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DECIMO VOLUME
519577
1888 ^<^t?
PONTA DELGADA— OilA DE 8. MIGUEL
Typ. do Abchito dos Açore»
ARCHIVO DOS AÇORES 463
nome nosso senhor por gmça de Dens reide Pnrtugal e dos Algarves
d'aquem e d'alem mar,jeni Afi'icasenhor de Guiné e da conquista na-
vegação commercio da Ethiopia, Arábia, Pérsia eda índia d.^=A todos
os desembargadores, provedores, corregedores, ouvidores, juizes e jul-
gadores e a todas as mais justiças destes reinos e senhorios de Por-
tugal a quem esta minha carta de certidão de brazão d'armas de no-
breza e fidalguia, geração, digna de fé e crença virem e o conheci-
mento delia pertencer de direito.
Faço saber que neste juizo da INobresa djis Arnias me fez [)eli
ção por escripto Francisco de Souza Machado natiirai e morador na
ilha de S. Jorge onde foi almoxarife da fazenda real, e dizendo n'ella
que pelas justificações, sentenças e documentos adjuntos se mostrava
largamente a nobreza e fidalguia e liuipeza de sangue de sua geração
como filho legitimo que toi de Manoel Vaz Teixeira e de sua mulher
Maria da Trindade Leal, neto pela parte paterna de António Vaz Bei-
rão e de sua mulher Catharina Dias Teixeira, e descendente por linha
esta parte de Fernão Luiz de Souza e D. Margarida naturaes que fo-
ram da Villa de Santarém, primeiros povoadores (pie foram da dita
ilha, e por esta via descendente da nobre família dos Sonzas e d'ou-
tros; e pela parle materna neto do capitão Paulo Gomes Leal e de Ma-
ria Gonçalves Fagundes, e por e>ta via éra descendente do conde D.
Ozorio, antigo progenitor da nobre família dos Maciíados e d outros
illustres de Hespanha, e que todos seus ascendentes foram nmilo no-
bres- e fidalgos de conhecida nobreza e como taes se trataram sempre
com estado que bem vinha ás suas qualidades cou» armas, cavallos.
creados e outra muita gente de seu serviço, servindo aos senhores re-
is d'este reino em muitas occasiões, occnpando postos graves assim da
do dito sen pai de Anlonio V.iz Beirão, e de sua mulher Ciilhariua Dias
Teixeira , u qual Anlonio Va/ Beirão era filho legitimo de André Lo-
pes Beirão e de mim mulher Joann;» Fernandes, bisavós do supplicante.
o qual André L('[)es Beirão éra fillit) de João Gonçalves Martinho o
qual por ser natural d^ província da Beira tomaram o renome, nu ap-
pellido de —Beirãt)— seu filho p nnto, e foi casado ci>m Franci^ca d'0-
liveira, terceiros avós do supplicante, o i\\\M [)i»r duvidas q;je teve u e>-
ta cidade com seus irmãos se ;uizi'nlou para a dita ilha, e era pessoa
de muitít ipialidade e iii)!)rè/a. e a dita Cathariíia IJias Teixeira avó
do supplicante foi filha do ca|)ilão Billha/ar i3ias T.^ixeira. e de sua
mnllier Francisca G^ispiír Fagundes, bisavós do supplicante. a (jual foi
filha de Diogo Lourenço Fagundes, l.iceiro avô do snppJicante o qual
Baltazar Dias Teixeira fui filho de João Dias e de sua mulher Suzana
Gonçalves Teixeira terceiros avós do supplicante. e o dilí» João Dias
foi filho de Sebastião Dias e de sua mulher Senhorinha Gonçalves, quar-
viera á dita ilha de S. Jorge, onde casou com Mecia Lourenço Fagun-
des terceiri-s avós tio supplicanle. a qual Mecia Louienço Fagundes foi
filha de Fernando Va/. Fagundes e de sua mulher Maria Rodrigues
Fagundes, e esta foi fiiha legiluna de Gil E\w.<, de Borba, e de sua mu-
lher Beatriz Rodrigues Kagumles as quaes foram pessoas de grande e
dislincla qualidade de quem nasceram, alem da quarta avó do suppli-
cant(í, MaiKjel K l(lrlgue^ Fagundes, Lopo Gil Fagundes, Álvaro Gil Fa-
gundes, Diogo Gil Fagundes e Clara Gd Fagundes casada com Gaspar
Gonçalves Machado, neto do dr. João de Lisboa Machado, e as^^im da
dita quarta avó do supplicanle e ditos seus irmãos descendem as prin-
cijtaes f.unihas das ilhas dos Açores: a qu.d Baibara Dias Vieira era
filha de Pedro Lourenço Machado e de sua mullier Catharina Dias Vi-
eira, terceiros avós do supplicanle; esta era neta de Diogo Alvares Vi-
eira e de sua mulher Beatriz Anes Camacho que foram dos primeiros
povoadoies da ilha de S. Jorge, o qual Fedro Lourenço Machado era
tilhit de Aííonso Lourenço e de sua nnilher Mai'queza Gonç dves Ma-
nobreza, e foi seu neh» D. Martinho Moniz que com seu sobrinho filho
de sua irmã D Maria escalou os muros de Santarém em sua tomada
aos mouros pilo santo e primeiro de Portugal D. Afíbnso Henriques, e
em Lisboa abrio a porta do Castello com machado e em memoria do
tal feito conserva hoje o nome chamado de D. Martinho, que está na pa-