Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A.R.DENARO
FUNDAMENTOS. DE
ELETROOU ÍM ICA·
FICHA CATALüüit.\flt:A Obra pub!icada
com a wlabor><;lio d•
(Preparada pelo Ccntxo de Catalogac;.io·na-íonte,
Câmara Brasileira do Livro, SP) UNIV FR SI D ADE DE sAo PAULO
t>cnoro, A. R.
04S4f Funda mentos d e eletroq uímico: trad ução : Reilor: Proí. Dr. Orlando ,\.tarquc.s de Paiva
Jucrgcn Hcinrich Maar. São Paulo, Edgard 1Jli1chcr,
Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.
ilust. EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
llibliogralia.
1. Eletroqulmica 1. Titulo. Presidente: Proi. Dr. Mãrio Cu:marães Fem
Corro~ Edit0< al :
P-residentc: Prof. Dr. Máno Cuimarães Fefri Clnstrtuto
de B10<.tênc..iaW. Membros: Prof. Dr. Attto.1io Brito da
Cunha {lnsLitulO de U.ioc.iênc as), Prof. Dr. Car1os da
Sitva La<"..at {faculthuiC! de Medicina:·, Prof. Dr. Pér::.io
74-0683 C00-541.37 d~ Souza Santos (~scola Politt!cnica) e Prof. Dr. Roqve
SpfJnc.:er Muc.:1t:I dt:' l\ti(ros ~Facul dade de [cJu caç.~o).
Índice pa ra catálogo sislcn1iltico:
1. F.letrriquhnica : Físico-quimic-à 541.37
,
A. R. DEN.1>,RO
,\/ Sl . Ph. D~ f'. R. 1. C. (Ur~r~ P<)lfru.'C'Ao;it\
FUNDAMENTOS DE
ELETROOUÍM ICA
'/i'aJ"('.âO
JUERGEN HEINR ICH MAAR
IMirlilJO k Quúwiica áa UrJ::uJ.Uiak
E~todlitll l/e C'..autpillcs
50719 1
tíiw.lo orl.gfnal
ELEMENTA RY ELt;CTROCHEMISTRY
Introdução
a e dl9ãô t.m Uttgua inglesa foi puP,lleado P<Jf Os prinlórdios da. elecroquín1icn - Condutores eletrôniccs e eltLM·
8UTTERll'ORT11 & CO (PUBLISllF.RS) l.TD. lílicos - Sistcmtl!I de unidades - A11 Jeis de Faraday da c1ctr61iMo -
copyright© 197 1 by BUTT/iRWORTH, Londm Coulômetros
2 Condução clclrolliicn 9
direitos reJervados Rtsistividude e conduti11idade - Medida da condutância de c lctró·
litos - Çon.s1an1c da célula - Conduti ..·idade molar - VariaçG.o da con·
para(! língua jJorlugueJa pela dut..ividade rnolar com a concentração - T eorias da ioni:tuçüo - Condu·
Editorn Edgard Bliichçr [,tda. tividade:t molares-limite dos ions - ~·tobilidack iónica e condutincia
iônica - Nàmcros de transporte - Detennioação do; nfunerOIS de tnult.
1974 porte - 1Udratação de tons - Números de transporte verdadeiros e
aparentes - l ons compltxos
3 Eqoilibrios 1õnioos 32
A teoria de iu.,;dos e ba'cs de Lowry e Brtfnstcd - tnOubu:ia do Sol\·entc
sobre a força dé õcidos e ha~ - O conceito de ati,·idadç - Con$tantes
de dissociaçilo de 6cidos e bases - Unidad=> das constanu:s de dis·
Ê pr"ibjda a reproduçüu tora l ou part.ial sociação - Auto-ionização de solventes - Rclaçílo entrt a5 rorcu de
par q11ais<1uer n1elot âcidos e: ba~a1 conjugados - Ácidez e a1calinid1:tde de soluçõei MQUOIO.S -
sent autori'zaçao t'scrica da editora Neutralização e hidrólise - Soluções-tampão - Teoria dos indica.dores
âcido-hue - A fai:cn de virngem dos indicadores - O u!S() de indlen-
doM cm lilu1o.ç6cs ácido-base - Produtos dé solubilidade e bOlubilidadcs
EDITORA EDGÃRD BLÜCHER LTDA.
O 1000 C A1XA POSTAL 5450 -RUA Pmxcrro GoMIDE, 1400 4 Potenc1nis de eletrodo revers1vcis 59
fü<D. ·flll.oow100: 8LUCH!!llLl\'1lO - f0~'1!S (O 11 )287·2043 A28!1-S285 Sem.icélula.s - Atividade de gl:LS~ - Variação <lo potencinl de ch:1rodo
SÃO PAULO - SP - DRASIL
com a ativi\lttde - Células cletroquirnicas e rc:açõcs na cê.lula - Pf)tcn~
ciais de junção liquida - >.fedida da íem - Convt::nções de sinHI - A
lmpte$$0 oo BruiJ Prlnlt d l't ltrariJ e=Ja de hidro~nio de polen<-iais de eletrodo - Outroo clctrodoo de
reíeitil<ia - Relaçio enlr< potencial e atividade - T ermodinàmica das
cêlula.s - Aspcc:lW ltrmodinâmi~ da convenção de sinais - Ativi-
dades iônicas m~ia.s - ctlula$ de ootx::enlJ'açàn - Sistemas rcdox -
Poteociai•-padrilo e conSlllntco de equilíbrio - Tilulaçl>cs rodo• -
Indicadores redO•
A. R.D.
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO
OS P RI MÓRDIOS DA ELETROQUIMICA
Nicholsoo e <.:arhslc foram os primeiros a observar. cm 1800. que, quando
dois fios incrtcg., por c"crnpk> de pla1inn. ligados ~os pól05 de u1n~1 oélula voltaic.1
ou a u11m halerin, c:r1un i merso.~ n uma ,4\()lução aquo~1 diluída de Acido sul ({1d co,
unia co1·rente el61rica 11l1·ovess.a va o circuito. Simultaneamente, dos1,rendinn1-se·
bolhas de hidrôgeo.to num dos pólos, e bolhas de oxigênjo no oulro. Obviamente
esu1.•;a ooorrcndo algum proceliso de decomposição da solução. sob o efeito ôa
çorrcntc; clétr ict\.. ('.om ou l r~ ~istcrnal\ foi pQ~ll-ivcl ob!>Cf\'ar cfci105 seme l han te~:
e.,.·olução de gu.sc:»i deposição de mat~rial so bre us fiOIS imersos na 1'0lução, ou
1nesroo dissolução dos próprios fios. 'f odas essas situações são t:Xtmplos do renll-
O)COO denominado tltzr611Jc.
Os primeiros csludOli quanlitativos sobre a ck1.rÓlisc foram cíetuadOl' por
t-'Jrad.i.) cm 1833: ele: (oi o prime.iro 1l cm.pregar a numcncb.luru aind.I hoje cm
uso. O. fios. ou <lc<rodos, que são mergulllados na solução, ct..mam-s. ônudo
e côioJo. respecovamcn1c O ânodo pode ser definido como seodo o e)errodo no
qual .a cktricidadc ncg31ÍVI (elétrons) abandoM a soluçio, e o c.âtoJo oomo o
clctrodô no qual a ektrici~~ nc.gatiw erdra ru solui;ào. E&slti defini~ são
unaversais e .se npUco.n1 a qualquer sicuação. A solução que ·transportti a oorrcnLe
~ chamad11 de clirrórtco; a porção mais prôxima ao ânodo é o anJlfro; e " porção
1nnis pt6xi_n11-1 Llo cA1odo é o l'.tir6 U10.
PHrA. explicur a ptli;AA~em dà corrente elê1rica alravl:s do i:lctró lilo, Pt1rltday
11upôs que a corrente de eletricidade devin se ao n1ovin1ento de 1)tlrtlcutaS dôl!\d1u;
4
tk carg<'si que ele chamou de !ons. Os ions que se dirigem para o anodo sdo cha ~
1nnd0!i ánio11.:s, e 011 que tce <lirigç_tn p{t m o cátodo são cham,1d os cdtlont.
Cotn es."us dclin içt"~cs. verific!l se q ue:) .se ô cãtodo foi' o eletrodo no 4 ui1l ~·
4
carg;:i. negativa entra. na solução, ele deve eslar Ugado a unl3 ronte de c:lttncidàdê
negativa. lsso q ue equivale a dizer que e~ deve estar hgado no pólo nc&al!1-0 de
uni;1 botcrl.'l e reri&, ele prôprio.. csi:gn nç~ ti .,·a. Os (:átiom que$:- movem cm,dil'cÇãCI
ao cátodo devem aprc1'Cntar, portanto. carga<; ~itiva, la] como ª" c:.rgll.'I ror-
OCCJdas pc4 00.h:ria qU1C .ilrui Oi ions aos eletrodos. RcciprOCllmcnle, Cllt Qniom
possuem ca.rps oep1ivas. Ao a.lcançarem 0I$ eletrodos, odmiti::·te q..-: os lons
neutralizam su.;ts carga., fMmando átomos ou moléculas comuns.
SISTEMAS UE UNIDAUES
ou potencia unu6na.
Pr~Í$GmOI ugon1 t:Jtabel-t=<:::er quajs ·a::i unidade$ nu.~ qun1s us diícrentcs qu.:tn· 1J
ud;i.dcs qulmica< e c~troquímicns são medidas. h-m rcluçâo ;a i"°' $CC! 61il con- P= - = I Js- •
1s
s1dcr1r inte1almcn1c as unidades das quantidades mcd.nacas
"1> M dimeosõei íundamenlai$ nas quais as quao1id:adcS mccinK:a.s. podem ser A unida.de M KS p3ra potência é Js-', que é chamado o wott (W~ Temos. por-
e.xprCSf.» foram escolhidas como sendo ma~sa. oomprimcnto e 1cmpo. St a m&...-...a 1.1nto. a.1 relações
for medida c:m gramas. o comprimento cm c::etHlmetros e o tempo cm seguDdo~ !kg x 1 ms"' = IN :
as unidadcl\ resu!H'lnlCi i;.erão uni<bdt.!S do sist;:nla CGS (ocntime11ro Jl'i'ma-geg:undo). INXllil=l .I :
Ana1oga1nco1c. se a mai;;~a for medida en1 quilogramas, o coLnprimeuto cm inetros 1 .r • 1 ... = 1 w.
e () tempo crn scaundo~ ~s unidades resultantc:i; serão \1nidt1dc' do sis1ema ~1.K.S Quando s.is1cmas de. unidades mecânicas são an1pliad~ para que in~h1a1n
(tnc:tro-quilogra1nu -scgundô). \ 1.11u ~ ut quauudadcs clCtricas e 1nagnética.s. e ncocssârio dcfioU: un'la quttrta quan-
De wn lll(.Kl(I Qeral 3S q üantidadcs ele interesse r•:ti'a o quln1iM rorom expressas . 1IJHde ao lado de ma~$O, eon1primcnto e t~mpo. ~·fuilas pO<lcrn scl' 1\$ escolhns.
O<.l i.iStc1na CO~. 1nas, Ó 11\c(lida q·11e vários cantpos de invcstigaç.llc'I dell\íO dit Qlli• 11u\& o SI considera a COl'rent~ elétrica como a quarta quaulidade rundorr1en1al.
rnic.1 forain i>entlo descn,·olvidos, to.rr:iara1n -se nccc~t\àrlris con1plo1nl}ntnçõl.!s fio A u1u.d adt: SI t'u ndon1en1a l ~ara a corrente elétdca é definida. cou10 o a.n1pêre (:\) ·I
sis1cn1i. COS, paru 4ui:: se pude~~ ~xprimir os resulta.dos pcrtinc11lt s n \lm cieter- e, 1>01•faoto, h')dus us <1.uant1düdes elétricas e n1agnêticas poden1 s"I' expressas nns
rnin~ldCl c1unpo. 1\:t.<ihn sendu. embora tcrmoquhnicos. t'o toquin1icos, espcclrOS· lh1ne1\S~d tUfl~AA. eo1npriment('}, tempo, e corrente, de 111odo que o 5isten1a SI
copist:tS e qu1micos nuc.J~arcs queiram todos falar de energ.io: pHlk ser que elc:s ~ un~ sastcnll:l )AKSA (1nc tro-quilogramn-scgundo-an1~rc}.. O o. 1n~rt: do SI é
usem uniJ01des diferentes para :;:xprimir ~-{ qllantld~1de nsica. Em eõnscqllência, Jc.:fin1do de tal 11.'anein1 Ql~ bc.V1. idên1ico :;m valor ao ampC:rc j!l e1n u~o antcrio!"-
existem. n.l qulm1ca, muitas unidades para a cát'.'Igia. O mi;;smo podo Gt:r duo tl:! 111cntc como un1dudc de 1n1cns1dade de corrente ;;l!lri.ca.
ou110:. ramos da C?ência, ta.is como a eteuickhtde e o rn:asnclismo e. quando os Lm.1 vez considerado o ampêrc como un:dadc funda.mental de correnl""
limite) W. quim1ca iO coníundettt com os da engcnhdn.1. qufmiaa, 6\ sill'1"çãõ se I" carga unitlrb pode ser derinida coroo sendo a quantjd.ack de carp qut é uan:
complia1 a1nda mais.. kr1<b t.m uma unidade de 1tmpo por uma unidade de corrente. 1\ rctac-lo entre
Para !limplifiC3r ' C')So esiado tk coisas. hà atualmente uma lci'KJ!ocia .de uma quanlidlldc Je CUfgl.l (Q) 11'30.Sportada. pOr UCla OOtrtOle (/) q0t Ow dutu.ntt
introduzir u1n sist!.!nla de unidades que itja accih.> uni\·çrâln:-.e.n1c e no qual C'tiua, um 1empo (r) ~
por exemplo. apenas utnl\ u1\idade para a energia. Esse sisccnw ê eonhc<..ido como Q = lt. (1 -4)
Sis1c1í:U ln1criuH:ion:t.I de Unidades (Syi>témc )01er11atioo1;4J d'Un11ési •threvlado
usua lmente oomo Sl. As unidades )aternacionais ~ti.o base:u.11.LS no sistema ~KS; A c.u ~ un1tàr1a é. cnillo. d3.da por
1niciarc1nos eonl\id~rnndo as quantidades inednicas. 1
Q= 1A x 1 ' = 1 As.
A uniclude de \'olocida<lc 110 sistcrna IVlKS C. obvituncnh; o m s- • e a
unidade J"Lr<1 ::icctcrf1çi'ío é m s- .2 1·~&• quan1i(la dc de c-.o rgn é denominada o couUuub (C"
_ J
5
A relação cnln:: a difereoça de poleDcLal (U). a intensidade de corrcnle (/) 1c e~pccif1ciar qual a unrdade elementar de subs-Llneia, esta considerada será con10 a
< a pooência (PJ é '6rmul-t U.)Ual <b substância. Por c.xcmpk\ um mol de sulfato de magné:sio dctrc
U • P/I. (1·5) ier interprclado corno significando 6.02 x 10
21
unidades de ~1fgSO... O mullado
A unu:bdc de diferença de po1enc:ial é. ponanto. dada por dessa deliniç-do de unidade molar é simpltsmcncc uma confirmação do empn:go
que asa qu.1ntidadc já ";oha rendo na qutm1ca e
IW 0 S1stcnK1 íntcrna.ciooaJ permite o uso de a lguns prefixos paro dd13na r
U• - I W;.\ 1 ,
1A fr,u;õ~ do..:1m.db ou 1uúltiplos: das unidades SI fundamen tais. Algttns d<!,~~~s prcw
ítxo~ são dnclo11 .i seguir.
A unidade Sl para dift:re!lça de potencinl é, a.:uinli o \VA - 1 , q ue é eh11mndo volt
(Vj. A diferença de poteocial U pode 1a1nbê1n ser dcfinjda 1n ulliplicando se o
nu1n..:rndor e o denomina dor do n1c1nbro dil'cilo da êq. (1-5) pelo tempo,
Jlfltor Prefixo S(mbolo Fator Prt:Jlx.r> Sír1bolo
io - • dcci d 10' deca dtt
u- - --·
Pt
Ir
"'
Q
(1 -6) 10- :
10-:;
ccnl i
mili
e
m
102
10'
ht'Clô
quilo
h
k
A difc~nç:a de polenciaJ unilàru Pode então Stt definkla igualmcnlc bem. de 10-• 1nicro µ 10' mcso M
11\0tlo tal que trabalho cqui\>'3Jetue 3 1 J ~ prodU7jdo quando uma carp de J e 10·• nano D 10• G
!lÍll"
10- •l p 1011
é 1ransfcuda. atra"-é:s da on1dade de diferença de potencial A ~r1ir d.a t.q (J-6). p100 lera T
por 10• p.,ra ac ohf('Jttn º'\11,lorc~ rl"JIS dà corrente cm ampêres.. No presente A.qu1 à variação do número de oxidação e l e. pottan10. 96 487 e de clclricida<k
hvro tc,ohc:rcniot "''" J'lfl1hl~·n\it. da maoc1ra clposta a seguir. '\Jrlo à íormaçio de 1 mol de Fe(CNI:-.
<> \.tl<M df un\a qu.,nt1dadc fisica é igual ao produ10 de um número puro
(' um,, un1d:i.dc. po1 c:xc1nplo1
,,' <'OULÔMETROS
e - 3.6 x io-> mol dm - •. Frc<1ilentemcnte é necessário saber-se qual a quan1idode de eletricidade q ue
1'!1\11 equação pode sei' rcorranj ada para dar
1>11ssou :uravés de um circuito. Isso pode ser feito medind o-se a corrente q ue o
.-u."'•css;1 durante um tempo conhecido, mas esse m61odo não é satjsfatório,
e 1kv1do a variações d3 corrente. A aplicação das leis de Farad11y leva a um m~todo
3,6 X 10- 3
moldm_, que: resolve esse problema. Como a quantidade de qualquer substância depositada
cJU dtSSOlvida num elclrodo é proporcional à quaotidadc de eletricidade que p:assou
"'' e
36 11r:..vés dele. basta incluir no circui10 uma célula clc1roU11c:a e dc1cnninar a ínçlo
10 'moldm-> • • llt" reação que ocorreu durante a oassagcm da correnle. TJis dispositivos são
PHrn cvi1ar repetição do símbolo da unidade.~ comum tabelarem-se os rcsulutdos 1.:hamados coulóme1ros.. Exis1cm muitos tipo5> e os mais importantes são os mcn-
n.t ronna de números puros. Segue daí que umn coluna na qual o n(1ntcro puro c1on11dos tt segu ir.
3.6 npllreoe como correspondendo a uma conccnt raçfl.o de 3,6 x 10- 1 mol dm- 3,
deve 1er como título c/(J0 '"' 3 mol dm '"' 3~ As 1ncsm:1s considerações são vâlidns O r0i1fOme1ro de cobre
JXtr11 os eixos de gràficos nos quais números puros s.ilo rcpresen1ados como pontos
O coulõmctro de cobrç consiste nwn ânodo de cobre e num cá.todo de cobre.
110 longo dos eixos. imersos cm uma solução de: sulíato de cobre,. usualmente contendo ácido sul·
fúnco e àlcool Ourante a passagem da cortcotc. o cobre passa para a solução.
AS LEIS OE FARADAY DA ELETRÓLISE e cobre mc16tioo passa a ser depositado sobre o diodo. O llcool cxis1cnte na
Os resultados das in\'e>tigaçõcs de Faraday sobre o íenômeno da eletrólise •uluç;io inibe a oxidação do cobre rcdm·depositado no càrodo. O cá.iodo é pesado
podem ser resumidos c1n suas duas leis p.')r.) a elerrc\lise. 11n1es e depois da eJe1rólisc e, !.ltrav~ do aumento de peso verificad o, pod e«
1. A quanlidadc de produto primário ronnudo num clc1rodo pela eletrólise ,.i,lcular n qunn1id ade de cle1ricidndc q ue passou pelo cAtodo. ·
6 dírcta.1nente proporcionnl à q uantidade de clctricidndc que passa pcll.' solução. O coulõ mctro de cobre ~ um ins1rumento resis1cn1c, de p recisão moderada,
2. As. quan1idadcs de diferentes p rodutos primários fo rmad os num clc1rodo \.'onvcnicnte para medir quan1id~tdes de eletricidade de a té 0,1 faraday.
pela mesma quantidade de eletricidade são proporcionais a suas massas molcc,ularcs
relativa~ ou massas alõmica.s rclativa.s., divididas pela variação de seu número O toulômtlro de iodo
de oxidação durante o processo elc1roli1ico. O coulõmctro de iodo possui comparlimeotos separados para o ânodo e o
Segue.se da primeira lei.. que uma quantidade cons1antc de uma dada sub$. \ilodo in1crligados por um 1ubo cstreit~ que impede difusão entre o anólito e
ulneia deposita-se ou disso1vc·se num eletrodo por uma dada quantidade de u Clllóh10. Os clc1rodos são feitos de uma liga platina·iridio. O apôlilo é uma
eletricidade. Da segunda lc:t conclui-se que a quantidade de substância depositada 11oluçJo eonoen1rada de iodc10 de potássio e o eatólito é uma solução•1Y4ldrão
ou dissolvida num cletro~o pela ação de uma dadu quantid ade de clc1ricidadc tk iodo c1n iod c10 d e po tássio. O cle1rólito que co1n un ici• os dois é uma solução
6 proporcional a M ,/z (ou A,/z}. onde M , é a 1uoss.1 molecular rcla1h•n (A , é a •le iodei o de potássio a 10 %.
1nossn 1.l1ômica rch11 iv:1J e : a variação do nó mero de ox.idaçào 3$$0Cindo ao Co1n n passagem de corrente,. os íons iodeto cm torno do ãnodo liberam
processo cle1roli1ico. Assim, para a formação de 1/: mol de qualquer subst.llncia t lé1l'ons e 1e transformam cm iodo e. no cátodo. o iodo jà existente é reduzido
~ n«CSsàr&a uma mesma quantidade de clc1ricicbdc. Essa quantidade é igual a ~ 1ons iodeto pelos clé1rons fornecidos pelo cátodo.. A quantidade: de eletricidade
96 487 C. Percebe·sc que a carga elC1rica cxis1cntc cm um mol de um ion 6 igual que atraVCS$.\ o sis1cma é calculada através da variação da concentração de iodo
ao produto de seu número do oxidação pcb constante de Faraday (f'~ que tem o cm 1omo dos eletrodos.
valor de 964S7C mo1- • O coulõmc1ro de iodo 1cm maior precisão que o coulõmetro de cobre e pode
Essas afirmações se tornarão ·provavchncn1c mais claras considcrando·sc 1ncd1r, em certas circunstâncias quan1idadC$ de eletricidade baixas. como 25 e
dois exemplos. Na clclrólisc de sulfato de cobre (JIJ cn1rc eletrodos de cobre. ocorre corn erro inferior a 0, 1%.
no ciuodo uma dcposiçl'lo de cobre:
ô co11tôrnetro de gás
Cu 2 * + 2e - Cu.
No coulõmetro de gàs. hidrog~nio e oxig!nio silo gerados em eletrodos de
A variação do número de oxidação do cobre nC"SSC pr0CCS$0 é 2 e, por1an10. 96 487 C pl.Hina. rctpec:1ivamco1c por cktrólisc de uma soluçio 3quoci de clctróliros apro-
do eletricidade depositarão 1/2 mol de cobre. pn•dos. Mede-se o volwne da q111ntidade total de gás. numa temperatura e pressão
N3 cktrólisc, entre elc1rodos de platina, de fcrrociaoeto de po1Wio. ocorre ~onhccidas. Como pequena masa de gás ocupa um grande volume. o cou1õmctro
no inodo a oxidação dos lons ferrociancto a fcrriciancto: Je gâs 6 úlil para medir quantidades de eletricidade muito pequena, até da ordem
Fe(CN):- - Fe(CNJl + t. de se.
Fu1ulanlc:n10'.i d t cletroq \1imica
8
O coulômc,ro de prt1ta
e.
f !<ose P'º"'ª"clmente, o coulõmctro mais preciso. O cátodo é un1 ca<l~~ho
de platina. contendo uma solução de nitrato de prata puro. '?urnnte 11 clctrohse.
prata mctálicn é dcpOOiitnd:s sobre o cadinho de pluuoa: a d1rn1nud0 ~ c1c1róhto
ê compensa.d.' peta dis..~lução de urn lnodo de: praia suspcn~ na solução_ O
CAPlTULO 2
ânodo é envolvido por um recipiente poroso que 1ntcrcepl3 qua1squct ~rtkul•.!
sóhdas que possam cair do ânodo, impedindo asslDl que estas se dcpottttm no CONDUÇÃO ELETROLfTICA
cadinho de pliitln3. O cadinho ê: (>\.-~antes:: depoi~ d11 ektróh~ e a quanudade
de clctncidsdc é Cftlcu'3:d3 a parlir d.à massa de prata dcpos11ada
Ra
p=-
1
e, subslituindo os valo1•es acin1a, Leremos a re.~ist iv idade do cobre dadn Jlõr
C'ONSTANTE DA CÉLULA
A condutividade de uma solução está rçbciooada a s.ua resistência.. 3tnvés
J.L Eq. (2· 3). Ern nt:dídas d~ condutãncia. l pode ser tomada con10 diiuânci3. entre
(.<11 eletrodos da ~lullt e '1 como ã.rea dos eletrodos. Para u u1u dudJ oêlula, I e a
~crt.o constantes_ e l/n 6 conhecido c-.omo a cons.tante. da ~lula. /\ con101~1 ntc da
t.ilukt pode ser medida dirc1tuncn1e, mas e Ulaiíi con)u111 deduzir se:u v1•lor, mc-
Figura 2 Citcvilo J11 ponto de Whe.1u1101lc lhndo-s;: na cClula •• rcli.iSlência de um eletrólilo de rcsis1ividnde con hc:ekh~ com
12 1~)1,duçti.o d c1.roUtica 13
ççrLa ptecisão. A.s soluções mais c1npregadas para ta1 são soluções de cloreto de Tabe l~i 2. Co1idu1i\•ida<les mok•res de wJuçties aquosa$ a 2s·c
potássio. ( ónCel:ilr<tção Eletrólito
Suponha un~1 soJuçüo de cloreto de potássio de condútividade 1e0, e que tnoJdm- ·1 HCI KCI NaCI AgNOl .tznso.. ~N iSO~ HAo
apreseota u mti rc:f\iS!ência /(0 n ullta dada célula. Bn1Uo. dá Eq. (2-3j:
1
o.ooos 422.7 147.S J24.S 13 1.4 J2!.4 :18,7
Ku=-- 0,(101 421,4 J47,0 12J,7 130,S ll4,S IB,I 4$,63
R()a O,OOS 41S.S 14>.6 120.7 127.2 9 S.S 93,2 2 2.80
e 0.0 1 41 2,0 141.3 1J8,5 124.S S..9 82.1 16,20
lfa = " aR 0 • om 4072 138:.2 115.8 12 1.4 74.2 72.3 11.57
o,os 399,1 1.l3,4 11l, l 11s.2 61,2 59.2 ?,36
Se R for a rcsisLência de uma oulr:.-i Sl)lução na n1csroa <.~l ulu, entih) sua condu- 0.10 39 1,.3 129.\1 106.7 IUIJ,l 52,6 50,8 5,20
cividadc (1<) é dada p o r (:icgunêo l!an:ibo'Jok ef CheJr.is!rJ' t'lJtd Phj'sic~ 37.~ cd., Chcmical R ub~r Publ. Co., 19.55)
X = -1 mi:
"....!......Q.
R {2-ó)
Ra R VARIAÇÃO DA CONDUTIVIDADE MOLAR COM A CONCBNTRAÇAO
A Tab. 2 apre.sen{a alguns da dos referentes .a diversos élctróliLos. F..~scs resu1-
CONDUTIVIDADE MOLAR 111dos mostram qt1e, à medida que a conoen1r:iç.ão diminui ou ~1 diluição auiucnta,
u condutividade tnolar a uincnta. tendendo a um vator,.Jimite, conhecido como
As condutividades dos eletrólitos varial'I\ basH1nte com a conocn1ração. A conduti'lidndc molar·litn itc, desigoada pelo símbolo J\C<(1) , :\ Fig. 3 mostra esse
con\pan1ção de. condu1Unci.ns de diferentes eletrólitos é mais s igniftcaLiva quando con1po:tamento <l: modo gcnera1ita<lo.
,se 1oma em consideração a conceniraç.ão. Pl)r essa razão, definimos um novo A partir dt: a mplo.s cs1udos sobre a co nd u l únci~ de clcll'.'Ólitos, Ko hJrau~ç.h
conctito. (1900) conseguiu mostrar que, em alguns caso~ pAra soluções diluídas, a relação
1\ condurividade 1no'iarl 11. (A) ê <h:linida como ~ntre condutividade n1olor (A) e concentráção (c.) podi~ ller e.xpn:S!>a segundo uma
A = K/c. {2· 7) Ct1uação em pirica:
As unidades fund~unentais da c(lnduti\•idade molar ~ão n - m JI10J- • como 1 2 1 /\ = A"'-k Jê, (2·8)
veremos nõ· seguinte exemplo: a condutividade d.z u1lta St)lução de cloreto de 1>11de k é uma. constante. Essa é a e.quação de unta r~ta de inclina.çiío - k e inlerscçã.o
potàssio de co11ccntração t0 2 1u0Ju1- 3 é igual a 1.29 0:- 1 n1 "" 1 a 25 °C. A c.on- /\"' , determinada pela exu apolação à C01lcen1ração ?:ero (nos casos nos quais
duüvidadc molar dessa solução é dada por t• equação é a plicável).
Na Fig. 4 estão represenlados gralic~1ncntc "alorcs de A~ con tr:l ..;'C para
1,290- 1 m - 1
/\ = - '.'ários eletrólitos. O gráfico mos1ra a existên cia de dois e."ttrcmos. de comporta-
102 n1ol 1u - :,\ '
/\ - 1,29 x 10- 2 0.- 1 m 2 mo1- 1 •
1.50 EIGrróiito forre
Embol'.'a esse resultado seja d~idO eLll unidades fund;,1menl:iis, não hâ evidcntc1ncn1e XC!
razão que in1peça cxprcss.â.-lo como
,'\ = 129 n- 1 cml mo1- 1 • g Eletrólito samifono
"' l CO
As unidades o-•cm 2 1no1- 1 são igualmcnic aceità\·1ús. (intermediério)
Outro aspecto a considerar na compan1çào de condutj..,jdadc.'$ molares de
diferentes clctrólhos é o fato de ser a corrente elétrica, no caso. a 1ransfe.rência
-------------::.-:-.:-;-;..
·· ·~--r . "
V
dades n~ob1 n~'\ podem ser couiparadas de modo m~liS pre.ciso. ,_\ ·rab. 2 i lustra F'ig1.1ra 3. Variação da condu1i,•id;·1de figura 4. Varim."<i.O d~1 ~ondu livi c1;.\de 1ne)ktr
molnr com a dilut;.ão
esse aspecto. COUI ..,/ -;_
lllp <H•l(l1' e1nprega ..toud 1.n i vi d~dc"'. Chaolatl~ ta1nbêm de ..condutância e()lll\'<1len1e'•. 13'Ja1nbé1n <;Otlhecido ~n trc nól: como "condutância equivalente c1n d:Juição inti uila".
(N. do T.) O ::tutor emprega '"condutivídttde"', lcnuu que toauüveltloli pOt fiJe;lidad.;. (t\. do T.)
T
14 (.:C-nd1:ç:lln eh:11•0!!1ica IS
llO produ10 chls cargas e invcrsamence proporcionJ .10 quadn•do da d1s•lac:L1 vidjde molar da solução aumenta. f-.ssa var1açao conunua~ a1é que. nwn.a
r cn1rc cL1s, dllutçio i:tí1ni1a. os 1ons estejam iníini13mcn1.: afastados um do outro e °'
<fc11os
1n1er16nicos sejam nulos. N::i.S.'\S condições. isto é.. ru diluição infinita, a oondu·
1ivid.1dc mol;-tr s.::rà um Lnáxuno.
Co1n bHse nesses argu1ncn1os, Dcbyc e Hiickcl puderam derivar un1a expressão
Puni convcr1er essa rclaçilo nurrti' ig uafd1.lde, in1ro d uz se ll !llll constanlc de pro· 11u..: relacionasse t1 condu1ivid,1do molar ob~crvo.l d:l (A), numa determinada eon·
porcionn lidade (t) j unto C(llll um f;Hor 4i'l.. para r11c:ionnli1.f1r a cquttçllo cenlração (e). à condutividade rno1ar crn diluição infinito (A"1). Os cálculos fonun
pos1t:riorn1entt: modificados por Ons.1gcr. e o resultado~ co nh~cido corno equação
F -- 4ur'
qlq2 . de Oebye- llftclcet.Oruagcr, ou, siropl;:Slll(..'DIC equação M On.sager:
6S9e fator t é ullbl c.on11.1ntc para um dctc-rmioado meio e chama-Se: permiriridode. (2-12)
O valoc de t para o ar t apenas cerca de 1/80 do volor """ª
a agua. Na Agua, onde A e B sào cons.tan.tes que podem ser dedutidas tcoricamen1c. e qu.: dcpcn·
por1an101 a força entre os ion~ h muito menor e. conseqütn ttment~ serà preciso dcm da temperatura e da nalurea do solvente. Es..<ta cqunção é válida, com cxtu idào
u111 1rnbalho menor para ufiun.á-lns. Quando o cristal é colocado na â.gua, o~ ionfi 'l:U i~f" tón:i.. para soluções de concencração de atê 1o-A 1nol dm -\ e dá erros dó
1ornnnl-se hidrn1ados e o sis:tcntit perde algutnn cncrgifl livl'e, sufic.icnle puru rei.· poucos por cento na faixa de concentl':1çõe.'i de io- 3 n 10- 1 mol dm- 3, para ele·
Liz.ar o trabalho dt: scpan.1 os íons. 11·6h1os uni·univalcotes, A equação di:: O nsagt:r, portanlo, representa a j ustificath•a
A teoria de Arrht:oius da ionização, portanto, não expliCà a. "ar1uçilo da tc6rrcn p;lr.:t. a relação empirica de Kohtrausch.
condutividade molar com n conçentração. que se observa com eletrólitos íortcs. Pnm soluçôts concenlr;.adu.s. e m;5mo para soluções d1tutd:is de aJgu.ns clctrô--
O rrabalho que Jc,·ou a uma explicação do comporr.s.mento de: c~tróhtm luos muhi'f'a!ent~ contud°' a cqunçãn de On'Sa.J'."T Wha. Uma das razões disso
rortcs í0t iniciado pot Milner (191 2). ~.fil:ncr cakulou a dlstribuição de iom numa f0t apon1:ui:l originalmente por BjcrruQ\ que mostTOU qut.. ã medida que a coo·
soluçlo de um eletróli10 fort~ c<>mplela.mcntc d1ssoaado. Uma conlribu~o «nlraçlo dos tons aumenta. pode-m ocorrer pares de ions de carga oposm na
melhor foi a de Debye o lluekcl (1923); a 1coria de Debye-Huckel é a b.se dos aoluçio. Esses pares iõnicoSt de lons: JQ cargas opo1nas. formam~se quando ion.s
modernos pontos dt: vislu sobre ele1róli1os fortes de carias opostas se aproximam o suficicncc para serem considera~os cou~o que
Considere a co11.du14ncin <le u1n elc1ról.i10 forte completan1e11.tt disroeiudo u1n,1 enttdnde Uoica. A cargu lOlttl tlctos.a en1idadc únic.1 é zero quúndo são ..:nvol·
cm solução, por exe111pto. clorel<) de sódio. O; íous de sódio e de cloreto nüo i:stardo vldos dois lons de ca rga unitll.riu, e·, t1ssim .sendo. um par iônico não con1ributrâ
dislribuldos aJe.atoriamentc no solvenic.. Cada lon de sódio, 1endo carga posi1 ivo, p,1n' a condutância da solução. Deve ~r frisado, por6m. que esses pares i<)n~
tcnderà a atra.i r para si os íons de cloreto, de carp negaü va, e a repelir outros n.lo são esrâ,·tis., trocando continunmcntc de parceiros A associação de lons em
tons de sód10. Essas fotÇOLA eletrostáticas ~rio compcnsacfus em granck p.irle pelo clc1róli1os fones foi estuda.d.a princ:ipalmeotc pcx ~v1es e por Fuoss e Kraus.
movimento térmico dos ions. mas, no balanço íiD.i\l. cada ion de sódio tstari cir- Essct pesquisadores estabele<-eram cquaÇÕcS que explicam a condutânaa ~ ele·
cundado pot uma nuvem iônica con1c:odo maQ ions de cloreto do QIJe ions de 116h1os fones até concentrações de 10-•mnldm- 1 •
sódio. Analogamen1c. CJda ion de cloreto estará circundado por WWl nu\'em l!.rn vuHa da teoria de D tb)·t:·l lüclct:l, podcrí:un oi pcn$~r que a atração in1er-
10nica contendo mais ions de sódio do que Sons de cloreto. 1ônica pudesse ter algun1a 1111porU'l ncia na d ctcrminttçAo da condutâuc1a de
Suponhamos agora que unia corrente ~travesse n solução e fl!(en1os nnssa clc1rólitus fracos. Ern l:ioluçôcs diluidas de eletrólit~ l'ruCl)S. porém, o núnlcro
t\Cençllo num íon ti:: sódio paTticular. Quando a corrente ílui, o ion de sódio ~ de i on~ prc:':cntcs é muilo pequeno, c os efeitos ioteriônicos i:.ão desprczh:cil!. Corn
moverà em dirt:ção ao c{l1odo, e sua nu\'em iôniCiL se moverá em direção oposca. 11olucôc~ mui10 concentradas. a atração interiônjca cornu.-$0 mais impor1an1c.
A nu ..·em iônica original iC ro1npçrÍI. e uma nO\'Q se (ormarà. Na pri&lic;t, ~ O\:CCS-. Jú. vimos que a relação N /\., pode não ter significado nlgum como indiQ\tiva
sàrio um cuno iruen·alo de 1cmpo para css.1. opcr:lção. Esse intervalo~ conhecido de gruu de ionização no caso de eleuóUtos íortes,. e dcwc:mo:. k:mbrar que CS&"\
como lt'lnpo de rtlaxaçào. Assim,. antes da destruiçào dt nu,"C:m original. o ion rcbç.lo (oi oon.~crada como Kndo igual ao grau de ionir.-ção no caso cm que
de s6dio dlará afastJdo do ceo1r~ e ha'·erá como efeito 101aJ uma a1ração para M \lclocidadcs dos ions foram supostas consta..nle&. S.1bc.mos agorn que ~,. "-elo·
1ràs. A velocidade do ion de i6dio será menor. J:.uc efei10 é chamado f/tfro d' cidades dos ions ''aria.m com a conocntração: e que a variação na relação N/\w
r1IOX4Çâô Otl efeitv de a.11:dmctría. ~ rc.ilmenic uma medida da v:i.rinção da \•docidade do5 Sons com a conccntnu;l1o,
U1na vez que a nuvc1n iônica contera moléculas de âgua, eu1 vi1·1ude da no caso c.lé cletróli1os fortc!I. Por esse motivo~ é prcrcl'ivcl cha1nnr a razMo A/A_,
hidratnção dos íons de <;lore101 o ion de sódio CSHlrÔ sujeico a u111 crcsccnh: obs- rle rn:<i" rle c11Hd11tância. So1ncn1e no caso de soluções diluldn.s de eletró l il~ frac<u1.
1llcuh) a seu movimcn10, por caus:l d.as moléculas de solven1e que se dcsloc;:inl a n:1.u;âo t:in q ul!scão pode $Cr considerada coroo sendo o grau de ioniLação.
cm ~ruido oposco. ls.,o cri.1 oulra força que retarda o 1on de só<lio, diminuindo
wnd:t m:ajs sua vcloe:id,1dc. &se efeito é conhecido como efeito e~Jro/ortclco. CONDUTIVIDADES MOLARES-LIMITE DOS IONS
À medids que dilulmos a solução. os ioas se etp.alham e se afas1am mais e
a dc:nsi.dade dá nu,·cm iônica diminui. Portanlo as forças de a1raçào iolcrt6nas '· equaçã<> do Onsagcr (2·12J ou a equação empinca de Kohlnmsch (2·8!
sao menort:S e a ''cluctdadc do íoo aumenta. Em conscqüc!ncia., a carga. 6 1rans· constituem-Se num mé1odo conveniente para dete1minJr·.fê /\40 para clc1r6h1os
ferida ~m ''elocidadc nu1ior, dando origem a uma corrente m:úor. e a conduta· fortei. C"ttn,.iderando os rcsuh11dos dessas dete.rm111110~ para ''itrios pares de
19
18
se. porém, 1.un n1ol de íon m-1.gnêsio se referisse â entid~ck: Ma 1 "", 1cria1nos
Eletról.11<11
,... ~~rc:ll(:t Eloelrólh>S A" (Ãf1:1tt;ocá A"(Mg>+) = 106,!2!i- 1 c.m• mol-'.
n·· \;m'1nol: cm l mq__..--; 0 - 1 cc11 mol n 'cm>l'llOl- 1 Podemos constata_r qu: são "álidos os seguintes tipos de rctaçõe8:
""""'
(JW:tl Q i
..
...e: 126.4> l \.fl
"~º.) 14...96 A•(:!CI- ) = 2Aº(CI-}
1......
K NOl
N.1N01 121..$$
2J;U !<.O
l'al\O, """'
1 21.~i
~ M;DCionou·sc anterlOrmentt que é melhor comparar as condutividad...."i
..
,,
Kl 150,.).2
:1,,91 2~.: 1
Jlbt.1 ,
JBalN0 ,)1
1\9,9'
,,S,"4 •.90
molares de qu.1nhdhdd de lom que possuem i i0.::5UU carga. O cato matl simplef
é ob,·iamcn!.c itque~ no qual as quan1idades di::. ions ~colhKt:K possuem arp
unitária. Para .se chtgar :\ condutividade molar de mi quanhdade de lon. o prooc-
\ScJ:1;1.,do n. r. C'oeY. ~.)'. tlrrrrod:tntkaf Dara. Airut~d111n, F.hiev~r. 1 9~2 1
dimcoto nl"is simples 6 dividir a condolividadc: molat de uma dctcrm1nad.'\ qoan·
1idade qua lquer dad;1 de um ion, pelo número de oxiduçào dcssn qunn1idndc de
clc1róli1os. dcpal'nmos conl alguns fatos interessànlcs. K.a Tllb, .S. são mostrados fon, tt,unnlidnde que pode ser exprcss.à como :\ ;/t1• .t:ssa qut1nli\ladc pôde ser
"'ttlortS do A"" pnm ~iversos pa!'es de efelrólitos, e~ difc rcoçns cn1ro eles. deno111iuada cctrduiivtdade equivalente, mas deve·se frisar que, eo1no o nú1ncro
Not:.·sc que n diferença ~n tre os A~ parfl ~ pttres de s;, js e.ln pl'imcira coluna de oxidação de um ion é nclitnensioJla~ a coududvidadc cquh1ttlcn1~ t.11 oomo
da. Tab. S são cons1n1ues. 1\ \'nica diferença que cxis1e entre eles 6 o ct'u ion, pois tleíinida, terâ "li 1t1<:$ll~i. <li1ne1\sôes que a condotividade tnohu'. Uu\ <>u dois
cadu pnr lcnl o me,mo ânion. As diferenç.as oos valores d-e A• da quarta coluna c:<emplos iJustru rllo c.~~c aspecto.
p-Odc1n utmlogamen1c iicr ntl'ibuidas a diferenças nos n.nions. Cssns observações t.• (Ag•) - 61,920 - 1 cm' mo1· 1 ( : = 1),
levaráfll Kohlr"usch n postular sua léi tkr migraçiir> Iônic'U lndepend"nte: ..cada
A r(Ag')/z = 61,920-' cm' mo1 · 1 •
lon oonlribuj cum uma quantidade definida para a conduüv1d11dc molar-limite
totaJ do eletrólito. independendo da n.acun:-.-:n do outro fon .. Ess.'\ lt i pode ser A«(SO! )•!600- 1 cm' moi- 1 , (: • 2),
escrit1 matemoticnmcnre como segue: A<O(SO!-}lz • 80 0 1 cm2 mo1-i.
A• = /\.'! + /\.~. (2-13)
Outro aspecto relacionado a esse assu.:lto rcfcr~-s:: uo cu1dudo que dew ttt
·om.1do •o se apli...'llr a lei d.a migração iodependec.te dos iom. como equKi:onada
onde A~ e A• do as condutividades molares-limilc do câtion e do ânion. res-- -m (2·1 3). As condu1i"icb.d.cs mo~ra iônicas devem refe.rir·se à quantidade de
pecli\'amcntc. f;.xperiênciu que serio descnw JDaJS adiante podem ser empregadas lons contida rw qtwnlkhsde de elc:1.rólito especificada. Assim sendo, aplieando.se
para determinar que (ração da corrente !otal é transportada por um determinado 1 Eq. (2-13) ao clorcio de magnésio, por exemplo. podemos esac>'tr.
ioo na ck:tNli..ei com esses dados. é possivd ca.Jcuh•rctn•liC a11 condu1ivfdadcs
mola.rcs.Jimilc de íons individuais. ,\lguns valores sã.o dados na Tab. 6. A "<l~gCI,) = A~~Mg>+) + A"(CI-~
donde
A condulividRdc molar de um ion é. uma medida da quan1id1tdc de corrente A~(! MgCI,) = 53,06 + 76,34,
que ele pode lran1'porl(tT. Como a oorrente é a \•elocidndt: de tran11f: rência de = 1 29~400- 1 cm2 ntoL- 1 •
carga elócricu, a conlpan1ção das condutividades n1olares de vâl'ios lons terã 1nais Por outro Jado. podemos escre\•e1·
sig.uiíicado *'
ali condutividades molares osadas se referirem todns n ions com a
A"(MgCI,) = A"(Mg>+J + l\"(2Ci-).
n1esuw corgn. â. 1u1s-i1n, rnais signjfica tivo Comparar A(Nu •) co1n A(i·Mg1 +), cm
vez de compílrfl.lo com A(Mg2 •). Dessa maneira, podem ser compur11d11$ ttS (lOn· = A"(Mg>+) + 2A"(Cl-~ (2·14)
dutividadcs molares de qunntidudes cqoivaJentcs dç transportadores de- cnrsn. = !06,12 + 152,68,
Vçrnos. da Tnb. 6, que = 258,80 0 - 1 cm 2 mot - l .
/l.w(!Mg 2 -) = 53,06Ii-'cm'mol- '. Recomenda.se cnuncta.r a Je1 da migração indcpcndcnlc dos loris de 1,nna
maneira m.l.i.s aeral que a d:t Eq. (2· 13). para evitar a obng..'ltoricda dc de definir
T11bela 6 Cooduti"1dades molar;:s-limit.,: .1 25 ·e um mol de ion como a quantidade do mesmo contjdo cm um m~ d: eletrólito.
Suponha que um molde eletrólito fomoça em solução "'.- molca: de wn cálion,
A! A•
Çii.012 Ãnio.1:11 e "- moles de Anion :
(l 1
.c:m'mo1- t n ' cm1 mo1· 1
(<'.e1rólito) = '.(cátioD) + ' _(ãnioo). (2-1S)
li" J.19,8 ou- 197.6
Comparando as Eq~ (1-1 4) e (2-151 veremos que a forma mltis iiencn1h""da da
="-• ' so.;1 (.1 J6. ~
K" 7),S2 NO; 7!,.U lei da m13raçlo independente dos íons b
Ag 6 1 .~2 ~SO! 80 (2· 16)
~1'1ª'" 51,06 cH,coo- 40,9
aª .. 5~.50 1- 76.8 Um dos pranc1pa11 c1nprcgos do conceito da 1nigraçiío indc:p1.:ndt:nt..: dos
lons reside no fol lO de íorneo:r·sc um método de calcular /\'11) paru elclrólitos ír.acos.
fS..:titJndo U b Co nwily, Ef,,.nrae.ht"11?f('af Dat(1, An1slerd1uu. L:J»o\'u:r, 19S2)
20 Cc,nd uç!o e1c1rolltie11 21
l:'.sscs •;rt JQres n~o podçm ser d clcrminad os ex l r~ pnlt1 nd o·8C um gr:'1rioo dt: ,\ N
con1ra fi, co1no no caso de clctrófü os forles. Par.:1 o cóft.ulo de /\ do icidu
.:acét ico. por exemplo. podemos escrever
:::.-_::--:-·1
A~(cH,cooH1 = AwcH •1
= 390~7
+ AD(CH,coo - ~
= 349,8 + 40.90- • cm' mo1-•.
n-• cm 1 mol'" ' .
Essa lSSun10 scri disçutido môli$ detalhadamente no CRp S
1- i~ur.t S. Conducio dciro'lta.
0 -- - - . .•. .,•
- -- ---- ..>"'
_ , _! ,J
MOlllLI DADb IÔNICA E CO NDUTÂNCIA TÔNICA tempo t, qualquer c;\1ion ong,i;ialmente tocalizado no pt(lnO A l(rÕ percorrido
uma dis(â!lCia ii +r cm direção ao cátodo. A quantidaJc Jc ca1·wa 1ransfcrida pela
A oondulllncU.. de um eh:tró lito é uma n\edida da corrente q u..: ele pode con· àrcn A pelos cátions. nun1 tempo t, será. porta nto, igunl 11 Qu.CLntidadc de carga
duzir, e corrcnlc é u proporÇão de: transferência da corrc:n1e el~trica. A ca rga é transportada pelos c6tio ns confinados num bl0<:0 rclangular de seção trans,·crsal
conduzid:i olrnvê!I <lo eh:trólito pelos tons~ por1anto, u condutdnc1u de um ~ le· A ç co1n ptimento ii .. t O volu1ne desse "bloco· de soluç!o é v, 1111 e11 concen tração
l rólito depende d:t quun1idade ou proporç:ão de Ct1rga que o,q l nn10 1~odem conduzir. de i.:ãtio ns 11a soluçlto é e_.. . A qua ntidade de cãtions cont idos no ·'bloco" é.
Hss" \•clocidn dc depende de: três fatore.li : as~i1n, l'+IJ+tA. A cora,1 11·:H1sportada por um rnol de cft1ion11 t o prodtHo do
1) o nún1ero do cargas de cada ton; obviamente, a um ior. poU\'afcn·c está nU1ncro de o:<.idnção. z ,, e da constante de Faraday, F. A quu n1idnd e de cnrgn
ui:osocitu.la mui5 curg;J que a un1 ion univalente: lra n~foridtl. pelo.s cl\tjons tllra\·és da área A, num tempo l, ~ igwil H c .. o_... IAz_ F.
2) da concentração dos ious : quanto mais lons cs1iverc1n prcsco1cs. major Ana lo~amtn lc. os â niun!I 1ransportarão uma quanlidade de curga igunJ a
a velocidade com que a carga pode ser transferida: r_t._tA lz JF, tuntvês da área A. nu1n tempo l. '-:esse caso, u~amo~ o 1nfldulo.d o
3) dn velocidade dos ions; novamen t~ q uanto mais rapidan1cn1c um íon ~: nt.imero de ot.idaclo. 1=-1· ou seja. consideratnos apenaS I! 1n.taniludc do mcsrno,
desloca. m.-ior a velocidade de transferência ck carga. desprezando seu sinal ls.so porque estamos i nlcrc~ns na quantidade total de
eleiricidade lransícr1dL e nio em quantidade de ck1 rici dad~ pos1th·a ou oc.cg:a1iva
A velocidade do ion. por liua "C4 depende dt qu111ro f11orCSt taprc:seola.dos
a seguir. transportada.
A '-clocidatlc de tnamferêoçia de c-arp pelas cilions < ãnions. rtspec1ivamcnle,
(a) lnrensid.3.de do campo clétriro. A corrente pa.$$!. 3ilra,-és da solução cm ~ obtida dh·idindCMc as qua.nlldaôcs C +f .iA; ,.- F e ,. _a:_rAl!-IF. pcb t,;::mpo
vir1ude da carga que es1à 5ecdo transferida e111re 05 clcerodos. t;Dl.1 difcrc~'8 1. A \'Clocid:uJc de transferincia de C3Jga é igual à <.-Orrcnte, t. desi111.a.ndo-.sc ii.
do p<>re-ncial ! imprimida a.os e&etrodos. o que cli origem a. um campo clé1rico corrente tr.1nJpor1ada pelo cálion e ânion,. rcspecti'iamen1e, a través da àr~ A.
na s.ohu;ao. U IJ'Y pardcub car regada . siruada num campo clé1rico sofre a acio como 1 e 1 ... , l\:rc:mos
d~ unn rorca proporc:1onaJ à intensidade do c3mpo elétrico.
(b) 1\ viscosidade do solvente. Se a única íorça ntu ando 5obrc o ion ro:-.se a '~ = "+"+ z . FA e I_ = c_v_lz- 11-'A, (2-17)
devido uo Cillllpo elétrico. o lon sen a continuamente acelerado. O cíci10 d.;_1 vis- A corrente total. I • I ... + J -· é. portan to.
oosidado do so h•cnt~ que uu1ncnta çom a veJoçjJ~ de-, <1põc-sc t'1 íorç;1 t~• acclc:raçãu.
Depois de um tempo muilo cur10, o ion se rnovc co1n vcloc.:id:ttle unilOr1n e. 1 = c.u.=. FA + c_v_lz-IFA. (2- 18)
(e) llfc.ico de assinictria. Este jâ foi discu tido anlc:riorrnonle. O cfoi(o retarda Se tun 1n ol de cletr61ilo furneoe •. + câtions e ,. Hnions.. 1el'e1nos
o lon; suo intensldnde depende da concentração. <', = 1• 1 :xc .;: e_• 1• _a.c .
{d) Ef1.:.i10 clclroforétioo. Tambêrn c--sse efeito já foi dii.culido. vcrilicantlo-se
q ue ele rc1arc:b o íoo porq ue. a umenta a rcsis1ência da viscosid xc.lc do solvente; Substituindo na Eq. (2- IS1
a in1cn1tidodc dei.se eíeilo também de~nde d.'! conoen1racilo. I - ''.,..«CV+Z_..fA ,.. t' :rct' jz !FA.
E ncccssário considerarmos agora a condutãncia de um eletrólito cm termos • etcF A.(v+ll+Z- + 11_o_ji_j)
d:as velocidades dos loos Considere uma solução de um ck:1ról110 de conccntnu;.ão Con10 11 den$idadc de corrente ê j = tf~ teremos
e. Suponha ser Cl o arou de iooiução. (Para eletrólitos for•~ (1 - 1, IDM o tenno
é 3Qui comrdcrndo de: modo 1al a pcrmi1i.r que esta •rgumc-nt.içlo Se_p igualmente j = acf{l'+ll+=,. + \·_o_lz-D· (2-19)
aplK:àvcl n cktrôhtos rone1 e fracos.) Sej:un e+ e e_ , rcs~""'Ct1\·amcntc. as coo· C'omo os cle1róhtos obedecem â lei de Ohm. as \"c:lôcidade.s dos tons dc'-cm ~r
ccntmçõc1 do cúllon e do ãnion. proporcionais à intensidade do campo elétrico. de modo que
Seja tr a ínlcn!4idadc do campo clé1rioo aplic.11dô cxtcrn.1n1c:ntc. r e v_
o, = u , E e " - • u_ E (2-20)
s.-lo, rc:~CiV{llllcrllc, a~ velocidad e$ do t:âli<.>n e do Uniun ncSSc: co11npo, oa 0011-
ecnlrnçO.o dada. onde t~ .,. e " - si.io con!4t.antes de p roporcionalidndc e. rc.;1x:ctivanl.;n1e, as velo-
Con.sidcrc uru plano de superlicie A, locali~do no interior J.1 solução per. cidad es d o cAtion e d o r1o ion no campo elétrico de íatcnsid:tdc unitària. na con-
p,;ndicular i10 scnl itlo de íluxo da oorren1e., con11) 1nos1 rnd<t n.1 f'ig. 5. 1-\ qualque1· cenlraç:io de eletrólito c1n q uestão. Os termos u .. eu_ :;ão ch1tn,ados du ''">bilidocles
22 Cond11çi"11) d t1tolítica 23
do cátion e do ãnion, respeclivan1e.nte; m as ê pl'eciso levar-se e.L
n con::.idcração j 'érência, desse íon. A somu dos oômeros de tnlnsportc de todos os t:spb:;i1n e.'\ de
que. e1n bora se refiram à intensidade de campo elétl'ioo uni1â1'ia, e.tcs \•arinrãó lons de uma soluçãc) deverà, pois., ser igual a tnn.
com a concentração. Se considcrannó$ a situaç:iio d escri ~a na seção anterior, rc:lali\'a à Fig. 5, àS
Substituind o as Eqs. (2-20) na Eq. (2· 19) correntes transporladas pelos càtions e pelos ânions, resp~.cli va.m ent~ são dadas
j = <XcfE(v ,.u,.z.., - v_u_lz- ). pela Eq. (2- l 7J
De acordo com a Eq. (24), a OOJldutivid ade é K ~ j / E e, porta nto, 1.. = c,._v ,._z..,.fA e T_ = c_v_lz-IFA.
11
A: 6on - 1c1n 2 n101- 1 "·+
' =--- (2·26)
~ = z+l 1 = 96 500 C mo1- 1 '
- &.._ I)_
Ocvl:-se n<>hir que, mesnto nesse caso mais sirnptes possh•el, onde o termo c:on-
- 6 22
- ,
o-.(. í~ .l crn2
+1 e , ccn!niçilo não apt:tl'éct de 111odo explicito, e os números de transporte variarão
(:Oni ~ .::onceutração, pois eles dependem das ..,elocidadcs dos jons, que, por suu
= 6,22 X
''C'.l. dependc:nl da oonc-entr::ição.
Colno as velocidades dos íous se relaeion:un " :;ua.s rnobilida<ks (F.q. (2-20)],
a Eq. (2w24) poderá 1ambênl ser expressa como
= 6,22 X
C+U + Z +
t+ = ~--~~~~~ (2-27)
_.., cm s· l
. C+U+Z+ + c_u _lz-
= 6,22 X 10 1
\ 1 c1n -
Rcco1·daudo q\lc c4 = v+ac e que e_ = v.. «<'-. teremos
Em outras pnk1vras. em diluição i nfini1a, o cátion que cs1am.<.1s consideran<ló se
.XC\' + U+ Z +
mo-.•erá com uma velccidade de 6.22 x J0- 4 crns- • nuro ea1np<.1 clêlrico de
1 V cm - 1 •
t .., = G<Cl' "" U 4 Z .._ + uc1•_fl_lz J
{)U
Bm unjdades funda1•1t'~Hais. a mobilidade mencionada será dad.1 pQr
(2·28)
t~ = '•' +Z.,.I~+ + Y_ ,z _fll_ .
,. ,
) - 3 nl s
U~ = 6,22 X
ll \.' tu -~ Cousiderando-se a relação entre con du l ivi<i~des 1noh1ré.'i e mt)bilidades, dada
Podeutos dizer, também, nue o eá tion $C move co1n orna velocidade de 6,22 x 10- !I pela Cq. (2-23), a Eq. (2·28) poderá ser ci;çrila, no i.:aso pál'tieular de diluição
ms- 1, nun1 carnpo elétriço de 1 Vnl-l, cm diluiçiio infinita. infinita, sob a fornla
,.. _ v .. A: .
' . - •· ...11~+ + v _ 1,~'
-
N ÚMEROS D E TRAN SPORTE
ou, a.plica11do-se a Eq. (2· 16).
N;;1eletrólise, todos os ions prtsentes na solução participam do transporte
~' corre nLt; e n fr1>..çã(l d:i oorre.nte cotai q ue é transportada por om de{erminado
(2· 29i
espécin1c de ion é chflrllada d:: nú1ner(1 de transpô,.re, ou, às veu.5> nUni~rô ·de lrtnis·
24 25
Analogamente, teremos~ para o únion. católico é de Qt+fz., F. e: uma quantidade idêntica de cátions penetra nesse com-
~ \• _ A~
partimento, pro..•eniente do anótito. ,..\nãJogan1ence, uma quantidade Qt _/lz- IF
t .. = /\'O . (2-30) de â1lions abandona o compartimento central em d in:ção ao anólito e unla quan-
tidade idêntica de ânions penetra nesse compartl1nento, p rovenit:nte do cató1ito.
J.\ patcir dessas duas relações., ê possível calcular condutividades molares iônicas ~ Conseqüentemente não haverá variação cota! da concentração de eletrólito no
-limilc. detc:nninando-se c:>r.perimentalmeott:: A"' e t."" . O último é gerallnente corr1partimento central.
detern1in3do pot: exlrupolação de u1na série de medidas noma faixa de valores Para considerar variações de concentração no anólito e no ca(ólito ser:l ntais
ba i xo~ de c<:n:itentnu;ãú. conveniente examinar um caso especifico. Considere a ele1rólise de cloreto de
De\•e-se notar que) de tod&S as relações dadas para números de transporte, cobrc(llJ. com um cátodo de <.'obre c um ~nodo de platina. No câ.todo. haverá
pode-se concluir que dcpo.siçíio de cobre e. no iinodo. 0$ íons de cloreto perderão suas cargas e for·
(2-31) rnarão o gás cloro, que se dcsprcndcn\. Consjdcremo'> as variações de concentração
do calólitó e <lo a.nólito m;ullantcs dessas inlcraçõcs.
Não dt:\'Cmos esquecer que \UU nnmeco de transporte Co1no tal não tem
s ignifica.do. Núnleros de crausporte dependem das ·velocidades dos íons, que, c·aujl!rq
por ~ua ve?, dependem da concentração e da temperatura, seudo que esta 6l!ima
Perda. de Cu 2.. pe h~ nelttrali7aç.ão R_ Cu'+
a íeta a viscosidade do soh•ente. .t\1ém diss~ quaisquer outros ions presentes terão 2F
algum efeito. sobre a parcela da carga total que ê transportada por um espécime
particuJar de lon. O número de transporte deve.. por isso) \'ir acompanhado de: Ganho de: Cu 2 pela 1ni~'TIL<;ãü = Ql . /z_ F Qc+
2F
eu i + .
informações sobre concentração> temperatura, e, principalnlcntc;. qual o clcirôlilo.
Qc _ e ,.
Perda tolal de: Cu2 + = (1 - l t-)Q/z.F 2F u
DETERMINAÇÃO DOS NÚMEROS DB TRANSPORTE
QI_ ci-
f.!l 1\.lêttJdo de H iuorf Perda de c1- por misl1lçã<> = Qt -il= lf F
Du r~n Le ti c:l el rúlls~. a oooce1nraçâo do cl~ tl'óli to oo anólito e no Càtólito
Perda de C uCI, no Clllc\lito =~~ (Cu'-) + Q;- rcn Qc
2F e.uCl2 ·
\'tt ri.... eo1no resultado dàs reaÇl"')e.~ que ooorrem nos eletrodos e da migração dos
ion.~ atravé$ da soluçã~. O n-úmero de transp~rte de um ion pode ser calculado
att~1vés dessas variações de concentração.
A11ólico
Considere a eletrólise de um eletróHto na célula mostrada n.·"l Fig. 6. A. &lula
ê subdj..,idid& arbilradamente t.n) três con)partixnentos, um para o ânodo, um
Perda de c1 - por neutl'alização ~ç1-.
F
para o càtodo e oucro central Suponha que os eletrodos sejam inertes e que haja
passagem de corrente. Para a passagem de uma quanndade de eletricidade Q. Ganho de CI Pº' migrução - Qif z -IF Qi_ c1- .
F
o câtion transportarâ uma carga Qt,. . e o íinion transportará uma çarga Qi_ .
A quantidade de carga transportada por urn mol de íon do tipo ~ será lz,!f. Pot- Perda lotai de c1 - = (l -l_jQ/F QI + Cl -
F .
tauto uma carga Qt+ está sendo traD!>l'Ortada por uma quantidade de cátions
correspondente a Q,t+l z.F, e uma carga Qr _ está sendo 1ransporta.da por u1nu
q uantidade de ânions jgt1al a Qt _/!z jF. A,~$im sendo, para ri pasAAgem de um;)
Perda de Cu;:• por migr~ç.'í.u = Qc ,,jz ,.1? 2F e\1·2t •
Q.•. "'
carga Q, a quantidade de cátions que migram cm direção ao cá1odo scrã d~
Qi.fz.f', e a qoantidadc de â.nions que migram cn:i direção ao ânodo serà de .Perd~1 de CuC1 1 11<.1 anôlito = Qt ... f(~u 1 +1 + Q: (C:l -) Qt. I
2Fcuc1, .
• '
2F · · F
Q1 _!lz_IF.
1\ consideração do cornpar1i1neo10 central 1no.~1ra que: para a passagem de A cargtt que atrave.1\8:1 a cêluk1. durante a cJc1rólisc podcrit ser determina.da
uma carga Q, a quantidade de cátion que <lci:<a o compartimento ern direção ao incluindo-se no <..;rcui10 un\ coulômelro e, se d~termin::irmos a perda de eletrólito
no f!Oóliro e no Citlóli lo por aoálisc química, podcrc1nos calcular os ntimeros
de transporce.
Essa ê a base do método <li.! Hillorf dt: Je1er1ninttc,:ão dos oúntcr~ de trans-
1>0tle . .!\s experiê.ncia.I\ são lJ.SUt)ll\tc::nte execu1adas na célula de Hillorf, rcprçscn-
lada na Fig. 7.
Figu<a 6. Niun ccos de nanspon·: O compartiu1~nco do â!lodo ~o <.:01npart imi:m(O dv çá10<.io estão in1crligados:
'' ~ ' 1ior um fino tubo horizontaL que reduz a um ininimo t1 difusão entre o anólito e
Migraç~ f\~ 1g ração •
o católito. Os membros "'erticais do aparelho s[o .munidos de: orilícios que: pc:r-
dos cátio~s
'
.dos cétiooS:
. !nitenl a coleta de runostras para a análise.
26 ft1ndamcn1011 de elc1roquilnica <..:onduçlo e1etrolltiC11 27
+
Nes!IC c.LSO, no invés de haver un1:i perda de el-e1cóJito cm t1n1bos o.'! olc11óhtos,
hâ um ganhu de eletrólito no Anodo ..~lém d.isso, a variação cm cuda clc1rodo. se
rclacioru ao nQmero de trzin1t.porle do ánioo; o número de lrun.~portc: do càuon
oã<> pode $cl dcttrmin.ado indcp.-nd::ntemeote. mas ~v~ ser c-.1k.u1adc:> ~· partir
dn relação
r_ + i_ = t.
Ftgun. 1. c_~e.ula c,1; H;UOC'Í
Se a soluçio n nnalisar ê umi. .>0lução di: cloreto de M\dt0, ê \\~·io que os
.::k:trodm ~o podctn ser CôM.lituldos. por sódio. Com o cmprt'So de cl('lr~
incJ1cs:, h~Ycn\ dci.prcndimento de _gàs hidrogénio no càtodc o de cloro no itnodo.
O dcsprcndi1ncnlo dciS.:S g>ises pode, ainda. ser evitado pelo uw de u1n linodo
00 prata e de um cft1 ôdó de prata revestido com clorc10 de pr1'1A. No Ano.do, o
cloro T:ttg.: culn u p ruro p~l'u formar cJorcto de prattt .e, no c(lludu, o hidrogênio
iO NS COMPLEXOS
>-iuit;w \•C1.CS u númi:ro de 1nt"'t>Ork de um ion .tpt~ntJ. um ,·,Jor nee.an,·o,
QU wn "-alor maior do que 11 unidade~ como. por exemplo. no caso do iodeto de
cádmio. Na Tab. 9, npresen1omos resuhudos pa'"1. .:.ssc sal em ,·árias conocJuraQÕCS.
33
único soloto, a não ser que o wl...cn1e poo~ runcionar romo um doador de próto0-s.
;\j~im se!ldo, o cur1t.ter àcido ou bàs100 de uma c5pécic não podc1n ~ rr.aniícstar
CAPITULO 3 se <.J soh,entc ni\o apresentar cArA1cr básico ou àeic.to respeeüvnmC'lnlc, Isso é ilus-
1,nulo pelos exc1nplos seguintes, nos q uais o solvcn1c é a àgun;
CH,COOH + H,O .,,H,0' +CH,C'OO- ,
.-1 alr~r •Utl ~t
EOUILfBRIOS IÔNICOS ttew a1
NH ; + 11 1 0 ~ H,O .. 1 N Hi.
J d <111 l )Ili"""' ~ j!fo,•1.t1• l O•J~ 1
-..
(11.... . 1 )
.. -
e um."t base se rclacio11ant, porh•nlo, atravé:-. do equilibrio STUJ'OS OU cJaS!ll!S principais:
onde A , e B 1 ~o conjugados.. as~im como o 31'0 A 2 e B..: . Es81t!J rc(lçôcs podem INH . t JÉNCll\ DO SOLVENTE SOBRE A FORÇ A DE ÁCIDOS E BASES
se~ e.nc-aradtts SIJJlple.smente CO"'º reações de 1ronsfcrência de próHn1s., pois cndu
Se chamHrll\(11 um ácido de TIA e con~idcru.rmos sua <lissotução 11um sol-
bc1~0 pode w considerado con>o oous:is1indo crn sua base conjugada mais u1n
pro<on: \>cnle prolofi!ico como água. o cqu11ibrio existcn1e poderã s::r escruo conto
,
liA + H,O "" H,o· + A - .
(B, + ti ')+ B,.,,(B, + H• J+ 8 1 9'W. ..a.'ir..Cr
A1 A1
A espécie H 3 0+ é chamada usunln•ente ion hidrônio (ou. à:> vc'l<:S, lon hldrog~niüJ.
A exi~lêncln de pró1ons livres cn1 soJução ~ pouco pro\•;l\•cl, de rnodo que 1,1 n\ mas devemos lcLUbrar que l!SS\1 t.:rmo rcahnenle signjfiu1 "próton ~o h·a tad o" .
compos.lo. po1enc1almente ácido não serâ Cilpaz de func:onar corno j c:ido, por Acredita-se atunhuente que o 1>r6ton seja solva1ado por quall'o moléculas de
de:sp.reend1nlC'nto de um prÓIOft. quando ele C O Ünico SQ)ut o, a não Ser que O iaua quando em relação aquosa. H(H 20 );. mas. por motivos d<' ordem prâticA,
SOl\'eote posu ÍUJ)ÇlODar como uccptor de prótons. Rcciproçamcn1c, uma base o pró1on hidrs11do con1inuari sendo represtn(ado por H3 0 .+ Quanto maior a
cro potencial não funcionará. como base. ncci1nndo um pr61on. quando ror 0 . Concentração de tons de h.:drog!nio produzich pelo áC1dO. 1anto m.us rorte serà
34 r~1.1illbri0-· i(micffl 35
O Acido. Se o equilibrio aort1ior es1ivcr deslocado íortcmente para d dircilL o dctcro1inar a conduuinc:i.1 dJ: um ektrôlito é 1nftuc1'<:i~uJo pcLt presença dos ionJ
ãcido se co:nporta como um lcido for1e. A rosiçilo do cqu1Jibrio por dnit r1uorcg· •4'i11nh01 devido às íorçn:s clclrostáucas qoc se man1fcM.am. ~o mesmo modo.
a tendência do ácido cm doar um próton. e o tcndcncr.a do soh-enll!' dr: rc<."Cbcr 1 dupon1btlidadc de um ion p;i.ra partic::par de unui rc....ção ou pat<\ d\1tcrm1n~"
um próton. A igua é u ~ substância protofi lica muito forte e, quando ela é a posição de un: cquilíhri<> scrõ. afetada pela prc).(nç.i de outros ions m soluçilo.
e1npreg1nla cO!ll o soh•cnle. o reação acin1a ocor re <."ln l;irga pro porção, incJ.,pcn- b fáci l ooniprccn<lcr q ue n conoen l raç~i.o d·~ unl io11 nào refl~tc \'Cídê.•.dt.!it'a1\lcntc
dendo du 1n~1 ior oo 1ncnor tcnd~ncia do Ja.c.i do cn1 doar um próron. !!: por cg!!C sun cnp:tcidadc de dctc11nlnar unia prl)priednde q ualquer da solução, cxcc1<1 c1n
nlOtivo que o~ ácidos que normalmente sã(l C()n'liclcrados como sendo 6cido~ diluiçifC'I infinilu. q ua 11do foi e!hninuda :; interu~âo iõnica.
fol'1es en1 itgua (por cxcrnplo, J-! 2S04, J·INO~, HCI, HCIO.J se compor11:.1.1n con10 Seria toçlhor ou11n quanudrtde q ue não a concc:111r.i.i;ti.o para cxprinür a dis-
se fossem prQliC41menlc iguahncnte íortes. 1\s diícrcnÇas na tcndênci3 de Ceder ponibJJida.de de um lon em dc1crm=nar a.'i propried"'-des da solução. A quan1id.i1.de
pró1ous d~ 3cid~ são minimizadli pda g'1*r.dc afinidade por pró~On! 11.pn> que é mada pa!li isso chtima ~.sc aJirii~ reiaJir.i do lon. quant ida~ qüe teva
scnt::i.da pela água. crn wnrn a interação do lon com sua vüdnl"..ança A a1h·1dack: rclaliTB r.c rclacaona
Se um sol . . ente for apenas fracamente prô!<triHc°' imediatamente tornam-k: con' n ronccnlrnção a1ro\-éol: da cqu.aQlo
aparentei flS dií::rença) crn íorça dos âcidos pT«edc:ntcs. Ácld o aoéuco &lu.c1oll
é um exemplo de solvenlc ír:u::arncntc protolilico. Ácido ;u:étlco dissoh·1do tm a = ,rc, (3·1)
{1gua compoíta-se de 1nodu p rolog6nico. Ul<\5> quando ui>udo corno solvc1ue no onde /1 6 a nti\'idade 1·cla1i\'n do Íl)ll e: y chama.se coeficir111c de a1ivi1Jatl,,, Esse
Clituc.lo puro. ele aceit<1rà pró1ons se csti\'Cf prese1H~ u1n doador de prótons com b (1 íalor pelo qual 3 a1ivid~1dc difere da concen1ri\ção e cons1ilui, assin11 uma
u1no lcudêucia suficicnte1nente g,n1nde cm ceder prótons. A interação cn11-e um 1ncdidJ 1.l1 interação entre os ions.
ácKlo HA e âcido acético ,Çluc.al 001no sol.,.cnte pode ser reptes~nht<lo por f\1or.1rou.se que a intcgraçào iôoica \•ati.a con1 a concçn1raçàt>.c e.'iperariunlos.
HA + CH,COOH ,.oCH,COOH; +A- . porh1nh>. qu:: o coeí;c1cn1c de alh·ida<k \o"'3rie com a corccn1ntção. Em dilutÇào
""• *"'~ 1nfinitL situação cm <l')C nlo h.i interação ióruea. o cocf1cie:'lle de auv1dadt é
Nc5M: C.;t~ 3 ~'pécic t't-1,,c.:001-1; eo
próton 1iOlva1Jdo e C'O(respondenle :10 tJnit6no. e a atividade rclnti\.a do ion é igual a sua oonoentração. como seria de
''ion de hidrogênio". A reação não pode ler c1qulllbr10 rnuüo dl:!:Slocado para ~· c:\pero1.r. pois. ness.-i diluiçao. o3o há q ualquer intcrac;ào iônica. À medida que
d irci ln, pois o solvenle é .ipcn1L~ fta camca1c pro1ofllico. e a q uan1 i-doclc de ians ,, concentraçtio a umcnla, o coeficiente de :.Uh·idade inicialmente diminui, p;:1ssa
,11: hidrogênio formados nesse caSl) depcCldc rnuiro dn.s propl'icdadcs do doador por wn mlnirno e. depois. nun1enta. muitas vezes utê 0 $ v.dores maiores <1uc o
de p1•ólons do s.oloto. Mcs1110 eJHl'e ácidos for1c11t ht1\•çrà djfcrença..~. e n ordc1n u nidndc crn soluções 1n uito ..:onccn lnl d~is. A queda inicial é devida a cn::$<:õn le
dec1e:i;cc11te de força íicida é HCJO,. l lDt, H1S0 4 , HCI e HN0 3. f\.1esn10 o (11.:id o 1ntc1·1.1çrl'o cnlre os lons, e o (1umcn10 subseqüente se deve a fatores ntio·iônicos.
perclórico e Ufll condutor fr~tco. quando dissolvido Clll Acido 3cético gJaeial J>Orquc E..'>"1 .,.ariaç:lo do coeficiente de auvid~de ê 1n11ts aeunll.l.1da para íoni> poliva lenh.:&,
o grou de ionização dc~ndc da capac.:da& m.'\ior ou rncoor do soh·cn1e cn1 qu.! possue1n carga tlétric.a maior e ci;lào, por isso. sujeitos a maiores ÍOrÇji de
:\O!lfar prótons. 0<1ecm clê1rica...
Quando O sol\·enle íor ele própno proto'-oên1co. ãeW propriedades bàsu..-.a~ Urna equação que representa 11 \'ariação dos cocric:cot~ de atividade 16nica
n1csmo o malS forte dui; íu.:id~ lK:ni incapaz de produzir il.>n!i de hidrogênio~ pois com i• concentração ÍOI declutid'l tcorica.mentê por L>eby;;: e Hfr.::kc:I; quando 1
não existem moléculas que p<>ssn1n ~1cci tar prótons. Rea.ln1en te, muitas su bstâncias conccntruçâo tende a zero. a equação &ssume a rorm.l ·li1ni1c
q11c nonnn lrr1ence são tlc!dOs, n1us que se mos1ran1 algo protolllica.;;. são rClrçndos
n co1nporlrir-sc como bnses. quando dissol\'idas n um solve1H~ for1t:1nenlc pro10- log )'; = - Azj Ji, !3·2)
genico. Urn exempJo desse tipo de compor1amento 6 a dissolução de âcido oltrloo onde 111 é o coeficicnlc de uuvidade de UO) ion do 1ipo J. A Uln;:l c.:>nstantc. :, t>
ênl fluorelo de hidrogênio: nómcro de cargas do iôn de tipo 1. e 1 a força iõn1cn d.J solução. 1\ força i.õnioa
de uma ;oluçào é dacb pçla relação
,.... .,,._,
lfNO, + lff ,.o H,NO) + r-
(3· 3)
A espécie H1HO; oio é um -ion hidrogênio• poi5 nio 6 um p:-óton s:ol"n•Ad(\,
jâ que u 50J.,·ente ê H f' . onde c1 ~ a conccntraçi'iô de ions do tipo i. O som..uório tngJobe todos O'\ tipos
Parca: pois claro que, com flcidos coino solutos. quanto mais protofilico de lons presentes n ~ ,;oluç-ào.
íor o )lo)•,..cnlc, r~ltds rapidn1n~nte St: nlostnun ~18 propriedades âcidas do ,'loh110. A constante A da Eq. (3·2) depende da tc1npcruturu.: da const;;1ntc dielél ricu
Por Argumenlô$ cx~tlHn1c1Hé semelhantes ch~sarcn\o~ {1 couc1uSio de que) coLn do solvente. Para so1uçõc:i> ac1uosas :' 2s<>c~ A 1enl o valor de 0,51 1no1- 1: 1 d1n>1i.
A cquaçào-liln ilc de 0\!b)'C·Hiickcl (3-2} aphca·S.: sou1ente a sol uçõ~ in rin~~
bases como l>Olu1u.., q urtn10 1uuis protogêniro for o solvente, mais facilntentc se
m:inifes larão us propdcd:i.dcs básicas do soluto. 1 an1c1u~ dih1ídas. DHlS d11rá bon5 resultado$, cont JloCquena porcentagem de erro,
para ,oJuçôcs de ele1rôll1os uni·uwvalet1tes de ooncen:nLção até 0.1 mol dm ~.
O CONCEITO DE ATIVIDADE Pum soluções Ulllb cont."t:nlrad.._s. ela d~\<C ser modificada.
Algu~ ":us. q.aando a concentração ~ ions numa. solução é baixa. coro
Jà "irnos. no C.ap. 2. que os ions cxis1cn1cs nunia solução d! um clctr61110 interações iônicas resultatucs 1ambé1n haix.as.,. os cocfteicnlcs de ati.-idadc dos
não podcrn ser constderndo,, coa10 dpêc:le. iso'o.das. Seu compôrtumcnlo no iom 1ê1n .,.a lurcs bem pr6~ i ntn5 ~ u n idade, e: as eonccn1raçôcs podem sc:r us.'1dJ$
Equilibrio~ i1'1nico• 37
O l:'Ílnbolo H~ rcprC$CDUl o próton h idnllndo. Como usamos iuividad cs relátivtis, Admhindo a sol\lção suric1cutcmcntc dilutda parn C()nl\idernr iguai:; a um a tt.li-
a oonslanlc e urna consu1ntc vcrdodc1nt. \'idade l'elath•a da água e 0$ co~ ficic uto~ de ati\'idddc du.s d ifcrenlt:$ espécies d e
Se a soluçfio íor dilufda. poderemos considerai' u u1ividt1de relaliva d~t :'1gu~t ions. a Eq. (3-10} se redu1. a
igual a tnn. e escrever ra11 •irow1
( O] k, :» K,. (J-11)
(3-7)
oode k& e K• são as constontes de dissoc1.1çlo cl U,ic;~1. e lcrinodinicnica., res-
K .. é cha1nad1 de: constuntc de di~soci.ac;!o 1crmodinàm1ca131 do ácido traia.se de pecth amente, da base n.
uma constante válida. pam soluQÕtS n~ quais a fração molar do solvente tem Essas constantes de dissociação de àcidos e bases sio ótei:s pari1 indiCát a
,·alQl'cs btm próximos de um. força de âados e bascJ. Qu~o to maior Q rorça de um ácido ou dt unn base, maior
A Eq. (J..7J pode ser escrita de outrn íorm:t: se.râ o grau de d;ssoaaç-Jo. e maior a constante de d issociação.
!\.a Tab. 10. apr-estnt•mos as const"ntes de d1ssoci~o dê alguns ácidos
fWlfA"Jxy,,.h •K ( 3-8) e bases em â,gua.
(HA] >u• •'
onde os termos entre çolchctcs reprncotam coneentra(&:s. Se a solução ror sufi-
cientemente d1lutda. os coclic:icntcs de ati,•idade Podem ser consideradas: iguais
Ãado K. &.. K,
a um. com um erro desprezível de modo que podemos dCr~v~r Act1ico 1.1s )( 10 Atr6nia 1.11 X 10-"
"foooc~oh1t-0 l.<-0 ~ 10 F.11bm na 4.66 X 10-•
[H•HA"l PtQpi6oico .J4 10-' 1,00 X 10-%
[HA) ""K, (3-9) X Otcub1nnu
1- ô:oi ~o 1.77 )( 10 • Tri,1ilarnin• 5.24 )( 10-"'
Betzóico 6.3 )( 10'". An:tnu >,& X 10 ••
Frcqücntorocnte o membro esquerdo dn Eq. (3·9) t con<i<l:raoo igu•I a t,.
chamada constante de dissociação clãssk:&. ~t.a não é verdadeiramente uma cons-
tante, pois varia levemente com a concentração. Se Jimitarntw noss~s con:>idcraçõcs Ê interes:sa.nte obscr,•11r como o sol\'cnle llÍCltt a força de um âctdo. 1\ cons-
a soluções diJufdas. µodcrcmos cmpl'CgAr a Eq. (.l-9) $eJ.\'! inlrt'>duzir errô~ ~precl.ê.\·cl~.
ta1t1e de dis~oci1t1.;ào do àc:l<lo bcnióioo em água é 6•.l x J o- 5 ~ num solvente
A constante de dissociação cJãssiea k. 6 id!n1lC1t Mconstanh:: da lci da dih•icào constituido de 20% de mclunol e S-0% de água. a constante scrã 1,9 x 10 -s.
de Ostwald [H.q. (2-1 1)) e. tendo-se cm vista as aproxintRçC5::1; feira1; para chegarmos Ácidos polibásicos terJ.o u1l\H coni-tt1n1.C de d issociação para cad3 es.tàgio
à Eq. (3-9), ê dig.no da not.t salientar a consu\noia!, d0$ di1dOS para o ác:l<lo ac:~tl co, da dissociação. o 1uesmo volcndo J)ftn1 bases poli8cidas. Por cxc1nplo, o ácido
na q uarla coluna da 'fab. 3. A oonstAncia da expl'essãô da lei eh• diluição ie um fosfórico se dissocia eJ.11 três ew.pus, 11.Lribuindo-sc :i cada etapa uma constante
tanto acidcutaJ. A medidn que n eoncenlraçfto 11umenla. os ooc:licicntcs de atividade, de dissociação:
que são orolhdos na Jci da díJuição, decrescem: Isso dnria vnlores de k decrcscen1cs
co n1 o aumento da co n c~n t raç!io, <.:ontudo os vulOM de«, q ue íonun u!iados pilra 1-1 3!'0 , + H 20;;::H,O' + N 2PO,j K,., • 7,1 1 X10- l,
c-J.lcular k~ foram obtidos a partir de m_ tdldns de Cl')lldutâncfo, c<un a suposição 11 2 PO, + 11 1 0~ 11 .,0' ·1- TIPO!- Kª' • 6,34 )( lo- a,
de q\1c as vclocidndcs dos ions não vnrlnm com n variação d e concen!rat;ão. J.f PO!- + H 1 0~H.lO+ + PO! .. K., 4,73 • 10" " .
Sabcrnos agora que isso n!lo é \1crdnde. e q ut as velocidud t!S dos íún~ d iminuem
c:om o aumcn10 da concco troçiio~ de modo <1ue os valores de oc empregado!! eram Vcrificarnos que C$lCS Ctl\• lUb :-1~ 1-nosnnm que 11.JPO, é um Acido c:.uja base
dcnlasiados pequenos. Es~ ínto cxpHea a omissão do.'! Cút:fil!.ientes de: a tividade; conjug.:t<l1t ê H2PO; ; quo HlPO; pode cocnpo rtur-sc conh') uJn i'.!.cido que dá
a con.stância de k deve-se. po1s. a dois erros que se cancelam mu tu~men! e. A1nbos origem \i base çonj ugada HPO! -, qu~ por sutt VcY,, podo <..'O lllpOrlar -sc çonlo
os crr05 são muito pcquenc;s ern soluções diluida.s. ác.id() e dnr o rigem õ bo.se conjuaada PO! .
Urna situação scrnclhante :.\ existente pnrn 6cidos é obser vada par» as bases. As cons ta n tes de tli~~ochtçllo de ilcidos e bases vatlnm coni '' Lernpcnuura.,
So uma ba'SC B íor djssolvid.1 cm àau:i. t3tnbel~e-sc: o sc:gui1\le equ illbril) : e si:us valores dc\•cm. por i:i.$0, $C! ocompanhndos sempre peht. indicação da tem-
B + H1 () ;;:OJIH• + HO". peratu ra para a q u.11 ~u v{1li<lus.
HF -HF ooH,F•+F- , mesmo so lv~ntc. devem apresencar UDlá razão in\>crsa um cru rclac;üo t'o oul ro
Q uanto fl'.13.b íorl.: o âcido, i.1to é. q uanto maior K., tanlo nlcnôf dcvcrà ~cr K~.
J-1' 1 0 - Ha.O ~H,O~ + O H-
isto é, t11n10 mJ.i~ (r;icn dc\·crá ser a base. conjugada. para verirJCar·'le 1.1 F.4. (~- 1 4).
Quando 1 aul()..Íoni-.1nçllo de um soh«!nte :n,·o h'c :r<Ln!tícrênc1a1. de um próton, Eslabclccid.1 C.'i:S.l equação, é cornum freqüenteroente x Í4U.;.r uso apena.<; das
t-o1no nCM Cll~ viuos., elot é c.h.am.tdá rrcqúentemente d= a11tnprtHtUI.''· Consi- constu:lld de disso..'i~u;!o dos ácidos. Podemos obter informaç6e.s sobfe a rorça
dcnuldo-sc um $-Ol\cnk gertérioo 1-lX.. -e.s:ses equilibrios podi:m su rtprcknte.dos p<>r da b.a.sc: rnec~iorundo " co:ist9nlc de: di:ssociaçio de seu 'cido conjugado.. desde
XH + XH ~ XH ; - x- . qçc scp conhttido o produto iônico ão solvente.
.4.pJicand ~ a ki do ..-q1,1ilibrio.
cooslantc ACIDEZ F. AJ.('AUNlOAOE DE SOLUÇÕES AQUOSAS
ª x tt l
CoJno u g.r1uJ de: ionirac;ào é peq ueno, potlcJn ui, coni-.idcr.;t: a 8tivuhldc Tclativa Numa ~n1os11·3 de àgua pura. os ions de hidrogÇnio e os lons de hidróxido
<lo solvi.:nh: 11lo-io11i1.1t<ll) i.:01no sc1ld.:> igual a uLn e c!.Crcv1.:r ~: forma1n a par1ir das moléculas de solvenle:
(,'l ilj Xª"- = K, , (.1- J2} u,o + H, O o=H,o • +Ho- .
onde K, é un1a consh\ntc conhecida co:no produto i6uic'O do solvente. Co1no a 1\ concen1raçllo dos ions hid rõnjo de\·e ser igual à conctnl r11çllo d os ions de
conccutcoçlio dos ions é muico baixa. suas atividades rcl;11 ivns siio (Nq•ien1c111cn1c: hidróxido• .: di7.·Se que a àgua l: neutra. Como [H ' ] • (OIT - ] 1 leremos, da
oonsidcradl\:t is,uni11 ;\s suns conocntraçÕC" e a F.c.J. (3- 12) pude :,cr cs<..TÍla bq. (3-13).
í XHi 1[x- 1= K,
No i.:abO p11rticutar do Sl)lvent.c âgua, o produto iônico ê repNSCntudo por K ....
de modo qu.., Porta nto. num:1 solu1,:i\o neutra a 2.S 4 C, a cooc.entração de íon) Uc hidrõnio Ç
(3-1Jl igual a 10 1 moldm - j. & ;i conccnt r:içào de ions de hldr6tuo for mu~or do q ue
10-':' moldm .!, 11 sot~o Sérâ âc-ida: s:: f()( menor q ue 10 1 moldm ' · nsiolução
onde H • sil:nboli1n o pr61on hidratado. s:rá alc:tlina. ·
O produ10 i6níco K,. íoi d:!e..-minado por 1ncdirl.--..... de condutincia rigor0$.l'- Cma C$cala priuca de acidez e alWittidadc é o btidoa por me.o da defio.ção
rcna.s cm á1un txtrem.:tmef!te pura (conhecida como ...àgu.1 de coOOuth·id.'ldc..). de pi 1: o pH é o lopntn'O dec1mal do lD\'eJ'SO da .tlivill.adc: do km d: hidrogênt0:
tendo-$ cocontmdo o valor de 10- 1• a 25 "'C
1
p H = l<>g - = - Ioga• •
RELAÇÃO llNTRP. AS FORÇAS DE .(CJDOS E BASES CO'IJUGADOS
Con11tdcre J 1n1craçâo de \!m ácido HA wn u1n ~hcnu: aníiprótico, tnl
"".
Na 111:.nori,1 (to~ casos. é suficienle considerar-l'.l~ a a 1i"1dadc do Wn de hidrog!nio
oonlo á.gua ccuuo .scn.do 1gu1\I .t ooncen1ração do ion de hidrogênio, e c:&ercvcr
llA + 11,o ~n,o· 1" - : (~· 15J
42 Ft1nd.1111tm•o11 de elc::troqu(mic.1 43
ª·-
..
.Dou- -- J<.
ncutrali.z.aolo continua kndo a reação entre quantidades equivalentes de ácido onde K• 6 chamada c<>nJUJnre dr hidról.ise do sal Considerando as atividades
e b<kSe. mas.. como vimos. os produtos serão a base conjuaada do Acido original rcla1i,·as idE.nuc:.\& âs concentrações, teremos
e o ãcido e<1n,tugado d a base original. por exemplo,
HCI + c11,coo- .. cH,COOU ~ CI
•1lll• 1 i.u:t 2 • rô.J." l "'º" l
44 f ul\d1mcf1 IOI de clclroquimi.c.i. 45
A oon111a ntc de: disscx.,iução do âcido o riginal é dr1d.1 por: Considem ndo·sc a reação genérica d.a h?drólise,
(H +)(A -) A + H,O;:HA - OH -,
K. • (HA) vcm0$ QUc (11A) - (OH-l de modo que a consranr< do hidrólise pode ser
e o produ10 ~nico da llgUJ ê escrita como
Kw = (H-) (OH-). K _ [OH ]',
Podcmm cntlo escrever • - (A-j
K. [H•J[oH-) (HA) St.- a hidrólise ror pouca (por cAc:mplo,. se Ka < 10-l). a conccntruçüo & ions
A n5o serà mui10 menor que a con~ntração do sal ~ solução Chamando a
K. - (H-) (A-]
co1tcen1raçfto do sal de e, tc:rt:mos
K .JK . - K, . (3 17) íA-1.,c,
A. contpartt'-1Ílc.> cn1rç a êq. (3-1 7) e ~-1 f.q. (3·141 que p()(lc M)'r c.scrila s.ob a (OH - J'
lorrna
K,.= '
e
0\1
KJK~ = Kb, (oH - ] J K,e.
mostta quo a constnnlt: de hidrólise K 1 do sal do àcido HA e: dtt hi.JC 8 e igual J{i vin101< que [1 1•] [ Oli -] = K ..,, de modo que:
à constante de djssociaç:lo da base conjugada do ãcido 11 A. A busc cortj ug.:uia
de HA é-. obvi11men1~. o ton !\ - . e. se considerarmos tstc cou10 base que TCJ1Se
com o solven1c para form.ar íons de hjdróxtdo teremos
A- + H,O;: HA + OH -. Além disso. K 4 • K ..JK . e. ponanto.
DeSS! reação. percebe-se que a constante de dissocia~.ão da bate A ~
K
_ (HA] (OH- ) (H '] = K.
J K ,ejK .
JK1•·
' - [A ] '
Tomand<>-se os loprnmos,
que é. de f.ilo. 1d!otic-.a. â constante de hidr6'ise do ~I.
log [ll "] =ttogK. + Jlog K. - !loac
Se considerarmos. por exemplo, o sal a<-"Ctatv de ~ooi~ t1,uc ê uu1 ~mi de ou,
ácido fraco e base forte. teremos. como reação de hidróli~, íJ· 20)
CH,coo- + H, O .:. CH,COOH + 0 11- . <..' onsidcrc a ~cg uir a hidrólise de um sal de ácido l'orh;: ~ base fraca. Ern
A consronre de hidrólise do aceta to de sódio ê dada por solução, lcrcn1u11 os ions do sa~ BH ... e A- . C-01no o b.cldo ona1nttl cn1 for1c.,
son1::ntc o ion Ol f' sofrerá hidrólise:
K = [CH,COOHl [<?H-J .
' [ CH3Coo-1
(3-18) BH- + H, O;: B + H,O•
O ácido océ1icn rc<1gc corn água para formar sua base conjugado. o ion de acetato: e rt con,..canle de hidrólise, K 11 , será dada por
c 11,COOT·T + 11,o ;:H,o· + C'H,coo-. [11'] [B]
K, = [BH+ f '
Como o ion de 3octato é uma base. ele pode reagir com o .taua:
CH, coo- + H, O ;: CH,COOH +OH-. A c:on,111ntc de dissoci.ação tla ~orig..nal. 8, é
, Es.sa rução é cxat:imeote idênúca à reação de hidrôltse, m.as poderá aiora ser LBH•] [oH - ]
[ B]
cncar.ula como a rc;ição <li: dissociação da base CH,coo-. que rcw romo K, •
CODSl3DtC de d1ssoci.açjo
Pod~mos. ponanto, CSCte\'Cf
K = [CH,COOH)[OH J. (3- 19) Kw [ H •](oH )[B] ( H 'l[B]
' [CH 3 COO ] K, [BH •] (OH- ( - [ DH ' ] '
As constnntcs d.as liqs. (3-J S) e {3-19) p<.>dcn1 ser charnadai índ11)1inttuncntc JC
de onde se conclui que
constanr~ de l1ldr6Use do acetato de sôdi<i ou de coti.s1a11tt! de dlt1.."-0Cl'If'io b-1islca
do 1011 de nce:ato. (3·21)
Fund11nu:rH01 de clctroqufluica E.qoiltbl'ioa i01~ic011 47
1
Novamen1c o lon BH ê o ãcido oonjugado da base n e . 1 reação de hidrólise d.:ve l:'lntbéin ser un\11 oon.st.uHe: el;a ê chamad~i constante du hidrólise do sal.
pode ser enear~dlt como a dissociação do ãcido BI l 1 • Se tonu1nno1i por exemplo, ,\ssim seJldo.
o Sttl cloreto de aniHnio. Cc.H)N"H 3 CL como um exentplo de. sal de um ácido fone:,
n q o de"""' base Íl'llça, C.H,l\H 2 • a constante K, d3 Eq (3·21) poder~ ser \3·23)
dtamnda i11dis11ntanlenlc de Wtl<tlante de hidrólise do clortto dt antlinlo. ou,
de·S1gnad1 K•• de tt>ft.Jtanl'-- dr. diJ..tociaçâq âl'i.da Jo k>n k anlllnlo. C.H,NH;. K ê .J constante de dissociação da base A - . QUc: cs1à rc!acionacb a K 11 • conslánte
N• r03ÇJO de hidrólise, podemos ,..,, que [81 = rn-i de modo que. COllS• de dissocí"çlo de ""' àado conjugado HA. através da Eq (3·14):
lante de h1dróliJC pode: sçr CKrita na forma
K , = K .JK=.
[H+]' Também KJ, eons1ar.1t ~ dis$ociaçào do ácido BH,., rclaC'lonn"'diC 3 conslantc
1( - - - ·
' - (BH • ] de disroc-açUo da ba5c conjug<tda .B, K~,
·se o~otrer 1·cduiidu proporcão de hi<lróli:sc (K,. < 10 '" 1 ). a coneentruçio Jos K, = K.JK, .
ions de 811 1 nAo s.etA muito 1ne11or que a conccnlraçiio dos lons do sal,~, chd· Portan10
m:ando esta de e. teren1os
. [H • J'
K,, = - - ·
e (3·24)
Oll
[tt •J = ,/ K,c. O c.l\lculo do pH de um sal de ácido fraoo e base fraca é mais cotnpJicndo.
Sabemos. da Eq. (3·21~ que Ki. - K.lK.., e; pôrl~nto. terernos mas., se in1roduz1rmo& ala,uma11 simplificações, po-dercmos chegar a vnk>rcs apro-
Airn~do~ corn ccrla lacihtlatlc. Suponha que seja e a c:onocnlração 00 bll~ e t.tuc
íKc
(H •J = , / -"-·
o ácido e a bJSC oria.inais tinham forçus si:mclhan1c1. NçS:Cc caso p:arliculwr, as
V K, du.. rc•ções ele hrdrólísc ocorrem paralelas, numa mesma propo~o. de modo
C\"" podemos db~ que (HA]"' [B]. Além disso, Se ocorrer pouca hidrólise
Escre\·c::ndo sob " forma l-0gari1mica esta Ulnma expressão. (K. < 10 ,,. o concentração dos ioos BH• e a conoe.nu·ação dos fom A- não
ou
101 (H'] = !Jog K. - l!og K , - jl<>g<, serão muno menores que a concentração 00 sal Estabelecemos ::lJSam uma sc1u.nda
aproximoçlo: [BW] •[A-] = e. A coostante de hidrólise
(3-22)
No C3SO de um s.il de icido e base fracos. ambas 11s reac;ôc:s de h1drúl·"C. ocorr~rão (HA)[D]
K, = (BH- J[A-]
A - + H, O "'° HA + OH -, poderá ser escrito
BH +- + HiO~B + H 3 0 ...
Considerando-se uni1{tria a a tividade da ilgua, a.-. constan tes cLo cquilibrio K 1 e de onde
Ki, parn a pritncirn e segunda 1·eaçõeS) respcctiv:uncntc, :J:o dadas por
. ,.- rK
K • [ HAJ fOtr)
e K 2 • (ll] (H '].
[HAJ = c.j K ,, = c.y K,K.. (3-25)
' (A - J ( llH ' J A con:.ta.n11: d e Ui5.!lociuçã o <lo ât.ido original, K,. . ê
Quundo ~01n11nos HS du,ts reações. para representai' a hidróJise to111.J que se \'eTi·
fica. teremos
/l.,. + Rl l 4 + 2H 2 0 ~ H30 4
+ OH - + T-fA i B,
!;!, port&DIO,
e 3 cons1an1c de cquilibrK> dessa rca.çâo scrit
( li ](OH ] (HA] (B]
K1 K1
lA -] [llH+J Recordando que [A - j = e. teremos
ou
K . (HA](B] = K K (HA] = (Wl ~
• (A-J[BH'] 1
' K.
Como K , , KJ e K,. d.o constante. a expressão e, substituindo nn l!q. (3~25J.
~
(HA) [ B]
e / K.
[A-](BH +] (H '] - = t - -
K. \J K. K,
48 49
seu~ .,;.tis. os ion-~ de hidrog!nio strã~ removidos por uma cotnbin:1çilo direta com outra for rna
a b;1sc 11 ..·rc. com rorm.ição de saJ,
(J.29)
11 3 0' +8 - BH + + H 20
Os ions de h1dr6>.ido Jo r~movidos por uma combin.a.çiio com o càuon do sal. ()c,·ido .as aprO.\tm.tç6es que foram feitas na der-ivação das equ:içõ:s de Hcnder.30n
form~1ncto« 11 base nJ.()-io'nir.1da.. [(3-2n (3·28) e (3·29Jj. estas •presentam resultados sausfat6noo apenas no inter·
OH- + BH - - B + 11 1 0 . 'ª'° de pH de 4 a 10 Como a moior parte das aplicações prAticM de <0luç&s.
Considc.:N um.1 solução~tampio rorooada por 0111 âc:do fr.ico e um de st:us ·làtn1>ão ca.:m nc:1sc intcr'\'alo. essas equações são adcquadai. à m~ior pai li: dos
casos. Para sotuçõe:s•tttmpfto eficientes em pH < 4 ou > 10 dc,•cm Je.r us.'ldas
~aitt A con5tnnte de dissociação do ácido é dada por:
equações bem 1n11is complicadas.
A c~1pac1dadc lt11uponante de uma solução pode ser c ncarud11 COltlO sendo
a quantidade de {tcido ou átcali q ue ela pode absorver sc111 sofrei· ul1ernç.ão de
5-0 Fundanicntos de cknoqubnica 51
pH. Vcrifi1.:1.1·Sl: que os soluçôes· ta1n1,i\ô aprcson1nn1 su1\ maior c.t1pacidadc ou Paro que u1n<• substSncin poi;so ser urn IX>nl i11dicndo1. a co11cco1r.-içHo de
cflciêoci~aqu.audo 11 relação [saJJl[Acido] ou a ruloçAo LsalJ/(base] forc:1n iguais H(n 2 dc\'c; ser 1nulto pequcnn. cornp,1rudu co1u a de Hl n1, Dessa 1tl.:.\ncin1, a cor
a um. /\ mt!dida tt_uc essas d un!I 1·clnçõcs 5c: ofasltHn da unidade, n capacidade de urna so1ui;ào dlcalina dcvç·ttc quosc cxclus.ivamcn1~ nos ion.11 lní. formados
dimlnuL \'erificou ....~c. tilé:ro dÍ $$0. que un1 efeito tumponantc s:itisfatório só pode t m qunlquc:r proporção somente cn1 soluçô<:s alcnlitt~,,_ A1ém dis'iO. n cor em ineio
§Cr obtido quando e.ssas rc:laÇÕ<:lt t.c snuaro entrt 10 e 1/ 10. Assim sendo, o 1nter- ácido, devida a HJnl• não scri tu.1iearad.-i. pela cor de solui;t'lo nlcaliüa, de\·ida a
\•alo útil para eolprego d: ~o lu çõc~·lampUo snun·k entre Hin2. ta.utomério 1ambi:rr1 rorm.ido en1 mtlo ftcido.
A eonstant.: de cquillbt io para o equil!brio 1nu 1on1~rico será
pH = PK. ± 1, Ta bela l l. Solui:üc:.-11;n1p.10 e ~u' irt!~~'·;i los de emprego
• 2S'C K •(Hln,) _
ou
(Hln 1J
p0H pK• ± 1. É P'o--rrnilido, nesse caso. o cm('lrc:go de c:onoentra.çõts. já q11c a (C')nccn1ração do
Ácido a~1iC'o: t110tuuo dt '6dio J,1-5-.6
indicador na solução é qua!I<: sempre mu.to pequena, e a.<t atividades relalivas
.-·os1a10 di1cido de poti~w; roa.bto
"'ooo.k:do d: M>dk) S>S.O
pOO.em ser considerada~ idênlicu às conttn trlÇÕC~ Cucno já fo1 rnenc1onado. a
Ácklo bónt~. bóm S,7-9,2 consta::ne K de~ SCI" muito pequena pam que a substAnc:&. funcione como bom
~~~~~~~~.::.:.....:.::
indicador e dê um final de titulacão nludo
Alguns exemplos de soluc,.-õcs-1ampilo e seus intervnlos de tmprrgo ent.-ontr.so-sc ;\ constante de: cqu.ilibrio para a ionização scrl
na Tab. 11. K' = (W] [ ln, J
TEORIA DOS INDJCAOORF$ ÁCIOO·BAS!õ (llln1J
e
Indicadora para 1ilulações: àcKl<>-baSCI do in ..·ari11vclmcntc âCidos orgânicos KK' - ( Hln,) (H J [la, J • [H • 1(rn;J = K ' (3·30)
ftacos ou ha&ã orgânicas fraus. cuja rorma nlto-1oni1a<b cxitte wualm:n1: sob [ Hln1) LH1n 1 J [Hln.J '
duas forma... tau1omértcM cm cqu1librio. U essas duu fo rmas tautomêricJ..~ apenas
uma sorte jonUaçãu cm grau :iprcciávcl. Os dois lau1omér1os a ptdéDtKlll cores onde Ki é conhecida oomo '""sia.nl« do indicador.
diferentes: .t COI' do ion for1ru1<la pela ioniuçio de um dos 13Utomêrios é 11 mc:ii.Lna En1 $oluçdu. a. ~1lvc:nt 1:.iç5o de Hln 2 scr.i ôcsp rezh·e~ e tt quuntidade 101àl
da cor do tau to~rio que lhe deu oris,cm. de indicador na rorma de cor B pode ser considerada como s.cndo ig,ual i! con~
Considerando-se um indicJ.dor de car{u.cr ãc1do e chamando--se o mesmo centração dos ions ln 2 • A quaolidade lOU\ I de indiç"dor na forma d~ cor A se.rã
de Hln. onde h1 representa o parte or,sãnicrt UM. 1nolêcula, p(lderemos escre\'l!J' igual .i concentraçiio ® Hf11 1. 'PorlsnlO. Se x fnr tt íração do indicador que cs1á
os cquili brios. conforme sc1ue: na forma correspond~n 1 c â c:or 1tlc(llin11 (8. nesse caso). fer-emos
H ln
_,...,
1 ...... Hln: ; H "' +ln;. xoc[1n;J e (1 - x)oc l_Hln,).
º ' ... tw•" Substiwindo no Eq. (3·30),
onde os iudioes l e 2 represcncan1 ns duas ro1·mM uu1tOn1t:ros da p&rlt orgânic;i
dfl molêculn. l\umn sohiçtto àcida, existe a:rnnde conce1u raçào de ions de h idro~ X [ H +J,
K 1 •!"; (3-3 1)
gêni.o, o que dci;l<JCArft o cquillbrio poro n csquc1·da. ,\ cor A é, portan10. a cor
dcl)Sc;. in<lic;,uJor c;rn rncio âcido. F.rn 'oluçito :ilcalinl\, os ions d~ hidrogênio pro~ P,,':;Sa cttuacão é conhecida cotno 1?t/11nçào rio huUcnrl'1r.
duzid(Y... pelo indic;idor serão con1tu rn i 1lo~ por um:l cc.\mbinação com os ions de Cousiderando-~c um u1dlc3dor de cnr{llcr de base fraca, e chamando esse
hidróxido, e o equillbrio precedc::nte se dc~l ôCM rb bnSh1 nlç para a dirci1a. A cor B indicador de 1u0H, os C(tuilibrio3 podi.:rilo s.:r csi:iitos
serâ ~-..cor desse h1djcador CJ.l'I uma sotucno lllcalina.. A fcnolítnleinn p<'lde servir c<'l mn
ln 1 0H ~ ln 2 0 H ~ ln ! +O H - ,
om exempJo desse tipo de indic.1dor: os equlllbri<>& St:rllo, 11esse caso, espedficos: _,...,
o o "''A
Q9 Q9 Q9
onde os índices 1 e 2 nov,Hncnte representam ns duns rormas taotoméricn:;. da
parte orgllnica d<t r.1<>lécula. Em soli..1cões àcidas. o ians de hidrog.C:nio presentes
cm grande nUrncro se cornbin.ar!lo com os lons de hidróxido rorrua<los pela
ionização do indicador: o cquillbrio nntcrior cscnrà desloc:1do rortemcn le para
e--o .. e .. w+ e a dlrejt3 O indic.1dor crn meio 6e1do nprcscot.ar8. portanto, u cor 8, Em soloção
(r-o ÓCOOH ócoo- ak:abna. o indicador teria a c:or A. como concluircm{)\ llf>Ôli consJd~rações anàlogas.
A constarllc de equillbrio pam o cqu11ibrio tautomérioo serâ:
K [ln,OH)
• [ln, OH I '
lnCX>lor
52 (i"untla1nc11tos de ckc:roquhuka t.qui.Ubrios ión icos 53
,tambên1 aquL se a subs1ã1tc1a deve fonc1onnr corno bom indicador. o valor <lc S....: 9<>,.; do i 11dicadol' es11\•e1· na fo1·rna de oor a lcahna. x llM- 0,09, e lcrcLnos
K dev~ ser pequeno. A cons1nnlc de cquiJlbrio da ion1.z.açào scrâ dada por
[·li +J •0,9
-1 K 1C11 l OKI
K' - r1nn [OH "l
[In,011)
o.w
e O'J, na íorma log.nitn11ea.
KK' • Li n,OHJ Linj J LOH"). [ln;J[OH"J. (3-32) los fH') - log 10 1 IOQ K,
Lln 1 0H) [ In,OH) [ In10H) e
pll • pK 1 - I. (3-35)
Sttbc-si: que
K. [W) [011 ') f.ssa c:qu11ç.'io nos dà o pH mais b1uxo nn qual o olho hun1ano pode dc1etar úJlU
~daí, que m~1m.nça de cor do i:ld1r-ador cm quetllo.
[011 ) • K..J(H ). Analugi1n1cntc,. se considerarmos o 1nd1cudor em solução alcalina e gradà-
Subs:tiluindo na l!q. (3-32) dvanler.lc diininuirmOi o pH, o olho hu.m1.no $6 detetará uma mudançtt de cor
quando 9~0 do inditldor se ena•nlmr m formu de cor áada. ou s.::ja. quando
[ln;JK~
KK' x = 0.91. Substit.Jindo D3 eqcl(ilo Jo indicudo1.
fln 1 0Hl[H")
K. K.[ln 1011)[H ' ) [ln 10H)[H•j +IO.<:H
- - K,- IK ,
(J.33) lH (),91 10
KTC - (ln;JK. • [lo;) = K,.
ou. 03 rorm;1 log.urilmtca.
onde K, é a cons1a1ut do indM:ador.
J:m solução., a concentra~o de ln 101f seri dc~prc1.í~e~ e a quanlidade total l<>K [li') • 1010,1 - k:~ K,
de indicador na (ocma da cor B podtrl ser consid-=rudu iMWll à l."Ont.'t:n lraçâo de pH - pK, + I, (J.36)
icm In;i° ; ao pa!so que a quantido.de de indicador presente na rormu de cor A
será igual i! oonccntração de ln,OH. Sendo X o. Crc.çJo do indicad0t prescnk na Ess."l cqu.ição nos dá o pt-1 m~1i3 ateo DO <tua1 o olho podie detetar um.:t vnriaç.::io
forma da cor alcnlint'I (cor A, ne111sc Cl'"o). poderemos escrc\-et de cor no indtcador A fah.n de ...·alores de pH no qual o indicador 1nuda di:= cor
é, apro~imadumentc. 2 11niJ,1dtS de pH· do p1"1 • pK, 1 até u pH = pK 1 + 1.
xoc(ln ,OHl e (l - x1~(ln;J. i;~ fa.xa ck: vilorc, dt: pt-1 é cht1mítda jüi\U '"' l•in1g~1n (ou inter,•alQ de viragem)
Subslituindo na Eq (3·33~ do indicad o !' (do lDg.lês wnrkt11g range).
A e~lensão d e;,i"a fn ixa dt virna:1n Vl\riu Jc indicador para indicador, pois
(3-34)
0 olho cem sensibilidade difertnte parn dircl'c:ntes cores. A$ posicôes das fa~as
re'lul lado idên1ico da F.q. (3·:l lJ r~1 r11. indiwlo rc:I\ âcido~. f)çvc-~c a i n~1 lcmh1ar
de viragem dos ind icitdôrcs 1u. csco ln dn pH ''a.1·u1.ut 1,gu:•lmenlc: d.e pendendo
elo vnlor da cons1nnte <li) i11dlcndor. coníor1ne mostraru U8 f,q s. (3~35) e {3-36).
tJ.UC, cu\ atnht',s Os ca.sos. x é a fr~1 t;â~> Jc indh.:udor presente ria íorcna <la cor alcalin a.
A T ;ib. 12 aprcscnh1 n"' ftlixas 00 v1rugc1n de alguns indkadores mais ço1n 111ut
Ao dc:rivnr 11 equação do indicador, vin'los que e:\isle u1na condição q ue deve
ser saLisfeitu para qui.: fl subs1nncia 1\lue como bon\ indic.a<lor. 11 constante de
t:ll Uilíbrio tautomêdoo dcPtt str pt:qucna. Alé1n d isso1 o t:quillbl'io dt:Yt: t:Stabt:-
Jecer....~e rapida 1nente, e a cor deve ser nfetndn apenas por ions de h id1·ogênio e Jndtc-u.dor F 11ix11. de \'ltl.\41c1t' pK1
não por sais 11cu1ros A1ul <.!e bru111ofcno1 2.S-4.6 4,0
1 V('1'fl-O dé h ronH~f\:lln! i,R.5,4 4 ,7
A FAIXA DB VIRAGEM DOS INDIC /\DO RES v ~rmcl hode 1ne1il.i •.2-6.3 s.1
Considere u1n indicador nu1nn solu.,:ilo íu.:ida o suficienCc panj pratü.:an1c:nte Alui <.,e bromo! imr>I
\'~rmelho do fe nol
6.0·i,6
6,K•t-.,.C
'·º
1.9
Lodo o indicador Cl!ilar nn for nm oorrcspondenle â co1· ácidu.. Atuncntaodo-se 8,\. 10,0
g,radua lmc:-ntc: "alcalinidndc d:1 i!Olu~~lio~ au0ll!J\lu r6 iguuln1cnte a frãção do iod i-
fencl/111lcÍIH1.
~.·
(St'guudo A 1. V<'lf\!I, ()r;t1••t1fr1/"'t' l mll(/11n.'r A1u1/,..,fa, 2.• ~~d..
CHdor na fornla corn:spondenh: à cor .1lc.ilin41., D.:scobriu-sc que. t:m mêdia., o olho
Lo:!dres, Longmnns Grecn. 1 9~ 1)
humano não pode delelar a l ~uma \'ariaçlo da cor do u1dicnda1· lotalmente áctdo
antes que ~lo menos 9 "/,, dest~ tcnh3 passado para ~ forma de cor alcalina. Há.
portanto, um3 conce1Hroiçlo c11t1cu de 1ons de h1drogên.o na qual o o lho deteia O USO DE I NDIC/\DORBS !>\.! 1TI Ul.A(,'01:.S ÁCIDO-BASE
i:. primeira mudança de cor. Essa Mnoen1raçAo pode ser calculada atra\'ês da
t\ oor de um indicador mud.a. como jfJ d18Scmos. nu1n 111tervak> de 2 unidades
.:quaÇào do indicador (3-34)
de pH. Se o pH de ufl'l3 0 lução c.'Onlendo um indador \iàriar apenas gra.dualmeo1e
1-< no inlcr.·slo ou faiu d: , ·iragc:m. então a rcs:ul1anh:: variação de oor tainbém será
[11•)•-K,
X gradual. Se. ron1LK10, o pll mudar rnpid.lmtnle, .a. mudança de cor strá bem nilida
54 Jtunda1nc11los de elcooquíinica f:quil ibriu~ iõnicw 55
e constituirã \lllla boa n111ncil'a de observj1r o fin.,11 de uma 1i1ulaçào àcido· base. Considere a cur,•n de 1iiulaçAo de un1 iietdo forte con1 Ullla base forle. Nu
Ê óbvio. por1an10, que o \'Clocidade d..: vnriaçAo de pH durante uintl lilukição. região próxima ao ponto de eq uiv:~Jênc.ia, o pH varia. r:.pillamenlc cotn adição
pa rliculanncn1c nas imcdiaçõC$ do ponto de equivalência. ê dt~ n1âxfrna it'npor- de álcalL O~pois de acrcscenlllT 24,95 c nl ) do itlc,t li, o pH é cerca <k 4,00. Cont
1âncin p.i1ra " cxt1!idão da 1ilulaçi'l'o , adiçi1o de 25.05 cm3 de i\lc111i, o rH p!Lkllft a 10.00. l!s..'la ~ uma variação de seis
Ka Fig. 12(a) e (bJ es1ão reprcitt:r1od"~ 1rafica1ncnto cur\'as de neulrali:ta.çào unidades de rH para dti:tl\ s,0111" de Li1ulan1e. Pnra uma titulação desse cipo. pode·
de ãcidos monobAsicos rorlci. íracOJ e 1nu110 fracos. com bases monoácidJ.S. Elas damos escolher qua lqucr indicudor c:Onl ra.1M de viragem cnlre pH 4 e pH 10.
correspondem à neulrJlitr1cão de 25 crn> de soluoôcs ácidas de conrenlr':ição Duas gotas de 1hulan1c: no finaJ da Opcroçlo lcv11r!io o pH da solução a valores
0,1 mold1n ·,, com soluções alcalin~ 0.1 mol dm - >. alêm da faixa de vhagcm do indicador. o que co1responderá à variação de sua cor
A CUC\'3. de titulação de um iu:ido force com base forlc é calcutada de modo da fonna 100% àclda ã cor da forma 1OOY. a.te.a toa. Rcahne-ntç. uma gobl de titu-
h~lantc simples. Como o sal íorm:.do n.30 se hidroli$a. o pH do ponto <le cquiva- lante ahcr3 o pH em três unid1J.des. o que torna posslvcl ti;ular« um ã.cido fotte
li?ncia (udição J:c 2.S cm> de ilcah) ~ri 1.1ua.I a i. e o pll nos outros. pontw é com uma base forlc c.'()m erro de uma aota.
calcult!do a partir do C:.).CC:M-0 de lictdo ou base pl\.-"ientcs em cada caso. Por exempl~ N3 titulaçãu de um Acido fraco (K. • 10- 9) com ui:na base k>rl~ o ramo
após adição & 22 cm> de à1cali. hi um cx~'O de 3 cml de áctdo de concentração vcnical d.1 C\lf'\11 de neu1rali:r.ação é muuo mais curto cobrindo UrD..1. faixa de valores
O,! mol dm l. ti.um \<Olume IOtd de 47 cm> . A onna:n1ração do <\ado será. por· de pH de apcn.. dua< unidadeJ, d<sde pH 7.8 a pH 10,0; o pH do ponto de
tanto. (0,1 x 3/47) 0.0064 moldm ' Como o âc::Kloé forte e. a...\Sim. compferamente cqui,al!ncia ê igoaJ a 8.SS de'vido 3 hidróhsc do sal Íõnnado. P<lra obter um final
dissociado. a conmnrnção de !ons dt hidro~nio 0;1 soluçàu lambón ~ 0,0064 nítido l'1CSSa 1irutaÇ'ào., dc,,·cmos escolher um indicador com fa.J..u d.e Vlr.lgoD.
mol dm-'. ou M x 10-• mol dm -•; o pH calculado s<rà 2.19. entre 7.8 e 10. Fcnolfi•lcina scrà um indicador adequado. desde quo a solução
)rlo caso de um ácido Ír3CO ou mu110 fraco Ululado com u.ma ba.sr: forte. o oio tenha dióxido ele carbono cm demasw (íenolfi•lel.oa Dio dá bom Il:•ultados
pll do ponto de cquivalêllci;1 <cri calculado atra•"<> da Eq. (3·20~ que dá o pll neua• oondiçõei~
de uma solução de um !lll de à<ido íraoo e ba"' forte. No lado alcalino em relação. Na tilulação de um ácido muno fraco (K. • 10- 1) com uma ba~ forte; o
ao ponto de- equ1val~ncia. o. cur\U serà id!ndca i. do c:uso an1erior, pois o c,11;cxsso pH do ponto de equiv•lência é 10.3S e o pH da soluçlo no redor do ponto de
de base é ior1~. Do lado Acido. a soluçllo é uma mistura. de àcido fraco e um ck equivalência varia apenP.s lentamente. Podemos .,.cr. cb Flg. 12(a). que. pam uma
seu<1 "ªi$. COD!ti1u1ndo uma solu('ão-tamplo. cujo pi l pode ser i.."11.lculac.Jo aplieando variação de dua' unidades de pH' ao redor do ponto de:: e:quiva.lêocia (por exemplo.
ó cquaçio de Henderson (3·27) de 9,35 até 1L,3S), o volume de ál<.:~,u t1.dicio:t.i.do "'ªj de 23.8 a 26. l c:m 3 • PCJr isSQ,
Analog;:1mcnu.; na titulaçJo de um Ílt'ldo forte com uma base fraca ou muito mesmo que: pud6'$c;.m0l f;$COlher um lndlcador com íaixa de ,,.iragcm CQbrindo
rr~c:a. o pH do ponto de cquivalênci:t pode ser calcul:.ldo atravês da Eq. (3·22) e o pon10 de equival~r.cia. sua cor variarb aradualmcntc durante a adição de 2,3
a CUPla dit r:1rh: alcalina Cn'l rclaçao tlO ron10 (iç <:quivafênc·a é Ctl}CUkld3 apli- cml de litulllnle. Fica, assim, claro que nilo 6 possivcl titular-~ ~ati~íaloriamente
candO-Sc a c<1u::ição <lo Hcndcrson (~·29), wn àcido muilo frnco, mesmo com uma base rortc.
As cur,•u..~ dl Pij:;. 12 fonun calculadu.íl paru soluções de conccnlraç~o 0,1
in0Jd1u -:.i, uma coneen1rac;ão muito comum cm titulaçõt::s àcldo-base; de,•e se
12 aase 1orte
frisar que a conce1nraçõo dos reagentes i11tlui lige1r1u11enle no aspeclo das curvas.
12
10
---10.35
s- (K , \O·'>
- - - 8, 8! 7,00
s
·- - - 1,00
'á 6-
5,15
3,65
_t.cidO 1ort•
2 24 ?5 26 27 28
0
22 ~. is h 21 21 Volume de base adicionado/cm 3
Volume da base adie on1do/cm'
(•) (b)
56 57
Quündo tituh1mos um ácido forte com t1ma ba&; fr.i.c-.i (K" • 10-~,. o pH OU .-
d o ponto d.: equivalência será de S,J 5 e o pH da soJução varM. rnp1dnmen!é nra3 c \!.o\ = .J Ki.
proxi1nidack.it do ponto de equivalé:ncia: de 4.1 a 6.3. ll J>0S5ivel obc:er·se um fin.al A solubJlida.dc do ~I f., portnnto_ dada pela rai-i quadrada do produ10 de solubr·
de titulação n1tklo us.andô-k indit.-adord: CQmO \o'Citnclho de mclil4\. que tem íaiu hdade. Oe\ocmos 1cr muito cuidado no ap1icsr cs..ie principio. Ele K lxtsr101 na
de vua.gcm dentro dcS~S limites. · supostÇ'do de que o sal esú completamente dis:sociado na &011.M,ilo. Se l>I: ioM >..f•
Com um ácklo í&rle e urm bue muita fraca (K., = 10.. 1 ). n!o h4 mudo.nç:.t ma:s s.: associarem com OI tons A... tles formam como que molkulas r.ào-ionimdM
ou meooi accatuocb de p1i e não é posshd e.\:ecu:ar·SC uma: titubeio sat~fatória. de \1A na soluç.ão. e a solubilidade verdadeira do sal ser.\ mat0r do que a dad11
Se 111ularmos um ácido fraoo (K. = 10-sJ com uma b.atc fraca de K 6 10- ~, pe&o p rodutc- de J.('lluhilid.adc.
a Eq. {3-26) mOill'll que o pH do ponlo de cqui»alênria deve ser 7 A curva de Prcc1samm t11<'1'3 ~xaminar o efeito de e1etr61itm adicionados a uma M>lução
neuLrn1izBçiO dcslilC caso é obtida faz.cndo..sc a curva do àcido fraco da fig. t2(a) sa1urada de um sal MA. pouco sohivei em contato com 1''1A sóhdo. Suponha,
enconLrar.i.c com B cur\•a da base fraca da .Fig. l2(bl, o que se dará em pll 7. No num prirnciro cAemplo, que adicionamos à solução um eletrólito que não co111ém
<liag_rama, (t!I tinhlUI pontilhadas indicam essa situação. Tambêl11 aqui não ocorre nem M' nc1n A- , Um clctróhto desse tipo é chamado muitas vezes de elettôlito
vuriuçõo il<:enhHtda de pH, é um.a titulação salisí1ttôria. e iinpoi_..~ívcl. indiferente, cm rcluç~o a lvf A. O efeito da adjção desse sal scr!t um aumento nil
fort,'.H ii)niu. <l.11 Mllucllo. Esh! ô(.'3:-.ionurá um d ecréscimo nos eoeíicientts de 1\th•i·
P RODUTOS OE SOLUBI LIDADE E SOLUBILIDADES dad1: iônica, J'M· .: ""· e, pur~ que a Eq. (3-38) pcnnancç:-1 válida, as conccnlraçõcs
Qu ~1n tlo unlll soluçi!.o Sllluru<la <le un~ clctrúlito c1Uit. çm. conlnto com o '\olu to dos ío 1is M • e A- dc:o,·c:dlo au1nentar. A adição de utn elelrólilo indiícrcn1c nun\cn-
sólid~ cxi~lt: un1 equilíbrio érHrç os 1ons na solução e oo ~ólido. No e.aso de um tarâ inic1:iln-1cn1c a solubilidade do sal, i\-1A. Sabemos. oonludo, quo {1 1ncdid>)
eletrólito uni.univalent~~ esse equilibcio po<le sei· represe111odo por qoc a força lOnic:t oumcnta, os coeficientes de alivido.de iônica decrosce.iu a urn
minimci pnril, cm , cguid:i, a umeorarem novamente. Chegnremos en1ao, com uma
MA(s) ;;t M' + A -
conccnlração muito altn d(: clc1rólito indif~rcote, o u m pon to 8l"n que ft '°LubiH·
e a <:onstantc de equ1libno. KJ, é da.da por da<k pode duninuir. Conlu<lo. na n1aior ia µos C3$0!I pr.ltic~ e~ estágio não
K =a,.. · 011..-. e a.ting,do.
. ª~·'
Como d1.ss.cm011. a atividade relati\'a de utn Uqutdo puro ~ un11àna
D4l mesma
Qu.a.ndo o clttrólito ad!ctonado tem um ion comum ao 4':ftl. MA, a shuação
é ditcreJ>tt Sup00!'.a Que o e!elrólito adicionado contenha o ion A - . À mcdKl.'t
maneira, a alivicbdc relativa de mn sólido puro é 1omada como unitária. e a que aumenta a força iõnica d3. solução. o termo dos coeítclcntcs de auvkhade da
expres...<tlo anterior se 1ransrorma c::m Eq ()-3Si úw- · '·' ~ d1minuL Entretanto esse decmcamo ,.,u compensado
K , =a.,. ·a 4 •• (3- 37) pck> aumcn10 cio ll!rmo e"' • devido aos. íons A - adteionados. Assim stndo, para
que a equação con1inue \•ãlida. o termo e,.. dC\'C diroinuir. o que se reflete na
.;,,. constante K, é conhecida como produro. M solitbilidade diminuicâr> da !llOlubílid~dc do sal. MA Esse cfc.ito C chamado muitas Yei.es de
A Bc.{. (3-37> ~ignifica que o produto das ativtdadcs rel.-.ovt\s dos lons J\·f+
"'efeito <lo ion co1num".
e A - crn u1n.1 solução S11t1,1nu:l:t de MA deve ser consl~tnlc p~-1m um:t dada tcmpc-
De,·cmt.>s lc1nbr"r que. c.:01n oonccnlrac;õcs rnuito clcva<la~ <lo clclrólilo :ldicio·
ralurJ&. &.:se prlnclpio é vâJido q uer os lon..~ provcnhaln cxc1ush·:imcn1c <Üt subs-
nado. o termo {Yt.1· · y4 -) au111entnrá, favorecendo o uunlcnlo •prc,;cnuu.lo pelo
tância ~1A, quer ho.jft co11tribuição a suas atividades rela livas por outros eletrólitos
termo e,. ... Em con1>eqüô11cia, será n1nis acenluada u diminuiçllô de "M- • Q ~1
presentes un solução.
solubihdl\dc do sal. !\'l 1\. rvtas. na maioria dos CHS-O.~ do intc1·cR!le 1:>rático. não
A Eq (3-31) pode ser escrita em termos de concentrnções e oocfícient~s âe
a lcançamos cs.so situação.
tltividnde. Aléru da influência dos fato res discutidos sobre a Eq. (3-38).. hà outro e f.::ito
K, = {e,,.· e. ) x (y.,, · y. ). (3·38)
c1uc pode infl uenci:lr o so lubil ida~ do sal, ~(;\. Se q ualq t1er dos lons ndicionad os
O principio do produ1<> de solubilidade, expresso pdM Eqs. (J-37) e {3-38) aplica-se pode rorn1ar um comple~o com os íons M+ ou A - , tçrcmos como resultado um
u quw.lquer solução S11lur~Ja, nla...:O tc:rn importíin(.;a prálica 1:1.pcn1• n~ casos d:: aumento d..1 solubilidade. Por e:Aemplo. ~ for cloreto de prata o 531 cm questão,
sais põU()() SOIÍl\'tl!. o cquilíbr-ic>. r.a uu~ncill de outrOD> sais adicionado~ M:'!"Í.
Considett uma 1<>lnção murada de um sal pouco solúvel MA, em àgua, AgC~s)-" Ag ' + CJ
csia.odo a solU(.ão cm contato com o soluto sólido puro Como o sal ê pouco
Se ;1dicton.:armos lons ciane10 à soh.J('ão,, verificaremos que 0tt. ions de eia.neto
solü\-cl. n solução scri extrema.mente diluída. e os cocficicotcs de auvidadc podem
reagem com os k>ns de: Ag •. íormando iot:S de ar~ntocãancto:
:r.cT con,.idcmdo.. unitários. condiçôcs, ~ Eq (3-38) rcdU7·~ simpksmcnic a
'Nessas
Ag- + 2CN- - Ag(OIJ;
(3-39)
tssa reação pe1tu1b.t o primeiro equilibrio, pro... ocando a J:1uoluc;lo de inaiur
Se o sal, na soluç.lo. estiver compleuuncnfe disliQciado. e,.. • f"11..· •Cu"' unde quantidade d( c&ore10 dt prata. A complexação le"-a a u1n aumento da solubilid:-.dc,
cMA é a concc.ntraç.lo do sal na solução s.atun1da. A Eq. (3·39> pode então Sér q uer o c1cl1'ól110 adicionado tenha ou não um lon co1num. Os efeitos da oom-
escrita plcxaçào podcn1 sei' observados com concentraol)es moderada~ infl.!rior...:s às
ncccssftrins p:.irn al1crnr o cfcilo dos coeficientes de ::i1jvidndc
58 Fu 11 danlé'1\lCl~ de cletroqufrnka
plnliua, e pJ$5~1 a parucipac de um çquilíbrio c:ot11 os 1ons cloreto da solução: pode. então. ser con, iderada como uma pressão parciàl corrigid11t onde il correção
tc1 2 + t~c1-. é ncccssàrta devido ''ºcomportamento de gás não-ideal do gÍLS em quc<1trJ.o. Se
o g~ h"lcr comporlnmcnto de gás ideal, a atividade serà igual â prc554o p;1rci3t
Nesie: Clt.50, os clttrons são abstn1id<>s do eletrodo de platinct. ou a.cumulados (mdlidl c1n atrr.o"(cra -t). T-.m pr~SÕC4> OOi:<~ digamOI! ab.'\U.O de poucns atmM-
no eletrodo de plauna : esse eletrodo inerte não part1apca. quimk:amcnle d.t rcaçã~ (eras.. a m._ioria dor. g.&Sd tem câr:ller b3Slantc próximo a um &M ideal t~ nessas.
mas alua s1mpksmcnte como condutor e~triico. condtÇÕCs.. t ndtqu::.do oonside-rar-k a .aci"idade do gás igual 1 su:a prcssio parcial.
Nora $!-que. nos exemplos apreseotados. os equ1librJOS C11VOl~<m duas reaç&:s ~luuas ob~l"·aç~ cktroquim1cas são íeitas a prc:ssõci de 1 uun e. jl': a ~o
oposta.s. uma rcaçlo de º"idação e uma reação de redução. ~ c\'idc:uc que dt\-e parc1;.1I de um IÚ qualquer CO\'oh·ido nmn eletrodo de gis Íõt igual à ~O
!õC.'f' A."~lm, po~ iu rtaç&s envolvem perda ou ganho de cl~t:ons.. Os equiHbl'ios. aunosf!rica. leremos pr-cci(Ü.o suftcieotc, ~ considerarmos a a.tividade como $éndo
porlan10, cxis1i::m entre 35 formas oxidad'l e redu.zid.t do sis1cma que funcwna unitària.
como ..:letrodo J\u1n eletrodo mc1álioo, o próprio metal b a forma rtduzlda (que Re.iumi~do, podemos oonsiderar s atividade de u1n sóhdo puro iauaJ a um,
possui mais elétrons) e os ions melA1icos são a íorn1a oxidad3 (que possui menos e a atividade de unt th s:erã i.[tuitl â pn::ssíio parcial do mcism(I, cm pressões infe·
elétrons) No C1\SO do eté.1rodo de cloro. o gás cloro é a forma. oxidad.1, e os ions nores a ui.nas poucas Atmosferas.
de cloreto li rormit rcdu:üda. Quando um:i .substâ ncia tetn atividade UJ\ilària, dii-so <.1ue cila se cncon1ra
Tüi!I si11h:1nas sfio conhecidos como senricéiula.'f, e o.'I pôt1:nciuis pol' êl~s desen· no cstado--padrào de a tividade unitària, Esse tern10 vem da lcnno,linArnicu. e
\'t)lvidos sao conhecidos geralmcnfc corno potenciais do ele11•odos dos sh1crnas sua origem nllo nos interessa ;\qui; mas precisamos verit'icar conto ele se uplica
envolvidos. Hã, con1udo. unl úlllrô tipo dl! seLnio6lula. na qunl tiu1to a forrna 11 eletrodos.
01ddada como t' rcduzi<:L. do sistema existem em soluçiio. Unl exemplo di:sse lipo Se todos os co1npo nentes envol\' id1~ no equilíf:tti<.l cm uma scmioéluln tiverem
é a ))oCrnioêluk1 constituída pol' um ~létrodo de piai in.a nnc:rsCl nunm soluç!o con- atividades iillõtS 4 um, todos estatão n~ estadt)-pa<lrão; e di,;·lle que a célula é
tendo ions ferroso e rêrrico. O equilíbrio será,. nesse caso. wn cletrodo p.1dr•o. Por C'<emplo. soe um fragmento de t.inoo puro é imcrw numa
4
Fe' " +e~Fel-. solução de ior.s de zinc:o com atividade um. ele oonsdtul um eletrodo.paddio
ót zinco. Se, numa stmio!lula de clor~ o gás cloro tiver prcss!lo parcial de 1 aun
o ck:trodo de pl1.uin:\ rornco:: e r~c.x:bc a:;: elêtrons. t.ll como no eaX> do eletrodo e os ions cloreto na so1uçdo tiverem alivida.de unitária., o sistema constitutrá um
de cloro. Embom nilo haja diferCtlÇOS fundamenous entre =< úhimo tipo de clmodo-padrlo de cloro.
sem;d:lu.b ~ os t"xcmplos dadM a.nterioc'mente. ('15 tktrodos NM qu~is as formas Os po1eoW1S dos eletrodos em seus c&t.ados·padrilo do cha~dos de
oxidada e rcduzMb 'õC enMn!ram em solução foram chamad~ d: el,.trodns redox, pot.enclals J.t tlttrodt>-padriio dos sisc~mas. O potcncial de wn clctrodQ·p!ldri'io
e SQJ Potcocial de pot~nei.al redox. de linL.x., pur exemplo. é chll.mado potencial de eletrodo·pudrlo do .cinw.....
Jâ vim('liit que 11 inte.nstdade do potencial dcscff\ 0hido Pof uma stmtcélula.
1
s::ja potcnciuJ de t-le1rodo ou potencjal rcdox, dependerá das a.tivJde.dcs d:t.s cs~ics,
cn.,·olvid1s JlO equ1Jibr10. Antes de oonsiderannos a relação en1 rc polcnc1al ~ VARIAÇÃO DO POTENClAL DE ELETRODO COM A ATIVIDADE
atividade. scrà .,.,tntajoso comentarmos um pouco rnais o concc110 de ath•idade. Já fri!lan1os que. num e!etrodo, existe um oquiljb1io entre as formns oxidHdu
e reduzid11 do 11ill1en1n. A Eq. (4·1) dá a relação e.ntn: po1cncinl de clclrodo e auvi·
AT1VIDA011 OE GASES dades das form t1.s oxidnda e reduzida do siste1ua que c.:Otl$li1ui o eletrodo:
No Cnp, 3 rno'llnunos qué a atividade relativa de llquidos 1>uros e de sólidos "º R 1' (atividade tltl formtl oxidodn)
puros 6 oonsidcr(ldu igu!11 â unidade. Essas atividades rcln1ivns de que trn1amos E· ~ ·1 - 1n _ . (4- 1)
zF (atividade da rormu redw;id:l)
são, n~• rc~tlidode. os auvidndes das subsHiociu.~ en1 reláç5o a sua otivid.ade em
unl cstiido-p.idrt'lo escolhido arbitrariamente. O estado· padrüo escolhido nnr1nal- Nessu equação, P. é o potencial de eletrodo, f:<> o potcnciul de clctrodo·padrão,
mentt.: p1tna iólidos e liquidos é a forma que é estftvel a 2.5 ~e e a 1otrn de pressão. R a con:Htinte de~ gasc1' Ta temperatura, : o número de clêtrons cnvol..,idog na
Num sentido nuüs rcs1rito, a atividade relativa de sólidQS e liquido:; é unitâr1a reação e F u constante de Faraday.
som.:nte ocss."\J condiçiks. Ma~ na maioria das Jituaçik:t encontro.das na eletro- A Eq (4· l) strâ dedu~du maii adiante. :Ko momen(O. S<n\ .suric.cnle verificar
qulm.ica. é suficientemente preaso considerar ~ ati ...idadcS rebuvas &: sólidos t-omo cb se aplica às d1fc!rtntes semioélubs. O PQlcncial do S&Sltma rtdox íerro~
e liquid~ puro. como sendo iguais a um. e. a não ser que scj.\ cspcciíado de -fêrrico Sc:rà dado por
outra manc:ina. consideraJQos esse l-lllor. E= J:."'> + Rir ln ~.
tComo daqui por diante U$3rcmos com mutU. freqílênci..'l o termo ali"idade (4-2)
F a,,,,.
rclalivL adou1remos o costume corrente de abreviar o termo para atiridade sim·
pies.mente. subt"ntcndcndo·t!e que se ltala de atividade relatava). Nesse caso. f ser-à chamei.do de potencial redox e e> serl o poh:ncial rcdox ..padrão.
No caso de gasc:i.., A situação ê ligeiramente d1ícrcnlc. Sabt:·k: que a ttl\'ldad:t pois ambas as formas. a oxidada e a rcduZida existen1 e:in ie>luclo. T:tmbém se
ç encarada conu.> uma romla "corrigida .. de co1H.::cn1r;1çlo que levou cm cons1· observa Ítltilmcn1c que ? . . J, pois apenas uro clérroa é en.,·ol\'ido n~1 f'(:Jtçlo do
dcr~çílo a inh:ritçâo Jônica ou rooJecular. Pan1 gases. n1uitas \'~ t conveni=nte. clelrodo:
medir-~ 11 oonoentroçHo atr~1vé.11 dt: sua pl'ess..1.o pareia), A oti\+idttde de um gãs
62 Fur:da:nc1)tot de clr1roquimic.- 63
Considerando uma reação mais 001nptexa. como aqueb cnH'C lons de +
cromo(lll) e iom de dicrom,10 cm soluçlo àcida. teremos oo clclrodo o cqu1Hbrk'J
EJeuodo
cr?o~ - + 14H" + 6t~2Cr • + 1111 0. de zinco
Tabf:la J 3. P('l~eaciais de etc•1odos pad1âo 11 25 •e p<>de ser encoriado como o po tencia l ~pad rão do elc1rodo pro1a.eloreto de prata.
V V na·se então cm
A Eq. (4· 12) tni.nsforL
Conlo a prnul e o cloreto de prata são sólidos puros, suo$ atlvidndes scdlo iguais
com prccí,tl\o. Embora. cm principio. qualquer eletrodo possa ser escolhido parn o unl, e n Eq. (4· 14) ~e transforma em
essa finalidade, h.á un1 aspcc10 prático a considerai', o d~ fornecer resultados. ooo-
1'i1>tcn1c1t e rcprndutivcis. f.S$a limitação restringe a escolha. e a forma mais comum , RT I 1
E = EAJ<:•+- n -
de cle1 rodo~ Buxiliarc.s de referência a1ualmentc em uso oonsJste ent um metal F ªa·
cm oonltilO com u1na solução saturada de um sal pouco solóvel desse meta~ e ou
que con1ém, nlém disso. uma solução de outro sal de ânion comum. Os seguintes , RT l
e - EA,.,-T n "ct· ·
sislcmu de elctrodO& servem de exemplos :
Con1udo l io1eressa.ote notar que
Ag!AgO(s), T<Claq,
HglHg,SO.{sJ, K 2 SO• aq . RT
E°AcO = ~ + F 1c K ...,o·
Hg/Hg,Cl,(si KCI aq.
Em cuda caso, o potcnt.i al do eletrodo ê go\·ernado pcb a 1h·tdadc do iruoo na Exa1.untnte os mesmos argumentos são vá.Jidm para ocs ou1ros dois clct.rodos
soluçào. o.uxiliares de R fcreocia Os poicnclais de cada um são gowrnados pelas aiivicbdçs
Considere um elet rodo de prata<loreto de prata contendo clore10 de potássio dos ion-, de sulíalo e de clorc10, resl)l?:Cdvamente
no qual ll atividade dos tons de clor1::10 em solução é ªci-· O polcnt.-ial do eletrodo Mencionam~ <k pus..o;agem que eletrodos desse dpo, n1uitas vozc:s chu1nados
de prata depende diretamente dá a ti-..·idadc: dos ÍOI\$ de: prttta. na ~olução. ª" .. "eletrodOl!I d e segu nda éspécíe", proporcionam um método útil de monto.r eletrodos
como prcvi.s10 pela Eq. (4·5). que ago:a passa a ser escrita ' rcverslvc: i~ cnt r( luç4o u Anions. Em alguns casos. isso seria muito diOcil, ou mesmo
i1npos.i;ível, com sis1emas sjmpJcs de eletrodos.
E = E:<, + (RT/F) ln ª•• ' , (4· 1l) O eletrodo 1u1xillar de refe rência mais comurn é provitv..:ltn..:n1e o eletl'odo
onde e:. to potencial·padrão do ~letrodo de praia. De :u.:or<lo cotn () princípiQ de rncrcúrio-clore10 mercuroso, conhecido como eletrodo dt t·fllome lano ~ qua ndo
do produto dt soJubil idad~ o produto do.s a tividades doo i o~ de prnUt e dw ion.o; u soluç1'o 6 s.alurada em relação ao cloreto d:: potâssio, chama~te ftl«trodo dt calo·
de cloreto no solução serà igual ao produto de solubitidode do cloreto de prata. 1nela"'' sau,rarlo. &te 6 usado comunlen!e pa ra mc:diQOcs normais. mas. para
1<11.~o · Assim sendo. llln t rabalho mais r'aoroso, prefere-se usar um eletrodo de calomelano contendo
ª"s• X ao- = K A,ci solução de KCI de concentração 1 rnol dm- 1 , pois seu potenciaJ 6 menos iofJuco~
ou ciado pela temperatura. Um modelo comum de ~Jetrod o de calomelano é o
- ~Acf!. ilunrado na Fia- 18.
"a·
Subs<itumdo ,,. l!q (4- 11~ RELAÇ ÃO E1'TTR E POTENCIAL E ATIVIDADE
E=/:,1 + RT ln~ A Eq. (4~1 ). que dâ a \·ar1açào 00 potencial de wn eletrodo com as a tividades
Ar F "o - dos cons1itu1n tt1. pode ser deduzida com o aUAilto d.: um.a ctluta na qual um
ou ete<rodo redox gc~rk:o é combinado com um eletrodo-p: d d\o de hidrogênio
RT RT
E • ~"1 +T ln KAJ"a F ln "o (4-12) Considere n e~lub !\:presentada pelo d iagrama
O tcrn10 (/~'111-'• ln K,.,,c• Krd constante cm 1crnpcra tura eon1t1•nlc, e pode scr l>'.. H 2(a • 1) 1nu • (a -_ 1)li forma oxidada
, (a • a.,) 1p 1.
combinado corn E~, para dar uma nova constante. simboliztu~' por ~'ª' e que forma rcduz1d;i (a • ll,,.11)
72 Potenciais de eletrodo rcvcrdvciJ. 73
Se todos 0.41 c:on ~ 1 i 1 u intc.11 d(1 célull\ cst1ven\1n no estado-padrão, a fcrn lk• célula
seria n íc:1n-padrão da c61ula. e.~,,, . Alêm disso. o decréscimo de energia livre
associado à reação $cr i~l um dccrê.scimo-padrao de energia Ji... rc; - ~Gº, de <>nde
(4-L6)
Fio de contato
O aumento de energia li'r'CC pam uma rtaçS~ tJ.G, relaciona·se com o aumento
de platina padrão de çnergia livre. Aí?. alr3\'~S da isoterm,~ de: reação de van't Hoff que
Fia1.11.1 lS Eletrodo de cnlomelano cstabclec:c que
Pasta de mercúrio llG • ll<l' + RT ln •(atividade.• 00. rrodu1os) . (4-17)
e calom.lalM) l!(atívidadd dOb reagentes)
_ Tampão de li
de &lbnto Apticando-s.: a reação (4-17) • rcnçGo da célula. leremos
Solução de clore10
de potbsio
óG •Mi°+ RT ln !,_•.' x a,..~- (4-18)
ª••'X a .._,• l
OISQO de vtdtO C'.omo o clc1rodo dt hidroa<nio cs1à oo es1ad<>-padrlo, .. a1iV1dad"' do gás hidro-
sinwa.ado g.!nio e do ioo d; hidro,Cnío são ambas ia"""•
um. e• F.q. (4-1&)"' red11Z a
Suponha que a fcm da o!lula seja E", e que o eletrodo rcdax sej! o pó!o positivo
e o dclrode>--padrio de hidroa!nK> o pólo nca.acivo. Se fiz.ermos a célula fornecer AG • â(J.. + RT lo a,..,,.~. (4-19)
u.ma corrente., OOO['f'Çrâ ncb uma reação redoa.. dc1cm11n3da por sua polaridade. a•. /
Xo eletrodo rodox. teria lugar uma rcaçio que consumirá elé1rons. e que poderá Subs:i1uiodo li Eq.. (•-tS) e (4-16) oa Bq. (4-19~
ser representada por
pox +z-q red.
ou
expressio que indica que p moles da forma ox.idada combinam-se com : 1nolcs
de cl~-trons para formarem q moles da forma reduzida. (4-20)
A reação que ocorrç no eletrodo de hidrogênio forneceria elêrrons, e deverá
ser a rçaçiio A Eq. (4-20) pode ser escrita de ouir• forma :
~H 2 - H+ + t, . ·~ R'/' a ., /
ou et'1 - e"'+ - F ln -n,.u"
'-· (4-21)
z/211 2 - :l i " +:e. '
1\ reação total na célula i: a som.i1 dcs33s duas reações que ocorrcnt nos eletrodos. A rem da célula scn\ dado pelo Eq. (4- 1 0~
p ox + :/211 1 -. q n,:d + rl l .. flf'#i • P.rtd - b'7.,
Se a célula operar de maneiro tcrrnodinnmicamcntc rc..'crsivcl, o processo ou, oons.idcr<tndo-se a cóluln no es1ndo-pnddlô,
ocorrerá com eficiência 1n{txitnn e o trab:t.lho c16trico realizado scrà máximo.
Em condições de temperatura e pressão constantes, o trabalho elétrico realizado E:tl - b~,'e:,. -
será igual ao decréscimo nn cncrgja livre de Gibbs do sistema, Utna vez que E~i é igual n zero. pc:IMconvcnçno, teremos
Para um grau de reação c~rrcsPondcntc l\ quantidades ostcqui om~tricas de E,., • e,,11 e E:,,, - !t;,,,,.
reagentes e produtos. ou 5.eja, pnro a rcduçtJo de uma quantidade p da forma o~i
dada com atividade ª•.11· formando-se \IDll quantidnde q da Corma reduzida. com e. substituindo na Eq. (4-21), lcr<:mo:i
atividade a_.4 , e para a oxidação de uma qunocidade z/2 de hidrogênio gasoso cm ~ ... -RT In ª••'
atividade unitária, forma.ndo-$C umn <1uan1 idade de z ions de hidrogênio de a.Livi- E·~" - ,..,.,. - -, •
iF a,.,,
dade unjuiria, deve ha••cr p,ass.1acm peb c61ula de r fa.radays de eletricidade. De expressão idêntica ã Eq. (4 1)
um modo geral. a quantidlade de eletricidade necessArira ~ : F, "nde : = número
de clêtro n.s cnvulvid06 e1n cada reac;lu nu eletrodo e F - constante de Faraday.
TERMODINÂMICA DAS Ctl..ULAS
Uma quanLidadc de iF passa cntio alravts dé; urn.:'1 dircrença de poleocia! E..,..
e. portanto, o tr'.ibalh-0 elétrico rcaliz.iado é :FE...,,. O trab.'.alho reali~ado pelo A relação entre: a ..·an.:a«;lo de cncrp livre cito uma rt:açlo na c.-élu.la e a íem
sistema. dD tempcratur" e prcislo constantes. ~ igual ao d~c"f'fCimo em energia dessa célula é dada ""'" F.q. (4-1 s~ que podo ser estrila
Uvre, -AG, par-• a reação da ~lub. lal oomo esc:rita.. e. portanto, llG • - :FE, (4-22)
- UJ • z.FE..,. (4-IS) onde E f: a fcm da célula
75
74
A çond1c:ão de equilíbrio em um sistema, a tcmpcraluru e pressão constantes. ASPJ::Cl'OS f SKMODINÂMICOS DA CONVE:-IÇ1\0 Ot: SINAIS
é dada. cn' tcnnodinâmica, po( âG = O. É fácil cntcndc:r. em vista disso, que~ Em um ponto nnter1or deste capítulo. a pTC$Colam~ * convenção de sinais
estando os cornponcntes de uma célula c1ctroquirnica cm suas auvld:idcs de cqui· como um rnê:todo paro interligar a têll'l de uma célula 0001 SW• polaridade. Por
librio. a íem da o61ula serâ igual a zero. exemplo. WllJ célula dt Daniell com uma íem ob<crv•da de 1 V (Cu pólo posi1ivo.
A condt(:ão pam ocorrer \lma traosfonruação espontlnen ê que o llG dcs5a Zn põk> ne1.auvo) podtr!.3. ser rcprcsçntada por
tramform.1-,io se;. nc:ganvo ~ quanto mais distante de zero seu vnlor. mais csiará
'ln/7.nSOJ jCuSOJCu !E= ~ 1 V~ (A)
o sistema deslocado do equüíbrio. Será f'ácil entender que., IC os componcnle5 ou po<
de: uma ~lula não estiverem em atividades de equiUbno, o t!.G da ~açio e5p0ntã!k::l CujCuSOJ/ l.nSO JZn (E= -1 V~ (B)
da dlula terà um valor negativo finito e a fem cb c:tluta terá um valor finito. Se Vim~ agora que i po$$ivel caJcuJar.se a variação de c:n;raia livre de uma reação
a dJub operar espontaneamente, fornecendo corrente a om circuito externo, quírnic.-t tt parhr Wi fem d.à oêlula: em conseqüência. a coovcnçllo do1i1 i.1n:tl!.. dever!
e"sa encrJ,ia elétrica será fornecida pelo decréscimo de energia 1h•n:: da cêlula â ser amptínd:i, de modo õ tomar crn <."()nsideração também esse 3spcc10. Para que
medidn que a re~çJ.o se processar. Ela continuará até 11tingir·s..: um estado de a expressão AO• -zPe possa set aplicada ã notação prcccdcn1c. o d i11.granu
equiUbrio. inst~tnto crn que a fem da oêtula tcrA di1ninutd~ oci zero. que rcprc$Cnla csq uc1na1ictlmente a célula deve considerar como impliçit.i uma
1\ Eq. (4 ..22) consti1ui u1n mécodo de dctcrminat v1lri{1Çõc:t de cnergi:l livre cerla rcaç.iio do célula. A íem du célula ,.1 é positiva e dará. portunlo. un\ valor
de rcaÇÕC$. Se podcnnO!\ construir uma célula lla qual ocorn1 H reoçfto em questii.o, negativo para o AO da rcucão da cêlula. Como um valor llC((tHh·o de t:..G 1.:0rroS·
podemos c~dcular ~ vudução de energia li ..·rc a parlil' dl:I íc:1n dn célula. ponde a u1na rcucllo ospontdJ\ea, a reação implícita na çélult1 A dc,•crA ser n reação
A. varisçllo de cntalpin para uma rcaçãó htntbê.ln pode ser deduzida a par tir cspontilnet1 do cêlu1o de Daniell•
. de rncdidail de íem. A equaçiio de Gihbs·Helmholll nos dâ
Zn + Cu 2 + ~ Zn. 2 • +Cu. (AJ
6 11 = óG- T [ô(óO)] · AnaJogamc::ntc1 u !cm da célula B e negativa. do que rc~ultani um ,.ulor posici ... o
er , para AG. Como dG, pura a célula B. é igual ç: opO!Sto ao óG punl a c:élula A. a
Sub<ni<uiodo o valor de t.G da F.q. (4-221 reação da (.'f:lu~ B dcvt:râ ser e. !"eação in~rs.."l da que ocorre na c:tlul:a A.,
t;H = -zFE - T [af.- _;:FEJ] · Cu + Zn 2 .. - CU 1 • -r Zn. (BI
oT , A reação para a ~lub À é escrita. çoo\'cncionalmcnlt1 como u. rtaçio (A).
Como J t const:an1c pira u.rns dada reação e. wndo também F Ur'nll constante. e a ~ção p.tra u célula B como r~çüo fB). Cada esquema. ou diaarama contém
poden1os escrc,·cr impUcita, portanto. uma dc1crminada reação. sempre consutulcb por um3 reação
!iH • - zFE + zF"j ~E\· (4-23)
de oxidação no eletrodo d3. esqui:rd."! e por wna reação de redução no clerrodo
da direita. Se a fem da oéJula for posiliva, a reaÇão implicita sen\ uma rcaçilo espon·
'\ôT),
Jl pof..<ivel calcular-se o ól l de \:tna reação na. cêlula medindo-se ll (cm <lesAA cânea. Tc111os assim u1n outro 1nt 1odo de determinar se uma rcaçlo de uma cêluh1
célula e fJ vuriuçilo dn fem com a teJnperatura. é ou não cspool{i ncM.
Vuriaçôes de cntropk1 de re(lções da célula também podc1n ser dctcrtninada$
a panir do coeficiente de !cmpcratura da fem da e~1u!H : ATIVIOADBS IÔ N IC AS MfDJAS
Foram deduzid:is atê este ponto muitas expressões que cantên\ entre seus
as • - [ i!(6GJ1 lermos as a tividades de lons particulares. Na prâtjca. nl1o ~ posslvel 1nedir-se a
DT J, atividade de omn espCcic: iônica única Íons de determinado 1ipo nunca podem
e, substitulodo·sc o ..·alor de 6G da Eq. (4·22). ccorrer isolado;s numa S4.)lução. Eles devem vir scmprc: ~cu1npunhados p~los
correspondentes iuns de curgn oposca, para que po$S3 ser preservada o ntutralidí1de
liS = -[i!(-zFél]. çlétrica da solução. Ê imposshreJ haver uma solução contendo apenas iom de
êT ,
sócliô: deve ha~er também um n6mcro cqui,·aknlc de ãnions.
Nuvamcnlc 1cm°' : e F ooostant?S. coroo ..;sto. e poruanto
Qua~u...-r propriedade de uma 50juçào que medimos com a esperança d.;
!iS • _ _.f i!E\. (4-24) conseguir informnç6ts sobre as atividades dos íoos é 1nltucnciada por mais de
-• \õT ~ um lipo de ton. Qualquer medida rcaliz:ada serà então ca.nuxcristica de um.t
bmbom os mf:todos cletTOQUimicos de cktcrminaçio das quantidades termo· combin...ç.io de csptt:i<"J iônicai; e KS atividades iômcas de ~luçõc:.s obtidas
dinâmicas sejam intcrcs.santes do ponto de vista ti::óri.oo, d.o muito grandes as experimental.mente dependem. & um modo ou de outro. ck 1odos Oíi: ti~ de
dlficuld('dt-' de ordem pràtica, que impedem a obtenção de resuhodos suficiente- ion.s prcscnlel.
mcrltç cx1UOiiL A não ser que tomemos inúmcTa.s procauQÕCli duran1e a execução O valor u.suahncn1c obtjdo de observações cxpcri111cnlai~ ô u 01lridu4t' ;linica
da experiência, os v11lon:s de óG, bfl C· llS obtidos alru ~a de medidas elétricas rnédW da soluçílo. No C"p. 6, comentaremos a dclermin M~O dessa quantidade
scriio ttpçnus aproxi1nados. a par til' de ruedidMS potcnciométricas,
76 t.'undamcnt01 de clettoquhnica POknc.i.aia de clcuodo rcvcniv~ls 77
Suponhl.t que uma molécula de um clc1rblito ~ dissocie cm so lução, rorne- Se (u.) 2 > {a.,) 1 , a Eq. (4..26) mostra que a fcn1 da célula serâ positiva., indi·
cendo v... c.àtions e "- ânions: cando que o eletrodo da d1rei1a é o pólo positi,·o da célula. Suponhamos ser esse
(cleirólito) <" •- (cácion) + v _ (iln1on). o caso. Se a "lub come~r a funcionar. ocorrerá uma reação de oAidac,'io 00 pólo
negati'f~ ou seja. n dLSsoluçio de prata metálica com form.ção de lons de: praia.
Sejam"• e a .. respectivamente as atividades dos câtiom e dos lnions. A a1iv1dadc de at1vidade (a .,) 1 •
iónica m~g da solução..ª:. relaciona-se às atividade$ iônicas individuais atTl.\is .. e.
Ag~Ag·
da clcf1niçio (o.),
(4-25)
na qual A correspondente rea(-lo de redução no pólo posiuvo "" a dcpo$içi.O de
pral.3 mc:tá:lica rormada d0& ions de prata da soluçio., de 11ivid3dc (o+h•
Embora as Rtiv1dndes iônicas individuais não posi..am ser medidas, é Ulil Ag+ + e-Ag.
continuar mantendo vàlido esse conceito, na dedução das relações existcn1es (a,),
entre os pote.ncini:s de eletrodos isolados e aei,,·icJadcs iônicas. Medidas de poleneial A reação lOllll serâ
não podeiD ser realiznda.s cm elctrodo:s iRolados e, quando comhinomos dois 1\g+ ~ Ag•
eletrodos pnm forn1nrcm uma céluJa compJc~a. a cxprc:S!lllo obcida partt a ícrn (a • J, (a"''
da tnesma conter6 termos de atividades iônica que poderão $Cf relacionados a
ç a ncu1ralidadc: c:l6triCll da solução é manHda pela difusilo Jcletiva de câtions
umn atividade iõnica média numa abordagcrn mais exata do probh:1n11. e ânion~ da ponte s11tina pa.m as soluções q ue envolvem os eletrodos.
A medida quo a rtação se processa, a solução mais eonccn1rada torna·se
CÉLULAS OI! CONCENTRAÇÃO mais diluid~ e a solução mais diluída torna -se maJs concentradL até que ambas
Se co1nbino.rmos dull3 semicélulas de mesma natureza quim1ca para formar chegutm a uma mesma au ...idade. Teremos então uma situação de cquilibrio.
uma célula clctr()(luimiea, suciirà uma íem se houver entre elas alauma diferença qu..t.ndo k fem da célula for nula.
de atividade. Essa diferença poderá residir nas soluções ou DOS ett1rodos. Células Mcncionam0& a1ris que a atividade ôe uma espéc;.ie isolada dt um ion não
dc3K: lipo do chamadu de c.tlula.s ~ wncenzra~ Coo.sideraremos inicialmente pode ser determinada. Porlanto não serã possível caJcula.r a Íel\1 cb d:1ula de
alguns exemplos do cflulas nas quais a diferença de auvidadc cslâ nas soluções. concentração a pan1r da Eq. (4-26); coroa-se necessário estabelecer uma .série
r E.IeirQdo.s ldintico1 tm soluções de atiridadu di/trentts
de supo>ições.
tu .ativid1des dos lons de 11ilr.Ho aos dc1n:xla, Ja tlircita e W. ci({uerda ÃO.
t) Con1'i.dcrc a « 1ula re-presentada esquematicamente pe>r rcspeçtivamcote, (a.), o (a_),. As aüyidades iôni<:as m6dios du soluções de
Ag/AgNO,f / AgNO,íAg nitrato de prata nos membros d ireito e esquerdo são (a 1 ) 1 ç (a!')1 , re5pcçlÍ'\'.H·
men1c: e, de acordo com a Eq. (4-25}, são dada.'ll por
(•.) , (•.J,
(•,)~ = (a,),(a_),
(a barra dupln no meio da célula representa eliminação do potencial de ju1t'Ção e
Liquida, o que &e observa. por exemplo, inLerligando-se duas semicéluJas por u ma (•:li = (a.),(a.), .
ponte salina). Suronha que as at ividades d os ions de prata n o~ 1nembro.i; direito Essas expressões podenl ser cornbinadas, e obtemos
e esquerdo sejnm, respectivarncntç, (a. )1 e (a.)J; os potcncittis dos elttrodos
(•:ll (a, ),(a . ),
s.'lo E, e E,. A Eq. (4-5) nos dá -- ,= (a . ) (a.),
(•:li 1
E, = e;.. + FRT ln (a .)2 Se considerarmos que a ra~o ent~- as atividades dos iom de nttnuo é j.tual à
e razão entre as allvidades d~ ions de praia, lcrcmoe; (a.)2/(a. )1 • (a_)2/(a_) 1
RT e. portanto,
E:,= E'.. + P ln (a,), .
(a +h:
ll.G = 2• RT ln (•:li.
Hã. ponanto. entrada de clêtrons na solução pelo eletrodo díl direita: e:, dç acordo - (a . ),
com a dcfiniçllo dada no Cap. 1. este deverá ser o câtt)(IO Por oulro lado, o clç-
crodo da e.squcrdn é o ânodo. Observa-&: que.. nesse caso. o ciuodo ç positivo e Subsliluindo nessa expressão óG = - =FE.,•·!• com ! = 1, tcrc1no.,
o â11odo nego.tivo, situação contrária à observada na clctrólltic. g impor1antc
lembrar que, quando é fornccid.1 energia para o sis1crr1n. cncrgkt ci;~m provcnicotc - FEeei = 21_ RTln ~at)i
de uma íonlc externa (cJctróJise), os ânodos são positivos e os cAlodos ncgutivos. \a, ),
ou
Quando n cncrafo é íornecida pelo sisterna (cé:lula c:lelroquirnica), Ano<los süo °' E'<!( =2•
RT
-
(a,),
ln - - · (4-31)
negati\•Q.! e os ci1odos são positivoi:;. - F (a 1 ) 1
Considere aaora a passagem de 96487 C de eletricidade atra\'é4 <la c..~lula.
No eletrodo d a esquerda~ havera dissolução de um mol de prata. formando lons A Eq. {4· 3 1) dâ a ícm 10Lal da. cêlula com junção líquida. Obscr\'t qu.: o oUmero
de prata. Simultaneamente, 1 +- moles de ions de prata 1niarar!o alr&\'~S da junção de transpor1e que aparece na equacão ê o do ânion. Na d:tulA considera.da. os
líquida em direção ao ck-trodo da direita (d todo); '_ é o numero de transporte t-!etrodos ~rio cm cqu11ibriu com os cátions nas sol~ : o número d:: tr.tnsporte
médio l)Kra o ion de prata para t.'S duas COnCç-Olraç&s cn~olvidas ru. juoção quo • parett em cxpr<oSÕ<:s do tipo da Eq. (4-31) é aquele que corresponde ao lon
líquid.11. Portanto o SJIDho global de lons d< prata no eletrodo <b esquerda é cõm o quaJ os eletrodos não apn:s::-n:am te\'tffibilidadc.
(1- • ,) moles. Analopm:.nte, r_ moles de ion de nitrato migrarão atta\'és da Para determinarmos o valor do potenci<tl de junção liquida, precisamos
j unção liquida e1n direção &o eletrodo da esque:da (ãnodo} A alteração que ocone upcr.as 1ub1rair da l:q (4·31J • Eq. (4-27l o que nos dará
na solução pode ser escrita. eomo segue:
ganho de lons de prata com ath:idade (a..,)l = (1- t+)mol • t_ moL . l RT I (a:>. RT I (a,),
E = t - n - -- - n - -
ganho de lons de nitrato com atividade (a _), • : _ mol. ' - F (a±), F (•• ),
ou
No clt:trodo d1t di reita, haverá deposição de um molde [oDsdc p raia, mas, ao mesmo P., = (21_ (4-32)
1en1p-0., 1., n1olcs 1nigr11 rdo para " solução atrav~ du j unção llquid11. A perdu 101al
de iôO!i de prnlJL ~ portanto, (l - e..,) ou t _ inotc.'I. Tg onlntcn(o, t . n10Jes de íon
de nil l'fllô lcrllo n1ignu.lu 1u n~vês d~i j unção Jiquidi.. a í1tst11ndO·St dc$Sc eletrodo. Ol\di! E, é o polcncial de junção liqujda. Reeordundo q ue t .. ·I· r _ • l, a Eq.
A ,·a1·ínção nn solução que e.nvolve o eletrodo da direita pock: ser escd ta cou10 (4·32) passl\ a ter t' ror1na,
A reação IOtal para u1na qu-Anlidadt dt! cl::1ricid11dc igual 1t 96 487 C é, p0is, expressão 1dên1ic• o Eq. (4-S~
t_Ag• - t_NO; _ ,_,\g .. ~ 1_1'0j Oevcmos nos lembrar de que as liq• (4·32) e (4-33) não são exatas, devido
ãs aproximações que foram feitas ao deduzir·s:: a Eq. (4-27).
(a. J, (a_), (• . ), (a _)1
Vf•.._ eh Eq (4-33) que o po<encial de junção liquida pode somar·,. ou
Aplicando se • iSO<crma de reação de •an·• Hoft' [Eq. (4 17)). opor-se à rem dcl't<b aos potenciais dos e!oetrodos. dt>pendcndo de qual dos números
de transporte é n1011or. ( ou '-. Se o número de transporte do inion roe ma.1or
l>G = l>G" - RT ln (•.Y, x (• t, (4-29) que o do càdon. o âoion se difundirá mais rapidamente a1ra,1ik da junção. Como
(a.fi X (a y,- ~amh-06 os ions difundem da solução mais concentrada p3r.t a rn:n.i diluida. h.l\;erã
Para o n1trn10 de prata. um eletrólüo uni.univalente, a Eq, (4~25) dar!L u ma 1run!\rer~nc 1n de carF,:1 ocgativa através da junção. da dirci11 par.1 a esquerda.
a .. x a _ =a~ A scp:l.raçlo de cargas atntvés da junção q ue ocorre por cs~ mccn nisn10 aumenta
e, poru1nto, ~· ícrl'I dc,·idt1 nrui eletrodos, pois o eletrodo da esq uerdL\ jà é o pólo ncgati ..·o da
a'; a~ • a~' - . cl!lo la.. porquunto tenhamos çonsid cJado (a .. )1 > (a .. ) 1.
80 F'111u!ttmentoo de detroqufrnica Potenciais de eletrodo rc\•crlivc:is 81
A equação geral da fem de uma célula de concenlraçdo co1n uma junção O ní1mero de 1ranspor1c que apareci: na Eq (4·38) é o do cil1ion, pois os eletrodos
líquida, e Oíl quãl os eletrodos cslllo cm cquil lbrio. com o.~ íons positivos., é estão em equilíbrio corn os ílnions da solução. A co111ribuição do potencial de
junção líq u ida é <lttdt1 de n1odo uproximado por
1. · ' ~ ln (•, )i,
E,., • (4-34) RT (a.),
" • :F (a.t)l E, • (1 + - t .) - ln - ~· (4-39)
F' (• . ),
A equação geral para o potenci.il de junção liquida de um~ célula desse tipo é
A equação geral para a fcm de umn célula de concentração na qual os clctrodM
•. ( 1. · -
' - I) -
RT (a.)., estão cm cquilibrio com lons negativo"' e na q ual as stmicélula! podem se-e inter-
~ ,- l a ~· (4-35)
v, :F {at>a lfgadas por uma ponte saJinu. 6 ... seau.nct:
RT Os cipos de células de coocen1ração discuudos nos ioc:ns (I ~ (2) e (3) do, por
E, E!.., - 7 ln (a. ),. vezes. denominad06 cê/14/a.s dt c<>ncoitrorão C()l'lt ''""sportt, pois hã u1n 1ransportc
de ions atra,,.és da juDçâO liquida. Embora pon1cs salinas reduz..1-m a um minimo
E ,. RT
1 ~ ll•.o T ln (o. )1 • os po1enc1a1s de junção líquida. é possl\ocl constru1r-1t. uma c:Clula de oonccn1raçlio
qoe não a presenta nenh uma junção UquJdO. cvitando·IJC assim o incõmo<k> 1>0-
Empregando a Eq. (4-10~ lc~mos PJ" ' " fcm da c<Julo 1encíal de junção liquida. Tais ~lu las silo, Os \'CUS. d enominadas de cêlul<L~ de
co.ncRntração scni rransp(J rt e.
Etr-' = E, E 1 ,
= [ ~..
1<1'
,-x; l n (•
RT
>,J-1. E~~· RT ln (a.),
F J ,
4) Como t inl cxcrnplo d:: ctluln de concentração sem 1ra.nspor1e considcrc1n<l!\
Zn/ ZnSO,, Hg,SO,(>)/ Hi.iHa,SO,(s), 7.nSO, /Zn.
(ll,J, . (• ,, (•+),.(•. ),
• F ln (a. ), - F lo (a. ),, Ncs~ céluh1, a~
ali ...idadcs dos lon.s do zinco e <le ;;:ulín10 dife rem. Suponha ·que
as atividades $cjarn (a+}1 e (a. ), na esqucrd:l e (a ~> 1 e (a _h na rn1r1e d ireita..
- l<T ln (•. )" (4-36) As atividades iônicus n1é<lius d us soluçO~s de sulfato de zinoo na csq uct~• e na
F (1J. ),
direita, (a:t) 1 e (a:t),. rçllpcc1 i"nment~ serão dad as por:
Ta1nhém nesse caso a Eq. (4·36) nAo podo s~1'. 'empregada direcame.n tc: para cal- (a 1 )~ • (a.) 1(a_) 1
cular EaJ; uma aproxinlt~ção deve ser (ella, ou soja, n razão das itlividades dos e
(a,Jl • (li ,),(a. ),.
ions de clorc10 nas du~1s solu<;t)cs é i1unl :\ razão dl")lo. ions de potâssio nas duaR
soluçôe~c:. A razUo (a_)J(a _) 1 pode cnulo ser considcrnd~1 igual à r;.\zão (u.1i)l/(a.tJi• A céluL'\ é. na rcaJidadc1 úm.a célula dupltt., rornu~dn por duas células Ligadas
e a Eq. (4-36) r.ca sendo ~ sêric.. e poderá. ;15~ i1n, .ser rcprc~c n hL d!t por outro e~q uema:
Zn/ ZnSO., 11g,S0,(1)/Hg-H11.Hg 2 SO.(s), ZnSOJZo.
E: •~ln 0.J,lo. (4-37) ~.~.~ -~ ~.),.~ ),
f tt F (a,.)i
Vc-!C que cada célula isolada é um.l célub quim1ca constiluidu por um eletrodo
Se (atJ2 >(a.),, a Eq. (4 37) mostro que 11 ícm <L1 cêlula sera posiliva, indi-
4
sünpla <l:: tinoo e um eletrodo de mcrcurio·su1fato merc:uroso. P~ra se deierminar
cando que o ele1rodo da direita é o pólo po'iti..,o d.-i. cêlulá. a fcm da célula dupl~ é m:aJ.S con ...enicn1e dc1crminar as exprc~õcs das íem das
Se a junção liquida não IÍ\'Cf sido tlimin11d.,. a tem da relultl será dada com cêlulas ió$Oladas.
cxaridão por Sup<>nha que: a rem d.a cêlula que contém sulfato de zinw de atividade iônica
RT (a,)i média (•tl. ~igual a Ê . De acordo com a Eq (4-10). a (cm da c:élub1 ..,rá dada por
2I 1n • (4-38)
-
_, F Ca.a)1 e - E..,...,, - F.,. .
82 83
O polcnc1ol do eletrodo de zinoo ê, d.: acordo com o F.q. (4-5) t~r rodo~ rle allufdudes dlfert1ttes na me.')ma .w luçilo
5) Um exemplo deue tipo do célula de co ncentração é encontrado nuffid.
E,. - E;_+~ ln (a,) 1 célula que cont~n dois eletrodos do: gás a diferentes pre!s6cS.
e o po1cncial do eletrodo de sulfato mucuroso, que h um dclrodu de ocgunda Pt; ct,/ HCI iCI,; l't.
espécie. es1nndo. PO<tan:o. em equillbrio com os lnion.\ scrà dado pela li'l (4-7); Pi P,
Tomando-se E, como potencial do eletrodo da esquerda. com o gàs ck>ro a uma
RT pressão p 1 , e F.1 corno poteom.1 do eletrodo da direita QOln o 1às cloro a
e~ . .. E:c1J>S(>.. - 2f ln (a_)t .
uma ptcu.io p1 , suponha que a atividade d«; iom çloreto d.'l soluçlo ~ launl a a_ .
O cquilibrio cm cada eletrodo pock ser tcpr~s; n rado por
}(;11 + e~C:l- .
ConsiOcrancJu..:i.e n 1i1.livid•de do gás igual a sua pressão.. e a.plicunJO.k 01 Eq. (4·t}
:tQ ch:lrQd() da t!quel'da. teremos
RT plt2
E, • EÇ11 + F ln ; _
ou
RT , RT
F lnp 1·1.--Jna
1
E J = E"+ ç1
- F (4 ·48)
(4-43) Ana log.a menle. leremos, J)Al'<t o eletrodo da direita,
RI' RT
C'.flmo o eletrodo da direita é idêntico :!.O da esquc:rd.3. cm iod~ ~ aspcçtos, l!: = Eáa + p ln p~'l- F ln o (4-49)
menos tUI ativKhulc da 50lução de sulfato de zinco e na ordttn de>$ clc•rôdC'&. que
é in ..·crsa. a ícm <b cêlub da direita. denominada !!', Serà d.lida por uma çquação A Eq. (4-10) mos1ra quc 1 foro ru. c<tula é da da por
S<ID<lhanlc â Eq. (<H3~ oa qual C•: li é ;ubstituido por (a, J, e na qual os •ínois E"° = E1 -C;•
dtAo inverti®'i RT ln ,., RT ln ,,
- --;;- Pi -y Pa •
,,..1 RT
r.· = <F.Z. - F.;',,,so.J + T 1n t•, >,. (4-44)
--RT ln - • (P•)'"
F pl •
Na célula dupla. as duas cêlulás isoladas estão in1crligadas em série. de modo
RT' p,
que " íem da c~lu l.J. dupl.i completa, E~,r· será iguJl A soma dns fcm d4lS células = - ln - · (4-50)
isolad"-'· Portanto ZF p,
Comi) no caso :l.Jll\!rior. se Pa > p 1 • o <::lc 1 ro<lt~ dH d irci1u sen\ o pólo positivo da
F.~-cl =~ + eu' cêlu1u.
JlT RT lJm ou1ro excmpJo de uma cél ul~ de COr)cernração co nt eletrodos ~ a tivi-
= T lo (a,), - T ln (a,), . ó)
c3ud..:~ d iltrcnt\!S ê o de urna célu la cujo:-. elctrod<k-i !ião amôlgn1nas.. 1nJ corno o
= /ff ln {a, ),_ segu1n1I!:
(4-45) :ln/Hgl7.oSO, I ZnjH~.
F (u, )1
Cz '!t
Se (a2 ): > (a a )11 o v•lor de Ee...i será positivo. indica.ndo que o i:lcu'Odo de 7.inoo Suponha que 11 auvtd.'\dc <lo ?inw no eletrodo de antâlgama da i:squc.:rdu seja ª.: •
da direita é o pólo posith'<> da célula çomp)e,a. e H do da dirl!ha. a 1 : •uponh.::c, ainda, que a att\tidadc dos íonllo de 1inoo na solução
A.$ expteSSÕl...""S gerais pa_ra a fem de uma oélula de concentração Sem Lrans- ê a .... O e.qudibrio cm cada cleuodo será
pone são
Zu~Z.n2 •
+2e.
E., = ~ RT ln (o,)'. (4-46) Se o pottncbl do clclrodu .i esquerda for E.... e o potcociul do e)c1rodo c:b dir~ita
• "• tF (o 2 ) 1 E,. a Eq . (4-1) nos romece -
onde os tlcrrodos mais e.\tccnos estão cm equilibdo com lom pos,it1~~ e ., RT ª+
..
E'
7.11 -t
RT
2f n ª+
L
84 l't.111dan1cntoi de clctroqu1mica 85
2F
Anak>gamcnrc• •• r:.7.ilo c:r.lre t!S ati,·idades dos tom <:ç 3 • e cc•• seria
ln K = C~. - Ei.,) RT. (4-54)
""'" = 99,9 ~ 10'
..,.. - o, 1
Se a re.11.çlo 1ivesse sido rcaliuda nunw oélub e.letroqu1mte.:1. con~1i1uida O equiHbno ~ra a rc01.ç-lo é, portanto. 10'. Se quiscrrnos urna oxid1tc5o qu•nttlti·
por unl clc1rodo ferroso-fêrnco e por um eletrodo esl~J\050-CStânico, rcriamo.~ ih·a dos ion5 Fe 1 • pelos lons e.e~+. a reação dcYcrá 1cr uma oon~tantc de equi·
de cscr;vcr, pura scrntos cotrt-ntes com a reação precedente. o elc1rodo de ferro libno não menol' q ue 106 .
â d1rçjla, e a re1n·1>ndrào d:t célula leria s.ido <EF. E;,J A Eq. (4-$3) ne» leva, A r..:-11ção podcrl.1. ser l!X~co 1 adit numa C:lula clclr()quimica. tul ccuno
porlanlo, 11 u1n resultndo genérico.
P1{Fc 3 1 , Fe 1 ' :' /Ct:"J ~ , Ce4 ' jPt,
(4-55) ,, s1.1.;1 rc111-padrõo ~ria, de! Acordo com a Eq. (4· 10),
t:c: = Eê. - Ej,• .
Embora a Eq. (4·55J 1en h~1 ~ido dóduz.ida a partir de COll$jdcraçõcs a respcilo Da T:\b. J4, 1irnmos <lll o,·ulorc:~ numericos, e teremos
da interaço_io de dois sistcm~.s rcdox, ela se coostitui num r~sullado absolutarncntc E~. 1 = l,6 1 -0.77 = 0,84 V.
geral. np!ic:!tvcl " q11t11qncr reAção que ocorra num.a célul.". independendo do fato
cLe termos s1stc1na$ de c:k:trodos redox ou ~let rodos normais l'll célul1. Substiluindo 113 Eq. (4-55) z = 1, R = 8.314JK- 1 mo1- •. T - 29RK, F" 96 500 e
<.:heanremos ao niel\rM rc-Aultado se oombinarmos a Eq (4·16). mo1- 1 • e folzccdo a eon\·crs.io para logaritm01S tk.-clm.1i:si,
teremos Como ts9'.'.: valor é muno maior que 10'6. é óbviQ que: ioM fcrroSOI: pOddn ser
- RT ln K = - tFB,,1• titulados quantiuu:vamentc por íons céricos.
zFE. , Se con$1d.::r3rmos 3gora o valor-limite da oonshnJtc de cquillbr1o, J()ó. tcrcntos
ln K • - -'-"
RT como valor limih! da íem·padrão da célula ua qual a rct-1çâfl poderi11 ser cfetuadit.
Po1cncini5 rctlc1x· pndrào O\l po1enciats de eletrodo-padrão podem~ por1anco. a 25 •e,
serttJ>!0\ 0ilt1dos pRrn ealcu1ar constan{es de equiUbrio.
1 1Og 1 0~ = 0.Q59
E:o:r
V'
E;« = 0,059 x 6 = 0,35 V.
TITULAÇôBS REDOX Isso .sig.nificn quf, paro que dois 3istcmas rcdo~ sejam adi...'(\uuJ<llj pnn1 titulaçÕéS
Ern 1i 1uluçôi.:s rc:dox. empregamos sistcrn~ rcdox con10 reaacntcs volumélricos redoN, a diferença entl'e s~us potenciais rcdox-p;1drão <lc·.:c ser, pelo menos, de
para anúli!C qu.antih1.1 iva. Há. entretanto. rcslriçõc~ • considtrnr na C:Scolha <lo 0.35 V, Isso somente ê vAlido para o caso z = l. crn ambos OtJ gis1cmas. Se tivcrn1os..
sistema a ser us.11do. Se: quisermos, por exemplo, ti1uJar um• 5olu(;ão de ions íc1ro.sos num sisttm.t~: ..i 1 t. ao oucro. z = 2. poderemos dcmonstrnr que o valor mínimo
com ions c~ricos, leremos como reação <k K. para uma dc1crminação quanthativa. é 10Q; hso. por .sua vc7,. 11ignilica que
Fe 2 + + Cc4 + - Fc"+ + Ce3 • . a diferença entrt: os pottnc.a~ ttdox-padrão dos dN sisrcm.is de,·.: M:r, pelo mcn~
de 0.26 V.
Se o volume da sol\llÇilo céri('á adicionado foc uma medida da qu11uidade de r,.arninàn:m<l'li .igora d '"ariaçào & potent..-ial que ~ maniínta no dttontt
iom ferrosos ptt$Cntcs. na solução 0<iginal será occ:cssário que a rea(-ão se com· de uma 111ukçào r«lo~ Considere. por c:xc:1nplc>, a 111ulJ.9io de uma $Olução de
plete dentro dos limiles de cxa1idão da volumetria. Se a rcaçlo se. completar em sulfato f-:.rroso com uma soh."Çào de sulfato cêrico. Apôs cadJ adiç:D.o de sulfato
99.9-r.. teremos suíteienle ex1nidão na medida. Essçs valo~ s.1gn1fieam que. na cênco. attngir se à um cquilibrK> e:. cm todas as ctap..s d:• tilul.~ç;lo. Br.. ~ri igu11I
ooluçâo finaL O,l % do contctido cm ferro ainda se deve llO íon fe1 roso. a E.e,, O potenctal pode, pois. ser calculado. cm qualqtu.'1'• cS1l\g10 d.1 111ulação.
A constante de cquilibrio dit r~ção precedcoic é dAd~ por ;.1tra"és d.: \lm.1 das rel3.çõcs;
K = ªF.:>• ·açt''. (4·56)
aft' • · aç•••
88 Fund1une11t<M de clcuoquln1ka 89
ou A variaçào do potencial 1eal con1udo, mos1rarâ o mes1no con11)01 1.uncnto que
• -- E·,
'-.: . RTlnflcr-••
~ - --· (4·57) o da figur.1• .i.prcesenta ndo um.1 va,iação ' ápida nas 1>rox1m1dnd.:s do final da
e C• F ~..c-1• ti1ubclo.
É con\'cn1cntc us.ar a F,,q. (4-56) par.t calcular o potencial ante' do final da litula.ção
e a Eq. (4-57) depois de passar pelo final da 1i1UL1çio. O po1cncial "' final <b 1i1u- INDICADORCS RFDOX
lação pode !er cakulado c.b maneira que segue.
Como diro .antes. a c:oostancc de equilíbrio da reação pode M:t cscri1.a O ponto fin.ll de uma titulação redox pode ser detetada corn o tntprqo d.! um
indi::.ulor n:Jo~ f-.-,d ittdit.-:u.lorcs são lambém sisl-:ffi,li n."((ox. ~ujJs rornla.S
QF:l • )( llca> • oxid.1<l • e rcdu,ida mos1ram cor~ diferentes.
K
aF~ · X ac.•• ' 14 di!i-scrnos ;1 n1~ q ue, quando misturamos do6 sisr;:mus rtdox dt: potenciais
rclílção que scr6 1nunuda durante toda a ti1uJação. Contudo. no r1nul da mesma, d1rercn1cs. ocorre um,l reação n~• qual <:>sistema de po1cncial muis elevado oxida
teremos o sistema de potcncud nl a~ ba ixo. J)jsso rcsuJ1a unla aprollirn:\çâ() dM valor~
dos dois po1enc101s. o maior deles di1ninuindo e o rncnor uumcnl11ndo, uté se
a,,.c.l• = "c'-..c>• . igualarem Jt\lm ponto em Ql)Ç a rtação tenha a tingido o cquillbJ'io. F.~.sc: ronto
af el - ác,,.,,• • secá alvo db u1n cxanle mais rigoroso1 para avcnguílr o cfci10 d~" quanüdades
PorttH'llO
1·i:Iuüv.1s dos dois sis1emas redox sobre as variações de po1cncial <1.t•c ooorre1n.
Suponha que ndicione1uos uma pequena quantidade de um lndiclldor rodox
ou a quuntidndc rela li\• ameoh:~ .grande de solução de I01l$ rc l'COSOS e rérricos.
Ull\a
a:r.~ • -- .f"'Vry( Suponha nindJ qu.c o po1cnci•.ll do indicador ê 1n:.iior q ue o potellCial do sistema
v .
41fco' ·* fo rro\n-ri!:rrico. Oc: lnnii rcrrosos serão oxidados pelo indicador. Repres.ent.Lndo-se
Subs1iru1ndo na Eq. (4-56~ leremos a forrna OAidaJ..1 Jo irld;c.dor por O e a forllb! redutida por R, & reação poderã
ser e~r•a como
RT
F:, = E;. + T tn fi. Fe1 • + o-Fe 3 ' + R.
onde E, ~ o potencial no final da tilulação. 5'.!pondo·sc uma d1icrccç;a de apenas um elérron totre as formas O e R.
A vnrinçdo do po1eoc1aJ ruas imcdiaç()es do pon10 final d.'l 1uulaçJo de ions Como só tX.lSIC um.i quantidade peque!la de ind1C:ldor. tk poc!e ser conver-
Fel• com íu~ ee•• roi cak:ulada por esse mêtndo, e o resuhado rcgistn1do udo 1otolmente .i forrru reduzida. com uma perda mlnimu d( ions Fc·1 •. Sendo
g,ri.iíicnmcnle nt1 Fig. 19. asslm, h..t\.Crà um..i. queda ~onsiderá\.'el em seu potenci:i.~ pot.1 hn"er6. um.i. vurinção
Dcvc·sc Cr1~.1r que :t Fig. l9 repre-senta uma situ:iç-lo um tun:o idealizada. enorme t'ld rJ1llo d.u -.tiv1dades. uoJa1t. Como isso é reali'l'JldO pôr um:. qu;intidadc:
NH pduica real de lab-Ontt6rio: ha\'~râ modificações nO".> po1cnc1.1i$ devido nalguma mítt ~1na de: ton.~ !~rroscs dé uma quanlidade rclntivn1ncn1c ~runJc de 5ii.lcma
con1plexaçfto dos ions Fe 3 "' e ee•• pelos íons de sul(n1<1 pre:\ent~s na solução. fl!rros(l-férrico. a v,1riaçllo da ra:do d~1 s a1ividndcs dos ions ferroso e férrico,
af&' . / "P•' " :t<.:rA rnuuo p::q uctHL O p<>lenc:ial do i;1:;tcma ferroso·fér rico aurncnt\lr à
1,6
~1 pena~ en1 11 n'ln qunn1idadc inlinilcsima1.
B íó.ci l compreender que, quando se ;.tdiciona uma pc<1uent\ <1unnlidade de
1,5 indic~-idor a urrn\ qut1n<ldade: relativamente grande de um sis tctna redox, o indi-
cador p1t~$3 " ler o potc ncial do sis1cma ao qual. é adicionado. Na litulação do
1, 4
sulfalo ferroso eo1n sulfa lo <X:rico. por excmpJot o potencial de qualquer indicador
presente seguir!\ o comportamento da curv.a 1nostrada JW fiA. 19.
1,3
J j afirmamos. no Cap 3. que o olho humano s6 pode detetar uma "·11ri;ição
de cor cm um 1nd1c.ador com misturas entre quantidades-limite de 1pro~in1ada
?!: •.2 figura 19 V;J;ru1çlo do poltodal mcntc 10 e 90 ··. das rorm.a.s de cores ditê:re:n1es. Se um indicador redox se encon1n1.r
tu duraruc3 hlul.lÇ)o de: tons fc1T0505
1.1 totalmente m. forma reduzida e for oxidado gradwalmente. o o1ho humano oo-
oom ions o!-rtcos meçará a perctbet mudança na oor somente quando O;rca de 10•1. do intlicad~
1.0
se cacon1ror ru forma oxidada. O potencial do sistema. nesse pont~ scri d;ido p<>r-
RT 0,0')
0,5 E= E;0 - - ln - ·
=F 0,91
E = Eº1 + -RT 1n 1 ·
96 98 2 4
(4-58)
·1. Ft2• oxidado .,,. Ce4' Q)(OOSSO ' zF 10
90
Depois que 90 % do indicador estiver na for~t oxida da, ô o lh(I 1lâO deLct:trá nulis
mudançns de cor, e o potencial, •.lCSS<:: ponlo., scrà dado por
. • RT 0,91
E = E,, + -;;- lo , ,
z1- '-' •09
CAPiTULO 5
RT
= E~, 1 zf ln 10. (4-59)
A PLICAÇÕES DAS MED IDAS DE CONDUTÂNCIA
O i ri t~rv;;i lo <lc pOlenc;inis no qual o ol ho hun1ano observa unta m \•dança do: cor
n1.1m indiçaclo r n :d ox é, por!anlo, d ado pe hts Eqs. (4~58) e (4-59). nas quais t.ln é
o poí cncial rcdox.-p~tdrão do i ndicado!'. Considerando 2 = I, e uma lc1npcra1ur:l
DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDA DE MOLAR-LIMITE
de 25 l'C. len;l\)00 como lin1ites desse intcr\•alo E~ - 0,059 e Eiºei + 0~059. A f::dxa
de va lo res ern que se pode e m pregar uu1 ind icado r rcdox com z = 1 pod~. a*.'itn, El~r rUliios fortes. A oon<lutividadc motar-limiteC51 de elelrólil<.'t> fortei pode
ser considerada como ~. ± 0,06 V, isto 6. uma fh.ixa a cerca d:.! 0.12 V. ser determinada por lllll. mélodn de extrap o lação. ~tennina-se a condulâocia
Pan• qu~ u!lta 1icu la"ão redox s~ja qua ntitad'-'ª· temos já a condição de havc-r a \•iuias concentr~çõc:.s buix.a.1' e con;;1rói-sc um gráfico da coodutivid adc 1nol~tr
umu difcl:'cn~ de, pek1 01e11os, 0,3 V enlrc os potenciais rcdox·pndr~1 dos doi~ con tr'J. a raiz q uad rada dn conccnlr:;u;ão. Esse gnlfico d evetá d.t r u1na linha rela.
Se esse fo r o caso, a rápida variação d e potencial no ponto fi.naJ dc\'erá
s is 1 ein~1 s. como il\ls trado na Fig. 4, ~ facilmente poderemos ex1rapola r pata obter o ..·tilt.>r-
cobdr 1,1n1 irll::r\•tilo de, 1lo mlnin10, 0.12 V. Deveria. pois. ser sempre p.os.i:ivcl ·limhc da condutividade 1no lar. ·
a1 ingir-o;c u ni ponh) lin~ll bu.sta n{e nhido quando emprcgitsse:rnos urn inUicatl(lr Eleirólicos fl·acos. Nó e.aso d~ cletrúlll«.~ fracos, a condu;i vid~de rn t)J11 r-l i1ni1c
r cd o11., di;sd~ que seu inte1·valo de uso esteja incluído na variação de poten<::iul não pode ser dete rmin ada direta1ne1ne, Se forem conhecidas as condul ivida~
no ponto linal da lilu l~çã o, O indicador ideaJ .:scol hido será o b ·: ütmenle aquele u1 0J~ rc:; dos ío n.s constituintes d o eletrólilo , enl d iluições iufiuita~ e n lão a cün-
q ue livcr wn p otencial redox-pad rão iguaJ ao polcncial d o pon(O lin ~ l d.1 1iluh1ção. dutlvitl!'ldc m olar· limh c do eletrólito p l)derá ser obtida alra,·és da lei de Kohlrau:)(;h
[Eq. (2-1 6)),
Aº· = '' +l\~ + 1.· _ 1\~.
tJ1n cx.cmpJo d~ cálculo desse tipo foi aprç::;:cntado no Cap. 2.
A condutividade molar-limi{I? de tun elc1r6lho fraoo pode tau1bêm ser ohlida
cômbinando-sc os valores dessa grandeza pan1certos eletrólitos fo1·tes. Por e~:::m plo.
;\~ (cH ,COOHJ = ;\~( HCIJ + ;\ "' (C H,COON•j- ;\~(NaCI). (5-1)
A validade dessa relação pode s~r vcrilic;;.d~t subdi\'idindo-se os têrtno::; do mc1nbr('l
direito d a expressão e.nt seus vários componentes iônicos:
i\ ~( ll Cl i -'- A~(CH ,COO )Ja)- A~(N a CIJ,
= A h(H -i + A~(cl ) + A~fcH ,c oo-J + A"'(Na 'J - A~()la ' J- /\~(cl -J,
= A~o r •i 1 "~ccH,coo-~
- A~(CH 3COOH).
•.\cido cloridtico, aé::la lO de sódio e clor~to de sódio :)ão lvdos ~Jctrólitos
for tes. para OS quais ê fficil d::lerntioar·se experimentalme1Hc: () 'l~~ lor de 1\~.
(6·1)
e
Ecii • E~l R: ln tra
Pam poder crilc\1lar K1.sc:i a ptlrlit' da Eq. (6· 1), seri11 preciso sober o potenci..'\I
de c1elrodo-padrlio d 1l pca 13, e a atividade do!i ions de clo reto 110 el~ trodo prata·
Ponan10
-cJor~co de p l't'IU\ deveria ter .siJo consid::ruchi igu al it ativid nde 1611~ média do
cloreto d e polàsSlO. Nesse caso pa r1 lcu l ar~ u ma ponte 10;ahna sed.;. desnccessària. 0 ~ RT K
E,,.,.• (Eol - s:.A,)--,; ln Art.'I '
pois 1t junção Uquicb 5e dá ;:.01r.: d uas soluções de.! cloreto <k potàs.sio. junção cujo
pot<ncial t desprezlvel. Rcdis1dbuindo fl' termos.
AJ>e:S•r d.Js aproximaçôcs que d~vcm $el" feita!, \'$SC 1M1odo cncontl'.i grande F
aplicaç-ão, pois. para a maK>ria dos: ca50', é rclali\•amcn1e simplC"S construl!-SC: ln K•.o - (E°a, - E".., - E,..1 Rr'
um S!Stc.nu de elc1rodos adequado J>3Ta a oediçio. ou
É pos.~1\•tl coos1ruit-5e: outro tipo d:: célula,, no qual n..'lo hà .a DCCe.$$lda.de F
de conhco:r o poceociaJ-padrio do eletrodo mctãlico.. Por exemplo. 101 K.,,o = (E"o,- ~,-E,~12.30ll!T. (6-3)
Ag!AgO(s), KCI/ / AgNO,JAg, Verificar-1c-i qut devido a ausência de junção liquida,. oão hà Mccs5id.idc de
Se os pôt<nciais dos eletrodos da esqu.;:.rda e d..1 dircit,1 ror.:tn E 1 e: E2 • respectiva. aproxirnuc;ôc~ e a Eq. (6-3j poderá \iCT tJsada s:m outras modifica~ p;1ru se
rne1He, a íe1n d~1 célula scrà dada por calcular K,..110 • Apcs~1r do íato de .ser este úli imo mêtodo mais exato q ue os dois
prirnciros. ..:te nllo é usado tão largarncn!e, pois ê nlois d iflc1 I cons 1ruir cêlu las
E<.ott ~ E2 - E 1 • ad cqot1d~1A,
102 :\plkt.çõcs d e n1cdidas de fcm 103
DETERMINAÇ..\0 DE FUNÇÕES TERMODJNAMICAS e $çu poicoeiaJ é obtido aplica.tu.to-se a Eq, (4- 1), Como o potencial-padrão do
As rch\çõ,·s cnirc óG, lif-1. AS e .: r~u de: célula.e: jâ foram dedu?.ida.s no C.ip. 4, el;;trodo de h idrogênio é zero, por uma oon.,·cnçiio. teremos
~ são dadns pelas f.qK (4-22), (4-23) e (4-24). aqui rept:tidas: E= RT 1 "•· • (6-4)
tlG = - zFE. r· " -..
h_,i:i
MT= - zPF. + zFT ( ., : , 'ôE)
\01 ,":
(',onsidetando-Se n atividade do gâs
tl'ansrorm.a élll
igu~tl Jl $üa pressão p1u:eial (p). a Eq. (6·4) se
O eletrodo de quini.drom é construido mergulhando-se um ele1todo de platina dcrà do pH dessa solução, de modo que o potencial de iodo o i:;istcm.J ''ara:trá
ou de ouro na solução em a1udo e adicionando-se uma pequena quanticbdc de \01ncnte com o pH da solução cm estudo.
quinidrona. Obtêm-!ie bons rcsuJtados na faixa de ptl de l a S. Em soluç6c~ O vidro mais adeqll!ldO para se construir o clc1r<Klo é o vidro Coming Ol5..
alenJina~ a hidroquinon::i pode ser oxidada pelo oxi~nio do ar. o que provoca, <1ue contém ccrci de 72% de S10.a• 22% d..-: Na 20 e 6% de CaO. Es1c ,·idro c~1õ
na rclução "<iaMQ' um dtS\fiO, no sentido de nr11stA·b da t•nidade; nssiJn sendo, sendo mais e mais subs1i1uido por vidros de lí1io. Elc1rodos de vidro aprcscn1a1t1
a Cq. (6·R) não e a plicável c.1n pH superior a&. Ou1 n1 consideração u fl\Zt.r rcícrc~tic llllll\ resislência elétric:l rchllivamente baixa, mas, n1csn10 assiro, a rcisistê ncin
no falo <lc ser a hidroquinona ela própria um !tcido e, tuesmo sendo tstc nHnlO podcr6. ler \'alores entre 10 e 100 megoh.ms (f\1(2i Por isso. devem ser en1p1·cg."1dOS
frij,co. sua dissociaçilo pode não mais ser despruívcl csn nteio alcaliDo. A dissocia~:io m~todos especiais# pal'a modfr-se a íen1 de qualquer cl:lula que contenha um el:·
i;ed mpon.Y.vel por equilíbrios seçundârios, a.os quais respondc-rà o potencial tr"® de vidto. E fácil d emoru tra.r~se que o método normal do potenciõmc.1ro
do eletrodo, podendo .. ioos de hidrogênio formados pela dissoc;ioção alterar para mcdir·Sl: a rcm !'>.lo ' suíic.u:otemerne exato para «tul.as oom resisttnci.1
o \"alor inicial do pH da solução. interna 1io alta.
Outra limita~-ão do elc1rodo de quinidrooo é à rcalh·idade quimics dn qu1nona. Com relação à fig. 1'1 l>~SC que a fcm da céJuL1 cm experiência é equilibrada
Ek1 reage com amino·compostos, amônia e ions de nn1ônio, de modo que o ele· com referência à tem do íto entre o ponto A e o contato. O ponto &.: equilíbrio
trodo não pode ser usado ein soluções cont~ndo essas substâncias. ê detetado por um g.alvanõmctro: que mostra que não haverá passagem de cor-
O ..:letrodo de quinidron" não merece confi1lnça em .soluções de elevada rorça rente pçlo circuito qu:indo as duas fcm são exatamente iguais.
iõnic:m. quando surgem os chturu1dos ''erros salino,'". Com força iôni~ crc!OCénle. Suponha agora que a rcsi$1encia interna da. célula em experiênci.q é de 1oMO
tlS atividades d.a quinil'um e da hidroquinona 8oírc:rão variações, mas. inícli1mi:nte. e que o contato ôesliunte nüo está exaramenle ..:nt posição de equilibrio. 1nss
cm propof'QÕCS diíercntcS. A relação das atividades. a.oJaHQ, irá se des"iar do "alor oerc.a. de 1 mV íora de cquJlbrio. Normalmente uma si 1u.ação de nã<'.H:quillbru)
um,• a Eq. (~)não pode ser emprcgada. Os erro.< salinos .ão importantes somente é dete1a.d.a. pela deOe.xão dt um galvanômetro. indicartdo uma corrente atruvé:s
cm rorças iônicas superiores a O.J mo1 dm- J ; abfti.xo dess-: limite, o eletrodo de do arcuito. No e.templo prcknle. aplica.se um excesso de ..·ol1agc:m de 10-1 ' '
quinidrona fornece rcsult.ad05 dign0$ de confiança. atra\6$ de uma :esistê"nciu de 10' n A corretnc: atrn~ do galvunô.mçlro é dutt.
O elet.rodc de tidro. O eletrodo de \iidro é pro..·ai,eJme;He o eletrodo indicador pela lei d• Ohm:
de pH mais usado. Ba.scitt·&c numa observação de Ha hcr e Klemcnsh;wics de V io-> V
que o difercn~ de poteneiid existente entre un1n membn1na de: vid ro e oma. solução f ., - M - -- = 10 - 1 0A
R JO' !l .
vitrla linearmente com o pH da solução.
Em l>Wl forma usua~ o eletrodo de \•idro 6 oonsutuido por um tubo de vidro Para indicar que a pon1c nãh está e.1.n cquilíhrio, o l1-lilvunô1netro deve ~r capaz
que termina cm bulbo de porc:des delgadas conleodo uma soluçl!o de pH cons- de dele-lar urna corrente de 10- Jo A apcoas. Se * corrente mini.ma q ue o gttlvon6-
tante e um eletrodo de potencial constante. Mais comum é uma solução de àCI<lo meiro pode detetar é 10- 10 ~ cn1Uo a rcrn pode i>Cr mcdiUa com precisão do l 1nV.
eJorklrico 0,1 mol dm - >: o eletrodo ê geralmente um eletrodo de praht·Ck>reto P('::t"CCbc-st daí que. qu:1nlo n\JIS elevada a re!illtência cb o!lula. mais inc:sat..l ~ri
de prat• ( Fíg. 24). • medida da fem.
Pata se medir o pfl, o eletrodo de vidro 6 mergulhado na solução a testar O plvanômeiro comum cmprcgndo éôm polcnc1õmc1ros pode dcte111r cor.
de 1nodo que o sistema pode ser rcp(csentado por ~ntcs de atê io - -:o A. o que não b~1llta pnra .si81cnta:J envolvendo clclrodt,X:; d: vidro.
Purn ;1 rncdida da Cc1n de célula5 de a lln resis1ênci11, c1nprcg1:1·J;c co1n u1ncruc u1n
Ag/AgCl(s), HCI 0, 1 mol dxn-• vidro;soluçao a medir. circui10 nmplificador, paril a1nplilical.' a c<>rrcnlc anlc:~ Ltuc ela scj~-1 rncdi<.~1 polo
O polcoci.aJ d~ eletrodo de prafa..ctoreto de prah1Sc:1·à eonsi.aotç. dada a atividade galvnnõmctro. Com circuitos desse tipo. é possivcl ntcclir potenciais de <Hé O.S 1nV,
con.s1an1.e do ácido eloridrico. O potencial cnlre 1t superficie interna do \1idro e a o que corresponde a 0,01 unidttdcs de pH.
solução de ácido clorldrioo oambém será constttnh:, já que o pH de<., solução ~ollas teorias foram propiostas para ex.plicar qual o mecanismo que í3t o
nlo •ruia. O potencial eo1re a superf.cie externa do vidro t a soluçào-tcstt d..:pen· pot<ne13J de uma superllcie de vidro depender do pH da solução oom a qual ele
es'à cm contato. As ttonM süo sempre complicadas e ocnhuma dela~ isolada·
mente. cxplka todos: os MpcctOti do comportamcnh.> de um cletrodo de vidro.
É prováveJ que~ influêr.cia do PH sobre o eletrodo se deva a pcnetraçtlo de ÍOO$
de hidrogênio no retículo do "ídro. Urr1 aspeclo comum a todas as teorias. rorérn..
1
Fio de prata 6 o resultado idêntico de iodas elas para a relação cnlrc potencial e o pi 1: esse
rcsullado se reduz a um tipo de cquaçiio de l\crnsl, que pode ser cscri10
HCI 0.1 mol dm ·l Figura 24. Eletiodo de 't"ldro RT
111utado com AgCI e, = k + T lnª".. (6-9)
a e~~ \ 11lo r.
1 onde ,, linha JKlnlllhoda rcprcsenli.~ •l Jurição líquida entre a sol uc;.no ,'(e n ::.o lução
O eletrodo d~ vidro apre$CcHa muitas vant~gz.::ns. Ele: po<k ser ustido cJn de clorclo de po lilt-tio d o eletrodo de c.alomelano. :\ fem da ctlu l:.1 compli.:i.1, r.z ,
soluções d;: ngc:ntes oxidantes e redutores. não çon tt1muu. a solução ern C$tudo scrfl igual ::i d1ícrcnc.a entre os potenciais dos eletrodos m.li~ nlJ'um potcnei::1I <k
e n ão é aíc:tado pelos ·\·enenos.. comuns dos el-etrod0$. En1rctan10 algumas pro- j unção Uqu1d3, E~.
teinas dão rt'f;u11ud~ IOC!llmente crrod~ p ro\ ,a.\·elmcntc pun.tuc ocorrt COOg\lla-ção (()-10)
sob re a 'upcrítcic de \ idro
O eletrodo comum de ,•idro dà bons resultados na fa1~a de pi 1 de t a 9. ~ O 1>01çncial do e:k1rodo de caloreelano setl d.tdo por
tcmpera1uras 1nítriorcs a lS cc .l\cima de pJ.I 9. o potcnckd do clc1rodo é afelaÔ.O
por out1·w ciho1~ preSentes na solução aJem dos ions de hidro~n10. Os erros R1'
1l0 pl1 medido i-c d c\'ct\l p1ova\'elmcn1c ~ pelli:tração desses ci1ions no re1ículo
hH;;,02 l:.~11}02 -7 ln {ao >11·
do vidro. O cícllo é par1ic!ilannente accn1uado 110 caso de elevadas 1.:0nCé111rriç&:s
<lc ions de s6d10. [xis1c1n ctêlrodos de vid1'(')t(: t.specia ls p,lra mçdir-11e p i 1 acima onde (ac1.)" ~ n 111 ividnde dos io ns de c.lol'eto oo êle1rodo de rcícrênci.1 de cn lo-
de 9. EJ.n soJuç6co: flcidn:-t. com pH inferior a 1, o eletrodo de \•idro uunbé1n dâ 1uela no. Su pondO·Je un1n p1essão parc.ial d o h idl'O~ê;lio de u1n,1 u1 1n osfo r:1~ o
erro s. Pare<:\! q ue o erro n::sses casos não é p rovocado p or cA1 ion~ ou ilnions espe- potencial do .,;lel rodo d ~ h id1·ogénio serà da do por
c.ificos, cinborn, ern nJguns. p tirc:Çt1 haver abl)ot..;âo de à n 1ons nn $ll pcrlit.:ie de vidro. R'/'
O t:l etl'Odt> (/a (1111in1Jh 1ió. (Ju tro elelrodo cujo potencial dependi; do pl l de Eu, = T lo (<111.) x •
u1nu so lução ê o clclrod o de a 11u rr1õnio. F.stc ê construido fu nclindO·!iC u.n1 P?d•1Ç<.1
de an11n1ônio no :ir, p,lrtt que haja iru;lo5.ão de n.lgu1n Vxido. O c:qu1Ubno c1n onde (aH, )x C n ur1v1d ad e dos ions de h idrogê11io na soluçã<: ~r Suhio1ifuindo csi>es
solução pode ser cscrit() \'alo r~$ na t.q. (6·10). !crtn1o s
Sb,O, + 6H+ - 6• "" 2Sb + 3H 20 .
(6-11)
O po1cncia.l do eletrodo é doido por uma cquaç-~ do tipo
Como nio ~ põS-(Ívcl medir-se o poreClcial de junção liquida ou a a1i'f1dadc dos
E = A + BIQ1Sa..-.
lo~ de cloreto, é in1possí'"d obtcr·sc o valor de {<Jy.)z a 1>3rttt c:b t:q (6-11).
onde A t li <.l<> const••tts qut dependem do método de prcp;1raç:'ln do el.uodo Vasncx <1;upor agora que re1iram os a solução dcsconhec.da X e a subst11ulmos
e das cond~ de uso do mesrr.o. Ele nuxa ê us.ado em medições de lnboffltôrio. na célub por uma soh:(io·padriio S. de pH conhec:.do. A no~ ttlula será
pois e.k: é pouco c~:.110 !! de\·e ser calibrado p.tra cada upo d1f~rcn1c de solução
d.D que C usado. A'( pnncipaJS ap licações do i:lelrodo de a numônio -.:: encontram Po; H,J>0l11çlio S : KCI, Hg,Cl,lsJ:Hg
no controle indu1:1ri!ll de p ll. quando queremos testar i;on11nua1ncntc o pH de A. íCJn dcs~a ctlula e"' sera d ada por uma exp1 e$.Sào si:n1c:lh.1ntc :) Pq (6-1 1):
u1na d e1erm1nlld:l :-l1luçao. Nessas co Ddiçôcs, o eletrodo pode ser calibrad o 1>a(1:1
u1n:1 a phcaçlio dc1crininr..da: tra ta-se d e uni clc1rodo n.:s1s1cn1c, ndc"1u,1do 1>a(a ~ RT ( RT ,,
J:.' ' E,.1110,--f. 1n Oci- )1< - p lo (11J 1 .)~ + /f,1 • (6·L 2J
cn1 pr~po cn\ instul•1çõcj\ iud usttiais.
108 Aplicações de medid1u de fc1n 109
{>nde ("u, }:,• é a auvid:u.lc d os ions de hid1ogêt\io na soluçílo S, e Ef o 1>olenc1al a solução 1n1crnu de referência da solução a tcslar. Os clc1r-0dos podcin lioCr
de junção liquida. Subtr> indo-se a Eq. (6-12) da •~uação (6-11) rc<ult• clttssificad os cm q u1Hro arupol\, de acordo com o 1ipo de membrana empregado.
1) Elttrodos dt t•idro. Já foram dcscrü:os. e são sclc1ivos apenas cm relação
RT RT ., g
li.' - ~1 = F ln (a11 .Js-y ln (a•• J, + (E 1 - 1) (6-13) a ci1ions
2) él<1rodos de esrado sólido. No<scs eletrodos,• membrana ê COAAituida por
Ignorando diferenças por,'Cnlura existcn!C5 entre os p<nencia1s de junção Uqutda um único cri11t1I oo um disco cornpac1ado do mareria.I a1ivo Pot exemplo. um
Ef e ~.e considerando idênticas as tempcnuurns das duas célula., :1 Eq. (6- 13) c":trodo de alado sóhdo sc:nsíl'-d aos ion:s de fluorclo emprega um;a n1cmbraoa
u simpliíic:a: de Ouorc~o de lantJn10 (LaF J. t;m outro, s.cns;ívd 3 ions de sulfct(\ a prC$(nla.
'·º menos solU\'CI dOb do~ halcl<>& de prata. Er:qu:into ·~w cx.."<•rre. o l)()h!nci.ll do
eletrodo de prata aumcn1ar:1 ligc1tam~nre com a. rtmoçdo dos iom dç :o&,:10 d.i
º·' Ktlução. De1xns de precipi111dc) lodo o :o&:to, ha\•erlt rormaçào do ch)reto Jc
prutn, e o pott:ncial do eletrodo J.;; prata Se: el:::..,·arà rtpcntina1ncntc a urn ni.,cl
o.e n1~1i s c lc\•ado, qu~ dependerá da ~o l ubilidadc do cloreto de prata. Duran1c ,1 pco-
cipilução do cloreto, o potencial H\1tY1cntar{1 ligc.ir,t1ncn1i:, p.tn1 m.ostrar um n\uncnlfl
> 0,7 repcn1inv no pOn>.o fi1Hil dn 1ilulaçâo.
"' o.a A f jg. 27 mosln:i o tipo de curva ob•i<lo nurna 1i1ulacão dcssc. 1jpo. O pnmciro
segmento vertical no grá fico indica o titulo do iodc10, o o intcr\talo en1re o pl'.mciro
e o s.:~uodo segmcnl(Jj vertia.is, indica o título do cloreto. E ób\·io QUe a altura
0,0
do pri.me1ro degrau é proporcional a diferença c.nrre 1$ M)lubilidatks do io«10
0,4
de prat.:. t do cloreto de pr.••a. r.. portanto, pos.~,,·cl litular mis1ura.~ dr: l n1ons.
Ui.:sdt que exista uma diícrcn"~• sulicit:ntt: nas solubilidades de ~i,:u:; CL)m~t06
do prnH1 pa ra dar degn\US o~i:r vá,,·ei.<; nos; grãficos.
22 2~ 24 25 26 27 28 Se UlHrn10.;; co1no refcl'éncia um clcH·<ll10 ;1;.~ 1 urndo de calomclano, csic nllo
Volume d e base adie o nado/cm" Voh1me rle A gNO l adiciOf'llldO 1>ode gcr 11~ crgo l h~1do dirc1a1n ente na n1islor.-1 a. 1i1ulu1', pots os jons de clorch>
l·:•ura 2>. Tituluc;ào J>Ole1u::o1nétn CJ t-igun1 26 Tj1i..Laç.~C> p.,>tcnclon1:.1nca do clc1rodo de c..1lomelano sofrcrUun difusão par" o cc111m da solução. O ele1rndo
l\cklo·ba~ de haJc;n" de C3 lomebno deve s.cr nh:rQulhado num béqu.::r con1c:-n<lo !-õlução s.arurada de
dorcto de potássio 011 em un1a solução saturada de ni1ra10 de amônio, hpdo
para uroo 111uJaçâo d: âcido íorl: curo bak for1c.. O final da titulação é 1od1cado .ao redpient~ que oon1ém n m1stur.i a ôtuJar por mcif'lo de um1 pon~ sahru de
~lo segmenco ,·enkal no gr:'lifico. ni1ruro de amõnio.
Os eletrodos de quinidrona e de \'idro l3mMm respondem a \'a rirt(ÕCS d~ Titul"{:ije.s rf!dox. A vuri:1çUo dt: potencial que: um eletrodo inc;rtt, como
pH. e eles tambétn podtm ser empregados corno clct rodl')$ ind ic.:a dotcs,. en1 lugar plntina, apresentaria dur:.lntc o decorrer dt uma 1ilul'1~·ãq r\.>dox eoco111rti·se cxcn1.
<lo elc1ro<lo de h idroP.,~nl o. Na prãtica, a cornbiniu;iio 111:;ii.'i co1nu1n ê n ._11.:o un1 plilicaüu na Fjg. 19. Desse dingranla, dç<lu1:·sc: faciln1ente que u rna rncdi\\ão do
eletrodo de vidro cont u1n cl~ l rodo de referência de ettlorn;;l;,1.n1> ~ll u r~1 <101 a1nhos pôtcnc.:t:1I de un1 eleu·odo incri~ cm rcl~ção a uni clcll'Odo de referSncia apropri,1do.
imcr11os dircla!Uçn1c n t1 1nistura que es.rà se11do 1i1ulada. pode 41Cr\'ir J')Hl'A indicar o final de uma tillllf1çt10 rcdox.
'litulaç.õe-.s com prrc:ípitnrã.o. Considere il litulaçâo de cJore10 de ro1~s,io 1~ tularõet dij'erenc:lals.. 1:.xa.minando as c1.1 r\•JU: <l: 6 contra v das Fig~. J 9.
com nitrato de prata. Com a Hdiçào dit primeira gota de nitrato de praia. hJ\'crt'.i 25 e 26. ob~rvamos que o ponto final de uma. ti1ulaçJo ocorre no segmento ' 'Cr-
pn.-apuação de cloreto de praia, c:staotlo a ~l uçOO 53.turad.l com relaÇ"Jo a ~ ucal da curva. NC$$C ponto. a 1nclioaçào da curv:1 no gràftco ê máxima Se cons-
~1l A atividade dos ions de prola será muilO pcqucn."I. e podt ser indicada pelo iru1nnos um outro grâfi~ o du inchnação da. cuoa Jo páfK:O E~ contra o volume
poh.:ni.:ial de un1 eletrodo de praia irncrso nit goluc.;~o. Com adjção de mtuorcs de thulnnle ad icion~do, obteremos um gráfioo do trpo illl~t rado !l.1. fig. 28. O
q unn1i dt1dc.~ de nitrato de prata. mais lons de clorct.o precipitam na forma de ponto final da thuhu;ào corrt.'lponde agora ao mlu:imo do gráfico diíerencial.
ck\rc10 de p.rutà. A l'iOluçfto pern1a11ece sa1urada com clorclf> de prnbl, Jnris a Um gráfico difere ncial pod~rá ser oonstruido diretnn1::r1tc t• patlir dns obscr
rttividr11Jc dos ions di! pruru uun1entarà Jigeirnmentc. devido à rcn1oryão de lons vnçõe$ expcrimcn1ais.. 1ncd it1 n!c o etnpl'ego de urn ítpar<:lho rc; l ;1 l i\' :\tnen 1~ siu1plc.s.
de clorc10, jâ q ue o p rincípio do produto de solubilidade esiabclcoe que
ªA•. X'\'i = K.'.C('I
Alinl(iõo o ponto fmaJ. a all\."tdadc dos íous Jc pn1Y nu solução aumenta raptda·
1ncn1c:., devido ã presençn & excesro de nitrato de praht, e o potencial do <letrodo
de prah• 1no..·Hra simuhanieo_n1e:nte urn a um~nto uccnlu.1<10. .!\ Fig. 26 1lustri\ em
oomportnmento.
·r::unbêro aqui o clc1rndo de prata deve ser c<.>mbintl<.io a um ckilrôcln de
l'Cftr~ncia. mc<Undo·.sc \J J'c.rn du .::êlula co1npletn. O polcncial do c1c1rCl<h, de AgCl
refer~ncia perU'lanccc cons111 ntc, e a lém da célul.1 Vl\ria na mesma propon,:0.o
que o po:;:encial do clc1rodo de praia. O pontn linal b ind1cado pela clcvaçao ràpkla
dJ. CUf\"Hda fem llUID grâftCO d() potencia) Q011lnt 0 \•()fUmc de titulante adiciOl1:.tdQ
Tambêm misturas de halelos e de ourros àniom f.lllt: rormam :sa~ dt pra.ta
in~ol(1"cis poddn ser tiluladas potcnciomciriamcPlc; com c:rt~ ressal\."3S. Coo· Votume de AgNO > achc.on.ado
sidere uma ~olução ..:o ntendo uma mistura de íon'! c:lorctu e ions iodc:to. C()m a fi$Uí1 27. Tirul:.1.;io pclcn:iométnru t.k Figura 28. Gráfico dikronci.;11
odiçl(o de ni 1ra10 de pnuo pr1;.."Cip1tarà inicialmente o iodeio de prata,' poi:-. #J o mii,1ur1 Jç iudctos
11 2 :\plicações de medld111 de rcm 113
onde t ~ ô o número de tr,1nspor1c do íon de sulfa10. Como 05 níim.cros de trans-
porte variam com~ concct1lrtJçl.O,. o valor de 1_ nft Eq. (6--16) serà 3 m~dia dos
números de trantiportc do íon de sulí.:1.to n.as dukS soluoões n:1 célulL
A fcm f, d.1 oelulo
F1gum 29. Ap:ittlho pu.ra hlut..(f.o potellcio é dada s><I• Eq. (4-46~
métrica d•í("rt~n<.ial E,= RT ln (a.J, ·
1' \a.J,
co ~ --..........L 1.... f.,... D ivid indo " F.q. (6-16) pela f<I. (6· J n teremos
·· ... ' Eletrodos
"·... de platina E,il':i = t _. \6- 18)
' - -- - - - - - ' O nl1mero de trunsporte do íoo de: sulfaco pode, portaino, ser determinado a
ilus lrado no F ig. 29. Sélo mergulhados na solução doi!i eletrodos idên1ioos, porém partir de mcdiçlle.11 de íc1n da.;; duas oé1u1as dadas Acima. Co1no o it(nncro de trans-
urn deles cncontra·se separado p-or uma lã1ninn dt vidro, forinandu u1n cornpar· porte ê um valor 111ê:dio, o:, 1n~ l h ores 1·esultados são obtidos q11n11do ns a1ividacks
timcn10 d o qual podemos retirar a solução por meio de uni hu1ho dç bocrac:ha. iônicas môdiit11 do" soluções de sulfaco de :dnco diferein apenas hac1rnmenL~.
No início dil ululnçâo. a solução é completaruen[e homoganct•..: ~unbos os eletrodos
~ão circul'!dftdos J)Ol' sohrçõcs da mesma composição. Os po1cncia.i11 dfl~ do~~
eletrodos scríio. portanto. jguais. e a rem da oélula krà nJla. Conii:iderc1nos agora COF.FIClf.NTfS Mf.DIOS DE ATIVIDADE JÔNICA
o ca;;;o que sur~ após adição de pequena quar.uda~ de 111ul1ntc. á u. Agila·.SC Quando trata.mos. no Cap 3. dos equilíbrios iõn.icos, mos1ra.mM que a
a aoluçlo_ e o 111ulantc reagir;\ com quase todo o ~·olumc da iOlu1;~0., rJ.o afetando ativ;dad.e de um loo pode ser e.xpr~ como o produro de um COCÍlClcnt.c de alivi-
contudo n J)3nc protc&ida 50b a membrana de. vKlto. Oi eletrodos estarão ag_o11t da.de pela con~n1ri.çiio desse íon.
citcunda'-'os POf soluçôe3 de composições d.ifertnrcl, c:xbundo cntn:: eles uina
diícr;;oça de polcnciaJ li.E. A razão óE/ &1 serã aproxima&mcnlc ii;unl ie rnzào o= yc,
d E/do. princip:dmcntc se 00 for pequeno. Depois~ dieh:rm.n:.&r·~ a íem <Lt célula, onde: e~• oonccntra-:ão i61uca 1eal que de't-e ser corrigxla por causa d.\ d~ociaçd.o
n solução scparnd~1 pela membrana de vidro é expulsa mlsrurande>-se livremct1tc: incomple!a. A concentração iônica. é expressa nessa equação como a qu(1ncêdadt
com o resto da solução. nnics de preenc-her·se. com nuxllio do bulbo, novum::ntc, de jºUÔ.'S1ÚnGi<J dli;id1Jci P•lu 1-ulu1~w dtJ solução.
o éôntpnrtin1cr110 ~cp;1 rado. Novamcn1c oo eletrodos esrão c1rcundndos por solU1fÕC.S Ao trr1tnrmos de células eletroq uimic-.i.s, é comum o cn1prcgo dn 1nohJt,l,uJ.c•
idênticas.; rc:pclc·"° n opr:r11ção ~n t~rior. Se necessário, é possivel 1rnçru· um g.ràfico de uma ~oluçâo. que é definida como a quantidade ele s11bscti11cta dh•tdlda pi:la n1as.'>(t
diferencittl, con10 o da f ig. 28, mas isso nem sempre é impresclndlvel. de solventt. O Clllpl'ego da molalidade apresenta a vantagcn~ de ~c r cln indcpco·
No inicio <li' Cil ul~1~0. os ••a lorcs de /:J.E serão pequenos, 1>ois u difl!renc;a enlrc <lente de t(,:Jnpcrulura ~ pressão~ pois se baseia em massns. Ern f.>l'oblcrna1' 4uc
o.:; poti::nciu is doo doilJ. clclrodos é dada por dois pontos .sobre a curva da f'1g. 26, t:nvolvçm cé l u hi.~ clet1·oqulmicas, a atividade de um ion é con1111ncotc c..,,prcs.s{•
nfo.st:)dos, por c:xcmplo1 por um vc1lu rnc A1~. N~ finaJ da 1i1ulnç:i\o. po~m. o potencial como o p rodu10 de u1n coeficie111e de atividade pela mol:',fidndc. Ali:1n <li~s.<\ n
cto t:le1rodo in1crno podcrâ c-sl{it sobre a parlo inferior do sean1e11to vertical moh1lid11dc do ion pode ser calculada considerand o-se o clctr6h10 complcHunc11fc
enqua1no que n polcncial do c1çlródo externo podera es1ar no lopo do mesmo: dis~ocindo, q u1:r C-\h.:j.1 reatmenie qu.u não. Por isso, ela podo ser chatn\ul:1 de
res.uh t1 1tSsin1 wn"ª'°" grtJncJc para óE. Pros.scgue-sc oom a 11a1lnção, nté ob1er·se 1U()Jitlid..<td1: ef.h::quiom~tric.a do lon. A atividade de um íon do tipo f pode, pvrlanto.
um vnlor l:i.6 mAximo. Os \*Olumes de tjtulantes t:1dictono.dos podem Ser bastaruc s.er e.Acrira
grandes no inicio da titulação. mas. à medida que nos aproxinumos do ponto (6-19)
l'in:t~ é aconsclhflvd tcrm05 óo 1ão pequeno quanto pos,sh·eJ
onde '"l ê a mol~lidadc cstequ1ométrica do ion. O coefic1en1c de a1ivicladc; );.
DPTf.RMINAÇÀO DOS !'ÚMEROS OE TRA:-:SPORTE íurreo: uma correçlo não só para a interação iônJCa. mM também pa.m. ~lguma
dislociaçlo 1ncompkua do eletról.i to. Esse é o motivo pelo qual )'t' ~ à; '"CT.CS.
A f<m E 1 dn c:tlula
chamado de cocl'ieicnlc Jc atl•tdáde es1equiomêirico.
Zn/ZnSO, i ZnS04 /Zn A atividade: 1õn1C:l 1uêdia de um ~let:-óliro que se d1S50C:Ía cm v. c.â1ioos e
(n~)i (a:t.)i ãniom ji (oi definida dntes pela relação
é dadn pdn Eq. (4 ·34).
RT (a_), (6-20)
n1 = t - ln ---, (6- 16)
- F (n,), na quttl v • ''+ + v...
114 Aplic:ições de nH:didaa de Ít'nt llS
Apl icand<> nos ions ~1 1 ~q. (6- 19), ou, " plicando se a Eq. (6·22).
a,• P, ·111,. 2RT
(6 26)
" • ) ' .. '111 .., .
E.ui• E'Aa<.:1-7 1n '":1:Y 1 ·
onde " - é a ~11ivid:1dc dos ions de cloreto na soJuçào O cocficic11tc lttéd io de n1ivi.Jadu iõnicn prccisu s..:r ..:xpresso ern tcrmoo de coo-
1\ fcn1 da oéluJa, t,;" ' . pode ser escri1 1 corno ccntr~1ção da sol u ç.~o, a1ravé;:; de u1nn ..:qunçio do llPo da cqu,lctio de l)cby<.!-
· Hlickcl. Con10 u eQ unç5o i;implc::i de l)cbye-llUc:t,cl s6 pode ser aplicada a so-
/!,.~, • E,.,.,_<', - B" >' Juçõcs muito <liluidus. e;ln ni\o pod~ !ier U'iOdn: e, co1no i1npurczas podem ~Iterar
Sub;iiruindo pelos vrolote! dn• &<t•. (6·23/ e (6-24) os potenciais dos eletrodos cm :t<llU1,:õcs di l uidn~. nllo podc1nos efetuar 1n<..'<.liçõ..:s
l<T /(/ dignas de c:rêdito na regiilo dns soluções 1nui10 diluldas. Ptu'J inedjções 01a is
J?n•I c--;,,("I F l n" -F ln a l correln.s da fcm. são n::ccssflrias conconiruçôc:R 111111!1 cll.!V4Ld:Js. de t lCl1 lançando~sc
ntão de uma íorm:t ::unplhlda d:t ~u,1._:.ão Uu Dch)'t:·liückcl. O coeficiente môdio
RT de 3.HYJdadc iÕDJC;.t é d ado por
• hÃllf"I F ln a .. a .. (6·25)
Joa Y; • - AJ,,. + Cm,
Da J;q. (6·20), 1emos
onde A e C são cons~an1cs, 1cndo A o \'MJor de O.SI mol 1: 1 kg1 2 para soluç&:s
aquosas a 25 (C. O ,·.:iJor numérico d.1 C<\ns1:.ntc C nlo nos interessa em relação
onde a: é 3 auvidade iônica 1nédia do i.cido cloiidrk:o. A Eq (6-25) pass.... então a ..i.o assunto cm c:s!udo. Subs111u1ndo na Eq. (6--23) e cmprc-g:1ndo t;1mbêm o ~·a lor
numénco para R11F a 2S ~e. tcrcmos
2R"T
E"AeC1 - ,.-:- ln at ,
E,,. - r.AoC o.rn. log m +O.IM> fo 0.11~ Cm,
Aplica.çôc:s de: 1ncdldnt de íem 117
116 rvnd.1111e1u(* de c!ctroquimicl.'
ou (6-29)'
Colocundo cm um lfálico o mc:mbro esqu\':rdo da Eq. (6-29) con1m m, leremos
e da Eq (6- 3 1 ~ que
uma bnhõ1 rela de in1~rscção E°" -'°. A e.x11a polaçio att âc1do cloridrico de mo1a-
hdadc icto nos dará o potcoc:ial-pad.rão do cktrodo pralJ~clorclO de prnta.
"RA ... a - 11"
A maior'-• dos po1cociais·p:tdrão dos elc1rodos pode:: wr dctcnninac1-. por
= a -b-(•'u - - •.,..- ).
.,... 1éali<;a, rncd1nn1e csoolha de uma célub adequada .10 caso.
Subsrnmndo no Fq. (6-33~
D ETERMINAÇÃO D E CONSTANTES DE DISSOC IAÇÃO
As cons1:lntes de dis~oc.iaçào de ác~d~ fracos podem ser det:nninudd.S de
modo aproximado por meio dt: medidas do pH de: unlll solução q w.: c:<\nlé1n uma
}(
• -""· . b + ' 1:1 • -11ou- >'• -
a- b-(n" . -11.ott- J·' ""
-·
tttjs1t1r11 do 6.cido e de um ~ ~eus saís. forroado pela reação co1n urna b.ise fo11e. '" i6-34)
Considere u1n:1 solução contendo inicia1mentc a rnoles de um ácido fr.100 1no1\0·
básico ]\<fA ao qual se adi<..ionaratn I> nio1cs de uma base forte 1nonot'1cida f\t O H, 1
Lcmbrt1ndo que"" ' • wn:H, e que "ou- = wni0u -, a Eq, (6-34) pode se.r cscrit;1
001n I> menor ~1uc a. A renção cnirc o àc:tdo e a base pod::: ser reprcscn1nda p(1r de outra for1n:i
HA + M • + 01-1 · - M . + r + 111 0. a = K á - 1> - l't'(ntw • - n1ou ) . YttA . (6-35)
Parle do Acido remnnc!><:cntt: estará d issociuda, H " h + w(m.i . -ntou - } y,. .
HA + 11 ,0~H,O - +A . Põrlanto, ~cndo m.. . · 1nott = 10- 1" o produto iônico da âgua, é íâcd perceber
e parté do snl 'ofrcrà hidrólise. que.$.: o ,,w.Jor de n:11 • st situar entre 10-" e io- lo, o termo (1n,, . torn.a·sc "'-o.• )
muioo pequeno e Pode w desprezado. A Eq. (6-35) r.du; s.: •
A- +H, O ~ HA~oa - .
a-b t H.A.
A 50h•;i o oonmá molóculll$ de HA não-di.,;ociadas. lons H'. ions 011 , loas "n· =K - ·- ,
A - , e ions M• Como a 'ôOlução de\\! ser ck:tricamcnte neu1ra. :a somi. de iodas • b "· -
as c:arF'S pos11ivas dcw: scr igual à 30ma de toc:IM t1S cargas ncp11,·3.s; dcSignando·se ou con1idcrand o-t.c os log.'lrilmos.,
a quao1i<bJe de cada ion prC$Cnlr na solução por n m111.S um indltt s pro pri.t.do,
b )'
r H = pK. + log - - + log ~-
"w• + "tt• = ""- .. f1oy· a- b YKA
A quantidt\dc J c iOnl ,M.,. dt \'C S:t.:r idêntica à quan1idaJ c de base !\djcionadti e, Se a solução íor suficientemente: diluída, poderemos dcsprciar °"' 1crm0& dos
portanto, coe.fscieutes d ~ ::ti ivid;u.lc
b + n11 • = 11A- + llOH (6-30)
b
Os ionlt A.. 1.1x1stentl!s na soloção provêm do ácido inicl.1h11cn1c pn~scnte, dl! p H = pK, + log - - ·
a-b
111odo que
a = n 11,._ +"A-• (6-31) A Eq. (6-36) 6 idenocn (\ form" s imples $1 equação de HcndcrsQn ( Bq. (3-27)],
que é uplicâ \•el d solu~õcs com pH entre 4 c JO. &: u quant idud<t. de bai5e adicionad~1
o nde n H A é n 41.uan!idnde de ácido não-dissociado cxistcn1c nn n11s1un1. A con.:;111ntt' for igtud à 1nctadt.' da qu~1niidade de ácido inicialtnentc pres..:nte. 1.s10 é, se b -= a/2,
de dlssocil\çüo do àcido é dad:.t por a ~ub;st1tuic;.ão dcs..11es \'O.lores na Eq. (6-36) dará
K = ª;.i - · a.\ . ,
pH = pK•.
• ª""
= •u· ·-m" _·-·
n~A
J'A-
f MA
(6-32) O pK. d.: um tcido rrjC:O é. por1an10. apro ximada mt:ote 11ual ao pH de: um.1
solução do Acido à qua.I se adicionou mc1ade da quanucladc c<1uivalcntc de um.a
Supooh.s oagon1 que o p:;o ckt $Olvt'nte oa soluçio seja ". kg. n~sas condiQlk..""'S. base lo<t<:.
Se um ácido Íri CO for lllUlado potcnciOmct ÓCáIDCDle com U""" b.1.sc Íô rt c.
"" - = -.·mA e """ '"'°"H" ~uhipEeando se oumcn1dor e d~nomirudor d,'l Eq.
usando·sc. por exemplo, um eletrodo de \'idro e um eletrodo de referência udcqu;.1do
(6-32J por "" oeremo• ao caso. é possível construar·se um gráfiro de pH oontr.1. á quanudade de base
adicionada. O gráfico pcnni1e lt!r a quantidade de ba5': nc<::cssària para a ncu1ra-
liza\'ãO do 6cido. e o pH do :>iS lt!lna depois d~ ad1ciontlda inctddc da qua ntidade
(t\- 33) da base. s~ esse pH se situ'1r entre 4 e 10. ele será aproxi1naJa1ncntc i_su:ll ao
pK., <lo il1.:ido.
118 Aplicações de medid<•$ ele fe n' 119
:\s coos1antes de dissociação de âcidos podeiri ser l\h::didaii co1n prccisã() f.. neces:sârio, ainda, conhecer-se ~, ~ se a constan1e de dissociação do ácido
i-1 panir d e 111edidic's dns félll de células s.en1 j u nção liqu idn.,, tais cou10 não for tn~1 ior do que 10 - 4 , sed1 p~ssível calcular-se um valor razoável para 111" ' ,
P1 ; H 2/ H A(n~ 1 ), Nit A(rt12) , NaC1(1n3 ) . A..gCJ(s)/1\g, ;;. p~l rli t de u;n v&lor a proxi111ado de K il. Faundo·se
/\ ÍC!ll da Célu la Sé râ d ~dH pôl'
E~,.i = EA,c:; - EH~ .
O. p (llcncil'lis d (I~ clclr<Jdos de ptata-clorc10 de pra ia e hidrogênio :;ão dados
n::s pectio.:;ul\c:nle p ôr -
- K ,. !!.t.
·"'2
. RT
E~Ct = E!.A.t_c1-7 1n ªa- Na prâtica, a J'elaçào rn 1 para n12 é usualmeJlte utao ti d~\ constante, \'ariando·se
e a força iôJlica da solução, usando.se diferentes concentrações de cloreto de sódio.
RT o metodo, tal como deserilô, é limitado a ácidos. com K., de 10-• n i o -s. Pard
1:", = F ln <\i • , ácidos roais foJtes. o cálculo de 1nu . é mais complic-..1do e. para àcidos mais fl'acos,
é necessário considerar-se o efeito da hidrólise sobre ,,.,_ . , O método dá resultados
desde que il prcssHci parcial do gás hidrogênio seja 1 atm. Porlanlo bastan1e bons.
E....i = E'"~1:1 - F
RT
ln ª"..r'<:1 DETER M INAÇÃO 00 PRODUTO IÔ:-llCO DA .l\GlJA
ou
F(E,,1 -E;.,.,J Células com junção líquida pennitem dctel'nlinar aproxinl<lda1ncntc o produto
(6-37) iônjco da àg\ 1;.\ . A c~ l u l a
RT
Da equação (G-32j. P1: H,/KOH(0,01 mol dm -'J! i HCl(0,01 mol dm - ')iH; : Pt
= K . 'n11A . YnA.
ª" ' 4 111,., - YA-
é uma oêlula de concentração cuja fcm depende da difc(cttça entre. as atividades
dos íons de hid rogênio nas soluções em tomo d()S eletrodos, i~so se á pressão
e, conside.raudo ác1 = JUc1 Yc:: e substituindo esses valores e1n (6-37), teremos parciaJ do gás hidrogênio for a mesma DOO <lois eletrodos. Considerando-se com-
pletamente eliminado o potencial de j unção liquida, a oê:Jula cerà uma fero de •
F(F:ª;- P,~re1)
- ln 1< . "i i l'
-2. . ~ .y m
RT ·11,,tA . J'A · C.1 CI · •
, RT f{~ .
ou f.<<'I = - . Jn ~' (6-39)
F cr11 -
ln YHAJ'o - ln K
J'A u> ond:: aí'1• e aj1• são as ati\•idades do 1ou de hidrogênio nas soluções de ácido clori.d rico
ou. a i nd~ , e hi<lrúxido de potássio, l'espectivan1ente. Com relação a esta ôhi rna, o produto
(6-38) iônico da água pode ser escrito:
K,,., ... rf.t .. X a'on · •
A f\::rn d~t céluJa é mc<.Hd;l a vários valores para n1 0 1ti2 , m:i ; a parle CS(lllCr<la da
I'.q. (6-38) ê coJocada 11\ 1rn gráfico contra a força jônica da solução. Com força 01ldé ªÔn- é a a tividade do ion hidróxido na solução alcalina. Subslituitido a;,.
iónie<l zero. os cocfícjcnlcs de a livjdadcs sHo iguais a 1. e a par<c direita da Eq. obtido dessa relação na Eq. (6-39)>
(6-38) siroplifíca·sc a -log K 0 • As.sjrn. a i.tlle r~çã o obtida (membro l!SQl'erdo d<1
equação conira fo rça iônica) darâ -log K 41 •
As n1ol\llid;ldc.'S da Eq. (6-38) s.\o calcuJadas como segue; o cloreto de sódio
e consid<;:rado co1nplcla.mcutc di ssociad o~ da i, Supondo as at i\'idades iônicas iguais i's ativjdadcs iônjc;.ls nl éd.i ~ das sol uçõ~.
1eretnos
1Ua • ., m •
3
E = RT (o,J"(a, Y,
O ácido Hr\ esla râ parcialrnc1ne dissociado nos íons H"" e A - ..A.. mola lidade dos
jons de hidrogêoio assim produziôos é nr11 .. , e a molalidade eslC(LUioroétricn do
ª' F 1n K..,
ácido é 111 1 • A molalidadc das moJéculas uão ·dissociadas de ácido é. po r 1 anto~ exp1·essã:o na q uaJ (ci:a:f' e. (a~J· representam as atividades jônicas rnéd i~·~ d~1 s
soluções de àcido cloddrico e hidcóxido de potãssio, respectivamente. Um.a mcdiçãc)
m fiA = lllJ - 11111 ...
da fcm d.à cêlui.a nos daria tun V<11or aproximado de .Kw.
Os íons :\- em solução provêm. e.m parte, do s.al NaA e. en1 parlei dn djssociaçáo f\:fedidas t:Xa tas de K.., podem ser obtidas de células scn:i junção líquida. Uin
do ácido : porta nto exemplo de ceJult1 adequada para essa finalidade é
Pi: HJKOH (t11,). KC l(m 2~ AgCl(sJiAg,
120
sendo de L o ltn a pressão p:.rcíat do gá."- hidrogênio. A fcn1 d.i. céluki 'icri dnda por
F..u1 = E,...,o EHi·
Oi> po1cnciait dos cl~trodo;- isol:idos são dados por CAPITULO 7
. .. RT I
f;:A.tCl-EA10 - f ntto-
ELETRóL!SE
RT
E.e, • F ln nu- .
Por1an10
PRocr.ssos l'.l.flTRÔDICOS
tJma ve7.. que Conside1•entos um eletrodo de \1m metal J\f. parcialmenle imerso 11uma
leremo~
solução de ions do mes1no metal. A1 +. hx.pJicamos no Cap. 4 que se cstl\bclcro
R ·r 1( RT cl0 um equillbrio entrt duas 1·eações opostas:
F.·a1 • ~c1 -- ln .,.- - ln --• . -· ,,.
I! F F "Ho j\1 ;:: ,\1+ + e~
~ RT R.T 'ºe•- RT J'a·
• E" re1 - - ln K..,-- ln - --- ln - -· e q uç o clçlr(ldo ndqutrc 1Jm p olcnciaJ q ue depende tio eq uilibrio. Quunto 1na is
F F n;0 11 - F YOH
o cquiHbrio C!Jliv<:r deslocado para a dirçila, m~is ncg.a.Livo gcrà o potencial el~
Rearrunj:lndo Oi! 1errnos., trodo, poi~ 03 clCtrcns se ocumularn nc.l int:t.al. Como o siiitcma e!Há cm cquilibrió,
1 - F:~_,..
t; R_l· ln -'"-
+- " -- = __
R_T ln K R.I ln 2S!;_, o potcn<.:il'l l crn quc!Jlilo é eh.amado de potencial rc'•ersh·el do eletrodo..
"' ~· t '"OH- F " --;. Yo11 .. Se incluirmos o clctrudo num circuito e o lig-~nnos 1o1. uma ronh: de: poh:nci.al
infinllcsimaJmcntc mai!J positiva que o potencial rc.vcf1ívcl do eletrodo, então
Supondo ..se o htdrôxKlo de potássio -e o clore10 de pol~ss;o compk:tarucnlc
c:létrom dci.:ca·io o clttrodo para ingressarem no circuito. E.&5õia perda de t~trons
dis:wciud<>s, me...- pode JtT considerado igual a 1"1• e "'a- 1su.il a "': Com ~S'S3'\:
pcr1urba o cqu11ibrio acima. e oeorre uma reação que tenta rc.\laurnr o cquiUbrio,
subs1ilui~"<)cs e co11vtrtcndo os logaritmos ieul decin\ilis. teremos a txpr~o
íomcoeodo mai) clêtron.s. Essa rc:açào ê, ob"iamcnlc,
F(F.,~ - E;.,..,> 1
' '03RT + <>g ;;;-
1 K
• - o~ •
!•, 101 la
-.-.
(6--""
~, tt.f-,\f ' +e.
._,, · 1 )OH
O eletrodo mc11\Lco 8C d1~toh·e, p:1r;:i íormar cátion.s 1nc:1i.liws1 que k ufus1a1n
À concentro.çlo zero, ~ C()C:ficiénte$ de atividade !ii<.J igu11i.s ltt. um e. nessas con- do clc1rodo. thn g1ndo·i.c p~ra a soluç.ão. O c:lelródo funcion;~ po11a nto. oomo
diçõc:~ o membro direito da Eq. (640) é igual a - log K •. Se colocarin~ num wn ânodo. Se o potencial exteroo a plicado ao eletrodo for openn.s lnfin11esimal·
gráfico o Lnembr~ esquerdo d1t Bq. (6·401 contra a Jorçu iônica. a intcri;cçâo <lo 1nente mais positivo que o potencial reYersí\•el do eletrodo, entllo serà pequena
ciAo dns ordenadns dt1rit - log K • . a "·elocidaôc de pcrdu de ~16trons pelo eletrodo, e a ·reação eletr6dlcn l'nc1hnê:nte
ac.ei·ll,1 o pn.,$0 con1 n pçrda de elétrons. Nessas condições, o eletrodo alan1erà
seu polenciul rcv1.:1·6lvcl, i: diz-se qrn: ele opera 1·eversivclmenlc oonlO ft.nÕdo.
Se., porén1, o po1cncill1 11plicad~ for muilo mais positi"o que o pote11cial
r1::>1c1·sl ... t l do eletrodo, 00 elétl'ons abandonarão o eletrodo com uma velocid11dt
muüo maior do que nn opere.çã~ reversível Se houver uma etapa len1a n.a dis-
solução do 1nct<til u "cl<>cídf1di: de perda de: elétrons Sérá major qut n velocidade
de rorma~-lo de: cl~lrons pek~ reação eletródica Ncs..,as condjções.. o potencial do
c:lc:trodo se tornu mais e m~1is pos.iti..,o, em relação ao potencial re\·erslvet. t diz.se
que o eletrodo c1U. pola.rl:ado. Qualquer eletrodo que opera em potencial d1íetetue
de: seu potcna.aJ rc\er:dvel encontra.se polari'l.ád0;, e está operando irttt"f1'1l~·lmen1e.
Como foi mostrado. o potenciál irre\Oersivd de um ânodo 6 mars: positl\'O
que seu potencial rc\ersh·e~ relação q~ pode ser expressa
EA >Ettl". (7-J)
onde E:"' é o potencial de um H.nt>do operando irrc\'en;i"cln11:nh; e E 4'C-t.1 poti:ncutl
1 ,,.
rcvcro:i"cl.
Se o potencial 11plicndo for inrinile.õ\imahnc-nlc mais oc~alivo Que o Po11.:1h.:ial
reversível do eletrodo, oo clê1rons pt1iisa rão da fonh.! externa p.111'il o ~l..:1rodo. lsso
122 Fu11rhHn.-111n1; de el<:tro<iutmica Eletrólise 123
perturbarà o equilíbrio, e ocorrerá urna rcuçãn que cnnsome o e:<oesso de elCtrons. â sobretensão de concen1ração1 exceto alguns poucoo CMllOS. corno rcrro. cobalto
F.ssa reação de\'erá ser e niquei, nos q uats a sobretensão dtJ. o tiv11çll.ô exerce um papel imporiante.
Embora tenhan1os co1isidcrüdo corno c.icc1np\o um eletrodo metàlico, os
1W .. +e- M. argumentos e as conclusões a que: chog.11mm nas considerações precedentes se
Os càtions se: movem atra\•é$ da solução cin direçãt> on eletrodo para receber aplicam 1g11almente a qualquer sisten1a de eletrodo~ c1n <lll"lqucr s1tuaçtlo. É
elétrons e: se depositar como àtomm mctâlicos. O eletrodo, portanto,. està fun~ preçiso ainda salientar que reações anódicus sl\o ret\ÇÕ<.'S de oxidação, e rt:ações
cionando cun)() càtodo. Se o potcncinl aplicado íor :LpenltS infinitesimalmente catódicas reações de redução.
mais ocg.ati..,o que o potencial rcvcrsivcl do eletrodo, a corrente formada será De toda a d íKussão aprc:sentoda, deve ter lic:1do claro que a cinédca das
infinitcsimai e a reação clc:tródica pode muntcr o passo com o fornecimento de reaçôcs clctródicas é muito importa.ore ao consi()erarMt.JS pr~sos cletródicos
elétrons. 0 eletrodo ma.nt~m M$im ~ roccncW re .. crsi\lel Se, porém, o potencial 1rrçvçf'S5vcjs. Atê o momento. fornm considcntdos, nOb Caps. 4 .: 6. somente
aplicado fot cons1deravelmentc: mais negativo que o po1encjaf reversível do cJe- $iluaÇlÕCS fe\·crs1,·eis ligadas a Polenciais de eletrodo e. cm con~qüência. roi pos~
trodO:; os elétrons chepm ao eletrodo com vcloc;dadt considerá1i'el Se t.OU.\"Cf sivd tratarmos os problemas termodinamicumcnte. Precisamos agora encarar
uma etapa lenta na dcpo.oriçio do meta~ OI c.titrom chegarão ao eletrodo com potenciais de elc1rodo se-1undo um ponto de vill:la cin~tico. e s:n\ importante
•docidade m:uor que a vc:locidado do remoçlo doe mesmos peh reaçio clcuódioa. oonsickrar os poteocJ.llS reverslveis scguodo CjlfC ponlo de vista. para podennos
e o pote.na.ai do eletrodo te torna m.ait e mais fttgativo em rtJação ao potencial comparar csK tratamento com o t.ermodinlmico. Considerar~~ ponan10, as
rcversíYd do eletrodo. O eletrodo cncon1ra-sc polarUado. t operando irrcvcrsi"i.:1- rcaçôcs d ireta e 1n,·ena envolvidas DO cquillbrio que t c:stabe'eO! em qualquer
mente. O potenc:ial irrcvcrsh'CI de um d1odo ~ pois, ma.is negativo QUC'. o potcncia.I de1rodo mantido no seu potencial de elc:lrodo rcvÇJ1;ÍvcL Ao assim prcxedermos.
rc\ierslve.L .o\ roe.lação pode ser csptc:SSa como prccisao05 considerar a trans!ertncia de carga 1tra."U da in1crfaoc cJctrodofsolução,
bC- < b,ft'. {7·2) de modo que será interessante apreseotar algum.ai idéid JObrc a c.strutvra dessa
interface ant~ de inKiar com o estudo aoétioo do processo.
onde E'c é o polencial dç um cAtndo op:ra_ n do irtC\·trsh•elmente e E.,"" o potencial
re ..·crsivel do me5-rno.
Do exposto, torna"'SC claro que 11 pofa,..f:tJC'ilo ~empre rorua os ârwdoç mais A DUPLA CAMADA BJ.ÉfRJCA
posítit.'<t.f e º·' oor~cw ff1(Ú.S n.tgnrlvos que sea.s pole1'dtJfs recersiutis. Além disl>O. F.ulrc um metal t u1na solu<;Ho de um clc1r6lito. existe uma diíercnça de
para un1 eletrodo se comport1;1r como ciiodo, dtve:mos aplicar-lhe um po1cncia.1 potencial que se deve a UIDà d~stribuiçii.o desigual das cargas alra"és da superfície.
mais llegativo que 5CU polcnc;at rc\•erslvcl; para componar·se como ânodo. o A diferença de potencial pode surgjr oomo rcsuhndo de 1·eaçõc:S d;, lran:;fcrência
potencial aplicado deve ser mais posi1 ivo. de carga. como as que ocorrem quando u1n eletrodo adquire seu p<tLcnclal rcvcr-
A magnitude do desvio tio poLcncial de um eletrodo em funcionamento, ~ivel; ou pode surgir d~vido à aplic1u.:iio :io eletrodo de u111 potencial de urna fonic
en1 relação a seu potencial rcvcrtrivcl, pode se.i· expressa pek1. sobrclcosâ~ 'f'f, qu:.: externa. A natt1reza da distr1bujçllo das cargos interessa em runção da concx~o
ê deíinida por con1 0$ in~eaojs mos d as reações elclrúdic1u1. O primeiro conceito, t: o mais s implCM,
l:," •E+ 11. (7-3) de dislrihuiçâo de carga se de\•O a llclmholtz. que s ugeriu que ll di ícn~nc;ti de
po1encial se ~i 1 1l\t entre duas camad.llS de cnrgns elétricas de sina is opostos. F..-.s.a.
onde E' é o potencial de funcionttnlcnlO do çle11·odo t E seu potencial rcvcrsivel
é a otige1n do lcnno d"pla c:otnada f!ltrlrlt:ri. usndo pam denominar u disposição
ou de équilibrio. Das f qs. (1·1) e (7·2) concluiu-se q ue rr será uma quan1irlade
d e purlic.:ulas clélricas que existem nu inu,rf'ac:c. N o caso de uma inlcrfflcc
poi:,itiva para ânodo~ e ncaativo parn cútí>dos.
m~t.al/clclrólito, uma das camndas & "11rgns cs1nri1 no mtta l. Suponha que o
Como fr isado, a polariz:.1çii<) rcsulln de umfl etapa lenta nunl p rocesso clc-
metal apl'c:Sentc carg..1 negativa em l'Clação 1i í'Olu<;iio: nesse caso, Hetmhollr. Sl~criu
ltódico. ,..\ ue::utra1izaçõ.o de h.HUJ crn un1 eletrodo envolve tres etapas principail:':
que na soluçãc, ha••ia uma carnada de ion5 d..: cnrgn positiva imedhuamt:nte :1dja-
1) tl'aosporte de ioos à supcrncic do eletrodo; cente à superfície metálica. Um si.slema dcs~ tipo é semelhante a um condensador
2) neulralização dos ions, para fom1ar álon1~; de ph11.:u..'i pantlclas. e a d upla camada du\'c uprcscnlar uma capacicãncia, tal coino
3) conversão dos ittom~ à forma normal oslàvcl. No cnso de um metal o corldensudor. tv1cdid.as de capacit4nckt <la tfupkt camada e l ~trio1 ~ da influência
isso cn,•olve a colocação do átomo num local ;aproprfri.do do r~ ticu l o: e. no caso qu~ sobre ela exercem pruâmt!tro.s. como eonccn1rnção do eletrólito, mos1raram
de wn gás, a combinação de ãton1os para forrnar rnolécubs. A djssolução de \UU que o modelo de Hclmholtz n5o cru satisfatório; Gouy e C hapinan ~ ugcriram
metal ou de um g6.s. para fonn:ir 1ons. ~ simplesmente o inverso do p rocesso que .1. est.-utur..1 da parte referente à soluçilo 00 d upla cun111da cl61ri.;:;1 oâo era
descl'ito aqui. rtgid.a. mas difusa. grnças :i agilaçdo ttrmicit dos ions em solução e das forças
Qualquer uma das trê:s ctapns pode ser a ch\pct lenta que dettrmio:t a velO* elétricas existentes entre esses ions.. A teoria da dupla camn.d:t totalmcnlc difusa
e:idáde com que os e~trons são tran.sfcrKIOI e. J)Oftanto. a corrente. A sobretensão não deu resuhad~ concordantes com as capac114ncias de duplas camrul;i.-1 deter-
originada nos hem (2) e (3) ~ chamada de JOb,.tttn.siio de alioaçào, e a originada minad.ts cxpcrimcotalmcotc Stern sugeriu que a dupb camada clê1ric;a era urna
oo iteiu (1) de sobrtltn.são dt c01i<1ntraçdo. A sobrctcruão de iativnção ê importan1e combinação de um:1 c;tmttd.'l rtaida. oa qual são ubsorvid:ts algumas suh,1ânc-i.ts,.
na c•olução de gases. principllmcntc hidrogênio e oxigênio. Na deposição ou oa superfic:c me~àhc:a, e uma ca.mada difusa. O ntodcmo modek> qu.1Ji131i"'º da
dWolução de metais. portm. a sobrctcndo pode ser atribuída pnnciµalmente d upla cama.eh d~trica numa intc.rfacx mctal,l1oh.w;io !C dê\.' e a G rahanie~ que
'
124 F.letrófue 125
incluiu considerações sobre a :;olva taÇà l) dos !ons adsorvidos na su~rficic <lo íoos a d .:;orvidos niio-cspecificaroente. Es.se modelo qua liLati\'O da dupla cu nu1d,1
elet rodo. . elétr!ca ~Là ilus1raclo na f ig. 30, na qual se considera wn mela) com carg,111cgr11iva,
lnici;.\lmente, a faso m :· :tàlidl áprese1Ha uma carga elétric:t global. devido ao Como rnencio nado anteriormente, a duph~ c~unada eré1rica nos iittc1·ci;.s:-1
excesso ou ã dcficiênck1 <lc clêlrons.. Essa cargn está oontiuada a uma canla<l;i porqui:: ~ '':th)rcs rncdidos das constautts de: .,·clocltJa<lc de reações elettódicos..
na st1pcrficic do rnctal, tão delgada que pode ser considcn1da tHna c~1 m~dtt hidi- e ou tros pa.râm.:cros cinb1icos dependem acentLiadmuentc dt1 cstrulur.t da dupla
1T1cnsio11al. A çamada dé folelmholtz na parte da in1erfa<X; pçrlc.ncenle à ·solução camada. Despre:tflr a. esli:ulur;:i da dupl1 calnada pode lcvar-noS ~t mccanisn1os
c <.1n1ém n1oléculas d~ solventes e, por vezes.. outras molêculas ne utra..;; a dsorvidas errndos. Emboru eSS...'l:> conl)idcrações estejam foya .dos propúsiL<l$ deste livro~ é
oa supcrficic inclálit::a. Se .::ssas n1oléculas for..:;rn djpolos (co1no 110 ca.'\o do solvente útil conhtccr pelo inenos os :;1cus possíveis efeitos.
águ~-1.). el a~ mostrat'ão um certo grau de oricotaçiio, devido à Cárgtt existen{e no
1nctal. Além d isso, na maior parte d as so luções clctrolítictts ~xistt:m tJguus ious
ad::;orvidos nll sup~rflcie metálica (utna moooc~-una da, frucionâria, geraln1tnte de O TRATAMENTO C'l)IÉTICO DOS POTENCIAIS DE
ã.nion$). As forças que tomam parte nesst1 1tdsorçú1> não são claramente entendidas, l'.LETRODO RF.VF.RSfVE!S
Jnas, antes q ue um iou seja adsorvido <l::s.sa maneira ele deve moslrar·re dessolva- Quando um eletrodo està con1 ~eu po1cncial rcvcrsivel, existe um cqu ilíbdo
cado, pelo menos no lado c1n que se <là ~ contac~ com o electodo. f ons adsorvjdo~ entre as forn1a.s oxidada e rtd u1;ida do ~isooma. Em gera~ o equilíbrio púde sçr
desse modo são chamados de adsorvido.~· espec~/lptJ1neniei e o plauo qoe passa rcprcscrllado por
iuravés dos centros elétricos desses íons ê chamado de plan~ iniertlo de Flel.m1wlcz.
J\·tais afastada do elctro<lo $ilua-s::: uma camada de ions solvatados. f.sl\.~ $âO ox + Zé~red.
ions ;\ds<.,rvidos nã.o-cspcc.iítcan1ente, e o plano que passa pelos ccnlr~ doo ions Explie{ll'l'l<.1s no Cap. 4 q ue. inicialmente ((lnlc:> que se estabeleça uma dif::rc(IÇH
mais próximos no eletrodo chama-se plá1u) 1txterrió <h• Hel.11tl:oltz, q ue. detcnnina de .ro1cnciaJ en1:-re o eletrodo e a sol ução~ 1\ reação dire{a e a inversa não se
o tinlile da camada <lc Hcltnhohz e o início du cu1uadd difusa. que coutén1 outros proc:cssanl a n1bas com a m esn1a vclocida<lc. Se a reação direta fot inicialwcnle
mais rápida, o eletrodo adquire carga p~sitiva conl tclação à solução~ fato que
, __ retarda a reação dirc1a e acelera a reação inve.rsa. F:rn qualquer caso~ o pote.nc.ial
' que ~ c:letrollt) p~~· a ler sempre aceleca a re1:tcíio mais lenta e retarda a reação
'\ mais râpidu, ~lé .se :tlingir um equillbrio,. ocasião em q ue a.~ velocidades das duas
'
--- ~~'
1
I
\
/º-·-,\ -
'
1
reações são iguais. Nesse ponto, a diferença de p~tc nch1 I cnl.tt o eletrodo e a
solução dc:.ixa de crescer, pcrtnanecendo com um ''1:tlor estacionário. Precisamos
agora ex~1nlintlr os aspectos cinéticos dcsre prooe.sso.
f 10 ~
/
1,'0 , \ J Suponha que;. n{l ausência de qu1tlquer diferença de poccnciali as velocidades
1 .... ._. / ,..- .....,' -~ / das reações direta e. io.,·crs.:1 sejam ~~~e t.'~, respec1ivau1ente (o índice O indica
1
( Í+' i· condições iniciais). Essas velocidades podein sc-r e xpressas cm termos de constantes
1 -- .....
'0 \
1/
l
1\ ..._
+ ,
'
11 ,,,...--,
·- -
/
\\:)/
' J
~ -~~ .
de velocidade e alividades dos l'c:.agenies; assim,
~ - ~~.
sendo k1 e k~ ~s coostan{es de 'i!e1ocida de na :lusência de qualq uer potencial,
~~
"
I +
. . . . ......" /
1
···:.
1110.'H 1) t essa situação.
Si: e~ "# u~. o elecrodo adquirirá urn potencial E que irá acelerar a reação
mais lenta e rcJ~lrdar a reaçãü n1ais rH.pida. (:omo a variac;ât) n~t" at ivjdades dos
te.agen te~ ê desprezível, esse efe.iro deve ler origotm otuna vuiiaç.ão das constaiues
Metal Camada difusa
- O de vcloc.ith1<lc, que. por sua vez., só podem 5er afetadas por v>tri(IÇÔCS nas ahuras
......
:r :J:
~
r das ba1'(eiras cocrgétlcas para as rcaçôcii.
Suponhunl<)S que inicialmente i.•? < v~, de modo que o potenci;d ncelere a
Camada ôe Pigum JO. A dupla .:ama<lll. cl~ lrica. (IHP - phtt\O
Helmholtz inlcrno: OH f' - p!aJtO e.>;kn:o) reaÇão direta e rc::l~rdc a reação iriversa. Suponhamos. aiud;l quç a energia de
126 Fund:uncnlOll de e:lt!l'oquimica 127
Temos então
AG~ = -azFE e AG~ - (1-uFE.~
• Substituindo na Eq (7·5~
~
.....• AO;
k, = kT cxp (- AGj + o:FE)·
h RT
e
•• k
l ..
kT ( t.Gf (l - a)1FE)
hexp - - RT - - '
"• 0\1
"•e
•
1! Fjgl)nt ~J. Dil\'1'ílmfl da ooordo. k, k: = cxp (- ~~19 cxp ("~:}
8
u
nada de rt$1 çl o
kT ( AG~) ((1-•)srF.') ·
k = -el'.p - - - cxp . (7-8)
' h RT RT
Comp:ar.11.ndo esse rc-suhaéo oom n Eq (7·5). podemos Ttr que
C00tdenada de reação
or.:FE'\
ulivuçdo du rcuç:ão dir:ta diminuj cm AG~, e que a energia de all\'ação d.a reação k, - ·~ cxp ( -u;'
invcrSn. uumcnte segundo~~. Essa situação se encontra representada na .. ig. 32.
Como n:suh11do das variaçõ~s Jlí.\S barreiras energÇticas, devidas ao potencial E, k • -kº
- -: e:<p
((1 -•)z;'F.)·
RT (7·9)
ns velocidades das reações direta e in\•crsa irão variar. Sejam c~s.as .,,clocidtidc.s
v, e tJ1, respectivamente, e k1 e k1 ns correspondentes cons1a11tcs d~ vcloeidado. Essa:s equru;õcs relacionL'.m a conSt>\nte de vcloçidadc de uma ret\Ção elc1ródico,
·reren1os então na prcl'!cnc" de u1n potencial F:, it constunte de velocidade na uusênci;i de tiuolqucr
(7·6) potencial.
onde As \•clocidades reais da~ rcaç.l'>dõ &no dadas peli~c: Eqs. (7·6) como sendo
Rearranjando
ln"º + ln k~ - RT
os· termos.
xtFE
- ln a,.+ ln k~ +
(1-a)zi'F.
EiT.
--
:FE = ln ªn
-+n1 ·~
(
ou
RT ª• ~
1 /l.T k~ R'/' o0
/ ~a.· E = - ln Lã + -1J- ln - · (7· 11)
' '~'-'-----'--
/
rF kz 01t
J~ = zFa01(~ exp - RT
>ZFE) = zFai<k~ exp ((1-a)zFE') 1ira mo.~ (> valor de E' e o sub.:;tituímoo na t:q. (7-16),
( RT • (Y-14i
'.º'Em i ngl~ exr.h:v,ge curre-nt de•1.~icy; al.;umas vezes cicarl<l conl('I densjdaóe de coi·rtnte
• • V (() -~),f(f + !/))
k2 = k2 exp ·, RJ' •
<lc equilíbrio. (N. do i.)
13 1
130 F.lctró~hc
Oll
(7-17)
\7-18)
('omparando com a f'.q. (i-14"' \'cr.ficamos que a Eq. (7-UtJ A equação p-.ra o grific:o da demidad: dt corrcot;;: toul pode 5CT obllda
a:.F~\ 2):F')
J, - }, cJp ( - RT): i~ = i. c1p ---;;:;
((1 \7-19)
.-ubsti1uind<>-'"' as Eq~ (7-19) na Eq. (7-20~ Po,taolo
Concluímos. d:1.s E.qs. (7-191 que, ~ '1 for a~g.ativo. j, > i. e o iele:rO<io se com-
1-1.[<>P( ~i) -e•P(< -;~F~)]- 1
(1-211
por1arã como ciuodo. Se, por ou1ro lado, ,, for postti\'O. J. <la• e o comportamc-nto Es.sa equaç:io rel.i.cion.. a densidade de c:orrcoh: num \:lc:lrodo com a 5obrctcndo
do clclrodo scr6 de Rnod('I. F.m qua.lquer eletrodo é possivcl oor.s1d:rar pa~sagem Em dois casos. extr~mo" ela pod! ser :-.i1nplií1c:ada.
de: éorrentcs an6d1ca e catódica; a corrente final dependerá si1nplc:Smcn1e das
intensidadi.:s rclutivus dessas duas correntes. 1) Sobrelenst1o l>alxa
É con vcn~llo t!IC1't\rer, pnr.i a dcasidtldc lol~il de corrente, ·rcrm~ cx1>onencinis podein ser C.lí.pressos con1<.) u1na ~érii.:.
(7-20) X4 X~
e'= l +x+-
2!
+ -+"
3!
Assitu sendo, se J, > J•• j será positivo, do n1odo que !'11'> corrente"! c1H(JJicr1s silo,
por unia conv~n~fto~ consideradas positj v;.l:;. Se jr < j •• j lK:rÚ n;::gutivo, t 1L;; cor~ Se x ror pequeno, e"~ 1 + x. Em casos de sobrc:h:nsõo baixo é pos.s1•;c1 fazer
rente.~ anócUeo.s sao cot1venc1onalmcntc ncg~u i ..'as. essa aproximaçúo puru os termw i:xponencia~ du Eq (7~2l). r..:suh..ando
1\ ... araaçào dciJ densidades de corrente j., e j". Íl'>Ohula1ncn1c. cont ~ sobre·
tt:nsão, pode ser repreJentada graficamente atr;t1lés de um gr{1li(.'O dus d<nsidades l•i.[l-~~~-(I +(l -;~F11)}
de correnk contra o. sobrtcensão. Nesses gráfico..\ ê comum rcpresentur·SC J. como
uma quanr1dndt neg:uwa. e rePr~ntarcm·s:: valores ncgotli ...os de 1f .i d ireita
da O"l"ID. como lluJtrndo na Fig. 33. Considerando-&:), das Eq~ (7-19~ qcando
'1 =- O. eotio j 1 • J•. À medida que 'J' - :.o, J., - O. Qu.,a_ndo 11 - - ». J, .... oo.
Parai. da Eq (i-19~ quando ~ =O. i. = i .. Qu•ndo ~ • -s:. i. - O; o. quando RT j
lf .... '7J, i. - o:;,. Um., rcprei;.entaç:iio gráfia1 das Eqs. (7· 19) e'tã 1eprieiê'1uad3 ll3 ~=-- --
zF i.
i-·ig.. 33, n..i qunl a( dcnsid:.tdcs tk L-Orrenll! anódicas são neg.ativ:is. A densidade
de corn::ntc IC'llfll j ~ a Ron1a d~ Jc e -j,., e corresponde. no gràí>CO. :l ct1f\·a que passa O sinal ncg(ttt ..·o 1ndtca que, se '1 for positivo,j de,·e ser negativo. mostrando que
pela origem. 0CSS.l ÍOrrna_ quand-0 11 • 0,,1 • 0. Quando '1 6 llCIUtivOi) é posiri\'O, a corrcnlc 101,il 6 ..i.nódica. No càso de sobrctc:nsões b:.uxal!.. a Eq. (7-22) mof.tt..t
11:idjcando corrcnlc 1uh1I cfltó<lic."t; quando '1 ê 1>os11l\'O. j t negativo, indicando qui; j ç dircta1n1.:1uç proporcional a ' ft e po<lcmoo ver. n.1 F ig. 33". que. n:is
corrcn1c h.>•ai Kn6dic:1~ proximid:1d~ tlli ongcm, a eur ...a da dcnsid::id:: tot.ll de corr..:n1e é hncar.
132 l!k:lr6li11t 1~3
2} Sobreim~u ~kt'-Oda
~ =d + b' log i l- 17·29/
Quando o valor da sobrctcn1ilo é ara.ode. a correcae ca1ódica i d.:spr~zivcl
cm ret~çüo à anódica. ou via:·,·ena. cooformç a sob:etensão a~uma '"·'lon:s Essa cQuaç-lo ~ a fonn:t da ~uação ck: ·1arei aplioJ"d a compor1amcn10 ;1nód1co
~iU\>05 ou oegati.,.o~ respcç11vamcnh:. ~ dois cl.S(JS de'em K'f comi<k:rJdos d<f' c:lc1rodo.
~p.1rt1da mcn 1c:.
OJ.S 1'<!• (7·241 o (7-25) <, 1ambém, da< Eq< (7-27) < (1·28~ conclui·><: que
Comporiament<> flnlil catódiro. Se ft sobrcttnsâo ror elevada e nc>'nth•n, o a/b = -d;b' • log1,. (7-JO)
SCl(t111do termo entre colchetes da f.q. (1-21) Ç d.:sprczivel compar~1clo no primeiro
Se dclcrininunnos a sobrcicnsào de um eletrodo para víirh1s dc!nsidad~ d~ corrcnlc
lenno e a equação reduz-se a tOlal e ri;-,er1nos um grâfico de 'J co1urn toaJ. as cons1~n:i 1 e:1 da e.q uação de 'f(lfcl.
j = ),<'P ( «R
zFT· 'I). a (ou a') e b (OU 11.>t podcrJo ser Oblidas. do &rf1fíco, da ittlcrse<r;ilo C-Oíll O CiXO Ô:tS-
ordcnad11$1 e dA inclinação d~• curva. re~pec1ivamcn lc A dcnltidade da co1·rcnlc de
1roca de um sistema elelródico pod..; di:sso forma. ser çalculad..-t a pa1·1ir da Eq.
E.l\crt\'tlldO na forma log.arirmica, (7-30). O oocliciente de lranspOrLe pode ser caJculado da inclin.ição da CUl'\'A 110
,,;fq grâfíco.
lnJ· • lnJ - - ·
• RT
.\fEOIOA DO POTENCIAL DE l: M EU.1 'ROOO
Convcrlcn<lo em logó\ritmO! dec1mab e rc01rranJando us termos,
O mé1odo pant dcterminur o po<en:ial d.: um eletrodo em funcionamento
2.J03RT 2.303RT . ê, cnl princlp~°' jguaJ 30 mêtodo ui.ado pam dcicnninar o potencial clc1rúJi1.:o
11 = - - logj - - - logJ. (7-23)
wF • zF r::vcr~ivcl : mns o fato dç haver passagem de uma ço;rcnle acacre{a a n ~cc.<1s1dade
Pn1.c1ldo de nlj;unuu 1nod1Jh:nções. Suponha q ue o ck1rod<J c1n 4ucs1ão cs1cj;·, operando
2,303/ff 1 J (7-24)
-ti!F
- og li • " como ct1.1 odo. Ele dcvc,obv iamen1e, fil ?~r parte de urn circuito contpleto, incluindo
e unl Hnodo (muitas vezes eõnhc...cidõ co1110 o eletrodo ;iuxilia r). O potcnci:il do
2,303R'r • b. (7-25) clc1rodo (no oos.so caso, o cá.iodo c1tado) t dctcrn1in,-tdn acoplando"'° com un1
!t.:F clelrodo de 1efcrê11c1a e 1uc-Oindo-se oon1 um J>Olc nciôrnclrO a r~m da célula l\Sio.in1
ICr't'IT'IOS fon1!.1d1t A Fig. 34 ilustra esse princJpio. A corrcn1:: circula pelo carctHIC\ ~n 1 ri:
'1ªª blogj (7·26)
o ch:•rodo a medir e o ck:1rodo lux1liar. ma.i. oào hit correr'lle passando p:lo
E\13 Ultima equação relaciona 1'.nbrcltnsào ã dcr.\idade de corrente total ~1ód1ca. circ11110 do potenciômttro. que cs1l balanceado para u1"3 corrctne nula.. Con1udo
e t coohec:d;a t.-omo equação de Tq/tl. Ela 1nos1ra q~ com valores <k'••~ de a corrcnlc C1rcula através do cle1róhto nJ cé'lula clc1rolí1itã, de modo que cn1rc
sobrcicnsão. cs1.a ê proporcion::d JO loga.riuno <l:a densidade de <:orrc1Hc o clc1rodo-problema e a e,;t1rc m id:1<~ c!:i. ponte salina ha"·"'rà uma queda de
C<JmportamentQ final ca1ódico. N~Se caso, o primeiro lermo entre colc h.;tc~ potcn\:iul IR .atravts da solução do clerróhto. bsa q uccb cs1;1rà 1ncluida na lci1ur:1
da Eq, (7-21) é dcspteziveJ cm r:l,1çlo oo segundo, e a eqoação Poderá ~cr da (cm d,1 Célula (ormad;.t pelo cletrôdO-pl'Obictnn e O cJ.;lródO .J.UXihn.r, ~ c;u1s.ar(1
11impl11icado: un\ erro ~:< pt:rnnental na l ~i 1 ura. E.i;~ problcrnn poder~ ser resoh'"ido da mancin1
.1 ~ ), oxr (
(1- •)'foi)·
RT
que segue. A ponte salina ê prolongad!t Pt\1'1\ l\:n11inar nu rn c~pilar, que é colocado
!fio p ró~inl o qua nto possível do cle1rndo·pl'oblemn. Esse dispnsi1ivo é conhecido
Par" 1om~r os logaritmos dessa cquaçHo, lorna-se ncocs..11ário pôr de h•<lô o s.inal
mcnoi. ulribuido 3 densidade de corrcnle final anódica, o:: considcntr a pcnns o .----ÍA ~lilt------
Ao Poltnc1ômet10
rnóduk> dciis.a quaotiêade. As.sim fazendo.
( l -4):F~
ln jjaln}, + - ~-
Ponte
<..'On\'>Crlcndo cm los;arittnos decimal! e rc.arra.1jando O:i lcr·mos,. sahna
2,303RT j 2.303RT .
log +- - 1og11 1.
(1 •)zf ' (1-a)zf
2.303R'r , , (7-27)
-(l- •)'F 1og1. • a Ele~10dO Eletrod o Eleuodo do
e auxil 1a1 em operacão 1efer6nci1
2,.l03R'/' • b'. (7 28)
(1 - a):F Fi.gur.:t J5. Cap1l:u- de Lurp1n
134 135
como Cilp1lar de L..us,si11 e é mos1rado na Fig. 35. Comp ni1o li.A co1rc:ntc circulando etapa lcn1a na h!.i.Cào clctródiça. Quanto mais Ecnta a re.1ç?io clc1ród1c.a. mais
par:t a ponte wtlina, o capilar de Luggin h:m o i:fclfo de prok>ng.Jr o etelJodo de fac olmente .se dcsc1n•oJ"crá a polari7.açíio. C'omo a densidade cL. corren1c de 1roca
referência.. rcdui1ndo·~ a qu.antidàde de 1:Jetrdli10 c:nlrc o clc1rodo.problenn e ê uma ntedid:i dJ. velocidade d'1 reação clc1ródica, ~b de\·c forncocr uma utdicação
o 1énnino do cnpil:.lr (e, por1an10, a q ueda de potencial, / R.) .a uou quantid.1de sobre ~ poss1b1hdad.: <k ocorrer polariz.açào c:m um de1ern1in:ldO sis1ctna de elc-
minim• 1rodos. Um tlc1rodo com baiu dcnMdade &: oorren1e de lrOC3. tcrâ Urr\3 rc.-ção
A c:fic~nd.e dei c:.pclar de: Lugg.ir. depc:.ndc d.1 cor.cnle e d.1 c:onccn1rdçàO !-c:ua e pode. por1an10. 'ICf polarttado ma.tS facilmente.
do eletrólito. Se o elc1rólito for diluido, sua rdist!nc!a krà c:lic\.1d<l. k:tiaodo a Esus &$~CtOS podcn1 ser ánalisados convenienttmente por me.o dl< cquotc;ôcs
Um:l queda de polcncial IR t~t'a<la: o mesmo ocorr~!à pan' correnta muHo que r~lác1ona.m ~nbrctcn'!.lo com dcn$idadt" de oorr~nte. Para sobrctcn"""" bai:it.1s.
intensa.<c. N:s."1! condições., a queda de poc:encial IR enrri: a ex1rcmid.1dc de) c.1pil.1r a equa.ç.1o apropr..1d.t é a Eq. (7 22):
<lt: luggin e o cl-ctrodo pode a1nda introduzir um erro aprcci{1vcl na mc<ltdl. NCS$C RT j
coso, o po1cncial do eletrodo pode ser medido para um valor parucular de inlcn· ~ =-- -·
::F j.,
(7-22)
t-id1u.le de corrente, mantendo·se a extremidade do ca.plbr n vârltt.$ <lititânci a~
l:Ollhcl:idns do li"!letrodo. Quanto mais dislantc o capill\r, lunlo 1n1uor o t.:l'ro de\'ido D~ss~1 cqu:H;iln. p(ldcn1os: conchur qoc. para uma dac"" dcn'\1d.adc de corrente
il qucck1 de polcncinl /R: mas, cons1ruindo-i:.e un1 grâfico d.is sobrc1cnsôcs medidas iotal j , a mai:r,niludc d.1 sobl'ctensão se.râ tanto menor 4uan10 1nuior ro1· o vrdor
conlrn n~ <li~lílncias do capilar ao el.;trodo, é possivcl unK1 cxtrapohlçílo para de j.,. En1 ouirus pul11\•r.1s, quanto mais baixa '' densidade du corrente d~ lroca
disli\ncia 1cro. ciuc durà a sobrttensão reaJ, como mostl'ado no Fia. 3G paFJ. um de u1n clelrf>dO, u1nto Ln.dor será a polarização e a sobrc1cnsão, f>iHn uma dad ~\
CHiõfi de i>ohroh!lll.Sào calódica. dcnsithule de COrl'1;:1He.
Ou1ro m~t odo se baseia no falo a queda de potenci"l IR. olrti.vés <l~ uma P1tn1 ulh1$ JObrcttnsõcs num cátodo, a plica-se t1 Cq. {7-2.3J, que pode ser
!1.oluçl\o d1' um cletl'61no. tornar--se nula Jogo que a corrcn1c é dc~li gad u. ,10 p.isso :::scritn na form..t
qu~ !\ sobrelen&.lo din1inui, de inicio, Jinc~ rmcntc com o tempo e. depois. ~xpo
q = b(logj-logj.J. (7.31)
nencialme.n1e. O po1cnciaJ do c)ctnxio é medido ell\ difcrenlQ. Jn1i.:r\lu.Jos de ten1po.
depotS de lDtcrrompi<b a corrente. A sobrctcn.~o ob~r\•4da ~ rcg.sst:::i;da num Pode-~:: con ~ulf dc5Sa rclaçiio que. para uma da.da dcnsidJde de oorrcotc 1ota1
grâfico de sobr~rcntão oon1ra rcn::.po decorrido apm intc"upçâo d.l corren1e. 1. a: nt.tgni1ude d3 50brc·cnsiío catódica. - q. ~ria l~nto menor qu:in10 maior o
Se a ~ne hnear da cun'3 puder s:r traçada,. c1H poderia Ser cxl:upolada ..té um ..-alor de 1•.
tempo z;,;r0r. pana d;tr a sobn:lcnsào real. A dim1nu.ição c:b sobrtlensiio t usualmente Isso pode J.Cr 1fus1mdo grnÍK..'21tncnlc; por- grifices das densKi:.dcs de corr;ol.:
observad."\ cm tempos de ate 10- 3 s,, de modo que a iDlt.<rruPtJo d.t correntt~ o contra iobre:1cmlo. cu•no na Fíg. 33, mas,, com o contcast~ entre duu situa\i(}d
inlervalo de 1cn1po cspcntdo e K medida d.,:, p01e!lC1al ~o con1rol;a.dos por meio ex1remas, com um ça$() de haiu densidade de corrente de t!oc:l e um ca1i0 de: alta
do\: ctrcuuos clc1r6nico..... densidade de corrente de troca. A Fig. 37 ilust ra esses dois CMOS Vê·sc: que, para
um d.::t.:rmin.;1do ...ttor dJ. dcnstdade dt corrente tot1.\ l a sobreccns.lo scrà muito
S IGNI FICADO OA DENSIDADE DE CORRE>ITE DE TROCA major qunndo J. íor pcq1..cno.
}.lo inicio d.::111;: (.:Upítulo. frisamos que, com a apli c~1 çHo de urnu co 1·r~n tc
A deni0i1d ~\(le dt: corrente de troca é o m~ mcd1da d ~s vclocid,u.lcs da.~ reaçôc$ de baixa ittlcn::iilludc, urn eletrodo opera rà reversivcln•cntc <.' rnnn1crl1 !\CU potencial
a 1h)dicn e cotódicn que ocorrem num clcito<lo quanUo cslc se cncontru cill seu tcvcrsívc:I. \ 'erc:1nOR agora que, com qualquer corrcnic, o po1cnciol de u1n cl1;:11·odo
po1eoc1al reversl\'el. H.clcn1bra1nos que a poh1riznçtio de ati\'l\Çâo rc.'iuha de uu1a se <lco;viarit u ~ $t.:U potunciül re:versivel. Seria mais cortcl<J t.li7.<:r que. <1un1tto n1ais
lcot:.i 1.uni1 r<:11çno elc1l'ódica. maior o dcs\!io do polcncial de seu ''U IOI' r'-'vers1vet.
,,
(•) 1. pequeno, (b) i. elovado
Oistllnciu cwp1lar do eletrodo Figuro 37. Gr/ili(°' ~l cns1da<k: di: co1'ten t:~wbrc tcnsão: (a) j,, pc<111c;no, (b) )., 1.1lc1;1Hlo
136 f \1nfl1t:tH:ntos de <:k1roqufrnica Elecr ólist 137
Assiin sendo, todos os cJcu·<.1<los op::nun irrevcrsivclménte, e deveriam ser cli1s~ rnaior pa ne da solução. é a sobretensão ~ concentração do eletrodo. A fem da
iiiíicadoo eul mais irrc\'crsívl":is nu n1eno::- irrevcrsiveis, en1bora sej<' bas1an1c corn,un c6lul8 de co11ccntração produzida pela ektrólise e, assiu1, a sonla das sobretensões
o emprego dos tcru1os irre-ver$ível e revel'sivel paf'J. essas duas s in1 açõe~:i. 1-\s aoódica e catódica, e a fe m. a plic-.i.dn de ~·erâ ter \.llll va1or 1al que con1pense essn
densidades de corrcnic de 1roca caent g<!ra lmen1e na faixa de valores <k 10- z ..-i força contra·eletromo1riz (fcem} da célula de concentração pá1'::1 que ;) e.letrólise
10 6 A cm-z. de modo que.. cm um eletrodo co1n j,, = 10-z A cm- 2• haverá prossiga.
corrente i nt cns~1 corn v;i lorcs baixos de sobrclcnsão. Voharernos agora nossa <Hcnç~i.o à sil\lação criadn em um dos eletrodos.
Ou1ro aspcc:10 iln portante da densidade de corrente <li;: lróc:a é sua rt.lação ..6.n1es rlc l<4~ apl ie~ir qu,tlqucr potencial CJHerno aos e lctt'od o~ a conce1Ht'ação de
com a facilidade c onl que o potencial de cqui librio pode ser estabelecido !H•lll ións de pr:1.1 11 será unifonnc :ltravés de Ioda a solução. estando nn1bo$ os eletrodos
clc1rodo. Para o tstabe.lecimento do equilíbrio, deve h8\'er un1 1ta11spo1·te de carga e:1n equilíbrio 1;1 u1n po1ençial dado pe l~1 Eq. (4-5). $;; a concentração uniforme dos
1urtt .,·ê::. <la dupla c.1 mada. por meio das r.;::açõcs anôdica e é.:t!ôd ic1.1. Se j 11 < 10-' /'\ ions de prafrJ for e, l! LL~ur~se, na F.q. (4-5,h conocn1 ração cm vez de ;,Uh'idadc, CSt<\
cm-= . é pouco pro\·âv~ que o ck:trodo poss'-1 alingir seu potê1lc.iaJ de equilíbrio. as.su1u::: <) rorinu
rocsrno. em ,._is1emas convcncionalmcntc puros, <>ode, pr<>vaveJme1ue;. extstirão
in1purezus suficientes pa ra a-i.a.otcr um~ <len.sida& de t o rrente u1aior qt1e JO- ; /'\ E • E" + RFT ln e~. (Vi2)
cin - ::. Nc:ss:: caso, o potencial do clc1rodo :;e deve n1nis às. imptu·czas que ao sts·
lçtnl:l propriame1ne dito. A Eq. (7·14) rnos1111 que o valor dejO) depende das <Hivi· Suponha 1.l gora que consideramos tun eletcodo ao qual apli c~lll\0$ u111 pot<.~ncial
d~td~ 1h~ íorn1as oxidada e red o zid~t do sis1cnlt1cle1ródico t, por1anto, em soluções E'. n1eno: q \le ·E. t:sse e.letrodo se comporu:1rá co1no u1n cit1<xlo. e ions de p r<lla
diluída..~ J.. tecá um \•alor pcquc·n<.1. f,..: ;sc é u1u dos u1oti\'OS pelos quais é dific:J pro\'cnicntçs da soltição scr.1.o ai dcposif<tdos. Pot si1nplicidadt:, cl)ns idl-:rcLno..:;
conseguirc1u -se valores precis~ 00 fcrn cm soluç<)i:s diluída~ <I não ser qt1e seja1n CSS(I deposição tão râpida que é alingido um equiUbrio na superlicie dt) e lctrodc).
1011u1d i:tS precauções muito rigoro:;:'ls p3ni cli rninttr ilnpurezas.. Esse aspcclo jit Ern outras palavrns, cons:id;;ramos que a concentração de íoos d:: prata na s upcr-
íoi 1nencionado e.m relação à dc1crmiJHtçUo de potenc.i.a is-padrão dl!' el.ztrodo.i;, íícic do cJctr<.ldO será t;;lpidamente. corrigida pela reação de dcposiçã<~ alé q ul~
no C'.ap. 6. eht (..'t'>rrciipond:'I a P: ~ 1ambém essa corr.z:spondência é dada pela Eq. (4-5). Se n
t.:Onecnlraçàv dos ions na superfície do eletrodo for t~, a 1•e.la.;ão adi::quadá será
SOBRETENSÃO DE CO KCb NTRAÇÂO
A origem da sobrctcn;;:»o de c.o11centração ô provr. v,;:l m ~ ntc ilustrada da
R' = E'+ R: 1.n e, . (7-33)
maneira n1ais comprccnsi\'el con~id era 11do ·se a .,;:l..;":u·ólisc de unl sal de tuu inetal Como F.: < F.. e': < <:1 , -:::sta bclccer-se-ã. na solt1ção, u1u gci!diente de co11ce1nnlÇÕes.
eutce eletrodos do mc:;mo metal, por exempla:o '' c1c1rólise de ili{rato de prata q ue- provOcJ;rá a <lifusão de ions de pra ta da solução para o eletrodo. Os io1ts de
entre eletrodos de prata. prata q ue mig ram para o cátodo c11con1rarão o gradiente de co1lce tHr~ção e );(:tão
Antl!S de inicktr·l:iC a ..:lcttólis~, os eletrodos de prat;,-1 entra rão em equ1Jibrio aci::l ~n1do:1; ; a \•;;Joei<laUc <lc c.:ada ion lerá u1n cotnponeute de difusão, que se so1narà
001u a solução, a1lngindo o potencial reversível apropriado, depende.11do da atl\'i· ao con1pon::1Hc de rnigraç.ão. A vcloe.id3dc de chegada dos ions de prn.ta no elê·
dade dos íon$ pnHn na solução. Como amb<l$ <.1s eletrodos estão mergolh:tdo:; trodo será ~O\'t:tnada pela \+elocidad.: <lc 1nigraç.ão e pela intensidade do gradiente
na mesma solução, eles tetão o .01esmo pot<Cncisl cletródjoo reve1·sive1 e, portall10, de concentração. Logo q u~ os ions de pralu ftlinj:un o clc1rodo, eles se depositarão
não h;,'\'Crá difcrenç}) de po1encial entre eles. Aplica ndo aos ele!l'odos tima pequcoa por ação da reação eleu·ódica, râ pidr~ de Lnodo qu•~ a conccntraçUo nn supcrficie
fem exten1a, o eletrodo de prata Jigado ao pólo nci:;~Hivo s~ comportará corno do clclrodo serâ mantida em e.,. valor correspondente ao polc11ciaJ E a plicndo.
cátodo, e o c1clrodo ligado ao pólo positivo funcionari1 co1no â1todo. No cál<.1<.l o, A clapa dctercninante no processo global ~ HS$i1n, o prOCetiso de lraD.8portc de
ions de praia serão retirados da soluç.'ió à 1ncdidn que íore111 sendo neutraliiflàos, 1naS5->:'I , q oc (az os ions atingirem o eletrodo. Numa solução não-agi 1 nd~1. a con-
deposita (ldo-sc co1no prata metàlica. No Unodo. a (;Ot\c.:ntt'ação dos íons de prata t:c ntra~1o dos íons de prata será função da disnlncia x ao eletrodo e do 1c1npo t .
au.tnenlart'-1. c-0m :~ dissolução do elc1rodo. As soluções nas vizinhanças imediatas Qul'!ndo i =O, '' concentração ê onifor1ue em toda ::t solução, com o valor e, .
dos elcirodos d iíercm d1l concentração do .resto Ua ~oJução: a do anô)ilv lerá Apli<.-ando·sc o potencial. a concentração na supel'ílcie do c1clrodo dcç.rc~ rapida ~
co11ecntq1ção Ola ior e a do catóhto cooeenlração ntenor. A m:.üor cono:!1Hração tllen h: ~ e:~ , e. a solução n:.'IS \'izinhanças do eletrodo se torna suc<SSi\•uctlcnlc 1nals
de íons de praltt e.iu torno do ânodo ê pnrci;1lnlenle. reduzida pela rnigração dos pobre em ions d~ pr<tltt. 1?.s~a situaçíio vem representada na fig. 3~, on de~ m<>s 1r~1
íons de prata etll dit'eçào ao câtodo e pela difusão a través do restanlc da solução, a c.01H.:cntração dos íons de p r~ ta corno fonçfLO da distância ao eletrodo, em in1cr-
Analogu1n enh::, a con~ nlração roais bH ix.;) de íons de pra ta cm l?n10 do câ1odo v~tl o.:; de ternpo crcsccn1es. '/ê.-sc, na f jg. 38 q\1e, numa solução nlio-submetfrla
6 parcialmente at1mellti1d:'I pela tnignH;ão dos iODS de pri1ta pfOVClltCt11l!S do á tlCdO tl a~Jitaçâo, o g.radierue de conçt:n l r~ÇUo diminui com o 1empo, e que o processo
e pela difusão de ions proveniente.:; do resto da solução. Se, c(Ht~udo, .:sses fenô· de. difusão se tOl'llàrá progres~iv a1nc n1e m,1i$ lca10.
m~nos de transporlc forem lenLOS. 1·esuhat'à u ma diferença fini1a n.<1 concentração E.nt soluç.ões "giradas a situ;içào é u1n po1100 mais simples, Pode.mos consi-
do..11 íons de pntla. em torno do ânodo e do cátodo. Isso da rá orige1n a u1na célula derar a existê:lcia de \llll~t ci:1nla<la estag.n :ul~ de solução próxima ao eh:u·odo,
de contclltração, com uma fem que se opõe à icnl ;,lplicada. A dií.:rença entre o na qual não há n1ovimento. No re~:i10 d;i solu4,:tu.>. a çonccntraç;:1o dos íons é man-
po1eociu1 real de funcionamento de qualquer uo1 dos el~ lrodo~ e o polenciaJ que tida unifo nne, de 1uodo q ue o g,t'adiente d!! concx;n1q1ção se restduge ;) c:iroadtt
clC-':' a pre.~et\hun quando em equilíbrio con1 íons <lc pr\1t~-1. de alividade igual â da estagnada de solução, qu~ é chalnada camada tle difUsão. Nessas cond içõe~ ~·
138 l!lct1•61.i:1c 139
A corrente de migração de- nurato, afastando-se do cilodl'. é de 0,511. ,\ corrente transporte do ion em quctliiO. 1,.
de diíusão do nitrato cm direção ao câtodo é 1ambém de 0,S3/. A corrc~tc total
lraruportada pelos iom de nlln.110 na camada de d1fus.ão deve, pois., ~r nul.L A 1. - 11,. (7· 36)
c:orrcnh: de migração dos iun$ de praia c:m dueçào 0io cátodo é 0.47/, e 1.1 cor rc ru~ A c<>rrc:nte de difusão pode 'er deduzida da pr1mcir.1 lci ele Fick p.1ra ~1
de di(u.~ão, 1an1bém cnl d1r1.:~·?iC1 ao câ1odo, é 0,53 1. v~~sc q ue são os íons ele rr.1ta Uifus.;\o. que di~ que
Oll rc!Jpl) nsá ~·c is pela C01lduçüo de lOda a corrcnle atrti vCs d.l ca1nada de d1fusi.io. dn
U1n r:aciocinio s.::melha111c 1uos1ra que ~o os ions de prata que conduic1n (7-37)
••>tht a corrcu1c ran1btm a l rl\\'~ da ca rn~ dll d~ d1 fus.~o aoódica. /\o pas)() que. dr
no intc-ior da nu.ior p.trtc da soluçi<\ 1cxt bfõ o._' lons participam da oonduçln da onde <.lt1/dr é a quanliditdl.! de substância que difunde por unidade de 1c1n1>0,
corrcn1c. oat camadas de difusão só conduzem os ions que são neu1r31izados- a1ravés de uma área A. devido a um gradiente de concentração õc/êx. D é un\a
6 prcçiso. contud~ ar.s:inular que essas camad.'b de difusão são mu.10 delpdJ5. cons1actc de proporcionalid:adc cha1nada coeficientt de difusão. O sinal ncgali\'t>
com espcs$ur;i de apenas uma fração de milimctro. r.a Eq (7-J.7) indica que a difuY.o ocorn: em SC!)tido oposto ao do gradircntc ele
NC1 cJtcmplo anlerior. o lon <le prata condu7 Ioda a corrente atr!t\+ts das concentração crcsocnte; crnp rcgrun .sc: djfe:rencia1s parciais para o gradiente de
ca mndas de diful:ião. ô.lraL de tne:1ade é uma corrente d~ rnigr~ção, e cercn de concentração porque, na re:1licl;1dc, e~ é função 1a1HO do h:mpo como da dístl\ncin.
me tade ~ uma corrcnic de difusão. ?Ylas, na presença de um excesso de un1 clc11·óH10 C1')n1u<h') coosideràrelllOS o gradiente de conccntraçílo npcnas no i ns1;·1ntc ~nl
indift:ientc. é possível n10Rtnar que a maior p:i. rt~ dn corrente tr~ nspor1 adn O.tJ'l\\!éS que ele fll ingiu \Ull estado cs1ucionário num:i soluçno ngilnda, reprcscn1nd:1 na
dll CJ mada de d ifusão pcloi. !ons de prata é uma corrcn1c de <lifusão. Purn 1.!XOm· Fig, 39. Podc:Lnos ver, na Fig, 391 que o gradiente de oonccnlntção varia corn u
plificar. considere uma soluçüo 0, 1 mol dJn J con1 relação a AgNO, e: 1.0 mol di~tinci.1 e. par.a podt!rmos usur n Eq. (7-37) para o ctllculo d:i corrcn1c de difusno.
dm ~ com relação a K NO, Como o ion de pnu.1. cs1à presente cm pequena con. fazen1os u.~ aproximaçào (introduz.tda por Nemsl): numa cx:.rta. distãncU con-
c.-cn ltJ~O, comparada â conccn1nação dos ou1ros tons. seu ourr.cro d~ 1ran.5p0rtc sidcr1mot o gradiente de concentração como sendo hoear. tal como mo.stmdo
sçrâ p.equeoo. J>:i:-a a solu\.'âo1 ~ niimt!'ros d~ tr-.ansporte pJ.ra os ion~ de prata, n3 rig. 42. P<>rtanto
l)Olti$slo e nilrato s.ão, respcctlvaJJ)Çnte.. 0,04. 0,4/i e O.S. A eletrólise da soluçio,
cnlr\: t lcirodos de pnHu c:ncontca se reprcscn1ada nu r.'1~, 4 1. Como os 1ons po1át.5lQ
4
e nilra10 não são net11ra li'i.ados, suas corrcnics ele d 1rusno são iguais e opos1us n
suas corr\:nlcs de migrucao. O loo de prata dc\'c cunJui-ir 1cda a corl'ence n1ravés S11bs1ituiodo na Eq. (7·37), rnus desprezando o sinal ncaa1ivo) pois não cs1om06
d11.t ctunadas de difur.üo, e cnn10 so1ne.nte 0,04 da CQrrcn1c ê condll7.ida por n1i.araçno. intcrcios.:tdos no sentido r::m que .se transn1ite a corrente.
0,96 dev~ ser conduz.ida por difusào. Isso ocorr~ na prcsc:nÇa de u1na conct.n1ração
dez. "CUS maior de n11r:110 de potássio. Com CODCC'Cl1rttç0c$ ainda nu.tores di! !'Utrato dn
d~ potassro. ou com cona:nintçõcs mc:aor~ dt n:1rn10 de pr:11:1 u propo~.to de
corrente conduzida por d 1íu.d.o k apro:<1ma OOs1tu11c de 100~~ . P.1r:t exprimir a ,·elocidi1de de d1íusão oomo um.a corrente. devem06 muluphcar
Vin1os q u~ somen1t o 1on que participa da reaç-Jo clctródica {o íot1 ele1r~11vo). dn;'dr por z1F. Qnde =• ê o numero <k carga..<; do ton:
conduz tOdd a corrente utravé~ tla.<1 ca.u1adas de difus..io. b~t corrente 101al pode
$ct cv.i:isitlerad;.1 co nto co nsi ~Hind o çrn unH1 co1·rentt de difusão 1.i e un1a corl'enic I • z FDA e-'-~. (7-38)
de 1nig.rt1çtio / ,... A COCl'Cllll.: f (ll{-tl T e dada por ' 1 5
/ ,. Jm + J,, (7·35) So1b<l ilu111do os &!~ (7-36) o (7-38) na Eq. (7-35~ tu1emos
A corr~ntc de migraçãô b a fr3ção da corrente total que é condt:rida J>'l.. u1n lon e-e
~n1 mjgração e. pt.>rlanto. i.gual ao produto <b corrente 1oial pelo número de I• /11 + z.FDA
• -'-8 •
Mtgração
+
0.04 Ag•
01fusào
0,50 "ºi - t·ii tuu 41 F.lctr61isc de AgNO, 0,1 nlol F'i&U•'.1 42. A ::tproxima('.ão de 1'/ornsl
Difusão d•n l - KNO, J.0 n:ol d1n ~
0,49 K- 0.4õ K*
o. ~o MI"!: e,
"'"o.so NOi
O 9i A9•
r--
0. 96 Ag.._
'
r
EJct róli~
143
142 Fundt11n cnto~ de clcnoqufmic!l.
O valor de r, podo ser determinado pela Bq. (7-3$~ que podo !Cf rcarranj•da na
rorma
1,
fem reverslvel da céJula é E, a fem ;1plicada E,.,,.. e R e!. res1stênci:I do circui10. -elt1romotr1z. E. da célula gah·ânk:a é J(il.W por
C".<'llno 1nencionado, quando E." • P.. a corrcn1c' sera n.ula. Com e..,,, > ~' ocor- r; e E0 , E" ).
n:ri eletrólise, e se os eletrodos fuoaon.arcm de modo perícitamentt reversível,
a fcm dJ t.'ilula oootinua sendo E. NCSS3s condições, u1na ~ to1al (E._, .t) pro- expriess~o cm que Eo.: e Elh são os p01encbis dQI cJctrodos d::: cloro e de hidro..
"'CIC.1 a p;.1~sagcm de uma oocrc:ntc a1n1 v~ do circuito de re!iit~ncia R, a inleo· gCn10, rc:.p;çti\·11mente. Estes são dados pela Eq. (4-1).
iJidadc I d.1 corre1He será dada pela lci dç Oli.m,
R1' i r:
I • F:,.,, - E E = Eº + - ln P('il
(7-42) <:11 Ct1 f' "
R
RT RT
A .tiq, (7-42) m óslt11 q ue u1n ~n'1 lh:o de l contra L.,,,: d<lrá uma linh:i rela <le = F.CJ, ·I - ln Pci - - l n a
2P ' F
inc:llnaçio 1/ /4 e que I = O quvndo e..ri • E. ls.so acontece conl corrcn1cs bnix~1s.,
com os eletrodos operando de m1tnc.ira 111.0s ou t11euos 1'e\'Cl'sivel. Conl valorei; onde ü.., ~ t' a1ivi<.h1de dos ions de clorclo e 1101 a pressão p:-1rci11I do cloro no
mo~s ete ...·ados de E-1'· ha,·crA pa'\:..itg.em d&: cortl!Jttes de maior intensidade. e os c1elrodo.
clc1todos estarão sujeitos 3 pohuizuçilo. Co1no o eletrodo dt doro é o :inodo do ª•
1i1icma, 1et1 potectcial se tornará m31s posith·v e o potencial do 1dt:lrodo de hidro-
E,.J - -RT
p ln -
,,:,,,·
gênio., ptt Aua ~C'4 se toma.rã mn.is nea.11i,·o. Em conscqltênc:i.a. a rem da célula /!T RT
~ tom.1râ maior; o ac,êscâmo serâ 1iual i son1a das $0brctcn~ n(')S dotr. clcl,odos. - - l n a - - lnPte
F • 21' 1·
A íem toual Que a carreta o sureimento d.."l corrence scrà urn pouco n1"-"tlOC que
aqucb que 1cdamos ,;;;e; os clt:trodõ.1 operassem reversivclmenlc. e u in1ensi<L1de: onde a. (: u aü vidaOO dos ÍQnS de hidro&ênio e p11, ;;1 prc:ssáo p~1rcin.I do gá.'I tiidro-
da corrculc tarnbérn será menor que a Jutcnsidadc dada pclu P.q. (7-42). fl.1n gê oio no elclrodo.
cor1·c1uc5 mais intensas. ~• corva cio gràf100 corrente contra fcm (lplicu d~1 <h.:i:<u A fctt\ da célula galvânica é, poruuuo,
de ser uma rela de inçlin.f'..çãô 1/R. À 1nedida que as sobrctcnsõe~ 1Htn1cnt:L1n co1n
intensidades de corrcnl:: crc<\teólcS, hâ tainbém desvio da lincaridndo. (7-43)
A curva corren1.:-vohH.geu1 da Fig. 44 n~f~ l'~se 3 u1n sistcmA no qual o.s
eletrodos $: cnconlram cm cquilíhrio com a solução an1cs ela aplicaç.Qo de ttlgurrui c:onsidcra.ndo que as ativjdadcs dos lon.1 permn.oeçam CQn!)~ ant d, a. tiq. (7-43)
fan exieroA. Contudo. na 111aioriJ d<M cuos dt e-letr6lise <k intcrcstc pristic:o. mos1ra QU-' 3 fccm ~ oêlula gah·ln~1 ~iumcnt.t à mcdiOO que a pressão parcial
O!l' êletrodos não esião inici3Jmcntc cm cquilibrio com a solução Considere. pc,r dm g.ikS forma.d~ aUDlet113.. Qu•ndo liC- ;acumulou. oos clclrl)CIO'\ quanudack:
exemplo. :>. tktrólisc de áado clOf'idriço entre eletrodos de platina A.ntcs do inicio 'ul'ic~ntc de produt0$ para criar uD\3 (cem i1uol e oposta à krn aplicada. u eletrólise
da cfc1róll~ nào havi:rá, na so!uçào gh$ cloro, nem gãs hidrogênio. de modo que dc\'criu ccwr. Com~ comportamento tdc.al dc•cria apenas haver uma corrente
os "lc1rodos oào podem es1ar em equ11ibrio co1n u m~srou. NtlS;'lS condições. 1rans116ri:1 quando se aplic-J 30 .Sl'lh,:ma uma ícn1 pc...-quc:-na. Essa corr~ntc lr•n-
teremos utna cur"a correnle-\•oltagctrl como a da Fig. 45. Aplict\ndo~$C aOL'J e le- si16rk1 dr.vcrÍ!• ser ronsti11.1id;.1 ern parte pclJ. corrente ncic::s.sâria pam ncutr:tli1.ar
trodos uma fc.rn mui10 pe<1uena. lons de h i d ro~oio se 1no\·~tão t nl direção ao as q 11 anhd~1 d cs necessárias de produl°" 006 clctrodoo, e parci;)Lmente pelo corrcn<c
el,trodo ncgati\'o (cátodo). ôncfu sedio ne \ltralizados para ft)rmar t;às hid rogênio, neoessfl.r~1 P••tn. 1'01·mar a d upla curnudn 01~ 1 l'ica. 1\ primeira é cha1nada d: coyren!e
faJ·átlttlca ou .fariídú:a. jà que ela IC\'t1 11 u 1n 1- ,u;ão cleu·o<luhnic!l; e a (1 hlma é c ha-
li ' +e ~4·H~- Jl\f1da de corrc111.e não.fa»âdica, pois cb nllo pro\'oca qualq uer 1rnnsfornlaçiJo
AnAlogH1ncntc, ioni do!- cJoreco mignun cJU direção ao eletrodo po!SÍIÍ\'O (ânodo), elc1roqu}nuc3: tral,-t-se de uma corrcnh: anú1oga à corrcnlc ncQQSSâ1 ia prtrJ. car-
onde sito ncutr.ali?".ados e formam o gAA cloro, regar um condensador.
c1- -iCJ, +•. Apcsa.r do fa10 ck ambas as corrente,,._ a faràdica e não·.farâdica, deverem
ter nalUrc'/.J apenas 1n.n~1óriá,, v!-sc, na Fi.g. 45, que e:xis1e uma p.equcma, mas
Logo que surgem nos c:lctrodnt traçOS desses: produto~ o $iStcma fC cons.tilui continua. corrente cnlre OL<. \'HIO!es L e I de (c...'fn itplicada Ena corrente t chrunada
numa ...~tuba galvânica. com uma rcm o~ta a (em aplicada. Es'Ja rorça contra· de t orrtJllt residual: ela se dc•c ii d1íus&o dos produtos formados pcb c:k:tróli.se.
n que se f!íniu am dos eletrodos. A corri:nte residual é. portanto, necc.'l:iária para
manter a~ cont:encrações. aprop da dtL~ dos gases hidrogênio e cloro jun10 11os
eletrodos
Aumcota vdo-se a rem a plicada, a~ concentrações de hidri"J8ênio e de cloro
llo0:15Sârirui paCTt se oporcn1 â fem rtpl ic~1d~t se: tornam maior~~ a difusão scd1 tnuii-
ràpidn. 1.: ia corrente rc~i<lt1it1 aumentn. Hnvcrú, (Fig. 45) uma ctapu .;ntre l e 111 ua
m
q ual flS pressões parcial~ de Judrogênlo e c1oro nos eJetrodM pass~un de umn
• I
at1n()11Íer1L Nt:Sse pont°' os gl'IScS se dcsprcnc.Jcsn nos eletrodos. a reem n!o pode
mais au1ncntur e, se aumc.nUtrrnos mais a fcm aplicade, a eletrólise pr°"1e-Quirá,
146 Fundamcnloo de elelroqulm.ica 147
graças a uma !Cm rcs:ulu1n1c que a favorece. Jsso oco!'re no seg.rnc:.nto n1n da Fig, Dessa forrna, a supcrlicie do câ1odo é continuamente renovada, formando--sc urr1a
45; o grâfico passa á ler a forrn;l da curva da F ig. 44. O scg1ncnlo n1n ê gcrahnente nov:1 gota a cada lrês 1,.)u cinco si;:gundos. O cálodo e, assim, mantido limpo e livre
extrapolado a tê corrt~ncc nula pam determilttu' o •1á lor d~ ícm aplicada, D. uri de qualquer conta1niraaçâo por pn)dutos fo rmados na eletrólise. O aparelho ó
q ual ocor re111 cortCt'lleS 1"()n.x;j{1vcis que favorecem a t:le'!rúlisc. A. fcm aplicada ern d isposto d-e üd n1ancira que as golas q ue constituíranl o câ todo caiam para dentro
D 6 oonhecida coin-o (101la!JC'.P' de rl(!C(•p1posicão, mas não 1em si gniftc~do teórico. do rcser\'atório de mercúrio que co!lstitui o ânodo, q ue está localizi'ldo no íood<.'>
Esse conceilo 1e1n i1lgurna uliHdadc prática em ele:ró1isc, e o va lor D pode ser d a ctlula eletrolhica. t:1n eletrodo de cel!l'ência pode ser colocado na soh.1ção.
chamado d~ 1J(llta(Je.1n de dc>conrj)()sirâo práiictt. para podermos delerrnjoar o potencial de funcionamento do càtodo.
Pela Fig,. 44 podcrnos 'ICrilicar que basta exceder-Sl-:, por uro valor infint· 1\ cécnica poJarogr;.\lica se b(!St.:fo o;i po1al'i?.ação de. concentração. associa<l<l
1ésimo. o potencia) l'êVcrsi,•el de tun~t célula para que ocorn) ~· :::letrólisC. Portanto ao fato de a corrcI1tc de difu$>ã(l-limite ser proporcional à concentraç.ão da c<;pécic
o valor n1iuin10 pana a fcm aplicada necessário pal'a uma t.!le(rúiis:: ê ig ual à fem eJe.troativ-a na solução. Supon~ u anâlise po larog1•áfica de uma soluçfi<.l de íons
revers1veJ da oêlula, e pode ser eh.amado de t'Olsagem de deco111pOsiçào re,;ersiuti. de Jn et:üs. Os ions se 11c utr~tllz~1riio no câ1odo de ine1·cúrio. formando um ~~ mâlga naá
~..fas, nessas condições. qualquer eletrólise cerá propor~fies insignificantes, Se no rnomcn10 dü potencial de neutralização apropriado. Para que a corrente con-
quiS'~rmos unia ele1r6lis.e ern gr~-1u a<.'CDIU<Hio, a fem a.plic~1da deve c.ornpcns.ar duzida ~t !r;-t \·és da ca1nada de difusão pelos ions a oeutraliz\11: seja pr\ncipuhn:=nte
qualquer sobre1ensão associada a processos eletrôdicos, i: deve, 1 ~1 mbém, Jevar corrcnle de <liíusão, adic.iona-se t1n-1 excesso de utn eletrólito indifcrcnl.C (fn;qr.c nl::-
cm conca a queda de tensão IR a1ravés do eletrólito. Esse illlitno lerrno obviarucnte mcnlc clon.:10 d{: potássio) ?i sol11ção1 e aplica-se uro potencial ncg;Hivo crçS<;:;:nte
dependetâ d a disp()sic;ão ge<.11t16trica dos elerrodos na célula, o que. m<.)stra a !Uni~ ao câ1odü.
lação do conceito de vollagcnl de dccon1posíc;-Jo. Corn u1n potencial aplicado baixo1 observa-~ \ 1ox1 cofrcJlle rcsidu~tl, n~us.,
E1nbora no exemplü anterior tenha sido. consideradt) o desprendimento de q u::ando o potcttcial do câtodo se ton1ar suficie1ueme11te neg.a1ivo, h~1 vc rã n::ulra-
hidrogênio no câ1od~ cxislc urna situação anàlog9. o.a deposição <lç um n1etal. liuçi'.io üos Íl)n..:; metâlic.oo e formação do amálgama do rnctal no çá10Jo de rnt;r-
Bnquanlo o meti! depositado não cobrir inteiramen:e- a superffc.fo do eletrodo, c úrio. A1' go1ns de a:nàlgama pro\·enientes do cátodo cacn1 no reSCr\'alório q ue
sua ati\•idade irà variur, sendo possível surgir uma fe1n opos1.a ~ aplicada. Logo fortna ô ãnodó, e podemos encarar como reação auódiça a di ~so l ução do rlh:tal
que o eletrôdo estiver in1ciramente. coberto pelo meta~ e!e se eo1np<.)rtará como do amálgama para for mar no,· a mcn t~ io ns n1c1itlicos ern solução. Tornando o
mecal puro, corn a1ividadc igual a u1n. 1\ fcent oão pode 1nais aumcniar, e um potencial do cátodo progrcssh·a111.;nlc mais 1:1cg~llivo, ~• 1.:orrc1He J UUletHa, até
llO\'O aumenlo na fern :;.plicada J;;va à ocorrência dá ele!rc)lisc. que a corrente de d ifusão dos íons mctid.ic<.lS a 1inja o valor-linl itc' ndequado para
Con10 a f.;m 101al ap lic~ da a urna cólula eletroJíti:::u inclui n q úecla de potencial essa concentração particular de íons rnclâlic<.~ na :i:olução. Si: ~ COl'ré>lle tõtal
IR a1ra\iês do eletrólilO. queda essa que depende da geometria <ki. oélula, é mais através da OOh1!2, fos&i devida intciramcnie ;i corrcraic de difusà(I dos ions n1etàlicos,
significativo considerar os potenciais dos eJetrodos iodividuahncntc. O; potenciais a correnft. na célula pcrn1aneccda con{itaolc nesse rnorncnto, apesar de potencial
dê íuncionnmcr'ltô d oi:: ~~li.:1 rod<.~ serão iguais a seus p~! enc:h1 is revcrsívcis mais ( aplicado iornar·se mais ç mais ocg~1 1i vo. Na prática, a c orrente dn cé lu la conlinL\á
qualquer sobretensão exisicntc. e ess.es potenciais s~o chan1ndo.1' <li:;. vosenciais a variar co nl a ..,ariaç3o do potencial aplicado, devido :t ex.ist€nciu de l)Ulra.ii
d~ nfll!r(r/lzação. Qu;;indo o proo;;sso é a d eposição ou a dissolução de '~~ metal. correntes. como a correnlc residual. Ess:.'l variaç~o ê. c<>nl udo, rx:quen;J,. e eslâ
os potenciais são, por vci:cs. chamados de pofenciais de deposição ou de dissolução. ilustrada Jta Fig. 4~ onde se mostra \l ffi grâfí.co d;l variaç~o d(I C:·orrc-n te al ra v~s
É evidente que o po(enci:d de nculr'Jlizaçào mi'nin10 é o pott:ncial revcnsí\'~l Jv:; da -célu la com o potencial ncg:.'IÜ\'O crcsc:cralc do cá l<.xlo. U1n tliagnuna dt"sse 1ip l)
eletrodos, mas:, para haver pa~s ag.cn1 de correntes apreciâveiS:. tornu-se. n c::cc~sárk1 é cha1nado de polarogra.nta~ esle C. obvia1nc_ntc.. scmclhan1c à curva da Fig. 43,
uma sobretensão apropriac.la. q ue ru.:Jslta a \•ariaçâo da corrente de difusão coro a sobrcicnsão c~-1 tódjc;;:i.
No estudo de pre)Ccs$00 cletródicosi é mais con1uni, por isso, cons1ruírcm-se
os grãficos oot rt!nl~ con1ra polcncial do eletrodo e.in qucslão, c nã.., um grf1fico
corren1e con1rA a vollugem total 11plicada, como na Fig. 45. f,.<:su prà1 jç~-1 e adotada
na pola rogn1fia, ú1ha 1êcniÇ(I, analítica já n1encionada antcrior1nc-n1c, por ocasião
da discussão da sobrcicosão de concentração.
POLAROGRAFIA
Na p-01tttOgraíift, a eletróJise é l'ealiuid a usualnlente entre eletrodos de mer- rigu.ra 46. UJn polarogr.iroa
cúrio, quancJo o~ proécssos que nos i11teress:.un são catódicos. O ã11c-do e tun
reser\'atúl'io de-mercúrio de grande su perl'ícic, de modo que a d ensidade de corrt:nle
iUtódica seja baixa, evitando-se assim a poJariza~-ão do ânodo. O câtodo e iuna
pequen;i go1a de rncrcório que pende d~1 cx.ln:midadc de un1 capilar ligado f1 unl
reser\·atório de 1nercúrio. Ajusfaudo o fluxo di: n1c;.rcúrio desse rcser.,.atól'io a um
valor adequado, podemos aumentar o ta1na1lho da gola lentarnente1 atê que ela
_____.. ., ._------_l_-
CàÜi, ioiciandO·$c então a formação de noví1 go1a no término do tubo capilfu".
El1:wóliic 149
148
Como 11 corrente de d 1fusão-limi 1c de um ion é proporcionral f1 conccnlril<;llo oxidada e rcduti<l.1 na supt rticie do eletrodo de acordo 001n n E'l· (4- 1):
do mes1no na solução, o 1nterva&o 11 do polarognarna é unia n1cdida da conc<:n- .., RT to..,
E E T-ln-· ('1- 1)
traçào dos tons do 1ne(nl na solução. Para dctcrminar-K o conccntrac;ão rc.11 d{)!. ;F a,..,,
jon~ o upar~lho ÓO\C itücialm.ente ser calibrado com soluçõe$ de conc."Cnlração
conhecidJ. A polarog.roí!:\ conslltUI assim um método de aná lise quantit1:1iv._ que pode ser rccscri1n sob u f0<ma
Para 1e ch•&•r ii equação da ••"" polarogrófic• mosamda n:i Fig. 46. $Crlt t: - F." ~ RT ln >~. (q>),' (7-49)
útil coosidcnar um caso genérico de redução ocorrendo ruun ei1odo.. no qual a zF ;-,...[r«ll
fonna oxidada do sistema difunde-se cm dir\'.:Ção ao cátodo p:1-;1 31 )oCt rcduzjd;t
em 0011s.eqU~ncia da rt'a.ção ekt ródiça, onde Yu e Y,r1 são O'! coeficientes de atividade das ÍC\rm~ oxidada e rcduzidA,
ox + =e- tcó. res.pectivamcn1c
Subscituindo os vBlorcs d •d<>< pelas Eqs. (7-46) e (7-4R) llJ Eq. (7-49~
f\.foRlr<.11110~ an1~5 q ue,nUll')a 1·edução, n um câtOOo. r.a Q\ll\I a e1f\P3 dc1cnninantc
<la \'clocidlldc 6 o processo de transporte de massa. a corrente é proporc~onal R1' )' k• 11 - 1
ci ,,::looidJt<lc de difusão da forma. oxidada e.n1 direção ao clccrodo. Es1C1, por sua
n- P. +
zf
-:' ln ~. -
r,..A ko
- -·
I
()U
vez. Jcpcndc dtt tlift rt:llCu tntl'ê as cooce1urações da forma oxtdnd:l 111\ supcrJicic RT 1· Rt 11 - 1
dr> clcti·odo e no re.11u1.nto dtt solução. Portanlo E • Cº + -. ln ~ + - ln - - · (7-50)
zf Y,...i : /' 1
1 = k0 ([oxJ,-(oxj,). (7-44)
Os valores das con:ctitnlc:i. k0 e k,. da Eq. (7·50) dcpcndc1n do 11U1ncro de elétrons
ondi [ox.l e [oxJ., são us co n ccntr~çõ~ da fortna oxid.Jda na soluçào e nn super. envolvidos l1t' rc~u;ilo clclródicB. d3 n1assa das gotas de 11\crcúno, do 1e 111po de
ficjie do eletrodo, rcspecth•amcnt:; k0 é. uma cvtt$lanlc de propon.:ionulidu&: que v1dl das lº'ª" ele mercúrio e: do coeficiente de d ifusão d.L'I c&('é:cic.:s cnvol"idaJ.
en"·olve o cocfic1cntc de difus;lo d.1 fo rma oxidada.. A corrente de diíusão limice, Todos ess;;::s fatore~ exceto o último, são couiuns a :unb.as us formas,. n oxidada
t,, é obtida quando [ox].. =O: porta.ato. e a reduzida. e a cquaçlo que r::,aciona corrente e conccn1ração p.tru um tkttodo
(7-45) de mercúrio 101cj1ncc foi deduzida originalmente por UkoYlC.. que mos1rou que
11 = k 0 [oxJ..
as consta.o1es k e.rim função d:a raiz quadrada dos coeficiente-. de d1í\.Diu. Auim.
Subililuindo u Eq (7-4$) na •quação (7-44~ l:,Jk. 0 = D~ ::'/D;,•2 ,
1 = 1;-k0[u•],, o:idc D, e D0 s1o os cocftdcntcs ~ difusão das formas redui.tda e oxidad~. A
ou
r.- 1 (7-46)
Eq. (7-50) pode, por1•n10. ser escma no forma
[ox],=k·
RT r D"' R'I 11-/
Se a fonn.t re,du1.ida do siscerna " em mcrcUno ou l\gua, ela ~ofrcri'.1
for solúvel
E• E'+ -
zF
ln-"--'-12 + -
y,.1'4 Db zf·
ln - - ·
I
(7-5 1)
di flL~»o, anua.n ndo-se da superfic1e do eletrodo logo que fornHtda.. Havcrh uma Os coclicie1HcS de a tlvidade r .. K e )',.,.,. podtm ser encarados como inclcpentlcnh:i:.
cooceolrnção esc11cio1u\tia da forma reduzida na supçrficic do clclrodo. conccn· das concentrac-õcs dos fonuas oxidada e reduzida, uma vez que h(1vcni. na ~olui;ão
tra<;ào ~&1 controluc.lu por suu velocidade de t'o rmnção .:: por $ lJ:l \ Clocida<lc do:
1
prcscoço de grnnde excesso de clclró lih) indiítrente. O segundo lctn\o cio 1nc1n h ro
dc.sapan.a:itncnlô por diíuRi1o. Se a reação eletródíca for ela p1·6pria ritpida. <' direi1o <la Eq. (7-51) pode ser considerado então con10 constante. Q un ndo 1 - 1/2 11,
velocidade ele rormnçiic) da rornia reduzida ê detern1inada pela vclocidode de ô terc.:eiro termo Se 1.\ 1\Ula C, dCDOlft tldO O pôlt:Oéiul ilesse pOUlO OODlO n t•2' tcrcll\OS
chcgatla d>i forn1u oxidad51 que determina a corrente, /\ velocid:ldc de difusão,
para longe ( l1 superfície do cJ.::trodo, da roem.a redu.dda dt:pendtr6 sotnente da (7-52i
conccnlrnçtio dcSlll na supcrfic:ic do eletrodo, pois sua concentrac-ão em pontes
afastados do eletrodo ~cria praticamcnlc nula. Equicion.indo a \oe1ocidade de Co1nu o n1cmhro d1re.to da Eq. (7·52) é constituído eAtlusivamcol( por con"antcH.
formação e a velocidade de dc....i;apa.rccimento., na supcrficic do eletrodo. da form:i a uma tempctaluru CORJtaott e para um pr~> clclródico p-Jr1k\llar, el.'l dC\'C
reduzida. leremos também ser const1n1c ntssas corubções. Coroo F. 1. , C o potencial do clc1rodo
I = t.[redJ.. (7-41) qaaodo 1 = 1/21,. ele é chnmado de po<mciol de mtia-ooda • a Eq (7-SI) fica
onde Lrcd1 li a concentração da forma rcducida na supc:rfk:ié do c!ctrodo e ka RT 1 1- 1
E • E 1 •• + -; F lo--·
I
(7-53)
é uma cons1an1.e <1uc incluirá o cocftcicnte de difusão da form.t redui:da. Red1S· ·-
poodo os 1cnno• da Eq. (7-47~ Ess..'l Q a cquaçiio para • onda pobrográfica da Fig. 46. e E , 1 to po1encial
[red) , = f !k,. (7-4ís) do clclrodo no pnn10 de inOexão da curva.
O potencio! no q uol t1 velocidade da reação ca1ódica M: lo111" nprcclíl\'el (o
Se a reaçlio clc1r6diQ for r~ipida. hipôtcsc cs1:;1bclccid.;L, nno h,1verá pol.an·
/.ação do utivuçfto. e o po1encial do eletrodo será fuoc;.lo da'$ ohvitllldc.'8 J,1i) forn1ris poteucjaJ de oculrRliz.1çlló) vfu ia com a concentração dt1 cf.pécie clc.:1 rou1iv,1 cxis·
ISO F'1111d:un<'nlf•\ de d t 1roqc.fn\icn E!ctróli'fc 151
1cnlc n.1 sohu;ilo, e n{lo pode ser considcr~l<lO caractcristico ® uma dc1crm1nada dos io ns de 1inco. O ràpido aumento d:;1 corrente co nttnuarr. a«'.: que: u co11·e1uc
espÇcie. Oc<lu-z:·sc. da f.q. (7-52), contudo. que ~ poh:r.ciu1s de mtin-onda são de difu:.ão dos lons de zinco alc,1nce seu valor-lin1itt:, ponto em que n \•elocid:lde
independentes da conecntnu,-ão e qoe são caracterisucos da espécie (X1rlicular de aumento c.l-i corrente com o polenC1aJ descrcscc. ~esse pQ1Uo. n corrente total
cn\·vlvida na reação eletródica A J>Qlarograf&.1 ê.. asSJm. um método de anális~ é a soma das <.-orrentes de c!iCus.io dos dois íons. de 'Zlnco ç de: càdn1i°' mais a. cor·
qua.htall\'U e quantilati>ta. É pr~c1so nolar. p0rto\ que, embora os potenci.a1S de renle restdual e outras correntes. O polarograma resultanu.:: csú rcprNrllaldo nn
me&a.•Oncb scj:im 1n<lcpcndcnt~ da con.:entração do íoo ao qual iC referem. ~tcS Fig. 47, que mostra os potenciais de meia-onda. e as CQrrentcs de difu~o-~in1.ire:
<kpcndcrn da con~n1tação e 00 natureia do eletrôh10-suportc. Quando se faz dos doib co1nponentt" Essas últimas são medidas usualmtnt.e como as d1stancaas
uso de tabck' ti: de pn1cnciais de meia-onda. para idt7'11iíear u1na espécie tm análise. perpendiculat'C> ao gràfioo nos pontos de inflexão. oo gràílQ) da Fig. 41, C.SS.'\S
de'•em ser usados os potencaai.~ apropriados para o clctrólllo·~uportc na experlência. disllinc1as roram dc:.J.ocadas para outra posição. p0r motivo de clurc1.a.
A discussão prcccdtntc limitou-~ ao caso em que o transporte d:: 1na~~ O inLc:-rv11~> dl! potencitüs nof> quais um eletrodo gotejanle de mercUrio pode
era a etap~~ dc1cr1nin~ 1'11e da velocidade; o prOCCF-M t lCll'ollljco propriamente ser usado cstà lin111oc.lo, na cx1rcmidadê negativa, pela nçuLralizuçilo ca1ódica do
dito cr:.1 muilo rnnis. rápit1ô. de modo que podemos <:Oll&id er>)I' n eletrodo romo hidl'llS,~nio provcnienlc da água prescn1.e na ~lução e, no lado pociitivo, ~l.a
estundo em equiUbrio corn ::is formal\ oxidada e reduz1dn do s.istc1na na supcrficit: dissoluçHo Hnódic.a d(') próprio êletrodo de mcrcôrio. Es~ intervalo de potenc1a1~
do clclr<'do. O ndas pol!\1·ográíncas obt ida.I\ des...lla forn1a sl'lo conhecidas como \'ai de + 0.25 V (di~lloluçãn do mercUrio) até - 1,6 \' (ncutruli1ac-.)o do ion de hidro-
outlas rcvcrs{(1els. Se nti(I hOll\'CI" grande diferença entre u~ vc locidnd~ do processo gêoio en1 solu~·õcs ficidA.ll) ou 2,0 \' (neutrali:f'.ação do hidrogê1~io cnt soluç~cs
de transporte de 1nassn e o processo eleLródico: o que Cni com c1uc nenhum deles ;.llc.al ina~). se os (H>h\roe:rnma~ fo ren1 levados até esses v~i101·es HCAalivt'>S de potcnCu)\
11c;j;1 inequivocn1ncnlc n etapa detern\inante da velocidade. pode ocorrer, no ele- catódico, ob((erval'etnos 11clcs a curva c(lrrespoodentc à ucul1't1Ii1.nçilo d<• hidro~ênio.
trodo, polari1.açlo de a ti\•ação, e a discussão se torna u1n pouco mnis con1plicada. É po.ssívcl efetuar a nálises polarográficas com amostras 1nuito J im1nuras
Nessas condiçõeg. as ondas polarográficas são conhccidus co1no ondcl.'I lrreví!rSivtts (por exemplo. 2cm') ( com coru:entraçõcs bern baixos, de at~ 10-' rnol drn 3
Existe ainda um po1encial d:: meia -onda característico. p:irJ um ~istcmtt irrc:ver- ou 10 - 0 mol dm 3. Qun1quer espêcie iônica ou molecula r susccrtvel 11 redução
al\'el. m~ além de depender Jos coc:-ricientts de difu.sNo. o po1cnc.ial d::pt:nc!c:-~ no cá todo pode ser analisada. por polarog.ra.fia com um c::!trodo gotejante de mcr·
ainda. do lcmpO de -.ida eh go(a de mcrçUriu, <lo coeficiente de transporte ~ para cúrio. As.sim. é pos:i.ivtl analisar com e$:Ja lécnica muitos si~tcm:1:t orgântCQS.
o proc:csso clc•r6di<.'O. o dla constante de velocidade. k1. 1)41'k o prc>«sso ccuódico; Na prâ.uca.. é aconsclltá\'el rt:mov~r·sc da soluÇào o o.x1g~nk> d'~)\'ido..
na uusfncla dt qualquer polçncial ~ dois últimos Í3lOmt jit aparwcra.m na borbulhando-ltiC nitrogenio atra11és da solução, antes e duranle a e!trrohtc. A
dil;CUS:bHO dei sobretensão de ati"-a~ nc:ste mesmo ca.phuk> presença de oxigênio pode g:::rar ondas polarográficas inrcn~s. corrcS.pondcnrcs
Para uma onda pol•rotráf1<a rc'i'CBÍ>"O~ a Eq. (7·53) mo<tni que um grilfioo a SUd reduçlo a peróxido de hidrogênio ou âgu<ti que. muiw v'ezcvr. maM:Hntm
de f contra ln((J,-1),'f] ºº'~ dar uma linha rcta. de inclinação RT{: r , e E 11, as curvtb corresp<>ndentcs a ouLrJS subr.tfulcias prcscntdt..
n:.t 1nLer~tçln do r<:ta c.om o cixo da~ Ql'e,ien1u-la.~. Portcmns dC'tc:-minar. dessa '! an1bém é pos:-.h·tl a polarograf1tt anódica, inas. UC!S~ c.s~ ele1rodôS _de
maneira. o J)Oltncial F.J '2 e o número de clé1rons CD\ olvidO!i na reaç!ô clctródica. '
1
nlercúrio não slo convenientes.. pois eles tendem a se dissolver cm potenciais
A anf1Ji~ pol:tl'ogràfic) pode ser aplicada t' i,oluçõe.~ cunLendo 1ntlis de unl (tpcill:l\j li!)eira1ncn1e l>01'ihvos. Na polarografia anódica, v c1ctrMo polari(uc.lo
con1ponentc. Suponha a anã.lise polarogrâfica de uma soluç!lo con1endo ions de é gcralrnenlt: unl eletrodo de pla1intL giratório. Essa IC:cnica penn itc analisar
:ônco e ionS: de câdmio. Esses íons se neutn1Ji%:u·t"O nu1n cátodo de 1ncrcí1no, onde sistc1nas :,ui,cc.tivcis , 1 o;c idaç/h) num ânodo.
fornuun n1n6lgamnR. nos ponto> dos potenciais de net1lralh'.1iQAo correspolldentes.
Para que esses ions ntinjam o eletrodo apenas por difusão, ad iciona-ses\ solução
um excesso de u1n eletrólito ind ifel'enle, e a plic<1·se ao cAtodo um potencial
negativo crescente.
Corn um potenci»l uplicado bajxo observa-se uma corrente residua~ mas.
quando o potencial do câtodo Se! lorna suficientemente ncant1vo, um dos cátions
l:JCf~ neutr.1li;n1do. No exemplo cm dh;cussão, QS ions de c{1dm10 tem um poh..'tlCial 11 IZn)
de ncu1rali1...açalo men<>§ negativo que os íons de 'tir:n.v e o prtnloetro proo:sso cat~
dioo a ocortcr ~rã a neutralttação dos íons de ciedmio. co~ íorrn.1(:'40 de amálgama
de cádmio no eletrodo de mercúrio. Quando o potencial do diodo se tornar mais
ncpli\'O qUé o pottna:aJ & neutralização doi, ions de cádmtO. a corrente aumentarã
. . . - .-__., ,__ l_-----
ra pidamente: co1n o áumtnt() da fcm aplicada, até qu: a corrente de difusão dos 11 :CdJ
tons cádm10 a tinp o vak>r-limite CQrrespondcntc à conccntraç;.lo d~ ions de
cádmio nu solução. Oepc>is dcs.sc pon10, a corrente aun-.cnta apenas Jentamçate,
s.cndo esse 11umi::nto de"1do ~c.Jusivamcntc ao tturncnlO na correnle rcstdual.
A corrcnle continuará a au1nentar muito lcutamcutc, a1t que o potencial 1 E
do cátodo se torne mais nega1.ivo que o potencial de ocutrnlizaçAo dos ians de
Unc:o• ness~~ ponto, n corrente a umcntarà rapidt11nente, devido n neutralização f"iQuf.1 47. Pol :iro~r:nna. ccun Joi ~ OOllJOQtlt ll h'~
152 Fundruncn(ot de clctroqut mi:a 153
TITULAÇÔJ:S AM l'EROMETRICAS
1
1
Neuval zac&c>
co 1•1arcgên10
'
'f
r·
1,
1.
E
11
•
1. j,
(•) 1 • li 1 . (b) S,OJ º /S,O~
L
Figura 50. Oràfíoo~ dc n~idudc de <:orreolt·Sobreteosào {a) 1- / 1, . (b) S, Ol !~.<);
154 Fund111ne.n1v~ de c.letroquintic:a
Rcsidul, oorrcn1c. 14S Termodl:lirr.1ÇOí,(aJ) Este tr11balho fCN elaborado pelo processo de foTOCOMPOSIÇiloO
MestsiCnaa. 9 aspectos tcrmod:nimtoos na ccn\ençJo Monophoto . no Ocpa11amento de Composição ~a Ed1torB
Rcsis1i,·idade. 9 de !dnn,i~ 75 Edg3td Blücher Ltda. • São Paulo • 61aS1I
oonsta.1He de di1osociação. 38
fonçôc.:; 1crmod i 1l n nli ca.~. de1er1nionç:ro
Sr.Jínn, ponte:, 65, 66 por fem. 102
Scm1oêlula. 59-60 1i1uJaçõcs an1pc.ro111é1tiCi\S. tS2·1 54
Si1wh. oon~nçio intcrn11:ional d.e. 67.@ T1ullações conduumétne<U. 96-99
a~os termodmiaucos. '1S litlllaçócs pot1:nc;tOmé\rKas. 1()1).1 12
~emã<>.122 ·rransftf".:ncia. nCmc.-o. 22-23
alta, 132 Tro!n-sportt de m11.1i11a, 142. l ~S
1111\'tt<;ã<.\ 122. 1 29·1~3 Ttanspo1•1c
h1\ha, 131 na elctrcilisc. 138·142
c:onccntna<;ão, 122. 1 ~6-IJ8 11(1n1eros de. ll-24
Sólido, esuido. e Ice rodo. 109 determinação por rcm, 112- 11J
Solu bilicbd~ dctcrminoi-.-;o pOr mt1odos d: fronttt·
cleitOit. dt complt1a(So. 57 ra mó,·el. 21·29
etti1os ck: dc:tróbtc. aôtcio~.ados.. Si. SI d«crmina~Jo sx)I) m.!1odo & ~ht·
Por meio d( coodu1tncia, 91, 9~ tort; 24·27
J'l(~duto di: solubilídudc, 56, 57
\•er<ladeiros e ~r11.rcn1cs, 30
produto de 00J11hilit1t1íle e soluhili- ·rroca. dcnsidndc de corrente de.. 128. l)J
d:'ldcs, 56·58 sig11ifi<'ado. 1J4
determinação por f\!m, 1()()..101
Sol v~r1.tcs, a.uto-joni111.ç.'ao., 40 Un"'100. .Z.6
Sohcnt.CS_,. in.IJ.uência de icidos <' bá)Q. CGS.2
ll-34 MKS. 2. J
Sol,,.i!t11c:s protofthco& e proc.og:ênioos. 33 M K SA.3
Solv6jse, 43 Sl.2
1Jso de indicadOrM iacido-basc; 5l-.S6
To.rei, .aquação de. 132. 133
'1'ampd.o, sol u~ilo, '11\ ·S-O Vidro. ektrodn de, 104-106, 109
.ição tamponanlc, 48 Vi13gcm d: ind1.:ador~ 51-53
cspocidade,•9 Vott,4
lflter.-a.k>. 49
T<:H'IJ~ do ~lal'.i.çiO. 16 \Vsn, !
1'eoriu dos ind1cadorc• ôcido-.base, 50·~2 \l/eston. cêlula de. 66
Tcori(ls da iOJli.::ayâo. 14- 17 \Vh..."3tS1onc, eirciuilo da pon1c de. t01 11