sh narreto, till~rttl(i capit511
Gaspsr AI~cicl I ile S k , n. H, e rle siia miillier D. J o a n ~
Barr~to,cazoii L I I I I I liritnnio
-<
C;ir;iIcari te de .\lli~\c~iierq~i~,
( I ) til110 (10 capit30 I)ornin~o< J l n r t i ~ ~l'er~ir:b,
s r l : ~1111:~
cla JI;ideirii, caviilleirii 11n orrlthni clr Cliri~to,e r l ~ 511,~
mullier I). Anria Çrtvnlcnntc rlr Alliiiqnrrqii~,qiie
fillis (Ir. Fraiici.;ro de Va.;conr.elnu de Albitqiierqii~,c (i!,
r Antriliia I ~ n h o ,n fl ..., n. 7, e teve tillins :
stla r n u l l ~ ~I).
2.;. 0 padre Perlrn C!avalcitnte t l S~ i .
I). Anria, qiie t:tleccii solteira a 16 de Fevereiro
tic! l'iCi2. S ~ p i i l t ~ a no
~ l aconvelitri (IP S. Franciwri.
N. 2.n. Felipprr de Sh, filha de Diocn da Rnrhn rir.
SA, n p r i m ~ i r o .P (1~:SII:L mi1111~rI3. Iqll.7 Tlarteto, I ~ , I Z I I I I
com Valentim de Faria Vasconcellou (2), homem forajo, e
teve Alhos :
26. D. Antonia de SB, mulher de Bento (\e 13. iio
Castão, a fl. . .
27. Xiguel Telles Barreto.
.
28. D Maria de Vasconceiios.
N. 6. Francisco da Rocha de SB, filho de Mem de
SB, n. 1, e tle sua mulher D. Maria Barboza, cazoii com
D. Antonia Telles, a qual era cunhada de Liiix Alres
Franco, e teve filhos :

(11 (.azaraiti l i a
fr.bpiicziatlo Socorro lia capela de S. Juao, a 18 dc
Maio de l i o l .
(01 Sehastiin tlc Faria, tliz oiilro assciilo.
CATALOGO GESEALOGICO 3 89

29. D. llnriaua de Menezes.


D. Joana de Xenezes.
Diogo lioniz de Sá.
Pedro Moniz Telles.
Soterio Telles de Menezes.
N. 13. D. Ignez Harreto, filha ile Diogo de Sá Souto-
maior, fl . .., n . 6 e de sua primeira mulher D. Guiomar
da Roclia, cazoii com Diogo da Costa Feo, filho de Diogo
da Costa Feo e de sua mulher Narisnn da Serra: cazaiam
a 3 de Março de 1680, na capella de N. S. de Nazareth
da cidade da Bahin.
N. 11 . D. Alaria de Sá, filha de Diogo de Sá Souto-
maior, n . 6, e de süit mulher Giiiomar da Roclia, cazou
com Gaspar Barboza de ~ r a i l j o irmáo
, de Paio de Aiaujo
o Par Deue homem, a fl . . ., e teve filhos :
D. Maria de Sá Barboza, que se segue.
Gaspar Maciel de Sá.
D. Maria tle Sá Barboza, filha de Gaspar Barboza
de Araiijo e de sua miilher D. Maria de Sá, n. 11, cazoii
com o coronel João Velho Maciel, filho de Claudio Maciel
de Andrade e de sua miillier D. Thereza Correa de Vas-
concellos, e teve filhos :
D. Anna Ferreira Naciel da Camaia, que se segue.
Gaspar Naciel de Araujo, solteiro.
Maiiiicio Barboza de Araujo, adiante.
D. Francisca líaciel de Sá, mulher de João Pereira
de Souza Vale.
D. Victorina Maciel, depois.
D. Christina, cazaclu com Manoel Fernandes, e de-
pois com Manoel Pereira da 9'1 i va.
D. Guiomar da Rocha, mulher de Jogo da Sá.
D. Joana Naciel, adiante.
D. bnna Ferreira da Camara Maciel, fillia de D.
Naria de Sá Barboza e de seu marido o coronel João
Velho Maciel, cazou com Alanoel Francisco de Freitas
Barreto, filho de Antoiiio de Freitas de Moraes Barreto
e de sua miilher Felippa de Andrade Soares Coitinho, e
teve filhos:
390 REVISTA TRTS1ENS:iL DO IXSTITUTO l I I % T n R l ~ ~ o

Rnnifnrio Fr:inciscn cle Freitas D a r r ~ t o . s n l t ~ i r n . ~


nlaiioel P Jazi' C3r1os1 ~ I I P ,cazadolz, f i ~ l e c ~ r mspm
n
filhns.
Jlanricio Rxlfiozn dr Aranjo. fillin ( 1 Ti. ~ Varia I ~ P
SL R:irhnza, r i . . ., P d r s ~ i ianrido
i o coi.onel ,Tn;ín 1'<?111'>
JEscirl, cnzoli com D . JIaria do Prado Piment PI , f i l l i ~(10
sarrreii to-mlir Antonio C'riellio tio Pr:iclo Pin1c.nt1.1, ii.m:?n
te (IP Alhano tlo Prado I'imentel, e tPre Zla,iiricin I?ar-
IIOZR 118Arnyio d e siin iniillre~D . Jlarin do I'r~rlo,fillins:
D. F'rnncisra Jl;irii*l{In S k , filliti de I). Jlnrin d c S i .
n . P tle >eu niarirlo ri cnronrl .Tn&n Vrllic, I l l i r i ~ l ,c.:txoi~
com riI c s p i l o ,Tono Pereira do f a l l ~ ,e t ~ v rfillia, qiir3
CHZOIII com Dnminqos Dias Co~llio d~ I l ~ l l o ,til110 (10
coron e1 Domin~oc.Ilins Coellio d e JIcllo, f~iniliardo q n n t o
n, f ..,..
f i ~ ib,r e cle sii:r miillier D. Annn 11c-~I-RII.~O, fillia dn r n -
ronel Francisco fie Arxnjo e rle alia miillif~rD. Jlaria (lt.
31ello.
D. Joana lTnciel,filhn de D. Xnrin de Sb, n. .., P dc
seli marido o cnrnnel To50 Y ~ l h oJlaciel, rwoii com A l -
bano do Prado P i m e n t ~ l .t! teve fillio.;:
A l b ~ n o(ta Prarlo P i m e n t ~ l cnzailo.
,
Tricente ,TozC! tlo Prado, cazatlu com R filha do capitão-
mbr JInnnel Dias.
D. V i c t o r i n ~Biacie1,filha rle D. Maria de SEi, n. , .,t ,
de sei1 mnriiln n coronel Jnho Velhn 3Iaciel1 cnxinli . cnm
. II
sargento-mlir Brnz Rernsrciino Soiitoiriaior, fil i i c ~ rin ca-
pitão Antonio Dultra de Almeida e de sua mulherD Ber- .
narda de Sá Soutomaior, filha de Timoteo Fagundes e
de sua mulher D. Francisca de 88, filha de Diogo de SB
Soatùmaior, e de sua mulher D. Guiomar db Rocha.
D. Francisca de SB, filha de Diogo de L99 Souto-
.
maior, n... e de sua mulher D Guiomar da Rocha, cazoa
com Timoteo Fagundes,e teve filhos :

Erro. pois é falsa esta narraçiio, não pelo padre que a escreveu,
rnas sim porque queni deu esta i~ot~ciacngrnou ao dito padre, porque
dando uiii extrarto a querii esta noticia escreveu no aiino do 1711, e iio
de 1771 lhe tornou a dar outra noticia differente, eiiteiidendo Iiaver
deitado f6ra a prirnelra e que se na? ieiilbrava d'eila. Este Bonifacio
d um mentlrozo, que aqui anda siriiilliante ao grande Caini. (Nota a'
margem).
CATALOGO CtEXEALOGlCO 391

Urbano Pacheco de S&,cazado com D.Jozefa, e teve


íiiha: D. Francisca
D. Bernarda de S&Soutomaior,que se segue
Antonio Telles, cazado com D. Benta.
Gonçalo da Sá, cazado.
Francisco Barreto.
Manoel Fagundes .
AndrB da Rocha.
Bernabb de SB.
D. Roza de Sá .
D.Bei.nardadeS&Soutnmaior, acima, filhadeD. Fran-
cisca de SA e de seu marido Timoteo Fagundes, cazou com
o capitão Antonio Dutra de Almeida, e teve filòo :
Braz Bernardiuo Soutomaior, sargento mór,e cazado
com D. Victorina Maciel, filbade D. Maria de S&e de sen
marido João Velho Maciel, a . . .
N. 6. Nem de SB Soutomaior, filho de Diogo de SB
Soutomaior, n. 6, e de sua mulher primeira D. Guiomar
da Rocha, foi capitso-mór, cazou com D. Afariauna Cecilia
da Serra.
D . Roza Maria de SB, que se segne.
N. D. Roza Mana de 56, filha do capitão-mór Mem
de S&, n. 10, e de sua mulher D. Mariana Cecilia da
Serra, cazon com Egas Moniz Barreto, filho do coronel
Egas Moniz Barreto e de sua mulher D. Ignez Thereza
Barbalho Bezerra, a fl. . .
O padre Gonçalo de S&Soutomaior.
O citpitão Roqne Moniz Barreto, que faleceu solteiro.
Estacio de SB Moniz Barreto, que se segue.
Egas Moniz Barreto, que faleceu solteiro.
Jozb Sotero Moniz Barreto, cazado em Pernambuco.
Nazario da Roza de S& Soutomaior, que cazou duas
vezes, a primeira com D. Roza Maria Florentina, tilha de
Manoel Nunes de Vasconcellos e de sua mulher D. Cxtha-
rina Rarboza,e d'esta teve seis filhos, que todos faleceram
solteiros, que foram Manoel, Mario, Augusto, Antonio,
Bom e Catharina.
Vicente Vasco Joz6, que falecen solteiro.
D . Ant.onia Mana Francisca, adiante.
D . Roza Maria de Sti, ao depois.
D . Maria Sofi~de .Tezris Ilaciel, adiante.
n. 3lnrinii:t C'ccilia Bezerra, nn d ~ p o i ç .
?i'. .. Kstncio de Sb Moniz Harr~to,filho ( 1 TI.~ Rn7a
.
Jtaria, R. ., n. ., e 110 se11 niaricln Eras Jloniz F a r r ~ t o ,
rsznii crim D. Frnncisra Snvirr de S. .TozC, filha do cn-
liitco TPIIP~ s miilher D. 3laritsn:t Rer-
de J l ~ n ~r ztle~ siin
iinrtlinn de Jlrndonqa, e teve tilhos ;
Rnmnnrlo .
.Tn;in.
1). Jlmiana.
R outros.
S. .. I). Antonia JIaria Froncisrn, fillia de Ehrtq
Moniz 8 IIP SIIA mnllior D. riozn ,\faria rle SR, n ... .
razon co 'imo 'I'hcodnro Jlnriiz Ijarretn, fr 1110 (118
capi t 50 ' 3Ioniz TInrreto, e t ~ r tilhos
e :
D. rzaoni.
1). Felirian~.
S. I?. Roz:i Naria tle SA. filha de Eaas Moniz Bar-
reto i? rlc snn nirillier D . Rozri Jfririacie S i , n. . cnzoii .,
i-om seli primo c: ii.nal Feli.; ,Toz~;tl:i S ~ r r afilho , de Tlico-
{lnroíln S:i Soiitnimaior e d c. SIIR miilher D. Ilsrin de C ; i j p ~ .
i? teve filhos: C,,! inic, D . .Tonria, P i c ~ n t c , J ~ r o n i m n ,IW-
, , ,a.*,
metrio. Eqte Tltruiiuiu 1
UP S:i Soiitomxinr prx 61110 do
cnpitRo N e m tle Slt .
i\'. 1). 3fnrin Sofia de dczns Maciel, n . . filha i l ~..
Egas hlonia linrretn e (te siia mul lier 1). ROZR.\laria 1 1 ~
..
?;A, n. , cazou com Joz6 Sotero, filho de Luiz Cnrrkx
Danttvq e de sue mulher D. Joanrt de Soiizs, e teve filhos:
Luiz, Lourenço, D. Marirrna, Joz4.
N. D. Mariana Cecilia Bezerra, dlha de Egas Moniz.
' Barreto e de sua mulher D. Roza Maria de S&,n.. .,
cazou com Gonçalo de Gbesde Amorim, ou Telles, 0lho do
tenente-coronel . ..
BRITO CASSÁO
Bento de Brito CassBo, escudeiro e fidalgo da caza
de Sua Magestade por alvartí de 21 de Março de 1647.
Era natural da villa dos Arcos de Valdevez, ~rcebispado
CITALOUO GEKEILOGICO 393

de Braga, filho legitimo de Diogo Rodrigues Aranha e de


sua mulher Jeronima dos deGuimãrães, neto por parte pa-
terna de João Dias Aranha e de sua mulher Francisca Ro-
drigues Gomes de Araujo, e bisneto de Diogo Anes Aranha,
e terceiro neto de João Gonçalves Aranha; e pela parte
materna, neto de Belchior Cassão e de sua mulher Leonor
dos Guimarães ; descendente por seu pai dos Aranhas,
e Araujos; e por sua mãi dos Britos, e dos Guimarães.
Na Bahia cazou com D. Antonia de Sá, filha de D. Fe-
lippa de SB e de seu marido Valentim de Faria Vas-
concellos, a qual D. Felippa de SS era filha de Diogo da
Rocha de Sá e de sua mulher I). Ignez Barreto, a fl ... ,
n. 2 e teve filhos :
I . D. Felippa de SB,cazadacom Felippe de Almeida.
2. Martim de Sli Sout~maior,cazailo com D. Paula
de Menezes ; que se segue.
3. D. Thereza de Brito, adiante, mulher de João de
Freitas Madeira.
4. D. Ignez de Brito, mulher de Felippe Soares,
filho de Marioel Soares Homem ; cazaram a 16 ile Feve-
reiro de 1653.
N. 2. Martim de Sli Soutomaior, filho de Bento de
Brit.0 Cassão e de sua mulher D. -4ntonia de SS, foi es-
cudeiro e cavalleiro fidalgo da caza real, e cazou com
D . Paiila de Menezes .
N. 3. I). Tliereza de Brito, filha de Bento de Brito
Cassão e de sua mullier D . Antonia de SB, cazou com
João de Freitas Madeira, filho de João de Freitas, ta-
belião n'esta cidade, e de sua miillier Maria de Aguiar, e
foi senhor (10 cano, que cliamam ainda agora, de João de
Freitas, e teve de sua mulher filhos :
D. Afaria de Brito, que se segue.
D. Antonia.
Bento de Brito,.que faleceu depois de seu pai.
Antonio de Freitas Telles, que se segue, adiante.
D. Cittliarina Telles, mulher de Diogo Soares de
Atahide .
D. Izabel de Brito.
D. Leonor, que faleceu solteira.
50 r. I. VOL. 111.
394 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HlSTOIUCO

Segnndo vez cazou D. Thereza de Brito com ThomB


Lobo de Barros, do qual teve filhos :
D. Ignez de Menezes.
D. Francisca de Brito, cazada com Antonio de Frei-
tas Lobo, filho de Bartolomeu de Azevedo Lobu e de
.
ana mulher D. Maris de Vasconcellos a fl.. , n. 29, 0
36, sem sucessáo, dispensados no 4: gráo.
N. D . Maria de Brito, filha de D . Thereza de Brito
e de seu primeiro marido JoBo de Freitas Madeira, C W U
com Antonio Soares de Atahide, i r m b de Diogo soar^
de Atabide, marido de D . Cstliai.ina Telles de Menezes,
irmltn esta de D. Maria de Brito, aqui, os quaes Ataliides
são moradores em Jaguaripe,e p~ssonsfordas : d'esta D .
Maria de Brito e seu maiido Antonio Soares dlAtahide
B fllho :
Antonio Soares de Ataliide, que cazon .
N . Antonio de Freitas Telles, filho de JoBo de Frei-
.
tas Madeira e de sua mulber D. Thereza de Biito, n. ., e
cazon com D. Snzana de Vawoncelos Lobo, filha de
Bartolomeo de Azevedo Lobo, a fl. . ., n. 29 e 37, e
teve Alhns :
Ignacio de Freitas Telles de Menezes, que se aegue.
Francisco Xavier de Vasconcellos, adiante.
D. Izabel Maria de Vasconcellos, ao depois.
D. Thereza de Brito, adiante.
N. Ignacio de Freitas Telles de Menezes, Alho de
Antonio de Freitirs Telles, n. .., e de sua mulher D. Sn-
zana de Vasconcellos Lobo, cazou com D. Gertrudes
Maria da EncarnaçBo.filha de Antonio de Sti de Souza e de
sua mulher Izabel de SA de Souza, fllha esta de Antonio
de Amara1 de Lemos e de Guiomar, de Freitari,Antonio de
SB de Souza é filho do mestre de campo Christováo de S&
Soutomaior, senhor do engenho e capella das Almas de
Parnamii im dos Arcos de Valdevez, cazado est,e com D .
Cecilia de Souza, que é da gente da copa de Nigres ; e
Antonio de SA de Soriza, acima, teve da dita sua mulher
Izabel de 8H de Souza, 6 filhos, uni sacerdote Francisco
Xavier dii SS, e os mais jA defuntos todos. De sua mnlher
I). Gertartles tein o dito Ignacio de Freitas Telles os
Alhos seguintes :
CATALOGO GENEAL001CO

Lucas de SA Souto-maior .
Andr6 Corsino de Brito.
Mds 5 jB falecidos.
N . .. Francisco Xavier de Vasconcelos, filho de An-
tanio de Freitas Telles, n.. ., e de sua mrillier D. Suzana
de Vasconcellos Lobo, 6 sargento mór de granadeiros da
praça d a Babia, e cazado com D. Thereza Nogueira, so-
brinha do capitâo de infanteria Lazaro Kogrieira ; e teve
Alhos:
Francisco Xavier de Vasconcellos, viuvo seni filhos.
D. Anna Maria das Neves, viuva de Custodio Gon-
çalves, sem fillios.
Antonio de Preitas Nogueira, solteiro.
N. D. Izabel Maria de Vasconcello~i,filha de Anto-
nio de Freitas Telles, n. . . e de siia mullier D. Suzana de
Vasconcellos Lobo, cazou com o coronel Antonio de Ara-
gso, e teve filho :
Antonio Telles de Aragão. que mora na Barroqiiinha.
E. D. TLiereza de Brito, filha de Antonio de Freitas
Teles, n. . . e de sua mulher D. Suzana de Vasconcellos
Lobo, 6 viuva, e foi cazada com Antonio de Araujo Pes-
tana, e t e rim ~ filho
~ :
Antonio Reginaldo de Freitas, que assiste na Cs-
xoeira.

DORMONDO
Antonio de Souza Dormondo, natural do Bnnil, ca-
pitania dos Ilheos,era Alho de João Gançalves Dormondo,
da ilha da Madeira, da illustre familia dos Dormondos, e
fidalgo, e de sua mulher D . Marta de Souza (1). Foi esse
Antonio de Souza Dormondo, capitão, e na Babia cazou
com D. Joana Barboza, (2) filha de Baltazar Barboza de
Aranjo e de siia rnullier Catharintl Alvares, filha sesta de
(1) Falleceu i). Marta, mài d'este Antonio de Souza Dormondo, a
6 de Julhi~de 16112.
Era 11. Marta do Souza uma das fldalgas orfans. que mandou el-
rei I). João 111 a Haliia para cnzareiii, corno tlca já dilo dr outras mais.
(21Faleceu D. Joana a 27 de Jaimeiro de ln-zl : foi sepultada eiii
S. Francisco.
Gene1ri.a ,\lrares e ile seti nicliido Ticeiite Dias de Bci:~,
s fl.. ,,li. 1, P de su:t miillier D. .Tosna Barbozn t r r e o ca-
pitHn Antonio de Snuzn Dormnn<ln os lilliris sepiiintec: :
O pndre Friinci.cn de Soiiza I)urmoiidn, c-lcriFn ?r-

D. Jtaria tle Souza Dormoncio, mulher de Dnarte


oeirn a, li.. ., e tthi o niais.
, . n. Jlnrgsrida rlr Sniiza, qiie se seme.
:{. D . ;\lnrti~cle Snuzn, ndiantr.
4 . I).t i n z ~ l a tle Sniiza, RO t l ~ p o i s .
r,. Ilannrl cle Sniiza I~ormondo,crizntln com D. 3íari;i
.
Corrêa, com filhos s fl.. , n. 5 .
i: . JIelcliicii. tle Sctliz:~ Domrirido. arliante.
F . Ti. Arma de Soiiza. iiiiilli~rdo ~ n p i t ~ iFrnncifcn
ci
cle Rnrros Soeiro.
N. lfnrrnridtt tlr Soiizn. filha do capit50
Antonio x,z Dorniondn e (?e siia miilli~rI?. .Tnnnn
Barhnza nzoii rririi Fr:inciscn. Siiric..: de F r ~ i t a s ,
e teve filhos :
S. ,4n tciniri ilt- Snirzn Pormondo.
!i. L). 'I'lierczn r l c ~Sniixn.
1 0 . illiriirl ale F r ~ i t a a .
0 lirrnci;tdo SehnstiXn tle Snuzn Dormondo, c1erig.n.
F s l e c ~ o n G d~ .liillio tle I G i i ? . T~starn~ntairrisS(&IIS
fillins Antonio <li& Soiizii Tiortnoiicio r ;\lrlcbinr cle Souzx
Dormondo.
N . 3. D . Marta de Souza, filha do capitao Antonio
de Souza Dormondo e de siia mulher D . Joana Barboza,
cazon com Domingos Alvares Serpa, e teve filhos :
11. D. Joana de Souza, cazada em Portugal com
o capitão Manoel d a Veiga, e depois com Manoel Ro-
drigues d a Costa.
12. D. Luiza de Souza, primeira mulher do sar-
gento-múr Ascenso da Silva.
13. D . Maria de Souza, mulher de Jeronimo de
Azeredo BZiranda, com filhos.
14. Antonio de Souza Dormondo.
15. D. Francisca de Souza, cazada com Francisco
Soeiro da Gsm(r, morador na cidade de Lisboa.
CATALOGO G~:XI.:AI.OOICO 397

h'. 4. D. Angela de Soiiza, fillia do capitgo An-


tonio de Souza Dormondo e de sua mulher D. Joana
Barboza, foi terceirii. mulher de Francisco de Paiva, na-
tural do concelho de Paiva, do bispado do Porto, e teve
tilhos:
16. D . Brites de Souza, que se segue.
1 7 . Antonio de Paiva Dormondo.
18. D . Joana de Araujo, cazada com João Baptista
Nigre, com filhos, D. Francisca, mulher segunda de seli
primo Antonio de Paiva, que faleceu solteiro.
Segiinda vez cazou D. Angela de Souza com Joáo
Lobo de Mesquita, natural da villa de Caminha. filho de
João de Cêa Marinho e de sua mulher Izabel da Rocha
Lobo, e d'este segundo não teve fillios.
N. 16. D . Brites de Souza, filha de D. Angela de
Souza e de seu primeiro niarido Francisco de Paiva. Cazoii
com o capitão Francisco de Araujo de Brito, natural da
vila de Viana, arcebispado de Braga, e teve filhos :
19. Antonio de Brito Corrêa, que se segue.
20. D. Maria de nrito, adiante.
21. Vasco de Brito de Soiiza, capitão de infantaria,
que faleceu na India solteiro.
Francisco de Araujo, qiie tambem faleceu solteiro.
N. 19. Antonio de Brito Corrêa, filho de D. Brites
de Souza e de seu marido o capitão Franciseo de Araujo
de Brito, foi coronel, e cazou duas vezes; a primeira com
D. Izabel Maria, natural do bispado do Rio de Janeiro,
filha do Dr. Bartolomeu de Oliveira e de sua mulher D.
Maria de Galegos, e teve filhos :
22. Antonio de Brito de Araujo, que se segue.
23. O capitao Francisco de Araujo de Brito, cazado
sem filhos.
D. Brites da Gloria, freira no convento do Des-
terro.
Segunda vez cazou o coronel Antonio de Brito Cor-
rêa com D. Francisca de Araujo, sua prima, filha de D.
.Toana de Araujo, n . 19, e de seu marido João Baptista
Nigre, e d'este segundo cazamento não teve filhos.
N. 24. Antonio de Brito de Araujo, Alho do coronel
Antonio dc Rritn í'ci~rca, n . 1o. e d~ STIR r n i l l h ~ r pri-
iiirira n. Iz.iiwl 3!;iriii, c:tzon coni I). Liizin Trlles IIP
JTenez~a,P ~ P V Pfillios :
2.1. O cnyiit:ic) I\ntnnio de Rrito de O I i r ~ i r n .
25. Prnnc.i~cii'I'clles ílr Rritn Corrbn.
26. i). ,Tn:tn:t 3 i ~ r i :de t Rrito, c:izarta com nIrcnocl da
Ciinh~Frcics, cniii tillins.
N. 211. P. Jlnrin c l ~Drito Corri.%, fillix d o D. Rrites
i ' I ~ , S r i ~ l z* ~ , d i l .;#li1 marido o capitTiri Fi.nncisco da
Araiijli (Ir Rri to, n. 1 i ; , c , ~ z c ~ icom
i n crtpit;io Franci~co
1)ias c10 bin.irx1, r.;crirRo proprietxrio faxendx real
drt Raliia, t! trave fillinq :
i!;. O rnriiii~l.Tn:ín Dias rla c ~zltdocom TI.
.Toana d e I I ~ l l nCoiit i i i l i n . s r ~ i ifill
?H. O ~ a ~ ) i t \,')r i ~ -1ntttnin
-i 11 !e Snliza, que SP
segrw.
?!). O r.nyiit:io V i .cn dc Rri t o rIr Soiiza, no rlepois, P
trpz f ~ n ~ r i111i~ ~ q ,f?Ii~rr'l.:~~li ~o\tc~ir~~.
'J. 23. O i-~;iit:c~t-iiii;r .iiltonio (I!' TZrito (IR Snnza,
filho tlc 1). 3fnri.i (11.Ilritn Ciir.rbnr cle si3iininricici Frnn-
c.isco Tiiaq ilr, .\iii.ti.:il, im:izoi~ cniii I). T l i c r r z ~ZIicliriela (IP
.Tezii<, í i l l i - 1 I!P 11 1 ~ 1 1 1 1 ~;\r1 1cl1.111od~ 1 l ~ l l i i [Ir, siin mn-
rl

lher D. Jlni-in ( ' s i i i . l ~ i r l i ' .?li-.arr:in, P tci-e tillins


30. Fvxnc+i.c~~r 1) i a s rlo .\i~ini.:il,iliic Se . ; P C I I ~,
:) 1. 0 r c r + ~ r ~I r~ in ~ i ~lcq~ .\ntonio d e Rritn.
~ l~ t {r':?.i
;i?.T). 1 1 : i i . i ~T,ric*inlln CIO Lni-(.to, y o l t ~ xi .~
33. D. Maria Leocadia de Brito, solteira.
N. 30. Francisco Dias do Amaral, filho do capitão-
m6r Antonio de Brito de Souza e de suamiilher D. Thereza
Micaela de Jezug, cazou com D. Joana Izabel de Vas-
concellos, filha de Francisco de Braz Araujo e de sua
mulher D. Antonia BrandBo, e sem filhos.
34. D. Antonio de Vasconcellos.
D. Thereza.
N. 2!). O capitáo Vasco de Brito de Soiiza, filho
de D . Maria de Rrito Corrêa e de seu marido o ca-
pitáo Francisco Dia3 do Amaral, cazou c o D. ~ Maria
CATALOGO GENEALOOLCO 399

Antonia de Abreo, filha do alferes pago Theodozio de


Abreo e de sua mulher D. Catharina Baldez, e teve filhos:
35. O capitão Vicente Faria do Amar~l, que se
segue.
Felippe Dias do Amaral .
Theodozio Dias de Abreo.
D. Joana Jozefa do Amaral.
Segunda vez cazou o capit8o Vasco de Brito de Souza
com sua prima D. Anna Maria Caetana, filha de D.
Angela de Souza e de seu marido Vicente Pereira do
Lago, e teve filha :
36. D. Brites Angelica de Brito, que cazou com
Francisco de Barros Cavalcante de Albuquerque, filho de
Jozk de Barros Cav;~lcantee de sua mulher D. Izabel de
Sraujo ; e teve D . Brites esta de seu inlirido filhos:
N. O capitáo Vicente Ferreira do Amaral, filho
do capitiio Vasco de Brito de Souza e de sua primeira mu-
lher D . Maria Antonia de Abreo cazou com D . Maria.
37. D. Maria, D. Joana, Vasco de Brito, Jozk.
N. 18. D. Joana de Araujo, filha de D. Angela de
Souza, n. 4, e de seu primeiro marido Francisco de Paiva,
cszou com João Batista Nigre, * natural da Bahia, filho
de Gregorio Rotlrigiies Varela e de sua mulher Naria
Bernardes, e teye filhos :
38. O reverendo João Batista Nigre, sacerdote
secular, batizado a 26 de Janeiro de 168-1, pelo arcebispo
D. Joáo da Madre de Deos.
3 9 . O reverendo Manoel Batista de Araujo, conego
da s6 da B ahia .
40. D. Angela de Souza, que se segue. Batizada ao
1" de Setembro de 1669 no Socorro.
4 1 . D. Joana de Araujo, adiante. Batizada a 28 de
Abril de 1G i 8.
4 2 . D. Fr:tncisca de Araujo, segunda mulher de sen
primeiro, o coronel Antonio de Brito Correia, sem filhos.
Batizada a 28 cle Fevereiro de 1675.
D. Antonia, qiie faleceu solteira.
N. 40. D. Angela de Souza, filha de D. Joana de
* C u r a m na freguezia do Monte a r8 de Ja!iriro de 1668.
.%ia ii.jri r r1 i. S P ~ Inia~ithJoito Iiatists Yigre. cnzoii com n
t.:ipit;iii Yicrnte I'weira c10 Liqo, nntnrnl 11% villn. ,141
Fi.,iilii, conini.i,:t (IP T-i:~nn,arcelii~pnclnde Eracai, fillio 11,.
A1~snnili.rI'~rrirn.dn L ~ R ootivirlor, , qiie foi niinris mniq
tja dit? rniillier D. Mnriii, d e A n d r í i d ~ , ( I
1111~1Vi ~ R ~ W InoI l'trazil em conipnnIii~
cln I I n r , rllip vejo gcivernar prny:l .
trrc tl'i-r. cri1 ninriiio :! fillios sprriiritps :
43 31 1'~i.eira4111 Lrigo. clcrig
14 nrlrr X'ercirri, iin 1~agc1,clc iilnr.
-17 h t i s t n d~ .fiaujn.
.l(; I ttini;i Jlnria t l í ~Araujn, cnznrra com 3f11-
r i n ~ lC', l < ~ c . i ~ t i.,, n e depois cnm An tnnio Rorlrigii~.;
Liql~t).~ airo {I3 ordriii de Cliiisto, e d~ ~ i ~ n I i i i i i ~
t P l F fl
47 . Ii . -11nria de So~izacle A r a i ~ j a ,s ~ z n n i l nmiilher
íle Ilartini Xffonsc~ de JTcndonqn, spm f i l l i r i ~ .
.tr. , Iznbel IInrin tle iioiiz~,cazxdn coni C l a i i t l i ~ ~
v 1
1 elIw I ~ II~nrdzr~,
P SPIII fillins.
4!4. I 1 . -iriria 3Iari;t Caetnnn, segt~i~dttnllllhe~'IIP
1 1 n r:ipi t;in I ' n ~ r r (IP
~ ~ ~ii'iti~ii , Snuzti, s ~ u ifilhns.
.-)O. n. .TO:HIR de Armi[io Pereirn, qiir sc seEiie.
:i1 rr~zn dozef:~cIe .l~ziiq3l;tria, adiante.
1i :C;&, qiie ~ > \ P C P I I~ 0 1 f ~ i l ' ; ~ .
S, . . . .Joari:r de Araiijo Pereirn. filha de D. An-
~ Pt1e IR Snnzn e i l sei1~ mnridii Y i c e r i t ~Per~irndo L n ~ o ,
cnzoii cotn Liiiz de Lacerrla rle Goeq na capella da c 'o-
pocnbaria nn Socorro a 1.itle h r o h t a dc 1 i 17. filho d e
L~ii7:cle ( h e s tle 3 l ~ l l ode Vazconcellos r, ilc. siia mil-
lher D. Anna de Lacerda, natural e morador que foi na
Pahtiva, fregnezis de Nossa Senhora da Purificaçh, e
teve filhos:
-52. D. Anna Maria de Lacerda, mulher do capitso
Jogo da Rocha Pita, a fl. . ., n. 2.
5 3 . D. Joana Maria de Lacerda, que vive sol-
teira.
K . si. D. Thereza Jozefa Mxria de Jeziis, filha de
D. Angela de Souza e de seu marido o capitão Vicente
Pereira do Lago, cazoii com seu primo João da Costa
CATALOGO GENEALOGICO 40 1

Pereira,(l) filho de Sebastião da Costa, natural de Cintra,


e de sua mulher Joana Pereira da Silva, natural da fre-
guezia da se da Bdhia, e teve filhos :
54. O licenciado Manoel Pereira do Lago, clerigo
secular.
65. D. Joana Jozefa Maria do Espirito Santo, ca-
zada com Paulo de Vargas Cirne, sem filhos, a fl. . .,
n . 7.
N. 41. D. Joana de Araujo, filha de D. Joana de
Araujo, n. 18, e de seu marido João Batista Nigre, cazon
com o capitgo Diogo de S8 Barreto, (i)filho de Gaspar
Maciel de Sá e de sua mulher D. Joana Barreto, e teve
filho unico :
56. Gaspar Maciel de Sá, que se segue.
N. 56. Gaspar Maciel de Sá, filho unico de D. Joana
d e Araiijo e de seu marido o capitão Diogo de S&Barreto,
foi coronel, e cazoii coni D. Antonia Jozefa Gaiozo de
Peralta, filha do coronel Jozé Gaiozo de Peralta, ca-
valeiro da ordem de Christo, provedor da caza da moeda
da cidade da Bahia, e de sua mulher D. Maria Pereira,
e teve filhos :
- 57. Diogo Antonio de Sá Barreto, que se segue.
08. Nem de Sá Barreto, que vive solteiro.
N . 57. Diogo Antonio de Sá Barreto, filho do coro-
nel Gaspar Maciel de Sá e de sua mulher D. Antonia Jo-
zefa Gaiozo de Peralta, cazou com D. Maria Antonia
Caetana de Aragão, filha do sargento-mór Msnoel de
Magalhães de Azevedo, natural de Viana, e de sua mn-
Iher 3. Agueda Camelo de Aragão, e teve filhos :
59. Gaspar, D. Roza, e D. Joana.
N. 6. Belchior ds Souza Dormondo, filho de Antonio
de Souza Dormondo, a f i . . . , cazoii com D. Micia de
Armas, (3) filha de Luiz de Armas e de sua mulher Ca-
tharina Jaques, e era já viiiva de Rafael Telles, a fi. . .;
ed'este seti segundo marido Belcliior de Souza teve filhos:

il) Cazarniii iin c:i[iella dc S . lnl~biiiodos Cirico-Rios a 15 de Fo-


~ereirocle 1719.
(-11 Ca7ararii nn capclla tla Col)acnhniia do Socorro a 5 de Maio
1501.
(3) Cazaram a 18 de Agosto de 1581.
51 P. I . VOL. LII.
1. Luiz, batizado na sB a 10 de Agosto de 1682.
2. D. Catharina de Souza, mnlher de Enzsbio Fer-
.
reiro, a fl . ., e ahi a sua descendencia.
2. D. Marta de Souza, que se segne .
3. D . Anna de Souza, mulher de Agostinho de Pa-
redes, a A. . .
4. D. Maria de Soçza, mnlher de Leáo Ferreira.
5 . Frei Ignacio, religiozo do Carmo.
N. 2. D . Marta de Sonza, filha de Belchior de S o u m
Dormondo e de sua mulher D. Micia de Armas, crrzou com
o capitão Francisco de Castro, (1) e teve filho e institui*
uma capella, está no cartorio dos reziduos da igreja e dos
orflios da cidade da Bahia.
6. D. Anna Telles, mnlher do coronel Baltazar dos
Reis Barrenho, sem filhos. Segunda vez cazou este Bal-
tazar dos Reis Barrenho com D. Elena do Espirito Santo,
filha de Manoel Fernandes Flores e de sua mnlher Brites
de Almeida. Cazaram a 20 de Outubro de 1677.
7. D . Bemarda de Souza, que se segue.
8. Agostinho de Crasto Perem, adiante.
N. 7. D . Bernarda de Souza, filha de D . Marta de
Sonza e de seu marido Francisco de Crasto, cazou com
.
Miguel Fernandes Brandb, a fl . ., e teve filhos.
9. Ignacio de Sonza.
10. D. Marta de Souza, que cazou duas vezes, a
primeira com o capitiio Bento Pereira Ferraz, e a segunda
com o dezembargador João Pereira de Vasconcellos.
N. 8. Agostinho de Crrrsto Pereira, filho de D. Mar-
ta de Souza, n. 2, e de seu marido Francisco de Crasto,
cazou com Catharina de Brito Corrêa, (2) filha de Catha-
rina Corrêa de Brito, a fl. . ., n . 2 e 3, e teve filho :
11. Francisco Pereira de Crasto, que se segue.
N. 11. Francisco Pereira de Crasto, filho de Agos-
tiuho de Crasto Pereira e de sua inulher Cstharina de
Brito, foi sargento-mtr, e caísou com D. Maria.
12. I). Marta de Soiizii, que sc segue.
- - - ---
- -

r e i i Franc.iscoilcC.isln~a 5 de Oulubro
(1) F ; ~ l ~ ~ rsli' de 1615.
(2 C:izaraiii a 12 de Outubro dc 1618.
N. 12. D. Narta de Souza, filha de Francisco Pe-
reira de Castro, sargento-mbr, e de sua mulher, cazou
duas vezes, a primeira com Faustino da Costa, do qual
teve filha :
13. D. Maria da Costa de Souza, que se segue.
N. 13. D .Ataria da Costa de Souza,filha de Faustino
da Costa e de sua mulher ; cazou com Diogo Alvares de
Brito Xascarenhas, e teve filho :
14. Atanoel Alvares Carvalho Craveiro, que vive sem
cazar n'este anno de 17 72.
N. 5. Manoel de Souza Dormondo, filho de Antonio
de Souza Dormondo e de sua mulher D. Joana Barboza,
a fl. . ., n. 5, e cazou com D. Maria Corrêa, e teve
filhos:
15. D. Clara, que cazou a 10 de Agosto de 1652 com
Miguel Pereira Soares, filho de Francisco Pereira Soares
e de sua mulher Maria Pereira, da freguezia de Paripe, a
fl. .., n. 1 7 .
N. 12. Segunda vez cazou D . alarta de Souza,
acima, e viuva de Faustino da Costa, com o alferes Bal-
t u a r Gonçalves de Paiva *, natural do arcibispado de
Braga, freguezia de S. Salvador, comarca de Guimarges,
filho de Domingos Jorge e de siia mulher Senhorinha
Gonçalves, morador, que foi no serao do Piancó, bispado
de Pernambuco, á fl.. .
N. 5. Atanoel de Souza Dormondo, filho de Antonio
de Souza Dormondo e de sua mulher D. Joana Barboza,
a fl. . ., n. 5, foi cazado com D. Maria Corrêa, e teve
filho :
16. D. Serafina de Souza, qiie cazou com D. Lniz de
Vera, a 16 de Junho de 1642, em Matuim.
Aos 4 de Jiilho de 1881 recebi na capella de S. Braz
a Mathias de Souza Freire, filho de Antonio Ferreira
Dormondo e de sua, mulher D. Barbara de Nenezes com
D. Ignacia JozB Brandoa, filha de Nanoel Martins Brandh
e de sua mulher Catharina Paes de Oliveira. Pirajá.
Vigario Rebouças.
i;azaraiii a 10 de lan'iro de 1719, na capella de Nossa Senhora
da Victoria do lato.
404 HEVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

BEZERRAS
Luiz Braz Bezerra, a quem chamavam o velho,
morador em Pernambuco, foi cazado ahi com D. Brazia
Monteiro, e teve filhos :
1. D. Maria Paes Bezerra, que se segue.
N . 1. D. Maria Paes Bezerra, esta aqui cama
com Alvaro Teixeira de Mesquita, natural do reino,
capitãco de infantaria, e teve tilho :
2. Luiz Braz Bezerra, que se segue.
N. 2. Luiz Braz Bezerra, filho de D. Maria Paes
B e z e m e do capitãco Alvaro Teixeira de Mesquita, cazon
com D. Innocencia de Brito Falcãco, e teve Alho :
3. Luiz Braz Bezerra, que se segne.
N. 3. Luiz Braz Bezerra, filho de Luiz Braz, n. 9 ,
e de sua mulher D. Innocencia de Brito Falcgo, foi
capitãco de infantaria, e passando S Bahia cazou em Cote-
gipe com D. Francisca Sanches de1 Poço * filha do
cayitiío Jozé Sanches de1 Poço, cavalleiro da ordem de
Christo, e de sua mulher D. Maria de Vasmncelios, teve
filhos :
4. O capitso Jozé Sanches de1 Poço, que segne
adiante.
5. D. Innocencia de Brito Falcão, ao depois.
Nota. Estes dons filhos teve Luiz Braz Bezerra
em Pernambuco, para onde se retirou, logo tlepois (1s
cazado, Jozb Sanches de1 Poço, nascido no anno de 1697.
e D. Innocencia no de 1700.

SANCHES DEL POSO


Joz6 Sanches de1 Poço, que não declaraiii as meliio-
rias, que vimos donde era natiiral, e só, que fOr;~
capitáo de infantaria, e professo na ordeiii de Cliristo.
íilho de Domingos Sanclies de1 Poyo, sem mais explicaqão,
e que na Baliia cazara em Cotegipe com D. Maria de
Vasconcellos, ou Paes, filha de Aleixo Poyo, o moço, e de
Cazararii a 20 dc Fcverciro tle 1693 em Colegipe.
CATALOGO GEXEALOGICO 405

sua mulher D. Francisca de Vasconcellos, e teve de sua


mulher uma fllha :
1. D. Francisca Sanches de1 Poço, que se segue.
N. 1. D. Francisca Sanches de1 Poço, esta aqui
cazou com o capitáo Luiz Braz Bezerra, natural de Per-
nambud, filho de Liiiz Braz Bezerra e de sua mulher
D. Innocencia de Brito Falcão, o qual Luiz Braz Bezerra,
este de que acima se trata, foi capitão de infantaria, e
passando á Bahia, cazou na freguezia de Cotegipe, arra-
balde, com D. Francisca Sanches de1 Poço, * acima,
filha de Jozé Sanches de1 Poço e de sua mulher D. Maria
de Vasconcellos, e teve filhos :
2. Jozé Sanclies de1 Poço, que nasceu em Pernam-
buco no anno de 1697, para onde voltou seu pai depois
de cazado.
3. D . Innocencia de Brito Falcáo, que cazou em
Pernambuco com Manoel Rodrigues Campelo, a fl. .., e
nasceu ali no anno de 1730.
N. 2. Joz6 Sanches de1 Poço, este acima cazoii em
Pernambuco, onde era capitão de auxiliares e professo
na ordem de Christo, com D. Thereza de Jezus, filha de
Luiz Alvares da Costa, natural de Pernambuco, e de sua
mulher D. Francisctt de Barros, xiaturaes da freguezia
de Ipojuca, e teve filhos:
4. D. Francisca de Barros, mantelada do habito
descoberto de Nossa Senhora do Carmo. D. Maria San-
ches, solteira. D. Innocencia, solteira. D. Anna Maria
solteira. Pelis JozB Braz Bezerra,solteiro. Pedro Sanches
de1 Poço, solteiro e cadete do regimento de infantaria,
do Recife. Ignacio Ssnclies de1 Poc,o, cazado no sertáo,
e não se sabe com quem.
5. D . Joana Sanches de1 Poço, que se segue.
N . 5 . D. Joana Sanches de1 Poço, filha de Jozé
Sanches de1 Poço, n. 2., e de sua mulher D. Thereza de
Jezus, cazou segunda vez com Manoel Carneiro LeBo,
primos co-irmãos, por ser esse Manoel Carneiro Lei30
filho de D. Naria Theodora de Barros, a qual era
irman legitima de D. Thereza de Jezus, e filhas estas
* Cazararri a 20 de Fevereiro de 1693, ern Cotegipe.
ambas de D. Francisca de Barros e de seu marido
Luiz Alvares da Costa, e a dita D. Maria Theodora de
Barros, mgi de Manoel Carneiro Leiio, foi cazada com
o sargento-m6r Felippe Rodrigues Cam pelo, 0lho de
Manoel bdrigues Campelo, em Pernambnco, e de
.
mulher D Innocencia de Brito Ftrldb, fil ha do c a p i m
Luiz Braz Bezerra e de sua mulher D . Francisca Sanchee
de1 Poço, como vai a fl. .. De Manoel Carneiro Leão
e de sua mulher D. Joana Sanches de1 Poço f o r a 0lhoe :
6. Joz6 Caetano Carneiro Lego, Virginio hdrignes
Campelo, D. Pania Maria de S. Pedro, D. Anna Felippa
Brizida, todos solteiros at6 esse anno de 1773 .

CAMPELOS
Antonio Rodrigues Campelo, natural da villa de
Viana, foi familiar do santo tribunal da f6 e sargento-
mbr, e no Recife de Pernambnco cazon com D. Ignacia
de Barros Rego,da famiiia dos Barros e Regos de Pernam-
bnco, e teve filhos :
1. Manoel Rodrignes Campelo, que se segue.
N. 1. Manoel Rodrignes Campalo, 0lho do sargento-
mbr Antonio Rodrigues Campelo, acima, foi sargento dos
auxiliares da guarnição da praça do Recife, cavalleim 0-
dalgo da caza real, e professo na ordem de Christo, e cazon
ahi com D. Innocencia de Brito Falcáo, filha do capitão

. Luiz Braz Bezerra e de sua mulher D. Francisca San-


ches de1 Poço, a fl. . .,n. 1,e tiveram filhos:
2. Virginio Rodrignes Campelo, que se segue. Foi
capit80 de auxiliares do Recife, j&defunto, e foi cazado
com D. E'rancisca Thereza de Jezus, Blha do capitso Ma-
noel Carneiro Lego e de sua mulher D . Roza Maria de
Barros. Teve o dito Virginio Rodrigiies Campelo de sua
inulher D.Francisca Tliei.eza de Jezus os fillios seguintes:
1 Manoel Thomaz, clerigo i i t ?)iinorihits, ; 2 Virginio
Rodrigues Campelo ; 3, Joaquim Joz6 Rodrigues Cam-
pelo, cazado com D. Maria do Carmo Bezerra, filha do
capitáa Jozk Pedro dos Reis e de siia mulher D. Maria
de Jezus ; 4 D. Roza Maria de Barros, que faleceu, e
CATALOGO GESEALOGICO 407

f o i cazada com o capitão .Jozé Mendes, e (leixoii quatro


filhos, trez maxos e uma femea.
3. D . Roza Maria de Barros Campalo, cazada com
o capitiío Joz6 Teixeira, e d'este tevc! oito filhos, cinco
maxos e trez femeas, e todos de menor idade.
4. Felippe Rodrigues Campelo, sargento, cavalleiro
fidalgo da caza de el-rei c professo na ordem de Chiisto,
e hoje viuvo, foi cazado com D. Maria Theodora de
Barros, irman legitima de D.Fi.ancisca Thereaa de Jezus,
acima nomeacla, mulher de Virginio Roclrigiies Campelo.
De sua ~pulherD. Maria Theodora deBarros teve filhos :
1 Felippe Rodrigues Campelo Junior, cazado com D.
Maria Clara, natural de Serihaem em Pernambuco ;! 2
Manoel Carneiro Lego, cazado com sua prima legi-
tima D. Joana Saiiches de1 Poço, acima nomehda ; 3
Jozb Caetano Carneiro Lego, solteiro ; 4 Virginio Ro-
drigues Campelo, solteiro ; 5 D. Paula Maria de S .
Pedro, solteira ; 6 D . Anna Felippa Brizida, solteira.
5. D. Francisca Ignacia Campelo, filha de Manoel
Rodrigues Campelo, n . 1, e de siia mulher D. Innocencia
d e Brito FalcBo, foi cazada com o capitão Antonio Caval-
cante de Albiiquerqiie, e tiveram filhos :
6. Luiz Braz Bezerra, Manoel Rodrigiies Campelo,
Lourenço Cavalcante de Albuquerque, D .Anna daconcei-
ção, Antonio Cavalcante de Albuquerque, D . Ignacia de
Barros Rego,Bernardino Cavalcante, D. Matildes da Con-
.ceição e D. Innocencia de Brito Falcão, cazada esta com
Lonrenço Cavalcante de Sá Albuquerque, filho de An-
tonio de Ollanda Cavalcante de Albuquerqiie e de sua a
mulher D . Francisca Barboza de Mel10 Albuquerque .

SUBTIL E SIQUEIRA
O doutor Francisco Siibtil de Siqueira, * natural da
viiia de Tancos, reino de Portiigal, e das primeiras fa-
milias por seus ascendentes. Foi familiar do santo officio,
.avalleiro da ordem de Cliristo, e dezeuibargador da
Faleceu a 1 de Abril de 1619 e foi sepultado no convento do
.Carmo.
relação da Bahia, provedor da alfandega d'ella por
.
com D Joana de Argôlo, (I) filba de Paulo Argolo, o pri-
meiro d'este nome, que era proprietario do dito oficio, e
de sua mulher Felicia Lobo, como se v8 a fi..., teve filho8 :
1. Frei Francisco dos Anjos, religiozo carm&tS
calçado, na Bahia.
2. Agostinho Snbtil de Siqueira, que se segue.
N. 20. Agostinho Subtil de Siqneira, m o do de-
zembargador Francisco Snbtil de S i q u e h e de sua mu-
lher D. Joana de Argôlo, cazou com D . Francisccr de Me-
nezes, faleceu a 18 de Junho de 1683, e sepultou-se no
Socorro.
3. Francisco Subtil de Siqneira, que se segue.
4. D . Joana de Argolo, mulher de Braz Lobo de
Mesquita, ao depois.
5. D. Maria de Menezes, mulher de JoBo de Barros
Aranha.
6. D. Leonor de Menezes, batizada na capelia d e
S. Paulo a 19 de Novembro de 1646.
.
7. D Mariana de Menezes, mulher de Lucas Ta-
vares de Aivim, com filhos, adiante.
8. D. Antonia de Menezes, cazada com Antonio
Telies Pereira, sem filhos.
9. D. Angela, que faleceu de pouca idade.
N. 3. Francisco Subtil de Siqueira, fiiho de Agos-
tinho Subtil de Siqueira e tle sua mulher D. Francisca de
Menezes, cazou com D .Barbara de Azevedo Henriques (2)
filha do licenciado Antonio Mendes de Oliva, jB defunto, e
• d e sua mulher Izal~elde Azevedo Henriques, e teve filhos:
10. Agostinho Subtil de Siqueira, batizado a 26
de Fevereiro de 1668.
11. D. Izabel Maria de Azevedo, que se segue, ba-
tizada a 7 de Outubro de 1669.
12. Sebastião Subtil de Siqueira, bat,izado a 1 de
Fevereiro de 1 6 7 1 no Socorro ; cazado coin D . Anna de
Figueiró, sem fillios, esta por :uffecto ao dito seu marido
(1) Faleccir a 18 dc Janeiro de li;*;, c foi sitpultadn iio c;ii\ enlo de
S. Frnricisco.
12) Caz;iraiii n:i st! a 2 dtxbl~rilde 1667 : falcceu ellc a 3 de Yetenibro
de 1095, e ella a 8 de3larqo de 1686.
s e chamava Anna Subtil de FigueirU, e D. Francisca,
que faleceu solteira.
13. D. Joana Luiza de Menezes, mulher de Luiz de
Oliva da Franca, com filhos adiante.
N. 12. D. Izabel Maria de Azevedo, filha de Fran-
cisco Subtil de Siqueira e de sua mulher D. Barbara de
Azevedo Henriqries, cazou com Manoel de Azevedo
Negro, (1) filho do alferes Matheus Nendes e de sua
mulher Apolonia Nunes, foram dispensados no grAo de
parentesco por serem primos, e tiveram filhos :
15. D. Leonor Jozefa Subtil de Menezes, que se
segue.
16. Francisco Subtil de Siqueira, solteiro.
17. Nanoel de Szevedo Negro, solteiro.
18. Jozé.
19. Joáo de Oliva .
20. Antonio Subtil.
21. Sebastiao Subtil, todos solteiros.
N. 15. T). Leonor Jozefa Subtil de Menezes, filha
de D. Izal~elJIaria de Azevedo e de sen marido Manoel
de Azevedo Negro, cazou com o capitão Diogo Pe-
reira da Silva, hlho do doutor Manoel de Matos de
Viveiros e de sua mulher D . Francisca da Silva, e d'este
marido não teve filhos.
Segunda vez cazou com o coronel Francisco Vieira
de Limil, (2) filho natural do coronel Antonio Vieira de
Lima, filho este do senhor e morgado da Quinta da Cal
n a villa de Giiimaráes, e d'este segundo cazamento teve
D. Leonor filho iinico:
22. Mathias Vieira de Lima, como vai na f l . . .,
n. 13.
N . 13. D. Joana Luiza de Nenezes, filha de Fran-
cisco Subtil de Siqueira e de D. Barbara de Azevedo
Henriqiies, ciizou com Luiz de Oliva da Franca, (3) filha
do alferes Natheus Nendes de Oliva e de sua mulher

(1) Cazaraiii iio docurro n ?6 de Sai-criil~ro de 1ti!)2 na freguczia


tlo Socorro.
(2) Lazaraiii tia capt'lln tle Todos os daiilos dt? P;ISS;.
(3) C;iz;iraiii ;i 2ij de Xoveii~brotlc 1692 iro Socorri,.
52 . P. I. VOL. 1 1 1 .
Apolonia Nunes, foramdispensados no g d o de pmnte8W.
D'estee foram filhos:
23. Matheus de Oliva da Franca.
24. O capitão-mór Agostinho Subtil de Siqneira.
26. Lourenço Subtil.
26. D. Barbara .
27. D. Antonia.
28. D. Maria.
29. D. Joana.
30. D. Clara.
31. D . Cordula. Todos solteiros.
N. 7. D. Mariana de Menezes, filha de Agostinho
Subtil de Siqneira e de sua mulher D. Francisca de Me-
nezes, cazou como licenciado Lucas Tavares de Alvim; *
Alhode Thome Tavares de Alvim o de sua mulher Barbara
Pereira de Gusmiio, e teve filhos:
32. D. Barbara de Qusmtlo Pereira, batizada a 29
de Outubro de 1668.
33. D. Joana de Argolo, batizada a 16 de Dezem-
brode 1669.
34. D. Francisca de Menezes, batizada a 22 de .
Abril de 1671.
36. D. Violente de Gusmão, batizada a 17 de Se- ,
tembro de 1674.
35. Antonio de Alvim Brandh, batizado a 27 de
Novembro de 1672.
38. Francisco Tavares Bezerra, batizado a 23 de
Julho de 1677.
37. Antonio Tavares, que faleceu moço, batizado
a 27 de Abril de 1676.
39. Roza Maria, batizada a 11 de Fevereiro
de 1679.
40. D. Maria de Menezes.
N. 4. D. Joana de Argolo, ou de Nenezes, filha de
Agostinho Subtil de Siqiieira e de siia mulher D. Fran-
ciscn de bIenezes, cazou com Braz Lobo de 1Iesqiiit.a;ca-
zaram a 5 de Dezembro de 1655, na fregiiezia de Passe.

* Cazaraiii nacapella de S. Paulo do Socorro a I2 de Korembro


de 1663.
CATALOQO QENEALOGICO 41 1

4 1 . D. Francirca de Menezes, batizada a 25 de Maio


de 1656 no Socorro.
D. JIaria de Slenezes, batizada a 4 de Fevereiro de
1658 no Socorro.
D. Clara, batizada a 18 de Janeiro de 1660 no So-
corro.
D. Anna,batizadaa 22 de Novembro de 1664 no So-
corro.
Baltazar Lobo, batizado a 16 de Janeiro de 1667
no Socorro.
Francisco, batizado a 15 de Dezembro de 1669
no Socorro.
D. Mariana de Menezes, batizada a 23 de Julho de
1673 no Socorro.
N. 7. D. Mariana de Menezes, fillia de Agostinho
Snbtil de Siqueira e de sua mulher D. Frmcisca tle Me-
nezes,cazou com o licenciado Lucas Tavares de Alvim, *
filho de Thom6 Tavares de Alvim e de sua mulher Bar-
bara Pereira de GusmBo, moradores na freguezia do So-
corro, e teve filhos :
D. Barbara de Gusmão Pereira, batizada a 29 de
Outubro de 1668.
D. Joana de Argolo, batizada a 16 de Dezembro de
1669.
D. Francisca de Menezes, batizada a 22 de Abril
de 1671.
D . Violante de Gusmáo, batizada a 17 de Setembro
de 1674.
Antonio de Alvim Brandáo, batizado a 27 de Novem-
bro de 1672.
Francisco Tavares Bezerra, batizado a 23 de Julho
de 1677.
D. Roza Maria, batizada a 11 de Fevereiro ?e 1679.
D. Maria de Menezes.
E outro Antonio, que faleceu moço.

Cazaraiii a 13 de Novembro de 1663, na capella de S. Paulo do


Socorro.
413 REVISTA TRIMFSSAl. DO TNSTlTUTn tilSTORIC

PERE1R.Y COCTIXHC
Dincn Pereira Continlio vein ii Raliia coni o l i i y o
D. Cniiu:iintinn Rnrradas no anno de I sns, por seli snn-
grridrir e linrheirn, como const:i rle iimn tlo~qiioque o d i t o
l~ispollie fez tle um s i t h c? ciirral de pndo erii catisfhcao d e
o srrrir. Awirii SP ac.11~ Pm algiimas mcmni-ia?t1':iqii~llrs
tempos. I<ni nnt ras se acha t;lrnlrcm, qitr fi~rnfixicn-nicíi
na I:ahi;t,trntando-~el-em algnns assento.; por licencindn P
em ciutros t,i tiil)rni por dciiitcir. ;'a Rahix cnzon com Lii7iir
de Gim rle 3Iendcinqa. Fnlleceii em lf;f;G, como SP vF d o
seli trstamentn, rliie estk no cartorio ~clezixstico,em
que serve n lic~nciadoHrrnardn Rntcllin.
1. Iliino~II'ereiria rlc Giies, qiie cnroii,ndiante.
I . 3laria P ~ r e i r a ,que cnzou coni J'innci~c,nPcr~irn
So:ires,filli~ile Chspar P ~ r r i r n ,n ~~lIio,dc? Pnripe, a f...,
n. 1.
2. A ~ I I P ( ~deR I2i;~sde ;lientlonqn,mulher de -4ntnnili
3lach~cIo\'rItin, a fl. .., n.1, e, alii n mais.
:i. 1l:~rynridnde GOe4 de ;\Ienrlnnr;n, miilher (10 ca-
pita0 J03o 3I~cli:tclode Ilello, com fillios.
.'h 1. Agiieclrt Pereira rle Gi~es,filha de Diogo PP-
reirn, Continho P d~ srin miiltier L i i z i ~rlr? ( 4 0 ~ s r l ~Jlen-
donçx,cnzoii duas vezes,a primeira com E'ernando Antoiiio
.
Machado Velho, como fica dito, e vai a i. ., e a segunda
com o capitão Sebastiáo Pereira Bacelar, cavalleiro pro-
fesso na ordem de Chisto, filho de Estevao Pereira Ba-
celar, cavalleiro fidalgo, e de sua mnlher Apolonia de Si-
queira de Brito, irmau. do governador Lourenço de Brito
Corrêa,e teve d'este seu segundo marido os filhos seguintes:
.
4. D Felippa de Brito, mulher do coronel Sebastiao
de Araujo de Góes, a fl. .., n. 22, sem filhos.
5. Maria de Góes.
6 . Estevão Pereira Bacelar.
7. Luzia de Góes.
N. 1. Alanoel Pereira de G6es, filho do licenciado
Diogo Pereira Coutinho, acima, e de sua mnlher Luzia de
CATALOGO QENEALOOICO 413

Góes de Nendonça, cazou com Mariana de Araujo de


Góes, filha de Jorge de Arailjo de Gúes e de sua mulher
Angela de Siqueira, e teve filho unico: Luiz, que faleceu
de tenra idade.
Agiieda de Góes de Mendonça, acima, n. 2,depois de
viuva do capitiio 4ntonio Machado Velho, eazou segunda
vez com o capitáo Sebastiáo Pereira de Bacelar, filho de
Esteváo de Bacelar e de sua mulher Apolonia de Siqiieira
de Brito, moradores n'esta cidade da Bahia ; cazaram a 8
de Abril de 1641.
N. 67. Antonio de Araujo de Góes, filho de Simeiio
de Araujo de Góes, n. 26, e de siia mulher D . Ignez de ,
Castro, cazou com D. Anna Ursula de Souza, (1) filha de
Joz6 Rodrigues Chaves e de sua miillier D. Antonia da
Silva, teve filhos :
1 . D. Thereza JIaria Alves, mulher do tenente
Manoel Moniz Barreto.
2. Felis de Araujo Góes, .que vive solteiro em 1771 .
3. D. Lourença de Araujo Góes, que se segue.
N. 3. D. Lourença de Araujo de Góes, filha de An-
tonio Araujo de Góes e de sua mulher D. Anna Ursulade
Souza,cazou com Dionizio Lourenço, alferes de infantaria
pago
4. Francisco.
5. D . Jozefa.
6. Jogo.
i.D. 31sria.

MACHADOS VELHOS
Maaoel JIacliado Velho, cazado com Beatriz de Mello,
naturaes da ilha Terceira, e n'ella tiveram filho :
1. Antonio Nnchado Velho, que se segue.
N. 1. Antonio Machado Velho, filho de Manoel Ma-
chado Velho, acima, e cazou na Bahia com Agueda Pe-
reira de Góes de Mendonça (2), e era filha de Diogo

(I) c:az;lraiii n 12 de Março de 1761.


(2) Cazaraiii 3 2 de Março de 1631 em Paripe.
414 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

Pereira Coutinho e de sua mulher Lniza de Gbes de Men-


donça, e teve filhos :
Diogo Xachado, jezuita.
2. Antonio Machado Velho, que se segue.
3. Manoel Pereira de Góes, adiante, batizado a 90
do Setembro de 1635 na freguezia do Monte.
N. 1. Antonio Machado Velho, filho de Antonio Ma-
chado Velho e de sua mulher Agueda de Goes da Mendonça,
estudou nos pateos do collegio, no qual se recolheu, e
passacios algnus annos, antes de tomar ordens, sahio pan
fóra, e cazou na freguezia do Monte com Maria de Pas-
, sos (I), que era irmtm do padre Francisco de Almeida
Roza, vigario da mesma fregnezia do Monte, e 5lhos com
outros mais de Pnnhleiio da Costa Roza e de Rua mulher ,
Maria cie Aluieida, e teve filhos este Antonio Machado de
dita sua mulher Maria de Passos :
3. D. Maria de Goes de Xendonça, que se segne.
N. 4. D. Maria de Goes, Alha de Antonio Machado
Velho e siia mulher Maria de Passos, cazou com Baltazar
da Costa Bolclo (2), filho de Gaspar de Faria Bolciio, de
.
ilha. . e de sua iiiullier Guiomar da Costa. D'esta soa
mulher D. Maria de Goes de Mendonça, como se acha no
assento do sen cazamento, teve o capitão Baltazar da
CostaBol~ os filhos, qua jB ficam a fl..., e vbadiantena
5. .., n. 1, e seguinte :
N. 3. Manoel Pereira de Goes, filho de Antonio Ma-
chado Velho e de sua mulher Agueda de Goes de Mendonça,
cazou com D. Anna Brandão de Souza (3), que era íilha
de Antonio de Souza de Andrade e de sua mulher Agueda
Gomes Viegas,e Autonio de Souza de Andrade foi filho de
Qaspar Carvalho de Novaes e de sna mulher Anna
Brandôa de Souza. De Atanoel Pereira de Goes e de sua
mulher D . Anna Brandoa foi filha :

(1) C:izaraiii eiii -21 t l 1 1 Juiilio de Iti'io, nn frtyiirzia do .\íoiite, e por


iiiorte d'csl:~ss urtlcsrioii tle s;iccrdote o 1iceiiçi;idci Antoiiio ~laclia~lo, diz
o asseiit~ido seti cazaiiiciito.
(2, Cazaraiii a 1:) tle .{gosto de 1689. e os recebe11 o padre Aiitonio
Jlaclintlu. pai tln iiiilwiite. seiitlo $1 sacerdote.
131 Cazaraiii a 21 de Dczeiiibru de 1658.
CATALOGO GENEBLOGICO 415

5. D. Agueda de Goes, que se segue.


6. Antonio Machado Velho, adiante.
N. 6. D. Aguedii de Goes, filha de Iúanoel Pereira de
Goes, n . 3, e de sua mulher D. Anna Brandáo, cazou com
o alcaide-m6r da Bahia Francisco de Araujo de Arugáo, a
fl ..., n. 40, e trhi a sua descendencia, e entre ella teve
filha :
7. D . Annrt de Souza Aragão, que se segue.
N. 7. D. Anna de Souza de Aragão, que cazou com
Antonio Machado Velho. irmáo de Joz6 da Costa Bolcáo e
dos padres Gaspar de Faria Bolcáo e Mathias Machado
Palhares, a fl.. . D'esta D . Anna de Souza e de seu
marido Antonio Machado Velho foi filha nnica :
8. D . MariaBolcão, freira no Desterro dit Bahia, que
.
jB fica a fl. ., n . 58, e ahi o mais.
N. 6. Antonio Machado Vellio, filho de Manoel Pe-
reira de (loes, n. 3, e de sua mulher D. Anna Brandôa, foi
coronel, cazou com D. Izabel Maria de Aragão, * que
era filha do coronel Egas Moniz Barreto, escudeiro fidalgo,
a fl. .., n . 12, e d'este Antouio Machado Velho e sua
mulher D. Izabel Maria foi filho :
9. Autonio Machado Velho, que se segue.
N. 9. Antonio Machado Vellio, filho do coronel An-
tonio Machado Velho e (te sua mulher D. Izabel Naria,
acima, n . 6, cazou com D. Antonia Maria de Menezes,
filha de Francisco Barreto de Aragáo, a fl. ..,n. 68 e 79.
Foi senhor do engenho de Matariye, e teve filha :
10. D. Maria Francisca de Conceiçáo, que cazon com
Egas Carlos de Souza Menezes, fidalgo da caza de Sua
Magestade, a fl. .., n. 21, e teve filho, ahi n. 32, e aqui
n. 11.
N. 11. Antonio lfoniz de Souza Barreto, filho d'esta .
D. Maria Francisca da Conceição, que fica a fl. ..,
n. 32.

* Cazarani a 8 de Janeiro de 1698, na capella do Roni Jezns, e


faleceu elle a 22 de Marco de 1700, sepiilkdo no Uriiio da Bahia.
i;..iapnr (11. Faria Rnlcao. n~tiir.zI d3q ... pRccnn
á Baliix, e ri't*llrt c ~ z o i i cnnl i2iiinmnr d a C n ~ t n ,(1) clP
ilneni itintla iiHn ncli~mosao c r r t n a snn a c c ~ n i l e n c i n .t4
cl'i~llatpre fillio.: :
.
1 l<itlt:iz:irda C n ~ t nRnlcBo. q ~ i cs e sp:ne.
S. I . Ilaltax,ir tlit Cost,i. I3nlc5n, tillit) r l Gasp:ir
~
de J'nri3 RnlcZii i. ( l sna ~ niiilllei. c;nirrriinr tln ('o,t:t.
cnznn com Li. ,\Iaria r l G ~ ~ ~tlc
Ps, \ [ ~ n d o n l , z(2) lilhn c10 l i -
cpncindii Antniiio ~ I x c ~ i i r Vellin. ~ln a i1....e cla siin niiillici.
i i i c , e cnzoii ~ s t e R:ilt,azar (1% Coftn. n n
frrcrit~zi onte, em 13 c l ~.4co;to tle 11;4!), r t ~ t i
rrccaliii li :t(lre Antonio ~ I n c l i : i ~Vl ~~tl l i n .pai d s nii-
1 ) ~ i l t e . j:t s:~rer(lntrnrrleiindn tlt~1iiii.c i 1 ~f~lvcidn. siin
miillicr Naria tlr i'nssn.;; clc nlltainr cl:a Cnitn l:olr,ic>
iJt 1 siin~ niiilticr n.JInrin. G ~ PI Q ~ IPl i ~ ~ i t l n n ~ ~ n , ~ S r~cit lq~7 c r i i
:t I .i tle Y~trnihrride 1iii.>);frwnin trllini :
2 .Triz. il;i (:oqt,a J3nlc;ío, q i i ~j i tica n fi. . ., n. i ;
P a R.. . iiqrii, P ~ I I se
P SPCIIP.
3 . Aritctnio Iilnclia(lti \ - ~ l l i a ,q n e vai n 11. ..
4 . 0 pndrc C;n~p:ti' ilc Jq'xrin 13olcRn r o padre 113-
t l ~ i a s~In(:ii:~tI~) l'nlll~~r~~,
S . 2. .Tozb (1% Costa RolcAo. (3) fillin rle, Raltnzni.
(1% Costn Jjnlciln, ncitii%, n. I, r d e SII:~. rnnllier 1). J13ri:r
rle GOc.; de Jlrniionca, caznil com TI. Jfaria cle Araiilo ~ I I
S o ~ t z : t2racdn.
~ ( 4 ) fi 1112 ilO alcnide-rnhr d a Bania I'ran-
..
cisco de Araujo de Aragão, a fl. ,n. 40, e teve filhos :
6 . Baltazar da Costa Bolcão, que se segue.
6. D. Francisca de Araujo Aragfio, que cazou com
Antonio Manoel de Moraes Ssrmento Portocai~eiro,pro-
fesso na ordem de Christo e corregedor que foi da comarca
(1) Falt!i.c@iitbsta:i11 tlc Jaiiciro tle lli90, e elle a I1 tle Maryo do dito
iiiiiiolia I r i ~ ~ i i t ' Z idi o~ Jl~lile.
(2, c:;ir:iraiii a I:{ de Agosto de lt?$!).
(3) Falei-eiia l i de Jiillio de 1i7(i, sepiilhdo ria igreja das Brotas.
(1, (:nzaraiii a G de Fevereiro do 1730. c falect'i~ esta siia miilher
I). Maria a i 8 tltk i~ii1iil)rcttie 1 i 6 í ; e ll'este ti? l í i i H a 3.1 de Oiilu1)ro lhe
k z seti iiiarido Jozi! da Costa Bolcào, iio coiivento de S. Francisco de
Sergipe do (:onde, siias soleiiiries exequias.
CATALOGO GENEALOGICO 417

da Bahia. Faleceu esta a poucos annos de cazada, dei-


xando uma filha que tambem faleceu solteira.
7 . Joz6, batizado a 21 de Janeiro de 1730, pelo
padre ex-provincial de S. Francisco, frei Gonçalo de
Santa Izabel.
S. Francisco, batizado a 21 de Naio de 1733. Re-
ligiozo da companhia.
9 . Anna, batizada a 30 de Janeiro de 1735. Freira
no Desterro da Bahia.
10. Antonio de Araujo Aragão, conego na se da
Bahia.
11. Jogo de Aragão, clerigo. .
12. Agueda, irnian gemea de Jozé, acinia,e batizada
no mesmo dia 21 de Janeiro de 1730.
N. 5. Baltazar da Costa Bolcáo, filho de Joz6 da
Costa Bolcão e de sua mullier D. Maria de Araujo, cazou
com D. Maria Joana de Jezus de Aragão, filha do capitão-
m6r Ignacio de Siqueira Villas-B6as e de sua mulher
D. Joana de Betencourt SB de Menezes, a A. .., n. 7, e
teve filhos :
13. Jozé Joaquim.
14. Jozé Ignacio.
N. 3. Antonio Nachado Velho, filho de Baltazar
da Costa Bolcáo, n. 1, e da sua miilher D. Maria de Góes
de Mendonça, cazoii com D. Anna de Souza de Aragão,
filha do alcaide-mór Francisco de Araujo de Aragão, a
fl.. .,n. 40, e teve filha :
D. Maria Bolcoa, que é freira no convento do Des-
terro na Bahia, e seu pai Antonio Machado Velho por
morte de sua espoza D. Anna de Souza se fez dahi a
alguns annos religiozo de S. João de Deos no hospital da
villa da Caxoeira, que elle para ali havia transferido
do lugar de Paragurtssú junto ao convento de Yanto An-
tonio, e teve principio por um religiozo leigo d'aquelle
convento frei Bernardo da Conceição, que ali faleceu
com boa fama, natural da cidade da Bahia. N'este hos-
pital muitos annos depois de viuvo o sobredito Antonio
Machado em habito de terceiro, ainda em vida de frei
Bernardo e por morte d'este religiozo, mudou o hospital
para a Caxoeira.
53 ?. I. VOL. LII.
BRAND~ES
DO IGUAPE

Melchior Brandão Coelho, de quem d achamos, que


foi cazado duas vezes, a primeira com Maria Pestana,da
qual diz assim o assento do seu enterro : a Em 8 de
Agosto de 1663, faleceu Maria Pestana, mulher de Mel-
chior BrandfLo Coelho, sepultada em Santiago de Iguape;
testamenteiros seu marido e seu genro Braz Rabelo.
D'esta primeira mnlher teve filhos :
1. SebastifLo Brandão Coelho, que se segue.
2. Miguel Brandso Coelho, adiante.
3. Izabel Brandilo, mulher de Braz Rabelo.
3. Francisco Brandso Coelho, cazado, a fl.. . Segunãa
vez cazou Melchior Brand&o Coelho com D. Anna Bel-
traite, e d'esta teve Alha :
4. D. Anua Brandilo, a respeito de quem, em 16 de
Agosto de 1668, diz o vigario da matriz do Iguape : a h-
cebi a Manoel da Rocha do Rsgo, filho de Baltszar de
Araujo Barboza e de Maria de Brito Corrda, moradores
no Conto de Corelhao, arcebispado de Braga, com D.
Anua Brandão, filha do coronel Melchior Brandso Coelho
e de D . Anua Bel traite, jB defuntos. Testimunhas Gon-
çalo Rodrigues de Araujo e Francisco Rabelo de Macedov.
N. 1. Ssbastião Branda3 Coelho, * filho de Mel-
chior Brandiio Coelho e de sua primeira mulher Maria
Pestana, foi capitão, cazou com Ignez de Novaes, e teve
filhos :
5. Joana, batizada em 3 de Janeiro de 1651.
6. Francisco, batizado a 28 de Julho de 1653, e fale-
ceu este Francisco Brandão rt I 8 de Agosto de 1681.
7 . Anna, batizada a 10 de Janeiro de 1656, e cazou
a 25 de Fevereiro de 1706 na capella de Guadalupe com
Domingos Barboza de Araujo, filho de Pedro Correa e de
sua mulher Margarida Barboza de Araujo, naturaes da

* Faleceu a 6 de Abril de 1675.


CATALOGO OENEALOQICO 419
fregnezia de S. Miguel da Faxa, .do arcebispado de Braga,
sem filhos.
8. Antonio Coelho Brandão, testamenteiro de seu
pai, cazou com D. Anna Brandáo a 16 de Agosto de 1694,
na capella do Acupe .

N. 2. Miguel Brandão, filho de Melchior Brandáo


Coelho e de sua primeira mulher Maria Pestana, cazon
com Monica Amaral, (1) filha de Migiiel Ferreira Feio e
de sua mulher Izabel Serrão, e teve filhos :
9, Miguel, cazado com D. Francisca de Menezes,
batizado a 2 de Maio ile 1632.
10. Melchior, batizado a 2 de Outubro de 1633.
11. Maria, batizada a 13 de Dezembro de 1634.
12. Antonio, batizado a 10 de Fevereiro de 1636.
12. Francisco, cazado com D. Francisca de Mene-
zes, e Izabel, a fl.. .
N. 3. Izabel Brandão, filha de Melchior Brandao
Coelho e de sua mullier Maria Pestaua, cazou com Braz
Rebelo Falcáo, e teve filhos :
1 2 . Vasco Marinho Falcão? que fica a fl. . ., n. 24.
13. Melchior Brandão Pereira, que se segue.
14. D. Francisca de Miruuda, que cazoii com o
capit8o Antonio da Serra de Figueiredo, filho de Antonio
da Serra e de sua mulher Luiza de Figueiredo, natural
da villa de Pombeiro, freguezia de S. Salvador, bispado
de Coimbra, cazoram a 29 de Setembro de 1659, e fale-
ceu esta D. Franeisca a 2 de Novembro de 1680.
15. Izabel Brandão, que cazou com Francisco Ra-
belo de Macedo, (2) filho de Antonio Rabelo de Ma-
cedo e de sua mulher Violarite de Faria, natural da
vila de Guimarães, freguezia de N. S. da Oliveira, e
teve 0lho o sargento-mór Fernão Pereira de Nacedo.
Cazaram a 3 de Abril de 1665.
-- -- .
(i) Cazaram a 11 de Novembro de 1629.
19) Faleceu elia a 4 de Janeiro de 1713 e elle a 13 de Março de
1708.
16. D. Maria Falcb, qne cazon com Vaientim da
Rocha Pita, a 19 de Janeiro de 1663, diante.
17. Thom4 Pereira Falcilo, ao depois.
1. .
N. 13. Melchior Brandão Pereira;, filho de B r a ~
Rabelo Falcão e de sua mnlher Izabel Brandso, n. 3,
cazon com D. Izabel Barboza, e teve filhos. A este Mel-
chior Brandáo chamavam o moço ; faleceu este a 81 de
Junho de 1696, e ella a 28 de Agosto de 1689.
18 Izabel Barboza Pereira, batizada a 6 de Novem-
bro de 1650, na matriz de Ignape, padrinhos o coronel
Melchior Brandilo Coelho e D. Francisca de Miranda,
filha de Braz Rabelo, que se segue, a fl. ..
19. D. Maria de Aranjo, mulher de J o h Branddio
Pereira, adiante, batizada a 8 de Junho de 1655.
20. Antonio, batizado a 10 de Maio de 1657.
21. Melchior, batizado a 24 de Agosto de 1659.
22. Braz, batizado a 7 de Agosto de 1661.
23. Salvador, batizado a I 1 de Outnbm de 1664.
24. Sebastiiio, batizado a 15 de Setembro de 1669.
cazado com D. Felippa Soares de Brito,oom filhos Manoel
e Izabel.
25. Vasco Marinho, adiante.
N. 18. D. Izabel Barboza Pereira, filha de Melchior
BrandiLo Pereira, n. 13, e de sua mulher D. Izabel Bar-
boza, cazou com Gaspar de Aranjo de Azevedo, * aiho
de Gonçalo Coelho de Araujo e de sua mulher D. Catha-
rina Barbozx, do arcebispado de Braga, freguezia de
8. Maria de Ponte de Lima, e tiveram filhos :
26. Catharina, batizada a 12 de Janeiro de 1680.
27. Roza Maria, batizada a 29 de Agosto de 1682.
N 19. D. Maria de Araujo, filha de MelchiorBrand&o
Pereira, n. 13, e de sua mnlher D. Izabel Barboza,
cazou com João Britndão Pereira, e teve filhos :
28. Antonio Brandáo Pereira, que se segue.
28. D. Naria Biaudáo, adiante, fillia da segunda
mulher.
Casaraili a 21 de Jani?irode 1679. Fillio este Gaspar dr Araiijo de
Gonçalo Coelho de Araujo e desua rnnlher D: Cltliariiia Berhoza, do ar-
cebiupado de Braga, Iraguezir de Santa Maria de Porite de Linia.
CATALOGO GENEALOOICO 42 1

Segunda vez cazou est.e João Brandáo com Maria de


Campina, a d . . ., n. 28.
N. 28. An tonioBrandão Pereira, filho de João Brandão
Pereira, n. 19, e de sua miilher Maria de ilraujo, foi coro-
nel, e cazou com D. Francisca Gaiozo Xavier, (1) filha do
coronel Joz6 Gaiozo de Peralta e de sria mulher D. Maria
Pereira, viiiva, que era,do coronel Manoel de Queiroz. De
Antonio Brandão e sua mrilher, acima, foi filha :
29. I). Luiza Brandáo, que se segue.
N. 29. D. Laiza Brandáo, filha do coronel Antonio
Brandão, acima, n. 28, cazou com Gonçalo Harinho Fal-
cão, (2) filho de Tliouié Pereira Falcão, segundo do nome,
e de sua mulher D. Leonor Pereira Marinho, filha de
Vasco Marinho e de sua mulher D.Catharina de Araujo, e
teve filhos.
N. 25. Vasco Marinho Pereira, filho de Melchior
Brandão Pereira, o moço, n. 13, e desua mulher D. Izabel
Barboza, cazou com D. Catharina de Araiijo, filha de Paio
de Araiijo de Azevedo, que era filho de Fernão Velho de
Araujo, e teve filhos.
32. Paio de Araujo de Azevedo, cazado com D. Ca-
tharina de Goes.
31. Nariana, batizada a 26 de Outubro de 1688,
adisnte.
32. D . Leonor Pereira Marinho, que se segue ; ba-
tizada a 7 de Narço de 1690.
33. Pedro Marinho Falcão, batizado ao 1". de
Novembro de 1692.
34. Joáo, batizado a 13 de Julho de 1694.
35. Anna Maria, batizada a 13 Junho de 1696.
36. Vasco, batizado a 18 de Outubro de 1697.
N. 32. D. Leonor Pereira Marinho, filha de Vasco
Marinho, n. 25,e de sua mulher D. Catharina de Araujo,
foi cazada a primeira vez com Thom6 Pereira Falcão, fi-
lho de Tliome Pereira Falcão o velho e de sua mulher D.
Ignacia de Araujo, adiante, e teve filhos :

1 1 ) Cazararii a 21 de Navenibro de 1729.


(2) Cazaram a 28de Janeiro de 1750 na niatriz de Santiagodo Iguape,
e faleceu Gonçalo Marinho a 7 de Abril de 1753.
37. Qonçalo MarinhoFaldLo, que jtí 0ca n. 29, csnadn
com D . Luiza Brandáo, e ahi a ma descendencia.
38. D. Leonor, que faleceu a 24 de Setembro de
1736 com 20 annos de idade, sendo jtí morto seu pai, e
cazada j& segunda vez sua mái D. Leonor, diz o assenta
de seu enterro.
N . 17. Thomt! Pereira FalcBo, o velho, filho de Bru
RabeloFalcAo, n. 3, e de sua mulher Izabel Brandáo,
n . 3, 0lha de Belchior BrandBo Coelho e de eua mnlhex
Maria Pestana, cazou com D. Ignacia de Aranjo, (1) dlh8
de Gon$alo Rodrigues de Aranjo e de sua mulher Izabel
Freire Baraxo, e cazaram a 21 de Julho de 1669, e tive-
ram dlhos :
89. Thomt5 Pereira Falcb, que jtí 0ca cazado com
D. Leonor Pereira Marinho, e batizado a 2 de Junho de
1680.
40. Vasco, batizado a 4 de Maio de 1670.
41. Izabel, batizada a 23 de Agostode 1671, adiante.
42. Lancerote, batizado a 8 de Abril de 1674.
43. Yichaela, batizada a 16 de Outubro de 1676.
44. Roza Maria, batizada a 24 de Julho de 1678 e
foi cazada com Francisco da Rocha Pita, 0lho de Anto-
nio da Rocha Pita, a fl.. ., n. 1.
45. Ignacia de Araujo, batizada a 16 de Abril de
1684, e cazou com Garcia de Avila, eeu primo, a fl.. ., e
fl. .., e ahi a sua decendencia. Faleceu a 29 de Setembro
de 1773 com 80 annos de idade, em que andava. Sepul-
tada na sua sepultura do altar da ConceiçiLo de S. Fran-
cisco da Bahia.
N. 39. Thomé Pereira Falcáo, filho de Thomé Pe-
reira Falciio, o velho, n. 17, e de sua mulher D . Ignacia
de Aranjo, cazou, como jtí se dice acima n. 32, com D.
Leonor Pereira Marinho, (2) filha do capitiio Vasco Ma-
rinlio Pereira e c1e sua mullier D. Catliarina de Araujo de
Azevedo, fillia de Paio de Araujo de Azeredo, a quem
cliamavam o Par Deos hoinein, comniendador da ordem
~ -

esta I). Ignacia a 10 dtl Jullio dth 1; 13, eiii idadr de


( 1 ) PaI~~cc~u
ninis de 100 aniios. Tes1ame;itriros si?us rielos Goiiçrlo Mariiiho
Falcào, Francisco Dias de A ~ i he João da Roctin Pih.
(21Caeararn a 7de Janeiro de 1715.
CATALOGO GENEALOG~CO 423
de Christo, e de sua mulher D. Anna, filha de Duarte Lo-
pes Soeiro e de I). Maria de Souza, sua mulher. D'eete
ThomB Pereira e de sua mulher D. Leonor Pereira Ma-
rinho foram filhos :
46. Gonçalo Marinho, que cazou com D. Luiza
Brandão, que jB fice n. 29, e ahi a siia geraçáo.
D. Leonor, que faleceu solteira, que jB fica n. 38.
N. 16. D. Maria Falcáo, filha de Braz Rabelo Fal-
cão e de sua miilher Iziibel Bi.andão, f l . . . n . 3, cazou
com o capitão Valentim da Rocha Pita, e tiveram filhos.
Cazaram a 19 de Janeiro de 1653, e faleceu elle a 13 de
Novembro de 1665, e morto elle, cazou esta D. Maria a
26 de Maio de 1669 com o capitão João Peixoto da Silva,
viuvo de D. Anna Cavalcante.
47 . Christováo, batizatio ao 1". de Janeiro de 1662.
48. D. Maria d i ~Roctia Pita, que cazou com An-
tonio da Rocha Pita,fllho de Fran::isco da Rocha Pita e de
sua mulher Beatriz de Lara, naturaes de Coura,e j B dcam
a fl. .. , e ahi a sua deceiidencia.
N . 41. D. Izabel Brandáo, filha de ThomB Pereira
Falcão, n . 17, e de sua miillier D. Ignacia de Araujo, ca-
zou com Manoel blarinho Brandão : cazaram a 7 de Ou-
tubro de 1697.
N. 31. D. Mariana Pereira, filha do capitão Vasw
Marinho Pereira, n. 25, e de sua mulher D. Ctrtharina de
Araujo, cazoii com Manoel Pereira de Souza, filho de
Diogo Pereira do Lago e de sua mulher Luiza Barboza
Sonzeda, da fregiiezis de Santa Maria de Rebordão, arce-
bispado de Braga,cazaram a 8 de Janeiro de 1708, na ca-
pella de Guadalupe.
N. 28. D. Maria Campina Brandão, filha de Joáo
Brandão, n. 28, e de sua segunda mulher Maria de Cam-
pina, cazou com João Soares de Brito a 27 de Abril de
1663. l'estimiinha, alem de outras, D. Maria Pestana,
mulher do capitão Cosme de SB Peixoto. Tiveram filhos :
49. Maria, batizada a 21 de Abril de 1655.
50. Margarida, batizada a 17 de Dezembro de 1656.
51. Anna, batizada a 13 de Setembro de 1668.
52. Frtmcisca, batizada a 29 de Março de 1660.
53. Manoel, batizado a 13 de Abril de 1662.
6. Jacinto da Campos Baib, que se segue.
7. Anua de Campos, adiante.
8. Maria de Campos de Oliveira, adianta.
9. Francisco Dias Baiso, sacerdote.
10. Felippa de Santiago, ao depois.
Beatriz de Gusm&o, que cazou com Bento da Silva
B a i b a 29 de Setembro de 1648.
Segunda vez cazou com Maria Nunes, a 28 de
de 1660, e era esta jtí viuva de Bartolomeu Bodrignea.
N. 6. Jacinto de Campos B a i h , filho de Jacinto de
Campos de Baiiio, n. 1, e de sua mulher Maria Bodriguee,
cazou com D. Felippa de Mello, * filha de Mignel Bravo
de Mello e de sua mulher Leonor, etc., e teve tllhoa :
11. Francisco, batizado a 11de Abril do 1666.
12. Natalia, batizada a 2 de Janeiro de 1669.
N. 8. Maria de Campos, filha de Jacinto de Campo8
Baiiio e de sna mulher Maria Rodrigues, c m n com Dn-
arte Ximenes, filho legitimo de Andi.6 Lopes da India e
de sua mnlher Micia Lopes de Almeida, e teve tilhos .
13. Mariana de Jezns, mulher de Antonio Mendes
Bravo.
D'este Andr6 Lopes da India e de sua mnlher Yicia
Lopes foi tambem filha Ignacia.
N. 9. O padre Francisco Dias Baiiio diz assim na
verba do seu testamento :-aDeclaro,que son filho legitimo
de Jacinto de Campos Bitião e de sua mulher Maria Ro-
rlrigues.~Foi irmfio de S. Pedro, como consta do termo,
que fez a 6 de Outubro de 1661, no livro 1". d'esta irman-
.
dade, a fl 22 v.
N. 5. Felippa de Santiago, Allia de Thomé Fer-
nandes Baitio e de sua mulher Tleonor Dias, cazou com
Pedro Vaz Corrêa, a quem el-rei deu firo de fidalgo pelos
relevantes serviqos, que lhe fez na India, e teve fillia :
D. Jei.onima Corrêa, que cazou com o capitão Miguel
Telles Barreto, a A. .., e ahi a sua descendeiicia.

* Cazaraiii a 16 de Aliril de 1661 em Paripr : til110 de Jacinli~de


Campos Baiào e de sua iiiullier Maria Rodrigucs, jn defuntos.-Diz assirii
o livro da sB a fl. ..
CATALOOO OENEALOOICO 437

D. Xaria Corrêa, mulher de Manoel de Souza Dor-


mondo, 81-6 de D. Izabel Maria Guedes de Brito.
N. 10. Felippa de Santiago, filha de Jacinto de
Campos Baião e de sua mulher Maria Rodrigues, cazon
com EstevBo Rodrigues do Porto, (1) natural da Bahia,
filho de Ferniio do Porto e de sua mulher Maria d a Cruz,
ou Corrêa, e teve filha : .
Branca Rodrigues, mulher de Ignacio Garcia.
Por morte de sua mulher Felippa de Santiago, 11. 10,
cazou Esteviio Rodrigues do Porto com Francisca Nunes,
Alha de 1)omingos Rodrigues e de sua mulher Catharina
Nunes, e teve fillios :
Ursula, Francisca, Felippa e Silvestre.
Terceira vez cazou Estevão Rodrigues do Porto com
Maria Pereira de Goes, e teve filhos:
Jozé, Francisco e Thom~zia.
Anna de Campos, flllia de Jacinto de Campos Baiiio
e de sua mulher Maria Rodrigues, cazou com Antonio
Vieira, (2) filho de Antonio Vieira e de sua mulher Mar-
garida Nunes, moradora em Pernambuco .

BRAVO
Antonio Bravo, foi natural do Porto, e cazado com
Margarida Antonia, e teve filhos:
1. Antonio Mendes Bravo, que se segue.
N. 1. Antonio Mendes Bravo, filho de Antonio
Bravo, acima, e de sua mulher Margarida Antonia, cazou
com Maria Gaspar, que era filha de Antonio Gaspar (3)
e de sua mulher, e teve filho :
2. Antonio Mendes Bravo, que se segue.
D'este Antonio Mendes Bravo e de sua mulher
Mariana de Jezus tiveram os filhos seguintes : Ignacio
-- - --

(1)Cazaram a 3 de Fevereiro de 1663.


(2) Cazarain a 1 2 de Aposto de 1M6.
(3) Consta do tcstaiiiento d'este Anlonio Gas ar, quese acha-no car
earlorio dos orfios, de que era escrivào 3IanoefRabello de Souza, no
anno de 1696.
Mendes de Castro, sem sncesaão, Anua Maria da Besm
reiçho, cazada com Antonio Lniz Feri.go, alferes ds
infantaria, com o faro de fidaigo, Leonor Maria da F6,
solteira, Antonia de S. Francisco, solteira, Agostinho de
CMtro, sem sncess&o, e Leandro JozB de Castro, solteiro,
Bartolomen Lopes de Castro, sem sucess&o, F r s n c h ~
Xavier de Castilho sem suces~ão,jb fica a fl . ..
N. 2. Antonio Mendes Bravo, filho de Antonio
Mendes Bravo, n. 1,e de sua muiher Maria Gaspar, C I W ~
com Mariana de Jezus, filha de Dnarte Ximenes, e de sua
mnlher Maria de Campos de Oliveira, filha esta de
Jacinto de Campos Baião e de sua mulher Maria I b
.
drigues, a fl.. , e Dnarte Ximenes, era filho legitimo de
Andr4 Lopes da India e de sua mnlher Micia Lopea de
Almeida: de Antonio Mendes Bravo e de snb iodher
Mariana de Jezns foi filho:
3. Francisco Xavier de Castilho, que cazon com
Catharina de Santa Maria, e j&ficam a fl. . ., n. 36, e
o mais.
4. Ignacio Mendes de Castilho, que se 8egQe
adiante.
Dnarte Ximenes, de qnem acima se diz era filho de
Mariana de Jazns, que cazon comAntonio Mendes Bravo,
e foram pais de Francisco Xavier de Castilho ; era o tal
Duarte Ximenes filho legitimo de Andr4 Lopes da India
e de sua mulher Micia Lopes de Almeida ; assim se ach8
no livro dos cazamentos da s6 da Biihia pelos termos
seguintes a fl. 210 : e Em Fi de Dezembro de 1666, cazon
Dnarte Ximenes, filho de André Lopes da India e de sua
mulher Micia Lopes de Almeida, com D. Maria de Campos
de Oliveira, natural d'esta Bahia ; fillia de Jacinto de
Campos Baião e de sua mulher Maria Rodrigues.~Caesram
a 5 de Dezembro de 1666.
N. 4. Ignacio Mendes de Castilho, filho de Antonio
Mendes Bravo e de sua mulher Mariana de Jexus. passou
a India, e lá cazou com Marta Naria Gonçalves,
natural de Racol, freguezia de Neves da provincia de
Salcete, do arcebispado de Gôa, e teve filho :
1. Ignacio, batizado em 23 de Abril de 1699 na fre-
gnezia de S. Pedro.
CATALOGO OENEALOOICO 429

2. Anua, batizada em 1 . O de Maio de 1702 na fre-


guezia da sé.
3. Leonor, batizada em 7 de Fevereiro de 1705,
na fregnezia da sé.
4. Antonia, batizada em 29 de Maio de 1707, na
freguezia da sé.
5. Agostinho, batizado em 25 de Julho de 1711 na
freguezia da s6.
5. Agustinho Mendes, sacerdote, ordenado pelo
arcebispo de Goa, em sabado das temporas de Dezembro,
a 20 de 1766. Livro das matriculas a fl. 75, consta por
certidão do escriváo d'aquella camara ecleziastica de
ma, João Pereira, passada a 14 dedaneir0 de 1769 ;
e hoje conego na sé primaz de G3a.
6 . Leandro, batizado em 10 de Março de 1715 na
freguezia da sé.
7. Bartolomeu, batizado em 9 de Setembro de 1716
na freguezia da sé.
8. Francisco, batizado em 12 de Outubro de 1719
na fregoezia da sé.
André Lopes da India, cazado com Micis Lopes de
Almeida, * teve filhos. Filha esta de Izabel Lopes e
de seu marido Antonio Serrão de Almeida.
1. Duarte Ximenes, que cazou com Maria de Campos
de Oliveira, filha de Jacinto de Campos Baiho e de sua
mulher Maria Rodrigues.
2 . Ignacia, que siiposto náo achamos nas memorias
que vimos com quem foi cazada, no livro dos enterros da
sé se acha o assento seguinte : u Aos 23 de Junho de
1664, faleceu D . Jeronimo de Valençóes, o genro que foi
de Andre Lopes da India Valençóes.
Aos 7 de Julho de 1704, recebi a Andr4 Lopes da
India, filho de Duarte Ximenes, j8 defunt.0, natural da
cidade da Bahia, freguezia da se, com D. Izabel de
Oliveira, filha do capitão Gaspar Mendes Bãrboza e de
sna mulher D. Leonor de Oliveira, já defunta, natural da
fregueziade P A S Sdispensados
~, do 4". gráo de parentesco
mixto com o 3."*
Cazaram na sé a 8 de Janeiro de 1612.
480 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO
W
Izabel Lopes,wada com Antonio S e m de Almeidi
Micia Lopes de Aiineida, muiher de b d r d Lopes:ds
India, acima.
Manoel Ser&.
Andr6 Ser&.
Pascoal Serrgo.
Maria Serrgo de Alrneida.

Os Q h s vieram da Bretanha, e foi o primeiro que


veio a Portugal Mgrtim Vasques de Qóes, em tempo d'el-
rei D. Pedro I, e um dos primeiros, que foram ajudar
a el-rei D. Pedro de Castella contra o rei de AragBo.
D'este Martim Vasques de Góes foi pai Vasco Rodrignes
e avi3 Rui Dias ; o qnal Rui Dias era filho de Lopo de
Q6es. Cazou Rui Dias segunda vez com Felippa de Góee,
da qnal teve filho Frutuozo de Qóes, que foi guarda-roupa
d'el-rei D. Manoel, e cazou com D. Izabel Perdi@, íUha
herdeira de Eitor Nunes Perdigso, e teve d'ella 0lho
a Antonio Perdi@ de Góes, que cazou com D. Maria de
Mendonça, filha de Affonso Furtado e d'esta D. Maria de
Mendonça, e seu marido Antonio Perdigih de G6es foi
fdho Luiz de Qóes Perdigh, que cazou com D. Marga-
rida de Souza, ou Deça, Alha de Manoel de Souza, capitb
de Caul, e d'eutes foi filha D. Madalena de Men-
donça, que cazou com D. Antonio da Costa, filho bastardo
e segundo de I). Alvaro da Costa, clerigo e deam da
Guarda, ede uma D. Maria Manoel. * Eraeste D. Alvaro
da Costa deam da se da Guarda, a quem chamavam o
Queimado por alcunha, porque sendo de idade de cinco
annos queimou a cara com polvora; era irmiio primeiro de
D. Joao da Costa, e filho de D. Galianes da Costa, e
neto de Alvaro da Costa, o primeiro e u Portugal, como
jii fica a fl. . .
D. Antonio da Costa, acima, filho segundo bastardo
do deam D. Alvaro da Costa, cazou, como-ficp dito, com
CATALOGO QENEALOGICO 431

D. Madaleua de Mendonça, teve d'esta sua mulher filho


D. Luiz da Costa, que cazou com sua parenta D. Maria
de Noronha, filha herdeira de D. Pedro da Costa, ar-
meiro-mór e commendador de S. Viceute da Beira na
ordem de Aviz, e de D. Violante de Noronha, da qual
D. Maria de Norouha teve filho a D. Antonio da Costa,
como se p6de vêr na Corùpra6a Portugueza, citada.

PEDROZO GOES E SIQUEIRAS

Sebastião Pedrozo, que passou aos Ilheos, capitania


do Brazil, foi cazado com Maria Barboza, que era filha de
Thom6 Lobato de Lomego e tle sua mulher Auna Bar-
boza de Moraes, de Viana. De Sebastião Pedrozo, acima,
e de sua mrilher Maria Barboza foram filhos :
1 . Brites Ilarboza, que cmou com Antonio de
-4guiar Daltro, filho de Pedro de Aguiar Dàltro, a tl. . .,
n. 1 .
2 . Sebastiáo Pedrozo Barboza, que se segue.
N. 2. Sebastião Pedrozo Barbozã ou Viana, como
se acha em outros assentos, e se pótle vêr a fl. . ., n. 13
e 39, filho de Sebi~stiáoPedrozo e de sua mulher Maria
Barboza, cazou duas veze3,uma no Cibirú, para onde havia
passado dos Ilheos, com 3Iari;t (te Gbes de Jdacedo, filha
de Melcliior de Armas de Brum e cle sua mulher Frau-
cisca de Araujo, que era filha de Gaspar de Araujo e
de sua mulher C~ttharinade 05es, a fl... , e teve filhos :
1 . Jorge de Araujo de Góes.
3 . Francisco de GGes de Macedo, que se segue.
4. Diopo de Araujo B.trboza, adiante.
.5. Rodrigo Pedrozo, ao depais.
6 . D. Brites Bãrboza, mulher do sargento-mór Pedro
da Franca de Bndratle, com filhos.
7 . D. Luzia de Góe3, cazada.
8. O padre Sebastiiio Pedrozo de Góes, vigerio na
parochial de Sergipe d' El-rei. Assim se acha no termo de
um cazameuto n'aquella matriz : Em 2 de Julho de 1679
'recebeu o reverendo vigario Sebastib Pedrom de
Gbes r Maria da Rocha Barboza, fllha do wpitEo Bel-
chior Diaa Barb~zae de sua mulher Maria da Rocha
Pita, com o c a p i m Sim& de Villas-Bôas, d e s t a ma-
triz.
9. Jorge de Araujo de Qbes, que no anno de 16&, a
5 de Janeiro, tirou inquiriçóes para frade de S. Francisco
da Bahia, e professou no mesmo convento a 14 de Janeiro
do anno seguinte de 1646, com o nome de frei Bernardo
da Encarnaçb.
10. D. Barbara de Qóes de Macedo, muiher do ca-
pitão Manoel de Uzeda Aiala, com filhos, a fl. . .
.
11. D Maria de.Siqneira, mnlher de Simão de Araao
Qbes, a fl. . .
18. D. Angela de Siqueira, mulher de Jorge de
..
Araujo de Góes, a fl .
-
13. Os padres Antonio de Aranjo e Lniz de 069
ambos jezuitas.
N. 3. Francisco de Gbes de Macedo, filho de Maria
de Qbes de Macedo e de zieu marido SebastiBo Pedrom
Barboza, cazou com D. Mariana Mexias, íUha de Mel-
chior Mexias Barboza e de sua mulher D. Antonia de
Padua,e foram dispensados no 3". g n b de cousagninidade
mixto com o 3". e tiveram filhos.
Outra vez foi cazado Sebastião Pedrozo Barboza on
Viana, que assim se acha em outro assento, com D.
Izabel Deça, filha de D. Ignez Deça e de scu marido
Luiz Alvares Espinha, a fl. . ., ns. 13, 36 e 39, da qual
sua mulher D. Izabel Deça teve filhos :
14. D. Maria Deça, que cazou com seu primo Ma-
noel de Souza Deça, ali a fl. . ., n. 39.
15. D . Brites de Souza, mulher de Vicente Feman-
des Pereira, ali.
N. 3. Franciscodeí36es de Macedo, filho de Sebastião
Pedrozo Barboza e de sua primeira mulher Maria de G6es
de Macedo, cazou com D. Maria Mexias, filha de Melcliior
Mexias Barba e de sua mulher D. Antonia de Padua, e
CATALOQO QENEALOQICO 433

foram dispensados no 3". grho de consanguinidade misto


com o 3'. e tiveram filhos :
16. O sargento-inór Francisco de Góes Barboza, ca-
zado com D. Maria Moniz, sem filhos.
17. D. Maria Mexias de Góes, cazada com Gaspar
Tourinho Maciel, com filhos.
18. D. Luzia de 0 6 r s Barboza, mulher do sargento-
mbr JozB de Mello de Vasconcellos, com fl!hos.
N. 4 . Diogo de Araujo Barboza, filho de Sebastião
Pedrozo Barboza e de sua primeira mulher Maria de Góes
de Macedo, cazoii com Luzia de Oliveira, filha de Simáo
de Oliveira Serpa e de sua mulher Agostinha de Medeiros.
Cazaram a 11 de Novembro de 16.. na se.
N. 6 . Rodrigo Pedrozo, filho de Sebastião Pedrozo
Barboza e de sua primeira mulher D. Maria de Góes de
Macedo, cazou com D . Antoiiia de Xenezes, natural da
rilla do Cairú, filha de Diogo da Rocha de Sh e de uma de
suas mulheres, D. Izabel da Silva, da qual teve filhos.
19. Jogo Pedroso, cazado com filhos.
2 0 . D . Izabel de Menezes, que se segue, cazou com
Luiz de Góes da Fonseca, a A. . ., l i . 16,e ahi o mais.
Por morte de seo marido Rodrigo Pedrozo cazou se-
gunda vez D. Antonia.
O capitão Luiz I-'edrozo, que cazou com D. Leonor
de Siqueiia, filha de .To1 ge de Araujo de Q6es e de sua
mullier D .Angeln de Siqueira, a fl . . . Cazaram em 8 de
Setembro de 1644.
M atliias Pedrozo, cazado com alaria Corrêa, teve •
filha :
Izabel de Gbes, que cazou com Pantaleão Freire
Porto, viuvo de Elena de Blendon~a,a 26 de Setembro de
1690 em Cotegipe.
João PedrozoBarboza, filho do capitiio João de Ceitas,
jb defunto, e de sua mulher D. Barbara de S á de Henezes,
cazou com D. Tliomazia Batista, filha de Manoel Lopes
Batista e de sua mulher Maria da Ençarnrrção : cazaram
a 20 de Outiibro de 1698 na igreja de N. S. de Oliveira,
de Sergipe do Conde, de que B administrador Vicente
d a Costa Cordeiro.- O vigario Luiz de Souza Marques.
55 r. I . TOL. 111.
4 REVISTA TRiMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

Segunda vez cazou D . Antonia de Menezea, mima,


n. 6, com Gregorio da Cunha de Barbuda, filho do capim
.
Francisco de Barbuda, o moço, a fl. . , n. l6,e a fl.
ahi os fllhos que teve.
..,
D. JoBo Pedrom Barboza, n. 19, cluou com D.
Lnim Uzeda.

O E S , FONSECA5 E SARAIVAS NA BAHIA, ILHEOS


E CAIRU' ETC.
Qaspar de Araujo e sua mulher Catharina de Gtóes,
sendo moradores na cidade Lisboa. donde ella era na-
tural, e elle nascido na villa de Arcos, parte de Viana, oa
Ponte de Lima, passaram ao Brazil, e foram aportar i
villa de SBo-Jorge, capitania dos Ilh6oci, qiie n'aquelle
tempo estava jtí florente, e foi pelos annos de 1563; trou-
xeram comsigo dons filhos, que jtí tinham, e foram :
1. Antonia de Padua de Gões, que ae segue.
8. Simeb de Arado de Qões, ao depois.
Passados ao Brazil, e moradores jh nos IlhBos, tive-
ram ahi mais os filhos seguintes :
3. Francisca de Araujo, cazada com Belchior de
Amas de Bmm, a fl . ..
4. Mariana de G6es, cazada.
5. Clara de Gbes, mulher de ThomB Lobato Pedrozo.
6. Jorge de Araujo de Q6es, cazado a 0.. ., n. 6.
Tendo jtí cazado todos esses filhos, e tendo falecido
sua mulher Catharina de Qóes,c«m fama conhecida de b6a
christan, e moi virtuozs. se passou Gaspar de Araujo dos
IlhBos para a Bahia, e ahi na cidade arrebatado de aupe-
rior espirito, depois de muitas e repetidas instancias, se
recolheu ao collegio dos paclres jezuitas, e lhe lançaram a
sua roupetit, com R qual, e u u i Iiuinildes exercicios, con-
summou com bi,a opinião o curso d i vida.
~
N. I .Antonia de Padua de Góes,* fillis primeira de

Paieceu wni R3 annos de idade no de lW3 e foi sepultada na


igreja parochial do Caird.
CATALOQO QENEALOGICO 436

Gaspar de Araujo e de saa mulher Catharina de Wes, foi


cazada com Domingos da Fo~secaSaraiva, natural da
villa de Armamar, bispado de Lamego, um dos segundos
fundadores, e o primeiro entre elles, dos que passaram
ao distrito do Cairú, e era filho de Diogo Affonso da
Veiga, 'e segundo neto d'aquelle grande Francisco da Fon-
seca Saraiva, senhor da villa de Trancozo, e dos UhBos;
tinha comprado engenho e terras, e foi bastantemente
rico. Fundou a capella do gloriozo padre Silo Francisco.
Teve Antonia de Psdua de seu marido Domingos da Fon-
seca Saraiva os filhos seguintes :
7. Catharina de Góes Paes, que se segue.
8. Mariana de Góes de Afonseca, cazada com S i m b
Pinto de Faria, com filhos.
9. Suzana de Góes, cazada com Gon~aloFalcBo Pe-
reira.
10. Francisca da Fonseca, cazada com João Barboza
Coutinho, com filhos.
11. Antonio da Fonseca Saraiva, cazado com Ur-
sula Serrão de Medeiros, com filhos.
12. Simeão de Araujo (\e Góes, oii de Afonseca, ca-
zado, a fl. ..
E quatro mais, que faleceram de menor idade.
Por espaço de 2 0 annos viveu Antonia de Padua,
e seu maritio Domingos da Fonseca Saraiva nas suas fa-
zendas no distrito dos IlhtSos, e no fim d'elles se retirou
por cauza das invazóes do gentio para terra firme do dis-
trito do Cairu, sendo um dos segundo povoadores da dita
villa.
N . 7. Catharina de Gbes Paes, filha de Antonia de .
Padua de G6es e de seu marido Domingos da Fonseca
Saraiva, cazou com o capitão Lucas da Fonseca Saraiva.
1 3 . Ursula da Fonseca, cazada com Francisco de
Souza Deça, a f l . . ., n. 17.
14. D. Antonia de Padua de Afouseca, mulher de
Melcbior Mexias Barba, a fl.. .
1 5 . Cecilia da Fonseca, mulher de Marcos de Araujo
de Brum a fl. .
16. Luiz de Gbes da Fonseca, que se segne.
436 EEVISTA TEMENSAL .W INSTITOTO BISTOBICO

17. Lucea da Fonseca Saraiva, cazado mm Cetha-


rina de Souza da Fonseca, a fl..., n. 17.
18. Antonio de Araujo da Fonseca, cazado mm D.
Anna Maria de Aiale, a fl.. .,n. 17.
N. 16. Lniz de Gtoes da Fonseca, filho do cspit&
Lncsa da Fonseca Saraiva, n. 7, e de sua mulher Cat'ha-
rine de Goes Paes, fllha esta de Antonia de Padua, a.
velha, e de seu marido Qaspar de Aranjo, a fl. .,n. 1.
Catou este Luiz de Goes da Fonseca com D. h b e l de
.
Menezes,* filha de Rodrigo Pedrozo,a fl.. ., e de ana muiher
D. Antonia de Menezes. De Luiz de Ooes da Fonseca e
de sua mnlher D. lzabel de Menezes foi filho:
1. Antonio de Menezes Telles, e cazon com D. Mar-
garida de Souza, sua prima, filha de D. Antonia de Pe-
dna e de seu marido Manoel Telles de Atenezes, a fl.. .
n. 1 0 4 , e ahiomris.
8. D. Arcangela de Menezes, cazada com Ignmcio
de Araujo de Souza, com filhos.
Joaquim de Afonseca e Goes,ccrzado com D. Ignea de
Souza.
k. 17. Lucas de Afonseca Saraiva, filho do capim
Lncas da Fonseca Saraiva e de sua mulher Catharina
de Ooes Paes, n. 7, foi crzado com Catharina de Souza
de Fonseca, e teve filhos.
4. Catharina de Goes Paes, que cazou com Frrn-
cisco de Araujo, filho de Manoel de Araujo Brum e de
sua miilher Cecilia da Fonseca, filha do capit8o Lucas da
Fonseca Saraiva e de sua mulher Cathariur de Goes
- Paes, fl. . . n. 7, e teve Allia D. Catliariiia de Souza,
que cazon com Diogo Moniz Barreto, filho de D. Antonia
de Padua e de seu marido Manoel Telles, filho de Diogo
da Rocha de SB e de sua mulher Margarida de Anseres,
a A. .., 2 .
N. 12. Simeáo de Araujo da Fonseca, filho de An-
tonia de Padua e de seu marido Dooiiugos da Fonseca
Saraiva, a 0. .., n. 1 cazou com Joana de Souza de
Vasconcellos, filha de Ferniio Ribeiro de Sooza e de sua
.- .- .. -. --

* Foram dispensados no r*. grio de consanguinldade mixto com O a*.


mnlher D. Antonia de Menezes, a fl. .., n . 1, e teve
filhas:
1. D. Autonia de Padua, que cazou com ~ a n o e l
Telles de Menezes, filho de Diogo da Rocha de SB e de
sua mulher D. Margarida de Anseres, a fl. . .,n. 1 e 2,
e ahi o mais.
2. D. Margarida de Souza, mulher de ...
Melchior de Armas de Brum foi cazado com Fran-
cisça de Araujo, filha de Gaspar de Araujo e de sua
mulher Catarina de Góes, a fl. ..n. 8 .
1. Gaspar de Armas de Briim, que se segue.
2 . D. Margarida cle Anseres, adiante.
3. Marcos de Araujo de Brum, ao depois, e cazado
tambem com D . Aiigela Deça, sem filhos, filha esta de
Bartolomeu de Souza Deça, a fl. . . n. 8.
4 Naria de Goes, que cazou com Seb:~sti&oPedrozo
Barboza, a fl. .. n . 2.
N . I . Gaspar de -4rmas de Brum.
N . 3.Marcos de Armas de Brum,filho de Melchior de
Armas de Brum e de sua mulher Francisca de Araujo,
acima, foi cazado com Cecilia da Fonseca, fillia de Catha-
rina de Goes Paes e de seu marido o capitiio Lucas da
Fonseca Saraiva, a fl. . ., n. 7 e 15, e teve filhos :
1. Francisco de Araiijo.
Francisco de Araujo, filho de Marcos de Aranjo de
Brum e de sua mnlher Cecilia da Fonseca. foi cazado
com Catharina de Goes Paes, que era filha de Lucas da
Fonseca Saraiva. e de sua mnlher Catharina de .%nza da
Fonseca, qne era esta filha de Francisco de Souza Ces-
tello Branco, irm&ode Diogo da Rocha, e fllho de Fernilo
Ribeiro de Souza. D'este Francisco de Araujo, acima,e de
sua mullier Catharina de Goes Paes, foi Alha
2. D. Catharina de Souza, que cazou com Diogo Mo-
niz Barreto, adiante a fl..., n. 3.
Fernho Ribeiro de Souza, cazado com D. Antonia de
Menezes, e t e ~ filhos
e :
438 REVISTA TarYEN8AL DO INBT.ITUTO HIBTOBIOO

1. Diogo da Rocha de 88, que se aegue.


9. D . Joana de Souza,cazada com Sim& de Arado
da Fonseca, a fl. . ., n. 12.
3. Francisco de Sonza Castsllo Branco, a fl . .
N. 1. Diogo da Rocha de 58, filho de Fernáo Ri-
beiro de Souza e de sua mulher D. Antonia de Yenezea,
foi cazado duaa veze~,umacom D. Margarida de Ancem,
filha de Yelchior de Armas de Brnm a de sna maiher
Franciada de Araujo, a fl. . . retro, e teve íUho :
2. Manoel Telles de Menezes, que se segue.
N. 8. Manoel Telles de Menezes, filho de Diogo da
Rocha de S8 e de sua mulher D. Margarida de Anceree,
cazou com D. Antonia de Padaa,fllha de Simao de Araujo
da Fonseca e de sua mulher D . Joana de Souza de Vae-
.. .
concellos, a fl . , n. ., e teve filhos:
3. Diogo Moniz Barreto, que se segue.
4. D. Margarida de Sowa, adiante.
5 . D. Mariana de Menezes, cazada com Francisco
qimentel de Oliveira. Cltzaraui a 38 de Junho de 1688.
N. 3. Diogo Moniz Barreto, filho de Manoel Tellea
de Menezes e de siia mulher D. Antonia de Padua, foi
cazado com D. Catharina de Sonza, sua parenta, fllhs
esta de Catharina de Qoes Paes, cazada com Francisco
de Araujo, e neta de Cecilia da Fonseca, mulher da Mar-
cos de Araujo de B,um,. pai de Francisco de Araujo, e
bisneta de outra Catliarina de Qoes Paes, irman esta de
SimeBo de Araiijo da Fonseca, filhos ambos de Domingoa
da Fonseca Saraiva, e de sua mulher Antonia de Padua.
Para cazrrrem Diogo Moniz Barreto com D. Catharina de
Souza, foram dispensados na Btthia no 3". e 4". gráo de
consanguinidade por sentença de 4 de Agosto de 1702, e
tiveram filhos.
N. 4. D. Margarida de Souza, fillirr de D. Antonia
de Padua e de seu marido Manoel Telles de Menezes,
cazou com Antonio de Menezes Telles, seu primo, filho
de Luiz de Qoes da Fonseca e de sua mulher D. Izabel
de Menezes, a fl. . ., n. 16.
CATALOGO OENEALOGlCO 439

6. Antonio Telles de Menezes, que se segue.


7. D. Bernarda da Menezes, inulher de Francisco
Moniz Barreto Corte-Real.
8. D. Maria, cazada.
9. D. Aurelia.
N. 6. Antonio Telles de Menezes, filho de D. Mar-
garida de Souza e de seu marido Antonio de Menezes
Telles, cazou com sua parenta D. Maria de Vasconcellos,
iilha de D. Monica Córte-Real, filha esta de D. Marga-
rida de Souza, irman esta, como j8 se dice, de D. Antonia
de Padua, e filhas ambas estas de Simeiko de Araujo da
Fonseca e de sua mulher Joana de Souza de Vasconcellos;
e D. Monica Corte-Real, mtii d'esta D. Maria de Vascon-
cellos, era cazada com Gaspar de Armas de Brum.
Outra vez foi caeado Diogo da Rocha de Sgi com
D. Izabel da Silva, da qual não declara o assento, que
d'ella trata, de quem era filha,e só, que d'esta sua mulher
D. Izabel da Silva teve filha:
10. D. Antonia de Menezes, que cazou com Rodrigo
Pedrozo, filho de Sebastiso Pedrozo, a 0. . ., n. lG e
ahi O mais.
Segunda vez cazou esta D. Antonia de Menezes, por
morte de seu primeiro marido Sebsstiáo Pedrozo, com
Gregorio da Cunha de Barbuda,fillio do capitão Francisco
de barbuda,^ moço, a fl. . ., n. 16,e ahi os filhos que teve
dleste.
N. 3. Francisco de Souza Castello-Branco, filho de
Ferniko Ribeiro de Souza e de sua mulher D . Antoni~
de Menezes.

GOES DE MATUIM e COTEGIPE


N. 2 . Simeão de Araujo de Góes, o velho, e
seu irmáo Jorge de Araujo tle 06es foram filhos de Gas-
par de Aralijo, cavalleiro fidalgo, faleceu a 1 de Janeiro
de 1662. Foi morador no rio de Matuim, e cazuu com
Maria de Siqneira, filha de Sebaatiiko Pedmzo Barboza
e de sua mulher Maria de Gbes de Macedo, moradores
REVISTA TRIMBNSAL DO INBTITOTO HlSTOBICO

estes na capitania dos Iiheos. Faleceu Maria de Siqueira


8 14 de Agosto de 1664.
1. Antonia de Qbes, que falecen sem aucesdlo, b8-
tizada em Matuim a 26 de Outiibro de 1604.
2. Qaspar de Araujo de Qbes, que se aegue, bati-
zado a 86 de Novembro de 1606.
3. Maria de G6es, mulher de Francisco da F o n s e g
o Caboto, batizada a 21 de Dezembro de 1108.
4. JoBo de Araqjo de Siqneira, cazadocom auceabo,
batizado a 20 de Fevereiro de 1688.
6. Leonor de Siqueira, que falecen sem aucessáo,
batizada a 24 de Outubro de 1612.
J o b de Araujo de Qbes, que falecen sem sucessão,
batizado a 1 de Dezembro de 1618.
7 . Mathias Pedrozo de Qbes,'cazado, com sucemb,
batizado a 1 de Março de 1616.
8 . .JozB de Siqueira de Qbes, sem sucessão, bati-
zado a 8 de Setembro de 1616.
9 . Antonio de Araqjo de 06es, sem sucessão, bati-
zado a 17 de Dezembro de 161 7.
10. Capitilo Francisco de Qóea de Araujo, sem m-
cessh, batizado a 21 de Fevereiro de 1619.
11. Ignacio de Araujo de Qbes, que faleceu na
guerra dos Olandezes, no anno de 1638, batizado a 90
de Junho de 1620.
12. O capitão Lourenço de Araujo de Qóes, bati-
zado a 16 de Março de 1622.
13. Pedro de Goes de Araiijo, m a lo com sucessão,
batizado em caza por necessidade, tomou os santos oleos a
7 de Junho de 1623.
14. Maria de Siqneira, mulher de Baltazar Diaa
Aranha, batizada a 30 de Maio de 1623.
15. Bernardo de Góes, religiozo da companhia, ba-
tizado a :3 de Agosto de 1625.
16. Siineáo de Araiijn de Gbes, cazado com D.
Marta Barboza, com sucesião; batizado a 4 de Setembro
de 1627.
17. Francisco de Siqueira de Gões, sem filhos, capi-
tão de infantaria na Bahia, cavalleiro do habito de
CATALOQO OENEALOQICO 441

Christo,e faleceu em Portugal, batizado em caza, e tomou


os santos oleos a 18 de Outubro de 1632.
X. 2. Gaspar de Arailjo de Góes, filho segundo de
Simeiio de Araujo de Qóes e de sua mulher Maria de Si-
queira, cazou com D. Maris de Va~concellos,* filha de
Paulo de Car~alhal,a fl.. . , n. 3, cavalleiro fidalgo da
caza d'el-rei, e de sua mulher D. Francisca de Aguiar,
filha esta de Cliristo\ão de Agiliar Daltro, o velho,fidalgo
mni esclarecido, e neto de Pedro Vaz, colaço d'el-rei
D. Pedro I, e de sua mullier Iznbel de Figueir6, a f l . . .,
n. 3, e Paulo de Carvallial de Oliveira era filho de
Antonio de Oliveira de Carrnlhal, cavalleiro fidalgo e
primeiro alcaide-mór, que teve a cidade da Bahia por
mercê do senhor rei D. João 111; teve Qaspar de Arayjo
de Góes, de sua primeira niulher D. Maria de Vascon-
cellos, filhos seguintes:
18. D. Antouia, morta pelos Olandeses, no anno de
1638, batizada a 6 de Agosto de 1632.
1 9 . D. Maria deVasconcellos, que se segue, bati-
zada a 18 de Abril de 1633, morta pelos Olandezes no
mesmo anno .
20. D. Francisca, mulher de Aleixo Paes de Aze-
vedo, a fl. .. n . 20, batizada a 13 de Marco de 1635.
21. Manhel, morto pelos Olandezes no mesnio anno,
batizado a S de Fevereiro de 1637.
Segunda vez cazou Gaspar de Araujo de Góes com
Maria de Rego, filha de Sebastião Paes e de sua mulher
Izabel de Azevedo, e teve filhos. Vide a fl. . ., n. 11.
Cazaram a 24 de Outubro de 1638 na capella de Santa
Luzia.
22. O coronel Sebastião de Araujo de Góes, cazado
com D. Felippa de Brito, sem filhos, a fl. ..
23. O capitão Joz6 de Aralijo de Góes, cazado adi-
ante, n . 40, batizado em Cotegipe a 3 de Julho de 1642.
24. D. Izabel de Azevedo, adiante.
25. Francisco de Góes de Araujo.

* Cazaram a H de Setciiibro de I630 em Cote ipe. Faleceu sua oiu-


Iher D. Maria : foi morta pelos Olanderei a 8 8e Setembro de 169U,
com outros fllhos.
56 r. I. TOL, LU.
448 REVISTA TRIhíENsAL DO INSTITUTO HIsToUiCO

86. S i m W de Araujo de Góea, cazado com D. IgPez


.
d e Castro, a fl . . , batizada na sé a 14 de Fevereiro de
1647.
27. O licenciado Antonio de Araujo de (Mes,. que
servio de vim-vigerio da freguezia de Santo Antooio do
Csrmo.
28. D. Apolonia de Aranjo, mulher do sargento-
mbr Rui Carvalho Pinheiro, o moço, a 0. .., e cazada ab
gnnda vez, a fl...
29. Joz6 de M e s de Aranjo.
30. JoBo de Qóes de Araujo, que faleceu solteiro.
Terceira vez cazou Gaspar de Aranjo de Gbes com
Anna de Azevedo, Blha de Gaspar de Azevedo e de Ma-
ria Nuues, e cazaram a 4 d e Março de 1.660, da qnal n b
teve filhos, e por morte d'eata cazon quarta vez em 11 de
Maio de 1665 com D. Izabel Telles, filha de Antonio
Moniz Telles, tidalgo escudeiro, e de sua mulher D.
..
Christina Coutinho, a fl. ,n . 34, o qual Antonio Mo&
Tellea era fllho de Jeronimo Moniz Barreto, o velho, e
de sua segunda mulher D. Izabel de Lemos, a fl . ., .
n. 4, e d'esta sua quarta mulher teve filhos:
31. Gaspar de Aranjo de Gbes.
38. Ignacio de Araujo de Gbes, cazadq com D. Ma-
ria de Souza.
33. Bento e Antonio, carmelitas na Bahia, frei
Bento,qiie faleceu a 28 de Fevereiro de l781,e frei Anto-
nio, que faleceu a 11 de Jullio de 1756.
N. 20. D. Francisca deVascancellos, filha de Gaspar
de Araujo de Goes e de sua mulher primeira D. Maria
de Vasconcellos, cazou com Aleixo Paes de Azevedo,*
íilho de Sabostião Paes e de sua mulher Izabel deAzevedo,
e neto de Aleixo Paes, o velho, e de sua mulher Apolonia
Nunes, filho de Francisca, e de seu marido Aleixo Paes
foram filhos :
34. Aleixo Paes (le Vasconcellos, cazado .
3 5. Miguel de Goes de Vasconcellos, que se segue.

* Cazaram eni-Cotegipe a 13 dtr Dezeml~rode 1650, na c.almella do


Santa 1,uzia.
CATALOGO GENEALOQlCO 443
36. D. Izabel Thereza de Goes, adiante, batizada a
; 5 de Setembro de 1664.
37. D. Antonia Maria de Vasconcellos, mulher de
Pedro Barboza Lea1,e ilepois do coronelQonçaloRavasco;
batizada a 12 de M a i ~de 1657 .
38. D. Maria de Vssconcellos, mulher do capítáo
Joz4 Sanches de Goes, ou Delpoço, a fl. . ., n. 26, e
ahi o mais.
39. D. Luzia de Vasconcellos, miilher do capitão Je-
ronimo da Costa.
40. D . Anua de Vanconcellos, cazada com seu tio
Jozé de Goes, n . 23, e t.eve filha D . Luzia de Qoes,
mulher de Sebastiao de Bia, a fl. . ., n. 1.
N. 36. Miguel de Goes de Vasconcellos, filho de
Aieixo Paes de Azevedo e tie sua mulher D. Francisca de
Vasconcellos, cazou com D. Jozefa de Goes,(l) sua so-
brinha e filha de sua irman D. Izabel Thereza tle Goes e
de seu marido JozB de Goes de Araujo, que era filho de
Jorge de Araujo de Goes,cavalleiro fidalgo e irmão de seu
bisavô Simeão de Araujo de Goes e de sua mulher Angela
de Siqneira.Teve Miguel de Goes de sua mulher filhos se-
guintes:
41. D . Roza, religioza do convento de S. Gonçalo
da ilha Terceira.
42. D . Izabel de Goes .
43. D. Tliereza e D . Maria, religiozas i10 ni'esmo
convento.
44. Dionizio de Araujo de Goes.
N. 36. D. Izabel Thrreza de Goes, filha de D. Fran-
cisca de Vasconcellos e de seii marido Aleixo Paes de
Azevedo, cazou com Jozk de Goes de Araujo,(r) filho de
Jorge de Araujo de Goes, caralleiro fidalgo da caza real,
e de sua mnlher Angela de Siqiieira, a fl. . . , n . 10, e
teve filhos :
45. D. Jozefa de Goes, mulher de seu tio Miguel
de Goes, acima.

(1) Cazaram a 23 de Março de 187.1eiii Colegipr.


(r) Cazaram a 3J de Msrço de 1674 em Coteg~pe.
BBVISTA TRIHEWBAL DO INBTITDTO HIS'í'OBICO

.
46, D Joana de Goes, que se m e . .
47. Frei Francisco de Santa Thereee, redigiazo cu-
melita.
48. D. Francisca de Goes, mnlher de Antonio lha-
d e de Araujo.
N. 46. D. Joana de'Qoes, filha de D. h b e l Tbb
reza de Goes e de seu marido Joz4 de Goes de -O,
cazou com Antonio Barboza de Vasconcellos, Bho do a~
ronel Pedro Barboza Leal e de sua mnlher D. An*
Maria de Vasconcellos, filha esta de D. Francisca de Vm-
concellos e de seu marido Aieixo Paes de Azevedo,a d...,
e teve filhos. Cazaram no convento de S. Francisco a 9
de Março de 1696.
49. Jozé de Goes de Araujo, sacerdote e vigario de

-
Itapicur6 de cima.
60. Anbnio Barboza Leal.
61. D. Mariana de &es, mnlher de FBlie de
AraPjo de Goes.
68. D. Antonia de Goes, mnlher de Cipriano de 011-
veira, com íiihos.
N. 60. Antonio BarbozaLeal, filho de Antonio Bar-
boza de Vasconcellos e de sua mnlher D. Joana de
cazou com D. Bernarda de Menezee Doria, filha de An-
tonio Carneiro da Rocha e de sua mnlher D. Ignacia de
.
Menezes Castro, a ti. ., e teve filhos:
63. D. Ignacia Maria de Menezes Doria.
54. D. Joana de SB Doria.
58. Pedro Barb,oza Leal.
56. Bernardino Barboza Leal.
57. Mathias Barboza Leal.
-58. J0Z4 Vicente Barboza Leal.
N. 62. D. Antonia de Goes, filha de D. Joana de
Goes e de seu marido Antonio Barboza de Vasconcelloa,
cazou com Cipriano de Oliveira, ca~-alleiroprofesso da
ordem de Christo, e tore filhos. Era nat.ura1 de Portugal,
filho do mest,re de campo Nanoel Jaqiies (lePaiva e de sua
mulher D. Eufrazia Carvalhtil de Oliveira.
59. Manoel Jaques de Magalhães, sacerdote.
60. D. Eufrazia de Goes, mulher de Domingos
Alvares Moreira, sem filhos.
CATALOGO OENEALOGICO 445

61. Ursula e bfagdalena, religiozas iirsulinas.


69. D. Joana Carvalhal de Oliveira, que se segue.
N. 69. D. Joana Carvalhal de Oliveira, esta acima,
caõou com o capitso de cavallos Jozt! Pereira Brandão,
filho do sargento-m6r Gregorio de Castro Brandáo e de
sua mulher D. Paucoa de Oliveira, e teve filhos:
63. Cipriano de Oliveira.
64. D. Anna.
65. D. Maria.
66. Antonio.
N. 2 3 . Joz6 de Araujo de Goes. filho da Gaspar de
Araujo de Goes, o velho, e cie sua aegunda mulher Maria
do Rego, foi cszado com Ursula Feio, (1) teve filhos :
67. D. Antonia.
68. D. Izabel .
69. D. Maria do Rego.
N. 24. D. Izabel de Azevedo, filha de Gaspar de
Araiijo de Goes e de sua segunda mulher Maria do Rego,
cazoii com Pedro Carneiro Brandáo, de quem não teve
filhos, e por morte d'este cazou segunda vez com Antonio
de Queiroz Cerqueira, cavalleiro da ordem de Christo,
filho de Manoel Queiroz, natural de Amarante, e de sua
mulher Maria Cerqueira, e teve filho :
N. 26. SimeBo de Araujo de Goes, filho de Gaspar de
Arailjo de Goes, o velho, e de sua seguiidri mulher Maria
do Rego, cazou com D. Ignez de Casco, (2) filha de Rui
Carvalho Pinheiro, o vellio, a 0. . ., e de sua segunda
mulher D. Maria de Souza, e teve filhos.
70. Jozé de Araujo de Qoes, cazado com D. Francisca
de Freitas Pimentel, filha de Pascoal de Freitas Pimentel,
e de sua primeira inulher D. Joana de Uzeda Aialn.
71. Antonio de Araujo de Goes, que cazou a 6 de
Março de 1707 na capella de N. S. das Neves da Maré
em Matuim, com D. Anna Ursuls de Souza, filha de
Joz4 Rodrigues Chaves e de sua mulher D. Antonia da
Silva.
72. Manoel de Araujo de Goeu, 4'este foi filho Manoel

(11 Casaram a 10 de Setembro do 1656.


.
(2) Gazaram a 6 de Julho de lt;6u n8 Socorro.
REVISTA TBIYENSAL DO INSTITUTO HlSTOBICO

de Araujo de Goes, d o com D. floza Pimentel, filho


tambem de P m a de P r e i h s Pimentel e de sua pri-
meira mulher D. Joana de Uzeda M a .
73. D. Maria de Souza,mulher de Ignacio de Arado,
adianta.
74. D. Anna de Goes, mulher de Antonio de Barroa,
.
com filhos, que faleceram pequenos, e ficam a fl. ., n. 91. '
N. 26. Simeão de Aranjo de h e s , íílho de Sim&
de Araqjo de Ooes, o velho, e (te sua mulher Marim de
Siqueira, cazou com D. Marta Barboza, baptiõirda a 11
de Março de 1632, e cazaram a 8 de Abril de 1646 em .
Cotegipe, filha de Melchior Barboza e de sua muiher
D. Snzana Pereira de Mesquita ; teve m o s :
76. Melchior Pereira, ou Barboza Qoes.
76. Jogo da Rocha de Aníirede.
77. Antonio de Aranjo de Oues Siqueira, adiante.
78. D. Maria Barpoza, mulher de Luiz de (308i
Siqueira.
79. D. Suza Pereira de Gtoes.
N. 38. Ignacio de Araujo de Ooes, filho de Glespar
de Aranjo de Ooes, n. 2,e de sua qnarta mulher D. Izabel
Telles, cazou com D. Maria de Soiiza, filha de S i m a de
Aranjo de Goes, n. 26, e de sua mulher D. Ignez de
Crasto, e teve 0lhos:
80. O reverendo doutor Gaspar de Aranjo de &a.
81. D. Izabel Telles, que se segue.
82. D . Jozefa de Goes, adiante.
83. Sebastiáo de Araujo de Goes, que cazon com
D. Catharina, sem filhos, e segunda vez com D. Thereza.
84. I). Ignacia de Góes, que cazou com Francisco
de Mel10 de Vasconcellos, e teve filha D. Francisca.
Bernardo, Anna, Antonia, e Rita, qiie faleceram
e tambem faleceu o padre Antonio de Araujo .
F r . Angelo da EncarnaçBo, religiozo carmelita.
N. R I . L). Izabel Telles de Ooes, filha de Ignacio de
Araujo de Goes e de sua 111ulIiei'D. Maria de Souza Qóes,
cazon com o doutor Jeroniiuo Rodrigues Garcia, e teve
filhos:
8 5 . Ignacio Garcia, cazado com D. Francisca.
8,;. D. Francisça Telles de Goes, que se segue.
.
87. D Jeronima Telles Garcia.
88. D . Caetarie Telles Garcia .
89. D . Anna Telles Garcia.
90. Bento Rodrigues Garcia.
91. D. Izabel Telles Garcia.
92. Jogo Garcia.
N. 86. D. Francisca Tellesde Goes, filha de D. Izabel
Telles de Goes e de seu marido o doutor Jeronimo Rodri-
gnes Garcia, cazou com o tenente Ignscio da Soledade,
filho de Antonio da Cruz, e teve filhos :
93. Ignacio da Soledade.
94. Antonio da Cruz.
N. 8 2 . D. Jozefa de Qbes, ~ ) Telles
u de Qbes, filha
de Ignacio de Araujo de Gbes, n. 58, e de sua mulher D.
Maria de Souza, cazou com o alferes de infantaria André.
Pessanha e teve filhos :
95. D. Igiiacia Telles de Gbes, cazada.
96. Jozé de Araujo e Joz6 Pessanha .
N. 13. Pedro de Gbes de Araujo, filho de Simeb de
-4raujo de Gúes, o velho, e de sua mulher Maria de Si-
queira, foi cazado com D. Luiza de Mello, fllha do coro-
nel Luiz de Xello cle Vasconcellos e de sua segunda
mulher D.Xntonia Garcezde Oliva, filha de João Garcez
e de sua mulher Victoria de Oliva, a fl..., e teve filhos :
97. O sargento-mbr João de Oliva de G6es.
98. D. Arina de Gbes, mulher de Mnuoel Pereira
Pinto.
99. D. Alaria de Mello, mulher de Francisco da Fon-
seca Villas-Bôas, a fl. ..
N. -1. Joáo de Araujo de Siqueira, filho de Simeao
de Arnujo de Gbes, o velho, e de sua mulher Maria de
Siqueira, a fl. .., n. 4, cazou com D. Naria de Menezes, *
filha de Antonio Moniz .
1. Jozé de Araujo de Gbes, filho de Simefio de Aranjo
de Gbes, n. 26, e de sua mulher D. Ignez de Castro,
cazou com D. Francisca :de Freitas Pimentel, filha de

* Cázaram na capella de S . Jolio a 2i de Novembro de 1610 eni


Matuim.
Pasma1 de Freitas Pimentel e de sua primeira mulher
D.Joana de Uzeda Aiala, e teve 0lhw :
D. Ignez de Castro, que caeou com Frencim Mouh .
Barreto, (1) íilho de Braz Lobo de Mesquita e de m u
.
mulher D Joana de Menezes.
18. Manoel de Araujo de Qbea, 0lho de Simeio de
A m o de Wea, n. 96, e de sua mulher D. Ignerr de
Castro, cazou com D. Roearia Pimentel (2) filha t a m h
de Pescocrl de Freitaa Pimentel, acima, e de sua mulher
D. Joana de Uzeda Aiala, e teve filhos :
Francisco Xavier de Araujo,cazado com D . L h de
Souza, 01ha de J o b Peneirade Souza, e de m a primeira
mulher D.Clara de Aranjo: cazaram a 1de Maio de 1784.
Manoel de Araqjo de Gbes, que se segue.
Manoel de Aranjo de Obes, filho de Yanoel de Araqjo
.
de Gbes, acima, cazou com D Joana Maria de Jezus, (3)
filha do capitso Joz6 Ferreira de Moura e de sua mulher
D. Roza Maria, da freguezia do Monte.

N. 6. Jorge de Araujo de Qbes, (4) filho de Qaspar


de Araujo e de sua mulher Catharina de Gbes, a fl.. , .
n . 6., foi cazado com Angela de Siqueira, sua cunhada,
mulher de Simeiio de Araujo de Góes, o velho, seu ir-
mh, e filhas ambas de Sebastiso Pedrozo Barboza e de
sua mulher Maria de Qbes, a fl . . ., foi cavalleiro da
caza real, e teve filhos.
1. Jogo de G6es de Araujo, que se segue.
2. O licenciado Joz6 de Q6es de Araujo, cazado a
primeira vez com D. Maria de BIenezes, fillia de Dfatheus
. - -

( I 1 C'zararii a :i0 de Norenihro de 1719.-Socorro.


(3, Cazar;iiii a I 7 de Julho de 1W7 no Socorro.
(3) Cazaraiii a 16 de Fevereiro de l73! na igreja do Hozario.
( I ) Falece11 a i i de Noveriibro de lfi57. Sepiiliado eiii S . Fran-
cisco. Coiista do testamento d'este Jorge de Araujo de G*s. qiie
actia no cartorio de orfàos da Bahia .
CATALOGO QENEALOQICO 449

Pereira, a fl ..., e segunda vez cazou com D. Izabel


Thereza de Q6es, filha de D. Francisoa de Vasconcellos,
a fl. .., e de seu marido Aleixo Paes de Azevedo, e ahi a
sna descendencia.
3. Jorge de Aranio de 06es, que cazon com D. An-
tmia de Menezes, sua cunhada, e filha do sobredito Ma-
theus Pereira de Menezes, ahi, e teve um filho, Meximiano
de W s . Cazaram a 25 de Agosto de 1646.
4. Francisco de Araujo de Goes.
5. Andr6 de Goes de Siqueira.
6. D . Mariana de Araujo, que cazou trez vezes, a
primeira com Manoel Pereira de Goes, a segunda com
Paulo Ignacio de Lemos, a terceira com Eitor Glonçaives
Lima.
7. D. Cathari1.a de Goes, mulher do capit80 Valentim
de Barros ( I ) . Batizada na st5 a 9 de Janeiro de 1621, e
cazou em 1641 a 18 de Fevereiro.
8. D . Apolonia de Arauio de Goes, que cazon duas
vezes, a primeira com o dezembargador Gaspar Cerqueira
Ribeiro em 1639, a segunda vez com o capitiio Antonio de
Qneiroz Cerqueira, adiante, a fl. . .
9. D. Leonor de Siqueira, que cazou duas vezes, a
primeira com o capitiio Lniz Pedrozo em 8 de Setembro
de 1644, e a segunda com Pedro Jaques de Almeida.
N . 1. João de Goes de Araujo, 6lho de Jorge de
Araujo de Goes e de sua mulher Angela de Siqueira, foi
dezembargador na Bahia e ouvidor geral do civel. Veio
de Coimbra para a Bahia em 1651, onde exerce0 os taes
cargos, e ahi cazou com D . Catharina de Soaza, (2) Alha
de Rui Carvalho Pinheiro, o velho, a fl. .., n. 3, e de
sua segunda mulher D. Marta de Souza, e teve filhos :
10. D . Maria de Souza, mulher do capitso Jero-
nimo Moniz Barreto, a fl . . .
11. D. Antonia de G6es, mulher .do sargento-m6r
Melchior de Afonseca Saraiva.

(i) Cazaram a 10 de Fevereiro de 1841. Era filho de Pedm Vaz de


Barros e de sua mulher Luzia Leme, moradores na villa de Sào-Paulo,
hoje cidade.
(2) cazar~ma 16 de Julho de 1659, emasa.
460 REVISTA TBIYENôAL DO IN8TlTOn> HISTOBIOO

N. 8. Jozá de Qóes de h u j o , m o de J
de Araujo de GH)ea e de ma mulher D. Bngela de.'";$i0
queira,foi lioenciado e cazon dnaa vezes, a priireira
D. Maria de Menezes, * iUha de Matheua Pereira h
...
Menezea, a fl , e de sua primeira mulher D. I d d de
Almeida, e teve fUhm :
19. Mathens de G6w de Araujo, cazado.
13. Felippe de G6es de Aranjo, cazado com D. B h
riana de Menezw, sem filhos.
14. Joz6 e Antonio, que faleceram solteiros, e D.
Angela de S. JozB, relipoza no Desterro.
Segunda vez cazon Joz6 de Góes de Arenjo, acima,
com D. Izabel Thereza de Gbes, 5lha de D. Francieca de
Vesconcellos e de seu marido Aleixo Paes de Azevedo, a
fl. .., n. 36, e teve filhos :
16. D. Jozefa de Gbes, mulher de seu tio Miguel de
.
Qbes, ahi, fl. ., n. 36.
16. D. Joana de Wes, ahi memo.
17. D. Francisca de W, tambem ahi, e Rei h-
cisco de S. Thereza, redigiou, carmelita.
N. 3. Jorge de Araujo de Qôes, fflho de Jorge 6
Araujo de Gbes e de sua mulher D. Angela de Siqned~m,
foi cazado com D. Antonia de Menezes, sua cunhada, e
filha de Matheus Pereira de Menezes e de sua primeira
mulher D. Izabel de Almeida jti nomeados, e teve íllho
unico :
18. Maximiano de G6es.
Por morte de seu marido Jorge de Araujo de W,
acima, cazou segunda vez D. Antonia de Menezes com
Francisco de Barros Machado, e teve filhos :
19. Gonçalo de Barros Machado.
20. D. Leonor de Menezes.
N. 8. Antonio de Queiroz Cerqueira, cavalleiro da
ordem de Christo, capitáo pago do regimento velho, e na-
tural da villa de Amarante, e filho de Manoel de Queiroz
e de sua mulher Maria de Cerqueira, na Bahia, cazou com

Cazararii a 23 de Janeiro de 1656.


CATALOGO O E N E ~ L O G ~ C O 461

D. Apolonia de Araujo de G6es, (1) a primeira vez, e diz


asaim no seu testamento :-Declaro,que n'esta cidade (da
Bahia), fui primeiro cazado com D. Apolonia de Araujo de
Góes, filha de Jorge de Araujo de G6es e de Angela de
Cerqueira, de quem não tive filhos. Segunda vez fui ca-
zado com D. Izabel de Azevedo de Góes, (a) de quem
entre os mais filhos que tive, foram :
1. JozB de Qneiroz, que faleceu de pouca idade.
2. D. Maria Michaela de Queiroz, que se segue.
3. Ignacio Telles de Araujo de Góes.
N. 2. D. Maria Michaela de Queiroz, ilha do ca-
pitso Antonio de Queiroz Cerqueira e de sua segunda
mulher D. Izabel de Azevedo de Góes, foi cazada com o
capitão Qonçalo da Rocha Serrão, a primeira vez, do qual
não teve filhos.
Segunda vez cazou com Antonio de Araujo de Qóes,
e teve filhos :
4. Antonio de Queiroz, faleceu a 5 de Novembro de
1771, e Simeao, sacerdotes.
5. D. Luiza de Qneiroz, que se segue.
N. 5. I). Luiza de Queiroz, filha do capitão Antonio
de Araqjo de Qóes e de sua mulher D. Maria Michaela
de Qneiroz, cazou com Antonio Gonçalves da Rocha, do
qual teve os filhos, que se seguem:
D. Leonor Francisca de Araujo Queiroz, que se
segue, e cazou com Paulo de Argolo, a fl. .., n. 18.
7. Antonio Gonçalves da Rocha Queiroz, que se
segue aqui.
8. D. Luiza, D. Clara e D. Francisca Custodia,
todas freiras do Desterro, e soror Francisca, que foi ao
Rio de Janeiro por fundadora.
Por morte de seu primeiro marido Antonio Gonçal-
ves da Rocha, cazou segunda vez com o dezembarga-
dor Manoel Vieira Poderoza, do qual não teve filhos, e
falecen este em 1770, e ella faleceu n'este mesmo anno a
23 de Agosto, e foi sepultada em Sao Francisco.
(1) Cazaraiii a 19 de Agosto de 1653 e falwii a 15 de Agosto de
1686. Sepiiltoii-se no Carmo.
(2) Paleceo esta a P de Setembro de 1677, sepultada no Carmo.
Cazaram a 30 de Maio de 1663.
452 REVISTA TRT\fi?NS.\L DO ISSTITVTO HISTORICO

.
Y 7. Antonio Gonqdoes da Roclis Qneiroz, fillis
rle Antonio C+rinqalr~qtia lioelia e da soa rniilli~rD. Lniza
de Qiieiroz, foi cavnll~irni12 ordrm (li: Cliristo, e ~ 3 ~ 0 1 1
com 11. .Tnann o Rernnrdina de Almri~ln.fillis de
9. ,inclrb ;if,zi.qn~sria R n clia Qupirnx, que c:,P s c l g e .
10. Ti. Annx Izdiel Qite irnz 11% rqties, nnulher d~
Pedro Nolasco 3larinlio r10 Sh. - - .
11. D. Pr3ririsra dn, Jiorhn ~ n e i ~ ~ I,rficlrla~ , . . com o
cxpit&nFcrnLn Per~.iraIIPllaccdo.
Antonio, qne ~ Z ~ P C Pperliieno.
II
AnrIri; ,1Iarqii~.;(1% R o c l i ~Cjiirircilí, açirrizi, G raral-
I ~ i r o~lyofi?sso azo11 cliin, ~ ~ v s
n prin 1Pll'lL GOT

S. 28. D. Apolonia de Ar;tri.jo (te CTArs, fi111a rie


Giispar de Armijo cle (qii~s,e RP siia s e ~ r i n d anitilbt-r
3lxria do lZegn, cszori com n sai'g~nto-múrI:iii Cxrvalbo
I'inlieiro, (1) tilho iIr Itiii Cnrraltio, o ~ e l l i o ,t. tlr TTrsiila
d o R r ~ o ,siitt primeira niulher ;te Riii C ~ ~ V : I I I I O
Pin1icii.o viiivo ,i$ de D. Catli:tr LIC,O, sua s r r ~ ~ n r l a
miilliitr, ir~iianrlo padre Antoii 5 , 8, fl. . . , :I qi~al
havia faIcci(10 8 PH de Janeiro rie it,t,z, e ci'ella n5o teve
filhibs e n;to os teve d'eatrt siia segiind:i miillier D. Apolonia
de Araujo. Por morte d'este Rui Carvalho, caxon Ti. Apn-
lonia de Araii,jo com o sarg~ntn-mbrF ~ R D Cde ~ ERrA,
ICO(1)
cavnlleirn da orrlem de CIiristo,de queni adiante se dirb, e
teve Alhos, que se seguem, o era j:i viiivo em Lisbc~scle D.
Cstharina de Illello Saruliaio :
1 . Sehnstigo de BrL, que sesegue.
2. Antonio de Brá, cavalleiro da ordem de Christo,
e capitão de auxiliares no terço do mestre de campo Ale-
xandre de Souza Freire, como se acha no livro 4 O . de
serviços, a fl. . .
(1) Cazaram a O de Amosto de 1639 na capella de Santa L I I Z ~ ~
( J ) Lazsrarn a 9 de ~ 6 r i de
l 1673.
3. D. Anna de BrA, m a d a com Gabriel da Rocha
Montinho, com filhos.
4. D. Maria de Brh, mulher de JozB de G6es de
Siqueira Villas-Bôas, a fl. . ., n. 3, e ahi o mais.
6. D. Izabel de Brh, cazada com o tenente-coronel
Marcelino Soares Ferreira, com filhos.
6. Ignacio de Brb, sacerdote e cavalleiro da ordem
de Christo.
D. Luzia de Brh, que fdecen a 14 de Julho de 1768,
sepultada em S. Francisco.
Jozk, Franciwo, Xanoel, Qaspar, Ignacio, João,
Francisco e Mariana, todos falecidos.
N. 18. Antonio de Araujo da Fouseca, * filho do
capitão Lucas da Fonseca Saraiva e de sua mulher
Catharina de Góes Pires, filha esta de Antonia de Padua
e de seu marido Domingos da Fonseca Saraiva, a 0. . .,
n. 7, cazou com D. Anna Maria de Aiala, sua parenta,
filha do capitão Manoel de Azeda Aiala e sua mulher
Barbara de Góes de Macedo, n. 10, filha esta de SebastiiLo
Pedrozo de Barboza, ou deviana, como se acha em outros
assentos, como se póde vêr a A. 304, p. 13 e 39, e aqui
a fl. . ., n. 2 e 10. Il'esse Antonio de Araujo e de
sua mulher D. Anna Maria de Aiala foram Alhos :
1. D. Ignez de Araqjo de Qóes, mulher de Antonio
Iliouiz Cabra1.
2. O capitão Antonio de Araiijo da Fonseca.
3. O sargento-mór Lucas da Fonseca Saraiva, que
se segue.
4. Jogo de Araujo de Góes, cazado com D. Severina
Barboza, ao I de Setembro de 1687 na freguezia da
.O

Purificação.
5. D. Anna Maria, mulher de Antonio Dormondo
Pimentel.
6. D. Mariana de Qóes.
7. D. Barbara Maria, cazada com o alferes Antonio
Dias Coutinho, com filhos.

Faleceu este Antonio a 17 de Janeiro de 1683, e sua mulher


D. '~ntoniaYâria a 31 de Maio de li00.
- REVISTA TRIBIESSAL DO ISSTITITTi? IlISTORlCr?.

1684.
8. Frniicisco, qrte faleceii - .'r S ~ t e m h r o de
R. llano~1, qiia faleceii I 2 de .Tolho de
1677.
! I . O alferes Dominqos da Fonseca S ~ r a i v a ,cazadn ,
com R. 3iari:i de 3lcilo, com fillins.
N. 3 . O snrarnto-mlír Liic,ns rla Fonseca Saraiva,
filho íle Anhniii rle Arnltjo d a Fonseca e (IP siia n ~ i i l l i ~ r
1). Anrin JTnria d~ Aitiln, razoii rom D. Antoniir Jtnniz
rla C'iinhn, fillix de, Jlnnnel TrinxUn Pinto, P de sua
mulher C ~ t h a r i nJlonii;,
~, n tl. . ., e teve fillio :
1 0 . 1';iirlo Triiix,'~~,cnxwlo com P . 3lnria Carrln;rn,
com tiHios :
0 cnpihqo l l x n o ~ 1 de: Uzeda A i ~ l s , xdo cnni
D. R ~ r h n rrlc ~ c:iirq de Jlncedn, filli ~ h n si3(1
t
Pedrozn Rnrhriza rle \'iana e 11p siin iiiiillirr Ir
(XPSrlt. 31:izedn, tillia ilr Jlclrliior I I P Xrmns (IP
sim i n i i l h ~ r Frnnciqca cla Arxii,io, n. f l . . , ti. 2,
fillinf :
I . D. Annn _litiria d~ Ai7ln. rniillier d~ Antnnin de
!Irn~iio(12 F'onwca, fl. . . , n . 1 q.
.\f~Ir.liinr.)'Icx~RsRnrha, fni cnzadci com 1). Xntnnin
dr Patliin rlc Afsn~c~r:i,fillix d n ianpitfln r,
S a r a i n P de sita i~inllier Catlkarina I
R . . . , n. 7 , e t i ~ cfillin%:
i . D. 31ar.inn:c I r i ~ ~ i nqiie
s , CRXOII com r ranciscn (ir
Gbeq de 3ta(.eiin, siia pnrentn, n f . . . , n. :I.

PAREDES NA I3AHIA
l i I ~ n o ~tle l Paredes [IR Costa, " O velho, que dizem
ertx Iinrqiiciro, natiir:il ile Tinnn, donde se pa.;snii pnra
esta H : i l i i ; ~rios pi.iiicipios tle srirt fiindaçiio, e n'ella SP
cazou a furto com D. Paula de Barros, filha de Gaspar de

* Faleceu a 12 de Janeiro de 1619, sepultado no convento de


S. Francisco da Bahia; e do seu testanicnto consta o rc!ferido, que se
acha no carlorio dos orfàos em que serve o capitào Joào da Costa
Ferreira. Cazaram na sé a 90 de Janeiro de 1583.
CATALOGO OENEALOGICO 456
Barros de Magalhbs, fidalgo da caza real, e de sua
muiher D. Catharina Lobo, orfan das que mandou a
serenissima rainha D . Catharina, mulher do senhor rei
D. Jogo 111, e descendente dos condes de Portella, por
ser filha de Baltazar Lobo da Silveira, general da car-
reira da India, e de sua mulher.
1. Vicente, batizada na s6 e ao 1." de Outubro
de 1583.
2. Qaspar de Barros Lobo.
3. Catharina Lobo, batizada na s6, a 15 de Abril
de 1586.
4. Victoria de Barros, mulher de André Monteiro.
5. Maria do Barros, cazada com Manoel Pinheiro de
Carvalho, o velho, a fl . . .
6 . Agostinho de Paredes de Barros, que se segue,
batizada na s6 ao 1."de Junho de I 589.
7 . Ignez Lobo, batizada na s6 a 8 de Setembro
de 1590, cazada com Antonio Moniz de Lisboa.
8 . Anna Lobo, cazada com Salvador Monteiro de
Almeida, irmão de Andr6 Monteiro de Almeida, a fl . . .
9 . Antonio de Barros Lobo, batizado na sé a 20 de
Janeiro de 16cIO.
10. Felicia Lobo, Antonia e Francisco, que faleceram
de menor idade,e foi batizada esta Antonia a 15 de Feve-
reirode 1601,e faleceu Francisco a 10de Janeiro de 1618.
Por morte de seu marido Manoel de Paredes, cazou
segunda vez D. Paula de Barros com Manoel Antunes
de Almeida .
N. 6 . Agostinho de Paredes de Barros, filho de
Manoel Paredes e de sua mulher D. Paula de Barros, foi
um dos sugeitos de respeito do seculo passado, viveu em
Cotegipe, * e cazou por industria com D. Anna de Souza,
filha de Belchior de Souza Dormondo e de sua mulher
D . Micia de Armas, pessoas illustres e mni classificadas,
irman tambem de D . Catharina de Souza, mulher de
Euzebio Ferreira, e de Francisco Ignacio de Souza ; teve
filhos :
* Erro. nYo i. asqim: viueo na Ire uezia do Socorm na sua fazenda
de Cahipe, e foi i>qnr rrigio a capella j a Santissima Trindade. (Notad
margem).
468 REVISTA TBIMBNSAL DO INSTITUTO HI8TOBIOO

=beiro (1) ossou com D. Izabel de Lacerda Coutinho,W


do capit8o Joz6 Telles de Barbnda, a fl. .,n. 17, e de
.
sua muiher D babe1 de Lacerda Coutinho . Teve
.:
30. D. Antonia Tellea de Menems, que se segae.
31. D. h n a Telles de Menezes, malher do capit8o
J o b de Carvalhal de Vasconcellos, com fllhoe.
32. D. Joana Telles de Menezea, eoltaira, batida
a 20 de Julho de 17 22.
33. Domiciano de Amorim Salgado, cazado,semtUhoa.
34. D. Maria de Lmrda Coutinho, adiante; e
Francisca, que faleceu menina.
N. 30. D. Antonia Telles de Meneees, filha do ca-
pitão Nuno de Amorim Salgado e de sua primeira mulher
D. Izabel de Lacerda Coutinho, cazou com Anacleto de
Magaih8es de Menezes (2), fidalgo da caza de Sua Ma-
gestade, e de sna mulher D . Francisca Maria de A h p
W s , e viuvo de D. Mariana JozB do Amaral. Teve D.
Antonia de seu marido os filhos seguintes :
36. D. Izabel Telles de Meuezea.
86. Antonio de Magalhbs de Menezes.
37. D. Francisca Michaela.
88. Bernardino Jacinto de Magalhães.
39. JozB Carlos de MagalhBes .
N. 34. D . Maria de Lacerda Coutinho, filha do ca-
pitão Nuno de Amorim Salgado e de sua mulher D. Izabel
de Lacerda Coutinlio, primeira mulher, cazou com o ca-
pitão Jogo da Costa Ferreira (3) natural da freguezia de
de S. João das Caldas, termo da villa de Guimarhs,
arcebispado de Braga, filho de Joz6 da Costa e de sua
mulher Catharina Gonçalves, e teve filhos :
40. Mignel da Costa Ferreira.
41. O doutor Jozb Antonio da Costa Ferreira, pro-
fessor em medicina.
42. O tenente de infantaria Jogo da Costa Fei~eira.
43. O doiitor Tliornaz da Costa Ferreira Rahia.

(1) Erro. porqiir rslr Ruiio t l Anioriiii


~ foi filtio deGasparde Brito
Freiir e 1). Angr1.i dcl Soiiea, n. 20.
( 2 ) Cazarani na caza da Mizericordia a 9 de Fevereirode 1759.
(3) Çazaram na freguezia da Victoria a 29 de Seteiiibro de 1743.
CATALOGO OENEALOOICO 469
44. D. Maria Joana Gatharina do Sacramento.
45. D. Anna Joaquina do h'ascimento.
46. Ezequiel da Costa Ferreira.
47. D. Elena Roza de Lacerda.
48. Antonio Pedro da Costa Ferreira.
49. Agostinho da Costa Ferreira.
50. D. Joaqnina Maria de Lacerda.
N. 14. D . Angela de Souza, filha do c a p i t b Agos-
tinho de Paredes de Barros e de sua mulher D. Anna de
Souza Dormondo, cazou com Baltazar de Amorim Pe-
reira, (1) filho de Jacome Barboza de Amorim e de sua
mulher Izabel Soares, e teve filhos :
50. Euzebio Pereira Freire, cazado com D. Leonor
Pereira. Batizado a 9 de Novembro de 1652.
51. D. Agueda de Souza, cazada com Lourenço
Barboza de Brito. Batizada a 25 do Maio de 1657.
Seguiida vez c;~zouD . Angela de Souza (2) com
Jorge Barreto de Mello, filho unico de Duarte Yoniz Bar-
reto, capitão-mór e fidalgo da caza real, e de siia mulher
D. Maria de Veloria, e teve d'este segundo marido filho;
cazaram na capella da Santissima Trindade a 3 de Se-
tembro de. 1665.
52. Thom6 Barreto de Mello.
N. 50. Enzebio Pereira Freire, filho de D, Angela
de Souza, e de seu marido Baltazar de Amorim Pereira,
seu primeiro marido, cazoii com D . Leonor de Mello, filha
de Cosme Pereira de Nendonça e de sua primeira mulher
D. Maria de Vasconcellos e foram dispensados no segundo
gráo de parentesco mixto com o terceiro.

VAZ SARRAXE
Fernáo, ou Pernando Vaz Sarraxe, (3) cazado com
D. Guiomar de Almeida, passou de Portugal para a Bahia
na era de 1550, e tiveram entre outros filhos:
(1) Cazarairi na lreguezia do Socorroa 13 de Maio de 1Q6.
.,
(2) Foi morta por esse seu ~riãridocomo flca a fl.. n . . . , e falecen
a 17 de Outubro de 1670.
(3) Era irirtão de Lopo Vaz de Sainpaio. primeiro governador in-
terino da liidia por morte do governador D. Henriqua de Menezes no
fim de Janeiro de 1596.
4cQ REVISTA TRIMENSAL DO IXSTITFTO IIISTORTCC

1 . SimBo de Alrneids, qne se segne.


N. 1. simLo de Alrn eidn, filho tle F e rnando ViRZ S8r-
rnre R de siin rri nllier D. i;iiinmibr r l Alm
~ rida, foi cazndo
com Maria IlitrliOZR, da 1rli1;ii teve filho< :
2. ,\Ia~rlalenad e AI ue se s ~ g n e .
:i.Jlerin tle Almeiù t ~ .
Nagdal~naCnrvalh a com Agostinlio Hodri-
p n s de 3fncedo.
Manoel C:rrralho, solteiro .
X. L. MACI rlnl~na tile Almeida, fillia IIP SimRn rir,
Alnieidn de siiw miilli er Ilnria Rarbozrt, crtzci~i com
Aritrinio JIartinr ve filhns :
4 . I z ~ h e (l :e s e g e
r>. Cnthari uíinrilp.
André c l'~iila, 50Itt,,~,,.
N. 4 . Ixtihel de ,4zrvedo, filha rle I l ~ y d a l ~ n{lpa
Almeidrt e !?eseli marido Antonio llariinq dr ;\zc.redo,
cnzou c.nm T'eílro 3lorrira, e t e r e tilllos :
6;. Sim50 ,\loi.cirn, que se sr
7. Alaria Jloreirn. :i(li:~úte.
N. 6, Sinifin Moreira, fillio
e de setl rnariilo Antnnio klartinq ae ~ z ~ v e c l cazori
o, cnm
3 0 8 ~ riti1 ~Silva, e trvo tilbns :
8. P ~ d r oIIoreira, qne cazoii com Ignrtcin Ctirdozn.
! I . 3laria Jozcf;.i
N. 7 . Maria Jlttreira, fillirt de Izabel de Azevedo, e
de seu mariilo Antnnin riiwrtins d~ Azereilo, cnzoit rnm
João Machado de Miranda, e teve filhos :
10. Joana de Azevedo, que se segue
11. Ignacia Barboza, cazada com Pedro da Silva.
12. Pedro Moreira Salgado, qn0 cazou com Espe-
rança drr Silva.
13. Antonio de Miranda .
N . 1. Joana de Azevedo, filha de Maria Moreira, e
de seu marido João lf achado de Miranda, cazou com Luiz
Ferreira de Araujo, e teve filha :
14. Maria de Araujo, que cazoii com Domingos
Borgea de Barros, coronel, a fl.. ., n. 9.
X . 6. Catharina de Azevedo, filha de Magdalena de
Aimeida, n. 2, e de seu marido Antonio Martins de Aze-
vedo, ctrzon com Domingos Moniz Aranha, e teve fllhoe.
N. 3. Maria de Almeida, filha de Simao de Almeida
e de sua mulher Maria Barboza, cazou com Mignel Mar-
tins, e teve filhos :
15. Antonio de Almeida, que se segue :
16. Domingos Martins, adiante.
1 7 . Maria Barboza, ao depois.
18.Claralfartins, quecazou comBaltazar deNoronlia.
N. 13. Antonia de Almeida, filha de Maria de A1-
meida, n. 3, e de seu marido Miguel Martins, cazon com
Gaspar Moreira, e teve filhos :
19. Maria Moreira, que se segue .
20. Ifanoel Moreira e João Batista, solteiros.
N. 19. Maria Moreira, filha de Antonia de Almeida,
acima. e de seu marido Gaspar Moreira, cazon com Manoel
de Torres, natural da villa de Cintra, do arcebispado de
Lisboa, Alho de João de Torres e de sua mulher Nataria.
21. Maria de Almeida,qne se segae.
Manoel de Torres, religiozo da companhia.
N. ai. Maria de Almeida, filha de Maria Moreira, e
de seu marido Manoel de Torres, cazou com Antonio Velho
Maciel, natural de Viana, e teve filhos :
22. Florença de Almeida, que se segue.
23. Maria Maciel da Paz, ao depois.
Frei Pedro, religiozo de S. Bento.
Antonio Velho Maciel, sacerdote.
N. 22. Florenciade Almeida, filhade Maria deAlmeida
e de seu marido Antonio Velho Maciel, cazou duas vezes,
a primeira com João Domingues do Paço, e teve filhos :
24. Frei Jogo de Santa Florencia, religiozo fran-
ciscano .
Frei Miguel, carmelita calçado.
Segunda vez cazou Florencia de Almeida com Do-
mingos Borges de Barros, do qual não teve filhos.
N. 16.Domingos Martins, filho de Maria de Almeida,
n. 3, e de seu marido Miguel Martins, cazou com Maria
Francisca, e teve filhos:
25. Manoel Martins, cazado com D. Maria.
86. Anna de Almeida, cazrrda com Paulo de Ssmp8io.
87. Maria da PPrificaçBo, que se segue.
Rei Ignacio de Santo Antonio, francisaaaio, profemm
a 84 de Agosto de 1695 em Paragaassú .
N. 27. Maria da Pnri0oaçã0, 0lha de Damingos
Martins, acima, e de sua mulher Maria Franoieor .
mulher de Domingos Cazado, e teve fllhos :
28. Maria Euzebia, que se segue.
29. D. Anna, cazada com Manoel Rolim .
30. D. Antonia, cazada com João LeiULo .
N. 28. Maria Euzebia, filha de Maria da por^^
e de seu marido Domingos Cazado, cazou com M a n d
Alves Pinto, e teve filha.
31 . Antonio Alves Pinto, que cazou com Therexii
Barboza, e teve 5lho Joz6 Alves Pinto, cazado com h-
tonia Elena.
N. 83. Maria Maciel da Paz, fllha de Maria de Ai-
meida, n. 81, e de seu marido Antonio VelhoMaciel,
cazou com Antonio Domiagnea do Paço, e teve m o s :
32. Frei Domingos dos Passos, franciscano .
33. O doutor Antonio Domingues do Paço, hoje
mestre do principe .
Manoel de Aimeida Maciel, sacerdote que foi da
companhia.
34. Pedro Domingues do Paço, solteiro.
Gonçalo Domingues do Paço, clerigo, doutor, e
quatro religiozas em Portugal.

COUROS CARNEIRO

Antonio de Couros Carneiro, o velho, foi natural do


reino de Portugal, tilho de Antonio de Freitas, primo
co-irmão de João de Paiva, o velho. Passou ao Brazil,
e fez a sua rezidencia na villa do Cairú. Foi cavaiieiro
na ordem de Christo, capitão-mbr, e governador da
CATALOGO OBNEALOQICO 463
gente, que mandou o governador da Bahia contra o
gentio. Teve de D. Serafina de Q6es, com quem se ca-
zoa in articrclo mortis (1) e legitimado por el-rei, íilho :
1. Antonio de Couros Carneiro,. que se segue.
N. 1. Antonio de Couros Carneiro, filho legitimado
do capitso-m6r Antonio de Couros Carneiro, foi capitáo-
mbr e cavalleiro da ordem de Christo, e cazou com D.
Ursula de Mello, filha do capitão Martim de Frei- de
Oliva e de sua primeira mulher D. Serafina de Mello, (2)
foram dispensados no segundo grho de consanguinidade
em 25 de Outubro de 1658, e teve filhos :
a. D. Ignez de Mello de Vasconcellos,(3)cazada duas
vezes, a primeira com Qaspar de Vargas Cirne, a fl. . . .
Segunda vez cazou esta D . Ignez,(4) com Thom4 Pereira
de Menezes, filho de Gaspar Pereira de Magalhtms,
.
a fl. . ., ns. 67 e 74, e ahi o mais.
3. Antonio de Couros Carneiro, que se segue.
4. João de Couros Carneiro, adiante.
5. D. Maria de Vasconcellos, ao depois.
6. D. Catharina de Vasconcellos, cazada com o sar-
gento-mór Lucas da Fonseca Saraiva
7. Martim de Freitas de Couros Carneiro, cazado
com D. Luzia Telles de Menezs.
N. 3. Antonio de Couros Carneiro, filho do capitko-
m6r Antonio de Couros Carneiro e de sua mulher D. Ur-
sola de Mello, cazou com D. Catharina de Souza,(5) filha
do licenciado Francisco de Arado e de sua mulher Cata-
rina de G6es Paes, e teve filhos :
8. D. Ursula de Mello, cazada com o sargento-mbr
Paulo de Araujo da Fonseca.
9. Angelo de Couros, que faleceu solteiro e dois
mais.
(i) Cazaram em 18 de Marw de 1671, e faleceu elle a 2 de Abril do
mesmo anno, sepnltado na portaria do convento de Cainí. Faleceu
ella a 28 de Março tle lti81; sepiiltada no mesmo convento.
(2) Faleceu elle a 7 de Novembro de 1696. Faleceu ella a 28 de Abril
de 1701.
(3) Cazou com esta a 2 de Julho de 1635.
(4) A segunda vez cazou a 18 de Fevereiro de 1697 e faleceu a w de
Junho de 1722.
(5) cazaram na fregue zia do Cairii a 13 de Agosto de 1686 e faleceu
elle a 15 de Dezembro de 1699.
464 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

Por morte d'este seu marido, cazon segunda vez a


tal Catharina de Souza com Diogo Monia Barreto, Ilho
de D. Antonia de Fonseca e de seu marido Manoel Teiiei
de ikíenezes, como fica a fl. . ., n. 2.
N . 4. João de Couros Carneiro, fllho do capitão-mbr
Antonio de Couros Carneiro e de sua mulher D. Ursnls
de Melio, foi coronel ; e cazou na villa de Camam6 com
D. Ignacia Ribeiro de Lemos, filha do capit8o-mbr Bento
Ribeiro de Lemos, cavalleiro da ordem de Christo, alcaide-
m6r da mesma villa, o de sua segunda mulher D. Izabel
Garcez Deça, filha de Francisco Pinto, o velho, e de sua
mulher D. Maria Garcez Deça, a fl . . ., n. 69, e fl. .,.
n. 72, e teve filhos,al6m de seis que faleceram pequenos, os
mais que se seguem.
10. Francisco de Couros Carneiro, cazado com D.
Mauricia Moniz, filha de Antonio Moniz Cabra1 e de sua
mulher D. Ignez de Afonseca de Gbes.
11. D. Izabel Garcez Deça, que se segue.
12. Antonio de Couros Carneiro, cazado com D.
Maria.
13. D. Jorrna Maria da Luz, cazada com o capiULo
Antonio de Castro Trinx&o,sem filhos.
14. Bento Bernardo Ribeiro de Lemos, adiante.
16. D. Anna Maria, cazada com Diogo da Cunha
Trinxáo, com tilhos.
16. JozB Felix de Vasconcellos, cazado com D. Iza-
bel Garcez Deça.
1 7 . D. Maria Ribeiro, mulher do coronel Francisco
de Souza Deça, sem tilhos.
N. 11. D. Izabel Garcez Deça, filha do coronel João
de Couros Carneiro e de sua mulher D. Ignacia Ribeiro
de Lemos, cazou com o sargento-m6r Joz6 Pereira Mas-
carenhas, natural de Aveiro, e teve filhos :
18. D. Tliereza Garcez Deça .
Sebastiáo Pereira.
Bento Ribeiro.
Felis Pereira.
D. Anna.
CATALOQO QENEALOQICO 466
N. 7. Bento Bernardo Ribeiro de Lemos, filho do
coronel JoBo de Couros Carneiro e de sua mulher D.
IgnaciaRibeiro, foi capitão, e cazou com D. Maria Ribeiro
Deça, filha do alferes Antonio de Souza Deça, e de D .
Apolonia de Moraes, sua segunda mulher ; foram dispen-
sados no terceiro gr&o de consanguinidade, misto com
o segundo, e teve filhos :
23. Bernardo de Couros Carneiro, clerigo secular.
24. Francisco Joz6 de Lemos, que se segue.
25. D. Izabel Garcez Deça, que vive solteira.
26. Frei Bernardo de S. Bento, religiozo de S.
Francisco na Bahia.
27. D. Anna Maria de S. Joz6, cazado com Joaquim
Coutinbo, sem filhos.
28. D. Maria Bernarda do Caração de Jezus, cazada
com Manoel Dias.
29. D. Ignacia Francisca do Coração de Maria, que
vive sol teira.
N. 94. Francisco Jozé de Lemos, filho do capitso
Bento BernardoRibeirode Lemose de sua mulher D.Maria
Ribeiro Deça, cazou comD. Anna Maria de S. Joz6, filha de
Francisco de Souza Deça e de D. Margarida Moniz Côrte-
Real, sua segundamulher, foram dispensadosno quarto g r h
de consanguinidade misto com o terceiro, e teve filhos.
N. 5 . D. Maria de Vasconcellos, filha do capitão
Antonio de Couros Carneiro e de sua mulher D. Ursula
de Mel10 de Vasconcellos, cazou com o licenciado Diogo
Mascarenhas da Silveira, * natural da cidade de Lisboa,
freguezia de Nossa Senhora do Socorro, filho do capitiio
Luiz de Mesquita e de sua mulher D. Brites Mascar-
enhas, do qual foram filhos :
1. Diogo Mascarenhas de Vasconcellos, cazado com
D. Anna Maria de Vasconcellos, com filhos.
2. Carlos de Azevedo de Vasconcellos, solteiro.
D. Felicia de Vasconcellos, cazada com Panlino
Dnarte Rodrigues.
3. D. Jozefa de Vasconcellos, cazada com Fran-
cisco de Oliveira.

* Cazaram na freguezir do Cairu a 8 de Setembro de 1691.


59 r* I. TOL. LIl.
466 REVIST.4 TRKMENSAL DO INSTITUTO HISTORlCn

CARNEIRO E ROCHA
O cspitso Jozei Carneiro de Freitns, c~za(10com
M n r i ~ n adn Rocha de Afonsecit. nntiiraes e moraclores na
*irlailndo Porto, tiveram ti llins :
I . Lniz Carneiro 11s;Ilncliit, q ue se segiie.
D. Jlargarida Carneiiro.
U . Cntliarina de Afnrisera.
N. 1. Liiiz Carn~it-o11% RocIia, filho (10 capitão .Triz6
Carneiro de Frritas, nasceu no Portn, B p a ~ 1 pnrAa 1
Ihhia, e n'e1l:t foi c,zpit:ln,e caztiii coni .Teroninin, da Silva,
e teve fill
2. I n Rnchn , qria se
:i. I , Rnclia, cnzndo )r em
~ i l l a(10 Cu,,.tt,J.
4 . ,Jeronirnn Cnrn~iro de F r ~ i t n q ,qiie emharcon
PRTR R Indiit, t3 pnssoii dahi par:], o g4n-niogol e no srrri)n
d ' e ~ t efnlec~ii.
-5. D. Mariana (1% Roclia de Afons~ca,miilher do
~ p i t 4 n31ani)el d~ SA Doria II.'~v:iwn, R f l . . ., n 1.7.
l i . 1Sernnrrlo Cirneim da I<ocli:i, ailinnti..
ii.2 . Xritnnio Carneiro (1% -Rocha,
. fillio do canit51i
Liiix Carneiro (IR Ror%line r l ~SIIZ ia (Ia
silva, foi capitão, e cnznii com I?. I eq, c
t e w fillios.
7 . Liiiz Carneiro de nlenezes, rlne G ~ ~ Z I J IGUIII
~ D.
Angelri de Mrinezes, rt fl. .. n. H ;e alii a 9urt descen-
.
dencia Foi capitã.0 maior.
N. 6. Bernardo Carneiro da Rocha, * filho do ca-
pitão Luiz Carneiro d a Rocha e de sua mulher Jeronima
da Silva,foi capitão de cavallos, e =ou com D. Guiomar
de Souza, e teve filho :
8. Nicol&oCarneiro da Rocha, que se segue.
N. 8. Nicoláo Carneiro da Rocha, filho de Bernardo
Carneiro da Rocha e de sua mulher D. Guiomar de Souza,
cazoii com D. Anua de Menezes Alencastro, sua prima
legitima, por ser filha de Manoel de SB Doria Itavasco, a
fl. . ., n. 15, e tem filho :
* Faleceu este BWnsid0 Carneiro a 17 de Fevereiro de 1727.
CATALOGO OENEALOOlCO 467

9. Ignacio Carneiro da Rocha, que se segue.


N. 9. Ignacio Carneiro da Rocha Menezes, 0lho de
Nicoláo Carneiro da Rocha e de sua mulher D. Quiomar -
de Souza, cazou com D- Barbara da Rocha Souza, filha
do tenente-general Joho da Rocha e de sua mulher D.
Leonor de Souza, e teve filhos.

LIMA
Diogo Lopes de Lima, foi copeiro-m6r d'el-rei, al-
caide-môr da villa de Guimarbs,e era filho dos Viscondes
da VillaNova de Cerveira, que hoje se intitulam Vis-
condes de Ponte de Lima. D'este foi Alha bastarda ha-
vida em uma mulher nobre :
1. D. Maria Dias de Lima, que se segue.
N. 1. D . Maria Dias de Lima, filha de Diogo
Lopes de Lima, foi senhora da quinta da Preza, sita na
fregaezia de S. EstevW, e cazou com Antonio Vieira, das
principacs familias da villa de Guimariles, e teve filhos:
2. Francisco Vieira de Lima, cavalleiro professo na
ordem de Christo, tidalgo da caza de Sua Magestade, o
qual passou para a ccrte, e foi 18 capitão de cavallos.
3. Domingos Vieira de Lim,, que passou a cidade
da Bahia, e 1s foi chanceler da se.
4. Marcos Vieira de Lima, que passou para Angola,
e ahi fez caza, que dizem ser a do secretario de estado.
5. E duas femeas ;uma que cazou na caza do Borgo-
ceto, junto a villa de Amarante, de que procedem nobres
familias, e outra que cazon na caza de Angocinha, fre-
gnezia de S. Verissimo de Lagares, duas leguas desviado
de Gnimarães, com Bernardo da Cunha.
6. Anna Vieira de Lima, q?e se segue.
N. 6 . Anna Vieira de Lima, filha de D. Maria
Dias e de seu marido Antonio Vieira, cazou com Fran-
cisco Gonçalves Ribeiro, senhor da caza e quinta da Cal,
freguezia de S. Estevho de Urguezes, e teve filhos :
7 . Antonio Vieira de Lima, que se segue.
8. Domingos Vieira de Lima, que passou 9, Bahia e
foi arcediago da sé.
4';9 REVISTA TRIMESSAL DO INSTIT(iT0 !TISTORICO

9. Frei Alvaro, religioxo de S. Domingos.


In. JozE Vieira de Linia, qne ficou senhor da c.az:i
113Cal, e nZ:i cszntr, e f;tleceii sem siicess,'io.
11. J o a n a Tieira de Lima, adiante.
liiaria Cieirz ile Lima,, qiie! cnzon com Domingos
de Aranjo, coni siicess2o.
5. 7. Ant.onin Vieira de LiliIa, filho ide Anna Tieira
de Lima c! rle seri marido Fi-anciscu I?....- vvllvalves Ribeiro.
passoti ii Htttiia. foi n'ella coronel, c? teve de surt miilhclr
branca, e cliristlrtn velha, como c o n s t , ~de certidiies, por
nome Antoriia Jlacicl (Ia Cruz, filho bt~stardo:
12. Francisco Tieira tle Linin.
PI'. 1.1. Francisco Vieira de Liina, fillio natural c10
coronel Ant,onio Vieira de Lim:]., foi coronel ; e CRZOII com
D. Leonnr Jozefix SiiIit,il de Nenezses, fillia de D. 1zal)el
Maria dr o e d e iseu mar:ido 3lnnoel cle Azevedo
Seqro, I . naíi., .. n . 12, e teve filho iinico :
? Vieira rle Lirna, sargt?nto-miir, que
13.
cazon r.orn I,. Annn Custoaia . .. tle ;leziis ilrag;io, filli~i.
legitima ilo cnpit,;io-mhr Ipiiscio c1e Siqiirira ~ - i l l a s - l % ~ ~ : ~ s
e de siia rniilltei. U. .Toana Cst,tinrina rte Itenezes -kragilo,
natural d a freguezia d o n f n n t , ~ ,I-:t?concnrn (1s IiRliiti! ri.
fl. .., n . 1 3 .
E. 11. Joana Tiairri de Lima, tilha tle A n n Tieira ~
de Lima e de seli marido Francisco I:onqalves Riheirc~.
cazou com o cnpit,%oI{ent,o COI-~CH Peixoto, e teve ti 1110s:
Manoel Vieira de Lima, que ficou senhor da caza da
Cal, por falecimento de seu tio JozB Vieira de Lima.
Anna Vieira de Lima, que cazon, e tem entre outros
filhos a Rodrigo Vieira de Lima.

PALHA
João Rodrigues Palha, de quem não achamos noticia
certa donde fosse natural, e 96 que fora dos primeiros
povoadores da nova cidade do Salvador,Bahia de Todos os
Santos, e que tivera o firo de escudeiro fidalgo e morador
na freguezia de Matuim, e cazado com Micia de Lemos,
CATALOGO GENEAL001CO 469

que era iman de Beatriz de Lemos, (1) e do chantre


Jorge de Pina, filhos estes de FernBo de Lemos, fldalgo
cavalleiro. De sua mulher Micia de Lemos teve J o b
Rodrigues Palha os filhos seguintes :
1. Constancia de Pina, que se segue.
2. Viceute Rodrigiies Palha, (2) que ordenado de
sacerdote foi doutor formado na universidade de Coimbra
em ambos os direitos, conego, vigario geral na s6 da
Bahia, e goveriiador do seu bispado, e renunciando todas
estas honras se recolheu religiozo no convento de S. Fran-
cisco na cidade da mesma Bahia, no qual professon a
30 de Janeiro do anno de 1600; foi o 7." custodio, e pre-
lado maior da dita custodia antes de ser elevada a pro-
vincia, e n'ella faleceu com boa opinião no convento da
Bahia, pelos annos de 1636 para 1639, com o nome de
frei Vicente do Salvador.
3. Izabel de Lemos, segunda mulher de Jeronimo
Noniz Barreto, o velho, a fl . .., e ahi o mais. Batizada
na se a 25 de Março de 1568.
4 . Maria de Lemos Lãndim, adiante. Batizada a 26
de Abril de 1571.
6. Felippe de Lemos, cazado com filhos,e teve o fõro
de escudeiro fidalgo, e logo o de cavalleiro fidalgo por al-
varh de 18 de Janeiro de 1620, batizado na sB a 7 de
Maio de I 57 6 .
6. Agueda de Lemos, primeira mulher de Egas
Yoniz Brrrreto, a fl. .., batizada na sB a 12 de Fevereiro
de 1583.
7. Paula de Pina, batizada na se a 26 de Jnnhode
1581.
N. 1. Constancia de Pina, filha de JoBa Rodrigues
Palha e de sua mulher Micia de Lemos, cazou com João
Serrb. Foram recebidos em caza de João Rodrigues Palha
pdo reverendo mestre-escola Jorge de Pina a 1 de Maio
de 1580.

( I ) Catada esta Beatriz com Antonio da Mota Fidalgo.


(2) Batizada na 8e a 28 de Janeiro 1567.
470 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HCSTOBICO

8 . Micia de Lemos, cazada com Francisco de Frsf.


tas de Barros, 0lho de Victorib de Barros e de IIbanoelQ
.
Freitas do Amaral, a 0.. ,n . 6 e 28, batizada nr 4 i
20 de Setembro de 1581.
9. Jorge de Pina, batizado a 3 de Outubro de
1584.
10. Valentim SerrBo, batizado a 20 de Fevereiro da
1687.
11. Francisco de Pina, batizado a 2 de Maio dt
1588.
12. Fulgencio de Lemos, batizado a 11 de Março de
1592.
13. Micia, outra, batizada a 9 de Novembro de
1597.
N . 3. Maria de Lemos Landim, filha de João Bodri-
gues Pallia e de sua mulher Micia de Lemos, cazon em
licenciado Bartolomeu Madeira de Sb, filho de Pedm
Madeira e de sua mulher Ignez de Sb. Cazaram na eB a
10 de Novembro de 1599.
14. Ignez Madeira da Trindade.
15. J o b de Lemos de Sh., que se segue.
16. Izabel de Lemos de S&, cazada com Domingm
Uarboza de Araujo, filho de Baltazar Barboza de Aranjo
e de sua mulher Catharina Alrares. Cazaram a 9 de Jnlbo
de 1623 em Paripe,
1 7. Elena de 88,mulher de Diogo Corrêa de Sande,
adiante.
18. Micia de Lemos, mulher de Belcliior dos Beiei
ao depois.
19. Angela de Lemos, cazada duas vezes, ba-
em Paripe a 5 de Dezembro de 1608.
20. Francisco de Lemos Landim, cazado com largr.
rida Soares, batizada a 5 de Outubro de 1611.
21. Constancia de Si%, mulher de Bartolonwii
Pires, cazaram a 21 de Dezembro de 1635 : era n a t d
este Bartolomeu Pires de Coira do arcebispado de
Braga .
Ignacio, que faleceu solteiro, batizado a 1 de M w
de 1610.
N. 16. Jogo de Lemos Pina, filho de Maria de Lemos
andim e de seu marido o licenciado Bartolomeu Ma-
eira de 88, cazou com Paula do Amaral, (1) tilha de
Lntonio Serrão da Vara e de sua mulher Maria da Palma,
I teve filhos:
22. Miguel de Sá da Palma, batizado a 18 de Maio
b 1625.
83. Francisco de Lemos de Sá, batizado a 14 de
Junho de 1626.
24. Fernando de Lemos Palha, cazado, adiante.
25. Antonio do Amaral de Lemos, cazado, ao depois,
htizado a 27 de Novembro de 1630.
26. Bartolomeu Madeira de SB, batizado a 2 de
Agosto de 1633.
27. Maria de Lemos, bat.izada a 4 de Fevereiro de
1636.
28. Manoel de Lemos, batizitdo a 9 de Novembro de
1638.
29. Joáo de Lemos Pina, cazado com sua prima Fe-
!cima de Sá. '

N. 24. Fernando de Lemos Palha, filho de J$ão de


emos de SB e de sua mulher Paula do Amaral, teve o foro
3 cavalleiro fidalgo com 750 reis de moradia por mez, e
alqneire de cevada, por alvar&d'el-rei de 21 de Feve-
$ r o d e1650,e antes d'este j&tinha o deescudeiro fidalgo,
)&o teve seu bisavo Joáo Rodrigues Palha, e Feliype
@ Lemos,filho do sobredito Joáo Rodrigues Palha,como se
klara no mesmo alvar&. Cazou Fernando de Lemos
'alha com Domingas da Palma, filha de Andr6 da Costa
@ Andrade e de sua mulher Feliciana de Abreo, e vive-
mm em PasuB.
N. 25. Antonio do Amaral de Lemos, filho de João
e Lemos de S&e de sua mulher Panla do Amaral, cazou
Bm Guiomar de Freitau, ( 2 ) filha de Antonio Fernandes
3x0 e de sua mulher Maria Moreira, e teve filhos :
31. Fernando de Lemos Palha de Sá.
-

(1) Cazaram em Paripe a 19 de Agosto de 1691.


(2) Cazaram em caza a 16 de Agosto de lR6, pelo ciin YuiaeI
itnner.
470 REVISTA TRIMRNSAL DO INSTITUTO HISTORICO

S. Micia de Lemos, cszatla com Francisco ( 1 Frei-


~
t,ss de Barros, til110 de VI 3 Bnrrou e de Blano~ld~
Freitas c10 Amaral, fl.. e 28, batizada na sB s
20 de Setembro de 1581.
9. Jorge de Pinn, bat,IZadO a 3 de Outiihro de
16634.
10. Palentim Serriio, batizado a 20 de Fevereiro tlr
1587.
11. Francisco de Pinn, batizildo n 2 de 3Tnio (11'
1588.
12. Fiil~enciod e Lenios, t~atizadoa 1 1 de lisrqo ~ I P
1592.
Jficia, outra, hat,izadn a 9 de ~ r ode

3 . Maria ile Lemos Landim, filha s i u r i u Rodri-

gues Ysl111% P d e !VIR i n i i l l i ~ rMicia de Lemns, crtxoii com


licenciati n Rrirbt)lomeii hindeira cle Sk. fillio t l ~Pcc1i.1,
3.laiIeii.a, F! iie stinI miilher Tgnez de Sb. Cazni-am na L(.: s
10 de ? ; v v t . ~ i I...*
i i i r, dc 1 >!19.
14. Tonrz l~nrl~irri. rla Tr.in(Ixdr.
1 .i. JnZn rlr T~einnicle S5, ~ I I P$c s e g P .
16. Iza1)~Iclc Lrmns d e Sk. cnznda com Dilmin~nq
IZarhnza (Ir hrnrijn, lillin t zar h r h 1ra11j o
e tlt! stin mnllt!lr Ciathnrin 4. C:iz:ira ,Tiilli(i
r10 Ir;?? em Pnri~ie,.
17. Llena (11. Yli, mnllier de Pingo Cor ir-tr i i t . Aanil~,
adiante.
18. Micia de Lemos, mulher de Belchior dos Reis,
ao depois.
19. Angela de Lemos, cazada duas vezes, batizada
em Paripe a 5 de Dezembro de 1608.
20. Francisco de Lemos Landim, cazado com Marga-
rida Soares, batizada a 5 de Outubro de 1611.
21. Constancia de Sá, mulher de Bartolomeu
Pires, cazaram a 21 de Dezembro de 1635 : era natural
este Bartolomeu Pires de Coira do arcebispado de
Braga .
Ignacio, que faleceu solteiro, batizado a 1 de Março
de 1610.
N. 15. Jose de Lemos Pina, filho de Maria de Lemos
Landim e de seu marido o licenciado Bartolomeu Ma-
deira de Sb, cazou com Paula do Amaral, (1) filha de
Antonio Serrão da Vara e de sua mulher Maria da Palma,
e teve filhos:
22. Migael de Sá da Palma, batizado a 18 de Maio
de 1625.
23. Francisco de Lemos de Sá, batizado a 14 de
Junho de 1626.
24. Fernando de Lemos Palha, cazado, adiante.
25. Antonio do Amaral de Lemos, cazado, ao depois,
batizado a 27 de Novembro de 1630.
26. Bartolomeu Madeira de SB, batizado a 2 de
Agosto de 1633.
27. Maria de Lemos, batizada a 4 de Fevereiro de
1635.
28. Manoel de Lemos, batizado a 9 de Novembro de
1638.
29. JoBo de Lemos Pina, cazado com sua prima Fe-
liciana d e Sá. '
N. 24. Fernando de Lemos Palha, filho de J$ão de
Lemos de SB e de sua mulher Paula do Amaral, teve o firo
de cavalleiro fidalgo com 750 reis de moradia por mez, e
um alqueire de cevada, por alrará d'el-rei de 21 de Feve-
reiro de 1650,e antes d'eete já tinha o de escudeiro fidalgo,
como teve seu bisavi, João Rodrigues Palha, e Felippe
de Lemos,filho do sobredito João Rodrigues Palha,como se
declara no mesmo alvarh. Cazou Fernando de Lemos
Palha com Domingas da Palma, filha de Andi.6 da Costa
de Andrade e de sua mulher Feliciana de Abreo, e vive-
ram em Passe.
N. 25. Antonio do Amaral de Lemos, filho de Joíio
de Lemos de Sá e de sua mulher Paula do Amaral, cazou
com Giiiomar de Freitas, ( 1 ) filha de Antonio Fernandes
Rôxo e de sua mulher Maria Moieira, e teve filhos :
31. Feriiando de Lemos Palha de Sá.
(1) Caznrarn em Paripe a 19 de Agosto de 1621.
(3) Cazararn eni caza a 15 de Agosto de 1655, pelo cura Manoel
Antunes.
472 REVISTA TRI MENSAL no Ih'STITC'TO IlTSTnRIC'n

32. Elena de Sk, miillier de Domingos F ~ r n a n d ~ s


(10 Coiito, com filhricz.
3 3 . Gnioniar i l Frcitss.
~
36. Pnula do Amnral de Lemns, m n l h ~ rd e F r a n -
c i w Gomes da 1Iain.
3.5 . Jl8ria.na rle FPP
. ,
.'@ t i . hntonir d e Frei
, mnrnl de Lemas.
37. narnnrn rle Ali., , ,., iiier ( 1 iII~no~1
r, <
~ Luiz da
Costa.
3 A . Izabe1 d~ S:\, SB de
Souza.
.
39 Frei Salvador (ia r,ncnmaq:to, c~rmelita CRI-
pdo.
N. 17. Elenn de SA, filliri, de b1nri;r de L ~ m n sLsn-
iiim e rle seli iiiitridn o lir.~nc.i:icloRxit Inmeii Jlad~írrt
drt Sh, c:ixciii com Iiiogo Cnrri'a de Pnnrir, ( I ) tili10 de
nrt1taz:ir Aranha P ilr siia mulher Jlnria Corri.2 ilp
Srinrle, e te\-e fillios :
-10. O p:idre Virente Corri%, r l ~ r i ~ Frnncisc
o, o Cor-
rea de S a n d ~ Diogo
, Th P Y ~ z : ~ ,
Corri.%{IPSanil~:, E'rn~icisc.~.
Annn Cnrr>n. Bernnrrlo CnrrFa.
41. 1Inri:i dc SiC, miilh~rde F ~ r n h o(IP nonxa.
S . 18. Nicia tle Lerno< P R ~ ~ fillia I R , rle >laria. dp
Lemos LantIim e de srii niarido o lic~ncin(1n Hnrtcilnmeu
3irideirrr de S i , crtzoti com B~Ichiordos Rcis, ( 3flillin de
S~t)asti%oPires e de siia niallit~rL u c r ~ c i xLiiiz, dti fre-
giiezia cie S. Jlnrtinlio de S:mrle, do bi3pado do Porto, e
teve filhos :
42. Miguel de SB, D. Barbrrra, Ignacio dos Reis,
Anna dos Reis, o padre Rafael dos Reis Palha, clerigo
secular.
43. Lniza de S&, mulher de Sim00 Borralho.
44. Maria de S&, cazada com Simão de SB e
Avelar.
N. 19. Angela de Lemos, filha de Maria de Lemos
Landim e do licenciado Bartolomeu Madeira de Sh,

(1) Cazaram em Paripe a 16 de Novembro de 1625.


( 2 ) Cazaram em Paripe a 30 de Agosto da 16%.
CATALOGO OENEALOOICO 473

cazou trez vezes: cr primeira vez com Baltazar Gon-


çalves, (1) da ilha Terceira, fllho de Jogo Pires e de sua
mulher Francisca Fernandes, sem filhos ; a segunda vez
cazou com Bartolomeu Filgueiras Soares, da villa de
Monç80,filho de Antonio Filgueiras e de sua mulher Maria
Soares, e d'este segundo teve ílllios :
45. Bartolomeu Filgueira Soares, cazado com Luiza
da Silva.
46. Francisco Corrêa Filgueiras,cazado com Agueda
da Costa.
Terceira vez cazou Angela de Lemos, acima, com
Antonio Borralho.
N. 5. Felippe de Lemos, filho de Jogo Rodrigues
Palha e de sua mullier Micia da Lemos, foi cazado com
Francisca Barboza, (2) filha de Baltazar Barboza de
Araujo e de Catharina Alvares,sua mullier, e era jh viuva
esta Francisca Barboza de Christovgo de Sh de Beten-
court, do qual tinha dois filhos, Joana Barboza, cazada
com Mignel Telles de Menezes, e Francisco de S& de
Betencourt, cazado com D. Aiina de Souza, e d'este Fe-
lippe de Lemos teve mais :
Vicente Palha de Lemos, Lourenço de Lemos, Maria
de Lemos ou Barboza e Agueda de Pina, cazada com Lou-
renço de Oliveira Pita, com filhos.
Beatriz de Lemos, irman de Micia de Lemos e do
chantre Jorge de Pina, e filhos estes de FernBo de Lemos,
fidalgo cavalleiro, como fica jii na fl. . . Faleceu a 20 de
Outubro de 1593, sepultada no collegio. Testamenteiro
o chantre Jorge de Pina,seu irmBo.Foi cazada dnas vezes;
a primeira com Antonio da Mota, fidalgo da caza real, do
qual teve filhos :
1. O padre Calisto da Mota, clerigo secular.
. 2 . Gonçalo d a Mota.
3. Manoel de Lemos, ou da Mota.
4. Paulino da Mota.

(1) Cazaram em Paripe a 15 de Fevereiro de 1635.


(2) Cazaram a 25 de Janeiro de 1598 na fregiiezia da PuriAcaçào. Se-
gunda vez cazau este Pelippe de Lemos com D.Mariade Souza de Beten-
court, filha de Gaspar de Freibs de YagalhBes e desua niulher Policenít
de Souza de Betencourt.
60 r. I . TOL. LU.
474 RCTT(rTA TRIMRNSAL DO INSTlTi~TO IfISTORICn

Segnntin vez cazoil com G ~ s p a Bnrhozs


r de Arniijo,
do qunl nHo tpre filhos: caxaram a 2 cle Setembro de 1

FREITAS E MAG.~LFT.&ES
Fi.rtnciscoi\lrnr~sFerreirn ita nptenrniirt, natitrnl clz
ilha da Madeira, ficialgo na caza tle S118~ I a , a e s t ~ rom-
~d~,
mendndor da ordem íle Christo, foi c : i z ~ d oconi T'nlic-~ns
de Soliz:t, 11%qnnl tevP trez filtias, q r i ~fnram:
1 . Policrrin de Sonxx de Betencniirt, qnr S P semie.
2 . Convtunrirrtle Souza íle Ti~tencoiirt,que cnxou cnm
Felippe de L P I ~ ~I ~S qrlr C, prtirrri~m0 4 Lemos da f r r r ~ t ~ i i s
i1e Sriqsa Senhora tlo Sncnrro c rrcnncnvo d:t l3aliin.
3 . Jlrtriri, clc Pniizx i1e L % ~ t ~ n c n i ique r t , cazon com
.Jorge Antiineq, c teve Iilhnq,~pijr inort r rl'rste c ~ z o i rnni l
Sc1i:istiTtn i!numllo,orrlhn, q i 1 ~ foi pai de: hn(lt.6 C i ~ ~ ; i l l no ,
rellio.
(:rispar dt. F r ~ í t n sde N ~ p a l l l : ~natural
~, d~ Giiinin-
S~PS 011 (IR Ponte Limn, I,ilL.nn ricihre, P com fclro ilr t i -
d a l ~ o rrici
, para x R i t i i ; i pnr lirnrtvlnr {IR alfandcra, P
n ' ~ l l ncmnii rom Pnlicrnn. clr Sniiza (Ir 1~etencoiii.t.(I)iilh.z
jirirneit.a r l ~F r ~ n c i s c ,hlvnrr.;
~ I~i~rri~irn. tlp I:rt~nc.oiirt,e
rle SUR miilhrr- I'iilict~iiailr Soiizn, r cl'rllx ter e t i l l i i ~ c ::
i.. FrG~nr,isc,n IIP Frc.itns tlr* ~ l : i , ~ a ~ l lqir5i rse
~~ ,srqtic.
2 . 1). I a ; ~ ! i i ~de
l Altiit~i~ln,miillii~irlr J I R ~ I I ~1I 'I~S -
rpira de Jieri~,i,e+,:I, fl . ., e ;dii a 511 L rle.c~ndcnci:i.
3. D. Beatriz de Freitas, mulher de Jogo Alvares do
Rego, a fl..., n. 1, e ahi a sus descendencia
4. Constanciade Souza de Betenconrt, adiante.
.
5. Antonio do Freitas, que não consta fòsse cazado.
6. Maria de Souza de Betencourt, ao depois.
N . 1. Francisco de Freitas de MagalhILes, filho de.
Gaspar de Freitas de Magrtlli&es,acima,cazou trez vezes;
a segunda vez com D. Brites de Menezes, (2) filha do al-
caide-mór Diiarte Moniz Barreto, sem filhos. Primeira

(i)Cazaram a 20 de Outubro de 1589.


(2) Cazrraiii a 28 de Janeiro de 1620, e era j i viuvo de D. Maria
Barboza. PirajA.
CATALOQO QENEALOOICO 475
vez cazon com Maria Barboza de Almeida, * 0iha de
Francisco de Barbuda, o velho, e de sua mulher Maria
Barboza, a fl . . ., n . 4, da qual teve filha:
6. D. Maria Barboza, que cazou com Gaspar Pe-
reira de Menezes, 6lho de Gaspar Pereira, o velho, e de
sua segunda mulher D. Angela de Mendonça, a fl. . . ,
n. 5, e foi esta D. Maria sua segunda mulher, e teve
d'eila os filhos, que jh ficam ahi, n. 3 e seguinte.
Terceira vez cazouFrancisco de Freitas deMagalh&es
com D . Custodia de Menezes (falecida a 24 de Feve-
reiro de 1668), filha de Gaspar Pereira, o velho, de Pa-
ripe, e de sua segunda mulher D. Angela de Mendonça,
e teve d'esta terceira os filhos seguintes :
7 . D . Angela de Menezes, que cazou com Baltazar
de Barbuda, a fl. . ., n . 5, e com este nome de D. An-
gela se acha no termo do seu cazamento, que 4 o certo, e
não com o de D . Custodia, como anda em assentos crvul-
sos . Cazaram a 15 de Ilezembro de 1645.
8. D. Maria de Mendonça, miilher de NicolBo de
Freitas Lobo, sem filhos.
9. Pedro de Freitas, que cazou com uma filha de
Pascoal Bravo, sem fihos, e chamava-se ella D. Guio-
mar de Menezes, e sua mãi Milicia Gomes, e teve um
só filho, João, que faleceu.
N. 4 . D. Constancia de Souza de Betencourt, filha
de Gaspar de Freitas de Magalhães e de sua mulher Po-
licena de Souza, cazou com Bartolomeu Rabelo de Ma-
cedo, e teve filhos :
10. D. Policena de Souza, que cazou com Francisco
Moniz Telles, a fl. . ., n . 14, e ahi o mais.
11. D: Maria de Sonza, que carou com Antonio Vaz
Soure, e teve entre outros filhos o padre Alvaro de Sonza.
12. Gaspar de Freitas.
13. Izabel Corrêa de Almeida, que cazoii com Gaspar
de Freitas, seu primo, filho de Beatriz de Freitas, irman
de sua m8i Constancia de Souza, e d'elle não teve filhos.
14. Ignez e Francisccr .
Esta D. Maria Barboza era já viuva de Mem de PB, a f l . . . . n.
4, e cazou se unda vez com esse Francisco de Freitas a I1 de Novem-
bro de 1618, i l h a esta de Francisco Dias de Almeida e de soa mulher
D. Agueda Barbou, diz o assento d'este segundo cazamento em Paripe.
Andr? de frei ta^, qnp, diz amemnritt, d o n d ~SP ti-
raram c c s m notirias, era irrn9o d~ G R S ~deXF~r p i t ~de~
Xfi-i~nlli;i~s, ~ fica a f i . , ., *qne r i ~ r ncnm e l l ~p,srz
q i i jh
a l-(nhin. P ,shicazoii rom Tictnria 'hixeira, <em mais PX-
p l i r ~ r i o e, que d'esta teve fillins.
1 - 5 . 0 p a r l r ~\'alerio cle Freitas d e Rrito, ~ i p a r j o
qne foi de 8. Amarri i l Itnparicn. ~
d i t o . Ans 4 ile (hitiihr(r de 1654, recebi Sico1;in ( 1 ~
Freitas dr Jjnrrnii, filho Jlnnnel (IP Frcitas Lohn P I ~ P
~ 1 miillier
1 ~ P'elippn I ' i r n ~ n t ~ mnratlnre.:
l, na fr~piiczin( 1 ~
'ioscn S~nlinrario Sncn~ro,coni r). Jlariaiin de ? I ~ r i ~ z e i ,
tillia de J'rnncicco tlo Freitas rlc 31ari.nllifi~q,j5 defiiril~~,
e ( l i * siia miillier I i . C i i ~ t ~ t lde
i i ~l l o i i ~ z i . k ,niciradores n'e>w
f ' r ~ m i ~ z((Ieí n I'arip~1. ( I ~ i r t t r j oJlt Irtiior P t ) , - c , r n .

Fraiicisco Jlarhxdo P e p n h a , natiirnl de LíshU:~,


pasqoii n I'arnamhiicn no tptnpo tln.: giiprras (70s nlan-
tlezes, fni sarpcntn-miir rle inf;iritni.in, n i ~ s t r crlr canipn,
t ~ n ~ n t e - ~ ~ nP C~~rZ nO IlI ,em I'crnnml,iiro rnm P. ,\lar-i8
í+omer ('nrriuiro, nntiirnl rle Olinrln ; Fllix d~ Rentc, Cnr-
n ~ i r nile i'nnrnc, natnrnl dn c i t l ~ d e c10 I?ii.to, e cle si18
miillier 1 1 a r ~ ~ r i f;oinrs.
dn iiat tirnl dp Olinda ; P era o
ta1 Franriscn Jlxchsrln Ppcaiilin, fillin (11- .To;io Z1ac.liridn
P ~ q n n h aP tle <liri, miillier ('ntliaririn dr LeFin, nator:les
ambos de Lisboa. Do sobredito Francisco Machado Pe-
.
çanha * e de sua mulher D Maria Qomes foram filhos :
1. O padre JozB Machado Peçanha, &valleiro do
habito, vigario encomendado de Nossa Senhora d'Ajuda
da freguezia de Jaguaripe, e depois colado na freguezia
de Passé, e vizitbdor dos sertões debaixo.
2. Antonio Machado Peçanha, ca~alleirodo habito
de Christo, capitáo de infantaria, e tenente da sala.
3. Frei João de Santa Roza, religiozo franciscano.

Faleceu Francisco Macliado Peçanha a 52 de Maio de 1719;


sepiiltado eni S. Francisco.
CATALOGO GENEALOQICO 47 7

4. D . Jozefa Maria Pepnha, mulher de Manoel de


Brito, adiante.
A madre Margarida de S. Joz6, e a madre Ignacia
Francisca, religiozas no convento do Desterro.
Faleceu D. Maria Gomes Carneiro, mulher do mestre
de campo Francisco Machado Peçanha, a 26 de Abril de
1728, e foi sepultada no convento de S. Fraucisco. Diz
assim o assento dos obitos da se da Bahia.

BRITOS, MACHADOS, PEÇAKHAS


Jlanoel de Brito, filho de Pascoal Rodrigues de Brito,
familiar do santo-officio, e prnfesso na ordem de Christo,
natural de Viana, e de sua mulher Simoa de Brito, cazon
na Bahia com D . Jozefa Maria Peçanha, filha de Fran-
cisco Machado Peçanha, que já fica a fl. .., e de sua mulher
D. Maria Gomes, e teve filhos :
5. Antonio de Brito Machado Peçanha, que se
segue.
6. O padre Pasc lal Rodrigues de Brito, clerigo.
7. Frei Joáo da AssumpçBo, religiozo de S. Fran-
cisco.
8. Francisco Machado Peçanha, solteiro.
9. Felis Joz6 Machado Peçanha, solteiro.
10. O padre Ignacio de Brito, carmelita provincial.
11. Pedro de Brito, adiante.
12. Leonor Maria do Sacramento, e Maria Luiza
Bernarda, religiozar no convento do Desterro.
12. D. Aniia Francisca da Cruz, D. Thereza,
D. Margarida, recolhidas no mesmo convento.
13. D. Quiteria Maria do Sacramento, que,depois de
recolhida no Desterro, sahio e cazou com o alferes An-
tonio Lniz de Medeiros.
N . 11. Pedro de Brito, filho de Manoel de Brito e
de sua mulher D . Jozefa Maria Peçanha, cazon com
D. Jozefa Maria do Carmo, filha de Francisco de Souza
Santos e de sua mulher.
Anna, Maria, Leonor, Antonia, Anna, Bernarda.
Francisco, Manoel, Antonio.
478 REVISTh TRIMENBAL DO INSTITTTO BISTORICO

N. I . Antonio de Brito 1Zachnrlo Peqanha, I L L U ~ J


primeiro de JZnnoel de Brito e de siia mulher D. Jozefa
>faria Pttqanhn, 6 a,jiidant,e rle inf:j,n:ari:c, cnzndo r.om
L). F1oreni:itt Maria do O , ti11in cle Jo;ío JIenReq e de sua
mnlher D. Mariana; t ~ v eIillios, (!nas f ~ m e : t sgpmp:tq,e iim
mnm.

vioniz Gonçalves Varejgo, cnxoii com Irriria de tc aris,


na frep;uezia de PassB, e se diz, qrie era viiiva de zToão
i;onqnlvo< SZii Tlioiii4, homem preto. P teve sei1 e n ~ ~ n h o
data de diias le~iiasrle conipricto e meia iie Inr,rro, e teve
com filhos:
L . Andr6 Golias, que se segns .
I . I'eilro A1 vares, adiante.
:I. Frniicisco Alrare.: VwyiBo, ao tlep~is.
4 . I4nnqnlo de E'arrirt .
6 . Cathsrina de Faria, miilher de Fritncisco Ma-
chado .
6. Cecilia de Faria, mulher de Baltaz Bran-
dlo .
7. Sebast.isna de hzeredo, mnlller de a.Fon -
sem, que f;;r:i. iiiaritlo de Maria de Aviln.
N. 1 . hnilr6 (+alias, foi cazailo com Severinrr de
Barros, mulher parda, e teve filhos :
8. Anua de Azeredo, que se segue.
9. Gonçalo de Faria, cazado com Agaeda Pereira,
sem filhos.
10. Antonio de Faria Varejb, que cazou com
Apolonia tio Valle, sem fllhos .
11. Catharina de Faria, mulher de Francisco Pi.
nheiro Favaxo, pescador.
12. Andreza de Faria, adiante.
N. 8. D. Anua de Azeredo, filha de hndr6 Golias,
cazou com Andr6 Alvares, filho de Francisco Alvares
Varejilo, e teve filhos :
13. Joz6 Alvares, que se segue.
CATALOGO QENEALOGICO 47 9

14. Izabel, mulher de Manoel Carvalho.


E uma que faleceu pequena.
N. 13. Jozé Alvares, filho de Anna de Azeredo e
seu marido Andrb Alvares, cazou com Guiomar de Góes,
filha de Manoel de Carvalho e de sua mulher Joana de
Aguiar, e teve filhos :
15. Francisco Alvares.
16. Maria de Góes, mulher de Manoel Lourenço.
N. 12. Andreza de Faria, filha de Andrk Golias e
de sua mulher Severina de Barros, cazou com Manoel
Mendes, e teve filhos :
17. Estevão -da Silva, que cazou com Maria de Oli-
veira, e teve filhos : JozB e Perpetua.
18. Autonia de Azeredo, mulher de João Fernandes
Maia, e teve filhos . Lourenço, Ignacio, Anna, Bernarda
e Joana.
N. 2. Pedro Alvares de Faria, filho segundo de
Dioniz Gonçalves e de sua mulher Maria, cazou com
Maria de Araujo, e teve filhos :
. 19. Margarida de Araujo, que se segue.
20. Izabel de Araujo, que cazou com Sebastiiio de
líendonça Espiuola, no sertão.
N. 19. Margarida de Araujo, filha de Pedro Alvares
de Faria, n. 2, e de sua mulher Maria de Araujo, cazou
com Antonio Viegas a primeira vez, e teve filhos :
21. Barbara de Araujo, mulher de Joáo Lopes Tição.
Segunda vez cazou Margarida de Araqjo com Ma-
noel de Almeida, de quem teve :
22. Thomé de Araujo e Luiz Alvares, ambos sem
filhos.
N. 3. Francisco Alvares Varejão, filho terceiro de
Dioniz Gonçalves Varejso e de sua mulher Maria de
Faria, cazou com Anna de Aguiar, filha de Jeronimo de
Barros de Magalhfies, a 0. . ., n. 1, e teve filhos :
23. Naria de Azeredo, mulher de Pedro Pereira da
Silva.
24. Micia Lobo, que náo cazou, sem filhos.
25. Izabel de Faria, mulher de Ignacio, que se
segue.
480 REVlST.4 TRIMRNSAL DO INSTITCTTO HIÇTORICO

26. Jeronima de Barros. que n5o cazoii, t,eve has-


tarda IaabcI tle Ilarros.
2 7 . AndrB Alrnres,qtie cazoii com A i .ze\-edo,
Rlhn de Aiirl r+ Golins.
28. Francisco Alvares, e Joann d e r'arin, sem
filhos.
S. 2.7. Maria de Azevedo, filhrr de Francisco Alrn-
res VnrejSo, n. 3 , cxzoit com Pedro Pereira da Silva,
foi par3 o sertRo, e tcve filhos :
29. C~stn[liirrle Barros T~ol~o, que se segue.
S . 29. C i i s t n d i ~rle Barros T~oho,fillia cle 3 T ~ r i ade
Azevedo, acima, cnzoii no sertari com Antriiiio Percirn
Pinto, e tere tillios :
30. Francisco Pereira de BRrros, t-ltlf! C ~ Z O I I rnni
Ilpolnnia Sonr~s, ritira de Jozi' Corri.:i. Sirnenes, ( 1 ~
qnein t.cre iini fillio: Dinnix Cni.ri
N. 25. lzxI)(?l de F ; ~ r i i ~fi , Franci~c~oAlr-cls
ParqiZo, 11. 3, CRZOII com Ignn. ~Iirand:~,homem
liiimilde, e tere fillios :
3 1 . Ignii.~iode Jlirttndn, qii e não CRZ O ~ I , e t e r e bar-
tnrdns : >Tn.rinel P T~eonnr.
32. .Toiio de Jinrrns,qiie nAt1 c;1.zou,e! t.eve 1)nstarilns:
Ignacio e Leonor; c;i.zou depois coni Aliseia 'ilartins, filliri
de Prtlrn T'elnxo .
3 3 . Ignez Lobo, rniilher rle SCII primo Atnnaziii tlr
i e J?arros, n R . . .
Barros Lolin, lillio de F ~ l i p ~de
34. Jeronimn de .R:trrrrs, que nKo cazon, teve \ias-
trçrtltl : Ixahel de Barrns.
35. AnrirP, Alvares,que cszoti com Anua de Azevedo.
36. Antonin de hzareclo, mulher de JoSo Batista
Serafim.
3 7 . Sebastirtna de Azevedo, mulher de Antonio
Seradm.
Jogo Gonçalves São ThomB, homem preto, como 0ca
.
na 0 . . retro, foi cazado com Maria de Faria, e teve um
engenho com data de uma legua de comprido e meia de
largo no rio, que fica na mat.riz de Passé para a parte
do poente, e de sua mulher, que dizem era branca, teve
filha :
Catharina, batizada a 6 de Fevereiro de 1571.
CATALOGO ~ E N B A L O G I ~ C O 481
BASPAR PEREIRA, O VELHO, E D. ANGELA
DE MENELE, SEGUNDA MULHER.
Filho Filha
Matheiis Pereira de Menezes f D. Custodia de llenezes, cazada
sua mulher D. Izabet de Almeida. coin Francisco de Freitas de Maga-
filha esta de Gasprr de Freilas, que Ihses, filhoda Gaspar de Freitas de
vai em frente, e cazado com D. Cus- Magalliàes, provedor que foi da
todia, e teve filha. allandega da Rahia, e hdalgo da caza
de Sua Magestade, e de sua mulher
D. Policena de Souza de Beten-
court, íillia de Francisco Alvares
Ferreira de Betencoiirt, natural da
ilha da liadeira, fidalgo da caza de
Sua Magestade. e professo na ordem
de ,lhristo, teve filha.
Neta Nela
D. Angela de Menezes, niulher do D. Angela de Menezes, que foi
sargento-maior Marcos de Beten- cazada corii Balhzar de Barbuda,
court, olho de Andre Cavallo de Car- e teve liiho.
valho e de sua iiiulher D. Marga-
rida Giriio, filha de Fraiicisco Lopes
Girào e de sua inulher D. Maria
lbrrea, e teve filha.
Bisneto
Bisneta Joze Telles de Barbuda, qiie cazon
D. Antonia de Menezeu,mulher do corn D,. Izabel Coutinlio, filha de
dezembargador Joào Alviireu de Vau- Sabast15o P3m de Azevedo e de sua
concellos,fillindeYetheusdeAguiar iiiulher segunda D. Maria de La-
d'bltro r de sua niulher D. Maria de cerda de Goes, lilha de João Rarboza
Viisconcellos, Hlha de Bartolomeu Coutiiilio e de sua uiulher I). Fran-
de Vascoricellos e de sua iiiulher cisca da Fonseca de Goes. natural
D. Luiza Pacheco, e teve filha. do Cairu, e teve filha.
Teroeira nela Terceira nela
D. Angela de Menezfs de Aguiar, D. Elena, ue cazou com Doniin-
que cazou coiii o capitio-ni0r Luiz posBarbozaaa Franca, filho teLuiz
darneiro de Menezes, lilho de An- Paes Floriario c' de sua mulher
tonio Carneiro da Rocha e de sua D.Clara daFrancn,filhade Domingos
mulher D. lgnacia de Yenezes Barboza de Araujo e de sua mulher
Castro, filha de Francisco de Bree D . Gracia da FraiicaCOrte-Heal, com
da Cosia Doria, fidalgo de Sua Ma- filhos.
gatade, que foi degolado em estatua
na Bahia pela morte ue fez A sua
mulher D. bnna de qdenezes Cas-
tro, Blha de Rui Dias, e teve filha.
Quinta neto Quartos netos
D. Luiza Arcangela de Menezes, O padre Jozk Barboza da Franca,
inulher do sargento-m6r Antonio o capitão Luiz Paes Floriano, o a-
Iozbde Souza Portugal, fllho doco- dre Manoel Paes, D. Clara, moiger
ronel lanoel Domin ues Portugal de João de Betencourt, e depois
e de sua segunda mufher D. Jozefa de Domingos Simbes, D. Leonor
Maria de Moniz Glrão. mulher do ca i-m6r João Tei-
mira de Yenionça.
61 r. I. VOL. m.
482 REVISTA TRIMCNSAL DO 1NS'MTCiTO I~ISTORICO

Jeiqonimo (1e Albiiqiierqne, iistiiral de Serenha~n,


Pernarnbuco.
Pai111sde Ririto de Vera, morndora no Ck~ho,de Per-
nambnc~. n
Dispensado!3 no quar nixto conn o tercairo de
conssnguinidnde por sent cnhido (1s. Bahia em sede
vacante, dada n. I. de Set e 1~70.
Porqiir! os orriciores sao prtrent,es no terceiro e qnart,o
grAo de consangiiiniùade por ser ella a rlit,a depoente
Paiila de Rritn, fillin rle Faiistinrr de Brito, a qual foi
filha de Gregnrio Soares Yierns, fi este foi filho de Frnn-
eixo Alvares Tiega5,ri quzl foi p ~ ilc i C ~ t h a r i n aAlrares,
e esta foi mlíi de D. Mariri, So:ir~s,e est,s foi mAi de S:il-
vador de 11~110,e este foi pai de Jeronimn de ~Ill~tiq~ierqne,
íirailor, por onde ?e most,ra ser pnrcn!e iio terceiro e
qnart.o grAo de consangninirlnde por ser n dit,o Franciscn
Alvares Tieges o tronco, donde nasceram n avi? pririieirn
+;
tl'ella orrtdnrn,e segu-rintlo TA cl'e,lle orarlor. a,icsim mais
qire entr,e e l l ~ nssiin
s pela p ~ r ttl'ella
. ~ oradt)ra,COI110 d'elle
rirmlor htavia cast.n de neofit.os da Indin p nr s e r mi rley-
- ..
cenílen t i.s tle Tiolnnte Soares, a qiral foi rrinlher 1 e$imo
(i- r raiicisco Alvnres \'iegas, onilc prncerim as riipsmns
~

linhas, acima tieclarad~a,e nsliim t.amheni pela parte tle.


seu pai (I'ella oratlor:~,dica ser n ~ t i de l Tlarin da Veica,
m,qi ilo dito seti pai Sirn5.o da T+rrns, a qiinl h r i a -(IR
Yeig;t era fillis dc uma miillier da Indin, ctrjo nome ~ t ?
nAo lembra, et,c.
FRANCISCO ALVARES VIEEAS
lViolnnteSoar--
Filha o
Caltiarina A I i;ir?a V l e p s . - Irn 'P Vi~~a4.
1" !
Filfia Filha
D. Maria Soares - 2. gr. -Fauslina de Brilo
Simão de Vera
Filha Filha
Salvadora de Mel10 - 3" gr. - Paula de Brito
D. Maria Lins. Oradora.
Filho
-
Jeronimo de AlbUqUerqUe 4. gr. mixto e m o 3 O .
Se ue um quadro genealogico, que daremos em outro volume.
este qua!m incompleto consiste em mera nomenclatura. mostrando a
deswndeiicia de Prancisco Alvares Viegas, de que aqui se trata.
(Nota da Redacpio).
FIALHOS

&a descendencia tirada da Torre que dizem do Tombdc

No tempo de No6, depois do diluvio, nasceo Linho


Gonçalves, fiiho de Linhaça Rodrigues e de Torra0 Men-
des, e tiveram muito herdamento, principalmente em
Monte-m6r, o velho. Este Linho Gonçalves cazou com
Roca Esteves, que herdou o morgado de seus irmáos Fuzo
Pires e D. Estriga, e d'esse matrimonio nasceu D. Fio,
senhor de Linhares, que correu as sete partes do mundo.
Esse D. Fio cazou com D. Massaroca Delgada, que de-
pois se ajunt,ou com D. Sarilho, e tiveram lima filha por
nome D. Linha, comadre e grande amiga de D. Agulha,
de que náo houve geraçáo.
D . Sarilho dos Xatos de Obidos cazou com D . Dou-
badora, e tiveram a extremada Meada, que jh n'aquelle
tempo teve grandes herdamentos, e nome na corte, e foi
cazada com D. Novelo, de quem houve uma filha por
nome Canella Dias, contra Urdedura Vaz, senhora de
Sarnaxe, esta Canella Dias e Urdedura Vaz herdaram a
caza de seus pais D. Nove110 e D. Meada, e cazaram com
o gigante D. Tear, senhor da ilha da Madeira, de quem
houveram D . T6a, o principe D . Lançol, e a infanta
D. Camiza, senhora de Mijãofrio, que morreu sem
geração.
Procede d'este D. Lançol Caçole, que antes do desco-
brimento da India houve muitas terras, principalmente as
da Feira, e cazou entre Douro e Minho com a infanta D.
Estopa, sua parenta, a mais grossa senhora d'aquellas
partes, e houve o valerozo cavalleiro D. Canhamaço, e
teve mais herdamentos entre forros e outros morgados, e
dizem alguns, que teve uma filha por nome D. Fralda,
que houve de D. Lona, senhora dos estados de Flandres,
* Esta gen~aloginfahuloza dos Fiallios p a r m aqui enscridr wmo
critica jocoza do autor aos aii~antesde origens obscuras dadas as fami-
lias, que julgaiii-se enobrecidas, quando buscaiii eni teiiips reinatos o
principio da sua prozapia.
(Nota da Redaqdo).
Ii~rdados de s ~ utio D Barbante, marido D . Giiitn
Fiallia, e tiveram o princip~ D . nriin, qiie caznii na
Inilia com D, Eruqalx, P poi. morte de si13 ti:? D. Csto-
ne.1 Iirrilori n caza I ~ D. P L ; ~ m b ~ el , cl'elle nascen Es-
~ 1 l i 5 0 [)I
, ia{ln. pn intxlcii- a i . p i t ~
;int~p:r~\: I Vra~iq 1. 1ii.ctanii.z. t>
11'~lI:ih{) , pnr alci olire, i & :i P.
NatiLil, ;.cnitaos.
T.:,tp T I . 1ill:lnl C ~ CCJ ~~ Ocni P<tIados, LI por
zn~ori?si:o~n J j . ( )l:~!~fl;r, :iiiilles.;n ~ I P I<'l,*n eixnii
por iinivi~r~:ilI i c l i i l t7 ;' l i l 3 l j . (::tiliilir:ii, i 1 iliia1 rnrnn pr:i
aniadu r I Ir t iidsr ( (la~tc~ll:i. CIIIII ;i. in tnnt:t
D. i tniii;i n I;r.ici T ~ic'ipr ( 1 1:retnnli:i.
~ (li.
cqi;i nri.f <-LU s;lIle . C:111111raiiIi*ixij~ifl,~liq
fillii)s 11:1<, ,ti I ). C.1~1~t~iiiiirn. I ? c i l ~n~.t
q i i i - , 1-

E-tp C',inc~iliiiincnzciii 11 L Ini1i:i cniii L).Volan. a q i i m


1 I co~iliermnmais lieril:~nienlii*. Jíerrlnn n I). .%lcntif<>,
sria tia, r l i i c ~~cilillinn :i 77. F<ofilt.i, cazoii n'nqiii~llas
Itsrtc.: coitn :t r,zirilin ri. Se nntcq rltl
t i ver;tni 11im Iilfin por nomc ririi, qlip
r'.SXR, i? 111?1?1 fill13 I b. C q x , Til !IfI 11
ri-.
ti.ii~e i:~~rlni.iiiiconsprvilii a cnzn clr 5t.11 r,.., .
C tilli?, rn~ n e cl'rll iin-
I , qiie sei Rnt iir:i.; 111, P
i1 cii~li r). I-oin qiic san-
nipnre, r ii ~ i i ci i w v ~tliiis 11iricii;, u . Trapli P v . r ,irr:iplb.
hnmrin de ~tra1vIrnnimo, e qoffredor d~ tr:thallios. qiie pnr
sua> cnvnllaria.;, depois iie riiivo, foi grarn-riie\tr~ cin
hospital de Rodes.
Teve de uma donzela duas filhas bastardas, uma D.
Torcida, senhora do lagares de Thomar, e D. Isca, se-
nhora da Pederneira, mulher de D. Funil, de quem
nasceo D. Lume e D. Torcida, por ser mais velha, cazon
em França com um senhor de Cadilhos, filliode D. Chaga,
e tiveram um fillio por nome D. Fialho, donde vêm e
procedem os d'este ap pellido n'este reino, chamados Fia-
lhos, como se ver& pelo livro das geraçóes da Torre do
Tombo.
INDICE
DAS

Familias de que trata este catalogo

Achiolisem Pernambiico ................................


Adornos ...............................................
v i a r Daltro..........................................
&ma Cordeiros e Dt.lgados .............................
Albuquerqurs em Pernambuco ...........................
Albuquerque Miiranhão . Sua ascendeiicia................
Albnquerques na Bah ia .................................
Almeidas e Botelhos ....................................
Alomba ...............................................
Alvare~.Fernnndes e Rego ..............................
.
Amorim Rarboza ......................................
Araiijo e Azevedo ......................................
Araujos e Barbozns .....................................
Araujo Barboza ........................................
Araujo e Velho .......................................
Argoloe...............................................
Argolos e Moreiras .....................................
Argolo Ribeiro ................... ;....................
..........................................
Avilas e Dias
Azevedos.............................................
Azeverlos Barros na Rxhia ...............................
Azevedos Pses .........................................

Baiào................................................ 425
Barbalhos ............................................. 310
Barbalhos Bezerras ..................................... 31
Barbudas............................................ 127
Barretos Monizes...................................... 144
Barros da Franca......................................
.............................. 337
Barros da ilha da Madeira
244
.-
Darma e norgea..
R~rront i M:rgnlhiIes
..
32iirror Lina .......
JIuiroa Lobo e VcIh,...........................-......
I%t.trncourtdo Sh..
Ilt,zrrr:w com Y n r ~ i
......... .........
..........
I(~~t?rrml ..
LR outros ..........
niciido............................................
EolrGea .,
Ilurgre dc
~ ~ ~ ! t ? l ~ l ~ b ,
I4rfi.....
I3r:ivo.. ..............................................
J3rrrnrl:kn do Igiinpi
]<rito CRB
Hritnr c I
nritoq P r i . .- . - - - - - -- - - - - - - - - - -
.....................
Iiri tibn Mncbndos Pcçnnhna
.- ..- - .
I~iirgos........................................

Culrnnco...........
C~It~iÜavt Bnhin..
nn
.........
Cattiiirirn. ,
Cntnpcloa ......................................... .
....
.......
C:~r:tri~~riir.
Ruhii
C:irnrniirii~tia
Ciirnviro~Roch:is .
I:urvnlhoq I'inhriro ..........
CR-trilo 1Ir:aiicnc Uiihilri,
.....................
..............................
Cxva1c:intc~Albuqutirqiiea na Bshin.. ...................
C'ac~ilcnnteariii Pt~rriainbuco..
C'i~r,ilrantrsn i Rnhia,.
..........................
................................
Cnv-illm c Cnrr,slho.. .................................
Corlbor e C a w ~ l h o s . ..................................
Cordeiro3 Aircs .......................................
..................... ;..................
CorrCnsile S i .
....................................
Currci;is de 5oure..
C~lstaa................................................
Couros e Carneiros.. ...................................
Cunha Severim ........................................

Daltro e Aguiar..
Deça Barbozae
......................................
........................................ 248
337
INDICE 487

Peixotos Barreto.................................
................................... 331
r
.
Z + e n b ~e0à.A
Deipdoe. Aires Cordeiro0
Donm
............................. 364
................................................ 265
Domondo ............................................. 395

Eç.e noa nbeoe e Rahia ................................


.....................................
3a
&pinha com E p s 322

Faldo................................................
........................................
Feio e Ferreira
.......................................
Fero e Carvalho
Fmandes e Nunes .....................................
Fernendes Regos com Nunes ............................
......................................
. Ferreiras e Souzas
Foncema do Caboto.....................................
.....................................
Florianos e Flori&
....................................
Freitas e MagalhHee
Fnrtado, Mendonça e Deçaa.............................

Oucias de Meiio .......................................


G r ã o ou (firòee........................................
a o e s ..................................................
Chea de Matuim e Cotegipe.............................
Ooes Fonseca e Saraiva .................................
Goes e Siqueira ........................................
Gomes Franca Ferrão e Cnetello.Braneo ..................
Gomes de Lamego......................................
Oomea e Mel10 .........................................
h e a e Victoria .......................................

Leal................................................. 26ô
Limas e Vieira........................................ 467
Line.................................................. 28
Li- em Peroambuco ................................... 29
INDTCE

Mach~10~ Palhnree .....................................


3Inrhndo~Vcltio~. .........
bl~cit-1P SA ....... .........
illrriniias Felc5n c .........
318, rrims do Snrorr .........
blonizra I ~ R T ~ P ~ U R ......................................
3l(iiiises ilo Soi.iirro e Fiurse ............................
l l o n t r i r a 3 .............................................

Negreiro nos
Siinna e - ............................................ 2TlR

Olantlns Rsrros e 1 .'.


(-1lnnd:is c Earrov .. ....................
...................
.. 32
31
Olniirlns c \ - a ~ c n n i ~ '
Oli irira, C~rrallis
,
srnsmhuco ...........
.....
e \'.rr;concc.lloe.
. ?r>
1.Qs
Olivn t! I7reit~\s ................................. . 191;

Pseii e Azevedo
Paea e Azevedo8
........................................
.........................................
Palha .................................................
Paredee na Bahia ......................................
Psrui. Brito e Lobo ....................................
Pedrozo, Goee e Siqueira ................................
Peixotoe Viegss ........................................
Perada ...............................................
Pereirae ..............................................
Pereira Coutinho .......................................
Pereira do Lago ........................................
Pereiras de Paripe .....................................
Pereiras e Sotarea de Paripe ..... ........................
;
INDICE 489

Pimentel ..............................................106
Pinhos e Moreirn ....................................... 319
Pita ................................................... 56

Queiroz ............................................... 450

Ravrsco ............................................... 261


Rocha Pita ............................................. 82
Bocbrr S4, Youto-maior ................................. 384
Rodriguee e Arsujo ..................................... 425
Roline e Moura em Pernambuco .......................... 24

SB Machsdoe .......................................... 378


Silvas Pimenteis ........................................ 106
Sanchee de1 Poço ...................................... 404
SodrBs na Bahin ....................................... 332
Soueas de Andrade ..................................... 281
Sutil Siqueira ......................................... 407

Teixeirn de Mendonça .................................. 239


.................................................
Telleri 174
................................................
Torrea 202
Trioxão e Cunha...................................... 379

Ulhda................................................. 160
.................................
Unhão. Castello Branco 342

Vargas Piasarroa ....................................... 341


VarejZo e Fariae de Pars6 ............................... 478
V4r Corrér ............................................ 238
VBs Serrare ........................................... 459
Vasconcelloa .......................................... 186
Villrs-bòar ............................................ 355

62 P . L VOL . LII
NOTA A DITIVA

CATALOGO GENEALOGICO*

1650. D. Joilo etc., Faço saber aos que esta minha


carta virem, que tendo consideraçilo do cuidado e zelo com
que o padre Antonio Vieira, da companhia de Jezns,e meu
pregador, se empregou sempre nas couzas de meu ser-
viço, do que por varias vezes foi encarregado, e a satis-
fa@o que em todas as occazióes deu do que se lhe encar-
regou, e assim a vontade com que de prezente se dispoz
para me servir na jornada, a que ora A enviado, hei por
bem de fazer mercê a seu irmilo Rernardo Vieira Ravasco,
que sirva sem limitaqão de tempo o cargo de secretario
de estado do Brazil, de que é provido por trez annos, e
que seja tambem das materias do estado e guerra do
Brazil ;e esta mercê lhe faço alem de outras que pelos
mesmos respeitos lhe fiz, com o qual cargo haver8 o
mesmo ordenado etc ., 7 de Março de 1650. (Extrahido de
cópia moderna existente na bibliotheca nacional do Rio
de Janeiro).

* Parecco-nos ntil adicionar aqui as segnintes pews relativas


lamilia do padre Antonio Vieira, de quem se trata no Catalago Gene-
alogico.
(~Yotada Redacçiio).
1676 . ;I/iinrri dc S . , i / f ~ t n porq?rr. , / I I :
rtirrc; n 13tv.nnr-do Tricií.n Rnr-nsrn, p t r jlnr ~ 1 1
mnrlc yoswz noawnr o qfficio (It] rccrrlrl ) . i r ) <li*
iosfndo p t n srit +fillioGonrlrln Rrit*qcro C'nr-n/,-nnIr3,
prrr q i i e o siri-n ,CI!CI r-ldn.

Eu 41 principe como rçlgent rnadnr dos r ~ i n n s


de Pnrtjiteal L21rarvcs: Fnco 1s qiie ~ q t pRIPII
alvarh ~ iem, i qiic, tendo r ~ y w i t ono qiic se i i i ~rpprpzen-
toii por parte ~ l cRernarcln \'ieira Rnrascn, fitlnlzo (lp
minha cazn, slcaide-mGi. dn citlsdc rlc C:il)n-frio, P spcrc-
tari41 de e*tadn tio Rrnzil em rnz50 dos serricos qiic me
t ~ m feito por espsqn rlr 14 xniiris n a i ruerrns i10 iii~snin
pstxrlo em [ir,sqn clc soltlnilo. alfgrr* e cnpitíio de infan-
taria, nrharirln-se no s i t i o qiie n Contle (111 Sassari p í ~ zr"
c i d a d ~41% T!aliin, de q i i ~snliin feritio tle itiiiii alcwn7i t e
depois sc RCIIR~ e aiT~receii,qnnii~loo KP-
nem1 Srqisrniii ir lia ilhx (te T:ip,.trica,
paqsando c.nm 1 i;% vida por inrio (Ir nina
grande ternpe~~acie em iirntt :i c1it.a ilha pnr nciiílir n
iimti raza f i r t ~ dx, qiinl com a sitn conipsnliiz. fez ílt-a-
11?jaro inimirn, ~clinntln-setnmli~meni to<las as entra-
da- qnt. ns ( llanrlcz~sfiz~rarii lirln reconc,:i\-o rl'arlii~lla
ciila{Ir n qn~iiuar os ~ n g ~ n h n ~irocetl~iirlo
s, em tiitln rnni
miiitn sitticfaç;io, e coiii iziinl prcic~~liniento S P h a r ~ tain-
r
Iipm ria ucciipii$i~do rtiryii d~ s e r r ~ t n r id'~qiielte
i~ ~stncio.
eu1 qrie continiia,lia rintr n cinco :iiirios, serido c.i.e:idii rni
ciiia pssoa, ordcnnntln P dando-lhe a ftirni;~qiie 11
a qnal nno Iirtvjrt atP aqttelle tempo por s e r r i ~ e m4
tsrios pessoas da obrígaqiio dos qovprn~tlnres,co
des confiizfies com qrte R ; partes p ~ { l ~ c i a ~ma n t l tlctri- e
mento, e os gorerni~doresinilitn fnltn das iioticia. e jnfor-
mriqfien neresrarias, rediizinrlo t n d n :ib;la fiirmrr coni siia
intelligencia e bom expediente ; e tendo tambem consi-
deração a o bom procedimento d e Manoel Alvares Deos-
dar&,qiie com tanto zelo e dispendio de siia fazenda serviu
nas guerras d e Pernambuco, e nos serviços do doutor
Simão Alvares de l a Penha e d e Christovão Vieira Ravas-
co, filho do dito Bernardo Vieira, que faleceu em meu
serviço, sendo capitáo d e infantaria e juntamente aos do
padre Antonio Vieira, que por muitas vezes passou a
França, Olanda e a Roma a negocios de muita importan-
cia tocantes a meu serviço ; e viste tudo o que fica refe-
rido, e o dito Bernardo Vieira se achar entrado na idade
e com axaques, e seu fillio Gonçalo Ravasco Cavalcante
haver tambem servido na p r q a da Bahia de soldado e
capitão de infantaria com bom procedimento e assistir na
secretaria nas occaziões de impedimento do dito seu pai
com muita intelligencia nos negocios dlella,em satisfação
de todo o referido, hei por bem fazer meicê ao dito Ber-
nardo Vieira Ravasco de lhe conceder licença para que
por sua morte possa nomear o dito officio de secretario do
dito estado do Brazil ein seu filho Gonçalo Ravrrsco, para
que o sirva em sua vida sómeiite assim e da maneira que
o faz o dito seu pai.
Pelo que mando ao prezidente e conselheiros do meu
conselho ultrauiarino,que aprezentando-lhe o dito Gonçalo
Ravasco inst.rumento justificado, porque conste nomear
n'elle o dito Bernardo Vieira o officio de secretario do
estado do Brazil, lhe façam passar carta em fórma d'elle,
para o servir em sua vida sómente, como fica referido,
na qual carta se trasladará este alvartí, que quero
se cumpra muito inteiramente como n'elle se contem
e que valha como carta sem embargo da Ordenaçilo do
livro 2". tit. 40 em contrario, e pagou de novo direito
cincoenta mil reis, que se cai regaram ao thezoureiro Jogo
de Freitas de Almeida, a folhas 7 verso, e se passou por
duas vias. Pas~oalde Azevedo o 02 em Lisboa a 13 de
Juiho de 1676. O secretario, híanoel Barreto de Sampaio
o 0z escrever. PRINCIPE . Conde de ITal de Reis, prezi-
dente.
(Extrahido de um dos livros manuscriptos da the-
zouraria geral da Bahia) .
494 REVISTA TRlllENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

,41iar/I porqiw Sttn ,lfnq~stndcfez ?wcrr; n


Rmt inrdo r w i r n Rni~nsrn, ~ ~ ~ r t ~tlr t n~stnrio
r i ~
rio BI.nril, 9 1 0 rnín qria cllrl .frilfrir r ,fiqu(l .ctwu
*fillto f7onyrilo Rgi~n.vco &vn/rn?ztr conti~trrctnrlo
nn dito olficii) ptnqunn if o SP ( f t v n ~ n d n~ ~ ~ r a r t n r
? i ' c l / ~: cmtt d rcln rnçrTc) ptt7~ w i ol,nqndn i rlc,~o?s
r10 f n l e r ? m r t i t ln rlo d i t o S P ~ Ipni n n ~ n ? i ( ? r i ao
- .
rrino cm trrmo d r r/otQ n717toq n tirnr c w t n r!.
r

prnprà~dnd~.
Eii el-rei faqo saber aos que este meualvnr!t rirem,
que t~n(10r e s p r i t ~a haver coiicediilo a Gernnrdo Ticirs
Itarasco, tiilalzn iln ininlin i-,z zn, licenir;;\ par" por siin
morte poder noiii~arO officio 3 secrotn rio cle estado d o
Brazil, 110 qiie 6 prnprietniio, (im seti f i 1110 c :onqali, Ra.
v~cscoC;ivnli*nnti, para que n sirva piii sli:~\'i113 s í ~ t t l e i i t ~ , ~ :
qiie o dito seli ftlho o prisqa esercitai. nns sei14 iiiipcili-
mentos e nqsistii. coiii rlle IIO ~ s ~ i e i l i r n11%t e s~cret,:lri:t,e
oro SP me r~nrezeiit:ir por parto ( I r ) (lito Bcriiu'tlo \'ic.irn
Rarasco ncliar.->einiiitc~~-ellio, :ix:iqii~~, pobre
P conl cliviíl:~~, 1 e recear qiie f.ileçi i t 1 ~o ,rrovel-~i:~~lor
geral prover RO SPII dito til1 lrvrntin c10 iiiti,
rif'lirin v ~ i ~ q r i ~tot rse
i n:io cnrartnr, u (lua iri cle gr:iriile
t!aninn a siia cnza e fiizcncla. Tciido a t ~ i t l ucnn<iil(trni;;ii)
e ao liem q u ~ o! dito I<r.i.nr~rcictTirira R.tv:isro me t ~ i i i
serviilo no ex~rciciorio {lito officii, ;L t:tli tos :~nilr)q,c o
dito sen iillio Goiiqnlo ];a\-nsi 11,:intp ser mais
c:tpsz de lho siicedcr n'elle, Iiei fazw-lhe mrrcb,
que no czzo d'elle Ilie fiiltar fiqiii qrii fillro Gonplo
3:av~lscoCnv;tlcnnte continunnrlr,no cilto ofticio e einqiiniito
SF!manda encart-ar n'elle ; corii c1rcl:rrn~;io que s e r i ohri-
gado depois (10 fclI~cimeiitodo dito seu pae :L maniiar ao
I pino rm termo de tlois antios a tirar carta da propricdntle.
Pelo q i i ~ninii(1o níi nieii ~ n v ~ r i i n ~cl c,zpir%o
nr gera1
do estado iIo Braxil cumpra r giiarilt: este alvari a seu
tempo, e o faça cumprir e guardar inteiramente como
n'elle se contkm sem diivida alguma, o qual valer& como
carta sem embargo da Otd. do liv. 2 .O tit. 40 em
contrario ; e se passou por duas vias e pagou de novo
direito reis 540, qae se carregaram ao thezoureiro João
Ribeiro Cabra1 a fl. . ., cujo conhecimento em fórma se
registrou no registro geral a fl... Manoel Gomes da Silva
o fez em Lisbaa a 1 8 de Janeiro de 1696. O secretario
André Lopesde Lavre o fiz escrever. Rei. Conde d' Alvor.
Gonçalo Ravasco teve carta de propriedade de
Sua Magestade de 28 de Janeiro de 1700, como se
declara nos dizeres finaes d'este documento.
(Extr. da copia do livro 2." do RegZsto deprovit6~a
reaes de 1693 a 1699, pertencente a thezonraria geral
de fazenda da Bahia.)

Christovão Vieira Ravasco, pai do padre Antonio Vieira


e Bemardo Vzeira Ravasco
Sr.-Diz Christovão Vieira Ravasco, que por man-
dado executivo do provedor-m6r da fazenda real d'este
estado se fez penhora em umas cazas, em que elle suppli-
cante vive, e em outras mais d'elle supplicante e senhor,
para pagamento de um conto e tantos mil reis, que se
diz dever elle supplicante do recebimento que sobre elle
carregou dos direitos dos quatro vintens por caixa de as-
sncar,que se pagam n'esta cidade;e porque a s ditas caixas
&o o total remedio d'elle supplicante e de sua familia por-
n h ter outros em que poder viver, nem outros bens alguns
de que sustentar-se. E fica elle supplicante, arrematando
as ditas cazas, perdido de todo. E aventar donde puder
recolher-se com sua familia, sendo um homem de 97 annos,
entrevado em uma cama; e a fazenda real põde mni
bem pagar-se da dita quantia no ordenado vencido do
mesmo officio, que elle supplicante serve, e a mais de trez
annos que esta faz cobrar e em os bens que no Recife de
Pernambuco estam depozitados na mão de Gonçalo Mon-
teiro da Silva, que ficaram por morte do Dr. Sim80 Ai-
vares de la Penha, que pertencem a elle snpplicante por
sentença que passou em couza jnlgada, contra a qual n8o
ha p a ~ t ealguma que se opponha, a cujo respeito sem ne-
nhuma difficuldade se p6de fazer a cobrança do dito di-
nheiro, que excede A quantia de qiie elle supplicante 6 de-
vedor, em uma e outra couza elle supplicante offerece
para pagamento d'ella a quantia que na mesma fazenda
real d'esta cidade está devendo a D. Maria de Azevedo,sua
4% RETIST.4 TRIMENSAL DO INRTITETO IIISTORICO

tilha. a qiial, por fazer b6n ohr8 a elle snpplicante e se


compadecer do Idamnci q 118 (ta (1ita eexciuqáo Ilie reziil t n,
esth prestes p~trx fazer totios O s t.ernlo:I TIPCPSSR rio.; t.m
iliie ha por Iiein , qiie..ns . dita su:i ctivitln..!se..caçt :i iie nti: 3
c~nci~rl'ente, qIlltnt.lrl&ileo Ilahanientn (1 rlle siijrplic,znte,
esta t l i ~ i i l aesth 1iqnirl:i e iiinii(ln(1a pagar cniii n i ~ n ~ l n ~ l o
cnrrpnte por F ) ~ I ) T ~ ile z ; ~S.~ I17s. P ~ d n c S. Ex.. (liir, 11.1-
vendo respeito a tciilo o referido, Ilie f ~ ç nmerrt,. qne o
ilito prol- dor miir d aa f,~zciiilo r ~ d arvitc eni lincrn-
mcnto tlo qiie cinnstnr, (1uc n siipplicnntc t l r ~ ~ef?c.!:os
{?os
-obr~ditns; o q I I C inais Iiitil f i r parn n fwrniln real, P \e
n5,n prncedrr ii:r. ,.--,...,. i n (litnq C ~ X fic:inilo
c x t - ~ . ~ ~ , , ;da4 ~ S , clias
rlrl)nixn iln mesma ppnlinr,r.oliri~:iiln4a0 paz:1111~nt O (l'plle
s i l ~ ~ p l i i : ~PIU
~ i tCRZO
~ , qiie nr: sol~i'c~litos cftritoa. rlite ellr
nom~fii,n;io tciiIin,m cftirrtira ccilir;tiicn ; c7cim o qtic' ti rn. n
fai~nclnreal qcnilir~sp: tn prt~juizo;tl~iini. T;: r P -
re11er;i mei.i>C. Slil.i.tnr 1 J'fl ? * ( Iq t w .

Sno traz cT:itri, ; mas o p~irneiro il~spnxnc10 gorrr-


iindnr K P Y ~ I V n n d ~ilc Libido.;. a qiirm 6 rliririr1:i pcta pp-
tirXri, foi Inn~nilon 2 0 ( 1 hliril
~ rle I (;(i(. Arliii-';c intcrc.31-
Infla nn lir(ivi75(~ iIn i-efi?ri?i)~ i i r ~ r n n i l n(13r t ;ida d a ]:ri 11ia
%i;rlr 1ilnin IIP 11;(;7: pnr:io jlrnr-ediir tíe 1'~rn~rnIriico pi,r
~ r arri:
n .rxd%~'ion i hcn.;, qiie ficnrai!i r10 clniitnr -Sinian -
.liv:irei de Ia I'enliapc?los!iar~rnci~ri~arlo
Chriitn\-,io\.ic.irn
I<avrtsco, para ~ingament~o i10 qne (leve d f'azclntlnI real. -
(Extmhido de c6pia do liv. 7." de registo de pro-
vixfi~sile S11a Mrt~estnile e CIOS novernarlftres ge,-, .
b ~ o m .rln
,IaJ

Brazil, pertencente It Iliezonrarix geral de fazenda (1s


Rabia.)
C%ri,PfoivioTiaira Rnimsro de ~t7httqtrwqtre,fidalgo da
caza real; filho de Bernardo Vieira Ravasco .
Foi provido no posto de capitiio de uma companhia
d a infantaria do prezidid da praça da Bahia, terço do
mestre de campo Alvaro de Azevedo, por patente do go-
vernador geral Alexandre de Souza Freire de 8 de Jn-
uho de 1670. (Doc. da thezouraria geral da Bahia) .
Já era falecido a 13 de Julho de 1676, como se v6
NOTA ADITIVA AO CATALOGO GENEALOQICO 497

no alvarh d'esta data, passado em Lisboa, dando licença


a Bernardo Vieira Ravasco para por sua morte nomear seu
filho Gonçalo Ravasco Cavalcante secretario do estado
do Brazil. (E' o que vai por copia).
NBo sei, si frei Antonio Jaboatam o accuza.
Christovio Vieira Ravasco. Em 1649 era escrivão
dos orfaos da cidade da Brthia.
Bernardo Vieira Ravasco, falecido no Rio a 20 de
Julho de 1697, foi sepultado na egreja do convento do
Carmo, por debaixo do altar da capella do Sautissimo
sacramento * Foi dada esta sepultura n'este logar pela
entrega.que fez de 50 arrobas de assucar branco, as quaes
seriam tiradas do engenho de Cotegipe annualmente do
primeiro e melhor, que se tirasse do dito engeuho, a qual
pendo e eterna e passa a quem possue o dito engenho,
para ornato da dita capella,por ser esse o ajuste que se fez
e náo houve clareza alguma sináo bocalmente. (Gwo
de varias noticias e clarezas do convento do Carrno da
Bahia).
As 50 arrobas de assucar faram sempre cobradas
pelos padres at6 1836 ou 1857 ;o proprietario do engenho
excuzou -se então a esse pagamento eterno. (InfmaçClo
que deu o ackal provincial.)
Gonçalo Ravasco Cavalcante de Albuqu.erque,filhona-
tural de Bernardo Vieira Ravasco, foi sepultado na igreja
do convento do Carmo da Bahia, ao centro da capella do
Santissimo Sacramento, abaixo dos trez degráos que dam
accesso ao altar. Sua sepultura tem inscripçáo aberta em
marmore de Lisboa. Sua muiher chamava-se Leonor.
QUESTÕBS :i ESTUDAR
relação aos principias da nossa hiitoria
(Lido na sessGo do Instituto H i s torico
e Geographjco Brazileiro de %de A b r i l de 1889)

Trata-se de um systema de viação existente em


epoca muito remota, talvez anterior 9, descoberta do
Brazil.
Foi-me isso siiggerido por factos que observei du-
rante a minha estada no territorio de Missóes em 1887.
E' sabido que o adelantado Alvaro Nunes Cabeça de
Vacca, vindo da Hespanha,desembarcou em Santa Catha-
rina no anno de 1541, a 29 de Março(Commentarios, 11),
e d'ali se dirigiu por terra para Assumpçáo, no Para-
WaY.
Seguiu elle pelo rio Itapocú, ao sul da barra do S.
Francisco, em tlirecção ao oeste, galgou a Serra e em vez
do continuar no mesmo rumo, que o levaria direito ao seu
destino, tomou para o norte e atravessou tres vezes o
fguassri, o que se deve entender por atravessou tres
grandes rios, o que effectivamente se realiaou, tendo elle
tido de passar o rio Negro, o rio da Vargem e o rio Grande
de Curityba (o actual Iguassú), para chegar ao Atibagiba
(o Tybagy). O Dr. Luiz Cleve, incansavel investi-
gador das cousas do Paranti, A de opinião que Cabeça de
Vacca passou pelos lugares onde mais tarde se fundou a
villa do Principe, hoje cidade da Lapa, e a villa de Pal-
meiras e a cidade de Ponta Grossa.
Ahi, nas innrKPns do 'I'iIia~y, d~mornu-SPCahcqn de
Tacrn rntre i i s intliiis, p:va os iqiiae., tciiil n innii t ntI n urna
forja, mnndoii f ~ ~ z frrrani~nta.: er em trnca ( 1 viver ~ PS cnm
q i i ~n fiirnccrrsm, P 1 1 ~ p o is ~e ~ ~ i i inov8 l rniente ( lerrota
- .- - - .-
para O P I ~ Patr21 P S S A ~ ~nO CTlmliy. nuinp qrie airirln rni
1 H l r i rra iiv~ilo(cri.;til:~ineiit~ ~ w r i p t ona rel;tc;io dc vi3-
R i m T ~ h r r l ~ ! i./ ) Iin.jri t ransf(irmsdo rm Tvaliy. Desccii o
t'eqiiiri, P : I I ~ ~ Prle:
S c l i + ~ r !t, ~çrin r foz no J'.zrsn:i, tt\moii
riinio do 5111 ate i2ncont rni sii, pcln qual rle~ccir, P
sezuín r.ia:cm ~ PIO i i rio fr o Jlnnclaliy.
Teio, pois, Ciihrrp ( I~uwaro mesmo pai-:il-
!. 3 ..,
lelo qiic ellc IIHVIR :i i);tncLong(lo nas c n l ) ~ c c i r a(10
~ It3piici1
para (lar tima volta {le sO Iecuas.
Prlu que? O que o ilerni~\*rii de srquir sempre parti
oeste ?
NKo existia ncl Campos de Palmas. qiie come-
qnm nas cnhcc~ii iopim?
0119 p ~ i i l m1 ) i t : ~ ( l o s por hordas b r a v i a s que
seria nr:cessxrio ~ i i ~ r r e n r : '
011 aiiiitn se opporinm extensrte mattas n longas
viagens ?
Caht.<x de Vacca no Jlnndnlip ~ n c n troii n nm inriin
hrnzileiro,de nome Mime1 CIiristTin, quc vinlia de .\
; rlle o tomnri rniiio giria ii~qpeiliiios prnfic
troiixpra de S3nt:t Cntbxrina.
Isto prova qiie nessa provincirt havia gente qiie r i a -
jitva plir:i o Par:ignay e rra c o n h r c e r l o r n cios caminlios .
Posteriorinentr: veio de Assnmpçiio Sclimiedel, tam-
bem por terra, cnnfliixindo nfticios para Citrlos i'os ,
qaaes levára a s a l r a n i ~ n ta~ )seu destino.
Et7irlentamente era conliecicio o territorio ao norte
do Ignassil, e 1i~riac*iminIioqiie if'elle conduzia 5s mar-
gens do Pequeri sem costear o Paraaá..
Ainda mais : era já habitada em 1532 a costa de
Santos: Martim Affonsode Souza, que cheghra ao porto
de S. Vicente a 22 de Janeiro d'esse anno, fundsra em
Maio as villaj de S. Vicente e de Piratininga (Diario de
Pero Lopes de Sonza). Esta devia estar povoada antes da
chegada de Martim Affonso. E m Janeiro de 1554 (Cartas
do Padre Manoel da Nobregs e Cartas av~tlsasdos Je-
suitas) os Jesiiitas alli fundaram o collegio de S. Paulo,
nome que depois passou h cidade e k capitania. Em 1563
fira acclamada ~ i l l a povoaçiio de Santo Andre, que se
mudou em 1560 para Piratininga de S . Paulo.
Antes de aportar Martim Affonso ás costas de S. Vi-
cente, existiam na capitania Aleixo Garcia com um filho
menor e mais tres portuguezes. Por occasião da chegada
existiam o Cacharel (76 Cananírr, que 6 o fidalgo portu-
guez Duarte Pires, iicgradado por L). Manuel, com
genros castelhanos, Fi ancisco Chaves, João Ramalho,
Antonio Rodrigues, mais iim portuguez e talvez Pero
Capico.
A famosa bandeira de Aleixo Garcia, talvez a pri-
meira brazileira, data de 1526, segundo a Argentina de
Gusman. Martim Affonso só cliepou a S . Vicente em 1531,
a 12 de Ag0sto.A bitndeira expedida por elle partiu de Ca-
nanéa a 1 de Setembro d'este snno de 1531, dirigida por
Francisco Chaves, jA morador e . lingna da t e i ~ a ,e Pero
Lobo.
Cabeça de Vacca na sua viagem encontrou entre os
indios noticias de Aleixo Garcia e igualmente a nova
do destroço da expediqiio de Pero Lobo.
Garcia entranhara-se pelos sertões, desceu o Paranh,
foi ao Paiaguay e seguiu para o Períi, de onde voltou.
E s t a viagem de Garcia parece tiio pouco emprehenùida
ao acaso, como a de Cabeça de Vacca.
Em 1557, tres annos depois de S. Paulo, fundou-se
perto da embocadura do Pequeri, uo Paraná, a Cidade
Real de Giiayrh, e vinte annosmais tarde, em 1576, appro-
ximando-se a S . Paulo, a Villa Rica do Espirito-Santo.
Parece pois que essas povoaq6es foram-se estabelecendo
ao longo de uma via de communicaç&o que se dirigia ao
porto a e S. Vicente e por onde transithram Aleixo Garcia,
Schmiedel e Cabeça de Vacca por outro ramo da mesma
estrada.
Depois de fundadas as villas de Guayra e do Espi-
rito-Santo, com certeza havia bda communicaqão para
S. Paulo, cujos habitantes eram vezeiros em ali buscar
eacrrrvos, e em 1631destrniram estas vil1as, principaes
.5[)2 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITIlTCi HISTORIC(1

povoado^ da provincia de Tera (10s .Tesuitas, que se


ret irac~rn,condnziniIo liíontoga, Parxnk aliai xo, I) resto
(10s C+itar.nnys que escaparam ao captireiro, P foi psta-
brleceI-13sn o si17 d o lrrit.qtrni/.
Por rliie eritarsiii {ir .Tesilitas n territorio entre p c t ~
rio P o Igiinslcii, como j:i o 1:zer:i. qtiasi tini reciilii antes
C R ~ P CtleRT'nccs ?
R no entretanto na marrcm direita do Igiiassít hniive
mn~ndores,pois o en,atlnIieiin Oilebreclit, qiiaii~lnprol-eil~u
com pessonl telcgi.itpliiirr> 5 \iin explnray;io, rnconti-nii
pni muitcir; 1iirrili.c.i otiilr: n p r t aram can(~:ic, Ininnj?eq.
como os 11e Guas r clijn si1
Pa rec,e qiie i qiie oh eritar e~quc*lle
t ~ r r ~ eramn o seli iteh, intlii :, nisis T: L I P ~ ~ C I
.
r
qae os ~r113r~lllh.
Os rint ices i1~ninrcndnrcsde 1759 e 1789 os clciio-
minavam Tirpt. i v f i p i + ;encoiitraram-os no Pepery-gnq~qi~
e no Cltnpw", e t~riiinni-os; rlles atravesstirnin por v e z ~ s
o Uriigiiay para fazer correri:is e d~pr~11iiqi)i.s no si11 iln
mesmo.
Oyarvirle rrpanlinii iim* miilh~r rl'c.s:i. trihii ritis
rnsrgeris do Clial L linriia niiipti~ment~ntlin
Referem t q i i ~iiin riipitWo S i l v ~ i -i.r: q i i ~
ílesci'ra r0111iim de C111.ity11:tpelo IS.tinssii,
f i t ~ i i .para
~ ~ IIis-iie.; r-cim irietlo (?r las 1t,í7/ns ~ ~ ~ ' n n r r r l i i ~ .
,lh vemos nii(~iie1lt epoca inenciorinrlos tis C n r n n r i o ~ ,
nome que ainda liqjc conserr-nm, no miiiiicipiib de I'alni?~.
onde igtttllmeiite >e ilenorilinnni Tiipis.
Ern pois o territorio entre o Ururruay P o Io
a IPste ila carrlillieirit qiie uiie os grandes .wlfos d c
rios, o rlc 3Tiicrin;r e n cle Santa Jlnria, interdicto.
opiriílo apoiada ainda pela circiiuist-~ncia.tle qiie os
affiuentes da margem esquerda do Uruguay tinham nome,
como Llf6erity, Uriiguay-pitiiou Iandaity, Urtcgztny-mini,
e da margem direita sb tinhani denominaçáo os dons
mais proximos ao Salto Grande (Mucunã), que eram o
Pepery, e mais acima o Apetereby, os qiiaes vêm mencio-
nados, ora nas antigas memoiias, ora nos mappas, jtí
desde 1722.
Naquelle tempo viajava-se, parallelamente ii margem
tisqnerda do Uruguay ,das Missões aos campos da Vaccaria,
encontrando a estrada que vinha de S . Paulo e Curityba,
passando pela matta do Castelhano ao Rio Grande ;
naquellas paragens, até perto das cabeceiras do Chopim
e do Rio do Peixe, mencionam-se roças dos Paulistas.
Conhecia-se no norte do Iguassú 96 o valle do Piquiri, e
quasi todo o territorio do Uruguay para o sul.
S6 depois de 1820 apparecem vagas noticias da exis-
tencia dos campos de Palmas, cnja descoberta e possea-
mento datam de 1840, por duas partidas, uma vinda de
Guarapuava e outra da Palmeira.
Encontrarem esses in trepidos exploradores o terreno
occupado pelos Tup& ou Coroados, os niesmos de outr'ora,
fallando lingua inteiramente diversa do Guarany.
Encontraram os dous grandes rios que atravessam
esses campos com nomes coroados, o Cllapecó e o Chopim ;
ao primeiro deu Oyarvide, por niío lhe conhecer nome
nem ter tido contacto com os habitantes de suas margens,
que Ih'o revelassem, o nome de Pequery-guassú, porque
encontrhra nelle cardumes de pequenos lambarys- pikii
em guaranyi- essa denominação não teria sido dada por
selvagens a um rio que se distinguia pela existencia de
peixes grandes, como os dourados, pihus, surubys, e
jaús.
E', pois, f6ra de toda a duvida que o territorio com-
prehendido entre os rios Iguassú e Uriiguay, limitado a
oeste pela cordilheira que f6rma os dous grandes saltos,
e a 16ste pela matta do rio do Peixe e do Jangada, era
de todo desconhecido e de longa data habitado pelos
Coroados.
Esses indios, porem, não eram filhos da terra; foi
tribu que emigrou de Matto-Grosso, do que existe vaga
tradição.
E no entretanto notaveis vestigios,que ainda hoje se
encontram, e que tive occasiáo de ver, attestam que
aquelle territorio era frequentado, cortado por uma es-
trada admiravelmente traçada, passando pela divisa de
aguas desde o Paranii ate Palmas de baixo, onde se per-
dem esses vestigios .
Partia essa ~ s t r a d adn Parnnk prln 1nml)acia qiie (11-
vidp 3 ~ 1 1 8 s rntre Igias.;li e n 1:riirii:iliy. q ~ nnqrP i ~ na ~
mPsmn rni ili1Iii.ii.n n r i t l ~brotam o Pplitiryr~ia~~í1 e o S8tnto
Antnnio, corr~nclneste de siii a norte ni~iielle( 1 nnrtc- ~
nrivelment,e pelo mesmo E
p3ra oeste.
s rlnns IrmRos, cnsilhn inq, clo
AmPrirn, r c f ~ t ~ e n i -qne
t n ~ PP rncnritrn rim%caTn Iair%. a.
qiinl niristrn tcr sirlii rsti-ncln ; ni3is :idirint~,nau prnsimi-
rlades iIn rin Y'rnr-irti)ig(r,sr*í~i1cnntr:tniIIP nor-n pni ili~~i.-cic
lnnarrs urstirinrl rlíl cctrntl~com rleclivpq ninito \II:IT-CS.
P cliie i. servitIn pnrn carrrtns.
No ?r&(nome tnnihrin r.nrnnr?n) phrle-se ~rotll-
pxnhn r ndx, rllie :iinil:i se nrlio Iicrii ronsrrvada,
soliretni~~ , n i i ~elln ntrart~ssiiiini
ria rr~trnilnilns J f i i r o ~ o
Iianliado com iiiii a t 11r1ntlo.
E a s ~ sn tcrraclns SP fnrninm frclqiirntcmen te nn Fil-
ranfi p ~ l n qnriins t l ~cliiiv:i. qtir d e ~ c ~pela.; m ~*trnrlas os-
rnrxnilri-ar r drpniitnnrln nn c i ~ p i - ~ - ; i nr10 terreno a tprrn.
rle rros;jo, q i l ~OS t ~ x n s ~ ~ i n rnlcxrn
tes no n i ~ i uf;~rmnnclu
um rpco qlie cr~lidi~?: novo m a t r r i a l , ~nhsini c r c v e o ntei.isn
ate iinir-SPcle ntiihos as In{los.
O aterrado da nntira ~straclarstk nas mesmas con-
~ , r6-sr no l~rIi>~uc:irn<in
d i q h ~ mas r t ~oride foi tii-ads a
terra. E', poiq, ohrn tlo Iiomt'iii.
l h i s para ]Estel nlPm rla serra de Sant'Anna, de-
para-se novamente com n mesma estrada entrando na
matts virgem, c crescendo no se11 Ieito jirossns n1.Yores.
Assevera-me um rnoratlor (IAS ~isiiilian~a.; qiie na< mar-
gens do rio de S ~ n t ' A n n nse reconhece o Iiignr onde pile
iArnatravessado p e i ~estrada.
Ainda mais para leste, cerca de tres kilometros da
falda occidental da serra da Fartura, vê-se, no terreiro
de uma fazenda,muito distinctamente, a bifurcação d'esta
antiga estrada, seguindo um ramo em direaçáo A colonia
militar do Chopim, buscando para NE. os Campos de
Guarapuava ;o outro ramo segue para SE. em busca dos
campos de Palmas, de onde poderiam seguir pelos Campos
de S. Joáo a encontrar a s cabeceiras do Itapucu .
O que, porbm, em todo o percurso d'esta estrada se
encontra de mais notavel 6 um acampamento entrinchei-
rado em um ponto estrategico admiravelmente escolhido,
são os Mz~ros. E' uma construcção collocada no ponto
mais exposto B aggressão, pois fica proximo ao primeiro
grande salto do Chapecó, at6 onde sobe o peixe do Uru-
guay, e existem ainda os pesqueiros dos indios que, en-
contrando abundancia de alimento, ali de preferencia se
agglomerariam, e ainda em não remotadata nas immedia-
çi3es do rio da Saudade(antig.0 Bermejo de 0yarvide)havia
numerosos toldos de coroados, que foram expulsos pelo
seu director sob pretexto que lhe pertenciam aquellae
terras.
Estes Mtwos silo uni cone truncado, cuja parte su-
perior é formada por uma plataforma horizontal com
36 metros de diametro, em que crescem velhos pinheiros.
O talude tem a altura de cerca de 3 metros,acha-se no cimo
de uma collina que descamba, para todos os lados, e era
cercado por uma especie de trincheira circular com 340
metros de diametro. O ponto é elevado e podia correspon-
der-se por signaes com a serra da Fartura, as montanhas
que cercam a colonia militar do Xanxerê e até a serra
do Gregorio na estrada de Giiarapuava a Nonohay.
Espalhouase entre o povo, ha pouco tempo, a noticia
de que esses nttrros eram deposito dos thesouros dos
Jesuitas, e por isso houve quem nelles fizesse excavação
bastante profunda, encontrando a 2"' 10 abaixo da super-
ficie uma camada de cinza com fragmentos de carvão. Eu
mandei augmentar a excavaçiio at6 essa camada, e ate
a borda.
Encontrei cinza ora em camadas mais espessas, ora
mais tenues, entremeada com carvtlo de taquara, e al-
gumas folhas d'esta; por baixo em diversos pontos estava
calcinada a terra.
Posso concluir qiie estes mtcros tinham sido um
acampamento circular rodeado por uma taipa formada
por dupla estacada cheia de terra, ou um parapeito s6 de
terra. O que é menos provavel, porque n8o explica bem o
deposito de aterro de mais de 2100 metros cubicos acima
das cinzas.
64 r. I. VOL. LII.
506 RRYISTA TRIMENRAL DO INSTITCTO HISTORICn

Dentro da taipa haria armrtzens e ranchos de pqi llin.


que fnrnrn qiieimados e natiirsim~nte8 cstacatla i n t ~ r i n r
~ dcii luqar a tlcsmnronnmentt~
ardeu c o n j n n c t a m e r i t ~ ,qiie
siiccessivo tIn enchiniento dc terra qiie, lcrado pelas vhu-
TRS, se foi clcrin;!indo. Ali ~ i tartle,rzpocirecrii(ln
s ;teqtacwln
sxt,erior, formori-se a r x1t1pa; talvez pnrrr t m t e t1'e.w
for t.ifi carRo existissem a,s roqrrs, rt prii~avel ririgem (10
l m n n l*:i.F, que SP csten(1c R'nlii rit4 o rin Crrpirinza, o
..,,,,.,,,
r

~ I I C parP(.P c ~ r t o ,pois a.;s~v~rnm-nle qiie nPwa nitAsrna


(1ir~ci:aoexiste nntrn fnrti'3caçiIn scm~lliante,pniini ninis
Iwqiiena; n5o me foi possivcl v6l-n,por n511encoiitr:ir ríiiin.
prnpnsitalrri~nte nea:~ndo-scos mniltdores.
As. e F'riictiinso Diitra que na m a r ~ r mop-
posta di- pni feriitorin Pnrnpiinp,ponro nrinin c10
ponto dr oniip m r i a partir n nntirrae.;tradn, se encontrn
seinelhnnte fortifit.:iq;ln, rnRs riiiiito d~sfigiirnrln pia.;
exr.avaqíi~sfpit as e n l r.ata rle t h e ~ ~ ~ r o f ; .
Referiram-nic qiie prrto {Ir Cnritylianoq ( cindt~
dnminniii os Ijrltociirlo<) h% tamhem nin entrinclii~irnn~~iiro
circii1;lr. I ~ t opnde ser nIriim c ~ m i t c r i ocoilio~ e x i ~ tiiiii ~
em I'nlinns ile cima. PP, p ~ i . ~ r n , f ; ircnlmentr
~w fortr t;cl:it::ío,
rl~notnrinaexistrncia IIP11111~liritia coiii rioritos clr ;iliricfo
on ( 1 t . f ~ ~ ~ s m nc ~ t n t ' f i(Ir
~ ~;ih.tqteci?~ritn para nJ
qtie trai dtaqd~o rl:trarriiny nt; Santa C:i tli.irinn.
Est:t conimiinicnrXn ~ P V Prm tncln n c.1~1)ser n n t ~ r i o r
a 15JO e 5% ciitao alinn(lonada, rlo contrario Calwqn (ir
Vacca a teria zproreit~ilo. O abnn(10no SI') pod~r'B ser
attrihuido ;i invaslio d t ~ sCnrondos.
Senhnmn t,ra{liçIioexista sobre ewa estrada, nem o
proprio investigador Dr. Cleve tem noticia alguma 3
5 6 se podem formular conjecturas a t é que s e bncon-
trem documentos que esclareçam o facto.
1." Seria essa estrada protegida por obras de defeza,
devida aos Incas, de cujo tempo se affirma existirem ves-
tigios de estrada na Bolivia até o Paragliay 3 Teriam
elles communicação por ali com o Atlantico 3- P o r q u e
não ? pois os Hespanh6es depois da conquista fizeram o
PerÚ cabeça do vasto Vice-reinado comprehendendo
Paraguay e Buenos-Ayres, provavelmente a isso foram
EIle c n n l i ~ a i x n. foz do C h a p ~ c ó e n c i i r ~ ndo l'i-uyiiay
P X R C ~ O aic o Urii~nay-IIini(:\lfini niio pnfsn v~riiir*ar).
i<.;res ~ l r n i c n t n sr l l ~tonion d o i nntifns clriiinrcac!nrw cni
TiartP, rnaq ( 1 n~n d ~h o i i ~ en r ~ s t n1150 se s : i l i ~ .
Olni~dilln~ n l i i atln. existpncin (10 rio iln S ~ i i d n d e ,r l \ i ~
Ili nnnns (Ippiii~dp O t p r rnnsifn~(10,fnir~rnnlir~ci(lii hra~o
do Cliap~ciiP ci~nnrnin~rlo rio Jiermejn. 1'11~ cnnliecia H
iinsc~ritsdo rio Sant'Arinn rliie rorria para n nnrtp.
P n r h cle n ~ n b i i m(104 (lniis rahia qnnl o riirso : por
isso f ~ rln z primriro r n l i e r ~ i r ;dn ~ ('linpec.ií, e (10 sc.minrlo,
qne C nttliient~110 Clinpiiii, nnscpntr dri rio denniiiiniido
iiltirnami.nt~ C n t ~ g i ppelo ~ rntiinr Iisntas, director da cn-
lnnin do C'iiopiin .
A p r o ~inc.nnteztacel
i~ de qne hniive esyilnrnqiio d ~ p o i s
dh t1emnrcnr::in tl11 1 ;:,!i,feit:t rnm c~li<la(lo,i~ eqse mnppa rle
Olnietlillx. e clln foi fritn. sviiindo R cstrndn m y s t ~ ~ i o s n
qiie pasra, PPIIIS nnsrcntcil {ir) Peperg-flinwí, R ~ Y ~ L V P S S 0F L
r i n San t ' A n n ~ t e sei1 Iiraqo niistrril, o 5aiid:ide.
App,srcccntlo os dncumeiitris d ' e s ~ nexl~lor:~qiío,G pro-
vare1 que nelles S P encontrtl : t l ~ t i m ni e f r r ~ n c i n:i n n t i r x
estrltrln .

Outra ~iil<,?o~linnilnnadnp r e c e ter s~rniclorlo Pe-


qiiprg pnra 1Pstc. Ao menns rei'~i.io-nieiim nniiro mnrxdor
(11%cnlnnia Tliirezn qiie ~ c i fiintlndor,~
i I h - . F n ~ r eqiianrlo
,
. tentou abrir caminho para sahir nos Campos Geraes en-
controu um6 estrada antiga que contornava os groüíes,
procurando sempre logares enxutos e evitando declives
aaperos; afastando-se, porbm, essa estrada do rumo que o
Dr.Favre seguia, abandonou-a, e teve de atravessar uma
serra com bastantes difficnldades; do lado opposto,porbm,
encontro11 novamente a estrada que deixou ao lado : ella
ou havia contornado a serra, ou procurado facil desen-
volvimento.
Estradas assim planejadas sho obra de profissionaes
e revelam tendencia de estabelecer communicaçho com e
littoral para transporte de productos;pelos paulistas,que s6
corriam B caça de escravos,ellas não podem ter sido feitas;
denunciam pelo contrario a existencia de um plano geral
bem combinado, com fins econoniicos e politicos, o que s6
pode ter emanado da sagacidade e espirito methodico dos
Jesuitas, e datam pois de mais de dous seculos e meio.
Interessante seria compulsar documentos que reve-
lem esses planos tendentes a aproveitar o valle do Para-
ntipanema, dando-lhe facil communicação para o oceano,
plano que dormiu durante o longo espaço de pelo menos
850 annos, para hoje reviver e levar-se a cabo.

Rio tle Janeiro, 26 de Abril de 1889.


YOCABULABIO PUBI
PALAVRAS COLHIDAS PELO EN@EBHEIRO
R1balo de Lronha itorrejãe

A C
Achar.. ........... lah. Cab e p ............
Acender.. ......... Kandú. Cabello ........... que.
Adoecer.. ......... kondbn'. Cacao............ tembõra.
Agarrar. .......... Ia hga. Cal6 .............. pqhrahda.
Agua ............. in'nhrím2. Caitetu ........... solakon.
Amargo.. ......... kand'uh. Calor ............. y l i t b i a .
Amarello.. ....... ptuAra canna de assucar. . 4pn0:ke.
Andar ............ ehmili. Cantar. ...........
Anta ............. pennân . Capim.. .......... chipampeh.
Arara. ............ cljasvatahra. Capiuara.. ........ bodaqueh.
Arco. ............. ohmrin. Capuera .......... chicopb.
Arroz.. ........... mem'rina. Carne ............. arike.
Arvore. ........... inp6. Carvao. ........... mbõrvan.
Assar ............. inbbri. CaBcSCa .............
Avb.. ............ anlah. Caxorro .......... $r;eh.
A v6.. ............. titinhan'. Caza .............. nguira.
Cazar. ............ dj eeh.
B cego.. ............ ah niripapil.
Chover.. .......... nhà ma ku-uh
Banana iiiaçan .... haoh . Co~bra............. shahrnbm.
Barbado (macaco).. tokeh. Colerico .......... kochna.
Barriga ........... tikim. Comer.. .......... maschh.
Batata. ............ cliurumilm. Conversar.. ....... t s c h ó r e ba-
Beiço. ............ tsch6. coiah,
Bocca.. ........... tschorb. Corda.. ........... tumah.
Bocaina ........... djareh. Corrego ........... nh2manrC1.
Beber. ............ tch'tnbh. Couro.. .......... peh.
Boi.. .............. Curar (eu curo). ... ah ndond .
Bom. ............. %%
:h Cutia ............. bohkbn.
Bonito. ........... schuteh: D
Braço ............. lacareh.
Brajahuba (palnl.).
Braiico (homo). ...
. RB4$iia.
Deitar ............ katahra.
Dente. ............ utseh6.
Branco (color)..... ohkaróna. Dentro.. .......... ksehe.
65 8 VOL. UI.
.. .Ili)i.lllr
\ ~ ~ i l l l lI i j

,
. 11111:11i.
1111;11i1
I.... I ,
Hxminlia ..........
11111 ...........
\ I . ~ i i d i n i n.........
\I,tl:i (I-~OIII ferro),.
11,il:Lr rcrirn [IXII I . . .
I \ I : ~ I , virzi.iii
I ......
~t;111 ..............
ili.il* dia ..........
11Q1.. .............
\I~'ii ..............
IIilliO..
\Irq:L.. .
Vono..
>li~inr.
i 1 1 iriier
/ \Iini'r~r.. ..........
,\lll!lll.l ...........
I S

Ilomcm ........... hrliorr~riia. 0


Olho ............. mri.
I Onra ............. ~ori-nn.

I ~ a l m i t o(palin.) ... et~h:ili.


(*I Todo o ribjseio da fcrm 8 huu'rcm. PI:. .............. clixpPprAra.
VOCABULARIO PURI

Pedra. ........... uk'huA. T


Peixe. ........... nhamaqu?.
Penna.. .......... chipup. Tatuara.. ........ nlitl'an.
Perna. ........... katehra. 'Tardinha.. ....... towhá.
P6b.. ............ F'on. Tatu. ............ tutú.
Pombo .......... schandb . Terra. ........... uchb.
Porco.. ........... sotanxira. Testa,. ........... poreh .
Porco castrado.. .. açohtl'axira. Toucinho.. ...... ahnhimim.
Preto.. ........... pehubno. rrepar (emarvore) bocuah.
Pud. inulieris..... tocoh. Trovejar.. ...... tupan rulihhii.
Pud. hoiiiinis.....
Pular .....:. .....
ashim. Tumbiica (passaro) kuyan.
guasciiantl'eh.
I u
Umbigo .......... kali'ira.
Q
Quati ............. schamutan.
I
Unha ............ cliapepreraquP.
I V
Queixada. ....... sòtan.
Quixerenguengue. peh'oh.
I
Veado .......... ndm'ri.
Velho.. .......... tahé.
Verde............ tongòna.
Ramo. ...........
R I
Yoa'.............dieh.
Rapadura. ........
Restillo ..........
Rio.. ............
Rir.. .............
Roupa ...........
hpbna.
canjana.
mnhàriia-r61
I'ipon'.
antali.
I Acenda o fogo-poteh kanduh.
Aaua eslA fervendo-iiiunb3niá Dre-
- ht6n.
Cala a bocca-kaiidl'i).
Rusga ............ guaschP. Eu fui-iiie emhora-ali mahmam..
Eu moro aqui-ali ! lekah !
S Fogo apagou-poteh ndran.
O ternpo está ruiiii-ohpú?ráschka.
Sal. .............. horvi. Quel~ro-tea cabeça coin uiii pAo-
San e .......... ahtl'im. aue ah m o w !
SanE'. ò: .......... tupan. ~ u e & beber Gxaça-ali canjana
Sapo. ............ shalnh. inuiá. (Ali can'ana ruii!bAo.)
SauA (macaco). ... beht-ain(liii. Vá-se embora-mi-ridohiii .
Sol ............. oppeh. Vou-me eiribora-ah ! iiddino !

DOS indiriduos que me forneceram esks vocabulos, o primeiro, j&


muito reltio, pois tem a cabeça coinpletamente grizalha,diz ter assisudo
b guerras dos Coro@s com os Botocudos,e acompanhando os prinieiros
atravessou duas vezes o Rio-Doce em perueguiçào dos segundas, tendo
perdido um irrnào n'essescombates. Diz elle, que o terreno aquem do
Rio-Doce tlcou limpo de Botocudos,rnas que os mineiros acabando com
0s puris. os Bolocudos passaram-se outra vez para cá e dizimados como
~ a r c h a r a mnào puderam os Pnris e os Coropós rezistir-lhes s i n b
mais para ciiiia, onde estavam os Corop6s com os Coroados, para 0s
lados de Murialib. N'essa bpoca estava elle cazado de pouco.
E' a mais antiga tradição, de que se lembra. Tem um 1,-.i! de
alto, tronco do corpo desproporcionado ás perna?, abeça grande, rosto
feio, [nas bondozo, olhos quazi horizoritaes, nariz estreniamente xato.
85 P. L. VOL. LII.
614 REVISTA TRI8fENSAL DO INSTITUTO H1 STnRICO
'
j5 v8 pnnro, mni faz RPIII dilliciiltfndr vi.qrns de 1 e I! leariac a p4
doL-tilntli. harha.
(1 srniinrlo. sobrinho neto do primeiro. jh tem a harl~a pintzntlii.
assirn cniiin ns caliclli~s;fizionrtmia rnaiq intclli~enlr. r a h r r . ~P r n d o
nirnnre+qiie os do pririi~iro,01110s mais ohliqiior, naric alll3ilo, laiiifis
d e l ~ ~ dparri.~nd~l
i~~, r n ~ ~ c l a drln
n sanziie gii'lraiii. Tcm l."--o{Ir~ q 1-t
tnra, niim ia pfiq menort's d o qrie os dn niilro; pniiro se I~nihra{I+,
sriis pais, que, sqtlndo P ~ I Pmoravam, para o. I;itlns r!p Sio-Loiirisnco .
iIiiridtbiliss~n~iniiii-t~ riia biri~ilia. cupllidx prlos iriinriroq.

Rec s.ioos :ipon hrnr~ntol ias em I dias qiie q i i i SP d~*tiio-


raiirm. piiile oliter d'?sqc,s rlnis iiinicrnas ; espernndn liiai? fnrde coiit -
plctal-os i*orri al~iiiiiaroiiza m ~ i *clr q t i ~1.11eq rci11 , [ I I ~ I*
prr~inettpram-nic.~<ilt.?rtlaq~iia ni~lr.r meio.
Ac1iam.a~elleu domii-ilinrlos eiii Icrras doa S rs. Frades. na locdt-
dndedíi i~rnintn-t,a :i 1~giia.i appmuinindaincntr nfxsrr .. . arralnl dll
ktire-i::impti. r rti~niarn-w,I , 10. !lanorl Jozt', Pereira, i> n l $n-
tonin Frxnriscn Pereir,~.

4 lbwto dc Yoronhn Tnrrrzrio, t.ng~:crilitwiro.


DAS

PARTE SECíUNDA

PACS.
Relação noiiiinal dos w i o s do Instituto Hislorico e Geogra-
pliico Brazileiro.. ......................................... V
A lenda do guornXiro: canto epiw por Joqiiini Norberto de
Souza e Silva.. ......................................... I
Calalogo genealogico das principaes tamilias procedentes de Al-
biiquerqnes e Cavalcantes ein Pernambuw, e Caramurus na
Bahia, por frei Antonio de Santa Maria Jahntào.. ............ 5
..................
Indlce das famnliaa dc que trata este catalogo. 486
Nota addltira ao Catalogo Cenealogico........................... C33
Quest&s a estudarem relaçào aos principio.9 de nossa hiatoria,
pelo Barao de Capanema. ................................... 4Q!l
Vocabularlo piirl: Palavras colhidas pelo engenheiro Alberto de
Noronha Torrezão .......................................... 511
REVISTA TRIMENSAL
REVISTA TRIMENSAL
INSTITUTO HISTORICO
I

FLNJHJU NO RIO DE JANEIRO


DEBAIXO DA IMMEDIATA PROTECÇAO DE S M I
O Sr. D. Pedro ii

P A R T E IR
Hoe f.ici1, ut loogoa durent beoo 6%- per onou.
Et pouint serai pneteritate friil.

Typopphia, Liibograpbia e Kncadernaçio a vapor de Laemmert & C.


71, Rua dos Invalidos, 71
-
ieee
DO

Padre Estanisláo de Campos


GACERDOTE NA PROVINCIA DO BRAEIL

CAPITULO I
Seo nacitnento e educação

5 1. N'essa região do Brazil, que fica qiiazi nos


c o n h s d'ele, está situada a cidade de Sáo-Paulo no inte-
rior do p i t i ~ ,em 23 g r b s meridionaes e 36 milhas dia-
tante do mar.. Aqui naceo Estanisláo, aquele sobre cuja
vida e costumes determinamos escrever as poucas comas,
que, escapas da calamidade e injuria dos tempos, foi-nos
possivel conhecer.

e ioeietate Jesu
1N BBABILIENBI PBOViRCU BACIDBLDOE

CAPUT I
Ortur ejus, e t educatio
1. In eà Braeilia~repone, q u e para ejnsdem est fere ultima, in
vigesimo tertio meridional1 grado, ab ora maritima in niedlterranenm
sex et triginta milliaribns, Urbs Panlopolitana sita eet. Hic natua edt
Shnislaus is cnjus de vita et inoribns pauca, qum tempornm calsmi-
bti injuriaque prci*repb. ac nobis esse comperta potuenint. wrikre
statnimne.
* Esta biografia foi escrita em Roiiiii eiii 1 7 6 . A prezente traduçb
portugueza, que fazemos, vae impressa coui a ortogratia fonica,de
iizamos, mmo n permite o instituto. Veja-se no l m n nota
titulo:-ORSERV41;in.
SOE
T. Akncar Amripc.
$ 2. p r o y ~ n i t n r c s ( pni.;t d~ iiiniq n l t n t i i i a c ~ ~ -
nio? :: s i ~ xrri.aq;in ) p r n i ~ r i l ~ila m I2spnnlin. P 11s K p l z l ~ ' ~ .
. ~ r(-i 11% K.panlis. pel(i i i i ~ t i v l +
TI :I(IIIPIPt,Pniprt s i i y ~ i t ;to
111 P :ty4trn ~ ~ p o r ~ i .
4 Filipe IIP Banderhor~,no\ii-e ReIqi,. Ktrs p"111~
'i.
cmnc pntrir,in.: manrI.irln titia.. reze, como vrii1,aixadnr 21-
i'1.i : d:t p r j i n i ~ i r n .TPZ C P T - ~ ~ ~ C I ~n: Pclxiti> cnrri>~piindei> 3lr.
w n s ili.z~~n.;; ( I R ~.errtinila~ i o r h~ilil.z(lns~ ~ ~ i fnrniii ri tr-aba-
1110 t. a i c-iiiilndo i i ~ i i i t r l i \ fiirnrn os riiqi
yintci :iu i.pi ,
A%jlssiniP ~ V P nimiiti-sr a rnltar ~ i a r ?

1irl:t nnqi.;ti,z P cl11riii.i.i de s i i i i i l l i a n t ~ uiotivlt.


I, m i ~ i l : ~ i i ~11e
to (cnniii c-ostiimn. s i i c e d ~ r ) n . i l b
i i e i ~ ~ n r ~ ~ tna
i-zr~ r r n ~ o i ~ - si-niii
p - - I i i t o n i , ~ (1%
i:anilio. e trnnsferiniio r ~ n li it ~lriiiiir.ilio, pnssnii i l a l<cp I-

Pnrtiiral.
~ i l i b1i~1-a
5
4. Ent:io F i l i p ~ d~ Campos n n n i l ~ r h n r z ,o iii i i c
moco i I n i trqxx tillio.; niltti g'~rai111;. 1?cn110n~itacixsns ibni!-
zag psl(is siicesrriq (1%qiip!.i.a, a cnncitado pelo :itno!- (!.i
clorin iiiiinnn, a l i - t nu-<P cnmii snli1;tdi t ~ o l i i n t a r i n . rcin
pxri 4 1 l i i n y i l . e cln Rio r l p ,T:incii-o, qiie 6 n ~ i i i . ti . o l i n 1 ~
J(i.xxil. trli\ladnii-se par.? Pai1Inpnlis, ' que 4 oittrn c3iil.id@
i1:1 tIlP5 .o.
-
I; I . PrnzPnltorPs ( t i l cjiiq ppriris nllitis rcpilfniiiiis) :i11 I I i J p ~ i i ci i
*c h n l ~ ~ Ilts~i:ini~rf~rn
o reei e11 1~111pr)riq ~ r i l ~ i ~ ri>rif:rnpi~l
ttr dr~x*.rb,,*i
[iilI'n$ ~ ~ i ~ : i ~ + ~ . ~ rq!l;iril
!f?. IIII)~ Siil)tiiTrn.
~ ~ r ~ W l ~ a<ariw?I:I nliiq a t q n ~i i ~ r n f n
:; :r I ' I I ~ I I ~ ~K~,I~I Ii ~i d n r l iII~IIIIII~
filf+r;iL xd ~M;:I*III 11-::tttis: pttii):~iltiidrrit VICI? par v í ~ t rSllr?~'i6ft.<, ~
;iHi?ri r?ni r i ~ ~ ~ ~ i i labor i ~ rt1r.i
i ~ r ~ RC, . ~ i f~i i i ~t , 1 ~ ~ : i l i o ~ i e s q irri115
u ~ . .+1*1111
r1-:(!1.1 [?r~?clIiif~, i ~ i I t > l i \ PV+>II~II<. ti! ~ I I C I ~ p r i ~ i i i i Ir~~*\ i * r olt .
f i I I I I ~ ~ ! ~I
i t i i r i .iUrtis, I',itrin, iiiintiiiiii riamisir. iim. Inii~:rrriiii Ilis[iaiiiih iitui ?I:,
r~inr*?pt:i 111) i r 1 ipvi~iii. ~t arii:iritiid<i :tniriii, ifI i~iii~i1~.rii (iit i;!' r.1
tlii*li~iri'111 I'rflii~llli.<rllCPr\iO [ ~ t i i ' l l i i i r * l: ' ~~ t i ' l i i jr l~l l~l ~ l \:i~
l i 1 ili 11\ib1'2...
4rititrif.idri i:xiiil~nrltiiriiriliiirii : i l i , t t i ~ . i i i . ; i ~ i i l l i ~ r iririi
s I,iisil;\iiia t l i i l ~- l
111-tlri ~ i i i i t , i v i :
:1 i . 1:iIiir 1 % tril~iis
~ filiis liir ltríti-rt-xtisPhilip[ttis d e Cat~ipw1130-
1lt~rhoiín.1111 iiliniiiiiis, riirii eo m:i\irtir tertiporis ;inleri+nlofiiiiiã htblli
~iiiriiillihi~ ~ . iiiilitns \riliin!ariiir 11iiiii:in:i~
iiiicr glori:i* ctil,idirii. nd4t-ri-
~ ~ e1 :I Jani12rii F111rnin1,. i l i i t ~ l!~rxsiIi:i~
ptTls 111 R r ~ s i I ! a iVPIII~, itrtw .-<L,
d t m m *~ti.;tletiiciritatrni rigivni?Paiilopolirri S I * cfiiiliilit.

Cidade de Sáo-Paulo.
$ 5. N'esta cidade citzou-se com Margarida Pires,
natural d'esta ilustre terra, e não menos recomendavel
pela riqueza do que pela nobreza da prozapia : com este
matrimonio estabelece0 a primeira estirpe da familia, que
denominam Campos, oje extensamente propagada.
$ 6 . De Margarida teve duas filhas e cinco filhos,
dois dos quaes, isto é, Filipe e Estanisláo, deveriam mili-
tar sob a diciplina ecleziastica, e deram seos nomes, um
5 sociedade de Jezus, o outro B ordem dos clerigos.
§ 7 . Quão santa e piamente vivêra Filipe perante
Deos, embora nenhuns monumentos nos restem da sua
inteireza e santidade, assás o demonstra o seo nobre des-
pojo corporeo,sendo a cabeca admiravelmente conservada,
e espargindo de si grato perfume em todos os sabados.
9 8. Conta-se al6m d'isso, que Filipe, depois de
morto, ãparecêra a Bartolomeo de Quadros, sacerdote
verdadeiro e probo, e lhe lembrara o pacto, que em vida
ambos fizeram acerca da morte, para que aquele qne
primeiro morresse viesse certificar ao superstite o dia
proximo do obito. Na verdade a morte de Bartolomeo
acontece0 no dia que fora dezignado pelo predefunto
amigo, que assim cumpri0 o pacto, e o divulgou.
$ 9. De taes progenitores naceo Estanisláo no anno
de 1649 da redençao, governando a Luzitania Joáo IV
S 5. Hac incivibte uxoreiii duxit Margaritarn Pires, nobili loco
iiatam, nec miiius divitiariim copia, quam clarilale generls commendr-
bilem : qnn matrimonio p r i m a m y t stirpem familir~,quam Campos
vocuit, injustam hodik aniplitu ineni pro a g a h .
g 6. D i u a e r Margarita suarspit nlias, !lios quinqus,guorum dno.
Philippiis silicct et Stanislaiis. sub ecclesiastica disciplina iiiiliíaturi,
altar societali Jau, alter clericoruii~ordinl nonien dedbre.
S 7. Quarn sancte pie ne apnd Denm vixerit Philippus,quandoqui-
dem nulla de ipsius p r o b k t e ac sanctinioniA monumentn ad nos
venerunt, insigne ejusdem spolium,cxput iiiiiiiriini d m n t b r ser,aEk:
e1 jncundniii sinaulis
" sabbatis odorem soirans. non ohscure de-
mónstrat.
8. Traditur rseterea Philippnnr cuidam w r d o t i Bartholomm
d e Quadros, vero etfani probo, se post obitum spectandum dedisse,
ac de morte raemonuisse e x pacto, quod dum agerent in vivis,
mntnò inieranfl nt videlicat qui primus obiisset, supenititem de
rimo i p i u s obitu I a a r s t certiorem. Sane Bartòoloinai mors
semta die, qul P pmmortno amico fuerat deslgnatus, et implevit
&
m n m e t manifestavit .
S 9. Iis iteqne prentibus natos est Stanislans anno salntis inille-
simo sexcentesimo qnadragesimo nono, regente Lusitanirm Joanne
d'este nome, o qua1,expelido o jugo da Espanha,fôra acla-
mado em Lisboa como rei de Portugal no anno de 1640.
§ 10. Educado por seos paes onforme os premitos
de ~iedade.aDenas xenou á idade considerada idonea
pari o ensino ãas letra< incetou os primeiros rudimentos
sob a diciplina e cuidado dos padres da sociedade de
Jezus, entrando para as escolas dos mesmos.
fj 11. Embora por vicio ingenito a mocidade em geral
seja mais accessivel e inclinada ao mal, hdavia com
igual proveito corresponde tí industria e ao trabalho dos
preceptores nas letras e virtudes : assim o nosso manc-ebo.
jti então dava claros indicios da futura probidade.
8 12. Quanto a Deos agradou esta inocencia de.
vida, e quáo amparado e defendido foi por especial favor
providencial 6 facil conjeturar pelo iminente perigo
de vida, de que foi salvo por intercesssão divina, wmo-
devemos crer. Pois conflagrada a cidade de Sáo-Paulo-
pela guerra intestina, que entre si faziam as duas mais.
poderozas familias,Pires principalmente e Camargos, com,
grande alvoroço e incomodo dos cidadãos, foi w n t r a
Estanisltío disparada unia bala de espingarda, a qual o.
mataria, si acazo Deos por particular proteção não per-.
mitisse, que o atirador errasse o tiro, quando aliás e r a
perito e bom escopeteiro.
hiijiis iioiiiiiiis IV, qui exçiisso tiis~iioruiiij1igi.o Uivssipone snlutaliis
fuernt rex LiisitaiiiitL aiino iiiillesiiiio sexcentesiuio qiiadragesiiiici.
'5 10. A suis pie educatiis, ciiiii ad eaiii pervenisset wtateni, q n s
addiscendis litteris ccnsetiir idonra, prinia ipsaruiii riidirneirta
sub disciplina pt cura P:itriii~i awietatis Iesu, eoriiiideiii S C I ~ ~ ~ ~ ~ ~ '
&!.OS.
g 11. i.icet natora. viUo ad irialuiii plt>ruiirque íacilior ac pronior
sit juventiis. iioii miniiri lamen in litteris,quàiri ir] virtiitibiis profectii
fmeptoriiiii iiidiistriit. ac labori rrsl>ondit;non Irvi;i jani tiini pnrbens
u t u m prohitatis indicia.
$ 1-2. Oiiaiitiiiii Iiac \-ita. iiiiioceiitil lbeo placuerit, ct uàiir
speilali pmviileiitili prult~t*liis;,li ipso fiii.rit alqiie drfrnsiis,
coiijicere I > \ i i i i i ~ i i i i ~ ~ i\-it;ib
~li ~writ.~ilo.
I;ICJP
e\ 1 1 i i o di\iiiitii?,. i i i tbst Ilar
PSI
credrrtl. t ~ r t ~ l i,fii,i,t.
i s i ' i i i i i ~ n i i i i Pniih~l~olilann
~i iirl)?;i i i t i ~ ? ; t i i i t i \~t.llo11s-
r r ,I i t t r t I I ' 1t1t1oriI111 f;riiiili;t*. Pires iiiniiriiiii *,i
Ciiiiiar~i~s.iiigt'iiti ~ ~ i v i ~liiiiiiilliiiiii atc iita iii~~oiiiiiiodi~ ~~r~~iiio\rb;ii~t.
tbsplosi i i i Slaniçliiiiiii i i i i t claii' pluii~ir~:i. aliia tr;ijr.clii. t~II1as~ct aiii-
II>.IIII.nisi 1)Pii.ç pro ~~t~i~iili;iri i i i eiiiii cura f ; i l l i ja~~iil.itort~iii, ali~qiiiifi
pcriliiiir ati]iithtlrroril ~ilt~riiiiii~iit~ iiesciii:ii ~ieriiiisissrt.Set' :ili:i zutierai
causa, ciir iniioctliis 1i:t.c \it.tiiiia eo vuliit>ribpetrretiir, iiisi qiiod 1.1-
ailera diasidcriliiiiii fariiili? originem diit-rrit :II- iiairirani.
VIDA DO PADRE E S T A N I S L . ~ DE
~ CAMPOS 9

Nem outra cauza podemos prezumir, que existisse


para contra esta inocente vitima dirigir-se o golpe,
sina0 porque de outra familia de dissidentes tirava a sua
origem e condiçiio .

CAPITULO I1

O qtce fer desde a ssita entrada 9ha sociedade até o seo


~rtagisteriode jilozojia

5 1. A sua virtiide e inteireza tornaram-se as&


notorias ainda na licençioza juventude de modo tal que,
como digno de nós, foi aceito na sociedade.
Adiiiitido pois n'ela pelo padre Antonio Gonçalves,
comissai.io geral cio Brazil, seguio para o seo colegio do
Rio de Janeiro, onde tambem era o noviciado ; e no dia
1'. de Abril de 1667 foi alistado entre os alunos, quando
contava 17 annos e algiins mezes de idade.
5 2. Vestindo o abito da ~ociedade~satisfez vantaio-
zamente a esperança e expectação dos padres, pois embora
as novas vestes, que tomára, o constituissem entre os
mais recentes alunos, todavia a virtude, que rapida se
robustecêrs, o colochra entre os mais provectos.

CAPUT 11

VU(Pegrrt t nh itigwsru i n socielaleni usque


nd pliilosophire magialcriiciit.

$ 1. Huiic iiiaxiiii2 in nioduiii absoliit;~juveiiliite, satis iiola ejun


virtus ac probitas extitit,iit a nostris digniis, qui societati posset adscri-
bl, judicaretur. In earii Igitiiradmissiis à P. Ailtonio Goiisalves Brasilir
commissario generali, ad colle inm Fliinlinis Januarii, nbi etiaiii
dornus probationis erat, se confulit, et die priina Aprilis anni mille-
simi sexcentesirni sexagesiini septiini inter tvrones cooptatue est, cniil
nienses aliquot supra se temdeciiii atatis s u a annos nuiiieraret.
S 2. SocieL~tis vesfe indutus Patruni spei, ac expwtationl non
r6 satisfecit: nam etsi nova, qiiam induerat, vestis euni tyroncs
i%r nuperrinios eonstilueret, virtus tainen, quani hrevi adultam lece-
rat, inter provectiores collocnbat.
2 P. I I VOL. ~n
10 BEVISTA TRIMENSAL DO IXSTITUTO HIBIY)Bm

Assim conformou as suas açóea e vida com m noi-


mas e regras da sociedade de tal maneira, qüe d @ 8
ainda creceo na inteireza de costumes, a qual, e m ~ n m t o
ele permanece0 entre os noviços, trazia ao aeo preceptor
grande consolaç8;o e nlio pequena gloria.
8 3. No tirocinio teve por mestre o padre Alexandre
de Gusmiio, varão famozo tanto por insigne virtude como
por extraordinarios feitas : este depois, quando falava da
louvavel vida e santidade de Estanisláo, afirmava com
certa exaltsçso de animo, que niio podia deixar de aa&
gloriar-se e comprazer-se,. porque fira ele o primeiro em
dar a provar e a sugar o leite, com que a nossa sociedade
costuma alimentar na primeira infancia a virtude de eeoii
Alhos.
Felicissima foi ~ertamente a sorte de E s t a W
por incetar a via espirituai sob a dimw de tal guia : e
claramente podemos -conjeturar qual ha santidade
do mesmo E~tsnisláo,auando pôde =Citar O eloXi0 de Um
varão santisaimo, e mekceo &r por este mm&dado.
§ 4. Feitos os votos depois do bienio do t h h i o ,
por ordem dos seos superiores permaneaeo no colegio fln-
minense,afim de estudar ret6rica,a qual então ensinava-m
aos eeculares promiscuamente com 03 noeeos manmbor
em aulas publicas, e não em escolas particulares, com
agora sucede.

Adb enim aocietalls norma ac rzbwlis se. actiones, ~ i t a mcom-


posnit, ut in illam exinde creverlt rnorum rol,itateiii,, qure suo, dum
inter novitios ageret, p m y t o r i magnnm telnde solatium. et gloriam
aKerebal non exiguam.
S 3. Yaglslriiui in tyrocinio habuit P. Alexandrum de Gusmam,
virnm non iiiinus insigni virtute, quain prodigiis clariiiii : hic poitea,
cum de laudabili Stanislai vita et saiictiinonia haberetiir sermo,
identldem et quadam animl exultiuone, attlrmabat, se noii parnm
gloriari. neque sibi gratulari non posse, quod spirituolis doctrinre hc,
qiio in tenera virtiitem infantia filios suos alere societas solet, Sta-
riislao priniiis ips8 ~iislantluin~~rtri.l~ric~rit.atcliie
srigendrim. Felicissiiiia
quiderii luit Staiiislai sors tali srib diice spiritiialeiii viaiii czpessere :
nequc o1)sciirc. conjici polcst, ualis esse tlebiierit ipsiiis saiictlta?,
iit saiictissiiiii viri animo inviyore potuerit, ai, eodemque iiieruerit
commendari,
$1. Emissis post bleiiniuni tvrocinii rotis,ln eodrmcollegio janua-
riensi superioriim 'ussu permansit. i11 studio rhetoriw o p r a m daret.
q u e tnnc srt?cularikus promiscue ac. nostris junioribris pnhllc~, non
uerb, ut fleri iiuiicsolet, privatim legebxtrir. Que ut plane assequeretur
Para conseguir adiantamento n'essa diciplina com o
rigor, que fortãlecêra o seo engenho, aplicou assiduo
cuidado, e com perseverante diligencia obteve realmente
ser enumerado entre os mais adiantados cultores d'essa
faculdade, de modo que, cursando-a por um bienio, foi
considerado perfeitamete abilitado.
5 5. O amor da virtude, que por cauza da umana cor-
ruç80, torna-se mais remisso, si lhe adimos o amor das
letras, Estanislko náo o vio desmerecer em si ; conservou
sempre o mesmo teor de vida, que tivera durante o tiro-
cinio, tornando-se mais proficiente nas letras; por isso
resplandecia nas virtudes,e a todos mostrou, que as obras
divina e umana náo são opostas entre si, e podem exerci-
tar-se com amigarel concordancia, e coadjuvar-se mut.ua-
mente. Por isso serrio de admiraçáo aos escolares exter-
nos, e nas nossas escolas deo norma e exemplo de vida.
Náo foi menos amante cultor das virtudes no tempo
em qne aplicou-se 9, filozofia e á teologia ; pois nunca o
rumor e o trabalho d'estas poderam obliterar no seu animo
n afecto d'aquelas.
5 6. Iniciado no sacerdocio,xamou como da sombra á
luz meridiana as palestras meramente literarias em be-
neficio das almas.
Em verdade n'esse tempo, por dispozir,ão da provi-
dencia de Deos, axou campo mais amplo, onde mais

discipliiiain vivido, qiio po1lel)at iiipeiiio, diligriiteiii cnrarn adjunxit :


qua cerle diligenlia ohtiniiit. iit iciter primores hujus faciilta[is cnl-
toree immeraretiir,iit ad ram per hienniuni tradendani masin,c idoneus
haberetur.
3 5. Jnni serb virtutis sludlurn,qiiod,hiimana exigente corruptione,
remissiua fit, si cum stiidio litterariim co 'ungatiir, Stanislaus nihil
imminui pnssiis ert : eunldem. qiio visera& tyrwinio. vit*tenonm
plane servavit ; iiiib qiio iiis in litteris proficere; eo videbatur ia
vtrtutihns sylendrre. et ii!ramgue facultatem divinam scilicx?t ac hu-
manarn non nihii inter SR oppositas amicahili qnadam in illo frnl
concordia posse, iniitiioqiie juvari oninibiis patalt.
Unde rxternis sctiolnrihus admirationi fuit, nostris vivendi in
scholis noriiiain nc exeiiiplar se exhihuit. Nec perinde mlnus hiit
stndiosns virtntutum ciiltur, quo tenipore philosophicp ac theologisp
incnbuit, ciim nunqulni in jus animo illarum arnori ac cultui obessr
p t u e r i n t harum sttepitus ac labor.
6. Sacerdotio initiatus, A lltterarnm palastra ad animarum luc1-8.
tractnda, velht ex umbra in solem evocatur. Quo sane tempore, Dei
]-ente espaihawe oa raios da sua virtude, que a l h
frilgia em particular.
g 7. Como no governo de Pedro Segundo, que admi- '
nistrava a Lneitania em nome de seo inuáo Aífone0,foira
u e s nossos cuidados trex pova@es de hdba
~ ~ ~ t r e g aos
no distrito de Peniambuco, aoonteaeo por feliddde. de
EstanidBo aer ele adido como sexto eos &o comp8nhei-
roa deatinadoa para esea expediçh. Aeitando com animo
alegre a comi&, e conformado sobretudo oaan a wn-
tade do superior, não o diasnadiram da empress nem r

-
barbaria do gentio, nem a rrapereeir do lugar, -ta
mais de 800 milhas do colegio de Pernambnco.
§ 8. Com quanta.benignidade começame a tratar de
rnetico rebanho confiado ao seo A o , e quanto fruto cor-
respondesse aos seos pios .deaveloa, embora nos não
gasee noticia, ou pela incuria dos nossoa antepawãw, m
pela injuria doa ternpoe, nos levam a conjeturar Já, a ma
insigne virtude, jB a sua pericia na iingua b r d e h , em
que primava : duas c o m que a experiencia tem 'nuis-
trado s e m Mmais idoneas para abrandar os barbaros, e
inciinal-os B piedade.
8 9. Aqui porém não pôde desiorar-se por muito
tampo, sendo pelos snperiores xamado para outro lugar.
U m provado e ass8a conhecido na8 letras maia sevema,

providentia dis onente, cariipum . inveiiit ampliorem nbi virtntis ra;c


ndios. q u e adio fulserat in rirato. Ialios. explicar~t
g 7. Cuni enim e s iiu J o Petri 11, qui Alphonsi 'lnlris nornine
Insitaniam admínistrabat. fk Indornm p i in Pornambocano tractu
nostria cnrandi traderentnr. leliclssimom % occidit Stanislao. qmOd
socilsqoinyue ad Iianc expeditionem abeuntibns sextns addereiui. Nec
ab ea alacri anluiò suscioiendr homlnem ad suoerioris volunlabnl
maxinieconforinatuni uef entium barbaria vel -uperitas loci a Pw-
potnerunt. - .
niunbncano colleaio dneenia ~ l u s-a u a mmiliiaribus dissiti demovere
9 8. iam ver;) ciiionam studio rnsticum gregem sihi commissoni
exco em. aggrederetur. qiiantusvc fnictus piis ejus siidorii~iisrespon-
d e r ~ t etsi
. \el riiajorum incuria, \c1 teiiiporuin iirjiiria ad tios usqui
non rvenerit, coiijeclura locuni fnciiiiit tiiiii iiisipnis ipsiiis rirtos.
tnm $gun Diasilira.. qiia iiiipririiis ~rniehai. peritin : q u e duo mol-
iiendis harbaris, et ad ornneiii pietateni iiiclinandis aptiora esse jani-
dudom docuit experientia.
\O. Sed diii hic iniinorari noii polnit, a snpcrioribus ali6 v o a -
tns.. ani ipsis probato ac plane noto ejus in litleris etiani sove-
rloribns, et scientiis prgPctii.l sylvis in scholas reducitor, designa-
e aperfeiçoado nas siencias, foi xamado dos bosque8 para
as escolas, sendo dezignado para ensinar filozofia aos
nossos alunos e aos estudantes externos no colegio de
Olinda, onde felismente peimaneceo no exercicio de
carsos regulares.

CAPITULO III
Gozou do munus apostolico
$ 1. Entretanto ocorreo um acontecimento adverso,
que veio provar quanta e quho solida era a sua virtude.
Ignoro, porque motivo dezavieram-se alguns cida-
dáos notaveis de Olinda e o bispo, e porque circnnstancia
nib coube a EstanislAo interpor previo juizo sobre a
controversia.
Consultado pelos dissidentes, que muito confiavam
na sua opiniho, pronunciou-se ele com inteira sinceridade
a favor dos cidadãos e contra o bispo, convencido de que
jamais devera praticar acto algum, que se afastasse da
justiça e equidade.
$ 2. Mal podemos crer qual foi a ofensa do prelado,
que por tal modo avultou, que nenhum outro remedio
pode aplacal-a, s i d o a retirada de Estanisltio da ci-
dade de Olinda. Portanto os seus superiores determinam

taque, ut in ellegio olindensi philosophiam nostris ac externis


legeret, no lelmiter exaclo curriculo in eodem collegto jusms
permanst

CAPUT 111
Apoatnlico munere perfungitzcr
1. Adversus Interim fuit eventus, quo perspicae, quanta et quhm
S
od fnent ejus virtus probaretar. Super re nescio qua, primores
dam Olinda cives ac e~iscoonsinter se dissidebant : nec DXk
Stanislaus, quin suum hic in'controversia judiciurn interponerêt. A'
dissidentibus, aui ejus doctrinae olurimum delerebant. consnltus. ea
qna par erat,. modestia pm civibus adversos episcopum pronuntiaFit ;
cedas nihil unquàm committere, quod ab que JUS ue decllnaret.
g 2. Credi v i i potesl. uanlam incurrerit pmulis%ensionem, o s
adèo p v i t ut nollurn alio! ejus M a n d e erliterit remedium, quam %ta-
rilslal ab ~iindensiurbe remotio. Ipsi ergo discessum imperant snpe-
i.etir,il-i), P n ninii11,ini p n r a i) ;\lnranlián, o n d r pnr.i. +
+o f p r ~ n rnpo~t111it.o p!.PlixrntTn-sri x h r i n d a n t ~nii.sw.
8 3 . . l ~ ' : i t l ~ ~ v lcom t i iiniiltlntl~r ~ i l i t c i r l ~tzi (IPVPT(1,.
ribc(11rncin. Iirniit:imPlittl tniiinii o cniniiilin n r i l ~ n a d n .r eni
~ J ~ P (1i:is
T P ~ \r~liill:I [ii'civinci I dii Vf.:ii:í, crpntla j ~ i n t nxric
limites rlli .\I,ii anIi5o. Cnmo p n r m por tlt.)t~tiicl.'~clr rA
tiimc prnciirasce o- cnmpanlieii.oç, qiie n'aqiicla I p ~ i k h
tinIi:~m m n oqr~irir)IIP r - t r P i t a ~ p i . o p o r ~ G ~f o~i ,o l ~ r i ~ ~ ~ ~ 1 1 1 ,
por rrtiiz onfvatlr~.i~ i l ; l i ~ i
tlemn~r ali [ror :ll:iitii
rmipn.
1. iinrrraranro miiciní-n s rni:ra tio.: i i e ~ n c i n s . ~ t r n l m r -
ua-sr- O ti~nitiltor l i i . ; ~Iiwnrilniiteq.t i prclntln,volt:indn n .i.
~ I ) r n t ~ t l : i ri*: ~tin , I lintfiiit t * i l r \ v n n ~ i)+-CP
r i i t.niiza (1:i 111(~ns? .
rlire I~;\t:iiiid!,ii 11 cr;~r,c ctiiii ( I ryjliti, rmlirii-:L ~uiiitcn im-
iiicreciil.m*~nt r.
T'nr i s t o o* \iilwi~iliie ~ rniiilnncln , cle pnrerpi., n m n i a m
(Ia ~ i i 1 2 1 ~ r : i ~ l l . i\-i:ir11111.P t ~ i ~ n ( I : ~ i ~u I. I Po p i ~ t l w.rGn -111.
timio -\114Irioni p,trt:i llit cifliulr~11t- t bIi11d:t p ; ~ r a:i l:aIiit!.
vizit~níli) toil(14 n.: I i i i n r ~ s ilr niiwõc. i n t ~ r l n ~ ( l i a \+*,
clrziznnin E%taiiisl,incliiiin srci c~cinipaiilirirnno m i n i s t c r i ~ i
alin~triliro.
3 . Arritri pni' rnrtac o n i ~ n c l n t n , i n t r t arom innxi~ii ,
f ~ r v o r4 1 tr:tl~:illi~~,q 1 1 ~ v 1 1 1 ~ I I ~ s i11.i - t t ~ i .S ' P ~ W l:111oi-
pwrrri:i t n t ~ i l r i i i b n tt ~1 q i i i ? r i i l i , t l t l ,I, 4. 4 1~rnlir:iclnP .;o-
lit7ito (Ia >:~~V;LI::LII (10 111i i x ~ ~ ~ ~ o ,

i,ior~v,ar rl;rrn<i~iiiii:i..r i l i i ii irnli:itni.


r l l i ' i ~ i ~ i i ~ i i ~ ~ ' , i r i ~ li If ~i i( i t i l ; \ ~ i t .
S :1. ~ I I ~ P ~ I I I ~ ~ I ~ 11111t11lilf-r
~:IIII IJW:~~(' rtsveritiis. ~ r n t i f ~ r ; ~it+,i ~iln~
vi'1111 1iri1\
ri) :h11 , Q I I V ~i ~
l l i i . l t i < #-.I i.1
liiiib Iitri~i
11,1111'11-. ' I'%(.
:: I . Trilc'r. 11: - i.i6rnriiI:ii.i~.-1 1 1 i i 1 . i i ~ ~Ii.;.iiilinl~iiii
1.1 illll llillllllll -111171.li-lt- "1<1 L!#,

8. i. riiinpoiii Iiirniiltiis,
~ i r ~ ~n iil t l
3' r.tnv(.>r.si~u
I I I ; I I ~ ' ~ I I C Ç I . ,
e , :~ ~
t i' , l ~ t ~ ~ i l i ~!V:IIII~S~~I.R
~ ~ ~ ~ ~ t i ~ 1~> 1 1 o i 1 -
sionis causa, q u ~Shnislni exilio, etsi pronus inimerito, Ine-
I)atiir. Qiiare sii eriorcs, iiiut;ita sententia, eunl ab inceptb itinere
revocant, et P.ii;iai!J Aiitonio Andrioiii. qni Oliiidensi ãb urbe atl
Ijahiensem, rrrnnia lia1 interjacerit ~OC:I riiissionil)iis excurrendo, iter
hct~iriiserat,:ipostt~tieiiiiinistcrii sociiim designant.
y 5. Ille, iiccepto per littcras iiianditto, laooreni, cui desliiinbatur,
fervoreaggreditur, quain qui inaximo. 0110 in opere sui lane oblitos,
proxiniorum ver" salntis unice iiieiiior, sollicitusqiie vi8ebatur.
Assidiio em ouvir os confitentes, infatigavel em con-
gregar e instruir, prezente e aplicado a todas as demais
funções do o0cio apostolico, constante e paciente em
tolerar as atribulnções ocurrentes da vida, a ponto de
excitar a admiraç8o dos circiinstantes, -nenhum maior
empenho tinha do que dedicar-se ao cuito e salvaçho das
almas.
5 6. Certamente n'esta narração geral eu deceria a
cada uma das circunstancias, em que mais se manifesta o
espirito d'este missionario, si por ventura a procela, que
arrancou-nos do Brazil para Roma, não incumbisse a
outrem o comentario das nossas couzas .
K l o falta quem, revolvendo os monumentos dos ar-
chivos bahianos, se recorde de aver encontrado, em mais
de iim d'eles, que Estanisláo fora decorado com o titulo
de egregio í)&x&nhario.
Pois si aos nomes e titulou devem corresponder os
meritos, quanto merecimento não devemos atribuir a este
omem? Certamente o padre Andrioni, varão egegio,
que teve EstanislBo por companheiro na excursiio, de
que falamos, muitas vezes o comparava a um engenho de
assucar, para exprimir a opinião, que da sua intlole
formava.
5 7. Esta explicaçáo, embora pareça rustica, não 6
desgracioza, nem inadequada ao omem, que definia. Por-

NihilantiqiiiiisIiabiiit,~~uiiiiiaiiiiiiarumcultui accurn!oiiininbvacare,
wnfessioiiibus audicantlis assitluus, concionandi iiistruendique niunere
infatigabilis, crrteris olficii ayostolwi functiorilbuu priiesens et intentus,
atque in :tbriiiiiiiisI ii:iS ~iassiiir<murrunt,tolerandis aü videntium usque
adiiiirationein coiisktns ac paticns.
s 6. Eriiiii ver0 ;idsingiiI:t.in cluibus niaiiifestiorapparuithiijus niis-
slonarii spiritiis, a geiii.rali i s k enarratioiie descendereiri, nisi o,ideiii
proceila. qiia rios t1 Brasilia avulsos Roniaiii transtulit, oirinia reru!ii
nostrariim comnieiitaria detulisset alio. Non desnnt taiiien, qiii rnemi-
nerint, se, ciim hatiiensis archivii moniimenta pervolverent, Stauia-
lanm egrepi rriassiona~iititulo decoratum non una in pagina oflen-
disse.
Jam si nominihus ac titulis debent merita correspondere, qnot
hominis istius merlta en hoc titulo rnanent inferenda ? Certt? Pater
Andrioni, egregius sane ir, qui Slanislao ad illarn, de qiia dixirnns,
excursioiieiii usiis est socio, eum saccharese arcab. ut conceptam de
i p i n s indole opinioneni exprim~ret,srrpeiiumero coinparabat.
$7. Qnw sank explicalio, elianisi rustica videri possit, neç illepida
est, nec lioiiiini tleliriieiido incongriia. Qiieniadniodum enim w h a r e n
quanto não obstante ser o engenho de assucar aspem
e. rude no exterior, no interior porem 4 xeio de suavi-
dade e doçura; assim EstanislAo, posto que rude no
, aspecto e auetero no teor de vida, encerrava no animo
ruirifica doçura e costumes suavissimos.
5 8. Quando os pecadores apreciavam a amenidade
cl'este varáo, níto podiam deixar de patentear-lhe todos
os segredos da consiencia, e entregar-se completamente
it sua direçao.

CAPITULO IV

8 1 No dia 1.5 de Dezembro de 1693 foi nomeado


reitor do colegio do Espirito-Santo, onde, mediante pater-
nal caridade para com os suditos e zelo na restauração da
diciplina,realizou a observancia das nossas leis, que tam-
bem persuadia com o exemplo.
5 2. Confessavam todos os saditos, que tribnta-
vam-lhe reverencia e amor igual ao de filho para pae ; e
isto fazia a sua prezença formidavel ao invizivel inimigo
da salvaç8o umana.

arca exteriiis, riitlis esl atqiic as~)t'r;i,intiis vtv0 suavitatis plma at( u r
ilulcedinis. sic S~aiiislniis,etsi rutlis aspectii esset ac \.it;ibratioiie ausfe-
rus, mirificaiii aniiiio tliilcediiiem iiioresqiie condebat sunvissinios.
§ 8. Quaiii Iioiiiiiiis diilçetlineiii qiiotquot semel gustahant peccato-
reu, iion pnteraiit quin eidom oinnes coiiscieiitirp latel~rasp:itel;werent,
seque oiiinimn tradereni dirigendos.

CAPUT 1V
Pro~rtoveti ~ ad
r prmft-ciicrns

.
' 1. Priiiiiiiii S[)iiitiis S;iiii*li i.ollo$io d:iliis t,sI ri'çlor t l i t ? 11ecini;i
i,uiii$x I)eceiiiI~ri ; i i i i i i i i i i l l t ~ . i i i i i i .sexc.ciitt~~i:iii
luiii p:iterii:i in .;iil~ilili,s~.li:iril;ili~,
iioii;ict~sii~ii
tiiiii ilisi.il~lin:~:
lerlii : ii111
\ ~ i i i i l i i ~ ; i i i i l : tciira,
~ in-
Iclraiii Irgiiiii iiiislraiiiiii ohi;~~rv:iiiti:irii,cliiaiii eli;iiii e\i~iiil~losii;i-
t l t $ ~ ~111.r
t , clili~eiit~~iii cipc>r:iiii exepit.
5 ?. 111 sii1)iliIi fatt~l~antiir oiiiiies,tluiii i l l i i i i i I);tri.iil l i l i i part?iiteiii
rc~t~rthiitin 1.1 : I I I I ~~~ri1.;1~~~11erei1111r;
~~P idiliie fortassi, i~ivisil~ili saInti>
1iuman:r Iiosti lorriiidnl)il~~n~ vel ejiis :ispectiiiii lecerat.
Pois, quando a certo individiio mal-assombrado apli-
cavam-se exorcismos, O demonio,constrangido pela virtude
d'estes, declarou, que pouco antes entrtira na fabrica
de assucar do colegio, e escitaiitlo o vento, dispersara
uma porção de algodíao, que estava exposta ao sol para
secar ; porem tentando de novo entrar no mesmo lugar,
vira em p6 e olhando da janella o filho de Ignacio, cuja
prezença lhe impedira o ingresso,e o obrigbra a retroceder
Por diligente indagaçiio do lugar, das circunstan-
cias e do tempo conheceo-se, que Estanislho fora o filho
de Ignacio, que o inimigo comun declarhra ter visto
n'aquele lugar.
t j 3. A concordaiicia de títo insigne prudencia e vir-
tude indiizio os supeiiores logo a promover a maiores ma-
gistraturas o oniem,qiie mostrava-se asshs preparado para
governar.
Por este motivo, entregue a oiitrem a administraçilo
do colegio do E~pirito-Santo,foi ele reger o colegio de
Olinda aos 6 do mez de Setembro do anno de 1698.
Como o seu fim era a aqiiiziçiio de bens, isto 6 , espiri-
tuaes, para mais facilmente conseguil-os cuidou do seo
governo com a industria e solicitiide costumada.
tj 4. O primeiro estudo foi unir a si os companhei-
ros de oficio,e o segundo foi aumentar as forças do colegio;
Nam, çuiii obsesso cuidaiii exorcisiiii adliibarentur, horoni rirtute
constrictiis dsmon fassiis est, saccliareaiii cvllegii ofiiciiiam se non
ib pridem Liigressuiii, et quamdani gossipii portioneiii a rico, ut
exsicaretiir, e a ositam turbine excitato dispersisse; &n!in, com
eomdein ingredi k c u m rursus teniaret. stantem vidisse atque afenestra
respicienteiii Ignalii íllium, cujiis aspectu fueratet ab ingressu prohibi-
tas. et reverti coactus. Quaro facta loci, circiimstantiaruin, ac teinporis
diligenti perquisitione cognitiiin ~ s Stairislaum
t puni fuisse Ivnatii
filium, quem in illo se loco vidisse c41iiiiiiunis hostis pronuiiciarat.
$ 3. Tani insigni~prudentia., ac virlutis concordia superiores vel
h riiiiis im ulit, ut hominem, qiii ad regriidum rnaxime comparatue
v i i b a t u r , a8ainpliores magistraltis in dies provelierent.
Quare Spiritus Sancti collegii curaalteri tradita, Oliiidense excepit
moderandiiin o c t ~ v oidus Sptenihris aiiiii iiiillesiml sexcenteeimi nona-
m l m i octavi. Jani ver6 ut aroDositiim sihi tinem. bonorum videlimt
ipiritualiiii~icom arationoiii, ~sseqiieri~tiirfaciliiis. ea qua solebat,
industria el sollic\utline conariia ;id i l l i i i i i iiiedia ciiravit.
S.?. Primuni ipsi studium socios continere in oficio: altemm
c o l l ~ i facultates
i augere : cam probe sciret s iritoalia bona, nisi tem-
poralia m d a n t ad ricturn necessaria, difflcuier pos~,per legumobser-
3 P. 11VOZ. LU
18 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

pois bem sabia, que os bens espirituaes, si acazo não se-


proporcionam os temporaes necessarios á snbzistencia,
dificilmente podem obter-se com a observancia das leis.
E para o aumento das forças do colegio não em-
pregou outra industria sinão a ereção de fazendas n'a-
queles lugares, em que reconhecia darem as despezas ds
cultura lucros avultados.
5 5. Por esta razgo no terreno, que xamam Cnrsahi,
construi0 um engenho de assucar; e em pouco tempo
obteve rendimentos, com que não s6 provêo B sustenta-
ção de numeroza familia, mas tambem pode acudir S
mizeria dos pobres ; e porque importava ao seo 00ci0,
tratou mais livremente de vigiar sobre as açóes dos seos
subalternos para conformarem-se com as normas e regras
da sociedade.
Pelo contrario porem os qne tiveram a administra-
c$o tio colegio de Olinda, depois de EstanislAo, sofre-
ram todos grande carencia de viveres, desde que, embora
por justa cauza, mas com exito infeliz, transferiram o
predio para outro local ; pois dalii por diante a abnn-
dancia converteo-se em penuria, e contraliidas muitas
dividas, mal podiam manter pequena familia dos socios.
5 c;. EstanislAo ocupava-se da comodidade dos seos
subditos, e tamanha era a liberalidade para com elies, que
96 julgava-se snficientemente provido, quando os viveres
preparados para nm anno pudessem ser consumidos com
fartura e sobras.
v;iiili;iiii açtliiiri. Ksqiie ad f:iciiltatrs arigentlns xlin iisiis tbst iiitlustria,
1111àiiiliiiitl~~riiiii iis iii locis ereclione, tluos n o \ e r a t ciiltiirnh e s p e n s â s
iiin~iii)criiii fti~iioreredditiiros.
5 5. I J I I ~ ~iCn eo t e r r t ~ tr.actii. queiii Coii)saiiii rocniil, s;iccliar&~in
ofic)iiniii t:u11~lruài1 atb eos
: I)re\.i iiide redtliliis arccpil. ex tliiiliiis non
nlendx soliiiii iiiiiiicrosnl inniili:~.ncc.ess:iri:i p;irnril, sei1 iiiopiiiii etiani
riiiseriis [~oliiiloçciiTerc, e1 qiiod eiii t~íiicii intereinl, siioriiin arlio-
nilliisad i~oriiinriisocielatis ac r e ~ i i l a coiiipoiieiidis
s lil)eriiis in\-ipilare.
i'tiiili.:~\t>iii iii:rzii:iiii :iiiiion:ia tlilliciiltalciri. qiii 1 1 i ~ l S1:iiii~laiini
~ ~ l i i i i l c i i ~ i ~ ~ ~~ ~ ~ i l:Ii ~
~ f~t :~i ii~ it i iiii~ ~~ -, (~IIOI
: ii i i i i lt .~ \ [ i ~ ~ i . zt iii i i l ~ ~ i i i r i t ~ t>x
~ii.:1~~1iiii11 i I I i i d J I I S I , ~ i l i i i t l i ~ i i i tlr < ~ ; i i i ~~; i~. \ t ~ i ifaiiicii tii iioii Ii<iri. ali11
r : i i i ~ l ~ i l it .~ i t~l i;3 i i i c ' ~ ~ l ' ~r i. L i . i i i i i :illliiriiti:i i i i [~t~iiiii'l:iiii
i i ri i ~ \t8i.s:i.i i ~ i i l l i ~ -
I I I I I ' t . ~ ~ i l i ~ . i , ~ I i ii~~iiiiiiiliiis.
?; \-i\ t ~ \ i ~ i i : i i i~ i ~ t ~ i ~ r I.iiiiili:iiii
iiiii :ilrrr
~'i.ulii~'i.llll
I;. .\dt.a> ~ i i l i i l i l i ~ i . i i i i ri ~ i ~ i i i i i i i ~\;i~.:ili.il dis S l : i i i i ~ l . i i i ~ t.iiil.iilii*~
. iii
tLosci..it li1~1~i..ili1;iti', i i t i ~ i i i ~ l ~ l i ii ipt li (11' 1i;ii;ito ;i11 ;tiiriiiiii \ it.111-bti.irii
iiIIr;i iiieii\iir.iiii iiisuiii~~sissc~iit, til~tiiiiec u l l ~ ~ c a t u i:i:~tiiiiarrt. ii
5 7. Algueni denunciou-lhe os irmãos ajudantes do
arranjo domestico, porque uzavam com demazia do vinho.
Porventura (perguntou Estanislho) amam o vinho ao ponto
da embriaguez ? Respondendo negativamente o delator,
acrecentou ele,que portanto consentiria, que esses irmãos
consultassem a siia sede,como quizessem, e so não queria,
que bebessem alem das duas ou trez pipas de vinho do con-
sumo uzual .
5 8. De quanta benevolencia uzava para com os seos
subditos, de outra tanta por esse tempo uzou para com a
barbara nação dos Tapnias ; e por este meio obteve xa-
mar a conselhos de paz esses animos ferozes e acerrima-
mente infensos aos soldados paulistas e indigenas d'a-
quele territorio, e arredal-os da sociedade e da fede-
ração com outros barbaros, com cuja multidiío podiam
ser oprimidas as poucas tropas luzitanas, afligidas então
pela peste da variola.
5 9. N'este tempo outra ocaziiío xpareceo a Esta-
nislbo para exercer e comprovar a sua caridade.
Doze companheiros nossos, partindo do porto de
Cadiz para transportar-se h provincia de Bnenos-Aires,
por erro do piloto foram ter hs praias do Rio-Grande em
terras de Pernambuco, consiimido todo o mantimento e
periclitando o navio : e recebendo-os Estanislho com
paternal caridade, ospitaleiramente os agazalhou durante

5 7. Fui1 ((ui fratres rei doii~esticaeatljiitores apud illuni deferret,


qnod vino largius iiterentur. An 11s ue ad ebrietatem (delatorem
mgavit Stanilaus/ riiic! indulgereiil? J!lonegante, addidit- sincret er#o
siti illos su:e, nt ihuerit, consulere, nec eosdetn potiús 'sitire, q u h
duo vel lria vini dolla ultra solitum consumi velilt.
8. Quanta in subditos benevolentia tanta p r id tem ris erga
barbaram Tapujaruiii nationerii ususest: qiia obtiiiuit iiidusKa ut fe-
rocientes animos. et Paulopolitaiiis iuiliiibus indigenique illius terri-
torii acritbr infcnsos rul x i s consilia retrcmret;averteretque asocietatt?
ac federe aliis cum haiaris ineindo, quorum niultitudine paum ac
variolarum morbo affectce Lusitanorum cohortes opprlmi potuissent.
$ 9 : Alia sub id tem ue Stanislao se obtulit exercendteacproband&
charitatis occasio. Duogecim ex farnilia nostra ~ocij,cunl e Porin
tiaditano solvissent ad Boni aeris provinciam transrnissuri, errore
navarchi ad Flumen Magnnm in ora Pernambucana appulerunt con-
suniptis omnino corneatibus, et nave periculum minibnte : hos dtanis-
laus paterna charitate amplexus, partem in olindensi collegio, partem
90 REl7ST.4 TRlMCIEVSAL DO INSTITWTO RIQTnRTrfi

qacitro mezes,parte no colegin de Olindn P parte em ontras


rczirlenrins, e 03 ohz~qniniicom oficios d~ l t ~ n e \ ~ n l e n c i ~ ,
qiip nial SP p n r l ~ r i ~wperar
m de ntitro .
# 1 O, 'J'niln o cl~trirneiito sofrido ele reprtrnn, e de0
dinheiro, com qna cnmprawem virtiialliris par3 n resto da
v i s p m ; f í n s l r n ~ n tn~parelhado nnrin mrnor, em que
maiq rlepr~cisaalcxriqas.;em n pnrto tln il~stino,e s a t i s f e i -
t e nhriyaqijes d p torlos, o.; iie*pedio (:%ti-
tas l i h ~ r a l r n ~ n as
v o s dp tanttc li~nimidnfle.
$ 1 1 . .liil~on;in ~ P V P I omitir ' qiiRnt;i fni a ~ r ~ t i d : i a
(1'~lespara ciini n hcneiic~nt~is~irno ospwipiro. Eu1 rcrdsde
por alyiirn tempo toiioq c l ~ sy i r ~ r a n ino I',zrnrrtirii, P Si?-

ram prr I n h ~ n e f i r i or e c ~ h i í l n ,i.ecnn~nir~ndrindortc~


pwttpríi! )ri4 ile I-ar50 t:in Ijencmerito nnte ~ 1 ~ 4 .
$1 t rl~pois cle mnitos nnnos os nncsns VOU-
r - . ~*
rranw i i riqriPin proviuria I~mliravani-sc.cl'ple, n.20 sc es-
qiieririm fie pergiintsr por nnticias siins, P rliieixavsm-se
roni prznr ( l i a niinrn 1 1 1 ~ -t e r p ~ d i d nolizeclnin n l ~ i i i i iaqriele
~ I I Aciimnlítr~os sens a n t e c ~ s s o r ~rle i i tanto.; r txm:inlirin
heneticios.
31::. Por ando 0 ~ ~ z i 5de0 C der ao
favor, Itpayecea i ensqio fia n f m ~ r
Certo si~gei,,~,,tIillllst~ de naciruerito v .,,Ul ,alio de
Est;ini+io, rtrnfnrme S P dizia, fiiira lrvad O a09 carceres
de Biienns-air~s corno sllspeito 11a crime, ~ m l i o r a fiissr:
In ~.~Jid@ntiis
qllihn~darn. er quahor IIIOIISUS ~ i ~ h I~ospitalilPr.
~ ~ i t
q i i e LIT TI^ l~ctnt=vol~rifi:~~
od:iis, I I I I T vix nl) alio ~ ~ p c t x pr i ~ ~ ~ ~ ~ ~ i ~
S 10. Nam i liiili1uid d~trirn~rili arrt?p~r3nt,reparavit;~ r i r i i ; i i l i
ronliilil, qiin mlirl~i;i~ ~iai-tptioriirierru.:iri:i P R ~ P T P I:I ~ i ~ ct.ill(llv!;
nitniiri na? i ~ i op:~r.~to, ({no .IU d ~ ~ t i n ~ t l lpi~rtu~ii
lll r . 1 1 ii~s31.1.t~iIi~rt~11t,
iiniiiiliniqup cnntlnnatn Iilwrnlitcr ~oliitiriiii~, ,.ris irisisii i ~-aIito< i~t.:ri I -
nitxlp :I se ilririisil.
5 11. h'eqiiv I~icomitfendnm cannm, qiirrnam il)snr~iniIiwrit Prz:i
bcn~tlcantis~iiriiir~i tioli1iitrni ~ratltiiíln. Siiltiiilem oiiiiieq, rnrii nc.cn[\li
bineilcii, cl~inuiliitin I';ir;iyiiari:i ViYtXr8pr:i,i*iiiiripntif isuent, iteii~.i~i~~-
riti erga se vlri memoriam ad posteros transmbere commendandam.
$ 12. Unde multlsetiam post annis ejus meminisse, ac de ipso
yciscitari non destiternnt illins pmvinciae soeii, hoc z g r e ferentes quod
.b lis nihil unqnam obsequii postnlaeset, qul majores suos tot, tantis-
que beneficlis cumulaverat.
S 13. Quare omnem occasionem captantibns, qua eidem gratiam
mpendereiit opportnna se obtnlit ld ex uendi ratio.
Aii ~ o naemi cnrcerem ductns f n e a vir quidam, domo PPILIO-
pfitanns, et Stanisld, nt ferebatnr, sobrinas, quod in swpicionem
inocente. Sabido o cazo pelos padres, intentaram por
todos os meios limal-o da prizBo e das penas. NBo tardou
muito ; pois, reconhecida logo a sua inocencia, e livre
do carcere e da pena, o enviaram ao tio na patria com
demonstraçbes de gratidilo.

CAPITULO V
Governa o colegio cEa Balticr
§ 1. Emqnanto pela India ocidental percorria a fama
da caridade de Estanislh, preparava a Divina Providen-
cia nnncios, que tambem a levassem aos indios do oriente.
Estanisláo governava o colegio da Bahia desde o dia
17 de Outubro de 1706, quando Francisco Laines, que
fora tirado da nossa sociedadepara ir ás ilhas de Meliapor,
xegou 9, Bahia 80s 2 de Agosto de 1708, trazendo um ea-
qaadráo de qnazi 30 confrades, com os quaes partira do
porto de Lisbaa para as missbes da India oriental.
5 2. Embora f6sse mais estreito do que convinha o
espaço d'aquele colegio para comportar o numero de con-
M e s abbrevindos, todavia a ampla caridade do reitor fez
oom que se contentassem todos com a ospitalidade, que
efectiiou-se á custa da propria comodidade dos seus.
criminis cujusdam, et si insons, veniasel. Re p a t m cognita, cum
vincolia, ac paenis snbducere per omneoi operam aggressi sont. Necdia
foit, qnin, cúm de ejns innocentia hrevi constitisaet, et a !?arcem, et a
p n a snbeonda Liberum, soie erga avoncnlum gratitndinis nnntinm
in patrirm rimitkrent.

-
CAPUT V
Preficitrr collcgio bnhicnsi
S 1. Dnm hac de Stanislai charitate r occidentalem Indiam vaga-
retw iama, non pancl a Divina ~ r o v i d e n gpsrabantnr nnntii, qni
ad orientales Indoa etiam defemnt.
Assim mandados para uma quinta suburbana os man-
cebos estudantes de retórica cou o seo professor? depois
distribui0 os demais confrades de maneira que cedessem
aos socios forasteiros, como mais'necessitados, quazi toda
a capacidade do colegio.
Acolhendo-osna abitação mais comoda,que tinhatetra-
tando-os com francaliberalidade,reparou-lhesas forçasaba-
tidas pela prslongada navegação,e a quazi perdida saude.
5 3. Como j&se aproximasse a nionçiio oportuna para
a navegaçiio, nada omitio para que os viajantes tudo ti-
vessem abundantemente para o espaço de trez mezes, e
os premunio copiozamente de tudo quanto fosse n e m -
sano para a diuturna viagem maritima. As quaes
couzas preparou com tanto afecto de caridade,que cauzon
não pouca admiração aos estranhos e aos familiares.
E posto que EstanislAo primasse em caridade psnt
com todos, e nada poupasse em seo detrimento para acn-
dir a todos os necessitados, comtudo maior era a sua
solicitude para com aqueles a quem administrava. Niío a6
os confrades, mas tambem os famulos, principalmente in-
fermos e valetudinarios, o encontravam benefico d liberal.
5 4. D'entre os predios rusticos pertencentes ao co-
legio da Bahia o mais notavel era a fazenda da Pitanga,
util pela fabrica de assucar, e frequentada por grande nu-
mero de escravos, que avultam nas oficinas d'este genero.
ritb d o r i t propriri siioriirii coiiiiiiod~i ~ ~ r : ~ I e r i ~ i i t l a Ihqiie
iii. jiiiiioribnu.
jui .rl~!:luricit:o11er;iin tlabaril. i i i siil~iirlianaiii rillaiii ciiiii ~iriccrptore
imissis. reliquos deiiidk socios r;l ilistriliiiit r:itioiie, iit ~ieregrinis
totarii kre collegii ainpliliidiiieiii iitl)ote t~gc~iitioril~us coiia~tlibreiil.Nec
+.os tantiiiii coiiiiiiodiori~.c[u:r potiiit, Iial)iL~liniii~, si1d larga t,ti:iiii libe-
raliiate crcepit, nullix parctsiis siiiiiptilius. tluo ilisoruiii \irtls Ioriga
narigationt. Iractas, raletutliiieriic~iic~ peiii* aiiiissniii repararrt .
$ 3. Jaiii verii, curn tciiipiis iiistaret iiavigatioiii o p ~ ~ o r t u n u i i i , n i h i l
non clgil, iit quos triuni iiit1nsiiiiiispatio lauti* Iiaburrat, eosdrrn copiow
instriierixt reliiis oiiinil)iis, diiitiiriio itiiipri. eitliiih iiiarilinio iieces-
sariis. íJ11;is oiiiiii:l 1,iiito ~ ~ r i i ~ a l icli:iiitalis
lit aIiei~lii,i i t e~to'riiis n,qiii,
aliliicl tluiiic~alici~ adiiiriatiorii Iiierit iioii t3xi:.ii:i,.
E t si \.pro S~.2111~~~lld (:xiiiii:~in t , i i i i i r l s rliaritalt~Ila:r:iii~t, iiiillit~iir
I):irccv't~tsiii tlrtriiiit~iito.iit ~ ~ ; i l ; i i i i i t oi ~
l ~i s
i i l i i i ~ l i lop'iii
) i ~ t alli~ritst;i'oriiiii
t rrnt!ri, tlriiiiiiiii [ira riiiiiiei.ibi.iir;iiii p.rtslial, alteiilii~ri l l i t1rat siillic-i-
tiitlo. Ner siicii iiiodi) s1.11 t!li:iiii iii:iiicil)i:i, iiiliriiia pr:t.si~rtiiii c1 r:ilt~tii-
diiiaria, Iicbnc~liciiiii e\lirrit~l~aritiir nc Ii1)eralim.
S 4. En ~irii3~liis.clii:t: atl H:iliieiisc. colltyiiiiii epeí~lairl,i i i s i g n i i i s ~ r a t
Pitan~ciisi., ofliciiia s:iccliarca iilile, tiaque 1rei~1it:ris stbrroruiii uiiilti-
tiiliidiiiv. ilii.in iii ibIfii:inis 1iiijiir;riiidi iirqiiit vsschI I I I I I riingii.1.
Quando EstanislBo ia a esse predio, não indagava
logo da cultura dos campos, nem da quantidade e quali-
dade do assucar, perguntava porem pela saúde dos servos
e pelo cuidado com que eram tratados.
5 5 . Vizitando as cazas, onde abitavam, inquiria
d'eles, si sofriam algum mal, si padeciam molestias, e si
eram tratados com brandura ; e os exortava a que, si de
alguma couza precizassem, clara-mente o dicessem com
inteira confiança.
Si descobria alguma falta, logo provia e mandava
providenciar para que dali por diante por nenhum motivo
de despeza ela se reproduzisse.
5 6 . A esta pia liberalidade correspondiam largos
gastos ; mas tambem Estanisláo nenhuma industrir pon-
pava para aumentar decentemente os reditos do colegio.
Dotou a fabrica da Pitanga,cujos gastos quazi todos os an-
nos consiimiam a receita, conl moenda d'agua, e por meio
d'esta conseguia, que se fabricasse com maior celeridade
maior quantidade de assiicar,do que antes se fazia, e com
..despeza menor.
3 7. .Edificou cazas na cidade para nlugal-as aos mo-
radores, afim de qiie niio proviessem as rendas de uma sb
fonte. Na execução d'estas couzas consumio tudo quanto
podia obter de parentes a titulo de esmola, de sorte que,
Prrdiuni istiid qiioties adiret Staiiislaus,,. non prius de agmrnm
cultura, de swchari copia et banitate, aiit aliisde fructibus rationem
exigebat, quAm de serroriim valetudine, d q u e cura circa ipsos
adhiblta interrogaret.
S 5. Domos, iibi 'accbant, invisens, ab eisdem, quid paterentnr,
qiia afflictarentiir modo, qua sedulitate curamntur, quaritabat ; hor-
tabatnrc UP, ut si ciijusquam rei iiidigerent, apertt! ex nerent et confl-
denter. befectui, siyuem depretienderet? providebat. epprovideri dein-
ceps, nulla siimptuum Iiabita ratione, imperabat.
S 6. Pite tiuic largitati non poterant magni snmptns non I%
.der8 : a t Slanislaus nulli cliarn parcebat Industria,qaa collegii r e d g h .
bonestk augendos reputaret. Pitan ensem oíilcinam, cnjus expensa
singulis ler+ annis i u m lucro certaRhanl, aquaria .instruxit machina,
eaqne ohtinuit, ut magna .sacchari copia et celenus. quain antea, et
minoribus expensis deindb conlieeretur.
S 7 . Domos etiain in urbe extruxit civibus locandas, ut non uno
ex capite lacultatum augmento provideret.
In bis verb iiioliendis perflciendisque rebus, qntecum ne a cOn-
m i n e i s e k m o s i n ~nornine corrogare poterat, mnsnm&t omnia
ut wllegio. cui operum laborumque frnctnm destlnabat, Iucnifi
24 REVISTA TRIMESS.4L DCi ISR'r2TUTO 1iISTI)RICn

remo~idxtoda n ocaziiio de dispendio,cnubesse mais solido


lucro an colegin, rt qrir!ni 11cstinnva ri f'rrito das s u n s obras
e t.raliallios .
l'rncsilia de mn.neira, cliie a snrr snlir.it,tiiIeri50 ficava
rrhgorrida pelo criidnrlo d s temporttas ; niites cuni-
pria com t.tt~itonrdni. n 0 :in d:i tliciplinn r~grilnr,
como si p o r sen olicin ni z x Ilie niio tricasge f a ~ ~ r .
E p r o m o v i a a tliscipliiin iino nt cnm p a l a v r a s e syilic.;iq:Fn
de peiias, mas pirincipaln n o escmplo.
6 S. Conito admoe companlieiros po
aqnilo qite ofen (li8 (3 11z i , nssiin t;inihrrii
niinra af;tst.a~a-seum ap1c.e.r iigia da nota rle siri,?ilnriris~ie
em qtialqner coiizw, e yri~icipnlnicnt~ n critavn n n rcimi11:i
eno vestitario ; por igso repiita,vii, como ofensa, si ern tra-
t.ado com mnis distinyiin d o qire oiitro qiialqiier por arliir?lcs
qiie tra.t:iram d ci s negacios doiiie 3 t.~cns.
'
8 '!i. Acont;ec,eti,~ I I OP s ~ r v t ~ n(10t e colerin c.nlocoii nn
se0 log,ar certa irtiaria nlhni rlns rlii'i tinlin-ni-se prcparntll~
,I*-..:..
par8 OS iiauii*i> .
confrririeq.
F:xn.ltoir-se c.cirn isto o piedozci monEp,e esteve s ponto
~ ciilpn ; pois si o ol>zeqiiio pn-
de piinir p u b l i c a i n ~ n t , a,
recia in0cent.e xo scrvn, ao reitor P : I ~ P S~~rW a n i l epecndn.
e iritolcrarel ofensa h r.nnirinirliti-
$ 1 n . E r a pmri:ni c l ~ s p i d n idsrle n s c n i i z a s
relativas rto cnmndo do:: siidi s embni-a ~ ~ N S S P
-

afferret solld iris, aiiiota omrii rsprndeiirli oi?cesioiin. Aberal l n n i ~ n , n l


e j w sollicit~ido una tem[~irait~ini clirx al~st~rht~wltir : i r i i h recul:4ris
ilisci linz rblis~rvantiani t:intir i~ricolint arilriri!, ; i r , ~ i r x rifficiii niliil
i l i i i ~ YIinbernf rciritiiienilaliiri~. Enrii 1-w" rioii rnrbis ti?ritilrii. :ir11
I1:onnrutii irillictiíiiir, sei1 escrnplc~riiaxinit5 proniov~liat.
5 H. Qtieniad iriodurn Priim repr?li~nilrhxtin acciis. cliiidqnid com-
rnnrItarri IISIIIR olli~~ldis~it~t, sil' eli:irti niliil i~iicpt:iriin~linlsil,([i~odali 4.0
tranqv+>rs~i 111 v ~ lincli+~li?
l dwIi~i~rt?t.
i J i i X s~iigi~l;irilnli~ricilaiii (.i1111ceteris in reliris e!itipor*t in victii
+ n ~ ~ I I Ir I I i r 1 1 1 i s s i 1 1 1: ,2ilci'i ir1 ol7rririnriis l0i.11
~ I I Sr v ~I ! ~ > I I I cur:~,
Kh;hr+,t, 51 : i t b i[>, I ~ I I I ~ I,V:I~ I ~ ~ ~t!~I~c.?tiii<
I ~ ~ : I ~~ I I ; I I I Ic x - f i > r ~
tractaretur.
S 9. Contigit, ut e1 pmter obsonia q u e sociis parata fuerant, nepcio
quid exquisitius apponi fecerit collegii iiiinister. Exarsit homo r e illa
commotus, vixque abstinuit ab eo publice uniendo, quod ministro
innoceiis quidem obsequiuin, 1 si ueró g r a d e piaculum, et non tole-
randa comuniiatis oiiensio videlatu;.
S 10. Ab hac porrd severitate alienus erat in iis, u~ ad s n b d i t o m
commoda perünerent : nam, etsi i n asserenda ?isc,piina consians.
constante e incansavel nã pratica da diciplina, inteiramente
repelia a austeridade, e procedia em tudo como pai verda-
deiramente benevolo.
Por isso sempre intentou e pretende0 conseguir a
emenda das ofensas, quando tinha cabimento, sem o em-
prego de pena mais acerba do que rt repreendo. Por este
motivo uzava de calçado bulhento,para que, si encontrasse
confrades conversando fóra do tempo da recreação, os
advertisse com o estrepito, e os corrigisse,sem confundir
oa culpados com outra mais pozitiva exprobraçilo.
§ 11. Si lhe pediam Licença para receber alguma soma
de dinheiro emprestado de estranhos, primeiramente per-
guntava de quanto precizavam, e conhecida a justa cauza
do pedido, contava toda a quantia do seo peculio. Isto
que fazia com os mais necessitados, tambem praticava com
aqueles que em suas mãos tinham dinheiro depozitado .
Estes naverdadejulgavam gastar do proprio depozito;
mas depois, quando recebiam inteira a soma depozitada,
sabiam então, que não tipham despendido do seo dinheiro,
por8m sim do dinheiro do reitor.
A ele porém nada jamais impedi0 de sustentar essa
beneficencia ; e n8o cauzava detrimento As posses do
colegio, pois uzava da liberalidade dos seos parentes, que
para com ele eram dadivozos .

oiiininb eeset atque indefessiis, austcritatein maxiioe abhorruit, et


quidqiiid aliiid patrern vere ùenetlolurn dedeceret.
UndC nohariiiit riiimenilationein, si locus daretur, absque acer-
hiori p n a , ;iut etiaiii reprrliensione consequi et seni r bahuit in
animo, et eonatus est. Quairiohrenicalwisnon nihilstre irntibus uteba-
tur, ut si uos ofienderet entra recreationis t ~ m p u sco%oquentes,edito
admoner3 strepitu, atque eorrigeret, qiiln objurgatione alia propriús
coníunderet dcprehensos.
S 11. Siquis pro pecuniae sùiiimâ ab erternis +lpiendafacultatem
peteret; primuni,quanam in rc forot expendenda, intarrogabat :cognita
deinde justa petendi occasione, totani pecuniai summam numerabat
de suo ; id quod ciini egentioribus prrrstabat, atque etiam cum iis, qnl
bnuem surnmaiii apnd ipsum depositam haberent.
Hi equidem de proprio deposito putabant se e5pendlsse; at cum
integram, quaai deposuerant suminain. p s t e a rw~perent, non aia,
sed rectoris pecunia usos se illatenus fuisse deprebendebant.
Huic vere berieficentlz susteiitanda! nihil unquam impundit, uod
cdifjgii facultatibui delrimentu!o aflerret, usu8 wgnatoruiu l i b a l ~ t e ,
qnae erga Ipsum erat non mediocris.
4 P. 11 VOL. LU
5 12. Quanta fosse a sua beneficencia para com o8
seos compaiilieiros 6 facil deduzir do cuidado, que aplicava
para que llies uiio faltasse couza alguma necessaria ao
bom passadio da vida.
Procurou manter exatamente tudo quanto estava
prescrito nos cadernos de apontamento dos costumes em
relaslo leconomia dos alimentos e vestuarios, embora
essa observancict algumas vezes custasse mais do que per-
mitiam as forças do colegio .
5 13. Por estes meios ligoii a si o animo dos snditoe
por tal fbrmtl que o auavam quazi como pai, e apenaa
algum ilveríii, que, advertido por ele, molestauente o cio-
fresse, ou o contratlitasse .
I'osto qtie porbm fugisse a toda a especie de ansteri-
dade, coiuo sciiiia dice. nln podia absolutamente dispen-
sal-a n'aqueles cuzos, em que elguem procedia pouco nmil-
demente, e enfio posposta qualquer intercessão, aplicava
o castigo.
5 13. Por acuzo viera Bcozinha uni dos nossos novatos
para ii'uquele lugar receber os vazos deablucáo,como mui-
tas vezes se pratica em sinal de nmildade. Como porém
n'este triiballio,que costuma ser feito por dous,visse,qne a
ele se n&oreunia comynnlieiro, que fósse de condiqh re-
liqiozn, arrogantemelite perguntou ao cozinheiro, si por
renturit llie destinavam fazer o serviqo de parceria com
iiui esc.i.n\-o? pois lhe iiáo cabia emparelhar com servos.
-- . .- . . .. .

S 13. i : i i i i i riiit.iii c;i in socios rssrl I~eiietiçi*ritia,~)lniiiiiii1.~1intetli-


grlre, tlii:iiilaiii Adliilit,rrt ciiriiiii. iie cliiid ilisis deliveret ;i11 vit;iiii du-
cc~iitl:iiiiiic~(.c~ssnriiiiii. Certi. qiiidqiiid atl viçttis \-rstitus<liic'nroliomiaol
i11 çoi~s~irliitl~iiiiiii :iri\.ersariisrsset ~irrrscriptuiii,servari~ ~ i n i i i i Cura;
io
Iiiit. elsi Ii:tL(- oliservaii1i;i rariiis alic~tiaiidi~ coiistrrrt. qiiaril roilegii
Estanislho, por isso que tratava-se de limildade, rece-
beo com desgosto a noticia do facto, e niio dispensou o
mancebo do merecido castigo, apezar de interpor-se a
autoridade do principal religiozo .
5 15. Foi constante defensor do livre ensino dos
mestres e principalmente d'aqueles que explicavam tudo
quanto pertencia 6 boa goveriiação .
Advertira, que os mancebos estudantes externos das
nossas escolas de filozofia, aplicavam-se menos cuidadoza-
mente do que era necessario para fazerem progressos reaes.
Por tanto dando oportuno remedio a este mal estatuio
e determinou, que dahi em diante ninguem fosse admitido
ao exame necessario para obter aprovação sem que sou-
besse de c6r e recitasse todos os argumentos, com que
pretendesse defender as suas concluzóes, antes que satis-
fizesse as objeções propostas contra um e outro; de
maneira que por este modo se pudesse mais facilmente
indagar e conhecer quem estivera ociozo e quem ocupado
no estudo.
16. Dentre os estudantes nenhum apareceo, que qui-
zesse sugeitar-se a esse grave onus, e que o não recuzasse
com animo obstinado; pois esperavam n'este facil negocio
mudar o pareoer do reitor, apenas interpuzessem suplicas
das pessoas notaveis da cidade para o conseguir.
Falhou porbm o dezejado intento. Porquanto n b
. - ~ - -

Stanislaiis [)r') 1'0. qt!tBrn ceiahat erga humilitateru, aliectu rem


sibi delalaiii gra\ issiiiie tiilil, ;&cdel~itIia!iia carere juueneiii passus non
est, neqiiinliiaiii iiiterposita religiosi cti:ini priniarii auctoritate.
S 15. Cotistatispcrinde Iiiit pramptoruiii a~sertor.eoruiiiquemaxini6,
p aed rectam gubernationeni spectarent. Animadverlerat. qued ex$rni
jovenes philosopliia, nostris in scliulis novantes operaiii. sludio tiiinùs
~iccnratbpergerent applirari, qiiRiii est congruos esiride progmsns
bcere ssent.
~ g i c rtn?lo huic opportunuio allaluns remfiiutn. statuil pr-
pitque, nequisquam ad rxaiiien pro laurea obtinenda necessanum
admltteretur deinde. qiiin argumenta, qnibus tuenda inniterentur
conclnsioiieir. nieirioriter priús teneret recitarelque omnia. quhm ob~e-
ctlonibus conlrii uuiiiii vei aliud propositis etisfaceret ut boc R+
tione, utmni otio, an studio vacaverit unusquisque, expiorari IaciliBs
posset, atque cognosci.
16. Nemo ex scholaribus Iuit unos. qui grave illud onus subire
vdl$ atque obilrmato, animo non detrectaret; s p a b a n t enim facili
n ~ o t i omutandam rectoris sententiam, quam pnmùm dynastaruni
preces ad id obtinenduni interposuissent.
28 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO H18TORICO

obstante intervirem tambem o bispo e o governador,


Estanislh permanece0 firme em sua opinib, e por tlm
solvidas as razões de um e outro com motiestia e evi-
dencia, continuou a exigir a observancia da sua determi-
nação.
5 17. Vencida esta dificuldade, outra logo sobreviera.
Por antigo costume da sua provincia eram dezignados doia
moços para cada uma das questões de íUozofia, um secular
e ontro reiigiozo ; o primeiro dos quaea preparava B wu
cnsta o que necessario era pwa a fun*, o outro porém
ficava izento de qualquer pensiio alem da reprezentaçb
literaria.
Assim Estanislho deveria deferir a peti* do8
alunos, ou mandar o colegio fazer as despezas. Como
porem prezasse menos as cadncas riqnezas do que o bam
da republica, de modo algum dezistio da exata obser-
vancia do estatuto, com cujo cnmprimento preparava-ae a
utilidade da republica, que nlio Apequena com o progresso
dos alunos.
$ 18. Por esta razão, xegado o tempo destinado ao8
exames de filozofia, mandou, a expenaas do colegio, ornar
a sala da escola, vir os principaes muzicos da cidade, e
fazer outros preparativos, afim de que os estudantes ex-
ternas perdessem a falsa opini&o,em que estavam, de náo
poderem os nossos estudantes assistir a festas l i t e r h ,
si não fossem coadjiivados por suas riqnezas.
- -

At oinnes roiii.epta fefellit opiiiio. ham, intercedentibus e t i m


epiwopu et pilbernatore. lirmus iii senteritia perstitit Slanislaus, at oe
tandem. utriiirqiie rationihus niudeslP eliiideni, sed evidenter sOiU%S:
p m e p t i obser\rantiam exigere perrexit.
.6 17. Ea !irta dií?ic~iillate,alia supererat espetlic:rida. Pro antiqoa
illius provincip consuetiidiiieduo ad singulas pliiloso h i : ~d i s p u h t i o n v
desigrialinniiir jinenrs. aller w i i l a r i r . religiosus alfer : cluoruni pri-
inus, cliiielqiiid ael luiiclioneni opus eral. propriis, p a r a b t expensis.
aliiis \.tbrti t~iijiist~iiriiqiiepeiisioiiis 11rasIer uiiiini Iitterariairi nianebal
iiiiriiiiiiis. Itacliie I el sclio1;iriiiiii ~bostul:ilic~iiil~iis coiicessiiriis cbratSta-
riisl:ius, \el siiriililiis facic~iitl~~s ccillepio iiiil~oriei-t1dt~liiiisset.
At ciirii iiiiiioris facei.c.1 cadiica'; 0lit~s,t111a111 ~ I O I I I I ~ Irtbi[)iiliiic:t~,
I
iricel~to rieclii;ti~ii:iiii tleslitit. ut i J i i i i i i r i c b ser\:irtbliir ~Uitiit~lil. cUJUS
herit~ficio caa reiliiililic;e coiii~iaral~a~iir utilit;is. t11i:t. a11 scliolariuiii
progi'cssu solet tbsst. iioii par\;i.
18. uuarti. atirtciit;iiitt~teiiiport~ sul~oiiiitiispiii~uso~~liia~e~ariiiiiibiis
elestiiiato, scliolasticarii orri;iri ;irilaiii. primarias civilatis riiusicos
colltbgii siiriiplibiis coiidiici, et itl gtbiius alia iiiillera\it, ut exWrui
Com este facto reconheceram em6m o seo erro, e no
Proprio mal aprenderam n8o ser tanta a sua influencia,
que pudessem a seo arbitrio alterar aquilo que o diretor
dos estudos prudentemente rezolvêra e determinha.

CAPITULO VI
Administra por trez annos a fwenda da P i t m q a , e
i: nomeado vin'tador da parte meridional da provincia.
$ 1. Entretanto quazi decorrido o quatrienio do seu
governo entregou o cargo ao seu sucessor aos 13 de Julho
do caciente anuo de 1709. Não passou muito tempo sem
que se recolhesse ao predio da Pitanga, assumindo a
administraçilo d'ele conforme as ordensdos seos superiores,
no dezempenho da qual realizou em beneficio e como-
didade do mesmo predio tudo qnanto o reitor planejtira.
$ 2. Estas comas ele executou com tanta alacridade,
quanto mais Cesprezivel e umilde era decer da onorifica
prefeitura do maior dos colegios ao dezempenho do oficio de
feitor ; no que claramente mostrou, que n8o dezaprendêra
a faculdade de obedecer com o exercicio de mandar, antes

scholares hlsaiii. T a laborabaiit, opinionem depoiierent. iion posse


junlores nostros lit erarias obire functioiies, nisi eornm opibus adjn-
varentnr. Quo facto snum tandein ilii errorem agnovernnt, proprio
malo docti se snaqne tanti non esse. ut propbrea ipsorum rnutaretnr
arbitrie, quod ab studioruni rectore prndenter constitutnrn fuerat;
atgne pmeceptuni.

CAPUT VI

S i. Intereà ela so rnagistratús fere qnadriennio, regimen apnd suc-


cessorem deposuit L i m a tertia Jnnii vertente anno millesimo septin
gentesimo nono. Nec din fnit, qnin ad pitangense pmdinm se reci-
peret, ejnsque administrationem iniret snperiomm imperio commen-
datam . no in munere cnncta, um rector moliri cnraverat, magno
iilins Pmi?ii emolumento. commo8oque perfecit.
S % Haec verb tanta execntus estalacriete, quanto abjectins emt.
a ne hnmilins ab honorifica wiiegii maximi pmfeoton ab munas
3, obenndnrn de!mindere; quo Iucnlentt3r 0stendit;se d~ntnrno
i.stnrn. i~iinliiiriitr hein prepnrzili~pai's as f i i n ~ o ~oiioii-
s
r. Iinin, ns irnnhr~is.
h ri;i o t.rjrceiroanno d'wta. siin, atlmi~iisti-a.yáo,
isto i;, 13 critqn. d e 1 i 12, qil:~nilo Esianisliiii foi
~zin.niln ar n ~in,rt,emeritlinnnl tlii prorinirin pplti
pnclrr! ,lint.ílits tLt: llniirn. r ~ g c ~ d rilrt ~ 111-:izil.
i l p r r ~ r - i n c itln
l-;nt..:inP ~ R I I Iin f ~ p t mloilns 2 5 C,OIIX;CS 1 1 ' ~ s t t111yii s rt!s.
5 4. L\ ciilnile (10 1:io ei;t.aia entrpgye 6 derirrci:tc;5n
dos i n i m i r n ~; o cril~fi.icina cnmiin ~.alrtrni~ladr t'c'trri n.li;tn.
ilonacln [ ~ i l i - i ? : ni~ssiis; r n i i t r ~ sc.ritr;ín:: i ~ i i : C C ~ ~ I ' ; ~ ~ ,
ctjnio p;i.$aiin. esyiGr.
5 . ( 1;rnric~zeç iinia esqund ?ra, (liri.

om praia rliit,nntr.. 1irociii.m-nrn ;iciclaile c ii~fcliz.


f nrqii;int.o. rcyr~lirlnsconi qi.nnde: c.s )s sQ.ils.
recdliarnni-sr :wcl n:l.riiis F, ilel~oisp:~rti r ~ i np a r n E1r:inc::i.
5 (i. - \ ~ I Z T P ~ I I RJ J (O~Y ~: ILJ I 011 in?r:i. tle il~zoitri
~ ~ , i,;i111 n o tini de I
c m h ; i r c a ~ ; l rvnlt,.i e oc~ipnils:i ilha
cont.igri:i 5, cii!:rili., iInlii por. esp i t o ili:is a.rri~iiir.>.
sarnni srilirr! :L c.iilailc vizinlia iinrnivts i w n n l ~ e otitros
prnj~t,iq,
5 7 . S;ln f v~loi-nzosrl~fenqn ;in ri C()-
vein:idnr port.ii ni plenn inclicio i1t ,~~STI~(III

iriil+rr.irirlit.uirri-itrn I , i ~ ~ i i l l a t ~ ,iiirti ~ ~ d i ~ r lr irbli il i i i l i < * I ~ I ~ I ~ ~ I ' ~ I ~ I I li,1r,1


i111,i I ,
l i i r r i c i i i i i i i i i i i i m u i i d :i(!iiitiiii.rd 111 I~ii~~i~rilii':~ 1 s t ali(ibr.i;~pâr1 .Itliilin
I ~ I I ' I I ~ I ~ ; ~ .
5 :L T~~rliin d~r~irro-t~nl Iit~jns~~Imii~i~tralic~ni! ilnfi* r p n ~
m i l l ~ ~ ~ i~ ~I ~n~ i~i~~~ ~ I : ~ ~ ~ I ! I ~~Ir~~~qniiis
~ I I I I I ! S S ~ ~ ~ I I ~ I I I II C , l:tl'l~:r~+ ,Il.
>!i.t~:rx, I I ~ ; I ~ I I I ~ p~ rToIl ~i iI i ~t C ~ : i ~~ ~ i r ) i l r r : ~ t n.SI.I~IISI:
r~*, 111~ t ~ r i ~ ~ I ~ ~ f ! t
I I : I I I I I I . OIII~I:~
II I ~ I I
I J V I % t j r a ~ i ti11r~~sI:i.
11' I I I
1 1 1 ~ '

5 i osliliiir in sl)«liiini Iradiln : cnllc:iirin I ~ I


~0rnillll ri.: i1crolii.l'liili ; : i l i ~ l l l ' 111 C'cniiç ; t I i . t . l I t l . 1
(ICC:I,CI~II 1 ii-iia, II~~ITII~.
5 J. i;nl li clnsw ;id Iirl I.. ,., ,,....
iirtt~iiir~~t~~.
1 i 1 q i h

I.icla ;iil lilliis i i i ~ i ilorir~t~


.
i n n t n..:I:!
ii rir:i, fliitninf.nsi :ippiilr'r;iril.
dissilriiii ib\ct+nuiiiriib. ;iili.~riI ii:i~r.iril
i~ili>lii.i i x i tXiilii.\ , i 1 1 1 iii:i.rili i i i i r i i i i i ili.:t~~~rr[iiil.i.. i ( ]n;i\
-im t.[iriiriii! i r .
11f.ii11jk~ i11 I ~ ; ~ I I ~ ; I Irct~,1ter1~.
II
$ 6. At coniparatn octodecini naviiirn classe eMcm rediere post
nnnuni ; occiipataque insula, qiis urùi adjacet. inde octo dieruin spatio
tornenta, igniariasque ollas ir1 pronirnaiii civilaterii librarunt.
7. Non deerant delensoribus nnirni : Iiisitanus tatnen gubernator,
bauf levi prodilionis indicio, milites, prxsidiariosque olnnea orbe
retirar da cidade todos os soldados e a guarniç80 da
Praça -
Com este facto ficou livre a entradaao inimigo, sendo
entregues a preza e rapina as riquezas dos cidadãos.
$ 8. Os Francezes ameaçavam a cidade com incendio
e destruição ; e j&começavam a escavar minas sob os ali-
cerces de quatro das paredes do nosso colegio, para intro-
duzir polvora e lançar fogo,afim de destruir toda afabrica
do edificio. Por isso tratou-se de paz com o inimigo e a
cidade foi remida por 600.000 cruzados, 200 bois e 100
caixas de assiicar, das quaes levaram algumas nosszs .
Nem foi este o unico detrimento do colegio, pois
ficamos despojados de todas as alfaias, dano que mal
poderia reparar-se com cem mil cruzados.
5 9. Estanislho, mandado para esses lugares, preci-
zava mostrar no dezempenho do seu oficio mnita destreza
e sagacidade. Assim partio do porto da Bahia, e passando
pela rezidepcia de Camamú, e pelo convento de Porto-Se-
guro, com prospera navegaçfio xegou B cidade do Espi-
rito-Santo.
$j10. Aqui porhm sabendo pelos qiie voltavam do Rio
de Janeiro, .que a cidade tinha sido saqueada pelos Fran-
cezes e não julgando asshs seguras estas paragens,mandou
demorar o navio, em que vinha, para qiie (como podia
acontecer) n&o sofresse algum dano dos mesmos Francezes .
-- ~

jussit al)sct-tlcre. Qiio f:ictiiiii ut liber hosti yatcret adilus. uiiiversa-


que civiuiii gaza iii prirdaiii cederet, atque iapinaiii.
Q 8. Incendium (;:illi ac.excidiiim c a p h urbi iiiiiiitabanlur; jamque
mnientarios collef,i.i nosjr! parieles quatuor suffderaiit cuniçulis. ut
nitrato pulvere, ad i ù i t ~irijectoqiie igne, tota adificii iiiolep dirneretur.
Qua. pacisrendniii foit cuin hoste u r b s y e , sexcentis aureorulil
millibus, bo1)us ducentis, et tribus rniile sacc ari congiis redirnenda :
qnoruin alia aiii, saccliarnrn irostri contulerunt.
Nec unuiii istrid fiiit illius collegii detrirneiituiii ; naiii supelle$ile
spoliatuiii orniii earii feri1 ~acturaii~,q u a vix centuin aureoriim iiiillibus
reparari posst3t.
S 9. Gride Slanislaiis, cuiii ad ea rnitteretqr loca, inaqnarn debuit
jn przstando niiinere derteritateiii adliibere, at ue solertiarn. Solvit
i w n e BaPieiisi portu, atque C?inanibensi resilentia, et Poitus W-
cnri donio in cursu ~erlustrdtis. . Spiriti~s
- Sancti oppidiini
-- prospera
. .
tennit navigalione. -
g, 10. Hic ver(\, com ftuniineiisern oram h Callis spoliatii ur& rer
deuntibiis niiiiimh tulani cretleret, nostdni, qoa vehebatur. iia\!?iii ~ n s s i t
~iil~sistcrealiqiiandiu, iie (qiiod inipiirie avepire poterat) :iliquid ab
iis darnni pateretiir.
$ t 1 , Ele tnmon c a m i n h n por t c w a pnrn i-, R i n de .Tn-
n ~ i r o afim, ( 1 qitr,
~ ronlicciilo n ~ c t r i r l o(1.1 c ~ ~ I R I I rPl ,~ j m i ,
p r n v i i i ~ n c i a s s e ~ n h r ea ritiiln. do riavin ; e cirranjnrln. .I\
rtillza* rln ~ i i l ~ ~Ailminensc. ir) conforme a n ~ ~ ~ s c i i i :l~ . a d ~
teriipnq, s e g i i s s r p a r a n. cic1:titn rle $50-Pniiln P S:intnc ... >.,
t nrnlirni p n r a n i i t r n s r ~ z i í 1 ~ n c i :sitiiarlns
is na reqiHn iritr.rior.
1.: E x i ~ r t i t n i if i l i z m e n t e tnrlns aI; cnii7ns. qIilr roni
acerto d p t ~ ~ n ~ i n . i rDepniq, :i. d r ~ ~ ~ n ri el yr r, c w t r ,i Thhi:~,
iii:tnilnii p:irtir pirn o por.tii i10 K ~ p i r ~S,i~iti) tn ( I navi11, ( [ i l f J

i,i tirilin vindi, Iinrn o Riri i1r .l;\iieirii, ~ m q i i : i n t i ,i l I ~ ,pc.1 -


;.rirrcn[ln a1:iini:~s rr?ziilrnr.ias q i i ~fa1t:i~n insppcinnnr.
s e ~ i i iR~tlltbsnia v i n z e m Iinr rlnniinlin t c r i - ~ s t r e .
5 I:{. JJiiri:rti n n : ~ v i os.tliiilo ntltrs ( I ' t l l ~ , cnni11:itidn por'
violerita t e r i i p ~ s t ~ i I 111t p , ~r:ip?wítnrio a rirl:\(lP (10 Eçpil-Ito
S a n t o , prriciirnii :i Bnliin pni direitiii:i, r) d ~ p o ~( t i s-
nlciins niezrq, acnlmarln.: I I v~ ~ n t ( 1 4 p. ; l ~ lwqar ~ a o pnrt o.
!'elo (111" F,st:iriicl;w,n tln~rnf.iltnv:ini i~iiti'liqI I I P ~ I ~(Ir S
t r a r r s p n r t ~ ,fcz a riayvrn p o r r:inirrilin sei11 III. perigos 11
~ ~ r í t t n t ~ t lfrrqnciir:riln
te por- cwt I-RS riwsnaq a1i.m iIn.: Ii?r-
I i n r ~ iinrliqeiixs.
~ Sem Ç I S ~ P V PI n n y r ilo t~i-rrio ila ~ i ~ l a
:irites rlr xPitxr ao t e r m o t1:t ringi~rri.
11.. l'urqiianto, ~~a.;snndci jiinto 5, foz íln rio clr S5n-
Ji;ttens,fui I ~ r * a i l op e l a 1111.í.oi:ir o r i r n t a (1s.:a g i i a s par3 0
i ~ i : \ r ,P i n f a l i w l R .conti
I > ~ P C P ~ ~si, n psp-
i.nnp,nliii S,+I~.;P p r r i r o por .incritl: rlirinn.

0s 11. ~ii:iriiirii IPI rra itri ciiioiiqc.pit,nl r


ilrlii4 SI:I ~vntltvi~ pocl V t b l 1111rx..aii)!iil, iri
p:L
11 riiiitnnii8 )riri% iiw~'i * i l n t r I-orii p n ~ i t i q ,P:
1nniiiii.et irl~ritix<i r i i i l i i ~ i . i n t iSI':lilllt' IW.1
:I I i i r{,t .
:i 19. 0iiini:i. q wrat ratlone, f~llciteriif~plevil.R ; ~ ~ I I ; I I I I
ff~iniler~versi~ri~?,. I i i r i i i n i ~ n ~I~III')
i, jwn ap iiltrr,il, dd ~ ~ I I ~ I ~ I I *
C;:iiirti J I O T ~ I I I I Iq r i ~ v ~ i i t , l i i i r i i ili-." l i t i r i iiii(;.i.;,~i~l:~~'in\~i~~~ritI:~~
~ ~ ~ [ i r r e r n nI * l~ >, $ I I I P ~ ,irti?o, ~ a i ~ i ~ !l t~i i~i r~ ~ ~ierri*alri
ri ~ ~ YIIIII
v~.~iiIic~ri~t
;r i::. AIsnwa IvmpectalP rflrrtrini, iit pr:ilniis~an:i\-ir, /ir:i-t~lrpri**.n
S i i r i t i ~ \Q : ;if~cIi~i~~ tl.iI11;1i11
l l i ~ l i ~r~~~*t:i
. i-rlnlf?~i~li~r~t. ~ i o i i ; i ~ ~ i p i1i.i
l i i i ~i ~ t ~ i l
. i / i q ! i ~ > t I ! I ~ - T ! S ~i ~i *S t, - ; i c i ~ ~ i i t i I ~ ivfvilis.
iq r ~ ~ ~ l i t ~~t~xrntitir+*rii
lr:~. St.%i~~<I,iiii.
v r i i :iIi:i i11~i~s:it lr:iri~fi'i~t'ititiiciifiiiii~~dil:~s,tr~rrafii itcr .;ii.i7c[iil ~>crri~.iiIis
~ l ~ ~ i i i ict r ~r,irti
i . ; i l > ;ilils, llriarii ;i Ii:irti:ii.is iriilipeiii.; Ii.~r~iit!ritrtiiiti.S ~ Y .
~iri~ciilifiiit,qiriri priiiuail vitnb,r[uiirii vi:i3 t~~riiiiiiiirii prr!vnirt't.
5 l i . N:irii ciiiii Saricti ~I,lllin3i iliiinrri traii.;irrt ~ir~ipi!usliiirtipnrciit
31111n1irl C,ii-w ;111rt=,pt1,111, mari* pcriturii. i~inniniitlirt. i i i w IirsKr
oninium spem singu an Dei beneficio erlperetur.
CAPITULO VI1
Exercita o governo de toda a prozrincia.
§ 1. Estava passada quazi metade do anno de 1713,
quando, findos estes perigos, aportou Estanisltio á cidade
d8 Bahia, onde, em virtude do diploma do prepozito geral,
pouco antes expedido de Rama, A declarado governador de
toda a provincia aos 3 de Junho do mesmo anno.
$ 2. N'este cargo mais evidentemente manifestou
q a o adornado era de virtudes. Resplandeceo principal-
mente pela prudencia, sob cujo ditame dirigem-se as
obras das demais virtudes ;pois entre todos fazia reinar e
,.permaneceradmiravel concordia.
$3. Por isso entregava tudo á mansuetude e mizeri-
-ardia,afim de que nada sofressem ajustip e a constancia;
cultivou a umildade e a paciencia de fbrma que nunca de-
primisse a autoridade do cargo ;e na observancia da di-
dplina urou de tal moderaçiío, que em todos os castigoa,
que iníligia a severidade emparelhava com a brandura.
9 4. Vizitando a provincia todos os annos, como era
.coatume, foi-lhe denunciado no colegio do Rio de Janeiro

CAPUT VI1
Juit univemrc provinda magistratunt
1. Anni millesimi septingentesimi deciml tertii pars iiaxerat
pene dimidia, cuin his perfunctus periculia urbem tenuit Hahiensem ;
abl pne siti generalls diplomate, Roma paulo ante expedito, renun-
t i s esEnivena, provincice moderator terlia Iunii ejiisdem rnni.
f 3. H o e in munere evidentius patnit, quotille virtutibus ornaretnr.
Pni entla, cujus dlctamine reliquaruiii virtutom diriguntur open,
prcesertim enitalt, dum mira omnes inter se concordia non conjun-
geret modb. sed exerceret.
3 3. Adeòmuisectudlni,ac misericordiaedeferebat, ut nlhil justitite
ae constantia detrahi teretur : humilitatem, ac patientiam ita ex-
. 3 u i t , n t moneria auctori%km nanquam deprímeret ; qoemadmodom
aio =renda disciplina eoest unus temperamento, ut in omnibus, qnm-
.cPmgie intiigeret, suppliciis mixta cum lenitate severitaa nderetnr.
4. Com rovinciam, nt moris eat, uotannis lnstmret, delatas
.apndipsum f u i in tiaminemsi co~legioqddam ex noatria -idos*
6 P. U. VOL. ~II.
tim dos nnsqris p a i l ~ ~ .ii, f ~ i t an i n r i m y , í n da ciilpx,l?~t,s-
nislrio do m n r n l ~ d ncle criinc*<, qiie n ~ o ~ l s i dnti ri
rn~roc s e r d ~ s p c l d i d nda s n c i c d ~ d er n r n r i s ~ r v n n
iiir~rc I qiinnto e s p r r a r a o r r ~ n w n t i r n e n r ndo pre-
pozito h r i n i IIAT:Ç a exp1114n (10 ciil~incicl.
$ 5. Cnnioporem o p a d i ' ~'inqiiaiitci , ~ s t a ~ n r,srrerta.
no
expri~nisseverdarleirn ~irrepcndiriicntn cniii tries I a g r i m n s
P p a l a r r a q qne iirrr;nadiam e m e n d a fiitnrn,E~t:tnir;1,'io riiio
sci cnn -.;e d o fill](i arrrprr~iiciidii,mnstninhe
pondo itoridnile jiintn ni-I ~ P K I I , 1iwli0 11r
a cnnc dn drlincl u.e n t p. nii s n r i ~ d a d f ~ .
$ I,. q i i a ~fi'iqs~n m i z r i - i ~ ~ n r c l idst . Ectaniblnn DR-
com o' rlidn~,tnmlirrna e 1tn111i11trnintliri-
rlun, q *,z r r r t r e ilesyirezo ior coni drrlnrndx
ciezcilit
h:to sei qne orcleni Ilie d ~ r ni:.;tnn~qlkn concPrnPntcl
:~o Eovcrno clniiiestico ; por>tii t ~ fiii l :I t+~nieriíl:jí?eíl'w-+-
wneiu, cliie n r i z a d n m ~ n t en r f i i i i - s ~a riimpril-Z,P l o r n r r + - ~ -
roii-se c l r z x t ~ n c i i i z rla ~ i prezeriqn. tlo ~iroriricinl. E S ~Ci1:ir- P
rli~iis i l e n c i ~ i , e s p r r n n ~ lqiie
n ri c i i m p n n l i ~ i r o ,;icalm&rlo n lu?-
~ w t od n frtria, v n l t a \ s ~ R mell~or coriselhn, e rrtr:itss.p
por q t l a l i l i i ~ rmotiro o cometillo r r i m c cla clrznlr~rlii~nci?.
-
9 x'-'-~isl;ío nZo e n ~ n n o i i - Q Piio ero jiiizn ; pii. 11
r h , 11 L ~ J n a sua t erriilri arrcprndicln (10
- .
eum S~:LIFWI,~I~.,
. t t S t . i criminiini inilnisitiuriT-.
Ir.... Ir,
-ct*l*rihiis,iiinriilstiiii~
initBnil. i 1 1 u i i i i ~ i t i i iiIi:.riiiiii jrrtli<,i\eril,qnt I' WII 1 1 ~ l i ! ~ ~ i t l c r ~ ~ f i i r f
111

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~~I ~r f a1ntiI11-
di~iilii ciiri~iiri\~~rat.
\ I 41 1 1 ) 1 1 1 l i r I t b i pr:i-l=rperat Stanlslati~, yiilicrnaliuni rlomi~çiii~:~
opportunuin. at ea tu11 honiinis lemeritas, ut se Ld facturum petulanter
negaverit,statimque A provincialis conspectu recesserit inurl~ank.Rem
hic silentio lenuit. sperans fore ul socius, iiiitigato fiiroris impehi,
ad inentein rcdiret sanioreiii, comrnissuniclue iiiobedientia? cnmen~
ratione tandem aliilua retractaret
S i . NPC sua Stanislaum decepit o inio rcus enirn. teineritatem
suam com pegenderctgsulo maturius, facti prnitens ad ipsurn rediit,
paratam se a rniansa omnia, qnrecumqiie prreceperat, exequendum.
facto, voltou afirmando estar pronto para cumprir tudo
quanto lhe determinasse.
Sendo governador excelente, e inclinado S mizericor-
dia, aceitou benignamente a desculpa, e admoestando com
brandura o companheiro, congratulou-se, por aver-se este
arrependido e.ter mudado do primeiro conselho, que lhe
traria infalivel ruina.
5 8. Procurou sempre a perseverança dos suditos na
vida religioza ; e assim nunca consentio, que alguem se
despedisse da sociedade, embora com razao, si ainda
alguma esperança avia de emenda.
Certo companheiro, dominado pelo tedio da dici-
plina religioza , solicithra durante um anno e com
grande obstinação dispensa da sociedade. 'llodavia Esta-
nislio, comizerado da sua fatal sorte, negou deferimento
a esta petição ; não preteri0 preces, exortações on
quaiquer sinal de benevolencia até que, afastado o máo
pensamento, volveo o suplicante a melhor alvitre, e per-
mneceo na religião atb a morte.
5 9. Assim como n'estas e outras couzas mostrou-se
mizericordiozo e benigno, assim tambem quando as cir-
cunstancias o exigim, mostrava inabalavel firmezad'alma.
Entre os confrades brazileirou contava-se um sacer-
dote, a quem todos muito temiam, porque, em lugar de
outro que faltava na suprema curia da sociedade, a muitos

Quaiii oplimus moderator, ut era1 ad misericordiani ronns, retra-


ctationem exsepit benigne,aociumque blande compsllans!psi gratoiitaa
uod resipuerit, primumque mutaverit consilium, quo ad certam
$~?ciem ferebatyr
s a. A d k i si Qemper cordi fuit snbditcrum in religiosa vila
perseveranlia, uP nuilnni unquani, etiam merente, e societate dimitti
passus fuerit, si modo aliqua emendationis spes afiulgeret.
Socius quidam religiosee disciplinap lirdio aiiectus, diniiseionem P
societate, iiiagna aninii obstlnatione per annum petierat. Stanislaus
tamein lataleiri illius sortem miseratus, negavit iin uaiii se ipsius peti-
tioni consenanrum : neque preces, adhortationes. au?ullum benevolentir
signiim prretermisit, donec Ille, insana iiiente deposita. ad rneliorem
frugem se convertit, et in religionr ad morteni usque peneveravit.
$ 9. At i~uemadiiioduniin his. aliisquc inisericordem se pml)uit,
aç bcnigiiiiiii, sic eliiiiii cum res ~nostrilnrel,aiiimi constantiain osWndit.
cluarii qni rnagnain.
36 REVISTA TRIMENSAL DO I'r5TiTtiT17 fIISTOR~i~0

podia prejntlicrtr nii aprov~itar;nrm era tamanha a pro-


hrilxde d ' e s w o m m , que nfio 136fse caux:i a r e c e a r - < O
d ' ~ l +~Ignrn
* ilrino injiistn.
S l i r . Embora na exata ohs~rcancia das leis e l ~
claudicr algnns pontos, o fiisse isso.eremg
d3uilici iitrcis, t n d a ~ ninqiie~ii
i~ anitiinvn-c
~uil-4) 1ai10,para nHn incorrer em t)tiin, qiii
t:ra t emlvP1.
EstanislSri o u u i o m a s c,oiizt~s, qii~nrio1-izitnva n
colehin fliiminense, e pcispocitrt toda c~~ntenipl,ri:iof i ~
mi i t i r n s particrilxres, rliie i.emprP cnnt rsr1:rni .i c:iiizs
p11i)Iic;~ , i'cpreen rlfiii aqii,ele sacer(Io~Pc0111t :lnt a a b;pirPzn
r i ? l'nIa1mas (liiaiI t.a convi,nlia.
sahix ele , que da11ii lhe proviria nial , como
9 1:...I *. *Relu
rlepois ci~içeiivii -1 -. -
; -.*- *.., .-..
iiini, nii~t-J .- -*. ..
t l t i i ~:ulqiiirii. inirnizailt-3, ~ ( i i i
ontros e~itnvrim,d n qiie tiiltar aos c i ~ r e r ? < carro
oticio.
..
Argnmento foi este de pancle consta ntntiillo
em pnii cas pala1rrRs exporei outro, que mals clararuent+. ,i
clemonst,TR.
a
12 . Cnnhcm o Est~nicilko, qiiando na fórma do co4-
tume vizitara a psovincia, cert.0 confratie italiano. n qiixl

Socio~inter hraatlienses quldam numerahrtnr ~ r ~ r d o ~Tncrn s.


propteren rererebanliir onines. qiiod per nliiim, i n ~ u p r ~ ~oci"t3tis ~lld
ciiria doqent~rii.riinltis ohr*sc! ~inlcr:it, a i i t pro~les~r- ili!i* t1nt.a rir;it
brriiinis ~irohlias,til riihil ati eo ~laiiiiiitiiiiPri piiqstat iiw irijii~trini.
,?i 141. (jiiarniihrcni, elsi ab e w r i n Irgiiiii iihqt'r\>ntia et ipqi! ~i?fi-
I%WI i11 aliq~iil~~is, ~t aliis a4 d~iI~ir111111ni ext*rnpIo ~ ~ s wiii?m~) i, ~~id.~l~-il
nniis pert!:i r i t i l n i arciirriL,fie i r i l r r i r r i íoriassi? r r~t.iiri.~r+i e 1 I , n ~ pi's!at.'
ii
rriiLluaiitl~irii.
A i i i l iit IITC Stanl~laris,dnm flnminense collepiiiin iiiriseret, no lln-
iltfi? Iinl~ilnriarurii priilitanim rrsp?i:tti, rlira. r?riiper ollh.rrtb piil\lii~i~,
swer~lOlp?t~i I I I I I I I tnrit~,
~ 1111a11tapar ~ r ~ a l . ~ ~ t ? r bt!ravif,iIt~
~ ~ r u i i r+pv>l1?11111t.
~
S li. Noverat sane aliqnid calamllatis, nt poste? evenit, sibi hac
de causa molienduiii: at oinninb maloit, quas vitabant cseteri, iniiiii-
cltias snbire qoain suo deesse rnoneri, al oe oficio.
Magnie hoc fuit argninentom consta&% ; aliud trnien, quoâ
eraidem lucolentius ostendit, paucis subjiciam.
S 12. Co novit Stanislans, cum rovinciam de more lusúwet,
Ihium qoenfam socium, qui apostofci rninísteril cansa in Brasiliam
venerat, eom tonere cum e x i m i 8 rgendi rationem, qna, apostoiicum
viera ao Brazil por canza do ministerio apostolico ;e tinha
para com pessoas extranhas procedimento, que pouco
convinha ao munus apostolico, e não pequenas maculas
lançava sobre o bom nome da sociedade. Communicou o
cazo por cartas ao prepozito geral ; e tardio seria o remedio
ao mal, si esperasse resposta das cartas enviadas a Roma.
$ 13. Nada parecia mais neceasario para reparar a
fama da sociedade do que arredar da provincia braziliense
similhante colega.
Isto porem era dificil, pois elle tinha grande vali-
mento na autoridade e favor do prefeito geral do Brazil .
NBo nbstante Estanislho julgou dever mandai-o para Roma
e anunciou-lhe a partida, que ele com industria, mas
debalde, tentou procrastinar .
Na verdade o provincial procurou tenasmente dis-
solver o impedimento oposto B viagem, e intimidou o reluc-
tante com imperio e constancia, desprezado o empenho dos
seus prot 4,ores.
5 14. Feito isto, com o que destruio-se completa-
mente o germen do mal, ficou asshs manifesto quanta fôsse
a fortaleza de Estauislho na rezoluçih das emprezas, e
quanta aconstanciana execução d'elas, quando o exigia o
bem da sociedade.

mnnus ,parum decebat, et bono mcietatis nomini inacnla8 innsserat


non exigiias.
Reiii per litteras apernit prreposito enerali : at .semni esset
mali reiiiedinm, si ciifierendum esset, q u o a j litterarum, q w Rornam
dederal, Iiaberetur responsnm.
S 13. Nibil reparandte societatisfamte videhatur preesentins, qiiaor
hnjusiiiodi socium .i Hrasiliense provincia longe arcere.
Veriiin et hoc udiium, cum is apnd sninmum Brasilire pmfectunr
et auctoritate et atia multum valeret. Nihilo tamen riiinns Romam.
nide r e n e n t , ini%endnm censnit. Itanislans. buminiqoe pmferlinnrni
indixit, gnam iile imiustria protrahere, sed frustra tentavit.
Sic ui B m prouincialis objectumnavigandlim dimentum ex divit
1trenn1, rei ucianteingoe et imperio. et eonstanE terruit, cunEmpta
@si faventi um invidia.
14. Qno factuin, ut mali gerinen fnnditnsavelleretur. palamqiic
b d q n a n t a esset Stanislao, quoties id societatis Doonm exigeret, ia
rebw aggrediendis fortitudo, cunstantia i n exeqnendis.
5j I . Eniqnanto EstanislHo p r n t i c n r a estas conza?,
nem por isso prrtri'ia o crii{litdo de oiitias, quc a olu-i~,zc;,ío
~ F i ic;tr~c>p ~ d i n . qite f;i.;s~ni av~riniiati:is com atetic,i~>zo
por i w n i ele, si pc ,a na familia d . ~
I i l Jeznit criam a ~11ivi111~os. que
serrissr 'nro ilfi qi irn iletriiii~iito.
3 -J.ASS~TU P I P r ~ n n n c i n r a nr:t an.: mais e s t r i c t o s
d:i I I P C P S S ~ ~ I E Ir~ C , L ~illizatlC ~ .~ r t o p n r e n t e
Ij:~rn alistar ii!ii fi ,ssn s n c i ~ d a t l ~e, confi-
nrnte rlri,laroii -1 I fcito o r ~ c l n e r i i n ~ n td~
o
.iiimisc,iii. Pprpnntoii-IIIP ~,stxnisl:in. si nas e ~ ~ o l i ifilt-R s
(1%rrn~iprla(ieo innncehi~iiplicnra-SPaos e.;tiidoq '
Dada reayiogt a atiirnxtiua, ent51) replic,nii e l ~ qrie ,
ninqirem pnrlia s ~ i .adniiticto na snrieilade. si. p r e v i n m ~ r i t e
~ x ~ l ' u i ~ ~ n;inadn, :adn i d n n ~ ne dignn ; e isto rijo
podia f txci--se igo, ci ac:azo nRn freqrrentnsse
a< n n i w s nnlas ,r tlittrirtmente n l ~ s ~ r r ; i ~pelo.-
ln
IJIPSf rQS ; e por e-, r r.rr..sii, si cl~zqi%\.s,quP Ser1 lilli0 f;lfqt?
~~iintnrlnentre os riosso.: c,onfr;tctrs, ci>nrinli:i s n p i t a l - n I
nowa (lisciplinn social.

I* I. h'i~111-i-~r0, i l i i r i i tisc apcrivt SI:inisI:iiis, alinrnrn pr:rtcbrriiiuit


i-iiraiii, 1 1 i i : i ~ 1 1 ~ r ~ rI i~fIiI ~ I P raliii
TI% ~11i';tii~:i1i:it st'rliilri .;rriit:ih:itrir
i*\ I-
v+irit>,31) i n ~~w.it,lalis ~ , I I I Ilia111
I C I ~ ~ I ~ I i ~ l%lw~ I I I tbti~t,-rtwl.
! 1111i I I I#ri ~~~~
pofiiin F S S ~ . I I ~1111:irii . i I ~ l 1 ~ 1 1 1 i i ~ n111111~.t
1i.1
3 2 . A41 I ~ J: I I T ~ I ~ I sfri,,f ~I t,srih~i<i>Iiaii? hrn n~~c~~sil~iiiinls, ttim m i i L
cifi.;. rini,iili.; cfiri-l:iiilq,i i.~~nii;ili:ilt:,t. Siiiiiii Liriiilin* n i i s l n . :~il%rrt!ii
l i l i i i i i i i - r i ~ ~ i ~ ~{iiiilarti
~l~nt t j i i . ; r.~irri.itii%, i i t i 1 1 ~ 1 - i t.1, I:ii.t:i ~uislnl,~ti~iri~..
i : ! ~ i i i l i l e i i l i ~ r:ipibi.iiil. Siirn t'xtr:~ s i ~ ~ . i + t n t ui.lici/;ic, i\ rti=,ivil ~ ! : i i t ~ i l . i i ~ ~ .
;ifIolwr~w-i l l aq,i-r:lin ~~ ilarc-t l i t I t ? r i ~,?
Afirrnaiite alio; tu111reposuit non posse quem uam in societatem
adrnitti,quinexploraluniprius diligenler fueril, an ijoneuil existeret, ac
dignus; hoc autem rix p s s e ~ i c u i u i nfieri, nisi a pneeeptoribus
quotidie obsewandus scho as nos ras freqoenhret: quaproptF,si filinm
cuperet suum Inter nostros numerari, eorum subuiitti discipliiiae pate-
rem.
NBo agradou esta resposta ao pretendente, o qual por
isso retirou-se queixozo ; Estanisláo porem despedio-se
do 6spede satisfeito, porque com esta repulsa ao parente
tonsultára os interesses da sua carissima sociedade.
5 3. Não confiando de ninguem o cuidado do rebanho,
fazia por si a vizita. Percorria as cazas, rezidencias e
colegios, ainda os mais remotos. Antes quiz efectnar a
viagem, embora ardua, e todos os annos mais dificil em
razão da idade e de sofrer os graves incommodos e trabalhos .
dabi rezultantes,do que vêr com olhos alheios o rebanho,
que recebêra para governar.
§ 4. Quando viajava, evitava toda a ospedagem se-
cular, e quazi esquecido de si, buscava a sombra das
arvores ou algum tugurio, onde se abrigasse do ardor do
sol meridiano e refizesseas forças mrporeas com a refeiç8o.
Em igual pouzada passava as noites, acostumado a uzar
do leito familiar dos indios, principalmente a rede pensil
atada em estacas enfincadas no solo.
5 5. Quando vizitava alguma Gaza ou colegio, com
maduro conselho providenciava sobre tudo quanto perten-
cia ao bem temporal e espiritual dos mesmos.
Nada ele com mais solicitude recomendava a si e
aos cnmpanheiros,e mais encarecidamente exortava a todos
Non adeo homini placiiit ista responsio, proindeque mcestos
reeessit :.a1 contra Staiiislaiis ab hospite se l ~ t u collegit,
s qu* e&vel
consanguineo facta repulsa charissimle sociebtis bono consuluisset.
Q 3. Sollicitudinem. regis nulli committens,id qu. era1 onus ofLlcil
gaviiis. sisitationem obi%at per se ipsum. Domos, residentias, collegia,
.Etiani remotiora, periustrabat. -
Arduiim propterea iter, atque sibi devexam ob aetatem difiicilius
qnotannis susci ere, gravia exinde in comiiioda Iaboresque perferre
maluit. quaiii alenis tantùm oculls gregem aspicere, quem susceperat
-moderanduiii.
$ 4. Diim ver6 iter faceret, saecularium hospitia sibl inteelcebat
omninó : d arboris proinde umbram, aut Lugurium, quoad imminentis
solis ardor rernitteret. cibooue coreora reficerentur, soi quasl oblltns
diverkbatur .
Simili plane diversorio noctes duceht. le@uin Indis famillarem
asnrpare solitus, rete nlmiruni pensile, deffossisque hinc inde pertids
alllgatiim .
Q . 5 . Qiioties domom aliqiiam, aut colleginm inviseret, matnro
concilio providebat, quidqoid ad ejus emolumentum cum temporale,
tum spiritiinle pertineret. Nihil ilii prius, quam sociis vi& innocentiam
commendare. hortarique omnes, ut suos quisque mores ad instituti
.nostri regulas exacte componeret.
40 REVISTA TRIMFNSAL DO Ih'STrrTTTO >IlSTORICO

do q n q~n e cnda qnnl confnrrnnscr liem os qrils c o s t u r n ~ ~


com as r q r a s ~ l n n w o i ~ s t i t ~ i t o .
T a i n h ~ mlhe e r a iizn:tl rememnrrtr o exeniplli tlnp
xntigoci p i r e s (1%provjnrin, ciga imitnqao prc 1ciirsi.n
inciilrar rniri p a l n r m s P f:tcto$. e a r d ~ n t e n l e t ~ it m e primir
nn animo (10.; rornlirinlieiros.
$ r;. Por i w , finíln a rizita, d e i x a v : ~por escrito
aqnilri qiie se d e r ~ r i aol)servrri., concli~indnas siias deter-
minscit~scnm iestas palInvras : -. Finaliiiente advirto e
m:\tidn, ~ I I Pt 06 lns cnnil inrtcm-<e rnni r n o i l ~ q t in~t s COQ-
times, no gesto P nas R< NPS, e cignui os e ~ e i n p l o c{Ir vir-
s , rlui' Irl :11.*...>-
t ~ i d ~ eni ,..
i i l i , l i I I L ~ niitr'orn os tinssos antcce\fnl'c>*.

cnjas ~ & P ! % ~ Rcsíln.


s nm d e v e cqfor1;:ir-se por iic.niii~~xnlisr.
5 7. Atlniit in \-nriies i d o n ~ o pnrn s prnmo~~rljc~11~I1~ii~~
ta^, P r,nstnmava nn:in arlmilir nos Pnciii-Fos (IR sn~ic~lc~d~
sin5o colega< rle provndn v i r t u c t ~e priitl~ncin.
Segriinilo as p4~rtila.: ilo.; rnais \-e1 linq. niincn pileli-'
reanlcer-PPA iitiliznr-se tlo trnhnlliri e -~r\eiqníle qiinlqiier-
famiilo, nem em rla7:o cla a r a n q a i l ; ~i t l a i l ~ ,nrm do clrcnro
(1% pessoa, a qiie nrilinarintii~ntcpniirn atenilix.
NIIIICR rccehin ctnrintivíi iln.: sem c n l r ~ a r; :tntes
pnrfiin,r1iiandnvizitnv;t a< nlilCia< elo. indins, nii a < rezitlrn-
ri81 i l n ~ cnnf'r:idi~s nfii~ido.:pl:t inopin, da\.% ai14
mais n Ins qnnlílt~et.rliiiheiro, qiie nri.; c o l ~ g - i o s
recebia gastos da viagem.

Jd eliam hrbiiilfnmiiiar~, iit sntiqiionim prorinciw patriim coninic-


morarilt rarerlipl:i,iluni-11111 imitaticiniirii í-prljis lacti~i111~ ininlcnrr,Socin-
rlirnqi1t: :kniIilis ii~ijirifi~~rf* ar(lt?rilf,rcur3h:it.
5 6 . Çiidi1,citir: p ~ r a ~vis~l.-ttinti(!
f:~ tlu~ilarnIn scri tis r ~ i i n q i i e r ~ t
ohwrv:indn, liis ft-rhir \.erIiis urdi~i:iliiiriri sitas C [ ; L ~ S ~ S S +: > 7.311-
dpn-t xiv*rrto ar rii:iiido, iit sirigiili i n iiinril~ns.~rstii.!,I ~i~lioiiiliiis
n~~~{lPsttai~i prw so lb*r:inl,tqt ~ ] I I ~ I I I I S olii~!cI:lri~t~res?nloritq f ~ t , \ f r i ,
i r i i i t i i r i i i~xriripln af~liiantnr,qiiiiriiiii si111i ~ i i i s c [ ~~l ~ ~ s t i dnrljrilnii
j:~
o l ~ ~ ~ ~ r v[~~ ~r of ltni11. i~r íi : ~
I. 111s prorriovenùis Idon~osiihirlne virns ad tiibriit ; neqiia ~ n i i r i
s o c i ~ ,n~i,~ i[iri~li:~!:~ virli~tis,e1 prtitl~~rili:~~ ad ~ ~ I I - I I I sI i~ v; ~i ~ l ~ t iit fsf i i - i ?
assiiniprp rtiri~iillr.il,
Senioruin itaque vesligiis ipse plane insisteiis, neque attak im
seiiiuiii devexa, iieqiie persona dignitate, cui ferii~e paruni coiisnlu-
erat, ~ t u iunquam t adduci, ut operam, aut servitio ciijusquarn famnli
ntere ur.
A sociis donam accepit nullum : imb ver6 indorurii pagos
ant nostrorum residentias com inriseret ino ia Iaborantes. auidgad
ad itineris snmptus pecunire acoeperat in colfegiis. egentiori ona at,
5 8. NBo contente com estas pequenas coiuas,
tambem praticava ações da maior importancia.
Nos canhenhos da aldeia de Guajurú lê-se, que com
m a liberalidade ornára o templo com ombreiras de
madeira dourada, e tambem dera paramentos sagrados
para os altares e calice.
Era para com os escravos e indios tao benevolente e
mizericordiozo, que recuxava nas vizitas da provincia ser
levado nos ombros d'essa gente, dizendo niio atrever-se a
ser carregado em ombros umanos, quando com seos p6s
ou a cavalo podia andar embora com incomodo.
5 9. A esta sua comizeração para com aqueles
omens nem sempre os caminhos correspondiam em raz8o
da aspereza ; e quando algumas vezes não podia vencer
arduos obshculos, era então carregado em uma grosseira
cadeirinha pelos escravos.
Quando porem vencida a dificuldade dos caminhos,
xegava aos calegiosou cazas, não ficavaem ocio ou socego ;
e não s6 cuidava com todo o empenho das couzas respe-
ctivas 6 vizita, como tambem, para tratar dos objétos
estranhos, ocupava-se em receber assidiias confissões.
5 10. Estava tão abituado rio ministerio do confis-
sionario, em quanto ocupou o provincialato, e o exercia

pn 8.tiuajiirúensis
Neqiie his minutioribus contentus niajoo etiain úciebat.
pagi adsrer.sariis legitur, sumrna illu~iiliberalitate
templnin ligneo pigmate deauratoexoriiandum curavisse, nec non w r a
altari ornaiiieiita. calicemque donas-se.
Utque erat erga rnaiiciyia, Indos que lenisct misericors hunieris
eoruni portari, duin provinciam ~rcurreret,recusabat omdnb, non
andere se. inquiens, horninum de&rri hunieris, eum pedibus aiit rquo
iter peragere, quanqiihin egre, posset.
g 9. Huic tameii ejusdem erga homines illos comiiiiserationi non
semper itiiiera, iit erant dlnicilia, respondebant, ciim ardua eorum
impedimenb superare aliqiiando non posset, qiiin a inaiicipiis vili
qaadarn lecticula gestaretur.
Cum rerc), superata viartim diflicultate, ad col1ee;ia pen;enis?et ac
domos, nihil siiiiiehat otii ad quietein : nec tantiim illa, li* risita-
tionis intererant, onini.curabat stiidlo, veriin, etiani, ut ex<lernis Wii-
snleret, accipiendis eoruni confessioiiibus operani dabat, quaiiiqui
maximam .
$ 10. Hoc enim habiiit in more, ut confes.sarii muiius, dum pro-
vlncialem egit, tanta exerceret perseverantia, ac si nullia oceupa-
tionibus destinarctur.
6 P. 11. VOL. LII.
com t n n t a pcrrserPrnnCn, c.nniri si ,L nenliiim riiitrn s ~ r r i t : o
s e dp<tiInRSSP.
Ernhorn rln em r r n 1 ~ ~ r ) r i c i(IC~PID-
~.
p ~ n h nn.r por si r io ritil : a>n dn\ nln1.i~;
porihni pni. via (to.; r n m y i n n h ~ i r o s i)iirzcnrn. f n 7 ~ rciiitrss
ciiuz:~q,rluej n l y a r n p o t l ~ hem r execntzr-se p o r imcilint 10s
costljiitn!-P$.
P o r isw c n n l i e c ~ n r l np n r ~ x p e r i e n c i aprnyirih q ~ i a on t i1
er:t o trnhnllin (10s nnssns p a i l r ~ s ,r lrctirriniii 2.7 po-
V ( I ~ C ? Pr111.:i~s
~ cm r n i s s i ~ r ~ilili:~
. pi.ovicl~~nrinr:i
p:?r.i q i i ~cni tnrln.; n s annns SP ti tars ( ~ Y C I I ~ Y ~ ~ S ,
qiinnto n p e r m i t i s w m a s d ~ m n i sO L U ~ P ~ L ~ . ~ J ~ - .
3 11 . F: Inyn no primeiro nnnn, cnl ~ I I PEst~~iiil.Sn rp-
cehrri n pro~incixpnrn. r o r p n i n r , cialiirnni diiris cnnfrntlr.;
(ln rnlf.rin tlx T!:tliin,, P nlitros tantos tln c n l ~ c i nr l O~ i i n d x
e do cinl~rrin(Ir S:iri-I'nnlii, os rlnacs,percnrieiitlo os 1Iiicsres
s~ihrirbaniise on mrtk remotos. e s p a l l i n r ~ mn srmcl n t c (1%
p n l n ~ ~ reav n n r r ~ l i r n , P c n l l i ~ r n im~b \ w n i i m r n t n t ir3 dos
c ~ l r i i . n ir e l ~ s t i a ~ s .
5 1 I. I r i i n l i n c n t ~satiirain em e s c i i r s â o qii:i tro cnn -
fraclrs flirriiinrti~t.~.Dirirlidn n. r r y i ? ( i em t1n:is poi.(:i,~u.
pnrti!+nni tlnos prlrs CR(?:I. iimR d ' e l n s c n m y r a n d e pi.0-
w i t n dos l i o ~ o r i .
i ~ missao creoii-se no sert:io d e Pernarn-
i ) p p ~ ciiitra
hiico ; nssiin tnmhcni dniis pndres r10 cnleqio tia R ~ i l Iie- i ~
net r a r a m iii) int e r i n r das t e r r a s por niai* tlc 310 milhnq.
Itl pin f ~ i - t hciirr. inar~nlqlicet itiiplicahrr ntlpoliis, rniriinrnin saltiti
adliilic1i;it fit?r SP ipqiirn : ;it p ~ SrO ~ - I a~ 1i:i ~ S 11r:t~sIar~ cura\ I ~ , ~ I I I : I 1* 1 r f ~ -
xiflli<311j n al)Ois ~ I I I A \ ~ I Irlnttlrat
~ ~ I-I[I[I~-IT~II~~.
t'tirli A , ~ . i i f ~[Irlilirio
i si-rrri r ~ ~ ~ ~ ~ r liI!i,tin i i ~ ~ . nc141r0-
t ~ ~ evad~pl~t
c i ~ ritilis
-:L, 1 1 1 ~ t t r + +:id r i i r ~ l w[ I O ~ I I I ( I S sm-ris ~ ~ x r ~ i r r +I>I rI I~Sr~~I t~ I I I ~ ~ I I ~ ,
r prii\ t i l i i , i11siii~iilis IiLr" :inflis, I ~ I I : L I I ~ I I I I I[i('r a11:i~i i i ~ i ~ 1 1 ( ~ . 1 -
wBt,+bj~i~f~iodi f i t h r ~ r i+I h \ ~ q l ~ r s ~ n f ~ ~ b * .
. 1:t ipi!cI~n~pririiu slalini :lfint?. 17110 Si~nislaiis)VIJ\ invi3rfi
snwt,p~tr ~ i r i t i t - r : i i ~ ~ i : ~(!ti11 r~i.
i>\ f l n l ~ i t - ~ i q ti v ~ , l ~ ~ ! s,ntnii.
,t~ l~o,~t<Pltl
iiliriilihiisi. b - 1 I ' : i i i l ~ ~ l ~ ~ ~ l i tf n~n fi i r ~ k~1 1~f 1 s1 . (i l i l i ~llli111~11ari;~. rt>~t~~tl~iir:iqlt*
IIII.:~[b+>ragi-xntt%,l ' , v a ~ i ~ ~ l\vrbi i f ~ i < P I I I P I I ?~i,tr':Pr<~f~t, IIII~<SI~III~[II+~
t b x i r 1 i I 4 : c o l l ~ g ~ r t -~~~~:ti,~ l e ~ lIiorreis i l ~ ~ . ~ i~ist!r~r~~I;~ri~.
s
g 12. Procursuni zque fuit B, sociis Fluininensihus quatiior. Hi,
regioiie in duas partes divisa, biiii ad singulas profecti suul ui'agno,
ppulorurii eniolüniento.
Alia deinde in agro Pernainbucano iiiissio. iiistituta : ul etiam
Bahieiisis collegii duo in mediterraneum ad milliaria decem supra
dueenta penctrarunt.
§ 13. Qual o fruto rezultante d'estas excursóes niio
nos consta com certeza, porque pereceram os documentos
d'aquele tempo.
Esta perda porAm A compensada por outra missko
feita entre os Paulistas no anno de 1715 : pois d'esta,
como atestam a s cartas annuas então enviadas a Roma,
tão copiozo foi o fruto, que induzio o governador a pedir
por cartas oficiees ao provincial esse trabalho dos nossos
confrades no anno subsequente.
§ 14. Entretanto nilo deixou cessar o trabalho dos
nossos predicantes nau cidades ; e dezignou para cada
colegio pregadores que, na praça publica e em dias deter-
minados atemorizassem os omens com o orror dos vicios, e
os convidassem 5 piedade. Providenciou para - q u e ao
povo e aos meninos n8o fxltasse catechista, qiie no teiiiplo
e nos caminhos explicassem a ca techeze cristan.
A estes adicionou oiitros, que ensinassem os sacra-
mentos e a doutrina da religiiio cristan aos escravos transpor-
tados do reino de Angola, falando-lhes noseoidiomanativo.
5 15. Entretanto Estanisliio praticou outras coiizas.
em que empregou bem o seu trabalho e o dos companheiros
N'este tempo a provincia de Pernambuco ardia em
ferinas dissenções e era despedaçada por tumultos de
guerra intestina com perigo de extrema ruina. Eis a ori-
gem das disseiiçóes, e a cauza da guerra.
S 13. Qulsnain Ii;iriiiii exciirsioiiiiin fructns extiterit, nobis cedò
non constat. quandwluidriii illiiis ternporls rnoniirnenta perieruiit.
Hx?c tarnen jactiira utcurnqiie coiiipensatnr in alia niissione. atino
millesirno septingt~iitesirno decirno quinto ad Paulopolilanos facta;
hnjns enini, iit aiinuw testaiitiir litterir sub idem teiiipus Romaiii dake.
&h copioeics fui1 ?&biquefri~ctus ?bt ntagielraluttb eliom i n d u r h l
ad postulnndam rcriplis nd prol:incia&~tt litteris, ramdetti noslroricm
opercim i n seque~,lettian.nicm.
S. Ir. Neque interiiii eaiiidern iiostrorriin operaiii cessare in iirbiburt
r r n i s i t : in sing~ilisenim collegiis concionatores. qui statis in foro
iebuu, rt a vitils Iioiiiines absterrerent et ad ietateiii iiioverent
dcp$arit. Fro,vidi!. ne,plviii. piieriqiie erudiendis Bessent cali.chistft?
qn in Leiiiplo e1 in riis c.liristiannni catechesirn exponerent.
Iis hddidit. qiii niancipia e regno Angolano asportata pmprio
ipsorurn idioiiiate cliristiaii:~rrli ionis sacris, doctrinaqne institiiireiit.
S 15. iiíec inter aliiid hahukt Stanislaus in quo soam, et socioriim
operam satis conuunirret
Acribiis &?ternpesbte dissidiis flagrabat Pernambiicensis prol-iiicia.
et intestini belli turnultlbiis discerpta erat, non siiie extreiiia) cladis
pericnlo. H e c dissidioruin origo, ac belli causa.
44 REVISTA TRrMENRAL DO 1NSTITI;TO IlTSTORICO

6 1 6 . Como os Recifenses aumentassem conçtnntP-


mentr em riqiiezas e em iiiimero, recehcrnm iin r ~ faciil- i
d n ile pitrn elrgpr o seo senadrr ;e ciihpcitarido POIU razXu o
que acnntec~rra,nac; trevas (1%noite Ie\-antsram nn pl'aC8
piihlica n coliiiia indicativa do poder r ~ c e h i ~ l o .
Ucc Cilinrlens~s,qiie n5o queriam aqiiela cidade siih-
trahida k siia jiirisiliq;~~,e repnta~:tmo ( I i r ~ i t oR elri o i i t ~ r -
gado como jnjiiria propria, ni,znifest,nram o fiiror exci ti1110
pnr eatia cnllza, cnmrn~ti xndn ~ r a n i l eíkqicio.
A<;sim com trpz t i r i1s de 1inc:iiiiarte f ~ r i r a mn S ~ h a s -
ti50 di Castro Caldas. gorenntlor da prnvincia, o qiinl
h
. *
alirrttimenre r*toorecin os Recifpnsps ; e por tal w r t e o
aterraram, rliie, prPpn.rac18 cnni tc?tltt pre S S , ~lima enili?i.-
cnção, fiicio ele parri R Bahin ccJrn alriiiits mrmlirnc 110
nora s ~ n ; i d odo .Recife..
5 1i.Os C)liniienses, npitarlns por e s t ~f ~ c t o e, ccin-
v o c n d a s tropas dn rpstc) ila provincin, rezo1~er;iniinrailir
e ttssolar n Tircife; e Iiostn qiic dirniriiii.;s~in l i rigor d a ( i r -
liberaqao t n ~ i l i t i n t e~ i i p l i c a(10s iin.sni cnnfrnrles, tnilarrri
dr mRri arrnalln I n a vila {to Recite, cl~rrihnrainn
pelniirinhci, e {lp o novo mn,rri~tr~cln.
.;' 19. Aestc Ins Iiecifensci :irrccen oiitrn. c frii
a siili\titi~iç;lntlo 1-1 iine10~n i i i ~ n t e1wlo Iiiqpn tle ( ~lin11:i

Dnii XlnncwI .4lrnrcs da CI1sta,a qiiem r~piitnoampoiici~ jiisto


n'esta qiiest;io. Pcirtantci recorrem ris arrnss pnrn, s i i ~ t p n -
t a r R, sna crtuzse o seo direito, visto como por rnirnillinnte
05 16. Rerifen~~" 9ns el nnmern IIIPF~I eq. pm-
te4:it~ni~lici~ri{li si1 2 rem acr~ptranf.ní d. r111nil
~ r x I frit~ri1111,
si~sliic ~rtiql ~ n v t ~ r , iI \I I ~ ~ I I ~ O 111r11118111
P P ~ ' X I ~ 7 1 1 1 ,:ICCPII~.I 114i i t . \ i , i i i s ~ ~ i i l i r i t ~ i ~ i .
iiliiiilrric~~ ~ , ~ I ~ ~ ~ I Ii111111
,1111 I I ~ jnrisilictionisnhhLctnm nolirnt,
~ I I FII'I.
jnst1111~ ! T I - I I - ~ I I ~ I I I I I I[tr[qirjam r ~ [ ~ i ~ ~ir~j?iri~ncnr~c?ptl~m ~ i t ~ ~ f i t 1 1 1 1~ 1 ~
calisic liirrir~'~ii~ i i t t ~ r ~l!riiditIl'rt li t l . ~ tio.
~l
\arti S t x t ~ ~ k l itl ~~ lcA?<Iríb ~ ~ ~ ~ f tl(l:{< ~ ~ prnvinciw pwftv-itlw~, 11111
R P P I ~ ~ - ~ I \ I ~ I I \ (a11h:it, I \[11rtb1- I r i b ~ i q sriopiq \ t ~ l n t ~ m r I i r ~ l .
adthidiilv t~rrlltv,~. 111 ? I I ~ I I I I L ~ ~ I I I I I I I < ~I ~I \I I ~ wriat~?
I ~ 11ir 1 1 I
1{~1ritt~n\it111-,
qil i i i i l t b ~ l i i i i I ~ ~ t t l l iri.ii
l ii'iil.irii. 1ialii.trii 5r fiic i ('i I ~ I I I Irit.
,i 17 vira r~~coriitiitili ciliiideii~i~.Rrriiliirii, coiitiit . i i i s c\ reliqlir
ro1'incia c0 tis, invade~epopu1ariquedecreverunt;et qtianquam nos-
boruiii preciluq consilii acerbitatern rninucrint, niliiloniinus armata
manii Recileiise ingrediuntur oppidum, colnmnatn evertunt, novurnqne
magistralum exautorant.
g 18. His Recilensium malis illnd etiam accessit, quod Olln-
densis episcopus Dominus Emniariuel Alrares da Costa. queni rebns
ruis pamm ceqnnm arbltrabantur, absenti pmfecto snccesserat, ab
motivo não havia meio de proceder em contrario. Assim
excitados os animos de ambas as partes, por alguns amos
tudo alterou-se e confundio-se com motins.
§ 19. Na verdade muito trabalharam os nossos padres,
mas debalde, no fervor da discordia : todavia d'entre eles
alguns apareceram, que, esquecidos das nossas leis, ade-
risaem a um dos partidos e de certo modo favorecessem
aos Recifenses .
Aos padres,em quem falecia o amor da sua profissiio,
Estanislho repreende0 conforme a gravidade do delito,
mandando-os retirar para outro l u g y , e aos demais
impoz severamente, que, afastado todo o espirito de par-
tido, se empenhassem pela obtenção da paz.
5 20. Este cordato procedimento niio agradou aos
Racifenses, que s6 queriam protetores. Por esta razão
a m a r a m Estanisláo e a todos os companheiros, embora
com injustiça, nas cartas dirigidas ao rei.
Os nossos companheiros, porem sofrendo estas e
outras mais graves injustiças, continuaram a esforçar-se '
por armonizar as couzas e restabelecer a paz entre os
contendores, at8 que, correspondendo o feito á obra e ao
trabalho, desvaneceram-se todos os incitamentos das
sinistras suspeitas contra os membros da sociedade, pois
eram vans e temerariamente concebidas.

eodem snbrogatus. Igitur ad arma conluginnt, canoa merito juriqne


suo, nanloquidem secos agendi locus non esset, ea ratione consnl-
turi. ande. ineensis utrin ue animis, omnia per diqnot annos mis-
ceie tumultibos, atque con?undl.
g 19. Miiitum quidèm, sed frustra, nt in Oagranti discordiamm
ineendio elaboratnni a nostris : ax qoibus tamen foere nonnulli, qni
legnm nostruum iiiiinemores, alteri adhmrerent parti, et Recifensibne
utcumque faverent. Hos, quem admodurn sui ofiicii intererat, )nxta
delicti meritupi reprehensos ali6 abire jussit Stanislaw, m t e n s ue
districte imposuit, nt paci componendae, secluso partium stu&o,
invigiiarent.
S 90. Ron placuit Recilensibus, qni nbi ue fautores vellent, pm-
dens haec agendi ratio ; proptereaque Stanqslanm, sociosque omnes
ianquam rebus suis iniqnos, datisad r m litteris, accnsarunt.
At nostri hax. et graviora conntaxr passi, com nendis tarnen
r e h s insndare, ac paci inter dissidentes restitneng p e m x e m t ,
q u d operse ac labori froctu respondente, omnia slnishamm contra
sodetatis homines snspiciondm incitamenl, nt erant r r n a ac temem?
concepta evannere.
i: 21. Send o estes os factos, bem moistrtim quãn pru-
h
r l ~ n t r m r n ~prur~~I(.rn
-1 -
e I~stnnislClon.. a ciire~ãotlas coiizas, e
- 7.- - ~

qiirinto ecfi)ri;n .;oIicitiide eiiiIirPharam ris seiis çnmps-


riheirns na cxtinc;ão rlo incenflio, P ílllanto lnu~*orw r e -
?eram tnrlris rielo wnp~nhon a r~stnrii'a~;itn (I;? paz.
Por isqo foram snmarlris ripyos rln p z , e n r ~JoTin i P
cl'tacte nomr, piii at~nciozacart:r da nqradecirn~nto por
wtr wrviço, OS B ~ ~ I ~ I U U .

4 1 . Embora fisw este o modo d e EqtanislRo govrr-


na:. a prnvincia, todavia nHo fi-iltavam ppsscia.;, 3tA
eritro os famiilns, qtie lhe al)\irmsern a paciencia cnui actc~s
eP ~ ~ R T
-4 qiie nn cnlegio do Rio de Janeiro PIP
re~ire,ei om pnt~rrial cnridiidc a nm (10s nns~os
porqtie vivia ~thstarln(10.: IZ(I.; da ccimuniila~le.
sg c~rdor,es,

(hrbdnm rrh ?o, dum procincinl? ...


ageret, patim& toleraia.

g 1. Etsi ver6 hzc Stanislao fuerit provinciz gerendae ratio, non


defuere aliqui, etiam ex domesticis, Iiomines, qui ejus patientiam
{liclis, fatisque exeyeren.
.iccidit in Pluminensi collegio, nt quemdam e s nostris sacerdotem,
quod vitain viveret a societatis nsibus atienani, paterna charitate
Passou-se o cazo em particiilar ;por6m o padre, preten-
dendo destruir os crimes contra ele articulados, exal-
tou-se por tal fbrma, que lançou sobre Estanisltio, que tal
não merecia, apodos xeios de falsidadeb ignominia.
5 2. Maior do que a grande temeridade do compa-
nheiro foi a paciencia do prelado, o qual n8o punio
com pena alguma aquele convicio, embora gravissimo,
nem o repeli0 com palavras.
A noticia do facto divulgou-se, mas nunca ninguem
persnadio-se, que em couza referente a mera iudividriali-
dade uzasse ele da sua autoridade contraum companheiro
Como 6 familiar aos varões santos, antes quiz ele
tolerar as injurias, que lhe eram dirigidas, do que punir,
quando aliás louvavel A buscar meios de atenuar a crilpa
do ofensor.
5 3. Por justas cauzas transferi0 ele da fazenda de
Camamú outro padre, que a administrava para a fazenda
da Tuupeba. Dezagradou ao padre essa mudança de
clima; e n8o tardou, que com insolita ouzadia propalasse
a raiva contida em sua alma.
Pois sabendo que Estanisláo viria por vizita em dia
proximn ti fazenda da Tijupeba, partio para os indios
Sachenses lia distancia de 100 milhas, sbmente para não
receber o provincial no ospicio, e n8o saudal-o pessoal-
mente.
reprehenderet. In privato res agebatiir : at sacerdos. dum objecta cri-
mina conatur diluera, adko coinmotus est, ut Stanislaùm nlhil tale
merentein, probro aNewril Eilsitatis zqii1!, ac ignominie pieno.
$ 2 Magna socii teiiieritate niaior fuit moderatoris tientia, clui
conviciuin illud. etsi gravissimum, nec ulla vindicavir pena, nec
verbo uideui wkllit.
im% uni facti hujus notitia ad alios perrenisset, nunquaiii ab
tis a d d u d otuit. iit in re, quip unum se tangeret, sua in soeiiim
potestate ubretur. eiiiin i iria sanctis faiuiliare est, ut quieas atii-
clentur, injurias tolerare maliiit, qii&m punire ; oliquain rimantes
viam. qiia oflensoris culpam extenuent.
$ 3, Sacerdotem aliurn tBCamaniuensi pnedio, cujus procnratorem
agebat, justis de causis adTijuprbense transtulerat. Displicuit homini
h s x a l i mutatio : nec diu fult, quiii conceptam animo rabiem propa-
Iaret insolenti facto.
Nam, ciim auàisset Stanislaiim ad Ti'iipebre pmdium. visitandi
causa, propediaiii riniuruoi, ipse r d a a b s e s Indos centum miiiia-
rium itincre r r f c t u s est, alio qnidem yrateatu, re tamen ipsa, ne
provincialem ospitio exciperet, przesensque salutaret.
4. Q ~ I-ta P fhse a intenqiin do padre, Iieni n ro-
n h ~ c e i i o priiilk rincial, 7-0 cln.
~ 1 1 %cIle~~ii1.1. c1 ~sprrns nqiirl~.
lrig~i.,t l r y i ~ i itlr ~ 1 demoi.: rrr O.;
R r r i i s i s 1iiy:weq q i i p ( ~ C Y Ivizitnr.
B
Il:stt! i t ~ r o l ~ i i facto
te alia1,zria o snimo anis p a c i ~ n t e .
E s t a n i s l i i i ~ri)i.i:iii l i i r i ~ e i l r i i c0111 i i i t ~ i r ninodernc:?~
palnvrnc;, e ilr ;ii;òe., çi~iiii,si r e p i i t n s s p jitstn. P nect:-sari:t
:i a ~ i z ~ n c doi a pr 2hert:zmente c 1 i i i z ~ r . t
mcnc~scal1i11-O.
$ Ti. Eni rt o cl'cste niodn p ~ l o sprn.
prios c . o m l ~ a n l i r i i c i ~c ,o n ~ ~ ~ í ri rii i i,i t % ~YPZPS t r i u n f i r ; p
ir,-in siip T I I P ~ I O T1 11~1nq c011 paclr- b

ceo (!/I.; ts p o r c a 1 III- rnnfr.


De :t E.tnni 11 corifr.ti :tA m~i-
riassr d e 1111i;iaiilein cle i n ~ i i o s , q l ~ e c i i r i c i : ~ , I)iii.:t "71 t r o
l u p r , d e i x n i i i l i i (I encarzo it:t a d u i i i i i q t r s í ; > ~ ) . ??.;t,a t r a n q -
i ~ p:idre niio p i i i l ~ fazcr-GPsem qnP n i i i i t o d p -
f t d r ~ n c 111)
zaqra{I.~s<e 8 cwta IiPs*n:t ~ x t r a n l lq ~l,~ ccctni eIlr1 contrn-
tiir%n n l i z a d ~ .
8 r;. C'nni efeito esq8 iriç,siln d : ~ l i i t n aronví-l
vencia 110 m i q n , eizcan i~ por tal f i ~ r r i i a , qrli.,
exnraniln ein c a r t : ~2 SIIR ira, v n ~ n i t n ucontrn E q t n n i s l : ' ~ ~
tantos imprnpr3rios q i i a n t o q pGde praforir em plenn liher-
t I a d ~ ,e no p r i i n e i r o impeto d ~friror. .
Conio ~ i n r l ; n i , contra toda a eapeclntivn, recehess~

.i. Qiiirnrrii Iioniini rtieiis mset, ptndeiis agnnvit fnwlpmtrir.


ciirn~liiailiiirndl! s a n advrntn nii)nitiirii Imslra e~pwtnssi't,piistjiistriin
r1101':i~ teli~~i!ls ~liq~:t~ssi t fr~i-1-1, c ; ~ ~ l p r > , ~ [IiIt .Iv~ ~ ~ ; 1~r.~111
IIII~ ~ :~ \Y i ~ l I r ~ l i r ~ l i .
Inr;~i!r>iil; I 1 i b 4 - f:ri-liiiiiptlnm ~ I ~ I ~ ~ I ~ ~ I W ~ I I ~ ~i "l I! I~I ~ ~ iI ,Ut ~
~ '' l1111""to
tfl~l
p S S t > t : niliit ibiiiiiiri.;~?~ tiiiii i P r [ ~ i ~ r ~ ~ i iariiiiii
~ , t ~ ~iri~iilcr:iIi~~nr*
cri Si* 1 . ~ ~ ~ i i 1
SL?ilisIa~i~, 3~ A I ~ ~ r i i ( , i ~ r : ~ali.~11I~,it11,
li~ris I ~ I ill~iili
I ; ~ < i 1 1 1 .l(g..rll, iin\~'rnt,
]us17~iii. ci~=cLr.;sxr:.iiiii] lip r1~f111t;iri-t .
5 :i. Har piirr-'i rnlioiic. ciiril R s i l i ~ r n ~drr.iimveniretnr
t rociis.
s ~ p +alias
, trin~ii[il~avit . w r rllinijrtl s ~ ~ [ i e r a vI iRtI I I I ~ ~ ,c l i l : ~311 esl1?r11t3
saiirilrli cir:r:ixiiiiii, p r p y i t s e ~ t .socio iilipt!mvc3r;ii ~ t : i l l l P ~ . i l li11 ~ . .th
Iiidiiriiiii I I : K I I riii
, lir,r i.rnt. aliririi iri Itit,iiiii, rlibpi~~~it:i
:cdiiiini-tr.1-
tiriliis i.Ura. ~1~ coiilerri>l. Fitari noti pitllil IIR'I: !IIICII tr.?llStdtli). cpIn
c.ileriiu cuidaiii, i~iiiiciiiii iIle ariiiçitias ç ~ ~ n t r n n r rriliriiin
~t, tli~plifr~ret
in modum.
S 6. Siquldern amici consnetudine orbatus homo adeo excandui
at, elacata ad id epistola, tot 1. Stanlslanm pmbra evomerit, quok
per snmmam iicentiam, et in primo furoris impetn eüundi poteranti
resposta xeia de palavras cortezes,mudou inteiramente de
o~iniáo.e transf~rmadoo descomeciime& em admiraciío e
&banidade, mostrou-se agradecido pelo mesmo facto; que
temeraria e impudentemente reprovhra.
5 7. Leve tempestade agor8 levantaram os Beci-
fenses, si a compararmos com aquela que suscitou-se
contra Estanisllio por ocazião do grave tumulto da
guerra civll, de que acima falei.
Dous eram os alegados motivos de ofensa contra ele.
O primeiro, porque mandsra para f6ra certos confiada
imprudentes, que ihes favoreciam o partido ; o segundo,
porque entreghra ao bispo de Olinda, a quem odiavam,
uma carta onroza escrita pelo prepozito geral da
companhia, n8o sei sobre que motivo.
8. Daqui grandes queixas contra a companhia ; ea
principaes por6m erguiam-se contra Estanialáo, a quem
por estes motivos acuzavam como fautor dos Olindemes.
Nada deixaram de tentar, por meio de cartas e3critas ao
rei,para o macular com a infamia d'este crime.
Tanta por6m foi a tolerancia de Estanislh em
sofrer estas couecla, quanto foi o agradecimento dos Reci-
fenses para com ele e seos colegas, depois que, aplacados
os animos, tornaram a si, e & sua indole nativa.

Verum. ciiin p r ~ t e romneiii siiain o inioncm responsnm a c c t


piaset verborum cuiiiiiate pleniiin, seiiieneam ornnino iiiutavit, eon-
versa<ltuein admirationciii, e t urbanitate~nlicentia, gratias reler* non
destiti pro ea ipsa dispositioiie, quam iemere, iiiipudenterque m-
~robaverat.
r - -

flq-ank.
s-
- - ~
I i ~ tempestaq,
c si cuni eacon~parrtur iiv in SLanbium
superii~sdixi, eirilis belli tunlultu ~kcilenslbosibo*
cst.
Dno eranl, quibus sc ah eo puhhant oílensoa. Primnm qnod im-
pnidrntes qiiosdaiii socios, qui wrum favebant partibus, aiib mislaaet;
alteriim, quòd Olindensi episcopo,queiii maxime oderant, honoriRcam
tradidisset epistolam ab univerrue societatis prreposito, nescio qru
ocasione, conscriptaiii.
8. Hinc magna1in sociebtem uerelte ;maximte ver6 in Sianis-
launi, quem t,x Iiis capitihus, qiiasi O?indeiisium lautorem, a~CU&ibpnt.
Nihil non tentatum, ut euin, datis ad regem litteris, hujw criminis
inlamir macularent.
At verb, quanta fui1 Stanislai in his perferehdis tolernn
e r p ipsum. sociosque ertilit necifensiun y t i a , postquim,m!%%!
mis, ad se ipsos, nativampe inùolem re iemnt.
7 P. n rol. ui
3 'i. 4rtlriri e c1ifir.il cei t:inierite G s n f w ininrix rr:i\ r. .
pnréiii k i w t n p r o c e d ~de al:ii~in cle infinin con1lic311,rii;?lr~r
i-irtiiilr i, sofrrl-;\ cSnmaniiiiii tranrliiilei. 110 rliir qiinniln:~
r ~ r e l i ~ r n (Ir!
o s pe.;sons viilrnrrc. S P In.I ~ Est3iii-l,i11f ! l t o ~ i
ornzi5ii. c l i i r ~ ~o ~prn\~itir.i;\lnt~i,
t~ ile t irai. ilnlii ( ; ~ i Ii ~11t.
Inii~rir.
3 1 o. R Pirara-sc
~ ele c1c c e r t o p r ~ i l i oi.itrn1 c l o c ~ b l ~ ~ i i ~
fliimiiierisr, riiia vizitn ncalinra t l ~f . ~ z c tJ~ O. nçnni1i:l-
I I I I R Y M ~ I por c+iirtoespnyo os ~ c i n f r n d i .P~~ M I T P ~ X I ~ Q(1-1 I
nilmiiii.tr:icllln 11'es~ppr~rlio,e o s PwrnT-iiS P ~ I ~ I . Pic111+ C
nci Liiiricn tln nwiicl:ir.
Pniicn tiiili:im n n i l ~ d n ,qnrinrln i10 rnpii~dn. tiirlin, i1118
escrw-ris itma vil wr:.n cc-~iii~i~oii n Iirnilnr. : - qrie r11 t
stliriirava-sr de qiie O 11-3flre prolrin(-inl 1vi-mt I * sii,i
parc~ira..: rIice*sc il'cla cciuzns, qiip YP ~ n \ - ( í r s n n l \ : ~ r i(i,, n
profrrir qii:ilqiirr nmem i l i s ~ o l i i t ;l ~qric rln tli.,i clc rllntli-
v.70. rujn f;t~iiapnllrn SP prPzR\-:l; nl:th ( 1 1 1ri5n ~ pei111:irlcix,ir
tlt clni~i-si~,pcirí~iii3 n'nc111vI~(~illoqi~io 1;tr:l dit:imi~cloo i l t r r ~ n ~ .
ciija. riiim sfAd c ~ c r i nIiciiipnr.
t: 1I . Com esta% pfilarrni slriin.; fii-zram n l ~ s n r t o c ,
outrnc e s t i ' ~ m r r . ~ r a nP ~tnilii\
, ; ~ R ~ ~ I Ie X sOp S~ i - a r n n:i.:i c1i.tc.r.
rninnq+c i10 ~ ~ i - f > i i q rsir~i hl ~ * iA.w t ~ miilli~r. c1iiz:irrr~ii-
nli:i(1%. 3;',iit í n 14:rt,tiiisl to, ~il.iiicl~i.llirciiiii i.o<tii s ~ r r ~ i i ~ .
clit*~.: Jtf to r ~ - t ,, ~ t , ; f!!,Jil , j t ~ ~ ~ t t r t l t t .

KI~I. ikfi!i
1 ~ 1 1 i 1 i ~ r i i: i r
111. ~ I I I ~ I ~ ~ I I r14 P I Il i~ t ~~~i ir~v~*flIfi, I, iliíiiii~rii

..-..\.i.i..it
RI~*<~'I
,mr.t.i,ll
.:..
L . .
I I ! :uI I I F I ~ J I - r~ ~ ~ ~ t ~ t ~ f : t l ~ ~ i ~ ~ i ~q [i ~r ~~ i [ ~~ , ~~
qlq,,l'rni.
u-ll,-qit.iir, c! I : ~ f i i i r l i .I I I I I ~ I I ~ I Iii~ib.i-:ii i i ..,
, t l . 4 i ~ , q , r ~ i I~-l i ,
t~ i< ~ ~ ~

tBn(lniiti~bantrir.
Parrirli ~~n>~.c~ssi~ranl, c'iini c iiiodia wrroriiin Iiirl)a clriiioi'c! c:rpit
vil is :riicill;i : iirirciri sr. clitotl I'. f~roriricinlis~ i c r f ~ r l « i t(Ir t ipsu C I ~ J sitis I
coiisrrris obloc.itl~csfitis.scl. r/iitr* rrl prrdilirs ho~itoprolrrr~rr14b~s-
crrel, ejits sr coriditioitrs C S S ~ .c'tdjlrs fiiitt(t priruit~~~crcittir: r(71or1nOR
possc, tioii. dolerr, yrtRd rtlicts fitrril eo ira collocliiio difluiir~llts,
ciijics Iionori ctrcendioii ernl.
$$ 11. Aù g a ~ :ver,,, aiii olislupesrrrc~, frenwre nlii, omnes. qnid
pro\ iiicialis in eíirontem larninani tleccriieret, a\ide3 cup~chre. Tuiii
Slnnislaus eaniallquens sereno vullu : Facrsse, incluit be.ieedocta es.
Com estas palavras despedi0 a escrava furioza e o
obsequiozo acompanhamento ; e jamais (~stigoucom pena
alguma a audacia d'aquela mulher mentiroza .
$ 12. Em razão d'essa sua indulgencia para com
os seos confrades persuadiram-se todos, que nenhum
meio melhor avía de evitar qualquer castigo por
parte de Estanislho do que irrogar-lhe alguma iqjuria
grave.
Nem por isto devemos julgar, que todos qnan-
tos contra ele pecaram foram induzidos ao acto por
esta persuasão. Pois pelo contrario sucedia, que por
essa cauza não diminuia a sua autoridade, quando alias
ela crecia na estimaçáo de todos, porque assim apare-
cia mais adornado de virtudes.
$ 13. E' certo, que a Estanisláo nenhuma infamia
trouxeram as couzas,que lhe foram assacadas como cauza
de oprobrio ; pois era táo nbtoria de toilos a sua inocencia,
que a não poderia expugnar a mais acrimonioza maledi-
cencia.
Quáo aceita de Deos fora a sua tolerancia em suportar
oprobrios, os sucessos o mostraram por mais de iiniit vez ;
porquanto esta maiisitlão mais facilmente coriseguio a
emenda (10s pecadores do que coatumir fazer a acerbidade
das penas.

Quil~iis\ ilrl)is c.t Iiirenteni ancillaiii,et oficiosiiiii coiiiilatiini tlimisil;


quin rntxndacix I ; ~ ~ i i i iaiitlaciam
n:~~ iilla iiii(~ii:iiiip:~~ii;i
iiiiilctaret.
S 12. Jaiii viwi e s Iiac erga oNeiist)rcs silos iiidulgcntia iion tini
persiiasiiiii mt, \ - i n i i i eiijusvis psn:i> si111 St;inixlno 01-aderida! nullam
esse aptiorem. tlii:iin ipsiiiii gravi ali([ii:i afl~?cis.;eiiijiiria.
Nec I1rol)terea opiiianduin est oiiines, qiiol iiot in illiini quando-
que peccanint, ea fiiisse duetos pc:inii:isioiiti. Sonxc eiiiiii aherat. nt
hac de c;iiis:i rjiis niinuerc.tiir aiit-lorit:~s, ciirii apiitl oriines 60 plùr
axislimationr cresceret, qiiO virti11il)iisoiiiatior roiiiparel>at.
$ 13. I(lqiir certiiiii Slanisllio iiiiII;iiii prperissc infniiiiam, q i i ~in
ipsiiiii oprjroI)riit.aiia:i jactala fiirriiiit; siiliiitleiii oiiinii)us notior erat
ejus (~nrhilax,c[iiiirii ut ;i vcltieriieiitiore eliniti iii:iledicentia expugnari
posset.
IinO; qiinnliiiii Deo accc'pta fiierit ejiis in siistiiiendis opprobrils
lolenntia. rion seiiiel robavit evciitiis ; cuiii Rire pleriiiiiclue niansiie-
ludo faciliiis, qiihm s o k t psnaruiii acrrl)itas, peeeanliuiii emendationem
obtiiieret.
CAPITULO X
Fica 7ia Baltia co~wpoder absolulo
1 Passsdo o trienio do governo, e deixada a ad-
ministração da provincia, Estanislb ficou no colegio da
cidade da Bahia, onde depuzera o cargo.
5 2. Aqui excitava todos & perfeição com o exem-
plo de sua vida e com a inocuncis dos seos costumes ;
pois n'ele foi consLqnte o amor da virtude e rr solicitude
na observancia da diciplina, quer obrasse como particn-
lar, quer procedesse como superior.
Embora cultivasse com esmero as virtudes convinha-
veis a um religiozo, todavia em nenhuma d'elas punha
maior empenho do que na umildade, como si fosse ela o
fundameuto de toda a perfei~áo.
5 3. Não sei sob que pretesto pedio e obteve para
abitar iim cubicolo na parte inferior do convento destinada
B moradia dos irmãos serventes.
Entre eles vivi8 satisfeito, como si nuuca exercera
o supremo regimen da provincia, e si na sua pessoa não
estivesse ali prezente uni conselheiro da ordem.
Acost.umado a despensar famulos para o seo servitp
pessoal, executava por si tudo quanto precizava. Fre-
quenteniente çoin suas proprias máos lavara lenços e
CAPLT S
ikihitr perstct 1 islrci 116 nb.tolit l ~ i
~ttcig

$, 1. E l a p s ~regiminis trit~iiiiio, ciiriiqiic. 11io1 iiicin, dlmissa, per-


niansil SL~riislaiisiii Baliiciisis urbis collegio, iibi iiiagislratum de-
poauerat .
Q 3. Hic exeiiiplo vil:r, iiioriiiiiqiit- innocenlia reliquos ad per-
fwtiorieiii eicilal~nl: naiii cuiist;iris iri 1-0fiiit, rel ~irivatiiiiia-ret rel
s i i p c r i o i ~ ~ i liiii,i i i \ irliitis :iiii#ir. l i i i i i ul~scrrnridn~ tli.;i~ipliii:~~
sullicitiido.
Etsi \vi.<> > ~ i i ~ i i I ; i~ji!:i. . ; . rt~li~iusiiiii tlei~eril. virtiiles rult'rzl dili-
g ~ i i l i~ 1 1 t ~ r~iitiila, I~lirnllit:it~. 11li;isi 10ti11s perft>~*tioriis iuiidaiiiciito,
: i r i t i t ~ i i i ~Iiahi111,
~s
g .i. ~:ii1~i~iiIiiiii, iic?sc.ii~c.iijiis coiiiriiotll pr:r~lc\tii, a11 Iial~itandnni
I!l:liit. o l ~ t i i i u i t ~ l ~iii i ' :i i i i a :cdiiiiii j).irLis: qiiic atijiituriirii 1r;itriiiii hiihita-
tioiii destinaia era1 .
Ilue inter degcbat conteiiliis, oiiiiii sccliis;~;iii~~torilnlis spccie: ac
si supreiiiiiiii ~)rovirici:errgiirien c ~ e r c i i i s s e tiiunqiiarii, iiccliie giistleiii
i11 prrescrilia cuiisultor elistcrct.
meias do seo uzo, e a quem se lhe oferecia para taes ser-
viços agradecia com urbanidade, dizendo que ninguem o
servia ttio bem como ele proprio .
5 4. Procurou sempre viver ignorado, e não con-
sentia facilmente em ser vizitado, principalmente por pes-
soas extranhas, com as quaes quazi n8o tinha outras ra
Iqões alem das do confissionario .
Em funçóes publicas, que alins busca\-a escnzar,
embora sempre aceito com onra, nunca entrava sina0
coagido.
E r a infenso á ostentaçgo de conhecimentos doutrina-
ri^, e engenhozamente evit.ara ocazióes de os exhibir :
e antes queria parecer ignorante, do que fazer ostentaqiio
de siencias, em que aliás era perfeitamente in~truido,com
prejnizo da nmildade.
§ 6. Este era o seo modo de viver e obrar, quando
foi mandado para uma caza de noviciado ultimamente
cowtrnidn, mas ainda n&o acabada, nos arreba.ldes da ci-
dade, levando como companheiro um jol-en estudante,qne
conralecia de recente in fermidade .
Ngo trouxe ningiiem para esta abitaqiio antes qne po-
desne obsen-ar as leis da sociedade, e exigir a obsei,vancia
d'elaq, quanto o permitisse a saude do conip~nheii.~.
Embora este n5o suportasse a rigida (lestiilmiqiio do
tempo, nem todos os deveres da siia condiqgo, Estanislbo

AReriiis sibi famnlatnm n bique solitus interdicere, qnidquid opus


haberet, per se ipsuiii rxeqiiebatur. Cum siidaria, tihialiaque suis ipsc
maaibus passiin lavaret, cuilihet operam ai1 id suam ofierenti gratcs
orbane r~ferebat,nemineiii sihi inquirns grntiurt faninl.rri se ipso.
Q 4 . Latere ubiciue studuit, nec adiri se facile paliebatiir, niaximt!
rb nternis; quibus cutii riiliii fere liábttl)at coii.rnercii extra yo~nitenib
Wimal. Publicis fiinrtionil~us,in quibus se lionore erceptum iri pre-
vbhret, iiuuiquam intererat nisi coacius.
W t r i o z ostendendie perborreltat occasiones, et industriose vi-
Irbrt; nialuitque indoctns videri, quam scic.iitiarum, quibus era1
lmlchre instriictus, spcimen dare cum aliquo humilitalis dispendio.
S 5. tia%illi e n t vileodi, agendiqne ntio, cum ad probationi*
âomul, nuper ia subnrbio extmctam nec dum ~erfrctam,missos est;
w i b in comitein,gni e w e o t i apntudine conralrscebt,scbolastieoja-
niore.Hanc natus hdbit;itioncm nihil duxit prius, q n h nt m e t a t i s I
semret i eaninique erigeret observantiarn, quanturo soeii v=
1 .
d a 1 n re P
p r ~ i l i s p o z ns cniizxq por tal forma qiie cnnsnltas~eR c v i -
ilnitp P n diriplinx.
. I'ortnnto ~iwirncli~pnxtndn, qne p n r muito
f o i n p ~Rcnii por costiime : r e z a r q i t o t i d i a n n i n ~ t i tR~ m19-3
nn. nrx, qiie iiienos incornntl:~fowp ao n ~ a n ( - ~ l i~nfermn o ;
n%oxninnl-o par3 R irii\an. a n t e s ele ertnreiii p r o n t n s t ~ t l ' ? .
ar rrriizxs pai R i) qncrifii'in ela cnnsaprnr;;io (1%mtiii ; ( ' 1 ~ 1 1 -
i-liiielix a n i 5 n de zi.ai.nq, Ici. pnrii rltl 0111 i r t l i i r ~ n t eiupt t
iiorn o 1ivi.o iIns coii/n.; uari.>?ilns; cxlilic*ar R I i q i r ) com
$ 1 ~ iilw
: iooinent:~rinq; ~ii-rparni.por siia\ p r o p r i : ' ~
iii.3ni rima [ior'r;iii ~ I Px o c n l ~ pt :~i r ~n rnn~pnnlicliro; ct~plll-
t 4 i i p r tuiln : t ( ~ i i ~ l n r i e r i ~ i s ~ c ~iisi ironc1ic;iir:
i (10 1iig-i~ +I

trnipn.
I'nr iaho par% este m:inc~lin nailn jamais foi i: t
?rato cninn R mrmoria c l ' a q i i r l ~tpmpo, crii qiie P Y ~ P I - I -
1ii~ii:oii 3 exi1~ii.i.cnriilade i10 emerito R~('I:LO. licm iloiri 1
4iiit1xs P I I R ~virtriilrs.
i 'I'ni~innlin p r n n. siia rctriila(?e, q i i ~nZo pwli t
'imr iwntiil~ii t : ~t +~ t r ~ tezas
i ~ t S5o foi E 4 !t-
c10 c l : ~ i iro.
iii45c1~ ~ ' ~ t c l i l epnrn
i ~ l : ~ beriifr;.~jn sn~iii~ntt? pam. o cornp.1-
ri1iri1.0, roiri qriPm d i i t n v n ; n iiiitroq, q i i ~ i v i n v nas i II
/itiliirric:ns i10 clolerrici,t atnhtni ei;tcrirlco n sti:~t)riietic-enci:~.
I :iit rr ta-trs :t~i:+c e r t o m:ini-elto, a qncm falta1 niii
.liinzi tr~rlosns livrnc, qiin n iizo iI:r -11% escola esiria. par.?
~ i o i l r rproqequir no ~ r t 1 1 1 1doa s l e t r ~~i t~p l r i o r e s .

uiioniain c ~ n i\s iiw rigidnb trnipliris distrlbtitic~ni,r1t.c n n i ~ ~ i l l i i q


~ i ~ i t l p:Lr
~ . ~ ~ n i t r l i , i rzi iisi ~ ~ er;lt,
i q I.PS11:i 11i<llms111I Ç I : I T I ~ + I : ~ I I111
~. ~ h x r i l ~ i l i
:I.OII~? viii,iiili.ri~l, i I i c , . i ~ i l i n ; ~ ~ .
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' i:. Ilri!iir linctL~ l . i l ~ i i li111ti111~. Iialtiiil in iiioi.P . iiiintiritP s?rniiii


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i ~ ~ ~I ~~ ( t # ~ ! I ~ I ~ I ~ ~ ~ ' .
I-:I~!,, 1111iil~ , r t I , t 1 1 , i r r i ~ 8 i > < l ( h L~ t I I ~ ~ ~ J ~< aIc t ~' i i ,~t wI r tI, kI +\l.i\lclc,
( I I I < I ~ ~
qiiiiiii tttiiil1oris illiiis rtienioria, qiio eitierili senis liiiii ekiniiain erga
~ecliarit;~t~~iii. ciiiii virtiiles alias ekl~crlus(1st.
$j7 . Major tbrat +bjiiscliarilas, quain ut se intra doinus illius septa
continewt. Non i l l i laiitriin,cliiocuni habitabat, socio I~enelicus per id
tetitporis fiiit Slatiislaiis : ad eos etiain, qui prosinie in collegio de-
gbaitt, siiatn ipse beiicllicentinin extendit.
HOS inter ~luiclaiiierat juvenis, cui libri d~eraiitkrel ornnes, vos,
ut hunianiorihus litteris navaret operam,illius scttol~usus postnlabat.
I . EstaniqlAo pctri.in reciizoii o donrit,iro rnl?i i 3 1
insirtflnrin,qrie o scii:io tle Goa pelyleo tnd:i ;1b-~~rtr2r.:ini;:~ 11,.
o (11?1r:ir;poiis.0 (liirante a aiizenci:i, ele T<.;tanisi;ln l\iirco:r
inti~illliizir nii cnliiciilo i I ' e s t ~( t i . soliri(1itris iIl\i;ttv ; 4:
fcit,o i ~ t n , r~t.iriw-st3p;irn o C O I F L ~niiti?s
~ O 1 1 1 1 ~51" I ~ + ? Q ( - P -
biisr;íl R franrle.
F ~ i i i h rF.stflnis?:\o do fnc.tn,n~simtrnii~fnrniri~lrb im 011-
~ ~ ~ nO ( I S P P ~ I Pe, ~ i t r ~ ~ ~ ) r~ncrr17n-
~ ~ q l l i f -t?1 S, P ~ ; I T lnco ~i-ll~c~
r n ~ n t etirrlii rliinntn ns:ira 1 1 0 ciiltir.iilo, rc~zr3i~:iriilo tutu-
s o n i ~ n t e1tnr:t iizn ilos sacros 8ltai.t': os mais 1): c c i ( i z o ~r<
tofiis ( 1 celln. ~
8 1 I . t i tlinlicirn, q u p s r o s pnrrn tc?s rept%ti(l:~< r ~ ~ z ~ ~ '
l h n1at111nvnr
~ , ele ,I! cli.pnzii;:ic, (11-1s s
tIrfliizinrln nyt iantin. ni~cc;i;:iria pai :i
colntc? piirx 11 onipnnhoil-ar;, qire tl'cs5.n. ' 1-
reciiiin.
5 ??. T)t.ix~ntioo cispicio (113 nnrici:iiln, vrtl tnii p : i r : ~
0 C , O ~ + ~ Y ~eO , 11t~n
t ro de. piu11cy~ tt*nipo foi ~ t ~ : ~ ~ i t-,~ l ; i ~ l i ~ )mil

~ i c r - ~ ~ v n ~ - i n c11:is
. i a I reyiGps i n t ~ t , i ~ f i r ( l s 11j,~f'c*it111.:1112
B:lh i:i .
K r z E.;t~niglfic, rnniirr rle 70 g.nrinc, c tinlia n s:iiiil.-
;tn-niri:ttln : 1ior íw13 pn.r~ci:i.iniposaivc:l n ~ r t i ~ r - s í3, . í#:~-

tr:inzifn PIII T:IT illq IOI* p ~ l nt'altn (li. iiinnt iiiic~nt.tis


~ P I R prnnrin rl'n.yi Inriit ccinin tia i?nic!ni (li.--
posto 5 n l i r r l i ~ n c ~ i npi-onro
, e satisfeito ctbeilereo, e esc-
ciitoii n ~ i : ~ g r orderintla.
ni
r; 10. Ovioll Stanislans tnnta rpcnsrrit ronstnntia, nt GOarllle *o(*ilb<
omn~~iiiq i ~ sfiv~-t1111tIi a~i~i**>rit Y~I~;II;. p r r ~ i i ~ t i11 l ~ I~ ~~ I~ Ii $.t11,~ I~ ~~
v11111[11, d~1i11 . illm I ~ I ~ I ~ O ~ I Iir:i\vr~t
; I ! I P ? < ~ ~rtb3 II~~I
i ; <~t~t)l:idn, .1tiIt*qi1.111
Iraii.;ilrl~:i~ri~~ii r, 111 i'iilf~y11111b 111.ii(t'1~1
X i > i ~Y I ~ I I ariiti~i
~ :1!11rti011i: rt>~ti, ih<~.qiiiiima<lrirnntnii;.
ng'noi i t S I . T I I ~ ~ I : S? I~I;YI ,~ I I I I ;trt.t1rsl
I~ 1 ~ 1 1 i t ~ i i 1 it iI i 1 l 1 1 t ~ t 1 1 ' 1r,-
1
p b 1 l t , , t*lar21 tlls #-<! : [ l t ~ ~ ~ I i ~f:lliI . ~ x l ~ ~ ~ ~ 1111 <.~i.l'i all.ir I. i i i i i ' t '
rsbc*,rrntti.
Q 11. Kiiriiiiios erinde,qiii passim a propinqiiis iiiiltehaiitiir,.rnpe-
riol.urn arbilrio sla!iieiiat oiiiiiiiih, eii~encia.tantiiiii clit>ciiala~parem
siirnoiarii accil)itiis, uiide etiaiii sociis ejuhdcni potionis egcntibns
subveniret.
12. Cuiii, relicta [)rol)atioiiis[I~mio,in collrgium rc~diissrt,non diu
luit. quiri ad iiiediterraiieris Saliieiisis pra:frcliir;r regioiics ~ i u - p r o ~ i i i -
cirilis iiiilteretur.
Era1 Sianislaus~eytuagenarioiiirjor, e\ aNecla gravatiis uaietudinq;
proindeque iriipar videbiitur itiiieri suscipieiido in regioiiw noiyeirtu
Com este exemplo de obediencia a todos servi0 d e
modelo, e mostrou quanta peifeicáo n'esta virtude tinha
ele conseguido ; assim couo pouco antes ja tinha dado
proya da sua completa umildade, quando sujeitou-se a vêr
pnblicados os seos defeitos, e a ser punido com seve-
ridade.
13. Com efeito ordenou o suprenio prepozito, que
ele com publica admoestaçb lavasse a culpa, que, como
provincial, parecia ter couietido, deixando de executar
certas ordens do mesmo prepozito; o qual todaviapermitio,
que a arbitrio do culpado ficasse a satisfaçfio da pena.
Sobravam razóes, pelas quaes poderia Estanisláo
n&osó desculpar a sua omissão perante o prepmito geral,
pnas tambem aprezental-a como couza louvavel ; todavia
preferi0 sugeitar-se a grave pena, quando aliais a propria
consiencia testimunhava a sua inculpabilidacle.
E para servir de exemplo não s6 referi0 a siia culpa
perante os comprinheiros, e beijou os p6s dos que senta-
vam-se A meza, como taiiibeu, incliiiaJo sobre o xgo,
assisti0 A ceia, e dagelou-se com aspero azorrague.
Partindo para percorrer os pontos interiores como
provincial, deixo11 estes recentissimos exemplos de obe-
diencia e de nmildade.

fere milliaribiis rcmolas. atclue vlctus, et aqiiz eniiria multis etiini in


loclsperdifílciles. Athiiieii. q i i ~ r a hoiiiinis
t !i; obedieiidumalacrilas.
g
promptiis libriist iie cih1einper:ivit. alque rnw ripturn iter suscepit.
Quo obcuiir i i d i t~rempioiiiaf,n? onini ur:fuit rdifiiuuoni,aiqae iinr
odendit. qiianl:ini fiierit ejiis \,ir itis perfectionem adeptus : quemadmo,
dum in eu, quOd roluerit defertiis suos palam esponi. et cuin severitate
punlri, hurnilitatis eximia p u l o ante aryiimenlum pmbuerat.
g 13. Etenini ipsi mnndaver;it su reiiius societatis pmPitur, iit
animndversioiii~publit-anoxaiii eiiienr! suuiii, qiiain, dum povincialrm
egerat,contrasisse videliatur in oiii~tteiida uorunldani i p i u s praepisiti
ordinuiii executione: paniiaiiiiaiiien rubeuiikm ejus arbitrin prtiiiserat.
Rationes suberrnt bene multie, qiiibus posset Stanislaiis ~rni.~ioirem
suam noii niodb apud geiieralern ~irci.posituuiexcusare, veriini et Iam-
dabilem ersusdere : maluit lanicii. qi~enipropria conscieiitia iiiiio-
ennm t e s h a t u r , grave se pln:r siibjlcere
Quod ut rzstarct. iion taiiliiiii suani ipse coram rociis recitavit
cnlparn, siiniifqiie kedes in Lriclinio sedentlum owulotns est, a1 hiiiiii
@liamoccuriibensc;enaui habuit, seque verberatioiie allecit severissiiiin.
Hac ille, ciiiii ad luslranda yroviiicialis loco niediterranea okctris
8% receiitiasima Lum obcdieiitia, tum huniilitaiis exeiiipia relguil.
8 r. IL VOL. UI.
'iira de iimx e o11trR v i r t l ~ d e ,ronio niit~rinrmtwteçnctn-
TIla.V3 praticar.
Coni ~ a n i ri ~~ r ~ r ~ nc.tttril~i.ix rin ..t vniitnrlc de qiixl-
IIiier sii~\~i-ioi., P ~ ~ O Y I e Rl n t i ~R ~V ~ I I Z R Pd+pi.~zivcli- :
iiiinra R i i l w l ~:ir:in(::icltt nrin niitrn. qiinlqiici- circiin.tan-
r:f:t v r v i o {Ir pi.etr.to ii ,113 clcci-cytitiiilc para n:io nlltL-
ibeei. ao* ~ii.eccitos(111s,rpvwn;lnt I><.
.
1 550 c ~ b t n i i t r ;iiii;,i. 1 1 silrncici e a slllid~tri.
iAsfFLI n sprnprr pi.rintii pnrn ni*onip:ilili:ir :iiiq rniifi ndrl.; q i * ~
! i n l i ~ m i l cnltir
~ rlo cnnl-rntn I ~ ; I I Rclii:tJi111~rfim, qll?nlIo
r ~ or ~ i t c i r:I*\IIU a ] ~ r a z id~~ t ~ r r n i ~ ~ w .
Cc~rtrii19 siia ( 1 ~ 7 i g 1 ; l$0 i linrax este niistcr, recpnnilix
A natitii-n~,icicom a d t i i i r ~ \ i~>l:ic.irlcz
~\ tl':iliri:t, (liir fic'a~,t
-iente, c i-01~11 ~ 1 1 ; 1 1iati<f:~c.ílri il\il;tf;i\:i (1:1 111:i c l ~ z t i n ~ c l x
J ~ ~ TaR snliidn, afilii tlt. o~ic.iti~:inn~~~ntc. c-olorar-QP 71%
Iinrta, r t 1 ~ í - 6 ~Va117:ii. n o r t ~ n f,i<lil
i 1 1 i i i i c-iiioilo (Ia r.Iirri1.

E Bahiensi collegio ad Paulopulilonunt c»iigral


S 1. Cuni ad ultimaiii lerfiztatem pervenisset Staiiislaus, cegritudi-
:leque tetati cmvas aectuni iri neceese esset, visum ert superioribub
e:im ad nrbem Diui Pauli transmittore, ubi senecttitis i n c o m m ~ i
VIDA DO PADRE EST.~SISL.~O
DE CAMPOS 59

idade,pareceo aos superiores conveniente, que ele se trans-


portasse para a cidade de São-Paulo, onde menos penoza-
mente suportaria os incomodos da senectude em conse-
quencia da benignidade do clima patrio,e ao mesmo tempo
esmolando entre os seos conterraneos (conforme lhe per-
mitisse a molestia) obtivesse algum dinheiro, com que se
podesse promover a beatificacão do veneravel padre Joz6
dlAnchieta.
Portanto, correndo o anno de 1722 e tendo Estanislho
74 annos de idade, transferio-se ele para Sáo Paulo.
5 2. Sem esta mudança de lugar trouxe aconteci-
mento algum tlezagraciavel.
Pois sendo confessor do vice-rei da Bahia, n'esta an-
zencia i~xárameio rle dispensar-sedaonra dyaqueleencargo,
como milito dezejava,sem ofeiisa alguma do mesmo vice-rei.
S. 3. Sportando com feliz navegação ao Rio de Ja-
neiro, como llie fira recomendailo, declarou o encargo de
que fora incumbido tie vizitar no seo tranzito, e com os po-
deres e pi.eilicamento de provincial, o convento de S. Mi-
guel na cidade de Santos, e o de S. Ignacio entre os Pau-
listas, assim como as aldeias adjacentes dos indios e as
nossas rezidencias.
Por esta razão comeyada a viagem e partindo para
ali, executou equitat.ivamente todos os encargos da sua
comissito coin tanto loiivor, quanto jB merecêra no dezem-
penho de outras funçi3es do seo ministerio.
iniiins NKre patri c ~ l I)aneíicio
i perferret, siniulqiie a siiis quoad lwr
valetiidiiieiii liceret) alicluani emendicando coli errt peciiiiirBsumiii;iiii.
qua renerahilis palris Joseplii Ancliieta. beatiffcatio proiiioveri posse!,
Igitdr. \clrtcrite atino iiiillesimo septingentesimo vigesimosecundii,
Íetatis vcrii ziitrbseptuagesimo quarto, ed se retulit Siaiiislaus.
$ 2. Ncc[tie injiicrinda illi coiitigit t i a c loci inuiatio. Narn, cuiii
esset Raliieiisi ro-regi a confessioiiibus ea hndein absrntia nioduiii
invenevl. qito irli tis uiuneris tionorem, ui sumiiiis optaral votis, nulla
pro-regis iiista olrensioiie dec1in:iret.
3 :I: Stbcuiida iiavigatione ad Januarii Flumon appulsus, quod i11
inan atis deferebat, niunus exprninpsit, loco videlieet provincialis,
ipsiusque noinine tuiii I)ivi idicliaelis in opido Saiictoruin, tum Divi
Ignatii apud Paulopolllanus collegium, unhque adjacentes Indoruui
pagos, ac nostrorum residentias in transcurau perlustrandi.
Quare instaurato itinere. e6 profectus, muneris conirnissi partes
ianta irnplevit xquitatii laude, quantam sxpe alias eoderii in officio
promeriierat.
4 . ;i.;siin iico ~ x e m p l o dt: prrfi.ic?o i > r n n q ~ l i r a
tliznti 11;iimit.:ic::i.o dos \-ar;,es relisiírzos, e iln : i c l i i i i !.nc;:i,
d i ~ sdcni,zis onltbiis.
Xn reritnrlc! o p r i n c i p i o da rizitn den Inrrn ria rem:-
taiIn 3 i I ~ i p ~ r l i CrI l : ~iim iiIIio IIA s i i : ~ innsn do s e r n i i j 113
c.nnipsnlii;i, ( l i ~ ~rezsrlo
s~i ci vinc.iilo i10 sarigiie. 2 3 1 e r s ?:
I ~ P x : ~ ~illt-.tt? nnir91ii
~ ~ P ~ ~ I pci IOJ ~ i : ~ r r : n t e!s
3 5 . Percoirrirlíis 03 .- ospicins i10 E r a z i l mustr:rl, d o s
qnacs f:ilri, tisirii reziilenc:i;t no colagio rle S.'LO-PRIIIO.
Xqrii rli4pt~stop a r a o e.ucrcic,in do s:~gradn mini.;frrio.
nada fkz ~~iitea de dar ccint.3 (1%sua viiln .
i ; . Ei.3 cni;t,tiliierec~hi(10 por iizii sntign diis nnssn5
t.emyilos c~lebraros otic.icis rlirinos toilns o; tlinq (11.mn-
di.iin;i.iI:i, para que riao fiil t,asst? cnrnnr1irl:td~ (113 nii\*ir
ruí35:t aos qiie virtm rlo trslinllio d i ~ r i oI. ~ : L ~óRr a rsrnlhG~':~
ele no c n l y i o dn, E n l i i n pnrn, consiiTrnr nt: priiniii:i.; (11,

dia h 0 s t . i ~crle.;tirtl; n. m13smn. c o n s e r ~ : i r n cni Síto-Paiiln,


onde n clinix 6 friyidn.
Porqiianlo eni t,r)il:t a parto cnstiimara clesportnr o?
O U ~ ~ i?S, i ,s t o qiir3 oat r ' o r : ~f m i a p o r p i ~ ~ i ~x vy ~ i ~r :~(t 1, ~ -
t , e i m i n i i.:t itirml>rir p o r c : ~ v i t l . ~ ~ latitn
i>, (I-? I~III: livr:~sst: 1 1 ~ ~
incnriin!l O 03 sit,is c,cirnp:iiilieii.c,n.
Pot ;.,c e n., ..,Ivert.iflo i) ~~icriut,:íri,
-i,' ~C:LU~P~I)II,qne (IR li
por i1i:~nt.l:ningite.io f.)sqr? s,iinarlo p.tr.t ci?lel)rw n'esw
t.pmpo ; ele pjir.kui doz?inponlini-i:t (1 sa~railooficio n:i
fi?rni,z estntnidz.

5 4. Imir e v a n ~ e t l perfectianls
c~~ e~ernplumedidit, non rniniis imi-
iatiGlit9 d i c i ~ t ~aptid i n r~tit1,:105r-Isviro~.qi~~iiii apoil V:PIP~IIU adriiii?titin+*
Siqtiirli1111 isilaliorii~ii~iliiiiii : i 1 1 pn t l i i \ i l . i l i i ~ i i i ~ s p rrc~iisririciiiriitc!i*
~lo
viiii~iiln, siirriri.: iiliiiiii J S~ktvi~tíiti d(!ir~iltt~rvl. 'I arila Iioiiiiriia ili.:it .I
[ I ~ ~ I ~ I I I I I ~ U~
~SL~vr~aliii.
., .#,Lit-fr,~t~q,tJ+>
,. -
qnihng dit\,.ti~<!r:~ti~ Erasili= dnn1i1111$,t ~ a l ~ l h t i n -
nem l i \ i l iii Ib.~iilíip~ilil;in~~ iollr:io. Ili~! nliiiiii ndfii~:~il r \ i ~ r c ~ i iqtii-ip-
tl~i
I ; i t i % iriiiiislrri,i, r i i l i i l í>,:il iriir.,q!~:~I~~ 111 \ 11:i'(111:f. r:ilior)~~rii iri~t11111~rf~'.
:; 1;. V014 iAn,ti 1 1 l~~~~~~~~ T I ~ ~ L Varilirliiai
I ~ 111311 ret.t.[itii<, 111 ~ ] u < ~ t i i l i +
Sacnirii lis.i.ol 5 i i l i .iiii.,ir t r i i , ri,, i i i , ~ I I Iv \ I ~ ~ I I ~ I I ~I.it~i.rt* I vi~.liI,~iii. :#li-
tIit.ri,l:i~ riii%+:rh i~i~riiiii~~ilil:is i l e i ~ ~ ç ~Ilniic.
, l . .i111 Iior;iiii, i i t (liasi Iiriiriiiie-
~,ii,li~<Li ta~141:i~ cuIl>evr,~rt\t,11) l { : t l i i e ~ ~~~~i ~ I I I ~tE~II G i ~)~ i *Sri:,~~ti \ i ~ I a i i ~
'ar~(lt~li~ ir1 ~ ' ~ I ~ I O ~ J ~ II!~II I r1,1':id111%
I ~ ~ ~ I Iegt I ~ V:I,IIIIII,
, ~II.(IIIr ( u t i i t ~ ~ ~ t .
h,iin, i i t t ~:lliii l ~ ~ e iil. i l i ~ t i dr \ piet?t-
t ? ; ~ ~ I i I + ~ v x~i i itl i i~ i ~~C)IIIIS,
011111sii,weprr~t,~'II:IIII t!x cl~:ir~l,il~: 1d1ir4:dv<;rvvil, ul scbcit~sali i r i i : ~ ~ i i ~ -
modo likraret.
Quare ~ d i t u u r nprziiinnendo cauit,nerluis deinceps ad celebrandui~b
4x1teuipore vocaretur; siquideni ipse statutuni sacruin obire polerat.
T I D h DO PADRE E S T A X I S L ~ ~ ) DE CAMPOS 61

5 7. Isto nunca preterio:sinão quando era detido por


molestia grave ; e depois consumido longo espaço de tempo
um ação de graças, e empregados breves momentos no
trato corporal, voltava ao templo para acudir & cdntissão
dos penitentes.
Tgo assiduo freguentava o tribunal sagrado, que d'ele
n8o se arredava (conza ass&s admiravel em um velho se-
ytuagenario e fraco) sem verificar qne ningiiem mais
avia para expiar culpas.
5 8. Então o infatigavel velho vinha para a sala
proxima da porta principal, onde, em tribunaes a cada passo
levantados, se costuma ouvir os omens, como as mulheres
ouvem-se no templo, afim de ajudar ali aos companheiros
dedicados ao mesmo ministeri~ate que recebessem rr con-
fissão de todos quanto~acndiam.
Com este procedimento não s6 prestava grande ser-
viço aos penitentes, como excitava os confrades a praticar
.a mesma couza.
5 9. Na verdade o reitor do colegio acostumado a
empregar-se com EstanislBo em ouvir os confikntes,
ingenuamente confessava, que nunca atrevia-se a deixar o
trabalho emqnanto tinha diante dos olhos o exemplo do
~enerandoancião, que proximo estava.
Quando porem concorria multidão de povo com maior
frequencia, concluida a aqão de graças depois da misw

S 7. Iliid ~~rol~lcrea,nisi gravi deteiitiis iiiorbo,interniisit uunyuaiu :


Ionno deintlv teiiivoris suatio eratiis aueiiilis collocrlo. curandoune
corfori hrrviwi inf. consiiiens, "ad excil;ieiidas accurrentium confes-
siones redil~aliii templum.
Atqiie adeo sacro tribunali adltn.rrl)at assidiiiis, ut (quod iii se-
ptuagenario, debilitatoque seni \;ilde niimui! non prius ab eo recderet,
qii.bm su eresse iieminein coyiiovissrt ;i iiosis expiandiim.
S 8. $IIIII rerb ad riilani coiiiiiiiiiii janiiiv pioriiiiau~, ubi e m t i s
ppssim 1ribuiialil)us viri, sicut iii templo faliiiinn, audiri soleiit, inde-
esns accurrebat senex, ut ibi socios e~deriiiiiinisterio inlei?tos ad~U-
vrret,don~c.qnotquot confluxeraiit,omniiiiii contessiones exciperentur.
Qoa ageiitli ratioiie non inodòstrenuaiii ipse pnitentibus expiandis
p r ~ s t a b a toperam, \rt~rutiietiaiii alios ad itleiii mtanduiii excitopat.
Q 9. Equidem colie ii rector u n i cuiii S&nislao confessionibus
audiendis vacare solitusejatebatiir :n enub nunguam a labore rnsum se
paulisper cessare, cum venerandi sfnis, qui proxiiii8 aderat, sibi ante
seulos obversaretur exeniplum .
Quoties \erb frequentiores populi multitudo conüueret, absoluta
K~t,inisIiiiirliriyin-SP ,211 triliiinal 11;i p c w i t ~ i i c i n ,~ < i ~ i i p r i ( l r t
t l : ~iizrinl r ~ t i l i c ~ >mtitntinn.
n
-1lgnrnns vezes s ~ i p n i . t a \ ~ na f r n q t i ~ z n 11n estc~manlk
~)zt'znan clrlnori~r O s.i i:inmrn t o 11s i.~c,oric.ilix(;á~ t :i cic 11.1r
r) prnci1rRralii.
8 -1ri. Este genero da nti~tcriilnilcl pctrl.in, qiip ~ l *
por nrnil~1:irl~ 1iiisrar:i e r i m h r i r , n;in tartloii em niitn I f c ~ t ia.-
se pr1.1 ilt~liilitlni!~ da.: forca.: c n r p o r a r u .
Em c e r t o d i a , oitvintlo peiiiteiitt~s. p o r nrn7i;in (11
iiini.; 11iiitiri.nii r ri1irnei.0~0 c7nnciirao. n nnci3n c l ~ ; t n l ~ , c ~ l l .
e p o r tini i.nliio eni dc~liqiiio.
PIli- i w t n reitor iln c n l ~ n i n , conh~ridtiR o r i ~ ~ 11li ui
1tm.1, { l i l i c ~ ~ l t ~ ~ pnr ~p ri Vi te ~r i i11:ir:i
n ~ I I clali
P pttr cliai~ft*r<-
t : i t i i ~ l i oi150 oriipnssc n r.nnf~~s<innnvirl. ~ ~ r n i i 1 1~111
1(1 ic~inn~.
c i i n ~ p r i oEqtarii-lho o p r ~ c - ~ i t o111~12 ; tnfln ( I t i ~ i i i l ~ n ,
t ~ t p~~rr i l i cntu : ~ ost.t nlic~lirii~~i,z.i.pi~ti~~~~r.z~ n vnm a ornicu2o
iln jnntar- todas R.: VPZPS ~ I I P , (Iailrl o ~ i n ~c111 l l rrf~~itc~rin.
ninrla rxiqtiniii p r n i t i d n t w pnr r i t n t ~ . - a r .
. i R i ~ i n - s i~~ n t i n n rrlitov, qii,inilo por n i i x l r i i i ~ rr i r -
riin.:taririn i111 p o r i i e z l i r e n r i n nqr, snn1.i~ lt arí1:i-
t a r i n i-riiif;:sçor r :isqiiii n n;io n f , l . t n ~ : ~ i i icln I.
6 1 1. Cc~nio11cbrt~1113 I> ?]-ir1LIIP r n y ~ t i l vlcndo i a

p r n n t.iinrntp i: YOZ iln n h r ~ l i ~ n i ~ Pi I: ~~J ,n.r 1 c-rcinili. tiri-


S R V ~ I ns p r ~ i i t e n t ~ spor/Lnl
, a ~ l v ~ i - t i i lqoi ~i r $ 1 t~ii.ilr ~ 1 3 1 -
tnssrm pxi':i o iiirsnin fim, ~firiiianclorliits ~ n t > iI ~ 1111? C

S;ilii~c,i x ~ i 13iic-t-l):it ~ i ~ ~ :i1 i t 1 i i : ~ i 1 1 1 1 1 1 ~ l t - l i 11s


i ~tnnincliisri-liiien~lnri-
~ I T I O ~I [ PI I ,~: I II tII~l iIl.l ~ ~ r [I+~II~II'IIIII<
ri ~ ~ ~ ~ I ~ I I ~~ ;~ I II ~~ ~I: I: I II I! ~~~ ~I I~I II I ~I I~I .~
c: )(I. ~ ' ~ ~ ~ I I I: III I I I+ - I ~II~I,. : I I I G ~ I , V I ~ : I ~: IJ ~ I I ~ I < , I I I ~ ~ I I illt.
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~ i i i l i i , ni~i.iiltiirr~
~!~~ i i,f11~1, 1 1 1 i i li, ;t.<l~~iii I I I . I I I I I ~ ~ F ~ Ir I<I >
I Ii l i i r r ~ ~ t ,
\ i r i i i I I I i'or[irir:111iir11 trhri~iit:tç.
i . t i i n i l : i r i ~ i ~ i i t i t #~l i i a . ~ . I ~ I I i Il i i r4-1111~11fi1-1ris t v > i i r ~ i r nw3-~i~<
i r i i i ~ . i ~ i i i 1 1 1 i 1 ~ 1 1 l 1 l i 1 1 .pr:i i liiiiss~~l L (j~:rt>~.il Ittn:;~av~iç ~ ~ c i 111 t ~ ,
t b ~ n r t i i i i iIniiilriii ~ rnrriic>rit.
Undt' rector, cognifa mali originc, di1igenti.r cavit, ne cleinceps ad
sncriiiii tril)iiri;il jt!juiiiis accederet. Mort~iii i l l i gcssit Staiiislaiis : at
clttitlc iiid leiiiltoris ea iii obitilientia consiiiiieret. lotiiiii repeiidere
[ w a i d i i on~issiuiii,)aratu< eral, cliioties d:rto ntl illiiil sigiii, penitentes
siil,erernii, niit~ienJi. .
Satagchat pruinde rcctor, iic niornnteiii \-orare ad prandiuni, ct ab
njlere arcere c ~ s i alicluo, i aiit riegligenlia oniitteretrir.
$ 11. Caterum, ut iiigeiiiosa est chaiitax, ol)edienti:e roci proniptb
obsecundans, prenitentes quitleiii reliii~liiebat,inonilostaiiien,ut vespere
VIDA DO PADRE EST.~KISL.~O
DE CAMPOS fi3

mente lhes prestaria os seos serviços, pois agora era


ocazião de obedecer.
Passatlo breve tempo necessario ao jantar e ao des-
canso da sésta meridiana, via-se ele voltar ao confessio-
nario para renovar e completar a obra interrompida pelo
preceito (ia obediencia.
5 12. Por isso muitos fiéis, na ora do dia em que mais
comodamente o podiam fazer, frequentavam a nossa caza
para confessar os pecados, dezejozos de ter como confessor
o fiel Estanisláo.
Embora admitisse todos os freg~ieze.; sem distinção
de pessoas, comtudo costumava receber de mellior vontade
e mais benignamente os iimil(les, os quaes, como tlesti-
tiudos do favor uiiiaiio, milito recomenda a sua mizera
condiqáo .
9 13. SiLo era novo em Estaiiisliío o amor d'este mi-
nisterio ; pois, como algures foi comenior;~do,nunca se
absteve de o exercitar entre os cuidados das prefeituras,
que exerceo .
N'estes ultiiiios tempos porem, reconliecendo-se
menos apto para outros miiiisterios em razáo da idade,
aplicou-se a este iiiiico exercicio, iio qual nenhum outro
sacerdote postoque robiistissiiiio o poderia talvez exceder.
ad proposiiiiiii rch\rrlt~rriitiii,alfiriiianso[lrrniii Iiini illis siiniii lilbentis-
siine colloratiiiiiin, clii;i i i t t u t ~ i i i d ~ ~i iiii i~ ~ i ' : i ~i r ~ohrtlieiidiiiii
~iil rrat.
tiiiic \.isiis i ~ l t ~ ~ i l fnit,i ~ l ei ~n ~l ~~ ~ r ~ ~l )~i ?~\ i s iteiiil)t~rt~
tt~ :id pran-
dirini. et poiiieritli;rii;iiii I iiic.teiii iit~rcssai.iu riirsiis ad tribiiiial re-
dire, iit iiilerrii[~tiiriiulirAicandi caiis;i tqiriz .iiistaiiraret, atcliie coiu-
pleret.
12. M t i l t i itio~~tc.rra, qiia comiiiodiiiis iiciterant (iici hora,
doinuni i~oslr;iiii:itl ~it:cc;it;icoiilitc'ntln \ ciitit;il);iiit, sibi cerib polliciti
paralum i i i Stariisl:~~~ c~infessariii~ii Iial)iiiiros.
Qriariic~u~iii\t'ii). iiiilla k~riiii, personniiirii acccptionc ueiiiciites
admitl(.ret, lilieiiliiis taiiieii, ntcliit, beriigiiiiis Iiiiiiiilcs aiiiplexari coii-
srievit, qiios al~iitl i~isiiiii, Iiiiiiiaiiii tlnari opc dt-stitutos, pliirimùm
rommend;il~;iltviriiiii nlijec.t;i rt~ntlitio.
§ 13. H;iiitI tio\ 11s t m t i i i St~iiislaoIiiijits iiiiiiislerii aiiior; iiani, ut
alihi ineinoratiiiii esl. etiaiii inlrr pr;electiirarlim, cliias obivit. ciiras
a11eo eserct>ndoriiiiicjiiaiii ;il~sliiiiiit.
Sed postrt~iiiis liisw lleiip~~rihiis, ciiiii se iiiinisleriis aliis prfe
seiiectiite iii~iiiisal>tiiiiicogiiosceret, I i u i ~uiii c'o iiisiidacrit sludio, tluo
forthsse iiinjiis iiec iie a robiistissiiiio ali iio expectari posset.
Ad se1l:iiii p:i.iiileiiti.t iliebus t?liaiii prcjestis se relerebal. 1-rnetsi
unos, alfervc. et t~uniitloiliie iiiiI1:is [ler coiilessioneiii espinndus
aceederet .
.\indz nns dinq fost i r n q i.~c,nllii:~-sc:i 1.1.1:i cln pprti-
ttlnrin, ~ m h i i r n:ipnrcct.çw apen,i.:iim oii nrit rn e 5 s ~ 9 7 ~ :
t i ~ n l i i i m1113nitcntreni linqcn 11ac~mfics:ici.
9 14. K i ~ t l irinrn
i rlnr iicnliiim r n l ~ i n i c r i t oiI.:s+ so ncin.
or,iipiirn n t l > n i ~ irrnn i w i t n r n q oras cnnnnic:is. P r i i l t r n i
l nt; 1 1 ili I 11o qen f.tlf.-
~ W V P S ;P P S ~ P~ o s t l l n ~l 1~1 1n i l n t ~ia
rim~nto.
Acsirn contrnliin t:in 11rrnifi,11lnO aljittl IIP :~d~~~ini.;tr;ir
este sa~~i.:imrtitn.qiir 1-111 ~ p r t ! ~iir.nzi%n,
. n r r l i ~ u ~c111
l o ft.lirv,
criino s i o ~ i ~ i w c(11' , cnnfisqín n iini ~ i i ~tcriic*,
ni (liir* cm
drlirin j i 1 1 r ; ~ i vtci.:intc4
~ LI s~lnt.inr1iipw:~rlii<,~ I P I . ~ ~ I I I ~ ~ I I ,
<ipor vfii\t!ira comi:i r21rnt? etn ( l i a ~ ~ r o l ~ ~ el ~CO~LI i ~ lp.1-
o,
In~.r;tqrijtiii4tncl:i~ilro-llie n nh-olviq;io.

5 r n r1:t rnmp.inliix, < i , ein roiifl r m i -


1 . O c ~ r i i n i l ~ ifillin
ihilc! d o seo ~ ~ P v I Jt~r m . , 7 ~ 1 0prlns nlrrinc; e p ~ l : :ln7.i.i
i iii-

r i n : ~ ,cnnvrin solire tritlri, q i i ~ o osrlrcn c l ~ nrn


l 11.1. ~ t n r ~ l ~ i l ~ ~
con~cmtiii~cs, (. proc1ii.P c.ni clyiirit o ngriiilnl- 3 tc111ns
r s qiiern riw.
a q ~ i ~ l i:0111
- -- - - - -

rj 14, Tnni \-prh, ~ i t ,In~nr.ntii ri'st,lmt niilliiz, tinris cánonici*,


alii;i r pr~cihrisrpritnnilig t r r n f t i t q cnlfacnl~?': 11if;t1tt i l l p 1-oiisilf~liii11-
l ir~li~riliirn,
i i t h i r i ar1 chaii1 iisiliie iliflrii. c l i i , ~r l ~ r i i l i r i i .i~l [im.scciilii- f,.l.
QII~I p:+~-lt~
I~IIITI~I~ s ~ t - r a ~ ~ il<fI~i t ins t 111i11i~fr3fi~Ii
~ 113t1:1> ( * I I T I ~ ~ ~ I I ~ .
nt f ~ l ~ P!I:I~IIri Ia11~br:irw~IIIIII~II~ f!i('r~f ~ I : I ~ I I I ~ ~ ~fl!i~,ni
II~~~ :1[1I1I1 1I1,
~IPPO,.II.IiIi,li~il)rl~.111'1- (11.1
tr111r11j 1 1 1 1 ~ 1 v i f~ i i l ~ ~ i ~ ) . ~ t : ~.)TIn r PC, . I ~ ! I I ~ ~ T I ~
t111, I i4itn ,i-i=tli< I,<.c~, v11!t~111qn6~ , ~ I ~ ~ ~ ~ l f >il t. ~if ~l s tv!~~h~t -~IlI~ I I~
- ~~% l,
jir9rtIr1,

CAPUT XII

Disciplina! o b s ~ v ~ t n l i o donti
m pro~tto~el

$ I. Verus societatis filius si prout debel, zelurn aniinarnm, ct


gloria! divins habeat,irnprirnis :llunt opportr.1. i i i t n don!cstjcos parietea
exerceat, et nostros onmes, quibuscuin viVi1, in spiritu Juvara con-
iendat.
Como a perfeição da nossa sociedade seja couzn de
-tamanha importancia para a gloria de Deus e para a sal-
vação do proximo, não p6de o varão pio trabalhar devi-
damente em favor dos fieis com aquela diligencia, a que
4 obrigado, si por ventura tambem não se empenha pelo
bem espiritual da sociedade.
Por isso emquanto trabalhava por limpar a con-
sciencia das pessoas extranhas gi comunidade, Estanisláo
tambem cuidou por todos os meios possiveis de excitar os
confrades a perfeição da vida.
5 2. O seo principal cuidado foi proceder de modo
que servisse de exemplo a todos os companheiros, niío se
subtraindo B lei ou a trabalho algum, afim de que os mais
moços não tivessem pretesto para desvios.
Pois assim como nas familias regulares dos religiozos
nada é niais perniciozo do que a vitln dos mais velhos
pouco conforme com A diciplina claustral, assim tambem
com razão persuadia-se de que a reverencia dos mesmos
pelas leis, sendo constante e perfeita, muito contribuis
para conter os demais na diciplina.
5 3. Conhecia por experiencia repetida, que os re-
ligiozos eram tanto mais facilmente impedidos de al-
cançar o seo fim quanto mais facilmente mantinham re-
laçóes externas, sem urgente necessidade.
Por isso muito dezejava Estanisláo, que os confrades

Cuni eiiiiii .;o:it-t,~tis perb'i'tio Iariti si1 iiiomenti atl Del gloriam, e t
proxiiiioruiii saliiteiii. liis coo erari, qiia teneltir diligentia, omninb
-nonpotest, nisi spiritiiali swieKxtis hono etiani studeat.
Quark. miindandiu extemorirm conscientiiu dum navaret o ram
id etiani criravit Stanislaris, ut docios, quibus poterat industrE, ad
vita parfectioneni excitaret .
y 2. Prncipua illi cura fiiit itise gerere, iit rellquis esset exeniplo,
nnlli aut legi, aut lapori se siihtrahens, ne lihertitis eliani qusrendae
ansam capereiit jriniorcs.
Nam, uernatimodiiin sacriu rellgiosoriini familits nfhil cst perni-
ciosius, ,ji%rn antiquiorum vila minus ad rvligiosam disciplinam com-
posita, sic merilb sibi persiiaserat ipsoruni erga le es reverentiam, s i
coashns ea sit atque perlecta, plurimuiii valere a8 reliqrios in discl-
plina continendos.
J 3. Multiplici novrrat eaperientia religiosos oh irnpedlri facilirli,
ne sutim finem perreniant qiib freqrientiis cum externls, nulla ur-
gente necessitate, commercium exercent.
Qriare vehementer optabat Stanislaua, ut a nostris quhm rari domo
9 P. 11. VOL. LII.
ponw q a i c s ~ i n tln c n n r e r i t n , c ci'jili~nto n t,/e-~crii.
cliisniln n P X ~ S ~ S Ivaqao d o prnainio, oii ~ ~ i i n l ~ ~ i i t * r
L ~ I ~ ~RP PX C P ~ S ~ ~ ~ R ~ f e i r a .
$ 4. I < t o PI riiiri no c n l e ~ i nIIP S5o-Pi1ril0,nrio
crinpintlo rm anilnos n wiiclan rom ririltbnris, mas sim iiiri-
iq com a t r 3 t i v r i s para qiin, t ~ n t n n i l o t3 p n i i l a t i ~ i x -
i p ~ i n n t l o , n c ~ n d c q . ; ~nos cnleqas o ;tnirir i1'p~s:t
srilid5.0.
l'ortnnto nos rlias f ~ r i n í l o s , nos r1iinc.s rn~triinTvnm
sair (10 c n n r e n t o 5. o r a (10 m e i o cii:t. ~ . ~ i n v i ( l a ~torio4 .n ri<
e o n f r n d ~ para i qtie n iimx br:i da t : i r i l ~ i.r~iini~~cini-.t~ riii
certn l n c i r dn colegin. .\lii p r o p o s t o < p;,~niiris, c o n s i v
tentps pt-inriltnlmeii t c em i ~ ~ n t i r i h o ns ,i x n i ios, r~trntt i \ d c
santos, c l i s p i i t n r a m ~ n h r etodas psans cniizns, qnrl na sn-
c i ~ d n dS P~l i r r n i i t ~ mcnnio ~ n t r e t ~ n i m ~;n et o n.qini o.;
i l r t i n l i x nt C seynr a noite.
L ) ' P R ~ Hmorto i n s e n s i r ~ l m c n t ~ohtcl.e,
! q i i ~ ninderarllo
,
o rlezpjo dn p n w n r , n i n g i t e m se nf:~st:t=t! t l ~ i convPntci
Fem .jiicta C X I I Z ~ .
5 . Elt? lambem t art? no p n r s a t ~ i
p~rm i t indo R OC:IZ~;? O, i:% p i n s c o l ~ q i i i n
1 1 1 1 ~rc. surita~cieO ninnr e cin cln 1- i r f ~ t i l ? ,

f i ~ ~ l 1t11 1 .
.
iiei~htiin:i.cirrriiict,incin ,,,,,,. , , r c t ~ r i rnn iritorrn ,,,, ,. , .

P ~ ~ S I I A Ilfrent, nirri os aot prosimoruin salns, aiit vcrn alia riecpq-


sitaa ponliilarrit.
$$ 1 . I ~ i l l i l i ? in pxnlopolitano colleyio asseciitnn esl, non rlnld crn v i
ad a~ilitntliri~~rii aniiiiilu iiiiprlIi*ritiu,si?d illiiriis [uiliii i r i ~ ~ i - n i i ~ l o . i ~ 1 1 i 1 : 1 ~ 1
i ~ j i i ~ ~ l v oa:iiiirtJrii
rii rtbriiirii r i i r i : i r i i l i i :i~t~rtdric~ii~~ i i i illiz a~.i.+~ii11+i','t.
Icltui' I I ~ ~ I :i lIi i~~ lIi l~i u , i1111liiis i l i ~ 1 1 i i ~v ~ r I ~ 11ii d nii~riili,iii~i r~~riiporo
C ~ I ~ ~ I I I I ,~< I YI P~ I ~~ IIIVII.I~I;IL
~ ~ I I
S Iririlnrbs.i i t aL<! ~ , I ~ ~ I I'olli%:ii
4 I ~ I I a r.! I ~ I R~!I'T.)
I
pciul iiii~ridi~~iii Iior:c c i i i ~ ~ i ~ iIit. iirr
Priil~1.21tl.: 1111 pr:t~rniie, I I I ciinriili!i niinirnmI,rosnriis, d~yiirlis
sanctriritrii iniapirilliiic, itir~iiaR. ,,,,.- ii.n.1 u o 1 i ;.. dc qriiliiiii
r.....
,8,q,...7
1,,,I,.a i r i st~1.11.-

I:ltib [ ~ i ~ r l r ~ ~ i <l ~<, ~ i' ~~l r l : i r i . ~:li1


~PBO, ~ l .~ii'iiiiarnt i i i ~ ~ t r i i ini~~ir:iIi:l!l~r.
( ? l i t i st~ii<irii ~ i l ~ i i i ~ i i i 11
i . ic.r~si.~'rili~
i~f, \-;innniliilesi~ieriii,riiilIiii ilomci,
nisi justa de causa, pede111 efferret.
5. Ipse qiioque Iiidia iiilererat, nactusque occasionem
insaebat cocollo "ia, unde virtutis amor ac studium, si non nihl%pk?;
aut remitti conyiiigeret suscitarentur.
Idqiie erenit, quod erat proecipue ab Stanislao intentuin, ut don!es-
ticae recreationis locus,qiii adiri creperat animi relaxandi causa,etiam
e x religione, acvirtutis amore frequentiri deinceps pergeret.
Aconteceo, como era principal intento de Estanisláo,
que o lugar da recreação domestica, que cemeçhra a ser
concorrido para refocilar o espirito, depois era frequen-
tado por cauza da religião e por amor da virtude.
Nem faltou alguem d'entre os nossos confrades, que
atestasse com formaes palavras, que repetidas vezes se
retirhra d'aquele lugar muito mais imbuido na piedade
do que para ali tinha ido ; e em razão do piíssimo costume
de Estanislho, sentia surgir em si novo fervor de animo,
com que inflamava-se na virtude.
Não é mem conjetura, que o mesmo acontecesse a
outros, quando quazi todos os confrades n'esse tempo
porfiavam por maior perfeição propria e alheia.
5 6. Emquanto os irmãos leigos do convento ocupa-
vam-se com os exercicios espirituaes do nosso santo
padre, costumava Estanislho vizital-os de noite, e os
exortava s entregar-se diligentemente a essas medita-
g e s , e mostrar depois na perfeiçho aquele cuitiado, que
a nossa Sociedade espera de seos filhos por meio d'estes
exerciçios.
5 7. Lembrado de que d'entre os negocios atinentea
ao destino do nosso instituto, nenhum outro é mais util
do que a educaçiio da mocidade, de que aos incumbimoe,
ardentemente anlielava, que os mancebos se instruissem
nas letras e nas virtudes com toda a possivel apli-
cação.

Neqrie ciefuit ex iiostris, qiii conceptis verhis tesbretur, non semel


aò eo se loco recepisse pietati niiilto affeectiorem, quini venerat;
piissima iie Stanislai consiietiidirie noruni aniini coiicepisse fervorem
quo se !a virtiitgiii iníiainari seiitiebat.
Id qiiod etiaiii aliis evenisse non inanis est conjectura. cnm
omnes fvr8 swii iii:ijiis tum propriíe, tuni alienz perlectionis studinm
ea tempeshte prsseferren
$ 6. Adjutores rei doi\estim btres.duril spiriloalibus beatl patrls
nostri exercitiis racareiit, solitus erat Stanislaus uotidie sub noctem
invisere, hortarique. ut commentationes illas di(ligenlar peragerent,
eamque deinde ostenderent perlectionis curam, quam per hrec exer-
cltia de flliis suis expetitsoeieias.
§ 7. Nec iinmenior ipse e n negoliis, quae ad instituti nostri ra-
tionem perti nent. vix aliud esse utilius, quAm suscepta puerorum
educatio, vehe menter optabat, ut Iitteris, ac virtutlbus, qukin metisrime
poterant, imbuerenlur.
Para esse fim pois cogitou na construção de um f~
minario ; perdida porem a esperança de ser coadjavado
pela riqueza dos parentes, como dezejava, vio-se coagido
a renunciar ti projetada construçiío.

CAPITULO XIII

A w d e á'pobreza do colegio de São-Paulo, e da provtOVtmia


de Malubar
' 5 1.!Depois d'estas couzas, para que nada faltasse 5
caridade, Estanislho tambem aplicou Q seo animo e cuidado
ao bem temporal dos companheiros. O colegio de São-Paulo
sofria tamanha carencia das couzas,que mal podia man-
ter decentemente comunidade de numero diminuto de
pessoas.
EstanislBo não tolerou esse estado de couzas; e como
era varão de insigne prudencia, que olhava não 36 para
o prezente mas tambem para o futuro, determinou com-
tituir uma fonte de renda, donde tirasse subsidio annaal

Quem ir1 finem ctiaip de condendo seniinario cogitavit= -:


aanguineis, quurum o ibus ~ d i l i c a r econstituerat, przter spem re-
pulsus oediflcritionern feyonere coactus est.

CAPIíT X I I I

$ 1. Post h : r ~tc:mporali etiani socioruni bono,iic?r[uaes partr cha-


ritati dc3essel, aniiiiiiiii ciiranique adtiil~iiilSt;tnislaiis. I.al)ornl~at au
iopoii~~iiiiiiicoi~ixpiuini taiiL1 reruiii iiiopia, iit enigui niiiiieri raiiiiEan;
vir alere deceiitèr pusset.
Non tulit hoc Stanislzus, iitque erat insigiii rudentia r i r , non
rolam in praeesens, verum etiani in posterum knge prosplciencr,
para a sustentação da gente e para as despezas do culto,
e podesse assim constantemente rezistir A atribulações
da penuria, e ás dificuldades da carestia dos generos.
5 2. Assim com rogos induzi0 Joze de Campos, seo
irmão germano, e abundante de bens da fortuna, a doar
ao colegio certo terreno situado no lugar denominado
Guarehi ; depois persuadi0 o reitor a comprar o campo con-
tiguo para de ambos os terrenos formar uma fazenda de
criaçãode gados, com que podeese suprir a inopia das
CQUZas.
Feito isto, faltava axar um administrador diligente
para o fazenda ; o numero exiguo dos confrades, apentu
suílciente para prestar serviços na cidade, dificilmente
podia dispensar algiiem pa,ra outro mister.
EstaiiislAo porem, embora parecesse debil para esse
trabalho por cauza da idade octogenaria, animado por sua
caridade e demais virtudes, ofereceo-se espontaneamente
aos cole2as para a laborioza administração do novo
predio.
5 3. Prometeo dezempenhar a sua incumbencia de
forma que nem faltasse aos companheiros nos trabalhos
proprios da cidade, nem aos encargos da fazenda, em-
bora podesse ele eximir-se de uma e outra obrigaçáo em

fanduiii aliclueni moliri statuit, undk annuo ad rictum cultum ue


accepto subsidio, inopia zriirnnas, et annona: difficultatem perpelu(i
arceret.
S 3. Itaque Joseplurri decaiiipos, fratreiii suurn germannrn et for-
t u n z boiiis aliluenteiii, precihiis induxit, ut uenidain terra tractnni
oolle io iloiiaret, in Giiarehiensi, yuam \'<mn?, regionesituiii : redori
d e i n h persua-it, ut carnpurn emerel primo contiguum, ex quibus
praediorn fieret ariiientoriirn capax, unde reruni inopiae subveniri
posset .
His recti! constitutls, siipererat diligentem p r d i i curatorem in-
venirt? : exiguus enim socioruin nuiiierus, prwstandisque in nrhr
maneribuu vix suíiicieris, alio distrihi difiicultCr poterat. Vemin
Shnislaiis~ qiiaiiiquAm huic impar I:ihori per ockigenariarn atateiii
videreliir, siia in ~ o c i o scharitate. aliisqne animatus rirtntibus, ad
laboriosain novi prcdii curam sponte se ohtulit.
3. Zid id ver6 i h operam prornisit siiam, ut nec sociis in civitatir;
OXWfendk ne otio nec p r d i i ratioiiibus desssef. grnvi Iicel :rtate.
inflrriiiyue vafetudne ab utroque exiini onininb posset.
70 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOBICO

virtude da sua avançada idade, e da fraqueza da sua


saúde.
Assim percorria a fazenda todos os annos, e con-
sideraudo atentamente o que convinha fazer ou omitir,
mandava executar as suas deliberafles por omens 6s-
colhidos para esse fim ; depois regressava ao colegio para
entretanto dedicar-se B obra da salvaç8o das almas.
Com este modo de proceder não pode deixar de exci-
tar a admiraç8.0dos contemporaneos, e de oferecer exem-
plo de infatigavel caridade ainda oje memorada pela
posteridade.
5 4. Para que be,m possamos compreender de quanto
trabalho encarregou-se este ilustre confrade, convem
ponderar, que o novo predio, de que falamos, dista 90
milhas da cidade de São-Paulo.
Assim Estanisltio na excursão annual de ida e vinda
percorria 180 milhas, e isto fazia andando por lugares
em grande parte dezertos, não totalmente privados de
abitantes, porém xeios de perigos.
5 5. Era precizo a cada passo evitar animaes ferozes;
vencer montes ingremes ; sofrer a intemperie do clima,
e outras coozas iguaes, que na verdade pareciam ardnas
ainda para omem de idade vigoroza.

Roviiiii igitiir cluotannis Iiistrabat 1)riediriiii. et quid , Ticri. quid


einitli deberet, inaturè perspiciens, coiiductis ad id Iioniinibus exe-
iluendum mandabat : se dcindk ad collegium refcrebat, operani iiiterim
suam aniinaruni saluti collocaturus.
Qua agendi ratione noii potiiit, cluiri prasciitil)iis admirationem
cBxcuteret,indefesswquti cliaritatis exeriiplum rttliiiqueret tota deinda
posteritate rnernoranduiii.
'3 4. Ut vc?rbconcipi oiiiniri0 raleat, qunntiis al) r # )fiieril siisceptns
I:il~oi.I'er ~endattiropporlet iiovuiii, qiio drli~r~iiiiiitir,prnbdiiiiii ali
iirI,tl divi 6:iiiii dissiliiiii esse iiiiiii;iril~iisiiorinciiit:i.
Qiiare al) Slaiiislao, dtiiii iiolaniiiu iret. redirstcliic, ceiituni
t 2 I octouiiita rriilliariiirii iter cuillcienduiii. idiiiie i1i.r loc:i rii:i:.nsni
~~arteiii dt:serh, iiri- rriodi) incolis vacua, sed pciic.ulis plrii:~.
Iriiiiiaries 1)ellii:i~passiiii declinand:~.- pr:tbrtil)ti sii;~i3randi
iiioi$c;'.::: fereniia aarir iiiti~nii)erisr,idiius geniis alia, q u : ~I 01 robusta
.i.tatis I iro ardua prolecto I-iderentiir.
Todavia quiz ele, velho octogenario, suportar estas
couzas para que prestasse ao colegio algum auxilio, e aju-
dasse aos seos companheiros no exercicio dos sacramentos.
5 6. Não devemos omitir, que todo o fardel das
viagens, e as couzas uecessarias para as obras do pràdio,
EstanislAo fazia a espensas de seo irmão Jozb, emquanto o
colegio de São-Paulo não recebia, mas esperava com ter-
teza receber pingues rendimentos d'esse predio.
5 7. Por esse tempo aconteceo, que na regia oficina
da fundição do ouro axou-se certa quantidade d'este
metal com indicaçiio do nome de Estanislho avaliada em
mais de 540 esciidos.
Pela inscriç&oclaramente conhecia-se ser o donativo
feito a Estanisláo ; quem fosse porbm o autor do donativo
ficou tão oculto que nem o proprio Estanislho, nem outra
qualquer pessoa jamais o pdde saber, nem ao menos
suspeitar.
Por tanto uzando de pia munificencia, como outras
muitas vezes fizera, doou h igreja do colegio de Silo-
Paulo toda a quantidade de ouro axado, com a condiçiío
porem de aplicar-se a uma capela do veueravel padre JozB

Hec tariieii siibire voliiit octogenarius senex, ut aliquod emolu-


mentum collegio afferret, simiilque socios in exercendis iiiinisterlis
adj uvarel.
S 6 Nec omittendiim, qubd omnia, tum parando itineris viatico,
tum prredii operis iiecessaria, siiinptibus Joseplii fratrls redinieret Sb-
nislaiis diiiii iiiterini paulo litanum coIIegiuln pingues ex eodem
prsedio redditiis aut recipereraut cerW sperarel.
7. Per id etiani tempus eveiiit, ut in regia auri fiiiidendi ofílcina
i p o j d a i n iiujiis metalli inveniretur pondus, Sianisiai i n ~ r i p t u m
nomine, et scutoruni quadraginta supra quiiigenta pretio aesti-
matuin.
Id faoturn Stanislho donum ex inscriptione plane dignoscebatur :
quis tamen fuerit doiii auctor. eum latuit in iiioduiii, ut nec Stanislaus
ipse. nec quisquarn alius, aut de illo ileri cerlior, aut saltem conjicere
nnquaiii potuerit.
Pia igitur. iit identidem alias, usus munificentia, totuni, quod
inventuin fuernt auri pondus, paulo olitani collegii templo do-
iiavit, hnc tnrneii lege, i ~ tvenerabili p a i i Jesepho AnchieB dicaretar
rl'Aric1ii~t.i. itiinndri pela si: :iprictiiIicn Ilir f;l<hp I ~ P C r.- '
t ~ ( 1 %i ~OTITX (10 t111f0PIIIII~PO.
3 H. ( : r ~ n d i ~rr;i n anios de Eqtnni.l:in p n y n iqfi~n
s o r i c i l 3 r t ~; por isso prpfpi i0 racta. ar, c . n l t > ~ . r c116.
i ~:íi>-~.~.u!ii
parwnnfc3rir-llie o Iir~n~frc,io.
-4rimcntori n. r i c t i i ~ z n I J P tnilni i i r : C O ~ C S ~ O SP ('37nC.
qne aclriiirii~ti~cin, ri~.;tartrfiniln ,I. ~ P ~ rIi rS~ ~ l i comn\ mn~irn.?
s n l i r i t i i l l ~ ;pnrn n ( 1 1 1 ~srrvin-.P tln cr:tn(lil liiirr;ili(i:~fli.
diiq pc.11.; 1i:il:~ P ~ Ie~~\i-incipnliiit>iitr
P S ( I P c ~ i i l1 m511.lni;,.
Síin çnrit ~ r i it \:i-i.c. cnm o s I i ~ r i t ~ H rfivii~t o~u :t pi-11
rinri:i iIn Hr:iiil : 1icii.i cnnftn t e r rlc-l~r~ritliclon< r i r \ n r . ~ ~ ~
d~ S P ~ I .nrr~to cle 1))t i ~ ~ i r i c i ninstit
< iiiii:w

r~rrcsqnndotln Iriilia orirrit al para Foi-tiicni 111


Rntiia, t r ~ s t i f i c n ,q i i ~ . ~ ( I O P : L S V P ~ ? S(;(10 (*\rx11f1
tntlos os ii niio.; envindos por I:.taiii*l;io nos cnrif I

3Ial?linr, ns ~ I I R P Sp ) r içko Q c o n ~ i i l e r n ~ n ren i'c.1~~11 .t 5 nrii


cnmir IinP.
I'oricrnris pnis p r ~ x i i m i r , ryiic c l e socnrria c,niti ( l i -
nheirn oiitrfiq ~iiis*;ir\, ~1.111 I I U P nli;ic, pnr cniizil i1:i (Iw.:-
. ] l l ~ : i r p < ,~ p y a q sH ~nii* :i iiiitii.ii\ c10 f icbto. i.nnii8
t ~ n r i n ilo';
cnst iimn a i i c ~ d ~ r .

sacclliirn, qtiotin~ i l l i .:i ' i e d ~npnrtíilica ~itrlilici crilliis Iionnr tlt-


cprnor~~tiir.
c H. 3lajnr rrat Statiislai erga saricrtatem nrnrir, qiinni iit uni pan-
l o r ~ ~ ~ i f, o,! +I i yní ~~~1+~~11i~li1~1a
~ t-i~ritt*rrvt.~ j i i o l r t ~ ~c~tIlt~ri.I,il ~I~III~~~I~IIO~
t i ~ t~tl:tliii l ~ ~ ~ t aii\+:~..tf,
j i r C I O ~ I I I(i1.:1'i11.1.
I~ (fu;iIiI:i ~ i O I t 1 1 1. ~ l l ~ i ~ iiii.. ~ l ~ ~ r i
i i i r r n r i ; i i l i i t b iiro~~iriiiiiciriiiri,
iriri1.1111-.iriiti.i. ,ic . ! t i s @ - ~ ~ it ri i: i . c ' i f ~ ~ iI:ir.i~i.if<.
i~
11?11*.
Ncc Iiia rontenlns c*slPrga Iir,wiIi~nsfnl[ir'vinciaiii hrn~ilclic: io
alias I ~ ~ V I<I ~ I I . I ~~ I O~I I ~I I I ~, A @\Ira ,! I G l\r1.<111:ir11 ~~~.IIISIIIIII~IS, Ilrt!rtilii[lit~rrlttt
opes dispensassr constat.
!I: Pat~xUrolli:is Antoiiius Braiidolini, Rliiiiaiii ro Malabarica
prov1ni.i;~iiilssus iriiriiratoris inuiiere, ahli,ilia ori(rIaPi chii iranairei
in Liisitaniaiii, Haiiiat t ~ s h t u sest. iiiiigenta sclila,intcrdiiiii etiam sex-
ceotd ad iiialabnrlcos socius niitti,!a Siaiiislao cpiolannis coiisiievisse,
a quil~us prupierea cluasi parens liabebatiir, colel~atnrque.
Undc nioveri siispiciu ptiiit, illuiii aliis eliaiii iiiibsioiiihus snbve-
nisse, pariaque iiiisisse pecuiii~subsidia, uiii atl lios rei Iiujus no-
titia. u: in aliiu irequenter evenit, ob ~ocoruindistantiaiii pene-
nisset.
CAPITULO XIV
Sita co~,tizernçdopara cona os pobres e doentes
5 1. A mizericordia, que para com os pobres Esta-
nisláo mostrou em toda a parte, não deminuio no colegio
de São-Paulo, antes porem aumentou. Qiruito mais Se
a d i a ~ t a v aem idade, tanto maior era o dezejo de entregar-
se ao alivio dos pobres.
Apenas alguma couza xegava-llie Bs mãos, logo ele a
transmitia aos indigentes ; assim acostumou-se á priva-
@o constante d'aquelas couzas, de que necessitava para
a conservaçáo da vida e para o uzo quotidiano, afim de
que, por todos os modos possiveis, acudisse ás precizóes
alheias.
5 2 . A certa miilher, que pedia esmola,n&otendo ele
o que dar, entregou o cobertor destinado a abrigal-o do
frio, julgando mais acertado atender á indigencia d'essa
pobre creatiira do que á propria necessidade.
Por algum tempo sofreria o incomodo do frio no-
turno, que n'essa região ainda aos moços é penozo, si
acazo o reitor, advertido por outrem, não tratasse de
substitiiir o cobertor dado de esmola.

CAPUT PIV
Ej11.s itc pcticypres. mgrolosque contmiseralio.
s 1. Qiiani erga paiiperes niisericordiaiii uhique ostenderat, eani iii
Paulo olilaiio collegio non retinuit iiiodib, sed auctioreni exliihiiit
Sta"isTays. QuO niagis irtate cre\crat, si) sublevandis pauperibua
majore incuiiil~ebatstiidio.
Vix aliquid erat, quod illi cuni venisset in manus, iioii statiii!
ad e eiios trnnsiret : iis etiaiii, quibiis vi(cecoiiservand;r, ant us
quoti!iano ii,digebat. se aliiluando prirare solitus. ut qua poterl(
ratione, alioriiiii inopie subveniret.
Q 2. Roknnti stipem fiemina, cum nitiil Iiaberet porrigendunl, stra-
gulnni prrebiiit arccXiidofrigori destinatuiii, rectius acturuiii se judicans
si pauperis indigenti:~,quàiii propria necessitati coiisuleret.
Et cliiideiii iiocluriii frigoris iiiconiriiuduiii, quod ea in regione
etiain jiiiiioribus iiiolestiiiii esl, aliquandiu tolerasset, nisi n'ctor ab
alio inoiiitiis ciirasset no\ iiin straguliim erogato substitui.
10 P. 11. VOL. LI1
< 2. -1 f,iin,i c l ' e s t ~f.irto pprrnrrcln t w l n n 1 ~ i i 1 ~;1 1 ~
05 pstr:iiilinq e prinr-ipnlmvntc. o.; pni.Pntps. n i o ~ i ( l n ; prl;i
admir:t1.~1 r ~ r l 1 1 . u l c~ I ' P s nnipm,
~ qllizernm r l i i ~a< ~sn~i)l!!-:
(10.: pcilirw f n s w n i tIi~tsihiiicl:\s pni. i1130 ,I+>r i ~ t ~ n i - l : ~ o .
ji.ilcnníl(~r11tp 3, SIIXS (I,qilivfi~seriam iiini. 1 ~ 1 i ?) r e i t n s
( { c . l h l . : ern r:iz5n diis r n ~ r ~ r i m r i i t otlos r , m o l ~ r .
~ ' O Y r r t n r>zln, nnyilintln vnnl r s t v s siiliqiriin.. 1i.i~
c n n h r c i n n ~ i - e w i , l n t lal:iiml,
~ R ~ I I Plnzn ii;ir~ : ~ c ~ i i l i - l ~ ,
liiisrnntln rniii iinlic,it,o P I I P ~n ~ q
J i~i r m ~spnnt.zn+:r-
I I l ~ t l t fP~ SP!II p~rIi(lii i-tiiiin @siiii~ln.
9 4, I )e i ~ r i : ~11ii l n I I X ~ V ~pn1.a
L coni n%in-
fiarmn., (11. qi~:ilrlirtlrçnniiic,ln q r ~ cf o s s r m ; prinripn1nicritl2
]\t~rt~~n (1s n r ~ w o qt':~n11110~, no< t l i ~ ~ p1 1?1 1 ~PI.I I i c i t ! ~
?;]ais ri nrntc rizitnr.
.c.;iiins iiiti~ln; r n i t i i i i i n ~s~o r o r r c r . ,i5 si1
j ~ i t ~ ~ ~ ~f I tO ~YP :~I I I-Z ~r I,1+(~1+~~.
~ ~ . a ncttiq intimo\, P t~r~~llp~n
c ~ i i r l ~ n r <IR<
l n r9iirn+ n~rrc.;nrinq R ;)q\~t~lp-,q ~ i rp n i l t ~ r t : ~ ~ ~
~ ~ m l r c rpciiiirin.
r p m r~z7i13 (12s t p n r i r i piicqr.: 110 colt.rrin.
1)~yini.: i.izitnr.i-nc P c n n w l n ~a , cnnt;)itnntlo-os i3iin?
]inln~r,lsn f a r ~ ;i ~r rnilinrn P S ~ ~ I P S F Cd~ nqpectn t r i s t r
11~z:irci7n,tn4ln~ii-1n i w t rn1.a r i ~ t oprnzentpirn 1 1 ~fl'irritn
rl1tP c l ; * q + ~ no.: c l n ~ r i t wt b L p r r a n r i r r l hnm
~ ~e71iltnclo.
3 L. rl'~indorizitnrlri n tnilo?. rn.;tiiinarn. clnr rsi-nncii-
rlamrriir n nni1.i tini iimn mnc~l:!tle miro rlc qtinti'o r q c i i f l ~ ) ~ ,
e frir:l a saiid*rq3ode rl~sprrlitln.puiilia a iiioeda d ~ l m r ~ o

3. Cnjiiq rri fniiin, ciirii tolain p~rvnsiss~t iirh~in. r ~ t ~ r n:ici .


pmsarlirn riiri9ankmrntbi. niii.'t I i ~ i r r i i i i i scliarilalr. periiiiifi,qiiilliltii~li r 1
ynii[icrklsr l i . ; f r i t i i i I ~ r i i ~~i~llt~rit,per Slariislni riixiiiis ~ r , i c : i l i . i r i l , n ~ ~ ~ ~ ~ ~ t I t i ~ r t ~ ~
irei i a l i . r r i i i i < i i i n \ t 3 ~ t i ' j ~ ~ c ' r t t ri i+ ~ i ~ s i ~ i11ii.t'.
ilf~s
i!ii:iri. hi.; :i~ic.lii.i. F . I I : , S I I~ ~~LI~~SI I I I ~~:ISSIIS
V I : I I I051
I nnllnm. cni non
st2ti111 rbi.ci~rrwtbl.~ I I I I I C ~vIit:tlr+Afls I~:~ 111[1:i~il1t#.i1110~ SpOiil~~, li@*(! rfy:~t~f<
flppi~rtliii,~ 4ir1v $ ~ I I I I I ~ v : I I ~ ~ ~ ~ ,
:iJ!.I'nrt~iii iii ~rro~.ciijusciiniqne f i ~ r ~ lcnn(liIionis,niisFriCnriliaii,
it
l~sntp;k~-if: I I I ~ S I ~ Iw I Ir~t # (11 noslrnq, qtiim 31!tr1? l r ~ q l l ~ ~ I ~I ~l * ~I ~i ! s~ ~ I ~ .
H n i \ ;irlili. i i i i i i l i . : ailjii\arih I ~ I I I I I Y tar:iI, 111111i- :iil i~iliiiia I I I I . I . ~ ~ I I C
d J a i r i l i t i 2r;ifia i t h ; i I ~ j i ~ ~ i ~ ~ ~i i i iir li ii' i .c61iaiii rre~~i~~s;iri;i ciir:iiiiI~i,clliltriirii
peiiiiria ob teniiitaterii coilegii laborare poterant.
Eos subinde inuiseliat solabaturque, 1-erbis coiitirnians huma-
nissimis; et quaniquhni aspectii siiblristi esset, atque obducto.
~iiltuiiiad hilaritateiii componebat, ut oiiineiii beiiè sperandi ansam
agrotis daret.
Q 5. Cum ipsos priinum iiiviseret, singulis anreum quatuor scn-
toruin nuuimnm solebat cl!im deferre, eumque, premissa salutatione,
do travesseiro, dizendo ao doente que ali axaria algum
dinheiro, com que pudesse comprar qualquer couza
necessaria.
E proseguia n'este nlodo de socorrer os doentes em-
quanto durava a molestia, ou emquanto o exigia a debi-
lidade das forças; querendo dos doentes o segredo do
acto afim de fexar portas á vaidade.
5 6. Era-lhe uzual, quando assistia á refeiçiio dos
doentes, dar-lhes agua para lavar as mãos, e praticar
actos de caridade e outros oficios de umildade, que in-
cumbiam ao servente do infermo.
E quando a necessidade urgia, aplicava certos reme-
dios na falta de outros devidamente preparados.
Por isso si alguem era repentinamente acometido de
qualquer dõr aguda, como muitas vezes acontece, era
Estanisláo o primeiro a xegar ; e si julgava precizo
agua quente ou brazas para fomentar a parte ofendida,
corria logo para a cozinha, ondeitudo preparava conve-
nientemente.
§ 7. Era admiravel a presteza, com que n'estas
couzas procedia este omem, ali&s debil e carregado de
annos. Trazia sempre um saquinho xeio de car6ços de
milho, que tinha B mão para aplicaf n'esse genero de mo-
lestias repentinas; e como estes grãos conservam por

pulvinari suppoiieiis. :ihrroturnmonere paucos ilji esse, uos attulerat


nummu~os,(iiibiis ad neussariuin aliqiiid cnirndum u?i poterat.
Atque hanc xgros adjiivandi rationem tandin proaequebatur,
quandiu vel diuturnitas morhi. vcl iinbecillitas virium
rem tamen ab infirmir secretam teneri voluit, nl uaniKt%k:
omnin6 priecliideret.
Q 6. Faiiiiliare illi erat, ciiiii zgrornm aderat refectioni aquam nia-
nibns abluendis ministi;ire.:ilqur alia tiini charitatis, tum demissionis
officla haud secus ol)ire, qiiaiii a raletndinarii ministro neri debuleset.
Imb 11otiCs urgeret necessilas. quedam ipse medicamenta. quibue ali-
quanjo nihil prrsenlius, adliibere mnsueri.
Undk siquis acnto aliquo dolore, ut passim evenit, repentr
amceretur, oiiinium priiiius aderat Slanislaus; rnoxque si calldam.
vel prun.,s anècta parti fovendre parandas judicaret, ad culinam pro-
perans omnia exequi opportune curabat.
S 7. Idque iiiiruni, qua caleritate homo alioquio debilis, anno-
rumque gravis pondere, in his peragendis uteretur. Quandoque 8aC-
culum alierebat milii granis fartum, quem ad mannm semper h'abuiti
repentinis hoc genus rnorbis affecturus ; eoque. ut erat concepto calor,
miiitn tpinpn i , c n l n i . , q n ~FÇLCC'~)PM, Cnln c l e s iiqiiecia R p n r t P
d~líiriilir ;)ti: qiie se tiis-i1ias.p a ronqtipxqkir, e c l e ~ a p ~ a -
~ P C P C ' P 3 rl4;r p n r rla n i n t i r n i l n .
1 ) ' e q t ~rn4ido t i o rficszrnente r l r r l i c n ~ z - san
~ niixilio
d n prnxin~ri, qiie miiit:i.; vtlzt>\ 0 r i r a m cnni iiiiris prn-
p r i n ~rii5ciq prcjpninr n h c ~ h i d n(10 xorci1:ite e niitr,?\ rnn7Re.
unni ([ti(' p«ilr.\.~ o dorntr c c i n f o r t n r - s ~: ccini t n n t a c
t nmntilin s u l i r i t u r l ~ ciwt iimn O T ) P T R ~O a m o r c l r~~ r t l n t l ~ i r a
c ~ r i t l n c !l ~
5 H. Crim iciinl c:iriilacl~t r n t l v n , dos ~ c ~ n i p n n 1 i c i t . c ~ ~ .
que :~clocci:irii, r r1iiil:i vn elo.: sini: pnl-n qiie n 2 o iiifpi--
TII~ISGPT~I. F Kzrlozo~ tl:t ~1imentaq;ici11c tcir!o~,rtnrt:\~it(~ ~x.1-
r n j n ; ~r:i. os gcnpl.(i, a l i n i ~ tnirini, uerific:~iiilci .;i R S fl'llt:lc
erT1ni m:1(111raq, si as r.;irnc\ P r a m p e r f i - i t . i r n ~ n Snn', t~
e r;i :is dr~nini.: COIIZR.: (1r;Illl iiIonpits :i rr,ri<rrv:ii.5(i I].?
sniide.
CJiiaiido nrrintrc-ia nl-c.r nc.zlj~rnrin. r10 cnnipi-ridnl (111
de R ~ ~ I I I Intltl.ti
I tizeritc rnnti.3 r i r l i l ~t'le tlezqnv:). 2fl1-

m ~ n t dr ~ z a f o r a wn sii:~rl;ir, insiniinnrl I ~ I I tI i l n111)


i I n ~i-eli:inlici<,i-oino f I i-qiit*riteni~ntr\li( l.eli~io~íi~.
qnnnil{i ri541 c&n b ~ i i i ,: x l i n ~ ~ n t i i c l i l ~ .
iariclo esi~ i c ; , ~ci , nticin tle monitor, p o r ç ~ 7 . P . :
proc reit.nr c. n i l ~ c r t i n , q u eos c n m p n n l i ~ i r n sd r ~ r : i n i
ser I elite nliniirntnilns, tfitndo-se-llies mais jiin!~ii**

dinliiis r~linendo npliiir. t:indiii affrcta~ii lueehat parleni, drlnri.


Su11il:~ roi~stipati~~ri~, ~ I n l n r ~I~I Wi i PX t-:t~i*;i nrfiltii ~ l i q < ~ p a r ~ t .
5 ~ ~ -I I ~ ~ ~ I ~ ~ ~ ~I I ~I I;~~lt~i!i(xrc
~ I ~~ I I~ I pr:v~i~ii~, S P C ! ~ I I I ~ I I : ~ rhr~cnlaf:l.
II~I~I
potilrii. : \ l i i 1.1 i : i r i i :tli:t. cri] ilbii'; rofi8.i :,~~:I.I.~~~IS 110,\+*1. .[I IS ~ - 1 l f i i ' i ' l i '
1 1 ~ ~ 1 1 l ~ 1 I1 1 ~ I*,,!, t:i111,,qt11111~1,lsul I icit1111I I I P I I I I ~ I I I , ~ \ Pr:ln c7Il:lI'l',!
v'-
;tfiltfr 4 t1itar;iri s c ~ l ~ t .
a 8~. 'illa
S ~ Pf ~f I
1:1111
PS%I sncios,dnm ~r~ntarant,charitate
c.l~~.:iri~.
iiw%t~st,cndc.mroi)-
rirrx~li al i c ~ l i r q i r i r , iiiirilitini iric.iilr~rrtit. 4llX i f l *
fXrt!l I [ I - ~ T I I I I I t 11-111, i ~ ~ ~ ~ l n r ; ~ ! 311
4 1 ~ ~ ; ic1111
f , l ~I ~~I . StI <~ ,: ! I ~ ~ I I ~ I I ~ ~ \ ~ : ~ ~ I ~ ~ ~ : .
friirtllL: r i ~ : i f i l r li!Ss~brit, c2i.iiihs ~ ~ r i i i ~ lsnn:rn,
l i ~ i t.:i,I~r.~i~lli~ 1cii'liii:1' \.LI*.-
tudini satis coiiiiiioda )
si riando. eiiiptoris, a l t e r i ~ s \ ~ enegligentia, prxter id, . q ~ $
OPtaha?. rorte c~iiliiiyrrel~ ingenti rficiebatur dolore, queir in privatis
~olloqiliisrnooesle relaxabat , sunipto ab ariiientis exeniplo ieviter
insinll:ins, quitl religiosis, nisi coiigsue alantur, passiiii eveniat.
$ 9. Cuinque adrnonitoris fungeretiir oíücio, aliquando reclorem
adiit, rnonuitque,ut socios,apposita pinguiori pubula, decentius aleret,
pasto, e que não permitisse, que os fraudassem na parte
pricipua da alimentaçiio.
E assim obteve do reitor o que pedia, como era
justo e esperado.

CAPITULO XV
Szca paciencin etn sofrer as injtcrias recebidas em
Paulopolis *
5 I . Na verdade d'estes meritos rezultava,que todos
os companheiros em geral dedicavam a EstanislAo amor
e reverencia.
Ele porem no exercicio das suas magistraturas no-
tára outr'ora costumes viciozos e punira culpas ; por isso
contrahira odios, que (pois depravada 6 a indole dos
omens, embora religiozos) nem o lapso de tempo, nem
tantas provas de benevolencia tinham extinguido comple-
tamente.
5 2. Por esta razão j8 na extrema velhice ainda teve
ocazião de exercer a paciencia, cujos exemplos repetidas
vezes dera, como algures fica memorado.
neque ipsos primaria rictiis parte fraudari permitteret. A ue ita
cum irectore, ut par sral. magnopra suspimretur, id
tebat, obtinuit.
que?
exp-

CAPUT XV
Ejusdem i n acceplis Paulopoli injuriis patientia.
Q 1. Hls. quidem debehatur meritis, ut Stanlslaum omnes, qnotqnot
eran , socii amore, ac reverentia rosequerentnr.
At ille, cum in magistratibus okm estis pravos notasset mores,
noxasque punivisset, non nuliorum $a contraxerat, quae (ut ler4 '
depravata sunt homlnum, etiam religiosoFm, ingenia) nec temporis
beneílcio, nec tot benevolentire signis omninb extlnxerat.
Q 2. Quapropter exercendse patientiae, cujus exempla, nt memo-
ratum est alibi, toties ediderat, non semel, etiam in extrema senectnte.
mabnam habuit . Nescio uid olim a se decrelnm, cnm provincialem
egerat, coram sociis prisAoquendi candore narravlt Shnielau8.
Aderat, qui narrationem sinietre interpretatus est, eaqne se tangi
eristimans,venerabiiem senem pungenti verbo excepit.
Cidade de São-Paulo.
R ~ l n t o i TS?t.;inisl:íci
i aos spns cnrnp,znhrii.ns coni :i : t i l -
figa ranililra 11e linyiiahcm c;t.rt.n ~ircivirlericiaD C J Y PIP tn-
rnailn, qii:xntlo prn\-iniial.
Alitierii, qiie 1,rezent.e estava, interprptnii mil a n3.r-
raç50, r jiil~nutl(i-;in p l i c a v ~ :il, sil srirprr.nrlen n renirnrel
ancicin c.niii ~)nl,zvrnscif~nsivas.
h nrr~ss,:irbdo ol'pnsnr e r n tanto mais diirn rle sofrer
quanto ni:tis ir!iusta erii. : Est.ani5l;íci pnrPni t.iido siirinrtoii
sem pro!èrir nm:i SI? 11 crini (liir: a l i r i n ~ ns ~c l r 110
finlpc! ci~iitr:tcln dirici
?( :, E, ti., OS crr. iniilistns cont:tva-se lini SI-
cerdote, q~ii:?~nnntiiilitcctrriL,r-iLEqt.a.niiliín, clestl~n tempo
erii q i i ~este goueinhrn. n prvriricin, enti-nnlindn n r ~ r c 5 l 1 ,
em t,o(laa, pnrt,e ar)roveit:~v:~ or,azi50 clt?pscrcpr o se0 t111ir).
I'or vezri; nt.r~vcn-sri;I pnliar-;~ile ter en:nnailii R
E s t a n i ~ l h n , qiiaritlíi oiilr'ni~a ~ s v r c i nn cargo r l ~pr(i\.iri-
cial. ~in.i,tiiidritlLif:izrii~ln,tl:t Ti.inlielin, qne n ~ l r n i n i s t r ; ~ ~ ' : ~ ,
para iiiit,i.n ltignr :\tini dt. n;iii rriir?líri. ri vixitantc.
'l'nl era ;I. irnyiridt3ncin (1'est.c nmciti, qiic: rlicc estns
cntizns ein prexetii:n. do 1):ltIri? Jlanncjl Dias, prt:l>oziio
de tn~ln.:t ~n'iivinrin~ e. tln III-[IP r i o F;~tanisl:in. I7st.e riurin
zyoirn. o li:]-rvofixliitlnr' Cnnl R . I.i i ~ ? n i :t ~r i, l p ~ . ~ n ~ .ci,ni ), ~qnt?
~i
iiirtr'nrn. .iipnrt!ti.;t it ite~~onsi(lt~i-n(;.in i10 siilmitcrrio.

0 ~ ~ r o v i n c i porim,
i~l cor~lieceti~lnn5o d c v ~ vd ~ i s a r
jmpiine cr i.cci,qiir! ~1cirjnv:i-setln ant i ~ crime,incnntiuc.litr.
o
detrrniinoii iinrior 11, di?viflnnena no iiiali~tic:in;toi1;tri:t por
inst,anci;k:: dei I.:stanii ~rigiirlc-in reiiiitir o cnst irro.

Piiri:i,iiii\ . i ~ ~ i i r i i + ~rii
ri ~ n d o~ r a t ,1111qi i r ~ j ~ ~ s t i t illfiti
~s:
tameri s i i ~ f ~ i ~St:irii~lait!t,
uil 11,- IIIIC* q , , ~ ~ t prol:i!,~
l e ~ ~ ~voí*tQ,i 1 1 1 3 inI11i:li
3 i I ~ i v11 I fií!r!s ~ I o l o r ~ Ii~v;trt4.~ii
3 . 1 i i paiilri~iotil:inissni'iirc iliiidnni niim~ri~t~afnr ~arerdos. t(nt
I I S t ; ~ n ~ s I ; t ~ irqx
~ ~ I \ : I ~i11 ~ i b[ [,t i o 1% liroi int?i;~iii rt'x4'rat. 3111ftir1 f < ~ ~ \ - t ' ! ~ . < i
$i11Iult:1toffi, V I I I + ~ ~ I I~V~ x i * r c p ~ if ~l cI ~: i~~: c ~ i i ~ l i~IIIIIIIII.
i*ti~ i*~pI,ib~tt.
Aii\iis +'$I ; I I I ~ ~ I I ; I I I I ! ~ ~ 11.~t:incJ : I < ~ ~ > I iP~, i i r ~- I :l I I I I - I , L ~ ~ ittiinna tiro-
\ i n c ~ ~ ~ t ~ ~~I ~: I ~I > ~I I It~ ~: iI ~tI Il~I f i~ i~ ~ ~ i It i=j il i ~ ~ t ~ t ~ t *~f[ iI I$o ~( I, a ~ ! r i ~ i f ~ i ~ t t : ! I ~ ~ t t ,
tq

i1iii.i-fibiis i r i I i ~ ~ ' u n i r,i , . i l l i i r n v t ~ i i ~ r r i t r iv~\ir 1 l ~ ~ ~ r 4 .


~ k i a * i l i s ~: i I i ~ ~ i i i
T:itiLk t1r;il I i ~ ~ i i i i impiideritix,
~ i ~ s i11 It:t.~- tlicer*jt cvr.irii 1'. F i i i f i ~ . i -
iiiiele llias provinci~ universz prrrposito, eodeiiique Stanis.
Hiceadeiii tolerniitia, (lua se oliiii conleiiiiii susliiiuerat, nunc etiam
garrieiileni audivit.
A t ver0 provincialis, religioni disceiis reuiii iiiipiiiiitiini relinqnere
de antiquo crimine gloriaiiteiii, debi-rn sceleri pa3iiainstatim decrerit:
eam tameru remittere Stanislai precibus coactus est.
VIDA DO P A D R E ESTANISL~ODE CAMPOS 79

8 4. Com esta moderaç&ode animo, Estanisltío con- .


segaio grande louvor de todas as pessoas sabedoras do
facto; pois 6 argumento de insigne paciencia sofrer a
mesma injuria duas vezes, e outras tantas subtrahir ao
castigo o autor da ofensa.
5 5 . O facto porém, que entao aconteceo, tornou
muito maior a boa fama de EstanislAo .
Porquanto n8o contente de tolerar o companheiro,
que notoriamente o desconceituava, cercou-o de muitos
oflcios de benevolencia, e prestando-lhe oportuno socorro
em certa ocazião de perigo, retribui0 antigas ii~jurias
com beneficias .

CAPITULO XVI
Outras suas virtndes

5 1. Tão benignamente procedia para com os outros,


quão rigorozo era para comsigo. Reciizava toda a indul-
gencia, que lhe era devida jB por cauza da idade e já e u
razão da debilidade da saude .
E r a ta0 rigido observador (10 jejum, que nko tomava
outra refeiqáo al6m d'aqiiela com que mui parcamente
% 1. H a c ptieiitis :iiiiiiii iiioderntione npiid omnes rei conscios
magnam sibi laudeiii ~wperitSlanislaus; ciirii insignis patienti:~argii-
iuentnm sit lnjiiriarii bis eamdem perfcrre, Lotitleioque illlus aiictoreni
p n c e subducere.
S 5. AtverD id, qiiod sub idem erlinit tempiis. opinioneni de Sta-
nislao conceptam longe reddit auctiorem.
Nam hiijiismodi socium. nem siii contemptorem noverat, hniid
tolerasse contentus, eiimdem j u r i m i s lieneuolentim officiis aiiiplerns
est, ipsique o k m . cuiil In guodam veruwtur discrimine. opportunc
ferens, accep oliiii injurias non lino henelicio rependit.

CAPUT XVI
Alice ipsitu uirluks
S 1. Qnaiii benigne cuni aliis,tam rigidt) seciim ipso agem consuevit.
Omnem aversatus est iridolgentiam, uam sibi concedere. ciim aelatis.
ium inRrn1:c valetudinis causa, po?uisset. Hinc erat obserrandi je-
junii adeb tenax, nt esurialibas feriis, qiiamqhm octogenario, maj o r
uniucomestione reliceretir, eaqoe, ut in more haboit, satis parca.
cnitirninr.:~nlimrntar-w, como ~ n iR i m ( 1 nliqtinencin. ~
n k l rili+txntr ,spr octn~tiliilrin.
Eriilinrn a11rnent:i.s~ n frriqiieza tlnq fnrras r o m n
inortiticaq;io {?ojtljrim, t n d s r i n jnmxiç c o n r ~ n r ~ c n - (ZP E P~ U P
devi3 nli<ter-sil cl:t p ~ n i t e n r i a , sin;in 0 1 ) r i ~ z í l n1 1 ~ l nrir$'-
ceito (1% o l i ~ r l i ~ n c i n .
Ka rerdntle progr~rlin(10cada r e z mnis 3 r l e h i l i ~ l ~ c l ~
<Iasf t l r q ~ s , ~qiie
n l c a l ~ i r a ,nrrl~noii-llirri rcitor P p r c r ~ n i o .
qiie clal~i por cliantc nlio SP s r i g e i t ~ wn ~a n c i i h :r tn-
1ti;inlin inacernrRo.
J<~t,:inisl:ioaqiii~ceo;I, o r h m (10 r ~ i t o por
r tal fiirm?.
que nrnliiiin ciii(la(1n mnior t,inhrt ( I r s n b r n ~ t e ~r 1 n i . ri
corpo no arhitrio rlns prrlxdos .
8 2 . ITzxra tlc rratriario motlesto, P df2ii/< pnllrpq .
eritnnrln t o t s l m e n t ~~,oii;ínsini~t~eis p3rn nTin n f e n d ~ rn+>ni
I ~ IP ~ P P n pnlir~za.q t i niiritn
~ :tmxra.
liecnzara os ilonar ivns qiinnt n podia ; si p n w m os
aceitavn, tratar% Inqo IIP ilar-lli~c:clestino. Siincn (li117
c o n ~ e r v ~~i -r nse0 porler as somas d~ rlinh~irn,q i i ~os " n ~
parentes l h r m s n t l n r a m pnrn. rr~stnr a spn nrl)itrin. n t b
qiir: foi .z i w n coa:irio por o r d r m do? SPOS s l i p p r i r i r ~ s p 3 ~ , 1
qrio n50 se i l i r i ~ i s c e a PICA to(1zs as reze< ~ I I Pnpnl.~l'iii
iirnzi iri cle s n c o r r r r R~PIIIII yobre.
Coni i s t o n a r e r i l a d e EqtxnislRo deo t n n t n 5. nhp-
diencis e rnrirlade, qiinnto parece neqar 6 poI)ri-'7i~r?.
lieiozn.
Efqi T C ~ Ajcjonii iriril~stiariririin aii~erotiir infirniitns, iiiiirqiisni
txoirtri, iit ati iSnrlrnist~rrtadiluci l i ~ i l i i i l .
riisi ol>eili~rifi.?
i.oi~stri<.fr~.;.
l i I.;I~ITII:II!VC~*:I,
S ~ ~ ~ T I I~ Il ~ -IPI ~ I I : ? lalii~rx~tntln d i ~ s ,t i r ~ t i i i ~
I,~~IIIII,I!~~
p ~ n ~ r ~riv?Itir,
~ l ) ~ t ~-:tvitqric, nc I I I I ~ I I S I I~I ~~ ~l a~ ~ . ~ ~ r :d~ t~i i i~ n~i rv 9-
~ ~ t ~ ! ~ ~
varpl.
1:iii rcctoris imprrin acirc(iii~vitStnnislaiiq, iitpot~ nihil Iinli~liatnn-
t i q i ? i ~ ~ ~ . ( ~~noci~r:~lort~~ii
ii/l~tt :trI)ilrii>i ~ ~ f ~ n~(irpiiq
t t ~ ~ nqlir
. $IIIIIII ~>r~inin.~
.iiitijI~.cre.
;5 ,?. Tristis ntrhatiir TPSI ~ P ~ P I I I,Ii.iiitiim rehn*
i ~ I ~ I ~ , ~ : I I ISTIPPIIPI 1 IIT-

rei iniiiiine siiperlliiis omninb iiiterdicens, ne paupertatem, quam


impense colebat, levi etiam oíiensa riolar~t.
Dona, cliioad fieri posset, recusahat omnia : admissa ven) qnam
priiniiiii :r screinoveri riirah it. Peciiniz siimmas, q u z ?r consanguineis
inittehantur ipsius arhitrio dispeiisandre, apud se retinere nun uam
rst auslis, donec ad id coactus fuit superiortim jrissu, ne illos ?oties
adiret, quoties alicujus pauperis sublevandi daretur occasio.
In quo sane tantum obedientice, charltatique detulit Stanislans,
quanturn religiosa? paupertati videbatur detrahere.
5 3. Com a mesma solicitude, com que sempre fugira
ao aplauzo dos omens, agora ja na velhice procurou
evital-os. Por esta raz8o procedia circunspectamente para
não ser por eles enganado por impruclencia sua, ou para
não t e r oportunidade de desprezal-os.
Indo EstanislAo da ciclaile de Sáo-Paulo á vila de
Itú, propoz-llie o vigi~riod'este lugar, várlo ali8s douto,
certo ponto de doutrina moral.
Sabiamente responde0 Estanislio; como porkm
outro companlieiro, com quein viera, reprovasse a res-
posta dada, calou-se o respondente, embora podesse per-
feitamelite sustentar a opinião, que emitira.
8 4. Realmente perito n'esta faculdade, como em
outras, sabia tão acertadaiiiente discernir qual fosse a
opinião verdadeira, qual a opiriiáo falsa, e qual a pro-
vave1,que consta ter escrito sobre esta materia um livro,
que por lamen t,avel acazo dezaperecera.
§ 5 . Todaviao vigario de Itií, assim como depois
louvava a doutrina, assim tsmbem admirava o umilde
silencio, com que Estanisláo procurou ocultal-a, em vista
da impiignaçáo do companlieiro.
Para explicar o cazo em prezença de outrem aduzio
certa similliaiiça digna de aplauzo, e 1oqo acrecentou : 0s

$ 3. Eiidthiiisollicitiidiiic~. ({ria Iioiiiiniiiii pl;irisos iil~iur fiigerat,


09s jain seiier drrliiiarcsliiiliiit. Qiirrc r i r ~ ~ i ~ i s , ) eageli$,
, l i ~ nc .h iis
circiiiiiveiiirclur irnpriiilriis aiit illtbs ronlciiiiiendi opprtunihteiii
aliquain iiitcrçitlerc ~~:itoretiir.
Stanislan, ciiiii a I)iri Pauli iirl)r atl itiitbnse divertissclt op idum,
n a r i o iliiio ;u1 iiioniiii doctrini~nspcctans ioci p:irociius. vir adoqiiin
dOctu.3. piol)osiierat. Scite ri'spondil St:iiiistaus: ~eriiiil alio. uOciiIii
venerat. wçio d:it:iiii ri~spi~iisioiieiiii i i i roliantt~, siliiit oiiinins. t1tsi,
quain teiiiiilrat stiiitt~niiaiii,iitpute soiiiiiorerii Iiaud n.pe conliriiiare
posset .
S ,i. Siqii~dciiiilliiis façiiliatis, uti et c~leraruiii,peritus, q i i ~vera
qnz falsa, 1[11<7: probabilis eswt opiiiio, ita disceriiere noverat, ut
libruni ctiaiii, qiii çasii ni~sçio qiio pcriit, Iiac de re scripsisse,
constet.
Q 6 . Attaiiien itiiensis )irocliiis, ut cjus doctrinain postea laudabat,
iic hiiiiiile iii~raiiatiirsilcn[~iii,qiio eaiii ncrultare, swio inipugiiante
contenderat. Rei cnraiii alio cxplicandle ciiiii siinilitudineiii addurissef
plausu digiiaiii, shtiiii siil)jiinxit: mei utiqice similex, ricdes ni~nirunc
ac ruslici hortiiries, en uliqimndo nrerre solent exempia, quci! rem
a p k expliceril, nec inco~igruedeclarent.
11 P. 11, VOL. LII.
iniliridnns simi1hnntt.s n, mim, ~ s p c c i : i l r n ~ ~ii nt~ nilleTis
~
r l l d ~ sr ri~st.icn;. c n ~ t l l i i l n r n;iprezcntay ~ s c ~ n i p l c-nm r ~ ~ .iIne
c x ~ l i q i i r ml i i l n i a cnuzn e n ~ s p r i r i i n r ncitm ~s:iticlii~.
Assim pnis cnatnninvn ~ l rcnnt'iiimo , c'nzn, fira
~ i ~ i l ni a
n z a r ele fi.:izc?s exemplifir,:i tivns, or,ii. rpcoi.ic:. no .ilcncqin,
p a r a ctii'i n. tadns in;pii.;isse :t irlíhn [ i i i i i l i l i s i?clcprinitAntp,
c l i i ~(le $,i f o i . n i n ~ a .
S r;. E com ~st,l:j n i ~ oI ~ Psi r í11?s~II:IS criilzns nhrin n
.in IRcil r.nminliei p:ir:~. por lnr~ict11:i c ~ ~ : I ~ : ~azçillnx II
;?;im~n t.c? t.r.ntn.r r r ) i n 1b n s , ~ I I P o1lia p:i r:i ns rciiizxr
C'orit rfeito e n t . r ~ ~ r i i i RIO
$. -~c e ' s ~ r r i ( : i i irnnt i n r i i i (13
prmr r rl8 mcr1it:iq:lo.
O amor da. Iirrlce s r nos p r t t e n t ~ n i nci i costntne, qlic
t,in11a11e sxir 11:i ~ ~ 1 ~2t ; ,I ; i i ~ ~ c i t ~ :YXIIIIQG ~ n ~ l Pi ~011t 1.35 01-3.
qn~a,qrinnrliipnsyr.i;~\-n; o ela. n i ~ i l i t : t c 3 r >pfii,;rn rc!'cl~~ri-nils
rlr~ririis(I pn(li.r! IInnoel ( 1 Ciliri.irn,c~ric
~ ft-it~nic3nc n r i t ' f ~ i ~ o r .
I'nr tr<t,imitrihnt i ' ~ s t f (:nr~st:i,
t ~III!Id:rt:rniil:'io, qli:?ndn
este\-r? rici cnliario ile S5ii-P:in ln, ;tl;~rii i1:i. i'11,:t jiiipo.;t:~ pnr
1)rpceito 11% companliin, n7,inv.nn:i \.;i ill~lil ;is ii11tr8s n%
con t t.11i1 11m:3n rj11oti11i:tnrt Z:IY ~ l i v i ~ i : ~ ~ .
$ i. 1 inqiii CPI t í l m r i )(li&. (1111~ j;in1:1i5 SP -VI
n1iecc.o t r n r i x ~ r e s s 5 ntlns l ~ i sp ~ r prati~.al13, p l c b

ncni ,~:ininisoiit'in-se prti' isso cclnsiirx : i l r i i r i i n i:ciritrii PIP ar-


t.ici~l;iil:i,; :iiit+-spori'rii tíirlus » i ~ i ~ i i c . i ~ ~ nrnrii ni e
s ~ : ~onr:i
l o t ~ ~ i ~ i -q11;1,ndio
t ~ s , I](: s i ~ i ~ i l l ~ a nmt +q :t l n t n trat:tvn.

Si<: ~ ~ ~ i i i (iroiit l i ~ ir iw~ po5tiiIart*t,


, : t t i i j ~ t < r ~ ivthrl
r i t i ~ ~:I,! ~~di
ad ?ilPntiiiil! i+on/lizcrc <nl~iiis ri:^!, iii oiiciiiliii.. ~1~i:iiii
ipw. VII+~III~ ~ I J I ~ ~ ~ ~XIII~ I Irb[>irii~itii*in I I ~ I ~ P inq~i~r~irv-I.
si, 1.; Alqiii- 11,if.siii, rtBniriiilrii~ uu:iriiiii jiiilir.iti 1:iril~ni s i l i
~ ~ i r r i t it il l, f . i i i i i II~VI. qiii Iiiiii~ilini.iwlii~it,1ttSr #ir:tliniitbiiiasGiiiii(, ri,.
slii~liii*f~ :inrriAl. E r l ~ ~ ~ Iiri~i~:iricli,
t l r ~ i ~ i ~ r i i i i i ~ i i i [ i I : i i i ~'Iiiitic,
l~e~~~~~
I r i i l . i I t t , t i i r ~ l r i irn:i\iiiiia.
Pi'iaf.~rilil rtirilitiiii ipsi rintiis ~itciili~llt i~arisriihti~i!n. i 11% i> i
elisiid i4yrt,,,ii.: ~i~.biiiiiiç. :cli.~si,iira ~ir.~-~.e~ç
riiii*r ilt~:iiiti~iiInn~iiiii rr
~ I I T ~ ~ ~ ~ ~1 c I~ I~. Y [~j~i,<lp,i ~ I ! ~ rba\illa
~ I I I Ii 11, i111i riit,!,,,! :I , ~ I I I I ~ ~ ~ ~ ~ I * ~ L I + ~ ~ I I ~ .
P . Emiiiat~iielOliveira.
Hiijiis cbiiiiiitt~stiiiiiinioceinstal St;iiiislaiiiii, 4 - i i i i i i t i collepio paulo-
p0lit:iiio degcret. ~ir:i>lcr Iiorniii, qiiaiii suis .tliiiiiiiis i~r:t~st.rihit sociefas.
(Iiiotidianii! tliviiiariiiii reruiii coiiiriieiilatioiii iiiiilt:is iiisiiper alias
tribuisse.
$ 7. Aliliie Iiiiic sniiibortiiiii,q~ihtl i n illo dnl)relieiis:i sit l e g ~ nnos- i
traruir. traiisgressio nulla audita nrilliiis detraclio, red obsequiosa de
omnihiis metitio, ac lautlis plena, qiinties scriiionis iiistituendi loco8
daretur.
5 8. Praticando estas e outras obras de virtude, de
cuja noticia fomos privados pela calamidade dos tempos e
principalmente por sua umildade, passava vida xeia de
meritos,quando em avançada idade cahio em molestia,leve
no juizo de todos, não letal no conceito do infermo, mas
que dersria ser a derradeira.

CAPITULO XVII
lVorte de Estnnislrío
5 1. A egr.;gia santidade d'este varáo o levara a
antever a morte ; pois faltando-lhe as forças todos osdias
a tinha sempre diante dos olhos, e como anhelava migrar
para a patria celeste, a esperava a cada momento.
Era assaltado por frequentes molestias ; e a ultima (I
infermidade lhe sobreveio sem caiiza, por onde se podesse
suspei tar perigo.
tj 2. Criam-se no Brazil uns insectos mui similhantes
ás pulgas e de grandeza pouco menor.
Estes insectos perfuram a cutis umana, especial-
mente nos pés,alojain-se sob ;L epiderine,e dentro de breve
tempo crecem qiiazi do tamanho de um gráo de mos-
tarda,tendù a cor negra,que depois transmuda em branco.
'$ H. tIis nliisqiie virtutiini operil)iis,clii;r tcniporis calaniitas,ac po-
tissiiiiiirri ojiis iiiiinilitau nohis prsripiiit, ritaiii agehrt iiieritis plenrm,
c:ùm cnlo iiiatiiru3 in rnorlbiiiii deldpsris est. oiiiniiini judicio levem,
ipsi lanien noii lethnleiii iii(~IA,seti etianiextwiiiiiiii.

CAPUT XVI1
Slanislai obitics
1. Egregia Iioiiiinis sanctitas fecerat. iit illi niors, quacuinque
a c c b r e t ratiorie, niinqiiam esse1 non r ~ r i s a , eiiiii, delldenlibus in
dies virihiis. eaiii p r 8 ocii11s ~ibiqiiei r r e t , aiqne. ut ernt niigrandi
in patriain cupidiis, etiaiii iii horas erpcictarel.
Eki reri) assiduis tentlretiir rnorhis, postremiiiii ea contraxit ex
cansa unde vir alirliiid periciili tiineri posset.
2 . !)iizd.im in Brasilia igniintiir inswta, piilicihus valdt? similia,
magnitudine tamen non nililf minora.
Hwc, hiimann ciite ac ediim niaxirnk tersbrata, inter cutem sibi
locum elRciiint, hreviqiie !a niolein excrescunt sinapis grano fere,
;eqnaleiii nigro colore, quem antm hahiirrant. in rlbnm mutato.
E' qii.ziii nwtlirimn a d o r r13 p~rfiii~:\c:%n(13 c:iiti* :
O p n ~ i i l o(l:i,lifile pnrt':in o 2ss:is iriccini~lilo.
0.;: irisectan nii t~nli:i,in ji ci'c3ciilo c l ~ . ; f n r m ~ t n i . n t r .
on lerili:im r r c r n t p n i ~ n tclnt.rn,íln,.~ tirniri-qP r n n ~f:kc'ilirlml+'.
icn n2 rii;lr. ~ ~ ~ S R - Ssrbm P c l ~ m n r :i~t i i l ~ l l ~ n -
1io a l y i m ; 2.; ppq<n./q m:ii i :~i::\i~ti'l:t*l~~
11 e n t , ~ ~ p i lI-~oO I III:~
I ~ 1111 t : ~ l n c o .
i r i a 1 1 Ia:$ t,~nisl:i« rxtr:rl!i110 iim ~ ' P S S P S
ingectas, r ~ z i i l t ~ i tClnlii i iimn ririsilirl;~?ein c n i i ~ c q i i ~ n i i %
i!% q11aI t.r:insiriitic?-se o iiifil ali5 i n t c ~ ~ t i n n p sn r i ~ i - ? :~i l o
~ ' r t . l . t ~ : ~11(1s
s s o~ l ~ l l n l - ~riinfni
.;, me t l i z c ~ i e; iI\.ptli s sclrr~iin-sc
a h:tngren:i, quc? t,riiiixi nltirt,t?, s ~ ~ a y i ~ s i rvon111 n:~,
nil iarit.i? iIir.~rnr>s.
a 3 . JTnri.rnílo E:: tipo notnvc.1 rxPmpln (11.
todas as virt.ntlrs princil~:iirnc~nt.c~ tln p:icienri:i.
K r n z t n r i n r r i t x d i ~por ; i c ~ ~ r b i s ~ i i i(l7er.
ias inyi~~iii
riiiviz qnpixn tlr ~inlnl-ras, nrni sciliitl(i, -r.~inc:%o
&os fiimitlns. ciija n r ~ l i ~ ~ n c(pciir , i n ~ t tn f,tlt:i 111.
irni:~iis .iiidantc>s o SPI.V~;LIII f ; i ~ i i ~ i l cr~i ~s d i > tis c).;-eirn%)
n.rirnriit:irn ns I.< d a mc,lcst.in ; pcircliinntrt nii
] i r ~ y i n r a ~ * n nas
i n r r . r s s a r i ; ~t~; l . t - d i a m ~ ~ ~ 011 t r . tw
íIrrram fiirn rIc t .,,,,,....
çrn i.n.~tn c,cjrii zrat,n ~ e r c n i í l n i l n recelirn n <il:itl~
mensa~eirn rl;i, l i r n p i n q r ~ amorte, nfirni:ln(ln q i i e prepnr:iiici
(IR 1iri:iin~ntcsiilimeti,z-se e entiezay:i.-se em toil:rs :IT cnii-
zss ivontarle ilirinn.
Ilcilor !rrrliral:il rritis fcbrii niilliin. :it pniriliis qnldxni iilriiiiiqnr
tiioI~~711s.
Jaiil \t3i.o ifis~~t.tfi, Y C I i i ~ j i ~ s~lI ;I ~ ~ >~~ ~ ~ I~wI I. r ~ ~ ~ - r\ i n \tI ,I I ~
P 1.~1
i'rc:eiili,r iii~rcwn,í.ii'iIi i~riiiiiitiir ricy~itin. ltclicliirii i i i thiilr h ~ r n r i i ~ . r i
I I ; l cxiitiorc~~
l i r w i i ~ ~ i ~ l ~ i ~ i ~i i i ltl io ~ ~r ~, i l i i l I~I ~i ~t ~ ~~ I I I - X I I I ~ I I I ~ ~ i IIIII~I
i ~ i ~ u s i api~l!r i ~ tlrc oliliirarti sciIe;~iit.
.Alt;iriii*ii e x ~ i i ~ j ~ i ~ i t i i i\iilnrm ili ~ r r ~ i p r l a t imorhiini s contrn~il
Stanr~i:iiiu.qiiiie1 t;iotii. 111 \cicnrit. re~iro~.ksii liiiriinris iiiaii~nit:it~~ii~ .i11
i i ~ l ~ w l i traii~i~~isit.
i~:~ {ort:~1111? i>\iiid+! KariKraqiia r1111r11~in 1111 : i t l ~ i I i l , t11
~ i i i ~ I - >iliri~iiiii~,
:i \i~:t\ ~SSIIII;IIII.
i: 2 I'r;i~(.l:irat . i i i l t c r i . I V I I I I I tlrciirtilicret, ~irtiitiiiiinriiiiiiini cx~iiipla.
ac patieiitin! pr;rst>rtini edidit Staiiisiaiis.
Acerbissiiiiis quideiii torqiiebatur doloribus : sed niilla iii ore
queriiiioiiia, aut ~eiriitiis,iiiilla niiiiistrantiuiii iiicusatio, qiioruiii ne-
gli eiilia (nani in inrgiia adjiiclorum fratrurii paucilate faiiiuli iiiinis-
t r d a n t plane riides) zgriliidinis niolastiaio aiigebat, duin iiecessaria
alit niinus opportunb pararent, aut submittereiit iiiiportuiit!.
Allatum imniiiientis inortis nunciuni grata vultus serenitab
*plt, paratum se aíiirnians ditrinae in omnibus voluntati Iibnter
subjici,atquecoiiimltti.
5 4. Recebidos depois os sacramentos,quando xegou
ao derradeiro momento, deo sinaes de grnride alegria,
juntou a s mãos batendo palmas, e as conservou erguidas
para o c60 bem como os olhos. até que, dent,ro do espaço
exhto de meia hora, expirou placidamente, deixando
n'esta alegria final claro argiimento da siia srrlvaçáo
eterna.
E realmente foi admirrrvel e novo, que sem o minimo
tremor levantasse agora as maos, as qnaes, desde alguns
annos antes da sua morte, tremiam sensivelmente.
5 5 . Portanto com razão persuadiram-se todas as
pessoas prezentes, que Etanisláo prelibava a eterna
beatitude, e que isto demonstrava-se com permissáo do
supremo nume j A n'esse aplauzo das miios, e já na insolita
alegria do rosto.
Creceo depois a suspeita, que o rumor espalhado
entre os confrades excitava, de ter Estanislho previsto o r
termo da sua vida por inspiração divina, pois, quando pro-
curava o padre Nanoel de Oliveira, que era o seo confes-
sor, durante a noite fórrr da 6m destinada ii purificação da
sua consciencia, para declarar-lhe os seos pecados, como
costcmava, ouvira inuzitado sou funereo, por onde cer-
tiflcoii-se n8o estar longe o dia, em que os sinos soariam
por seo falecimento.

$ 1. Siisceplis deiiide sarrniiientis, criiii d extrenia deveniusetin-


uenfis Itelili:~~ sigii;i ederi*, faclo palmis stre1)itii iiianus jiingerc?. ea8qur
simtil criiii t~t.iiiis in cu.liirii el;ttas siistiiiere, qiioatl exacto n~ediieh o r ~
spatio aniiriaiii c!líiauit ~)lacitlissiiii~. non obscuriiiii z t e r n z suie salutis
argunientiirii rt.liiicliiens eir rriorieiidi IaAitiA.
Et s:ini: iriiruiii. ac noluiii fiiit, quod iiullo tremoris vestigio
ninniis extollerc>t, i ~ i i za11 aliquot ante iiiortern annis treriiore vehe-
menti lahoraverant.
S 5. Unilc sin~iilis,tlui ndernnt, iioii iiiinierilo persuasum est, ali-
l u i d ateriiu Iit:aliiudinis ptxyiislasse Stanislaiim. idyie si!piem,i,.nu-
riiinis dispeiisatione tuni eo rnaniiiiiii plasii, tum inso ita oris Istiti.lde
monstrasse.
Aiieta deinde aospicio, qiiaiii niovit ~ierlatusad nostros rumor,
Stanislauiii \ ikc sua1 tt.riiiiniiiii dir iiiitiis prircogiio\isse; nam cum
P. Einrnanueleni Oliveira. qiii erat illi A conlessionihus, post horam
excutiends noctri conscieiitiie destinatain adiret, ut noxas de more
aperiret suas, igiiotiirn aiidierat n!ris campani sonum, ex quo certr
pmsensit noii prociil ailesse dieiii. qua caitipaiia irra pro se vita d a
uncto piilsaientiir.
Rl:Tl.iT i TRI \ICYS.\I, 110 ISSTTTUTO I! tSTr*ET('C>

$ Fi. Xri riimor d r n f o r q ~ sn s e g l l i n t , ~facto. Sentir) 0


rrferilln c.i,i~i't";ynr interrofailo por 11111 cli,~.nossils cnnfi.3.
de5 1 1 c ~ z ~ j nrzl ov i:nnli~ccr:r vri,l:ttl~, si por v ~ n t a r n rr!t
~~rrlarlrin r ohnntn, responcl+iri o pnilre, q i i ~1150 convinli:~
i n i l n ~ n rpnr n i w t riiriiizirln~l~ dr! r! ic pniirn sa1,iilar
drlvi:ini w r . C'niri esta i'rs~iostn.r1 inclicin (11-1cnzo
imirirndo.
C) mrnmn E<t.nnis16o1 nri moirienril (IP n i w r r r . p1't+-
f w i n nlniini:ig ~ ~ I : t r r n qpor , onclr! SP ~ i ' l r c7nnjrt.iirnr
l~ st3m
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t ~ m e r i c l ; i i l qiit:
:i notici:i iln yiin iiini.t,e.
I . F ' a l ~ c ~no 1- de .Tiilhc, dn m n n de 1734, ntnn
nra antes IIP rnrin t i n i t , ~+IarrFpcr:1 d n festa dn JC~pirito
Snnto. Sn rnesiiin n n i t r i'ni srpiilta11o. para qne ri ciirpcr
cnrrnrnpirlo pela inalio,nirlricl~ clns iinini-1.9 n5c-i infccrin-
nasue n r,Rzn.
Dirrily:idnn snn r n n r t , ~ , ~ f l i i i o R O convento y r n n i l ~
cnnc1ir.n (li: pc?ssrias, de snrto qiir i14 11amx~e os ompnc
mitis ? i o l ) r ~11% ~ c i l l a d ~ ociipx\.nin n:io ti n t c ~ i n p l ~clol
cnlr:ín, rn:ts t:tmlieiii :is r1rtii:iis rrri~rt,iq;irsd o r.dilicio ;
e ti-fliii;. c o ; i ~ ncost.iini:i. erir:cili.r nas c:ilnniiclntlrs piil)licn~l.
rnnnif't~stitr;iosinni?.: {IA rlnr t! ti.islez;i.
S. : I p ~ n : ia :I l :ii.rn :tvc?ri~, Tlstanisláo n3n
t.ive.ssc ~ t j t ~ ~ l ; i crini
r l ~ > nhirns OII C , por i .SO PTS
prnnti'ailo ciinici pnc de tc>11.ia cid
Aiiirln par iiiiiitn~ .. :\nnos ~ir~r-liirriuin n animo de
t<odos n s:iiiclade pcir estc: v n i f o , porbm prin:ip:ilrnenie
fi. Riiiriori tiri'.; ;i~!Oidit.Ci~ní~~ssarlos i s enliii. riitii ali iiiiri P X nos-
triq t ~ x f ~ l ~ ) r ;!.~~rit:~li$
~ n i l ; ~ I-tipiiln rt4~:,trol!ir,ali \ i a r P id, c1110(1 f i ~ r ~ ~ I i : ~ f ~ i r ,
; i c c i ~ l i ~,'~~ +I ~~- l[ J ~ T 11I ~:I I \ I * I I e-~ir:!rt-!t1n ~~iirie~w i r i q l i ~rtlr*?, I ] I I : I ~ [,,I rttliJ
r4.ii.i i~*lvri~tiat.f.titii ri~*pnnhlranrIit i i r ~ i l i i i . I : i r i i i t i r1.i I : i i ~ - i ! l i \ i i i i l i c i i i i ~ i:+,-i'.
I I I F I ' ~ l i - i ! ~ ~ SIniii.lnii\,
li. 1-11111 ( I I I S ~ ~ I ' ! I I C I 111~r-!if1il1i~rt~t, ~ ~ i ~ n i i lItro- ln
111111 i i ~ i ' l i ; ~ , ia\ i~i11111is I i : i i i i 1 I v r i i ~ ~ i ' , .ci.iiijii:i j ~ i l i i Ii iiiortis i l l i i n i q11.x.
110liti:iIii'i I i ~ ~ r i r l i e h i~~r:rh\i~iiliiiii.
ii
7. clt>iit driodcciina Jiinil, anno riiillrsirno septingentesirno tri
siilio c~iiwto,! I I aiile ~ iiiedin,ii iiocteiii Iiorii [iriilie I,ivini SpiritusceE
hritalerii. Eàcleiii nocle seliiiltiis est, iiia corriiptiiin Iiuiiioris inaligiiitate
corl~usdoiiiiiiii iiiliccret.
Viilgat:t rjiis iiiorle, iiigeiis 1)opiili conciirsiis domurn est factus;
adeo iit collegii le~iipluiiiiiobiliures ciuiiatis Iziiiiiiz virisdesetiain r a
liquas occupareiit : oiiiiies, ut in publica c.ilaiiiitale solet, dolore ac
iii~eslilia Iciii .
8 s. \i, era, u ~ u squem , Sianisiaus operh iionaijuvisset, aut eoii-
silio ; proindeque, u l coiiiniunis uiiiversa! civitatis parens, lugebatur.
quando a piedade persuadia a depor os encargos da con-
sciencia, ou o preceito a isso obrigava.
Os pobres recordavam-se d'ele ainda com mais gro-
funda magua, pois viain-se privados do principal alivio e
do mais eficaz remedio das suas necessidades.
§ 9. Na verdade a provincia do Brazil perdeo um
excelente patrono, os colegios um insigne bemfeitor, os
confrades um modelo de virtiitles, os forasteiros um
refugio e um consulndor, os doentes pobres o seo auxilio ;
pois Estanis1A.0, emquanto viveo, a todos eles ajudou e
favoreceo.

CAPITULO XVIII
Opinião acerca da stta santidade

5 1. Si outros argumentos faltassem para com-


provar a santidade cl'este variio, bastaria o que se deduz
da opinião geral, que o considera bom e probo.
A ninguem, que conhece0 Estanislho, ouvi falar
d'este ornem, que o não mencionasse com louvor e
saudades.

Idem rnultis dt~iiidti ariiiis Iioiiiinis desitlt:riuiii fiiil :iputl omnes,


pwscrtiiii \-?ri)tliio1it.s ntl tleporienda conscieiiti:~~ oiiera\el siia(leret
pirth*, VCI i~r:rt'i'r'l (il;i>~i.ptiiin
Uoleiitiiis t.jtisdi~iii reccirdat)antiir inopes, cuin erc.l)tuiii sibi vi-
ilereiit pr;t~cipiiii~ii iiiopi:~siilt! levaiiien, atqiie reiiiediuni.
Q 9. Et qiiidriii brasilienais província ol)tiiiium parenteiii, collegia
insignrin Iieiiebt~loreiii, socii virtiitiiiii exeiiil~lar, [beregrini refugiiim,
consolatoreiii, ;t,gri siil~sitlium1 auperes, nrriiscsre ; siqiiidem liis oni-
nibiis, qiioad \-isit, ;itlliiil, ac favi6 SLinislaiis.

CAPUT YVIII
DP ifrsiits sanclitale opinio co~icepia

g 1. Id iiniiiii,si alia derssciit, p r o h a n d ~homiiiis sanctimonis ar-


gumentiiiii siii?ict.ret, qiiod oiiinium fere sententia honus, probus ue
fuerit exlstiriialus. Neiiiinein, qiii Stariislauni noverit, de ipsoqo-
uenteiii ;iudi\-i, tliiiii ejiis nientioiieiii cuiii laude hnberet, ac desi-
Ierio.
- . ..
-
4

fi.9 R r V I S T h TRIMES<.\T, rin ISSTI'I'I'TO I l l ~ T ~ l R l c n


8 2. n pn(lrc! .Tnz;n t l r T i r ~ i r n s qiic , foi r c i t n r c10 c.0-
I q i o ilc SZn-l'fillln, cr:i ilinii1i;ir. rl1r!r;si. Y P I I P ~ : ~fr>lltr, T~~CI
c: rl~ln!irln rni nii1ili:l pi.cxixri~;:t i . ~ c ~ , i . ( l ; iris ~ n .$ + * O S nrrtci".
j i l ~ ~ ~nn if:tzin.
s sc.m v r r t . c ~nl'tbc:tiinz:is I i i r t r irnxs.
;. t.1 qile 41'~le (i pniirc itnlinno .Tr134\
;Inilriiit~i, m r 5 1 n !)rir 511% 1bit.iI:ii1~t * p~nr

~ n s ;,I ~ S ; \ S n P : qiinnílo, (:iinir~ :ic.ini;i i.&)-


lcrirnn.;, n c.cirnIi?rcii\ cniii iim c r i y ~ l i l i n( l i 1 nuLrii'ni'.
Prlmia c s r r ~ r ~ n r nl on p:icIre 31 iziirl .\ngili> 'I':inil~iiir.i-
ni, priapiizitn ~ c i . acln. l nrilcrri. 7i:ici ilihisc,ii ilc. i ~ p i"t 3. 1riPS-
ma cnilz:i, i n r ~ i ! ~ : i n ( l n -cornci
o y;irao cliyiin. p o r sii:~r r n n d e
ft'. e por siis prnl)irlntln, n31, si1 rlrt ,rrcivi3i.iinr qnnlqiicr rim-
v i n c i n , como dr, ser cnn.iiltníln c,nrii prnvcito, qitnri(li~ ?e
pi.ecizassr d e :~iiist:iitripni.pc,ci- whr-c. n :iilmiiiir t i.:i1;5o.
.i. 1 h ig11:11 opini5c1 i { l ~ s a n r l r ~116, ~ 4 1 1 ~ 1 1 i 3 c ~ .
g r ~ n i l eonrn, P iirnnmcntc s n scir.icrlndc. t i i ~I ? r a z i l .
I',rtc foi n i ~ s t r r :n n 1 di- l<ctnniyl:in, r i l ~ p o i s
cn1t.i~ni.ii n t i n i n n i ~ n t c a! E r l r ; t. t ~ i i ~ l n -r3ni
o !ynriili.
n p ~ ~ ? q cnst,iiniajra
o, rnnrr;~, pc-ir t ~r t 30 f ~ l i ~ tt? i ~ ~ r i
iriipl:tnt.niln n ' w t c nliinn ns ~i~iniihirirs p-vinPns d n r i r t u c i ~ .
3 Ti. h i n ( l n iii:ti< n n r ~ r i f i ( - : ~ ~ ~~ ~~ ~I i ') Ft iC~pensar
C ~ 1,

PRdrt' Domin ?ris <;oinea, :nccrilote irisigir? pelo (Ivspi.czci


de si e rlii miinílo.
Pítrqiifintn j A proximo (1% m o r t ~ , spnrlo ili-
terrorai10 ncprtn de Est:inisl:io, r ~ r o r r l o i xlciiiis i f;ictris, c

5 2. P. JnrPpIiiis Viveiroa, qni c?iflr$i Paitlt~pnlitani r ~ c l o r vi ri


roiisitc1liiiliri~ii.;iix fiirrnl. niini i i n r i i i~iiisi i i r n i i r i i ~ s rtini. ~ 1:arryiiii;
potilit, I I I I I I I ipq1115T+I. me n t i A l í v i t v , i~~riit~~~~,ir:irt-t. i,,
3. ~ ~ i i i( Iia sl 5tnní<I:10 wnsvi-t! iB, ji~:i11111~s A I I ~ { I ~ I I I .tnriri~~ni
IY 1tai11~.
ir I b ~ V I1 1 i r I l l l ~] ~ i ~ ~ t titiarii
: ~ i i ~ r r ~ : i : i ~ I r ~ l ~ tI ~ ~ Ii Si I~V I I I Q ,J : I ~ I I ti1111sxliq I*\-
pt~ss1t,C I I ii1,111 r11 pr:t tr:halifl i n i l i C . i x l i I ~ :brc-nb I 4:la.i.l i:iribn- i'~#iiiliara\
!I!WII { i i ~ s t o :I'.~ ~ I I ~ . I I , ~ ,Anvi-lanI - I ~ T : ~ I I I ~ I I ct?ilPrnlr I I ~ I ~ I I k1~i.11~1~
posili) sc'ritiini~.;.:i11 r i i 1 1 1 1 ~ r i 1 i ~ ~ ini.11 i i l o c l r * ~ i i i i t .I ~ I I : I C I 1 i i l 1 ~ l : i r i
~111~11tle ~ ~ t ~ ~ I ~ ilti:r ti l~insi r ~ i111 ~ . I I I I I I I I n t i r i I I I C S ~ I rI I~ r , ~ t ~ i i i ~1~ i : i *
$ir:iLlic.i'rin. i r - i - i i i i i P ~ I : I I I11110
I i.iinsiili*ri?1i~i.;c1tl, i~irotii's i i f rrrl.: ,.I -
iiancli ratio ostularet.
4. Sentbiitiwejiisdeiii fuitP. Alexandcr Ciisiiinnus, ingens Brasiliae
societatis deciis nc oriianii~iitiirii. tiic, S~itiisl:ri in tyi'ocinio ma-
aister, ejiis deiriceps riiiicitiani iiitiiiie coiiiit ; atcl~ieid iltsuni magni
abens, subincle gratiihri sil~icoirsue\erat, cliiod eo iii alumno prima
virtulis dociimenb ndPo feciliter collncasset.
fj 5. Altius de Stanislao seiitire isus est P. 1)nrninicus Goiiies, sni
n~undiconternptu insignis. Nani Rciiia riiorli jarn proximns, cum
a l i ~ u ade Stanislao interroeatus moniorrssei, hocc ultimo non sine
VIDA DO PADRE E S T A N I S L . ~ 1>E
~ CAMPOS 89

por fim acrecentoii com lagrimas nos olhos :- Final-


mente foi vara0 de consumada perfeiqáo, e distinto em
todo o genero de virtudes ; e posto que muitas couzas
podesse eu dizer, jámais explicaria cabalmente quem
foi esse omem e qual o seo valor.
5 6. Igual foi o juizo dos extrrinhos a respeito de
EstanislAo. Por ebtn razão eniqiianto viveo, as pessoas
eclezirtsticns e seciilares constanteuiente o consultavam;
estas para que mais retaiiiente formassrm os seos costume?;
aquelas para qiie mais segura e expeditamente procedes-
sem na direçáo dos outros.
Todos pensaram a respeito das virtudes e da doutrina
d'este omem tão vantajozamentr, que recebiam e aca-
tavam as suas respostas como oiitros tantos oraculos da
verdade.
Daqui procedeo, que, snbida a morte de Estanisláo,
muitas pessoas de familias devotas, concorreram para
a nossa cazu, afim de pre3tarem ao finado o derradeiro
obzequio pessoal tão merecidamente devido, e testifi-
carem com esta especie de cillto a sua opinião acerca d a
santidade d'este virtuozo sacei.dote.
5 7 . Não de moclo contrario pensava sobre a sua
probidade o bispo fliiminense Antonio de Guadelupe,
varao notavel pela doutrina e pela devoqáo.
Percorrendo este a dioceze, que então abrangia o

lacryinis verl~asiil~jiin\it: llrnirin~vir profeclò t-.rtilit constoit~iialm


per/eciionis. or~iriitti~i rirluliiiit getirrr cl~tras:elsi 2:t-rO pluriina çelim
dieert-. nunqurint tri it~ert,qttnlts ipsr ftterlt, nc p ~ u 111s. n irtforntnre
pssem.
$ ti. Par fiiit cSuteriioriiriide Stnnislno jiitliciuiii. Qiia de causa eum
passini, tluiii vileret, sacri rrofanjq~it~ ,l~oii!ines consiilcbant: Iii ut
iiiows silos ritc foriiiareiit : i l i iit i i i nliis dirigendis tutiiis procede-
rent, ;ic expetlitiiis.
Iltriqiie veri) de tioiriinis tiiin virtiitil)us, tiim etiaiii doctrina
adei) rnagiiilice sentieliaiit, i11 rjiis responsa, íliiasi totidein veritatis
oraciila, exciprrent, col~reiitqiie.
Hiiic Iiiit, clui~tlmiilti t\li:iiii r x rrligiosis familiis homines, au-
nitl Stanislai iiiortc, ~ioiiiiiiii nostrarii confluxere, ut viro de i ais
o p t i i s inrriio siipreniiiiii ~r:i~slrrent ohsequiurn, auarnqiie de iirius
sanctitate opinioiiem en ciiltiis spcclv testarentur.
gj 5. Haut seciis dr Iioiiiinis probitate sensit fliirninensis rpiscopus
Antoriius de Giiadaliipa, vir doctrina alque, ac sanclinionir clarns.
12 r. 11. VOL. 111.
distritri ri^ Stin-P;iiiln. foi r r r ~ l i i i l ni*ni iiocco nyiiriri, e :a1
npini5o f n r i i i t r n t l i . Eft:iniql:irt. i11111d i . ~ r i a r n i . r i t0117
~ i3
s a n t o sarrifrciii iln niia:n por ~ l c ri ~ l r l i r , ~ ~ l o .
8 H. C n s t i i i n a ~ nEstaniqliici, vonio j;i d i c ~ n i n s ,i e l p -
Iirar I I I ~ S S Xp l : t n i : ~ i l r ~ i ~;a I~DlH:S~O prrl I iln ncin pi.lz in-
t c m p w t i i itt:ldi. rl:t iirs, nem pelo peri,rri~d:i s a 1 i 1 1(~I e z i ~i\! t
tlo spn propci7ito.
Pni.; n n t ~ sqiiiz ç c i f r ~ r 0 inrnniitilo do r l i i ~ ri5rl
; ~ s ~ i s t.ir1~ ic:ici
r ificio ~ P T P I I I ~ N I pni'
~ ~ I sncc~rctcittlt;ío c l i m n Pm
sen jiiizo, i111 intc..iminprr o pio v o s t iimr i 1 1 1 iitici,iiitl. por
c o r n ~ i ~ l i d a rsiia.
I~ rl'Ltiito apri3qo ti1111:8110 a n i n ~ t i110 1\rt3-
1:icln n s:irit idnclrl do 11cineni~i.i t o ~ n i . 5 0!
5 3. Roriri~oC e z n r cle J r ~ n ~ z eirniiio s, d o vice-rri 1l1r
R r a z i l , r rrnreriiotilnr 11-tpl-01 i n t ~ i ade i;;ii>-P:iriln, rrl-phivi
n ll:~t;riiiql6n, qii:inrio f;)i Imra :ili, roiii t ~ n t n rener:it.írn,
que fr.t 1 C O I ~fozos ni-t itit
Tia' a f ~ no z qrie rrsr L cx117n
piiblir:a i q ' P pn
T < < t ~ ~ t 150. q111t:tr.
( t i r i ~ j a - sf ~r ~ q t i ~ l ~ ~P f no ~ nncww~ ~ n t 1.. : i i n ~ l n
piii alta nriitr. s i o i,nzn n3n pcriiiitin i l c m a i . ~ ,lirnciirni' '
F:stanislría: afiiii 1113n511i'~z1311 r r m ~ t c r i , :il~iiriin,
t scni rriii-
s ~ l I i i rl'ixstr
i r~li~iiizo.
nil iii-i niln rn -111~xncolat c p r c p n ~ a ~ lpara o II

Ia, ciirii Fliiiiiiiirns~rn.iItiaAliinc. ii~iiipoi'isorlir~iii D. Paiili c:otii-


p1ect:itinliir. rliii~r~*sirri Iiistr:iri.L. liocliitici n iiiislriu pui-clitiis tnntarii 110
c;tani.;laii ci~iii'qiii < t p i r i i ~ ~ i i i ~ i111 i i , fi~r;ii,liiiii ali <:i(-riinii l l i d i i i i + .
ntidirrlt.
5 H. K r ~ tSt:~iiis!~o.111 tli(-Ltitil P S ~:ililti, 811hxiirnrnm s:trrific~ntfl
C O I ~ ~ I I P I I I ( I I I : a! Ikr:vsfiIv~ii I I P ~ ~ i Ii Ii t~ t ~~ ~ i i ~ ~it:is i ~ ~I~~ir:~~,l~i~c]l~P
i i \ 1: I I I - ~ ~ I ~ I I I I I ~
~irrif~ii!ll~ii 3 11rup"wf" ll t l l ~ I l : ~ l i1 1l 1 - 1 1 . 1 i'a'sil.
\ I n l ~ i i lI ~ I ? I { I I ~ I ~1I 1 ) s~~I I W . ~ ~ i i i c I i ~ ! i 1.r.11,
iil iii(,ornmodi loltrart*, qiiatii
0pti1111 <i10j i h l i ~ .5,1r(>riJ[1!1%
~~~ :i111 ?:~criii~~ici ~ I I I I I iriiPri~s%~,, a111 [ii:iIil
r.~.iti~iii~liirlin~.iii, c i ~ ii h ~ ~ r ~ i i i i ~ . pr:ilj:i,
iili i r i l t ~ r j i c ~ l l : i i i ~ .I ' ~ c [ i i i ' ; i r l i ~ i i 1 . i i i t i
pra!siilis aiiiiiiuin occupavcrat Iioiiiinis saiirtitas!
$ 9. Rotlericiis C:i)sar Meiic~zcs,Hrasilia~ [brorrgis frater, idenique pr0-
vinciii~D. Paiili giiheriintor, èo \enii~iileiiiStanislaiiii~ tanta excepit
~eiieratioiic,i11 Ieslis eliaiii igiiil~usejiis adveiitiiiii celcbra\erit.
Kihil dcintle, qiiod piil~licaiii rein spc'claret. iiicoiisi~lloSbiiislao
egit, illuis(~iieccrnsiileiidi caiisa doiiiurn ipse iiustraiii Irequenter adi-
bat. Ade6 iit etiarn iiitem~estaiiocte, si rt!s niillaiii pateretiir iilorani,
ad Stanislauui properaret, iiequid absque ipsius consiliu statueret.
almoço, como si quizesse com este tributo quotidiano si-
gnificar a sua veneração para com o respeitavel sacer-
dote.
5 10. A preclara fama de Estanisláo xegou ate o
serenissimo rei de Portugal JoZo, quinto d'este nome.
Por isso sendo aprezentadas certas arguiçóes contra
a probidade de Rotlrigo Cezar, governador de São-Paulo,
mandou o rei abrir inquerito para averiguar a verdade
da acuzação, e ordenou, que Estanislho desse parecer
escrito sobre o procedimento do governador.
EstanislAo escreveiido acerca do merecimento e pro-
bidade do mesmo governador, o izentou inteiramente d a
calunia. Isto dezagradou aos inimigos de Rodrigo Cezar,
OS piiaes pretenderam por via de cartas deprimir o con-
ceito de Estanislho.
O rei porem respondeo, qiie estava certo da inocen-
cia do governatlor, fundada no testiuiunlio de um ornem,
a cnja fitielidacie niiiguem excedia no territorio da capi-
tania de São-Paulo.
$ 11. E r a esta a opiiiião formada a respeito de Es-
tanisláo na. patria e f6ra d'ela. Todavia apraz-nos con-
flrmal-a com o test.imiinho do padre Xsnoel de Oliveira,
o qual merece tanto inaior fé quanto mais perfeitamente
conliecera os intimos pensamentos de Estanislho em razão
do exercicio do confissioiiario.

Panc~iiiilli ~ ~ r i u l i ~111illc~l1;11
lie paraLt*i11 jc~iL~criIii~ii clii~olakeinis-
cendrim, qiiasi siiarii erpi c b r i i t i obser\aiiliaiii cluolidiano id gentis tri-
11Uto prolitrri \ i ~ l l c ~ t .
3 !O. b;:rc,çi;l Ie1 ; t i l serciiissiiiiiiiii Lr~sil:iiii;cregeiii,Joannt~iiiIiujus
iioniinis ~[iiiiitiiiii, [)~r;is*r;ilSlaiiislai faiii:i.
Undr. i;iiiii alrersiis Ho~leriiiPaiilo~i~lifa,ni pnclecl,i intcgritateiii
qoardarii Iiiisseiil ad se dcl:iL?, pleiiaiii e rei rerilale iriquisilioiieni
factiiriis, SLaiiisl;io iiiaiida\.it. iit suaiii tlc Hoderico seiileoliriii per lil-
teras n[>t.rirel.
Stanislaris jiist;i ~~rii.fecli rncaribi, w.prot~iLiteinscril)eiis. numdem
omiiini~Iilieravit a caliiiiiiiia. Displiçuit e.&rrs Roderici hoslil~iis,qUi
proiiido Slaiiislai iii scril,eiido litleiii elerarr coriati sunt.
Rex tiiricn
- -~- - . c11rliirn
~
~ se csse rt~si~oiiilitde Roderici innocentia.
T i p p tiri testininiiiu ;userth, i iio 'iieiiiinem esse in przlectuni D.
au i fideliorciii plane sibi ennsta\int.
11. H.rc tle Sla~iisl:ioilonii,loris i i oninio ~ conccyla. Juvat tamen
eam cni corifirinarr P. Eiiiinaniielis (hliveirn! testiinonio, qui eù ma-
joreni [lronteictiir Ildeiii, quO iiiliiiin Sfanislai consilia ea confesaio-
nani iiiunere perfectiiis iioveral.
A c n n t e r r , q n P t a n t a fir:~n ~ n n t i d s c itla ~ qiin ~ i ( l : i
r o m p i ovncln por iiiimtbrnzns r i r o r l i ~ i n i . q i i r n 5 0 I~I-i'ci7.1O
e-critrir Pniprrcrni. liziin,j:i, n r n i c.iiiliiistrf.
E s t ~r ~ s c r i t n rcriric;nrrr:iv;i. R E.t:liiisltin txiiinnli4 rr'nr-
raqiin, ilirtA, pni- cnn11c.i e r :\ ~ : t n f i í l , ~ ci l l~ t;il ~ r : i r i n , nilo
cIiiri~In\~;~ conqiilei.:il-n entre iiq I r r m n v ~ n t i i
6 .!I T'or wt:i r a z 5 n n 5 n r o q t i i m : ~ r9r cni
f%rnr cl't.le. p n r r i n rrigsvn a J l > ~ i sp o r ~ I I ~ V L- I+ --%h cios
sem mrrrrinirntn.;.
0 rclirariíi, q i i ~n i i t r ' i ~ r n f;,r:i rlc Ect.tnisl!in. o pnilrll
3Tannr1 (1,. í t l i w i r ; ~trnzin p ~ n i l b . n t r nn pc.;roc:o, pnrclii16.
ccimii c l r ilizin, tinha >iiliiíl:i ~.;tinlai;:jo p n r wr-llir ( l , i i l i ~
p ~ l ns a n t o cnnfrnflr..
:!ri rritni-, qiic3 corn p n l a r r a s piriliiz.t< c x n r t a y n E;-
trrnisliri nRs nncins extrpm:~.;(1%i n o r t c Ii7i.n qiie CP r o n w -
lnsw, r i % ~ p o r i r l rrnm
o lirn n,q n no(:( 1e con-
fortri a l z i ~ i nni~in(lniicr,P i,va o i i ~ i l 7n~17t\,
qiie s ~ r v i ~ s c rri rna roriwlnc cniiiio RT ~lirii-11s
pr ezcnt r*.
I i i v n l r n tlnr ~ s t n sc.oiinns em c-nnrei..inc3o, aic:rPJ
0 confes~nr-e111mais cnpinzn c.\tiln n c~liigin,q i i e apoi,:i :r:k-
cli17iitin~r m Intitii cSoni tnilia n t i i l ~ l i ~ l n i l i . .

A~cpíJtt, qtiiid l?iils rit~rit vII:I* ~fiiirtirnciriin, tntilttc t*tiniri prn-


digiis ci~itipr~ili:~~;~, 111 I I P I I ~ I Oad~~lxtinni, IIIV[II~. 11~1~1~~~11nrii ~1111,~il~rr
at)iicialiis.
llic SL?~lisIal~rn t ~ i i t ;])rnwq~i~lt:~!ttr
~ ~enrrationr,111 I I I ~ ~ I I 1Pr- ~P-
ponsa. q11.'1111/ r o 1 1 ~ 1nc,v+lrxl. I ~ < i i i l i i ~ ismililiilc>
% o i i i i tjnlir :ilri.ri/l-,r+
iicrilir~ii;iiii11iili1l;iri~l.
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i r i Iirn en prrci*s Irind~rr,srd p r Ipsiiis rn~ri1.i
I ~ P ~ ftrvt.:Iri
III I Y I ~ I X I IIh~111~iii~bri1111
~\I~. I T, 4 1 l i f 1 1 S t a i i 1 ~ 1 ~ 1 ,
t t i ~ ~ ~ ~ a~ lJ iI >
fii~'r;if,
g~%;'li.tl i.riII~i~ii~nrliil;iii~ q i l i i prol'ft'r~!:~. i11 aiinli:iI, :i+tirii.ilti-
Iiorcm, qiihd at) illo donata.
Hortanti rectori. ut in extreinis agcntem Slsiiislaiim piis solarelni
verbis, secttriis respondit nullius egere illiiiii huinnni solatii. contra
ciipere se maximr alicliiid ab eodeiii audire. quod adsíantibus socils
consolationi essct. atqiic doctrinae.
His ohiter, atque inter loqiiendum jactatis addidit elogium stiio
fasiori conscriptuin. quod hic latine reddimns sutnma lide.
CAPITULO X I X
Elogio de Estanisldo esmito pelo padre iilaszoel
de Oliveira

5 1. O padre Estanisltío tle Campos naceo em Pau-


lopoliu, e morreo no colegio d'esta cidade a 12 de Junho
do anno de 1734, iimit óra antes de meia noite da vespera
d a festividade do Espirito Santo, tendo de idade 86
annos .
5 3. Profesiíra os quatro votos ; governou toda a
provincia, e adiniiiistrou alguns colegios da provincia, e
entre eles o mais importante.
Este boin padre era consumado em todas as vir-
tudes, que coiivein ao omen religiozo, e por isso foi bem
reputado ein toda a provincia.
5 3. Qliando exercia os cargos ecleziasticos gran-
geava o amor e respeito dos súditos; sendo para com
todos afiive1,pacifico e mansueto ; na execução por6m das
couzas interessantes h diciplina era severo e inabalavel .
ij 4. Tão mizericordiozo era, que não sofria o mi-
nimo de.ifãleciineiito nos direitos dit justiça, jiiiitando
uma e outra virtude, isto 6 , a justiça e a mizericordia,

C.\PUT XIK
Slanislni rlogiioti (i I'. E~tit~inriicele
Oliçeira cons~.ripluro
y i . P. St~iiislaiisde C;iiiipos, Paiilopoli nalus, obiit iii cjusdeni
urhis c8~lle:io I2 duiiii, :iiiiio 17:jl. una arile nicdiaiii iioctem hora. pridie
Uivirii Spiritus ~::lt?I)ril:iteiii, aniiuiii ageiis serliiiii et wtogesiiuuni.
s 2. Qiiaiii )r \otoriiiii professioiitiiii eiiiiserat : provincire pmfuit
universe : ;rliqiiod i!jiisili:iii collegia, eliam iiiaxiinhni, adiiiiiiistravit.
Erat boiiiis liic pater in omiii. qiiw rtiligivsu~n horninetii decet,
consiiiiiinaliis virtiite. ac pro eo Iiabitus tota prouincih.
9 3 Ciiin inngistrrtiis ageret. pari siihditis amore, ac veneratione
acceptus. iiiitis e rga oinnes. pacilirus, ac inânsuetue : iniis hineii exo-
goendis. 11ii:c p ~ ~ n o v e n d m disciplinre opus erant, rectissirnus, et
imperterritus .
S 4. Ih niisericars. iit justi tioe iinniinui jura iiiiniiii& patiretur~
utraiiique virtiitein, inisericorùiaiii wiliwt ac justitiarn, tanta con-
jungens dcxteritat.r.iit ipsi liautl i ncoiigrue aptari posset illad Psalnii 81:
Iwlilia c l p a z oseuhúe sunt.
com tanta p r r i c i a , qire c n m w r d a d p i r n a c ~ r t o1 1 1 ~pnilr-
rinniits rilili{~nr i i testo do s n l m n S A :- . f i r ~ ! l ' l f frt p n s o - r i 1 -
i n t i p r i i n l . ( O ~ c i i l n r n i n - S Pn p:iz njiistii,it).
Istn t ~ m l i ~ ipi ii d ~dr(1rizir-\e clri qi11' ilicc ao rnnft.qsnr
trPz (lias nrit1.5 dit si1.t runrtc. P i ~ r y i n t : i r ae k t t ~ ,si l l i c r c - -
tnvn a l q i n i rsrr upiilo r e l n t i u n no, aretos, q i i e pr:~ticSrs
Imra innlitrr cru s w i r~i i h a l t t r n o s .
Ao q i i r CIC r r s p n n i l e o corli c r a n d e trnnqiiilirl3c1e elt.
a n i m n r fivmrzn. q i i r w I n p r P nbi a\.:! o q i i r p13i.xiitr J)c)its
j i i l ~ n r ndirr~itc,P j i i s t o . r r1rinr.z t1cr:t cntra11~1no nilio c111
ira r n n t r n o prnxiiiio.
Iqto cnlirin-'e: do ninar) clc fnlay, tle q i i c . p o r t n i l ~ i,i.
p ~ r t e?i. c nn iri.d:iile riiii \C,& :L $113 f,ini.i fni 111 PJU-
11icad;t 4 t a r l z em c n n ~ri ~n qíjes p;R ~ P S ~ I - R S .
6 T . r c11 roximin nn. cnriil:t(lr,. til iit,n rL)ni',i com Pt-,
em ciijn. rrierlit;ic.;ii, tiirliis OS ili:?~e * o n s ~ i ~ ~ s i'trnq,
comn p a r a rnm i , p r n s i n ~ o , p n r i>iijs. çnii lirio CIO
jiihil3n. niis rli,i~d e mnicir cnnciii.co (111f r r ~ z i iirnnte
o, qiIzrpvna ~ ~ o ~ ~ s ~ r v a \nn * , itril)ii~i:tl
-s~ {I,I I t c ~ ~ ~ ~ l e i110r ~c,i:i
cinco i113.: peln mclrio..
J ~ t r PIP
i prati(:ot~p o r nii.zei rliiis c i i n c r r i i t i r o c iiiio
so no i r r d o r iln i i l a ( 1 ~ ,mns tnmlitvn r1n.i i ~ l t i u ~a non~o s da
-

1f!1]1itl ~Ii2rr1i~%tt>rirIi t3x txn !infr<[, q ~ ~ n ipt* i i ~ ~ n t ~ f p w q1i1-1~ ~titi


t ~ r t i o:1111th f ~ l i Ii ~ I I ~LI I I , ~ f\i>::~rial
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olli~,ii> iiilidit:< i,:rr:il, nril ii~i~iwr:it. ~ ~ . ~ . I iIr i -~i ~'11111~1-<.-**1 I I ~ I I ~.tIii1111, '
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*, ri~<it~)~itliI. t>et-qq>
SPn1lu.r. qund i ' t ' i ' l i l i i i iUrir:iiii l i ~ . i i . jiisliiiii~l~it~ jii(liiqa\,ni..tl. 1 1 1 l l l i ~ ~1 1 l1 i ~ ~
rirnl;iri%iiiiic i r l i i i ;iiil iiiili:rixliijiii doili.;s~: i i i t l i i ! i i .
I I ~ ~ I I I I I ~ e s 0 3 C I I I I ~ ~p~oI I ~ r : ~~t I. I : I I I~isi~r[tnvit I !il~iqii(*,lt>qi~cni!i
rallorir; -ii111liJr111 P ~ I I V V I ~ ~ I T I ~ I Y II II '~ I I I I I I S I I I I ~ [ I I : I I I I fiir11:i ;i111I:I,<:~r.qt.
3711 111 ~ ~ i ~ ~acli!~irt:~.
- ~ ~ i ~ ~ I ~ n
S 5 . i:li:crilati*f i i i l rasimia, liini rrgn lberini. c;nnriim piiir~qqiiofidi~
nlor:~!i~fi~r I ~ t ~ r a stri~n
, ia tia ri^ prg:i ~ t r o x ~ t ~ lilili~riilti m, E>~IIS.?. f~Lr~~l~~*r~~
jlil~iI:~~i,(*OII~.!I~SIISfr~qt~rbnlinri<~ i a t I ~ I I ; I ~ ! ~ : I ~ I~ ~
I<I II II II I~ ::~iV
4 1I ~
I1111-
,~ ~
niriiiiiii 11iti:ts I I I p i ~ r i i l ~ f i n t itrilirinali
:~. ~iri~~~vi~r:i~~:it.
Id qiiotl non viridi soliiiii late, sed iiltimis etiaiii vitrPannis, men-
sibiis, diet~iiscliieprosccutiis est: adeh i11 rc*licluis çuiifessariis rubori
esset, atlniiniralioni, at(1iie exeiiiplo.
$$ 6. Igitur nori imiiierili) Iiigent civcs, ni~illiscliiepost aniiis Iuge-
bunt Iniituiii pznitciiti:tt iiiinistruiii. qui ut aiiiiiiahus remedio aderat
prwsenlissirrio. sic eliani eoryribiis openi fereliat opportunam: Divina
ad id conciirrenk Pro\.itltm i i diiin Stanislai consâguiiieos, aliosque
hujus regionis ditissiiiios I);iss'i;ii iiioveret a11facieiidos eleernosynanim
snmptus.
vida, de maneira que. assim servia de admiração e de
exemplo aos demais confessores.
$ 6. Com razão pois o xoram os cidadáos, e por
muito tempo ainda prantearão tão grande ministro da
penitencia, o qual assim como levava pronto remedio As
almas, assim tauibem prestava oportuno socorro ao corpo ;
concorrendo para isso a divina Providencia, qiiando movia
os parentes de Estanislán e outars pessoas ricas da região
paulista a fazer constantemente o gasto das esmolas.
E eles,conl~ecendoa caridade de Estiinislho, não du-
vidaram transferir para o céo os seos tezouros por inter-
medio das mãos do conspicuo sacerdote.
5 7. Não menos insigne foi no merito e exercicio
d a pacieiicia., quando espontaneamente perdoava as in-
jurias, e tambein com atlmiravel tolerancia relevava a
temeridade de iim seo siidito .
Pois este no primeiro impeto da ira atreveo-se a mo-
lestal-o com palavras indecentes, e prorompeo em vozes
de manifesta dezobediencia .
Licito era a Estanisláo exercer o poder aiitoritario e
punir o crime com a merecitia repreensão, conforme os
azos da nossa socieilatle ; todavia antes qiiiz clissimular
até qiie o réo, aplacada a comoção d'alma, voltasse a si,
e consiente reconliecesse o erro.
Com effeito ele o reconheceo, e aproximando-se de
Estanislho, dice, qiie faria o que llie determinasse. Como
não tinha por palavras relevado o excesso de linguagem
anteriormente praticado, Estanis1á.o recebe0 o insubordi-
nado confrade com benevolencia, e dirigindo-se a ele com

Atcliit' illi qriide~ii.copriith Slaiiislai cliarilati, siios in cabluiii tliir


sauro'i per ipsiiis iiranus traiicfcrre non desliterunt.
'i. ireqiic? i i i i i i i i s ~i:itii'nti;t.iiic'rito. nc exercitio insigiiia fuit, duiii
injurias iiilri) diiniltc~rel, atcliic etiaiii sribditi riijustlam temeritatcm
cxsorpserit niir;li)ili toleiirntia.
Hic enirn, priiiio ir:tc.iiiitli:i*fiirort, raptiis, eiiiii rerbis indecentibus
ausiis est irnpiltere, a d r ~i11 in voces etiaiii proruiiipcret apertam
inobedirntiam spirnnles.
Fas ei'at Stanislao onícii potestateiii excrere, el nierita anlmad-
sersione jiixta societ;itis iisiiiii criiiien illiid excipere: inaluit larnen
dissimulare. donw reiis, sedat;r aniiiii corniriotioiie, ad se redirrt,
suicliie cumpos erroreiii iitcuinqiie 'agnosceret.
fiilnn por trr1.i t c i r i i ~ i l ot
Cor11 ~ s t riiri~r‘c'c I'I I ~ V i~ncilioii-.r (,I (I~I

D P OP ~cnrn ;I a ~ ~ r i r i l i i ~i l i ~ , r ~ i l i l oe 1 C ~ I TI ~ S P I I ~
I t o n I :- I t i I I i t 11-17-
Irr l t i i r s , cor>-,li(1iBirr,r ir7 spiritrr 11 )11111t;4. (<i t ~ ir11150 o
pecnr wlntrn t i , nt1vei.t~-ii i - ~ b i i icbspiritci ilr iii,insit15n~.
.
s 0 n t . r n i ~ c i i n t i i c i r n ~ r i t tol ' c ~ s t r~ ' i ~ n ~ ~p i .~czir i i c i rI
en, q i i c escrevo rst:i.: c o ~ l z r t ~ .
( ' I v - ~tI-~n n f r a ~ l c 111j
~ +,r1, a ~ ~ r ~ ~ l p~l ~n ~p t~ ~i i ei l~ c~i n~i i -~ t t
p ~ t 11:i o mivn, {lir i r i u cr1ntr:i E.;! , ~ r i i - l h oc~.!I\ r iiitlirnii
opi-nhriri ; i i i i i s P ~ tPi i i t o t i i i ~i t t sili~niicii.ci,iiiiitniirlo~ c i i1 i ) .n
r r r l r t i t i i r , que* n;tn p i i i ç ~ ~ l e rlr t ) {li\ iarw:,iotlo iin i i i ~ i 1 n1 i*
nli.i,rit:is, i-i)iiin si f;il-a s111'110 P 11ii~i111 : ( 0,110 . ~ r o . ~ l n ?IJ:,I

~ W ~ - I;( ~I O I I I O1 ~ 7 f d 0 , wiio t r b v i t i 0 II~I~.II


Pur iiioelr~n;io cli!'i?rc pzpnntlro :io :i11-
~ e r s í ~ r i o ! : i i ~ x i l i a n ~ l o -1 o P ,jA a c ~ i d i n i l ~ ~ - ~ ~
com .zrlniirnvcbl Iirrip\-cdrn ~ i i r * ~ .
S'rstt?fitcfn, q i l v s i * i . ~ i c(11' i ~I~IIIII-;~~:;II~ :L f1111nsq u x l l t i +
o SOII~I~?~XIII. ~ l ~ i x i :I-II$i ~ Y~II(I(~~II~U<
t PS~~II~II~I! c11~insigne-. 11:)-
cicnci:t I? ile pitrftii~,'irircli:iozn.
# !i. I~:st:inial;íof;li allit~ili A f:iniilini~icli~rlp. i l c I)I:>-
sna.s r:xt.raiili:is ;to 111-isso iiist itrito ; 1)1)i' i590 rnnstr:i\-a->i.

Acnnxit i~iiirli.rti illc, nilitoqiii. Çt:iiiislnri lnc~liiriitii>;c dixit. i7trtb.t


p r n ~ ~ ~ ~ ~1ti~~r:ii.
~ i t i i ii !i iii : i i r i f l t ~ . ~ f ~ \~ i.ri~t i < ~ i r ~ ~ . i t;xI Ti It~~~ ~ :lrii[li~-iii!i
I 11.i.!i-
~I:IIIIIII~\l*rIii~I t i i ~ l i ~ t~~i i\ , ~ t i s ~ s ~IIIIIII
~ ~ - Ii ,~ i l i i - i J~, \ ~ ~ Y ' I I Is
~ ~ ~ .SI ~IIISI.~II-.
ri1irxqii~~
(r(tt~t'III~
l.Lb,illlpl~;~rt~ III;ITI<I~~~~IIL~~IIP,
:~ . I I , , . V11~ 11 tn 1?11rt, IJ~I~IIIJII
~~I~
r q ~ ~ x . i,.
\,,rl~tq : e / l ~ t t ~ ~ ~I,.!
e r qt1f!dthfi.
t i i < i<:,,.
VIIII fiac-ln c ~ i i . i ! i i i i illiiiii I I ~ J~ni-1i~t:i1i11iii.
C~. riu i~ric'iliarit. n.;lrriiie~ri-
sid~ I I ~ ~ ~I ~- L ~i~ i sI i~l ti 'i ~~A~l ~ i il~i l<n, l ,i\t 11,,,~t~trtr1/ 11f1rrr.vriuf c / r n I , r
tfdit*, , q ~ ~ r r tipit t~7 rr~i ~ .C{II~I t 111 11*,1it~rti<.
3 H. A l t i v i i i11 tiii,iris p ~ n c r i qr i r ~ t i i i irirn*9+-ns ~i ip4r vidi. qrii hn e.
~ P t i i ~ ~ ~ . l ~ i i l ~nl rni t. fr ri ~ ~ . ~ i r i l i111i.1114
0, iiii ii:tliir:+* i i i i ~ i P ~ l i , 5 f ~ n t ~ 1 : 1911.11 11I1
:i~íllii~, 31. iii~li:nnall'~vit ,,~il)roliriiii i l :~ i i i i l I \ i t riiiiiiinn silt~ils. r i o ~ l r t i i i ~
iini t;itri+ r t - ~ I ~ * r i ~ l 1~1 tti 1~ !I~)TI ~r~~ :iIit~.i-
~ ~ i ,S I P t : i 7 e ~ i t 1111o~r ti~[i~ir~~l,r~ c.
ll ltllllll~, .l~~~,lll~
~ ~ l l , l i>i l ~ l l:t ~(llf,l,<;, ~ l l l ~
l,<.l~l 111111 / ltll~
~ l ~ l l l i ~? f~ t ~ l ~ ,
q u m i ittutus noti uperiois os suu~rr .
Neqiie tlr>iiide adversario seciis respondi1 Slnnislaiis, qiihrn rebns
ipsius opern ferendo, oc~iirrcndocliieindigeiitiis beiie\.olentia iiiirabili.
Qiiofacto, iit eiiis rci corisciis ndiiiiralioni fitit, sic etiarii posteris
et insigiiis palieiiti~,et religios:~perfeclioriis exeiripliiiii r e l i v i t .
s9. Alieniis fiiit Stnnislaus ah esteriioriiiii hiiiiliaritate, adetque
taciturnus, u t rarb verbis, nisi adiiiodiirii iiccessariis, indulgeret. Undb
loquacibus, festivl que ingenii Lioniinibus non adeo placuit.
&taciturno,e quando falava, servia-se das palavras tam-
somente necessarias ao assunto. Por isso não agradou
aos omens loquazes e de animo jovial.
Porem um sacerdote eximio (o padre JoBo Antonio
Andrioni), que andhra nas missões com Estanislho, e que
pela experiencia dos omens mais intimamente os pene-
trava, costiimava dizer :-O padre Estanislho 6 coino os
engenhos de assucar dulcissimos no interior, mas no exte-
rior rudes e grosseiros.
5 10. Finalmente tal foi a sua vida qual foi a sua
morte.
Depois de proferir palavras ambiguas, pelas quaes
podemos conjeturar, que ele teve noticia certa do seo
tranzito final, meia 6ra antes de meia noite começou a dar
sinaes de grande contentauiento, principalmente batendo
palmas com as mãos. jh a alguns annos tremulas, e levan-
tando-as para o ceo sem indicios de t.remura,e antes mais
íirrnes do que nunca.
Conservando essa pozição, mor,reo placidamente, dei-
xanda n'estes claros sinaes argumento, por onde podemos
razoavelmentejulgar, que ele, como se esperava, sentirri,
a s preludios do premio e da eterna bemaventurança. *
5 11. Tal é a opinião do padre Nanoel de Oliveira
sobre Esti~nislBo.

At exiiiiins tliiid;iiii 11ali.r (erat is Joanncs Anloniiis Andrconi) qiii


missiones ul~iriat soi.io Staiiislao, ejiisiliie I-oiisetudine usus ha-
iiiliieiri ~~eiiiliiis iiilros[~eaerst, dicore iileiilitleiii consuevit: Palpv
Slariislaus de !:(~ritpos ittsliir esl scicrhtrrni, irrctp infus dulcissi~rur,
a k r i u s , r i t d i . ~et i1111)oI~hi~.
lu. I ) ~ b i i ~ i i i11r ii;il
i is cjiis vita,lalis murs e\ lilit. iriaiii. prieter (Iuaiii

t
f . a t iiii~daiiiprotiilit ainbigiin, e r i~iiil)usconjiri potcrat certh
~ i sui iiotitih s pr~evcntiiiii, ~iiedia ante morteiu hora
suni~iiipiidii signa edere m p i t , iiianua niiiiiruiii aliqiiut jaiii annis
treiiiiil;rs ~)i~rciilcre, a;isiliie atl cncluiri teiidero iiiillo treiiioris vestigio,
et nuiiqiiaiii :irilea lirmiores.
Qiiai'e ieteiit;i positione aiiiiii:rin ((iiieti! cliiavit, iiltiiiiis hisce. ple-
nisilue g:iiitlii signis arpiiineiitiiiii relic iieiis. undti iion iiio>ngrii8j!!di-
eelur iion niilla jaiii tum vitlisse il\iiiii, qiioil sperabat. pi.;ciliii aç
bealitiidinis ;et~rnit!pr:eludia. »
11. Alque Iizç P. Enimanuelis O l i v e i r ~de Stanislao seiitcntin.
13 P. 11. VOL. LI[.
$ t . A rnnltecidn hrnerrile!irin tle T l p c i ~1jnr.n conl i ( -
spnq i imliIns pnrprr rnnfiriiinr n n p i n i 5 n clns o~i~i-ii? ,:; 1.i---
pritn i1i? Ertn.nisl.in, s c i i ~ l neste i n i r r p r c j t ~P ni;irii!'t.--tnrir~
ilr rnaxnq, qrii: s;in (14-I flit.~irn.e cst,'rn lioctnq !;)!-I cln 2.1-
c,nnrr cin; rnrilieriirienl ni iimnnns.
6 2 . 'l'ri!l,zs ns v i z r i q i i ~r i n j n ~ npnrn n f n z ~ n f l , li,? i
í;nar+?hi, ílc qiic! n,i*irnn. faIvi. rnrtirm:irn pnsi;?r 2l_niir !i
tempri rnin S P irnir~o
~ .Tnzl;, rliir mi-ri-nvn.prrtít (In ~ ; t r : i , ' . i
rn (1:t ~ i I a(Ir Tt ii .
:lc.nnt.rrrn em c ~ r t nclin., q i i r J , nri riitrnr rm cRzn 11it

irrnrio P sxtlrlacln Iinr P S ~ Pi l ! ~ n ~ ~ t l i : ~ l n r n i í ! -j~~r::~intilli,


itr~~ :-i
ilmn dns siia? i r m a n s est,avn :l 1i;t:i.

I-:ri;poriileo .Tnzi;. ~ U ~1:i.


P : l t l o ~ c ~ r npciilrn ~ T I ? C L;S
todarin pnscnr.z m ~ l l ~ n r .I ) r c > ~ c r n p n t~r s t n r i : t snn .
K;,nt7!n
1~stn.nisl;irthiisrnii pc~rsiisilil-ox ir. i m i n ~ r l i s t n -
mcntc rrr n irmsri. pois RS:IVR-KC em p ~ r i < rt-*stl-rn?n.
18l:1. (~
1?crl:~i-riri.Tlazi. ii;iii spr isto es:itii, plliç nc.nltnrn. I ~ P
r p c p h ~ rpo1.t.nili)i* itn, irmn.n, r~zi4lciit.riiri r i z i n l i n n ~ n ,

5 1. IInni: Iinrninnm ilc Stnnililno npini~incni~:uiiíirniarcv l a r c


a7tiq1tn I~PIi ~ ~ : InI I I Y I I ~ Hsim< l ~ ~ ~ i t ~ l i Ir ~~I Ii T~~fI i~ ~~w I~Ik I,inf~~rrtrt~t.~,
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>,:i'l,'.t Gflvriql llii. :\p11(IJ ~ ~ S ~ ~ ~l.r.~tr,~rri. I I rir"p0 \.1:11ri I l ~ l ~ ~ r Ii ,<\ - i
~ ~ I I I Ti1111
I i i t i l t n t in opiito, nliqiiaiitliu divcrtire snlitiis cral.
Acciclit i~iiadaiiidic, rit vi\: frstris in:rressiis doiiiiiiii eorlric salii-
tato. statiiii qu:csierit : iiuni quxdnrii iilrius soror Iicii~!raIi.rct 4 Eani
noii itn prideiii ii~grolnssc?respondit Joseplius: iiieliiis t;iiueii se ha-
hrre, ac propedicni forc, ut conralescerct. Tiiiic fratreiii Iiorhtus est
Stniiislniis, ut stntiiii se nfl sororcin conferrct ; ii!iiii in cstreiuo pe-
riciiln rersal~atiir.
Hoc ita esse negavit Joseplius, curii 3 sorore, qux non procul
d i a , que nenhum perigo se devia receiar. Instando porhm
Estrnisláo para que o irmiio se apressasse, accedeo este
em raziio da reverencia, que lhe consagrava, e sahindo,
encontrou a irman moribunda.
Com efeito agravando-se repentinrmente a molestia,
a doente agonizava, e logo faleceo, apenrs recebida os
sacramentos, que a ocazião permiti0 .
5 3. Pasmou Jozé com o acontecimento, e acreditou
que ao irmiio eram as couzas reveladas por influxo
divino ; pois estava certo tle que ningnem poderia tel-o
informado do perigo, e iieni da molestia da irman. Ilegres-
smdo, narrou depois a morte, a que acabava de assistir.
Ouvida a noticia, Estanisláo recolheo-se a lugar
secreto, onde esteve por algum tempo em oração, e dahi
sahinclo com palavras consoladoras ao irmão, e rosto
dtgre, dice : - Jh nlo temos motivo de pezar ; nossa
irman vive com Deos e goza da patria celestial.
5 4. Facil foi crer em quem tal coiiza annunciava,
pois o primeiro acontecimento induzia a prestar-lhe fd .
Por isso posta do lado a tristeza, começou a conver-
SaÇ80 sobre outras couzas ; e prezente estava Maria, outra
irman de ambos.
E quando todos coiirersavam amigltveliiieiite, Esta-
nislSo perguntou ao irmão qual dos prezentes morreria
primeiro ?

Inhitahat, pziilo aiitz nuntiiini accepissrt. sciretque nlhil esse pericafi


qood eideni tiriit!ri posnet. At urgerili Stanislao, ut proprar1.1, vl~teni-
peravit rt.!erentia. caus;i, sororeniqiie invenit vix non niortuani.
Sic~uitlciii.aggrnvato rc>pciittbiiiorbo, :inirriam apebat, qiinni ljrevi
cleinde efllavit, sacranienlis, qna, per teiiipus licuit, festiiie siis-
ceptls.
g 3. Ai1 eventnin obstul~uitJoseplius, fratremque divinitiis d r r0
teta etloçtiiiii credidit: certus enim ernt cstitisse nemineni, n qiio t i i n j
sororis pcriculnm., turu ctiain iiiorlbiim cogwovisset. Ad eundeiii postpa
reversus enarravit sororis ol~itiim. Qiio andito. se ad sclcictiorem
ge. r,'
em rcvr it Ç1aiiisl;ins; ciiriiqiiil orationi alirlnandiii rarnsset, h-
m compr lans, \-nllnqiie & ia*liIiaiii
i composito. nulia, inqnit, jnm
supcresl luctus caicsn. Deo tlicyit soror noslra, et c c e b t i p<rlria
per@itifr.
4. Vacile fnit hrc in re loquenli credcre,eumAdern ipsi adhiben-
dam I I F I I ~ ~ Uc1ociiisstbt
S P~entllS.
qiiarp, Inctu deposito, nliis do ret~iisinstitntas est sermo: pm-
s e n k ctiain Maria, altera utriusque sorore.
C?l%nRn-se ele, Estnnislbo s c r r c e n t n i i :- Tit, .TO~&, -
priiniii1.o te apnrtilrbq cla vitia ; e o te? $ c y i i i r ~ iclrpoii; ;
ta poreni (apontilncti, pnra a irmnn) i , r r u , ~ l!r- ~n ~i innn
d a uer1i~nte.
C'ci~ii este modo de ft entre 04 Pitrtiic
f r n z ~p i . n r ~ r b i n l ,ilaerin r, q i i ~J11ri;i. ~ i v t .
gn1iieri tr .
fj i F, todac ns coiifiity ~ ~ ~ ~ n t ~ na ~ enrdt-i,,,
r a r n VLI,
que t riram preditas .
1'1ii. mnrtn .TnziS e d ~ p o i sEstsriisl*'io,J l ~ r i a ,~ o h r r -
v i v ~ n t i ::L ;inilinq, xrTnii ;i tzmrinlta vrlliice, IIUP. pertn,.-
Ii:id? p epitiirle 21 fsc.illil:i.ctr a ~ i t 11 io c ~ i -
nlircin npin n 1npnr ds :* u a pt.0111 ;<I 0 .

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til'iiii, pru-rliir ileinnrsva-sr rias minrrs atirifrrnq, qiie xzmnni
Cui;\li;i. e nao rilietl~ri.rn.i o r í l ~ n i ,qtie lhe ( l e r t p,ii.a i.1.

grers ir.
;I quem Estnniq1,io ohservnii :-Sao te i r r i t e 4 (:nnt r
t ~ fillici,
n pois ele r i r 5 n) a i s ceiln i10 q ~ i r s p r 3 s e ,In 111"
pl'nh'l<.
i i i ~ oi i~r n i t i , qiie asqlrn n:lo q ~ ~ c f r d ~ r i z ,pnrqiIP ,i?
ri:\< 5 1 1 ~csirta.; tlrclarrrra, qtie nZo vir i,i e - t r :inrio, v
filliii
J;L por(lne j ) r r ( l ; r ~ 3 oportiini~l:ifleda viacyrn. Pois acirlq

Iirim aniire colloqiiiintrir ornnw, fralrern quaqi ppr Iridrini rnmi I I


Stanir!:iirP : q t 15~ u1ornr11 [~rilnri~ rniiriliirlts rrsCmt' r a c p r i l ~i l l t ~. T I /
J~><P~~!IP, ~ i l i l ~ Staiii*[ai~i,
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~.III? Irv1u~ndi ratlolic. qiis apnd Lri~ltano~ prnverhii tnnI nnrnr-
pari q~t~et, i1:trt:i nl (I III!I % I I I I ~ t~ irt~~rxrn s ~ ~ n ~ l lt .r a v ~
I; ;,. R1 iriiii!p,iii oniriia, qiio Iira*ili.ritnrOiiir, t?rencrnnt.
\ . ~ ! I Ii ,~ t f i t t ~ i .~ )1 o ~ ~i l v~i n~f ! e~ ~t 111 l ~iSf3111sl:i1),
~~ \1ari:1 iifri~rn~ SII-
wrql.,i !<I ! L . L ' . L ~ I I p ~ ~ r 3 ~st~r1wttife111.
~t11l 111 I I ~ ~ 'l i, l t ~ t s , !I,~,.
11 ~ ~ ~ ~ ! I I I I - I ~ ~ I ~
{ocuiii, iiilcrturliata senio coqnoscendi rirtiite. aiupliiis cognosearet.
Cj 6 . id~hiiiJascphus,diim alia data ot.cii.;ioiieciifn Stanislao agerel,
qiieiiiis eit alfli? i~~siiifi de iilio. qiibd in aiiriluiliiiis Cuiabi, quas
ap~cll;iiit,?iiI)rariperftbret, sibiqiie reditiini iuiperanti nnn obedierit.
~ i i i diaiiislaiis: ne fuslra irascaris Flio. spe cilius ac opiniorre
crnticro.
Siillatenus id [ieri posse aisbat Irater: tuiu quia filius, dalis ad
ipsuin Iitteris, eo se m i o venturum negabxt; turn quia peniius
a3 rios comas xiivas do inverno e devendo navegar de rio
mima, as canoas não podiam vencer o curso forçozo das
-as.
E como Estanislho persistisse n'este parecer, Jozb
entretanto aquietou-se, esperando que brevemente se ma-
nifestaria a verdade do cazo. Não tardou em realizar-se
o sucesso vaticinado ; com efeito contra toda a sua espe-
rança e opiniiio, passadas poucas semanas, recebe0 o
mo.
5 7. Na ultima doença, de que faleceo, Estanislho.
escreve0 a este seo sobrinho, dizendo-lhe entre varias
couzas, que o náo veria mais.
Julgou o mancebo, que estas expressões do tio signi-
ficavam somente, que ele morreria dentro de poucos
dias.
Por isso preparadas as cavalgaduras, par tio para a
cidade de São-Paulo, esperando assistir gi morte de Esta-
nislho, ou ao menos vêr o cadaver. Debalde porem
correo; pois entrando na cidade soube, que o tio estava
morto e sepultado.
Conhecidoentão o sentido da carta, doêo-se profunda-
mente, porque, acreditando notioque afirmava ir morrer,
não acreditou, que o náo veria mais.

nmissa erat veniendi opportunitas. Narn, aucto pluviis hvemalibns


flnmine, qiio adverso naviganduin erat, nulla vi scaphae cohtra prae-
dpitem aquaruni cursuni inipelli posseiit.
At cum Stanislaiis in sententia penisteret, acquievit interim Jose-
phus, sperans hrevi riianifestam iri rei veritatem. Nec diu fuit, quin
vaticinii pmdicaret ev. ntuiii : si uidem praeter oninem suam s p m
rc opinionern, elapsis aliquot hedomadis, filium recepit.
S 7. Ultimo ex niorho cum decumberet, litteras ad hunc fratris fi-
linm dedit Stanislans, in quibns mteralia se non amplius ab eo vl-
dendum asserebat. Id uniim existl!navit juvenis á patruo significari, ni-
mlnim se non muitos post diea moriturum.
Quare, citatis ~ ( l ~ i i@
s , S.. Panli nrbem profectus est. splrans fore.
ut Stanislao a d e w iiiorienti aut rnort~iicadaver saltem aspiceret.
Frustra taiiirn cucnrril : nam nrbem ingressus, patrunni et mortuum,
et elatun~luisse cogriovit.
Tunc, percepto \ erborum sensu, alte indolnit, quód patrno credens
niodtnrum se afirniaiiti, eidem se videndnm neganti non cedi-
disset.
$ 9. O P X I J ~ P M n i i n ~ ~I I nP l i r c j r . ~l,l i r n n IIP( * o n ~ t : i i t ! i
Iniircir. ~ 9 s i q t i : i8 E ~ t n , l i i ~ l h r!tinnt!n
n. til rr)rirrrLn. ('1111.1)
~ 1 . 3! ~ ~ l I i oP ~ { ~ ~ I P I Ij111yavx ~ ~ ~ I o 11Ttt~1
, p-t~li>r ~ i v t ~~r( o r
~iiiiit.c>ti:nipri; por i s y o i l i w R E;stanislil-. qiic s ~ r i n o ]!ri-
r114~ir-8)
a SP~:IIII-~) r~ t ~in1111r>.
. l c ~ r r i r r n i Estflni~l!in.
i t?1 n3n e ~ i c í . i l v r i x , c 3 .i1;.
(1171~
~ ~nri, iq it ~ ~ l t nl ~
i i ~ r l nllio ~ n h r c ~ ~ . i ~ ~- i: iri jl t~t i. s:ivncis qn.!rit;is
III*, t ' : ~ ! t ~ v ; parat r ~ ~ a p r n c t n y r n n r i r i . l l n n o ~ l(1s (;li:.l$irn
c*fiiisiili.r.itii i,,t11 i:niiio jiit':ilivrl vaticínio: e convenci~ll-
l l l t ~ r ~ t:!.Iir~~av%,
.+~ (111~ rnnrrt?ri:i, :~ilan~IirX P ~ ~ S S31) P SI.~?
~ ) ~ : ~ ~ ~ T ~:Lntln * x ~ Tlle R I i)~ l ~ i l i : .
I'nr i s i n n crrto c r i n f r n d ~ ,~ I I Pn'ppa~ tpmpo n frliri-
tsvn. r i n r nozar rle vir oro^:^ salicie. i l ~ orl s ~ r ~ . i i n rtL+ tt?
] w s t % : - Q I I P ~ I p r ~ ~ l i c pqut? , ~ 1 1;xrora m n r r e r i ; ~ ,: t m + (!:I
t!tc?i.nn I ) e : ~ i : i y r n t , l ~ r n i i;p ---'"-* ;-*'-- -"- -- cnr:i-
11OU-SC!.
C e r t q m ~ n t e nGo PR ~ i s l i o:
p r o u f i ~ c i l ~ ~ ~ ep nnt e~ l ~ ,,q,l,.tr,,,,,
n , ~ ~ ~ * , vat ir:- v7L,r

1 1 i 1 I : . 3 13 r 1 i 1 o : pi-lit;
i111 inics~iin:irino Jlznoel (Ir! Oli~xira1talrcrir.
'1. (3mit.n fxcto~iiqiixeg, qiie F,stxnisl:\o p r o f ~ t i z n n ,
prjli-irt Jint!iii F! nos p a r ~ i i~t s ent.re
, os qiiaciç ta.ninnliri {.r:\
41 c:itiii:t~itn i ~ i it-ii~eI' t i l i l ~ i ~ l nqiie
, qi13zi ttrlas n.: s i i a s

nislnn. rtil I, sepb tandaa* v.


, I\, 111 P r n ' ir, rifrn tliri *v. i. -
~ i l t > l ! ~ ~t l ~ l l ~ I I U I I ~liire, i f i i i P I I I I >

11i)i- i*rwnlnnim n ~ ~ a vSlanlalans. ii addlrlitf(w ht illnm a n m r r t -


: I I I * ~ I I < l l ~ i ii~t$lrt~ti+, l11i9t era1 o,-b~~vri:trll(ini~ii~r. H* ~ - : ~ l ~ < - i t ~ i t
K ~ : L C L I~:iniii:itiii. ~ I U L OIi\rLira, r h i i i i i iliiv:it! <ictog~*~irnii perv*.ni.--lr
iinnnll~,VI:^ 51, 111ijr~!~iriirt1 x!111119-IIII:LI ~ ~ ~ I ~ ~ L I I ~ J ~ I + ~ ~ ~ ! ~ ~ ~ I ~ I ~ ~ ~ I ~ L I .
I ' i i r t i . q~ia~rii~!nin .;rwllq ipçi Iwr r t l I V ~ I L P I I . : ~r:tlill.~ntunt, (ltWM
wn11br4,11t+*r~-111r ! , I ~ ~ ~ ~ I I ~ ~ II:~,:
O I I P +qr:1,19it,
. . ~ I * < ~ ~ ~ ~ ~ I % I LI ~I II LI II ???r
~ ?tu
r74 i~rf~ I VI I { I , p ~ r ~ ~ L ~wtcr,t11
. r i l , j r u i t f ~r / J @ If t f r i i 1 1 J I P ;J I ~ ~ P L I I L ~<uni
I, iii~ri[7?'*
dcctylirni piito.
Non qiiideiii Shnisiai. nomen expressit : hunc tamen edae, de
que loc[~ieiiatiir.faciie ronjici potest. 1Ver pr:cdictio fekllit : aigaideoi
codeiii anuo iiiorLus est Emaiaiiwl Oliveira.
S 9. Mitto Iiujusmodi alia,,que p r e i x i t Stani!laus, cppatis prrP-
sertim: aplid quos tanta fuit ejus opinio, iit omnia fcre ipsius -lu
palavras reputavam-se como vaticinio, embora por rezes
Estanisltio explicasse, que apenas como conjeturas incnl-
cava as c~uzasfuturas e ocultas.
Não devemos todavia preterir o que o padre Cris-
tov8o Cordeiro, varão ilustre entre os nossos confrades
pela doutrina e tambem pela modestia da sua vida, refere
ter-lhe acontecido no colegio da Bahia .
Ajudava outr'ora a Estanislho na celebrapito da
missa, e começou entretanto a volver mil couzas na fan-
tazia: uma das quaes lhe ficou por muito tempo na
lembrança, e foi-si xegaria a idade senil ?
Concluida a missa, quando já na vestiaria despia os
paramentos, Estanisláo, voltando-se para ele, perguntou,
por que razáo dezejava viver até a senectude ?
Admirado cie taes palavras, o padre Cristoviio Cor-
deiro teve como certo, que a Estanisláo se riáo ocultavam
os mais reconditos pensamentos: o que ele então apregoou
e ainda oje (pois ainda vive) publica em altas vozes.
11. Todas estas couzas atestam os nossos con-
frades rezidentes em Roma, a maior parte dos qaaes (o
que aumenta o valor do testimunho) conheceram Esta-
nislh pessoalmente.
Alguns d'eles indiquei no curso d'esta istoria; outros,

pro vaticiniis haberont, quamqulm non semel tentaret Stanislans, qun:


de futuris rcbus occiiltisque disserebat, quasi conjechiraa inculcare.
S 10. Prrelerire tamen non libet. quod sibi in Bahiensi collegio ac-
cidisse testatus est P. Chriutc,pliorus Corderius.vii non minnsdwlrina,
gnoui rita: inodestia apud wetros clruus.
Hic olini.cuiii pt?r.agenti w r n m Stanislao minlstraret,varia interim
mente prriirrcl~at; ex ([uibris id anum Iiiit, qnod diiitinn retinuit.
volutaiitqiic: an i p e ad lel;rteiii usqiie seiiileai esse1 perventurus '?
Ahsoliito sacriflcio, ciim se jam in vestiario exnlsset, ad illiim
conversus rogavit Stanislaiis: cur rillet ad senectulem usqiie vivere ?
Ad qua- verba iiiiratus Cliristophorns Corderius certum oiiinino habuit,
mentis ?liain secretiora Stnriislauiii rninimh latere: quod ille et tiirn
pratdica\-it,c't Iiodici (naiii,iluiii Iiur scribo, in viris est) magnis vocibus
pmdicat.
o(i 1l.At.que h n c socii Roma comoraiites testati sunt, uorum plerique
cqu testimonio pondus addlt non exlguum) s t a ~ s i a u mi n vivis
agentem cognovere.
Ex his nonnullos in historiae decursa indicavi, caeteroa,noo tamen
104 REVISTA TRIMRYSAL DO ISSTTTUTO FlISTriRICD

mas n5a t o t l o ~ , apont~rein'este Ingar, pRra qiie com a


niitaritl:tdt! dos SPOS depoimentos canfirrnrm nqiiilo (111'
enrrevi.
5 12. Os compiinliairns qne j i i l ~ od e v e r namenr s5n :
os patlres Fclix Snrier, ,\lano~IFpri-az.Jlelrliinr J I c n d l . ~ .
Frnncisco Jlont~iro,3nzb Cnstillio, 1l;innrl 11,i 1;nnset-:i,
ncncilitn Snnres e frci Francisco dx h i l m : todos, ca-
l a n d o maiores encomios, possiirm tanta pro1)idatlc qiisn t3
tissili Iinrn sereni tidos por P P W ~ R S digmi<siin:~< ( 1 f ~i a .
Oa donq iiltimns d'estes assistiram R inortc de Est x-
nislko ; e assini tiveram ocazi5o de nliserval-o eni siia 111-
t i m n inf~nnidnile.

O aiitor dpclarit, qnr e n t e n d ~ e, qner, qiie asclsmn:*


~ C S S O I I Sent enrln.m,
qiie R S COIIZ ns, qiie 4PCCTPTPO
ohrít, s5n iiitcira1ment.e cionforme.; RO sent 1i do dos dc
do l'ontifice. Por isso cninfessri, q ne os f ~:tos,i q11P
mio derem merecer ontra f6 sina0 aqiii6ia q i i ~riiyar-
i n ~ n t ese costiims (?ai.5s istnrias iimsn:iG.

ciiiines,hoc Im intlicatTirn.i, nl qnwnniqnw scripql, testantinin qnoqn.


:tiiclnritat* flrniri?liir.
I?. Sunt vrn;,qnn* hir senmi appellandaspafm Fplix Tsrrri~u.
Kmriianiiel Fcrr'~z.>ldcliicirVpndr-. FI':II~I'IWISHCPI~~PIM, J o ~ q ~ C.15-
!~li~
lllho. F : I ~ I ~ ~ ~ ~ T I I'~-~II.IV>~,
IPII D~r~<>tlirlii. Soxrtb<,
(21 l r a t ~ r!'r.~n,-i.,!I%
11:t 51k.1: on?rir!t, I I ~ ;!li!t ~ C P : I I I I tanl,~
, prrbl~it.~tf!vir^, i ~ i i n i 331
~ t ~*,<:,
11t;~prldnnliws l i & l ~ : ~ l ~ ~ ~15-1 ~ 1~11.
i ~ t ! ~ r ~ l ~ ~ f ~
. Qiionim fwslrciiii <1ti1>. iniiri~\nti Sianislan. ptnn ')h-
c i i ~ i aflfii~rliit
i
s~rv:illilii>ç4rnsil oii+\rii\ ci I i i 111t i iii,i :r;riiiit!ine ii:icli riii'riint.

FIAIS

Protesta tio ntcctoris


Declarat anctor se oninia et sinpla, qnz hoc in opere..xriysit,
seiisn Pontlílriis decretis prorsiis conformi et acipere, et ab aliis w i p i
velle. Qoamobrem pronltur non aliam iis, qoae narrat. deberi fidcm,.
qnam qnat vnlgb hnmanis historiis pmtari solet.
Jianttsmito . Trad~tção. Ortograja

O nosso consocio Dr. Ricardo Gumbleton Daunt,


rezidente em Campinas, oferece0 ao Instituto Istorico um
opusculo escrito em latim.
O opusculo trazia no frontespicio esta declaração do
punho do ofertante : a Vida do padre mestre EstanislAo
de Campos, S. J.,escrita em Roma, e de 1 trazida em ma-
nuscrito. Ignora se quem seja o autor. O original manus-
crito, do qual o prezente 6 ccpia fiel, foi trazido da Italia
pelo finado padre Jozé d a Costa Lara, que foi uma das
vitimas drr cruel perseqiiiçRo, que aos padres d a santa e
ilustre sociedade de Jezus fez o Marquez de Pombal ; e
foi sobrinho do padre mestre Estanisliio de Campos.
Em 1884 por ocaziiio de publicar-se o catalogo dos
.
nossos manuscritos, recordou ele a sua oferta, manifes-
t n d n dezejos de vel-a publicada na Revista T r i ~ ~ ~ e n s a l .
Como membro da comissão de redaqão aprezentei
aos colegas a indicação do ilustrado ofertante, e então
não tomou-se rezolução alguma sobre essa publica~ão.
Ultimamente lembrei os dezejos do ilustre consocio,
e novamente submiti a indicação ao exame da comiss&o,
sendo impugnada a publicaçh por ser a obra escrita em
latim, dificuldade que procurei solver declarando que
faria a tra.Ju@o para linguagem vernacula .
No entretanto o nosso consocio Dr. Ricardo Oumble-
ton pensava, que o merito da publicação consistia em ser
feita na lingua, em que fora o opusculo escrito. Em w t a
a mim dirizida dizia ele : Fico certo do conteúdo da
siia carta, mas peço venia para dizer, que discordo toto
mlo da sua opinião quanto ii previa traduçjío da bio-
grafia do grande Paulista padre mestre Estanislho d e
Campos, si f6r impressa (como faço votos para que seja) na
14 P. 11. VOL. LU
Rpi-iatn T r i a i ~ t i ~ nSo l . meo e t i t , i n r l ~ ro verter p n i l . i l - t i . L -
yiin tirrin prqa ii'estn nrdern tira 3 c>.qtnq!i:~zitciilo r> ir\:->-
I ' P P ~ P , tciiln. n, siia rrnqn, i~ i p n i s r i . ye:iis:o nr.~-!icl-i~~~i,l.
(listbi, i ~ n e6 urna t~sl-i+~t~ie tlt? sa(rri]t>yio. ,Si i~si~~?f*!11 i':
piiiic,os i . r n trnllii.liiri iin l i nq ~ ~c!n n .~ I I 1P i
ezi-rit,n11 C istn 111'11'1, vpt.cl I 1t11:1,nr~qs;?,, <I

i 11 :\,:I -
qtie n o 5
.
S ? L ,P~ -~ 1I I n5c-i f iI t,.~.t,i:i~n
..
r . i i i bons i;iriniscns pnr.z se cltllcit,n.r 11% 1 p l r i l r ! 1 -.
..% ;-

Ccirii rsbe firlr~s:tr( ? < t a ~(IR : ~:tcnr110O nc )i.;n riiiii i1 i y.1 3

I ."sr*r.rc.t~i'ioIl:ti.nli IIiiiiirrn IIP I I ~ l l í ) ,(111P t % l l l l ) ~


$I] ll;l,-

n%rn pibln, pnlilic;i(;:io ilin 1.1til!?, con.iilei.:i. ~ l l l f )ililf? : I $ . .I


far-sc-ia lmrri serric;n 5.3 nnsqns 1etr.n~.
I'ríipi~ rnt i n , ( 1 1 1 ~ R pitlilicnc;:in 31: fizcqip. nnq (! b~l-'
ii1inrn.1~; Iinrilii!! awiiii s:itisft~zi:tiii-~f: iiun.;. c~in(lir;~ec : :i
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antiq~ini,icis:irnnnt,es i10 Iniiiri i1:irn-se n prnz+r d.1 Il-fiit;! :L


nn 1iririi;iiIn 1,:1(: i-o.qiit? .z n í o ccii~lii~irinlii, f.i(,iTi-
t:!vn-.~t*ri clinlic.~, z c~lu-:~,I(~rilIo-zi:ni li11 :~I:IZ<* !I
ve~nnciila.

Fiz n trsi!iic:io clo lntiin p3i.n n pv-tr~ri


r i ; clrlitrili
t e ~ t notiyinnl ; R[)6'119$ ~iilr~iirifli
par2 rii:tior rnrnntli~1:i~It~ 11c li(;:~n, R r
fnciliiirnte se ciiteqi: n 01 i r i n q l cn!ii ,I tra~liic;.~~>.
I%tn w e corn a mn i<)[.% ] i ~ - n ~ i l lpos.;ivel
l h ~ ~ ~ do t ~ s0t.
pois procurei s~qriirclc p ~ r t n3 i ~ tcrriios e n frnzerilozi? (ln
alitiir iIn npiisciiln, evit i n ' l i construir rnti.3 pnr.tfraze.
Si n5ii ciinsepiii trnrlnzir fielment~, nIii fica o te\tt3,
e nntros o fiii.50 ni~llicir.

Devo uma satisfaç5o ao leitor, qurinto tl ortografia


,d'esta piiblicação.
9 muitos cauzs estranliez.~ia ortografia fonica? qiie
pena é náo estar aperfei~oaclae aceita geralmente.
So o &bitodo orgáo vizual nos produz essa estranheza
no curso da leitura. Quem est8 abituado a escrever eti-
mologicamente, sente deaagradavel impresso ao ver es-
critas certas palavras sem letras superflnas, e prezume ser
esse movimento o impulso natural contra apraticado erro.
Assim não é ; porquanto depois que tomamos o cos-
tnme de escrever fonicamente, sentimos o mesmo dezti-
grado e repulsa, quando encontramos letras, que não
concorrem para a formaçáo dos sons, mas que somente
servem para recordar a origem do vocabulo ; origem que
para a maxima parte dos leitores é de nenhum v:tlor.
So o literato sabe, porqne esta ou aquela palavra
tem letras dobradas ou caracteres dispensados na pro-
nuncia~ão; pois conhecem as linguas mortas on vivao,
donde tnes palavras se derivam.
Jfas qiie importa isso para a clareza da significaçb
ou da idéa, que a palavra reprexenta ? Nada.
-4 ortografia etimologica A uma idolatria ao nzo, e
tambem uma ostentqáo de siencia, qne náo deve ter ca-
biinento na escritura comun do povo, onde a simplicidade
6 a couza principal.
A ortografia etimologica é um embaraço, e deve ser
banida do uzo vulgar ; fique para os dontos e para os di-
cionarios ou vocabularios .
Nem consequentes são os escritores etirnologistas ;
porque em parte seguem a etimologia, e em parte a de&
prezam.
Porque pois isto 3 Porque 6 um sistema contrario
raziio da couza.
Nito venho discutir sistemas ortogmbcos, nem & oca-
zião para isso ; todavia não B f6ra de pmpozito justificar
o nzo qne faço em publicações da Revida Tn'mensal da
escritura fonetica .
Nem se considere o uzo d'esta escritura como ca-
prixo fntil, qnando ela faz objeto do estudo dos sabios, e
j& um governo europeu tenta admitil-a oficialmente e
generalizal-a .
Em Portugal literatos notaveis a aceitam e buacam
i.egnlariza1-a ; e a lingua espanhola escreve-se no antigo
e novo mundo com a @a fonetica, que tambem na Itrlia
4 seguida.
A mnfin f o n ~ t i c ado porttipez era n z u d ati. n i ~ n ~ l n s
ili) sernlo ~)11<4,1(1o ; mas O comercio dos escritíirr~s11een-
t,ln com o latim. sricitou ogostodit pafiae timolnzicn, que
por fim t,eni previil~ciilonos nossnr; iizns por iniitnc31i dcs
I*'rancezr.s, n ciijn litrratars eyecidmente nos :iplic:~nins.
I3rltl.e niis n;to t i tle qjt- n aceititi;;ln do sisti~ilin
tieo; r para nCio acumnlar citar50 dt> nntnriiiadtls, nicn-
cicinarri apenas doiis exemplos: f d o dn liispn A z e r ~ d n
C'oiitinho, 1it~i.n I, e (?o pn dre Diog o E'eijO, ncitsvel

prili t ir.0, ex-regi mperio.


Iln farunzo mos no arcbivo ido Institiitn 1s-
torico um% estt.ii>,~~iirmoriaB i i i u ~ i ~ t iescrita
L-".-..&- .a fonctica-
mente ; P iio sacerdote patriota t ~ m o cartas s partic111:~re~.
dociimentoq priliticnq, e n ~ r l ~ d iniemorin ta s i ~ l j ro~ celi-
hnt.0 clerical, niide +se emlireffado n sidema fonetico.
Para generrtlizal-o bastariam dicionnrioc brm nrpa-
nizados, qiro nas m i o s rlos instrntores da mncidarl~,e
dos esrritorcs d a imprensa diurin fariam raliidn tl.an3-
formnrXo.
Ko seio dn nosso Instit.~~to ja foi arei 1iiest9n
da ortngraíia fonica p r nr:~ziáode piiiili i t ~ na
s
ffmisfn Tr~m~nsnl coni essa ortografia D a sn-
ciedntlp tomou o razoavel s l r i t r e de permlttr, quc os tra-
lialhos dos seos membros se imprirnis~emcomn eram es-
c r i t o ~d, ~ s t l eqnc os alitores cleclaritrlamerite assnrnis.~m a
i~esponsriliilidade(ia inorsçlo.
%te procedimento do I n ~ t i t n t oA mais um docn-
rnento da liberdade e franqiieza, com que ali tratamos os
nsanntos, a que nos aplicamos.
Oiitr'ora dizia e u em uma pnblica$io feita em IR74 :
Este trnbalho vae impresso com ri, o~.topafia,comque
mstnmo escrerer. Sei, que canzarh reparo.
Conhecem todos, que n5o temos rearas ortograficas
invariaveis ; cada qual adota um sistema, ora segaindo
o rigor etimologico, ora aceitando a praxe uzual.
Na variedade dos sistemas pareceo-me sempre me-
llior o mais simples; por isso escrevo com a ortografia
fonica ou natural, na qual empregam-se tamsomente os
caracteres necessarios para reprezentar os sons, com que
formalizamos a palavra.
VIDA DO PADRE E S T A N I S L ~ O DE CAMPOS 109

A ortografia etimologica constitue uma siencia de


ninharia, que bem p6de ser escuzada . Para os doutos ela
niío ensina novidade, porque eles conhecem a origem e a
derivaçiio tias palavras ; para os iliteratos constitue ape-
nas uma dificultlarie, sobrecarreganclo-lhes a memoria sem
aciecentar clareza nas idéas, que as palavras figuram.
Saber si uma palavra deve escrever-se com letras
dobradas ou sem duplical-as B exercicio esteril da me-
moria. Dahi não se colhe proveito; pelo contrario a
escritura com sinaes duplices tem as seguintes inconve-
niencias de intuiçiío :
1." Cria unia siencia superflaa ;
2." Consome tempo com a figaração de caracteres
inuteis ;
3." Ocupa maior espaço sem necessidade.
Aos lexicons fique rezervada a tarefa de memorar s
etimologia das palavras, conservando as origens ou raizes
ao lado das palavras vernaculas. .'L

A ortografia tem por fim consignar no papel, mar-


more ou bronze os sons, de que as palavras se compõem;
8 escritura fonica satisfaz cabalmente este fiin : d'ela
portanto convem uzar como mais facil e singela.
Rio 20 de Abril de 1889.
1'. Alencnr Araripe.
ISTORIA DE IMd FIACEM FEITA A TERRA DO B R M L
POR

JOAO DE LER1
TBADUZIDA EM LINQUAQEM VEBNACULA
POR

TRISTILODE PLENCAR
PRARIPE
E OFERECIDA AO

Instituto Istorico e Geografieo Brazileiro %

ADVERTENCIA
A obra de Jogo de Leri foi pubiica.da e u 1578, aendo
por isso escrita em francez do antigo estilo ; dahi vem, que
está em linguagem antiquada, xeia de termos obsoletor,
de transpoziçiles repetidas, e periodos longos.
A leitura pois da obra exige frequentemente o uzo
dos dicionarios antigos para os termos dezuzados, e A pe-
noza por necessitar o leitor cle constante atenção pare
compreender o sentido d'esses periodoa interrompidos por
continuados ipérùatos.
Esta obra é um dos primeiros moniimentcs graficos
da nossa istoria primitiva, e convem encorporal-a ao nosso
peculio istorico d'esses tempos do primevo descobrimento
da nossa terra, e essa encorporaçiío convem fazer na
lingna nacional.
Por isso pareceo-me, que faria serviço aproveitavel,
traduzinclo em linguagem vernacula a Idoria de tcrjtn
vkgern fcita ci terra do Bratil por João de Leri.
AIern ilr~s tertiins nti<iilct,c~sc! das ti.rtnspnzii;;i~s, o
estilo iri-rziilas do antor ciiticiilt,lr s int,elip~nci:ido
a exicy ni:ni.wi:i ntrnc:io t? R repetii:in {IR Ielitilt
comhirinr os pcrindon 0 p e r c ~ l ) a ro sentido (Ias oi-:r<
(Juorn tliivid:ir do q110 ( l i z e l n n ~ nrllriire o c i t ' r n i ~ l ' i i
frrinctlz. F! lpin ; e estou certo, qri petid:tm~
parar ris Icitiirn para rpflc?t,ir,01.c: lnr,iii:?.n,
~ t r e h e n r l ~ors ~ n t . i ~d'easa
ln frazrii iqiinil~.e
estil(l iriinrretn c seio (113cnntin~~nfl:i.s tr:tnsl>ozii;5es, (1~1-
pcrtiirh:tni n c1arcz.i. (to pcln<:triientn, e irirrrrcinipriii :i
pi'opozii;.:io pi-incipal corii iiicirlent~~~s e ci:~curi~;r:iiici:ij
niiriic.:o;::ii, ciijn riliilt,ipIic:illn~le rscrirece e bnrttllii~ :ti
idhss, qii,?sc r,tni ~lniliiziiirlni10 diwiirso.
A t,r:idii7:in faci l it.3 af) leit,os nacional a lci t.ur
ccrrei sntisf~it,ciilo riifnrlorilio t,rah:illio, a que me
com efei !.o awi m S I I C ~ ( ~ C ~ I ' .
PI'OCIII'P~ s ~ q i l i or tcsto com esCriiprilo, e ser exht
na iiiti.rliretn(;io (11) penanni~ntodo 8at.rir.
Si nl~iir.riii l i firt.~iroqoizer crtiif,~nrit:rra t.r:%ilriqãne o
origiii;i.l, corr-irir5 qri:i,liliier tlecri i t ~ n l i np(-ii-icii.
t.uri c.onietii10, fiizendn serviçn i pxt,rinc.
r):~reit:imhl?iu a trarliiçZo i1:i R 1I:in.s Stsclc*ii.
Andre 'fzvet,r' ;'llv:ti.o Si~no-;C:;~l)e<,zcie i'acn como ilorii-
rne.ntns prirnit.it?iis (1%nossa ist.nrix.
\'ai*i:i.s crniiicna ternos dii9 prinieiro!
noas?.tilrra wcrit.:is rm linyiin e ~ t ~ r a n l i F!: ~ ,
iitil seria paisd-:ts t.ridas I1:Lrn n liiiqus~ein1i:it ria,. ,J:I. (I

noslio ~ii'est.ininzocoiisocio cioiitnr C~:z,lrAiiqnsto J I ~ r ( l i i ~ i


tradiizio e piihlicnri os trshalhos de Clnn ilio de h b e ~ * i l l r
a I v o illIirrriix, p:~ilrc?s frnncctzes,qiie rieram n o lIaranli5o
nos pi.iiiic!ir(.)s t,einpos de seo diascobriinento, c bom si:ri:r.
que o i i t , ~ ir~iit,:tssern
'~)~ tam I o i i r ~ n v ~enipmho.
l
O pvini~irnrscreveo n htorin rln ~nis,cEo~ O Rparfrr-.~
cnpriai~ilioq~ z nilli,i do Jlnrn~altiio; o seqiinilo pitblicon :i
Viagc~tttro norte d o Brntil.
O doiitor Jbzé Igiiio Diiarte Pereira, nosso ilustrado
consocio, tem feito bom serviqo ao estudo d a istorio
patria, t~rittiiixiiidovarios clocuineiitos relat,ivo~ao tempo
dõ dominio olaiidez em Pernainbuco, e fitzemos voto3 para
que ele prosigit em tito meritoria empreza.
HISTORIA DE UMA VIAQEM A' TERRA DO BRAZIL 1l:j

Os escritores primitivos tem maior graça, e nos clam


melhor idha das couzas,que viram e descreveram, do qiie os
subsequentes expozitores, que ja escreveram extratiindo
das obras originaes .
Falta sensivel 6 ainda não termos no idioma nacit~iial
obras como a de Gaspar Barleo sobre o governo do Conde de
Sassau em Pernauibuco ( R e s Brasilia! i~)zpera?iteCo~uitr:
J o a m e Jíatci-itio)e outras de incontrastavel merecimento
e valor parit o conhecimento da istoria de nossa patria.
Rio 5 de Agosto de 1867.

I'. d l e i ~ c n -.lrnripe.
r

P. 11, VOL. LI1


1storia de nua viagem feita a terra do Braeil.

CAPITULO I
dfotivo e ocatido, qzrc ?toa fez empreender esta longinqtta
1.iccgmn ir terra do Brazil
-.c "
fj1. Como alguns cosmografos e ontros istoriadorea do
iiosso tempo A
j escreveram sobre o comprimento,largueza,
formozura e fertilidade d'esta quarta parte do miindo, xa-
mada America ou terra do Brazil, e tambem sobre as ilhas
proximas e terras adjacentes inteiramente desconhecidas
dns antigos, e sobre diversas navegaçóes, qiie parir ahi
se Bzeram n'estea primeiros 80 annos depois do seo desco-
brimento, não me demorarei em tratar dyeste argumento
com extensiio e generalidades ; minha intençiio e meo ob-
jeto ser8 nyestaistoria sómente declarar o que pratiquei,
vi, ouvi e observei, quer no mar e em terralindo e vindo,
quer entre os selvagens americanos, no meio dos quaes
andei e vivi quazi um anno.
E afim de que tudo seja melhormente conhecido e
ehtendido de cada leitor, começando pelo motivo, que nos
levou a empreender tam penoza e longinqua viagem, direi
brevemente qual foi a ocaziso d'ela.
5 2. No anno de 1555 um fulano Nicoláo de Ville-
gagnon, cavaleiro da ordem de Malta, tambeni conhecida,
por ordem de São João de Jeruzalbm, desgostozo da
França, e axando-se tambem descontente da Bretanha,
ondeentão reziciia,manifestouem diversos lugares do reino
Ri. Franqn R v ~ r i personwyns o~ nntnvriq ile tntlzs n ;ri :$-
iIii..ti;Ges, qne tlesde miiitri tempo tiqn sii tinha estit2mlt
ílrzritr i 1 ~r e t i r a r - ~ epar% nl~iinipxiz loncinqiiil, irnilt. 1 1 1 1 -
rlr-i. Iivrp P piirnmente s ~ r v i :Lr I ) ~ i i < , v r ) ~ ~ ta; )rr~nf~l ~i r i ~ i ~
iln E;',rnrip~lliri,~ R tFnmlirni rliir cll*z~i.t~-:\ n l i i pri3p7. 'r.
pnrizn p r . 1 t~irlnsnqii~lt>< qtril qiiixr?cs~mImri nlií r+>tiv q*---c.
- o n I O irrl 11ta ?vit?r ppr~~ytii~;Tlta. ; : i q ~ V I ~ P C f : t t t ~C~T-I~II
~ R P S ,qiilbr i ' t ~ ç . ; t~txnipo
~ niiiitn.; pwsnns, (li*todlls iic S?Y .q t L
c.oniliçni'<. pr:tvl clni t nilns ns 111!-:\r~q (ln r ~ i n n ,pnr prili.'~ 1s
(10 ~ P rI por de ri~iiiasrlos pzrl~itiicntns,ilrivirnniln.; ~ i r n s ,
srnrln scns hcns i:nnti.ic~{loç,por cnrizn ( 1 r~~ l i q ~ < ( r i .
-1
Deciiir i t ~ ;nlbin
--e--
~ d'icsn Kirnlftn (le T i l l ~ y n ~ n i r tnnt n,
~ o c ~ l r n e n t ea: aqueles qrie vivinni perto il'clc, ~ ~ ~ I I : I )

por cart nq qiie c i ~ i ' i ~ ni n alrirns pnrtiriil.~r~s,tlllr t i'lb


riirirlo fnlar i!rrafrr~rtnm 1)) as nntiri:ts (1% ft>rrnci?~ira
fcrtiliqlncl~ila p inir r i c'n terrn iln T:i..i?i',
ílile, pnrn ahitnn etilctiia ~ z i ~ utt1111?ri.x
i~~,
hfinmente esti . o
8 3. J1J rle raro siih estkc prwesrn conct.rrriic> i
vrint.~rlrde a l g ~ l mrrnnilrs srnlinr~scio rclirri;ic~ i . i * f > r -
ri~nil:~.os qnnc.9 ilnrninritlcis p ~ l nrncsnio ;tfi;tf), ( ~ i i * .,.'I.
411zin,t ~ r ~, I P Y P ~11x;ir z ~ ~~iniil1ina
~ I ~ I t l - rvtumii- c n t r ~psl .
fir!iiravn. o Iinntln sonliilr iJnsp?r iic Colicu
~uoriit, n l m i r ~ n t c(Ir F r h ~ i q l ,n i l n ~ 1 , li{!
3rf.it11, convi +-r~i, i10 rei Iinriilrir* P~~:iinrlri,
i-r-iiezt.rtto+ri.i i i r r , c i SicnlAii r1r Y i i i t ~ : ~ n ~J ~nc -~ - , ~ ~ -~ -
Ti,iqeiii, ~ i c i d i a rtleqcnlrrir
~~ muitn.; riqiiezrtq (I nnr r c
+

corrio<tiilniilkti em proreito do rrbino ; t. u vista do rli'-


m aniliiii-lltil o rei dar dois bons n:i.t'ios ~ p ~ r e l l i n dempi 1 1 -
vi(lcrci de :\rtillinrin, e dez mil francos ~ I R T R OS o\ (1%
vi rigeni.
Assim NicolRo de V i l l e ~ a p m ,nnte* de pvrtir (1s
Fr:rnt;ir, iironict~oR nlptns nrirridos prrqonagpns, I n
acompanharam, que estabeleceria puro serviço de Decs
no lugar em que rezidisse, e depois de prover-se de mari-
nheiros e artistas, que trouxe comsigo, no mez de Naio
do dito anno de 1555, sahio ao mar, onde sofreo muitas
tormentas ; mas emfim, não obstante todas as dificuldades,
e m Novembro seguinte 'tegoii tio dito paiz.
EiSTORIA. DE UMA VIAQBM. A' TEERA.DD BRAZIL 117

8 4. Xegado ahi, dezembarcou e tratou, primei-


ramente de alojar-set em um 1-0-0 n a embocadura de um
braço de mar ou rio d'agm -da, xamado pelos indi-
@nas Quanabám,~qual (como em lugar competente dea-
creverei) fica aos 23 g r h s aiem do equador, isto 8, quaai
debaixo c10 tropico do Capricornio; porem as oudm do mar
dali o expeliram.
Assim foi constrnngido a retirar-m dali, avançou
quazi uma legoa buscando as terras, e acomodou-m em
uma ilha antes dezabitadn, na qual, tendo dezembarcado
a artilharia e demais bagagem, começou a construir uma
fortificaç80,afim de ficar e u maior seguranqa,tanto contra
os selvagens como contra os Portuguezes, que viajam e jB
têm fortalezas n'esse paiz .
5 5 . Ora dahi, fingindo semprearder em zelo por adian-
tar o reino de Jezus Cristo, e persuadindo-o com empenho
B sua gente. quando os seos navios ficaram carregados e 9'
prestes para regressar & França, escreve0 e mandou
em um d'eles expressamente uma pessoa a Genebra, re-
quizítanclo igreja e ministros do dito lugar para o rrjndnrem
e socorrer, quanto lhes fosse possi~el, n'esta sua t a u
santa empreza.
Mas sobretudo afim de proseguir e avançar com dili-
gencia na obra, que empreendera, e que dezejava,
conforme dizia, continuar com todas as suas forças, pedia
instantemente não s6 que lhe enviassem ministros d a
palavra de Deos, mas tambem que, para melhormente re-
formar a si e a sua gente, e para xamar os seivagens ao
conhecimento da sua salvqgo, algumas outras pessoas
bem instruicias na religiho cristan acompanhassem os ditos
ministros, afim de virem ter com ele.
5 6 . A igreja de Genebra, recebidas as suas cartas
e ouvidas as suas noticias, rendeo primeiramente graças a
Deor pela amplificqáo do reino deJezus Cristo em paiz tasi
longinquo,em terra estranha e no meio de uma nação, que
inteiramente ignorava o verdadeiro Deos.
Depois, para satisfazer a requizição de N i c o b de
Viilegagnon, o finado senhor almirante, a quem para
o memo efeito tambem eocrevera, soliciboii por cartas
9 Filipe cle Ccir~iiill~rni, s ~ n h a rDiipont ( q i i ~arin--c i c -
tirriilci para pprtii (Ic G ~ n r h r nr, fhra SPO 1 i7iiil!o pnl E'rnny-l,
prrtrt {li.Ch:istilloii siir Loin,n)p:irn e n i p r ~ ~ r i dar rr i a r e u ? ,

icoliiii d~ Till~qn~rnnn ~ ' P S S terrn,


R ilo T:ra7il. 4 1
Iinr Dripnnt fni t nrrilirni snlicita~lnptgln i ~ r ~ . i ~
niqtros ilc (;enc.hra,cnil)nrz j 5 fiil;ir ~t~llici FL C ~ I I I I ~ Y I :
ajns R I I I ~nnirnndo
IR p ~ l o~rfincle d ~ z q i oq i i ~tiiiliz (141 p r i i -
p w m r - w Pm t:iin 110% rilira, P pnqpnnila ri fi'i~iriíli-ln?n~l 1

todos 04 ontroq se09 nrrcicioq, r nti* cteixnniln 4 r fillln- ~

e siin tiinili:i, para ir pxrn tnm l o n ~ e ncci?tl~.o


, eni 1:izt.r 11

que 1Iir r~rlirerinni.


5 7. IJcitn ist.n, trntoii-9~em s ~ a n n d nliignr IIP nyni-
ministrosdn yinl~vra(IP11~0s.Portanto rirpois rliie I)n[iiirir
eontroç senq nniiaoci fitInrnin n ril~iin<esrcilnr~q,( 1 1 1 ~P:II: i
estiidttram tpcilnqirl PIII G c n ~ b r n os , niini.;tros I'eilro I: , -
rlri~r,j;i iilnzo, t ~ n i l n ~ n t i o50 annoc, n ( : r i i l l i ~ ~ i ! , a

Clinrtirr Ilie prt~inet~erum, qire, no cnzn rlc SR rnnlii.r.rr pai -


~ j ordinaria
a d : ~igreja, eram I 'a 1>9 ,+
encnrgo, estavam pronto ezeiiipc:n
Assini t1eyini.i qiie 11s c;'icPr >~PZP:\-
tnt-%RI-se aos rnini~t-rosde i ~ ~ n ~ i i qr ini,~ns nuriraiin siitit 1.

rt Pxpnz crt:is pn ( I R Efci.itrir;t-+-tnt:t,~ 11

~xortnr, n dos (li veres, roliintir.i.ini~rif


ncei tnr: o s ~ r )r l)iipnnt, tr.in<por o nii .
pai.%irtxm ror com Kicnl:io ctc Iliiegnciion, atiiii ilo :iniin-
ciarem o Evangelho ~~'Aiiiericn.
8 8. Ora, fnlt,ava ainda asnr niitros personrt~ensinq-
triiidns nos prinripaes pnntcis da fP,e tnm1)em artistns píA-
ritos naa siins a r t ~ qcomo, KicnlAn de l'ill~qagiinnlicdi,i ;
tiias para a ninguem ilndir, Dupont alem rle tlcrlarar ii
longo e fastiriinzu caminho, que convinlia fazer, a 'iahpr,
quazi 150 Iegoas por terra, e mais de 2.u00 por mar,
acrecentava, que,xsgando a essa terra da America, cum-
pria contentar-se com o alimento de certa farinha feita de
raizes, em lugar de pão, e quanto a vinho, nem noticias
d'ele, pois ahi não crecea parreira; emfimdizia, que como
em novo mundo (conforme advertia a carta de Nicolho de
Villegagnon) conviria nzar ahi de modo de vida, e de
viandas inteiramente diferente dos d a nossa Europa :
HISTORIA DE U M A VIAGEM A' TERRA DO BRAZII, 119

todos aqueles, digo eu, que amavam mais a teoria do que


a pratica d'essas couzas, e n&oapeteciam mudar de ares,
nem suportar as ondas do mar e o calor da zona torrida,
nem ver o p61o antartico, não quizeram entrar em liqa,
nem alistar-se, nem embarcar-se em tal viagem.
$ 9. Todavia depois de muitos convites e so1icitac;óes
por todos os lados,alguns,como me parece, mais corajozoa
do que os outros,aprezentaram-se para acompanhar a Du-
pont, Pedro Richier e Guilherme Chartier, e esses foram :
Pedro Bordon, Mateos Verneuil, JoBo du Borde1,André
Lafon, Nicoltío Deniu, João Gardien, Martin David, Ni-
c o l h Raviquet, NicolAo Carmeau, Tiago Rousseau, e eu
Jolio de Leri, que, tanto pela boa vontade qiie Deos me
d6ra para servir h sua gloria, oomo por curiozo de ver o
novo mundo, fiz parte da comitiva ; de sorte que fomos
em numero de 14 os que partimos da cidade de Genebra
aos 16 de Setembro do anno de 1556.
Segi!imos e fômos passar por Chastillon sur Loing,
no qiial lugar axamos o senhor almirante, e este nlio s6
nos encorajou cada vez mais a proseguir na nossa em-
preza, mas tambem fez promessa de nos coadjuvar pelo
lado da marinha ; e aprezentando muitas razões, deu-nos
esperança de que Deos nos concederia a graça de vermos
o fruto do nosso trabalho.
5 10. Encaminhamos-nos dahi para Paris, onde,
durante um mez em que ahi permanecemos, alguns gentis
omens e outras pessoas, advertidas do motivo da nossa
viagem, reuniram-se 5 nossa companhia.
Dahi passamos a Rouen, e dirigindo-nos a On-
fleur, porto de mar, que nos era assinalado no paiz dz
Normandia, ahi fizemosos nossos preparativos, esperamos,
que se aprestassem os nossos uavios para a partida, e
demoramos-nos quazi um mez .
..
pniirri o t l ~ i s n r n m (16 mqiicnr. Cnnf~irmo n q111'
rlir.~, 0': no-.sris trez ~ l n r i n . ;r 3 t nunm Iic*rii prnriflns 1 1 :i~ 1..

tillinrin. r! ci1iti.n~iii1inic;nr.: dc riirrr:i ; pnr i i i n ris I I , ~ - - ~ I .


ma~inlicirnsmnst.r:iv:im-si. 911~ V C I PS fnrtc3, q~lnnqlrinni.
innis fi-ncris n~inrcc.iniii:i sria ilicyinzi~lio, i . 1 1 5 0 t i l ! ! t : l l l i
por t:irito spfiii'ari(;n nl~iinin.
I? (:rimpi.e (pois riini n prnpnzito), q11e ri1 rlifn. :icl~ii
ele p,zsna:t>iii. qiie, n'este pi.imcjirn r i i i ~ t i r i t r c i,111n:triit. I i
prnt i v i l 'ir o qiiei nifiis 1 ' i . c , r l i i c . r i t p r r i ~ ~ rt~nti~l
]irxt ir*:\ i.n; n. s.tlie!., i ~ i r c~ t l ~ l i (lili3
~ l e tem a *
pllii~ici : fiirte, riiprt a C 115 l ~ i q:)O P C ~ T I I ~ ~ ~
\'ri.i~a(li. r,qiil, ns SPIIIIIII-PS mnrintirii'c~~, f;.izriiil~iai.?[ 1 1 .
w l : ~ a , t! :~~ii-nxi~ltar 0 3 rrliz~ros n ~ . v i t ~nie!c..?iitcc, s :.[ie-

FR111 nnlirinriallii~nfc,q i i ~nnilnm por iiiiiito tcnip~'. fnr.l..l-


(tos pr5I:is t ~ n i p r ~ t n t l pe scnliiinrins, ,WIII lin~lcrtiliiinr ti.ri.7
nrm jitirt.n, e P r n ~ rncw-sit:icIci; ~ r e s ,11'.
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IIJ~I ritlny, rnrili:intt? p n.
9 i ; . Si p r 8 st.i? [)i.ett->ti,I I ~ I ~ I P I 3 lwir~\t-~

~fiinfliii--i;i~ ; :ili o iIliei+:~ri.cynrii {{c t.ii(ln cliiniito llir; ~ i ' i r ( ~ l ' ~ ~


liom P prciveitcizo .
11 si rieir \.~ntlll.:~RICII(TI~ :idvrrtc (cnmn cle f l t o
sprnpri: o f ; ~ / i : ~ t ~ n ~ n l i i i i i i nnrileiii c-siftr par
~ ~ i ~ i ~ r :inl! ~ v ~ i i i i t > ~ iPt a ~ n i r wP ~ ! l ~ l l l i ~ ~ ~ l ~ .
11~111vn111 n ~ s f , 1n111nl111)snt-tqsgs ~ o l ~ l ~ ~ l o ~
iitii cnzn sirnilliniitr, r~izc~riilo ici. tl:t ~IIPI.I.:L C (Ir C . .... .- .
i? qiiv pitniitn cti?zrnipciiii:t o spo oticin qiicm siJgiif?OS 1.2-
t ilos.
$ 7. AlPm il'isw d i r ~ ih, mnn~irade prefncia, hazeailn
em cseniriloa nilinntt? expnstos, qiie os l ~ ~ ~ ~ i n n l ei baind:i es,
I I I ~ . ~nsS IJcirtiigiiez~s,~nl):in?o-s'ide Cerpiii na primeiro.>
descnliriilorrs cln terra dn lirnzil, P trimI)e.iii de tncto o con-
t,inenle desde o ~ s t r c i t ode .\lagnlli;irs, q11e. tira Rns 511
gráos do lado do p610 aiitartico, até o Peru, e ainda Bqueiu
do eqiii~dor, sustentam, qne sam senliores d'esse paiz, e
alegitm, que os Francezes, que por ele viajam, sam
nzurpadores; e por isso si os encontra,m no mar, e contam
vitntagein, fazerri-llies tal guerra, que xegani a ponto
de os esfolar vivos, e dar-lhes outros generos de morte
criiel .
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO RRAZIL 123

0 s Francezes, sustentando o contrario, afirmam, que


tèem parte n'esses paizes novamente conhecidos, e não
cedem voluntariamente aos Espanhóes emenos aos Portu-
gueaes,mas defendem-~evalentemente, emiiitas vezes dam
o troco aos seos inimigos ; os quaes (falando sem jatancia)
1180 ouzariam abordal-os nem atacal-os, si náo se con-
siderassem muito mais fortes e em maior numero de
navios.
$ 8 . Ora, roltarido A nossa viagem,direi, que o mar
continuou empol;ido,e esteve por espaqo deseis ousete dia<
.tam riide, que não 96 vi por muitas vezes as vagas altea-
rem-se e correrem por cima do convbs do nosso navio, mas
,tambem rezanios todos nós o salmo 107 por caiiza tlo
furor dos ondas, tinhamos desfalecidos os sentidos, cam-
baleavamos como ebrios, e o navio abalava tanto que n b
avia marinheiro, por mais veterano que fosse, que se
podesse conservar de p6.
E com efeito (como diz o mesmo salmo)quando d'este
modo em t,empo de tormenta no niar somos repentinamente
levados Acima d'essas espantozas montanhas d'agua, que
parece subirmos ate o cbo, eutretanto subitamente de-
cemos tam baixo, que parece querermos submergir-nos
nos mais profundos abismos, subzistindo assim, digo eu,
no meio de iiin milhão de sepulcros, n&oB vêr as grandes
maravilhas de Deos ? E' bem certo, que sim.
5 9. Como em consequencia de tal agitaçáo das fu-
riozas ondas o perigo muitas vezes aproxima-se dos embar-
cadiços tanto quanta 6 a espessura das taboas,de que sam
construidos os navios, lembrei-me do poeta.,qiie dice,que
aqueles que andam no mar apenas distam da morte quatro
dedos, e &svezes menos ; por isso parafrazeei e amplifl-
qiiei, para mais expressa advertencia aos navegantes, os
seguintes versos :

Quoy que par Ia mer par son onde bruyante,


Face herisser de peur cil qui Ia hante,
Ce nonobstant l'homme se fie au bois,
Qui d'espesseur n'a que quatre ou cinq doigts
De rinnv h - est fnict le vaiscieau. oae le pnrtt.
S r o p n t 1Ias qu'il rit p n tc
6- I

q 11'i1 n In rriort B qn:it,rr?ilnig


..
ILeI,""~ r.:
L-.. --"
I *.. 6 rT*.."
iui "i, ,,CUb .'""L'
h:
IIICLL C C I I , >

í,iiii vrt sur inei., si en Dic?n ritl se fie.


C'nr c'nst Dieu setil qui peiit sanrer sa TI*..
4$ l O . I l ~ p o i 9cle cessar n temyi~stntie,nilur.lec l i l t - '(11
n trimpr I trnnqn iln, qnnnclo-lhe npi nz. mniic
v ~ r i t n1 xcgn~nng i110 i1111r (10 í<spnnlin
ilri'ntii c rxcinl~rn~xnmos-noann nltiirn cln I
?-d-!o-I-ic~nr~.
X'cqtc logn tramas iim n a ~ i nda Irlrcndn. r1
qii8.i rili ncia9ns n os, snli n prrtesto j.1 clitci (te f ~ l t - I
~ , t srici oii silte pipas (l~vinlinilr~
tlr- i i r ~ r ~nmnrnm E+pnnli?.
ficíis. I;irnn.ias, P ni~tr:rscnlizns, rlc qiir rinlin rari t a r n f l ~ l
# 11. P:isfnrlou srte tlins aprnsimnrrioq-nn~ (11. trrl?
ilhas, xnmntlas ~ i r l o spilotos tln n'ornin~i~lia c~rncio7n.Lnvi-
c r r o t ~ A, Fi~rtenveritiirn,qiia snni nl; illins Afiirtiiri~~lrl-
Prrzeritetrir~ntf! snm rm niirricro tlr scdtr, cn
iiilcn, t.oi1ri.s sl)ita(Iw por Eslmniiii~s: e cniliiirn ni:
:I~'TIIIISr i s * U J S czrt.:i<r ellsilllriil niiu s c o ~liri'ris,cl~i
ilhas df~irtiinnilasrstaro sit iiiiiln T I 31 IQ

n ilnem i10 erliintlor, P piir ciint lt t t ~ l i l ~ '


il'r.li~s,~stnri,iiiiilentro ria zona t i 1111 tr'
isto tnmxr :11iur:t C O I o~ i~~tr(j\:~Ttio, ( 1 1 t*1:1\
~ ~ C O I I I I llrtt37fi
ficam aos L'R gr:'Los nx dirt.;;o do jiC1i1 nrtii-o. I'or t1nt11
cumpre ccinfcssar, qiio existe erro tle 17 gr!ios,e que í~.;sc.
:iiitores,engnnnndo a si e nos outros, ar: afmtnin fieni~c.
5 12. S'esseslugares,em qire pnzemns I i n t ~ i sa o ninr.
'10pesçons ilosc;ns,entre soltln(1os P niarinlieii~ns,met~r.ni-i-
se 110s hnteis cirm f3lconetes, niiiscluctr.~, P riiitrns a i nl:i.;,
e t ~ í l t n v a r ndo ir psenr n'essns illins Afnrtiinntlns; qitanilli
Iiorrni estavam a horilo, os I?.;p~inliOe~i,r l i i ~jA i i q l i i i l ~ a l i i
descoberto, os repulsaram de tal modo, qiie em vez de sal-
tarem em terra,apressadamente retiraram-se para o mar.
Todaviu voltearam, e tanto giraram, que por 6111 eii-
contraram uma caravela de pescadores (os quaes, rendo
os nossos dirigirem-se a eles, salvaram-se em terra, e
abandonaram a sua embarcaçiío), e depois de terem-se
apossado d'ela, não s6 tomaram grande quantidade de lixa
seca, bussolas, e tudo quanto axaram, incluzive algnnias
velas,que trouxeram,mas tambem,pãopodendofazer maior
mal aos Espanhoes, dos quaes pretendiam vingar-se, me-
teram a pique com golpes de maxado uma barca e um
batel, que estavam proximos.
5 I 3. Durante trez dias,por que nos demoramoa peito
d'estas ilhas Afortunadas,emquanto o mar esteve calmo,
apanhamos tamanha qnantidade de peixe com redes de
pescaria e com aiizoes, que, depois de comermos B farta,
fomos obrigados a lancar ao mar niais de metade do pee-
cada, porque nHo tinhamos agiia doce com abundancia para
nos saciar a sede.
-4s especies eram dourados, lixa, e varias outras
qualidades, clijos iionies ignoramos ; todavia algumas eram
das que os msrinlieiros denominam sardas, que 6 uma
especie de peixe, que não so tem corpo tam pequeno
que parece estarem juntas a cabeça e cauda (a qual
não obstante C: proporcionalmente larga), mas ainda a
cabeqa imita a iini capacete de crista, e 6 de forma asshs
estraordinaria .
§ 14. Na quarta feira pela manlian, 16 de Dezeilib1.0,
o mar agitou-se repentinamente e as vagas enxerttm tasi
subitamente a barca, que desdeo regresso das ilhas hf,)r-
tunadas estava amarrada ao nosso navio, que não so sub-
mergio-se e percleo-se, mas tanibeiii dois marinheiros, que
n'ela estavam para giiarnecel-a, ficaram em tamanho pe-
rigo,que apenas os podemos salvar e recolher ao navio,ati-
rando-lhes cabos apressadamente.
E alem cl'isso direi tambem,como couza nohvel, que
quando o nosso cozinheiro durante essa tempesdade (que
durou quatro (lias) poz pela mauhan toocinho em uma
grande celha de madeira para tirar o sal, veio um golpe
de mar, que deo com impeto sobre o conv6s. e lançando a
cellia fora do navio nadistancia de mais do comprimento de
um h d o , outra vaga veio wbtimente do lado oposto,e sem
entornar vazilha atirou-a sobre o convbs com o con-
teúdo, de modo que isso restituio-nos o jantar, o qual,
como se costuma dizer, j&ia por agua abaixo.
8 1 i.Orn. nn qiiirit:t-feiin, 1L( (10 dito tnpz IIP De-
z~mhro, irno\ n Gran-Cannrin, d n r rl~iiil~~o
sehriiiitc )rosimnmos nth ruiiitri pi 3- pnr
caiiza tli cnntrnrin, emhora t i ~ e ~ ~ f ~ ~ I P ~ ; I I ~ O
tornar refiescnq ali, n;ici nris fni possivrl ririr ~ I C *~ n tip r r . i .
E' itnia fiirmiizx i l h 3 nl~itntl,~
prpzpntprnpntp rlnr I ' \ -
prinliíies, n.z q11n.1 crece milita cnnn de .tcqiicar, e 11om \ i -
nlirtli~; r & ela ta111n l t ~ ,qile a podemos Ter (18 tlictanl.i:i
ile 011 30 legons. Xlgiins n xnninm pnr o IP 1'11-11
de Senerjfe, e pensnni ser n qtic os aiitign RZV:IRI
monte i\tlm, dniirle procecle a denoiiil 11 111:11
Atlanticn.
Todaviri, iifirmam ontro'i, rliie 8 Grm-Cnnnri.s e
Piro d e Seneiife sarn diisu jltias separadas ; mas c11 refi i i,-
me ao qrie n:i ~errlndeE .
tj i i;. ?;'este riieqmodin rlomingo deqcnbrimi!s riinx r n -
ravelri í 1 ?'ortugal,
~ n qnal ficara ao nossn cntsverito ; r
r ~ n i l npnr issn o\ qrle n'ela estnvnm, que n;io pntleriam re-
sistir iipm fugir, :irriaram v61as, e ~ i r r a mentrcgnr-sr a11
nosso ~icr-alniirante.
Ascrni OR nossos cnpit?ies, qiie jh miiitn antes tinliaru
rrimbinrtdo eritiha si nrranjsr-se (como 0 . i ~ SP d i z ) r n m
algiin niivin, qiie scnipre eqper:irnnl toninr tlos E~pnnlil'ses
nii rli~sT'nrtucuez~s,mrternrn Rente nossri. nn cxrxt c l n . ~ r m
lic.enqn, n liiii tlr niellinr diiniinal-n, e nqq~qnrnr-scd'cln.
7'1~rla1-ia por consiiiernyíics qiie tirrrnni para rnnl n
mestre d ' e > t ~ iliceraui,
, qrir no cazo de qiie rle pntl~ssr
r ~ p i d ~ m e n tdescobrir
r e npreznr outra cnrar6la n'rc;?ii
paraRens. Ilie restitiiirinni a sna, e que por siirt p n r t ~rlp
:inties dezejai-iii, q u ii~ perda r ~ c a l i i ~ ssobre
e o rixinlirr
do que sol)re ele ; depois do qiie, conforme o seo perlicto,
deo-se-llie unia drts nossas xaliipas armada de mosquvtPs
com ?C) dos nossos soldarlos e pwte da siin gente,e por sc.r
verdadeiro pirata, como eii creio que o era, seguio muito
adiante dos nossos navios, afim de melhormente dezem-
penhar o seo papel e não ser descoberto.
8 17. Ora, cost,eamos então a Barbaria, abitada por
Iilouros, da qual estavamos afastados mais de duas legnas,
e conforme foi cuidadozamente observado por muitos
d'entre nós,& terra plana e tam baixa, que, quanto nossa
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRhSZIL 137
vista podia estender-se, sem divulgar montanhas nem
outros objBtos, parecia-nos, qiie estavamos siiperiores a
toda essa regiao, a qiial devia incontinente submergir-se,
e que nbs e os nossos navios iamos passar por cima d'ela.
E na verdade, parecendo á inspeçilo vizii:il ser assim
em quazi todas as praias do mar, n'este Iiigar ainda mais
notavel tornava-se o espectaculo, contemplando-se do
outro lado o mar agitado, erguido em grande e espantoza
montanha ; e recordando-me do que a este respeito diz a
Escritura, eii ~ ~ n t e u i p l i er ~ at iobra
i de Deus com suma
admiraç80.
5 18. Volto aos nossos piratas, os qiiaes,como jB dite,
nos tinham precedido na barca, e aos 25 de Dezembro, dia
de natal, encontraram iima caravB1~espanhola, e dirigin-
do-lhe alguns tiros de mosquete, a tomaram B força e a
trouxeram para junto dos nossos navios.
E como era bonita embarcaçáo, e estava carregada de
sal, isto agradou milito aos nossos capitires, e conforme a
combinaqfio, que já mencionei, de pretenderem arranjar
algum navio, a troiixeram comnosco para a terra do Brazil
Hs ordens de NicolBo de Villegagnon.
Verdade é, que manteve-se a promessa feita aos
Portnguezes, autores d i ~preza, de se lhes entregar a sua
caravela; mas os nossos ninrinheiros (crueis como o foram
n'esse lugar), pondo os Espanhbes esbulhados do se0
navio de mistura com os Portuguezes, nao sb n&odei-
xaram a essa pobre gente um petlaqo de biscouto nem de
outros riveres, como tainbem (o que ainda B peior) r=-
garam-lhos as velas, e at6 tiraram-lhes o escaler, sem o
qual n8o poderiam aproximar-se de terra nem dezembar-
car ; e assim, creio eu, melhor seria entáo afundal-os do
qiie deixal-os em tal estado.
Com efeito, ficando assim a mercê das ondas, si
algum barco niio sobreveio para socorrel-os, A certo, que
por fim ou submergiram-se ou morreram de fome.
5 19. Depois de praticada esta barbaraproeza,realizada
com grande pezrrr demuitos,fomosimpelidospor vento deles-
suéste,que nos era propicio,e penetramos assksno mar alto.
E afim de não ser enfadonho ao leitor, referindo parti-
cularmente todas as tomadias de caravelas, que fizemos,
i l i r ~ j .qirr no din. ~ r q i i n t e rb clepniu n -9 tlo ilitn mi.z 611.
Ynrrinlirn nprcz ~ I - I C : ~ 3s
~ qv.tl8>
11rnl:um~r ~ x i 5 t . t '
.4 priii~eira, hnyn O S n o ~ q ~ ;
iiinrinlii.iroc e p ~ ~ ~ ~ r l ~ i n i rosi i rliin e n r ~criar:ini n:i cnr.nvi,!.i
~ s i l ~ rI l , ~ i I i n r -
~ 1 1 .

saqii~.rll-n,cii1 rnz3ti i11-t c r t , ~ i ~iltlclii n ! ~ i l l l s t ii.0.q !i( f:il-


cnrirtr nn nr.:tzi5n ilo nniic~rit.ro,( 1 3no$.is>< iiip.;trra P csjli-
t.:til.;, ilcpnis (Ir h.lnreni i:nm rt yc'.iit.i' r!i~iio:-rl~i, n ~lt.ixn;.~:ii
~ , i ~ r SU:I i ~ i r1 1 1 c.znzar
~ (1:1no.
A 111tt,r3 w-8 q l t ~11n1 K - ~ : > I I ! I I c
I ~cl'e!:~
, tnmzr%ni~ i n l t ~ ~ .
l~isí~r~i~tqs R í ~ ~ i t v : vir.t11:1111:-q.
~q ?I:?< 11on1tsol I I . P + I I !~1.-~ ~ ~
11

~ ~ ~ c i i t :n~pcr:k v a . ( 1 11n1% ~ ;;~li~iIi%, iilie 1 1 1 tir:1,r:1111


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cclmii rli: i l i z i ~ ,11ni' T I I : I ~ I I Itcirmentn
' qiir oiirflqQca,r . 1 T~I - I , ,
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. í;vn~i;~ndt~-lhr tor11)sijs tlios 11111 I-~I-CI f r w ; , ~
iiir sco n n r i n .
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r . i ~ iin i ~ m:artrli y~-~qri!!r# ' ( i iiii;síi nni.in, r; i:i>11 TI:^ ~:~:.:II;I
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pridiniii. níio nos fi~i1ins.ii.1~1:i.Ic~:i<:tl-o:, ni:..: :.l11)1
tiari nljctnnte R ~ i n l r n c i nfr4t.n. R O S nn~sn.:I I R V q~ ~ ~ ,
muni. iIn prcza e coin perirn t ? nithmrrc.ir-nos
~ c vi
t:re.nn, ilrmnrfiru tadns ns ~ e l n s .
E pnrn qiic t i i t ~ ~ i ~i:nnsi{Jrre
~rn ext,rnorilinnrin o rlr!cL
c l i ~ nnqtii! i. ciii qiie j:\. :tntes tni-1~1ei,n srt11er, (1118 nprnzi-l!-
i.rinrln-nns n'isim l~rn.rnmentr?no rn:ir, inrio pnrta R ti!rrn. 010
Brazil, todos fugiam oii amainavam vélas diante de 1163,
direi iuais,que embora so tivessemos trez navios(a1ias bein
providos de nrtilliaria, pois aquele eni que eii ia t,razia
18 peças de bronze e mais de 30 falconetes e mosqiietes de
ferro, fbra as oiitras muniçóes de guerra) todavia os nossos
capitães, mestres, soldados e marinheiros, a mor parte
Noruiandos, naç8o tam valente e belicoza no ninr como
qualquer outra que oje navegue no Oceano, tinham rezol-
vido n'esta jornada atacar e combater o exercito
naval do rei de Portugal, si o encontrassemos, lizonge-
ando-se de poder alcançar vitoria.

CAPITULO 111
Bonitos, albacores, dourados, govnhos, peixes-voadores,
e outros de uarias espeçies qzce vimos e apanhamos na
zona torrida .

5 1. Desde então tivemos mar xam, e vento tam bo-


nançozo que fomos impelidos ate 3 ou 4 grhos aquem da
linha equinocial.
N'estas paragens apanhamos muitos golfinhos, dou-
rados, albacores, bonitos e grande quantidade de outras
especies de peixes; e como eu sempre julghra, que
os marinheiros, dizendo que avia uma especie de peixes
voadores, contavam petas, a experiencia entiio mostrou-
me, que o fato era verdadeiro.
Começamos pois a ver sair do mar e levanhr-se no
ar cardumes de peixes voando f6rrr d'agiia (como em terra
vemos as cotovias e estorninhos) quazi da altura de uma
lança, e algumas vezesna distancia de perto de 100 passos ;
e acontecendo frequentemente baterem alguns d'eles nos
mastros dos nossos navios e cahirem no convks, n6s
assim facilmente os apanhavamos ás mãos.
5 2. Para descrever este peixe, conforme o que ob-
servei n'uma infinidade, que vi e examinei, indo e regres-
sando da terra do Brazil, direi, que 6 de fórma mui simi-
lhante ao arenque, embora um pouco mais comprido e mais
redondo ; tem pequenas barbatanas nas fauces, azas como
as do morcego, e quazi tam extensas como o corpo, e 6 de
muito bom gosto e sabor ao paladar.
Alem d'isso, como os não v i quem do tropico de Can-
cer, penso (sem todavia pretender afirmar o contrario),
que, amando o calor e vivendo sob a zona torrida, n8o
ultrapassam para uma e outra banda doa polos.
17 r. 11. TOL. LI:.
Oittrn, C ~ I I X Rainda observei ; e t',' q1i e e s s ~ eprihre*
prixes v o n d o r ~ s ,quer estejam n': tynn, rlu e r no ar, niini.3
ticitm em sncpgn ; pois est:lndo no niar (>c; alllbacorec e ou-
t,rris peixcr r i - : i n d ~os
s prrscrrirem lmrn oc coiiipr, e fazem-
I h ~ scontiniia giirrra ; e ri p3r;i el-itnr o dano, liiizcnm
salrnr-se no riin, wrtw :wes marii~linços DTt'RU1 P ri'elcu
se alimentam.
# :r. E para dizer tamheni nlgimn couzfi d ' e q t a ~aves,
qne nrsim v i r ~ mile prezn nn ni:ir, s:im tkn mnnvt.;, qur!
mnitns v ~ z c sacontecia pniizxrein na.; hnrrlas, cnrtlris e.
mastros 1104 110*ço$ n n ~ i o q ,drisnndn-SP a.p~inIiarcnni ?
ni,iii; P pn1' tel-n i , e tc>l-ns ri--to por fibra e por
i i ~ ~ ~ tdo11
r o , aqii iqan il'elnq.
S:im rle pl [inril~, rnmn os p a ~ i i i p s; mas
qiianti, no estcriiir [inrwerii tnmanliaq cniiin fi.nlliax QPIIN-

t ecendai tnitnrin qnr iliirtniln rlcprn;?ilns iian n p w


mais ro11iini~ (lo qiic iim pnrdnl ; (IP s n r t ~(111~mx
s r r r m t 50 r1iminnt:is nli rorpn, P ~ i o i l ~ r ~pre:\rni e
peixes mninrrs e mais ~ n l n i ~ i n z(10n ~qiir da*; nleni (i i\so
posstiem nprnas iimn l i.ipn,c t h n i s:ito' como ns nclcns.
$ 4, \'nltnndo wora n f il:ir 110.: oiitrns rit-ixes,,l~qrir
j& fia menqan, ilireil q11e o 11oi1it0, iliie "11~5 m r l l i n r ~no ~
pnla(lar, i: q i i ~ z i(1s f ~q.30 i (12s nci<.xc c'tir1)a.; cnmiin< ;
tn(1h1.i~ n3ci trin esrnin%s:, e Pni nnksa \-i:ir~ni ri intiitoc.
qiie por erpnqn iIc qiinzi i$ris srmn1i1:t~n5o .:iliixrn rlc rotln
11oçnosso5 n a ~ i o ~ , a ( iqiial--
.;
r..7
I v-iiiiilmciit~
.Tr.,.,,..,
\ 1 n;<iiii acompn-
nlisram prirc:iIiza do Iireo e alr.atr5n,tltl qiie h;im iintnrlns.
5 ri. Quanto anr nlbacores, ~ m h o r nspiam mui simi-
lhantrs aos bonitos, todavia, t3entIoeir vistu e coniido hsrii
hoa porçrio d'eles, qne tinlism perto de cir
primentrb, e tc50 grossos como o corpo de i
dizer,qiie não existe c,ornparaq%oentre urna
8 r ~ s p e i t otka. ~rnndeza.
Alem d'isso como este peixe albacor não B fibrozo, e
pelo contrario se esmigalha e tem a carne t&ofriavel
como a truta, aprezentando apenas uma espinha em todo
o corpo e mui poucas visceras, devemos colocal-o entre os
melhores peixes do mar.
Com efeito como não tinhamos com suticienc' 1 a as
comas precizas para bem preparai-o (como 1180 têem todo8
HlSTORIA DE UMA VIAGEM A TERRA DO BIUZIL 131
os passageiros de longas viagens) nós o preparavamoa
simplesmente com sal, para assar grandes postas em
brazas, e o axavamos estremamente bom e saborou, gui-
zado d'este modo.
Portanto si os senhores gulozos, que não se querem
arriscar no mar e todavia (como geralmente se diz, que
fazem os gatos sem molhar as patas) querem comer bom
peixe, terão em terra tarn facilmente como no mar, man-
dando-o preparar com molho da Alemanha, ou de quai-
quer outro modo ; e duvidareis, que não lamberiam bem
os dedos? Digo, si por ventura o tivessem em terra ;
pois, como referi do peixe voador, não penso, que estes
albacores, que têem os seos pouzos principalment-e entre
os dois tropicos e no alto mar, aproximem-se tanto das
praias, que os pescadores os possam trazer sem ee es-
tragarem e corrouiperem .
O que digo todavia b em relaçtio a n6s, abitantes
d'este clima ; porque emquanto aos Africanos, que vivem
nas praias do lado de leste, e emquanto aos moradores do
Peru e vizinhanças do lado do obste, bem p6de suceder,
que os tenham facilmente.
5 6. O dourado, que no meo intender 6 assim xa-
mado, porque n'agua parece amarelo, e reluz como ouro
p u r o , a p r o x i ~ s ena contiguraçâo algum tanto do salmilo ;
todavia difere d'este em ser como deprimido no dorso.
No demais porbm, por tel-o provado, reputo, que essa
peixe não só é melhor do que todos os supramencionados,
mas tambem que nem na agua salgada nem na agua doce
axar-se-á outro mais delicado.
5 7. Emquanto aos golfinhos,sam de duas qualidades,
pois quando uns têem o focinho quazi tam xato como
bica de pato, outros ao contrario o têem tam redondo e
rombo, que, quando póem as ventas fóra d'agua, parece-
nos ver lima bbla.
Por isso em razão da simiihança, que estes ultimos
t&m com os capuxinhos, quando estavamos no mar, os
xamsvamoe cabeça de frade.
Quanto ao resto da fórma das duas especies,vi alguns
de cinco a seis pbs de comprimentotosquaes tinham a muda
mui larga e aprezentavam todos um furo na cabeça, por
onde r15n sh r ~ r e l i i n m sr P r r s ~ i r n v ~ mmas , tsinljem,
narlitndo no mar, 1ani;ararti slgrimn< rpze; acii a por ewa
nlirrtiira.
.\Ias sol)retridn qnnnclo n m.ir coinpcn ri. a ~ i t - ~ r - ~ p ,
olfinlio.;, siirqiiiilo r e p e n t i n x m ~ t~ n :i tiln.i rl'ariin
( 1 noitc,
~ nii m ~ i n ondas e dz.; y n c a a PII-
Ia<;, torn:im o mar qn.i7i v ~ r r l c ,c parpcpnl I - P ~ ~ P S .
p a z onvil-os qoprnr P rnnrzr -- I ~ Pt ~ rnnrlci
l que [li-
yipis S P rem rcnl circ(is t r r Qii:tiirlo os ma-
rinlicir n s OS. 7 3utn sor .r e m o v ~ r - w
p r t v : ~am
~ i e nw 9roxiin:t I 1 1 ~ ;~oT I muitas
P
rezr.; vi- acont+v-,er.
. . I

. R acqini erii trnipn , icto i', ectnndo n rnnr


simplesriirii te nniliiln(10, nos alyiimns rrzrs P U ~
tatn.tnht aliiin(lnnci:t, qne rorio o m.ir riu red1)r cte niis,
qiinntn a. vista ~inrti,i.nlc~tnq:%r,I
tinhns ; e rnnin n:in s e ~ l i ~ i ~ i ~ r n w i
cnmn miiitss r i i i t i s s w p ~ t ' i ~IIPa
t,inliamns, rliinnllo qiicrintnns.
# S . Tara m ~ l l i n rs n t i - f ~ i z ~an r l ~ i t o nr ' e ~ tpnntn,
~
voii niiida, drr:lai.:ir o m i l > , 1111 qric. i i rizTrc3rii ns ncbzcns
mnrin l i e i r o q 1ini':i os np:inlinr.
IJni íl'eli~s,ninis nrosttimxfln P destro p m t ~ p~.r.3r-i;~, l
c o n n ~ r r : i o : i - ~cla
c ~r<prrit:i jiinto ao rnnqtrn do r i i r i ~ p f <nTl
priin rio nario, trnlln ria in:io nin a r p i o tle frrro, r n ~ - ; i b r \ r f ~
ein iima rar,z da rrossitra e cnmprini~ntorlc iimn lanqx, P
< >

aninrrado ain qiiBt,TO O11 (lince br:t nr11a ; P qnnndn


ria aproximnre m-se os hnndou, o golfinho, qiir
111~ fic:i~-ano ~ 1ince, ~ : e RIrrernewt incliina com t n l
vigor, q i i e , si acei L ~ Y I)-~ gL n l p ~ niw
.--L..--
, {rt.i1rnT8 de ferr:il-o.
Ficando acsim fwidn ,a p r w a , n arpoador snlta e
deixa correr a corda, c t ~ j npontn retem firnir ; depnis dn
~ I InP ~folfinlio, clelirttentin-se e riqgniidn-se cnr1a vez iiinis,
p ~ r d en ' n ~ ~ iri. tsnngiir, e debilita-se. F,nt,io 04 n1iti.n':
marinheiros vêem em auxilio do companheiro com um
ganxo de ferro, a qiie xamam gafe (tambem encabado em
comprido varapáo) e á força de br~çoso puxam par8
bordo. Na nossa ida, apanli&mostalvez 25 por este modo.
5 9. A respeito das partes interiores e do intestino do
golfinho, direi, que si como ao cerdo, em lugar das quatm
pernas,se separarem as Quatrorebarbas,e tirarem-se as tri-
pas (ou a fressura, si o qnizerem) e as costelas, aberto e
pendurado, direis ser um verdadeiro porco terrestre :
tem figado com o mesmo gosto; verdade A, que a carne
fresca A muito adocicada, e nlo 6 saboroza.
Quanto ao toiicinho, todos os que e i vi, não tinham
mais de iiuia polegada de gordura, e creio, que nenhum
exceder&de dois dedos.
E ninguem se engane, quando os negociantes e pei-
xeiros de Paris e de outros lugares apregoam o seo toucinho
de quaresma, que tem mais de quatro dedos de espessura;
pois com certeza o que vendem 6 toucinho de balêia.
Como no ventre de alguns golfinhos, que apanhamos,
axaram-se filhotes (os quaes assismos como leitões) sem
nos determos no que oiitros jA escreveram em contrario,
penso, que os golfinhos, como as porcas, geram seos
fetos, e não se reproduzem por meio de o ~ o s ,como quitzi
todos os oiitros peixes.
Entretanto si alguem me quizesse arguir, louvan-
do-se para este fato antes n'aqueles que viram a expe-
riencia, do que n'aqueles que somente leram os livros, eu
crer no que
*
n b quereria outra deciziio; e ninguem me impedirti de

5 10. Apanhamos igualmente muitos tubarões, que


emquanto estam no mar, embora esteja este traiiquilo e
aocegado, parecem verdes; e vê-se, que têem mais de
quatro pks de comprimento com grossura proporcional; to-
davia por niio ser a carne boa, os marinheiros s6 a comem
em cazo de necessidade e na falta de peixe melhor.
Quanto ao mais esses tubaróes têem a pele tão rija
e aspera como uma lima, a cabeça xata e larga, e a boca
tam rasgada como a do lobo, ou do dogue d'Inglaterra; e
não s6 sam por isto monstruozos,mas tambem por terem os
dentes cortantes e mui aguçados sam tam perigozos, que,
ai apanham algum omem pela perna ou por outra qualquer
parte do corpo, levam o sacabocado, ou o arrastam para
o fundo d'agua .
$j-1 1. Por isso quando os marinheiros algumas vezes
banhavam-se no mar em tempo de calmalos temiam muito;
tecia, qiie qiiandr, os pesr,avsmoq i~ ~ariiiqr e z P s n
trorn .znz(l~~s o rro%sIirad~ 7in1 (Ip(10) f:
de f ~ r r da
nns no toml)adillio ilo navio,n;io no.: cl?sriii(la~ariio~
gozos.
Ciinin pnis PSRPS tn111 sam hnn iniento,
r qiirr ~ s t ~ j n iprrzns,
n q n'n f;izrni
sinÃn m31, clepoi.; ilr ferriinu, comn x iiriitns nncirns, pun-
girin P i-!tnrm~ntiiln ciqri~lesqricl pnilinmns apanlint,
cnmn si fossr~ni ni:i.;tins rliivnzns, oii (19 mata\wnioq f . ~ n i
EOIPPS {i(? v e r r ~ IIP s i'~r~.rl,nn ~ n50t cnrtal-amos-l1ir.s n* bar-
hatanns, P nmnrrandii-lhes na ci~ n d aiim arrn d~ pipa. I,.;
tiravamo os :in mar ; c porrliie, antes r l c priclcr~rn n1c.r-
~ i i l l i ~ rticavam
, por milito t e rnpn flii 1.i~iirido P ~ I P ~ ) Y -
tendo-se rm cima d'agiia, tin!iouiri> ---- i i y y i i r i Ijom diverti-
inentii.
5 1 2 . Embora rni~itv falte As tartnrnraci, qiitl
vivem n'esta zona tnrridn, p r n serpm t a m e ~ o r h i t a n t ~ -
~rnnrles qrin coin iirn E(i c : l v n
.;e ~ios.;n z:r nliita~ ' ~ 1 , 011 f BZPT nm
n:i v ~ ~ n v ~ rliz nxat-rm-SP t:I P ~ n3s
-3. .
rnsrss das Inrliiis r na.; i iiias cin ,Irar-VP torlsri i
enr.nritrain-sr n1~iim;iqtani ciiinpri~ls~, Ia1 :rn.sai,
~ I I Pnfin faril t h x ~ l - na r r ~ i l i t n ra qiirrn : 11, : pni

i.;.;n ( l i . passnppm aqni f a r ~rni3n:ãn i i1'~lna


I< sem f:izer l o n ~ iliscnrsn,
o c por nm tirempln
o leitor jiilgar qnaeu ela* potlian sendo qr;ie cntrr
outras uma foi npanha(ladtt no n osso r i (*e-nlmi-
c n r i t n rlte tal ~ r s n i l r z a ,qiie H i l p~,~..,,,%,, qiir estarani no
~ v i n , jantar:tm d'ela f a i . t : i m ~ n t(vivendo ~ como
se costuma p m taes vinqens).
conxa nvnl siiperinr, q n P fni tirada para mimnzear
ao senhnr i 1 ~ Snrita Jlarin, nnswb cn~iit?to,tinha mxip de
dois pés e meiode largura,sendo forte e espessa correspon-
dentemente. No demais a carne aproxinia-se muito da d9
vit6lo ; e sobretudo quando 6 lardeada e assada, oferece
ao paladar o mesmo gosto d'esse animal.
5 13. Eis pouco mais ou menos como vi apanhal-as
no mar.
Em tempo bom e calmo (pois do contrario pouco apa-
recem) elas sobem e peimanecem em cima d'agua, e
apenas o sol aquece-lhes rra costaa e o casco, e elas nlio
podem mais suportar o calor, viram-se e voltam ordina-
riamente o ventre para cima afim de refrescar ;ent8o os
marinheiros, vendo-as d'este modo, aproeam-se na sua
barca o mais placidamente possivel, e quando estam perto,
as suspendem pelos dois cascos com esses ganxos de ferro,
de que falei, e então B, forço de braços 8s vezes de quatro
e cinco omens as puxam e trazem comsigo no batel.
5 14. Eis aqui sumariamente o que pretendi dizer
dss tartarugas e dos peixes, que então apanhamos ; pois
adiante ainda falarei dos golfinhos, das baleias, e de
outros monstros marinhos.

CAPITULO IV

Eqtmdm 016 Zinlta eqrtinocial, e tamheat to~zpestades,


inconstacia dos ventos, calol.es, sêde e oictros in-
cornodos, que tivemos e passamos nas vinnltanças e
sob a rnesma linlu .
5 I . Para voltar B nossa navegaçb direi, que, fal-
tando-nos bom vento aos 3 ou 4 grBos Bquem do equador,
tivemos então não s6 tempo muito máo, e entremeado de
xuvas e calmaria, mas tambem dificil e mui perigoza
navegação nas proximidades da linha equinocial, e ahi
observei, que, por cauza da inconstancia dos diversos
ventos que sopram conjuntnmente, n&o obstante andarem
os nossos trez navios mui perto uns dos outros, não po-
diam os diretores do rumo e do leme seguir mama uni-
forme e cada navio era impelido por vento diferente ;de
tal sorte que, como em um triangulo, um ia para leste,
ontro para o norte, e ontro para o oéste.
f ~ r r l a c i e6. q i i ~igso n5n diirnrx mnito, phiu ~iihitri-
rn~ntc am-sc. t n f i ~ ~R ~ ~, I I Pc19 irti5 11 t
Norman ~ r nqrgi?,r (lieirrnscn), ns i p-1s cic
nas ~~lc-urnxsYPZP.; c o m p l ~ t ele YP-
p ~ n iti i~s n i i i i om tnl vinl~nrin.crtl)i.c, n\ rf:l,ic,
liq~,,,,.

r l i i t A marxl'illiarn n5o nos r i r a r ~ mimpm VPII'S o.: rnnFtl+o?


pnrn Ir:tiso P R q1iill):t pnrn riiun, isto c;, r ~ ~ n l v e ~ r ~ ~ i
tirtln nvrssns.
5 2. Xlíln~iI'isso R K xixn e n Iinn,:.~.;
iI'eqt:t linlin n3n qíi i, f~tii 5 m:il.inn 16tirn
contapinzn, q i i ~ . s ri h nn ~ t r PIIS-
.-
..

Aiiidx ninis : o sol x r t l ~ n t i


ia

C ~ O P P S rlilP
, pndocinmos, aintl.1 41
das diim pnrcns c,rimidns, avia
com siitirienrii~; pnr isso rrnnins ram rrncimpiirP ~ ~ ~ a c i c i . :
pela sbrle, q i i ~por minli:i p n r i r , ~por ti.1-n ~írpcriinrntnclc~,
taltnii-me qiizzi n folryn e a r ~ s p i r ~ ~ <el nricnli , ;i f:rl:i
por Psparn ri^ ninis dr iinin (ii.n.3.; eiq por qnc cm tae.: ne-
e s ,n.; 1nng:i.; V ~ R S P I I S 04 ~ n a r i r ~ h e i ~or~I'oin.3-
c ~ s s i d ~ i i t n'ess I s
r i # ~ m ~c nfl~ze.j:i
I rn, como siipreiu;~vent,iii'n, ver O mar c f ~ n -
vertido em :irrir: r rlrirr.
4 :i.Si ; l I ~.*- ~ i r r r-I.*ti",l t t n;in imitar a T~tntnlornnrr~nci.)
ile Grie nn nicin d'n,nii%, p'r:nnt:ii. <i 1130 ria pnssiwl
rm tal estr~iiiirlailr!Iwlier nii p ~ l omeno? rcfrpscar :i I)nr:r
cnm nhlt.? i l n ni}ir, rrspfin'lrr~iR qticrn inriilrnr 3 r t ~ ç f ~ i t ~
de faze!-,?,coar e111 c C ~ R , 011 de<tilal-n por out rn. qiialcliirr
fhrma (acrecentln qiie os abtlliise mnrimentns ( 1 ~invitl\ ~ 1111-
tiiantes no mar niio permitem fazer fornos, npm prezerr:ir
as ~ a r r a f mI ~ P( ~ ~ ~ ( k h r a r ~ rqiie n - s a~ )qii~qt50
, nTto t! clrlilisr
s c n p l i r , .;aluo si qucrem It~nc:xr nc tripas e n c iri-
P 10gdi rlepois rle a ingerir no estomago.
t(1~t'iailnttnilo rr vemnq em oi<lrn,rln 8 t ã o C I R ~ R ,
pura e limpid,i c~.;t~riorriiriite,como neniiiimtl. a g i a c l ~
fonte nein ilr rima o serk.
E albm d'isso (couza que admiro, e entrego B
disputa dos filozofos), si meteis n'agua do mar toucinho,
ou outras carnes e peixes por mais salgados que sejam,
perderb o sal melhormente e mais depressa do que se
conseguir& n'agua doce.
L A o qiis n c r r c ~ n t s r e i tanto snlrre 1 1 ririnwir*, a \ -
siintn, ~ n i~ I I Pt o q ~ i ~ i m p n t P A T R T ~ P ( I H I ~ Crici~
L
\'rntos, t ~ m p r z t ~ d c xii h, c~tos,r.alnr~.i,cnmci r ~ l a -
t i v n m ~ n nri t ~ ~ I I P~ r ~n P Y nn niar. p r i n r r p a l n i ~ r ~ t ~
sol) n ~ q i i ~ f l r iq~ r , \-i 1 1 ~ 1nri* nnssos pilntos ~ ~ n i a <Jo l ioict
de ~ I P I I cle ~ ~ Onflenr,
, n qual
.i nPrn R , tinha-SP til11:1~1~, 1)il
suas cnrtas, i141 astrnlal)ici, R 11%
tanto n'nrte rln Tini clf:~r.in, ~ I I Prn1lti:liqiirr
P monipnrat. +-
especialnienta diiranta n s torriicnt:is, Inrta ~ - ~ luui a r iliiiitli
liersnnarrptri ( q i i ~nrtri nninritrci ), o clua1 no riossci n.11 io
em tpnipri cnlniii triiinfava IIO erisino (13 tenriti.
X i.o s r jnl; cii condeinc. nu qri eira cle
qii~lqrir .i. niorlo r,i:~-, q ~ SPi aclrlt~
~ i r ~ n ir
.<npren(lr ~ r nasn r! ict (11)sli8-ros ; na! 1 6 ?\r3
a miniia intPni:.ici ; peiiirrai pnrtan>, 5rm slizeitnr-me ,i
opiniLri cle mitrvrn, qiie.i;imais sil rnp R I C ~ I TI R~% ; ~ Ocontra n
r a p ~ r i ~ n c i Peco
a , pi>i.;ncisl í b i :nrps, rlricAiiie t n l e i ~ m ,si, rcb
cni i?;tndrt-iii~ i1(1iin.;Gn p21ipn~lrtae (1x5 nossasagiiaç f;tidas,
e taniliem ilns rriitros iticonintlos, pitr rjuP pn\;q:lnjns, r i-om-
parnrirln i s t n rom :L oliiliar;~mcJxn rl'pcses frtio% scnlrnrr.;,
trnhn-riir irin pnrrco exncer1i:rrlo rclnt,rn PICS 11% prewnte
rligrc.;s:in.
$ 'i. Por r.nnxa iins whrrriitns (lificiil11~11ec:, c {i~ln\
TRZ~>Pa < r l i a n t ~ 1~12isamrtl~inrrltr esTiostnq. niiiitos nRvr-
g a r ~ t r s , rl~linic,(Ir cnn<iiriiircxiritntlii\ 04 virrl-c.< - . II'PSVI~
pnraCens, isto 6, na znnn torriiln, rem iil trctpnsvi r
i i equadiir, viram-se iiirr,:ido> 8 e reme'einr c10
ponto, n que tinltam x ~ r a t l o .
"'-antn s nos, tfepoii; ila mizririit jii rcAinrauii, parh-
tebmns e retrocedCnios por csp:iyn de sete semanas
icencim d'esqn linlt,i ; iiiialnierite ~ioricoa potico
(i P I A rins aproxím;iiiins, e quiz Dto.;. a ncrqsos royos. mnn-
(lar-nos F P I I ~ IIIP , 11or(iest~,C r 1 0 quarto (?ia de I'rverviro
investimos sobre ela.
§ 8. Esta linha denomina-seequinocial, n8oso por que
em todos os tempos e estações os dias e as noites sam sem-
pre iguaes,mas tambem por qne,qnando o sol estAsobreeia,
o que acontece duas vezes no amo, a saber,a 11 de Março
e a 13de Setembro* os dias e as noites sam tambem ignaee
am todo o mundo; de tal sorte que os abitantes dos doia
pblos artico e antartico somente n'estes dois dias do anno
partecipam do dia e da noite, e logo no seguinte dia uns
e outros (cada um por sua vez) perdem o sol de vista por
meio anno .
N'este sobredito dia pois, 4 de Fevereiro, em que pas-
asmos pelo centro, ou antes cintura do mundo, os mari-
nheiros praticaram as ceremonias por eles costumadas em
tam ditlcil e perigoza passagem.
Para lembrança dos que nunca passaram o equador,
os amarram com cordas e mergulham no mar, ou com
trapos passados no fundo das caldeiras lhes tisnam e eu-
jam o rosto, si o paciente n&ose resgata e livra-se d'isso,
como eu fiz, pagando-lhes o vinho.
§ 9. Assim sem interrupção singramos com bom vento
nordeste ate 4 griios alem da linha equinocial. Dahi co-
meçamos a ver o p610 antartico, que os marinheiros da
wormandia xamam estrêla do su1,perto da qua1,como e n t h
observei, estam outras estrelas em cruz, a que xamam
cruzeiro do sul.
Provavelmente por isso alguem jii escreveo, que os
primeiros navegantes, que em nossos tempos fizeram esta
viagem, referiam, que perto d'este pOlo antartico ao sul,
avista-se quazi sempre uma nubecula branca e quatro es-
trelas em cruz com mais trez, que se assimilham ao nosso
aetentriáo.
Ora, muito tempo jii avia, que tinhamos perdido de
vista o pólo artico ; e aqui direi de passagem, que niío ao,
conforme alguns pensam (e parece tambein provar-se pela
esfera) náo podemos ver os dois p6los, quando estamos de-
baixo do equador, mas tambem niio podemos ver nem
um,nem outro, e 6 precizo estar afastado quazi 1 griios do
lado do norte ou do sul para ver o artico ou o antartico.
5 10. No decimo terceiro dia do dito mez de Feve-
reiro, quando o tempo estava limpo e claro, depois de
terem os nossos pilotos e mestres de navio tomado altura

O autor escrevia antes da reforioa gregoriana do caientlario. O


equiiiocio oje I! a 91 de Março e 2' de Setembro.
astrolahio, s s s ~ ~ i i r x i . n m - n n qqiie , tinlianici. rt 5111i111
zenit r a zorix txm rCtn c tfir6tn srbhre n c;ilirr:c i j t i e n v i ;
n9n potli:i ser.
E de fato, emhnrn por e x p ~ r i ~ian (cc>l,ic. s p n i ~!w~
ciinrb; piiiilinec, f i t ~ n s printcirris
, r iiiitrcss «l!i&tou. o- 7
snlxr~q11il~:inipor tal qorte a ~ ) r i i n ~qn ~, i II'PÇSP r (lia. Iii iir-
r.iprtlmriite nn ~ i ~ ~ i o -n;in í l i vimii.:
~~ .onllirn n l ~ n r r i at3iii
nosso tiairio.
qrlaníln sprarnn.; aos 12 ~rAn., t i l cmnq t o r m r n t x . ( l l ~ t '
dnrnii p o r t r w 011 qrinti.íi {lias. I? dryinic il'i.tii (c-niiiilo nll

e x t r ~ m nnpostnl n innr fii.nii t a m iiinri.;n P i--~lmii,í 1 1 t ~~ I I I -


rnntp P ~ S Ptrrnpn o.; nnssoq n n r i n ~p n r ~ c i q r nhxns n'3ciia :
P si n r r n t n SP 1150 I e ~ a n t Iinrn n ~ ~n n~q fri7f.r pn,snr r.lrrn,
nitnrx nnc nhalari?lnos dali.
5 11. Ora, em toda n. nnwn ~ i s p n in:in tinlinnio.;
ainda ri40 lmli pnrngr n I i11104
linlGias, r.nmo a s rtn p:lrn 1 r\ : L ~ - : I - ,
P apnrecro-nos I 10 ~ i ~ r t n ~,IYIII,
C ~ I I ~ I I I -t?maiiiin
mr F i i c r n , ilur r ~ n l m r i i t c~ i n q i i 3 n r o:t ti;o
vi d ~ n p e n s ~ i crr irni riisc~iln, qual o
nos50 1 Irnter r c l e ~ ; i c ~ i l a ~ n r - ~ ~ .
01 IIIR rlii:inílo PIR rliiiz n i ~ r r lrnntoi!
n C ~ ~ L P ( riira
:H ri ,i:tra,p Iiin~riiiAn :tr p ~ l nhocn n i ~ : silr cliiaq
pipa\ I'ayiis; diyioiq s i i m i n - v , r, fr>z tal tnm rnpdriiiht)
r~fii~nloinhct, ~ I I PI ~ i ~ v X r n e n ttrnii,
(~ qiir, nrra\tridn< n~iiis
+]:i,nn.: ~ ~ ~ h r n ~ r ~ i s n s 'i~~\ sn: k~ VcI ~~I 'sR ~ P I T I . E nn T P T -
dade (i ; SixI111tt5 I 6 n m orror ~ r r
~ s j e sn1 marinlio~ :er ~ i ' e a s aimen-
sidão (1
8 12. imos tnmbcm goltin hos,qiie,riiompsnhn~ln~ por
varins especics d r peixes, todos d i ~ p o s t or~ o r d r n ~ ~ l o s
como lima compnriliicl cie ~ » l d n r l n s r m ~egnimentod o rpo
capitj5n, pareciani tle cílr a ~ e r n i ~ l l i cientrn a d ~ cl'arriia, e
uni ali estrve, que por seis ou sete vezrs, como si niif qiii-
zesse comprazer e agrpdar, girou e volteou ao redor do
nosso navio.
Em oompensaçã,~d'isso fizemos toda a diligencia para
apanhal-o ; mas ele, fazendo déstra retirada com o seo
regimento, impedio-nos de o aprezar .
CAPITULO V
Descobrimento e pri)neira vista que tivemos tanto da I n d b
ocidental ou terra do Brazil, co~nodos selvagens abi-
tantes d'elr com t ~ d oquanto nos aconteceo no mar
até o tropico de Capricornio.
5 1. Depois d'isto tivemos vento do obste, que nos
era propicio, e durou-nos tanto, que,no vigecimo-sesto dia
de Fevereiro de 1557,cahido na festa da natividade,quazi
pelas 8 óras da maiilian, tivemos vista da India ocidental
ou terra do Brazil, quarta parte do mundo, desconhe-
cida dos antigos, tambem xamada America em raziio do
nome d'aquele que pelos annos de 14!17 primeiramente a
dembrio.
Ora, n&o6 precizo perguntar,& achando-nos tam pro-
xinpps do lugar, que buscavamos na esperança de pormos
brspemente pé em terra, alegramos-nos,erendemos graças
aDeos com boa vontade. De fato, como avia perto de
quatro ou cinco mezes, que sem ver porto nos moviamos e
flutuavamos no mar, muitas vezes sobresaltou-nos a idka
de axarmos-nos como exilados, e tle niio podermos jamais
sair de tal exilio.
tj 2. Portanto,depois cie termos observado e percebido
bem claramente, que o que tlescobriamos era terra firme
(pois frequentemente enganamos-nos com nuvens que se
desvanecem) tendo vento propicio e aproando a terra, no
mesmo dia (indo adiante o nosso almirante) viemos surgir
e ancorar meia legua perto de uma terra e lugar montuozo
~ m a d oUassu * pelos selvagens ; onde, depois de
pormos n'agua o escaler, e de termos, conforme o costume
de quem xega n'esse paiz, disparado alguns tiros de arti-
lharia para advertir os abitaiites, vimos repentinamente
grande numero de omens e de mulheres na praia do mar.
Nenhum dos nossos marinheiros, que para ali tinham
viajado, reconhece0 bem o sitio ; entretanto os selvagens
eram da nação dos bíaracajh, aliada dos Portuguezes, e

* O autor escreve :-Auwssou.


por consequencia inimiga dos Francezes, e si nos
apanhassem, certamente não teriamos pago resgata
algum, mas lhes teriamos servido de pasto, depois de
mortos e espostejados.
5 3. Começamos então por ver logo, mesmo n'este
mez de Fevereiro (no qual por cauza do frio e do gelo
todas as couzas estam ainda sumidas e ocultas no seio da
terra aqui e emquazi toda a Europa) as florestas, arvores, a
ervas d'esse paiz tam verdes como as da nossa França nos
mezes de Maio e Junho : o que sucede em todo o anno e
em todas as estaçóes n'esta terra do Brazil.
Oralnão obstante essa inimizade dos nossos Maracajb
com os Francezes, a qual eles e n6s dissimulamos quanto
podiamos, o nosso coiitra-mestre, que sabia engrolar a sua
linguagem, meteo-se n'um escaler com alguns marujos,
e dirigio-se para a praia, onde viamos os selvagens ren-
nidos em grandes magotes.
5 4. Todavia a nossa gente náo se fiava n'eles #@o
com muita, cautela, afim de obviar o perigo de serem a@-
rados e moqueados,isto 6 , assados; por isso aproximando-se
de terra, ticaram todavia fóra do alcance de suas frexas.
Assim os nossos marujos uostrnram-lhes de longe
facas, espelhos, pentes e outras bugiarias, com as q w
os xamavam e pediam viveres ; apenas alguns, que
aproximaram-se o mais possivel, ouviram as nossas vozes,
náo fizeram-se mais rogitdos, e apressaram-se com outros
a procurar os nossos coupanlieiios.
D'cste moclo o nosso contra-mestre eu1 seo regresw
trouxe-nos farinha fitbricada de certa r ~ ~ ique z , os iiosos
selvagens comem eiii liigar de páo, pernas e carne de certa
especie tle javali com outras victuallias e frutas, que o
paiz produz em abundancia; e n'esta ocaziáo seis ho-
mens e utua mullier náo opuzerum dificuldade em embarcar
para nos virem ver rio navio, n1)rczentitrem-se-nos,e da-
rem-iios as boas viii~las.
S 5. E poiqiie f'oi.aiii os ~)rii~lr*iro~
scllvngens,qiie vi de
perto, deixo-vos peiisai, si os olliei e çoiiteiuplei atenta-
mente ; e eiiibora rezerve-iiie para descii:vel-os e liiiital-os
iiiinticiozaiiieute em lugar proprio, todavia quero desde
já dizer aqiii de passagem algum~couzaa respeito d'eles.
Primeiramente tanto os homens como as mulheres
estavam %o completamente nus como quando sahiram do
ventre materno : todavia para aprezentarem-se mais ga-
lhardos estavam pintados e manxados de preto por todo
o wrpo.Al6m d'isso os omens traziam a parte dianteira da
cabeça tosqueada rente 8 maneira de uma coroa de frade,
e tinham na parte post,erir~ros cabelos compridos, que es-
tavam aparados ao redor do pescoço, como entre n6s fazem
as pessoas que andam de cabeleira.
Ainda mais : todos tinham o labio inferior furado e
fendido, e cada um trazia metida no beiço uma pedra
verde, mui polida, convenientemente aplicada, e como
engastada, a qual era da largura e redondeza de um
tostiío, e a tiravam e metiam, quando queriam.
Ora, eles trazem taes couzas, julgando ficar assim
mais bem adornados ; nias, para dizer a verdade, quando
tiram a petira, a grande fenda do labio inferior figura se-
gun'tfs bíica, e isso os afeia estremamente.
Quanto á mulher, al6m de, não ter o beiço fendido,
trazia, como todas as demais mulheres de 18, os cabelos
compridos; mas em relação ás orelhas as tinha tam cruel-
mente fiiradas, que se poderia meter o dedo atravez dos
biiracos, e trazia n'elas grdndes pentlurezau de osso
branco, as quaes batiam-lhe nos ombros.
Rezervo-me pari% a diante refutar o erro d'aqueles
que nos qiiizeraiii fazer crer, que os selvagens sam cabe-
ludos.
tj 6 . Antes de se separarem de n6s, aqueles de quem
falo, ou omens, e principalmeute dois ou trez velhos, que
pareciam ser ou mais notaveis da sua freguezia (como c8
dizemos) afirmavam,que avia nas suas terras o mais exce-
lente p8o-brazil, que se poderia encontrar no paiz, e pro-
metiam ajudardar-nos a cortar e conduzir a madeira, e
tambem a ministrar-nos viveres, fazendo todo o esforço
para persuadir-nos a carregar o nosso navio.
Como porém eles eram nossos inimigos, como jB
fica dito, isto tendia a xamar-nos astnciozamente e fa-
zer-nos por pé em terra, para terem vantagem sobre n6s,
e depois nos desbaratarem, e comerem ;e porque era nosso
Bbnk M & - n o s 3 iciiitios lumrw, n:lo no, doti-
VmRm aH.
J 7. Min (Irpni; qnr os nnssns Maracrtjiç riini
gn e sdmiregrn rirqrn R n n w a s r t i l b a r i n r t !.ido rlliani~t
qdzaum no n a ~ i o ,1 ~ 1 ~ r ~ t ; : i Ro p c r i ~ o zL:S ili711SP-
quaaobirs (aomo n pnqçii Ic ~ R S ~ ~ DP cI i :Il 113 ~~ n l l t r n ~
F'rametze~,que ~ I P Z Z ' J ~ P :iii a p : ~ r ~ r ~ s s cli30 m ) ri;
quizemw mol~trii.n ~ i i iY P T P ~ ;P pcilintln i i l r s r.Pzrestn
psrs terra em bi1ql.n iiiw prns r n r n p ; i n l i ~ i r n ~( 1, 1 1 ~n a prnii
oa esperavam, 1r:~t;rinnç clr pagar c satiqfxz~rnr; r i i - + ~ r ~ s .
que noe tinham t ~ i z í c l n .
E porqneentr~PIPS n5.o nznm d~ moei1a.n p a q a n i e n t ~ ~ .
que h 8 flzemm, foi r l ~camiia-, f,it3as, a n z ~ i r st f ~I I P S .
.a-
I h
c a r i a , espelhm P n1iti.n~ rrit~i.i~:idrii~ia~
pr&a para O trafico ( I ' P S ~ C porto.
MM, por flni de contei<, assim cnrnci w t n
P i-eiii:isns prn-

KPTI~P.
foblmenta nua, na siiit XP: i r l s t n2.n tiri11.i sirlo nr5rn tJni
mostrar-nos tudo qiiwnto t r a i 1 , w i r n t :tmlic)iii a n 11aytir
j&v&tidosde cnniiz:i9, rlirp 1 1 1 ~ sd ~ r n m o s . iltinnrin ixm
mnbr-88 no w nlrr (1150 c,tnntlo : t ~ c ~ ~ t i i i i i ~ in? ntrazri i
roapa,nem vest~~ni in tlr qii~111iit~r ~ s p p r i e n.;) :lrrPzaCnr.iru
ate O embii, afim ilr 3s i i > n c<trncsi., I> ciescnlirirsm O
m e ante8 oonvin1i:t ncult,ir, qiierrnllo :iinilx, :in (~PIII,L
diwm-ee, quwitss riqsrrnn.; ; i q nntlc*,n:i~P n t w z ~ i r,.i
NILo temoa nqili cinestos c~~~,tILit~ii.n; P invqjsvel nji-
tezia de embaixadores ?
5 8. Pois n&oobstante o proverbio tam comun na
boca de todos nbqa saber, que a carne nos 4 mais come
gada e mais cara do que a camiza, eles ao contrario parrr
mostrar, que assim n8o eram bem ospedados com a ma-
gni0ciencia de seo paiz em nossa caza, aprezentavam.
nos o sedeiro, prefirindo as camizas 9, propria pele.
Ora, depois de tomarmos alguns refrescos n'esaa
lugar, n8o obstante nos pareceram em principio ruins as
viandas, que tinham trazido, nao deixhmos todavia de
comel-as, atenta a necessidade: no dia seguinte, que eraum
domingo, levanthmos ancora, e d6mos ti vela.
5 9. Assim costeando s terra nadireção do ponto,para
onde pretendiamos ir, apenas navegtimos nove ou dez le-
goas, axtimos-nos no lugar de um fortim dos Portngnezes
HISTORIA DE UM.4 VIAGEM iTERRA D3 BR.\ZIL 145

qnr ele3 deniniinnb F: ipiritq-S~nt( e pslo3 sslvagea t


.
Moab),o3 qna93 recoiihecsram a n o ~ stripola;ií3
i bem coa >
a d s ca,.avéla, que traziam33 (qu3 jiilgarain tsrm3a to.
i n d o a93 se33 conpatriotiis) e dirigiramnos trez tiros tle
canhÍío, aos quaes re3ponilemos com trez ou quatro contr.,
eles ; com9 pnr8.n estavam03 muito fh:.a do alcance da arti-
Jharip, eles 1-193n.13 ofenrle;.am, assim tir nbxnnós,segnn~lo
creio,a ele3 ná ) ofenriemos.
P r ù s s g i i n ~pj ~ i e=
s nosso cxninho,e c33tesndo s e x -
pre a terra p3sshno3 perto do Ingarxirm &doItapemirim, ( I )
onie, ua entrala d r terra 0rme e n emb ~ c ~ d o rc 1a
luar, e3tan p3quenn3 ilhas ; e creio, q,ie o3 se1vage.i i
.abitontes d'e3se 1u;;tr s i a aaig33 e alia403 do3 Fru I -
cezes.
Pmco mlis aliante, ass 21 g:63s, abitsm o 3 a
Parahibso, (2) outro3 selvagans, em ciljrr3 terra3, como jii
.ob.~ervei,vêem-se pequenas mintanhis pinteagudas 0
oom a f6rma de xaminb.
§ 10. No priui2ii.o dia de NP-ço e~I.xvam3na altu
de pequeno3 b~ixos, isto A, e3cdhoj e restingb~entrz-
meadas de pequeno3 roxedos prolongiido~pzra o mar, o:
qnaeso~mbrinhjiro3, con te n r d3 brt3: n'el33, evitam.
af~stando-sequanto podem.
No lugar d'esses baixo3 djacobrimo3 e avisthm~abe u
claramente uma terra pl:rns, R qnsl ns exten3iIl de quinz 3 -.
leg0a3 6 p3 euida e abita.la pilo; G ~ i t ~ ~ c (3) ~ asel-
e~,
vtqeus t ~ m feroze3 e bravios, que niío pdem viver em pal
tas oatro3, e t.êam se:npre glie:r;i absrta e continua niio
sb com to323 o3 se33 viziilh33, mas t~m3ernc ~ u ltodo3 o.%
estrangeiros.
Quando sxm apertado3 e p ~ r s ~ g u i por d o ~se03 inimigos
.(os quieli a i n h 03 nio p3Je:aa venc :r nem domar) andum -
-tan rapido-1a p!,e co Sren t3n ligeir~s,qu3 n99 96 d'eite
modo evitnm o p3rigo da morte, mbs tambem no exercicio
4 s caia apsnhali n r ea-reira certo3 animie3 silveetre3,
.Mpecie de veados e corsas.

(I) O aiitor escreve: -.T(ipeniori.


(3) O autor es?reve:-Purnibrr.
(.q O autor escreve:-0eekre<rs.
19 P . I1 TOMO LI1
110rotl:racn11,~3,q i I) I - O T I I 1 1 1 1,1in pnr <t>rj I.IILO ~-onri~r,l i,nltv-
ira-lhr em rr(*iprncbitl~ i l pliimriq.
r prllr~.: v(*rclr-~, r j l l i J p;vm
iins briiros,nli oirti'.is cniiisis (1 i.: q l i e t h r n no -eo tcrrjtc~rio,
e 0i n' I 1 p 1 I clict.1ncf.c.n n ~ l e
. t iimn prilra nii p r i l y n (Ir. piin o
o of~i.tnnti: r l ~ p i ~ z i teni
nl!ii:to dn ~icriiiiitn,e nfast?-cc pni.n 1 1 Iniln o11 pnm traz.
Depniq il'iqtn o ( = n i t ~ c n x.cem tomar o oljctn, P d ~ i z a
no mpiliio 1iig~ra roi178, ( 1 1 1 ~m n ~ t r : i ~C~ arrcdnnilci-.;o
.
do liignr perinitirb, qiie o MaracajA, oii quem quer que
sejn, venlia ùiiscal-a ; entretalito iiiautem seos com-
prouiissos .
Feita porem a troca, apenas cada qiial volta e nltra-
pai.sa os limites, em que a prin;ipio se aprezenthra,
-
* O autor escreve:-Margiiiat, Cara ia, Toitot~pinanibaoult.
HISTOBIA 1)E U M A V I A G E M A ' T E R R A DO UILIZIL 147

rompem-se as tregoas, e então cada uiu procura alcanqar


e agarrar o companheiro, afim tle airebatal-o com o que
trazia ; e deixo ao vosso c.i.it.erin decidir, si o Goitzcaz,
corredor como o galgo, terá vantagem, e si, em per-
s e g u i @ ~do o seo Coiupetitlor, acelerará 3 carreira.
Pelo que nllo sou tle parecer, que vaiii negociar iiem
perniutirr com este gentio os coixos, ou gntozos, ou oiitros
mal empernados, que n5o queiram peider as suas nier-
cadorias .
5 13. E' verdade, que, coiiforme se diz,os Biscaiiihos
tambem têem lingiiagein especial, e por sereiu, como
sabemos, f;~cetose ageis reputeiii-se os melliores lacaios
do miiiido ; e assim coiiio os poderiauios n'estes dois pon t,os
comparar com os nossos Goitiic.azes,assim tarubeiu parece,
que seriam iuiii idoneos para jogar com eles a malha.
Tambem poderiatuos por em para1t;lo certos omens
moradores na região da Floiida, perto do rio de Paliuas,
os qiiaes (cumo se tem dito) sa.m tem foi tes e ligeiros na
carreira, que acompanlinni um veatio, e correui riiu dia
inteiro sem descansar, bem como os gi niitlcs gic.a.ntes,
que vivem no rio da Prata, os qiiaes tiinibem ((lizI , uiesuio
autor) sam tani ageis, qiie na carreira agaii,aiii coiii as
máos certos cabritos ali esistciites.
Soltando porem riltlras ao pescoqo e largando a tiéla
a todos esses corseis e c5es corredores de dois pés, para
deixal-os ir celeres couio o \-ento e algiinias vezes tam-
bem (como 6 verosimil) dando fiiribiindas carriba.lliotas,cair
como X U V I ~ , 1111s em liigares diversos cla Aiiiei.ica
(distantes todavia uns dos oiitros, principalniente os das
proximidacles do Prata e da Floridii,niais de 1 . 3 1 0l e g ~ ~ a s )
e outros na,no:sa Euiopa, passarei ao fio da iuiiilia
istoria.
5 14.Depois de teinios assiiii costeado e deixado atrás
de n6s a teria d'esses Goititcaze~,pass8mos B vista d e
outra região proxima, xaiuada JIacah6 *, abitada por
outros selvagens, dos qiiaes apenas direi,qiie pelas coiizas
sobreditas cada qual póde jiilgar, si eles náo fazem
--

O autor est reve: - .llrir[.hc,


casto (como se cnstiimi dizer), ncm tr,~t.iin(Ir! dnr.nir
,[P
I I P ~ ~ ~ l11iet)
O vizir~li)+ i. t111 ~ I - L I LP .i11~ 5 111I 1 r 1 1 ~ I,.i* ~
E ?l ~
cpiimosnn 03 ( +,iitzcxzes.
X:ISSTI:I,<t,~?r,.:~q
e 5 11,~1-*l:i
(111RI L- V ~ - W 11 IIX y,..in,l,?
ríiit~e r r i i i l l . ~rin f,;rin.%i1 111.1nrIo o s 11 111!
1, if,c em ~ , i 1 1 1 (rt?l~iz
i? e si p@>n<:tm FIIZII~I :
ser ~ l rim:), a eap~r.ir(te e3 í*f<titiros E'i.:iri-
s cI r t i q
?S.;m~ralrl.rd~ \ t ~ c n l i $ .
I 1 . . u , n ~ l ~ n o i i i i nI i
l l ; z ~ n ,qne o 1 irar, on le. ~ 1 : j ~. 4 f . 5fim , rn~l~
~ V I ~in?ini(l:+jlb?
I ilc p t : \ t ~3 1v.Ir:t ifl.)r ~I';L:II
ii.r:l.n~:uii 111210 inxr q:l:zzi (111.1:I*: I I ~ ,P p7r i ~ n ~i n yni ! ! I
~i't.letitr inli'eiaii p . r ? i S e 1:t ; P t,,%n').rncoii<iclc?rn-ii,
iiiir por p%i't,l-!11e tei'i'e 4 iiit~~iriiinsn t.e in.icc+?siiiel.
8 1 L. 1:ii~linrnrp ~xi?;te:iit ri~zprqii~n:tsilliac sarn.td.iz
ilh?ts (ir 31nc:nlit':, jrinto cl i f,l~l~lt~i!x~~
tiinn noite ; e vclej,inrln n i i 11 te, ~ i ~ r
ine.;ino d i i ~X P ~ , I . I RO- C.L~ mx; ci
credirmns, tirrmos ventlb r i r r i çnnt i-ilrio, ~ I I Hi r 1 1 prrf-1,;I
L I i.rili.ir r? rn1t:tr 11 trn O p?nt,i,ilnn~l+? tinliam7s p:irti~lop-i r
ni~iili,an, e 03 lri eitit-et111)i n9co:;i I n + nt~; q11int.s-feir .i
~ : E T I ~ Pe ; c:irno veieii~,pniico f:d to11 par& ali fic~trrn d ?'in'-
tivamente.
l'ciii 11sqiifl , 1 r l ? 3I.i em qns p i i i -
cipiat-:~ IL ~ I I ~ I T !pois iltt 03 nisrinhe!rit i
fr3toja40, c111113 r:' (:i)st,t~iiit?,:LI;~)II~,HI:BO, q ~ t a z i~ B : : L : 1 L
h:as t1:t noit,e, qiinndli r.cissp~~~auo-i a repanzlir, li.~-.i!i-
tnr-se tam siibita tempestude, que o cltb3, qrie siiite;it.r~.t
n anco;.a do no.ino n:tvio, n b p - 4 8 r e z i ~ t i rno i~npotni l i r
vagas fiirioz.rs ; e o rimo rilivio, assini coaS~t.idoe R$-
tiido pela9 nn:l rs, impelido c.)ui?era psra o lado ci3 prsin,
veio a ticat irpems em diirts b:a$t+ e m:is d'agiilr ( P
msnos que padia te: para fl i t u a r tie3carrsg&d,), e p JUS J
falto3 para b ~ t e na r areia e iiaufragdr.
5 16. E c ~ mefeito o mestre e o piloto, que s o n d ~ v a ~ i i
& proporçiio que o nsvio descahia,em vez de serem os ma%
impertlirbsveis e animarem 03 companheiros, qumd b

O autor i s:rJ?e: - C ip de Frie.'


HIS'XORIA UE V M A VIAGFJI A? T E R R A UO B H d Z l L 149
vir~m,que ti~han-osxegcdo a tal ponto de yerigo, cla-
maiam duas ou trez vezes :- Estamos perdidos.
Todavia os nossos marinheiros com gi ande diligencia
lanqaram outi a ancoi s , que permit,io Deos ficar segura ;
e isto impedio de sei mos levados sobre os roxêios de u m l ~
d'esças ilhas de Ma( alie, os quaes, sem c'uvida alguma e
sem ecpeirtnça de :cil~ac;iionotia (tam violento e:tava o
Eai), teriam des~edaçadoo nosso n a ~ i o .
Este tcmore asionbio duiou qcazi trez brae, durante
as qnaes de nzda ~ evia i gritar- bcmboi do ! estiboi do !
segiira o leme ! mete de 16 ! ala a bolha ! larga a escota!
porque irto 66 se faz em pleno mar, onde os marinheiros
n8o temem tanto a to] mrnta quanto temem perto d e
teri a, como então eitavamos.
5 17. Ora,a nossa agiiada, j a dice,estava corrompida,
evindo a manhan,e cecszda a toimenta,alguns dos nossos
niariijos foram procuiai agca fiekca em uma d'essas ilhas
dezabitadas, e axfimos todo o terieno d'ela coberto d e
ovos e de aves de diversas qualidades, alitis diferentes das
nossas, e por n8o estarem acostumadas a ver gente, eram
tLm manta?, que se d e i x a ~ a mapanhar & m8o ou matar rr
pauladas ; por isso tnxemos o nosso escaler com porqlto
d'elas, e trouxemos para o nosso navio quanto po-
demos.
E embora fosse este o dia xamado de cinzacl, os nossos
marinheiros, alihs verdadeii os catolicos romanos, xeioo
d e apetite em razão do trabalho da noite precedente, não
ezitaiam em comer de taes aves.
E cei tamente quem contra a ilontrina prohibio em
certos tempos e em deteimiiicdos dias o uzo da carne aos
cri: tãos, não tin1.a ainda pecetiado ii'esse paiz, onde n8o
t noya a pratica das leis d ' e a t ~supersticioza abstinencis,
e 1:arece de\ er o lugar di!yeneal-os do pi eceito.
5 18. E a qui~ila-feiia,em que paitimos d'estas trez
illia~!tivemos vento tam B feitão, que no dia seguinte
quazi pelas quatro brrts da tardexeghmos ao Cabo-frio,en-
seada e porto dos mais afamados d'esse paiz para a nare-
ga(ão dos Francezes .
Ali, depois de fundeados, e depois de darmos alguns
t iros de artilharia para sinal aos abitantes, o capitao e
c5tn i.:iiiznrir!ntiri~inoseni Cnlin-fi.ii) c1i~trrii::i. t:iin 1~~i1c.1,
como qiieriariios.
l'oi isso lia tarde tl'esse iuesnio dia, preparadas e
desfi~a1~l:ttl;tsas v+líls, sing~.iiiuostxin ~xiitajozaiiiente,
que i10 doiuiiigo, 7 de JCaryo tle 1.557, deixiiinos o itlto
mar i'i eh(1iiertlit do lu10 tle le.te, e eiitrhuios no bi-aqo
HISTORIA DE C M h \'IAGEY A' TERRA DO BRAZIL 151

d e mar e rio d'agua :algada, xainado Giianabara pelos


selvagens e Geneiire * pelos Portuguezes, que assim o
denominarani, ein consequeucia de o tereni descoberto
no primeiro dia de J;iiieiro, couo tlizem.
5 2 1. Coiiforiiie jii iueiicioiiei no capitulo primeiro
dlesta istoria,e adii~iiteainda desci.e\ crei niais circiinstan-
ciadauente, axamos Nicoliio de Yillegagnon rezidindo,
desde o aiiiio piecedeiite, eiii iimn pequena illia situada
n'este braço tle iiiar ; e depois que na tlishiicia de qiiazi
um quarto tle legoa o saiidAmos com-tiros de canliáo,e ele
por sua parte nos correspuiitleo, vieiiioa eufim surgir e
ancorar junto á (lita illia.
Eis em suma qual foi a nosit navegaqtto, e o que
nos acontece0 e viuios,iiido para a terra do Brazil.

CAPITULO V I
Nosso tlczc~i~~linl-qr(f~120 fortir~it l ~Coliq?ai, n n trvra do
B,-«t/:l;rtcollrirrim~to qire 11 o.<,fi>tLYicolfjo(1, Trillt~,q«gpon
e co~til~o~-tnlr~oato t111rto r~ltrticctr1re,rtet i rcZiqi170conao
its derriuis ycci.tc,s clo sco goucr~to?&'esse2wiz.- -

§ 1 . Ilepois que os nossos navios eiitraram no .pei.to


d'este rio (le Giiaiiitb~rii,mili perto da terra fiiiue, cada
qual arranjou e troiise a siia pequena bagagem para
os esca1ei.e~e funioa totlos ilezeiiibarcar na ilha e fortim de
iloligni.
E porcliie 110svii~niosentio livres dos riscos eperigos,
,de qiie tantas vezes estivei.wmos cercados no mar, e
tambeni por termos sido cuiiduzidos tam felizmente ao
porto dezejado, H primeira couza qiie fizemos, depois de
pdr pé em terra, foi todos juiitos dar grac;as a Deos.
Feito isto, fouios ter com Kicoltio de Villegagnon,
,que esperava-nos eui lugar conveiiieiite, saudauios todos

G crrlniiicnlc diriaiii-Rio deJrineifn. que 04 Fran-.


db
* Os i'or;ii~iirz~
cws ~ P I I I I I C I I ~ C . O autor tscreve mirilbre-(;anabure..-
C O I I I ~ ~ ~ ~ ~.III-(;,
uns no\ ontrns; e ele cnm s ~ r n l ~ l n n t criznnlin, rnnirb
I recebco-nos, nliinc:aiidn e f'nzriiilo niiii b n o
: ntn.
-. Depois tl'ictn n wnlior Diipnnt, nnsrn cnn~liif07,
I Iro Rirliii CI~nvtitq-, ~ n i n i > t t n s(I,\
in, i 1 ~ d n pn a cnii zn prinr:ipnl, ~ ~ I Inrw P
I a ~J~PY i:ipriii, c Ti<l$CRr n m?r ~ n n ~
. .
fibr mc as ca.7tas roi. PIC e r ~ r i t . 1 ~ I P PK\
pi3i.n rric.ir r \ ' ~ s $ ep i i z iimn j r r ~ j n clnnt*a
c'om n ]i# n.1avr.l d( T ~ P O E ; 8 plf. r postn,
11~011 d'~.;ta*tol'nmrs pnlavrns :
r Qiiznto n mim.trnlio nn verdade desde miiitn t~nipib.
e (IR tcitlo o niw) roi-n\:io clezejntln t n l coiizn. P r r r r l ~ n - ~11s
w
niiii biia o o n t ~ d ccom esta< cni1diqcí.s: :it; por qirc c i ~ 7 p i i i .
qiie rt nnsm irrrqi:t tenlin fznin t l ~-cr n ni:ii.; 1wm rc5-r-
inadri, d~ todas. D~qtlcj;i i:nei'o, qiie o' ~ i r i n srj:ini s rrpri-
niitlos, qiie o Iiixn dn ~rqtiinriiisci3 r~i'iirmn~ln,P eni
$ 1 1 1 1 1 ~ q i i ~(10 nirin (Ir ri~c:r ~ t n o ~ n - ti1410
s e cliinnto noí
Iinssa irnpdir T ~ P s ~ r y i ar Prns.,
Dppois, leranttindn os 01110s 3n cGn o jiintnnclo sq
nisns, i1ire:- S ~ ~ i i l oPens,l' rendo-ta grnq:ic:tlc tnt3 tprw
eiivinilo 13 qne ilcstle tanto temyin tenlio artlentrmente
pediilri.
T;: de n n m nos nossos cnmpnnhciros clice : * c f ~ n g-
filhos (pois qneio E P I - ros4o pai), assim conio ,TPZ~IS Cristo
ii'este mundo nada fez para si, e tu110fez por niis, assim
tnmbem eti (esperando qiie Deos nie coiiserre n vida at;:
qac nm fortifiqtienios n'eate pniz e possaes ciespcn~nr-mr.1
ttido qiranto pretendo fazer itqiii 6 para todos aqu~1i.s
qiie cCeiri ao mpsnio fim que vCis V ~ C S ~ P SDelil~ero . consti-
t u i r aqni u m r ~ f u g i oPiIrnOs polires fieis, que fi;rem perst,-
giiidus cm F ~ a n r , a , ria Espanlia, e em niitra qiinliliirr
p m t e de alem-mar, afim de que, sem temor do rei, nem.
do imperador oii de outros potentados, possam servir a
Dcos com pureza, conforme a sua vontade.
Eis a s primeiras propoziqões, qiie NicolBo de Ville-
gagnon dirigio-nos por ocazião da nossa xegada, que foL
n'uma quarta feira decimo dia de Março de 1557.
HIST0Rl.k L'E C M A VIAGEM A TERRA iJO L)IIAZIL 153

5 3. Depois d'istomandoii logo reiiiiir toda a Siiit gantcL


comnosco em uma pequena sala, que avia iio meio da ilha.
e depois que o ministro Pedro Ricliier iiivocoii a Deos i:
cantou-se ein coro o salmo quinto nas palavras: - Quer.)
dizer etc., o dito ministro, tomando por tema esta;
palavras tio salino vegesimo setimo :-Pedi ao senhor uma
couza que ainda reclamarei, e 6 qiie eii abite li& CaZiL
do Senhor todos os dias de miiilia vida - fez a primeira
predica no fortiin de Co!igni na Ameiica.
Durante ela Nicolho de Villegagnon, pretendendo
espor a materia, niío cessou de juntar RS niiloz, levantar
os olhos para o cCo, dar dto3 suspiros, c fazer vario3
outros gestos, com que catizav;r actuiiraç&oa todos n6s
Por fim acabadas as preces solenes, conforme o ritual
costumado das igrejas reforiiiiitlas e u França, e deter-
ininado para clas iim dia em mtla semaua, tiissolveo-se a
ieiiniiio.
$ 4 . N6s, os recem-xegados, ficamos e jantamos
n'esse dia na mesma sala, onde por viantla tivemos frrrinli;~
feita de raizes, peixe moqueado, isto 6 , assado a mãnei1.s
dos selvagens, e oiitras raizes cozidas no boriall~o(das
quaes couzas e dos seos pr(zstiuios, para niio interroiuper
agora a minha espoziqiio, falarei em outro logar), e por
'bebida, porque não existen'esta ilha fonte, poço, nein ri(*,
zrgua de lima cisterna ou antes de iiiu esgoto de toda n
xuva,que mhia na ilha, a qual agiia era tam esverdinhadrr,
porw e suja, como 6 um xarco antigo coberto de rans.
Verdade é, que eãta agua trrm fetide e corroiiipiclrr
ainda axal amos bGa ein eomparac;lo tlrr qiie bebiamos n ,
navio, como atraz f ca dito.
Finalmente o nosso iiltimo manjiii., para refazer-nos
(10s trabalhos do miir, foi coiiduzireiii-nos dali para a r -
reger pedras e teira psra esse fortiin de Coligni, ciija
construção proseguia.
Foi este o boui tratamento, que rios deo NicolBo de
Villegagnon desde o primei1 o e grato dia de nossa xe-
gada.
Além d'isso, á noite, qiiando tratou-se de arranjar
ayozento, o senlior Diipoiit e 03 dois ministros foram
comod dados em umii erruiara tiil qiiul n? meio da illia, e
20 P. 11. VIJL. 1 I r .
1~ B l ~ : ~ r~~ ;l l :l llI , \ I i t ~ I O4 1 0 B ~ ( b ~ l41114s
l, l l \ ~ l ~ . I l ~1 I~l P~ -l l~l l t~' ,

cnrl~~lli.~4~
1 . ~ 1,-,t1iiiia,ii) ro;'11:i11, I\ilkA
#? iii;,i:t. i [ ~ l f ~ l ' t ~ l '
1.~1-

f:il)~i4-:~:7]):ll-:i, (I< t i p i ~ ~ ~ ' ~ ~[ I\ : SI ~Oix, l \,) l l i > [ I . B ~ I \ I I ~ ~ t~(lG-mi

1111h.t I.(- P I ~ I ] II.~


I ,i t : l ~ iI,I I~- ,~ =Il,, v : t i < a ~ ~ t i z~o! I ~ -!,.I),
~.G I I ; ;t . , f l
(141 111:iis~ ~ I I c ~ I ~ : ~ .ilixirt, ~ ; L ~41!llh - T I ~t ~ ~
I I I II ; IsI I, 11 I I C ~ ~ , 1,

S. I':LIIIÍ~CII\ S i t a , ~ ) l i ' i , ~~ l t ? \ ' i l l i t ~ i \ ~ ~ ~ ~ ~ ~ t i t t i t.

ni1nc.a I ~ I I Viil~riein
~ f;clnr ~iir?llioi-i1;i. rc:llir clfiitrni:~
cristnn coitiii t.11, riitic-, f:tzi:i), r ~ a i iririv~ri4:iiIiiirii rlc I:''I-.
~ I I nIe:rv~~vi~~
P e se 1151)e111~ ~ O ~ ; I F S~ : PL I ,- : L : I ~ - ~ I I{li I P*!~.
nliw di. iiin.; fnrpa. rior c..pnc;o 11e qiinzi iiiii iii(*x, !I-i
c?xri:ii(:5n (1e iiin iiiistttr, n ( ~ I I F ! ~ l i i sn i u rst?v:Li!l'l:
acostiiina~los.
E posso iifiriuar, qiic! Sicoliio tle Yillegagiion iiijiista-
meiite (lucisii-se : poiqiie, ciiicliiitiito professoii o Evan;e-
Ilio ii'esse piliz, tiroii tle 116stodo o sei.vi{;o,qiie esigio.
5 1;. 0i.a.lj;ri.a \ . ~ l t i ao ~ r ; L S S I ~ I I ~priiiçipit1,devo
O dizer,
qiie tlcsile a l)riiueii.a sviiiaiia, ciu que xegamos, Ni~oláo
de Villegilgiiuii 1120 :.b coiistituio, mt~staiiibem ele proyrio
estabeleceo esta ordem, a saber, que alem das preces
publicas que fazii~m-setodas as noites, depois de findo o
trabalho, os miiiistros prega1 iam duas vezes no domingo e
nos dias de trabalho diiraiite uma ora; declaiando tambem
expressamente, que ele queria e dezejavx, qiie sem con-
templaç6es umanas fi)>sern os $acranientos atlminiatrados
conforiiie a palavra pura de Drox, e qiie no de niais fosse
a diciylina ecleziabtica i1 plicacta contra os pecadores.
Cont)i.iiie esta policia eclt~ziilstic;a, no domiiigo
21 de i\íltiço, eu1 que pela primeira vez celebramos a
santa ceia de nosso senlior ,Teziis-Cristo no fortim d e
Coligni,iia America, os iiiiiiisti os,com a devida aiiteceden-
cia, prepara am e catechizaram todos aqueles que deviam
comiingur,porque náo tinliaui b0a opinilo de um tal João
Cointu, cltie ora apelitlava-se senlior Nitor, ora dontor
da Sorbona, o qiial tinlia passacio o mar coiiinosco : foi
rogado, qiie, antes de aprezentar-se A comlinliáo, fizesse
con6s4o piiblica da stiii fk; o que ele fez, e por este
modo perante todoa abjurou o papimo.
§ 7. Igualmente quando termiriou o sermlo, NicolAo
de Villegagnon, apai entando ~610,levantando-se, e ale-
gando que os capitltes, mestres de navio, niarujos e outras
pessoas alii prezeutes ainda n&o tiiiliani professado a
religifio reforiiiacta, nem eritui capazes de tal mistei,io,
os fez saliir, e 1130 quiz, qze vissem admitistrar o pão e
o vinho.
Alem d'isso ele proprio, conforme dizia, para dedicar
o seo fortini a Deos e para fazer confissão de sua f6 e u
face d a igreja, ajoelhnti-se eni um coxim de veludo (qrie
o pagem oi.diiiitriauieiite t i m i a atyaz d'ele), e pronunciou
em voz alta duas oraçóes, tlas quacs obtive cópia; e atiin
de que c ; ~ d um a mellior compreenda qiiaiito era ingrato
conhecer o coi.aç&oe o interior d'esse ornem, aqui as eri-
siro palavra por palavra sem iiiiidar lima só letra.
5 8. «JIeo Deos, abre os olhos e a boca do meo en-
tendimento, prt:para.o3 para te dirigir contisslo, prece.; e
açóes da graças pelos excelentes bens, que nos tens feito!
Deos onipoteiite, vivo e imortal, pai eterno da teo filho
Jezus-Cristo, nosso senlior, que por tua provideiicia com
teo filho governas todasascoiizwno céo e na terra, assim
crinic, pnr t i i ~hnncl;irle infinita C7r-te nrivii- ni. t c n ~rscli-
Iliiili~q cIc.>illi 3 (-1 ~ n t : ~ilon nirintlo, ~sp~ri:iliiicri tr- p i r ' t~
tillin, qiir e r ~ ~ i ~ i5s tr*rri\, tr I ~ P I ~(111iil
) t p m q l i ~ i f t ~ - t ~: iP~ R
. ~I
d i t o rni voz alta : Onri-o :- c ilrpnis iie tii.1 :tceiií:.io p11l
t ~ o~ > p iitn-.;:irito
i tlifiiniiiiin solii e nç n 1 o<tril(ts - r+.-
conIir<ii iIc corsq:io n i i t ~n tiir\ ninrrr-tnd~(. pc.i.int
izryia, r11;intiicta pnr Crn<:i tnnn'~.tr p,1i7,~ I I P
rixei, 11~Ii-tIIrilTit ~ I I Pfiz P p ~ l n~ n in ~IIP nrninli'xq 1
~~rndí~iiciit, sitiiín r l i i ~n cxitir, rlnr pciilr.nicis i t ~ i G. t\I(10 [i111 1
j i i i r : ~ (1;~sti..i.~iir,snpirnini:t iI:t rnrnr, pnliitn nii 7;lil (I I
vnirtriilr, t c>rirlrriti? n ~ i + ~ nno : i \ fini c iit iliilnt IPcln nie-r) P i p ~ .
Port:iiiiii pt'ntc*.tn ta cSniif~\so qrinq%ti,
.
t'i.niii.:t,,,. ,,, . n ri^ ~ t ' i 1 1
a Inz i10 teli ~upiritii plinto ti50 s«ii iilrmt'n si~i:ll> p.11 I
pecar ; e c!~~pqi;iiido-niet l tnil,~ ~ n CIO i:{. c l i i r i n . r l t ~ r *
L"

sailw (!e n i i ~ ~ ~ , q<ii ~ ts ~i ,~ tIIIZ t a o11 s r ~ ~ t ~I IlVl vil ~ ; t\l i f ! ~n 1


obra pin, q!iia '"i' intJij iiiteiriictlio f i i e s t c , ;i ntiiliiin R t i
s6, fnntc {IP twtn n l i ~ m .
S'e+ta fi; p o i s mpo DPOC, t~ r c n i l o ~ i : ~ iq 1~ to~ltl
~ : i,
meo criraí:Bo, por t e ~r(\rt?lid i ~ n n t l nn i n a 1 -iiie r l i i u vi1-
qmncior niiiriilnnc13, r n t r r o? q ~ t ~ t pvivi:^
h < pnr npe tiic I { - ,
nmi)iq30, :1p~a7rridn-tc~ por In<pii.nc:iin I lo tc.0 r - 1 , i t i t o -
snnt 1 1 cn1ocni'-nir b tio liir:ir. riiiilr ciiiii t n d n lilier(1I.iilc I. r
I
pol;s:i S P P Y ~t - t rnin rnii:t+ 8s mirilins foi ?:ir pni.:i ;iiinic.nt
i
~ 4,

d e tcn fiiiitn ri.inn.


J3 sscim f:~i:n pnt'n prPp,sriir Iirznr c morniln pncific 1
pnrn a q t ~ ~ ~ ~ Il IvPP~- ~ R I I I priv;icIn< (le i i i ~ n r f i r p11111ii-.l-
iiiente o ~ P C 1101iie ) piir;\ ci;~ntiiicar-ter arlornr o t+lo rtnriie
em eiipiritri e rerdirdc, recnnlieccr teo f 1110, nosso senlini.
Jtzns Cristo, e ser0 iiniro iiieditiilor, nossa vid;c e cuiisrili*.
e o iiniro inerito da nossa snlv:iq;in.
.hlPm d'issci eu t e n g r n d y a , nli! Deos d e snpr~ninhnn-
dxde, porqiic, cnnil\iziriilo-nic s este p ~ i de z i~nni'ant~s
d e ten noiiicl e ita tiia gi'andeert, nias po\siiidos I ~ SP ~ t a n .
como eiVanqa siin, til me prezervaste dtt s u a malicia,
embora fòsse eii destitiiido d e forcas uiiianw ; mas til
Ilies inciitiste terror d e nós por f0iuio tu1 que com a
simples mençHo nossa tremem de medo, e os desreisaste
p a r a alimentar-nos coin o seo trabalho.
E para refrear a siia briital impetuozidade, os afliges
com t r e z criieis molestias, preservando nos cl'elas ; tiraste
<Ia terra os que nos eram mais perigozos, e reduziste 03
outros a tal frctquezu, que nada ouzsm cnprernder
contra n63.
Por cujo motivo tendo eu oc:iziko de lançar raizes
n'estelugar e RSS~IUtaiubem a coinl)anliia, que te aprouve
trazer aqui sem perturbriçáo, estiibeleceste o regiu~entlo
iiml igreja para maiiter-nos em iinidade e temor tle te3
santo iioine, rtfiiii de guiar-iios para a vida eterna.
0:a, S:nhx-, pois que te aproave estabslecer' e u
116so teo reino, peço-te p3r teo fillio Jezus Cristo, de
qiiein qiiizeste fiizer ostia pa:a coofiimtir-no3 e:n tu:&
dttedile~ito. que :tumenteia as tuas gratas e a nossa f6,
Surtifiçaiido-iios e iluiiiinaiido-nos com teo santo espirito,
para dedicar-nos ao teo serviço por tal f6rma que todo o
iio.;so esiuero eiiipregue-se eni tiia gloria ; queiras tam-
beiii, seiilior e pai iiosso, estender tr tua bençilo sobre
este sitio de Coligiii e pxiz da França antartica para que
seja inespugnairel refugio d'aqiieles que com boa con-
sien:ia e s e u ipocriziit alii s? abrigarem para dedicar-se
comnosco B exalktçáj da tua glo:ia, e possamos invocar-te
uo seio da verdade, sem a pertiirbaçáo dos erCges.
Permiti tambeni, que o tso Evangellio reine n'este
Iiigdr, fortificando os teos servos para que náo caiam n:>
erro (103epicuristits e outros apóstatas ; inas se.jnm cons-
tantes eni perscve -ar lia verdadeira adoraç8o da divin-
dade, conforine a tua santa palavra.
l'raxa a ti tainbuni, oh! Djos da suma b~ii:isde,pro-
trger o rei, nosso soberano e senlior, seguiido a carne,
fiiin inulhe:., sua progenie e seo consellio, o seiilior Gaup:ti
.de C:)ligiii, sua mullier, e sua progeiiie, coiiservando-osiia
vontade de insnter e favorever e3ta tua igi6j:j;~ ; e qlieir;is
a mim, teo iimilissimo osc::avo, dar pru:lencia para diii-
,&-me, de sort2 que inenáo desvie do vei-drlleird csmin'i ,
e possa rezijtir a todos os ~ b j t a ~ ~ i lque o j , Satan ui 3
possa opor na auzencia do teo auxilio ; que te reconliey r-
1110s perpetuamente por nosso Dvoj mizericordiozo, jristo
.juiz, e conservador tle todas as C ~ ~ i i cZo~ai teo tilho Jez.13
C:isto,rainante coatigo, e te 1 E ~ p i r i1-S:rnto,
t b ~ i x 10
a '
àobre os apostolos.
Cria pois em n3s um cora@., rbto, mortifica-nos com o
~(,(.:I,I?o. r f h ~ : ~ ~ ! ~ ~ r~VIIII~I : + - f I\III~~TI
~ o ~ ~II~~SV~~II. ;I:~I-:I. ~.iq,-o*! ni
{.~-'III ,jil,.t ir;:^, s ~ t ! ! f - i t : ~ i i i II~IL~.:\
lt~ f b : t r l ~[I:IT:~
fb t t ( r n , ? l - ? i,iityti,:~
]I:~;.:I 3 s ~II,T(I,S ,!:I :tl111:t iti~lli1.:1~1;1 pab!. f i , P ~ : I T + - ~ I I I O S::
l ti:( vcint ;II[I, ri:i t l q r t: I . c.íinlri rio (-I;GI f : i i r , i i i i,.; :ii),i~q.
?I:>. ji:ii.:\ ~ I I nI ~i i i _ r r ~ ~ i ( - iiIn+ a a.t:i<t':izi.i. :i9 ncr,.z::,:
T I ( , C ~ ~ ~ : ~ C ~ : nt-15 I I ~ ~ TI:,-) ~~ ~';LI;:I t * : ~ i t - PI~I ]lta< :I(ICI ~ t f r i .~ I P < , ~ , - I ~ -
!i:!il{;:l < I : ( t 119 ~ ~ O T I I ! , L (( \~l l~t ~, i l ' ; l ~ 11r(i\, , * I ' :h I I I ~ . : ~ : ~ ~ i , f I,; ~
4.1 . ! ! : : t 8 r s ,tl. FI u n w a S:IIII:I*-

1': :t 1 r' t I'I*~I'~ o l ~ : l l r > r,lr1 l-<18;


171:: r(I ,'I I tIy111~e 11Iii # ! O i'iir1..1.
:i.-..:rii t :I I 11' 1 1 YIIG ntb<~~ : tl !<~ l : , l !
4 ' 1 , l : l ; I V:llllf' 11'11 i ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ l ~ ~ ( . ~ ?ia ~lsrt)
O l l l . ~t $ l ~ l I ~ ~ - ~ ~
~4',.. ~ l ' p 1 1;, 6,s l t ( m l ~ I I I ~ I U 1 III[*I, :I (~I:IL.:~I1 ! , + ~ , I I . I T ~
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L T1 I : l~ rlp .\r!:
I ~v II m !\i,< i - t ~ r i ~,,I f >,-, ,
.+l1tr,rt~ i l ' i ~ s o1 ~ 1 1 1 1 t i ~ t (vl ~t t o :t i l ~ ) , . ~ ?:~!II:I ~I;(I ~I,',I!,- ,5~:t$.

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~ ( I ~ ~ Y(111 I J (, i~l )O
F ' ~ l v r ~ ~ p- tvi Il < iI - I I ~ ; , ~ ,117 l-ít!r,q
j ~ ? l ~ ~ l . 1-1f f ' i tr t ~ l l ( ' ] , \ l * .
Iyitnlnicni(1 jb.lns mci.rcinirntc.s ( 1 t~ .TC~II?
c ~ , i : t r ~n.:~ii :I(W i r n t ~ i 1 t 49~ss IIIF~:I, t ' : ! l t ; ~ c , 311 1111"1'":
ri :nr.rjf:i,iri 11:i '!I:I iiitnrtc r li:iiyTii>, rliii. :I~!IT,,~

n I I I I - ~ ~ : I II I I ytTc:r~;iinI,.ri:
d(i :?ri rl-ii.Iio nii i i i i ~ t i ~ r i11% l i tiir~:ir-isti;t.
Da mesma forma concecte-nos graça para qne per-
doemos aos que nos ofenderam, e em vez de vingança pro-
curemos o seo bem,como si fossem nossos amigos, seguindo
assim o exemplo de teo filho, que pedio por aqueles que o
perseguiram.
E quando formos instigados pela lembrança dos bens,
esplendores; pompas e oiiras d'este miindo, estando
aliks iibatidos pela pc~bi-cza,e pelo pezo da criiz de
teo fillio, s e j a n tua v o n t a t l e exei.c,er-nos p t i i a toiriar-nos
obedieiites, e para que, cngollndos na felicidade mun-
dana, não nos rebelenios con tia ti, siisteiita-nos e atloq1t
a agrura das afliqóes, afim de qiie e s t a s não siifoquem a
semente, qiie lançaste em nossos coraçóes.
HISTORlA DE UM.4 VIAGEM .iTEHRA DO BRAZl'l 159

N6s t e rogamos tambem, pai celestial, que nos guar-


des das tentações, com que Satiinhs busca desviar-nos ;
preserva-nos dos seos ministros e dos selvagens insen-
satos, no meio dos quaes t e aproiive trazer-nos e cou-
ser\-ar ; livra-nos doe apostatas tla i eligião cristan espa-
Iliados no meio d'eles ; e sejas servido xamal-os ti tua obe-
diencia,afim de qrie se convertam,o teo Evangellio se pu-
blique por toda a terra, e em todas as naçóes se aniincie
a tua bemareiitiiranc;a .
Qiie ~rivase reines com teo Fillio c o Espirito-Santo
por todos os seculos dos seciilos. A u i e n . ~
5 9. « Jeziis-Cristo, fillio de Deos vivo, eterno e con-
s~bstancial~espleiidor tla gloria tle Deos,sna imagem viva,
por quem foram feitas todas as couzas, tu viste o ge-
nero umaiio condenado pelo infiilivel juizo de Deos, teo pg
em consequeiicia da ciilpa de Adtim, o qual poderia gozar
da vida do i eiiio eterno, tendo sido creado por Deos de
t e r ~ a n ã opoluida por semente viri1,donde se p6de tirar ne-
cessidade de yecado,dotado de toda a virtude, com libertla-
de de amplo nrbitrio de conservar-se na sua perfeição ,to-
dayia incitado pela sensiialidacle da carne,solicitatlo e mo-
vido pelos inflauiados dardos de Satan, deixou-se vencer.
e assim incorre0 na ira cie L)eos ; do que seguia-se a
infalivel perdiqiio dos ouiens sem ti, senhor nosso : tu,
movido por tua iuimeiisa e indivizivel caridade, t e apre-
zentaste R Deos, teo p:ii, iiniilliando-te a ponto de snbsti-
tuires a Atl:~iupa1.a sofrer todas tis ondas do mar da iuùi-
gnaqão de Deos, tvo piti, para nos.;,?.purificaqáo.
E rtssiiii conio h ( l i ~ 1fiil.;~
~ feito de barro não cor-
rompido, seu1 semente viril, foste concebido do Espirito-
Santo em lima vil gem pai a ser feito e formado em ver-
dadeira carne, como a de Atlaiii, siigeita d tentaçiio, e
constaii tcmeii te exerci tadn liiitic; (1118 8 de todos os omens,
sem pecado; e finalnieiite qiierendo admitir por t i em teo
corpo o dc Adani e toda a siia posteridade, alimentando
as suas almas com a tua carne c o teo sangue, tu quizeste
sofrer morte, afim de que, como membro de teo corpo,
eles se alimentassem eu1 ti, e agradassem a Deos, teo pai,
oferecendo tua morte e u satisfa$ão das suas ofensas,como
si fossem seos proprios corpos.
1:. risim co:rin rr pecaalo i 1 ~ . ;\rlin~S P inncnl4rx n.1
PIO
~ 1 1 %1 1 : ~ 1 ~ ~ i - j ~r,] ; t t l 1 ~p, , ~ r .1:,~) A I I I ( I - ~P , t 11 tl11izt-3t~ e
inip~tra5t1-e tle 11 *osy t911 i i : ~ i i,1 i i b A t i l i . j t ~ < t i ( ; ~f:~q+eir11-
~ i l ~ t ~n?;i l :C~~ R I I ~ P ; ,0 4 (1'1:1vb;, II!II!I, 111111 1 i i ~ : n c : ~ ~(1:i i t i i I.
,:RI-iie r do I i3n s3n:ri ',
? l i tix,*.<t** lin < cn:ilt i:,), P t,v,~ns!',t:
l )r t.111 ( o : q y n l >t b si111<1
~ n a q t ppin t,i c n i o ; t ! i n ~ ? ~ i t ~I ; i 11 :ini:i,~.
GPF, ~ ~ ~ r , n~ li?^^. : t ~j ~1, l~t ; ~ti . i~r t b : - r n ctern iiii.jnt,#. c iinn ti-
1Iitis r l jiist
~ iqn c 1130i1:i ira.

r~rnLtn fipr~y~nti111-3~ Iozo ~ i a i n t ! ~ til ~ SiI . ~ I \ I I,* Ir ~ ~ , -,r l , t l I

i l c ,i irlho; o p'o c ( I ~ i i l l l or1.i. iii;io i111 i i i i i i i - t i c t .


F:ntretniitn vrhrilicnni?; In,nr, n i ! i ~r)t ~ ' , n ~ ~ l(i 1t n~1i1n
~ n t i g . icccrit ii.. qiii~i~lii rlizin, r l i i ~(: iliticil .iiniil:ii* ;i.r i i s -
t u d e por iiiiiit:, t,eil~pri;rn;i;iiii p~~:.cel~i:iiii~~;. qii~ :iria app-
iixs o;tr.nt.i$i I nn stAnli wcc! liini!ii!n. J:rn1,?:.a ele P .In:i»
bCoint,n tiresseni n'!iiiiniiJci pii\)lic.~insnten pnpirrmn,t inhaiii
ti.irlsvia i n a i s ilcz!bjns de disclitir C cnnteii~lerilo iliic (11
nprenrler c npi-oveikii; pnr iisn n5o tiirilitram 1niiit.o e:n
inovei. dispii tas relitti~itsR doiitrins.
E princiyalm?iite sobre o ponto da.ceia: ambos rc-
.geitavaiii s transnb3tanciaçáo da igreja i.omsn:i, como
opiiiiáo qiie cles diziam nb?itit:iient,e ser grosseira e ab-
sur(l;i., e tniiib~;niirio aprovava!n a consiib.jtancia$ão; po:.
isso coiiseiitiiiiii, qiie o; inliiistr~scnsinassein e provassem
coiii ti ~:tlii\.i.;itlc Deos, que o pão e o vinlin n3.o se cmver-
.tia111i.ealiiie:itc ciii corpo e saiigue do Senhor, o qual po:
i 3s) ii:~ ) s.j c!is2:i.itvà n'essas duas especies materiaes assim
HISTORIA DE CJ1.4 \.IAGEM .I7TERRA DO BRAZIL 161
como Jeziis Cristo está no c60, donde alias, por virtude do
seoEspirito-Santo, comunica-se em alimento espiritual
aos qiie recebem os sinaes da f6.
Ora, como quer que seja, Nicoláo de Villegagnon e
Jogo Cointa diziam estas palavras : J Este e meo corpo,
este 6 o meo sangue- e ellas iiBo podem significar sina0
que ali se contem o corpo e sangue de Jezus Cristo.
5 11. Si perguntardes porem : como pois as enten-
diam eles ,visto dizeres,que rejeitavam as duas sobreditas
opiniões da trarisubstanciação e da consnbstanciaçAo ?
Como nada sei a esse respeito, por isso creio firme-
mente, que eles nada entendiam ; pois quando se lhes
mostrava por outras passagens, que essas palavras e lo-
cuções sam figuradas, isto 6, que a Escritiira cost
xamar e apelidar os sinaes do sacramento com o n o m e 2
conza signifiçada, embora eles não podessem refutar com
argumentos procedentes para provar o contrario, nem por
isso deixaram tle continuar obstinados ; de tal sorte que
sem saber como isto se fazia, queriam comtiido náo sb
naturalmente, mas tambem espiritualmente comer a
carne de Jezus Cristo ; e o que era peinr, & maneira dds
selvagens xam:idos Goitacazes, de que atraz falei,os quaes
mastigain e engolem a carne crua.
5 12. Todavia Nicoláo de Villegngnon, aprezentando
sempre rosto alegre e protestando náo clezejar sinão ser
bem instruido, mandou para a França o ministro Guilher-
me Chartier em riin dos navios (o qiial, depois de carregado
de páo-brazil e cle outras merca(2orias do paiz, partio a 2%

de Junlio coin destino de voltar), rtfiin de que sobre a con-


tenda da ceia trouxesse as opinióes dos nossos doutores e
principalmente a do inestre 5030 Calvino, a cujo parecer
(I
dizia ele querer submeter-se.
E com efeito por muitas vezes o ouvi dizer e repe-
tir estas palavras:- O senhor Joilo Calvino 6 um dos
mais doutos personagens, que tem aparecido depois dos
apostolos, e não li doiitor, que, no inoo entender, tenha
melhor e mais puramente esposto e tratado a Escritura
Santa do que ele o tem feito.
$13. Por isso para mostrar,qne ele o acatava,narespos-
t a dada 6s cartas, que lhe trouxemos,nilo s6 lhe particijw:~
21 P. 11. YOL. L. .
inni longamente qual o seo estado eni pernl, pnrtn, L,Jl,,

particularmente (cnino dica no prefircici t? ainda .;e 1-1.


rio fim do orizinnl (1s siin carta com t1:itn (10 iiltimo (1t3
?liarco de 1557, qiic temos lieui miar(latl;~)cscrereo corri
tinta de pfio-brazil e (lu seo proprio punliu o s e ~ i i i n t c :
r Acrecentarei n consellio, qire iiie destes pm vossa<
cartas, esforqando-me com toda ~ o n t n d epor 1150 desrinr-
m e d'ele em couza algnmn. I'ois (Ir f:ktc, ectoa Iiern persiia-
ctido,que n i o piirle w e r ou ?:into,r6to P pr*rfi>itn.
Por tanto nirindnmos 1.r RS :nrtas em reiirii5o tlo
iiosso consellio,r, depois reg ifini cle ql~e,sinos ~ C S -
rinrmos clo bom c:iiiiinhn, sejniiios prln lèitirr,~.tl'e1q.s
~ d r e r t i d o se apcirtndns do estravio. N
Tamhem um tal KicoI50 Carmeat~,qne foi pnrt~iloi.
. rl'esss3 cnrtas, e que partirn no piinwiro (lia iln .lhn'l rio
navio ROPCC, RO dc~pedir-sacle n6s, clicp-me, qrie Sicol.in
rlo V i l l ~ q a m o nIlie detemiakrn, q r ~ eroc,zIinrnte rlic~?;.if*
RO sellhor Jo5.0 Calvino,que ele Ilie rogarn,qtie ncrcclit:is~e,
que, para perpetiinr n niernorirr do coiis~l~in. que lhe clcra,
ia mnndnr nrnval-o em cobre; como trtiiiliern enc,zrrcq;irs
o dito SicoKto Carmeaii do llie trazcr cle I'ran~;;t 31-
gamas pcrssass, oniens, mnlfieres e meninos, promt:tendo
tatisfazer e pagar todas as ili:spezas, que os sectsrios da
religiúo fizersem coni o nrrnnjo cl'cssrt gentr .
5 14. Antes por4m cic pnusrrr adiante, niio qnero omi-
tir aqui a monçao de 11, rrip:izrs s e l v a ~ e n s(11: idafle de I! a
10 annos, e de menos, tomados n a guerra pelos selvcrgens
amigos dos Francezes, e vendidos como escrwos a Ni-
c0180 d e Villagagnon, os quaes depois que o ministro
Pedro Bicbier, no fim de uma predica, impôz as m8os
sobre eles, e todos rogamos a Deos lhes fizesse a graça
de serem os primeiros d'esse pobre povo xamados ao co-
nhecinento d a sua salvação, foram embarcados nos na-
vios, que, como dice, partiram a, 4 de Junho para irem
para a França, onde os ditos rapazes xegaram e foram
aprezentados ao rei Enrique Segundo, então reinante,
sendo depois dados de minio a vrtrios magnatas, e entre
outros deo um d'eles ao falecido senhor de Passi, que
mandou batizar, e eu depois do mco regresso o reconheci
em caza d'este senhor.
HISTORIA DE UMA V I A G E M A' TERRA DO BRAZIL 163'

Além d'isso aos 3 dias de Abi il, dois mancebos,


criados de Nicolbo de Viilagagnon, despozaram na oca-
ziso da predica, h maneira das igrejas reformadas, duas
d'essas raparigas, que tinhamos t r w d o de França para
este paiz.
5 15. Do que aqui faço menção, não s6 porque foram
as primeiras nupcias e cazamentos feitos e solenizados ao
modo cristão na terra da America, mas tambem porque
muitos selvagens, que nos tinham vindo vêr, ficaram mais-
admirados de vêr mulheres vestidas (pois antes nunca
tinham visto) do que de vêr a3 ceremonias ecleziasticsri,
&squaes alitis lhes eram totalmente desconhecidas.
Igualmente aos 17 de Maio JoBo Cointa despozon.
outra rapariga, parenta de um tal Laroquete de Roue a
qual transpassbra o mar comoosco; mas tendo este i&-
cido algum tempo depois da nossa xegada ali, deixou esta
sua parenta como erdeira de doda a fazenda, que trou-
xera e consistia em grande quantidade de facas, pentes,
espelho?, frizas de côr, anzões de pescaria, e outros insi-
gnificantes obj6tos proprios do trafico com os selvagens ;
o que conveio a JoBo Cointa, qiie soube arranjar tudo.
As outras duas raparigas (pois, eram cinco, como
vimos no nosso embarque) foram tambem logo depois
cazadas com dois interpretes da Normandia (truchemensh
de sorte que não ficaram mais entre n6s mulheres nem ra-
parigas cristans por cazar.
8 16. E para n8o calar o que era lonvavel nem o que
era censnravel em NicolBo de Villegagnon, direi de passa-
gem, que, por cama de certos Normandos, que muito
tempo antes d'ele xegar a esse paiz tinham se salvado
de um navio, que naufragbra, e aviam ficado entre os
eelvagens, onde viviam sem temor a Deos, e se amazia-
~ a mcom mulheres e raparigas (como vi alguns que
tinham filhos jtí de 4 a 5 annos de idade), tanto para
reprimir isso como para obviar, qiie d'aqueles que faziam
sua rezidencia em nossa ilha e em nosso fortim nBo abu-
zassem por essa fhrma, Nicoláo de Villegagnon, ouvido o
parecer do conselho, prohibio sob pena de morte, que
ninguem, que tivesse o titulo de cristão, abitasse com a s
mulheres dos selvagens.
K' c ~ r t q que , o OIYI~IIXIII;~~ l c t e ~ i ~ i i n :Q
~ I~I-Pf,<lI, ai-
~ ~ , r n nf i,w s ~ n iatr;il~~il;~+
t a sctii~,~ila\
:IO r o ~ i I i t ~ ~ tri~ i fltj
~~~(*r~
~)IVW, S ~ T I , ~ p ~ ~ - n ~ i tilesp~~z,tl-+~\,
i(lo ~ l ~ p n (111
i * - t J v t b n l 1j1t1-
7~th4.
713s a~siniS P I I ~ ~ L1130 I , rilhtnri t~ n.s ndii por
nriq niiiitnh rtixrs fiait:i.; n fi~iiohni hiirri I~.I'I.PO
~ I I I Isi1 i ~ ~ ~ l i ~ i ~íIt*ixa\.o l ~ i o , q ~a ~ i t~i ~~ o~ 7 0 ~ 1 I ' c~in.
fesq:ty ,I t + ~ ~ Cri.14) t, ~ ( I I I I O <ilo w.11 a11111,; 11orI..,, 0110 , o
fr i i i ' t i I i I I ~ I I I II , tn-
11iZi1P 11111111t,rselv:irrtl~n.
5 1 i. 'i'o11,tvi;~c~~uio*>*talei t inl~,i clm-tj fiind 1-
iiicnt~rna palavi :i. (113 l)i*os,ioi [ior isso tniii rt;:\t,l~ncnt~
oI~cP~vR~I.'L, qut: n ~ : ~ l ~(111s n i ~ i IIZZP* (113 \icol i r i ilt~ '1-11ih-

gapnon. iicrrt ii~iiliiinicios iio.hns c~oni~~iiiilic~it~ciu ;itr,ln,-


~ i ~ ~ d; i er i riiiliora tlt~poir;rlo tiien itlq-i..-n ri1 t l . n \ i j
O I I V I ~ ~ I tlim-,
> r1iit1 VI(,, tl~iando 11 I J l ~ ~ i t 3 r i r ~ ,
~ I I I I ~ : I , - S PI Y I I ~a \ !1111111t41.rq \.:IZP i t ~ii~~iinl~o, ~ f
qiil*nin;.iit.rri riii iicix.;~) t i w p i i {i' . p ~ 11~ t-
ti: 0 qiia inniu i.: e10 tiirri ~c*~.er:imcnt~b i.t~~.~l!iiiiipn~i.\ra
a obseri nrtci:i rl,~ sii:t oiTci~ii;inc;.i,qii4' c3m rtbit t l i i - ~ x ~ i n ,
; ~ ~ ~ I I I I IIir<\ons
RS (1%s 1 i iiininr
~ i ~ ~ n f ~ t l ti ~tivrr~rrt
nri i I r . in-
l t > ~ ~ t b ,111,s i ~ ,umr t r~i~i1117t*,1~1if~.i~i~lo ttArrat i i * f t l t ~ , l(1-1cnn-
i.cnc.iilo , ! i & ti-r cnptilntll~CIIIII i i t ~ t nniiillit~r, . 1113q i i ~riiit r'ors
r.iiiiznin, nfiiii ( I r . qiir fl I.?+: ~ i i i i i i i l i i roorn :I C i l i b ~ no ! pí:
ih I ~ I I < ~~ ( In t r i i>~ Iq ~ * c I , I v o ~ , ~ ~ ~I ~I~ ~
~ II I C. ~~ I ~I11c ~' ~
~~l l~t * I :~~~i~rrn,
o queria enforcar.
Pelo que sei pois em relaçiio a sua pessoa como
a outros individuos,ele era louvavel n'este ponto ; e pron-
vera a Deos, que para o aditintainento da igreja, e para
o fruto, que muita gente agora receberia, ele se tivesse
portado tam acertadamente em todas as outras couzas.
5 18. Guiado porem no mais, como era, por nm espi-
rito contraditorio, iião pôde contentar-se com a simplici-
dade, que n Escriptiirs mostra nos verdadeiros ciistáos
deverem ter a respeito da ndiuiiiistraqáo do>s,icramentos:
xegoii o dia de pèiitecostes segiiiiite, eili que ceie-
braiiios a ceia pela seguutla vez, e ele (iiifriiigindo diré-
tamente o que tilill;~dito, qi~i~ndo estatiiio a ordem da
igreja, como acima vimos, a saber, que queria, que todas
as inrençdes umanas f0ssem regeitadas) alegou, que
S. Cipriano e S. Clemente tinham escrito, que na cele-
braçiio da ceia cumpria par agua e vinho, e não si5 pre-
tendia obstinadamente, que isso se fizesse, mas tanibem
afirmava e queria, que crçissemos, que o piio consagrado
aproveitava ao corpo e & alma.
Alem d'isso siistentava,qne cumpria p6r sal e oleo na
agua do batismo, e que um ministro niio podia oazar-se em
segundas nnpcias,citando a passagem de S.Paiilo n Timo-
teo,qiiando diz,qiie o bispo seja marido de uma 96 mullier.
Em silina não querendo maiq depender de outro con-
sellio além do seo, aliits sem fundamento na palavra de
Deos para o que dizia, rezolveo absolutamente mover tudo
ao seo caprixo.
tj 19. Mas afim de que conheçam todos como ele
argumentava tanazmen te, aprezentarei aqui :tpen;rs lima
d'entie niiiitas sentenças da Escriptura, que ele alegava,
pretendendo com elas provar as suas propoziçóes.
Eis pois o que iim (lia ouvi ele dizer a um dos seos
sequazes : - Não leste no Evangelho do leprozo, qiie este
-
dice a Jeziis Ci isto. Senliur, <i qiiizeres, podes limpar-
me, e que apenas Jezus dice : Quero, fia limpo, o leprozo
ficou são ?
Assim (afirmi~vaeste bom espozitor) quando Jezus
Cristo diee : Este é o iiieo coi po - ciiiiipre ci4r scrn in-
terpret,ação algiiina, que ele ali est8, e deixemos essa
gente de Genebra falar.
Não 6 pois isto interpretar bem uma passagem por
outra 'r E' certaiiicnte tiim cabido conio o conceito d'aquele
que nos dehzttes de iim concilio alegori, que conio está
escrito : Deos creoii o onien 9, sua imagem- convém por
isso ter inidgens
Portanto julgiiemos agora por este exemplo da teo-
logia escolar de XicolAo de Villegagnon, que tamanho
rumor levniitrt sobre n sua peseoii, si, tendo siencia tam
perfeita da E*critiii a, náo era bastante (como jata-se
depois da sua apostazia) tanto para fexar a boca ile JoRo
Calvino, como pari8 fazer frente nas disputas a todos
quantos não qiiizeqseni aceitar R sna doutrina.
Poderia accrecrntar inuitns outras propoziybes
tnm ridiculas como a precedente, que o ouvi proferir
re1at.irnmente R esta mntsria dos saeramsnh;. Jf33 C l . . - .,
qannrio elo oolt,ou fi Franqa,n.'to 96 Pdrlro Ricliier (Pz:-~i+
Ilii:lielius'~o pint,on c o a to~l:isR 3 sua3 ~ j r e s ,m29 tzmSi;a
niit.ro; depois o almof~t$ara-n o e3cooarn n cosplitlaln:,o;,
t . e m ent':tílzr 03 lqit,oreq, e R,:I-,PR n11.1 i n ~ i uciir.?i.
,$ 9. N ' e m tenipo J o 9 c2 ~ i n t x ,qnaren'io tn7nh:n
m~sti.:xrr\ s a l supiencia, n,:.>ii 3 d i r lii;;?; p:ih!ii:iq ;
ni t? t.?n 143 principia.1~pslo G;~a.i;2ll1~íle S..Toi? ( m i t ? r i a
t.:ale t.a? siihlim 3 c,iin>o s l b 3 a o; qria pr<if.issxats'?lo:i L i
d s ic.);rin t.vn n proprizitri 3 3 miis {i5 3 1-czs3 cqni? co:n i-
in ?nt,e 315 diz i1 i q ) ~ z z . ~ I E I :plPa
~ ~ , c mit,in.~j
T~ ; t,~.l:~vi.i era
n'esse o paix unicq sastentz~uloiie NicolGo de I'illeg~7nln
p l r x irnpti:nzr R vei'rl t c i ~ i rcIollt,rin>
,~ do Ersngelhn.
E nqiii dirh t a l v t ? ~~1:ixe:n :- (20no poiq cnlavn-:e
,entm50o frltle francisc.tno XnflrATzvat, qns na s!14 C 8 : -
m?,nrafiit tanto se qiieixa 119 qiie o ministros enviar103 k
A iisrica por .To30 C rlriuo, inrdoxos 1 1 9903 ~ hsns, e :ia-
bicinnnn:lo-llis o enc.trE.i, n i m p lissqin ~ fie ~ m l i n r 3s
alni rs iI~.iqarmcia+ (10 pqbre povo s e l r a p m , corifhrms o3
sa)s proprilis termos T
Erx m ~ trft?iqosdo
i ~ 803 Iiarb~rilsdo rlne á defeza da
igreja ronians, d o qiia f ~ z - s efortissim%coluna ?
5 2 1 . h re;poitl a este em'.)ii<te 118 .xnirb Toret
n'estti luqnr serh, ci,nio j8 em outra ocsziT~ao clics,qtie eln
estava do repiesJo em F'ran,;? antes ria I ~ I I ' ; S % X ~ ? ~ RX ~ ~ X
,p.tiz; prir issl) p e p dt! ti9rr4i itq; li?itorr:i p,tr,i tirj:.irirn sq:ii
de passagem, que, si ainda não 0z n3m farei mençPo al- .
guma d'ele em todo o prezente discurso a respeito de3
disputas, que NicolBo de Villeqagnon e Jo3o Cointu tiva-
ram comnozo no forte de Coligni na terra do Brazil, 6
porque ahi nunca ele vio o3 ministros, de que fala, nen
.este3 tambem o viram.
Ejse b ~ m cotolico AnlrB Tevet, cimi jA provei no
prefacio d'este livro, n l ? e3teve alii n-, tempo em
que Ia estivemas; por tzntoexistia um intervalo de 2.010
lezuas de mzr entre n63 e ele pxra iinpjlir, qus os selva-
gens por nossa cs3izu csissem sobre ele e o matsssem
(como contra a verdade ouzou escrever), e não precizavà
alimentar o mundo com taea frioleiras para alegar outra
axemplo do seo zelo além do que diz ter tido na convarsã9
,dos selvagens, si os ministros o n8o tivessem impedido ;
pois de novo digo, que isto 6 falso.
5 24. Ora, volto ao meo assunto. Logo depois d'esta
ceia de pentecostes, NicolBo de Villegagnon declarou . 4
abertamente ter mudado da opiniiio outr'ora manifestada
a respeito de João Calvino, e sem esperar por sua res-
gosta mandada pedir em França por via do ministropedro
Chartier, dice, que ele era um mho eretico transviado da
f6 ;e com efeito mostrou-nos desde enüio mtí vontade,
-è dizendo que queria, que a predica n8o durasse mais de
meia 6ra do fim de Maio em diante, mui poucas vezes
a ela assistia.
Direi em concluzão, que a dissimulaç8o de Nicoltíode
Villegagnon se nos patenteou tam clara,que,conforme vnl-
garmente se diz, conhecemos logo com que lenha ele se
aqnecia.
Agora si nos perguntarem o que motivou td revo-
IuçLio direi,que alguns dos nossos sustentavam, que o car-
deal de Lorena e outros personagens llie aviam escrito de
França pelo mestre de um navio, que n'esse tempo veio a
Cabofrio, 30 legoas aquem da ilha, onde estavamos, cen-
surando-o acremente em suas cartas por aver deixado a
religilo catolica romana, e qiie, receiozo da arguiçb,
mudAra scbitamente de opiniiio.
$23. Todavia depois do meo regresso ouvi dizer, que
NicolAo de Villegagnon ainda antes de partir de França,
para mellior servir-se do nome e autoridade do falecido
senhor almirante de Chastillon, e tambem para poder
mais facilmente abnzar da igreja de Genebra em geral e
d e JoFo Cnlvino em particular (tendo conio vimos no co-
meço d'esta istoria escrita a uns e a outros afim de obter
gente que o buscasse) aconselli~rii-secom o dito cardeal
-de Lorena para mascarar-se com a religião.
Como qiier que seja porbm, posso assegurar, qne na
ocazião da sua rebeldia, como si tivesse um carrasco na
.consiencia, tornou-se tam pezarozo, que jurava a cada
momento pelo corpo de Santiago (se0 juramento ordina- .
rio). que quebraria a cabeça, braços e pernas do primeiro
que o importunasse, e ninguem ouzava mais bnscar a sua
~rezença .
F, polqtin r e m a prnpozitn, r ~ f ~ r i r eni m ~ l r l n d ~ ,
qiie n'essc t~iiipoo vi praticar com iim FIanrez snniadn
L ~ r n c I i r ,qnc tale cnniirrrnvn prezn etn ~ r i l l ~ i l r ç .
T ~ n d n - n~iiiic f ~ i t oapitar (?e c,nstns n o s>n minrlnn
pnr iim dos S P I N snttxlites {lar-lliet s nd:~no rc-ntr~,
q i i ~o p n c i c n t ~rjnn7i p~i-rlc~ o fnlt ~ i r. i
1 1 ~ p o qnn
i ~ li ~ i n l i l - rO T I I Ptirnii ~ n.; iiicn~lo
(114 iini
Imln, c s i c clcziirn.irin vrritiico clizin .-l ,,;I (10 hant ~ R C ~ I .
frascario, f n z ~nii t i.n. !
E ccirn iricr i ~ r pl i ~ t l n i lclcisnrin ~ ns4m ~ s pol>rc. c ~ c-orpc,
~qtilniliilo,qiir\irriiitniln e s~ini-iiiortn,.i d'c~lr n:t% ~ I - P iI-
ZRVP li3r liar i i n sco cifit:io, pnis ~i %amircii i ~ i r n .
G er: t Fr:inc~zes,qiirP I P P(
~ i iros I prp-
zos ])elo r ntiro. pnrqiici 13rriirlrr.n T,I .;i1 W I . ,
]lni. qiir P I U 1 L,..~II t10 iiiiin t r ~ t ~ n i c i i t o . I l i t - . t i i )r L ' I T I ~ ~ C
qiir
iFh n n w . neg!til.i n esqr p:iiz, tiril~nmcnnspit.:i{li) c>riti-r) ? i
1nra I~nqd-t? fio in:tr; P ~$taiiílo 111;1iswtr1:?111~<(10 q ! i ~c.
tjstiresqrni na-: ~ t i l í . ~ . n l ~ i i(1cnti.e nl; clv., r i l - r i i n t c i r r i ~
n i i 31\,7n
~ i n r ~ t i 105, n illia i itn~tl ;xnt
I P ~ ir
par3 tevi1-a firrn41 ini os s i (,l[it> nIi:i<(I<

lrat?rnii.I ninis iin ( c ) 110 q11 1itt.l>ri-lnni P I P ,


3 ?4r . r1-..1.*,.
i ~ i i i-\, C Y ~
J r s -.,
i i i i - t l i viiir.ii- c. iiiiiiiit-rpq ~ p J \ . f i c / ~ n ~
!tIarnc;ijrís, q i l ~o$ 7'11pi11n1nli;i~, I I ~ ~ S :IOIIRIIOG.~ t itiii~rr.
apr~zntlnna riierrn, r tinlinin rrii~li~lii cciiiio rqi-iq?vnc.
thrainnlii ti.:>tntlris niiitln n i n i ~c s ~ l r ~ l ~ ~ ~ ~ ~ ~ ~ t ~ .
E com efeito uma vez o vi mandar amarrar a um
d'eles, xamado Mingau, em uma peça de artilharia ;e por
uma couza qtie nem repreençáo merecia, mandou derre-
t e r toucinlio, e derramar bem quente nas nadegas do
paciente : por isso esta mizera gente dizia repetidas vezes
-
em sualingua : Si pensassemos, que Paicola (assim xa-
mavam eles a Nicolho de Villegagiion) nos trataria
d'este inorlo, dei~;iiiiiiiins antes qiie os nossos inimigos
nos couiesseiii (10 qiic vii.uios pi~ociii.xlo.
Eih ligeiro t r n ~ ntln siia iiiiiaiiiiIiitlc ; e eii aqui pas-
saria, seiii falar. 11i;iisd'cble, si jk niío t i ~ v s h eiuencionado,
que, pilando piizeiiios pé e111tei.i*i~ iiir siia illia, ele iios dice
. pozitivaiii~~iito,q~ie clez~java,qiie fosse reforniada ii super-
fluidade dos restiiarios.
E' precizo pois,que eu ainda diga qual o bom exemplo
e a boa pratica, que n'este ponto mostrou.
5 25. Ele niio s6 tinlia grande quantidade de roupas
de seda e lan, qiie antes queria deixar apodrecer nas suas
arcas, do que com elas vestir a siia gente (parte da qual
aliais estava qiiazi toda nua),mas tambempossuia camelóes
de todas as cores. Mandou fazer para si seis trages
de muda para todos os dias da semana; 8 saber : c a z m
e calqbes todos iguaes, vermellios, amarelos, pardos,
brancos, aziies e verdes : de sorte que, si isso assentava
bem k siia idade. profissão e proeminencia, que pretendia
ter, cada qiial o póde julgar. N6s conlieciamos pouco mais
ou meno:; pela cor do vestuario, qiie ele trajava, de que
nmor estaria ii'esse dia; como qiisndo vemos a verdura e
a amarelitliío (10s campos, assim podemos dizer, si temos
ou núo bOa estação.
Sobretutlo porèm qiiando vestia comprido cszaco
de cameliio a ~ n u r ~ l Iiaiidatlo
o, tle veliido preto, cíesva-
necia-se com esse trage, e diziam os seos mais gracizos
sequazes, que ele entáo parecia menino travesso.
Portaiito si aquele oii aqueles que depois do seo
regi esso para cA o inaiidaraiii pintar nu como selva-
geiu, ein ciiiia tlo fuiitlo de graiitle iusrmita, tivessem
noticia d'esse forniozo caz;ico, i180 diiridarnos, que por
joias e ornatos ttiiiihein 1 1 1 ~o dariaili, como fizerdm com a
criiz e a flaiits peiideiites do pescoço.
Si algiiriu a ~ o i - tliccr,
a que não tenho razão para
procurar coiizns iiiiiiiiuas (como lia verdade confesso não
valer a pena tocar principnlnierite n'este iiltinio ponto),
respoudo a isto, que coiiio Nicoliio (le Villeyagnon apre-
zentoii-so qiid Roliriitlo fiiriozo contra os da religiáo refor-
mada, e3pecialmcnte dcpois tlo seo regresso k França,
voltanclo-llies assini as costas, pai ece-iiic dever cada iim
saber co~iioCIC 1)ortoii-se em todas as religiões, que se-
p i o ; e acrecc, qiie, pcla rnzRo ja mencionada no prefa-
cio, milito convem, qiie eii (liga tiido quanto sei.
26. Ora, finnlinerite depois qiie por via do senhor
Diipont llic fizcinou saber, que, \.isto ele repudiar o Evan-
gellio, iiAo eraiiios iiinis seos siibditos, nem qnei.iaiiios
mais estar ao seo serviyo, e menu?;qiieriamos continuar a
22 P. n VOL. I 11.
170 REVISTA TRI3lESR.4L DO ISSTITUTi? I f I s S ~ ~ i i l C O

carregar barro o pedra para o sao fortim, jiilgon d e


enxcr-nos de pasmn, isto 4, f,~zsr-nosmorrer do fome, si 0
~ i n í l ~ s s e ,proliibio, qne nos desscm mxiq de duas tncxs
ile fnrinlia d e raiz, qiie cnila iim de nús C , I ~ S ~ U ~I r*-R T ~
reher pai dia, como j k dice.
J ~ RistoS longe esteve d e incnrnodxr-nos, p o r q n e ~ l ~ i n
ile termm mais fArinlin pnr i r m ~ f o i r enri , pnr drixs 011 lrrz
f.icn.1qiic2dnvnmos nos sclvn~riiq(os q11ac1<frequetem~nf~
rinlinm rins siins 1p~qiiennshlrcns ~ * ~ r - n cn>:Lsillin, nl11 n i84
i;ininr pr nc,urnl-os nxq FUZS ~ l 1 1 r i . 1(10 ~ )qiie ele nos 1list r i -
liiiia p i i ~Imeio nnn o,ficrimoc q~tiqfejtisioioc iuom t;il r r r n i : ~
. . . - .
I n r ver-nos ~ntcliranicntefiira I ~ T S I ~ R S I ~ C P ~ ~I!,ntrr?txnril
;>O.
SI ele fosse mais f o r t ~ , e si pnrtc? (1%qiin cr~ntrt. ~lcnri.:
dos n o w s prinripzes cornpnril~rir~,.; ii:in tomnusenl 11no?+>
l i trtirln, n5o c1 iiridnilins, qiie rle ~ n50t ;irrani:isse ma1 1)s
H J S S O S nftffnciow,i s t o 6 , t ~,ia
1 tcntnc -nos por f n r r i.
.
8 07 E com Ebfpito par'R tcntn.r, :ria c.ringipq~iir,
1 C;nrrlicr I P 1'11
qnitniln e!m . , ocnzi.io nm f'ril;
- certn
x ~ ~ a n i octc!Tnltn
s d o terr~firmc(niiitP i 1 7 p % t 3Vri! P q t i V P m O \
entre 09 selvnpnri qnazi I fi ilins ). f i n ~ i o irnnrnr R
]ierniissKo, que nntpa dn, nnssnpxrti11:tpctlirnmos no (r~niinr
3ixrr6, S P I~t i : a r - t ~ n e ~ ~prrtrnilrn
t~,~ :iqqirn, qii? trxn<eria-
rlirnmns R orili'n~nqa, 11110 1iz~rap r ~ til,in~lo, l~ ~ I I Pnin-v p r o
s ~ i s i e11% illin sem l i c ~ n c x; por ciiix ~ 7 1 1 nio 7 ~ 41 r i n h qriiz
~ r e n d e r ~ m n qo ,qiie pc'icir-era. n r r l + ~ n a r iiiie
, ~ . no4 p o z p ~ ~ t ~ r ~ i
grilhões aos pbs, como aos seos escravos.
E estivemos em tanto niaior perigo quanto o senhor
Dnpont, nosso diretor (o qual, como alguns companheiros
nossos diziam, atenta a siia qualidade, muito abatia-se
ante ele), em vez de nos sustentar e impedir o ato, pedia-
nos, que por um dia ou dois sofressemos a pena, p?rqne
lios faria libertar, qiiando passasse a colera de Nicolb
de Villegagnon.
Mas declaramos formalmente, que n;ío suportariamos
o castigo, tanto por qiie iiáo tiiiliamos infringido a orde-
nança, como principalmente porqiie jil llie tinliamos decla-
rado, que nada dependiamos d'ele, por ter ele rompido a
promessa de manter-nos no exercicio da reli,"aiao evan-
gelica, nao obstante o exemplo de tantos outros que
HISTORIA DE [;MA VIAGEM li TERRA DO BRAXIL 171

ele conservava em grilhGes, e viamos diariamente diante


de nossos olhos ser tani cruelmente tratados.
Ouvindo ele esta resposta, e sabendo tambem que,
si quizesse passar al8m,estavamos 16 ou 16 companheiros
tam unidos e ligados pela amizade, que quem ofendesse a
.om ofenderia a todos, como se diz, não nos forçou,
abrandou e dezistio do intento.
5 28. E' aiém d'isto certo, como tantas vezes teiiiio
mencionado, que os principaes da sua gente eram da nossa
religiiío, e por consequencia estavam mal satisfeitos com
.ele por cauza da sua rebeldia; e si não temessemos, que o
senhor almirante, que, sob a autoridade do rei (como em
grincipio dice) o tinha mandado sem o conhecer tal qual
.agora se rnosti,ava, se desgostasse, e si nZio atendessemus
a outras considerações, alguns companheiros aprovei-
tariam esta ocazião para acometel-o, e lanqal-o ao mar,
afim de que, diziam eles, a sua carne e largas espaduas
servissem de alimento aos peixes.
Todavia a mor parte axava mais conveniente, que
nos portassemos com moderaqão, desde que faziatuos
.sempre e publicamente a predica (que ele niío ouzava on
não podia impedir), e que, para obviar qiie ele nos pertur-
$asse e embaraçasse, celebrassemos a ceia e fizessemos a
predica dalii por diante de noite e sem sua siencia.
E porque depois da ultima ceia, que n'esse paiz
~elebramos,apenas ficou-nos um copo do vinlio, qiie tinha-
mos trazido de França, e naio tinhamos meio de aver esse
diwr de outra parte, inoveo-se questiío entre nós, a saber,
si por falta de vinho poderiamos celebrar esta ceremonia
religioza com outros licores.
5 29. Alegaram alguns, eiitre outras passagens, qiie
Jezns Cristo, na instituiçilo da ceia, depois da aç&ode
graças, dice expressamente: - Não beberei mais do fruto
d a vinlia etc., e estes eram de opiniho, que na auzencia do
vinho,era niellior abster-se do sinal do que substituil-o.
Outros ao contrario diziam, que, quando Jezus Cristo
institnio a ceia,estavano paiz da Judba; por isso falava da
bebida, que ali era uzual, e que, si estivesse e u terra de
.selvagens, 8 verosimil, que tivesse não só feito mençiio da
bebida, de qiie estes uzasseui em vez de vinho, quando o
n50 pndess~m nlcnn~ni., mxri tnml,~riinn fqltn d'cjla n?n
diiridnri..iin ~ - c ! P ~ ~ RR win. I' rctm 2.; rnuins iiilis riimiin- (prn
sii1istitiiic;in 110 pGn P iln rinlin) no alimento clrr.; nmcn<
{ln P R ~ Z ,rrnile w t i esvrn. ~
Ernhnrn ~ n r ~ miiitns rn sc i n r l i n a w ~ mrt ~ c t niiltirnfl
nyiiniili, ficoli n mqteriz jiidrciza; pnrqiinnto n511xrynrnoq
~ t ke i s 9 pxtrt-mi~l:l(le.
Tndiiriii o cnzii npenns prodn7in n1friin:t t l i v ~ r ~ c n -
cia e i i t r ~nirs: I 1111PIPI). t canioq t~ilqis
semprr ~ nti11 i i , ~ I I Pe11 d1$7i\jn~ 'L. c~ii*
tnilns, q i i ~n,ii~1) i o r~fnrmniln,tii.irs !qq1~1?1
nn rnpqnio ton. cniiin i i i i ~r t ~ t : ~oi li7í>n\n~. )
8 30. c 11-npai-a riincliiir. n q ~ i tintin r d c 1 l i 7 ~nr I'PC-
peito drl Sicd:in d~ Till~cy,rrni,n.n r i i ~ r ~ i ~ tOns~r r'~~i i t i t c .
Xcoiitcc~n q11e PIP, çrrntot m e n prnl t ~ i l l i c >que (117. ~ I I P
q i i m qcli1r.i. ~ I P \ ~ : ~ ~ P(I . - Q P n pi-c~ciirnoi7:>~i50, (1~t1.4-
tnnrln r a d x i?~i! mni.; n n i r ~ v t11rtllt1in 1, 1 1 ~ 1 ~1 (7171
que n5ii nos ~ I I P I ~ 1n;iic ;I 1 ~ 1 1 1~ { I I P :li.
I T I I I .í#n 1111ii u i
1 pnn illisl, e nrrlt-:~l,~~ l iii {li) m1.7 clr (~ritiilri.~.
1 1 ~ 1 ~nn.
qlir ncir rílt i r n < s ~ r i l i i ~ .
1 - e r d ~ i l oI > (rt~~iioiicirnn nit>nrinn~ii,q i tinlinniti~ ~ ~
mrins sriticirentes riai z n ~ ~ p i i l rI. I-I~~iIs- i, n qiii7~csct1iii~ ,
11113 I n i i t c i jinin Ilir t i ~ n i t. i ~ l i ti r riintirn 11 i ~ * - s r .1 1 ~
ni'i4, cnlnn 1in1-(IIIP, antre ns i-iirni'<ji in13rir rlkf in~l~i
a Finni:n i. iiiitrns p:iizp. nn ~ s 1 i ~ ~ i1 ~t:it míic 1 1 1 0
a l i ~ ~ n - ~\+ivrr ~ ~ , i r i~liwrv~invia (1.1 ) c t o I~I I : ~i10 I , V ~ T I C P ~ I I ~ I ,
tememos laiiçar macula sobre a nova doutrina, e preferi-
mos obedecer a NicolAo de Villegagnon, e sem mais con-
testação deixar-llie a praça.
5 31. Assim depois de termos estado qnaai oito
mezes n'esta illiri e fortim d e Coligni, qiie tinhamos
ajudado a constriiir, nos rctii amos e passamos para terra
filme, n a qiinl estiveinos dois mezes, esperando qiie
uiii iiiivio ~iiiclntln Hiivi r Gi.:i(.r. cai ~.(~:;ii.pRo-hrnzil,
( ( 0111 ciijn I I I ~ + ~c>I (aol~trii t i ~ i ) i i i \ i ~ o s ~tio aii*])oite para
E'i,ilicii) PP ~ ] 1 1 0 1 1 1 < 1 ~ h] )ci ~~ i ' ~1il i 1 1til .
A c o I I ~ ~ ~ ~ ~ i1:1 I I I o (10
, ~ 111:iiit ~ - 111:1r
I I ~ (10 ~ la(10 e ~ q ~ i e i * d o
I ; ~ riai (1,~ ~ ; I I , ~ ~ I ~ I ~ , ; I I ,I;III,E~ ;I IoI ~ S ~ ~ I ~ I ;CIOS
(li1 r ~ l t i i ~ ((l'cb\t~h II~O
Fi ni1ccze.s 1:)iqiictriir (ol,~ii:i). o qii;tl ;il)cBiiiisdista meia
legoa do foi tiiii.
E como delA iamos e vinliamos frequentemente, comia-
mos e bebiamos entre os selvegens, os qiiaes foram para
n6s incomparavelinente inais umanos do que aquele qiie
nos nãn, pode suportar, sem lhe termos ali&sfeito agravo
algum. Por isso eles, por sua parte, para nos ti.azerem
viveres e outras coiizas, de que careciamos, vinham fre-
quentemente vizitar-nos .
5 3 2 . Ora, teiido sumariamente descrito n'este ca-
pitulo a inconstrtncia e variaqão, que descobri em Nico-
IBo de Villegiiglon em materia de religião ; o trataiiieiito,
que nos deo u pretesto d'ela ; suas disputas e ocazilo, que
aproveitou para desviar-se do Evtlngellio ; seos gestos e
assersúes oriliiiarias ii'esse paiz ; a dezumanidade, que
empregava para coni a sua gente, e como ele andava
magistralmente trajado ; adiarei o que tenho de dizer
do nosso eiubarque de regresso, quer em relaçáo á liceuqa,
que nos concedeo, quer acerca da traição, qiie nos fez na
ocaziáo da n o s s paitida da terra dos selvagens, afim
de tratar de outros pontos.
Eu o deixarei por ora espancare atormentar a gente
do seo fortim, o qual, juntamente com o braço tle mar,
em que está situado, vou priuieiramente desçrover .

CAPITULO V I 1
De~m~çdo do iio Qzranabara, tantbem tle~zo~ninndo Ge-
netrre, na Anterica, da ilha e 110fortivi [lc Colijni,
qzre n'ela $,i edijicado, e j u i t t n ~ ~ l e ~clas
t t e outras iZl~(is
circurnvizi~tlras. - J

5 1. Este braço de mar e rio de Guanabara, assim


xamado pelos selvagens, e Geneure pelos Portuguezes
(pois assim o denominam, porque, como dizem, o desco-
briram no dia primeiro de Janeiro) fica aos 23 grilos
al8m da linha equinocial, e sob o tropico de Capricornio;
e como tinha sido um dos portos de mar da terra do Brazil
mais freqrientado em nociqoq tempo4 p l n s F r n n c ~ z ~ c ,
j n l g ~ r in5o ser fira rle propnzito fazer nqiii partirnlar
c siimnrin di>~miq;lo il'ele .
Srm pois deter-me sobre n qne oiitrna jA esrrewrzrn.
comeqo por dizer ( t ~ n r l oestado e neveradn n'cle qriazi
lini nrino), qiie penetra no interior (Ia.: terrris, tpm
qiiazi tlibxe legoas (li. comprim~nto,e cni alqnns lognre.
e oito (I(! largnra; e qti~ntoao mais, ~ m h o r nai:
s ~ t oii
niontanlins, qite por tod;ls 3s partes o rodeiam. n7io S P ~ ~ F I
tam nttas c.oii~»R S qne cercnni o p r i d a e QspnqozoIam)
d'ngtia (ince ale C:cnehrn,todnviti ri tcn-rt firmo ap~oxirna-.~.
por tntl os os Ind09, e n tl~ n por a ?c30 nc;p:ís sim!-
I Iian t e ic este.
5 I. Quemi deixa o mar p a i :izn costenr t r ~ 7
.- -.
peqnrnns i i r i c t ~dezabitnti:ts, rorirrn as q i r n ~ s0 3 i i ~ r i c ,si
2,- 3 - . - . - L
~,
nao snm bcm diriqiclos, correm grgrnntle ~ I C Jwtpr C
q n e ;i em1)ocaclnra o hsstnn tc.
d p s p ~ ~ l n r-?e,
J)APO~S d'ist CI 6 precizo passar iirn P~ ~ n nfin
e
xerrt a ter iim qiinrto de Irpia tle I s r ~ a r ne, ~ ~ m ~ t ,li> ndo
1~rl0esqnerdo, ao cntrnr,por iimn mnntanlin e roxetln pira-
mirla1,qiienZ06 ~iómentede mnrnrillioz,z eexcescirn nltiira.
mas tnriih~m,ao ~ e l - :de L lonce, dir-se-ia., qrie 6 artificial ;
e com r f ~ i t opor ser ela rccionda, c similliante n iim:i
gros~atorrr, nGs os Francezeu, por modo iperbolico, R 11.-
nouiinnvamos-Pote de m n n t ~ i ~ n(Pnt , d~ h r v r r c ) .
Pouco adiante subindo o rio, est&um roxedo bas-
tante razo, que pode ter 100 on 120 passos de circnnfe-
rencia, ao qual tambem denominavamos Ratier, sobre o
qual Nicolho de Villegagnon em sua xegada, depois de
dezembarcar as suas alfaias e sua artilharia, pensou em
fortificar-se; mas dahi o expeli0 o fluxo e o refluxo do mar.
Uma legoa adiante esth a ilha, onde estacionavamos,
a qiial, como alhures mencionei, era dezabitada antes de
Kicoláo de Villãgagnon xegar n'esse paiz; mas como aliks
náo tinha sináo meia millia franceza de circuito, e era seis
vezes mais comprida (10 que larga, cercada, como era, de
pequenos roxedos 5 flor d'agiia, que impedem os navios
de aproximar-se mais perto do que o alcance do canhão,
é naturalmente fortissima.
E com efeito ningiiem pode n'eln atracar, ainda em
HISTORIA DE C M A V I A G E M A' T E R R A 00 BRAZIL li5
..
pequenos barcos, sin8o do lado do porto, o qual fica da
parte oposta. á entrada do mar alto ; e si fosse bem guar-
necida, niío seria possivel forçal-a nem surpreendel-a,
como depois do nosso regresso os Portuguezes o fizeram,
por culpa dos que 18 deixamos.
5 3. Alem d'isso nas extremidades d'ela estam dois
montes, em cada um dos quaes NicolSo de Villegagnon
mandou fazer uma cazinhola assim como tambem mandára
ediíicar a sua caza de rezidencia em uma pedra de 60 oii
60 p6s de altura, que fica no meio da ilha.
De um e outro lado d'este roxedu, tinhamos aplai-
nado e preparado pequenos espaços, nos qiiaes estavam
construidas não s6 a sala, onde nos reuniainos para a
predica e para a refeiçiío, como tambem varias camaras,
nas quaes nos alojavamos, e nos acommodavamos quazi
80 pessoas (incluzive a comitiva de NicolBo de Villega-
gnon), que rezidiamos n'este lugar.
Notai porem, que & exc6çilo da caza situada sobre-
o roxedo, na qual algum madeiramento existe, e de
alguns baluartes, nos quaes estava posta a artilharia, e
que sam revestidos de alvenaria, tudo o mais consiste em
cazebres ou antes camarotes, e como foram os selvagens
os architetos d'eles, por isso os construiram ao se modo,
isto 8, de madeiras toscas com 8 cobertura de ervas.
Eis em poucas palavras qual era o artificio do fortim,
que Nicolilo de Villegagnon denominou Coligni, naFrança
antartica, pensando fazer coiiza agradavel a9 senhor
Gaspar de Coligni, almirante de França, sem o favor e
anfifio do qual, como eu dice em principi?, ele jBmais
teria meios de fazer a viagem, nem de edificar fortaleza-
alguma no Brazil .
5 4. Mas intentando ele assim perpertuar o nome
d'este excelente varáo,cuja memoria na verdade ser8 para
sempre onrada entre os omens de bem, deixo ao criterio
de todos avaliar@ NicolBo de Villegagnon, a18m de rebe-
lar-se contra a rãligiiío (com desprezo da promessa por ele
feita antes de sair de França de estabelecer o puro ser-
viço de Deos n'esse paiz), abandonando a praça aos Portu-
guezea, que agora sam possuidores d'ela, deo motivo para
os seos triunfou, para onra do nome de Coligni, e para
gloria do nome de França rru tsrtica dado a esse paiz.
Sobre tal nssiinto direi, qtic 1150c.c.scn ?!I ~>~l!nii :lt
inliito o prcicvdinientn (1~: 1 :I -,* ,
qirnsi rlni!: nitrin.i ilelrois r1 ;pli3
~ i r o v n r erln ~ [.a n 1i:tr.z :!zra ?i!~l'ib,
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priiii~ir:~ c:irt..z, c l.Lv~rit-;fTci i : ~ seynntlii, I I ~ T - I - i i ( i q n
cnyj+itiii'nr, qiie t.iido 11iinrit,o elt! ilicls. n7~oI ~ : I ~ Y : \flli i v i 3 -
gin:lpn e! i:niiz:t por PIH s111)wt.it; (!I' sni.:kl i ! i i ~ * ?@*:-itc~rnor.
11,: i~lliiivcico lic'iilr: o leit,or escolher it't?qt>t:.; t1oi.i ri(-lmrbi
ri qiit! qiiixri-, e nxnr;i ieriiprr n iiiesiiiir coiiztr, :L rn!i\.r,
nnrls iiisis tlo q ~ i nII pintiirn.
:ls>.irri r.onr.liio, cliie =lndri. T e ~ e tilesile enf5o ri310
sii esc:ir,ricc+roi111iioiiit: cle rei Eiiriclirr! Pey!iiido, c(.~ino1'l.z
NicolAo de Villegagnon com o d e Coligni dado a o fortim,
mas tambem que com esta reiteração profanou a memorie
d o seo principe, quaiit.0 lhe foi possivel.
5 5 E afim d e prevenir quanto ele poderia alegar
em contrc~rio,negando formalmente que o lugar por ele
inculcado n8o A o sitio denominado Briqueterie (olaria),
no qual os nossos operarios construiram algumas xonpanas,
confesso, cliic n'esse ponto existe iiiiia iuuiit~inha,a qual
os Fraiicezes, que priuieiro ali se ~ C O I I ~ U ~ ~ L Sxãmaram ~LU,
Jlotat-Henri, em leinbrriiiça do seo soberano senhor, assim
como em nosso tempo deiioiiiiiiauios outra iiiontanlia
Corguillerai, em razáo do sobreuoiiie de Filipe d e Cor-
guillerai, senhor Dupont, cluo nos conduzira alem-mar ;
RISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRL DO BRAZIL 177

s i porem tanta diferença existe de uma montanha para


uma cidade, como realmente existe entre um sino e uma
igreja, segue-se que Andrk llevet,assinalando essa cidade
Ville-Henri oii Heniiville nas suas cartas, deslembrou-se,
ou quiz exagerar a couza.
E p:tra que ninguea prnse, que falo diversamente
d a verdade, apelo novamente para todos aqueles qiie fi-
zeram esta viagem ; e ate para a gente de NicolAo de
Villegagnon, muitos dos quaes ainda sam vivos, a saber,
s i avia aparencia de cidade, onde, pretenderam situar
aquela que eu despeço como as ficçóes dos poetas.
5 6. Como AndrB Tevet quiz sem caiiza alguma, como
fica dito no prefacio, escaramuçar com os meos compa-
nheiros e comigo, si ele axar esta especial refutação das
suas obras sobre a America de dura digestao, e vir que,
defendendo-me contra as suas calunias, Ilie arrazei aqui
uma cidade, saiba, que náo estam notados todos os seos
erros, os quaes bem me recordo, e os apoutarei pelo
miudo, si ele não se contentar com o pouco que inenciono
n'esta istoria .
Peza-me, que, interrompendo tantas vezes o meo
assunto, seja ainda agora obrigado a fazer esta digres-
são ; constituo porem os leitores por meos juizes, para
decidirem em vista dos motivos sobreditos, si tenho
razão ou niío.
5 7. Proseguirei pois no qiie resta escrever, tanto do
noieso rio de Guanabara, como do que n'ele est8 situado.
Quatro ou cinco legoas adiante do fortim supramen-
cionado, existe outra ilha formoza e fertil, com quazi seis
legoas de circiiito, a qual xamavamos Ilha-grande. E por-
que n'ela estam muitas aldeias abitadas por selvagens
xamados TupinambAs, aliados dos Francezes, ordinaria-
mente iamos em nossos escaleres ali buscar farinha e
outras couzas necessarias .
Alem d'esta existem n'este braço de mar outras
pequenas ilhas dezabitadas, nas quaes entre outras comas
.axam-se volumozas e mui saborozas ostras : os selvagens
mergulliam nas praias do mar e trazem grandes pedras,
ao redor das quaen esth uma infimidade de pequeiias
ostras, a que xamam Zeripés, tam agarradas ou antes tam
23 r. u,TOL. LU
rnl~rlnsno rallifin, qnP p r ~ r i z oP arrnnral-ns k fwcn. Or-
ilinariatncnte mnntl:ivnrnos cozinlinr crnnilcs pane1rid:is
il'rstas ostrna. cni alriirnas dns q ~ i a ~cltlan{lo
s, a< alirinnini
a cnnii~inris.axmvnmns prqriencis prrolas.
s Wte rio wt;i X P ~ O11e varias wperies d n p ~ i x r ~ ,
rnmn ~irlinntemni.: nmplani~nteí1irc.i ; çoiivin~ln(Ipq~lpj1
nienrcionnr e a c r l r i i t ~ ssarpns. ti~l)nríi~s. ~i.rninq,gnltinlillc
c! 0nti.w peixes inrrlinc:e miiidos, nlcirn< ctnsqiines (Ir-ci-e-
verei miniicio~nmentrnn cnpitrilo dns p e i s ~ s .
N5o qiiern p r i n c i p a l n i ~ n t ~ileixni. ( 1 ~f n x ~ r sqiii
menyaii (18. o r r i ~ ~ iPcespanto7~4
: bslc)i:w, ns q i i n ~ s niciq-
trandn-nos diaviamente sii:is yranitr~c: bai.lintnnns fl'lra
d'nyiirr, e f01:nriclo ii'cste rxsto e profiinrlo rici, nprnxiniq-
vsiii-se tanto ri:^ nossa ilha, qiie ns podi;inins alcnriqar cnm
tiros de ilrr-thiiz.
TiidIHP~R, C0imo Vem o conro RSSRR di11'0, r t o n ~ i n f i n
espesw, n5o crei10, qiir ns hnlns prn~trrisc~rii a, pnnto ri+)
ofrnr1c.l-rxq ; e assim ~ l a prnccriiiiini
s ein 5eo cn~iiinlici,c
pni. c ~ r f-t tI I í t r i r~~iirreriarn.
-E-

# 9 Emqiiarito ~ s t i v Ini-ninr, a p n r e c ~ niini


d'eatrs c r t a r ~ a na s clistm O oti I T, lernas (10 no.;qn
fortim, na. ilirey5o d~ C'alio-~rin,r ~rirnximoii-setniitn 11%
trrrn qnr n;in t r ~ 1)nst:in e para ~ o l l ao~ raltn mar,
eiicnllinii c iicnii cm ~ Y I I
Jlns iiinzri~mnnimn sprnxim8r-SP da h í \ i ~ i ~ ,
antes rlr R T7r>i.rni inort:~; e en-iqiirtrito {lrlii~tin-FP, n5n slí
fazia estremecer a t e m ao redsr d'ela, mas tambem
oiivia-se o arruido e estrondo pormais de duas legoas ao
longo d a costa.
Não obstante muitos selvagens e muitos dos nossos
companheiros irem ali e trazerem quanto lhes aprouve,
ainda assim ficaram mais de dois terços do cetaceo, que
se perderam e apodreceram no lugar do encalhamento.
A carne fresca náo era muito boa, e poiico comemos
ila qiie troiixerani para a nossa, il11a;eafóra alguns pedaqos
de goidiira,qiie derretiamos para nos servirmos do azeite,
qiie prodiizia,para aliimiar-nos denoite, deixamos a carne
restante em pilhas exposta L% xiivs e ao vento, e a consi-
deramos apenas como esterco. Todavia rr lingua, que
era a melhor couza, foi salgada em barris e maudada
para a França ao senhor almirante. I '
5 10. Finalmente (como já indiquei) na terra firme
circunvizinha d'este braço de mar existem na extremi-
dade e no fundo mais dois formozos rios d'agua doce, aflu-
entes d'ele, nos quaes naveguei com outros Francezes em
bateis perto de 20 legoas pelo interior das terras, e estive
em muitas aldeias entre os selvagens, que os abitam de
um e outro lado. ..z)i
5 11. Eis abreviadamente o que observei n'este rio
de Geneure ou Guanabara, da perda do qual e do fortim, a
que edifichramos, tanto mais me lastimo, quanto 6 cel-to, ' -
que,si tudo fosse bem acautelado, como podia sel-o, cons- .
tituiria uão s6 bom e aprazivel abrigo, mas tambem
grande comodidade da nrtvegaçáo n'esse paiz para todos
os viajantes da nossa na(;ão franceza .
Em distancia de 28 ou 30 legoas para adiante, no
rumo do Rio da Prata e do estreito de Magalliães, existe
ontro grande braço de mar, a que os Francezes xamam
rio de Vases (lama), no qual apo~tam, quaiiilo viajam
n'esse paiz ; o que tambem fazem na enseada de Cabo-
frio, na qual, como já dice, aportamos e dezernbarcamos
primeiramente na terra do Brazil .

CAPITULO VI11
Indole, força, estatzcra, nudez, dispoziçáo e onaatos: [do
corpo, quer dos omens, quer das n~icllreresselvagens
Irraziliettses, ctòitníztes da Alnerica, entre os ,'qtcaes
perntaneci qrcazi zcat anno.

5 1. Tendo at6 aqiii espendido tanto o que vimos no


mar, indo para a terra do Brazil, como as couzas passa-
das na ilha e fortim de Coligni, onde rezidia NicolAo) de
Villegagnon , emquanto ali permanecemos, e ignalmente
o qiie seja o rio Guanabara na Auierica, a respeito do
rlitnl n s ~ . : i < n d i x n t ~ iem m n t ~i:i.i i ~ l n t i r nnnc f,itnc n i i t ~ -
i.ini.ec no iiieo cmlinrqiie em i.eKreqso p i i ' r i R I'r:~ni~a,
qHPr(I tan~hernrlincnrrer soi~retr q110 ol,seri.ei actli.cn tlo
nindo de viria (10s srlraaens e solii e oiitrns c~iiz;~i: ~in-
giilnre.: e tl~scniil~ecitlas ;iqiie_mrrar, qiie v i n o ~ P I pni7. )
# 2 , :1li111IIP riiiurqnr pcln rniiza pririripnl P pimcp-
miir por f i n l i ~(1ir~i ~ ~ PIII priln~irol r ~ r a r qiie .
, os ~ e l<\iw- n s
I ~ AR l l t ~ r i ~ aa h , i t x n t ~(h ~ tPrra (In I'lrnzii. xninados 'rupi-
tininhds, cnti r n < q i i n ~ i'ezitli s e tratci fainilirtt~nit~ntc tlri:\zi
cliirantv iini nnnn, n,in snm niniorrs, rnni.; CroG.;ou oii n~*ii<
pequenos de astntiir:~do qiie sclmns n R E;:tii.apa; n;in ta;~ni
ibiiryio ni( i nem d~smcdidii em cor
I I coin-
noscii ; ?: n mais f 0 1 . t ~i~n. :is~ i.oIiirst~
~ fwni-
ilns, .mai- :postos. P r n ~ n r I~:11zeis to< i:is, e
qiiazi n;io teem ç i i x ~ s tOrtos, , al~i,in(~iis, nem (inPnrlns.
Alim ile nep itos n t + R i(l8tie i niinns
(pois S R ~ P T I I iiinitr ritnr c r l ~ ~ o i ' aR!
r cl;irl~s
p l n s lnnqfies), nrii os (111~ na FPI ni c?-
Ijelos \,rnncos nti Er'izairins. Coiizns qiie por certir de-
monstram nso si1 os lintis ares. e A linil. trrnperntlirb c10 SPO
pniz, no qiial. conin alyiirrs tlicr, spm ge:iciiiq nem ri.:iii-
tItls frios, :I* wvores, P r w s O C R I I ~ ~ Oest:tni S w r n p r p vt~rilp-
j:i.utes, mas tnmhern o porico ciii(1ntln r! nc'nliniii <Ic~rcl~i,
q i r ~ti.e.11 prlns cntizas ii'est c iniinrlo,behen~lotoilos ~ l e 11s i
fonte iie ,liirenciri.
E de fato como eles n&o aurem por nenhum modo
nlessas fontes lodozas ou antes pestilenciaes, d e que di-
manam tantos regatos, que nos corroem os ossos, sucam H
medula, debilitam o corpo, e consomem o espirito, e eni
suma nos envenenam e matam nas nossas cortes de ca, cr
saber, com a desconfiança e (I avareza, que dahi procede,
com os processos e intrigas, com a inveja e ambiçâr,
nada de tudo isso os inquieta, e menos os domina e apai-
xona, conforme mais amplamente adiante mostrarei.
5 3 . Quanto A sua cor natural, atenta a regi50
quente que abitaru, não sam negros ; sam porkm apenas
uiorenos, como dirieis dos Espanlioes oii dos Provençaes.
Couza iião meiios estranha quam dificil de crer para
aqueles que o não viram,A que omens, mulheres e meninos
vivem e andam uzualmente tam nus como sahiram do ven-
t r e materno, náo s6 sem ocultar parte alguma do corpo,
como tambem seiii mostrar sinal algum de pejo nem ver-
gonha.
Entretanto não sam, conio alguns pensam, e outros o
querem fazer crer, cabeliidos nem cobertos de pelos ; ao
contrario náo sam mais peludos do que somos n'este paiz
aqiiem mar, e aco~itece,-~iie apenas começa a apontar e
sair o cabelo, que llies aparece em qualquer parte do
corpo,atb mesino no ment6,nas palpebras e sobran!!kllias (o
que torna-lhes a vista zarolha, vesga, transviada e feroz)
OU O arrancam coni as unlias,ou, depois que os cristáos os ,
frequentam, com pinças que estes llies dam : o qiie tam-
bem se tem escrito, que prat,icam os abitantes da ilha de
Cumana no Períi. Excetuo sómente quanto aos nossos
TapinambAs os cabelos da cabeça, os qiiaes em todos 03
maxos, desde a juventude, sam tosquiados mui rentes na
parte superior e anterior do craneo como coroa cios frades,
e na nuca ao modo dos nossos antepassados e d'aqueles que
deixam crecei. a cabeleira e a aparam sobre o pescoço.
5 4. E para nada omitir (si me é possirel) sobre
esta materia, acrecentarei n'este lugar, que existem
n'esse paiz certas ervas da largura de quazi dois tledos,
as quaes crecem concavas e arredoiidadas, como sam os
csniidos que cobrem a espiga tl'esse milho grosso, que em
França xamamos t,rigo moiirisco ; e conlieci velhos (mas
n8o todos, nem ~ienliummancebo, e menos os meninos), que
tomavam duas follias d ' e s h s ervas e as metiam e amar-
ravam com iim fio de algodáo em roda do membro viril,
. como tambeiii o envolvhm em lenyos e outros pequenos
panos, que llies davamos.
Pareceria por isso A primeira vista, que ainda lhes
restava algiim resquicio de vergonha nutiiral, si por ven-
t a r a fizessem isto em atenqão ao pejo; pois embora niio
me. tenha bem informado sobre este ponto, sou de opinião,
que assim praticam para ocultar alguma iufermidade, que
na velliice tenliani n'essit parte do corpo.
5 5. Além d'isso todos os rapazes têem por costume
desde a infaiiçia furar o beiqo inferior acima do mento,
e cada um ordinariamente traz no buraco certo osso bem
, lii10, t.aia n l r o como mnrfiin! fiiito 5 ~iiriillixnqn.110 llm
11' rzirilins c.nm q i i ~tia rntlxa j iizninoí i9 r:irrnliPtT ;
e p:i.rti rl~spniit,itil:tP B ~ ? iirii:t pnlc ~:1{1:t ilois

i, .
:R n n w n rlctido p i r lim PS1) trro vn 1ria 0 Iicír:n t-
R rrnriun, ~1.s n tirnni P m ~ t e r ~qiinliciii
-
qiittrPm.
.\Ia.: s;i rrayeni cstc print~iin,\e nsfn ))i.?iironZ nd0-
lrrencin; rlrtnnrlo sani ~ i . : t n d ~ sos. xlrii:1iii rorrniir?ltflci7r '
(istn i a , rnp-iz ~ r ~ n ( l rt 'cm
) v ~ d'isto z alilicxnm e cncni~nm
nii fiiio'tfns ticirnc: liniz prdrz v r r d ~( P ~ ~ I C Cd~~ CPFTTIP-
rnl(lx f n l ~ n ) ,n qii:~I6 r n t i ~ lpor ~ 11111 PIJ)'LTI.O intcrior. p
no ritt*i.ilw pnrpcr da rednnilrza e I n r ~ i i r nd o t w f < i oP
Jlins T P W S T I I R ~ SK T O ~ ilnqilil
S ~ rít~ : e i i : ~r ~ r i l ~ in!niinc
tr
zizpnl p~i1i.n tnni i.ornliri,I% P ro1iq.t criiiin nm ili'ilii.
nin {1'~4trt4p ~ i l r , f~r?o ~ l ~~ 1ep1 u a :% Fr:~rirn.
Si Imr \.rntiir,i ol; nnqsos 'Ciiriinnriil~ri*tirnm 3 ppdra
~ I Lf t ~ c l :dn ~ Iwiqii rliv~rtini~iitnniclt~niR 1111rrna
~ ' C S P Anpc>rriilo,api c.nt%o(1117.:Iicicx\ :to ~ ~ p r t - t n -
dor; P t l p i ~ ojt VOW i y i r i r n r i ~ i ~ l ~ i -<i
a r .c t n fpic-10
111~srlií. lionit-t npni-piiiV,i:~,r \i iq~iin.; il~forninnii n2n.
ICmqii~ttn a i d o vi o r n p n ~ ,q 1 1 ~ cntrq clr t i.3-
z p r rftfiq iras ~ e r d e no.: s l)ei<cin I?,RS ti-n:zinm
t ~ i n b r n in-w (lua4 f;ires, qlie icii;i. iIrRVRl11 lmr:~
ewe tini .
r;. Qiianto RO iini-ix, qiinndo nc: noscns p a r t ~ i r n s
do c:i na ni:nzi:íri do ii:~cimentntlns c,vi:in(:xs npprtnm i i q
rentns rnni ri.; cli.dn.; p n r n torn:il-lt.: mair Iii,iiit:is r. m n i í ~ r ~ o ,
bem pelo contrario os nossos Americanos fazem consistir
a formoziira de seos filhos em serem de nariz xato, e
apenas estes saem do ventre materno (como vedes em
França praticar com os cadelos e caxorrinlios), esmagam
e axatam-llies a s ventas com o dedo polegar. No entre-
tanto diz alguem existir certa região do Peru, onde os
indios têem o nariz ta111 ultrajozamente grande, que
n'ele penduram esmeraldas, tiirqiiezas, e oiitras pedras
brancas e iermellias segiii-as por filetes de oiiro.
fj7. ,416m cl'isso os nossos Braxileiros pintam muitas
vezes o cnrpo coiii diversos dezenhos e variadas cores ;
mas sobretiido costiiinain euipretecei' tanto a s coixas e as

O alilur escreve: - conoitiioitn.;soic.


pernas :com o suco de certo fruto, xamado geuipapo ',
que, ao vel-os assim de longe, julgarieis estarem v@-
tidos com calç8es de padre ; e imprime-se tantb na
carne essa tintura negra do fruto do genipapo, que em-
bora estes selvicolas metam-se n'agua, e lavem quanto
qliizerem, não a podem apagar durante d ou doze dias.
-.- Tarnbem têem crecentes de mais % meio pk de
comprimento, feitos de ossos mui lizos, tam brancos como 4 #
alabastro, aos quaes xamam jaci, do nome da lua, que .,
assim denomiriam ; e quando llies apraz, os t r a ã m pen-
dentes ao pescoço seguros por um cordão feito de fio de
algodão, e batendo de xapa no peito,
Provavelniente com grande consumo de tempo pulem .
em um pedaço ,de grB uma infinidade tle pequenas peças
de uma grande conxa marinha xamada vignol, a3 quaes
arredondam e fazem tam primorozas, redondas e delga-
das como um dinheiro tornez. Depois sam furadas no
centro, e enfiadas em um cordão, e com elas fazem co-
lares que xamam boré e que enrolam no pescoço,
quando bem llies parece, como nos paizes europeos fazem
os com os trancelins de ouro.
No meo entender 6 a isto,que algumas pessoas xamam
porcelana, de que vemos muitas miilheres de c&trazerem
cintos, de mais de trez braças de comprimento e tam bo-
nitos, quanto A possivel, como observei, quando xeguei
B França.
Os selvagens fazem tambem esses colares xamados
bor6 de certa especie de madeira preta, que A mui idoiiea
para esse mister, por ser qiiazi tam pezada e luzente
como o azevixe.
5 8. Afbra isso os nossos Americanos tèem grande
quantidade de galinhas comuns, cuja rasa os Portuguezes
lhes deram.
Depenam constantemerite as galinhas brancas, e
com instrumentos de ferro, depois que os tiveram, e .
antes de os tereni, com peças aguçadns recortam o frou-
xel e as penas miudi\s, reduzindo tudo a particulas mais

1 O autor escreve:-Genipql.
P O autor escreve:-BoiCre.
i ~ m i n i i t mcln que n carne d e pnsteis; rl~pciis 110 ~ l l i d p r -
~ r i Pi l i n p r n tle rerm~lliocom p;ici-\trnzil, c ~afrf$:in110-q~
roni r f ~ t r(>7in% a apropriada D ~ I ' Ri s ~ n ,C I \ J ) ~ P ~ I - S P rorn 1)
cnt50, cinpliimnm-se r! sarapintam o corpn. o s l ) r , 9 ~ (P~ ~
ns prrn:is ; di. sortr ~ I I PII'PWP ~ a t a i l npnrrlrem tc.r :@nli-
gcrn comn os ponibos e nntras aves rrrciii n n c i d w .
I{' Iicni ~ r t n ,qiie ~ I ~ i i m npesqnaq
I s 11'~st:isnncsxs
tema4 (IP ca, qiinndi, piz:tm n:tr: rrgiitc'.; anicric'flnns.v;,em
()s selrnj pitados I iridn, e ~nlt-iii(In~ P P I
Inailnr~qi IPS (11s CI viilrnm e pr~ipxlani o
1+nato rlc n h ~tiilns
l a r ~ i i s ; mas r s t ~11'
i 10
sniti taiis pnr rintitrczn, rnmn aciilia j . b rlice : linrtnntrr fabi
iqnornnci:~P C O I I X miii ~ Ir\ iniiamcnt e rPcchiíln.
~Ilrriiernj5, cwreveo, qiip ( I * CIIIIIR~PLPS iint~m-secnm
certa rrzina oii iingri~ntngliitinnzn, r ilcyiois cnhrc.rn-qr
de penaq ílp (Iivpr,:~s ci)i.es, .n:io ficaniln iiinl p n r e c ~ d o ~
c.om siniillinntn trnge,
'1. qiiniito ao ornato d~ r J ~ e dos ~ n noscoq Tnpi.
n~rnlikf,nlfm (11 corna na frente r tln? gii~tl~llins ppn11c.n-
t r s snlire as ccistn?, (IP q i fiz ~ m~nç:io.
~ :itnri~ c ai.r:~rii:irn
pPna4 cnca*.rin~ln~, ~rwncliinqe d e ciiitraq clires, (Ia 37 1
c.rrtna : I I ~ V(Ia.: ~ . ~ I I A P SfUpni f r o n t w ~111iii siniilli:\il t ~ q
nn f'i~i$7rians C:II>PIOS verdxil~irnrnii tnlrios, a que xnni3iri
? ~ ~ ,rliia sq tl:tiiia* e tlnnzc~l~s
r r i q i c r ' f i , ~nii ~ ~ l t r l i i p t n r cnm i112
??i anrn e tle rilitros p:iizes íin c6 co.tiirii3m ~ ~ l n i . l l a; r iS- ~ ~
ilii-i,iiiios, ~ I I P r'lzq i.c.crl~ri+nni e.;*% iiivc~rirfin(li)< nri<uoq
selvagens, que a esse aparelho denominam jernpmamln'.
Trazem tambem arrecadas nas orelhas, feitas de
ossos brancos, qiiazi d a mesma forma dos ponteiros, que
eu dice acima, que os rapazes trazem nos b e i p s furados.
Possuem os selvagens no seo paiz uma ave, xamada
tncano,rr qual (como mais amplamente descreverei em lugar
competente) tem toda a plumagem negra como o corvo,
excéto no papo qiie teni qiiazi qiintro dedos de comprido
e trez de largo, e é todo coberto de pequenas e siibtis
penas aninrcla.; orladas de encarnado na parte inferior.
Esf~laiiio papo, ao qiial ttinibeiii xainani tucano em
razlo do iionie tlw ave, de que o tiraiii, juntani em graude
qiiaiitidatle, e tlcpois que os semiii, pregaui com cêia,
que eles tlenoiiiiiiniii ira-ietic, iiui de cada Ia(lo do rosto,
HISTORIA DE U M A VIAOEM A' TERRA DO BRAZIL 185

abaixo das orelhas, de tal sorte que, vendo-se assim


esses cartazes amarklos nas faces, parecem duas xapas de
.
cobre dourado nas caimbas do freio ou brida dos cav%los.
§ 10. Alem de tudo isso, si os nossos Brazileiros vam
ti guerra, ou si matam solenemente um prizioneiio para
comer, pelo modo por que em outro lugar *i, qiierendo S.
então adornar-se e mostrar-se mais bravos. enfeitam.se 4
com vestes, carapuças, braceletes e outros oinatos de
penas verdes, encarnadas, azues e de outras cores natu- a
raes, singelas e de incomparavel beleza. v
Depois que taes penas sam por eles diversifcadas,
mescladas e miii convenientemente ligadas unias As oiitras
em pequenas talizcas de madeira com fio de algndilo,
ficam por tal mcdo ajustadas que nenhum plumaceiro em
França melhor as mlrnejaria, nem mais destramente as
arranjaria; e julgareis, que os vestuarios assim feitos
sam de veliido felpudo.
Com igual artificio fazem as guarnições das suas es-
padas e clavas de madeira, as quaes, assim decoradas e
enriquecidas com plumas bem ajustadas e bem appli-
cadas a esse uzo, prodiizem deslumbrante aspecto.
Ij 11. Para preparo dos seos vestuarios, obtêeni dos
vizinhos grandes penas de avestiuz; o que mostra a exis-
tencia d'estas grandes e volumozas aves em alguns lu-
gares d'esse paiz, onde todavia, pala nada dissimular,
as não vi. Estw penas de cor parda sam ligadas pelos
tubos da aete central. ficando ~oltasas poliras, qçe espa-
lham-se em roda 9, maneira de pequeno pavillião, ou de
uma roza, e formam um grande penaxo, t i que xamam
arasoz'a, o qual atam na cintura coin uni cordel de
alrod8o; a parte estreita liga-se A carne e a parte larga
afasta-se, e quando com ele se adornam (pois iiiio Ilies
serve para outra couza) v6s dirieis, que trazem uma
capoeira de frangos atada lia cintura.
Direi mais amplameiite em outro lugar como os
seos maiores guerreiros, afim de mostrarem valentia, e
sobretiido quantos inimigos mataram e qnantos pri-
zioneiros sacrificaram para comer, retalham o peito, os
braços e as coxas, e depois esfregam as incizbes com certo
p6 negro, o qual as torna subzistentes por tcda :I vida ;
24 P. 11, 101. LI1
ili! niniln rliie, ao vel-nq nwiin, parPcP r:~tareln 11p ri\ii;;)~q,
snissns, ?I conl ~ r n n d ~ ~ si l \ ~ i t ~ ~ ~ .
2. S i tr:it%~n (Ir! ~l:i,~iqii.~,
1 1 ~ \ 1 t b y ,e , ~ ~ r t i v f lor q1li1
.
~ i h fi t , t ~ c:I, $113nc11rixi;50 lbrilir~~ri:~? prrit-tlr;\in :L]-
:iiIii,r i . i i ~ ~ xrlllr ! ~ , llics excito o n~iinii,, nl6iii cln c i ~ i t l i !.
I
1 1 % IVX, (11: q t i ~tiznin a l ) i t ~ ~ a l ~ ~em i r ~Fr Ii It :~~ ~ ~ : L ! I < : :I *
por i ~ s ncnllii>iii certo friitn, qiis 6 r10 tnm:irilin 11:: i:.lr-
I nnlin cl'ii~ii:t, com c l n iiin tnritn p:ir~i:illnr. r l ~cíisi3
1111iirijrl, (: qiinnrli, ~ a t Alicm spcn, tirntii.111~o c:~r-nc:l~.
r! m~.trmiiiruin liirar d'csta n.lciirn:is lietli.iiilia$. fnzeni i i i i i n
nnliiiil:~d ' c l ~ s(3 f'orninni gr.~-rnT,a s qiincs, ~t:vl:isAs p r -
na?, fiizrm t a n t n hiillis coiiii, t';tri:iin I-oiixas clr c n ; . : i ~ ~ i ~ + ~ ,
q n w i C,II 11iz1)s~ ~ i r q w n i
\iqlcos, (1 t's 0s n1ost I :\til.

l p psix 11 *ietlt? ;lrvoi


qiip ~ I : I I I I 1 i x f . n cio rnnianlio i10 nvo rio :i.~~~~st.i.iix, e coin
II i1IC5tiiil fi~11l.z. !)J s r l v n p n s o fiirniri t i ( i mcin, com(-)eiii
I~'i-:iiii::iO S iii~iiinos fiirttritin ~i+niidcstiozes riarn f i i z ~ r

r:~roi:os ~ I P
c111 le (111~ 1;lr~i. nt1-:1~1*-.
mm-llir i~inpRn nieio tle iii~ntn, r, nisiiii
I ~ i~ist
11I111
~';LA~~ 1.1 R ílllt? X t ~ r ~ - f l t - ~ ío, qt~:il

~ ~ ~ \ . i lehos~ nnssi-1s
~ i . , - i o11c , I<rn7 t rnzeni oriliiia-
i.i%tiic?nt í l na niin .

(,!ii;ititlo rti tratar dn siin rel ,. , .iwi n opiiii5i1,


t11ioft)riiiniii d'csso iiinrnch, e da siin soii~iriilriile,~lc[)llis
tle o enfeitarem com lindas plumas, e dedicarem a o nao,
que logo veremos.
E i s em siirna quanto sei relativamente 9, indole,
vestuarios, e ornatos, com que os nossos Tuyinambss
costiirnam paramentar-se em seo paiz.
fj 13. Verdade 8, que além d e tudo isso, tendo nós
t rrtzido em riossos navios grande quantidade d e fazendas
veriiiellins, verdes, amarelas e d e outras cores, lhes
1iiti1ltl~~vi\1ll~)~ fazer cazacos e calções sarapintados, os
(liiiies 1lit.s dava1110s eiii troca d e viveres, bugios, papa-
gaios, pho-brazil, algodiio, pimenta e outras couzas do
se0 piiiz, c.01~a s quaes OS noss ).i marinheiros ordinaria-
mente carregam os seos naviui.
e
HISTORIA bE UM.\ Y I A G E J I h' TERRA DO BRAZIL 187

Uns porain sem ter nada no corpo, ve;tindo algumas q

vezes c ~ l ~ largas
a s de niarujo, outros ao cont.rario sem
calças vestindo saiotes, que apenas Ilies xegavam As
nadegas, depois de contemplarem-se iiin pouco e passea-
rem com similhante vestiiario (qiie nos excitava gargalhn-
das), despiam esses trages, e os deixavam em caza até que
lhes desse n a vontade de os vestir de novo : oiitro tanto
faziam conl OS xapéos e camizas, que Ihes davamos.
5 14. Teiil:o assim expendido amplamente tudo
quanto se pGde dizer a respeito do exterior do corpo,
quer dos omens, quer dos meninos americanos. Si agora t
porem, acompanhando esta descriçiio, quereis figurar u q
selvagem, imaginai em vosso eiitendimeiito um omem nu
bem coaforinndo e proporcionrido de membros, teiido arran-
cado todo o pelo, que llies crece, trazendo tosqueados os
cabelos, do iiiodo por que jA dice, aprezentantlo labios e
faces fendidas com o:sos despontaclos ou pedras verdes in-
trodiizidas nas abertiiras, rxhibindo orellias perfuradas
com arrecadas nos operculos, mostrando corpo pintado, e
coxas e pernas enegrecidas com tinta extraliida do fruto
genipapo já, mencionado, e carregando, pendentes do pes-
coço, colares coinpostos de uma infinidade de pequenas
peças d'essa grande conxa marinha,que eles xamam cignot,
taes como jn os descrevi; e entáo ~ e r e i stal qual 6 ordina-
riamente o selvagem no seo paiz,e tal como adiante o vereis
retratado somente com a sua coleira ossea bem polida no
peito e com a sna pedia no buraco do beiço,e gsrbozo com
seo arco ao lado, e suas fiexas na mão.
E' verdacle,qiie para completar este quadro devemos
pôr junto a esses Tripinambhs uma das suas mullieres, a
qual, na forma do seo costume, traz o fillio em uma cinta
de algodão, e em compensação o filho, conforme o modo
porque o carregam, abraça com as pernas a s ilhargas
d a m&e ; e junto dos trez um leito de algodão, feito como
rede de pescaria, suspenso no a r ; pois assim deitam-se os
selvicolas no seo paiz. Cumpre tambem aditar o fruto
xamadg ananhs, cuja fórnia logo descreverei, o qiial 6 dos
melhores qiie esta terra do Brazil produz.
5 15. Para coiisiderar um selvagem por novo as-
pecto, tirae-lhe todos estes aparelhos, untae-o com rezina
1k8 REVISTA TRl>!EYS.\I. DO ISSTlTT?TO I11STrSRTSO

gliifinozn, e cnliri-lhe tntio n corpo. hi-nrn.; P peinas llr


.7q pliinia ~ ( l Pa m~ i ~ i ~ l a srollin
, ri I ~ tXi ~ i t , ~
icllin,e e sirn nrt ifrc.i.ilincnt*cnhr>rtod ' r . c . i
111, podo idcnr, si ta1 f i r l l ~rc.~rt-zcnta
~
gnroi~znrapaz.
'rizmlicni pnd~mn<ronsi<lernl-n, qIiPr f i q i ~n~a &r
natirrnl, iliiei' svjn pin tadn riii r-niriliimnrlo ; P nssiiii rcl-19-
ti-o com o.; srni trnrrs, cai'nriiicns i. h r n r t ~ 1 1 . tt q~r ~n
iiir1ii~trii)z:im~ntr f,11)ricncIns crxn P S < : I ~ linrfnq P ~ i i l r t ~ l a ~
priia.: rle divi*r.;as c ~ I ' P . ; , de que t c i ~ l ~ft~iri-in 111~nqio.9
pitilr*i.; rlizer, qnr eqt :i snlen~mi~ritc pnrniii~nt~ r l o .
.\irida poilenin.; ~nrnrnl-o.pcln i ~ i n n r i r :jinr ~ qnc j5
TOS dire qiin prnrwl~ni os .;r1 <i rli~i~niirln-o
s~mi-nile srini rrqti~ltr,« cnlqn~.: com 2.: iin\css
frizas tIe cores, t ~ n d olima d:is rii:inrns rcrde P »utrs
3in~reIa,cniisi I ue npeii:is Ciltn-llie n cetro tlc
pnllinço.
Fiiinlmente ncrecen t , n ~toda4 aq snhicilitn~rnii71s.
pondo-llie! na i ...-
nn. cinti
I . .. iristiiirnentn snmniln inni.nr:í, n:i
n
eiia.xn rlt pl1ini.i~ xniiin(li
rrilnr i1 s, as cairnpairih:is P~li~icnr
P. O r ~ r r t.i.a.i ando iln mndn pltr r l i i ~
dsns,i, saitn, iieibe e cxt)riol.i, como ntii:inre riirili:i o
rep;rzen tarei.
$ I r;. Qnnnto no dcninis aitilicio iizndo p ~ l n cw11-1-
gens parn si101ti;ir n eiift5itnr n rnipci, confn~.riien clt~srriq'io
conipl~kt feit i i~riinn, n l b u i de ser precizii rni1it.i~ firii-
ras Iiarn ùcm reprezentnl-tis, ainrla assiin os n5n fitri:iniris
parecer bem sem acrecentar-llies a pintura ; o que re-
quereria um livro especial.
Todavia afbra o qne jh dice, quando eu falar das
suas guerras e armas, os descreverei mais furibundos,
golpeando-lhes u corpo e pondo-lhes na máo a espada ou
clava de madeira,, o arco e a frexa.
17. Dein;tiiilo poréin agorit por iim poiico os nossos
17iipiiiiiuib6sc111 sii:t iiiagniticencia medrar, e gozar do
passateuipo, qiie sabein procurar, ciirnpre ver si suas
niiillieres e filIiii;\s. qiie xitiiiaiii c t o t l ~ a , *~ , e LUm-inem
e
HlSTORlA DE UMA VIAGEM TERRA DO R R A Z I L 189
alguns lugares, depois que os Portiiguezes os vizitaui, 4
andam mais bem ornadas e ataviadas.
J á dice no começo d'eate capitulo, que as mulheres
andam ordinariamente nuas, como os omens; agora convem
acrecentar, que elas, como eles, ariancam todo pêlo que
lhea aparece, incluzive pestanas e sobrancelhas.
E' verdade, que a respeito dos cabelos elas não os
ungem ; pois ao passo que os omens, como jA fica dito, os
tosqueiam na frente, e os aparam na nuca, as mulheres ao
contrario niio s6 os deixam crecer e ficar compridos, mas
trrmbem (como 8s mulheres de, cA) os penteiam,e lavam mui
cuidadozamente : os entrançam algumas vezes com um
cordb de algodão tinto de vermelho; todavia andam quazi
sempre desgrenhadas, deixando mais comumente fluctuar
os cabelos sobre os ombros.
tj 18.AlBm d'isso tambem diferem dosomensem ngofu-
rarem os labios nem as faces; por consequencia n&otrazem
pedras no rosto : quanto porem ás orelhas, as fiiram oíri-
velmente para pôr arrecadas,e quando tiram, taes enfeites '
meteriam facilmente os dedos nos buracos. Estas arre-
.
cadas feitas d'essa grande conxa marinha xamada vignol,
de que falei, sam brancas, redondas e tam compridas como
uma vela de sebo meian; quando penteiam-se, batem-lhes
as arrecadas nos ombros e tambem nos peitos, e parece, ao
vel-as longe, que sam orelhas de sabnjo, que lhes pendem
de um e outro lado.
A respeito do rosto, eis o modo por que elas o en-
feitam. A camarada ou companheira com pequeno pincel
namão começanma pequena rodano centro da face d'aquels
que se quer pintar, contornea em f6ruia de caracol, e
assim continua at6 que com as cores azul, amarela e ver-
melha lhe tenha mosqueado e sarapintado todo o rosto; e
tambem no lugar das palpebras e sobrancelhas arranca-
das'não deixa de dar pinceladas, como se diz, que em
França praticam as mulheres impudicas.
5 19. Elas fazem grandes braceletes, compostos de
varias peças de ossos brancos, cortados e talhados 6 ma-
neira de grossas escamas & peixe,que sabem reunir umas
ás outras com cera e varias rezinss misturadas em guiza
de cola, c.iimIiirinnrIn n ni.t.efncto cnni t,nI ncei.t,o qiio! ni-ltinr
n5o E possivel f r i z ~ i . .
iZ.*siiii f>sliriciin c ctan do coniprimcnto 14-
qirnzi pb e m ~ i os,i ) ~na )c111c,ornpnrni. ;~.nsb!.nca?y,
Igunl mrri t e t.rnxeiii c o l n r ~ shrnncos s a m %cio hnn: *
nn 511:~liiipii~rein, os qiiacs milna clescrevi ; n,io n?
tiuazcin pri!i1iii periil~ntcs (10 prirni:n, c i ~ u ofHzsn n s
oinens, pnis os eiii.nl:km I.
E eis por qrie P p:i :to mpsrnr) nzo. cln;: 8x3-
vam t nrn lintlns ns po?q 1iit:iq rle ritlro n!i~arrl:t<,
RZIIPS, V C ~ ~ Pc S (le 011 ti.:^^ C > . r~nÍi:1~1i13
i:11i k 11isneii.a 111. rcl-
x:~rins,q i ~ eela3 X:LIIIX~II 111nr1tL. -i- llos qii:~est . i n l ~ ; ~ r u ~ ~ s
lc~itdii~ r n n i qiisl ~ ii t.iti:icIc? pni'n t,rn!icnr a1 i.
, ~f ' i ~ s ~ ~ ~nfis
1;: (10111 e f ~ l t011 n r i a;i<siias altteins, nri
viesse t,:tes in i +;::inn:i<,
aprezf nns fTtit:i .ri. C O I I Z ~11~: sco
pize OdO [lia. f r?jns? ile qri- nr-
< I i ~ l i ~ i ~ t\IX:IQI,
l ~ ~ i ~t ~. O~ Y I I O ~ V : \ Y ~ I -3I ~~ .C; I% Sl ~ t ~ . P~ : ~~ ~< ~ ~ v . I x I
c.onst.~iitern~ntecorniirisci>. t1izc:nilo : zlltr;r-, rl~~~qntar~.rii
niimf1~vjnrt~hi,ist,o C : - I+'r~.~ií:.ez, 111 6s Imn, (li-rn? bis
t.cf)s Iii.ncel11tt!s tle eont.ns cie viilrn.
11:1:~5 fnzin:ri o inesitici ~ X T R;\ver (19 nos pcnteq, qrie
xamsm ,qirnp oii 1;tinp. rsyir:llio.;, q i i e x:iulxrii nric 2- A
toi1:is as tlrinni.+ verii:i:as c ini>rc:idorini, qrie t inliniii'is, i:
cl:i;:fipiit.eci:itn.
$ 20. Mas entre as couzas duplamente anorpaes e
verdadeiramente maravilliozas, que observei n'essas ma-
lheres brazileiras, 6 que não ob~tauteniio pintarem o
corpo, o3 braços, as coxas e as pernas, como fazem os
omens, nem cubrirem-se de penas, nem de outrds conzas
proprias da sua terra, todavia niinca pode mo^ conseguir
fazer com que se vestissem,embora por muitas vezes lhes
dcsseuios vestidos de xita e caniizss (c9nio dice tecmo3
feito com os oiiiens, qiie slgiiinas vezes vestiam) ; de

+ O aiilor ?si-i.clc:-nncirc.
-f O autor c~scrcve:-Jl~cttrottbi.
4 O aiitor escreve:-droitu.
HISTORIA DE UM.\ V I I G E ~ Ih' TERRA DO BRAZIL 191

sorte que estavam sempre rezolvidas a n8o sofrer nem


ter sobre si qualquer o b j e t ~ ;e creio náo terem ainda
mudado de parecer.
Verdade é, que, como pretesto para izentar-se d'isso
e ficar sempre nuas, alegavam o seo costiime, conforme*
o qual em todasas fontes e rios claros,que encontram,aco' ,
coram-se na margem, ou entram n'agua, molliam a
cabeta, lavam-se e mergulham todo o corpo como caniços,
e em algiins dias o fazem mais de doze vezes.
Dizem ela3,qiie lhes custaria muito trabalho despir-se
assim tantas ve2es.E não é isto mui hoa e mui proceclente
raz8o ? Mas tal qiial 6, a devemos aceitar ; pois contes-
tal-a seria baldado esforço, e nada conseguiriamos.
E com efeito esta gente bruta deleita-se talito com
R nudez, que não s6, como j9, dice, as mulheres dos
nossos Tupinambhs, que vivem na terra firme em plena li-
berdade coin seos mariclos, paes e parentes, obstinaram-se
em não querer vestir-se de modo algum, mas tam em
as prizioneiras de guerra, qiie tinhamon comprado, Q $-. a
servavamos como escravas para trabalhar no nosso fortfm,
embora as cobrissemou 9, forca, apenas xegava a noite,
despbm secretamente as camizas e oiiti.os nndra,jos,
que lhes davamos, e por mero prazer, antes de deitar-se,
passeavam nuas na nossa ilha .
Em suma si ficasse ao arbitrio d'essas mizerlts crea-
turas, e não fossem obrigadas a xicotadas a vestir-se,
prefeririam antes sofrer a calma e o calor do sol, e esfolar
os bil~çose os ombros na condução continua da terra e
pedras, do que suportar sobre o corpo qualquer objeto.
Eis siirnariamente quaes sam os ornatos, aneiu, e
joias orclinarias das mulheres e raparigas americanas.
E sem fazermos aqui outro epilogo, contemple-as o leitor
por esta narração, como lhe aprouver.
tj i> 1. Quando adiante tratar (10 cazamento dos selva-
gens, direi como os seos filhos vestem-se na infancia;
mas a respeito dos meninos acima de trez ou quatro
annos, tinlia eu grande prazer em ver os rapazes,a que
xamam cnnimi~nirirn,* os qiiaes, nadegiidos, gorduxos e
e: Cono))~
* O a ~ i l t ~escrch\
r i~ci)~iri.
foriiiiios, i111iit.omnili do que sam ns menino; Piirnpcns,
nprezcii t,!i ri t'ei t:~doc
; com seos ~ i n n t ~ i r n(Ir s c~'.;n
lirnncn tio8 furadoa, com os cabelos tnscliientlni ao
stw morto i 13vezes com o corpo piiit.atlo, c :iiinc:i
ileix3v:im (LU v 11- e111 .- -...--* dansar i l i ~ n t e( l i nhs, ~ I I R ~ I ~
g 1-11~iuci O
lios viatu xegi1.rem siian iilt1ei:i.s.
F: pmPa 'ierern reconipen.iaclos, afri~anclo-nose ricnm-
pnnliitnilo-rios 11s perto, n:tr, se esrliieciinm cIe ilizcr P
repat.ir constnnbemsnte ns sna ncnn limI%$ria : C t t i ~ t o c , ~ / ; ,
nili.i.h:>p i ~ i ~ l ,*i ,isto 4, me3t amiro e! alia~lo,cla-me nnzoe::
p ~ r apcccsr.
14 si riara satisfazer o petlttro (o qrie mnitas vezes fiz\.
metinmos i i n areit 37, OU (10 .; IV?-
qiieno;, eles ntiaix oiite, e e Izv@l
tlive;s:iq ver e m 3 1111s, (1 111$cli
e apanlisdur,~11ù3 anz4)ea e;r,rr:rvnm e esy-nvatarniii a
terra, cnriio Ittp:xros de coellieira.
$ 32. Fiii;ilmente diirrrnt,e irm rtnno,qiie passei n'esse
paiz, fiii ciirinxo em cont,emplar os indi\~irluns arliilfiis
P ;nn; por isso qu.tnilo recorilo-me de ~,:EPS g:mrnt.o.;,
Ii : t.el-os sempre diante 110solliris, e t,crei s~rnprr:
11 nsnto a iclcs A imitgem íl'eleiz; t,orlarin por criiizn
duu ~ - i t agesto3 8 t b ~ p e ~ t . iriteirninente
0 diferentes do
porte t11)ii iiiwsos rapazes, confesso ser dificil reprezent:ir
liem os rnenifio~selvi~gens,qiier por escrit,~,qiier me$m»
pelit pint,iii.n. Por esta raz;io para ricnti~mos\-t?rdntlèiro
prazer, precizo é vel-os e vizital-os no seo paiz.
Em verdade porém direis v6s, que extensissima B a
viagem. Isto é certo; portanto, si náo tiverdes bom p6 e
olho bom, e temeis tropeçar, n8o vos arriuqueis a incetar
o caminho.
Ainda veremos mais amplamente, conforme se apre-
zentarem as materias, de que eu tratar, como sam as
cazas, os utensis domesticas, o modo de pernoitar e o teor
de o~itrosprocedimentos dos selvagens.
5 23. Todavia antes de encerrar este capitulo, pede
a ocszilo, que eu responda aos que escreveram, bem como
aos qiie peiisam, qiie a assistencia entre os selvagens nus

O :iiilor esrrelre:-Coulouassol.
e principalmente entre as mulheres, incita a lacivia e
impudicicia.
Sobre isto direi em uma palavra, que, embora pareça
dezonestidade e iucitamento B concupicericia ver mulhe- , ; ,
r03 nuas, todavia essa nudez grosszirit da mulher é muito4 r
menos atraente do que se pensa, como então geralmente 4
observamos.
Portanto sustento, que os atavios, rebiques, cahe-
leiras postiças, cabelos encrespados, pescocinlios enru-
gados, rrnquinhas, saias dobradas, e outras infinitas ba-
gatelas, com que as mulheres e raparigas de cá se trans-
-figuram, e de que nunca se fartam, sam cauza de males
incomparavt;lmente maiores do que a nudez uzual das
mulheres selvagens, as quaes entretanto, em relação
Bs feiçnes, nada devem ás outras damas em formozura.
Si a decencia uie permitisse dizer mais alguma couza,
ufano de solver todas as objeçóes, que em contrario se
oferecessem, daria razões tam evidentes, que ningueaas
reciizaris. Sem proseguir pois n'este assuiito, r d h -
me no pouco que tenho. dito Aqueles que têem viajado á
terra do Brazil, e que, como eu, viram nmas e oiitras
couzllb.
5 24. Não quero entretanto por este modo aprovar a
nadez, cont.ra o que a Escritura Santa refere de Adão e
Eva, os quaes, depois do pecado, reconheceram estarem
nus e envergonharam-se ;antes detestarei os criticos,qne
a quiõeram introduzir entre 1163, contra a lei natural, a
qnal todavia n'este ponto não 6 por f6rma alguma obser-
vada pelos nossos mizeros selvagens americanos.
O que pois dice d'estes selvagens é para mostrar,que
m&o somos talvez mais louvaveis, si os condenamos
tam austeramente, porque sem pejo algum andam assim
com o corpo inteiramente des~berto~quando alias os exce-
.demos no vicio oposto, isto 8 , em nossas comezanas e sn-
perfluidades de vestnario.
E praza a Deos, para Andar este ponto, que cada um
d e n6s vista-se modestamente, mais por decencia e neces-
sidade do que por vangloria e mundanidade.
I
P. 11. VOL. LII.
'ITULO
.? . --.- A

.
6 1 Depoi s de ter exposto no prec ~ ptu10
i
como os nosiiq SI~ l r a ~ e ~nfcit:tm-se
ns P T( 110 P X -
terinr, 1parece-ni P , driliiziniln a s coiizas n, niio
ser f6ra ,I* Il,mzito tratar wnra dns ~ i , r - , ilile Ilies
m..,.

sRm cnmiins e nriliiin.ritis.


cnmpre ~iriiiirirarn~nte n o t ~ r qne
, ~n1boi.aoc. selva-
gens n<?otenlinln t rign, e por c o n s e q ~ i e n ~ oi an5n sernwm,
nem pln iitrm ~ i111:l i n:w s iln3 t~l-rl! do iirm r)nr icso
drixtrin de trata r-se Iiem e ter b rla sem vinho,
confnrm e v i e Plxperim~i nki.
.
a +'. (19 inriirenas
1.
ani~ric,anosIrem nas siia3 t ~ r r w
ZPY, n rlue s n inanl n ~ pl??i e t t l f l ? ?rliotv, -
r:~,i
: nii qii"t,i"O IlIPZPS rrpccni no solo F li(-um
I

(i :L ~ i i ã i de
l iini wiien, com CI cnnipr i n i ~ n t n
t R inelo, inms ntl mnos : qiitinrio as xrrniic.:ini, a s
( ~ pts
niiilh~res (pois na nmens 1150 oriipam-se rl'isw) spcrin-
do-RSRO foro no wloc!itesr, -i-t n l C O T ~ I O10~0r l e . ; c r ~ v ~ r ~ i ,
ou t,ornandri-:i. :iiiidn ti.~scns,as ~.R~;IIII :iforya em pontas 118
pedras miudas fixadas e arranjadas em uma peça xata de
madeira (como ralamos e raspamos o queijo e a noz mos-
cada), e as reduzem a farinha alva como a neve.
Então esta farinha ainda crua, e a semea branca
que d'ela sae, e de que logo falarei, aprezenta o verda-
deiro odor do amido feito de trigo puro por muito tempo
diluido n'agua, quando ainda est&fresco e liquido ; de
sorte que, depois do ineo regresso para c&, axando-me em
lugar oiide esta pi eparaqan se fazia, o seiro tl'ela recor-
dou-me o xei1.o ortlinariamente sentido nas cazas dos
selvagens, quando fazeiii farinha da raiz da mandioca.

* 0 niilor escreve:-A ipi ?.I triatiiot.


.f O autor escreve:-Boucan.
HISTORIA DE UMA VIAGEM iTERRA DO BRAZIL 195

Para preparal-a essas mulheres brazileiras têem


grandes e amplas frigideiras de barro, com capacidade
de mais de um alqiieire, por elas mesmas fabricadas mui
convenientemente para esse mister, e aa põem ao fogo,
com certa porqão d'essa farinha dentro : e em quanto
coze a massa, niio deixam de mexel-a com cnias de ca-
baça, das quaes se servem como n6s nos servimos das es-
cadelas. Esta farinha assim cozida toma a f6rma de gra-
nitos ou confeitos de botica.
Cj 3. Ora, elas fazem a farinha de dois modos,a saber,
farinha muito cozida e dura, a qiie os selvagens xamam
tchi-antan, da qual se proveem, quando vam 9, guerra, por -
melhor se conservar ; eoutra menos cozida emais tenra, a
que xamam cihi-pm, * a qual 6 muito melhor do qoe a
primeira, porque, pondo-a na boca e comendo-a, quando
está fresca, dirieis ser miolo de pão branco ainda quente.
Ambas, sendo cozinliadas, mudam esse primeiro sabor,
de que falei, em outro mais agradavel e delicado.
Comquanto essas farinhas, principalmente qiiando
estam frescas, sejam de mui bom gosto, de facil digestho
e bom alimento,comtudo niio se prestam por f0rma alguma
ao fabrico do p80, como experimentei.
Verdade 6, que d'elas fazem massa, a qual, inxando
como a do trigo com O levêdo,e tam macia e branca como
si fosse farinha de frumento ; porem assando-se, a crosta
e toda a parte siiperior seca e queima, e quando abre-se
ou parte-se o piio, axareis o interior reseqiiido e reduzido
a farinha.
5 4. Creio portanto, que quem referio, que os in-
aios, qiie abitam aos 23 ou 23 grtíos alem da linha eqiii-
nocial, e que certamente sam os nossos Tupinambás, vi-
viam de pão feito de pho ralado, eqiiivocára-se por n&o
ter bem observado o que eu digo, querendo falar das
raizes, de que agora trato.
Todavia uma e outra farinha A boa para papas,
a que os selvagens xamam mingáo, t principalmente

O autor escreve:- Oui-mtan e oici-pon.


i O autor escreve:- Mingaut.
196 REVISTA TRIJIESS41, !)ri I S%TITl'To FllsTnRli'n

qiiw rinnr3, qriw miillirrt~s on inc~iinci~,rico-tiiiiin~i~r.;


(Ip.i(lp n i n f a n c i ~a cnnirl - 8 Gc,:t PTU vcbz i \ + p:io,
por ta1 forma ~fc7itosP m :.nut iiinail109 2~ i.w, ~ I I P t,o r
rnm os qiiotrn dedos na Inzillin - tlt barro nn (ti~trft$1
. ,.'. . qne a rnnsprvn.,,TI, .....
xV?i7n 0111
(
!iint?n .. qtie :i. atirrni dt. niiiiro
191i~~., ac~rtninnn 11.c~ com t:il il~>,trpza1 1 1 1 ~11511 P P I . ~ ~ J I I ~
niii sh f':twlo.
Si nas 13s Francezrs os qiiiz~ssrniosiinitnr, e prcirii-
rassemos coiiiel-n por ecsr ninilri. v150 clstn~i(lnn~tfi7:1111t.i
, 111r:ii' de awrtni. 1111 licicti. K ~cp~rtririnnills
i:nirir, ~ l r s eni
nas I)nx~sns,P si~jarirtnin.:todi~n rostc, ; pctr I,.;() t3rnnio.:
cihri~~fln.:n tomnl-;i cniii coll~rt.es.snlrc~ ~ q ~ i r l iel si i ~cliii/t.-
sein nprrzenti~r-se ctlrnp i\, priiici~):ilri,riiti~ t~n~ln
1i:irhns conipriil~ I*.
5 . .\cont ece alpiiimaq vezíw, ~ I I Pi1c~)oi~
r n i z ~ tlo
i ailiim C IILS -
.1, .
, ,,. 1: -*..
I I I L L I I I I I I J I , , ~ -inni rn~pri<l;i.;
,>
I-~IIPeqsaq
aiti(l:i t'!-t>*-
cn* ((10 rnoíIn por (111ejk di~,eI,i\q rnnlher~sfnz~niC ~ R I I ~ I P S
t)nl,z.: tln f',trinlia f r e ~ c s9 rtmi(1a. rrínltantc ( 1 ' ~ - - a n p ~ -
iai;%o, npei'tani, conipi'imrin h ~ iin n a ~ni;iiis. r Pqpi.rrnriii o
s ~ i r oqutizi ta111 hrancn c cl:iro conin n Icit c 0 q1131 %,

eni pr:iton c vazil1i:as d r hnrro, e r u p i ~ ~ naini sol. cii


n condcrisn e c n i ~ i i l nramn conllia(l:~ (Ir? 1111piio: P t l
qt~et-erncfmler,{ I f l ~ l r i ' a ~ ~em ~ : 011 t n t~t.o< : t l g ~ ~ i ( ~ . iIIP
~ . eI sI : ~ I T I I ,
ocozinham no fogo,como fazemos com a s fritadas de ovos,
e torna-se, assim preparado, mui bom manjar.
Ainda mais: a raiz do aipim ngo s6 6 boa transfor-
mada em farinha, mas tambem pode comer-se assada iii-
teira no borralho ou no fogo; pois assim fica tenra,abre-se,
e torna-se farinacea como a castanha assada nas brazas,
ciijo gosto A quazi igual.
Entretanto o mesmo niio acontece COIU a raiz (Ia mrin-
dioca, pois serve somente para fazer farinlia, e 6 I o-
nenoza, si a coniermos de oiitro modo.
(i. Ainda inais : as plantas oii as astea de auib:ts
sam pouco diferentes qiianto 6 forma, creceiii do t;tiiixiilio
d e peqiieiios zimbros, e tèeni folhas iniii siuiilliaiites ti
erva da peonia, ou pivoitte em francez .
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 197

A circunstancia porém mais adniiravel e digna de


grande consideração n'estas raizes do aipim e da mandioca
da nossa terra cio Brazil é a multiplicação d'elas. Pois
como os r a m sam
~ qiiazi tam moles e frageis como boucei-
Tas, basta quebral-as e enterral-as bem no xáo, para sem
mais cultura alguma termos grossas raizes no fim de dois
ou trez mezes.
5 7. Ainda mais : as miilheres ci'esse paiz, inflncando
na terra um bastão pontudo, plantam assim duas especies
de milho, a saber, branco e vermelho,que vulgarmente em
França xania-se trigo sarraceno, e os selvagens xamam
avati, do qual igualmente fazem farinha, a qual coze-se
e come-se do modo por que acima dice, que se pratica
com a farinha de raizes.
E creio (aliás contra o que eu dicerrt na primeira
edição d'esta istoria, onde eu distinguia duas couzas,
as quaes todavia, quando pensei bem, reconheci fazerem
uma s6), que este avati dos Americanos é o que o isto-
riador indiano denomina rnaiz, o qual, conforme ele re-
fere, serve tanibem de trigo para os indios do Peru : e eis
aqui a descrição, por ele nprezentada.
O talo do maiz (diz ele) crece da altura de nm
ornem e mais, é bastante grosso, e lança follias como as
da cana das lagoas; a espiga é como uma glande do pinho
silvestre,ocaroço é grosso, e não 6 redondo nem quadrado,
nem tam comprido como a nossa baga; amadurece em trez
ou quatro mezes, e nas terras banhadas de ribeiros em
mez e meio.
Por iim gr8o produz 100, 200, 400, 500, e alguns
multiplicam-se até 600 ; o que tambem demonstra a ferti-
lidade d'essa terra agora possuida pelos Espanhóes .
Alguem jB escreveo, que em alguns lugares da India
oriental o terreno é tam bom, qiie o trigo, o centeio e O
milho excedem a quinze covados de altura, conforme re-
ferem os qiie o viram.
5 8. O que acima digo é a suma de tudo quanto vi
nzar ordinariamente como especies diversas de pão dos
selvagens na terra do Brazil, xamada America.
Entretanto os Espanli6es e Portugnezes, prezen-
temente estabelecidos em diversos pontos das Indias
riciclentn.n$, t i ; ~ m rtonrx miiit,o t.ripn r! miiit n viniio, qne
essit t.t?rrwiln 13rn,xil llies F) 11er:im prova de fine
n;io i! 1)1>r d~fi:it.01 cio terr ! 0 s sel\.~pno,n;ío pii9-
s\ietn estas r.onzaIS.
Cnniii tanilw,rn nhs ontrns. os Ipranc~zeq,pnr ocazi5n
da nnw3 ri:ireni l e v ~ m ot.ibi~n ~ cm gr3n r COT)RY (le vi~ili:~.
vi 1'0r ~xprrieric.ia,qiie irnia e oiit.r:i cniirin. 11,irinnib ~ n i .i.
os carnpns fiwst?rn ciilt~ivndose lnbcirndos,conin tazemn.; (.:i.
E ( vinliii, qiie pIxnt,n rnii hciri , 1:inqnti
mtii Imni 1, rlro follins ~ i q c l : tiiliin iiiniiit;a-tn
d~inonst e?tr.~lenciae frr l n scilo.
9.. ,.:I. r, rerdacie,qne ri3lativnm~rirei1 ~'I.NI ificaqãn,(l~i-
rante qitnzi nm alino qiia l i est.iv;.iiios, n1iPn:is pi-n~liiiio
arrqcis,ns qiirias nem m~~nio:imarliii.rrrrnni.c~ :intt.s rinpr-
drnrnni 0 npcarnin ; mas cnmo ncorn sci pTiriri!c~ririnc:?nI ! P
,qiier~g-iiln.i-rn~?i t.~ SI'II~~IT~
runiln ;~iinofi7iit n! de q i i ~
:ri, snii ile iipiiiifin :~~zt= e>
uui>i\ia iiiiiilsqiie t i c ~ r . n mn'+->>,;
l i l i i l ~ lll~~nr:l~n,
r? níis, n ~ F I I & C ~ ; L R
T tlnsii!~ T'inlt~, lios nlinos se-
tirernni tira..; hnnilns e tioas.
tnto ao t r i ~ nP ~ ~ n t . e i o( 1.1 1 ~st?mPanlos, P ~ OS (Te-
feito iliic?npnrecnli ; r! f i i i , qrie t*rnhnr:t si f1)111:1
s
F~(:OZRS C egpirar, t n r l a r i ~o ci.50 n,io qr !
JIks cnriiii R sev:tih craii iiloli , t: : I ~ I I : U ~ I 5 mnl-
tiplicoii in11it.0,c ri~rosiniil.iliie n tc.riS:i,pni. siiiiirnnciri~,p
apressasse e adiantasse com excesso o trigo e o centeio
(os quaes pedem maior demora na terra antes de produzir,
os frutos do que a sevatla, como vemos ch na Europa)
e assim subiram com demaziada rapidez : pois o fizeram
repentinameute,e niio tiveram tempo para florar,e formar
o griio.
8 10. Na nossa Franqn estrumam-se e estercam-se os
caililu's para toi.nt11 os iii;lis f'c>rtcbis:porem ii'essa terra
nova soii opiiiiUo. (1iitb .;"i.ii~~)i.clc.ix{)c:iiicnl-a e enfran-
qiiecel-i&coiii ;tl:iiiis :inii~silí? ciilt 11i.n. ;I iiiii de qiie ela
protliizissi? iii(~1Iioro trigo e (iiiti.os (:ci.riiPs siiiiilliaiites.
I': COIIIO o 1);iiz (10s iiossos 'I1ll!iiii;~iiil~~~s coiii certeza A
capaz de idiiiieiitar tlez vrzrs inais gente do que atiial-
mente iiiitie, eu, qiiantlo ali estive, potlia gabar-nie de ter
minhas ordens mais de mil geiras de terras melhores do
que as de toda a Beausse; e quem duvidaria, que si os
Francezes ali tivessem permanecido (o que teriam conse-
guido e agora j&lá estariam mais de dez mil pessoas, si
NicolRo de Villegagn~nnão se tivesse rebelado contra a
religião reformada) não teriam recebido e tirado o inesmo
proveito, que colhem os Portuguezes, que ali estam bem
acomodados ?
Seja isto dito de passagem para satisfazer aqueles
que dezejarem saber, si o trigo e o vinho,sendo semeados,
cultivados e plantados na terra do Brazil, podem pros-
perar.
5 11. Ora, volto ao meo assunto, e afim de melhor
distinguir as materias, que me incumbi de tratar, antes
de falar das carnes, peixes, frutas e outros mantimentos
inteiramente diversos dos da nossa Europa, de que se
nutrem os selvagens, convem, que eu diga qual 6 a sua
bebida e o seo modo de fazel-a.
A esse respeito cumpre logo notar, que, si os omens
n8o se envolvem de maneira nenhumana fabricaçiío da fa.
rinha, antes deixam todo esse iucargo ás mulheres, como
acima declarei, a mesma couza fazem, e ainda com muito
mais escrupulo, a respeito da preparaçâo da bebida, na
qual não tomam parte.
As raizes do aipim e da mandioca, preparsdas pelo
modo por que j8 expliquei, servem de principal alimento
aos selvagens ; e eis como d'elas se servem para a fabri-
caça0 da sua bebida uzual .
Depois de as cortarem em rodelas miudas, como
c6 fazemos com os rabanetes para por na panela, fervem
os pedaços em grandes vazilhas de barro xeias d'agua
at4 ficarem tenros e moles, e então os tiram do fogo, e os
deixam esfriar.
Feito isto, acocoram-se algumas mulheres em torno
d'essas grandes vazilhas, tomam as rodelas de raizes assim
amolecidas e depois de as mastigarem bem e remexerem
na boca sem engolir. retirando com a mko um pedaço e
depois oiitro,os lançam em outros vazos de barro,jA postos
no fogo, e dam nova fervura. -
Assim mexendo sempre esta salsada com um p80 at8
cnnlier~rem,qne estA titdo h ~ m cn7iil0, tirnm ?n fiirrt
sr~iintlnvez spin coar nein peneirnr, c antw tlcrrnmnm
trirlo eni oiitros vazns I ~ Plinri o m:iirir~s,t r n ~ l n c i i l n um
c ~ p a c i d a r l rliiazi
~ jgiiii1 k rie mein pipa í1v rinliii t l c
13nrcnnlia. T)ryiniii qiir isto esclima e f r ~ riii~iitn,cnltr~rnn i
rnzn.:, P n'vlrs rlcixani P qiir :I q a ~ i r a m
beber, como adi:tnte dirr
E afim ~ T P n ~ ~ l l i PoXr I lirei, qrir wtec
grantlea vazo5 ultimnci, de qrie ~c.:il,nde l n 7 ~ ni~ni::ín.r \Rin
qii~zido fiitin (Ia.: rrnndes c~ilin.;de lnrrn. 113s qiineq,
vi f:txercni ;E Iixivin. itm nl~irnqIiicrnrrs i10 1:oiii.htlnrz P tl:t
Alrprni:~, s~nRotodavia mais pqtrcitrig nn 1)01-aC n:t
parte sn perinr .
8 12. Ora, os noqsns Aaeiicnnos tnmhcm frrreiii c
rnnst,ig.uni porqKo clo milho xnmado n?.cr/i nn riia lin-
-. .- -- -
giiitnriri, P ~ s e i n fl n z ~ n iiinin beljida p ~ l o
nirsmn Iii.orc=sn,
pmqiir fazrni O ctn.; raiz^: encionadas. cnnin ricalto
de indicar.
Ijepito especialm~nt,, ,,., aani na mitlhcres, qire
d ~ z ~ n i p ~ n l i~a rsnt mister
e ; pois eriilinrn n 50 trnlin
f:rzt?r di.;tiiiç,?« entrp i-8pni.i ~ a; z srtlt~ir ns e nii
c11x ~ i i ~(rorno
s al~11enij iR esri.ev en). to11ti.~ians
tbrm a firni~npini5n ( 1 qiir, ~ SI mnstizar~nia.; r n 1 7 ~ s nli. (5
nillio pai.,^ fnzpr :\ lwl)id;t, ~ f t nrio n sn1iii.k liiin ; P rPpii-
tarn tam intlrc~ntc?R O se0 sexo niet~r-sc II'PISC tra-
tialho, cnnlu c'nnl toda a 1'~z:íoax;iri:irnos cstranlinl PI
vêr esses camponezes semi-nús de Bresse e de outros
liigares nossos pegar na rocit para fiar.
Os selvagens xamam esta bebida catcim, a qual 8
turva e espessa como borra, e tem quazi o gosto do leite
azêdo; têem cauim vermelho e branco, como temos o vinho,
$ 13. Como essas raizes e o milho, de que falei,
crecem em todo o tempo no seo paiz, os selvagens, quande
Ihes apraz, fazem essa bebida em qualquer estação ; e
algumas vezes eui tal quantidade, qiie em certa ocaziáo
v i mais de 30 dos taes razos grarides (o.: qiiaes vos dice
conter cada uni mais de 30 de canaclas (de Paiiz,) * xeios

O aiilor diz: - Ijltts de 60 p i n l r : de Pari;. h piale de Paris


eonlinli:~48 ~iolryadasciiliicns.
HISTORIA DE U M \ VIAGEM TERRA DO BRBZiL 201

e dispostos em fila iin meio dtb caza, onde est.tm sempio


cobertos até o momento de careinar.
Antes porem de xegar ahi peço-vos (sem que eii
todavia aprove o vicio), que seja-me permitido á maneira
de prefacio dizer:- F6ra AlemBes, Flamengos, soldados
de infanteria, * Suissos e todos quantos fazeis brodios
e bebedeiras ca em nossa terra ; por quanto, depois
de saberdes como os nossos Americanos se dezempe-
nham no oficio, confessa-eis, que nada entendeis da ma-
teria em compai.ação d'eles ; por isso cumpre, que n'este
assunto llies cedaes a preeminencia.
Quando pois querem divertir-se e principalmente
quando com ceremoiiias, que logo veremcs, matam sole-
nemente iim prizioneiro de guerra para o comer, o seo
costume (inteiramente contrario ao nosso em materia
de vinlio, que apreciamos fresco e linipido) é beber esse
cutciin amornado, e a primeira couza, que as miilheres
fazem, B um pequeno fogo ao redor dos potes de barro,
para aquecer a bebida alii depozitads.
5 14. Feito isto,começam por uma das extremidades
a descobrir o primeiro pote,e a remexer e turvar a bebida,
qiie depois tiram dos potes com cuias de cabaça, algumas
das qiiaes têem quazi trez quartilhos de Pariz, j-e assim
os omens, dansando, passam uns ap6s outros por junto
das mulheres, a s qiiaes aprezentam, e dam a cada um na
propria mão um d'esses copazios xeios, e no ilezem-
penho do oficio de despenseiras náo olvidam beberricar
sofrivelmente, e quer uns quer outros não deixam de beber
e embigar tudo de um s6 trago.
Sabeis porém quant,as vezes ? SerLo repetidas tantas
vezes até que os potes, dos quaes ali esth iima centena, se
esvaziem, e não fique n'eles uma s6 guta de caciint.
E com efeito eu os vi não 96 beber tiez dias e trez
noites continuas. mas tambem depois de saciados e
bebados a mais não poder ser, vomitar quanto tinliam be-
bido, e recomeçar ainda mais bem dispostos que d'antes;
O autor riiiiprega o uocâbiilo Lansqiienels (lado oulr'ora aos sol-
d.ados (Ia inf;iiiteria aleman.
i O aiitor diz: Trois chooines de Par;=. Cada clropine continha
metade da pintr, e equivalia a 5 decilitro.
26 P. 11. VOI.. 1.11.
2nC> RETIST.4 TRIIIENSAL no INSTITUTO I l l S T n R I T O

pois ripisar a fiinq5o seria ~ x p i J r -R~ ~PPT roncirl~rn(1n


cfpmirinilo, e mais rliie s r h ~ l ~entre ii n i ?I!-
5 15. E o qire nintla mais estranrdin ntnr~l
tornri-JP, entrr o.; Tiipinnnihiis 6, qrir n.;, o nTio
ronieiii coiizn al~iirn:~, (liirante 3s srins h ~ l ~ , , , , ,,,,.. R s b r r n
tnmliem, qiianrlo roniem pni seoq h ~ ~ i i q l l ~n50 t ~ stnninm
,
h~liirln.;: (Irsorte qiity, rendo-nos PntrPiiic:ir iiiiin P o11tr.s
coiizs, nxnrrnm nss:is ~strniilia~t.1 o nnscn cn.; triiiir.
Diremos poiq, qiie r l e ~í'a7eln corno r I$ ? h
rpcrpostn rlndn. n isto por iim qttirlnni ynlhn nnw
cniiipnn1,i:t era, que, ii1i;m de ii5n ser p r ~ c i ~ ~ l - r i s
P rotir1117;il-osao rin p n r ~ b e b ~ r ,estam fibra cio ~ i e i i r niie
se 11ii.s nirnncnr i) ra!iixn.
Vir ir ipre ent.r.rtaiito iiotilr, qiie ~ i n h o r a1150 ohscrwm
6ra3 ilr Jnnt.&r, 011 ceinr, nii ~neri.nrlar, rorno iii19 c:i
fax~mos,ripin mesmo ponli:im tliirirla eni ronirr :im ~ i n
noite nii no nieiii (liii. si tcem fiinic, t nrlnria jnii~niscniiirrri
SPW ter a p e t i t ~ , e phde dizer-w. qiie t a i n snl~rioscntii
tio coiiier como excesfivos iio heher.
Alriiins taitil iem t k n O decente cnstiiin~clc Inwr 8s
inRos c :t IIOC& :L7 itrg P depoiu tl:i rnmitln : o qrie t m l % ~ i %
fxz~nin res~ieitn(IR boca (creio c i i ) , jborctiie ilo cnntr:ii in
n terinrn a c i i i l t l v- vircnza em raz5n tln fnt inlin. (10 r n i 7 ~ ~
e
-
..
.
.-
.
..
.
-.

i ~ , (Ir niillio, dr qn zarem ordinnrinmente em 11i~.ni


do pRn.
(,iiirtncln com -.... e r w m ~dmirsvcll silencin, do
sorte qiie, si f Ppili nlgiinia coiizrc para dizer, eqpt3t-~iii8th
acabar a comida. Quando nos ouviam tagarelar e galho-
fear na ocazião das refeiçóes, como entre Francezea B cos-
tume, punham-se a motejar.
8 16. Proseguindo no meo assunto, direi, que em-
quanto dura a cauinagem, os nossos patifes e b r e g e i m
americanos, para esqneuhr o cerebro, cantam, msobiam, -
incitaiii-se, exortam-se uns aos oiitros para portarem-se
valeiiteiiiente e t'azer iiiiiitos prizinneiros, qiiaiido forem ti
giieria, entileiram-se como gi.0113. e não cessam de dansar,
entrar e sair iia caza onde c4am reunidos, ate que tiido
se concliia, isto S, n8o se retii-~indalii euiqiianto iios
potes existir bebida, como j6 r r hei.
E certamente para iiiellior :rificar qiitinto digo, isto
HISTORIA DE UM.\v1.iQE.HI*T f i i i R i D3 m.\zI~ aoa
A, que sam os primeiros e o; inais refinados beberróes,
creio aver alguns, que por sua parte em uma reuniao XU-
pistam mais de vinte potes (te caciit~,.
5 17. Jii os pintei no precedente capitulo, quando
eles emplumam-se, e com este trage matam e comem um
prizioneiro de guerra, fazendo assim bacanaes tí ma-
neira dos pagãos, e ebrios figuram como sacerdotes ;
então os vereis de olhoa torvos e cabisbaixos.
Acontece, algumas vezes sentarem-se em leitos de
algodio suspensos no ar, e fronteiros uiis aos outros,
bebem de modo mais moctesto; mas 6 costume entre
eles reunirem ordinariamente todos' os omens de uma
aldeis ou de muitas para beber (o que iiunca Bzem para
comer), e esses beberetes especiaes náo sim frequentes.
5 18. Igualmente ou bebam pouco ou muito, alem do
que jtí dice, convem acrecentar, que como n8o sofrem de
melancolia, costiimam congregar-se todos os dias para
dausar e folgar nas suas aldeia?. Os mancebos cazados
têem a singularidade de adornarem-se com um d'esses
grandes penaxos, a que xamaoi arasoia. Atada a arasoia na
cintura e empiinùando algumas vezes o maracti e dispostos
e amarrados nas pernas os frutos secos (de que acima
falei) sonantes como conxas de caracol, quazi não fazem
outra couza todas as noites sina0 entrar e sair de caza em
caza, dansando e saltantlo ; de sorte que quando eu os via
e ouvia fazer tantas vezes a mesma couza, lembrava-me
d'aqnelea sugeitos, que em certas aldeias nossas sam
conhecidos pela denominaçáo de valets de lu feste, os
quaes no tempo do seo oficio e das festas, que fazem aos
santos padroeiros de cada parochia, andain vestidos de
bobos com cetro na m8o e guizos nas pernas, brincando
e dansando a mourisca nas cazas e nas praças.
Cumpre aqui notar, que todas as dansas dos nossos
selvageria, quer sigam-se uns após outros, quer se dis-
ponham em roda, como direi, qiiando falar da sua reli-
giáo, nunca as mulheres nem as reparigas misturam-se
com os omens; e si estas querem dansar, o fazem em
grupo separado.
Ij 19. Finalmente,autes deacabar o assunto relativo
modo de beber dos nossos Americanos,de queagora trato,
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TP~SPIT ~nt,'ldv,6 ni.tl:imeiit~ xs
t 3q:t\ ; p( o n t n r ~ Ri c073 P tnciavin
tralricn? ni ir1 ir rsnt ,;ti I ~ f,iniilis.
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pr~entieirinqaina ( : ~ r ~ vIIP ~ lPerm
a (i4t0 6,Pnrt11pilr*z~~, ou
qiiaes. cniiin em antro liigar j:i refrri,snn~iriiniic~,.;mnrtws
r. irrecon c i l i n r ~ i dos s nriFG1.n 'I'l~pin) itrpfii!:
de bcnricns i11nrt1 e ciomi cln to110 n rn-
cnn t,r:trlnr;, P tt-rrr10s recoll iirlo a< ii ente<.
ax:imns, entre estiis, ~i.;inilesrnrttwirlrin. (ii.siiii xnmam
plcr; ns tqnris r oiit,r,zs v:~zillix.; IIP rnlir1rii.n.) K P ~ I I Cilta
ltcliicin,e nlqnrido-os r rleatiimpantln-ns, qiiiz~mosproyar
o qiir era tal 11rl)era~em.
Tnd:tvia ( d i z i a - i i i ~o vellin s~lvagem),n;io s r i d~ q n P
qiialiilride tle cnitiiu cstnvani xcios,neni si o t ~ n d cno s voc.iri
~ i a i z ;SG sei d i z r r , q ~ ~ , i(IP r i hrliri.mril; o nosso rorftirin,
Jicamn%nor doiq nri tre. diaz pnr tnil fi)riii~prn;ti:tclris
iir n5n e;i t a m em n n w o porlrr clesyirrtar.
msirnil s er tcinei.; tlr hniii I inliii clc Ks-
;IPS OS sel r a c ~ n s ,seni ri prnknr. tin1i:irn
resrejaiici tirico ; e --_ - _
i i : t i i no< i l r ~ . c n ~ n:i~lrnii:~r,
s si n n n w
cinieni. depni.; de bein acorriiulo, rliziri., qiia tiii1i:iin riiljita-
mente recnlirri{fo RS fr)).qas.
# % i . J'i.10 qiie rios re:peitn, qirnndo xepnnin.; R erse
paiz,procuramos evitar a mastigação, que essas mulheres
fazem na compozição do seo cnuim,conio acabo deespender,
por isso pilamos raizes de aipim e mandioca com milho, e
ciiidando fazer tal bebida de modo mais decente, fervemos
tiido ; ma., para dizer a verdade, a experiencia mostrou,
que assim feita a potngem não era boa ; comtndo pouco
a pouco nos acostumamos a beber o cauin, da outra espe-
cie. euibora o ngo bebessemos ordinariamente ; pois como
tiiilianios l)nstniites potes de assiicar, o faziamos e o
deix.iv,ziiios de inf11záo n'agiia por algiins (lias para
poder resfriar, por caiiza dos calores ordiiiarios d'esse

* O aulor esircvc: -.Mnitssaccrl.


liiqar ; assim assucarado nbs o bebiamoa com grande
satisfitçáo.
Como as fontes e os rios sam de agiias claras e mui
boas em razão da temperatura do clima (e direi, incompa-
ravelmente mais sadias (10 que as nossas),essas aguas iiso
fazem mal, embora bebamos B fartar. N6s bebiamos or-
dinari8ment.e agua purissima, e sem compostura alguma.
Convem advertir, que os selvagens xamam a agna
doce ah-cte, e :i agua salgada i~h-eeu. Esta 6 uma dição,
que eles pronunciam na garganta, como os Ebreos fazem
com as letras, que tlenominam guturaes, e era para nbs
a mais penoza de pronunciar entre todas as palavras do
idioma indigena.
5 21. Finalmente como eu não duvide, que algumas
pessoas, ouvintlo o que acima dice sobre a mastigação e
revolvimento das raizes e do milho na boca das mulheres
selvagens,quando preparam a bebida do cauim, enjoem e
engulhem, por isso, afim de lhes diminuir de algum modo
esse desgosto, peço-lhes, que lembrem-se do modo por que
c6 se procede na fabricação do vinho.
Pois si considerarmos, que nos sitios, onde crecem
os bons vinhedos, os vinhateiros, no tempo da vindima,
metem-se dentro das tinas e das cubas, nas quaes com
lindos p6s, e algumas vezes calçados de sapatos,maxucam
as uvas, como tenho prezenciado, e ainda depois as enxu-
valham na lagariça, veremos, que n'este mister passam-se
muitas couzas,que n&oaam talvez mais apraziveis do que
esse metodo de mastigar, abitual &smulheres americanas.
Poder-se-á dizer, que o vinho, azedando e fermen-
tando, lança f0ra de si toda a impureza ; mas eu res-
pondo, que o nosso caibim purga-.se tanibem, e por tanto
n'este ponto existe a mesma raziio para uma e ontra couza.

CAPITULO X
Animaes, veagüo, lagartos, serpentes e outros animaes
monstncozos da America
5 1. Começando este capitulo, advertirei, que a res-
peito dos animaes quadrupedes em geral e sem exceçiio
n?n rxistr nn tpri.:i tlii Rrazil na hint2ricn nni r;?,. qiir cria
ciii tiidn c por tiiilo ~irnilliaiit~ nos flirri tarn11t i11
qiie os nn-ns Tiipinnnihss tniii r; ;~Ii~tif~i~tan~-sc
com ~ n i n t rlniiii~~ticn; ~~s .
I'nr, z d r r r r r v ~ pnis r n s i l ~ r b~t C do S ç t j~niz, ~
por eles r t ~ ~ i v r i r a nt Pi ~ ~ ~ i .<;o, coiiir~:irci ~lrln.;
.
8

qiic Ycrvem de nlirnriitayã


S ,. O pi'im~irnc iii:iis cnmiin 1: nin, n iliic xnriiniii
t ~ f l M . i / . e c l i*, o qll pGIo ave 3 e :1\\5 *
pridn ; trin flriazi I~-,-II-+ ri.
rara?, tndnl in n J Irias ; tr.n r,<nni:xic
rrq or~lbiwinnis loii=.n* e prnclrntc.~,n s ppin:iy iiinis lilias
e di4gnil:is, c n intt1ii.ipi cnni R f n ~ n i a (111 t a.;c(i (?o
snnn ; P p n d ~dizer-<r, q i i ~ p, a ticjparidn ~ de iirna, e oiitra
8lim:iria. C 'eriii-vara P ~eriii-nqno.
arili d i f çIre :iind:t riml~its, ([116~r
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t o ii3o i.minta1 ~~clri~nztr, 1)101-iwo (111~"'i ' c ~ t
*in na fura.
P P ~ ~ R E Po ~ .I :I , R ~ R In~ frex:tdns rornn n fn7cm 3
miritnq oiitro* vi\ ~ n t ~niir ,o nlinrilIinrn com olltr~s
r t r m ~ dilli;is ft>ii.itns riini ~iiiiitn,iriiliiçfria.
5 :?.AIPIII(l'iwo P F ~ Pani11i:~IP ~iiiiito I pnt1.p
nri iniligpnnq pai' cniixa tln. pilli. ; piiis qrinn~lo n c.qfiilnin,
cnrtaiii pni roi1n tmln o coiirn tlri ilorso,tlcpcii~d~ estar 1 1 ~ n l
seco, e fazem rod~lastnmanlias como o kirnpo ile nm tonel
mhdio, das quaes se servem para amparar os golpes das
frexas inimigas, quando vam & guerra.
Com efeito esta pele assim sêca e preparada 15 tam
rija, que n8o creio, que aja frexa, por mais violentamente
expedida que seja,que possa fural-8.
Ti.azia por ciiriozidade para a Franqa,dois d'esses bro-
q u e i ~; iiiits cliiaiitlo eiii nosso regresso n fonie assaltoii-nos
no mar, depois de faltarem-rios os rireres, e servirem-
nos de nliiiieiito os biigios, papagaios e oiitios animaes,
que traziaiuos il'esse paiz, foi-nos ainda precizo comer as
HISTORIA DE UMA VIAOEM A TERRA DO BRAZIL 907

nossas rodelas tostadas nas brazas, e tambem todos os


couros e peles,que vinham no navio,como em lugar compe-
tente direi .
A respeito da carne do tapirossu, tem ela quazi
o mesmo gosto que a do boi ;mns quanto ao modo de co-
zinhal-a e preparal-a, os nossos selvagens a fazem
moquear, na forma de seo costume
§ 4. E porque j8 falei n'isso, e ainda ser8 precizo re-
petir muitas vezes a palavra moquear, quero declarar o
modo de proceder a tal respeito, afim de niio conservar o.
leitor suspenso, pois oferece-se agora ocaziilo oportuna de
instruil-o.
0 s nossos Americanos pois infincam em suficiente
profundidade da terra quatro forquillias de piio da gros-
sura de um braço, em quadro, na distancia de trez pks, e
com igual altura de dois pés e meio, akravessando n'elas
varas com uma polegada o11 dois dedos de distancia tima
da outra, e d'este modo formam uma grande grelha de
madeira, que, na sua linguagem xamam moq~tem. *
Têem muitos em suas cazas, e quando têem cai ne, a
colocam ali cortada em pedaços, e com lenha seca, que
n8o faça muita fumaça, aceudem fogo lento por baixo,\iol-
team a carne, revirando-a de meio quarto em meio quarto
de ora,e assim a deixam assar por todo o tempo necessario.
E por que ntto salgam suas viandas para giiardal-as,
como n6s cá fazeuios, n8o têem outro meio tle as conservar
ain8o fazendo-as assar.
5 5. Si em um dia apanham trinta animaes ferozes ou
outros dos que descrevemos n'este capitulo, afim de evitar
a putrefação, cortam logo todos em pedaços e colocam
no moquem, de maneira que, virando e revirando a
carne, como já dice,ahi 6s vezes a deixam por mais de 24
oras, 8th que a parte media e a parte aderente aos ossos
fique tam assada como a parte esterior.
Assim fazem com os peixes, quando os têem em
grande porçtto, principalmente. da especie tleuominada
pa'raparati, que sam verdadeiros Bargos, de que adiante
falarei; e depois de os secarem bein,os reduzem a farinha.
*
* O autor diz:- Boiican e boucaner.
E i n SIITIIR P ~ Ç nloqilens
P ~ l l l e ~SPI vem d t x i n l ~ a d c i:i,i
npnrail ni C rlinrr I:!-cniriitln ; por i.sn nin irei.; ,i.; * I I : I ~
nlilt.i:t~ iriii ~ r m-~iiiiriiecidi~s
l. n;io S ~ Id~ ~ ( w ; n r,111~
p r i s ~ s , cninn ta n~licni iii:iia frrqiicnt~iiic~nie os :ixaicis
ci>lii~iLos rlr rnsns , Iii-nclos, pcinas r1clst.1,

de ibni.riciim tiri n c l n ~r1~izioi11~i1*i1< ( itniii I*


cost iimiii~1 crinitbr, coinn :irli:inte vvi
(;, S O ~ :IP cnzn. li)<(10q
liiae\ nli4iq (.itlvn c3nci:t clc
~~~r~~.~*o~,qiin~ i r tiaio
-:v, lc I
riiziiili:linn. sii:is rinntlns.
$ 6. 0s:~.afim de 1)rn.e~niirnn d~scrir;iorlns scnq nni-
mni-, colwern tlizer, qrte o.; innis roliinio7rr.;, qiir ti.rni 1113-
jlcii. (10 nsnii-r:ic.n. d r qnr n r ~ I ) ~ n i r(Ir i s i ilnr, wrii c.~rt.is
t ' q ~ v r i ~d~s I - ~ * x ( ~ oPs cor<;I<, 3. (IllP xarnai11 \ 1 1 1 7 ~ . 5 5 ~ J I ; 111~13
L

nliotii {Ir eqtnrcni 1nnc.c. (lia Yrr tnin a1111n\ ciiinn (I.: ~lnscn\ tx
rlv trrvrn xi[t'~\ninito r n 'tiores. ~ R iiictn. s e (lef*~rrnci:iniI u:
tvi.cin o 1ii.10 t:i.in cnmpi.itlil ,.
A,....,.
1111111 I I ~ I Scd)r:14V;L 11:tT:nrr111I .
%,

Qiiniitri :in j.iv;ili 11'c.s~ j1:iiz. qiie ns s r l ~ n n n.; t


xnrn?iH tiiin*xli, -: riiilinra s4:i {IP !i)rrnasimilliant c no ~!.is
1104, 1$ tlnrrsiaa, r tenli:r pai.cc.idns a c:\liei::i, nrtsllr.>s,
IIV t n:ts e pf q. cnnitii~lo os cientes snm pr.icl~~s.,
r.1ii.r 11- P pnnte:triiclns, e por consrq~lrnci<~ .<iuln..
E' iiiriito in:iis i~ingirie de.;cnrn:irlri, tem r C zl11ii
i ~ ~ j i : ~ ~ i ttL~ ~ z o ,lima O?fr)r.n~i~lxílt~
~ ~ P I I I n11t . . .. .. s a ? ~ ~ r ,
ri111 cq>erc~ilo~i;~tiiriil lias corta\ (como clicr, qne n rcil-
fiiilin t i11113 na cnbrqs), por onde sopra, re;pira e aspirs,
qiiando qiier.
E para que n8o pareça isto extraordinario note-
se, que o autor d a Istoria geral das Indius diz, que tam-
bem no paiz de Nicaragua, perto do reino da Nopa-
Espnnha, existem porcos, que têem o embigo no espinhaço;
e INW crito raui da mesma especie dos que acabo de
debci (?ver.
Os trez s~~l)ra~neilcioniitlos animaes, isto 4,tapirussú,
SIIHSSÚ, e taiassii sam os nittiores d'essa terra do Brazil.
5 7. Passando pois a outras alimarias bravias dos
aossos Americanos, têem eles uin ailimal vermelho
xamado agtrti, * do tamanho de um porco de mez, o qual
tem o pB fendido,a cauda mui curta,o focinho e as orelhas
quazi como as da lebre, e 6 de sabor agradabilissimo.
Outros,de duas ou trez especies, xamados tapitis, sam
todosmui similhantes tis nossas lebres, e quazi do mesmo
gosto ; mas quanto ao pClo, o têem mais avermelhado.
Apanliam tambem nos bosques certos ratos do ta-
manho do esquilo e quazi do mesmo pêlo, os quaes têem a
-carne tam delicada como a do coelho. . .
Pag ou pague (pois niío podemos bem distinguir a
pronuncia) é animal da grandeza do cão perdigneiro .'%
mediano; tem a cabeça felpuda e mui mal feita, a csrne *.* -
-oferece o mesmo gosto que a do vitelo, e quanto & pele
-8 miii bonita e manxadade branco, pardo e preto ; e si
i
nbs c& a tivessemos, seria miii valioza e apreciada para
-.
#
.*! .
guarnições. '+
Vê-se outro animal do feitio de uma àoninha e de ,'
pêlo pardacento, ao qual os selvagens xamam sarigztá t ** .;
+ como fede muito,o não comem de boa vontade.
Todavia nós outros esfolamos alguns d'estes ani-
maes, e conhecendo que s6mente a gordura dos rins Ihes
ds o mho odor, tiramos-lhes esta viscera, e não deixamos
d e os comer; pois a carne 6 tenra e boa.
$ 8 Quanto ao tatú 4 da terra do Brazil, 4 animal
(amo os ouriços de cá), que niio pode correr tam rapido
a m o o fazem muitos outros, por isso arrasta-se pelas
montas; mas em compensação est&armado e coberto de
-esc&mas fortes e duras, e bem creio,que um golpe de espada
a uso ofenderh. Quando o esfolam, ficam as escamas
ligadas e seguras na pele, da qnal os selvagens fazem
.QpsMnhosxamados carnnaemo . Sendo dobrada, direis ser
m o p l a de armadura : a carne é branca e mui saboroza.
e - Quanto & f6rma porem, não vi n'esse paiz nenhum
bf$uadnipede similhante na altura+daspernas ao que Belon
w *
*- O autor exrele : -Agouli. -
t O autor escreve : - Saragoy . E cerlaniente a maritacacall)
4 O autor escreve:-Talou.
27 P. 11 VOL. LII
repr~zentcineni c1rzcnIio n o fim dn t ~ r c e i i nlivro (Ias anas
ohu~rv nn rliinl ele t o d a ~ i a {denoir\iiinl~t0f ~í(10
l<snzil
8 nli.in de trirlos os s o b r ~ dto.;i nnimao;. qne
SRIII os i r i r i i t ~ ~ t n&alimentaq.io
n~s (10stio~cns-\irici.ir~no~,
~RIIII)PIII cnmm ~ r o c ~ 1 ~ l i l ~ ~ s , ~ ~ ~ ~ i ~ ~ 1qilnps r ( ~ 0a1 ' I . ~ , o ~
n ~ , ~tt-ilrn
groqsiirn (1%cox:t (10 onieiii,cniii prn~iorcicinnlc o ~ n p r i ~ n ~ n t o :
iiins liince ilc <ri riii ~~crirozoq,ao cniit~nric, I i r i i i i i t i c
~ r ~ z OS e s SPIVNSPII~ t ~ : ~ j rns p n n !A .;. r.. ~q
jncai.i;q, HO 1.~11cir (li)\ ?na iillio~ *iin ~ e n i
r e r e l i r r ~ mninl :ilyiiii~.
'PnRitri:i oii\ i os Ycrnns ciizerem, qiie, anciando nns
snm n l r ilimas rcz PS nssitltnilos, e t16c.m ci..tncir 11th-
e (IP tl(xH~nrler- se com l'rr~xilniicontr:~iirtin P . ; ~ I V C I P
~1'4s~ I ' nrles
R e rnnnstriiozo~,os rlirnrs, qiiriiidci (IP
longe prrceliprn P 1iresent~nir i r ,rr~iitc,snem d o s rniiicn~q
q , fmcin n srlo i-ovil.
~ l q i ~ : i t i ~ oo~irle
E R tal r~speito,nlcni i10 qiltl Plinio e oiitrn~rpfi.rcrn
i104 crocodilos i 1 0 Xilo nn Eriptn, diz o niitrir cin. I . f o r ~ n
qrrnl iIns I ~ i ( l i n , c que
, niatou rr oi.ntliloq n ' e ~ sp ~i z . ~lcrtn
iln ciilnil~ rlr I1an;iinA, qiir. tiiilinin mais clr, I i i i i p L 1'1"
~riniprirn~ntri : n 1111~ i, C O I I Z ~qnii7i incri\ r1.
CiIi.er~ ei iio.: jar-aribs r~irtli:irios, qiic vi, qiic t+m n
boca r t i i ~ irns~firl:l, :1s T)ernns nItns, n r.;iurl%1120
nein tle~pniitatl:~,aiit rs xata c ariidn iin c1ti.r
anhliins ti%oniuwili ;i m,iricIiliiil;i, siiprrior, (.{irno aernl-
mente se crG.
5 10. Os nossos Americanos tambem apanham Ia-
gartos, xamados teiús * que não sam verdes como os
a
nossos, mas cinzentos e com a pele aspera como as nossas
lagartixas. Embora sejam do comprimento d e quatro a
cinco pks, e proporcionalmente grossos e de f6rma repnl;
siva á vistn, e coiiservem-se ordinariamente nas margens
dos rios e liig'i1.r~11aiitn1~0zos
como as r a ~ i s nem
, por isso
sam iiiais pcriguzos do qiie estas.
E dii ci iiiais, que ebfolados, destripados, lavados e
bem coziiilindos, aprezeutani carne tam branca, delicada,
*
o Aiitor cscrcve - Touorcs.
HISTORIA DE UMA VIAGEM i TERRA DO BRAZIL 211

tenra e saboroza como o peito do capiio, e constituem uma


das boas riandas, que comi na America.
Verdade é, que em principio repugnava-me esse man-
jar ; mas depois que o provei,não cessava de pedir lagarto.
5 11. Tambem os nossos Tupinambhs têem certos
sapos grandes, os quaes sam moqueados com o couro,
intestinos e tripas, e servem-lhes de alimento.
Assim atento o que os nossos medicos ensinam, e
o que cada qual de 116scrê, a carne, sangue e geralmente
todo o corpo do sapo é mortifero; e sem que eu diga couza
diversa dos sapos da terra do Brazil, de que acabo de
falar, poder8 o leitor dahi facilmente concluir, que por -
cauza da temperatura do paiz (ou talvez por qualquer
outra raziio que ignoro), taes sapos n8o sam ruins e ve-
nenozos, nem perigozos,'como os nossos.
5 12. Os selvagens tambem comem serpentes tam' .' - .'.
grossas como um braço cle omem,e do comprimento de uma ;
vara de Pariz;* e até vi os mesmos selvagens pegarem e
trazerem (como dice que fazem com os crocodi1os)uma es-
pecie de serpentes rajadas de preto e vermellio, as quaes
em Gaza soltavam uivos no meio das mulheres e crianças,
que, em vez de as temerem, as acariciam com as miios.
Preparam e cozinham em pedaços essas grossas en-
guias terrestres ; para dizer porem o que sei, 6 vianda
mui insipida e adocicada.
Não llies faltam oiitras especies de serpentes, e
principalmente nos rios, onde encontram-se serpes com-
pridas, delgadas, e tam verdes como acelga, cuja mor-
dedura é muito venenoza ; mas pela seguinte narração
podereis compreender, que além dos teius, de que acima
falei,existe nos bosques outra especie de lagartos grande8
que sam mni perigozos.
tj 13. E m certa ocazião dois Francezes e eu come-
temos o erro de metericos-nos a caminho para vizitar o
paiz, como costumavamos, sem levar selvagens por @ia,
e nos transviamos nos bosques;e quando ladeavamos pro-
fundo vale, ouvimos o rnido e andadura de um bruto, que

* O autor diz:- .ttitie de Paris. A nttne de Paris corresponde a


1 rnctro o 19-1iiiilimetros.
rinlia w n iins<adirecq5ci ;P pensando sPr aninial silreqtrt.,
n5.1, pai.:tmni, nem d31110simpnrtiincia rrci r-azo.
Nas de r e p ~ . n t ~cl~strn.
,k e qiiazi w ti'iiit:~riacsns de rlis-
tancia, virnns iin encosta d a montnnlin iiin Inznrto milito
mnin voliimozo iin que o corpo de iini nincrn i-ttrn o com-
primento ílp .;eis n setr pFs. P:trecia ~ e i w t i i l nc l ~psrqrnac
eslira~iqiiii;~das,RSPPrRR e ercnlirctzn~ cniiio c;\srRs d i a
o.;traq: ergiicn iim i t o ~pCs . dinnteirns, e coni c a h ~ c x1rr:iii-
olliits sintiliint~s,ri:lri)ii tírme Imrn iai.ic..ir:ir.-nos.
3inilii istn,r rico tc~ndnent5n iienliiim IIP nhs ~ r r n l i ~ ~ z
nem pi!:tola, pois si1 traziamos espaclrts, P I I ~ C C e~ f r ~ nn u
i..:- 'n.
R S ~não
ii~,ttt < I . ~ ' I T ~q i pndinm
~ servir-nos contra cssc. firi-1o7o
a n i n i ~ 1tniu forteni~ntearmado), t,ei~icmos,qiip .i SIISIS-
sei~ios, O l~riitocnresse inai< c10 que ni'i.;, nos ; i I c ~ n ~ ; i ~ \ e ,
~iiipolqassee d e v n r n s ~ e . As~.oniliradoscomo ~ztnrnrnnc,
o1hantlo [mos clriri141s P iiiinio\-~i.;.
De icilonlio 1larrartn, nlrintlo
a boca calor qii'e f n z i ~(pni3 o
. cii:i), e soprnnclo t s m
sol hriliinl-n e crn enr:in qiinzi mpin 3.

fortrnirnte, qu distintnu :nn tem-


plnii-nos perta c11 'a, volrec repente
e f u ~ i opr?lomon o maior I ' t '"S t l .. ~ -
pito nas Sollias e rnnios. por onde p a ~ s ~ v : (10 i , qnn I<iria
iim vendo correndo na f orwta.
E nhs, qne rnspamos tanixnznho siisto, nRn t i v ~ m n spir
certo s l ~ i n h r a n ç a de p ~ r w ~ ~ l i le- o10llv~r1clo
, R D r n s Iicir
ter-nos livr~tloi10 ~ i e r i ~ ~iruseguimns
n, n o p:isseii).
Pensei depois, seguindo a opinigo d'aqueles que
dizem, que o lagarto deleita-se com o aspecto do rosto do
omem,que o bixo tivera grande prazer de olhar para nós,
que aliás tranzidos de medo o contemplavamos.
5 14. N'esse paix existe uma alimaria, xamada
jaguára * pelos sel.vagens, a qual tem pernas qnazi tam
altas e 6 tam veloz na carreira como o galgo ; mas como
tem cabelos compridos no mento e a pele linda t? mos-
queada como a da onça, tambem no mais milito se parece
com esta fera.

O autor escreve:- Ian-ou-are.


Os selvagens com razão teinem muito esta alima-
ria ; pois vivendo de preza, como o leso, mata-os, despe-
daça, e come, quando os póde agarrar.
E como os selvagens sam crueis e vingativos contra
tudo quanto os prejudica, quando podem apanhar algumas
d'essas alimarias nas armadilhas (o que muitas vezes
conseguem), não lhes podendo fazer maior mal, as ferem,
e golpeam a. frexadas, e as deixani assim por muito tempo
desfalecer nos fóssos, onde cahiram, antes de as acabar
de matar.
E afim de que melhor se entenda como esta alimaris
os maltrata, referirei o seguinte :
Em certo dia em que cinco ou seis Francezes e eu
passamos para a grande ilha, * os selvagens do lugar
advertiram-nos, que nos acautelassemos contra o jagreúra
e diceram, que durante a semana tinha ele comido trez
pessoas em uma das aldeias indigenas.
5 15. Tainbem divaga n'essa terra do Brazil grande
rrbundancia de pequenos macacos pretos,que os selvagens - .
xamam calii : e porque vêem muitos para c&, escuzada
ser8 qualquer descrição d'eles aqui.
Todavia direi, que vivem nos bosques d'esse paiz,
sempre trepados em certas arvores, que produzem um
fruto com caroços qiiazi como as nossas grandes favas, do
qual se alimentam. Reunidos ordinariamente em ban-
dos, principalmente no tempo das xuvas, é grande prazer
ouvil-os gritar e celebrar o seo sabado n'essas arvores,
como ctí fazem os gatos nos telhados.
Este animal s6 traz no ventre um feto ; o fllho tem
a natural indiistria de abraçar, e agarrar-se no pescoço
do pai ou da mái, logo que nace : quando sam perseguidos
pelos caçadores, saltam de galho em gallio e salvam-se
por este modo.
Por esta cauza os selvagens nlzo podem facilmente
apanhar os individuos novos e velhos, e nlzo têem outro
meio de pegal.os, sínão derribando-os das arroles á
frenadas ou reboladas, donde caem atordoados e algumas

* E' a actiial ilha tlo Governador.


@str;inrrirrt~, qnc por a l i s7i:ij:ilil.
1 i i g i c:s[)eci:~liiii~iir.r.clcirr~citicn.do~,porcliic e ~ ; P ~
maf-nr-os.qu:tndn +:i.iiirerPm :ip:i.nli:t(li)s, 5:inl tiim ~ W ~ Z P . ,
qiir iiiiirdenilri os il~ílos,c I:!i~~i~nncln com ns cloritr.: 39
nl.ic)s (10s nlii-ern~orrs,cniizniii t:ini:iiilin clni., q i i ~0 4 ~l."'i-
entt3n os iii:it iim R p:lric.n(I:\< 1):i.r:~ 1 i v r ; t r ~ n ~11:j.
- s ~~ C~I . P S \ > O .
8 I 6 . T:I,IIibf~inesi stl? 11% trrrx t l i i Dr:~ziliiiii $t?ntTi'o
de inxcnros, qiIE! OS ..seI r ~ ~ c nxnni:ini s ~n<liti~ " nini1:1t!9
rio taiiiniilici nii ocqniin n (11%~ií~lri rriivn izirnl aí) cl'+-to;
qiinnrri (L t i?~ í l ~ .ti-t3111
:~ o f;-i~:ilil~r~, pp~t~o~13. ro$tn, !I rlilnzi
ti1110i i riinls rnmci o lean; Iii.nyio cciiiiii $, toiln~iaf l i i n
mais -lii~~~lo,'anit~~alziiilin, q ~ l ii vi,
~
Ciiiii e h t i t o si ele f h s r t;~ni forte nn trnnzitn do iiinr,
6 ri 111ii110, seria rnnitn irini!: :~rireri;i~In : iiins i.t l r c l i -
c.arli'isimo!n5o p i d e ziipi,i.tnr n I):il:iii~;oclo n:ivin iio rii:ir,
e t : ~ r ~melin~lrtixo.
i alip c,om q ~ i , ~ l q i ic~~r~ n t i - a r i r i ~ : ~ ~ ~ ? ~ ,
qiia se! lhe ~ 3 1 1 j -si? ili~ri'ci.t l i ? I ~ P S F 0O. ~ ~
Eii tiqi?tnnt.~ ;iirop:~I-?PIII-SP :tlq11n5d'(?st?s iini-
maleirir, c crcir 11 q i i x c l r ~ ~ n iq: i~~~rJhr(tt
~ ~ ~ , :!11idc?,
-....- 1

17. Ora, embora eu confesse (spezar da minha


onriozidade) não ter notado todos os animaes d'essa
terra d'America, tam cnidadozamente como eu dezejhra,
todavia, para finalizar, ainda descreverei dois, os qnaes
sobre todos os outros sam de fbrma estraordinaria e
singular.
O maior, xamado alti t
pelos selvagens, A do tama-
nlio tle iim grande c20 d'agiia, e tem cara de bugio,
parecaida cniii rost.0 iininiio, ventre peiidurado. como o de
porca preiilie, p610 pardo-esciiro, como lan de carneiro
preto, caiida ciirtissima. pernas cabeludas. como as do
iirso, e unhas uiui compridas.
E posto que nos matos seja mui feroz, quando
6 pegado, torna-se facil de amansar. Verdade 4, que por
cauza das unhas os nossos Tnpinambãs, sempre nus como
andam, não gostam muito de folgitr com este quadriipede .
Mas (couza que parecer8 fabiiloza) ouvi os moradores
da terra não só selvagens mas tambein adventicios com
longa rezideiicia no paiz, dizereni, que ninguem jamais
vio este animal comer, quer no campo, quer em caza ;
de sorte qiie julgam algumas pessoas, qiie ele vive de
vento.
§ 18 O oiitro animal, de que tambem quero falar, e
ao qual os selvagens xamam conti,6 da altura de uma lebre
grande, tein pêlo curto,reliizente e n~osr~iieado,orelhas
pe-
quenas, erectas e pontudas ; a cabeça 6 poiico voln-
moza, o focinlio começa desde os olhos, tem comprimento
de mais de um p6, é redondo como um bastão, afina de
repente, e 6 tain grosso em cima como junto da boca (a
qual alias 6 tam diminiita, que apenas caberia a ponta do
dêdo niinimo) ; esse focinho, digo, similhante ao bordáo
ou canudo da gaita de foles, 6 tal, que não é possirel aver
ontro mais estravagante, nem de fhma mais monstriioza.
Quando este animal é apanhatlo, conserva os quatro
p6s juntos e por este modo cae sempre para um oii para
ontro lado, ou esparra-se no xão, de sorte que ninguem
pbde faze1.0 ter-se em pé : s6 come formigas, de que nos
bosques ordinariamente se alimenta.
Quazi oito mezes depois de xegarmos 8 ilha, onde es-
tava Nicolão de Villegaguon, os selvagens trouxeram-nos
um d'estes coatis, o qual por cauza da novidade foi por
todos nós muito apreciado, como podeis imaginar.
Com efeito sendo ass8s defeituozo, comparado com os
animaes da nossa Europa (como ja dice), muitas vezes
pedi a iim tal João Gardien, pessoa da nossa comitiva,
perito na arte de retratista, para dezenhar este e outros
muitos animaes, não só raros, como tambem c&desconhe-
cidos; o que ele todavia,bem a meo pezar, nunca rezolveo
executar.
CAPITULO SI

$ 1. Corneqar~itnnili~niestr cipitiilo (Ia.; a v v , qne


em g ~ r a lns Tii~iinstnliBs snmnni rirrí, ' pr.l:is qiic nos
serrprn ile alimento.
I'iirneirnmriite direi, qne o9 inrlir~nn.:t h n i mnita
tt1,rinrlancin d'essnq ~ a l i n l i fritnllcu,~s r l i i ~ no9 xninnmos
gaIin11.w (Ia In(lia, e el+s xa111tt111g ~ i t z l ,- t~t ~~. q)f i~-i-, r11~11-
println ncrrccnt:4r qiieoh;Pni.tirguez~u,tlepoi.:que vizitnr:iin
esse pai l h r u raça rl;ts r a ~ l i ~ l l I~I iI ~i I~I P I I X <co~r~llns,
~
q i i ~os i i xanttttn w - / t 2 1 1 t 1 1 1 - 1 ~I T ~ I I ? , P qntA11:t~ites n,-m
conlteci
Sorlnvr;~,coino cBm aiitrn oc;szi5oj,í. dice, einhnra fn-
qam cazo rl;is galinlias 1)ranc;is para tirxr RS penfiq, afim cl@
tin~il-asdr ~ermcllioe com el;ic: nrriar n ~iinpiinrnrpn,
coiii tnrlo qiiazi 1150 romcm IIOIRS neiii oiitrns.
14; conto pensam ,que OS OVO<, que elps xzmam nrinltcrn
ropin, snm ren~nrizns,q iiantln no c: ~ i ~ sorvrl-os, n i nlio .;h
ficiiri~miiitii atlmira(lns, mns tnmlicm diziam, qnr, por 1150
termo4 pncienria pnin i1rix:ii-os ~ o ~ a r , p r a t iamo.:
1
c ~ \ a cii-
lotlicr d~ ri)mPr 111n:1. gnlinl~n,qriando cnminnios tini oro.
# 2. Pnrtsntn i150 tl:trii m:iini. ii1iport;iiii:ia Ií, srins
~ d i n l i a s ,d o q i i ~i t ~:L\ eu silvestres; p t ~ i i' w n tis deixam
andar pôr onde elas querem, e elas trazem os pintos d o s
matos e montas, onde xocaram, de sorte que as mulheres
selvagens n8o têem o traballio de criar os pintainhos c411b
gemas de Ôvo, como entre n6s se pratica.
E com efeito as galinhas multiplicam de tal fórma
n'esse paiz, que vereis localidades e aldeias das menos fre-
quentadas pelos estrangeiros, onde por uma faca do valor
de um cctroltrs tereis iiinti galinha drt Iiiciia, e por iim d e
dois lin~.tl.q4, ou por ciiico oii seis ~iizbcsde pescaria
obtercis tiez oii qiiatro galiiiliizs pequenas coiiiiins.
: atilnr c~scrc!~c~:-Oio.ci.
1)
:iiilcir esc.i'c\ c:-.i rigrfntt-oitssti.
-. O
!. O lirird. ;iiiliga iiicic*tl;i c ~ l i r cfraiicrza, ciliii~alea IIIII qriarto
.
t l c k

do &ldo ~soicj
Ora, com estas duas especiea de ares domesticas os
nossos selvagens alimentam domesticamente adens, a que
xamain rcpec ;como porem estes mizeros Tupinambás têem
arraigada na cabeqa a louca opinião de que, si comessem
d'este animal, qiie anda vagarozamente, isso os impediria
de correr, quando fossem expulsos e perseguidos por seos
inimigos, abilissimo serA qiiem os persuadir a provar
d'ele : pela mesma razão abstêem-se de todos os animaes,
que andam com lentidão, e at6 de peixes, como arraia e
outros, que niio nadam com rapidez.
§ 3. Quanto a aves silvestres, apanliam-se nos bos-
ques algiimas do t.anianho de capúes, de trez especies,que
os Brazilienses xamam jaczitinga, jacufiema e jacuasstí, *
os quaes todos têem a plumagem preta e parda ; creio
serem especies de faizóes, e por isso posso assegurar não
ser possivel comer mellior vianda do que a d'estes iacus .
Têem ainda especies excelentes, xamados l~~tttiins j-,
qne sam tamanhos como pavões, e com plumagem igual á
dos jacus; todavia sam raros, e poucosse encontram.
O niacrtco e o i~zanrht~asstí sam duas especies de
perdis do tamanho do pato; têem o mesmo sabor dos
prtcedentes.
Como estes sam os trez seguintes, a saber : iízattabzí-
mirim, do mesino tamanho das nossas perdizes, 2)qasszi,
da grandeza do pombo-trocaz, e painctí, como a ri,la.
§ 4. Deixando por brevidade de falar da caça, que
axa-se em grande abundancia nos bosques, nas praias do
mar, nas lagilas e nos rios d'agiia doce, tratarei das
aves, que n8o sam comuns na alimenbção d'essa terra do
Brazil.
Entre outras aves duas existem da mesma grandeza
ou pouco mais ou menos, a saber mais volunioaas do qiie o
corvo, as quaes, como quazi todas as aves da America,
têem unhas e bico aduncos, como papagaios, em cujo nu-
mero as poderiamos incluir.
Quanto porém H pliimageni (como julgareis depois de
ouvir-me),não creio podermos axar em todo o mundo aves

O aiitor rscrere:-lncotili~n, Ntcoiipen, iacoiinunssori.


t O aiitoi escreve:-Hmlou.
28 P . 11 VOL.1.11.
(I@ nini.: iI~\liimlirnrit~
I,rle7n : Iinr i w n , ron~~niplnn~lii-W,
sniiio< fnrrnílris n. ninglifirnr, nuíi n iintrii.ivi, ~.orvl) f').li'111
0 s priif:ii>ris,InRS n ~ s v ~ l ii?~Pnat i l i i l i l ~ ~ tí'r~'.il(ir
~ ~ ~ l dt> III:I-
ra~illinut a r ~ .
1':li.n i l ~ pois
r P ~ O Y : L d'isso. cljrri, clti~:I pl-ili~pir?, R
qiir o\ s~lvn~eri.; sniiinni ara,-a,~eriia*: pr1lin\ clns :iznc; 11 i
cniirln, q ~ ine11~ i ~ 11; tj n ~ v i nde i - t i ~ ~ ~ l ~ r i ~~t ti t~> ~t n ~( l ~i t4\1ti
>i t o .
~ r r n i e l l i ; ii:omo finii ~ s r ~ i ' l : t t ~111~t:iil1*
.ia ilr c ~ . d l t b q ! e t irti
c.;lr

hriIli,ziiti~cniinii> n niriis finn ~cr:irl;itiiiicliic 1 u w : l "VI" ; 0


rrstii i111 corpo 6 nziil, >t>iitloq i i p 3 npr\ 111-8 c ' ~ i 1 : ~p 3 n Z
4 1 t h

srpnrn sempre tis cores opoctaq dos tloi.: la1111s.


Qiian~ir,esta ave espijr-SP RO sol, 1-o1110ortlinnri-+-
r n ~ n t csiiccde,
~ nriri se fiirtnm n l l i n ~ iinlalloq de contcrtl-
pJd-a.
A nntrh ave, xamnda cnnind., tem toda 11 pliininpt>m
do p ~ p orm rndn i10 pescoqci t;io :\mnrcln cnliln 0111-0 1 1 l l i i :
O rlorsn, ns mx:ir e :i. c,riit?n sam dc anil t i o Ii~idoclilc nl 1i.s
nTio C! pnssirrl: e nii:iniIo rili*crvaniocí. niic 1.1 L r ~ \ ~ s t i .
ilit c;jr por cimi -oso, pni: I I I ~ ~ O P
clc tnnti I1r R .

kC liareris -.
i T;tzern frebqii~nte
mrnyíii d'r$t? nrr, elixentlo P r e p ~~tt i c l o ril~i~fns T ~7F.i
d'pst e inorlo : -Cfllt i ~ i r l ; : l r c ? i p , rn?toirli'-,lrrtit., , ? l ? V 0 7 t ~ ' ~ l ~ ,
isto 4, ave nrn,zi.el:i, : i r e :tinnr~la,i x t c . ; piiii,jrtiic ciri.111!1
n:i sna lingiing~ru>ipifica nnixrrln.
Embora estas duas aves não sejam domesticas,
axam-se todavia mais uzualmente nas grandes arvores
existentes no meio das aldeias do quenos bosques, e os
nossos Tupinambhs as depenam cuidadozamente trez e
quatro vezes por anno, e fazem (como alhures dice)
mui bonitos vestidos, carapuças, braceletes? guarniçbes
de espadas de p4o e outras couzas d'essas lindas penas,
coiii que adornam o seo proprio corpo.
Troiixera eii para Franca militas d'essas penas, e
sobretiido das grandes caudas, qiie jB dice serem natu-
ralmente niiitizadas de vermellio e aziil celeste ; eni meo
regresso porkni. cle pttssageiii poi Pariz, iim qttidaiit da
caza real, a quern as mostrei, 115 cessou de importiinar-
1

me emquanto as niio obteve de u i i . . i .


HISTORlA DE E31h YIAGEZI TERRA DO RRAZIL 219

5 6 . Os papagaios n'ecsa tcrrn do Brazil saiii de trez


ou quatro espeçies; os maiores e mais bonitos, que os sel-
vagens xamani a j u r k , * têem a cabeça rajada de amarelo,
vermelho e rcxo, a ponta tlas azas encarnada, a cauda
comprida e amarela, e o resto do corpo verde ; poucos
potlem vir cá ; e todavia sam notaveis pela linda plu-
magem, e quando ensinados sam os que mellior falam, e
por conseqriencia os de maior estimaçlo .
Com efeito, um trugimiío prezenteou-me com iim
d'estes passayos, que ele por espaço de trez annos coii-
servava em seo poder, e pronunciava tam perfeitamente
as palavras da lingiix selvagem e da franceza, que, nlo
se vendo o papagaio, ninguem distinguia a sua voz da
voz tlo omem.
5 7. Era por6m ainda maior maravilha um papa-
gaio d'esta especie, qiie certa mulher selvagem possiiia
em lima aldeia distante duas legoas da nossa illia ; pois
esta ave obrava como si tivesse entendimento para com-
- preender e distinguir o que siia dona lhe dizia. Quando
passaramos por ali, esta dizia-nos na sua linguagem :
Dás-me um pente oii iim espellio, para eri fazer já em
vossa prezença meo papagaio cantar e dansar? Si para
termos tal divertimento davamos o que ela pedia, apenas
falava com o passaro, começava ele a saltar na vara em
que pouzava, a conversar, assobiar e arremedar os sel-
vagens, quando vain para a guerra, de motlo incrivel. E m
suma, quando bem parecia k dona, dizia-lhe esta :canta,
ele cantava ; dansit, ele dansava. Si ao contrario não lhe
aprazia ou nada lhe davamos, apenas ela diaia com as-
pereza ao papagaio-atbg6-isto é, pára, ele aquietava-se,
sem proferir palavra, e por mais que lhe dicessemos qual-
quer couza, nítn estava mais em nosso poder fazel-o
mover nem pé, nem lingua.
Si os antigos Romanos, sabios e ilustrados, faziam
snntuozos funeraes ao corvo, que em seos palacios os
sautlav~por seos proprios nomes, e ate tiravam a vida a
qnein o matava, como nos refere Plinio ; imaginai agora o

O autor escrcve-Acnuroas.
qiie fariam e l ~ s . si pnssiiissem rim ~ i n p ~ y n itnm o ~erfei-
t i m e n t c ~iisinadn!
E S ~ mtilhcr
R selvfi~emo xsrn3r.z ririnil,n?,n.* iqtn b ,
cniiza qiie niiiito amo, P ri riprerisrn tanto qiir rliianilo p ~ r -
giintav;~ ,inris! si (i q i i ~ r i avc~n{lcr r qii;intc pc~din.
r~spontli in por motqjo : J l n c o i r a x c * , isto i$, i Ilinria ;
dc s o r t ~qrie niin ca o piiilemos xrc!r IIOS!
8 R. ;rh ----
wpiinrln ~ s p e c i ede pi~l~itgititt.,~ i ~ ~ l ~ nlnr-
--.---.A-

ililo~
gntrnz lbelns s~lvncrns,sniii d'aqtirlrs qiie de 1:i trazem os
vin.janf~s,P q i i ~illnis cnmiinipntcJ vemos cni I4'iaiii;:i ;n5r1
lnrrnni entre clrs ~innt1crstirn;i~:io; pois Ih ?RUI cai t:iiii
~ r i ~ n tnliiindxni
lr ;iii. cctnioI eiitre 111'is gnm ns 1'0t11l)o.:: r em-
Iinr:t ;L carne sqi:r n lyiiili tanto diira, todi%viacomo tem
s:~I)orile ~irrctiz, iiii- niiii tnq vezr s os coiui ainos, pois o*
t,inlinmos com Lirt iirii.
A tci-ceira ~ s p ~ c ide e papa~aios, xainadns f r i s -;-
pelos s e l r ~ g r n e~ 9, ) i c i i ~ ~ o ?~i sP I O \ ~ l ~ n r i n l i ~ innriiianclos.
ros
na@Fam m;iiores tlo que os estcrrnirilioii; qiixnto ./t pliinin-
fein po 'ni o corp o tnilo veule coiiio R perx, v s c b t n
:L csu(In. iiii ronipi.ida A ~ n t r ~ m e aclpd aninrelo. ~
Lei .meter a Ignem dito nn slia f n . ~ ~ t n q r n f i n ,
-- iis
qiia - - -pIetr;tios- r;let.rri cis scos ninlios pcndrntrs iciw
C----.

rzinns tlns ni-rores, atliii dc qiir as S P I - P P I ~ ~ P Sn50 l l i w


rniunni as nvna, n#o twrninar~irstc cnpitiilo s(i1)rp t : ~ w
pnsbaros scni dizvi. Iig~ir~riientc,. rliie ~i I) contrnvin na
terra do Brazil, onde os papagaios fabricam os ninhos
redondos e diirissimos no oco das arvores : portanto con-
sidero tal asseveração como pêta e conto imaginado pelo
autor d'esse livro.
§ 9. As outras aves principaes do paiz dos nossos
Americanos sam aquelas que eles xamam tucano 4, de
que a outro propozito acima fiz menção. Sam do tama-
nlio tlo pombo t r o c a , e tCem toda a pluiiiagem tam iiegra
C O i n O i1 gi.ailia, e ~ ~ é ot papo.0
Este, coiiio eiii oiitro lugar jit dice, tem qiiazi quatro
HISTOKIA I>E U M A VIAGEJI TERRA DO BRAZIL 221

dedos de comprimento e trez de largura, e 6 mais ama-


relo do que? assafi.80, e cingido de vermelho por baixo :
os selvagens o esfolam, e d'ele servem-se paralhes cobrir
e ornar as faces e outras partes do corpo, e costumam
trazel-o, quando daiisam, e por este motivo o denominam
tttcantabtiracé,* isto 6 , pena de dansar, e muito o apre-
ciam.
Todavia como possuem grande quantidade d'essas
penas,não põem dificuldade em as dar e trocar porqualqiier
mercadoria, que lhes dam os Francezes e Portuguezes,
que ali traficam.
Ainda mais : esta ave tttcano tem o bico mais com-
prido do que o resto do corpo, com grossura proporcional:
sem o equiparar nem o contrapor ao bico do grou, que em
nada se lhe compara, cumpre consideral-o não s6 como o
bico dos bicos, mas tambem como o mais descomunal e
monstrnozo, que podemos encontrar entre todas as aves
do universo.
De sorte que não A sem razão, que Belon, tendo.
obtido um, o aprezentou por singularidade dezenhado no
fim do seo terceiro livro das aves ; pois embora o não
nomêe, o que ali est8 configurado 6 sem duvida o bico do
nossso tucano.
5 10. K'essa terra do Brasil vive outra especie de
passaro, que A do tamanho do melro, e tambem preto, f6ra
o peito, que A vermelho como sangue de boi ; os selvagens
o esfolam, como ao precedente, e xaman esta avepanma.
Existe outraespecie de ave do tamanho do tordo, que
os selvagans xamam qitianapiau, a qual tem toda a plu-
magem vermelha como escarlate.
Como singular maravilha e obra prima de pequenhez,
n8o devemos omitir um passarinho, que os selvagens xa-
mam gt~anumbij-,de penas esbranquiçadas e reluzentes,
o qual, embora não tenha o corpo maior do que um bezonro
ou escaravelho, prima no canto. Este pequenissimo pass8-
rinho quazi nZio se arreda de cima dos p6s de milho, que
os selvagens xamam avati, ou de cima de outros arbustos,

O autor escreve :-Toucanlaborract?.


t O autor escreve :-Conambuch.
t ~ n t i nwiiipro n 1iii.o P ~ i i ~ al lnw t n ; P $i ( I n5ri \-iseen~i~s P
li.; nrrcil itlrinnios, qiir (IP iiiiiiito
ir canto t,iin snlto e alto, f 1 1 . t:in~
i(? CTTIna'17 retle no rni~rinc
a . I , \ o~no Pll n:1* 11ndrri;i.eqti~cifi,,nr I-oni minii-
(l~nci,i.tnil:tç: :IS :i-tt2ntcç na tri-r. /i]. ns
( I I I : ~ P S 1i:n si) (li! i 1i:t.: ~ q p ~ v i il*!
e. ,I En-
rnl);x, m-14 t ~ m l ~ wn tam c l i f ~ r ~ n t c (!r ~ l e
COI'P~, ~ ~ r ~ n r l lriicarnnflo.
tr), I ;ixri, Ilrnrirn, r1117~ntn,
m:itiz:idii ilr prirpiii.n,P nlltrzq ~i~rps,finnliz:irr~i clccvrr~c~ncln
nm:i. qiic o.: nn.;soq s c l ~nqrns ( p ~ l ni,izio qrir ~di.inte
111~sc:iii7nr qii:ilqiit*i.i i i n l ; P si sorilit.r~ ilrriiern
iii;itoii nlyiirun cl'i~sta+ itvpc, rstnn crirto f irinm
n r r r p p n d ~ r - S Pdp t:11 prnc.rrlimcntn.
Kstn a r e 6 maior (10 qiie o pnmlio, c iriuili~r~m
pari1,'t ciii7rntn ; o iiiiitr rio porrm, rvi q n r di~7cjiotnr:ti.
q n ~ , t e n r l nr1:t n voz ~~cric~ti.:iriti~ r ainda riini': pl,ingcrit(.dn
111ic;L ( 1 : ~cori~j:~,o< I I I ~ - G I > ~~ I ~ Z P I - O .T; ~ i p i ~ i a i ~(liir
~ l ~a~ ~ - .
(10 qiic t l (li ~ i, t;~.rii 1111
SPOS pnrciitcb.; e ?iiiizos
1 ~ i n f i ltle II;VI f~-t~~tiin:\,ri
sn~)i'rr~~(~r'i j)z?;i.o.: PI~COI.,IJII' x portnr-cr. v:ilcntc.niriitc~iin
Eiierr.;i, ci~iitrx os ininii~os: çreern firmPmciitc, (liir, 4
nlis~rt.nrrino qiia I h ~ i s.iriilicnilo n'eqt~snyo~iro~, ii3n <i)
~ ~ i i r e r ;o$ i n iniiriinoq n'est r iniincln, conio tnrnl~rrn,qii~niln
morrerem, o qiir iiinis iriiportiint~é, i i io \ria- nlni,i. trr
cnrn O P SPOS predece~.;orr~ iileiii ilas montc~nh:ispw.a d.inwr
com eles.
§ 12. E m certd, noite dormi em uma aldeia xamada
Upec pelos Fraiicezes ; e ali & tarde ouvi esses passaros
cantarem lamentozamente, e vi os mizeros selvagens
atentos em escutal-os. Sabedor da razão de tal procedi-
mento, qiiiz admoestal-os contra essa aliicinação ; mas
apeniis ;issiin thlei-llies e comecei a rir me coui outro
Fraiicez, iiui anciiío, que ali estava, dice-ine riideuiente :
c. Ca1;i-te, e niío lios eiiil)ai.;tces de oiivir as noticias,
que os iincsos avós agora nos iiniinciaiii : pois quando ou-
vimos esti~saves, ticamos todos cunteiites, e recebemos
novas forqiis. »
HISTORIA DE UMA VIAGEM A TERRA DO BBAZIL 223

Portanto sem replicar (pois seria trabalho perdido)


lembre'-me d'aqueles que acreditam e ensinam, que as
' d m . 4 s Bisdos, voltando do pmgatorio, os vêem adver-
tir d&%e&deveres, e pensef, q& &que fazem os mizeros
e cegÓ8 Americanos 6 mais suportavel nas suas breiihas ;
pois embora ubnfessem a imortalidade d'alma, como direi,
.a -%do falar da sua religião, longe estam de crer, que a s
&nas voltem depois de separadas dos corpos, e apenas
dizem, que estas aves sam seos mensageiros.
Eis quanto eu tinha de dizer acerca das aves da
America.
5 13. N'esse paiz existem morcegos quazi tam gran-
des como a s nossas pequenas gralhas, os quaes entram de
noite nas cazas, e si axam alguern dormindo com os pbs
descobertos dirigem-se sempre ao dedo maximo, e não
deixam de A p a r sangue ; e xegam algumas vezes a tirar
mais de um pucaro, sem que o paciente o sinta.
De sorte que quando pela mauhan despertavamos,
ficavamos admirados de vêr a roupa da cama e as adjacen-
cias ensanguentadas ; entretanto os selvagens, quando
vêem isso, quer aconteça a uma pessoa das suas, quer a
um estrangeirc, apenas riem-se do cazo .
E com efeito eii mesmo fui assim surpreendido, e
alem do motejo a que me expiinlia, acontecia ainda, que
por dois oii trcz dias s6 com dificuldade podia calçar-me,
por estar ofendida a extreiuidade mole do dedo maximo do
p4, embora náo fosse grande a dor.
5 14. Os moradores da costa de Ciiinana, terra si-
tuada a quazi 10 grAos aquem da linlia equinocial, sam
igualmente molestados por esses grandes e maleficos mor-
cegos, a cujo respeito o escritor da Istorin geral das
Indias refere um conto jocozo. Diz ele:« Estava em Santa-
f6 de Caribici o criado de um frade sofrendo de um pleu-
riz, e como náo encontrou-se a veia para sangral-o, foi
deixado por morto ; mas durante a noite veio um mor-
cego, que o mordeo junto ao calcanhar, que axou desco-
berto, donde tirou sangue para fartar-se ; e como deixasse

* Choucas, diz o original.


n rcaici :11)~rt:1,snliin txnto snngiir qiiniitn baqtoii p?rs
ciirnr n ."
An cento (:i iin n isto~ix~lor.
cryn íb.rr ~ n i r i o zv~i 1 i i r ~ i 2 0para o
.in 17.b.. r

dlrski*\ri.:~iiflrn iiinrcrgos cl',\nicric,n, r ~ fllt~rno


t ~ rx~rnlilo
r n t i k t ~.i.clirr Iiiiicr clstniii i 1 w
~ r t:i in ni)rivos C ~ I I ~ ~ I C r\-.L.
~ X I I ~
: I T ( ~ T sin[-tr:~ys:~n~mlns cstrigi:i< pploq Grtlros, nq q1131 -,
c n i n n ~ l i zOyiilin, F('ristnr / / i . . i ; , siiznrnm n qanyiit. t1o.i
riiriiinci~110lic*rçn, por- cliij:i r:ix:o tl~prii.;es-P iinnic foi clndo
i ~ qitlit i r ~ i r x q .
S i ~ 1 nholhas
-). s cttr\mri.iç~n3o snm similhantcq :iq
Ic i-:\, ~ n t r sparecem-sr qiirri 14
prrtns, qrie Irnlns no e' nte rio
:1< llY:l<.
ii nztAnin incll e n. cprn 1109 I~nsqiicscni I ~ c o sd~ p:In,
prrir!iitn.: clnr os selrnpni; s a h ~ mapi'civritar.
F:iiiqii:iritn rqtnrii iriistiirntlns, m m n m a tnclo iqsn
irn-ir~tir,,p r i i q i' mel P i r t , ~ c(*ra; (1~1iois
1( de n s seliq-
rnrrm. c.nitir>mn mel, corrio nfis c3I prriticni ~nnt 3
cni-a,qiie itiix7i t n m prcita cntnn ri pez, R r m rnlns
i1:1 z r t ? s \ ~ ~(IP r : i 11in l)r:~,c;o,, x50 fn zriii tcid: 3teq n l i
rtal-1s: pois ilr ncpllt-n z . , llliililll .."O ...
(111trR111., ,IP mil-
r'Ill~lli

~lrii.,i<,qrii. rliim tlamnclarisqinia, e wrrcni-se il'estn crrz


priiic-i~~:iloteritr pai-..i het timnr ns groqsns rrinnclns ilr rsna.
+?III t l l i + ' rii'trri:~n~ as s11aq pliimns, iitini de n.; prPSPrfRI. (111
inrrt:i i*qpi.c.iil dr iiorti~lct~iz, qiic do contrnrii) as Pqtraff:i-
riam.
8 16. E afim de que seguidamente eu descreva estes
animaciilos xamaèos arnvers pelos selvagens, direi,.qne
n8o sam mais corpulentos do que os nossos grilos, e saindo
d e noite em cardumes buscam o fogo, e não deixam de
roer qiinnta couza encontram. Lançam-se sobre os cabe-
qóes e snpi\tos de marroquim com tal gana que comem a
pai'tc csterior,e os donos de taes objetos, ao levi~ntarem-se
peln iiiniiliaii, os axaru brancos e roidos; e acontecia, qne,
si de noite tleixavanios galinhas oii outras qiiaesquer a r e s
aSi.adn~e 111~1gliard~das. esses arncers as roiam a t é os
ossos, e assiui nilo podiamos ter certeza de axal-as no d i a
segiiiiite.
HISTORIA DE UMA VIAG.EM h' TERRA DO BRAZIL 225
5-17. 0; selvagens tambem sam perseguidos em suas
,gessods por outra especie de p no insecto xamado til, *
a qnqvive metido na terra,. e a r i n c i p i o não passa do
tamanko db uma pequeiia pulga ; mas fixando-se na carne,
especfzI3$?!* debaixo das unhas dos pé3 e das mãos, ahi,
ip m o o ouçlÒ, protiuz subita comixão, si uão se tem logo
*' +idado de arrancal-o.
Penetrando sempre mais, tornar-se-á em pouco tempo
do tauianho de uina ervilha, e entko nlo poder8 ser extir-
pado sem grande diir.
E não sam sómeiite os selvagens, que andam nús e
descalsos, que sam atacados e iuolestados por tal insecto;
nbs os Francezes tanibem,por melhor vestidos e calçados,
que andassemos, tinliamos tanta, necessidade de 8cante-
lar-ncs, @e, por mais cuidadoz~)qiie eu fkse em revis-
tar-iue, tirarau-me de diversos lugeres do corpo mais de
vinte em li111 so dia.
Em suma vi pessoas deleixatlas eiu precaver-se por
tal modo danificadas por essas traças-pulgas, que não s6
tinham a3 máos, pés e dedos estragados, mas até o sovaco
.e outras partes moles do corpo estavam cobertas de pe-
quenos relevos como verriigns provenientes d'este mal.
fj 18. Por isso tenho como certo, que 6 a este pequeno
verme, qiie o istoriatlor das Inciias ocidentaes xama niguu ;
-o qual,comc?ele diz, tambem existe na ilha Espaniola. Eis-
aqui o que cscreveo: -A n i p a 6 comouma pequena pulga,
que salta ;gosta iiiiiito da poeira ; 96 morde nos pks, onde
mete-se entre a pele e a csrne,e logo p6e lendeas em maior
quantidade do que poderiamos pensar, atenta rr sua pe-
.qnenliez, e estas produzem outras, e si as deixam sem
prevenção alguma, multiplicam-se tanto que se niio
podem expelir nem remediar sin8o com fogo ou ferro ;
mas si as tiram cedo, cauzam pouco mal.
Alguns Espanhoes (acrecenta o autor) perderam os
dedos dos pés, e outros todo o pé.
9 19. Ora, para remediar o mal, os nodsos Ameri-
canos esfregam a ponta dos dedos dos pés, e outras partes
d o corpo, e u que os taes vermes buscam aninhar-se, com

P. 11. VOL. LU
6 REYIST.4 TR IhfESS.\L hii IKSTlTITTfi IIlST(iRII.0

:prtn nlro n r ~ r m ~ l l i a d(Ioernesqn. clstrnliiiln i 1 tim


~ fn~tci.

para ciir;ir A : I ~ x ~f ri~ct . tirns P qiiriP.;rliicar f l ~ i ~ * t %(11~ ,


lir~venino cbciryioiiiii,ino, rlur 04 no*<oY s r l \ ~ , i ~ i . I~. i + ,
~ r ( l r i r 113
~ s S I I R ~ f i c f i cci ~i ~ ~ . : ~ tni I~c1;iiitnrn
n, t 11i1prPc
roiiin a l ~ i i n siiiili\.ielnns dc c5 consiil~r:inin snm3tli
5
iqso o Iini.lipirci do nariri, e m rliie rcyrt=Swrnns
I triicln-n esp~rirnenta(1o em rn1iit:i. oc.nzii1~5,
trnnxi: iInzc3 P I ~ ~ P~ Sr a l i i xein.;
rit.2 nii l ~ ~ rl'wsr n l ~ oP niitrc~~
tantos c1c ~ o r d i i ~timniia,
-~t rlrie aiiintArn, c c SPI-
vaq?iia co%inltavaniH H . ; ~ R Y ~ I 04 U ~irizioli~ir IPT~:~,

'S d'wsn )Ri-azil t n m h ~ iii pro-


( :ie (?e IIP mo~qiiitri4 , qI1P O!; i ; ~ i i +
: os
,yt? ~ U I , wnnm t Fini vivnrnc n t ~ .
píint:>s?P, ~y11111a.
Por t311to pntlcis imnriiini- rliiaril ilirci-tirln 6 v r r os
s p l r a ~ ~ niis n s ~~~rscyiiitl,i- por t w ~iii~rctos; pnis h?-
t ~ i i f l nr'onl a s iii:?l)s nnq nailc:.iq. c;ixa.s, e.1) iiliinq. lir:irns
P rin tnilo o ccirpn, rlirii~is cbnt:ic~ sprrni ilzrroii o s aqoll-
txnilo n.i cavnln.: cnm sens xicotrs.
5 21. Acrecentarei ainda, qiie, remexendo a terra,
e debaixo das pedras, na região do Brazil, axam-se es-
corpiões, os quaes, não obstante serem muito menores do
que os que se vêem em Provença, comtudo nem por isso
deixam de ter ferrões vetienozos e letatrs, como experi-
mentei. Costiima este animal prociirar os objetos claros ;
por isso aconteceo, qiie, tendo eu mandado lavar (i minha
re~le.e extendel-ii. :to ar, ao iiiodo (10s selvagens, apare-
ces-e iiin ei;coi.l~i;ío. que ociilta~a-seeiii iiiiia dobra cio
1ia110 cln rede. Qnniitlo qiiiz deitiir-iiie sein o ter visto,
ferrooii-iue iio ilctlo graiitle (ta iiifto escliiertltt, que inxou
taui rupidauieiite, qiie, si não recorresse logo a uni dos
nossos hoticariou, qiie tinlia alguns lacráos mortos em
conserva de azeite n'unia garritfi:ilia, e aplicou-me um
IIISTORIA DE UMA VIACiEM A' TERRA DO BRAZII. 227

sobre o dedo, o veneno ter-se-ia rapidamente espalhado.


por todo o corpo.
Com efeito não obstante este reniedio, alias con-
siderado como o mais poderozo para este mal, o contagio
foi tainanho, que por espaço de 24 oras fiquei em tal
aíii@o. que não podia conter-me com a violeiicia da dõr.
Os selvagens, quando sam mordidos por estes es-
coryióes, uzam de igual receita, isto 6, matal-os e esina-
gal-os imediatamente sobre a parte ofendida, si os
podem apanhar.
5 22. J a dice, que os selvagens sam mui vinga-
tivos e furiozos contra tudo que os ofende; assim si topam
como p6 em alguma pedra, a morder80 Bs dentadas, como
fazem cães enraivecidos ; por isso perseguindo os animaes
que os danificam, despovoam d'eles o paiz quanto podem.
5 23. Finalmente existem carangiiejos terrestres,
que os Tiipinambhs dennminam ztssti,* e surgem em
bandos, coiiio gafanhotos grandes, nas praias do mar e
em out ros lugares alagados e pantanozos.
Quando xega alguem a estes sitios, vê estes crus-
taceos fugirem de costas, e salvarem-se cou celeridade
em buracos que fazem nos troncos e raizes das itrvores,
donde com dificuldade só os podem tirar depois de lios
maltratarem os dedos com suas grandes patm, embora
possamos xegar em seco até. esses buracos, que têem a
abertura superior patente e descoberta.
Sam muito mais magros do que os caranguejos ma-
rinhos ; e como quazi náo têem carne, e exhalam xeiro
de raizes do canamo, não têem sabor agradavel.

CAPITULO XII
dlgc<nspeixes mais comuns entre os selvagens da
America, e seo modo de pescar
5 1. Atim de obviar repetições, que evito quanto
posso, envio os leitores para o terceiro, quinto e setimo
capitulo ci'esta istoria, bem como para outros lugares,em

* O aiitnr escreve:- Oiusa.


qrir fiz nienqRri das baleias, verdarleirns mnnitrnf mari-
iilini, rljis p r i s ~ suoadores P de nnti n i dr vni i n q rcypri~s,
e t r a t n r ~ in'rstt? cayitiiln princirinlniente (l(bs m3iG f 1 0 -
q i i e n t ~ ~s n t r ns
r nnssri.; Ani~rirnnos,e tlns qiiit~irt n d a ~ i ?
ainfla nEn falei.
8 2. Cnmey~ (10 qne os selrngt~n.;dtim a tndw
os p~ixclra tlri~ni ~ e n r i ' i ~tlen ]?/r-I; : q n n n t n port m
As ~ q p e c i ~tcrm s , ciiins qiiiilidntI~c( 1 snreos ~ vrrtlarlcirn<,
a que xarnnmrtr~l ftrctt?,osI- ~r c o z i d ~yiPr
~,
as.aiIo.; (scihi.~tntl ido 1 s ~ m tc.r c c:1iiorn70-.
Kstr- ppispl n1)itiialm I m ~ i ( l r ~rnmn
~,
s u c e d ~r 6 ria F:nrcipn. n n d ~ns vi nn ~ci11.ec ciii oritri~ù
rios tle França ciihir dn m3i.. 0 s <~lrnrrcns,qriando ns
r > ~ enim cnrdnrne~c.ompnc.tos, a p r o ~ i n i : l r n - r~ 1~ repente. ~
atiram snhre eles rrniides frexns tnm c r r t ~ i r n s ,qiic t ' m
pniicos monientns fi s ~ a t nmnitos ) P ~ s P R , OS q i i a ~ s assim
f~riilrisniii podem ir no f 'llll(1~~. E nt;in cia fr~xntloresns
varn apanhar nadn.
A carne (I'eqt~speixt.5 12 wlllre t o r l ~ smiii friavcl ; P
qiianclo 04 s ~ l v ~ g OS ~ napanham
s pin rrandp qiinntidade,
oq wcxm nn ninqiiern, c.;inir:ilhnm, e r ~ d i i z ~ n h ifcii.inlin.
5 3 . O cn~ii1rrirl1in-7iri~~iíi. iirn ppisp inni c r n n i l ~
(pois ?in.wi eni linniing~rnhrnxilica sifnificn grn ntle on
voliimoza, conforme x ncentiiaq5n qiie s~ Ilic d5) d o qii.tl
os nnwos Tiipiiinmhris, rlunndo iI:ins:im P rqntnrn, f i 7 r b t i i
menc;Zo, (lizriiiln c rt>peliridn muitas v c z ~ ds ' w t r mn{llb .
Pirii-tiasstc a uêh : camrwupim-uassu a uêh etc., etc.,-
é mui bom de comer.
Existem outros dois peixes xamados tcára e acsra-
uasszí, que sam quazi da mesma grandeza que o prece.
dente, porém melhores ; e até direi, qne o uára não B
menos delicado do que a nossa truta.
Temos outro peixe xamailo acarapeh ; é xato, e co-
zido despvende gordura amarela, que lhe serve de molho.
A carne 6 optima.
Temos tambem o ncara-bzctcn, peixe viscozo de cor
trigueira ou avermelbada, o qual, sendo milito menor (10

O aulor escreve : Kitrema.


t O autor escreve : Cuirioitroccpony-mc.assou.
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL aa9
i

que os supramencionados, niio tem gosto agradavel 6a:


paladar. C
Outro peixe xamado pira-ipoxi * é do comprimento
de. enguia, e não é bom; ipoxi na linguagem indigena
quer d i ~ e isto
r mesmo.
Emquanto 8s arraias, qiie os selvagens pescam no rio
de Geneure, e nos mares adjacentes, sam mais amplas do
que as que vemos na Normandia, na Bretanha e n'outros
lugares c8 da Europa, têem dois xifres compridos, cinco
ou seis gretas no ventre (parecendo artificiaes), cauda
longa e fina ; sam timiveis e venenozns .
Um dia apanhamos uma arraia; e na ocaziiio de
metel-a na embarcação picou a perna de um companheiro
nosso, e imediatamente tornou-se vermelho inxado o
lugar ofendido.
Eis ahi o que podemos sumariamente dizer a respeito
de alguns peixes d'agua salgada da America, cuja mul-
tidáo aliaz é innmeravel.
Os rios d'agua doce d'esse paiz estam xeios de uma
infinidade de peixes medianos e pequenos, que os selva-
gens geralmente xamam pirci-mirim (pois mirim no seo
idioma qner dizer pequeno) ; mas apenas descreverei
ainda duas especies enormemente disformes.
O primeiro, xamado tamttatá pelos selvagens, niio
tem ordinariamente sinão meio pé de comprimento, tem
a cabeça mui grande, isto é,monstruoza em çomparaçb do
resto do corpo, duas barbatanas debaixo das guelras, os
dentes mais aguçados de que os do lucio, as aréstas pene-
trantee,e todo o corpo armado de escamas tam rezistentes
que não creio que uma cutilada lhes faça m6ça, como
sucede com o tatii, animal terrestre, conforme j8 dice
alhures : a carne é mui tenra, boa e saboroza.
Os selvagens denominam pana-puna outro peixe,qne
A de grandeza mediana; qiianto porém 8 f6rma tem
corpo, canda, e pele similhante ao precedente, e tam
aepera a mesina pele como a do t ubarlio.
Tem ali8s a cabeça tam xata, sarapintada e mal

* O autor escreve : Pird-ypochi.


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HISTORIA DE UMA VIAGEM h' TERRA DO BRAZIL 231
ou cinco quizeram entrar no nosso batel, mais por coprz
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versar coinnosco do que por temor do perigo. h

Observei,qiie os outros, adiantando-se algumas vezes


a n6s1 náo s6 nadaram ta111 dezafrontados e galliardos
quanto queriam, mas taml~em tlescaiisavam sobre as
aguas, qiiando bem lhe5 apiaxin.
Submergiram-se algumas i.éde3 de algodáo, viveres e
outros obj6tos1 que viiiliani na canfia, e tri~ziain para
nbs, iniis nem por isso se importaram mais do que n6s
nos imporkiriiimos com a perùa de uma maçaii ; pois
diziam, qiie eu) terra tiiiliani couzas iguaes.
$ 5 . Sobre este assunto da pesca (10s selvagens,
uso quero omitir a narraçrlo do que ouvi um d'eles contar,
a saber : que estando em certa ocaziáo com outros em um
d'esses barcos de casca de páo iniiito amarados, e fazendo
alihs tempo calrno, veio um grande peixe, qiie segiiroii-o
com as gwras, e queria ou viral-o, ou meter-se dentro
do barco, conforme Ilie pareceo.
Ventlo isso (dizia ele) cortei-llie rapidamente a miio
com uma fouce, e caindo e ficando n iiião no nosso barco,
vimos, que ela tinha cinco dedos como a mlo tie um
ornem ; e o peixe excitado pela dOr, qiie sentio, mostrou
f6ra d'agua cabeqa de fbrma uinrrna, e soltou pequeno ge-
mido.
Sobre tam estranho conto d'este Americano, deixo o
leitor filozofar, e atendendo B comum opiniáo, que ad-
mite no mar todas as especies de animaes terrestres, e
especialmente em vista do que escreveram alguns auto-
res sobre os tritões e sereias, jiilgar si era um tritáo,
sereia, macaco oii biigio marinho este, crija mão o selva-
gem afirmava ter cortado.
Todavia sem condenar a existencia de taes couzas,
direi francamente, que durante nove mexes de perma-
nencia no alto mar sem por p6 em terra. siniio tima vez, e
durante as navegaçóes costeiras que por vezes fiz, n b
observei couza igual a isto ; nem vi, no meio de uma infi-
nidade de especies de peixes, que apanliamos, peixe al-
gum qiie se aproximasse da fizionomia umana. - - - -
$ 6. Para terminar o que tinha de dizer a respeito
da pescaria dos nossos TupinambAs, cumpre declarar,que
t i ~ i i l i nfnlatlo, ~ l e tambem
s xcon~odam~yiinlinsti fpic5o
rlr rintnes, semlindo o sen nntign rn~toilo.t~l~r.ii*ani li~ili,is
I ~ P 1111311 plailta xiiniatla titciiai, * q11'. 11rsfia-<ccnmo o PR-
n i*miiito mais for I jspn l~escanltle rium
i1 ceii.,~sP Imargens 1s.
bem pznc rios tl'a~iin doce em
Ja11~tt11i14, d e n o i ~ i i r ~InI I I ~I P T~, \i, ~ ~P ~ ~ l n i l m s t ade
s ciiirn oii
seis pRos rcvlnnrlnç. niais prossns (10 ~ I I PO hrnro d t 3 iim
oriieui, jirntns e 11c.mlimilos coni r c r ~ n i i t ~ aretnrcitla~. q
S ~ i ~ t i i i lnYest,a
os nrmatlilha com ns pciri:is estenili~lns,(li-
T* i g ~ i l i - y epar;^ rind 1 com riri, peqiieno I~astAcbaato.
rlu0 llics !v n - e de
Comio estes 11 o t6em mais rle uina braqa de
.-A- - --.

zist~rnR rlublqtlc~rtormenta, e mc~lpibtle cntin iiin s i i s t ~ r


tim nuiem ; tle sorte qiie qiianrlo os tiossos srlvngenq em
tempo Iiom estam niis R srliarndos p~scando110 m'ir, di-
I el-os (ir: 1longe,qiic cacos 011 antes ( t iin pe-
c I T C C ~ Rrnris
I ) aqi sol em RXXÇ de Icnlin
1 l i i q agiia: I.

Torlnvirr comti- esins ,lnIiKurins, ZLI I nrtintiax GVWO t-a-


--a-- !*

nndos de O~RH?IS, sarn assim fabrirarlas, tltict llam n':lf 11%


como I I ~ Rprnnxa S ~ O S P R ,penw, q u si~ cic RS constriiisw-
miis, terianina rii~iolioin P sPgiiro IIPpa~srtr OS r i o s , 09
pantanos e lagos d'aguas mortas ou de fraca corrrenteza;
junto aos quaes vemo-nos Bs vezes bem embaraçados,
quando temos pressa de tramito.
5 7 . Ora, além de quanto fica relatado, acrecentami,
que, quando os selvagens nos viam pescar com redes, qm
tinhamos trazido, e qiie eles xamam pttssa-tcassíc i-, mos-
travam grande satisfaçiio de ajudar-nos e vêr-nos apo-
nliar tanto peixe de iiin s6 jacto, e si por ventura n6s os
deixavainos manejar as redes,eles por si já sabiam pes-
car com elas.

O autor escre\c :- Tottcon.


f O auior escreve:-Pitiari-ouassou.
HISTORIA DE U M A VIAGEM A' TERRA DO B R b Z l L 233
.*
Depois que os3Francezea traficam além-mar, os Bra- *
zilienses colhem vantagens das mercadorias, que rece-
bem, e muito louvam os traficantes, porque nos tempk
- .

passados os indigenlis eram obrigados (como j6 dice) a pjr


espinhas de peixe na ponta das suas liiilias de pesca em
lugar de anzóes, e agora têem a vantagem dagentil inven-
ção d'esses pequenos ganxos de ferro tam itdoptados ao
mister da pescaria.
Por isso, como alhures dice, os rapazes d'essa terra
aprenderam a dizer aos estrangeiros, que andam por 18:
-De agatoreta a~nnbepinda, isto é : - Tu és bom, da-me
anzóes. Pois agatorern no seo idioma quer dizer bom,
a~na.bed8-me, e pindti anzol.
Si niio se Ilies dfi o que pedem, a caniçalha, voltando
subitamente o rosto, repete coin insistencia :-De engaipa
ajuca, isto 6,-Tu não prestas, devemos matar-te.
5 8. Sobre este assunto direi, que si quizermos ser
primos (como comiimente dizemos) quer dos grandes
quer dos pequenos, ciimpre não negar-lhes nada.
Verdade é, que não sam ingratos, principalmente os
velhos, pois, quando neiu no obzequio pensamos, lem-
bram-se do donativo, e agradecidos vos retribuiriio com
alguma couza.
Como quer que seja porém, observei, que os selva-
gens amam as pessoas alegres, galhofeiras e liberaes,e ao
contrario aborrecem os taciturnos, avaros e melancolicos ;
portanto posso assegurar aos somiticos, vizionarios e for-
retas, e aos qiie comem o pilo no saco, como se costuma
dizer, que não serão bem vindos entre os nossos Tupi-
nambás, pois estes por natureza detestam tal qualidade
de gente.
CAPITULO XIII
drvores, ervas, raizes e frutos deliciozorr, que a terra do
Bratil produz
5 1. Tenho j8 falado tanto dos animaes quadrupedes
como das aves, peixes, reptis e couzas dotadas de vida,
movimento e sensibilidade, existentes n'America ; e an-
tes de falar da religiiio, guerra,, policia, e outros modos
30 P. 11. VOL. 111.
rlr prnc:~rlc.rdos nossos rplrnrr~n?,1111~ I I Paind:~i i 3 o t r ~ t ~ i ,
i l f ~ ~ r ~ r r yn~s r;\i.
ui ,\.as. ~ ' l inl t ; ~ f'1.11 t ~ I S , r ~ i x + 8*% ~ .
c3rii prlnl:~tiiflo r ] ~ niiiniitccari < P 11ix tt-r aJn13 1-1,-

crtnt.ir:i. vivvntt~ iiz.


priiqtir. eiitin ;i3 nri-ores mni.< 1icrt:rl-eis ~ ~ P Z P R ~ C -
: ~ s JII'IS, o CIO l)r:~zil (fio q1ii11 fi?--+a
~ n ~ ( .no nt l ~~~ r i ( l~sntrt:
p ~ i ztciii~oi~ ( i iiíime. pnr iinsso rc:-1,c:itn) iinia iInf iji:iis

:j rlt..<c:ric:in em primpi1.n I irnar


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2 . T;;~tnnr~cli-r~ ~ r i ~i I ~I ,C n in:i~ii
nrnlititn~i, r,rc.iAnrtliiiai.iaineiitP
" I i'ciIllii

groszns. qiie trez oiiieiis n,'ii-Inl iai'c:iri;ini o 1 rnri (-o .


-4 r ~ s ~ i e iele l o ai.\.ores ~i.iiswrs,o esc'ritni. (IR J.trtr,'n
9 ~ t - dt l t / , J~ ) I ~ ; ,oIr i.t ~l ~ ? t t r t ~1. ,1c i ~ qllia
, I I . ~ ~ S i.i-yii~~s
S : \ ~ ~~II-:ITII
:I< :~rvny ~ , ~ ~ O T ~ iIir~l~:iri~
~ I O ~ PS!! : ~ n r ~ l i i ~ ; ~ ~ , i : ~
1 : iiiii t inl le i i i t i k 1)r:it;;is tlr~c.ir1.11nfci viici:i,
ni:ii : tl c 5, ilfi snrt t - I I I I P , 11iz ~ l t . , TI:I
p r i n ~ i ar~foyp,
: ~ ~ ~ ~,i,,c r , * L t,aiii :11t.:l <>*ln * ~ ~ I ~ ~ I I1 P1 I1 Ip11-
~I ~
iIet.in alc:iiicai. n riiiio coni tinia rir-i :i1)rIa ~ i i 1 1 1 1 1 ~ - . ~
f;irq:t i10 I~r:i(;oiiriinnn, uin cnc.irliicd. I Y I I ~ <~: V
~ OJII.~:\,
I':thvir;w:~ S I I : ~ xtji;:l:xirilia, ; do q \li1ri l~;q~:~iil~n~~c
~ ; ~ r g i ~ I l ~ vian~l~\-t~
; i ~ l : ~ s ali ~ p011zgí10 LtrllblJ L f - r i * n l ~ aJ .l ~ n -
c~iíiriii~~:irii tnnitioni :t sryiinii~,cnriio C O I I ~ Rni:ii.:ivilliozn.
0 sí~ljrívlito1111t,nr:~inil;xl-p!'e~rr,~ I I P11yi<te TI:?;^
Kirnrnpiin. i i u i ; ~ ni.rniqr x:ini:ida i - t r . l : ~ r , 2 1 r~iinlPllrlThci:l.
tanto, que quinze omens a não poderiam abarcar.
Voltando ao pho-brazil, direi, que tem a folha como
o do buxo, todavia de cOr puxando mais para o verde claro,
e esta arvore não frutifica.
'8 3. Dezejo aqiii fazer menqão do modo de carregar
os na,vios com esta mercadoria.
Notae, que tanto por cauza da dureza e conseqnente
dificiilt1;itle tle cortar essa iiiaileinl, coiuo porque ngo
exist(:iii t:ii\.iilt)~,HSIIOS, neni onti.oç niiiniaes parti cnrre-
gar, c:brrenr, oii ;iri.nstiir Siirrlos ii'esee paiz. t indispen-
savel, qiie iiiiiitos oiiiens f;~c:i~n~ cbi;tpserviço ; si os estiam
geiros? qiie vi;ijaiii por iili, nlio fosçc'lii ajudados pelos

* 0 aiilor escrtbvib:-A rabo11l(it1.


HISTORIA DE U . \ I I \.I.LGEJl .L' TERRA DO HK.4ZIL 233

selvagens, n5o poderiam ein iiin anno carregnr qualquer


navio metliario .
Os selva~ens, mediante algiins vesticios de friza,
camizas de pano de linho, xapeos, facas e outras venia-
gas qiie se lhes dh, como maxatlos, cunhas de ferro, e
outras ferramentas ministradas por Francezes e outros
Europeos, cortam, serram, raxaiu, toram e desbastaui o
pho-brazil, e depois o transportam nos oiiibros niís, e
miiitas vezes tle duas e trez legoas de distancia,por montes
e Iiigares ascahrozos até a horda do mar jiinto aos navios
ali ancoratios, onde os marinheiros o recebem.
Digo propozitalmente,que os selvageus,depois que os
Frsncezes e Portiigiiezeu freqiientani o seo paiz, cor tam o
pho-brazil ; pois antes, coriforrue ouvi os vell~csdizerem,
não tinham indnstria algiirua para derriibai uma arvore,
sinão pbr-llic fogo ao pé.
Ca da Eiiropa pensam miiitas pessoas, que os toros
redondos, qiie rêuios nas cazils dos negociantes, saui da
grossura das arrores ; mas para mostrar, que taes pessoas
enganam-se, observarei já t.er dito axarem-se arvores
mui grossas, e acreceiitarei,qiie os selvagens tlesbastaiii os
tóros, e os ;irredondani, afim tle lhes ser mais facil o car-
reto e o marie,jo nos navios.
5 4. Como durante o tempo que estivemos ii'esse
paiz, fizemos boas fogueiras com o páo-brazil, observei,
que não era umitlo (como a inaior parte das outras ma-
deiras), antes era naturalmente sêco ; poi isso queimado
expede uiui pouca ou quazi nenhuma fiimaça.
Direi mais, qne, indo um dos nossos companlieiros
lavar nossas camizzs, deitou por ignorancia do efeito
cinzas de pio-brazil na lixivirr ; e em lugar de alve-
jal-as, tornou-as tam vermelhas, que, náo obstante lava-
rem-se e ensaboarem-se depois, nho axamos meio de
tirar-lhes a colorac;iio,de maneira que tivemos de as vestir
e iizar d'elas com essa tintura.
Si aqueles que mandam de propozito branquear suas
camizas ou outras roupas alcatroadas, diividrim d'isto,
façam a experiençia ; e par a mais brevemente consegiiil-o,
poderá0 mandar lustrar os seos coleirinhos, ou grandes
23G REVISTA T R l I I E X ~ \ I . 1,O ISqTlTCTO I1I~T<iRIcO
hahadns (ilr mxis (Ir: p t e meio 11eIni giira romri r~joiizam)
tingirirln-os ilc ~ e r d c si , a s ~ i mIliw :iprnarer.
-i. Os nossos Tiipiri:inil,;i.: ficain rt:rsmns rle vpr ns
Fr:incezes e oiitros estr:\nzeirn.; ter o ti.nltnllio (?e ir hns-
cnr o S P ~ Jnrrrl)iitrrn, ihto i., piio-hrnzil. t-i~iavFz rim rrlho
fraz-me esta yerfnntn : - 0 qnil rliier d i z ~ rvirticl~ vos
outros, ,l/ni~ue J'crn,~,isto 6, F r n i i c r z ~ \e Port tirriiezr~,
RP fam longe hiiscar I ~ n h apnrn vos aquecer :' S 3 n tonilrs
plio na x7os\aterra :'
I< r~*liontli,qiie tinli em grande tliinnt itlniir,
mas 1190 i1,i qunlidnde (107 .m tirilinnios [tio-1,ratil.
q i i ~nlis 1i3o qiiriniavan,,,.,, iv,,,n elr wpiinli;iiitr~.: ; n
qiierismos para fazer t.intn, e ernprppnr c,om« PIPS f:uinm,
iizando d'rla para t i n ~ i ros spcw c.ordii~.: de alco(l;io,
pliii~~fis e nutras ccinzas.
T:eylicciti o r ~ l l i o imerliotsinente : -E porrentnra
precixnri de milito ?
Sini (tlicr-llie eii nn i n t i i i t , ~ de intere~sal-o); pois no
nosso p i i z ~ x i s t e m nepiriantes, rliie tcrm mais frizas,
pnnns v ~ r m e l l ~ oe s ritk ( 1 (10 s ~ r n p r eflilnr-lhe de
roiizas siias conliecirlnsi f;i JUTRS, ~ s p e l l i n ie outras
niercndnri~s,d o qiit: niinr por cB ; r tal iiepocincte
por si síi rnmprnci todo o pio-i,rnzil, com (llltA rnnitiis
iinvios voltnu cnrre~ntlnsdo ~ P Opaiz.
E: o meo S P I V A ~ P (li~e:-~ill
~ ! ah! tn me contas
marnrilbn ! E tl~poi.;ttntln comrirrenditlo liem o qne ri
acabava de dizer, interrogou-me de novo e dice :-Mas
esse omem tam rico, de que me falas, não morre 3 Sim,
sim (dice-lhe eu); morre como os outros.
E como sam grandes discursadores os selvagens e
prosegam mni bem em qualquer assunto até o fim, de
novo perguntou-me:- E quando ele morre, para quem fica
o que ele deixa ? Respondi :-Para seos filhos, si os tem;
na falta d'estes para seosirmãos oumais proximos parentes.
K a vertl;ide (dice então o vellio. que, como julgareis
não era nenliiitn tolo) agora conlieço, que v8s outros Jíairs,
isto é, Fraiicezes, sois grandes loucos ; pois è precizo tra-
balliar tanto eni passar o mar, onde sofieis tantos inco-
modos, como nos dizeia, quando aqui xegaes, para amon-
toar riquezas para vossos fillios ou para aqueles que vos
HiSTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 237

sobrevivem ? A terra, que vos niitrio,não é tambem sufici-


ente para nutril-os ? Temos (acrecentoii ele) paes maes e
fillios, aos quaes, amamos e prezamos ; mas como estamos
certos de que, depois da nossa morte, a terra, que nos
nutrio, tambem os nutrir8, por isso descansamos sem o
minimo cuidado.
Eis aqui sumariamente o discurso, que ouvi da
boca de um pobre selvagem americano.
5 6. Açsiin esta nação, que reputamos barbara,zomba
desdenhozamente d'iiqueles que com perigo devida passam
os mares para ir buscar p&o-brazilafim de enriquecer-se ;
e por mais obtuza que seja, atribuindo maior importancia
á natiireza e á fertilidatle da terra do que n6s damos ao
poder e providencia de Deos,insiirge-se contra esses rapi-
nadores denominados cristítos, de que a terra cá pela En-
ropa estb tam repleta, quanto vazia esth 18 na região dos
selvicolas. ,
Os Tupinambás, como j&dice, odeiam mortalmente
os avarentos; e prouvera a Deos, que fossem todos os
avaros lançados entre os selvagens, que serviriam de de-
monios e furias para atormentar os nossos insaciaveis
abismos, que nunca temem bastante, e s6 cuidam de sugar
o sangue e a substancia alheia.
Precizo era, que eii fizesse esta digressáo para ver-
gonha nossa, e para justificaçiio dos selvagens pouco cui-
dadozos das couzas d'este muiido.
E bem a propozito poderia eu ainda acrecentar o
que o istoriador (ias Indias ocidentaes escreve0 acerca de
certa naçlo de selvagens abitadores do Perii. Diz ele, que
quando os Espanhoes começaram a iiavegar para esse paiz,
os selvagens, vendo-os barbados, delicados e niimozos, te-
miam, que os corroinpessem, e mudassem os seos antigos
costumes, por isso não os queriam receber, e os xamavam
escumrc do mar, gente sem paes, omens sem descanso,
que não psraui em parte algiima para cultivar a terra e
ter o que comer.
5 7. Continuando agora a falar das arvores d'esta
terra da America direi, que axam-se n'ela quatro ou
cinco especies de palmeiras, das quaes as mais comuns
sam as denominadas geraú e iri pelos selvagens ; e como
nnncn vi tltinaras r m nrnlnimn d'elns, crpin, ~ I I P
~rollllz.
R' que o iri prodiiz friitns rtdniiclo~ci,iiin
1thi.irii1in o.: e ieutiillo.;, l i ~ nsiriiillirrnt~s
i ;i iim Iiom
. rasn I ~ P11i;t3 ; r: mda PPIIPR tenl ~ I C Z Otal qiitLrim nrnt.~~i
pnilr 1~r:rrit:trP trazri nii. nt50, mais sn Ili'est I n rarn~'n,
qii~ 1150 P mainr do qiie n i1;i cerri I .
Eritro :IS follias siip~rinres(1 i;. pn1ineii.n- novs.: Iiimtn
iim rrnairo. qiie rio\ p:ir:i c,nrnri., e tlizin o
Diipont, (I111' P( cin~trrriirlns. q i i ~ P\SP 1
srrria i1e reniedi r s t e ponto reporto-iii~ a1
rlicns.
8 8. Oiitrn arvore existr xamntln nil-i prloq s ~ l v n -
~ P I I S ,a qnnl t4.m nq follins vcinio n palmeira, n c,iule 1.0-
il~nrlodr cspinlias finns r ~ieii~trnntrq ciitno n~iillixs,P (12
fruto de , g r a ~ l r i ~ znoa , qitnl SP coril rnroqo
lir:iiico i P , ~ I 111i;~s
I ~ nio 6 con~iv~l
Ko t~nqlei-rstn :\r!.or~ (i 111 c i ~rir
ehano ; ~II-IIStilrm (lc ser rir~tn P servir ,17p., -T ,r a p n ç
parti fazikr~rnespnd:is r CIXVRS e pontas de frex:is ( 1 1 1 ~
iir~rrerclrri,clii.?tid» f>ilni.(Ia\ siiri? qierr:iç). P miii poliilo
c Iiix~nte,quniitlii tralin1li:itltr eiti nlirn, sentln tnm pt3z:itln
q i i ~liosto n':ifiici T R ~:to f undn.
,$ 9. Antrs cfr psscrii. arli,ititt-, cnn~+ni dizei-, qiie
e'risttm niiiitfi~~ c p p e i ( (. l~p ninilcirnq (Ir r;tr t i ' r ~ ~ t tcla r%
d a America, ignorando eii o nome de todas essas arvores.
Entre elas vi algiimas tam amarelas como o buxo ;
oiitras naturalmente violetas, das quaes troxera eu para
a França algumas amostras ; outras brancas como o
papel ; outras tam vermelhas como o pho-brazil, das qnaes
os selvagens fazem bastóes e arcos.
Existe tambem tima arvore xamada copahiBa,* a
qual parece na forma com a nogueira, sem ali& dar nozes;
a talma, scii(1o einpregatln ein obi-as de niitrcenariii, apre-
zciita. o> uiesiiios veios tln iiogiieira, corno observei.
Igiialiiieiite esi*teiii algiiiiias. qiic tGeni as folhas
mais ebp(>ssasqi1e a illoeda ile tostgo ; oiitias as têeiii da
E ~ T O R I A DE U M A VIAGEM -4' TERRA DO BRAZIL 239
- largu~ade pé e meio ; e ainda existem muitas outras es-
pecies, que seria fastidiozo mencionar com iiiiudeza.
'. 5 10. Cumpre porbui dizer,. que n'esse paiz existe
uma arvore, que dá bonita madeira, a qual recende agra-
, davel xeiro, quando os marceneiros a lavravam ou cepi-
lhlykpm, e si tomavamos nas miios cavacos ou fitilhas,
sentiamos o verdadeiraiçqpùr da rozá. fresca.
Existe outra ao contrario, denomiiia<la aoic4r pelos
*selvagens, que fede e exliala xeiro de alho tam ativo,
que, quando a cortam e póem no fogo, ningiiem pode ficar
ao pé : esta arvore tem as folhas quazi como as das nossas
macieiras.
No d.emai porém o fruto (algum tanto parecido
.. com a castanha d'agua) e o caroço contido no fruto, é tam
venenozo, que quem o comesse sentiria o efeito imediato
de verdadeiro veneno.
Todavia como este fruto é aquele de que alhures
dice, que os nOssos Americanos fazem as cauipainhas,que
póem ao redor das pernas, por essa razáo o têsin em grau-
dissinla estimaçáo.
§ 11. E cumpre aqui notar, que embora esta terra
do Brazil produza miii bons e excelentes frutos, COLHO re-
remos u'este capitulo, todavia muitas arvores existem,
que dam frutos foruiozissinios, e entretanto inaceitaveis
ao paladar.
Especialmente nas praias do mar vivem muitos ar-
bustos, que dam frutos quazi similhantes ás nossas nes-
peras, porém mui perigozos de comer.
- Por isso os selvagens, vendo os Francezes e outros
estrangeiros aproximar-se d'essas arvores para colher o
fruto, dizem-lhes em sua liiiguagem :- Ipahi, isto A,
niio é bom, advertindo-os assim para acautelarem-se.
O iuarare * tem a casca de meio dedo de espessura,
é mui agradavel ao paladar, principalmente quando tirada
fresca da arvore, e é uma especie de guaiaco, conforme vi
afirmarem dois botanicos, que comnosco atravessaram o
mar. *1
Com efeito os selvagens a empregam contra uma

O autor escreve:- HiiboitarC.


iiifrrmií1:ide poi. e l ~ 'cnmndrt s p i n n , 8 qiial, ctiiv
ilii ~ i i,, tiltti ri~rignzaentre eles conio cnti'p n k i, :I
xiq.
1 9 . A nrrore xamndn .rnnnr * pelos sclrnne
d~ pi-nn(iczn tiiedin, t ~ n iR Q f~illin~ V P ~ I ~~ iP n~l i l l ~ a t :I'*'
~te~
i10 Ioiirtsir n ; d:'t iirn frritc, (10 tnmnnliri i1:i cnl)r(;;i ile iiiii
nir*ninn. c itprezrntn n fiirmn ilc iim o r o cle :ire*triiz ;
tcir1xri:t nfio st.rvtl psrn s~ conler.
i rcfe fliitci t ~ n n i crrscn rliirn, os
vniii intcirn, o prrfi,r:ini no ctlni
íl'{nlp o i i i u t , r r inrntri nnmar11, I r r a ) /
4111:ti ,J:L IIL, t u ii1111l:~f'arei n~t.~~(:~to).
!'ara faxrreni as tayis, cni qiie 11eI)~in
qiierias va~illinq.d~ q111~ S P PCI.I~CTIIpnrn o i
riirnni esqe 1'1.nt0,P n(livi11enipelo inpio.
3 1 iniianilri n t'lilar*(Ir19 nrvore s (Ia terra ~ l o
Rrnzi!, i r e i iirna xnm:ida . ~ f l l U t P Rin 4 pelos W ~ T R -
P n C , fll f r u t n innior tlo q11 P OS tlriis ~iiiiiliosjnntns ;
i. fiii.in;icio ;i ti.ii:lo d~ lima tni-n, na qiinl P I I C ? ~ I . RI ~~P I. - ~ ~
qilpnrw i'iil'oqiis corno nmpiri<loiisP qiix~iilo I tipsrno f r I ~ ~ I I .
0 r hPí'O ~ ' P tefixto
S 6 niiii apni~iriadopiira St\zer v:>Z ~ I S ;
e jiilon *5t.r o qiie! xarnainina COCO (1% Iiiilin : estes va70<,
qit:inilo tni.n~:irlnse a~eitxdogao feitio cnnrenicnte. eri-
v:~storirn-.;(~ii~iinlm~ntt. erii prnta 1;~na 1S11rnpa.
(Jiiaiitlri Pst:ir,znios n o iilti'nmar, iim certo Peilro
B r i ~ ~ r d r c~irrt*lonte
)~~, toineiro, f'ez iiiiii linnitoq vazct.; e
oiitros iitensilios d'esses frutos da sapucaia, e de varfse
madeiras de cCr,e prezenteou com alguns d'eles a NicoMo
de Villegagnon, que muito os apreciava; todavia o pobre
ornem foi tam mal recompensado, que foi um dos que o
verdugo mandou submergir e afogar no mar por cana do
Evangellio, como em lugar competente direi.
5 14. N'esse paiz existe tambem uma nrvore, que
crece ta111alta conio 1B na Europa a sorveira, e dB nm
friito xariindo cnjti J, gelos selvagens, o qual 6 do ta.
manho e figura de um o ~ de o galinha.
. L .

''O ' -RIA DE UMA VIAQEM A' TERRA DO BRAZIL 241

C: 'L< a n d o esta fruta amadurece, fica mais amarela do


:?&e ulo,
o marmelo, e não s6 tem bom sabor, como dB um caldo
alihs agradavel ao paladar. Aquecido este licor
> ganstitue refresco tam excelente que niio 6 possivel axar
*b -'
9,hlhor ;todavia 6 asstis dificil tirar as frutas das grandes

roV&;p
s ue as produzem, e quazi niio tinhamos outro meio
as, s i n b qnandb os macacos subiam para comel-as,
as derribavam em grande quantidade.
td 9 16. A pacoveira * é um arbusto, que geralmente
s - h de dez a doze pés de altura ; mas quanto ao tronco,
C

, rinbora alguns sejam tam grossos como a coxa de um omem,


é t o d ~ v i atam mole que com uma espada bem afiada der-
) , ribarei~ e poreis por terra uma d'essas plantas com um sb
golpe.
Quanto ao fruto, que os selvagens xamampacova, tem
mais de meio pé de comprimento, e é de f6rma miii simi-
lhante ao p e p w , sendo amarelo como este, quaiido ma-
-'. duro. Crecem os frutos sempre 20 ou 25 unidos e jiintos
em um s6 caxo, e os nossos Americauos os colhem em
grandes pencas, que possam sustentar nas miios, e assim
as trazem para suas cazas .
E' boa essa fruta ; e quando xega B madureza, ti-
ra-se-lhe a casca como a do figo fresco, e sendo gomoza
como este, direis, ao comel-a, que saboreaes iim figo.
Por esta razão n69 os Francezes davamos a essas
pscovas o nome de figos. E' verdade, que tinham gosto
mais doce e mais saborozo do que os melhores figos de Mar-
s e l h ~; portanto deve a pacova contar-se como um dos
bonitos e excelentes frutos d'essa terra do Brazil.
Contam as istorias, que CtitBo, voltando de Cartago
para Roma, trouxera figos de espantoza grandeza ; como
por6m os antigos n&omencionam figos iguaes aos de que
agora trato, é verosimil, que os figos africanos niio seriam
da qualidade dos figos americanos.
As folhas da pacovez'ra sam na forma mni similhantes
ás do lapathiun nqtlatieum ; sam porém tam excessiva-
mente grandes, que cada uma tem ordinariamente seis

* O autor escreve:- Pmairr.


31 TOYO LII. P. 11.
242 REVISTA TRIMRXSAL DO IN5TITtiTO RISTnRICO

pEs de comprimento e mais de dois de larmira; c crpin,


qrie lia Eiiro pn, iia Azia Afi ica se a1;1r:i0
tzrnmh!RS .
i+, IJ I ivi um bcbticario a ter risto um8 f?
P-

@.
.. .
tnssilnqem, que tiniia uma nnnn e iim qiinrto ( 1 lnrnnrg.
~
L

isto 6 , trez snnas P frez rlnnrtns de ci.rtinfrr~ncia.gnr rpr


a foIlia redonda ; mas ainda assiin nKo ~prnrirnn-PPri:?
nossnpnríir~irn.
E' certo, q IRS da p~coveirnn5n qnm rqpwcas
k propory;io do t e antes sam miii clela;itln~,c-om-
tutlo est:tiii S P . ~ ] a s ; e quando n rentci t. iim p01i1-o
irnpetnnxo (cornci iiaqiirrit~mentrsiicedc n'wsrt, terra d , ~
Amrricn), somente c) talo central da fnllia nfprece r&.-
teiir.ia ; por iuso todas as mnis pnrtrs ailerentcs c1esp~cl:i-
çsm-se por tJalforma cliie,si a vit'des de Innge, jri1rnrc.i~30
primeiro lance de ~ i s t i:a irirles penas de nvcstniz,
tle qiie estlcni revestidoa ;tos.
$ Ir;. Qennto ít ar5 rilcodiio, rliie C ~ P C P ~ r n
mediana altiira, ~ s i s t r mmiiitnw na terra cln Rrn7il ; n.
flor xyiaaece em peqtipnaq c8n1pantilils rimareln~i,comn as
diis itl ilioras rln T;:iiro[)~
I ; ]na< qnandn o friito e;t;í fnr-
mado, 1t,pm ri c01nticriiraq5o riproxiiiinrln d~ fr'tt?fc ( J t c cnc-
f r n iix ilnq nossas fioreqtnq, P qirantln estA matliiro, fi~rid~-sc?
em qiintro partrs, e o nlgotllln (rliin os Am~ric,anosxxmam
rraaeizi:jt!) sne t.m frncris nti cnpnlhos, grn4sos conin x
piilt~. no nirio dos qiises estaai rarios G R T O ~ O S prrtos
mui unidos em forma de rin, d a grossura e compri-
mento de uma fava. As mulheres indigenas preparam
mni bem e fiam o algodão para fazer camas do feitio j&em
outra parte descrito.
tj 1 7 . Embora antigamente niio existissem laran-
geiras nem linioeiros n'essa terra d'America, como ouvi
dizer, todavia apenas os Portuguezes plantaram e edifi-
caram nas praias e afljacencias do mar, que frequentavam,
essas plantas multiplicarain admiravelmente e produzem
laranjas (que os selvagens xamam morgonia) doces do ta-
manho de dois punlios, e limóes ainda maiores e ein maior
abundancia.
3 18. Acerca da cana de assucar, crece mni bem e
em grande quantidade n'esse paiz ; todavia n4s outros os
HI8iWRIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 243

Francezes,qiiando eu 18estava, ainda u b tinhamos gente


e ss couzas necessarias para extrair o assucar (como
têem os Portuguezes nos sitios por eles posseados), con-
@ m e acima dice no capitulo nono, a propozito das be-
bidas dos selvagens ; por isso somente faziamos infuzão
n'agna para a fazer asspcarada, ou e n t h quem queria
xupava e bebia o suco.
r Sobre este assunto observarei uma conza, de que
muitas pessoas talvez se admirem. E A, que não
obstante ser o assucar, como todos sabem, de natureza
extremamente doce, algumas vezes cortavamos as canas,
as deixavamos abolorecer, e depois de assim detiorrr-
das, as punhamos de molho u'agua por algum tempo ;
e o caldo azedava por tal modo que servia-nos de
vinagre.
9 19. Em certos lugares dos bosques crecem muitw
canaranas e taquaras, tam grossas como a perna de um
" omem, mas, A similhança dapacoveirrt, têem o tronco tam
mole que de um s6 golpe de espada podemos facilmente der-
ribar um p6 ; e quando secam sam tam duras, que os se]-
vagens as lascam em pedaços, e as afeiçoam eiii fbrma de
lancetas, ou lingua de serpentes, com que armam e guar-
necem as pontas das suas frexas, qiie,desparadas com vio-
lencia, matam qualquer animal silvestre.
E a propozito de canas e canaranas, Calcondilo na
sua istoria da guerra dos Turcos refere, que na India
oriental existem plantas d'esta especie de tam excessiva
grandeza e grossurrt,que d'elas fazem-se barcas para pas-
sagem dos rios, e st6 diz ele, que carregam bem quarenta
moios de trigo, contendo cada moio seis alqueires,
aepndo a medida dos Gregos.
tJ 2 0 . A almecega procede de pequenos arbustos in-
digerias da terra da America, os quaes com uma infini-
dade de ervas e flores odoriferas espalham na terra bom e
m v e aroma.
No lugar, onde estavamos, a wber, debaixo do Ca-
pricornio, aparecem grandes trovóes, que os selvagens
xamam ttipan, xuvas torrenciaes, e fortes ventanias, to-
davia não gela, nem neva, nem jamais graniza ; por
244 REVISTA TRIMEPJSAL DO INSTITC'TO IItSTORICO

C ~ ~ ~ P ~ I InsParrores ~ C ~ Rnno snm ncoinrtidss nrm detario-


~ R ~ T R - ; pelo frin e por tempest;~(l~s sam aq 111ant:iq
na f*;~iropa; por isso ri nrroreito r? ue coberto (Ie
v~rclefollixgrin, e tnmhern diirant inteiro RS fl11-
r ~ s t a qpwnianecem v~nlejantt.~, como ilni Frnnqa se cnn-
aervn n Iniirriro.
a 21. 1: ,i:\q u e tnco n'estc nljjPto, convem (1ixc.r.
qne qiiando no mrz de Dezembro t,eilios a q u i IJ.; i l i 8 i~n ~ ; *
I* cle frio sopramoi os (1~11 !os e t,e
te rlo nariz, i; entiio qiic 11 s nossos
eos dias rn~tislnrigos, P solt.r r.~ un ni
csInr nci se0 PIIIZ,como eu r rnPT)s ronlpGnliel1'0S (te v1.1-
grrn e~pei'iin~iii amos ; por iss~,110s l i a n l i ; ~ ~ , natal
liara ~ ' e f r ~ ~ c ~ r - n o q .
Tirtlavin ns tiias r150sam t:im loncnu, neni tam ciirtnq
íiehaixo clns tropicns, como os teinoq rio nosso clitiia, cnn-
fornir! n porlem compreeiicier 04 entcntlidm nn ~sfrrn,; o
assim nno si) os al)itnntrs 110s trnpico.; ti.cn1 (1i;i- mais
ipii:tes, coirio tnmhiani RS estaqí,es a l ~ istlm i~1~c~rn~i:~mvcl-
nirnte milito mnis t~rn(icrnr1:ts.emliora o c i ~ i irx! t io tl'isso
j iilgasciem as aiiticns.
Eiu o q i i ~cnl)i;i-med i z ~ ra rpspeitn ~ R Sarvores (1s
t e n n r10 nrneil.
8 22. qnanto Aa plnnt,as e ervas, rlnp agora qnc-ro
mencionzr, ccini~qar~i por qiielas, ciijns fi.iito~ c efthiins
me parecem mais excelentes.
Primeiramente a planta, que produz o fruto xamado
anaaús pelos selvagens, 6 de figura similliante á espadana,
tendo as folhas um pouco concavas, estriadas nas bordas,
assimilhando-se muito com as do aloes.
Crece em touceira como grande cardo, e o frnto,
que 6 do tamanho de um melão mediano e do feitio da
pinha, sae da planta coino as nossas alcnxofras, sem
pender iieiii inclinar-se para um o11 outro lado.
Qiii~iilloesses itiianazes aiiiadiirecein, ficam de cor
amarelo-i~zulailae teeiii xeiro da frsmbroeza tam ativo,
que ao loiige o ssntiiiios, quantlo percorremos os bosques,
onde eles creçeui; si os levamos h boca,oferecem sabor tam
doce, que não vemos n'este pai2 confeitas que os excedam
em doçura: reputo este fruto como o mais primorozo da
America.
Com efeito, quando Ia estive, expremi um ananAs,
que deo perto de um copo de siico ; e este licor n8o me
preceo insalubre.
Entretanto asmulheres selvagens nos traziam grandes
dcofas, que xamam panacús,* xeias de anttnazes, de
pacovas, de que jA falei, e de outras frutas, que aviamos
d'elas por um alfinete ou por um espelho.
23. A respeito de plantas oficinaes, que a terra
do Brazil produz, uma existe entre outras, que os nossoa
Tnpinambtis xamam petun. Esta planta aprezeiita a fbrma
da azedeira, pouco mais alta do que esta, e tem folhas
mui similhantes e parecidas com as da consolida maior.
Esta erva, por cauza da singular virtude a ela atri-
bnida, goza de grande estimaçáo entre os selvagens, e
eis aqui como uzam d'ela.
Depois de a colherem, a penduram em pequenas por-
@es, e secam em suas cazas . Feito isto, tomam quatro ou
cinco folhas,qiie envolvem em uma grande folha de palma,
dando-lhe o feitio de cartuxo de especiaria ; entao
xegani fogo A ponta mais tina, a acendem e póem a outra
ponta na boca para tirar a fumaça, que, não obstante lhes
sair pelas ventas e pelos operculos dos labios, todavia os
snstenta de tal forma, que passam trez ou quatro dias
sem alimentar-se com outra qualquer conza, principal-
mente si vam A guerra, e si a necessidade obriga-os a essa
abstinencia.
Verdade é, que os selvagens tambem uzam do petnn
por ontro motivo, qual 15 o de fazer distilnr os umores
snperfluos do cerebro ; por isso não vereis os nossos Bra-
zilienses sem terem o c0mpetent.e cartiixo de erva pen-
dente ao pescoço. Quando conversam têem por garbo sorver
a fumaça; a qual, fexada a boca repentinamente, lhes sae
pelas ventas e pelos operculos Iabiaes, como de um turi-
bulo, conforme j&fica dito. O xeiro não I5 dezagradavel.
Entretanto não vi as mulheres uz;rrem d ' e ~ t a erva,

O autor escreve:- Panacouc. Sain cabazes de pnlhr trancada.


nPm & razfto d'isso; direi porbin,qu~~ x p e r i m ~ n t e i
spi (111~1
n fiiuinya tlo J I P I ~ OeZ ,cnnIirci, qiit1 PI;L sacix P initifn s
foiiie .
8 24. Atiialmente ck na Eiiropn rl~nnniinnm pffft??
h ?tko!m?~a o11 ;i erra (1% rainha; est:] 6 lirui
divrrsn d'nqiiel n de qii'e falo ; piis v t n. 71nntas
nada tdrm de c omnni iin forma, nern 1111 L, com
0 p f r u t . Aifirn,di,. ri
,,tnr (I:%L l f u i w t R1/.~t1q1r17Q i v . 2
.r..l

Cal!. :'i), qiie n nicnlia~ia,crijn ncinitl diz clr pi.nc3pd~r


do scniicir Sicnt,, qiic prirtieirii a iiianfloii d c I'ortiirzi
para F'i.:inrn, f(~rn trnziiln clrr Floritl:~, ilistant~ ninis 4 1 ~
1 .nii{i I P ~ ~ I R ?(i:% terra d o nraxil, pnis tndn a znna t0rrirt:i
fica IIP p~irnciiicntrr o!: iloia pnizrs. Acnntrcr t a i i ~ h ~ m ,
qtie Iu)r maiq intl;igaqCe<, qiitb t ~ n l i n fpito clni varioq
jiil-diiis, onrlr gnha~niu-.P de ~iissiiir O i i c t t r n , o i150 vi
atC: iiZi>r.Z p n l no<<;\li'ranq
S;ln p n s e quem rle pi-excnt~nri com o SPO
anqoii i ~ i n i x t ~ilizen{lo
, ser irn 1 1 ~ t t r ~ , iqnrri o
qlle PIP escrev~n; O si o nrrqtnni tfn pl;intn pcirelcincncin-
nwlz :i<'tiniilli.z-se no dez~iiIio: ~ i i c ~:i osur? f h . ~ ~ l n r r i - t ~ t i n ,
í l i r fR~C P I ' C : ~II'PSSPprlttoi o iuestlio i 1 i 1 a(-errR
~ da t ) 7roiw ,117;
e ii'eqte cnzo n i h IIIP CO~CC(II) O , 1 1 1 ~elt* príbtrnile. n. ~ n l i ~ r ,
qiic? foi P I P 11 primi~ii*~ ~~ort:~tloi*i1,i 'iriii~iitpIIII 1 ) r ' t l o l .
i
14'iq:inq:i,rrntle jiilgc,, qire r1itii:iliiiente pnr11.i'ia ewci vryt,ll
vingar pl'r ca11z:t (10 frio.
Tambem vi alem-mar uma especie de couve a
que os selvagens xamam caju&,* e da qual algumas
vezes fazem sopa. Esta planta tem folhas largas e simi-
lhantes As do uenufar, que vegeta nas lagoas do nosso
paiz.
$ 25. Alem da mandioca e do aipim, de que as ma-
llieres dos selvagens fabricam farinha, como dice no ca-
pitiilo iiono, existem outras raizes bulbozas xamadas
elir f , ns cliiiIes crecein eni tanianha abuiidanciit na terra
do 131uzil, coilio iio Liniosiii e na Saboia crecein os raba-
iietcs : 6 freciiieiite axureni-se t a u grossas como os dois
punhos da m&ojnntow, tendo o comprimento de pb e meio,
pouco mais ou menos.
Vendo-as arrancadas fóra da terra, e considerando a
similhança d'elas,julgamos ao primeiro lance de vista, ?ue
sam todas da mesma especie ; existe porem grande dife-
rença ; pois cozinhadas umas tornam-se roxas como certas
partinacas do nosso paiz, outras ficam amarelas, como
marmelos ,e outras esbranquiçadas ;portanto julgo aver
trez especies.
Como quer que seja porbm, posso assegurar, que,
sendo assadas no borralho, principalmente as qne amare-
lecem, não sam menos saborozas do que as nossas me-
lhores peras .
As folhas alastram pelo x&ocomo a hedera terresttia,e
sam mui similhantes As do pepino ou As dos maiores espi-
nafres, que se encontram por c&, embora não sejam trrm
verdes ; pois emquanto b côr puxa maispara a vitis alba.
Como estas plantas niio dam semente, as mulheres
eelvagens,empenhadasem pi-opagal-as,apenas (obra mara-
vilhoza, na agricultura) as cortam em pequenos pedaços.
como aqui praticamos com a cenoura para fazer salada,
e os semeam pelos campos ; e d'este modo no fim de algum
tempo obtêem (obra espantoza d'agricultura) tantas raizes
de etic quantos pedacinhos semearam.
Todavia 6 G melhor manb d'esta terra do Brazil, e
quando percorremos o paiz, qurrzi não vemos outra couza;
creio por isso, que na maior parte rebenta sem trabalho
algum do omem.
Os selvagens tambem possuem uma especie de fruta
xamacla manohi. As plantas crecem na terra, como
trufas, ligam-se entre si por meio de delgados filamentos ;
a fruta tem caroço do tamadio da avelan, cujo sabor
imita.
E' de côr parda, e a casca n8o 6 iiiais dura do que a
vagem da ervilha ; dizer agora porem, si tem folhas e pe-
vides, confesso não o ter bem observado, nem me re-
cordo, embora por muitas vezes tivesse comido tal fruta.
tj 26. Existe tambem abundancia de pimentao, de
que os nossos comerciantes somente servem-se para a
tinturaria ; mas os selvagens o pilam e maxncam com sal,
que sabem optimnmente frihricrtr, retendo xgrin do mar em
. essa ni is tura xan~nmio?iQ ~ I P . ! e (1'ela iimm como
~ ~ I S S O SJ4
nils iiziii 1103 tln S Pi1 em nnss:is meza s ; sem t,c~ílavinprnt icar
comn niis cpom H cízrne, peixe oui oiiti-as ~ianíl:is, s:~l-
gmninrto os peri;iços antes de meter na bom, pai. eles to-
mam primeiru o hocxtln em sepnrndo, tl~poist irnm com
dois (lctlos de cndn vez nma porq;io d'esse to7igicr*t, r? en-
golem pnrn dar sabor 5 cnmitla.
Firialin~ntecrece ntes.;e paiz lima especie rle favns
grossa3 rnmo um dedo poleznr, as qiiaes os s c l r n r ~ n ~
XRinarn cnt)tn?~(ln-ttn.c~N, * e vegetnm pcquenss ei.villia~
hrnnr,ts e pardas X R I I I R ~ ~ ~~ oR i ~ i / ~ n / l n - ~ t ~ ) ~ - i w .
Crec~nitnm minados ,no~~c-
p ? i a -f-,miii clnci
27. Eis a porleria d i z e r
das arvores, erras, e li-uros ri PS.;;C ~ r $ r r(10 a R r ~ z i l ,ninq
tndn qnanto observei ciuritn te qiiazi iim ano de i~iinlin e.-
tadia ali.
Direi em conclnzáo, qiie, li50 existem n'Am~rica
edes, aves, peise S, iiem niiit,roli aiiiiruaes cin tiido
do simiIliantes :Lns aniirines (18. Eiirnpa, ci3nio
~ c l a r e i; que tainbiem n5o 7iri arvor es, crrnr, ncrn
lriit.:is, r11.i~n5o rli~ergissenitlas nossxs, cxci;to trez ervzs,
a s a l i p r , :I l!elrlro~gn,o iiinnrei-iciio, e o fi:to, qnc ~ i v e m
em diversos liigiirns, conio tiiclo c~iidadoznnientt~ obsprwi
nnii (iigressGps,q~irfiz PPIOS bosqiies e canipns (I'Pss~ pniz.
Por isso quando a imagem d'esse novo mundo, que
Deos me permiti0 vêr, aprezenta-se ante meos olhos, e
contemplo a serenidade do ar, a densidade dos animaes, a
variedade das aves, a formozura das arvores e das ervas,
a excelencia das frutas, e em geral a s riquezas, com que
decora-se essa terra do Brazil, imediatamente acode-me
h 1embranc;a esta exclamaçã.~do profeta contida no salmo
104 :
0' s ~ ~ i g i l t 1)it>11.
~ ~ i r (1111~tes ubiivrc~s
~lirers
Soiit iiic'r\c3illi:ii\: II;W 11' n i ~ i i t iiiiivers:
l
0'qiic Iii :is toiit Liit par pr:iiitl s:igc's~~!!
Iirel. ia lerrc cst pleiiic? de ta largcsse.

O a ~ i l o rescreve:- Cotriitiand~~-ounssou.
i-O autor escreve:- Bluuroicgans.
Felizes pois seriam os povos de tal terra, si conhe-
cessem o autor creador de todas essas couzas ; como
porem assim não sucede, vou tratar das materias,que nos
devem mostrar quam longe d'isso estam.

CAPITULO XIV
Gttowa, combates e brancra dos selvagmts

5 1. Os nossos TupinninbAs segueni o costume de


todos os outros selvagens, que i-ibitam esta quarta parte
do mundo, a qual estende-se por mais de 2.000 legoas em
latitude, desde o estreito de Magalliães, que fica cios 50
grAos, na direcção do polo antartico, ate as terras novas,
que jazem quazi 60 grhos aquem do nosso polo artico ;
por isso sustentam guerra mortal com varias naçóes
d'esse paiz ; todavia os seos mais proximos e mais eiicar-
niçados inimigos sam os indigenas xamados lfaracaj&s, e
osPortuguezes,aos quaes xamam Peros, e dam o titulo de
aliados dos seos adversarios. 0s MaracajAs, retr ibiiindo
este sentimento, não odeiam somente aos Tiipinambás,
mas tambem aos Francezes, confederados d'estes ultimos.
Estes barbaros não fazem guerra entre si para con-
quistar paizes e terras uns dos outros, pois cada um
d'eles tem mais terreno do qne preciza; ainda inenos
pretendem os vencedores enriquecer com despojos, res-
gates e armas dos vencidos ; n8o 4 nada d'isso, digo eu,
que os move.
Eles mesmos confessam não serem impelidos por
outro incentivo sinão o de vingar paes e amigos, que no
tempo preterito foram prezos e comidos do modo porque
diremos no seguinte capitulo ; e sam tam encarniçados nns
contra os oiitros, que quem cae em poder do inimigo deve
esperar sem remissão alguma ser tratado da mesma
fbrma, isto 6 , morto e comido.
5 k. Declarada a guerra entre quaesyiier cl'essas
nações, alegam todos,qiie,visto dever o iiiimigo, paciente
da injuria, sentil-a para sempre, A covardia deixar o
prezo esrapar, qnando estk a mercê do r ~ n c ~ i l osens r;
odios saai piir ta1 sorte inveterstlc -se p r -
petiinnientr, irreconciliaveis.
Po?errios por isso dizer, que : o3 dici-
pnlos (dos qiiaei :L por inft)liciilarl~siia ngora pstk
r ~ p l p t : ~snin) vt 1s imitailoics de hnibnrw c r u ~ l -
dadrs. Eqter nt rs rt doutrina cr istnn, ~nuin,irne
prriticam, qiie os ninas servi~cisjbniais i l ~ ~ r pi n etrrir
i as
iyjiirias, isto 6, IIIPIIS, d(it:ido.; ti^ indole
:R, n;in derriu 1111saos r)iitros ; P aq~irn
)stram, qiie SPOS snm mai .s tre11os e mali-
gnos r10 q i i ~tis ilo? proprios tigre.;.
5 a . Orii, cnnfornia o b s ~ r r e i ,6 esta n modo, pnrqup
os Tiipinan~bAsprocrd~mpara serinireiii-se afim de irem ii
g u ~ r r a .Enibnra n8o rrconlieqnm rei7 nrru priricipes rlitre
SI, por c u n \ ~ q i i ~ n csejnni ia ~ I I R Ztnm
~ n ~ a p i ~ t i iir iq
on troq, t011;rlia en~inriii-llier a nat iirez,t ,iiiitlsm:
prnticniln eiiti.~OS L n ~ ~ i l ~ r n o l l iro s6,, ~ I I C0 5 \-e11
qunes xariinm liro~ertipix4:,* por cauzn. 11% cspei.icllt,,.
pn s q ~ r l r i~ICI'CIU
, S P recpeit:tilos
~ e obed~.ci~lo< rni c~i1.i nlclein.
i~ri:rnclnPO oft'rr~coç:izi;io. 0.; urlli~is~iri.airihiilnn~ll-i, nii
S C H ,i~lo.;
~ rin suas caiii:ls rle nlgndíici sl~spen\as n n ar.
I ~ I Scon ipanlieiros 11'cstn h : i ~ i IIiir~
issos pse(1r.c~-snrrs(tlizciti ~l:iniloiir
oul.ro; .unm -,, ,i ,,t ,.~rroitipi*r'-se)
~ t ~ i tiTm i t e r ; i n i i'
nientc, inas tnnilieiii \iil,jiigar;~m, mnr.i !.i..n .i r1 rn~ r ~ i t > r ~ n l
miiitos inimigos, deixando-nos assim onrozos exemplos ; e
como nOs, fracos e cobtlrdes, permanecemos sempre em
caza ? Ser&precizo, para vergonha e confuzão nossa, que
agora os nossos inimigos tenham o rigorozo dever de vir
procurar-nos no nosso lar, quando outr'ora a nossa nação
era por tal modo temida e respeitada de todas as outrasna-
ç6es, T e de nenharna sofria sezistencia ? Nossa cobardia
permitir:^ aos JIarac3j;is1 e aos Poros-c?~,qnipn,isto 6 ,
qiie esta.; diia\ iiaçóes diatlac, qiie liada valem, invistam
contra i l O \ ? ,b

Depois o ornclor, que assim f d a , bate com a s mãos


nos uiiil)i.os e nas nullegiis, e exclauia, :- Eriina, eriina,
- -

* O aiitor rscrre :-Pcorereni~l~iclieh.

L
mcpinambá, curumim um&, tan, tan, etc.* Isto 6 :-NBo,
n h , gentes da minha naçtio, poderozos e fortissimos man-
cebos, ntio 6 assim, que devemos proceder ;antes dispon-
do-nos para buscar o inimigo, cumpre, que todos n6s mor-
ps. .
ramos e sejamos devorados, ou que vinguemos nossos
Acabada assim aarengados velhos (que ás vezes dura
mais de seis oras) os ouvintes, que tudo escutam aten-
tos e n8o perdem uma palavra,sentem-se animados,fazem,
como diz o rifilo, das tripas coraçilo, e depois de percor-
rerem pressurozos as aldeias, congregam-se em grande
numero em lugar dezignado. Antes poém de marxarem
os nossos Tupinambás para a batalha,ciinipre saber quaes
mm as suas armas.
5 4. Mencionaremos primeiramente os seos tacapes,
isto 6, espadas ou clavas feitas umas de madeira vermelha,
outras de madeira preta, ordinariamente do comprimento
de cinco a seis pés; e quanto a sua fbrma,sam redondas ou
ovaes na extremidade com largura de quazi dois palmos.
Estes tacapes têem a espessura de mais de uma polegada
nomeio, e sam traballiados nas bordas com tanta perfei-
@o, que, por serem de madeira dura e pezada como biixo,
cortam quazi como maxado ; e opino, que dois dos nossos
mais destros espadaxins de cá teriam bem dificuldade de
aver-se com um dos nossos Tupinambhs, si enraivecido
empunhasse o tacape.
Em segundo logar indicaremos seos arcos, qne xamam
orapás,t feitos das ditas madeiras pretas,e sam muito mais
compridos e mitis fortes do que os que cá temos, de tal
sorte qiie um omem dos nossos não os p6de brandear,
e menos atirar com eles ; o qiie alias pode fazer um dos
rapazes indigenas de nove ou dez annos de idade.
As cordas dos arcos sam feitas de uma planta xamada
tuctrrn pelos selvagens, as quaes, embora sejam assas del-
gadas, sam todavia tam fortes que um cavalo com elas
poderia puxar qualqner vehiculo .

* O autor escreve :- Eritna, erittta, Toitoupinambaoulls, conomi


masson, lan, ktn.
t O autor escreve :-Orap&b.
Qiianto hs sitas f r ~ x n s ,tFem estas (lilnzi lima hmq8
de coriir~rimento,
, e compdem-SP de trez ~ i c y a s ,R s a h ~ i:.
R pnrlt? media de ranicn e as niltras diiw d~ m a d ~ i r ~
preta, ju n t a s F! 1igadas com t i h 9 de rnqcn.; rltl nrrorc 1:im
3 ~ e r t ~,.,--i1i l ~ ~ i i i corno
.
i
~ i i ~ n;ío
i ; , i; poasivel nr1npt:il-ns mellilgr.
Cada lima t ~ i ntltias pena< rnm iim rifi de rompriniento,
nq q1iat.s siim perfei tanieiite licadss a xn~itarlnscom fio dp
nI~otl5onafi~Ita ilo iizo da cola.
Sir ponta de umas f r ~ x n qpiiei ion t.enri1dos, na
de onti.~qiini p~tlnqori^ c a n i ~ osc?c R acerntlt 1 rom a
forma drl:incitta, e; nlpiitni~~ vez s:im n f61r i o cla
caiiilii. da arraia, qiip, cnlno :tlhnresj:t iiir,p, r. miii. vciifino7n.
Do pois qiic os Frnnrezrs e J'ortii~iic~z~s fr~rlii~ntam
esse pai z <,c; se1vaeens, :i iinit~yindlr.stes estransr~iros,
p6em nrts frexas iirnx ponta dc prcyo por nt1o t e r ~ marpi:n
proprio.
8 5 . Jil dice como os indiqen~smniiejamdbstr:ini~nt*
as siins espadas ; mas qiinnto no arco. aqiiele~qne OS
virani em cx~rcirinri'esua arma (lira0 cnniicn, qnc. sem
hrnqary, e antes com ns l~racnsniis, o enrrrr.iinP ~ t i r n m
L~rn clezembnraqado~,tnm rapidnnientr, q i i ~n:in dp~nri.n~fn,
RGS Inglrzrs (considerailn(i ali;i.; nptimn.i frexeiro~)I rrtm
estes helvicol~s.telido nioll~c$c l I~~ P xr13 : ~n150,
. ; cnm qri?
spKaraiii o arco, despetlireni rnnis r l ~ pei c ~ ?riiiix cli17irt cle
setas do qiie ris mesnios Inrrlrzes clispiiravam spiq tiro;.
Finnliii~iitetGciii rnilela~ftlitns i10 cnlirri srrn r (12 Iini tn
mais espca3sa rln dnt-so ile i i i nni ~ riiril, qiirAxani? rii fn11i1-11
.cic
(do qual acima falei1, e sam largas, xatas e redondas, como
o fundo de um tamboril d'Aleman11a.
E' verdade, qiiv, quando brigam, n8o cobrem-se com
elas, como cA os nossos soldados prat.icam com as suas ;
mas servem-lhes apenas para no combate amparar os
golpes das frexas inimigas.
Em suma sam estasas aruias,que os nossos Americanos
possiieiii ; niio cobreu o corpo com coiiza aIg11ma. e ao con-
trario (itf6i.a bnrretes, braceletes, e ciirtos vestuarios de
penas, coiii qiie eii tlice, que ornani o corpo) si tivessem
vestitla uuia simples caiiiizit, quando entra111 em combate,
julgariam, que isso os embaraçaria de agir, e se despoja-
riam d'ela.
Para completar o que devo dizer sobre este objeto,
acrescentarei, que, si damoa aos indigenas espadas afia-
das (como dei de mimo uma das niinhas a um bom velho),
apenas as empolgam, tiram as bainhas, como praticam
eom os estojos das facas, que lhes dam, tendo mais prazer
em vel-as logo reluzir, oii em cortar os ramos das arvores,
do que em conserval-as para combater.
Na verdade essas espadas em suas milos seriam mais
perigozas, si eles as manejassem, como eu dice saberem
manejar os seos tacapes.
5 6. Além d'isso temos levado para la porçso de arca-
bnzes de pouco preço para negociar com os selvagans; e vi,
que eles sabem servir-se de taes armas tam conveniente-
mente que, estando trez a atirar com uma escopeta, um
segurava, outro apontam, e outro punha fogo ; e como
carregassem e enxessem o cano até B boca, si tivesse
avido a explozlo, e Ihes ntlo tivessemos dado a polvora
com metade de carvão moido, é certo, que com perigo de
vida tudo teria arrebentado em suas mãos.
Devo acrecentar. que em principio admiravam-se os
selvagens, quando ouviam o son da nossa artilharia e os
tiros de arcabiia, que dispars\lanios ; e quando nos viam
derribar uma ave de cima de qualquer arvore, ou algum
animal silvestre nos campos, não vendo a bala sair, nem
aparecer no trajecto, isto ainda mais os esbabacava ; mas
depois que conheceram o artificio, diziam (como aliás 4
verdade),qiie com os seos arcosmais depressa despediriam
cinco ou seis frexas do que n6s carregamos e disparamos
um 96 tiro de arcabuz, e começaram a perder o pavor.
Si dicerem : Isto 6 certo ; porCm o arcabiiz faz mui-
to maior estrago - eii respondo a esta objeção, que em-
bora nos revistamos de cabeçóes de pble de bufalo, saias
de malha ou outras armas, ainda as mais rezistentes, os
nossos selvagens, fortes e robustos como sam, atiram
com tal impeto, que traspassariam o corpo de um omem
com um jacto de frexa, como outro qualquer farB com
nm tiro de arcabuz.
SerB mais oportuno expor este assiiuto, quando
adiante falar dos seos combates, e para náo confundir
as materias vou pbr os nossos TupinambAs em campo e de
mama contra os seos inimigos.
5 8. Remem-se eles pois pelo modo porqiie expnz,
em num ito ou dez niil oincns, aos qiiae!: :\"r+
gnm-se iiillieres, 1-150pRrR combater, nias apenas
para cai ; cariins de al~ortão Iredcs (Ir (lorniir),
txrinlia.~,t: O U L I OS viveres, a dtipois que os velhos, qiie.
por j;i tereni matado e cnmirlo niais inimipns, szm por
scos coml~:inlieii.nsnomeados xe.fiis e c.ondnt,nres, pGern-
se totlns a c,n.minliosoli a direqiio (10s mesnins xefes.
Nn RIZ1TXit t n5o observa ni ortlrim npm cate-
..
gorins ; acontccc todavia, que, si nndam pr)r terra, os mais
v d r n te!FI vnm seimpre na frente, ie marxnn1 todos n n i ~ l ~ s ,
sendo cr.,,.,,.. . 1 , 1 ~ 7 i i n ~ 1 . i v e l ver
n n m n~
, . ,%
. . . L U , ncomo{rar-se taninriha
miilt,id5o de gerite sem rdor, neni nlqiiem, qiie
pelo ~ e n e r noinRi
l ene ~ioiin iiifiia50 os vi?reis sempre
prontos parri. mn rxni'. no p. :innl.
Sant.0 no neto ria saliidn rlo seo ~iaiz,como na ocnziHo
da partirln de cnctn Irignr, onde parani o demoram-se, aps-
receni sempre rarios individiios, qit e, armados (le c.oinr-
tas, R que samam i?znl~in,dri Rrocrsiirfi e coiiipriinentn de
metade i.rdo,tuas com qiiazi p6 e meio de 1ni.riirn
na extr inferior, como iim cihoi;, t.roani nn iiieici
dtts trt n ile as advirt.ir e rilvoroqar.
Algiiris [.I-itiseni pifiinos e. gaitas feitas de ossos (10s
brnçiis r. pernn.s dos jniniigos, que mat,nrnm t comrr3m, e
com tnrs insli.ument,os 1150 cessairi rui c.:trninlio (Ie toct~r,
para incitnr o linnrlo giierrciro n f:kzci. oiit,ro tanto com
os adversarios, contra os quaes se dirigem.
5 9. Si vam por agua (como fazem muitas vezes),
beiram sempre a costa, e n8o penetram muito no mar,
mantendo-se nas suas barcas, xamadas zqara, * feitas de
uma sb casca de arvore, propozitalmente arrancad.8 de c-
abaixo para esse fim ; e todavia sam tam grandes, qw
40 ou 50 pessoas podem caber dentro de cada uma d'elas.
Vogaui assim todos em y6 ao seo modo com um remo
xato nas (11iaspontas, O qual segiiram iio meio : essas
barcas (xatas como sitin) n5o cala111 n'agua mais do que
calaria lima taboa, e sam niui faceis de dirigir e manejar.
Verdade 6, que nilo poderiam suportar mar alto e
agitado, e menos a tormenta; mas quando em tempo calmo
os nossos selvagens vam á guerra, vereis algumas vezes
mais de 60 canoas formando todas uma frota, as quaes,
seguindo proximas umas das outras, .correni bam rapidas,
que em poucos momentos as perdemos de vista.
Eis pois os exercitos terrestres e navaes dos nossos
Tapinambás nos campos e no mar.
5 10. Ora, assim vam ordinariamente a 25 e 30 legoas
de distancia buscar o inimigo, e quando aproximam-se
d'este, eis aqui as primeiras astucias e estratagemas de
guerra, de que uzam para surpreendel-o.
Os mais aSeis e valentes, deixando os companheiros
com as mulheres a uma ou duas jornadas atraz de si,aproxi-
mam-se cautelozamente para emboscar-se nas florestas, e
sam tam afeitos em surpreender seos inimigos, que ficam
assim escondidos ás vezes mais de 24 óras.
Si os adversarios saem desciiidados, sam todos agar-
rados, omens, mulheres e meninos ; e levados pelos apre-
ensores em regresso para as suas terras, ahi sam todos os
prizioneiros mortos, depois espostejados para o moquem,
e finalmente comidos.
Estas surprezas sãm tanto mais faceis, qiianto além
de náo serem fexadas as suas aldeias (pois não possuem ci-
dades), as suas cazas não têem portas, sendo alihs as
as mesmas mzas pela maior parte do comprimento de 80 a
120 passos, e abertas em varios lugares; pois apenas co-
locam algumas folhas de palmeira,ou d'esscr grande planta
xiunada pind6 como anteparo nas suas portas.
Bem verdade 8, que em roda de algumas aldeias
fronteiras dos inimigos, os mais belicozos infincam troncos
de palmeiras com cinco a seis p6s de altura, e na entrada
dos caminhos tortuozos colocam estrepes agudos á flor da
terra, de sorte que si os assaltantes tentam entrar de
noite (como costumam fazer), os de dentro da aldeia, co-
nhecedores dos desvios por onde podem passar sem ofensa
alguma, saem e rexaçam os agressores de tal modo que,
c u i estes queiram fugir ou combater, sempre ficam alguns
cabidos, porque ferem os p6s, e os apreensores os apro-
veitam nas grelhas.
f?sG REVISTA TRIMEPFSAL DO 1h'STITT:TO IIISTORIC'

$ 11. Si pnrfim os i n i m i ~ o sprewntem n s ndrpmarins,


OS ilni.: exci'i.itos niiiguerr sm tcr-
riwl P c r n ~i:l n jd f u i es; , ~insso
falnr rnm exntirl
E i i P ntltt-Ot' rnncex, arrnsr~ntioo perigo (ie sermos
sgnrriirlnc r: irnedintiim~nteinortos e cori)iilo~peloq J 1 a r ~ -
rylts, (I ~ ~ S cii~.inziil;ide,ac.onipnnlinnins em
A X C ~ ~ R Ipela
c ~ r t nocazitío ns noswq s e l v n r ~ n sprn iiiinipro ( 1 q~n u i
rl.oii(i 01 mcns eni um:^ r\c.nratniic.:i, q i i fizerniii
~ na p r n i a i10
m8r, P rinioy esc:rs l ~ ~ r l ~ acnnihat~r
r~.; com tal furi:i qne
A--., r.., .
p n t e nlIiii~inn(1ne ins:inii n5n porlrria f:17tlr p ~ i ~ r .
A~)r,,,t- ,in=ns T~lpin~iiiI):\~, nri distnnrix rle q n u i
meio qiisitn tle le-n, rtvi4tnr:im 0 s inimi~nq,compraram 3
gritar por tal forliia qiin iirm os nossm cncndor~s(ir! Inbos
r n ?~~rrrllio;
f i ~ z ~ tnnto c coinooi~lnr , R I - com PSS:~yritari:~e
rlainnr, ceos trovejrisseiri, niin O teri;imos
oiirido .
A
griros, sn:lv:tln RS CorIiPttts, I e ~ a n t l ~ v aOS
.I
m cnntcln(1or~sos
m sinal de amexq n s nns nii~trnsns
s prizinneirn.;, qii e os ilen tes en-
m cnleirn~,qiie n l ~rlentpsI 10 ~ P P -
coqn niai.; ( 1 (1i1;ts
~ I~TLICRSne c ~ ~ ~ ~ p r ~orrirel
m ~ n tera
o:
O cnnsli~ctod'pssa ente.
$ t 2 . Ao r~niiirein-se porem foi ainda peior ; pniq
appn:ts cstiveram!hiOi~oii 3iiO passos i i n s d n s ontrns, 'ianila-
ram-se coni iiietlo~~lios tiros tle frexw, e desde o c r i m r p
d'essa escaramuqa verieis uma infinidade de sCtas voarnos
ares tam densas como moscas esvoaçando em torvelinho.
Si alguem era ferido, como foram muitos, depois de
arrancarem com extrema coragem as setas do corpo,
qnebravam, e como cães raivozos mordiam os pedaços; m a
nem por isso deixavam todos de voltar ao combate.
Sobre isto convem notar, que esses Americanos sam
tain encariiiqndos ein suas guerras, que, emquanto podem
mover braqos e pernas, combatem constantemente sem
recuar liem-rolt>itrcostas.
Qu;tndo trarariini peleja, alpavam com a n b a s as
mãos as espadas e clavas de pho, e descarregavam taes
golpes, que, si acertavam na cabeça do inimigo, não sb
HlSTORIA DE U M A VIAOEM ATERRA DO BRAZIL 957

o derribavam, mas o matavam, como entre n6s os maga-


refes abatem os bois.
5 13. NRo declaro, si os combatentes estavam bem .
ou mal montados, porque snponho, qiie o leitor se recor-
dar8 jA ter en dito,que os selvagens não possuem cavalos,
nem outras montarias; todos estavam e andam sempre
bem a pé e sem lança.
Emquanto estive ali na terra do Rrazil, sempre de-
zejei, qiie os nossos selvagens vissem cavalos ;mas enmo
ainda maior foi o meo dezejo de ter um biicefalo debaixo
de minhas pernas.
Acredito,que si eles vissem um dos nossos gendarmes
bem montado e armado de pistola em punlio, fazendo o
dvalo piilar e genetear, ao ver sair fogo de um lado e
de ont.ro a furia do omen e do cavalo, pensariam logo ser
algum anltanga *, isto 8, o diabo, conforme a sua lin-
guagem.
Todavia a este respeito escreve0 alguem co?iza no-
trrvel, e é, que comquanto Atabalipa, grnnile rei do Peru,
snbmeticio ein nossos tempos por Francisco Pixarro, nunca
tivesse visto cavalos, aconteceo, qiie o capitão espanhol,
qne primeiro foi ter com ele, fez por gentileza e para
muzar admiraçgo aos indiou, voltear o seo ginete at6
xegar perto da pessoa de Atabalipa, o qual permanece0
tranqiiilo, e embora llie saltassem no rosto alguns res-
pingos da escuma do freio, não deo demonstrações de
medo ; mandou por8m matar os vsssalos, que tinham fn-
@;idotliante (10 cavalo: couza (diz o istoriador) que es-
pantou aos seos e maravilhou aos nossos.
5 14. Volto agora ao meo propozito, e si pergun-
tardes : - O que fizestes tu e o teo companheiro durante
esta peleja ? Não combatieis com selvagens 3
Niio disfarçarei couza alguma, e respondo, que, con-
tentes por termos praticado esta grande loucura de ar-
riscar-nos assim entre barbaros, em cuja retaguarda fica-
vamos, tinhamos sómente o prazer de apreciar as peri-
pecias do cazo .
E entretanto direi, que muitas vezes vi rpfirnpntos
rle infantaria t? 118 cavnlarin. nos paixes rrirnp~ou,tnrl<iria
niinca tive tnntn contentnm~ntoem mpo rspirito r 1 r~P r
RY cnnipanliins rle inf:intes com s ~ o selmcis rlorir:i~lose
ririnas i'cliiz~ritt?s,qiianto prazer senti entso ao w r es.;;ls
:no (IP ri~1-ngsaltar, ~ s c n h i a Pr
rnnnrj:ir coni clc, ..rapidez para 01 Indns P p:irsl I
fr~ntix, ranznva. marnyil!inxn enc:in t n o e;p~tac,iiln de
tantas 1 nm seo.: pr,indes frc'tcns 19 vpr-
rnrllix~, v ~ r i I ~ >~sn, c : ~ r n , ~«{ rie
I ~ oq -rs
I+oalrarn I por cntrc! nq r;iins tlo snl f.tzi ini
relnzir ; sondo iqiialrii~nte apraxirel ver np r n n p i ~ ~ s ,
hnnCs, br~~veletes r? oiit,ri?s arlerryo.; feito3 tl'esws prnes
nrttiiruen R siliq~'las,de q i i ~s~ re~eztiiioi a: s ~ l v i y n s
8 15. Ora, tendo it neleix ílnririlo rlnnxi trcz i~rns,
lo ( 1 11mR
~ P o ~ t ~ mriitos fe n-irtos,
is TiipinamliAs fi iicar~~r~ Ii,?C, P
inniç de trinta ~ i r n s JT, c~nt re
~ S , LriJ1rxt.r :Lm fbarii as ali:\.; r r r r i s .
rimeri.; e I U U ~ ! ~ P ~qiie
Nhu, os dois Fi-:~nrea+~s, n i n fineiti COIIZ:L
(como j:l dic,e) s i n h ter ~ i a ~ i i i n l i s c:i.; l~i~ spntlaq
dezrinhninli:kdn~c tlnr iilgnn.; tiros (lia piutol L p i r ~ r ar, 11

ntlm (lc r ;1. no<% ; toilavix lido poi1i:irnoq


c:tiiznr I ~ z eaosr s dn qtic ir ;i ~ i i t ~ t . r roin
:i
elw, roi rl P xqj arnl 90 o-: vr1hn.s tl:i< alilci i$,
q i i ~f're~lllent:l\'~~lllw, C i i f I \. VCZ 111XIS nos cut imnvnni.
Os prizioneiros,pois cfilocados no centro dos aprizio-
nadores e de alguns dos omenu mais fortes e robastoa,
foram, para maior segurança, reunidos e amarradoa, e nbs
voltamos para o nosso rio de Genenre, em cujos arredores
abitavam os nossos selvagens.
N6s porbm estavamos a doze ou quinze legoas d e
distancia do dito rio; por tanto nilo previzsreis perguntar,
si nir passagem pelas aldeias dos nossos aliados vitiliam
estes encontrar-nos : dansando, pulando e batendo palmas
nos afagavam e aplaudiam.
Ein concliizBo qiiando xegamos em frente da nossa
illia : meo companheiro e eu passamos em lima barca para
o fortim, e os selvagens foram cada um para as suas al-
deias da terra firme.
HISn>RIA DE UMA VIAOEY d TEBRA DO BRAZIL 269

fi 16. EntretanBo, passados dias, alguns dos nossos


Tnpinambbs, que tinham prizioneiros em caza, vieram vi-
zitar-nos na ilha ; e por mais solicitados e rogados que
fossem pelos trugimóes para vendel-os, advertindo que os
comprariamos, apenas podemos conseguir o resgate de
parte d'esses prizioneiros .
Todavia era isso mui contra a vontade dos possui-
dores, como reconlieci pela compra de uma mulher e de
um seo filho de ida,dede perto de dois annos, os quaes
oustaram quazi trez francos em mercadorias; pois dizia-me
o vendedor:- NiLo sei o que ser& de 6ra em diante ; por
quanto depois que Paicolá (entendendo por este nome
Nicolho de Fillegagnon) veio para c&, j& niío comemos
metade dos nossos inimigos.
Pretendia rezervar o rapaziiiho para mim ; porém Ni-
coláo tle Villegagnon mandoii restituir a minha merca-
doria, e quiz tudo para si; e sucedeo? que,quando eu dizia
B mãe, que no meo regresso para aqni o traria comigo, res-
ponde~ela, que tinlia esperança de que o filào,quando cre-
.cesse, poderia fugir, e procurar os Maracrrjb para viu-
gal-os ; e assim autes preferia a possibilidade de vel-o
comido pelos Tupinilmbhs do que afastal-o para longe de
si. Tam arraigado 6 no coração d'es-a gente o sentimento
de vingança !
Quazi quatro mezes depois da nossa xegada a esse
paiz, como j6 dice, escolhemos dentre 40 ou 50 emravos,
empregados nos trabalhos do nosso fortim, e coniprados
aos selvagens nossos aliados, dez rapazes, que nos navios
em regresso enviamos para a França rro rei Enrique
Segundo, então reinante.
CAPITULO XV
Como os Ainericanos tratam os s w s prizioneiros de guerra,
e cereulonins observadas na ocazi6o de matal-os e ds
comel-os.
Q 1 . Resta agora saber como os prizioneiros de
guerra sani tratados no paiz inimigo.
Apenas ahi xegam, niio somente sam alimentados
eem s s melho. viandas, que se p d e m encontrar, mas
tnmh~rnconce(1em-se mnlberes ( e n;io m;iriilos t i s mn-
Ili~res) , r n nprizirirlntlor i11:t fiar i,r filha
oii irninn nn prizioneiro :ament o, np w t e
q ~ l i z ~ tratdnrlo-o
r, bern e ,eritlo-llie .; n e c ~ ~ .
siil~tles.
Sio inarcm termo prefixo para a ritima$io, antes si
cnnli~crm serpni os omenri Iions cnqn~lnrc>soii Iinns I)PPI-3-
tloi e%,P RS niiillirres idnn~as liara t,i.nt,ir 110sj:irciina í ror 1s)
oii apari11,arostras, n.i rnn*iarvanipor irlitis r tpnipn,
e drpni s ilc os ~iirordnrrniIinxlinrritc. oc I COIIIV~.
priiticnc1:is :ts seririn tr.i cerriiinii ias.
9 2. 'l'odns :is i~ltlei,ist-,irciimvixinliits - <
.r -i nriiirla
I - pm
que ezt l n prizionriro siiin arix:icl:is cio ili ri. dx r\; ~ v t l ~ ~ i ~ ,
e 1031 rioine(:ain n xennr rlr tnrlíis as part P R nriiens. niirlI~t*-
..
res e riieniriiis, e corisnitirm tmla 8 niatiIiaii eni ( l i i ~ i < ~ r ,
Derpr, e rniiinrtr
C) in~smopi 1, que n,5n iznors, r l n ~ R nsseml11Ss
I eiinp-se pni. stl: e c l i i ~ele vai s ~ inorti,
r dentro
8prczrnt:tr se ppznrnxo, :ir, ccintr.,i.io, srtlt ~l~en11t1,
iiinstrit-se cnmo tiin (10.;rnxis a l ~ g r r \r:trnvi
s ter com n s ileniai.: cc
Ora, d ~ p o i d~ c~ntdíln
durante seis oii wte orm, doia oii trríí dov ~on~i~lr-
rntlns (10 Iianrlo :izrtrr,zin o prixioii~iroe n ninnrr;im prlrr
cintiirrt com cnrtlas d o ;~l~nrl:tu,011 cnrrlaq S r i t : ~ s <ltx cnl-
I1ii.a tfe unxi avvorP X R ~ R ~ ~ I :v t~i r r .si~nillian:~
:inokzx
tilia, sem que ele faça rezistencia alguma ; deixam-lhe os
braços livres,e assim o fazem passear pela aldeia em procis-
são durante alguns momentos.
5 3. Pansaes porém, que com isto o prizioneiip
ficaria cabisbaixo, como entre n6s fariam os criminozos?
Tal não faz: pois ao contrario com audacia e in-
crive1 segurança, jacta-se das suas proezas passadas, e diõ
aos que o segiiram amarrado :--Eu mesmo, valente como
soii, j& amarrei e sufocliiei vossos pnes. E exaltando se
cada vez iiliiis C O u i fei-o ilspecto, volta-se para ambos 0s
lados e diz a iiiii :-Comi teo pai, a oiiti.o :-Matei e mo-
qlieei teos irliiãos,-e screcenta :-Em siirna conii tantos
oniens e iiiulheres, isto 6 , filhos de vós oiitros Tupi-
nambás, que capturei na guerra, cujos nomes niio poderei
dizer, e ntio duvideis, que para vingar a minha morte, os
M a r w j t í s da nação, a que pertenço, não comam ainda
daqui em diante tantos quantos possam agarrar.
Finalmente depois de ter estado assim exposto As
vistas de totloq os dois selvagens, que o conservam
amarrado, afastam-se d'ele, um piirit a direita e outro
para a esquerda, quazi trez braças, segurando cada um
em cada pont,~da corda, ambas de igual comprimento, e
ssticam coni tal firmeza qiie o prizioneiro, seguro pela
cintura, como dice,fica p a r d o e niio p6de ir nem vir para
um o11 outr o lado. Entaio trazem-llie pedras e cacos de
potes ; depois 03 dois seguradores das cordas, receiozos de
seremferidos,cobrem-se com rodelasde couro de tapirussu,
de que jtí falei, e dizem lhe :-Vinga-te antes de morrer.
Começa prizioneiro a atirar projetis e invistir rijo
I)

e forte contra quantos ali estam reunidos ao redor d'ele,


algumas vezes em numero de trez ou quatro mil pessoas.
Desnecessario 6 perguntar, si a vitima escolhe iiidividuo
contra quem arremete.
5 4. Com efeito, estantlo em uma aldeia xamrrda Sari-
gntí *, vi cin prizioneiro. que d'este modo deo tam forte
pedradanapernadeumamullier,quesopuz avel-aquebrado.
Ora, consumidas a s pedras e tiido quanto ele, abai-
xando-se,pódeapanharjiinto de si iiicluzive t o r r ó e s , ~guer-
reiro dezignado para dar o golpe, que permanece retirado
do concurso do dia, sae então de lima caza com uma graii-
de espada de pbo na niiio, ricamente decorado com bonitas
e excelentes plumas, e tambem com um barrete e outros
ornatos no corpo, aproxima-se do prizioneiro, e dirige-lbe
ordinariamente estas palavras :- Não és d a nayáo dos
Maracajás, que é nossa inimiga ? Não tens morto e comido
nossos pais e amigos?
O prizioneiro, mais altaneiro que niinca,respoiide no
seo idioma (pois os 3laracajjBs e os Tupiniquins entendem-
se reciprocamente):-Pa xe tan tan ajitca attipavef-, isto
é:-qim, sou mui valente, e na verdade matei e comi
muitos. B

O aiitor escravc:-fnrigoy
t O autor escreve-Pu che iun tnti uioucu alnul>ni;e.
26- REVISTA TRI>!P,NSAL DO INSTITrlTo I i l s T C i R l r O

Depnis para excitar maior inilianaran rlns ininiinnq,


! mias no I:RIIPC~,
p n ~:is e exclam:~:-()li ! p n n5n fin.
girlo : (111 ! qiinni niizniio firi cm %\saltarc, forcar 11sunssnJ,
a tantni rlos rliinc's matei e rimi !
Jt lllt,l'RS S imilli;in t ~ scriuzn lizrnrlo.
E pcir P L o con t.eriiliir,rlii~Ilie ti c 3 r pr~\t~.;
n m:it:i .
-Tu .nnf,rn estiir ~ r noscn
niortn por mim, riep~bi*rnoc~~ic.:i~ln
n
(.coinicln Iinr -nilr)s n h .
\er'iqj,\
E triin r~zc>liitow nl - siiz n:lf:nn, ronin Atilio
Regiiln f i b i ~ 0 l l ~ f ~~1 1n1 f ~ mnrta Ir siin reprilll,c. r
ri?iii:~n~, R vitiliia TPII ntla : - Poi. liriii, nicb«s
pni.cnt P.; nie ri!ip;~rAn.
Ernbnrz e-t,is nnr:Gcs hxrliarss I\SQ:'I~temsin a ninrte
nntnrnl, tot1:iI.i~os <P~I.: pri7ion~irc1sjnl,"aiii-%r f~lize5tlr
mtiirtbi.nssiiii piihlirniiierite iin mrin { l i ) \ <(.os inii~iiin..,c
ntio iiio?train o rn iniiiio pczar ; ~ i ~ inrian ~rai- t n qiir rit.iipi
um eircni 1110,
5 ri. Em ccrto dia innpinnrlxmcnt~r > m tima
ri1dri.i {!:i illili griiiidc x:iinmlx I'ir.liiijii, * t ~ i l r~- ir . ~ \ ' : l11111:t
niii?fivriirixion~ii'api ~ s t c n. s srr rnoi.t:r (10 iiiorlo j8 (ICVIito.
t I ] b r o x i ~ ~ ~ i ~(1'~Ia
i - i ~ ~e ep;tt:~~ I C I ~ I ~ I O I ~ R Y{L- I Ic118 I ~ lin-
glI:L~fbIu i~icu~-~1iP, tltiP + P en(;o111+~11i~:i~~c~ 3 ' ~ i i ~ t i 1 1 1p. i . : 7'11-
rinii n;in qiici. ilizrr Peos Pntrrb rli ii.nlns
e q w ijrasqe ciiiiin, PII 1t i v ~nsinnqs P. T<li~ ~ r i
ando;\ cnlirqn. P nir)trjani10 ilc i n i rn, tlicr:-
.,
para que eu f a p o que clizea :
>.

Ao qiie lhe repliquei :-Pobre coitada, j8 niio pre-


cizas de liada n'este mundo, e como crês n'alins imortal (o
que todos os se!vagens confessam, como no capitulo ne-
guintb direi), pensa no que llie suceder8 depois d a tua
morte.
Ela porem novamente rio-se e foi mnrta, sncnm-
bindo pelit f6rmula do barbaro sacrificio.
$ (i. Continiia o coloqiiio entre varias contesta~bes,
fiiliiiitlo iiiiiit;is vezes iiiu e oiitro; entáo O campeão,
prtltlisl)o~toparti praticar a morte, leviiiitn a clava de
iiiatlrir,~cc~iii aiiil)as as niiEos e coni a rodela d a ponta
tle~cniregtititiii violenta pancada lia cabeqa do mizero
HISTOHIA 1)E U M A VIAOEM d TERRA DO BRAZIL 263

prizioneiro, que o vi com o primeiro golpe cair redonda-


mente morto, sem mover braço ou perna, como os.
magarefes abatem os nossos bois.
E' verdade, que, estendidas, as vitimas em terra, as
vemos estrebiixar e estremecer por cauza do sangue e dos
nervos, qiie se contraem ;mas como quer qiie seja os exe-
cutores da operação ordinariamente batem coin ta1 des-
treza na testa, oii escolhem a nuca com tal precizSC1 que
n8o pricizam repetir o golpe para tirar a vida, sem sair
da vitima quazi sangiie algum.
E' modo iizual de falar n'esse paiz dizer:-Qzrcho-te
a cabeça *, por isso os Francezes constantemente empre-
gavam esta frazeologia dos indigenas americanos em subs-
' titniçao da fraze :- Anebento-te t, de que costumam
entre nbs iizar os soldados e pessoas rixozas, quando
brigam.
8 7. Ora, apenas o prizioneiro B assim morto, a
mulher, si a tem (pois jB dice, que a concedem a alguns),
coloca-se junto ao cadaver e levantti curto pranto ; digo
propoxitalmente curto pranto, por que essa miillier, imi-
tando o crocodilo, que mata n omem, e xora junto d'ele
antes de couiel-o, lamenta-se e derrama fingidas lagrimas
sobre o maritio morto ; mas si poder, ser&a primeira que
d'ele comer&.
Feito isto as outras mulheres e principalmente as
velhas (as quaes, mais giilozas de carne umana do que as
moças, solicitam constantemente os possuidores de prizio-
neiros para os tlespaxar brevemente) aprexentam-se com
agaaqiiente jb pronta, esfregam e escaldam o corpo morto
de forma que arrancam-lhe a epiderme e o tornam tam
branco como os cozinlieiros fazem com os leitóes, que
preparam para assar.
Depois d'isto o dono do prizioneiro com alguns coad-
jutores tomam o mizero corpo, o abrem, e o espostejam
tam rapidamente, que nenhum carniceiro da nossa terra
poderh mais depressa esqiiartejar um carneiro.

Je te casseray ia tetc.
t Je te creveray .
K n t h toli ! rriieza mriis qne prndi~in.18)R I P ~ P - ~,?mr)
os nosroq c;tqailnr~9(tepois (10 .sl)nnlinrelii iim rr.ic1n
rl,io enr:irnr ans c,-irs circiiiictnntes, rrssim t:iriilic~ni P<.CS
linrhnrtis pPrnm os filhou tins npiis oiitros. e roln o S ~ T ~ L ' I I B
do ininii o COTPO, OS I~raqns,r :19 prt-11119,
ritirn e t ~ wnar riinis tlnr::ii nic:id(i~.
5" v-ist:lnq fi~qiic.nt:imP - ~ Ppni7, OS
S C ~ P R ~ P corram
I~S P rerRtlin-m ri corpo cln* pi.izion~ii'o\c diw
nnimn~.;e niiti.;is riaiiilas cnm fwns c ti~i.i.niiiciit~i~, rjllP
111~silnm cis ~ctrnnh~ii.ns.;\ntoriiirtn~nt porlani i i i n
13

tinlixm outro mrio dc n fazer sin;lo ccini ~1t3elrxs acii.


~atliic,qiiba p r ~ p par:L CS' iizn. CI I I I V I 11.i
~ r I l i o sdizerem.
Ora. tnilns s da corpn c x g trips?, '
depois de hriii Icxlniifi7, n., i,. ..,
Illle~lintnii~cl,LT- l ~ * , ~ t Rnoq
moqiipn. jiiiito nos ílti:i~s,cmqii:into tiitlci stl R.-: r ,in qro
mciiln, ns iriiilli~res ~ r l l i ~ . : clii:trs, :tp~tcreiiir ~ i l w a -
rncrite ri cAiw iirnana ctriiio jd tlicr) estniii tci11.i.;r ~ ! i n i ~ l , ~ s
pnrn rccrillier a. gordiirii, qite escorre prlns rnras I
I P S yrrlli:~st l ~innt1cir:i. e esortnni os
~ ~ R I I P~ altas
:t prorclclrr i113 nio(li~qutl el:iq tcri tinin wnipi' ~ H P Svi
lanilicin os dc:lris e tlizeni:-Jr/tr,if,i, i * t n i.. cst:i i i i i i i r o
licini .
Eis poig rnmo o$ s ~ l r a ~ r Xmrricnnn.2
ns I-nziiiliam R
carne dns srns prizion~iros <Ir> Knerrx, ali:\.: ritnqict ( i i t t ,
qiir i:iiin riiodo de assar por nos tlesconliec*ido. I'to cAii
testimiinhei .
Como jti no cspitnlo decimo dos animaes, falando
asstislongamente do tapirussfi,expliqneiaf6rmadomoqttem,
peço aos leitores, que, afim de obviar repetiçóes, recorram
a esse capitulo para formar melhor idCa d a wuza.
5 9. Entretaiito aqui refutarei o erro d'aqueles que,
como podemos vêr em suas cartas universaes, não s6 nos
reprezeiitaritm e piiit.aram os selvagens da terra do Biazil,
que sain os de qiie agora falo, assando a citrne iiiiiana
em espetos, conio fazemos coin as postas de cai.neiios e
outrlts viandits, luas tttuibem fingiram, qiie c3in grandes
cutelos as cortavam em bancos, as p e n d u r i ~ ~ a me , ex-
punham os pedaços á amosira, como os carniceiros aqui
fazem com a carne dos bois.
Estas couzas n&osam mais verdadeiras do que cs con-
tos de Rabelais a respeito de Panurgio, qiie escapulio do
espeto,lardeado e semi-cozido; portanto facil B julgar,que
08 escritores de taes cartas sam pessoas ignorantes, (;uo
nancs tiveram conhecimento das couzas, que noticiam.
Em confirmaç80 do que acrecentarei, que o modo
porque os Brazilienses cozinham a carne dos seos prizio-
neiros, ao menos emqiianto estive ent1.c eles, 6 como fia
eaposto ; e por tal sorte ignoravam o no-so modo áe assar,
que em certo dia, em que algiins meos companheiros e eu
n'nma aldeia faziamos em um espeta de pAo volttar lima
galinha da India e outrtis aves, eles riam-se e zombavam
de n6s, náo quereiido crer Gue, assim movidas constante-
mente, pudessem as mesmas aves ficar assadas, e só acre-
fitaram, quando a experiencia llies mostroli o contrario.
5 10.Voltando ao meoassiinto direi,que qiiandoacarne
de um prizioneiro ou de inuitos (pois As vezes em s6 um dia
matam dois e trez) estA assim cozida, todos os assistentes
ao funesto saçrificio reiinem-se de novo ao redor dos mo-
qnens, nos quaes, com olhaduras e esgarres ferocissimos,
contemplam as postas de carne e membros dos inimigos:
por maior que seajao numero dos assistentes, cada qual,
antes de sair dali, ter8 o seo pedaço, si é possivel.
Entretant,~niio fazem isso, como aliiis poderiamos
julgar, por consideraçlo ao alimento ; pois embora con-
fessem todos ser essa carne umaiia maravilliozamente boa
e delicada,acontece todavia,qiie a sua principal intençiio,
perseguindo e roendo assim os mortos até os ossos, écaii-
zarem temor e espanto aos vivos ; move-os a viiig%nça
e n&oa gula (salvo o que especialmente dice das mulheres
velhas, que sam apaixonadas da carne uniana). Com
efeito, para satisfazer essa coragem ferina, devoram tudo
quanto axam no corpo dos prizioneiros, desde a ponta dos
dedos dos pCs até o nariz e o cocuriito da cabeça, excéto
os miolos, em qiie náo tocam.
5 11. Os nossos TupinambAs conservam as caveiras
em tulhas nas aldeiss,como por cii vemos os restos iuortaes
dos finados nos cemiterios. A primeira couza que fazem,
quando os Francozes os vam v8r e vizitar, 6 contar-lhes
34 P* 11. VOL. LI1
REVISTA TRI MBNSIL h0 1XSTiTVTCl !!lST~\fZli'n

8s snns valcntiiis, e mostrar-lhes como t r o f h s eccas c&-


r ~ i r arqirri
n ~ di~scrtrnndricr,clizriido qiia o i'ar5ci s
tnrlns os ccns iniiiiiqas .
l l t i i c.niiladoznmente guardam qiiPr os mso* in:ii<
g.rossri.; r : P r l o ~birai:cis par.:i f ~ z ~pif;inos
r P ti nn-
tn* (cmnni i prec.ec1f!ntR cnpiittiln), e tamhcni os ~ P T I -
t ~ s ~, I I P m ?I rnfi:ini fi 111:~neirnd~ pntlrc-nnwo, P
-.
os t r n z ~ menrn11it103 ao pí.acot;n.
0 :iiitnr d : ~1,torin (In .711/1in,f,qlnnilri c ? o ~xtiit3nt~s
da illin ilr %:~riihn,diz, qiie rstcs s r l r a ~ r ~ nprplrnrii s iins
povtnr:rlc S ~ R rnznc S as G R ~ P C R S(Ias vit irii:~\,i l i i ~nlnrrtrxrii
P silr.rific;~ra~n, pnr m n i ~1 m nf i a tl'aiít 3m tarnTrpm ns
den t i.?~ieniliiraclos no pe':roqo.
I'>. Qn:into tio .-~--- x i ~ c r i t nii
o r c*xiAçiiror*~::
tlc toes nmi-
ci(lioq, rclpiit:iiii n nrto por glorin e rrnrirlr onr:l; r Inyo n n
dix prn qiip pr':itic:im a fnynlia, rrtir~iIri\P \;/I$, f:~zrrnn n q
peitos, hr.zrcis, riisna, h a r r i ~ nd:is pcriins c niitraq rinrtb>q
(li? ~ i i r p oificiziir.; snngrentns ; c paira rlae rsras l~ercliircrn
toda n v i d : ~ rsf'i
, rnni CP iirn tlt.
~ Iiieyrii,
Í qiie j:i IP : lll* 9 tanto
uixiu rrt:tllin(ln- se cnnli~ moi to
miii t n i pl-iziiiii~irnq; cnn.;ilqiiilnrt>inentpw n i prici. nii t rnh
con-iilerarlos r:ilrnt PS .
Para vnq alar 11i~lliori(1fin (1% rtwzil, IIP iinvn nrlni 4 1 ~ -
zenlirai n liriira rlc nni s ~ I v a z ~ i 1n i4 n i r~t:illindo.jiin'o
ao qual e s t i outro selvagem atirando com arco.
Si no fim de tam singular tragedia acontece 5 c a m
gravidas a s mulheres concedidas aos prizioneiros, os sel-
vagens matadores dos paes, alegando que taes filhos pro-
cedem de semente dos seos inimigos (couza orrivel de'
o u v i r e ainda mais de vêr), os comem apenas nacidos, ou
si assim Ilies aprax, os deixam ficar talcdos para então
couiel-os.
8 1:) Estes barbaros náo liniitam o seo extremo
deleite em cxtei.iiiiiiar, qiianto assim llies 6 possivel, a
raça d'aqiieles contra quem mant8ivernni guerra (pois os
3larac.jlis (1;im igilal tratamento aos TiipinainbAs,quando
os apanliain) ; eles tambein exultam de prazer, vendo os
estrangeiros, seos aliiidos, praticar a mesma couza .
De sorte que quando os selvagens nos aprezentavam
essa carne nmana dos seos prizioneiros para comermos,
d recnzavamos, como eu e muitos outros dos nossos sem-
pre faziamos, n8o esquecidos, graças a Deos, da nossa f4,
parecia-lhes por isso, que náo lhes eramos bastante leaes.
Por isso com grande pezar meo, sou forçado a recor-
dar aqui,que alguns trugimões da Normandia,que tinham
estado n'esse paiz por oito ou nove annos, acomodando-se
aos uzos bestiaes, passam vida de ateos,e náo s6 poluiam-
se com toda a sorte de impudicicias e obscenidade. com
as mulheres e raparigas, mas tiimbem excediam os sel-
vagens em dezumanidade, e jactavam-se cie aver morto
e comido prizioneiros, conforme ouvi dizer.
No meo tempo um rapazote de quazi treze annos de
idade * jB poluia-se com mullieres.
5 14 Continuo a descrever a mddade dos Tupinam-
bás para com os inimigos. Durante a nossa estadia ali
acontece0 lembrarem-se taes barbaros, que na grande
ilha, de que j&falei, existia uma aldeia abitada por Ma-
racajBs, seos inimigos, que alihs tinham se rendido,quando
começou a guerra, a saber, averia quazi vinte annos ; em-
bora, digo, tlesde esse tempo os tivessem sempre deixado
viver em paz no meio d'eles, todavia em certa owziáo,
em que bebiam cattiin, entre reciprocas excitações, re-
zolveram saquear tudo, alegando ser essa gente decen-
dente de inimigos mortaes, como acabei de dizer.
Em uma noite pondo em pratica a sua rezoliiçRo,
apanharam a pobre gente desprevenida, e fizeram tal car-
nificina e tal estrago, que caiiiizava profunda lastima ouvir
as vitimas clamar.
Muitos dentre os nossos Francezes, advertidos qiiazi
B meia noite, partiram bem armados, e dirigiram-~eem
nma barca com grande pressa para a sobredita aldeia,
que distava qiiatro oii cinvo legoas do nosso fortim.
§ 15. Antes por6m de xegarem ali os aiixiliantes, os
selvagens, ennrivecidos e encarniçados, j6 tinham feito a
preza,e lançado fogo Bs cazan para obrigar n sair d'elas as
pessoas, muitas das qliaes mataram, e jr poucas restavam.

No original esU :-Un garçon augC d'environ trois ana.


REVISTA TRIMENSAL li0 ISSTITrTO IIISTORICO

Oiivi nlziins dos nnrans afirmar, em seo rpzrwpn, qn4


n,in si) tinlt:iin risto eqpo~lqjnclose c:irhonixizclo.; nos nin-
rliieiis omenq P iuiillier~?,ni:v tnmheiii iri~niniis de m m s
n~sntlnuiiitriros.
.llprins indiuidiio~cornjnzos, qrie tinham s~ Ianrriilri
no mnrt:nm o f';ivnr tlns trrvas da iioitr, snlvnrniii-LI,.i
iindn. e vieram-sr nns aprrzeiitar n;t nociz il1i.t ; r10 qiit>
rert,ilic:tdos 11s nwscs s e l v n ~ ~ i inlgiins .; i11n.i c l ~ ~ o imoi- \,
t r a ~ ~ i i i i -dewon
\c n e ni~irnliirn\~nmcciritra ri~'#q p ) r
t ~ t es,
coiisprrarmo.; piji nn+o po{lri' rsses iiilt.1izca.
Tntlavia d ~ p n i sr l nplnc-adni
~ com ~ I o T I ~ ~,InL ~m~1.t-3-
.A+:..,,
~

dorias, 11. forc::t, p7.rte I'OI ~ixrii-iini


como c! l~nnwqo prml~r.
8 oiit ra cicn7i:o. qii nnc~7~q
t;tramns ein iiina ~111i.in{!;i. iiieqiiin iriin rrnnrle, T I -
'/rol/()C. I<.;tnra nlii iiiii prixii~riciro. ni:inc~Ii« f;ii'-
rol~~isto, n111tido e111frrros n~itl~iiri~lns ~ I I ~ I9l1:1-o ~
ir nrpcici com os rristlos ; aprnuiiiii~ii-YPIIP n i ; ~n
~ i r i z i o n ~ i r or, tliw-nrls pni l i n r i i n r ~ mp o r t i i ~ i i ~ z . (i[ " l i '
rlois tln iinrwt cniiiitirn, qiir 1,iI:ivnrii esl~:inliol. o tviteri-
í l ~ r a nI I~P ~ I ) ,q . 1 1 ~ti1111:twtiido ~ i i T't~rt11:;11,
i +>r:*ri I - t 2 0 ,
t inlia si110Ii;itiznrlci, e xnoiarx-&c>Antonio.
Emliora o innncelin fosse Jl;iriicniA tla nnrsn, t inli?
todavia com n siiti eit:idn Prn niitro p-tix perrlirln n l i i r l ~ r -
ris1110; por i s ~ nclen R C T I ~ P ~ I (111~ ~ C ~ clpzcjjnrn.
, libei t a r - . ~
d a s miios dos seos iniiuigos.
E r a dever iiosso salval-o de t a l ~ i t ~ u a ç ã osi, podes-
semos, tanto mais quanto nos moviam B oompaix8o a qna-
lidade (ie cristão e o nome de Antoiiio ; por isso um
companlieiro nosso, que entendia o espanhol, e e r a serra-
lheiro d e profissi30, dice-llie, que na seguinte manhan lhe
traria uma lima para limar os ferros ; e portanto que
apenas fica-se livre, e seiii e d o r v o alguin, eniquanto com
converhiis eiitietivemos os seos algozeb. se escondesse na
praia do iii,ii. eiu cei tas iiioitas qiie indicamos, onde, no
nosso regresso, o iri'iiiios buscar para leral-o na nossa
barca, e tniiibeiii llie diceuios, que coiiibinariauios com os
seos dententores, atiui d e poder conserval-o no nosso
fortim.
HISMRIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 969

5 17. O pobre omem satisfeitissimo com o meio incnl-


cado, e agradecendo o esperado favor, promete0 fazer tudo
quanto lhe tinhamos aconselhado. A turba dos selvageria
porem, embora não tivesse entendido o nosso coloquio,
deswnílou todavia, que nbs queriamos arrancar de suas
maos o prizioneiro ; e apenas sahimos da aldeia, xamaram
com toda a pressa unicamente os vizinho3 mais proximos
para espectadores da morte dos seos prizioneiros, e ime-
diatrzmente a victima foi sacrificada.
D'este modo quando no dia seguinte, sob pretesto de
irmos buscar farinha e outros viveres, voltam03 aldeia,
levando a lims, e perguntamos aos selvagens pelo lugar,
onde estava o prizioneiro, que no dia anterior tinhamos
visto, levaram-nos a uma cazit, onde vimos 03 pedaço3 do
corpo do poilre Antonio postos no ínoqiieln ; e porque co-
nhecessem, qrie nos tinham enganado, mojtrando-nos a
cabeça, deram grandes gargalhadas.
8 18. Em certo dia os nossos selvagens surpreen-
deram dois Portuguezeu em um pequeno cazebre de barro,
onde estes viviam nos bosques, perto da sua fortaleza de-
nominada Morpion . 0 3 agredidos defentlerain-se valente-
mente desde amanhan até a tarde, e depois de esgotadas as
munições de arcabiiz e as setas das béstas, saliiram ambos
de espada na miio, com que fizeram tal estrago nos assal-
tantes, que muitos foram mortos e oiitros feritlos ; com-
tudo os selvagens, cada vez mais obstinados na intenç8o
de antes ficarem todos espedrrça(1ou do que retirarem-se
vencidos, tanto insistiram que por fim agarraram e con-
dnziramprizioneirosos dois Portuguezes, de cujos despojos
um selvagem vendeo-iue alguinas vestimentas de couro,
assim como tambem uni dos nossos trugiinões obteve
uma salva de prata, que os mesmos selvagens tinham
roubado com outras couzas da caza, que fora forçada ; e
por ignorarem o valor tle tal objéto, este apenas custou
duas facas ao comprador.
.Regressando para ari suas aldeias, os selvagens,
arrancadas as barbas dos dois Portiiguezes por igno-
minia, depois os mataram cruelmente ; e como esses
pobres omeus assim flagelados e percutidos pela dar
queixavam-se, os barbaros venoedores, zombando das
vit.imas,diziam:-Como pois s n c e d ~ qne . vos tcnhaes tani
~ a l e r i t ~ m e n t tdefenditlri
: r agora, qiinnrlo 1 1 w i rncirrpr
coni onrn, mocrtr~es n5o t ertles mais rorarem 11lo que ns
miillirres ?
E tl'esta maneira foram mortns e ct~micinsao mncrn
selvat ico.
$ 1 9 . P n d ~ r i aa i n r l ~ridnzir rintrcili iciiaes exrrnp1n.c
R respeito da criieldail~ ilos selva~cnapilrx com os wns
inirnirns, si me nao parpcesse, qiie qrrniitn t ~ n l i o(li to h:tsts
para cniizar orror, c nrripinr nns l e i t o r ~ s1)s riihclns (1%
ça1)~ty.Tndavia qiiantos lerem tnin orrivri.: corizns, diaria-
mente pratirnclas entre 3s nacfira harh iraq d n tcv-rn (10
Iirazil, rrflitnni tainbem no qrit. se faz por C& ~ r i t r cn h ,
pnir si eni l);~:i e saii consienciir consi(1eiarmos a i n n t ia, ~~
direnios, qiip sam m ~ C TiI I P~~ S110 q i i ~OQ se1r:rnens. clc q i i p
f;tlo, OS nosws mnnd~st~znr~ricis, q u ~ s, ~ i ~ a n Od oSnn-IiP
e i i tntnnn, cnns~ritiritemente crimem vivos riiivris, orf;iiiq
e ontrns prssons ~ n i z ~ r n r e ias , qiwm mellior scjri:a coi.t:ir
R garganta rle nm sii golpe do qiitb cyot,nl-ns l ~ n t n r n c n t ~ .
T;;!s : ~ q i ~porqiw
i clice o prof~ta. qiir tnes iiiciiri-
duos esfiilnm ri pele, comem R rainc. clii~hr.:ini e eqw-
dsçam os osrns (113 povo tle Deos, cnnlr, s i os aferrrn-
tassein IIR C R I ~ I P ~ ~ R .
9 (li). .\infla ninis : si qiiizermos XeKnr 5 y , ? n r r ~ 1
de m n ~ t i ~ a ei . conier (no sentido ~iriiprintlx p~1:irr:i)a
carne irrn;ina, nZo asniiins nas nossas i.r:ii;es (1t. c.i. P nti;
entre os mesmos coiid~corndnsconi o t i r i i l o de c.rist5nsT
quer na Italia, quer alhures, alguns que, não contentes de
trucidar cruelmente os seos inimigos, sb saciaram a ma
colera, devorando-lhes o figado e o coraqgo?
Refiro-me tí istoria. E sem i r mais longe, o que
vêmos em França (sou Francez e peza-me dizels) dn-
rante a sangninozrr tragedia, que comeyou em Pariz a 24
de Agosto tle 1572 ?
Não aciizo aos que iiáo foram caiiza ;mas entre outros
actos de orreiicla recordaqão, perpetrados eritão por todo o
reino,náo 6 sabido, que foi publicamente vendida ao maior
lanqador a gordiira (10s corpos iimanos, que de modo mais
barbaro e mais cruel do que o cios selvagens foram trnci-
dados em Ligo, depois d e tirados do rio Saona?
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 271

O figado, coraçiio e outras partes do corpo de alguns


individuos foram comidos pelos furiozos assassinos, de
que se orrorizam os infernos.
Depois de mizerandamente morto um fulano Cora-
@o de Rei (Cceiir de Roi),confessor da religião reformada
na cidade de Auxerre, os perpetradores d'este assassi-
nato não lhe cortaram.^ coraçiio em pedqos,niío os expo-
zeram ti venda a creaturas odientas, e finalmente niío os
comeram assados em grelhas para saciar a raiva, como
mastins?
5 21. Existem ainda vivas milhares de pessoas, qiie
tastimunharam essas couzas dantes nunca ouvidas entre
qnaesquer povos ; e os livros jti impressos as atestaram
á posteridade.
Depois d'esta execravel carniceria do povo francez,
reconhecendo illguem, ci~jonome protest3 ignorar, que a
maldade excedia a todas qnantas eram sabidas, para as
expressar, compoz os seguintes versos :
Riez Pharaon,
Aclial). Neron,
Herodès aiissi :
Volre harharie
Est enseielie
Par ce faict icy.

De ora em diante pois iiik, abomiiiemos tanto a crn-


eza dos selvagens rrntroyofagos, isto 6, comedùres de
omens ; por quanto existem individuos taes ou antes mais
detestaveis e peiores no meio de n6s do que aqueles que
86 investem contra naçóes suas inimigas, como vimos,
quando estas aliás mergulham-se no sangue dos seos
parentes, vizinhos e compatriotas ;e nem 6 precizo ir f6ra
do nosso paiz, ou xegarmos America para vêr couzas
tam monst,ruozas e extraordinarias.
"2 REVISTA TRI\iESSAL DO INSTITUTO IlISToRICi

CAPITULO S V I
O q/tc 1 ) f i d ~ m xnn~m n r religitio entw os .~elt*ngrn.cd i n r v i -
;
ca~1i4 erro.? 1.m ~ T I Poc ~ ~ i n n t ; e m
c ~ r f o ct i - n p n c ~ ~ r n c ,
q ~ t rr?~lrc. ~ 1 7 1 .rntn~
, .nl/ih~i.?; yrn?idc
iqriorwicin , PHI q t t ~ r~er.qulltndnr.

1. Enh bntenqn u~w-~oa , saiter. qiie


nllo existe povo tnm brr1t.0, npm na~Aotnm 1iarhni.n e ~ ( 2 1 -

rrrppm, qiip niio t~riliniilen ti I existrncin de nlqiiiiin (ti-


vinilmlp, (;?ia n c ~ i t i aP ~ ' e ~ ~ l por i i ( ltoflns
~ como rnnximrr
infliil)itnvr.l, tnilnvia rlitnnilo nteiitRmPnte conqiil~rn nos
nossni 'i'ti1iiiinnih;iq dn .i v ~ j n - r na ~i ~ o~rnl~arnqs~ln
na :iplic:iy;in ( 1 ' ~ " ma! niillinnte gpnte.
Pois nlFrii tle n5o conli~t'irnprito aloiirn do
iinicn e vPr{l:rtl~irii lJ~n.s,s1rn txea,qiir n;io cnnft~sr:tm,nem
ndlirnm rlctizc.; celestines nprn tclrreqcrc.;. riaíln. oli\tnntc o
costiitne (IP todos os ~ntiyiisp a f G w , rliie t i r ~ r a ma fi!~~rn-
lirlxilr tle t l ~ o z e s ,c R ctec;ppito (1% opirii5n drts irIc'ilntr<~p
de qie, iii~I11zir~ OS inrlins dn Perii, terra f i r m ~e di\t:~nte
qiiazi 500 legoaa, sarriíic-lclore?;nn sol P fi 1118.
N;in t F p i i i ritual, n P n i Iiizar iIrtei.iniriniln de i e n n i a o
prtin prntirnr qiinlqiicr s ~ r u i c onrrlinttrin, por iscn n;io
oram pin fi~r~iin i.c.lizioxn prn prti)liro ou rin particn1:lr por
coiizn, aloiimn.
I~niir:int,esda cresqào do miinrln, 1150tlistinyiiern os
dias por denoininaçóes, nem fazem diferença entre uns e
outros, bem como ntio contam semanas, mezes,nem anuos;
apenas calculam e assinalam o tempo por luas.
5 2. Quanto A escritura, quer santa quer profana,
n8o s6 desa)nliecem o que ela seja, mas n8o possuem
caracteres para significar couza alguma ; o que ainda
maior iinportancia tem.
Quando xegiiei ao seo paiz, e comecei a aprender a
sua liiigiingeiii, escrevia algumas sentenças, e depois as
lia ein prexeiiqa d'eles. Julgavam ser isso feitiqaria, e
diziam uns aos outros : -Nlo 6 maravilha, que qnem
ontem nlio sabia dizer uma s6 palavra em nosso idioma,
seja agora entendido por n6s, em virtude d'esse pape1,que
tem, e o faz falar assim 3
HISTORIA DE UMA VIAGEM Á TERR.4 DO BRAZIL 273

Esta opiniilo A a mesma dos selvagens da ilha Espa-


niola, que foram os primeiros a emitil-a ; pois o autor da
istoria d'estes insulares diz, que os indios, conhecendo
qiie os Espanhoes, sem se verem nem falarem, e apenas
mandando cartas de iim a outro lugar,eu tendiam-se, acre-
ditavam ou que os Espanhóes tinham o don da proficia, ou
qne as missivas falavam,e acrecenta o mesmo autor:-De
maneira que os selvagens,temerozos de serem descobertos
e surpreendidos em qualquer falta,continham-se no dever,
e nilo ouzavam mais mentir nem furtar aos Espanhoes.
Portanto digo, que, para quem quizesse aqiii ampli-
3car esta materia, aprezenta-se bonito assunto, tanto
paraJouvar e exaltar a arte da escritura, como para mos-
trar quanto as naçóes, que abitam essas trez partes do
mundo, Eiiropa, Azia e Africa, devem louvar a Deos
pela superioridade sobre os selvagens d'esta quarta parte
xamada America; pois quando estes náo podeiu comiinicar
couzã alguma sinão por via da palavra, nós ao contrario
temos a vantagem de náo mover-nos de um logar, e 110-
dermos por meio da escritura e das letras, que enviamos,
declarar os nossos segredos a qiiaiitas pessoas nos apraz,
embora estejam estas mesma3 pessoas nas extremidades
do mundo.
Assim além das sieucias que apreiitiemos tios livros,
q u e os selvageus certamente náo possuem, acontece
ainda, que a invenqáo da escritiira, que 116s temos, e de
que eles estam inteiramente privados. deve ser posta na
ordem dos singulares dons, que os oineus de c& rece-
beram de Deos.
5 3. Para voltar agora aos nossos Tupinambhs, pro-
.seguirei dizendo, que, quando conversavamos com taes
.s*lvagens, e vinha a couza a propozito, lhe diziamos, que
acreditavamos ein um 96 1)eos soberano, creador do mundo,
I, qual fez o c60 e a terra com todas as couzas n'ele
m t i d a s , governa e tambem dispõe de tudo como lhe
.apraz.
Quando nos ouviam recordar esse artigo,olhavnm uns
para os outros,empregrtndo esta iiitergeiçiio de espanto: -
T e l i ! que lhes 6 ahitiitil, e siguificava a sua admiração.
35 P. 11. VOL. 1.11.
Qi~:m~lnI,IIY{YII o t,rnr5i>, a qiie x111ini11 Tttl7t71>*,
fic.al11uiiii to ~ ~ s i i i~clns,
z t conio nciinnte ni:ii~P x t r n ~ : ~ r ~ ~ ~ l i t ~
tlirci, c pn,. isso clt? ~ci?i'dilcoii~n siia r i i d ~ ~ ;Iz prov~it;lll~~>q
e
R ~ic.nziAçipai.:\ dizir-llies, qiie ern Deos, de q i i e Ilie t ; i l : i .
vxmns, qnem xsaini f'aziit ti-rmer o cc9 e ;I tcrrn r ~ a i : ~
I I I , I < ~ V W:I 511a CI.:I.R(~PZ:Le. ~imler.
A P1l:t pi-@~lt:\.r ~ ~ p o s Rf aisto CI'%. qllP, f i n.;~il)\
<I<

iiitimidnva, ent5n 1150vnlia. nnntln.


Eis rirlni n d ~ p l r ~ r a r egttiilo,
el em r111i vire wsrt ~ i i -
rera g e n t ~ .
('orno ent.511 (dirii :il~ciem)poile siiced~r, qiip psib3p
Aiiierir.:iitos virain c!iiars brmiitostinir na^.;, 5em r e l i r i q o
nlqiimii'?
Cei.t,amcnte pn1rc.n tlif~renir10 hriit.0, roirio j6 dice, I.
Iietiso, rliie tia t.ei-rn n5n rsistc. i i n r ; l n nlqiinia, rliie ni:\ic
itfi~~tatl;b viv:i ( 1 qiiall~'1c
~ liciozn.
En t.ninilo crii iiintc>ri, o por rlcclarnr, qne r+--
.
c.nnlieci, qrie:il:i iiiun. Iiix ; 'srestare, no i n ~ i o11:1s
esl'eçsas trevo.? tia lgrioi.:...,.,., ,,?i qiie se c.oiisPrr:im. ,?
clifo ;ir11trs <]c! tril o50 PO r,l'i'ern na irnort:ilicln~leiIn.
, inq tnnilii
I L ~ I H ; ~n tiieiite ncrclclit~sni,que, ilipriis ( l i 1
iiioi.t e (I'11ssorpfi* 1s q11e ~-ivcrttn~ virtiinzfiin,~~itt~,
g;ii';iru-se bem, e com-rnni mnitn? ininiicn~, rnni pnrrr
:\l4ni cle rtltns montanli:~., ondir tlrtii~anieiii I;:irrnnzo~j~r.~Iiri~
i:iiiii ai; alnin< i l n s SPOS :ivris (snin os cainpns T.:lizcris (1,1s
pnetas) ; ai) crint.rai-ioR'.; almas dos col~anlcs,e rl:is pez-
soas somenas,que não se importaram da defensaoda patria,
vam com Anlianga f , noma dado ao diabo na sna lingua-
gem, pelo qnal, dizvm, sam constantemente atormentadas.
5 4. A este respeito cumpre notar, que essa pobre
gente, durant,ea vida, B afligida por esse espirito maligno,
a qne tambcin xainurn kaegerre, e quando nos falavam,
como miiit;ts vezes prezenciei, sentincio-se atormentados e
claiiiitiido siibitibiiieiite como enraivatlos, diziam: - Aii!
n , nos esp:inca. » E diziam,
ciefenclei-lios d e - l ? ~ l ~ n ) z yqiie
qiie realiiieiite o v i ~ i n ,orit eiu foilua de quadrupede, ora
de ave, ora. tle qiialiliier oiitra est,ranlia figiira.
-
.;
1)
O
;ic~torc+.rtB\I?: - T o 1 1 1 ~ t t .
autor i'x-re\i>: - A y g t ~ ( , ~ t .
HISTORIA DE UMA V I A G E M h' TERRA DO BRAZIL 275

Admiravam-semilito, quando lhes dizinmos,que não era-


moa assaltados pelo espirito mho, e que essa izenção vinha
do Deos, de quem tanto lhes falavam os,^ qual, por ser sem
comparação muito mais forte do que Anhanga, prohibia,
que este nos molestassee nos fizesse mal; por isso acontecia
algumas vezes, que eles, sentindo-se vexados, prometiam
CI er na divindade como nbs, mas conforme o proverbio,
que diz, que passado o perigo, zomba-se do santo, apenes .
viam-se livres, n8o recordavam-semais das promessas.
Entretanto para mostrar, que o alegado sofrimento
não 6 brinco infantil, como se diz, eu muitas vezes os vi
por tal modo apreensivos d'essa furia inferna1,que quando
se recordavam do que jA tinham padecido, batendo com as
msos nas coxas e em estado de verdadeira a0i@o, com
suores na fronte, qiieixando-se a mim ou a qualquer outra
pessoa da nossa comitiva, diziam :-Mair atit-nssap, ace-
q u e anhanga attipnné *, isto 6, Frtlncez, meo amigo,
(ou meo perfeito aliado) temo o diabo (ou o espirito mali-
gno) mais do que tudo.
Si porventura aquele a quem se dirigiam lhes
dizia :-Nacequez'ei Awhanga, isto 6, eu não o temo, eles
deplorando a sua condição respondiam :-Ah ! quiio felizes
seriamos, si fOssemos prezervados do mal como vós. » Ao
que replicavamos :-E' precizo confiar como n6s n'aquele
que 6 mais forte e mais poderozo do que o diabo.
Mas embora algumas vezes, vendo o mal proximo
ou jh realizado, protestassem crêr, tudo isso depois se lhes
varria da lembrança, como j& dice.
5 6 . Ora, antes de passar adiante, acrecentarei em
referencia ao assunto da crença dos nossos Brazilienses
americanos scbreaalma imorta1,que o istoriador das Indias
ocidentaes diz, que os selvagens da cidade de Cusco, capital
do Peru, e os das circumvizinhanças professam igualmente
a imortalidade da alina, e o que mais 6, creem na resur-
reição dos corpos, não obstante a maxima sempre aceita
geralmente pelos teologos, a saber, que todos os filozofos
pagãos, e outros gentios barbaros tinham ignorado e negado
a resurreiçko da carne. E eis o exemplo por ele citado.

O aiitor rscrebe:-Yair afoil-asdap, acrqueiey aygnan atoupané.


Os iiiilinq (ilis CIO \Tixnclir I ~ I I Po< F\11:1nlio~-. rlrt~nll~i
sljrinni ns scriii11-rrisyinra iipo~%tr-w i l q i n i i i m e c!%= ri-
qlli*x~sali ~ x i u t ~ n t a~tsi ,r f l ~ ~1131' n ~3 rirl~li P pqrn ali I!.

i i s s n i (!ri5 mnrtO.;, p~rlitttlli j I l f . 11s 11:ío e ~ p n l l i x . ~ ~ m 8ctii.i.


nti~n 11 < i t i imprfIis<r I ~ C~ - ~ q l s c arj t; pi01;
(a ITP r t s~lr.irrnsd ' r ~ . ;~~3 1 7 C) T - ; P ~ ri i

rt's~trrf n a iirinrtnlid:~d~ 113alma.


I r i - t m m f r I I t~mT,ii-

idos c ~ r t annq:in p:?ynn n r r ~ i l i t n v nii'pqte c1 P Y ~ ~ I -


nie-se t l ' p s t p nindo.-Depois qiir .Tiilio 'I. PC) .1r10-
vi(itn e: o$C;rritiziin.;, ~ I I rr?m P cimrnq i'utr ianient.~
~ i . : i n ~ l eP <niiii v:ilnrnsoc, rlvs iii~r*ti:imiiitrr1rici:irn~ntr.
r. n;in t ~ m i x ma ninrtp. ~4pci.nn1le1 rrkiic.itnr.
Istn cl~rii;~ i ei q i r e c w n i ~ n t rnRri'.nr :iqiii. afim I!P qnib
cntcndnia toilns, r l i i ~ ,4 nq ~nni.; rnllislii :irlns xtGns. rlh.
qii~ 11 nossn t ~ r r ~ x l h i >r r ~ r t i,tGrnicl~cniiiiiiii,.rim 11.
'J'ripinrimhAs ri q ~ i ~ r r r ~ i n >r, rtli,'t< (IP I I I ( - I ( ~inziq
(I w-
tra111io e brstinl do rlitr c tws, I ~ I I Pn.in P T ~ Y 1~) ~P n q .
xo I T I B ~ O SP S ~ P SI ~ I P S p n s , , . ~ , , , . , , C P r \ r i \ t ~ i i iclinltcic peirr
atormeiittir, nindit GL! n'e\tr niriiiiiti, anc qiir nprrxnl Di+ri.
n SPO pnilei..
a i ; . Si replicarPm, ~ I I P n5n ~ x i ~ tniltrn-: ~ i ~ l ilinhriz
alem 110smiíos nfectoq rins ~rncn.;.cnnin:ily lntlw ntti
s11st~t11 nr, C ~ I I pnrtaiitn
P ! I loriciira jirr~iin h OS 9111-
v : t ~ ~ t . n11c s C ~ I I X fRm~ t astiraq, r11 r ~ ~ p i i n t i i * ~ si atpri-
rli.rnicis ;ti) qtro j i clilae, P i;riiiii rc~i.~l.\~lt*, ,.i sxii+*i.,I ~ I I I '
Americanos sam r ~ e l vizit.~Irnelitr a t o r r n ~ ~ i t ; ~ i ~>elri. lns
espiritos malignos, frtcil será julgar com quanto dezacerto é
isto atribnido ás paixóes iimanas ; pois por mais violentas
que estas sejam,como afligiriam os omens d'este modo?
Deixo de falar da experiencia,que temos p o r d d'essas
couzas; e si n8o fosse lançar perolas aos porcos, que
agora repilo, poderia alegar o que dice o Evangelho de
tuitos eudemoniados, que foram curados pelo fillio de
Deos.
Demais conio esses a t h s iiegam todos os principias, e
sam por isso indignos tle se llies alegar o que as Escriturs
santas tam inagniticamente dizem da iinortalidade da alma,
eu ainda lhes anteporei os nossos pobres Biazilienses, os
quaes na sua cegueira ensinam, que no ornem iião só existe
um espirito, que não morre com o corpo, mas tambem que,
separado d'este, fica sugeito h felicidade ou infelicidade
perpetua.
E quanto ao terceiro ponto relativo a resurreiçiio da
carne, bem que esses cães se capacitem, que, quando o
corpo morre, jamais se levanta, eii llies oponho os indios
do Perú ;os quaes no meio da sua falsa religião, sem terem
alihs outro criterio, alem do senso natural para desmentir
estes entes execrandos, erguer-se-80 como juizes contra
eles.
E porque, como jh dice, sam peiores do que o
prios diabos, os quaes, conforme diz Santo Iago, crêem
na existencia de um Deos, e o temem, faço-lhes ainda
mui grande onra em dar-lhes esses ùarbaros por doutores.
Sem falar mais por ora de tam abominaveis creaturas,
eu as envio diretamente ao inferno, onde colherhó o fruto
dos seos monstruozos erros.
5 7. Assim para voltar ao meo objeto principal,
que é proseguir no que podemos xamar religião entre os
selvagens da America, digo antes de tudo, qne, si bem
exaininarmos O assunto, veremos, qce, em vez de ficarem
trnnqnilos os selvicolas, quando ouvem o trovão, sam
por irrezistivel potencjit constrangidos a tremer ; e daqui
poderemos coligir, que não s6 verifica-se n'eles a seii-
tença de Cicero, por mim jB, citada, afirmando não existir
povo aigum falto tla noção da existencia da divindade,
mas tambem que o temor d'aquele a quem não querem co-
nhecer os torna completamente inescuzaveis.
Quando o aposto10 dice.que Deos,permitindo outr'ora
aos gentios diversas vias, beneficiando entretanto a todos
com a xriva do c60, e dando fertilizadoras estaçGes,
nunca ficha semtestimunho, isto asshs demonstra, que, si
os omens não conliecem o seo crertdor, procede o fato da
sua propria malicia .
E para mais os convencer diz em outro lugar, que
aquilo que é invizivel em Deos, vê-se na creaqilo do
mundo.
Embora os nossos Americanos o niio confessem de
boca, sucede todavia estarem por si mesmos convencidos
da existencia de alguma divindade ; por tanto concluo,
~ I I Pnan (tPr.:?nr,cr,irzadris do j,ecado, qiiniido niin podrm
n1rcl:ii j~iinrzncia.
-1li:rn iIn (111~jit d i c ~nc~rt-nda imnrtnlirl3d~d.i. alma,
tsm q i i ~ :ir,rrclitam, 110trii~50.coni qiie >e :itei'r.ini, 1 % 110.
ilialiric.e ~ ~ ~ ) i i . i t o - r n a l i ~q ni i pn s0':, PSp:lnc-niii P 3trirni~nt-irli
( r l i ~*atn ~ (1.; t r r z ltnntliq, qnc ciiniprt4i i i i t e ~rir tii~lonornr 1
iiin4tr:ii ~i aiiida r n i qii-irto liirai. (.orno t S . ; t * ~ çrn~t'litp ( 1 6 '
i.clliyi%n(si t i ~ d : i v ~ : r3 9 pi.!tfic=:lr tloi > ~ . l \ : ) t 7 ~ 1 iiiIPrPrt>n)
~

P F ~ P tit~lln'hrnta e n5o 1ii;ilr ~ ~ t i r i r i i i r .;, n i ~ i


cihstxntr_n.: oJrsc11r~strrvds cm ~ I I Pv ~ v o n ~ tq.

$ H. Pros~niiintlrin'pstn ni:itrri:~crin PY, (ITI.~


ns s r l r a ~ ~atlmiteni n~. cprt,~.;filsi I. X ~ I I ~ I ~ 1.7-
~~IIIS
) . ( r h r / ~ f i s ,0s q i i f i ~ q , an4Iarn ( 1 a111
~ ldi,i:t, cnmn o.;
tirailoies t1p I,tilairiliciiin pipn~ 7 ~ r nrrt3r. qnl'
corni~riicnm-.r ccim os ~qpiritni.v ~ I I P - F Ors-P ~ m ~ i ori'in c('*
pod~indar fíirt:n I Z , vnrno r t 3 r i c ~ i -P çii-
p1:int~r(i.; inimi :\ :riili.rn : i 3 1 ilm~rit
p~rcnnti~rn tcren !ttia ( ~ . P P P Ye r-iiyr~ow~r 9-
i . ~ i ~tAr ris s fi.rllri.;, qiir :t trr.1.n c10 1 1 1 ~ z i Iprn~lii?,roiri 1
a I h i r ~j% f ~~ l i i ~ t ~ ,
Oiivi triigiinibps da S n r n i n n d i : ~por n i u i t n teinpn rt -
x i d ~ nr.: t n'rsc.c 11:4iz ilizcrriti, ( 1 1 1 ~0 5 nocsn. 'i'iipirl q m J ) & -
cnstnm,tm rcuiiiv-se cor] solcni{ln
trez oii ( i q1i:itro ~ plll q11: ou, r cri
iirn:~~ ~ ' ~ S S r~iini;>w, R I A~is:ir,ci
o que com verdade posso dizer.
E m ocaziãoem qtie eii e outro Francez xamado Tiago
Ronssau, com um trugimão, percorriamos esse paizt dor-
mimos em certa noite n'umrr aldeia xamada Cotina, e
quando pela madrugada seguiamos caminho, vimos os
selvagens dos sitios vizinhos xegarein de todas as partes,
com os quaes os moradores d'esta aldeia, saindo de snas
cnztie, ajiintaram-se e foram iniediatauiente para unia
gr;tiitle praqa reunidos eu1 1iuiuei.o tle 500 ou 600.
I'i~raiuoseii tão, e roltauios p,zr;L haber cou qiie fim
reunia-se estii as~eiiiI)16a,quando rimos os selvicolas de
subito separareui-se eui trez bandos, a saber, todos os
oiiiens ficaram eiii unia caza, as iniilheres em outra, e os
meninos e u outra .
HISTORIA DE U N A VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 279

E como vi dez oii dOze dos taes senliores ca~altil~us,


qne estavam entre os omens, suspeitei,qiie fariam algiiiiia
coiiza extraordinaria, e pedi instantemciite aos meos
companlieit-03para demorar-rios ali a fim de rermos esse
misterio; na que coiisentirain .
5 9 . Os carnhibas, antes de sep.irareiii-se das mu-
lheres e meninos, prohibiram-llies severamente, que n&o
saissem das cazas, para onde iuiii, devendo de 16 escu-
tar atentamente, quando os oiivissein ctiiitai.. e tambem
ordenaram, que nos conservassemos encerrados no apo-
zento, em que estavam as miillieres .
Quando almoçavamos, seni sabermos ainda o que pre-
tendiam os selvagens fazer, começamos tr ouvir na caza,
onde estavam os omeris (a qual ri&o distava talvez triuta
pessos d'aquela em que estavamos) iim surdo miiriiiuiio,
como recitação de rezas devotas ; o qiie ouvido pelns mu-
lheres, que eram em numero de qiiazi YOC), puzeram-se
todas de pk, e atentas ajuntaram se eni um s6 feixe.
Depois os omens pouco a potico levantaram a voz,
e mui distintamente os oiivimos caiitar totlos i.eiinidos, e
repetir esta intergei@o de encoraja~nento :-H@, h?, hê, hê.
Ficamoa espantados, quando as miillieres, respondendo
do seo lado coni voz tremula, e I epetindo esta mesma iii-
tergeiçilo :-Hè, I<ê,Irê,Irê, comecarain a gritw por espaço
de mais de iim quarto d'ora, de tal modo que não sabia-
moa o que fizessemos.
Elas assim iirravam, saltavam com g r ~ n d eviolencia,
agitavam as mamas e esciimavam pela boca, e algumas
cahiam desmaiadas como os piicientes da gota coral ;
por isso n&o posso deixar de crer, que o diabn Ihes
entrasse no corpo, e elas de repente se tornassem
possessas.
Tambem viamos os meninos agitados e tortiiradas da
mesma f6rma no apozento, em que estavam separados, e
qne ficava mui perto de n6s ; e embora por mais de seis
mezes Aj eu frequentasse os selvagens, e jb estivesse um
tanto acostumado no meio d'eles, direi sem 4esfarçar
couza alguma, que tive medo, e igiiorando o exito do
estranho CJZO,dezejei antes axar-iiie no nosso frirtim.
2 I ri. Cessando n riiido e urros ci~nfii70*,o< rimrns
li7131; I I H p~qtietla~iai~zii, e ficando eiit5o as ~ i l i i l h ~rhr UIP- ~s
ninris ttntlos cnl;idns r. rloietcis, 0.: oiivimn.; t l ~novn rant.ir.
rr~s.naiirloI-ozvs corli t;io iiiar;~rillinz;i.nrinoni~i.cliic. j i nral-
ninrl(~tln 5iisto P oii~iiiilosons ( I ~ J C PCS _rri.nc*ici7(1.i,n5o nir
d i . ~ r * n pergiintnr,
i si ( I P z P . ~ ~ >I~ - ~ tnilo
r IIC 1 1 ~ i t 0 .
~,iii:tnil~-i
pai-Cdni cliiiz .nir par:+ ~pi.osiriinr-rn~. n:in 4
8s mii1lierc.q nie nbst:ii.;tni, ma.; tnnilicni n nii-w triirimdo
clice, qrie rivin II'VFSC riaiz por >ri<o11 sete ;iiiiios, C> nitnr.7
~ t xt* I'pvern R P S ai. ~ n o nicin dos F P ] T ; ~ ~ P T ~ SC I C R ~ ~ >~O\ ' P s -
1101-
tas f r z q t a q ; ncrrr~ntniicln q r i r , c i ri\ ,!li fros.~, iii1ii nli1.a~:~
p r o d ~ i i t a r n ~ i i tinis
~ , coi-rehrin periyn.
Flzit~ipor 111111 mnmeritn ; tatlxvia coiiio int~rrorradn
n tiniizim;ion i n rr ie- [ l.: i ~ -vr :iz:io siificirntc do spn clito. r r.!,
c o n t i a ~ ~ amizade
n:~ tios I ~ r i n - ;vellicis n i í m d n r r ~11:j nlrlei?.
n : q~ifll
~ a entn rti cstirerx por qii:itin on ciiicn vfz-
ZW, :trinis a e:tir, p n r t ~por fnrqn,pnrti. por v~infn~?i-.
Api. ie p o i ~do l i i ~ n rcl(irii11.
, 1.11 oiirin n cbrinti-
Ia&: P como acontece serem ;i< cnzns ilo.: SPIVRSCIII rr~~~i
compridas, ai~rtlniid:~dns na p i t e siip~riiii.cnnin ns latntl,?s
ilri.; nri~so~j;inIin.;, e c o l w r t ~CIP s rnnin.;, ci!ins pnntn4 tnrani
iio sAln, aliri com 3 s nilos 11ii1 11iir;iconn cci1irrt:a rixr:i I-ri
t~ corizn ii ~iiinliti.rnnt:ul~.
Faxentln iqtci, t1c.i sinal com n rl~clíi80s clois F'rnnce-
zes. í l i i ~mP ohserl-nwni ; e plpu, c0111 11niPo cx~mlilo.nrir-
ninrniii -s~,~prrixirnariirii-se seiii em1i:ti-syn neni 11i li ultlntl t.,
e todos nós trez entramos na caza.
Vendo pois que os selvagens (em contrario do que
pensava o trugimão) não s e espantavam comnosco, antes
coiiservavam os respectivos lugares e ordem de modo ad-
miravel, e continuavam com a s suas cantorias, acomoda-
mosnos mui bem em um lado d a caza e os contemplamos
com toda a satisfnçáo.
5 1 1 . Qiiaiiclo acima falei das suas dansas n a s ocaziões
de beberi.oiii;ls e cciliianqc~s,pioiiieti iueiicioiiar tambem
oiitia iiiaueiia de daii~iti.eiu. iifini de iuellioriueiite re-
tratar os selvagens; e eis aqui o eiitoiio, gestos e garbo,
que aprezeiitaui.
Unidos iiiis aos oiitros, soltas as I U ~ O S , fixos no
mesmo lugar, formados em roda, c u r ~ a d o spara a frente,
suspendendo algum tanto o corpo, movendo sómente a
perna e o p6 direito, tendo cada um a mão direita nos
quadris e o braço e a mão esquerda pendentes, assim can-
tavam e dansavam.
Em raziio do numero das pessoas, formavam trez
rodas, no nieio de cada nma das quaes estavam trez oii
qnatro dos taes carahibas, ricamente adornados de roupas,
carapuças e braceletes feitos de lindas penas naturaes,
novas e de diversas ccres; tiiiliaiii em cada miio nm ma-
racá, que faziam resoar em todo aquele ambito. Estes
maracbs sam campainhas feitas de certo frnto, maior do
que o ovo do avestruz, e destinadas a esse uzo.
Não poderei dar melhor idéa dos taes carahibas no
estado em que entlo se axavaiii do que comparando-oscom
esses esmoleres devotos, tocadores de giiizos,que enganam
a nossa pohre gente, e andam de lugar em lugar com reli-
carios de Santo Antonio e Sáo Bernardo e outros simillian-
tes instrumentos de idolatria.
Além da prezente descriqiío, quiz dar idéa da couza,
aprezenhndo o seguinte dezenho * do dansczrino to-
cador de maracá.
0 s carahibas, avançando e saltando para diante,
e depois recuando para traz, niio se mantinlirrm sempre
no mesmo liigar, conio faziam os outros assistentes ; e ob-
servei, que eles muitas vezes tomavam uma vara de ma-
deira, do comprimento de qnatro ou cinco pbs, na extre-
tremidade da qual avia certa porção (te erva petitn, jti
mencionada em outra parte, seca e aceza, voltava-se para
todos os lados, e soprando a fnmaça sobre os outros sel-
vagens, dizia :- Para que vençaes os vossos inimigos,
recebei o espirito da força.
E isto repetiram por muitas vezes os autuciozos
carahibas.
$ 12. Ora estas ceremonias duraram perto de duas
óras, e esses 500 ou 600 omens selvagens nunca cessaram
de dansar e cantar, avendo tal melodia, qiie aqueles que
os não ouvirsm nUo creriam jamais, que eles combinassem
tam perfeito acordo, visto não saberem muzicíi.
Falta alui o de~enlio.qiie iiào reprod~isiiiiorr.
36 VOI.. 111. P 11.
I<,coiii efeito no começo d'estrr ~ l ~ n z i..%, n r rct in~lnP I I
na c:izn d:is intillieres, c o m n d i c ~ ,hr)!ri :,lzuni ciiqto ; m . i ~
eiit30 tive p m coinpai~ssc,;tot:rnt.t alpg-i-L, q i 1 ~tiqii~i:i'(-
sni.to, n i i r i n d r i ar,or.il;ri,s t tm arinonicos tle t:iiiisrili.~rnitlfi-
rifio, s n l ) r ~ti~{!opelit r v l r n c i a (10 w t r i I ) i l l ~11:l ~ T\:il~t 1 , PIII
I * : u I ~copl:~41:1 q!~altotlns, ~ ~ i . o I o i ~ ~ :I, a ~T Oi iYl, o(1 i 7 i i i r ~. -
/I t' jt ,f t ~ v r t t ? ,lt,,to-n, / t ~ ~ t r ~ 11,,1tr,
r ~ r t i~t ~, 7 t r (o~~ ,t ; l t .0 1 1 I Y I ~ O
il'i.;so me recciril.i, palpita-mr o r.or ic;.in, r. 1>xi.tArt.-inca
niniln ~ s t w o i i ~ i n i l otii(lii
Q { I R ~ I~I O I I ~ X P tY~ ,r m ~ i~ n x r ,l v ~ t o r : ~
rnin
~ i ~o pG 11ir~il 1

no x5ci ciini in,ii.; for(;:i, e clepni.; i 1 v:i(I:i


~ iirn cii.;pir !r:ti.i ' 1
f'ib~nt?, tndou iiiianiiiicmcntc~,c o a VOZ i~0111.x. prciriliric i i r t 1 1 l
(111:i.; OII t ~ e zvtAzes:-Jlt'+, lttm, 1tt111,l i t f n . C n q q l n l 5 1 1 -
cliti.nm .
13. F; rnnin ~ n t 5 ocn nindn ii:ici eiitciidia 1 1 ~ 1 131
1ingii:r~enii104 s~lvnpcns,e, tin11a~11 ele< clito i )1172~,
~ I I PIII ~n,Io c,o~~~pr?l~~:nil?rfi, pedi ;to t 1+11qi in I I I P n-
i~sclnrt~c~i~.
D i c r - i n ~ . niie priiaeir:iineiitc in<istir:iin iiiiiitri pi~i
li~iiient:ti l~it~*.
iii:i 3 pnr bois d n 111ni.t
prpprairn :is motitnr n l i ~ . .
oiiile rliinsiir~nrne SP recozij:irinni no iiirio (i cssw Era- 1'

nr(wnK~i.;.
r
! inliani d~poisnmeiiqrtdn, que. n tncin n ti.,iiic~,cnnio
I

aEznq:~v,~~u e C O I ~ P i:1111
111~e~i~l~~rixiii
1)s <*,osc;li-,~l~il~,is, I II*

Goitacazes, * nnçao inimiga, e selvagens tam valentes,


que os Tiipinambhs nunca os puderam submeter, como
atraz fica dito.
Finalmente tinham em suas canções intrometido e
celebrado, que as anuas em certa época tinham trasbor-
dado por tal f6rma, que cobriram toda a terra, afogando
todos ou omens do mundo, excéto os seos avós, que ealva-
rani-se nas mais altas arvores do seo paiz : e este ultimn
poiito, qiie eiitie eles é a coiiza qiie ilinis os aproxima da
Escritiira Saiit:l, miiitil~ vezes depois os oiivi repetir.
Com efeito verosiuiil E , qiie de paes n fillios oiivissem
coi~tarnlgiiiiia çouza tlo d i l n ~ iiiniversal
~) e do teuipo cle
No6, e tinliani corrompido e transforni:ido a ~srtladeem
mentira, como costumam os omens ; acreceiido que, pd-
rados de toda a especie de escritura, como acima vimos,
lhes 6 dificil conservar a noticia das couzas coiii toda a
pureza ; por isso adicionaram essa fabrila, como fazem OS
poetas, de se terem se03 avós salvado nas arvores.
9 14. Voltando aos nossos carahibas, cabe dizer, que
n'esse dia foiani bem recebidos por toclos os selvagens,
que os tratarani magniticainente com as ineliiores viandas
que tinliam, sem esqecer-se de fazel-os, na forma cos-
tiimada, belier e caiiiuar, e tainbam eu e dois Fran-
cezes,meos companheiro9,que inopiiiadamente axamos-nos
n'esta confraria de bacanaes, como j6, dice, tivemos por
essa cauza bo3 xira com os nossos ~~titssacás,* isto 8 ,
bons paes de fainilia, que dam comida aos passageiros.
Alem de t,rido qiianto acima fica exposto, convém di-
zer, que, passatios os dias solenes, iios quaes os nossos Tu-
pinambhs de trez em trez annos, ou de quatro eiii quatro
annos e algumas vezes depois tle maior espaço praticam
essas macaqiiices os caraliibas vain de aldeia em aldeia, e
enfeitam com as mais bonitas penas, qoe encontram em
cada fxmilia, trez ou quatro bagatelas xaiiiadas marachs,
ou quantas bein llies parece. Assim itdo~nado~ os maracás,
infincam no váo a paite maior do pClo que os atravessa,
os dispõem eiri linlia no meio das cazas, e ordenam depois,
que Ihes dêem comida e bebida.
De sorte que esses embusteiros fazem crer aos outros
pobres idiotas, que esses frutos, especies de cabaça, as-
sim cavadns,enfeitadrrs e consagradas comem e bebem de
noite ; e como cada do110 de caza acredita n'isso, não
deixa de por junto aas seos maracAs farinha, carne e
peixe, e tambem a bebida xamadn cnuiva.
$ 15. Ordinariamente os deixam assim infincados no
s610 por quinze dias ou trez semanas, sempre servidos da
mesma fórtua; e depois de praticadas esta; bruxarias
formam opiniáo tam extravagante sobre esses marachs,
que lhes atribueni santidade, e trazendo-os quazi sempre
empunhados na mão, dizem, que, quando os fazem soar
repetidas vezes, algum espirito llies vem falar.
O autor es:re\e : -.Uottssncal.?.
E ee.tniiiencasqn~tndnr~ ' P S C Pprrn pnr t.11 fiirina q i i ~ ,
nilo por si ri11w :I[IO izcn t0s.T icirnn\
( i - ~íifrrpi
r rnc.:cs, H ;t n n i n r aimn; cl
( \, como 7 I I I I + ~ jiil
, c;ivnrn n s nnq-
- -
cns ,~in~rirnnri\, qiir iqso 110sr>iri7nriz tlr-rrn7:i.;. e nin
SP c n ~ ~ c i d l ~ ~ - nnvia~m
n n sof~nrlirliisi10 qiic rcyiiitsm (1.
siipcarqt icictzos r S I I C P I ~ O ~ P(105
S ~ a r ~ r d i i 1t10~ qI? 191 ( 1 v'r
~
tnriisr n\ nfri.~rid;isronss:r.:idas xns 1)itnif'rnt~~.ibq
qiinrs PT . roni ilrbxnrirn (IP T)WS, nlirnciitnm-<P
rorda c! c nte cnin as q11!1< mnrnfrinns c l~a~t;lr~lus.
0 (11 I: si nprnveitnv~nio~ a oc:i7i;íit rlr ;~il\-er-
til-os rins spns erros, r ciiziniiins,qiic. n s cnraliil)a~ nRri cii 0s
myitnxvarn, qiiiin~li,ris f:i7i;\iii -iri.rilit:ir, qiií4o.: ni:irnriis
roi~ii:iiiic Iichiani, ma.: t:inilrcni n \ itiidiwril, qitsn~liifnl-
~ r n linreni ~ I PS P I - ~ I I IP I P ~ rlii13 f:lii~nlOS friit OS
.iniiiPri t c 9e
C raizes r r e c ~ ie. r, pois rliipni tiitltr i\<{, f'11i:i r3rn
i) U ~ n i ; ,em qrieni nin.;. r. ( 1 i i i A nnrtnri:irnmn%; i s t o
r n l i n tanto cnriin ..i triln\.cmris ciiiitrn n p?pn, oii
dirpswnios ein P.iriz, qiie :r reliqiiin dc S R I ~ G ~ IR~ T ~ ~ V C T I
n;ln l ' i ~ zs
trap8cPii0nq c ~ r h i l i h ~n3o
s nns nhnrrp-
cinni ni~r ir! os fiiluos profi.t-i.: (li. .Texriltc~l lr(i~pio-

srwn dra Ilrns 14:li;ir, qiidnrlri íl~sc-nlirizns F I V I ~~11117C14; P


rnm~qnnrliipnr n r i l l t ~ r - rlc
~ r nc'l*,terni;ini ~ . i i .(111(lo~mir
nRq
~111~.'iil\,
(inrl~snl~ii~iri, qnr est?rliiiins.
§ 16. Os nossos Ttipinambhs,conforme o que dice no
principio d'este ca~itulo,enada obstanb a s ceremonias por
eles praticadas, não adoram com a genuflexão ou outros
meios externos aos se09 caraliibas, nem aos seos marads,
nem a qnaesquer creatnras, e menos se siiplicani e invo-
cam ; todavia para continuar a dizer qnanto entre eles
observei em materia de religi?io, citarei ainda iim exem-
plo.
Acliava-me e u outra ocaziiio coin alguns meos pa-
tricios em iiuiu aldeiii xsinada Ornret~lin, distante duas
legoas dtl C'oti~trc,tle que j6 fiz menção, e qriando ceavamos
xio meio de iiiua pi.aça, os selvageiis do Iiigiir reuniram-se
para contemplar-iios e li50 para coiiier, pois, si querem
onrar a algiini personagem, riáo corneiii cou ele.
Os selvagens, orgiilhozos de ver-nos na sua aldeia,
davam-nos todas as possiveis demonstrações de amizade,
e tendo cada um na mão um osso do focinho de certo peixe
do comprimento de dois ou brez pés, formado B feição de
serra, estavam em roda de n6s como nossa guarda de ar-
xeiros, para afiigentar os meninos, aos quaes diziam na
P I; linguagem : - Miunçalha, retirae-vos, pois não sois
dignos de aproximar-vos d'esta gente.
Toda essa turba n2lo interrompe0 uma sb paldvra
da nossa conversaqão, e deixou-nos ceiar em paz ;mas um
velho, que observhra termos orado a Deos no começo e no
fim da refeiçáo, perguntou-nos:-O que significa este pro-
cedimento, que acabaes de ter, tirando por duas vezes o
xapéo sem proferir palavra alguma, excéto iim que falava,
quando todos os mais estavam calados ? A quem dirigia-se
o que ele dizia? Dirigia-se a vbs, que estaes prezentes, ou
H dguem que axa-se auzente?
5 17. Aproveitamos a ocaziilo, que tam a propozito
se nos aprezentava, para falar-lhes da verdadeira religiao,
convindo acrecentar, que essa aldeia de Ocarentin é das
maiores e mais povoadas d'esse paiz; e como parecia-me
v8r esses selvagens mais bem dispostos e mais atentos
em escutar-nos do que de costume, pedi ao nosso trugimbo
para ajudar-me a dar-lhes a entender o que eu ia dizer.
Depois de dizer em resposta á pergunta do velho, que
era aDeos, a quem tinhamosdirigido as nossas preces,e que
embora ninguem o visse, todavia tinha ele ouvido tudo per-
feitamente, e conhecia o que pensavamos e tinhamos no
coração, comecei a falar da creaçilo do mundo, e sobre-
tudo insisti no ponto de fazer os selvagens bem compre-
enderem, que, si Deos tinha feito o omem excelente sobre
todas as outras creaturas, era para que o mesmo omem
glorificasse ainda mais o seo creador ; acrecentando que
como o serviamou, ele prezervava-nos de perigo, quando
travessa vamos OS mares, nos quaes, para ir buscal-os,
andavamos ordinarimente quatro ou cinco mezes sem por
p6 em terra.
N'esta ocaziáo inculcarnos, que nilo temiamos, como
'eles, ser atormentados por Anhanga n'esta vida nem na
! soia!rn!n! soas sop au~e:, s!\zm .iamo:, oyo a somturtlu!sna
orno:, J a a y agus!p ma v.io,p ui'B~aluruo.rds o p m gs o-u
anb :sopsleqv ruo? tnoJeoy s.i;qmsn!dii,~ ço's\z.i~s~sd s~ssou
sy no8~o)nooyjua s o a a anb vpvaya q a d vrniis m 3
-JV:,'B~ massapi
so s ~ o U eanbiao2!jm!u! so sop03 Q mt'!~aaua~a uiv!.iz,jo.r.iap
'somsa.irpuiius anb ' v ~ ~ sapl a o?;, op s o a a o.i!apcp.iaa
os +ires e J O J O ~ ~'SQU I orno:, Lmassaz!nù !s 'o!~squo:, o s
qod 'soqno sop o@qom o mo:, a s - ~ q i o d m !sala m s p a ~ a p
ogu enb L s p n a m a q aapas.18 ~ mo:, sorns:,!lda~ oqs! 's9u
ap üi8!.i8qmOZ st?qU!Z!A S8SSOU S ~ Q S'B ~ SVl;Ol
U ' a ~ a , pSOm!S
-.)syzap 'emnqso:, ossou o somasssx!ap R.IO& !s e 'ozn oas
op essud s8uol tua somwsa aiib s.qausm ap 'soqno soa
sun souitqsm sou ossl,p s!odap anb mo:, %psdsa 8 saql-oap
- I ~ - ~ ! ~ ~ [ v : I I, 1I1 i ~ U ! SI I I ~'ai111'o.rgno 0p.i 'alsa cipii!~~cd
.rns.1nl!p~~3o
i~ijno cn,rl: i.oss»r~'aorilti I? s ~ : t fa11 SOIII!.\IIO
arn,~ojiron'win
'k!Z!.r!p Pari .i?.i~,;ir! mii 'rrra9i!ii;?it1l vmsairr R sai11-no~??jtso~q
O Y S I I , I~ I v!r~i~a!~~aqo
~ .1!11i?ti~.ixl 40 i:.ii!ri a {Y!,I?II q s a ?I o!a.i
'.n.i RP ~ I I I I ; ~ [ I !ornctn 'nliiiq.ii!ci t~ o l ) t ) ~ ~ .'ii,ira.l.rri?.rl~a
r rio
L?!'IO
i '~t?n[
OlS! '.I'
~ n f io l ~ , ~ , l ~ ~ . l ~ . l
vll,-h,;,+ ,;.,b,Lfl,Ll: t:>,,l., lq,.,
p,LpLp$

!oli!,\~~n s ~ I I ~~~ ! . ~~r r iI~i r1~i1 1 1I* S~ V ~) I I I ~!nrn


I ~ ~iiztin3a 'ki:ilPn
-i3.r7!nr o ~ ! psapnvI-,la-,1ir;irrti:l.rp=)-:na!!> a n.r.\wjndr! noiuo!
.411[1 'i)tll>.i o.1Jno 0;)3r7.17?111?'nli~.rn~i rrri?ilri!l aníi o p nirisatí
(I rtpr~y ~ n hnp IIII~~I\!]~I~ :)onsa a sop!hno
I:IP ~ , l ? ~ ~ (~I V
. i?(: l~ ~UT.ISmo V,I() SI 5
- in.rnn
~v.10? i ~ ? ~ i l r snini?;:
iiip ~ a p : i a.rflrn.;in
13qa39.i I ?.ll?d2.1(1
.I 'mania op ny,t!p.Iaci i:p sa?:inir qarll-.n!lb 7?.1n(inrnii!: rnl;;r
..i.omii \i?znZ snri 311h 'rrii:!mr[rlcin n!:>rra!aa(lsa .ror1
. ~ n h'FF.'IR.I;: .nirrzam c r invr.ra) 'sii:!iri~ir! snns srqi R I I . I ? ? ~7:
:.+mio:, 91' r!.rvq.r~?~q r? .ills!nl) a Lni~?rl~i!)~~??m so sa.ritli~ini?,lrra
.+cnzoi! 1112ni ~i!q1111?,1r3 W I J S ~o ? ~ i l111.1
~ ' S I )1.13? i i y .IJT 12.i
- n l v n i ~ ~ ~ w ! rqJ[a i i ) !s a11h 'na S ~ I ~ I I - I ? I Y !n!!cqw
~I a ! ~*.111in
mas tambem logo depois d'esse coloquio, o qual durou
muito tempo, como jti dice, ajoelhaiam-se comnosco, e um
dos nossos companlieiros, dando graças a Deos,fez a prece
em alta voz no meio d'essa turba, a quem o trugimiío de-
pois explicou tudo.
19. Concluido isto, eles nos fizeram deitar,na forma
do seo costume, em leitos de algodão suspensos no ar ;
antes porem de dormirmos, os ouvimos todos reunidos
cantar, que para vingar-se dos inimigos, cada vez mais
precizo se ,tornava agarral-os e comel-os, como antes
sempre praticavam.
Eis aqui a inronstancia d'esse mizero povo, insigne
exemplo da natureza corrompida do omem.
Penso todavia, qrie, si Nicoltio de Villegagnon se nho
rebelasse cont,ra a religião reformada, e tivessemos ficado
por muito tempo n'esse paiz, teriamos atrahido e xamado
alguns d'esses selvagens a Jezus Christo .
Ora, acredito pelo que nos diceram ter sabido dos
seos antepassados, que avia muitos centenares de an-
nos um Mair, isto é, omem da nossa nação, (sem discutir
si seria Francez ou Alemão), tinha estado na nua terra, e
lhea anunciAra o verdadeiro Deos ; talvez fosse algum
dos apostolos.
Com efeito, ponho de parte livros fabiilozos, e pon-
dero, que, alem da palavra de Deos e do que se tem es-
crito sobre as viagens e peregrinações d'esses varões
santos, Niceforo, referindo a istoria de Silo Mateos, ex-
pressamente diz, que este aposto10 pregou o Evangelho
no paiz dos Caiiibaes, que comem gente, povo niío mui
afastado dos Brazilienses Americanos.
Considero porbm miiitomelhorfundamento apassagem
de São Paulo, constante do salmo 19, a saber : -A sua
voz percorre0 toda a terra e suas palavras xegaram Bs
extremidades do mnndo. » Alguns bons expozihres
referem esta passagem aos apostolos ; e atendendo que
eles perlustraram varios paizes longinquos por n6s desco-
nhecidos ;pergunto eii, que incongruencia averia em crer,
que um ou muitos tenham estado na terra d'esses
.barbar os ?
Tstm ati. serriris (IPft~rnle p r n l espozirZo o ~ i n i ( I a
pnr R ~ ~ I I I Ia~itores
S pnrn .z sprittsnyn clc Je7ri. (:liriitci.
i~iinntluileclaroii, que o Evangrllio s o i i:\ pre~arlnrjm t411io
0 1111111i10.
K;in qiirrn afirmar o eontra~iocm relfic,lo nn t ~ m p o
dos itpostolos ; a s w g ~ ~ r a rtoilariii,ei como j:'i ncima 1111 2 -
ti'ei n'csta i.;tnrin, qiis r i e onvi p m noscoq c1iti.i nniinriair
o I;:$:~ri~ellio:~tr!:to< antiporlai ; tlp s n r t ~q i i ~ nIbm , ele -v
nasitu i.exol\~irlri:t 01)~j~qíicifiiriiiirlntIn cont i-n ri-q p 1 ~ ~ 2 -
~ I ) I ain(l:t
, t I : ~ í ~rezi11!,1~i
i~i sc2remos SPII wcnq IIIPIIO. P ? -
ciizavris i10 t t i i i linxl.
S 20. Q n ~ ton a nutra nsqpr.;$o 110sn o ~ s ~ s ~ l m ~ r i c . l n ~ s .
q\~atiiior l i z ~ m que , os seos prctlecessnrrs n-11) q1ii71)rarn
nci.eilitai. n';iiluclc (11x0 l1ip.i ilriiz ~ n s i n n ro tinm ~ ' R T I I ~ T ~ ~ I O .
t. vein niitro. 11iip pnt' inriiizztl'r-n i-eciizn os :rrnal~l~rniiii
~IPo-IIIP* ~sp:111: i(! aintlrt m:~t~iii-se t o(lo3 c!i:t~,
IPT~IOS no 1livr.nlt : ~ opw.;onn?Pnl.qiip estava ninn.
t:~dnno c ~ r , ~ llbrr i 3 , n a opiniin cle çfrtos i ~ ~ p c . 1;.
pt
<icnifi~;% p ~ r ~ ~ ~ i foyo
lJt,L i ~ e~:IIPIT~, , (Iaelo p o f i ~ r
~ , ~ f11i (11b

tirar :L paz ~1,iterra. par3 que si3 n l , t t a P w r n nn9 ans 011-


t ibou, s(?tiiln Ilie t:tilibr.iii clailn rima ~ r a n esprrilx.
d~
Eis o teqto,qiie na 1 ~raf moitn nproximn-se d a a s ~ P r ~ . i o
4 rla p r a t i ~ a(103 nowos Tiipinniiil), iria riceian~lri
trtinstornar o sro rrrtliideirn ernt rn qrie sc n i i ~
j u l ~ i q~i ~ eIIIISCO
, as cr)iizns de nii cl~ixzt-~i R nu-
truh :t tl~viddaplicaç3o. TA L 'a.
-

Entretanto recordando-me ainda de um exemp10,que


poderá mostrar, que essas nações selvqeiis, abitadorss
da terra do Brazil, seriam assás doceis para aceitar o
conliecimento de Deos, si tomassemos o trabalho de as
doutrinar, eu aqui o aprezento .
5 21. Com o fim deJr buscar viveres e outras couzas
iiecessariãs, passei um dia da nossa ilha para a terra
tirue, ãcouipanliado por dois selvagens Tupiniquins * e
por outro da iiaçilo xamada Oneaiien, sua aliada, o qual
com sua mullier viera vizitar os amigos e voltava para a
sua terra.
BIBTORIA L)E UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 889

-Atravessava en com eles uma &ande floresta, con-


templando arvores diveraissimas, ervas verdejantes e
itoms odoriferas, e ouvindo o canto de infinidade de aves,
que gorgeavam no meio do bosque, onde entiio resplan-
decia o sol. Assim digo, eu via-me como convidado a lou-
var a Deos por todas essas coazas, e tendo alitís o cora-
çBo alegre, comecei em voz alta a cantar o psalmo 104:
Exnlta, exulta, minha alma. etc ; que repeti todo.
Os trez selvagens e a mulher, que vinham atraz de
mim, tiveram tamanho prazer (isto 8, quanto ao son, por-
que quanto ao sentido nada percebiam), que, quando aca-
bei, o 01zea~zencomovido de alegria, com face rizonha,
avançou para mim e dice :-Na verdade cantaste maravi-
Ihozamente bem, o teo canto estridente fez-me recordar
do cantar de uma nação nossa vizinha, e muito contente
fiquei de ouvil-o. Mas jdice-me ele) n6s entendemos a
sua linguagem, não a tua ; portaiito rogo-te,que nos digas
de que trata a tua cantiga.
Como era eu o iinico Francez ali prezeiite e so de-ria
encontrar dois pat.ricios no lugar, onde iadormir, expliquei,
como pude, que náo s6 eu tinlia louvado a Deos ew geral,
na formozuia e governo das suas creaturas, mas tambern
o tinha em particular aplaudido como o unico creador dos
ouiens e de todos os animxes, e unico motor do crecimeiito
das arvores, frutos e plantas espalhas pelo mundo inteiro :
expliquei mais, qiie a cançiio, qiie eu acabava d6 entoar,
era ditada peloespirito d'esse Deos niagnifico,ciljo iioiiie eu
tinlia celebrado, e ffira primeiramente cantada, avia mais
de 10 .O00Icas (pois assim os selvagens contam o teinpo)
por um dos nossos grandes profetas, o qiial a deixhra tí
posteridade para ter o mesmo uzo.
§ 22. Repito ainda aqui, que os selvagens nQo iii-
terrompem discurso, e sam mui atentos ao que se lhes
diz. O meo interlocutor e os companheiros caminharam
por espaço de mais de meia 6ra, ouvindo o meo discurso,
e proferindo a costumada intergeiçiio exclamativa :-Teh!
e depois diceram : - Oh ! como v63 os Mairs (isto 8,
Françezes) sois felizes por saberdes tantos segredos ocnl-
tos a u6s, entes mesquinhos, pobres e mizeraveis !
87 P. 11. TOL. 1.11.
290 REVISTA TRIMENSIL Dn 1YRTlTLTn ITlSTnRlCO

E como para n~radnr-me, d i z ~ n d o: - Ttima l i ,


porque c a n t ~ s1) e111 " f w.me il.i(li i azoti. q i t r (I-:!.
zin, ihtn 6 , I ~ Punii peqiirnln niiinial I ntiti.oi d l ~ \ ( - i r \ ~
no cnliitirtu t l p ~ino,
...i :,I
IJnt-arnrtllick qiie estas nariies dn . 4 m ~ r i c : ~ ,
m..,-..,a
,,V C%).,

por mais btirlinras (i ci#iici.iqrie \.iiiin para com síAri.; ini-


rni~or,naiii snm [Fio ft~rnzcs.qiie ri;ío atriidiiiii nn qiic se
1 1 1 ~ 4{li%rorn biiss raziirs. rntrnfli i l ~ y c r:iiti~l:)f t ? e t r - t a
<%O.
iiii feito qiinnto ri iriilolr c1ns omcsris - ~ i \ t r ~ i t tlllr
o,
r:n rut.llinr (10 qiie n f : i z ~ mn nirir piirtc ili,\ rS:iiri-
, ...i i iA~ n i l t r ; ~ntwuna.:
nrin r~ - - c,'i I<II~OP:L, f i1 9* rc-
~ ~ ~ i 1\11
p11 t :111;i cnnici ali il.
s 2.s. I h Rhi,14 tiiialincn te tocar 11% q t t ~ ~ t . iq~r ii ,~
pode, i8L siicitnr..se Il'rst.:E 111:it~rit L, ( 1 ~~I I Pt r31o. :I \ - t 1 1 t ~ ,
(Irintlc proi:rciPni pçreii w3iv:i<i.ns.
SiiIi~ C i\to dizn a i i t ~ s(1s turln, qne I i ~ r nw r t n 6 , ~ I P .
cendrrriii tlr iiin (10.. trez fillini de .\'(~i'. ; ;ifiiiii:ii. Iiiri't.ni
( 1 qiiiil
~ d'~l(.q. crrio sei- ililici'iino, c[iii3rric>la Ij;-i*r r i i i :i
(11ier [ir!nn istnri; as.
rrfli111~~ ,; , qiie 110 1r1iIo rnr nq<*to fi!llW
, q IIP. as ill:
~ t diz, l n 1.1r.;; iri i <
i : ~ l ~ i t ~s cl'or
\i i i i r i i r i IiIe tt)i!li-
i
.- .~."nl;,., \ r .,,,.:+r."
\>111\ ~ILLL, IttvL
t >I,,
.v,III;'O f'.t1(11111 I <
t ~ r r : ~{I:\q Grw-i:t, í+filiz, Italia, P niityitr r~ziGt>< 11o--a-,
qiic o :irar wpni-a rlit .7iii16nt e por iqin cim r.nnsiilt~in~i,~~
il11:1<por 3Tnizi*s: P a ~ ~ i iTi2n n ~ s i \ t i ~ i't~n(I,~tltn
i:~ iil{it~in
para nlii-nnzrr R Amei ic.nt ririn ns terra$. x(l~~icc*ntri a
ela.
Dizer tambem que v e ~ h a mde Sem, do qual procede
a g e r a g o bemdita e os Jiideos, diRs cosrompidos por
tal fórma que com justiça fòram regeitzdos por Deos, em
o fqrb, conforme creio. -
raz&ode diversas cauzas, que poderiamos alegar, ninguem
5 24. Quanto ao que concerne B beatitiide e felici-
dacie et,ernii, (que cremos e esperamos unicamente por
Jeziis Cristo), constitiiein os selvagens um povo maldito
e dezamparado de Deos, não obstante as imperfeitas no-
ç6es e seiitiineiitos, que têein da vida futiiru;-e nem existe
outro povo igual ; pois a respeito da vids terreiia jh mos-
trei, e mostrarei aindii, qiie, qiiando os abitadores da
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 891

Europa mostram-se avidos dos bens mundanos, os sel-


vagens ao contrario os desprezam e vivem alegremente
izentos de cuidados.
Parece, que a opinião mais provavel acerca da sua
origem A, que decendem de Cam ; e eis a meo vêr a
conjectura mais verosimil, que podemos formar.
Atesta a Escritura Santa, que quando Jozu4 pene-
trou na terra de Canmn, e começou a ocupal-a, con-
forme a promessa de Deos feita a ele e aos patriarcas, e
conforme a ordem especialmente a ele dada, os povos abi-
tadores d'essa região intimidaram-se por tal fdrma, que
perderam toda a coragem. Assim poderia qeon t ecer (o que
digo sob correçiio), que os avós e antepassados dos nossos
Americanos, expelidos de. varias partes da terra de Ca-
Miau pelos filhos. de Israel, tivessem embarcado em na-
vios entregues b discrição do mar, e ariojados pelos
ventos, fossem aportar hs twras da America.
Com efeito o autor espanhol da Istoria gwul das
Indias, varão versadissimo nas biias siencias, A de opi- '

nigo, que os indios do Perú, terra contigna ao Brazil,


'

de que agora falo, sitiii decendcntes de Cam, e siice-


deram-lhe na maldição lançada por Deos ; c.oiiza, como
acabo de dizer, que eu tambem tinha meditado e escrito
nas meniorias, que fiz da prezente istoria, mais de
dezeseis rriinos antes de ter visto o seo livro.
Todavia conio pocleriâm levantar-se objeções, sobre
isto, e eu iilo queira aqrii decidir conzii diversa, deixarei
cada um crêr no que lhe aprouver.
8 25. Conio quer que seja porem, por minha parte
reputo rezolvido, que essa pobre gente decende da raça
corrompida de Adam ; e considerando-a ali& balda e des-
tituida de todo o bom sentimento de Deos, niio b a s t q w o
para qne se abale a minlia fA, a qual, graças a Deos, 6
firme e segura.
Menos dahi concluo com os atêos e epicuristas, ou
que n8o existe Deos, on entAo que ele niio se importa
com os omens ; pois bem pelo contrario reconheço clara-
mente a diferença existente entre trs pessoas, que sam
iluminadas pelo Espirito Santo e Escritura Santa, e os
indivi(1iias qne snm abandonados ans cicios sentiiloc P dei-
xsdns 6 3iin r ~ g i i ~ i;r por
a isso cnnfin miiitn mais na ~ ~ q i i .
rnn(;a rln veril,zilc! de i l ~ o s .

.
$ 1 ACerCn rln CiiZarnentO 110s nossos .kmericarins
crimprP ilizpi., qiie eles nbs~rvnmtam siinivnte C S ~ P Strpz
gr;ios de p:trrnt~sro,tl salier, nin~ncrn tomit em c,97,9.
rnento R prol~rintnae, nem n irinan. iieni a tillia; qrtantr*.in
.em,razn-SP coiii n snlirinlia, P cm t,nilrir oq 11~rn:iii
le cnnsartiiniilittle licio csiist.e irupeditiiento.
mquantci i t s cct't~inoiiins,I 150 prntii-.iiii oiitrii alhn
riu b ~ ~ i l i i ~que~n .*- i-.-
t e : qtler tc~riniillii-i, .
t i i > t . i l viiiv:t oii ac.j,t

cIonzi*ln,iiidnga (Ia I ontnil~il'estii, r c l ~ p ) i sd t r i z ~ - s?o~


pae, e na f:tlt:i d'eqt~,no ninis prnximri pareritr3, P per-
guntn, si Ilir iliier (I:LT a PPSSOY ~iitclittnciii cnz;tntr->ntn.
Si lhe rcsprinrlt~rn,I itTto, w m 1:irrar
contrnto (pois a l i o< iiot liicr~w).I e v , ~,I
noiva com\i~ocomo siiit
Si :to coriti.:trin Ilie a rcciizAm, seni mnis fiirinnli,larl~s
o pretendente desterra-se.
§ 2. Notae yorbiu, que a poligamia, isto A, a plura-
ralidade das mulheres, quando A cabivel, 6 permitida aas
omens ter tantas quanta3 lhes apraz, e aqueles que maior
nnqero de mulheres têem sam considerados mais valentes
e w a d o s , convertendo-se assim o vicio em virtude. AI-
g h s vi, que tinham oito, ciija ennmeraçilo ordinaria-
mente fazia em seo louvor.
E' adtuiravel, que ii'e3ta miiltidAo de niulheres aja
utuii seinpre inwis ainadado tuarido, enetu por isso as outras
tSem ciiimes, nem miirniiirani, ou ao inenos niio d s u de-
monsti.ac;ões d'isso ; de sorte qiie rivem juntas em paz,
ocupntlas todas no arranjo das cazas, no tecimanto de
redes de algodlo,limpeza (ias ortas,e plantaçiio de raizes. .
HISTORIA DE UMA VIAGEM A TERRA DO BRAZlL 293

E quando niío fôsse prohibido por Deos ter mais de


m a mulher, deixo a cada um dos meos leitores consi-
derar,si seria possivel, que a s mulheres europea-3 se acom-
modassem com esse sistema matrimonial.
Melhor seria por certo condenar um omem Bs galbs
do que metel-o no meio d'esse certame cle altercaçóes e
rixas; pois seria indubitavelmente testimuiiha do que
acontece0 a Jacoh por ter tomado Lia e Raclip.1 eni caza-
mento, n8o obstante serem irmans.
Como porkm poderiam as nossas damas permanecer
muito unidas, si tam sbmente o preceito imposto por
Deos B mulher de ajudar e socorrer ao marido a constitue
especie de demonio familiar na propria caza?
Dizendo isto, náo pretendo censurar aquelas que
fazem o contrario, isto C, que prestam o obzequio e obe-
diencia, que por direito devem aos maridos ; ali& prati-
cando elas assim o seo dever, eu as julgo tam digiias de
lonvor, quanto considero as outras merecedoras de vitu-
perio.
5 3. Voltando ao cazamento dos nossos Americanos
cabe dizer, que o adulterio por parte das mulhei es cauza-
Ihes tal orior, que, si a mulher cazada entrega-se a
outro omem alem do marido, este póde matal-a ou pelo
menos repiidial-a, e desperlil-a com ignominia, regelido-se
apenas pela lei natural.
E' certo, que os paes, antes de cazar a s fillias, niía
pbem duvida em piostituil-as com qualquer varão. Antes
da nossa estada na terra braziliense os trugimóes de Nor-
mandia tinliam abuzado das iaparigas em muitas aldeias,
como atraz declarei, mas nem por isso elas ficavam infa-
madas, e si cazavam, tinham toda o zelo em não claudicar,
sob pena de serem mortas, ou ignominiozamente despe-
didas, como jB dice.
Direi mais, que a s pessoas nubeis quer mancebos,
quer donzelas d'essa terra, não sam tam entregues ti de-
vawidáo, como poderiamos supor em vista da regi50 ca-
lida, em que abitam, e náo obstante o coiiceito foimadodos
orientaes; e prouvbra a Deos, que por cti tambem n&o rei-
nasse a impudicicia : todavia para não aprezental-os como
gente mais onesta do que sam, cumpre saber, que, quando
despeit,~do.;iinr cnm riq oiitros, :~pcliilnni-set;~.it..r,i r t o 6 ,
sodninita; c pnileinns cnnjotiirar (pois nn~laafiriiio), qnc?
ent,rcl P ~ C <exi5t n esw ;ihoniinnvel ~ircnrln.
4 . rJii;iridri iiinn miilli~r c ~ t : i grnvida, 7131) ilcixl
ali59 ile ciiitInr do sco laliiir nrclin.irin, ~ r i t n n i t oaprn*rs
cni.rP=.zr fxvdos ~I)PZRI~W.
Sn. s~rcln(lt.ns niiilhrre.: rlns nowos 'l'ripinainhfis tra-
hdhniri inroiiipni.:~~ rliiic~~tc
mais tln q i i ~os oincn;; pois
escctci ri trn11,illin d~ co ' rn7;11.~n 11i i inatn p a r *:I< ~
ortitq, n q i i ~silmprcbfC17r innli,tii, r niuir:\ rrii alto
dia,qnaxi n5o f:iirin oiit n l u m ( 1 i ~i rin ;if 1 1 ~ ~ 1A 3 ,
cnyn P h ~ P s c RP fnliiair:ii<~~n ~.pi~riaq t l [~i i i i t-, ;ti ,.ir., frp-iiis,
..-e-

~r~tiim-io.. (10 penn, P ciiiti.:is r<iii-/:i~. qiiil j:i ti.nltii ~ q ~ i i ~ r - ~ f i -


ciiilo, com qiie ai1orri;im o corpo.
Quanto nn parto, ~ i TIs qiie pnsso <liror rboni v r r i l s ~ l ~ ,
por t , ~ r iadti.
f i l i 1 rir r ni :i~rf.xocn1i3o vi11
nmn nl{ si i1 itipi;~ R li111111~'1 $1 i t , ~ ~ ,
c prnsnrn0.i <e!. ;L @i a r,ii.nir.pirii s.irii:~cl,tL/(rr/rrnrrl,iitl.;t I iii-
(1ni.n cln4 ~c.l\-;i:et~a, cninn j i d i ~ r ,~ I I C:I qtli'1.i~ 111>vii1..2r.
1 ) ~pronto z c ~ i [ i i ~ ~Pl ívinio< ~ ~ , ri511 iw11: vwi-
ficnmiis priribni, qiia 3.; clo~psd o ~).L*.;O ~ i l ~ r i ~ n va~F:il.ftl. ~iti
rirnti. a rritnr lilw til ITIOIIO.
\'i ~ r i t 5 on p.ii i.rrt.h~r :t cri,tiiq~1109 I~+:ITOR.r rlrpnis
amarrar o crir(I5ii iimliilicxl P cort:ll-o com nq c l ~ ~ t t ~ s .
Em sr,rriiiil:i,serviii(l» sempre clc p:irtrisn. rBqrn:irn1iP
compriiniii cniii o (lpilo pnle~:i.i'o nariz rln iilliii, rorno
entre os selvagens praticam todos os pais. As nossas
parteiras pelo contrario apertam o nariz dos recem-na-
cidos para dar-lhes maior beleza, rrfilando-os, qiiando os
selvagens reputam mais formozo o nariz xato .
5. Apenas o menino sae do ventre materno 8 bem
lavado, e logo pintado com cores pretas e vermelhas pelo
pae, o qiial sem cnf:~xlil-o,deita-o em iim leito de algodáo
siispthiis~> iio :ir. Si 6 iiiaso, fi~z-llieiimii pequena espada
tle ~ ) ; i o ,iiiii iirco pecliierio, c f r e s : ~ sciirtas prepar ,<ias com
perius ele ~),ipagtiio;depois poiicio tiido isso jnnto ao
ineiiiiio, e beijniido-o com rosto rizonlio Ilie diz :-&o
fillio, qrianrlo ci-eceies, sej;is tléstro lias armas, for te,
valente, e belicozo para t e vingares dos teos inimigos.
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 295

Emqiianto ao nome, o pai do menino, que vi nacer,


o denominou Oropacen, isto 6 , arco e corda ; pois esta
palavra compõe-se de oropá, que significa arco, e de een,
que significa corda' do arco.
E eis como praticam c-m todas as crianyas, As quaes,
como por c&fazemos com os caxorros e outros brntos, dam
indiferentemente nomes de couzas, que lhes sam conhe-
cidas, bem como Sarigrrê, qiie é nm animal quadrupede,
Arinhan, giilinlia, Arczbiitan, pAo-brazil, Pindóba. especie
de arbnsto grande, e outros similhantes.
6. A aliiiientaçlo das criiinças consiste em certas
farinhas mastigadas e carnes mui tenras, com o leite da
mile, a qual apenas demora-se no leito um ou dois dias.
Depois coloca o filho pendente ao pescoço em iiina cinta
de pano de algodão expressamente feita para isso, e vae
tratar da órta e de quaesquer outros negocios.
O que digo ligo é para derogar o costiime das nossas
damas, as qiiaes, por cauza dos mftos ares do paiz. ficam
na a r n a qiiazi sempre quinze dias ou trez semanas; e além
d'isso na maior parte sam tam delicadas, que, sem padece-
rem molestia, que as impeça de amamentar os fillios, coiuo
fazeni as miillieres americanas, sam tam dezumanas, que
logo os entregaw a pessoa estranha, mandando-os para
longe, onde morrem sem que as miies o saibam, e si se
criam, s6 os tèem junto a si depais de grandezinlios, afim
de lhes servirem de entretenimento.
Si algumas damas milindrozas julgarem, que as
ofendo em comparal-as com as mulheres selvagens, cujo
trato rural (dir-me-áo) em nada se iguala com os seos
corpos franzinos e delicados, contentar-me-ei em acloçar
esse amargor, enviando-as para ;L escola dos brutos
animaej, os qiiaes, desde ou passarinhos, lhes ensinam
esta lição, que é teia cada espeuie o cuiclado e o trabalho de
criar a siia progenie.
Mas afim (te prevenir as replicas, que poderiam opor,
direi. qne essas clamas náo ser80 mais delicadas do que o
foi outr'ora certa rainha de F r a n ~ a a, qual, impelida pela
afeiçiio materna1,coino leio na istoria,no saber que seo filho
mamhra em outra innlher, ficou tam enciumada que nilo
99f1 REVISTA TRIMENSAL DO ISSTITTTF, IIISTORI C 0

snceanii ~ m q n s n t o n.50 fez rr, c r i ~ n q avnmitni. n 1 ~ i I p


pl1parIn {?P ttstns rlivercas d a de siin prnprin nlir.
5 7 . rir:+ ~oltnntliinn awnntn ct~i-lnrn,q i i ~LTPTRI.
menf P na Riirnpn cnnsirlei-amos,que. si 0.; m~ninocrrn R I R
fraqiiex:~ifn priiii~iraiiifnncia nRn forem n p ~ r t ; i ( l ro ~~ i i -
f:3nndos. tiritrilo alrijiiilns e ter20 prrnas tcii'tas ; riimprP
Foi 6iri dizer. qiie iwo a h s o l ~ i t ~ i n ~C Pi ii 1t ~ 5 owrif7c.a com 09
meniiiri.; ilns riossris Anirricnnns. pois drsilr n iincimt~nti>
I t ~ inflos
t seni eiif:ixamrnto
rriaiiyns ca~nin1i:a1' P R I I ~ ] ~
ceni os li1 liou tlns E. r l v : ~ r ~ n %
tllriri j:t ri3niio r?rpn.;rr,.
hilriiitinrlo porbin spr em prirte c a i i z ~rl'i<to n hriii-
midntle r bii:i. teniprr;~t rira r10 ar tl'es. P J ) : I ~ z coricnrllo.
,
r l ~ no
e inv~rnricoii\.riii t~rrnoscn os ni~iiinns~ n r o i i p n t l ~ ~ ~ .
cobertos e h ~ m ripertailoi: nos herjns, pnrr
n;io pml~rianire~istii.nn frio; rnai nn ~ s t i c
~ i i t r i150 c
t ~ m ~ ) ~ r n í lpni s~,i r i j ~ ~ l n i qiinndo
(tndarin. si111ilorreq;inj prln e ~ p r r i ~ n c i rlliq- n i
rIlv, ,ltnT

rnell:~irscri:i I ~ P ~ X X I -OL: mriiinrtq r1rirnih:irnc~nilnzc.~pr.i.-


nrnrcm R r n i i tnrlr pin Ici ti15 cniivi~ni~iiterii~~~it P f ~ ~ j t ~ ~ ~ ,
rlonctr n;in piidpssern cair, i10 q n P trl-ns cnii~trnnrirh~~
Cnin et'pitn prnsn. q prrjii<li<
qnenas c trririts crrntiita ii tfiiinnt
i.eq ~tliieciiiri.;e senii-nç 'ewrs c11
cnnserT;Iii1 rnmo no in~rriio.
Todavia afim de qne se não diga, que intrometo-me
em muitas coiizas, deixo aos paes, mães e amas, no-
patricias, governarem seos fillios, acrecentancío ao que jb
dice dos meninos da America, qne embora as mulheres
d'esse paiz não tenham panos para limpar a trazeira dos
filhos,nem sirvam-se de follias de arvores e outrasplautas,
de qne aliirs têem grande abundancia, todavia sam tam
pixoziis, qiie somente (ou1 paiizinlios qiiehratlos eiii fórma
de pequeritis c a i illias os limpam com tanto aceio, que
nunca os vereis eiiiporcalliados.
Fitzentlo tligiesslio sobreniateria imuii(la,qiieroapenas
dizer agora, qiie os meninos selvagens, quando crerem,
ordinarii~mentemijam no meio das cazils, as quacs todavia
náo exalam fedor, por caiiza dos fogos acendidos em vario8
HISTORIA DE U M A VIAGEY A' TERRA DO BRAZIL 297

lagares e por serem areiadas : os escremeutos os ineniiios


vam deitar longe das cazas.
5 8 . Os selvagens cuidam de todos os filhos, que
ali&ssam numerozissimos. NBo diremos, que entre 03 Bra-
ziiienses encontre-se um pae com 600 filhos, como vemos
escrito de um rei das Molucas, qne tivera esse numero de
filhos; o que reputamos sucesso prodigiozo.
Os filhos varões sam mais estimrtdos do que as 'emeas
por caiiza da gnerra ; pois entre os F :lvagens sG omens
wmbatem. e $6 eles têem especie1me:ite a seo cargo a
vingança contra os inimigos.
Agora si me pergtintarein, que condição os selvagens
conferem aos filhos e o qiie lhe3 ensinam,quando grandes,
respondo, que nos capitulas 8,14e 15, e em outros lugares.
d'esta istoria falei da sua indole,gaerras e modo de comer
os inimigos, e iuostrei 80 que aplicaiii-se ; por onde era
facil julgar, que n&opossuem colegios nem outro -meio de
aprender as siencias onestas, e menos ainda as artes
liberaes; por isso grandes e pequenos têem a ocupaçáo or-
dinaria de caçaciores e guerreiros, couio verdadeiros suc-
cessores de Lamech, Nemrod e Ezaú, e tainbem a de ma-
tadores e comedares de gente.
5 9. C~nt~iniiandoa falar do cazauiento dos Tiipi-
nambss, t:tiito quanto o permite a decencía, aflrmo em
coiitrario do qiie outros imapinnritiii, que os omeiis guar-
dam entre si a onastidade natural, iiunca copulam publi-
cauiente coin siias iuulberes, e n'isto sam preferiveis a
esse torpe filozofo cinico, que, apauliado no acto genezico,
nilo envergonliou-se,tlizendoque plantava uin omem.Tain-
bem sam iiiconpitravelmente mais infames do que os sel-
vagens esses bodes fedorentos, que nos nossos dias vemos
n8o ocultar-se para praticar obsenidades .
Estanceamos n'esse paiz por espaço de quazi um
anno, e n'esse tempo vizitamos frequentemente os sel-
vagens, mas nunca diviilgarnos nas miillieres os sinaes da
menstruação.
Penso,.que elas os afastam e empregam modo de
purgar-se diverso dn das mullieres eiiropeas ;pois vi rapa-
rigas, na idade de doze e qiiatoze annos, ciijas mães oii
parentas as punham com os p4s juntos sobre uma pedra
38 P. 11. \%L. LII.
linz, fnziarn i n c i z i i ~ ssnnfrentn.; cnn1 iim rlrntp (10 animal
afiado coiiic, f i ~ a i ,clestle rl~crnilnp ~ l n scnitc.l.i<
e c ~ " x Rati;
' ~ , O jqellio : d p 1C P S ' W S 1i.nliaricr\c, rniii
grniides rlrire.;, s e i i g r s ~ a .por. .cr:to rclinr:o rlv
tempn; e periso, ~ I I PI i i ~ c )~ n iprint-~pinwnprr.C.lni ~ - 1 4 ~
r~nir~rliri pnr:r obrinr, que se 111~s ~ . r j ; i r n:is inipirr~z:t~.rnri:(i
fica rlitn.
Si o s inetlicos, nii ontrns maiq cloiitos d o qnP PII
em t ~ r nq i a t ~ r i ait1iji;tnrrin
~ dizm( i i i ~ n~ ~ w l t ~ r ~ r n n s
cnmlriiiar terilç ilitn \ R T P I I ~ m n i tiro 9 111lill1t8t c.; 1'3-
xailss, 4, ce.;snnilii ;L ineiistriin~;i c~rlenir n i i r r h ~ r
neiii pi'ocieai' ; r si n l c ~ n r ~ i ntlizql,
, t l t ~ v - LJC. (-iiu/nq 113~)
piirlcni ncnriliir-st. cntii. si, re~poni1crc.i. qiir n:ci c riiii~lin
intriic5n r ~ z i i l v e resta ( ~ I I P T ~ ~ ntlm
O, n(iir\lit<lraqlii (111~1-
q t ~ (IisctlsCio.
~ r
5 t i rlo rxpitiilo 8 rrfiitri 11~1inq
iniliridiii ,era111,r 011t i.nc IIPIIWRI 111, niiilr?
d:ts niiilli apxr ira.; s r ~vn,nrriq,
l crer~iIi R\ CT.
citnrii in;tis 09 ninpns ii t.onciipirr~nc-iniln q i i ~:iii11:111~1ii VPI
tid:is ; triiriiii~innlii c1eclni.i ntec :i
R ~ ~ T R ~ R c~o:~It C n m? e~s ,e iiino.;
nnieric:iiiris : para q ~ i p r i r1 In í 1 ~ -
iliipin, qiii. n ltiitnr xrliii ( I P X C I P n ~ . t 4 m:itc3r.n, c.nnrPiri
rerori-cr :TO solirrili tci cnyiitiiI«. si 9.;-iin Ilir :I lirniivrr.

CAPITULO XVIII
O que podeigios xa,,iar bis e policia entre os selvagens;
cor,io trota~ne recebem ~cinanamente os amigos vi-
zitawtcs ; prantos e festivos discursos dqs mltlherespor
ocazino da xegada e boa vitlda dos vizitantes.

§ 1. Os selvagens com siia polici;~ se ii1;intêem e


~ i v e u coiii
i t n i i t : ~p,iz e ~oc,cgo,qiieé coiiza qiiazi incrivel,
e se 1150pode dizer sein c,ilizar vcrgoiilix a esses indivi-
diios, qiil: consideraiu as leis (1iviii:ts e iimanas corno
siinples iiieios de s i i t i ~ f a ~ lda,o $lia indole, por mais cor-
r u t a qiie seja.
Falo todavia de cada naçãlo de persi, ou das que sam
confederadas ;pois quanto aou inimigos, jB vimos em lugar
competente como sam mal tratados.
Si entretanto acontece alguns individuos brigarem
(o que tam raro 8, que, durante quazi um anno de assis-
tencia entre eles, s6 dl~asvezes os vi debaterem-se), os
outros n&o procuram separal-os, nem apazigual-os ;
antes pelo contrario si os contenclores buscam furar os
olhos uns dos outros, os circunstantes os deixam agir sem
dar palavra.
Todavia si alguem é ferido por outrem e o ofensor
A prezo, recebe dos parentes proximos do ofendido igual
ofensa no mesmo lugar do corpo ; e si segue-se morte
ou si o ofendido morre imediatamente, os parentes do
defunto tiram a vida ao assassino.
Assim para dizer tudo em uma palavra : 6 vida por
vida, olho por olho, dente por dente etc. Isto porém su-
cede mui raramente entre os selvagens, como fica dito.
8 2. 0 s imoveis d'este povo consisteni em cazas, e em
excelentes terras milito mais amplas do que ali necessltrias
para sua subzistencia, como j A dice. Em algumas aldeias
moram na mesma caza 500 a 601) pessoas, e as vezes mais,
ocupando cada familia lugar distinto para o marido com
sua miilher e fillios, embora as cazas n8o tenham separa-
qóes, que impeçiio de ver-se de uma a outra extremidade.
Ordinariamente as cazas têem mais de 60 passos de com-
primento.
Cumpre notar (couza singularissima n'esse povo), que
os Brazilienies não persistem ordinariamente sinfio cinco
ou seis mezes em um lugar. Assimcarregam grossos pedaços
de madeirae grandes pitlmeiras de pind~bit,*comque cons-
truem e. cobrem as suas cazas, e repetidamento mudam de
uns para outros lugares as aldeias, as qaaes todavia con-
servam senipre os mesmos antigos nomes ; de maneira que
ás vezes as axavarnos afastadas um quarto ou meia legoa
do ponto, onde antes estiveramos.

O autor escreve :-rindo.


Coino pois os seos tahernacnlos snm f i i ~ de ~ itrnns-
~
p a r f ~ i . , sonios induzidns n crer, qiie niin pn*.iiprn
vilac cios altnn~irn*,rorno s l ~ i t r mPScrevpo t ~ ~ - Pi inq iinclicis
i{<i l3(.rii cnz:is ilr rnnd~irnh ~ r nrrli tic~tias,cnrn s,tlns (10
rompriinriit n ile 1 i 0 pnrsns r clc 1:ir~iirn.clr c<( i. 'r:iiiilwn
rlcrrriins ~iipor,qiirnin~ii(im d'pkca nil~;;o (10s7'11pinan1l~:i~,
IIP q n fdln,
~ comPca nior:bdix ori erlificili, q ~ i rn50 p i s - a 1 ;r
nralizr, ta rGr1':izr.r e i P ~ ~ Z P mais T 11th vinte T PZ~.,. n.t 911%
rirla, si iirn s e r a r i1 irtnrlr viril.
Ijrwiin t ir.;, priri~ii~ t a i ~f r - ~ q t i ~
t~iiicnte
ii
remnven i~~ij~:tiIi:~q, n51)tiawn nutra rc~\;;o-tn\ I ~ I : . I I
di7;~1', qt. , ..... ...~iiloi l nrcs,
~ pns.nrn iii~llior,.4 qiic, ci fi-
1 rnnt !.RIio i10 qiip tizc~rniii srn. R I ' ~ ~ s rno1.1.eri~~111
.
L.
~ s p e i t ~iIno r,arnpos r terras, cada pai rle hmilia t ~ m
tnm nem :ilr,riiiiia.; nrir:iq cepnrnti:~s,qiie escollir o11 quPr
para slia ccirnn(lid:iit~,e pnr:t fmpr ?11:14 rnC:ts, I , I R R ~ T T
irinrirlirirn r niitrn-; rnizrs; m:iq qiiniito i tlirizíitt d~
pr;tiiqns r pleitos para filmar 1irnitc.r P separar trrraq,
dcis;irn esse i-iiiilnrlo itos ~rileirosa I* rlrnianili~tns
tlti k;ii~.ctpn.
tj 4. (Jti:tnto 3ni s ~ o str:t.;tes, varins ln%r91'~1:
d'errt;~istoii:~trnnlio ditc, (1iinc.s s:riii , ~ i t ~ ,,ara
i , nío d r i s ! ~ r
em rscliii'c~iiieiitn qii:into p r r t r l i c ~ rh ecnriornin rlriq
nosqns sel! iirms, qiierii ( 1 ~ j.i4 d~1'1arar ~ aqiii n n~Gtn In
rihvrvatiii prl:is rniilli~re4n:i fini;dn r10 nlcotlíin. T : i r i i l ~ ~ r n
1 l : r i l oI? I F i pirr:t f ; ~ ~col-d;ir.;
er P
outras couzas e especialmente leitos de algodão (redes de
dormir). Eis como procedem.
Depois da teirarelu 03 cazulos, em qne se cria o ca-
puxo, o estendem coui os dedos, sem alitis o cardar, como
acima dice, descrevendo a planta produtora do algodso, e
rennem em pequenos acervos junto de si, no xão on sobre
qiialqiier oiyeto; e porque ntio uzam de rocas, comoas mu-
1liei.e~riirol)éas, o seo fiizu conaiste e u u u yAo redondo, da
grossura tle i1111 detlo t? do coinpriiiieiito de quazi niii pé,
com iiiu triiixo tle iiiatleira tla iiiesiiia g r o ~ s i i r ~n'ele i atra-
vessado : ligarii o nlgocláo lia parte iiiãis compritla do dito
páo, e depois roiiaiitlo-o nas córas e soltando-o d a mão,
como fazem as fianíieiras coui as maçitrocss, volteaudo
HISTORIA'DE UMA VIAGEM A' TERR.4 W BRAZIL 301

assim esse rõlo como uma grande carrapeta no meio da


caza ou em qualqner outro lugar, fbrmaui nilo s6 fios gros-
seiros para faze;. leitos (redes), mas t.ambeni fios delgadis-
simos e bem torcidos.
Trouxe eu para França uma porçáo d'esse fio, do qual
mandei alcoxoar um gibáo de pano branco, e todos que o
viam o julgavam feito de brilhante &da.
tj 6. Para fabricar 2s leitos de algodão, que os sel-
vagens xamam inis, as mulheres têem teares de madeira,
os quaes uáo são orizontaeg, como os dos nossos tecelões,
nem têem tantos macliinismos, mas sarn perpendiculares e
levantados até a altura d'elas. Depois íle urdirem a seo
modo, começam a tecer as redespelaparte inferior do tear:
umas sarn & maiieira de renda o11 de redes de pescar, e
outras de teçume apertado, como brim grosso. Estas redes
sarn pela maior parte do compiimento de quatro, cinco ou
seis pbs, e da largura de uma braça mais ou menos ; têem
duas argolas o11dois punhos tambem feitos de rrlgodilo,nos
quaes os selvagens atam cordas para amarral-as e sus-
pendel-as no ar em p&osfronteiros expressamente infin-
cados para isso em suas cazas.
Quando vam 9, guerra ou andam em caçadas nos
bosques, ou estam em pescarias ti beira-mar, ou &margem
dos rios, suspendem entre duas arvores as suas redes
para dormir.
5 6. E para dizer tudo sobre esta materia acreren-
tarei, que, quando esses leitos de algodso ficam snjos, ou
pela fumaça dos fogos, que constantemente fazem nas
cazas, onde estam siispensis, ou seja por outra qualquer
canzit, as mullieres americanas colliem nos matos certo
fruto silvestre da f6rma da abobarà liza,porbm muito mais
volumozo, de maneira que mal podemos trazer um na
mBo : depois o corta111em pedaços, maxucam na agua em
qualquer vazilha de barro, batein com paozinlion, e formam
tamanha quantidade de escuma, que lhes servem de
sabilo para lavar as redes, que ficam tam alvas como
neve ou pano de pizoeiro.
No demais refiro-me aos que, o experimentaram para
dizerem, si taes leitos não dam comodo mais agraùavel,
do que as camas comuns, principalmenteno vergo, e si foi
.?n2 R i W I s T A TRIMENSAL DO INSTITi'Tn 1ll~TORlc~

sem rw;?n.niiP en dice na i ~ t o r ide


; ~S a n ~ e r r ePCI' em tempo
(Te ~ 1 1 ~ i . i mais fiicj11sitspriiclei' 1~nqo ~ e scl'est~moitn
n o cnrpn rcI~.; P ~ I 'L Rcl~srirni n dt. par1 c d ~ i sc~ldi~lli~,
s
q n 11ni.r
~ Irinntn (11l t r ~ YPI: s rm, r10 qiI P xcostiim?l-oc
a espí~i~r-?ie .:.-. -1.. ,
v111I : I I I I ~ (Ir
~
- I I I ~rlilaP?:
t'nxer~fi~h,
*.-- .~ ~ ~ H D ng I
veat ido.;, rnxern-se de pinllinq, P q i ~ ~ n cI~vantnnl-<r ln para
frtzrr n .ri.viqn1 t6c.m as costela.: ii~n:nad~s ji~1:iqRTm.?Ç,
qttr trnzpm srmpie :i cinta. c.nirio RS t i ~ ~ ~ t i~cl:indq, oq c!-
t i d o 3 n ' ~ s c ncitlnrle. rle Sanrtiri-e, onde por rspajo d~ irm
anno, qiiazi wiii i i ~ t ~ r v a aI$~in-l, lo o i n i m i ~ on i i i i nfi~st~iii-se
das n n m s portas.
6 7 . Tinr~iaKni..u c, srimnrin ilns niitrnq trastes d n ~
norisnq anirticanns. 11s rn~llJtrr~s 8 t(tr111ri
encxign (10 t rnl)nllin cloni~stico,f,i ntw e
grnnrlrs vnzilltns r l ~1i.iri.n para fits l i ~ l t i , (I
rlo r r i i i i i i r , P tarnh~mpanrlaq re(1nntlns e o \ R C ~ t, r l ~ i i l ~ i r a \
merli;inas c petliirni~a,prtitos P íiliti .Z rsppcii' 1111 ilii
l>nrrn,qnen5ii G h ~ n lizx i por f(ira,irin.; 6 tnm p r r f r i t q r n ~ n t ~
nolida no i n t ~ r i o r t, ~ n rninplrtitiiirntc
i vidr.ncl:ironl rpi to
lic-nr hr:incn, qna endiirec~,qiir ri30 P p o \ ~ i v r lans nriwnq
oleiro3 r 1~ c5 Iii'Pparni.cin 1 1 1 ~11or 1 rtr s1i.i.: Ioiicns ílv I i,ir ri?.
Rstas miiIhcrcs rlilti~mrtaitas tintks ( i i r c l : ~ ~ r i i<tn- it~s
----
IlCibh 11ilil.a~ S S O . e f~rz~iii cnni pinc~isintinirl~ d (IP c PI*~~IP~IO~
enfc,it~s,cnmnrarnnrrcns, ~~~~~~s ~ r oic-os, t P nii r;ts ~ ~ ~ 1 1 , 1 1 1 -
teriits no i~iterinrtl'ewas razillins (Ir I i a i . r o , p r i i i c i p ~ ~ l r n c n ~ ~
n'nqiielas pm (]iit> ~iirirrlamftrinlin. e orit ros 111 171t inlrlrito~,
de sorte que SRUI servidos com aceio, e direi, mais decen-
tementedo que os que por cá uzam de vazillias de madeira.
E' verdade, que n'essas pintiiras aiuericaiias nota-se
um defeito, e 6 , que feito a pincel o que Ihes vem B fan-
tazia, si depois pedis a taes pintoras para fazer conza
igual. n8o imitará0 a primeira obra, porque não tem ontro
modelo, dexenlio, nem Iirpis sintio o requinte do seo cem-
bro, que vagueia livre ; por isso jiinais vereis duas pin-
tiiras siinilliantes.
8 8 . .liem cilisso, os iiossos selvageiis têem cabaças e
oiitros friitos grossos e Ocos, tle que fuein taças para beber
xamadns cttrn," bein como oiitros pequenos vazos, de que

O aiitor escreve:-Cotti.
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZII. 303

se servem parti diversos uzos, como em outro lugar jB


mencionei: tambem possuemcerta especie de grandes ces-
tas -e pequenas alcofas feitas e tecidas com muita delicti-
deza, umas de junco e outras de ervas flexiveis, couio
vime ou pallia de trigo. A estas cestas ou alcofas xamam
panczcctns, e n'eles guardam farinha e outras couzas.
Quanto As siias armas, vestutiriùs de penas, instm-
mento xnniado ~naracú e oiitros iitensilios, os niio men-
ciono aqui por brevidade, e porqiie já em outro lugar
os descrevi.
Eis aqui as cazas dos nossos selvagens constriiidas e
mobiliadas ;B tempo agora de irmos vel-as como domicilio.
5 9. Para tomar esta materia de mais alto, direi, que
os nossos TupinambAs recebem miii benignamente os es-
trangeiros amigos, qiie os vai11 vizitiir ; todavia como os
Francezes e oii tros conterraneos nossos nlo entendem a
linguagem ct'estes selvagens, ficam em priiic.ipio absortos
no meio d'eles.
Eu os vizitei pela primeira vez trez semanas depois
da nossa xegada h iliia de Villegsgiion, qiiaiido uni tru-
gim80 levou-me comsigo a trez ou qiiatro aldeias da terra
firme.
Xegamos B primeira aldeia xãniltda Jubltraci* em
linguagem indigeiia,e denominada Pqirl pelos Francezes,
em raziío de um navio que ali outr'ora carreghra, e cujo
mestre tinha esse nome. Esta aldeia apenas distava diias
legoas do nosso fortiin, e quando ali entrei, vi-me repen-
tinamente rodeado de selvagens, qiie me perguntavau:
Marapê-dererê, t~tnrapê-der&, isto é : -Como te xamas,
como te xamas? E eii entendia d'istq tanto como do grego:
nada comprehendiii.
Finalmente iim d'eles pegoii no meo xapeo e poz na
cabeça; outro agarrou na minlia espada e cinto, e cingio
no seo corpo nu ; outro tirou-me o cszaco, e o vestio ;
todos, digo, aturdiam-me os ouvidos com enorme gritaria,
e comeCaraiii a cliscorrer pela aldeia com 03 meos trajes,
que jiilpuei perdidos. No meio d'essrr confuziio liam sabia
onde estava.

* O autor cscreve:-Ynbouraci.
nxnva cio sen ino(lo cle p i o r t ~ i l ~C~O.I,I I O drlmis por
, tTclzesmoztrnii-ni~a c x p ~ r i r n c i n; pois pratican~lo
(to inpsnio mniln coni tmlos os rizitniit~.;,e pritic.ipnlmrntc*
com :i(~ t r r l e i:L i nrn riritrii, rl~yinic:d r t ci-rm-sr (li-
vei tiífin ríim ns ,111~ic1s,
I)< tr~zc'in e resiitiirm tiilln
7s doiirts ,
11 I> t
nro nome
i iiiutil, p
prnniinci:ir nPrn r v t ~ r i i a r ~ R P Snnil ~ t ~ ~ , c o r n ~
-. -.
em rcz i I ~ ~ l i % ~ r ~ ~ ~c11zia~i i , T i * n.\? 10
t , t l . k'ort~ntow-3 PTrsi'l?n
sir~eit:ti'-tnr n. rininear nlzi~inacoiizn, q i i ~t~lrc;cnii11~-
ceqseiii ; r viniln I\ rirn~inzitci~ I I oP I D P ~~ ~ ~ J i r ~ nI,? c ir1l ~ l ~
sigriifian.;w ostra iin l i n ~ i i ~ ~ilns r i nsplv :I,VPIIC, mtnn rncl
eiryilirnri o t i ii: :im:in, cir i Ilic-=dice, qiic' s n r n : i ~ n - i n ~L r i
?I.<.,?;,isto 6, o q itrn Krnn(Ic.
Cnrn i4fo I 13 PI' iiiiii wti\f~itnc,e n ~ a n t i o<!a
~ostum-iila ~ ~ ~ l , i ~ r ~ ;i <' ~r~;1!
;1cconiPqar:IIn
ci :I rir, P cli7i:ini * -
S a ~ortliitlcris iim hni!ito rionir, c nindn n5n ti1111i ~ n m
r i d o Alf~irr.,isto 6, Frnricez, qirp assiiii SP X R ~ : ~ S ~ P .
Ein ver(lndr, 1iow1 com sc1rni-niic;n d i z ~ r , qiir nirnc:i
Circe nietnmor f tnni liri'cla. iiriii
desrr~tt*oiitiim PS, como rbrt o riz
c0111 o< sellr:l Ct?l
:F conri:iii n«t,:ir, rluth tiai>rnt,am t)iia nirmoi.i:i, (pie
apenas alguem lhe diz o seo nome, ainda quando passem
cem annos sem vêr a pessoa, n8o o esqueceriio jtimais.
.
5 11 Adiante referii-ei outras ceremonias, que
observam na recepção dos amigos, qiie os vem vizitar.
Mas por ora yrosegiiirei n a relaçáo d e parte das conzas
notaveis acontecidas na minha primeira viagem e n t r e os
Tupinnmbks, dizendo que eu e o trugimão n'esse mesnio
dia pa>sninos adiante, e foinos dormir em outra aldeia
xaiiiada Eio.nt>iíri, que os Francezes denominam Goset
por caiiza tle iim tiiiginigo assim xamado e ali assistente.
Qiiaiido xegitiiios ao p6r do sol, axamos os selva-
gens daiisando e acabando de beber c n i t i ~ nde um prizio-
neiro, que tinliam morto, ainda iião avia seis horas,
cujos destroços vimos no moquem.
HISTOHIA I)E UMA VIAGEM A TERRA DO BRAZIL 305

Não pergunteis, si com este inicio fiquei assombrado,


vendo similhante tragedia ; todavia isto nada foi em
comparação do medo, que logo depois sofri, como vereis.
Entramos n'uma caza d'esta aldeia, onde, conforme o
mstume da terra, sentamo-nos cada um em seo leito de
algodão auspenso no ar. Depois as mulheres carpiram
pelo modo porque logo direi? e o velho dono da caza fez a
sua arenga pela nossa bõa vinda : enao o trugimilo, para
quem esse procedimento dos selvagens não era novo, e
que alitis tambem gostava de beber e catti~tar,como os
indigenas, sem dizer-me palavra, nem fazer-me adver-
tencia alguma, seguio para a turba dos dansadores, e
deixou-me ali em companhia de poucas pessoas. Como eu
estava fatigado, e só dezejava descanso, depois de ter
comido alguma farinha de raizes e outros mantimentos,
que nos aprezentaram, inclinei-me, e deitei-me no leito de
algodão, ein que estava sentado.
5 1 2 . Mas por caiiza da bullia que os selvagens,
faziam aos meos ouvidos, dan$itndo e assobiando toda a
noite, emquanto comiam o prizioneiro, conservei-me vigi-
lante ; entretaiito um dos convivas trouxe na m8o um p6
da vitima assado e moqueado, aproxinioii-se cie mim, per-
guntou-me si eu queria comer, como depois vim a saber,
pois entáo nko o entendia. Isto cauzoii-me tal medo,
que desnessario é indagar, si perdi toda a vontade de
dormir.
Pensei com efeito, que esse acto de aprezentação de
carne umana, que o selvagem comia, significava uma
ameaça, p\-etentlendoo mesmo selvagem dizer-me e dar-me
rr entender, que brevemente eii tambem seria preparado
para o festim ; e como lima suspeita produz outra, siispei-
tei logo, que o trugimão por deliberada traição tinha-me
abandonado e entregue nas mãos dos barbaros indígenas.
Si eu visse alguma abertura, por onde pudesse sair e
escapulir dali, teria fugido. Vendo-me porém por todos os
lados cercado por individuos, cujas intençóes eu ignorava
(pois não pensavam em fazer-me nialeficio algum, como
sabereis), acreditava firmemente e esperava ser breve-
mente comido ; por isso durante toda a noite invoquei a
Deos com todo o fervor do meo coraçAo. Deixo aos que
39 r. I1 VOL. UI.
306 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITOTO HISTORICO

co~npreenclerernbem o qna eii rliro, P colncnr~m-seem


iiirn lagar, qrie avnliem qiiclm l o n ~pnrcc~o-me ~ ieqsa
noite.
@ 13. Ora atnanliec~ndo o (liri, o trii@rn:o. qrie em
nutrri.; cnzns ila aldcia i inha por toria a noite p:itiiwadn
coni os galliofeiros se11 agens, veio t ~ icomigo, . e ~riiiln-rn~
1150 si) p:tli~lrie (Iesíigx~~ado, como nie d i c ~ mas , tnnibpni
qitazi fc~hril,pergiintnir me, si ~stavnincomorladn,P si n i o
tinlirt rlescnni;;rrlo bein ; n o que ninila ~ s t n p ~ f : i c t ncnuiii
,
estava, respondi eiicnlei,izacio, qiir lonzr e - t i r ~ rf ~ lp
dormir, e qite elr er:i iiin rn9n ornei11 por tear-mi* cl~isncloi i n
mrici de gstite, R qurm ~ i TIBO i entendia ; e aincln xvio c[+-
siistos, pedi parti, sairmos dali sem (lcinor:~nlciimfi.
Dite-me ele rntfio, qtir. cii n5ci tivesw nircin, e qnt?
nA o era R nbs qiie os selvn~ensareteriam : ilerioi; rrlntnii
tiido aos seIragens, os qiiiies, sntisf~itoscom n ii ~ i n l i n
bi~avinda, P por ~ I I P T C ~ ~ I nnrxclwr-me,
II ináo tinli nm-E('
arredndci de jnnt<ri cle mim diirrrrite toda n. nciite
Piicernm, qiiin n51itinli~ni por fiirnia ai:i~r~~it.I)P~c(.-
celiidt~,qne eii tivas3e medo d'eles, e est,i\-aiii p~nnli-
znclos do que I ~ P(itlc~dera; P como snm p;~ll~of~iros. clrn-
tarxm prn riznclas, cnnsider~ndoteraii-iiir iii~oliintniin-
iiientp cxtizntlo t;im,zrilin tribiilli~8o.
O trnoimxo e ri1 fomos dali a outras aldrins ; r rnn-
ten t?nrlii-iiie roni refeiqii., pnm cseniplo, o qriP acc interpn-
me na minha primeira ~ i a g e mentre os selvagens, prose-
guiwi em generalidades.
5 14. As cereinonias, que os Tupinambb observam
na recepção dos nmigos, que OS va111 vizitar, sam estas :
Apenas o viajante xega á caza do mussacci (isto 6,
bom pae de familia, que da comida aos passageiros), a
quem escollieo como ospedeir., senta-se em um leito de
algodão snspenso no a r (rede,), e ahi fim por algum tempo
seu1 proferir palavra.
E' costiiine todo o ~ i z i t ~ a i i tescollier
e e u cada aldeia
iim aniigo, a cuja caza deve logo dirigir-se, sob pena de
o descoriteiitar.
Depois vCui as iliullieres, rodeiam o leito. e acoco-
ratias i10 xáo com a s máos sobre os olhos, pranteam a boa
vinda do ospede prezente, e dizem mil couzas eni seo
HISTORIA DE UMA VIAGEM iTERRA DO BRAZIL 307

louvor, como por exemplo : - Tomastes tanto trabalho


para vir ver-nos. E's bom. E's valente.
E si 6 Francex ou qualquer outro estrangeiro euro-
peo, acrecentarhó : - Tu nos trouxestes coiizas mui bo-
nitas, que não temos c8 n'esta terra.
E m suma estas mulheres, derraniando grossas lagri-
mas, dirão miiitrrs palavras similhantes de aplaiizo e li-
zonja, como jh referi.
Si o recem-vinclo, qiie esta no leito suspenso quer
corresponder, mostra-se plangent~; si não quer deveras
xorar ao menos dando suspiros, ciimpre fingil-o : o que vi
fazerem alguns dos da nossa naçáo, os qiiaes, ouvindo as
lamurias d'essas mullieres selvagens junto d'eles, pro-
curavam imi t al-as.
5 13 . Feita assiin a pi imeira s.tiitlaç&o festiva por
essas mulheres americanas, o j~rlrsãncti,isto é, o vellio
dono da caza, que,tambem por sua parte ocupado em fazer
frexas ou outra qualq,ier coiiza (como vereis no dezenlio
junto) permanecer8 por iim quait.0 de 6ra sem parecer
avistar-vos (çarinlio bem diverso das nossas mezuras,
abraços, beijos, e aperto; de máo n r xegada (10. amigos).
Depois dirige-se p ira vbs e dii8 antes de tudo :-
Erê jitbê ? isto é, vieste ? E depois :-Como estás ? O que
dezejas ? etc .*
A isto cnbe responder o que vereis na seguinte colo-
quio formiil~doem lingiiagem brazilica.
Feito isto, vos perguntar&,si quereis comer. Si res-
ponderdes, qiie sim, marictar8 depressa aprontar e trazer
em bonita vazillia de barro farinha da que comem em vez
de pilo, veaçóes, aves, peixes e oiitras viandas, que tiver ;
como porém os selvagens náo têem mezas, bancos, nem ca-
deiras, o serviço far-se-8em xiio raxo diante de vossos pés.
Quanto 8 bebida, si qiiereis catiina, e o tem feito,
vos darb tambem.
Depois de terem as miilheres pranteado junto ao
viajante, lhe trarão frutas oii qualquer iiisignificante
mimo de couzas da terra, afim deobterein pentes, espelhos
ou missaiigas, que lhes damos para enfeitar os braços.

O aiilor escreve -Erd ioubc.


5 16. Qnando algusm quer dormir na aldeia, onde
xega, o velho manda logo armar bonita rede branca; em-
bora não faça frio n'esse paiz, manda tambem acender tw
ou quatro pequenas fogueiras ao redor da rede, por mnir
da umidade, e conforme o costume dos selvagens. Esks
fogueiras durante a iioite sam repetidas vezes acerre
'
com pequenos abanos xamados tatapecitd*, feitas i
simihança das ventarolas com que as nossas damas sgte-
param o rosto junto ao fogo, afim de que o calor Ihes I
estrague as faces.
Tratando de policia dos selvagens, vim a falar do
fogo, a que xamam tata, xauiando a fumaça tatatim ; por
isso devo agora declarar a primoroza invençiio por nbs
desconhecida, e por eles uzada, de fazerem fogo, quando
lhes apraz ; couza iião meiiou maravilhoza do que a pedm
de Escocia, que, conforme o testimunlio do escritor du
singularidades d'este paiz, tem a propriedade de intiunu
a'estopa ou a palha pelo simples contacto e sem artiilcio
algum.
Srtm mui amantes do fogo, e niio param em lugar
algum sem tel-o, principalmente de noite, quando temem
extraordinariamente ser surprendidos pelo Anhsnga, isto
6 , pelo espirito maligno, o qual, como alhures tenho dito,
frequenteinen te os espanca e atormenta.
Qiier andein em caçatlas no mato, quer B margem dos
rios e lagos nas ocaziõe3 de pescaria, quer em sxcursóes
nos campos, n;to servem-se, como nbs, da pedra e do fuzil,
cujo uzo ignoram, mas possuem no seo paiz duas especies
de madeira, lima das quaes b quazi tam mole, como si
estivesse apodrecida, outra pelo contrario tam rija como
a de que os nossos cozinheiros fazem lardeadeiras. Qnando
querem acender fogo, as einpregsm do seguinte modo.
§ 16. Depois de terem preparado e ciesp~ntadocomo
fuzo um p&o d'esta ultima qualidade, do comprimento de
quazi um pb, colocain a ponta no centro da outra peça de
madeira, que dice ser muito mole, a qual deitam no xio,
ou póeui sobre um tronco oii trave grossa, depois rodam

* O autor ejcw\'e-hiltr1)ecortn.
com rapidez o ptio despontado entre a s palmas das mãos,
como si quizessem furar ou traspassar a peça inferior.
Acoiitece, que com o violento e rrtpido movimento das duas
peças de madeira, uina das quaes fica assim intrometida
n a outra, n8o s6 dezenvolve-se fumaça, mas tambem tal
calor, que pondo-se ali algodão, on folhas secas de arvo-
res dividaniente preparadas (como costumamos fazer com
pano qrieimado ou qualquer outra icca para encostar ao
fuzil) o fogo pega perfeitamente, e asseguro aos que me
quizerem crer, qiie eu mesmo fiz fogo por esse modo.
Entretanto não quero com isso dizer e menos crer ou
fazer crer o que algiiem mencinnou em seos escritos, a
saber, que os selviigens da America, que sam os mesmos
de que agora falo, secavam suas carnes ao fumo antes
d'essa invenção de produziiem fogo.
5 18. Como tenho por veracissima esta maxima de
fizica con\-ertida em proverbio, a saber, que não existe
fogo sem fiimaça, por isso considero não ser bom natura-
lista qiiem nos quer fazer crer,rliie existe fiimaça sem fogo.
Falo (li\ luinrtça, qiie pode curar carnes, como aquela
de que ti ata o indicado inventor : e si ele queria falar dos
vapores e ex;alaçóes, eriiborn llie concedamos, que as
aja calidas, todavia iião poderiilm secar a carne ou peixe,
antes pelo contrario os tomaria enxarc:idos e iimidos : a
resposta pois será, que isso é zombar da gente.
E como este aiitor, na siia Cosn~ograJia,bem como
em oiitros lugares, queixa-se niiiito e repetidas vezes
d'aqiieles qiie não fal,im ao seo sabor das materias por
eles expostas, e diz assim procederem por não lereni ateii-
tamente os seos escritos, rogo ansleitores, qiie notem bem
a passagem escola.stica, a que me refiro, da siia nova fii-
maça quente e grantiloza, que envio ao seo cerebro vazio.
5 19. Volto a falar do tratamento, com que os selva-
gens obzeqriiam aos seos vizitantes.
Depois que os ospedes hebeni, coniem, e descansam,
ou dormem em siias cazss, pelo modo porque j A expuz, si
sam onrados, ordinariamente dam aos omens facas oii te-
zonras, oii pinças de arrancar barba ; hs mullieres dam
pentes e espelhos, e aos meninos distribuem anz6es de
pescaria.
Si afiiinl dezqiam negocaiarr i r e r ~ ou
s outras cnnxna,
qne os selviigrns t,Cem, p~rgiintarn qunntn qnerPm; r
cntreziie o qiic 6 ~oi~rencinnnílo,
poùpni lcrar o o<ji:tn
priicar;ado e ret,irnr-se.
$ 2 0 . E porque nfin existam carslos, asnos npm
oiitrcis n.nimaes rle r.ni.ga n'esse paiz, comn j:i dite, o mntln
ortliiinrio tle transporte b andar B pi:, si os vi:indnnr~s
estraiigeirr)~crtiisnm, most,ram iimn f a c ~ ,011 oitt r:\ q111i1-
qiier coiizri aos selvarens, e eut,es, ilispcrstos n agrn~1:\1-
ROS SPOS amigos, nferecem-so ptira carr~eiil-os.
Q,iixiitlu ~zndein'.-iinerics alguns scl\.xnens aria, qiia
parn rios cnrregitrrtm mrt3inm n c,ahecn entre as iioscrts
coxas e rios sii.;penrlinm rins omlirs, cleisnndo as nwsns
perna,s c:iliir-lliea solirr n l~iirrina.,e a.ssirn nos t.ranyporta-
vilm por iriaia rle iinin lina legn,~sem de.;c,znwr.
II: 5r i por veintiirrr +ilriiiiinq vc ZPS ns í~iirriarnnc , I ~ t e r
para d~ scansnre m, xomli:trnm de 1163, dixrkiitln cin ! lili-
giiagem :- 130is j i i 1 ~ : ~ e .qi1~1 ~sonnos" in. r1111
. erw .(i11. 1*:ini ro-
barde< e traciis r l ~aninio qiie t1estnieq:iiiiiis cieri,zi~nt f i l
p ~ m ? U m il'cl~.;qiir rrclzin-mc nn p~kci 3 , tlice-ine nni.~
vcz: - Eii t~ c n r r e r ~ r e iiim ili,t iiitc~rrisi 'm p:\rxr I'rir
i ~ u oniSs, mont nrln.; n ' e ~ s c i q cit1~:11::1 rliir: t s clr 11niq l j t a ,
riamos 5%g~r:nlli~ila~,cl vrriílo-iis l(s.;tn.;com o* a111:1!171t4,
fazer I ~ R SIrip.tq COI'R~LO,('oiun diz O rifrio, 1lir.i (1izi:inin;:
l - a ~ n o q ,van~nq.
5 31. (,)iirtntn A crtridnde n n t i i r d , 09 s c l r a n ~ na~
exercitam, prezenteando- se diariamente uns aos outros, e
distribuiiido as reaçóes, peixes, frutas, e outros bens, que
possuem no seo paiz; e de tal modo prezam esta virtude,
que uin selvagem, para assim dizer, morrer8 de vergonha,
si visse o proximo oii o vizinho junto a si sofrer falta
do que ele tem, iizando da mesma liberdade para com os
estrangeiros, seos aliados, como experimentei.
P;~ritcxeiiiplo tl'isto rcfrrirc.i, que ciii certa ocaziá,)
dois F r i t n c ~ z r ~o seu, trniisvintlos lios bosques, yeiisamos
ser tle\ o1 iulo.; por iiiii grnntlc e iiietloiilio lagarto, como
referi no c;tpitolo 10. Depois de aiitlarilioz pei.didos por
espaço tlr doi. tli,i. e iinin noite e sofi er111ns nltiita fume,
finalnieute foiiios ter a iini L :~ldei:t x iuiitda Puno, onde
outr'ora tinli~iinos estado, e alii foiiios recebidos pelos
selvagens d'esse lugar, com ta1 agazallio que melhor não
era possivel.
Antes de tudo ouviram-nos contar os males, porque
tinhamos passado, e o perigo em que nos axaramos, niio s6
de ser devorados pelos animaes ferozes, mas tambem de ser
agarrados e comidos pelos Maracajiis, nossos inimigos e
seos, de cr~jasterras, sem qiierernios, nos tinhamos asstis
aproximado ; e por qiie, digo, no tranzito por lugar de-
zerto os espinhos nos tinliani arranhado orrivelmente, os
selvagns, vendo-nos em tal estado, demonstraram-nos
tanta compaixào, quam longe estam da umanidade d'essa
gente, que aliks denominamos barbara, as recepçóes for-
malisticas d'aqueles dentre n6s, que para consolação dos
aflitos apenas tèem palavras vaiis.
5 2 2 . Passando aos fatos, tronxerain agiia l i ~ y i d a ,
que foram buscar de propozito, e começaram (o que nos
recordou o costnme dos antigos) a lavar os pks e pernas
de n6s trez os F'raiicezes, qiie estavamos cadaum em rede
separada. Logo que xegamoss mandaram os velhos tra-
zer-nos comida, determinaram As miillieres, que com toda
a pressa fizessem farinha mole, que eu gostava de comer,
como g6sto do miolo de pão branco quente, como alliures
dice. Vendo-nos refrigerados, serviram-nos então de
muito boa carne de veaqóes, de aves, de peixes e de sabo-
rozas frutas, de que nunca sentem falta.
Quando sobreveio a tarde, o velho nosso ospedeiio
mandoii ret.irar todos os meninos de junto de nbs, para
descançarmos mais á voiitade ; e na seguinte manhan
dice-nos : Atono assats, isto 6 , bom aliado, dormiste bem
esta noite ?
E sendo-lhe respoiiclido que sim, e miiito bem, dice
ele : - Dcscançae mais, meos tillios, pois ontem ii tarde
bem vi, que estaveis miiito cansados.
5 23. Emfim é dificil expressar i1 bi,a pitança, que nos
foi enfio servida pelos selvagens, os quaes na verdade
para dizer t.iic10 em uma palavra, fizeram n'esta ocaaião
o que diz São Lucas nos Actos dos Apostolos terem os bar-
baros da illia de Malta praticado com SBo Paulo e seos
companheiros, depois de escapos do naufrapio, de que ali
se-faz mençiio .
Ora, como não ~ndavaniosn ' e s s ~pai?: sem trazer nm
RRCO (ls coiiro com m~rcndorias,qiie nos s ~ r v i s n icomn
diiih~iropara tratar com PSSP povo, iio partirmos dali
damo.: o que nos sproilve, n, r n h ~ r ,fnc.sa, tezniira<, P,
pinqxq, ao\ bons vellios, pentes, espellicis, bi-acc.lt.te~ p
i n i s ~ n n ~ As n s miillieres, rt aiizo~sde PPSCR ao$ rnpaz~s.
cnniojA niiiitns ~ ~ e z tenho rs tiitii sPr cnstiiine.
fj24. Afim de inellinr (lar n entenci~rqiianto c%zo fa-
zem ii'(~stni:co~izas,r ~ f ~ r i r eqiie, i , estando eii pm certo (11%
I I ' I I I ~ R nltlein, o iiito ~nrtsrnc~í, istii 6, n incliviiltio qiir m p
tinlin. r e r ~ l ) i d rin o sun cnzn, petlio- nle parti mnctrai--1h~n
qiir rti t i i i l i : ~no meo rnrnnipln o, isto l,. snco de co11r-n:
d ~ p o i rio s que matirlnit linzer lima grande P Iinnita v;171111a
do harro, iix qiinl arranjei tocln :i minlin fhzendn. X{lmiinii-
se do viir ti~(loipso, e xamanc10 de i cpenrr tndos 0 4 niiti o~
selvagens, rliw: - P P ~ - v o smpns , niiiips, q i i ~consicip-
reis iim poiirn no persnnnEem, rlrie tcnlin em niinlia 1.372 ;
pnis si CIC tantas riqri~zltiteni, n 5 n c l ~ r ~ n i oronfi.-nr, s
mie c iim g.ranrle senlinr ?
nti-ctaiitiI rinrln-irie para iim compnnlirirn, qiir sli
.tnv:t, cti CR, qI10 t 11dn isw, ~ I I oP s c l v n g ~ mtavto
cinco oti 4 s f:arss i~ricabiidI.;
. .. em
:I, I ' P X ~1i8-se
I~
!LI.
'% e & -e ..
i i r i UI 4RS fiir~rr3,i l i i i I c7.l t ~ n t o pentw,
s rlois oii trc.2
-.6(

pclltw grnnd~9,P oiiti.as miiirlexxs, que nem iloi* toqtile.:


v : ~ l ~ r i ae111 ~ i iPat-iz.
Pi-rxnni clrs sol~retnrloas pessoas lib~rnes,cnnro j;i
alhlirts t ~ l l l i oi?ito ; e qlieientli) eii nintla exnlt,ir-me mais
do que ele o fizera,dei-lhe publica e grat~itamente~perante
todos os circunstaiites, a maior e mais bonita das minhas
facas ; da qual fez ele tanto apreço, quanto em nossa
França faria alguem, a quem se fizesse mimo de um tran-
celim de ouro do valor de 100 escudos.
5 25. Si perguntardes agora mais alguma couza sobre
vizitas ROS selvagens da America, dos qiiites prezente-
iiieiite iiie ociipo, a saber, si estavamos seguros ent,re eles,
respoiido, que iissiui coiiio odeiam iiiortnl~neiiteos seos ini-
migos, aos (liiiies, clii;iiido os agui.riliü, matain e comeiii sem
reiiiissZo, coiiio sabeis, assiiii tambe~ii aiiiani t a u ~vivas-
iueiite aos seou amigos e confederados, qiie, quando náo
t6em motivos de desgosto, náo duvidam deixar-se çortrrr
em cem mil pedaços para os defender. Eramos amigos e
confederados tlos TupinambAs ; por tanto gozavamos de
plena seguraiiqa no meio d'eles.
Fiava-me d'eles ; e como os experimentei, conside-
rava-me entgo mais seguro no meio d'esse povo, que ape-
lidamos selvagem, do que me considerarei eiii varios
lugares danossa França com Francezes desleaes e degene-
rados : falo tl'aqnelea que sam taes, pois quanto Cr gente
onesta, de que alitis o reino na0 est8 vazio, muito me
pezaria, de ofender o seo melindre.
5 2 6 . Todavia atim de dizer o pt-o e o contra do que
conheci, vivendo entre os Americanos, relatarei ainda um
fato com aparencias de supremo perigo, em que axei-me
entre eles.
Em certo dia encontramos-nos iiiopinadamente seis
Francezes iia linda aldeia d'0cni-anti~~, da qual varias
vezes tenho falado, distante dez oii doze legoas do nosso
fortim, e rezolvemos ahi dormir. Dividimos-iios em duas
partidas de trez e trez para adquirir galinlias da India,
e outras cnuzas par8 a nossa ceia.
Aconteceo, que fui eu um dos extraviados, quando
procurava aves na aldeia para comprar. Apareceo então
um d'esses rapazes francezes, que ein priiicipio eu dice
termos trazido no navio Rosee para aprender a lingua in-
digena, o qual permanecia n'essa aldeia, e dice-me :-
Eis ali iim bouito pato da India, matae, e ficnieis quite
pagando-o.
Não tive duvida em realizar o conselho ; pois muitas
vezes tinhamos morto galinhas em oiitras aldeias ; com
o que os selvagens se náo zangavam, conteiitando-se
com algumas faças. Depois apanhei o pato morto, e fiii
para uma caza, onde quazi todos os selvagens do lugar es-
tavam reuiiidos para caziinar .
Perguntando ali de quem era o pato, rtfim de pa-
gal-o, apaieceo tim vellio, o qual com muito ni8 carranca
dice-me -E' meo ! e O que queres qiie te dê pelo pato?
dice eu. E ele responde0 : .- Um3 faca.
Quiz imediatameiite dar uma faca ; e quando a vio,
dice:-Quero uma mais bonita*. E sem replicar aprezentei
outra ; mas ele dice, que não queria esta.
40 P. 11. VOL. LII
0 qiie ( I I I P ~ C Spois, rliie te de? clice eti. Vriin foire *.
dice ela.
AII r pi-eçn ~ x c e s s i i on ' e s s ~p ~ i n ,(lar iimn
foirt! pri to, acnntecin, q i i ~eii ali nTrti tinlia tal
inetriirnentn ; por isro tlicr-llie ent:ici, r l i i ~se cnntrnt8';P
com rt s~giinilnfaca aprrzenta~la. pois 0ntr.z C O I I Y R n i n
daria.
5 27. >Ta4 n triigim5n. oirc mellinr conhecia n -90
7 3

modli {Ir! prncerl~r(~mlinr .nn'pitn. nrn;lit,o, ron~n(li1ci. en-


gariou-se cnrnn e~i)(I~CP-II ie, qrir o iiiilipriri e ~ t anmnitn ~
x a n ~ n d n ,r qiic conv.iiiin , fos-c CTbnin 1(1<sr, ari nn,i..ir iinix
foi .
Prdi no rapaz, rle qiiein f:ilei, timrt fnicc ~mpiectndn,
e qiirintlti n qiiiz (lar no s r l ~ n ~ e n tez i , n o w iecnza, rrmin
cllnntes rrci\s:irn ns (liia9 fiicas : (Ir snrtr q i i ~t.nfnrl.in-
do-me coiii isaii,ilic-e-llir prlx trrcrii n vez :. ~ I ~ P T P ~
pnis ile mini ?
-40 qiie frir inzo rryilic.ciii, qiip cjnm ia n , romn
eii mathiii n Fen pato : poiu (rlior p l í . ) cnnin nrliit.lc ritiln
fora ( 1 +iko
~ i1 nl: r - t i n i a r a iiiaí.: (1,) qrie
tntlas :\c: nutra* ( ia.
E com cfeit iiitt~rlriciitor qnliiri c foi
biiscnr 1iiii:t ~syinila,nli,isclii1-a tlc zri>.;sniiin~lrirn.rtc citirri
:i seis p'ns ale ct~tnprii~i~ntn, P ~ n l t o i i i*:?pi~l ~ m v n t ~oltrt*
r
iiiint, crint iniiaiitln q~nilii-en dizpr? ~ I I il~lts~ix P i~~nta~--~~ií*.
Qneui pni.: fir.011n-sniiihrailn, t i i i t A i i . toi1:iiin c411iiin
n'este gentio iiinguem deve meter o rabo eutre as pernas,
como vulgarmente se diz, nem parecer mofino, convinha
mostrar-me destemido.
O trugimão, qrie estava sentado n'ums rede de al-
qod8o entre mim e o brigador, advertia-me do que eu niio
entendia, e dice-me : - De espada em punho e arco e
frexas nii mão, significtie-llie, que tem de arer-se com-
rosco ; pois soi.: forte e ~iileiite,c iiAo vo\ deixareis niatar
tuni fac.iliiieiite conio ele peiisn.
E111>11u1:1. fiueiitlo 1)onc i i i . ~ e iiilio j o g , como se cos-
tuni:~dizer, tlrpois de iiiiiitos outros dito.. qiie tioca-
mos e11 e o helvagrili, seni que os oiiti.~.;s l l l \ i i g ~ i prc- i~
zentes trat:isbeni tle acoiiiodiir-nos (coiif'orme o que dice no
principio d'este capitulo), o meo agrcssor, ebrio como estava
pelo cauim bebido durante todo o dia, foi dormir e co-
zinhar a bebedeira: e eu e o triigimão fomos cêar e comer
o pato com os nossos compaiilieiros, que nos esperavam na
parte superior d a aldeia, e ignoravam a nossa contenda.
9 28. Ora, bem sabiam os Tupinambhs, que jii tinham
os Portuguezes por inimigos como o exito o demonstrou,
e que, si matassem um Francez, guerra irreconciliavel
Ihes seria declarada e ficariam para sempre privados das
mercadorias ; assim tudo quanto o meo contendor fizera
f i r a por mero gracejo.
C A ~efeito despertando quazi trez óras depois, man-
dou-me dizer por outro selvagem, que eu era seo filho, e
que tudo quanto fizera comigo era sómente para experi-
mentar-me e reconhecer por meo porte, si combateria bem
contra os Portiiguezes e os Maracajhs, nossos inimigos
comuns.~

Por meo lado porem quiz tirar-lhe todo o motivo de


repetir o mesmo fato coinigo oii com qualquer outro dos
nossos patricios, e significar-lhe não serem agradaveis
taes brinquedos; por isso não s6 mandei dizer-lhe, que não
queria saber d'ele, neni queria pae, qiie me experimen-
tasse com espada na máo, mas tambein no dia seguiute
entrei na caza, onde ele estava, e para dar-lhe melhor
li$& e mostrar, que siinilliaiite gracejo me dezrrgradava,
dei facas e anzoes de pesca a todos os outros ali prezentes
e o excliii da distribiiiçáo.
Podemos pois coligir, quer d'este exemplo, quer do
outro jii referido na minlia primeira viagem entre os sel-
vagens, quando por ignorancia dos costiimes supuz axar-
me em perigo, que é sempre verdadeiro e certo tudo
quanto afirmei da sua lealdade para com os amigos, a
saber, qiie milito se molestam, qiiando lhes cauzam
desgostos.
29. Concliiindo esta materia, acrecentarei, que
os velhos sobretiido a quem nos tempos p~issadosfaltavam
maxados, foices e facas, qiie agora axam tam convenientes
para cortar madeiras, e fazer arcos e frexas, não s6
tratam inui bem os Francezes, que os vizitam, mas tam-
bem exortam aos mancebos para praticarem o mesmo nci
futuro.
CAPITULO XIS
Como OS ~e?irn.qmsfrntnin-sr n n s sirns m n ? ~ . c t i n s ; Iftqar
d a s sirns sc~lirrltiirn~ r -fitnt,rn~.c,r prnnlns Irtwn lnl!ot
jini to nos .ci7n,Qdfftr ,i tos.

§ 1 . P a r a c:nncliiz;?r iin qnc t ~ n t i ncfe dizer s o h r ~nc


nossos selvag~nsrla Ameirica, i~xplicnr~icnnio p r n r ~ r l ~ m
em suas molritin s e 110s cieos iiltimos dias, irtn 6 , qi~nniln
aproximam-se (t:i lIICII.
..*
-+a .~ ~ a ~ i ~ r n l .
Si I L C O I I ~ P C C cair
? drieiite algirm r l ' t . \ ~ c i , depois de
mostrar i a f , l z ~ rconliec~rcinile scnt e (i mal, on nos hryrr4
OU nas perriar, oii em qna1qiir.r niit,rn. partr tio canryin, i+
esse lugar xiip~clocom n I 31 giini nnii~o. P rilrtinias
vezes licir iiriia especie (1 5tixiriis, ~ I I Pentrc. r l p ~
vivem com o iinmr: (IP j1n5 qiiir;ile 3 hnrliriro oit
medico (divei-stl ~ b r i r a ~ r r r i ncle
~ , que f:~lei, iliianiln
tratei (I b:ktea pag's f , i ~ e n l crer n;in ~ i i
que lher nlestin.;, nins taiiihein q i i ~lhe.
prolongr
5 2 . -xicni riaii remes e dnrnqas ilosnosw3 Amcri-
canos, a que 115o s:iw tnm stij~itns,comri niis o somn-
c& na Europs, ern i.:izGo da l i r n i p n trmperntiira do
u ~ referi, so t rem 11iii:i r n n l ~ ~ t iti(,iirar~l
paiz, cnii f + t i r ~ ji iz
xamada pian, a qiial ordinariamente se adquire, e provem
da lassivia; todavia observei meninos cobertos d'ela,
como os vêmos por c& cobertos d a variola.
Este contagio converte-se em pustulas mais grossas
do que o dedo polegar, a s quaes espalham-se por todo
corpo e at6 pelo rosto. Os individuos, que as padecem,
ficam com a s marcas d'elas por todo a vida, como ch
sucede aos galiciidos, e cancerozos ein reziiltado de
torpezas e iinpii~licicia.
Coiu eftito vi ii7e3se paiz uni triigiii~áo, natiiral de
Roueii, que, tendo-xe xiifllrdtitlo em totla a sorte de
obceniilades coni as iiiiilliei es e raparigas selvagens,
recebera titm aiiiplo e bem iiiereçido salario, qiie o seo
corpo e rosto estavam cobertos e desfigurados por esses
piam, como si fora verdadeiro leprozo, em quem as cica-
trizes se imprimem por tal fórma que impossivel 6
j8mais dezaparecerem : por isso esta molestia 6 a mais
perigoza da terra do Brazil.
5 3. Voltando tio meo primeiro propozito, direi, que
os Americanos têni por costume, empregando nos doentes
o tratamento da sucção da boca, nada darem a quem est8
no leito, si acazo não pede, ainda quaiido passasse um
mez sem comer, e por mais grave que seja a doença os
que estam bons de saude nem por isso deixam de beber,
cabriola?, cantar, fazendo bulha em roda do mizero pa-
ciente; o qiial por sua parte sabe, que nada lucraria agas-
tando-se por isso, e antes quer ter atordoados os ouvidos
do que proferir palavra alguma.
Todavia si acontece morrer o doente, e si este 6 bom
pae de familia, converte-se a cantarola em siibito pranto,
fazem taes lamentaçóes, que si nos axarmos em alguma
aldeia, onde aja defunto, e ahi tenhamos de pernoitar,
ninguem espere poder dormir diirante a noite.
E' principalmente admiravel ouvir as inulheres, as
quae3 reunidas fazem lamentações e dialogos, gritando
tanto e tam alto, que dirieis ser iiivos de cães e de lobos.
Umas arrastando H VOZ diráo :-Morre0 quem era
tarn valente e tautos yrizioneiros nos deo a comer.
Outras roniyendo no mesmo ton responderão :- O h !
como era bom caçador e excelente pescador.
DirA outra no meio ct'elas :-Ah ! que bravo matador
de Portuguezes e MaracajBs, (10squaes tam galhardo nos
vingava.
Assim no meio taeu lamentações, excitam-se todas
para levantar maior prantina, abraçando-se umas com
outras pelas costas, como vereis no dezenho anexo; e em-
quanto o cadaver estA prezente não cessão de fazer longa
ladainha dos seos louvores, expondo e relatando tudo
quanto em vida o defunto dice e praticou.
5 4. As mulheres de Bearn, conforme dizem, fa-
zendo do vicio virtude no pranto que levantam em pre-
zença do corpo dos maridos falecidos, cantam : -La m i
amm, ,?a mi a)non, cara rident, @i1 de splendon : cama
.r7(pd,I I P I dmisn?idon : !o si6 Ònlmi , In rn'r..~ l i ~ t r l ~ r:
i tt m t i
r l r p r , ~: ,/rir! tnnf n
Qiicr dizer : amor, meo amor, cara i ilonha,
olliios ltizen t ~ s PC , irn, hom dnnsnrlor, omem u:i-
lente, mpo mrcdi.na:inor, cedo (IP pé, tarde nn cama.
E dizem ~ i l ~ i i nrliie
s ns miillieres dn (;:tscnnlra ncre-
rentsm, : - l*mv lqrre: O Ir Iirf ~ f e ~ t r ~ q i i n l ~ o/wt
~ ~ ,intlqn-
It1

do11 ~ I I ' I I P ~ P .
0 q i i ~significa : -Ali ! Ah ! que IincIo nrren~cri(10,
? qiie linllri jnciidnr era ele !
Assim fttzeni ns iinsws pobres Americtino~,os qi1aP.i
MI estril~illirid~ cnda ~.;tanc,inaci-ecentnrn sempre: -
Jlorreci, mnrreo, nqiirle que agorn vlirpimos.
F; 03 oinpiis re~panrlrniln, dizeni : -Ali ! 6 v~rdlifle,
niio o verem03 mais sin5o qiinntlo tornios para alPni (Ias
niontan l i aLS, onde, como lios ensiiinm os nnsqos cai nliihns,
clnnstircm ns com e1le.
IS n jst.0 acre centam muitas ciiitrnq couzns.
5 5 . t W H , esrns Iriniiirias diir;iiii orilinnrinmcnt~meio
n

d h , pois (liinzi niii~ c constrrrani


n pni' mais t r ~ n ~inscpiiltns
io
os C, idave&I-4'3.
c de tlFiertrt R COVR, n i n comprida, como sam
I i ~ piis
risnnssnq, poretn r~dontine pi.oftinila conio irm tonel ~ I P
vinlin, riIrvatH o c ~ r p o logo, depois do nhito P aninrr:iiii os
hrnçns rnilenn{ln as pcrnns, r 0 ~iitrrrniiiqrinzi cm pi;.
Si n fiii;illii ri a l ~ i i m vellin cstiiriniln, rorno jh ( l i c ~ ,
sepriltn-se na prnpri:i. rnzn, ~nvnlvirlo nn seo leito dc a1-
god8o (rêde), e com ele enterram colares, plumas e oiitros
objétos, com que andava, quando vivia.
A este respeito poderiamos alegar miii tos exemplos
dos antigos, que uzavam couza similliante : assim Jozefo
nos diz, que depozitaram-se certas couzas no tumulo de
David ; e varios istoriadores profanos testificam a res-
peito de rnrios personagens, qiie depois de falecidos h r a m
acloriiados com joias preciozissimas. que apodreceram
conl os ca(1averes.
Para náo ii mos mais longe dos nossos Americanos
direi, que os indios i10 Perii, terra coiitigua aos selvagens
brszilienses, enterram com os seos reis e caciqiies grande
quantidade de oriroe pedras preciozas, como atraz declarei.
HISTORIA DE UMA VIAOEM A' TERRA DO BRAZI*.
r
5 6. Muitos dos primeiros Eq8nhoes, ;ie foram a
esse paiz, ficaram riquissimoa, b u w n d o os iespo&s &os
cadaveres nos tumulos e nas cavernas, onde os podiam
encontrar. *
De modo que bem podemos aplicar a estes avarentos
o qui diz Plutarco da rainlia Semiramis, que mandara
gravar na pedra da sua sepultura, a saber, por fóra o
seguinte (traduzido em francez) :
Qiiicoiicliie soil !e roi t l t ? peciine intligc~nt,
Ce loiiibt~aiiouvert preiine autaiil qu'il veiit d'argent

Quem abrio o sepulcro pensava axar valioza preza,


mas em vez d'isso vio dentro este letreiro:
Si 111 n'rstoit riics~~linnt inwtiahle d'or,
Jairiais ii'eusses foiiillk (11,scorps iiiorts Ir: tlirbsor

5 7.Voito aos nossos TupinainbSs, dizendo que depois


que os Francezes se relacionaram com eles, jii niio en-
terram abitualmente com os seos defuntos couzas de valor,
como dantes costiimavam fazer; o que porém é milito peior,
como itles ouvir, é manterein a mais extravagante su-
perstiçao, que potlemos imaginar.
Crêem firmemente, que si d ~ l h a n g n isto
, 4, o diabo
na sua lingus~eni,náo axar outras viandas, preparadas
junto B sepultura, dezenterrarb e comerá o defunto; por
isso nao s6 na primei1.a noite depois de sepultado o ca-
daver, como fica dito, póem sobre a cova, grandes algui-
dares de barro xeios tle farinha, aves, peixes e outras
viandas bem assatlas com a bebida xamada cntiim, mas
tambem continuavam a prestar este serviço verdadeira-
mente diabolico, emquanto o corpo náo apodrece.
Doqual erro era-no: bem dificil advertil-os,porquanto
oa trugimões da Normandia, que nos tinham precedido
n'esee paiz, imitando aos sacerdotes de Baal, de que fala
a Escritura, tiravam de noite essas viandas excelentes ;
e assim os entretinliam e confirmavam em tal crença de
modo que, embora por experiencia mostrassemos, que a s
couzas ali depozitadas na vespera no dia seguinte ali
permaneciam, apenas a mui poucos podemos persuadir o
contt8riod
, .. .-. ...>p o d ~ m o sdizer, que este delirio dos sel-
~ S i; miii
V I L ~ P In5o tlif rrerite tln iiisanin (10s r:iliinos, cloiito-
res jiirlsicos, nem da v ~ z x n i atle P,iiiznniss.
Siistentirm o< rabinos, qiie o corpo morln fica em
poder de iim ilir~ I J o qiie
, p l p s sainam %:Jiel iiu Aznzel, o
qiial dizem ser rL~noniina ,tln n o L~~7itic.oprinçipe (113 de-
zertn ; e ~iaritcantirmnr .. , i~ s t eerro tnrcem n passagprn da
Escritiim, orille sc, (1ix :i serpente :-Til conier!ts trrra pnr
to110 o tempo iln ttin vida.
Dizein eles, ~ I I Pn nown corpo 6 creailo do limo c do
p6 dn terra, qire P n carne iln serpente ; por t ~ i i t nfica?-lhe
s11g~itoxth transformar-se em naturma cqpiritiial.
Paiizanias tninbem f : h tle oiitro diabn xamndn Eiiri-
nomo, r10 qiial diceram 09 interprct es cli,+ Deltioq, que de-
vorrw:i R carne (10% mortos, e sii ~ P ~ X R I ns R owns ; O qtie
e111siim 8 rerliindI R no me:mio erro tios nos::o$ ,\nirricano<.
COmii ti cimn diciR.
Gr in.i&n :A

o modo pelo qiínl os selvagens rsnnvarii c trnnsfi =rem ac


suas iildt4ns de iins para oiitiv.; liig~res. t! cliiaiit~) 2s se-
pultiirari (10% seos tiniidos,eles c~loc~rui pcqitpnas c.olbertnr:~
.---..-
(lu tirhiisto x:tuiaclo pi?i(lohtt, e assiiii n5o SU os tr:iir~riiii-
tes reconhecem esta fcirnia de ceiiiiterin, mas tnmheni nc
miilhei-es, quatidn anclnni nos l i o ~ q i i ~t3 r :por :\li paLsaiii,
si se rrc:iird.tm clns finados riinrijl~~.í, fazerli as cnst ~ i i l i . i l l ~ i
xoradeiras, gritando de tal modo que sim ouvidas n a dis-
tancia de meia legoa.
E como acompanhei os selvagens ate o sepulchro,
deixando t u mulheres prantear ate fartarem-se, rematarei
aqui o discurso sobre o procedimento d'essa gente relativa-
mente aos seos defuntos: todavia poderão os leitores ainda
vêr alguma couza no seguinte coloquio, que compuz, no
tempo em qiie estire lia America, com o adjutorio de um
triiginiBo, o qual beiii o podia. explicar, nac! s6 por ter ali
estado sete o11 oito aiiiios e e i i t ~ n d e rperfeitamente a
lingiiageiii da gente do paiz, mas tambem porque a
tinlia estudado proveitozamente, confrontando-a com o
idioma grego, do qual, como os entendedores j6 terão
podido observar, esta nação dos TlipinambBs tem algumas
palavras.
?{:P.
L>
. *'
CAPITULO X X
Coloqitio da entrada ou xe-qada ~ t à ; t e r r ado Brazil entre o
gente indigelza xamada Tirpit*antòcis oic Tzipiniqttins
cl» litzgiiagena selvage~nefranceza . *

5 1. TUPINAMBA.
Erk-iottbé. Vieste.
FRANCEZ
: Sim, rim.
T . Teli !auge-11y-110.Muito bem.
T . Bfara-pe-dereré ? Como te xamas ?
L. L c r y otcssotc. Ostra grande.
T . Ers-iacassojienc? Deixaste teo paiz para vif
morar aqui?
F. P a . Sim.
T. Eori dmctnni otrani repiac. Vem ver o lugar,
onde deves morar.
F . dag6-bé. Muito bem.
T.I-entlé-repiac? Aoiit i-ettdercpiac aozcté &$are.,

.\R~v~la\.r;is indigenas ~ : i i i i escritas coin a ortografia da pro-


nuncia@~friiiict~za.Si ti\resseiii~isile esliriiiiir a ~lronunciacoiii a or-
iograIia port~igiic~xa.ftiriaiiios ;iliera~òi~s grafiças, que desfigiirariam
o tipo origiiial tlo iiiitor.
Qiiem coiilit~ct~r o idii,iii;i intligcna vcri,que miiitosvocal~ulosestam
estropiados [tela proiiiincin Iigiiriida p+lo iiiilor; r cada ual 1iodei.12
re~tabele~l-os e tb3c.re\VI-oscunforiiie os escrevein os escr8ore.s nacio-
naesentenilidus tio iiiesriio idtoiiia.
.
Oaiitor escrc\ c, por cli~iiil)lo,Arriao ttct~r.Kariaiic, Tapiroussou,Tou-
co~iar-oussoii-tiivi.. L'iiprii, os iliiaes n6s escrerem-se : - dra-
plihn, Cariixa. Tal~irussú.Tac~ii:irussutuba,Tupan. etc.
A rrprezcnla~;iograiica da piaiiiiiicia tlos vi~c:il~iilos brazilicos entre
os escrilores patrios iiáo 4 idenlica, e mostra qiiiiin diversamente perce-
biani'a lingii:igciii dos iiossos intligenas os priuieiros exploradores, quu
com eles se relacii)ii iraiii c 11s oii\.irairi falar. h'ào teinos oje meio de
verificar qual a I-erdulelra c chnntaproiiiini.ia@o das palavras tiipiciis
ou guannis,porcliieji 1150Ii~iiiosqueiii as profira coin a diçào primitiva;
r' is fallain iiitlividiios qiie liilt~iiia lingiia dos sborigines, como estes a
alavain nos tcriipos tlo desrot~riiiientodo Brazil.
Nào adiiiira, (]ti(! iio itlioiiin dos indigenas ameri~anos encon-
tremvi variedade iia escriluraçào das p;il;ivrns, qiiaiido dm lingiias
vivas nenhiiiiiii teiii sisti>iiiaiiiiiforiiie da pronunci;~~;loe ortografia.
O testo frariccz correspoiidentr ás pa1;ivras do dialogo acima .
vae vertido em I~ortugiiez.Ouciii tlezejar conhecer o mesiiio testo
Yranmz. o axark na obra original de Joào de Leri, que agora damos
traduzida. I
, 41 r. 11. VOL. 1x1.
1ini.n

T+:
T P '~ni~i'wt~'
I
'I'. E,;)
Entmtli.iii FOI i - t

s
I'. -1-nrrlt.
'r.
tillin
r't, l i l ~ i r
,,,I

fsto, qtir nl,nl~rmpíi;. I t6.r.


,;,

'I'. ,Irn~ir>rc!/~Qi~nri
! I P W I r71 ' Ali pois rei0
7rcrnn;s I;r~-ii-o~i.cqn~i

rlns ti cnis:iq ?

T &&e-pnmo 3 O que mais 3


.
Trsrimrntns.
i ~ t l n -( ~1 n~i ~ q.
II<I*J r l i ~ . i ) l l p ~

Poilcrernos por. pn1n1.r.n~exprimir q~inntits t i ~ c m i n s


at6 ri nuinrro (Ir:
,I 71 q+'-p: I ,
ecoinl~o;.
S i tiveres (lira\, i>,iktiir:L noinpar quatro 1311 cinco.
Bastnrk (dizer winrottt i11 piir t l PZ C qu:i tro.

leres mostrar pelos teos dedos e pelos dedos (tns pessoas


~ ~ ' P Z P I I ~ P~iitracnmplo'ni.
S
i'oiq nTio tlmcrn outi . iotlo cle cnntar.
T . ,J!c;i p;rPrt
í r a z ~ rlentro
(I

-
.
D Pqiic qtinli(lad(3nii chr.?
Jfi~~n-i*iit:?
I?.,\riftotl?/-i/F, 82111. J i i r r r l ~~erinellio.
fim, ~ P P ~ I ,'OI~orí!/-~llnrso~t,
i o
de camizas .
.
J .
- , r

F A cang azcbé-rotcpé. Xapeos.


T . Seta-pé ? Muitos?
.
. I , r
,

F Icatotcpatzé . Tantos que não podemos contar.


.
T Ai-pogno ? E' tudo 3
.
F Erimen. Não, de modo nenhum.
T. Esse non Cot . Nomeio tudo.
F. Co)o ~ ~ t oEspera
T. xer~h. Ora, siis.
. tim potico.

F. ~Vocccpoti I ~ ~ O Y O YArma O C ~de


grande ou peilucno ; pois mocap significa toda a especie
de arma de fogo, quer canhties de navio, quer outros
qnaesquer.
a~

Inrrp, amarelo.
r tt~
i i c t r oiit r:is v:izilli:

14' . 1'1t t:ro?~+. Si111; PII 3~ t r n i i x ~ .

v i > r d ~l. ' i r i w ~ ,d e ninit .is


n E ~riten~la-se

. como arcubas
L ~fogo,
iixas9
ni.1'3~

, o ; o r t ~ ? , ~~;1r ,

P i m i l l i n i i t e n i ~ t i t r : >i t t m qiintro i l i i 5s ciincntidic.


a<-ini por (liantv ; i11 ;.I h i D;IS\:IT O nulilprn de J,

oniiinero, qnc rluizcres ~ i n u i f i c i r ,

de cnrnwh70 11oup:? Que conzs


HISTORIA DE U M 1 VI.\(iI:.\I .I' TERRA DO BRAZIL 323

Parem alpnias vezee, que proniinciiiiii Boca$ (com


b), e seria bom escrever esta palavra com LM U .
Mocnll-cciii polvora, oii póde fogo, e talubem fiilca,
polvaiinho. etç.
T . ilhu-a-caí. ? Quaes sam ?
F . T ~ c ~ ~ i ~ . o t r . . , c oSifre í ~ :boi.
~ ~ - a de .
T. Artg&gnton-tc~gti;. Muito bem dito.
ditíe 1)L: s(>portyt .e11i ? O que daremos por isto ?
F. 9rotil-i. Apenas os troiixe. Como si dicesse : ~ B o
tenho presi.a em desfazer-me d'isto. Como daudo a en-
tender ser boni.
T. I32 ! E' uiiia intergeic;So, qile costiiniam proferir
quando peiisain no qiie se llies diz: qiierentlo replicar de
M a vontade. 'i'otlt~viaçnluui-se, afim de náo pareeerein
importunoi.
F . Arrorc ita!/!jrrpw. 'i'i.oiise cspndas de ferro.
T. l\Tiioc~l~iccc~-ii~lr,) I ) , 11;' :) ';;o as yerei ?
F . Bl.!loO irrwr. Dia tle tlt~scnnso.
T . ATi.t.6rotcp6gtc!/a-pat? Kno troiixestes inx6s.
F . Arroilt. Troiixe.
T . Iqcttort-p6? Si~nibonitas ?
F. G'//iccl~~lj-t,té. Saiii inxós exceleiites .
a
T . r l ~ r n - ~ ) o ~ > l o c?~ Qaeiri
t t c ~ ~ zas fez ?
F . l'>ci!j(: o~r«.~.so~l rr:~ir!/r~iogl~eu . Quem as fez foi
rqnele que sitbeis, qiir nssiiu se lama?
T . dlrgi.-tc~rnk.E: faz uiriito bem.
T. Accyic~I~ 1110nlcu. Ah ! E U a~ veria de bD;b von-
tade.
, F. K~tínn~trotr.~see. Eni outra ocaziáo .
T . T(tçt'piaJt.títugí.. Queriu Yer agora.
F. X11lberei~l!/rr6.Espere ainda.
T . Eriroirpi: itaxé cir~to. Trouxestes facas ?
F . Arortreta . Troiixe com abundancia.
T . Cecortar<rntiu c a ; . Si~iufaciis de cabo fendido.
F . En-el~n o n iretili . De cabo branco.
Ivt112p. Kavallias .
T a x e mari. Facas pequenas.
P i l t d a . Anzoes .
: Mmttentontutr. Fw6es.
.
Awotia Espelhos.
1Pnap. Pentes.
,iiiiirl-tir,nlr!/ rdl,:. r ( i l , t i . ~ < o!] ? 3 r ~ c e le~ faZ11Pq.
/1 1 ~ r j~p ~1b I?~ ~ i o t ~ ~ n ico.;tiiiii~
is ( 1 v~+ r . Sam
(13n ~ a i -1 ~ 1 1 1 i t tq
w P v i ~ t i () I ~ p r ~ qi s n i-omci;~ram
~ .u
vir c:i .
'r. znuo ir?-I r(r?urv?n1"nrt-pinlt (7; nln;. Abre
1 til% C R ~ S : EI)Rrlt .; t 113s f:t~ c i i d a q .
F. ..l I I I ~ ~ I . ~ : , posso. ;I ~ ~ - ~ I ~ I T I irtw~ - o ~~ ~P cV I~ PI ,
3Tost~.nrri,qiinniln eii vipr .. ,... . n n i i i .
I'. L ~ ? t r y ' irt rsm3t - t ~ ?i N:in te traqa
VP7PS ?
5 2. r l~ri-c~rnrr 1 que q11~
n
req trazer ?
A1!,l~, l , ' , T i potflt ? 0 q1te qt1vres tll ?
I'. i'tio. (Janilriiperlcs .
Ortiili. Ali!%.
. I'P~xR.
. 1J;~rinIla.
: Sahu.
i I , I I L O J C ~ ) I ? I I - O ~ / I X S.. P
Favas
~~J/ grandes.
' ~ I J ~ I ~ ~ I ~ , I I , ~ ~ F:IY;IS
I - > ~ z ~ ~pt?(lu~ii&~.
; .
. 1 f i > r . r r r t ~ i in-nitn.csnrt. Laranjiis r: 1ini;ies.
Jf,it. i ; r i i r r t , t i . 'J"odas oii miii tas cniizxs.
'I'. dlfrrrch-i-nF sno cl-rr irsrd'ii?' D r q l i p qnnlitlirde de
qitiiilriiprilr~q i i ~ r e sc.qmer :'
I*'. a\;r,tr.v~l);itlcqttr ~ o !~nnnrtrrt:. n 130 qiiero dos
d'este paiz.
T. A a sienon desne . Eu os nomearei.
F. hTein. Ora, Ia.
T. Tapiroussou. Animal assim chamado por eles,
semi-asno, semi-vaca.
~'7eottassou. Especie de veado e corsa.
.
TaiassU Javali do paiz .
Agotiti. Animal avermelhado do tamanho de um ba-
corinlio de t rez semanas.
Ptr / / r ( , . E:' i1111 aninial do tsnianho de iim leitão de
mez, i.;~i;itli, ilc 1)ruiico c preto.
3irpili. Rspecic de lebre.
i?. I Z O ) ~ooccc y c l t ( v ~ r Komêe
. as aves.
T . Inroic . E' ave do tamanho do capáo, similhante
& galinha de Guiné, e da qual existem trez eçpecies, a
HISTORIA DE U M 4 V I h G E M A' TERRA DO BRAZIL. 325

saber : iacoictin, iaco~cpern e iacoti-oriassorc ; s;im de mui


bom sabor, e tam apreciaveis como .outras aves.
Moutott. Paváo selvagem, de que existeni diias
especies, pretos e pardos, tendo o corpo da grandeza do
paviío europeo (ave rara).
Mocacotrd . E' uma especie de perdiz grande, tendo
corpo maior do qiie o capão.
Inar~alion-oahsií . E' uma perdiz grande, do tamanho
da acima nomeada.
Ina11aI)ori. E' uma perdiz qiiazi do tainanlio das
nossas em Franqa .
P~gassoti. Rola do pniz .
Paicnrct . 0iitr;t especie de rola menor.
5 3. F. Seta 1)q)zl-nseqla~;? Existeiii niiiitos peixes
bons ?
T. AT'ln . l'eiiio.\ alguns.
Kw-t>i~ta . B : ~l)o
I .
P a r a t i . E2soecie de bsrbo .
Acal-a-onssotr. Outro peixe grande assim xamado.
Acara p r p . Peixe xato ainda mais delicado, e
assim xamado .
Amrn-hotrte~z. Oiitro peixe de cor trigiieira e de
menor tamaiilio .
Acarn-1ri1r.i. Peixe de tamanho inui peqnetio, vive
n'agaa doce e é saborozo .
Ortnrn. Peixe griintle de boni sabor.
Kat~iorrroc~)orii-OII~S~QOII. Certo peixe grande.
5 4 . F . LIIai~tope rlerctlrit~. Onde 4 tiia caza ?
T. Aqui o selvagem n o m h o logar da sua moradia :
-Kariattlr, Ol-n-ocrnwocc-oné~,Iaiteri-trr nssic, Pirncan i
o-pen, Eircisn, I t n n a ~ ,Tarncorrir-npnlt, *Carnpo-tt.
Sain estas a s al~leiiisao longo da praia entrando no
rio de Qcneltre do lado da mão esquerda, declaradas por
seo proprio nome ; e náo sei, que teiiliitm traduqáo a signi-
flcaçiío d'estes noiiies.
Ker~fi, Acnl-a-i(, h-o~irori~~ior(r&, I t n ané, Ioirarotten,
que sam a s praias tlo (lito rio do latlo da iiilo direita.
As maiores aldeias na terra firme, quer de iiin quer
de outro lado, sain : T~~iicor~aroc~ssorc-tilce, Oca-rentin,
~Sapopem,X o ~ ~ l - o t r ciirnscl-titve,
~~v~~, Lka-portirvc, e m u i t a s
I .b., ,I r - ~ ?.>fit.>.
i t n * - ~ h t \n: til ~ i ;; L ~ ~ ;f I8I~I~~* ~ ! ~ c + ~ - i m ~ n t o
~ i i q l i i tiA3tri ~ i ' r l . iIip:n
, I ~ I I * I I I rin
I 11.1 11: 11. 11t,<\>:;i<
i113 f.i:iiili:i t'::i . t r : i . i ~ . ~ ~ i . i i , ~si i itl i i
r* i , t + IJIOY:II~~I~(!$
71'ewis ~nr-<rn:i.<~ l ~ l <~ t , i i 1i1 (: ~ ~ , - .
i nq- r~
I'. .l- : I , , ~ . , ~~f-?,,'.,
II ~.I~I;Q!I 11 xn t:is nltl~ias
n r ' i n i l ~ qIlyi.t.-in ?
p o r (::i
Ir. .~'I,!,I-,~II,>. Kyiqt~
1:. ~in;.ri.:tlmimas.
>\*'(;/I , 1. -iir:io
t n rliivm
pit.;-itt i-; rnm a

tira n ciin rlriinmiiin:ln, P e\t n I iiiiii


prrtn il'i.!i*, v .;iznfic.n cn nt-i(lv, rrt IP JTI; -
* . ~ < I C / ~ ? t 1 1qiira
, siznifii-3ca R T I I ~os
I~ P t.ini1r-i
trvq f ir:^ fi I I J . ; I ? I ~ I I . 1;; 6 : ~ r t i r o( [ o al)lativo, .,a,. ..:r11 I i l . 3
r + Iiiynr, SP p ~ r r ~ zra onde 1111 qft

q ~ ir.~ r
,lfm * V P . Sirn irdador ( in; on
a qnfm p ~ r t i ~ i i coerrriirtlili ; r l i z i r n ci'cssit e ~ p r r . ; s ~ ~ u ,
iln?nrlri q ~ i ~ r xamnr ~ i n nina iniillirr l;'i tii:~>il-:l, 011 qnt? ~ s t b
~ Q W S i r i~t n n1:'tn ; poi; i i r o w 7 i r 6 reiilrdio ; e p-rrlr
~r l i i ~r < p
B pertenças.
T . Ottrauh-orcssou cxri nrerctin: grande penaxo da
aldeia xamada Desestorts.
F . Tarc-cotbar-otissac-ttcvegonnre, etc. N1essaaideia
existe um lugar, onde tiram-se bambus moi grossos.
T. Oitncar~:principal d'esse lugar, isto 6, seo
cabeça.
Sotrnr-oussori : isto é, folha que cae da arvore.
Jfo?~lo,ziri -oicns\oit : iissiin xãnia-se u m liuiáo grande
ou 1arai;j;i .
. l f i i c ~ - d t r : qiie e s t i xami1sc;ttlo pelo fogo de algum3

c011z:\ .
,Ifuo-(rr~c-ortnzsnii : cainpaiiilia grande ou sino.
. ~ f i ~ ~ ~ - r: ccouza
o r r ~ ~que
~ vae .;i\ii1110da terra ou d e
qualqiier lugar.
L-. HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO B R A Z I k 327
'

K a r k p i a r c : caminho para ir aos T<arios.


Sam estes os nomes dos principes do rio de Cfctteitre
a dos seos arredores.
5 S . T . Clte ~.ol~rip-,qatotc,(lerolcr (cri. Estou muito
contente por teres vindo.
X e i n tereico, pai Nico7n.s iroil. Ora, fale oom o senhor
NicolBo.
Nere roicpe clkri! vticcco? NBo trouxeste tua mulher?
F. Srrout irali chereco crn.qo.nie. Eu a trarei,
quando os meos negocios estiverem arranjados.
T . Xarap8 d'6rCcornn? O que tens de fazer?
F . Clter atic-otinm . Minha caza p0de ficar.
Xarn-me-nuc? Que especie de wza?
F. Setlt, da2 e712t.í.ço-rei1t coiiap rengite. Niío sei
ainda o que devo fazer.
T . 1\-ci)i fi'rtitl oec(t]i (li'rIcor~>»a.Ora pois, pensa no
que tens de fazer.
F . Pc,-c>t~r~~ ~ryinc-iree. Depois que eu tiver visto
vosso paiz e Tussa moradia.
T . ATercico-iclto-])e deatcen a i r o ~ n ?Não te avertís
com a tua gente, isto 6 , os do teo paiz?
F . Xarti umo-p2i' Porque perguntas?
T . ilipo-git6. Direi a raziio .
Cl~cpoutotr~~agtií.-drI'i. Estou assim incomodado, como
dizendo : Bem queria saber.
F . ATên 116 autottzreti~npi? ori.roztbiclreIt? Niio abor-
receis o nosso principal, isto 6, o nosso velho ?
T. Erynwn. De modo nenhum.
&r6 cogaton pozr!j eeirtl-eié 1110. Si niio fosse couza
de que se devesse acatar ; dever-se-ia dizer :
h"3coirni. apoltan-6 enpztotcresme y potèr6 co.qaton . E'
.costume de bom pai respeitar o que ama.
5 6 . 1'. A?i'eresco-iclio pirer~l-cittari~ti?Xlo irás b
guerra fu t u r .~
F. Asso ir61bzi2. Irei para o futuro.
A31arap6perol~ag;rè? Qiie nome têem os vossos ini-
migos?
1'. Touaiat ou ill(eryaint. E' uma n~tçáo,que fala
como os Tupinambas, e com os quaes os Portuguezes se
relacionam.
~ ~11L
. , c 3 ~ ~3 ~ lPl U 4 b!llC
i~tinnnill
re Jia11n.
m i l i t ; . ~i a
1.3
E G C ~cniiln 1113 nin i.
OS li !-i1~3, r I 11rt~1n
de falnr.
OS Oi~t-iiti ,r- i i i i c i i-iii i 1
voclihirlnc: (Ir t t i i i . t P iliitrx pnrtc.
0.; Onrani~iist:iuil~erniizalti dc exprcss;ic e
t i ontrn
~ mi1r1n (!r f , i I ~ i ' .
7. T. Ti.11cii~or~c p~rirr'rcl n'j)rrnir i/,:, I , . I ( C , , . :I
gentc~ljnsca n. iini r oiiti o pnrn n ii~bscobrm.
E s t a p z l a ~ r gi ~ n ( l ; \ ? t t 11m i111~l.(11: q i ~ eoq G r i ~ o q
iizam, qii:iriflo fLtl;inidc tliins coiiz.t-. 'l'o~la~ ia ailiii (: t o -
mado por esse modo de falar.
Ty iel-oòali a p o n u ari . Ficamos ufanos da gente que
nos busca.
A p o a n ne nine gevre, iendesne. Essa gente existe
para nosso beni. E' quem nos d5 dos seos beus.
T!/ri.co-gafon indesize. Defe;riiamos bem, e a tra-
temos de modo que ela esteja contente comnowo.
l j ) o ~ . o l cct,:-nito.~ro i o i ~ l t . . w c . Eis uma couz't bo-
nita, qiir .e 111,s c~fvi,c~cc.
y y Ijl(O'(11t ( / l l t ~ ) tC i ~ ~ O l i l l'. 113r C h t C i)OVO
- ~ sthj4~!l105
l~~
aqui.
T y moniottron, inE rnac g m c ientlcnlr. NHo facamos
injuria a pessoas que nos dam dos seos bens.
Ty poih apoazrd iendesne. Damos-lhes bens para
viver.
Ty pmraca apoaué. Trabalheuios para fazer prezas
para eles.
Esta palavra ypon-nca 4 es1)ecialmente empregada
nas pescaria!: ; mas iizaiii d'ela t.111 qiililquer outro arti-
flcio de apniihnr qundriipeden ou ;ivcbs.
Tywoirt iria2 tjronarrz u n i a11;'. Tragi~inostodas a s
conzas que podermos aver.
Ty r.c corri ~.er1iciiclt-~riei~~~76-iiiaé rceoii.wcrctl.
tratemos ninl aqiielcs que nos t,ruzeiii sens beiis.
Pe-poiro~lcaiin-,~z~,cl~n,-ai,.s-oirch . Siio scjiics iiii'ío~,
meos dllios .
Ta pew roihracrb. Afim de que tenliaes bcns .
Toerrroil~yrrciir~:n~rio. E vossos fillios tenliaiii.
fi/ nlcoil~ientlci.nniolryi~ jttn2 pottnire. X i o tc!in~~
bens de nossos avós.
Opap cl~c~nrwoir!yri~ritrl:. l)o,iair.c clitil~.Desptbrdicei
tudo quanto iiieo avb iue tlzisoii.
Ayoan rrrai. oi icv-o1,inli . Fico ufi~iiocoiii o': bens
que essa gente iiie t 1 . i ~ ~ .
Icnd~rnrtroicy.~~ .l.c~triiGpitrc potittc!jrte norrriirc. Isto
quereriam IIOYSOS RYGS ter visto, miis niiiica viram.
Teli ! oil) ot tirltct2 it~)ttl~~t.ttrt~otry~~ rt>coliiio.c!/*tei o t -
desnie. Ora, tudo vae bciii ; c coube-nos iuellior sorte do
que a nossos svbs.
Iéndcl~ot.).(ri [ olis.~o(iC ~ C ! I ~ CIsto
. nos t.ir;~a t ristczit.
It~tlde-coottus.~ityidrt.e. Quem iios f i ter ~ ~~ i ~ i i i i d t . ~
0rtas ( ~ ~ ( i i ? ) .
Etz s ( i . ~pirn
i J I ~ ,i ~(/,*r?
~ i~~tortt!/ I ~ O ~q ZjG . NA0 faz mal
AS nossas crii~iiciiiliií~, ~ I I ~ L IasI I~~O ~I I S I I ~ ~ L ~ I O S .
Eiitclntlo esse diuiiii~!~ivoçreaiiciiilins como fi11:os dos
nossos fillil~s.
T y r e rsoil4 apotin11, Lvtllerori~s (~r~rrc?-lo-i. Levemos
estes comiiosco c0nt.i.a os nossos iiiiniigos.
[Ibwe coilb aioco]) ò tuae-ctz. E: tenliain arcsbiizes.
que vieram com eles.
42 r. 11. TOI.. 1.11.
. . ... ..... (i.: í l r r ~ - * yriir.cbrii ri.:
I i-, .
. ,. .. , : I ~ : : ~ I ) v r , l'n!-:i!8
, iI.4

provilram.
a q l ~ v l ~I: ~<I I ~1111s
!
f > : l f h w m11s~ ~ l l ' i l ~ ? f ~: ~i lj~~. tv, kln 1-iil.n .
como n t'r;izr! n iticiilt,;~.
1:. -Y4-;~~-,-lt,?
, I ~ , ,~,,
I I I I - ~ . ~ I ~ ; ~, tP I, I ~ ~ I - . , i-IIPO ?li
S~ili:,c i l s l jlcinl n 1 r111t:t!+,
TII~~L ? tlnt- :\q 1.a-
Invrnq ntniir.-n c , q i - r [ i rh /.tit, tli fi~rc~in(IP s r ~ i i!13
r ; pois
a p r i m ~ i ~ .r\.pri~-c5ii
:t .i- br.l:.itn, nli:in*;.tc n t r r - i P
entw r1113 P nítc. 4 1 ~I-!II~: ~~t'7,IIll :L sfbrrrnC[>;IIII:;S l~+~n.i
entre 11
Ti :dos p ~ l aprirnrirn r b x l i r ~ c - i o 1iTic-I
pod~ni i.ccciirr n riiiin nrm :i. irmnri i111scn :i.li;iili~, Ci c{'-
311ndii iniocln tl nir n n.li2ni:n, cnni ~ i s t cn'r
~~nsinyeiirode 11-$E i ~ n s :i os r111 t r n . pnr
direr;os dos r .c-iprins, cnrnn
... : 111 iiilin 11~11
r~llin,iiiinlin orclliii., e oriti-os sirnill~:tnt~s.
§ 8 . T . ilfaé resse iende níonetn? De que falaremos nós?
F. Séeh ntae tirotten resse . De militas e diversas
couzas .
T . Mara-pieu rah reré ? Como se xama o c60 ?
F . Cbo.
T . Cyh-reizgne tassenotilt ~rtaeiimzmdcsne.
F . lirtqe-h;. E' beni dito.
'r. dfflc. Céo.
(lorirr,-rcs.~i. Sol .
Jn.sn>. 1,iia.
I(r.q.<i titfn oiirrrsnlc. A grande estrela da insnlian e
cla tai.dc.. qiie coiiiiiiiieiite xniiiaiuos Liicifer.
lussi-tafa-i12iri. Sain todas as demais estrelas pe-
quenas.
Ubouy: E'a Terra.
- P a r a n a n . O mar.
Ulcété. E' agua doce.
Uh-een. Agiia salgada.
Uh-een b~ilre.Agua que os marinlieirosmais frequente-
mente xauiam soninhaqtce .
I t a é propriamente tomado por pedra, e tambem por
toda a especie de metal e fuiidauieiito de edificio, como
ooh-ita, pilar da caza .
I a p i i w - i t a . Frente de c ~ a .
J t r a - i f a . Traves grossas tla caza.
Iyoto.alio)i I/ I,ortirah. Totlaa espeçie e qualidade de
madeira.
Oro-apnt. Arco. Einhora seja nome composto de ybou-
irah, qoe si~nificamatieira, e apcrt, que significa ganxo,
ou parte, toclnvin pronunciam orupat por siucope .
d r r e . Ar.
Arrnip . MBos ares.
Amnz . S i i ~ a .
ilwaew-poyto?l. Tempo disposto e prestes a xuver .
Toiipe~z.Trovtio.
Totipcvt-wer.np. E' o relainpago que o precede.
I b ~ o y t i n Nuvens,
. ou nevoeiro.
Ihtte-la~e. 3Tontaiihas. j
Utttrm. Campos ou terra plana, onde não existem
montanhas.
Talte. Aldeias.
Attc. Caza.
Ult-ecouap. Rio ou agua corrente.
Ult-paou. Ilha cercada d'agua.
K a n . E' toda a especie de mato e floresta.
K a a - p a o n . E' um bosque no meio de um campo.
Kaa-onari . Couza creada nos bosques.
K a n gel-re. E' um espirito maligno, que constan- ,
temente OP piejiidica nos seos negocios.
I g a t . Barquinlia de casca de pho, com capacidade
para conter 30 ou 40 omens de guerra. J
Tambem toma-se por embarcaçso, a que Xa-
Yguerosso~i.
Pvii.c.cn oprnssolc. E' nmn iiolqn pnr:t n p i i iinr ~ I P ~ S P .
J ? ~ ! ~ i t ~E' , t runia
. canilih gra11111~~ p:~ra ~ ~ ~ T I I I jX~Vt ~ i x t ~ .
J ? I ( / I ~f lPi m ~ i,n ~ i t i ~'::I.~O;L
v. q ~ ~e~ ~ I ? P , ~ I I 3: sI :II ;IL I~: I ~~ I
I

transhori i:, ni i I r i TFO ciirsn.


~ i i r i r r ? i r i lrjin;, fns5-c? l n n i dr-wrrp. San nrbrn;:~ rtiitrn.;

i. /:'i)tnrirht.n?l rlrlrtnn, i r k f c n r : Fqlx-rn~(111 t ~ l i


paiz ib fiz ~ I T ninrnrliz.
R
. 1 - 1r I E' T I I iri-

q n i r ~j1rim1i~1r2rne~11~.
Cnricnriln n ' i ~ t n. C)ti,>
T. Jn-o.Ii w t V n l i p cJc~.rfnli;-,-ri..
nomo tili inir P 3 t in?
F. rl4sirn ?r3 rninlin r i ~ l ~ i 1 ~ .
'I'. rott-~IP-n~ ~ l d r i nrr:ilidí.'j

aldein i.ni rn7.í1irln ceo caostiinir, pois ii<in p n s ~ i i i ~ i4 i. i i ~.i~lt~s.


F. P o . Siiii .
T. J f i i h 0 i i - ~ ~ ~ - r ~ r o i i p i r 7 ~ n IQiii\ri
~ - ~ ~to3
~ t o scnlinril:
~1?
tenr1r.s.
Ti'. -4 t i q ~ - ] ~ ;ITm . snni~ntc..
~ r : se xamn
7'. . l l i r r r i l ~ c - . * ~Cfimo
F. l-;nricliie.
Foi no tthiiirio rlo rei Enriqiie S ~ ~ n n i l r qnc'
i , fi7rqmns
esta vinrctn.
T . T(v-r-l)orren.Eis um nome bonito.
;liira-pc peron pichatt-eta-enin ? Porque não tendes
muitos senliores ?
F . diorocré cltih-grrc. Não temos mais de um.
Ore rantolrin-ntcé. Desde o tempo dos nossou avós.
T. Jfara pieuc-pee? Quem sois vos outros?
F. Oroicogné. Estctmos contentes m i m .
Orcc-1rinP geme. Nos Ponios os qrie temos riqiiezas.
'i. J,'/II;iioc ri-c~oik? ~ ) r ~ o , t l ) i c l i ~ r l i -?~ ~Ei n\.o>>o
ii pi.in-
cipc t ( h i 1 1 1 1 1 1 i i t ~.iqii[>z:t?
;~
1''. O o t r o ~ ! ~'~'CLII . niiiitn, 11iiiit:t:
'i'ti(10 o que temos e>tA delniso
01t t - u r ( i 1 - I / ( ~.rc-i(lrtp,'.
de siin- orílt~ii~.
9'. Or(ti)li-1)eo~C]),: .>Tili h ~ I I W I?- 3
.'!I P(i. S~III.
IIISTORIA DE UMA VIAGEM ti TERRA DO BRAZIL 333

T. Illobouy-tane-pe-ionca ny rngé ? Quantas cidades


ou aldeias tendes ?
F . Sela-gatolz. Tantas que não posso dizer.
T. Nirhce mouih-icho-pene ? Não as nomelcrAs?
F. Ipoicopo~ry.Seria mui longo, ou prolixo.
T. Iporrmtc-pe-peretani ? O lugar, d'onde suis, A bo-
ni to 3
F . lporraz-gatolz. E' muito bonito.
T. Etigdya-pe-per atice ? Vossas cazas sam assim?
Isto C, como as nossas.
F . Oicoe gaton. Tem muita diferença.
F . Marn-vae? Como sam ?
F. Ita-gepe. Sam todas de pedra.
F . Yoziroicvsolc-pe ? Sam grandes ?
F . Toitrotrssot~-gafori? Sam muito grandes ?
F. l'nto~z-gaton-pé ? Sam muito grandes ? A saber,
altas.
F . Maltolio. Muito.
Esta palavra exprime mais do que ~naito,pois a em-
pregam na significaçáo de couza maravilhoza .
T . Etrgaya-pe-pet aitt ynirn ? O interior é assim?
a saber, como das d'eles.
T . Lr,-y,)ten.De modo nenhum.
tj 10. T. Esce nolt de rete renondau cru ichesne.
Nomêa as couzas pertencentes ao corpo.
P. Escendzi. Escuta.
T . Yelz ! Estou pronto.
F. Che-acan. Minha cabeça.
Deu-can . Tua cabeqa .
Y-acan. Sua cabeça.
Ore-acan . Nossa cabeça.
Pé-acan . Vossa cabeça.
Annt-can. Suas cabeças.
Para iiielhor compreender de passagem estes pro-
nomes declarei sómente as pessoas quer do singular
quer do plural.
Primeiramente che A a primeira pessoa do singular,
que serve em todos os modos de falar quer primitivos,
quer derivados, possessivos ou não. E as outras pessoas
tambem. I
v-, I i ; * - r r , i : . .JTinl1:i r:ih~c;n. 1111 mr>n:rnI,rln-..
V '/,;,-/.,,~)fl . JTIW r w t 11,
C ! , ; . . i i ~ , , r i i J l i .i1inlin.s ni.~lltn,~:.
~ ' ~ ~ ; ' - , , ! l: l ~i ~f ! l l ~l ~~ tP.t,:L*
~,
1 I.!<.

Ijnr.!~.,
c,,!~~~-y~-ioirl)/i"i.. . ) I irili:~.; f LCP
(~,'/l;.-y/-,;t7l;??f~.
SIml q l l l ~ i ~ l ~ .
(..'~I;,-?YI/J)I
~ I I J ~ - O J, I>I; ,i n II:L I):IY~):?.
íJ,;,-ttpt*-co?>, JIi~lli:~ 1 i11?11:1.
( :i,;,-r / t , t / . JT(.O< 1 1 1 ~ 1
f~.'i,;c-~
i ~ t t ~ 31 ? c.1
~ ,-&o . ~!nl1,1c:ir:*%~~t:~.
J1,>0.4
(..'ll;~-]~r,r/l~.
C l , ; ~ - ( r f t ) ~ i r ~l[itiltw
o t ~ ~ ~ i ~c . 0 ~ 1
C ~ I ; ~ - ~ T O ~ ! / - , I , t3i;pirt ~,,~OO.
. \ f i l o

Clrii-t.nitsf~otr!/. ,\Trnq ririi.


' I I ? , - I . ~ , ir,'.
I) Irit111:1 E.
' ~ t ~ ~ - ; t ~ ?11~ ~ ~ ~ ~- ( >) C~. l i ! / .
' / l ; ~ - ; l ) l >ll+-~l>s
/ f . 111
1 , .
. ~ , l / . - ~ J l lJII~I? ~ ? o~~~ ~l l ~T l~l l. ~ ~ ,
( : l t ~ ~ - ) l l ~~
. ~ 1 ! 1 l1l l~i i;~~t .
. . ~11v1s~ l l ? ~ l l ~ ~ .
(;/,;'-l,,~,??c7t
~,'/l;,-ll!~y,lc. llt-J41 tP>tCll!I:lgf3!,311 fgx!ll>.
C l ~ è - r g r i i eRIeo
. ventre.
Chè-porrroic-asse12. Rieo umbigo.
C l ~ & - c n ~Minlias
n. mamas.
Cld-oup. Minhas coxas.
CItè-rotl~rponni~z. R'leos joelhos.
Cltè-pot.acc. Meos cotovelos.
Clrè-redevten . Minlias pernas.
C/ti?-potuy Meos pés.
C ~ I > - ~ I I . C -4s . ~ I 1111li;is
~ J I I ~(10s > . liieos 116s.
Clri,-l)o~rr I J ~ ~ -4sI I ?i.i i i l i n s clirs iiiinlins nizos .
cll;~-!/l/; i )I,'!/. 111~0 ,~ol~ill;Flo e ])llIul~0.
C 1 ~. I J- i ~ i l i a1 ; ~ I I I : ~ , 011 111eo1iciis:iiiiento.
C I i è - e ~ r q / - ~ / ;\liiili;i
~ ~ r ~ )nlnia.ilepoii
./~. ilessliidaclo corpo.
Nomes das partes clo corpo, que por decencia se náo
declaram. Cltc).ot-coicc.n,clri'-rc,))loitie)~,cilè-rapozipit.
BISTORIA DE U M A V I A G E M Á TERRA DO BRAZIL 336

Por brevidade níto darei mais explicaqóes.


E' de notar, que 1150 deveremos noineer a maior
parte das couzas, quer as jk escritas, quer outras, sem
acrecentar o pioiiome. tanto lia primeira como na segunda
e terceira pessoa, tanto no sinyiilar como no plural.
E para melhor compreensáo apontarei separatim :
Singular : Clii., eii. Bt, til. Alrí., ele.
Plural : Orvp, n i ~ s . Pec, vós. ,411-nC, eles.
Quanto ti teicririt pessoa ali2 é masculino, e para
o feminino e neutro eiiipreg;i-se ní. sem aspiraçáo.
E no pliiral nu-ní. serve para os dois geneios, tanto
masciiliiio çoiiio feiiiiniiio, e por consequencia póde ser
comun .
5 11. Couzas perteilcentes ao arranjo domestico eA
cozinha :
íSrlii rodir tata. Acende o fogo .
Eg)zo-!joty ticitcr . *Ipaga o fogo.
EI-oict-çlrc-rata-relu. Traga com que acender o nieo
fogo.
Emogip-pira . Vae cozinhar o peixe.
Essessit . Assa-o.
Er)iotii. Afervei~ta-o.
Fa uccii oicy ( l i t i o . Faze fiirinlia.
E1110gipmotii)t-(itr10. Fiize o vinho ou pothgeni assim
xamada .
Coein-zrpé . Vai li fonte.
Eroiit vichcs)lc. Traze-me agua.
Clt2-mzni-ntige-pe. DA-me de beber.
Bitere nie clic-rentiyon-reconp. Vem dar-nie de comer.
Tnie p o c l ~ .Eii lavo ao minlias mltos.
Tac-io~irou1~-elb. Eu lavo a minha boca.
Cli2-e11il~o?rnssi. Tenlio fonie .
Narn clii. ioiiron-e?&. Não tenho vontade de comer.
Elie-usseli . Teiilio sede.
C11e-rcaic. Tenho calor; eu suo.
Clic-rort. Tenlio frio.
Clic-rncoicp . Estoii com febre,
Che-carotic-assi. Estou triste. Embora carottc signi-
flqne vespera ou tarde.
.i i i v i t ( . t ) r # . Eqtnlt iiicomn~lailn, por qii?lilti~rn~nocio
~ I I Psf*.ia.
portirn nirscaiip. Sabri t ~ in(lo
C/,; t i~i~~rr!iiniI:\~n~nt~,
ntl snii r n i / t ~ r n v ~ l t~rntiitlo.
~~nt~
'11;rt>PJ?lp. ('frB.
-4rrniiii- irir 111 ril!i&to i l ~znmlin~ia. nri zom-
bnni 11 P 111 i i t ~ .
I o - . .. ,I mrn ynqt n.
( 'I, J l r o td\l.tsavn.
t 'I, srrvn.
C'II cliit' eslani shnixn d~ niim. q~rn
ynr:t int. servir.
( ' l i ? 1'01.n m s w r r . ,\lpoq prs<:ndorrs d r p ~ i s r sr1 ile
m:\riscoi:.
CIIZ-ninG.JIros liens, minhas merrndorinc, i i l f t i a ~ .rin
qnalqiirr crkiizn qiip nic pevtrnra.
r '!,;+-I i i i i i ! l - i i i r ~ r / í ~ r ~ i1.3 'ido nipo gosto.
('1,;r~n- i nrt11i.1.;. JLi111i:i gi:tr~la.
C/i~-1-oirhi(,ltnc.-\qiir:e. qiic C mninr cln (IUP P I I .
A q i i p l p s n qiieni snmnmnq rri, { I i r q n ~ou p r i n c i p ~ .
~ t l o ~ ~ 1%;' ~ ~I ) pni s ~ f~i o ~f ,t~ .~ t ~ i l~ i I: I~6P, !118rn P (?A IIR
comcr nns vi:ind:intcs. qiirr r s t i.anr~iros~ I I P Ypi9tririnq.
( ) i r i ~ r r r - m t < l r n.i ~ Poilerozo n:t TiirrrA c r-;ilontr em
praticar fn qxnli:is.
Tr-trfrit. O q i i ~o forte pm apni.rnci.1 ns ~ I I P T I ' R ou
f6ra d'ela.
9 12. Da parentela :
OliC r o t q ~ .Meo pai.
Cli2-rcqiieyt. Neo irmão mais velho.
, ChC-rebtcre. Meo lilho mais moço, caçiila.
CIjè-renadire. Ninlia irman .
CIi6-riire. Fillio de minha irman, sobrinho.
C112-aiclté. Minlia tia.
rli, iiilie. Taiiibcru se diz cll;,-j, minha mãi, e mais
freqiiciil eiiieiit e lnlitiitlo tl'cl:~.
Clii-.\;i/. Couipniilieirn tle iiiiiiliã, iiiai, qiie é. iiiullier
de nieo pai, couio iiiinlia m&i.
Clii.-mtct . bliiilia fillia.
C'iiC-reiuc i)tynou. Filhos de meos fill!os e de iiiinlias
filhas, netos.
HISTORIA DE UMA VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 337

Convem notar, que vulgarmente tratam o tio por


pai, e similliantemente o pai xama a seos sobrinhos e so-
brinhas m6o filho e minha filha.
5 13. A palavra que n a nossa lingna os gramaticos
qualiticam e xamam rerbo, na lingua brazilica 6 gtren-
gane, que equivale a lociição ou modo de falar. E para
melhor inteligencia aprezentarei alguns exemplos.
Primeiramente. Singular inùicativo ou demonstra-
tivo aico, eii soir ; weico, til Cs ; oico, ele 6.
Plrtral: Orozco, nOs somos; peico, vos sois; azcrae-ico,
eles sam .
A terceira pessoa do singular e do plural sam simi-
lhantes, inas iio pliiral acrecenta-se au ae, pronome que
significa c l ( s , como é claro.
Ko teilipo passado imperfeito, e não inteiramente
transacto, pois p0de ainda ser o que então era, o singular
rezolve-se pelo atlverbio aqrto4nz6, isto é, nlesse tempo.
Assim : nico nqztobnii, eu era eiitào; e~eico-nqnoénzC,
t u eras entiio; oic-+nqltoSnlC. ele era entiio.
Plural imperfeito: Oroico-aqztoG~)~C, nOs eramosentáo;
pcico-crqitot'rilc', rtis ereis entiio; atrrn(.-oico-aquoémé, eles
eram eiitzo.
Qiiaiilo no tcnipo perfeitamente passado, e totalmente
tranzncto . Siiigiilar : toiiia-se o verbo oico como antes,
e se acrecciitarii o atlverl~ioccqrtob-i)~enzP,que equivale ao
tempo fiii~loe perfeitamente passado sem mais esperan5a
tle sermas tlo iiiodo porque eramos ao tempo da açiio.
I4reiiiplo : Als~nvoii~~or~-gnto~~-ccqrroé nzetzk: Eii amei
perfeitamente ii'esse teiupo ; qitoz.b?zen-gaton-tegné,mas
agora iih~oliitaiiieiitenão. Como antes ele devia ligar-se
B minlia :tiiiizatle durante o tempo eni que lhe tinha ami-
zade. Pois ningueiii pode ~ o l t a ar ela.
Qiiaiito ao tempo ~iiitlouroque sariiaiiios fiitiiro : aico
iren, eii serei no porvir.
E assiiii iiiclo por diante as outras pessoas tanto no
singnlar como no plural.
Quanto no dete: minatiro, que se xama imperativo:
oico, sé: t u ; totco, seja ele ; toroico, sejamos 116s ; tapeico,
sêde VOS ; ntirac-toico, sejam eles.
E quanto ao futiiro, basta acrecentar iren; como jb
43 P. 11. VOL. LII.
338 REVISTA TRlMENSAL DO IKSTITUTO HISTORICO

ficaexplicado; e quanto ao prezente do imperatiro,convem


dizer ta?zgé, que equivale ;L agora, atualmente.
Quanto i simpatia c afeição que temos a a l p
coiiza, a qiie xamaslos optativo : Bico-)no ,)lar,oh! qm
bem estaria eu. E segue como jti fica dito.
Quanto 9, couza que pretendemos jnutar, enPmam@
conjuntivo, rezolve-se com o adverbio iron, que s i g n i
aquilo que dezejamos juntar. Exemplo : Taico &im, ,
eu seja comtigo. E assim lios cazos sirnilhantes.
O participio 6 tirado do verbo : cltè recoruré, eshdo
eu. Este participio não póde ser bem entendido s6, sem@
lhe acrecentar no singalar o pronome alte e aé ;e sim-
lhantemen te no plural B orc!, pei?? aa, aé .
O tempo indefinido dlc.ste verbo p6de ser tomado por
infinitivo ; mas qiiazi nunca uzam d'ele.
Conjugaçiio do verbo riiozct. Exemplo do indidti~o
ou demonstrativo no tempo prezente. Na nossa l i n p
franceza é diiplo, e assim tem f6rrna diversa para*
primir o prezente do passado.
Niimero singular : Aiout, eu venho, ou eu Fin;
ereiout, tu vens, ou tu vieste ; ootct, ele vem, ou ele veio.
Numero plural : Ore iolct, vos vindes, ou viesteis;
a?{ ne o o~ct,eles vêem, ou eles vieram.
Qii~ntoaos demais tempos, deve se tomar sómente os
adverbios ac.iiiia, cleclarados; pois nenhum verbo seconjngs
por outra fóriiin, que se não rezolva por um adverbio,
tanto no preterito, prezente, imperfeito, e pliisqnam-
perfeito indefinido, como no futuro ou tempo vindouro.
Exemplo do preterito imperfeito, que não está total-
mente acabado : -4iotct n.qnomEne, eu vinha entáo.
Exemplo (10 preterito perfeito, e totalmente acabado:
Aiolct ngíro21,12ni,,eu vim, ou tinha vindo, ou fui Rndo
n'esse tcuipo. -1iotct dimnè ?I?, vae muito tempo que eu
viu1 .
Estes tcnipos podem ser mais ou menos indefinidos,
conforme as circunstancias de quem fala.
Exemplo do futuro ou teiiipo vindouro. Aiottt iraitd,
eu virei em algum (lia. Tambem podemos dizer irau sem
acrecentar n2, como o exigir a fraze no modo de fdar.
HISTORIA DE U M A V I A G E M Á TERRA DO BIWZU;; 889

Cumpre notar, que, acrecentai~doos ;id.~~ei.Gns; con-


.vem repetir a s pessoas, co1110no pi-ezente tlo ~i~ciiurttivn:uu
demonstrativo. . . .I
E x ~ m p l odo imperativo oii detei m i i i a i i t i v ~ , ~
,

Numero singiiliir. Eori, veui. S6 tem a seguitd? pksaw


Eyot, pois n'esta lingiia niio se póde maiiclar i$tos-vis@
pessoa, qne n8o \'emos, mas ~ 6 t l e - s etlizer : Eg~r.d-ozlt,
faze-o vir ; pe-ori, viiide ; pe-iot. ~ i n d e . , . . ., :.'J
...
'
Os sons escritos eiot e pe iot têeiii sentido i(lentico,mais
o primeiro eiot é m ~ i decente
s para dizer-se entre Qs omens,
entretanto qrie o iiltiiuo ])e-iot e comiimente empregado
para xamar os aiiimiies e aves, que os selvagens ,criam.
Exemplo tio oytntivo, embora pareya mhndar pe-
dindo, ou ordenantlo . .,.
Singular. Aiotit-~IO, en queria vir, ori viria .de bca
vontade. Segiieui-se as pessoas como na conjuga~80do
indicativo. Tem tempo futuro, acrecentando o advmbio
como acima estA exemplificado.
Exemplo do conjuntivo. iln-iotct, eu renha. Par,& ;

melhor enxer a sigriific.a(.80 acrecenta-se a palavrc\ nei?t6


que 6 adverbio para exortiir, iiianùar, incitar, oii rogarr.!
NiIo coiiliec;~ indicativo n'este verbo; mas d'ele
forma-se o participio tottztvte, vindo. . .
Exemplo. Clrè-j.otrr~w>-assoua-niíijz . C l ~ e - ~ e ~ ~ ~ c i ~
ponét-e. O que significa: Yindo, encontrei o que outr'ora
guardei. I
Eenoyt-pe. Sanguesuga. :.I
InrcLy-a. Buziiia de madeira, de que os selvagens
se servem coiuo corneta. '1
5 14. No d e u i ~ i safim d e que iiko só aqiielee com
quem n a ida e lia vintla atravessei o mar, mas taoibeni
aqueles que me vii.niii ii'America (muitos dos qiiaes ainda
vivem) e a t é osmiir.ixilieiros e outros, que viajaram re es-
tanciaram poralgum tempono rio deGeneureou Guanabara,
sob o tropico tle Capricornio, julguem melhor e mais pron-
tamente dos discursos, que acima tenho feito, a respeito
das couzas por mim observadas n'esse paiz, quero ainda,
particularmente em bem d'eles, adicionar a este coloquio
o catalogo d e 29 aldeias, onde estive comunicando ,h
miliamente com os selvagens americanos. 1: IJ
840 I1i&V.lSTA TRWRWSaL DO ' I N B T l HIST6BIC4
~ ~ ~ :

P r i m e i ~ m e a t.mancionarei
~ as qne mtTLIP doTlado
q u e r & ctsquem entra nodito Fja, : .I
1 . líeriattc . ' .I

2 . JtcbutGsi. - 0 s E7r8ncemsramam esta segmh d e

&Aa Pepin por - a e z a de um navia, que ali~carmgoanma


vee, e cujo mestre t i ~ esse h nome. . .
3, Ett rmr~r!yr!y.Os E'rance2es.a~acnarrrn.Qosidp
caiiza de iiiu. trugimb, que tinha esse nome e a l i e
tivera.
4 . Pi1.n-vtrasssoic .
-3.Sapopem.
.. .6 . Ocrcroztin, bonita aideia. , ,
L

7 . Olcrtt mmmtt-orzde.
8 . Tívztir)ken.
: . .!). Cotiua.
10. Pawo. . . .. . I

1 3 . &%?-iljfi!j. ..
1 2 . Uins xainada Pedra pela Fraaaem, tin ;Náe
de .tuli pqn6no mx&,.quazi do f&io de m a ri6da moi-
nho, que ~ s i i i d a v ano bosque a ..entrada do csmmh@J
1& ia ter. . . .I'

.I 3 011 d a pelos Francazcs, -po~Re


trti x ~ i ~ ~ aX$w
avia ali iiiiiito c;~ni$oda India, e-que~tissebagaas W
tese nome. . . . . ., .
i . & .It.eni ntua qne dmominaxos &ldeia.dbb FWhi
porqiiu t l : ~pii:ticii~asez qiie ali fomos pelo mato a-?
i t;:. flt:s;:.;
in~i 11111 pA.0 seco grosso e alte, ae qoaeg
~(~1j1.c
ali ~)~arm:~ii??i:::raiii c r a ~ ~ d a se, assim o liaemos para de
pois iii;lis iii-:ilrilelit e asarmos o caminho.
,4s do latio (lireito-s ~ i n :
I 5 . Kf?ri-tt. ..>
1 fi . A6arft-74.
.
.'
1 7, . l l n r , l o t ~ i a - o t r n , ~ ,
.Asda. i l l i ~grande
, saiu :
-
.-

--
. i .

i n. YB~~~.o~~MOU..
.

39. C'o~orcqrre. .. ..f


; i#). Air.Lrrtrcec. ,, . -.-;b
22 . .outm, crijo neme me escapi da lernbnP?.Ii
e ~ t r ePi&b-ws~bu SBrtc w ~ 4 na
, qad MI asrta -6r
..aLd
, .
ajiidei 3 res~atar~ b l g t ~ n~~~ i d m i r o s . . -.
30 *.%& : O&@& Bub.pB ~ 0 r o t t ~&Rnd~it~,~.
~ 6 .
d@.
ial me esqueci o nomai. : . . .
!Rr;lEaontba~lagmja, &e:
. .
aomo s;bin,waa Was, e o
IYc.das amasb
"I?., . '

'1 '
. .
i;f :. '

ti!!:
1i.1 :
,
>:i i
-. ... CAPITULO =.I
-7 .parti& da tewn do Brm'l, x a m d a dwiei-icn, e
qzte .m-
taolben~naztfragios e primeiros peraga~~de.
parmos no nosso regresso por m w .

5 1. P a ~ abem compreender o awtivo da nossa pa.rtida


5 terra do Braxil,cumpre trazer 9, memoria a qlie eu dica
Q hdo capitwlo 6, a saber, que depois. dsestarmo% oito
iu na ilha, onde permaneciri;Nicob~de Pilkgngnen,.ela,
iaitsdo por sua rebeldia cout-ra a religião reformatls, W -
'&iindo autoridade sobre nbs, e. nâo podendo clom~r-Me
da força, coagio-noa a aãir dali ; retiramos.nou por isso
a terra firme e buscamos o lado esquerdo ao enuar ns
1 . Ganabarn, tambem xamdo Geneure, nadistareia de
UIegoa do fortim de Coligiii situado ma dita ilha, h
do-nos no lugar que xamasies. Olaria (Briqu&rie),
estivemos quazi dois mezes em aarenihalas, que ee
irarios francezes tinham construida pam -abriga
indo iam B pescaria,ou iam tratar de'quaiesqiiar mtros
'aeios.
Durante esse tempo os senharee. de Laehapelle e
"i, que tinhamos deixado com Niaoiáa.Viiiegagnon,;o
Monaram pelamesma cauza,pela qnai a tinhas.bifg.,
ber,porque ele tinha voltado costa8 ao EvangebQh
bXk~remir-se B nossa companhia, e foraor aompeen-
B p o ajuste das 600 libras tornezas e Wreres do
tinhamos prometido pagar e fornecer, como Bzemw~
l-tre do navio, em que atravessamos onear. . . .
§ 8. Na forma do que em outra partle pi.metlc
me, que eu, antes de proseguir, declare jB aornn
h'iriil.in d p P i l i ~ ~ n c n opnrtnii-sr
ii pnrn comnnsx Iinr oca-
x i r ~ o( 1 : no<<%
~ p:~.i.ti~I;i ~ I : I :\mc?ri~,a.
Pnnafit~ii~i(ln-SP 1.icp-rr1i d'esse p:iiz. torl(7s 03 mari-
, por :\li ~ i n j a v : ~ n n5n
tiinn3 f r z n c ~ i r i o ~qii.-a i , niiz3r:im hzir
rriirzn nlzrimx srni n S P O ro!isent,iril~nto.F:!nqrln!)tci o T I : ~ \ - ~ O
i>inqiir ri.rri.i'ssa!i .a i.:i.ri~;i-ir.n.~l~inri partio (l1c.s;rt rio
ilc I;c.n~iiri~, nn!l~ !,v? rii*.:t 11:irtir, n5o si1 Yiri1130
(le T * i l l ~ y : ~111-1 ro~~ ; I ~ C ~ ~ J I ? : si
I , n:~cl:x(1r YWI p~in11(1,
111~s t,:i,r~kli~-~~ mPrq-, i i l i i , ~c:\~.t:lf 1 4 i 111t~qt~.o cln ilit n ri.iriii,
~ i o l níl~i:i,I1\10íl1~c1;i~.nrx. r l i i ~pnr I , ii1z.t il'i.1~ n5n npttzwir
iliticiil~1;~il~ RIII t.rniisriort,:ir-nnq,
Aiii rli7in rir% rlc,loznm~ntr!:- Pois n s ~ i r n r n m ali%- I

zrri-!~~ rnin n sr iz viri(lx, peii5:iniln p ~ ~ r o n t r ~O: ~' I I )>IIS- P


I ' I V R , n..;,qini tnnili ~ n fico i rontl-ntv, iliir! ~ 1 v~o l st ~ m ,~ i i t o
n,50 wt:i i.llin d e :I crinlo coni i yn.
X r i l i c! :TE ilsprcinzo prct i~qtn t.inlin. trnrxdn h trnic.'in,
qne mvi 1.tr-c clr! n n r i n
1tin.t p-q xrln (por' 1-31171

. in ar)
110 ]lP1'SllII :l~vliY,
. A

sicn-i:~.nos<:\. cnni n:il~iii (.Xpl'fXi5:\$10 rii'irn~irn jiiiz, 3


qiirm fii:rr! ent.rc:ii~ oin Frrtricx, p1i.n. y r r ~ n ~ l r r - n o . < f:i-
znr-nnq qir~irn.irtXo:tinI-rct.irn~, qiin iulp 11izi:i wr.iiin<.
r)'(+.t.t S ~ P ~CRI . P rcrnrnprin2:i (1<>.: s c r v i r n ~ .q n r IIie t i -
nlinmns ri~.rst:?r-ln,IIIF! P I ~ ~ : I I * I?: L f i r n ~ n v :2~ nijy.;:?. l i c ~ n i y
t : o r ~ r~< t : t . i l ~ ~ q \ ~ : ~ I ~;Ll 1111:jI
: ~ . ( lt<i(l~i,vi:i,
o, lh3nc por s ~ i ax1111ii-
i.ni-cl ~~i~oi-i(l~~rici:i c:onvrr.ti~nerii ali \.in i i n v n , c coii t'az,ío
do trititlor, conio adiants se ver&.
5 3. Oi-a, depois que e;te navio, que denominava-se
Jacquss, c%ri.egoii de páo - brazil, yimentlo, algodtio, bn-
gios, sagiiins, papagaios e outras co~izssraras d a terra,
com que a inaior parte dos passageiros tinliaiii-se premn-
nido,einb3rcainos eni regresso para a E i i i opa a 4 deJaneiro
de 15.78, (lia da nat,ivitlade.
.%!II(~.<p,)i.61ii(IR e~ic;~t,x:*~i~o.: :i ~ i ~ y ( ! i afi:n
i ~ , de dar
iii~'iI11~r :L elitc?~itler.(lili? Sicolko 11eV~lI~~z:ti:~ic~~i C it C : > U Z ~
uiiic;t (li: 11-1) .;o tt!i.eiii 0 3 F ~ , L I ~ ~ :ali ~ zt,ei:ili;\iln
!?s c I)e,rmane-
cifloii'c..<wp.biz. 11713de\-o i?irliie:c:r-iiie cledizer. qtie iim t a l
FiiriOa~i~lelio~lii!i, 1111:C I X o i:apitY~o (1:) l ~ ~ t v i e~ilpreetideo
o,
n. snn, \ - i i ~ ~ e i uDO:', so!icitd)iio tle \.:trios personagens
H!STORIA DE CYB YIAGEY h' TERRA DO BRAZIL 343
notaveis, adeptos da religilo reformada no reino de Fran-
ça, com o propozito de r i r explorar a terra e escolher sitio
para morar; e declarou-nos, que n'esse anno se ouvéra de-
liberado a passar T O 0 a 800 pessoas em grandes urcas *
de Flandres para coiiieçar s po~oaqálo do lugar, ondo es-
tavamos,si nlío fCra a rebeldiade Nicolho de Villegagiion:
Coin efeito creio firineiiiente, qiie si isso niio tivesse
acontecido, e ci Sicolho de T~illegngiioiise tivesse man-
tido fiel, e>tai.iaiiiali mais cle l o . ( ~ o OFrrincezos, os quaes
albm da bbit tlefeza, que prestariam li noqsa ilha eao nosso
fortim con tia os l'urtiigiiezes, qiie jamais o teriani podido
tomar, coiuo O fizeram depois do iiosso regresso, possuiriam
agora sob i i obedieiicia do rei estelisa regi50 lia terra do
Biazil. a quiil ii'este cazo coiii toda ii i.nzlo poderia con-
tiniiar a xniiiirr-se Fiaii<;iiantartica .
5 4 . Volto ;)gora ao iiieo as>uiito. Como o nirvio
mercante, eiii ~ I I C regressaiuos, (:ri\ tlc iiiediiiiia capaci-
dade, o inestic tl'elc., s;iiiiitdo Jlartiiii TIoii~louiii, do
Havre de Gruce, t.iiiliii ilpeii;Ls 2.5 iiiariiilieii~osc iiiais 15
individutrs tla iiossil cu~~~l)iiiiliiil, fo1~uiiliidoturio o nuinero
total de 4.i pezsow ; c logo no uesiuo dia 4 de Janeiro
levantainos hiicor;~,e poiiilo-nos sob n proteqiio de Deos,
começamos a iiâvegi~rii'esse gi,aricIe e iiiipetiiozo mar
Oceano do ocideiite.
Náo o fizeiiios tot1;iri;l seni gl.aii(1es temores e apre-
ensóes; pois, por c:iiiziL (10s trnballios passados na ida,
muitos dentre iitis, eiiconti:iiitlo ali uieios de servir a
Deos, como tlezc:jtiv;tiiios, e titilibem tendo experimentado
cr boiidade e Sertilidatle da terra, ifio teriiiui deliberado
regressar U E'i.;~iii;:i,oiide ;I:: tliliciiltlittles eraiii entáo, e
ainda sitni iiicoiiiparclve1i1ic11teiuiiit,o iiiiiiores, tanto em
referencia A i.eligi%ocunio a respeit,o (11s coiizas coricer-
nentes a ebta \ida, si por ventiiix os iirio iiiovêra o mho
trcitiriiiento recebicio (ir: irTicoliio ile Tillcgagnon.
Assim tlizeiitlo atleos ú Xiiiei.ici~,aqui çonfesso pelo
que me respeita, qiie amei, e uiiidii aino a iniiilia patria ;
t.ndnvia vejo a p0iic.n e qiinxi nenlinnin fi(l~licInrll-.qnr, nlii
l ~ l ~peinr
p ~ l , a , ~ ~ ~ ~ ,P,r IOa que > s , I:, I I P ~ I I ~ : I I I I :I ~~ T.I ~! 1173!11
*~ ~ ~ ~1 1 1 ~

I ~ I 11:trx
I ~ I(, t~lflt) :? -.,v ,i':?
(,

pst.h il.ti.li i ~ i i i ~ l i ~ l i t ~ I:I\,~ t~

Y:iTls p') I S l 1 7 t ~ l3s I t l ' C!< ~


st?]v;uyns, 11w~III:LW, C ~ I I I Oa 1 n [ ~ i : ~ r 1I,~t+l ~ ~ i nn) T(t I S1 1.p: 1 ) ' 8 - - t I
ist,q~yi;~, ~.l?t:onI~ei;imais ~ ' ~ ; \ T I ~ ~11,) I I 1111~
~ Z ; t.111
~ ~ i i ~ ~p;~tri- it~~s
~ I > S S O S11s , qii:\~s [\;II.:L :i11~,opri;t I % I I [ ? P ~ : I ( ; ~ tI )I , l x w n
o rlrt1110 d ~ c.rist51)~. !
5 . 0r;i iiii cami3i;n 11;~ ~lo.;q~t tinvi7 CR-~I-c.
p r ~ c i ~~t l) n l ~ r11s ; ~ , ZIII,IIII~+
~' I I ; I ixo:, i s t n c, 11t :I
:~yt~i:p ~a , ~~~l ,r : ~:l~:\r~i*q.~l:t,
, q\i:izi t ~ ~ i ~ i il :t j~, ri 111 ir
l.? i~ss:~s t , ~ ~ n i i105
~ l : t 1r1:ii i~~!irbircn~ : P r1nrq111~, v - , , , q~t.1.1 4 q 1

1n;i.l ~ I : I T Rfit':tsf;\r-~~(os(lr*
, t prr:i sihlltf ~ n * : ~ p : ~ l - : ~ . ~ri?111:t.
estivciiiiis ;i piirit o (Ir: nr1.ih;i.r.
'Si 111:ivin.il~lioi': ilc n r~ll:al.rnos \*:i ~ n n ~ l q : t 4 - r ~1711
s í ~ t .2~ !nito I ~ ~ ; ILS , at,ic1111r. 11 t > ~ i ~ t * I. ~, I,! , I
boi. y s f r 111;in r m t i I:I~Y:I, CIII.I.,~IYI,
q11:17.i :I, 111rsi3 IIO 1 1 1 1 ~I I G ltrtt~*tA.

, l p ~ ~ t e s '~) ,I I C ,~ ; I , X ~ II I II ~~ ~~ I I I ~ ~ , I i1~ qviartí,


I ~ I I ~ ( I~' > I I ~- I ~W \~ ~~ ~ I T ~ I ~ ,

t.zi~;~. TI:I,~ I - I J X I .t11ji i : ~ i 1,~ i ~ tlnll~ora:i1 i FP ft>n-.-


l,rrr n~ilito ~ P I ~ I ~at6 Q , vm~i:tvi*~n ~ n x i s( 1 4~ . 01-1 ~1
1,:~s ((1s (11IP. ~ ~ { V Lby~t,:tr~~
I I o III:II( ) I T Z I I I > tnt3ninq 3 ,(1.-

tn.r iieni e~t,:iiic.;ir


nil~ll~.
L'it~po>is
i!rcn~is:~tll.is i1e tocn.r n h~iml,n.,n crintrn-nit-~strc.
pzrs v~ri111::1rí1-1o1111e liro~\-ir~li:?,:t : ~ L ~ I (I l~t ,v w p+ll;t 1 3 ~ r t t -
tilha do navio, e iião só o axou aberto em varios pontos,
mas tsmbem já tam xeio d'dgua (entrando sempre com vio-
lencia) que coin o pezo jtí náo governava, e começava
afundar pouco a pouco.
6. Assim ninguein deve perguntar, si o fato
cauzou estremo assombro a todos nós, quando fi,mos des-
pertados e soubemos do perigo, que corriamos ; e na ver-
dade piti.cciw taiii e~itlent~e, que a todo o instante nos
subiiiei.gii.iaiiios, qiie iiiiiitos, perdida toda a espeimiiqa de
salvii@o, j a f'i\ziitui c ~ r i t ,(le
; ~ uiorrer e ii- ao fiintlo.
r 1
loilaviu cluii. Deos, cliie algiiiis passageiros, em cujo
nniuero eutivi eii, iezoliitos ii ~woloiigara vida, q u a n t o
podessem, toiiiiisseiu tal coragem, que com duas bombas
H!STORIh DE LM.\ VIAGEM A' TERRA DO BR.SZIL 345
sustentaram o navio ate meio-dia, isto C, peito de doze
oras, durante as quaes a agua entrou no navio com tanta
abundaiicia., que, aiiitla sem descanso de uni miiiuto, n&o
o podemos esgot.zr coiii 2s ditas duas bombas ; e porque
a agua eiixarcara o piio-brazil, de que o navio ia carre-
gado, corria pelos caiiaes tnm vermellia couio sangue
de boi.
Cj 'i. Diirante esta cliligencia reqoeiitla pela iieces-
sidade, empregavamos todo o esforço para volvermos h
terra dos selvagens, a qiial náo distava uiiiito, e a avis-
tamos qiiazi pelas onze oras do mesino dia ; e cleliberados a
salvar-nos, si poclessemos, dirigimos-nos para o cabo
fronteiro .
Entretanto os niarinlieiros e o carpinteiro, que es-
tavam (1el)aixo d, convks, procurando os rombos e a s
fendas por onde eiitiavn ngiiit, qiie ta111 violenta nos sal-
teava, tanto ti~balliitriiiiicoin toiicinlio, xunibo, panos e
ontras couzas, largamente empregadas, que entiipiiani os
buracos mais peiigozos ; de sorte qrie qiiando ja iiáo po-
diamos inais, fomos um pouco aliviados do nosso tra-
balho.
Todavia depois qiie o carpinteiro revistou bem o iia-
vio, dice, que este erainiiito vellio e carcomido dos vermes,
e não tinha rezisteiicia para fazer a viagem, qiie einpreen-
diamos, e foi seo parecer, que voltassemos ao ponto, d'onde
vinliamos, par3 ali esperarmos a vinda de outro iiavio de
França, ou que tizesseinos iiavio novo: o que foi muito
debatido.
5 8. Objetava porern o mestre, qiie bem via, qne, si
voltasse para terra, os inariiilieiros o abandonariam, e
que preferia (tam pouco assizado era) arriscar a vida a
perder assim o seo iiavio e mercadorias, e concluio no
propozito de prosegiiir na sua derrota apezar do perigo
manifesto.
Dice, que, si o senlior Diipont e demais passageiros,
que estavam sob o seo governo, queriam regressar ao
Brazil, llies daria uma barca ; ao que o senlior Dupont
imediatamente respoiidzo, que estava reõolvido a seguir
para França, e por isso acoiiselliava u todos os seos
camaradas a fazer a mesma couza.
44 r. 11. VOL. LI:.
Eiit:'tii iiinnifci;tnii o I I I P S ~ Y P~. U P :1li,111 , (10 ll~ricfnc!n
p r c b ~ i : ~(1, , . iiiiii!o
-to a ~ i : ~ p.1r3
x qlie n' IP~II!~.

p : ~ ~ ~ l ~ ~. b.,,,! ~, ~~I.I.?. I, . ~ po? I I ~ ~I IO~ Il;i(in CI i12'111.*~!?1~1, [tfir (3

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c s r . : I~,~I ) , ~ I ~ Ia-q\ - ; I ~ ; ~ ,!):i,11 I, I I : I V - ~ 11.1 P ~~ii111t:i ]).i-
y;~::?1 1 ~- ; I I I I ~ : I C , , ~ I i i t r 3 r1.11.n < I ~ t : ~ ~ i o , ~ , O I ? O
l'11ip i - ~ l ~ l n ~ h \ : i ~ l ~ ~i ~ i l t ' 1111' i ! :tllIl~n r'ninii
~(drc~i 5.
Qiiiinto nos O ~ ~ I ' Ocinco, P cujo3 nomes c.onrem aqui
especiiiciir , :is;~ber,Pedro Boiircion, ' João Borde], Ma-
teos Verneuil, Antlré Lrifun, e Tiago Lebnlleur, despe-
diram-se xorozos de 116s e voltaraiii ptirii, a terra do Brazil,
onde aportnrniii com si-aiide tlificuldade ; e voltando a ter
com Nicoláo de Villegagiioii, este iii;indou iiiatar os trez
primeirus por cviiza da c.onfissfi.odo 15vangelh0, como no
fim d'clit ;I istoiSiildirei.
$ ] ( I . ;j<si111~ I I * I J ~ ) ~ \ I . ; c~ I ~(1;1!1(11) OS vCl:1s i10 ~E'llt0,
I)iisc:iiii~~~ i~or;li11,~11t,~ O I , I ; L ~I I ' ( , S S C V I ~ I I I O
tb I I I ; ~~~ i ~ ~ vno io.
cliinl ci~iiiotAili \.,:i.,l:i lt1ii.o ~ V ~ I : I ~ eC ~I . iI I~, ~ r ; ~11iais v:ii~
ii 11101't(' (10 (1ilt3;L vi11:~.
E (:OIII ct;:it~~, ;,!eiiiclc p:tssaiiiios os tlit115bi~isoscom
~iiiiits (liiiciil~liid.~, ti\-eiiis)scoritiiiii:is toimentas durante
HISTORIA DE U M A VIAGEM A' TERRA DO BRAZIL 347

todo o mez de Janeiro, e o nosso navio nálo cessava


de fazer grande quantidade d'agua ; si niio estivessemos
sempre prontos para tocar a bomba, teriamos, para assim
dizer, perecido cem vezes no dia. Assim por milito tempo
navegfrinou entre torinentos siicessi\-os. Depois de toda
essa fadiga, estavamos afit~tadosde terra firme mais de
800 legiids, qiiando avistanios iimit illia cfezabitada, re-
donda como uma torre, a qual, no ineo entenJer, teria
meia Irgoa de circiiito.
Quando a costeavamos e a tleixavamos 8 esquerda,
vimos, que a ilha era xeii~tie arvoredo vertlejante n'este
mez ile Janeiro, e tambem observanios, que ci'ela sahia
mnltiillio tle aves, muitas das quaes vinham pouzar nos
mastros do nosso n:ivio, e deixavam-se apanhar B mão ; de
sorte que venrio isto assim cle longe ciirieis ser um pombal.
Esvo:iq:tvain passaros pretos, pardos, esbranqiiiçados
e de outras cires, os qiiaes no v60 pareciam voliimozos;
mas qiiantlo apanhatlos e depenados, niio aprezentavam
mais carne (10 qiie iim pardd.
5 1 1 . N'i distancia de quazi (1113~lego:ts, B máo di-
reita, diviilqiimos roxèdos 1erant:tdos sobre o mar tam
pontudos com9 sinos; o que iiiciitia-nos grande temor tle
aver alguns á flõr tl'itgiia, contra os qiiaes fõsse o nosso
navio 1-oçar, sendo nOa obrigadosa estancnl-o, si tal acon-
tecesse.
Durante toda tt n0s.a viagem dl! cinco mezes, que
passamos no mar em regresso, nao vimos outra terra
alem d'estas illiotas, as qiiaes os nossos mestres e pilotos
não asaram ainda assin,zladas nas suas cartas maritimas;
e yossivel é 115.0 terem jainais sido tlescobertas.
5 12. No tim (10 mez de Fevereiro tinliamos xe-
gado a 3 qrhos da linlia eqriiiiocial, pois perto tle sete se-
manas tiiilii~ui-sepassado sein a\.ermos feito a cerçcl parte
do caminho, e eiitret:~nto os nossos viveres diininuiam
acsbs, por isso estivemos em cieliberaç5.o, si ileviamos ar-
ribar ao cabo de Sáo-Koqiie, abitado por certos selvag.ens,
dos quaes, conforme diziiinialgiinsdosnossos companheiros,
não avia meio de obter refrescos.
Foi a ni;~ioriitdos consultores de parecer, qiie, para
poupsr os viveres, era yreferivel matar pbrte dos bogios
r! ~inyi:i~xiris
qiic trnzi~riiriae s ~ s t i i r n ~ ' n nv; q~i :i p S t t i psp-
cllt;lt~l~*
5 I : L . .Ia < l ~ r l : ~TIO
, r ~rnpitnlo
i 4 as ~ f ! i < G ~ > I>s tr3!),1-
Ilrt~s,t111rb t.i~,erni-ts itla, an a p ~ ~ ~ ~ s i i n11c-1 ; ~~r -t ~l !i it ~: ~ l ~ ~ r
I ~ I : ~ \*r~rtrln
S por asp~brianc.i~ cliie .aili m~~rint..~.; i-i. c.ii!I,:tt.:~~.o.

o clo 1:idn r10 p14n antnrticn ~lni-n.<.:'L ( 1 1 (11


i ~ n it,c,ilns 0s ( 1 1 1 ~pnshni'niii n zona t~~rr.iil:i 1
i :1q11i( I c11iv 1111~~ I : I Y {~ \~~I . ~vI ~~
~ ~:rI ~ I I ~ : I ~ I ~ I ~ T I ~ + ~
I + L I ~i~~~ilil~~l~~s.
S L I ~ I O 11ois
II~~ i ( $ w t a Iinliz P I ~ I I ~ I I ~ I ( * ~ : I I t, i r : ~I ~ !
q iO I\!-

l k t :~) i~t:~te, (*t>n~o 4-1


> t ~ . i ; i ~t~ II~T:~I~!,I
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I I r \:i:i,i;itii(11, ii111.tr. I I W I I I " 5111, t3 ~ . + ~ r i l ~ ? ~ ~ ~ ~ ~ .
il~r~llti.
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l~rcl~l~t~rll tlt! t
I I ~ F P R IOS iiicrinst:~
npwt t i , ~ ~ p ~ I t !13s i u n:\vins P I I I Y ~ : I ~ P ! Itle
I t,:\I w r tt1 ~ I I P
P5t:lF t.rex i.ilrizas, iin rriro r~ntrnili~i-, f t i 7 ~ n i~ ~ i ~t l i int . i o
~ q ~ t : ~ lst~.j;\
l n r :jssi~n11e ~liticil: I I , ~ + ' ++? Co ~t1u~ ; nip I - ( I ~ -
Iir111:tl ~ ' e \ t~:I ~~ I T I I ~ : Iu11i11iL1o
. 6 , q ~ i t ~ . ( l ~ ~n ix~ itt~l l~ns t 3 ~ f i n ~ ~ i ~ ~
:I 111i:i~i tt111 ~I.:II~ :IIPIII (1% !ir1112 ~ ~ t l i \ i ~ ~ oi ct ti~t10
: ~ I~+{~~zri!.-q~b
,
i ~ n :iI-:IO :lqt1tAl1l11'1~la,o; ~nari~illpir~)< j1111ilwt-iz po?- f I-I.IT~!.
1i:ir:i :iisiiii i l iter, tr;inspostn ( 9 1 i. s:iltu, ,zrrtiir:iiii I ~ t ~ r <]:i ii
viageu, e exortam-se a regalar-se com refrescos, isto e,
com tudo aquilo qiie tinliaiii sempre cuidadozamente gaar-
dado n a incerteza de poderem ou não passar além.
De maneira que quando os navios estam no declivio
do globo, como si corresse para baixo, não sam impedidos
do modo porque o foram na subida.
5 14. Acreceiite-se a isto, qne todos os mares com-
miiiiicaiii-se uns com os oiitro.;, sein que pelo atliiiirizvel
podrr t! providencia tle Deos cubram a terra, embora eles
sejam iiiitis: altos e fiiiitlauieiitailns ii'ela, aiites apenas as
dividc+uieiu iiiiiitas illi;~se l)iii.celi~s,as qiiaeà igiialinente
considero estrireiii coi?juiit;rs e c,oiiio ligadas por iiieio de
raizes, si assiiii podemos falar, lriiiçadas na profundeza e
interior dm abismos : este grancliozo 111oiit &o (l'iiguas,
estb assim saspenm ioa terra girando sobre dois qriicios
(08 qaaes imagino nos dois qiiadrangrilos opostos aos dos
pbfos, de sorte qiie os quatro formam dois crnzeircs em
roda e em semi-circnlo, que mlteani toda a esfera) em
perpetiio movimento, como o demonstrani as iiiarés e o
dnxo e reflnxo (10mar: e cbnio esse movimento zeral tem
Jeo ponto de partida debaixo da linlia eqiiinocial, é certo,
que, qnando o emisferio da? agnas meridionaps, em re-
laçlo a nhs, a r a n p , rolvendo-se att? :is estreniiclacles e
limites, que Ilie sam prescritos, 9 emisferio seteiitrivnal
m b a antro tanko ; .por issv aqtieles qcie esta111 no meio e
na cintnra da bola, sam mcuctidns e :igitados como si esti-
vessem sobre iclqni ponto oiilmiaamte ou alqa, que constan-
temente abaixa e tlcam d'e~tenlocioimpedidos de aranqar.
A tiitlo isto ncrecento o qite jk apoiitci ein oiitro lrigar,
amber, qrie a iiitempertcncn do ar, P ILS caln~arias,que .
fiquentes reinam no equador, prejiiclicnni-nos aisits. e
fqam-nos a periiianecer por mnito tenipo nas una., pro-
fhMdades e p ~ e cl'eleo sem o podermm etinqir.
5 1?I. Eis snmariaiiien tct e de pa;ssgein o inco pa-
recer so1)i.e esta irii~)oit:iiiteiiiiitcri:~.qilr :11i{1< j ~ i l ~t aom
qirestionrtvel, qiie só n phtle beiil comprr~cnilcrqnetn creou
~ s k grande
a ni;lcliini~rctioiida coinpos;~ilc agn:~e terrh, e
tnimmhzarnmitrn siist~uisiispensa uo- ares: por iwo ectotr
certo que neiiliitr!; omcin, Itor mais cahio qiie :-?.ia. poder$
discorrer em contrni.io sem estar snxeito ;i cnrr41~5n
-Naverdade poderiainos com npawnte i.,izllo contr*.
&&r a maior parte dos tlrgnmcntos, qiie formaliz.im na9'
escolas, e náo sam alihs inuteis paiar :igiiqar ;i3 inteli::
gencias ; devcnde-se todaviz considet.ri>rtiicto iwo colno,
amza seciindaria e mio como rzz5o c;iiprema, como preJ
tepdem os ateos. - i;
t C .Emconcluziio nade nbsohitmcnte creio a este
@o sinão o qtie dizem as santas Escilituras ; poi8 cM'
t?hsprocedem &o esyirito d'aquelc 3e quem tod:c :iclci--)
bepcnJle,tenho por unica iiidnhitnfcl'n aiitoridaM
d'elaa.
, , ,@ 16. &'~owguiiiios snl nosro caiiiinho e tendo-nos
pedocr a peam e <ooarWaddade bproxhlad~Udb eq4'ah~,'
n nn=n piloto ~ I ~ n ndias s depois toninn nltiirn no artrfi-
I;tl)~o,
I? - i ~ \ r ~ l l r n t( 1i ,1 1 t'\taT;i~~)ns
~ exatamcntc n'cq-n. 7nnn
e cintnrit rlii ~iiiindnno tli,i eqiiii~ocial,eni quc o <c11 n l i i rii-
trnry, :i ~wlirra 1 1 (Ir? > l ~ i . ~ o o; *qiie d i c ~rio. PII. por (,I,-
zpqtiia P oiixn pouca3 ~ e z e qaconteci(l"t ailtro-
naJ'los .
Da( 3 vP, q110 n'este l n p r tinharnoq o s111 ri[\
zenit. r txiri 1 1 1 1 1 a t t 17rrtic:il sol~retl. rnI)eyn P tlriyn c i ~ i ?
- - - -

qiixl jn1cr.w qnani 'istreru~ o e inten.;o calor: . PTI: :. $.

I.,m oiitr;i? P!st:l!'nps C) $01, correntfri nltt ~ n t *ir.


iiin e nii t rn 1,ido pnin or3 tropicos, desri; :tqta-.t'
-
d'essn, linlin ; rio1 ..-.
r :iri~o impossi\.el (': a'rnr-*c.rni p : i ~r I. nl.
giimit dti iiiundo, qner no mar, qiier eni ~ P ~ T Ro ,n ~ l frn l ; ~
mais calor i111 ~ U no P equailnr; r fico, parn as-i111(li71r,
innis q i i ~mnrnvilliarlo (li1 que dice alniirm, qiie i q i i i i r i
ilizrio tlc li;, e escrcveo acerca (Te certo< E s p a r i \ i n ~ c .1 : ~ -
f ei e esho ercritrir,,qiip, pnqsaridn taes inilivitlnns rni ci3rln
regi;to r10 rei-ti, licar;im siirprerntlictos tlo I cr. ncsvat. ~ ~ 1 1 1

a linlin erliiinocinl, e cniii gr:tntlc l:ifli:n c? trabnl1111nti-.I-


vesrarsni monL~nlinssitnnrln~tlel~aiso cl'ecça l i n l l : ~t-clht~rti -
ilc IICPP, e x ~ ) ~ r i ~ i l e n t:1111 ~ n frio
~ l o t a n ~violentt~I I U P nltlitn-
íllelr< ficnrnrn eiirc~elsclos.
# 17. Sao \'ej(i fliiitlamento iin coniiin nliini.iri 110sfi11)-
zofcis, R salicr, que n. iiri-e forma-v: na r ~ r i a nmrtlin clo ni-,
si atrnrli~rnioq,que o sol, ilniiiln p ~ r p crinmPntP t npriiiiici
n'ehta lirihz rtlriintocinl c sendo I1o1talito o ar scmprr r i -
lido, não p6de naturalmente sofrer, e menos congelar a
neve ; e nem a respeito de similhante clima se me p6de
objetar a altura das montanhas e a frialdade da lua, salvo
a correção dos doutos.
Portanto concluo de minha parte, que este cazo 6 ex-
traordinario e constitue excé$ão na regra de filozofia ;
assim creio, que não temos solução mais certa para esta
qiiest5o sináo a que o proprio Deos aprezentou a Job,
quaiido, para mostrar que os omens, por mais subtis que
sejam, iiáo xegariam L; compreender todas as suas ma-
gniticentissimas obras, e menos a perfeiqáo d'elas, dice
--
' Ja ol).;cr\aiiios crn iioh aiiterior cair atualiiit~nlro equiiioc-iti
ciii 21 de DI:iryo ciii razio tla reforiiia gegoriaiia tlo czlciitla -iu eristiio.
HISTORIA DE Ch1.k \.I.\CiEJI A ' 1 E R H A DO BRAZlL 351

entre outras couzas: - Entraste lios tezouros da neve ?


Viste tambem ou tezoiiros do granizo ?
Como bi O Eterno, e s e giande e ex~lentissimo
obreiro, dicesse no :eo servo Job : - Em que celeiro
tenho eu essas couzas, coiiforme o teo endendimento?
Darias a razão d'isso ? Não, de certo ; não te 6 possivel,
pois não 6s bastante saLio.
tj 18. Voltaudo agoi (L ao nieo assunto, direi, que d e .
pois qiie o vento srido6ste iinpelio-nos e tiroii-nos cl'esses
grandes calores, iio iueio (10s qiiaes e r m o s assados coiiio
no purgatorio, a\-ancamos e começamos novamente a ver
o nosso p610 artico, cuja eleva~ilotinhamos perdido, avia
mais de uni auiio.
Para evitar param prolixidaile, envio os leitores aos
discursos jB feitos anteriormente, quando tratei das couzas
notaveis, que vimos na ida, e 1120 reitero aqui o que jA re-
feri,quersobre ospeixes voadores,quer sobre outros peixes
monstruozos e sarapiiitados de diversas especies, qiie se
encontram na zona torrida.
Assim para prosegiiir ua narraçilo dos estremos pe-
rigos, de que Deos 1103 l i ~ r o uno mar durante a viagem de
regresso, direi, qiie foi um d'eles a contenda entre o nosso
contra-mestre e o nosso piloto, siicitada porque nem um
nem outro, por mutuo dcspeito, desempenham os deveres
de seo cargo.
A 26 de JIaryo o dito piloto fazia o seo quarto, isto 6,
vigiando por trez dras, conservava levantadas e abertas
todas as velas, sem acautelar-se contra 1118 grnin,isto 6,
um furaclo, que se preparava, e deixou cair sobre as
v6las (que deveria ter com antecedencia mandado ferrar)
com tal impeto que derriou o navio sobre o costado a
ponto de mergulhar os cestos de gavea e a ponta dos
mastros, e atirou ao mar os cabos, copoeiras das aves e
todos os mais objétos, que nao estavam bem amarrados,
os quaes perderam-se, e pouco faltou para virarmos de
creua.
Todavia depois de cortadas a toda pressa as enxar-
cias e escotas da vela grande o navio aprumou-se pouco a
pouco ; mas,como quer que seja. o tivemos por perdido, e
bem podemos dizer, que s6 por milagre o vimos salvo.
l?ntrrstniiti_i n p m por isso n? 11iiii irni~znil~~r-P.; r1n ni:il
q ~ l i ~ ~~ ro :~ l~ ~c . ~i l ~i a rr!?~n
- ~ c ,1111. t : ~ r ~Pf r v ~ r i ~I s\ ( > toiltis
pois R O crlnt.r:irio, npenas pnLr;liii o prbii:~~, ;: sirii nf:>o i163

K r 2 p s f i ~ i( 7 ~ ~ ~ : i . 1 f i n l ~ : i , r,r ~l ~~na -t c~l~~y t ~ ~c no-:s~t Y:II-~ f 1 1 r i 3 .


qnr. jiilc rgniclq, qi
:I ! i . Xini
il~yinis('i Irrw (I r
nlirii.@<,\Liir-;anteii?s:b tr;111(111111i1:1([i'. [ i í n s : ~ t . . ii.111
~ i ~: i ! I \ i:ir.
nos ] i v r : ~ r - ~ ido~ o qtrn1):1111í1, ~ 1 1 i11112
1 1i,lx~-:i 111r~c t ' i ,I (14% 6, !\I'

~initi!, to(l;~nílo 3 TIOIIIIIX por i,<(> ~ I I . I ) ( ~ I ~ IT+I O: p~ ~ t! lL. If!n ?:~I ~

nicxcnil
i10 nnril .;I q11i111a i~i-sr11111 I ? P riin-
clcirn, i71 m 11; PIII ~ C I I -I I Y IiI ~ 6.n t iL#>n
. .
rn:~rii~I[í~irt~s I: i1~:isxr o I I I K ? ~ . : I ~ ~ : I ~ I I ~ ~ I \ : I I I I ~ I -:I.~I.I-~,
P c1111infl0 piir:~o c n n v ~ 7 01111i- , ~ . ~ ; ~ I ~ : I I I I I I ~ , , , ,,:, . t * > l : l
r.c.f1,i.ii. o kito, :i.ítn~'firil : - 7-1.1 : i r i i i i i I\(>: .. J , , ~ l ~ 4 , .
pcrrliilos!
I'{?In q t i e t.cndo o cripit50, i i l e s t i * ~c r i i l i i t o ~ ~ ' i ~ l ; * l \ f ~ ~
11eriy41,t m t . : ~ r a n (I I P ( ~ P Z : I T I I X~~I I~' ,B :~ I~ I{I--~I~! ; I I - i3nTl1 f t ( ( 1 . j :L
i 3. ! I t i lI i I I i I I rlirih

I I ris 11 i ir i A C I , : I T I~I~~II I, ;i I~IiI; ~~ (11.( l ~~ %l ' I ~ I - I I I \. ; , i : I


iiit!rt.:i 111 ~ : L ] I - I (11-:
~ 1 . I V I , ! f ' t , : : : l p , , ~ ~, i t ~ l i ' \ i ~ y
r:d!i!:;ii. i i ii:i.i.io I: sili-31--se n n lini.r,:i. i i 1ii1ibi.j. r
que o grautle numero de pessoas, que arrojavam-se na
barca, fizesse carga excessiva, saltou ii'ela com uni grande
cutelo na mão, e dice, que cortaria os braços do primeiro
que pretendesse entrar.
Assim vendo-nos dezamparados i merc.ê das onàsg
conforme nos parecia, lembramos-nos do primeiro nan-
fragio, de que Deos nos livrára; e rezolvidos a morrer e a
l.ivei., ciupi.egniiios totlns tis foiqii.: e111 esgotar n agua
iifiiii fie ~ii>teiitiii. e iiiipetlir o iinl-io tle nfiiiidnr-se: tarito
trt~l~;ilI~:iiii~is (111~~ :L :I;II:I 1150 nos S I I I P ~ I I I I .
20. S c ~ i : i toilos foi,niii i.or;ijoz~s,pai* n iiiaior parte
dus iiiariiilieiro~~.-Lciitictitlos eiii I)eber ;if:~rta,e todos de-
zatinndos, teiiiiain por tal iiiodo n morte, qiie 1150 se im-
portnram com coiiza alguiua.
HJSTORIA DE UM.\ VIAGEM .iTERRA DO BRAZIL 3.53

Estou certo, que si os rabelistas, * escarnecedores e


desprezadores de Deos, qne em terra e sentados B meza
tagarelam e motejam ordinariamente dos naufiagios e pe-
rigos,em que muitas vezes axam-se no mar os viajantes,
aqui estivessem, os seos gracejos se transmudariam em pa-
vorozo assombro; por isso não duvido, que muitos d'a-
queles que lerem isto e os demais perigos de que jB fiz e
ainda farei mençáo, e pelos quaes passamos n'esta viagem,
dirão conforme o proverbio :-Ah ! quanto 6 bom plantar
couves, e quanto melhor 6 ouvir discorrer sobre o mar e
os selvagens do que ir vel-os!
Oh ! quam sabio era Diogenes em apreciar aqueles
que, tendo deliberado navegar, todavia qáo navegavam !
Entretanto ainda níto estava tudo acabado; e por-
que, quando isto nos aconteceo, estavamos a mais de
1.000 legoas do porto, que bdscavamos, ainda tivemos
de sofrer muitos outros males e passamos por grande
fome, a que muitos sucumbiram, como adiante vereis ;
todavia eis aqui conio nos livramos do prezente perigo.
O nosso carpinteiro, mancebo animozo, n8c abando-
nam o porão do navio, como os marinheiros, antes pelo
contrario meteo o seo capote de marujo no grande bu-
raco que se abrira, e conservou-se com ambos os p6s em
cima d'ele para rezistir ao i!npulso d'agna, a qual, como
depois nos dice, miiitas vezes o arredou com a sua impe-
tuozidade. N'esta poziçiío gritou quanto pode para os que,
amedrontados, estavam no convez, pedindo que lhe levas-
sem roupas, redes de algodão, e outras couzas proprias
para impedir a entrada d'agua, quanto fôsse possivel,
emquanto ele concertava a pec;a, que se tinha levantado ;
e sendo assim socorrido, f0mos salvos por esforço seo .
5 21. Depois d'isto tivemos ventos tam insconstantes,
que o nosso navio era impelido e corria ora para leste,
ora para oeste (qne níto era o nosso caminho, pois bus-
cavamos o sul), e o nosso piloto, alitis ponco entendido no
seo oficio, níto soube mais dirigir o rumo, e assim nave-
gamos incertos ate sob o tropico de Cancer.

Slctarios do r.scrilor satiriw Francisco Rebelais. O autor emprega


a expressto rabelislen.
45 P. 11. VOL. L I I .
I > ~ rio IYCTIT~TTCIIrrsTnriTrn
R E I - I ~ T\ T R I \ ~ E S\ L

S ' ~ s s ? pnrg t* Pspyn d~ ~ I I R Zqi1in70


~ div,
milxn104 -por rnt , qiili fli~ct!inv:tn) 110 t ~ t i r ,t<lrn
P.IWPSR~; P ttrn tnm nt iilrrilr qiica.~inl. nfin t i r c ~ s ~ r i ~ o u
cnrTnrrln n m:i~niiiiparn nlii,ii. ciniinlic? nli n:i\-i I. iqnp
criin rli tic,iild:7?e ns ~ n m p.i, i rri.io, q 1 1 ítli
~ Iir-trinmns dfi-
tiili~<i.
E p n r q i i ~PC sn rrl ~n 'tni-nní-:In inqr n1l.o tiirvn, n:ni..
reo-nnf,:L iili-:i. n s l:1yn29 1 imtic~ntnq,Pcoiiin-
(IP ~ s t ~ r n i piii
tirramns, q n r ilflr~~-iiiniri.; P P ~r~ l)rt+ttl11 i1111i: : m?? 7i.l
i~liqt'lntt' I*i~i~ni.n~n? n qrrnrlx rnni niii, tlr: -19i1,rtq.t~ ti13

r l ~ ~ c o l ilios
r i ~ t err: r n1yirin.i w i t o ilo qirt., citqirci n
~ U t lP i ~ 7rin;lnr
tl ii1(Ii.in4>PC to1ii.i~ e s t ~ollj6tn.
Elr 11iz :-( r1\t9(l~:f3
1 - i n i i n 1 1 r i m ~ i r .v3i n ~ c m

ilne frz para n iicsrnlir inienrn i i n . : i n d i * i q . rlric f ; ~ i nn nnnn


rlp 14'11, rcfr~scniiilm 11ui7, (li<:ilhas c1 L i ( ' m n r i?<, e (14,-
p o i s (1" t r r sinqrnilo pnr riiiiitn clin.: cncrintroii :zntn, rt*1\'1
rliip pxrcrin. ~ci.rlnrI~ii.ri prnilo ; o qiic iriciitio-1111. n i ~ d1,
emkorn. n +<cc.
01% w t n s piat+?qniai.inh8s. i 1 ~qnn
fiz iiit~iir.? q i i ~~ 1 . linnm-%c.
1 ~ rntrc. si pnr
11inyn< i , Iirvf~>~.a fr~rrr<li.i.,f iirtii%nrlo nn
nlnr st3mr:ii7rs, tcnilqi n? ff~llin.:miii sirnillinnti~~ ,'L< (1.1 nr.
ritilz 110s jir(lins, lia:% rriloiid.b P n:in RI iinr (10 rlnP 3
iIn zimliro ; E T r n i 1 ~rov ~ i v ' l r ~ l l t x nc;I).-,i~iqiric~~(l.~
ll i.)m1

feno seco ; no demais, tanto quanto observamos, não of-


ferecem perigo ao tacto, como sucede coin certas imnu-
dices vermelhas, que varias vezes vi no inar, com o feitio
d e crista de galo, a s qiiaes eram t ~ m venenozas e pesti-
lenciaes, que apenas as tocavanios, a míio ficava mbm e
inxada .
5 22. Tendo agora falado da sonda, da qnalmnitas
rezes onri referir contos, qiie parecem extrahidos do livro
das iócas , a sal)er,qiieoç navesrnntes a deitam ao fiindo
do mar e trazem na extremidatle d'elit terra, por meio da
qiial coiilieceni a reqiilo, onde se asaiii, cabe-me declarar,
qiie isto é falso eni relaqáo ao mar (10 ocidente, e voii
dizer o qiie vi, e para o que serve a sonda.
* 0 autor diz -1.irt.e (ICZ ~ I I I ~ I O I ~ ~ I I C J .
HISTORIA L)E U M A YIAGEY h' TERRA DO R R L Z I L 355

A eondn 6 um aparelho de xumbo do feitio d o


p6o meigo do jogo da mallia, com que os rapazes ordi-
nariamente folgam nas praças e nos jardins. Furacio n a
extremidade despontada, os matin1ieii.o~passam e amar-
ram a corda necessariu, e póein sebo ou outra qualquer
gordura na extremiclade inferior.
Quando se aproximam do porto o11 jiilgam estar em
sitio. onde possam ancorar, a soltani e tleixain correr para
baixo ; e quando a siispentleni, si r6eiii cascallio pegado e
segnro n'essa gordiira, sinal 6 de aver boni tiintlo ; mas
si pelo contrario nada traz, concliieui ser laiiia ou yednz,
onde a ancora náo pódc agarrar e prender, e vam sondar
adiante.
Foi o que eii qiiiz dizer de passagem para reparar o
sobredito erro; pois d é m de testimunliareiii todos aqoeles
que têem e h d o no graride iiiar Oceano ser nhsolataniente
impossivel i~xai.-llie Siintlo. ainda qiiando, para assiui
dizer, dispiizessenios de toda ,a cortloallia do mundo, 6
certo, que, quando venta,sonios forçados n andar sem pauza
de dia e de noite, e ein tenipo caluio R fluctiiar e parar d e
repente, porqueas navios náo podeiii andar ,a reino como as
galks; donde se vC, (ligo, que, seiido insontlaveis esse-:
pegos e abismos, é peta dizer-se, que a sonda traz terra
para conhecei~inosein qiie iitiinqão nos axamos.
Por tanto si isto acontece em outros mares, como no
Meditarraneo, ou eiii terra, trnnzitnndo nos dezertos da
Africa, onde tambem o viajante dirige-se pelas estrelas e
pela bussola, conforme veinos escrito, niio o contesto ;
mas em relaçgo ao mar do ocidente, sustento ser ver-
gade o que acabo de dizer.
5 23. Srihimos d'esse mar relrozo ; e coino temiamos
ser ali encontratlos por piratas, não s6 assestamos quatro
ou cinco peças de artilharia de ferro, rliie estavam n o
nosso navio, mas tamheni pain defender-rios em cazo d e
necessidade preparamos alcanzias e outras miiniçóes
belicas qiie tiiilininos.
Totlnvia por cauza d'ilso eis qrin novo perigo sobre-
veio : pois qnnndo o nosso artilheiro secaja a polvoia
em uma panela de ferro, deixoii-a por tanto tempo n o
fogo qne eln encandeceo, a polvora inflamou-?e, e a
Ramn cnrrro r l r iimx a niit.r.2 ~it,reiniiln~l~. rln nnvio por inl
f;tr1113, q u e e.:t.ray~iVPI;\< e I I I ~ L ~ :eI Ipíir ~ ~ ,1jnii1:n I I : ~ )
JiPpnri f o ~ nna ,rrnriliirn t: l)ren, cle ~ I I F !o I I R V ~ I I c<t:irn 1111-
7x110e :~l(:at,rn;~~lo! c0111 ri;cn IIP S~!I.IIIO< ta~flosq t ~ ~ í r n w l ~ ~ <
i i n nirin d:is arria<.
Coiii eleito ir111nriinirte P mais dois nia.riijos ficnr-irn
tam mn.ltr:itnflos ( l i 1 5 cliiriiii;ailiirns, qiie nni d'vles morrrn
dia4 tl~poi3 .
ir niirili:~p:irtr, si ri1 n 5 n t.ivra?e ta71 r a l i i d ~ m ~ n t e
an so<1.0 o 111e11I),>II~. dtt 11n:ilo, t,eri:i tic.+tfo com 3
TXCP nr~~.nilitI:~ o11qu~im:uli~ ; !tia< tet11111-1111%
i3wi111zt)ri~:uln
liri-ri-meiIc t.rr ii liiiiit,~ I)< c:~l)ploss:t-
I ~ I I S C ~; ~ S :I (:.o11t,i
~ (4~ I isto
3 2.1. l'oinc~iios l'iill .no- :i t i s acn~,:i,

i i i ~ i l : ~rrn
~ , que Iiilr iiiiii t n s vrzc3s jiilriiei tic;ii-riio'l siilt-
in~i~ri(Ia~s, r.o1110 ~ : t , a v <i~!i't\rtt~:~ílos,
I I I : I ~ t:11111~rtiiI i ~ r t v
(10 ~ ' I I F I IIIIP
I tliiazi nos devu::~.

Fowc e.rk.eaa.; tora~entas c oztlr-as perigos, de. que Deos


prerercoit-nos em nosso regresso á França.

5 1. Ora, depois qiie todas a s sobreditas conzas


aconteceram, ealiimos das brazas e cahinios na lavaredh,
como se costuina dizer.
Aintla rlist;l\.:imos da Françainrriu de !iOOlegoas,quan-
do n iioss,i ~ii.oviznnorc1iii.ti.i;~ ilt! b tlttxii e oiitros viveres e
bebi~liis,cliie j.1 cr'i ~ ~ I I C L foi
L , siibitiiiiieiite recliizida ;\
iiietatlc.
O rct:~i'il;iiueiitocln \.i:iceiii 113.0 proveio sómente (10
iu.io teiiilio r vciitos ci)iitriti.ios, clnil tiveiiios ; pois, coiiio
jn. tlice, o piloto por iiáo ter dirigido b e u a derrota, en-
gaiioii-se por tal forma qiie qiiaiitlo nos dice, que nos
~iproximavauos do cabo Finisterra (qiie jaz n a costa d e
Espanlia ), estavamos ainda n'dtura das illias dos Aço-
res, * qire ficiim R r~iais(le 300 legons do (lito cabo.
Este erro pois em iiixteria de nxvegiiqáo deo cauza
a que no fim tio iiiez de Xbi.il estivessem~s iiiteiramente
desfalcados tle todo3 os viveres ; de sorte qiie por ultimo
j B se sxcudià e viirlia O paiol, isto é, o cii'Jicu10 caiado tt
engessado, onde guarda-se a I~olaxiinc s navios, no qual
axavam-se mais vei nies e bo: tits de ratos tlo qiie migalhas
de piio, qiie totlavia repai tianios as collieratlas, e manda-
vamos fazer ppii, i t qiial era tiliii preta e aniarga como
fuligem ; por oiitle potlris avaliar, -i teria agrittlavel pa-
ladar.
Aqiieles q iie ainila tiii1i:~iiiI~iigiose p;ip;igitios (pois
muitos jli aiitei.ioriiie! te tiiiliaiii coniitlo os seos) para en-
sinal-os iL dizer pal;ivi.a~,qiie iiiii~lanáo subiain, os con-
s e r v a r a ~no~ ~gabinete tla memoria, e os eiitregarsin para
servir de aliuientaqao.
Em sunia tle~de principio do mez de hlaio todos ou
viveres ordinaiios faltaraiii enti-r. n69, A inorrendo dois
marinheiros de itlrofobia da fome, foram sepiiltados no mar,
conforme o estilo maritimo.
5 2. Diirantc! R fome a t.ormeiita cnntiniioii de dia e
de noite por espaço de trez senianas ; e por caiiza do mar
levantado e iigit,atlissiiiioniin só fomos ob: ígãclos a ferrar
todas as velas e axarrar o lciiie, mas tambem, por niío po-
d e m o . dirigir o navio, foi precizo entreqal-o A discriçilo
das ondas e dos ventos ; de maneira qiie isto impedio-nos
em totlo esse tempo, e com grande detriniento nosso, de
poder pescar iim só peixe.
Emfini eis-nos cle novo expostos h repentina e or-
roroza fome, assaltatlos d'irgua por denti o, e atormeiitados
das vagas por tó a .
Como aqiieles qae niio têm aiidado no niar, pi incipal-
mente em tal emergeiicia, apenas viraiii metade do mundo,
cumpre aqui repetir, qiie com raziio dice o $almista a
respeito dos marinlieiros, que eles, fluctuaiido, subindo e
ilcc~nrl~r ~ 1 1 t1s n i ti:rrivrI elr+iii?nt.~,,r siil>zlstiiirlo no meio
#. viniit i'i.,tlmli?ntr(1s n1;tr;ivi\I1:1511ti 1,;t +>mo.
ri.t:intn i150 p r !;.;~ntc.i.;, ?i (.i<1iinr~iiilil~irn3 p-
,tb~lalti-YP vi11 t : ~ [I h 5 t i.~iiliiI; LCII?. ~ ~ r n n ii:ini, t ~ t si clin-
<ro:iricsr.ln xpy:tr : i t~hr)':t,_ ci~i~i.rc.~~r
L'. .
n 4;;it-I Sii:ni,io nmz
ini:i:rbni ' 1 I I~~ Y : I (10, t:tr~i:t~~Jin 1 1 1 , 11111 ~ ~ T I IP ~~ ~ : I ZT~ T
, I I~C
T I, I I I P ~ ~ :
( l r , s nla5 isto c::t y.it:ir lbor 1?:1:11, q ~ i n%d%
~ s~t~ p ! ~ i ~yot,(.~s; t~
r~~ivi:i.
36s oiitrns alils jiil:n.v;iinc-is niiiito rni>llirrr recni'rpr a
:i~]ii~?le, C I I ~auxilit-I
~I t,tnt:?.sV I ~ X P St i ~ i I i ; ~ ~ t ~l ix~ps ~ ~ r i i n ~ ~ n f ~ i ~ ~ ~ ~ ,
i'ninn o iinicn, qn~', ~ i i . ; t . c . r i t : i i i r l t i - n o : c s t r n n i . t ! i n : i r i : i i i i ~ ~ i ! ~ ~
ilrir;i.iitc :ifiiii~r,lit,ili:t iii:i.nil;ir ;ui ni;ti5, c :iril:t~.:ti. :! tt3in-
1>c:st:~il(*, ; ~ I J \ Cpor i - ~ o ,( A ~ ~ C c tt,ti, ~ ; i ~nns ~ ~ tliiilri:~inc~s.
l
$ 3. Cii.:t, i~st.:ivni~iiii j;i t :i111 i 'll:lr*.q-i< ~ l t . l ~ i i i t ~xT~I !P ~ ~
4-1

a p ~ n : ~pni1i;tiiio':
:' si14tcr-iiri.: r l i ~1": 1I:l l':l,.f:t7.: ~ nsr iiixn~-iltr.n;
(lu n;i~iii; t . o r l : ~ r i ; x ;L i l ( ~ r ~ - ~ ~ - IIO i ~ II:I tI Pt lI O+ti'r:dt:t
~ a<pr,i.~in;i
c ~ r in: c;kil;i
~ i1111 I[ I { > ? I ~ : ('I ~ ri.ilr.t ir i o i i i IJI:I~?TITPZ:I
iiorlri porqiie ~imic I'IIXt' r o vc-titv~.Ii~rnii!.:ii-:im-
I.<<!.

i < (Ir! cort,:ti. ~ i ~ r iris : l r t l v i í)tIt~l:kií'eit,it? ~ i c *C I I ! I ~(10 ~I


:bniinal x;tinacln t;ipir~issíi,j f ~ m~ti(*,i(~~i:~rio 11'i~st:iistilri&,1 1
41s tizibr:inl t'c>r.i.i.ii';iz~iii, irli:irriii:~riiltr~ ) n i l li:o~iirl!-o:;
~r il'i:.;t~l
1110ilo; c!sta rc(:eit,a porfi.ti1 rir~r)a[~~+o~oitt?~:.
I'or est.c iiic~t.ivc~ tiiit iris, qiin 1u1r seo Ia110 t:imhem
hiisc:~r;ini tíic1:i.s iii i iiveiii:i)ils, i I n iliic r i o i l I>rw-se
* I rI n fime, I ~ I ~ Z P I - prrl:it;(is
para, ~ I J I ~ ( i:~ ~~I~I ?o(leis
ccim fitcir :i ~ l x r t eqiii~iiiin~l.~
; r + qii*!(11'0 t;itii L11111reziilr:i(?~~
que aqueles, que comiam essa raspagem, declaravam
parecer torresmos de t,oucinho .
Assim feito o ensaio, quem tinha rodelas logo as apre-
zentava ; e porque eram tam duras como couro seco de
boi, foram todas coitadas em pedaqos com fouces e outras
ferramentas; e aqueles, qiie traziam pedaços em azelhas
de seos pequenos sacos de pano, não Ilies davam menos
iiiipoitaiicin tio qiie entre 1115s os grnliùes iiziirarios d em
terra tlaiii ás sriiis bolslt.; r e s ~ a t l a scle csciidus.
$ 4. Assiiii conir, E1l;i\-ioJ o z e h diz, qiie os sitiados na
citlatlch de ,leriizaleiii aliiiieiitai,niii-se com as coi.reias e
coiiro dos seos broqiieis, its'iiii taiiibeiii ciitre nOs alguns
xegariiu a coucr siias gravattis ile ularroquim e a sola dou
.
HISTORIA. DE UM.4 VIAGEM A' TEBRA DO BUAZIL.
.
359

saputas ;e os pagens e grumetes do navio, apertados pela


furia d a fome, comeram todos os xavelhos das lanternas,
de que sempre existe grande numero nas embarcaçóes, e
quantas velas de sebo puderam apanhar.
Não obstante porem a nossa debilidade, precizo e r a
com supremo esforço estarmos constantemente tocando a
bomba, sob pena de irmos ao fundo, e bebermos mais do
que tinhamos para comer.
5 5. Aos 5 dias de Maio, ao por do sol, vimos rutilar
e voar no espaço aereo um grande claríto de fogo, que pro-
dnzio tal reverbero nas velas do nosso navio, que julga-
mos terem-se elas incendiado ; todavia sem danificar-nos,
passou em um niomento.
Si me perguntarem donde podia isso proceder, res-
ponderei, que a razáa s e i s tanto mais dificil de dar,
quanto estando nOs na altura das terras novas. onde
s e pesca o bacalliáo, e do Canadá, regiões onde ordina-
riamente faz estremo frio, não potlemos dizer, que o feno-
mem proviesse das exalações citlidas existentes no ar.
E afim de que sofressemos por todos os modos, fomos
n'easas paragens batidos pelo vento de nordeste, quazi
o verdadeiro nordeste,* o qnal csuzoii-nos tal Cio, que
durante mais de quinze dias não tivemos alivio.
5 6. Aos 1 2 (10 dito mez de Maio, conforme a minha
lembrança o nosso artilheiro, ao qual, antes de desfalecer,
vi comer a s tripas cruas de um papagaio, por fim morreo
d e fome, e foi, como os precedentes finados da mesnia
molestia, lançado e sepultado no mar; e a sua falta qnrtuto
ao seo encargo foi tam indiferente, que, si foseemos assal-
tados, em vez de defender-nos, dezejariamos antes ser
aerezados e levados por qualquer pirata que nos desse
.de comer ; tam extenuadoa nos axavamos!
Como porem aprouve Deos afligir-nos em toda a
prolongaçíto d a nossa viagem de regresso, vimos apenas
um navio? do qnai nem nos podemos aproximar, d oo
avietamos, por niio nos permitir a noseai fraqueza apa-
relhar e erguer-as velae.

* O testo diz:-Presqtks dmile bise.


Orn, fitltnnilo totzlm~nte as rodelas. de qiie frilei.
totlnsoc: cnnrns atb da c n h ~ r t ~ l r110q n l ~ a i ~ i rwm
i ~ , tliiln
qiiniito em nosso n:irio nxoii-se capaz de nliinèntar. p ~ n -
savamos ter neqmlo ao termo (1%nossa f i ~ r r i i l .
$ 7 . Ira.; n necessidntlc, iitrentorx {Ir tn(l:is a3 arte<,
d e s p ~ r t o nno animo i l alqirns ~ cirq:tr os rntnc e ratazana..
os qiines riinrtns tle foniil, pnrqrio t inli:inin~-lli~~ t it.;i~lo
ris i u i ~ a l l i a
e ~t r irlns nc; iti~iiiniscoiiziia, qnc porlrrinm rdiw.
ciirrinin pelo naviri em nrnnrle nniimri-n ; t'nrrm tanl p~lx(.-
giiidos por meio tle tniln a sorte tla rntncair~ç i d ~ a d n sD P I ~
r ~ n i oinventiro de cada nm, e t;im ~ s f i r ~ i t a rpor l+~~
01110s \-i$lnnt~g corno ~ n t o s ,ninrla qiinnilo snliinin tlp
nnite RO clnr3n cIn 1118,cliie, por mniq esí*on~liilocrliir: ~ s t i -
rcwcm, npeniis f i l ~ i t me \ c a p a r i ~vivo, rolnn sripnnlic>.
Com cfrito qiiando n l ~ i i r n a p ~ i i h n ~tini n i iitn, jiil-
gara nogsiiir coiiza mnis r n l i o z ~do qrie iiiii lini rui terrn.
Ti vêndere m catln ppqa por dois, trclz ati; quntrn esc rido^:
8 Innis iiotnvel qni? tenrlo o iiosco hnrh~ironp:inliarln doiq
de [irna vez , nm dos companli~irnsn f ~ ~ r ~ c ~ r i - l l ~ csi, q1 t1i1e~.
.--A--
qtiiaawtm uriler nm, no priiiirirn pnrto, n qiip xe~asscmos,
i a pfili rtl! ;icalieça ; o que toilnri>i(I Ijarlwiro
~ ~ s t i l - o -(10s
n5o quiz nceitai., pref~rintlr;n ridn no v~stiiario.
E m siimn tivemo3 de cozinhar I ' R ~ O Sil':1s*tin s81pldil
com intestinos e tripas; e qiiem pndin r estar ri-
ceras, clara-Ilicsmai? apreqo tlo qiie oi lente rlnrnn*
em t ~ r r aaos loml~osdo carneiro.
Ej 8. Parn mostrar, que então naaaperaiamos, citarei
entre outras coiizas notaveis o seguinte.
O nosso contra-mestre apanhou um grande rato ; e
paracozinhal-o cortou-lhe as quatro patas brancas, as
quaes deixou no convks ; e logo um qrtidarn as apanhou,.
apressadamente as foi assar nas brazas, e as comeo,
dizendo niinca t e r provado aza d e perdiz mais saboroza .
E para tudo dizer em uma palavra, o que em tama-
nha penui.i:a nAo teriatnos comido oii antes devorado?
Pois em ~ e r d a d epara saciar-nos deze.jariamos ossos
velhos e oiitrxs igtiaes iinundices, qiie os cfies carregam
para os iiionturos; nem duvideis, que, si tivessemos ervas
verdes, ou feno o11 folhas de arvores,qtieali&sem terra po-
deriamos obter, n6s as comeriamos como brutos a n i m e s .
5 9 . Nyistonão consiste tiido: pois no espaço de trez
semanas, porque durou esta rigoroza fome, não tivemos
noticias de vinho nem de agua doce, que desde muito
tempo era racionada, nem jB nosrestava para beber sinão
um pequeno tonel de cistl-e : em consequencia do que os
mestres e gtiardiães o poiipavam, e regravam tanto, qiie
ainda quando algum monarca estivesse comnosco n'este
navio no meio de tamanha necessidade, náo teria m ~ o r
porção do que oiitro qualquer, a raber, um pequeno copo
por dia.
Como ernmos mais vexndos pela sêde do qiie pela
fome, não s6 quando xuvia estendiamos lençóes com uma
bala de ferro no centro para distilar a agua da xuva, que
(\'este modo recolliiamosem vazillins,mastainbem apanha-
vamos a agua, que escorria do convhs; e embora esta
agua fosse mais turva pelo alcntráu e sugidade dos p6s do
que a que corre nas ruas, nem por isso H deixavamos de
beber.
5 10. Eni concluzáo direi, que embora a foms que
no anno de 1573 sofremos durante o cerco de Sancerre,
deva ser colocada na ordem das mais terriveis de que
jamais tenhamos ouvido falar, como se póde ver na istoria
que imprimi d'esse cerco ; todavia nlto faltou agua nem
vinho, não obstante ser mais longa, como ali notei ; e
posso dizer,qiie ela não foi tam rigoroza como rt fome de
que aqui se trata ; pois ao menos em Sancerre tinhamou
algumas raizes, ervas bravias, rebentos de videira, e
ontras couzas, que em terra podiamos axar .
Apronve a De03 abençoar as creaçúes, e ainda
aquelas que não entram no uzo comun da alimentação
dos omens, como peles, pergaminhos e ontras iguaes
mercearias, cujo ciitalogo fiz, e de qiie vivemos nyesse
assedio ; e como experimentei, que iszo tem valor em
C ~ Z Ode necessidade, devo declarar, que, si eu estivesse
assediado em qualquer praça por amor de uma boa canza,
não me renderia com temor da fome emquanto tivesse
cabeções de couro de bufalo, aestuarios de camurqa e
conzas similhantes, em que existe suco ou iimidade.
No mar porem, na viagem de que falo, estivemos
reduzidos B estremidade de 96 termos páo-brazil, madeiia
46 P. 11. VOL. LII.
Fera e sem iiiniilnrle, e t o i l ~ r i amiiito; c n i n p m l i ~ i r n nryi-
~,
,10q pelii mizrri:~, n nin3innynmiiz fiiltz tlr oiitrn rni1z.i :
ilr snrlr! ~ I I P A henhnr Liiipnnt, r i o ~ q o crinilutiir, masti-
~ a n t l oum pedit~oc i ' e w ~runileirs eiii cert-iricnziio. c1il.r-
lne. snlt,~nilonrnri(1c ei1spii.n :-Ali ! dc Lcri, riitboami?rn,
t ~ n l i ocTIIl ( ' r a ~ ~ r iriiíln (li. 4. 00i i fr:incn.; : e priiii.
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S nl-;i. para ter i ~ mp:~fio= . ~ O P S P L T P~ ~
iim cnp in rle viri
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r,irinntnníi iiicsrre 12~ilr0Ricliier, stn%lmentemini~tro
iIn p~1.trr.i T i , m iin, 1:nçi.l:i. rliW, ps<i1 l)»in ornovi, q ~ i r
por d~liiliilntlí! rntpre (liirante n ~ i n - c m r-tciiditlii n t;o
t nmpriríl) IIQ seo peqliriin Iirlixii, sern po(ler. crzrier 1
c a l i i y ~para ni-nr n J)POQ,R ( ~ I I P ZPPZ ~I~, ,,.fy3drl
rriniri rqt:ivn. f'rrrrirozsm~nteinrn .:\-cn.
$ 11. 0i.n a i i t ~ s(10 terminar c-te I. direi

t~nil>r.in~ c t i t i i l oem niini, dnrniit~ essas c l ~ i f iriznm71~-


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siinn.; f'nnirs, IJorqiiP p ~ s c e i ,c ilr q i i ~nin~'i1~111 p s i 1p9V1,
q n ~ qiiniiilii
, us roi-pn:, .:+I i~stenii;ini,R. n ~tirrza
t iIt.st'llrc~,
os s~ntirlnsSc alicri,ini, P O nnir110 íl~z3l)nr~iv. : i - t ' i níii
sb toi-rin ns pwso 1~ f ~ r o z e s , ni I S tniiil~cinprodiiz cert 1
M ~ P I - i . (1110 1 ~ ~ 1 1pnrlrlmns
1 derirliiiinnr itiii:i e<yr,ie (11.

raiva; d4i s í ~ r t~ ~I I C11i1ii act'rt:líil. c 3 c r ) n ~ ~o[iini:in,


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qnaiitlo ti iz :-Ftflni?o i~itrniitcri.171 ,fo31lc, r l u ~ r ~ n t( lawini 1
riicnificnr qtie a l ~ i i e n isnt'se f:tlta iltl nliiiiciitn.
i'niiin R cspcripncin fiiz ninis r o i i i p r ~ c n ~ i r en-i ~
fatos, riiio foi sein i.nz;icí, qiia Deci. i i \\i;i ~ liai, itnien~:inclc~
seo povo de mandar-lhe a fome, si o náo obedecesse, diz
expressamente,que fará com que o oinem tenro e delicado,
.
isto,é, de indole alias benigna e branda, e antes d e es-
fomeado infenso a atos crueis, se dosnaturará por forma
tal, que, encarando o proximo e a t é s propria espour e
fiihos, apetecerá comer-lhes as carnes.
Entre exemplos por mim citados na istoria d e hn-
cerre. ile pais e iiittis, que conieraiii os proprios filho^
como tle soltlados, qiie provando a carne de corpos uma-
nos, morto3 na guerra, depois confc~ssarain, qiie, si a afli-
qáo coiitinuasse, estavam deliberatios a investir contra os
vivos, p o s ~ oassegurar, alem d'essas couzas prodigiozas,
que dw'ante a nossa fome no mar andavainos tam
pezarozos, que, si nos não contivesse o tenior de Deos,
na0 poderiamos falar uns com outros sem nos agastarmos;
e o que peior era (e Decs nos queira perdoar) sem lançar
olhadelãs e esgtlres acompanhados de má dispoziçlo to-
cante a esse acto barbaro.
5 12. 01a, proseguindo n a expoziqáo do final da nossa
viagem, cabe dizer, que iamos sempre em declinaç2l0, e
a 16 e 16 de Maio morreram dois marinheiros, que fina-
ram-se da idrofobia da fome.
Imaginaram alguns d'entre os nossos companheiros,
que,atento o prolongado tempo que sem vêr terra vagava-
mos no mar, deviumos estar, para assim dizer, em novo
dilnvio, e os I imos litiigar-se n'agua como alimentaçh
dos peixes ; entáo já não esperavamos outra couza sina0
ir logo após eles.
Entretanto n&o obstaiite este padecimento e: inex-
primivel fome, diirante a qual, como j á dice, foram comi-
dos todos os b u ~ i o e.papagaios,
s que traziamos, eii pude
todavia até entiio guardar cuidadozaineiite um papapaio,
que tinha, tam grande como um pato, bom falador e de
linda plumagem,e porque muito dezejava conserval-o para
prezentear ao senhor almirante, o tive por cinco ti seis
dias escondido, sem poder dar-lhe comida alguma ; mas
tanto urgio a necessidade, e tal foi o receio de me o
fartarem cle noite, que passou pela sorte dos outros.
Lançadas fóra somente as penas, o corpo. tripas, peis,
unhas e o bico ii(1unc0 serviram para mim e alguns arm-
gos meos irmos viveudo por trez ou quatro dias ; todavia
grandissimo foi o meo pezar, quanclo avistamos terra cinco
dias depois de o ter inorto ; e como esta especie de aves
passa bem sem beber agua, bastariam trez nózes paus
alimental-a por todo esse tempo.
5 13. Mas para que (dirbalgnem), sem particiilarizar
aqui o teo papagaio, com o qual nos nSo importamos, nos
conservarks sempre siispensos a respeito do3 teos pade-
cimentos ? Duraram por muito tempo todos esses generos
d e aflições ? Nunca teriam fim na vida ou n a morte ?
Ah ! eles findaram ; pois Deos, que sustenta os
nossos corpos com oiitras couzas alem do, pilo e da carne,
apontou o porto com a mão, e permiti0 por sua graçat,
lue nos 24 t?i:is i10mex (IP'rlnio t 1 ~1 tiv~rfernnq
ristn i 1 ~ Ira 1 j ~ i ãnret:tiilin,
;~ rlii:inilo tnilnh nt~c,
e3t critiiric invez, j;l q~iazi 1150 riciili:~inos mover
hi nqnq ri 1s.
Por miii tas wzes tinliamos siilo ~ n ~ a n n dpelo o ~ pi-
1 r111V P X tle t e r nr nos mo qtrfira nilv~ns,I ~ T I sr P
( inin nn a~ ; por i s:o~embor:i o marin1ieii.0, qrir e<-
1 . i ~ i ;no ... ile r:I T ~ R ,r r i t : ~ wpor
\ cesto grailide ~ iliia;
oii trex vrz~s:-'l'err;~ ! I ' P ~ I R ! pthnsXII1o.: se\' z r . l r ~ i i i .
mas s ~ n d no vento prnpicio c apr;i~nilonn pciritii divulnnfln.
loco depois c.e..rtiticniiios-nossvi- nu r~:iliiInile term 111 nlr.
5 I i. Emfim para ronsol~cFiod~ tiiqln q i i : ~ i ~ fnrima n
tenho exposto a reslicito di n f ic;iitls, p:~raiuclli(ir
explicar li, aripiistioz:~cstrf em (111i~nos i~xav:~1110<,
e qtinnilo,ifi n i o tinlixmnsrt I tam.inlra ~ i e c ~ s s i ~ I ; ~ i l ~ .
Der s n pierinii-se tlr n h e ~ i ~ i i t i i c , - i i o s .
Itendr~nicis-lliejirai;as por nosso proxiino livramento ;
depois do qiie. diw-no, o r n ~ s t ~ rdeo navio, em rr l ta vciz.
que, si coiitinii;issemo~ rtiiiila por iini (lia ii'psse ~ktatln,
t,inIi~tleliht.i.ri(ln e rezolvitlo, 11170Innçrtr sorltes, coni « enl
tal mizeria ~ i r a t i c ~ tcomancl:inte<
n tla 1).\1'( XIS, lUR3. S P ~ I
dizer palavra, i n ~ t n ar iim de iiiis pnrn servi;r ili ~ l iieiit<i n
ans oritrns ; o qt~eni-nl~iiin siisto iiie ciitizoii em rclx~Ao
ii minha pesc;nn ; porqtie en1hnr.z n5o oiivC.s~eeni nriilinrii
ile nos a liortlo fai ta gnrtliira, toc1;tiia n5o seria eii orqcii-
lliido, ai por ventiira rino qiiizessriii comtti. si~rnentepele e
OSSOS.
5 15. Ora, como os nossos marinheiros tinham deli--
berado descarregar e vender o seo ph-brazil na RoxBla,
quando estavamos a duas ori trez legoas da terra d a Bre-
tanha, o mestre do navio com o senlior Dupont e algumas
outras pessoas deixaram-nos fundeados, e foram n'um es-
caler a um lugar vizinho xamado Hodierne, afim de com-
prar viveres; e como dois companheiros nossos tambeni
se nieteram n'esse escaler, dei-llies dinheiro para tra-
zerem-me refrescos : ruas eles apenas viram-se em terra.
pensaiido estar a fome elicerradii no navio, abandoiiarauk
a s inalas e fatos tlcixntlos i& bordo, e protestaram iiuo pói-
mais pcs : ~ h;i e com efeito segiiiram r0ta biititlil, e nuiica
mais os vi.
IIISTOR!A DE UMA VIAGEM A' TEKRI DO BRAZIL 365

§ 16. Em quanto estivemos ali ancorados, aproxi-'


maram-se algrins pescadores, aos quaes pedimos viveres ;
mas eles, julgando que n6s zombavamos, on que com esse
pretesto queriamos incomodal-os, quizeram immediata-
mente retirar-se.
Forçados pela necessidade, fomos mais ligeiros do que
os pescadores, e arrojamos-nos com tal impeto no batel,
que penfaram logo ser saqueados; todavia sem lhes ti-
rarmos coiiza alguma contra vontade, e não axando do-
qne buscavainos siniio alguns pedaqos de páo negro, um
mizeravel apareceo, que, niio obstante a penuria em que
lhe mostravnmos estar, em vez de compadecer-se de n6s,
não teve duvida em receber de mim dois totões por um
pequeno peilayo, que então em terra não valeria um
vintem. *
Ora, voltando a nossa gente com pão, vinho e outras
provizões, náo deixamos mofar nem azedar, como podeis
imaginar.
§ 1 7 . Pensavamos senipre em ir h Roxéla, e tinhamos
navegado duas ou trez legoas, quando fornos advertidos
pela gente de um navio, que comunicou-se comnosco, de
que certos piratas assolavam toda a estendo d'esta
cost3.
Pelo que considerando qae, depois de tamanhos pe-
rigos, de que Deos, por sua infinita graça, nos salvhra,
seria tental-o e procurar nosso infortnnio, arriscando-nos
em azares novos, logo no mesmo dia 26 de Maio, sem de-
morarmos-nos em tomar terra, entramos na linda e espa-
Goza enseada de Blavet, paiz da Bretanha, aonde tambem
xegava grande ntimcro de navios de guerra, que regres-
savam de viagem a diversos paizes ; e dando tiros de
artilharia e fitzendù as fanfarrices costumadas na entrada
dos portos tle mar, rejubilavam-se de suas vitorias.
§ 18. Entre oiitros navios avia umde São-Ma16, cujos
marinheiros tinliam pouco antes capturado e condiiziam
um navio espanhol, que voltava do Peru, carregado de
boasmercadorias avaliadas em mais de 60.000 ducados.
Isto jh estava divulgado por toda França, e muitos
O á ~ ~ t oemprrg
r as expressões: -Dettx redes e itn linrd.
iiu~lnrintit r s PRT ixic'nsrls. l i n n e i ~ fe o i i t r n ~nriain L+

P.I+> 1ii~nrli:ir.inc t:nrriprnr; r Fiicc.tlt3iiilnnxnrciri-sr. :ilriins


il'rlcs 1 1 ~ r ttln n nn-cn i i n ~ i i i .qiiniiiln s:iltnrrinio.; cm tclrrn.
ná sii di.1-niii-nnsn Iirnqn par:&;i iiiilnrr>iii n s1i.t rr-nos. r.ni
rnz:iíi 11:i i trissn, del~ili~l:i~lc.cninti t.iriil~cni,snhc. 1 0 9 iq
~
srit~~irnrntnqcla fome, nccrt:idniiiriitc rin. nin n
n l i ~ t ~ r i iIn~s Pcnniri' r i m tltbinn7i:i.t. iizni' ciii p pni~cci
n pni1c.n iIr cnldlios (Ir ralinlin lii-iii t-ctii~in.ileI c ~ i r t . c i i . cillrn.
r4 ili. niiti; : pi ij11ri1lq r1313 r ~ n siilq1r:ar n s fri11I < ,
q11- t1111i:l lu C ~ I I i1i11c1:1<.
I ~ I
C'niii 11i~lt*q I P ~[lifnrnn
I ~ ~ ;I(-I ~ ~i ~nqscll~r).
n tlr-
rnm-%rlitin ; nln. ilii:irito no< IIW.;B<; ni~i'inli~irns, qlifLI n r t
iin pi.iint~ii-c) t l i i i qiiizi.i.irn 1 iit:ii.-<e, I ~ Pv i n t i l pi;cnpns {;I
fnnio,nini.: d e n l ~ t n r l c r:i.pii>, PII,enipnnzinai:iin P Iiiol-rPrnri
strl iit :iiiirnt~piir cni!iercni rririi oxccrsn.
i)i:nnto 11riri:nin n:ii orit riis qiiinze pnw:ig~irní,qiir.
roi110 iliw iio lirinripin iln c?pitiilii prrci~tlriitt., tiiiliariini
e~iiliarcnili~ ria tcrrn i111 1 :i.nzil, i1'r.t i * ii;lriii, p.11-I rc'crTp.;-n7-
5 Fi3ii.a, n;in niorreo ncnliiini nn mni. iieni ~ i teri u .I.
5 1 9 . llem certo G, rllip npeiins tirilininnq snlrn :i
1 1 4 1e~ ns nscns : r si nl1insw.i.: pn1.i. ni~q.0i1icis.qric. cr.smtv
t~niln~clrrq tlciciitorrniln:. ~ I ~ i c i i nrr~liirnri\o<
.: o 3 1 - t l nt ~ r r s ,
tii.niiioc: pni;.;iiiiln.: tle tal tlr.~iislo I. nlmi rrcaniou por tal
I;;i.nin os nliin~ntos. qnc, t'.t Ianilo p:irtir.iilarniriitc I ~ P
mim, qii:tnrlei ircci~ri;'I rn7n, c wnti CI xeirci clc r i i i l i n .
qiit nic. tift.reci:iiii uni 11111 i. ta:;\, c.ilii ilil r c ~ s t w>nlirc iiiii
ùaliú, e pensaram os circunstantes, que eu ali expiraria,
atenta a minha fraqueza.
Todavia não me fez isto grande mal. P o r mais de
dezenovc! mezes ntri; me tinlia deitado Er franceza, como oje
0 e diz ;e como piizeram-me em um leito, aconteceo, que
contra a opiniiífhd'aqueles que dizem,que, quando estamos
acostumados a deitar-nos em cama dura, não podemos
iiiiiito tciiipo ilepoi.: rcpoiirnr cili ~ 0 1 x 5 0niacio, eii tloriiii
taui proliiiitlaiiieiitc tl'cstn priiiieiin I r/., qiie sú despertei
no dia segniiite iin iinccr tlo sol.
S; 3).L)cpoi.; de iio. tleuiornriiios trez ou quatro
(lias ciii Uliivet, fiiiuo- pw it Hsiieboii, perliieiia cidade dis-
tante dali iliias legoas, onde diiraiiteqiiinzediss de estada
nos tratamos de acordo com O consellio dos medicos.
'For melhor regimen, que podessemos ter, qiiazi todoã-
inx8ram desde a planta dos pés ate o cocuruto da cabeça;
e apenas eii e mais dois oii trez inxamos da cintura parti.
W o &mente.
Aléin d'isso totlos tivemos uin fliixo de ventre, e tal
desmanxo de estomago, que impossivel era conservar
qualquer coiiza em nosso organismo, salvo certa reoeita,
que nos ensinarani, R saber, suco de hedwa tewedris e
arroz bem cozido, o qual, tirado do fogo, devia ser aba-
fado na panelit com panos vellios, devends~-sedepois tomar
gemas de Ovos e mistiirar tiido em um prato no resoaldo.
Comendo isso COIU lima colliér, como caldo, ficamos
logo fortificados; e creio, qiie sem este recurso, que Deos
nos snciton, em poncos dias o mal nos teria arrebatado.
9 21. Eis em siirna qiid foi n nossa viagem, a qual
na verdade nilo se reputar&entro as menores, si consiiie-
rarmos, que navegamos qiiazi i 3 grios, redundando tudo
isso em perto de 2 . O~JO legoas francezas, na direção do
norte a sul.
Mas para dar a onm, a quem pertence, o que é ela em
comparaqiio da que fez o insigne piloto espanhol Jogo Se-
bastião de1 Cttno, o qiial circiindoii o globo, isto é, volteoii
toda a redondeza clo iiniver~o(o que jiilgo nrto ter omeni
algum jamais feito antes tl'ele), e estando de regresso em
Espanha, mandoii, com toda a razBo, pintar o mando com
suas armas, em torno das quaes pOz esta divizs : Prirnlis
me circirmdedisti, isto 6, fõste o primeiro que me rodeaste.
5 22. Ora, para completar a parte final da nossa
redençáo, cnmpre dizer, que parecia clevermos com este
golpe estar izentos de todos os males ; mas náo teriamos
evitado a propria ruina, si aqiiele que ta* vezes pre-
zervon-nos dos naufragios, tormentas, a s b r a fome e
outras mizerias, de que fnramos assaltatlos no mar, ngo
dirigisse em terra os nossos negocios.
Pois Nicolho de Villega,nnon, nit ocazião do nosso
embarque de regresso, :eu1 que o soiibessemos, oomo jB
fica notado, entregou ao mestre do navio, em que volta-
-mos (que tambem o ignorava), um processo, qne fizera
e arganizh,coutra -ós, com .ordem expressa ao primeiro
iiiij?, a qiiam f i i ~ saprezentado~m
e F r a n y , 1150si1 (IP VrPn-
11~r-no%, ninq tnmli~m d e n i n n h r nintar-nns P q~wirnnr
rnmn er~tir.ni,q i i ~ l dizia e srrmnq.
Acont~rco. qiie o senlinr .
1)iipon t nowo X P ~ P , ti1111
conhec imento cc7 r n ~ l y i i m n sprssnris (1%,i11 rritnri iI
t~feicnx das fL r,rlio;i.ín, que prnte~ci~nln tert3 n
c ~ i a n~i111prt R r\le tmniin cricerndo pni qtic n n prrt-
r.L,n...
..
c c n P rni~i:tw cart:~sttit-izifl:~~
.c a v3r1~1~ ;, foi.nrn
~ it,reg
i '950 P CRT ?ain ~ n t i c ni ccni .c
prssnfl! i r s era ( , c 11iny T~III 1111

tr:i tnr- iit~zrjnr I pcrrrAri iiz l i ~ i i i


lirlii ront rnrin nlrzcqiiini.~rn-nnc o m l i ~ ~ntrza. n nf~r+~(*p
ibiitnnn:: ncis<oq rninli:in)ii*i~ o\ iirrVssiI;ido.; r ~ c i i r . ~ ;11,
eiiiprestaraiii tf inli~irnno -riilinr I J i i pint P ;I ollt roc.

GPS, 1151-1 sh Iilrroii-nos pnr m e i o 1 1 ' 1 3 ~ ~ 3 \


p ~ r i r n cm , qiie rioq í.nlnr.írn R rrlwlili~t
~ n n p n o i,i niaq
. - te
~niiwni,n ~ I I P6 c l ~rn:iiiir
T ~ ~ O Tpri-n~iti~>,
, { I I I I ~a tr:tl~;,~oiiv(ii11:tcontra i i i + q a \ c ~ t l ~
s r tfescinlirir<e.para C O I ~ ~ I I Zdn , ? ~traicior,
~ voltnnflo-<rt ii~;
eiii nci.;cn 1:iror.
2 3 . Pepnis ( 1 r~r r ~ h e r m o seste n n m Ii~ncticioi 1 i
m8o rle qiwni, coiiio j A tlicc. t:into no mar como ei
ninst,rnil-<eiio:so protetor, 0.; nossos m~rinlicirnsri
cl'psta ciil:irIi~tle li:tncl~nn cnni o l i n i clch irt~iii Ijni
terra do Normandia ; e nós,. para sairmos dentre esses
Bretóes bretonizlidos, ciija lingiiagem entendilimos menos
do que a dos selvageus americanos, dentre os qnaes vi-
nhamos, apressamos-nos em vir para a cidade d e Nantes,
d e qual apeiias distavamos 32 legoas.
Entretpnto não corriamos na posta ; e como em razb
d a nossa dhilidade n&otinhamos forças para dirigir os ca-
valos, em qiie iiioiitavaino~.nein suportar o trote. cada um
de 116s tiiili:i, iiiii oiiieiii pnia g t l i i ~a~ molitaria
' pelo brida.
E porcliie ii'es>e coineqo ci a-nos precizo como que
i'eriovsr os corpos, iiáo só iipetecit~inos tiido qiianto nos
vinha ii fiiiita~ia.coiuo dizem, qiie coiiiiiiiieiito sucede Bs
iiiiillieras gravicias, de que citaria exemplos extravagan-
tes, si não temesse enfadar o leitor, mas tambem alguns
aborreoeram o vinho por modo tal, que passanun mais
Q um mez sem poder sentir-lhe o xeiro, e menos
õeba.
. 5 84. Por cnmuio de nossas mizerias, quando xega-
nlos a Nantes, pareciamos ter os sentidos completamente
transtornados, e pmsamos qnazi oito dias com as ouças
tsm duras, e com a vista tam obscurecida, que pensei
B a r surdo e cego.
Todavia excelentes doatoresmedicos e outros nota-
veia personagens, que repetidamente nos vizitavam em
aomas cazas, tiveram tal cuidado de nbs, e nos socorre-
ram tarn benignos, que, quanto a mim especialmente, não
me restou mal algum, e antes pelo contrario, passado quazi
.BP~mez, eu ouvia tam claro como nunca, e jamais tive
vista mais perfeita.
E' verdade, que em relaçh ao estomago, depois
sempre o tive mui fraco e debilitado ; e dando-se repeti-
çãu do mal, no fim de quazi quatro annos, durante o cerco
4 a fome de Sancerre, como tantas vezes tenho declarado,
posso dizer, que sentirei as suas consequencias por toda8
minha vida. Assim depois de recuperarmos por um pouco
+a nossas f o r p s em Nantes, aonde fomos mui bem tra-
bdos, como j S dice, cada um de n6s deliberou seguir para
onde quizesse .
§ 96. S6 resta agora para dar 0m 9, prezenta istoria
*r. qual a sorte dos nossos cinco companheiros, que,
oemo acima ficou dito, voltaram para a terra do Bmzil,
&pois do primeiro naiifragio, de que estivemos ameaça-
dos : e eis aqui por que meio soubemos do cazo.
Pessoas Bcledignas, que deixamos n'esse paiz, donde
voltaram qnazi quatro mezes depois de n6s, encontraram
o senhor Dupont em Parix, e asseguraram n8o s6 que,com
grande pezar seo, tinham sido espectadores da sena do
ahgamen to de trez d'elesno fortim de Coligni ordenado por
Nicoláo de Villegagnou por cauza do Eva~gelho,a saber
Pedro Boniulon, Jogo Bordel, e Mateos Verneuil, m a
t u b e m que tinham trazido por escrito tanto a sua con-
&eáo de fd, como todo o processo contra eles feito par M-
odkde.Villegagnon,e oentregaram ao dito oeah9rDupont;
9 apJ prowmo eu-obtive Jqgo depeis .
47 P. 11. VOL. L=.
T-enrlo naqim qiie, emqitnnto ~ ~ z i s t i n m oAss c
teinpest:~ilosc10 mar, eiI S P ~fieis servos rle .Tt>zns
snpnrt;ir:im tor mc:ntos P A morto criicl, qiis 111~s
Siccil:'iod~ Villeptt~non. --.-
; lemhrnnrln-rn~que da iioc -
SI') eii (i-i,mn r i m o s em liiaar c n m p ~ t s n t ~ s.tl1irn
) dm
eiii qnc cltavn p r e s t e pnra rezreysai- cnm p l b ;
i ~ ilnr grriqns n Dc.oi por esta niinha
1 1 i t f ~ rpnrn
snrvriçtto i~irliviiliinl,,jiilpn-mc mni5 ohrigado qiie tnilfi:
os o~itrns3 c ~ i ( l ~(111~ r , a rontiw20 de ft. d'~-c;t.. trPz
bons personagens seja r.eaistrsd:t iio cxtnlnpo (l'aqii~lw
qiie ein n n w tampo const:\iitciiiente dfi3cii-itnl~aiii n 111nrtP
eni teqt 10 E ~ a r i:rlL10
: ; r)~
or iuso a cntrrptiei lnrn
n'esse I -
irio ile 1:.i . i AO ~ in:iprewor J o 5 0 ('rrcpin : n

qiinl c0 ' r ~ t : í o (1xs clilicitl~laíl~s,qiie riatlrc.~mrn


liara a p o r t ~ rn~ tcrrn dii- .ri, ,,c.ns d~lpoicqirc3 n ~ l .r11.1-
saram, a iiiserio n o 1irl.n clns nirrrtircs, no qiinl p n v i u i r
leitor. S i n5o firn R snhr~ilitai-axiln, niín f 3 i . i ~n ] o ~ l < ~ ~ n
riqtii d'esta circiinstnncin.
To(1.1r i a d i r ~ :iindn,
i qrte foi NicolRo de Villegxcnan
qnem prim~iroil~rrarnniisnnqie (10s fillins ( 1 U~ ~ n n't.si~ l
pai%ncivampnte cnnltrcirlo ; e : m i m pnr C I I I Z R c l ' e ~ arto s~
aleitem coni inteira j i i s t i ~ so denomino11 Cu i r i ) c7n 11 l l l m l - ~ l
5 24;. P<irnsritisfazer nquel~.;qiie qiiizcrem I
tar o qiie Ilic ~ i i c c ~ l r oe, q i t ~ ltni n sro tiin, direi
dcixnnins arlimado n'esse ~ i n i zn o fortini clr Colinii
~ m i xiiiuln iiiil.irriei seo rèqieito, neni oiiri 1 1 1 z ~d'ele r
outra couza, sinão que, quando regressou á França, de-
pois de aver infamado o mais possivel, qaer de paiavra
quer por escrito, aos seutarios da religi8o evangelica,
morreo afini~lrevestido d a sua antiga phle, em iima com-
menda da orpem de Malta, que fica perto de São João de
Nemonrs .
Por via de um seo sobrinho, a quem vi com ele no
dito fortim de Coligni, soube, que o tio deo titu uti dire-
çáo aos seos negocios, quer diirante a molestia quer an-
tes d'ela, e foi tam indisposto contra os parentes, que,
sem estes darem inotivo algum, nada tiprol-eitarrtm dos
seos bens, nein na vida n e u depois da morte d'esse omem.
5 27. Em concluzáo : si não só em geral mas tsm-
bem em particular fui livre de toda a sorte de perigos, e
HISTORIA D E UMA VIAGEM 8 T E R R A DO BRAZIL 371

de tantos ameaços de morte, como n'esta istoria teiiho


mostrado, n8o poderei dizer com essa santa mulher, miii
de Samuel, que eu experimentei ser o Eterno qneni faz
viver e faz morrer ? quem faz decer A tumba e surgir
d'ela 3 Certamente que sim.
Roas razões persiitr dem, que o ornem aqui vive para
o dia de oje ; e si isto pertencesse B prezente materia,
ainda acrecenturia, qiie por sua infinita bondade Deos
salvou-me de militas outras angustias, por que passei.
Finalmente ahi fica relatado quanto observei tanto
no mar indo e.vindo da terra do Brazil xamada America,
como entre os selvagens abitantes do mesmo paiz, o qual,
pelos motivos j A por mim amplamente expendidos, bem
póde denominar-se mundo novo a nosso respeito.
Todavia bem sei, que, tendo assunto tam excelente.
não tratei as materias, de que me ocupei, com o estilo e
gravidade, que convinha ; e entre outras couzas con-
fesso ainda n'esta segunda edição ter algumas vezes
amplificado muito um objeto,que devia ser rezumido, e ao
contrario caindo em estremidade oposta toquei mui bre-
vemente em outros, que deviam ser com mais largueza
deduzidos.
g 28. Peço de novo aos leitores, que supram os meos
defeitos de linguagem; e considerando quam penoza e dura
foi a tarefa do relator d'esta istoricr, recebam em com-
pensação a minha boa vontade e o meo afecto.
Agora, ao rei dos seculos, immortal e invizivel, a
Deos, nnico sabio, tributemos onra e gloria eternamente.
Amen .

FIN
NOTA

K P Straili1$3o
~~ i r ~ g n i o t e ~ t oda ~ d i r ; l ode Pari7 ilp 1WO ano1 i00
por Paiilo G n t w l .
A ririrn*irz r d i v o festa obra apareceri em 1578 rom o s p ~ i i n b
titnlo: -Ik*Inire d iin tVoilnqc{riirl en lu f r w r dit IJrcal,
d i f p d n t e r i ~ i r~o~n ,l ~ n n n t111 tinriqnlirm ct c h o ~ r errmarqitt
sqir m w p n r l'ii«l~t!r: lp c n ~ n p a r l e i i f ~dnr / I'ill~gngnone n I
les vnniiri PI fnyon de r i v r r e ~ t r i ~ ndrt q ~snitvngr?
~ ci?rtrriquni rir.
nvec tin c n l l o p i i ~c ynqr, t-ns~nihlcln i f ~ c i
URLIIIII~~X hp7h~i
, I hocev siriyii li+rre ; PI
par rlcp: donl on roni tnntrrc tlanx IPP
rn~ncPirimtdir l i c t c . ,.- L.rU, rrrirnlli pnr Jrnn ... ... . .,. n n l i f dr k
Jlnrg~IIe,ferre d ~ .%incf-Srtir, nir diirhi: it Bnirrgogrcr. 1 In R,)-
cliclle. par Aliinitie Chtrppi?~.157R.
Eni 1540 foi piihliraila ?i11 Cenelira scginila n d i ~ 3 ocort~rtar 3n-
mentiida. a qual spr! io p:ra a rel~ridae d i r i n ile Pnriz dc 1sW.
Srntilram-se inrias nntraa i1riiy6e. il'esla obra, que 1e1o d n í i
tradiipies Is1in:irr.
A prImnir:i, pnhlíeada em 1336. tPm p r titulo :-Rislon'n nnnqn-
ii0ni.q iii nrii.rilinin, q f i w e! Amçricn rlirilt~r.( ; ? t i e r a clr.
A segunda, impressa em 1592 na coleção de viagens de Teodm
de Brl, tem por titulo:-Navigatio án Brasiliam America, qua ar-
edoti8 w i g a l i o , qwe memoria prodmda in muri viderit, Brasiiien-
aium oicf.ue e1 mores a nostris v a l a alieni. animalia etiam, arbora,
herba, et reliqua singularia a nostris penitur incognila describanlur:
adiectus inruper dialogus, eorum Iingw conscriptus; a J m n e Lsrio
Burgundo gallics prirnum scripta. deinde lalinitiaia &mata.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889

1.' s~ssãoORDINARIA EM 1 DE YARÇO DE 1889


Predencia do Sr. cotnmendadov Joaqttipn Norberto
de Sottza Silva
A's 7 horas da noite, prezentes os Srs. Joaquim Nor-
berto, BarBo Homem de Mello, conselheiro Alencar Ara-
ripe, commendador Jozh Luiz Alves, Dr. Pinheiro de
Campos, Henrique Raffard e Dr. João Severiano da
Fonceca, abre-se a sessão, e o Sr. prezidente lê a allo-
cu@o seguinte :
SENHORES.-Naf6rma dos nossos estatutos reunimos-
nos hoje, em 1". sessão annual, para a posse da nova
dirwtoria, leitura de expediente, e si houver tempo-
propostas e leitura. As nossas fbrias forao luctuozas : náo
nos poupou a morte em nosso tranquillo descanso, e roubon-
nos dois dos nossos consocios.Pagaram o tributo fatal,&que
o Creador condemnou a humanidade ,o dezembargador Er-
nesta Ferreira França e o conselheiro Barão de Cotegipe.
O dezembargador Ernesto França, nosso consocio
deade 1860, era uma das iiossas illustraçõee. Frequentou
a nossa associação por algum tempo ; mas aquelle entu-
ziasmo que elle mostrava pelas letras patrias foi arrefecido
pela tenaz molestia, que lentamente lhe minou a existen-
cia, e dahi o desgosto cruel, que o acompanhou durante
toda a sua vida, pois o gfizo do estudo se lhe convertia
em um mal-estar inexplicavel, e assim algumas poezircs e
outras obras, que imprimira em sua mo~iùade~reseutem-se
374 REVISTA TRlIIENS.%L I?lSTITl?TO IllSToRlCn

dn spo estado morhiiio. Foi pniq % m o r t ~ para e l l ~a


t~rmiiinq;:inri+?seos males, iim rlcscsnso aheiip~adnc por
assim (lizer o sco primeii-o P riltinin rliia.
(3 ciinselli~irnT2zi.an de C o t ~ e i p tinon-se,
s qirantlo me-
nos o espcrrnivrt. ,TA eni a~ançnt1.tidade ailula se s ~ n t i a
com fiiryas para novos e m l i ~ t ~Foi s . lima d ~ firllr8s
s poli-
ticns m.iis iniponente~(10 s r ~ n n t l nreinttdn. A imprenqrr
íle todo n i m p ~ i i oe (1s totlos 13s partidos j5 o jiilqon com
inais riir melos jiistica, e n Tiistitiito aprccini.5 pela voz
d o seri nradoi- o seo eloqio liistorico imparcial e jir\to. Ern.
elle socio do Iiistitnto d e s d ~18 t.5 e c l i i r ~ n tt ~3 o Ionro
espaqo tle tempo nii:icn tomnii pai'te nos iiossris ti.:ihalho.,
limitaii(10-se R msistir R : i l y n m ~ sç~ssGe(i . Tlfi-
rnnmpntp por6m d~spertoii {I'PSSG lnng,i ii torailo
p~1:t1ii5n da jitstiça i1;i histnrin. A . l l , ~ s t n r ~ ~ ~ ~ / ~ l ~ í O
Irrrliiniin, lirln ntliii prln nosso cons~iiciio ronsnc-io n
Sr. Dr . Sacramento Rlake, cnntinba, :i se oinitai
nprecirtçTies inesactas,pnrrliie elle rnnhecia itati~e
rrvolacionnria como til-tirnt~nlian c r i l ~ i . ,rrl~ 1p~rtr
n'ella, iiqiirando conio advogndn de alniins rio; implicados
na rebeldia. Protestnii piiis cnntrx ns inexxctiilGw p
prnmet teo restab~lerrrR IPI'~IR~IP rlri~f a c t n ~ .Tio-se por
iiiiiito tempo I) nobre l!arão ft-eqiient4indons nnsqns liihlio-
the~rtse rirrliivog, em hnscn d~ dorrirnentos, . nins s ..
morte o conteve em tRo jiista inis~iln,p r i ~ s n d oe s s p pc-
rindo dn liistorix hrazi1eii.n í l trriit,is
~ lazrs.
Peco no Instiiiito, qiie se inyirs na acta tle 1io.je um
roto de profuiido pezar por perdas tão sensiveis.
Inaugurou o gabinete portuguez de leitura os aeos
trabalhos no seo novo edificio, monumento de architectum
que faz honra não sb á capital do imperio, como á colonia
portugueza n'esta côrte, que tanto se tem assignaldo por
actos patrioticos dignos de todos os encomios. Assistio di
ceremonia, a convite do mesmo gabinete, uma commi(rsso
composta de membros do nosso Instituto. Oiitra commis-
são assisti0 A inauguração da expozição geographica
sul-americana, qiie faz n'esta côrte a sociedado de geo-
grapliia. Para essa expozição p6z o Instituto Historico a
sua bibliotheca e arcliivo & dispozic;ão da benemerita
associa~lio. Cumpre agora, qiie a nossa commissão de
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 37 6

geographia examine e informe a sua importancia, quanto


4 parte relativa A nossa patria.
Acha-se prompto o catalogo da nossa bibliotheca.
Falha imprimil-o ; mas convem demorar a siia impres-
são. V&-sepelo seo exame a falta que se dR de obras
interessantissimas sobre o Brazil, e que entretanto existem
d venda por preços commodos nas principaes livrarias
da Europa. Figuram tambem no catalogo inuitas obras cuja
inclum se torna irrizoria, pois s&o de todo o ponto
extranhas aos nossos estiidos; e conviria antes trocal-as
por obras mais adequadas t i nossa bibliotheca ou doal-as
a outras repartições, como se procede0 com 'o muzeo
nacional. Não fazem mais do que occupar Ingar, quando o
espaço nos vai faltando para livros mais proprios de uma
bibliotheca especial, como A a nossa.
E' tambem da maior necessidade augmentar a verba
para encadernação. Ha grande numero de broxuras e
jornaes, que necessitam d'esse melh~rarnento~pois torna-se
ineommodo o seo exame e leitura, alem de estragos a que
89th sugeitos.
Sendo os mappas geographicos de diMcil accommoda-
+, dirigi-me ao nosso digno 20. vice-prezidente, director
da secçiío geographica, pedindo-lhe se dignasse de vêr o
melhor meio de guardal-os,de modo que náo s6 se prestem
promptamente ao estudo, como que occupem o menor
espaço. Bati em b6a porta. S. Ex. tem por invençb sua
s m methodo excellente, que se presta a esses dois fins ; e
com toda a siia proverbial bondade Bcou de explical-o para
aer posto em exec~içilo.
Existe uma porção de livros que niio sáo de maior
importancia e que se acham reduzidos R completa inutili-
M e . ConvBm eliminal-os, pois os insectos que os accom-
mettem propagam-se facilmente, demorando-se pelas
abntes.
Alem de reduzido numero dos empregados que temos,
n8o são e!lea obrigados a frequentar a caza siniio em dias
intercalados. Da falta de continua freqoencia rezultam
numerozas difficnldades para) o regular serviço do in-
.stitnto, que deve ser como uma repartição com o seo
regulamento. Desde 18811 que lutamos para que tudo
376 REVISTA TRlMEVShL DO IXSTITUTO 1~lSTORlCO

entre eni orclern e methnrlo. .TA se conse~iiioiniiito. Com*


foi a t~llliertiirn{ia nossa hihlintli~ca,qii~' 'e cnnqerrav*
por (lias silm lnz, nem ar, P senl ~ ~ ' P ~ I I Pn5n I I Cfi~lanl1lb
~~,
pni oritros melliornmcntou c tiriralizri(:io.
l n f ~ l i z r n ~ n tos
e qur se acliain H fronte da adminis-
traqito dn Instittitn n3o se poilrm rleilicnr escliizivainenle
ao q i i ~1 1 ~ rIrtc'rminam
s os ~st:itiito.;,porqrip t,.m n i i t r h q
r i ~ i i p a ç i ~ cPi ,niiitla nssim se in11tiliz:ini arriiin~ritloR siin
salifle, com o D P I ~(IP t XCI i i r d ~ i at :~\ r ~ f :como
~ < , 40rx~rnpi(,-;
PX-1". .rio, nocsn incar nnsoc~@
noel Dtia ira dn Azevctlo.
1". S P ~ ~ P terino, Dr. .Tnilo pnri (1%
r onqecn, d;l cntitm cio s~ptiiiite:

EXPEDI E S T E

Officios :
-n- s
n prezid~nte?d;ss prnvincias ttlc Ali\~oas,Piiliis,
Pitrrrnb e Pinulii, remet 11lccr;G~s e rc-
zolu~Ne s pro~niilgadrisrif e lhW, ect i v : ~
provinc
*.
:iaq.
L ~ Oprezirlente da t.itraiiii)a, participanrin rer w n -
mido n ;1rlrnit)i4tt.~tq;in(IR rirnvincin cni J cle Fevereirh
PRSSR~~O.
I)o minist~rindo imperio,estahcl~cendon normcr qnp
o Iiistitato terh de observar para r c c e b ~ rn siibvenq;m tlr,
estado.
Da directoria geral dos correios, pedindo alguns nn-
meros da Revista Trimensal, que lhe faltam.
Do circulo dos officiaes do exercito, convidando o
Instituto a assistir B sua inshllação em 1"d e Março n o
sal80 da bibliotheca do exercito.
Do socio o Sr. Liiiz da França Almeiila S&,couimuni-
cando iiiiitlar siia rezidencia para o Tul~avtio, na provin-
cia de Saiita Catliaiina.
Do socio o Sr. Visconde tle 13eaiirepait-e Rolian,
participando 11170 poder comparecer ás sessóes por seo m b
estado de saude.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 377

Do socio coronel Augusto Fausto de Souza, pedindo


exoneração do cargo de ao. secretario por estar muito
sobrecarregado de trabalho e niío poder assistir regular-
mente ás sessóes.
Do socio Barao de Tefb, propondo que o Instituto
rdmitta como socios os senhores,general de divizão espa-
nhol Carlos de Ibanez, Bouquet de 18 Qrye, da academia
de sciencias de Paris e o major general italiano Anibal
Ferrari.
De Adolfo Alexandre de Queiroz Ferreira, porteiro
do Instituto, solicitando licença de trinta dias, com metade
dos vencimentos.

OFFERTAS

Pelo Sr. senador Alfredo d'Escragnolle Taunay, seo


discurso proferido na sessão magna de 15 de Outubro
findo.
Pela secretaria da camara dos deputados os Annaes
do Parlamento Brazileiro, ns. 1 a 7 de 1888.
Pelo Sr. Angel Auguiano o Annuario de1 oõservatorio
astronomico nacional de Tuct~baia,para 1889.
Pelo Sr. Vivien Saint Martin o Nouveau Diction-
naire de géogrnpl~ietrniverselle .
Pela typographia nacional a Poptclaçdo, tem-torio e
reprezentação ~lacionaldo Brazil, cmnparada com a de
diversospaizes do ~nicndo, por J . F . Favilla Nunes.
Pela sociedade, scientifica argentina Annales de Julio
- Setembro 1889.
Pelos Srs. Lombaerts & C., Catalago dosjomaesmni~
importantes do estrangeiro.
Pelas sociedades de geogrrrphia de Bordeaux, Berlin,
Pariz, Mexico, Briixellas, Lisboa e Italiana ou seos bo-
letins.
Pelo instituto geographico argentino, real aca-
demia de historia de Madrid, instituto de Toronto, so-
ciedade imperial dos natiiralistas de Moscowa, sociedade.
africana de Italia, sociedade dos estudos indo-chinezes
de Sajgon, cliib naval, bibliotlieca nacional, centro Victo-
rio-Emanue1,de Roma, e o de Osterland, os seos boletins.
48 r. 11,VOL. LII.
374 REVISTA TRIMENS.kL Ti0 ISSTITITTO ITlSTORICO

Pelo c i i n n pmtico e tlieorico dn frtculclade cle medi.


cina i10 R i o dr Janeiro, institiito do Ccnr:~, si~ci~ilaitr itrl

gcnariipliii~de Toiirs, Jtonitcir de líl ~tiucation.dircccra


iln I:PI i s t Italiana,
~ i1 Rrnsil~,direc~:ioda J : e ~ í s t ,Jlari-
~
i imn Rrn7ilei1-n as stins rri.l.~t<is.
P ~ l n1)ihliotliec:ida ftic,iil,lade cle nierlicinn dn Rio I ~ P
.Tan~irni8G ~ s c r n p l n r erlo ~ tlirhrs d~ dnntoi.nnrlos.
I'elns resp~ctivns rerlxr~ciies: Jon~liI r70 Rrrit;..
Jonrnl tln Pnrnlrifjn, Biarin í'q tririo .1ít,1
Ilinrio dr I\'@rnr-nl,n, ] < ~ * i , , c t n .cirl-I (t, l i', t-i
CT~iiisfr~irforrs, R~zr.isln(10 1i171,rrtn rorio, (;ir
o PQJIIU,
d l r o g i ) ~ ~ i r i >Gt t r, ~ ~ r t11n G n - r t ~ I'ovn, ( ~ a ~ f o
C'rri~ipiiin~, f,il,i~rnl.lfi,ic,irr>,L i ~;r~oqrnph7c, Ptrhlrrnllnr
~ ~ n i n n Irzdrtstrinl.
o, T t ~ z cI.I P ,lfrlio, I ~ n r ) t ~ q r n p iL'.pirlta
o,
t , r , o I p t , Cir~nn~.n)tn,
P n t r i n , Implrn c n , O~ogrirpl,it.crP r n z i l , rn, ~ ~ Rr;\il, Etnrltt
f , r f 1 1 , (.'nr.l,o?rnrio,l<c.Tormn~lor,Erltn
rln ,\"Itl, h'pt-istn tlr Jfi.rlir;t~o,J'nlt*tim tin cil/;inilcr/n,P
pelo iiiiperiai ob~ervwtorini, sco A?initnri« !>.ri.:!. 1<H'J,
.-i0.armo.

O Sr. prezidente siibmette A coii~iciern(:50da cxzs


petiqRoilo porteirn Adolfi) Alexandre de (Jiieiroz I7errpir3.
qiie fica aiitoriz;irlox auzentiir-se por iim iiiez, PRTX t ~ ~ ~ f ~ t
de sua saude, deixando metade do seo ordenado em favor
de quem o substituir.
O 1". secretario interino procede &leitura dos socios
eleitos para a meza administrativa do anuo corrente;
e a convite do Sr. prezidente o Sr. Bariio Homem d e Mello
passa a occupar a sua cadeira de 1". secretario,e o 1.' snp-
plente Dr. JoãoSeveriano da Fonseca a de 2". secretario,
em consequencia da escuztt do socio coronel Augusto
Fausto de Soiizn.
E nada inais havendo qiie tratar,levantou-se a sesstio
As 101,/4horas da noite.
DY.Joúo Severiano da Foitseca
P.secrrlârio interiiio.
2.. SESSÃO ORDINARIA EM 1.5 DE MABSO DE 1889
Pren'dencia do Sr. co~)ltiíendadorJoaqttirra Norberto
cle Soztzu Silvn.
A's 7 ho:-as da noite prezentes os Srs. Souza Silva,
Barao Homem de Mello, 111S. Teixeira de Mello e Luiz
Crnls, conselheiros Alencw Araripe e Pereira de Barros,
1'. tenente Qarcez Palha, commendador Jozk Luiz Alves,
Henrique Raffard e Dr. JoBo Severiano da Fonseca, abre-
se a sessiio, e lê-se a acta da antecedente,que 6 approvada.
O Sr. prezidente commnnica,que participkra ao imperador
haver o Iiistituto começado seos trabalhos ; dignando-se
Sna Magestade declarar qne por ora nao podia freqnen-
tal-os; o que faria quando regressasse B &te. Essa
declaraç8o 6 recebida com geral agrado.
O Sr. 1". secretario aprezenta o seguinte

EXPEDIENTE

Officio do Sr. suh-direct,or do correio geral, agrade-


cendo a remessa da Revista T r i ~ ~ ~ e npara
s a l a bibliotheca
da sua repartição, e solicitando a sua continuação.

OFFERTAS

Pelo socio Sr. Dr. Virgilio Martins de Mello Franco,


suas Viagens pelo interior de Minas e Goiaz.
Pelo Sr. Pedro L. Figueiroa : Estudios hisforicos sud
americanos.
Pelo Sr. Henriqne Raffard trez discursos sobre a
inrrnigração chinezn, pronunciados pelo bacharel Oscar
Varady na sessiio passada da assemblka provincial flnmi-
nense ; Empire dfc Brésil; Ouide de 1' Boile dtc Sud.
Pelas respectivas redações : Jornal do Recife, Ga-
zeta da Bahia, Revista do club de engenharia, Revista
Sul-americana, Revista do imperial observatorio astro-
nomico, Boletim da alfandega do Rio, Boletim do Club
naval, Boletin de la societ6 de géographie de! Paris,
380 REVISTA TRI WEKSAL Dei IIISTITFTn HISTORICO

:i bintinrlr liiliiinqrnphiro (70 Rio, A n n l ~ .dc ~ In p o r i ~ d n d


r i r ~ i t ( f i c . oorqrnt>l,rr,It'cfnmrn ,Ilr~cIicn.
110 inst itiitc, Iiist iiricn inesic~no: LnG~nry-nphire! 1~
Bri.sd. -
O Sr. socio G n r c ~ zP ~ l h nofferece rio Inetitnto'P
ann membros prpzpntw 11111 fascic1110 do seo trabalho
C o ) ~ i J ~ nr t? ~~t~rrir s P VIW.
(1 Sr. TinrRo íiom~rndo 3Iello commiinica 80 Tnsti-
tiitri ter cnnipriilo :i. <ira commiss; :Tio innnanral do
r ~ r r r t l o( / r i u nffi'l;r.inilc rln i y r r ~ r r t n ,c corr~nt~.
O Sr. tliezoii rcirn cnmmunic: medallias cnm-
rnemorntirn.i nri rrniide actt) rl;i ~bo1iqfi0 ~ qriclt nn07;
prnnipt;is, confnriiir s r i n f ~ r do r nf'ficio qiie aprcze
dircrtor iiiterinn 118 C R Z : ~113m o ~ d n. Aprezentn a$
relntivno :i r e c ~ i t n e dcslirzn no rinno social fi
jtintn n ellm anlp~IIIIRScon s i i l ~ . i - ~ ~snhrr " s o t i til10 OIfi~rn-
r-nyi;rs S O / , T P O / I n l n l i r n . 14: tleclnn, que o minist~riodn
impcrici, para faizcr c f f ~,tiyn c n snhvenyZo qne c10 eftrirlli
,.. -.-
11 Tn*titirtn rercilr, pxigin, qtip este 1110 r~rnett~sw erii.
lima expiicaçíici r Ias srina dcspexns.
Si.. Dr. .To?tci S ~ v'rimo t irif 'arma, que em 1I e 12 d~
)ro findo rrcclicn I Inis oftirio s d'aqiiellr ministerio,
iim exi~iriíliint6 2 9 rle F t . ~ e r ~ i rurna n expnziq:?~siicrintn,
das nciiirrc~nci:i,:{Iri Tnqtitnto,pnrn il'ellas se f n e r n i ~ n r i n
nn rrlatnrin miriistci.iit1, e riiiirn ~xieintlo d:idns cni)ri* 1
rcstan finnnc ~ i i - adn Institiitn, tini clcl f:izcr effi3rtivu
aquella siibvenqíio ; requiziçbes que satisfez no relatorio,
que remetteo .
O balanço e papeis relativos são remettidos B com-
mies80 de fundos e orcamento.
O Sr. prezidente proptie e sao eleitos por acclarnaçQo
membros Iionorarios os effectivos os Srs. Barão de Capa-
nema e Visconde de Souza Fontes.
Iiiqcrere se para leitiira na proxima sessiio o Dr. JoBo
Severiano da l;on.;ecn.
E iiadii iiiiiic; liaveiido que tratar, levanta-se a sessáo
As 9 I12 l i o i as tln noite.
Dr . Jocío S e v e ~ i n n otln Follsecn.
10. secretario iiiteririo.
A
-

* VAo lio ri111 da acla.


ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 381

Observaçóes sobre o balanço

9 1. Irnpressáo do balanço

Aprezento agora o balanço da tezouraria do Insti-


tuto correspondente ao anno proximo findo de 1888.
Desde que tomei o encargo da tezouraria tenho
sempre mandado imprimir o balanço annual de nossa
receita e despeza, e distribuir pelos nossos consocios,
aíim de que pela publicidade tenham todos conheci-
mento do nosso estado financeiro, e vejam como
&o gastas as nossas rendas, sobre tudo porque, con-
mstindo a principal verba drt nossa receita no subsidio,
mncedido pelo estado, convem, qne não fique sem exame
e seo emprego.
As despezas são todas justificadas por documento,
e nenhum pagamento faço sina0 em vista de conta vizada
pelo nosso 1. secretario, de acordo com as regras dos
O

nossos estatutos. Esta pratica tenho observado desde


que em 1881 entrei no exercicio do cargo, com que me
omaes .
5 2 . Receita e despeza

Conforme demonstra o balanço, a nossa receita em


1888 foi de 12 .O098540 e a despeza de 10.1738130,
aparecendo um saldo de 1.836M10, o qual alias deve
dezaparecer com o pagamento da impresdo da 2:
parte da Revista Trirnensat do dito anno, cuja conta
ainda nib foi aprezentada .
A comparação dos nossos balanços de 1881 para c.&
ti& a conhecer, que a nossa renda Cem sido ora de perto
de 10.000# e ora pouco superior a 12.00W.
Sendo flxa a principal verba da receita, qual A a do
wbsidio concedido pelo estado na importancia de 9 : O m
a rnriaq5o prnccrle da maior ~ I menor I pontrinliiis~leno
]'aTatneii to d a s ct~ntriliiiiyGeu~ o c i z e s.
I)epois ~ I I Rpor efeito 11;tc vossas provideni-ixs cnn-
seguimns snlr14ir os debit,os antigo. do Institutn. temos
seinprp podido mniiter nq n o s ~ ndespe~i ~ nilit:i~es
rlc: rfio ~ x c r d e :i n ;nns nnn
r r r c ~ i t n ~, r alq .ior?s 3
.1H87 tinliitrnos podido rwervar q i~nntiapr npra d~
2 ny~olice.;, coni qiie ~iiiiiialmeri, .......s aiimentnn~loI ,
t o iiimn~
fundo jii~r.iinitii.ii1,rl~otiiinrlii3 tf.ir ~crecrimoL; r ~ n 1t 1 1111
Institnto.
Nos dois iiltimiis annns n l o foi porbm possirel f w ~ r
esta I'PZPI'V,~, .;rn{lo no nniio ~iroxiiiinfindo ~iiiitiv;i~lo este
f ~ c t op l i i drspt.z,: cnin x c~1ebray;io dn nosso jrihilGo, 110.
terminailn pelo co:npleniento ctn i c ~ . " :inno (Ia nosw esic.
tencia social.
,ta ilesp~za ~leviiii-se i:i. q i i ~ n t i ade 3.731'1 111,
I n d~cornq~io
tnstos L I I ) . ~ ~ ? C( (0111 tia sala tla ws+ri
dinaritt r rom an:iniiciciq feitos na irnprensa ; r
" nn''"'7i4b com n piilrlir:ir;io cln voliime snpleni~ntnrtla
r Tj-inirizcnf tle;tiii:tiln n cniiicmornr R noqsn f ; ~ t ; t .
p r i o ~ e i r : ~rln:inti,t f'oi p,l,rr& cnm 3 receita i111armo
o priltrritn, :I s~rr(~n(l:t n foi c~itiia rena? dn corrpntt.

9 S . T%r6ado expediente
Cabe observa., que nosnossos orçamentos de 1882 em
diante sempre s e tem marcado para expediente a quantia
de 150f3i, e com esta importancia e 8s vezes com pequeno
excesso tem-se feito este serviço ; nos dois ultimos annoa
pgrhrn este mesmo serviço elevou a despeza muito albm da
verba votada.
No aurio de 1887, i ) dispendio subio a 646;3840, e no
anno de 1888 aiiida subio á maior soma.
Por conta d'essa despeza do expediente d e 188a jh
foi paga a irnportancia de 4808,que entrou no balanço
de 1888 ; restando pagar talvez igual importancia por
contas ainda não liquidadas.
X8$ REVISTA TRIMKNSAL DO INSTITUTO IIISTORICO

cam pequena clemora de pagamento, o qual certamente se


efect.riar:i na proxinin cohran~a,qiie ~ P I - ecornecar d~
.IiinIio em diante.

'ela relaytlo n. 3 vereis, qne inonL%a Fi.70490~1rrn


import clehito rl e ?s soc ins, qiie fal~cer.ini com
atrazo rontriliiiiqiwa soc iaes d ~ - t l els%1ate.
N R pwrte esse delii t o pertence n sncins rle an-
tiga crarn, qite nHo reruintm ns sii'ts prwtni:iu*s 3tr.n-
zndas .

Pelos nossns eiitntiito~a50 i z ~ n t o sdas con triliuicita


semestraes os socins nacionnes onornrios, os remitlnq P
n nltii se nxn rrbm.
:piro, cmi~ i i a to
1s onorariios e rem idos coni:tnm rla relaç3o isob n . 4,
em nnmero de 29.
Os socios act,iialrnente rezidentes na Eiiropx v90
mencionados na relafao sob n. 5., r: s5o em n de 1.;.
§ 6. Joz'as ndo pagas

Alguns socios tem deixado de pagar a joia de eu-


trada ;e os que a pagaram desde 1860 estão declarados
na r e l a w sob n. 6.
Estas joias pagas montam ao valor de 1.66-0.

5 7 . Rent issão do debito socia2

Tem-se remido das contribuições sociaes, desde 1880


atB rtgora, 32 soc.ios,importando o valor d'estrrs remissões
em 1.C20p, como vereis da relaçgo sob n . 7 .
ACTAS DAS SESSÓES EM 1889 385

5 8. Distribtcição d a Revista Trimmisal

Quando tomei conta da tezouraria n8o axei inven-


tario do depozito d a nossa Revista Trimetlsal, nem avia
nota de entradas e sahidas.
Fiz o inventario, e incumbi o porteiro de tel-o a seo
cargo, cumprindo-lhe notar as entradas e sahidas d a
mesma Hecista, bem como de outras obras impressas
gelo Instituto.
O iiiventario s6 ficou concliiido em Novembro de
1881 e tinhamos então e u depozito 5.716 exemplares
distribiiidos pelos respectivos annos. Em 1884 esse de-
pozito ei a tle 9.791 exemplares, em 1885 era de 13.565.
Tudo consta tld nota aqui junta sob n. 8.
O depozito actualmente, isto é, em 31 de Dezembro
d e 1888, xega a 17.216 exemplares, como se mostra d a
nota sob 11. 9, assinada pelo porteiro.
Este avultado numero de roliimes, que temos em
depozito, exige novas acomodações para melhor dispo-
ziçáo e coiiserva~ãodos exemplares da nossa B e ~ i s t a ,cujo
acervo no correr dos annos vae em progressão.
As saliidas da nossa Revista por entrega a& socios,
remessa para o estrangeiro, concessão de coleçóes a
estabelecimentos publicos e particulares e por venda mos-
tram, que de 1881 para c& temos distribnido mais de
20.000 exeuiplares a ~ n l s o sda mesma Bevista, e 60
coleçóes .
Alem da Revista Tritnensal temos algumas obras
e m depozito impresas pclo Jnstituto, como s&o a Claronica
da Corr11)n~~liin de Jeztts por Simao de Vnsconcellos, o
Diccionclrio 11ibtot-ico, geograJico, ltiograjico, cstatistico e
~oticiozotluprovincia de São-Paii10,porAzevedo Uarques,
D Novo Orbe serajco Brazileiro por frei Antonio de
Santa Maria Jaboatão, e outras de menor importancia,
como vereis tla nota sob n . 10.
4J P. I '. FOI.. LI1
86 RETIST.\ TRJMRNqAI. DO INSTITUTO l!ISrORICO

Em annns anteriores deixoii-SP dc hroxar


todos os n11rn~i.o~ c (R T ~ ~ ~ , pr~pnrandn-q~
~ nIl P II
apennc n s cxrinp $crs.;lirin.: pnrrt a itisti-ihniq5n
orriiri~rin.
Prtqrii rexiiltoii ri eatravin
* .- . . iJe
... r n i l i f ~fiilliae
~ d~ im-
Pr e s s h , i1le snrtc qiie lnqo ifnl t,arani exrnipl~resnas rwpp-
c tivan col P ~ ~ C S .
P ~. r nsiiprir esta laciiiin a i coor4ennr aq f o l h ~ e
ex!svnlPs,
1 - mandr
n i w nlin fni pnssivei
, I
Iorinar ~~olnmescnmpl~tns :
todavia parte ilas folhas exjstent~sem mnini* qri;inti~larl~
respectivs i t caílri toino foi aprovei tnda, m:i nrinn~lo-FP
imprimir n l ~ r i v t ~qne s completitrnm voliiines exyotnrlos;
coni o rliie ie a impr td.
Ainù a assiin rest arnitn muita,s folhas de ditrerws
tomos, qii R se estRio coorilenrtndo . . ai . fim ile conh~rermossi
convem aprnv~1t8 I-as, rei~iipr~min(ln-~c tis f1t1lin.s clefi.
cirntw.
Do reznlt.iclo darei noticia no Institiito vaia rpxolrer
como melhor roriri~r.

&tio tlo c

Até agora recebiamos o subsidio prestado pelos oo-


fres publicos no principio de d a semestre dos exercicios
financeiros, tendo-se apenas em consideração o acto le-
gislativo, que autorizava o subsidio.
Reqnizitava-se a entrega d'elle por semestres adian-
tados, e recebida rt respectiva importancia nenhiima de-
pendencia tinhamos de fiscaliza(;ão externa, prestando o
tezoiireiro do Instituto as suas contas como negocio de
nossa ecoiioniia iii terna.
I
I
Nits o nctiiul ministro do iuiperio por avizo de 16 de
'. .Janeiro iiltiiiio ileteriilinoii, que, para entregar-se a sub-
venção cle uiii aiino, convem, que previamente sejain yres-
tadas as coiitas do emprego da niesma subvenção no exer-
cicio anterior.
ACTAS D A S SBSS~)ESE11 1889 387
O avim ntio diz a quem e coma devam ser prestadas
tees contas; procurarei porbm solicitar os necessarios es-
clarecimentos, para saber como devemos proceder ; con-
vindo dedarar aqni que jS em data de 6 do mez proximo
passado me foi entregue a quantia correspondente B me-
tade da snbven~ãodo corrente anno de 1889, na impor-
tancia de 4.5r)OiEc)oo.
Rio 1r> de Março de 1889. T. .4leíicar Araripe.

3'. SESSAO ORIIINAHIA R31 ?!I DE MAIO DE 1889

Yrezirlmcin do h'r. coarnic~tdacloi.Joaqttim Nw'berto


de Sottza Si2t.a
A's horas do costume abre-se a sessilo, prezentes os
senhores Joaquim Xorberto, conselheiro Olegario Hercu-
lano de Aquino e Castro, ITiscondede Beaurepaire Rohan,
Dr. Joaquim Portella, Raráo Homem de Nello, Drs. JoBo
Severiano da Fonseca, Teixeira de Mello, conselheiro
Alençar Araripe, Dr. Cezar Marques, commendador Jozk
Luiz Alves, 1." tenente Garcez Palha, Dr. Pinheiro de
(:ampos, Henriqne Raffard. Lê-se 3 acta da sessão ante-
cedente, que 6 approvada. O Sr. 1". secretario-òB conta
do seguinte

Officios :
Do Sr. Barão de Abiabi, 1". vice-presidentedapara-
hiba, participando ter assumido cr admiuistraçiio da pro-
vincia em 1 7 tio mez passado ; do Sr. secretario do go-
verno do Rio Grande do Sul, remettendo um exemplar da
collecçiio das leis prot.iltciaes, promulgadas em 1887;
do secretario geral da commissão central brazileira para
a expozit.ão universal de Pariz, em 1889, pedindo a0
Sr. tliezoiireiro se digne de providenciar para que seja
entregue ao lycêo de artes e officios uma collec~ilo
cnmpleta, ou, si nrio fir possivel, mesmo incomp1et.a da r-
ibtstn. T,->itiru?snl;
i . do ericioo Sr. 1". tpncntr. .rn7+ Ezitli~
C:~rccz Pallia, pedinrlo exoncr:iqfio r10 c n r p cle iiiemliroíl~
criinmissXii subsidiarix cIe f r e o , ~ r ~ p hpor
i ~ nRo
, ser pni.;irrhl
nxercPr O carao.

Pelo prrzidente, o Sr. cornni~n(1nii~ir Jonqriiiii Xor-


herto, ,\Tol,sr n n I í i n IJP J~PI.PI?-O
nnti f l $~o t ~t t J ~ ~r ~) n rqf! ~
Ht.nri1. por Jnlin Lncc,r>ck; L I / ; $i 7 1 I?rn.fil, por T l i n r n a ~
Ew1)nnck ; ..i ,\'nrrniii.,- oftrni-e?<071 zo?t nn(7 1/80
~ i q r n pttr
, hlfmlo I<. RT~ll;*ce; Trc t l t ~71gt~rjor
c!(' h'rnr,T, por Gilcirge Gxi.(liicr ; .,I 1 t' 11ic Jrt-ncil.
por Jatii~s Henrl~rsiin.
PPIOSr. Lnfnyette rle Ti,ledo, .lln~nni 'o rn
Branrn, para l r r 9 .
I't.10 Sr. Tivien de S ~ i n tJT~rtin,A l v o r ~ ~ r i o ?-~
« n i r ~ Gi'n~lrtipli?nI=n/t.rv-<riJ,.
Pelrt riiii\~ei~iil.zde central (Ir: Yeneziielrt,a srin R~i.i~tm
.
J l t v i ~ n l f ~ c .s, !t e 1 i i . to)~iri1
I'elas sociedades de gongrapbirr, da Parix. Tonr'i,
New-'l-urk, I!nrtle:iiix, Xtnlinnii eSat i onnl Geo IIIa-
gmin de \Tnsliington os seos Iio!t~tr?7s
Pixln soci~rlrrde africana da I1 re~l
de histiiria (111 J1 iriricl, inqtitiito c10 Cilai-A, i i i < t i t i i t n nii-
laneze de exportasione, e instituto meteorologico nacional
os seús boletins.
Pelo observatorio imperial do Rio de Janeiro e o ?do-
nitor de la edncacion commum, suas revistas.
Pela academia dei Lincei, Atti de2la R . dccadentia,
9'. serie, vol. IX ;c h e de ciencias morales, Êstoricas e j -
lologicas, 3' serie vols. X I I e X I I I ; clase de cienciasji-
3" serie vols. S Y I I I e
sicas, ntate~)bntic«se )~~atco.czles,
XIX, e 4' serie vol. I .
Pelo Dr. D. Antonio F. Crespo o Ctw..o w r ~ > t i c i p d
de.Bice)ros dire..., 1887, vol. I.
Pelo Sr. engenheiro Ernesto da Ciinlia de Araujo
Vianna a Revista dos constrrtctores.
Pela sociedade de geographia do Rio de Janeiro a
ACTAS DAS S E S S ~ E SEM 1889 389

acta d a sessdo extramdinaria que teve logar no dia 23 de


Feuweiro, e o discurso inaugural do orador oficial Sr.
.
Bardo Homena de Mel10 .
Pelas respectivas redacçóes a Gazeta d a Bultia,
Jmaal do Reczje, Diario Popular, Liberal Mãneiro,
Pvovincia do Espirito Santo, Espirito Santense, Gazeta
de Mogbiirim, Imprensa, P a r a n á , Geographie, Jornal
& Parahiba, Nouveau Monde, Boletim d a alfandega do
Rio de Janeiro.
Pelo Sr. Barão de Macahnbas o seo oppusculo Des-
rription de l'appareil wmlographie et intructions stcr son
emploi .
Pelo S r . chefe de divizho Ignacio Joaquim da Fon-
ceca dois minociozos trabalhos do capitão de fragata
Lourenço Amazonas, relativamente ao estudo das costas
do norte do Brazil, manuscriptos.

1'. PARTE DA ORDEM DO DIA

Coi~iniunical;óesverbaes e propostas.-O Sr. Dr. Cezar


Marques communica, que faltou ks ultimas sessóes por
gravemente inferno. Identica participaçho do Sr. nion-
senhor Manoel da Costa Honorato, e que por ora 1180
poderá frequentar o Institnto. O Sr. Dr. Teixeira de
Mel10 manda 5 meza uma indicaçiio para que ao cavalheiro
Pedro Mallan, redactor unico da interessante revista
i1 B r a d e , que, tantas, tão valiozas e serias informaçóes
tem dado acerca das nossas couzas seja dada, como elle
pede, porseo intermedio, a Revista ?rimensal, para melhor
poder ainda escrever a nosso respeito. E' concedido.
Vêm 5 meza os seguintes requerimentos e propostas:
Proponho para socio correspondente do Instituto
Historico e Geographico Brazileiro o Sr.capitBo Bazilio de
Carvalho Daemon, rezidente na capital doEspirito Santo,
servindo de titulo de admissão a obra que agora offereço
intitulada P r o v i n h do Espirito Santo, sua descoberta,
?tistonachronologica, sinopse e estatadica, impressa na
REVISTA 'I'RIJlRNShI, [)O IYSTlTIJTO illSTORlcli
r,idaile da Tictorin. Dr. Ci-?rir : i r i q r r ~ t nJfarr/lies. O Sr. Dr.
Ttatxcir t í l q XelIi~p e r l ~perniissXn p.i bnif t 7 ~ r
~ s t nprnpo<t:i. Yitc, i:nin n ntlbrtn, :\ c ~ I Pt ~ i ~ t o r i a .
110 Sr. Di.. Ci'za~ JTsrqries 3% recl:tma-
c50 cnntra R t.r~c,a . . l - --
iiurnes, qnc. I I O I ; ~ .li re1al;io h
hlin pPssnUt,no iiltimo volume 11i R ~ ~ t i c ;t n2". peliindri
ili?piv~s,~ iIn r.irgn dc niemhro (1.i compiii.cr~o snh~i~linri:i
i 1 l~iqtorin
~ .
; e :I. qiic se consigne eni nc.t:i n w g ~ i n t evntn
(IP licmr :
c.4 pntria esth (te Iiito ri~orcizo.Um? (Ir SI IR'^ zln-
rias inais prirn;, iim {Ir SPO:, filllo? iniiis cliitinctw, ncniia
clla de p~rrlt-i'na prsscln, (li) Exiii. m iri~rli,ilR~i.:ind~ .Il.i-
p'ons, i1,iiirli~ntc-grii~r:i1 i10 exercitn. S 5 n 1)ertcncPn ao
iinsui, Iii\tit i i t n , emlinrn llie scr.ri+~in ( 1t i~t IIII)? C ~ P: ~ r i r n i g -
';;to, P 1ç fni.t;i. ns espli3nililln.; c li~rnirn.; ri irrina. da
hiqtcirin patria, q i i p , COIII n pnritn (Ir 11prp
rorninzz i, ~!encriIora,(*IJr! (?.;c.rcvPn iitns
rnmbat eu, ~rrisr,nnrlnconi t,:intn nl* ilp-
riorlo :isti:t ~lori,)x:\exiqten c,.... ia ....,..,,. .. ,.,iis, c111nnnio
Rrin
1 1 : ~ Patria , qiie eii t o Iierni i1 S r v e r i ~ n o
Martins r l it I~'onser: I (I* -II,Ic ance ria arta
iim r»t,n i1 P ~iroftinr
-*. prli) SPO rito.-
0 SI.. \ isrnnilr r i i . lcrxiircpair~1;nIian iliz, qnp n Sr.
I)r. C i ? z ~ Jl.ai.qncs
r ~ilinntciti-~c.-lh~ na niprrma iiIiíirr, qne
t~nha,drcnnkigiiar-s~p i * P vntn prznr tlo liiqtitiitii His-
forii'n, pcln riiot te d'~.;sr~ ~ n i j r . iqiir l . talita.; p:ininas de
gloi.ia encli6i.d na 1iistoi.i.i pstria. F'oi iini\nimern~~ri te ap-
provado.
O Sr. Dr. João Severiano pede licença para dar
sciencia B caza do succinto relatorio, que remetter, ai,
uiinisterio do imperio em cumprimento ao por este orde-
nado ; e que por um flerciiido oHo foi aprezentdo nas
sessões passadas.
Instituto Historico e Geographico Brazi1eiro.-Secre-
tariacm 22 de Janeiro tle 1889. II,LI)I. E EXY.SR. Satis-
faqo o ordenado por V. Ex. ein circular n . 3880 de 1I do
mez passado pariL remetter-lhe iiniit exyoziqão saccinta
das occiirrencias liavidas n'este Instituto diirante o anno
de 1889, relatando o seguinte :
ACTAS DAS s E s S ~ ~ EM
S 1889 391
Em Janeiro, o 2". secretario coronel Aiigusto Fansto
de Souza,tendo seguido para a provincia de Santa Catha-
rina como seo prezidente, passou o exercicio d'aqueile
cargo ao 1". supplente de secretario Dr. Jogo Severiano
da Fonseca, que mais tarde, em 18 de Agosto, assumi0 o
de 1". secretario por falecimento do Dr. João Franklin da
Silveira Tavora; passando o cargo de 2". secretario a ser
exercido pelo Dr. JozB Alexandre Teixeira de Mello, 2'. *
snpplente. Durante o anno leram uieinorias : o socio Dr.
Cezar Augusto Marques (lima intitulada Mánoel Odorico
hlendes), senador Alfredo d'Escragnolle Taunay (Indios
Caingangs e seo rlialecto), BarBo Homem de Mello (Excur-
abes geograplticas), Dr. JozB ~lexaiidreTeixeira de Mello
(Biographia do conselheiro Jozé Eernardino Baptista Pe-
reira d'Alnleida) e Dr. Joilo Severiano da Fonseca
Brazões de Ciiiab6 e IVato.Grosso e Novas investzgaçõecr
sobre a provi~iciado Mato- Grosso.
Para celebrar o facto da aboliçilo dos captivos no
Brrxil e a data da aurea lei de 13 de Maio, determinou o
Instituto fazer gravar uma medalha commemorativa,
cnjos exemplares serilo, dois de ouro para S. M. o Im-
perador e S . A. Imperial, cincoenta de prata para o
ministerio de 10 de Março e oiitras pessoas e trezentas
de cobre. Festejou condignamente o quinquagenario da
sua fundação, fazendo por essa occazião publicar um vo-
lome especial em supplemento rro n.51 dasiia Revista : em
livro adornado com os retratos do Augusto protector do
Instituto, dos seos dois fundadores, dos seos prezidentes
e L." secretarios mortos e do prezidente actual e illns-
trado wm gravuras e mappas, B um forruozo volume, que,
colligido e impresso em pouco mais de mez e meio, nBo
destôa em valor dos outros da precioza collecçilo da Re-
vida, pelo alto interesse e variedade de seos artigos.
Faleceram os socios Domingos Soares Ferreira
Penna, L)r. Demetrio Ciriaco Tonrinho, Dr .JoBo Franklin
d a Silveira Tavora,Barilo de Catnama, JohdaSilva Carrão,
lanoel Soares da Silva Bezerra, coronel Francisco An-
tonio Pimenta Bueno, dezembargador Ernesto Ferreira
França e o general argentino Domingo Faustino de Sai-
miento. Foram admittidon como correspondentes os
cloiitor~sTdniz Crlila, Yirrilio Ilhrtins d e l l ~ l l oVi-nnrn, 1".
tcrir~nt~ r1 it nrmncl n, Ar t 1111r Inciio tlc1 Rrnzil, o 3larqii~n(Ir:
I',ti.aiiaql15.' P 0.: C~ornrn~11~1~R ~ O T P SJiozk Liiiz XI\-c.: P TJII~L
I?ndrigii P s llf? CIliJ- ~ i r n .
T'~waram R rlasse rip iionornrios os roiis~llieirno
3I~parin H~rcnlnnode Aqnino e C,istro ?I 'i'i-iktrin i l ~
4lencnr Arttripe, n ~ennilorhlfrrdo d'E.crapr11 IP l ' n iinay,
os dciiitore.: .li:iximi:tiin Jlarcines de Cfirvallin e ( ' f . 7 ~
Aiigii9t o ) e O consellieiro ,1In5o ,Zlfr~cInCori 6% tle
Olirrit a ; fect irns os oito correfpnndentcs tnai*
nnti~oq, .s n'esta capital.
D o barnncets nprezentacio em 12 de Ontiil>ro p ~ l o
thezoiireiro consellieiro .Zlrncar Araripe, extrriio o se-
~ i i i n t e:
H
Salilo tle l H H 7 . . ........ .......
Siibsidio do tenoiiro ...................
.Tiiros cle apolices. ......
Jnins e inensnlidades de so
I'enila (1% Jir ?*i.dri.T?-i»i~n
Dnnatirns rlos S C ~ C ~ O para
S R fest,n (10 .)ri-
1)ilrii. ....................
Somni;i .......
DESPESA
Impresslio d a Revista Trimensal. ........ 2.57W00
Remessa d'ella para o estrangeiro. ....... 293WOO
Encsdernaçiio ........................ 12W700
Compra de livros.. .................... 2OWOO
Expediente .......................... 361W60
Vencimento dos empregados, em trez quar-
tkis tlo atino. ..................... 2.74.13994
Porcentagem da c ~ b r i ~ i i s.a.. . . . . . . . . . . . loi$iOO
Eventiiaes ........................... 1 1) 67020
Somma. ............. 6 . 4 1 98174
Saldo ............................... 5.0473275
. - saldo esth sugeito f~s
0 s s s ~ v ~ ç b ~ sEste seguintes
despezas :
1 . Reimpressiio do tomo xv (1862) da Revista
O

2. Impressiio da 2'. parte da Revista de 1888.


O

3. O Cunhagem das medalhas.


4. " Dois armarios grandes para guarda dos manus-
critos.
5. " Vencimento dos empregados no ultimo quartel .a
do anuo.
6 . " Despezas do j ubileo, expediente, impressiio do
livro do quinquagenario etc.
2.' PARTE DA ORDEM DO DIA
LEITURA

O Dr. Jogo Ssveriano pede desculpa de n8o con-


tinuar hoje a sua leitura. O Sr. Dr . Cezar Marques lê
uma pequena memoria intitulada P?-imeira g r a p feita
por S. M. o Iniperador á provincia do Maranlião.
E nada mais havendo que tratar levantou-se a sesdo
Bs 9 114 horas da noite.
Dr. Joao Severiano da Fonseca.
2". secretario interino.

4'. SESSÃO ORDINARIA EM 12 DE ABRIL DE 1889

Prezidencin do Sr. commendadw Jouqltint Nórherto


de Souza Silva
A' hora do costume abre-se a sessão, estando prezen-
,tas osSrs.comnieiidadorJoaquim Norberto de Souza Silva,
conselheiros Olegario Herculano d' Aquino e Castro, Vis-
conde de Beaurepaire Rolian, Bariio Homem de Mello e
Alencar Araripe, Drs . Sacramento Blake, Teixeira de
Mello, Cezar Marques, Pinheiro de Campos, Liiiz Cruls
e commendador Jozb Luiz Alves.
M) P. 11, VOL. LI1
341 R K V I S T A TRIMEYS,\I, DO ITSTITVTO IIISTORICO

E' I i d ~e. npprorael~ri nrtn dn. s r ~ q R oant~cedcntía.


( 1 Sr. 1 ', src.retal.io 1. <ig ~ ~ t ~ i i l l ~

Ofticini :
3liriist~tic>clns neporios rlo iiiiprrio. Rio de .Ta-
rieirn 9 tle Abril rle 1880. - Illm. e Exm. Sr. X in-
ti>nçtiodo arizci de I 6 tlc ,Janeiro iiltimn, B que qe ref~re
n oftrcio (IP V . EKC.(10 -1 do mcz proxirnn fincio. ' n;io f l l i
:i de e x i ~ i a r pre--taq%ode contas tlo Institiito flistni-ic-o,
t;eo~rayliico Brazileiiro r l ~cada exercicio, prrante :i r p -
partiqh tfsatl, mas siiment~a iteclarriq5o tio eniprcpo t l ~ i
hiibsiilio i-el;iti\ro :>o exrrcicio finiin, pclrnnte c-te niiniz-
t.rri«, pari&-ervir ( l ~ j n s t i f i ~ % q ;rlni n prnpnst:i clo orcrimenrci
fiitiiro. ile iprisl, maior oi L rnP7ior S iililiilio, I I as nt3.
c i ~ s s i ~ l 11'esse
n d ~ ~ iinpnrt~n itc Iiistit iitc~;r b 1 ) ~ c tl~cl:~.
raqan pni.iI qiie estP miiiisterio dct ri-mine o nto
(111

srih.;itlio, cornc. j:i fi.7 n r.-. e s .p ~ i r r i ili. o i i t r i s 1n.r i r iii~;ic\


. . L -

ipiinl iiici~te subt F guarllt! ;L i-. ES . .lu-


toli io Iir*i.l-t.irr7 I I ilrc~irodc) I~t.~//ttll 'o 111~-
tiirico I. Gryrnpli
Reeiti. 1 H {Ir: ,iiarcn ri^ I ~ h ! v . - F : x n l ~ . ars. r,nl ~ I P O
iiome P n o ela c~mmir;s;iricentrnl t I i ~colnnin pnrtuKiiexa I ~ P
Pernamliiici,, que promoveo r levon n etfritn iiiiin rnani-
f'estnyrío ile re~ozijo ~ i r l nncabam~ntoda cqcrar ? f iir,i nci
BrnziI, teriho ;t Iicinra clc oíl'erecer h illiistra(ln coryoraçiio,
qiie V. Exs. prezidem, iim exemplar. em cobre, da
inedalba commemorativa de tão notavel acontecimento,
ciijo exemplar 6 n'esta occazii3o registrado no correio.
Forfio cunliados cincoenta e um exemplares d'esta me-
dalha, sendo um em prata, que se acha depozitado no
Instituto arclieologico e geographico Pernambucano, e os
restantes exemplares em cobre. Qtieiritm pois V . Exs.
iicceitai esta inodestissima offerta, que reprezeiita, ainda
qiie mal, o qiianto os P~rtugiiezesno Brazil se regozijrim
com os progressos materiaes e morties da grande nacão,

Esth no fiiii d'estâ acta.


ACTAS DAS S E S S ~ E SEbl 1:8!) 395
de que s8o hospedes. Appiezento a V. Exs. os meos
protestos de subida estima e alta consideiaçiio. Deos
guarde a V, Exs. Exnis. Srs. presidente e membros d a
direcç80 do Institiito Historico e Geogia~~liicoBrazi-
leiro . A. J. Barboza Tí'anna. secretario.
OFFERTAS

Do S r . -4. Boiges tle Sailipaio, Amiorts de Ovidio


Nazâo, pnrafrazt de Castillio, 1858, onze tnnics e111 5 vo-
lumes, Relatorio e cmllns tla subsciip<iio ein favor das
victimas das iniiiidaçócs de Portugal feitas no Braxil
em 1876, Cal ta topographica das linlras do Porto 1838,
Mappa topograi,lrico dos districtos eleitor~iesde ~ V i f ~ a15" s
e 16" com tabellas de distancias, 1884; Os ccllta~arios,por
Matheos Porto, 1883, e nove cedulas de diversos ~ a l o r e s
do thezouro nacional, jii I ecolliidas.
Do socio o S r . Estanislho S. Zeballos El matrit)imio
crivil, discurso frito nti camara dos deputados drrRepublica
Argentina em 18 e 19 d e Outubro do anno passado ;
Diseriyrian a s t n m d~ ln Repttblica Argentina, tomo 3".
Pela sociedades de geograpliia de Paris, Berlin, Ita-
liana e Instituto Argentino, setis boletins.
Pelo centro bibliographico vulgarisador a sua
Revista.
Pelo S r . Alcides Catiio da Rocha Medrado a Bevista
do Ensino, publicação quinzenal.
Por interinedio do Instituto Smitltsonirtno Denlcs-
chrijten der Akadeniie, vols. Fiu, Fi i e. 53, Sitzrn~gsòtrichte
der A k a d e v ~pltilosoplticli-itistotr'clte
i~ class~,vols. 90 a 94
incluzive, Matlrewirr tiscll-naturwissens chaftliclre-classe, 1'
secçh, vols. 91 a 94, incl. 2' secç80, vols. 91 a 95, incl. 3'
~ecçãovols. 9 1a 94, incl ., Archiv- Osterreiclrisclie geschi-
chte, vols. 67 a 70, incl. e Fontes rerum airstriucaritm vol.
44; todos prorenien tes da Academia de sciencias devienna.
Dn academia de sciencias de Muiiich o Sitzungsbe-
richte der ylrilosopliiscli-pl~i20togisch~~t tind Aistorhchen
C&WC, 1886 e 1887. o Sitzurlgibericlitc der wiatltematisch-
physikallsclren classe 1886 e 1887, o Aòliandlti~tgender
ntathematisch-physikalischen classe, vol. 1 5 e 16.
I?ii snr,it.tla(le (li: ~t.ograpliificle T i r n ~ i aos Jfiffl1f1i-
! I ~ ? ? ~ P H volq.
, 2s e 2l4.
1)n ncrid~iiiini.c*nl de scienciag, letras e ~ P I I R Sartes
da Belgic:t, Jf,'ijrnirr.rI I P In AccltTl')t~ie,etc.rnl.li;, l l í r n n ~ r r ~
coic~or~~tCru vi)ls. 17 e 48, ,1f~',inoirrarotlronnbrs cf f l f f + r ~ %
niCrtinir.c<,toms. 1 'ie 1'1. Ilrrllrtins clr. I' ,lcarl;riii~, 5" ri^
t,onios ! i , Ir), 11 e 12, Aíii17rnir~{IF I' : l ~ a r ! ; ~ t ilR5r1 ~,
IHRi, , - ? ~ P + ~ * P G l ' A 1 ~ a dicr ~
/ G / o ~ I ~/!CS 1117 , ~Y O ] ~ . C ~ - f l ' l ? ~ ' ~
, 3
/io!yritp/~; ( ~ I ( P <P ! h i l ~ l ; o q r ~iqv~.q,
p l ~ 1N%,
Ti i socie~lnrt+> ~)Iiy~ico-ci-onnmicii de Knnisrlierc,
AT~,II~!/?~w , 4, a 11, l i , R, 2 2 , ?:+ a 2 ; .
y í r l t ~ - ~ t t ~1 ,f ~2,
I h acndcm,v OS sci~nces, JJtrll~lin,v o l ~2'. . nc. í , G P 7.
D:i a.;qirci:ic:/io ,ziiirricana (to proyesso das qci~ncia~.
~ ~ , :i4 e 3 5 .
P r o r r ~ d i w ! rols.
~R:IC:I~~PIU (Ir~ H~ciencia7,a r t m e letra^ de Mndienn
Trnnsnr-iious,wis. t i " , T I i ~ ~ P ~ 7 i , v ! l / r ~AIlt~.qllnti)~r
n?zin ~ n l i.1 1 .
1)a nc*xrl~nii>i. rle sri~nci:isp1iy.ii.n~ e ~nxtil~rnatirar,
de ... . I/rizrli(w?ttn,atino S S T .
Do miizrn dn Jle~ic'o,;inn?+..c, toms. 3". e 4 " .
T)n a c - i r l ~ m i d~ ,l n . 4.
n S . Liiiz T l t ~ t r n v r r z r t i n ~~t . ~n4"
na nratietrii:~~ I PDRVenport, I ' r o r ~ ~ d i ? l q . . ' , d4. '.
Vii S O ~ ~ P I ~ H ~ tle I P geogrnpliia dr Leipqia, dfrlfthm-
Eit?iqrii, l s ~ i e, pelo prnpiio In~titiitoLiinthqoniann n
Anii t t n i Rnpprvt, I t ; ~ J - . c : ir o C;roq~-n~)ltirni qrrri7t!I, i*,.
P P I ~ Is( h - p ~i ~r t~ ~z R ~ S C ~:Ú IlinrioP S P o p ~ lar.
r
nnl rlo Jirrif;,, ?.il~i.rnl .I:incirn, Ii)iruiqrnqtio, Pi~rnnri,
( A ~ T ~ dts
~ I A~10!7i-~)~
Z i?+/ij1, I ' ~ ~ , L i)l l ~(10*fi,7.h.p~~.lt~
~ P ~
Santo, Irttp~ensn, P~tria.,Espirito-Santense, Nouveau
Monde, Béogruphie, Etooile d* Sttd e Boletim da a2fandega
do Rio de Janeiro.
O Sr. conselheiro Alencar Araripe pede em nome do
consocio o Sr. senador Alfredo d' Escrrrgnolle Tannay, que
se remetta uma collecção da Revista Trin~msalB biblio-
theca publica do Paranh, conforme o pedido que esta
faz.-E' concedido.
O n r . Jogo Severiano da Foiiseca offerece rio In-
stituto as copias (Ie trez documentos iiiiportantes relativos
B provincia de 1I;i to-Grosso; a c a r t n - ~ ) u t ~tle~D. ~ t (Antonio
~
Roliin de Noiti.;~,de go~ernador e çapitáo-geiieral, pas-
sada eni 25 de Setembro de 1748, irlstricp3es dadas pela
ACTAS DAS S E S S ~ E SEM I889 397

rainha a D. Antonio Rolim de Moura,em 19 de Janeiro


de 7749, e as instrucçóes para o capitiio-general D. An-
tonio Rolim de Moura, dadas pelo rei em 26 de Agcjsto
de 1768.
O Sr. Visconde de Beaurepaire Rohan offerece um
exemplar do seu Djccionario dos voca2niZos Crazileiros.

2". PARTE DA ORDEM DO DIA

O Dr Joiio Severiano continua a leitura de sua


memoria Novas investigaç6es sobre a provincia de Mato-
Grosso.
O Sr. Dr. Cezar Marques inscreve-se para a lei-
tura de um trabalho Iiistorico.
Em tempo declaro, que o Sr. t,liezoureiro aprezentou
seis medalhas, das mandadas cunhar pelo Instituto em
commemoração á lei de 13 de Maio, sendo duas de ouro,
duas de prata e duas de cobre. E nada mais havendo que
tratar-se, levanta-se a sessáo h 9 112 horas da noite.
Dr. Joáo Severiano da Fonseca.
20. secrelario inleriiio.

Rio 4 de Março de 1889. Illm . e Exm . Sr.


Por avizo de 16 de Janeiro ultimo determinou
V. Ex., que para o Instituto Historico e Geograflco
Brazileiro receber o subsidio concedido pelo estado, cum-
pria previamente prestar contas do subsidio recebido no
anno antecedente. Este avizo foi entendido no Tezouro
Nacional como si estabelecesse obrigatoriedade de pres-
tação direclia de contas perante a repartição fiscal. Si-
milhante inteligencia tem para o Instituto verdadeiras
inconveniencias, sendo a principal a de trazer impossibi-
lidade de se receber o subsidio annual em tempo opor-
tuno, isto 4, no principio de cada s(.mestre do exercicio
financeiro. Na verdade mostra a experiencia niio ser
pronta n tnmsdn dr ciint?q n:rs wpni.tiq;l~sf i ~ ~ qs ~~ in, i l ~
neceusnriii para iwo inmw e :ir vezeq annns. J 1,~Ilir~71iI-
taria, ilnc, ;i p r ~ z ~ n L a d ns: i ~ cnntxs c tlt>inorsdI 3 fria to-
mada, ticari;i o In.;titiito ~ r i ~ n i c10 l n siilisiilio por ternptt
ir~d~terminarlo.L)PG{I~ qiir o Instituto r ~ c r ~ tnr ?w t b ~ i ( l l r t
~iiihlico,o cn5tume ser R PntrPcn ( 1 ' ~ l p~rliila l~ por rihl i ( #
i10 I'. secretario rla snrio(lnrl~,r manrlar o Knvprno f . i 7 t ~ I - n
por semrutres aili;intnrlns. liecehi~ln( I ~iih.idic1 anniinl, I
tjndo n rxcrcii:io, crrganiz,~o t~iniireiro410 Tri~titiito1 1 hn-
lanqo da receitn e r l r ~ ~ i cncinl, t ~ z ~ qne s i i i ~ r n c tilnciirn~n.
~
tnil.tmente no ~ x ~ i rn nprov:1c:50
r rlii mesmo Inqtitiitn, na
rnnformiilnile 110s .;(>os rst?t,iitog; P csw 1311;1n
nn I;)i.rn:i, por qiir cniista (li151i:ilíincns iriilir~~sns,
jrintn il~silc?ISsl ~ t t ' b 1 ilrl.l. 1;;i;t n prat.i~.:nsemli
rndn ser$ nlt.cratl:t., si pi.rvrtlcct*r ;i. i r i t ~ l i c ~ n c i : i
Ililql.l

r~ferido nrizti nii Tezniii-o S;icinnsl, r R ~ I ~ . P S ~ ,111, ~?;III


cnnt.ns dos fiiiiilos soci:ii!.; j : n50 ~ (r~1.i qil~-.t.501lt1ei-ono11ii:i
iriternn i1:i sncirrlai1(~,ni:ii 41ici~i(:50:i ilii.i3lliq;to liscni
E por )rr,:iV. 1:s.. qiie PP i i r v : ~
t?xplir zn n n 4t1iititlo (IP ~oiitiii~lnr :ipi'n
t ii?.:~:, ,11;50 ll!? r.i>~it:\!: clns t~itirln.;snri:ir~.
qiie aliar n;iii ciiriqisrriii Iiiiiipiirr nli siil3,idin 110 envcJrnn.
riins t ninhilm riii ntlf t-2 C; rci.11 i.; <IIP i.clc.iii~fi,cnmo
.ioIireditn.~Iidnnqo< i1111 prtvst-s riqni juntos. 1,rn
V. K K . 11ln1. r l + ~ x,i ~Si.. i (-!i>! i-i>lhrirn.\ntnnir, 1. k11-r.c.ir:i
I'innnn, D . 11iinisti.i)i. srçrrr:iri~~ cl'c.st?(lo tltl.; iiegncin.
do imperio .-Tristi?o de Aloacar Araripe, Tezoureiro do
Instituto Historico .

SESSÁO
.is. OBDINARIA EM 26 DE ABRIL DE 1889
Joaqtcim Norberto
P~.c.ii(?e)tcinrio Sr. co~)~ine~zdaRor
110 a~'olfzlfSillYl.

Acli:~ii(lo-seprezeiites 5.s 1iui.ss (10 costuine os Srs.:


Joaqiiiiu Sorbci.to, Hiirlo Hoiiieiii ile JIe!lo, Visconcle de
Beaitrepiii1.c Roliitii, consellieiro Aleiicar Araripe, I". te-
nente (;;trcez I'itllia. coiiiiiienclador Jozi! Lniz Alves, Hen-
riqiie KaRarti e os D:s. Sacrainento Blake, Pinheiro de
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 899

Campos e Teixeira de Mellc, o S r . prezidente :ibre a ses-


&o e designa o socio Teixeira de Mello para occupar o
lagar de 2". secretario. Procede este h leitura da acta d e
ssdio anterior, que 6 sem contestação approvada. Com-
parece n'esse acto o Bar60 de Capanema.
O Sr. 1". secretario aprezenta o seguinte

EXPEDIENTE

Officios :
Do socio o Sr. coroiiel Antonio Borges Sampaio, da-
tado de Uberaba a 8 do corrente mez, enviando ao Iusti-
tuto o quadro, que promettêra. do juramento da consti-
tuição prestado pelo 1". imperador, acompanhado de uma
prova pliotographica do mesmo quadro. Fôra este dado
como brinde, por parte do governo de então, aos qne ha-
viam concorrido com a quantia de vinte mil reispara cima
para as despezas das festas oficiaes effectiiadas por occa-
z i b da solemnidade ; s-gundo referio muitas vezes o ca-
pitão das antigas ordenanças Manoel Rodrigues da Cunha
Matos e 6 tradição corrente em Uberaba.
Circular impressa da Societ; de Qeograpltie de
Pariz, communicando o seo intento de convocar, por oc-
cazi8o da ex poziçao universal proxima fiitiira, um Cmi-
gresso i n t ~ n ~ a c i o n adel sciencins .qeograpltica.c. transmit-
tindo ao mesmo tempo as decizões tomadas pela rommiss80
orgmizadora d'aqiielle congresso e o programiiin dos res-
-pectivostrabalhos. A societlade de geographia rezolrêra
pedir a todas as associaçóeri congeneres i~nia expoziçiko
summaria das viagens e publicações que têm contribuido,
em cada região do globo, para os progressos da geogra-
phiadurltnte o seculo actual e esboços de cartas e mapyas
com o traçado dos itinerarios seguidos, acoiiipanhados de
uma succinta noticiados descobrimentos feitos no decurso
das viagens descriptas e dos movinientos economicos e
commercines, a que ellas deram origem. Pedia pois um
indice bibliographico das principaes publicações relativas
fa sciencias geographicas realizadas no paiz, que se flzer
reprezenbr no congressso. Em circular anterior eram
400 REVISTA TRlM ENShL DO lPISTITYT(? HISTORICO

con~iilailosos prczidantes (Ia9 sonied~descle ~ ~ o y r a p h i ~


do mnnrin para tnmnrcm pnrte no refclricln conzrpsso, rlan-
itn-111~s
nnt~ciparlanienteconhecimento dos . ; ~ o z nomfis,
pronomes, prrtlicnnieiitor e qiin1idades.- Fc:i o 1". secrr-
tario inciiniliido de proriilencinr .

OFFERTAS

Pclnr ~ociadades (16. ~oonrnpíiifi(Ir P i t r í ~ ,R ~ r l i n


Itdi~rino o Institiito Arc~ittiiincis r ~ s p ~ r t i ~Iio/rft,i\.
n.;
I'PIo centro ltihlio~rnpliicnviil~:~risntloro i i l t i m o
f~sciriilrj(ln J ~ I > I + ~ s !,\'ttl-~~ttt+rit-m
/I
Pelo Sr. AIciile5 Catao da, Ilci rado o n . 1i (1%
siia I?ri+istndo EII.*IHO (Oiirn-I'r~tc
1)a.: nrnrlei~ii~i s ele sriencin de. 1-ienna r! rle 3liinicli
R% P11RS Iriruinorin.c.
IJc>l:tsr ~ s p ~iicn5 t redi~cjnps: Dinrío T'npir lnr (%o
P ~ L L IcJornt~l~ O ) (I11 I~t*rifv,1 , ~ alrt)~ ~ ~ ,,~ ~ l
~ (~* ~ r~oI,, I~Iinw~rnrli
E s ~ 1 i ~ - i t o - . ~ ' ~ r 1I'rnv~ur~n
j t + ~ t 1 ~ ~ ~(10~ , J . ' ~ ~ I I I . I ~ O (-',IY~I-
-,~Q~~!O,
C I ) V ~ I ~ , ,P f l f r m , Ij~1pr~71 w, LYo~ttq~~tr .lfojirlt J < ' f o t { ~,111
a

+qttflt? f l ~ ! t , f i 11a n//il?t~ft.qn (10 Jt'io t11- . h ~ t t t , i ~ , ~ .

Tratando-se em seguida da cunhagem das medalhas


commemorativas da extinção do elemento servil no im-
perio, d&o Sr. consellieiro Alencar Araripe explicaçiies-
que satisfazem aos Sra. prezidente, 1". secretario, Dr.
Sacramento Blake e Henrique Rãffard, que tomaram parte
na discussão.
Insistindo por escripto o Sr. 1". tenente Garcez Palha
pela]exoiieriiçlo, qrie pedira, de membro da conimissáo
siil)sidinria, de traballios geograpliicos, o Sr. prezitlente o
dispeiisa dit couiuiiss51~até iilterior tleliberaçiio da
usseublén geral.
O Sr. L)r. Piiilieiro do Caiupos offerece o iiainero da
Unzetn da Tarde (10 (lia 26 de Abril, contendo apon-
tamentos aproveitaveis para a biographia do finado
conmcio e yrofuiido historiador nacional João Francisco
Lisbba.
O Sr. prezidente aprezenta a indicação seguinte,
assignada por elle e pelos socios prezentes B sessáo: Pro-
pomos o seguinte :
A nossa primeira sessão ordinariis do mez de Julho
proximo futuro ser8 celebrada na quinta-feira 4 d'esse
mez, e não na sexta-feira seguinte, por ser aquelie dia o
do centeiiario da morte de Claiidio llanuel da Costa, a
quem i i Arcadia de Roma chamou Clalrceste Sattimzio, os
posterol deram a qiialificaqáo de Jlr,tnsfasio b1-atilez'ro, e o
destino t«i,nou o priineiro martir tlit libertlsde nacional,
pondo eni seos labios o lemiiin--4rlt liherta.~azc t uihil !
-que 15 o iiosso bordo : In11cy1e~ldcnci1-tocc wnorte.
Ditpois do expediente e da priiueirn part,e da ordem
do dia se1.H. a segundii parte consagrada B çoinniemoi~lição
d o centeii:ii.io do iniirtir da patria.
Iniciaila a conimemoraçiio por lima alocnção do pre-
zidente, seguir-se-ão as demais leitrirss :
1. " I'elo 3". vice-prezitlente, director (10 arcliivo
piiblico, tlo appenso n. 4 á Devassa, a cliie se procedeu na
capitania tle Minas-Geraes, do auto do corpo de delicto,
e da sentença da alcadis na parte qiie se refere ao poeta ;
2." I'clos socios que se iuscreverem, das siias com-
poziç6es eiii proza oii verso;
3". Pelos socios, que não se inscreverem para lei-
turas propi ias, de iinia ori mais poezias do poeta, segundo
a sua escollia ;
4." Pelo orador, do seo elogio Iiistorico.
Todos estes traballios oii escriptos, qiier sejam
lidos, quer 1150, por falta de tempo, serão iiupressos e
formar50 pit~t.e(10 nrimero I V do tomo eni \ia da publi-
caç8o d a iiossa Revista Trirn~nstrl,qiie alem tl'elles s6-
mente conterir as act.as das sessfies oidiiiarias e da sessão
magna, segiiids das peças officiaes qiie llie s,;.o peculiares.
A sessáo será uiotlesta, izeiita tle toilii ir cor po-
litica, e o saltlo franqueado aos convidados dos socios e
da'meaa, sciido o numero dos convites limitado á lotação
d" Ma.
si P. 11, vou.. 1-11
;I d ~ s p e z xqnP se tiver dr fazer ser5 n nienor poci-
sirel, ticaiido autoi-izncln n tliezoiireirn a c l ~ ~ p e n d xti. ei
a quantia tfr P P I I mil
~ ~'Gis.
Snln ilnq L P S S ~ P S ilo Institnto Histnrico em ? i ; dc
?\bril ile I++>. .Tnnt!ltijn ATnrb,s,-to,Ir .\oir?n ,\;li-n . T * i ~ r o n r ? r
clc Ui~nitrqlrrirrIi'olia?~. I f n r N n ífi~rricrr>dr Jrt117n. ,Í.E q i d ' n
G R ? ~ cI'rrj11~.
P~ T. 11l f , ~ ~ c-(I~mr r ~ p ,707;
. J,?I I? .,I ?,,v.
T Jizrtrdo f ' j ~ ~ l w i r o Co)trpo*. d t t t ~ ~ t ~l ~t l or t o v t t t ,.4/!
~ P*
do ,\'rcn.nmrn t n Blill;t.. .&?i; .L rf*rn,lth.f. Trt.rovn 171. Jf+,lrn.
Bnmo iir Cripntlr~nn.I I t ~ ~ I?ntih~rl.
~ri

r'. PARTE DA ORDEM DO DI.4


O Sr. BaiZn de Capanema lê umR nota siia, sol1 o t i -
til10 QttesfGrr n rstiic?n). ein s o I t t ~ ( i onnq pr-ilicipio: [Jn~ i n c ~ n
Aiqlorin, dirigida nRo SI'I ao Instituto com,) :E todos o<
estndiozos da. coiizn.; patrins, relnt i u ~ as duvida.; tine tPi11
sobre rt expe?iq;io do celchre n r l ~lnwtnrlo -1l~rii'o ? í n n ~ s
Cabeza de T+H~:CB pelo t ci.i-itoriri rnrnprelienili~lc~ entre ,i
Irriirissii e n I1riigiia7, psrtinili} cle Santa Catlinriii~, em
ho>itli t rnc e ~ ~ p e d i i : i aritci.iiii
i~s
K5o hri~rnrlnnaila i i i i i i ~ri t i
zideii tc n sess;io.
Dr. Jozé Alexandre Teixeira de Ncllo,
2'. secretario siipplcnle

6.' SESSÃO ORDINARIA EM 10 DE MAIO


DE 1889
tlnclor Jonqnim hTwberto de
Prezir1r)zcia tlo c-o~)i~)ie~l
~ ~ o l t ziYill!a
a
A's lioriis c10 costiime, prezentes os Srs. commenda-
dor Joaquim Norberto de Souza Silva, conselheiros
Olegario Herculano de Aquino e Castro, Alencar Araripe
e Visconde de Beaiireyaire Rolian, Baráo de Capane-
ma, Barão de Niraiida Reis, Drs. João Severiano da
Fonseca, Cezar Marques, Sacramento Slake, Pinheiro de
Campos e Teixeira de Mello, capitão-tenente Garcez
Paiha, Henrique Raffard, commendador Jozé Luiz Alves
e tenente-coronel Francisco Joz6 Borges, o Sr. prezi-
dente declara aberta a sessilo . Na auzencia do Sr. Baráo
Homem de AIello, serve o Sr. Dr. João Severiano da
Fonseca de 1".secretario, e o secretario adjunto Teixeira .
de Mello como 2 0 . secretario i0 a acta (ia iiltima sessAo,
qne 4 approvada .
Em seguida o S i . preziileiite coinmiiiiica nos se-
qnintes teruios ao 1n:titiito o falecimento do consocio
Bartio de Mariliti :
u SENHORES !-NO dia 3 (l'este mez perdeo o nosso
Institiito mais um de seos illiistres socios. O consellieiro
João Wilkens de Xatos, Baráo de MaruiA, deixou de per-
tencer ao numero dos vivos e sua perda foi geralmente
sentida. Era iim dos mais sinceros caracteres da nossa
sociedade; votado em extremo grtio da virtude de fazer
bem. Servio altos e lionrozos cargos. Foi prezidente do
Amazonas, e da provincia do Ceara. Occupou uma cadeira
na camara dos deputados eleito pela prorincia do Ama-
zonas. Esteve como coiisiil do Brazil em Caieiia e eiri
Loreto. Blereceo as honras dos suffragios do povo flumi-
nense para vereador da camara, miinicipal . Exerceo os
empregos de director geral dos ~orreiose de cliefe de
secçb da secretaria da agricultiira, em que se a1 ozentou.
Fez parte (te varias associações e coiiipanliias impor-
tantes. Foi agraciado com a commenda da ordem de
Christo de Portugal e do habito da mesma ordem (10
Brazil e com a commenda da ordem da Roza. Tinha a
patente de coronel reformado da gilarda nacional e o ti-
tulo de conselho. Era socio effectivo do nosso Instituto
desde o anno de 1875. Frequentou por algum tempo as
nossas sessões e tomoii parte em nossos trabalhos como
membro de commissões . Votou-se iiltimamcnte de todo o
coraç8o A sociedade amante da instrucçiio e como seo
prezidente prestou-lhe relevantes serviços. Peço, que se
incirn 11% nrta da prezentc sess.io n m vota í l pw1r ~ pplt
Srta. rtrrnn anzencin.
O SI-. 1 ". s~crtat,ariointerino dit conta dn swninte

Officios :
Lin wrioo Sr. sena,ilor Alfrcilo 11'Escragnoll~ Tntinay,
de 9 i10 criri cntr, coi~imiinican~lnn5o porlrr ainda com.
pirrrcer :i . ; ~ w n oilo Institiito, p m ciijns trnballios eupera
piirihm em Iirerr p n r l ~ rtoniar artivn pxrtp P para ciii?
revi-tn prepara i i m s dckcripy5n {lns iiini.; intries.;:intt3~
ciirinxicI:ir!~s(10s C n r u p o ~c;crn~q,na prorincia cin PAI-nn:'i.
Dii Dr. .Tnzi! (IP oliveira Campos, tlircctor tln !li-
bliothrca piililica dn Rltliia, de 10 I ~ PSptpruhro. rornn~l~-
nicandn t t ? ~rri:rhiílo (10 Sr. t l ~ ~ z o i l r ~conselh~iro
iro Xlpn-
csr -\ r ~p~ ~13s ifnsciculog (1% l?rr~t~ t nTrir)ti',~cn 1 , (IIIFLf . i l t ~ -
v:xm hilv11~1 I:% l ~ i l ~ l i ~ ~ t l ~ ~ ~ ~ ~ .
Do Sr. M i i i i o ~ lS. I<itieii.nCiirnrtiro, hihlinthec~rin1%
hihlintlir~capiihlicn. dn P:krnnb, de 2.7 d~ .Uiril, ricciiz4\iii1~t
o r~ccl~iiiicnti, rlc 35 voliim~.; d s ditn IZ~i.iqtn remettillii~;
f q t i ~ 1 1 : tliililintliect pelo mesmo Sr. tli~zciiirrirn(le orlt~rii
do Institato.

OFFE RTAS

D a prezidencia d a provincia d e Santa Catimrina o


Relato$o com que ao Sr. Dr. JozB Ferreira d e Mello
passou a administraç80 d a provincia ao Br . coronel Ali-
gusto Fausto d e Souza em 15 d e Fevereiro d e 1889.
Pela redacção os ns. X e XLI do 2". anno e 8'.
niimero do 3". anno d a Revista mensal do cbrb de enge-
?~ltnria.
Pelo tiirector do escriptorio de estatistic.3 geral de
Buenos-Aires, iiui eseuiplar do d11,irinir.r St~zlistiq~cc~d'a-
quelltt provincia, correspondente ao aniio de 1887.
Pela academia, pontificia de A'tto~i Lincci os seos
Atti do anno XLII, Dezembro de 1888 e Janeiro do cor-
rente anno.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 405

Pela sociedade de sciencias deNeufchate1 o tomo XVI


do seo boletim.
Pelas sociedades de geographia de Paris,Saint-Gall
(Suissa) Bordeaux e Italiana os seos boletins e re-
vistas.
Pelas respectivas redacçóes : Diario Popular, Qa-
teta da Bahia, Qazeta de Mogimirim, Jornal do Recife,
Provincia do Rio, Imprensa Constitucirma1, Qéographie
(de Paris), Nouvealt Monde, E'toile dtc Szcd e Brésâl (de
Paris) .
Passando-se B I". parte da

ORDEM DO DIA

O Sr. Dr. Cezar Miirqnes aprezerita a seguinte pro-


posta, que o Sr. prezidente declara adoptar por sua :
a Proponho,qiie seja elevado R classe de membro ho-
norario monsenlior Dr . Nauoel da Costa Honorato, nosso
consocio desde 1881, que diirante o longo intervallo de 18
annos tem justificado o honrozo coilceito,que d'elle foruiou
o nosso venerando consocio o S r . Visconde de Beaure-
paire Rohan, quando o chamou illiistrado e patriota sin-
cero, com dispoziçóes naturaes para trabalhos geogra-
phicos, sendo reforçado esse juizo pelos nossos consocios
Bariio de Capanema e Dr . Perdigiio Malheiro, de sau-
doza memoria. Julgando-o portanto muito digno d'essa
distinçtío, hoje que 6 monsenhor, protonotario apostolico,
prelado domestico de Sua Santidade, commendador por
Portugal e pela Italia, eu o proponho com toda a satis-
f w o , e estou certo, que este meo iwto ser8 apoiado pela
justiça de todos os meos consocios. Sala das sessóes em
10 de Maio de 1889. O socio honorario Dr. Cezar Augtcsto
Marques. B
Posta a votos 6 unanimemente approvada e decla-
rado socio honorario o Sr. monsenhor Manoel da Costa
Honorato.
Depois de agradecer ao Sr. prezidente a genti-
leza de ter aceitado esta proposta como sua, o mesmo
$r. Dr . Cezar Marques lê a seguinte :
u ~ I R ~ l f i r R E r ! Faz linjr nili %nno,~ I I P
$ I :IYS 0 1tr?7il
i i i t ~ inl r,ti.rriiwi~r,(11' snl it norte, pcitrl~iiJ rci por.
tnr1.r n [l.?rtc, c'oin n r n ~ ~ i i iln l ~ r~Trctriri(lsr1
z 1ci1 r l ~
~ N ~P u t q v a:r:tv~in~ntr ijnf~rmoqiia Zl.ir O 1~11-
1u.i-ailnr. 0 1n4n P n~ arronias nio ei.nm rm v,io, pnis
Stin IIncj~stiill~ fni ilesclr 7 clc AI]! i1 111. I < ? I rnnsiil~t'a~lri,
i-nni rwXn, comn o perihnr da. fiitrira fc.lici1ln11~ 41'p-t*
rsstri impiar io, R qna1 ellc teni r ~ f i l i z n ~rlc.;iI~ l o ?'i (Ir, . T ~ i l I iI
IR4ii ntil lii3ic.
T7rlizmrntv par:^ torlo, ng 11.s r l ' ~ * tt;)r.
~
mrizn rtbzi.;iii. al)~n<(~hrin por P P O ~ iiiiitn 1 i ~ mclii'~
~t~ .ln;in (IP I,,-I).
<i ~ n h i ní r i n j % ~ti..inr~z e - ~ I t I 21 i z ~ ~ t ~ ~ l l p

n noiiro rlib tnilcw nq 1)~':~zil~irn.i P ~~tr.~nctairi).i. 11 [II r3rftii

ílns rliie tral)zlliain, :i ilar;tntix dii nvilrm c I~cm-esti ' . (li!


ílun gimrnoq, n :~iIkorilit ~ ~ i . i ~ ~ ~ ~ t ~~r iI rIl P:t ~~ til niPIPY:I* , 187
o Rrnzil ao nivel rl:is nnri>es niai.; tt11i:tntailns 11,)iiiiin 10.
o 4 ~ l ) i r i ,cllie t rim cncit ncli, 3 itrlrn~rfiyio i l n ~Iiomriis nlirs
nritrtvi.is (1%ciilt.:~I-:iii'nji:i, n alto iii~~iuti-2110, cliitA n o
sxrrcicio ilc sii:t.; nrr1n:is P cspinl1ax:i.: fiiiicqnrs in 1:~s-
titticns tsni spmpre rlirtntr ( i &i ~ n jncfiqn, cliinndri - - '
illitdido por ini'orrnnqfii*~i n ~ x a i ~ t a . alsiiiic (I(
iiiinirtso-, tln iaiilai15n,clne, comn particii1:ir. i-n
rli* tntlss R< virtiidr.; (ioni~iticns,ninis ii1)i i1li:intnd:iq p " ! ~
excrlsa s~n1lnr.1, qll~C,OIII PIJP cnmp~rtilliao uiiico t l i r ~ ~ n o
nsentnílri 71% Arnrrira i 1 i 1 .;i~l.Pcrt' ttliln isto TI Sr. I!.
I'ecli-n 11 n5r1i. .;i1 rc-ppit.vln ri>nlomr~ii:tr(~-~. I' si111 p r n l -
mente estimado como pai extremozo.
Pelo pezar, que cada um de n6s sentio por longos
mezes passados entre siistos e dores, ancias e afflicq6es,
avaliamos o soffrimento geral sem distinçiio de matizes
politicos, nem de nacionalidades. E r a geral a dor, e
incessantes a Deos eram os votos, unidos aos rogos e ás
supplicas da Aiigusta Princezit Imperial e de sua virtuosa
fi/lllili~,qiie n'es.;n occaziiío náo erita regente, e sim uma
iri11,~iie x t ~t?ilic>z~, q11e C O I ~ ~ I ~ O S Grepetia
O n> oraçóes ele-
valns ao Oiiiiiipoteiite. Foi.:liii-se o. 11160s dias, nasceo
:i esperaiiq,i, e o iiial cxtiiigiii-se, e 114s tiveiiios a sa-
tisfaiqáo de ver restitiiidn i~nossa cara patiia, aos nossos
britços e aiiio iiosho ainor o venerando e sempre querido
Si.. 1). Pedro 11, graças em primeiro logar á Divina
ACTAS DAS S E S S ~ E SEM 1889 407
i*

Providencia, que não se cansa de proteger o Brazil. JB


nos templos, mais de lima vez e em diversas solemnidades
religiozas, temos elevado a nossa alma a prezença de Deos
para agradecer-lhe tão grande ventura.
Justo é, senliores, qiie paguemos tambem o nosso
tributo de gratidáo ao respeitavel cidadão, que, como
medico illustrado e talentozo, guiou pelo intrincado de-
d a l ~da inedicina o tratamento táo sensato das graves
molestias, que mortificaram o Sr. D. Pedro 11; que ligo
abandonou um só momento o seo leit<ode dôr ; que. quazi
como filho extremozissimo, se esforçou o quanto cabia em
forças humanas, de dia e de noite, sem cansar e nem des-
CfInSar, para salvar existencia táo precioza a todos, e
mni especialmente para a nossa associaçiio, que tem a
gloria de possiiil-o como seo protector .
13em 1-6 o Institiito Historico e Geograpliico, qiie
0 Sr. Conde de Mota Maia prestou singular e notavel
serviço ao Brazil, e na primeira pagina de um livro eu
escrevi,qiie por este facto os Brazileiros todos lhe deviam
offertar, cada um conforme suas posses, ain mimo como
prova de gri~tidáo. Com taes crenças eu julgo, que o In-
stituto a táo distincto e cariduzo medico deve dar uma
prova de muito apreço e de sua gratidáo, e assim pro-
ponho, qiie se llie offereça, por intermetlio de uma com-
missão, a collecção couipleta da nossa Revista Trimensal,
competentetuente encadernada, tendo na priueira pagina,
escripta pelo nosso respeitavel prezitlen te, a cauza da tal
Uiva.
Parece-me, que, si assim não pagtimos, como era
para dezejar, a nossa divida, como que a amortizhmos
d'aiguma fórma reunindo n'esta festa de corações agrade-
cidos os espiritos das nossos consocios, de saudoza me-
moria, que nos precederam desde 21 de Outubro de 1839,
e os reunimos aos sinceros votos dos que actualmente
existem para dizermos e gravarinos nas paginas da nossa
&&ta : Seja para sempre elogiado, seja para sempre
protegido por Deos o Sr. Conde de Mota Maia, pelo maior
ssrviço, que podia prestar ao Brazil, salvando, como me-
dico, da morte quazi certa Sua Magestade o Imperador.
Estou:certo, senhores, que este] requerimento ser8
apprn\?iidn wiii 1liqc11.;qiio~ p1)i.l n qiie wahn d~ 11izor eqtb
no i i i c o cii .nq7tii>.r cnccintra-se taiiilt~rn rio {IP i1i.1~tnll(t~
~ í l i pl-rzen
~i t i's.
S:;nln d:i. qwc3eí i10 Tnstitiito Hiqtorico e G~nrr-a-
pIiicn, ns nriit~t l ~1 0 (li>Ifnio tlr 1H-9. C1 %nc.iil Iinnoi.ario
Dr. Cr'zor .l i 1 q ~ 4d0f n r i l i ~ ~, r.
Sii1)inettidr~ pvlo <r. p r t ~ z i d e n tA,~ crinsi(1~rnrRodo
Tniititiitn, i: srin di\ciiw:in c 1in;ininiern~ntrnnni-i,vnilo.
:r. pr~zi11 11ntl~iic.1,~ I I P ,~ q 1 tmpt~~
Ilin-; com ivnr da ertinq.'to ZVI(I-I,~
zil e p1 (li:\ nnni vcr2.ri.i rnniiil-

:t cornnii-:iri rlur tpin ( 1 r~n t r q a r a S . Ir. o Inip+-


rstior c a S. A. 3 Pi.iricezn Imperial 0 3 1Ini.2 e ~ e i n p I . 1 1 ~ 4
íle oitrt~a esqc fini iIrctiiiniloc r i l r q i ~ n an S r . cciii~~llicir)
Olegsrin F1t~rriilniin tlr hqriiiio e C<istrn pnrn r ~ l ~ t o r
d':irynr,lla comniiu-:?13
Qiinntn 5. di.;ti*itiiii~;intl;iq mrdnlhns dc prata r
bronzr, prnpi'r o S .. cnii-i~l1ic~ii.n .ilericnr A m r i l i ~ .qiir o
Sr. preziil~ntccnii\titii:i. iiniai coiiimiai;iii c c p ~ c i a l liir:\
acoi.il:tr nas ;issociac;it~sP jirsGo 14,:írl qiinei tenlinni ella- i i t *
ser oft'arecirla~.Ciiiic.c,ttl.t-.;c. cl~poi.;(Ir nlqiinia. nlt.errn-
yccs itn Sr. IIcnriqrir R;ilf.iril, rliir f:iqn, o nipsnin Sr. ron-e-
11i~ii.nn indirn(1n i ~ ~ l , zc ~:i.:tpi.cJxrntiS
?~ na pr-iiii~ii-a sppçín.
O Sr. »i.. . I l i i n Srrrr.i.tii? 11-tFons~r,i cninmiiiiil.7,
qiie o Sr. Dr. 3Tnrl1,itlo I'~ii~tcll,tpc~Ii,i rini'c:ti.t.z, ~ n t i n
recebida, desciilpa ao Instituto de não ter comparecido
ultimamente Bs sessões ; que molestis gravissima em
pessoas de sua familia iiiotirou e continúa a inotiver m
sua anzencia.
O mesmo D r . João Severiano da Fonseca aprezenta
um officio do S r . senador Alfredo dlEscmgnolle Tanney,
d a prezente data, reinettendo o opusculo recentemente
publicado do SI..Di.. Fe1it:iaiio Pirtlieiro de Bitencourt,
ilititii~attoo r i . q r ~ ! l ilns csl,cries e .41!te)icn prcltistorica,
para servir tlo titiilo ;i SII;L ;~tIi~iiss&o ao Institiito: o mesmo
D r . Joáo S c ~ e r i ; ~ i f'oi~iiiiila
io ;ipropohta paix a siia adniis-
sao, qiie C: reiiicttida ii couiiiiis~&ocle traballios liistoricos.
São distribiiitlos nns socios prezentes exemplares
impressos da proposta feita na sessáo passada acerca d a
commemornção do cantenario da morte20 poeta mineiro
Claudio Manuel da Costa.
Pmsando-se á 2". parte. da

ORDEM DO DIA

O Sr. D r . Cezar liarques, para se defender de


accuzações infundadas de plagio, a respeito de disciirsos
que lhe têm sido assacadas n a imprensa, lê um estuao
comparativo dos diccionarios historicos e geographicos da
provincia do Espirito-Santo compostos, um pelo fale-
cido consocio Braz da Costa Riibim, e outro por elle doutor,
com a intençiío de demonstrar a como entre n6s se aprecia
o t.rabalho alheio, niio se recuando &s vezes at6 o uzo de
negms caliimnias~.
Terminada esta leitura e confronto, levanta o
Sr. prezidente a sesslo.
Dr. .Toré Alexandre Teixeirn dc Mello,
servindo tle 2.0 serretario

7 .' SESÃO ORDIXARIA EM 94 D E MAIO D E 1889.

Ab:.e-se a sessão, As 5 Iioras da noite, estando pre-


zentes os Srs. Joaquim Norberto, conselheiro Olegario
H. d9Aquino Castro, Barão Homein de Mello, Drs. João
Severiano da Fonseca e Teixeira de Mello, conrzellieircs
Alencar Araripe, Manoel Francisco Correia e Pereira de
Barros, Drs. Ceziir Marques e Luiz Cruls, capitiín de
Iragata Jozt! Candido Guilliobel, Dr. Nogueira Jaguaribe,
comrnendadores Rodrigiies de 0liveir;r e Joz6 Luiz Alves,
Dr. Francisco Ignacio Ferreira, Dr. Sacramento Blake e
Henrique Raffarù.
O 2". secretario lê a acta da sessaio antecedente, que
6 approvada ; e o Sr. prezidente a seguinte allocu~ão:
52 P. 11, TOL. LII
.ic-ras r~;\ssõssòes E M 1 9 9 41 1

Ha mais de nieio scciilo prenunciavam os fiintlirdores


da nossa nacionalidade H eutinçáo da escravidão como o
complemento necessario da nossa em;incipaçáo politica ;
o fansl qiie nos guiaria regiiros na marcha do progresso
e da civilização ; o titulo dc Iionra que faria do Brazil
uma nação livre, feliz c, respeitada.
Foi ardiia R empi eza ; longo e dolorozo o estadio
percorrido ; mas somos alfim cliegadatlos A dezejacla meta
das nossas mais jiist;~s e nobres n>pirayóes. A's negras
sombras da triste escrsvitláo siiccedei.iim as ri~t~ilantes
galas do astro, qiie illiimina um poro inteiramente livre.
Bem hajam fiqiielles que t&o alto soiiberaru elevar o
moniimento de riosas gi aiidezas naçionaes !
,A vGs, Senhor, ciijos seiitimentos de encendrado pa-
triotismo e indcfectivel amor da justiya e dit humanidade
se mnnifestarniii senipre fitvorareis B çaiiza saciosanta da
liberdade, cabe a iiiimitiçessivel gloria de l i a ~ e iniciado
r
o generozo movimento, que, de acordo com a opinião na-
cional, veio eni b * a lioia realiziir a iiiestimavel conquista
da rclzão esclarecida sobre os deploinveis erros do pas-
sado ; a. v6s1 Senhora, a ineffavel sntisfayão de liaver as-
sellatlo coni o vosso bem loiivudo nome a liberal ieforma,
dictad'i pela religiáo, pela inoral, e pelo direito, e que
hoje constitue o mais esplendido padriio da nossa ùigni-
dade nacional.
As bençáos do Deos da igualdade, de caridade e de
amor, as cordiaes saudações e fervoroxas preces dos mi-
zeros redimidos, a estima e a veneraçáo da patria e d a
posteridade, seiáo em todo o teniyo a solemne coiisagraçh
das glorias, que i.eflectem purissimas e serenas sobie a s
augnstas frontes dos beiufeitores de uma raça inteira de
opprimidos .
Senhor. quando longe da patria, h a um anno, sen-
tieis vossas forças alquebradas ao pezo de cruel infermi-
dade qiie vos affiigia, e a todos nbs profundamente ma-
goava, transponilo os mares, os envihmos a feliz nova,
que com tanto jubilo acolhestes, de que reinaveis j& sobre
uma nação em que todos os vossos siibditos eram tambem
vossos concidadiios.
m:i,is ardente rntns.niie a D ~ n rsi x a
S5n Iic!jr iiíis<c~s
#,r-!(1. f i i b:ist aiit i (:P ~'os<'list r ~ t i -
r ne~i~ra ntn prnzr 'eqt z pnt ria. qua
R i i cni:i, D r03 clei iinl t p n í l ~dpill-
~
c:uin rnilos ns rsiorçiis. tndos ns srrec.ros cle TOS-R il\ll~-
trntlri int~llirencixe magnariimo criraq50.
,4ssi111 1)rwtanInst i tiltn suas respeitozas hoinena~~ris
,Z \'nss:r Jra:est:irlc c h qiirt Alteza Iiiiperiril, na prini~iin
i>zcin i l i i i i Iri. Lri clc 13 cle 3laii1 tle 1 R W , q i i ~ ,
rai3.;npp ) niiititln civiliza~ln,cl~c1:irniip:rr~

t estinimt: citlFto na Frnzil.


a, qual S . ,, Ini~irriidor diznon-se de rpepnn-
der : A ~ I . ~ I ~~llilito P C O30 Iristitllto ; e riacia mais (Iirn,
pni-qire o Irirtiti110 liriii sab?, qiie eu soti torlo t l ' ~ I l ~ . w
O Sr. pi rxiilt~ntetlcclnra, qna n Jnstitntn n i i r p rc-
~ p r p n t ee CAIIH n in:iic: ri:.»f'iindn rccnnli~ciniento pnln-
vras tln sohri...no, nq qliarç, s ~ n t l nniaiq iimn rt3velac;ío i i n
sro rlrvnt~~incnti~ c enti:inliado nmor ao Jnstitrito. 4,)
t;iml.~~rn nm;i nfiii.niaiirrrt ~ l erliic ci Instituto n>n tt'ni (I(*-
rn~iecidntlo i ~ i nltn i aprryo, E a mnior P a m a i s sienili-
cativa recclmprn-:i ROR nossos eifor(;o~pm 1)11<cn1rn0~ rnr-
r~.ipnnt?ci.COIII O fr:lh~1110 i1 ~ s s l ~ e q p ~ rpr»tecc,;in. inl tocln
oriririarl:~no iIr~rc.l:iilo e inrscilcli~el ciiltn A ~rirncia,
pnr pii Tiii~i~rntlor.E q i i ~pnlnvrns t:io s i ~ n i f i c . i -
tiras e ( 1 7 i l11~1
~ ri 50 perdnrar rnl leti as t l ~niirn
nos ani,,, . .,.. Iii\iitiito, cninn intlt.li~rei.;fic cni nnG cci1.1.
çóes dos seos associados.
Em seguitla o mesmo S r . prezidente, annanciando a
morte do socio cor1espondente estrangeiro, conselheiro
Antonio JozE Viale, lê RS seguintes palavras : Senhores,
noticias recebidas de Lisboa nos tronxeram a triste nova
do falecimento do nosso coiisocio e emerito literato, o
conselheiro Antonio Jozé Viale, de quem tanto realce
collierain a?: letras portiiguezas. Amava silicera e en-
tliiiziahticaiiic~iitro Brazil, como se vê dos seos e>c.riptos ;
e ruiiitob Uinzileiros, trprzar da distancia interposta pelo
oceano, o coii~iilt:iv:in~conio iim dc s iiiais prestigiozos
mesties da linriin comruiiui aos dois po\.os, dos dois
hemispliericis . E i i ~socio correspondente desde o anno de
188.5. I'eqo ao Institiito, qiie se insira, na acta d e hoje
ACT.4S DAS SESSÕES EM 1889 413

um voto de mnito pezar pelo seo desapparecimento d'este


mundo, onde seo nome fica gravado nas suas obras. rn
O Sr. 1". secretario aprezenta o seguinte

EXPEDIENTE

Officios :
Dos socios os Srs. Visconde de Beaiirepdre Rolian
e Moreira de Azevedo, cornmuriicando náo pùdereni por
infermos comparecer á sessão. O Sr. iiloreira d'Azevedo,
no mesmo officio, accuza a remessa tle varias propostas,
que estão em seo poder para, como relator da commissão
de Iiistoria, dar parecer; e offerece diias obras, uma,
Empire clu Brésil, de J . J . E . Roy, e oiitra, um volume
das poezias de Castro Alves, notavel por trazer, autografa,
uma dedicatoria do poeta. E do Sr. coronel Augusto
Fansto de Souza, remettendo em nome do autor, o
Sr. Evaristo Aífonso de Castro, um volume impresso,
inti tultrdo fiticia desm'ptiva da rqião ~nission eira na
provirlcia do Rio-Brande do Sirl.

OFFERTAS

Pelo Sr. coronel Francisco Rafael de Mel10 Rego


Roteiro e noticias da expediçao da coninlisssão allelitan em
1887 6.9 cabeceiras do Xingíc, pelo alferes de infantaria
Luiz Perrot ; pela secretaria da crtmarcb dos deputados o
Relatorio e sinopse dos seos traballios no anno de 1888 ;
pelo imperial observatorio, centro vulgarisador, e socie-
dade de geograpliia de Tours, siias revistas ; pela real
academia de historia de Madrid e sociedade adriatica
de sciencias natiiraes, em Trieste, os seos boletins;
pelas respectivas redacçóes os jornaes seguintes : Brésil,
G%ographie, e Noveart-Monde, de Pitriz, Moicvement
géogrnphiqtte, de Bruxellas, Ií)tnligração, E'toile dtc ,S'ftd
e o Boletim da alfandega do Rio de Janeiro, Espirito-
Santense e Caxoeirano, Provincia do Espirito-Santo, todos
do Espiiito-Santo, Lihernl ~Uineiroe Baepetdiano, de
Ninas, Qazeta tfe Moginrirint, Gazeta da Bahia, J m a l
do Rrrifi, i ' i ~ i p w n ~ n ,rlt? '1'11~iexinm, Rccpiqrirlnr-, 40s
Açnrcs, r n Ir'(,t.ls!rc. 7'1'ezr. (7c .Ilnin, n. 7 , 2 ' . :%iinii.ii'~sta
c i t l ~ d r ;pr.10 Sr. rJeoiinrrlri Cssti-o L r i f i p t t e 11 't.1, o A\s~il

~ ~ o r * r l ~ ~ tttniiwrsnl
i l « ~ ~ i o pol-fir,~trc~z
; i? pilo S r . Hviiry. t 1.t.z
nirrln.lIias, iimn de pixtli, ílc11ic:ail:tp r ~ l ncirlarle 110 1'~irtli :i
D. .Tosi-I, priiir:i po reRrnt.e ilc! Portiiqnl, oii tr.:i rlr pi-nt R,
ciitnnit*mcii.atir~idn c;~z:i.iiicn t,n tle D. .\!;\ri:\ Iz:tli~I,l i ! ii:i
d'eatr priricipe, cnin Eierii:iii30tin 1:sp:inlia. e n tri.<.Pir-:i,
de criiire, R D. Peilro TV P -I ) . J- J R I . ~ ; ~11. cni~iri~t~ii~c~:-;i~ivi~
d:is c:iiiipniilin:: diiflr, de 193; a I s : ; 4 .
O mesm'i L hci'etqrio 16 a seziiinti prnpostn:
Propomos para mcrnbro rnrreqpond~nte(to Tnrt iiiitri
ic0 c (;Po~rapliicn Rra7ilci1-o o Sr. I l ~ r ~ l ' i s.lItlili-o
tn
itro, rezi(leiit~no I?i»-C:rrtnde d o Siil. P niitnr (1%

Ji'io-Grnnflr d o ~ ~ ' i iinpr ~ I , c l ~ tia,


a ci(ln(lr dn, Criiz .\Ir I , t1
rliic ritferer~iim vr~liirni~cninii tit,iiln p - i i . ; ~S U I ,~(ltiii<
-,o.
l l i n tlr .!nnriro 2 1 dr Jlnin r l 1~ ~ ~ - l9r t q.t i s t n J ' i s i - I , '-
~ + ' o i t r n . l : f ~ l - ~ iIo ~ ~ ~ I,!rI ~-1f64rO.
I I I .70birt SP1.1 I-! 7 1 ? 0
I'Oll~ccn.
E' remettidii 5 coiniiiiss9n siilisidixritb de gcn:i.apliio
Ci Sr. Dr. C ~ z n r Jlarqiiea pwle infi>rnini;ncsP(II)I*F o
fim qne levaram tt.; proposta; f~itas,li i ~ P J I I I ~ tOt . him
assim os trri tialhcis qiie nrirclz?ntnrrrni o.; cstntl irlxto~
m:tjlii'cs .To50 \'icente T,ritt! i10 C,t.trii c, (=onici S t ~ t 4 1 .
O Sr. Dr. Sacramento Blake communiw, que agora
mesmo acaba de receber do S r . Moreira de Azevedo ai-
guinas obras, que estavam em seo poder para sqem por
elle julgadas, bem como as respectivas propostas, sem os
pareceres: são ellas dos seiihores major Jogo Vicente
Leite de Castro, hoje teneute-coronel, 1". tenente da
armada Antonio Alves da Cãniara, JoBo Carlos d e Souza
Ferreira e Clovis Laiiiarre.
O Cr. yrezitleiite designa o Sr. Dr. S~ci.aiuento
13lake para relator .
O Sr. .Joz& Liiiz Alves lê o relatorio cla commissão
cle fundos e orçamento sobre o balanço do anuo yroximo
findo, dando por boas as contas prestadas. E' approvado
sem discussão.
ACTAS DAS S E S S ~ E S EM 188!9 415
O Sr. conselheiro Alencar Araripe siibmette A con-
sideraçáo da caza a relação das pessoas a quem devem ser
distribuidas as medalhas commemorativas da lei de 13 de
Maio de 1888, mandadas cunhar pelo Instituto.
O 2". secretario, chama a attenção do Instituto para
os muitos e relevantes serviços a elle prestados pelo socio
correspondente o Sr. Antonio Borges de Sampaio, de
Uberaba, e propóe, que a elle seja conferido uina das
medalhas de prata não sómente como prova de reconheci-
mento e gratidão, mas tambein como um incentivo, ao
ficar publico que o Instituto sabe ser reconhecido a quem
por elle se esforça. E' approvada.
O Sr. commendador .Jaze Luiz Alves requer, q u e seja
de onro a medalha destinada ao chefe da, clirist.andade,
Sua S ~ n t i d a d eo papa ; offerecendo-se para mandal-a
cunhar a expensas suas e do nosso consocio o Sr. com-
mendador Rodrigiies de Oliveira. Sendo porem informado
que o cunho respectivo jA foi inutilizado, e que um novo
com difficuldade sahirA igual ao primeiro, retira sua
proposta.
O Sr. Dr. Sacramento Blake, referindo-se á proposta
uitimamente approvada do Sr. Dr. Cezar Marques, rela-
tivamente ao offerecimento da Reuista Tri~ae?lsal,en-
cadernada, ao Sr. Conde daMota Maia, pede licença para
fazer sua, tambem essa proposta; e entrando em largas
consideraçóes sobre a vida e saude de S. M. o Imperador,
e acerca dos desvelos, amor e serviços por elle feitos ao
Brazil, dos quaes o menor 6 ter sido o primeiro e unico
Brazileiro, que o Fez conhecido n a Europa, propõe, que em
signal de gratidão o Instituto ~iomêeseos membros hono-
rarios os medicos, que conseguiram salvar e restituir ao
Brazil o seo mais caro penhor, o Sr. D. Pedro 11.
Requerido o adiamento da proposta, B approvado. E
nada havendo a tratar, levanta-se a sessão As 9 114 da
noite.
Dr . João Severiano d a Fonseca
2.0 secretario interino.
h's 1ini.n.sr10 cnatiiiiip. nhre-sr! R sps<ir), ~sti.n(lt3pre-
%entesos SI'S. .Toaqc~iii~ Sib~.l)~*rt.n. T?.~rio111111ienl ~ I P\Ib>lln,
Drs. ,105,n Spreri;t~ln ~ L LI:on:tbtt:i. 'l'ilist*it,:~I ~ P J [ t > l l , a ,
C:RZRI' > T : I T ~ U P U . i::~n~e\liflii-~? .llii!~c.~r- l ! - ; ~ r i pr?:11,3o
~, (I?
JTirnii;l,i l:ci<. t,o:irnt,c'-corntiel F'ranci.;(-ri .Toíís I? li.i.,.c,
T)r. Pit~lit!i~.t~ de C : I ~ I I ~c o~nI~~~,n f ? n ~ l.Tozíu
: i ~ l ~1,niz
> r .!18s.px,
Tir. Sw:r:~m~ritn Fii:il;r r Hen~.iilrie? .O 2". .;t~~*.-c~t.it.iii
R~tt';~i.tl
i ~ i t , e r i l(.;i
~ ~ o:LI:~F -07:)111,
c n n ~IIIIIX niwli f i c \!P,ICIP
Aiari t i l ? .
0 4 SI.$. \'i;cotiire I I P I ~ P . R I I I ' ~ ~ R I I1(iui:ln
'P. C ~0n:idni.
Alfrcrlo rl' J*:~c-a~riiil li? 'll;iiiii!~y I ~ SII:I
I fi~ltai
sess,50 (1e I ~ I I , ~p Ie?~, l i n ~wlt ~p ~tliqr in 1s li'.?f;izr!- 3
irit.ur;i (Ir i111t scho t r ; i l ) . ~ l l i lr1.r
i prc ~<:I,I.
O Sr. T~br.,\liii.iairn (te :2ze\-ectn i.er1ictt.c 1,217 ser iin-
presso iirn :rrtigo i.i.I:~.tiion,n criiteiiario i I i ? ('lnii~li~i J1:i-
nncl dti. Criata .
C) Sr. 1 " . sncret.nrin li* of'lir-.ins c10 pi.~ziilirit.e?ilo Rio-
Grande iIn Sril, i.eiiii~tti~riiln;i,.fbrn e ~-i'lrrforioc10 circ*-
1irezií1ent.t~ 1i%1*!io{ir S i i i t . . i 'i'ei:l:i, an pwst~.r-ilio:I :~iimi-
!iistra<F~o,e :L voi11 i 1 1 : ~;I 11ri11:L 1 sw-?~n
b. . 1~zi-I:t-
tura proriiicial, em 1 de Março iiltiino ; do Srs. socios
Jozé Caiidido Guillobel e Moreira de Azevedo remettendo
os pareceres das couiuiissóes de historia e geograpliia sobre
os trabdhos para a adinissão dos Srs. major, Iioje tenente-
coronel, Jogo Viceiite Leite de Castro, Dr. Feliciano
Pinheiro de Bitencort, Bazilio de Carvalho Daemon e
Evaristo Affonso de Czstro,parecereaque adiante constam
d'estit actrt .
Si:)nl~rezeiitnili~s a9 Inst.itiit,) as srgiiiiit,eu

Pelo Si.. Yivieii tle S;tint Jlartiii o iY~r~vecitDiction-


t
itaire d e geog~.nljhie tc~tir~ereclle;pelo editor A' 3f~1not-ia
ACTAS DAS S E S S ~ E SE M 1889 417

d e Vktw Hiigo, homenagem da procincia do Paraná, e


pelas redacçóes respectivas : Al~nnnack do rnanicipio
taeutro, de Laemmert, para 1889, boletins das sociedades a
de geographia de Bordeos e de Giésen e da de estudos
indo-sinicos de Saigon ; do club naval, do observatorio
imperial, o Liberal Mztt eiro, RetGsta IUarititna, Consti-
tlaeional, Jornal do Recije, Caxoeiratto, Espirito-Suntense,
Gazeta de Mogiatirir~l, Ensaio Jiwenil, Provincia do
Rw de Janeiro e 5nprensa. E o mesina 1". secretario
communica, que expediram-se prograrnmas para a cele-
braça0 do c.en~enariode Claildio Manoel aos seguintes
jornaes : Provincia de Mi~ias,U~tirío, Liberal Xineiro,
fina9 Altiva,de Ouro-Preto, Yltarol, Diano de Noticias e
Gazeta da Tarde, de Juiz deF6ra, Afonitor Sul-Mineiro,
da Campanha, Gazeta de Ul~eraba e Uberabense, de Ube-
raba, Gazeta Mineira e dratcto de iliinas, de Sso-João
d'El-rei, Leopolditimse e Irradiaç(io da Leopoldina. Sete
de Setenrbro, tle Dinmantina, Fdllra de LUinas, de Cata-
g a z e s , Nitnicipio, de Siio Jozé de Alem-Pitrahiba, e
Gazeta de Passos, de Passos.
O Sr. consellieiro Blencar Araripe consulta o In-
stituto sobre o pedido do medico Dr. I'aiilo Shrenreizh, de
uma collecç80 da Revista Triwaensal. E' concedida.
O Sr. commendador Jozé Liiiz hlves justifica a
auzencia do socio O Si.. bispo do Para, que allega n&o
b r comparecido por incouimodos graves de saude, pro-
mettendo vir na l'. sessíbo. E tratando-se de medalhau
para Sua Santidade o papa, o Instituto rezolve, que seja
-de ouro, como a do chefe do estado.
O Sr. Dr. Teixeira de Mello lembra A commissão de
admissão de socios o parecer relativo ao Dr. Felisbello
Firmo de Oliveira Freire, medica, natural da Serpige,
proposto desde o anno passado. O Sr. Dr. Cezar Marques
aprezenta os seguinte requerimentos :
1". Qtiazi que nlo se passa iiiua s6 sessáo, sein que o
o nosso illustrado prezidente nos participe, que foi ti-
d o da commiinh&o dos vivos uin dos nossos consocios,
q u i , nas provincias e na Europa. Vai assim diminiiindo
o numero dos nossos conipanheiros,deixando-nossbs n'esta
Uda, e legando-nos muitas saiidades. Poucos silo os que
53 P. 1% T3L. LI1
ACTAS DAS SI.:SS~ES EJI 1889 419

obra acha-se publicada no 50". volume da Rez~ista Tri-


mensal, paginas 197 a 266 da parte 2.", abrangendo ;r
letra A., e 6 bastante conhecida (to Instituto. Essa pu-
blir,a@o, feita nas columnas da nossa revista jB de-
monstra, que está reconhecido o merito da obra; entre-
tanto a comniise80 cle trabalhos historicos dir8 sempre,
que um livro em que se registram tantos combates e actos
de heroismo praticados pelos exercitou alliados, e em que
descrevem os lugares, que se tornaram notaveis nas me-
moraveis liitas, que o Ercizil foi obrigado a sustentar, e
de incontestavel valor para a historía e geographia patria.
Escripta em vista de documeiitos officiaes e por quem
testimnnhou os factos narrados, percorrendo os lugares
mencionados, si nlto completa a Iiistoria da guerra de
mais gigantescas proporçóes dia America meridional,
fornece seni duvida os melliores e mais seguros dados
a quem tiver de completal-a. A obra do major Leite de
Castro merece por tanto o acolhimento, que o Insti-
tuto deo-lhe, e seo autor o titulo que aspira.
Rio de Janeiro 1de Junho de 1889.Arcgttsto Victorino
dlves do Sacratnento Blake. D r . Jlanoel Dtrarte Jforeivn
de Azebedo.
2". A commissáio de trabalhos historicos do Instituto
Historico e Geogiapliioo Brazileiro vem d ~ seo r parecer
acerca do livro apiezentado para admissão, como socio
co; respondente, do major Bazilio Carvallio Daemon,
nascido e rezidente na provincia do Espirito Santo. PPO-
vincia do Espirito Santo, sita descoberta, histmia cltrono-
logica, sinopsis e estatktica, 6 o titulo d'esse livro, publi-
cado na cidade da Victoria em 1880, de 513 pags. in 4",
dividido em trez partes e offerecidoa S. M. o Imperador.
Na primeira parte, estudos sobre o descobrinzento da
provincia, dA o autor noticia de todoe os navegadores, que
descobriram ou aportaram em terras do Brazil desde
Pedro Alvares Cabra1 eiii 1500, e conclue, que foi Chris-
tovam Jacqiies, qiiem, sahindo de Lisboa a 10 de Junho
de 1503 com ordem expressa do rei de Portugal para
explorar as costas do Brazil, primeiro fez o reconheci-
mento da provincia de 4 a 8 de Julho do anno seguinte,
de 1504, apartando em muitaa paragens, onde collocou
dmnq iiizrcos, s~nclriiuipossii~t.1(diz rlle) qne 5 ristz do
rin Sln-Jlatlieos, Rio-Dcice, rio Sxntn Criiz, halri,~ 11I
c i d a i l ~rln \'irtoris,4~iinrap:irini,rio Rt>nerent~,Itnp~iiiirii?
e rio Itnh-ipoana, n5o l l i ~clicim:is~~ n attcnq3o p a r i pnntn.
t5o salirnteq nn comrnis4o,íl~qiir se R C ~ R V Ren~arr~-'~#adri.
STLOiliividn o rnq11rRnzilio Paemon, q i i ~p o ~ t ~ r i w -
i n ~ n t eO I I ~ , Inarcya~lorcs
.«~ l o(:nwrn a cssz costa. P q n p
tamhem a d e ~ ~ r e v e s s c nparai n, p1;tnejscIa capi tanix r ! < !
Rsyiirito Santo, dadn n, T ~ ~Fei.nanrl~s c o Cniit!nliii ; rnw
~f'firmn,qiir ~ l l i ~ i tarde
to foi rlln exlilnrnila, s ~ n ~ l n
pi'iniciror e'rplni~:\dni'c.; S~hnqti;ioF e r n n n d ~ s(_'oiitinlin P
oatm.; cnmp:inlieirns, vindos r l Pnrtn-Seariro, ~ qnr na-
vcrarcini n Rio-Dnce acima, P ~xnminarnin SIIRS t n ~ ; 2 4 ,
rim P cnnflu ~ n t e 11t6, s ris E..;rndinliaq. A r w p ~ i t o(?:i qnv\fA~i,
que hqje prenccnpz ris i n v e ~ t i r n d n r ~dse nosçn I i i q t l l r i n ,
a do art iinl Poi to-Sefiirn, SI') p c r nrc : n mnji-17
Rneilio Dscmon, qiic 4 o niesrno dp9cohp 1io11 po-.
Peilrn ,4lrn,r~sCaiird.
d sequndn p.irtc do 1iv1.0,n mais v t r i i t i i i i i / ; . t . 1 7 r r f 1 ~F~ .
,Jncfnc hi-doriros dn lirnrincifr, de p a y . R 4Cy.
escripta r.lironolnqiranientc. P nhranre (latase f:ic tnq 1 1 t - f i l ~
ncles~~o\~rinientn do Es~iiritciSnnto Iiiir Cliristi~r,im.Tarqti~i
atb l ~ i 7 ~ 1 .
Fpclia-<e finnlmrnt~o l i r r - i n fnpr-
grn )i11irn. r.~tnfiatirn,mori i r n i r l i f ,~lernnnc-
trnriflo {r aiitiii', pm todo cllta, niriitn ritiicin c pnci~iioi,),1 1
portatito toriiando-se digno de ser nilinittitlo ao gr~rni11
do Instituto.
Rio de Janeiro 1 de Junho de 1889. A t v u s t o V i c t o k t o
Atues do Sacramento Blake. Dr. Manoet Dtcarte ,340reit-n
de Azevedo.
3". Para aùrnissilo doDr. Feliciano Pinheiro d e Biten-
conrt ao Institii to Historico e Geographico Brazileim como
socio corresponclente foi aprezentado o livro a Oriqenr das
cspeci1.s o .iuzo.icn preliistorica, conferencias effectuacias
na escola piib1ic.i (lii Gloria * piiblicario no Rio de Janeiro
1889.
A p1-iiiieira parte d'essa obra nada tem com a historia
do Brazil ; mas A de alto valor scientifico, e 96 por ella
vê-se, que seo autor está habilitado a ser um excellente
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 42 1

auxiliar nos nossos trabalhos. Sendo natural, conio elle


diz, que c, homem dezeje conhecer sua origem, seos ante-
passados, a iipoca de sua apparição sobre a terra, assim
como o ponto ou pontos em que appareceo, começa o
Dr. Pinheiro de Bitencourt a estudar essas questões e
declara-se francamente poligenista e sectario da theoria
dos centros multiplos de creaçao.
'
Tratando-se da antiguidade do homem sobre a terra,
diz elle,que B dogma scientifico ter o homem vivido no pe-
riodo qnaterntrrio ou glacial, anterior ao actnal; que
bsth mais que demonstrado ter sido elle contemporaneo do
elefante primitivo (mammouth), do rhinocerente, do
urso das cavernas, da hiena fossil etc. ; que não se p6de
contestar no seculo actual o facto de haver elle lutado
com esses animaes e tel-os vencido com o auxilio de seos
rudes instrumentos de pedra lascada. Em seguida occu-
pa-se do darwinismo ou transformismo em duas confe-
rencias e passa a tratar da America prehistorica e de
outros assumptos, que pertencem B nossa historia, como
dos aborigenes da America ; dos mound-builders, de sua
ceramica, sua religiãoe templos; dos sacrificios devictimas
humanas ; da cremaçao dos cadaveres ; das explorações de
minas de cobre e sistema de canaes, com que procuravam
elles facilitar suas communicações.
Desenvolvendo suas observacfies acerca da antigui-
dade do homem sobre a teira,o Dr. Pinheiro de Bitencourt
faz detalhada menção dos trabalhos do naturalista dina-
marqnez, Dr. Pedro Lund, nosso consocio, falecido em
Maio de 1880, que tão incansavel foi no estudo das
i iquezas naturaes do Brazi1,como nas arduas investigações
de paleontologia brazileira, iuvestigações, a que foi o
mesmo nosso consocio o primeiro no Brazil a dar-se.
A commissão de trabalhos historicos t5 de parecer,
que seja o Dr. Pinlieiro de Bitencourt admittido ao gremio
do Instituto.
Rio de Janeiro 1 de Junho de 1889. Argusto Victo-
risto Alves do Samarnertto Blake. Dr . Manoel Duarte
Moreira de Azevedo.
4." A obra,que tem por titulo Noticia descriptiva dare-
gido rniwioneira Na provincia do Rio-Grande do Sul pelo
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 423

O Sr. Cezx Marques lê uiii pequeno trabalho intitu-


lado : Porqi~epor longos anltos esteve em co~zft~züo
o nome
do Maranhdo, sendo por )niiito tempo conhecido por tal o
rio Amazmas.
E nada mais havendo que tratar, o Sr. prezidente
levanta a sesstlo Bs 8 311 da noite.
Dr. João Seceriano da Fonseca.
20. secretario interino.

9'. S E S ~ ORDINARIA
~O EM 21 DE JUNHO
DE 1889

P r d e n c i a do Sr. co~ntnendadorJoaquim Nwberto


de Soicza Silva
A's horas do costume, yrezentes os Srs. Joaquim
Norberto, Barão Homem de Mello, Drs. Jogo Severiano
da Fonseca, Teixeira de Mello, Cezar Marques, senador
Manoel Francisco Corrêa, Barao de Capanema, commen-
dador Jozé Luiz Alves, Pinheiro de Campos e Henrique
Raffard, abre-se a sessão. O 2 O . secretario lê a acta da
sessão antecedente, que é approvada. O Sr. 1". secretario
dB conta do seguinte :
EXPEDIENTE
Officios :
Do socio tenente-coronel Antonio Borges de Sampaio,
enviando o manuscripto Apontaínentos qwe jlctttramente
podem servir para a historia da ~ecentecidade e ~nunicipio
do Ftolchal da co~narcade Uheraba, provincia de Minas-
Qerms ; do director da bibliotheca nacional, agradecendo,
o exemplar da medalha de bronze comniemorativa da lei
de 13 de Maio do anno passado, com que o Instituto
distingui0 a bibliotheca, e enviando um exemplar do
fasciculo I vol. XIIIdos Annaes da bibliotheca, e bem assim
nm exemplar de ritdn iinia tlns (liias e d i ç n ~ st*cp~cines
cxtraliiflns íln nicsirio faacicnli) a roliime ; do sníxio lbr.
J l n r ~ i r nde Azevedo, o f f ~ r ~ c e n dao obra L'E~riprn.rlri
RrGs;!, tio .4nrl~rielLRBeaiimellr, P o primei1.o nllm~r-o
r10 jornal Trihii~in7 , i ~ i r r n l ;do pi.ezidente 110 1:io (41 ande
tio $111, ,Toaqtiim Gnldino P i m e n t ~ l c, n ~ i a n d on i-elatorio
cnm qiie o Dr. Rotli iao de Aznnibuja Yi1l:inova pnsqon !L
ndiuinictraçTio pi ovinc.i;il, em !i (?c. .-\PQF~O findo, n n Esm.
Rnt-50 cle Snntn dit 1e~aq:'torio Cliile, mini-tro
Mnnoel (IP Tilh :o, envinndopoi.pnrt~>íle D.Anllinl
I<cli~vei.ricn efe de s e c ~ : í o nn niinisterio dir
interior, ~ i i r cr i l i r i 6 111111~11:111a i Clttlr,
0r.nqrnJin P o l ~ f t c rr70
e o apuscnlo Diz.qttir/sionis ultimaiiientr pnl~licado;
secret,ai.io da academia real de sciencias, lctraç P lwllnr-
artes da Belgica, ~grnílecendoo I ".e 2". follietos do tom.
Rer~i.~in 7'1-iltlolsnl do ln d i t i t t o , e ncc~izantlo as
s qiie lhe faltani para completo (IR collecq8n ; (I;\
iecn da iinirerzitlade real da Soriiega, pni Cliris-
tianirt, r~mettcntlo;liiti??ons, Cd?tioDi,qtt.irlrl, C agrnrle-
.
cerido os folhetos 1". 2" e :4". tom. X L I V da R e r i ~ f nTri-
n !I~~~tifttto.
t n ~ i l ~ (70

Peln seriedade l i t e r n r i ~e historica de Qnebec, n 6


Canadh, suas Transatzons ; pela academia de sciencias
moraes e politicas de Madrid as suas M e m h s , tom. vi
e a Bcz~nitahistorica, anno de 1889 ; pela sociedade de
geographia de Pariz, Neiifcliatel e BordBos, pela alfan-
dega do Rio de Janeiro, pelo club naval do Rio e socie-
dade africaiia db Italia os seos boletins ; pelas ree-
pectivas redacções : Diario Popttlar, JmtaE do Recife,
Liberal iifineiro, Conititucioaal, Gazeta de Jlqgi~~tirim,
I?~iniigrnç,io,Baepel~tlict?~~, Ii~iprensn, Brfsil, n'oz(ceatt
Honde.
ACTAS DAS SESSÕES EM ]H89 4Pb

ORDEM DO DIA
1. PARTE
O Sr. 1". secretario lê o parecer da commissio de
historia e geographin sobre o trabalho aprezentado pelo
Sr. Torqiiato Xavier Monteiro Tapajoz, para sua admissho
no Instituto. E' remettido B commissho de admissho de
socios.
O Sr. Dr. Cez;tr Marques requer, que o Instituto
destine uma medalha de prata em siibstituiçho B de bronze ,
para a illma. camara municipal da ccrte, a primeira em
todo o imperio, quena prezenp de SS. MM. eAA. lI., em
dias de festas solemnes, quebrou as cadeias da escravidão
a moitos cios infelizes caytivos; e uma de honra para o Dr.
Joz6 Ferreira Nobre, creador e fundador do Liwo de
Ouro, para a inscripção de donativospara a libertação dos
escravos. O Sr. conimendador Joz6 Luiz Alves pede,
que iguril coiicerzsiio se faça ao Conde de São-Clemente,
ao Conde de Nova Friburgo, ao Conde de Araruama,
no Visconde de Quissaman e ao Visconde de Uriirahy, os
primeiros a libertarem centenas e centenas de escravos.
O Sr. 1". secretariolê a seguinte proposta:-Propomos
para membro correspondente do Instituto o Illm. Sr. Dr.
Antonio Joaquim de Macedo Soares, servindo de titulo
para ti sua admissão o seo Dicciona,-io brazileiro da lz'ngtta
portugtteza, ehtcidario ethymologzco-critico das palavras
e phrazes qtre, criginarias do Brazil, ou aqui poptclares, se
ndo encontram nos diccioliarios da li~~gtia porttrgtteza, otc
n'elles vêm com firma ou signijYcaçÜo diferente, ultima-
mente publicado pela bibliotheca nacional. Sala das sessões
em 21 de Junho de 1889. Di.. Crzar A. bfarques. Dr. João
Severiano da Fonfieca. Harão Homeni de Mello. Dr.
Teixeirade Mello. A' commissão de estudos ethnographicos
e historicos.
SEGUNDA PARTE

O Sr. Dr. Cezar Marques lê uma rectificago sobre a


noticia dada pelo consocio o Sr. coronel Aiigusto Fansto de
Sonza,sobreo obelisco de Nazareth,queomesmo consociono
PII, VOL. 111.
sro J)i {lir,.,TO.: rii-tiqon rola t i Ina 91nq rincoc?ltn t n 1 1 7 ~r711
,~ R< -
i./ctn rlri l r i ~ t i l i r f o , rlji como no .ll:ii.%nli5n7qiinn(lo 6 riri
n a l ~ n i ,no I'iirA.
S l n terictn comparecido o Sr. senador -4lfreilo
1~iioJIeTantiny, qiic ~ s t anv inscrip to para 1rittir:r
sllios, o Sr. pi'cziil~nte cn miniinic,i,, q ~ i ~antes . dz
r a sesiio, ~ C Y participar
P a n I r i s t i t n to. ~ I I PSPÇGI
, ~
c~xrrniii.rlinari:icomm~mnratiia rlo cenrennrio +Ic Clniidio
3Iann1-1 rlii Cnsta tera lrig~ii.no tlin 1tfo ~iroxininmt4z (I+.
.TolIin, nas s:ilaq do In~titiito.
0 Sr. 1". secretario tlh p n r t ~ ,que o Sr. Visconde
de Ranrcpaire Rolinn n;i n pilde comparecer por in fcrmo.
0 Sr. C R Z R ~! pi'npiie-se :L 1i.r iiiiin memoria
Iiistnric~sob o ti Jwrr ttns 710 A 1 f n ~ n t i l i t i on:i
, sessTto
segiiintc.
'1s 8 31.1 O Sr. prezidonta levanta asesalin. Ann~xos
cta \7ii~ OS reqileriinentos do Sr. D r . C'pzar 3131'-
w ? o os nipsmcis r~ni~tliiloc, A c.ciinriiis~51~ rle fnnilos
r vlLllllienfo parn intsrpGr mrrcPr.
Dr. J 5ri.rlin t7n Fo?isrrm.
1 ,rili iiil ino.

1" A illm. cnmara iniinicipsl (ln c;irte reprezento~i


prtprl s d i ~ i i t enns liitas pela lib~rtriqlndos escim-oq.
Foi ella a primeira em todo o imperio, que em pre-
zença de S. li. o imperador e da aiigosta familia im-
perial, em dia solemne de rigozijo publico, celebrou festas
solemnes, onde por eiitre galas e dares, can ticos e outras
demonstraçbes de prazer quebrou a s cadeias de muitos
infelizes prezos ao barbaro captiveiro. Foi ella a pri-
meira, que deo tiio brilhante exemplo, depois seguida por
outras camaras, e por isso merecia ser por n6s brindada,
co:ii meùnllia, não igiinl, e sim iiiuito tlistiiicta d a con-
cetlidii As oiitrns niiinicipnli(lat1es. Iiifeliziiieiite o plano.
que se~iiiiiios,privoii-lios (10 ciiiupriiiieiito d'esie acto de
i.igoroza.jiistiq,i. 1'si.n atteiiu~lO requeiro, qiie, praticaritlo
assim tini acto de p!ira,jnstiçit, s e j subistituicii~
~ u meciallia
tle bronze por iiiiia de prata. Rio 21 de Jiillio cle 1889.
Dr. Cemr Atcgclsto Jfnvqties.
2". O Instituto Historico e Geographico nko pode dis-
p8r de medalhas com certas gradações para attender ao
merito e serviços de diversos cidadãos, que luthram na
tenaz e porfiada campanha do abolicionismo . Si assim fosse
por certo que ao S r . D r . Joz6 Ferreiia Nobre nBo
seria offerecida uma simples medallia de bronze, e para
isso basta lembrarmos-nos, que foi elle o creador e o
fundador do Livro de O ~ t r o cujo
, fini foi a inscripção de
donativos para a alforria dos infelizes escravos. Quando
o Sr. Dr. Joz6 Feri-eira Nobre teve essa inspiração
divina, H luta estava muito renhida, era crime ate fal-
lar-se em liberdade, jogou elle com a s suas aspirações
politicas, creoii grande numero de inimigos, perdeo
amigos, nos campos eleitoraes soffreo renhida guerra,
cnrtio profundos desgostos, e seo coração foi ferido dolo-
rozamente até no exercicio de siia profissão de advo-
gado. Para tudo isto aclioii elle conforto em seos senti-
mentos de verdadeiro chi istão, e em sua consciencia.
Dentro de pouco tempo o 1.ivro de Ouro servio de exem-
plo para serei11 creados outros igiii~esem diversas loca-
lidades do iiiiyerio. A arvore do bem, plantada aqui
na corte, espslliou suas raizes, e produziu bons frutos
em diversas provinçias do imperio. Estava por tanto
reconhecido o valinzo serviço, que 5 cauza santa da
liberdade prestou o Sr. Dr. JOZBFerreira Nobre.
Requeiro, qiie seja substituida a medalha de bronze por
uma de prata. Rio 2 1 de Junlio de 1889. Dr. Cezai.
Attgwto Xarqnes.
Rectijcapio. Com todo o interesse, que sempre meins-
pirlim os escriptos do nosso talento20 collega o Sr. coronel
Augosto Fausto de Souza, li o seo Indice dos artigos con-
tidos nos 50 tomos da Hevista Trimensal do Instituto
Histwico em relaçiio a cada uma das provincias doimperio,
e n'elle sob o titulo Maranhho, logo n a 2" linha vi, qiic
rrhi foi considerado como pertencente a essa provincia o
obelisco da estrada de Nazareth, o qual pertence ao Parh,
como se verifica na u conta que deo da instauraçllo do
obelisco da estrada de Nazaretli ao Exm. Sr. Dr. João
Antonio de Miranda, prezidente da provincia do Parh, o
tenente-coronel Antonio Ladislho Monteiro Baena *
o mo:, s p s ~ u o i l'tqso3 s p [aousN olpnsl3 ap allom s p
o!isuaqiia:, op 01j3s.1omamirio:, s p aiimalos oIjssas e 'o:,!~
- q s ! ~oqii~!qou~o aqss orno:, 'souiy.iqa~a:,malilog n
:i ! l S 0 3 s p
laouqq o!piisl3 ap ayom s p o!.ivua$ua:, op '.io!.ia)us s!p
ou spuz!lsaJ ' ~ ~ ! ~ s ~ o m a i u r n oyssasc ~ : , y aqua.1aja.r 'orj3!z
-odxa a~u!&as s 91 aquaplza~d JS O sp!nfsas tu3
s ~ .JS olad s s p s m s p a ~
. s a n b ~ Jsza3
seQ!bg!aoa~ stamn8p a p siodap s p s a o ~ d d s c ~ ~ ~ s ~ 3 8 ~ )
me ~ s o ad tqsa sp!? .sDasuoA vp ousyaaag q o f .q.JS
op sal173 s u Jo!Jequri osssas s p s?m vp iunq!a[ s Japa3oJd
aiad om!yIn alsa su@sap a o-ssas 1, aJqs eluap!za~d
.JS o ' o l l a ~a p v+ax!a& -Ja a v.i!aa!lO ap san2!~pox
Joppuamuio:, 'saalv z!iiq ?zoy Jopspuammo:, 'oqlsa
ze;ilvs aliiauct7-o~]!rls:, ' I ' I I + ~ se~n ù ! ~ f l aL~ s a n ù ~.rz!zaa e~
..q' I I R ~ O J T a i!acia.rneaa Rir aiiiin;ls!A 'aii!.ix.ig .lcnna[y
n ~ i a r l [ a ~ t 1 0 'olla~\:
3 a[) i ri?: i ~ n 'o~.iaq.ios iu!iili
-'"C +<.I(: so ol~!3a.ii~dmo3 c !oii 'trp sv.toi1 L s , y
A C T I S DAS S E S S ~ E S EM 1889 429

angnsta prezença de S. M. o Iinperador. Não tenho


sinão palavras de louvor parti as pessoas que me auxi-
liaram, afim de que a solemnidade fisse digna da delibe-
ração a o patrioticamente tomada pelo Instituto Historico.
O noseo digno 3". vice-prezidente, o Sr. Dr. Machado
Portella,encarregou-se da c6pia de documentos historicos
existentes no archivo publico do imperio, de que B
digno director, niio comparecendo B sessão, com grande
pesar seu, por graves incommodos de pessoa de sua fa-
milia. O nosso l o . secretario supplente Dr. Teixeira de
Mello auxiliou-nos na parte literaria, fazendo extractos
das obras em que mais de qnarenta autores nacionaes e
estrangeiros se occupam com o nosso infeliz poeta, e ti-
rando cópia cle varias poesias siiiis, apenas conhecidas de
poucos amadores. O nosso consocio o Sr. Henrique Raf-
fard, com a sua invejavel actividade, prestou-nos a sua
boa coadjuvação para o ornamente do salão. O nosso
consocio o Sr. coronel Augiisto Faiisto de Souza, digno
director do arsenal de guerra, foriieceo-nos objectos ne-
cessarios para realce da festa.
O Sr. almoxarife do paço da cidade, cumprindo as
ordens de S. M. o Imperador, transniittidas pelo nosso
consocio o Sr. mordomo Visconde de Nogneira da Gama,
esmerou-se em nos fornecer tudo qiianto precizAmos do
mesmo paço. O Sr. Joz6 Maria Vieira, honrado proprie-
tario, cedeo-nos gratuitamente as plantas ornamentaeu.
Fez a leitura das peças historicas o noss3 1". se-
cretario o Sr. Rarão Homem de Mello. scipprindo a an-
zencia do Sr. Dr. Machado Portella. Abrilhantrtram a
parte literaria da cerimonia commemorativa os Srs. eon-
selheiro Alencar Araripe, Dr. Teixeira de Mello, Jogo
Severiano da Fonseca e Cezar Marques e commendador
JozB Luiz Alves. Fechou a sessão elegantemente o elogio
historico, que leo o nosso orador o Sr. senador Alfredo de
Escragnolle Tannay . Deixaram de comparecer por in-
commodo de sande os socios,que se liaviam inscripto para
leitura, os Srs. conselheiro Olegario H. dlAquino Castro
e Dr . Moreira de Azevedo.
S. M . o Imperador mostrou-se agradavelmente
satisfeito e pr.ometteo comparecer a algumas sessões
o exeniplar d'quella medalha que lhe foi offerecido ; do
socio coronel Antonio Borges de Sampaio, da cidade de
Uberaba, remettendo o manuscripto : A Mfczica em
Uberaba, 1889, B acompanhado dos estatutos das trez
corporaçóes muzicaes ali existentes actualmente e copia
de uma compozição das que se gnardam no archivo de
cada uma d'ellas.
OFYERTAS

Pela repaitiçáo hidrographica do Chile um exemplar


do Anttario Hidrografico de la Marina de Chile ; pela
academia de medicina os seos boletins e annaes ;
pelo Sr. Dr. OnsmBo Lobo o relatorio o annexos
aprezentados á rrsaemblea geral legislativa na 4.'
sessão da 20" legislatrirs pelo ministro da agriculturn
conselheiro Rodrigo Agusto da Silva; pelo Sr. Elias Lobo
mais uni exemplar da siia obra Contribtctims de Mete-
rcology ; pelas sociedade (te geographia de Madrid, Italia,
Hamburgo e Bordeaiix, os seos boletins; pela sociedade
africana de Italia em Napoles o respectivo boletim ;
pela sociedade de geographia de Toiirs e o imperial
observatorio astronomico do Rio de Janeiro as suas
revistas. Pelas redaçóes: - Jornal do Cb~i~inerçio,
Jornal do Recife, Uazetci tlc L170ticins, Gazeta da Baliia,
Diario Poptilar (São-Ptiiilo),Diario do Cor~atnercio,Diario
& Noticias, Paiz, Tribiina Liberal, Liberal Mineiro,
Constitucional, E.spirito-Santense, Gazeta de illogirnirim,
Paranh, BrGsil, Nouvenli Mondt>,Boletin da alfandega
do Rio de Janeiro e Arclrico Coiictemnporaneo.
ORDEM 110 DIA
O consocio capitão-tenente J . E. Garcez Palha
aprezenta a seguinte proposta:
u Propomos para socio correspondente d'este Insti-
tuto Historico e Geographico Rrazileiro o commendador
JozB Carlos de Carvalho, nascido no Rio de Janeiro em 2
de Setembro de 1847, condecorado com as ordens impe-
riaes do Cruzeiro, de Cliristo e da Roza do Brazil, com as
de Christo de Portugal, de Carlos I11 de Espanha, a
metl~11in rlit r ~ m p a n h i icio Para~iia!., n medalha (IP rnp-
rito militar, ex-lirimeiro-te~ientri l , arniada ~ e lnemhrn etF-
ctirn d o iiistitiito polyteclinicn Iiriizil~iin e sorin ~ P T ~ P -
nierito rln socied~df?tlr gen~rriphiado 1:io de .Tniic~irn.c1 i
prnyiagiidarn tlas liellas flrtes e do Iyceo de arte.; P nlP-
'1: autor das nnrr.if ira< tlp v i n ~ r i n5.. prnvincinq ilii
siil e dos qiiiaq tle irnmigraiit,r< p.ir.t as prorinriiis I!(.
Sqo-Prtiilo r Rio tle .Tnrieiro e cliefe (12 coinrniqsiio (li. rp.
moç5o tl i t o de Rt.niIeq0, .+rvintln o r c s p ~ c t i r orcla.
torio (Ir a d r n i ~ ~ , Çnln
~ n . cl:tc: ; P S GíPr ~ ? .Tiillio
~ (11.
I H ~ o . vr A 4 r ~ t r t pIIflr)i? ~. R n f r r d . J. E. C,rrcp?
I . ,- ,>miniss5n de trahalhn.: p o ~ i ~ p l i i v n i .
Senrln f;tvo conimis- .io siih
sidiarin íl(? tralji o (1% corunliq.;Tio
(10 itrlmissRn tic ;o S a v i 1.r Jlt~n-
. . qiic, si
teira TnpnjOs, rpqtipr o > r . ~ e n r i q n ei;:\it:irn, n i l ~

Iioitver n'iqso i n c o n r ~ n i ~ i i tsqjt ~ , a propo<tn rí~l:itir~


Aqut:lle candiclato aiil):iiettirlt lr npprornc:'tci tlo Institiito n n
prezrnt.~s~us5.11.r ) Sr. ~irexidr*tite,I erortl%ntlociiie t13ni 11.1-
vitln mnis (11. iiin p r t ~ c r t l e n n'psw
t~ ~ ~ n t i t,1slil)nlet
11 t t 3 :iPS-

crtitini,? secrptn n. prnIin~tn.Corriiln cstp. ié unnri iriiemclitt'


:rpprova,Iti sncio rorrespnndcntr rio 1 n ~itiitn t n lqr. h:\-
clilrrl Torqiiatc, S a r i c r Ilon t ~ i r o'i'~p:!iOs , V,. r i i "I. I-3rnniln
-*.A-

n'eqan i~irdirinrIap ~ l Sr. o prczitlente.


Aprezentndn n propn-ta (10 cniisocio Dr. Sacramento
Blake par;h que O Ilistitllt~ c o n t i r ~i, titil10 rir sc)ci»\
lionorarios aos notabilissimos uiedicos, que trataram de
S. M . o Imperador n a Europa e ao S r . Conde de Mota
Xaia, medico effectivo de S. M., segundo a letra do
í ~ r t .4. dos estatutos vigentes, rezolve o Instituto, que
O

4 seja ella enviada á commissão de admissão de socios.


O S r . Viscoride de Beaurepaire Rohan, em soluçib
;io officio que em data de 7 de Dezembro do anno passado,
lhe dirigira o S r . prezidente sobre o meio pratico mais
;rpropri;tilo pma se giiartlareni na devida ordeiii iiiappas
qeograpliicos, aprezeiitn o inodelo de um apparelho,
simples n u s eiigeiiliozo, qiie preenclie o dezejatlo tim, e
sobre ciijo emprego db S . Ex. algiimas explicaçdes . Esk.
inotlelo foi pelo Instituto recebido com o maior agrado e
o Sr. prezidente petle. que se lnnce lia acta um voto de
amas DAS SESSÕES EM 1889 433

agradecimento e louvor a seo auctor, digno chefe da


secç8o geographica do Instituto.
O Sr. thezoureiro, conselheiro Alencar Araripe, lê
.o balancete da despeza e receita do Instituto no semestre
d e Janeiro a Junho do corrente aiino, do qual se verifica,
QUe a receita sobe a i quantia de 6:93 la130 reis e a despeza
B de 6:809@750 reis ; havendo em caixa um saldo de
121ab380 reis, sugeito ao pagamento da cunhagem das
medalhas commemorativas da lei, que extingui0 a escra-
vidiio. -E' remettido á commissão do orçamento.
O S r . Henrique Raffard propõe, qiie o Instituto con-
ceda a collecçáo completa da Revista Tritnensal ao con-,
socio commendador Jaze Luiz Alves, em attençiio aos
seos relevantes serviços As letras e ao Instituto.- Con-
cedido.
2." PARTE D-4 ORDEM DO DIA
O Sr. Dr . Cezar Marques procede B leitura, para a
qual se inscrevêra, de parte da siia inemoria historica os
Jwuitas no Maranhão, propondo-se continual-a lias
sessbes subsequentes.
NBo havendo nada mais a tratar-se, o Sr, prezi-
dente levanta a sessão.
Dr . Jozk dlexandre Teixeira de IVello,
2." secretario supplente.

31.' SESSÁO ORDINARIA EM 19 DE JULHO DE 1889

Prezidencia do Sr. co)nmendador Joaqttiín Norberto


de Sottza Silva
A's 6 1/2 horas da tarde, na augusta prezença de
3 . M. o Imperador, o Sr. prezidente, pedindo a com-
petente venia, abrio a sessão, tendo comparecido os
Sra.commendador Rodrigiies de Oliveira, Bar60 Homem
55 r. 11. VOL. L11
134 REVISTA

I?nlinn, Trr. íI05ri Srvcrinnn rln Foiis~cn, -cai-oiid


Fi'nitriwo dnzh norzc*s, rapit Ao-t~ntiiitc ~allls?
I lrnriqiic. Rnff:~i.rl, Tinriin cle 3liranrln s ~ anrlnr
Alfibi.iItr R. 'i'nrinny,Dr. Pinheiro ( 1Csmpos
~ e commrn-
ilniloi. J n z P tiiiz tllrcs.
Lim-sc as ar.tns da 10". se~plio ordinnria e a dn.
~ecisRo solcmna (10 contenario cle Clautfio JIanool (1%
C O Fa,~ ttpprnvac 1

0 zitl~nte o Impeindor n
~eniiiiit ;,7 o .
I: ITm n t t ~ t,rttlo
n louco, sin5o inqudificarel, ncahs
de encher do espnrito e indigtiny5o n Xsç:'io Brazileir:i,-
qiie vos idolatra, e i, muntlo qiir TOS irtliuira. Felizmente
- . - rio Inatitiitci Historico o triste dever de inqcrever
-... cabe
n5n
ni3fast.nL data pagins t:irjn(ln (le luto ; iintes, pni ln~icIa<
iloiirnd RS 110s noqsnx nnnnes tf?m cie hllriiar O Iiymnn ri@
suprem:igratitliio, que de todos os ~ n c u l o sdo Imperio se
~ I B \ - H:L D I V ~ I'~+oriciel~cia,
II~~
1
qiir prntqt: a terra rle S:ints
C r i i a . Recebi-i poi.tnn to, Seiilioi., por t i n g-ande milsnre
ris ciinq;it tiliiqriPs de tin)a nc;snciai;:o, ~ I I P\'OS (E tsn C ~ I . R ,
qual o Inst itll t o IIi.;tnrico e ( ; i ' o ~ r , t ~ i I ~Pra7ileiro.-
ic~i
11. aqrt~deceo.
Sr. I" ssecretario

EXPEDIENTE
Officios :
O socio o Sr. Dr. Teixeira de Mello, participand*
que, tendo assumido a direcçAo d a bibliotheca nacional,
4 n&opode, emquanto esteve n'esse cargo, comparecer Bs
sessóesdo Instituto; dos Sn.socios~arqnezde Panrnsgnár,
senador Pereira da Silvate Visconde de Nogueira d a Gama,
e dos Sss. Yiscoiide de Japiinribe e Felizlircio Pinheiro de
Car2pol lIiiller, ~igradeceudoa s medalhas commemorativas
da Ioi de 1:; ilti M;iio de 1858, com que o Instituto OS
distiiigiiio ; cio socio Dr. Noreira de Aze~edo.offerecendo
p:ir:i R bibliotlirca o livro intitulado Erarisfo e Gonçolces
Diu,~,oudevCiu coUecionados,discursos e poezias a memoria
d'esses dois distinctos Brazileiros,e appensos, discursos e
poezias 9, do fundador do imperio ; do director da escola
normal de São-Paulo, Manoel Jorge Rodrigues,pedindo a,
coliecçho da Revista Trirnensal, para a respectiva biblio-
theca ; o Instituto rezolve, que se conceda. Os Srs. socios
senador iiíanoel Francisco Correia e Dr. Joaquim Portelia
justificam a sua auzencia n'esta sessiio.
OFFERTA
Pelo socio correspondente o Sr. Joz6 Verissimo
os seos Estz~dosBrazileiros ; pelo Sr. Vivien de Saiiit
Martin o Nouveau Dictimnaire de Geographie Univer-
sele, 47." fascicícle ; pelo Sr. Hachette & C. o pros-
pec to para aqualificaçilo do Atlas de Geographia Moderna;
pelo instituto homzopathico mexicano La R e f m a
Medica (Li &oca, tomo I V ; pela universidade central de
Venezuela e instituto archeologico e geopraphico per-
nambucano as suas revistas ; pela societh de gkograyliie
de Paris, societ6 de geogiaphie conimerciale de Rordeaux,
societh geografica italiana, societ6 imperiale des natu-
ralistes de Moscow, e real academia de historia de
Madrid os seus boletins ; e pelas respectivas redacçóes, os
jornas : - Revista Szcl-Americana, Reviata Maritima
Brazileira, Revista de Ensino, Etoile dic Sud, Noureau
M i d e , Brésil, Respigador, Geographie, Baependeno,
Imprensa, Provincia do Espirito Santo, Liberal hfineiro,
J m d do Reczfe, Gazeta de Mogiinirim, Diario Popular.
O Sr. prezidente offerece um trabalho do finado
artista Luiz Boulanger, no qual a efigie do Sr.
D. Pedro I apparece por um processo especial.
ORDEM DO DIA
1". PARTE
Leitura de pareceres. Fica adiada.
2'. PARTE
O Sr. doutor Cezar Marq~escontinua a leitura da
sua memoria os Jezuitas no Maranhão.
Com permissáo do imperador suspende-se a sessio,
retirando-se S. M. com as formalidades de estilo As
7 314 de noite. A's 8 horas continuam os trabalhos.
Acli~nndo-sena sala rrnmei1it1t.a o Sr. Dr. Tnrqnato
S a r i r r JTlinteiro Tspaicís, iiltimsrnentn pleito snrin c ~ l r -
responilrrit~,o Sr. prrzidente nnmeia os Sr-9. Di-.;. C~z:rr
Jrxrqiirs e Pinheiro (Ir! Campos pai.& n rec~herrm. Tn-
nianiln assento, i, Sr. prezidcnte (IA-llie a palarrz. A s ~ n
disciirso {ta a~rrt(1ecimrntorcqponrls n nrnílor clo Tnsti t i i t ~ .
F'ir~xrn inscriptnq para a I ~ i t i l ros ~ Srs. Dr. i!c.znr
3lrtrqiies r? vnarlor Alfr~do(IP E:. T:tuniry.
13 n d : r mais h a r ~ n i t oqiie trat:ir,bvrlnta-se a. SPSGO
Is R 3 ' 1 ilsnoite.
Dr. .JoAo Fvrrinno da Fonseca,

A's ri 112 liorns dn t-rrde o Sr. pre7itlent~rlecl~rs


8bet ta ;L s ? q ~ A r ) , eqtnndn prpzentprl nS S ~ S . T n ? q ~ ~ iSair-
l~l
hortn, i!:ir50 Homarn de Jtello, cnmm~ndstlorl i i ) ( I r i ~ ~ i ~ ~
da ()lireir:i, DIY.Ccznr nitnrqiies e I'inliciirr) de CRIIIPO;,
tcn~rit~-ciircinillFrnncisci~ .Tn?b Rnrzr<. c n m n i ~ i i 1~ll)r
Jozé Luiz Alves, conselheiro Alencar Araripe, Visconde
de Nogueira da Gama, Henrique Raffard, senador Alfredo
dlEscragnolle Taunay, Barão de Capanema e Dr .João Ss.
veriano da Fonseca.
Justificam suas auzencias os Srs. Visconde de Beau-
repaire Rohan, senador Manoel Francisco Correia e Dr.
Joaquim Portells. O 2". secret-ario lê a acta da sessão
antecedente, que B approvada.
O Si.. 1". secretario lê o seguinte
EXPEüIENTE
Officios :
Do Sr. Francisco Liiiz da Gama Roza, participando
ter assumido em 15 de Junho a prezideiicia da provincia
. da Parabiba ; do Sr. socio Antonio Borges de Sampaio,
congratulando-secom o Instituto por ter S.M. o Imperador
sabido illezo do infausto attentado de 16 do passado ; dos
Srs. socios Americo Braziliense, Visconde de Valdetaro e
Paulino Nogueira, agradecendo a medalha que o Instituto
remetteo-lhes ; dos Srs. Francisco de Sales de Macedo e
commandante do collegio militar, dando iguaes agradeci-
mentos,e o Sr. JozB Albano, filho, rezidente no Cear&,
agradece a medalha a elle conferida, e remette dois do-
cumentos comprobativos de seos esforços em prol da li-
bertação dos captivos.

OFFERTA S

Pelo socio,o Sr. senador Joaquim Floriano de Godoy,


seu livro intitulado : Provincia (10 Rio Sapztcahy ; pela
secretaria da marinha, o regimento interno da escola
naval ; pelas respectivas secretarias da justiça e da agri-
cultura os relatorios ministeriaes de 1888 ; pelo club
naval, academia imperial de medicina e alfandega do
Rio de Janeiro, os respectivos boletins ; pelo secretario
da escola naval o relatorio da directoria da associaçdo
mantmedora do mrtzeo e~colarem 1888, oparecer sobre
o@edos aprercntados á cxpom'ç60 escolar., em 1888 ; pelaa
respectivas reparticçóes, o Boletim Postal ;o programrna
da 1: cadeira do 1." anno de engenharia civil da escola
polytechnica, Primeiro Congresso Braeileiro de medicina e
cirurgia 910 Rio de Janeiro, relatorio do ministro da
marinha Barão de Cfuahy ; e pelas respectivas redações :
Etoite du Sud, Qeographie, Nouveau Monde, Liberal Mi-
neiro, Baependiano, Provincia do Espirito Santo, Im-
prensa, Jmnal do Recife, Cfareta de Mogimirirn, Diario
Popular e Gazeta da Bahia.
O Sr. Dr. Pinheiro de Campos offerece, em nome do
Sr. conselheiro dezembargador Ovidio Fernandes Trigo
de Loureiro, um volume manuscripto contendo a 1'. parte
do seo trabalho intitulado :- Beographia da provilzcia
do Rio-grande do Sul.
O Sr. conselheiro Alencar Araripe informa ao Insti-
tuto saber, que existe algures desprezado em um quintal
rlm hiistn Prn marmore dn finado sncio n cnmmendndor
Aiitniiin Jozt tle 31iranrln Fnlcfio ; ~inrec~ndn qrie sr.rir
tle iit ilidnde, prlri mmns para a conq~rrn.:níic l ' e q ~ obra
d ' a r t ~ a, siin ~rqiiizi~:in,
p ~ niitorizaqTin
d ~ pnrn nhtcl-a
para ri Tnst itnto, pr~srrrando-aassini 110nl isntlono iom qne
S A ncliri . 15' concrdiitci.

1." PARTE DA QRl3Rll no n


.T-.-
A

n Sr. cnmmcndador JozP Lniz Alves li' n pnrisrf>r


ds comniiss30 de f~rntlnsP, nryamcnto scrhr~ os reqiieri-
nientos dn S r . Dr. O z a r IInicliies pai'a siihstitriir-srl por
meclalhas dc prata as cnncetliilns d Illin. cnm:trii mnnicipnl
P a seo prezitlente o Di.. ,111z~ Ftarrcira Svbre, ol~innndo
que (leve fazer-se n siibstitiiiç50 :
* A commissko de fiintlnr e orqnment,~d'este Insti-
tntn r p m :tprez~ntai. parrrcr s n h r ~ac diins propnstas
xsqi~nntl;~!: p ~ l nnoso illiistrndo con~ocioo Sr. I>r. Cczar
Ar~c~lsto J l ~ t r q ~ i rersanilo
~s, nmhns snl>ren natureza dn
i n ~ t n ltlns mcilnllias, ~ I I Pn Inqiitiitn Ristnrirn c G~nlrra-
pliicn Rrazi1~ii.nmnnrlnii c.iinliar p9r:i p~rpPtiiar a mp-
iiini.in cln pasqnrem dn 1 4 1:1 r 1 IJaicl ~ r l r IcW, cltic ex-
t i n ~ i i i nR ~ccrzviil:i~ nn 1:razil. e q i i ~drlibcrnii citfr.rt~r h
Tllnim. r.nnirtrn tiiiinicipnl ri'cstn r:>pitnlrirna, P niitrn nn
q p n dirno prriirlt~iitcn Sr. Tlr. J n x b F ~ r r c i r a S n h r ~A
. corri.
iriis~TinPni ri%t;kdss TRZAPS coni qiicL n nowo illristrnflo
consocio justifica as suas propostas acha justo, que
ambas as medalhas sejam de prata e n8o de bronze, por-
quanto a Illma. crrmara municipal d'esta capital 6 mais
que digna d'esta distincçáo pela attitude que tomou no
movimento emancipador, e a id6a suggerida por seo digno
prezidente o Sr. Dr. Ferreira Nobre da creação do Livro
de Ouro, muito concorre0 para dar impiilso a fazer desap-
parecer a mancha negr:, da e~cravidáo,e tanto assiin que
consegiiio em limitados aniios arrancar do captireii o a
876 infelizes : o aiitor d'essa idéa 6 por certo digno de re-
ceber a iliednllia de prata. E' esta a opiniáo dos abaixo
assigriados. Sala das sessões do Instituto Historico e
Geograpliico Brazileiro em 2 de Agosto de 1889. JozG
Lttiz Alves, relator. Litit Rorlriptes cle Oliveira.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 439
Y
O mesmo senhor lê o parecer sobre o balancete
d o 1.' semestre do corrente anno, aprezentado pelo
S r . thezoureiro, sendo approvado o mesmo parecer, que
4 o seguinte :

a -4 conimissão de fundos e orçamento do Instituto


Bistorico e Geographico Brazileiro, recebendo por cópia o
balancete do 1" semestre do corrente anno socia1,que foi
aprezentado e lido na sesdo do dia 19 do proximo passado
mez, vem cumprir o seo dever, dando sobre elle parecer.
A receita arrecadada de Janeiro a Junho foi de
6:09!iab, que junto ao saldo de 1:8368130, que passou
d o anno findo monta a 6.9318130. As despezasrealizadas
n'esse periodo foram de 6.8098750, que deduzidos da
receita deixa um saldo da quantia de 1218380, que
passou ao 2." semestre. Esse saldo, segundo a nota do
Sr. conselheiro tliezoureiro ter8 de desapparecer e 6
insufficiente para pagar ng caza da moeda a cunhagem
d a s medalhas, que monta na de 4208023.
Para fazer face a esse compromisso e 8s despezas
imprescindiveis, que montam a 5: 130@,contao mesnio Sr.
.conselheiro thezoureiro com as seguiutes verbas : 4.500a,
2.' prestação do subsidio do estado,5058,jurosdas apolices
do 2.' semestre do corrente anno, 8008 das annuidades dos
socios, e o saldo de 1218380, que passou do L." semestre,
o que tudo reunido somma em 5.926a380. Entre n receita
provavel, as despezas imprescindiveis ha um saldo de
796V~380,mas que ser8 absorvido pelo custo da bnpressáo
d o 2.. volume da Revista e mais despezas do expediente,
que, sendo muito superiores, mostrarão o deficit.
Ainda uma vez a commissão lembra a conveniencia
d e solicitar-se dos altos poderes do estado o augmento do
subsidio, porque s6 assim se poderá evitar d@cits e
attender ás despezas de urgente iiecesidade, taes como
a preenchimento das lacunas que existem na collecção da
R e k t a , despeza que de certo importar8 em cifra impor-
tante, e por melhor que seja a dedicaçao, zelo e b8a von-
tade do mesmo Sr. conselheiro thezoureiro e da severa
economia dos dinheiros sob sua guarda, nada poderti fazer
sem o augmento do subsidio.
440 REVISTA TRIblKYSAL DO INSTITUTO fIISTOR1CO

,4 commissfio conformando-se com o bnla~icrjt,eapre-


zent ai10 e rendo que ertt,A elle de occ.nrdo coui os docn-
meritos 6 ile parecer que seaja~pprorntlo.
Snln das sessiies (lji Tnsr. itnto Ilistorico e Geog-rnphiro
B r ~ z i l e i r oem r> dc A~oat.c>(\e 188?. - JozG Lrr ir ;llr~.c,
re.l.l;\tor..-ltriz Ji'n(lr.i!lir~.sde Olii*ri~n.
Diçt.rit>riindo-pe pelos socios a I." seri f nto,on
rlos j)an?lirscriptos (10 J~zsti t tilo orgnnizntl orrl~rn
nlpliah~ticne divitlido em -I. partos : Bio!lrnp~~rrls, Daclr-
? ~ ? r ~ t t oAs ,7 f ~ ~ ~ / o ~ j j o " o r r i a ~o, Sr. Ileririr~iieRafF:ii.R
propije e 4 a p p r o ~ niniemente, qric ss c.nnsiznc. em
nct:~ iim r o t o rle 1 or t5(1 reIevant,e serriro prez-
t ~ d prlo
o digno socio o Sr. corisctheirn TristAo d c A l ~ n c i i r
Arnripe, que c.arla vez mais t ~ m demonstrado seo mtiilo
zelo e inexcediv~l clerlicnq5ci no Institiit,~.
O Sr. scnnrlor Xlfr~clncIe Escragnnlle Tnunay, com-
partilhando essn demonst.rnçRo de :\preço a t.50 d i m o
scicio, protcstn porem cnntm a ort.liop-spliinnhi s p ~ ~ i d : ~ ,
tanto mais inndmissirol qiinnto di~i;rirtiiii,coniplitnrncnte
a niitograplii:i dos propriou antores : riclia, qrie o illris-
trnclo sncio cfr're nos tr:\b:tllios socines, ile c i ~ i apii1)Iica~~o
-#c! encarrrynr, cinrir-se fi. nrt.lingr;tplii,o liziial. O Sr.
?!ar50 ITorncliit de llcllo, c.oncordnnrlo coni as obserraqcrs
precedentes, pnnclcrn. comtiirln,,qric no prezente cnt.xlnyrio
aittor segriio n ortlio~rnplii;i,iiznal. O Si.. consellib?im
hlenca.rXrnriprt esp1icn.o niorlo pnr qne conipoz ocntrilnrrcr,
conscrrnntln geraltriente a nrtl~oginpliin.do tit'iiln (!na
manuscriptos, que inclui0 ; o que A facil de verificar
confrontando os dizeres do catalogo com esse mann-
scriptos.
O Dr. Cezar Marques requer, que Sr. prezidente lhe
mande passar por certidão o theor do requerimento, q u e
fez relativamente hs medalhas para a Illm. camara
municipal e seo presidente. - E' approvado.
Propostas. Lêm-se tis segiiintes :
1." Pi~c~pviiio?;
seja adiiiittido ao gi.emio do I n s t i t u t o
Historico e (+eogral)liicoBrazileiro como socio Iionorario
Siia Alteza o principe D. Pedro Augiisto de Saxe Co-
burgo Gotlia, servindo cle titiilo de rtdmissáo os seos bellos
ACTAS DAS s a s s b ~ sEM 1889 441
trabalh& mineralogicos publicados aqui e na Europa, e
que têm merecido inserqão nos annaes scientificos de
Paris e Vienna. Sala das sessões 2 de Agosto de 1889.81-
fredo de Escragnolle Tatinay. João Seceriano da Fonseca.
Henri R a f a r d . Felizardo Plnltei1.0 de Canlpos. Jozé Ltiit
Atues. Dr. Cezar Augttsto Marqtres. Luiz Rodrigiies de
Oliveira. Barão de Capanema. Fisconde de NogttM'ra d a
Gama. Barão Hontem de Nello.
O Sr. prezidente declara, que estando a proposta as-
signada por grande maioria dos socio~prezentes, na con-
formidade dos estatutos no que respeita aos socios hono-
rarios, proclama socio honorario S . A. o principe
D. Pedro Augusto de Saxe Coburgo Gotha.
2.' Propomos seja admittido no gremio do Instituto
Historico e Geographico Brazileiro, como socio correspon-
dente o Sr. Annibal Echeverria y Reys, cidadão chileno,
servindo de titulo de admissão sua Geographia Politica
de Chile em dois qrossos voliimes, offerecida ao Insti-
tnto. Sala das sessões 2 de Agosto de 1889. Alfredo
de Escragnolle T a u n a y . ,João Severiano da Fonseca.
Benri Raffard. Jozé L u i z Alves. Barão de Capanema.
FelizardoYinheirode Campos. Dr. Cezar Attglisto dlarqttes.
LuizRodrigttes de Oliveira. Visconde de ATogtteira d a
Gama.
Na fórma dos estatutos vai B commissão de geo-
graphia.
3." Prol;omos para socio correspondente do Instituto
o Sr. conselheiro Ovidio Fernandes Trigo de Loureiro,
servindo de titulo de admissão o prezente trabalho, por
elle offerecido a9 Instituto, intitulado Qeograpltia da pro-
vincia do R i o - G ~ a n d e do Sul. Sala das sessões em 2
de Agosto de 1889. Felizardo Pinlreiro de Campos.
Barão H m m de Mello. João S e v ~ r i a n oda Fonseca. Luk
Bodriques de Oliveira.

2". PARTE DA ORDEM DO DIA


O Sr. seuador Alfredo de Escragnolle Taunay oc-
cnpa a attenção da caza, lendo o começo de uma memoria
56 P. 11, VOL: 111
i r i t i t i i l n , l ~: - Ci,trinrirln,?t?o n n t i i ~ n r crln
r,f?ll;.
0 Sr. prczicl~nteinsnrc~e-separa
xcq.50 lima siin mcmori:~ irititiiln~la n
/I ir(!.
I", nniln havendo m ~ i qne
s tratnr. le
:i.: c( Iicirnq ilx noite.
ACTAS DAS SESSOES EM 1889 443

foi thexoureiro do Instituto e como t a l bons serviços llie


prestou. H a na nossa Revista Trir~wnsalalguns trabalhos
devidos a suas locubraç6es,e que ntio peccam por falta de
interesse. Infelizmente os ultímos annos de sua longa
existencia foram amargurados por contrai iedades da for-
tuna, e ainda mais, pela recente perda de seo filho, digno
da consideraçtio d i ~sociedade fluminense, n s qual se dis-
tinguia pela sna intelligençia e nioralidade, e grande
amor pelo trabalho. Pai a assistir a missa do setimo dia,
pelo repoiizo de siiii. alma, nomeei iima commissáo com-
posta dos Srs. Dr. Cezar Marques, Pinheiro de Campos e
Benrique Raffard. Peço ao Instituto, que se lance na acta
d a sesstio de hoje um voto de pezar pelo seo passamento.
E' tambem digno de igual voto o nosso sabio consocio
D. Domingo de S i n t a hfaria, c11j:tnoticia de obito acaba
de chegar-nos pelo relezrapho. Foi iiin dos mais notaveis
filhos da repiiblica do Cliile. e seo prezidente durante a
guerra com a Uoliria. F a pouco tempo distinguido pelo
nosso goveino com a gran-cruz da honrozissima ordem do
Cruzeiro, talvez que não tivesse occazião de receber tão
alta e merecida honin esse eminente Ameiicaiio, que tanto
honrava siia patria e tão apreciado e respeitadt~era entre
n6s.
O Sr. prezidente communica igualmente ao Insti-
tuto, que,havendo-se levado & liasta publica, na alfandega
d e Santos, o niaiizolbo, que se destina H guardar as cin-
zas de JozB Bonifacio, o velho,n'aquella siia cidade natal:
levantou a imprensa do sul do imperio justos protestos ;
e tendo declarado o Pait, importante follia d'esta corte,
que depois de meio seculo de haver falecido o patriarcha
da lndependencia, 15 que se lembraram de erigir-lhe um
tumulo, havendo apenas se llie erigido uma estatua, quazi
ridicula, elle orador, como autor d a proposta para o ere-
gimeuto d'essa estatua e de um tumulo, e como secretario
que foi da commissáo executora do primeiro d'aquelles
monumentos, durante dez annos, vira-se n a obrigaçgo de
escrever uma carta ao notavel redactor-chefe do Paiz,
remmindo a longa historia d'aquelle monumento, as diffl-
culdades que surgiram, e a razão por que se náo levou a
effeito, por parte do Instituto, o tumulo proposto, afim d e
444 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

que nossa associação apparecesse justificada de toda


censura. O illustrado redactor, o Sr. Quintino Bocapvr,
publicou com tada a gentileza, e em novo artigo, em
carta historica e justificativa, o que o orador agradwpe-
rante o Instituto, pedindo que seja ella transcripta, como
supplemento á acta da sessão de hoje. Aproveitando8
occaziiio, promette escrever umamemoria sobre a estatua,
trabalho que pretendera fazer o nosso falecido prezidente
Visconde do Bom-Retiro, si bem que lhe falhvammnitos
documentos,que se extraviaram em tempos do passamenb
do conselheiro Eiizebio de Queiroz, primeiro prezidenh
d'aquella commissáo .
O Sr. Torquato Tapajbs commonica a anzencib do
Sr. Barão de Miranda Reis, motivada por serviço pn-
blico.
EXPEDIENTE

O Sr. 1". secretario commiinica, que fez acqniziç8o


para a bibliotheca do Instituto das obras seguintes, que
aprezenta : dlemmia da cat~lpanhado Sr. D. Pedro de
Alcantara, ex-imperador do Brazil, pelo general Raimnndo
Joz6 da Cunha Matos, em 2 tomos. Rio de Janeiro,
1833 ; e Gcterra da triplice alliança, pelo conselheiro
Schneider, traducção, volu. I e 11, de 1875 e 1876.
O Sr. prezidente offerece duas molduras e quadros
para a b:~ndeim da Confederaçáo do Equador (1824), e
para o fnc-siiiiile da assignittura de Claudio Manoel da
Costa, afim de mellior figurar no muzeo do Instituto.
O Si*. 1." secretario lê os seguintes

OFFICIOS
Do Sr. conirnaiidante do imperial collegio niilitar, re-
mettendo varios exeniplares do disccirso oficial pronun-
ciado na inauguração d'aquelle estabelecimento em 6 de
Maio do correri te anno pelo socio Sr. conselheiro Barão
Homem de Mello, decano do seo corpo docente e seo pro-
fessor de liistorin e geographia ; do Sr. Antero Feneira
da Rocha, enviando iim numero d:t Gazeta de Uheraba,
em que fez publicar o açto de iristallação d'essa villa ;das
camarns niiinicipaes de Ouro-Preto e Sáo-Paulo: liceo de
proqrrin~~nnrln. lipii'~17m r l i v ~ r ~ 1 1cnr7ri1.n~ 9 e nu llrs dti
i'.vrn/lr ~ i i ~ i r y i <(Ji r , no tri~nniocle 1 , rpto-
/ t i p i o rlc rnnsirlt 1~tdlro(11-rdnf7o (11 Jiinl~o
de 1 8 W ; p ~ 1 n o1)cerrstorio ;is O, s9-
ciednilt! (30 pciqrnpiiica cio Rio d~ .T:tneiro, iii t)iror tipca (1%
m ~ r i n h a A, I I ~ S/ i > c i . t d l t c ; pelo Iiistitiit Canina4li:tri i l ~Tn-
~onto, nc:itlcmi:i nncionnl do cienrins ein Contoha, =ir-
kenlopickoga r)riiqtvn e sncietla~lt? africana 113 Italia,
socirtr ile piiqraplli~de Pitris, 11th Sew-Ynrk, (Ir? (;vi-
f~rntil~l, ile Siiiitinzn r10 Chilr r ile l k i lim n.i síLosIiolrf~?i i..

13 p ~ l n rcsriprt
s iviis i ci1ar:lies :-(;rrzrtn rlrr U r ~ i t ~ fv;, n r ~ t n
P I r , r I'opitlnr, I i l i l ~ r ~crr,n Li !i+.rn'
J f i n ~ ~ r .l'rni*int-in/lt~
n. E , r i i r ~ t o - ~ ~ ' o ?I'rtlilrriitlor
?!n. Go!I~II~,
C;r~qrflpJti+~, AYo~t?)~otr dlrf~r~(!v, I??-;$!!,1?!0!7r ( ? ? I S'~id ch'o-
1 ~ 1 1 1 ~ cr!fhnrfc.qn(10 I i r , ) tl*.T,rl~c.iro.

O Sr. Dr. C ~ z n r?rlw por escripto informn-


q6es rc.ctiAcA~ntln n qtit! se Qrfrrlnqo G r n ~ n l n q i r o(19
frei Aiittiiiin .lxlioat:io, piii)itcslio n o nltimo roliira~6 3
R r ~cif ~ ~
t ~Tt-tln~pl W J ir) art izo (IR Era doq 1lir;oí P C n h r r t ,
nmle iliz, qiic? ~ I s n o ~ilc. 1 Slirizi, d ' l = ~ afileccrrr s ~ r l r l n
Envern iilnr i10 3I.ii',zrili:?ri. Er;~n, inforni~c,ZoY : ~ P 11ppw1.3
a esta acta.
O Dr. Severiano diz, que A desnecessrrrio, que o tra-
.
balho do Sr. Dr Macedo Soares, hoje aprezentado, vá
a estudos da commissão de geographia, visto não ser tra-
balho inicial, e jB aquelle distincto homem de letras
ter outros trabalhos, aprezentados para sua admiss8o
no Instituto. O Sr. senador Alfredo d7E.Taunay pergunta
porque nko piiblicoii se no jornal as propostas dos Srs.
E~lie\~ari.ia e'lli.igo tleLo,ireiro. O 2 . " secretario explica.

O Sr. ~)rezitleiitalê a siia memoria intituladaj: Ban-


deira A-($ciolial.
Ficani inscriptos para leitura os Srs. Dr. Cezar
Marques e senador Alfredo de Escragnolle Taunay.
E nada mais havendo n tratar-se, levanta-se a
sessão 8s 8 314 da noite.
Dr . João Severiano da Pmeca,
2. secretario interino.
O

Bupplemento A a o t a de 1 6 de Agosto de
18W8

Lê-se no Paiz,importante folha que se publíca n'esta


corte,* o seguinte artigo :

Como se devia esperar, abuudam agora as expli-


ca@es do estranho cazo do leilão do mauzol6o destinado
a ser erigido na igreja do convento do Carmo, em Santos,
sobre a sepdtura ondejazem os despojos do venerando pa-
triarca da independencia, Joz6 Bonifacio de Andrada e
Siiva.
Temos em primeiro lugar a carta, que nos dirigi0 o
illustre esculptor e estatuario brazileiro Rodolfo Bernar-
delli, e que aqui publicamos na integra para .defeza do
honrado ar tista.

No Diario Popular de SBo-Paulo vem transcripta a


informaCgo prestada ao Sr. prezidente da provincia pelo
inspector da thezouraria provincial.

Finalmente at6 o Instituto Historico, pelo orgáo do

* Numero !227 de 15 de Agosto de 1889.


st?n cliynn prazi~lente,jiilgoii-se nygravadri
d o nciiso ai-tiyci (qiic xlii.4 nK« SP 11irigi:i~
a
Cnmpcnilinn~lnn hiit,orico (1%erri:q;ío
5 ~ V.; no Ini'no tle S. Franci.;co rlr? Pniil:~.E
o 1ionr;irln pi.ezirlent,c. do Irist,it,iito.
'TI->a r t i r o t?clitoral d e I i ~ o j t t clawifica
tat,iin 11- .Tnzc:! Rriiiifacio rle ri~cnri~irlicttl/l
iiniz crn.;iir,z RO Instittltii Ilistnrico, ,z c
deve o rluc,. foi poaqival fazer snb propr;
ariiio3 Iiit,oii n, coriiinissin, qiie trro pn:
ciinssl1ieii.o E i i z ~ l ~de3 i o C J i ~ ~ i r oe,zO \-isí:o
t.irn, i:ciin os m:iiorr,s olistnciilos, aliiii i;
iiieins iiei*.ewarios paie&niic:orreiW:'LS despe
p i t : ~ lelo imperio rtprrina coiicnrreo coiii fi
1evniit.ararn as c o r n n : ~ ~ l l idi ~e sbonils p1i
inaiiqlra:50.
!liinii~ln n l*isco Rom-R,et,iro
co:npn.ilii.ciio ini11r:r:t i p11:tins poile
exec11t.nr:l i l ~I?~t,lt.llitIi;i.t-it 2 c n n c l i l ~ ; ~
pelo s.;cl.iiltor I:ocliet,, n.iit,or ela ~ ~ i * ~ g n i t i c a
rln her0e tlo Tpirniiqa. T;in 1invi:i. sin.'in 6i
3[at1ij r ~ z i l l t ~ il:~ ~ ~sl io ~ ~ l ~ ~ c rí1:xi p pqoi p~~~
iiiiporici, rii,~sn inip.?r;dliir n (1ii(!
fixltit (Ie clinli~iroqiis sr? riso f rsta
c.oiic.oi.r~i+i:t ilc si.^ I)?lsinlio cc f:tl ti
Ilcoii c~iiiti.ar*;i, I;i p:iiSnq ~ l i inntiyiir,iii.i,
. i10 d
c113 I S i ? , qiii111111t~~t?simi) (1:~ iii(1ependeci
n'esse ili;r I, c.<tncli, concoireo seililer ac
a n n o {IR yenGo, que teve o patriarca (1;
Xdo pnlpit,n iiiiiit,e>tle ent,liiizinsrno pelas {
o corn@o brnzilriro.
c?ii:iii~lo 11111 prezi(1inte cle prorinc
iipi rii:cnlieiro fizesse. urna chorarraplii
i : L i ~i I ! 1 ni,)sti.hii
;i111iiiI,;\ .\li :ift \.;'r 'L 1jl)r.i ~):*oiilpt:~ vln ;;: dia
;i. ~lriatr.nnii ciriiali~~iiílciri~ii~ 1s i](: p;i~ittl.
- 1 ~ ~ 1 1 t 5p~i b1 .r q ~ i 1 t oelle, ~ ~ C isto ;I
prctyii~~~iti !' !
-S~III, f < x ~ i ir~s11111i~lt~o
.~ :i ciige~ilil
c ~ l ~ ~ r o y rde ~ ~1:p111~1 1 ~I ? O il ;l4-1.
~
Tambem a estatua de Joz6 Bonifacio A um monu-
mento de 60:OOW. E de quein 6 a culpa? Eu lavo as minhas
móos.
Não fôsse Francisco Octaviano, que em nome do par-
tidoliberal instava com o Visconde de Bom-Retiro para que
se fizesse algtcma. couza; não fosse o imperador, que se
obrigou a pagar de rJeo bolsinho o que faltasse para cobrir
o seo custo, que apezar de todos os esforços do Instituto
Xistorico não teria ainda hoje Joz6 Bonifacio essa esta-
tu, modesta sim, mas não ridicula, sinão quando em dia
de luminarias a rodeam de bicos de gaz, e que tendo sido
entregue 5 guarda da Illma. camara municipal, niio achou
ainda a illiistre municipalidade occaziilo para restituir a
penna e a espade que um louco lhe arranchra. O en-
thuziasmo para a erecqão da estatua não passou dos
estudantes de medicina da faculdade desta corte. Honra
Mes seja feita.
Cumpre-me tambem dizer alguma conza, sobre o
tumulo.
Si lia meio seculo, que 6 falecido JozB Ronifacio, e
ainda não tem um mauzolbo digno de suas cinzas, niio 6
tambem culpa do Iiistituto Historico. Quando propuz, que
se lhe erigisse a estatua, inclui na proposta, que se lhe li -
zesse igualmente um tiimulo, em Santos. Offendeo-se com
tão generoza id6a o amor proprio dos santistas e uma
oommissáo chamoii a si tão santa missão. Desistio o Ins-
tituto e nada fez a commissáo santi~ta.E' o nosso sbstro.
Com a qualificação de qílazi ridicula, dada 4 esta-
*, renovaram-se os desgostos, que tive como secretario
& coenmissáo executora, que at6 nos dias proximos 6
inauguraçiío, em que cresce0 o trabalho, que todo recahio
&e mim, me negaram a dispensa de alguns dias de pontq,
sem que depois se lembrassem de me dizer- obrigado.
Rio de Janeiro 13 de Agosto de 1889. Joaqtcina Nor-
-&te de Sotcza Silva.

.-
P. 11, VOL. LI1
450 REVISTA TRIMKSSAI. DO l K S l l T o T @ HISTORICC

Nn parte I (I." e 2.' trimestre) do tomo LI1 lendo v


Cdninqn c:~nrnloqiro, escript o p ~ l o Re~erenrln frei
Aritoriin (IPSnntn Aínrin Jnhnet50 no anno de 171 q. en-
c o n t r ~ na
l p i i ~ 321
. o s~gnintc?
:

N. 1. D. I ~ n e z D e ç afilha
, de dante D y a e
le SRO mtiriflo ,To20 ( 1 Armio~ de P znii nos IlIiPo3
c.nm Lniz A l v r s rfe Ehpinlin ~ t c etc.,
. e teve tillios.
3t:inorl tle Sonza Tleqi-t, que, j'nleceo a ~ l r d ngocer-
t l d n r ?i o ,I frtrnn h (70.

Aqui Anda a trtm~cripçii~.


T're~t~iiiiiloainda unia vez sentida h1 m de
profunctci respeito a tHo Jigtincto Perntxmbu )tarel
clironi.tn iIn provincin de S a n t o Antnnin, P frade 150 t1.8-
balharlnr, que aindnnii i d a t l ~rir! 7 3 annos, qiinndo o cnrpo
pcùn rppoiizo e n nlmnsocepn. se e n t r ~ a a r sa nm trabalho
fiei insniio, nlio posso deixar correr tni nsqerçno, pnis no
c governnrloresr cnpit:iee genpraps tlo 3ís-
l i t r o r ? t . l ~ o ~ r(toa
rnnbáo do antigo -!?siar10 tlo Llfai.n~i?~rToE Cirtio-PnrLie
d~pni.;do E ~ h l do o Jfrrrn9ilttlo niio achei tal nomp entre
OS seos governos.
Compiilsei esses livros, niio uma porem muitas vezes
em diversos mezes e annos, sempre com muita prudencia,
paciencia, e descanso, e nunca achei tal nome.
Não digo, que seja erro ou descuido, por6m sem
duvida ha engano, e como dezejo esclarecel-o, jB escrevi.
para Lisboa a um amigo muito dedicado, para consultar
os livros do Conselho 17ltramarino a vêr si na verdade-
houve este governader.
O ass11111ptoleva-me a communicar-vos outro ponto,
tambeiii do 11aranli80.
N a paz. 452 da Revista Trimensal do nosso Insti-
tuto, toino 9x11, anno de 1859, encantrei a Relaç&o dm
docttme~ttos,que organizou o Dr. João Pereira Ramos d e
Azeredo Coutinho, dezembargador do paço e procurador
ACTAS DAS SESSÒES EM 1889 461

da real coroa de S. M., acha-se mencionada a patente,


com que foi nomeado governador do MaranhBo em 26 de
Janeiro de 1774 o cidadão Clemente Pereira de Azeredo
Coutinlio e Sello, doutor na faculdade de canones, .pela
universidade de Coimbra, e capitão de uma companhia de
dragóes no Piauhi.
O Dr. Pereira Ramos fez esta observação « Faleceo
em Lisbi3a1antesde emprehender a viagem para Maranhao,
j4 tendo para isso despendido mais de dez mil cruzados. w
Não encontrei nos livros de posse uma observaçb
siquer a tal respeito, porem, graças B bondade de um
amigo em Lisboa, soube, que na verdade houve esta
nomeação.
Frei Antonio Jaboatão assevera, que Manoel de
Souza Deça faleceo como governador no Maranhdo.
Bastao que dice para mostrar o engano.
Vou porkm mais longe, e do resultado das minhas
investigaçóes darei conta em tempo proprio.
Rio 10 de Agosto de 1889.

li'. SESSÁO ORDIN.4RIA EM 30 DE A Q O S T O A


DE 1889
HONRADA COM A AUQOSTA PREZENÇA DE S. Y. O
IMPERADOR

Prezâdencia do Sr. commendador Joaqtcam Norberto


de S~tieaSalva
As 6 112 horas da tarde, achando-se prezentes [os
Brs.: commendador Joaquim Norberto de Souza Silva,
conselheiro Olegario H. de Aquino e Castro, Bar&oHomem
de Mello, conselheiro Tristão de Alencar Araripe, com-
mendador Joz6 Luiz Alves, Dr . Cezar Angusto Marquep,
Dr. Felizardo Pinheiro de Campos e Henriqne Rafferd,
452 REVISTA TRTMRKSAL DO INSTITUTO ITTSTORICO

f n i nnnirncinds rt chenatla de S. 11. o Irnp~rnilnr qne,


In cnm aer foi.rn~lirl~de<(10 ~ s t y l n tonioti
, :is.;rnto, e
rezident.t3, ohtendn a imperial reniir, d~r,lar~nn nbcrts
to.
-. . -
c nmp~rer.endo o Sr. T). P d r o A n g s t o de Saxo
Cobiirgn (f ot hn, tntlos os social conservaram-se l ~ v a n t a ~ l o s
s t i * qiie S. A. tomasqe assrnfo p ~ l npriiiicir:% y r z corno
ni~mhrotl'este Inqtitiitn e cnt5o o-Sr.pre~ideiit~a pronnn-
cio!\ n ili.;cnr.;o
-Achando . o principe D.
pela p r i m ~ i r avez prezentrl ao Instittito
Pedro Auqsto
como seo snrio
Iiiinoi-ario, tenho R Iionra 4 l t ~ z xe 111 nome
rl'csto Inqtitiitii. O Inst S. 2Iltp za, que
em t5n ~ ~ e r nnnos d ~ s teii ~ i i t nt ~nto1 prn~
no livro tln sciencin, se h t l i ~ n ocooperacinr n;iu
snns pcsqnizas.,
8. Alteza respondr.. .. ,..,lecendo no Instituto His-
torico e C~eographicoRrrizil~iro:L provn de tanta c
raq:in, nrlmit tiniio-o no SP,O ~ r e m i o ,R q11e prln si1
p r o c i i r a ~ icrirrresponder (li gaincn te t,rnh;~lliniicto
em si c1iiil>er.
O Sr. ffenriqiie Raffard, servindo de sequndn sPcrP-
tario, fez I ~ i t i l r(Ia ~ acta da ses~:'io~intec~edentr, qiir frii
approvada.
E u seguida o Sr. prezidente participa o faleci-
mento do socio conselheiro Qiiintiliano Joz6 dasilva n'estes
termos :
a Senhores. Temos de lamentar a falta de mais um
socio, de um illustre varão, de um conspicuo magistrado,
que muito honrou a patria. Faleceo no dia 25 do correrite
o illiistrado conselheiro Quintiliano Jozb da Silva. Nascêra
na proviiicia ile Minas-Geraes no dia G de Jiinlio de 18i)i.
Estutloii os seos preparatorios na terra natal. Matri-
euloii-se na iiiiiversidade cle Coimbra, mas os aconteci-
mentos politicos o obrigarani a vir concluir os seos estudos
n a faciiltlade de São-Pàiilo, onde foi iim dos bachareis d a
primeira turma, que ali se formou. Entrando para logo
ACTAS DAS S E S S ~ E SE M 1889 453

na carreira da magistratura, prestou assignalados ser-


viços como ouvidor da comarca de Paracatú, como juiz
de direito das comarcas do Rio das Velhas e de Ouro-
Preto, e como dezembargador da cidade d'este ultimo
nome, tendo sido procurador da coroa. Foi finalmente
apzentado com o titulo de conselheiro e honras de mi-
niatro do supremo tribunal de justiça.
Prestou á administração publica a sua aptidão
cowo prezidente de sua provincia durante quatro amos
e como deputado provincial em mais de uma legislatura ;e
em 1847 entrou na lista sextupla para senador. E r a conde-
corado com o habito e a commenda das ordens de Christo
e da Roza. Fez parte fie nnssa associação pelo espaço de
qnarenta e quatro annos e si n8o tomou parte activa
em nossos trabalhos é que náo o deixaram orr seos serviços
fóra da corte. Comparecendo fr frsta de nosso jubile0 pro-
curou conhecer todos os seos collegas, abraçando-os com
enthuziasmo ; felicitando-os com reconhecimento pelos
seos escrip tos, que conhecia graças a seos estudos e aoseo
amor pelas nossas couzas.
Era um homem amavel, um cidadão illustrado e
um magistrado integro e digno das maiores considerações
e que levou toda H sua vida a compôr essa mortalha tecida
de modestia, de illustração e de probidade, na qual se en-
v o l v e ~para descer á sepultura, lamentado pelos seoe
amigos e chorado pela sua numeroza e honrada prole.
Peço a inserção na acta de um voto de pezar e no-
meio os Srs. conselheiro Olegario, Alencar Araripe e
senador Corrêa para assistirem á missa de setimo-dia.
O Sr. 1' secretario, Barão Homem de Mello, dá, conta
do seguinte
EXPEDIENTE
Officios :
Do Exm. Sr. Visconde de Onro-Preto, prezidente do
conselho de ministros e ministro da fazenda,dispensando o
pagamento da importancia do metal empregado no fabrico
das medalhas commemorativas da lei aurea. Agrade-
ça-se. Do Exm. Sr. Visconde de Ibituruna, prezidente de
Minas-Geraes e socio do Instituto, remettendo alguns
4.54 REVISTA TiIIMESS.\I. DO ISSTITfTO IIISTORICO

npnntamrntoq relativos ttn Dr. Clanrlio llanoel ria Cwta.


Annitrcn-?e. Do.; Rxms. e Rrmn. Si?. i n t ~ ~ n i i n capnsto- io
licn, :irrehi.pn-priuiaz da Raliia, hi.;pns cle Jl:tp.i:inn;i P (le
S3n-Pniiln, 110sKam. Srs. rninist ro tios Est~rlns-T-niilns,
dc Pnrtiinnl, da? IZ~piil>licasXrhentiiia s rlo C'liil~, cla
enaíl~miximperial tle mctiicinn, tln. hihliotlircn da fricnl-
(lacie d e dircito dn Recife, dti, hihlintli~ca pii1ilir.n 4 1 %
Porto-Alrrr~,rins escolns i n i l i t ~ r de ~ s Porto-.llenr~ e do
dris cnmsras iii~ini~ipaes 11c Sictvrny, I'qirto 11s
da B ~ h i a ,11% ausnr.in<:lo comni~rcinl r10 Rio de
,P dos Srs. .T. P. JIalan r r l l ~ : [ i f t ~ Xpnixr- a ~ a r l p -
renlio R o f f c ~ t da
n iiieilnllin cnrnrnernnratirn(1~Ir4 dc 13 cle
Mnin cle 1899. P n Sr.consu1 z e r d tlo I'pi íi e m Sniitliainpton,
p~dinrloqiie sp Ibc r ~ n i v t t x~ icnrtri dn rnronel Lnhi-e. -
-40 bibliotlic~carioc10 Institiito para informrtr por e-;cripta.
Do cliihi literariio pnrtiigiiez, cntividandn o Institiito para
.
se fmet reprezemtxr na ?na aess5n qolernne n o c l i ~2 I :i.; 'i
112 hor as i 1 no ~ itc. Proritlenrinii-seeru tempo opportiinn.
OFFE R T I S
Peln sncio Henrirlne Raffard : rrm n7ifyrnpho do ~ I P -
cido ])r. Caio i1a Silva í ' r a d ~ , q ~ ~ ~ f ~ i p r ~IIXS~ iAIB(T;~?J
d~nfrj
e do Cenr:i. Pcln socio Rnr,io ( i p 0iiri.m : i r p ?;,ir rnle
.
ln . ~ ~ q p i o~n~ n r l a n t ~ n t(n{ r~ Ir%
c Pelo
;isncio rommpn-
dadoi. Joaqnirn Scirlinrto de So117a Silva : H i v f n r i n tla
Iitcmftwn I~rnziTr/i.ci; reziinio piib1ic:ido no -1friznlr.o
Poetico em 1844, e do qual em parte 6 autor o offertante.
Pelo Sr. Francisco Gomes de Amorim o seo trabalho : 0 8
L u d a s de Lttiz de Cantões. Pelo Sr. J. P. Malan uma
coiiecçáo da sua revista I1 Brazile, acompanhada de um
mappa da provincia do Rio de Janeiro. Pelo Sr. Argemiro
d a Silveira o seo folheto : Breve rnetnoria historica sobre a
fundação da cidade de Sdo-Roqt~e,provinciade SBo-Paulo.
Pela sociedacie scientifica argentina : Alinnles, e n t r e ~ a s
4' e 5. de IHSF). Pelo Institiito cartographico italiano
em Roma : Snuttnrio, 1889. Pelo centro bibliograpliico
vulgarizador : Revista Sttl-Anericann. Pelo club de en-
genliaria, institiito do Cear& e sociedade de geographia
de Tours as suas revistas. Pelas sociedades de geogra-
phia de Roma, de Bordesiix, real academia de historia
ACTAS DAS SESSÕES E M 1889 456
a
d e Madrid e sociedade imperial dos naturalistas de Mos-
cova os seos boletins. Pelas respectivas redações :-
&rio Popirlar, Liberal Mineiro, Lnprensa, Qazeta da
Moginiiri~n,Jontal do Recite, Ptrblicador Boiano, Ca-
zoeirano, Provincia do Espirito-Santo,Qéograpl,ic, Et&
du Sttd, Brésil, No~cveau-Mondee Boletim da alfandega
do Rio de Janeiro. Pela imprensa nacional : relatorio
-aprezentado á assemblha geral legislativa pelo ministro e
secretario d'estado dos negocios da justiça conselheiro
Francisco d'Assis Roza e Silva, lista geral dos estu-
dantes matriculados na faculdade de medicina do Rio
de Janeiro em 1889, estatutos da companhia industrial
.Guanal)arr\; parecer da junta de saude da armada sobre
o beri-beri, estrada de ferro D. Pedro TI, 4." addi-
tamento á broxure das modificaçóes feitas nas tarifas.
ORDEM DO DIA
1.. PARTE
O Sr. 1". secretario leo a seguinte proposta :
Propomos, que o Instituto Bistorico e Geographico
Brazileiro, por occazi8o da proxima chegada dos officiaes
d e marinha do Chile, celebre uma sessão solemne extra
ordinaria, para a qual serão convidados os mesmos om-
ciaes,e que em discurso analogo, ou pela fórma queparecer
mais conveniente, se agradeça a obzequiozidade com que
foram acolhidos e tratados os officiaes brazileiros, quando
ultimamente vizitaram o Chile ; que se mencione com o
devido apreço as cordiaeao amistozas relaçóes, que de
longa data tem o Brazil entretido com essa adiantada
nação ; bem como as vt~liozasoffertas de trabalhos lite-
rarios, que têm sido feitas ao Institnto em nome de escri-
.teres cliilenos; dando-se por ultimo breve noticia biogra-
phica 40s cidadãos mais notaveis d'aquelle paiz, muitos dos
qnaes fazem on fizeram parte d'este Instituto. Rio de
Janeiro 30 de Agosto de 1889. D. Pedro Augudo,
Jarquim Norberto de Souza Silva. O. H. de Aquino e
Castro. Bardo Homem de Mello. T. de Alacar Araripe.
Dr. Cezar Alqusto Marqtces. Hmri Rafard. JosB .
Lu& Alves. Felizardo Pinheiro de Campos.
O 9 r . prpzirlpn t e ponri~ra,qne a proposf q, ~chanrln-se
i a tnilns ns membros J I I ' P Z P ~ I ~ PnAo
a ~ r i g n ~ r por ~, pibile
snffi-pr ílisciiss~ri,mns que iio ~ n t n n t oronvirla os sni-Tos,
qi1rLt ~ n l i n mc I t t adiliizir algiirnírs c.nn.;id~rar;rit.qa p ~ d i r ~ r n
a palntrra. S . .\I. o Impwrndnr dignnii-.e ~xtPrniirn s n s
opini5o (Ir npplniizo s i 1 1 i r ~2 pl'npocta e npr~zeiiton81-
Rrrmns i d ~ i a r~lntirris
s ~o sen morlo ~xeqi~elirln, R(: qnaey
fnrnrn acc~itns znm miiitn especinl arrndn. 0 Si.. pre-
zidrnt,~rlrrlnrn, tomnr o rncarKr, 11eprrivirlenciar parir rliic,
a projec.tnrla fi3st:i cori.ecipcinrl:i nos ~ P Z P ~ O (10 S In~tit~ito,
9'. PARTE
O Dr. F~llizttrdc,Pinheiro de Campos, a peditlo d+
Dr. Joaquim llaria dos Ar!joa Eupozel, ofier~ct?ao Insti-
tuto a rrzn?ir(.tio tlr. rmis-tr?l~lrlo r o ) í ~ t ~ l l r o rcfnclo (18 22
116.

do Jiinlin ( 1 1H81i
~ sobre a s\ia r e i n t e ~ r a ~ i ino o emprezn
do secr~tariodn i-ol;tq;io doestnc;irtp.
O nr. Cemr Aiiziisto 3l;irqncr.; participa, qiie R com-
misslio norn~rirlnpara reprezentar o Instituto compnrecec,
na s~(isLosnl~mner10 liceo literario portiigiiez.
I) Iir . Ft.lixardo Pinlieiro t 1 Ciirnpos ~ commiinicn,
qne a rcsprctiva c.ommiss;io nssi~tioA misw íle T o . (lia fie
faleciclo socio hiitonin Alr ares I'eri eira Corida.
EITDRA

A convite do Sr. prezidente o Sr. Dr. Cezar Marques


proseguio na leitura de sua memoria historica Jetititus
no Maranhdo. ?*
As 7 1/2 horas, obtendo venia de S. M . o Impe-
rador, o Sr. prezidente levanta a sessiio .

servindo de 90. secretario.


ACTAS DAS S E S S ~ E SE M 1889 467

16.' SESSÃO ORDINARIA EH 13 DE SETEMBRO


DE 1889.

HONRADA COM A AUGUSTA PREZENÇA DE


S. M. O IMPERADOR

Prezidencia do Sr. commendador Joaquim Norberto


de Souza Silva

A's 6 112 horas da tarde, achando-se prezentes os


Srs. commendador Joaquim Norberto de Soiiza Silve,
Baráo Homem de Mello, Barao de Miranda Reis, Dr. Ce-
zar Augusto Narqnes, Dr . Torquato Xavier Monteiro
Tapajoz, commendatlor Jozé Luiz Alves, commeiidador
Luiz Rodrigues de Oliveira e Henrique Raffard, foi an-
nnnciada a cliegada de S. M. o Imperador, que, recebido
com as formalidades do estilo, tomou assento, e o Sr.
prezidente, tendo obtido a imperial venia, declarou aberta
a sessão. O Sr. Henrique Raffard, servindo de 2". se-
cretario, leo a acta da sessiio anterior, que ficou ap-
provada.
E depois o Sr. prezidente proferi0 as palavras se-
gnin tes :
a SENHORES ! Cada uma das nossas ultimas sessões
tem correspondido h perda de um de nossos antigos col-
legas. Hoje é o desapparecimento de iim magistrado dis-
tincto pela sua illustração @,integridade como foi o Con-
selheiro Joáo Lopes da Silva Coito.
Nasceo este benemerito Brazileiro ii'esta capital
no dia 6 de Julho de 1807 e faleceo na cidade de Nie
teroy aos 30 de Agosto de 1889, contando 82 annos h
idade. Estudou aqui os seos preparatorios ; encetou na
universidade de Coimbi-a os seos estudos sobre jurisprn-
dencia e os continuoii em Sáo-Paulo. Graduado em direito.
exerce0 snccessivamente os ~eguintescargos com intelli-
gencia, sem que jAmais deixasse de merecer elogios pela
rectidso de seos julgamentos e independencia de seo
caracter : jniz de direito das comarcas de Vassouras,
68 P. 11 VOL. LII.
Canta:nllo e Campos, chefe de policia d 3 c C ~ r t c~ h, e f ~de
polirin ctn provincia do Rio tle J:ineii.o, pi'ezirl~iite(Ia prn-
vinci:~r10 Ealiirito Santo, clczemb.ir~s~lor (1% r~lnr;:iocle
Prriinnihiicii, t1~zcmt)argador(1% ral~q5od s c i ~ r t r , tiacal
e ~ ~ r c z i d ~ rcio
i t trihiinal
e tlo commerrii~tl't..ta cnpital, ini-
nistr~idn t.ribiina1 de jiisticn, loyai. em que foi a ~ i o x ~ n t a c l o
em virtiide de s11a a ~ i ~ n ~idxtle. ~ila
R~ciizoii-si?n reprezentar a provincis do Ecpirito
Santn na camnrrt dos ~lr~iiitados, qnnnilo foi chnm:uln R
sii~iliriri i fnltn (te iim nienilirn, q i i ~fslecCra, allílixiirlo
qii~ ac nXn ctirisidprav;i r e p r e z e n t ~ n trie~ riuia prorincio,
que apenas lhe dera irm voto na ~1eic;;ío.
Er n rnmme 111sordens da Rnzn e da Con-
ceicltri de Yilla grari-qrriz do Cliristo do Brrrzil.
Foi diirnnte Iiieio srciiio socio corresponílrnte do Insti-
tiito Hi storico. se sempi icto p i a s snns
rii.tntte s e amnd ? i t ~ d 0PO luixntos o conlie-
ceram.

inimiznrla siqner, nem desrnerec6ra da mngi~ti-atnrrrbra-


zilcirii, ( i i i p t50 ljrillisnt,e e independente se: p r r t ~ n t ~ aos
ia
r~llinsdo iniindo.Liicr~~+a-se sempre coin a s i i coiireriaqrin,
~
porqiie era elle ie iim tliczoiiro ~ I Pp r ~ c i zidxcles
o
trntlicionn~s,sei se lastimar qiie nada escr'eresre.
Fizcr,im oiitm! Ic, porqiir, praticando-5:C! com
ellr, lia-se como qiie n'iim grnnrle livro e jtirna12 sem
proveito.
Peço, que se consigne acta de hoje um voto de
pezar pelo seo faleciniento .B
O S r . yrezidente accrescentou, que para assistir B
missa do setimo dia nomeou os Sru. tenente-coronel
Francisco Joz6 Borges, conselheiro TristAo de Alencar
Araripe e Henrique Ra.ffard.
O S r . 1". secretario:dá conta do seguinte :
EXPEDIENTE
O fficios :
Do Exm . Sr. conselheiro Lourenço Cavalcanti d e
Albnqnerque, participando ter expedido as ordeiis necea-
sarias para que pelas repartiçóes a seo cargo sejam cedi-
dos temporariamente todos os objectos e obras que pos-
snirem referentes á republi~adr>Chile. Da sociedade de
geo,ai.apliia de Lisboa para que se tome nota do se0 pro-
testo contra a linha divizoria de hfoçainbiqiie, indicada
no mappa do Trinswall de Zeppe de Pretoria. Do socio
Dr. Joaqiiim Pires Ma:liailo Portella, remettendo em
iiome do commentlador Pedro FI.anciscoCorreia de Aranjo,
ministro do Braeil no Cliile, nin follieto de Joz6 Carlos
de Carvallio Alla Provincia di S. Paitlo nel Brasile, e as
ebras seguilite9 de Julio Baiíados Espinosa : Historia de
America y de Chile, Gobierno parlamentario y ststema
representativo, Ln Batalla de Ronca,qbgc~a,Ensaios y bos-
qittjos e Letras Politicn. Dos Exms. e revdms.
Srs. bispo do >Israiiliáo, vigario capitul:tr do Rio-Grande
do Sul, gove:niillnr tlo bi;p~:lc) de Pernambuco, da
associaç%o coininercial beiieficeiite rle Pernambuco e do
Sr. JoBo Ramos, agradecendo o exemplar da medalha
que o Instituto fez cunhar para commemorar a lei anrea
de 13 tle Maio- de 1888. Do prezidente das Alagôas,
remettendo o relatorio com que o Exm. Sr. Dr. Aris-
tides Augu(rtoMilton passou a administraçilo provincial
ao Dr . JozB Cez:trio de Miranda Monteiro de Barros a
6 de Janeiro do anno corrente.

OFFERTAS

Pela imprensa nacional : collecçõee da8 leis e deci-


sdes do Brazil, dos annos de 1820 e 1888. Pelo departa-
mento nacional de estatistics em Buenoa-Aires : Datos
trimestrales de1 coinmercio exterior. Pela academia pon-
ti0cia de nuovi Lincei em Roma : actas da tnesma um-
demia (mezes de Fevereiro a Maio de 1889). Pela socie-
dade de geographia commercial de Bordeos o seo boletim.
Pela sociedade de geographia de Tonrs o seo boletim.
Pela sociedade de geographia de Washington The Na-
tiona1 geographu Magasin. Pela sociedade physica eco-
nomica de Konigsberg o seo relatorio. Pelas respectivas
r e d w e s :- Gazeta da Bahia, Diario Pqpular, Jornal
ACTAS DAS S E S S ~ E S EM 1889 46 1

O Sr. prezidente communica acharem-se as referidas


propostas assignadas por todos os sociou prezentes, mas
que entretanto dar8 a palavra pa.ra toda e qualquer con-
sideração,que se queira fazer ;não havendo ningueiu pedido
a palavra, o Sr. prezidente declara as propostas unanime-
mente approvadas .
2.. PAR1 E
O Sr. Henrique Raffard participa, que o Instituto foi
reprezentado na missa de 7". dia do finado conselheiro Joiio
Lopes daSilva Coito, e a convitedo Sr. prezidente d8 conta
ao Instituto das providencias tomadas para a realizaçiio
da sessão solemne e expoziçlio em via de execuçiio em
honra da ofticialidade chilena.
Sua Magestade o Imperador dignou-se mostrar-se
satisfeito e p6z & tlispoziçiio do Instituto diversos livros e
objectos ciiriozos de siia propriedade para tigurarem na
expozição, os quaes o prezidente declarou aceitar com es-
pecial agrado.
LEITURA

A convite do Sr. prezidente, o Sr. Dr . Cezar Au-


gnsto Marques proseguio na leitura de siia memoria os
Jwtcitas no Maranhão.
A's 7 112 horas, obtida a venia de Sua Magestade o
Imperador, o Sr. prezidente declarou finda a sessão.
Henri Ilafard,
servindo de 9O. secretario.

168 SESSÃO EM 17 DE SETEMBRO DE 1889

P r d e n c i a do Sr. commendado? Jonquini h'orberto de


Sotcza Silva
A's 7 horas da noite o Sr. prezidente declara aberta
a sessb, estando prezentes os Srs . I". vice-prezidente
conselheiro de estado Olegario H. d'Aqnino Castro, 1'.
secretario Barão Homem de Mellq 2". secretario interino
4fi9 i.F.\ I E T A 1I < ! MF.KFAL no Ih'hTITUTO HlSTORICO

.
Dr JiiRn S~1reri~n.i tla Fonrecrt. theznureiro cnns~lheiro
Alcnvnr A v x r i p ~ ,e nc rorins T ) r . T ~ i x e i d~ r ~ JIello. Ce7rir
h l l t r q ~ ~ e1.01
~ , ( l l ~ ~'l'ap~jlis,
to Liiiz A1vc.c. Endriwes
. PZ Pnlhn P FIcnricine Rsftàrcl . ('rim-
de C i l i ~ ~ i r a(;ar$
prirecernni mais inrcle os >i9. R;ii 50 cle C~panema. JcBo
C ~ p i s tarin
i tlc Al~reoe senlirlnr 3lnnocl Frnnci3ro Correia.
E' lida e tlj~pror:td;tH a c t s (1% 'iessiio antec~tiente.
0 Sr. prezidcnte 16 ns i ~ g i i i n t e spn1ii~i.a~ :
S ~ n h o r ~ sSI . 2 ( l ' c ~ tm~ ~ zf a l e c e ~ n'pcta
cfirte e entcrtoii-c Dr. Fi nnr~i'ic~o c107b Fiarreira
R~ptistcl.P r s ~ p p a r e c e ocom elle o nlt inio +ririo quinqtin-
geriai.ici, qiie nos r t! P o tcrc~ e io,
i quc deccc ao t i l -
1111111iesf e anno. E mn.das Inossas 111tinias s ~ s ~ í j e ! :
ternos t i d o ile leme c--e s r i ~ pcrtlas
~s d~ noscos mais
nntípos con~ocins. O Ur. l'prreira Haptistn, rl~poi.:de
forrnndo em tlircito, no ctirsn jurirlicci dc Siio-I'nulo, foi
n o ~ n e ~ ~lente t o do meimo c.arso, Iiipnr q ~ i edeisou por
des~osto,r~tir;inilo-se iriopinrirlnincntr, e qiiandn menos
8 e: esperar:ri. par3 esta c i ) ~ t e .exei.cea aqui, e por muito
tiympo n c,mprego (te promotor piihlico, e por tal modo
b ribil toii-s e no 1i;ipel ùe accuindor. que tornori-se n o t a r ~ l
peis sua tlialectica, de modo ta1 que rlift'ciiltt~rna defeza
(10s ~drogniloscontinrios. Deniittiilu pnr cau7ns qiie m e $50
de!rconttecidas,deixoii a tribuna da ncinzacáo, em que f i ~ u -
r h a por rnriitrls aiinos e w i u sentar-se linnca tia a<i~-r>-
cncia, na qii;~lse coiiserToii totlo ( i resta tle siia vitia. I:] R
um Iiomem alto e magro, e de poucas palavras, mesmo no
seio damais intima amizade.Passousempre por muito probo
e gosava da fama de illustrado na sua profissão. Nada
escreve0 ; e durante 60 annos que fez parte d a nossa
associaç80, limitou-se a estrictas obrigaçóes . Nunca
assistia, siquer, a uma de nossas sessões ordinarias. Na
f6rma dos estatutos, peço um voto de pezar pela s u a
moite, que será inserido na acta d'esta sessão.
Erii seguida o mesmo senhor declara, que nomeou os
Srs. Dr . Cezar Marques, Felizardo de Campas e Henri-
que Raffard, para assistirem h missa de 5". dia e darem
pezames a familia, por parte do Instituto.
Nao ha expediente,
ORDEM DO DIA
1 .' PARTE
O Sr. 1". secretario lê as seguintes propostas:
.1 Proponho para socio honorario o Exm. Sr. con-
selheiro Duarte Gostavo Nogueira Soares, ministro de
S. M. F. n'esta corte ; o qual assignou a convenção
sobre a propriedade literaria entre Portugal e Brazil.
Saia das sessóes em 1 7 de Setembro de 1889. 0. H. de
Aquino e Caqtro.JOGO~Sevrrianoda Fonseca. Bardo Homem
de Mello. Henri Rafard. Jozé Luiz 41vm. Dr. Cezar
Barques. T . dlencar Araripe. Jozé E. Garcez Palha.
Torqtcato Tapajós. Dr. J . A . Teixeira de MeElo. Ltcis
Rodrigues de Oliveira.
Estando a proposta assignada por todos os membros
prezentes, o Sr. prezidente assim o declara e na fóms
dos estatutos proclama membro honorario o Exm. Sr.
conselheiro ministro Duarte Gustavo Nogueira Soares.
.L\
2s Considerando o grande alcance da convenção
que, no dia 7 do corrente, anniversario da independencia
do Brazil, foi assignada em Biienos-Aires, entre o imperh
e a Republica Argentina, para a soluçho da qiiestho de
Missóes, propomos, que seja conferido o titulo de
membro honorario do Instituto ao Exm . Sr. Dr. D. Nor-
berto Quirno Costa, ministro das relações exteriores da
repnblica, que assignon aquelle acto, conjiinctameute com
o ministro do Brazil. Sala das sessões em 1 7 de Setembro
de 1889. Barão Homem de Mello . Henri Rafard . Jozh
Luit Alues. Dr. Cezar Augusto Marques. T . Alencar
Araripe. Jozé Egidio Garcez Palha. Torquato Tapqjóa.

-
Dr . Joté A . Teixeira de hfello. Luk Rodrigtles de 01a-
veira. João Seuerianogdcr Fonseca.
Estando tambem esta proposta assignada por toãw
os membros prezentes, o Sr. prezidente proclama membro
honorario do Instituto o Exm. Sr. Dr. D. Norberto
Qnirno Costa.
O Sr. conselheiro Alencar Araripe, obtendo a pai*
vra, declara, que o Sr. Rodolfo Theollo, haver8 trez
4G.I REVISTA TRI ?JENS.kT, DO INSTITIITO 111STORICO

pnls qiintro annos, aprezentoli nm escellente trnbiillio sen


intttillnilln : Kr trwin rlrr wcn r70 Cilflrf;, 187'7-1 \\O. o
qiinl seiavio de li;tze para !3er prosposto rneinbro cnrrespnn-
(lente ; mas com(o are Iiojio n4o t,enlia. Iiarido soIiir$n, offe-
.----L-

pltin 11rt iii7rrit?inS~ t do


,
-
rece nn\ nruari~t: rrnneIle I:,,,i i i i ,:iriinlmcnL- N- "wnnqrn-
me nmo auto I', P ~ P ~ qne,
,I!(

I P rcrnrtten-
do-se 5 çnmniirs;io r10 liis t.nria,, se lhe pe: ;8 I l i ~ B I cia
1 no
parrccr.
O :?." secreltario interino pede tambem infnimy\rnas
sohrc o parecer iri:irlo pelo Sr. coiisell~~irn Lttli*l:'io Sert)
a e a4OE livros ,sprazentadns ao Iiistitiito PPIO
r ~ l a t i viiient
Sr. Tiiinna rle Limn, e irltimainent~ aprenciitatlos cm
sess;in. C) Sr. preziilentt: inf(irm,z, que se arliaili coin
n St-. I<i\r30 rlr Cspencmn.
O S.. I-Ienriqiie 1laff.ird faz identica interpellnqZo
rrobrc a prnposta rrlat i1.n RO Sr. t enente-rnront.1 . l n i o
Vicentr Leite de Castro. O Sr. Dni.20 {Ir C'apnrieiiin inf;)r-
ma, qiic! de f;ietn t n l pnrrcer Ihr foi rcmettiilo, c.;tzn(lo
elle f:~rn. d : ~ c;irtr, e qricl só Iiont~mo recebi-rn.
nrclnrn n Sr. prrzirlentr, qiii3 esta st: bss.'io foi cnnvo-
cniln. pnrx tratar-se (1% rccep~L) dos snciins honn rarini,
q i i ~dchvcrn 1 ir toiiinr asspntii i\iip ririi~irns;PSP;~O, e inclica
05 iiirins I ~ Ptnrnitr cs.;c xcto n~ni.;wririiiritt i3 Icirmni
A'.- 1

.'lpbq 11re~erlisc>nus;toein qne SP ;illii~leRO modo por


qne t.eni sirlo receliitliis os oirtrns riocios Iionoraritiq, d p c i -
dp-sp, 1111~. prncr~li*nrln-si3 de iyial fhrrna, cnmpsrccnrn os
socios em trajo de curte.
Trata-se em segiiida do programnia para a s e s s b
solemne, que tem de celebrar-se em houra & naç8o &i-
lena, reprezentada pela officialidade do couraçado Almi-
rante Coclrrane. Fica assentado, que, recebida esta B en-
trada do salão por uma commiss80, e por outras commis-
sões o corpo diplomatico e as se& ms, e por todo o Ins-
r1
titiito Siias llagestades e A1 tezas periaes, o prezidente,
apíts as formalidades clo estilo, abrira a sessão, dando a
palavrn :to 1". I ice-prezidente, que 1ei.A uma allociicáo; ao
1". secretaiio,que proiiiin~iar8um discurso, e o prezitleiite
lerá iiina poezitt anitloga e encerrar-se-á a sessiio com
um discurso do orador.
O Sr. Dr . Teixeira de Mello informa, que as obras
ACTAS DAS S E S S ~ E SEM 1889 465 6
relativas ao Chile, existentes na bibliotheca nacional,
ascendem a quazi mil e quinhentas.
E nada mais havendo que tratar-se, o prezidente le-
vanta a sessb 8s 8 3/4 da noite.
Dr. Jodo Sevmiano da Fonseca.
-secretario interino.
2.0

17'. SESSÁO ORDINARIA EM 27 DE SETEMBRO


DE 1889
.HONRADA COM A AUOUSTA PREZENÇA DE S. M. O IMFERAEOR
.
E DE SS. AA. O SR. CONDE D'EU E D PEDRO AUOUSTO

Prezzdencia do Sr. commendador Joaquitn


Norberto de Souza Silva
A's 6 314 da tarde, estando reunidos os Srs. BsMo
domem de Mello, Dr. João Severiano da Fonseca, conse-
lheiro Alencar Araripe, Visconde de Taunay, senador Ma-
noel Francisco Correia, Barão de Capanema, commenda-
dores Joz6 Liiiz Alves e Rodrigues de Oliveira,I)r.Teixeira
de Mello, Torquatro Tapajó~,Visconde de Fogueira da
.Gama, Dr. Sacramento Blrrke, Dr. Cezar Marques,
Heurique Raffard e aprezentando-se Su.i Magestade o
Imperador. e Suas Alteza Imperiaes, e sendo recebidos
com as formalidades do costume, o Sr. prezidente, pedin-
do a devida venia, abre x sess9o.
Achando-se na sala immediata o Exm.Sr.Dr.D.Enri-
flue B. Moreno, ministro plenipotenciario da republica
Argentina, ultimamente eleito membro honorario, o pre-
zidente convida os Brtrão Homem de Mello e conse-
,lheiro Alencar Araripe para recebel-o, e tomando assento,
Q Sr. prezidente lê o seguinte discurso :
a Senhores. Acha-se prezente a esta sesdo a que,
. q m o quazi sempre, se digna de honrar S. M. o Impefador
.cQm a sua augusta prezença, o Sr. Dr. D. Enrique B.
loreno, illuntrado reprezentante da re~ublicaAf$entJna
59 r. 11, VOL. Ln.
O Sr. prezidente continua o seo discurso :
Senhores ! E' sempre occazião de maior jubilo para
o Instituto Historico a recepçiio de novos socios nota-
veis pelas consideraçtes, que os cercam, e que se honram
com os nossos diplomas, como ainda mais nosBonramos
ao vêl-os aqui sentados, attestando ante o mundo culto
valor e o acolhimento que nossa associação merec
E quanto mais illustre tornamos o Instituto, tanto ma
somos obrigados a redobrar de esforços para que seja
i
elle t&odign,, de nossa patria, como do sabio e venerando
principe, que o prezide, ha perto de meio secdo.
Senhores ! A questão das Missóes envelhecêra nas
pastas da diplomacia. Reviveo-se na actualidade e
força era terminal-a. O povoamento de duas possessóes
vinha trazendo os povos h face um c10 outro, e convinha
saber onde cada um devia parar. NBo era um ponto de
honra decidir entre a dignidade de duas nações, mas
uma questao de fronteiras a interpretar entre dois
povos vizinhos, e sobre esta terra immensa, que Decill
formhra para tamanho imperio, fôra ironia disputarmos
.
tenazmente um palmo de terreno, como ,lisputrtm as na-
çóes do relho mundo. Contemplando do marco interna-
cional, que vamos plantar para todo o sempre, e vendo
todo o territorio, que possuimos com o seo vastissimo li-
toral, recortado por magnificas bahias, cavado por esses
rios oceanicos,qiie se despenham de alterozas cordilheiras,
e serpeiam por infindas e uberrimas planicies, atraves-
sando labirintos de florestas seculares, primeiro qne
levem seos tiirbillióos de aguns ao Oceano, no qual ainda
cortam leguas e leguas para seos leitos ;--podemos dizer
com o orgulho do nosso grande poeta BAZILIO DA GAMA :
Isto nos basta a nós e no nosso mmttndo !
O tratado ajustado entre as duas prosperas e po-
derozas naçóes sul-americanas, quer de uma quer de
outra maneira, isto 6 , ou pela justa interpretação de um
tratado antigo elucidado pela sciencia, ou pelo arbitra-
mento de uma naçáo amiga, tem de dizer a verdadeira pa-
lavra sobre a questao secular das Missóes. E' s aurora
de iim grsnde d i ~ que , vem raiando para R constante e
intima nmizaile de diiis poros, qiie, jrintos, tGm comha-
t.idn e m tliiferent.es ~ieriodns pela sant,a csnz:i.da 1iht.r-
clatle rl'esta parte da America.
(1% biiri politic; a paz entre os vizinhos pavo'i,
a t,empoi vir$ em qiie 1t huiti~nidncle c.lirrrnn.r;ia
JU,,,V
. -com tado o seo. . .poiler..Irnat~rinl,ao sea siipreirio
. Yerh em0 o seo nltimo dia. 0 ferro volt.;irk a9 sen
prirnit,ivo empreno; e rnilbbe3 e milhfiias de giic>rreirns,
niiien~n constnnte k paz e ;i liberdw le, v01t ma^ 5s
sii;rs pnci fic2.s ncciipnyiies. E' pois coni R pe.nn3. cio RT-
bit1ranient.0 e nAo coni a esphda rln conqaiqtndor, nos
liymnos cl:t Iiariuonia rlas niiqhcls e nBo :tri clnncyor 111i.q
clarins da puerra, qnc, se t.eiii cle cIeci(1ir (? jir i-;ie-zp. 11e.
cidinrlo das qnastó~isiiit,eriiacionrtc:. ;\ esse scc.rt,:vtis-
simo passo dn politica america.na de niossos (lias, jri o
13razi1, f t ' a ç ~ s 4 siin int+r~ridndc
I e firme7!n, tem ~ i l l ncltw
mado a dar se0 roto no t r i b ~na1 i i tln ci.rilizxq3c>,:'i tiice
de Dens F! (1%et.ernisjiicrtiqa.
i.? Instituto EIistnricu e Geo I Brazileiro, qne,
como ilict? o nnkrel visconde -Loopoldn, o
reprexcntiinte das idkaci de illiist. ,..,..,, .,,ie eni 11ifYerirnt~ri
Ppocss sc t.ern rnhnift?st.nilo cin nosso contin~nt,e,nlio
podia olhar cnm inditYi..reni;n para iiin fiicto t50 tl-:tn-crn-
dent.e, q~iea postei'irlacle ~~collierh 1)enigiio e rlrie reyiq-
t.rar;i n:ts paginas de reos aniiaes c.onin iim tiiiinfii (is
gloria para a diplomacia americana.
aconferindo táo honrozos diplomas aos factores d'esses
triunfos diplomaticos, offerece o Instituto a prova nilo
s6 da importancia, que lhe merece acto tão justo, como
da consideraqáo ein que tem a tiio conspicuos varõ2~,
tanto nossos coucidadiios como os reprezentantes da
grande republica, que nos patenteia por a s s i p a l a d ~ s
modos a siia estima e nmizade. A voz iinaniuie da imprensa
Buminense, qne applantlio esse acto de nossa corteziii. e
consideraçáo, d A sobejo testimiinlio do nosso acerto, e
bem assim da geral simpathia, que entre n6s gozam ou
Argentinos.
Como orgão d'esta benemerita Instituição, a qual não
cessa o Imperador de amar e engrandecer aos olhos do
ACTAS DAS SESS~ESE M 1889 469

nlundo? inclino-me cheio do mais profundo respeito e da


maior satisfação para saudar os esclarecidos chefes da re-
publica Argentina e do Imperio Brazileiro, os ministros
dos negocios estrangeiros de um e ontro Estado, e os
eximios representantes de ambas as nações, os quaes tão
reaes serviços acabam de prestar á sua e 9, nossa Patria.
Pedindo a palavra o Sr. D. Enrique B. Moreno lê o
segninte disciirso :
Seiior :-Snr . Presidente de1 Instituto. -Seiiores.
A1 tomar posesion de1 alto cargo, con que me ha honrado
e1 Instituto Historicu Geografico de1 Brazil, siento mi es-
pirito fortalecido, porqiie pienso, que esta insigne distin-
cion simbolisa mas bien e! aplauso á una idka, que e1 pre-
mio á um indibidiio. E1 Institiito Bistorico de1 Brazil, la
institution cientifica mas antigua de Ia America, Ia mas
respetada en Europa entre sus congeneres de1 conti-
nente americano, la que guarda en sns archivos riquezas
incalcnlables, que serviran mas tarde para levantar el
monnmiento de nuestra liistoria, lia querido consagrar
con las honras personales disceriiidas ti algunos de
mis conciiidadanos e1 tiiunfo de una idha, qiie sin-
tetiza las aspiraciones de1 siglo. E1 antigo litigio terri-
torial que Biazileiros y Argentinos recebimos en herancia
de nuestras metropolis respectivas, acaba de encontrar
una fórmula qiie hace desaparecer en un indtante las
asperezas de1 pasado, y nos vincula para 10 porvenir de
una manera indestructible. E1 Instituto Historico robns-
tece con este acto las convenciones de 10s que han dedi-
cado sn vida 9, luchar por lafraternidad americana. Mien-
tra, ilega hasta e1 seno de esta noble assemblea la espre-
sion de gratitud de aquelles de mis conciudadanos, qiie
merecieron e1 titulo de Miembros Honorarios, yo dir4 á
10s seiiores aqui presentes :
Seiíores, esta altissima honra se tradiice en fuena,
porqne es estimulo. Prometo dedicar 9, 10s trabajos de1
Instituto tantas fuerzas cuantas sean necessarias para
hacer-me digno de ocupar un lugar entre un grupo de
hombres, que, presididos por e1 mas sabio de 10s soberanos
cont~mpnr4nros,lianlernntnrlo ante prnprios r ante wtrn-
iios PI n i r ~ int~lectiinl
l de la ;lm;i.ic.t.-
O Sr. prexiilrnte, tlando a pallivra ao Sr. senador
conselheiro cle pstat10 31anoel Ft=atici.co Correin, p i a
responder, este conscicio l;i o segiiinte disctirso :
Cahe-me a ngrnrel taref& de recipond~r ao elo-
quente ilisciirso,coi~iqiie R C R ~ ~cle B expressar qeo reconlieci-
mentn ao Institiito, o illiistrndo ravalli~iro.qnp com t:into
brillio P simpiitliia r e p r e z ~ n t ano nriizil a ~ n l o r n z aI:P-
publica A r p n t i n s . Si f o i apreciiida pelo r l i ~ n nrniniqtro
t i rezo1ut;;io cio Itisti tiito lIi\toriro, collocanilo-o no nu-
mero IIP wos S O C ~ O S 11onorari0~,n50 m~?tios' e conrrat111a
esta corpnraq5crp~lnacertad~ ~sci11li:tqiie fez, epor ter ti110
ensejo iIe 1181-1101~0testimilnl~odix alt:i estima, (1118 S. 1:~.
goza entre nbs, niio si1 por siins exceller licla(li.s
p~ssones,como pelo constwntc p nipenlio cc no in-
tereciqe de nmhns as naqfi~s,se h8r e.fiirçrt( :tr~itar
aindn mais as reIaí;6eq aruigaveis qiir iI :I,r 6 1 1 1 . r +se PS-
a
.,-,. a-

i Es. r ~ c e n t oe intqniroc11 prova.


fnrqndo ~ t n p ~ n l idr ~i t S.
Urzi:i deciciir, c nrio ~ ~ 1 armnq, 8 s a nntryn questin rle
limites entre a Rcyiii1)lic:r P o Iriiperio. I'r& ( ' ~ ~ i i l i l - J
de modo q i i ~n'io motivasse qiieixn psra os cstricloq intp-
ressarlos. Senhiim ct'elles nece~sitn nccrescentar tr qpo
t 5 0 rasto territorio qtialqner pnrq;in arrancmla violentn-
menfetlo oiitin. P:irri.;ipatrioticx ;~cti~idncle (le scos lillil~s
sobeja aquelle em que domina incontestada a s u a glorioza
bandeira, e estes povos qne j& em commum derramaram
preciozo sangue para restaurar os fbros d a civilizaçjio
ul-da, fora igual á que souberam nobremente
' quebra da honra e ""b.
viiear, o entregar sorte dos combates cauza, que. sem
pundonor reciproco, podia ter pa-
cifica soluçáo no meio dos applauzos de todas as nsçóes
C I I ~ ~ R Se, das benqáos de qiiantos prezam os triunfos da
hiimanidade. Dedicando-se sinceramente ;i. esta soluçáo o
Sr. D. Enrique Moreno, além de benemei ito de sna
patria, tornou-se credor do nosso particiilar a p r e ~ .o
Bfanifestou S. Ex. os seiitimentos, que, eni relaçáo ao
Instituto, aniinam no homem illustre, qiie com tanta pe-
ricia prczide os destinos do povo argentino, tão saliente
ACTAS DAS SESSÓES EM 1889 47 1

.emnosso continente, e bem assim os do distincto ministro


das relações est.eriorbs da Republica. Distinguindo a
asses vultos notaveis da politica ,americana, o Instituto
distinguia-se tambem ; pois I3 acto de justiça, qiie engran-
dece, render preito aos estadistas que merecem. NBo me
4 licito terminar sem dezejar aos demais membros hono-
rarios, ultimamente admittidos, as minhas mais cordiaes
felicit açóes.
Tem em seguida a palavra o Sr. orador, senador
Visconde de Taunay, que profere o seguinte discurso:
Senhor. Assignalada para todo o sempre ficar&
nos annries a sessao de hoje. Sem grande esforço vêmos
-com effeito sentado ao lado de Vossa Magestade, no topo
da meza de nossas deliberaçóes, o grande e refulgente
vulto de uma nacionalidade amiga, a prezidir conjuncta-
mente com o indefesso protector do Instituto Historico,
esta significativa reunião, cujo alcance nos infunde as
maiores impressóes, e tBd grande repercussão j& tem na
opinião publica, quer do paiz, quer do estrangeiro. E,
Beiihor, permitti, qne, na expansíío de nossa alma, dei-
xemos bem saliente uma verdade. A republica Argentina,
.que muito aprende0 em dias de cruel adversidade e nas
-convulsóes da ambiçBo dos Iiomens, ao vosso lado, perso-
nificação de iim principio tão velho como o mundo, masqae
parece antagonico a aspiraçi3es por que ella sempre
anhelou e qne afinal vio realizadas, níío se sente por fórma
alguma enleiada e constrangida e pelo contrario, commo-
vida e grata vos aperta a dextra, pois sabe e conhece bem,
que sois um monarca excepcional, chefe de uma mo-
-narcbia tambem excepcional, cnjas inspiraçCes se ra-
dicam na lealdade e no estremecimento do povo brazi-
leiro e de continuo se fortalecem aos vividos ares
da liberdade americana! Dahi provem e deve provir
a alegria do plenipotenciario, .que reprezenta essa
republica no nosso modesto rec~nto, o nosso illustre
.consocio, e, podemos com iifania proclamar, nosso bom
amigo o Sr. ministro D . Enrique Moreno.
Muito orgulho vos I3 hoje, Exm. Sr., permittido,
.a par do jubilo, que nos corações bem formados sempre
Incirrem ~ spaz e (IR scieticia. R e p ~ r z ~ n t n icnin
RS f ~ s t da s
efft~itnlima victnrin, em qne n;io 11% reiiciilns, e qiiec;, p 3 n
as\in~(lizer, ainda ilescn~~lieciil,~ Asnti~itrs~riropCns,eml>clr:r
mnrcliem ;i f r r n t ~r18 c i ~lizaqilo.
~ E 6 CIIR de! ida, 1150 50-
mente 5 jindnl~. I:trrn, qiie prrzicl P jh os dcstinm
iln novo continrn arii1)~rn;iL evo!iiri in q ~ i elinhil e
op 110 eyyiirito de
Iionest,nn iente
.11% .largo4 scculos conrrstantes, pela arnsiiiiidarlt) . .. ~ I I ile
R~ :~l r : i l P 9
vc19qn
carartrr, pela meigiiice dc) 10950 t l.ato, p ~ lt i cc~rdixlicia~l~
de ~ 0 9 s ncnn~ivencia,e ti ido isso seni e3f nrco, sem CRI-
riilo, s ~ mplano, a camin111ar(lw sereno e rizonlio gela
linha r ~ c t a jiisticriro
, sempi-e para com os vnssos cnmp:r-
triotas e brnzileiro e rnsiic: profnnclo e y~ito.;n cliplo-
mata, com aqiiell~ssimples elementos de R C ~ ~ O110 , qne
iniiito negociador, perspiciio e tiío conhecedor (10s liointsns
qrianto li;it>itiiadoa engnn< nl-os.
Na solnç:lo (Ia e.;piiilioza e jintenninr ire1 de I imites
nas 3Iissiies Si ~ s t eum fac:tnr dn niiainr imlinrtancia , P 1 ~ -
gitimo cfesvanecimento aurerii l--*-- 2- .
tlt! ~ 0 . ste1 1% I ~ a ~ ar- ia
g ~ n t i n ac rr diploniacin nnirersal, que ainrlrr rima r e z
a~ip1:iridirA t a n i l i ~ m;i. siipei ioriilade de vist:~se rr corilura
da nn~5ribrazil~ira.
le qiinntn griltidgo n5o se fizeram d~ ~ 6 credn- s
umanitlade, a m:ii de fr~miline a infancin? !
(Jiiantns lanirnas nilo ciistn o simples morimento cle rilnc,
Iiiimor e iiii~i;líit*nc.in,de iim picili~iotenciario! Qiinritn.~
thezouros mal baratados, qiianto preciozo sangue vertida,
quantas calamidades, a zurzirem impiedozas, sobretude
os velhos, as mulheres, e a crianças !
Mil hùsannas, Sr. ministro, á vossa brandura a
incansavel amabilidade, tão bem correspondidas pela lha-
.
neza e affabilidade do povo brazileiro Emfim tudo e s t á
terminado ; e uma nesga de territorio invio, montanhozo
e coberto de asperas florestas, sulcado de rios barrentos
e iiiipetiiozos, o (ioniinio dos qiiaes nem os iiiesiuos selvico-
las qiiizei.aiii, iiiío obriga diias iiaqúes, tle posse de vastis-
simas teri.i\s, e destinatlas a a1,i.i~os braqos aos infelizes
e desalentados dil Eiii opii, ti se degladiareni encirniçad'w
e saiiguinarias, coiiio duas féias do dezerto a disputarem,
nos arrancos da fome, escassa e ambicioiiada preza. Na
hi&a dos grandes acontecimenhs, não ficareis esque-
cido, Sr. ministro, nem delembrada ser8 a iniciativa, que
tomou o Instituto Historico, afim de commemorar o gran-
dioso successo, não diremos do imperio do Brazil e da
Repnblica Argentina, mas de todas as Americas, e ainda
mais, de todo o mundo civilizado..
E' pois com immenso estremecimento, que esta
associação abre agora de par em par as suas portas! para
receber o eminente reprezentante de uma naçiio vizinha
nossa, jB poderoza, nobre, alevantada, e que se guia pelos
mais adiantados principios d'este seculo de progresso,
de justiça e de respeito reciproco! Comprimentando-vos,
peço-vos, em nome do Instituto Historico Oeographico
Brazileiro, transmittais ao Exm. Sr. Dr. D. Mignel
Jnarez Celman, illustre prezidente da Republica Argen-
tina, aos eminentes Exms. D. EstanislBo Zeballos, minis-
tro de estrangeiros, e Dr. Norberto Quiiino Costa os
nossos cordiaes emboras e mais v i ~ a felicitaçóes.
s
O 2'. secretario interino lê a acta da sessão ante- .'
cedente, que 6 approvaùa. O Sr. 1". secretario d8 conta
do seguinte :
EXPEDIENTE
Officios :
Do Exm . Sr. plenipotenciario argentino. «Exm.
Sr. Raron Homem de Mello, Secretario de1 Instituto His-
torico y Geografico de1 Brazil. Distingiiido Sr. Baron.
Tengo e1 pracer de enviarle con estas linas copia dd
télegrama, qiie acabo (le r ~ c i b i rde1 Exm . Sr. Presidente
de la Repiiblica. Asi que e1 Sr. Presidente recibrt la co-
municacion official de1 Institiito, cont.estarir directamente
y como 4s de sii deber la altisima distincion, que acaba
de conferirle aquella noble associacion . Aprovecho esta
oportiinidad para reiterar aV. Ex. e1 ofericimento de mi
sincera amistad. De V. Ex. att". S. S. Enrique Moreno.*
Do secretario da sociedade de geographia do Rio d e
Janeiro: o 1".de 6 do corrente, dando conhecimento que a
sociedade, ein sessáo de 5, rezolveo pôr B dispozição do
Instituto os livros, mappzs e mais objectos concernentes
60 P. 11. VOL. LU.
B republica do Chile exietentes no seo archivo; o 2'.
de 16 do corrente, envimdo vsriaa obras para Qmmm
na expoziçiio, que o IRnitnto pretende effectuar em L
menagem tí officialidade do encanraçado AZ~nwanfeCo-
cirrane, as quaes vBm devidamente relacionadas.
Do nosso consocio, o Sr. J d o Barboza Rodrigaes,
communicando ter recebido para si 6 para o mnaeo b o b
nico do Amazonas os doia exemplares d a medalha da
bronze, que o Instituto lhes conferia. Da camara muni-
cipal do Recife, da praça do commercio do PsrB, do
gremio literario portnguez do Par&, e dos Srs. A. Eloy
da Camara, D . Clandio Joz6, bispo e Goiaz, socio coi-
respondente Antonio Ribeiro de Macedo, de Paranagoi,
fazendo ignal communicaçb . Do director da bibliothecr
nacional de Lisboa, commnni~ndoo recebimento de um
exemplar do livro do quinquagenario.
Do. Exm. Sr. ministro da. fazenda, commnnid
que autorizou o administrador da imprensa naciod r
mandar fazer na respectiva officina a e n c a d w , que
dever8 Bcar promph at6 o dia 18 deste mez, da Bsindo
Trimensal destinada tí bibliotheca do enconraçdo chi-
leno Almirante Cochrane.

OFFERTAS

Pelo Sr. M. Vivien de Saint Martin Nouveau L&&


onnaire de Qéographie Universelle. 48 fasciculos ; pelo
socio Virgilio Mtlrtins de Mel10 Franco o seo trabalho
Provincia de Minas Geraes yerants o immigrunte es-
trangeiro ; pelo Sr. Alfred Marc, Vn aploratmr bré-
szlien; pelo club naval, sociedade de geographia &
Lisboa ealfandega do Rio de Janeiro os seos boletins ;pelo
Sr. Visconde de Taunay, Qnestóes da immigraçtio e acutci,
Politicas; pelo Sr. Dr. Pires de Almeida, InsZrzccfion
pthbliqne du Brésil; pelas respectivas redacçbes : -Diario
da Bahia, Jornal do Recife, Diario Popular, Liberal dld
neiro, Provincia do Espirito Santo, Gazeta de Mògimirim,
Baependiano, Ignprensa, Publicador Qoiano, Caxoeimno,
Novdades, Gkographie, Noltveau Monde, Brésil e etoila
ACTAS DAS SESSUES E M 1883 47 -5

du ,Çud, e pelo Sr. conselheiro Alencar Araripe, uma nota


do Banco Mau8 & C .,de MontevidBo, de 20 centesimos, e
quatro notas do Paraguay eni circulaqáo actualmente,
sendo ellas de 50, 20, 10, e 5 centavos fortes.

1'. PARTE DA ORDEX DO DIA

O Sr. Visconde de Taunay. pedindo a palavra, lê o


discurso,com qiie,como ortitlor dii coinmissão do In~t~itiito,
felicitou o imperador no dia 7 de Setembro do corrente
anno :
Senhor! Pela segunda vez, apoz a gloriozrr data
da abolição, que abrio para o Brazil era nova, tem o
Instituto Histoi-ico e Geograpliicn Brazileiro o intenso
jubilo de comparece: ante o throiio imperial, afim tie se
associar ás galiis e ti.iuiifaes recordações do grande dia
da nossa Independencia.
Quanto caminho andado, Senhor, desde a memoravel
Bpoca, em que o aiigusto pai de V. Magestade cortou
com a espada de Alexandre, isto 6, com a rezolução e a
fti dos espiritos fortes os laços, que nos prendiam ao
velho Portugal ! E por mais que nos t.enhtimos adian-
tado, sempre havemos de ficar aquem da convicç8o
arraigada e do admiravel opt.imismo, quede continuo
alentaram o vosso peito, crente no esplendido porvir
rezervado á Patria, que nos B táo cara ! Para v69 nunca
houve negros vaticinios, nem sombrias vacillações, que
conturbassem essa esperança viva, e cada vez niais robo-
Fada, filha jtí do conhecimento intimo que tendes do
nrazil, jh da certeza de que caminhar vigilante pela linha
recta B a gamntia da victoria na orbita moral e nas con-
tingencias physicas . Na esphera dos maiores consegni-
mentos todo vos pareceo possivel, e tudo se fez,-até o
arrancar d'esse pnngente e venenoso espinho, profunda-
mente cravado nas carnes, que nos empecia a marcha, e
noe ameaçava, quiç8, de morte ingloria e cruel.
Hoje, novo leáo de Andrbcles, caminha o Brazil a
largos passos e seguros, e de certo a gratidáo, quando
niio outros sentimentos mais calculados e menos impres-
sionistas, jhmais consentir&,que elle se volts, sangoinario
e temerozo, contra aqnelles, cujas mãos amigas e saaves
lhe extirparam o dolorozo e fatal acúleo, para lhe dar
vicia nobre, serena, digna, cheia de altiva expansh e
pujante de magestatica força. Venham, venham medidas
novas, estas relativamente bem faceis, e a terra Bmi-
leirn ser&, com amonarchia, que tanto e tão bem a tem
servido, justo motivo de orgulho para a s Americas eaté
para a humanidade em pezo. Taes siio, Imperial Senhor,
os sentinientos e os votos do Initituto Historico e Geo-
graphico Brazileiro, por nós trazidos hoje B prezençe do
iiiclito soberano, que para a nossa associa$io tem sido,
mais que zelozo e constante Protector, um Pai, todo de
meiguice e adoravel estremecimento!
O Sr. 1". secretario lê os seguintes pareceres das
commissóes de admissão de socios e de historia :
1.O A commissão de admisdo de socios examinoa
attentamente os pareceres das respectivas commissbes e
propostas acerca de varios illustres cidadãos chamados a
fazer parte da nossa associaçiio, e por encontrar n'aqnella
illustres cavalheiros todos os requizi tos necessaiios, B de
parecer,qiie syam rtciiuittidos ao gremio do Instituto His-
torico e Geograpliico na qualidade de socios honorarioso:,
eminentes professores Drs . Charcot, Giovanni, Semmola
e Conde de lfota Naia, pelo relevantissimo e inexcedivel
serviço de hdverein conservado a vida do S r . D. PedroII,
na occaziáo mais critica e perigoza, salvando na pessoa
do iiiclito soberano o indefeso protector d'este Instituto.
E na qualidaile de socios correspoiideiites os Srs. tenente
coronel João Yicente Leite tle Castro, Dr . Jozé Ricardo
Pires de Almeida, L)r. Feliciano Pinheiro de Bitencourt e
Anni bal Echeverria y Reyes, cidadiio cliileno, Marquez
de Nulliacen (general espanhol Carlos de Ibanez,);
Bouquet de Ia Grye, membro do Instituto de França e
general Ferrero, chefe do serviço geograpliico de Italia,
sendo estes trez ultimos propostos pelo nosso distinctis-
simo consocio o Sr. Barão de Teffé, actualuiente na
Europa, e que ali tem reprezentado o Brazil scientifico de
modo brilhante e applaudido . Sala das sessões 27 de Se-
tembro de 1889. Visconde de Tatcnay. Maihoel Bancisco
Correia.
2." A. commissiio de trabalhos historicos, tendo em
consideraçilo a proposta para que seja admittido como
socio correspondente do Instituto o Dr. Clovis Lamarre,
natural da França,e administrador do estabelecimento de
educação Sainte-Barbe,vem aprezentar seo parecer acerca
da mesma proposta. Foi offerecido como titulo t i sua ad-
missão o livro Camóes et l t s Lzlziades, étrtde ltiograplrigite
e littéraire, suivie du podrne annoté, impresso em Pariz,
1878, com 21 pags. in-8". Divide-se este livro em quatro
partes, a saber : Vida de Camdes, noticia historica sobre
os Ltcziadas, noticia literaria sobre os Ltcziadas, os Lzi-
hadas; tradiicçáo acompanhada de notas mithologicas e
georgraphicas, etc.
Bem que muito se tenha escripto, quer em sua
patria, quer no estrangeiro, acprca do grande vulto das
letras portuguezas e uma das glorias de Portugdl ; bem
que o poema jB esteja traduzido com annotações em varias
linguas, o livro do illustre tradutor encerra consideraçfies
devalor liistorico e literario e revela muito estudo sebre o
assumpto. Entende portanto a commissáo,que o Dr. Clovis
Lamarre merece ser admittido ao nosso gremio . Rio de
Janeiro 25 de Setembro de 1889. Dr. Aug~utoIrz'ctorino
Alves do Sacra,nento Blake. Dr. J. A . Teixeiru de
Mel10 .
3 A commissão de trabalhos historicos vem apre-
.O

zentar seo parecer acerca do livro offerecido como titulo


de admissgo do pharmaceutico Rodolfo Marcos,Theofilo,
natural do Ceara, ao gremio do Instituto como socio cor-
respondente. Este livro Ristoria da seca do Cear&
(1877-1880) publicado na cidade da Fortaleza em 1883,de
605 paginas in-80, abre-se com ligeira noticia sobre a
sitnaçilo, limites, superficie, litoral, configuraçiio physiea,
constituiçiio geologica, orographia e hydrographia da
provincia ; sobre seo clima, estações, secas e grandes
ACTAS DAS SESSÕES EM 1859 47 9
+
O phaimaceutico Rodolfo Marcos Theofilo, pelos.
titnlos que exhibe, merece ser admittido ao Instituto.
Rio de Janeiro 25 de Setembro de 1889. Di. Au-
gusto Victorino Alves do Sacramento Blake. Dr . Jozé
Alexandre Teixeira de Mello. B

4." A commissão de trabalhos historicos vem apre-


sentar seu parecer acerca do Dr. Jos6 Ricardo Pires de
âimeida, proposto para socio correspondente do Instituto.
Foram juntas 9, proposta, como titulo fi sua ad-
missão, duas monographias: uma sobre D. Pedro I e outra
sobre D. João VI, enriquecidas com documentos acima
de toda excepqão, e onde se expoern os factos de modo
condigno e verdadeiro. Na primeira ha um apanhado tia
independencia em todos os estados da America, que,
confrontado com os acontecimentos de 1822, mostra a es-
pontaneidade d'este acto, que se fez sem o derrame de uma
s6 gota de sangue.
Publicou o autor depois, em 1857, na Gazeta da
Noticias no Rio de Janeiro um estudo sobre o Sete de
Abril, que passou sem contestação por parte da critica,
embora ahi se declarasse, que, perante a historia, a ma-
gnanimidade do acto de D. Pedro I deixou a perder de vista
generosidade do povo brazileiro. Tendo sempre em vista
a manter seo juizo sobre a grandeza e espontaneidade dos
actos do fundador do imperio, além dos dociiineiitos ci-
tados e que encontrou em abandono no archivo da camara
municipal, conhecendo por tel-as vista no litoral, arre-
cadon e trouxe para esta cidade com immenso sacrificioa s
peças mandadas collocar em todo litoral por esse soberano
para defeder-se de aggressóes que se esperavam por
parte da metropole. Ainda sobre a historia patria escreve0
em francez por destinar-se a dar f6ra do paiz a medida
exacta de nosso adiantamento em materia de instrucç80
a Bistoria e leg~laçãoda iitstntcçáo publica no Bratil,
livro que acaba de ser publicado com 1138 pags. in-8" e
que está sendo distribuido gratuitamente na Europa.
No lugar, que exerce, de archivista da camara
municipal, o Dr. Pires de Almeida salvou do esquecimento
e provavelmente da riiina, o arcliivo Iiistorica, jb pra-
R I O V P ~rlo I rima c:upozic30 na propr a, j6 e f i c t u ~ n d o
o11trn por OCCH1zi50 11a c-xpciziq: rieils~lr,de p1o-
pri~pIiia.
Alem da5 obras c:itrrdas e do seo dirama O S . Jfariires
dn liirerdni?~,e m qiie se trata de arisiimpito Iiistor' ~ c ' o 118 ,
varia4 oiitras d e nAo sairn~nosvali~r, t i no%s lite1.ari,s~e
oiitras sricntificas. Lnrrc nii iiltinins salienram-sr .. T- r n- -
i -

~ > p r c i i ~ . c f ?eo e.vrrtln; rl?i~uIi.w$ 1 v!iro-pru ~ fico (?ou


Q n!inir?ittciof,em dois vnlu~illes com : ~ ( I O g ~3vliras
. ;
'(2 inttilt~r11l;jafItt; tiztca e os t i ,t i c n c , li? W n e e
crarnmeiitn ; Foriili~lririo infr?.iincio>inr,livro :iinciri.
1 -
. nuo
concluitlo, ma.. J ~ Lcom 1 .5(I(i pazinas impressas i n -L0 com
d i i c~ltim~las
~ ~ ; CorlsirJcr~lf;i+-i sol~rt?oc tinntn~ioqi l n ~ ~ n i ~ i ~ r
d~ i;io t ? Jrr?iciro. ~ co))io crrirm e f f i c i t w i ~c i a j ~ ~ lnuinrt~'/~?,
~rr
Cn>istitiiiçrio i~rrrtirn(lu Iilo clc J~ctioi-o(?r* rtr-rorrlo c o t ~oc
q t t ' t i t o < ,/;iriw~tl/rrlo.eycin r~rq~rr.toricl grvw? r f ~ J ~ ! / t i t ~ ~ t ~ e ;
JI!/!yit>ne das Irn/~itnp?t.s;Qfiicinn ?in escola.
Dr. Pirrs tle .4lmeirla enifim tem titnlos bastanteu,
qiie o torii~rll mer(~c~(for tle occnpar Lima cndrirn, rio
Iiihtit,iito.
Rio de .T~n~iro3icle
Setembro c l ~1879. P r . Arryrr~ln
Dr. J. A . Tt.r,i.c,irn
1:lrtl;f.
T'irtorr~in;Ilr.cs cln d~irrrrtmc.~ito
df~ll0.
5." A commissi%ode trabalhos historicos, em conside-
raçilo B proposta para qiie seja admittido como socio cor-
respondente do Institiito o chefe de diviziío Ignacio
Joaquim da Fonseca, tem rt satisftrçiío de dar pareeer
acerca da referida proposta.
Como titulo para admissão foi aprezentado o volume
a Batalha de Riachuelo publicado no Rio de Janeiro
em 1883 coiii o retrato do heróe d'essa batalha, Baráo
de .\uiazoiias, e com cinco plantas iiidicando as pozições
occiipatlas pelos vilzos belligeritiites na meiiioravel acção.
Não Iis tliivi(1n do valor, pai.iL iiossa Iiistoria, d'esse
tra1)allioelaborii(1o ein vista das partes ot'ticiaes d a es-
quadrn eu1 operaq8es. IIa entretanto oiitros trabalhos
do cliefe cle divizão Fonseca, que o tornam digno d e ser
ACTAS DAS S E S S ~ E SE M 1889 481

admittido ao nosso gremio, como sao : Co»,bate de Czcevas


em 12 de Agosto de 1865, conferencia realizada na
augusta prezença de S. M. o Imperador no salão da es-
cola da Gloria, e publicada em 1882 ; as trinta e seis
Cartas do theatro da guerra remettidas de esquadra
brazileirs em operações contra o.governo do Paraguay e
publicadas no Jornal da Bahia em 1865 e 1866; o rnallpa ,
entre o Rio do Frade e o Mitctrry copiado dus cartas in-
glezas, tnais correcto e augnlentado sobretudo nas ilhas,
lancos, canaes e recife, que foi lithographadc no ar-
chivo militar em 1857, sendo levaiitado quando o autor
era 1". tenente da armada e commandava o pataxo Tl~e-
reza. ; o Plano do ancoradoaro de Ilhéos, n a Bahia,
levantado de collaboraçáo com M. Ernesto Mouchez e iiii-
presso em Paris, 1863.
Ha finalmente outras obras do chefe de divizio
Fonseca, que não têm relaç8o com a geographia, e bis-
toria do Brazil, como a sna traduçilo da HZstoria naval de
Beddeconzble e as Noçaes de philologia acco~n~nodadas
Q luagita Crazileira oii vernacula, livro em que o autor
lança os fundamentos de futura lingua, excluzivamente
nossa, tiío arredada da portuguexa quanto B vasto o
oceano, que separa o Brazil de Portugal.
Rio 24 de Setembro de 1889. Dr. Awgrcsto Victori~zs
Alves do Sacramento Blake. Dr. J. A. Teixeira de Mello. .
Todos esses pareceres ficam, na fbrma dos estatutos,
sobre a nieza, para serem discutidos na proxima sessão.
O Sr. 1". secretario pede a palavra e lê o seguinte
afficio :
.r Legaçáo de Sua Magestsde Fitlelissima. Rio de
Janeiro 27 de Pet.embro de 1899. Illm. e Exm. Sr. A triste
noticia da morte de Sua Alteza o Sr. Infante D. Augueto
a80 me permitte ter a honra de assistir hoje B seseh do
Instituto Historico e Oeographico Brazileiro. I). 0.
Nogueira Soares.
O Sr. prezidente declara, que a infausta noticia d a
morte de S. A. o Infante D. Augosto 6 recebida com a
61 r. I; ~ O L .LIL
482 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

mais profnndo pezar pelo Instituto, pelo que pede a


S. M. o Imperador venia para levantar a sessáo, e levan-
ta-a Bs 8 '16 da noite.
Dr. João Severiano &ri Ebneeco.
9 . secretario inbrino.

18'. SESSBOORDINARIA E M 11 DE OUTUBRO


DE 1889

Prezidencia do Sr. Joaquim Norbdo de Souza Moa


A's 6 112 boras abre-se a sess8o com as formalidades
do costume, estando prezentes os Srs. Joaquim Norberto,
conselheiros de estado Olegario Herculano de Aqaino
e Castro e Visconde deBeaurepaire Rohan, Barão Homem
de Mello, Dr. J. Severiano da Fonseca, conselheiro
Alencar Arrrripe, Visconde de Taunay, Dr . Teixeira de
Mello, commeiidadores Joz6 Luiz Alves e Rodrigues de
Oliveira, Dr. Cezar Ararques eTorquato 11apaj.j6s,capitão-
tenente Garcez Palha, conselheiro Pereira de Barros,
Barão de Capaiiema, Barão de Miranda Beis, Dr. Sacra-
mento Blakc e Henrique Raffard, o 2." secretario interino
lê a acta da sessáo antecedente, que é approvada .
O Sr. 1." secretario communica o expediente se-
guinte :
Officios :
Do Sr. ministro da agricultura, informando nada
haver no muzeo nacional referente á historia natural e
ethnographia do Chile, que possa figurar na sessáo, que o
Institiito pretende celebrar ; do Sr. ministro da guerra,
declarando ter providenciado para que a escola miutar,
bibliotheca do exercito e directoria geral das obras mili-
tares facultem ao Instituto as obras e objectos relativos
ao Chile ;do Sr. ministro da marinha, fazendo igual decla-
raç8o relativamente A inspectoria do arsenal de marinha e
bibliotheca de marinha ; do Sr. secretarid do instituto ar-
cheologico e geographico pernambumno, rernettendo um
exemplar, vasado em cobre, da medalha que o mesm:, insti .
tuto mandon cunhar em commemoraç~oA abolição da escra-
vidao; e igualmente agradecendo a que o Instituto Histo-
rico por identico motivo offereceo-lhe ; do Sr. secretario da
prezidencia do Rio-Grande do Sul, remettendo dois exem-
plares da collecção de leis daprovincia de 1887 e 1888; da
directoria da bibliotheca nacional de Lisboa, agradecendo
a primeira parte do tom. 52 da Bevista Trimensal; por
igual motivo, da sociedade geographica e commercial de
Saint C3allien, e do conservador da bibliotheca de Evora ;
dos Srs. socios coronel Fausto de Souza e Joaquim Por-
tella desculpando, por motivos justos, as suas auzen-
cias Bs sessões e remettendo este ultimo cinco exem-
plares do discurso sobre a Tolerancia dos Cultos ; e
do Sr. Villamil Blanco, ministro do Chile, offerecendo
por parte do Sr. Anibal Echeverria y Reys um exemplar
de seo livro intitnlado Disposiciones vzjentes era Chile,
sobre policia sanitaria y bmtejcencia publica.

OFFERTAS

Pelo Sr. ProsperoLniz Peregullo a sua obra Cristoforo


Colombo; pela real academia de sciencias de Madrid
suas memorias e os fasciculos 5, 6 e 7 da Revista dos pro-
gressos e ciencias exactas, $sicas y nattcrales ; pela com-
missão central brazileira na expozi~áo de Pariz Le
Brésil 02 1889 ; pela bibliotheca nacional de Buenos-
Aires Ligeros apztntes sobre e1 clima de la Republiw
Argentina ; pela legaçiio do Brazil n'essa republica Des-
h & < i n de1 punrpa de1 Rio Negro e de Neztqven, por
Jorge J . Rohde, com mappa ; pela universidade central
de Venesnelaa sua Revista Cient13ca,tom. 2', nu. 13 e 14;
pelos Srs. Dulan & C. (de Londres) um mappa do
Transwixl, de 4 folhas, ; pelo editor, um opusculo A' me-
moria do senador Evaristo Ferreira da Veiga ; pela re-
dqko do jornal 11 Brazile a sua revista n. 9 ;pela ata-
demia imperial de medicina do Rio de Janeiro, os seos
484 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Annaes, tom. h", n. 1; pelas sociedades de geograpliia de


Bordeaiix e Italiana, academia de historia de Madrid e
bibliutheca nacional (italiana) Vittorio Emanuel ; alfan-
dega do Rio de Janeiro e academia imperial de medi-
cina,osseos boletins; pelas respectivas redacçóes: -Betrieb
Marititna Brcrz)leira, anno 9". n. 3, RaYsta Sul-dineri-
cana, Diario Popukrr, Jornal do Reqe, Provincia do
Espirito-Santo, Liberal Mzneiro, Gazeta de Mogimiria,
Publicador Qoiano, Jornal do A~nazoncrs,Irnaiqgio,
Notlueatr .Monde, Brésil, Etoik du Stld e Beographie;
pelo Sr.Col1atinoMarquesde Souza os seos opusculosdlcio
de atenuar os efeitos das sêcas e Barra do Rio-Cfrandt
do Stcl.
O Sr. prei2dent.e congratula-se com o Instituto com
os premios conferidos pelo jnry da expoziçãode Paris,
alem do a S. M. o Imperador, aos distinctos socioe os
Srs. Barão de TeffB, B~riloHomem de Yello e coronel
Pimenta Bueno, aquolle por soas cartas de e x p l o ~
do rio Javary e estes pelo seo Atlas geral do imperio,
capitao-tenente Calheiros da Graça e 1'. tenente Indio do
Brazil pelos seos trabalhos geographicos, e finalmente
o proprio Instituto, pela collecç80 de sua Revtsta 7%
~nensal.
O Sr. 1". secretario communica, que o nosso consocio
honorario o Sr. D. Enrique Moreno, tendo de seguir (ir-
gentemente para Buenos-Aires, veio pessoalmente ao
Instituto fazer suas despedidas, offerecendo seos pres-
timos n'aquella capital, onde poucos dias se demorari,
esperando ter occazih de, em principios do vindouro m ~ z ,
comparecer de novo As nossas sessões.

ia. PARTE DA ORDEM DO DIA


Achando-se na sala immediata o Exm. Sr. bispo do
P ~ r h ,S O C ~ O correspondente, e os socios honorarios o3
Exuis. Srs. conselheiros ministro de estrangeiros Joze
Francisco Diana e Duarte Giistnvo Nogueira Soares, mie
nistro de Portugal, o S r . prezidente convida os Srs. con-
selheiros Olegario e Mencar Araripe, commendsdor Jod
Lniz Alves, Barão Homem de Mello, BarBo de Capanema,
e Barão de Miranda Reis a irem recebel-os.
Ao tomar assento o Sr. bispo do Parti, o Sr. prezidente
pronunciou o seguinte discurso :
Senhares ! A recepção do S r . D . Antonio de Macedo
Costa, illustrado bispo da mais vasta dioceze do imperio,
a qnem o Instituto conferi0 o titulo de seo socio corres-
pondente, B motivo para que a nossa associação se encha
de jnbiloe conceba as maiores esperanças por bem pensados
trabalhos devidos ti sua primoroza penna . O reverendo
bispo da dioceze aniazonica vem honrar o Iiistituto com o
esplendor scientifico de siia mitra, como se distinguiram,
honrando-o, os seos yi~edcce~sore~, de saiicloza memoria,
Conde da Coiiceiqão, D . Antonio Feri eira Vicozo, que foi
bispo de Marianna , Conde cle S. Salvador, D. Manoel
Joaquim da Silveira, que foi arcebispo de S . Salvador da
Bahia, Conde de Irajá, D . Manoel de Monte Rodrigues
de Araiijo, que foi bispo do Rio de Janeiro, e mais do que
nenhum d'elles o illustrado Marqnez de Santa Cruz, D. Ro-
mualdo Antonio de Seixas, que tambem foi arcebispo d a
Bahia, e que tão condigna demonstração de seo talento
deixou nas paginas da nosea Revista. Pena B que os nossos
prelados, percori.endo eiii vizita as suas vastas diocezes,
n8o escrevam as impressões das suas viagens, tendo ti dis-
pozi<;ãogrande somma de subsidias para o melhor exito,
seguindo assim o exemplo transmittido pelo eminente bispo
do Parti, D. Joz6 Joiio, que nos legou o Diario das suas
viagens pelas terras e rios de seo bispado, maravilliado d a
natureza que o cercava, e onde a cada passo, e onde a cada
olhar magnificamente se lhe patenteava o dedo de D e o ~ .
Aprezentando ao Instituto o novo e venerando socio, 6
de esperar, que nos serão conceclidas algumas d'essas pa-
ginas, que, dictadas pelo seo talento e escriptas pela sua
penna, servir80 igualmente de estimulo aos demais aio-
cezanos do imperio, de grande proveito & nossa instituição
e de muita utilidade ti nossa patria.
Depois d'este discurso falou o novo consocio nos se-
guintes termos :
Senhor! Senhores! Si não fõssem as alternativas
crueis de lima saude enfraqnecida, de ha muito teria eu
48c REVISTA TRIMESSAI. DO ISSTI'TI.'TO IIISTORICO

rindo prrssiirrizn trazer ao Tnstit.iito TJistnrico e Genn;r:i-


~iliic:nT?rxzilt!irnn exprens?~oclo merl reconliecimcntn pela
insirne liiiii~i,qiie inp lgz, nnm~n! nrlo-rn~ : tior-
rnyiniirlent.tl, Iinnrn contra a cliinl si insiiro;t iiiiilis
mnili?stin, mas o sentimento int.;imo (Ir. izulti-
rienc.i;~.
35.0 c,iii~ieispnrhni, rlire venho morer litirio cnmvorico
por canxa cl'csta vnsw qcncroxn in~i~ist.ii::i.~.'erilio pelo rnn-
t.rniio ji~~t~ilic:tl-n. Sem ditviilii q ~ ~ i z ~ s I~onrilr tes Cm iim
nhscitro ri-prrzen tan te rlo clero bi.azi lcirn c.ontrmporaneo
03 i n s i ~ n ~ rlotcs
s il'nqnelles ~nrGosei-iidit.~isct t:io hciie-
meriins d;i. i~i.ej:i.cnmo cln est,ailo, qiie ciiitr'ora, e ilcsile
n orizem cl'este Inst.ittitn,se n~soi.inr.~rn cnirivosco na o11ra
dn sci~ilci;i,~ s c o p orle V O S R : ~l~iciil)rn(;í~es.
~ 'l'otlo o inci-c?-
nientn (10s eat,n(lrici r e f e r s n t ~ sAs nnssns coiixas pmtritis,
todo o esfQrqo pirít ti ral-aq da critti ilznm oJ~sctirilladc vi71
qitr .jnziriv~t.nm ~>srtiilo [~rincipítlmeiitttlaqiii, tl'e5t.e fiico
Iiiminoari, rl'cste gremio sabio, ~ I I Rse teni tornatlo por isio
benrrn~rit o rlo P R ~ ZC 11madas glnrias il'elle no catrangeiro.
E.:'iirii:t verdxrlr cliir? a crit.icn impnrcii~ln5o por1er:'i (lp.3-
'L
conl~ecdr.Mas ni10 O 6 m enos n R T Ima~?tn,q~le
~ t i m cliiclo :!o
nosso lioni-nzn labor moi tos di5t.ir i t issimoa memhrns iin
clero crrt hnlico .
D~si:;rl~iilii f;irs,e atC?porventrira indiscreto,pctr-meeti,
agora q i i i rcicem-clie~ado,tt remrmnrar-vos esses nornc.9
glnriiizos de qire se iif';tnn o Inst,itutn, 6 qne tentlrs otrvicto
tanta, V P Z P S I ) I . P C C I ~ ~ Zn't;st,e
:~~ r t ~ c i n t . Jltxs
~ . ernqiinnto por
delicada discriçko me calo, rr historiã vai dando testi-
munlio de um conego Januario da Cunha Barboza, um
dos vossos egregios fundadores, de um Romualdo Antonio
de Seixas, o immortal arcebispo, da um conego Gonçalves
dos Santos, valentissimo polemista, de um D. Manoel
do Monte, preclaro bispo do Rio d e Janeiro, de um
D. Jozé Affonso, meo veneravel predecessor, de um
frei Mariano Vellozo, de iim Francisco de Mont' Alverne,
de int:litos ciardeaes como JIezzofanti e Pacca e tantos
oiitros varues, iiisigiies por 1eti.a~e virtudes, rliie brillixm
como csti.ellas refiilgentes no firmaiuento do Instituto.
O qiie vein o Iiiiniilde bispo do Para aqiii fazer depois
d'elles? Traballios qiie levasseili um poiico mais de luz L
(i ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 487

nossas origens, a esses tempos da nossa formaç8o nacional


ainda insufficientementa estudados, esses seriam em ver-
,dade muito do meo gosto e ao sabor das tendencias do meo
espirito; si m'os consentissem, com OS lembrados agora
pelo nosso egregio prezidente, os cuidados absorventes do
ministerio apostolico, e as forças decadentes de quem vai
.j8 bem entrado pelos annos. Em todo o cazo minha pre-
zença aqni servir8 para alguma couza, Senhores ; servir8
para attestar a solicitude que em todos os seculos tem tido
a igrejkb pela diffuzfio das luzes, pela propagação das
seiencias; o interesse, o empenho, o esforço constante com
que ella acompanha e anima as explorações do espirito
humaiio em todas as provincias do saber.
V6s conheceis melhor do que eu, que si uma ponte
nos liga ao mundo literario e scientifico da antiguidade,
4 igreja catholica a devemos; que foi no interior dos
~claustroç,que se manteve açezono seio da geral escuridb
.o lume sagrado, que devia depois irradiar-se com tanto
esplendor no meio das nações modernas. Foi a igreja,
arroteando campos, abrindo estradas, lançando pontes,
multiplicando escolas, erguendo por toda a parte liceos e
aniversidsdes, com uma profuziio que espanta, quem pre-
parou e desenvolveu o grande movimento da civilizaçilo
ahristan na Europa e no mundo.
O que estb fazendo n'este momento o sabio Leso XIII
para fomentar e desenvolver o gosto dos estudos historicos,
franqueando a commissões de sabios escolhidos por elle
.entre varias naçóes, archivos preciozos, at8 aqui qnazi
inaccessiveis, 6 obra colossal de efficiencia imniensa sobre
.o progresso da mentalidade hnmanrr, e que d8 testimunho
ainda lima vez da fidelidade com que se conserva na igreja
a tradiçilo do amor 8 sciencia, sobretndo 8s sciencias
aiiatoricas .
Assim explicada a minha prezença aqui, C-me facil
.desinteressar-me pessoalmente da grande e immerecida
honra, que me conferistes. Fico ufano, senhores, de re-
prezentar a hierarchia catholica no seio d'esta sabia cor-
poraçiío; ao mesmo tempo que me humilho e confundo de
aiao poder corresponder, como devêra, 9, vossa confiança e
4 88 REVISTA TRINIENSAI. DO IXSTITUTt

gentileza. Podeis t o d ~ r i acqntar com a n:


c 1ledicaq5c~.
li'iriiln este rliscur~o,foi dncl:i n p-ilr
mendarlor ;luz& Liiiz Alves, o qiiaI rliri
seqiiint,e discnrsn :
S ~ ~ i r n nO. Institiito acihon de c
profr~ntlne r~licioznnt tençilo o imponei
f(*rirlop ~ l oExrn. c Rcv. Si.. Dr. T). 111
Cost,z, Iiidpo do Parii, qrie h q j pela ~ prii
rpceo 6 se.;sfio do In.;titiito 1Iistorico P
zilciro, afim tle tonmr assento e posse d,
coi*responde~te,para ri qii:il foi iioinei
darle d~ votos na srqs;io cin dia 1.7 rle ,T
xiino linrlo, pi'nin~tt~nilo :ihrilliriritnl-a,
4 1 1 ~vastn srthedorin .
Para h ~ mpoder ~ i icorresponder r
snmpto e assim prender rr attenc;.5»
illnstre, fira mister, qiie R Divina I'ror
hrinrlxrlo com o nianestozo saber c10 Crnn
ns rayos nixtorio.; rlo I'indaro ria t~ihiit
P r . Antonio P~~.t*ir;b r l Souza
~ Caldas, e
prorli~iozxelnqiicncix do f:imozo j~xiiit
rle S,i. ; porqiie sU aqsirn, di.;tingniilo
dotes, poileris, em fraxrs rrp:~~s:iclas de
fxzer a apntlicozc tliis pereyrin.1. virtiic
altos meritos, e relevantes serviços, q
pntria, A liiinianidriile e 6s letra* tem
de siia glorioza exi'tencia o piiineiro (
copado brazileiro.
NLn tendo -porem rt ven tiira de se
esses primorozos orriatos (ia memoria, I
despida de galas e floreios dezempenli
tlit iiii-s5o 110 qiiol fiii ~ncarrc*rp(lo, r
i i i i i i i ~(1%
~ riheilithiii~i:~, 1111nii~lriiiiclrrc.rhi.i
1t~iic.i:~ ila \'ii\.,k . \ l , t ~ r s t , ~ i111lperi,il.
l~?
t ~ n q i n(lii 1"siii. e ItPviii. Sr. Ili.pi~ tlo
i l l ~ i s t r : l oI c , ai ilr?tlc. j;
Irx;i, ~ I I inis P fnz~ni.~ii~c~tiiriiln-iii~. iiiirii~
NII SCCIIIO qiir .;e \.ai tle.liza
d o Eterno, a prinieirri realeza é a intelligencia, que n o
dizer d e iim dos mais festejados zsciiptores da patiia d e
Cnmões, d e Herculano e de Castilho, eleva-se acima d e
todas a s outras, seo poder abrange o mundo, Eua legiti-
midade esth ~ i n c i i l a d ano d o , porque 6 do céo, que des-
centle, B de I& que emanon a chamma esplendorozs, que
illumincn a teira; o suffragio dos Iiomens B zero diante d a
palavra d e Deos ; porque a intelligencia B o eco d e siia
voz. Tiido se gast a, cousome, envelhece, definha e morre;
menos a intelligencia, que rejuvenesce sempre, vivifi-
ca-se cada vez mais, esfoi-ca-se, eleva-se e exalta-se a o
travez d a humanidade, deixando gravado nos aconteci-
mcntos o cunho de seo continuo progresso. N'este pro-
g r e n o incessante d a intelligencia lia homens, que Deos pa:
rece t e r fadado para seos reprezentantes, cujos nomes são
tidos como simbolos das gerriçóes que passam; e qiie
aspirem a noyos ccmmettiment os. O Exm. Revm . Pr Ur.
D. Antonio de Macedo Costa, lu0. no catalogo dos bisrcs
do Parfi, do con:ellio de S. M. o Imperador, prelado do-
mestico de Sua Santidade, e assistente ao solio pontifice,
B simbolo na geraq8o prezente.
Debaixo do céo esplenditlo d a terra clssic,a dos
CaetCse dos TupinarnbAs, n'erse aben~oadoe fertil tori 30,
onde Cabra1 ergiieo o labaro sagrado d a Cruz, junto a
qual frei Henriqiie de Coimbra, iurigne oinamento d a
religião do arcliiniandita d e Assis, e depois bispo d e
Ceutn, celebrando a 111imeira missa dn Biazil no i11160
d e Porto Lregiii o ; espargi0 os perfiimes d e incenso
e mirra, que, desprendendo-se do tliuiibiilo em grossas
columnas de filmo, impellidas pelo sopro irigiieiro das
brizas, despersaram-se por aquelles intensos e serrados
bosques, j A illuminados pelos clarSres do Evangelho, em
terias donatarias de Pero de Campos l'ourinlio, de Jorge
d e Figueirerlo Correia e Francisco Pereira Coutinlio.
Debaixo d'esse esplendorozo d o , onde tem despon-
tado a aurora brilhante do natalicio de tantos varões in-
signes nas sciencias e nas letra^, e de que tanto :e
ufana d e ser berço a primogenita de Cnbial, raiou tam-
bem alii a do ditozo natalicio do eximio pi-elado no dia 7
d o mez de Agosto do anuo, em que expirava o sexto
62 P. 11, TOL. LII
ACTAS DAS SI-SSÓES EM 1889 491

orando com religiozo fervor junto dos altares,e dos tumulos


dos grandes Iier6es e martires do cliristianismo, deixou 8
terra empapada da immortalidade, para retornar ao seio
da patria, trazendo a ampliora do. coraçgo repleta de
vehementes saudades de seos illustres progenitores, que
dentro em pouco estreitaram em seos braços ao filho
estremecido, com os ollios marejados de pranto, e com os
corações repletos do m;iis iiitensg jubilo.
J á ha miiit.3 ali o liitl-i;&pi.ecetlido a fama de seo
saber e o espleiiilor de suas emiiiinentes virtudes, que
apezar de procu1a.r sempre oc.ciilta1-as com a mais
demaziada modestia, que 6, na fraze eloquente do eximio
moralista Marqiiez de Marich, a moldura do merecimento,
que a giiainece e recilqa, ellas se denunciaram com a faci-
lidade, com que o delicado perfiime da violeta indica a
existencia da inimoza flor, por mais que ella se oculte na
espessa raniagein de siia?;folliae. Titiit~ merito, virtudes
e saber, em tiio verdes annos, niio puderam deixar de re-
ceber, como receberam, as mais subidas recompensas.
S . M. o Imperador o Sr. D. Pedro 11, que jamais
deixou, em dias de seo longo e faustozo reinado, de pre-
miar e elevar R virtude e o merito, sabendo que esses
raros dotes ornamentavam a pessoa do joven preu-
bikro da terra de Christoviio Jacques, firmou o impe-
rial decreto de 23 de Março de 1960, pelo qual o nomeou
para ocupar o solio episcopal da s6 de BeMm, vago pela
renuncia, que d'elle fizera o bispo D Joz6 hffonso de
Moraes Torres. S. S. o santissimo padre Pio IX, o immortal
pontifice, que, como o santo padre Lego X, ligou seo nome
ao seculo, em que vivêra, e que por mais de nm quarto de
secnlo occupou a cadeira de S. Pedro, confirmou a no-
meação, preconizaiido-a no consistorio secreto do dia 20
de Dezembro do dito anuo.
A 2 1 de Abril de 1861, dia fanstozo e memoravel
nos annaes da religigo e da patris, na religiiio, por ser
aquelle em qiie a - igreja catholica, nos transportes de
jubilo universal, comemo1.a o transito de Santo Ambro-
zio, arcebispo de Cantuaria, que depois de ter juncado
de prtlmas, grinaldas e trofeos a estrada da vida, voou
B Jeruzalkm celeste, para cingir aos p6s de Deos o
da instrucqão e da morãlidiide de seo clero, j8 refor-
mando o seminario, creando novas disciplinas, nomeando
para a regencia das cadeiras a sacerdotes sabios e niora-
lisados ; e assim de certo lograr8 legar a seo digno suc-
cessor iim clero respeitavel por saber e virtudrs, a
exemplo d'aquelles que em tempos idos legaram t i seos
successores D. SebastiBo Monteiro da Vide, e D. Ro-
mualdo, Marquez de Santa Cruz,uo arcebispado da Baliia ;
D. JozB Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinlio, no
bispado de Olinda ; D. Marcos Antonio de Souza, no do
Maranhao ; D . Antonio Ferreira Viçozo, Conde da Con-
cei@o, no de Marianna ; D. frei Antonio de Guadelope,
D. frei Antonio do Desterro, D. JozB Joaquim Jnsti-
niano Mascarenlias Castello Branco e D. Jozb Caetano
da Silva Coiitinho, no do Rio de Janeiro ; D . Antonio
Joaquim de Mello, no de Sáo Paiilo ; e D. Luiz Antonio
dos Santos, Marquez de Monte Paschoal, iio do Ceari.
A viuva e o orfão, o pobre e o desvalido, e os mi-
zeraveis, que &o a guarda de lionra do palacio dos bis-
pos, na fraze mimoza do bispo Conde de Iraj8, proclamam
cheios de vivo reconlieciniento os actos sublimes de ca-
ridade christan, praticados pela piedade do illustre pre-
lado, que, com o balsamo doce de consolr, e de esperança,
lhes tem enxugado o pranto transformado em rizo.
A catecheze e a civilização dos indigenas, onde co-
lheram frondozos louros os Nobregas, Vieiras e Anchietas,
atando B cruz de Jezus Christo, o Tupi e o Caetb,
muito j& deve ao illustre prelado pele ardente zelo com
que se tem dedicado a esse ramo do serviço publico, por
amor e gloria de Deos e honra da Patria, e muito ainda
farb em t%o glorioza conquista, quando levar avante a
alevantada idBa de fazer sulcar as aguas do famozo rei
dos rios pelo Christophoro, navio-igreja, destinado tr
levar o pharol do Evangelho ao seio das nações nomadas
e errantes, que habitam os vaatos sertões das iicaa pro-
vincias do ParB e do Amazonas.
Nos vastos dominios da historia, assim como na arena
d a literatura seo nome 6 vantajozrrmente conhecido pelos
primores de sua delicada penna; para compruval-o baabm
suas cartas pastomes, o livro que denominou Pio IX
ACTAS DAS SESSÕES EM 1.589 496

irrompeo, rluaes relampagos do seio das nuvens, que a


lingua imniortal do cisne de Mantun, pronunciada por
um sacerdote brazileiro, tinha novos encantos, novas se-
ducções e novas harmonias.
Foi por todos esses titnlos, que o Instituto Historico
b g r a p h i c o Brazileiro, abrindo de par a par suas portas
a t8o illiistrado variio, rejubila-se ao vê1 o hoje em seo
seio tomando posse de sua cadeira, esperando que n'ella
reviverão as glorias e renome dos luzeiros, do episcopado
e de tantos ornamentos do clero secular e regular do
BhW1, que de seos serviços e talentos deixaram nos
annaes d'esta illustre associação a mais honrada memoiia.
Em seguida o Sr. prezidente, alludindo aos dois
novos socios hoiiorarios, lê o seguinte discurso:
Senhores. Duas literaturas, tendo por origem a mes-
ma lingua, ou para melhor dizer, irman uma da oiitra,não
podiam deixitr de se confundir em seor direitos, sem um
tratado que as definisse.
A propriedade literaria de um e outro paiz era ata-
cada pelaiiiconsciencia t.ypograpliica,quepreferiaa tezoura
penna,ou pela especulação das emprezas tlieatraes, que se
fhrtavam ao pagamento de direitos, p?ra auferirem liicros,
que na sua totalidade llies n8o poderiam pertencer. Todos
os dias se alargaram tiío graves abnzos, não 96 em menosca-
bo dos nossos autores, como em pre.juizo dos autores portu-
guezes. E m v80 a imprensa de ambos os paizes, tendo em
seos redactoses os homens mais habilitados, como o Vis-
conde de Almeida Garrett, JozB Feliciano de Castilho,Ale-
xandre Herculano, Pinheiro Chagas, Silva Guimariíes,
Justiniaiio Rocha, e tantos outros, em v80 os parlamentos
de ambas as naçbes, tendo por orgãos os seos mais illus-
t a d o s reprezentantes, se occuparam por vezes com a
questão, que n'estes ultimos annos parecia ter cahido no
maior esquecimento. JB nada se esperava sobre tio trans-
cendente assumpto, todo dormia sob o pezo da indifferen-
çs, quando do meio das trevas, que abafavam a proprie-
dade literaria e impediam o desenvolvimento das litera-
taras das duas nações irmans e amigas, rebenta uma luz
eeplendoroza, alumiando um porvir lizongeiro. O tratado
convencionado entre Portugal e o Brazil, pela sabedoria
ACTAS DAS SBSSÕES EM 1889 497

&emos poetas, que honrariam qualquer literatura ainda a


mais rica. A maior parte porem produz muitissimo
pouco, quazi nada. E' aqui que se prende a questiio, que
.os congressos literarios siío chamados a rezolver. Serti
(ior falta de talento e inspiraçiio, que os escriptores brazi-
leiros produzem No pouco? NBo o creio, tanto mais quê
v8jo-os desperdiçar forças extraordinarias e fecundas no
jornalismo literario e politico, que e assAs numerozo . A
cauza a cauza u n i a e verdadeira A a concurrencia, que
Ihes fazem os escriptores estrangeiros e especialmente os
portuguezes. Como qiiereis, que os editores nos com-
arem os nossos trabalhos, por melliores que elles sejam,
.quando acham outros jA feitos, e o que 6 mais, com suo-
cesso garantido ?
Assim explicava aquelle distincto escriptor como em
s m paiz, em qiie tanto abundam os taientos, as aptidbes e
iliustraç6es nas letras e nas scieucias, a produççtra das
-abras litersrias e scientiticas A relativamente diminuta.
Ora, quando os editores estabelecidos no Brazil forem
obrigados a pagar, tanto aos autores portuguezes como
80s autores brazileiros, o fructo do seo trabalho, h80 de
naturalmente preferir, em igualdade de circnnstancias
-asobras d'estes e animal-os a produzir mais. Vai longe o
.tampo em que os homens de letras eram obrigados a
trazer, como o divino Homero, a sacola e o bordiío do
.meudigo, ou a receber, como Virgilio e Howcio, das
miíos de generozos protectores meios de subsistencia.
Mas hoje a justiça, a dignidade da profissão e os ipte-
resses da civiliza@o exigem, que os homens de letras
pbwam viver do fructo do seo trabalho on pelo menos
.contar com elle na luta pela vida, cujas difflculdades
augmentam constantemente. E mal poderiam os autores
brazileiros contar com o fructo do seo trabalho, emquanto
.o3 editores lhes fizessem uma concurrencia desleal, uzur-
psndo as obras litersrias dos autores estrangeiros.
Pedem, ha muito, os homens de letras, reunidos em
.congressos internacionaes, qiie se estabeleça um acordo
s n t r e todos os povos cultos para que a ~~ropriedade lite-
raria seja constituida e consagrada em toda a parte
aobre as mesmas bszes, e cada um conceda aos autore!,
63 r. 11. VOL. LU.
498 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

dos oiitros a mesma protecçiio e os mesmos direitos, qua


conceder aos autores nacionaes. E esta B a baze do
acordo, que tive a honrade assignar com o Exm. Sr. con-
selheiro JozB Francisco Diana, e espero, que dentro em
pouco tempo ser8 tambem a baze de um acôrdo entre
todos os povos da Europa e da America. Divergem ainda
as opinibes dos publicistas e estadistas quanto B natoma,
extens8o e limites do direito dos autores sobre as suas
obras ; mas todos concordam em que nenhuma naçHo civi-
lizada pbde deixar de proteger este direito sem a t a r as
bazes da sociedade, sem offender o que com r& de-
nominam as raizes da civilizaç&o.
Si a propriedade literaria não 4 uma propriedade
como qualquer outra ; si B uma propriedade nti g e n h ,
nem por isso deixa de ser a mais sagrada de todas as
propriedades. E com effeito si ha propriedade, que,
rante a moral e o direito, perante o bom senso e a eqni-
dade, deva ser considerada e respeitada como sagrada,
i? sem duvida a propriedade literaria. Não se impro-
vizam obras literarias de verdadeiro meiito. JB algnem
dice, e B verdade, que o tempo niio respeita as obras,
que silo feitas sem o seo auxilio. Para fazer uma obra
literaria, que dure e que preste, nZio basta, que o a i i h
tenha recebido da Providencia raros e preciozos dotes in.
tellectu~es; é necessario, que empregue todo o seo tempo,
toda a siia attengo, toda a sua energia em desenvolver
e aperfeiçoar as faculdades do seo espirito. Que longos e
difficeis estudos, que dolorozas vigilias, que penozas con-
terrsóes de espirito náo requer uma obra literaria de
algum merito ? As palavras, as idbas, os factos, de que
se serve o autor, podem estar no dominio commun e per-
teucer a todos ; mas o estilo ou a f6rma nova e pessoal,
que elle d& ás palavras, a combinação das itiéas, a conce-
pção e o desenvolvimento do plano, são o fructo do tra-
1mllio do sco espirito e pertericeai-lhe excliiziriiniente.
T'otlos podem tirar do doiiiinin comiiinn, dos livros clas-
C sicos, dos dicci - (1% lingua franceza, da historia
~iversal, do ' 'r liomens e das couzm, iis expe-
cia do mur ',ivras, as idt;as, os seiitimentos,
' Y OS R*SoU1
4,710liSre e Racine se serviram
gara compôr as suas obras primas; mas ninguem pode
ainda nem jhmais poderá combinar essas palavras e essas
i d b , exprimir uses sentimentos, tratar esses assnm-
ptos como aquelles immortaes autores.
A propriedade literaria e artistica tem o mesmo fun-
damento, que a propriedade move1 e immovel, o trabalho.
E si uma p6de ser considerada, em razBo da nobreza da
saa origem, superior B outra, 6 indubitavelmente t i pi-o-
priedade literaria e artistica. Desde que o autor mate-
rializa ou incarna a sua concepçiío em uma fórma deter-
minada, livro, partitnra, estatua ou quadro, a justiça
aniversal reclama,que alegislaçh de cada paiz lhe garanta,
o fmcto do seo trabalho, o seo direito sacratissimo tle
propriedade, embora prescreva a este direito os liiiiites,
que, no interesse geral da sociedade e da civilizayiio, o
legislador p6de e deve prescrever ao exerçicio de todos os
direitos.
NBo foi de cei to por falta de justiça e de benevo-
lencia pai8 coni os autores esti.aiigeiros, e esltecia1ii;eiite
para com os autoi eu Iiostuguezea, que o Brnzil nho con-
aagroa, ha mais tempo, 118 SIIH 1egislxc;ito oii nos seos
tratados o direito d'estes niitores sobre as ruas obias li-
terarias. Circunstanciau, que julgo desnecessario i eferir
perante tão illustrado aliditorio, têm obstacio A p: oniul-
gaçiio de uma lei especial sobre propriedade literaria e
artisticcr ; e o governo imperial níto queria, e com raziio,
negociar convenções internacionaes. que de algum modo
coarctassem a libeibade de apreciaçáo e rezoluçáo do poder
legislatiro sobre pontos ainda contravertidos e sobre os
qnaes as leis dos outros paizes divergem.
O convcnio de 9 de Setembro entre Portiigal e o
Brazil tem por baze o tratameiito nacional puro e simples,
ede nenhniu modo coamta aquella liberdade. NBo (luvidou
o Brazil de firmar a convençíto celebrada em 20 de Março
de 1883, por virtude da qual diversos estados da Europa
e da America se uniram para proteger mais efflcazmente
a propriedade indiistrial, que por nenhum titulo p6de
ser considerada mais iespeitavel e mais sagrada do que ã
propriedade literaria e artistica.
E nõo obstante ter jB o Brazil uma lei especial, que
AOTAS DAS SESS~ESEM 1889 601
d e que dispóe, e com os estudos e diligencias a que se
applica, preparar e coordenar os necessarios elementos
para a historia nacional, jtí tão rica de factos, que assi-
gnalam o patriotismo dos Brazileiros e a grandeza dos
noeaoa futuros destinos.
NBo B um nome desconhecido nas letras o do illustre
mnsocio, que hoje entre n6s tem assento; seo interessante
trabalho intitulado : Cmxideraç5es sobre o pretente e o ji<-
turo politico de Pwttrgal, abundante de erudiçtio, de
doutrina e de judiciozos conceitos sobre a politiça e a
dministraç8o de um paiz co-imito, a n6s inteiramente
ligado por estreitas relaçóes de familia e de interesses,
bem demonstra e a inteira proficiencia do escriptor, tso
conecto na fórma qiiáo profundo na enunciaç80 de seo
diecreto juizo.
Mas niío 6 56 isso : o honrado diplomata, no exer-
cicio de suas nobres e elevadas funcçóes, acaba de prestar
serviço, que axsks o recommenda á attenç8o de todos
quantoe se interessam pelas nossas letras.
Promoveo como com lonvavel e prudente empenlio o
ajaate celebrado entre o Brazil e Portugal, sobre a pro-
pridade literaria e artistica, mandado executar pelo
dwreton. 10.363 de 14 do mez proximo passado, e asse-
garou por esse modo aos autores de obras literarias, es-
criptas em portuguez, e artisticas de cada um dos dois
paizes, o gozo em qualquer d'elles do mesmo direito de
propriedade, que as leis ahi vigentes concedem ou as que
fomm promulgadas concederem aos aut.oresnacionaes.Teve
8s6im soluçito essa antiga e debatida quest8o da proprie-
dade literaria, que tiLo de perto interessa aos escriptores
de ambos os paizes .
Niio se compreliende como pode at6 agora ser contes-
tado o direito consagrado pela razito e pele justiça, e re-
conhecido pela legislação de povos cultos, de gozar o
auctor e livremente dispor d'aquillo, que reprezcnta o
trabalho privativo da sua intelligencia. Nada mais justo,
em verdade, do que garantir-se ao autor da obra oii aoic
aeos reprezentantes, com ou sem limitaqito de tempo, o
direito excluzivo de reproduzil-a ou negocial-a. A proprie-
dade, como jti tem sido lembrado, ntio muda de natureza
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 503

Senhor conselheiro Joz4 Francisco Diana. O Insti-


tuto Historico e Geographico Brazileiro vê com prazer a
vossa admiasiio em seo gremio. Esta associaçiio nomeou-
a
vos socio honorario, attend do ti illustraç~o,que vos
orna, e aos serviços que aca s de prestar 9;s letras e t i
civiliztlç80 da nossa patria, firmando dois importantes
tratados, um relativo 9, propriedade literaria e artistica,
e outro concernente ao nosso estado politico.
O tratado celebrado com Portugal, assegurando os
direitos de propriedade literaria e artistica entre Brazi-
leiros e Portuguezes, denuncia espirito conhecedor de
necessidades reaes do progresfo das letras e das artes, e
merece a aprovaçfio d'aquelles que, como n6s, consideram
as letras e as artes instrumentos piimarios e essenciaes
da civilizaçBo e prosperidade dos povos.
Ngo somos infantes nas artes e nas letras, nem bal-
buciamos agora os primeiros riidiinentos da civilizaç80;
nbs e Portugal conhecemos todos os metodos de progresso ;
todavia cumpre-nos ampliar o desenvolvimento d'esses
instrnmentos da grandeza humana: e tmto mais im-
portante é o acto, que em nome do governo imperial 0r-
maates, qiianto mais francamente revela a idéa da gene-
hlizaç80 dos direitos do homem, que na0 deve ser aliene-
geria em canto algum da terra, mas cidadão de todos
paizes pela igualdade das vantagens sooiaes .
Os tempos obscuros, em que o estrangeiro era o
.Aostis, na frriacologin romana, e o prodiicto da sua activi-
dade objecto de repulsa, desapareceram. As tendencias
modernas levam os povos a essa confraternitiade, qiie se
consagra nos seos codigos pela aceitaçlo dos principios
d o cosinopolitisino, cujx virtnde iinifica os direitos e obri-
gaç%odas pessoas, mantendo apenas as rai;rs politicas das
naçbes. Encarado por este modo o recente tratado com
Portugal, o Institiito Historico o aprecia e considera como
valiozo serviço prestado 9; cauza da çivilizaç&o,que esttr
nossa associaçiio reprezenta no imperio americano, con-
forme o pensar de iim dos seos venerandos prezidentes .
Si o facto interiiacional, a que me refiro, aiizava sa-
tisfaqgo aoInstitiito Historico por exprimir idCa geiieroza,
auxiliar da civilizaçfio universal, n8o menos grato lhe foi
Agora que tenho recordado os honrozos motivos, que
nos induziram a admitir-vos, Sr. conselheiro, em nosso
gremio, cabe-me dirigir-vos as nossas saudações, e ma-
nifestar-vos a siltisfaçiio, com que vos recebemos, e a
confiança, que nutrimos, de qab a vossa prezença entre
nbs significa a acquiziçiío de mais um collaborador profi-
ciente dos nossos trabalhos, mais um c;o-participante das
noseas lides pacificas, quando a agitaçiío dos publicos ne-
gocio~,que hoje vos ocupam, vos der ensejo para lembrar-
vos, qne sois socio do Instituto Historico e (3eographico
Brazileiro.
O Sr. Visconde de Taunay, como orador do Instituto,
tem a palavra, e faz a seguinte allocuçho :
Exm . Sr. Ministro. EsperBmos na sesilo passada
V. Ex . com verdadeira impaciencia, pois queriamos ligar
o acto da vossa recepçiio em nosso seio com o do acolhi-
mento feito ao simpathico reprezentante da Repiiblica
Argentina, D . Henrique Moreno. NBo pretende o mo-
desto, mas sincero e laboriozo Instituto Historico do
Brazil, as altivas prerogativas de Liiiz XIV, e 6 portanto
com a lealdade real da mesma alegria de ha 15 dias, que
hoje vos vemos tomar logar n'esta meaa das nossas assi-
duas e quinquagenarias investigaçóes. Pleno jus tem
V. Ex. ao nosso apreço, e ainda mais, ao nosso reconhe-
cimento. Rompendo com tradiçóes, Iia largos aniios as-
sentes, de que a pasta de estrangeiros s6 denuncia vida
e wtividade em desagradaveis conflictos internacionaes,
0cou assignalado, e de modo brilhante, o vosso nome em
daacl qnestóes de incontestavel transcendencia - o longo
dissidio sobre limites de Missões e a convenção relativa
propriedade literaria.
Quanto B primeira, talvez tenha sido preferilel e de
maiores vantagens, sobretudo moraes, para ambas ai,
partes litigantes, cortam definitivamente todas as diividas
pela deterininaçito de uma linha media, acabando
assim com a maxima rapidez e sem deixar o menor vesti-
gio de resentimento, contestaçóes mais qae seculares.
Em todo o cazo porem muito se alcançou no sentido das
idCas amei.icaiiss, e níto pouca lionra vos deve caber pela
solaçilo ha tanto tempo almejada.
6L r . 11. VOL. 1.11.
ACTAS DAS SESSGES EM 1889 607

a: PARTE DA ORDEM DO DIA


O eO.secretario interino, tomando a palavra,informa
ao Instituto, que o Sr. prezidents, com a acqniescencia
de meza, acaba de tomar uma rezolaç80, que deve ser de
grande alcance para os estudos do Instituto. E' que nas
sextas-feiras intermediarias Bs das sessóes ordinarias,
renniriio-se-&oos membros das commissóas para confe-
rencia ; sendo os assumptou descutitlos e tomados em con-
sidera@~,redigidos e trazidos ao conhecimento e delibe-
rsç8o do Instituto nas sessóes proximas .
Assim dar-se-8 melhor andamento Ba propostas e
trabalhos sugeitos aosestudos e pesquizas das commissóes,
que muitas vezes d'elles n8o se podem desempenhar por
impecilhos,quen'essas conferenciaspoder80 ser removitlos.
JB na proxima sexta-feira tivemos a primeira confercn-
cia, que versou sobre dois pontos : um relativo 8 conve-
nienaa do reconhecimento do sitio em qiie Estacio de S6
fundou a Aldeia-Velha, origem da cidade do Rio de Ja-
neiro, e a sua mudança para o morro do Castello e imme-
diações da santa csza da mizericordia ; levantando-se a
planta d'esses logares, e photographando-se os edificios
antigos, que ainda existam : o oiitro constou em pequenas
aitermes de artigos dos nossos estatutos. E s ~ a spro-
postas, &o :
Nem um estudo temos do local, em que se estabe-
lece~a primeira povoaçilo do Rio de J;ineiro, a chamada
Aldb-Velha, origem da futiira capital do imperio. Consta,
que ha vestigios coino de uma cacimba, e bem assim da
' locaiidade em que existi0 a capella consagrada a S . Se-
bastih, que pelo voto de Estacio de S8 tornou-se pa-
droeiro da nossa cidade, cimentada com as cinzas do
htmpido conquistador, e convem procèder-se a iiida-
gações, guiadas pela leitura de nossos historiadores,
afim de tirar-se a planta da localidade com as necessarias
indicações,~que serti de muito valor historico, sin8o uma
cariozidade digna de apreço para os qiie se occnpam com
as nossas conzas. Para ser levada a etieito esta proposta
pedir-se-& licença ao ministerio da ggiierra, afim de nos
aer franqueado o exame do terreno, que occupy a escola
militar.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 609

antecipadamente com o orador ou com o socio encarre-


gado de responder-lhe.
Ao tomarem assento, al6m dos discursos marcados
n a estatutos, ler& o prezidente um dircurso de apre-
aentsçao.
Os relatares das diversas commissóes, que tenham
de julgar dos trabalhos aprezentados, ser80 nomeados
pelo prezidente dentre os membros das effectivas e sub-
sidiarias, de modo que esse serviço se distribua igualmente
por todos.
9. B. Sala das sessões 4 de Outubro de 1889. J.
N.& Souza Süva.
Discutindo-se a primeira d'essas propostas, o Sr. pre-
Eidente informa, que foi levado a aprezental-a, n8o sb por
ter noticias de que nas immediaçóe.. da fortaleza da Praia
Vermelha tem-se descoberto, ao fazerem-se as escavações
para obras, varios esqueletos ou ossos hiimanos, como
ainda pela noticia que leo na gazetilha do Jornal do Cotn-
wwcio de 18 de Maio do corrente anno, onde vem o se-
guinte :
O Sr. ministro da guerra vizitou hontem a es-
coia militar. . . Vizitou depois as mais obras : a capella,
aenfermaria, a bibliotheca e a coclieira, construidalia
tempos no logar em que existi0 a primeira capella edificada
n'esta cidade. B
O Dr. João Severiano, sem que ponha em duvida, si a
primeira capella edificadir n'esta cidade foi no logar,onde
8 hoje a escola militar, sustenta,que a primeira povoação,
a chamada Aldêa-Velha, origem primeira da cidade, foi
tuad da no isthmo que liga a pequena peninsula de São
J&, antigamente Cara de Cdo, ao Ptio de Assucar. Sabe,
que varios ossos têm sido achados em escavaçóes para
obraa d'aquella escola,principalmente jun to ao seo baluarte
enmtado tí montanha da Babilonia, e elle mesmo vio al-
gum encontrados em escavaçóes feitas em 1863, quando
wrvia como medico na escola; mas que, sem n'aqaelle
tempo ter ligado especial attençso a esse facto, lembra-se
todavia, que, pelo estado em que se aprezentavam, n&o
mostravam indicios de uma vetustez de trez seculos .
ACTAS DAS ssssõss EM 1889 613

Tmperiaes trazer as suas mais sinceras homenagens e os


votos de continua ventura, como complemento do faus-
tozo periodo de cinco lustros, que hoje se ultima. Diz o
-elegante escriptor dinamarquez Andersen : u A felicidade
é tambem um habito, que a fortuna tem escrupulos de
quebrar, sobretudo quando d'ella emanam beneficios e ale-
grias, para grande numero de seres. * E ninguem mais do
-que Vossa Alteza, Senhora, merece esse favor da sorte,
easa protecção meiga e misteriosa ; pois desde 13 de
Maio de 1888, sem falar em actos anteriores a esse, a
.cada romper da aurora n'este immenso Brazil, centenas
.de milhares de entes, que viviam lia tristeza e na degra-
.daç8o, pronunciam o vosso nome com indizivel reconheci-
:meuto e ternnra e o balbuciará0 tremulos e hezihiites,
sntre mil lagrimas de jiibilo e gratidão, como um hymno
aos CBos.
Feliz, sim, mil vezes feliz quem pide tornar reali-
dade eterna aqui110 que para popu1ac;óes inteiras não
.passava de fagueiro sonho e illuzoria esperança! Honrozo
.deve ser a todos o3 Brazileiros, Senhor Principe, fazer
tambem justiça aos vossos constantes serviços, prestados
.com tamanha dedicaqdio e b3a vontade e repassados todos
.elles do maior desinteresse patriotico e tendentes sempre
B nobilitação e gloria d'esta terra. Taes sáo, dignos e
illnstres filhos de D. Pedro 11, o bom e grande imperador,
-os sentimentos em sinthese expressos pela manifestaç80
d e hoje do Instituto Bistorico e Geographico do Brazil.
O Sr. Visconde de Beaureprrire Rohan communica
ter sido incumbido pelo socio Dr . Cezar Augusto Mar-
ques de pedir, que se desculpe a sua auzencia. O Sr .Vis-
, a n d e de Taunay faz identica participaflo por parte do
Dr. Joaquim Pires Machado Portella. O Sr. Dr. Tor-
qnato Tapajós traz ao conliecimento do Instituto, que
4 senador Manoel Francisco Corrha n&o póde compa-
recer,estando prezidindo n'esta noite uma sessb da asso.
&@o promotora da instrucçiío. O Sr. Heiirique Raffard
tu sciente, que devidamente cumpri0 a sua niissiio a com-
mis& nomeada para dar pzzames 80 socio conselheiro
Daarte Gustavo Nogueira Soares, digno ministro por-
fpgaez pelo infausto p~ssamentode el-rei D. Luiz I.
66 r. 11. VOL. LII.
ACTAS DAS SESSÓES EM 1889 515

execução do serviço da limpeza da cidade do Rio de


Janeiro ; Coqueiros da India, vantagens de sua cultura
no Brazil pelo D r . J . M. d a Silva Coutinlio. Pelb com-
m i s s b de estatistica de Praga 2 exemplares de sua publi-
eaçã;o para 1886-1886. Pela academia real de sciencias
de Lisboa, Hktoria do Infante D. Dtcarte, irmão de el-rei
D. João IV, por Jozé Ramos Coelho, 1". tom. 1889. Pelo
instituto geographico argentino o seo boletim. Pelo clnb
naval o seo boletim n. 11 de Agosto de 1889. Pela socie-
dade bibliographica de Pariz a sua revista. Pela sociedade
cientifica argentina os seos annaes para os mezes de
Junho, Julho e Agosto de 1889. Pelas redações respecti-
vas:-Gazeta da BahM, Jornal do Recife, Diario Popzihr,
Liberal-Mineiro, Gazeta de Mogifnirim, Imprensa, Pro-
vincia do Espirito-Sauto, Jornal do Amaamas, Provincia
de Minas, Picblzcador Goiano, Baependiano, Caxoeirano,
Brési.1, Noveazc-Monde, Gèographie, Etoile dtt Sud.

ORDEM DO DIA

1 .' PARTE

O S r . Henrique Raffard, em nome do socio conse-


lheiro Olegario Herculano de Aquino Castro, offerece ao
Instituto o Trabulho estatistico otc divizcio judiciaria d a
provincia de São-Paulo, organizado pelo Dr. Brazilio Ma-
chado.
. O Sr. Visconde de Tauna.y aprezenta a relação d&
mnzicas de compoziçilo do padre Jozé Mauricio Nunes
Garcia, existentes na capella imperial, lembrando que o
,Requiem do nosso falecido compatriota foi equiparado
.ao Requiem de Heyden ; recommenda ao Instituto para
providenciar para que não se percam tão importautes tra-
-balhos, dos quaes já apparecêram c6pias truncadase e
,5. M . o Imperador dignou-se approvar as consideraçóes
aprezentadas. O mesmo Sr. Visconde offerece os vo-
:cabnlarios das tribus CarijAs, Clierente e Caiap6 d&
provincia de Goiaz, organicado pelo Sr. tenente de
Eduardo Arthuro Socrates . Remette-se gi
516 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTOHICO

commisdLo de redação. O mesmo Sr. Visconde pede, que


se publique na Revida do litstituto os seos apontamentos
Acerca da opera Lo Scliiavo do nosso maestro Culos
Oomes . Remette-se B commis& de redaçso. O Sr.
Barao Homem de Mello commnnica ter-se feito acqui-
zição em Pariz da importante obra do missionario Martin
de Nantes (2.' edição).

2.' PARTE

O Sr. 1."secretario procede B leitnra das proposta3


seguintes :
1.0 Propomos, que o Instituto Historico e Geogrs.
phico Brazileiro admitta no seo gremio como socio corres-
pondente o Sr. Julio Banados Espinosa, cidadão chileno,
aervindo de titulo de admissiío os diversos trabalhos qae
se acham reunidos nos volumes, que offereceo por inbr-
medio do Sr. commendador Corrêa de Araujo, ministro
do Brazil jnnto B republica do Chile. Sala das sessões
11 de Outubro de 1889. Henriqtce Rafard. Dr. Tei-
.
m - r a de Mello. Jozé Luiz Alves. Dr Attgi~stoVidorino
dlves do Sacramento Blake. Tristáo de Alencar Araripe.
Torquato Xavier Monteiro Tapajós. Barão de Xirandu
Reis. Dr . Cezar Augtlsto Marques. Qarcez Pallia . Luu
Rodrigues de Oliveira. Barão de Capanema. Olegario
Herciclano de Aquino e Castro. Visco~tdede Taunay.
Jozé Mai~ricio Fernandes Pereira de Barros. Bardo
Eo)nem de Mello. Visconde de Beaicrepaire Rohan.
2." Proponho para membros correspondentes do In-
atituto Historico e Geographico do Brazil os Srs., 1". Emile
Levassenr,membro do Instituto de França, autor da carta
mural do Brazil e de grande parte do artigo Brésil pabli-
cado na grande Encyclopedia ; 2". E. Glaziou, membro do
instituto de França, autor da monographia Instittr-
{óons primitiva des Indiens du Brésil, lida B academia
$e sciencias moraes do instituto de França ; 3". Eduardo
Paulo de Silva Prado, bacharel em direito, nascido na
cidade de São-Paulo aos 27 de Fevereiro de 1860,autor das
íuonographias sobre a arte no Brazil e a immigr-,
ACTAS DAS SESS~ESEM 1889 517
publicada no livro Le BrM en 1889 e dos capitulo8
Eiterattcra e muzica no artigo Brèsil da grande E n yclo-
pediu, para a qual collaborou muito efficazmente. O
Dr. Eduardo Prado publicou em 1886 um volume, l'iagme,
Sicilia,Malta, Egypto. Liverpool20 de Setembro de 1889.
Barao do Rio Branco. Subscrevemos a proposta feita pelo
nosso consocio o conselheiro BarBo do Rio-Branco.Joaquim
Nwberto de Souza Silva. Barão Homem de Mello. Henri
Bafard.
O Sr. Dr . Sacramento Blake, como relator da com-
missh de historia, lê os pareceres seguintes :
1." A commissiio de trabalhos historicos, tendo em
consideraçáo a proposta para que seja admittido ao In-
stituto o professor de historia e geographia do instituto
nacional do Chile e ex-ministro de estado na republica
D. Julio Banados Espinoza, vem aprezentar seo parecer
a respeito. Fòram cinco os livros offerecidos como titulo
B admissso do illustre Chileno, a saber : 1." Batalla
de Ba~tcagua,sits antecedentes e sus conseqtcencias . San-
tiago, 1884, in-4". E' uma historia circunstanciada
d'esta batalha, dos factos que a precedêram e dos que de-
ram-se depois ; 2.0 E?uaios y bosquejos, Santiago, 1884,
in-4". Consta este livro de varios estudos biographicos,
sendo um relativo ao principe da poezia franceza fale-
cido em 1778, o eloquente escriptor da Henriadu e do
ü2ip0, de varias tragedias, genero em que s6 teve por
emulo o grande Racine e da Historia de Carlos XII e
das Cartas pliilosopliicas, o immortal Voltaire. Consta
mais de varios discursos, poezias e alguns estudos sobre
o cazamento civil, sobre o direito de conquista, etc. ; 3".
Bistoria de America y de Cliile para e1 atrso medio y
&as escuelas, Santiago, 1885, in-8". Tratando da historia
de seo paiz, e em geral da historia da America, o autor
omupa-se do Rrilzil, referindo-se ás viagens de Jiian
Dias de Solis, de Sebastian Caboto, e Pedro de Mendour
1
e de Pedro Alvares Cabra1 ; ao esta elecimento dos Por-
tnguezes no terrrtorio brazileiro ; á proclamaçtlo de nossa
independencia e a outros factos nossos, como a luta da
Bahia por essa occaziáo ; 4." Qobiemo parlamentario y
d e m a representatiuo, Santiago, 1888, in-8". N'este l i ~ r o
618 REVISTA TRIMENSAL UO INSTITUTO HISTORICO

bccnpa-se (tos poderes pnblEos, do parlamentarismo, dos


poderes legislativo e executivo, do principio de auhri-
dade, dou partidos politicos, da liberdade do voto, das
incompatibilidacies parlamentares e da muitos outros
pontos, que se ligam ao assumpto d'essa obra. Ahi, refe-
rindo-se ao nosso pacto fundamental, diz o a n b r , depois
de tratar de outros estados: aNBo menos solicita 6 a con-
stituiçiío d'este imperio, que pbde e deve ser considerado
como um modelo de povo civilizado. B 5.O Letras e pold
tica, Santiago,ll89, in-4O. N'este ultimo livro, publicado
no corrente anno, reune o antor estudou com judiciouis
reflexoes sobre crize bancaria, instituições d e credito,
organizaqáo da guarda nacional, instrucç&o publica e ins-
trucçáo gratuita; sobre a vida de Chilenos illastra,
etc . Em uma apreciação ácerca da q n 6 h do eminente
estadista inglez Gladstone, diz elle, que ha derrotas, que
são victorias, lembrando Roberto Peel e John Russel, que
assim tambem cahiram para depois com mais gloria su-
birem ao poder. Na idade de cerca de 30 annos, que
tem o distincto professor do instituto nacional do Chile,
exhibe elle documentos irrecuzaveis de sua esclarecida
intelligencia e merece ser chamado ao gremio do*In-
stituto Historico.
Rio de Janeiro 25 de Outubro de 1889. D r . Augwto
Victmino Alves do Sacrame~ztoBlake . Tenente-coronel
Francisco Jozé Borges .
2." A commissáo de trabalhos historicos, tendo em
consideração a proposta para que seja admitt.ido ao Ins-
tituto o capitáo-tenente da armada Antonio Alves Camara
vem aprezentar seo parecer acerca do livro offerecido
como titulo 6 adniissão Ensaio sobre as co?tstriicç&sna-
vaes indigenas do Brazi2, publicado no Rio d e Janeiro,
1888, com 812 paginas in-4"; 6 um livro, sobre cujo as-
sumpto ninguem no imperio se havia occupado, e o autor,
para escrevêl-o, não@ procurou informações, mas tambem
observou, elle mesmo, taes construcções. Para tornar
seo livro de mais facil comyrehenção, depois de uma
relaçgo das madeiras de construção brazileira, jA classifi-
cadas, ajuntou iim vocabulario dos termos technicos e de
4 utros de que se serve. Para tornal-o mais interessante
maia amena a leitura com as descripções que faz
aprezenta alguns factos historicos, expóe costumes e
azos, que Ihes 380 relativos, cita alguns versos a propo-
*%to e adorna o U r o com dezenhos de todas essas embar-
cações de pequeno bordo, n&osomente intercalando-os no
testo, como tnmbem em folhas soltas.
O capitão-tenente Alves Camara entretanto tem
~utrasobras, qne pertencem tí nossa historia, como as
Impressbea de urna 'viagem na cometa Trajano do P a d
-ao Reczfe, tocando em São-Miguel e Tenerife, obra im-
pressa no Rio de Janeiro em 1879 ; o Relatorio dos
estudosfdtos n a bahia de Todos os Santos com relação ao
'loca2mais apropriado ao estabelecimento de tctn arsenal e
constrtrçbes de diqtres, publicado em 1884, o Relatorio
da secçdo de constrtcçi3es navaes do instituto politecltnico
brazile?'ropara a sessão solemne da commetnoraçito do seo
36". anniversnrio de installaçao official,impresso em 1888.
Fóra do dominio da nossa historia existem publica-
das outras obras do capiao-tenente Alves Camara, attes-
tando o cabedal de conhecimentos que possue, como são :
Atgtcmas considera(6es sobre a origein e canza da fmmaçdo
do Gltlf-Strea»z,jtí com trez ediçóes, a primeira na Bahia,
em 1878, as outras no Rio de Janeiro, em 1879 e 1880.
Este escripto é uma contestaç80 a ontro sobre o
mesmo assumpto do capitão-tenente Calheiros da Graça,
publicado em 1874 e traduzido em francez no anno se-
guinte pelo Sr. Desiré Moiirin. E' lim estudo, de que ainda
se occupão notabilidades do mundo scientifico, como o
.distiiicto official da arluada norte-americana o Sr. Mnury.
.O nosso illustre consocio explicaa origem e cauza do aque-
cimento das aguas do Gulf-Stream, admittindo a existeucia
d e uma corrente submarina, ainda desconhecida, verda-
deira continnação da corrente equatorial, e o calor central
d a terra que, aquecendo a tenue camada, como suppõe
elle, que f6rma a bacia granitica do golfo do Mexico,
commnnica sua t.emperxtiira As aguas em contacto e
abriga-as pela dilataçso a subir e toniar o movimento
horizoii tal, sendo a corrente, assiin formada, alimentada
pela corrente subinarina equatorial qn9 segue para oeste
.e que serve para produzir o equilibrio do nivel. E tudo
620 REV1STA TRIMENSAL DO INSTAUTO
HISTOBICO

isto reputa o capitão-tenentf Alves Camara, considerando


que, emqiianto o microscopio n b obrar de concerto com
o thermometro e a sonda, e n8o se reduziqm essas obsei.,
vações a calculos numericos, n8o se p*rS conseguir um
rezultado convenieate e satisfatorio.
Sobre este assumpto escreve0 depois o autor a eon-
ferencia, que fez perante o institiito polytechnico brazi-
leiro, e foi publicada em 1880. E sobre outros o segninte :
Analise dos instrumentos de sondar e perscrutar os n-
gredos da natureza submarina, seguida de um appendice,
contendo estiidos feitos sobre as cauzas de varia@ de
densidade das aguas i10 porto de Montevidéo. Rio de
Janeiro, 1878. O navisferio e as observaçóes da noite.
Rio de Janeiro, 1880. O bathometro de William Siemens.
Rio de Ja11eii.0, 1879. Breve noticia sobre as curvas de
poziçao e os iiovos methodos de navegação. Rio de Janeiro,
1880. Estes ultimos trabalhos foram tambem publicados
na Revista de Engenharia e sBo outros tantos documentos
da perseverante actividade e illustraçh do sobredito
capitiio-tenente, que merece, sem duvida alguma, um
logar no Instituto Historico .
Rio de Janeiro 22 de Outubro de 1889. Dr. Augusb
Victorilío A . Sacramento Blake. Dr. .TozC Alemndn
Teixeira de Mello.
O Sr. secretario procede k leitura do seguinte pa-
recer :
A comniissiLo de etlinographia e archeologirr do In-
stituto Historico e Geographico Brazileiro tomoii conheci-
mento das obras, que llie foram submettidas como titnlo de
admissgo do Dr. Artliur Vianna de Lima ao lugar de
socio correspondente do mesmo Instituto. Estas obras a&
as seguintes : Exposé so,n~naire des Iheories transfor-
tnistes de Lamurck. ilartoi?t et Horckes, Paris, Delagraw
1886, L91io)n))icselott le transformisme. U m volume da
Bibliotl~rcarle Pliilnsopliia contemporanea. Pariz, Alcan,
1888. N'estas publicaçóes, que se ligam, e que dizem res-
peito As sciencias geographicas modernas, o aiitor, cujo
espirito culto e perfeitamecte orientado na sciencia, ma-
nifesta iil8as muito adiantadas sem os exageros comtudo
ACTAS DAS SESSÓES EM 1889 691
d e alguns tranfoimistas, e aiio se limita a lima simples
rezenha das peeqiiizas dos autores, de que se ocupa. Muito
a a i a vale do que essa apreciação, alitis tão fiel quanto cla-
ramente exliibide 'a sua consciencioza eltrboraqão pois
ahi apreciando e discutindo cada idea e cada facto, deixa
vêr a sua propria contribuiqão n'esse mesmo campo das
theorias cooloctivas, cujo sentimento possue distincta e
cabalmente. A commissiio de etlinographia 6 portanto
d e parecer, que os trabalhos apresentados pelo Dr. Arthnr
Vianna de Lima como titiilo de sua admissão ao gr8o de
correspondente do Instituto não podem deixar de recom-
mendal-o a esta distinqão .
Pala das :essóes do Instituto Historico e Geographico
Brazileiro em i5 de Agosto de 18@8. LadislCo Neto.
Barão de Capaneina. Remette-se B commissiío de admis-
PBOde socios.
O Sr. Visconde de Taunay aprezenta uma declaraçilo
de Francisco Aiigusto Ribeiro e Tiberio Augusto dos
Santos, rezidentes na villa de Miranda, provincia de Mato-
Glrosso,que se julgam com direito ii medalha,que o Instituto
mandou cunliar para commemorar a lei aurea de 13 de Maio
de 18Ê8, alegando terem trabalhado em favor da aboliç8o
no Brazil .

TERCEIRA FARTE
O S r . prezidente, tendo feito correr o eecrutinio,
declara untinimeniente aprovada a admissão no Instituto
Historico e Geographico Brtizileiro, dos Srs. Drs. Jenn
Martin Charcot.Acliiles de Giovanui, Marianno Semmola e
Conde de Mota Maia como socios honorarios; e dos Srs. ge-
neral Carlos de lbaiiez (Marquez de Miilhacen) membro
d a academia de sciencias de Madrid, Boiiqiiet de la Grye,
membro do Institiito de França, general Anibal Ferrero,
chefe do serviço geographico da Italia, D. Anibal
Echeverrica y Reis (cidadlio chileno) eecriptor, teneute-
coronel João Vicente Leite de Castro, Dr. Joz6 Ricardo
Pires de Almeida, e Dr. Feliciano Pinheiro de Biteucoiirt
como socios correspondentes.
66 P. 11. VOL. 111.
526 REVISTA TRIYENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

A convite do Sr. prezidente, oSr-Visconde de Taunay,


leo o seo trabalho intitulado e u t a dsI%rpi&.
Não havendo mais nada a tratar, e obtida a impend
venia, o Sr. prezidente levanton a sessiio.
HENRIRAFFABD,
servindo de 2'. secnhrio.
--

20'. SESSÃO EM 7 DE NOVEMBRO DE 1889


HONRADA COM A ANQUSTA PREZENÇA DE S. M. O IMPERADOR

Prezidencia dof Sr. commendador Joaquim Norberlo de


Sotoliza Silva
A's 6 112 horas da noite, prezentes os Srs. Joaquim
Noberto, Visconde de Beaurepaire Rohan, B a r b Homem
de Mello, Dr. João Severiano da Fonseca, conselheiro
Alencar Araripe, Dr. Cezar Marques, commendador JozB
Luiz Alves, Dr. Sacramento Blake, Henrique Rafard,
capitiio-tenente Garcez Palha, D. Enrique Moreno eBarfio
de Capanema, abre-se a sessso. O 2". secretario lê as actau
da sesslto ordinaria antecedente e da sessão solemne (*)
em honra 9, nação chilena, que sáo approvadas, esta ap6s
pequena emenda aprezentada pelo Sr. Visconde de Tan-
nay. O Sr. 1". secretario lê os seguintes officios :
Do Sr. consellieiro Joz6 Francisco Diana, jiistificando
a sua auzencia na sessso passada e na de hoje, por motivo
de serviço do seo ministerio ; dos Srs. eiiviados extra-
ordinarios da Inglaterra e da Italia, pedindo desculpa por
não terem podido comparecer Aquella sessão solemne, por

(*) A acta d'essn sess5o soleriiiie. celebrada a 31 de O~ilol~ro de I@&%


coiisla do voliiiiio especi:il consagrado i i i i e n i ~ r i ad'ella.
justos impe(1imentos; do Sr. socio Luiz da França de
Aimeida S6, conimunicando rezidir actualmente na co-
fenia Alfredo Chaves, na provincia do Rio-Grande do Sul,
onde exerce a s funções de ajudante da commissão de
terras e colonisação ; d e Mr. Cliarles Breard, enviando nm
volume, que acaba de publicar a societé d'histoire de
Nwrnandie, sob o titulo: Documents relatifs tí Ia marine
normande e t B ses armements aux XVI e t XVII sibcles
ponr le Canadtí, I'Afrique, les Antilles, le Brksil et les
Indee, no qual vem um capitulo relativo As primeiras via-
gens dos,"marinheiros nomandos ao Brazil .
O mesmo Sr. 2". secretario dtí noticia das seguintes
offertas : do socio o Revm. bispo do Pará a sua obra intitn-
lada Q u ~ s t ã oreligiora no Brazil; de Mr. A. de Quatrefages
a sua Histoire ghérale des races humaines; do Sr. João Xa-
vier d a Mota o seo trahallio Moeda do Bmzil; do Sr. AI-
fredo Ernesto Jacques Oiiriqne os seos trabalhos : Questdo
de limites entro o P a r n n á e Santa Catharina, Colonias Mi-
~Eitaresde Itaptira e Ava~thadava(provincia de o
Defeza estrate.gica d a provineia do Rio Grande
L

-paulOk
qa do Su
das sociedades de geographia de Iena, Berlim, Bordeos,
Madrid e Italiir, e d'alfandcga do Rio de Janeiro, os seos
.boletins ; das respectivas redações as revistas : I 1 Brazile,
Sud Anim-icain e dos Constn~ctol-es,e os jornaes :-Diario
Popidur, Liberal Mineiro, Provincia do Espirito Santo,
Publicador Goiano, Jornal do Recife, Gazeta de Mogi-
mirim, Imprensa, Caxoeirano, Jornal do Amazonas, Note
veatc Monde, Géqqraphie, Eioile du Sud, Brésil, Immigra-
. ç h , Gazeta d a Baltia e Meio. e do Sr. Alberto Pimentel o
eeo trabalho 0Irra.s do poeta Cltiado.
O Sr. prezidente communica ao Instituto a morte do
consocio Visconde de Vieira da Silva, pronunciando o
seguinte discurso :
Senhores ! Em qnazi todas a s nossas ultimas sessóes
tenho trazido ao vosso conhecimento uma noticia, que
tarja de luto a s nossas actas. Hoje 6 do falecimento do
illustrado Visconde de Vieirn da Silva, senador do imperio
e conselheiro de estado, que se realizou pela manliaii do
, dia 8 do corrente mez.
contra a grande injustiça, que se me fizera em remune-
r a w dB serviços prestados á patria, e cujos effeitos ainda
tinto.
J B n&oexiste o nosso consocio siniío para a nossa
memoria, e pois na acta de nossa sessão de lioje fique con-
aignada a saudade, que nos deixa descendo ao tumulo.
O Sr. Dr . Cezar Marques pede a palavra e faz al-
gumas observaçóes sobre o discurso do Sr. prezidente,
rectiflcando a asserçiío relativa do lugar do nascimento do
socio finado, o qual vio a luz primeira na cidade da For-
taleza, provincia do Ceará, e não em Sáo-Luiz do Ma-
ranhso .
O Sr. Visconde de Taunay aprezenta o seguinte dis-
cnrso, que como relator da commissão do Instituto dirigi0
a S. M . Imperial, ao dar-lhe os pezames do Instituto
pela morte de S. M. o rei D. Lniz de Portugal :
Senhor. Enviou-nos o Instituto Historico e Geo-
grapluco Brazileiro perante Vossa Magestade Imperial,
aflm de significar ao seo augusto protector o leal e sin-
cero pezar que sente pelo falecimento do rei de Portugal
D. Luiz I, tão ligado B familia imperial do Brazil pelos
laços de proximo parentesco e extremoza amizade. N'este
dolorozo trance, grato deve ser ao espirito de Vossa Ma-
gestade reconhecer, que em ambos os povos, brazileiro e
portuguez, permanece vivaz e intensa a scentelha do sen-
timento monarchico, que s6 encontra e1ement.o~para se
robustecer ao influxo da vida hodierna, qaer europea
quer americana.
Portugal estremece, como sempre, o seu rei, e o
Brazil n8o tem seniío motivos de admirar o soberano que
posaue, e de lhe ser reconhecido. Verdades destas 6 sem-
pre agradavel ao Instituto Historico assignalar no estudo
das couzas patrias I
Queira Vossa Magestade aceitar as nossas maia
aentiãaa condolencias pela cruel perda que tão funda-
mente ferio o seo magnanimo cora*.
Rio de Janeiro 26 de Outubro de 1889. VZsmde de
Taunay .
626 REVISTA TRI MENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Acliando-se na sala iuiuiediata o S:. . Dr. Feliciano


Pinheiro de Bitencourt, eleito membro correspondente, o
Sr. prezidente convida os S ~ MB .a r b Homem de Mel10 e
commendador Jozé Luiz Alves a irem recebel-o, e dando-
lhe assento pronuncia as seguintes palavras :
Senhores. O Instituto Historico via com inveja
occupaiido a tribuna das conferencias da Gloria um dis-
tincto talento. E' limitadissimo entre nõs o numero dos
que se entregam As arduas pesquizas da prehistoria, e
que mesmo na Europa conta poucos annos de existencia
e raros cultores. O illustre S r . Dr. Feliciano Pinheiro de
Bitencoiirt se tem tornado digno da maior consideraçih
pelos seos estudos, vulgctrizando entre n6s os seos conhe-
cimentos n'esta parte da historia, a que primeiro se entre-
garam os antiquarios do Norte.
Entrando para o gremio de nossa associação B de
crêr, que se niío arrefeça o seo ardor por t80 ardua inves-
tigações, e o aprezentando ao Instituto Historico peço,que
o recebamos com estas palavras : Vem, filho do estudo
e das arduas pesqiiizas. O Instituto s6 se p6de honrar
com aquelles que o honram. B
O illustre recipiendario agradece nos termos se-
guintes :
Senhores. Hir muito, qiie dezejsva Iazer parte
d'este Iii5titut0, por conhecer-lhe bem a historia, e saber
quaritos serviços tem prestado B nossa patris no longo e
iloriozo periodo de 50 annos. Esperava porbin occazião
oportuna em que pudesse aprezentar algum trabalho digno
da vossa apreciaçáo esclarecitla, o que s6 me foi dado rei+
lizar este arino, com a publicaçao das conferencias, que
tenho efectliatlo na escala publica da Gloria a respeito da
origem das esp~~ilis e da America prehistorica.
Ambicioiiava asociar-me a esta ilustre e respeihrel
corporaçáo por ser um dos admiradores mais enthuziastas
dos iuiportantissimos trabalhos, com que tem ella enre-
quecido a historia e geographia patrias, que até 1838
jaziam em deploravel atrazo, existindo apenas dois livros
bons, iiiss incompletos, a Ristoria do Brazil de Robert
Southey e Cl~orograpliia Brazilica da padre Manoel
Ayres do Cazal.
Long) e fast.idiuzo seria e menos proprio d'esta
acazi80, referir minuciozamente quaes os principaes the-
zonros literarios e scientificos, que o Instituto Historico
tem acumulado em meio secalo de proveitoza existencia.
Para ter-se d'elles uma noticia exacta basta a leitura
atenta da sua Revista Trirnensal, que fórms actualmente
uma precioza colleção de muitos volumes, onde os estii-
diozos terão muito que aprender.
Agora mesmo, senhores, tratando em conferencias
populares do magno problema d s origem dos povos ameri-
canos primitivos, especialmentedos selvicolas brazileiros,
tem-me servido de muito a excellente Revista d'este In-
stituto, onde a dificilima questso foi brilhantemente dis-
cutida por Joaquiin Norberto, nosso benemerito prezi-
dente ; Gonçalves Dias, Francisco Adolfo de Varnhagen,
Cunha Matos, Candido Mendes, Joz6 Martins Pereira de
Aiencastro, IgnacioAccioli de Cerqueira Silva, e outros
que têm sido luzeiros d'esta douta corporação . E' digna
de especial menção a Memoria Bistorica e docitmentada
das aMêas de indios da provzncia do Rio de Janeiro,
composta pelo socio effectivo Joaquim Norberto de Souza
Silva, e laureada na sessso magna deste Instituto, de 15
de Dezembro de 1852, com o premio imperial. Sinto de-
vbras, que a ocaziáo me não permita referir-me a esta
excelente monographia, depois de cuja leitura fica-se
sem sabe o que mais admirar : si a profunda erudição do
anctor, si a elegancia e harmonia da iórma, a pere-
grina beleza do estilo.
Eu dice, ao começar, que ambicionara fazer parte
desta illustre corporação ; pois bem, satisfeito o meo de-
zejo, realizada a minha ambição, cumpre-me agradecer
summamente ao eminente orador d'este Instituto, o Sr.
Visconde de Taunay, por haver proposto o meo nome B
vossa aceitaçiio ; B digna commissão que lavrou o parecer
favoravcl B minha admissão, e a todos qantos votaram as
suas coucluzões. A cada um o meo eterno reconlieci-
mento .
E' ociozo acrescentar, que esforçar-me-ei quanto
em mim couber pela prosperidade sempre crescente do
Instituto Historico e Geographico do Brazil, uma de
628 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

cujas cadeiras venho ocupar, graças b vossa generozi-


dade e benevolencia. A minha divi2s-aqui serão estas
eloquentes e significativas palavras dirigidas ao Institnb
Bistorico por S. M. o Imperador : a E' de mister, que
não s6 rennais os trabalhos 'das geraçbes passadas, ao
que vos tendes dedicado quazi que unicamente, como
tambem pelos vossos proprios torneis aquelia a que
pertenço digna realmente dos elogios da posteridade ;
nlío dividais pois as vossas forças, o amor da sciencia
A excluzivo, e concorrendo todos unidos para tão nobre,
util e j& difficil empreza, erijamos assim um psMo
de gloria B civiliza@o da nossa patria.
O Sr. I). Enrique Moreno, p~dindo palavra, apre-
zenta em nome do nosso consocio Sr. D. Estsnislbo
S . Zeballos, ministro das relações exteriores da Repn-
blica Argentina, o seo retrato ; e por parte do nosso
consocio, o Sr. D. Bartolomeo Mitre a sua obra, emtrez
volume^, Historin de San-díartin y de la Emataeipa&
Sud Americuna (segundo novos documentos), 1887.
O Sr. prezidente nomeia para em commiss80irem
dar pezames & Exma. viuva do Vi~conde de Vieira da
Silva os Sru. Dr. C e z ~ rMarques, Qarcez Palha, conse-
lheiro Alencar Araripe, Henriqiie Raffard, B a r h Homem
de Mel10 e commeiidador JozB Luiz Alveu.

2 .' PARTE DA ORDEM DO DIA

Tem a palavra o Sr. Dr . Cezar Marques, qne 18


parte da sua memoria Jezuitas no Maranhh.
-
A's 8 112 da noite levanta-se a sessso .
Dr. JoEio !Severianod a Fonseca,
2. O secretario interino.
ACTAS DAS SESSÕES EM 1889 S!29

%i.' SESSÃO OBDINARIA, CELEBRADA EM 29 D E


NOVEMBRO DE 1889
PrePUZerrcia do Sr. commendador Joaqzcim Norberto de
Souza Silva
A's 7 hcras da noite, reunidos no lugar do costume
4 s Srs . Joaqnim Norberto, Visconde de Beanrepaire
Rohan,conselheiro Alencar Araripe, Dr. Joso Severiano da
Fonseca, Henriqae Raffard, conselheiro Pereira de Barros,
a r . Lniz Cruls, commendadares JozB Lniz Alres eRodri-
gaes de Oliveira, D. Enrique Moreno, Bar80 Ribeiro de
Aimeida, tenente-coronel Frtincisco Jozé Rorges, Dr . Pi-
aheiro de Bitencourt e Dr . Teixeira de Mello, abre o
.Sr. prezidente a sessao. O Sr. Dr. Jogo Severiano da
E'onseca, servindo de 2." secretario, procede B leitura da
acta da passada sess&o, que B sem debate approvada.
Passa depois o mesmo senhor a oçcupar o logar de
a*. secretario e da conta do seguinte
EXPEDIENTE

Oficios :
Do socio Bar80 Homem de Mello, 1 secretario,
.O

dando os motivos do seo não comparecimento, enviando


ama proposta para socios corresponden tes assignda
.em Pariz pelos consocios Frederico Sant'Anna Neri e
.BarPo do Rio Branco, e propondo a nonieaç&o de uma
.aommissi%o,da qual dezeja fazer parte, para ir compri-
.iientar em nome do Instituto ao governo provizorio e ao
'ministro do interior.
Do socio Virgilio Martins de Mello Franco, enviando
traços de antobtographia e o seo retrato em photographia,
rccedendo b recommendação que lhe f8ra feita n'esse sen-
tido pelo Instituto, e remettendo uma carta antographa
.deseo tio o Dr. Francisco de Mello Franco, datada do
Rio de Janeiro a 29 de Fevereiro de 1820, dirigida a
-mo i r m h Joaquim de Mello Franco, cavaleiro d a ordam
d e Christo, conego honorario da a4 de Olinda, provizor e
61 r.:n, .a.LU
630 REVISTA TRlMENSAL DO INbTlTUTO HlSTOBICO

vigario colado da igreja de Paracatu do Principe. Do


consocio JozB Verissimo Diaa de Matos, remetendo trm-
bem a sua autobiographia e photogrb hia, de conformi-
' i'
dade com a citada recommendaçih do nsti tuto. Do acre-
tario do governo do Rio Grande do Sul, enviando Q da-
torio com qiie o Sr. coronel Joáo de Freitas Leitão passou
a administração da provincia ao seo sucessor e os 06-
cios com que o Dr . Joaquim Galdino Pimentel e major
Antonio Ferreira Prestes Guimariíespassaram aos qnelhec
sucederam no cargo. Do Sr. B a r b de Alencar, ministro
do Brazil junto t i confederqiia argentina, agradecendo
ao Institiilo o diploma qne se lhe enviou do socio hono-
rario . Do mesmo senhor, remetendo a nota com que o Sr.
D. Quirno Costa, ministro do interior d'aquella confede-
ração, agradece a sua nomeação de socio Iionorario do
Instituto nos termos mais honrozos para esta associaçdn
e com alevnntados conceitos Acerca do patriotismo dos
governos, que assignaram o tratado, que deo cama B dis-
tinçáo recebida. A nota do illustrado ministro vai tran-
scripta integralmente em seguida t i prezente acha. Do
Sr. D . Carlos, bispo de Cuiab8, datado de 22 de Setem-
bro ultimo, agradecendo o exemplar que o Instituto lhe
offereceo da medalha commemorativa da promulgqáo da
aurea lei tle 13 cie Maio do anno proximo passado, qae
extingui0 a escravidtlo no Brazil. Do Sr. conselheiro J.
M. Latino Coelho, secretario geral da academia real das
sciencias de Lisboa, dotado de 5 de Novembro, agrade-
cendo a remessa feita pelo Iustituto Aquella academia du
tomo LII, parte 1'. da sua Revista. Do Sr. Joz6 Ribeiro de
Macedo, datado de Piraquara a 18 de Oiitubro proximo
findo, agradecendo a concessão que lhe fizera o Institnto
de iim exemplar da medalha commemorativa da lei de 13
de Maio, que eiitretanto ainda não reçebeo, e cyja reaessa
reclama com a maior empenho. Do secretario da red
academia de ciencias morales y politicas de Madrid, de
30 de Outiibro ultimo, agradecendo a remessa do tomo
LII, parte 1'. , da Revista Trimensal do Institrito. Do Sr.
dezembargador Serafim Muniz Barreto, datado de i 0 de
Novembro, agradecendo o exemplar, que recebeo,:dn me-
dalha relativa á extinção do elemento servil.
ACTAS DAS SESSÓES EM l8S9 531

Do Dr. JozB de Araujo Rozo Danin, vice-prezidente


da provincia do Par&, em data de 4 de novembro, en-
viando um exemplar do relatorio com que passou a admi-
nistração da referida provincia ao preziciente Dr. Antonio
Joz6 Ferreira Braga em 24 de julho ultimo, e outro rela-
torio aprezentado pelo dito prezidente á assemblea legis-
lativa provincial na sua ultima sessão extraordinaria .
Do socio Dr. Cezar Marques, participando que n8o pôde
comparecer B presente sessfio.
OFFERTAS

Pela sociedade de geographia americana, geogy-


phico-commercial de Bordeos, dita de Antuerpia, bi-
bliotheca nacional de Vittorio Emanuel (de Roma) e
commissáo geographica e geologica de São-Paulo os seos
boletins. Pela sociedade imperial dos naturalistas de
Moscow Noitveaitx illétnoires da meama sociedade, tomo
XV. Pela rsdaçlo i ultimo numero da Revista StiZ-Aine-
ricana, orgiío do centro bibliograpliicn viilgarizndor.
Pelo cavalheiro P. Xallan o fi\sciculo n. 11, anno 111,
da sua revista I 1 Brazile. Pelas respectivas redações
as publicaçóes seguintes : -Diai-io Popular (SBo
' Paulo), Queta de Jio.qirnirim, Joj-nnl do Recife, Jwnal
do Amazonas, iViio (Rio de Janeiro) Lnprensn, Liberal
JJinhro, Caxoeirano, Qéographie, Noi~vearc Monde,
E'toile drt Sud, Brésil (de Pariz) Provi~~cia do Espfrito
Santo e Boletim da alfandega do Rio de Janeiro. Pelo
Sr. commendador Joaquim Norberto os numeros do Jornal
do Commercio de Outubro e Novembro do corrente anno.
Pelo Sr. Barao Homem de Mel10 um exemplar nitida-
mente impresso, com tarjas coloridas, da Constitucion
polifica de lu repitblica do Chile, edição feita no Rio de
Janeiro, 1889.
Passando-se á
ORDEM DO DIA
O Sr. prezidente communica nos termos seguintes o
falecimento ultimamente occorrido de mais um dos nossos
consocios :
632 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HIBPOBICO

A m b do destino acerbo continfia a tarjar de luto e


a humedecer de lagrimas as =tas das nossas sessões.
Passou da vida presente, no dia 24 do corrente, o decano
dos nossos consocios Dr. Felizardo Pinheiro d e Cunpoe,
que pelo espaço de cincoenta e um annos tomou parta em
nossos trabalhos, recommendando-se pela sesiduidde
com que militava em nossas fileires.
Era um homem de maneiraa chans, d e trato ameno e
delicado e d9 a r afavel, - que nunca empregou uma
expressão menos conveniente na convers8ç8o ; que
perdoava com resigna@) evangelica qualquer j u h por
menos favoravel que fosse a seo respeito ; que jbmais
se oppunha t i opinih contraria a seo modo de pensar, r
medo de offender o melindre d e seos amigos. O Dr. Pia
nheiro de Campos foi advogado no foro desta capital,
depois de ter servido B magistratuta n'uma das comam
de Minaa-Geraes. Viveo durante setenta e sete annos
lutando sempre com a pobreza, e morreo não tendo para
legar tí sua numeroza prole sinso a honradez de seo
nome.
Pede a saudade da nossa con fraternidade que com-
memorada seja a sua perda na acta de hoje com um voto
do nosso profundo pezar . s
Achando-se na caza o Sr. tenente-coronel João Ti-
cente Leite de Castro, recentemente eleito socio corres-
pondente do Instituto, nomeia o Sr. prezidente aos socios
Dr. Pinheiro de Bitencourt e tenente-coronel Francisco
Jozé Borges para irem em commiss8o recebel-o. Intro-
duzido com as formalidades do estilo, sauda-o o Sr. pre-
zidente nos seguintes temos :
E' com o maior prazer, que vos aprezento o nosso
novo consocio o Sr. tenente-coronel João Vicente Leitci
de Castro, commandante da escola de aprendizes de arti-
lharia e da fortaleza de S. J o b . De seos meritos e ta-
lentos, e sobretudo o seo Diccionario í?eographico e ri-
torico das can~panhasdo Umgtcay e Paraguay, elaborado
no campo de batalha e parte do qual jB adorna as pa-
ginas da nossa Revista !iVimensal, lhe franquearam as
portas de nossa associaçiio, que hoje mais do que nnoa
Dreciza de novos obreiros, que ajudem a sustentar e
ACTAS DAS SESS~ESEM 1889 633

amparar, para que não eosobre, a obra que erguera Ja-


nuario da CunhaBarboza e p e elevou B maior consideração
pela proteção, que recebe0 por mais de quarenta annos,
de quem vive o nome na gratidgo do Instituto Historico.~
O Sr. tenente-coronel Leite de Castro pronuncia em
aeguida um discurso de agradecimento, a que responde o
ar. conselheiro Alencar Araripe, nomeado para preencher
falta do orador do Instituto, com as segui@s palavras :
a Sr. tenente-coronel JoBo Vicente Leite de Castro.
Nbe vos recebemos como n o m consocio ; e a vossa apro-
vação unanime para entrardes em nosso gremio j& vos in-
dica, que aqui s6 vindes encontrar amigos, que esperam
de v6s a reciprocidade d'este sentimento de amor,vinculo
forte e poderozo que dirige todas as sociedades em sdo
caminho para u exacta consecução dos seos fins. O Insti-
tuto Historico, quando vos aceitou como parte d'esta
corporaçlio, teve em consideraçb os vossos trabalhos, os
voesos serviços tão liberalmente consagrados ás letras
e á patria
N6s vos saudamos ao entrardes em nosso seio social,
e confiados em vossa dedicaç8o &sletras não hezitamos
em crêr, que hoje adquirimos um companheiro benemerito
dos nossos trabalhos e um dedicado cultor dos estudos
historicos, de que jB, nos tendes oferecido provas sobejas e
manifestas na obra, que pnblicastes sobre a nossa guerra
com o Paraguay, facto que nos deo gloria, mas que nem
por isso deixamos de deplorar como fatal sucesso dos
destinos humanos. Entre povos americanos j h a i s devem
oa meios violentos perturbar as relaçóes de benevolencia;
são os nossos votos. O vosso patriotismo 1180vos impedi0
a imparcialidade, e expuxestes os factos d'essa luta in-
ternacional com clareza e justiça ; fostes sincero nos vos-
sos estudos historicos, nos qiiaes os futuros escriptores
encontrado informaçóes exactas e dignas da bistoria, que
e6 A valioza e aceitavel, quando respeita a verdade, e
pertanto a justiça.
Consocio, sejais bemvindo. Confiamos na promessa,
que nos acabais de fazer e entre n6s encontrareis amigos
para OS trabalhos, a que nos consagramos, e que estão
sintetizados na vossa d i v i ~ P a e i R c scientia+
a occupatio. *
534 REVISTA TR1YESS.U DO ISSTITCTO iiISTOR1<3

Concluida assim a ceremonia da recep~ãodo noio


eocio, pronuuciao Sr. prezidente + seqcinte discurso :
Senhores! Imperiozo derer do meo carp me
força a annunciar-vos,qtie jtimais n'essa cadeira se awn-
tar& aqnelle que durante quarenta annos desempenhou
verdadeiramente o titulo de protector de nossa associyáo,
elevando-a S face das naç6es cnltas a grande comide-
niç80, que goza actualmente. Das actas das se* de
nossos trabalhos e das nossas sessões magnas, celebrsdu
na sua caza com todo o esplendor e solemnidade. consta,
e constar& sempre, o que foi o imperador D. Pedn I1
para com o Instituto Historico, que lhe retnbaio nnme-
rozns tarores com a maior gratidão, par cniisideral.c,
c41mt.r sea primeiro alumno e por tel-o sempre como seo
d a s v e l ~ ~ iprotector.
a
t>s qnt t2m acompanhacio a marcha dos trabalhos do
Lzisritoto Historico durante meio secnlo niio podem deixar
de wctmhecer, que s6 por amor da patria e da gloria aqui
nts ru!iniamos sob o exemplo da assiduidade de quem foi
cntriP n3s o primeiro. Ao transpor aqnelle liminar desap-
v i a o monarca, e vinha o alumno sentar-se n'ese
thrcrno da democracia e tomar parte em vossas s n a d ~
luciibra~3es.que a tantos aniquilaram a saiide, sem que
faui.uis vizassenios nas gra.;as (ia corniic.opia de soa muni-
Scencia a menor recompensa, que empanasse o brilhn da
gloria de nossa voluntaria dedicaçáo.
-4 politica tem as suas necessiiiades instransigentes,
u h n6s que, Vestaes d'este templo da Bistoria, collabo-
ramos para a posteridade ii'estapaeijca sim ti@ occ~rpatio;
e pois a gratidáo. iim dosmrris bellos caract.eres da hnma-
nidsde, viver&na nossa tradição at6 quando o ultimo de
n3s tiver baixado A sepultiira, em que jti dormem @
m w s mais distinctos consocios, sem que a queiramos
sacapor de modo algum 4 ordem das novas couzas estabe-
Isidas e a que nos curvamos, certos de qiie o goremo
ie y v o pelo poro ser&uma realidade para a terra h qual
'.woutorgoii por simbolo a cruz da sua redempq80. e a
iadai imploramos, que a republica sei% t b livre como o
a I, iruyt)rifi #I!' Petlro 11.
\.
das mais bellaq agsociaçóes de nosssa patria . Deixal-a
perecer seria para n6s mais do que um erro,-seria um
opprobrio . Quando os nossos antepassados, seos funda-
dores, a creanrm, ae dirigiram ao Eterno, supplicando
com psalmos de Izaias a sua protecçilo. Façamos hoje o
mesmo, para que no meio da indifferença da patria se não
esboroe o archivo de nossas tradições e se não despe-
dace o crizol de nossa bistoria.,
Continuando a ordem do dia, o Sr. Henrique Raffard
aprexenta a seguinte proposta : a Proponho, que o Insti-
tato Historico e Gleographico Brazileiro eleve a socio hono-
rario o distincto socio correspondente general D . Barto-
1omeo Mitre. gala das sessões 29 de Novembro de 1889.
Henri W a r d . E' unanimemente approvada e declarado
m i o honorario o illustre general argentino.
O mesmo Sr. Henrique Raff~rciaprezenta a pro-
posta seguinte, que B tambem unanimemente appro-
vada : <Achando-se no nosso porto um vazo de guerra da
n w o argentina, cujo chefe B nosso prezidente honorario,
propomos, que este Instituto eleja de seo seio uma com-
missão para cumprimentar ocommandante e officiaes d'esse
vnzo, e outra para, entendendo-se com a grande commis-
são da imprensa, com ella promover uma manifestaçiío de
estima hquella naçiio amiga. Sala das sessóes do Instituto
Historico e. Geographico Brazileiro 29 de Novembro
d e 1889. Henri RafJard. Tenente coronel Jodo Vicmte
Leite de Castro. J . A . Teixeira de Nello. Lttiz Ro-
drigitesde Oliveira. Jozé Lztiz Alves. Lítiz Cruls. Dr. Bardo
de Ribeiro de Alim-ida. Tenente-coronel fia?~ciscu.Jozé
Borges. Visco)tde de Beaurepaire Roltan. João Stweriano
du Fonseca.
- O Sr. conselheiro Alencar Araripe, como membro da
commissão de redaçilo da Revista Trimensal do Instituto,
aprezenta exemplares, que sZLo distribuidos pelos socios
prezentes, das edições especiaes do volume consagrado 9,
Commemoração do centenario de Clacldio Manoel da Costa
pelo histittito Hbtorico e Qeogt-aphicoBrazileiro, e da Isto-
& dc zcnza viageinfeita á terra do Brazil por Jodo de
&i, tradtizida em linguagens vernacicla por TrSstdo de
A t a c a r Araripe . 1
O mesmo Sr. conselheiro aprezenta como thezoureim
do Instituto a nota do orçamento para o adnò de 1890,
que vai transcripta em seguida á premnte acta. A
propozito suscita o Sr. Henrique Raffard uma pequem*
discuss80, que termina pela proposta, que foi aceita, Q.
convocação de uma sesdo na sexta-feira proxima pnra
se tratar do assumpto .
O Sr. Dr. Jo8o Severiano da Fonseca propõe, que
se niío effectue este anno a sessáo magna annaal dw
costume, e assim se decide.
O Sr. D. Enrique Moreno offerece ao Instituto, ep
nome do autor, o Sr. D. Alessandro Sorondo, prezidente b
In~titzttogeo.grojco Argentino, um bellissimo exemplar
da obra Nociones de Qeogrqfia Argentina, escritas caír
arreglo a1 programa do segundo aiío de ias eecaelap,
impresso este anno em Bnenoa-Aires .
O Sr. Henrique Raffard aprezenta a seguinte pro-
posta : a Proponho, que o Instituto Hietorico e O e o p
phico Rrazileiro, attendendo aos altos merecimentos dos
distiuctos cidadãos argentinos D. Alessandro Somdo,
prezidente do Instituto QeogrcrJEcoArgentino, e D. Yarth
de Rivadavia, commandante da canhoneira argentina,
ora siirta no nosso porto, admitta-os para socios cor-
responden tes. Sala das sessóes 20 de Novembro de 1889.
Henri Ra$ard.
Declaranrio-se que nenhum dos socios prezentes
deixa de annuir a esta proposta, 6 ella unanimemente
approvcrda e stlo declarados socios os de que ella trata.
Lê-se em seguida a seguinte proposta, aprezentadr
pelo Sr. Dr. João Severiano da Fonseca e adoptada pelo
Sr. preziden te : Y Propomos para membros honorarios do
Instituto os Exms. Srs. D. Maiioel Villamil Blanco, mi-
nistro plenipotenciario da Repnblica Chilena, e D. Blas
Vidal, ministro plenipotenciario da Republica Oriental,
e para membro correspondente o Sr. D. Constant.ino
Banueii, commandante do couraçado chileno Almirante
Cochrane, notaveis por sua intelligencia, seos serviços
& sciencia e seo affecto ao nosso paiz. Sala das sess6es
do Instituto em 29 de novembro 1889. Joaquim Norberto-
de Souza Silva. Dr. Jodo Severiano da Fonseca. Tristb
DESPEZA
Impressão da Revista Trimensal. .......
Reimpressb de numeroe esgotados. .....
Remessa da Revista.. .................
Encadernação de livros.. ..............
Compra de livros.. ...................
Expediente na f6rma sagninte :
Asseio da caza.. ......... 20?%00
Illuminaçáo ............. bOD000
Papel, tinta, pennas, etc.. lOW000
---
Vencimento; de empregados :
Bibliotecario. ........... 1:400116000
Escripturario ........... 780W00
Porteiro.. .............. 8408000
---
Porcentagem &ocobrador.. ............
Eventuaes.. .........................
Pagamento de contas ainda náo aprezen-
tadas de despezas feitas com a sessão
em obzeqoio aos oflciaes chilenos.. ..
Si aparecer em sobras, comprar-se-ão apolices da di-
vida publica na f6rma anteriormente determinada.
Rio 29 de Novembro de 1889.
T. de Alencar Araripe
Tezoureiro.

N6s abaixo-assignados, membros da commissiio de


fundos e orçamento, concordamos com o orçamento apre-
zentado pelo nosso digno consocio o Sr. conselheiro
Tristso de Alencar Araripe para vigorar no anno vin-
douro. (*)
Rio de Janeiro 6 de Dezembro de 1889.
Joz/ fitiz ABlves.
Francisco Joz6 Borges
(7 Foi aprovado este parecer ern sessão de O de Dezenibro de
1889,como adiante se verá da acta respectiva.
Ministro de1 Interior. Buenos-bires O6kub10 30 de
1889. Estimado Sefior Ministro. Tnve honof de recí'b'i
k comunicacion de U. en 10 que me participó qm e1
b t i t u t o Hiatorico y QeogrBfico de1 Brazil me biMs
nombrado por nnanimidad de votos mienbro ht~noruiodd
mismo. U. me remitib tambien copia de la notr dd
distingaido Sr. wcretario de esa asociacion, avimmbh
q9ia mi nombramiento hsbia sido ooaeionrdo por Lbar
&=madocon V. Ex. e1 tratado de arbitaqje sobre la a m
tion de Misiones. U. se dim6 tmtregarme e1 dia
ploma respectivo, y nada es para mi mas hoaroao qis
aceptarlo como una g r m distincion de un cpwpo cimti-
h,tan vinculado por sus trabajos y sn compoaicion Ala
gloria de1 Brazil y a1 adelanto de- Ias cieqcias. Ei h-
- $& sobre Misiones que ha dado origens mi n o m b
mieato es y ser8 siempre considerado por todos com h
obrs dei. patriotismo de loa doe gabiernos, que 10 hsn Ub
vado á cabo, 'como un triunfo de1 derecho por e1 prin-
cipie de1 arbitraje que establece, ei falha e1 arreg10
directo y como una nneva demonstracion de que p m e1
mantenimiento de Ia paz, de la amistad sincera y de1 re-
ciproco respecto que se merecsn nuestros respecti\-os
paizes, no hay ni habrii obstacúlo que no pueda ser digno
y cordialmente removido. Quiera e1 Seiíor Ministro iievar
esta nota a1 conocimiento de1 Sr. secretario clel Instituto
Elistorico y Geografico, y aceptar mi especial conside-
racion y particular aprecio. Exm. Sr. Baron de Alencar,
E. E. y Ministro Plenipotenciario de S. M. e1 Emperador
de1 Brazil.
22'. SESSÃO ORDINARIA EM 6 DE DEZEMBRO
DE 1889
Presihcia do Sr. cmmendador Joaquim Nwberto
de Souza Salva
Achando-se prezentes, tis horas do costume, os Srs.
Joaquim Norberto, Visconde de Beaurepaire Rohan, Dr.
João Severiano da Fonseca, Marquez de Paranaguh,
Drs. Cezar Marques, Luiz Cruls, Sacramento Blake e
Pinheiro de Bitenconrt, conselheiros Alencar Araripe e
Pereira de Barros, Henrique Raffard, tenente-coronel
Francisco Joz6 Borges, commendador Joz6 Luiz Alvee,
capitso de fragata Garcez Palha, coronel Fausto de Souza,
J o b Capistrano de Abreo e Dr . Teixeira de Mello,
abre o Sr. prezidente a sessão.
E' lida e aprovada a acta da sessão anterior. O Sr.
Dr . Severiono da Fonseca, secretario supplente servindo
de 1". secretario, aprezenta o seguinte
EXPEDIENTE
Officios :
Do Sr. Manoel Messias de Qusmáo, enviando um
cxemplar do relatorio com que passon a administração da
provinoia das Alagôas, no dia 1" de Agosto do corrente
anno, ao Sr. Dr. Manoel Victor Fernandes Barros.
OFFBRTAS

Pelas sociedades de geographia da Australia e de


Washington os seos boletins. Pelo director do observa-
torto astronomico do Rio de Janeiro a soa revista de Ou-
tnbi-o e Novembro ultimo ns. 10 e 11, anno IV. Pelo con-
aocio o Sr. Henrique Raffard a sua photographia. Pelas
respectivas redaçóes os periodicos seguintes :-&rio ckr
Bahia, Diario Pqpubr, Gazeta de Mogimirim, Jornal de
Xncrs, Jornal do Amazonas, Imprensa, Nouveau Monde,
Ml, Qéogmphie, Etoib dtc Sud.
nT>nTJf DO DIA
Ci sncio Fr. ,prezent a o ais-
cnrsn, QIIP, COI>\~ içarr~rr:~dapelo
finn (i coinmxnilxrite Jlwtin Riradavi:t e a nfiicialidadr tio

m~srnci navio, pi-nnnncinii nn (lia 20 tle Snveniitro d o


pi-osinin ~icissndoo n st.riiirtte :
S r . rnrnmnnrlante Rimdaria, srs. oficiae': da r%-
n h o n ~ i rA~y g " r i l i ~ t n , 0 Institnto Tli.toricn c Genma-
phicn i10 !11-:17i1. R mais nntira elas a;~nrinc»es ~cicriti-
f l C A < 114 p ~ i z . F. tlit qii:11 6 miiito ilirrri<ip r e z i í l ~ n t p
linriiirnr 4)' s ~ p r ~ r i(11 i o rnwx r ~ p i i i i l i ~P ~rnpvj-
.
11ros c 0 ( I R ~ n i i n r n i ~ .cicI?d5ns
: 1). J ? ~ r t n l n m ~ n
3 I i t r ~i E ~ t ~ n i z l hZehallns.n Iiiiiinn C'n,tn p I-:n-
riqrie J 141~ ~nui:i n~ics:~op 1rirnp7-
tni--TOS t l - em 7 ít' nas ;L pil. lnrinm
nq5n I , FL (1111 c ~ tniri~
r 11-~31!,í'<
31t 0s 11 \ . ... . n ' e c t ~ parri. i!o cnntint>nrc ~ m e r i c a i i n .
,

Ini~nai 1 f~i . ~ ~ t ' r ? 1 ' i 1 3 ( 1q~1. 1 ~~ 3 1 1T P~Z rni~i. sr r;%


d ~ irriii-e
~f'rnns
. .
;i1

A n m i z ~ r l erpciprniLnPntre Ar'r~ntinnse Frs7ileim


tem-se afirmado não s6 nos dias bonaçozos d a paz, como
nos tempos calamitozos da guerra, quando juntos comba-
temos para libertar o Paragnay do jugo tiranico de
Francisco Solano Lopes.
Sr. commandan te Riradavia, o vosso nome A legen-
dario, pois recorda o do grande patriota Bemardino
Riradavia, que tanto s e esforçou para tornar v 0 5 , ~
pstria indepedente. grande e feliz. O Instituto Historico
ellvi;~s~iazIio~iie~i;lcens e ti briozci ri,ic;ãn argentina.
e 116s iio.; jiilgnuii~s siiuixiueute honrn~las por sermo5
interpretes doi. seutiuientos tle t i o douta co~pora~iio..
O Sr. Dr. Cemr Jlarques communia. qae desem.
pt-illioii ;I conimisstío. de que o encarregára o In>titutc?.
de aprezentar li familia do illustre conxcio falecido
Visconde de Vieira da Silva os sentimentos de pezar, que
csuzou 8 associaçáo o seo fale4mento.
Aprezentando o Sr. Henrique Raffard uma proposta
para que seja elevado 8 categoria de socio honorario o
Sr. Dr. João Severiano da Fonseca, o Sr. prezidente
avoca a si e formula-a nos seguintes termos, que são
recebidos com unanimes aplauzos : a Na f6rma do artigo
4." dos estatutos na parte que se refere aos membros
honorarios, passo para essa categoria o nosso consocio
efectivo Dr. João Severiano da Fonseca, de que se torna
merecedor não s6 pelos relevantes serviços prestados ao
Instituto Historico, como pelas eminentes qualidades que
o caracterizam. w
O Sr. Visconde de Beanrepaire Rohan communica,
que desempenhou junto da familia do nosso consocio Dr.
Felizardo Pinheiro de Cainpos a incumbencia de que o
encarreghra o Instituto de lhe aprezentrtr o pezar de
que se achava possuida a associação pelo falecimento
d'aquelle nosso activo companheiro de trabalhos, um
dos dois qne restavam da Cpoca da sua fiindaçiío.
O Sr. Henrique Raffard propõe, que se celebre uina
aess8o especial para o recebimento dos socios ultima-
mente eleitos, commandante Constantino Bannen e
Martin Rivadavia, da marinha argentina ; discutida esta
proposta entre o aprezentante e o3 Srs. Drs. Pinheiro de
Bitencourt, Cezar Marques e Visconde de Beaurepaire
Rohan, adopta-se a de organizar-se, de preferencia, por
n b haver mais tempo para aqueila sessão, uma commis-
s8o que lhes v8 levar os respectivos diplomas, e &o no-
meados para a comporem os socios capitão de fragata
Glsrcez Palha, Henrique Raffard e Dr. Luiz Cruls.
Entra n'essa occazião o novo socio o S r . ministro do
Chile D. Manoel Villarnil Blanco, que 6 saudado pelo
Sr. prezidente e responde em frazes eloquentes, exal-
çando os meritos do Instituto e a nomeada nniversa.1 de
que este goza e agradecendo a honroza distinção que
lhe foi conferida de seo socio honorario, a que saber8 cor-
mponder .
O Sr. Marquez de Paranaguh responde-lhe em nome
do Instituto, fazendo sobresahir os dotes peasoaes
ACTAS DAS SESSÕE~ Bbl 1889 546

dos m o s estatntm as sepintes rltimu pdarrrn:


Sendo s61iiente eleito por dois o 1". secretario. 9ù.
das sessóei do Institato 6 de Dmmbro de 1889.
Joaqrtim Norkerto de Jbrcza tyilva. Dr. J& Aitaaanth
Teixeira de 1Wello. Dr. C m r Awgtwto Mavqweu. Dr. A*
g u . 0 Vz'ctorino 8. do S a m m e n k Blake, wm natriçio
quanto A P . parte. Jozé Mauricio F. P h de
Barros. Jor4 LnU Aloes. fianeísco .JO& Boqu. &ri
Rafartl. Visconde de Beazwepaire-Rohan. M o r q z ~ds
Paranapú . Liiiz Cn&. T . de Alencar -4r-e. J&
Severiano da Fonseca. Gareet Palha. r
Postas gi voti~çnoestas moùifica~óe3dos estatutos, sba
sem disciepuncia approvadas.
Eutra ein discussáo o orçamento para o anno pro-
ximo futuro de 289i), lendo-se antes o parecer da com-
missio reipectiva, que o aprova e adopta. O Sr. Dr.
Ceaar Marqiieu propõe, qne n'eile se inclua tima verba
especial, marcando-se a qnantiq que se combinar, para
gratific.bç5es aos empregrulos do Instituto, que fizerai
serviços ertrsordinmrios por ocazióo dos preparativos e
.durante s expoziçáo chilena. O Sr. conselheiro Alenmr
Anripe entende, que nio comvem morar gratifieaqPo
alguma por ora, quando ali& já esse; serri~osforam
retnbuitlw com gratifiq8o especial ; si por8u.l honver
sobras no fim do anno, e n a o poder-se-& tratar d'este
,objecto angiiientando-se essa ptificaçYo. O Sr. m m e n -
dador Jozk Luia Alves entende, que não Iiaverá, aobras,
por isso qiie ha muitas despews, a que cuinpre attender-se
CMO, p w exemplo, O preeirebiinento das lacunas, q v se
obeartam nis colleççio da Reviste Trimensal. Falou ainda
o Si. wnsellieiro Alcncar Ararips, qja opinião no sentido
jh exposto 6 dopkada.
O Sr. praidente mardaw Instikto a propad. er-
vfada na passada sessão peb I.' secretario o Sr. Barão
Homem de MeHo, relativa 6 nomaçb & irna eairirsiie
enmrregsda ib saudar e mraprimenkr o governe provi-
.zorio da republiea, e snbmettcs á disc.seão. O &. ca-
pitão de fiitgrita Garcez Palha declara, que, attderrln-
;se a que o Instituto, associaçiia paite 8s klroir, i.d.
- 69 P. 11, TOL. UI
546 RBVISTA TBIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

tem que ver com movimentos politicos do paiz, inteira-


mente alheios aos seos fins,entende, que n8o deve o Ins-
tituto tomar conhecimento da aiiudida proposta. Acres-
centa ainda, que a sua opinih nada tem de suspeita,
como infensa B nova f 6 m de governo adoptada pela
naç80, por issoa aprezentadezrrssombradamente.0 Sr.Dr.
Cezar Marques observa ser incabivel a proposta do con-
soei0 Barao Homem de Mello, quando elle a faz estando
sneente, e propondo nomes que devem ficar B delibe-
.
r a $ ~do nosso prezidente Não havendo mais quem a
quizesse discutir, o Sr. prezidente submete gi votago a
proposta ehi questão, que 6 regeitada.
Ao tratar-se do orçamento do Instituto para o anno
vindouro, aprezentou o Sr. Henrique Raffard a seguinte
proposta :
Proponho que o Instittcto Histomco e Geographico
Brazileiro aceite o offerecimento feito por um iiiustre con-
socio nosso, quese propóe a fornecer a quantia necessaria
papa o pagamento de todas as despezas relativas á festa
chilena, que se realizou a 30 de Outubro ultimo, bem
como á impressão de um livro especial commemorativo,
ficando garantido este emprestimo ou adiantamento com
os fundos do Institttto Hkforico e Geographico Brazileiro,
o qual providenciar8 para o respectivo reembolso, quando
se tiver certeza de náo se poder obter a importancia para
se saltiarem as referidas despezas sem sacriticio dos cofres
do Instituto. Sala das sessões 6 de Dezembro de 1889.
Hmiri Raffard. Depois de breve disciissáot e sendo
ouirido o Sr. thezoureiro, foi aceita esta proposta.
Lê-se a seguinte declaraqáo : Sala das sessões do
Instituto 6 de Dezembro de 1889. Não tendo assistido
á sessão anterior, propomos, que se insira na acta da
sessão de lioje, que adherimos com prazer A mocio
aprezentada pelo nosso consocio Dr . Severiano da Fon-
seca, bem como Bs considerações com que o precede0 e
que traduzem nossos sentimentos melhor do que o pode-
riamos fazer. Jozé Egidio Qarcez Palha. Angtrsto Faltsto
de Solua. Dr. Cezar ritqi~stoIUar9ties.Marqtcez de Para-
naguá. Dr. Pitth~irode Bitencoitrt. Dr ;Iiigccsto T7icto,irlo
Aluga do Sacranwnto Blake.
O Sr. Dr. Sacramento Blake pede, que no dia da
eleiçiio dos membros da meza, que têm de servir no anuo
proximo futuro, o não nomeiem para nenhuma d'ellas,
porque, tendo tomado activa parte nas que terminam
agora o seo mandato, sente-se fatigado e yreciza de des-
canso.
Nada mais havendo a tratar-se, dá o Sr. prezidente
por finda a sessiio.
Dr . Teixeira de Mello, 2." secretario-interino.

Sess%oem assemblea geral para a eleiçgo da


meza e commissóes para o anno de 1890, celebrada
em 21 de Dezembro de 1889
Prezidencia do Sr. commendador Joaquim Norberto
de Souza Silva.
A's 7 horas da tarde, reunidos na sala do Instituto
Historico e Geographico Brazileiro socios em numero
suficiente, o Sr. prezidente abrio a sessão em assembléa
geral para a eleição dos membros da meza e das com-
missões, que devem servir no anno de 1890, e proce-
dendo-se á eleiqão na fórma dos estatutos, forain eleitos :
PREZIDENTE
Joaquim Norberto de Souza Silva.
1 ." VICE-PREZIDENTE
Conselheiro Olegario Herculano de Aquino e Castro.
2. VlCE-PREZIDENTE
Visconde de Beaurepaire-Rohan.
3. \'ICE-PREZIDENTE
Dr. Cezar Augusto Marques.
648 REVISTA TlUMENSbL DO LNSTITUTO BISTORICO

2.'SECREXARlO
Dr . Joz6 Alexandre Teixeira de Nello.
SECRETARIOS SUPPLENTBS
Henrique RatTard.
Capitáo de fragata Joz6 Egidio Qarcez P a h .
ORADOR
Visconde de Taunay.

COYMISSÃO DE F U N D O S E ORÇAMENTO
Commendactor Jaz6 Luia Ahes.
Commendador Luiz Rodrigues de Oliveira
Bnrique bffard-
COMMISS~LO D E EST.T~TUTOS E REDAÇÁO
Dr . Joz6 Alexandre Teixeira de MenQ.
Cansebeiro Tristão de Alencar Prraripe.
Dr . João Severiono &a Fonseca.

João Capistrano de Abreo.


Conselheiro Joz6 Mauricio Fernandes Pereira de
Barros.
Tenente-coronel Jogo Vicente Leite cTe Castro.
COMMISSÃO DE TRT~B.UIIOSHISTOBICOS
Dr . Manoel Duarte Moreira de -4zevedo.
Tenente-coronel Jogo Vicente Leite de Castro.
Capitão de fragat,aJozk Egidio Garcess P a a .
COYMISSÃO S U H S I D I A R I A DE TRABALHOS HISTORICOS
Barão de Ribeiro de Almeida.
Monsenhor Dr . Manoel da Costa Bonorato.
Coronel Augusto Fausto de Souza.
COMMISSÃO DE TRABALHOS GEOGRAPHICOS
Capitão de fragata JozB Egidio Garcez Palha.
Capitso-t,enente Francisco Calheiros da Graça.
Dr. Luiz Cruls.
COMMISSÃO SURSIDIARIA DE TRABALHOS GEOGRAPIIICOS
Barao de Capanema.
Crrpitáo de fragata Jozé Candido Giiillobel.
Visconde de Souza Foiites.
COMMISSÃO DE ETHNOGRAPHIA
Dr . Feliciano Pinheiro de Bitencourt.
Joiio Capistrano de Abreo.
Dr. Torquato Xavier Monteiro Tapajoz.
COMMISSÃO DE ARCHEOLOOIA
Dr . LadislAo de Soiiza Mello N eto.
Barão de Car nr.ema .
Primeiro-tenente Arllinr I1idl3 E ~Bnrfl.
COMMISSÃO DE PESQUIZLS DE MANUSCRITOS
Henrique Raffard.
Tenente Pedro Paulino da Fonseca.
Dr . Alfredo Piragibe.
COMMISSÃO DE ADMISSÃO DE SOCIOS
Visconde de Taunay.
Conselheiro Olegario Herculano de Aquino e Castro.
Conselheiro Manoel Francisco Correie.
YEDALHA COIYEIORATIVA
DA

LEI DE 13 DE MAIO DE 1888

O Instituto Historico e Geo ra I Distribnição das m d a -


phico Brazileiro mandou cunqia; lhas de p i-ata
uma medalha colimemorativa dc
lei de 13 de Maio de 1888, ue de-
c l a r o extincta a sscnvi& nc
Brazil. 1 JoSo Allreùo Corrc'a de Olivei ta.
Esta medalha reprezenta a ellqie 2 Antonio da Silva Prado.
da serenissima princeza imperial 3 Antonio Ferreira Yiana.
D. Izabel, que como Regente do 4 Jozb Pernaudes dacostapereira
Imperio sancionou o dita lei, e 5 Thomaz Jozb Coelho de Almeida
..
consagra a dala d'este grande actri 6 Luiz Antonio Yielra Ua S i m . .
le~isiativo. 7 Rodrigo Augusto da Silva.
Tiraram-se 532 exemplares de -.-
ouro, prata e bronze. - SENADO
No dia 13 de Maio de 1889, an-
niversario
-.-.
- - - ~ da
-- lei.
---, o- Instituto
---- Histo 8 Visconde do Serro-Frio, preri-
-

rico mandou. oor uma commi&o dente.


de seo seio, entre ar um exeiiipiar CAYARA DOS DEPUTAMS
da d i b medalha e! ouro 5 Sua Ma-
gestade o Imperador, e outro a 9 Barao de,Lucena, prezldente.
serenissima princeza. que recebe-
ram a oflerta com significativas PRINCIPES
s de apreço.
demonstrY 10 Conde d'Eu.
O Iiistitu o rezolveo lambem offe- 11 Principe D. Pedro Au
rec8r uma medalha ao Santissimo LP Principe D. ~ugu.s~o%!$hdo+
V ,x
Padre, e outra ao cardeal secre-
tario.
Os demais exemplares foram INSTITUTO HISTONCO
mandados distribuir pela fbrmaque
adiante se v&, conservando-se ai-
guns exemplares de bronze para 13 Joaquim Norberto de Souza 911-
ybseqnente distribuiGo. Esta de- va, prezidente.
liberação foi tomada em s e s l o do 14 01 arto Herculano de Aqaino e
Instituto Historico de 25 do inez de aro. 1 rica-prezidente.
.O

Maio de 1889, e em outras poste- 15 Visc~ndede BsaurepriraRoh8n.


riores. :4 ~ i ~ & - p l ~ z i d a t ô .
16 Joaouiin Pires Machado Por-1 DIVERSOS
r tellá, 3. vice -prczidenle 17 Inlernuncio do Brazil.
17 JoáoFranhliiidaSilveiraTavora, 48 ~ k > a d ~ de Bento.
1 secretario.
.O
ò d)rte.
49 Abade de S ~ e i l da
18 A i i ~ i i ~Fausto
to de Souza, 2.' se- 50 AnloIiio Bo&cs de Sampdo.
creetario.
I9 Trisllo de Alencar Araripe, lbe-
zoureiro Distrlbu'*o das mcdn'bae
20 Allredo i e Bscragnolle Tannay, de bronze
orador.

Socios honoratios nacionaes


91 JoBo Manoel Pereini da Silva.
PZ Maxiii~iano Marques de Car- Felizaido Pinheiro de Campos.
vallio. Aiilonio A l v a r ~ sPereiracorojl.
23 Barh de Cnpnnenir. Visconde de Nogueira da Gama.
24Visconde dc Soiiza Fontes. Francisco Joze Borps.
25Bar30 Honienr de Mello. Joril Maiiricio Femandes Perein
5% Manoel Duarte Moreira de bze de Uarros.
vedo. Barào do Ladario.
37 Ceur Aogusta Marques. J076 Vieira Couto de lamlhles
98 Visconde de MauB. Darao de Rilieiro de Almeida.
29 Manocl da C~staHonorato. Bar30 do Rio-Branco.
Luiz Francisco da 'FeiQa.
Socios honorarios eslran~eiros LadislAo de Sou&? Mello 1810.

I1:i:
90 Fernando Denis, França. 19 Barào de Ramiz.
31 Barlolomeo Mitre, Coi~federa~.?~ ~~~~0 J,S;$;as;ein.
Argentina. -
89 Domingos Sania Mula, Chile.
~ ~ ~ ~ n ~ ~ ~ F ~ ~ s
17 Allwdo Pirngihe.
CORPO DIPLOIATICO CONSULAR 1 8 uarso de ~ ~ f , c .
33 Minislro Aniericxrio. 19 Francisco Calheiros da 6 . ~ 3 .
34 Ministro Arnrntiiio. 20 Jozi ,\lcxaiidro Teixeira de
Minlstm ~ri'ental. Mello.
Ministro Chileno. 91 JozC Cnndidn Giiilhohel .
linistro I>ortuguez. 22 Augiisio Vlctorino Alves
Deaino do corpo consiilar es- Sacrnniento Rlalie.
tron eirn no iniperio (Eegenio 93 Jozb Epidio Gsrrez Palha.
Eiiiifio RnRird, consul geral da 2 i Manoel Pinto Bravo.
Sulssa no Hrazil). 25 Pedro Paulino da PonTa.
2 i Fraiicisco Imiarfo Ferreira.
~7 Renri iie ~O'fY'arn.
capOnA~òfs E M)CIEDADeS 28 Mano3 Francisco Com%.
8Q Camam Municipl do Acarape 09 JoJo Capistrano de Ahreo.
(1'.munici iolivre no Brazil). 30 Rarao de q i n n d a Reis.
40 Confederacaio Ahnliiionista. 31 Francisco Joz6 Fetrein Bipü*.
41 Gabinete Portugiiez de Leitiira 32 Barao do Ln~rndio.
da c M e . 33 Viwonde de Sinimhd.
4S Ynzeo Nacional. 34 Visconde de Barhaccna.
(9 Hnzeo Milfbr. 35 José Jansen do F a p .
4d Iluzeo de Marlnhr. 30 loré Tavares Bastos.
46 Mareo do Instituto Mistorleo 37 @iintlliano JmC da SIIva.
rnzileiro. 38 Bafio de SSo-Felir.
46 So%ph%~lladorada Indus- 39 Bnào de Ilacahiihr\*.
tria Nzonrl. 10 Viscoiitle cle Valdelaro.
MEDALWA COM MI;$IOH,II'IV A 563
Soctos -0))srs cwcnrpndentrs 81 I.III/ Icc~dri~iii~s d e oli\eira.
u çtlta uib. R5 \ ~ ~ g ~ I ~ ~ . Y : i i dth
. l i iM?llO
i f i Franco-
42 Barao de 1.op.s #&. 86 Con<ll* de Mota m i a .
43 B a r b de PeneAo.
44 Alvaro Barl~alho Crba Caual- Suciar crlrrcigcir00
-.
rirptr?
46 a r 3 0 d o Dedemo. 87 En~innnudLLis.
46 Barào de Soma yueiroz. M Vivien de W n t MarLin.
47 de 8Prros Pimelitel. 69 D i q o & üanw Arana.
48 L u i ~Aiitonio Barhoen de AI- 90
me ida
49 Jozi: ~ ó n ~ i i i rda
n Gama Silva. 9 . .Coev.
lw
mP1
Latino
Pinto.
'' :g"E d&T
w Ricardo GuuibIeton U n t .
51 Angelo T1iorii;lz do Ainarrl.
52 Joaqiiirn Maria Kascentes de 9.5 Vioenie ( i . Que7ada.
hwbuja. 96 Esbnisláo S. Zeb?li~S.
53 J& Bri~idodos Santos. 97 Francisco Gomes ue Amorim.
5 i João Pedro Gav. 98 Angelo Justiniano Carra~iZa~
05 Barh de C u ~ j i r a PtvIroVencerlAods:~riboAr.lnha.
56 Epif:inio de So,,za Pi- !)9
100 Maioel Piiibriro C*.
biiga . 101 Visconde de Vilai&.
57 Eduardo JozC de hloraee.
58 Antonio Manoel c;oiiqalrres TO-
cniitine. ~~$n~d~~&.
101 Joa! Silvestre Ribeiro.
59 Jazi' cie Vnsconccllos.
60 Jo;,i,iiim Floriano ile Codoi. 1'0' C.nM-
61 I.iiii dt? F m ç a Aliric~idaSA.
61 Americo Brazilirnse de dliiieida
Mello. I I ~ s l a b e l e ~ i t ~ i Pwblicos
63 TI,; iiiai I;arwz Paraiilios Mon- 1 Acndciiiir de Bellas-Artes.
tenegro. 2 ,\rcliivo Militar.
enl~~

G i Cnrlos ,\riiir Moncort-o de Fi- :I Arcliivo Piil~liooh;rei~na.


giieiredo. i Bihliothecn Nnciod.
65 Bernartlo Satnrnino da Veiga. 5 BiMinlhea Militar &dMe.
CXl AntonioJozCVicloririodeBarros. 6 Bihliotbeia do Ceará.
67 Doiiiingos J o d Nogueiro Jagtia- 7 tiibliolhea de P e o AlWe.
ri110 Filho. 8 Mibliotheca do kcik flamldade
68 Fraiicisco de Paiila Toledo. de direito).
69 Jozd Antonio de Azevedo Castro. 9 BihliotBda d o E@nb 511116.
i 0 Frederico Jou! de SanPAniia 10 B i l ~ i i d h mdo M.
Xeri. 11 Bihlicrthecn da R s b k
71 Visconde de niirerii. 12 Bibiiotbecr do AmaaoWm.
22 Jorb Wigino Dtiaríe Pereira. 13 Bihliothecn deSào-Paulo (facul-
r3 Francisco Auguslo Pereira da dade âe direito).
C"+ 14 B i b l i d b da í a c i l d d e de me-
74 Antonio Borges de W p a i o . dicina da cbrie.
16 Antoniu Bibeiro de Macedo. 15 BiMiolhoca da hcPlddede me-
78 Paulino Nogueira Borgesda Fon- dicina da Babia,
m. 16 Biblidheu da Plcdr Pdyt*
77 Jod Terissimo de matos. ' chnla.
78 D. Antonio de Mamdo Cosk 17 Collegio Milibr.
(Bispo do Pari). 18 Lwok Militar do Ceari.
79 Barao de Ibituruna. 19 E i w h U i l i t u do Iiio do
% Arturi l d i o do B n z i l . Sul.
81 Marqiiez de Pannagui. 20 Irupxial Collegio de -o Ir.
81 JozC Luu Alveo. ' 21 Mneb do hri.
8:) Lniz Cmls. 22 Muzb Botanlm & -Aos.
70 P. 11. TOL. LII
7 Hanoel Pinto de Souza DanW, 50 50026 Pinto de Cerqueira.
prezidente do conselhode iiii- 51 Hel\.ecio Mendes Liiiioeiro.
nistros em 1883. 52 Visconde de Silo-Francisco.
8 JozB Ignacio Silueira da Mota. 53 Augiisto CPzar Mar ues.
3 loaquim Aurelio Nahuco de 51 Barão de Itacuruss!
Araujo. 65 João Adriano Chaves.
10 Joào Cordeiro,, prezidente da so- 56 Antonio JozB Dias de Castro.
clcdade abolicionista do Cear&. 57 Eduardo de Mello coutinbo
11 João Ciapp, reziente da con- Mercier.
federação agoiicionista. 58 Barào de Bomflm.
12 JozLI doPatrocinio. 59 Visconde de Franco.
13 Antonio Bento. chefe dos aboli- 60 Barão de Mesquita.
cionista em Sào-Paulo. 61 João Baptish ~upusto Ma ues.
14 Bado de Il~iapaba. 62 Joz6 Thoinaz Machado ~ozella.
15 Frederico Aiigusto Borges. 63 Jozé Feriiandes Cwlho.
16 Antonio Pinto de Mendonça. Bi João Liiiz Coelho.
17 Jozb do Aiiiaral. 65 ~ u i z~ozB~e de Oliveira.
18 Francisco do Nascimento, o h- 66 Joze R i k i r o ~ a c e d O .
iiiozo jangadeiro cearense. 67 Antonio Pedro de Azevedo.
19 D. Maria Tliomazia, prezidente 68 Manoel Ernesto de Campa
da primeira sociedade aboli- Poito.
cioriista de senhoras. 69 Manoel Ferreira dos ibsso3
30 Triskio de Alencar Ararlpe Ju- Costa.
nior. 70 JozB Tbeodorico de Castro.
P l Joào I.opes Fcrreira Filho. 71 Antonio da Cruz Saldanha.
22 Alniino Alvares Aflonso. 72 João h u usto da Frota.
23 Antonio Martins. Joào Carfos da Siiva Jatahi.
21 Antonio Bezerra de Menezes. 54 Joz6 Albano Filho.
25 Pedro Aug~istnBorges. 'i5 Allredo Salqado.
26 Joào Joze Telles Marrocos. i 6 Fraiicisco Dias da Silva Junior.
27 Justiniano Serpa. TI Joào Pedro Mallan.
28 Hodollo Marcos Theofilo. 78 Barào .de Kspozende.
29 Tbeodureto Souto. 79 Antonio Joaquim Coelho da
30 Bar50 do Rio-Branco. Silva.
31 Viscondessa do Rio-Branco. 80 Antonio dos Prazeres Freitas.
32 Viscondessa de Cavalcanti. 81 ~ugiistoCezar de Macedo Brito.
33 Carlos de Lacerda. 82 Victor Lohato.
34 Joào Ranios. 83 Antonio Rodrigues Sodl'6.
35 Jozé Ferreira de Aranjo. 84 Izalas de Assis.
36 Jozb Avelino Gurgel do Amaral. 8.5 Joaquim Pinheiro Muiier.
37 Luiz de Andrade. 86 Consnl de Italia.
38 Ignacio Doelinger. 87 Conde de Araruama.
38 Ernesto Senna. 88 Visconde de Qiiissaman.
39 Rii y Barboza. 89 Visconde de Ururahi.
40 Candido Mendes de Almeida, 90 Joào Franklln de Alencar Lima.
para ser enlregue á viuva. 91 Lulz Antonio Alves de Carvalho
41 Lulz Cama, Idem. 92 Julio Melli, prezidente do CIr-
42 Agostinho Marques Perdigão Ma- culo Suisso.
Iheiro, idem. 03 Angelo Eloy da Camara.
43 Pranciseo Leopoldino de Gusmào 94 Joáo Monteiro Cabral.
Lobo. 95 Julio de Freitas Cabral.
44 Barão de Sobral. 96 Barào de Aratanba.
45 Francisco de Paula Barros. 97 Luiz Anselmo da Fonseca.
46 IoaqnimMaria Machado de Assis. 98 Abade do Carmo do Maranhâo.
47 Amarilio olinda de Vasconc~llos. 99 Au sto Alvares Guimarães.
48 JozB Diniz Yillas-Mas 100 Angnio Gomes dos Santos LO-
49 I d o Cnplstraiio do Amaral. Pes-
101 Caide de Kova-Frihargo. 1 33 Ridise.he Cefellsrhaíi lar Erd-
101 M i d e de Sau-Ckuwnte. Irande. LÍBr ln a u k n .
103 Pedra Eaupo M. 01 Bibliotbfxa Sac~aaai. Monte-
101 Fnincisao A q p s b Ribeiro vidéo.
105 Tillerio Aagudo d'lrrada. PL òihliotheca P u b l i a Ebarense.
106 Joaqnim da Bmüa Saritos.
. Erora.
LO Bohnisches &ntnW d'lr

1 Acadenib dei Ltaad. Ilomn. landab. H y h m .


P Archivo dos A p t a . Poaía DeC fB Rirem de Shtisti w Badrpest.
W-
i3 dcademi d e i;ciences de Pé-
30 ~ostonSucietv
tory. m m .
08
~ . t n r a ~Hi9-
tersbtiirff-.
Petersfmrg. 31 B8dlisclte Geogmvbiscia 6e-
4 AniericaiiGeograpbical Society. sdhhaítres. Ilulsrabe.
h'ew-York. 32 Boletini Hensual (Hinistaio
5 Amiacion Rnrai de1 Unignay. de IEel.cioms asterioresi.
Muntevidh. Asnos-Aires.
6 Ac.?dernio Rorallc de Sciena, 93 Butleíio c11 1lnitd Sbtes Ceo-
des Lettres kt d e B. A . de B. girrrrpbical and beolng~cal
Bmxellaa. Survey of tlie Territories.
7 Americaii Aseocistion for 1118 Waqliington.
duanaemeitt oí Science. 3 i Coinission Central âe Agricnl-
Wasli ingbn. hmdd Unn,tpnay. Monteridh.
8 Acndemie Royaie des Scicaces. 35 Canadian Institak. Toronto.
Muni&. 36 Coilnc~ticut Aademv o1 Arts
9 Academie o1 Science of S. and Scienms. Ww-8aren.
Luiiis. Mifisonry. 37 Commisdonan, d S t a b Parks
10 bdironbocb Siirrey Onm.Al- of ttie S W o1 h'. Y. ~lbui'r.
hany . 38 Cornrnis.stioCentrai w n t e
11 Arademia Real das Seiencias de Ct.oRropliia. l.ish<u.
dr I~shori.Lisl~nn. 39 Coniinissioii de statistique de
12 dfricanisclie Grsellscbalt. Dres- Ia I ille rapilale de P m i e .
den . 40 Cranica Cientificn. Ebrcelnna.
1s Aradrririe de Stanislaf~Kancy. 41 Wutsctw Rniidsrhari fnr Wj-
14 Acadrtiiie des !+xenoes, Qri- graphie nnd statistil; in 8Í-
ciiltiire, Cummerce. Belles- \ iera. Miirichen.
Lrttirsef Arisdn deprlement 42 Deprtm(ant of~griroltnw ofthe
de Ia -me. Amiens. UnilPd Slates. Kasliington.
15 Ar,ulcn~iadellr!Scbnze Fisiche 43 Directioii de Ia Statistique Ge-
c Yaíetiiaticlte. Napoles. neral~.Roma.
16 Acabemia Kacionalde Sciancias 4 4 Eritoiiiolngical Comm issioii.
en ia Uni~ersidad de Cor- Washiiipton.
ddu. 4á C e o ~ l ~ h i s c l i sG s s c W í t iii
17 Acdemia Mie ScWu? de laniiover.
Torino. 46 Gescllscbaít Geognphi~ltt?in
18 Ac:ideiiiia d? Ciencias Poralas Ilrmlm~g.
y IMiW be Hadrid. 47 Geoprapliiscbe GPsellschafl (riir
19 AcAmirri Nacional de Scieo- Thnringeii) ni S u s W c i m a r .
cirm ein Ccnúoba (I. A). Cor- Jena.
d a 48 Ceogapliiscbe Gcsellscbad xu
1 9 A r i ~ ) o b , ~ I ~ y o f W U -Pmsi.. G w i f d d .
h i m . W~shi+~ 49GamapimCeadLschPninBre-
n w-hthenH x i o r u l . ~ i s b a . m.
Pl Belldin da C m a i I n t m a - 50 Geopraphisdien 6.sdisdiafi in
niqiie. Paris. Hanchen.
MEDALHA COMMEi&OR4TlYA 557

SJ lnsatut
tio& Dernu.
5 L Indscb A;udryknnitlgs
Whap. S a i i i a r r g

81 %I& üe 6wgraphiede Lpok

Buenos-bires.

et S;rtiircllths da Yoiiiic. -111- 10.3 S~ci1.1kde gooyr;rlil~iect d'ar-


xtarrt!. clicologic de Oraii.
7 d Jtcirté de Gcogn~~liie de Jlar- 106 Socit.ti! tlcs urts c dcs sciences
wille. larseille. de Batavia.
658 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

107 Sinilhsonian Institution. Was- 121 Socielb d e Geograpbie Commar-


h ingbn. ciale d u Havre.
108 Societ6 Hongroise d e Geo- 129 Sociedad EspaRola de Ce@gaíia
graphie. Rndapest. Comnierciat . Yarlrid.
109 Socic!iá Africana d'ltalia. Na- 193 Statichss Handbiich der konigli-
pules. ct!en Hanptstadt. Praga.
110 Sncietl dPAntropologiedeLyon. 1% Universitd Royale de Kon-PJ~.
111 Societi. des sciences Nâturelles Ctiristiania.
de Keufchatel. 145 Universidad d e Chile. Santipoo.
112 Swiett? Nalionale deu sciences 126 Union Geognptii. ue du honl
Nat~~relles et Malliernatiques d e Ia Yrance. ~ t l e .
do Cherbiirg. 127 United S h t e s Geographieai sur-
113 Sociclc! de ticographie de Saint- ve . Washington.
Valeri-on-caux. St. Valeri-en- 1% Uoiled Stakn Naval O M n -
Caux. tory. Washington.
111 Societb de Gengapbie de L'Est 129 UnitedStadesKationalYuseuii~.
Meiise (Franya). Bar-le-Duc. Washingtcm.
115 Sociclt? d ~ E'ludes
s Indo-chi- 130 United States Geologieâl surve!
noises de Saigon(Cochinc1iina). of lhe Territories.W~birr@n.
Saigon. 131 Verein fur Erdkund. IYetz.
116 Societé Khcdeviale de Geo- 132 Verein von Freunden der Er-
gr;ipliie du Cairo. dkonde zu. Leipzig.
117 Socitilt~dt~c;eogi.al>hiede Tours. 133 Vereiii Iur Erdkunde. Dresdeii.
118 Socicli' d'Etnogrnl)liie de Pariz. 131 Verein fur Erdkunde zu Hlllc.
119 Societd Arc~ieoiogiqiieCroalo. 135 War ~epartemeiit-Office01 the
Agrani. chief signal offlcer. Wasbin-
190 Sociedad Econoniica de Amigos gton.
.
de1 Pais (Rerisla Filipina) 136 Wiscousin Academy of SedPn-
Manilha. ces, Arls a n d Letters. MidiNn.
Socios otlrriiltidos em 9889

NACIONAES

1 Barão de Alencar.
% Conde da Jlota Maia.
3 Feliciano Pinheiro de Bitencourt .
4 Joz6 Francisco Diana.
5 João Vicente Leite de Castro.
6 JozB Ricardo Pires d' Aluieida.
7 D. Pedro Augiisto de Saxe Cobnrgo.
8 Torquato Xavier Monteiro Tapaj6s.

ESTRANGEIROS

1 Achiles de Giovanni.
2 Alexandre Sorondo .
3 Anibal Echeverria y Reis.
4 Anibal F e i ~ e r .o
5 Blas Vida1 .
6 Bonqnet de Ia Grye.
7 Carlos de Ibaiíes (Marquez de Mulhacen).
8 Constantino Bannen .
9 Duarte Gustavo Nogueira Soares.
10 Enrique Moreno.
11 Jean Martin Charcot .
i a Manoel de Villamil Blanco.
13 Mariano Semmolla.
14 Martin Rivadavia.
15 Korberto Qiiirno Costa.
660 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

Socios falecidos em 1889

1 Barao de Cotegipe (João Manricio Wanderley), fs-


lecido em 23 de Fevereiro de 1889.
2 barão de MaruiB (Jogo Wilkens de Matos), em 3 de
Maio de 1889.
3 Aiitonio Alvares Pereira Coruja, em 4 de Jaho
de 1889.
4 Quintiliano Joz6 da Silva, em 86 d e b s t e & 3889.
6 Joiío Lopes da Silva C&@, ea, 36)dg Agoate & 188%
6 Francisco Joz6 Ferreira Baptista, em I2 & SeAembm
de 1889.
7 Visconde de MauB (1- Evangelista àa Sonm), em
21 de O u t u h & t8W.
8 Visconde de Vi& $a 8ii've (Luia Antanh ds
Silva), em 3 de Novembro de 1889.
9 Felizardo Pinheira de Campos, em 21 de Novembru
de 188'3.
10 Alvaro Baibalho Uxúa Cavalcmte, em 19 & Dezem-
bro de 1889.

1 Antonio Jozk Viale.


2 Doiningo Sadia U r k .
3 Narquez de Thomar (Antouia Berna& da Ceda
Cabral) .*
Rslagfio nominal dos sooios do Instituto Hiatoriaoe Qeographioo
IkaailelPo
PROTECTOR IMMEDIATO
D . Pedro de A4icantwa.
PREZIDENTEB HONOR-.
Principe (ie JoinviUe.
Conde d'Aquilla .
Priwipe R d d a Dinamarca.
Conde d'lih.
Duque de S u e .
D. Nigtiel Juarez Celman .

1. Coiniiiendador Joaqiiiiri Xorbwto de &Wil


Silva.. .........................................
O. C~>iisellicii'oH:irio Iloiiieiii de Mdlo , ( F P o R o ~ X
Ignac'io M;trçorid~-s ............
Iloinein de MeUo)
3. Cuiiselli~.iroJoiio Manoel Perelra da Silva.. ........
4. General Visconde de Rcaurepaire Rolian (Henrique
de Beaurepaire Rohan) .........................
5. Dr. Ilanoel biiarle Moreira de hevedo ..............
6. Ç o a s e l l i ~ oOlegario Ilerculano dlAqurno Caabo..
7. Coiiselhem Tristfio tle llencar Arar-.
8. &. Maxiuiiano Marqiies do Carvalho..
...........
...........
9. Br. Cezar Augiisto l a r ( ues.......................
10. Visconde de Tauiia (Al\redo d'Escragnolle TauaDg:
11. Coiisellieim loiio A&reb,correia de Oliveira,. .....
12. Bar30 do Capaneuia ((;iiilherme Schiich de Capa-
iiema ...........................................
13. Visconde de Souza Fontes ( J d iübe&o do I)=
Fonbes) .........................................
14. Moiiseehor DSaiioet da Coata H o d o . .
15. P. Pe&o Augiisto de Saxe Coburgo..
...........
..............
16. Barão &e Aiencar.. ........................... ....
17. ConselheLo JozB Frawiseo Piam
18. Viecoiide de Mota M
.................
..................

............................
19. M. JoAo sereriim?h Foioool*. ................
Os iiomes vào nienciona~los na ordem chronologia áo 8 n
elevaç5o icategoria èe secio m i o .
71 P. 11. VOL. LU.
LISTA DOS SOC10S

Socios nacionaes correspondentes em 31 de De-


zembro de 1889

aoarssÃo NO
INSTITUTO
1. Barão de Lopes Neto (Felipe Lopes
Neto)............................ 14 Oilt. 1810 Europa
2. Barão de Penedo (Francisco Ignacio
Carvalho Moreira) ............... 12 Agt. 1841
3. Bar50 do Desterro (Joào J026 de -41-
nieida Couto).................... 23 Jan. 1M5 Bahla
4. Barào de Soiiza Qiieiroz (Francisco
5.
Aiitoiiio tle Souza Qiieiraz).
Dr. JozC de Rarrus Piincntel..
.....
.....
23 Jan.
23 Jan.
1845
1845
6. Cunsellieiro Luiz Aiitoiiio Uarhoza
de Alnieida ..................... 23 Jan. 1815 Bahia
7. Comiiieiidador Jozé Joaquiin da
Gama Silva ..................... 2 Set. 18ii Beltsrn (Para)
8. ...
Dr. Ricardo tiiiiiil~leloii Daiiiit.. 1:) Dez. I8L5 Cam inas
9. Aiigelo Thomaz tlo Aiiiaral ......... 10 Oat. 1841 Cap. $ede;al
10. Consrlliciro .I~)acliiiiiiMaria Kascen-
tes (1'-\zaiiiliiija .................. 13 Set. 1853 1)
11. Coiisellieiro Tito Franco d'Alineicla. 31 Agt. 1857 Beleni ( P a d )
12. Jo.50 Bri rido (10s Santos.. ......... 12 Apt. 1862 Fortaleza
13. Conego Soào Pedro Gav.. .......... Pa A$. 1862 R. Gr. do Sul
1.1. Bar30 de GuajarA (Doiningos Anto-
tonio Raiol) ..................... 8 Nov. 1860 Belein (Para)
15. Coiisellieiro Epifanio Candido de
Souza PiLlnga ................... 7 Nov. 1867 Cap. Federal
16. Teiieiite-coronel Eduardo Jozé de
Yoracs .......................... 5 Jol. 1872 P
17. Aiilonio Maiiool G o n ~ a l wTocanlins 17 JiiI. 1874 Beleni (Pari; '
18. JozC d e Vasconcellos ............... 10 Dez. 1855 Recife
19. Dr. Joac[uiiii Floriano de Godoy.. . 4 A@. 1876 São-Pai110
20. Liiiz da Françri Aliiieida Sá.. ...... 29 Sei. 1876 R. Cr. do Sul
91. Dr. .iiiierico Brazilieiise tle Aliiieida
Mello ........................... 1 Jun. 1877 Sgo-Panlo
22. Dr. Thoiiiaz tiarcez Paraiihos Mon-
trnrpro ......................... 10 Maio 1878 Recife
23. Dr. Carlos Artur POncor\o de Fi-
guciredo ........................ 98 Maio 1880 Cap. Federal
24. Bernardo Saturnlno da Yeiga ...... 13 Agt. 1880 Campanha (Mi-
nas)
95. Coiiiinendador Antonio JozB Victo-
rino de Barros .................. 7 Dez. 1883 Cap. Federal
%. Dr. Doniingos JozB Nogueira Ja-
07.
giiaribe Fillio...................
Dr. Francisco de Paula Toledo.. ...
7 Dez.
7 Dez.
1883
1883
São-Paulo
Taubatb
564 REVISTA TRIMENSAL DO INSTITUTO HISTORICO

A D Y I S R ~ Oso
INSTITUTO

48. Dr. JozS Antonio de AzevedoCastro. 21 Jul. !W


29. Frederico JozB de Saiit'Anna Neri.. 13 ROV. lS85
30.. Visconde de Ourem (JozB Carlos de
AlmeidaA+s). ................. 1 out: 1899
31. Dr. Jozé Higino úuaFte.Pereira .....
32. Iir. Francisco Augu8te + P e d M da
1 Out. 188e
Costa ...........................
33. Coronel Aiitonio Borges de Sain-
9 Dez. 1886
paio ............................
3 i . Tenente-coranel* A s i a a l o Riboiro de
9 Dez. 1886
Macedo.. .......................... 19 Out. 1887
Fonuea
-
35. Dr. Paulino Nogueira Bones da I -
......................... 19 Out. 1885
36. Jozé Verissiiiio de Matos. ...........
37. D. Aiiloiiio de.Macbdo Costa (Bispo
.1G * K m i ' 1881
do Pari!; ..........................
38. Bar& de IMotõunr...(Jok Baptista
dos S:iritos)......................
50. Capitâo- tenen* Artur ' lndio dc
Brazil.. ...............,..........
10. Marquez tle 13:iranagui (J&wbLua-
....
I .

t ~ z ad:t Ciinlia Par;inagii!ii.. 13 Agt. 18&


11. Couiiiiendador JozB Liiiz Alvcs.. .. 1s Agt. . 1-
4.2. Cornmendador Liiiz Hatltigueo dt 13 Agt. 18ôf
Oliveira.. .......................
43. Dr. hutz. Criils.. ..................
I

.14. Dr. Virgilio Martine de$, Meti@


Franco.......................... 1 3 Agt. 1m
1r1. Torclitatn lavier lonleiro TapajOR: I 5 Jolt 1885
.I(;. Dr. P~xliciaiio I>iiiheiro de Hileii-
-..%cios estrangeiros bonorarios (*)

nezirri:ncr~
I Principe de Cariati.. ........... .lialia.
2 Prineipe de Scilla.. ........... L>
:i Artur Brooke.. ................ Inglakrn.
4 Barao de Maltitz.. ............. Alemsnha.
5 João Fernando Uenis. .......... França.
6 Manoel de Sarralba.. ........... Conféder: Arg,
i Ambrozio Cainpadoiiico.. ....... . Italia.
H Agalino Longo.. ................ D
9 Filippe Rizzi.. .................. w
10 Fernaiido de Liicca.. ........... m
11 Giuse pe Ceva Grinaldi (Marqiiez) >
12 Nicollo ile Santo Angelo.. ..... >)

1:l Thoiiias C. de Mosquera.. ...... Equador.


1 4 Joz6 Vargas.. .................. Vecezeriela
15 Al1)ertn Gallatin.. .............. Estados-rnidos.
16 Jor e Braricrolt. ............... L
17 ~arfolorneo Milre. ............ Confeder. Arg.
18 \lexandre de Sc!rlia Pinto. ...... Portugal.
19 Estaiiisláo E. Ltll)allos.. ........ Confcder. Arg.
20 Enrique Moreno.. .............. w
21 Sorl~ertoOiiiriio Costa. ......... >
22 1)uarti:tiiisla\ o Nogueira Soares. portiigai.
23 Jean Martiii Cliarcut. ........... Franp.
24 Mariano Semiiiola.. ............ Ihlia.
25 dchiles de Giovanni.. .......... D
M Manoel Villairiil Blanco ........ Chile.
27 Iila-xaVidal.. ................. Uruguay .
Socios estrangeiros correspondentes
1 Carlos Ziicchi .................. 1839 Itaiia.
2 Joào Water House.. ............ w lngeterra.
3 .ManoeLSalas Corvrland.. ....... w Cl~ile.
4 Sabino Bertliolet ............... n Franp.
5 c;uilhernie Hiinter.. ............. 1840 Estado-Unidos.
6 Jozh Barandicr ................. B
. França. .
. * Desde 1883 q u e ~ p u r a m o seliminar da lista dossooiosedran-
geiroe o dome dos l a d o s : nào podemos por4m conseguir Icraxaob
conbeoimeiito do obito de todos os socios, que figuram em.nessoqua-
dro.de i888 a 1880. Nao obstante a diligencia que temos empregado
estamos certos, que airida se conservam na,pregante.rol;igio.inuitos
finados. qiie ~ r ã *dos
o á proporqão que nos riereni inlorn>açõea
exaclas e pozitivas.
N. da w.
LISTA DOS SOCIOS 667
r ~ r r s s à oNO
INSTITUTO HEZIDENCIA

59 JozB Maria Latino Cmlho..


60 Francisco Gomes de Amorim.
.........
...... 1877
18W)
Portiigal
61 Visconde de Wildick.. ............. Y
. 62 Alexandre Baguet.. ................. 1884 Belgica
63 Antonio da Costa..
&4
.................
..............
JozB Silvestre Rlbeiro
Y
n
Portugal
8
65 Paulo Gafarel...................... m Fraiip
66 Vicente 6. Quezada. ...............
67 Manoel I'iiiheiro Chaga8............ 1H83 Confed. Argent.
Portugal
1884
ti8 Pedro Vencesláo de Brito Aranha..
69 An elo Justiniano Carranza
.
......... I)

1887
8
Confed.Argent.
70 ~niPbalEcheverria y Reis..
71 Anibal Ferrero
..........
..................... 1889
D I
Italia
Chile
7r Carlos de Ibanes (Yarquez de Mu- Y I

..........................
Ihacen).
73 Bouquet de Ia Gr e................. Y Espanha
74 Alexandre Soronzo
75 Constantino Bannen.
.................
...............
Y
*
Chile
76 Martin Rlvadavia ................... 1)
a 1 Confed.Argent
DAS

SOC- '3AcIOãIIES E l a E l Y ~ 0 4 lqmlme8


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PAXA OE QVALB SE XEViA A

lhmRim do lutibtoEistorico e~~

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H~tiliofhiir.t iil~lii-;Ii1:i
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Iiililiotli~.c:i pii!i:ica tlq...
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J i i t i I i i i l l i i ~ i : ; i [iiiIi11i.:i 110..
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M.ir:iii 1190.
T'I brio-,\le~re.
tcililiiitlit.ca ~ i i i l d i c arla
Iiililiotti~~~
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~ i~a i t ~ I iilie' . i \i.nc.aiil.
fialii;~.

Liil~linIliec;i[ ~ i i I ~ l dt
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t i i l i l i i ~ l l i ~ r~i ~~Y~til idri
....................... Tliprezina.
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i1;i a.iil:idr de (Rrnmorlode Siikwnlií).


tcil~liiitliet.:~
I i i t i l ~ u t l i ~ i 61.4 ............... Er~Lri.-Rius.
- r i I.scnla Normal 111' Sii+8ro!

O Inslitiilrr Jlistorime Geoltniphico Brazileiro remete a Rsoftb


Triiiiena.1 .imwlsj RI .sociedades e astPbB1ecimentns estrangeiros men-
i - i ~ u ~ a d nIIA
~,:. a
iiiemorativa VIi Ir! iIr%
72
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h%. . a s iiacs conferlo a medalha com-
Maio de I&.
P. 11. VOL. m.
.
B A L A NLIO

da tezouraria do Instituto Istorico e Geograíico Brazileiro


no anno de 1889.

RECEITA
.I AR!).
.
...................................
~

Janeiro I. Sal(lo de IR88


I)ezeiril~ru31. Sirl)sidio doTezoiiro Kacioiial, 1.0e 2:presla-
yci-s ile 1889.. ........................................
Jiiros 1111 a)~t~i,itas.2.: scbiiieslre(11' 1888,e 1.' seniesti'ede 1889
............................
Vrrida tl:r {I!\ isla Triiiieiisal..
Joi;i tle rii1r;itla di. sbcios corislantes da rela(';io ii. 1 ......
Prrsla~:drs sc~iiiihstrat~s dos socics conslariles da r e l a ~ l on. 2.

IBKSPEZA
I Nt(!).
I ni~~m-a.*sGo da Rriislci Trrtttetts(i1 i3.0 e 1 . O Iriiiiestre tie
I W H 1% I . o e d."dilti de lbb9) doc. 11. 1 e 2 ............
I~i~yt-yasno tlo \oliiine siipleiiit~iikirdu toiiio 51 da Hcv.
riiii. (:i11 ct~iiiriieiiiora~ào
do jiibileo social, doc. n. 3.
1keiiiesu:i tln Hevisln Trittiensal para o estrangeiro,
doe. 11. 4 e 5.. .....................................
Encnderiisçiío tle livros na oficina de Antoiiio Vieira
Jiiiiiur. e iic Inslituto dos surdos-mudos. doc. ii. 6.

Coiiipra d e lirrow e copia de iiinpas geogrnlicos doc.


11. 10 a 17. ..........................................
Expc~tlia.iite,isto 4, velas para iliiiiiiiiaçiio da sala das
sttssi~css,
c:irrtblos I) oiitras dt.sp11zns iiiiiitlas 1c.ilas 11t'lo
11orli-iro,11;1l)c'l,liiila. I:ipis, oiitros ohjetos de escri-
ti~rio. r: ~)iil~Iicai:òes ..
ria iiril)rensa, doc. n. 18 a 38..
Vencimentos doa empregados nos iiiezcs de
.........
Jaiieiro a Uereiiil~rode IliM!,. doe. 11. 39 a 50..
IBorceiitagerntln cobrnn~asolme n quantia arrvcndada
doe. 11. 5 1 . X e59 ....................................
Tran9porte ..................... 11 33'híLO
Erc.ritiinen. i510 i'. 5fi rai\inli:rc tle inadeira para riir-
dallins, 3 r:ii\;rs dil cts.iro Iiislradas, 1 arinario para
girarda tlr rnaniisrritos. iinljres.silo de circiilarea. 111s-
cri~i~esca1igrnlll:ls.gravura, e gratilicasào a uni ser- .-
rente, doc. ri. :>I n 63 ................................ - - 0,&25u
-
8

13.W.bl'W LU

Receita.. ................................................ 15.81881111


~ e s p e z a................................................
. 1S. o.~w*
to
S~ldo .................... ;A~;LI

O Instituto 1sloric:o e Ceografico Brazileiro possue 19 apolic~,sda


divida piiblica, sentlo 17 do valor de 1 :000g. c 2 do valor de tXWiM)o.
A nurnerqio d'esbs n olices I? a seguinte: 190, 1.239. 6.750. 11.418.
.Y7;131.40.2:>2. 50.961. i 5 . 3 7 9 . 5 5 . 3 . ~ , i7.787. 111.8tt3, 110.111, 131.!,15.
159.125, 172.837, liY.tUt3. 18P.!)IO. 231.9M, 231 !)SI).
O saldo supra r s t i sugeito ao pagaiiiento d o 3.- e 4 o tririrt*atrt*
tln Revista Triiiienssl de 1889 ja iiiipressos.
Rio 15 tle Jaiiciro de 1880.
T. dlencur Ararijje.
Tezoi~rriro.

Relaçáo dos socios que pagaram joia de entrada em 1889


1 Aiitoiiio I(ilic>iri)tlc 1I:icedo.. ............................. ?ci5iwai
2 Fcliciaiio Piiilieirti Hiteii(:oiit.. ............................ 2t1+0(t i
4 Fr:iiic.isc'ib 1~ii;ii:IoI'cr~'ir;l................................. ?II$II~I~I
.1 JozO \'erisziiiio de 3l;!tlos.. ............................... itiitriii
5 Mnrcliic~zile P;iraiiagii:i. ................................... 3131
iiui
li Ttlrqii:rl~)Savior 3lonleiro Tap:ijiiz. ....................... 2tiZtic~i
-- -

i icl+thlc1

N." 2
Relação dos socios que pagaram suas prestações
semestraes em i889
1 Iiigclo Tuiiinz ilo .tiiianl ircniiss311tlc tit.l~itoatti 1889). .... i~O?Ooo
2 Aiilc~iiioIiorpes d a Saiiilnio. IRY!,.. ....................... 1?$iVO
3 .\iitoiiio Jozk Viclorino de Barros, IMd L, IHH!). ............ 2lSOOt~
1 Aiiloiiio i{iht,iro (Ir lac.edu, I&!$$. ......................... 12$t~OO
5 Arliir liiiliu tlo I{r:izil, IH8'3. ............................... 1IEOtIil
i; Aii~~iislu Faiisto tle Si>~iz:i.1889.. ......................... I 2eotw
7 iki2il~iic ~ap;iiic~ii~;i,~HM!I.................................. IS(YH!
-
soiiiiiin.. ............. 1 i 4CIHwl
Tran :pi)rtta ........................ 1 i181)Oi)
8 1%:ir31) i11' I l ~ i t i i r i i i i n .1889 ................................ I2Hh'O
Il.ir.'ii~ tlu 1.31 railio . I ~ H ..................................
J 12W(HI
10 Il.rr.io i I t a .\lira11d.1 Hi.is. 135!1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1IHrn)
1I Il.ir.io i l t b Il.iiiiiz. 18r(cl.................................. lSI$(iOO
12 H.1 i.;li> (li'Ililiriri~ tle bliiii.itla, 1889 ....................... 12#oiH)
13 Il2i.ii11ili. Sàii.Feliii, I#!I .............................. I2ZIH'O
III,P.ir.1 (L). .\ntoiiio dt? .\Ia v d u Costa', 188!4 . . . . . . . . . 12íclM:0
11 I l i s l l i ~
1;) t':irl~~i .\ i t i i r \luiic.~i.vn iIc Figiieire.li~,188!i .............. 128iM)U
I D ~ ) i i i i i i g u Ji1i.i:.
i So:iirir.i .I.igii.iribe, 1889.................. 13$9üO
17 I..iii.ii(ii~? Rafaril, 1 8 1%~186.) ~ ............................. 2 ($01)0
I H ~ ~ ~ i i i.aii!liiln,
i i i i i i ~111; S~IIIL;~ Pit.iiiga. 1889 .................. 12$00U
I!)F.iii .;l o .iiigi i.;111 t l .\:iii.ir. ~ I8.i!1.......................... 1PF000

22 F r a i i ç i s r ~tle
..
20 Fr;iiii.isi.o i: Ilieiros t l : i r;r.ic;.i I#!)
.
........................ 12FUO0
? l Fr:iiicisco Ignacio Frrreirir ldS7 .......................... 13FlXH)
...........
~ I1aiila Tt,letlo. l.Wr>, le87 1888 c 1869 1BF~Wi)
2:) J o i o Cal~islraiiode Abre!), 18t3!) .......................... 1.W0i)
2 1 Ji~:itbI.op..s da Silva Coiiti,, 2:sein .....
. de 1888 e 1.I. 188.). 12S0W
2.5 JO:~II Sevt~riaiiod:i F~IISPT.I, 1889........................... 12$(MN
2); Jazi' .\lex.iiiilre T c i l o i r i i de Mello, 1889 .................... 128lW0
............................. 1 :$000
17 JIIZ;~ C:iiiditlo i.iiilliiil~eI. 1889
.
28 JOZ? Exiilii, (;arcrz I1.illia 1837............................ 1 2 S W
?.i Jazi' I.iiis \ I r e i , 188.1.................................... 12&W
:li) .lozi '- .\l.iiiricio I.'crii.iiiilrs Pprcliia de Barros, 1889 ......... IWMM
:)I Jiizi; (It! V.isci~iici~llosIMMR . ............................... 1i$OW
......................

-
32 Jazia Vt~rissiiiic~ de ll.iti)s, IR88 e 188!J 21M)o
.1.1 I.iiiz Ri,ilrigiies ili' Olirc'i~'.~,I d d : ~ .......................... 11ã0W
31 .\l a i i i ~ e l Fr.iiic.iscn, Curri8i.1, 1889 .......................... 12WlK)
3-1 \I:ir1111i~z .
& P.iraii.i;ii~i IH8:l............................. 1IiiOO
:Pi Sic'iil:ii~ Ji>.ii[iii.ii .\l!ircir.i, l88:t ........................ li$(H)O
:l7 P a i i l i i i i ~So:iieir;i H i ~ i - ~ eda ..........
s Foiicc.cn. 1888 t! 188.1 21FUO0
i ~ (Ia Silva. 18Y!l........................... 12$lkW)
:I8 Q i i i i i f i l i : ~ i i Jaze
:{!IIlicnrilo l;uiiil~leloiiD.iiint, 1 N d 1889 ....................
I 0 1 ' ~ ~ ~ i ~ S:ivier .
(1 Vii:ilii) >l:trtiiis de Y i ~ l l oFraiii.~). I88!l .................... 12$lX)0
...
i i a i o l l o i i l e i r o T.i~~.ijhs,2.0 sciiit.strt. t l t 1889
2iN)OO
M OOU

4 1 \~i.;c~oiiili~ (li? Sogiieira da (.aliia, l r ~......................


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I:+ Visc.niiile tle Siiiiiiib;~, l W 9 ............................ 1.23000
I i V i .;(.í~ntlc~ de Siiiiz:~Foiilt.., 1889 ........................... 1 W 0 0
4): Yisi*oniIe tle Valiletarn. 1839 ........................... I W W
iti Visçi~nitede Vieira da Silva, 1833 ........................ I2$Dcl0
lzi3G
E l i s t e m actiialiiiciitc :%o ~ o r i o sizoiilt, s do ~)agaiiitxntede presiaçocs
seitiestm~sp o r st!reiii oiior:irios o i i niiiiiili13 . (:oristarn da rcla(ào 11.3.
Sn F:iiroli:i i~staiii~ ~ r ~ ~ z c i i t e i 7i isocius c i i l ~ iinr.ion:ies, os claacs pe os
estntiilus sociacs iiào d o ol)rigados ao 112.gaiiiorito de siias prrsta~;cies
seriit.sti.ie~, c~iiii~iiaiito a l i rezidciii . i:onslaiii da r e l a ~ à on. 1 .
1)os socios siigi'ilos a? ~)az.iriiciiti~ (Ias p r t ~ s t a ç i ~ tsi~inrslraes
~s eziaiii
i(iiiles:ilF :ll<li? 1)ezeiiibi'o d .. 1889 11s coiistanlcs da relayio rt?lro 11 . 2 .
1Iei~;ir:iiii de p:igar as siias 11rt~stni;iies(ir iW!) os :I2 socios roiislan-
.
tes tl:r relai.50 ii 9 . EsttBtlcl~ito. lia iiia\im;r parte liur prest.içi, es alta-
.
zxd.1.;. iiioiila i i x iiiil~ortanciadt J.l008U.)U . :i rcBlai:ào 11. 5 vae j i i n t l i
:11is 1Ioc. . (11) l l . l l ~ l l t ~.l l
Os so~-iosl(arn;) de Cal~aiic~riia c Visconde de Soiiza Fontes pag:irall
c s 188:) aiitcu tle scrriii elevados .:i categoria de soçios
3s 1 ~ f i I a ~ i 1 iIc
onurdrios .
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