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LEOPOLDINA, MG
1861 - 1930
O objetivo deste trabalho é colocar à disposição da Secretaria Paroquial um instrumento que diminua o manuseio dos mais antigos livros de
casamentos, contribuindo para a preservação destes importantes documentos da história de Leopoldina.
O levantamento foi realizado nos livros de matrimônios da Paróquia de São Sebastião do período de 1861 a 1930, sempre contando com o
excelente atendimento da secretária Anália.
O livro mais antigo, identificado como “de escravos”, é original e foi dividido em duas seções, sendo a primeira destinada aos casamentos e a outra
aos batismos. A primeira, com 100 folhas, não contém somente casamentos entre mancípios. Em muitos, apenas um dos cônjuges era cativo. Há
também pequeno número de casamentos entre pessoas livres.
O livro que recebeu da administração do Arquivo Eclesiástico o número 1 é também original, inicia-se em maio de 1877 e contém 396 páginas
utilizadas, sendo o último registro de outubro de 1889.
O livro número 2, original, abrange o período de outubro de 1889 a junho de 1898. Foi utilizado até a página 196 verso.
O livro número 3, com 400 páginas, recebeu o acréscimo de um Termo de Abertura assinado pelo Cônego José Ribeiro Leitão no dia 27 de
dezembro de 1958. Contém transcrição realizada pelo Padre Aristides de Araújo Porto no ano de 1928, de eventos do período de 1898 a 1908. Por
esta divergência de datas conclui-se que houve reorganização do Arquivo na década de 1950.
O livro de número 4, com o último assento aposto na página 379, é também transcrição realizada pelo mesmo padre em 1928, dos assentos
relativos aos anos de 1916 a 1923.
O volume de número 5, com 400 páginas, abrange o período de 1908 a 1916. Trata-se igualmente de transcrição de 1928 e inclui vários
assentamentos lançados em outros volumes, alguns com datas totalmente diferentes e trocas entre nomes de noivos e pais.
O último volume analisado é o de número 6, é original do período 1924 a 1930 e contém 109 páginas preenchidas.
Um aspecto que se destaca na comparação entre os originais e os transcritos é relativo à grafia de nomes e sobrenomes. Enquanto os primeiros
trazem a forma presente em outros documentos relativos às pessoas envolvidas, os outros apresentam adaptação para as normas ortográficas
vigentes no momento da transcrição, tornando alguns nomes irreconhecíveis, mormente os estrangeiros.
Supõe-se que o Padre Aristides, além do desgaste físico que a transcrição demandou, tenha passado por intensa dificuldade de leitura dos
originais. Foram encontradas algumas anotações do vigário da época dos eventos - o Padre Fiorentini, e comparando-se o conteúdo com o
transcrito tornam-se claras as modificações em datas e nomes de pais, padrinhos e noivos.
Ressalte-se, portanto, a necessidade de utilizar este índice considerando as possíveis variações. Para as alterações identificadas na comparação
com outros documentos, optou-se por inscrever a forma original entre colchetes. Por exemplo: Luiza Yaja [Luigia Naia].