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A.R.DENARO
FUNDAMENTOS. DE
ELETROOU ÍM ICA·
FICHA CATALüüit.\flt:A Obra pub!icada
com a wlabor><;lio d•
(Preparada pelo Ccntxo de Catalogac;.io·na-íonte,
Câmara Brasileira do Livro, SP) UNIV FR SI D ADE DE sAo PAULO

t>cnoro, A. R.
04S4f Funda mentos d e eletroq uímico: trad ução : Reilor: Proí. Dr. Orlando ,\.tarquc.s de Paiva
Jucrgcn Hcinrich Maar. São Paulo, Edgard 1Jli1chcr,
Ed. da Universidade de São Paulo, 1974.
ilust. EDITORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
llibliogralia.
1. Eletroqulmica 1. Titulo. Presidente: Proi. Dr. Mãrio Cu:marães Fem
Corro~ Edit0< al :
P-residentc: Prof. Dr. Máno Cuimarães Fefri Clnstrtuto
de B10<.tênc..iaW. Membros: Prof. Dr. Attto.1io Brito da
Cunha {lnsLitulO de U.ioc.iênc as), Prof. Dr. Car1os da
Sitva La<"..at {faculthuiC! de Medicina:·, Prof. Dr. Pér::.io
74-0683 C00-541.37 d~ Souza Santos (~scola Politt!cnica) e Prof. Dr. Roqve
SpfJnc.:er Muc.:1t:I dt:' l\ti(ros ~Facul dade de [cJu caç.~o).
Índice pa ra catálogo sislcn1iltico:
1. F.letrriquhnica : Físico-quimic-à 541.37

,
A. R. DEN.1>,RO
,\/ Sl . Ph. D~ f'. R. 1. C. (Ur~r~ P<)lfru.'C'Ao;it\

FUNDAMENTOS DE
ELETROOUÍM ICA

'/i'aJ"('.âO
JUERGEN HEINR ICH MAAR
IMirlilJO k Quúwiica áa UrJ::uJ.Uiak
E~todlitll l/e C'..autpillcs

50719 1

cditORA EDCARD BLUCHER lrdA.,


EDfTORA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAUW
CONTEÚDO

tíiw.lo orl.gfnal
ELEMENTA RY ELt;CTROCHEMISTRY
Introdução
a e dl9ãô t.m Uttgua inglesa foi puP,lleado P<Jf Os prinlórdios da. elecroquín1icn - Condutores eletrôniccs e eltLM·
8UTTERll'ORT11 & CO (PUBLISllF.RS) l.TD. lílicos - Sistcmtl!I de unidades - A11 Jeis de Faraday da c1ctr61iMo -
copyright© 197 1 by BUTT/iRWORTH, Londm Coulômetros

2 Condução clclrolliicn 9
direitos reJervados Rtsistividude e conduti11idade - Medida da condutância de c lctró·
litos - Çon.s1an1c da célula - Conduti ..·idade molar - VariaçG.o da con·
para(! língua jJorlugueJa pela dut..ividade rnolar com a concentração - T eorias da ioni:tuçüo - Condu·
Editorn Edgard Bliichçr [,tda. tividade:t molares-limite dos ions - ~·tobilidack iónica e condutincia
iônica - Nàmcros de transporte - Detennioação do; nfunerOIS de tnult.
1974 porte - 1Udratação de tons - Números de transporte verdadeiros e
aparentes - l ons compltxos

3 Eqoilibrios 1õnioos 32
A teoria de iu.,;dos e ba'cs de Lowry e Brtfnstcd - tnOubu:ia do Sol\·entc
sobre a força dé õcidos e ha~ - O conceito de ati,·idadç - Con$tantes
de dissociaçilo de 6cidos e bases - Unidad=> das constanu:s de dis·
Ê pr"ibjda a reproduçüu tora l ou part.ial sociação - Auto-ionização de solventes - Rclaçílo entrt a5 rorcu de
par q11ais<1uer n1elot âcidos e: ba~a1 conjugados - Ácidez e a1calinid1:tde de soluçõei MQUOIO.S -
sent autori'zaçao t'scrica da editora Neutralização e hidrólise - Soluções-tampão - Teoria dos indica.dores
âcido-hue - A fai:cn de virngem dos indicadores - O u!S() de indlen-
doM cm lilu1o.ç6cs ácido-base - Produtos dé solubilidade e bOlubilidadcs
EDITORA EDGÃRD BLÜCHER LTDA.
O 1000 C A1XA POSTAL 5450 -RUA Pmxcrro GoMIDE, 1400 4 Potenc1nis de eletrodo revers1vcis 59
fü<D. ·flll.oow100: 8LUCH!!llLl\'1lO - f0~'1!S (O 11 )287·2043 A28!1-S285 Sem.icélula.s - Atividade de gl:LS~ - Variação <lo potencinl de ch:1rodo
SÃO PAULO - SP - DRASIL
com a ativi\lttde - Células cletroquirnicas e rc:açõcs na cê.lula - Pf)tcn~
ciais de junção liquida - >.fedida da íem - Convt::nções de sinHI - A
lmpte$$0 oo BruiJ Prlnlt d l't ltrariJ e=Ja de hidro~nio de polen<-iais de eletrodo - Outroo clctrodoo de
reíeitil<ia - Relaçio enlr< potencial e atividade - T ermodinàmica das
cêlula.s - Aspcc:lW ltrmodinâmi~ da convenção de sinais - Ativi-
dades iônicas m~ia.s - ctlula$ de ootx::enlJ'açàn - Sistemas rcdox -
Poteociai•-padrilo e conSlllntco de equilíbrio - Tilulaçl>cs rodo• -
Indicadores redO•

S Aplica\)Õcs das medidas de condutância 91


Dctcnninuçüo dn condutividade molar·limitc - Oeter1ninação da !IO·
Jubilidadc de wn sal pouco soliJve-1 - Determin1u;iic, de constllnlcs d..:
dii.wcioçllo - Determin°ação das consl.Aflt~ de hidrblisc - fiuilaçõcs
condulin1êtricns

6 AplicaQÕcs d.10 medidas de íem 100


IÀ.'"tcnn1naç5o de produtos de solubilidade - De1erminaçJo de (unçôõ
tcnn<>din!mi<0s - Medidas do pH - Odimção moderna de pll Ele· PREFÁCIO
lrodos ton-selctJ\:OS Titulações potenciom~lrica:. - Dc.:1crm1nnclo d0$
n(nncros de 1rnnsportc - Cocfickntes mêdios de ali' idade iônica - De·
tcrminnçftt') dOl5 cocficicnlcs médios de atividade iônica Dc1crmin.aç-.lo
dfi.. p01cnc11ti'( de: cletrD<lo~padrão - Octcrm1naçâo de CONl3DlCS de Oc:s1in~l·M: este livro o csludantcs que tenham un\a n<>ção a.pena$ !fUP=rficial
dissociação - Oetern,inação do produLo iônico dit !tg~ de eletro.quimica. e pretende ser uina in1rodução Util a estudo.;; m,ds apruíund11Jos
desse assunto.
7 Elcrrólisc 121 Ncshl scgund;l cdlç501 ampliamCE: o último ~•pítulo, p;u·a incluir u1na ubor-
P roca~&Oli
eletr6dicôs - A dupla camada détricH - O tra1a1ncnto cinê-.. dagc1n 1n;:ti\i q11itn111ntiVt'I da c:inCtiCJ. dos pr()(;eS..°'os ele1ródicos.
cioo de potcncints de eletródo l'eversíveis - Sobre!en<iilc> de 111 iv1u.;ilo - Supl)lllôS CJUC) o ..~ c1>nl11:cilnc:nh)!) de tcrmodíuãtnka e di: ci11ê1ic1 quhuica dos
Mcdid" do potcncitd de um eletrodo c1n fu ncionome1110 Signiricodo lci1ores progridan1. cLn o.111·os curso~ par~lcla1ncn{C este -es1udo de 4:letro1.1uilnit:a.
da dcnsidRde de corrente de troe..'\ - Sobretensão de concentração - Onde ncocssârio, ap1·cscnt::L1nos no rexto as equnçôcs tcrmodini\m1c;ts e c1néiicus·
Transporte t\D. eletrólise Correnlts de difusãõ-lintitc - Vnllngens de . r<:h cion:td-11.s a 1óp1CQj d ~ cl;troquimica. Apreknl.atnos u1n:1 in1rndttçAo (ltinlita·
decomp('lsiçlo e pot<:nciais de n.eutralização - Polarografia - Titulações ll\·J do c.oneci10 dt a.1ivid&d~ prevendo uma possiveJ fal'à de conhct.itncnlQ de
•mpcrométrica• cerlos conceilru 1crmodinOimioos pelos leitores.
Na prc~n1c cd~o. aproveitanlos a oportunidade de convtrter as unidddc:s
Leituras compkme-otara · 55 c,l;ts grandCZRs fis:ieJs e sua nomenclatura ãs rccomcndacbs sx:io Sisicma lo<e:·
nac.or.31 de t:ni<bd:s (Sys1ê~ intcrnational d't:nitê:S) (SI). Como o s1s~crnit
lndicc: 157 1n1emaàon!il tr.gtobJ .a Con,-coçlo Jnternaàonal de Sinai& de Potenci;us de
Eletrodos.. esm foi 1ncluhLt no tc~to e não oum apêndice~ como m. <d.çlo antcriOf.
Ao fin..,I do último a1pltulo, •prc'Selllamoo sugesxõa pal"t\ Jeuuros po$lcriores.
l\.1a.~ ns: li\ rO'I: cil.ad('llS aincb não (orarn tdHadó!> <."Om a.'> unid.idcs convcnidM a.o
•:stem:! SL Achan'jeht contudo, que o cstudanie: que prc!tcn<le 11mplinr l!CU.'( conhc·
ciment~ sobre: c?e1roqullni..:a <:otn nv,:as leituras jã conheça de n\anc:ir1t :t..1lisf.1lór~1
óS principios bá3icos da me.sina. de: tnoúo t.tue um prob1crna. con10 esse. dti tnuddu\'.ll
de sistcm,tl\ de unid:ldC$, não a pr~sen te nHtion:s JiliculJad c~.

A. R.D.
CAPITULO 1
INTRODUÇÃO

OS P RI MÓRDIOS DA ELETROQUIMICA
Nicholsoo e <.:arhslc foram os primeiros a observar. cm 1800. que, quando
dois fios incrtcg., por c"crnpk> de pla1inn. ligados ~os pól05 de u1n~1 oélula voltaic.1
ou a u11m halerin, c:r1un i merso.~ n uma ,4\()lução aquo~1 diluída de Acido sul ({1d co,
unia co1·rente el61rica 11l1·ovess.a va o circuito. Simultaneamente, dos1,rendinn1-se·
bolhas de hidrôgeo.to num dos pólos, e bolhas de oxigênjo no oulro. Obviamente
esu1.•;a ooorrcndo algum proceliso de decomposição da solução. sob o efeito ôa
çorrcntc; clétr ict\.. ('.om ou l r~ ~istcrnal\ foi pQ~ll-ivcl ob!>Cf\'ar cfci105 seme l han te~:
e.,.·olução de gu.sc:»i deposição de mat~rial so bre us fiOIS imersos na 1'0lução, ou
1nesroo dissolução dos próprios fios. 'f odas essas situações são t:Xtmplos do renll-
O)COO denominado tltzr611Jc.
Os primeiros csludOli quanlitativos sobre a ck1.rÓlisc foram cíetuadOl' por
t-'Jrad.i.) cm 1833: ele: (oi o prime.iro 1l cm.pregar a numcncb.luru aind.I hoje cm
uso. O. fios. ou <lc<rodos, que são mergulllados na solução, ct..mam-s. ônudo
e côioJo. respecovamcn1c O ânodo pode ser definido como seodo o e)errodo no
qual .a cktricidadc ncg31ÍVI (elétrons) abandoM a soluçio, e o c.âtoJo oomo o
clctrodô no qual a ektrici~~ nc.gatiw erdra ru solui;ào. E&slti defini~ são
unaversais e .se npUco.n1 a qualquer sicuação. A solução que ·transportti a oorrcnLe
~ chamad11 de clirrórtco; a porção mais prôxima ao ânodo é o anJlfro; e " porção
1nnis pt6xi_n11-1 Llo cA1odo é o l'.tir6 U10.
PHrA. explicur a ptli;AA~em dà corrente elê1rica alravl:s do i:lctró lilo, Pt1rltday
11upôs que a corrente de eletricidade devin se ao n1ovin1ento de 1)tlrtlcutaS dôl!\d1u;
4

tk carg<'si que ele chamou de !ons. Os ions que se dirigem para o anodo sdo cha ~
1nnd0!i ánio11.:s, e 011 que tce <lirigç_tn p{t m o cátodo são cham,1d os cdtlont.
Cotn es."us dclin içt"~cs. verific!l se q ue:) .se ô cãtodo foi' o eletrodo no 4 ui1l ~·
4

carg;:i. negativa entra. na solução, ele deve eslar Ugado a unl3 ronte de c:lttncidàdê
negativa. lsso q ue equivale a dizer que e~ deve estar hgado no pólo nc&al!1-0 de
uni;1 botcrl.'l e reri&, ele prôprio.. csi:gn nç~ ti .,·a. Os (:átiom que$:- movem cm,dil'cÇãCI
ao cátodo devem aprc1'Cntar, portanto. carga<; ~itiva, la] como ª" c:.rgll.'I ror-
OCCJdas pc4 00.h:ria qU1C .ilrui Oi ions aos eletrodos. RcciprOCllmcnle, Cllt Qniom
possuem ca.rps oep1ivas. Ao a.lcançarem 0I$ eletrodos, odmiti::·te q..-: os lons
neutralizam su.;ts carga., fMmando átomos ou moléculas comuns.

CONDUTORF..~ l'.l.F.TRÕNTCOS F. F.LF.TRO LiTICOS


Cons1de-ra.odo uma clctróhsc, dcpanu:nos com duas clas!JCIS de condutores
de clClricidadc:
CondutQrc.') t le1r8nitt1.v. Sãv rond uto rc:!'i noo q uui$ não ocorre trr.nsrer~nci3
de iuatéria quando pe.rcon·idos po1· uma cotrente elétrica. Os fios que hgam os
lu trodu~fiv 3
2
Forç.1 (F) p-ode 5tr definida em termos de acclcra~ão 01ruvés cl.:1 equ,1ção
c lelrod06 à bah:ri:1 p~rtcncc1u d essa çl;;1sse. .e iotcrp rctatnos aaora ,1na corrcnic
elétrica co1no send<'I um flu>.O de elétroo.<; ao IO°'.IW do ri.o. F =me, (1 - 1)
Condutor"tj eletrolíli,·111. São condutores nos quais ocorre uma tron::.ferência onde m é a mas$1 do cflrpo que sof~ a aceleração em questão. Como a unidade
de ma~ ~1~oci11d."l â p.·u.s.'tgem d::• corrente etétria. A soluc,iio que soírc cldrólise d.: ma,... é 1 is. a Eq. (1-1) dâ. para unidade de força,
cons.tllui um cxempk> di\.~. :\ oorrc::nt~ é tra()d;pOfladit. pcl(ll!. ions que percorrem
a solução. c:rn dircçrio 11w eletrodos. e. em conscqüéncla. resulto urro '-ariação F ltg x 1ms" =1 kgms·• .
de conc:cntrnçlo em toda.li. as panes da soJução.--:=- A unidade \f KS pam a forç:1 é o kg m s-'. que oc chama ,,..,,,., (N).
Os conJutore.s clctronucos podem ser cbssiftc.ados em d()â$ tipos: Trablilllho ou energia (.r) està relacionado à força l:llravê:f W. equação
l) subi.lànci:u pur1:1s, por exemplo. hidróxido de potâ~io fundido. <'li cloreto l'i' = Fl. (l ·2)
de sódio fun dido; onde I C.ª dist:Jnci:.1 ntr,tvés d~ qual alua a força F. A Eq. ( 1 2) nos dá.. portanto,
~) soluÇt'\es, por exemplo, de âcldí>S., bases ou ~is t!ID â1ua. ou outros solv:;n1.es.
para un idade de tru balho.
Essa úllima cntcgOriH ê a que fr1i mais extensamente csluJúdn. e q\~ t.:ô!'!.stituirá w = 1N x 1 m = t N1n.
ü aSS\IDIU 1>l'incipal d <:Mê Livro. /\ u?idtu.lc f\.1 KS part1 o c:nerg.itl é o N1n, qttê é chamado joule (.1). U1n J é o tl'nb;i.lho
É ncccsi;íu·lo. A estn 11ltura 1 <l~-1r ê nfatizc a oüvn distin<;i10 entre condntorcs
··~ahzado quando urnn furçu de 1 N uttlu aLravés da distdncin d.: .l m.
eletrônicos t ~JerroHticoí>.. <:on.s ider~ ndo q ue ~1 c.:orrentc. nunl .;ondutor elctrônico1
Potênch1 (P) ~ rcli\Ciônfl Cô lll a energia a través da equnçQo
està nssoci:.1.da oo fluxo de: cargas n:.:guti\'as i:tl'I l'lpt:nas urn ::icntido, dcvcn\(.lS. itempre
ler cm mente que~ err1 condutores c;l:!troUticos. tt 1.:orrentc cstl1 ussoeiada il 1rr1ns- P = w/r, tl·J)
fcr!ncia de cargi.l~ H\Dlo negt\tivas conto posilivas,. em scnl iUM opostos."' •k- n1udo qu..: o uu1da&,, de ';)Otêncki. é desenvolvida qu.ando a unidodc de cncrgi..'l
utua dl~rantc a ~n1~ade de tempo. A Eq. (1-3) nos dit, p:;ira unidudc de: pot!ncia,
1

SISTEMAS UE UNIDAUES
ou potencia unu6na.
Pr~Í$GmOI ugon1 t:Jtabel-t=<:::er quajs ·a::i unidade$ nu.~ qun1s us diícrentcs qu.:tn· 1J
ud;i.dcs qulmica< e c~troquímicns são medidas. h-m rcluçâo ;a i"°' $CC! 61il con- P= - = I Js- •
1s
s1dcr1r inte1almcn1c as unidades das quantidades mcd.nacas
"1> M dimeosõei íundamenlai$ nas quais as quao1id:adcS mccinK:a.s. podem ser A unida.de M KS p3ra potência é Js-', que é chamado o wott (W~ Temos. por-
e.xprCSf.» foram escolhidas como sendo ma~sa. oomprimcnto e 1cmpo. St a m&...-...a 1.1nto. a.1 relações
for medida c:m gramas. o comprimento cm c::etHlmetros e o tempo cm seguDdo~ !kg x 1 ms"' = IN :
as unidadcl\ resu!H'lnlCi i;.erão uni<bdt.!S do sist;:nla CGS (ocntime11ro Jl'i'ma-geg:undo). INXllil=l .I :
Ana1oga1nco1c. se a mai;;~a for medida en1 quilogramas, o coLnprimeuto cm inetros 1 .r • 1 ... = 1 w.
e () tempo crn scaundo~ ~s unidades resultantc:i; serão \1nidt1dc' do sis1ema ~1.K.S Quando s.is1cmas de. unidades mecânicas são an1pliad~ para que in~h1a1n
(tnc:tro-quilogra1nu -scgundô). \ 1.11u ~ ut quauudadcs clCtricas e 1nagnética.s. e ncocssârio dcfioU: un'la quttrta quan-
De wn lll(.Kl(I Qeral 3S q üantidadcs ele interesse r•:ti'a o quln1iM rorom expressas . 1IJHde ao lado de ma~$O, eon1primcnto e t~mpo. ~·fuilas pO<lcrn scl' 1\$ escolhns.
O<.l i.iStc1na CO~. 1nas, Ó 11\c(lida q·11e vários cantpos de invcstigaç.llc'I dell\íO dit Qlli• 11u\& o SI considera a COl'rent~ elétrica como a quarta quaulidade rundorr1en1al.
rnic.1 forain i>entlo descn,·olvidos, to.rr:iara1n -se nccc~t\àrlris con1plo1nl}ntnçõl.!s fio A u1u.d adt: SI t'u ndon1en1a l ~ara a corrente elétdca é definida. cou10 o a.n1pêre (:\) ·I
sis1cn1i. COS, paru 4ui:: se pude~~ ~xprimir os resulta.dos pcrtinc11lt s n \lm cieter- e, 1>01•faoto, h')dus us <1.uant1düdes elétricas e n1agnêticas poden1 s"I' expressas nns
rnin~ldCl c1unpo. 1\:t.<ihn sendu. embora tcrmoquhnicos. t'o toquin1icos, espcclrOS· lh1ne1\S~d tUfl~AA. eo1npriment('}, tempo, e corrente, de 111odo que o 5isten1a SI
copist:tS e qu1micos nuc.J~arcs queiram todos falar de energ.io: pHlk ser que elc:s ~ un~ sastcnll:l )AKSA (1nc tro-quilogramn-scgundo-an1~rc}.. O o. 1n~rt: do SI é
usem uniJ01des diferentes para :;:xprimir ~-{ qllantld~1de nsica. Em eõnscqllência, Jc.:fin1do de tal 11.'anein1 Ql~ bc.V1. idên1ico :;m valor ao ampC:rc j!l e1n u~o antcrio!"-
existem. n.l qulm1ca, muitas unidades para a cát'.'Igia. O mi;;smo podo Gt:r duo tl:! 111cntc como un1dudc de 1n1cns1dade de corrente ;;l!lri.ca.
ou110:. ramos da C?ência, ta.is como a eteuickhtde e o rn:asnclismo e. quando os Lm.1 vez considerado o ampêrc como un:dadc funda.mental de correnl""
limite) W. quim1ca iO coníundettt com os da engcnhdn.1. qufmiaa, 6\ sill'1"çãõ se I" carga unitlrb pode ser derinida coroo sendo a quantjd.ack de carp qut é uan:
complia1 a1nda mais.. kr1<b t.m uma unidade de 1tmpo por uma unidade de corrente. 1\ rctac-lo entre
Para !limplifiC3r ' C')So esiado tk coisas. hà atualmente uma lci'KJ!ocia .de uma quanlidlldc Je CUfgl.l (Q) 11'30.Sportada. pOr UCla OOtrtOle (/) q0t Ow dutu.ntt
introduzir u1n sist!.!nla de unidades que itja accih.> uni\·çrâln:-.e.n1c e no qual C'tiua, um 1empo (r) ~
por exemplo. apenas utnl\ u1\idade para a energia. Esse sisccnw ê eonhc<..ido como Q = lt. (1 -4)
Sis1c1í:U ln1criuH:ion:t.I de Unidades (Syi>témc )01er11atioo1;4J d'Un11ési •threvlado
usua lmente oomo Sl. As unidades )aternacionais ~ti.o base:u.11.LS no sistema ~KS; A c.u ~ un1tàr1a é. cnillo. d3.da por
1niciarc1nos eonl\id~rnndo as quantidades inednicas. 1
Q= 1A x 1 ' = 1 As.
A uniclude de \'olocida<lc 110 sistcrna IVlKS C. obvituncnh; o m s- • e a
unidade J"Lr<1 ::icctcrf1çi'ío é m s- .2 1·~&• quan1i(la dc de c-.o rgn é denominada o couUuub (C"
_ J
5
A relação cnln:: a difereoça de poleDcLal (U). a intensidade de corrcnle (/) 1c e~pccif1ciar qual a unrdade elementar de subs-Llneia, esta considerada será con10 a
< a pooência (PJ é '6rmul-t U.)Ual <b substância. Por c.xcmpk\ um mol de sulfato de magné:sio dctrc
U • P/I. (1·5) ier interprclado corno significando 6.02 x 10
21
unidades de ~1fgSO... O mullado
A unu:bdc de diferença de po1enc:ial é. ponanto. dada por dessa deliniç-do de unidade molar é simpltsmcncc uma confirmação do empn:go
que asa qu.1ntidadc já ";oha rendo na qutm1ca e
IW 0 S1stcnK1 íntcrna.ciooaJ permite o uso de a lguns prefixos paro dd13na r
U• - I W;.\ 1 ,
1A fr,u;õ~ do..:1m.db ou 1uúltiplos: das unidades SI fundamen tais. Algttns d<!,~~~s prcw
ítxo~ são dnclo11 .i seguir.
A unidade Sl para dift:re!lça de potencinl é, a.:uinli o \VA - 1 , q ue é eh11mndo volt
(Vj. A diferença de poteocial U pode 1a1nbê1n ser dcfinjda 1n ulliplicando se o
nu1n..:rndor e o denomina dor do n1c1nbro dil'cilo da êq. (1-5) pelo tempo,
Jlfltor Prefixo S(mbolo Fator Prt:Jlx.r> Sír1bolo
io - • dcci d 10' deca dtt
u- - --·
Pt
Ir
"'
Q
(1 -6) 10- :
10-:;
ccnl i
mili
e
m
102
10'
ht'Clô
quilo
h
k
A difc~nç:a de polenciaJ unilàru Pode então Stt definkla igualmcnlc bem. de 10-• 1nicro µ 10' mcso M
11\0tlo tal que trabalho cqui\>'3Jetue 3 1 J ~ prodU7jdo quando uma carp de J e 10·• nano D 10• G
!lÍll"
10- •l p 1011
é 1ransfcuda. atra"-é:s da on1dade de diferença de potencial A ~r1ir d.a t.q (J-6). p100 lera T

lV=~ • L Jc - • - 1 1A - ls '= L\\ 1 A-l ,


IC Por excn1plo~ 11 quantidade 2,3 :x 109 0 pndcriu ser escrita 2.3 GQ, ou uma quan
!Idade 1.6 >< 10 11 V podt:r i::i ser t:.Sc.:ritu l ,6JrV.
A definição de unidade de rcsii;têr1cin decorre da lei de Olun, que rck1cion;t
Em virtude da maneira pe.la quat vá.ria~ quuncid~~dcs foram definidas no SJ
difcrcncn de potencial (U), intensidndc de con-ente (/) e resistência (R) por mei('I .
úlOSlcm itliuns nspeetos dai deeon·e1Hes que 1nen:cc1n i,:.:r frisados. No SI, o \'Olurne
'
da C'l,uaçl\o 3
'considerado (con1prin1ento} . A unids.de St fund~ 1nct11al tpara o .,.oJumc é, ass.lm.
U • IR. (J-7) o m3 Volumes menores podem ser cll.pr~i.ois cHt tcnnos das frações decimais
Unu rcsi~ 1 ência ê unitâria quando. "º ser-lhe a pticada u!llà diferen(:\ de po1cncial 110 nl'l , tais como o cm" ou o dm3. No SI, M vol urnes niio são expressos cm Jitros
de uma unidade. ela é acravess..-..d.'t. por uma correnlc de int:nsidam 1ambém uni- ou mihlirros. pois o litro não é urna unidade Sl. Concentrações de soluç6t~ ou
1ãriá. A Eq. (1·7~ ponanco, nos dá pura unidade de rcSisoêncu lCJll quan1ic1Adc de substância dh•idida pelo trolumc, dc\'cri°' ponant<\ ser c~press..'s
em unida<k:s como moJ dm-l ou mol cm 1 ou outra unidade scmclhHnlc adc-
1V
R• - • IVA- 1 • 11\.ada ao caso.
IA O 1crmo molar não é usado para. dcSCrever a c:oncen1ração de uma soluc;ilo.
A unidade SI de r_-:sist2'nc1a é o VA - l , eh.amado de ohrn (!l). 1uas somente como um adjeÜ'' º que indita n qtuanti<lade que está relacionad..1
C.:onformo d isse m~ 'õ Slstcrna inu:rnaciona1 se ba.scia 110 s1st e1 n~1 ?vlKSA, 11 um mol de substâne~ como, por excLUplu, n1:1~~1 rnolur (a 1ll~$:;a de urn rnol)
nta~ el~ inclui dinis outras quantidt\dt~i:; rundamentais, a lént de massa, con1pri1ncnto, ou volume n1olnr (o volume de wn 1nol).
1<:n11l0 e jolcnsic;h1de de corrente. Ti1111n11 Qlul 1Hidades são a l1:1nperatura tcr1nt><lioâ- A l1nka unidade permitida para qu1)n1i dud~ de ~ ubs1âacia é o mol. Isso 101·00
n1icn e a intensid ade luminosa. Bsh1 Ul1hna quantidade tem pouai in1porLQncia 1)bsole1n.s outras unii.latlt:s, como equivu lc::nlcl(, q ue não serão empregadas ne5tc
na qu1mica e scrit, portanto. dcixacb dt l3do. Espera-se que ó uso de umu Sê-lima llvro
quantidade fundô:jntental 3 quanlid11de de substância. seja em bt('\'C c<>nfarmada. A massa molar de uma :iubstância 6 3 tnQ~i-a dividida p::ta quanlid:.de de
e, ~ra as fi11a tid:1d::s deste livro. cL1 ie:rà considerad3 unu qua1nidadc: fundamental ubs:ãnria e 1em. portanto, con10 unidade íundamc.01aL o kg mo1- 1 • ,\ n\llSS3
no SI mob:ub.r rela1n-a é uma quantidade adimc~ion1J definida como o quoacatc
, A unidade fundamt.rnal de tcmpçtlllura termodinâmica é o lulcln (K.l Essa cn1re a num mtda por moiécu!a ~ l.'12 da mass. d:: um áromo dr: C 11 • O 1ermo
unidade era simboli7.acb por º K. ma..c atuJ.lmeote apenas o símbolo K é empregado PlilL<a motecular relauva substi1ui o lermo anugo "massa mok:cular• ou •·peso
f\ unidade funda.m~nral de qu~antid<i<k de substância é o mol. Este ê dcfinJdo ttlolecul3r"
co1no a ''qu31u id<td~ de su bstânc~' que contém taoras r-artícul11.s clcnicntares
qu1u11os forenl os âtomos exislcnlcs c1n O.Ol 2 kg do isótopo 12 do c:.1rbono: a 1\1itodo.s de llpre:tentaçiW de resultados em talH-llts e gráfico~
parrlculn. cle 1 nc:n 1 ~r devetà ser cspcci(ieuclta, podendo ser uma 1noléculn, u1u itton101 lvlcs1no que o n1étodo de apl'esentur rcfl.ultndos sob (1 forma 00 gróficos ou
urn lon, un1 radical. u1n clê:tron. \lrn (ótori eh:. ou, entUo. urn ~1'11~)0 c.spocificudo fubcl:is n!lo tenha relação co 1no ô sis1emn do unidades uli1izado, este pnrecc 11os
de11xa~ i;otidndes". Assi1n, wn mol de H 2SC)4 significa 6,02 x 10 2) unidndell <li: um born pon10 para tornar cl.al'os alguni; aspeclo!I a Clil'.iC respeito. Freqüen1c111c1Hc
H 1SO" e um rnoJ de ~H 1SO~ significa 6.02 x 1oi ' unidades de t11 1SO.a O lcrnio t:nconlrnnlos umt1 coluna de nUmeros rc1>rcsc:11tundo, por exemplo, uma corrente
"um mol de âc:1do suliúrico" pode sc:r un1 1nnto a Ln biguo, a não ~cr que te cspcc.i· cl~1rica cm diíeren1es condições, sendo dc.signada couio "'corrente x 10'", A', e
liquQ bcln o s.igniíic;uJo d~ "ácido sul(uriC4.t'. St: o termo rnol for ernprcpdo SCJ.n o lcilor n3o lert certen se os nitmi:ros dadot" devem sa divididos oo mulnphcados
6 Fundai1ne111os dt cle1roqulmica. ln1r11Chu;Jo 7

por 10• p.,ra ac ohf('Jttn º'\11,lorc~ rl"JIS dà corrente cm ampêres.. No presente A.qu1 à variação do número de oxidação e l e. pottan10. 96 487 e de clclricida<k
hvro tc,ohc:rcniot "''" J'lfl1hl~·n\it. da maoc1ra clposta a seguir. '\Jrlo à íormaçio de 1 mol de Fe(CNI:-.
<> \.tl<M df un\a qu.,nt1dadc fisica é igual ao produ10 de um número puro
(' um,, un1d:i.dc. po1 c:xc1nplo1
,,' <'OULÔMETROS
e - 3.6 x io-> mol dm - •. Frc<1ilentemcnte é necessário saber-se qual a quan1idode de eletricidade q ue
1'!1\11 equação pode sei' rcorranj ada para dar
1>11ssou :uravés de um circuito. Isso pode ser feito medind o-se a corrente q ue o
.-u."'•css;1 durante um tempo conhecido, mas esse m61odo não é satjsfatório,
e 1kv1do a variações d3 corrente. A aplicação das leis de Farad11y leva a um m~todo
3,6 X 10- 3
moldm_, que: resolve esse problema. Como a quantidade de qualquer substância depositada
cJU dtSSOlvida num elclrodo é proporcional à quaotidadc de eletricidade que p:assou
"'' e
36 11r:..vés dele. basta incluir no circui10 uma célula clc1roU11c:a e dc1cnninar a ínçlo
10 'moldm-> • • llt" reação que ocorreu durante a oassagcm da correnle. TJis dispositivos são
PHrn cvi1ar repetição do símbolo da unidade.~ comum tabelarem-se os rcsulutdos 1.:hamados coulóme1ros.. Exis1cm muitos tipo5> e os mais importantes são os mcn-
n.t ronna de números puros. Segue daí que umn coluna na qual o n(1ntcro puro c1on11dos tt segu ir.
3.6 npllreoe como correspondendo a uma conccnt raçfl.o de 3,6 x 10- 1 mol dm- 3,
deve 1er como título c/(J0 '"' 3 mol dm '"' 3~ As 1ncsm:1s considerações são vâlidns O r0i1fOme1ro de cobre
JXtr11 os eixos de gràficos nos quais números puros s.ilo rcpresen1ados como pontos
O coulõmctro de cobrç consiste nwn ânodo de cobre e num cá.todo de cobre.
110 longo dos eixos. imersos cm uma solução de: sulíato de cobre,. usualmente contendo ácido sul·
fúnco e àlcool Ourante a passagem da cortcotc. o cobre passa para a solução.
AS LEIS OE FARADAY DA ELETRÓLISE e cobre mc16tioo passa a ser depositado sobre o diodo. O llcool cxis1cnte na
Os resultados das in\'e>tigaçõcs de Faraday sobre o íenômeno da eletrólise •uluç;io inibe a oxidação do cobre rcdm·depositado no càrodo. O cá.iodo é pesado
podem ser resumidos c1n suas duas leis p.')r.) a elerrc\lise. 11n1es e depois da eJe1rólisc e, !.ltrav~ do aumento de peso verificad o, pod e«
1. A quanlidadc de produto primário ronnudo num clc1rodo pela eletrólise ,.i,lcular n qunn1id ade de cle1ricidndc q ue passou pelo cAtodo. ·
6 dírcta.1nente proporcionnl à q uantidade de clctricidndc que passa pcll.' solução. O coulõ mctro de cobre ~ um ins1rumento resis1cn1c, de p recisão moderada,
2. As. quan1idadcs de diferentes p rodutos primários fo rmad os num clc1rodo \.'onvcnicnte para medir quan1id~tdes de eletricidade de a té 0,1 faraday.
pela mesma quantidade de eletricidade são proporcionais a suas massas molcc,ularcs
relativa~ ou massas alõmica.s rclativa.s., divididas pela variação de seu número O toulômtlro de iodo
de oxidação durante o processo elc1roli1ico. O coulõmctro de iodo possui comparlimeotos separados para o ânodo e o
Segue.se da primeira lei.. que uma quantidade cons1antc de uma dada sub$. \ilodo in1crligados por um 1ubo cstreit~ que impede difusão entre o anólito e
ulneia deposita-se ou disso1vc·se num eletrodo por uma dada quantidade de u Clllóh10. Os clc1rodos são feitos de uma liga platina·iridio. O apôlilo é uma
eletricidade. Da segunda lc:t conclui-se que a quantidade de substância depositada 11oluçJo eonoen1rada de iodc10 de potássio e o eatólito é uma solução•1Y4ldrão
ou dissolvida num cletro~o pela ação de uma dadu quantid ade de clc1ricidadc tk iodo c1n iod c10 d e po tássio. O cle1rólito que co1n un ici• os dois é uma solução
6 proporcional a M ,/z (ou A,/z}. onde M , é a 1uoss.1 molecular rcla1h•n (A , é a •le iodei o de potássio a 10 %.
1nossn 1.l1ômica rch11 iv:1J e : a variação do nó mero de ox.idaçào 3$$0Cindo ao Co1n n passagem de corrente,. os íons iodeto cm torno do ãnodo liberam
processo cle1roli1ico. Assim, para a formação de 1/: mol de qualquer subst.llncia t lé1l'ons e 1e transformam cm iodo e. no cátodo. o iodo jà existente é reduzido
~ n«CSsàr&a uma mesma quantidade de clc1ricicbdc. Essa quantidade é igual a ~ 1ons iodeto pelos clé1rons fornecidos pelo cátodo.. A quantidade: de eletricidade
96 487 C. Percebe·sc que a carga elC1rica cxis1cntc cm um mol de um ion 6 igual que atraVCS$.\ o sis1cma é calculada através da variação da concentração de iodo
ao produto de seu número do oxidação pcb constante de Faraday (f'~ que tem o cm 1omo dos eletrodos.
valor de 964S7C mo1- • O coulõmc1ro de iodo 1cm maior precisão que o coulõmetro de cobre e pode
Essas afirmações se tornarão ·provavchncn1c mais claras considcrando·sc 1ncd1r, em certas circunstâncias quan1idadC$ de eletricidade baixas. como 25 e
dois exemplos. Na clclrólisc de sulfato de cobre (JIJ cn1rc eletrodos de cobre. ocorre corn erro inferior a 0, 1%.
no ciuodo uma dcposiçl'lo de cobre:
ô co11tôrnetro de gás
Cu 2 * + 2e - Cu.
No coulõmetro de gàs. hidrog~nio e oxig!nio silo gerados em eletrodos de
A variação do número de oxidação do cobre nC"SSC pr0CCS$0 é 2 e, por1an10. 96 487 C pl.Hina. rctpec:1ivamco1c por cktrólisc de uma soluçio 3quoci de clctróliros apro-
do eletricidade depositarão 1/2 mol de cobre. pn•dos. Mede-se o volwne da q111ntidade total de gás. numa temperatura e pressão
N3 cktrólisc, entre elc1rodos de platina, de fcrrociaoeto de po1Wio. ocorre ~onhccidas. Como pequena masa de gás ocupa um grande volume. o cou1õmctro
no inodo a oxidação dos lons ferrociancto a fcrriciancto: Je gâs 6 úlil para medir quantidades de eletricidade muito pequena, até da ordem
Fe(CN):- - Fe(CNJl + t. de se.
Fu1ulanlc:n10'.i d t cletroq \1imica
8
O coulômc,ro de prt1ta
e.
f !<ose P'º"'ª"clmente, o coulõmctro mais preciso. O cátodo é un1 ca<l~~ho
de platina. contendo uma solução de nitrato de prata puro. '?urnnte 11 clctrohse.
prata mctálicn é dcpOOiitnd:s sobre o cadinho de pluuoa: a d1rn1nud0 ~ c1c1róhto
ê compensa.d.' peta dis..~lução de urn lnodo de: praia suspcn~ na solução_ O
CAPlTULO 2
ânodo é envolvido por um recipiente poroso que 1ntcrcepl3 qua1squct ~rtkul•.!
sóhdas que possam cair do ânodo, impedindo asslDl que estas se dcpottttm no CONDUÇÃO ELETROLfTICA
cadinho de pliitln3. O cadinho ê: (>\.-~antes:: depoi~ d11 ektróh~ e a quanudade
de clctncidsdc é Cftlcu'3:d3 a parlir d.à massa de prata dcpos11ada

RCSlSTlVlDADE E CON D UTlVJDADl:i


A rcsistêncin (X) de qualquer condutor elétrico é pcovorc1onnl o seu corn·
primcnto (1) e n1vcr,31ncntc proporcional â área de sua .secção trunsvcrSi\I (a).
R a; l/a.
H. porlanto 1 possfvçl ~serever •
pi
R • -· (2- 1)
a
lH'kl.: p éun\.1 coos1,1nh: d.; proporcionalidade 0011hccida como r1siJlicWade d o
oondu1or. Como R ~ um» r~st!ncia, l um compr-imcnte> e a urna área, v~s.c. da
tq (2·1 L qu:: p dc\·c ler c.-omo unidlldd as unidades dt: (n:sist!nciú) ("-on1primen10).
Por ci;cmp~ um pcdaQO de cobre de 0,2 m de comprimento e sccçAo lraniYCr.tal
com án:a de 10· • m' aprcienta uma rc>-istêucio de ~.4S x 10·• n O. llq. (2-1~

Ra
p=-
1
e, subslituindo os valo1•es acin1a, Leremos a re.~ist iv idade do cobre dadn Jlõr

3,45 x 10 'n x 10· • m'


p=
0,2m
º" p = 1,725 x 10 · • Om.

N:L condução clc1rolitica, estamos mais interessados nt' condtlll\ncii•. e nno


n.l rc:,istênt:ta: quu1Ho 1nclhor condutor for o matenal, mais baixa ~críl sua rcsi$.·
t~o cl3 e. rx·u·1anto.. o cond ulllncia ê in,,ersamente pcoporc1onal â rcsist~ncia, l)çfi-
nimos a conduth•id.tdc: ~) como sendo o in,·erso da resist1v1dadc
" = lfp. (2·2)
Dessa equação. concluímos que n unidade dé conduhvidade ~ (rc::sJsc~ncia) ~ 1

(comprimcoto)- 1. A T1b. 1 •prescnla ,·alor.:s da 0011Ju11w-1dadc pan .tlguns


matena.1s
A condutiVldadc pode ser cxpr~ c1n l cnn<r.o Je n:sistêncua combina nêo-st
•• Eqs. (2-1) e (2-2~ dando
1
t< = -- (2-3)
Ra
De acordo co1n o lei de 011111,
R = U/1
10 Fu11d.i11i<:11(ôl de clcnoqut1u ica 11

de células de condutância São em gerul recipientes de ..·idro eo1Hcndo doi!J eletrodos


c:cndwt1\.'1d:a<k montad06 a urna distância fixa um do outro. medjndo..se a rcsis1ênei.a do ~olume
~lutenal
O 'cm ' c.le soluç-do con11da entre estes eletrodos. Pcr~be-se assim por que us.-imos, o.o
medir n rcsis1ê:ncia de uma solução fr:icamcnte condutor~ de prc(c~Mia. eletrodos
Prat., 6.)J X 10'
de k"Çào tranS\lcrsal de Arta gmndr:,, pouc:o afastados um do outro. t:.s.!ra tttueçio
Cot>re s.so )( 10•
redu:<lrít a rc5tSl~oca do eletrôlilo contido entre os dois cktrod°' 3 um \oO.lor
("'ou:lo de sódto fundido 3J
K<1 tq.. 0,1 mol dm ~ 1.29 >( 10 1 su.,,,thd cl:: làctl medição [vej.1 a Eq. (2-IJ} Com lllDd solução coodutora mais
N.iOll ..q. 0,1 mol dm - i 2.21 J( 10-: fone. os elctn>dOti pod~rlo "se:r menorc::S e mais afastados um Jo outro.
C'H,.<: OOH aq., 0.1 mol c1m-> S.20 x. 10 • É imposs.lvcl u~.ar corrente cont1nua ao medir a r-==sisttncia de unta solução
Arit111 4.0x 10-• cle1rolitjca. con1 elctrodõ.' ir.ene~ pois ooorreria eletrólise. acumul:indo·sc os
Pn'C<'l(rc 2,5 X t n'" H• produtos nos elc:t1•odos e in1cricnndo na medição. Por essa raJ.ão, c:n1prcgn-sc
(Seaundo #andbouk of ( 'hemis,ry a.11d l'li)'Mcs. 37" -ed. corrco1e a ltern..tdu. corn cerca de J 000 H~ de rnodo q\lc a pcqui;na proporção
('hctn-Ctll Rubber Publ. Co.• l 9$S) de c.:lclrólisc que ocon\l em uma mclade d.'l célula ê complctamen1e eo1nponsru.lt1
pck1 que ocorre no semieiclo oposto. Para reduiir ao 1ninhno quaisquor in1er-
e. porlanto. fcrências de outros eruitoo residua is. usam·se. nas cêlulus de eondutft nciu. elc:itrodos
li
--- ~ ilc pliuina pJatini2ados:. Cl&i,es eletrodos são ~h:: troc.lv:; cJc pla tiun sobre: os <1uttis
K -
u. foi depositada clctroliticnn1en1c outra camada de pla1ina, cm um cstodo fi na·
ou rncntc dividido, NO$ óltintos 11nos foram feitas álgu~tS med ições preeisus usilnc.lo
l/a corrente contínuo.. mas nesres ~sos são n-ceessãrios clc:trod05 especiais~ o método
' = U/t; d~• corrente alternada ~ o método padrão, para uso geral_ .
Jja ê a corrente por unid:.dc de área da seção 1rans'f::rs.1L 1!11.a é conhcçidu como A Fig, 2 r..:prese!'l:UL o principio de funcionam:::nlo do ci_rcuuo d.a pcnle de
densidade de co"cn1c, e representada pelo símbolo j. Ujl ê a queda de potencial Whea1~1onc: os qut1.ro ramns da ponte são a cêlula de condutância. Ur'nd rdis·
por unidade de: comprimcn10. e é conhecida como gr.dicntc de polctu.~u~ ou t~ncia variávcL R'. e as duas parc:clas do fio, xy e fZ.. A re3isrênáa 1f 6 fiiada cm
intensidade de c:ampo c~triç.() (E). Portanto um '<'alO"' pró.ximo 30 <b resilt~ncia da célula. e 2. ponte ~ balanceada mo'"e:ndo--sc
um oontalo dC-$liza.c1t sobre o ÍIO xz. O detetor no e:ircuito é um fone de ha.iu
" = jfB (2-4)
rcsist!ncia. e o estado dt cquilibriu é: indicado por um tninimo de 10.ccntidlldc
e a conduuvidodo pode ser cons.iderada oomo a corre-ate que passa a1ra,,çs de do som no t'onc. Como emprc:gatnos corrente alternHda, e ncc::ssàrio tquilibnn
uma seção trans\•crsal un11àr~ sob ação de gradil;'n1c de potencial uni1jrio. n3o somente a.s rcsisléncias dos nunm da ponte, mas tamhém :.s capacü!nc1as.
1~ara ta~ lemos u1113 capacnància variãvcl ligada em paralelo :\ rcsis1encia R'.
MEDIDA DA CONDUTÂNCIA DE IlLllTRÓLITOS C'om c.:ipacilinciu.s ba l l\nccada~ a intensidade mínima do sinal no fone é dclcfoda
Na mcdidn da condutâ ncia. de um eJetrólito, n propricdnde dererminnda. na ffi{llS faci Jm(nle:.
prática. é a rcsis1ênci!l, obtendo -se a cond t1tividadc a lravé:s da Eq. (2~3). Se o pouto de oquillbrio estiver, por ex1::1nplo, crn Y~ taJ como na f ig. 2. então
1\ solução clc1roli1ica é colocada numa célula de co,nduldncla. que constitui 11 rc;sistêncin 1( da célul1t scrft ob1ido pela ex p h~~ão
um rarno de um circuito tipo ponte de \Vhca tstone. A Fig, 1 rnostm dois exernplgs R XV
R' = )'~· (2·5)

Os instrumen101 cmprcg.1dos na prâtica silo bc1n m.ajs soflsti-cndos que o


~ucn•atizado n.i. F1.g. 2; nc~scs insrrumentos, o fio xz é substituldo por re)li~uores­
v,1riá"·c1s. O ponto dt cquilibrio é l'r\:qüenttme-01~ delclado por um 'ºolho mW.gi~'O·.
A ooodutlncb. \.'tlria ftetDtcadamen1e com a tcmpcratur.a; por1an10 a cfh1bt
de coodutâoril deve ser msn1id:t sempre num 1e-nn<>S1ato

C'ONSTANTE DA CÉLULA
A condutividade de uma solução está rçbciooada a s.ua resistência.. 3tnvés
J.L Eq. (2· 3). Ern nt:dídas d~ condutãncia. l pode ser tomada con10 diiuânci3. entre
(.<11 eletrodos da ~lullt e '1 como ã.rea dos eletrodos. Para u u1u dudJ oêlula, I e a
~crt.o constantes_ e l/n 6 conhecido c-.omo a cons.tante. da ~lula. /\ con101~1 ntc da
t.ilukt pode ser medida dirc1tuncn1e, mas e Ulaiíi con)u111 deduzir se:u v1•lor, mc-
Figura 2 Citcvilo J11 ponto de Whe.1u1101lc lhndo-s;: na cClula •• rcli.iSlência de um eletrólilo de rcsis1ividnde con hc:ekh~ com
12 1~)1,duçti.o d c1.roUtica 13

ççrLa ptecisão. A.s soluções mais c1npregadas para ta1 são soluções de cloreto de Tabe l~i 2. Co1idu1i\•ida<les mok•res de wJuçties aquosa$ a 2s·c
potássio. ( ónCel:ilr<tção Eletrólito
Suponha un~1 soJuçüo de cloreto de potássio de condútividade 1e0, e que tnoJdm- ·1 HCI KCI NaCI AgNOl .tznso.. ~N iSO~ HAo
apreseota u mti rc:f\iS!ência /(0 n ullta dada célula. Bn1Uo. dá Eq. (2-3j:
1
o.ooos 422.7 147.S J24.S 13 1.4 J2!.4 :18,7
Ku=-- 0,(101 421,4 J47,0 12J,7 130,S ll4,S IB,I 4$,63
R()a O,OOS 41S.S 14>.6 120.7 127.2 9 S.S 93,2 2 2.80
e 0.0 1 41 2,0 141.3 1J8,5 124.S S..9 82.1 16,20
lfa = " aR 0 • om 4072 138:.2 115.8 12 1.4 74.2 72.3 11.57
o,os 399,1 1.l3,4 11l, l 11s.2 61,2 59.2 ?,36
Se R for a rcsisLência de uma oulr:.-i Sl)lução na n1csroa <.~l ulu, entih) sua condu- 0.10 39 1,.3 129.\1 106.7 IUIJ,l 52,6 50,8 5,20
cividadc (1<) é dada p o r (:icgunêo l!an:ibo'Jok ef CheJr.is!rJ' t'lJtd Phj'sic~ 37.~ cd., Chcmical R ub~r Publ. Co., 19.55)
X = -1 mi:
"....!......Q.
R {2-ó)
Ra R VARIAÇÃO DA CONDUTIVIDADE MOLAR COM A CONCBNTRAÇAO
A Tab. 2 apre.sen{a alguns da dos referentes .a diversos élctróliLos. F..~scs resu1-
CONDUTIVIDADE MOLAR 111dos mostram qt1e, à medida que a conoen1r:iç.ão diminui ou ~1 diluição auiucnta,
u condutividade tnolar a uincnta. tendendo a um vator,.Jimite, conhecido como
As condutividades dos eletrólitos varial'I\ basH1nte com a conocn1ração. A conduti'lidndc molar·litn itc, desigoada pelo símbolo J\C<(1) , :\ Fig. 3 mostra esse
con\pan1ção de. condu1Unci.ns de diferentes eletrólitos é mais s igniftcaLiva quando con1po:tamento <l: modo gcnera1ita<lo.
,se 1oma em consideração a conceniraç.ão. Pl)r essa razão, definimos um novo A partir dt: a mplo.s cs1udos sobre a co nd u l únci~ de clcll'.'Ólitos, Ko hJrau~ç.h
conctito. (1900) conseguiu mostrar que, em alguns caso~ pAra soluções diluídas, a relação
1\ condurividade 1no'iarl 11. (A) ê <h:linida como ~ntre condutividade n1olor (A) e concentráção (c.) podi~ ller e.xpn:S!>a segundo uma
A = K/c. {2· 7) Ct1uação em pirica:
As unidades fund~unentais da c(lnduti\•idade molar ~ão n - m JI10J- • como 1 2 1 /\ = A"'-k Jê, (2·8)
veremos nõ· seguinte exemplo: a condutividade d.z u1lta St)lução de cloreto de 1>11de k é uma. constante. Essa é a e.quação de unta r~ta de inclina.çiío - k e inlerscçã.o
potàssio de co11ccntração t0 2 1u0Ju1- 3 é igual a 1.29 0:- 1 n1 "" 1 a 25 °C. A c.on- /\"' , determinada pela exu apolação à C01lcen1ração ?:ero (nos casos nos quais
duüvidadc molar dessa solução é dada por t• equação é a plicável).
Na Fig. 4 estão represenlados gralic~1ncntc "alorcs de A~ con tr:l ..;'C para
1,290- 1 m - 1
/\ = - '.'ários eletrólitos. O gráfico mos1ra a existên cia de dois e."ttrcmos. de comporta-
102 n1ol 1u - :,\ '
/\ - 1,29 x 10- 2 0.- 1 m 2 mo1- 1 •
1.50 EIGrróiito forre
Embol'.'a esse resultado seja d~idO eLll unidades fund;,1menl:iis, não hâ evidcntc1ncn1e XC!
razão que in1peça cxprcss.â.-lo como
,'\ = 129 n- 1 cml mo1- 1 • g Eletrólito samifono
"' l CO
As unidades o-•cm 2 1no1- 1 são igualmcnic aceità\·1ús. (intermediério)
Outro aspecto a considerar na compan1çào de condutj..,jdadc.'$ molares de
diferentes clctrólhos é o fato de ser a corrente elétrica, no caso. a 1ransfe.rência
-------------::.-:-.:-;-;..
·· ·~--r . "
V

de carga. á poriaruo, prefcrí.,.cl. em comparações, consideqir condutivjóad.z:s


molares de S<.1luçôes nas quajs as quantid ades de sub.st.â:ocia que perfazem u.m
l
'

50-
• Eletrólito fraco
moJ aprcscnte1n inesmo niuncl.'O de cargas. Por CXCJJlplo, n;~ con1paração das 1
/

condtllividadd:> mola res de cloreto de sódio e sulfato de :ó nco, é melhor especificar 1


urn rnol de cloreto de Sódio como NaC~ e especificar unl 11101 de sulialo d.:.: zinco
corttQ }ZnS04 • Especifíc<lndo <lcssa maneiro o mel de t:10rt!tO de sódio e de :;ulía:10
de zinc<.1, o lll l)I de cada u111 dele$ lel'â 1nêsmr> n(1.1.uem de cat'gas e as .condulivi-
V
o º''rF,ln101 11
.t
0,2
dm- 1n
0,3

dades n~ob1 n~'\ podem ser couiparadas de modo m~liS pre.ciso. ,_\ ·rab. 2 i lustra F'ig1.1ra 3. Variação da condu1i,•id;·1de figura 4. Varim."<i.O d~1 ~ondu livi c1;.\de 1ne)ktr
molnr com a dilut;.ão
esse aspecto. COUI ..,/ -;_

lllp <H•l(l1' e1nprega ..toud 1.n i vi d~dc"'. Chaolatl~ ta1nbêm de ..condutância e()lll\'<1len1e'•. 13'Ja1nbé1n <;Otlhecido ~n trc nól: como "condutância equivalente c1n d:Juição inti uila".
(N. do T.) O ::tutor emprega '"condutivídttde"', lcnuu que toauüveltloli pOt fiJe;lidad.;. (t\. do T.)
T
14 (.:C-nd1:ç:lln eh:11•0!!1ica IS

men1ô. Inicialmente, existem cJe1róli1os corno cloreto tlc sódio ou de poLâssio,


qoé exibem valores bastanlc altos de coodulividadc nlolar cnl 100.. a faixa de º" ~>e
- - = k. (2-11)
conccn1raç6es cons-1dcru.das. Esses clcttólitos ~o chnnlJtdOS de tl~róllt~ fort.~t. (1-•)
Ou1ro:s:. mostrilm componamç_olo c;<cmplific;ado no gri:ít00 pelo àcido acé1ioo.
A conduuv1dndc molar pcrma.l>C<'Ç baixa a.1é 31ing.irmos diluições mu110 gr.indcs, Essa equação é conhedcb como lti da diluição 4' Ostwald.
nas qu:us a coodu11vidadc molar cresa: enormetncnle- Tais clclrólitos são chamados Se °'
valorc:s de « rormados por mcdic:bs de: condutãnaa rortm correi~
de ele1r6ll1os fraco1· n..."1 classe ~ conscituida pr-incipalmcntc por 6.c:dos e bases então a substnuiç!lo no membro csquecdo d3 F..q. (2-11) deveria levar J um.1 cons-
orgfinicas. Nem 1en1prc é pos.sivel t:Stubclecer-se um.i disrloçl.o clara entre elc-- 1.inte. Na ~rab. 3 aprcseotam05 dad06 para o âcido acé1ico. Obccm°' resultados
tr6IH06 ror1cs e frncos.. pois o comportamento de algumas soluções. como sulfato semclh.antC! pani ou1ros eletrólitos fracos e, nu.ma prim~ira análise. a lcoti.a <k;
de zinco. si1ua-$.: cn1rc esses tlois extremos upresen1ud0$. Essts eletróHtos são. Arrhennis parca: S;.11lsía16na para cs~ grupo. Dados p:ira elc1rôlito:i forlt:~ como
à~ vezes. ch:1nu1dos de ektr61itos internu>diãrW:s; O:i n1;:1is irnport:1ntã: destes são O!I do cloreto de poll\..\$10 oa T~, b. 4 mo~traro q~ !l ICOrli.l não é nplicil;.,•c:I oeste
~ilsun~ it:'ii dos metais de transição. Ct\SO. A. (1nica conclusão que se pode lirar ê qllC", para ele1rólitos fori cl!li NA• 11ão
6 igual ''ºgruu de ionização
Com 1rabalhns posteriores.. c:om os qu1tis des.e nvolvernm·~c a toori11 111ômiea
TEORIA$ DA IONIZAÇÃO
t: o conhcciini:nto da estrutura cristt1lioa, verificou cse. que n1ui hl 8 d;1s suhsUlocia..~
Bmborn tcnh(1 havido, duranle o sécuk1 X IX, duns ou l rêB lenlutiva.'l de c1ue se mos1r11vum eletrólitos íortes, n1ostravamwse complc1a mi:ntl.'I ioni.t..adJS.
explicar a origcn1 do11 ions cxit1tenh:s etn soluções clctrolíticus. só cm 1887, q uando n1esrno no csh1do $6lido. Por cxcmpJo, o cristal de cloreto de sódio é conslituido
/\.rrhcnius propós sua 1coria da ionizàçâ<>. chegou-lõe u un1,1 cxrlicoçllo r47.oaveJ- por ions de sódio e lons de clorelo unidos por forças elc1rosliuic~s. Quundo o
mcn1c bem :sucedida. \!ristal é disM>lvido n.'l :\gua, os ioDS são afastados um do oulre>-. e a di1Jociação
Arrhcnius sugeriu que., rta. solução de um cletr61i10, os lons estio sempre )Crá comp!c111 c:m 1od11s a.s ooncenlra(ões. Seria Jn1eresssntc invct\igi.tr por que
prc~nlcs em equilíbrio W1ll moléculas não-ionil-.td•s. Por exemplo_ p.11ra um OI ions si.o s..:~rados com mnu.nha facilid1:1de quando o cristal de clorc-10 ck sódio
ck:trólito binário BA. c:1i11c o c:quilibrio ~ adicionado it Agua.. As lípçôcs que mantêm unido o cr1s,al iónico si<> bastante
BA~B · +A- . fones. como se c"Widencb pelo alto pooto de fusão & tais criM;1is (por exemplo,
o Naa funde a llOI ·e~ A rcsposia pode ser enco~trada na lei d: Coulomb cio
À mcdicb que 3 diluição aumr:nta. o equilíbrio é deilocado puru y d1reilY. ooor- 1n\'CJ'SO do quudnado <ta d1s1ància. que gO\"Cmtl a íor-ça &! a1nçio cxiMcnk entre
rendo ionizac;lo maior. ar~ que. com diluiçãn infinila. a io:ii1nção seja total A~. p.arliculas com cargas opostas. A força entre duas cargas. q 1 e 9i, t prnporcioaal
que é tt condutivic:bdç molar limitante em diluição inlínlla dc,•crll ser uma med:c:Ll
do n6mcro tot& de iom que p<>dcm $Ct" fonn:idos. e A. cm q ualquer outra con~ f.!l.bd3 l O,ulOJ pou.1 icklo acético a 25 "C j,\.. = 390,; U 1
cm' mo1· •1
centraç.ão e. dcvcrfo. ser uma indicação do número d..: ions prcsent"'S ncssu soh1ção A lO'«"c~:ll - l'll
particular. Se as vcJocjdad-cs d06 íons não '>'ttrii.rc:m com " cnncc:nlraçào, então '
11lO) <hn > ~1- 1 ç;n ~ u:i.v1- 1 • 1núl d 1u "' ~
a relação entre A e A• 11Çrá iguaJ ao grau de ionização,
0,0U I 4R,63 0.1245 1.77
NA~ = • (2-9)
0,0 0l 22.80 0,0$t'35 1,8 1
onde a é ·a fn1çí'lo de moléculas do soluto qu.: se ionizou.
Os1wakl (1 888) aplicou a lei do equilíbrio à ionização de un1 clcll'ólito. Coo· º·º
0,(12 1
16,20
11,57
0.04150
0.02963
1,SO
l,!tl
sidere tun ele1róU10 binário :BA. qt1c forma os íons B • e A -, cn1 u1:u.:1 solução 0,115 7.36 O,Oll'X4 1,8 1
na qual n concentração de BA ê e. Suponha que urna fnu;Ko « de DA se ionize, O,!O 5,20 o.o mi I,~
de modo que a cooccotração de BA não-ioniz.ada é c(J - «),e: íl conoenlraç.00 de
cada lon íormado. s• e A - • é «e:
lab<la 4 Dados p.1.-. cior.:to de potássK> ., 2S ..C
BA ~ B •+ A -
fA"' = 1"9~0- 1 cmlmo1- 1 1
<(1 - >) ac <te.
A •*r;'(I - •)
A lei d o «1uillbno C$1abclec:< que ' n-•cml mo1- ; ~
mol dm 1 mol dm"''
[B • ] [A-]
(2-IO) 0.001 .47.0 0,%1 0.0)06
[BA) = k. 0.005 14),6 G.9JS 0,10\)3
0,01 141.J 0.9.!3 0. 1 ~ 1
ondt Jc é urn.i constnnle e os termos enttc colc:hclcs rcprcscn1arn 'lS conQ:nlrações.
0,02 JJ8,l 0.9'2J O,llld
Subnituindo se ns conccnu··.içôcs na Eq. (2-10' por seus ..·;1lorcs. leremos
p.os 133.4 0.$90 U.3600
ac · at: 0,10 129.0 O,fi61 O,l)JO
--=k
t.(l - • )
16 ( :OuduçG.t> clc1tollti.ca 17

llO produ10 chls cargas e invcrsamence proporcionJ .10 quadn•do da d1s•lac:L1 vidjde molar da solução aumenta. f-.ssa var1açao conunua~ a1é que. nwn.a
r cn1rc cL1s, dllutçio i:tí1ni1a. os 1ons estejam iníini13mcn1.: afastados um do outro e °'
<fc11os
1n1er16nicos sejam nulos. N::i.S.'\S condições. isto é.. ru diluição infinita, a oondu·
1ivid.1dc mol;-tr s.::rà um Lnáxuno.
Co1n bHse nesses argu1ncn1os, Dcbyc e Hiickcl puderam derivar un1a expressão
Puni convcr1er essa rclaçilo nurrti' ig uafd1.lde, in1ro d uz se ll !llll constanlc de pro· 11u..: relacionasse t1 condu1ivid,1do molar ob~crvo.l d:l (A), numa determinada eon·
porcionn lidade (t) j unto C(llll um f;Hor 4i'l.. para r11c:ionnli1.f1r a cquttçllo cenlração (e). à condutividade rno1ar crn diluição infinito (A"1). Os cálculos fonun
pos1t:riorn1entt: modificados por Ons.1gcr. e o resultado~ co nh~cido corno equação
F -- 4ur'
qlq2 . de Oebye- llftclcet.Oruagcr, ou, siropl;:Slll(..'DIC equação M On.sager:

6S9e fator t é ullbl c.on11.1ntc para um dctc-rmioado meio e chama-Se: permiriridode. (2-12)
O valoc de t para o ar t apenas cerca de 1/80 do volor """ª
a agua. Na Agua, onde A e B sào cons.tan.tes que podem ser dedutidas tcoricamen1c. e qu.: dcpcn·
por1an101 a força entre os ion~ h muito menor e. conseqütn ttment~ serà preciso dcm da temperatura e da nalurea do solvente. Es..<ta cqunção é válida, com cxtu idào
u111 1rnbalho menor para ufiun.á-lns. Quando o cristal é colocado na â.gua, o~ ionfi 'l:U i~f" tón:i.. para soluções de concencração de atê 1o-A 1nol dm -\ e dá erros dó
1ornnnl-se hidrn1ados e o sis:tcntit perde algutnn cncrgifl livl'e, sufic.icnle puru rei.· poucos por cento na faixa de concentl':1çõe.'i de io- 3 n 10- 1 mol dm- 3, para ele·
Liz.ar o trabalho dt: scpan.1 os íons. 11·6h1os uni·univalcotes, A equação di:: O nsagt:r, portanlo, representa a j ustificath•a
A teoria de Arrht:oius da ionização, portanto, não expliCà a. "ar1uçilo da tc6rrcn p;lr.:t. a relação empirica de Kohtrausch.
condutividade molar com n conçentração. que se observa com eletrólitos íortcs. Pnm soluçôts concenlr;.adu.s. e m;5mo para soluções d1tutd:is de aJgu.ns clctrô--
O rrabalho que Jc,·ou a uma explicação do comporr.s.mento de: c~tróhtm luos muhi'f'a!ent~ contud°' a cqunçãn de On'Sa.J'."T Wha. Uma das razões disso
rortcs í0t iniciado pot Milner (191 2). ~.fil:ncr cakulou a dlstribuição de iom numa f0t apon1:ui:l originalmente por BjcrruQ\ que mostTOU qut.. ã medida que a coo·
soluçlo de um eletróli10 fort~ c<>mplela.mcntc d1ssoaado. Uma conlribu~o «nlraçlo dos tons aumenta. pode-m ocorrer pares de ions de carga oposm na
melhor foi a de Debye o lluekcl (1923); a 1coria de Debye-Huckel é a b.se dos aoluçio. Esses pares iõnicoSt de lons: JQ cargas opo1nas. formam~se quando ion.s
modernos pontos dt: vislu sobre ele1róli1os fortes de carias opostas se aproximam o suficicncc para serem considera~os cou~o que
Considere a co11.du14ncin <le u1n elc1ról.i10 forte completan1e11.tt disroeiudo u1n,1 enttdnde Uoica. A cargu lOlttl tlctos.a en1idadc únic.1 é zero quúndo são ..:nvol·
cm solução, por exe111pto. clorel<) de sódio. O; íous de sódio e de cloreto nüo i:stardo vldos dois lons de ca rga unitll.riu, e·, t1ssim .sendo. um par iônico não con1ributrâ
dislribuldos aJe.atoriamentc no solvenic.. Cada lon de sódio, 1endo carga posi1 ivo, p,1n' a condutância da solução. Deve ~r frisado, por6m. que esses pares i<)n~
tcnderà a atra.i r para si os íons de cloreto, de carp negaü va, e a repelir outros n.lo são esrâ,·tis., trocando continunmcntc de parceiros A associação de lons em
tons de sód10. Essas fotÇOLA eletrostáticas ~rio compcnsacfus em granck p.irle pelo clc1róli1os fones foi estuda.d.a princ:ipalmeotc pcx ~v1es e por Fuoss e Kraus.
movimento térmico dos ions. mas, no balanço íiD.i\l. cada ion de sódio tstari cir- Essct pesquisadores estabele<-eram cquaÇÕcS que explicam a condutânaa ~ ele·
cundado pot uma nuvem iônica con1c:odo maQ ions de cloreto do QIJe ions de 116h1os fones até concentrações de 10-•mnldm- 1 •
sódio. Analogamen1c. CJda ion de cloreto estará circundado por WWl nu\'em l!.rn vuHa da teoria de D tb)·t:·l lüclct:l, podcrí:un oi pcn$~r que a atração in1er-
10nica contendo mais ions de sódio do que Sons de cloreto. 1ônica pudesse ter algun1a 1111porU'l ncia na d ctcrminttçAo da condutâuc1a de
Suponhamos agora que unia corrente ~travesse n solução e fl!(en1os nnssa clc1rólitus fracos. Ern l:ioluçôcs diluidas de eletrólit~ l'ruCl)S. porém, o núnlcro
t\Cençllo num íon ti:: sódio paTticular. Quando a corrente ílui, o ion de sódio ~ de i on~ prc:':cntcs é muilo pequeno, c os efeitos ioteriônicos i:.ão desprczh:cil!. Corn
moverà em dirt:ção ao c{l1odo, e sua nu\'em iôniCiL se moverá em direção oposca. 11olucôc~ mui10 concentradas. a atração interiônjca cornu.-$0 mais impor1an1c.
A nu ..·em iônica original iC ro1npçrÍI. e uma nO\'Q se (ormarà. Na pri&lic;t, ~ O\:CCS-. Jú. vimos que a relação N /\., pode não ter significado nlgum como indiQ\tiva
sàrio um cuno iruen·alo de 1cmpo para css.1. opcr:lção. Esse intervalo~ conhecido de gruu de ionização no caso de eleuóUtos íortes,. e dcwc:mo:. k:mbrar que CS&"\
como lt'lnpo de rtlaxaçào. Assim,. antes da destruiçào dt nu,"C:m original. o ion rcbç.lo (oi oon.~crada como Kndo igual ao grau de ionir.-ção no caso cm que
de s6dio dlará afastJdo do ceo1r~ e ha'·erá como efeito 101aJ uma a1ração para M \lclocidadcs dos ions foram supostas consta..nle&. S.1bc.mos agorn que ~,. "-elo·
1ràs. A velocidade do ion de i6dio será menor. J:.uc efei10 é chamado f/tfro d' cidades dos ions ''aria.m com a conocntração: e que a variação na relação N/\w
r1IOX4Çâô Otl efeitv de a.11:dmctría. ~ rc.ilmenic uma medida da v:i.rinção da \•docidade do5 Sons com a conccntnu;l1o,
U1na vez que a nuvc1n iônica contera moléculas de âgua, eu1 vi1·1ude da no caso c.lé cletróli1os fortc!I. Por esse motivo~ é prcrcl'ivcl cha1nnr a razMo A/A_,
hidratnção dos íons de <;lore101 o ion de sódio CSHlrÔ sujeico a u111 crcsccnh: obs- rle rn:<i" rle c11Hd11tância. So1ncn1e no caso de soluções diluldn.s de eletró l il~ frac<u1.
1llcuh) a seu movimcn10, por caus:l d.as moléculas de solven1e que se dcsloc;:inl a n:1.u;âo t:in q ul!scão pode $Cr considerada coroo sendo o grau de ioniLação.
cm ~ruido oposco. ls.,o cri.1 oulra força que retarda o 1on de só<lio, diminuindo
wnd:t m:ajs sua vcloe:id,1dc. &se efeito é conhecido como efeito e~Jro/ortclco. CONDUTIVIDADES MOLARES-LIMITE DOS IONS
À medids que dilulmos a solução. os ioas se etp.alham e se afas1am mais e
a dc:nsi.dade dá nu,·cm iônica diminui. Portanlo as forças de a1raçào iolcrt6nas '· equaçã<> do Onsagcr (2·12J ou a equação empinca de Kohlnmsch (2·8!
sao menort:S e a ''cluctdadc do íoo aumenta. Em conscqüc!ncia., a carga. 6 1rans· constituem-Se num mé1odo conveniente para dete1minJr·.fê /\40 para clc1r6h1os
ferida ~m ''elocidadc nu1ior, dando origem a uma corrente m:úor. e a conduta· fortei. C"ttn,.iderando os rcsuh11dos dessas dete.rm111110~ para ''itrios pares de
19
18
se. porém, 1.un n1ol de íon m-1.gnêsio se referisse â entid~ck: Ma 1 "", 1cria1nos
Eletról.11<11
,... ~~rc:ll(:t Eloelrólh>S A" (Ãf1:1tt;ocá A"(Mg>+) = 106,!2!i- 1 c.m• mol-'.
n·· \;m'1nol: cm l mq__..--; 0 - 1 cc11 mol n 'cm>l'llOl- 1 Podemos constata_r qu: são "álidos os seguintes tipos de rctaçõe8:
""""'
(JW:tl Q i

KCI 1...U KC'I 149>6


..... A«(!Mg>+) = !A«(Mg'º ),

..
...e: 126.4> l \.fl
"~º.) 14...96 A•(:!CI- ) = 2Aº(CI-}
1......
K NOl
N.1N01 121..$$
2J;U !<.O
l'al\O, """'
1 21.~i
~ M;DCionou·sc anterlOrmentt que é melhor comparar as condutividad...."i

..
,,
Kl 150,.).2
:1,,91 2~.: 1
Jlbt.1 ,
JBalN0 ,)1
1\9,9'
,,S,"4 •.90
molares de qu.1nhdhdd de lom que possuem i i0.::5UU carga. O cato matl simplef
é ob,·iamcn!.c itque~ no qual as quan1idades di::. ions ~colhKt:K possuem arp
unitária. Para .se chtgar :\ condutividade molar de mi quanhdade de lon. o prooc-
\ScJ:1;1.,do n. r. C'oeY. ~.)'. tlrrrrod:tntkaf Dara. Airut~d111n, F.hiev~r. 1 9~2 1
dimcoto nl"is simples 6 dividir a condolividadc: molat de uma dctcrm1nad.'\ qoan·
1idade qua lquer dad;1 de um ion, pelo número de oxiduçào dcssn qunn1idndc de
clc1róli1os. dcpal'nmos conl alguns fatos interessànlcs. K.a Tllb, .S. são mostrados fon, tt,unnlidnde que pode ser exprcss.à como :\ ;/t1• .t:ssa qut1nli\ladc pôde ser
"'ttlortS do A"" pnm ~iversos pa!'es de efelrólitos, e~ difc rcoçns cn1ro eles. deno111iuada cctrduiivtdade equivalente, mas deve·se frisar que, eo1no o nú1ncro
Not:.·sc que n diferença ~n tre os A~ parfl ~ pttres de s;, js e.ln pl'imcira coluna de oxidação de um ion é nclitnensioJla~ a coududvidadc cquh1ttlcn1~ t.11 oomo
da. Tab. S são cons1n1ues. 1\ \'nica diferença que cxis1e entre eles 6 o ct'u ion, pois tleíinida, terâ "li 1t1<:$ll~i. <li1ne1\sôes que a condotividade tnohu'. Uu\ <>u dois
cadu pnr lcnl o me,mo ânion. As diferenç.as oos valores d-e A• da quarta coluna c:<emplos iJustru rllo c.~~c aspecto.
p-Odc1n utmlogamen1c iicr ntl'ibuidas a diferenças nos n.nions. Cssns observações t.• (Ag•) - 61,920 - 1 cm' mo1· 1 ( : = 1),
levaráfll Kohlr"usch n postular sua léi tkr migraçiir> Iônic'U lndepend"nte: ..cada
A r(Ag')/z = 61,920-' cm' mo1 · 1 •
lon oonlribuj cum uma quantidade definida para a conduüv1d11dc molar-limite
totaJ do eletrólito. independendo da n.acun:-.-:n do outro fon .. Ess.'\ lt i pode ser A«(SO! )•!600- 1 cm' moi- 1 , (: • 2),
escrit1 matemoticnmcnre como segue: A<O(SO!-}lz • 80 0 1 cm2 mo1-i.
A• = /\.'! + /\.~. (2-13)
Outro aspecto relacionado a esse assu.:lto rcfcr~-s:: uo cu1dudo que dew ttt
·om.1do •o se apli...'llr a lei d.a migração iodependec.te dos iom. como equKi:onada
onde A~ e A• do as condutividades molares-limilc do câtion e do ânion. res-- -m (2·1 3). As condu1i"icb.d.cs mo~ra iônicas devem refe.rir·se à quantidade de
pecli\'amcntc. f;.xperiênciu que serio descnw JDaJS adiante podem ser empregadas lons contida rw qtwnlkhsde de elc:1.rólito especificada. Assim sendo, aplieando.se
para determinar que (ração da corrente !otal é transportada por um determinado 1 Eq. (2-13) ao clorcio de magnésio, por exemplo. podemos esac>'tr.
ioo na ck:tNli..ei com esses dados. é possivd ca.Jcuh•rctn•liC a11 condu1ivfdadcs
mola.rcs.Jimilc de íons individuais. ,\lguns valores sã.o dados na Tab. 6. A "<l~gCI,) = A~~Mg>+) + A"(CI-~
donde
A condulividRdc molar de um ion é. uma medida da quan1id1tdc de corrente A~(! MgCI,) = 53,06 + 76,34,
que ele pode lran1'porl(tT. Como a oorrente é a \•elocidndt: de tran11f: rência de = 1 29~400- 1 cm2 ntoL- 1 •
carga elócricu, a conlpan1ção das condutividades n1olares de vâl'ios lons terã 1nais Por outro Jado. podemos escre\•e1·
sig.uiíicado *'
ali condutividades molares osadas se referirem todns n ions com a
A"(MgCI,) = A"(Mg>+J + l\"(2Ci-).
n1esuw corgn. â. 1u1s-i1n, rnais signjfica tivo Comparar A(Nu •) co1n A(i·Mg1 +), cm
vez de compílrfl.lo com A(Mg2 •). Dessa maneira, podem ser compur11d11$ ttS (lOn· = A"(Mg>+) + 2A"(Cl-~ (2·14)
dutividadcs molares de qunntidudes cqoivaJentcs dç transportadores de- cnrsn. = !06,12 + 152,68,
Vçrnos. da Tnb. 6, que = 258,80 0 - 1 cm 2 mot - l .
/l.w(!Mg 2 -) = 53,06Ii-'cm'mol- '. Recomenda.se cnuncta.r a Je1 da migração indcpcndcnlc dos loris de 1,nna
maneira m.l.i.s aeral que a d:t Eq. (2· 13). para evitar a obng..'ltoricda dc de definir
T11bela 6 Cooduti"1dades molar;:s-limit.,: .1 25 ·e um mol de ion como a quantidade do mesmo contjdo cm um m~ d: eletrólito.
Suponha que um molde eletrólito fomoça em solução "'.- molca: de wn cálion,
A! A•
Çii.012 Ãnio.1:11 e "- moles de Anion :
(l 1
.c:m'mo1- t n ' cm1 mo1· 1
(<'.e1rólito) = '.(cátioD) + ' _(ãnioo). (2-1S)
li" J.19,8 ou- 197.6
Comparando as Eq~ (1-1 4) e (2-151 veremos que a forma mltis iiencn1h""da da
="-• ' so.;1 (.1 J6. ~
K" 7),S2 NO; 7!,.U lei da m13raçlo independente dos íons b
Ag 6 1 .~2 ~SO! 80 (2· 16)
~1'1ª'" 51,06 cH,coo- 40,9
aª .. 5~.50 1- 76.8 Um dos pranc1pa11 c1nprcgos do conceito da 1nigraçiío indc:p1.:ndt:nt..: dos
lons reside no fol lO de íorneo:r·sc um método de calcular /\'11) paru elclrólitos ír.acos.
fS..:titJndo U b Co nwily, Ef,,.nrae.ht"11?f('af Dat(1, An1slerd1uu. L:J»o\'u:r, 19S2)
20 Cc,nd uç!o e1c1rolltie11 21

l:'.sscs •;rt JQres n~o podçm ser d clcrminad os ex l r~ pnlt1 nd o·8C um gr:'1rioo dt: ,\ N
con1ra fi, co1no no caso de clctrófü os forles. Par.:1 o cóft.ulo de /\ do icidu
.:acét ico. por exemplo. podemos escrever
:::.-_::--:-·1
A~(cH,cooH1 = AwcH •1

= 390~7
+ AD(CH,coo - ~
= 349,8 + 40.90- • cm' mo1-•.
n-• cm 1 mol'" ' .
Essa lSSun10 scri disçutido môli$ detalhadamente no CRp S
1- i~ur.t S. Conducio dciro'lta.
0 -- - - . .•. .,•
- -- ---- ..>"'
_ , _! ,J

MOlllLI DADb IÔNICA E CO NDUTÂNCIA TÔNICA tempo t, qualquer c;\1ion ong,i;ialmente tocalizado no pt(lnO A l(rÕ percorrido
uma dis(â!lCia ii +r cm direção ao cátodo. A quantidaJc Jc ca1·wa 1ransfcrida pela
A oondulllncU.. de um eh:tró lito é uma n\edida da corrente q u..: ele pode con· àrcn A pelos cátions. nun1 tempo t, será. porta nto, igunl 11 Qu.CLntidadc de carga
duzir, e corrcnlc é u proporÇão de: transferência da corrc:n1e el~trica. A ca rga é transportada pelos c6tio ns confinados num bl0<:0 rclangular de seção trans,·crsal
conduzid:i olrnvê!I <lo eh:trólito pelos tons~ por1anto, u condutdnc1u de um ~ le· A ç co1n ptimento ii .. t O volu1ne desse "bloco· de soluç!o é v, 1111 e11 concen tração
l rólito depende d:t quun1idade ou proporç:ão de Ct1rga que o,q l nn10 1~odem conduzir. de i.:ãtio ns 11a soluçlto é e_.. . A qua ntidade de cãtions cont idos no ·'bloco" é.
Hss" \•clocidn dc depende de: três fatore.li : as~i1n, l'+IJ+tA. A cora,1 11·:H1sportada por um rnol de cft1ion11 t o prodtHo do
1) o nún1ero do cargas de cada ton; obviamente, a um ior. poU\'afcn·c está nU1ncro de o:<.idnção. z ,, e da constante de Faraday, F. A quu n1idnd e de cnrgn
ui:osocitu.la mui5 curg;J que a un1 ion univalente: lra n~foridtl. pelo.s cl\tjons tllra\·és da área A, num tempo l, ~ igwil H c .. o_... IAz_ F.
2) da concentração dos ious : quanto mais lons cs1iverc1n prcsco1cs. major Ana lo~amtn lc. os â niun!I 1ransportarão uma quanlidade de curga igunJ a
a velocidade com que a carga pode ser transferida: r_t._tA lz JF, tuntvês da área A. nu1n tempo l. '-:esse caso, u~amo~ o 1nfldulo.d o
3) dn velocidade dos ions; novamen t~ q uanto mais rapidan1cn1c um íon ~: nt.imero de ot.idaclo. 1=-1· ou seja. consideratnos apenaS I! 1n.taniludc do mcsrno,
desloca. m.-ior a velocidade de transferência ck carga. desprezando seu sinal ls.so porque estamos i nlcrc~ns na quantidade total de
eleiricidade lransícr1dL e nio em quantidade de ck1 rici dad~ pos1th·a ou oc.cg:a1iva
A velocidade do ion. por liua "C4 depende dt qu111ro f11orCSt taprc:seola.dos
a seguir. transportada.
A '-clocidatlc de tnamferêoçia de c-arp pelas cilions < ãnions. rtspec1ivamcnle,
(a) lnrensid.3.de do campo clétriro. A corrente pa.$$!. 3ilra,-és da solução cm ~ obtida dh·idindCMc as qua.nlldaôcs C +f .iA; ,.- F e ,. _a:_rAl!-IF. pcb t,;::mpo
vir1ude da carga que es1à 5ecdo transferida e111re 05 clcerodos. t;Dl.1 difcrc~'8 1. A \'Clocid:uJc de transferincia de C3Jga é igual à <.-Orrcnte, t. desi111.a.ndo-.sc ii.
do p<>re-ncial ! imprimida a.os e&etrodos. o que cli origem a. um campo clé1rico corrente tr.1nJpor1ada pelo cálion e ânion,. rcspecti'iamen1e, a través da àr~ A.
na s.ohu;ao. U IJ'Y pardcub car regada . siruada num campo clé1rico sofre a acio como 1 e 1 ... , l\:rc:mos
d~ unn rorca proporc:1onaJ à intensidade do c3mpo elétrico.
(b) 1\ viscosidade do solvente. Se a única íorça ntu ando 5obrc o ion ro:-.se a '~ = "+"+ z . FA e I_ = c_v_lz- 11-'A, (2-17)
devido uo Cillllpo elétrico. o lon sen a continuamente acelerado. O cíci10 d.;_1 vis- A corrente total. I • I ... + J -· é. portan to.
oosidado do so h•cnt~ que uu1ncnta çom a veJoçjJ~ de-, <1põc-sc t'1 íorç;1 t~• acclc:raçãu.
Depois de um tempo muilo cur10, o ion se rnovc co1n vcloc.:id:ttle unilOr1n e. 1 = c.u.=. FA + c_v_lz-IFA. (2- 18)
(e) llfc.ico de assinictria. Este jâ foi discu tido anlc:riorrnonle. O cfoi(o retarda Se tun 1n ol de cletr61ilo furneoe •. + câtions e ,. Hnions.. 1el'e1nos
o lon; suo intensldnde depende da concentração. <', = 1• 1 :xc .;: e_• 1• _a.c .
{d) Ef1.:.i10 clclroforétioo. Tambêrn c--sse efeito já foi dii.culido. vcrilicantlo-se
q ue ele rc1arc:b o íoo porq ue. a umenta a rcsis1ência da viscosid xc.lc do solvente; Substituindo na Eq. (2- IS1
a in1cn1tidodc dei.se eíeilo também de~nde d.'! conoen1racilo. I - ''.,..«CV+Z_..fA ,.. t' :rct' jz !FA.
E ncccssário considerarmos agora a condutãncia de um eletrólito cm termos • etcF A.(v+ll+Z- + 11_o_ji_j)
d:as velocidades dos loos Considere uma solução de um ck:1ról110 de conccntnu;.ão Con10 11 den$idadc de corrente ê j = tf~ teremos
e. Suponha ser Cl o arou de iooiução. (Para eletrólitos for•~ (1 - 1, IDM o tenno
é 3Qui comrdcrndo de: modo 1al a pcrmi1i.r que esta •rgumc-nt.içlo Se_p igualmente j = acf{l'+ll+=,. + \·_o_lz-D· (2-19)
aplK:àvcl n cktrôhtos rone1 e fracos.) Sej:un e+ e e_ , rcs~""'Ct1\·amcntc. as coo· C'omo os cle1róhtos obedecem â lei de Ohm. as \"c:lôcidade.s dos tons dc'-cm ~r
ccntmçõc1 do cúllon e do ãnion. proporcionais à intensidade do campo elétrico. de modo que
Seja tr a ínlcn!4idadc do campo clé1rioo aplic.11dô cxtcrn.1n1c:ntc. r e v_
o, = u , E e " - • u_ E (2-20)
s.-lo, rc:~CiV{llllcrllc, a~ velocidad e$ do t:âli<.>n e do Uniun ncSSc: co11npo, oa 0011-
ecnlrnçO.o dada. onde t~ .,. e " - si.io con!4t.antes de p roporcionalidndc e. rc.;1x:ctivanl.;n1e, as velo-
Con.sidcrc uru plano de superlicie A, locali~do no interior J.1 solução per. cidad es d o cAtion e d o r1o ion no campo elétrico de íatcnsid:tdc unitària. na con-
p,;ndicular i10 scnl itlo de íluxo da oorren1e., con11) 1nos1 rnd<t n.1 f'ig. 5. 1-\ qualque1· cenlraç:io de eletrólito c1n q uestão. Os termos u .. eu_ :;ão ch1tn,ados du ''">bilidocles
22 Cond11çi"11) d t1tolítica 23
do cátion e do ãnion, respeclivan1e.nte; m as ê pl'eciso levar-se e.L
n con::.idcração j 'érência, desse íon. A somu dos oômeros de tnlnsportc de todos os t:spb:;i1n e.'\ de
que. e1n bora se refiram à intensidade de campo elétl'ioo uni1â1'ia, e.tcs \•arinrãó lons de uma soluçãc) deverà, pois., ser igual a tnn.
com a concentração. Se considcrannó$ a situaç:iio d escri ~a na seção anterior, rc:lali\'a à Fig. 5, àS
Substituind o as Eqs. (2-20) na Eq. (2· 19) correntes transporladas pelos càtions e pelos ânions, resp~.cli va.m ent~ são dadas
j = <XcfE(v ,.u,.z.., - v_u_lz- ). pela Eq. (2- l 7J

De acordo com a Eq. (24), a OOJldutivid ade é K ~ j / E e, porta nto, 1.. = c,._v ,._z..,.fA e T_ = c_v_lz-IFA.

K • o:cF (v +u+z+ + v_u _lz_J). A cotre1ue toial é dada por


Alérn dis..'i('>, da E q. ('2-8J, A = -,,.J; c, logo 1 = c.v.z.fA + c. v. lz .!FA,
/\ = «F\V+ll+Z+ + 11 _u_lz_I) (2-2 1) e o 11ú1nero de transporte Uo çãtiôn U+l, na ooncentraç3o (e) do elc(rólito, é
dudo por
Em diluição infiniti\, «será unl1ária, tnc:irno para clc1rólitc.1s fracos ç , se chamarmos
as m.<.1bilida dcs:-limite <lo câtion e d o âni<..1n de u':" e uw, rc-sp cctiva rncote, po de·
remos escrever
A~ = F(v+z,. u: + )•-lz -lll~j. (2· 22)
º" (2-24)
Cornparaodo esse resultado corn a Eq. (2-16}. vcn'1os que
1\<:i • z+u~F e A~ • lz-lu~ F. (2-23) Se considerannos um e:letrólito u ni-unjv~~ len lc, cn1ão e.. =e_, e z_ • lz-1=1,
e a Eq. (2-24) se redtizirá a
l J1n cxan1c d<t Eq. (~23) 1nostra un-1 fa to interessante: os ions 1nigl'am conl velo..
cidüdes extre1na1uente lentas dor.:intc a cle1róJjt>c. Se eonsidcrarrnos um càtion C+
••+ V_ (2-25)
univalenic (z.._ = 1) con1 urna coudo1ividadc moJar·lirnite de 60 .0.- 1 cin 2 moJ- 1
e) letnbrando que F = 96 500 C n101- 1 , f>~1 ra o ânion, teremos u1n;' c x prc~são :1náloga,

11
A: 6on - 1c1n 2 n101- 1 "·+
' =--- (2·26)
~ = z+l 1 = 96 500 C mo1- 1 '
- &.._ I)_

Ocvl:-se n<>hir que, mesnto nesse caso mais sirnptes possh•el, onde o termo c:on-
- 6 22
- ,
o-.(. í~ .l crn2
+1 e , ccn!niçilo não apt:tl'éct de 111odo explicito, e os números de transporte variarão
(:Oni ~ .::onceutração, pois eles dependem das ..,elocidadcs dos jons, que, por suu
= 6,22 X
''C'.l. dependc:nl da oonc-entr::ição.
Colno as velocidades dos íous se relaeion:un " :;ua.s rnobilida<ks (F.q. (2-20)],
a Eq. (2w24) poderá 1ambênl ser expressa como
= 6,22 X
C+U + Z +
t+ = ~--~~~~~ (2-27)
_.., cm s· l
. C+U+Z+ + c_u _lz-
= 6,22 X 10 1
\ 1 c1n -
Rcco1·daudo q\lc c4 = v+ac e que e_ = v.. «<'-. teremos
Em outras pnk1vras. em diluição i nfini1a, o cátion que cs1am.<.1s consideran<ló se
.XC\' + U+ Z +
mo-.•erá com uma velccidade de 6.22 x J0- 4 crns- • nuro ea1np<.1 clêlrico de
1 V cm - 1 •
t .., = G<Cl' "" U 4 Z .._ + uc1•_fl_lz J
{)U
Bm unjdades funda1•1t'~Hais. a mobilidade mencionada será dad.1 pQr
(2·28)
t~ = '•' +Z.,.I~+ + Y_ ,z _fll_ .
,. ,
) - 3 nl s
U~ = 6,22 X
ll \.' tu -~ Cousiderando-se a relação entre con du l ivi<i~des 1noh1ré.'i e mt)bilidades, dada
Podeutos dizer, também, nue o eá tion $C move co1n orna velocidade de 6,22 x 10- !I pela Cq. (2-23), a Eq. (2·28) poderá ser ci;çrila, no i.:aso pál'tieular de diluição
ms- 1, nun1 carnpo elétriço de 1 Vnl-l, cm diluiçiio infinita. infinita, sob a fornla
,.. _ v .. A: .
' . - •· ...11~+ + v _ 1,~'
-
N ÚMEROS D E TRAN SPORTE
ou, a.plica11do-se a Eq. (2· 16).
N;;1eletrólise, todos os ions prtsentes na solução participam do transporte
~' corre nLt; e n fr1>..çã(l d:i oorre.nte cotai q ue é transportada por om de{erminado
(2· 29i
espécin1c de ion é chflrllada d:: nú1ner(1 de transpô,.re, ou, às veu.5> nUni~rô ·de lrtnis·
24 25
Analogamente, teremos~ para o únion. católico é de Qt+fz., F. e: uma quantidade idêntica de cátions penetra nesse com-
~ \• _ A~
partimento, pro..•eniente do anótito. ,..\nãJogan1ence, uma quantidade Qt _/lz- IF
t .. = /\'O . (2-30) de â1lions abandona o compartimento central em d in:ção ao anólito e unla quan-
tidade idêntica de ânions penetra nesse compartl1nento, p rovenit:nte do cató1ito.
J.\ patcir dessas duas relações., ê possível calcular condutividades molares iônicas ~ Conseqüentemente não haverá variação cota! da concentração de eletrólito no
-limilc. detc:nninando-se c:>r.perimentalmeott:: A"' e t."" . O último é gerallnente corr1partimento central.
detern1in3do pot: exlrupolação de u1na série de medidas noma faixa de valores Para considerar variações de concentração no anólito e no ca(ólito ser:l ntais
ba i xo~ de c<:n:itentnu;ãú. conveniente examinar um caso especifico. Considere a ele1rólise de cloreto de
De\•e-se notar que) de tod&S as relações dadas para números de transporte, cobrc(llJ. com um cátodo de <.'obre c um ~nodo de platina. No câ.todo. haverá
pode-se concluir que dcpo.siçíio de cobre e. no iinodo. 0$ íons de cloreto perderão suas cargas e for·
(2-31) rnarão o gás cloro, que se dcsprcndcn\. Consjdcremo'> as variações de concentração
do calólitó e <lo a.nólito m;ullantcs dessas inlcraçõcs.
Não dt:\'Cmos esquecer que \UU nnmeco de transporte Co1no tal não tem
s ignifica.do. Núnleros de crausporte dependem das ·velocidades dos íons, que, c·aujl!rq
por ~ua ve?, dependem da concentração e da temperatura, seudo que esta 6l!ima
Perda. de Cu 2.. pe h~ nelttrali7aç.ão R_ Cu'+
a íeta a viscosidade do soh•ente. .t\1ém diss~ quaisquer outros ions presentes terão 2F
algum efeito. sobre a parcela da carga total que ê transportada por um espécime
particuJar de lon. O número de transporte deve.. por isso) \'ir acompanhado de: Ganho de: Cu 2 pela 1ni~'TIL<;ãü = Ql . /z_ F Qc+
2F
eu i + .
informações sobre concentração> temperatura, e, principalnlcntc;. qual o clcirôlilo.
Qc _ e ,.
Perda tolal de: Cu2 + = (1 - l t-)Q/z.F 2F u
DETERMINAÇÃO DOS NÚMEROS DB TRANSPORTE
QI_ ci-
f.!l 1\.lêttJdo de H iuorf Perda de c1- por misl1lçã<> = Qt -il= lf F
Du r~n Le ti c:l el rúlls~. a oooce1nraçâo do cl~ tl'óli to oo anólito e no Càtólito
Perda de C uCI, no Clllc\lito =~~ (Cu'-) + Q;- rcn Qc
2F e.uCl2 ·
\'tt ri.... eo1no resultado dàs reaÇl"')e.~ que ooorrem nos eletrodos e da migração dos
ion.~ atravé$ da soluçã~. O n-úmero de transp~rte de um ion pode ser calculado
att~1vés dessas variações de concentração.
A11ólico
Considere a eletrólise de um eletróHto na célula mostrada n.·"l Fig. 6. A. &lula
ê subdj..,idid& arbilradamente t.n) três con)partixnentos, um para o ânodo, um
Perda de c1 - por neutl'alização ~ç1-.
F
para o càtodo e oucro central Suponha que os eletrodos sejam inertes e que haja
passagem de corrente. Para a passagem de uma quanndade de eletricidade Q. Ganho de CI Pº' migrução - Qif z -IF Qi_ c1- .
F
o câtion transportarâ uma carga Qt,. . e o íinion transportará uma çarga Qi_ .
A quantidade de carga transportada por urn mol de íon do tipo ~ será lz,!f. Pot- Perda lotai de c1 - = (l -l_jQ/F QI + Cl -
F .
tauto uma carga Qt+ está sendo traD!>l'Ortada por uma quantidade de cátions
correspondente a Q,t+l z.F, e uma carga Qr _ está sendo 1ransporta.da por u1nu
q uantidade de ânions jgt1al a Qt _/!z jF. A,~$im sendo, para ri pasAAgem de um;)
Perda de Cu;:• por migr~ç.'í.u = Qc ,,jz ,.1? 2F e\1·2t •
Q.•. "'
carga Q, a quantidade de cátions que migram cm direção ao cá1odo scrã d~
Qi.fz.f', e a qoantidadc de â.nions que migram cn:i direção ao ânodo serà de .Perd~1 de CuC1 1 11<.1 anôlito = Qt ... f(~u 1 +1 + Q: (C:l -) Qt. I
2Fcuc1, .
• '

2F · · F
Q1 _!lz_IF.
1\ consideração do cornpar1i1neo10 central 1no.~1ra que: para a passagem de A cargtt que atrave.1\8:1 a cêluk1. durante a cJc1rólisc podcrit ser determina.da
uma carga Q, a quantidade de cátion que <lci:<a o compartimento ern direção ao incluindo-se no <..;rcui10 un\ coulômelro e, se d~termin::irmos a perda de eletrólito
no f!Oóliro e no Citlóli lo por aoálisc química, podcrc1nos calcular os ntimeros
de transporce.
Essa ê a base do método <li.! Hillorf dt: Je1er1ninttc,:ão dos oúntcr~ de trans-
1>0tle . .!\s experiê.ncia.I\ são lJ.SUt)ll\tc::nte execu1adas na célula de Hillorf, rcprçscn-
lada na Fig. 7.
Figu<a 6. Niun ccos de nanspon·: O compartiu1~nco do â!lodo ~o <.:01npart imi:m(O dv çá10<.io estão in1crligados:
'' ~ ' 1ior um fino tubo horizontaL que reduz a um ininimo t1 difusão entre o anólito e
Migraç~ f\~ 1g ração •
o católito. Os membros "'erticais do aparelho s[o .munidos de: orilícios que: pc:r-
dos cátio~s
'
.dos cétiooS:
. !nitenl a coleta de runostras para a análise.
26 ft1ndamcn1011 de elc1roquilnica <..:onduçlo e1etrolltiC11 27
+
Nes!IC c.LSO, no invés de haver un1:i perda de el-e1cóJito cm t1n1bos o.'! olc11óhtos,
hâ um ganhu de eletrólito no Anodo ..~lém d.isso, a variação cm cuda clc1rodo. se
rclacioru ao nQmero de trzin1t.porle do ánioo; o número de lrun.~portc: do càuon
oã<> pode $cl dcttrmin.ado indcp.-nd::ntemeote. mas ~v~ ser c-.1k.u1adc:> ~· partir
dn relação
r_ + i_ = t.
Ftgun. 1. c_~e.ula c,1; H;UOC'Í
Se a soluçio n nnalisar ê umi. .>0lução di: cloreto de M\dt0, ê \\~·io que os
.::k:trodm ~o podctn ser CôM.lituldos. por sódio. Com o cmprt'So de cl('lr~
incJ1cs:, h~Ycn\ dci.prcndimento de _gàs hidrogénio no càtodc o de cloro no itnodo.
O dcsprcndi1ncnlo dciS.:S g>ises pode, ainda. ser evitado pelo uw de u1n linodo
00 prata e de um cft1 ôdó de prata revestido com clorc10 de pr1'1A. No Ano.do, o
cloro T:ttg.: culn u p ruro p~l'u formar cJorcto de prattt .e, no c(lludu, o hidrogênio

Nu doler1ninnçãf'I de n(11neros de transpoi:1c p;;lo •llélodu de Hillorfé prcfcrivcl


.. n:dui: o clorc.to de prtatn a prata .

A1ta"dos de fi·ou1,.,JJ·a 1nóool


evitur sish.:W11.'I q ue cnvolvan1 desprendilncnlo de ga!lc:,: no!I e letrodos, pois düiso Vimo~ das .1:!.qs. (2·25) .e (2-26) que hâ un\11 i:~hn;Uo c:nlre º.'
ll ÚD\Cl'OS de. trnns-
pode rc..11ul1ur ti1(i tuc.;lio o 1nistun1 de d iferenlc.; p{1r lcs da ~o l oçio. U.sualrncntc o 1>ol'te e as veloc1dndcs dos 1ons. Porlanto, se puuêsseruos mt:dlr essu.s veloc1dndes.
desprendimento de giu':\c:i; ê c•;ilado e.mpregand o-~c.. quando pos.sl ..·cl, clc•rodos poderinn1os calculnr os n(11ncros <le transporte. Os métodos de rrontcira móvel
l:Onsütuii.IOd ptlo n1c:h1I <.'Orrc~pondcnte ao t.:ation do c lc1róli to. l\c1o1scs casos, o de dctcrminoçAo do n11mcl'O de lranspnrre se baseiam nesse pr111cipio. que pode
ânodo se dls.~olve durante a e letrôlisc: e, no <:âtodo, hà d~posiçfto de 1n;.11eri3.L Urn ser expli~do con1 au~ilio Je uma célulá \ot:rticul (f"1g. 1:1),
sistema des.se tipo 1evn a. uma modificação oo cxarnc da Fig. ~. /\. célula conté1n uma soluç.ão de um eletrólito uni un1valcn1c. },fA (por
Considcrt, por exemplo, a c:-letróliSt:- de sulfdtO lk: cobn:(fl) entre cl::trc.xlos C\C-tnplo. .K.CI) numo cona::ntração "-juntamente coro duas ou1ra' JOh:çõc' ch.a-
de cobre. nl.lda$ de soh.çé)a. índia.donas. Uma sol~o indJcadora.. 1\f'A (por cxcrnplo,
LiO). con1~m um s.aJ com um câtion dikrente. mas çorn o mQmo lnion que a
Cot6HU> 0Ql11Çio cm Ciludo. A ouora solução indicadora MA' (po.- exemplo. CH,COOKi
Pcrd.a de C1J.1 por ndlttahzaçio ~eu•· oontêu'I uJn $111 com o tndmo cátion que a solução an C31udo. U'ltlS wm u1n Anion
2F diíercnlc.
Cunho de Cu: por ntigração = Ql.1-i:+F Qi .. Cu'"~ A s.olução MA é colocada entre as soluções indicadora11., tic 1nodo ia.l QUé a
2F M>luçào n'lais densa ocupe o fundo da cêlula. lsso i1npctlc a n11i;tura. ~ íonnam-se
"f1•on1e1ras"' en1re os soluções.. cm a e cm b. A fro n1cira cn1 a "e deve exclusive.-
Pcrd" lf>hil do C u1 + = (1 -! ... )Q/2F Q.t_ \ uª •
21'
12'- so•·
zr" ., .
'Pcl'da de c lolrólito nu c~1 1ó l i l (1 º'
Ti!-e.uso•.
t.fA
Anúlilo a
á
.!!._Cu,. .
G11nho Jc Cu~+ pur dis.....oluc;ào do únodo
2F ,.,.
Perda d; Cu 2 • por migrJção = Qt_/z .. F 2F eu
Qz .. J ...
.

Ganho 101al d: Cul • = ti :'rQ.j2F Qr
2.F
_eu ·- . • !<A'
'!:..
2F
so•·
• ... ,.
Qt . CuSO . F1gum 8. Célul.1 de ftOt\IC:ir.s Fi~ul'a 9. 1\ 1x•l'tUU) de ffl.')n
Ganho de clctrótho no anólito ;eira 1nôvc:l o u1og~n lcu\
2F ' Jlh.\vcl
28 1-'und"nlCIHOI de clctroquhuka 29
nlerue ii difcri:nçu entre os câttons ll'1 e Af·. pois os â 1nons. nos dois fados da Se a oonoen1rnçlto do cíuion N. solução for e •• en1Qo o câ11011 a1ra\•cssará um
fronteira. são Jdênticos. Aualogalllcote. a fronteira Qll b deve se à diferença de volurnc Jtr .. /: 1 Fc. nu1n tc1npo t.. Portanto
ànions. A e A'.
Passando-se u1na corren1c~ os càtions se dirig1!m 1)3ta o câ1odo e arras•ariio V =~
contigo. ntm direção. também a fronteira a. Os in1ons m1grario cn1 direção t,.,F e+
ao ânodo. ~vando con.sig°' cm diroçio ao ânod°' também a írontc1m b. Para •
QUC 35 ÍfODICITIIS pcnnanççam perfeitanlCDIC definidas duranlc ft experiência., ê
fund11mcn1al <1uc o lon si1u.ado antes d~ fronteira mo\•a·~ nuili rapidamente que

n si1ua<k> atril~ da fronteira. Se não fosse ai.Sim, o íon mais distante podcri.t ullta· HIDRATAÇ,\O DE IONS
P•1ssar o ion rruis próxjo10, pro..·oc-ando mistura da sol ução, levando. assim, à
d cstrniçüo d;• fronteira. A.~ cond ições ntc::essárias para rormuçlo de fronteiras Jil mencionamos ante' que a maioria dos íons sofre hidra.tnção cm solução
ní1 id11s podc111 11oi:r (orn1uladas como Sc!,Sue. aq uosa: medida• do n(1mcro de tran;portc contribuiram Pl\ra comprov~tr essa
suposição. Esstls n1edidas foram empregadas para se C<llcul:irern as condutividades
Frontcirn a: a velocidade de .M. deve ser n1nior que a vclocidndç de ~J'. n1olarcs-lirnite dos ions individua is, através da Eq. (2-26)~ c~s:u condutâncias
Frontcit'n 11: n vcJocidadc de A deve ser 1naior que u vclocidtH.lc de A'. constilucm umo n1cdida das •;clocüladcs cotn que os íons se movc1n. 1\Js oondt1-
Se c.o;sc for o C:ui-iu, a distância petcorridu peln fro n1ci1\l tA ntun dado te111po 1jvidt1dcs rnoh•r<:$·lítnitc do$ io0$ de 1rês dos mc1ais a lcalinos (Tnb. 1) 111ostrarn
s::rA propnrcionuJ à velocidade do càtion AJ, e a d1s11'ncia 1>ercol'rido. por b no um ospccro i n 1 c rck~tl n te.
1nesn10 in1ervnlo de tempo será proporciontiJ â \•eloeidade do Anion A .
'l 1bola 1. Condutividades n1o lir~s-lim itt 11 lS "C
Suponha que, up6s certo cempo. a fronteira a 1enhA se deslocado até á e a
fronteira b a tl b'. Então

aa' cc e. e bb# a:: v_ .


Como O ion tJc liltO ~ o men« e o mais leve. desses três ioni. sendo que hunanho e:
'- •• e ,_ v_
o peso :n1mc:nuun para o sódio e mais para o potássio. Seria. pois-, de: ac: c:spc:tar
leremos
e++º- D•+ D que a ion de titio m1,gruse mais rapidamenre e qllC tivc.ssc a conduhlncia mais
ck,,.Jda di:Uc:S 11'& locs. Mas.. na prâtica. verifica-.s:c exa1amcn1c o con1rârio.

aa·
e ,_ hb'
P ara eXphcar tS$ól discrepância. Bredig sug\!riu que. de um modo gera~ os
ad + bb' alt' + W io:is :ião h1dr11ud0l t. quando o too se move. (Odo o complexo hidra tatlu é que
F.xistcm mui1os exemplos de aparelhos que se prestam para experiências de rQlmcnte mis ra. Se o ion de lhio for mais hidratado que o ion de: sódio1 e este
fronlciru 1nó\•{)1. O uparclhu d1:: uso m1tis simples é pro .. u ..·elmcnte. aquele no qual mais que o lon de potàs.sio~ a discrepância nas velocidades pndcní !'ler c:xrlicada
péla difere n~ tm 1amanho d05 complexos como u1n lodo.
l'I fron1ciru ~ forn1.1 uulomaticament1t no in1cio da txperi~11cia. Esse tipo de fron-
teiro ê chamado de ftouleira autogtnica. Um apa relho de íron1cira mQvc.1 a uto- Nernst suacnu que, se incluirmos numa cêlula do 1ipo Hitlorf um.1 substância
gênicn é o ilus1todo na Fig.. 9. Consiste ouro estreito 1ubo vcnical de 6rcn tn1 n~r>'cn;ul inert1:: que não 111igrc sob a iníJuênc-kt de um campo clé1rico, então os lonli <:on·
uniforme. com volu111e calibrado. Um ânodo de eobl'e ou cádn1io é l.igado à dutores ..:n1·reandlo consjgo alguma âgua. e a conccnlrx<;llo d.u sub..c:1ftoci11 inene
cxtrcntidade inl"tior do lUbo. no passo que a ex1remidadc superior é ligada a utn devera vori11.r. Medindo-se a variação de concc nlr~ção dK i;uh.•núnc:ia inerl~ ê
recipiente co1Hcndo 11m câtion adequado. Se a solução :1cs1udar ro~:sc u111.1 svlução 1>osslvcl calculor a quantidade ck água transportnda pel0$ ions.
de cloreto de po1Assio, o cátodo se.ria provavcJmcnlc de praia, rcwes1idC'I por cloreto Expcriõneias desse tipo foram cfcluadas por \\'ashburn, usando sacarose e
de pratn. 'J'odo o a1>arclho é precnoh)do com a solução crn ciluJo. e ptO\'O<;a-sc rafinose como subs15ncias incrics; as conccn1n1ções foram n1edidus com uln pola·
a J)alil\&em de corrente. O ânodo de cádmio se dissol"C. para íormàr c!orc10 de rime.iro. Otssa maneira. só é possi\'cl medi( "~dores rc:IJtivos de hidr1taçYo~ mas,
cãdmio, que funcioll3 como solução iudjc.adora. A fron tc:1rtL cnlrc o cklri:lo de se csupularn1os que o próton ~ hidttl1ado por wru. mnlêeuta de Agua. então as
potássio e o clorc10 de cádmio é. assiQ\ gerada au1oma1icumcnlc: na lupcrflCie htdraraçôtS rcltuivu dos três ions alcalino& lerão os Yalores mOllntdos na Tab. 8.
do jnoclo. logo que a corrcnlc é ligiuta; durante o ciecurSO cb expcr~ncia a fron- Vê·tc que o loo de litio é bem tnail> hidratado que o íon de sôdio. e que es1e
teira t.c nlõVC. 'ubindo pele) tubo \"Crlical. ~ mais h1dr:11ado que o ion de polássio. Esses fatm c1plicam s.allSÍJ.IOl'Jamente
Suponh.1 que a rronlcira se mo-.a atra\-é$ de um .,olume V num rempo 1. e a ordem de condut2nCl.a desses ions.
que. durante cs..iiC inler--.alo de tempo. a cor.-ente se;a man11da coosranlc num A ordem de hKlr=al~u;âo dos íons alcalinos,. como apre~ntad.1 on Tab. 8.. não
valor J. Durante: o lccnp0 f, uma quantidadé de C-ilrga Jt tUto\'CSsar.i qualquer surpreender.\ nem un1 pouco iC considerarmos como poderia ocorrer a hidratação
pon10 do çircuito. A ítação dessa quantidade de tleiticidadc 1rrinsporl0td~ pelo T,1bcJa S Hidratação rc:lati"a de cállON
câtion ê igual 11 seu nú1nero de transpçrtc, t .. . Portanto uma carga Jtt 1 passará
U' Li .' Na'* K *'
por t1.u .il ~1 u cr pon.t<> du JP<•'~.lho. Como a cal'ga possuida pelo c!11ion é ; ,.. F, a
q u~1 nltdnd<: de: c(111on n1::oessána para transp-onar a cal'ga c1 n qucsti\o é / u, /z .. F. J4,0 8.4 l.4
30 Condução <l etro lilica 31

Tabela 9. V.ilôtl'S de r . e 1_ l>Jl '1 $O l uctx:~ de 1odch> de c.:tdmio


o.os 0,5
'·º
.r/n1ol Jul-}
f,
º·º'
0.44 0.36
0.2
0,1? o.o --0,12
2.0
0.22
'- 0,$(1 0,64
--- - U.8l 1,0 1. 12 1.22

 medida que a conccncrnção uumen1a, o n6111cro de erans-porte do íon cádinio


+ decrcso: :.ué u:ro. totnando~sc rlcpois neg.rHi\'O.' 'fais wuh~dos podem ser ~1r-ibuidos
à formação de Sons cornple~o!), fons doe càdm10 e iom de iodeto se coinbiruun puJ':l
for•tt.<.lr um íon complexo, que pode provnvc.hncnlc ~· rcprcscnla.do P°" [Cd1J 2 - .
Cd'• +.a - ;e (Cd1.)'-
'º' ,.,
l'"igura J<l \iolécub de qua Cotr.o esse ion complexo é um ãn:on. ele m·gmni e1n dircÇão 30 ânodo, Ira~
portando. portanto. o ci.dmio para o ânodo e não p!.lr.l o càtodo. A çona:ntl'áçio
A rnolécub de àgua não é lindr, ha"cndo um l111_ulo de 104.5 graus en~re as duas do ioo comp!exo au~1u:1. com ("J au111cnto da conccntnação da solução e. ::m con.
liga~ hidrog;nio--oxi~niu,. como mostra.do na Fig. IO(a). Ao átomo de oxigênio seqüência. quatuidadts cad.1 \C"/ maiore.s de cad1nio ~o traosportad~ para o
se as.'iOCia:m ms~ c~1rons que aôf\ dois àtomos de hldro~ruo e pode-~ considerar ânodo, 110 inv~ de sc:r~m .nnspoc1.ad:tS para o dtodo. QuJndo o cl:trólito atinge
a molécula aluando como dípolo [Fig. IO(b)). !ons da 50lução podem cxcroor uma concen1raçlo de 0.5 mol dm '. a quantiOOdc de càdmto qu.; io;c d iriti)! ao
un)ff íorç;a de atração cm urm ou em outra cx1rem1dade do d1polo. conforme ~ ãoodo. sob a form! de ion compk:<o. t iaool à que se dirigt ao cátodo. na forma
trale de wn dtion ou de um ânion. A t'ía. t 1 iJuslr.1 a. hidratação de um câtioc OC ion slmples. Em conc:entra(&s ainda mat0rc\, haverâ formação de grande
po r mc-io dessa interação toa.dipolo. quartidade de io:i complexo. de modo que a 4.1uuntid.i.de die câdruiu uue ntigta
O número d.? djpolos que s.io :urnldos dcm maneira dcpcodcrâ da força ~na o ânodo ultrap.i.s~ a que: st diriac 4\0 ánodo: como consçqflCocia, o n·jmero
do rompo elétrlco na. superficic do ion. &13. por sua •·a, dcpcndcci do raio do de 1ransporte para o ícn tk cádmio corna·M: ncgahvo. <.:omo a _,01n,l dt)S nC1111eros
lon. Qw rno menor for um lon. mmb próximó'l da $upcrf1cK: c~lanl a c.arg:.1 <.-entrai, de 11unsporte do ânion e do cfuion é 1gual n um, o nUmcro de tnuuporte do ion
tanto maior será o camJ>O elétrico e tnnto mn1or n rorça de "traçãõ e!(ercid.a de iodeto dc\'cr-à ~r maio r que um,
sobre os dipolos (no caso. molécula! de iguoJ. Portanto., <:QOio o IHio é o menor
dos 1ons dos metais alcalinos, ó de ~ cgp(...-rttr t1uc cli.: aprc.scntc u n1aiot g.r11u di::
hidratação.
J:::sse não ê o único proccs110 de hidni.u1c;lo clc il>tlll- Iltn alguns ío11s poliva ..
lentes. a a1ração excrcidn sobro ~s 1nolécul.1s de úguu é tão gran d~ como con..
seqüencia da ca rg.1 aurr1entadi\ do~ i<1 n~ q ue 11 !agua tl'l'tA tão lirn1cn1cntç Ligada
que pode ser considcrad~t co1no coordcn1ula HO lon,

N ÚMEROS Oll TRA NSPORTB Vl!R DADBIROS e l\PARllNl'l::S


A detcrmin11çfto dos 11(1nlcros de 1r11 nspor1c pelo r11é1odo de Hi11 orf depeocle
de uma variaçíio da ooncenLrnçdo do elecrótito produJ:ida pel~ reações no eletrodo
e pelo tn ig.rnçílo dos 1ons. Se consldcrLHmos o ruto de sçrcrn o~ íons hidrah'tdos
e c:::irregari:m co1n eles algum solven1c. ''cremos que css.;: íator a fclani liunbê.u1
as \'ariaçôts de conctõnlrnçílo que ocol'rcrão. Se não cousidcn1r1nos t• hidntlaçíit)
ao calcularmos os números d" 1ra11sponc a p\trtir de \1~ r it1 çc~>e.<i tle cono:otra.ção.
os números ob1idos serão apenas apareute:t., ha"end<..-> nec::s~i<la Jc clc uald correyão
·pard se chegar aos n1if111•r üs de tra11spor1t 1.J<'1·dadeiro$. Obviamcrilc, quanto 1naioi:
a conce1nração dos íons, 1n1.1 1or quantidade de solYcntc é arrastada, e os Í\ttorcs
de correção cresoont com 'o nu1ncnto d3 conccn1ração. E.in 1:>0h1çôi:s diluídas,
contudo, a corl'eçâo a ser fe11a é dcS-prczh·cl.

iO NS COMPLEXOS
>-iuit;w \•C1.CS u númi:ro de 1nt"'t>Ork de um ion .tpt~ntJ. um ,·,Jor nee.an,·o,
QU wn "-alor maior do que 11 unidade~ como. por exemplo. no caso do iodeto de
cádmio. Na Tab. 9, npresen1omos resuhudos pa'"1. .:.ssc sal em ,·árias conocJuraQÕCS.
33

único soloto, a não ser que o wl...cn1e poo~ runcionar romo um doador de próto0-s.
;\j~im se!ldo, o cur1t.ter àcido ou bàs100 de uma c5pécic não podc1n ~ rr.aniícstar

CAPITULO 3 se <.J soh,entc ni\o apresentar cArA1cr básico ou àeic.to respeeüvnmC'lnlc, Isso é ilus-
1,nulo pelos exc1nplos seguintes, nos q uais o solvcn1c é a àgun;
CH,COOH + H,O .,,H,0' +CH,C'OO- ,
.-1 alr~r •Utl ~t
EOUILfBRIOS IÔNICOS ttew a1
NH ; + 11 1 0 ~ H,O .. 1 N Hi.
J d <111 l )Ili"""' ~ j!fo,•1.t1• l O•J~ 1

-..
(11.... . 1 )

A TEORIA D E ÁCIDOS I! BASES DE LOWRY E BR(llNSTED CN ~ H,O.,,HCN +OH- .


~$4 J -'· ('Hft' áo.{ M 1 t.N' 2
Ácidos e bases são subs1Ancias dcfinida.4: inicialmente por Arrhenius cnmo
substâ~cia.s que dão origem cm solução a ions de hidrogênio e de hidróxido. Os exemplOI mos1ram que. de a.cordo com M cin.:11ns-tãnci~ à àgua pode
rcspc~uvamcnt<:. Co?soqücntc1nc:nte~ a oculrnlizução foi encarud.1 corno scn~o a comporcar·sc ou como ácido ou corno base. Alén1 dis..w, o íon de ucttato é uma
combinação desses 1ons. dando or•gcn\ a Rgun não-ionizada: base de acordo com a tcorWl. de .8rp11sted-Lowry, riois ele é cap1t1 de aceitar u111
próton par.i formar uma Jllolécula de ácido acêtico. Essa nova h:ona :unplit1 ,,
H• ~ OH- ~ li 1 0 . teoria original de Arrhenius.. cobrindo outr:\S ~ubsl âncias q1.1.e podem ser clas-
f.uas definições eram perfeitamente "álidai enquanto tínhamos água como lifteadas como áctdos e baR.S. Jt in1cre:ssan1e nolar que. se nm n:strmginnos ao
"º'"·ente; m41t., qUándo se deicnvolvcu mai.~ o inlctesse por solven1e1 não-aquOiOS. solvente .igua. qu;1lquer áC!do de 'BOJOS{(d-1,oW'f)' (por C:letnplo, icido àcéttOO
tomou-::;ç nc~cs$âriv modifi cur css.as definições de àcido e de bnse. (1\1 1ons de an16nio) c:unlinua proc.lu.t.iodo ions de hidrog,êoio (l-1.,0)"' cm !.Ol ução.
u~ novn defi nição de ãcidos e bases foi apresentada ent 1922. Jndependentt· e: bases de Drpnstcd-Lowry (por excrnplo1 ions de cianeto) produzem ion.-;; de hi-
LUcntc; por Lowry e por Br0ns1t:d. Os novos conceitos não invalidavam os e1.1s· dróxido em solução. {k-c;$3 maneiro, o conceito 00 â.cido e ba:A segunüo Arrhenius,
lentes, Dla$ si1npft.smen1e es1enderam os concitilos de ácidos e bata e fenômenos (que se aplica\'ª someiu.e a s.oJuQÕc:S aquosa,s) nQo ~ invalidado pelas ti ovas idéias
a$$0Ciados. Es$es a.speaos modificados tornaram-se conhecidos como teoria dt de Brjfnsled ( L.owry, mas sim ah1or\'ido por elas.
Brpnsted-Lówry J, ácidó.s ' bau;S. O;. eX~!Dplos prccede!l.t~ di:mooS-trar.l tamWrn a impor1âncq d:i nan.ircz.a
Nessa teorh1. um ácido é definido corno un1~t tubst~ncia que pude dar origcn1 do ~o l••ente como rator q ue decide se Ull\."l substânçia apresenta.dl cm solução
o. um próton: e base é uma sub.slância capl'J..Z d: i;-ecebcr ufn pr<'i 1on. Um itcido Cttracter-í-sticas t\cidas ou bãsical. Por isso, os sol..·cntcs i;ão classificaduíi em três

.. -
e um."t base se rclacio11ant, porh•nlo, atravé:-. do equilibrio STUJ'OS OU cJaS!ll!S principais:

A~H•+s. aJ scl1Wr.td prQtogêr.ietJS. que podem codcr próton~ pos.sulndo. portanto.


propriedade àcida ;
~uan~o .um âcido e uma base diícrcm cm um próton, como nesse exemplo, elt.s b) solN>nlrJ proicjilieos, que podetn rcl.-ebtr prólons. compor1~tnd~s.e,. por-
ditos ron}«AgruÜ).~ um no ou1ro. Todo o úcido de1te ler su~ base conjugi.'-da C
$ió10 tanto, (:Orno ba:,i:,
todt~ base dcvcrit. ler seu {u;ic.lo conjugado. ' e) solt1e1ut.'I 11p,.órir:os. que não podem donr nc1n rcoebet' prólons e impcdcO\
Quando u1n ác:ido reage Côln unl.a bH.St; ~ p1 odutos de rea('5o serão sempre dessa 1uaneira, que uma subs1a ncin 1nos1re funçl'o Acida ou bftsic:l..
a base oonjugada do ácido originai e o âcido ooujug.ado da base original. por Se um solvcnu; por exemplo, ;ígua, pode -.cr protogê.nioo ou protofllico de
C'Jtetnp)o:
.acordo com 11.s C1rcunstãaciat- ele é al(ípró1Jco.
A 1 + B 1 ~A 1 +B 1 ,

onde A , e B 1 ~o conjugados.. as~im como o 31'0 A 2 e B..: . Es81t!J rc(lçôcs podem INH . t JÉNCll\ DO SOLVENTE SOBRE A FORÇ A DE ÁCIDOS E BASES
se~ e.nc-aradtts SIJJlple.smente CO"'º reações de 1ronsfcrência de próHn1s., pois cndu
Se chamHrll\(11 um ácido de TIA e con~idcru.rmos sua <lissotução 11um sol-
bc1~0 pode w considerado con>o oous:is1indo crn sua base conjugada mais u1n
pro<on: \>cnle prolofi!ico como água. o cqu11ibrio existcn1e poderã s::r escruo conto
,
liA + H,O "" H,o· + A - .
(B, + ti ')+ B,.,,(B, + H• J+ 8 1 9'W. ..a.'ir..Cr
A1 A1
A espécie H 3 0+ é chamada usunln•ente ion hidrônio (ou. à:> vc'l<:S, lon hldrog~niüJ.
A exi~lêncln de pró1ons livres cn1 soJução ~ pouco pro\•;l\•cl, de rnodo que 1,1 n\ mas devemos lcLUbrar que l!SS\1 t.:rmo rcahnenle signjfiu1 "próton ~o h·a tad o" .
compos.lo. po1enc1almente ácido não serâ Cilpaz de func:onar corno j c:ido, por Acredita-se atunhuente que o 1>r6ton seja solva1ado por quall'o moléculas de
de:sp.reend1nlC'nto de um prÓIOft. quando ele C O Ünico SQ)ut o, a não Ser que O iaua quando em relação aquosa. H(H 20 );. mas. por motivos d<' ordem prâticA,
SOl\'eote posu ÍUJ)ÇlODar como uccptor de prótons. Rcciproçamcn1c, uma base o pró1on hidrs11do con1inuari sendo represtn(ado por H3 0 .+ Quanto maior a
cro potencial não funcionará. como base. ncci1nndo um pr61on. quando ror 0 . Concentração de tons de h.:drog!nio produzich pelo áC1dO. 1anto m.us rorte serà
34 r~1.1illbri0-· i(micffl 35
O Acido. Se o equilibrio aort1ior es1ivcr deslocado íortcmente para d dircilL o dctcro1inar a conduuinc:i.1 dJ: um ektrôlito é 1nftuc1'<:i~uJo pcLt presença dos ionJ
ãcido se co:nporta como um lcido for1e. A rosiçilo do cqu1Jibrio por dnit r1uorcg· •4'i11nh01 devido às íorçn:s clclrostáucas qoc se man1fcM.am. ~o mesmo modo.
a tendência do ácido cm doar um próton. e o tcndcncr.a do soh-enll!' dr: rc<."Cbcr 1 dupon1btlidadc de um ion p;i.ra partic::par de unui rc....ção ou pat<\ d\1tcrm1n~"
um próton. A igua é u ~ substância protofi lica muito forte e, quando ela é a posição de un: cquilíhri<> scrõ. afetada pela prc).(nç.i de outros ions m soluçilo.
e1npreg1nla cO!ll o soh•cnle. o reação acin1a ocor re <."ln l;irga pro porção, incJ.,pcn- b fáci l ooniprccn<lcr q ue n conoen l raç~i.o d·~ unl io11 nào refl~tc \'Cídê.•.dt.!it'a1\lcntc
dendo du 1n~1 ior oo 1ncnor tcnd~ncia do Ja.c.i do cn1 doar um próron. !!: por cg!!C sun cnp:tcidadc de dctc11nlnar unia prl)priednde q ualquer da solução, cxcc1<1 c1n
nlOtivo que o~ ácidos que normalmente sã(l C()n'liclcrados como sendo 6cido~ diluiçifC'I infinilu. q ua 11do foi e!hninuda :; interu~âo iõnica.
fol'1es en1 itgua (por cxcrnplo, J-! 2S04, J·INO~, HCI, HCIO.J se compor11:.1.1n con10 Seria toçlhor ou11n quanudrtde q ue não a concc:111r.i.i;ti.o para cxprinür a dis-
se fossem prQliC41menlc iguahncnte íortes. 1\s diícrcnÇas na tcndênci3 de Ceder ponibJJida.de de um lon em dc1crm=nar a.'i propried"'-des da solução. A quan1id.i1.de
pró1ous d~ 3cid~ são minimizadli pda g'1*r.dc afinidade por pró~On! 11.pn> que é mada pa!li isso chtima ~.sc aJirii~ reiaJir.i do lon. quant ida~ qüe teva
scnt::i.da pela água. crn wnrn a interação do lon com sua vüdnl"..ança A a1h·1dack: rclaliTB r.c rclacaona
Se um sol . . ente for apenas fracamente prô!<triHc°' imediatamente tornam-k: con' n ronccnlrnção a1ro\-éol: da cqu.aQlo
aparentei flS dií::rença) crn íorça dos âcidos pT«edc:ntcs. Ácld o aoéuco &lu.c1oll
é um exemplo de solvenlc ír:u::arncntc protolilico. Ácido ;u:étlco dissoh·1do tm a = ,rc, (3·1)
{1gua compoíta-se de 1nodu p rolog6nico. Ul<\5> quando ui>udo corno solvc1ue no onde /1 6 a nti\'idade 1·cla1i\'n do Íl)ll e: y chama.se coeficir111c de a1ivi1Jatl,,, Esse
Clituc.lo puro. ele aceit<1rà pró1ons se csti\'Cf prese1H~ u1n doador de prótons com b (1 íalor pelo qual 3 a1ivid~1dc difere da concen1ri\ção e cons1ilui, assin11 uma
u1no lcudêucia suficicnte1nente g,n1nde cm ceder prótons. A interação cn11-e um 1ncdidJ 1.l1 interação entre os ions.
ácKlo HA e âcido acético ,Çluc.al 001no sol.,.cnte pode ser reptes~nht<lo por f\1or.1rou.se que a intcgraçào iôoica \•ati.a con1 a concçn1raçàt>.c e.'iperariunlos.
HA + CH,COOH ,.oCH,COOH; +A- . porh1nh>. qu:: o coeí;c1cn1c de alh·ida<k \o"'3rie com a corccn1ntção. Em dilutÇào
""• *"'~ 1nfinitL situação cm <l')C nlo h.i interação ióruea. o cocf1cie:'lle de auv1dadt é
Nc5M: C.;t~ 3 ~'pécic t't-1,,c.:001-1; eo
próton 1iOlva1Jdo e C'O(respondenle :10 tJnit6no. e a atividade rclnti\.a do ion é igual a sua oonoentração. como seria de
''ion de hidrogênio". A reação não pode ler c1qulllbr10 rnuüo dl:!:Slocado para ~· c:\pero1.r. pois. ness.-i diluiçao. o3o há q ualquer intcrac;ào iônica. À medida que
d irci ln, pois o solvenle é .ipcn1L~ fta camca1c pro1ofllico. e a q uan1 i-doclc de ians ,, concentraçtio a umcnla, o coeficiente de :.Uh·idade inicialmente diminui, p;:1ssa
,11: hidrogênio formados nesse caSl) depcCldc rnuiro dn.s propl'icdadcs do doador por wn mlnirno e. depois. nun1enta. muitas vezes utê 0 $ v.dores maiores <1uc o
de p1•ólons do s.oloto. Mcs1110 eJHl'e ácidos for1c11t ht1\•çrà djfcrença..~. e n ordc1n u nidndc crn soluções 1n uito ..:onccn lnl d~is. A queda inicial é devida a cn::$<:õn le
dec1e:i;cc11te de força íicida é HCJO,. l lDt, H1S0 4 , HCI e HN0 3. f\.1esn10 o (11.:id o 1ntc1·1.1çrl'o cnlre os lons, e o (1umcn10 subseqüente se deve a fatores ntio·iônicos.
perclórico e Ufll condutor fr~tco. quando dissolvido Clll Acido 3cético gJaeial J>Orquc E..'>"1 .,.ariaç:lo do coeficiente de auvid~de ê 1n11ts aeunll.l.1da para íoni> poliva lenh.:&,
o grou de ionização dc~ndc da capac.:da& m.'\ior ou rncoor do soh·cn1e cn1 qu.! possue1n carga tlétric.a maior e ci;lào, por isso. sujeitos a maiores ÍOrÇji de
:\O!lfar prótons. 0<1ecm clê1rica...
Quando O sol\·enle íor ele própno proto'-oên1co. ãeW propriedades bàsu..-.a~ Urna equação que representa 11 \'ariação dos cocric:cot~ de atividade 16nica
n1csmo o malS forte dui; íu.:id~ lK:ni incapaz de produzir il.>n!i de hidrogênio~ pois com i• concentração ÍOI declutid'l tcorica.mentê por L>eby;;: e Hfr.::kc:I; quando 1
não existem moléculas que p<>ssn1n ~1cci tar prótons. Rea.ln1en te, muitas su bstâncias conccntruçâo tende a zero. a equação &ssume a rorm.l ·li1ni1c
q11c nonnn lrr1ence são tlc!dOs, n1us que se mos1ran1 algo protolllica.;;. são rClrçndos
n co1nporlrir-sc como bnses. quando dissol\'idas n um solve1H~ for1t:1nenlc pro10- log )'; = - Azj Ji, !3·2)
genico. Urn exempJo desse tipo de compor1amento 6 a dissolução de âcido oltrloo onde 111 é o coeficicnlc de uuvidade de UO) ion do 1ipo J. A Uln;:l c.:>nstantc. :, t>
ênl fluorelo de hidrogênio: nómcro de cargas do iôn de tipo 1. e 1 a força iõn1cn d.J solução. 1\ força i.õnioa
de uma ;oluçào é dacb pçla relação
,.... .,,._,
lfNO, + lff ,.o H,NO) + r-
(3· 3)
A espécie H1HO; oio é um -ion hidrogênio• poi5 nio 6 um p:-óton s:ol"n•Ad(\,
jâ que u 50J.,·ente ê H f' . onde c1 ~ a conccntraçi'iô de ions do tipo i. O som..uório tngJobe todos O'\ tipos
Parca: pois claro que, com flcidos coino solutos. quanto mais protofilico de lons presentes n ~ ,;oluç-ào.
íor o )lo)•,..cnlc, r~ltds rapidn1n~nte St: nlostnun ~18 propriedades âcidas do ,'loh110. A constante A da Eq. (3·2) depende da tc1npcruturu.: da const;;1ntc dielél ricu
Por Argumenlô$ cx~tlHn1c1Hé semelhantes ch~sarcn\o~ {1 couc1uSio de que) coLn do solvente. Para so1uçõc:i> ac1uosas :' 2s<>c~ A 1enl o valor de 0,51 1no1- 1: 1 d1n>1i.
A cquaçào-liln ilc de 0\!b)'C·Hiickcl (3-2} aphca·S.: sou1ente a sol uçõ~ in rin~~
bases como l>Olu1u.., q urtn10 1uuis protogêniro for o solvente, mais facilntentc se
m:inifes larão us propdcd:i.dcs básicas do soluto. 1 an1c1u~ dih1ídas. DHlS d11rá bon5 resultado$, cont JloCquena porcentagem de erro,
para ,oJuçôcs de ele1rôll1os uni·uwvalet1tes de ooncen:nLção até 0.1 mol dm ~.
O CONCEITO DE ATIVIDADE Pum soluções Ulllb cont."t:nlrad.._s. ela d~\<C ser modificada.
Algu~ ":us. q.aando a concentração ~ ions numa. solução é baixa. coro
Jà "irnos. no C.ap. 2. que os ions cxis1cn1cs nunia solução d! um clctr61110 interações iônicas resultatucs 1ambé1n haix.as.,. os cocfteicnlcs de ati.-idadc dos
não podcrn ser constderndo,, coa10 dpêc:le. iso'o.das. Seu compôrtumcnlo no iom 1ê1n .,.a lurcs bem pr6~ i ntn5 ~ u n idade, e: as eonccn1raçôcs podem sc:r us.'1dJ$
Equilibrio~ i1'1nico• 37

dir-ctan1c:11tc cin lugur das atividades relati\•as. A equação-liLni1c de Ocbyc·Hiickel e, portanto,


nos pvssibilít~l c.aleulnr os limites de concttHraçâo abaiJl.O d.l) q uais se justifica log y• • = I.9839
o crnprcgo d.as concentraçõts em luga.t dus i1th·idades rcl:11i... as. e
Varnos supor qu~ com valores de c0c:ficicn1cs de ati'f'1dadc iônica situados
yll' = 0,964.
cntr\:: 0.9S e l,00. possamos considerar as ali"idadcs dos lons como sendo idênucas O coefic1cntc de a!1V1dadc dos ions de cloreto secá ta mt*m de 0.964. Como esses
:i suas concen1ra('6cs. Coosiderdllõd; agora uma solução 0.1 moldm -) de ãcido valores s.nu:im se dentro dos limites ioici.ais de 0.95 J 1,00 anlcriormentc:. õli--
acético. aquosa. o 25 ºC A Tab. 3 mostra que o grau de d1ssoc1açlo do ãcido pulados.. o hmuc sup:rior d a conc:c-ntraçio de um ctétrohto fone que permite
aoétt00 nessas condições t de 0,01331, o que t'ignifKa que as coocentraoões d01 comidetar as coocen1n.ções iôoica.s cm '~ de atividades iQnicas ~ cercl de
ions de ludroglnio e de ª"'tato S<rão do (0,1 x 0,01331) mol dm " 1 A força i6mca 0,001 moldm"'.
do soluçlo 6 dado por Em wluçôes de elerrôlnos fracos. C$1arào p i'CSenl CS mol6cutas n!lo.ionizadas
1 = i(cu. ZÍ1- - e....(' z~(' ].
de soluto, e essas moléculas estarão sujeitas a íorc;a~ in1enno!ceula1es do tipo
das fo rças de van der Waals. 1\ rigor, deveríamos uS.i.r a li\'idaJ c:s pi:tro p::irclculas
onde 05 slmbolos H "' t Ac- significam íons de l1idrogênio c c.Lc ~oettuo. respectiva.. n ão~ionitndas bem como para ions. As forças intcrmolcx:ulare~ entre: partlcuht.S
mente. Poretl nlo neutras: porim. sào 1nuito niais fracas que as forças çlc1ros11t1icttS e ntro lt'Ht!i;; e1n
/ • t[(O,I X 0,01331 x 12) + (0, 1 x 0,01 331 x l 2)), conscqüênciu. oi. coeficientes de at h·idade de espécies ocuiro.s nr10 se oraslnrn 1nui10
da unidade:.
• 0,00 1 ~3 1 1nol dm-! .
Cotno rçgru serr1I para soluções de eletrólitos fraco~ potlc1nos dizer que, Se·
O cocí1cien1c de atividade p!tra óS íons de hidrogênio. ou purr1 os i o n ~ dQ acetato, os c(lcficicn tcll de a tividade iônica podem ~.r to{nados como iguoi!( ti un iclade,
S<:rá dodo pela Eq. (3·2), com muito m ai~ razitv os éOc:ricientecs de atjvidad~ de 1nolécuJ.1s Jc soluto neulras
podcn1 sei' consideradas como sendo iguais a uni.
log })i• = --0,S lz~ . ,li, E..,tas últimQS sorrem nlgi1ma intcraçiQ molcculnr. o n\C1Ml0 oconteoendo
oom as moti!culas neutros de solvente. No caso do soh·cnlc. cntrcht.n10. tt ati-.idadc
= - 0,51 X I' X jO,OOIJJI,
= 0,0186,
relativa u~ualme ntc se relaciona à f ração molar óo solvcnle na so' ucão.. alra...,ês
de onde da rcl&Ção
log y. . Í.981 4,
• )'u , = 0,95&.
o = fx, (34 )
onde ~ é a fração molar do solvcnh; dada por
Analogamente, o eoef:cicnl;: de ati"idadc d.o joo de acet~IO tarnbê:rn terá o va!or
de 0.958. Lima conccn1raçâo de ácido acétioo de 0.1 mol dm -, J'.eri, ponanto, X = -"-'- · (3·5)
o limite superior que permi1e o emprego de conctnrracõcs iõnicai, cm lugar de n1 + u2
;:itividude:S 16nic1u1: o 1ne~rn o será válido para o u tro~ clctrólitoli íraoos c01n Corças sendo 11 1 a quantidade de soh•cn1e e n2 a quan1idt'ldc de soluto na soluçl\o. Quando
~cmclhan tcs às do ácido aoé1ico. o sistema 6 foo11s1ltuido por soh•ence puro. n2 ... O e x • 1. Co1no ni.\o haverá
So consitlcrnrrnos um eletrólito fori.; la l corno o 6cido c:lol'idrico, que., e1n interações entre a'i molCculas de solvente e o soluto. nessa~ cond ições.. ô coelicienle
solução nquo~n. enco ntra-se completamen1c d ii;sociado. verif1<:al'C1nos )C)go que a de a tividade apresenta valor unicàrio e a ati•;jdadc relativa do :,ol...onlc é igual
conccotr;t9'10 do~ lons será jgual H do iu,;jdo.. corn un1 grau de in1eruçMo iônica a sua fr:u;i'lo 1noh1r Assiln sendo, a ad vida.de relativa do solvente puro é igual
c(n1:-;cqík:n1cn1cn1e 1nnio r. ~l!sse cHso, ê de se esperar que o Hmitc: superior pa ra it. unidade. Qu.Lndo Ul\la solução é cão diluida qu~ os cocficic nl<:$ de 01ividade d<1 ~
c1nprc~ r conccnttnções em lugac dç atividades sejn bem 1ncnor do que pa ra várias espéci~s de soluto podem ser consideradas igt1a ls a t1n1, :.i soluçâo se :ipro-
eh::tl'ól i tu~ fracos. Suponh111uos u1r1a solução aquosa .t 25itC d~ {11.:ido çlorí<lri(,.,'fJ xi!Ykl de solven te puro, t u a tividade desse solve nte no si.st~IT'l.1 pode ser tomada
de concernroçdo 0.00 1 mol dm ' . As ooncc11traçôcs dos ions htdrl\nin e cloc-cto corno uni tári•, com erro deô\preti .,·~l
scriio igu;d$ a 0.001 moldm "" >, pois a d issociação é compleh1. A força iônica cb
soluc;:ào ê: dada por · CONSTA1'1ES DE DISSOCIAÇÃO DE ÁCIDOS E BASE~
I = t(c• • +r,;. <et-zb-
l Quando um l cido llA ê dissolvido em água estabclíccc·SC. o seguinte equi-
fü0,0QI X 12 ) + (0.001 X 11)], librio:
= 0.001 moldm " '.
llA + H zO ~ H lo· + A- .
O cocíicrenlc de au,•idadc dos ion.s de hidrogênio é dado por Aplicando-se a lei do equilíbrio. é mais CQrre:o usar alividadcs rellihVl4 c:n1 ' 'c?2
log y 11 , = 0.Slz~- .,/7, de concen t rações ~ teremos então
= -0,5 1 X ! ) X ,/ 0.001 , (3·6)
• - 0,0161
38 Eq1.1ilibrio! ii)nil"il).'I 39

O l:'Ílnbolo H~ rcprC$CDUl o próton h idnllndo. Como usamos iuividad cs relátivtis, Admhindo a sol\lção suric1cutcmcntc dilutda parn C()nl\idernr iguai:; a um a tt.li-
a oonslanlc e urna consu1ntc vcrdodc1nt. \'idade l'elath•a da água e 0$ co~ ficic uto~ de ati\'idddc du.s d ifcrenlt:$ espécies d e
Se a soluçfio íor dilufda. poderemos considerai' u u1ividt1de relaliva d~t :'1gu~t ions. a Eq. (3-10} se redu1. a
igual a tnn. e escrever ra11 •irow1
( O] k, :» K,. (J-11)
(3-7)
oode k& e K• são as constontes de dissoc1.1çlo cl U,ic;~1. e lcrinodinicnica., res-
K .. é cha1nad1 de: constuntc de di~soci.ac;!o 1crmodinàm1ca131 do ácido traia.se de pecth amente, da base n.
uma constante válida. pam soluQÕtS n~ quais a fração molar do solvente tem Essas constantes de dissociação de àcidos e bases sio ótei:s pari1 indiCát a
,·alQl'cs btm próximos de um. força de âados e bascJ. Qu~o to maior Q rorça de um ácido ou dt unn base, maior
A Eq. (J..7J pode ser escrita de outrn íorm:t: se.râ o grau de d;ssoaaç-Jo. e maior a constante de d issociação.
!\.a Tab. 10. apr-estnt•mos as const"ntes de d1ssoci~o dê alguns ácidos
fWlfA"Jxy,,.h •K ( 3-8) e bases em â,gua.
(HA] >u• •'
onde os termos entre çolchctcs reprncotam coneentra(&:s. Se a solução ror sufi-
cientemente d1lutda. os coclic:icntcs de ati,•idade Podem ser consideradas: iguais
Ãado K. &.. K,
a um. com um erro desprezível de modo que podemos dCr~v~r Act1ico 1.1s )( 10 Atr6nia 1.11 X 10-"
"foooc~oh1t-0 l.<-0 ~ 10 F.11bm na 4.66 X 10-•
[H•HA"l PtQpi6oico .J4 10-' 1,00 X 10-%
[HA) ""K, (3-9) X Otcub1nnu
1- ô:oi ~o 1.77 )( 10 • Tri,1ilarnin• 5.24 )( 10-"'
Betzóico 6.3 )( 10'". An:tnu >,& X 10 ••
Frcqücntorocnte o membro esquerdo dn Eq. (3·9) t con<i<l:raoo igu•I a t,.
chamada constante de dissociação clãssk:&. ~t.a não é verdadeiramente uma cons-
tante, pois varia levemente com a concentração. Se Jimitarntw noss~s con:>idcraçõcs Ê interes:sa.nte obscr,•11r como o sol\'cnle llÍCltt a força de um âctdo. 1\ cons-
a soluções diJufdas. µodcrcmos cmpl'CgAr a Eq. (.l-9) $eJ.\'! inlrt'>duzir errô~ ~precl.ê.\·cl~.
ta1t1e de dis~oci1t1.;ào do àc:l<lo bcnióioo em água é 6•.l x J o- 5 ~ num solvente
A constante de dissociação cJãssiea k. 6 id!n1lC1t Mconstanh:: da lci da dih•icào constituido de 20% de mclunol e S-0% de água. a constante scrã 1,9 x 10 -s.
de Ostwald [H.q. (2-1 1)) e. tendo-se cm vista as aproxintRçC5::1; feira1; para chegarmos Ácidos polibásicos terJ.o u1l\H coni-tt1n1.C de d issociação para cad3 es.tàgio
à Eq. (3-9), ê dig.no da not.t salientar a consu\noia!, d0$ di1dOS para o ác:l<lo ac:~tl co, da dissociação. o 1uesmo volcndo J)ftn1 bases poli8cidas. Por cxc1nplo, o ácido
na q uarla coluna da 'fab. 3. A oonstAncia da expl'essãô da lei eh• diluição ie um fosfórico se dissocia eJ.11 três ew.pus, 11.Lribuindo-sc :i cada etapa uma constante
tanto acidcutaJ. A medidn que n eoncenlraçfto 11umenla. os ooc:licicntcs de atividade, de dissociação:
que são orolhdos na Jci da díJuição, decrescem: Isso dnria vnlores de k decrcscen1cs
co n1 o aumento da co n c~n t raç!io, <.:ontudo os vulOM de«, q ue íonun u!iados pilra 1-1 3!'0 , + H 20;;::H,O' + N 2PO,j K,., • 7,1 1 X10- l,
c-J.lcular k~ foram obtidos a partir de m_ tdldns de Cl')lldutâncfo, c<un a suposição 11 2 PO, + 11 1 0~ 11 .,0' ·1- TIPO!- Kª' • 6,34 )( lo- a,
de q\1c as vclocidndcs dos ions não vnrlnm com n variação d e concen!rat;ão. J.f PO!- + H 1 0~H.lO+ + PO! .. K., 4,73 • 10" " .
Sabcrnos agora que isso n!lo é \1crdnde. e q ut as velocidud t!S dos íún~ d iminuem
c:om o aumcn10 da concco troçiio~ de modo <1ue os valores de oc empregado!! eram Vcrificarnos que C$lCS Ctl\• lUb :-1~ 1-nosnnm que 11.JPO, é um Acido c:.uja base
dcnlasiados pequenos. Es~ ínto cxpHea a omissão do.'! Cút:fil!.ientes de: a tividade; conjug.:t<l1t ê H2PO; ; quo HlPO; pode cocnpo rtur-sc conh') uJn i'.!.cido que dá
a con.stância de k deve-se. po1s. a dois erros que se cancelam mu tu~men! e. A1nbos origem \i base çonj ugada HPO! -, qu~ por sutt VcY,, podo <..'O lllpOrlar -sc çonlo
os crr05 são muito pcquenc;s ern soluções diluida.s. ác.id() e dnr o rigem õ bo.se conjuaada PO! .
Urna situação scrnclhante :.\ existente pnrn 6cidos é obser vada par» as bases. As cons ta n tes de tli~~ochtçllo de ilcidos e bases vatlnm coni '' Lernpcnuura.,
So uma ba'SC B íor djssolvid.1 cm àau:i. t3tnbel~e-sc: o sc:gui1\le equ illbril) : e si:us valores dc\•cm. por i:i.$0, $C! ocompanhndos sempre peht. indicação da tem-
B + H1 () ;;:OJIH• + HO". peratu ra para a q u.11 ~u v{1li<lus.

Aplicando-se a lei do cquU.ibrio,


UNIDADES DAS CONs·rANTES or. DISSOCIAC,:ÃO
ª•11 • )( "ºº • con~u1rue. (3- 10)
AIJ\'id.. des tcrnmdi nâmic.1s são adtmenstonais e. ic considerarmos a cons1antc
a. X 0 u,o de d1ssociação 1cr-mod1ninlic.1 de um àcado 1IA c,:On'IO sendo dada por
Jllnclulm~ o ltrmo "'1crmocJ.DJm;co• porqui: ! atH Idade é um conceito l:rood.1nl·
miro. Pant informações ma.., dctalhnd.v ~ a;io,1d1des t (IOCÍrtie:tllCi- ck Mi\idad..:,. )u,ge.
rimos consultar 10m ~cxlo de krmod1ntima
40 Funchln1cntOt1 ele clcrroqulmica 4) .
~n'1 fàcil comprc:ndcr que ílS oonSH1ntcs de <lissoc1.1çJ.o tcru1odina1nic.I.:\ l!Cr.1<> 1\ - é a ba-'C conjua1u l11 do âctdo H,\ e pod~ por sw.1 p,1r1c, rcngir ccuu o "olvcnte:
u1mhérn adin1cni,ionaill. Con1ud o a oon::.tantc de d1ss.uci.u;flo clá~ica é cl1d1 por
A-+ H, O <= HA + OH - .
[H • J(A -1
k• = [!IA) A co0Jlan1c ck di'J!OClaçio do ácido HA ê

t; c<>tno as concc:ntrn.çbcs poss~m unidades. f1eqUeot(mentc (mol dm 1j. ê claro [H '][A-]


K =~~~~
que a constante de dis:sociaçüo clâss.ca tera: ditncnsõts. dependendo do numero • [ HA)
de es~e5 envolvidas n<> equilíbrio. e a constan;c d.: dissociação da base conjugadas A - • ê
h~ obscr"açckii: são válidas para quaisquer constanld de equilíbrio. ~
pod.:m con"lt1 u1r un'I meio de idcnlif:ca.- s: são oon.st.t:ll" t;::mHMlinlmlC11s nu K = [HA)[OH - )
cli&sS.iCJ.i, ' (A- )
Oéss1is du.ts expressões,
AUl'O·ION IZA\ÃO on SOLVUNT ES
lndependcnltmcn1c de :nia pureza, muitos $Olvcn1cs oprci.cn1:11n pcc~ uc n a KK • .ltt • JLA-J.[HA}[OH - ) = [H •)[OH-)
1
' ' ( l!A] [A-) .
condutâ ncia elêtr:ca. A tribui~sc esse falo a íuns que surgcin litt>' 1noléc 1.1ht..~ de
sol"cntc p(.'r n'1cio de urn processo de au lô-il)ni1u4,:ãô. Por cx1:1uplo1111nõnh1 liquida, e. POJ'H\0 10,
(3·14)
fl uorc1u t&c hidrug~n io líquido e àgua apresentam esse fenómeno:
NH3 + NJ.l:t ~ NH 2 + NHJ , ~e l'esultado implicu que a.~ força.-; <lc unl ácido e urna ba~ conjugados, nun1

HF -HF ooH,F•+F- , mesmo so lv~ntc. devem apresencar UDlá razão in\>crsa um cru rclac;üo t'o oul ro
Q uanto fl'.13.b íorl.: o âcido, i.1to é. q uanto maior K., tanlo nlcnôf dcvcrà ~cr K~.
J-1' 1 0 - Ha.O ~H,O~ + O H-
isto é, t11n10 mJ.i~ (r;icn dc\·crá ser a base. conjugada. para verirJCar·'le 1.1 F.4. (~- 1 4).
Quando 1 aul()..Íoni-.1nçllo de um soh«!nte :n,·o h'c :r<Ln!tícrênc1a1. de um próton, Eslabclccid.1 C.'i:S.l equação, é cornum freqüenteroente x Í4U.;.r uso apena.<; das
t-o1no nCM Cll~ viuos., elot é c.h.am.tdá rrcqúentemente d= a11tnprtHtUI.''· Consi- constu:lld de disso..'i~u;!o dos ácidos. Podemos obter informaç6e.s sobfe a rorça
dcnuldo-sc um $-Ol\cnk gertérioo 1-lX.. -e.s:ses equilibrios podi:m su rtprcknte.dos p<>r da b.a.sc: rnec~iorundo " co:ist9nlc de: di:ssociaçio de seu 'cido conjugado.. desde
XH + XH ~ XH ; - x- . qçc scp conhttido o produto iônico ão solvente.
.4.pJicand ~ a ki do ..-q1,1ilibrio.
cooslantc ACIDEZ F. AJ.('AUNlOAOE DE SOLUÇÕES AQUOSAS
ª x tt l
CoJno u g.r1uJ de: ionirac;ào é peq ueno, potlcJn ui, coni-.idcr.;t: a 8tivuhldc Tclativa Numa ~n1os11·3 de àgua pura. os ions de hidrogÇnio e os lons de hidróxido
<lo solvi.:nh: 11lo-io11i1.1t<ll) i.:01no sc1ld.:> igual a uLn e c!.Crcv1.:r ~: forma1n a par1ir das moléculas de solvenle:
(,'l ilj Xª"- = K, , (.1- J2} u,o + H, O o=H,o • +Ho- .
onde K, é un1a consh\ntc conhecida co:no produto i6uic'O do solvente. Co1no a 1\ concen1raçllo dos ions hid rõnjo de\·e ser igual à conctnl r11çllo d os ions de
conccutcoçlio dos ions é muico baixa. suas atividades rcl;11 ivns siio (Nq•ien1c111cn1c: hidróxido• .: di7.·Se que a àgua l: neutra. Como [H ' ] • (OIT - ] 1 leremos, da
oonsidcradl\:t is,uni11 ;\s suns conocntraçÕC" e a F.c.J. (3- 12) pude :,cr cs<..TÍla bq. (3-13).
í XHi 1[x- 1= K,
No i.:abO p11rticutar do Sl)lvent.c âgua, o produto iônico ê repNSCntudo por K ....
de modo qu.., Porta nto. num:1 solu1,:i\o neutra a 2.S 4 C, a cooc.entração de íon) Uc hidrõnio Ç
(3-1Jl igual a 10 1 moldm - j. & ;i conccnt r:içào de ions de hldr6tuo for mu~or do q ue
10-':' moldm .!, 11 sot~o Sérâ âc-ida: s:: f()( menor q ue 10 1 moldm ' · nsiolução
onde H • sil:nboli1n o pr61on hidratado. s:rá alc:tlina. ·
O produ10 i6níco K,. íoi d:!e..-minado por 1ncdirl.--..... de condutincia rigor0$.l'- Cma C$cala priuca de acidez e alWittidadc é o btidoa por me.o da defio.ção
rcna.s cm á1un txtrem.:tmef!te pura (conhecida como ...àgu.1 de coOOuth·id.'ldc..). de pi 1: o pH é o lopntn'O dec1mal do lD\'eJ'SO da .tlivill.adc: do km d: hidrogênt0:
tendo-$ cocontmdo o valor de 10- 1• a 25 "'C
1
p H = l<>g - = - Ioga• •
RELAÇÃO llNTRP. AS FORÇAS DE .(CJDOS E BASES CO'IJUGADOS
Con11tdcre J 1n1craçâo de \!m ácido HA wn u1n ~hcnu: aníiprótico, tnl
"".
Na 111:.nori,1 (to~ casos. é suficienle considerar-l'.l~ a a 1i"1dadc do Wn de hidrog!nio
oonlo á.gua ccuuo .scn.do 1gu1\I .t ooncen1ração do ion de hidrogênio, e c:&ercvcr
llA + 11,o ~n,o· 1" - : (~· 15J
42 Ft1nd.1111tm•o11 de elc::troqu(mic.1 43

Portt1010. se De un1 n1ci<10 1c1lCl'ico.. :1 nclltraliz;;tçâo pode ser represen1rada por


( H "' J e io- 1 moldm - 3, p•I = 7. solução oculrl\; HA B "'° BH + + A - .
+WC'
Ih.IH
[11 • ) • lO -• moldm->, pH 3. soluçilo ácida: oodc BH e A podem ser considerados como os ions do s;1I rormado n.-i neutra-
(11') • 10· 'moldm->, pH = 9, solução alcalina lrtação.. A c:xteruão em qix: a reação se proccs.sa depende n:io só das rorç:is do
àeido e da base. mas rambém da natureza do sol"'entc. Se o soh-cote for anfipró1ico.
O cont.'atO de pi 1 pode 5Cf aplicado a outros !001 como. por ex~mplo. o como a iguL ck poderá interagir CClCn os produtos d.a oe.utrahZA('J.o de dWllO
ion de hidróxido. bem como as COQS(antes de dissociação: mancirt-5:
pOH • - Jog (OH - ] BH- + li,0 :;0 B + H,O', (•)
e
pK. = -log K,. A" + H,0 .. HA+OH -. (b)
A Eq. {3· 13) pode ser escrita $Ob fonna log_aJ'itm1ca; Na reuç.ão (•).·forlnu--sc 11 base original e. na reação (b~ o ácido oriainal O p!"ocesso
de neutra.llzaçao sofreu, pois. \1ma inversão. Esse fenômeno ~ conhecido como
log [H ' ] + Jog(OH-J = logK •. solvOlise, ou. no caliO espccífioo cm que a água atua corno solvente. como h•'drólise.
ou
-l<>g [H ' ] - log[OH- ) = - log K, A rcaçllo (a) e r"vorecida quando " bnSc n é Ír'aCM. Ne!!IO situ11cân. n hn~
e. poruu110. terá. ír1tc.:1 1ondêncio em aceitar wn próton, e ced erá o m c:s.n.10 fuci1mt:1nlc logo q ue
pH T pOH = pK., (3- 16)
.'!e moslrur un1u oportunidad e, oomo no caso da reação (u). A rençl'o (b) é fovo-
ondt: pK,, vale 14. •• 25 "C. recid a quando O 6cido I·IA é fraco. Se o ácido ol'iginnl for íra.oo. ele ferà pequena
Kumn roluçilo de concentração 0101 mol dm -.l de ácido tlortdrico, c:om-
tendência em cedt.r pr6r ons~ ele aceitarâ os prótons de \•oltn na primeira opor·
pleta.menlc d i8sociudo, u conc.entraç.ão de íons hidrogênio scrlt de 0,0 1 mol d rn - 3
tun idade que surgir. como na rcaç!io (b).
[H 'J = 0,01 moldm- >= 10 'moldm - •. Verificamos ainda qoc a reaçã.ô (a) le"~ à rormação de lon5 de hidro~nio,
portanto produzindo1 portanto. uma solução àcida; a reação (h) produ-1. iOn.'1 de h idróxido,
pH = 2.
Jc,,.nd~ portanto. a uma solução alcalina.. Se um ácido forte reagir como uma
Numa solução de concentração 0,01 moldm- ' de hidróxido de ródio, completa· base rortc, nio hl\<crà hidr61ik e, se usarmos qua.otid:.ades equivalentes de àcido
mente dissociado. a c.-onccntraçfo de ions de hidró,ido tcrú. i1ualn'kn1e. 0,01 e de base. a solOÇ'lo final seri ntutra. Se quantida~ equívaleotes de um ácido
moldm--', fone e de uma bue fraca reagirem entre si para formar um saL ocorrcri a reação
[OH-1 =O.OI moldm-• = 10- •moldm - • de hidrólise (a~ fa vorocida pcb ~ fraca. e a solução fuw rcsuhantc será ácida..
Se reagirem cnlre ai quantidades: equivak:nt.cs de um á.cido fraco e de uma base
pOH • 2: forle. formando·SC um .sal, OC01Tcrá a reação de hidrólise (b~ fia"orc<::ida pelo àc:ido
como
pH + pOH = 14. fra.(;01 e a $0luçi:lo firull krâ alC!tlin.a.. No caso d.t reação dl.tre qu11n1idau:ks equi-
valentes de àcido ítaoo ~ base fraca, com fom1ação de um sal ocorr~riio ambas
o pi~ da M">h1çAo será igutll a 12.
A escalo dCIS riH fornece; portant~ um modo de n1cdir :i u.cidc:e atra\·és de as reações de hidrólise: n solução será ácida ou alcalina. d ependendo das forças
nU111cros posi1ivCJl'!t riequcnos.. Na major parte dos Ctl~v.....; J c uplicuçfto prâtica. a rcJ.:iü"a.s d o 6eido e da base.
escala pode ser considcrud;i val'iando de O a 14, rr1as, cnl soluQÕe!I for temente Con1Jitlcrc íl hi dróli~ de um sal de âcido ír{iCQ e b1t$C rorle. f.an íitlluçüo.
ácidas, o pE<T pude ter vala1·es 11ega1ivo:; e. c:1n SOlúOt"'>c!I cx1 rema.n1e111c alcalinas, teremo~ os lons do lia~ nH + e A - . Como :-t hnse originnl era íortc, llômcnte o io n
A - participarâ d..1 rc11çllo de hidrólise:
poderá 11c:r 1ni.ior do que 14.
PaJ'ú: soluções ncutraSi- (H"" ] - ...,IK,.,
e. portanto, pll ncu1ro tPK .... r + H,O.=HA +OH -.
Potá:n K.., ê por nt\turezli umu constante de dissociac;ãu e vriri;1 com o. temperatura. Aphc."'.i.ndo n l..,i do equillbrlo,
de modo que o valor d o pli neutro tambêm Vt'li variur com a 1cmperatur;.' Nilo
devemos n06 esquecer de que uma soJução de pH 1 Krít neutra somente a 25 "C. ª"" X ªoK- = ~onsta.ote.
ª" )( '°'H10
Considcnand<MllC a alh·ic:b.de rc::latiw <b ágw. igual a um,
NEUTRAi.iLAÇÃO E HIDRÓLISE
A teona de Anhc:niU$ descrevia a oeutrahzaçào como J reação entR quan-
tidades equ1vak:nte1 de ácido e de bast.. dando wn sal e Agua. No conc:ic:tto moderno.
OuA X

ª·-
..
.Dou- -- J<.
ncutrali.z.aolo continua kndo a reação entre quantidades equivalentes de ácido onde K• 6 chamada c<>nJUJnre dr hidról.ise do sal Considerando as atividades
e b<kSe. mas.. como vimos. os produtos serão a base conjuaada do Acido original rcla1i,·as idE.nuc:.\& âs concentrações, teremos
e o ãcido e<1n,tugado d a base original. por exemplo,
HCI + c11,coo- .. cH,COOU ~ CI
•1lll• 1 i.u:t 2 • rô.J." l "'º" l
44 f ul\d1mcf1 IOI de clclroquimi.c.i. 45
A oon111a ntc de: disscx.,iução do âcido o riginal é dr1d.1 por: Considem ndo·sc a reação genérica d.a h?drólise,
(H +)(A -) A + H,O;:HA - OH -,
K. • (HA) vcm0$ QUc (11A) - (OH-l de modo que a consranr< do hidrólise pode ser
e o produ10 ~nico da llgUJ ê escrita como
Kw = (H-) (OH-). K _ [OH ]',
Podcmm cntlo escrever • - (A-j
K. [H•J[oH-) (HA) St.- a hidrólise ror pouca (por cAc:mplo,. se Ka < 10-l). a conccntruçüo & ions
A n5o serà mui10 menor que a con~ntração do sal ~ solução Chamando a
K. - (H-) (A-]
co1tcen1raçfto do sal de e, tc:rt:mos
K .JK . - K, . (3 17) íA-1.,c,
A. contpartt'-1Ílc.> cn1rç a êq. (3-1 7) e ~-1 f.q. (3·141 que p()(lc M)'r c.scrila s.ob a (OH - J'
lorrna
K,.= '
e
0\1
KJK~ = Kb, (oH - ] J K,e.
mostta quo a constnnlt: de hidrólise K 1 do sal do àcido HA e: dtt hi.JC 8 e igual J{i vin101< que [1 1•] [ Oli -] = K ..,, de modo que:
à constante de djssociaç:lo da base conjugada do ãcido 11 A. A busc cortj ug.:uia
de HA é-. obvi11men1~. o ton !\ - . e. se considerarmos tstc cou10 base que TCJ1Se
com o solven1c para form.ar íons de hjdróxtdo teremos
A- + H,O;: HA + OH -. Além disso. K 4 • K ..JK . e. ponanto.
DeSS! reação. percebe-se que a constante de dissocia~.ão da bate A ~

K
_ (HA] (OH- ) (H '] = K.
J K ,ejK .
JK1•·
' - [A ] '
Tomand<>-se os loprnmos,
que é. de f.ilo. 1d!otic-.a. â constante de hidr6'ise do ~I.
log [ll "] =ttogK. + Jlog K. - !loac
Se considerarmos. por exemplo, o sal a<-"Ctatv de ~ooi~ t1,uc ê uu1 ~mi de ou,
ácido fraco e base forte. teremos. como reação de hidróli~, íJ· 20)
CH,coo- + H, O .:. CH,COOH + 0 11- . <..' onsidcrc a ~cg uir a hidrólise de um sal de ácido l'orh;: ~ base fraca. Ern
A consronre de hidrólise do aceta to de sódio ê dada por solução, lcrcn1u11 os ions do sa~ BH ... e A- . C-01no o b.cldo ona1nttl cn1 for1c.,
son1::ntc o ion Ol f' sofrerá hidrólise:
K = [CH,COOHl [<?H-J .
' [ CH3Coo-1
(3-18) BH- + H, O;: B + H,O•
O ácido océ1icn rc<1gc corn água para formar sua base conjugado. o ion de acetato: e rt con,..canle de hidrólise, K 11 , será dada por
c 11,COOT·T + 11,o ;:H,o· + C'H,coo-. [11'] [B]
K, = [BH+ f '
Como o ion de 3octato é uma base. ele pode reagir com o .taua:
CH, coo- + H, O ;: CH,COOH +OH-. A c:on,111ntc de dissoci.ação tla ~orig..nal. 8, é
, Es.sa rução é cxat:imeote idênúca à reação de hidrôltse, m.as poderá aiora ser LBH•] [oH - ]
[ B]
cncar.ula como a rc;ição <li: dissociação da base CH,coo-. que rcw romo K, •
CODSl3DtC de d1ssoci.açjo
Pod~mos. ponanto, CSCte\'Cf
K = [CH,COOH)[OH J. (3- 19) Kw [ H •](oH )[B] ( H 'l[B]
' [CH 3 COO ] K, [BH •] (OH- ( - [ DH ' ] '
As constnntcs d.as liqs. (3-J S) e {3-19) p<.>dcn1 ser charnadai índ11)1inttuncntc JC
de onde se conclui que
constanr~ de l1ldr6Use do acetato de sôdi<i ou de coti.s1a11tt! de dlt1.."-0Cl'If'io b-1islca
do 1011 de nce:ato. (3·21)
Fund11nu:rH01 de clctroqufluica E.qoiltbl'ioa i01~ic011 47
1
Novamen1c o lon BH ê o ãcido oonjugado da base n e . 1 reação de hidrólise d.:ve l:'lntbéin ser un\11 oon.st.uHe: el;a ê chamad~i constante du hidrólise do sal.
pode ser enear~dlt como a dissociação do ãcido BI l 1 • Se tonu1nno1i por exemplo, ,\ssim seJldo.
o Sttl cloreto de aniHnio. Cc.H)N"H 3 CL como um exentplo de. sal de um ácido fone:,
n q o de"""' base Íl'llça, C.H,l\H 2 • a constante K, d3 Eq (3·21) poder~ ser \3·23)
dtamnda i11dis11ntanlenlc de Wtl<tlante de hidrólise do clortto dt antlinlo. ou,
de·S1gnad1 K•• de tt>ft.Jtanl'-- dr. diJ..tociaçâq âl'i.da Jo k>n k anlllnlo. C.H,NH;. K ê .J constante de dissociação da base A - . QUc: cs1à rc!acionacb a K 11 • conslánte
N• r03ÇJO de hidrólise, podemos ,..,, que [81 = rn-i de modo que. COllS• de dissocí"çlo de ""' àado conjugado HA. através da Eq (3·14):
lante de h1dróliJC pode: sçr CKrita na forma
K , = K .JK=.
[H+]' Também KJ, eons1ar.1t ~ dis$ociaçào do ácido BH,., rclaC'lonn"'diC 3 conslantc
1( - - - ·
' - (BH • ] de disroc-açUo da ba5c conjug<tda .B, K~,
·se o~otrer 1·cduiidu proporcão de hi<lróli:sc (K,. < 10 '" 1 ). a coneentruçio Jos K, = K.JK, .
ions de 811 1 nAo s.etA muito 1ne11or que a conccnlraçiio dos lons do sal,~, chd· Portan10
m:ando esta de e. teren1os
. [H • J'
K,, = - - ·
e (3·24)
Oll

[tt •J = ,/ K,c. O c.l\lculo do pH de um sal de ácido fraoo e base fraca é mais cotnpJicndo.
Sabemos. da Eq. (3·21~ que Ki. - K.lK.., e; pôrl~nto. terernos mas., se in1roduz1rmo& ala,uma11 simplificações, po-dercmos chegar a vnk>rcs apro-
Airn~do~ corn ccrla lacihtlatlc. Suponha que seja e a c:onocnlração 00 bll~ e t.tuc
íKc
(H •J = , / -"-·
o ácido e a bJSC oria.inais tinham forçus si:mclhan1c1. NçS:Cc caso p:arliculwr, as
V K, du.. rc•ções ele hrdrólísc ocorrem paralelas, numa mesma propo~o. de modo
C\"" podemos db~ que (HA]"' [B]. Além disso, Se ocorrer pouca hidrólise
Escre\·c::ndo sob " forma l-0gari1mica esta Ulnma expressão. (K. < 10 ,,. o concentração dos ioos BH• e a conoe.nu·ação dos fom A- não

ou
101 (H'] = !Jog K. - l!og K , - jl<>g<, serão muno menores que a concentração 00 sal Estabelecemos ::lJSam uma sc1u.nda
aproximoçlo: [BW] •[A-] = e. A coostante de hidrólise
(3-22)
No C3SO de um s.il de icido e base fracos. ambas 11s reac;ôc:s de h1drúl·"C. ocorr~rão (HA)[D]
K, = (BH- J[A-]
A - + H, O "'° HA + OH -, poderá ser escrito
BH +- + HiO~B + H 3 0 ...
Considerando-se uni1{tria a a tividade da ilgua, a.-. constan tes cLo cquilibrio K 1 e de onde
Ki, parn a pritncirn e segunda 1·eaçõeS) respcctiv:uncntc, :J:o dadas por
. ,.- rK
K • [ HAJ fOtr)
e K 2 • (ll] (H '].
[HAJ = c.j K ,, = c.y K,K.. (3-25)
' (A - J ( llH ' J A con:.ta.n11: d e Ui5.!lociuçã o <lo ât.ido original, K,. . ê
Quundo ~01n11nos HS du,ts reações. para representai' a hidróJise to111.J que se \'eTi·
fica. teremos
/l.,. + Rl l 4 + 2H 2 0 ~ H30 4
+ OH - + T-fA i B,
!;!, port&DIO,
e 3 cons1an1c de cquilibrK> dessa rca.çâo scrit
( li ](OH ] (HA] (B]
K1 K1
lA -] [llH+J Recordando que [A - j = e. teremos
ou
K . (HA](B] = K K (HA] = (Wl ~
• (A-J[BH'] 1
' K.
Como K , , KJ e K,. d.o constante. a expressão e, substituindo nn l!q. (3~25J.
~
(HA) [ B]
e / K.
[A-](BH +] (H '] - = t - -
K. \J K. K,
48 49

O tcnnu HA se refere ~ concentração de âcido não·di$:s.ocl.ado. n11ts, ;;e o i\cido


º" for fn1co. uma fraçilo muito pequena Se: mostrar.í ionizada. dç rnodo qu: ))()demos
[W ] = / K.K. considerar (llA] • (àc:1doj. onde (ácido] é a cooo:n1ração lotul de àcido na
'li K, ~o1ução-tampio Analogamente, 1 conctnua;:ão ck ÍOll.) A - prO\'eniêntes da.
F.sS;& ~pressão pode ser escr:ta na forma loga.ri1micn · 'ª
dissociação do àcidO seria desprezível se comparada COll1 CO~Olraç\O de IOD'S
pH - tPK. + }PK. tpK,. (3-26) A- pro>enientcs do sal lotalmente dissocmdo. E. portanto, (A ] [1al] Subs·
tiluiodo-se C$$.iL$ duu aproxinl;tções na t)..prcssio para a oons1:1n1e de disJOaac.i o.
A Eq. (3·26) mostro que o pH d• solução independe da conccn1rnÇl'lo do .. ~
é preciso lembrar que isso só scrà vâlido se o ácido e u baSc originais 1i,•erem
=• leremos
+ [sal]
forças semclhan1es e se a hidrólii;e nlio OCôrrer an grau 1nui10 accn1u.-tdo. K . = [ H ] [àcido)
ou
SOLUÇôBS·TAMPÃO (H-] • K (ii<;itlol.
Soluções aquosns H\nto de clore10 de sódio oomo dç uocttHo ((.:: a 1nônio 1&nl ' [sal]
p i 1 dD torno dt 1. O cloreto de sódio é urn sal de ~cidu e bR~ fortes; nlh) hfi Escre\'endo na for1no loguritnlica,
hidrólise e a soluçAo final serâ nculra. O acc1.a10 de a•nônio é snl de (1cid<> e hnse
fracos, d e forçus semelhl\n tcs (K., = 1,75 ~ 10-s; K11 = 1,77 ~ 10-"ji nc!l:.l\S i.lir-
[àcido]
log [H •1 = log K, + k1g - [salj •
cun.stânc1a~ n Eq ()o..26) prevê urna solução fintt1 b3.shu1tc pr6xi11:1.3 d;.1 nçU tralíd ~de.
Se adicionarmos Lcm:t de ácido clorldrico, 0, 1 tnol ti1n .. !.I, H 1 dn1' de soh)çào ou
[s.l]
de cloreto de :otódio. n pH irit varl•tr de 7 a 4 (islo e. aun1entu n1it ve1_çs u conc~n­ pH - pK, + log [ a.1.
' :1.d o ] . (3·27)
traçiío de lon~ de hidrogênio). Adicionando-se 1 cm> de àcido ctortdrico de con
ecotração 0,1 mol dm- >, o 1 dm> de solução de acetato de amõn10. o pH pratica- A C:q. (3-21) 6 freqOtntemcnlc chamaU. de equação de Hon<k:r.on. A íórmula
men1c nio ~o hem. Eil)oll resiiltência a "ariações do pH durante '1 adiçi\o de âcido <.-orn:spondcnte para uma solução-u.mpão rormada por uma hasc: ír11cn e um
ou dç illc.:ali é c::onhe\.-itht (.'Omo ação 1umJ.HMunte {ou o:.ção-1.tmpiio). t soluções seu sal pode ser obud.1 a partir da cxprõSão para a COD!llanlC de di$$()(.i.ução
que apresentam cSSc comporla.meoto são chamadas de sol.t1(6ts.-1ampão. da b.lse.
Soluç.c)c:,..u..mplo quase sempre contêm um ácido fnc:o e um de '°'\b< s;1is K _ [BW)[OH-J.
rum uma bate fort~ ou, então. contêm urna base fra.ca e um de ~ Uii~ de Acido •- [Bl
rorlc. A.s soluções são empregadas sobr~n:do quando é accc:ss:Ario f'ôl.Slir a ,·aria~d:
de pH. ou para funcionarem como soluções de pH conhcc.'idu. Fa7godo·se •• orroximoçõc< [BH•] - [sal] e [B] = Lba<cj,
Se u1nB soluçio-t0;mpdo for 1.una m)slura <lc Mcido fn.too e de seu sul de b~se
Corte. a 3~lio 1t'mponantc ocorrerá d.a scguinfe 1nancirt1 : uo 11diciona1·mos ions K - [OW] [sal] '
1
• [base]
de hidroaênio. cslcs ~ti.o rc1novido.s por meio de: oombin:1cilo com o !lnion do sa.l. ou
para fonna r i1c1do n fto~i o n i]Áu.lo, [OH- ] - K, [b"""J,
H, o - + A- -HA + H 1 0 . [sall
Si: adicionannos lo1u de hidróxido, estes serão ren1ovidos pela reoçl\o oorn o de onJ c se derivo
àcldo li"n:. co1n form!lção de n1ais sal~ [sul]
pOH = p.K, + log - -· \3·28)
OH- +HA~A- + H 2 0 . [base]
NQ eaM> tlc unta :.olução-laLnpão constituida por un1n bnu írncn e orn de Lembrando que pH + pOll = pK•• a Eq. (3 -28) pode tatnWm 3Ct escrita de

seu~ .,;.tis. os ion-~ de hidrog!nio strã~ removidos por uma cotnbin:1çilo direta com outra for rna
a b;1sc 11 ..·rc. com rorm.ição de saJ,
(J.29)
11 3 0' +8 - BH + + H 20
Os ions de h1dr6>.ido Jo r~movidos por uma combin.a.çiio com o càuon do sal. ()c,·ido .as aprO.\tm.tç6es que foram feitas na der-ivação das equ:içõ:s de Hcnder.30n
form~1ncto« 11 base nJ.()-io'nir.1da.. [(3-2n (3·28) e (3·29Jj. estas •presentam resultados sausfat6noo apenas no inter·
OH- + BH - - B + 11 1 0 . 'ª'° de pH de 4 a 10 Como a moior parte das aplicações prAticM de <0luç&s.
Considc.:N um.1 solução~tampio rorooada por 0111 âc:do fr.ico e um de st:us ·làtn1>ão ca.:m nc:1sc intcr'\'alo. essas equações são adcquadai. à m~ior pai li: dos
casos. Para sotuçõe:s•tttmpfto eficientes em pH < 4 ou > 10 dc,•cm Je.r us.'ldas
~aitt A con5tnnte de dissociação do ácido é dada por:
equações bem 1n11is complicadas.
A c~1pac1dadc lt11uponante de uma solução pode ser c ncarud11 COltlO sendo
a quantidade de {tcido ou átcali q ue ela pode absorver sc111 sofrei· ul1ernç.ão de
5-0 Fundanicntos de cknoqubnica 51

pH. Vcrifi1.:1.1·Sl: que os soluçôes· ta1n1,i\ô aprcson1nn1 su1\ maior c.t1pacidadc ou Paro que u1n<• substSncin poi;so ser urn IX>nl i11dicndo1. a co11cco1r.-içHo de
cflciêoci~aqu.audo 11 relação [saJJl[Acido] ou a ruloçAo LsalJ/(base] forc:1n iguais H(n 2 dc\'c; ser 1nulto pequcnn. cornp,1rudu co1u a de Hl n1, Dessa 1tl.:.\ncin1, a cor
a um. /\ mt!dida tt_uc essas d un!I 1·clnçõcs 5c: ofasltHn da unidade, n capacidade de urna so1ui;ào dlcalina dcvç·ttc quosc cxclus.ivamcn1~ nos ion.11 lní. formados
dimlnuL \'erificou ....~c. tilé:ro dÍ $$0. que un1 efeito tumponantc s:itisfatório só pode t m qunlquc:r proporção somente cn1 soluçô<:s alcnlitt~,,_ A1ém dis'iO. n cor em ineio
§Cr obtido quando e.ssas rc:laÇÕ<:lt t.c snuaro entrt 10 e 1/ 10. Assim sendo, o 1nter- ácido, devida a HJnl• não scri tu.1iearad.-i. pela cor de solui;t'lo nlcaliüa, de\·ida a
\•alo útil para eolprego d: ~o lu çõc~·lampUo snun·k entre Hin2. ta.utomério 1ambi:rr1 rorm.ido en1 mtlo ftcido.
A eonstant.: de cquillbt io para o equil!brio 1nu 1on1~rico será
pH = PK. ± 1, Ta bela l l. Solui:üc:.-11;n1p.10 e ~u' irt!~~'·;i los de emprego
• 2S'C K •(Hln,) _
ou
(Hln 1J
p0H pK• ± 1. É P'o--rrnilido, nesse caso. o cm('lrc:go de c:onoentra.çõts. já q11c a (C')nccn1ração do
Ácido a~1iC'o: t110tuuo dt '6dio J,1-5-.6
indicador na solução é qua!I<: sempre mu.to pequena, e a.<t atividades relalivas
.-·os1a10 di1cido de poti~w; roa.bto
"'ooo.k:do d: M>dk) S>S.O
pOO.em ser considerada~ idênlicu às conttn trlÇÕC~ Cucno já fo1 rnenc1onado. a
Ácklo bónt~. bóm S,7-9,2 consta::ne K de~ SCI" muito pequena pam que a substAnc:&. funcione como bom
~~~~~~~~.::.:.....:.::
indicador e dê um final de titulacão nludo
Alguns exemplos de soluc,.-õcs-1ampilo e seus intervnlos de tmprrgo ent.-ontr.so-sc ;\ constante de: cqu.ilibrio para a ionização scrl
na Tab. 11. K' = (W] [ ln, J
TEORIA DOS INDJCAOORF$ ÁCIOO·BAS!õ (llln1J
e
Indicadora para 1ilulações: àcKl<>-baSCI do in ..·ari11vclmcntc âCidos orgânicos KK' - ( Hln,) (H J [la, J • [H • 1(rn;J = K ' (3·30)
ftacos ou ha&ã orgânicas fraus. cuja rorma nlto-1oni1a<b cxitte wualm:n1: sob [ Hln1) LH1n 1 J [Hln.J '
duas forma... tau1omértcM cm cqu1librio. U essas duu fo rmas tautomêricJ..~ apenas
uma sorte jonUaçãu cm grau :iprcciávcl. Os dois lau1omér1os a ptdéDtKlll cores onde Ki é conhecida oomo '""sia.nl« do indicador.
diferentes: .t COI' do ion for1ru1<la pela ioniuçio de um dos 13Utomêrios é 11 mc:ii.Lna En1 $oluçdu. a. ~1lvc:nt 1:.iç5o de Hln 2 scr.i ôcsp rezh·e~ e tt quuntidade 101àl
da cor do tau to~rio que lhe deu oris,cm. de indicador na rorma de cor B pode ser considerada como s.cndo ig,ual i! con~
Considerando-se um indicJ.dor de car{u.cr ãc1do e chamando--se o mesmo centração dos ions ln 2 • A quaolidade lOU\ I de indiç"dor na forma d~ cor A se.rã
de Hln. onde h1 representa o parte or,sãnicrt UM. 1nolêcula, p(lderemos escre\'l!J' igual .i concentraçiio ® Hf11 1. 'PorlsnlO. Se x fnr tt íração do indicador que cs1á
os cquili brios. conforme sc1ue: na forma correspond~n 1 c â c:or 1tlc(llin11 (8. nesse caso). fer-emos
H ln
_,...,
1 ...... Hln: ; H "' +ln;. xoc[1n;J e (1 - x)oc l_Hln,).
º ' ... tw•" Substiwindo no Eq. (3·30),
onde os iudioes l e 2 represcncan1 ns duas ro1·mM uu1tOn1t:ros da p&rlt orgânic;i
dfl molêculn. l\umn sohiçtto àcida, existe a:rnnde conce1u raçào de ions de h idro~ X [ H +J,
K 1 •!"; (3-3 1)
gêni.o, o que dci;l<JCArft o cquillbrio poro n csquc1·da. ,\ cor A é, portan10. a cor
dcl)Sc;. in<lic;,uJor c;rn rncio âcido. F.rn 'oluçito :ilcalinl\, os ions d~ hidrogênio pro~ P,,':;Sa cttuacão é conhecida cotno 1?t/11nçào rio huUcnrl'1r.
duzid(Y... pelo indic;idor serão con1tu rn i 1lo~ por um:l cc.\mbinação com os ions de Cousiderando-~c um u1dlc3dor de cnr{llcr de base fraca, e chamando esse
hidróxido, e o equillbrio precedc::nte se dc~l ôCM rb bnSh1 nlç para a dirci1a. A cor B indicador de 1u0H, os C(tuilibrio3 podi.:rilo s.:r csi:iitos
serâ ~-..cor desse h1djcador CJ.l'I uma sotucno lllcalina.. A fcnolítnleinn p<'lde servir c<'l mn
ln 1 0H ~ ln 2 0 H ~ ln ! +O H - ,
om exempJo desse tipo de indic.1dor: os equlllbri<>& St:rllo, 11esse caso, espedficos: _,...,
o o "''A

Q9 Q9 Q9
onde os índices 1 e 2 nov,Hncnte representam ns duns rormas taotoméricn:;. da
parte orgllnica d<t r.1<>lécula. Em soli..1cões àcidas. o ians de hidrog.C:nio presentes
cm grande nUrncro se cornbin.ar!lo com os lons de hidróxido rorrua<los pela
ionização do indicador: o cquillbrio nntcrior cscnrà desloc:1do rortemcn le para
e--o .. e .. w+ e a dlrejt3 O indic.1dor crn meio 6e1do nprcscot.ar8. portanto, u cor 8, Em soloção

(r-o ÓCOOH ócoo- ak:abna. o indicador teria a c:or A. como concluircm{)\ llf>Ôli consJd~rações anàlogas.
A constarllc de equillbrio pam o cqu11ibrio tautomérioo serâ:
K [ln,OH)
• [ln, OH I '
lnCX>lor
52 (i"untla1nc11tos de ckc:roquhuka t.qui.Ubrios ión icos 53

,tambên1 aquL se a subs1ã1tc1a deve fonc1onnr corno bom indicador. o valor <lc S....: 9<>,.; do i 11dicadol' es11\•e1· na fo1·rna de oor a lcahna. x llM- 0,09, e lcrcLnos
K dev~ ser pequeno. A cons1nnlc de cquiJlbrio da ion1.z.açào scrâ dada por
[·li +J •0,9
-1 K 1C11 l OKI
K' - r1nn [OH "l
[In,011)
o.w
e O'J, na íorma log.nitn11ea.
KK' • Li n,OHJ Linj J LOH"). [ln;J[OH"J. (3-32) los fH') - log 10 1 IOQ K,
Lln 1 0H) [ In,OH) [ In10H) e
pll • pK 1 - I. (3-35)
Sttbc-si: que
K. [W) [011 ') f.ssa c:qu11ç.'io nos dà o pH mais b1uxo nn qual o olho hun1ano pode dc1etar úJlU
~daí, que m~1m.nça de cor do i:ld1r-ador cm quetllo.
[011 ) • K..J(H ). Analugi1n1cntc,. se considerarmos o 1nd1cudor em solução alcalina e gradà-
Subs:tiluindo na l!q. (3-32) dvanler.lc diininuirmOi o pH, o olho hu.m1.no $6 detetará uma mudançtt de cor
quando 9~0 do inditldor se ena•nlmr m formu de cor áada. ou s.::ja. quando
[ln;JK~
KK' x = 0.91. Substit.Jindo D3 eqcl(ilo Jo indicudo1.
fln 1 0Hl[H")
K. K.[ln 1011)[H ' ) [ln 10H)[H•j +IO.<:H
- - K,- IK ,
(J.33) lH (),91 10
KTC - (ln;JK. • [lo;) = K,.
ou. 03 rorm;1 log.urilmtca.
onde K, é a cons1a1ut do indM:ador.
J:m solução., a concentra~o de ln 101f seri dc~prc1.í~e~ e a quanlidade total l<>K [li') • 1010,1 - k:~ K,
de indicador na (ocma da cor B podtrl ser consid-=rudu iMWll à l."Ont.'t:n lraçâo de pH - pK, + I, (J.36)
icm In;i° ; ao pa!so que a quantido.de de indicador presente na rormu de cor A
será igual i! oonccntração de ln,OH. Sendo X o. Crc.çJo do indicad0t prescnk na Ess."l cqu.ição nos dá o pt-1 m~1i3 ateo DO <tua1 o olho podie detetar um.:t vnriaç.::io
forma da cor alcnlint'I (cor A, ne111sc Cl'"o). poderemos escrc\-et de cor no indtcador A fah.n de ...·alores de pH no qual o indicador 1nuda di:= cor
é, apro~imadumentc. 2 11niJ,1dtS de pH· do p1"1 • pK, 1 até u pH = pK 1 + 1.
xoc(ln ,OHl e (l - x1~(ln;J. i;~ fa.xa ck: vilorc, dt: pt-1 é cht1mítda jüi\U '"' l•in1g~1n (ou inter,•alQ de viragem)
Subslituindo na Eq (3·33~ do indicad o !' (do lDg.lês wnrkt11g range).
A e~lensão d e;,i"a fn ixa dt virna:1n Vl\riu Jc indicador para indicador, pois
(3-34)
0 olho cem sensibilidade difertnte parn dircl'c:ntes cores. A$ posicôes das fa~as
re'lul lado idên1ico da F.q. (3·:l lJ r~1 r11. indiwlo rc:I\ âcido~. f)çvc-~c a i n~1 lcmh1ar
de viragem dos ind icitdôrcs 1u. csco ln dn pH ''a.1·u1.ut 1,gu:•lmenlc: d.e pendendo
elo vnlor da cons1nnte <li) i11dlcndor. coníor1ne mostraru U8 f,q s. (3~35) e {3-36).
tJ.UC, cu\ atnht',s Os ca.sos. x é a fr~1 t;â~> Jc indh.:udor presente ria íorcna <la cor alcalin a.
A T ;ib. 12 aprcscnh1 n"' ftlixas 00 v1rugc1n de alguns indkadores mais ço1n 111ut
Ao dc:rivnr 11 equação do indicador, vin'los que e:\isle u1na condição q ue deve
ser saLisfeitu para qui.: fl subs1nncia 1\lue como bon\ indic.a<lor. 11 constante de
t:ll Uilíbrio tautomêdoo dcPtt str pt:qucna. Alé1n d isso1 o t:quillbl'io dt:Yt: t:Stabt:-
Jecer....~e rapida 1nente, e a cor deve ser nfetndn apenas por ions de h id1·ogênio e Jndtc-u.dor F 11ix11. de \'ltl.\41c1t' pK1
não por sais 11cu1ros A1ul <.!e bru111ofcno1 2.S-4.6 4,0
1 V('1'fl-O dé h ronH~f\:lln! i,R.5,4 4 ,7
A FAIXA DB VIRAGEM DOS INDIC /\DO RES v ~rmcl hode 1ne1il.i •.2-6.3 s.1
Considere u1n indicador nu1nn solu.,:ilo íu.:ida o suficienCc panj pratü.:an1c:nte Alui <.,e bromo! imr>I
\'~rmelho do fe nol
6.0·i,6
6,K•t-.,.C
'·º
1.9
Lodo o indicador Cl!ilar nn for nm oorrcspondenle â co1· ácidu.. Atuncntaodo-se 8,\. 10,0
g,radua lmc:-ntc: "alcalinidndc d:1 i!Olu~~lio~ au0ll!J\lu r6 iguuln1cnte a frãção do iod i-
fencl/111lcÍIH1.
~.·
(St'guudo A 1. V<'lf\!I, ()r;t1••t1fr1/"'t' l mll(/11n.'r A1u1/,..,fa, 2.• ~~d..
CHdor na fornla corn:spondenh: à cor .1lc.ilin41., D.:scobriu-sc que. t:m mêdia., o olho
Lo:!dres, Longmnns Grecn. 1 9~ 1)
humano não pode delelar a l ~uma \'ariaçlo da cor do u1dicnda1· lotalmente áctdo
antes que ~lo menos 9 "/,, dest~ tcnh3 passado para ~ forma de cor alcalina. Há.
portanto, um3 conce1Hroiçlo c11t1cu de 1ons de h1drogên.o na qual o o lho deteia O USO DE I NDIC/\DORBS !>\.! 1TI Ul.A(,'01:.S ÁCIDO-BASE
i:. primeira mudança de cor. Essa Mnoen1raçAo pode ser calculada atra\'ês da
t\ oor de um indicador mud.a. como jfJ d18Scmos. nu1n 111tervak> de 2 unidades
.:quaÇào do indicador (3-34)
de pH. Se o pH de ufl'l3 0 lução c.'Onlendo um indador \iàriar apenas gra.dualmeo1e
1-< no inlcr.·slo ou faiu d: , ·iragc:m. então a rcs:ul1anh:: variação de oor tainbém será
[11•)•-K,
X gradual. Se. ron1LK10, o pll mudar rnpid.lmtnle, .a. mudança de cor strá bem nilida
54 Jtunda1nc11los de elcooquíinica f:quil ibriu~ iõnicw 55
e constituirã \lllla boa n111ncil'a de observj1r o fin.,11 de uma 1i1ulaçào àcido· base. Considere a cur,•n de 1iiulaçAo de un1 iietdo forte con1 Ullla base forle. Nu
Ê óbvio. por1an10, que o \'Clocidade d..: vnriaçAo de pH durante uintl lilukição. região próxima ao ponto de eq uiv:~Jênc.ia, o pH varia. r:.pillamenlc cotn adição
pa rliculanncn1c nas imcdiaçõC$ do ponto de equivalência. ê dt~ n1âxfrna it'npor- de álcalL O~pois de acrcscenlllT 24,95 c nl ) do itlc,t li, o pH é cerca <k 4,00. Cont
1âncin p.i1ra " cxt1!idão da 1ilulaçi'l'o , adiçi1o de 25.05 cm3 de i\lc111i, o rH p!Lkllft a 10.00. l!s..'la ~ uma variação de seis
Ka Fig. 12(a) e (bJ es1ão reprcitt:r1od"~ 1rafica1ncnto cur\'as de neulrali:ta.çào unidades de rH para dti:tl\ s,0111" de Li1ulan1e. Pnra uma titulação desse cipo. pode·
de ãcidos monobAsicos rorlci. íracOJ e 1nu110 fracos. com bases monoácidJ.S. Elas damos escolher qua lqucr indicudor c:Onl ra.1M de viragem cnlre pH 4 e pH 10.
correspondem à neulrJlitr1cão de 25 crn> de soluoôcs ácidas de conrenlr':ição Duas gotas de 1hulan1c: no finaJ da Opcroçlo lcv11r!io o pH da solução a valores
0,1 mold1n ·,, com soluções alcalin~ 0.1 mol dm - >. alêm da faixa de vhagcm do indicador. o que co1responderá à variação de sua cor
A CUC\'3. de titulação de um iu:ido force com base forlc é calcutada de modo da fonna 100% àclda ã cor da forma 1OOY. a.te.a toa. Rcahne-ntç. uma gobl de titu-
h~lantc simples. Como o sal íorm:.do n.30 se hidroli$a. o pH do ponto <le cquiva- lante ahcr3 o pH em três unid1J.des. o que torna posslvcl ti;ular« um ã.cido fotte
li?ncia (udição J:c 2.S cm> de ilcah) ~ri 1.1ua.I a i. e o pll nos outros. pontw é com uma base forlc c.'()m erro de uma aota.
calcult!do a partir do C:.).CC:M-0 de lictdo ou base pl\.-"ientcs em cada caso. Por exempl~ N3 titulaçãu de um Acido fraco (K. • 10- 9) com ui:na base k>rl~ o ramo
após adição & 22 cm> de à1cali. hi um cx~'O de 3 cml de áctdo de concentração vcnical d.1 C\lf'\11 de neu1rali:r.ação é muuo mais curto cobrindo UrD..1. faixa de valores
O,! mol dm l. ti.um \<Olume IOtd de 47 cm> . A onna:n1ração do <\ado será. por· de pH de apcn.. dua< unidadeJ, d<sde pH 7.8 a pH 10,0; o pH do ponto de
tanto. (0,1 x 3/47) 0.0064 moldm ' Como o âc::Kloé forte e. a...\Sim. compferamente cqui,al!ncia ê igoaJ a 8.SS de'vido 3 hidróhsc do sal Íõnnado. P<lra obter um final
dissociado. a conmnrnção de !ons dt hidro~nio 0;1 soluçàu lambón ~ 0,0064 nítido l'1CSSa 1irutaÇ'ào., dc,,·cmos escolher um indicador com fa.J..u d.e Vlr.lgoD.
mol dm-'. ou M x 10-• mol dm -•; o pH calculado s<rà 2.19. entre 7.8 e 10. Fcnolfi•lcina scrà um indicador adequado. desde quo a solução
)rlo caso de um ácido Ír3CO ou mu110 fraco Ululado com u.ma ba.sr: forte. o oio tenha dióxido ele carbono cm demasw (íenolfi•lel.oa Dio dá bom Il:•ultados
pll do ponto de cquivalêllci;1 <cri calculado atra•"<> da Eq. (3·20~ que dá o pll neua• oondiçõei~
de uma solução de um !lll de à<ido íraoo e ba"' forte. No lado alcalino em relação. Na tilulação de um ácido muno fraco (K. • 10- 1) com uma ba~ forte; o
ao ponto de- equ1val~ncia. o. cur\U serà id!ndca i. do c:uso an1erior, pois o c,11;cxsso pH do ponto de equiv•lência é 10.3S e o pH da soluçlo no redor do ponto de
de base é ior1~. Do lado Acido. a soluçllo é uma mistura. de àcido fraco e um ck equivalência varia apenP.s lentamente. Podemos .,.cr. cb Flg. 12(a). que. pam uma
seu<1 "ªi$. COD!ti1u1ndo uma solu('ão-tamplo. cujo pi l pode ser i.."11.lculac.Jo aplieando variação de dua' unidades de pH' ao redor do ponto de:: e:quiva.lêocia (por exemplo.
ó cquaçio de Henderson (3·27) de 9,35 até 1L,3S), o volume de ál<.:~,u t1.dicio:t.i.do "'ªj de 23.8 a 26. l c:m 3 • PCJr isSQ,
Analog;:1mcnu.; na titulaçJo de um Ílt'ldo forte com uma base fraca ou muito mesmo que: pud6'$c;.m0l f;$COlher um lndlcador com íaixa de ,,.iragcm CQbrindo
rr~c:a. o pH do ponto de cquivalênci:t pode ser calcul:.ldo atravês da Eq. (3·22) e o pon10 de equival~r.cia. sua cor variarb aradualmcntc durante a adição de 2,3
a CUPla dit r:1rh: alcalina Cn'l rclaçao tlO ron10 (iç <:quivafênc·a é Ctl}CUkld3 apli- cml de litulllnle. Fica, assim, claro que nilo 6 possivcl titular-~ ~ati~íaloriamente
candO-Sc a c<1u::ição <lo Hcndcrson (~·29), wn àcido muilo frnco, mesmo com uma base rortc.
As cur,•u..~ dl Pij:;. 12 fonun calculadu.íl paru soluções de conccnlraç~o 0,1
in0Jd1u -:.i, uma coneen1rac;ão muito comum cm titulaçõt::s àcldo-base; de,•e se
12 aase 1orte
frisar que a conce1nraçõo dos reagentes i11tlui lige1r1u11enle no aspeclo das curvas.

12
10
---10.35
s- (K , \O·'>
- - - 8, 8! 7,00
s
·- - - 1,00
'á 6-
5,15

3,65
_t.cidO 1ort•

2 24 ?5 26 27 28
0
22 ~. is h 21 21 Volume de base adicionado/cm 3
Volume da base adie on1do/cm'
(•) (b)
56 57

Quündo tituh1mos um ácido forte com t1ma ba&; fr.i.c-.i (K" • 10-~,. o pH OU .-
d o ponto d.: equivalência será de S,J 5 e o pH da soJução varM. rnp1dnmen!é nra3 c \!.o\ = .J Ki.
proxi1nidack.it do ponto de equivalé:ncia: de 4.1 a 6.3. ll J>0S5ivel obc:er·se um fin.al A solubJlida.dc do ~I f., portnnto_ dada pela rai-i quadrada do produ10 de solubr·
de titulação n1tklo us.andô-k indit.-adord: CQmO \o'Citnclho de mclil4\. que tem íaiu hdade. Oe\ocmos 1cr muito cuidado no ap1icsr cs..ie principio. Ele K lxtsr101 na
de vua.gcm dentro dcS~S limites. · supostÇ'do de que o sal esú completamente dis:sociado na &011.M,ilo. Se l>I: ioM >..f•
Com um ácklo í&rle e urm bue muita fraca (K., = 10.. 1 ). n!o h4 mudo.nç:.t ma:s s.: associarem com OI tons A... tles formam como que molkulas r.ào-ionimdM
ou meooi accatuocb de p1i e não é posshd e.\:ecu:ar·SC uma: titubeio sat~fatória. de \1A na soluç.ão. e a solubilidade verdadeira do sal ser.\ mat0r do que a dad11
Se 111ularmos um ácido fraoo (K. = 10-sJ com uma b.atc fraca de K 6 10- ~, pe&o p rodutc- de J.('lluhilid.adc.
a Eq. {3-26) mOill'll que o pH do ponlo de cqui»alênria deve ser 7 A curva de Prcc1samm t11<'1'3 ~xaminar o efeito de e1etr61itm adicionados a uma M>lução
neuLrn1izBçiO dcslilC caso é obtida faz.cndo..sc a curva do àcido fraco da fig. t2(a) sa1urada de um sal MA. pouco sohivei em contato com 1''1A sóhdo. Suponha,
enconLrar.i.c com B cur\•a da base fraca da .Fig. l2(bl, o que se dará em pll 7. No num prirnciro cAemplo, que adicionamos à solução um eletrólito que não co111ém
<liag_rama, (t!I tinhlUI pontilhadas indicam essa situação. Tambêl11 aqui não ocorre nem M' nc1n A- , Um clctróhto desse tipo é chamado muitas vezes de elettôlito
vuriuçõo il<:enhHtda de pH, é um.a titulação salisí1ttôria. e iinpoi_..~ívcl. indiferente, cm rcluç~o a lvf A. O efeito da adjção desse sal scr!t um aumento nil
fort,'.H ii)niu. <l.11 Mllucllo. Esh! ô(.'3:-.ionurá um d ecréscimo nos eoeíicientts de 1\th•i·
P RODUTOS OE SOLUBI LIDADE E SOLUBILIDADES dad1: iônica, J'M· .: ""· e, pur~ que a Eq. (3-38) pcnnancç:-1 válida, as conccnlraçõcs
Qu ~1n tlo unlll soluçi!.o Sllluru<la <le un~ clctrúlito c1Uit. çm. conlnto com o '\olu to dos ío 1is M • e A- dc:o,·c:dlo au1nentar. A adição de utn elelrólilo indiícrcn1c nun\cn-
sólid~ cxi~lt: un1 equilíbrio érHrç os 1ons na solução e oo ~ólido. No e.aso de um tarâ inic1:iln-1cn1c a solubilidade do sal, i\-1A. Sabemos. oonludo, quo {1 1ncdid>)
eletrólito uni.univalent~~ esse equilibcio po<le sei· represe111odo por qoc a força lOnic:t oumcnta, os coeficientes de alivido.de iônica decrosce.iu a urn
minimci pnril, cm , cguid:i, a umeorarem novamente. Chegnremos en1ao, com uma
MA(s) ;;t M' + A -
conccnlração muito altn d(: clc1rólito indif~rcote, o u m pon to 8l"n que ft '°LubiH·
e a <:onstantc de equ1libno. KJ, é da.da por da<k pode duninuir. Conlu<lo. na n1aior ia µos C3$0!I pr.ltic~ e~ estágio não
K =a,.. · 011..-. e a.ting,do.
. ª~·'
Como d1.ss.cm011. a atividade relati\'a de utn Uqutdo puro ~ un11àna
D4l mesma
Qu.a.ndo o clttrólito ad!ctonado tem um ion comum ao 4':ftl. MA, a shuação
é ditcreJ>tt Sup00!'.a Que o e!elrólito adicionado contenha o ion A - . À mcdKl.'t
maneira, a alivicbdc relativa de mn sólido puro é 1omada como unitária. e a que aumenta a força iõnica d3. solução. o termo dos coeítclcntcs de auvkhade da
expres...<tlo anterior se 1ransrorma c::m Eq ()-3Si úw- · '·' ~ d1minuL Entretanto esse decmcamo ,.,u compensado
K , =a.,. ·a 4 •• (3- 37) pck> aumcn10 cio ll!rmo e"' • devido aos. íons A - adteionados. Assim stndo, para
que a equação con1inue \•ãlida. o termo e,.. dC\'C diroinuir. o que se reflete na
.;,,. constante K, é conhecida como produro. M solitbilidade diminuicâr> da !llOlubílid~dc do sal. MA Esse cfc.ito C chamado muitas Yei.es de
A Bc.{. (3-37> ~ignifica que o produto das ativtdadcs rel.-.ovt\s dos lons J\·f+
"'efeito <lo ion co1num".
e A - crn u1n.1 solução S11t1,1nu:l:t de MA deve ser consl~tnlc p~-1m um:t dada tcmpc-
De,·cmt.>s lc1nbr"r que. c.:01n oonccnlrac;õcs rnuito clcva<la~ <lo clclrólilo :ldicio·
ralurJ&. &.:se prlnclpio é vâJido q uer os lon..~ provcnhaln cxc1ush·:imcn1c <Üt subs-
nado. o termo {Yt.1· · y4 -) au111entnrá, favorecendo o uunlcnlo •prc,;cnuu.lo pelo
tância ~1A, quer ho.jft co11tribuição a suas atividades rela livas por outros eletrólitos
termo e,. ... Em con1>eqüô11cia, será n1nis acenluada u diminuiçllô de "M- • Q ~1
presentes un solução.
solubihdl\dc do sal. !\'l 1\. rvtas. na maioria dos CHS-O.~ do intc1·cR!le 1:>rático. não
A Eq (3-31) pode ser escrita em termos de concentrnções e oocfícient~s âe
a lcançamos cs.so situação.
tltividnde. Aléru da influência dos fato res discutidos sobre a Eq. (3-38).. hà outro e f.::ito
K, = {e,,.· e. ) x (y.,, · y. ). (3·38)
c1uc pode infl uenci:lr o so lubil ida~ do sal, ~(;\. Se q ualq t1er dos lons ndicionad os
O principio do produ1<> de solubilidade, expresso pdM Eqs. (J-37) e {3-38) aplica-se pode rorn1ar um comple~o com os íons M+ ou A - , tçrcmos como resultado um
u quw.lquer solução S11lur~Ja, nla...:O tc:rn importíin(.;a prálica 1:1.pcn1• n~ casos d:: aumento d..1 solubilidade. Por e:Aemplo. ~ for cloreto de prata o 531 cm questão,
sais põU()() SOIÍl\'tl!. o cquilíbr-ic>. r.a uu~ncill de outrOD> sais adicionado~ M:'!"Í.
Considett uma 1<>lnção murada de um sal pouco solúvel MA, em àgua, AgC~s)-" Ag ' + CJ
csia.odo a solU(.ão cm contato com o soluto sólido puro Como o sal ê pouco
Se ;1dicton.:armos lons ciane10 à soh.J('ão,, verificaremos que 0tt. ions de eia.neto
solü\-cl. n solução scri extrema.mente diluída. e os cocficicotcs de auvidadc podem
reagem com os k>ns de: Ag •. íormando iot:S de ar~ntocãancto:
:r.cT con,.idcmdo.. unitários. condiçôcs, ~ Eq (3-38) rcdU7·~ simpksmcnic a
'Nessas
Ag- + 2CN- - Ag(OIJ;
(3-39)
tssa reação pe1tu1b.t o primeiro equilibrio, pro... ocando a J:1uoluc;lo de inaiur
Se o sal, na soluç.lo. estiver compleuuncnfe disliQciado. e,.. • f"11..· •Cu"' unde quantidade d( c&ore10 dt prata. A complexação le"-a a u1n aumento da solubilid:-.dc,
cMA é a concc.ntraç.lo do sal na solução s.atun1da. A Eq. (3·39> pode então Sér q uer o c1cl1'ól110 adicionado tenha ou não um lon co1num. Os efeitos da oom-
escrita plcxaçào podcn1 sei' observados com concentraol)es moderada~ infl.!rior...:s às
ncccssftrins p:.irn al1crnr o cfcilo dos coeficientes de ::i1jvidndc
58 Fu 11 danlé'1\lCl~ de cletroqufrnka

Os cfcilos dos .sais adic::ion.1do11it n~ li1nitc:-1 das condições de in1cressc prfuico,


podcrn ser rc~u miclo!'I como segue:.
Quando o clclrúhto odicionado (or indif..:ri.:nt~. 1 !iOlub ilid "de do sal aumen-
tará con1 conccnlnu;Uo crescente de c::lctróhto ad1cio1la do. Esse eítito podê sc:r CAPITULO 4
aumentádo peld formaç-J.o de complexos.
Quando o eletrólito adicionado possuir um iort comum, a. solub.lidade do
s.aJ inicialnle1ue din1inuirá. â medjda que aumen<ar a concentração de eletrólito POTENCIAIS DE ELETRODO REVERSIVEIS
adi<:ionado. Esse deçrbcimo paw por um minimo e. em concentrações mode-
radas.. obserita-$C um aurocoto de solubilidade. devido à formação de çomp1c~os.
SEMICELULAS
Qu.a_ndo um metal é parc.iaJmcnk'.: 1mcrt0 numa solução de seus iom.. obser·
va-r.c: a ocorrência d: uma ~p."lraçàn de carps e o t'$tabc.leciA'lC'nto d:: uma dite·
n:n\,.-a de: potcrcial cnlrc o metal e a M>luçio. Alauns dos átomos do metal perdem
c!êlrons, passando para a wluçio c.-on10 ions do metal,
Af-/.1. +t.
Esse proc:csso ac,·,ria à a~-umuhtçlo dos c~lrOM libcn.do.1 no metal que passaria
a ter C3.rga c:~trica. ncgahva c:m rclaçlo A solução.
A:lalogamco:e. algu:» dOi lon.s do metal cm ~lução abstrairlo el~trons
do me1a.t depositando-se como 61omos mcràJicoc.
,\f ++e- M
J:.ssc processo lc•raria a um d6ficil de elé1rons no ini:tal, qu~ R$iim. pttssaria a
ter cargl\ positiva cm relação à soluçlo.
Se a primeira rc3çâo ooorrcssc mais rap1d11mente que a segundu, o meta.I
adquiriria cargx,i global ncg11ti\•1t, o que torn~ria mt'lis dilicil aos íons posi1ivos
abandol1tirem o metal, rcUtrd.flndo as..1i1n A vcloc;dadc di\ reação. A carga negativa
do metal poderia a trair os iOl'l. 11 mctâlicoi. posi1i ...01t cm "oluçâo. acelerando a
segunda reação. Dessa nl&n.:iru, us ''cloeid1tdos du11o duas reações ~ lguaJa:cn.
estabcJccendo·se t1n1 equillbrjo,
Se a segt1nda reaçi'io oco rr~sse iniciuhnonte CC)1n maior vc1oci dad ~ o meta l
passaria a ter uma carga global posi11vo, acelerando, deS..'IH 1uancira, a prirneira
rc~tção e [Ctardando a segunda, lc,•ando 1\0\'tl 1ne 1u~ 110 cstnbc::loeimun10 u~ urn
cquilibric.>.
O cq uilíhrio cnlrç Ct>5(•S d otts rcaç6cs 1>ode ser represento.do por
M:;::.\1 " +r,
dependendo o potencial final adq uirido pelo metal do posição do equilíbrio, q ue,
por s-ua vc7,. Jcpcndc dal ativid ad eJ rclativns das espécies e nvolvidas. Esic polent.ial
é conhecido co1no pole1u.:J'al do cletro<lo do metal; se o sistcn1a se encontrar em
equillbrio termodinâmico, o polencial 6 conhecido como potencial dt eltrrod"
ret:ersícel do mctaJC•11,
O conceito de potencial ~ eletrodo nJo sç lirnit.t a ntclnis; é po.-;sível conceber
eletrodos nos quais há gases cm cquillbno com lons cm solução. Por exemplo,
ê pOS."ivcl borbul h~u cloro cm 1orno de um ele1rodo de p latina platini1'ctdit imerso
lluma rolU(:io contendo ioN cloreto. O 1ãs cloro é ab!oo·ldo pela superticie da
"'1PoteoaaD de c.euudo l'l•<b m:1~ ~o do que km ck pilh-:as R<d q,...._is o potçnciaJ Jir
um dO!l C:cuodos t a1biu.11i..-.mccfe coosickrado como lendo vuklr ttro. Ás ,·eics, ch:urnm.st
""ktn do eklrudo'" ou '"(cm da scm1J>1U1.a-. (N. do T.)
'
60 61

plnliua, e pJ$5~1 a parucipac de um çquilíbrio c:ot11 os 1ons cloreto da solução: pode. então. ser con, iderada como uma pressão parciàl corrigid11t onde il correção
tc1 2 + t~c1-. é ncccssàrta devido ''ºcomportamento de gás não-ideal do gÍLS em quc<1trJ.o. Se
o g~ h"lcr comporlnmcnto de gás ideal, a atividade serà igual â prc554o p;1rci3t
Nesie: Clt.50, os clttrons são abstn1id<>s do eletrodo de platinct. ou a.cumulados (mdlidl c1n atrr.o"(cra -t). T-.m pr~SÕC4> OOi:<~ digamOI! ab.'\U.O de poucns atmM-
no eletrodo de plauna : esse eletrodo inerte não part1apca. quimk:amcnle d.t rcaçã~ (eras.. a m._ioria dor. g.&Sd tem câr:ller b3Slantc próximo a um &M ideal t~ nessas.
mas alua s1mpksmcnte como condutor e~triico. condtÇÕCs.. t ndtqu::.do oonside-rar-k a .aci"idade do gás igual 1 su:a prcssio parcial.
Nora $!-que. nos exemplos apreseotados. os equ1librJOS C11VOl~<m duas reaç&:s ~luuas ob~l"·aç~ cktroquim1cas são íeitas a prc:ssõci de 1 uun e. jl': a ~o
oposta.s. uma rcaçlo de º"idação e uma reação de redução. ~ c\'idc:uc que dt\-e parc1;.1I de um IÚ qualquer CO\'oh·ido nmn eletrodo de gis Íõt igual à ~O
!õC.'f' A."~lm, po~ iu rtaç&s envolvem perda ou ganho de cl~t:ons.. Os equiHbl'ios. aunosf!rica. leremos pr-cci(Ü.o suftcieotc, ~ considerarmos a a.tividade como $éndo
porlan10, cxis1i::m entre 35 formas oxidad'l e redu.zid.t do sis1cma que funcwna unitària.
como ..:letrodo J\u1n eletrodo mc1álioo, o próprio metal b a forma rtduzlda (que Re.iumi~do, podemos oonsiderar s atividade de u1n sóhdo puro iauaJ a um,
possui mais elétrons) e os ions melA1icos são a íorn1a oxidad3 (que possui menos e a atividade de unt th s:erã i.[tuitl â pn::ssíio parcial do mcism(I, cm pressões infe·
elétrons) No C1\SO do eté.1rodo de cloro. o gás cloro é a forma. oxidad.1, e os ions nores a ui.nas poucas Atmosferas.
de cloreto li rormit rcdu:üda. Quando um:i .substâ ncia tetn atividade UJ\ilària, dii-so <.1ue cila se cncon1ra
Tüi!I si11h:1nas sfio conhecidos como senricéiula.'f, e o.'I pôt1:nciuis pol' êl~s desen· no cstado--padrào de a tividade unitària, Esse tern10 vem da lcnno,linArnicu. e
\'t)lvidos sao conhecidos geralmcnfc corno potenciais do ele11•odos dos sh1crnas sua origem nllo nos interessa ;\qui; mas precisamos verit'icar conto ele se uplica
envolvidos. Hã, con1udo. unl úlllrô tipo dl! seLnio6lula. na qunl tiu1to a forrna 11 eletrodos.
01ddada como t' rcduzi<:L. do sistema existem em soluçiio. Unl exemplo di:sse lipo Se todos os co1npo nentes envol\' id1~ no equilíf:tti<.l cm uma scmioéluln tiverem
é a ))oCrnioêluk1 constituída pol' um ~létrodo de piai in.a nnc:rsCl nunm soluç!o con- atividades iillõtS 4 um, todos estatão n~ estadt)-pa<lrão; e di,;·lle que a célula é
tendo ions ferroso e rêrrico. O equilíbrio será,. nesse caso. wn cletrodo p.1dr•o. Por C'<emplo. soe um fragmento de t.inoo puro é imcrw numa
4

Fe' " +e~Fel-. solução de ior.s de zinc:o com atividade um. ele oonsdtul um eletrodo.paddio
ót zinco. Se, numa stmio!lula de clor~ o gás cloro tiver prcss!lo parcial de 1 aun
o ck:trodo de pl1.uin:\ rornco:: e r~c.x:bc a:;: elêtrons. t.ll como no eaX> do eletrodo e os ions cloreto na so1uçdo tiverem alivida.de unitária., o sistema constitutrá um
de cloro. Embom nilo haja diferCtlÇOS fundamenous entre =< úhimo tipo de clmodo-padrlo de cloro.
sem;d:lu.b ~ os t"xcmplos dadM a.nterioc'mente. ('15 tktrodos NM qu~is as formas Os po1eoW1S dos eletrodos em seus c&t.ados·padrilo do cha~dos de
oxidada e rcduzMb 'õC enMn!ram em solução foram chamad~ d: el,.trodns redox, pot.enclals J.t tlttrodt>-padriio dos sisc~mas. O potcncial de wn clctrodQ·p!ldri'io
e SQJ Potcocial de pot~nei.al redox. de linL.x., pur exemplo. é chll.mado potencial de eletrodo·pudrlo do .cinw.....
Jâ vim('liit que 11 inte.nstdade do potencial dcscff\ 0hido Pof uma stmtcélula.
1

s::ja potcnciuJ de t-le1rodo ou potencjal rcdox, dependerá das a.tivJde.dcs d:t.s cs~ics,
cn.,·olvid1s JlO equ1Jibr10. Antes de oonsiderannos a relação en1 rc polcnc1al ~ VARIAÇÃO DO POTENClAL DE ELETRODO COM A ATIVIDADE
atividade. scrà .,.,tntajoso comentarmos um pouco rnais o concc110 de ath•idade. Já fri!lan1os que. num e!etrodo, existe um oquiljb1io entre as formns oxidHdu
e reduzid11 do 11ill1en1n. A Eq. (4·1) dá a relação e.ntn: po1cncinl de clclrodo e auvi·
AT1VIDA011 OE GASES dades das form t1.s oxidnda e reduzida do siste1ua que c.:Otl$li1ui o eletrodo:
No Cnp, 3 rno'llnunos qué a atividade relativa de llquidos 1>uros e de sólidos "º R 1' (atividade tltl formtl oxidodn)
puros 6 oonsidcr(ldu igu!11 â unidade. Essas atividades rcln1ivns de que trn1amos E· ~ ·1 - 1n _ . (4- 1)
zF (atividade da rormu redw;id:l)
são, n~• rc~tlidode. os auvidndes das subsHiociu.~ en1 reláç5o a sua otivid.ade em
unl cstiido-p.idrt'lo escolhido arbitrariamente. O estado· padrüo escolhido nnr1nal- Nessu equação, P. é o potencial de eletrodo, f:<> o potcnciul de clctrodo·padrão,
mentt.: p1tna iólidos e liquidos é a forma que é estftvel a 2.5 ~e e a 1otrn de pressão. R a con:Htinte de~ gasc1' Ta temperatura, : o número de clêtrons cnvol..,idog na
Num sentido nuüs rcs1rito, a atividade relativa de sólidQS e liquido:; é unitâr1a reação e F u constante de Faraday.
som.:nte ocss."\J condiçiks. Ma~ na maioria das Jituaçik:t encontro.das na eletro- A Eq (4· l) strâ dedu~du maii adiante. :Ko momen(O. S<n\ .suric.cnle verificar
qulm.ica. é suficientemente preaso considerar ~ ati ...idadcS rebuvas &: sólidos t-omo cb se aplica às d1fc!rtntes semioélubs. O PQlcncial do S&Sltma rtdox íerro~
e liquid~ puro. como sendo iguais a um. e. a não ser que scj.\ cspcciíado de -fêrrico Sc:rà dado por
outra manc:ina. consideraJQos esse l-lllor. E= J:."'> + Rir ln ~.
tComo daqui por diante U$3rcmos com mutU. freqílênci..'l o termo ali"idade (4-2)
F a,,,,.
rclalivL adou1remos o costume corrente de abreviar o termo para atiridade sim·
pies.mente. subt"ntcndcndo·t!e que se ltala de atividade relatava). Nesse caso. f ser-à chamei.do de potencial redox e e> serl o poh:ncial rcdox ..padrão.
No caso de gasc:i.., A situação ê ligeiramente d1ícrcnlc. Sabt:·k: que a ttl\'ldad:t pois ambas as formas. a oxidada e a rcduZida existen1 e:in ie>luclo. T:tmbém se
ç encarada conu.> uma romla "corrigida .. de co1H.::cn1r;1çlo que levou cm cons1· observa Ítltilmcn1c que ? . . J, pois apenas uro clérroa é en.,·ol\'ido n~1 f'(:Jtçlo do
dcr~çílo a inh:ritçâo Jônica ou rooJecular. Pan1 gases. n1uitas \'~ t conveni=nte. clelrodo:
medir-~ 11 oonoentroçHo atr~1vé.11 dt: sua pl'ess..1.o pareia), A oti\+idttde de um gãs
62 Fur:da:nc1)tot de clr1roquimic.- 63
Considerando uma reação mais 001nptexa. como aqueb cnH'C lons de +
cromo(lll) e iom de dicrom,10 cm soluçlo àcida. teremos oo clclrodo o cqu1Hbrk'J
EJeuodo
cr?o~ - + 14H" + 6t~2Cr • + 1111 0. de zinco

O nómcro de c~rons envolvidos no equ11ibno é seis. de modo que : • 6. e Saída


de clo,o
conicidcritndo, por aptoximaçã~ a a1h·id:idc d;a água, numa solução dtlutda i&ual
Eletrodo
n uni.. tt equação (4-1} passa a icr de platina
Fi~LH!l 13 Cêh1la de zincó·éloro pl at 1nil~do
E =E°+ -R 'r ln "e ·- X IJu - '"
-''"'"'º"'-~"-- (4-3)
6F ªc"•2
Vemos q ue as a Uvidades de todas 1\8 cspécic.11 en\•01vidas no equ1llbdo cslilo '---~"""' / / /
incluiJas no tecu10 logarítmico. Solução de
Em dois caso:t parl iculares a equa~o (4 1) sie reduz a um..1 forin a 1n.ns ~;n1pJi­ clo1eto de zinco 1Entrada
da cloro
ficada. O pri1nciro caso é o de um tlc1rodo mctálâco cm cqu~Jibrio eoin scu.s lon'
pm:iti\'M. O equilíbrio poderia ser com um clclrodo de cloro. como ilui lrado na fls. 13. A célula pode Stt rcprcscn·
M~ 1W " + zt 1ad:a por um diagrama corno
1

e aplicando a equação (4-1), reremos Zn/7.nO,;o,. PI.


E= i;• + R T ln ª·, (4-4) O c:letról110 ê n solução de clorc=10 de z1nco. e é o mesmo tm toda a célula: o
:F «w clelrodo de cloro está em equillbrio com 0$ fo ns de cloreto, e o clerrodo de 7.inco
onde é a ath·idadc do ions de c.:1trga positiva ila solução. ê aM ntivldadc do
ii+ c:stà em cqu1.librio com os lons de zinc<1. Numa célula desse tipo '-XJn:.lltlO\hSC
c l ~1 rodo m ..::tit l i~o.
Como o 1jllitno é unl sólido pu1·0, terá a uvidade ig:uíll a un1. cx~rlmen10Jmc n1e que o poteach1I do c:l<:tl'Odo de zinco era mais ni.:QAli\'O que o
e a c<1 u a~u (4·4) s: redu7 • potcncinl do elelrodo de cloro. Por Isso, o zinco foi c h.~unado d~ l)Ólo ncgritivo
RT da. célula1 cnq L1a.1tto que o cloro PtdSOll a ser o pó1o positi't'O da célula. Se os clc-
E•E" + - lnat- . (4· 5) 1roc.!oj rorcm li,gados coin 1.1-m circuito CAlcrno, ha\'erà \ll1l fluxo de clé 1 ror~ do
:F
c!c:1rodo de zinco cm direção ao eletrodo de cloro. Logo que os eté1roni.. ie aJasuun
O segundo caso ocorre quanOO um clc.trodo está cm e.quiUbtio com lons do ele1rodo de zinco. o c.quiUbrio é perturbado: mais elétrons são ni:cclWiot para
dê: carga oega1h11 em solução. Como exemplo pode-riamos ci1a.r o caeo de um ma.01er o clc1roêo d:: zinco em $C\l poh:oci.U de equilíbrio. °E55d dt1rom são
elt1rodo ck P.J. ClOtno Q clc1rodo de ck>ro. Suponha qi.:e o equtl ibri~ num '-"3'° íornectdos por ionização de mais átomos de z•oco do clc1roda. rormaado·sc ions
genênco, seja representado por nnc:o na solução. Ocorre, por1an10. no elc1rodo de Vnco, uma reação quimic:a.
Zn _. 7.n 1 ~ t 2e.
Aphcondo " P.q. (4-1)
Qu~ndo os elétrons al ingent, através do circuito t:xterno, o clc1rodo de cloro.
:"ORT ªx o po1cncial d esse eletrodo torna-se mais ucgalivo q ue o potencial do cquillbrio.
E= E + - ln -1 (4·6) Pam resta\.1(:.U o po1encinl de. equilibrio nr.~sc eletrodo, ocorr? 1an1bêrn un1a 1·cação
zF a_
qulmicll que c<'nMme e-!étrons.
011de o. ~a atividade dos ions do carga nega.liva na solução e ªx a atividade do
~s. A pressão ::nmosférica. ~ atividade do g(ls sera igual a um, e a cquaç~o (4~6) CJ, +2c-2c1 - .
se 1ransrormarà cm A rtaçlo 101a1 que ocorre na cClula ~ :.i soma das duas r~ç&s que OCOl'Tcrn nos
RT 1 clc1rode».. e pode ser r~prescn1ada pOr
E • E'+-lu -
:r "- Zn + C11 - 1~1 ._ + 2c1-.
º" RT
(4.- 7)
F.s.,~a rca.ção ~ coDhccid-. como rl'aftio da cil11lc; a cêlulá está conver1cndo a (oergia
E • E: :Fina_ . química hberad.-i por essa reação cm cncrzia elêtcica.
Conhccnb 1.1 polacidade de uma oélu l.i eletroquimica, ê sempre possível
A'!>. r:.qs. (4·SJ e (4·7) eram anJcriorn1cn1c dc<luzi<las <le u1n modo diferen1c por deduz.ir·sc a rc.1ção da cêlola, aplicundo~se os principim q ue seguem. A rcnçâo
NcrnSl, e eram conhecidas d\lran1c 1nuito teDlJ>O 1.:01110 equações d~ Ncms1. d a c6luk1 ocorrerà quando o cquilíbdo do eletro<lo ror deslocndo. lignndo·Sc u
cétuln n lUU circuilo exteroo. de 1noJ1.") u cl'inr umri cor rcn1e de elél ro n~ "" 1.:é lula.
Cl!LULAS ELBTROQ lJÍMICAS E REAÇÕES NA CÉLULA
01' c:li:lrons circulrirão ao longo do circuito, do eletrodo mais negativo llO pólo
Q ua ndo duas seuiioélulas siio combinudílS, obtemos uina cffi;fa el~rrvq 1o'nlicu poliiti\'O da célula. Par.1 maiuer essa oorrcn1c, de\1e ocorrer umtt reaçlie> no pólo
ou uma c;1t1lo galvânica. Por cxcrnplo, uin eletrodo de zinco pode scc coml>1n.ado ncg;e.ih•o, rorucccndo os ele1rons ao c1rcui10 cxlerno: outra reação deve ocorrer
64 65
no pülo posili\+o, par~1 consurnil' °" elétrons q ue ali chega1n 1
p rovcnic;ntes do as velocid11dt!S de difusão dos dois 1ons forc111 iguais. cnuio a mesma qua n1idade
circuito externo. Isso ~ignilicu que n rca~o que ocorre no pólo negativo ê scruprc de C!l r~ positiva se difund1rit t\ll'avés da i1upcrllcic de scparaçiio, cru sent idos
urna l'eaçâo d e oxid.1çtlô, e a rcuçfto <1uc ocorre no pólo posuivo ê sernprc urna oposto~ de modo que oão havc1'A cfcho 101,11 de lrl\nSfcrêocia de carga. Se. porérn,
reação de redução. um dos lon.s !lprescntar vcloc1d1d-.· de diíu~o n1u1<'11' que: a do outro, o que gc:ral-
Ou1ro exe1nplo de célula elc1roq11imica é ,1 célula de Daotell. que t consfituida n1ente acontece, haver3 um:t licpa roçlJo de ~11·~1 :Hr..ivés da su1><:rOcic: de separacUo,
por uma semicêlul:t de zinco ~ un111 sc1nictluk1 de cobre ,\ combjnação das duilS es1 abel ecendo~sc umA d1fcrcnCJ c.k: polenci:il. Suponha, no CAc-J.uplo da Fig. 14
scmicéluJas pode ser disposla co1no na F'1g. 14 A célula é constituida por un1 e;i:- que os ions cobre sofr.tm difu~ilo maii. rJ 1>idJ1nen1c. d1t di!'tilJ p3..tá " ..:SQlh:rda.
trodo de zinco parrialment~ in1cr$0 n1unu 11oluçao de .itulf:;uo de zinco. e pot um do que os ions Tinco, •tUC' d ifundl~rn d.li i:squcrda paroi 1.1 direitJ.. Ifa\oerá. por isso.
clclrodo de cobre p3rci3Jmcn1c: imerso numa solução ru.: sulfa10 de cobre. As duas u."lM difcrcnfwlt ni:t 1n1r\S-ft:r~ n C!.i de Ct\r&3S posith1as 3.tra,·ts da. .supcrficic ck ~pa­
solUÇÕI$ são separa.das J>Of uou mcmb1ana pc11Deê,•cl oa un\a di\•isào <k: vKlro n:.çâo: 1.1 mcttdc siru~dá à esquerda cb siJpc:rncJC se coroara positiva com n::laç3o
sinteri;rado. Ne.u.-. célula. o clc1rodo d.: zinco ~ vU. de rc3r.1. mttd: ncg.ali\'O que o s metade l dire11.a d3 stpar3çlo. Os ions d.:- cobre iOfrcm agora dtfu...W de um
eletrodo de cobre. O zinco é. por1aoto. o pólo ncg.ath'O d.a otlul.t.. e o cobre o pólo potencitl ma:s negativo pll'3. um potenc1.·\l 1n:us posi1ivo e. como <»i íoM de cobre
posili\'O. Isso não sign1fia. obng:norl3me:n1e que o ele1rodo de cobre é ~itiYo têm carga poo:nh•a. o campo clélr1co produzido pcb dikrcnça de: potencial irá
em relação ã solução., ma' apena.! que seu por~nanl é mai:s posiuço que o potcnO,I re.tardã los. Por ou1ro lado, os ions de zinco diíundcm de um potencial mai!
do elelrodo de tinco. Es.t• ctlub poder.a ser rcp~s.cotad.i. csquematic,amente por posinvo para um po1erciaJ m1ii. ncgn li\~ o que Mlekn1r:.. ~ ion! de uoco. que
1 $.!: moYcm ma"s len1amcn1e. N Lm ccno mo1ncn10, as Ytlocidades de difusão pas-
zn;znso, t CuSO,ICu. sarão a Sei' igUJ.1' e1'1.1bc!eoendQ..k um Htlldo esuc1ooàrio (sttadr statt). com
uma difc:re-nça de po1er.cial cons1an1~ a1ravts d.1. sup:rficic ~ separação. Gcral-
Se a dlub rorncççr wncn1c n um circuuo exh~rno. deverá ocom:r no cl:1r<.>do' mcntt- ha\erâ h•mbém difusão dos lons de sulí1uo atro"ês da separação. o que
de zinco (pólo ncsa1h·o) uma ratc;lo que fornece el~trons e. no cleirodo de t.vbrc se 1radL:ârà num ~umeo10 01.1 dim1nu1(fto do poc_eocia.I de cqu1librio, conforme
(pólo positivo), uma reacdo que çon.«>mc clé1roo.$· o sen!.do da d.fuslo..dt!KS lon.s ·
Zn - ZnJ + 2« 1 De um ClOdo geral, sempre surs;: uma diferença d:;: pc:>1cncilll 111nn·6s da
superfície de separação de do·~ clctróliu>:e di>111nto01 : cll.'I.,~ <lifcrcnÇa:o. de potencial
CuJ• -f- 2e-Cu. são chamadas d;} pott11ciaiJ dt }1t"('ào liquida ou, por ve-1:cii. de pot~nti.ais d~ difusão.
A reação total é. portun10, O potencial alua sempre no sentido de rei.ardor os ions que difundem mais rapida~
mente e acelerar os ions que difundem maJt lca1omcn t~ sejam cl~ dttions ou
Zn + Cu11 7.n 2 - +Cu.

flnions. Desse modo1 nti n.gc~sc rapidamente o equilibriv. csHtbclci.:cn<lo-sc um
Também ~qui t>COl'.'T<C oxidílçllo no pólo nea1ulvo (Zn) e reduç~o "º pólo po~üivo potencial de j unção llq uida conslttntc. A inlcn~iJ:tdc d..:~ lc Jcpcndcrú da.li vc:lo-
(CU} Essa é {I re~1c;ão ha'lt(lnrc rl'\ nliliftr de zinco. deslocando SlliS dê cobn: em cidadcs dos íons envolvidos e das cl\rgn.~ destes.
solução, tllilizud~ <le:to;c rno<lo, ~· célul:i de D1u1ielt. pnrn forne~r energj,J. elêir ica. Os po1ençiais de jun.,:ilu líquido usun hncntc não ultrapas.,am 0, 1 V, mas
A forçt1 ..:letto1no1ri1 de uma célu la clelrO<l11imiCõl é igual â difet'enç.;1 eJHre c; l c-~ l>ào bnktant:: incô1nodos ..:n\ trabalhos cx1>el'i1ncntais1 pois são de dilicil repro~
os potenciais dos dois eletrodos que con1ui1uem •t ctlula. dução; ~po rtan to, aco n~elhável ell1n inó los. 1nfclb:1neotc niio 6 possível c:lii:niuâ-los
Se os dois t le1rodos que c<>nstih10Ln o cêlula c:oivcrcrn no estado-padrão, de todo; mas é posslvel l'eduzi-los n un• mlniu10 desprezível, mediante o c:mprcgo.
então a célula, conlo unt lOdô, eslllr'l'I no ..:titudo-puJrllo. e a fc1n (força cletro1uotriz) de umil po,nze .v.nli.na, Üiilu t ..:on.stltu1dn por lHn tubo que COJHcnhn .soluc;tio .s~t l uro;1da
tL'i (.'(:lula é dita rcnl· padtão. ()bviarnt nle t io .ser» igual t'• Wfcri:;nç;;i CJ:ltl'C QS po- de clorc lo de po1âssio, ou sohu;ão sntun1da di.: nitralo de u1nôoio, ~ utili1.ad.'l como
1.enciais de clctrndo·pfldrão dos dois <::lc11·odos.
. rnoiara n f ia. 1S. As extl'emidades do tubo da ponte saHna são geralmente obs-
truídas com nlgo<lão, para evitür·se difus4o demasiada. <.:om o emprego da ponte
POTENCIAIS on JUNÇÃO LÍQUIDA S!!.lina, unm ju1\ção líquida é substllulda 1~or duns. Em cndn ju nção. a maior parte
Na célola de Danie l~ ocorre a lr;unu'.I d irus11o IUl interface que separa a solução de qualquer corrente é conduzida pelo ele1róUco da pon1e salina, pois este e quase
de sulfalo de cobre d.:'l solução dt sulf"to d..: zinco. Oe.:ixan<lu de llldo por ora os sempr~ muico mais conccn1rado que a 'oluç4o do5 eletrodos. F. po~"h·el demons-
ions de sulfa10, consideremos 101''-' de zlnco dirt1 ndindo~sc 1>aru o ioleriur <la solução trar·se que. no caso particular de um:i junc,:llo entre c.hu1K ,.u1uc,iôc:i; <lc um elclrólito
de s~1I de cobre, e ions de cobre d1fund1odo se para a solução de s~I de ; inco. Se
cu ln~ p on e$ar ~Cu
'"º
f-1gura JS. CéJu!.J de D.1n1dl com pont.:
-
íl
r- t- ~

Fi11.1r1 14 Ct:lul.:. de Oan.ell ~lina


Solução de Soluçto
sulfato
de tlflCO
'-~~~~~~~J
dl sutt110
cfo eobre 1nSOi • - -
66 F'urd11mt1'10\ de ckcroqufntica 67
u11i-univ11lc:nlc de a1i,·idad~ aJ e a2 • o poteuciaJ da junçDo liquida. F:,_ é dado por
Acumul11dor
RT a,
E,= (r_ r.) - ln - . (4-8)
F a,
onde t .. e r tão 0t números de transpor1e do cátion e do âniof\ rc.spcç1h•amcntc-. e e'
pc1cncrõmctroAI~--,------~--r-----J
8
Com o cmprcp> dç uma p:>nte salina. podemos considcmr a maK>f parte da CuwitO do
difusão como devida ao clelrólilo da ponte, s.on<lo aplich-d a Eq. (4-8i A nu.ão f'tgura 17
' ""-s_ _
da CSêOlha: de ck>rcto de potáss10 ou nitrato &? a.mônfo como clc1rólila., adequados 1
para pon1cs salinas re~idc no rato de tc['(:m os ions de ambol °"
111'5 números d.; /
transporre muito próXimM de 0,S. Observando a Eq.. (4-8~ \cremos que, nesse . ~/J<
caso,. o potencial de junção líquida é q uase nulo. Substiruimos, portantQ, um '
potencial dé j unçdo liquida par dojs, que atuam em sen!idos opostos e com valores O pólo pos11ivo da Qélula de Wcs1on t.an1bêm ê ligado a A e o pólo negativo
multo próximos de zt:ro. ' é lig;.1110, • trflvé.11 de um comutttdor (K). a um galv:i nômclro, li,pdo por sua vez
A c61uln ilustra.da na Pig.. is é usualmente rcprcscntudn pelo esquemu ao fio A8 por uni contato deslizante. A dlukt c uja fCLn desejnmM medir é ligada
e1n paroh:lo à o61ula de \Vcston, entre o ponto A e o comutador, K.
Zn/ ZnSO J /CuSO, /Cu O circuito da c61ula de \Vc81on é lig:t.dt) colocando-se o coruutndor nu posjçãv
(a bann <luplB 110 meio do diag.ruma representa a eli1ninação de qualquer potencial 1nos1rada l\Q rigu1·n: o conta lo dcsliz;.'tnlc é ajustado atê que o gl\lvanõ1nc1..-o nã<.1
de junção liquido). 1nostre nenhuma dcrtcxão. Suponhamos que a posiç..~o desse eontalo dcsli7.»ntc:
seja o po1HO C. como mos1rado. St O ga.Jvanômetro não mostrnr qunlquc:r dcíic:xão,
MEn!DA DA f'llM não pode haver P"SSJtg.c1n de corrente através d3 cêlula de \Vcs1on o que significa
que• rem da c~lula deve ser contrabilanread.<t ex:!lt:!lmi:nte pela voltaao.n t\cusad.1
A fem de ~lulu.e c::l:lroquímicas é medida comparKndo·k a fcm da oé.lula r.o fio cn l n~ os pootos A e C. Se a fem da célula de \Ve11on for E,. poderemos
em questlo com a fem de uma c:élula de referência ou de compara~ão. F..nu Qélulas CSCn!\-'C:r
de refe~neia são chama<ias geralmente de células-padrão. O termo "podríio" E,. o: ..f(.°.
não se rcícrt~ atue caso, ao estado-padrão: signiíJC.a apenas qUe a fcm da oêlula
já estâ de.rennl.nada rigorosamc:ntc. A oéiula-pa.drão mais usada é a cfluli&. de \\'d:lon A dlLb de (cm desconhecida X é agora inrcmabd<t no circuito. co~o-se o
(Fis. 16} Ela tem"""' fem de t,Ot8S9V a 20>c; css:t vol1•a•m pcrmanca: <vm· comutador n.a p.bação mosttada pela linha ponlil~da. cncontrand~ um novo
taotc duranre um periodo de vârios an(li$.. ponto dt oquilibl'10. C . S. a íem da oélula X for f.., então
A rcm a 5':C' mtc:Uda é comparada i..vm a fçm da célula de Weston, us.&.ndu-.sc E., o: AC
o cirçuifo de um potcociômetro (Fig. 17~ Um fio ..1 B é liga.do a um :u:umulador e
E AC
ou Oulra fonto de corrente continua. O fio s uporta uma corrcn1c pequena ~ se .-:.--·
é, AC
os pin~ de lig~u;no tiverem baixa resistência, ll queda de voltaacm ao longo do ou
comprin1en10 do fio gerá igual a diferença de potencial cnlro :is placas do acumu- AC
lador. Como se vê no esquema. o pólo positivo desle ê ligudo o A e o p61o nega- E • E·'A
- C· (4-9)
.1

tivo é llgndo fl fl. Se H diferença de potencia] do acu1nulador (or 2 V, e ponlo A


serà 2 \' inais po:.itivo quo o ponto 8. O fio deve ser uniforme, de n1cHIO que um Aoonteoe freqi.icnlcmcnlc ser desco nhecida a poJarid ndc du oêlula X, de
ponto situado a 1nc:ia·dis1fin.cia dç A e B seja J V negalivo tm relação a A e l v nlodo qu1.1 não sl\bcrcmos qual clclrodo deve ser ligado í.'I A. Se n c:ilula estiver
posi1ivo em rehtção a 11. lisada corretamcn1c, sua fctn serã oposta à voltagem forncc:id~ pelo liC'I dá ponte,
sendo posslvcJ encontrar um ponlo de equillbrio. Se, porém. a célulil cslh·er ligada
de ntodo incorre10. iua fcm cslará éI1l séne com a voltagem do fio. e Serú impo"lvel
chegar-se 11 um pon10 com corrente zero alta"'és do gah·ainómctro. Nesse caso,
Sotuçjo não encon1rarcmos nenhum ponto de equilibrio.
S31Ufadi Uma mechcb potenct0métrica fomecc. pon.anto, duas iníormac6es sobre
de sulfato a ttlub. P:imelf3, 6 dctçrminadit a /em da Utula; e. st"guodo. ~ posslvcl deduzir
de çêdmio
a palorldodt da «lula
Fi_Jura 16. Célula d: \Vciton
Hg,S(\
CONVENÇôliS DE SINAL
Amálgama d(I citdm10 a - Merc\lrio Como no c1J10 de todas as informações científica~ é dcscjivcl que u.<c duas
12.5% Fios de inío rmaçõc:s obtidas de uma medida potcnclomé1ric..11 Sc:jrun indicadas de um
- ..._ contato - - rnodo padron11ado. Ex1slem d1versas ma neiras possívci.<; pa ra se Bling1r essa fina·
de pl{ltina lid:.dc. No pt1s..it1(h >1 dois n1étodos eram usados corrcn1c:rncn1c, urn deles eru usado
(,S 69
sobrc1udo pelos quio1ioos norle·amerjcauos. e o outro pclo-t qui1uico!l europeus. s.e1ua o probltinut de clilabell.."t:cT contato clélrico com a ooluçllo sem 111Uoduz.ir
O mêlodo mai! aceito e empregado hoje e o 1nétodo propos10 pela U n1:10 Jnter- oma scgund:1 intcrf'aoc LneLa l-soluçào. Porranto, medidas pcioc.1.s .sctnprc lev~un
n;1cional de QuinHC3 Pura e Aplicada (ln1cTnationa1 t : nion ot rurc and AppJicd a uma dií~rcnça tntrc doi.s polcnciais de e~t rQdo individuais.
Chemntry. l.U P.A.Ç.J an 1953, ::: que se cor~ou conhecido como a con,·eoçio Se quisermos ai1nbu.ir valores particu!:a!\'S aos difcrenlcs polcncia" de ctc-
internacional de s1nAi). trodo. poderemos a,doc.ar um potenaal zero arb~tràrio. O padrão adotàdo alual-
Na c-0n""cn4,'iio intcrna.ctonal a cêlula é repreStnt•IL por um diagrama ou menie é o padrlo devido ong.inalmente a Nernst, qUc: sug..:nu que o polencial
esquema. e ;1 ícn1 da célula t eierit.1 como o poleacial do e!e1rodo situado a dJ1e11a de .., <l~•od<>-podrào dt lridrogiftio poduia S<t tomado como ig..i o '""' .,. todos
oo diagr:un.a cm rclaç-lo oo do eretrodo da i:SQUl!tda A ran da célub. pock. asshn, O.i ttml'f'ra111raJ. Dc:s,,..t, maneira. todos os dema.is potenciais de eletrodo podcrn se:r
ser posith·a ou ncp.llva. dependendo de como C'SC?~"cmos o diaiJama e dos indttadM cc>.'11 relação uo eletrodo-padrão de hidrogênio. Se observarmo~ por
potcnclai:c dos dois eletrodos que constiroem a célula. txcmplo, ctuc a (cm de uma o6Jula na quaJ um certo eletrodo està a.copiado a um
A ~itulo de ilustração. oons1der-emos a célula de Daniell mostra<l.l n:i Fi,g. 1 ~. ele<rodo·pitdrO.o de hidrogênio for de x V, com o eletrodo de hídroaenio íunc10-
V~ rnM ~upor que, numa medida potenciométrlca. encontremos o vttlor de l V nando ooino pólo ncguhvo,. po<lc:rcmos afin:nar agora que o po1cnclal do oJetrodo
p:ir;' .1 Ídlll dü c61ul". co•n o eletrodo ~ cobro como pólo posi1i\'O e o eletrodo <lc en1 q ues1ão 6 ~ x V nu, t:scalu do hidrogênio, ou, simplesmente. que o potcllcial
zinoo como p6Jo neantivo da célula. Podcriarnos dizer <tuc u elc1rodo li:: <.:vbn: é +x V. Se o ele1rodo de hidrogênio th·cs.Sc Si\lO o pó lo positivo. o potencial do
é l V rnois 1>0.sitivo <1uc o eletrodo de zinco, e que o clctrod<.l de t inco é 1 V nlai:; eletrodo c1n questi1o serio. x V.
n egt"tci ~·o que o clc1rodo ~ cobre. Se. a célu1:;l for repre~e n tt1<J.11 pelo d iagran1a O po1encial de qualq uer eletrodo pode, as.sim, ~r cxprc1t110 cm rcl:.çAo a
Zn; ZnSO,j !CuSO , /Cu, um cletrodo-paddlo de hidrogênio mantido na 1nes1na 1c1nperatur11, 11cndo que
este (1Jtimo é cons.iderado um eJetrod() de r f/eri11c ia prilndrlo.
<'> po1e11cinl do clc1rodo da direi la (Cu) scrâ + l \', e1n rcl(lçâo uo eletrodo do Outra maueu·a de dizer isso ê djur que ~ pôtcnciai" da.11 l'Omioélu1as sã.o
esq u~rda (Z1t), e A fcm d..1 célula seria dada por ~f•" = - 1 V. dcfinidoJ tm termos de fen1 de uma célula complchr., forro.da oombinando-sc a
Mas. se a c!lula for represenlada pek> diagrsm!t scmicélula cm questão oom um eletrodo.padrão de hidrog!nio; este último clc-
Cu/CuSO J /ZnSO.fZn, 1rodo é cscri10 à esquerda oo dJagrama da célula O::ssa maneira, o polcnciaJ d'I
scmicélula Zn 1 +/Zn corresponde à fcm da dlula
o po1enc:W do eletrodo do dir<ila {Zn) seria d= -1 V, ctn rcbção ao elclrodo da
«querd.i (CU~ e a lcm do Cl!Jula seria &da pO< E,.., - - 1 V.
P1: H 1 (o = l~IJ+(o = 1)/,'Zn" íZn.
Um rtsuh3do 1ipico do rcsuhado de uma m~ida potenciOoltlnCJ podr!l'ia. A f<nt d..u célula ' dada como o polencial do eletrodo d< rinco (clc:1rodo da
por exemplo. ser o t1eguint:::: direita) cm rtlaçlo oo poieocul do "1etrod<>-Pddrão d< hidrug6n10 (cklrodo da
coqucrdai
Mg/Mg(NO,),//Pb(:-10 .J,/ Pb. {/:. = + 2,24 V~
F impon antc notar q ue a abreviação para a oélul11 em qucstüo ! óhtida
Esse rt3\lltndo 1cri.a a. seguinte interpretação: a fem da célula C de 2.24 V. e o pólo simrh:~mc:n:c <.'mHindo·sc o eletrodo de hidrosên io, pcrmanco::ndo ZnJ • /Zn.
positivo $td:1 o eletrodo de ch\lmbo. Uma vez estabelecida dc"5:1 1n,1nc1ra n pola- b rn bora tenh,lmos considerado o potencütl do eletrodo~p.1drilo de hiJ rogên10
rid•\c.lc <ltt ~l ulu, a reução da cél\l la poderia ser deduzida d.-i 1n11ncira dis<.:utida corno sendo igual n zero em todas as te1nperaturns, is~o nl'to significo ncoc11..o;arit1 -
no p~ r{11}rn fo sobre r~a ções da cêluta. Uni oul ro u1t lodo d..: dcdui"ir • rc.. ção d:i 1ncntc que o polcnciaJ desse eletrodo não varie com a temp..:ru !urit N ,l rc~li<l :ulc,
céluln serà discutido mais :\dia ntt\ depois de considcr~u· fl lcrrnodi nllnucH das é prnvâvcl que ele VKl'ic considcra\'chneut~ rnas isso n~u f11 n'1 tliícrcnça na çsc;lln
cé l ulas~ n1as o mé1odo ncima é mais rccorncndado, pois se íundiun1.:nta eJn prin- <lc: po1cnci:iis de clcn odo cm qualquer temperatura. es1pecUica. F~t1'm~ ~ itnplcs-
cípios 1na i ~ básicos. 01en1c impondo o v3lor a rb itrár io zero ao coeficiente:: d:: lc::nlporJlu ru do putcncinl
De"c-sc 1101ar que, com base na convenção de s i n~1 i!l r.pn:.sentuda. a fem da do elc1 rodo~ pod rllo de hidrogênio.
cêlulu é ob1id.\ sempre sublTaindo-se o p<:>tenc.:ial <lo eletrodo 11 csquerd<& no dja. A Toh 13 t1prcscnta a lguns ' 'alores de potenciais de eletrodo·p•d.râo. na
grama do polcnci11I do clc1ru<lo situado à d irei111. Por1a n10 Q CQ]a do clclrodo·p"<lnlo de hidrogênio.
(~ -1 0)
OUTROS ELETRODOS OF. RF.FERbNCL.\
Na pritica. nem sempre é f.ác.tl ou COD\>enienre lanç3r-9: mio de wn clclrodo-
.
A ESCALA OI: HIOROGflNIO DE POTENCIAIS DP [LETROOO
TO<la:. lb medidas comuns de rem de células fornecem o po1cnci.tl de um
· Padrão de hidrog~nio. i:.s... dei.rodos Dão podem ,.,. usadoo <m .oluç&s que
con1enham subslinci:as passh·cis de redução. e ~les estão sujei10& a c:nVt"nt:na.mcntos
eletrodo cm relação DO outro. Cooíorme mostram·os há pouco. no caso di célub por substãnciu que envenenam uma catálise hetecogt:nea Emboru o elclrodo-
ck: D.1nM;IL somente é possivcl dizer que o eloetrodo de cobre é 1 V mais po$.iJi\:o ·P:td rão de hidrogênio pcrmao;eça c::omo eletrodo primáno de rcrerlnc-ia no qual
que o elelrodo de zinco. ou que o eletrodo de zinco é l V mais ncantivo que o se bak1:Lm 1()(1.a) 1s mçdid{I.$ dç potencial muitas \'e2e5 empttpmos clt:trod0$
eletrodo dt cobre: mns não foi pos.sível estabcleccr·sc o valor absolulo do po1cn<.:i<1I de ref-erfncia nuxitk1rcs..
de qunlqutr u1n dos eletrodos. Não é possivel med1r·sc o po1cnci:ll de eletrodo Para eletrodo de rcfcrêuc::1a a uxiliar presta-se qualquer clc:trodo cujo po1cnc ia l,
isol11d(). pois a s..:111ic6luJa de•"e ser ligada ao dispositi..,o de 1ncdicta, o que ~1 prc · crn rcbção ao clcrrodo·padrâo de hjdrogên.io, possa sc:r dctcn nirmdo prc\•itnncntc
70 Pot.:n cl a i ~ de clt1rodo rcvcrl'lvci.!f 71

Tabf:la J 3. P('l~eaciais de etc•1odos pad1âo 11 25 •e p<>de ser encoriado como o po tencia l ~pad rão do elc1rodo pro1a.eloreto de prata.
V V na·se então cm
A Eq. (4· 12) tni.nsforL

l • , .... ).(14) Snl· ,rsn O.ll6


e=
~.o-(RT/F) ln "<:t·. (4-13)
Poderiamas ter chcsado â mesma conclusão opli<ando u l!q. (4· 11) a siluação
K · 1K -2,925 Pb 1 '" 1Ph --0.126
de equllibrt0 do eletrodo. que pode ser rcpr.:scnlJdO por
Qi.1 · 1c. w Qi!• Cu +o..m
1'a '/Nll - z1;4 Ag' j A g +0.7991 Ag ~ Ag.- +,.
M1'"/ MJ 2.J? A o l " j Au • [j() e
A1 1 ' / AI - 1,U OH -10 . +0.401 Ag • + cr "" AgCl(s~
Z:a' ""iZn - 0.763 1-il1 . • 0..13.1.1 Ou~ com b1011.ndo.tc os dois cstãgios.
Fei• / Fe - 0.440 Rr-/Br 1 + l .õ652 Ag + CI - "" AgCl(>J + e.
Cd'"/Cd -0.403 C r/Cl, + 1,J.19'
Tl "JTI - 0.))6) r - ,1F - +2.6.1 Aplicando a l!q. (4-IJ, teremos
3
(Sé3undo \V ~ L'1timer, Oxitlt11lor1 Pot.rnllali. 2" r.
l;. . .
vc
(:.,A1C I
+ RT
F ln ª"teª (4- 14)
cd., Ncw Yoric, Prcntioe-H:iU, 1952) aA11 · X f:c1

Conlo a prnul e o cloreto de prata são sólidos puros, suo$ atlvidndes scdlo iguais
com prccí,tl\o. Embora. cm principio. qualquer eletrodo possa ser escolhido parn o unl, e n Eq. (4· 14) ~e transforma em
essa finalidade, h.á un1 aspcc10 prático a considerai', o d~ fornecer resultados. ooo-
1'i1>tcn1c1t e rcprndutivcis. f.S$a limitação restringe a escolha. e a forma mais comum , RT I 1
E = EAJ<:•+- n -
de cle1 rodo~ Buxiliarc.s de referência a1ualmentc em uso oonsJste ent um metal F ªa·
cm oonltilO com u1na solução saturada de um sal pouco solóvel desse meta~ e ou
que con1ém, nlém disso. uma solução de outro sal de ânion comum. Os seguintes , RT l
e - EA,.,-T n "ct· ·
sislcmu de elctrodO& servem de exemplos :
Con1udo l io1eressa.ote notar que
Ag!AgO(s), T<Claq,
HglHg,SO.{sJ, K 2 SO• aq . RT
E°AcO = ~ + F 1c K ...,o·
Hg/Hg,Cl,(si KCI aq.
Em cuda caso, o potcnt.i al do eletrodo ê go\·ernado pcb a 1h·tdadc do iruoo na Exa1.untnte os mesmos argumentos são vá.Jidm para ocs ou1ros dois clct.rodos
soluçào. o.uxiliares de R fcreocia Os poicnclais de cada um são gowrnados pelas aiivicbdçs
Considere um elet rodo de prata<loreto de prata contendo clore10 de potássio dos ion-, de sulíalo e de clorc10, resl)l?:Cdvamente
no qual ll atividade dos tons de clor1::10 em solução é ªci-· O polcnt.-ial do eletrodo Mencionam~ <k pus..o;agem que eletrodos desse dpo, n1uitas vozc:s chu1nados
de prata depende diretamente dá a ti-..·idadc: dos ÍOI\$ de: prttta. na ~olução. ª" .. "eletrodOl!I d e segu nda éspécíe", proporcionam um método útil de monto.r eletrodos
como prcvi.s10 pela Eq. (4·5). que ago:a passa a ser escrita ' rcverslvc: i~ cnt r( luç4o u Anions. Em alguns casos. isso seria muito diOcil, ou mesmo
i1npos.i;ível, com sis1emas sjmpJcs de eletrodos.
E = E:<, + (RT/F) ln ª•• ' , (4· 1l) O eletrodo 1u1xillar de refe rência mais comurn é provitv..:ltn..:n1e o eletl'odo
onde e:. to potencial·padrão do ~letrodo de praia. De :u.:or<lo cotn () princípiQ de rncrcúrio-clore10 mercuroso, conhecido como eletrodo dt t·fllome lano ~ qua ndo
do produto dt soJubil idad~ o produto do.s a tividades doo i o~ de prnUt e dw ion.o; u soluç1'o 6 s.alurada em relação ao cloreto d:: potâssio, chama~te ftl«trodo dt calo·
de cloreto no solução serà igual ao produto de solubitidode do cloreto de prata. 1nela"'' sau,rarlo. &te 6 usado comunlen!e pa ra mc:diQOcs normais. mas. para
1<11.~o · Assim sendo. llln t rabalho mais r'aoroso, prefere-se usar um eletrodo de calomelano contendo
ª"s• X ao- = K A,ci solução de KCI de concentração 1 rnol dm- 1 , pois seu potenciaJ 6 menos iofJuco~
ou ciado pela temperatura. Um modelo comum de ~Jetrod o de calomelano é o
- ~Acf!. ilunrado na Fia- 18.
"a·
Subs<itumdo ,,. l!q (4- 11~ RELAÇ ÃO E1'TTR E POTENCIAL E ATIVIDADE
E=/:,1 + RT ln~ A Eq. (4~1 ). que dâ a \·ar1açào 00 potencial de wn eletrodo com as a tividades
Ar F "o - dos cons1itu1n tt1. pode ser deduzida com o aUAilto d.: um.a ctluta na qual um
ou ete<rodo redox gc~rk:o é combinado com um eletrodo-p: d d\o de hidrogênio
RT RT
E • ~"1 +T ln KAJ"a F ln "o (4-12) Considere n e~lub !\:presentada pelo d iagrama
O tcrn10 (/~'111-'• ln K,.,,c• Krd constante cm 1crnpcra tura eon1t1•nlc, e pode scr l>'.. H 2(a • 1) 1nu • (a -_ 1)li forma oxidada
, (a • a.,) 1p 1.
combinado corn E~, para dar uma nova constante. simboliztu~' por ~'ª' e que forma rcduz1d;i (a • ll,,.11)
72 Potenciais de eletrodo rcvcrdvciJ. 73
Se todos 0.41 c:on ~ 1 i 1 u intc.11 d(1 célull\ cst1ven\1n no estado-padrão, a fcrn lk• célula
seria n íc:1n-padrão da c61ula. e.~,,, . Alêm disso. o decréscimo de energia livre
associado à reação $cr i~l um dccrê.scimo-padrao de energia Ji... rc; - ~Gº, de <>nde
(4-L6)

Fio de contato
O aumento de energia li'r'CC pam uma rtaçS~ tJ.G, relaciona·se com o aumento
de platina padrão de çnergia livre. Aí?. alr3\'~S da isoterm,~ de: reação de van't Hoff que
Fia1.11.1 lS Eletrodo de cnlomelano cstabclec:c que
Pasta de mercúrio llG • ll<l' + RT ln •(atividade.• 00. rrodu1os) . (4-17)
e calom.lalM) l!(atívidadd dOb reagentes)
_ Tampão de li
de &lbnto Apticando-s.: a reação (4-17) • rcnçGo da célula. leremos
Solução de clore10
de potbsio
óG •Mi°+ RT ln !,_•.' x a,..~- (4-18)
ª••'X a .._,• l
OISQO de vtdtO C'.omo o clc1rodo dt hidroa<nio cs1à oo es1ad<>-padrlo, .. a1iV1dad"' do gás hidro-
sinwa.ado g.!nio e do ioo d; hidro,Cnío são ambas ia"""•
um. e• F.q. (4-1&)"' red11Z a
Suponha que a fcm da o!lula seja E", e que o eletrodo rcdax sej! o pó!o positivo
e o dclrode>--padrio de hidroa!nK> o pólo nca.acivo. Se fiz.ermos a célula fornecer AG • â(J.. + RT lo a,..,,.~. (4-19)
u.ma corrente., OOO['f'Çrâ ncb uma reação redoa.. dc1cm11n3da por sua polaridade. a•. /
Xo eletrodo rodox. teria lugar uma rcaçio que consumirá elé1rons. e que poderá Subs:i1uiodo li Eq.. (•-tS) e (4-16) oa Bq. (4-19~
ser representada por
pox +z-q red.
ou
expressio que indica que p moles da forma ox.idada combinam-se com : 1nolcs
de cl~-trons para formarem q moles da forma reduzida. (4-20)
A reação que ocorrç no eletrodo de hidrogênio forneceria elêrrons, e deverá
ser a rçaçiio A Eq. (4-20) pode ser escrita de ouir• forma :
~H 2 - H+ + t, . ·~ R'/' a ., /
ou et'1 - e"'+ - F ln -n,.u"
'-· (4-21)
z/211 2 - :l i " +:e. '
1\ reação total na célula i: a som.i1 dcs33s duas reações que ocorrcnt nos eletrodos. A rem da célula scn\ dado pelo Eq. (4- 1 0~
p ox + :/211 1 -. q n,:d + rl l .. flf'#i • P.rtd - b'7.,
Se a célula operar de maneiro tcrrnodinnmicamcntc rc..'crsivcl, o processo ou, oons.idcr<tndo-se a cóluln no es1ndo-pnddlô,
ocorrerá com eficiência 1n{txitnn e o trab:t.lho c16trico realizado scrà máximo.
Em condições de temperatura e pressão constantes, o trabalho elétrico realizado E:tl - b~,'e:,. -
será igual ao decréscimo nn cncrgja livre de Gibbs do sistema, Utna vez que E~i é igual n zero. pc:IMconvcnçno, teremos
Para um grau de reação c~rrcsPondcntc l\ quantidades ostcqui om~tricas de E,., • e,,11 e E:,,, - !t;,,,,.
reagentes e produtos. ou 5.eja, pnro a rcduçtJo de uma quantidade p da forma o~i­
dada com atividade ª•.11· formando-se \IDll quantidnde q da Corma reduzida. com e. substituindo na Eq. (4-21), lcr<:mo:i
atividade a_.4 , e para a oxidação de uma qunocidade z/2 de hidrogênio gasoso cm ~ ... -RT In ª••'
atividade unitária, forma.ndo-$C umn <1uan1 idade de z ions de hidrogênio de a.Livi- E·~" - ,..,.,. - -, •
iF a,.,,
dade unjuiria, deve ha••cr p,ass.1acm peb c61ula de r fa.radays de eletricidade. De expressão idêntica ã Eq. (4 1)
um modo geral. a quantidlade de eletricidade necessArira ~ : F, "nde : = número
de clêtro n.s cnvulvid06 e1n cada reac;lu nu eletrodo e F - constante de Faraday.
TERMODINÂMICA DAS Ctl..ULAS
Uma quanLidadc de iF passa cntio alravts dé; urn.:'1 dircrença de poleocia! E..,..
e. portanto, o tr'.ibalh-0 elétrico rcaliz.iado é :FE...,,. O trab.'.alho reali~ado pelo A relação entre: a ..·an.:a«;lo de cncrp livre cito uma rt:açlo na c.-élu.la e a íem
sistema. dD tempcratur" e prcislo constantes. ~ igual ao d~c"f'fCimo em energia dessa célula é dada ""'" F.q. (4-1 s~ que podo ser estrila
Uvre, -AG, par-• a reação da ~lub. lal oomo esc:rita.. e. portanto, llG • - :FE, (4-22)
- UJ • z.FE..,. (4-IS) onde E f: a fcm da célula
75
74
A çond1c:ão de equilíbrio em um sistema, a tcmpcraluru e pressão constantes. ASPJ::Cl'OS f SKMODINÂMICOS DA CONVE:-IÇ1\0 Ot: SINAIS
é dada. cn' tcnnodinâmica, po( âG = O. É fácil cntcndc:r. em vista disso, que~ Em um ponto nnter1or deste capítulo. a pTC$Colam~ * convenção de sinais
estando os cornponcntes de uma célula c1ctroquirnica cm suas auvld:idcs de cqui· como um rnê:todo paro interligar a têll'l de uma célula 0001 SW• polaridade. Por
librio. a íem da o61ula serâ igual a zero. exemplo. WllJ célula dt Daniell com uma íem ob<crv•da de 1 V (Cu pólo posi1ivo.
A condt(:ão pam ocorrer \lma traosfonruação espontlnen ê que o llG dcs5a Zn põk> ne1.auvo) podtr!.3. ser rcprcsçntada por
tramform.1-,io se;. nc:ganvo ~ quanto mais distante de zero seu vnlor. mais csiará
'ln/7.nSOJ jCuSOJCu !E= ~ 1 V~ (A)
o sistema deslocado do equüíbrio. Será f'ácil entender que., IC os componcnle5 ou po<
de: uma ~lula não estiverem em atividades de equiUbno, o t!.G da ~açio e5p0ntã!k::l CujCuSOJ/ l.nSO JZn (E= -1 V~ (B)
da dlula terà um valor negativo finito e a fem cb c:tluta terá um valor finito. Se Vim~ agora que i po$$ivel caJcuJar.se a variação de c:n;raia livre de uma reação
a dJub operar espontaneamente, fornecendo corrente a om circuito externo, quírnic.-t tt parhr Wi fem d.à oêlula: em conseqüência. a coovcnçllo do1i1 i.1n:tl!.. dever!
e"sa encrJ,ia elétrica será fornecida pelo decréscimo de energia 1h•n:: da cêlula â ser amptínd:i, de modo õ tomar crn <."()nsideração também esse 3spcc10. Para que
medidn que a re~çJ.o se processar. Ela continuará até 11tingir·s..: um estado de a expressão AO• -zPe possa set aplicada ã notação prcccdcn1c. o d i11.granu
equiUbrio. inst~tnto crn que a fem da oêtula tcrA di1ninutd~ oci zero. que rcprc$Cnla csq uc1na1ictlmente a célula deve considerar como impliçit.i uma
1\ Eq. (4 ..22) consti1ui u1n mécodo de dctcrminat v1lri{1Çõc:t de cnergi:l livre cerla rcaç.iio do célula. A íem du célula ,.1 é positiva e dará. portunlo. un\ valor
de rcaÇÕC$. Se podcnnO!\ construir uma célula lla qual ocorn1 H reoçfto em questii.o, negativo para o AO da rcucão da cêlula. Como um valor llC((tHh·o de t:..G 1.:0rroS·
podemos c~dcular ~ vudução de energia li ..·rc a parlil' dl:I íc:1n dn célula. ponde a u1na rcucllo ospontdJ\ea, a reação implícita na çélult1 A dc,•crA ser n reação
A. varisçllo de cntalpin para uma rcaçãó htntbê.ln pode ser deduzida a par tir cspontilnet1 do cêlu1o de Daniell•
. de rncdidail de íem. A equaçiio de Gihbs·Helmholll nos dâ
Zn + Cu 2 + ~ Zn. 2 • +Cu. (AJ
6 11 = óG- T [ô(óO)] · AnaJogamc::ntc1 u !cm da célula B e negativa. do que rc~ultani um ,.ulor posici ... o
er , para AG. Como dG, pura a célula B. é igual ç: opO!Sto ao óG punl a c:élula A. a
Sub<ni<uiodo o valor de t.G da F.q. (4-221 reação da (.'f:lu~ B dcvt:râ ser e. !"eação in~rs.."l da que ocorre na c:tlul:a A.,
t;H = -zFE - T [af.- _;:FEJ] · Cu + Zn 2 .. - CU 1 • -r Zn. (BI
oT , A reação para a ~lub À é escrita. çoo\'cncionalmcnlt1 como u. rtaçio (A).
Como J t const:an1c pira u.rns dada reação e. wndo também F Ur'nll constante. e a ~ção p.tra u célula B como r~çüo fB). Cada esquema. ou diaarama contém
poden1os escrc,·cr impUcita, portanto. uma dc1crminada reação. sempre consutulcb por um3 reação
!iH • - zFE + zF"j ~E\· (4-23)
de oxidação no eletrodo d3. esqui:rd."! e por wna reação de redução no clerrodo
da direita. Se a fem da oéJula for posiliva, a reaÇão implicita sen\ uma rcaçilo espon·
'\ôT),
Jl pof..<ivel calcular-se o ól l de \:tna reação na. cêlula medindo-se ll (cm <lesAA cânea. Tc111os assim u1n outro 1nt 1odo de determinar se uma rcaçlo de uma cêluh1
célula e fJ vuriuçilo dn fem com a teJnperatura. é ou não cspool{i ncM.
Vuriaçôes de cntropk1 de re(lções da célula também podc1n ser dctcrtninada$
a panir do coeficiente de !cmpcratura da fem da e~1u!H : ATIVIOADBS IÔ N IC AS MfDJAS
Foram deduzid:is atê este ponto muitas expressões que cantên\ entre seus
as • - [ i!(6GJ1 lermos as a tividades de lons particulares. Na prâtjca. nl1o ~ posslvel 1nedir-se a
DT J, atividade de omn espCcic: iônica única Íons de determinado 1ipo nunca podem
e, substitulodo·sc o ..·alor de 6G da Eq. (4·22). ccorrer isolado;s numa S4.)lução. Eles devem vir scmprc: ~cu1npunhados p~los
correspondentes iuns de curgn oposca, para que po$S3 ser preservada o ntutralidí1de
liS = -[i!(-zFél]. çlétrica da solução. Ê imposshreJ haver uma solução contendo apenas iom de
êT ,
sócliô: deve ha~er também um n6mcro cqui,·aknlc de ãnions.
Nuvamcnlc 1cm°' : e F ooostant?S. coroo ..;sto. e poruanto
Qua~u...-r propriedade de uma 50juçào que medimos com a esperança d.;
!iS • _ _.f i!E\. (4-24) conseguir informnç6ts sobre as atividades dos íoos é 1nltucnciada por mais de
-• \õT ~ um lipo de ton. Qualquer medida rcaliz:ada serà então ca.nuxcristica de um.t
bmbom os mf:todos cletTOQUimicos de cktcrminaçio das quantidades termo· combin...ç.io de csptt:i<"J iônicai; e KS atividades iômcas de ~luçõc:.s obtidas
dinâmicas sejam intcrcs.santes do ponto de vista ti::óri.oo, d.o muito grandes as experimental.mente dependem. & um modo ou de outro. ck 1odos Oíi: ti~ de
dlficuld('dt-' de ordem pràtica, que impedem a obtenção de resuhodos suficiente- ion.s prcscnlel.
mcrltç cx1UOiiL A não ser que tomemos inúmcTa.s procauQÕCli duran1e a execução O valor u.suahncn1c obtjdo de observações cxpcri111cnlai~ ô u 01lridu4t' ;linica
da experiência, os v11lon:s de óG, bfl C· llS obtidos alru ~a de medidas elétricas rnédW da soluçílo. No C"p. 6, comentaremos a dclermin M~O dessa quantidade
scriio ttpçnus aproxi1nados. a par til' de ruedidMS potcnciométricas,
76 t.'undamcnt01 de clettoquhnica POknc.i.aia de clcuodo rcvcniv~ls 77
Suponhl.t que uma molécula de um clc1rblito ~ dissocie cm so lução, rorne- Se (u.) 2 > {a.,) 1 , a Eq. (4..26) mostra que a fcn1 da célula serâ positiva., indi·
cendo v... c.àtions e "- ânions: cando que o eletrodo da d1rei1a é o pólo positi,·o da célula. Suponhamos ser esse
(cleirólito) <" •- (cácion) + v _ (iln1on). o caso. Se a "lub come~r a funcionar. ocorrerá uma reação de oAidac,'io 00 pólo
negati'f~ ou seja. n dLSsoluçio de prata metálica com form.ção de lons de: praia.
Sejam"• e a .. respectivamente as atividades dos câtiom e dos lnions. A a1iv1dadc de at1vidade (a .,) 1 •
iónica m~g da solução..ª:. relaciona-se às atividade$ iônicas individuais atTl.\is .. e.
Ag~Ag·
da clcf1niçio (o.),
(4-25)
na qual A correspondente rea(-lo de redução no pólo posiuvo "" a dcpo$içi.O de
pral.3 mc:tá:lica rormada d0& ions de prata da soluçio., de 11ivid3dc (o+h•
Embora as Rtiv1dndes iônicas individuais não posi..am ser medidas, é Ulil Ag+ + e-Ag.
continuar mantendo vàlido esse conceito, na dedução das relações existcn1es (a,),
entre os pote.ncini:s de eletrodos isolados e aei,,·icJadcs iônicas. Medidas de poleneial A reação lOllll serâ
não podeiD ser realiznda.s cm elctrodo:s iRolados e, quando comhinomos dois 1\g+ ~ Ag•
eletrodos pnm forn1nrcm uma céluJa compJc~a. a cxprc:S!lllo obcida partt a ícrn (a • J, (a"''
da tnesma conter6 termos de atividades iônica que poderão $Cf relacionados a
ç a ncu1ralidadc: c:l6triCll da solução é manHda pela difusilo Jcletiva de câtions
umn atividade iõnica média numa abordagcrn mais exata do probh:1n11. e ânion~ da ponte s11tina pa.m as soluções q ue envolvem os eletrodos.
A medida quo a rtação se processa, a solução mais eonccn1rada torna·se
CÉLULAS OI! CONCENTRAÇÃO mais diluid~ e a solução mais diluída torna -se maJs concentradL até que ambas
Se co1nbino.rmos dull3 semicélulas de mesma natureza quim1ca para formar chegutm a uma mesma au ...idade. Teremos então uma situação de cquilibrio.
uma célula clctr()(luimiea, suciirà uma íem se houver entre elas alauma diferença qu..t.ndo k fem da célula for nula.
de atividade. Essa diferença poderá residir nas soluções ou DOS ett1rodos. Células Mcncionam0& a1ris que a atividade ôe uma espéc;.ie isolada dt um ion não
dc3K: lipo do chamadu de c.tlula.s ~ wncenzra~ Coo.sideraremos inicialmente pode ser determinada. Porlanto não serã possível caJcula.r a Íel\1 cb d:1ula de
alguns exemplos do cflulas nas quais a diferença de auvidadc cslâ nas soluções. concentração a pan1r da Eq. (4-26); coroa-se necessário estabelecer uma .série
r E.IeirQdo.s ldintico1 tm soluções de atiridadu di/trentts
de supo>ições.
tu .ativid1des dos lons de 11ilr.Ho aos dc1n:xla, Ja tlircita e W. ci({uerda ÃO.
t) Con1'i.dcrc a « 1ula re-presentada esquematicamente pe>r rcspeçtivamcote, (a.), o (a_),. As aüyidades iôni<:as m6dios du soluções de
Ag/AgNO,f / AgNO,íAg nitrato de prata nos membros d ireito e esquerdo são (a 1 ) 1 ç (a!')1 , re5pcçlÍ'\'.H·
men1c: e, de acordo com a Eq. (4-25}, são dada.'ll por
(•.) , (•.J,
(•,)~ = (a,),(a_),
(a barra dupln no meio da célula representa eliminação do potencial de ju1t'Ção e
Liquida, o que &e observa. por exemplo, inLerligando-se duas semicéluJas por u ma (•:li = (a.),(a.), .
ponte salina). Suronha que as at ividades d os ions de prata n o~ 1nembro.i; direito Essas expressões podenl ser cornbinadas, e obtemos
e esquerdo sejnm, respectivarncntç, (a. )1 e (a.)J; os potcncittis dos elttrodos
(•:ll (a, ),(a . ),
s.'lo E, e E,. A Eq. (4-5) nos dá -- ,= (a . ) (a.),
(•:li 1

E, = e;.. + FRT ln (a .)2 Se considerarmos que a ra~o ent~- as atividades dos iom de nttnuo é j.tual à
e razão entre as allvidades d~ ions de praia, lcrcmoe; (a.)2/(a. )1 • (a_)2/(a_) 1
RT e. portanto,
E:,= E'.. + P ln (a,), .

A fom da "lulu "''' dada pela Eq. (4-10~


E,~,• E1 -. E.1 , A Eq. (4-26) pode ago"' se< cSCrita de íorma: º"'"'
• [ .eo.., + R: lo (a.),]-[ E'.. + 7 ln (a,>,]. RT ta.),
E =-ln - -·
td F (0±)1
(4-27)

RT RT De um n1odo geral, cercmoSi para esse tipo de célula$ de conocni..rocãC\ que


•F ln (a 1) 2 -y ln (a +'1• c:.n"olvem .;: clé1rons n3J reações dos eletrodos, ;1 expressão
RT (a,),
• RT ln (c1.,l 2 • E"' = -F ln (--. · (4-28)
P (a. ) 1 z ª * )1
7H P1.1ndr.ln1cnco.. de c:lctroqu.ln1ic.a 79
2) ("'onsidercn1os ngora a mesma célula, mas sem eliminar a jt1nç;io liquido.t; Substituindo·sc na T'.q. (4-29).
os rcs.uluedoi Serão um pouco diferentes:
l>G (4-30)
AyAgNO, , Ag?\0,/Ag.
(•.J,. (a_), (•.), , (• _),
~tas AG" é a ' 'ar&aÇ.io de energia bvrc qlltlndo todos os ttagentct e produtos se
Usando 2 mesma notação que no caso anterior. o clclroclo à d1rci1a s.::rã o põk) encontram em seus cs1adoj-p3.drão de ati\·idade un.tàr:a St assun rossc. O& pro-.
posili\'O da cflula e o eletrodo à esquerda o pólo ncgalivo Já vinu)!C que a reação dut°' sc:riam 1d!nucos aos reagentes ~ portanto, .a energa h\'rc dos produlos
no t~trodo cb direita. Ç de~CTia ser txor:.1mcntc igu.d a energia livre dos reagentes. Em conseqüC:nci.a. âc:'
>.g- +e-As. de\ erà ser oulo A F.q. (4-30} se reduz então a
1

(a +h:
ll.G = 2• RT ln (•:li.
Hã. ponanto. entrada de clêtrons na solução pelo eletrodo díl direita: e:, dç acordo - (a . ),
com a dcfiniçllo dada no Cap. 1. este deverá ser o câtt)(IO Por oulro lado, o clç-
crodo da e.squcrdn é o ânodo. Observa-&: que.. nesse caso. o ciuodo ç positivo e Subsliluindo nessa expressão óG = - =FE.,•·!• com ! = 1, tcrc1no.,
o â11odo nego.tivo, situação contrária à observada na clctrólltic. g impor1antc
lembrar que, quando é fornccid.1 energia para o sis1crr1n. cncrgkt ci;~m provcnicotc - FEeei = 21_ RTln ~at)i
de uma íonlc externa (cJctróJise), os ânodos são positivos e os cAlodos ncgutivos. \a, ),
ou
Quando n cncrafo é íornecida pelo sisterna (cé:lula c:lelroquirnica), Ano<los süo °' E'<!( =2•
RT
-
(a,),
ln - - · (4-31)
negati\•Q.! e os ci1odos são positivoi:;. - F (a 1 ) 1
Considere aaora a passagem de 96487 C de eletricidade atra\'é4 <la c..~lula.
No eletrodo d a esquerda~ havera dissolução de um mol de prata. formando lons A Eq. {4· 3 1) dâ a ícm 10Lal da. cêlula com junção líquida. Obscr\'t qu.: o oUmero
de prata. Simultaneamente, 1 +- moles de ions de prata 1niarar!o alr&\'~S da junção de transpor1e que aparece na equacão ê o do ânion. Na d:tulA considera.da. os
líquida em direção ao ck-trodo da direita (d todo); '_ é o numero de transporte t-!etrodos ~rio cm cqu11ibriu com os cátions nas sol~ : o número d:: tr.tnsporte
médio l)Kra o ion de prata para t.'S duas COnCç-Olraç&s cn~olvidas ru. juoção quo • parett em cxpr<oSÕ<:s do tipo da Eq. (4-31) é aquele que corresponde ao lon
líquid.11. Portanto o SJIDho global de lons d< prata no eletrodo <b esquerda é cõm o quaJ os eletrodos não apn:s::-n:am te\'tffibilidadc.
(1- • ,) moles. Analopm:.nte, r_ moles de ion de nitrato migrarão atta\'és da Para determinarmos o valor do potenci<tl de junção liquida, precisamos
j unção liquida e1n direção &o eletrodo da esque:da (ãnodo} A alteração que ocone upcr.as 1ub1rair da l:q (4·31J • Eq. (4-27l o que nos dará
na solução pode ser escrita. eomo segue:
ganho de lons de prata com ath:idade (a..,)l = (1- t+)mol • t_ moL . l RT I (a:>. RT I (a,),
E = t - n - -- - n - -
ganho de lons de nitrato com atividade (a _), • : _ mol. ' - F (a±), F (•• ),
ou
No clt:trodo d1t di reita, haverá deposição de um molde [oDsdc p raia, mas, ao mesmo P., = (21_ (4-32)
1en1p-0., 1., n1olcs 1nigr11 rdo para " solução atrav~ du j unção llquid11. A perdu 101al
de iôO!i de prnlJL ~ portanto, (l - e..,) ou t _ inotc.'I. Tg onlntcn(o, t . n10Jes de íon
de nil l'fllô lcrllo n1ignu.lu 1u n~vês d~i j unção Jiquidi.. a í1tst11ndO·St dc$Sc eletrodo. Ol\di! E, é o polcncial de junção liqujda. Reeordundo q ue t .. ·I· r _ • l, a Eq.
A ,·a1·ínção nn solução que e.nvolve o eletrodo da direita pock: ser escd ta cou10 (4·32) passl\ a ter t' ror1na,

perda de íoo& de prata com a 1ividadc (a ; )1 • mol. RT (a.),


perda de Sons de nitrato com a tividade (a _)2 •
' -
t ... 1noL
F:, ~ (I _ - r.) F ln (a,), •

A reação IOtal para u1na qu-Anlidadt dt! cl::1ricid11dc igual 1t 96 487 C é, p0is, expressão 1dên1ic• o Eq. (4-S~
t_Ag• - t_NO; _ ,_,\g .. ~ 1_1'0j Oevcmos nos lembrar de que as liq• (4·32) e (4-33) não são exatas, devido
ãs aproximações que foram feitas ao deduzir·s:: a Eq. (4-27).
(a. J, (a_), (• . ), (a _)1
Vf•.._ eh Eq (4-33) que o po<encial de junção liquida pode somar·,. ou
Aplicando se • iSO<crma de reação de •an·• Hoft' [Eq. (4 17)). opor-se à rem dcl't<b aos potenciais dos e!oetrodos. dt>pendcndo de qual dos números
de transporte é n1011or. ( ou '-. Se o número de transporte do inion roe ma.1or
l>G = l>G" - RT ln (•.Y, x (• t, (4-29) que o do càdon. o âoion se difundirá mais rapidamente a1ra,1ik da junção. Como
(a.fi X (a y,- ~amh-06 os ions difundem da solução mais concentrada p3r.t a rn:n.i diluida. h.l\;erã
Para o n1trn10 de prata. um eletrólüo uni.univalente, a Eq, (4~25) dar!L u ma 1run!\rer~nc 1n de carF,:1 ocgativa através da junção. da dirci11 par.1 a esquerda.
a .. x a _ =a~ A scp:l.raçlo de cargas atntvés da junção q ue ocorre por cs~ mccn nisn10 aumenta
e, poru1nto, ~· ícrl'I dc,·idt1 nrui eletrodos, pois o eletrodo da esq uerdL\ jà é o pólo ncgati ..·o da
a'; a~ • a~' - . cl!lo la.. porquunto tenhamos çonsid cJado (a .. )1 > (a .. ) 1.
80 F'111u!ttmentoo de detroqufrnica Potenciais de eletrodo rc\•crlivc:is 81

A equação geral da fem de uma célula de concenlraçdo co1n uma junção O ní1mero de 1ranspor1c que apareci: na Eq (4·38) é o do cil1ion, pois os eletrodos
líquida, e Oíl quãl os eletrodos cslllo cm cquil lbrio. com o.~ íons positivos., é estão em equilíbrio corn os ílnions da solução. A co111ribuição do potencial de
junção líq u ida é <lttdt1 de n1odo uproximado por
1. · ' ~ ln (•, )i,
E,., • (4-34) RT (a.),
" • :F (a.t)l E, • (1 + - t .) - ln - ~· (4-39)
F' (• . ),
A equação geral para o potenci.il de junção liquida de um~ célula desse tipo é
A equação geral para a fcm de umn célula de concentração na qual os clctrodM
•. ( 1. · -
' - I) -
RT (a.)., estão cm cquilibrio com lons negativo"' e na q ual as stmicélula! podem se-e inter-
~ ,- l a ~· (4-35)
v, :F {at>a lfgadas por uma ponte saJinu. 6 ... seau.nct:

. 3J É tamb&n possi\'el constr'uir urna célula de cooccn1ra.çã0i combinandc>-se


E "•~ ln lo,), , (4-40)
' :F (atl,
dolS eletrodl;* de segun~ cs~c.,-ic. por exemplo,
& as dua" ~micêlul.a~ apresentarem uma junção Uquid3. a ~xpressão geral para
Af/AaCl(s1 KCI/ /KCI, l\&U(s)/Ag. a fem !l:ri
(• . ), (a .), v RT (a,),
(4-41)
Suponha. para simph/icar. que o polcncial de junçlo liquida íoi eliminado mcdianle
t<,,, • t • •~
, _:-
-F ln (-)
ª.s 1
o emprego de uma poolc salina; 1$ atividades dos io:is de doreto nos t!letroclos e a cquaçio gcnal p.u·• o poteocaal de junçlo liquida scrà
da esquerda e da óircua. s!o. rcspcc1iv1me:n1e. (a_)i e (a _) 1. Suponha. •inda.
que os polenciai!. dos dois ektrod~ ~o 1!1 e E 1 •
Apltcaado-5< • E<i· (4-131 teremos
E, (• .:!_
,. •
1) ~ln(••» .
:F (a 1 ) 1
(4-42)

RT Os cipos de células de coocen1ração discuudos nos ioc:ns (I ~ (2) e (3) do, por
E, E!.., - 7 ln (a. ),. vezes. denominad06 cê/14/a.s dt c<>ncoitrorão C()l'lt ''""sportt, pois hã u1n 1ransportc
de ions atra,,.és da juDçâO liquida. Embora pon1cs salinas reduz..1-m a um minimo
E ,. RT
1 ~ ll•.o T ln (o. )1 • os po1enc1a1s de junção líquida. é possl\ocl constru1r-1t. uma c:Clula de oonccn1raçlio
qoe não a presenta nenh uma junção UquJdO. cvitando·IJC assim o incõmo<k> 1>0-
Empregando a Eq. (4-10~ lc~mos PJ" ' " fcm da c<Julo 1encíal de junção liquida. Tais ~lu las silo, Os \'CUS. d enominadas de cêlul<L~ de
co.ncRntração scni rransp(J rt e.
Etr-' = E, E 1 ,
= [ ~..
1<1'
,-x; l n (•
RT
>,J-1. E~~· RT ln (a.),
F J ,
4) Como t inl cxcrnplo d:: ctluln de concentração sem 1ra.nspor1e considcrc1n<l!\
Zn/ ZnSO,, Hg,SO,(>)/ Hi.iHa,SO,(s), 7.nSO, /Zn.
(ll,J, . (• ,, (•+),.(•. ),
• F ln (a. ), - F lo (a. ),, Ncs~ céluh1, a~
ali ...idadcs dos lon.s do zinco e <le ;;:ulín10 dife rem. Suponha ·que
as atividades $cjarn (a+}1 e (a. ), na esqucrd:l e (a ~> 1 e (a _h na rn1r1e d ireita..
- l<T ln (•. )" (4-36) As atividades iônicus n1é<lius d us soluçO~s de sulfato de zinoo na csq uct~• e na
F (1J. ),
direita, (a:t) 1 e (a:t),. rçllpcc1 i"nment~ serão dad as por:
Ta1nhém nesse caso a Eq. (4·36) nAo podo s~1'. 'empregada direcame.n tc: para cal- (a 1 )~ • (a.) 1(a_) 1
cular EaJ; uma aproxinlt~ção deve ser (ella, ou soja, n razão das itlividades dos e
(a,Jl • (li ,),(a. ),.
ions de clorc10 nas du~1s solu<;t)cs é i1unl :\ razão dl")lo. ions de potâssio nas duaR
soluçôe~c:. A razUo (a_)J(a _) 1 pode cnulo ser considcrnd~1 igual à r;.\zão (u.1i)l/(a.tJi• A céluL'\ é. na rcaJidadc1 úm.a célula dupltt., rornu~dn por duas células Ligadas
e a Eq. (4-36) r.ca sendo ~ sêric.. e poderá. ;15~ i1n, .ser rcprc~c n hL d!t por outro e~q uema:
Zn/ ZnSO., 11g,S0,(1)/Hg-H11.Hg 2 SO.(s), ZnSOJZo.
E: •~ln 0.J,lo. (4-37) ~.~.~ -~ ~.),.~ ),
f tt F (a,.)i
Vc-!C que cada célula isolada é um.l célub quim1ca constiluidu por um eletrodo
Se (atJ2 >(a.),, a Eq. (4 37) mostro que 11 ícm <L1 cêlula sera posiliva, indi-
4
sünpla <l:: tinoo e um eletrodo de mcrcurio·su1fato merc:uroso. P~ra se deierminar
cando que o ele1rodo da direita é o pólo po'iti..,o d.-i. cêlulá. a fcm da célula dupl~ é m:aJ.S con ...enicn1e dc1crminar as exprc~õcs das íem das
Se a junção liquida não IÍ\'Cf sido tlimin11d.,. a tem da relultl será dada com cêlulas ió$Oladas.
cxaridão por Sup<>nha que: a rem d.a cêlula que contém sulfato de zinw de atividade iônica
RT (a,)i média (•tl. ~igual a Ê . De acordo com a Eq (4-10). a (cm da c:élub1 ..,rá dada por
2I 1n • (4-38)
-
_, F Ca.a)1 e - E..,...,, - F.,. .
82 83
O polcnc1ol do eletrodo de zinoo ê, d.: acordo com o F.q. (4-5) t~r rodo~ rle allufdudes dlfert1ttes na me.')ma .w luçilo
5) Um exemplo deue tipo do célula de co ncentração é encontrado nuffid.
E,. - E;_+~ ln (a,) 1 célula que cont~n dois eletrodos do: gás a diferentes pre!s6cS.
e o po1cncial do eletrodo de sulfato mucuroso, que h um dclrodu de ocgunda Pt; ct,/ HCI iCI,; l't.
espécie. es1nndo. PO<tan:o. em equillbrio com os lnion.\ scrà dado pela li'l (4-7); Pi P,
Tomando-se E, como potencial do eletrodo da esquerda. com o gàs ck>ro a uma
RT pressão p 1 , e F.1 corno poteom.1 do eletrodo da direita QOln o 1às cloro a
e~ . .. E:c1J>S(>.. - 2f ln (a_)t .
uma ptcu.io p1 , suponha que a atividade d«; iom çloreto d.'l soluçlo ~ launl a a_ .
O cquilibrio cm cada eletrodo pock ser tcpr~s; n rado por
}(;11 + e~C:l- .
ConsiOcrancJu..:i.e n 1i1.livid•de do gás igual a sua pressão.. e a.plicunJO.k 01 Eq. (4·t}
:tQ ch:lrQd() da t!quel'da. teremos
RT plt2
E, • EÇ11 + F ln ; _
ou
RT , RT
F lnp 1·1.--Jna
1
E J = E"+ ç1
- F (4 ·48)
(4-43) Ana log.a menle. leremos, J)Al'<t o eletrodo da direita,
RI' RT
C'.flmo o eletrodo da direita é idêntico :!.O da esquc:rd.3. cm iod~ ~ aspcçtos, l!: = Eáa + p ln p~'l- F ln o (4-49)
menos tUI ativKhulc da 50lução de sulfato de zinco e na ordttn de>$ clc•rôdC'&. que
é in ..·crsa. a ícm <b cêlub da direita. denominada !!', Serà d.lida por uma çquação A Eq. (4-10) mos1ra quc 1 foro ru. c<tula é da da por
S<ID<lhanlc â Eq. (<H3~ oa qual C•: li é ;ubstituido por (a, J, e na qual os •ínois E"° = E1 -C;•
dtAo inverti®'i RT ln ,., RT ln ,,
- --;;- Pi -y Pa •
,,..1 RT
r.· = <F.Z. - F.;',,,so.J + T 1n t•, >,. (4-44)
--RT ln - • (P•)'"
F pl •
Na célula dupla. as duas cêlulás isoladas estão in1crligadas em série. de modo
RT' p,
que " íem da c~lu l.J. dupl.i completa, E~,r· será iguJl A soma dns fcm d4lS células = - ln - · (4-50)
isolad"-'· Portanto ZF p,
Comi) no caso :l.Jll\!rior. se Pa > p 1 • o <::lc 1 ro<lt~ dH d irci1u sen\ o pólo positivo da
F.~-cl =~ + eu' cêlu1u.
JlT RT lJm ou1ro excmpJo de uma cél ul~ de COr)cernração co nt eletrodos ~ a tivi-
= T lo (a,), - T ln (a,), . ó)
c3ud..:~ d iltrcnt\!S ê o de urna célu la cujo:-. elctrod<k-i !ião amôlgn1nas.. 1nJ corno o
= /ff ln {a, ),_ segu1n1I!:
(4-45) :ln/Hgl7.oSO, I ZnjH~.
F (u, )1
Cz '!t
Se (a2 ): > (a a )11 o v•lor de Ee...i será positivo. indica.ndo que o i:lcu'Odo de 7.inoo Suponha que 11 auvtd.'\dc <lo ?inw no eletrodo de antâlgama da i:squc.:rdu seja ª.: •
da direita é o pólo posith'<> da célula çomp)e,a. e H do da dirl!ha. a 1 : •uponh.::c, ainda, que a att\tidadc dos íonllo de 1inoo na solução
A.$ expteSSÕl...""S gerais pa_ra a fem de uma oélula de concentração Sem Lrans- ê a .... O e.qudibrio cm cada cleuodo será
pone são
Zu~Z.n2 •
+2e.
E., = ~ RT ln (o,)'. (4-46) Se o pottncbl do clclrodu .i esquerda for E.... e o potcociul do e)c1rodo c:b dir~ita
• "• tF (o 2 ) 1 E,. a Eq . (4-1) nos romece -
onde os tlcrrodos mais e.\tccnos estão cm equilibdo com lom pos,it1~~ e ., RT ª+

na quul os clclrodC* externos


E
'"'= v
~tão
v RT I (u ,) 1
.
n<aJ''
-t.nlFequillbrio çoO\ io~ ncgl\Iivos.
(4-47)
EJ = Eza. + -2F ln -., ·

..
E'
7.11 -t
RT
2f n ª+
L
84 l't.111dan1cntoi de clctroqu1mica 85

Se o sis1cma ccroso-cérioo. crn ~ou cí'iludO·pudrll<>t for inisturudo com o s1s·


RT RT lema ferroso·férrico, t1unbê1n no eiiltH.lo-pudrâo, verc1nos. consullando a l "ab. 14,
E1 • ~n + 21 ln a. - lF ln a 1 • que os fons céricos oxidarão os ions ícrrosos, pois o .s1s1e11ia do oério tem um
A ícm da célula. E(~t· ó ob1idu tHravés du Eq. (4-10): potencial mais positivo que o sislcmia <.lu ferro. Se o sisleLnu íerrof.o.fé,rico for
mislurado com o sislem.1 cs1anoso-c!\titnico, ~ it">l1$ d l.anosos reduz.irão os ions
Et,,• • E 1 E2 • férricos.
RT Só de passagem mcnciont'rcmos o in1crc1Jsan1c cíci10 da oomplcxação .sobre
• 2f ln a 1 o potbncial rtdox de um siuc.ma. N.3 Tal>. 14. ii.so é mvsttttdo pelos ciHno-oomple:xos
RT a do ferro e pelos amino--complc.xos do cobalto. ·
• - ln-! · (4-51)
2P a,
POTl!!'ICIAIS-PADRÁO E CONSTANTES DB BQU ILÍBRIO
Com a2 > a 1• o cle1rodc> da dirciu1 )J.Cd o pólo posili''O d..l célula.
Dc\·etnos agoh trtt•ar COtn mais dtcalhts os eíeitos da. mis1urn de dois $ish:mas
SISTEMAS REDOX redox. Suponha que ttmM uma solução con1ciido iom ferrosos e férri00$, e uma
outra contendo íom e1tanosos e escAnicos. O po1encial do 5151~ do Cerro. ~.
Embota não clisbl unu difcrenÇk fundamental ent~ potwci.ai.s de e~lrodo e o pc<encial do si51c1na do cs1anho. E.,, serão doidos. segundo a Eq. (4-1). oorno
t pottnciais rcdo~ estes õllimos d.o rr~qllenleme-nlt 1ra1ados separacb..mcnte,
pois eles lêm uma aplicação mul1o maior no c.a.mpo das rc.açõcs de oxidação e (4-52)
redução dD solução. A Tab. 14 oprcscnta alguns \oalorcs de polenciais rcdô).-
-padrão~ paro vários sistemas redox. "° RT ..._..
Seríl útil rrcordnr que o poh:ncial redo>.. e o potc.nciul ;uJquirido póT um E,,. • "t• + 2f' ln a,..i, · {4-53)
eletrodo intr1.e devido ao t:quilibrio entre a.'
rormu o.tidada e rc:dw:.ida de um
siscenu cru solução. Es1~ podtrâ kr reprcSc:ntado por Se mis•1,1rarmos agora ~s dufi! soluções. o si:s1cma estanho rcdu?:irá o Si$1ema rerro;
a reação oorrc.spondçntc ~çrâ
ox + 11~red.
Sn' + 2t- c,.," _. 2'f'cJ .. + Sn••
Se o equilíbrio tender p<l ra " Ci(lu~rJ~1. 0$ clé:trvn$ 3crudos ~ "curnutarn no clc-
1rodo. dando origcnl o urn po1cnciol ncsn hvo. Isso significa que o si.siema rcdox f.ssa reação ocorre porque o polcncial do :1i.n em.1 t:Stanho é lnajs baL'-O quic o
ÍOCUCCC t létCOOS (acilnlenlC', 0 '{UC CC.I Uiv u k;: A dizer tjUC Ck é \UH bom agente Ccd\ll OC. potencial do sistema ferro. A mcdiflit <LUC a ren.;ão se processa. o.\ atividade dos
Analogamente. ro o equilíbrio c~1i ..·cr <lc~lncnclt:> pora a dirci f:.l, os elétron~ serão 1ons férrico (Fc 3 +) din1inui e !L ncividade dos 1on.s fcrcoso auntenta. Çoosultando
subtraídos do eletrodo inert<.\ que, assi1n, adquire um potencial positivo. Nesse ~ F.q. (4-52}, ..·erilic1unoo q ue nmbas as va riações pcovocnn1 diminuição dt: Ei:t ·
caso, .º sistemí'l redox oeeita elé1rons íneilmcotc e é. portanto, um agente oxidante. Sirnullanc.arnontc.. n atlvidodc: dos 1ons cst" nic°' a umenta ~ H atividade dos lons
E vãlido dizer q ue. qu1.,n10 1nais PQsi 1ivo o potencial rcdox. de um sist-cma, cshlnosos d iln inui. A t!q. (4-53) mostro que essas duos variaçôcs Jcvam. a utn
melhor agente oxidal'lló é esse sis1cmn. Ocdut-se dal q\1e um sistema con1 um aumento de Ek. En1ão. {1 1nedid.o que a rençt10 pl'ogridc, o potcncifll do s i s 1 ç1n~
potencial mais posith•o oxidor6 um sistcmn com tim po1cncial n1enos positivo ; ferro decresce, aproxi1nundo-sc do vnlor do sis1cmn estanho, que av1ucn l~ si1nul-
ou, <(UC um ~ist.:::ma com um po1enci~ I mais negativo reduzirá um sislcrna com la neamenle. Haverh. un\ ponto e.n1 que os polencinls dos dois s i ~1~ma~ Rcrão
potencial menos negAtivo. iguais e, nesse ponto '' reação cessará, indic.indo que se a tingiu um cquilibrio.
No equ1libl'io,
1
Tubele l4. Po1c1.1 ci11is 1'tdo,11: -pt\driu"> a 2S "C E.,.. • gs.
V e, substiluindo p..:los \'alores dí'S Eqs. (4"52> e (4-531 pot.lcremos e'-Crever
Co·' 1 /C.:.o' "" • 1,82
1 ce••1ce>•
Mo0 .. / \.1n 2 •
+ l,til
+ 1.51
,
E,,
F
li~•-· • .c.s.
- In -
+RT
Op~J .
l!'oO
+ -RT ln -Osu4-• ·
2P a,.. 1 •

Cr o ~· .tCr"" 1 ).)) Reagrupando-se ~ Ler1nos dessa exprtsslio.


Fel•!Fé· +0.771
Fe(CN): /Fc(C:N,: +0,36 - In ª::r•'"
-RT ln ªs..4" - RT • E;, - .t.-;...
Cu 1 • /Cu" 10.153 2F Os., .. F ar,., ..
Sn4 ""/Sa 1 '" +0,1$
Co(NH,)! •/("o(,N H ai! 1 +0,10
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"t.•· X o;...
•e.._.-..,...
1' undAmtnt0\1 de t1etroquirnic;:1- Polcnciab de clc:u•odo rcvcrdvcis 87
Obscrvuuu:~ qu~ o 1cr1no Jogarltmico é a constante de cquilibno da reação e. Se .l re;.1ção ~ procêssou cm 99.9/,1. a r;.lzâo cnirc ~ls "1 1•.:idad(.'$ do!I iol\'( rérrioo
ch,1mando cs'l.1 constnntt de K, teremos e ferroso uró d{adm. p0r
RT ª··~ s= 99.9 ~ }()> .
2F ln K = E;, - E;,. a.,_~. 0,1

2F
Anak>gamcnrc• •• r:.7.ilo c:r.lre t!S ati,·idades dos tom <:ç 3 • e cc•• seria
ln K = C~. - Ei.,) RT. (4-54)
""'" = 99,9 ~ 10'
..,.. - o, 1
Se a re.11.çlo 1ivesse sido rcaliuda nunw oélub e.letroqu1mte.:1. con~1i1uida O equiHbno ~ra a rc01.ç-lo é, portanto. 10'. Se quiscrrnos urna oxid1tc5o qu•nttlti·
por unl clc1rodo ferroso-fêrnco e por um eletrodo esl~J\050-CStânico, rcriamo.~ ih·a dos ion5 Fe 1 • pelos lons e.e~+. a reação dcYcrá 1cr uma oon~tantc de equi·
de cscr;vcr, pura scrntos cotrt-ntes com a reação precedente. o elc1rodo de ferro libno não menol' q ue 106 .
â d1rçjla, e a re1n·1>ndrào d:t célula leria s.ido <EF. E;,J A Eq. (4-$3) ne» leva, A r..:-11ção podcrl.1. ser l!X~co 1 adit numa C:lula clclr()quimica. tul ccuno
porlanlo, 11 u1n resultndo genérico.
P1{Fc 3 1 , Fe 1 ' :' /Ct:"J ~ , Ce4 ' jPt,
(4-55) ,, s1.1.;1 rc111-padrõo ~ria, de! Acordo com a Eq. (4· 10),
t:c: = Eê. - Ej,• .
Embora a Eq. (4·55J 1en h~1 ~ido dóduz.ida a partir de COll$jdcraçõcs a respcilo Da T:\b. J4, 1irnmos <lll o,·ulorc:~ numericos, e teremos
da interaço_io de dois sistcm~.s rcdox, ela se coostitui num r~sullado absolutarncntc E~. 1 = l,6 1 -0.77 = 0,84 V.
geral. np!ic:!tvcl " q11t11qncr reAção que ocorra num.a célul.". independendo do fato
cLe termos s1stc1na$ de c:k:trodos redox ou ~let rodos normais l'll célul1. Substiluindo 113 Eq. (4-55) z = 1, R = 8.314JK- 1 mo1- •. T - 29RK, F" 96 500 e
<.:heanremos ao niel\rM rc-Aultado se oombinarmos a Eq (4·16). mo1- 1 • e folzccdo a eon\·crs.io para logaritm01S tk.-clm.1i:si,

-ó.V'= zFE',.., 0,84 .23


log K = 0,059 = 14 .
com a relação tcrmodinãmica,
l!.G' • - RT ln K, K = 1,7 X 101 • .

teremos Como ts9'.'.: valor é muno maior que 10'6. é óbviQ que: ioM fcrroSOI: pOddn ser
- RT ln K = - tFB,,1• titulados quantiuu:vamentc por íons céricos.
zFE. , Se con$1d.::r3rmos 3gora o valor-limite da oonshnJtc de cquillbr1o, J()ó. tcrcntos
ln K • - -'-"
RT como valor limih! da íem·padrão da célula ua qual a rct-1çâfl poderi11 ser cfetuadit.
Po1cncini5 rctlc1x· pndrào O\l po1enciats de eletrodo-padrão podem~ por1anco. a 25 •e,
serttJ>!0\ 0ilt1dos pRrn ealcu1ar constan{es de equiUbrio.
1 1Og 1 0~ = 0.Q59
E:o:r
V'
E;« = 0,059 x 6 = 0,35 V.
TITULAÇôBS REDOX Isso .sig.nificn quf, paro que dois 3istcmas rcdo~ sejam adi...'(\uuJ<llj pnn1 titulaçÕéS
Ern 1i 1uluçôi.:s rc:dox. empregamos sistcrn~ rcdox con10 reaacntcs volumélricos redoN, a diferença entl'e s~us potenciais rcdox-p;1drão <lc·.:c ser, pelo menos, de
para anúli!C qu.antih1.1 iva. Há. entretanto. rcslriçõc~ • considtrnr na C:Scolha <lo 0.35 V, Isso somente ê vAlido para o caso z = l. crn ambos OtJ gis1cmas. Se tivcrn1os..
sistema a ser us.11do. Se: quisermos, por exemplo, ti1uJar um• 5olu(;ão de ions íc1ro.sos num sisttm.t~: ..i 1 t. ao oucro. z = 2. poderemos dcmonstrnr que o valor mínimo
com ions c~ricos, leremos como reação <k K. para uma dc1crminação quanthativa. é 10Q; hso. por .sua vc7,. 11ignilica que
Fe 2 + + Cc4 + - Fc"+ + Ce3 • . a diferença entrt: os pottnc.a~ ttdox-padrão dos dN sisrcm.is de,·.: M:r, pelo mcn~
de 0.26 V.
Se o volume da sol\llÇilo céri('á adicionado foc uma medida da qu11uidade de r,.arninàn:m<l'li .igora d '"ariaçào & potent..-ial que ~ maniínta no dttontt
iom ferrosos ptt$Cntcs. na solução 0<iginal será occ:cssário que a rea(-ão se com· de uma 111ukçào r«lo~ Considere. por c:xc:1nplc>, a 111ulJ.9io de uma $Olução de
plete dentro dos limiles de cxa1idão da volumetria. Se a rcaçlo se. completar em sulfato f-:.rroso com uma soh."Çào de sulfato cêrico. Apôs cadJ adiç:D.o de sulfato
99.9-r.. teremos suíteienle ex1nidão na medida. Essçs valo~ s.1gn1fieam que. na cênco. attngir se à um cquilibrK> e:. cm todas as ctap..s d:• tilul.~ç;lo. Br.. ~ri igu11I
ooluçâo finaL O,l % do contctido cm ferro ainda se deve llO íon fe1 roso. a E.e,, O potenctal pode, pois. ser calculado. cm qualqtu.'1'• cS1l\g10 d.1 111ulação.
A constante de cquilibrio dit r~ção precedcoic é dAd~ por ;.1tra"és d.: \lm.1 das rel3.çõcs;
K = ªF.:>• ·açt''. (4·56)
aft' • · aç•••
88 Fund1une11t<M de clcuoquln1ka 89
ou A variaçào do potencial 1eal con1udo, mos1rarâ o mes1no con11)01 1.uncnto que
• -- E·,
'-.: . RTlnflcr-••
~ - --· (4·57) o da figur.1• .i.prcesenta ndo um.1 va,iação ' ápida nas 1>rox1m1dnd.:s do final da
e C• F ~..c-1• ti1ubclo.
É con\'cn1cntc us.ar a F,,q. (4-56) par.t calcular o potencial ante' do final da litula.ção
e a Eq. (4-57) depois de passar pelo final da 1i1UL1çio. O po1cncial "' final <b 1i1u- INDICADORCS RFDOX
lação pode !er cakulado c.b maneira que segue.
Como diro .antes. a c:oostancc de equilíbrio da reação pode M:t cscri1.a O ponto fin.ll de uma titulação redox pode ser detetada corn o tntprqo d.! um
indi::.ulor n:Jo~ f-.-,d ittdit.-:u.lorcs são lambém sisl-:ffi,li n."((ox. ~ujJs rornla.S
QF:l • )( llca> • oxid.1<l • e rcdu,ida mos1ram cor~ diferentes.
K
aF~ · X ac.•• ' 14 di!i-scrnos ;1 n1~ q ue, quando misturamos do6 sisr;:mus rtdox dt: potenciais
rclílção que scr6 1nunuda durante toda a ti1uJação. Contudo. no r1nul da mesma, d1rercn1cs. ocorre um,l reação n~• qual <:>sistema de po1cncial muis elevado oxida
teremos o sistema de potcncud nl a~ ba ixo. J)jsso rcsuJ1a unla aprollirn:\çâ() dM valor~
dos dois po1enc101s. o maior deles di1ninuindo e o rncnor uumcnl11ndo, uté se
a,,.c.l• = "c'-..c>• . igualarem Jt\lm ponto em Ql)Ç a rtação tenha a tingido o cquillbJ'io. F.~.sc: ronto
af el - ác,,.,,• • secá alvo db u1n cxanle mais rigoroso1 para avcnguílr o cfci10 d~" quanüdades
PorttH'llO
1·i:Iuüv.1s dos dois sis1emas redox sobre as variações de po1cncial <1.t•c ooorre1n.
Suponha que ndicione1uos uma pequena quantidade de um lndiclldor rodox
ou a quuntidndc rela li\• ameoh:~ .grande de solução de I01l$ rc l'COSOS e rérricos.
Ull\a
a:r.~ • -- .f"'Vry( Suponha nindJ qu.c o po1cnci•.ll do indicador ê 1n:.iior q ue o potellCial do sistema
v .
41fco' ·* fo rro\n-ri!:rrico. Oc: lnnii rcrrosos serão oxidados pelo indicador. Repres.ent.Lndo-se
Subs1iru1ndo na Eq. (4-56~ leremos a forrna OAidaJ..1 Jo irld;c.dor por O e a forllb! redutida por R, & reação poderã
ser e~r•a como
RT
F:, = E;. + T tn fi. Fe1 • + o-Fe 3 ' + R.

onde E, ~ o potencial no final da tilulação. 5'.!pondo·sc uma d1icrccç;a de apenas um elérron totre as formas O e R.
A vnrinçdo do po1eoc1aJ ruas imcdiaç()es do pon10 final d.'l 1uulaçJo de ions Como só tX.lSIC um.i quantidade peque!la de ind1C:ldor. tk poc!e ser conver-
Fel• com íu~ ee•• roi cak:ulada por esse mêtndo, e o resuhado rcgistn1do udo 1otolmente .i forrru reduzida. com uma perda mlnimu d( ions Fc·1 •. Sendo
g,ri.iíicnmcnle nt1 Fig. 19. asslm, h..t\.Crà um..i. queda ~onsiderá\.'el em seu potenci:i.~ pot.1 hn"er6. um.i. vurinção
Dcvc·sc Cr1~.1r que :t Fig. l9 repre-senta uma situ:iç-lo um tun:o idealizada. enorme t'ld rJ1llo d.u -.tiv1dades. uoJa1t. Como isso é reali'l'JldO pôr um:. qu;intidadc:
NH pduica real de lab-Ontt6rio: ha\'~râ modificações nO".> po1cnc1.1i$ devido nalguma mítt ~1na de: ton.~ !~rroscs dé uma quanlidade rclntivn1ncn1c ~runJc de 5ii.lcma
con1plexaçfto dos ions Fe 3 "' e ee•• pelos íons de sul(n1<1 pre:\ent~s na solução. fl!rros(l-férrico. a v,1riaçllo da ra:do d~1 s a1ividndcs dos ions ferroso e férrico,
af&' . / "P•' " :t<.:rA rnuuo p::q uctHL O p<>lenc:ial do i;1:;tcma ferroso·fér rico aurncnt\lr à
1,6
~1 pena~ en1 11 n'ln qunn1idadc inlinilcsima1.
B íó.ci l compreender que, quando se ;.tdiciona uma pc<1uent\ <1unnlidade de
1,5 indic~-idor a urrn\ qut1n<ldade: relativamente grande de um sis tctna redox, o indi-
cador p1t~$3 " ler o potc ncial do sis1cma ao qual. é adicionado. Na litulação do
1, 4
sulfalo ferroso eo1n sulfa lo <X:rico. por excmpJot o potencial de qualquer indicador
presente seguir!\ o comportamento da curv.a 1nostrada JW fiA. 19.
1,3
J j afirmamos. no Cap 3. que o olho humano s6 pode detetar uma "·11ri;ição
de cor cm um 1nd1c.ador com misturas entre quantidades-limite de 1pro~in1ada­
?!: •.2 figura 19 V;J;ru1çlo do poltodal mcntc 10 e 90 ··. das rorm.a.s de cores ditê:re:n1es. Se um indicador redox se encon1n1.r
tu duraruc3 hlul.lÇ)o de: tons fc1T0505
1.1 totalmente m. forma reduzida e for oxidado gradwalmente. o o1ho humano oo-
oom ions o!-rtcos meçará a perctbet mudança na oor somente quando O;rca de 10•1. do intlicad~
1.0
se cacon1ror ru forma oxidada. O potencial do sistema. nesse pont~ scri d;ido p<>r-
RT 0,0')
0,5 E= E;0 - - ln - ·
=F 0,91

E = Eº1 + -RT 1n 1 ·
96 98 2 4
(4-58)
·1. Ft2• oxidado .,,. Ce4' Q)(OOSSO ' zF 10
90
Depois que 90 % do indicador estiver na for~t oxida da, ô o lh(I 1lâO deLct:trá nulis
mudançns de cor, e o potencial, •.lCSS<:: ponlo., scrà dado por
. • RT 0,91
E = E,, + -;;- lo , ,
z1- '-' •09
CAPiTULO 5
RT
= E~, 1 zf ln 10. (4-59)
A PLICAÇÕES DAS MED IDAS DE CONDUTÂNCIA
O i ri t~rv;;i lo <lc pOlenc;inis no qual o ol ho hun1ano observa unta m \•dança do: cor
n1.1m indiçaclo r n :d ox é, por!anlo, d ado pe hts Eqs. (4~58) e (4-59). nas quais t.ln é
o poí cncial rcdox.-p~tdrão do i ndicado!'. Considerando 2 = I, e uma lc1npcra1ur:l
DETERMINAÇÃO DA CONDUTIVIDA DE MOLAR-LIMITE
de 25 l'C. len;l\)00 como lin1ites desse intcr\•alo E~ - 0,059 e Eiºei + 0~059. A f::dxa
de va lo res ern que se pode e m pregar uu1 ind icado r rcdox com z = 1 pod~. a*.'itn, El~r rUliios fortes. A oon<lutividadc motar-limiteC51 de elelrólil<.'t> fortei pode
ser considerada como ~. ± 0,06 V, isto 6. uma fh.ixa a cerca d:.! 0.12 V. ser determinada por lllll. mélodn de extrap o lação. ~tennina-se a condulâocia
Pan• qu~ u!lta 1icu la"ão redox s~ja qua ntitad'-'ª· temos já a condição de havc-r a \•iuias concentr~çõc:.s buix.a.1' e con;;1rói-sc um gráfico da coodutivid adc 1nol~tr
umu difcl:'cn~ de, pek1 01e11os, 0,3 V enlrc os potenciais rcdox·pndr~1 dos doi~ con tr'J. a raiz q uad rada dn conccnlr:;u;ão. Esse gnlfico d evetá d.t r u1na linha rela.
Se esse fo r o caso, a rápida variação d e potencial no ponto fi.naJ dc\'erá
s is 1 ein~1 s. como il\ls trado na Fig. 4, ~ facilmente poderemos ex1rapola r pata obter o ..·tilt.>r-
cobdr 1,1n1 irll::r\•tilo de, 1lo mlnin10, 0.12 V. Deveria. pois. ser sempre p.os.i:ivcl ·limhc da condutividade 1no lar. ·
a1 ingir-o;c u ni ponh) lin~ll bu.sta n{e nhido quando emprcgitsse:rnos urn inUicatl(lr Eleirólicos fl·acos. Nó e.aso d~ cletrúlll«.~ fracos, a condu;i vid~de rn t)J11 r-l i1ni1c
r cd o11., di;sd~ que seu inte1·valo de uso esteja incluído na variação de poten<::iul não pode ser dete rmin ada direta1ne1ne, Se forem conhecidas as condul ivida~
no ponto linal da lilu l~çã o, O indicador ideaJ .:scol hido será o b ·: ütmenle aquele u1 0J~ rc:; dos ío n.s constituintes d o eletrólilo , enl d iluições iufiuita~ e n lão a cün-
q ue livcr wn p otencial redox-pad rão iguaJ ao polcncial d o pon(O lin ~ l d.1 1iluh1ção. dutlvitl!'ldc m olar· limh c do eletrólito p l)derá ser obtida alra,·és da lei de Kohlrau:)(;h
[Eq. (2-1 6)),
Aº· = '' +l\~ + 1.· _ 1\~.
tJ1n cx.cmpJo d~ cálculo desse tipo foi aprç::;:cntado no Cap. 2.
A condutividade molar-limi{I? de tun elc1r6lho fraoo pode tau1bêm ser ohlida
cômbinando-sc os valores dessa grandeza pan1certos eletrólitos fo1·tes. Por e~:::m plo.
;\~ (cH ,COOHJ = ;\~( HCIJ + ;\ "' (C H,COON•j- ;\~(NaCI). (5-1)
A validade dessa relação pode s~r vcrilic;;.d~t subdi\'idindo-se os têrtno::; do mc1nbr('l
direito d a expressão e.nt seus vários componentes iônicos:
i\ ~( ll Cl i -'- A~(CH ,COO )Ja)- A~(N a CIJ,
= A h(H -i + A~(cl ) + A~fcH ,c oo-J + A"'(Na 'J - A~()la ' J- /\~(cl -J,
= A~o r •i 1 "~ccH,coo-~
- A~(CH 3COOH).
•.\cido cloridtico, aé::la lO de sódio e clor~to de sódio :)ão lvdos ~Jctrólitos
for tes. para OS quais ê fficil d::lerntioar·se experimentalme1Hc: () 'l~~ lor de 1\~.

DETERMINA~'.ÃO DA SOLtJ BJLIDADE DB L M SAL PO UCO SOLÚVEL


Se urn s~I pouco sollÍ\'CJ se dissociar de JtlOdQ s i1nplcs e cornplelo. su1:1 solubi-
lid.idc pod e rá :>er dctcrrninada p or meio de 1nc<li<l<i.s de coudutãncia.
Ottermina-sc a e-0ndutividade de uma soJuçílo imlurada do sal. e snb!rai-..i\e
a co11du1 i\'idadc do solvente. Temos como resultado a coodotividade devida a(>
própl'io sal :

!:<1<) :nnor empl·tga o k n no " contluth·icbde .. : cm porh13uês. o:cuprcg;1-sc i'rcq1·1cnt.::·


io.~n le ~<:o ndu üi n c i:l. equivalente' (Xll';I A e •·coudutf1ncia <:qu1,•nlcntc cm clih1ição i,l)finit.1"'
pc:11·11 A<I';. (N. do T)
93
Apbcondo a Eq. (2'7~ •cremos Se OOrlSldcrarmos somente wlll!ÇÕd muito diluklu, poderemos oonsidernr os
coe:·K'1cotes de auvidadr 1,guai' n um. e esc:revcr
• e
A= ~• "
[H'](A - ]
onJc A,. e a cond t1 1ividad~ molar do saJ na soh1çlo S.J.turada e e a eon<:cntruçJo K = . (S-J)
• [HA]
<k• M>luç5o. Se o s~1 I ror apenas pouco solôvcl, sun solução sa tu r~1d:1 poderá. ser
<.:onsid~rad a co1no sendo nproxin>a<l:.uncnle d e d iluição in íinha. Podc1\lO$. l)Or- Si:ndo :x o g l'au d e dissociaçJto do fic irl<l, num;1 concc111 r:1çüo e, a EQ. {5-3) pode
l t1n10, esh\bclcrer a nproxhnnção Sór ..:scri1n ainda s.ob a forma
de onde x'c
K = -- · (S-4)
• (1 - «)

ou, 11plicando a l!q. (2· 16~


CO:b..derando o grau de d.SJocração igual â razio d."' condutãnclds,
<= - -K'"--·
'
"•'\'f + v .. A!
(5·2J a = .\!A~

e, sub~ l itu iridO nn Eq. (5·4).


E,\uJ11plo. A <.:011du1i ..·id11de de uma solução su1urada de cloreto dt prnt.:t a
2S"C~ de3.41 x 10 -r., c n da:\gua.àmcs nu1 Len1 rl:r1Hu ra~é l.CíO x io-'•n- 1 c1n 1 •
Subendo-sc que a.{\ condulh1idadcs rnolarcs-linli1c dos ions de prata e de clo1e10
~o. respectivamente, 61 192 e 76.340"' 1 cm 2 mo1"' 1 , a 25ºC.. ca.lcular a solubj.
lid4.dl! do clorclo d: pra• ~• nessa lempc:raturu.
KAcCI • ().4 1 X 10- ·J - (l ,6(1 X io· ·~
1.81 X 10- 6 o-•
cm 1
Rcdtspondo os lermos dc~u c.~pressão, ch~pmO! a
Aplic:indo·•e :t Eq. (5·2),
1,8 1 x10- 6(1- 1 cm'" ' cA • K '-
~~·
- (1-
I
-A),
C• ' .. t\ ' /\ ...
(6 1.92 + 76 ,341'l° 1 oon' mol • 1
'A~' )
to· • I •J
1.8 1 X • K. (A-A" · (5·5)
- 0-s.u mo cm •
• 1.31)( 10- • moicm·>, Vc1nos, da Eq. (5-5). que um &râfioo de e.A con tra l/ A dcver.i ser urna linf'!.a rela
d: inclin~o K.l\ ~2 ~ com i:ueneção com o eixo di1: ordc.oadas igual • - K.A •.
• 1.31 x J0'" 5 moJdm·>.
Dt,.s. maneira. ê pon1vd caJcul.v a constante de d~açiio.
l'.sse m~tOOo aprçSçnlu limitações sérias. A 101\1~0 $aturada dc 1;c Ser iuf1cientc· NOO de\·emos nos esquecer de que a Eq. (5·5) romcntc: é "áJida para solu<;OO
1nente diluída p~r;t que sua conduti\·idade mol~1r p~sso ser considl!rad:t i&\lal ao muno <hluidas. pois considcrnmos ~ ç-0eficicn1cs de ai h·i<l.tdc iguais o 1111\ bctn
\'1tlOl'·Jirn1te scrn incõrrer em erro ttprcciávc:I'. Ou1ro requisito é a ionização shn plcs conto iguaJamos o grau de dj s$ociaçtao ii razxio d:L!I conduH1ncias.
e con1pleta do clc1róli10. Se ocorrerem na solnçào 1>ures iônico~ san cargi.1. estes ~ 1nuito di flciJ obter do.dos de condulílncia di,gnolJ <l..: c...:n:'llÍ(ll'l<;.'i uin cont:cn·
nJo contribuirão para " cond\1tância. e obleremos resultados crn.ldos. S.e houver traeões muito baixa~ e o método baseado na Eq. (S·S) darà rc::sultndoo npc.nas
formaçiio de íons 001nplcxoei 1ambCm inLrodu,..iremos um erro apreciã\'el. aproximados. As medidas d: eof'!<lulltnci;; devem ser íeiw de pr~er~ncia cn
concen1rações s.tperiorcs ílOS limites da aplic.ibilidlldc: dessà equação, quando
DIITERMJNAÇÃO DE CONSTANTES DE DISSOCIAÇÃO os coe:iaentes de atividade te ab.slarn da unidade e quando não ma.is Se ju.s:.tirtea
A <lelt:nninnção de con~lanlcs de dissocittçlo a partir da condutância pode
con.sidenu- o grau de diJSOC1aç.lo igual â razão d:ts condutãneias. É pririsõ frisar
tornar·~ ha.(;tánu: complicoda no que se refere ao tratamento posterior dos dado~ que " complexidade que tnvolvc o lrata.mcnlo dO'l datl™ c.xperimcotajs em lodál
cxpcrimcotais, espech1hncnlc 1lo caso de clclróhlOS m~li~ for1cs. Por isso, vnmos l'\S dctcrminnções c~a tas d:us con:Jtnnlc:s de Jissociaçl\o originavse d c:s..:;a11 consi·
nos hn'1itar aqui à detc1·n1ínttçilo d<Lll constantes de dis11ocia<;ão de eJetróli1os fraco.~. dc1·nçõ.,.
i nicin nli() c.:0111 unt 1r:i1n'1ncnlo bastante simples do:, dados. Esse aspecto podo ser 1h,j)ltndo CA~11nin!'lndc ...Nu un1 n1ê1odo Lnais exAtô p:i l'a
Considi.:l'emos um (1cido rraco, HA, que se di§soeia de acordo com de1cnninar a constante- de di~soch1ção de um clcLrólito l'rac~ e1nboro nos lim ilemos
a um caso no qual o trat:uncn10 <los <lad~ ê ainc.la 1·c:llt1 h..11n1:nte si1npl ~s.
llA ... H, O ;: H,o· + A A expressão exala para a coosiantc de di5SOCiJçio de um ácido fraco, !IA.
s... comfanlc do dissoc1a~lo. de •CO<do oom a Eq (3·8~ ê <kd:t por é e.ida pela .Eq. (3·8~ A «pm..:io

K = [li'] (A·] ,J1~ . [ H ' ][A-]


• ( HA) y11• [ HA]
94 95
ê igual à cons1onlc de dissociação somente en1 solucô~ 1nui10 di1ulda& e1 no C[LSO Oissc 1n~ no C.aJ). 2 que a r.izão das condu1itncias somcn1e IH'' dJ o gr.1u de
1nais g.e1al aaoui. considerado, é inelhor es.ci:~\.e1 dissociação quundo es1 ipulan1os que as \•eloctdadcs dos ions nAo \'~ri,1m e;onl
a oonccnlraçdo. l»O ~ l!terii •oálido para soluções muito diluid:i~ de clclrúlüv~
(5-6) rracos Se as sotuçôçs nâo fo1cm muito dituidas. teremos de oonsidcr-Jr " \•:ui-.u;ào
d:l ve1oc1dadc 1õnica com a concen1ração. O grau de dwociação é dado n1.üs
ODdc k. C 1 '"oon~lllnlc de dilM)clação clá~C3"', QUC \"Jlf~I hgc1r.1me:nlc COID d corretamrnle por
concentração. Substituindo na F.q. (3-8). terem°"
« = Nf\".
K = k . TH "·.-. -. ( 5·1J
• • , ....<\ o nde /\' é t\ conducinck3. que o c~lrólito
teria si:: ~>ti\-t:Sst 101almcn1e d1~iadQ
na conc;entrd~Uo e. A' pode ser c;;1lculado atravê.i: dr unu ~qu:1;çOO do upo da Eq.
Se es. S<>luçõc~ rorcm. ain<la. rllzoavehncotc diluídas (0.1 mol dm •Jt o coefic1ente (5-1), ou scja1
de ntividitck: d:ts molêcukl$ não-dissociadas. HA. terá um valor próximo de um.
e a F.q. (S.. ?) se lr:1n:1f()nna c1n /\'(ll A) - /\(HCIJ-<- A(NaA)- A(NnCI),
K,, = k.,(Yu-Y1o-)· (5-8) o nde o_;:; vn lore5 de A J>i'. r~ os tr& el e tró l i to~ fortci; sic ret't:rém todos i mesma
conccnt r~<;:no «e.
Como nn1bos os lons, l-l • e A - . são unh•alentes. s~us coef1cienttS de atividnde
setão id~ n t lcos e, r<ipresen<ando-os p~r t'. a Eq. (5-R} redu1.-se n
OET"RM INA(AO OAS <:ONSTAN TES DE H IORÓUSP.
K. = k.y 2 •
( 'onsidcl'emos ~ hidrólisç de cloridruto d;; ;ulilfnio enl soluç~o oquosn. Trnla·sc
E.~crc••e n do-!ic cs~A oxpl'cssão na fo rma logarlunic-a. de um s~I de b;tsc fr;tCU e ácid<t forte, e o ion anilhüo rcaa.m com o &olvcni.c.

log K, = log k, + 2 IO&J' (5 9) c,11, NH; + HlO~ C(,H~NH:i + H Jo-.


O termo log ~ dlldc> pc~' cqw.ção de Debye-Hüclccl (3-2~ • q~·~ """"' caso. se S.upondo·se uma solução suficicnrcmcn1e diluí& para que sejam considerados
1rnnsforma cm unitário~ os coeficientes de a.tividadt:. a: coosl3ote ~ hidróliSc s.erà dad.t por
r.
log )' = - A.,j 1, (S-10) [C,H,1'H,) (H+]
onde I f • ÍOr\'U .Oni~·u dz. solução, dada por K. (C6H,~li; J
l =:!<e"• . :. . e,.. .). Se a 1..-onccntr11çâo do ck»rtdrato ck anilinio ror igual a e e o arau de d1uociaçã:o
sendo c11 • e e,.. as concentrações dos ions H - e A-, rupçcti.,,.an'lenlc. Se d for a. c-su txprtsslo poderá ser roçscrit..'l na forma
conccntrnçi1o do i cido for e e a. o srau de di~liôdação. 11 conccntrüÇOO de cuda.
(5·12)
iou dcvcr:'1 $Cr ac,
Cu· = CA- = ac
e, porlanlo. O ''ulor de « 1>ode '"cr dch:rtninado a partir de mcdil.las de condutd1lC1a. sendo,
l = '!(ttc: + «é) - r.i:t. ponanto. possi\'Cl cnlculur·~ a consta nte de hidrôli4\c.
Substituindo no Eq. (S- 10). teremos Suponha q ue rt cund uli\'id.1de molar da s olu"Çtlo seja iguMI n A. t:$sa cond tl1i·
"idade sel'á dcvtdn. crn tx~ rtc, ao.ll io ns de aniJinio não·hidrnlist'ldOS e aos lons
tos .v = - AJ a.e de cloreto l.'lssociado!I a cislcS, 1; e1n pa1·te>devida aos ions de hidro~~nio produzidos
e, substituindo novamente na Eq. (5--9), pela hidrólise niais os lons d: cloreto, que. agora podem ser con~id..: rudos associad~
aos lons de hidrogé1uo. Pude1nos considerar a solução como oonsthuida por
log K, = log k, - 2A.j ae clnridrtno de :inillnio nâo-hidroli~do, de coocenlração <'(l - :.:). anilina livre de
ou
conccn!r~ção 2c. e Acido cktridrioo de oonce1uração a.e.
log k. = 2.A,j u-log K• . (5-11) Se-ndo A' a conduthridadc molar do cloridrato de anilinio nào· hidrolisado
de: conecntraçio e. e A• a oonduti"·idade molar do ácido cloridric.'O ã concentração
Um tn\fllC:O de lo& "· contra ~ darâ. ponanto. uma linha reta que iruercepta e. ~n1Jo teremos
o ~L~o das otdcnad.;u ~ log K•. O valor de log k. pode ser calculado a p;a.rtir A = (1 -«) A' - oA",
da rebçio
sendo despre2lv~l a contribuição da antlim IHr:e à conduulnc.'1..'I da solução. ;\

(! - •)
Eq. (S- 13) pod< ,., ''":scri11
A = /\' + «(!\" - A'),
As op:r~u;ões (luc ri1c:1nos até aqui se devent no r.110 ck n1o 5erem os coenc1entcs de ond:
de ti tivic.ladc iônicas igu:1is a un1; 111~1~ nas c:o nccnlrdÇÕ(S ctnprcg111Jus, nno ê po~j\•cl A-/\'
(5-14)
calcular·'IC « a pitrlir th1 razão de condutfincins, /\/ /\«. a w /\''- A' ·
l'undn1n cntoi de clcrroqllimica :\plicaçõea das m edi d<1.~ d1: ôí>ndut1ncia 97
Calculn·se 1\ a pnr1ir de 1nctlidt1S <lc condutância ern soluções de cloridrfllO de Se fosse possível ~1dh:ionar o b.lcali ao tlc1do sem n11cror o volume da soluç..1.o,
anilinio. e 1\' a parlir <la wndutí'inci;i de goluçõei; na5 (lutli5' a h idrólise foi quase a condutância di1ninuiria lincarint:nte co1n n ndiçi\o de ttlc:,Ji, p.~ra uu1nt:nta1· de
lOtàln1ente impedido. por n1eio de ud1ção de a nilin;l cm excesso. Conhccendo-<ic modo pratic-.i.rncntc li nc:lr <lct>OL"I de nünJjdo o pontCI fíoal. O gr{tfico consistiria,
os \'aJores de /\:" de med1da5 de condu&Jlncia cm soluções de ácido cloridrico, é e.ntão. em dua~ rchtS intcrceptn.ntes. ~l as. na pr!l.1ica, o volume da solução itumeuta,
possivel calcular-se « ntravês da Eq. (S- 14) e. conscc1ücntcmcntt, K,. 01n1vi:s d.a o que significa que o n1esmo número de 1o ns se cnconlra num volume nta.ior, o
Eq. (S..12). Relembramos aqui que K. pode também $C:f con<õi<lcrada como sendo que f.a.rá coot que a condutância dinilnu~1 nindn mai.1 ra.pidomcnte, provocando
a constante de di55oçiaç.ão {1cida do ion a nilin~o. urn desvio da linearidade da rclnçlo, 'E~:1e d<.~vto po&: ser corrigido an grande
p:trle ;nuhiplica.ndo·se o \'aJoc d,1 cond utGncU lido pelo volume total da solução.
TTTUl.AÇÔF.S CONDUTIMÉTRICAS Assim sendo, multiplic~1n<lo-~c a condut4ncla,. K, d3 solução pelo volume rocal
Ourante o decorrer de \lma 1ilulnçflo. '" concentrações dos \'úrios Í-011$ em da mesma, V. e con~1ruin<lo-~ um grlJico do produ10 IS'Úm obtido ct>ntra o
solução variam. Se tssai 't'arlações levarem a um:i 11ariaçio na condutâccQ final "ºlume. i.:. de ák:al:i adicion;1do, obteremos um &rãí.oo con10 o da Fig. 20.
da solução, seni. posst"el acomp.aotw o decorrer dcm 1itulaçio mediante medida.~ Âciáo fract>-ba.se fo•l<- Os d.ldco q11t obierlamos na titulnçilo de um Acido
de c.-ondutlocia. t!ssa tkn1cn encon1ra sm prineip.i:I aplicação nos ca$()i de titu- fraco com uma balC forlc tamb&n estio rtprtscn1ados na Fig. 20. No ca30 de
lações àcido-base e tituloçêl<s com formaç,Jo de prtcipitados. mn âc:do fraco. a solui;,'âo in.cial não contcri tantos iom: como una s.otuç-Jo de
Para melhor se compreenderem os priocipios nos quais JC baseiam a~ fitcla.çõcs ácado forte. e a oonduttncia inicial scri muno m~is bahia. Ch•nundo o ácido
condutimêtricu.. t oeceulrio ter·te uma idéia a resptito dM grandez::M rclali\ ~ de HA~ ~~ io11i7.a.ção pode wr rtpr~nrada ('N'>t
das coodut:lncias de lons. Essas iníormaç6cs podem ser tiradas da Tab. 6.que HA ~H· +A .
mostra que as coodutividadcs molarcs--h1nitc cb maf-0ria doS ions Se situam entre A solui;:ão conter.í ions H •• ions A , e molécul3S nio.-tonindas ~ HA. Suponha
40 e 700 - 1 cm 1 moi-• . As cxccç6cs dip'lru& d: menção do os io~ de hidrogênio que a solução cslcj3 )(:&do 1itulada com htdróxldo ô: sódio e consid::n:: a ad.ção
e os ions de hidróxido. para os q uais 08 "alorcs ma~ aproprmdos se situam e:n de 3pcnas ix:qt.;.cna qtJantida.de do àleali. iom de hKlrogênio da solução foran.1
toroo de ~50 e 198 n- 1 c:in~ mo1 ·1 , rcspc<C1ivamcrue. Embora nas titulações oon· subs.tifuíd0!5 por íons de s6d10. A remoção dos íom de hidrogênio pío\i·ocarâ uma
dutimétricas t1.s ôb.scrvaç<)c:I não s.ejM.m ícilid u dilulÇ6es jnfinitas. podemos dizer dissociação rnaio. de motêiculas do àc1do, pAra regenerar o equ1llbr~o precedente ;
que. cxcc-tuaoUo-sc ow ions hidrog!n10 e hidróxido. 3 n\aioria dos íons aprcse:n~ a mas a dissociação sera compensada pela prc~nça dC>!o. ions 1\ • que ainda exisrcm
CQndulâncias scrnclh11ntcs. Tendo cm men1e esses fato~ ex:.lminaremos a)gnlls Ji,•rc., e: qtJe podem w considerados como Bnions do sal Na~ wn elclrólilo forlc
exernplos particulares de ti1ule.ções: condutimClricas. e 10la lmcote dissociado. Por cauSA dessa supressão de uma dissociaç.{o ulterior
Âcidoforte·busefQr/~. Considere. por exemplo, 3 titulaçllo de ácido cJoridrico do ácido fraco teremos como re!IU11Jtdo a subJlituiçl\o de ions de hidrogênio por
com hidtóxido de sódio. Jnicialmenle a soluçlio contcril ions de hidrogênio e i<H1s ions de sódio ; um dcS<:rC5c:-imo inieiul LUl condu1{incia da soluçiio. À medida que
de c:1orelo, Qu11ndo adiciona1nos lons de sódto e tons de hidróxido na form~ de a Htulaçâo pr~s.cgue, o 1>roces.so pode ser encarado como umtl suhf.liluição de
solução de hidróxido de sódio, os ions de hidróxido se combinar"º com os íon~ molêc·Jlas não-ioniuidas tlo ã.cido, ll A.. por lo1ts Na'" e íons A·. d:: maneit'á que
de hidrônio, para formar àgu3. No ponto fin(tl da titulaçAo. a .i;olução conlcrà a condutáncja da :solução comoÇa n nlHllCntnr. fon$ de 1Jódio e ions A estão sendo
iotis dt sódio e ions de cloreto. Desprezamos os ions proveni cn1~ c.k• dissociação, ad~cionados ti solução ~Jtltes do ponto lin:tl dn tilolnção. ()Qpoi..(! do ponto flna~
inJnin1a, da água, pois sua conu1bulçüo à conclull\ncki final du solução St:rá des. o hidróitido de ~ódio eJU excesso ndic:iona<lo (X'lnnn ncco na solução sob a fonna
prezivel quando compurndo A dos oulros ions prcscnics. de itHl8 N~1 + e 01-1 - . Co1uo n condo1Qncit1 de OH"' ~ bccn rnaior que n de A-,
No inicio do titulação. n soluçno contén1 íons de hidrosênio e iorL"\ t!e clúrcl o~
no ponto final da tih1lo.çfio, contcrft tons de 1Jódio e ions de cloroto. Tort'la·Sc óbvio
que, à m'côidt\ que a tiluh1çlio prClgridc:. os lonA do hidrogênio, altamente condu·
{Ores.. vão sendo S\l bSti tu i d~ por ions e.lo sód io. dl,! condutância inuito mais baixa.
Corno rcsuJtndo. '' oonclutâriciu da sol u~ão dhninuir{1.
Depois de a1i ngidC'I o ponto l'inni u ndiçt\o de novas quantidt1des de hidróxido
<lc súclio :'1 solução st: tradw. somente na adição de no\'os ions. mais p~cci samcntc
ions de sódio e lons de hidróxido. 1\ pre!lenc;n desses iom provocará um a urncnto
d.à condutância da solução.
Se rizermos um gtifico da eo ndut~ncia d..1. 5oluç.iio contra a qua nti d~dc de
titulante adiciona.da, tcrcmus um decréscimo da condutância a um minimo, no
ponto ímal da thulaçào, e. cm seguida. um numcnto dn condutância. Os \·atores
rea1s da conduu.,·idade da soluçiio não procisan1 ser conh:cldos_ basi~ndo valores
• .,
relatn:os. e as leitura.'S o;a pun1e de conduu1ncut. pod:m )Cr u..~dus dirc1.a1r.cnte. 1-':,ura 20 T1:u~ão <:o nd.;.t1me:.r1G\ ~ I· ''""' 21. ·111ul1tÇJo rondulio~ric.:a de
sem oe<:e$SK:ladc de çorn:ção mediante a constante d-i c!lula. Os valorts das con· ã..-idM com tx"l$4!!l rorta (I' • ,·ofumc ltc;dtK com bom f nioi!:fis. (V= volum~
dulãocia:s usados para construir o g.ráfico serão propOrcionnit à~ condutividades t ot.11 éa solucão: K - wnduui.:xa da IOlal <b ~llll;io; K - condotâDCU da
da solução. soluÇio; r • \ Ohl int dt ~ ~ ,tdicior:a<io) lkll~lo r •Olumc de ~ adiei..-inadoJ
98 99
a oondulânci.a da solução uu1ncnlitrà 111uis t1ccntund:;101c1Hc depois do final da
1 ilula~to.
Esse compor1amen10 é ihunrndt> na Fig, 20.
Conlo se lrata de 1itu la~no entl'c (1cido írl\CO e bnsc fo rte. o sal forn1ado \,'".S lará
sujeito a hidrólise. Enquanlo houver cxccs50 de :'lcido ou base. esta será evitada
maniíestando-se a penas na 1·cgjAo do ponto fíoal da tJ1 t1laçâo O gráí1co da con· KCL
dutância não mostral'á uma dcsconHnuidade J.ctntuada. mas a tra nsição entre
as du:.H retas se p3rec:er6 com uma hgcim cur,·a. O 1>onto íioal poderá ser enoon.
ttado prolonp,nndo·sc os dots segmentos r.:.t~ e detcm1inando se s'Ja interseção.
Ácido rmâttJ fraco·btllt' /ort,. Quando o áctdo a ser titulado íor muno fraco.
o número de Sons presente! 1n!Ciiilmcn1e pode s.cr considerado desprezivel Adicto-
nando-.se àlcali, o S3l form11do Kt6 lOtalmcntc 1on12:1do e a titulação pode ser
eocar.1da como uma adição de tons A soluç:lo. NHse caso. a condu1â0C1a da solução V

au.mienta desde o inie:o da ti1ulação. e conunua a aumentar mais rapJdamente f.~lg.ura


2?. Ti1u:.a.;ão oondntirr.et:c de F-111ra ll T1t.i.la.çio oood 11ti.mê:~ÔCil d.:
ckpoas dr: acing.ido o pont0 final. No,•amerue a hidrólise do sal formado será res- mistu13S de :"tedos. (V - \a:tlmt t('f!ll ~ de Pf'C'C1p&l,)Ç.ln.. (V = \'Olumc
ponsâ"el peta forDtJç.ào de uma li,gtínl cur\"'J na interseção dos do1S stgmeotos da soluçio: K = cor.Ju1.\r.áa da toh~. IOla. 4" Quç3o. K = condutinaa da
ret~ ' = 1'-0.Jme de bt.:ic ad aanadot JOl~lo. r • voho.mc de ~ udiciooodQ)
Áciáo.\-boir.s fr'1Cib. Quando titulamos ácidos com b.tscs rr...cus. o aspecto
do grific:o ante:o de ~ atingir o ponlO lin.11 da tilulaçio scri cm 1ud.c) scmelhan:e ln1ci!l:nen1e temos ur.\:l soluc;lo contendo tons de potássio e ions d: cloreto. ?\o
30 obtido qu.ando o IÍ!ulonlc ó 0.tSc: ror1c.. Contudo. dcpoi$ de aling"r o PQOIO final. final da tuu:.:tçiio. se desprctarmM n h,ge1ra solub1hdadc do c;Jorcto de pruta. a
o excesso de b..i.se presente na wluçüo citl:arà cm 1rand::: parte nl~ionilad0i, se solução contera ions de nitnuo e ion-c de ()<'Jlà~~io. Ant~ do ponto final da titulação.
a base (or fraca. A prc'Cnça de cxc~so de bMC nio contnbu~ portanto, d~ m.Jocim ocorre substituição dos ions de clorc10 por ion'l de nitrato. A Ta.b. 6 mostra que
significativa para n condutância d:t sohu;lo, t1uc pcrman;cc: prtuic-amcnt~ cons- as condurãncías des~3 do~ ÍoDS são 1nuilo p.tri;:c;idas., de modo que não ocorcerâ
tante, no i,•alor oorres-pondenre 110 do pon10 final da iHul.a.çào. A Fig. 21 ilustra \':tciação apreciável na condutilnci..1 cJ.1 solU91o antes <l\,I ponto final. Depois de:
esse comportamento. atingido o finai Ct adição dt CXCCS$0 d.': ni 1r110 d.: pratt1 ~ 1 rnplesmentc prO\'OCa
~o caso de uma utulaçilo âc1do fonc .. ba~c iraca, a hidrólise do sal formado autnento do nóntero d~ lons presentes na soluçQo e, corn j~jlJ, prv,.·Ql:tn'à au1ncino
será responsável por un1a leve curvnturn no ponto de 1n1erscçâo das duas retas da condutância d!l solução, O ponlo no qual cem inicio e~&:: »Umc:nlo é o ponto
do gráfico. No caso de um:i utulaçào ácido rraco-base fraca. a hidrôlise do sal fin~1J di lituluçâo.
terà un1 efeito maior sobr~ a represen1açfto arAflc-.i da condutân~ia. provocando CQr.i;i<lcrc 1:tgoru u tituluç5o de umn solução de sulfaio d~ nlagnésio conl
uma c.ur\'atu ra num inter,•alo bem maior. Realmente. p~tra se obter um ponto final solução de hidróxido de bário. Duran1c o dccori·er d~' mesma, precipitarão tanto
satisfatório, ta.nto ácido co1no base s6 podoem ser moderadamente fra006 (ou seja. o sulfato de bârio con10 o hidróxido de magnésio :
K,, e K 11 115.0 inferiores íl 10 )). Se o 1\cido e l\ base for\!..111 demasiado fracos. todo
MgSO, + 8n(OH), ~ Mg(OHJ, J + 8nSO, (.
o gràfíco pílrecerà uma curva, e.m toda a rtgHlo cm que fízcrn1os medidas.
,\1h·turas de àt{dr>.'i. Usnndo·sc uma técnjcn condut ilnétric..a é possi\'eJ tltula r. A solução inicial conté:rrt ions de mngné$iO e lons de sull'uto: ri 1nedida que a ti tu.
com u1nt1 b(1se, urna. 1n isturu de um 6cido frfloo e urn âcido forte. 1\dicionando·se lação ptossegue, ombos os ions s~o rcti rodo~ da solul;ÕO. pois prc(:ipih1nt A c.on-
i11cali f1 solução i1cidn, i. pri1n.;iru t'cu~ô quu ocorl'c b u substituiç.ão dos ions durâ ncia da soh1çtlo diminuirfl a1ó atingir. no pooto fiotil, vulor quusi: nu lo~ o.~
hidl'ogênio pro\'enientes do f1cldo forte pelo.41 clttions do âlcali. A condtnãncja únicos io11s pres.e1ues tta soluçflo nesse mon1c1110 3Üo devidos ã pc4ucna solubi-
da soJuçAo dcscrcsce, o que corresponde 1i neu<rali1.11çâo do ácido forte. Depois lidude do hidl'óxido de ntagnésio e do sulí1uo de bário. Depoi.s de atingido o pon:o
de ncu<raJjz:ido complclnmcn1c o Acido forte, us 4uuntidadcs <lc àlc.:ali que vão linal. o cxOoiiSO de h1dl'óxido de bário leva i\ soluçí.lo Joos de bário e íons de hidró-
sendo adicionad:ts ncu1n1fizttr~o o {1cido íraco Es$.'.: pl'OOCSSO çOl' rcspc>n~ pratica- xido, falcndo cc)Jl\ que "' oonduu'lncid a umente oovan1entc. O ponto final ela
mente à substiluição de moléculas ni"io·ionituda~ <lc áci<lo ín1co pelos íons do s;_~I 1i1ulação é de1er-1nin,1do racilm~n 1e. pois corresponde tto n1ln11110 de condu1ància.
formado. A condtHfincia d.i solut..Ao, porlAnlo, :u1mcnt.a. Depois de ocutraliz:tldo A Fig. 23 1n~1rit •:; Ju,1s 1i1ul.u;:ôos descritas.
o ácido rraco, a condutância do soluçR.o uumcnHtrj rntti~ rtipidamcoic 'iC usarmos
.como titulante uma base, forte. Um gráík:o da 001tdu1~nc•a oontm a quantidade
de base adicionada mostron\ duas inflcJÕCS. A pri1ncira corrcspOodt: ao 1iluJo
do ácido. e 3 segunda :io ácido fraco. E~a silut\çlo cncontra·sc ilustrada na Fig 22.
'lit.,lacõn por prt>~ipi:n('ào. Considere a thulaçào de um.a solução de cloreto
de potássio com uma solll('Ao dr n11r310 de pr3t3. A r~c:lo que ocorre é a prccipi·
tação de clore10 de prata

KCI + A&NO, -A&CI + KNO, .


Aplicac;lk:11 de mcdida11 dt: frm 101

Os pot~nc i a. is E2 e J::, lloiio d;;idt>s peh1s Eqs. (4·15) e (4 12).


RT
Bl •E:~+ F hl (a~}2 ,
CAPITULO 6 • , RT RT
E, • E., - T ln KASO-T ln (a_J,.
APLICAÇÕES DE MEDIDAS DE FE:IA o n<k (o. )J é a a tividudc dOJ tons de prala oo eletrodo da direita e (o_)1 n attvidadc
dos ioJbr. de c!orcto no eiet:odo da esquerda. Portanto teremos

DETERMINAÇÃO Dli PRODUTOS DE SOLUB ILIDADE


F.rf! -
r
E:,_.+ F
RT ln (a .. )2 Jl- ~~ +F
RT l.n KA,a -RT
7 l:a (a .. )4 ] ,

Con:1idcrc um1l «:Juta na q u•tl um etcH·odo d o pruh1-clorcto d\! pralu s~


RT RT RT ,
E,.1 - F ln (a.), - F ln (a ),-F ln K,,ci·
cncon1re con1blno.do com um eletrodo de refcrênci>1 de calon1elano:
lla/Hg 2Cl 1 (s), KCli i KCI, AgCl(s)/Ag Red islribu indo os tcr1llos da equação.
FE,.,1
Medindo ·sc :i fcm dc~S..t céhtla, ê possivel obter-se o po1enc:iaJ do eletrodo de ln c
J(A11 1 • Jn (a+Ja + Jn (a ... ) l - R .'
1
prall.\, d\.\.Sde que conhecido o polcncial do eletrodo de C-ttlo1n..:lnno. D.1 Eq. (4-JO). Oll
FE"'1
log K•,c> • Jog (•+h + log (a _) 1 i,JOJRT (6·2)
ou
EAt: = f.ul + ErJ· NovHmenie. (a. )2 de\•e ser cons.iderada a atividade iônica médi1• do ni1ru10 de:
O potencial do clcorodo d: prata é, de acordo com a Eq (4·1 2~ praia, e (o ) 1 é con11ideruda igual a atividade iõnjca médi3 do cloreto do polâssio.
Um mé1cxlo mais exato de determinar o produto de solubilidade do clorclo
RT RT
E,._= E:.+ F ln KASO --F ln a0 de pnata consi~tiria em medir a fem cL: uma célu:tl 2.dequad:i sem ju~o liquida.
Uma c;élul1 dcuc llpo podcr1.1 ser
onde "t-1 ~ n u11vtde1dc dos íons de clo:eto no ele1rodo d;: pr1ta~l0tt10 de prata~ Ag/AgO(s). HCVO,; Po,
e 1(...;a o produ10 de solubiltdade do cloreto de pc:ua A cquoçáo antcnor pode
ser r~rJ13 de outra íor1na: l ª''""
F.,ti = Eot - E~.
Os pnte n c:fo i ~ dM eletrodos isolados são dados pelas Eq~ (4·7) e (d· l2).
0 \1

(6·1)
e
Ecii • E~l R: ln tra

Pam poder crilc\1lar K1.sc:i a ptlrlit' da Eq. (6· 1), seri11 preciso sober o potenci..'\I
de c1elrodo-padrlio d 1l pca 13, e a atividade do!i ions de clo reto 110 el~ trodo prata·
Ponan10
-cJor~co de p l't'IU\ deveria ter .siJo consid::ruchi igu al it ativid nde 1611~ média do
cloreto d e polàsSlO. Nesse caso pa r1 lcu l ar~ u ma ponte 10;ahna sed.;. desnccessària. 0 ~ RT K
E,,.,.• (Eol - s:.A,)--,; ln Art.'I '
pois 1t junção Uquicb 5e dá ;:.01r.: d uas soluções de.! cloreto <k potàs.sio. junção cujo
pot<ncial t desprezlvel. Rcdis1dbuindo fl' termos.
AJ>e:S•r d.Js aproximaçôcs que d~vcm $el" feita!, \'$SC 1M1odo cncontl'.i grande F
aplicaç-ão, pois. para a maK>ria dos: ca50', é rclali\•amcn1e simplC"S construl!-SC: ln K•.o - (E°a, - E".., - E,..1 Rr'
um S!Stc.nu de elc1rodos adequado J>3Ta a oediçio. ou
É pos.~1\•tl coos1ruit-5e: outro tipo d:: célula,, no qual n..'lo hà .a DCCe.$$lda.de F
de conhco:r o poceociaJ-padrio do eletrodo mctãlico.. Por exemplo. 101 K.,,o = (E"o,- ~,-E,~12.30ll!T. (6-3)

Ag!AgO(s), KCI/ / AgNO,JAg, Verificar-1c-i qut devido a ausência de junção liquida,. oão hà Mccs5id.idc de
Se os pôt<nciais dos eletrodos da esqu.;:.rda e d..1 dircit,1 ror.:tn E 1 e: E2 • respectiva. aproxirnuc;ôc~ e a Eq. (6-3j poderá \iCT tJsada s:m outras modifica~ p;1ru se
rne1He, a íe1n d~1 célula scrà dada por calcular K,..110 • Apcs~1r do íato de .ser este úli imo mêtodo mais exato q ue os dois
prirnciros. ..:te nllo é usado tão largarncn!e, pois ê nlois d iflc1 I cons 1ruir cêlu las
E<.ott ~ E2 - E 1 • ad cqot1d~1A,
102 :\plkt.çõcs d e n1cdidas de fcm 103
DETERMINAÇ..\0 DE FUNÇÕES TERMODJNAMICAS e $çu poicoeiaJ é obtido aplica.tu.to-se a Eq, (4- 1), Como o potencial-padrão do
As rch\çõ,·s cnirc óG, lif-1. AS e .: r~u de: célula.e: jâ foram dedu?.ida.s no C.ip. 4, el;;trodo de h idrogênio é zero, por uma oon.,·cnçiio. teremos
~ são dadns pelas f.qK (4-22), (4-23) e (4-24). aqui rept:tidas: E= RT 1 "•· • (6-4)
tlG = - zFE. r· " -..
h_,i:i
MT= - zPF. + zFT ( ., : , 'ôE)
\01 ,":
(',onsidetando-Se n atividade do gâs
tl'ansrorm.a élll
igu~tl Jl $üa pressão p1u:eial (p). a Eq. (6·4) se

tlS = tF ( <lP.) · (6-5)


,lJT,r
Jlustt'ar<:mos o eu1prego dessas equações a1ra\ ês de urn cxcrnplo numérico.
1 A Bq. (6-5) poderlt ser mais simplificada a inda, Se 11 pressão parch1I do gás for
Seja a célula igual a 1 a 1 mo~fern,

Pb/PbCl 1(s1 KCL AgCl(s)/Ag, RT


E = y lnaH*•
cuja fem e coeficiente de fcm~ratura, a 25 ~c1 são. rcsix::c 1iv;~mcntc, 0,4902 V
e - O.OOOJ86VK- 1 • Escreva a reação da célul:l e c~tJculc os Ya l or~ de .1.G, óH 2,303RT
F Jog ''u·. (6-6)
~ .óS para a l"caçào, " 25 ~e.
l\o ânodo (Ph) deve ocorrer uma reação de oxidf1ção entre Pb, PbCl;i(s) e
O eletrodo de hidrogênio é (l padrão primário para medidas de pff, e pode
ions c1 -. ser usado em soluções aquosas nun1a faixa bastante larga de valores de pH. Prc-
Pb + 2Cl - - PbCl, + 2e. Ci'IUÇÕL':> dc\'cm ser tomadas quan10 à pureza do suprimento de gâs hidrogênio,
No cíüodo {Ag). dC\'C ocorrer u1na. re~1ção de reduçãu cn1re A~ Ag,Cl(s) e ion.~ c1 - , e não se deve esquocer que não é possível usar c~i{C elc1rodo cm $oluçôes c<> n~nd<>
$Ubstâne)as q ue podcro sofrer redÕçào. O clelrodo eS(á tam~ sujc)to a "çn\'er'l<.-'-
AgCl(s) +e-> Ag +a-,
ou namenCo.. por subslântias como cnxoíre1 11rsênio. ck1.nctos, cie Dl~sdc que obser-
2AgCl~<i + 2e ~ 2Ag + 2c1 - . \•adas c'JSaS lim it~ções,. o cle1rodo de hidrogênio fornl:ce rcsult~tdos repl'oduth-'e.is
A reação rola i na cetula, portanto, é a seguinte: o de confiança.
O eletrr>dó de quinidro.na. H;\bcr e Russ foram os prirnciros n ob::;crvàr que
Pb + 2AgCl(s) ~ PbCl ,(si + 2Ag. quinonil e hidroquinonà formam OU\ s is 1c1nà redox. no qual o equilíbrio depende
Par~ essa reação, z • 2 ~) ussim: da ati.,.idadc. dl) ion <lc hidrOf>~O il). O oquilíbrio pode ~er repn:scrHado por
óG = - 2 X 96 500 X 0,4902 J 0101-: > C6 H,O, + 2H - + 2c,,.C,H.(0H), .
= -96,6 kJ roo1-•; Chamand o de aQ e l?iiQ• respoclivarnc1:1l-::, ~1s atividades da q oinon~ e <la hidro-
tlH = (- 2 X 96 .soo X 0.4902) + (2 X 96 .soo X 298 X (- 0,000186)] J mo1- 1 , (lu)nona, e aplicando ao Si$t·::ma (1 F.q. (4· 11.
= - 2 x 96 500 [0,4902 + (298 x 0,000186)] J moi- ',
= - 2 X 96 500 X Q,5456 J 010) - ! , - In •tq :x "~ · .
E = E +RT(>

= - 105,3 kJ n101- 1 ; 2F "uQ


• Rt RT
tlS - 2 X 96 500 X ( 0,0001R6) .TK - l mo1- 1 ' • E" + - F ln ~ + -F i ll •w . (6-7/
= -35,9 JK- 1
mo1- 1 . 2 <l110

Quinona e h.idroquinona forma~ e1n proporções 1 :1. urn cornposto molecular


MEDIDA.$ DE pH_ eharnado quinidrona, (.'6 8 4 0,;. · C<,H..,{OHJ 2 , pouco !!Ohível em água. Uma solução
Uma das aplicações mais importanles da mcdid~1 da feut é a determiniJ.ção saturada de quiuidrona ~ porianto, muito diluída, e fJ a tividade ck1 q uinona po<k
do pi 1 de soluçõ.::s. Lembrarêmos que o pi I íoi dct11tido no Cap. 3 como ser \..'tlnsiderada con10 igual à da hidroqujnona. NcS!>ilS co11djçôcs. ;,-1 Eq. (6-7) se
:'i.impJifica: ·
pH = - log a,,-.
Se for poss1ve.J enoonlrar um eletrodo que entre em equilibrio com ions hidrogênio, E = E·• +
RT 1
F n ª" *.
o potencial desse eletrodo seda uma medida do pl'1 d.a solução.
O 1tletr.odo de hiJJ'O~/êniô. A escoll~ evidente de um eletrodo que r.::sponde 2.303RT
E= f,~ + . log ª", . (6 SJ
à a th•idade de íons de hidrogênio cm solução é o eletrodo de hidrogênio. O equi- F
líbrio no eletrOOo é O poti:ucial do eletrodo depende. porta nto, dircLtuncrlle da a tividade do íou d~
hidrosênio.
104 Fundainentru de í'l1~11oqulmk.a 105

O eletrodo de quini.drom é construido mergulhando-se um ele1todo de platina dcrà do pH dessa solução, de modo que o potencial de iodo o i:;istcm.J ''ara:trá
ou de ouro na solução em a1udo e adicionando-se uma pequena quanticbdc de \01ncnte com o pH da solução cm estudo.
quinidrona. Obtêm-!ie bons rcsuJtados na faixa de ptl de l a S. Em soluç6c~ O vidro mais adeqll!ldO para se construir o clc1r<Klo é o vidro Coming Ol5..
alenJina~ a hidroquinon::i pode ser oxidada pelo oxi~nio do ar. o que provoca, <1ue contém ccrci de 72% de S10.a• 22% d..-: Na 20 e 6% de CaO. Es1c ,·idro c~1õ
na rclução "<iaMQ' um dtS\fiO, no sentido de nr11stA·b da t•nidade; nssiJn sendo, sendo mais e mais subs1i1uido por vidros de lí1io. Elc1rodos de vidro aprcscn1a1t1
a Cq. (6·R) não e a plicável c.1n pH superior a&. Ou1 n1 consideração u fl\Zt.r rcícrc~tic llllll\ resislência elétric:l rchllivamente baixa, mas, n1csn10 assiro, a rcisistê ncin
no falo <lc ser a hidroquinona ela própria um !tcido e, tuesmo sendo tstc nHnlO podcr6. ler \'alores entre 10 e 100 megoh.ms (f\1(2i Por isso. devem ser en1p1·cg."1dOS
frij,co. sua dissociaçilo pode não mais ser despruívcl csn nteio alcaliDo. A dissocia~:io m~todos especiais# pal'a modfr-se a íen1 de qualquer cl:lula que contenha um el:·
i;ed mpon.Y.vel por equilíbrios seçundârios, a.os quais respondc-rà o potencial tr"® de vidto. E fácil d emoru tra.r~se que o método normal do potenciõmc.1ro
do eletrodo, podendo .. ioos de hidrogênio formados pela dissoc;ioção alterar para mcdir·Sl: a rcm !'>.lo ' suíic.u:otemerne exato para «tul.as oom resisttnci.1
o \"alor inicial do pH da solução. interna 1io alta.
Outra limita~-ão do elc1rodo de quinidrooo é à rcalh·idade quimics dn qu1nona. Com relação à fig. 1'1 l>~SC que a fcm da céJuL1 cm experiência é equilibrada
Ek1 reage com amino·compostos, amônia e ions de nn1ônio, de modo que o ele· com referência à tem do íto entre o ponto A e o contato. O ponto &.: equilíbrio
trodo não pode ser usado ein soluções cont~ndo essas substâncias. ê detetado por um g.alvanõmctro: que mostra que não haverá passagem de cor-
O ..:letrodo de quinidron" não merece confi1lnça em .soluções de elevada rorça rente pçlo circuito qu:indo as duas fcm são exatamente iguais.
iõnic:m. quando surgem os chturu1dos ''erros salino,'". Com força iôni~ crc!OCénle. Suponha agora que a rcsi$1encia interna da. célula em experiênci.q é de 1oMO
tlS atividades d.a quinil'um e da hidroquinona 8oírc:rão variações, mas. inícli1mi:nte. e que o contato ôesliunte nüo está exaramenle ..:nt posição de equilibrio. 1nss
cm propof'QÕCS diíercntcS. A relação das atividades. a.oJaHQ, irá se des"iar do "alor oerc.a. de 1 mV íora de cquJlbrio. Normalmente uma si 1u.ação de nã<'.H:quillbru)
um,• a Eq. (~)não pode ser emprcgada. Os erro.< salinos .ão importantes somente é dete1a.d.a. pela deOe.xão dt um galvanômetro. indicartdo uma corrente atruvé:s
cm rorças iônicas superiores a O.J mo1 dm- J ; abfti.xo dess-: limite, o eletrodo de do arcuito. No e.templo prcknle. aplica.se um excesso de ..·ol1agc:m de 10-1 ' '
quinidrona fornece rcsult.ad05 dign0$ de confiança. atra\6$ de uma :esistê"nciu de 10' n A corretnc: atrn~ do galvunô.mçlro é dutt.
O elet.rodc de tidro. O eletrodo de \iidro é pro..·ai,eJme;He o eletrodo indicador pela lei d• Ohm:
de pH mais usado. Ba.scitt·&c numa observação de Ha hcr e Klemcnsh;wics de V io-> V
que o difercn~ de poteneiid existente entre un1n membn1na de: vid ro e oma. solução f ., - M - -- = 10 - 1 0A
R JO' !l .
vitrla linearmente com o pH da solução.
Em l>Wl forma usua~ o eletrodo de \•idro 6 oonsutuido por um tubo de vidro Para indicar que a pon1c nãh está e.1.n cquilíhrio, o l1-lilvunô1netro deve ~r capaz
que termina cm bulbo de porc:des delgadas conleodo uma soluçl!o de pH cons- de dele-lar urna corrente de 10- Jo A apcoas. Se * corrente mini.ma q ue o gttlvon6-
tante e um eletrodo de potencial constante. Mais comum é uma solução de àCI<lo meiro pode detetar é 10- 10 ~ cn1Uo a rcrn pode i>Cr mcdiUa com precisão do l 1nV.
eJorklrico 0,1 mol dm - >: o eletrodo ê geralmente um eletrodo de praht·Ck>reto P('::t"CCbc-st daí que. qu:1nlo n\JIS elevada a re!illtência cb o!lula. mais inc:sat..l ~ri
de prat• ( Fíg. 24). • medida da fem.
Pata se medir o pfl, o eletrodo de vidro 6 mergulhado na solução a testar O plvanômeiro comum cmprcgndo éôm polcnc1õmc1ros pode dcte111r cor.
de 1nodo que o sistema pode ser rcp(csentado por ~ntcs de atê io - -:o A. o que não b~1llta pnra .si81cnta:J envolvendo clclrodt,X:; d: vidro.
Purn ;1 rncdida da Cc1n de célula5 de a lln resis1ênci11, c1nprcg1:1·J;c co1n u1ncruc u1n
Ag/AgCl(s), HCI 0, 1 mol dxn-• vidro;soluçao a medir. circui10 nmplificador, paril a1nplilical.' a c<>rrcnlc anlc:~ Ltuc ela scj~-1 rncdi<.~1 polo
O polcoci.aJ d~ eletrodo de prafa..ctoreto de prah1Sc:1·à eonsi.aotç. dada a atividade galvnnõmctro. Com circuitos desse tipo. é possivcl ntcclir potenciais de <Hé O.S 1nV,
con.s1an1.e do ácido eloridrico. O potencial cnlre 1t superficie interna do \1idro e a o que corresponde a 0,01 unidttdcs de pH.
solução de ácido clorldrioo oambém será constttnh:, já que o pH de<., solução ~ollas teorias foram propiostas para ex.plicar qual o mecanismo que í3t o
nlo •ruia. O potencial eo1re a superf.cie externa do vidro t a soluçào-tcstt d..:pen· pot<ne13J de uma superllcie de vidro depender do pH da solução oom a qual ele
es'à cm contato. As ttonM süo sempre complicadas e ocnhuma dela~ isolada·
mente. cxplka todos: os MpcctOti do comportamcnh.> de um cletrodo de vidro.
É prováveJ que~ influêr.cia do PH sobre o eletrodo se deva a pcnetraçtlo de ÍOO$
de hidrogênio no retículo do "ídro. Urr1 aspeclo comum a todas as teorias. rorérn..
1
Fio de prata 6 o resultado idêntico de iodas elas para a relação cnlrc potencial e o pi 1: esse
rcsullado se reduz a um tipo de cquaçiio de l\crnsl, que pode ser cscri10
HCI 0.1 mol dm ·l Figura 24. Eletiodo de 't"ldro RT
111utado com AgCI e, = k + T lnª".. (6-9)

onde ª". é a atlvtdade dos ion.1 de hidrogênio na solução íora do clc1rodo. O


Bulbo de vidro
de paredes rruor J.. não é urna conslante V<rdadeira e varia todos °' düu para um ~lclrodo
delgadas parueular. Isso porqut el.a inclui o polt!llCial c.....sirnétrlco do eletrodo de vidro,
Funrlan1<'lll0i de ckl roquirni<·:\ I07
106
qoc va1·L. co1n () tc1n po. C..:olocanclo soluções e clclrod~ idênticos dentro e rora DEFINIÇ,\O MO DFR '1A l)F pH
do eletrodo de vidro. rormaremos a seguinte célula: Embora o pt 1 ~ uma. soluçãô seja d efin ido formal mente como
Ai/AsCI($~ llCI 0,1 mo! dm -'fvidrofHCI 0.1 mol dm ' . AcC~•)fAg. pJ.I • - log. ªu ·
A fem ~., dtuLa de\•eria ser nula, pois eLt é ~rfcitamc.nh: s1mê;rica ~1as. na e embora os potenciai.-. dos et~trodos indicadores de hidro~nu>. quinidrona e
pràtica. dctclam~ um.i ft!D no in!cnra\o de O a 10 m\ f.S.ia km Se: ck\"e a ~if:­ vKlro dependam da auwtdadt dos ions de hidrogênjo t'~ soluçlo, a 1mpossíbilidack
Je-ntes estímulos do pH sobre as supcrficit:S interna e ex.lema dõ eletrodo de vidro. de 1oçc,hr·~ o potencial ~ um eletrodo isolado impod; u JcLcnninaçio do \•alor
e é chan'.la.<b de po1<r.cial as!imét"."ico do ~li:trodo. Supõe-se t.1uc ~ oritcm ~~ dn pH de uma <Oluçllo 131 como d efinido. A definição moderna de p H parle do
esteja nas diícrcntcS rensões nas su~rficies interna e extcm..".. do vidro. Por i~so. rn élodo de medição do mesmo. n o qual um clelrodo indt<:ldQI' adequado é com·
o clc.trodo de vtdro Jc\·ç. ser padromz.adv co1n soluções~t;unpau de pH conhecido, binado com um i:lc:t1•odo d~ refcr ~ncia, inc:JinJo-i;c a fcn da célula assim íonnada.
p1:1rn se determ1nnr t> v"l(')r de k na Eq. (6-9). F. de fundamenlal impor1ttncW. usar·se A escolha do eJet(Odo indicador ê i1ldifercnl(."., pois l<'dos slo s,cnsi\'ClS a.o pli do
pelo menos duas soluções, de preferêDcia ma is, para garanlir qnc o .'•!\lot de k mes1no 1no d o1 Ln OSi por sinlplici<lti<lc} conl:iiderarcmos o eletrodo de hidl'ogê n ~o.
:-cj~ constante no in1ervalo de pH no qu,tl que1•1:mos fn7.cr dc1cri~11na.-;.õc:s. O V1unos supor que q uc:rcrnos 1nedir o pH de \1ma sohiçtio deSOOJ\hi.)Cida., X ,
polcnciaJ ruisiJnétrioo ''aril'l coir1 o lratarncn10 d nrlo no eletrodo e, :1ss.1m, r1ltcrn-sc mergulhnndo 1..un elelmdo de hidrogênio na solução e comb111nJ\do-o t,;('un un1
icfl1U lllellt\.\ COl'fl O tCl'fl J)O, Ú acO!lSelhâ\'d paJronii1.11' O eletro d o de \'i<lr(l Ulllll ve.z el~ 1 1·odo d e rcl'c r~ uciu Jc c~i1 0 1 nc l an o. A oéJula con1plelri pod~ Sl!I' t'l!l)rt.i!W:ntnda por
pór hora. du1untc un1» série longa de med iditS Jc pl l .
Hâ o u tra rru:ão punl a ptidronizaç.ão. O gráfico de Ev co ntro ln 110 • deve
ter inclinncl'lo R'f/1'.., 1nas. n~ p râtica, o bserva-se a o<:urrência d~ desviOb c:1n relação
P1: H 2/soluçuo X: KCL Hg,Cl,(s)il
1
1~.

a e~~ \ 11lo r.
1 onde ,, linha JKlnlllhoda rcprcsenli.~ •l Jurição líquida entre a sol uc;.no ,'(e n ::.o lução
O eletrodo d~ vidro apre$CcHa muitas vant~gz.::ns. Ele: po<k ser ustido cJn de clorclo de po lilt-tio d o eletrodo de c.alomelano. :\ fem da ctlu l:.1 compli.:i.1, r.z ,
soluções d;: ngc:ntes oxidantes e redutores. não çon tt1muu. a solução ern C$tudo scrfl igual ::i d1ícrcnc.a entre os potenciais dos eletrodos m.li~ nlJ'um potcnei::1I <k
e n ão é aíc:tado pelos ·\·enenos.. comuns dos el-etrod0$. En1rctan10 algumas pro- j unção Uqu1d3, E~.
teinas dão rt'f;u11ud~ IOC!llmente crrod~ p ro\ ,a.\·elmcntc pun.tuc ocorrt COOg\lla-ção (()-10)
sob re a 'upcrítcic de \ idro
O eletrodo comum de ,•idro dà bons resultados na fa1~a de pi 1 de t a 9. ~ O 1>01çncial do e:k1rodo de caloreelano setl d.tdo por
tcmpera1uras 1nítriorcs a lS cc .l\cima de pJ.I 9. o potcnckd do clc1rodo é afelaÔ.O
por out1·w ciho1~ preSentes na solução aJem dos ions de hidro~n10. Os erros R1'
1l0 pl1 medido i-c d c\'ct\l p1ova\'elmcn1c ~ pelli:tração desses ci1ions no re1ículo
hH;;,02 l:.~11}02 -7 ln {ao >11·
do vidro. O cícllo é par1ic!ilannente accn1uado 110 caso de elevadas 1.:0nCé111rriç&:s
<lc ions de s6d10. [xis1c1n ctêlrodos de vid1'(')t(: t.specia ls p,lra mçdir-11e p i 1 acima onde (ac1.)" ~ n 111 ividnde dos io ns de c.lol'eto oo êle1rodo de rcícrênci.1 de cn lo-
de 9. EJ.n soJuç6co: flcidn:-t. com pH inferior a 1, o eletrodo de \•idro uunbé1n dâ 1uela no. Su pondO·Je un1n p1essão parc.ial d o h idl'O~ê;lio de u1n,1 u1 1n osfo r:1~ o
erro s. Pare<:\! q ue o erro n::sses casos não é p rovocado p or cA1 ion~ ou ilnions espe- potencial do .,;lel rodo d ~ h id1·ogénio serà da do por
c.ificos, cinborn, ern nJguns. p tirc:Çt1 haver abl)ot..;âo de à n 1ons nn $ll pcrlit.:ie de vidro. R'/'
O t:l etl'Odt> (/a (1111in1Jh 1ió. (Ju tro elelrodo cujo potencial dependi; do pl l de Eu, = T lo (<111.) x •
u1nu so lução ê o clclrod o de a 11u rr1õnio. F.stc ê construido fu nclindO·!iC u.n1 P?d•1Ç<.1
de an11n1ônio no :ir, p,lrtt que haja iru;lo5.ão de n.lgu1n Vxido. O c:qu1Ubno c1n onde (aH, )x C n ur1v1d ad e dos ions de h idrogê11io na soluçã<: ~r Suhio1ifuindo csi>es
solução pode ser cscrit() \'alo r~$ na t.q. (6·10). !crtn1o s
Sb,O, + 6H+ - 6• "" 2Sb + 3H 20 .
(6-11)
O po1cncia.l do eletrodo é doido por uma cquaç-~ do tipo
Como nio ~ põS-(Ívcl medir-se o poreClcial de junção liquida ou a a1i'f1dadc dos
E = A + BIQ1Sa..-.
lo~ de cloreto, é in1possí'"d obtcr·sc o valor de {<Jy.)z a 1>3rttt c:b t:q (6-11).
onde A t li <.l<> const••tts qut dependem do método de prcp;1raç:'ln do el.uodo Vasncx <1;upor agora que re1iram os a solução dcsconhec.da X e a subst11ulmos
e das cond~ de uso do mesrr.o. Ele nuxa ê us.ado em medições de lnboffltôrio. na célub por uma soh:(io·padriio S. de pH conhec:.do. A no~ ttlula será
pois e.k: é pouco c~:.110 !! de\·e ser calibrado p.tra cada upo d1f~rcn1c de solução
d.D que C usado. A'( pnncipaJS ap licações do i:lelrodo de a numônio -.:: encontram Po; H,J>0l11çlio S : KCI, Hg,Cl,lsJ:Hg
no controle indu1:1ri!ll de p ll. quando queremos testar i;on11nua1ncntc o pH de A. íCJn dcs~a ctlula e"' sera d ada por uma exp1 e$.Sào si:n1c:lh.1ntc :) Pq (6-1 1):
u1na d e1erm1nlld:l :-l1luçao. Nessas co Ddiçôcs, o eletrodo pode ser calibrad o 1>a(1:1
u1n:1 a phcaçlio dc1crininr..da: tra ta-se d e uni clc1rodo n.:s1s1cn1c, ndc"1u,1do 1>a(a ~ RT ( RT ,,
J:.' ' E,.1110,--f. 1n Oci- )1< - p lo (11J 1 .)~ + /f,1 • (6·L 2J
cn1 pr~po cn\ instul•1çõcj\ iud usttiais.
108 Aplicações de medid1u de fc1n 109
{>nde ("u, }:,• é a auvid:u.lc d os ions de hid1ogêt\io na soluçílo S, e Ef o 1>olenc1al a solução 1n1crnu de referência da solução a tcslar. Os clc1r-0dos podcin lioCr
de junção liquida. Subtr> indo-se a Eq. (6-12) da •~uação (6-11) rc<ult• clttssificad os cm q u1Hro arupol\, de acordo com o 1ipo de membrana empregado.
1) Elttrodos dt t•idro. Já foram dcscrü:os. e são sclc1ivos apenas cm relação
RT RT ., g
li.' - ~1 = F ln (a11 .Js-y ln (a•• J, + (E 1 - 1) (6-13) a ci1ions
2) él<1rodos de esrado sólido. No<scs eletrodos,• membrana ê COAAituida por
Ignorando diferenças por,'Cnlura existcn!C5 entre os p<nencia1s de junção Uqutda um único cri11t1I oo um disco cornpac1ado do mareria.I a1ivo Pot exemplo. um
Ef e ~.e considerando idênticas as tempcnuurns das duas célula., :1 Eq. (6- 13) c":trodo de alado sóhdo sc:nsíl'-d aos ion:s de fluorclo emprega um;a n1cmbraoa
u simpliíic:a: de Ouorc~o de lantJn10 (LaF J. t;m outro, s.cns;ívd 3 ions de sulfct(\ a prC$(nla.

f.' - F.' • s: [ln (a11 • ) , - ln (•11 .),] .


u nltl 1ncn~bntn» ~ iYlfcto dt: praia. Al&n dc:$$Cs cfr;trod°' Jc C\h1Jo ollÕlidu p;u1l
d.eh:rminaçflo de F'"' e Sl '"" . exislém OUlrOS p.<tr.t c1 - ' nr -, 1-, Ag '" . Çul •'
Pb' , Cd" e CN - .
= -
2,303RT
F -
J
[Log (a,,-).-log (•,, .), .
3) Elel r<Xlos de mt fltbrcna heterogênea. São scmclha ntdl 100 eletrodos de
c:studo só li d ~ d iícrtndo destes por terem o material uti.,·o dispurso M1hrc utna
n1a1ri?. inerte. Existc:m ncs.,a clas.lle ele11·odos para a 1nc::<lid."l de lorL, CI , ur- ,
2,303RT (pH H )
- ,.. >: - Ps · 1 , s• e As • .
4) Eletrorl(}..)' tlt.! 1ne1nbru11u llquJdu de rro<XJ iôni'c:u. Nossu lipõ 00 clclro([o, a
Rcarra njundo os termo~ dessa expressão. solução i 1Herna de rcl'e~nc ia e a solução a testar estão Sdpúnl.diiJ por um liquido
F(Ex I!!) orgânico de baixa. solubihdode en1 àgua. Na fase orgânica, encontru1n.se d is-
pH, = PHs + 2,303RT (6· 14) solvidas grandes moléculas, nas quais se incorporam os ions de inlercssc CLU cada
caso. O tnt'lis importante desses eletrodos ê o e1eLrodo de ci;tci°' no f.lWll o
A Eq. (6·14) é considcr.cl• a dermição modenu de pH. TratMe do uma defmirdo trocador 1õnico é o sal de cilc10 do ácido dodecilfosf6rioo dissolvtdo em di·n·acetil·
OM-'Mlnnal, pois qualquer solução desconhecida pode ser colocudJ. no l•po de ?eni!fosfonato. Existem outros eletrodos dessa class~ próprios para a determinação
O:lub descnto. 1>3ra nledtr·se a fm.1 c:om;:Spondente a essa célula. O proced~meoto de lons como a · . CIO;. NO; ~ Cu 2 ", Pb1 + e BF;.
pock Sc:r rependo com wna solução-p.ldrão oom um '-ak>r conhecido de pli. pH5 .
Aplic•ndo a Eq (6-14l podemos obter um valot numénco !"'"' pH,. Esse numero
pod:: ou não 1cr um sig_nificado ltóricc. F.ie pode :er algum 1;ign1íado teórK:o TTTULAÇÔES POTENCIOMÊTRICAS
somcnle se (Ot JUSlific:âvcl ignorar a difçrcnça :=Oltt OS potenciais de jU~ liquida A medida do potencial de ÇÇJ'OS cl;trodos oícr«e um mêux&o priÜQO e
na Eq. {6-l3). Quftndo as duas soluções.. X e S, forem rnuí10l' scmc!ho.:ite.s. {l força exato de determinar o pooco fi.oal de titu lações.
iônica dt! ambas for rncoor que 0.1 mol <lni ' , e seus vt\loroi ~ pi 1 se situar'Clil 1i1ulaçõt1 dcfdo-b4$~ A Fig. 12 mo$lra como o pH de uma soluc;ào varia no
cnln,: 2 e 12. supõcn1...,ic aprox.imadamcnlc ig,uais Os potcncinis de junç5o líqu1dri dcoorrcr de tiluluç.ücs ~cido ba~c. Mostra-$1: que o polcnci:t.I de um eletrodo de
f::': e F.{ . l\cssns çondiçõt~ o \'alor nu1n érico do pH 1em uproximndamentc u hidrogênio depende do pH de acordo com ~· relação dnda pela r.q. (6K6), que
l5ignificndo q ue cio linha na definição formal, poderA. ser cscriln
pl-J • - log a11 .. . 2,303RT
).·fes,no assim, é <.tu ..·i<loso esse significa<lo, pois o pH d il NOluçllo- padrão é
e- F pH. (6·15/
convencional. Vê-se que, à ntcdido que o pH da solução 3u1ncnta, q u~ndo a diciootlmos
ã.lcali a um ácido. o potencial de wn elc:1rod o de hidrogênio diminui. Como o
ELETRODOS fON·SE LETLVOS
pH da soluç~o \'Uri:.t r&p1da.mente nas proximidades do pon•o fi nal da titulação.
~1c1lC'ionM1nos durante a tlc.:si:rição do eletrodo de vidro que. cm vHior~ o po1enc:al do ele1rodo de h idrogênio aprcscn1a o mesmo comportamento. O
ele\.-ados de: pll, o potencial do eletrodo era afeta<io pela pre.seDÇ:I de OUIM!l c:àtions, potencutl de um eletrodo i.solado não p<><lc: ser mediei~ de modo que te 1oroa
além dos ions de hidroJênio. sendo o ~fe.ito panicuL'lrmc:nte pronunc~do no caso neceslârio combinar o eletrodo de hidrogênio com um ck1rodo de referência
de altas conoc-ntraç&s de ions de sódio. Esse é o caso de: tons dt sódio in•erfcr1cdo adequado. medindo-se a fcm da o!lula complcta. O poccneial do eletrodo de
num elc•rodo de vidro seosivcl a íon.s de hidrogênio. r::ssc ínto nos 5ugcn: que. se reÍ<erénc:ia pc:rmanr..'O: CODSldDlc e a wariação cJa Í~ da céJub deve-se e.;s,:dusrva~
a influência do sõ<ho sobre o eletrodo puder ser aumentada e a do "'idrogênio mente à ""arm~o do po1cncial do eletrodo de hidrogênio. Se UJarmos como rcíe-
diminuída, tcrem0$ à d1sposiçào um eletrodo adequado para n1cdir a coocen· réncla um ~le1rodo s..&lurado de e:.alornel;n10, a. fcm observada, E.. ser.\ dada por
t(ação de 1ons de sódio nunla wluçâo. Foram cooslrujdos a~ o momento eletrodos
de vidro c1p~11-es ~ medi.r as concentrações, niio só de ions de h id rogênio e sód io. E= J::H)t?CI: - EH.a ·
cuas tarnbém de ton:s de po tá~sio, de amónio e de prutn. Tnis eletrodos são ch~1mados Como o potencial do eletrodo de hidrogénio dcscresre d urante a titula<;ào. a fem
de ele~rodo,\· lnn~sulefiuos. Es.scs eletrodos foram send o 1nclhorados e 111ui1os se obscr1;ud~1 au1nc:n1orá. A Fig. 25 1n0$tra u01 gráfico da fen1 de uma cotnblnação
baseiarn c1n 1n~ 1nbrn nas de Qulros materiais (subsl ill1indn o vidro ) pan1 scp.irar d e elc:lrod os de hidrogênio calomcJano contra o volume de álcali Hdíc1on.1do,
110 f\1nd~ uu:nll11o de clt•t•'()(JUimica. 11 1

'·º menos solU\'CI dOb do~ halcl<>& de prata. Er:qu:into ·~w cx.."<•rre. o l)()h!nci.ll do
eletrodo de prata aumcn1ar:1 ligc1tam~nre com a. rtmoçdo dos iom dç :o&,:10 d.i
º·' Ktlução. De1xns de precipi111dc) lodo o :o&:to, ha\•erlt rormaçào do ch)reto Jc
prutn, e o pott:ncial do eletrodo J.;; prata Se: el:::..,·arà rtpcntina1ncntc a urn ni.,cl
o.e n1~1i s c lc\•ado, qu~ dependerá da ~o l ubilidadc do cloreto de prata. Duran1c ,1 pco-
cipilução do cloreto, o potencial H\1tY1cntar{1 ligc.ir,t1ncn1i:, p.tn1 m.ostrar um n\uncnlfl
> 0,7 repcn1inv no pOn>.o fi1Hil dn 1ilulaçâo.

"' o.a A f jg. 27 mosln:i o tipo de curva ob•i<lo nurna 1i1ulacão dcssc. 1jpo. O pnmciro
segmento vertical no grá fico indica o titulo do iodc10, o o intcr\talo en1re o pl'.mciro
e o s.:~uodo segmcnl(Jj vertia.is, indica o título do cloreto. E ób\·io QUe a altura
0,0
do pri.me1ro degrau é proporcional a diferença c.nrre 1$ M)lubilidatks do io«10
0,4
de prat.:. t do cloreto de pr.••a. r.. portanto, pos.~,,·cl litular mis1ura.~ dr: l n1ons.
Ui.:sdt que exista uma diícrcn"~• sulicit:ntt: nas solubilidades de ~i,:u:; CL)m~t06
do prnH1 pa ra dar degn\US o~i:r vá,,·ei.<; nos; grãficos.
22 2~ 24 25 26 27 28 Se UlHrn10.;; co1no refcl'éncia um clcH·<ll10 ;1;.~ 1 urndo de calomclano, csic nllo
Volume d e base adie o nado/cm" Voh1me rle A gNO l adiciOf'llldO 1>ode gcr 11~ crgo l h~1do dirc1a1n ente na n1islor.-1 a. 1i1ulu1', pots os jons de clorch>
l·:•ura 2>. Tituluc;ào J>Ole1u::o1nétn CJ t-igun1 26 Tj1i..Laç.~C> p.,>tcnclon1:.1nca do clc1rodo de c..1lomelano sofrcrUun difusão par" o cc111m da solução. O ele1rndo
l\cklo·ba~ de haJc;n" de C3 lomebno deve s.cr nh:rQulhado num béqu.::r con1c:-n<lo !-õlução s.arurada de
dorcto de potássio 011 em un1a solução saturada de ni1ra10 de amônio, hpdo
para uroo 111uJaçâo d: âcido íorl: curo bak for1c.. O final da titulação é 1od1cado .ao redpient~ que oon1ém n m1stur.i a ôtuJar por mcif'lo de um1 pon~ sahru de
~lo segmenco ,·enkal no gr:'lifico. ni1ruro de amõnio.
Os eletrodos de quinidrona e de \'idro l3mMm respondem a \'a rirt(ÕCS d~ Titul"{:ije.s rf!dox. A vuri:1çUo dt: potencial que: um eletrodo inc;rtt, como
pH. e eles tambétn podtm ser empregados corno clct rodl')$ ind ic.:a dotcs,. en1 lugar plntina, apresentaria dur:.lntc o decorrer dt uma 1ilul'1~·ãq r\.>dox eoco111rti·se cxcn1.
<lo elc1ro<lo de h idroP.,~nl o. Na prãtica, a cornbiniu;iio 111:;ii.'i co1nu1n ê n ._11.:o un1 plilicaüu na Fjg. 19. Desse dingranla, dç<lu1:·sc: faciln1ente que u rna rncdi\\ão do
eletrodo de vidro cont u1n cl~ l rodo de referência de ettlorn;;l;,1.n1> ~ll u r~1 <101 a1nhos pôtcnc.:t:1I de un1 eleu·odo incri~ cm rcl~ção a uni clcll'Odo de referSncia apropri,1do.
imcr11os dircla!Uçn1c n t1 1nistura que es.rà se11do 1i1ulada. pode 41Cr\'ir J')Hl'A indicar o final de uma tillllf1çt10 rcdox.
'litulaç.õe-.s com prrc:ípitnrã.o. Considere il litulaçâo de cJore10 de ro1~s,io 1~ tularõet dij'erenc:lals.. 1:.xa.minando as c1.1 r\•JU: <l: 6 contra v das Fig~. J 9.
com nitrato de prata. Com a Hdiçào dit primeira gota de nitrato de praia. hJ\'crt'.i 25 e 26. ob~rvamos que o ponto final de uma. ti1ulaçJo ocorre no segmento ' 'Cr-
pn.-apuação de cloreto de praia, c:staotlo a ~l uçOO 53.turad.l com relaÇ"Jo a ~ ucal da curva. NC$$C ponto. a 1nclioaçào da curv:1 no gràftco ê máxima Se cons-
~1l A atividade dos ions de prola será muilO pcqucn."I. e podt ser indicada pelo iru1nnos um outro grâfi~ o du inchnação da. cuoa Jo páfK:O E~ contra o volume
poh.:ni.:ial de un1 eletrodo de praia irncrso nit goluc.;~o. Com adjção de mtuorcs de thulnnle ad icion~do, obteremos um gráfioo do trpo illl~t rado !l.1. fig. 28. O
q unn1i dt1dc.~ de nitrato de prata. mais lons de clorct.o precipitam na forma de ponto final da thuhu;ào corrt.'lponde agora ao mlu:imo do gráfico diíerencial.
ck\rc10 de p.rutà. A l'iOluçfto pern1a11ece sa1urada com clorclf> de prnbl, Jnris a Um gráfico difere ncial pod~rá ser oonstruido diretnn1::r1tc t• patlir dns obscr
rttividr11Jc dos ions di! pruru uun1entarà Jigeirnmentc. devido à rcn1oryão de lons vnçõe$ expcrimcn1ais.. 1ncd it1 n!c o etnpl'ego de urn ítpar<:lho rc; l ;1 l i\' :\tnen 1~ siu1plc.s.
de clorc10, jâ q ue o p rincípio do produto de solubilidade esiabclcoe que
ªA•. X'\'i = K.'.C('I
Alinl(iõo o ponto fmaJ. a all\."tdadc dos íous Jc pn1Y nu solução aumenta raptda·
1ncn1c:., devido ã presençn & excesro de nitrato de praht, e o potencial do <letrodo
de prah• 1no..·Hra simuhanieo_n1e:nte urn a um~nto uccnlu.1<10. .!\ Fig. 26 1lustri\ em
oomportnmento.
·r::unbêro aqui o clc1rndo de prata deve ser c<.>mbintl<.io a um ckilrôcln de
l'Cftr~ncia. mc<Undo·.sc \J J'c.rn du .::êlula co1npletn. O polcncial do c1c1rCl<h, de AgCl
refer~ncia perU'lanccc cons111 ntc, e a lém da célul.1 Vl\ria na mesma propon,:0.o
que o po:;:encial do clc1rodo de praia. O pontn linal b ind1cado pela clcvaçao ràpkla
dJ. CUf\"Hda fem llUID grâftCO d() potencia) Q011lnt 0 \•()fUmc de titulante adiciOl1:.tdQ
Tambêm misturas de halelos e de ourros àniom f.lllt: rormam :sa~ dt pra.ta
in~ol(1"cis poddn ser tiluladas potcnciomciriamcPlc; com c:rt~ ressal\."3S. Coo· Votume de AgNO > achc.on.ado
sidere uma ~olução ..:o ntendo uma mistura de íon'! c:lorctu e ions iodc:to. C()m a fi$Uí1 27. Tirul:.1.;io pclcn:iométnru t.k Figura 28. Gráfico dikronci.;11
odiçl(o de ni 1ra10 de pnuo pr1;.."Cip1tarà inicialmente o iodeio de prata,' poi:-. #J o mii,1ur1 Jç iudctos
11 2 :\plicações de medld111 de rcm 113
onde t ~ ô o número de tr,1nspor1c do íon de sulfa10. Como 05 níim.cros de trans-
porte variam com~ concct1lrtJçl.O,. o valor de 1_ nft Eq. (6--16) serà 3 m~dia dos
números de trantiportc do íon de sulí.:1.to n.as dukS soluoões n:1 célulL
A fcm f, d.1 oelulo

Zn/ZnSO,. Hg2 SO.(s)/'Hg;Hg.SO,(s~ ZnSO./Zn


(•,), (a,),

F1gum 29. Ap:ittlho pu.ra hlut..(f.o potellcio é dada s><I• Eq. (4-46~
métrica d•í("rt~n<.ial E,= RT ln (a.J, ·
1' \a.J,
co ~ --..........L 1.... f.,... D ivid indo " F.q. (6-16) pela f<I. (6· J n teremos
·· ... ' Eletrodos
"·... de platina E,il':i = t _. \6- 18)
' - -- - - - - - ' O nl1mero de trunsporte do íoo de: sulfaco pode, portaino, ser determinado a
ilus lrado no F ig. 29. Sélo mergulhados na solução doi!i eletrodos idên1ioos, porém partir de mcdiçlle.11 de íc1n da.;; duas oé1u1as dadas Acima. Co1no o it(nncro de trans-
urn deles cncontra·se separado p-or uma lã1ninn dt vidro, forinandu u1n cornpar· porte ê um valor 111ê:dio, o:, 1n~ l h ores 1·esultados são obtidos q11n11do ns a1ividacks
timcn10 d o qual podemos retirar a solução por meio de uni hu1ho dç bocrac:ha. iônicas môdiit11 do" soluções de sulfaco de :dnco diferein apenas hac1rnmenL~.
No início dil ululnçâo. a solução é completaruen[e homoganct•..: ~unbos os eletrodos
~ão circul'!dftdos J)Ol' sohrçõcs da mesma composição. Os po1cncia.i11 dfl~ do~~
eletrodos scríio. portanto. jguais. e a rem da oélula krà nJla. Conii:iderc1nos agora COF.FIClf.NTfS Mf.DIOS DE ATIVIDADE JÔNICA
o ca;;;o que sur~ após adição de pequena quar.uda~ de 111ul1ntc. á u. Agila·.SC Quando trata.mos. no Cap 3. dos equilíbrios iõn.icos, mos1ra.mM que a
a aoluçlo_ e o 111ulantc reagir;\ com quase todo o ~·olumc da iOlu1;~0., rJ.o afetando ativ;dad.e de um loo pode ser e.xpr~ como o produro de um COCÍlClcnt.c de alivi-
contudo n J)3nc protc&ida 50b a membrana de. vKlto. Oi eletrodos estarão ag_o11t da.de pela con~n1ri.çiio desse íon.
citcunda'-'os POf soluçôe3 de composições d.ifertnrcl, c:xbundo cntn:: eles uina
diícr;;oça de polcnciaJ li.E. A razão óE/ &1 serã aproxima&mcnlc ii;unl ie rnzào o= yc,
d E/do. princip:dmcntc se 00 for pequeno. Depois~ dieh:rm.n:.&r·~ a íem <Lt célula, onde: e~• oonccntra-:ão i61uca 1eal que de't-e ser corrigxla por causa d.\ d~ociaçd.o
n solução scparnd~1 pela membrana de vidro é expulsa mlsrurande>-se livremct1tc: incomple!a. A concentração iônica. é expressa nessa equação como a qu(1ncêdadt
com o resto da solução. nnics de preenc-her·se. com nuxllio do bulbo, novum::ntc, de jºUÔ.'S1ÚnGi<J dli;id1Jci P•lu 1-ulu1~w dtJ solução.
o éôntpnrtin1cr110 ~cp;1 rado. Novamcn1c oo eletrodos esrão c1rcundndos por solU1fÕC.S Ao trr1tnrmos de células eletroq uimic-.i.s, é comum o cn1prcgo dn 1nohJt,l,uJ.c•
idênticas.; rc:pclc·"° n opr:r11ção ~n t~rior. Se necessário, é possivel 1rnçru· um g.ràfico de uma ~oluçâo. que é definida como a quantidade ele s11bscti11cta dh•tdlda pi:la n1as.'>(t
diferencittl, con10 o da f ig. 28, mas isso nem sempre é impresclndlvel. de solventt. O Clllpl'ego da molalidade apresenta a vantagcn~ de ~c r cln indcpco·
No inicio <li' Cil ul~1~0. os ••a lorcs de /:J.E serão pequenos, 1>ois u difl!renc;a enlrc <lente de t(,:Jnpcrulura ~ pressão~ pois se baseia em massns. Ern f.>l'oblcrna1' 4uc
o.:; poti::nciu is doo doilJ. clclrodos é dada por dois pontos .sobre a curva da f'1g. 26, t:nvolvçm cé l u hi.~ clet1·oqulmicas, a atividade de um ion é con1111ncotc c..,,prcs.s{•
nfo.st:)dos, por c:xcmplo1 por um vc1lu rnc A1~. N~ finaJ da 1i1ulnç:i\o. po~m. o potencial como o p rodu10 de u1n coeficie111e de atividade pela mol:',fidndc. Ali:1n <li~s.<\ n
cto t:le1rodo in1crno podcrâ c-sl{it sobre a parlo inferior do sean1e11to vertical moh1lid11dc do ion pode ser calculada considerand o-se o clctr6h10 complcHunc11fc
enqua1no que n polcncial do c1çlródo externo podera es1ar no lopo do mesmo: dis~ocindo, q u1:r C-\h.:j.1 reatmenie qu.u não. Por isso, ela podo ser chatn\ul:1 de
res.uh t1 1tSsin1 wn"ª'°" grtJncJc para óE. Pros.scgue-sc oom a 11a1lnção, nté ob1er·se 1U()Jitlid..<td1: ef.h::quiom~tric.a do lon. A atividade de um íon do tipo f pode, pvrlanto.
um vnlor l:i.6 mAximo. Os \*Olumes de tjtulantes t:1dictono.dos podem Ser bastaruc s.er e.Acrira
grandes no inicio da titulação. mas. à medida que nos aproxinumos do ponto (6-19)
l'in:t~ é aconsclhflvd tcrm05 óo 1ão pequeno quanto pos,sh·eJ
onde '"l ê a mol~lidadc cstequ1ométrica do ion. O coefic1en1c de a1ivicladc; );.
DPTf.RMINAÇÀO DOS !'ÚMEROS OE TRA:-:SPORTE íurreo: uma correçlo não só para a interação iônJCa. mM também pa.m. ~lguma
dislociaçlo 1ncompkua do eletról.i to. Esse é o motivo pelo qual )'t' ~ à; '"CT.CS.
A f<m E 1 dn c:tlula
chamado de cocl'ieicnlc Jc atl•tdáde es1equiomêirico.
Zn/ZnSO, i ZnS04 /Zn A atividade: 1õn1C:l 1uêdia de um ~let:-óliro que se d1S50C:Ía cm v. c.â1ioos e
(n~)i (a:t.)i ãniom ji (oi definida dntes pela relação
é dadn pdn Eq. (4 ·34).
RT (a_), (6-20)
n1 = t - ln ---, (6- 16)
- F (n,), na quttl v • ''+ + v...
114 Aplic:ições de nH:didaa de Ít'nt llS
Apl icand<> nos ions ~1 1 ~q. (6- 19), ou, " plicando se a Eq. (6·22).
a,• P, ·111,. 2RT
(6 26)
" • ) ' .. '111 .., .
E.ui• E'Aa<.:1-7 1n '":1:Y 1 ·

Subs1iluii1do esses \1alo1 e~ na J-Tq (6·20). No c;,-1!>0 do âc1do clor!dl'ieo.


(a.; I' • (1 'i' · yv 1( ru~· · 11f'·). (6·21) mi • m 1 m
..\Jém diss~ as molal id~dei. es1cquiomê1riCJ.S dos ioll$ de h1drogênic) e clorclo
O l'/)j>firienu. meàio d'" O.'itidude .iôttira. )':, ê agoro dcflnJdo como serão iguais à 00 ãctdo c;JorJd1 .co. pois esse é um elc1ról110 u:oi-univak:ntc. Por111n10
,... J ,.. ,.....
m .. • m .. • m
e a molalidad~ lt#zltxJ midia. '" J.. 1 como e
"'~ • m>
'"~ • m'..• • m:. Em vista disso, a [q. (6-26) p<>dcrll sei c>crna:
2R /"
í6-22) F.,.., • ~&<1 - f~ ln m1 .. (6-27)
a 1' '"• .
~ for cor!hxido o potencial·padrik> do clclrodo de pra1a. doreto de prata. os
DETERMINAÇÃO DOS COEFICll:NTES MtDIOS OI: eoc:ficientcS mêd1os de :anvtcbdc iônK:a puc&cm ~""r dc1cr'm1no1dos a part:r de
ATIVIDADE IÔNICA m.:d~ões da fcm cb oé!ul:i con1cndo àcKlo clor1dric:o de ''irws moWidadt$..
Con~iderc n çéluls
Pl. ll:/ llC.:l. J\1:C.l\i.i1A~, OfTF.RMINAÇÃO DOS rOTEl\CIAIS OE ELl!TROOO-PAORÃO
sendo m a mol:ilidad.e do ácido elorldr As dctcrm!11açõcs precisas dos potcnciai,..pndriiô do e~trodo é efetuada
Se o gâs h.idrog!nio esther a um:i .~no p.J.rcial de 1 atm. o potencial do g.-n:tl1nt:atc com um:i cêlula &em junçilo liquida, cotno. por c;tcmplo, a célula
eletrodo de hidrogênio. E.'n, ' é d~do r~ cons!d erad:l no Hl!m anterior. A Cem <IH cêluk1 ê d~•<~1 pela. Eq.. (f>.27), que pode
~cr c:scritll ~ob n form:l
, [
(6-23) 2RT
l n"•· - - ln,,, _ 2RT
__ lo"
F F "1 '
onde a., é 1t atividade dns i(ln.~
de f'.uuogênio n~t .lj<llucào. O potenL:iaJ d o elc1rôd t)
de p rala-clon:IO d..: p ru h11 E,.vM• é ou. pela con\'ersâo á lognrumos dcchnnis.
4.6061<'f 4.606R7' I
"
r.",c;:' • f;" RT
•11_.c1-7 ln " (6-24) /;(l'I - E:.,(':I F log Ili r.-Oj:'. ri ' (6·2R)

onde " - é a ~11ivid:1dc dos ions de cloreto na soJuçào O cocficic11tc lttéd io de n1ivi.Jadu iõnicn prccisu s..:r ..:xpresso ern tcrmoo de coo-
1\ fcn1 da oéluJa, t,;" ' . pode ser escri1 1 corno ccntr~1ção da sol u ç.~o, a1ravé;:; de u1nn ..:qunçio do llPo da cqu,lctio de l)cby<.!-
· Hlickcl. Con10 u eQ unç5o i;implc::i de l)cbye-llUc:t,cl s6 pode ser aplicada a so-
/!,.~, • E,.,.,_<', - B" >' Juçõcs muito <liluidus. e;ln ni\o pod~ !ier U'iOdn: e, co1no i1npurczas podem ~Iterar
Sub;iiruindo pelos vrolote! dn• &<t•. (6·23/ e (6-24) os potenciais dos eletrodos cm :t<llU1,:õcs di l uidn~. nllo podc1nos efetuar 1n<..'<.liçõ..:s
l<T /(/ dignas de c:rêdito na regiilo dns soluções 1nui10 diluldas. Ptu'J inedjções 01a is
J?n•I c--;,,("I F l n" -F ln a l correln.s da fcm. são n::ccssflrias conconiruçôc:R 111111!1 cll.!V4Ld:Js. de t lCl1 lançando~sc
ntão de uma íorm:t ::unplhlda d:t ~u,1._:.ão Uu Dch)'t:·liückcl. O coeficiente môdio
RT de 3.HYJdadc iÕDJC;.t é d ado por
• hÃllf"I F ln a .. a .. (6·25)
Joa Y; • - AJ,,. + Cm,
Da J;q. (6·20), 1emos
onde A e C são cons~an1cs, 1cndo A o \'MJor de O.SI mol 1: 1 kg1 2 para soluç&:s
aquosas a 25 (C. O ,·.:iJor numérico d.1 C<\ns1:.ntc C nlo nos interessa em relação
onde a: é 3 auvidade iônica 1nédia do i.cido cloiidrk:o. A Eq (6-25) pass.... então a ..i.o assunto cm c:s!udo. Subs111u1ndo na Eq. (6--23) e cmprc-g:1ndo t;1mbêm o ~·a lor
numénco para R11F a 2S ~e. tcrcmos
2R"T
E"AeC1 - ,.-:- ln at ,
E,,. - r.AoC o.rn. log m +O.IM> fo 0.11~ Cm,
Aplica.çôc:s de: 1ncdldnt de íem 117
116 rvnd.1111e1u(* de c!ctroquimicl.'

ou (6-29)'
Colocundo cm um lfálico o mc:mbro esqu\':rdo da Eq. (6-29) con1m m, leremos
e da Eq (6- 3 1 ~ que
uma bnhõ1 rela de in1~rscção E°" -'°. A e.x11a polaçio att âc1do cloridrico de mo1a-
hdadc icto nos dará o potcoc:ial-pad.rão do cktrodo pralJ~clorclO de prnta.
"RA ... a - 11"
A maior'-• dos po1cociais·p:tdrão dos elc1rodos pode:: wr dctcnninac1-. por
= a -b-(•'u - - •.,..- ).
.,... 1éali<;a, rncd1nn1e csoolha de uma célub adequada .10 caso.
Subsrnmndo no Fq. (6-33~
D ETERMINAÇÃO D E CONSTANTES DE DISSOC IAÇÃO
As cons1:lntes de dis~oc.iaçào de ác~d~ fracos podem ser det:nninudd.S de
modo aproximado por meio dt: medidas do pH de: unlll solução q w.: c:<\nlé1n uma
}(
• -""· . b + ' 1:1 • -11ou- >'• -
a- b-(n" . -11.ott- J·' ""

tttjs1t1r11 do 6.cido e de um ~ ~eus saís. forroado pela reação co1n urna b.ise fo11e. '" i6-34)
Considere u1n:1 solução contendo inicia1mentc a rnoles de um ácido fr.100 1no1\0·
básico ]\<fA ao qual se adi<..ionaratn I> nio1cs de uma base forte 1nonot'1cida f\t O H, 1
Lcmbrt1ndo que"" ' • wn:H, e que "ou- = wni0u -, a Eq, (6-34) pode se.r cscrit;1
001n I> menor ~1uc a. A renção cnirc o àc:tdo e a base pod::: ser reprcscn1nda p(1r de outra for1n:i
HA + M • + 01-1 · - M . + r + 111 0. a = K á - 1> - l't'(ntw • - n1ou ) . YttA . (6-35)
Parle do Acido remnnc!><:cntt: estará d issociuda, H " h + w(m.i . -ntou - } y,. .
HA + 11 ,0~H,O - +A . Põrlanto, ~cndo m.. . · 1nott = 10- 1" o produto iônico da âgua, é íâcd perceber
e parté do snl 'ofrcrà hidrólise. que.$.: o ,,w.Jor de n:11 • st situar entre 10-" e io- lo, o termo (1n,, . torn.a·sc "'-o.• )
muioo pequeno e Pode w desprezado. A Eq. (6-35) r.du; s.: •
A- +H, O ~ HA~oa - .
a-b t H.A.
A 50h•;i o oonmá molóculll$ de HA não-di.,;ociadas. lons H'. ions 011 , loas "n· =K - ·- ,
A - , e ions M• Como a 'ôOlução de\\! ser ck:tricamcnte neu1ra. :a somi. de iodas • b "· -
as c:arF'S pos11ivas dcw: scr igual à 30ma de toc:IM t1S cargas ncp11,·3.s; dcSignando·se ou con1idcrand o-t.c os log.'lrilmos.,
a quao1i<bJe de cada ion prC$Cnlr na solução por n m111.S um indltt s pro pri.t.do,
b )'
r H = pK. + log - - + log ~-
"w• + "tt• = ""- .. f1oy· a- b YKA
A quantidt\dc J c iOnl ,M.,. dt \'C S:t.:r idêntica à quan1idaJ c de base !\djcionadti e, Se a solução íor suficientemente: diluída, poderemos dcsprciar °"' 1crm0& dos
portanto, coe.fscieutes d ~ ::ti ivid;u.lc
b + n11 • = 11A- + llOH (6-30)
b
Os ionlt A.. 1.1x1stentl!s na soloção provêm do ácido inicl.1h11cn1c pn~scnte, dl! p H = pK, + log - - ·
a-b
111odo que
a = n 11,._ +"A-• (6-31) A Eq. (6-36) 6 idenocn (\ form" s imples $1 equação de HcndcrsQn ( Bq. (3-27)],
que é uplicâ \•el d solu~õcs com pH entre 4 c JO. &: u quant idud<t. de bai5e adicionad~1
o nde n H A é n 41.uan!idnde de ácido não-dissociado cxistcn1c nn n11s1un1. A con.:;111ntt' for igtud à 1nctadt.' da qu~1niidade de ácido inicialtnentc pres..:nte. 1.s10 é, se b -= a/2,
de dlssocil\çüo do àcido é dad:.t por a ~ub;st1tuic;.ão dcs..11es \'O.lores na Eq. (6-36) dará
K = ª;.i - · a.\ . ,
pH = pK•.
• ª""
= •u· ·-m" _·-·
n~A
J'A-
f MA
(6-32) O pK. d.: um tcido rrjC:O é. por1an10. apro ximada mt:ote 11ual ao pH de: um.1
solução do Acido à qua.I se adicionou mc1ade da quanucladc c<1uivalcntc de um.a
Supooh.s oagon1 que o p:;o ckt $Olvt'nte oa soluçio seja ". kg. n~sas condiQlk..""'S. base lo<t<:.
Se um ácido Íri CO for lllUlado potcnciOmct ÓCáIDCDle com U""" b.1.sc Íô rt c.
"" - = -.·mA e """ '"'°"H" ~uhipEeando se oumcn1dor e d~nomirudor d,'l Eq.
usando·sc. por exemplo, um eletrodo de \'idro e um eletrodo de referência udcqu;.1do
(6-32J por "" oeremo• ao caso. é possível construar·se um gráfiro de pH oontr.1. á quanudade de base
adicionada. O gráfico pcnni1e lt!r a quantidade de ba5': nc<::cssària para a ncu1ra-
liza\'ãO do 6cido. e o pH do :>iS lt!lna depois d~ ad1ciontlda inctddc da qua ntidade
(t\- 33) da base. s~ esse pH se situ'1r entre 4 e 10. ele será aproxi1naJa1ncntc i_su:ll ao
pK., <lo il1.:ido.
118 Aplicações de medid<•$ ele fe n' 119

:\s coos1antes de dissociação de âcidos podeiri ser l\h::didaii co1n prccisã() f.. neces:sârio, ainda, conhecer-se ~, ~ se a constan1e de dissociação do ácido
i-1 panir d e 111edidic's dns félll de células s.en1 j u nção liqu idn.,, tais cou10 não for tn~1 ior do que 10 - 4 , sed1 p~ssível calcular-se um valor razoável para 111" ' ,
P1 ; H 2/ H A(n~ 1 ), Nit A(rt12) , NaC1(1n3 ) . A..gCJ(s)/1\g, ;;. p~l rli t de u;n v&lor a proxi111ado de K il. Faundo·se
/\ ÍC!ll da Célu la Sé râ d ~dH pôl'
E~,.i = EA,c:; - EH~ .
O. p (llcncil'lis d (I~ clclr<Jdos de ptata-clorc10 de pra ia e hidrogênio :;ão dados
n::s pectio.:;ul\c:nle p ôr -
- K ,. !!.t.
·"'2
. RT
E~Ct = E!.A.t_c1-7 1n ªa- Na prâtica, a J'elaçào rn 1 para n12 é usualmeJlte utao ti d~\ constante, \'ariando·se
e a força iôJlica da solução, usando.se diferentes concentrações de cloreto de sódio.
RT o metodo, tal como deserilô, é limitado a ácidos. com K., de 10-• n i o -s. Pard
1:", = F ln <\i • , ácidos roais foJtes. o cálculo de 1nu . é mais complic-..1do e. para àcidos mais fl'acos,
é necessário considerar-se o efeito da hidrólise sobre ,,.,_ . , O método dá resultados
desde que il prcssHci parcial do gás hidrogênio seja 1 atm. Porlanlo bastan1e bons.
E....i = E'"~1:1 - F
RT
ln ª"..r'<:1 DETER M INAÇÃO 00 PRODUTO IÔ:-llCO DA .l\GlJA
ou
F(E,,1 -E;.,.,J Células com junção líquida pennitem dctel'nlinar aproxinl<lda1ncntc o produto
(6-37) iônjco da àg\ 1;.\ . A c~ l u l a
RT
Da equação (G-32j. P1: H,/KOH(0,01 mol dm -'J! i HCl(0,01 mol dm - ')iH; : Pt
= K . 'n11A . YnA.
ª" ' 4 111,., - YA-
é uma oêlula de concentração cuja fcm depende da difc(cttça entre. as atividades
dos íons de hid rogênio nas soluções em tomo d()S eletrodos, i~so se á pressão
e, conside.raudo ác1 = JUc1 Yc:: e substituindo esses valores e1n (6-37), teremos parciaJ do gás hidrogênio for a mesma DOO <lois eletrodos. Considerando-se com-
pletamente eliminado o potencial de j unção liquida, a oê:Jula cerà uma fero de •
F(F:ª;- P,~re1)
- ln 1< . "i i l'
-2. . ~ .y m
RT ·11,,tA . J'A · C.1 CI · •
, RT f{~ .
ou f.<<'I = - . Jn ~' (6-39)
F cr11 -
ln YHAJ'o - ln K
J'A u> ond:: aí'1• e aj1• são as ati\•idades do 1ou de hidrogênio nas soluções de ácido clori.d rico
ou. a i nd~ , e hi<lrúxido de potássio, l'espectivan1ente. Com relação a esta ôhi rna, o produto
(6-38) iônico da água pode ser escrito:
K,,., ... rf.t .. X a'on · •
A f\::rn d~t céluJa é mc<.Hd;l a vários valores para n1 0 1ti2 , m:i ; a parle CS(lllCr<la da
I'.q. (6-38) ê coJocada 11\ 1rn gráfico contra a força jônica da solução. Com força 01ldé ªÔn- é a a tividade do ion hidróxido na solução alcalina. Subslituitido a;,.
iónie<l zero. os cocfícjcnlcs de a livjdadcs sHo iguais a 1. e a par<c direita da Eq. obtido dessa relação na Eq. (6-39)>
(6-38) siroplifíca·sc a -log K 0 • As.sjrn. a i.tlle r~çã o obtida (membro l!SQl'erdo d<1
equação conira fo rça iônica) darâ -log K 41 •
As n1ol\llid;ldc.'S da Eq. (6-38) s.\o calcuJadas como segue; o cloreto de sódio
e consid<;:rado co1nplcla.mcutc di ssociad o~ da i, Supondo as at i\'idades iônicas iguais i's ativjdadcs iônjc;.ls nl éd.i ~ das sol uçõ~.
1eretnos
1Ua • ., m •
3
E = RT (o,J"(a, Y,
O ácido Hr\ esla râ parcialrnc1ne dissociado nos íons H"" e A - ..A.. mola lidade dos
jons de hidrogêoio assim produziôos é nr11 .. , e a molalidade eslC(LUioroétricn do
ª' F 1n K..,
ácido é 111 1 • A molalidadc das moJéculas uão ·dissociadas de ácido é. po r 1 anto~ exp1·essã:o na q uaJ (ci:a:f' e. (a~J· representam as atividades jônicas rnéd i~·~ d~1 s
soluções de àcido cloddrico e hidcóxido de potãssio, respectivamente. Um.a mcdiçãc)
m fiA = lllJ - 11111 ...
da fcm d.à cêlui.a nos daria tun V<11or aproximado de .Kw.
Os íons :\- em solução provêm. e.m parte, do s.al NaA e. en1 parlei dn djssociaçáo f\:fedidas t:Xa tas de K.., podem ser obtidas de células scn:i junção líquida. Uin
do ácido : porta nto exemplo de ceJult1 adequada para essa finalidade é
Pi: HJKOH (t11,). KC l(m 2~ AgCl(sJiAg,
120
sendo de L o ltn a pressão p:.rcíat do gá."- hidrogênio. A fcn1 d.i. céluki 'icri dnda por
F..u1 = E,...,o EHi·
Oi> po1cnciait dos cl~trodo;- isol:idos são dados por CAPITULO 7
. .. RT I
f;:A.tCl-EA10 - f ntto-
ELETRóL!SE
RT
E.e, • F ln nu- .
Por1an10
PRocr.ssos l'.l.flTRÔDICOS
tJma ve7.. que Conside1•entos um eletrodo de \1m metal J\f. parcialmenle imerso 11uma
leremo~
solução de ions do mes1no metal. A1 +. hx.pJicamos no Cap. 4 que se cstl\bclcro
R ·r 1( RT cl0 um equillbrio entrt duas 1·eações opostas:
F.·a1 • ~c1 -- ln .,.- - ln --• . -· ,,.
I! F F "Ho j\1 ;:: ,\1+ + e~
~ RT R.T 'ºe•- RT J'a·
• E" re1 - - ln K..,-- ln - --- ln - -· e q uç o clçlr(ldo ndqutrc 1Jm p olcnciaJ q ue depende tio eq uilibrio. Quunto 1na is
F F n;0 11 - F YOH
o cquiHbrio C!Jliv<:r deslocado para a dirçila, m~is ncg.a.Livo gcrà o potencial el~
Rearrunj:lndo Oi! 1errnos., trodo, poi~ 03 clCtrcns se ocumularn nc.l int:t.al. Como o siiitcma e!Há cm cquilibrió,
1 - F:~_,..
t; R_l· ln -'"-
+- " -- = __
R_T ln K R.I ln 2S!;_, o potcn<.:il'l l crn quc!Jlilo é eh.amado de potencial rc'•ersh·el do eletrodo..
"' ~· t '"OH- F " --;. Yo11 .. Se incluirmos o clctrudo num circuito e o lig-~nnos 1o1. uma ronh: de: poh:nci.al
infinllcsimaJmcntc mai!J positiva que o potencial rc.vcf1ívcl do eletrodo, então
Supondo ..se o htdrôxKlo de potássio -e o clore10 de pol~ss;o compk:tarucnlc
c:létrom dci.:ca·io o clttrodo para ingressarem no circuito. E.&5õia perda de t~trons
dis:wciud<>s, me...- pode JtT considerado igual a 1"1• e "'a- 1su.il a "': Com ~S'S3'\:
pcr1urba o cqu11ibrio acima. e oeorre uma reação que tenta rc.\laurnr o cquiUbrio,
subs1ilui~"<)cs e co11vtrtcndo os logaritmos ieul decin\ilis. teremos a txpr~o
íomcoeodo mai) clêtron.s. Essa rc:açào ê, ob"iamcnlc,
F(F.,~ - E;.,..,> 1
' '03RT + <>g ;;;-
1 K
• - o~ •
!•, 101 la
-.-.
(6--""
~, tt.f-,\f ' +e.
._,, · 1 )OH
O eletrodo mc11\Lco 8C d1~toh·e, p:1r;:i íormar cátion.s 1nc:1i.liws1 que k ufus1a1n
À concentro.çlo zero, ~ C()C:ficiénte$ de atividade !ii<.J igu11i.s ltt. um e. nessas con- do clc1rodo. thn g1ndo·i.c p~ra a soluç.ão. O c:lelródo funcion;~ po11a nto. oomo
diçõc:~ o membro direito da Eq. (640) é igual a - log K •. Se colocarin~ num wn ânodo. Se o potencial exteroo a plicado ao eletrodo for openn.s lnfin11esimal·
gráfico o Lnembr~ esquerdo d1t Bq. (6·401 contra a Jorçu iônica. a intcri;cçâo <lo 1nente mais positivo que o potencial reYersí\•el do eletrodo, entllo serà pequena
ciAo dns ordenadns dt1rit - log K • . a "·elocidaôc de pcrdu de ~16trons pelo eletrodo, e a ·reação eletr6dlcn l'nc1hnê:nte
ac.ei·ll,1 o pn.,$0 con1 n pçrda de elétrons. Nessas condições, o eletrodo alan1erà
seu polenciul rcv1.:1·6lvcl, i: diz-se qrn: ele opera 1·eversivclmenlc oonlO ft.nÕdo.
Se., porén1, o po1cncill1 11plicad~ for muilo mais positi"o que o pote11cial
r1::>1c1·sl ... t l do eletrodo, 00 elétl'ons abandonarão o eletrodo com uma velocid11dt
muüo maior do que nn opere.çã~ reversível Se houver uma etapa len1a n.a dis-
solução do 1nct<til u "cl<>cídf1di: de perda de: elétrons Sérá major qut n velocidade
de rorma~-lo de: cl~lrons pek~ reação eletródica Ncs..,as condjções.. o potencial do
c:lc:trodo se tornu mais e m~1is pos.iti..,o, em relação ao potencial re\·erslvet. t diz.se
que o eletrodo c1U. pola.rl:ado. Qualquer eletrodo que opera em potencial d1íetetue
de: seu potcna.aJ rc\er:dvel encontra.se polari'l.ád0;, e está operando irttt"f1'1l~·lmen1e.
Como foi mostrado. o potenciál irre\Oersivd de um ânodo 6 mars: positl\'O
que seu potencial rc\ersh·e~ relação q~ pode ser expressa
EA >Ettl". (7-J)
onde E:"' é o potencial de um H.nt>do operando irrc\'en;i"cln11:nh; e E 4'C-t.1 poti:ncutl
1 ,,.

rcvcro:i"cl.
Se o potencial 11plicndo for inrinile.õ\imahnc-nlc mais oc~alivo Que o Po11.:1h.:ial
reversível do eletrodo, oo clê1rons pt1iisa rão da fonh.! externa p.111'il o ~l..:1rodo. lsso
122 Fu11rhHn.-111n1; de el<:tro<iutmica Eletrólise 123

perturbarà o equilíbrio, e ocorrerá urna rcuçãn que cnnsome o e:<oesso de elCtrons. â sobretensão de concen1ração1 exceto alguns poucoo CMllOS. corno rcrro. cobalto
F.ssa reação de\'erá ser e niquei, nos q uats a sobretensão dtJ. o tiv11çll.ô exerce um papel imporiante.
Embora tenhan1os co1isidcrüdo corno c.icc1np\o um eletrodo metàlico, os
1W .. +e- M. argumentos e as conclusões a que: chog.11mm nas considerações precedentes se
Os càtions se: movem atra\•é$ da solução cin direçãt> on eletrodo para receber aplicam 1g11almente a qualquer sisten1a de eletrodo~ c1n <lll"lqucr s1tuaçtlo. É
elétrons e: se depositar como àtomm mctâlicos. O eletrodo, portanto,. està fun~ preçiso ainda salientar que reações anódicus sl\o ret\ÇÕ<.'S de oxidação, e rt:ações
cionando cun)() càtodo. Se o potcncinl aplicado íor :LpenltS infinitesimalmente catódicas reações de redução.
mais ocg.ati..,o que o potencial rcvcrsivcl do eletrodo, a corrente formada será De toda a d íKussão aprc:sentoda, deve ter lic:1do claro que a cinédca das
infinitcsimai e a reação clc:tródica pode muntcr o passo com o fornecimento de reaçôcs clctródicas é muito importa.ore ao consi()erarMt.JS pr~sos cletródicos
elétrons. 0 eletrodo ma.nt~m M$im ~ roccncW re .. crsi\lel Se, porém, o potencial 1rrçvçf'S5vcjs. Atê o momento. fornm considcntdos, nOb Caps. 4 .: 6. somente
aplicado fot cons1deravelmentc: mais negativo que o po1encjaf reversível do cJe- $iluaÇlÕCS fe\·crs1,·eis ligadas a Polenciais de eletrodo e. cm con~qüência. roi pos~
trodO:; os elétrons chepm ao eletrodo com vcloc;dadt considerá1i'el Se t.OU.\"Cf sivd tratarmos os problemas termodinamicumcnte. Precisamos agora encarar
uma etapa lenta na dcpo.oriçio do meta~ OI c.titrom chegarão ao eletrodo com potenciais de elc1rodo se-1undo um ponto de vill:la cin~tico. e s:n\ importante
•docidade m:uor que a vc:locidado do remoçlo doe mesmos peh reaçio clcuódioa. oonsickrar os poteocJ.llS reverslveis scguodo CjlfC ponlo de vista. para podennos
e o pote.na.ai do eletrodo te torna m.ait e mais fttgativo em rtJação ao potencial comparar csK tratamento com o t.ermodinlmico. Considerar~~ ponan10, as
rcversíYd do eletrodo. O eletrodo cncon1ra-sc polarUado. t operando irrcvcrsi"i.:1- rcaçôcs d ireta e 1n,·ena envolvidas DO cquillbrio que t c:stabe'eO! em qualquer
mente. O potenc:ial irrcvcrsh'CI de um d1odo ~ pois, ma.is negativo QUC'. o potcncia.I de1rodo mantido no seu potencial de elc:lrodo rcvÇJ1;ÍvcL Ao assim prcxedermos.
rc\ierslve.L .o\ roe.lação pode ser csptc:SSa como prccisao05 considerar a trans!ertncia de carga 1tra."U da in1crfaoc cJctrodofsolução,
bC- < b,ft'. {7·2) de modo que será interessante apreseotar algum.ai idéid JObrc a c.strutvra dessa
interface ant~ de inKiar com o estudo aoétioo do processo.
onde E'c é o polencial dç um cAtndo op:ra_ n do irtC\·trsh•elmente e E.,"" o potencial
re ..·crsivel do me5-rno.
Do exposto, torna"'SC claro que 11 pofa,..f:tJC'ilo ~empre rorua os ârwdoç mais A DUPLA CAMADA BJ.ÉfRJCA
posítit.'<t.f e º·' oor~cw ff1(Ú.S n.tgnrlvos que sea.s pole1'dtJfs recersiutis. Além disl>O. F.ulrc um metal t u1na solu<;Ho de um clc1r6lito. existe uma diíercnça de
para un1 eletrodo se comport1;1r como ciiodo, dtve:mos aplicar-lhe um po1cncia.1 potencial que se deve a UIDà d~stribuiçii.o desigual das cargas alra"és da superfície.
mais llegativo que 5CU polcnc;at rc\•erslvcl; para componar·se como ânodo. o A diferença de potencial pode surgjr oomo rcsuhndo de 1·eaçõc:S d;, lran:;fcrência
potencial aplicado deve ser mais posi1 ivo. de carga. como as que ocorrem quando u1n eletrodo adquire seu p<tLcnclal rcvcr-
A magnitude do desvio tio poLcncial de um eletrodo em funcionamento, ~ivel; ou pode surgir d~vido à aplic1u.:iio :io eletrodo de u111 potencial de urna fonic
en1 relação a seu potencial rcvcrtrivcl, pode se.i· expressa pek1. sobrclcosâ~ 'f'f, qu:.: externa. A natt1reza da distr1bujçllo das cargos interessa em runção da concx~o
ê deíinida por con1 0$ in~eaojs mos d as reações elclrúdic1u1. O primeiro conceito, t: o mais s implCM,
l:," •E+ 11. (7-3) de dislrihuiçâo de carga se de\•O a llclmholtz. que s ugeriu que ll di ícn~nc;ti de
po1encial se ~i 1 1l\t entre duas camad.llS de cnrgns elétricas de sina is opostos. F..-.s.a.
onde E' é o potencial de funcionttnlcnlO do çle11·odo t E seu potencial rcvcrsivel
é a otige1n do lcnno d"pla c:otnada f!ltrlrlt:ri. usndo pam denominar u disposição
ou de équilibrio. Das f qs. (1·1) e (7·2) concluiu-se q ue rr será uma quan1irlade
d e purlic.:ulas clélricas que existem nu inu,rf'ac:c. N o caso de uma inlcrfflcc
poi:,itiva para ânodo~ e ncaativo parn cútí>dos.
m~t.al/clclrólito, uma das camndas & "11rgns cs1nri1 no mtta l. Suponha que o
Como fr isado, a polariz:.1çii<) rcsulln de umfl etapa lenta nunl p rocesso clc-
metal apl'c:Sentc carg..1 negativa em l'Clação 1i í'Olu<;iio: nesse caso, Hetmhollr. Sl~criu
ltódico. ,..\ ue::utra1izaçõ.o de h.HUJ crn un1 eletrodo envolve tres etapas principail:':
que na soluçãc, ha••ia uma carnada de ion5 d..: cnrgn positiva imedhuamt:nte :1dja-
1) tl'aosporte de ioos à supcrncic do eletrodo; cente à superfície metálica. Um si.slema dcs~ tipo é semelhante a um condensador
2) neulralização dos ions, para fom1ar álon1~; de ph11.:u..'i pantlclas. e a d upla camada du\'c uprcscnlar uma capacicãncia, tal coino
3) conversão dos ittom~ à forma normal oslàvcl. No cnso de um metal o corldensudor. tv1cdid.as de capacit4nckt <la tfupkt camada e l ~trio1 ~ da influência
isso cn,•olve a colocação do átomo num local ;aproprfri.do do r~ ticu l o: e. no caso qu~ sobre ela exercem pruâmt!tro.s. como eonccn1rnção do eletrólito, mos1raram
de wn gás, a combinação de ãton1os para forrnar rnolécubs. A djssolução de \UU que o modelo de Hclmholtz n5o cru satisfatório; Gouy e C hapinan ~ ugcriram
metal ou de um g6.s. para fonn:ir 1ons. ~ simplesmente o inverso do p rocesso que .1. est.-utur..1 da parte referente à soluçilo 00 d upla cun111da cl61ri.;:;1 oâo era
descl'ito aqui. rtgid.a. mas difusa. grnças :i agilaçdo ttrmicit dos ions em solução e das forças
Qualquer uma das trê:s ctapns pode ser a ch\pct lenta que dettrmio:t a velO* elétricas existentes entre esses ions.. A teoria da dupla camn.d:t totalmcnlc difusa
e:idáde com que os e~trons são tran.sfcrKIOI e. J)Oftanto. a corrente. A sobretensão não deu resuhad~ concordantes com as capac114ncias de duplas camrul;i.-1 deter-
originada nos hem (2) e (3) ~ chamada de JOb,.tttn.siio de alioaçào, e a originada minad.ts cxpcrimcotalmcotc Stern sugeriu que a dupb camada clê1ric;a era urna
oo iteiu (1) de sobrtltn.são dt c01i<1ntraçdo. A sobrctcruão de iativnção ê importan1e combinação de um:1 c;tmttd.'l rtaida. oa qual são ubsorvid:ts algumas suh,1ânc-i.ts,.
na c•olução de gases. principllmcntc hidrogênio e oxigênio. Na deposição ou oa superfic:c me~àhc:a, e uma ca.mada difusa. O ntodcmo modek> qu.1Ji131i"'º da
dWolução de metais. portm. a sobrctcndo pode ser atribuída pnnciµalmente d upla cama.eh d~trica numa intc.rfacx mctal,l1oh.w;io !C dê\.' e a G rahanie~ que
'
124 F.letrófue 125

incluiu considerações sobre a :;olva taÇà l) dos !ons adsorvidos na su~rficic <lo íoos a d .:;orvidos niio-cspecificaroente. Es.se modelo qua liLati\'O da dupla cu nu1d,1
elet rodo. . elétr!ca ~Là ilus1raclo na f ig. 30, na qual se considera wn mela) com carg,111cgr11iva,
lnici;.\lmente, a faso m :· :tàlidl áprese1Ha uma carga elétric:t global. devido ao Como rnencio nado anteriormente, a duph~ c~unada eré1rica nos iittc1·ci;.s:-1
excesso ou ã dcficiênck1 <lc clêlrons.. Essa cargn está oontiuada a uma canla<l;i porqui:: ~ '':th)rcs rncdidos das constautts de: .,·clocltJa<lc de reações elettódicos..
na st1pcrficic do rnctal, tão delgada que pode ser considcn1da tHna c~1 m~dtt hidi- e ou tros pa.râm.:cros cinb1icos dependem acentLiadmuentc dt1 cstrulur.t da dupla
1T1cnsio11al. A çamada dé folelmholtz na parte da in1erfa<X; pçrlc.ncenle à ·solução camada. Despre:tflr a. esli:ulur;:i da dupl1 calnada pode lcvar-noS ~t mccanisn1os
c <.1n1ém n1oléculas d~ solventes e, por vezes.. outras molêculas ne utra..;; a dsorvidas errndos. Emboru eSS...'l:> conl)idcrações estejam foya .dos propúsiL<l$ deste livro~ é
oa supcrficic inclálit::a. Se .::ssas n1oléculas for..:;rn djpolos (co1no 110 ca.'\o do solvente útil conhtccr pelo inenos os :;1cus possíveis efeitos.
águ~-1.). el a~ mostrat'ão um certo grau de oricotaçiio, devido à Cárgtt existen{e no
1nctal. Além d isso, na maior parte d as so luções clctrolítictts ~xistt:m tJguus ious
ad::;orvidos nll sup~rflcie metálica (utna moooc~-una da, frucionâria, geraln1tnte de O TRATAMENTO C'l)IÉTICO DOS POTENCIAIS DE
ã.nion$). As forças que tomam parte nesst1 1tdsorçú1> não são claramente entendidas, l'.LETRODO RF.VF.RSfVE!S
Jnas, antes q ue um iou seja adsorvido <l::s.sa maneira ele deve moslrar·re dessolva- Quando um eletrodo està con1 ~eu po1cncial rcvcrsivel, existe um cqu ilíbdo
cado, pelo menos no lado c1n que se <là ~ contac~ com o electodo. f ons adsorvjdo~ entre as forn1a.s oxidada e rtd u1;ida do ~isooma. Em gera~ o equilíbrio púde sçr
desse modo são chamados de adsorvido.~· espec~/lptJ1neniei e o plauo qoe passa rcprcscrllado por
iuravés dos centros elétricos desses íons ê chamado de plan~ iniertlo de Flel.m1wlcz.
J\·tais afastada do elctro<lo $ilua-s::: uma camada de ions solvatados. f.sl\.~ $âO ox + Zé~red.
ions ;\ds<.,rvidos nã.o-cspcc.iítcan1ente, e o plano que passa pelos ccnlr~ doo ions Explie{ll'l'l<.1s no Cap. 4 q ue. inicialmente ((lnlc:> que se estabeleça uma dif::rc(IÇH
mais próximos no eletrodo chama-se plá1u) 1txterrió <h• Hel.11tl:oltz, q ue. detcnnina de .ro1cnciaJ en1:-re o eletrodo e a sol ução~ 1\ reação dire{a e a inversa não se
o tinlile da camada <lc Hcltnhohz e o início du cu1uadd difusa. que coutén1 outros proc:cssanl a n1bas com a m esn1a vclocida<lc. Se a reação direta fot inicialwcnle
mais rápida, o eletrodo adquire carga p~sitiva conl tclação à solução~ fato que
, __ retarda a reação dirc1a e acelera a reação inve.rsa. F:rn qualquer caso~ o pote.nc.ial
' que ~ c:letrollt) p~~· a ler sempre aceleca a re1:tcíio mais lenta e retarda a reação
'\ mais râpidu, ~lé .se :tlingir um equillbrio,. ocasião em q ue a.~ velocidades das duas
'
--- ~~'
1
I
\
/º-·-,\ -
'
1
reações são iguais. Nesse ponto, a diferença de p~tc nch1 I cnl.tt o eletrodo e a
solução dc:.ixa de crescer, pcrtnanecendo com um ''1:tlor estacionário. Precisamos
agora ex~1nlintlr os aspectos cinéticos dcsre prooe.sso.
f 10 ~
/
1,'0 , \ J Suponha que;. n{l ausência de qu1tlquer diferença de poccnciali as velocidades
1 .... ._. / ,..- .....,' -~ / das reações direta e. io.,·crs.:1 sejam ~~~e t.'~, respec1ivau1ente (o índice O indica
1
( Í+' i· condições iniciais). Essas velocidades podein sc-r e xpressas cm termos de constantes
1 -- .....

'0 \
1/
l
1\ ..._
+ ,
'

11 ,,,...--,
·- -
/
\\:)/
' J
~ -~~ .
de velocidade e alividades dos l'c:.agenies; assim,
~ - ~~.
sendo k1 e k~ ~s coostan{es de 'i!e1ocida de na :lusência de qualq uer potencial,
~~

e a0 t: ª it as atividades das formas oxid"t.!(1 e reduzida, respecti.,·nmentc. D.:t te.oria


''._<
' 8'/
~ ' -t
I
i das velocidade::> ab.solu1as das reações, as conslantes de ve toc id1:tde podcrn ser
expressas em termoo da energia livre-padrão de ativação das reações
' 11 -0 kT (
k 1 = T.cxp - RT
llGf) e
0 kT ( t>G:)
k1 = hcxp ,- RT • (7- 5)
I
,,,.,./!.., ~-,
Senllo óG~ e oo;' respectiva1ncntc. a energi.i.\ livre-padrão dr. ativação da re.açíio
'8'
1• t 1
/0' d irc hl e inversa. Uni diagrurna das coordenadas de reação. como o da Fig. 3(,
11
1 '- /
I

"
I +
. . . . ......" /
1

···:.
1110.'H 1) t essa situação.
Si: e~ "# u~. o elecrodo adquirirá urn potencial E que irá acelerar a reação
mais lenta e rcJ~lrdar a reaçãü n1ais rH.pida. (:omo a variac;ât) n~t" at ivjdades dos
te.agen te~ ê desprezível, esse efe.iro deve ler origotm otuna vuiiaç.ão das constaiues
Metal Camada difusa
- O de vcloc.ith1<lc, que. por sua vez., só podem 5er afetadas por v>tri(IÇÔCS nas ahuras
......
:r :J:
~
r das ba1'(eiras cocrgétlcas para as rcaçôcii.
Suponhunl<)S que inicialmente i.•? < v~, de modo que o potenci;d ncelere a
Camada ôe Pigum JO. A dupla .:ama<lll. cl~ lrica. (IHP - phtt\O
Helmholtz inlcrno: OH f' - p!aJtO e.>;kn:o) reaÇão direta e rc::l~rdc a reação iriversa. Suponhamos. aiud;l quç a energia de
126 Fund:uncnlOll de e:lt!l'oquimica 127

Temos então
AG~ = -azFE e AG~ - (1-uFE.~
• Substituindo na Eq (7·5~
~
.....• AO;
k, = kT cxp (- AGj + o:FE)·
h RT
e
•• k
l ..
kT ( t.Gf (l - a)1FE)
hexp - - RT - - '
"• 0\1
"•e

1! Fjgl)nt ~J. Dil\'1'ílmfl da ooordo. k, k: = cxp (- ~~19 cxp ("~:}
8
u
nada de rt$1 çl o
kT ( AG~) ((1-•)srF.') ·
k = -el'.p - - - cxp . (7-8)
' h RT RT
Comp:ar.11.ndo esse rc-suhaéo oom n Eq (7·5). podemos Ttr que
C00tdenada de reação
or.:FE'\
ulivuçdo du rcuç:ão dir:ta diminuj cm AG~, e que a energia de all\'ação d.a reação k, - ·~ cxp ( -u;'
invcrSn. uumcnte segundo~~. Essa situação se encontra representada na .. ig. 32.
Como n:suh11do das variaçõ~s Jlí.\S barreiras energÇticas, devidas ao potencial E, k • -kº
- -: e:<p
((1 -•)z;'F.)·
RT (7·9)
ns velocidades das reações direta e in\•crsa irão variar. Sejam c~s.as .,,clocidtidc.s
v, e tJ1, respectivamente, e k1 e k1 ns correspondentes cons1a11tcs d~ vcloeidado. Essa:s equru;õcs relacionL'.m a conSt>\nte de vcloçidadc de uma ret\Ção elc1ródico,
·reren1os então na prcl'!cnc" de u1n potencial F:, it constunte de velocidade na uusênci;i de tiuolqucr
(7·6) potencial.
onde As \•clocidades reais da~ rcaç.l'>dõ &no dadas peli~c: Eqs. (7·6) como sendo

o, = aok? exp (- o.~~E)·


(7-7)
e,= a,.k~ <•P el -;~F~. \7-10)
Supcnhu que uma íração .x do poccnclo.I E leva o. fa\•orccer a ren~ao direto. ao
PüSSO que a fração resHlOte do potcnciu.J (1 «)leva a retardar a re.1çõo inversa. N'o t<luilíbrio, E: st:râ o potencial revc:rS(\.'tl do clctnxlo t: º~ -= i;:: dai
arFE) •
º"k'0 exp ( -ITT- 0
«A 11 ki exp
((1 - ajzfli)
R·r ·

T7 bscrcvcndo na lbrmri logadtmica,

Rearranjando
ln"º + ln k~ - RT

os· termos.
xtFE
- ln a,.+ ln k~ +
(1-a)zi'F.
EiT.

--
:FE = ln ªn
-+n1 ·~
(
ou
RT ª• ~
1 /l.T k~ R'/' o0
/ ~a.· E = - ln Lã + -1J- ln - · (7· 11)
' '~'-'-----'--
/
rF kz 01t

As Eqs. (7·S) dHo k? e k~ em lermos d~ cn~ 1·g1os li.,,rcs (~ :;Hivação. Bnlpn:g.111Jo


essas cxprc~.sõc~
Coôrdenade dt 1QaçAo
ln~
k• = ln [ cxp ( AG"
:!...cxp' f
AG•)]
--2 ,
Figura 32. Ou~gru•n• da coordcMda de reaçio k, RT \ RT
128 FundaroentOli de ckaoquimi.ca 129

ou Urn clt!ln)dO tlll equilíbrio cornpotta·se. porlanto, simultnneameule como


kº AGr-AGf. ílnodcl e como cãtodo. mas a corrente 1ln6d1ca Ç eJtal~1mcntc igual à corrente
Jn k~ RT ca1ó<lica, resultando uma \:orrcntt! cotai nula.
Da f\g.
'
31 conclui-se que (óGf-ô.G f) = - ôG'"' e, porta nlo,
Ta111bé1n dê.vemos frisar que a. densidade de orJrrcnlc de troca, definida pela
F.q. (7-1 4) deveria s~r cha1nada, COO) mais proprk;daJc:, <le d~11s.idade aparente
kç ti.G:; <lc corcente de lroca. Pl)iS ela depende ate Ct!to ponto da es:tutura da dup!n
Jn ...!. = - - - ·
k~ RT camada. As me.~mas considerações sHo vãlidã$ para o parà1nc:1ro o:, chamado
cr>1t(k~ieu!e dt> iransporte. Esses aspccloo são in1por1anlcti na clucid:.\çâo dos 1ncca-
Rclc1nbra11do que -ô.G'°' = - zF~, 1 ;;r~1nos
11ismos dati r:.:~ções eletrôdicas. mn.<: um tratamcnt(l mais detalhado ul lrapui;..,u
k~ zFE" os o bjc tj vó~ deste livro.
ln - = - - ·
/(g j{ 1·

Substiluindo na Eq. (7- ff), SOBRETENSÃO DE ATIVAÇÃO


A sobretens&o de ativação surge quando o processo eletródico real é a etapa
RT • dete nnilla1ue, e n~o o lra.llspocte do íon à supt:rfíeie do eletrodo, ir·::qiienlemente
E • E" + - ln..!!, (?-12)
zF aK cluunado de efeilo d~ ln1nsp~rte de nla$s i1. () tratamento cinético empregado no
que é a tquação, deduz.ida te.rn1odi11anlica1uc:nte no Cap. 4, p1tra polcnci:,ii:; rc.,·cr- itCJll aotedor pode ~cr ~u1pregado nas considt!'rações sobre ~· '>ôhtêteosão de
siveis de eletrodo. át ivação e, por moti'lOS de simplificução considec-aremos um pr<>cesso eletródioo
Antes de deixar o caso da situação de equilibrio, dt:\•cmos ainda mcnc-ionar independente de cfoitos de lra11spor1c de Lnassa. Estipulan1os aioda que não há
ou1ro aspecto. :\s reações direta e iU\'ersa são reações heterogêneos, pois elas qualquer adsorç&o especifica de rcagcntc:s ou produlos DO eletrodo.
ocorr~rn ua supcrficic de um eletrodo. As velocidades são, pojs, expressas c:ni Sopouh~ um polencial /f.' , diferen te do potencial reversível E. provellicntc
unidades de (quantidade de substância) (tempo)- 1 (superficie) - •. 1\ medida que de uooa fonte cxtcrfla, aplicado a wn eletcodo. Esse potencial ~•plicado irá ilhcrar
~\
cnrga está sendo transferida a través de dt1pla camada, no decorrer dessas re.açõe.o;, as veJocidadcs d~s reações direta e inversa, provoc~.odo 11ce.lecação de uma e
cada reação C.f)rrcspondc· a un1a corrente elétrica e as velocidades das reaçõe$ telardamen10 de ouua. Se /:.' > F:, a reação anódica ~crá accl~rada e a r~açâCJ
pvd1:riio :i.cr cxprcs:sas cu1 tcrrnos <lc d cn~idadc de corrcnt~ multiplicando·st. a catódica r<:la rdada Isso signi fic:~ que .iq > j~, .e: haverá pnssàgem pelo cle1rodo
velocidade pôr zf. Supon hamo~ por exemplo. o l = io - 6 molcm- 1 s- •, e z = 11 de urna c-01Tente auódic.a. RcciprocaJ11ente, se E' < F., a ,e..,ç.ão catódica se
processará mais rapidame1Hc que a aoódica, e a oorrcn!e final no eletrodo .:icrâ
zf,~1 = 1 X96500Cmc)l - 1 X io-limol cm- 2 s - 1 ,
uma corrcnle catódica.
=9.65 x io --t cc.1n - 2s J Suronha que, na presença do potencial E', as velocidades das reaçõçs calúdica
= 9,65 x 10 ·• A. cru 2. ' e aaódica scjltJll -?:'1 -e !li, rcspccti•.;a1ne1ne.. sendo HS correspondentes oon~: ~nte:>
de velocida de k'1 ê k'2 • En1ão
1\lém d isso, a reação diceta é uma reaç-do de redução e, porcanto, uma 'eação
ettlódica, sendo a reação inversa uma reação de oxidação e, portanto, urna reação t/ 1 = k'1a0 • e 1{:? =- k~ax. (7·15)
a1;1hdica. :\ veloc..i<ladc da rc·ação dircti pode, 3sslln, ser expressa c111 termos de /\$ cons1a ntc:s de ve.tocidadc k; e k~ se relacionam a k~ ..: Kg at1avés de equaçô..:s
uma densidade de torrente culódica J;, e a da rettção inversa c111 termos Jc un1u semelhan!C:) ã Eq. (7•9).
densidade d.e corrente unódica • j 41 •
' «~FE'\
k'1 = k~ exp ( - ~T- }i
1 . = =Faoi<º1 exp ( -«zff)
-- ' ' ,
"-: R't
k.,. = kº2 cxp ('(l .x)zFE')• (7-16)
(1 - o)zfE) - , RT
jq = tF(txk~ exp ( "' · (7- 13j
RT ,
oode :>: {: ;1 frução do potencial ~· qnc f:.ivoceoe a reação c:;116di-:-a, ê (1-a) ;1 fn1ção
Con10 temos. no cquilibrio, v1 = ::2 , cnt5o, no equilíbrio. j , deve ser igual a j(I.
que rcl~~rd;;1 ~· reação anôdic~1 . .D>• f.q. (7-3)1
Esse valor comum pa1d j, e jª é denominado j 0 • densidade (te corrente de zroca161..
Assim, b..., = E + 'i· (J.3)

J~ = zFa01(~ exp - RT
>ZFE) = zFai<k~ exp ((1-a)zFE') 1ira mo.~ (> valor de E' e o sub.:;tituímoo na t:q. (7-16),
( RT • (Y-14i

onde J;: é CI potencial reversivd. do eletrodo.


k' = kº cxp
1 1 •
l'-
...
azF(E
f<T
+ •1))·

'.º'Em i ngl~ exr.h:v,ge curre-nt de•1.~icy; al.;umas vezes cicarl<l conl('I densjdaóe de coi·rtnte
• • V (() -~),f(f + !/))
k2 = k2 exp ·, RJ' •
<lc equilíbrio. (N. do i.)
13 1
130 F.lctró~hc

Oll

(7-17)

Subshluindo nJS Eqs. (1-15) BS expressões das constanlci de \Clocicbdt d.1.s


equações (7-17). teremos. para as \'ê'Jocidades da$ reações, us c).p:c:ssõcs

t>', • a0k~ cxp (-~~E) cxp(- ~~')•


tl2 "11kol exp l'( lfi.T'
- •)zFR) exp ((l -•)zF11)
Rr- .
. Ex.pl'jmindo CJJ!l.RS: velocidtu les e1n ler-cno..:; de de n s i dad e.~ de col'rcnlé,

\7-18)

('omparando com a f'.q. (i-14"' \'cr.ficamos que a Eq. (7-UtJ A equação p-.ra o grific:o da demidad: dt corrcot;;: toul pode 5CT obllda
a:.F~\ 2):F')
J, - }, cJp ( - RT): i~ = i. c1p ---;;:;
((1 \7-19)
.-ubsti1uind<>-'"' as Eq~ (7-19) na Eq. (7-20~ Po,taolo

Concluímos. d:1.s E.qs. (7-191 que, ~ '1 for a~g.ativo. j, > i. e o iele:rO<io se com-
1-1.[<>P( ~i) -e•P(< -;~F~)]- 1
(1-211

por1arã como ciuodo. Se, por ou1ro lado, ,, for postti\'O. J. <la• e o comportamc-nto Es.sa equaç:io rel.i.cion.. a densidade de c:orrcoh: num \:lc:lrodo com a 5obrctcndo
do clclrodo scr6 de Rnod('I. F.m qua.lquer eletrodo é possivcl oor.s1d:rar pa~sagem Em dois casos. extr~mo" ela pod! ser :-.i1nplií1c:ada.
de: éorrentcs an6d1ca e catódica; a corrente final dependerá si1nplc:Smcn1e das
intensidadi.:s rclutivus dessas duas correntes. 1) Sobrelenst1o l>alxa
É con vcn~llo t!IC1't\rer, pnr.i a dcasidtldc lol~il de corrente, ·rcrm~ cx1>onencinis podein ser C.lí.pressos con1<.) u1na ~érii.:.
(7-20) X4 X~
e'= l +x+-
2!
+ -+"
3!
Assitu sendo, se J, > J•• j será positivo, do n1odo que !'11'> corrente"! c1H(JJicr1s silo,
por unia conv~n~fto~ consideradas positj v;.l:;. Se jr < j •• j lK:rÚ n;::gutivo, t 1L;; cor~ Se x ror pequeno, e"~ 1 + x. Em casos de sobrc:h:nsõo baixo é pos.s1•;c1 fazer
rente.~ anócUeo.s sao cot1venc1onalmcntc ncg~u i ..'as. essa aproximaçúo puru os termw i:xponencia~ du Eq (7~2l). r..:suh..ando
1\ ... araaçào dciJ densidades de corrente j., e j". Íl'>Ohula1ncn1c. cont ~ sobre·
tt:nsão, pode ser repreJentada graficamente atr;t1lés de um gr{1li(.'O dus d<nsidades l•i.[l-~~~-(I +(l -;~F11)}
de correnk contra o. sobrtcensão. Nesses gráfico..\ ê comum rcpresentur·SC J. como
uma quanr1dndt neg:uwa. e rePr~ntarcm·s:: valores ncgotli ...os de 1f .i d ireita
da O"l"ID. como lluJtrndo na Fig. 33. Considerando-&:), das Eq~ (7-19~ qcando
'1 =- O. eotio j 1 • J•. À medida que 'J' - :.o, J., - O. Qu.,a_ndo 11 - - ». J, .... oo.
Parai. da Eq (i-19~ quando ~ =O. i. = i .. Qu•ndo ~ • -s:. i. - O; o. quando RT j
lf .... '7J, i. - o:;,. Um., rcprei;.entaç:iio gráfia1 das Eqs. (7· 19) e'tã 1eprieiê'1uad3 ll3 ~=-- --
zF i.
i-·ig.. 33, n..i qunl a( dcnsid:.tdcs tk L-Orrenll! anódicas são neg.ativ:is. A densidade
de corn::ntc IC'llfll j ~ a Ron1a d~ Jc e -j,., e corresponde. no gràí>CO. :l ct1f\·a que passa O sinal ncg(ttt ..·o 1ndtca que, se '1 for positivo,j de,·e ser negativo. mostrando que
pela origem. 0CSS.l ÍOrrna_ quand-0 11 • 0,,1 • 0. Quando '1 6 llCIUtivOi) é posiri\'O, a corrcnlc 101,il 6 ..i.nódica. No càso de sobrctc:nsões b:.uxal!.. a Eq. (7-22) mof.tt..t
11:idjcando corrcnlc 1uh1I cfltó<lic."t; quando '1 ê 1>os11l\'O. j t negativo, indicando qui; j ç dircta1n1.:1uç proporcional a ' ft e po<lcmoo ver. n.1 F ig. 33". que. n:is
corrcn1c h.>•ai Kn6dic:1~ proximid:1d~ tlli ongcm, a eur ...a da dcnsid::id:: tot.ll de corr..:n1e é hncar.
132 l!k:lr6li11t 1~3

2} Sobreim~u ~kt'-Oda
~ =d + b' log i l- 17·29/
Quando o valor da sobrctcn1ilo é ara.ode. a correcae ca1ódica i d.:spr~zivcl
cm ret~çüo à anódica. ou via:·,·ena. cooformç a sob:etensão a~uma '"·'lon:s Essa cQuaç-lo ~ a fonn:t da ~uação ck: ·1arei aplioJ"d a compor1amcn10 ;1nód1co
~iU\>05 ou oegati.,.o~ respcç11vamcnh:. ~ dois cl.S(JS de'em K'f comi<k:rJdos d<f' c:lc1rodo.
~p.1rt1da mcn 1c:.
OJ.S 1'<!• (7·241 o (7-25) <, 1ambém, da< Eq< (7-27) < (1·28~ conclui·><: que
Comporiament<> flnlil catódiro. Se ft sobrcttnsâo ror elevada e nc>'nth•n, o a/b = -d;b' • log1,. (7-JO)
SCl(t111do termo entre colchetes da f.q. (1-21) Ç d.:sprczivel compar~1clo no primeiro
Se dclcrininunnos a sobrcicnsào de um eletrodo para víirh1s dc!nsidad~ d~ corrcnlc
lenno e a equação reduz-se a tOlal e ri;-,er1nos um grâfico de 'J co1urn toaJ. as cons1~n:i 1 e:1 da e.q uação de 'f(lfcl.
j = ),<'P ( «R
zFT· 'I). a (ou a') e b (OU 11.>t podcrJo ser Oblidas. do &rf1fíco, da ittlcrse<r;ilo C-Oíll O CiXO Ô:tS-
ordcnad11$1 e dA inclinação d~• curva. re~pec1ivamcn lc A dcnltidade da co1·rcnlc de
1roca de um sistema elelródico pod..; di:sso forma. ser çalculad..-t a pa1·1ir da Eq.
E.l\crt\'tlldO na forma log.arirmica, (7-30). O oocliciente de lranspOrLe pode ser caJculado da inclin.ição da CUl'\'A 110
,,;fq grâfíco.
lnJ· • lnJ - - ·
• RT
.\fEOIOA DO POTENCIAL DE l: M EU.1 'ROOO
Convcrlcn<lo em logó\ritmO! dec1mab e rc01rranJando us termos,
O mé1odo pant dcterminur o po<en:ial d.: um eletrodo em funcionamento
2.J03RT 2.303RT . ê, cnl princlp~°' jguaJ 30 mêtodo ui.ado pam dcicnninar o potencial clc1rúJi1.:o
11 = - - logj - - - logJ. (7-23)
wF • zF r::vcr~ivcl : mns o fato dç haver passagem de uma ço;rcnle acacre{a a n ~cc.<1s1dade
Pn1.c1ldo de nlj;unuu 1nod1Jh:nções. Suponha q ue o ck1rod<J c1n 4ucs1ão cs1cj;·, operando
2,303/ff 1 J (7-24)
-ti!F
- og li • " como ct1.1 odo. Ele dcvc,obv iamen1e, fil ?~r parte de urn circuito contpleto, incluindo
e unl Hnodo (muitas vezes eõnhc...cidõ co1110 o eletrodo ;iuxilia r). O potcnci:il do
2,303R'r • b. (7-25) clc1rodo (no oos.so caso, o cá.iodo c1tado) t dctcrn1in,-tdn acoplando"'° com un1
!t.:F clelrodo de 1efcrê11c1a e 1uc-Oindo-se oon1 um J>Olc nciôrnclrO a r~m da célula l\Sio.in1
ICr't'IT'IOS fon1!.1d1t A Fig. 34 ilustra esse princJpio. A corrcn1:: circula pelo carctHIC\ ~n 1 ri:
'1ªª blogj (7·26)
o ch:•rodo a medir e o ck:1rodo lux1liar. ma.i. oào hit correr'lle passando p:lo
E\13 Ultima equação relaciona 1'.nbrcltnsào ã dcr.\idade de corrente total ~1ód1ca. circ11110 do potenciômttro. que cs1l balanceado para u1"3 corrctne nula.. Con1udo
e t coohec:d;a t.-omo equação de Tq/tl. Ela 1nos1ra q~ com valores <k'••~ de a corrcnlc C1rcula através do cle1róhto nJ cé'lula clc1rolí1itã, de modo que cn1rc
sobrcicnsão. cs1.a ê proporcion::d JO loga.riuno <l:a densidade de <:orrc1Hc o clc1rodo-problema e a e,;t1rc m id:1<~ c!:i. ponte salina ha"·"'rà uma queda de
C<JmportamentQ final ca1ódico. N~Se caso, o primeiro lermo entre colc h.;tc~ potcn\:iul IR .atravts da solução do clerróhto. bsa q uccb cs1;1rà 1ncluida na lci1ur:1
da Eq, (7-21) é dcspteziveJ cm r:l,1çlo oo segundo, e a eqoação Poderá ~cr da (cm d,1 Célula (ormad;.t pelo cletrôdO-pl'Obictnn e O cJ.;lródO .J.UXihn.r, ~ c;u1s.ar(1
11impl11icado: un\ erro ~:< pt:rnnental na l ~i 1 ura. E.i;~ problcrnn poder~ ser resoh'"ido da mancin1

.1 ~ ), oxr (
(1- •)'foi)·
RT
que segue. A ponte salina ê prolongad!t Pt\1'1\ l\:n11inar nu rn c~pilar, que é colocado
!fio p ró~inl o qua nto possível do cle1rndo·pl'oblemn. Esse dispnsi1ivo é conhecido

Par" 1om~r os logaritmos dessa cquaçHo, lorna-se ncocs..11ário pôr de h•<lô o s.inal
mcnoi. ulribuido 3 densidade de corrcnle final anódica, o:: considcntr a pcnns o .----ÍA ~lilt------
Ao Poltnc1ômet10
rnóduk> dciis.a quaotiêade. As.sim fazendo.
( l -4):F~
ln jjaln}, + - ~-
Ponte
<..'On\'>Crlcndo cm los;arittnos decimal! e rc.arra.1jando O:i lcr·mos,. sahna

2,303RT j 2.303RT .
log +- - 1og11 1.
(1 •)zf ' (1-a)zf
2.303R'r , , (7-27)
-(l- •)'F 1og1. • a Ele~10dO Eletrod o Eleuodo do
e auxil 1a1 em operacão 1efer6nci1
2,.l03R'/' • b'. (7 28)
(1 - a):F Fi.gur.:t J5. Cap1l:u- de Lurp1n
134 135

como Cilp1lar de L..us,si11 e é mos1rado na Fig. 35. Comp ni1o li.A co1rc:ntc circulando etapa lcn1a na h!.i.Cào clctródiça. Quanto mais Ecnta a re.1ç?io clc1ród1c.a. mais
par:t a ponte wtlina, o capilar de Luggin h:m o i:fclfo de prok>ng.Jr o etelJodo de fac olmente .se dcsc1n•oJ"crá a polari7.açíio. C'omo a densidade cL. corren1c de 1roca
referência.. rcdui1ndo·~ a qu.antidàde de 1:Jetrdli10 c:nlrc o clc1rodo.problenn e ê uma ntedid:i dJ. velocidade d'1 reação clc1ródica, ~b de\·c forncocr uma utdicação
o 1énnino do cnpil:.lr (e, por1an10, a q ueda de potencial, / R.) .a uou quantid.1de sobre ~ poss1b1hdad.: <k ocorrer polariz.açào c:m um de1ern1in:ldO sis1ctna de elc-
minim• 1rodos. Um tlc1rodo com baiu dcnMdade &: oorren1e de lrOC3. tcrâ Urr\3 rc.-ção
A c:fic~nd.e dei c:.pclar de: Lugg.ir. depc:.ndc d.1 cor.cnle e d.1 c:onccn1rdçàO !-c:ua e pode. por1an10. 'ICf polarttado ma.tS facilmente.
do eletrólito. Se o elc1rólito for diluido, sua rdist!nc!a krà c:lic\.1d<l. k:tiaodo a Esus &$~CtOS podcn1 ser ánalisados convenienttmente por me.o dl< cquotc;ôcs
Um:l queda de polcncial IR t~t'a<la: o mesmo ocorr~!à pan' correnta muHo que r~lác1ona.m ~nbrctcn'!.lo com dcn$idadt" de oorr~nte. Para sobrctcn"""" bai:it.1s.
intensa.<c. N:s."1! condições., a queda de poc:encial IR enrri: a ex1rcmid.1dc de) c.1pil.1r a equa.ç.1o apropr..1d.t é a Eq. (7 22):
<lt: luggin e o cl-ctrodo pode a1nda introduzir um erro aprcci{1vcl na mc<ltdl. NCS$C RT j
coso, o po1cncial do eletrodo pode ser medido para um valor parucular de inlcn· ~ =-- -·
::F j.,
(7-22)
t-id1u.le de corrente, mantendo·se a extremidade do ca.plbr n vârltt.$ <lititânci a~
l:Ollhcl:idns do li"!letrodo. Quanto mais dislantc o capill\r, lunlo 1n1uor o t.:l'ro de\'ido D~ss~1 cqu:H;iln. p(ldcn1os: conchur qoc. para uma dac"" dcn'\1d.adc de corrente
il qucck1 de polcncinl /R: mas, cons1ruindo-i:.e un1 grâfico d.is sobrc1cnsôcs medidas iotal j , a mai:r,niludc d.1 sobl'ctensão se.râ tanto menor 4uan10 1nuior ro1· o vrdor
conlrn n~ <li~lílncias do capilar ao el.;trodo, é possivcl unK1 cxtrapohlçílo para de j.,. En1 ouirus pul11\•r.1s, quanto mais baixa '' densidade du corrente d~ lroca
disli\ncia 1cro. ciuc durà a sobrttensão reaJ, como mostl'ado no Fia. 3G paFJ. um de u1n clelrf>dO, u1nto Ln.dor será a polarização e a sobrc1cnsão, f>iHn uma dad ~\
CHiõfi de i>ohroh!lll.Sào calódica. dcnsithule de COrl'1;:1He.
Ou1ro m~t odo se baseia no falo a queda de potenci"l IR. olrti.vés <l~ uma P1tn1 ulh1$ JObrcttnsõcs num cátodo, a plica-se t1 Cq. {7-2.3J, que pode ser
!1.oluçl\o d1' um cletl'61no. tornar--se nula Jogo que a corrcn1c é dc~li gad u. ,10 p.isso :::scritn na form..t
qu~ !\ sobrelen&.lo din1inui, de inicio, Jinc~ rmcntc com o tempo e. depois. ~xpo­
q = b(logj-logj.J. (7.31)
nencialme.n1e. O po1cnciaJ do c)ctnxio é medido ell\ difcrenlQ. Jn1i.:r\lu.Jos de ten1po.
depotS de lDtcrrompi<b a corrente. A sobrctcn.~o ob~r\•4da ~ rcg.sst:::i;da num Pode-~:: con ~ulf dc5Sa rclaçiio que. para uma da.da dcnsidJde de oorrcotc 1ota1
grâfico de sobr~rcntão oon1ra rcn::.po decorrido apm intc"upçâo d.l corren1e. 1. a: nt.tgni1ude d3 50brc·cnsiío catódica. - q. ~ria l~nto menor qu:in10 maior o
Se a ~ne hnear da cun'3 puder s:r traçada,. c1H poderia Ser cxl:upolada ..té um ..-alor de 1•.
tempo z;,;r0r. pana d;tr a sobn:lcnsào real. A dim1nu.ição c:b sobrtlensiio t usualmente Isso pode J.Cr 1fus1mdo grnÍK..'21tncnlc; por- grifices das densKi:.dcs de corr;ol.:
observad."\ cm tempos de ate 10- 3 s,, de modo que a iDlt.<rruPtJo d.t correntt~ o contra iobre:1cmlo. cu•no na Fíg. 33, mas,, com o contcast~ entre duu situa\i(}d
inlervalo de 1cn1po cspcntdo e K medida d.,:, p01e!lC1al ~o con1rol;a.dos por meio ex1remas, com um ça$() de haiu densidade de corrente de t!oc:l e um ca1i0 de: alta
do\: ctrcuuos clc1r6nico..... densidade de corrente de troca. A Fig. 37 ilust ra esses dois CMOS Vê·sc: que, para
um d.::t.:rmin.;1do ...ttor dJ. dcnstdade dt corrente tot1.\ l a sobreccns.lo scrà muito
S IGNI FICADO OA DENSIDADE DE CORRE>ITE DE TROCA major qunndo J. íor pcq1..cno.
}.lo inicio d.::111;: (.:Upítulo. frisamos que, com a apli c~1 çHo de urnu co 1·r~n tc
A deni0i1d ~\(le dt: corrente de troca é o m~ mcd1da d ~s vclocid,u.lcs da.~ reaçôc$ de baixa ittlcn::iilludc, urn eletrodo opera rà reversivcln•cntc <.' rnnn1crl1 !\CU potencial
a 1h)dicn e cotódicn que ocorrem num clcito<lo quanUo cslc se cncontru cill seu tcvcrsívc:I. \ 'erc:1nOR agora que, com qualquer corrcnic, o po1cnciol de u1n cl1;:11·odo
po1eoc1al reversl\'el. H.clcn1bra1nos que a poh1riznçtio de ati\'l\Çâo rc.'iuha de uu1a se <lco;viarit u ~ $t.:U potunciül re:versivel. Seria mais cortcl<J t.li7.<:r que. <1un1tto n1ais
lcot:.i 1.uni1 r<:11çno elc1l'ódica. maior o dcs\!io do polcncial de seu ''U IOI' r'-'vers1vet.

11'; Figura l6. El;mint;.fo do c-rro da


queda dt poccncial por meio de
c-xtnpolac:lo

,,
(•) 1. pequeno, (b) i. elovado
Oistllnciu cwp1lar do eletrodo Figuro 37. Gr/ili(°' ~l cns1da<k: di: co1'ten t:~wbrc tcnsão: (a) j,, pc<111c;no, (b) )., 1.1lc1;1Hlo
136 f \1nfl1t:tH:ntos de <:k1roqufrnica Elecr ólist 137

Assiin sendo, todos os cJcu·<.1<los op::nun irrevcrsivclménte, e deveriam ser cli1s~ rnaior pa ne da solução. é a sobretensão ~ concentração do eletrodo. A fem da
iiiíicadoo eul mais irrc\'crsívl":is nu n1eno::- irrevcrsiveis, en1bora sej<' bas1an1c corn,un c6lul8 de co11ccntração produzida pela ektrólise e, assiu1, a sonla das sobretensões
o emprego dos tcru1os irre-ver$ível e revel'sivel paf'J. essas duas s in1 açõe~:i. 1-\s aoódica e catódica, e a fe m. a plic-.i.dn de ~·erâ ter \.llll va1or 1al que con1pense essn
densidades de corrcnic de 1roca caent g<!ra lmen1e na faixa de valores <k 10- z ..-i força contra·eletromo1riz (fcem} da célula de concentração pá1'::1 que ;) e.letrólise
10 6 A cm-z. de modo que.. cm um eletrodo co1n j,, = 10-z A cm- 2• haverá prossiga.
corrente i nt cns~1 corn v;i lorcs baixos de sobrclcnsão. Voharernos agora nossa <Hcnç~i.o à sil\lação criadn em um dos eletrodos.
Ou1ro aspcc:10 iln portante da densidade de corrente <li;: lróc:a é sua rt.lação ..6.n1es rlc l<4~ apl ie~ir qu,tlqucr potencial CJHerno aos e lctt'od o~ a conce1Ht'ação de
com a facilidade c onl que o potencial de cqui librio pode ser estabelecido !H•lll ións de pr:1.1 11 será unifonnc :ltravés de Ioda a solução. estando nn1bo$ os eletrodos
clc1rodo. Para o tstabe.lecimento do equilíbrio, deve h8\'er un1 1ta11spo1·te de carga e:1n equilíbrio 1;1 u1n po1ençial dado pe l~1 Eq. (4-5). $;; a concentração uniforme dos
1urtt .,·ê::. <la dupla c.1 mada. por meio das r.;::açõcs anôdica e é.:t!ôd ic1.1. Se j 11 < 10-' /'\ ions de prafrJ for e, l! LL~ur~se, na F.q. (4-5,h conocn1 ração cm vez de ;,Uh'idadc, CSt<\
cm-= . é pouco pro\·âv~ que o ck:trodo poss'-1 alingir seu potê1lc.iaJ de equilíbrio. as.su1u::: <) rorinu
rocsrno. em ,._is1emas convcncionalmcntc puros, <>ode, pr<>vaveJme1ue;. extstirão
in1purezus suficientes pa ra a-i.a.otcr um~ <len.sida& de t o rrente u1aior qt1e JO- ; /'\ E • E" + RFT ln e~. (Vi2)
cin - ::. Nc:ss:: caso, o potencial do clc1rodo :;e deve n1nis às. imptu·czas que ao sts·
lçtnl:l propriame1ne dito. A Eq. (7·14) rnos1111 que o valor dejO) depende das <Hivi· Suponha 1.l gora que consideramos tun eletcodo ao qual apli c~lll\0$ u111 pot<.~ncial
d~td~ 1h~ íorn1as oxidada e red o zid~t do sis1cnlt1cle1ródico t, por1anto, em soluções E'. n1eno: q \le ·E. t:sse e.letrodo se comporu:1rá co1no u1n cit1<xlo. e ions de p r<lla
diluída..~ J.. tecá um \•alor pcquc·n<.1. f,..: ;sc é u1u dos u1oti\'OS pelos quais é dific:J pro\'cnicntçs da soltição scr.1.o ai dcposif<tdos. Pot si1nplicidadt:, cl)ns idl-:rcLno..:;
conseguirc1u -se valores precis~ 00 fcrn cm soluç<)i:s diluída~ <I não ser qt1e seja1n CSS(I deposição tão râpida que é alingido um equiUbrio na superlicie dt) e lctrodc).
1011u1d i:tS precauções muito rigoro:;:'ls p3ni cli rninttr ilnpurezas.. Esse aspcclo jit Ern outras palavrns, cons:id;;ramos que a concentração de íoos d:: prata na s upcr-
íoi 1nencionado e.m relação à dc1crmiJHtçUo de potenc.i.a is-padrão dl!' el.ztrodo.i;, íícic do cJctr<.ldO será t;;lpidamente. corrigida pela reação de dcposiçã<~ alé q ul~
no C'.ap. 6. eht (..'t'>rrciipond:'I a P: ~ 1ambém essa corr.z:spondência é dada pela Eq. (4-5). Se n
t.:Onecnlraçàv dos ions na superfície do eletrodo for t~, a 1•e.la.;ão adi::quadá será
SOBRETENSÃO DE CO KCb NTRAÇÂO
A origem da sobrctcn;;:»o de c.o11centração ô provr. v,;:l m ~ ntc ilustrada da
R' = E'+ R: 1.n e, . (7-33)

maneira n1ais comprccnsi\'el con~id era 11do ·se a .,;:l..;":u·ólisc de unl sal de tuu inetal Como F.: < F.. e': < <:1 , -:::sta bclccer-se-ã. na solt1ção, u1u gci!diente de co11ce1nnlÇÕes.
eutce eletrodos do mc:;mo metal, por exempla:o '' c1c1rólise de ili{rato de prata q ue- provOcJ;rá a <lifusão de ions de pra ta da solução para o eletrodo. Os io1ts de
entre eletrodos de prata. prata q ue mig ram para o cátodo c11con1rarão o gradiente de co1lce tHr~ção e );(:tão
Antl!S de inicktr·l:iC a ..:lcttólis~, os eletrodos de prat;,-1 entra rão em equ1Jibrio aci::l ~n1do:1; ; a \•;;Joei<laUc <lc c.:ada ion lerá u1n cotnponeute de difusão, que se so1narà
001u a solução, a1lngindo o potencial reversível apropriado, depende.11do da atl\'i· ao con1pon::1Hc de rnigraç.ão. A vcloe.id3dc de chegada dos ions de prn.ta no elê·
dade dos íon$ pnHn na solução. Como amb<l$ <.1s eletrodos estão mergolh:tdo:; trodo será ~O\'t:tnada pela \+elocidad.: <lc 1nigraç.ão e pela intensidade do gradiente
na mesma solução, eles tetão o .01esmo pot<Cncisl cletródjoo reve1·sive1 e, portall10, de concentração. Logo q u~ os ions de pralu ftlinj:un o clc1rodo, eles se depositarão
não h;,'\'Crá difcrenç}) de po1encial entre eles. Aplica ndo aos ele!l'odos tima pequcoa por ação da reação eleu·ódica, râ pidr~ de Lnodo qu•~ a conccntraçUo nn supcrficie
fem exten1a, o eletrodo de prata Jigado ao pólo nci:;~Hivo s~ comportará corno do clclrodo serâ mantida em e.,. valor correspondente ao polc11ciaJ E a plicndo.
cátodo, e o c1clrodo ligado ao pólo positivo funcionari1 co1no â1todo. No cál<.1<.l o, A clapa dctercninante no processo global ~ HS$i1n, o prOCetiso de lraD.8portc de
ions de praia serão retirados da soluç.'ió à 1ncdidn que íore111 sendo neutraliiflàos, 1naS5->:'I , q oc (az os ions atingirem o eletrodo. Numa solução não-agi 1 nd~1. a con-
deposita (ldo-sc co1no prata metàlica. No Unodo. a (;Ot\c.:ntt'ação dos íons de prata t:c ntra~1o dos íons de prata será função da disnlncia x ao eletrodo e do 1c1npo t .
au.tnenlart'-1. c-0m :~ dissolução do elc1rodo. As soluções nas vizinhanças imediatas Qul'!ndo i =O, '' concentração ê onifor1ue em toda ::t solução, com o valor e, .
dos elcirodos d iíercm d1l concentração do .resto Ua ~oJução: a do anô)ilv lerá Apli<.-ando·sc o potencial. a concentração na supel'ílcie do c1clrodo dcç.rc~ rapida ~
co11ecntq1ção Ola ior e a do catóhto cooeenlração ntenor. A m:.üor cono:!1Hração tllen h: ~ e:~ , e. a solução n:.'IS \'izinhanças do eletrodo se torna suc<SSi\•uctlcnlc 1nals
de íons de praltt e.iu torno do ânodo ê pnrci;1lnlenle. reduzida pela rnigração dos pobre em ions d~ pr<tltt. 1?.s~a situaçíio vem representada na fig. 3~, on de~ m<>s 1r~1
íons de prata etll dit'eçào ao câtodo e pela difusão a través do restanlc da solução, a c.01H.:cntração dos íons de p r~ ta corno fonçfLO da distância ao eletrodo, em in1cr-
Analogu1n enh::, a con~ nlração roais bH ix.;) de íons de pra ta cm l?n10 do câ1odo v~tl o.:; de ternpo crcsccn1es. '/ê.-sc, na f jg. 38 q\1e, numa solução nlio-submetfrla
6 parcialmente at1mellti1d:'I pela tnignH;ão dos iODS de pri1ta pfOVClltCt11l!S do á tlCdO tl a~Jitaçâo, o g.radierue de conçt:n l r~ÇUo diminui com o 1empo, e que o processo
e pela difusão de ions proveniente.:; do resto da solução. Se, c(Ht~udo, .:sses fenô· de. difusão se tOl'llàrá progres~iv a1nc n1e m,1i$ lca10.
m~nos de transporlc forem lenLOS. 1·esuhat'à u ma diferença fini1a n.<1 concentração E.nt soluç.ões "giradas a situ;içào é u1n po1100 mais simples, Pode.mos consi-
do..11 íons de pntla. em torno do ânodo e do cátodo. Isso da rá orige1n a u1na célula derar a existê:lcia de \llll~t ci:1nla<la estag.n :ul~ de solução próxima ao eh:u·odo,
de contclltração, com uma fem que se opõe à icnl ;,lplicada. A dií.:rença entre o na qual não há n1ovimento. No re~:i10 d;i solu4,:tu.>. a çonccntraç;:1o dos íons é man-
po1eociu1 real de funcionamento de qualquer uo1 dos el~ lrodo~ e o polenciaJ que tida unifo nne, de 1uodo q ue o g,t'adiente d!! concx;n1q1ção se restduge ;) c:iroadtt
clC-':' a pre.~et\hun quando em equilíbrio con1 íons <lc pr\1t~-1. de alividade igual â da estagnada de solução, qu~ é chalnada camada tle difUsão. Nessas cond içõe~ ~·
138 l!lct1•61.i:1c 139

Considere 11 clclró li~ de AgN03 de conocntr.u;ào 0,1 mol J in -·\ nom:l


~o luc;J.o ncu1rn, entre eletrodos de pr~ta. Aplicand o-se, n1r1\\'é:J dO'I eletrodos,
uma ícn1 pcqu:na. u cl.:trod<> lig:.tJo •10 pólo ncgaÜ\'IJ da íonie ~ cornporlarà
como câ1odo. e o ou1ro como ânodo. No cátodo. serão ncu1r11hud0" os ions de
praia.. que ~ d~poshar-Jo como prata metálica. O ânodo ~ d1SSOl\"\!ri. pam dar
origem a tons de praia (m solução. Também esla.rão prcscnt.:s iom de h1droeEnio
Fi,tnm Jk Vari;1çlo de> J13di~f'lt0: ck e hid.róx.ido prO\:CDl~nt~ da água, em ooncentraçõcs de 10-: mol dm'"'".),.
conoc:ntraçio cr:i .olu.;J.n fdo :a~1adas No 1ntenor da soluçJo, a correnle s.erà oooduztda pnoc1J)Almente pcl0$ ion1
de prata e de n11ra10. A plrtic1p:içâo dos ioru de h1drogên10 e l'lidróxKto no tl':lns*
pone da corrente utá desprezivc~ dada sua concentração cxtrcm3mcnte baixa.
Na solução, o n ú ll\CTO de tret nspon e do.s !ons de prata é U.47. e o dos Sons de
nittato é O•.S3. Asihn. partt cada 96 4:-!7 C de ele11'icidade co11du:udos. 0,47 n1ol
de Ag' 1n i-grdO\ r:1n dir«ão no càcodo, e 0,53 mol de NOl m1granl en1 d Jreção
ao â nodo, l\o c61odo. 1 n1ol de i-\g .. é removido da solução, 1111. formtt de rrata
conc-.::n1raçfiv dos i<>n1'' ~11i ngê rapidamente vrr) cslud<> t t-IKcionfl no, como ilustrado rnetâlicn. n111s so1ncnlc 0,47 mol ai chegou por efeih) de 1n igl',1Çüo. A conec111r<1ção
pela .Fia. :,9. t hn ~lclrod o di:: prata situado 110 g:ros~o Ja ,:iôl uçNo 11d qull'i!'á u1n d:.: ions Jc pr:Hü n11. 11uperliçie do câtodo será, porta nto, tncnor Que no resto da
potcncit1I_ r.:. d~1<10 pc:l,1 Eq. (1-'.!2): o potcnck1I de opc1-.1çJo do c.à1odo, E' , será solução e, nu1n11 t.ôluçllo <:•n n.g icação,. foima r-se-â nu1n,l del,g.ack1 c;unndn pn~xin10
dado pelo Eq. (7-33). A J ifore1lÇt1 en{re esses dois pv1cnciai~ é it sohrc:lensão de uo câ to<lo lUll gri.uJitnle de ~oru;entr~u;Uo. f.vcnlua!Jncntc ~ ~t hngc tun cs~aJo
concentra~~o. di\<in pcb f.q. (7-:J> coIDO sendo ig11~1I ,1 tSl:icu1nàr10 no qu11l n velocidade de neutralizaÇü.o d~ iOnll> s..:r(.L iguul ti velôeitlade
11 = E' - E. de chcgath. <lo:t 1n.::tmU:>1 ao cátodo poc mi!>'Tuçào ;.:: <liful'>Üu. A i.iiuuc;ilo existente
durante a clclr61i~ e11tà il lL\lrad~ pelo d lagram;a d.1 Fig. 40.
RT e, Com~ p.1r1 c.-ada 96487C de clciricidadc. hil oculn1li: uçio de urn molde
~ = - ln -·
F e, Ag- e somente 0,47 mol chegnm por migraclio. os 0,53 mol rc.stantc:s de-vem chegar
ou, de um modo gcnê-noo,
RT I e. ao cátodo por d 1fus.!o. No ânodo. a SJIUaçâo é CJ1i31amco&c 1n ~rsa. Um mol de
IJ = - D-· As• < formado ix:la d1Ssoluçiio de prata, 0,47 mol mil!Jll <m dircç;Jo oo citodo.
zF e_.
No CJSU p•rlicul:1r cons1d~rado. e, < r,. e ,, 1'Crá, dts.t.irtc. 0;1-1nvo. m('l'\lrando e o 0.53 moJ rcs1an1c aJaJIJ.·sc por difusão.
ConS1dtrc ª'º"' os ions de nirrato. Para cada 964$7 C. O.S3 mol de NO;
que o ~Jclrodo funciona como cátodo.
A.nt~ de ct>nsiden\r ma:s &talhadamen1c a Eq. (7·34), de\'tmos ana1isHr migra. afastando·se do cátodo. 1\ concentração de ions de n1tr:uo JU•HO ao cáfodo
n1elhor o problcn1.t do ll'ansporte de massa. diminut de.fic1Cnc1a Que só pode i>er i>updda por difusão de 0,53 mol de lons pro·
vt.nieotes do restante da solução. No outro elelrodo, vule o contrflt io: 0,53 mol
TRANSPORTE: NA ELETRÓLISE de KO; chcgJ. ao Onodo, onde, não podendo ser neutrali1.ndo, cst,1belece uru
gradit:nt~ de concc:ntr.1ção., que p1·ovoc;) difusão dos Íl)OS p urd ~' S(\IUÇ1\(I,
'\1;1 :.::l.;tróltse, é imporlant:: cSl~l)elocerwse unia dislioçlo entre ôS ioos que .Suponllit que n corrcnh: q ue passa a era \·és <la solucào h::nlu1 u1n 't'fl lor 1 de
manlên1 u corre nh: ~ os qu-t são ncu1n1lizados nos t:lttrodos N'' purh.: 1naiül' da i;uensidadc. As correntes conduzidffs pela 1nign1<;âo dos ions de prula e nitra10
soJuçtiO\ l(UÚ>·' M 1on.i; prescnlcs par1icip~1m da conducão d~ cc.1rr~n1c clê1ric,1, de ~110 de 0,47! e 0,531. rcspcctivu1ncruc. Siio ~LS c-0rre11tes de mig•'l:(iW dos h1 n~ sendo
ncordo conl 0:1 st:Us nú 1netos de transporte. Nos eleti·odos. o potencial do clotrodo e~sn.'I tis (1n ic.:~s c(lrr<::nlc~ que (lp.;:ra m no grôSSO da S-OluçUC). N11' c;1 1u11dn~ <l:i diíu~n.
clctcrn1 i1111 (l~ 1ons a serem nl!utraliztldo.i;. cntrclanlo, híi ulgumlt condução de corrente pela d ifusão dos ions. rl!'sas corrente::,
são chamadas corrtn't-s dljiuào. Considere a camada de difusão ca16dia1 da Fig, 40.
~1HgraçJo +
Cl53 NO;
F1&ura 39. Onad1cotc Jt conctntraçâo CS!!l·
cioDilla CUl soldo JOb ac-:uç.Jo º~'11.g·
Fijtura 40. Ekuóhtc de AJNÔi 0.1
mo1 dm-> D fusão 1 D1fuoão
Cunoentração
uniforme 0,53 ~ · U3Ag'
manuda
Cl)1ned i. do d1tus60__ ..µP:.:º"-' ~g ita ção 0,53No; OS)NO;
140 EJc116lhc 141

A corrente de migração de- nurato, afastando-se do cilodl'. é de 0,511. ,\ corrente transporte do ion em quctliiO. 1,.
de diíusão do nitrato cm direção ao câtodo é 1ambém de 0,S3/. A corrc~tc total
lraruportada pelos iom de nlln.110 na camada de d1fus.ão deve, pois., ~r nul.L A 1. - 11,. (7· 36)
c:orrcnh: de migração dos iun$ de praia c:m dueçào 0io cátodo é 0.47/, e 1.1 cor rc ru~ A c<>rrc:nte de difusão pode 'er deduzida da pr1mcir.1 lci ele Fick p.1ra ~1
de di(u.~ão, 1an1bém cnl d1r1.:~·?iC1 ao câ1odo, é 0,53 1. v~~sc q ue são os íons ele rr.1ta Uifus.;\o. que di~ que
Oll rc!Jpl) nsá ~·c is pela C01lduçüo de lOda a corrcnle atrti vCs d.l ca1nada de d1fusi.io. dn
U1n r:aciocinio s.::melha111c 1uos1ra que ~o os ions de prata que conduic1n (7-37)
••>tht a corrcu1c ran1btm a l rl\\'~ da ca rn~ dll d~ d1 fus.~o aoódica. /\o pas)() que. dr
no intc-ior da nu.ior p.trtc da soluçi<\ 1cxt bfõ o._' lons participam da oonduçln da onde <.lt1/dr é a quanliditdl.! de substância que difunde por unidade de 1c1n1>0,
corrcn1c. oat camadas de difusão só conduzem os ions que são neu1r31izados- a1ravés de uma área A. devido a um gradiente de concentração õc/êx. D é un\a
6 prcçiso. contud~ ar.s:inular que essas camad.'b de difusão são mu.10 delpdJ5. cons1actc de proporcionalid:adc cha1nada coeficientt de difusão. O sinal ncgali\'t>
com espcs$ur;i de apenas uma fração de milimctro. r.a Eq (7-J.7) indica que a difuY.o ocorn: em SC!)tido oposto ao do gradircntc ele
NC1 cJtcmplo anlerior. o lon <le prata condu7 Ioda a corrente atr!t\+ts das concentração crcsocnte; crnp rcgrun .sc: djfe:rencia1s parciais para o gradiente de
ca mndas de diful:ião. ô.lraL de tne:1ade é uma corrente d~ rnigr~ção, e cercn de concentração porque, na re:1licl;1dc, e~ é função 1a1HO do h:mpo como da dístl\ncin.
me tade ~ uma corrcnic de difusão. ?Ylas, na presença de um excesso de un1 clc11·óH10 C1')n1u<h') coosideràrelllOS o gradiente de conccntraçílo npcnas no i ns1;·1ntc ~nl
indift:ientc. é possível n10Rtnar que a maior p:i. rt~ dn corrente tr~ nspor1 adn O.tJ'l\\!éS que ele fll ingiu \Ull estado cs1ucionário num:i soluçno ngilnda, reprcscn1nd:1 na
dll CJ mada de d ifusão pcloi. !ons de prata é uma corrcn1c de <lifusão. Purn 1.!XOm· Fig, 39. Podc:Lnos ver, na Fig, 391 que o gradiente de oonccnlntção varia corn u
plificar. considere uma soluçüo 0, 1 mol dJn J con1 relação a AgNO, e: 1.0 mol di~tinci.1 e. par.a podt!rmos usur n Eq. (7-37) para o ctllculo d:i corrcn1c de difusno.
dm ~ com relação a K NO, Como o ion de pnu.1. cs1à presente cm pequena con. fazen1os u.~ aproximaçào (introduz.tda por Nemsl): numa cx:.rta. distãncU con-
c.-cn ltJ~O, comparada â conccn1nação dos ou1ros tons. seu ourr.cro d~ 1ran.5p0rtc sidcr1mot o gradiente de concentração como sendo hoear. tal como mo.stmdo
sçrâ p.equeoo. J>:i:-a a solu\.'âo1 ~ niimt!'ros d~ tr-.ansporte pJ.ra os ion~ de prata, n3 rig. 42. P<>rtanto
l)Olti$slo e nilrato s.ão, respcctlvaJJ)Çnte.. 0,04. 0,4/i e O.S. A eletrólise da soluçio,
cnlr\: t lcirodos de pnHu c:ncontca se reprcscn1ada nu r.'1~, 4 1. Como os 1ons po1át.5lQ
4

e nilra10 não são net11ra li'i.ados, suas corrcnics ele d 1rusno são iguais e opos1us n
suas corr\:nlcs de migrucao. O loo de prata dc\'c cunJui-ir 1cda a corl'ence n1ravés S11bs1ituiodo na Eq. (7·37), rnus desprezando o sinal ncaa1ivo) pois não cs1om06
d11.t ctunadas de difur.üo, e cnn10 so1ne.nte 0,04 da CQrrcn1c ê condll7.ida por n1i.araçno. intcrcios.:tdos no sentido r::m que .se transn1ite a corrente.
0,96 dev~ ser conduz.ida por difusào. Isso ocorr~ na prcsc:nÇa de u1na conct.n1ração
dez. "CUS maior de n11r:110 de potássio. Com CODCC'Cl1rttç0c$ ainda nu.tores di! !'Utrato dn
d~ potassro. ou com cona:nintçõcs mc:aor~ dt n:1rn10 de pr:11:1 u propo~.to de
corrente conduzida por d 1íu.d.o k apro:<1ma OOs1tu11c de 100~~ . P.1r:t exprimir a ,·elocidi1de de d1íusão oomo um.a corrente. devem06 muluphcar
Vin1os q u~ somen1t o 1on que participa da reaç-Jo clctródica {o íot1 ele1r~11vo). dn;'dr por z1F. Qnde =• ê o numero <k carga..<; do ton:
conduz tOdd a corrente utravé~ tla.<1 ca.u1adas de difus..io. b~t corrente 101al pode
$ct cv.i:isitlerad;.1 co nto co nsi ~Hind o çrn unH1 co1·rentt de difusão 1.i e un1a corl'enic I • z FDA e-'-~. (7-38)
de 1nig.rt1çtio / ,... A COCl'Cllll.: f (ll{-tl T e dada por ' 1 5
/ ,. Jm + J,, (7·35) So1b<l ilu111do os &!~ (7-36) o (7-38) na Eq. (7-35~ tu1emos
A corr~ntc de migraçãô b a fr3ção da corrente total que é condt:rida J>'l.. u1n lon e-e
~n1 mjgração e. pt.>rlanto. i.gual ao produto <b corrente 1oial pelo número de I• /11 + z.FDA
• -'-8 •
Mtgração
+
0.04 Ag•

. 0,46K• e, ----- -- ---,,-- - -- - -

01fusào
0,50 "ºi - t·ii tuu 41 F.lctr61isc de AgNO, 0,1 nlol F'i&U•'.1 42. A ::tproxima('.ão de 1'/ornsl
Difusão d•n l - KNO, J.0 n:ol d1n ~
0,49 K- 0.4õ K*
o. ~o MI"!: e,
"'"o.so NOi
O 9i A9•
r--
0. 96 Ag.._

'
r
EJct róli~
143
142 Fundt11n cnto~ de clcnoqufmic!l.

Substiturndo o ••IOr dudo para z1HJAC,j{> pda Eq. (7-40),


ou
l =~'FD~ ~. (7 39) RT 1,-1
11=-lo--• \ 7-4 1)
(1-tJ ~ :F 1,
A f.q. (7 39) t uma ck:scrição quan1itati\'a do cornpor11ntcn!o discutido
4
onde 1 ê a corrente li1ni1c e 1 n oorr.c:ntc para uma sobrctcnic.;io de concentraç.'\o
1
qoalita1ivanlenlc no 1nk.o cX:stc i1cm. com uma reaç-J.o c:c1rócJK:n rápida e uma •/· lim grif.co de I contra 1). da Eq. (7-41~ tem o aspecto do FIJ. 43.
etapa de lraru.pon.e dt m1s:sa como c••pa dctcrnunantc. A exprc~ot1lo mos1m que.
â medida que o número de uansportc do íon clclro.th\O 5';; aproxintJ de uro VOLTAGENS OE DECOMPOSIÇÃO E POTENCIAIS
mediante a adição de um <letróhlo indiíerenh; a 001 rente total dado pela Eq. (7-39) OE NEUTRALltA('ÃO
se aproxima da corrente do difusão da<l• pclll Eq. (7-38).
A1é o n1ome.n101 ocupamo-nos principalmente com elclrodOi isol.) dos que
csU1\•~m çm cqu1llbno co1n a solução .a ntes de aplicar a eles qu"lqui:r po1c11ciaJ
CORRENTF.S on DIFUSÃO-LIMITE
poJanz;an1e. De un1 pon10 de vista prii.1ico, será útil considerar uni~ ~lulH c:onl-
O proc1.:sso de diíusão nurn caso em que um íon c:r.IA sendo retil'ado da plcHt: cxa1ninurcmos n clc1t'óhsc nunla té.lula na qual os clctrodM c!ilâO inicü\l-
soluc_.:üo pela neutralização JlUm eletrodo dil origem a 11111 ícnf1meno intél'Cssante. 1nenie e1r1 cquillbrio conl a solução. Considert: un1a céluln constiluídn por un1
Cons idere a d~posiçílo de un1 nletul num elet rodo! provcnicn1..: de un1a solução1 eletrodo de hidrogênio e u1n elc1r(1do de cloro, tendo ilcido clol'idrioo co1no
~ubu1clid11 n aa.itílçl1o.. e conlendo um gra1lde ex<:es.so de utn clclrólito i ndifer~nte. clctr61ito.
O io11 cletrontivo condutirl\ lo-dit a corrente atravês dtl cun1i.cb1 de difusfio. N;.1 P1: H 2/llCliCl 1 : l'l.
prc'lcnç:L do elelrólito indiferen te, a cort'ente totaJ cs1arà constituid:t ~xclusi'>'a•
nlcntc pcbl corr~ntc de diíosüo e sc:râ dada, de acordo cocn " nq.
(7-38), por Nessa célula. \1Crific,1·SC <\Uc: o eletrodo de cloro é o pólo posilivo e o clc1 rodo
de hidroaên10 o pólo neglltivo. Aplicando-se à eélul;i un1a íent externa. de mo<.lo
1 = z,FDA Cs - cc. (7-38) ral que o pó~~ m::g111i,·o <Li rem aplicada esteja ligado ao ~letrodo de hidrogênio
/j
e o pólo pQSnn:o ligado ao ~letrodo de cloro.. CS...'>:l ícn\ cxlt:rna se oporú à ítn\ <ln
Tomaa<lo-tc o cluodo mais negativo, a concentraçiO de: ions clt1roouvos na célula. Ql.la.ndo a rcm aplicada for exa1amcntc igual ia rcm
da ctlula. não hn,•crà
supccficie do clclrodo diminuirá. Por iss0:, o gradiente de ton~ntrl'.l~ão 10ma-~ tontnle. < os e!e1rodos de hidrogênio e de cloro cstariiu csn seus: potenciais rcvcr-
mais: acentuado. e a \clocidade de diíu.sã.o do ion eJetroali'o a\..mcntn. :i corrente tJ,c.s.. Temos essa s11uição quando medimos a rcrn de uma ~luQ com um poten-
taro~ aumenta cm conseqüência disso. d: acordo com • Eq. (7·3~~ Se o potencial ciômclro. Se • fcm aplicadl for maior qw a rem da célula. n..-.cm passagem de
do cátodo se torna mais e mais negativo, a corrente conunua a <.TcS«r. at.é que utni.t corrtnte pelo cir~ilo, com a energia sendo fornecida pela fon~ externa. e
e~ k reduz a z....-ro. Nt:.õõ'-M condições. o processo de difusiio atingt: sua rn.ãx1ma a 5-0luç.áo N cflul.l JOfreri. clct~ólisc. Como a íem aplicada C rn•iUC" qu.: a íem da
velocidade possl\'cl, e a oorrente não podera ser mais ;:.urncnl~dtt, mesmo tor- oélul;,4, .º poLeneial aplicado ao eletrodo d~ cJoro de1.rc ser rruti,. pôtilivo q ue o
n~ndo o potencial do cfuôdo ai nda mais nesativo. Esse "alor màidmo da corre.nte po1cnc11d rc\'crslvel desse clc1rodo. O ele1rodo de cloro func;on.1 então como
é conhecido como tt c:orrent~ de difusão-limúe~ ou lhn itautc, e l!>i.:rà d ndn pela Eq. um ânodC1, e o eletrodo de lndrogêaio como cátodo. A rch1çtio entre n corrente que
(7-38), com e,• O, aLrt1vea:i:tt o chculto t a fcm aplicac.ht ~-..:nl u1ostrada na fig. 44. Suponh" que a
(7-40)

cxprc.s~ cnl que 11 6 :t çôrrente.-1.imilc. Vê.se, nesla ôhima cxprc~são, que a I


I
corrcnlc de difusão-limite é proporcionaJ â coru.:entraçào do ion c:\clron1ivo n:l I
parle princii>nl dá solução; nesse fato está basct1da a técnico nn:i liticH da polltro- I
orafta. ttuc s..:rà nprrscntad3 nlais adiante. I
A rc;luçno quantitativa ent~ sobretensão de conccntr.Lç-Jo num eâtodo e a
corrente <1uc surae. tU situação desc,ila. pode ser obtid~1 a panir da Eq. (7-34).
, I

O valor de r, podo ser determinado pela Bq. (7-3$~ que podo !Cf rcarranj•da na
rorma
1,

Subshluindo cs~ valor d~ t~ na Eq. (7-34).


~ = RT ln c,-(1~/z;FOAJ,
zF
J_ E
fam aplicada
º" R T ln (z;F DAc,iõ) -1 fi.gurll 41. V01rhv:lo d..1 corrente de difu$âO Figu ~ 44. Vanuçiio d11 c.:<:'lrrcn10 e lei rolhic~
11
• 7f z1f 'VAcJb · oon1 a .\Ob rctcn11n~> <Jc conet:nl •·•\;.'O com a feJ» aplie.1d.1
144 F.~1· 1 rólhc 145

fem reverslvel da céJula é E, a fem ;1plicada E,.,,.. e R e!. res1stênci:I do circui10. -elt1romotr1z. E. da célula gah·ânk:a é J(il.W por
C".<'llno 1nencionado, quando E." • P.. a corrcn1c' sera n.ula. Com e..,,, > ~' ocor- r; e E0 , E" ).
n:ri eletrólise, e se os eletrodos fuoaon.arcm de modo perícitamentt reversível,
a fcm dJ t.'ilula oootinua sendo E. NCSS3s condições, u1na ~ to1al (E._, .t) pro- expriess~o cm que Eo.: e Elh são os p01encbis dQI cJctrodos d::: cloro e de hidro..
"'CIC.1 a p;.1~sagcm de uma oocrc:ntc a1n1 v~ do circuito de re!iit~ncia R, a inleo· gCn10, rc:.p;çti\·11mente. Estes são dados pela Eq. (4-1).
iJidadc I d.1 corre1He será dada pela lci dç Oli.m,
R1' i r:
I • F:,.,, - E E = Eº + - ln P('il
(7-42) <:11 Ct1 f' "
R
RT RT
A .tiq, (7-42) m óslt11 q ue u1n ~n'1 lh:o de l contra L.,,,: d<lrá uma linh:i rela <le = F.CJ, ·I - ln Pci - - l n a
2P ' F
inc:llnaçio 1/ /4 e que I = O quvndo e..ri • E. ls.so acontece conl corrcn1cs bnix~1s.,
com os eletrodos operando de m1tnc.ira 111.0s ou t11euos 1'e\'Cl'sivel. Conl valorei; onde ü.., ~ t' a1ivi<.h1de dos ions de clorclo e 1101 a pressão p:-1rci11I do cloro no
mo~s ete ...·ados de E-1'· ha,·crA pa'\:..itg.em d&: cortl!Jttes de maior intensidade. e os c1elrodo.
clc1todos estarão sujeitos 3 pohuizuçilo. Co1no o eletrodo dt doro é o :inodo do ª•
1i1icma, 1et1 potectcial se tornará m31s posith·v e o potencial do 1dt:lrodo de hidro-
E,.J - -RT
p ln -
,,:,,,·
gênio., ptt Aua ~C'4 se toma.rã mn.is nea.11i,·o. Em conscqltênc:i.a. a rem da célula /!T RT
~ tom.1râ maior; o ac,êscâmo serâ 1iual i son1a das $0brctcn~ n(')S dotr. clcl,odos. - - l n a - - lnPte
F • 21' 1·
A íem toual Que a carreta o sureimento d.."l corrence scrà urn pouco n1"-"tlOC que
aqucb que 1cdamos ,;;;e; os clt:trodõ.1 operassem reversivclmenlc. e u in1ensi<L1de: onde a. (: u aü vidaOO dos ÍQnS de hidro&ênio e p11, ;;1 prc:ssáo p~1rcin.I do gá.'I tiidro-
da corrculc tarnbérn será menor que a Jutcnsidadc dada pclu P.q. (7-42). fl.1n gê oio no elclrodo.
cor1·c1uc5 mais intensas. ~• corva cio gràf100 corrente contra fcm (lplicu d~1 <h.:i:<u A fctt\ da célula galvânica é, poruuuo,
de ser uma rela de inçlin.f'..çãô 1/R. À 1nedida que as sobrctcnsõe~ 1Htn1cnt:L1n co1n
intensidades de corrcnl:: crc<\teólcS, hâ tainbém desvio da lincaridndo. (7-43)
A curva corren1.:-vohH.geu1 da Fig. 44 n~f~ l'~se 3 u1n sistcmA no qual o.s
eletrodos $: cnconlram cm cquilíhrio com a solução an1cs ela aplicaç.Qo de ttlgurrui c:onsidcra.ndo que as ativjdadcs dos lon.1 permn.oeçam CQn!)~ ant d, a. tiq. (7-43)
fan exieroA. Contudo. na 111aioriJ d<M cuos dt e-letr6lise <k intcrcstc pristic:o. mos1ra QU-' 3 fccm ~ oêlula gah·ln~1 ~iumcnt.t à mcdiOO que a pressão parcial
O!l' êletrodos não esião inici3Jmcntc cm cquilibrio com a solução Considere. pc,r dm g.ikS forma.d~ aUDlet113.. Qu•ndo liC- ;acumulou. oos clclrl)CIO'\ quanudack:
exemplo. :>. tktrólisc de áado clOf'idriço entre eletrodos de platina A.ntcs do inicio 'ul'ic~ntc de produt0$ para criar uD\3 (cem i1uol e oposta à krn aplicada. u eletrólise
da cfc1róll~ nào havi:rá, na so!uçào gh$ cloro, nem gãs hidrogênio. de modo que dc\'criu ccwr. Com~ comportamento tdc.al dc•cria apenas haver uma corrente
os "lc1rodos oào podem es1ar em equ11ibrio co1n u m~srou. NtlS;'lS condições. 1rans116ri:1 quando se aplic-J 30 .Sl'lh,:ma uma ícn1 pc...-quc:-na. Essa corr~ntc lr•n-
teremos utna cur"a correnle-\•oltagctrl como a da Fig. 45. Aplict\ndo~$C aOL'J e le- si16rk1 dr.vcrÍ!• ser ronsti11.1id;.1 ern parte pclJ. corrente ncic::s.sâria pam ncutr:tli1.ar
trodos uma fc.rn mui10 pe<1uena. lons de h i d ro~oio se 1no\·~tão t nl direção ao as q 11 anhd~1 d cs necessárias de produl°" 006 clctrodoo, e parci;)Lmente pelo corrcn<c
el,trodo ncgati\'o (cátodo). ôncfu sedio ne \ltralizados para ft)rmar t;às hid rogênio, neoessfl.r~1 P••tn. 1'01·mar a d upla curnudn 01~ 1 l'ica. 1\ primeira é cha1nada d: coyren!e
faJ·átlttlca ou .fariídú:a. jà que ela IC\'t1 11 u 1n 1- ,u;ão cleu·o<luhnic!l; e a (1 hlma é c ha-
li ' +e ~4·H~- Jl\f1da de corrc111.e não.fa»âdica, pois cb nllo pro\'oca qualq uer 1rnnsfornlaçiJo
AnAlogH1ncntc, ioni do!- cJoreco mignun cJU direção ao eletrodo po!SÍIÍ\'O (ânodo), elc1roqu}nuc3: tral,-t-se de uma corrcnh: anú1oga à corrcnlc ncQQSSâ1 ia prtrJ. car-
onde sito ncutr.ali?".ados e formam o gAA cloro, regar um condensador.
c1- -iCJ, +•. Apcsa.r do fa10 ck ambas as corrente,,._ a faràdica e não·.farâdica, deverem
ter nalUrc'/.J apenas 1n.n~1óriá,, v!-sc, na Fi.g. 45, que e:xis1e uma p.equcma, mas
Logo que surgem nos c:lctrodnt traçOS desses: produto~ o $iStcma fC cons.tilui continua. corrente cnlre OL<. \'HIO!es L e I de (c...'fn itplicada Ena corrente t chrunada
numa ...~tuba galvânica. com uma rcm o~ta a (em aplicada. Es'Ja rorça contra· de t orrtJllt residual: ela se dc•c ii d1íus&o dos produtos formados pcb c:k:tróli.se.
n que se f!íniu am dos eletrodos. A corri:nte residual é. portanto, necc.'l:iária para
manter a~ cont:encrações. aprop da dtL~ dos gases hidrogênio e cloro jun10 11os
eletrodos
Aumcota vdo-se a rem a plicada, a~ concentrações de hidri"J8ênio e de cloro
llo0:15Sârirui paCTt se oporcn1 â fem rtpl ic~1d~t se: tornam maior~~ a difusão scd1 tnuii-
ràpidn. 1.: ia corrente rc~i<lt1it1 aumentn. Hnvcrú, (Fig. 45) uma ctapu .;ntre l e 111 ua
m
q ual flS pressões parcial~ de Judrogênlo e c1oro nos eJetrodM pass~un de umn
• I
at1n()11Íer1L Nt:Sse pont°' os gl'IScS se dcsprcnc.Jcsn nos eletrodos. a reem n!o pode
mais au1ncntur e, se aumc.nUtrrnos mais a fcm aplicade, a eletrólise pr°"1e-Quirá,
146 Fundamcnloo de elelroqulm.ica 147

graças a uma !Cm rcs:ulu1n1c que a favorece. Jsso oco!'re no seg.rnc:.nto n1n da Fig, Dessa forrna, a supcrlicie do câ1odo é continuamente renovada, formando--sc urr1a
45; o grâfico passa á ler a forrn;l da curva da F ig. 44. O scg1ncnlo n1n ê gcrahnente nov:1 gota a cada lrês 1,.)u cinco si;:gundos. O cálodo e, assim, mantido limpo e livre
extrapolado a tê corrt~ncc nula pam determilttu' o •1á lor d~ ícm aplicada, D. uri de qualquer conta1niraaçâo por pn)dutos fo rmados na eletrólise. O aparelho ó
q ual ocor re111 cortCt'lleS 1"()n.x;j{1vcis que favorecem a t:le'!rúlisc. A. fcm aplicada ern d isposto d-e üd n1ancira que as golas q ue constituíranl o câ todo caiam para dentro
D 6 oonhecida coin-o (101la!JC'.P' de rl(!C(•p1posicão, mas não 1em si gniftc~do teórico. do rcser\'atório de mercúrio que co!lstitui o ânodo, q ue está localizi'ldo no íood<.'>
Esse conceilo 1e1n i1lgurna uliHdadc prática em ele:ró1isc, e o va lor D pode ser d a ctlula eletrolhica. t:1n eletrodo de cel!l'ência pode ser colocado na soh.1ção.
chamado d~ 1J(llta(Je.1n de dc>conrj)()sirâo práiictt. para podermos delerrnjoar o potencial de funcionamento do càtodo.
Pela Fig,. 44 podcrnos 'ICrilicar que basta exceder-Sl-:, por uro valor infint· 1\ cécnica poJarogr;.\lica se b(!St.:fo o;i po1al'i?.ação de. concentração. associa<l<l
1ésimo. o potencia) l'êVcrsi,•el de tun~t célula para que ocorn) ~· :::letrólisC. Portanto ao fato de a corrcI1tc de difu$>ã(l-limite ser proporcional à concentraç.ão da c<;pécic
o valor n1iuin10 pana a fcm aplicada necessário pal'a uma t.!le(rúiis:: ê ig ual à fem eJe.troativ-a na solução. Supon~ u anâlise po larog1•áfica de uma soluçfi<.l de íons
revers1veJ da oêlula, e pode ser eh.amado de t'Olsagem de deco111pOsiçào re,;ersiuti. de Jn et:üs. Os ions se 11c utr~tllz~1riio no câ1odo de ine1·cúrio. formando um ~~ mâlga naá
~..fas, nessas condições. qualquer eletrólise cerá propor~fies insignificantes, Se no rnomcn10 dü potencial de neutralização apropriado. Para que a corrente con-
quiS'~rmos unia ele1r6lis.e ern gr~-1u a<.'CDIU<Hio, a fem a.plic~1da deve c.ornpcns.ar duzida ~t !r;-t \·és da ca1nada de difusão pelos ions a oeutraliz\11: seja pr\ncipuhn:=nte
qualquer sobre1ensão associada a processos eletrôdicos, i: deve, 1 ~1 mbém, Jevar corrcnle de <liíusão, adic.iona-se t1n-1 excesso de utn eletrólito indifcrcnl.C (fn;qr.c nl::-
cm conca a queda de tensão IR a1ravés do eletrólito. Esse illlitno lerrno obviarucnte mcnlc clon.:10 d{: potássio) ?i sol11ção1 e aplica-se uro potencial ncg;Hivo crçS<;:;:nte
dependetâ d a disp()sic;ão ge<.11t16trica dos elerrodos na célula, o que. m<.)stra a !Uni~ ao câ1odü.
lação do conceito de vollagcnl de dccon1posíc;-Jo. Corn u1n potencial aplicado baixo1 observa-~ \ 1ox1 cofrcJlle rcsidu~tl, n~us.,
E1nbora no exemplü anterior tenha sido. consideradt) o desprendimento de q u::ando o potcttcial do câtodo se ton1ar suficie1ueme11te neg.a1ivo, h~1 vc rã n::ulra-
hidrogênio no câ1od~ cxislc urna situação anàlog9. o.a deposição <lç um n1etal. liuçi'.io üos Íl)n..:; metâlic.oo e formação do amálgama do rnctal no çá10Jo de rnt;r-
Bnquanlo o meti! depositado não cobrir inteiramen:e- a superffc.fo do eletrodo, c úrio. A1' go1ns de a:nàlgama pro\·enientes do cátodo cacn1 no reSCr\'alório q ue
sua ati\•idade irà variur, sendo possível surgir uma fe1n opos1.a ~ aplicada. Logo fortna ô ãnodó, e podemos encarar como reação auódiça a di ~so l ução do rlh:tal
que o eletrôdo estiver in1ciramente. coberto pelo meta~ e!e se eo1np<.)rtará como do amálgama para for mar no,· a mcn t~ io ns n1c1itlicos ern solução. Tornando o
mecal puro, corn a1ividadc igual a u1n. 1\ fcent oão pode 1nais aumcniar, e um potencial do cátodo progrcssh·a111.;nlc mais 1:1cg~llivo, ~• 1.:orrc1He J UUletHa, até
llO\'O aumenlo na fern :;.plicada J;;va à ocorrência dá ele!rc)lisc. que a corrente de d ifusão dos íons mctid.ic<.lS a 1inja o valor-linl itc' ndequado para
Con10 a f.;m 101al ap lic~ da a urna cólula eletroJíti:::u inclui n q úecla de potencial essa concentração particular de íons rnclâlic<.~ na :i:olução. Si: ~ COl'ré>lle tõtal
IR a1ra\iês do eletrólilO. queda essa que depende da geometria <ki. oélula, é mais através da OOh1!2, fos&i devida intciramcnie ;i corrcraic de difusà(I dos ions n1etàlicos,
significativo considerar os potenciais dos eJetrodos iodividuahncntc. O; potenciais a correnft. na célula pcrn1aneccda con{itaolc nesse rnorncnto, apesar de potencial
dê íuncionnmcr'ltô d oi:: ~~li.:1 rod<.~ serão iguais a seus p~! enc:h1 is revcrsívcis mais ( aplicado iornar·se mais ç mais ocg~1 1i vo. Na prática, a c orrente dn cé lu la conlinL\á
qualquer sobretensão exisicntc. e ess.es potenciais s~o chan1ndo.1' <li:;. vosenciais a variar co nl a ..,ariaç3o do potencial aplicado, devido :t ex.ist€nciu de l)Ulra.ii
d~ nfll!r(r/lzação. Qu;;indo o proo;;sso é a d eposição ou a dissolução de '~~ metal. correntes. como a correnlc residual. Ess:.'l variaç~o ê. c<>nl udo, rx:quen;J,. e eslâ
os potenciais são, por vci:cs. chamados de pofenciais de deposição ou de dissolução. ilustrada Jta Fig. 4~ onde se mostra \l ffi grâfí.co d;l variaç~o d(I C:·orrc-n te al ra v~s
É evidente que o po(enci:d de nculr'Jlizaçào mi'nin10 é o pott:ncial revcnsí\'~l Jv:; da -célu la com o potencial ncg:.'IÜ\'O crcsc:cralc do cá l<.xlo. U1n tliagnuna dt"sse 1ip l)
eletrodos, mas:, para haver pa~s ag.cn1 de correntes apreciâveiS:. tornu-se. n c::cc~sárk1 é cha1nado de polarogra.nta~ esle C. obvia1nc_ntc.. scmclhan1c à curva da Fig. 43,
uma sobretensão apropriac.la. q ue ru.:Jslta a \•ariaçâo da corrente de difusão coro a sobrcicnsão c~-1 tódjc;;:i.
No estudo de pre)Ccs$00 cletródicosi é mais con1uni, por isso, cons1ruírcm-se
os grãficos oot rt!nl~ con1ra polcncial do eletrodo e.in qucslão, c nã.., um grf1fico
corren1e con1rA a vollugem total 11plicada, como na Fig. 45. f,.<:su prà1 jç~-1 e adotada
na pola rogn1fia, ú1ha 1êcniÇ(I, analítica já n1encionada antcrior1nc-n1c, por ocasião
da discussão da sobrcicosão de concentração.

POLAROGRAFIA
Na p-01tttOgraíift, a eletróJise é l'ealiuid a usualnlente entre eletrodos de mer- rigu.ra 46. UJn polarogr.iroa
cúrio, quancJo o~ proécssos que nos i11teress:.un são catódicos. O ã11c-do e tun
reser\'atúl'io de-mercúrio de grande su perl'ícic, de modo que a d ensidade de corrt:nle
iUtódica seja baixa, evitando-se assim a poJariza~-ão do ânodo. O câtodo e iuna
pequen;i go1a de rncrcório que pende d~1 cx.ln:midadc de un1 capilar ligado f1 unl
reser\·atório de 1nercúrio. Ajusfaudo o fluxo di: n1c;.rcúrio desse rcser.,.atól'io a um
valor adequado, podemos aumentar o ta1na1lho da gola lentarnente1 atê que ela
_____.. ., ._------_l_-
CàÜi, ioiciandO·$c então a formação de noví1 go1a no término do tubo capilfu".
El1:wóliic 149
148

Como 11 corrente de d 1fusão-limi 1c de um ion é proporcionral f1 conccnlril<;llo oxidada e rcduti<l.1 na supt rticie do eletrodo de acordo 001n n E'l· (4- 1):
do mes1no na solução, o 1nterva&o 11 do polarognarna é unia n1cdida da conc<:n- .., RT to..,
E E T-ln-· ('1- 1)
traçào dos tons do 1ne(nl na solução. Para dctcrminar-K o conccntrac;ão rc.11 d{)!. ;F a,..,,
jon~ o upar~lho ÓO\C itücialm.ente ser calibrado com soluçõe$ de conc."Cnlração
conhecidJ. A polarog.roí!:\ conslltUI assim um método de aná lise quantit1:1iv._ que pode ser rccscri1n sob u f0<ma
Para 1e ch•&•r ii equação da ••"" polarogrófic• mosamda n:i Fig. 46. $Crlt t: - F." ~ RT ln >~. (q>),' (7-49)
útil coosidcnar um caso genérico de redução ocorrendo ruun ei1odo.. no qual a zF ;-,...[r«ll
fonna oxidada do sistema difunde-se cm dir\'.:Ção ao cátodo p:1-;1 31 )oCt rcduzjd;t
em 0011s.eqU~ncia da rt'a.ção ekt ródiça, onde Yu e Y,r1 são O'! coeficientes de atividade das ÍC\rm~ oxidada e rcduzidA,
ox + =e- tcó. res.pectivamcn1c
Subscituindo os vBlorcs d •d<>< pelas Eqs. (7-46) e (7-4R) llJ Eq. (7-49~
f\.foRlr<.11110~ an1~5 q ue,nUll')a 1·edução, n um câtOOo. r.a Q\ll\I a e1f\P3 dc1cnninantc
<la \'clocidlldc 6 o processo de transporte de massa. a corrente é proporc~onal R1' )' k• 11 - 1
ci ,,::looidJt<lc de difusão da forma. oxidada e.n1 direção ao clccrodo. Es1C1, por sua
n- P. +
zf
-:' ln ~. -
r,..A ko
- -·
I
()U
vez. Jcpcndc dtt tlift rt:llCu tntl'ê as cooce1urações da forma oxtdnd:l 111\ supcrJicic RT 1· Rt 11 - 1
dr> clcti·odo e no re.11u1.nto dtt solução. Portanlo E • Cº + -. ln ~ + - ln - - · (7-50)
zf Y,...i : /' 1
1 = k0 ([oxJ,-(oxj,). (7-44)
Os valores das con:ctitnlc:i. k0 e k,. da Eq. (7·50) dcpcndc1n do 11U1ncro de elétrons
ondi [ox.l e [oxJ., são us co n ccntr~çõ~ da fortna oxid.Jda na soluçào e nn super. envolvidos l1t' rc~u;ilo clclródicB. d3 n1assa das gotas de 11\crcúno, do 1e 111po de
ficjie do eletrodo, rcspecth•amcnt:; k0 é. uma cvtt$lanlc de propon.:ionulidu&: que v1dl das lº'ª" ele mercúrio e: do coeficiente de d ifusão d.L'I c&('é:cic.:s cnvol"idaJ.
en"·olve o cocfic1cntc de difus;lo d.1 fo rma oxidada.. A corrente de diíusão limice, Todos ess;;::s fatore~ exceto o último, são couiuns a :unb.as us formas,. n oxidada
t,, é obtida quando [ox].. =O: porta.ato. e a reduzida. e a cquaçlo que r::,aciona corrente e conccn1ração p.tru um tkttodo
(7-45) de mercúrio 101cj1ncc foi deduzida originalmente por UkoYlC.. que mos1rou que
11 = k 0 [oxJ..
as consta.o1es k e.rim função d:a raiz quadrada dos coeficiente-. de d1í\.Diu. Auim.
Subililuindo u Eq (7-4$) na •quação (7-44~ l:,Jk. 0 = D~ ::'/D;,•2 ,
1 = 1;-k0[u•],, o:idc D, e D0 s1o os cocftdcntcs ~ difusão das formas redui.tda e oxidad~. A
ou
r.- 1 (7-46)
Eq. (7-50) pode, por1•n10. ser escma no forma
[ox],=k·
RT r D"' R'I 11-/
Se a fonn.t re,du1.ida do siscerna " em mcrcUno ou l\gua, ela ~ofrcri'.1
for solúvel
E• E'+ -
zF
ln-"--'-12 + -
y,.1'4 Db zf·
ln - - ·
I
(7-5 1)

di flL~»o, anua.n ndo-se da superfic1e do eletrodo logo que fornHtda.. Havcrh uma Os coclicie1HcS de a tlvidade r .. K e )',.,.,. podtm ser encarados como inclcpentlcnh:i:.
cooceolrnção esc11cio1u\tia da forma reduzida na supçrficic do clclrodo. conccn· das concentrac-õcs dos fonuas oxidada e reduzida, uma vez que h(1vcni. na ~olui;ão
tra<;ào ~&1 controluc.lu por suu velocidade de t'o rmnção .:: por $ lJ:l \ Clocida<lc do:
1
prcscoço de grnnde excesso de clclró lih) indiítrente. O segundo lctn\o cio 1nc1n h ro
dc.sapan.a:itncnlô por diíuRi1o. Se a reação eletródíca for ela p1·6pria ritpida. <' direi1o <la Eq. (7-51) pode ser considerado então con10 constante. Q un ndo 1 - 1/2 11,
velocidade ele rormnçiic) da rornia reduzida ê detern1inada pela vclocidode de ô terc.:eiro termo Se 1.\ 1\Ula C, dCDOlft tldO O pôlt:Oéiul ilesse pOUlO OODlO n t•2' tcrcll\OS
chcgatla d>i forn1u oxidad51 que determina a corrente, /\ velocid:ldc de difusão,
para longe ( l1 superfície do cJ.::trodo, da roem.a redu.dda dt:pendtr6 sotnente da (7-52i
conccnlrnçtio dcSlll na supcrfic:ic do eletrodo, pois sua concentrac-ão em pontes
afastados do eletrodo ~cria praticamcnlc nula. Equicion.indo a \oe1ocidade de Co1nu o n1cmhro d1re.to da Eq. (7·52) é constituído eAtlusivamcol( por con"antcH.
formação e a velocidade de dc....i;apa.rccimento., na supcrficic do eletrodo. da form:i a uma tempctaluru CORJtaott e para um pr~> clclródico p-Jr1k\llar, el.'l dC\'C
reduzida. leremos também ser const1n1c ntssas corubções. Coroo F. 1. , C o potencial do clc1rodo
I = t.[redJ.. (7-41) qaaodo 1 = 1/21,. ele é chnmado de po<mciol de mtia-ooda • a Eq (7-SI) fica
onde Lrcd1 li a concentração da forma rcducida na supc:rfk:ié do c!ctrodo e ka RT 1 1- 1
E • E 1 •• + -; F lo--·
I
(7-53)
é uma cons1an1.e <1uc incluirá o cocftcicnte de difusão da form.t redui:da. Red1S· ·-

poodo os 1cnno• da Eq. (7-47~ Ess..'l Q a cquaçiio para • onda pobrográfica da Fig. 46. e E , 1 to po1encial
[red) , = f !k,. (7-4ís) do clclrodo no pnn10 de inOexão da curva.
O potencio! no q uol t1 velocidade da reação ca1ódica M: lo111" nprcclíl\'el (o
Se a reaçlio clc1r6diQ for r~ipida. hipôtcsc cs1:;1bclccid.;L, nno h,1verá pol.an·
/.ação do utivuçfto. e o po1encial do eletrodo será fuoc;.lo da'$ ohvitllldc.'8 J,1i) forn1ris poteucjaJ de oculrRliz.1çlló) vfu ia com a concentração dt1 cf.pécie clc.:1 rou1iv,1 cxis·
ISO F'1111d:un<'nlf•\ de d t 1roqc.fn\icn E!ctróli'fc 151

1cnlc n.1 sohu;ilo, e n{lo pode ser considcr~l<lO caractcristico ® uma dc1crm1nada dos io ns de 1inco. O ràpido aumento d:;1 corrente co nttnuarr. a«'.: que: u co11·e1uc
espÇcie. Oc<lu-z:·sc. da f.q. (7-52), contudo. que ~ poh:r.ciu1s de mtin-onda são de difu:.ão dos lons de zinco alc,1nce seu valor-lin1itt:, ponto em que n \•elocid:lde
independentes da conecntnu,-ão e qoe são caracterisucos da espécie (X1rlicular de aumento c.l-i corrente com o polenC1aJ descrcscc. ~esse pQ1Uo. n corrente total
cn\·vlvida na reação eletródica A J>Qlarograf&.1 ê.. asSJm. um método de anális~ é a soma das <.-orrentes de c!iCus.io dos dois íons. de 'Zlnco ç de: càdn1i°' mais a. cor·
qua.htall\'U e quantilati>ta. É pr~c1so nolar. p0rto\ que, embora os potenci.a1S de renle restdual e outras correntes. O polarograma resultanu.:: csú rcprNrllaldo nn
me&a.•Oncb scj:im 1n<lcpcndcnt~ da con.:entração do íoo ao qual iC referem. ~tcS Fig. 47, que mostra os potenciais de meia-onda. e as CQrrentcs de difu~o-~in1.ire:
<kpcndcrn da con~n1tação e 00 natureia do eletrôh10-suportc. Quando se faz dos doib co1nponentt" Essas últimas são medidas usualmtnt.e como as d1stancaas
uso de tabck' ti: de pn1cnciais de meia-onda. para idt7'11iíear u1na espécie tm análise. perpendiculat'C> ao gràfioo nos pontos de inflexão. oo gràílQ) da Fig. 41, C.SS.'\S
de'•em ser usados os potencaai.~ apropriados para o clctrólllo·~uportc na experlência. disllinc1as roram dc:.J.ocadas para outra posição. p0r motivo de clurc1.a.
A discussão prcccdtntc limitou-~ ao caso em que o transporte d:: 1na~~ O inLc:-rv11~> dl! potencitüs nof> quais um eletrodo gotejanle de mercUrio pode
era a etap~~ dc1cr1nin~ 1'11e da velocidade; o prOCCF-M t lCll'ollljco propriamente ser usado cstà lin111oc.lo, na cx1rcmidadê negativa, pela nçuLralizuçilo ca1ódica do
dito cr:.1 muilo rnnis. rápit1ô. de modo que podemos <:Oll&id er>)I' n eletrodo romo hidl'llS,~nio provcnienlc da água prescn1.e na ~lução e, no lado pociitivo, ~l.a
estundo em equiUbrio corn ::is formal\ oxidada e reduz1dn do s.istc1na na supcrficit: dissoluçHo Hnódic.a d(') próprio êletrodo de mcrcôrio. Es~ intervalo de potenc1a1~
do clclr<'do. O ndas pol!\1·ográíncas obt ida.I\ des...lla forn1a sl'lo conhecidas como \'ai de + 0.25 V (di~lloluçãn do mercUrio) até - 1,6 \' (ncutruli1ac-.)o do ion de hidro-
outlas rcvcrs{(1els. Se nti(I hOll\'CI" grande diferença entre u~ vc locidnd~ do processo gêoio en1 solu~·õcs ficidA.ll) ou 2,0 \' (neutrali:f'.ação do hidrogê1~io cnt soluç~cs
de transporte de 1nassn e o processo eleLródico: o que Cni com c1uc nenhum deles ;.llc.al ina~). se os (H>h\roe:rnma~ fo ren1 levados até esses v~i101·es HCAalivt'>S de potcnCu)\
11c;j;1 inequivocn1ncnlc n etapa detern\inante da velocidade. pode ocorrer, no ele- catódico, ob((erval'etnos 11clcs a curva c(lrrespoodentc à ucul1't1Ii1.nçilo d<• hidro~ênio.
trodo, polari1.açlo de a ti\•ação, e a discussão se torna u1n pouco mnis con1plicada. É po.ssívcl efetuar a nálises polarográficas com amostras 1nuito J im1nuras
Nessas condiçõeg. as ondas polarográficas são conhccidus co1no ondcl.'I lrreví!rSivtts (por exemplo. 2cm') ( com coru:entraçõcs bern baixos, de at~ 10-' rnol drn 3
Existe ainda um po1encial d:: meia -onda característico. p:irJ um ~istcmtt irrc:ver- ou 10 - 0 mol dm 3. Qun1quer espêcie iônica ou molecula r susccrtvel 11 redução
al\'el. m~ além de depender Jos coc:-ricientts de difu.sNo. o po1cnc.ial d::pt:nc!c:-~ no cá todo pode ser analisada. por polarog.ra.fia com um c::!trodo gotejante de mcr·
ainda. do lcmpO de -.ida eh go(a de mcrçUriu, <lo coeficiente de transporte ~ para cúrio. As.sim. é pos:i.ivtl analisar com e$:Ja lécnica muitos si~tcm:1:t orgântCQS.
o proc:csso clc•r6di<.'O. o dla constante de velocidade. k1. 1)41'k o prc>«sso ccuódico; Na prâ.uca.. é aconsclltá\'el rt:mov~r·sc da soluÇào o o.x1g~nk> d'~)\'ido..
na uusfncla dt qualquer polçncial ~ dois últimos Í3lOmt jit aparwcra.m na borbulhando-ltiC nitrogenio atra11és da solução, antes e duranle a e!trrohtc. A
dil;CUS:bHO dei sobretensão de ati"-a~ nc:ste mesmo ca.phuk> presença de oxigênio pode g:::rar ondas polarográficas inrcn~s. corrcS.pondcnrcs
Para uma onda pol•rotráf1<a rc'i'CBÍ>"O~ a Eq. (7·53) mo<tni que um grilfioo a SUd reduçlo a peróxido de hidrogênio ou âgu<ti que. muiw v'ezcvr. maM:Hntm
de f contra ln((J,-1),'f] ºº'~ dar uma linha rcta. de inclinação RT{: r , e E 11, as curvtb corresp<>ndentcs a ouLrJS subr.tfulcias prcscntdt..
n:.t 1nLer~tçln do r<:ta c.om o cixo da~ Ql'e,ien1u-la.~. Portcmns dC'tc:-minar. dessa '! an1bém é pos:-.h·tl a polarograf1tt anódica, inas. UC!S~ c.s~ ele1rodôS _de
maneira. o J)Oltncial F.J '2 e o número de clé1rons CD\ olvidO!i na reaç!ô clctródica. '
1
nlercúrio não slo convenientes.. pois eles tendem a se dissolver cm potenciais
A anf1Ji~ pol:tl'ogràfic) pode ser aplicada t' i,oluçõe.~ cunLendo 1ntlis de unl (tpcill:l\j li!)eira1ncn1e l>01'ihvos. Na polarografia anódica, v c1ctrMo polari(uc.lo
con1ponentc. Suponha a anã.lise polarogrâfica de uma soluç!lo con1endo ions de é gcralrnenlt: unl eletrodo de pla1intL giratório. Essa IC:cnica penn itc analisar
:ônco e ionS: de câdmio. Esses íons se neutn1Ji%:u·t"O nu1n cátodo de 1ncrcí1no, onde sistc1nas :,ui,cc.tivcis , 1 o;c idaç/h) num ânodo.
fornuun n1n6lgamnR. nos ponto> dos potenciais de net1lralh'.1iQAo correspolldentes.
Para que esses ions ntinjam o eletrodo apenas por difusão, ad iciona-ses\ solução
um excesso de u1n eletrólito ind ifel'enle, e a plic<1·se ao cAtodo um potencial
negativo crescente.
Corn um potenci»l uplicado bajxo observa-se uma corrente residua~ mas.
quando o potencial do câtodo Se! lorna suficientemente ncant1vo, um dos cátions
l:JCf~ neutr.1li;n1do. No exemplo cm dh;cussão, QS ions de c{1dm10 tem um poh..'tlCial 11 IZn)
de ncu1rali1...açalo men<>§ negativo que os íons de 'tir:n.v e o prtnloetro proo:sso cat~
dioo a ocortcr ~rã a neutralttação dos íons de ciedmio. co~ íorrn.1(:'40 de amálgama
de cádmio no eletrodo de mercúrio. Quando o potencial do diodo se tornar mais
ncpli\'O qUé o pottna:aJ & neutralização doi, ions de cádmtO. a corrente aumentarã
. . . - .-__., ,__ l_-----
ra pidamente: co1n o áumtnt() da fcm aplicada, até qu: a corrente de difusão dos 11 :CdJ
tons cádm10 a tinp o vak>r-limite CQrrespondcntc à conccntraç;.lo d~ ions de
cádmio nu solução. Oepc>is dcs.sc pon10, a corrente aun-.cnta apenas Jentamçate,
s.cndo esse 11umi::nto de"1do ~c.Jusivamcntc ao tturncnlO na correnle rcstdual.
A corrcnle continuará a au1nentar muito lcutamcutc, a1t que o potencial 1 E
do cátodo se torne mais nega1.ivo que o potencial de ocutrnlizaçAo dos ians de
Unc:o• ness~~ ponto, n corrente a umcntarà rapidt11nente, devido n neutralização f"iQuf.1 47. Pol :iro~r:nna. ccun Joi ~ OOllJOQtlt ll h'~
152 Fundruncn(ot de clctroqut mi:a 153

TITULAÇÔJ:S AM l'EROMETRICAS

()'" ttctrodo polnr;;odo


"'ª pobroaraíia. a mcdrção de uma corrente~ difuS11o·hmitc pode bel" empre-
gada para dctcrrn1nar a concetttração de uma substlncia ck:tronti\'L A variação
da conoc:n1rnção de uma s.ubstànCJa cletroau">a d un tntc um.1 lJtuh1çio pode, por-
tant~ SC't uc.'Ompoanbada medindo-se a corrente de difus..lo--IHnlle d.1 i.ulbhincia
Volvr>0 do B Volume de a ou A Volume de A
nurn.1. tth1ta polarolfÍÍJca. O ponto final <b 1in1:açâo pode ser obcido grafamtnte, (po1enc;a1 y) (potencial x)
(po11"'c1al x)
de um gràfic:o d.a corrente contra o volume do 1itulante :ld1Cíonadn. CC"tno se (•) (b) (e)
trata de um.1 lik.-nica na qual se mede a corren te, CS!M tnulnções slo conhc:1.:idus
por i itulor&:c amp('romftricas corn um elRrrodo põtarirado, pois. na polarogtafia, F1&uro 49. Gré.licOll C<"1rtcn1c· volumc cm t1tufaçõoes :tmpecoroétric:..1. (3.) 'l'nulaçi:o ~ A cont
um d os eh:trodoi. (O de rru:rcUrio gotejante} estâ polnrizndo e ourro despula ~ i.L.ado. n. nun1 po1cnci11I .\'; (b} titulat;OO de A com 8, num potencial y; (~) titulaç«o d.: 8 oom A.
A fonna da curva obti<lu colocando-se num gráfico corrente contm v~)lu n1e <le r.um potcncfal ;r;
tituh\nte depende do polencinl a plicado tl gol8 de n1crcúrio e,, tnmbêm, <La fortna
dos polnru~rnnu.1,.q dos dois sislema!\ envo lvido'\ na titul:-tçlío. um cxoc:;so de n, ol<'.:111 do ponto finol, oão terá efeito sobre n corrente, poiii o subs·
Se d uas !Ili bstâ ncias. A e B, podc1n ser redu1idns 1>olBro~rofictunenle e: se tãn(;•kt D nílo soíre roduçl'lo nurn potencial x.. A íorma do grf11ico corrcnu~·vo l unu:
cJas Íõtinorcm ta 1nhé1n urn pl'ecipiLado, entíio e11's podem ser Ululu.das u1na com serú a d[I Fig. 49(a). Se o potencial catódico for fixado cn1 y, a corrente dimi11uirti.
a out rn, pcln técnica u1nper0Jnêtric:a.. Supo11ba que o poicneia.I de mcin·onda de inicialmente da Jnesmn rorn1a. com a adição progressh·a de ~ nu1s1 di:pois do
B é 1na1s negouvo que o de /\ ; os polarograrn~s dai; subs1t1nc1us A e B tt:m. pois. ponto fin al dn citulação, o cxcc.sso de B sofrerá redução no poLenciPI y, e a corrente
a forina representada na Fig.. 4&. Suponha q ue 9 suhuânci.it AC colocada na c~'ula a uJnentari depois de a 1iu1jdo o ponto fi nal d.'l lituh1ção, de ..·ido à q uiullidade
polarogr&íica. e que a 5-Ubstâ..."lcia B e adicionada ele Umd bureta. Se o po1euc1a1 cresc.ente de B. O 1rúfico oorrcnt~Yolumc: toma a forma ilustrada pela Fig. 49(b~
ca1ódK:o for ÍtXado em x. s.erá obse,.....ada in k .i ghntntc ~ma. corrente devida à Essa seria tambt:m a forma do gràfico ~ 8 fosse colocada intciahncnte na ol:lula
r-c:dução de A DO eletrodo. Com a ad.~o p~rtuin de B, a corrcnt: d iminui polarográfic:a, e A na. bureta. dC!:idc que o polcncial catódta> seja tamWm y. Com
à medida que dim1nui a cooce.ntração de A. até que todu a ~uMtânL-ia A tenha B na cétub polarosrifica, A na bureta. e um potencial catódico x. o arHfico
sido prccaphada. observa-se ent.ão apenas Uml ()C)mncc r.:.sidual A adição de corrente·volume 1crá a forma mostrada na Fig. 49(c).
~ouuat laçio Dois tle.:rodo,J polatl:aJo,
co i"ldroci&nío Titu la~ amperon1êtricus com um eletrodo polarizado JJC \\S3Cmcl.b:tm à
polnrografia.. que depende da polarização de concentração. Hâ aind1' oulro tipo
de ti tu lac,~1o 1tr.1pero1nétric:a que depende da polarização de 1.Hivaçl.\01 e q ue ê
conhecido como 1it11lor,io trtnperon1étrico cmn dois ele1ro<lus polari: odo,'f. O exi:mplo
1,;Jábsi1.:o d 1.1~st: tipo t.le titulação é a tHulação de iodo com tios,.,iulfato,
11 + 2s~o~ - 21- + s.. o~

1
1
Neuval zac&c>
co 1•1arcgên10
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1,

1.
E

11

1. j,
(•) 1 • li 1 . (b) S,OJ º /S,O~
L
Figura 50. Oràfíoo~ dc n~idudc de <:orreolt·Sobreteosào {a) 1- / 1, . (b) S, Ol !~.<);
154 Fund111ne.n1v~ de c.letroquintic:a

O. iodo, dissolvido numa solução de iodeto de potássio. ~ colocado numa céJuJa


contendn dois cJe1rodos idênticos de pJatina. Aplica-se aos eletrodos uma pçqucua
(ern pam pru ..·ocar a. passagem de uma corrente fraca. A jntcnsidadc d.essa corrente
depende da ÍCll> aplicada à célula, e da forma do grãr.oo oom-o1c-..,brotrosão
para o S.t.s ttma J.JI-. Es1e sistema apr~ta uma elevada densidade de corrente
de •roca. de modo que a forma do gráfl<O correspondente $C1ll a da f11- SO(a) (d.
Fig. 37). Como ambos ocs cktrod.05 são do mc5mo tamanho. a densidade de LEITURAS COMPLEMENTARES
curren1e em cada um dek:s seria a mesma. Se a ícm aplicada íor E.: a silu.aç.ão podç
ser rrpreJCntnda nn F ig. ~a) assinalando-se um in1crv:alo b "Obte o eixo dM
A rcl<içio oq1.1I 1prc.eo1aJa c;ootf n> algum:!s sugclilÜd qu.: podem 1rnl)lW' e est.eoder
sobre1ens6cs,. e ajustnndO-$C c.'$SC intcn:a lo 3tC Lcnn06 dcnsid11da1 de corrente n< "~'lunt°' abord<idOl oc:sic livro. A túla· não ê <1bviamcrtte completa, mas ns hvre"l!I citados
anód1ca e catódica 11uais. Vê-se que isso correspondQa uma densidade de corrente trarão no..·1b rc(~tet'l<:iu wbtc"tópiicOIS 1n3is c~pccifl00$..
j 1 en1 cada eletrodo.
,\ medida que tidicionamos o Liossulft1 lo de un'l.I\. burt:l.1, 1·cd u1irnQf: a. i::on- Tuxtos bl'i.slrtM
ccntraçào de iodo. mas. enq u~tnto houver pr~cn ça. de iodo e iodcno, é po-qi;.ivel C. \V. D.i'o'i<~ Mleeiru<;lt<''lllMry, Ncwn cs, LOtldte:s, 1967
manter ns rCl'I QÕ<.'8 a nódica e calódica. Quando a conc.:cnlruc;tTo (ic iodo St: torn a r S. C l!tsstonc. Jr11•·vrl11crlon lo Elf'('l•'ucli~11tlstr}~ van No.stnH\d, N, Vark, 1942
muito baixa, haverá urna certa redução da corrente devido li poh1ri1t1<.'iio de con - v . Oold, pH ,'ife1uu1f:1tttn1~. Mllthucn, Londres. l956
ccntrllçlio. Dopois do ponto íi.n(ll dH tilulaçíio, não hHvérfl iodo pre$e11te, e v Unko L. L. Le ... cson, Jn11·odt1c1(011 1n EltctroanalJ1Sl$, Rutlcrworth:s.. Londres, 1%4
par redox que pode patticipnr das l'~'lÇÕêS elêLl'ódiciu• é o par 1iossulfato/tecra- J. J. Lin~anc, Ef,Gtrw,wlytlcol Che>r1istry, ).," ed., Jntcrsci~n~ N. Yurk. 1958
G. R. 17!1in, P.~t:11'0Cf'ftmiJtry ft.Jr Thc-htJQ~(>gistr., Pergamon Press, 1969
tionlltO. a ltamente irrc,,.cro;ívcl e, porta nto, com um1t haixll rlénsid~de de co1't'e1ue B. e Potter. Eltclruc·l1rmlstq ' - Pri11.dple<s and AppUc:ar!u11\ Cle:tvcr·HUJOC Prc:s.s. J..ondr..:11.,
de troca. O grítr;oo corrcnlc-sobretensão pttra essie 1ois1e10>1 ~erâ corno o d8 Fig.. .SO(b) 1956
(cí. Fig. 37i A aplicação de uma resn F. ao siste1na s,o~ ;s_.O! levará a uma R. P. B:tumar.. lrsJrodurikl uv eq14!lffi.,io termodir.âmJ~o. EdiJOl'a Pdgard UIUchc:r l..lda.
densidade de corrente Íi· desprez:l\--d em eqmparaç;fo a } 1. Se construirmo5 um ú. fiwmg. Mrlolo• l11Mrumtntais 4' amüik q.&miCU. 2 \fo!.s.. l:.ditorJ Edprd 81uehc:r Llda.
gràíKO c:orrcnlc conLrH \"Qlurne de tiossu.líato adicionado nessa titulação. teremos W. R. Gutnter, Qvbnleo ql111ntkaLW. - lttttlitõt';s e equilibrio. Edi1ora F.dprd 810chcr lld.t.
um gráfico como o da Fig. 51, no qual o ponto fina! pode ser determinaclo faclJ..
menlc. ~C\S:I 11plK.11Qlo ptâuca,, a têctlica discutida é chamacb de tb:zlka d~cd Tt.'"t~Clt'Ol'IC"~
fJOP ~1uJ..p(Jln1, poi• a conente decresre com baslance ropidei. p1"3.ll('amente a ..\. J. fbrd (cd..). eltt1rounal1titol Ch~MillTf. Vols. l e 2.. fxh1i'a td Atnoki Lo~ 1966
um valor zcr0t no ponto finul Titulações a1npecomélrk:os com dois eletrodos 'b. I!.. Conway, °TMor) 01M Princi,ln <1. Ekctrode PnJC~3. Ronakl Prc.ss. K. York. 1965
polariz.adatt dependem, portanto, das te.,·ersibllidades reln.tiYO.S dos dott sistemas: C V.'. O:i.vies,. l or1 A.uoc(olion. Rullerworths, Londres.. 196'2
CO\'Olvido:.. P. Delahay. New /JUtr~nlfNlal 1~J tthod:s in F.Jectnx lttn1i.$try, lnterscieuc:e. N' Ynrk, 1954
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R. A. Robin«>o e R. Ji. Stok~~ Elec.trolj'te &l11tiu11s, ?.." c:d.. Hu:1crwortht, 1 .C'lnc\rc~ 1959
Figura S 1. Ti1ul119l'o :unpcroLnétrica
Ui:ros contt·ni.W prvblt!1t1tu dn 11le.:ruquíonia1, c:o1n H11hfades SI
de iado oorn tlõAiulfa10
11 E. l\\'f:t't e: O. J. Show. Oasi<: I'hy~icuí Clteml-ttry CaJe,u(atfrnts., But1crwon ll11. f.(>ndrcl\, 197J ....
H. E. A\·cry e J), J . Sh1w, Adwi~.-d Phyt.ical Chemi~1.ry Cal<,11/ariun.1. But1c.rwurltu\. Lund 1~s, '
1971
ÍNDICE

Acidez. e ule<tlinidadc, 41·42 Cátodo, I, 78. 122


Ácido. l2 Católito. l
Ácldo·ba.so. Célula
utdkt.doft:s.. )J.j6 consrantc~ 11
liualaç.~ ~.S2 diayama.68
Amtll,allm.Ls. ele,rodo~, Sl "'~62-64.68
Am p~re:, 3 1mplieit1;, 75
, A1npc:irométricas. 1i1ul3ç&s., 152-154 Cl:Julílíl ctc1roquimi1.-as, 62-64
doi11 eletrodos pol!trizados. 153·1$4 Cobre. coulômelro de. 7
um eletrodo polari.t.1do, 152-153 CompJ?OS. ioM, 30-31, S7
Anfiprô(ioos. so~ rcs. 3J Conc:cnrraçio
Ãnfoc"' 1 oélul•• de. 76-84
An6d1cas, n:a.yôcs. 123 com Cr.2.n.<ipc;ln.e. 81
Âondo, 1, 7R, 121, 122 <icm t ransponc. 81
Anólllo, J sobrctcnsllo de; 122, 136- 13$
Aprôt i~~. solve-nt~ 33 CondutAnci•, 9
Anhc:niu.~ teoria de cClula d~. 10
iad°' e boJes, 32 medida da, 10-11
ioai.itaçl o, 14- IS ru7.io ilia. 17
Ali\'tdadc Condutirooêtriros, titulaç(.\Q. 96-99
co~fiei c ntesde, 3S ácido·b11.11c1 96-98
iVnica, 3S prociJ)il~Ç'.lO, 98-99
tuêdio, 113- ! 14 Condu1 ividadc, 9, 10. 22
podem. 114-115 cquivabltc. l 9
ror:cc.itode, '4-37 iônia, 18-19
d~ mt1f.ku1as n(:utr~~ 37 molar, 12·14. 17-22. 23. 91, 92
.:~1eq u io1nêtr!co,
113 Conjugadus.. :\cidos e bas<$.. ~2. 33. 4()-41
il\nica media, 75-76 Ct>n ~'t nç((o Internacional de sinais. 68
Atividu<le rel;nj.,.41, 3S, 6-ll Corrcnlo
Athid•dc~ cunai1.sobrctcosão, 131, 13.S
.i.i..... ~1 Wr'\'U \'Olt.1.gem. 143, 1"4
de.õlid~S6 deosid>de. 10. 128
de 'ºlutos, 35-37 difudo, 139, 140
de sOlverttéS. 37 farit.dk a. l4~
1\ SSÍlllCtri a 1nisr:idlo, 139, 140
c(eho de, 16. 20 nã0oof11.r(idjca. 145
pult:nclal, JO:S Coulomb, 3
Aul()f:tnJCL fronteira. 27, 28 Q)ulõmccro
AutO-NllU.llC'ãO de .sohcnt~ 40 d•<»btt. 7
Au1oprotólise, 40 3(1$, 7
iodo, 7
Oau.12 prahl, 8

Cak>mdano. ek-uodo. i 1. 72 Debyc-l h!ckcl


01ie'ln. 1 equaçlo·limitc. 35
Catódicas,. reações, 123 teorW.. 1~ 17
15!1 F\nuhun1·n1011 de d c:troqulmica f ndicc 159
Deoomros~"'· \'Oltagcn1 de. 14l-14ó En1ropis, \'ari$ç!o da, 74 Jooh:açlo Ne'A•ton.3
Dcliniçlo moderna de p l l. I0'?.108 l!quaçâo de Oebyo-llUckcL 35 gral1 de.14, JS NUmero de uansfor~ncla, 22 23
Difusll, cam11da. llJ Equação de lle:nd(t'tOn, 40, 117 CCO(iaS sobre. 1• 17 NúltlCJ'OS de lr.\DSl'Of'tC. 22·2-t
D;fuslo, Equação do ind.cJ.dor, S 1, Sl lrrevcrsivc:.s
ca.mada. l.t7 Equaçio d< Kohlmuch. U. 11 O[ld3_s. JSO Obm.4
rocftck,.tt>, 141, ,,9 F.qutçlo d< "'"""" 62 proceum dctródK'O'. 121 Onsag_cr, oquaçlo de., 17
corrente. 1)9, 140 "'iwçôo ... o........ 17 Ostwal~ l:i da diluktio dt, 1S. J8
limite, 142.-14).147 Equação d< Takl 132. m Jou!e. 3
k:idre F".ck, 141 Jcnçlo ltq'.l1d!t.. poc~.aal ele. 64.66 Psdrio
potcnci.W.. 6S Faruda)', COllstantc de. 6 dlula.,66
Oi:tsociação. cnnttantes de Fara<la), 1e:i~ da t lecrólisc ~ 6 Kclvir.," C$t.11.dO, 60, 61
por CQndurAnc:\11., 92·9.S F<irça d.:: Ac~d0$ e ba_s.cs. 3)..J4 Kob!rausch. potenciais elê:lrôdiCt'l$. 61
pór rcm, 116.-119 Força c:lelromotrii, roed1<l.1$, 66 67 equ.-.c-an de, IJ, 17 deterntin~o, 11.S·l 16
OiW>ci11çKo., oon~tantes de. ô<:1d011 e bases. Front~il'a lllÓ\'CI. mé1odus, 27·19 lei de, UI, llJ, t) ) potenciais e cónstt.tnli:s de cquillbrio,
37.39 . 8S-86
001,L'l. Clln\lldll, 123·12S, 136 Pt:rnliti'fidadc, 16
Galvânicas. cé\ul:t ~, 62 Lei da diluicno de Os1wri1c1, 1S, l8
Ourlit célula, IU pH, 4 1
GâJt, co1.1lõ1uetro. 1 l..ci da 1nigrr,;ção indepondcntc, 18
dcliniçllo móJ ernA, l fl'1. I 0$3
Goleja nte, elelrodo de 1ncrcilrio. 146, 1SJ L::is da dclrólist-. 6
Eléirica. duJ'l8 c1un11da, 123-12$ J .imite. C(l( fCDtCll do d1fU1";Ro, 142· 14) mo:dida, 102- 106
EICtrioo, inten•id~dc de (%:11np1>. 10. 20 Liquida, jur.çilu, 64-66 pK.42
Eltlrodo Helmholt:z.. e.amada, 123. J 24 Lo;;.+r_y·Br\Íll>léd. 1tori11 de-. 32·.ll p OJl.42
potenciais, 59. 61 Hc:JmhoJti,. plano Luggin, capilar de, l 33, J.34 Piaüna 1>la1iniT11da. clc:tru<lu. 11
ellc:m-0, 124 Polarogr.t(ut, 142. 146-151
t'liC&la de hidroglnio, 68-69
~udn einêhoo do. 12$-129 int~rt'LC\ J 24 Ma~$2 i:tl\micJ rtb1h·a. (, anódic.11., 1S1
Polarogr:ifica. uoda. 143
pedrlo. 61. 69. S).U Hend:non,~u!.ç:lodc..49.117 ~ia!.S2. mok::ular ttbll\"I. ~. 6
Pobrognuna. 147. 148. l.SI
\"triação com a atiwkia~ 61-62 J'6drc1tad,O de Í!.>M. 29·JO !>!--. ,,...,_.d<. 142. 14$
71·74 Hidr~nin fl.l&:ii:!, 8ti\id4dc ióri:~. 1.S.16
PoL'lri7ação, 121
pr<l«S$OI no. 121-12.l e!c:trcdo, 68.69, 11. 103 «'C'6c:cote, ? 1)..114 Potencial
~a~OO d'Un.ntc dt1tnni"naçto por km. 114·1 IS meia.onda. 149
a cktrOllse. 121 eswl.la de potc-n"i.iis. 68-69
.,3riaçio com a ati.,kf.-idc. 61-62. 11·73
Elctrod06 HKiróli~, 41·4~ ~!éd~ mol!llid!ldc iõn~ 114
l'otc:nci.11. gradienrt de, 10
amâf$ama. 83 constante-, 43. 4S, 47 Medidas de
ant1n1ônio, 106 condurãneh, 1().. 11 Po(cncionlétnc11s, titulu.90<1. 109-.112
por 11ttio de condutlncta,. 9!i 96
aux.ili.1res. 13l J-littorf, método de, 24--27 fc:m. 66-67 :icido·b<Lse. 109
(:'ll-01ncl [ln O, il pll. 102-106 diferenciais, J l 1·1 12
precipitt\çü(l, 110. 11 1
estado sôlidt,1, 109 lndcpendcn1c, mi~r1:1çõo d01 lo n~. 18 poten<..ial de ete1r001;1, 133-l34
gás.59 Indicador ri.1eia-ond:lo po1cncla1 de. l 4Q redox. 111
hidrogênio, 69, IOZ. 103 cons1a1nc do, 5 1, .S2 Mc':todo d:: J littorf, 24·27 Po1cnció1uctru, urt.:uito do. 66, 67
Prata. coulóroetr<i, 8
ion-seletiv0$, 108., J09 equação do, 51, $2 Mêtu<lus de fru nkir.'I nnh·eL 2?·29
Pf~ l a ~clnreto de prata, elou'UdO, ?0
n1c1nhrana Uquida de troca Jônica, ilh fàhca rle viF.t$.Crn, S2.S:l 1'.ii.c;raçAo, cnrrc1u c:, 139, 140
l'rimli.rios, c:letrodos de tcr.:rencl:t, (f.J
n1cmbrana hc1 cro~enen. 109 Indicadores Mob:!tdade de ion1. 21·22. 2J
pla1i11a pla.tinj1adR, 11 â<..iJe>-base, so.s6 J\.fol.4 Produto de ~ l ubtl id:ide, S6·Sfs
pr11ta..clo11e10 de prata, 10 rerlnit, 8().90 Mo biidade Protogênicos e protonttoos. 50h 'tnlc& ~1
quin1drona, 103 lníluéncix do wlven1c dJ rorça de âados es1eql!K>ml!-1rica. 11J
.....~..... 69 70 Qui.oidrona, eletrodo. 10)
~ ba11a, J3·l ' iõnicll médta. 114
rcdox,, 60 Jn1em.1cional. CO-l'l\'fnçlio de airuis.. 68 \1o1Jr. c:onduti' icbdc, ll
•iclro. JG<-106. 109 lod o~ coolõmctro. 7 limite. ll-14, 17·20. ?4, 91 Rcdox
Ektroforéfico. eteno. 16. 20 loo.stkli''Ult. t'ktrodo,. JOS·I09 de0Cróli1ois. 1)..14 eletrodos. (iO
l!ktrõlrsc, ~ d'• 6 • io~ usociaç.\o de, 17 de IOM. U\, l.t indicadOttS. 39-90
Elt1rólil0:! 16nico(•) potcnci.al, 60. 84. 85
fon~ l4, 9l condut3ncb., 20-22 ~tt6$l. .......... s-. ,3
fraco,_ 14, 91 lim11~. 17·20 aproxi~ç;l<> c!e, 141 titulações, 86-~9. 11 t
1ntcrnt<d1óri<lll. 14 força, JS equações de. 62 Rekn?ncia.. el~trodos de, 69. 70
Elecroqui1nic:t'- oêlul:i!', <•l-64 nlobilidsdc, 20.2'2 N:u1rali1:-ição. 32. 42 Re:lati,•:t, tllaS&!l lltómi::-~L. 6
Energi:l livre, variaçlo dJ. 74 produto, 40 CUí\'ltS de, 54, $$ Rcfati•;a, 1nau.tt molecular, S, 6
êntalpiit, variaçO::o dtt, 74 da água pôl' rt ot. 119 120 pou:~ nci.'1 is<le, 143· 146, 149 Rela;\a1;ão, tfeicn de. 1r.
160

Rcsidul, oorrcn1c. 14S Termodl:lirr.1ÇOí,(aJ) Este tr11balho fCN elaborado pelo processo de foTOCOMPOSIÇiloO
MestsiCnaa. 9 aspectos tcrmod:nimtoos na ccn\ençJo Monophoto . no Ocpa11amento de Composição ~a Ed1torB
Rcsis1i,·idade. 9 de !dnn,i~ 75 Edg3td Blücher Ltda. • São Paulo • 61aS1I
oonsta.1He de di1osociação. 38
fonçôc.:; 1crmod i 1l n nli ca.~. de1er1nionç:ro
Sr.Jínn, ponte:, 65, 66 por fem. 102
Scm1oêlula. 59-60 1i1uJaçõcs an1pc.ro111é1tiCi\S. tS2·1 54
Si1wh. oon~nçio intcrn11:ional d.e. 67.@ T1ullações conduumétne<U. 96-99
a~os termodmiaucos. '1S litlllaçócs pot1:nc;tOmé\rKas. 1()1).1 12
~emã<>.122 ·rransftf".:ncia. nCmc.-o. 22-23
alta, 132 Tro!n-sportt de m11.1i11a, 142. l ~S
1111\'tt<;ã<.\ 122. 1 29·1~3 Ttanspo1•1c
h1\ha, 131 na elctrcilisc. 138·142
c:onccntna<;ão, 122. 1 ~6-IJ8 11(1n1eros de. ll-24
Sólido, esuido. e Ice rodo. 109 determinação por rcm, 112- 11J
Solu bilicbd~ dctcrminoi-.-;o pOr mt1odos d: fronttt·
cleitOit. dt complt1a(So. 57 ra mó,·el. 21·29
etti1os ck: dc:tróbtc. aôtcio~.ados.. Si. SI d«crmina~Jo sx)I) m.!1odo & ~ht·
Por meio d( coodu1tncia, 91, 9~ tort; 24·27
J'l(~duto di: solubilídudc, 56, 57
\•er<ladeiros e ~r11.rcn1cs, 30
produto de 00J11hilit1t1íle e soluhili- ·rroca. dcnsidndc de corrente de.. 128. l)J
d:'ldcs, 56·58 sig11ifi<'ado. 1J4
determinação por f\!m, 1()()..101
Sol v~r1.tcs, a.uto-joni111.ç.'ao., 40 Un"'100. .Z.6
Sohcnt.CS_,. in.IJ.uência de icidos <' bá)Q. CGS.2
ll-34 MKS. 2. J
Sol,,.i!t11c:s protofthco& e proc.og:ênioos. 33 M K SA.3
Solv6jse, 43 Sl.2
1Jso de indicadOrM iacido-basc; 5l-.S6
To.rei, .aquação de. 132. 133
'1'ampd.o, sol u~ilo, '11\ ·S-O Vidro. ektrodn de, 104-106, 109
.ição tamponanlc, 48 Vi13gcm d: ind1.:ador~ 51-53
cspocidade,•9 Vott,4
lflter.-a.k>. 49
T<:H'IJ~ do ~lal'.i.çiO. 16 \Vsn, !
1'eoriu dos ind1cadorc• ôcido-.base, 50·~2 \l/eston. cêlula de. 66
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