Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INVENTÁRIO
E PARTILHA
TEORIA e PRÁTICA
4ª edição
Revista, atualizada
e ampliada
2022
1. Artigo 1.603 do Código Civil de 1916: A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I – Aos descendentes.
II – Aos ascendentes.
III – Ao cônjuge sobrevivente.
IV – Aos colaterais.
V – Aos Estados, ao Distrito Federal ou a União.
2. Artigo 1.844 do Código Civil: Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente
algum sucessível, ou tendo eles renunciado a herança, esta se devolve ao Município ou ao
Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à União, quando situada
em território federal.
3. CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de. Direito das sucessões. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 316.
4. OLIVEIRA, Euclides de; AMORIM, Sebastião. Inventário e partilha: teoria e prática. 24. ed.
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 195.
5. Artigo 1.819 do Código Civil: Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo
notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda
e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou
à declaração de sua vacância.
6. Artigo 738 do Código de Processo Civil: Nos casos em que a lei considere jacente a herança,
o juiz em cuja comarca tiver domicílio o falecido procederá imediatamente à arrecadação
dos respectivos bens.
7. Aponta ainda Daniel Amorim Assumpção Neves que “parcela da doutrina aponta para a
legitimidade, além do juiz, do Ministério Público, com fundamento do inegável interesse do
Estado na preservação e defesa dos bens integrantes da herança, da Fazenda Pública, que
poderá receber os bens nos termos da lei, ou de qualquer outro interessado (por exem-
plo, alguém que esteja na posse de bem integrante da herança, mas não seja herdeiro)”.
Na opinião do processualista, entretanto, o Ministério Público não possui legitimidade
para dar início ao processo, porque não tem a função institucional de tutelar interesse
econômico do Estado, devendo participar tão somente como fiscal da ordem jurídica.
(NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo CPC comentado. 2. ed. Salvador: Juspodivm,
2017, p. 1191).
8. RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. HERANÇA JACENTE. LEGITIMIDADE ATIVA DO PRÓ-
PRIO MAGISTRADO. PODERES DE INSTAURAÇÃO E INSTRUÇÃO DO PROCEDIMENTO CONFE-
RIDOS PELA LEI PROCESSUAL. PODER-DEVER DO JUIZ. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE
CONHECIDO E, NESSA EXTENSÃO, PROVIDO. 1. O propósito recursal consiste em definir se a
instauração do procedimento especial de herança jacente por um ente municipal, mas sem
a devida instrução com os documentos indispensáveis, ainda que desatendida a intimação
para emendar a petição inicial, enseja o indeferimento da exordial e, por conseguinte, a
extinção do processo sem resolução do mérito. (...) 3. A herança jacente, prevista nos arts.
738 a 743 do CPC/2015, é um procedimento especial de jurisdição voluntária que consiste,
grosso modo, na arrecadação judicial de bens da pessoa falecida, com declaração, ao final, da
herança vacante, ocasião em que se transfere o acervo hereditário para o domínio público,
15. NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo CPC comentado. 2. ed. Salvador: Juspodivm,
2017, p. 1196.
Além disso, conforme artigo 742 do Código de Processo Civil, o juiz poderá autorizar a
alienação, in verbis:
I – de bens móveis, se forem de conservação difícil ou dispendiosa;
II – de semoventes, quando não empregados na exploração de alguma indústria;
III – de títulos e papéis de crédito, havendo fundado receio de depreciação;
IV – de ações de sociedade quando, reclamada a integralização, não dispuser a herança de
dinheiro para o pagamento;
V – de bens imóveis:
a) se ameaçarem ruína, não convindo a reparação;
b) se estiverem hipotecados e vencer-se a dívida, não havendo dinheiro para o pagamento.
§ 1º Não se procederá, entretanto, à venda se a Fazenda Pública ou o habilitando adiantar
a importância para as despesas.
§ 2º Os bens com valor de afeição, como retratos, objetos de uso pessoal, livros e obras de
arte, só serão alienados depois de declarada a vacância da herança.
16. Artigo 1.821 do Código Civil: É assegurado aos credores o direito de pedir o pagamento
das dívidas reconhecidas, nos limites das forças da herança.
17. LÔBO, Paulo. Direito civil: volume 6: sucessões. 4. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018,
p. 183-184.
18. TEPEDINO, Gustavo; BARBOZA, Heloisa Helena; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código
Civil interpretado conforme a Constituição da República. vol. IV. Rio de Janeiro: Renovar,
2014, p. 614.
19. CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de. Direito das sucessões. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 267.
20. Sobre o tema, ainda, referem os civilistas Cristiano Chaves de Farias e Nelson Rosenvald, o
seguinte precedente do Superior Tribunal de Justiça: O bem integrante de herança jacente só é
devolvido ao Estado com a sentença de declaração da vacância, podendo, até ali, ser possuído
ad usucapionem (AgRg no Ag 1212745/RJ, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA,
julgado em 19/10/2010, DJe 03/11/2010). FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson.
Curso de direito civil: sucessões. 4. ed. rev. ampl. e atual. Salvador: Ed. Juspodivm, 2018, p. 287.
21. Artigo 1.812, Código Civil. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
22. OLIVEIRA, Euclides de; AMORIM, Sebastião. Inventário e partilha: teoria e prática. 24. ed.
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 196.
1. OLIVEIRA, Euclides de; AMORIM, Sebastião. Inventário e partilha: teoria e prática. 24. ed.
São Paulo: Saraiva, 2016, p. 278.
2. CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. Inventário e partilha judicial e extrajudicial. Rio de Janeiro:
Forense, 2018, p. 20.
3. Artigo 610 do Código de Processo Civil: Havendo testamento ou interessado incapaz, pro-
ceder-se-á ao inventário judicial.
§ 1º Se todos forem capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por
escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem
como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
4. Também denominado simples, comum ou simplificado (OLIVEIRA, José Maria Leoni Lopes
de. Direito civil: sucessões. Rio de Janeiro: Forense, 2018, p. 754).
5. Artigo 659 do Código de Processo Civil: A partilha amigável, celebrada entre partes capazes,
nos termos da lei, será homologada de plano pelo juiz, com observância dos arts. 660 a
663.
Artigo 664 do Código de Processo Civil: Quando o valor dos bens do espólio for igual ou
inferior a 1.000 (mil) salários-mínimos, o inventário processar-se-á na forma de arrolamen-
to, cabendo ao inventariante nomeado, independentemente de assinatura de termo de
compromisso, apresentar, com suas declarações, a atribuição de valor aos bens do espólio
e o plano da partilha.
6. Artigo 1.792 do Código Civil: O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da
herança; incumbe-lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse,
demostrando o valor dos bens herdados.
7. Artigo 48 do Código de Processo Civil: O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é
o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições
de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as
ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I – o foro de situação dos bens imóveis;
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes;
III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
8. ROSA, Conrado Paulino da. Curso de direito de família contemporâneo. 5. ed. Salvador:
Juspodivm, 2019, p. 80.
não foi criado pelo CPC tendo em vista as necessidades específicas dos
direitos envolvidos, mas se destina a ser usado em função de conflitos
das mais variadas espécies.
No entanto, muitas vezes o direito em jogo não será tutelado da
melhor forma possível por meio do procedimento comum, dadas as espe-
cificidades do conflito ou da relação jurídica de direito material envolvido.
Assim, os procedimentos especiais exercem importante papel: representam
a adaptação do processo às necessidades do direito material em jogo13.
O processo não representa um fim em si mesmo, mas um instrumento
para a tutela ao direito nele discutido, preordenado a este objetivo14. Da
mesma forma, os procedimentos representam uma adaptabilidade da tutela
jurisdicional às necessidades do direito material.
Uma vez aberta a sucessão de um morto, surgem direitos para os
herdeiros e mesmo para terceiros, como legatários e credores. Assim, o
procedimento de inventário e partilha de bens surge como o mais adequado
à tutela dos direitos de todos os envolvidos, trazendo regras distintas do
procedimento comum, como a necessidade de apresentação das primeiras
declarações, a manifestação das partes, as últimas declarações, a avaliação
dos bens, o cálculo do imposto e a partilha. A utilização do procedimento
comum do artigo 318 e seguintes do CPC por certo não levaria à perfor-
mance mais adequada à tutela dos direitos de todos os envolvidos.
15. CARNELUTTI, Francesco. Sistema di diritto processuale civile. Vol. 1. Padova: CEDAM, 1936, p. 40.
16. MARQUES, José Frederico. Ensaio sobre a jurisdição voluntária. Campinas: Millennium,
2000, p. 61.
17. Artigo 1º do Código de Processo Civil: O processo civil será ordenado, disciplinado e inter-
pretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da
República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
18. RODRIGUES, Marco Antonio. A Fazenda Pública no processo civil. Rio de Janeiro: GEN,
2016, p. 297-298. Assim também defendemos em: RODRIGUES, Marco Antonio. O papel
das Procuradorias dos Estados nos processos de inventário no novo CPC. In: ARAÚJO, José
Henrique Mouta; CUNHA, Leonardo Carneiro da; RODRIGUES, Marco Antonio. (Org.).
Fazenda Pública. 2ª ed. Salvador: Juspodivm, 2016, p. 456-457.
19. CARVALHO, Luiz Paulo Vieira de. Direito das sucessões. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2017, p. 875.
20. RODRIGUES, Marco Antonio. A Fazenda Pública no processo civil. Op. cit., p. 298.
21. No mesmo sentido, CARNEIRO, Paulo Cezar Pinheiro. Inventário e Partilha Judicial e Extra-
judicial. São Paulo: GEN, 2019, p. 202.
22. OLIVEIRA, José Maria Leoni Lopes de. Direito civil: sucessões. Rio de Janeiro: Forense, 2018,
p. 736.
23. “No plano horizontal, a cognição tem por limite os elementos objetivos do processo estu-
dados no capitulo precedente (trinômio: questões processuais, condições da ação e mérito,
inclusive questões de mérito; para alguns: binômio, com exclusão das condições da ação;
Celso Neves: quadrinômio, distinguindo pressuposto dos supostos processuais). Nesse
plano, a cognição pode ser plena ou limitada (ou parcial) segundo a extensão permitida.
No plano vertical, a cognição pode ser classificada, segundo o grau de sua profundidade,
em exauriente (completa) e sumária (incompleta).” (WATANABE, Kazuo. Da cognição no
processo civil. 3. ed. São Paulo: Perfil, 2005, p. 127).
24. Artigo 612 do Código de Processo Civil: O juiz decidirá todas as questões de direito desde
que os fatos relevantes estejam provados por documento, só remetendo para as vias or-
dinárias as questões que dependerem de outras provas.
25. MONTEIRO, Washington de Barros; PINTO, Ana Cristina de Barros Monteiro França. Curso
de direito civil. Vol. VI. 39. ed. São Paulo: Saraiva, 2016, p. 316. É o caso, por exemplo, da
pretensão de apreciação de pedido de expedição de alvará judicial de escritura de compra
e venda, caso seja comprovado, documentalmente, o negócio jurídico: AGRAVO DE INSTRU-
MENTO – AÇÃO DE INVENTÁRIO – PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE ALVARÁ PARA TRANSFERÊNCIA
DE BENS ALIENADOS PELO DE CUJUS ANTES DE SEU FALECIMENTO – POSSIBILIDADE DE
ANÁLISE PELO JUÍZO DO INVENTÁRIO – ART. 612 CPC – RECURSO CONHECIDO E PROVIDO 1.
Não há impossibilidade de apreciação do pedido de expedição de alvará judicial de escritura
definitiva de compra e venda nos próprios autos do inventário, tendo em vista a dicção do
artigo 612 do Código de Processo Civil. 2. Tratando-se de matéria de direito comprovada
por prova documental, faz-se dispensável a instauração de nova demanda para a apreciação
do pedido.* (TJMS- AI: 14139075220208120000 MS 1413907-52.2020.8.12.0000, Relator:
Fernando Mauro Moreira Marinho, Data de Julgamento: 24/01/2021, 2ª Câmara Cível, Data
de Publicação: 25/01/2021).
26. NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Novo código de processo civil comentado. Salvador:
Juspodivm, 2016, p. 1026. Questões de alta indagação são aquelas em que aparecem ele-
mentos de fato que exigiram prova a ser produzida em processo à parte, com rito próprio.
Questões só de direito são questões puras, em que não se precisa investigar fato ou apurar
provas. A dificuldade de interpretação, ou de aplicação, do texto normativo não constitui
questão de alta indagação. (NERY, Rosa Maria de Andrade; JUNIOR, Nelson Nery. Instituições
do direito civil. Vol. VI. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2017, p. 231).
27. STJ, 4a Turma, Agint no Resp 1359060 / RJ, Relator Min. Lázaro Guimarães, data de julga-
mento: 19/06/2018, data de publicação: 01/08/2018.
28. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO
DA VARA DE SUCESSÕES E JUÍZO DA VARA CÍVEL. INVENTÁRIO. DISSOLUÇÃO PARCIAL DE
Tal ação própria para a discussão das questões de alta indagação deve-
rá seguir suas regras de competência, não sendo de obrigatória submissão
ao juízo do inventário. Pode ser até mesmo que o juízo do inventário seja
absolutamente incompetente para a questão de alta indagação. É o caso, por
exemplo, de uma discussão sobre apuração de haveres decorrente da disso-
lução parcial de sociedade de que o de cujus era sócio. Trata-se de demanda
de competência do juízo cível ou empresarial, e não do juízo do inventário29.
SOCIEDADES. APURAÇÃO DE HAVERES. ARTS. 984 E 993, PARÁGRAFO ÚNICO, II, DO CPC.
QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO. EXTENSA DILAÇÃO PROBATÓRIA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
DA VARA CÍVEL. RECURSO PROVIDO.
1. “Cabe ao juízo do inventário decidir, nos termos do artigo 984 do CPC, ‘todas as questões
de direito e também as questões de fato, quando este se achar provado por documento, só
remetendo para os meios ordinários as que demandarem alta indagação ou dependerem
de outras provas’, entendidas como de ‘alta indagação’ aquelas questões que não puderem
ser provadas nos autos do inventário” (REsp n. 450.951/DF).
2. Questões de alta indagação, por exigirem extensa dilação probatória, extrapolam a cognição
do juízo do inventário, para onde devem ser remetidos apenas os resultados da apuração
definitiva dos haveres. Interpretação dos arts. 984 e 993, parágrafo único, II, do CPC.
3. É no juízo cível que haverá lugar para a dissolução parcial das sociedades limitadas e conse-
quente apuração de haveres do de cujus, visto que, nessa via ordinária, deve ser esmiuçado,
caso a caso, o alcance dos direitos e obrigações das partes interessadas – os quotistas e as
próprias sociedades limitadas, indiferentes ao desate do processo de inventário.
4. Cabe ao juízo do inventário a atribuição jurisdicional de descrever o saldo advindo com a
liquidação das sociedades comerciais e dar à herança a devida partilha, não comportando
seu limitado procedimento questões mais complexas que não aquelas voltadas para o
levantamento, descrição e liquidação do espólio.
5. Recurso especial provido. (STJ – Acórdão Resp 1459192/Ce, Relator(a): Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, data de julgamento: 23/06/2015, data de publicação: 12/08/2015,
3ª Turma)
29. “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO
DA VARA DE SUCESSÕES E JUÍZO DA VARA CÍVEL. INVENTÁRIO. DISSOLUÇÃO PARCIAL DE
SOCIEDADES. APURAÇÃO DE HAVERES. ARTS. 984 E 993, PARÁGRAFO ÚNICO, II, DO CPC.
QUESTÕES DE ALTA INDAGAÇÃO. EXTENSA DILAÇÃO PROBATÓRIA. COMPETÊNCIA DO JUÍZO
DA VARA CÍVEL. RECURSO PROVIDO.
(…) 3. É no juízo cível que haverá lugar para a dissolução parcial das sociedades limitadas
e consequente apuração de haveres do de cujus, visto que, nessa via ordinária, deve ser
esmiuçado, caso a caso, o alcance dos direitos e obrigações das partes interessadas – os
quotistas e as próprias sociedades limitadas, indiferentes ao desate do processo de inventário.
4. Cabe ao juízo do inventário a atribuição jurisdicional de descrever o saldo advindo com a
liquidação das sociedades comerciais e dar à herança a devida partilha, não comportando
seu limitado procedimento questões mais complexas que não aquelas voltadas para o
levantamento, descrição e liquidação do espólio.
5. Recurso especial provido” (STJ – Acórdão Resp 1459192 / Ce, Relator(a): Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, data de julgamento: 23/06/2015, data de publicação: 12/08/2015, 3ª Turma).
30. Rafael Lipmann sustenta haver cognição vertical exauriente no caso (Op. cit., p. 1689),
ao passo que Luiz Rodrigues Wambier e Eduardo Talamini apontam se tratar de cognição
sumária (WAMBIER, Luiz Rodrigues; TALAMINI, Eduardo. Curso avançado de processo civil.
12. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013, p. 330). Luiz Guilherme Marinoni entende
se tratar de cognição plena e exauriente secundum eventum probationis, ou seja, a coisa
julgada só se forma se o conhecimento da questão posta em juízo foi suficientemente
aprofundado pelo órgão jurisdicional (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz;
MITIDIERO, Daniel. Comentários ao Código de Processo Civil. Op. cit., p. 745).
31. Artigo 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias
e despachos.
§ 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o
pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à
fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução.
§ 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não
se enquadre no § 1º. [...]
NOME DO ADVOGADO
Número de sua OAB
Observações:
O requerente da abertura do inventário pode ser qualquer dos legi-
timados constantes dos artigos 615 e 616 do CPC.
O requerimento de nomeação do inventariante é, em regra, de quem
está na posse ou administração do espólio (artigo 615 do CPC), mas
pode ser excepcionalmente relevada essa ordem, diante de circunstâncias
concretas.
INVENTARIADO
HERDEIROS
Herdeiro ___________:
(i)_________ (fração) para ________ (Nome do herdeiro), por direito
próprio, equivalente a R$ ___________ (___________ reais); e
(ii)___ ____ para ____________, por direito próprio, equivalente a R$
____________ (______________ reais).
Herdeiro ___________:
(i)_________ (fração) para ________ (Nome do herdeiro), por direito
próprio, equivalente a R$ ___________ (___________ reais); e
(ii)___ ____ para ____________, por direito próprio, equivalente a R$
____________ (______________ reais).
TESTAMENTO
O inventariado não deixou testamento, conforme comprovam as in-
clusas certidões do _______ Distribuidores/ OU: CERTIDÕES DA CENTRAL
DE DISTRIBUIDORES.
***
Diante do exposto, requer seja recebido o presente requerimento e
homologada a partilha acordada entre os herdeiros.
Dá-se à causa o valor de R$________ (o valor da causa é o valor total
indicado para o monte).
Nestes termos,
Pede deferimento.
___________(Local), ___ de ________ de 20___.
NOME DO ADVOGADO
Número de sua OAB
NOME DO ADVOGADO
Número de sua OAB