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OBRAS COMPLETAS
- DO -
Conselheiro Macedo Soam
PARTE I1
NOBILIARQUIA,. FLUM#$ENSE
#. ,t
(PARTE ZSa)
NOBILIARQUIA-FLUMINENSE
GENEALOGIA
D A S
PRINCIPAIS E MAIS ANTIGAS FAMILIAS
DA
CORTE E PROVMCIA DO RIO DE JANEIRO
PELO
DR. ANTONIO JOAQUIM DE MACEDO SOARES
Juiz Municipal de Araruama
coligida, revista, completada e publicada
PELO
DR. JULIAO RANGEL DE MACEDO SOARES
GENEALOGIA
DE ALGUMAS
D A S
MAIS ANTIGAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
PARTE I1
os
ABREOS DO RIO DE JANEIRO
Illm., Exm. S r . Dr. Benjamin E'rancklin Ramiz
Galvão,
Segundo prometti a V. Ex., remetto-lhe para a Ex-
posição da Bibliotheca Nacional a genealogia dos
Abreos do Rio de Janeiro, escripta do proprio punho
do Desembargador João Pereira Ramos de Azeredo
Coitinho, Chanceller da Torre do Tombo, brazileiro dis-
tincto ainda por tantos outros titulou, politicos e ijt-
tcrarios. Veiu-me ás mãos esse manuscrito, ou por Ea-
vor de meu tio o Major João Barbosa de Azeredo Cou-
tinho, fazendeiro em Saquarema, entre outros papeis '
noticias; mas o seu filhamento e a qualidade da sua e terceiros netos de Pedro Alvres Rongel, Senhor da
mulher dão a conhecer que era das Iamilias dos seus Gasa e quinta do Ror~gel,juncto á cidade de Coimbra,
uppellidos, que ainda hoje se conservam com boa no- onde esta o solar dos Horigeis; e de sua mulher lgnez
breza na dicta ilha e, como tal, descendente de João Alvres banches de Macedo, em cujos descendentes se
E'ernandes de Abreu, Senhor da Lomba do Arco, de cniram os appeiiicios de Konyel e Macedo: do qual
quem provêm quasi toda a nobreza do Funchal, 1Machi- Yedro Aivres honyel é descenaente e possuidor da sua
co, Calheta, e ainda uma boa parte da de Angra, e de citsa Calixto Itonpel Yereira de ba, moraaor em Loini-
quem tracta o Padre Cordeiro, na sua Historia Insu- Lra; e a sua ascendencia se acha na Corogruphiu Portu-
Zuna, Liv. 3, cap. 7, n.' 48 e 49. Tenho por provavel se gzrenu, tom. S." pg. 6S3 e 654. (7)
achem as dictas noticias em poder do Domingos Fer- Produziu este rnatriirioiiio uc ucrl~hazarde Abreu
reira de Abreu, Secretario da Juncta dos 3 Estados, e com L). Isabel Kongel varios filhos, de que me Ialta?,
seu irmão Monsenhor Ferreira, que, como participan- noticias; eiitre os quaes parece 101 lilho ou u e ~ o~ 1 1 1
tes do sangue d'estes Abreus por sua mãe, e mais cui- doao ae ADreu nongel, que casanuo ria lamiiia aos
dadosos da sua genealogia que os parentes da Ameríca, bouzas firitos fior;aIOgos COUtlnhOS, (8) 101 ascendeii-
não deixarão de as ter averiguado com exacção. t.: ao ramo ue Hbreus uo becretario ua duncca aos 6
Passou o dicto Balthazar de Abreu ao Rio de Ja- hstados; e ao IJr. Uomingos Luiz Youzada, benllor do
neiro, onde casou com D. Isabel Rongel de Macedo, ir- engenho de 'l'umby; e do Conego lgnacio de Vliveira
ma inteira de Balthazar Rangel de Macedo, 3.O avô por Vargas e outros de que não tenho noticia exacta. bo
varonia de Julião Rangel de Souza Coutinho (2)) e me consta ao certo que 101 Iilho do dicto matrimonio.
tumbem irmã inteira de D Paula Rongel de Mace-
do, mulher de Diogo de ~ a r i zLoureiro, (3) Proveclor 2.O , 1). ISABEL KONGEL DE: MACEDO, a
da Fazenda Real, de quem descendem os Marizes e qual casou com o D r . Francisco da Fonseca Ueniz, ( )
quasi todos os Azeredos Coutinhos, e tambern irmã in- rjatural do Eio de Janeiro, e filho do D r . Jorge b'er-
teira de Belchior Rongel de Macedo, (4) que foi capi-. liandes da Fonseca, e de sua mulher Brites da Costa
tão na conquista do Maranhão, de cuja qualidade ae Homem, filha de Aleixo Manoel, ( ) o velho, natural
achará uma prova nos Annaes Historicos do Maranhão, . ela ilha do E'ayal, e Francisca da Costa Homem, da
compostos por Bernardo Pereira de Berredo, n.O 318 ilha Terceira, ambos pessoas principaes, e parentes de
e desde o n.O 248 até o 308. Pedro Homem de Albernaz, ( ) Acclamador d' E1
Eram todos filhos de Julião Rongel de Macedo, O Rey D. João, o 4.O, no Rio de Janeiro, e como tal pre-
velho, (5) capitão da conquista do Rio de Janeiro, onde' miado por elle com a Prelazia da mesma cidade, por
serviu muitos annos; e tambem foi fidalgo da Casa
Real, como se declara no mesmo papeli e Ouvidor Ge-
ser ecclesiastico (6) .
ral do Rio de Janeiro por Provisão de Sua Magestade, Teve d'este matrimonio :
de que tomou posse no ano de 1583, como consta do 1."
Livro da Camara, em que a dicta Provisão se acha 3 . O Balthazar de Abreu Cardoso, que segue.
registrada, emprego que n'aquelle tempo não andava 3.O D. Brites Rongel de Macedo, 5 2.
em homem de lettras, exercitando-o os mesmos que
seguiam as armas: e de sua mulher D. Brites Sardi- 3.O D . Isabel Rongel de Macedo, que casou com
nha, irmã inteiuá de D . Pedro F e r n ~ n d e sSardinha, Amador de Lemos de Azevedo, (7) pessoa principal
1.O Bispo do Brazil e filhos de João Gomes Sardinha, do Rio de Janeiro, de quem ha um neto por nome Jorge
da familia dos Sardinhas de Setuval. (a) (6) de Lemos, casado com filha do Mestre de Campo João
Netos por parte paterna de Damião Dias Rongel; de Abreu Pereira Sodré.
bisnetos de D. Diogo Dias Rongel, Commendatario de
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Cete e Villela ; (a) (A lapb - 1844.'418 - refere-se 8. R . I . H . ?
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
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NOBILIARQUIA FLUMINENSE
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- N O T A S 3 . O - Que pelo dicto seu avô paterno Balthazar
(1) Rongeis d o Rio de' Janeiro - O appellido de Rongel de Souza é o suppte legitimo bisneto de Julião
Eongel vinha da casa e quinta do Rongel, juncto a Rongel de Souza, natural da mesma Capitania, Capitão
Coirnbra, como lemos no texto e na C h o r o g r a p h k Por- da fortaleza de S. João e Provedor da Fazenda Real, e
tuguexa do P. Antonio de Carvalho, tom 3, pag. 454, Vedor Geral da gente de guerra da mesma Capitania;
onde alias o nome da quinta vem Rangel, e assim se es- e de sua mulher D . Leonor Caldeira, filha de. . .
creve sempre o appellido d a familia (2.a ed. Braga, 4."- Que pelo dicto seu bisavô paterno Julião Ron-
1869) . Quinta de Ronge vem na Petição d e Jzcstificação gel de Souza é o suppte 3.O neto legitimo de Balthazar
para Brazão (que adiante transcrevemos) de Miguel Rongel de Macedo e de sua mulher D. Joanna de Sou-
Rongel de Souza Coutinho, que escreve quasi sempre za, filha de Ambrosio de Souza e de sua mulher D .
Kongel, e uma outra vez, por descuido, Rangel. Di- Justa de Azeredo; e neta pela parte paterna de D. Jor-
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-- b
DRS. ANT." Jm.E JULiAO R. D E MACEDO SOARES
Sardinha, irmã inteira de D. Pedro Fernandes Sar- (1) O Dr. Antonio de Mariz t e v e os seguintes filhos: 1.0 Bispo
Antonio de Mariz Loureiro; 2.0 O Dr. Dlogo de Mariz Loureiro; 9.O
'18 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 19
tinho e D. Isabel a velha, / de quem tambem nasceu 1869, tractando da Villa de Aguas Bellas, onde diz:
P. Ignez de Almeida/, que casou com Domingos Paes "Não se sabe do principio desta villa, porquanto foi
Ferreira, (1) iilho do Ur. Francisco Paes rScrreira, quinta honrada e contada, e muito antiga, e já no anno
natural de Lvora, e sua mulher D. Maria da Kocna, de 1394 tinha jurisdicção, como consta da doação con-
nhtural de Lisboa; neto paterno de l'edro Lopes de firmada por E1 Rey D . Pedro o 1.O, feita a Rodrigo
Souza Bacosu, natural de h o r a , e de sua mulher Dona Alvarez Pereira, 1.O Senhor d'esta Villa, n a sua des-
Philippa Ferreira Pechim (Pedro Lopes tirou brazão cendencia, que se conservou até o presente pelo modo
em lb43) ; neto materno de Bento da Xocha Gondim, seguinte :
natural de Lisboa. "Este Rodriyo Alvaws Pereira foi filho mais ve-
Aqui damos a descendemia de Antonio de Mariz lho de I). Alvaro Gonqalves Pereirli, 1). Prior do Cra-
pelos seus dois filhos (2) o Dr. Diogo de 1Mariz e to, e de Eyria ( I r i a ? ) Vicente, e irmão do Conde D .
I>. Ignez de Almeida, qual a achamos nos papeis do Nuno Alvares Pereira: foi legitimado por E1 Rey D .
Dr. Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coitinho, Pedro em Torres Vedras a 26 de Agosto do anno de
capitão-mór de Cabo-frio e descendente d'essa fami- 1367. Foi Senhor de Aguas Rellas c das villas de Sou-
lia : zel, Villa Nova e Villa Ruiva, e das Azenhas de Anha-
I. Do Dr. Diogo de Mariz Loureiro e 'sua mulhel! lburo e Remlhequero, no termo de Extremoz, por doa-
I?, Paula Rongel de Macedo, nasceu entre outros fi- ção que lhe fez E1-Iley D. Fernando em 14 de Ilezembro ,
lhos (3) D. Maria de Mariz, que casou com o D r . João de 1413. Foi Fitiulgo dos mais respeitados d'aquelle
Gomes d a Silva, Capitão de Infantaria e das fortale- tempo, e um dos que E1 Rey I). Henrique de Castella
zas de S. Antonio, n a Bahia, e de S. João, no Rio pediu a 1441 Rey D. Fernando em refens de paz, como re-
de Janeiro, Provedor da Fazenda Real, Juiz dos Or- fere Duarte Nunes na vida do dicto Rey : acompanhou a
pháos da cidade do Itio de Janeiro, de quem teve entre seu irmão D. Pedro Alvares Pereira, Prior do Crato,
outros filhos, D. Catharina da Silva Sandoval (al@i, quando foi a governar Lisboa, que estava sitiada pelos
U. Catharina Pereira de Mariz Sandoval), que casou Castelhanos: seguiu a E1 Rey D. João o 1 . O que lhe fez
com o Coronel Francisco Sodré Pereira, Moço Fidalgo algumas das mercês referidas: morreu em Castella, e
da Casa Real, Coronel de um regimento pago do Rio não se averigua a causa que houve para isso. Foi casa-
de Janeiro, filho de Duarte Sodré Pereira, Senhor de do com D . Maria Affonso do Casal, de que teve a Al-
Aguas Bellas, casado com D. Guiomar Ramires, alibi varo Pereira e Gonçalo Pereira.
C;. de Souza, e cuja ascendencia avóenga vamos achar "Alvaro Pereira herdou a Casa de seu pae, foi a
ria Corographia Portugueza do P. Antonio Carvalho tomada de Ceuta em companhia de seu tio o Conde D.
lho da Costa, tom. 3." pág. 148 da ed. de Braga, de Nuno Alvares Pereira: casou com D . Ignez Lourenço
de Abreu, de que teve a Galiote Pereira, Lizuarte Pe-
D. Maria de Mariz, mulher de ThomB de Alvarenga (4. D. Ignez reira, que foi Reposteiro-mór de1 Rey D. Affonso o 6.",
da Almeida, mulher de Domingos Paes Ferreira); 4.0 D. Isabel Ve-
lho de Mariz; 5.0 Francisco de Mari5 Loureiro; 6.0 (natural) Theo- D . Henrique Pereira, Commendador-mór de Sanctiago,
dor0 bons ( ? ) . Veador do Infante D . Fernando e seu Escrivão da Pu-
(1) 90mingas Paas Ferreira era filho do Dr. Francisco Paes, casa- ridade. D'elle descendem os Pereiras de Santarém e
do com D. Maria da Costa, filha de D. Isabel Velho. mulher de Chria-
pim da Costa, e filha de Antonio de Mariz, de quem vinha ser bisneto.
Nu50 se havia de ter caSad0 com uma tia-av6, como seria Ignez de
. .
outras muitas illustres familias. . . .
Almqda. Esta Senhora é dos f k s do skulo 500, e Domingos Paes "Galiole Pereira foi 3 O Senhor de Aguas Bellau e
Ferreira do6 fins do smUlo 6M). Ha quasl 100 annos de dífferença da Casa de seu pae, do Concelho de1 Rey D . Affonso O
entre elles.
(2) Ver si tambem foi filho O prelado do Rio de Janeiro, An-
5\', e Alcaide-mór e Couteiro-mór de Lisboa, por doa-
tonio de Mariz Loureiro, de que Pedro Taques, Rev. do Inst. 1847, ção feita no anno de 1451. Teve de Isabel Bernardes,
pg. 449, Floresceu no tempo de Diogo de Mariz d'onde p r e m o a ir-
mandade. Foi, e mais uma irmá D. Maria de Marlns, c o m doe pp. que recebeu por mulher a João Pereira. . . . . .
do Cel. Theodoro de M. 8adrd. "João Pereira foi 4 O Senhor de Aguas Bellas e do
(8) @ avó8 do bispo de Coimbra. D. mancisoo de Lemos. RIH.
V., a. d - Morgado da Palmeira: casou com Isabel Ferreira, de
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ad NOBILIARQUIA FLUMINENSE
que teve a Ruy Pereira e Violante Pereira, que casou tharina da Silva Sandoval, (1) e d'ella teve entre ou-
tros filhos,
com Francisco Sodré .
João Gomes da Silva Pereira, Moço Fidalgo da
"Ruy Pereira, herdou a Casa de seu pae, achou- dasa Real, Coronel de infantaria do Rio de Janeira
se na tomada de Azamor, quando o Duque de Bragança casou com D. Andreza de Souza, filha do Coronel Zg-
a foi conquistar: casou com Anna da Costa, de que nncio de Oliveim Vargns (Rev. 1841, 8 ) e de sua mu-
teve a João Pereira. lher D . Maria de Abreu de Soutomayor, em titulo de
"João Pereira herdou a casa de seu pae, foi mente- Abreus, supva, n.O 2-3, bisneta do Capitão Julião Ron-
capto e não teve filhos: teve tutores que administra. gel de lllacedo. Do Coronel João Gomes e D. Andreza
ram sua pessoa e bens. Por sua morte, tomou a Corôa de Souza, nasceu, entre outros filhos,
posse de Aguas Uellas; a que se oppoz Violante Perei- Andreza de Souza Pereira, natural da freguezia
ra, filha de João Pereira, acima nomeada, dizendo que
Aguas Bellas e seu termo e Padroado da Egreja da Tamby, que casou com Antonio Ferrão de Castello
dicla Villa, tirada a Jurisdicção, era Morgado patrimo- Branco Travassos, (bisavó do Coronel Theodoro, avós
riial, por ser quinta honrada e contada: e passados mui- do Cap. mór), filho de Callixto Ferrão de Castello
tos annos de contenda, alcançou sentença á Corôa Branco, natural de Almada, ao pé de Lisbôa, e de D .
Uuarte Sodré Pereira, filho d'esta Violante Pereira, Antonia Josepha Travassos (nal. de Lisbôa) ; neto pa-
na qual s e julgou por nu110 o fora1 que E1 Rey Dom terno de José Ferrão, filho de Antonio Esteves Ferrão e
Manoel deu á dicta villa, e que Aguas Bellas, e seu 1). 1 ~ n Antunes
4 da Costa, e de D . Francisca Travas-
termo e Padroado da Egreja, com os direitos e prero- 808, filha de Bernardo Rodrigues Martins e D . Violan-
gativas que hoje se conservam n'esta Casa por Morga- te Travassos, sobrinha de D . João LO, Patriarcha da
do patrimonial, tirada a jurisdicção. (sic.) . Ethiopia: moravam na rua das Mudas, freguezia de S.
Nicolau, em Lisboa, Tiveram: D . Anna Maria de Sou-
"Violarite Pereira, filha de João Pereira e de Isa- za Pereira, nascida em 5 de maio de 1728, casou coi~!.
bel Ferreira, casou com Francisco Sodré, filho de Duar- o Mestre de Campo João Barboza de S á Freire (era
te Sodré, que foi Alcaide-mór das Villas de Thomar e
Cea, e Veador da Casa de1 Rey Dom Manoel, e no dicto irmão de Francisco de M. Freire, o moço, bisavô do
Cel. Theodoro) (Pizarro, 18,33), nascido em 1716 e
seu filho instituiu o Morgado com obrigação do seu fallecido no Rio de Janeiro, com testamento, em 5 de
appellido, que hoje se conserva n'esta descendencll; e Dezembro de 1771, filho do Capitão Francisco Paes
foi tambem Duarte Sodré, Commendador d a Ordem Ferreira, o moço, Senhor do engenho de Guarátiba, e
de Christo, e foi neto de João Sodré, que teve moradia de sua mulher D. Brites de Sá Soutomayor Freire; ne-
de Fidalgo na Casa de1 Rey D . Affonso o 5." D'esta to paterno de Francisco Paes Ferreira, o velho, nasci-
Violante Pereira e seu marido Francisco Sodré nas- do em 14 de Novembro de 1646, em S . João de Merety
ceu Duarte Sodré Pereira, que alcançou sentença con- baptizado na freguezia da Sé. e de sua mulher D .
t r a a Corôa, como ficou dicto : casou com D . Dyonysia Maria de Macedo Freire de Soveral, nascida em Irajá,
de Sande, de que teve a Pernão Sodré Pereira, que
herdou a Casa de Aguas Bellas e acompanhou a E1 em 22 de julho de 1646, e baptizada n a freguezia da Sé;
neto materno do (p. IV, 93) Coronel Francisco de Ma-
Rey D . Sebastião á Africa, e foi Commendador de cedo Freire (Rev. 1841, 15) e de sua mulher e prima
Sanctiago de Lanhoso n a Ordem de Christo, por mercê D . Rarbara Viegas de Azeredo; bisneto, por seu avô
de1 Rey D. Philippe o Prudente: casou com D. Branca paterno, do capitão Domingos Paes Ferreira e D . Ig-
Caldeira, de que teve a Duarte Sodré Pereira. (se- nez de Almeida (pp. Coronel Theodoro) ; e por sua
gue) ". D'estcs D . S . e D . Guiomar, é filho o Coronel
Francisco Sodré Pereira (1) que casou com D. Ca- -- (1) Catharina da Silva vemo-la assignando a escriptura de com-
posiç&o dos padres da Companhia pelos índios e os moradores do r10
(1) Rev. 1854. 310. Ver a Corographla do pe. Carv.0 Vivia em do 1856. (Murahy) da banda de S. Lourenço, ! H . , 313, 20 de junho
hIarl~uhY
1666.
22 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS.ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 2'3
avô ( ? Y) D . Maria de Macedo Freire de Soveral, bis- Freire Ribeiro Duque Estrada e D. Helena da Cruz
neto de Lucas do Couto Viegas, o velho, filho de Ma- e Lemos: neta materna do Sargento-mór Ambrosio Dias
noel do Couto e D . Domingas da Costa, filha de Tho- Raposo, cidadão das villas de São José e S . João d'el
mé Rodrigues e I). Paula, e de sua mulher, D. Marian- Rey, Comarca do Rio das Mortes, e de sua mulher D .
na de Soveral (rrlibi D . Isabel Coitinho) filha de An- Anna Josegha da Cruz Duque Estrada, filha dos mes-
tonio de Macedo Viegas, Fidalgo da Casa Real; bisne- mos Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada e D . Hele-
t materno, por parte do Coronel Francisco de Mace- ris da Cruz e Lemos, dos quais era bisneta D . Maria
do Freire. de João Barboza de Sá Soutomayor, filho de Isabel da Visitacão; trineta por seu bisavô de Pedro
Manoel Rarboza Pinto, natural de Vianna, e de sua Freire Ribeiro e D . Anna Duque Estrada, filha de Hen-
2." mulher D. Philippa de Stí Soutomayor, e de sua r:que Duque Estrada, o fundador d'esta familia no Rio
mulher D. Joanna de Soveral F'reirk, filha de Francis- de Janeiro e dos engenhos dos "Duq~ies"em Itaborahy,
co de Macedo Freire, natural de Beja, Sargento-mór filho do fidalgo João Duque Estrada e D . Anna de Pa-
dc infantal-ia, e de sua mulher D . Joanna de Soveral rady, de sua mulher D. Theodosla da Rosa e Aguiar,
la
e Atouguia, filha de Antonio de Macedo Viegas s u p w ( . filha do Capitão-mór Nuno Fernandes de Aguiar, Pro-
Do Coronel João Barhoza de Sá Freire teve I). vedor da fazenda Real em Angola, e de sua mulher D.
Anna Maria de Souza Pereira 14 filhos, a saber: Magdalena da Rosa.
1. D . Anna de S á Sodré Castello Branco, bapti- D'este seu primeiro matrimonio com D. Maria Isa-
sr~daem 3 de Novembro de 1744, casada com o Mestre bel da Visitaçáo Ferreira, sua prima, teve o Capitão-
de Campo Fernando José de Mascarenhas Castello niór Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho,
Branco, filho do tenente-Coronel João de Mascarenhas filha unica:
Castello Branco, Governador da fortaleza de S . José
D. Maria de Macedo Freire de Azevedo, (1) viuva
(!r Ilha das Cobras, e de sua mulher D . Anna Theodo-
r a Ramos de Mascarenhas ; Paes do bispo D . José Joa- de seu primo o (2) Mestre do Campo João Alvares de
quim Justiniano Mascarenhas Castello Branco - Rev., Azevedo, Senhor do Engenho de Tapacorá; filho do
1839, 231; 1842, 268 - neto paterno de Gonçalo de Mestre de Campo Alexandre Alvares Duarte de Azeve-
Lemos Mascsrenhas, natural da Bahia, Governador de do, cidadão do Rio de Janeiro, familiar do S . officio e
Angola e de sua mulher D . Francisca Lins de Castello muito devoto do serviço de S. Magestade em comissões
Branco, nascida em 30 de Janeiro de 1667;; neto ma- que lhe incumbiram os governadores e principalmente
terno de Goncalo da Costa Ramos e sua mulher D . Se- o Conde da Cunha; e de sua mulher D. Anna Maria
.bastiana de Mascarenhas e Sequeira. Joaquina da Cruz ( 3 ) Ouque Eetrada. D'este casamen-
to nasceram 1.9 filhos, dos quaes se crearam e estabe-
2 . Francisco de Macedo Freire de Azeredo Couti- leceram os 9 seguintes, de que só mencionamos os no-
nho, nascido em 1747, doutor formado em Leis pela mes sem a s dignidades e posiçdes que têm occupado por
Universidade de Coimbra, Capitão-mór de Cabofrio, estarem todos vivos :
Senhor dos Engenhos de, Fóra e de S . Anna que foram
de seus paes e do engenho da Tiririca, na freguezia de 1 . O D . Maria de Macedo Alvares de Azevedo Tor-
Araruama, que lhè trouxe sua 1." mulher, e onde fal- res, Viscondessa de Itaborahy, casada com o Viscon-
leceu a 9 de Julho de 1823, com testamento. Foi casa- de de Itaborahy, Joaquim José Rodrigues Torres, Se-
do duas vezes: a l." com D. Maria Isabel da Visitação iiador do lmperio, Conselheiro de Estado, nascido no
Ferreira, filha do Mestre de Campo Miguel Antunes Porto das Caixas, filho do negociunte Manoel José Ro-
Ferreira e D . Thereza Francisca da Cruz Duque Es- drigues Torres e D . Emerenciana Mathilde Torres, fi-
trada; neta paterna do Capitão Manoel Antunes F e r -
reira, cidadão do Rio de Janeiro, e de sua mulher D . (1)
(2)
+ e m 23 de Agosto d e 1863, na CBrte.
Sargento-m6r.
Catharina de Lemos e Duque Estrada, filha de Pedro (3) "Lemas".
24 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 25
D'este Z0 casamento teve o Capitão-mór Macedo: Iies, filha legitima dos mesmos Antonio Antunes e D .
A urelia Antunes .
1" Francisco de Macedo Freire, que morreu in- Voltemos agora aos filhos do Coronel João de Sii
fante ; J'reire e D . Anna Maria de Souza Pereira, dos quaes já
2 O Francisco de Maeedo Freire, que morreo sol- v ~ ~ u m e r a m.o s
teiro ; D . Anna de S& Sodré Castelo Branco, e o
3 O D . Anna Maria de Souza Pereira, que casou a Capitão-mór L)r. Francisco de Macedo Freire de
1." vez com o Capitão Alexandre Alvares de Azevecb Azeredo Coutinho. Seguem :
Castro, filho do Major Domingos Alvares de Azevedo,
3.' Capitáo João Barbosa de Sá Freire, casado com
Senhor de Engenho em Maricá, e sua mulher e sobri-
nha D . Marianna Jacintha de Castro e Azevedo-Lemos; I . . Maria Thereza de Sampaio das familias Sampaios,
neto paterno do Mestre de Campo Alexandre Alvares Proenças e Almeidas Castanhos, de que trncta o D r .
E u a r t e de Azever?~e D . Anna Maria Joaquina da Cruz Pedro Taques, na s u a Nobilinr'chia Ptrulistana que se 16
Tluaue E s t r a d a ; neto materno do D r . Joaquim Maria- impressa na Reuistcr do Irrstiiuto Histo?.ico, tom. 33, p.1,
r.o de Castro, Auditor do Regimento Novo do Rio de lxrg. 234 e seg . D'ella teve filha unica :
Janeiro. e Senhor de engenho n a freguezia d a Trinda- D. Arma Joaquina Barboza de Sá Freire, que ca-
de em Maricá, de cuja ascendencia se verão alguns su- sou com Francisco Moniz Tello de Sampuio, d'aquellas
jeitos n a Nobiliarchia Paulistana do D r . Pedro T a - mesmas familias, como melhor se verA da seguinte a r -
ques, impressa n a Revista do Znstitz~toHistorico, tomo vore :
33, p. 2, pag. 136 e 139; e de sua mulher D . Catharina
Francisca de Lemos e Azevedo, filha do Mestre de Antonio Rodriyues de Almeitla, (hvaiheiro T~jtlal-
Campo Alexandre Alvares Duarte de Azevedo e s u a go d a (;asa de1 Rey 1). João Y',teve de siia mulher I).
mulher D. Helena Caetana de Lemos, filha do Ca- Maria Castanho, natural de Monte-mór o novo,
pitão Manoel Antunes Ferreira e D . Catharina de Le- I).Maria Castanho, que casou com Antonio l'roen-
mos e Duque Estrada, já nomeados. E m 2." nupcias, qa e teve
casou D . Anna Maria de Souza Pereira com Luiz An-
tonio Ferreira Valente, c. g. D . Isabel de Proença, que casou COM Fr~rlcisc~~
Vaz Coelho, e teve
4' João Barboza de Azeredo Coutinho, Major Aju-
dante d'ordens do Commando Superior de Araruama, Manoel Vaz Coelho, que casou com I ) . Andreza
Saquarema e Cabofrio, solteiro. Vive em s u a fazenda tlc Almeida; moradores na freguezia do I r a j k ; e teve:
do " Calembe ", no Municipio de Saquarema, freguezia
de A r a r u a m a . D . Francisca de Almeida, que casou com Antonio
tlt: Sampaio, o P?+ocossoq~re, natural do Rio de Janeiro,
5" D . Maria de Macedo Soares, casada com o D r . ('c~mmendadorda Ordem de S . Bento de Aviz, por Al-
Joaquim Mariano de Azevedo Soares, filho de Alferes vará de 21 de Marco de 1647, registrado á fls. 280 da
Antonio Joaquim Soares e D. Maria Antonia Reginalda; ( ' h a n ~ e l l a ~ ida
a Ordem; filho de Lourenço de Sampaio,
neto paterno de Simeão Soares de Azevedo e D . Izabel e neto de Antonio de Sampaio, Capitão de Infantaria,
Maria Antunes, filha do D r . José d a Sylva e D. Joanna que, vindo da Bahia em companhia do Governador Ge-
Gomes Antunes, filha legitima de Antonio Antunes e ia1 Mem de S á a conquistar e f u n d a r a cidade do Rio
I). Aurelia Antunes ; e por sua mãe, neto de D. Joaqui- (ir Janeiro, assistiu ii victoria de 20 de Janeiro de 1567,
n a Francisca de Alvarenga, filha de José d a Costa Al- i alli ficou servindo. Teve: Miguel de Sampaio e Al-
varenga, de nobre geração, e D . Antonia Maria Antu- rieida, que casou com D . Barbara de Mariz, teve: Ig-
28 NOBILIARQUIA PLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAQ R . DE MACEDO SOARES 29
nacio de Sampaio e Almeida, que casou com D . Ursula 8. D . Joanna Carolina Moniz Tello, casou com
de Oliveira e teve Anacleto Venancio Valdetaro, irmão do Conselheiro
Manuel Pimenta de Sampaio, que casou com D . Blanoel de Jesus Valdetaro, Ministro do Supremo Tri-
Anna Joaquina de Menezes, filha de Francisco Moniz bunal de Justiça, c. g.
de Albuquerque e D . Maria Pimenta de Menezes, ne-
t a por varonia de Pedro Moniz Tello, Mestre de Cam- 9 . Joaquina Moniz Tello, caiou com Jorge Naylor,
pc dos Auxiliares do Rio de Janeiro, e de sua mulher !:xiylez, negociante na Corte. ,
E . Ignez de Andrade; bisneta de Egas Moniz Tello, 10. D. Dorothéa de Sampaio, casou com seu primo
Cavalheiro Fidalgo da Casa Real, natural da Ilha da o Tenente Coronel Antonio Tello Barreto, nlibi de Sam-
Riiadeira, e de sua mulher D . Maria Pimenta de Car- paio, filho do Capitão João de Araujo Vargas e de sua
valho, irmã do Rev. D r . João Pimenta de Carvalho, mulher D . Barbara de Almeida e Vargas; alibi D .
deão da S é do Rio de Janeiro, Vigario Geral e Provedor Maria Pimenta, irmã do mesmo Francisco Moniz.
do Bispado; trineta de Manoel Pimenta de Carvalho,
natural de Villa Viçosa de Alemtejo, e de sua mulher ~ o n t i n u c mos filhos do Coronel João Barbosa de
11. Maria de Arldrade, filha de Belchior de Andrade Sri Freire e D . A m a Maria de Souza Pereira, dos
de Araujo, da Villa dos Arcos de Valdevez. Desse ca- quaes ficam tres enumerados :
samento nasceu :
4. Antonio Barbosa de SH, nascido em 1760.
Francisco Moniz Tello de Sampaio, que de D . An-
na Joaquina Barboza de S á Freire, teve: 5. L). Maria Ignacia de Souza Pereira, n. 1751, sol-
Icira .
1. Egas Moniz Tello de Sampaio, casado com I).
Maria de Macedo, alibi Maria Joaquina de Menezes, 6. D . Urites de Sá Soutomayor, n. 1752.
.
filha de F. . . . . Fonseca e sua mulher D . Antonia So-
7. 1). Francisca de Sá Freire, n.O 1754.
dré de Macedo, irmã do mesmo Francisco Moniz; c. g.
2 . João Moniz Tello de Azeredo Coutinho, casado 8 . Monsenhor Joaquim José de S á Freire, n. 1758,
I.&vez com D . Francisca de Paula, e 2.a com D . Anto- ua Capella Real, +
16 de Novembro de 1821, na casa
nia Joaquina Villaforte, c. g. de ambas a s nupcias. onde morou, chamada Palacio de Chr.ysta1, pertencente
ac Cabido, na rua do "Rosario", esquina da dos "La-
3. Ignacio Moniz Tello de Sampaio, casado com toeiros" (hoje, de "Gonçalves Dias"). Sobre o falle-
uma filha de D r . José Balthazar d a Silveira; c. g. cimento do Monsenhor Sá Freire correu a seguinte
4. Manuel Tello, morreu solteiro; S. g. anecdota, que vem referida no Bruzil Historico, tom.
1, pag. 160:
5. Luiz Moniz Tello de Sampaio, Major da Gyarda
Nacional, serviu na Guerra do Paraguay, casado com 9. Manoel Paes Ferreira, n. 1. 7 6 l .
D . Marianna Barbara de Almeida, viuva S. g. do D r .
Antonio Francisco Leal, irmã do Coronel João Pedro 10. D . Barbara Viegas de Azeredo Coutinho
de Almeida, de Angra dos Reis, S. g. n . 1.762.
6. D . Maria Barbara Moniz Tello, falleceu sol- 11. José Ferrão de Castello Branco, n . 1.763.
teira ; 12. Bento Barboza de Sá Freire, n . 1.764.
7. D . Francisca Moniz Tello, casou com o D r .
Manoel Francisco Jorge d a Silva, Ouvidor de Matto 13. D . Escholastica de S á Freire, n . 1.765.
grosso. Filho unico, Francisco. 14 D . Marianna, n . 1.769.
30 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 31
de seus paes, em Saquarema), irmão inteiro da dicta nio; bisneta, por seu avô Francisco Duarte, de Fran-
D . Maria Thereza de S á Freire, de sua mulher D. Lui- cisco Duarte e Silva, natural da Villa do Rio Bonito,
za Duque dos Sanctos, da familia dos Quintanilhas. c D. Maria Francisca dos Sanctos; bisneta, por sda avó
Das 2.as nupcias com Luiz Antonio Ferreira Va- D . Maria Francisca, de João Francisco dos Sanctos e
lente, teve D . Anna Maria de Souza Pereira um casal D . Anna dos Sanctos, fazendeiros em Itaborahy, d'ondr
de filhos: se mudaram para Mato-grosso, em Saquarema ; bisne-
ta, pelo Major Adeodato, do brigadeiro Felicissimo Jos6
1. Luiz Antonio Ferreira de Macedo, que está Victorino de Souza, vivo ainda em 1819. ut fls. 109
solteiro. L notas Cabofrio, e D. Anna Angelica Victorina de
O
5 . D . Maximiana de Macedo Soares Alves, casa- iihor do engenho da Posse, em Maricá, onde era o che-
da com seu primo-irmão José Mariano Alves, filho de fe do partido IiberaI.
Joaquim Mariano Alves, Senhor do engenho de Cordei-
ros, e D . Maria Carolina de Azevedo Alves, irmã intei- 10. 1). Mariana Mathilde de Macedo Soares, sol-
ra do Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares; neto ieira .
p:,terno de José Alves Pacheco e D. Marianna Bernardh 11. José, +, ao nascer.
de Jesus; bisneto paterno de Antônio Pacheco de Fi- 12 José Eduardo de 1Vlacedo Soares, pharmaceu-
gueredo e D . Perpetua Alves de Rezende; bisneto, por LKO pela & aculdade de Medicina da Corte, casado com
sua avó D . Mariana, de Simeão Soares de Azevedo e 1). bandids de Azevedo de Macedo Soares, filha do
1). Gabe1 Maria Antunes, filha do dicto D r . José da Lapitáo José Paulo de Azevedo Sodré e ll. Candida
Silva e D. Joanna Gomes Antunes, que era filha dos iiibeiro de Azevedo Sodré; neta paterna do Capitão
rt-feridos Antonio Antunes e I). Aurelia Antunes. EI sse:; 1~omlngosAivares de Azevedo e L). Paula dos 2anctos
l'achecos e Rezendes, vêm dos de que tracta o D r . Gas- Sodré; neta materna tios jii referidos Coronel Manoel
par li'ructuoso, na sua H i s t h i u Geneuloyiccc cl« ilhu d e Kibeiuo de Almeida e L). Aiina Alexandrina de Jesus
S . Mzguel, Caps. 3, 4, 10 e 2 7 . llibeiro; bisneta paterna do iVlajor Domingos Alvares
de Azevedo e I>. Mariana Jacintha de Castro e Azeve-
6. Mária, -1 ao nascer. do Lemos, iilha do D r . Joaquim Mariano de Castro
7 . D . &ria da Gloria Ribeiro de Almeida, ca- e sua mulher L). Catharina Francisca de Lemos e Aze-
s i d a com o Major Joayuiryi Ribeiro de ~ l m e i d a(viu- vedo, n'outro loyai. mericionados; bisneta paterna, por
vc, de D. Delphina da Veiga, filha do Commendador sua avó L). Paula, do Capitão-mór José Pereira Sodré
João Pedro da Veiga, Thezoureiro das Loterias da Cor- e I ) . Paula Isabel dos Sanctos (aquele desceriueri~r
dos Sodrés de que fallam o texto no 1-4, esta nota,
t e ) , iilho do Coronel Manoel Kibeiro de Almeida, Se-
t ~ a c t a n d odos sodrés Pereiras, Senhores da Villa dai.>
nhor do engenho do Lagarto, em Maricá e D . Anna
Alexandrina de Jesus kibeiro; neto paterno do Tenen- Aguas Bellas, em Portugal) .
te Coronel Joaquim Ribeiro de Almeida, Senhor do dic- 1 3 . Brotero Frederico de Macedo Soares, estu-
to engenho do Lagarto, Provedor da S . Casa de Mise- tliinte da Eschola Polytechnicil.
rxordia da Corte, Thezoureiro das Loterias, e D. Maria
l'hereza da Silva Ribeiro, filha do Capitão José da Sil- 14. Adolpho Aprigio de Macedo Soares.
va Alves, Senhor do engenho do Lamarão, na freguezitl 15. Manoel Theodoro de Macedo Soares, estudan-
de Campo Grande, e I). Maria Thereza de Jesus; neto : Curso de Phiirmacia da Faculdade de Medicina da
t ~ do
niaterno de . . . . . . . . . . . . . . . . . . ('õrte. Formou-se em 82.
8. D . Joaquim Emilia de Macedo Soares, sol-
teira. a
O S r . Dioyo de Mariz Loureiro foi Procedor de
9. D . Anna de Macedo Soares Dias Menezes, Alfandega do Rio de Janeiro, cargo em que succedeu a
casada com Antonio de Souza Dias Menezes, pharma- seu pae, e exercia pelos annos de 1607, como se vê nos
ceutico formado pela Faculdade de Medicina da Corte; Annaes do Rio de J a n e i ~ ode Balthazar da Silva Lis-
filho d o pharmaceutico portugues Antonio de Souza boa. Foi sua mãe D. Isabel, a velha. Não duvidamos que
Dias e sua mulher D . Rosa Alexandrina de Menezes, Antonio de Mariz houvesse casado com Lauriana Si-
filha do pharmaceutico Antonio José Ferreira de Mene- itiôa, natural de S . Paulo, como refere o mesmo chro-
zes e D . Cherubina, filha do Alferes José Gomes da nista; seria, porem, segundo casamento, de que não
Cunha Vieira, Commendador da Ordem da Rosa, se- fcllla o Dezembargador João Pereira Ramos, no texto
36 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULLBO R. DE MACPDO SOARES 37-
supra, nem os papeis do Capitão-m6r Francisco de Ma- Cardeal Rei. Mem de Sá lhe deu huma sesmaria de
cedo, nem os do coronel Theodoro de Macedo Sodré, huma legoa de terra ao longo do mar, e duas ao ser-
nem nenhum outro de tantos documentos e arvores ge- tão, começando das barreiras vermelhas. hlle se achou
nealogicas que temos A vista. O solar dos Marizes e com Antonio Salema em Cabo Frio contra os France-
S . Emilião de Mariz, vigaria annexa ao convento de zes que com os Indigenas vivião e commerciaviio, que
Villar de Frades, freguezia do termo e Comarca de Bar- foram desbaratados e as aldêils assoladas em 1 8 de
cellos, em Portugal. "Familia nobre (diz o padre An- Iievereiro de 1578: servio de Provedor da Real Fa-
tonio de Carvalho, tom. I.", pág. 268), que em todos os zenda em 3 de Dezembro de 1578, declarando-se na
tempos de grandes subjeitos, cujas Armas são um cam- nomeação que apresentava instrumento da qualidade
po azul cinco vieiras de ouro em cruz entre quatro rosas de sua pessoa; servio igualmente de Provedor da Al-
de prata, riscadas de preto; timbre, um leão nascente fandega; pelejou sempre mui valorosamente em todas
de azul com uma vieira na cabeça. O licenciado Manoel as guerras, com referia a Provisão de Provedor da
de Araujo de Castro, no seu Livro de Armas manus- Alfandega, passada a seu filho Diogo de Mariz a 31
cripto não lhe dá por timbre o leão, mas uma espada dc Dezembro de 1606. Teve carta de Brazão de Ar-
com uma cabeça de um principe mouro na ponta, mas, que se acha rio T. 1 . O do Arsenal Eiemldico, fl. 616
assim como um .cavalleiro a apresentou na batalha de a 617, dada em Evora a 14 de Settembro de 1534, em
Ourique a E1 Rey D . Affonso Henriques, depois de que se declara descender da linhagem dos Marizes, Fi-
haver morto aquelle barbaro, de que a tirara. A casa dalgos de Cota d'Armas por seu avo Lopo de Mariz,
do Paço do Mariz ou Arzemil, querem alguns seja o cujas Armas &o em campo, cinco vieiras de ouro ris-
mesmo de que se originou este appellido, chamando-se cadas, e de preto em cruz, entre quatro rosas de praia,
Marizes os Senhores d'elle, é hoje Morgado dos Ferrei- entre pallas e faixas, e por differença huma brica de
rzs, e o primeiro que esta familia o habitou foi Alvaro prata com um anel de vermelho, elmo de prata, guar-
F'erreira, filho segundo de Ayres Ferreira, Senhor da necido de ouro, paquife de ouro e azul, e por timbre
Casa e Quinta de Casal dos Cavalleiros, e de sua pri- hum meio leão de azul com huma vieira de ouro sobre
meira mulher Genebra Pereira". n cabeça". Antonio de Mariz deve ter fallecido pelos
fins de 1584, começos de 1585, porque por Provisão
Nos citados Annaes do Rio de Janeiro, tom. 1 . O . de 19 de Janeiro d'este anno, o Governador Geral Ma-
pág. 328, lemos a seguinte noticia biographica de An- noel Telles Barreto, nomeou a Ayres Fernandes, Mom-
tonio de Mariz: "Antonio Mariz, da familia e ramo dos posteiro-mór do Rio de Janeiro, po?. fallecimento de An-
Marizes, Fidalgo do Reino, servio como era digno do tonio de Mafvix,segundo refere Balth. da Silva Lisboa,
seu nascimento, assim nas guerras, como nos negocios nos Annaes do Rio de Janeiro, tom. 1, cap. 6 .j 8.
politicos e civis; e serviu de Mamposteiro-Mór dos Cap-
tivos e Provedor da Fazenda Real, e morreu nas acções
contra os indios. Elle em 1561 pediu terras a Pedro
Collaço, Capitão-mór de S . Vicente, por Martin Af-
IV - Belchior Rongel de Macedo.
fonso de Souza dizendo ser morador naquella Capita- Dr. Euzebio Alvares Ribeiro - José de Azevedo
nia, casado, e que na borda do Campo, onde se chama Coitinho de Macedo - Estes dois e mais Jeronymo Coi-
Ipiranga, termo da Villa de Piratininga, pediu huma tinho d a Silva, aos 1 5 de Janeiro de 1747, nas notas do
mata virgem hum pedaço de dez tiros de besta comprido tubelliam da Cidade de Cabofrio, Francisco Gomes 'da
c de largura outro tanto; que lhe fora concedido por Fonseca, por escriptura publica a fls. 43 do L." XVI,
Carta dada em S. Vicente aos 18 de Junho de 1561: lavrada n a fazenda de N . S. do Cabo do Paraty, ter-
passou-se para o Rio de Janeiro em 1567, e levou sua mo da cidade da Assumpção de Cabofrio, pertencente
mulher D . Laureana Simôa, foi n a guerra armado Ca- R Antonio Rodrigues de Mel10 e sua Consorte Luiza de
valheiro em 1578, cujo Alvará foi confirmado pelo Muurn, compraram a estes uma sorte d,e terras, que ti-
38 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 39
nham havido de D. Barbara de Madureira, viuva do "Transcripto de uma carta do Exmo. S r . Gene-
Cap.-mór José de Mcura Corte Real, sitos na restinga da ral que mandou lançar n'esta nota o Cagitão Mór Ani-
praia de Maçambaba, que principia no logar chamado ceto da Cunha Castello Branco.
Maçambaba, até a lagôa chamada do Ipitanga, que po- "Justamente entra Vm. na duvida de poder abi-
derá ter 4 leguas ou o que se achar, reservando para ir bar o lhestre ue w m p o ~oziode ADreu Pereira, sol-
a lagoa Pernambuco por 800$000. No fim da restinga, dados para auxiliares ao seu terço no districto de Vm.:
G juncto da lagôa de Ipitanga tinham elles vendido 30 L u lne orueno se abscerina a este procedimento c n ~
braças a Pedro Alvares Lugo, da costa do mar grosso segunda oruem minha, que sem ella Vm. lhe embara-
até a Lagôa de Iraruama. A rogo de D . Luiza de Moura sara a reIeriua ctiiigencla. - Lleus que actue multou
assignou um filho João Jacques de Mello. annos. kio ue Janeiro, a 24 de ~\iovembrode 1745. -
Cosme Rangel, Varnhagem, I, 339, era irmão de Gomes Freire de Anurade. - S r . Capitão Mor Xni-
Julião Rangel . ceto ua Cuiina de Castello Branco".
Vicente Rangel, idem, Ibid, 354, parece tambem
era, attentos os annos em que ambos viverão e a edade '-Lnao se coritirina mais nu uicta carta, que aqui
que deviam ter, um feito ouvidor geral em 1581; o lancei em uezasete de JLtllelrO de l'i4t.i annos. - k'r~rr-
outro, concessionario de uma sesmaria (1584) conce- cisco Gomes aa r onseca ' . (2)
dida pelo governo; e Julião Rangel, ouvidor do Rio de João DUARTE, 1 12 de Janeiro de 1881.
Janeiro em 1583 e depois Escrivão de Orphãos.
Responde-se a diffamação da memoria de Vasco Filhos :
Fernandes Coitinho por Varnhagem com a leitura de 1. D. Francisca Candida I h a r t e de Souza, S.
João de Barros e Gabriel Soares, contemporaneos
Vasco foi apenas infeliz, como forão a maior parte dos 2. Felisaimo
donatarios, dos quaes entretanto, Varnhagen desculpa
e lamenta os revezes. E m alguma parte do tomo 1 . O da
3. .
D Januaria Candida L). dos S . Lemos, c.
2.&edic. elle diz não carregar a mão sobre Chistovam 4. Claudio D. dos S . e Souza, S.
de Barros si bem me lembro, filho de Antonio Cardoso
de Barros, para não infamar a memoria do descen- 5. D . Joaquina Seryia D . dos Sanctou, S.
dente de um dos 12 primeiros donatários. Não duvida 6. D. Aurelia D. dos Sanctos Souza, c. com
confessar-se parcial aqui, para s6 se mostrar {mparcial, J . Felizardo de Oliveira.
mas lá a seu modo, com o donatario do Espirito Sanc-
to, tambem um dos doze, que, alem das mais desditas, 7. D. Ryp. Clara Uuarte de Figueiredo, viuva
teve a do leão da fabula, aquelle alquebrado, etc., etc. de ... Figueiredo.
Um filho de Cosme Rongel, em 1640, destinguiu- 8. D. Feliciana, c.
se nos actos d'acclamação de D . João 4 . O E r a moço,
devia de ter os seus 40 a 50 annos, e parece era mais 9. Juliáo Duarte dos Sanctos.
velho. E então Vicente Rangel de Macedo não podia 10. João Baptista D . dos Sanctos.
deixar de ter sido irmão ou primo de Cosme e de
Julião Rangel. (1) . 11. Euzebio D. da S . Paiva.
(1) Notas escritas na capa do ma.,pelo h. Macedo atoares. (2)'lWlha avulsa encontrada entre as phglnas de ms., copiada por
J. R . M. S .
40 NOBILIARQUIA FLUMINEI'iSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 41
14. Herdeiros de Epiphaneo I). dos Sanctos
Souza, casado com D . Maria Soares de Azevedo Duarte, Joanna de Souza, filha de Ambrozio de Souza e de
R saber sua mulher D . Justa de Azeredo e teve d'este matri-
monio o unico filho que segue:
1. D . Anna Paula Duarte de Azeredo, c. depois Julião Rongel de Souza, neto igualmente de Vas-
com seu tio Pedro Duarte, 18 annos. co Fernandes Coutinho, Donatario da Capitania do Es-
2. Alberto Duarte de Azevedo, 17 anriou. ~ i r i t oSanto, que acompanhou a Mem de S& na Veri-
ficacão do Rio de Janeiro. e expulsão dos Francezes e
3 . 1). Joaquina Sergia Duarte de 'Azevedo, 1 4 serviu nas Guerras com Estacio de Sá. Serviu de Es-
alinos. (1). crivão da c a m a r a do Rio de Janeiro, e Ouvidor n a Ci-
dade. e seus descendentes tiverão Brazáo de armas em
12 de Julho de 1746 esquartelado; no primeiro quar-
tel as armas dos S O U Z ~doS Prado. que são escudo es-
auartelado no primeiro asquinas de Portural. no se-
vundo em campo de prata um Lego rompente verme-
Julião Rurigel de lllacedo, natural de Portugal, lho e assim os contrarios; no s e a n d o auartel armas
veiu ao Rio de Janeiro na qualidade de Capitão, nas dos Coutinhos: que são: um campo de Ouro cinco es-
guerras contra o gentio. trellas vermelhas, postas em cantos de cincn nontns cada
, Casou com D . Brites Sardinha. irmã do primeiro uma: no terceiro quartel as armae dos Pereiras. qiie
PreIado do Brasil, filha legitima de João; Gomes Sar- sán em camno vermelho uma criiz de prata florente e
dinha e de sua mulher D . Philippa Gomes da Ilha da vasia do Campo; no quarto quartel a s armas dos Ron-
Madeira, oriundos de Setubal ; n'esse matrimonio teve : w i s criie são um CarnDo azul uma flôr de Liz de P r a t a ,
orla de ouro com sete ramos verdes abertos com hams
D . Paula Rangel de Nacedo. s ~ n m i ~ i rimo n ~ de m a t a aberto. airarnecidn de o i m
Belchior Rangel de Maceda. naauife dos metaes e cores das armas. timbre o d n ~
Cnutinhos. r i i i ~6 um Leão andante vermelho com i ~ m n
Gaspar Rangel de Macedo C ~ i ~ e l l íde
i fl6res na m l n direita. e urna estrella de
oinro na esnnda. e Dor differenca hrica de prata com
Balthazar Rongel de Macedo. um trifolio de Ouro.
D . Maria Rangel de Macedo. Foi rasadn rnm D. 1,eonor Caldeira filha de M a -
f h i a s Pinto Caldeira e teve:
D .Beatriz Rangel de Macedo.
Ralthaxar Rannel de Souza
D .Irania Rangel de Macedo. Matheus Pinto Caldeira
D. Isabel Rangel de Macedo. Relchior Rangel de Souza.
- Balthazar Rongel de Macedo, quarto filho de Salvador Range1 de Souza.
Julião Rangel Macedo e sua mulher D . Brites Sardi- - Baltazar Rangel de Souza (n." 4). filho de
nha, casou n a Capitania do Espirito Santo com D . Julião Rangel de Souza e D . Leonor Caldeira; casoii
com sua prima D . Angela de Mendonca, teve:
(1) Estes nomes constam de uma rolha avulsa escrita Pelo Julião Rangel de Souza.
Dr. Macedo Soares, encontrada tambem entre as folhas do Manus-
cripto, cuja copia vae transcripta ( J . R . M. S. ) .
(2) Este manuscripto creio ser da lama do solicitador E!:h D . Joanna de Souza.
Duque Estrada: as signaes a lapis azul que se vêm no original são
do Dr. Macedo Soares. ( J . R . M. 8 . ) . D . Ascença de Mendonça.
DRS. ANT.' Jm. E JULIÃO R. DB MACEDO SOARES 43
42 NOBILIARQUIA FLTJMINENSE -
- Julião Rangel de Souza (n.O5), filho de Bal- 3. D. Josepha
thazar Rangel de Souza, foi casado duas vezes, a La
com D . Maria Mendonça Borges, filha de Manoel Car-
4 D . Barbara
dozo Leitão e de sua mulher D. Maria de Mendonça 5. D. Antonia
3 d'este Matrimonio teve D. Angela de Mendonça, ca-
sou 2.& vez com D . Maria Josepha Pereira de Mariz 6. Balthazar
e teve: D . Maria Joanna, filha mais velha do Dr. Mi-
Julião Rangel de Souza Coutinho puel Rangel, casou n'esta freguezia de Guaratyba com
Sebastião Rodrigues, natural e baptisado na fregue-
D . Josepha da Silva Pereira zia de Montojo no reino de Portugal, filho legitimo
D. Antonia de Souza de Cypriano Rodrigues de Almeida e de sua mulher
i'). Catharina Vaz de Albuquerque . Sebastião Rodri-
D. Catharina da Silva Sandoval guez com testamento aos 18 de Marco de 1815, sem
deixar sucessão.
I3 .Luiza de Souza D. Catharina Rangel de Souza, filha segunda do
D . Thereza Joaquina . Dr. Miguel Rangel e de sua mulher D . Helena Frei-
re, solteira ainda em vida de seus pais.
D r . Miguel Rangel de Souza Coutinho. D. Josepha, terceira filha do D r . Miguel Ran-
gel e de D . Helena Freire depois de seus pais, no
Julião Rangel de Souza Coutinho. nroõrietarfo estado de solteira, 30 de Março de 1789.
dos Officios de seus avós; tendo-SP passado á LisbGa D . Barbara Luiza Perpetua Rangel, quarta filha
casou alli com D. Maria Antonia de Alencastro e dtr Dr. Miguel Rangel e D. Helena Freire, casou nesta
tendo fallecido sem sucessão, competia á propriedade freguezia em 10 de Julho de 1797, com o Alferes José
dos officios a seu irmão D r . Miguel Rangel, o qual Aptonio de Azeredo Coutinho, seu parente, filho le-
requerendo para si a dita propriedade, o Governo Por- gitimo de Francisco Martins Tenreiro e de sua mu-
tinguez já havia encartado outro individuo de nome lher D. Anna Maria D'Ascenção, batisado na fregue-
André Martins de Rritto, por somma maior de 40 aia da Candelaria da Côrte e do matrimonio houverão:
mil cruzados. . - - -- -. ,--- - -. D. Helena, baptisada em 23 de Abril do anno de
Dr. Miguel Rangel de Souza Coutinho, filho le- 1800, nascida em 21 de Março do mesmo anno. Seu
ritimo de Julião Rangel de Souza e de sua mulher +
yae .já vivo fez testamento em 5 de Abril de 1810, em
D . Maria Josepha Pereira da Mariz, foi moço fidalgo 18 de Abril do mesmo ano.
da casa real, fez seu assento na freguezia de Guara- D. Helena Rangel de Azeredo ( 5 4 . O n.O 8), ca-
tyba, onde tinha propriedade, e casou com D. Helena nou nesta freguezia com um seu parente, chamado Ju-
Freire, filha legitima de Bento Figueira Bravo e de H&o Rangel de Azeredo Coutinho, filho legitimo do
sua mulher D . Josepha Freire, esta filha do Capitão Sargento-mór Antonio Nunes Villa-forte e Ele sua mu-
Pedro Pereira Ribeiro e D. Josepha Pereira Ribeiro, lher D . Antonia Joaquina Rangel. Este casamento
e que ficara viuva do Capitão Mór Francisco Antu- foi celebrado em 23 de Julho de 1810 e teve:
nes Leão, e teve d'este segundo matrimonio os filhos 9. Julião Rangel de Azeredo Coutinho.
seguintes :
O. D. Maria Paula Rangel.
1. D . Maria Joanria
Julião Rangel de Azeredo Coutinho casou nesta
2. D. Catharina freguezia em 8 de Dezembro de 1848, com D. Amalia
44 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE ANT.O Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES
-DRS. 43
Duque de Castro, filha legitima do Capitão Florenti- 8. D . Luiza n.O 12 de Janeiro de 1793, bap. 6
n~ Duque de Castro e de sua mulher D. Josepha Tho- de Fevereiro do mesmo anno;
mazia, que ficou viuva de Francisco de Macedo Sodré.
8 . D . Antonia n.O 18 de Julho de 1794, bap. a
Teve : 28 do mesmo anno;
10. Antonio. 8 . Antonio, n.O 5 de Setembro de 1795, bap. n
10. D . Amalia, casada em Itaguahy com Hono-
+
22 do mesmo mez, 9 de Março de 1813;
rato Cesar da Silva, com 4 filhos. 8 . D . Rosa, n." 13, de Outubro de 1797, bap. a
18 do mesmo mez ;
10. D . Clarinda, casada com Francisco da S .
Campos Bayer, filho de J . Luiz Bayer e D . Rosa Ma- 8. José n.O 8 de M a r ~ ode 1800, bap. a 1 de
ria de Oliveira Campos. Abril do mesmo anno;
10. Amelia. S. D . Antonia, n.O 15 de Maio de 1801, bap. h
1 de Junho do mesmo anno;
10 . D . Thereza
8. Francisco, n.O 27 de Janeiro de 1804, bap. n
1 0 . D . Adelina. 20 de Fevereiro do mesmo mez;
D . Maria Paula (8 4." n.O 9 ) , casou na villa de 8. D . Anna, n." 5 de Junho de 1805, bap. a 1 4
Itaguahv com Francisco de Oliveira Coutinho, o qual de Junho de 1805, bap. a 14 de Junho do mesmo
fallecendo sem successão, passou a viuva a casar-se :mno (1).
COM Antonio de Oliveira Sampaio, que fallecendo sem
successão os seus bens ficarão no casal e reverterão a D . Antonia Nunes Villa-forte (8 5 n.0 8) casoii
Julião Rangel de Azevedo seu irmão por deixa. (1) riesta freguszia com o Capitão João Muniz Tello; fi-
lho legitimo de Francisco Muniz Tello de São Paio
c de sua mulher D . Anna Joaquina Barbosa de SA
Freire, naturaes de Jacarépagu6. João Muniz Tello
já. era viuvo de D . Francisca Paula de Almeida Bar-
bosa, de quem teve tres filhos, a saber: Francisco,
D . Antonia Joaquina Perpetua Rangel (Tit. 2." Joanna e Jacintha . D'este segundo matrimonio teve :
ti. 70), filha legitima do Dr. Miguel Rangel de Souza
Coutinho e de sua mulher D. Helena Freire, casou n'estn 9. D . Luiza
freguezia com o Tenente Coronel Antonio Nunes Vil-
1.1-forte ( ? ) em 26 de ,1788. Antonio Nunes Villa- 9 . Carlos, n. a 26 de Nov. de 1840 e bap. a
forte era natural e baptisado em Angra dos Reis (Vil- 27 de Setembro de 1841.
Ia), filho legitimo do Capitão-mór Felix Gonçalves do5 9. D . Maria José
Santos e de sua mulher D . Rosa Pimenta de Oliveira
e do matrimonio teve: 9. D . Maria Eulalia.
8. Julião n." 31 de Julho de 1791, bap. a 9 de 9. D . Maria Eugenia
Agosto do mesmo anno;
(1) O fllho mais velho de name Vicento e que esqueceu na.
Oxdem ChronOloglca. nasceu em 5 de Abril de 1790 e baptisou-se em
(1) Juliáo Rangel ( 8 4 n . Q), fallecera na Villa de Itaguahy 72 de Maio do mesmo anno. D. h t o n l a . sua M e . I en: 7 de Julho
onde era morador; seus filhos esta0 actualmente na Corte (1883) e dr 1808, e seu pae o Tenente Coronel Villa-forte 1- em 26 de Ja-
R excepç&o de D. Amelia, todos os outros estão solteiros. iieiro de 1818.
46 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 47
9. Bento
9. D. Antonia O Capitão Balthazar Rangel de Souza Coutinho
9. Bernardo (Tit. 2 . O n . O 7) casou na freguezia de S. José da
Corte a 8 de Maio de 1794, com D . Antonia Joaquina
9 . Joaquim, n.O 10 de Fevereiro de 1838, bap. de Duque Estrada Furtado de Mendonça, sua parenta,
Fev. de 1840. filha legitima do Capitão Joaquim Luiz Furtado de
9. Egas. Mendonça, e de sua mulher D . Maria Paula de Tor-
res Duque Estrada, natural de S. João de Itaborahy;
Francisco Luiz Villaforte (5 5." n.0 8) casou n'esta neta paterna de Joaé Furtado de Mendonça e D. Rosa
freguczia com D. Adelaide Francisca Rozaura, filha Maria de Araujo Coutinho; neta Materna de Paulo
legitima do Tenente João Alvaro Rosauro de Almei- da Matta Duque Estrada e de sua mulher D . Jero-
da e de sua mulher D. Francisca Fausta Rosauro de nima de Torres, e d'este matrimonio teve:
Almeida. Teve logar o casamento aos 17 de Novembro
de 1855, e d'elle procedem: ignoramos. 8 . Miguel, n.O a 24 de Fevereiro de 1795, bap.
2. +
27 de Maio a 27 de Fevereiro de 1854.
O Capitão Antonio Nunes Villaforte (5 5 . O nú-
8 . D . Maria Benedicta, n.O a 3 de Março de
mero 8) casou n'esta freguezia a 18 de Março de 1834
com D. Maria Clementina de Vasconcelos Drummond, +
1796, bap. em Abril a 26 de Outubro de 1888.
filha legitima do Sargento-mór Alexandre Ferreira de 8 . D . Maria Paula, n.O a 10 de Maio de 1797.
Vasconcelos Drumond e de sua mulher D . Claudia bap. a 10 de Julho + a 27 de Junho de 1893.
Ignacia de Oliveira Fagundes e d'elles procedem:
8. D . Antonia, n.O a 25 de Junho de 1798,
9 . Francisco, n.O a 15 de Nov." de 1834, bap. a bap. a 9 de Agosto.
16 de Julho de 1840.
8. Joaquim, nasc. a 12 de Maio de 1800, bap.
9 . Luiz, n.O a 12 de Dezembro de 1836 (?)
bap. a 16 de Julho de 1840.
em 3 de Junho +
em 29 de Outubro de 1860.
Miguel Rangel de Azeredo Coutinho (8 6." nú-
9 . Antonio, n.O a 1 de Setembro de 1838, bap. mero 8) fez testamento em 11 de Dezembro de 1833
a 16 de Julho de 1840. r +a 27 de Fevereiro de 1834, deixando um filhc!
9 . Claudia, n." a 28 de Junho de 1841, ( ? ) riatura1 reconhecido do mesmo nome.
bap. a de Janeiro de 1840 (?) . D . Maria Benedicta Furtado de Mendonça, ( 5 6.O
n.O 8) casou n'esta freguezia com Joaquim Antonio Lo-
D . Luiza Rosa Villa-fortk, casou n'esta fregue-
zia em 22 de fevereiro de 1814, com Francisco de Oli- pes de Souza, natural de Portugal, filho legitimo do Te-
veira Còutinho, filho legitimo de Manoel de Oliveira iiente Coronel Joaquim Theodoro Lopes e sua mulher
i?. Genoveva Rosa Delphina e bap. na Sé do Porto, D
Coutinho, e depois, casou com sua cunhada D. Rosa
Joaquina Villaforte Rangel em 12 de Outubro de 1818. +
Maria Benedicta em 26 de Outubro de 1888, com 92
annos, 10 meses e 27 dias.
Ignoramos sua descendencia.
+
9. Balthazar, solteiro, n. a 11 de 0ut.O de 1828,
bap. em Abril 1829 em S. José.
Nota: - D'este ramo do Sargento-mór Antonio Nunes Villa-forte 9. Joaquim, casado com D. Maria Pinto Faria,
ziinguem mais se encontra nesta freguezia; todos fizerão mudanya n . a 1 de Abril de 1830, bap. a 17 do mesmo mez.
para a Corte do Rio de Janeiro.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 4B
48 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
9 . Francisco, n. a 8 de Agosto de 1864, bap. s
9. D. Maria Benedicta, casada na Ilha Grande 12 de Dez." de 1865.
com o Com. João José de Carvalho.
9. IJ. Antoniã, n. a 26 de Fev,O de 1869, bap.
9. D. Antonia casada com o Tenente José Jus- a 28 de E'ev.O de 1870 (a)
tino da Silveira Machado.
L). Maria Paula Rangel de Azeredo Coutinho Bar-
9. Elias, n . a 24 de Outubro de 1833, com 45 roso ( $ 6 n . O 8) casou n'esta freguezia em 21 de Se-
annos de idade casado com D. Maria Joanna de Sou- tembro 1831, com o Cons." Joaquim Pereira Barroso
za, e a 2.a com D. Anna Leopoldina de Miranda, cas. a bap. no arraial do Tujuca da Prov. de Minas, filho le-
18/9/1875. gitimo do Dezembargador Antonio Barroso Pereira, na-
9 . D . Maria Celeste, + solteira em 2 de Junho tara1 de Portugal, e de sua mulher D . Maria Ignacia
de 1863, n . a 5 de Agosto de 1835. da Costa Sam Paio. Joaquim Barroso estava em Por-
tugal na ocasião da Independencia do Brasil ; empregado
9. Antonio, n.O a 18 de Agosto de 1834, recebeu rts, Diplomacia, foi nomeado Ministro de Portugal nos
Santos Oleos no 1 . O de Outubro de 1855, casado corri Estados Unidos. Ali recusou-se a reconhecer o Governo
D. Felisberta Adelaide Pinto, 18 de Novembro de 1875, de D . Miguel, esperando que o Governo de Washington
sg . (i sustasse; mas o Governo Americano inclinado a par-
Joaquim Elias Antonio Lopes de Souza ( 5 6 nú- cialidade de D . Miguel de Bragança, viu-se elle for-
mero 9) casou nesta freguezia em 26 de Agosto de çado a retirar-se para o Rio de Janeiro, onde casou c
1863, com D . Maria Rosa de Faria, filha legitima do teve :
Major Manoel Pinto de Faria e de sua mulher D. Ma-
ria Cardoso Pinto, e procedem d'estes: 9 . Bento, n. em 28 tle Agosto de 1832, bap. 2
de Agosto de 1833.
10. Joaquim, bap. 31 de Dezembro de 1808.
9 . Antonio, n. a 7 de Março de 1836, bap. em
10. Maria, n . a 6 de Setembro 1866, bap. a 21 14 do mesmo mez,
de Jan.O de 1868.
9. Maria da Gloria, + de menor idade.
10. Antonio, n . a 26 de Agosto de 1870, bay. LI
14 de Setembro de 1872. 9. Paulina + de menor idade.
10. Balthazar, n . a 15 de Marco de 3 872, bap. D.Antonia Joaquina Rangel (8 6 n." 8) casou
a 14 de Set." de 1872. nesttr freguezia aos 16 de Fevereiro de 1836 com o Te-
nente José Gervasio de Queiroz Carreira e teve um fi-
10. Elias, n . a 7 de Maio de 1874, bap. a 24 de lho José.
Fevereiro 1875.
10. Maria O D r . José Aldrete de Mendonça Rangel de Quei-
roz Carreira, casou no Rio de Janeiro, com D. Leo-
18. Manoel nor Corrêa de Sá Benevides de Queiroz Carreira, irmã
D. Antonia Joaquina Lopes casou n'esta fregueziii irdeira do actual Bispo de Marianna D. Antonio de
com o Tenente José Justino da Silveira Machado, filho S i e Benevides, filha legitima de José Maria Corrêa
legitimo do Cirurgião-Mór José Justino da Silvemo Ma- de Sá e de sua mulher D. Leonor Maria de Saldanha
chado e de sua mulher; José Justino + 6 de Novembro Corrêa de Sá, que era filha do Conde da Ponte, antigo
86; D . Antonia + a 14/8/1890 (sic.). Governador da Bahia e sobrinha do Duque de Salda-
nha José Maria, filho do Conde de Asseca, descenden-
9. José, n. a 16 de N0v.O de 1856, bap. a 6 te de' Salvador Corrêa de Sá Benevides e Estacio.
de Janeiro de 1857.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 51
50 NOBILIARQUIA FLUMINENSE I
O Commendador Joaquim Luiz Rangel de Azeve- Alves Ramirez casou com D. Catharina da Silva San-
do ($ 6 n.O 9) casou n'esta freguezia com D . Ludi- doval, quarta filha de João Gomes da Silva e D. Maria
vina Theodora Rangel, filha natural de D . Maria Theo- cif Mariz.
dora da Ilha Grande de Angra dos Reis. Joaquim
Luiz representou sempre como chefe, nesta freguezia, FAMILIA PAES FERREIRA
ci partido Conservador e era geralmente estimado pelo
povo, pelas suas qualidades benevolas, e por isso nun- Francis (sic) Paes Ferreira, natural de Evora de
c:t os seus adversarios politicos poderão derrubál-o do onde veiu para o Brasil em 1643, como Coronel, tinha
poder. Serviu de sub-delegado da Parochia e não exer- c brazão dos Souzas Carvalhos, filho legitimo de Do-
ceu vigancas (sic), teve: mingos Paes Sardinha e sua mulher Ignez de Almei-'
da foi casado com D. Maria Macedo Viegas filha de
3. Miguel Joaquim Rangel, bastardo Lucas de Couto e sua mulher Joanna Sobra1 teve um
fllho Francisco Paes Ferreira n. a 16 de Fev.O de 1681 ;
9. Joaquim Benedicto Rangel, bastardo. foi casado com D . Brites de Sá, tiverão 9 filhos:
9. Balthazar Rangel de Azeredo +- solteiro no 1. José, 2 . Francisco, 3 , Ignacio, 4. Barbara,
Rio de Janeiro. 5. Ignez, 6 . Gonçalo,
9. D. Luiz i- menor 7. Manoel, 8 . Maria Joanna de Sá Freire, 9.
Antonio de Sá Freire.
9. João + menor
José Paes Ferreira Tit. 1 n.O 3, casou com Maria
9. José + menor Barbosa de Oliveira e teve os filhos de que temos no-
ticia :
9. Balbino, + menor
Sebastião Macedo, José Paes Ferreira, Antonio
9. Joaquim, + menor. Luiz de Sá, D. Barbara, D. Josepha Pim. de Mello,
Nota: - D . Maria Benedicta Lopes casou com Anna Maria de Mello, D. Maria Thereza Dantas,
o Commendador João José de Carvalho, n a Ilha Grande D. Margarida, c . com Antonio Nunes Coutinho.
e teve filhos ; + 5-3-94. Elias casou no Rio de Janeiro :
a l.avez com D . Maria Joanna de Souza e a 2.a com
D. Anna Lepoldina de Miranda; Antonio casou igual- Asceridencia do Capitão Mór Doutor Francisco de
mente na Côrte 18 de Agosto de 1834, sua mulher cha- Mucedo F ~ e i r ede Azeredo Coutinho:
ma-se D. Felisberta Adelaide Pinto de Vellasco. Bal-
tazar vive solteiro. Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho,
doutor formado em Direito pela Universidade de Coim-
bra, Capitão-Mór de Cabo Frio, senhor da fazenda da
FAMILIA SODRB DA GUARATYBA (1) Tiririca, na freguezia de Araruama, municipio de Sa-
quarema, descendia em linha recta dos Paes Ferreira,
Sua origem e estabellecimento n'ella . que ajudaram a Salvador Correa de Sá e Benevides na
Tit. 1.O
fundação da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro,
como se lê na "Revista trimensal do Instituto Histo-
Francisco Sodré Pereira, filho 2." de Duarte Sodré r x o e Geographico", vol. anno de -. E r a filho do
Pereira e sua mulher Guiomar Ramiriz filha de Luiz
1. Mestre de Campo João Barbosa de Sá Frei-
( 1 ) Tambem manuscripto do sollcitador Elias A. L. Duque Ea- re, nascido em 1716, + na Corte em 5 de Dezembro de
trada. - J. R. M. S.
52 NOBIWIARQUIA FLUMXNENSE DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 5iJ
1771, casado .com D. Anna Maria de Souza Pereira, 4. Domingos Paes Ferreira, casado com D. Ig-
nascida aos 5 de Maio de 1728. nez de Almeida.
O mestre de campo João Barbosa de S á Freire, D. Maria de Macedo Freire de Soveral, filha de
i'iiho do
4. Lucas do Couto, o velho, casado com D. Ma-
2 . Capitão Francisco Paes r'erreiru, senhor clo riana do Soveral.
eiiyenho de tiuaratiba, casado com I>. Brites de S a O Coronel Francisco de Macedo Freire, filho de
bouto-Maior Freire .
i 4 . João Barbosa de Sií Souto-Maior, casado
i.). A m a Maria de Souza Pereira, filha. de O com D . Joanna de Soveral Freire.
2 . Antonio Ferrão de Castello-Branco Travas- D . Barbara Viegas de Azeredo, filha do
sou, casado com I). Andreza de Soliza Pereira.
4 Alferes Lucas do Couto, o moço, casado com
O Capitão Francisco Paes Ferreira, Silho D . Isabel Coutinho.
3 . Francisco Paes Ferreira, nascido em 1646, Calixto Ferrão de Castello Branco, filho de
casado com L). Maria de Macedo Freire de Soveral. l.
5. Antonio de Macedo Viegas, casado com Real Fazenda e Juiz de Orphãos, casado com D. Maria
urna Soveral . de Mariz.
5. Manoel Barbosa Pinto, natural de Vianna, 5. Francisco de Oliveira Vargas, casado com
D . Andreza de Souza.
em Portugal, casado em segundas nupcias, com D. Phi-
lippa de S á Souto Maior. Sua primeira mulher foi D . Maria de Abreu de Souto-Maior, filha do
r). Brites Rangel, filha do Commendador Diogo de
Sá da Rocha, (2) natural de Vianna, casado com D. Br1- 5 . Doutor Francisco d a Fonseca Diniz, casado
tes Eongel, filha de Antonio de Macedo Rongel. com D. Isabel Rongel de Macedo, de quem teve mais
dois filhos :
D . Joanna de Soveral Freire, filha do
1.OBalthazar de Abreu Cardozo, que casou com
5. Sargento-mór Francisco de Macedo Frei- D. Isabel Pereira Sudré, filha de Francisco Sudré Pe-
re, natural de Beja, Sargento-mór de Infantaria, ca- reira e D. Catharina da Silva Sandoval; 2 . O D . Bri-
sado com D . Joanna de Soveral e Atouguia. tes Rongel de Macedo, casada com Sebastão d a r t i n s
Coutinho, o velho, senhor do Engenho de Guaxindiba,
O Alferes Lucas do Couto, filho de n a hoje freguezia de Cordeiros, municipio de Nictheroy
e descendente de Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo
5 . Lucas do Couto, o velho, casado com D. Ma- portuguez de boa casa, 1.O donatario da Capitania do
riana de Soveral. Espirito Sancto (1525) . Um filho de Balthazar de
José Ferrão de Castello Branco, filho de Abreu Cardozo, de nome João de Abreu Pereira Su-
dré, casou-se, em segundas nupcias, com D . Escholas-
5. Antonio Esteves Ferrão, casado com D. Ig- tica Pacheco, de quem teve D . Paula Rangel de Abreu,
nez Antunes da Costa. , que veiu a casar com João Freire de Azeredo Couti-
D . Francisca Travassos, f i l h a de nho, filho de Psdro Freire Ribeiro Duque Estrada e
sua mulher e pMma D. Maria de Azeredo Coutinho,
5. Bernardo Rodrigues Martins, casado com dqscendente de Vasco Fernandes Coutinho .
D. Violante Travassos, sobrinha do D. João 1.O, Pa- O Doutor h a n c i s c o Paes Ferreira, filho de
triarcha d a Ethiopia .
6. Pedro Lopes de Souza Bacoso (Barroso?)
O Coronel Francisco Sudré Pereira, filho de natural de Evura, casado com D . Philippa Ferreira Pe-
chim . Tirou brazão em 1643.
(1) V . de Brasil Hlstorico, V1. 2.O, pag. 167.
56 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
---
DRB. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 67
D. Maria da Rocha, filha de
Bento da Rocha Gondim, natural de Lisboa,
D. Brites da Costa Homem, fiiha de
6.
7 . Aleixo Manoel, o velho, casado com
D . Domingas da Couta, filha de I). Francisca Homem.
6. Thomé Rodrigues da Costa, casado com D. Isabel Rongel de Macedo, filha de
1). Paula da Costa.
D . Joanna de Soveral Atouguia, filha de 7. Capitão Julião Rongel de Macedo, casado
com D . Beatriz Sardinha.
6 . Antonio de Macedo Viegas, casado com um?"
Senhora da famila Soveral, alibi Sobral. D . Beatriz Sardinha, filha de
D . Maria de Mariz, filha do 8. João Gomes Sardinha, dos Sardinhas de Se-
t u bal, Portugal.
6 . Doutor Diogo d~e Mariz Loureiro, Prove-
dor da Fazenda Real no Rio de Janeiro, casado com João Gomes Sardinha, filho de
D . Paula Rongel de Macedo.
9. Damião Dias Rongel.
O Doutor Francisco da Fonseca Diniz, filho do
Damião Dias Rongel, filho de
6. Doutor Jorge Fernandes d a Fonseca, ca-
sado com D . Brites da Costa Homem, 10. D . Diogo Dias Rongel, Commendatario de
Cote e Villella.
D. Isabel Rongel de Macedo, filha de
D . Diogo Dias Rongel, filho de
6. Balthazar de Abreu de Souto-Maior, (1)
casado com D . Isabel Rongel de Macedo, irmã de Pau- 11. D . Pedro Alvares Rongel, senhor da Casa
la Rongel de Macedo, mulher do Doutor Provedor Dio- e Quinta do Rongel, junto a cidade de Coimbra, onde
go de Mariz Loureiro. está o solar dos Rongeis; - casado com D . Ignez Al-
v a r w Sanches de Macedo, em cujos descendentes se uni-
D. Andreza de Souza, filha de r:im os appellidos de Rongel (por corrupção, Rangel)
6 . Jeronymo de Souza Brito, casado com e Macedo. Entre eles conta-se Calixto Rongel Pereira
1). Barbara Coutinho . de Sá, que foi morador em Coimbra, e cuja ascenden-
cia vem na "Corographia Portugueza", tom. 3 pag. 663
O Doutor Diogo de Mariz Loureiro, filho de e 654.
7. Antonio de Mariz Coutinho, alibi de Ma-
rins, casado com D . Isabel,' a velha, a fls. n.O 6 . Ascendencia de D. Marria Isabel da Visitação Fer-
D . Paula Rongel de Macedo, filha do mira, primeira mulher do Capitão-Mór Dr. Francisco
de Macsdo Freire d'dxeredo Coutinho :
7. Capitão Julião Rongel de Macedo (1683),
casado com D . Beatriz Sardinha, aIibi D. Brites D . Maria Isabel da Visitação Ferreira, viuva do
Sardinha. a 4 I - A
Capitão João Freire de Sá, que morreu sem geração,
Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada, filho de D . Maria Thereza de Sá Freire, segunda mulher
do Capitão-Mór Dr. Francisco de Macedo Freire de
4 - Pedro Freire Ribeiro, casado com D. Anna Axeredo Coutinho, nasceu no logar de Bacaxá, muni-
Duque Estrada. cipio de Saquarema, aos 25 de Março de 1790, e mor-
D . Helena da Cruz e Lemos, filha de reu na sua fazenda da. Tiririca, em Araruama, aos 19
clc Setembro de 1845.
4 - Paulo da Matba, casado com D. Jerony-
Era filha de
ma de Lemos.
Pedro Freire Ribeiro, filho de 1. Antonio dos Sanctos Silva, casado com D. Ma-
ria Antonia de Sá Freire.
5 - Francisco Freire Ribeiro, casado com
D . Catharina de Freitas. Antonio dos Sanctos Silva, filho de
D . Anna Duque Estrada, filha de 2 . Sancho Manuel da Silva, casado com
1,. Joanna Coutinho de Bragança .
6 -Henrique Duque Estrada, casado com
D . Maria Antonia de Sá Freire, filha do
D . Theodosia da Rosa e Aguiar.
60 NOBILIARQUIA FLUMINENSE -DRS.ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES ti1
2. Coronel Luiz José de Sá Freire, casado com de 17. ., casada com o Mestre de Campo João Alvares
b Maria Thereza Rangel de Sá Freire e Azeredo Cou- de Azevedo, e fallecida aos 23 de Agosto de 1862, n a
tinho . Corte.
Sancho Manuel da Silva, filho do O Mestre de Campo João Alvares de Azevedo era
3 . Capitão José da Silva Motta, casado com filho do Mestre de Campo Alexandre Alvares Duarte de
D. Tsabel Antunes. Azevedo e D . Anna Maria Joaquina da Cruz Duque Es-
D . Joanna Coutinho de Bragança, filha de trada; neto materno do Sargento-mór Ambrosio Dias
Raposo e D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada, a
3 . Joãn Coutinho de Bragança, bastardo da
flsf. n.O
Real Casa de Bragança.
O Coronel Luiz José de Sá Freire. filho do Os filhos de D . Maria de Maceda Freire de .Aze-
3 . Coronel .Toão Barbosa de Sá, casado com
vedo e João Alvares de Azevedo são:
TI. Clara de Soiixa Pereira. 1. D . Maria de Macedo Torres, Viscondessa
T) Maria Thereza Range1 de Sá Freire e Azeredo de Itaborahy, casada com o Visconde de Itaborahy Joa-
Coutinho, filha do quim José Rodrigues Torres, a fls. de quem teve os se-
8 T ~ n ~ n T17ii7
t; Barboss de Sá Freire. casado guintes filhos :
c9m D . Maria Rangel de Azeredo Coutinho. 1. D . Maria Carlota, casada com o Major José
6 Capitão Josk da Silva Motta. filho de Dias Delgado de Carvalho, filho de D . Maria Colum-
na de Menezes, casada com o Coronel Francisco Dias
4 Franrisco CIP Araujo Soares, casado com
Pebastiana da Silva Delgado.
O Cnrone? João Barbosa de Sá, filho de 2 . D . Carlota, casada com o Dr. Custodio
Clotrim da Silva, filho do Capitão Jos6 Custodio CO-
4 .hão Rarbosb de Sá Souto-Mayor, casado trim. Tem filhos.
com 5. Joanna de Soveral Freire, a fls. n."
D . Clara de Souza Pereira, filha do 3 . D . Joaquina, casada com o Capitão José
4 . Coronel João Gomes da Silva Pereira, Moço Custodio Cotrim da Silva, filho do Capitão José CUS-
Ffdalgo da Casa Real, casado com D . Andreza de Souza, todio Cotrim. Tem filhos.
3 fls. n.O
4. D . Emmerenciana Mathilde, solteira.
O Tenente Luiz Barbosa de Sá Freire, filho de
5. D . Francisca Paula, idem.
4. Pedro Barbosa Maximo de S á e Soveral,
alibi Soberal ou Sobral. ' 6. João Torres, negociante.
7. Manoel, estudante.
Descendencia do Capitão-Mór Dr. Francisco de Macedo
Freire de Azeredo Coutinho, em primeiras nupcim colvb 2 . O Coronel Francisco Alvares de Azevedo
D . Maria Isabel da Visitação Ferreira Macedo, Cavalheiro de Christo e Comendador da Ro-
1. D . Maria de Macedo Freire de Azeredo sa, casado em primeiras nupcias com D . Maria Caro-
Coutinho (1) (depois de Azevedo), nascida aos lina Torres, fls. . ., de quem teve : - -- -
-7-
3 . Doutor Francisco Belisario Soares de Sousa, 2 . D . Anna Maria de Souza Pereira, casada
Deputado á Assembléia Provincial do Rio de Janeiro. em primeiras nupcias, com Alexandre Alvares de Aze-
vedo Castro, de quem teve:
6 . O Coronel João Alvares de Azevedo Ma-
cedo, Commendador da Rosa, casado com D. Maria 1. D. Anna Alvares dos Santos, cmada com o
Adelaide Teixeira, filha de seu primo Honorio Antonio dos Santos, de quem tem
filhos .
Filhos :
2. D . Maria. Casou-se com João Bernardo Mer-
1. João Alvares, estudante. gulhão Bandeira.
2. D . Maria Adelaide. 3 . Luiz Alvares de Azevedo Castro, morreu com
3. D . Adelina. dezenove annos de edade.
Descendencia do Tenente João Duarte dos Sanctos: 1. O Capitão Marcellino dos Sanctos de Aze-
O Tenente João Duarte dos Sanctos teve de I). redo Coutinho, (1) casado com D . Luiza Duque dos
Sanctos, de quem tem:
Anna A . Victorina de Souza os filhos seguintes:
1 . Adeodato de Souza de Azeredo, casado.
1.. D. Francisca, n . 26 Janeiro 33.
2. D . Maria, casada com Manuel Alvares Pe-
2. Felicissimo Duarte dos Sanctos Silva, (1) c reira, filho do Capitão Philippe Alvares Pereira e D .
com D . Delphina Cotrim. Izabel, senhores que forão da fazenda de Paracatú, em
3. Claudio Duarte dos Sanctos Silva, solteiro. Araruama.
4 . Epiphaneo Duarte dos Sanctos Silva, casado Filho único:
com D . Maria Soares de Azevedo. filha de Simeão Soa- 3 . Marcellino dos Sanctos, casado com D . Ma-
I PS de Azevedo, declarado a fls. . . ; e d'ela tem: Filhos. riana Alvares, filha de D. Anna Maria de Sousa Ye-
6 . D . Januária. (2) c . som João Pedro de Le- reira e Alexandre Alvares de Azevedo Castro, a fls.
irios. negociante n a Côrte. Filho :
6. D . Aurelia. 4. L). Luciana, casada com José da Costa Co
tiim, a tis. . ., de quem teve:
7. D . Joaquina Sergia.
5. 1).Leonor;
8. D . Hypolita.
João Baptista, casado com D . 6, D , Anna;
9.
7. 1). lMarinha, c . com Luiz Dias;
10. Julio Duarte dos Sanctos Silva, casou com D .
Mariana, filha do Capm. Marcellino dos Santos de Aze- 8. Leonoi dos Santos;
redo Coutinho e D . Luiza Duque dos s a n t o s .
9. José;
3.1. D . Feliciana Duarte de Macedo Soares.
12. Euzebio Duarte de Paiva e Silva.
I 11. D . Luiza, c. com Julio Duarte;
13. Luiz Duarte.
2 . D . Izabel, casada com Thomaz Karr de
14. Pedro Duarte. Bustamante.
3. D. Luiza, casada com José Alves dos Sanc-
tos, de quem houve o seguinte:
Descendencia de Antonio dos Sanctos Silva e D , Unico filho: Honorio Antonio dos Sanctos, casa-
Maria Antonia de Sá Freire, a fls do com D . Antonia Alvares, filha de Alexandre Alva-
res de Azevedo Castro e D. Anna Maria de Souza Pe-
Antonio dos Sanctos Silva, casado com Maria An- reira, a fls. . ., e d'ella tem os seguintes Filhos: 1."
tonia de S á Freire, teve os seguintes filhoe:
4 . D . Maria Thereza de S á Freire, casada com
(1) Nascido 8 Julho 1884, padrinhas de batlsmo do Dr. Juii&O
CJ Capitão-mór D r . Francisco de Macedo Freire de
Range1 de Mecedo SoaxW.
( 2 ) n. 26 membro 1836.
(1) + Julho 1880.
72 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE - 7
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 73
Azeredo Coutinho, de quem teve a descendencia decla- 4. Francisco Paes Ferreira, nascido em 1 4 de
iada de fis. a fls. Novembro de 1646, natural de S. João de Merety e bagt.
5. D . Clara. :ia freg. da Sé, casado com D. Maria de Macedo Freire
Sobral, alibi Soveral, n . em Irajá, em 28 de Julho de
1646 e bapt. na freguezia da Sé (Corte).
Ascendencia dos Macedos (Azevedo Macedo e Ma- D. Brites de Sá Souto-Mayor era filha do Coronel
cedo Soares) :
1. Francisco de Macedo Freire de Azeredo 4. Francisco de Macedo Freire, casada com D .
Coutinho, doutor formado em Direito pela Universi- Barbara Viegas de Azeredo (alibi, de Macedo Viegas).
dade de Coimbra, Capitão-Mór de Cabo Frio e Senhor Seus filhos D . Anna e Antonio de Sá Freire, casaram-
das Fazendas (1) da Tiririca em Saquarema, foi casado se na familia de D. Helena d a Cruz Freire de Lemos,
duas vezes: a 1." com D . Maria Isabel da Visitação mulher de Francisco Antunes Leão de Sá, quartos ne-
Ferreira da familia dos Duque Estrada; e a 2." com tos de Henrique Duque Estrada, casado com D. Theo-
c;ua prima D . Maria Thereza de S á Freire. Teve das dosia da Rosa e Aguiar.
1 "s nupcias D. Maria de Macedo Freire, filha unica,
que casou com seu primo João Alvares de Azevedo: Antonio Ferrão de Castello Branco Travassos era
d'ahi provém o appellido de Azevedo Macedo. Do se- filho de
gundo casamento teve, entre outros filhos, D . Maria 4. Calixto Ferrão de Castello Branco, natural
de Macedo, que cazou com o D r . Joaquim Mariano de da Villa de Almada, ao pé de Lisboa, em Portugal, ca-
Azevedo Soares; d'onde provém o appellido de Macedo sado com D . Antonia Josepha Travassos.
Soares. O Capitão-Mór Francisco de Macedo Freire
descendia em linha reta dos Paes Ferreiras que a ~ b - D . Andreza de Sousa Pereira era filha do Coronel
daram a Salvador Corrêa de S a e Benevides na fun-
dação da cidade de S . Sebastião do Rio de Janeiro; o 4 . João Gomes da Sylva Pereira, Coronel de
que lê-se n a ''Revista Trimensal do Instituto Histórico", Infantaria do Rio de Janeiro, Moço Fidalgo da Casa
vol. . . anno de . . . . . . E r a filho do Mestre de Campo. . Real, casado com D . Andreaa de Souza.
, ---
2 . João Barboza de S á Freire, (2) nascido em Francisco Paes Ferreira, o velho, era filho de
1716, casado com D . Anna Maria de Souza Pereira, 5 . Domingos Paes Ferreira, casado com D.
nascida em 5 de Maio de 1728. O Mestre de Campo Ignez de Almeida, naturaes de Lisboa.
João Barboza era filho do, Capitão
D. Maria de Macedo Freire Sobral era filha de
3. Francisco Paes Ferreira, Senhor do enge-
nho de Guaratiba, casado com D . Brites, alibi, Beatriz 5. Lucas do Couto, o velho, casado com D.
&: Sá Souto-Mayor ~ r e i k e .D. Anna Maria de Souza Mariana Soberal (ou Sobral) .
Pereira era filha de
O coronel Francisco de Macedo Freire era filho
3.Antonio Ferrão Castello Branco Travassos, de João Barbosa de Sá Souto-Mayor, casado com D .
casado com D . Andreza de Souza Pereira, na1 . e bapt. Joanna de Sobral Freire.
na freg. de Tambi.
D . Barbara Viegas de Azeredo era filha de
O Capitão Francisco Paes Ferreira, era filho de 5. Lucas .do Couto, o moço, e de sua mulher
I). Isabel Coutinho .
(1) de S . Anna e Engenho de Fóra em , e de
(2) Vide pag. 172. Calixto Ferrão de Castello Branco era filho de
74 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS, ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 75
5 . José Ferrão, casado com D . Francisca Tra- João Barboza de S á Souto-Mayor e r a filho de
vassofl .
ri. Manoel Barbosa Pinto, natural de Vianna,
D. Antonia Travassos não consta de quem era fi- em Portugal, e de sua segunda mulher D. Philippa de
lha, sinão que o era legitima. Supponho que sua Mãe S& Souto-Mayor.. Sua primeira esposa foi D. Brites
ei a irmã de D . Francisca Travassos, mulher de Jos6 Rangel, filha do Commendador Diogo de Sá da Rocha,
Ferrão. .
--I -I
de S . João no Rio de Janeiro, Provedor da Fazenda De Antonio de Macedo Viegas, Manuel Barbosa
Real e Juiz de Orphãos do Rio de Janeiro, casado com Pinto e sua mulher, e Francisco de Macedo Freyre não
D . Maria de Mariz. (2) consta de quem fossem filhos.
O Coronel Ignacio de Oliveira Varaas e r a filho D. Joanna de Soveral Atouguia era filha de
de (3) 7. Antonio de Macedo Viegas
6. Francisco de OIiveira Vargas e de sua mu-
lher D . Andreza de Souza. Lucas do Couto, o velho, era filho de
n. Maria de Abreu de Souto-Mayor era filha do 7 . Manuel do Couto com T). Domingas da Cos-
Doutor t a , j A nomeados.
6. Francisco da Fonseca Diniz, casado com D . D . Mariana ,de Soveral era filha de
Tsabel Rongel de Macedo, de quem teve mais dous fi-
lhos : 1." Balthazar de Abreu Cardozo, casado com D . 7 . Antonio de Macedo Viegas, supra.
Trabel Pereira Sudré. filha de Francisco Sudré Pereira Francisco de Oliveira Vargas nada consta dos paes.
de D. Catharina da Silva Sandoval; 2.O D. Brites O mesmo a respeito de Bernardo Rodrigues Martins,
Ronael de Macedo, casada com Sebastião Martins Cou- Antonio Esteves Ferrão e suas respectivas mulheres, e
tinho, o velho, Senhor do Engenho de Guaxindiba e quanto ao D r . João Gomes da Sylva.
descendente de Vasco Fernandes Coutinho. fidalgo por-
tirguez de boa casa. 1 . O Donatario da Capitania do Es- 1). Maria de Mariz, mulher do D r . João Gumes,
pirito Sancto (1525) . Um filho de Balthazar, de nome wa filha de
de João de Abreu Pereira Sudré, casou-se em 2.as n u w 7. Diogo de Mariz Lamenha, digo, de Mariz
cias com D . Escholastica Pacheco, de quem houve D . Lourejro, Provedor da Fazenda Real no Rio de Janei-
Paula Rongel Abreu, que veiu a casar com João Freire ro, c~lsatlocom D . Paula Rongel de Macedo.
de Azeredo Coutinho, filho de Pedro Freire Ribeiro
Duque Estrada e de sua 2." mulher e prima D . Maria De Duarte Sudré Pereira. não se sãhe dos paes.
áe Azeredo Coutinho. 0 mesmo quanto aos de sua primeira mulher D . .Guio-
mar Ramires.
O Doutor Francisco Paes Ferreira, era filho de O D r , Francisco da Fonseca Diniz era filho do
7. Pedro Lopes de Souza Bacoso (ou Barro- 7 . Doutor Jorge Fernandes da Fonseca, (1)
s o ? ) , natural de Evora, casado com D. Philippa Fer- casado com D . Brites da Costa Homem.
reira Peckim. Tirou brazão em 1643.
L). Izabel Rongel de Macedo era filha de
D . Maria da Rocha e'ra filha de
7 . Balthazar de Abreu de Souto-Mayor, casado
t
5 . O Coronel Luiz José de S á Freire, nascido lher D . Theodora da Silveira Bueno de Azevedo Mace.
em 1732, filho do Coronel João Barbosa de S á e D . Cla- do, (familia dos Buenos da Provincia de Minas Ge-
?*ade Souza Pereira. (1) raes) .
5 . D . Maria Thereza Range1 de Sá Freire, fi- 2 . O Coronel Francisco Alvares de Azevedo
lha do Tenente Luiz Barbosa de S á Freire e de D . Ma- Macedo, filho do Mestre de Campo João Alvares de
ria Range1 de Azeredo Coutinho. Azevedo e de D . Maria de Macedo Freire de Azevedo.
3 . O Mestre de Campo João Alvares de Aze-
Veste casal ficaram os filhos seguintes: vedo, filho do Mestre de Campo Alexandre Alvares
1. João Barbosa de S á ; foi o inventariante de Duarte de Azevedo, e de D . Anna Maria Joaquina da
sua mãe: n . em 1724; Cruz Duque-Estrada .
2 . O Rdo. Francisco de Sá, padre da Compa- 3 . D . Maria de Macedo Freire de Azevedo, fi-
nhia; n . em ? ( O ) !)ia do Capitão-Mór D r . Francisco de Macedo Freire
de Azeredo Coutinho, e D . Maria Izabel da Visitação
3. Ayres Barbosa de Macedo; n . em 1731. Ferreira.
2 '
4. Coronel Luiz José de S á Freire ; n . em 1732. 4. O Mestre de Campo Alexandre Alvarcs Tlu-
arte de Azevedo, natural de Portugal.
5 . João Freire (de S á ? ) n . em Janeiro de
1735 (O). Este foi o Cap. João Freire de Sá Barboza, 4 . D . Anna Maria Joaquina da Cruz Duque-
1 marido de D . Maria Izabel da Visitação Ferreira. Estrada, filha do Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo
e de D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada.
6 . O Capitão José da Silva Motta, filho de
Francisco de Araujo . 4 . O Capitão-Mór D r . Francisco de Macedc
E'reire de Azeredo Coutinho (Veja os appellidos de
6 . O Coronel João Barbosa de Sá, filho de João
Azevedo Macedo e Macedo Soares) .
Barbosa de S á Souto-Mayor e de D . Joanna de Soveral
Freire . 4 . D . Maria Izabel da Visitação Ferreira, fi-
6 . D . Clara de Souza Pereira, filha do Coro-
lha do Mestre de Campo Miguel Antunes Ferreira, e
de D . Thereza Francisca da Cruz Duque Estrada.
nel João Gomes da Sylva Pereira e de D . Andreza de
Souza. 5. O Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo,
6 . O Tenente Luiz Barbosa de S á Freire, filho
natural de Portugal.
de Pedro Barbosa Maximo de Sá e Soberal, 5 . D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada,
filha de Pedro Freire Ribeiro Duque-Estrada, e de D .
Helena da Cruz e Lemos.
5 . O Mestre de Campo Miguel Antunes Ferrei-
D . Theodora Alvares de Azevedo de Macedo Soa- rã, filho do Capitão Manuel Antunes Ferreira e de
res, casada com o Dr.Antonio Joaquim de Macedo D . Catharina de Lemos Duque Estrada.
Soares, é filha do
1 . Coronel Francisco Alvares de Azevedo Ma- 5. D . Thereza Francisca da Cruz Duque Es-
cedo, Commendador da Ordem da Rosa, e de sua mu. t-ada, filha do Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo
e de D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada, acima
nomeada.
- (1) Vide pg. 172. Falecida em 1747.
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 83
- -.
82 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
nicipio de Maricá. Foi baptizado no mesmo lugar e
6 . Pedro Freire Ribeiro Duque-Estrada, filho a m o , sendo padrinhos o Commendador Antonio Joa-
de Pedro Freire Ribeiro e de D . Anna Duque Estrada. quim Soares Kibeiro e D. Generosa kosa de Azevedo
6 . D . Helena da Cruz e Lemos, filha de Paulo Soares, aquelle primo-segundo e esta tia paterna do
tia Matta e de D . Jeronyma de Lemos. baptizado. Formou-se em Direito pela Faculdade de S.
Paulo, aos 22 de Novembro de 1861. Foi nomeado Ins-
6. O Capm. Manuel Antunes Ferreira, cida- pector da Instrução Publica e Particular da Comarca
dão do Rio de Janeiro. de Rio Bonito, aos 6 de Março de 1862. Cazou-se com
D . Theodora Alvares de Azevedo Macedo (hoje, de
6 . I). Catharina de Lemos Duque Estrada, fi- hkcedo Soares), aos 22 de Novembro de 1862. Foi no-
lha de Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada e de D . meado Juiz Municipal e de orphãos dos termos reu-
Helena da Cruz e Lemos. nidos de Saquarema e Araruama, em 6 de Dezembro
7 . Pedro Freire Ribeiro, filho de Francisco de 1862. Eleito eleitor nas eleições de 9 de Agosto d*
Freire Ribeiro e de I). Catharina de Freitas. 1863, em Araruama,
7. D . Anna Duque Estrada, filha de Henrique
I h q u e Estrada e de D . Theodosia d a Rosa e Aguiar.
7. Paulo da Matta, filho de Antonio Fernaii-
des da Matta e de D. Izabel d a Costa. 1. O Sargento-Mór, Mestre de Campo, Fernan-
c10 Jus& de Mascarenhas Castello Branco, casado com
8 . D . Catharina de Freitas, filha de João Sar- I). Anna de Sii Sodri! Castello Rranco, baptizada em
dinha e de D . Luiza Gomes de Barros. 3 de Novembro de 1744, irmã do Cap. Mór Francisco
8 . Henrique Duque Estrada, filho de João de Macedo Freire de Azeredo Coutinho, era filho de
Duque Estrada e de D . Anna de Parady. 2 . Tenente Coronel João de Mascarenhas uae-
8. D. Theodosia da Rosa e Aguiar, filha do tello Branco, governador da Ilha das Cobras, e de D .
Capitão-Mór Nuno Fernandes de Aguiar e de D . Mag- Anna Theodora Ramos de Mascarenhas .
dalena da Rosa. 3 . O Tenente Coronel João de Mascarenhas
9. U . Anna de Parady, filha do Dezembarga- Clastello Branco. filho de Gonçalo de Lemos Mascare-
dor Henrique Pires de Souza e de D. Maria Rosa de nhas, natural da Bahia, Governador de Angola, casado
Souza . com D . Francisca Lins de Castello Branco. nascida em
30 de Janeiro de 1667.
D . Theodora Alvares de Azevedo Macedo Soares, 3 . D. Anna Theodora Ramos de Mascarenhas,
nasceu aos 29 de Abril de 1846, na fazenda de Itapa- filha de Gonçalo da Costa Ramos e de D. Sebastiana
corá, municipio de Itaborahy. Foi baptizada pelo Pa- de Mascarenhas e Siqueira.
dre Pedro de Mel10 Alcanforado, 3 de Junho de 1849,
n a mesma fazenda, sendo madrinha N . S. de Naza- Foi com uma filha ( ? ) do Sargento-Mór Fernando
rsth e padrinho o Delegado de Policia Antonio José de Mascarenhas, de nome Mariana Coutinho, digo, Ca-
' Ferreira da Silva. Cazou-se com o D r . Antonio Joa- rolina de Souza Coutinho, que se cazou com o Marquez
quim de Macedo Soares, aos 22 de Novembro de 1862, de S . João Marcos, Pedro Dias Paes Leme. D'este con-
(celebrante o Padre Alcanforado) . sorcio provierão os seguintes filhos:
O D r . Antonio Joaquim de Macedo Soares ,nasceu 1. José Alves Paes Leme.
aos 14 de Janeiro de 1838, n a fazenda do Bananal, Mu-
84 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT." Jm. E JULIAO R, DE MACEDO SOARES
- 85
2. Fernando Dias Paes Leme. Veador da Casa (5) - Ve. a "Revista do Inst. Hist.O tom. 33, p. 2,
Imperial, casado com D. Maria Florencia Gordilho de pag. 66.
Barbuda e Souza, filha da ( ? ) Marqueza de Jacaré-
pagua . ( 6 ) - Damião Dias Rongel, supponho que casado na
3 . Luiz Leme Betim, casado com D. Maxima familia dos Sardinhas de Setubal, da qual seu
Emilia Navarro de Andrade, filha do D r . Sebastião filho Joáo Gomes tomou o appellido Sardinha.
>.iavarro de Andrade com sua mulher D. Maria Ade- IYesta familia de Sardinhas foi D. Pedro Fer-
laide Pinto Navarro. Luiz Leme cazou-se no dia 21 nandes Sardinha despachado para a India para
Vigarjo Geral e depois primeiro Bispo do Bra-
clc Maio de 1846 2.O dos Casamentos da Parochia de
Sta. Anna. - -
zil (15. . ) onde morreu ás mãos dos selvagens.
(Simão de Vasc. liv. I.", n. 37, liv. 14 nn .
4. Ignacio Dias Paes Leme. 14 e seg.
5. Fernão Paes Leme. (7) - Ahi na "Corographia" talvez se achem dados
para supprir as muitas lacunas e alguns erros
6. L). Anna Rita Iticardina Paes Leme. de appellidos e de datas desta genealogia. To-
7. D . Ealbina Paes Leme. mo 2.O pags. 45 e segs. da 2." edição (1869) .
Bibl. 11, 111. Cartas Primeiras. Diogo V. Ma-
8. D. Mariana Perpetua Paes Leme. cedo. Antonio Ferrão de Castello Branco em
Os Maryuezes de Itanhaem e Quixeramobim tam- Mel10 Moraes, Braz. Hist. 111, 54.
bem entraram na familia do dicto Sargento-Mór Fer-
nando José de Mascarenhas Castello Branco. O Mar-
quez de Quixeramobim foi casado com D. Francisca de Filhos do Cormel João Barbosa de Sá Freyre e D
Paula Mascarenhas Paes Leme. José Egygdio Gordilho A m a Maria de Souza Pereira ( 1 )
de Barlenda, 2." Visconde de Camamui tambem é pa- 1 . D . Anna de Sá Sodré Castello Branco, c .
rente. com o Mestre de Campo Fernando José de Mascarenhas
Castello Branco.
2 . Dr. Francisco de Macedo Freire de Azereds
NOTAS : Coutinho, n . em 1747.
(1) - Segundo os Pp. dos Sodrés, era f.O da 1." mu- 3 . João Barbosa de Sá Freire, n . em 1749.
lher. B r . H . pag. 167; Eev. do Inst. 29, p. 4. Antonio Barbosa de Sá, n . 1750.
2, pg. 279, de 1866.
5. D . Anna Maria de Souza Pereira, n . 1751-
(2) - R . Irist. Hist ., 1843, 426. Fidalgo da Casa
Real (1665 ou 1585?). Lucrecia Viegas, f." do 6. D . Brites de Sá Souto Mayor, n. 175.
Licenciado Francisco Viegas e sua mulher D.
Joanna de Soveral. (1) De Antonio Esteves 7. D. Francisca de Sá Freyre, 1754.
Ferrão e sua mulher e Bernardo Rodrigues 8. Joaquim José de Sá Freyre, 1758.
.
Martins e sua mulher, nada se sabe. . .
9. Mel. Paes Ferreira, 1761.
(3) - Carv.O, 3." pag. 149. (4) Carv.', 3.O, pag. 186.
10. D . Barbara Viegas de Azdo. Coitinho, 1762.
. ..
(1) De A . de M . Viegas.. . . . . Maria Viegas. . m'. de Abreu.
11. José Ferrão de Castello Branco, 1763.
- foi o que pude apanhar de U m a pg. inutllisada pelas traçaS.
86. NOBILIARQUIA FLUMINENSE -
CAPITULO 11
Descend6ncia d o Dr. José da Sylvrx Gomes e
D . Joanna Gomes Antunes
1. - D. Isabel Maria Caetana Antunes, casada com
Simeão Soares de Azevedo, natural de Portugal.
senhor de engenho em Tapacori (Itaborahy) .
2. - D. Maria Gertrudes Antunes, casada com Joáo
Pacheco de Rezende, filho de Antonio Pacheco
de Rezende e D. Perpetua Alves de Rezende.
3. - D. Anna Josepha Antunes, casada com Manuel
Custodio Pacheco de Rezende .
4. - D. Maria Antonia Antunes, casada com José
Coelho.
5. -
D . Joanna Emmerenciana, casada com . . . . . .
. . . . . . . . . ., com filhos.
e. - D . Anna Marianna, (Prirninha), solteira, fale-
ceu com cem anos de edade, na Fazenda "Ba-
nanal", em Ponta Negra, Maricá.
NOTAS
92 NOBILIARQUIA FLUMINENSE -
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 93
Pacheco, ibidern; José Alves Pacheco, infra 6 . -- D . Antonia Maria Joaquina, casada com o te-
Cap. n . 11; Antonio Pacheco, que casou com nente João Pacheco Ferreira, filho legitimo de
D . Brigida Michaela de Barros e Madureira; Matheus Ferreira.
Pedro Pacheco de Rezende (capitão), casado
com D . Ricarda, cuja geração daremos ade- 6. - L). Joanna Francísca, casada em primeiras nup-
ante. cias com ...................... e em segun-
das com Joaquim José da Silva.
7. - D. Joaquina Custodia Lopes, casada com Jogo
Lopes Ferreira.
CAPITULO 111
8. - D . Rita Angelica de Jesus, solteira. Teve tres
Uescendência de José da Costa Feweiru (Alvarenga) filhos que legitimou.
e D . Antonia Maria Antunes
I
9 . - Manoel Soares de Azevedo, casado com D . Ma-
1. - Antonio José da Costa, casado com D . Joanna
Maria Ferreira, filha de ...................
1 1
ria Joaquina .
e D. Marianna Ferreira. 10 .- D . Maria Catharina, casada com Fernando
Henriques dos Santos, filho legitimo de Marioel
2 . -Manuel José da Costa, casado com D . Anna Ma- Henriques dos Santos, português; e passou a
ria Corrêa, filha de Pedro José Corrêa e I). assignar-se Maria Joaquina da Conceição.
Maria Antonia do Sacramento.
11.- D . Marianna Bernarda de Jesus, casada com
3. - D . Joaquina Francisca de Alvarenga : teve uma José Alves Pacheco, filho de Antonio Pacheco
filha - D. Maria Antonia Reginalda, casada de Rezende e D. Perpetua Alves de Rezende.
com o Alferes Antonio Joaquim Soares.
I 1% - Alferes do Caes Antonio Joaquim Soares, senhor
da fazenda do Bananal (Maricá), casou com D .
Maria Antonia Reginalda, filha de Joaquina
Francisca de Alvarenga. D . Maria Antonia
CAPITULO IV Reginalda faleceu em 4 de Janeiro de 1873.
Descendência de Simeão Soares de Azevedo e D. Nascera em 1787.
Isabel Maria Caetana Antunes WOTAS
1. - Padre José Soares de Azevedo, senhor do em O Padre José Soares de Azevedo teve
genho do Pilar - (Maricá). dois filhos:
I
2. - Padre Joaquim Soares de ~ z e v e d o ,homem de 1. -O Capitão Antonio Joaquim Soares Ri-
lettras e virtudes. beiro, Oficial e depois Comendador da
3. - D. Francisca Paula Antunes do Amor Divino, Imperial Ordem da Rosa, Senhor da fa-
zenda do Pilar (Maricá), casado com
casada com João Damasceno Chaves.
D . Feliciana de Mattos, filha do tenente
4. - Capitão Franaisco de Paula Antunes, casado José Innocencio, da qual teve tres filhos :
com D . Maria Paula do Nascimento, filha de
José Vieira Range1 e D . Maria Feliciana Fer- 1 - D. Firmina, morreu solteira, 2 --
reira . José Antonio Soares Ribeiro, casado com
04 NOBILIARQUIA FLUMiNENBE
Y
Descendência de João Pacheco de Rezende
e D . Maria Gertrudes
i. - Antonio Pacheco de Rezende, casado em pri-
meiras nupcias com D, Cecilia de Rezende, e
deles provem :
L, - D. Maria Pacheco de Rezende, casada com
Frutuoso Ferreira; e aquele em segundas nup-
cias, com D . Luiza Narciza Alves, filha legitima
de José Alves, Ilhéo e deles provem:
2. - José
D . Genuina de Rezende, casada com Belmiro
Alves, seu tio materno, e dele tem filhos.
3. - D. Maria Custodia de Rezende, casada, em pri-
meiras nupcias com Philippe José Alves, seu tio
materno; e em segundas, com Antonio José Al-
ves de Sá, filho de José Bento de Sá e sua mu-
lher D . Florentina Alves, irmã da dita D . Lúi-
za Narciza. Ha filhos de ambos os matrimo-
nios .
NOTA
José Alves teve, alem de D . Luiza Nar-
ciza, os seguintes filhos:
1 . - Belmiro José Alves casado com D . Ge-
nuina, sua sobrinha ;
96 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
CAPITULO VI
Besccndência d e M a ~ ~ o Custodio
el Pacheco d e I i ? e a ~ d t :
e I). A n n u Josepha ' ~ n t z m e s .
1 - José Custodio de Resende, casado com I>. Ma-
ria Cordeiro dc Rezende, filha de Capitão Pe-
clro Pacheco tlc) Rezende e 1). Ricarda. (Cap.
CAPITULO VIL
'.
Descendência d e João Coelho e D . Maria Antonia '
Antunes
1.-Manoel Antonio Coelho, casado com D. Anna Ca-
tharina Chaves, filha de João de Chaves, e dela
teve :
1.-D. Maria Benedita, mãe natural do Conse-
selheiro Antonio Nicolau Tolentino, ex-Presi-
dente da Provincia do Rio de Janeiro, ex-
Inspetor da Alfandega &.
CAPITULO VI11
e D. Joana Emmerencianu
(Vj. Cap. 11, n." 5 )
CAPITULO I X
Descendência de Antonio José da Costa e D.
Joana Maria Ferreira
1 .-D . Emerenciana Mathilde, casada com Manuel
José Rodrigues Torres, português, negociante no
Porto das Caixas, e dele teve:
1 .-Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de
Itaborahy, parlamentar notavel, distinto eco-
nomista, Senador do Imperio, Conselheiro de
Estado &, casado com D. Maria, primeira fi-
lha de João Alvares de Azevedo e sua mulher
08 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm.E JULUO R. DE MACEDO SOARES t)Y
D . Maria de Macedo Freire de Azevedo, e dela 3 .-D. Maria Carolina Alvares de Azevedo Ma-
teve, entre outros filhos: cedo.
1.-De Maria, casada com José Dias Delgado de 4.-D. Marianna Mathilde, casada com o Dr.
de Carvalho, filho legitimo do coronel Fran- Francisco Antunes Marinho, filho do Comen-
cisco Dias Delgado de Carvalho, e D . Maria dador Francisco Antunes Marinho e D. Iria.
Columna de Menezes. Tem filhos. 5 . -O Alferes Manuel Alvares de Azevedo lvlacectu.
2.-D. Joaquina, casada com José Custodio Co- L .-U . Anna Bernarua, casaua com ~ o s éAntOn~ociu
t r i m d a Silva, filho legitimo do Capitão Co- bilva reixoto, portuguez.
t r i m . Tem filhos. 8 .-U . Maria J oaqulna, casada em primeiras nupcias
3 .-D . Carlota, casada com o Doutor Custodio com &leuterio dòse ae lvlagalnaes; e em segun-
Cotrim da Silva, filho do mesmo Capitão Co- aas com manuei k'inheiro.
trim .
2.-Candido José Rodrigues Torres, casado com U . NOTAS
Kestituta, filha do Padre José Soares de Azevedo. Bizia-se filha cte ~ n c o n i oJosé da Costa,
da qual tem filhos declarados a fls. u . Joanna (I) d e r n a r a a ae Alvarenya, que
3 .-Antonio José Rodrigues Sorres, casado, com filho;.' por ele era tratada com paternal afeição. Ga-
e netos. sou-se essa senhora com Joaquim Pereira aa
4. -Manuel Antonio Rodriyues Torres. Costa (dos Pereiras, de Maricá, no fispraia-
do) e dele teve;
5 . -0 .
D r Bernardino Jose Rodrigues Torres. 1.-Antonio (2) Joaquim da Costa Pereira,
6 .-D . Maria Jesuina, casada com iklanuel Teixeira casado com I). lvlaria Pereira, Iilna ae
de Carvalho. Antonio José Pereira e D. ...........
7. - D. Maria Carolina, casada com o Coronel Fran-
filha de Manuel José Vieira e D. ..........,
fiiha de José Francisco Vieira, Iazendeirci
cisco Alvares de Azevedo Macedo, filho legitimo de importante em Araruama, freguezia de S.
João Alvares de Azevedo e D . Maria de Macedo Vicente de Paula.
Freire de Azevedo, de quem teve os seguintes fi-
lhos : 2.-1). Maria Custodia (3) da Silva Tavares,
1 .-Francisco Alvares de Azevedo Macedo Junior, casada com Luiz Tavares da Fonseca, ia-,
estudante do terceiro anno d a Faculdade de vrador em Ponta Negra, portuguez, de
Direito de S . Paulo. quem houve muitos filhos; em segundab
nupcias, com o seu primo Antonio Luiz
2 . -João Alvares de Azevedo Macedo Sobrinho, Pereira, infra Cap.
casado com D . Maria José de Almeida, filha
legitima do Dr. José Vieira de Almeida e D .
Francisca, donos da Fazenda S . Jacintho, em - D . Joanna Bernarda faleceu de' edade
Cabo Frio. D . Maria José de Almeida foi ca- maior de 80 annos, em 1869; e seu genro Luiz
sada em primeiras nupcias com o Dr. Domin- Tavares, talvez de mesma edade, em 1870.
gos de Oliveira Maia, juiz municipal e dos
Orphãos do termo de Cabo Frio, de quem f i -
lhos ;
* I(@ NOBILIARQUIA FLUMINENSE -- - DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 101
- --
CAPITULO X 1.-José Alves Pacheco, casado em 1861 com D .
Descendência de IUanuel José da Costa e U . A n n a Marianna Antunes Quintanilha, neta do Al-
Maria Cowea feres José Gomes da Cunha Vieira, fazendeiro
ro em Maricá.
i ,-José Mariano da Costa, casado com D . Maria José
Vieira, filha de Francisco da Cunha Vieira e u . 2.-Joaquim Mariano de Azevedo Antunes, casa-
Juliana Alves Dias. b'rancisco da Cunha era ir- do com D . Maria de Abreu, filha de Antonio
de Abreu;
mem importante em Maricá.
-
mão do Alferes José Gomes da Cunha Vieira, ho-
4 . -D
. Senhorinha, casada com José Frederico de
Paula Antunes, seu primo;
. Marianna, solteira ;
3 . -D . Maria Antonia, casada com José Joaquim Fer- 5 .-D .Maria, solteira.
reira, filho de Lourenço José Ferreira.
2 -Major Fortunato José Antunes, casado com D
4. -D . Candida Maria Benedita, casada com Frutuo- Senhorinha Angelica Alves Pacheco, sua prima-
so de tal. irmã, filha de José Alves Pacheco e D . Mariana
Bernarda. Filhos são :
CAPITULO XI 1.-D . Maria, casada com Francisco de Paula An-
tunes, filho de D . Rita Angelica a fls.
Descendência de João Damasceno Chaves e D. Fran-
c.isca de Paula Antunes 2 . -Joaquim Mariano Antunes ;
1 -Justino Venancio de Moraes, casado com D. Anna 3 . -D . Joaquina Rosa.
, -- da Silva Antunes, sua prima irmã, filha de Joa-
quim José da Silva e D. Joanna Francisca, filha 3 -Joaquim José Soares, farmaceutico, fazendeiro e
de Simeão Soares de Azevedo e D. Isabel Maria proprietário em Itaborahy, onde é um dos chefes
Caetana Antunes . do partido conservador, cavaleiro da Ordem de
Christo e Oficial da I. O. da Rosa; casado com
2. -Rogerio Bento Saldanha. D . Generosa Rosa Soares, filha de José Alves Pa-
3 . -Honorato Florencio de Alvarenga. checo e D . Marianna Rernarda, da qual tem:
4. -Francisco de Paula Antunes. 1 .-José Mariano Alves Soares, casado com D .
5 .-D . Genuina Theodomira Chaves. Eernardina, filha de Bernardino José Antu-
nes e D . Maria Rosa das Mercês, neta pater-
na de José Pacheco Ferreira e D. Antonia
CAPITULO XII Maria a fls. ;
Descendência do Capitão Francisco de Paula An- 2 . -Joaquim Mariano Soares, casado com D . Ca-
tunes e D. M a k Paula do Nascimento, filha de tharina, neta de Cosme Botelho e por outra
José Vieira Range1 e D . Maria Feliciana Ferreira parte, de Luiz Francisco, filho de Gabriel de
tal ;
1 .-Antonio Antunes de Azevedo, casado com D. Anna
Luiza do Nascimento, de quem tem': 3 . -Francisco José Soares, e três filhas solteiras.
102 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
- DRS. ANT.P Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES -
103
4 .-Luiz Manuel de Azevedo. 1.-D. Maria Joanna, casada com Fidelis José
Alves ;
5 . -D . Feliciana Rosa Antunes.
2 .-D . Carlota, casada com Joaquim Mariano Al-
ves da Costa;
CAPITULO XIII S . -Joaquim Ferreira Pacheco, casado com D .
Descendência do tenente João Pacheco Ferreira e Ludgera, filha natural de Fidelis José Alves;
D . Antonia Maria Joaquina e em segundas nupcias com D . Maria Anto-
nia da Costa de quem teve:
1 .-Bemardino José Antunes. casado com D. Maria
Rosa das Mercês, filha de José Alves Pacheco e D. 1 .-D . Maria Francisca, casada com Reginaldo
Mariana Bernarda, da qual teve: José Alves ;
1.-Dr . .José Bernardino Ferreira Pacheco, casado com 2 . -José Antunes Ferreira Pacheco, casado com
D . Maria Carolina, filha de D . Claudina da D . Maria Lopes Ferreira, filha de José Lo-
Silva e Francisco Manuel dos Reis; pes Ferreira e D . Maria Joaquina de Vargas.
- Antonio Antunes Ferreira Serra, alferes,
2. -Joaquim Bernardino Alves 'Illu,stre, casado servindo no estado maior do 4 . O batalhão de
com D . Maria Rosa da Costa; infantaria em Itaborahy; vj. Alman. pg. 21;
3 .-Luiz Manuel Ferreira Pacheco, o França, c:, 4 . --Joaquim José Antunes, casado com Carlota Lopes
sado com D. Mariana, filha de A . J . da Ferreira ;
Costa ;
5.-João José Aiitunes (o Joanníco), casado com D.
4-Antonio Joaquim Fsrreira Pacheco, casado com Antonia Rariyel, filha de José Vieira Range1 e D .
D . Carlota Antunes da Costa; Maria Feliciana Ferreira.
5 .-Galdino Ferreira Pacheco, casado com D. ti .-I). Floriana, casada com João Nunes da Cruz Pom-
Apolinaria d a Costa ; bo, senhor d'engenho em Maricá, e dele teve:
6. -D . Maria Bernardina, casada com Antonio I .-,João Elisiario da (:rui, Pombo, casado com
Joaquim da Costa; I).Rlaria Thereza Nunes Fagnndes, irmã dos
Nunes Fagundes de Maricá e de Itaborahy;
7 . -D . Bernardina Alves Antunes, casada com
José Mariano Alyes Soares; 2 . -D . Maria Apollinaiia, casada em primeiras
8. .-Regbaldo José Alves, casado com D . Maria nupcias, com Alexandre José da Costa Thi-
Francisca Ferreira Pacheco ; báu, de quem teve:
2. -Padre José Antonio Ferreira Pacheco, senhor 1.-Alexandre José da Costa Thibhu, casado com
d'engenho de Itaborahy . uma. filha de Francisco Duarte dos Santos, ir-
mão de João Duarte dos Santos a fls. ; e em
3.-Antonio Antunes Ferreira Pacheco, casado, em segundas nupcias, com o Dr. Marcos Christini
primeiras nupcias com D . Genoveva, filha de Joa- Fioravanti Patrulhano, e tem um filho;
quim Luiz da Costa e D. Joanna Victoria; e dela
teve : 3 . -D . Maria Joanna. solteira..
104 NOBILIARQUIA FZUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 105
-D. Francisca Paula do Amor Divino, casada com Venancio de Moraes, seu primo-irmão, filho de
José Ferreira Torres, filho de Antonio de Olivei- João Damasceno Chaves e D . Francisca de Paula
r a Torres, e dele teve: Antunes.
1 .-D . Maria da Gloria, casada com Poluceno ? .-D. Maria Eugenia, casada com o Capitão José
José de Moura; Joaquim Henriques, seu primo-irmão, filho de Fer-
nando Henrique dos Santos e D . Maria Catharina.
2 .-D. Emilia Ferreira, casado com João Vieira
Rangel, filho de José Vieira Rangel; 4 -D. Claudina, casada com Francisco Manuel dos
Reis, de quem houve:
3 .-D . Restituta, casada com José Vieira Rangel,
filho de José Vieira Rangel; I . -D . Maria Carolina, casada com o D r . Jos6
Bernardino Ferreira Pacheco .
4 .-Joaquim José Ferreira Torres, casado com
uma filha de Severino Antunes de Figueiredo, 5 . -Bonifacio José da Silva, casado com uma Senhora
seu tio; do apelido de Mello.
5. -D . Maria da Gloria, casada com Antonio José
Corrêa ; CAPITULO XVI
6 . -José Ferreira Torres ; Desceiiclênciu de João Lopes Feweira e L).
7 . -Bemardino José Ferreira Torres, casado com Joaquina Antunes
uma filha de Antonio Joaquim da Costa. 1. - Francisco Xavier de Mattos, solteiro
2. - Marcellino José Ferreira Lopes, idem.
CAPITULO XIV 3 . - D . Maria Lopes, idem
Descendência de Antonio Gomes da Costa e D. Joannu 4 . - D . Jesuina, idem
Francisca, e m primeiras nupcias
1. , V i t o r i n o Antunes da Costa, casado com D . Joa-
5. - D. Carlota, casdda com Joaquim José Antu-
nes, seu primo irmão, filho do tenente João
quina, de quem teve, entre outros filhos: Pacheco Ferreira (Cap. XIII supra) e D . Anto-
1.-Da Thomazia, casada com Manuel Rodrigues. nia Maria Joaquina .
CAPITULO XVII
CAPITULO XV
Descendência de Manuel Soares de Azevedo e
D~scenddncinde Joaquim José da Silva e D. Joanna D . Maria Joaquina
Francisca ( 1 ) em segundas nupcias.
1-1 : - D . Anna Maria Joaquina casada com Luiz
1 .-Manuel Fidelis da Silva, casado. Barbosa, capitalista e fazendeiro em Mato
Grosso (Saquarema) . No testamento com
2 .-D. Anna da Silva Antunes, casada com Justino que faleceu Luiz José Barbosa, chama ele a
--4 - sua mulher Anna Thereza da Rosa. O ca-
(1) D Joanna faleceu em Ponta-Neera, Maric&, em Zl de sal teve:
hgosto de 1879, com 92 anos Nascera em 1787.
106 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 107
2-1: - Simeão Soares de Azevedo, casado com D 2--6 : - José Joaquim Barbosa, casado.
Laurentina, filha de Joaquim José Henriques
e D. Vicencia Maria de Amor Diviilo (Cãp.
1-2 : - D . Maria Joaquina da Rosa, casada com Ber-
XVII). - Simeão era bisneto e afilhado de nardino Ignacio da Costa.
Simeão Soares de Azevedo (Cap. 11, n. I ) ,
o pai de D. Candida de Azevedo Soares
(Cap. XXIII, n. 8 ) . Entre outros filhos te- CAPITULO XVIII
ve o casal Simeão e D . Laurentina :
Descendência de Fernando Henrique dos Santos a
3-1 : - D . Maria, casada com Ephiphaneo Duarte D . Maria Joaquina da Conceição
dos Santos Silva, filho de João Duarte do
Santos e D . Anna Vitorino Duarte de Sou- 1 - Joaquim José Henriques, cognominado, o Fa-
za; rias, casado com D . Vicencia Maria do Amor Di-
2-2: - D . Candida de Azevedo Soares, casada que vino, irmã de João José de Carvalho, da serra
foi com Luiz Manuel de Azevedo Soares Ju- da Urussanga. Faleceu em sua situação do Bam-
nior; s. g ; (Cap-XXIII, n. 8) - buhy, em 23 de Outubro de 1879. (Avós de D.
Candida de Azevedo Soares). - O casal teve:
2-2: - Francisca Maria Pires, casada com seu pri-
mo-irmão José Francisco Pires irmão de João 1. - O Padre ManueI Joaquim Henriques; 2 .
Francisco Pires, este pai de D. Carolina Pi- D . Candida Henriques, casada com José Mar-
res de Macedo Soares (Cap. n. 11); filhos: tins da Fonseca Portella, fazendeiro em Catim-
bau, filho de Manuel da Fonseca Portella e D .
8-1 :- D. Geraldina, casada com Julio Cesar Cor-
reia da Silva Bourbon;
Albina da Conceição; 3 . - D . Laurentina, e
outros.
3-3 : - Joaquim ;
2. -O Capitão José Joaquim Henriques, casado com
D. Maria Eugenia, sua prima-irmã filha de
3-4 : - D . Carolina e mais filhos menores. Moram Joaquim José da Silva e D. Joanna Francisca,
em Niteroi. e depois de casada mudou o nome para Maria
Rosa de Jesus.
2-3: - Joaquim Luiz Barbosa, tambem, Joaquim
Soares Barbosa, casado, teve entre outros n
C . - D. Rosa Maria de Jesus, casada com José An-
filhos : tonio da Cruz Vianna (Tia Rosinha) .
3-1 : - D . Maria, casada cdm Antonio José Ferrei- 4 - I). Anna Joaquina, casada com Manuel da Sil-
ra de Mendonça sobrinho do finado capita-
lista e fazendeiro Leandro Antonio Ferreira,
veira Dutra, de quem teve: 1. - José da Sil-
veira Henriques Dutra, cavalheiro da Ordem da
e um dos herdeiros uso frutuarios da fazenda Rosa, casado, com filhos;
de Ipitanga;
2--4: - Antonio Luiz ~ a r b o s i ou
, Antonio José Bar- 2. - João da Silveira Dutra, casado, com filhos. Av68
bosa ; de Anna Joaquim da Silveira Dutra - NhanhB,.
2-5: - D. Maria Barbosa Correia de Sá, casada 5. - D. Justiniana Maria, casada com Antonio José
com Bernardino Correia de Sá. Diniz.
108 -- NOE'ILTARQUIA FLUMINENSE -- DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R, DE MACEDO SOARES -- 10t)
-
-
6 . - D . Maria Rosa dos Prazeres, casada com Igna- ,. - Reginaldo José Alves, casado em primeiras nup-
cio Coelho da Costa, fazendeiro no Caldeirinho, cias com D. Anna Joaquina, S. g. e em segundas
em Maricá ; e dos quaes provieram os Coelhos do com D. Maria Joaquina, filha de João Vieirn
Calderinho . Rangel e D. Maria Rangel, com filhos.
4. - José Paulo Alvesde Azevedo, senhor do engenho
CAPITULO XIX do Meio, em Pacheco, Itaborahy. Casou, sendo
maior de 60 anos, com D . Carlota, irmã de D .
Descendência de José Alves Pacheco e D. Mariana Mãria Joanna, mulher de Fidelis José Alves, fi-
Bemda lha de Antonio Antunes Ferreira Pacheco e sua
1. - Joaquim Mariano Alves, casado em primeiras segunda mulher D . Antonia Maria d a Costa, co-
nupcias com D. Anna Joaquina Pacheco, de nhecida por D . Antonia Maria da Serra (Cap.
quem tem: - 1. - Joaquim MarianoAlves Fi- XIII, n. 3) -
lho, casado com D . Joanna, filha de Alexandre 5 . - D. Senhorinha Angelica, casada com Fortuna-
Bezerra; 2 - Antonio Joaquim Soares, casado to José Antunes, seu primo-irmão, filho do Ca-
com D . Francisca Hermenegilda de Azeredo pitão Francisco de Paula Antunes e l). Maria
Coutinho; 3 - D . Genoveva, casada com o seu Paula do Nascimento.
primo Ludgero Adrião Ferraz; 4 . - Joaquina,
casada com Francisco de Paula Pinto de Vascon- 6 . - D. Francisca Paula, casada com Antonio Joa-
cellos ; 5. - D . Maria, e 6 - Francisco, sui- quim da Costa, filho7de Joaquim da costa e D .
dos-mudos, solteiros; e em segundas nupcias Joaquina. Teve filhos: 1. - Antonio Joaquirn
com sua prima Maria Carolina de Azevedo Soa- da Costa, casado com D. Maria Bernardina An-
res, filha de Alferes, Antonio Joaquim Soares e tunes; 2. - Joaquim Mariano Alves da CosLa,
D . Maria Antonia Roginalda, de quem teve: 7 .
casado com D Carlota Ferreira ; 3 . - D . Ma-
- D . Maria Antonia Alves de Azevedo Soares, ria Rosa, casada com Joaquim Bernardino Alves
casada com Paulino José Rodrigues de Azevedo Illustre; 4 . - D. Mariana, casada com Luiz
Soares ; 8 - José Mariano Alves. Joaquim Ma- Manuel Ferreira Pacheco, o França; 5. - D.
riano Alves faleceu aos 70 anos, em 9 de Novem- Carlota, casada com Antonio Joaquim Ferreira
bro de 1863, na fazenda da freguezia de Cor1 Pacheco; 6. -D. Apolinaria, casada com Gal-
deiros, onde sempre gosou de muita estima e
respeito entre grandes e pequenos; o seu cada-
dino Ferreira Pacheco ; 7 . - D . Felicianl, sol-
teira; 8 . - D. Maria Antonia, casada em pri-
ver Ifoi ao Cemiterio em braços de pobres e ri- meiras nupcias com Antonio Antunes Ferreira
cos, contando-se o Barão de S. Gonçalo e outros Pacheco, de quem teve os filhos declarados a
fazendeiros no numeko dos que prestaram esse fls ; e em segundas, com o D r . Francisco Rebello
funebre obsequio. D . Maria Carolina de Aze- de Figueredo. Avós de D. Guilheymina d a Cos-
vedo Soares Alves, n., em abril de 1803 e fale- t a de Azevedo Soares (Cap. XXII, n. 3) -
' ceu % 2 3 de Maio de 1875, ás 10 1 / 2 horas da
CAPITULO XXI
Iie.sceflclêktci« de D . Milria Carolinu d e Azevedo i l 1 w . s
e Joaquim Mariuno Alves
1 .-D. Maria Antonia Alves de Azevedo Soares, casa-
da com seu primo-irmão, Paulino José Rodrigues
de Azevedo Soares; nascera em 8 de julho de 1837;
faleceu, em Niterói, com 82 annos, em 6 de Maio
de 1919.
?.-José Mariano Alves, nascido em 29 de Março de
1839, baptisado a 20-1-1840, no oratório do sitio
de D . Maria Antonia Reginalda e padrinhos, seli
t ~ oU r . Joaquim Mariano de Azevedo Soares, e D.
J o a q ~ i i n aFrancisca de Alvarenga, casado com sua
prima-irmã. D . Muximiana de Macedo Soares Al-
ves, em 21 de Outubro de 1865, n a fazenda do Ea-
nanal. Eleitor e Substituto do Sub-Delegado de Po-
licia d a Freguezia de Cordeiros. Juiz de Paz da
mesma Freguezia, no quatrienio de 1873-77. Fa-
leceu em 1 6 de Abril de 1905, em casa de seu gen-
ro, José Paulo de Azevedo Sodré, no Alcantara, São
M a l a ) Luiz ,Yanoel de Azevcdo Soares
Gonçalo.
181011888
Cnpella da Fazenda do Bananal Gralide, Maricá
Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares,
medico. natural e rpsidente em Mrtricti.
D. Maria d e Macedo Soares
1818-1895
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
- 113
.
CAPITULO XXII
Descendência do Dr. Joaquim d e Azevedo S o « w s e
D . Maria de Macedo Soares
-Dr. Joaquim Mariano de Macedo Soares, nascido
na fazenda do Bananal, em Maricá, aos 31 de Ju-
lho de 1936, casou-se em primeiras nupcias, em 21
de janeiro de 1865, com D . Maria Paula de Aze-
vedo de Macedo Soares; e, em segundas, com D .
Maria Antonia de Azevedo Soares, em 23 de Maio
de 1890, S .g . ; ambas filhas do Major Luiz Ma-
nuel de Azevedo Soares e D . Carolina Luiza de
Azevedo Soares. - Fez o curso de humanidades no
Seminario de S . José. Formado em medecina pela
Faculdade do Rio de Janeiro em 26 de Novem-
bro de 1863; preparador de anatomia patologica
no Gabinete Estatistico medico-cirurgico do hos-
pital da Misericordia da Côrte (1859) ; aluno pen-
sionista do hospital militar da Côrte, por aviso de
22 de março do mesmo anno; 2 . O cirurgião interi-
no do dito hospital; 2 . O cirurgião Tenente do Cor.
po de Saude do Exercito, por decreto de 6 de fe-
vereiro de 1864; 2 . O cirurgião efetivo do Hospital
Militar. - No dia 1.O de Abril de 1865, seguiu
para Matto-Grosso, como dedico militar da força
expedicionaria do Coronel Manuel Pedro Drago,
Presidente da mesma Provincia, em operações na
Campanha do Paraguay; de S . Paulo voltou, e,
seguiu imediatamente para o Exercito em opera-
ções. - Apresentou-se em Corrientes com o 45.'
corpo de voluntarios. Assistiu ao combate da ilha
da Redenção a 10 de Abril. Serviu no hospital de
sangue do Passo da Patria nos combates de 2 c a
24 de Maio. Nomeado para servir no 3." corpo do
exercito. Assistiu aos combates de 16 e 18 de ju-
lho. Por ordem do dia de 1 3 de Outubro foi comis-
sionado no posto de 1 . O cirurgião. Nomeado coad-
juvante da enfermaria central. - Assistiu ao re-
conhecimento feito as trincheiras do Passo Espi-
nillo.,- Assistiu ao combate de 30 de Julho em
Tuyecuê. - Marchou para Parecuê e assistiu
vanguarda, aos bombardeios e reconhecimento da
-
114 NORTIJARQUIA FLUMINENSE
ridos. A's 9 horas da noite daquele dia chegava ao porque eles preferiram ve-la, em proveito dos fe-
Passo da Patria, um despacho do Quartel General ridos, sempre dirigida pelos seus chefes naturaes.
em Chefe instando pela remessa imediata de 3 ou O chefe da turma auxiliar era o então 1." cirurgião
4 cirurgiões para auxiliarem o serviço daquelas am- D r . Julio Cesar da Silva, que a morte arrebatou ao
bulancias. A designação, que foi imediata, recaiu exercito na sua marcha triunfal para Assunção.
justa e exclusivamente sobre os tres companheiros Carater nobre e oficial de saude completo o D r .
do barracão da ala esquerda do vasto hospital e Julio Cesar da Silva era a um só tempo, medico,
com ele se realisava a profecia de um cieies: - A cirurgião e administrador. O segundo da turma
primeira comissão nos tocará. Uma hora depois era o então 2 . O cirurgião Dr. Joaquim Mariano
partiram os tres cirurgiões, sem guia, a pé, com a de Macedo Soares, que uma reforma prematura,
roupa que tinham no corpo e sob a ação de um afastou do serviço do exercito e da corporação, da
frio intenso, que uma chuva peneirada pela brisa qual foi um ornamento pela sua provada compe-
que sóe suceder aos ultimos rojões do pampeiro. tencia profissional, e exáta noção que tinha dos
tornava mais incomodo, resolvidos a vencer rapi- deveres do oficial de saude e o perfeito conheci-
damente o espaço que separa o Passo da Patria mento da legislação do corpo e das suas relações
dos campos de Tuyuty. Na travessia, feita na es- com a legislação militar em geral. Um dos pou-
curidão, da noite, quasi toda ela sobre um oceano
cos do antigo corpo de saude que ainda resiste á
de areia embebida d'agua da chuva, e retardada ruina do tempo, que vae tudo devorando para só
por algumas contra-marchas, empreendidas no pro-
posito de retomar o rumo perdido outras tantas deixar de pé na historia os fátos impereciveis des-
vezes, os tres companheiros se lembraram do seu sa luta heroica, invocando o seu testemunho, eu lhe
barracão, da sua mesa de operações, improvisada peço que preencha, se preciso for, em proveito da
com uma padiola, cujos braços fizeram repousar verdade historica, as lacunas e corrija os erros des-
sobre canastras das nossas ambulancias e eami- t a narração. O terceiro e ultimo da turma era o
nhando sempre de reflexão em reflexão, ora sobre ultimo dos cirurgiões do antigo quadro e o primei-
a caprichosa coincidencia d a designação e a sor- ro do atual. F'ragil é10 que prende as duas gera-
t e de seus doentes, ora sobre o termo dessa jorna- ções, eu me desvaneço de ter vindo daquela que
da homerica, que tanto mais parecia se afastar dos suportou firme, unida, disciplinada e resignada
combatentes quanto mais crescia entre eles a re- sempre a duras provações dessa demorada e rude
signação, eles avistaram enfim uma luz, que pouco campanha, e de poder pagarlhe em homenagem A
depois reconheceram ser a lanterna da caridade de verdade historica esta divida em nome do exercito
Christo conduzida pela mão de Frei Fidelis, co- a que ela muito serviu e que teve em cada um dos
missario geral dos Capuchinhos no Brasil, capelão- seus membros um companheiro inseparavel - um
mór, Coronel honorario. Achavam-se, pois, na Machaão da Illiada -". Rio, Setembro de 1899,
ambulancia da 3" divisão de infantaria, de que era pg. 297 - Por portaria de 18 de Julho de 1885
chefe, o então 1 . O cirurgião D r . Antonio de Souza foi designado para servir, como Delegado do Ci-
Dantas, que a um carater de r a r a moldura reunia rurgião-mór do Exercito na provincia do Ceara,
todas as qualidades de um verdadeiro chefe de ser- cargo que não aceitou, por achar-se gravemente
viço. Como nada havia que fazer em hora tão adi- enferma, sua esposa. Incompabitilisando-se com o
antada da noite, Q resto dela foi consagrado a um Cirurgião-mór, Chefe do Corpo de Saude, pediu re-
relativo repouso. - No dia seguinte das mãos do forma do serviço ativo do Exercito, o que lhe foi
chefe da ambulancia para a s do chefe da turma concedido por decreto de 12 de Setembro de 188h
auxiliar, e se não chegou a vez dos ajudantes, foi contra a vontade do Imperador D . Pedro 11, que
118 NORTLIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 119
- -- - - -- - -
muito o admirava. Havia sido promovido, por me- mada em 1863, porque o ultimo é o que repassado
recimento, ao posto de cirurgião-mór de Brigada, de saudades, escreve essas linhas. ...
Faziamos, ao
ou Major do Corpo de Saude do Exercito, com receber o gráu um juramento sobre os Santos
exercicii, das funções de Diretor do Hospital Mili- iivangeihos de exercer a nossa profissão segundo
t a r de Andarahy. As Republicas Argentina e do a s regras da mais estrita moral. Ainda me lem-
Uruguay coiiferiram-lhe a s medalhas coniemorati- bro do acatamento com que o Macedo praticava
vas da campanha do Paraguay. Nomeado medico esse áto. E' que e r a ele sincero catolico, muito
do Imperial Instituto dos cegos em 19 de Julho mais que nós os outros 11. Viéra do Seminario
de 1871, á 15 de Novembro de 1889 assumiu a di- para a Academia e conservou a s suas crenças sem-
reção da casa, em substituição do diretor, D r . , pre sem respeito humano. E todos o respeitavam,
Benjamin Constant Botelho de Magalhães, nomea- e todos o amavam. Fixou residencia aqui, casou-
do Ministro da Guerra. Por indicação do proprio se e teve boa prole e boa clientela, principalmente
General Benjamin Constant foi nomeado Diretor de pobres porque foi sempre desinteressado. De-
efetivo deste Instituto em 31. de dezembro de 1889 pois de mais de 60 annos de clinica morreu pobre
em cujo permaneceu até 25 de Abril de 1895, cumu- e nunca foi rico. Melhor elogio não posso fazer a
lativamente com as funções de medico, data eni um medico inteligente, sensato e laborioso como
que pediu e obteve a sua aposentadoria. Pertencia foi ele. Nos ultimos anos da vida foi dolorosamen-
a diversas ordens religiosas e associações como a t e valetudinario, teve longa velhice, morrendo qua-
Santa Cruz dos Militares, socio bemfeitor da Im- si nonagenario". - A curiosa tese de doutora-
perial Sociedade Auxiliadora de Artes Mecanicas e mento do ilustre medico figura em exposição per-
Liberaes, d a Sociedade Brasileira de Beneficencia. manente em uma das secções da Bibliotéca Nacio-
- Por decreto de 1 . O de Novembro de 1892 foi- nal. E documento rarissimo. De suas primeiras
lhe concedido o posto de Coronel Honorario do nupcias deixou filhos que trataremos adiante.
Exercito, por serviços relevantes. - Manteve, du- 2 . -Antonio Joaquim de Macedo Soares (1) Nasceu .
rante 40 annos, o seu consultorio medico á Traves- aos 14 de Janeiro de 1838, na fazenda do Bananal,
sa do Ouvidor, n . 2, esquina da Rua 7 de Setem- distrito de Ponta Negra, municipio de Maricá,
bro. Dada a sua competencia, despreendimento, provincia do Rio de Janeiro, imperio do Brasil.
precisão de diagmstico, especialista que se tornou Seu pae, o Sr. D r . Joaqum Mariano de Azevedo
das molestias do coração e pulmão logrou gran- Soares, medico, faleceu na mencionada paragem,
year vasta clientela na Côrte e Capital da Republi- com a idade de 89 anos, aos 8 de Agosto de 1898.
ca. E r a por assim dizer, o medico d a colonia f r a n . Sua mãe, a S r a . D. Maria de Macedo Soares, fi-
cesa desta Cidade. - Faleceu á s 16 horas do dia nou-se em 1895, com 77 anos de idade. Seu bisa-
11 de Maio de 1925, no predio sito á Rua Martins, vô paterno, Simeão Soares de Azevedo, português,
n. 32, Niterói, onde residiu, como inquilino, duran- estabeleceu-se pelos meiados do seculo XVIII, com
te 35 annos.-Na "União", o Dr. Felicio dos San- engenho de assucar, na freguezia de S. João de
tos, seu redator-chefe, noticiou o doloroso aconteci- Itaborahy, da citada provincia, denominado En-
mento: "Faleceu em Niterói o Dr. Joaquim Maria- genho do Poço Fundo, e af casou-se com D . Maria
no de Macedo Soares, esse bonissimo cidadão, exem- Isabel Antunes, donde descendem a s casas e fa-
plar chefe de familia, medico admiravel, não só por zendas dos Soares, Azevedos, Antunea, Costas, Fer-
sua pericia e clara intuição como porque a profissão
lhe era um sacerdocio, cousa que se vae tornando ( 1 ) Dados bio-bibllograticm, precedidos de uma noticia Wto-
r a r a infelizmente. E r a o penultimo d a turma for- blografica que Macado Soare8 comegou a emrever em 1808, porem,
nkio nos concluiu.
(C. 10)
I ao NOBILIARQUIA FLUMINENSE
Puz-me a revel-a.
Se muitos filhos dessa terra haviam desapparecicio,
muitos nomes haviam ficado. E novos nomes vi-
nham surgindo, para novas glorias do presente e
gratas memorias no futuro.
Puz-me a contar ministros sahidos do distric-
to da antiga comarca, nascidos alli de filhos der
paes alli nascidos. Ministros de Estado no Impe-
rio: visconde de Itaborahy, Paulino José Soares
de Souza, o segundo, filho do visconde do Uru-
guay; Manoel Antonio Duarte de Azevedo e Fran-
cisco Belizario Soares de Souza. Pudera accrescen-
t a r em quinto logar o nome de Joaquim Manoel de
Macedo, que já disse como recusara duas pastas
no gabinete do conselheiro Furtado. Ministro de
Estado na Republica: Alberto Torres. Ministros do
supremo Tribunal Federal : Antonio Joaquim de
Macedo Soares, Antonio Augusto Ribeiro de Al-
meida e Lucio Drummond Furtado de Mendonça.
Ministros diplomaticos no Imperio e na Republica:
Candido José Rodrigues Torres Junior, depois vis-
conde de Torres, e o autor desta conta.
E quantos nomes illustres pudera eu aqui accres-
centar! Entre os que voluntariamente se recolhe-
ram ao esquecimento, Joaquim Alberto Ribeiro de
Mendonça, o notavel engenheiro civil e philosopho
ainda mais notavel da doutrina Comtista. Entre os
que involuntariamente surgiram para a gloria,
~ l b e r t ode Oliveira, o nosso poeta maximo.
E' de ver a influencia que teve sobre a mo-
cidade academica de S . Paulo o espirito lhano e
culto de Macedo Soares. Escrevia, a esse tempo
para as revistas dos Ensaios Literarios e do Athe-
neu Paulistano estudos de pratica literaria, o ro-
mance "Nininha", de costumes academicos, e poe-
sias lyricas; collaborava no "Correio Paulistano",
com "O folhetim do Domingo", no qual tratava de
assumptos varios, nos quaes revelava muita erudi-
ção. Escrevia para a "Revista Popular", da casa
Garnier, em que collaboraram assiduamente Ma-
126 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 127
chado de Assis, Joaquim Norberto de Souza e Sii- ciação e da lucta; que nem todos podiam ser Al-
va, o conego Fernandes Pinheiro e outros. O "Cor- fredos de Musset e de Vigny, Octavianos e Justi-
reio Mercantil" transcrevia-lhe, no Rio de Janeiro, tianos; que alguns era preciso que fossem pela
os seus principais artigos de critica literaria; en- agua abaixo ou que se afundassem; que para so-
tre estes, lembro-me de que mereceram essa honra brenadar um Garret era necessario que se afogas-
os seguintes : "Ensaio critico sobre Luiz José Jun- se muito Francisco Palha.
queira Freire. "Flores sylvestres", de Francisco
Leite de Bittencourt Sampaio, e "Tres poetas con- Riamo-nos todos, Macedo Soares sorria tambem
temporaneos" . dos paradoxos de Mello Mattos com o seu sorriso
de bondade paternal, e dada a ocasião, sahia em
Colleccionou, em S . Paulo, em 1859, sob o defesa dos "afogados do Mello Mattos".
titulo "Harmonias Brasileiras", produccóes poeti-
cas, parte ineditas, parte publicadas em varios pe- Nem só os assumptos puramente literarios
riodicos, redigidos quasi todos por essa esperan- occupavam as horas de lazer do critico benevolo.
çosa mocidade que se senta nos bancos das facul- Desde cedo começou a dar á publicidade obras ju-
dades de S . Paulo e do Recife, periodicos de ephe- ridicas. O seu primeiro estudo de Direito Consti-
mera duração", as quaes, enfeixando em livro, sal- tucional D a liberdade yeligiosa n o Brasil, cuja
vou do olvido em que tantas outras desapparece- primeira edição se fez em S. Paulo, reappareceu
ram ou esperam ainda outra mão benevola que se em 1865, em segunda ediçâo, no Rio de Janeiro.
lhes estenda. Publicou mais tarde, em 1869, as Advogava a liberdade de todos os cultos no Impe-
"Lamartinianas", outra collecção de diversos poe- rio. Sahiram-lhe ao encontro os beatos. A liberda-
tas brasileiros, além do volume de poesias "Medi- de religiosa segundo o sr. dr. Antonio Joaquim de
tações". Macado Soares, resposta attribuida ao conselheiro
Zacharias, foi o signal de alarma contra o "livre
A sua carinhosa benevolencia para com os estre- pensador". Monsenhor Felix Maria de Freitas e
antes na prosa e no verso era proverbial. Ao pas- Albuquerque, governador do bispado, veio logo com
so que recordava as melhores producções das pas- a sua "Circular aos parochos", para que prevenis-
sadas gerações academicas, para exemplo e esti- sem os seus freguezes contra os funestos effeitos
mulo da geração contemporanea, animava e guia- cio opusculo do d r . Antonio Jaquim de Macedo
va com mão segura a quantos davam os primeiros Soares". Mais tarde, quando se agitava o proces-
passos nas trilhas traiçoeiras da publicidade. so dos bispos, Macedo Soares escreveu-me uma sé-
Mello Mattos (Luiz José de Carvalho), o elo- rie de cartas, que, sob o titulo de Questão Religiosa,
quente orador do elogio funebre de GabrisI Josg ~ u b l i q u e ina Republica. Ainda hoje fora opportu-
Rodrigues dos Santos, com a sua natural mordaci- no reunir esses escriptos em volume.
dade, que era a 'manifestação superficial e ruidosa
da bondade mais profunda de coração, que todos As suas principais obras de direito foram:
lhe conheciamos, opinava nas palestras nocturnas, Tratado pratico dos testamentos e successões, an-
que Macedo Soares estava fazendo um deserviço ás notações a Antonio Joaquim Gouvêa Pinto, 1867;
letras nacionaes com a sua perenne animação a Regimento dos distribuidores e m geral 1868; " T r a -
quanto rabiscador apparecia; que se devia deixar tado juridico pratico d a medição e demarcação das
a gente nova provar se tinha ou não real talento; terras, 1878; Primeiras linhas sobre o processo
que a selecção se devia fazer pelos dotes naturaes orphanologico, por José Pereira de Carvalho, com
que mostrasse cada contendor no periodo da ini- as addições e notas do dr. José Maria Frederico de
128 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--
DRS. ANT.~JM. E: JULIAO R. DE MACEDO SOARES ias
Souza Pinto, revistas e augmentadas, 1880, e A fe-10 por descobrir naquele estudo qualidades rele-
lei da r e f o r m eleitoral, 1881. vantes, assim a da linguagem primorosa, assim a
do vigor dialético no combate á s restrições á li-
As suas principaes obras de linguistica e lexico- berdade religiosa mantida na Constituição e nas
graphia foram: Sobre a etgmologia da palavra leis do Imperio. A divulgação provocou amplo de-
Doava ou emboaba, 1879-80, artigo extrahido dos bate no parlamento, com o sacrificio, porem, de
seus Estudos Lexzcographicos "do dialecto brasi- Macedo Soares, que deixou de ser reconduzido por
leiro sobre algumas palavras africanas, introduzi- imposição de Zacarias de Góes, chefe do partido
das no portuguez que se fillla no Brasil", e Decla- liberal e presidente do concelho de ministros, nas
racion de h doutrina christiana, m w c r i p t o gua- funções do seu cargo de Juiz municipal de Ararua-
rany, traducção e annotação, precedido de uma ma. O ato do presidente do concelho dos minis-
carta do traductor ao senador Candldo Mendes de tros, obstando á nossa recondução, comenta Mace-
Almeida, 1880. do Soares, na 4." edição, em apenso, foi combatido
Duas grandes autoridades expressaram a sua opi- na camara dos deputados por Tavares Bastos,
nião ácerca de iVlacedo Soares : Francisco Octavia- Christiano Otoni e outros; no senado, por Furtado,
no, seu admirador, chamou-o "o nosso Sainte-Beu- Pompeu e já nos não lembra quem mais. O jor-
ve", e Lucio de Mendonça, seu collega no Supremo nalismo da oposição verberou a pequice do minis-
Tribunal -, disse delle que era "um dos nossos tro, em termos que nos faziam muita honra. E
maiores jurisconsultos e um dos nossos mais inte- eramos um humilimo juiz municipal de 29 anos,
gros magistrados. " que Deus louvado!" - Em verdade, pauperrimo,
chefe de numerosa familia, com oito filhos nasci-
Fez parte de diversas associações literarias e cien- dos e criando-os ás suas expensas, mas espirito al-
tificas. E m Araruama onde fixou residencia, depois tivo, emancipado, homem de combate, não se que-
de formado em direito, foi delegado de policia, ins- dou ante a perseguição de um gabinete retrogado e
petor escolar, juiz municipal e dos orfãos. - E m injusto, e, eil-o, a Macedo Soares, vitorioso na cau-
março de 1865 saíu publicado a 2.a edição do seu sa da liberdade de consciencia, já, agora, liberto
opusculo - "Da Liberdade Religiosa no Brasil". A das peias da magistratura, intemerato na sua faina
L." edição desta obrinha, escreve Macedo Soares, de investigar, de policiar os senhores de escravos,
foi feita em S . Paulo, pelos annos de 1858 ou 1859, pugnando de fáto e de direito pela liberdade da
em um dos jornaes academicos, a Revista, si bem pessoa humana, traduzida na abolição da escravi-
me lembra, do Ensaio Philosophico Paulistano, em dão. - A sua ação abolicionista, rompendo as ca-
forma de parecer dado pela commissão de scien- deias das conveniencias, cresce em grandeza, per-
cias sociaes, da qual eu era relator, ácerca da the- mita-se-me a enfase, atendendo-se ás exigencias
se: - "Si a nossa Constituição Politica consagra- da sua familia conservadora e catolica, genro de
va a liberdade religiosa em toda a sua amplitude". um dos grandes chefes do partido conservador na
Este trabalho teve o previlegio de divulgação pela antiga Provincia, e tão poderoso que tinha como
Sociedade Internacional de Imigração, composta do representantes a seus cunhados, os Viscondes de
escol da nosas inteletualidade, bastando citar, en- Itaborahy e do Uruguay ( I ) , com interesses in-
tre outros, Paula Souza, ministro da agricultura em .
teiramente ligados ao elemento servil e ás falhas
1866, Tavares Bastos e Quintino Bocayuva; por desta instituição, senhor de propriedades agricolas,
outro lado a referida sociedade requintára no seu
--
entusiasmo, deliberando recomendar, em geral, a (1) A esse tempo. os Chefes politicos nRo tinham representa-
sua leitura o que foi aceito, por unanimidade. E çAo politica: elegiam os seus representantes.
(C. 1 1 )
130 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
(C. 13)
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 147
-
cer; era um educador inteligente e perspicaz, um
caráter vigoroso e récto, que se impunha desde logo
Aqueles que vinham beber ao seu colégio - o Gi-
nasio Macedo Soares - os ensinamentos que ha.
viam de servir de base a instrução superior. . . No
momento extremo, porem, teve, felizmente o gran-
de consolo de ver-se cercado de numerosos amigos,
ue uma prole luzida, que lhe h a de tornar sempre
lembrado o nome com respeito. E a sua memoria
não se apagará nunca da memoria das gerações
que se sucederem, porque será por todos, um exem-
plo veneravel". -Do "O Imparcial" da Capital
Federal: -" ... Portador de um nome notavel no
paiz, e que ajudou a ilustrar com o esforço, o me-
rito e a dignidade de sua existencia dedicada ao
trabalho, o Doutor lvlacedo Soares, vivia cercado
do respeito e da estima da sociedade paulista e dos
seus antigos discipulos, habituados a acatar nele
um caráter puro e um coração generoso. O D r .
1Ylacedo Soares desaparece prematuramente, no
vigor de uma vida nobre e ultilmente ocupada, após
uma operação cirurgica, cujo resultado ainda ha
doia dias nao fazia prever o lamentavel desenlace".
- O enterro foi concorridissimo; o cortejo £une-
bre conduzido a mão, até o cemiterio, acompanha-
do de alunos da Escola Normal secundaria, teve
a, assistencia do representante do Presidente do
Estado, Dr . Altino Arantes, Dr. Candido Rodri-
gues, vice-presidente, de todos os secretarios de
Estado, Dr . Washington Luiz, prefeito da Capital,
professores da faculdade de Direito, da Congrega-
ção das Escolas Normal e de Farmacia e de toda
a sociedade paulista. De sua descendencia tratare-
mos em outro capitulo.
-Doutor Brotero Frederico de Macedo Soares.
Nasceu na fazenda "Bananal", Maricá, em 19 de
junho de 1856. Formado em engenharia civil pela
Escola Politécnica desta Capital, desde logo desem-
penhou varias comissões técnicas do governo, quer
no Imperio, quer na Republica. A sua primei-
r a nomeação foi para fazer parte da comissão de
desobstrução e melhoramentos do rio São Francis-
148 NOBiLIARQUIA FLUMWENSE
.
com todos. Casou-se á 10-4-1886 com D. Carolina
Pire,s de Macedo Soares, sua prima, n., 4-XII-1861,
filha de João Francisco Pires e D. Leopoldina Ma-
-
-
"Bananal Grande", Maricá, em 3 de junho de 1839 :
casou-se em 23 de junho de 1861, com a sua prima
irmã D . Maria Antonia Alves de Azevedo Soares
ria Pires. Faleceu a 19 de outubro de 1917, no - Cap. XX). Substituto do Juiz Municipal de Ma-
"Cabuçú", Meyer, na chacara, de sua propriedade, ricá, no quatrienio de 1867 a 71; Juiz de Paz, no
n. 18, rua Winas, hoje rua Engenheiro Brotero, de 1873-77. Faleceu em Niterói, á 3 de julho de
justa homenagem que lhe prestou a Prefeitura do 1885. D . Maria Antonia faleceu, em Niterói, em
Distrito Federal. Deixoy filhos mui distintos que 6-5-1919. Deixou o casal 4 filhos declarados em
serão mencionados em outro capitulo. seguida.
12.-Adolpho Aprigio de Macedo Soares, nascido na -D. Maria Paula de Azevedo de Macedo Soares, n..
fazenda acima, em 3 de Janeiro de 1859, fazendeiro na fazenda do Bananal Grande, Maricá, em 20 de
em Maricá; solteiro. Politico militante de real Setembro de 1842, e batisada no Oratorio da refe-
prestigio na terra do seu nascimento. Faleceu em rida fazenda pelo Capelão Frei João Garda, em
2 de junho de 1896, 4 de junho de 1843, sendo seus padrinhos José Pau-
lo Alves de Azevedo (Cap. XVIII) e D. Generosa
13.-Doutor Manuel Theodoyo de Macedo Soares, nas- Rosa de Azevedo Soares (Cap. XIX) . Casou-se
cido no "Bananal", em 2 de dezembro de 1862, com o seu primo-irmão Dr. Joaquim Mariano de
Formado em medecina pela Faculdade do Rio de Macedo Soares, em 21 de janeiro de 1865. Faleceu.
Janeiro em dezembro de 1887, após curso dos mais no Bananal, em 28 de fevereiro de 1886. Foi espo-
brilhantes. A sua tése de doutoramento, aprovada sa e mãe modelar. De sua descendencia trataremoc
com distinção, foi por muitos anos citada por seus em outro capitulo.
contemporaneos. Ele a dedicou: "Ao meu carissi-
mo irmão, amigo sincero e segundo Pae, Dr. Joa- V.-Antonio José de Azevedo Soares, n., no local aci
quim Mariano de Macedo Soares. O vosso estimulo, ma, em 31 de dezembro de 1843; casado, em 1867,
a vossa sincera afeição, a vossa bondade, o vosso com D . GuiIhermina da Costa de Azevedo Soares.
filha de Antonio Joaquim da Costa, fazendeiro em
Itaborshy e D. Ricardina da Costa. Antonio Jose
150 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES 151
de Azevedo Soares, fazendeiro, foi Juiz de Paz em XVII) . Sem geração das segundas nupcias. Luiz
Itaborahy e Delegado de Policia em Niterói. Fale- Manuel faleceu, em São Paulo, em 25 de dezem-
ceu em 4 de Março de 1886, n a casa de residencia bro de 1914, e D . Maria Luiza em 15 de Setembro
do seu cunhado, D r . Joaquim Mariano de Macedo de 1884, em Niterói, n a residencia do sèu co-cunha-
Soares de quem foi muito amigo. Deixou descen- do, D r . Joaquim Mariano de Macedo Soares, cha-
dencia adeante declarada. cara, de propriedade, de Paulino José Azevedo
Soares, á rua do Cubango. D. Candida, 2.&esposa.
4 . -José Rodrigues de Azevedo" Soares, n., n a fazenda faleceu em Niterói, á 21-4-1941.
acima, em 21 de Agosto de 1845 ; farmaceutico for-
mado pela Faculdade de Medecina do Rio de Ja- 'i.-Joaquim José de Azevedo Soares, n., na fazenda
neiro. Serviu na campanha contra o Paraguay, a acima, em 3 de julho de 1852 ; casou-se com D. Can-
bordo da esquadra brasileira. Casou-se em 2 de dida Borba de Azevedo Soares, filha de Manuel
janeiro de 1888, em Niterói, com D . Lydia Antas José Borba, português, proprietario de uma grande
de Azevedo Soares, n., em 3 de julho de 1854, fi- caeira, no Rio de Janeiro, e D . Maria da Gloria de
lha de João Pinto de Finueiredo Mendes Antas e Borba. Professor da Escola Normal de São Pau-
D . Anna Carolina Mendes Antas, de familia de lo, fundador e diretor de conceituado Colégio par-
Angra dos Reis. Foi auxiliar de diretor e depois ticular, na mesma Capital, faleceu na Capital Fe-
vice-diretor do Hospital de Juquery, Estado de S. deral, em 27 de Setembro de 1938. Deixa ilustre
Paulo. Faleceu. em 3. Paulo, em 16 de janeiro de descendencia. D . Candida faleceu, no D . F.,5
1934 e sua mulher, naquele Estado, em 3 de Agos- 8-3-1943.
to de 1945, Deixou filhos que v l o declarados. I.-Doutor João Evangelista de Azevedo Soares, n., no
5 .-D. Maria Antonia 'de Azevêdo Soares, n., na pro- local acima, em 27 de dezembro de 1853, medico F!
priedade acima, em 28 de janeiro de 1849; casou- farmaceutico ,pela Faculdade de Medecina do Rio
se em 23 de Maio de 1890 com seu primoirmão Dr. de Janeiro. Casou-se em 1 6 de fevereiro de T893,
Joaquim Mariano de Macedo Soares, este, em se- com D . Amanda pena de Azevedo Soares, filha de
gundas nupcias. Faleceu, em Niterói, em 2 de fe- D . Erico Augusto Pena, consul Geral, no Brasil,
vereiro de 1933, aos 84 anos, conservando perfeitas da Republica Oriental do Uruguay, e de D . Luiza
suas faculdades, possuidora de memoria admira- Ramos Pena. O D r . Azevedo Soares faleceu, em
vel . sua fazenda "Bananal Grande", á 2 de dezembrc
6.-Luiz Manuel de Azevedo Soares Junior, n., no de 1935; e, antes, á 1 3 de outubro de 1932, ali fa-
"Bananal", em 20 de junho de 1850, fazendeiro em leceu sua esposa. D . Armanda Pena. Deixa filhos
Maricá e em São Paulo. - Casou-se em primei- que serão mencionados em outro capitulo.
r a s nupcias, e m 8 de dezembro de 1870, n a fazenda 9 .-D. Maria Luiza de Azevedo Soares, n., na fazen-
do Bananal, com D . Maria Luiza Alves de Azeve- da acima, em 6 de julho de 1855. Solteira. Vive.
do Soares, filha do Capitão Felippe José Alves e com 92 anos, em plena atividade, n a companhia de
D. Maria Custodia de Resende Alves (Cap. V, suas extremosas sobrinhas Celina e Beatriz, filhas
nota), de cujo consorcio teve 6 filhos, adeante de- do D r . Joaquim Mariano de Macedo Soares, á r u a
clarados; em segundas nupcias, casou-se Luiz Ma- Santa Rosa n . 24, Niterói.
nuel Junior, com D. Candida Soares de Azevedo,
filha de Simeão Soares de Azevedo (Cao. XVI) e 10.-D. Maria Ricardina de Azevedo Soares, n., no
D . Laurentina Hekriques de Azevedo, filha de "Bananal", em 1 4 de Janeiro de 1857. Solteira. Re-
Joaquim José Henriques e D. Vicericia ' (Cap, sidia com suas sobrinhas Celina e Beatriz. Falecev
152 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
CAPITULO XXIV
Descendên,cin d o Dr. .7onquim Mariano de Macedo Soc~-
res e D. Mcrricl Pamln de Azevedo de Macedo Soarr~s
1 :-Samuel de Macedo Soares, n.. em Niterói, em
1 7 de dezembro de 1865: farmaceutico for-
mado nela Faculdade de Medecina do Rio de
Janeiro. Estabelecendo-se em São Paiilo, ca-
SOU-SP COM D . Francjsca Martins de Siciuei-
ra. f i l h ~de Candidn Martins de Siqueira
D . Deolinda Alves Porto Martinq de Siquei-
ra, fazendeiros em Jacarehv. - Filhos :
2 - 1 :-Manoel Theodoro de Macedo Soares. n., em
23 de julho de 1901. formado em Odontolo-
gia ; funcionario publico ; solteiro.
2 - 2:-Doutor Milton de Macedo Soares, n., em 10
de Setembro de 1902, formado em medecina
pela Faculdade de Medecina do Rio de Ja-
neiro, casado com Maria de Lourdes Vargas,
filha de Serafim da Silva Vargas, natural de
Angra dos Reis, e D . Maria de Oliveira Var-
aas, fazendeiros em Limeira, S. Paulo; fi-
lhos :
3 - 1 :-Eduardo, n., em 17-12-1931.
'3 - 2:-Maria Cecilia, n., em 22 de novembro de
1933.
2 - 3:-D. Elza de Macedo Soares, n., em 8 de ju-
nho de 1904, professora publica, formada
pela Escola Normal de Niterói, com exerci-
cio no Colegio Salesiano, em Corumbá, Dr. Oscar de Macedo Soares, advogado, deputado estadual, lider Ea
Assembléia. 1892 a 1897. chefe de policia no governo Mauricio de
Estado de Matto-Grosso . Abreu, auditor de Marinha. N . em Saquarema, 15 de Setembro de
1863; + Capital Federal, 3 de Agosto de 1911.
2 - 4:-Maria Paula, n., em 1 3 de setembro de 1906,
professora pela Escola Normal de Niterói,
irmã Salesiana do Colegio, em Guaratingue-
tá, São Paulo.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 163
CAPITULO XXV
Descend6ncia do Conselheiro Antonio Joaquim de
Mcrccdo S o a m e D . Theodora Alvares de Azevedo de
Macedo Soares
1 -. 1;-Dr. Oscar de Macedo Soares, n., na fazenda
Bom-Sucesso, municipio de Saquarema, Esta-
do do Rio de Janeiro, em 15-9-1863. Fez o
curso de humanidades no Colegio Aquino, e o
de ciências juridicas e sociais na Faculdade de
Direito de São Paulo. Durante o curso foi re-
dactor do "O Correio Paulistano" jun-en-
te com os Conselheiros Antonio Prado, Rodri-
go Silva, Rodrigues Alves, Almeida Nogueira
e outros notaveis politicos da facção conser-
vadora. Além dos artigos politicos, pertencia-
lhe a secção de critica literaria, musica e tea-
tro. - Bacharel da turma de 1886 com Her-
menegildo de Barros, Rodrigo Octavio, Pe-
dro Mibielli, Julio Raja Gabaglia, Carlos Bor-
ges Monteiro, Alvaro de Carvalho e outros
que tantos serviços prestaram ao pais, foi o
Dr . Oscar de Macedo Soares nomeado promo-
tor publico e curador geral dos orfãos da Co-
DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES -
155
(C. 14)
- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 159
a seguinte nota: "Como tenente-coronel co- terio de S. João Baptista com numeroso
mandante do 0.O batalhão d'infantaria, em- acinpanhamento. O Tribunal Pleno e todas
barcado na corveta "Parnahyba", esteve a as Camaras manifestaram o seu pesar pelo
frente do contingente do mesmo batalhão, lutuoso acontecimento, com a solidariedade
no memoravel combate do Riachuelo, aos 11 do Instituto dos Advogados pela palavra do
de junho de 1865", casado o Dr. Aprigio com Dr. Edgar Ribas Carneiro e do Club dos Ad-
D . Joaquina Hermenegilda Santiago Guima- vogados pela do Dr. João da Silveira Serpa.
rães; neto paterno do general acima e de O Supremo Tribunal; Federal, em sessão, o
D . Francisca Bellarmina de Abreu da SiI- ministro Edmundo Muniz Barreto proferiu as
va Guimarães, de familia sul-rio-grandense ; seguintes palavras: "Permiti que eu peça
e pelo lado materno, do desembargador sejam transcritas na áta as seguintes ex-
Custodio da Silva Guimarães, ministro do pressões referentes ao ilustre magistrado,
Superior Tribunal de Justiça, e de D. Anna hoje falecido, desembargador Celso Guima-
Santiago Guimarães, familia de origem cea- rães que exerceu, com dignidade e brilho,
rense. -- Iniciando o D r . Celso a sua car- diversos cargos de judicatura, no Distrito
Federal, tendo atingido ao mais elevado de
reira na provincia do Rio de Janeiro, ocupou
depois o cargo do Juiz municipal de Maricá, Presidente da Côrte de Apelação. - "Do-
Em principias de 1890 foi promovido a juiz res profundas não se manifestam com abun-
de Direito da Comarca de Santo Ignacio do dancia de palavqs, O coração conturbado não
Pinheiro, Estado de Maranhão mêses após sabe falar nesses transes de sofrimento: sa-
be, porem, sentir e chorar n'uma consterna-
removido para a Comarca da Encruzilhada,
no Estado do Rio Grande do Sul, não che- ção sufocante. - Os homens de honra e de
gou a assumir o cargo. Organisada nelo Dec. inteligencia não desaparecem com a morte;
n . 1,030, de 14 de novembro de 1890 a ius- continuam a viver nos grandes exemplos que
tiça do Distrito Federal, foi nomeado Pretor, deixam. O corpo, os vermes o devoram, mas
em cujas funcões permaneceu até que, em o espirito perdura no legado moral, que en-
1896, foi nomeado juiz do Tribunal Civil e riquece a sociedade e conforta a familia. Fe-
Criminal. Em 1905 foi nomeado desembar- lizes os que, como Celso Guimarães, podem
hador da Côrte de Apelação, cuja presidencia se finar assim, com o nome aureolado pelo
ocupou por duas veses. E m sua longa car- respeito publico e pela estima sincera dos
reira de magistrado, o D r . Celso Guimarãe~, homens de bem". - Filhos: -
não só se impoz á consideração dos cargos 2 .-. 1 :-Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares Gui-
superiores da magistratura e das adminis- marães, n., em Maricá. 22-6-1888; bacharel
trações sob as quaes servira, como de seuc em letras pelo colégio Pedro 11, então Gina-
colégas de judicatura e dos advogados, pela zio Nacional; enpenheiro civil pela Univer-
correcção de sua atitude e integridade com sidade de Ada, Ohio, Estados Unidos da
que se mostrou nas suas funções. Impoz-se. America. Tem desempenhado comissões té-
por isso mesmo, como representante de cnicas em escritórios de construções e na
maior relevo da magistratura brasileira. - Secretaria de Viação e Obras Publicas do
Faleceu, no exercicio da presidencia da Cor- Estado do Rio de Janeiro; autor de projetos
te de Apelacão, embora afastado por moles- de viadutos e pontes e fiscal de construção de
tia, em 15 de outubro de 1928. O enterro do estradas de rodagem e da grande ponte so-
venerando niagistrado realisau-se no Cemi-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 165
bre o Rio Parahyba, em Vargem Alegre, mu- Italia; - Oficial da Ordem do Mérito da Re-
nicipio da Barra do Pirahy. - Fundou o publica do Chile; -, Condecoração "Abdon
partido republicano nacional, tendo conse- Calderon" de segunda classe da Republica
guido a realisação dos principais pontos do do Equador; - Medalha Americana da Le-
programa, tais, a nacionalisação dos letrei- gião do Mérito, serviços de guerra. - "The
ros das industrias e casas comerciais, a lei Secretary of the Navy Washington. - Le-
dos 2/3 de empregados brasileiros nessas gião de Mérito, gráu de Oficial, concedida ao
atividades: nacionalisação da pesca, tendo Capitão de Fragata Celso Aprigio de Macedo
em vista a defesa nacional; levantou o mapa Soares Guimarães. Marinha do Brasil. "Por
do municipio de Maricá, classificado o me- conduta excepcionalmente meritória no de-
lhor trabalho. Casado com D . Zenith Quin- sempenho de serviços relevantes ao Governo
tanilha; filha de Joaquim dos Santos Quin- dos Estados Unidos como comandante de um
tanilha, fazendeiro e D . Laurentina Viana navio de guerra do Brasil e posteriormente
Quintanilha; neta paterna de Rafael Antu- como Assistente do Chefe da Missão Naval
nes Quintanilha e D . Anna Joaquina dos Americana. Trabalhando incansavelmente e
Santos Quintanilha; e pelo lado materno de com excepcional hdbilidade profis$ional, o
Francisco Qe Araujo Leão, e D . Maria Lui- Comandante Celso Guimarães prestou ines-
za Vianna'de Araujo Leão, todos naturais de timavel auxilio ao Governo dos Estados Uni-
Maricá. dos e por sua constante cooperação com as
autoridades navais Americanas contribuiu
- 2:-Dora de Macedo Soares Guimarães, nascida materialmente para o bom sucesso no mos-
em Santo Ignacio do Pinheiro,' Estado do Ma- seguimento da guerra no Atlântico Sul, daí
ranhão, em 22-8-1890, professora de canto rrrangeando grande crédito para si e para a
laureada, pelo Instituto Nacional de Musi- Marinha do Brasil, bem como fortalecendo os
ca, solteira. laços de amizade entre os Estados Unidos e
o Brasil." - Designado para o Estado
- 3 :-Comandante Celso Aprigio de Macedo Soares Maior Geral da Armada. Atualmente Prefei-
Guimarães, n., em Icarahy, Niteroi, 26-2- to de Niterói (1947). Casou-se com D .
1899; oficial superior da Marinha de Guer- Maria Thereza de La Roque Guimarães, fi-
r a . Tem o curso de artilharia, e vem de de- lha de João Luiz de La Rocque, francês, co-
sempenhar as funções de adido naval junto merciante no Estado do Pará e de D . Euge-
á missão americana. Professor de artilharia nia Belfort Roxo de La Rocque; neta pater-
, em viajens de instrução dos guarda-mari- na de João Luiz de La Rocque, residente em
nhas. Antigo deputado á Assembléia Legisla- França, e D . Maria TsaFe1 Cecilia de La
, tiva do Estado do Rio de Janeiro. Recebeu
Rocque. e materna do D r . Augusto Teixei-
as seguintes condecorações : Nacionais : - r a Belfort Roxo, e D . Maria Amelia Torreãc
Medalha da Vitória - Guerra de 1918; Me- Roxo, nonagenaria, de bôa saude, irmã do
dalha de Vinte (20) anos de serviços; - D r . Enéas Torreão, ministro do Tribunal de
Medalha Comemorativa do Cincoentenário Contas do Estado do Rio (1893-1904). Fi-
da Republica; - Medalha de serviços de
Guerra com 3 estrellas - 1945. - Extran-
jeiras: - De Guerra, dos Estados Unidos
lhos :
.José Celso de La Rocque Guimarães, n.,
- 1918; - Cavaleiro da Ordem da Corôa da 21-4-1923, oficial de marinha.
166 NOBILIARQUIA FLUMINENSE 167
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
3 - 2:-João Luiz de La Rocque Guimarães, n., do engenheiro civil D r . João de Almeida Pi-
11-8-1924, estudante de engenharia. zarro, e D . Ida Kastrup Pizarro; neta pa-
S - 3:-Celso Aprigio Guimarães Neto. n., 15-8-1925, terna do D r . João Joaquim Pizarro, lente
estudante de preparatorios. catedratica de historia natural da Faculda-
2 - 4:-Celia de Macedo Soares Guimarães, n., C.F.. de de Medecina e Diretor do Jardim Bota-
nico, e de D . Josefina de Almeida Pizarro,
12-6-1901, casada com o Dr. Fernando Gui--
marães, engenheiro civil e professor muni- irmã dos Drs. Daniel de Almeida, medico, e
Rufino de Almeida, engenheiro; neta mater-
cipal, filho do D r . Adriano Guimarães, ba-
na de Arthur Francisco Kastrup, comercian-
charel em direito pela Faculdade d a Bahia e te, e D . Guilhermina Range1 de Abreu Kas-
de D . Maria Anna Aschlimann, de origem trup, esta filha do Coronel Faustino de
suissa, neto paterno do desembargador Pe- Abreu. - D . Marilia, mocn distintissima,
dro Francellino Guimarães, do Tribunal de faleceu dois dias após o nqscimento do filho:
Apelação da Bahia, e D . Maria Magdalena
Gordilho Guimarães ; irmã do Conselheiro ?, - 1 ;-Sergio, n., D . F . , 8-4-1943.
D r . Adriano Alves de Lima Gordilho, pro-
2 - 6 :-Dr. Fabio de Macedo Soares Guimarães, n.,
fessor de anatomia da Faculdade de Medi-
C.F., 26-4-1906; engenheiro civil pela Esco-
cina d a Bahia, agraciado pelo Imperador D. la Politécnica do Rio de Janeiro; engenheiro
Pedro I1 com o titulo de Barão de Itapoan da Prefeitura de Vitoria, Estado do Espirito
(vj. Dicc. Intern. IX, pg. 5.214), casado Santo; professor de Geografia e Histeria, di-
com Marie Gordilho, de origem francêsa plomado pela Faculdade Nacional de Filoso-
Bisneto paterno de Antonio Augusto Gui- fia do Distrito Federal; assistente coodena-
marães, tabelião n a Comarca de Feira de dor das secções de Estudo do Conselho Nacio-
Safit'Anna, Estado d a Bahia, e D . Maria nal de Geografia, com o curso de aperfeicoa-
Rosa Barcellar Guimarães; e do Coronel mento nos Estados Unidos da America; au-
João Pedro Alves de Lima Gordilho, grande tor de trabalhos de geografia, notadamente
fazendeiro e D . Rosa Gordilho: pelo lado ao que se refere a "Nova Divisão Regional
materno de Augusto Henrique Aschlimann. do Brasil". - Casou-se com D . Marina Ri-
suisso e D . Margarida Barbett, de origem beiro Corimbaba, filha de Luiz Magaessi Co-
ingleza, e vive com as faculdades integras, rimbaba, agente d a Prefeitura e do Lloyd
aos 93 anos; filhos: Brasileiro e D . Antonieta de Saldanha d a
C,- 1:-Fernando Celso, n., 19-2-1925, bacharel em Gama Ribeiro Maggessi Corimbaba; neta
direito ; advogado,. paterna de Bento Thomaz Gonçalves Corim-
3 - 2 :-Celia Maria, n., 26-2-1928. baba, mordomo da Casa Imperial, e D .
Constança Guedes Pinto Maggessi Corim-
2 - 5:-Dr. José de Macedo Soares Guimarães, n., baba; neta materna do Conselheiro Claudio
em Icarahy, Niterói, 29-3-1903. Medico pela Manuel Ribeiro, Diretor do Banco do Bra-
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro sl e D. Januaria de Saldanha da Gama Ri-
(1925) ; atualmente assistente do Serviço de beiro, prima-irmã do Almirante Luiz Fb-
Profilaxia Geral do Departamento de Saude lippe de Saldanha da Gama: Fiilhos:
Publka do Estado de São Paulo; casou-se
com D . Marilia de Almeida Pizarro, filha 3 - 1:-Fabiola Noemia, n., nesta Capital, á 12 de
janèiro de 1938;
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOAH.ES 16s
168
., ---
3 - 2:-Fabio Celso, n., 1 7 de maio de 1939; Conselho Nacional de Geografia, casado corri
I). Marina Hibeiro Corirri batia. tecnica de
3 - 3:-Luiz Felippe, n., 1 5 de Agosto de 1941; educação.
&a sua descendência c u t a m - s e nove
D. Noemia de Macedo Soares Guimarães netos: Jose Celso, 1 . O Tenente ao Corpo da
faleceu em sua residencia á r u a Eduardo Armada; João Luiz, geógra~o-auxiliar ao
Guinle no dia 1 de marco de 1947. Do noti- Conseiho Nacional a e G e o g r a ~ i a ;Celso Apri-
ciario do "O Jornal do Comerciol" de 4 se- gio, estudante ao curso pre-engenriaria; r er-
m i n t e : - "A veneranda senhora. viuva do riando Celso, bacharelando de uireito; Le-
desembargador Celso Aprigio Guimarães lia Maria funcionaria aas hmpresas gletrl-
nasceu n a fazenda do Bom sucesso. munici- cas 6rasileiras; e os menores aergio, b a -
~ i deo Saquarema, então provincia do Rio hioia, Fabio Celso e Luiz 3'ilipe.
de Janeiro aue pertencia a seu avô materno Herdeira ue muitas qua~iuadesa e seu
Coronel Francisco Alvares de Azevedo Ma- pai, u Conselheiro Macedo Soares, sempre s~
cedo. E r a a filha mais velha do Conselheiro ulstingiu pelo espirito empreendedor, ener-
Antonio Joaauini de Macedo Soares. noste- gia, bom senso e amor ao trabalho, acompa-
riormente Ministro do Supremo Tribunal nhando como colaboradora dedicaaa toaa a
Federal, e de D . Theodora Alvares de Aze- vida de seu mar*do, em sua carreira de ma-
vedo de Macedo Soares. gistrado, desde quanao este Ioi juiz na en-
Casou-se a 25 de Janeiro de 1885. na tao provincia do ktio de J a n e ~ r oe no hstaao
Fdzenda do Bananal, em Ponta Negra (mil- do Mamnhão, até 1928, quando o mesmo ra-
nicipio de Maricá), com o d r . Celso Anrigio leceu no exercicio do catgo de desembargauor
Guimarães, então juiz municipal. A Fazen- presidente da Côrte de Apelação do u w r i t o
da do Bananal. fundada por seus bisavós Federal.
naternos em fins do século XVIII, foi o Cultora entusiasta da memória do8 seus
berço da familia Macedo Soares, e é ainda antepassaaos e das tradições de sua famil,tr,
hoje ~ r o p r i e d a d ede descendentes diretos dos salientou-se pelo espirito de soiidackdztde
SAIIS fiindadorea. aos parentes e amigos, partilhando c 9 in-
Do seu consórcio houve oito filhos: teresse e orgulho de seus trabalhos e suces-
Aprigio e Cecilia, falecidos em tenra idade; sos, ao mesmo tempo sempre disposta a as-
Antonio Joaquim, engenheiro civil, casado sisti-los com dedicaqso afetuosa em suas difi-
com D . Zenith Vianna Quintanilha ; Dora, culdades e tristezas.
solteira, professora de canto, laureada pelo Acompanhou sempre com especial cari-
'Instituto Nacional da Música : Celso Apri- nho tudo que se referia á região fluminen-
gio, Capitão de Fragata do Corpo da Ar- se de Maricá a Cabo Frio, orade viveu a sua
mada, recem-nomeado Prefeito de Niterói, familia desde os fins do século XVII e onde
casado com D . Maria Thereza Relfort. Roxo ela própria residiu durante sua juventude.
de La Roque ; Celia. casada com o enpenheiro 4í estabeleceu sólidas amizades, que slçtmpre
civil S r . Fernando Guimarães ; José, médi- cultivou e que relembrava constantemente
c i dc Departamento de Saude do Estado de com saudade.
São Paulo, viuvo de D . Marilia Kastrup de Dotada de sólida e variada c u l t u r ~ hau-
,
Almeida Pizarro; Fabio, engenheiro civil. rida em grande parte dos ensinamantos de
professor de Geografia e chefe de servfçc nn neu pai, suas preferências eram voltadas pa-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
170 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --171
ra a botanica, história, literatura e arte, des- , tornava extremamente querida pelo grande
tacando-se a música, que cultivava como bri- numero das mais notaveis familias da nossa
lhante pianista. Uma das maneiras predile- Capital. D . Judith, discipula do professor
tas de aproveitar os breves lazeres, que se Jeronymo de Queiroz, era nomeiada pianis-
apresentavam em sua vida plenamente devo- t a eximia.
tada aos seus, era a organização e a consul- 1 - 5:-D. Esther, n., no local acima, 5 de junho de
ta de seu arquivo particular, com interessan- 1869. Casou-se com seu tio Gastão Alvares
tes recordações de familia . de Azevedo Macedo, funcionario da E . E'.
Deixou a seus filhos, e a todos que com Central. Faleceu D. Esther á 22-2-1924;
ela conviveram, um grande exemplo ae no- Gastão Macedo á 25-12-1925 ; S. y. ;
breza de caráter, pureza de sentimentos, cor- 1 - 6 :-Henrique Duque Estrada de Macedo Soares,
reção de atituaes, distinção de maneiras, fi- n., na Fazenda do Hananal, residáncia do seu
delidade aos compromissos, dedicação á fa- avo paterno, o Ur. Joaquim Mariano de Aze-
milia e crença religiosa, recebendo aeles 15 vedo Soares, em 2U de outubro de 1870.
de seu esposo - que tinham por ela verda- Abraçando, por inclinação, a carreira das
deira veneração - carinho e devotamento armas, apos o curso secundario no colégio
sempre crescentes. Abilio (Abilio Cesar Borges, Barão de Ma-
O seu passamento, após pertinaz molés- cahubas) , matriculou-se na Escola Militar
tia, causou a todos grande consterliação, da Praia Vermelha, ainda no Imperio. -
tendo recebido a s homenagens de que era Dado ao esportismo, era considerado o alu-
merecedora. no mais forte da Escola.- Promovido a al-
feres-aluno, depois efetivado, servio no 31°
1 - 3 : - J u d i t h , l.anascida na Fazendola "A China", batalhão de infantaria, estacionado em Ba-
Araruama á 31 de março de 1866 e faleci- gé, Rio Grande do Sul, sob o comando do Co-
da mêses após. ronel Carlos Telles. - Seguindo com o seu
1 - 4:-Judith, 2." - n., no mesmo sitio, 6 de abril batalhão para a campanha de Canudoa, tor-
nou-se um bravo, como artilheiro, aq lado
de 1868; faleceu aos 24 anos, no estado dc
solteira ,na residencia de seus pais, á rua de dos colégas Manoel Felix e Frutuoso Men-
Santa Alexandrina, n . 24. "No vigor da des. - Jornalista e historiador, de seu apre-
existencia, expressa-se um dos orgáos da im- ciado livro - "A Guerra de Canudos" nar-
prensa desta Capital, quando naturalmente rativa veraz, de ciencia propria, transcre-
lhe sorriam os mais belos sonhos, ao mesmo vemos a seguinte pagina do ilustre oficial-
tempo que era legitima esperança de seus escritor: "Num dos primeiros dias de Se-
amorosos paes, molestia traçoeira arrebatou tembro, foi morto um individuo regularmen-
deste mundo a exma. Sra. d . Judith de Ma- te trajado e de boa aparencia, que impru-
cedo Soares, o encanto do lar feliz de que dentemente aventurou-se em andar a peito
era um dos mais distintos ornamentos pela descoberto, proximo ao flanco direito da
sua fina educação e qualidades moraes. São igreja nova, quando sucedeu o fáto. Ao tom-
muitas as saudades que deixa a simpatica bar o dito individuo, que depois se soube ser
moça, que tinha em cada uma das pessoas ò de alcunha Senhorinha, um dos chefes dos
que a conheciam uma amizade pelas delica- fanaticos, houve entre estes grande movi-
dezas fidalgas que a distinguiam, o que a mento de pavor e de lastima. - Muitos de-
172 NOBLLIARQUIA F L U M I ~ N S E
-
les, inclusive mulheres, tentavam arrastar o
corpo daquelas imediações; mas não o con-
seguiram, porque era preciso descobrirem-
se e, assim, diversos cairam mortos sobre o
companheiro. Isso determinou-se enraivece-
rem os fanaticos, que romperam forte fuzi-
laria; só ií noite puderam transportar o ca-
daver, que Ioi levado em rêde, em ruidosa
procissao, entre cantos e archotes para a se-
pultura. - Chegou um comboio, trazenao
sómente munições d'artilharia, uns 400 ti-
ros. Com esses e os já existentes foram re-
encetados os bombaraeios interrompidos. -
A igreja velha estava de todo esburacada,
mantendo-se de pe a s paredes principaes e
parte do corpo lateral, constituindo a sacris-
tia. E r a o de massa informe a aspéto ofere-
cido pelo vetusto e forte templo, quando vis-
to pelos fundos, onde o bombardeio causara
maiores estragos. A parte anterior, estava
relativamente conservada, porque, dos pon-
tos onde estavam os canhões, e r a impossivel
a t i r a q s e .paça lá. - A igreja do Bom Je-
sus perdera o magestoso frontespicio, fican-
do em lugar dele um largo rombo,. ou falha
de 20 metros. . O s andaimes estavam que-
brados, a s taboas oscilantes, tudo produzin-
do um amalgama fantastico. A' noite so-
bresaia o vulto enorme do templo, donde par-
tiam os clarões fugaces dos bacamartes do
inimigo, sempre fazendo das torres, inda de
pé na sua solidez de granito, constituindo po.
derosos baluartes, - As terriveis torres ha-
viam resistido á dois mêses e dias de bom-
bardeios; mas agóra cairiam, pois que, os
comandantes dos canhões postados na Cida-
dela, tinham deliberado a sua quéda. - A' Tenente Henrique Duque Estrada de Macedo Soares. - "O Heroe
d e O~anudos"
eles, de ordem do comandante em chefe, fo-
r a fornecida grande cópia de granadas para
o dito f i m ; entre elas, umas setentas fabri-
cadas n a Casa de Moeda, inteiriças, com
ponta de aço e destinadas a perfurar os cas-
cos dos barcos da esquadra revoltada em 6 de
(C. 15)
DRS. ANTs0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 173
panha. - Euclydes da Cunha no "Os Ser- ticia o acontecimento: "O Dr. Edmundo Sil-
tões", ed. 1945, cita os feitos do oficial Du- va, que ontem faleceu, depois de tres mêses
que Estrada de Macedo Soares, á pgs. 454 e - de molestia e sofrimento, era um dos mais
532. - Serviu, pois, ao exercito, como vero distintos representantes da classe medica
soldado, exemplo dignificante de patriotis- desta Capital. Mas não era só a medecina e
mo, de honra e amor profissional. Filhos: mais acentuadamente a ginecologia, especia-
lidade em que muito se distinguira, o cam-
? - 1:-Alice, n., a 26 de julho de 1901; po de sua inteligencia robusta e lucida. -
2 - 2:-Joaquim Mariano, n., 23 de abril de 1903, Era um talento tanto mais apreciavel quanto
ambos falecidos em tenra edade. mais variadas eram as suas manifestações.
- E entre as modalidades as mais brilhan-
I - 7:-Elisali de Macedo Soares e Silva, nascida tes de sua inteligencia aprimorada por uma
em Araruama, na chacara "A China", 12 solida cultura cientifica e literail-ia, é es-
de junho de 1872. Casou-se em 12 de junho pecialmente digna de destaque a de orador
de 1894 com o D r . Sebastião Edmundo Ma- que ele era, cintilante e corréto, conhecedor
riano e Silva, uma das mais robustas inteli- escrupuloso do vernaculo a que imprimia o
#mias do seu tempo, grande orador e pro- cunho original e forte de sua individualidade.
fessor de Botanica e ciencias naturaes no - Um dos documentos que ficam para ates-
Pedagogium, Distrito Federal e na Escola t a r o valor de sua eloquencia é o discurso
Normal de' Niterói. Quando estudante fez que, como orador da Maçonaria Brasileira,
parte do batalhão academico, tendo tomado proferiu na solenidade da posse de Quintino
parte no combate da Armação. Recebeu a Bocayuva, no elevado posto de grão-mestre
patente de tenente honorario do exercito por desta instituição. - Outra face não menos
serviços de guerra prestados na defesa da brilhante, do talento do Dr. Edmundo Sil-
legalidade. - 1893-94 : - Filho de Joaquim va, revelou-a ele no magisterio, em que na
José Mariano da Silva, n., em 25 de juIho qualidade de professor de historia natural,
de 1832, municipio de Rio Claro, e de D. deixa não s6 na saudosa lembrança dos dis-
Maria Candida da Silva, natural do munici- cipulos, como ainda na profunda estima e
pio de Angra dos Reis, em 23 de fevereiro de consideracão dos coléeaq 1 1 n 1 tracn l ~ r n i n o w
1846; fazendeiros em Barra Mansa, onde e duradouro. Pena é que tão moço ainda te-
nasceram seus filhos, seguiram 1892 para o &a sido implacavelmen'te arrancado pela
Oeste de São Paulo, onde, a exemplo de Pe- morte ao seio da familia e a sua atividade
reira Barreto, foram desbravadores da ter- cientifica e clinica. . . - Vindo para o Rio
ra roxa, abrindo e construindo moderna fa- de Janeiro, aqui estudou humanidades no
zenda de café. Faleceram Joaquim Mariano, Mosteiro de S . Bento e no Externato He-
na sua fazenda, no Sertãozinho, Ribeirão wett. Concluidos os preparatiros, matriculou-
Preto, 13-6-1906; e D . Maria Candida, em se em 1892 na Faculdade de Medecina, onde
São Paulo, á 20-9-1941, com 95 anos. O Dr. concluiu, com raro brilhantismo o curso
Edmundo Silva nasceu em 3 de outubro de médicocirurgico em 1895, apresentando mag-
1869 e faleceu, em sua residencia, á rua nifica tése de doutoramento sobre - "€lua-
Haddock Lobo, n. 25, á 14 de janeiro de rentenas e higiene no Rio de Janeiro". -
1909, aos 39 anos. - Foi sentidamente o A sua vida academica se realça por varias
desenlace. O "O Paiz" do dia seguinte no- fátos, entre os quaes cumpre não olvidar a
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. D E MACEDO SOARES 178
178 NOBILIARQUIA FLUMINENSE .-
parte decisiva que tomou na revolta de 6 de Ur. Edmundo Silva logrou a divulgação e
setembro, colocando-se ao lado da legalidade consequente ampliação ae sua patriotica con-
ameaçada e praticando átos de denodo e bra- cepçao, - as linhas de tiro -, ponto de
vura que muito relevo deram ao seu nome, partida para o sorteio militar, a reserva ao
os dos muitos bravos do batalhão academico. exercito, o centro de preparaçao de oIiciaes
- Estava no seu segundo ano-médico, quan- cxo exercito (C. l-' .O . i$, ) , que tão brilhante
do se apresentou candidato a uma vaga, a aLuaçao acaba de demonstrar em campanha
de historia natural, n a Congregação da Es- enrrentando o mais poderoso dos exerc~tos
cola Normal de Niterói. E tão brilhantes fo- no territorio italiano ! Foi um precursor ! lu ao
ram as suas provas nesse concurso que os se lhe arrebate o merito! Beixou o saudosci
demais candidatos desistiram de lhe dispu- clinico, dois Iilhos e três Iilhas:
t a r a cadeira que tão justamente conquistá- 2 - 1:-Dr. Edmundo de Macedo Soares e Silva, ri., .
r a . - Adquiriu com perseverante estudo e na Capital Federal, 9-6-1901; curso de nw
auxiliado pelo seu talento de escól, conheci- mmiaades no Colégio Militar, notas dis~in-
mentos cada vês mais profundos na discipli- tas; curso superior na Escola Militar, 1." da
na que professorava, a ponto de ter sido turma de engenharia, galgou desde logo 0
convidado para substituir na Faculdade de posto de 2 . O tenente e instrutor da arma de
Medecina ,o ilustre naturalista Doutor Joa.
quim Pizarro. - Casou-se com D . Elisah de
engenharia; com o fracasso da revolta de
1922 seguiu para a Europa, onde, em Paris,
Macedo Soares e Silva, filha do integro ma- matriculou-se na "Ecole de Chauffage I n -
gistrado e saudoso homem de letras, conse- dust~iel", tendo alcançado o 1 . O lugar na
lheiro Antonio Joaquim de Macedo Soares. sua turma; adido militar da Delegação do
ministro do Supremo Tribunal Federal. - Brasil nas homenagens ao General Giuseppe
Eha tambem o Dr. Edmundo Silva, um deci. Garibaldi, por ocasião do quinquagesimo ani-
di& esportista, tendodse distinguido como versario de sua morte, bem como na inau-
atirador emerito. Poucos dias antes de adoe- guração do monumento á Anita Garibaldi,
cer tinha sido vencedor em um campeonato em Roma, em 1932; adjunto a representaçáo
de tiro. A proposito de episodios de caqa, dÒ Brasil á Conferencia do desarmamento e
publicou no Brasil-Sport encantadores tre- ao Conselho de Administração do Bureau In-
chos literarios. - O Conselho Diretor do temaciona1 do Trabalho, em Genebra, sob a
Tiro do Leme, logo que chegou na séde 2 chefia do S r . Embaixador José Carlos de
dolorosa noticia do passamento do presiden- Macedo Soares (1932) ; membro da missão
te efetivo dessa ' sociedade, Dr . Edmundo general Leite de Castro, na França, Belgica
Silva, oficiou ao diretor-militar, para que e Alemanha (1930-1931) ; chefe do serviço
fossem, em sinal de pesar, suspensas os exer- técnico do arsenal de guerra, na Ponta do
cicios do tiro no Stand do forte Guanaba- Cajú ; construiu a fabrica de projetis de ar-
ra, e á noite no Quartel da Avenida Mem de tilharia, em Grajaú; sub-chefe do gabinete
Sá, n . 23, e conservar o pavilhão em fune- do ministro da justiça, o S r . embaixador J.
ral até a missa do 7.O dia. O Tiro de Leme C. de Macedo Soares (1937). - Especiali-
será representando no enterramento do sau-
sado em metalurgia e industrias correlatas,
doso D r . Edmundo Silva, pelo membro do
Conselho Diretor Dr. Victor de Mattos Rud- professa essa cadeira na Escola Técnica dù
ge". - Com a criação do Tiro do Leme, o Exercito. - Ideou, planejou e construiu a
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE BiACEDO SOARES 181
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
__ -
_. __-. - --
- -
de 1946, quando a s condições excepcionaes
grande Usina Siderurgica em Volta Redon- do comportamento de nosso carvão mineral,
da - (1941-1946). -
O ilustre jornalista relativamente a suas propriedades coqueirl-
J . E . de Macedo Soares, redator do "0 Diá- cantes foram praticamente confirmadas ; a
rio Carioca", em artigo de fundo, de 21 de primeira entrega dos produtos de Volt a Ke-
A
sobre nossos mares, outros brasilgircs cheios e ~ d m u n d ode Macedo Soares e Silva. O pri-
de f e patriotica trabalham com ardor na meiro valiosamente contribuiu para o e x m
.
construçáo da grande obra. , Uentro ue cia iniciativa com a respeitabilidade do set,
poucas semanas, entrará em funcionamento o iiume, e singular prestigio de sua ieputaçao
primeiro laminador instalado no Brasil para rinauiceira e o seu patriotico desinteresse.
a rabricação de chapas grossas de aço. Isso Ueu o segundo ao pais, em dedicaçao, em dis-
signirlca que, até dezembro, do corrente ano, cortirqio, em competencia especirka, toaos
Volta Kedonda estará em condições de produ- os conhecimentos acumuitdos durante uma
zir uma gama de utilidades ainda não rabri- vida de estudos, obscura, exe'mplar e perse-
cadas no Brasil, não somente quanto a di- verante. - Se a nação deve ao br. Getulio
mensões, mas tambem quanto a forma e a Vargas o apoio de sua autoridade ao empre-
finalidade do seu emprego '. - O "O Jornal endimento e ao atual Chefe da Nação, Ge-
uo Commercio" rias Várias Noticias, anota: neral Eurico Gaspar Dutra, a compeensão
"Com a inauguração oficial da Usina de Vol- da necessidade de levá-lo a termo com rapi-
ta kedonda, ontem realizada, na presença do dêz e dec~siio,incontestavel é que a marcha
Chefe da Nação, instala-se oticialmente no da idéia, para a realidade, se apoiou, preci-
Brasil a grande indústria siderúrgica. - puamente, na ação daqueles dois ilustres bra-
Nenhum acontecimento é mais significativo siieiros, secundados nesta fase final pela
do que esse para a economia nacional, na colab0ra~á0competente do S r . Coronel Sil-
vigéncia do regime republicano, O Brasil vio Raulino de Oliveira, todos com retidão,
inicia auspiciosamente a decisiva etapa da segurança e discernimento, indefessamente
industrialização, imprescindivel para que se postos ao serviço da Pátria, para que Voltb
torne uma potência no sentido politico; uma ktedonda não fosse um sonho de visionário,
genuina expressão de grandeza, no dominio afirmando-se hoje, de maneira pujante, na
economico; um pais de significação militar realidade que dentro de pouco tempo incor-
apreciavel. - Podemos dizer que nessas porará o Brasil ao conjunto das grandes na-
tres zonas de influência se acham situadas ç6es industriais do mundo (1). E' possivel
as possibilidades de um povo, para preen-
.
cher na face da terra destino relevante.. - (1, I i e alto valor histórico, o discurso seguinte. em r q m -
t a á saudação do Coronel Silvio Paulino de Oliveira, in :O Estadol1,
Temos, o dever de proclamar que a grande si- de 17-5-47: "Respondendo a saudaçáo, diwe o coronel Eümundo de
derurgia representa, inquestionavelmente, Macedo Soares e Silva que, numa tarde de junho, em Paris no ano
fie 1925 encontraram-se dois brasileiros. por acaso. Um, cuny>rlndo
um grande serviço prestado ao pais pelo S r . c seu dever numa comias&o do Exército; outro, exilado em vlrtuucie
Getulio Vargas, não só pelo apoio que as- de cincunstancias paliticas. Conversaram muito &bre os principal&
problemas do Brasil, concordando que o mais urgente era o de apro.
segurou ao exitô da unica solução ajustada veitamento das grandes reservas sider\lrgicas do território pcitrla,
Irmbrandcl-se do que escrevera Ellsio de Csrvaiho em sezi livro in-
á defesa dos interesses nacionais, conforme titulado: - "Brasil, Potência Mundial". Dos dois patrlcloo, o enttlo
varias veses aqui assinalamos, antes mesmo oapibáo de engenharia, era atual presidente da Companhia Stcle-
rúrgica Nacional: e o outro tenente de engenharia, exilado. era o atual
de constituida a comissão executiva encarre- crovernada do Estado do Rio. Como 6 caprichoso o destino dos
gada de planejar o empreendimento, mas, homens - acrescentou. Dai em diante foram cOlOCand0 peara sobre
pedra, a principio para =mar v0nta.m e aptidbes, e, por flm. pttra
caracteristicamente, pela felicidade com que obter recursos necessarios para realisar u m grande sonho: a
grannie siderurgia no Brasil. A p r i n c l ~ i o foi conseguida a
buscou, no campo financeiro e no campo téc- iabrieac&o dos primeiroo projetls de artilharia, de aço do
nico, duas personalidades que ficam tambem Brasil rumlido com os min6rios extraidos das entranhas
do solo brasileiro. Foi estabelecido um eecritório nos Estados Uni-
vinculadas á obra singular, de modo indele- dos e o meu problema seguinte fM trazer para a Companhia que
.
vel Referimo-nos aos Srs. Guilherme Guinle #c! fundava, o já então coronel Raulino de Oliveira Trouxe;-o para
184 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--- -
de, competência dedicação á frente dos ne- O "Conselho Rodoviário" vem realizan-
g o c i o ~desse Ministério. E valendo-me do do, no breve periodo de sua existência, um
ensejo, congratulo-me com V. Ex. e com o trabalho notavel que muito concorre para
Estado do Rio de Janeiro pela escolha de seu facilitar a obra do Departamento Nacional
ilustre nome para candidato do P.S . D . ao de Estradas de Rodagem e a coordenção dos
govêrno constitucional do mesmo Estado. planos rodoviários dos Estados.
posto em que terá ocasião, uma vês eleito, de A ligação entre si das diferentes rêdes
continuar a bem servir á causa publica, como ferroviárias do Norte do pais foi continuada,
o vem fazendo de longa data, no Exercito e sob a direção do Departamento Nacional de
em f u n ~ õ e soutras, ligadas á Administração Estradas de Ferro apezar de todas as difi-
do Pais. Formulando sinceros votos pela sua culdades do momento. Do mesmo modo, a
felicidade pessoal, tenho a satisfação de Estrada de Ferro Central do Brasil ~ ã o
subscrever-me com o mais elevado aprêço de cessou os trabalhos de construção de varian-
V . Excia. - a ) Eurico Gaspar Dutra. - tes nas linhas do Centro e no ramal de S.
Na mesma data, transmitindo o cargo ao Paulo, devendo, tambem, inaugurar em De-
Sr. engenheiro Luiz Augusto da Silva Viei- zembro o prolongamento do trecho Montes
ra, chefe do gabinete que responderá pelo ex- Claros-Monte Azul, na fronteira bahiana.
pediente do mesmo ministério a t é a nomea- E m menos de dois anos, se não faltarem os
ção do novo titular, o Coronel Macedo Soa- recursos indispensaveis, teremos assegurada
res pronunciou o seguinte discurso : a continuidade da bitola estreita entre Belo .
Horizonte e Salvador.
"Engdnheiro Luiz Vieira. Minhas Se-
Os serviços a cargo dos Departamentos
nhoras. Meus Senhores :
de Obras e Saneamento e de Obras Contra
Ao assumir meu posto neste Ministério a s Secas prosseguiram devendo ser realçado
há oito meses e meio tive oportunidade de o Convênio assinado com o Rio Grande do
enunciar um programa geral de trabalho Sul para a execução, por intermédio do De-
que, a meu ver, deveria ser realizado para partamento Nacional de Obras e Saneamen-
permitir á Nação produzir e movimentar
to, de importantes obras hidráulicas, que fi-
riquezas. giiram no plano de eletrificacão do Estado.
Embora não pitetenda neste momento
fazer uma exposição completa da minha ges- De uma maneira geral, meu pensamen-
tão, desejo afirmar que miriha preocupação to sempre foi: a ) Assegurar a continuidade
constante, durante o lapso de tempo em que dos planos existentes; b) programar com
aqui permaneci, foi lançar a s bases da exe- maior rigor, no tempo, os trabalhos e reali-
cução desse programa. E m todos os depar- zar, a fim de permitir a organização de pla-
tamentos técnicos do Ministério faz-se uma nos financeiros; c) assegurar a aquisição de
revisão de planos anteriores, a f i m de serem material, tanto quanto possivel com a ob-
continuados ou atacados os trabalhos mais tenção de créditos no estrangeiro.
urgentes, visando atingir objetivo referido : O programa geral a realizar foi reunido
mobilidade d a produção. num relatório que servia de base á s nego-
A Comissão nomeada para rever o "Pia- ciações de um empréstimo nos Estados Uni-
no Geral de Viação" continuou seus estu- dos, operação que já está autorizada nesse
dos que, já agora, se aproximam do fim. pais s cuja realização depende, agora, de en-
190 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 191
-
tendirnento final com o Banco de Exportação peito convem sublinhar, ainda uma vez, que
e Importação, de Washington. só há um meio para conseguir o baratea-
Essa primeira parte de minha atuação mento das tarifas de transportes: melhorar
no Ministério teve a duração de quatro me- as condições técnicas das estradas, dotá-las
ses, pois, a I de Junho, na capital america- de bom material fixo e rodante e cuidar do
na, pude entregar ás autoridades compe- pessoal, elevando o seu preparo técnico e ni-
tentes o relatório e um plano de trabalhos veI de vida.
para cinco anos, justificando a solicitação A reestruturação do funcionalisma do
do empréstimo. Dois meses mais duraram. Ministério se fez sem a supressão de ear
nos Estados Unidos, as discussões de ordem aos técnicos e a adaptação da Fábrica Na-
técnica. e cional de Motores foi objeto de longo estudo
Imediatamente apds meti regresso cui- apresentado ao S r . Presidente da Republica.
dei com afinco do preparo do orçamento Aproveitando situação excepcional, pu-
para o próximo ano, a fim de que ele pudes- deram ser adquiridos para o porto do Rio
se, em tempo oportuno, ser apresentado ao uma cabrea, flutuante de 60 toneladas e quin-
Congresso. Na elaboração desse documen- ze guindastes de 5 toneladas. Muitos outros
to houve sempre a preocupação de atender materiais, todos excedentes de guerra. já fo-
5s urgentes necessidades do paiz no aue se ram ou estão sendo igualmente adquiridos
refere a transportes, saneamento e defesa por uma Comissão na Eurosa s a r a OS
contra as secas. Foram pedidos, tambem, OS DNER, DNOS, DNEF s DNOCS.
elementos essenciais Dara melhorar os servi- Os recursos do próximo orçamento e os
ços de Correios e Telegrafos, cuias neces- que foram oriundos de créditos estrangeiros
sidades prementes precisam ser satisfeitas. a permitirão, mesmo na conjuntura dificil que
estamos atravessando, realizar. neste Minis-
fim de que o pafs possa ter os beneficias de
um sistema de comunicacão á altura de suas tério obra util. Os homens para dirigi-la
existem e será sempre um grande prazer,
necessidades. para mim relembrar a competência com que
Muitos outros trabalhos foram realiza- vi discutidos pelos técnicos desta Casá os
dos, salientando-se: a colaboracão com o Mi- mais dificeis problemas e a dedicacão. que
nistério do Trabalho no sentido de reajustar êles põem. na realização dos trabalhos que
os vencimentos dos portuários e ferroviários Ihes incumbem.
ao nivel atpal do custo da vida, a reestrutu- Durante os últimos meses, houve a en- '
ração do funcionalismo do Ministério, os es- Qrentar um importante problema d~ admi-
tudos para a adaptação da Fábrica Nacional nistração que foi o da encampaclo da anti.
de Motores a uma tarefa normal de tempo ga "São Paulo Railway", hoje "Estrada dp
de paz. Os reajustamentos de tarifas foram Ferro Santos a Jundiaí" Assunto discutido
feitos de acordo com as propostas dos órgãos há muitos anos, suscitou interessante contro-
t6cnicos competentes e tiveram, exclusiva- vérsia, nBo quanto á necessidade da encam-
mente ,o objetivo de fornecer recursos para pacão, mas quanto á maneira de fazê-la. A i
o inadiavel aumento de salários de funcio- publicação do contrato de 1856 e da nova-
nários e trabalhadores colocados em situa- cão de 1895. bem como as ex~Iicaçõesque
ção angustiosa pelo encarecimento das uti- foram fornecidas ao público através da im-
lidades mais essenciais á vida. A êsse res- prensa, esclareceram, segundo penso, sufjci-
192 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 193
..
a
entemente, o assunto. A operação está sendo Wencesláu Braz (1) e o Deputado Octaric
realizada normalmente e t r a r á como é sa- Mangabeira são figuras que já transpuze-
bido, enormes vantagens a economia brasi-
r a m as fronteiras dos seus Estados, para
leira no Estado de São Paulo.
afirmar-se no panorama nacional como valo-
Desejo despedir-me dos funcionários do res altamente representativos de inteligên-
Ministério. Sou grato a todos pelo muito que cia, capacidade e realização. São todos três
fazem em pró1 do serviço público. Daqui saio expoentes de confiança, pelo merecimento
mais confiante nos grandes destinos do Bra- próprio, dignos dos mais altos postos públi-
sil. E', efetivamente, com dedicação, lealda- cos na vida brasileira.. . Possa o Brasil en-
de e competência que se constroem a s gran- contrar, para os demais Estados da federa-
des nações e essas qualidades não faltam nos ção, nomes desse conteúdo público e estará
que servem nesta Secretaria de Estado. assegurada a tranquilidade dos que anseiam
Quero, ainda, dirigir mais um agrade- por ver preservadas a s nobres tradicões de
cimento aos que participaram do meu gabi- liberdade, de honradez e de cultura do nosso
nete. Nas longas horas de trabalho em que, passado politico" .
diariamente, juntos, nos empenhamos, nun- E esses anceios foram satisfeitos. Reil-
c a lhes notei hesitação no conhecimento dos nidos, em memoraveis convenções, o partido
assuntos a seus cargos e nunca Ihes senti Social Democratico (P.S .D. ) á 19 de no-
fatiga. vembro de 1946, sob a presidencia d o S r .
Comandente Ernani do Amara1 Peixoto, e
Engenheiro Luiz Vieira: á 22 seguinte, a União Democratica Nacio-
Tanho a honra de passar-vos, neste nal (U. D .N . ) sob a presidencia do Sr. Em-
momento, a direção do Ministério da Vi- baixador D r . Raul Fernandes, proclamaram
ação e Obras Públicas". o S r . Coronel D r . Edmundo de Macedo Soa-
res e Silva, candidato, nas proximas eleições
E a proposito das ótimas soluções con- que terão lugar á 7 3 de janeiro de 1946, ao
seguidas, dado o apoio inicial de compreen- cargo de Governador do Estado do Rio de
siva boa vontade por parte do preclaro Che- Janeiro.
f e da Nação, no campo partidario dos Es-
tados do Rio, Minas Gerais e Bahia, o "O O engenheiro Edmundo de Macedo Soa-
Jornal do Commercio", com aquela autori- res e Silva mereceu o apoio de todos os par-
dade que lhe dá a liderança da nossa im- tidos que lograram representação á Assem-
prensa, comenta em "Noticias Varias", de bléia Constituinte fluminense . Nas eleições
27 de outubro de 1945: "Vimos, com sur- de 19 de janeiro recebeu 250.350 votos. en-
preza, surgir nesses cenários regionais de quanto seus competidores obtiveram apenas.
marcada relevância a s perspectivas tran- 9.163 e 1.548, respectivamente. Proclama-
quilizadoras trazidas por três nomes real. do Governador, em sessão do Tribunal Ilegio-
mente notaveis, escolhidos, com a mais alta na1 Eleitoral realisada á 14 de fevereiro, o
isenção patriótica, para o governo consti- D r . Macedo Soares e Silva tomou posse.
tucional que ali se organizará, no pleito es-
dual de 19 de janeiro proximo. O Coronei
( 1 O h . Wenceslbu Braz não mereceu o esperado apoio dos
Edmundo de Macedo Soares e Silva, o Dr. scus conterraneos; saiu vitorimo o Dr Milton Campos, deputado
federal e candidato da oposiçb.
DRS. A N T . O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 195
--
194 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
mente reguladas em lei. N a data de hoje,
em que se comemora o qurnquagésimo sextr~
como Governador eleito, perante á Assem- aniversario d a adoção no Brasil do regime
bléia. n a sessão de instalação, em seguida a republicano presidencialista, expresso na
eleição da mesa, realisada á 24 do mesmo C;onstituiçâo de 24 de Fevereiro de 1891, de-
mês. Recebendo o governo do senhor inter- sejo manifestar o entusiasmo que sempre ex-
ventor D r . Alvaro Rocha Pereira da Silva, perimentei por essa forma de Govêrno.
provecto advogado, S. Excia., por ocasião Quanto mais tenha tido oportunidade de vi-
d a transmissão do cargo, pronunciou o se- ver no estrangeiro e de observar o funcio-
guinte discurso, ora constante dos anais da namento das instituições de outros palses,
Assembléia, por proposta do deputado Hi- mais me convenço de que a Federação, sob L.
~ o l i t oPorto : rorma republicana presidencialista, e a q w
"Há cinco meses apenas a Assembléia, mais se adapta a s nossas condições. A ~ i x a -
eleita pelo povo brasileiro, concluiu seus tra- ção do periodo de govêrno do chefe do hxe-
balhos como Constituinte, e teve, pela sua cutivo e a existência dos três poderes, har-
Mesa, promulgada a Constituição que hoje mônicos e independentes, garantem a esta-
rege os destinos do nosso país. Vimos todos bilidade do regime em épocas politicamente
acompanhando, com interêsse patriótico, a dificeis, assegurando, ao mesmo tempo, uma
integração do Brasil num regime adequado ás administração fiscalizada, mas que pode ser
aspirações nacionais e á cultura que já atin- exercida com relativa autonomia. A inde-
gimos. A solenidade, que agora realizamos, pendência que tem o chefe do Executivo em
é uma das etapas de nossa constitucionaliza- relação aos partidos, não impede uma atua-
ção; é, desde já, mais uma etapa vencida. ção importante e decisiva desses n a admi-
Não é por acaso que o Estado do Rio é a nistração, não só por intermédio dos mem
primeira unidade d a Federação a ver insta- bros do Legislativo, que sairam dos seus
lada a sua Assembléia e empossado o seu quadros, como dos seus afiliados que possam
governador. Assim o quiseram os fluminen- exercer postos executivos. E' verdade que
ses. Tivemos um pleito notavelmente dirigi- as virtudes dos principios podem não 9e re.
do pela Justiça Eleitoral, a que desejo, neste velar acentuadamente n a prática corrente.
momento, prestar homenagem, fazendo uma porque homens são os que os interpretam e
referência particular aos eminentes membros põem em execução. Do valor intelectual dos
do Tribunal Regional, e, especialmente, ao que ocupam patriotismo e interêsse pelo bem
seu ilustre presidente, desembargador Fer- público, postos eletivos ou administrativos e
reira Pinto, que' não poupou esforços no sen- do seu depende, em grande parte, a excelên-
tido de concluir os trabalhos o mais depreu- cia do regime.
s a possivel. A lisura do pleito, o elevado es-
pirito dos candidatos e o admiravel "fair Não há dúvida que, no sentido da seleção
play" por êles demonstrado, facilitaram a de valores, para os cargos públicos, progre-
apuração que poude ser terminada rapida- dimos muito. Tenho ouvido de homens ex.
mente. A população fluminense deu mais perimentados a observação de que o presen-
uma demonstração cabal de sua notavel tra- te Congresso Nacional representa um grande
dição politica e da sua vocação para se go- avanço sobre o de 1934. Na representação
vernar dentro de um regime de liberdades estadual encontram-se, neste momento, reais
democraticas e de responsabilidades estrita-
196 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 197
Macabú e Glicério em potencial hidraulico. r á com vultoso material, que, a ser então re-
Apresenta, então, o ilustre professor subs- vendido, importara na recuperação de um
tancioso relatorio sobre a exequibilidade do minimo de Cr$ 25 .000.000,00. Este empre-
plano da construção da Central de Macabú. endimento verdadeiramente ciclopico contri-
O diligente Interventor, Sr. Comandante Er- buirá por decuplicar a renda pubiica e den-
nani do Amara1 Peixoto, manda abrir con- tro, em breve, ver-se-a resgatado o capital
currencia, e, em março de 1939, a "Bratac" nele invertido. Por certo esses ligeiros tra-
empreza japoneza, obtem a preferencia me- ços não comporta uma descrição minucio-
diante o orçamento de Cr$ 38.000.000,00. sa do grande parque industrial que nos ofe-
Mas a Bratac não suportou os encargos; rece a Usina de Macabú, auspicroso centro
quedou-se ineficiente. O Major Helio que com cerca de 12.000 habitantes. Em linhas
vinha acompanhando, de perto, os trabalhos gerais transcrevemos o que a respeito publi-
dos engenheiros j aponezes, determinou-se a ca a "ltevista do Comercio", janeiro de 194b :
avocar a direção da empreza. Sobrevem a "O plano Macabú-Glicério, coordenado e
guerra, dificuldades de toda a ordem e o jo- executado pela Comissão da Central de Ma-
vem engenheiro brasileiro, de 32 anos, as- cabú, baseou-se na ideia da transposição das
sume a responsabilidade de obra de maior aguas do rio Macabú para o vale uo filo
vulto jámais empreendida por qualquer Es- S. Pedro, por meio de um tunel cavado em
tado. E ei-10 residindo com sua familia em rocha viva, tunel este que, quando concluido,
local sem o menor conforto, com as vestes terá uma extensão de 5.464 ms. 80 x, - per-
de operario, lavrando e dirigindo para mais to de 6 quilometros! A êste plano, um outro
de 3.000 trabalhadores. Com larga visão de se seguirá, qual seja o do aproveitamento
quem conhece profundamente a organização hidroelétrico do rio Itabapoana, estimado em
de tais emprezas, tratou de ampliar o pro- cerca de 70.000kw. Este total da 76.000kw
grama, em execução, para atender as neces- somados aos 33.000 kw. de Macabú-Glicerio,
sidades, não já de Campos e municipios cir- quando estas ultimas usinas atingirem o seu
cunvizinhos, mas de todo o norte fluminen- máximo, formarão um total de 109.000kw
se, de Araruama ao ponto final de Itaperu- a serem distribuidos pelo Norte do Estado
na, de Macaé ao Carmo, passando por Fri- do Rio.. . A primeira fase do plano, ou seja
burgo, e ultrapassando nossos limites para o aproveitamento hidro-elétrico dos rios Ma-
servir a larga zona dos Estados de Minas cabú-Glicério, dando origem a a usinas de
Gerais e Espirito Santo. Estudioso, inteli- Macabú e nova usina de Glicério, já se en-
gente, profundo observador, soube o enge- contra em grande adiantamento, prevendo.
nheiro Helio aproveitar os ensinamentos que se para o primeiro semestre do corrente ano
adquirira no4 centros industriais da Alema- a sua conclusão. Entre os dois vales, o do
nha, Italia, França, Suissa e Norte Ameri- rio Macabú e o do rio São Pedro, o primeiro
ca para antever as dificuldades de transpor- a 600 e o segundo a 300 metros acima do ni-
te e consequente alta dos materiais de cons- vel do mar, passa a linha divisoria de um
trução. Dirige-se ao mercado e pessoalmen- contraforte da Serra do Mar, obstaculo oru-
te, sem intermediarios, logra adquirir gran- grafico este vencido pelo tunel em vesperas
de copia de material e sobressalentes para de total perfuração. As aguas conduzidas
a Usina, a baixo preço. Terminada a cons- através o tunel encontrarão na represa do
truçíio da Central de Macabú o Estado fica- Macabú uma queda de 330 metros. Depois
202 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
com prioridades especiais nos EE. UU. ) e tino administrativo, faz nascer o turismo,
á redução das despezas de administração. O fonte apreciavel de renda, tão cuidadosamen-
preço médio da energia nos bornes dos con- te explorada pelos mais adiantados paises
sumidores a baixa tensão, isto é, o preço da Europa. Aproveita as nossas belezas na-
médio dos sistemas até a rede de baixa ten- turais, mais empolgantes que as do sul da
são é de cerca de Cr$ 10.000,OO por qui- França, e contrói as cidades de Araruamr
lowatt. Prevê-se em Macabú a despeza finai e de S . João da Barra, com modernos e atra-
de Cr- 160.000.000,00 para a ultima eta- entes hotéis com aquelas linhas turisticas
pa, que corresponde á distribuição de 33.000 dos das praias do mediterraneo e mar do
kw com perdas de 13% ou 28.700 kw. Daí norte, desenvolve a encantadora Cabo Frio,
o preco médio de cerca de Cr$ 5.600,00 por dando enfim, aos fluminenses e cariocas
kw. E' quase a metade do preço comum nos aquele desejado e confortavel descanço do
aproveitamentos atuais . Explica-se, portan- fim de semana.. . Outro problema que en-
to, porque Macabd-Glicério, realizada dentro frentou foi o da saude publica e o da edu-
das anormalidades econômicas oriundas da cação. Saneou grande parte da baixada,
guerra, pode, graças a prioridades e as me- abriu rios e canais, construiu centros de
didas tomadas antes do conflito. enfrentar e saude, inumeros predios escolares, parques
vencer a super-valorização, e, consequente- e colonias de férias para a nossa infancia
mente, impedir a alta do preço por kw. con- desnutrida. A rêde de predios escolares é
seguidon. das modernas do pais. Até 1937 os prédios
O engenheiro Helio integrado na admi- escolares atingiam apenas a 86. Sob a ges-
nistração, no gôso, felizmente, de ótima sau- tão Helio subiram a 200. Construiu 45 es-
de, moço, multiplica-se em empreendimentos colas tipicas rurais e cerca de 60 grupos es-
outros necessários á conjuração da crise. O colares, correspondendo aproximadamente a
desanimo dos lavradores, estagnacão da 600 classes e abrigando em dois turnos
lavoura, resaltavam da falta de estradas 48.000 escolares. Sem preierencias regio-
proprias ao transporte. Formulando o di- nais ou qualquer interesse de ordem politi-
ficil problema, o engenheiro Helio, com a ca ,mas a difusão da instrução, diminuir ao
colaboracão competente do Dr . Saturnino minimo o analfabetismo, atendeu o governo
Braga, programou magnifica rêde rodovia- os municipios grandes e pequenos, cidades
ria em ordem a atender as ligações do Es- próximas ou distantes dos grandes centros.
tado aos de São Pmlo, Minas e Espirito San- Paratí, Itacurussá, Itabapoana, Itaperuna e
to e dos municipios entre si. Melhora con- mais 15 municipios do interior, foram con-
sideralmente a Rio-São Paulo e a Rio-Petro- templados com amplos e modernos grupos
polis. Constroi estradas tronco como a Ni- escolares. Um dos ultimos, situado em Juru-
terói-Campos ; a litoranea, Niterói-Macahé ; juba, tendo por patrono o inolvidavel e ta-
a de Barra Mansa a Angra dos Reis, a de ientoso educador Fernando Magalhães, foi
Itaboraí-Rio, contornando a bahia, passando belo presente aos pescadores e lavradores,
por Magé. Acessos que levavam todo o dia pequeninos e humildes, mas sempre dignos
como o de Campos, fazem-se em poucas ho- da atenção do governo. Com 5 classes, po-
ras. A terra fluminense desprezada de todos, derá ter mais 5 no futuro e para isso foram
desvalorizada, sobe a preços tentadores. previstas as fundações. O seu custo á razão
Como resultado, o D r . Helio, dotado de alto de Cr$ 565,OO por metro quadrado é mais
206 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 207
-- - - --
uma prova da capacidade d a engenharia flu- Antonia Terra de Azevedo Lima, fazendeiros
minense, que abriga a Divisão de Obras P u - em Itabapoana ; Filhos :
blicas, sob a direção do engenheiro Arêa
- 1:-Edmundo Henrique, n., (C. F. ) , 6-12-1!M4 ;
Leão e do arquitéto Orlando Campofiorito,
cujos trabalhos foram citados no "Arquic- :i - 2 :-Luiz Carlos, n., (C . F . ), 2-2-1942.
tural Forum", com palavras de aplausos. To- 3 - 3 :-Helio Marcio, n . ( C . F .) 5-11-947.
das a s comodidades dos grandes grupos fo-
ram previstas, quer para o ensino, quer para 2 - 3 :-Maria Elisah (Maisa), nascida na Capital
:i administração, quer para os serviços mé- Federal, casada com o oficial de marinha e
dicos e dentários . Amplo refeitorio, amplo industrial Carlos de Carvalho Rego, antigo
recreio coberto, com 300ms2, area para edu- oficial de gabinete do ministro das relações
cação fisica e jogos a razão de 10ms2 por exteriores e da justiça, o Sr. Embaixador
aluno, inclusive praia privativa, completam Macedo Soares, filho de João Francisco de
o prédio. O major Kelio, infatigavel, jámais Carvalho Rego, alto funcionario do Tribunal
recusou seus serviços quer ao Estado, quer de Contas, e de D . Ottilia Ferreira Rego:
a União. Além dos seus afazeres, como Se- filho :
cretario de Estado, aceitou varias outras co-
missões, como a de presidente da de Urba-
3 - 1:-Carlos Eduardo, n., 7-9-1929, estudante do
curso de humanidades.
nização de Araruama, d a Central de Maca.
bú, organização de Empreza Fluminense de 2 - 4:-Hygia de Macedo Soares e Silva Rocha, nas-
Energia Elnétrica; e no federal, membro da cida nesta Capital, casou-se com Waldemar
comissão de regulamentação do Código de Rocha, industrial e funcionário do Banco do
Aguas do Conselho Nacional de Aguas e Brasil, filho de Clovis da Silva Rocha, in-
energia elétrica, da grande comissão de pla- dustrial, e de D . Brasilia Franco de Lima
nificação, do comercio exterior, além da dos Rocha, naturais do Estado de Minas Gerais.
estudos do aproveitamento do Rio de S. 2 - 5:-Icléa, nascida no Distrito Federal, casada
Francisco, tendo apresentado minucioso, com Frederico Bittencourt Roxo, alto fun-
erudito relatorio com soluções praticas desse cionario do Banco do Brasil, secretario da
empreendimento basico para o desenvolvi- carteira de importação e exportação, filho do
mento do nordeste. (1) D r . Augusto Torreão Roxo, medico de gran-
Tenente Coronel de engenharia, o D r . de nomeada e de D . Consuelo de Bittencourt
Helio de Macedo Soares e Silva casou-se com Roxo; neto paterno do D r . Augusfo Teixeira
D . Marianita Caspary, filha do Capitão de Belfort Roxo, medico, e de D . Maria Amelia
fragata farmaceutico D r . Henrique Meirel- Torreão Roxo, vive, de boa saude aos 92
les Caspary, tambem formado em medecina anos; e materno do desembargador Gentil
e em direito, e de D . Josefa Terra Lima Cas- Augusto Morais Bittencourt e de D. F r a n -
pary; neta paterna de João Henrique Cas- cisca Ribeiro Bittencourt. Filhos :
pary, e de D . Marianna Meirelles Caspary,
fazendeiros em Lage do Muriahé; e mater- 1:-Consuelo, n., (D .F . ) , 30-3-1944 ;
na de José Carlos de Azevedo Lima, e de D. ti - 2:-Icléa, n., ( D . F . ) , 1-1-1946.
1 - 8:-Maria de Nazareth de Macedo Soares Ma-
(1) Eleito deputado estadual, o mais votado, exerce, na As-
sembléia, as funções de lider da maiaria. chado Guimarães, n., 22-1-1874, na fazenda
208 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 209
-...
I
sou-se á 8-9-1903 com o oficial do exercito, com D . Arilina de Almeida Rego, contadora,
D r . Rosalvo Mariano da Silva, engenheiro filha do Major Ariovisto de Almeida Rego,
militar, com brilhante f é de oficio, constru- alto funcionario da Caixa Econômica e de D.
tor de importantes estabelecimentos milita- Eulina de Almeida Rego; Filhos :
res, entre outros, quartéis em Juiz de Fóra, B - 1:-Itaci, n., 28-3-1941;
Escola de Grumetes, em Angra dos Reis, fá-
brica de pólvora "Trotyl", em Piquete, dire- 3 - 2:-Iaci, n., 3-7-1943;
tor de engenharia. Promovido á general de 3 - 3 :-Iberê, n., 13-2-1945.
brigada, reformou-se. Nasceu em Barra
Mansa á 13-7-1873, filho de Joaquim José 3 - 4 :-ltacê,, n., 11-2-1948.
Mariano da Silva e de D . Maria Candida da 2 - 5:-Ur. Rosauro Mariano d a Silva, n., 28-9-1912
Silva, mencionados acima. (D.F.). Engenheiro Civil pela Escola Poli-
Filhos : técnica; premio: o de fisica; medalha de ou-
ro. Engenheiro chefe do Departamento de
2 - 1:-Maria Deborah de Macedo Soares Silva, ri., Construções (D .C. T . ) da Companhia Side-
D .F . , 11-7-1904, professora diplomada pela rurgica de Volta Redonda, requisitado da Di-
Escola Normal do D . F ., chefe de escritorio retoria de Aguas e Esgotos. Casou-se com
d a firma Daudt Oliveira & Cia., solteira. D. Ilda Ribeiro dos Santos, bacharel em
2 - 2:-Déa de Macedo Soares Silva, n., D.F., 2-9- direito, filha de Alarico Ribeiro dos Santos,
1905, professora diplomada de canto pela comerciante em Sapê de Ubá, Minas Gerais e
Escola' Brasileira de musica e particular de D , Etelvina Ribeiro dos Santos ; Filhos :
inscrita no Instituto de Educação, solteira. 3 - 1:-Iraili, n,. 15-10-1941 ;
2 - 3 :-Dr. Ito Mariano d a Silva, n., D.F., 18-3-1909. 3 - 2 :-Roberto, n., 27-3-1944;
Médico diplomado pela Universidade do Bra- 3 - 3 :-Sergio, n., 16-6-1946;
sil. Capitão medico do exercito. Casou-se ií
22-2-1936 com D . Nadir Gomes, de familia 2 - 6:-Judith de Macedo Soares Scofano, n., D.F.,
domiliciada em Campo Grande, Estado de 7-8-1914. Professora de piano diplomada
Matto Grosso. - Filhos: pelo Instituto Nacional de Musica . Casou-
se com o contador-industrial Julio Scofano,
3 - 1:-Iná, n., 9-12-1936; filho de Francisco Scofano e . de D. Angelina
3 - 2 :-Rosalvo, n., 7-10-1938; Raimunda Scofano, de origem italiana; filha:
3 - 3 :-Ivany, n., 28-6-1942. 3 - 1 :-Helena Maria, n., D .F.,12-3-1946.
2 - 4:-Dr. Mauro Mariano da Silva, n., D . F . , 2 - 6:-Dr. Paulo Mariano da Silva, n., n a cidade de
29-9-1910. Engenheiro Civil pela Escola Po- Juiz de Fóra, Minas Gerais, 27-7-1919. Como
litécnica; premio: estudo gratuito no curso estudante trabalhou n a secção de quimica do
eletrotécnico que concluiu; engenheiro por Arsenal de Marinha. Engenheiro-quimico in-
concurso aberto pela Prefeitura do D . F . , re- dustrial com função na Companhia Belgo.
quisitado pela Companhia Siderurgica Nacio- Mieira. Casado com D. Maria Campos Del-
nal, exerce, em Volta Redonda, o cargo de gado, filha de Leão Campos Delgado e D .
engenheiro chefe do Departamento de Ele- Alice Campos, fazendeiros em Lima Duarte,
tricidade (D .E . L. ) . Casou-se em 17-6-1939 Estado de Minas Gerais.
214 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
unanimimente. - (1910) -
do Estado do Espirito Santo, em 2 . O lugar,
ClasSiikado
em concurso, em primeiro lugar da lista tri-
plice, por unanimidade de votos dos minis-
tros do Supremo Tribunal Federal para :
vaga de juiz federal do P a r á . (1911) . -
Classificado, em concurso, em 1 . O lugar, una-
nimimente, pelos desembargadores d a Corte
de Apelação do Distrito Federal para a vaga
de Pretor. (1915) - Ainda classificado, em
concurso, em 1 . O lugar, unanimimente pelos
desembargadores da Côrte de Apelação do
Distrito Federal para a vaga de Pretor.
(1916) - Não logrou a nomeação por lhe
faltar apoio politico. Autor do ante-projeto
da lei que criou e organizou a vara criminsti
de Niterói e dos serviços de execuções crimi-
nais. (1920) - Autor de ante-projetos
(parte juridica) das leis sobre impostos de
industria e profissões inter-vivus e causa
nzortis, veículos e diversões no Estado do
Rio de Janeiro (1930). - Autor do ante-
projeto da lei de organização judiciaria elo-
giado pela comissão presidida pelo ministro
Bento de Faria e constituida pelos provetos
juristas professor Candido de Oliveira Fi-
lho e drs. Carlos Maximiliano, Miranda Val-
verde, Octavio Kelly e Pereira Braga pant
elaborar o ante-projeto d a reorganização da
Justiça Nacional "Diário Oficial", de 13
setembro 1932), ante-projeto aquele conver-
tido no Uecreto n. 2.684, de 24 de Novembro
de 1931. -. Governo Pantaleão Pessoa. -
Designado pelo conselho técnico-administra-
tivo da Faculdade de Direito de Niterói para
fazer parte da comissão examinadora do
concurso de livre docente d a cadeira-judi-
ciário-civil. - Designado pelo Tribunal de
Apelação do Estado do Rio de Janeiro, como
seu representante nos : a ) Congresso dos ju-
ristas (1934) ; b) no 1.O Congresso Nacional
216 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-
de Direito Judiciario (1936) ; c) no de cri- DRS. ANT.O Jm. E JULIÁO R. D E MACEDO SOARES 217
minologia, (1936) ; d ) no Juridico Nacional
(1343) . - Membro da Academia Fluminen. de Direito d a Universidade do Rio de Janei-
se de Letras. (1930) . Socio honorario, elei- ro, turma de 1928. Faleceu a 31 de Dezem-
to, do Instituto Historico e Geografico Bra- bro de 1939. "De uma familia de juristas
sileiro (1944). Designado pelo Governo Flii- notaveis, consigna a redação do "O Jornal d 1
minense para estagio e estudos de organiza- Commercio", o D r . Antonio Joaquim de Ma-
ções judiciarias da Franca, Portugal, Suis- cedo Soares desde muito moço se impoz, co-
sa, Italia e outros paizes, o que levou a efei- mo advogado, de alto conceito no foro da
to, sem a menor remuneração pelos cofres Capital da Republica e no do Estado do Rio
publicas. Autor de varios trabalhos juridi- e revelou-se um especialista em ciencias eco
cos nas Ewistas Cr.irni~a1de Evaristo de nomicas e em legislação industrial. Advoga-
Moraes, Direito e outras. Juiz, vice-presi- do militante foi convidado e nomeado pelo
denle do Tribunal Regional Eleitoral do Es- governo fluminense Diretor Comercial da
tado do Rio de Janeiro, nomeado pelo Presi- Companhia Salicola Flumjnense S . A ., apre-
dente Linhares. (1945 a 1946). - Recon- sentando fartissimo relatorio sobre o sal.
cluziclo nas mesmas Funções, por forca da E m 1936 teve o D r . Antonio Joaquim de Ma-
Constit~~ição de 1946. pelo Tribunal de J q s . cedo Soares outra e merecida acolhida no
tiça. - Publica atualmente as "Obras Com- seio da justica fluminense. Viu-se vencedor
pletas" do Conselheiro Macedo Soares. - no Tribunal de Apelação do Estado do Rio de
Em 25 de Novembro de 1905 contraiu matri- Janeiro ,e por unanimidade de votos, no con-
monio com D . Albertisa Goulart, filha dn curso para o lugar de Juiz de Direito: fcli
D r . Gil Diniz Goulart, senador, n a Consti- provido n a Comarca de Parati e pouco depois,
tuinte de 1891, pelo Estado do Espirito San- por promoção. ntt comarca de Nova Fribur-
to, 1.' secretario d 9 Senado, e notavel advo- go, cargo em que a morte o veiu surpreender
gado, e de D . Emilia Teixeira Goulart, neta em 31 de dezembro de 1939, aos 33 anos
paterna de Manuel Joaquim Goulart, natural Fez parte da junta eleitoral de Petropolís.
de Angra dos R.eis e T). Amalia de Albuquer. Suas decisões mais que muitas vezes, mere-
aup Diniz. da familia fluminense dos Albu- ceram confirmação por seus superiores, ain-
querques Diniz. da qual trataremos adiante; da a s relativas a materia eleitoral, como foi
e neta, pelo lado materno, de João Baptista o caso, por exemplo, do celebre pleito de Te-
da Silva Teixeira, português, comerciante resópolis, que veiu ter ao Supremo Tribunal
matriculado na praca do Rio de Janeiro, e Federal. Embora não divulgada a noticia do
D . Emilia Ferreira da Silva Teixeira, esta falecimento do juiz Macedo Soares, pela não
filha de D . Natalia Gonzales Ferreira, natu- publicação dos jornais, as ultimas homena-
ral da Republica dó Uruguay e do Capitão dr, gens foram prestadas por numerosas pessoi
Mar e Guerra, brasileiro Rodrigo José Fer- entre as quais, o Embaixador Macedo Soa-
reira : Filhos : res, ministro Jose Robwto de Macedo Soares
2 - 1 :-Antonio Joaquim de Macedo Soares, n., n a comandante Americo de Araujo Pimentel,
cidade de Parahiba do Sul, Estado do Rio juiz do Tribunal Maritimo, desembargador
de Janeiro, em 2 de Setembro de 1906, ba- Vieira E'erreira, membros dos Tribunais de
charel em letras pelo Colégio Anchieta, de Apelação do Distrito Federal e do Estado do
Nova Friburgo, e em direito pela Faculdade Rio, juizes de direito, capitão Helio de Ma-
cedo Soares, secretario da Viação e Obras
Publicas do Estado do Rio, professor Major
218 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 219
Maria Campos Gloria, de familias do Serro falecida aos 20-10-1942, com 85 anos que
e Guanhães, M . G. Filha: completaria a 27 do mesmo mês; neta pater-
3 - 1:-Zuleica, n., 18-4-1948.
na do D r . Joaquim Mariano de Azevedo
I - 12 :--Abigail, n., no Mar d'Hespanha, a 22-2-1882 ; Soares, medico, senhor d a fazenda "'B:rna-
ia 6 de Março seguinte.
, nal", em Maricá, provincia do Rio de Janei-
I -- 13:-Dr. Alexandre Alvares de Azevedo de Mace- ro, r? de D. Maria de Macedo Soares, e pelo
do Soares, n., em Cabo Frio, provincia do lado materno do Capitão José Paulo de Aze-
Rio de Janeiro, 13-8-1883. Fez o curso de vedo Sodré, senhor da fazenda do "Coquei-
humanidades no Colegio Militar, sob a dire- ro", do mesmo municipio e de D. Candida
câo do coronel D r . José Alipio de Macedo da ~ i b e i r ode Azevedo Sodré; bisneta paterna
Fontoura Costallat. Matriculando-se na Es- do Alferes Antonio Joaqiiim Soares e de D.
rola Militar do Realengo, completou o curso, Maria Antonia Reginalda ; do Capitão-mór .
com brilhantismo, ao lado de melhores estu- D r . Francisco de Macedo Freire de Azeredo
dantes como Eurico Gaspar Dutra, Pedro Coitinho e de D . Maria Thereza de S á Frei-
Cavalcanti, Christovam Barcellos, Mario r e ; bisneta pelo lado materno do Capitão
Pinto Guedes, Castro Guimarães e outros. Domingos Alvares de Azevedo e de D . Paula
Foi redator da revista da Escola. Dando bai- dos Santos Sodré; do Coronel Manuel Ribei-
xa do exercito, seguiu para São Paulo, onde ro àe Almeida e de D. Anna Alexandrina de
assumiu as funções de professor e vice-dire- Jesus Ribeiro. Filhos: todos nascidos em
tor do Externato Macedo Soares, sob a dire- São Paulo:
cão do grande Mestre D r . José Eduardo de
Macedo Soares. Matriculando-se n a Facul- 2 -- l :-José Alexandre, 20-7-1 910 ; falecido em
dade de Direito de São Paulo. recebeu g-~.áii 23-11-1911 ;
de bacharel em direito em 1913. após curso 2 --. 2 :--JosB Luiz, 23-3-1912 ; falecido 21-12-1913 ;
dos mais brilhantes. Abriu escritorio de ad-
vocacia com os Drs. Roherto Moreira, ;Toa- 2 - 3:-Lucia de Macedo Soares Moura Brasil do
quim Marra e outros colegas. Foi o idea- Amaral, em 19-2-1914, casou-se em 12-5-1937
lisador e um dos f u n d a d o ~ e sdo Instituto dos com o D r . Osvaldo Moura Brasil do Amaral,
advogados daquela Capital, e membro do medico oculista de grande clinica, por sua re-
Conselho Supremo por largos anos. Entran- conhecida cornpetencia; pertence ao quadro
do em concurso para fiscal do imposto de do exercito, com o posto de Major; dotado
consumo foi dos primeiros classificados; no- de alta cultura geral, politico militante no
meado para Campop, transferiu-se para Pe- Distrito Federal de largo prestigio, exerce
tropolis e mais tardo para as Alagôas. Pro- as funqóes de Presidente do Instituto de P r e -
movido para São Paulo, ainda encontra-se vidcncia e Assistencia dos Servidores do Es-
em exercicio na Capital. Casou-se a 2-5-1908 tado (Ipase). (1) Filho do Dr. Tobias Cor-
na capital do Estado de São Paulo. reia do Amaral, engenheiro civil, subdiretor
com sua prima-irmã D . Eudoxia de Mn- de Obras e Diretor em comissão da Prefeitu-
vecio Soares. n., n'aquela cidade de São ra do Distrito Federal, e de D. Maria Therezs
Faulo, 26-1-1887, filha do D r . José Edu- Moura Brasil do Amaral; neto paterno de
ardo de Macedo Soares e de D . Can- João Antonio do Amaral e de D . Maria Cor-
dida de Azevedo Sodré de Macedo Sca- reia do Amaral, portinguêses, fazendeiros es-
res, esposa amantissima, mãe modelar, --
(1) Atualmente Vereador & Camara do Distrito Federal.
224
-
NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
-
tabelecidos no Estado do Ceará; pelo lado
materno do D r . José Cardoso Moura Brasil.
natural do Ceará, o maior dos nosso. úcu1iz:-
tas, muito versado em a s s u n t r , ~de agronri-
mia, colaborador de varids revistas, politi-
co respeitado por sua reconhecida honradês,
c de D . Maria Fmilia Machado de Mouva
Er:is.il. zatural da pi-ovincia da Bahia. Fi-
IFos :
, --
I 1 :----Li[cia Maria, n., D . F., 21-5-1938 ;
,\ __ 2 :-Mai-ia Celina, n.. D . F . , 8-5-1943 ;
2 -- 4 :--Theodora, 21-2-1915 ; faleceu, 5-1-1916 ;
2 -- 5:--Dr. José Manuel de Macedo Soares, n.,
22-4-1916. Bacharel em direito pela F a c d ,
dade de Direito da Universidade do Rra<:l.
cem brilhante curso. Funcionario 41,) Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Esttl'istic'i.
~diernbrotitular da Sociedade Brasileira de
tkografia e da Sociedade Brasileira de Est:s-
ristica; Casou-se em 2-5-1947, com D . Le-
;!ma Pinheiro Bauerfeldt, n., na cidade de
Ceará, á 16-10-1918. funcionaria
cio Instituto dos Industriários, auxiliar de
qauinete do Presidente, filha de Lucio R I -
beiro Bauerfeldt, educado na Inglaterra, prp
!.esçor da cadeira - Inglês -, do Colégio
Petlro 11, demissionario, funcionario do
Instituto Blasileiro de Geografia e Estatis-
tica, e de E . C'lílabolena Pinheiro Baeufeldt ;
neta paterna de Alberto Bauerfeldt. de ori-
gem alemã, gerente da Western Telegmfic
Company e de D . , Lehena Ribeiro Bauer-
fieldt e materna de João Pinheiro, antigo
delegado de policia em Pirajíi, S . Paulo, e
de D . Amelia de Barnx Pinheiro, naturais
do Estado do Ceara.
2 - (i: -José de Macedo Soares, n., 11-1-1922: fun-
cionario do Instituto de Previdencia e A$-
sistcncia dos Servidores do Estado, soiteiro.
-3 - 7 :--12egina, 20-12-1922; faleceu, 4-1-1923.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 225
3 - 1:-Thamar, casbda com Antonio José Drago; 3 - 5:-Clizes, casada com José Belfiore, camercian-
filho : te em S . P . ; filhos :
I, - 2:-Thalita, solteira.
:: - 3 :-Thales, casado com D . ~ l ~ i Lucato.
r a 3 - 6:-José Rubens de Macedo Sares Quh,ceiro, es-
tudante, menor.
2 - 2:-Edmundo de Macedo Soares, n., em 1896, co-
- 7.:-Thaysa,
missario de policia em S. P ., casado com D . 3 estudante, menor.
Isabel Bueno de Oliveira; filhos: 2 - 4:-Octavio Macedo Soares, n., em 1899, comer-
3 - 1:-Haydée, casada com Cyro Passionato, comer- ciario em Paracamby, Estado do Rio de Ja-
ciante em S. P . ; filhos : neiro, casado com D. Emilia Carlos Macedo
Soares, filha de Antonio Carvalho Moura e
4 - 1:-Carlos Eduardo, de D. Emilia Carvalho Moura, esta falecida
á 12-12-1922, aquele em 1923; filha :
4 - 2:-José Paulo,
3 - 1 :-Emília, solteira.
3 - 2 :-Edméa, solteira,
2 - 5 :-Pedro Macedo Soares, n., em 1901, fazendeiro
e comerciante em S . P., casado com D. Ju-
3 - 3:-Aida, solteira, lia Gassarote, residentes na capital daquele
Estado ; filhos :
3 - 4:-Edmundo, menor, 3 - 1:-Djalma, solteiro.
3 - 5 :-Edna, menor. 3 - 2:-Dalton, menor.
2 - 3:-Judith de Macedo Soares Quinteiro, n., 1898, 2 - 6:-Floriano de Macedo Soares, n., em 1903, fa-
casada com o Dr. José Quinteiro, cirurgião lecido em 1907, solteiro.
dentista e técnico em mineralogia, residente
em S. P. ; filhos: 2 - 7 :-Mercedes, n., em 1905, casada com João
3 - 1:-Elza, casada com Osvaldo Mora de Freitas, Kuntz Busch, industrial em S . P . , residentes
comerciante em S. P. em ~ i m e i r a ,daquele Estado ; filhos :
9 - 3:-Marialdo de Macedo Silva, n., 3-4-1926, ban- 2 - 1:-Anedino Macedo Soares de Souza Vianna, n.,
cario, casado com D . Dorothy Rocha dos 27-4-1912, funcionario da Prefeitura do D .
Santos Macedo Silva ; F ., casado cm D . 'Idalina da Silva Vianna,
, n. 9-4-1917: filhos:
3 - 4:-Miracy de Macedo Silva, n., 29-9-1927, sol-
3 - 3 :-Maria Thereza;
teira.
2 - 3:-Humberto Juracy de Macedo Silva, n.,
8-7-1900, funcionario da 4." secção dos Cor-
reios e Telégrafos ; solteiro.
O casal Feliciana e Octavio teve mais 3 fi-
2 - 4:-Flavio Uirassú de Macedo Silva, n., D . F . , lhos: Octncilio, Maria Isabel e Antonio que
3-7-1911, funcionario da Prefeitura do Dis- faleceram em estado de menoridade.
trito Federal, casado com D . Rigoleta Almei- Enviuvando Feliciana contraiu segundas
da de Macedo Silva, filha de Octavio de Al- nupcias com Joaquim Monteiro da Silva, n.,
meida e D . Angelina de Almeida; filhos nas- 5-2-1 891, f uncionario da Prefeitura, secção
cidos no Distrito Federal: do asfalto, filho de Antonio Monteiro da Sil-
va e D . Maria de Jesus da Conceição, natu-
3 - 1:-Edith de Macedo Silva, n., 14-4-1932; rais de Portugal.
3 - 2 :-Celia, n., 24-5-1933 ;
3 - 3 :-Helio de Macedo Silva, n., 1-8. CAPITULO XXVII
3 - 4 :-Mauro de Macedo Silva, n., 18-7. Descendência de Francisco Americo de Macedo Soares
e D . Mariu Eulalia de Lima
3 - 5 :-Ubirajara, n.,
1 - 7 :-Antonio Americo, n., 23-2-1884:
2 - 5 :-Horacio Iberê de Macedo Silva, n.. 27-5-1912
(D . F. ), funcionario do Instituto Reseguros, 1 - 8 :-Augusta Mercedew Soares, n., 27-12-1 886;
casado com D . Esmeralda de Almeida Mace- casou-se á 11-11-1908 com Leandro da Silva
do Silva. filha de Octavio de Almeida e d . Rocha, funcionario da Imprensa Nacional, fi-
Angelina de Almeida ; lho de Horacio Gumercindo da Cruz e D .
Maria Francisca da Cruz; filhos:
2 - 6 :-Eiigenia Yára de Macedo Silva, n., D . F . ,
14-12-1915. funcionaria da Companhia de 2 - 1:-Iva, n., 20-6-1912;
Seguros "São Paulo"; 2 - 2:-Rodolfo, n., 22-7-1915;
2 - 7 :-Helena Aracy de Macedo Silva, n., D . F . , 2 - 3 :-Lygia, n., 8-11-1918;
16-5-1920, funcionaria de uma' Companhia de
Seguros. 2 - 4 :-Nara, n., 24-9-1923;
1 - 6 :-Feliciana Duarte de Macedo Soares Silva, n., 2 - 5 :-Juarez Tavora, n., 30-11-1930.
22-5-1882 ; casou-se á 12-3-1900, com Octa- Com o falecimento de seu marido passou D .
vio Moraes de Souza Vianna, n., 17-6-1876; Augusta a residir. com seus filhos, em São
filhos : João de Merity, Estado do Rio.
234 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 235
.
- - -p--p--p-p-- - --
1 - 9 :-Messias Adelaide Soares Pinto, n., 16-10- 1 - 11:-Victor de Lima Soares, n., 15-6-1895, profes-
1887, casada á 11-11-1920 com Waldemiro sor, casado com D . Amelia da Conceicão Fer-
Nogueira Pinto, farmacêutico, filho de Bal- nandes, filha de Bento Joaquim Fernandes e
bino Nogueira Pinto e D . R,ita de Cassia No- D . Maria da Conceição Fernandes, brasilei-
gueira Pinto, então viuvo de D . Maria das ros: filha:
Dôres Silva Pinto, trazendo uma filha: D .
Abigail Nogueira Pinto, n., 9-10-1909; do U - 1:-Arlete, ri., 2-12-1925, casada, Z6-1-1946 com
casal de Messias e Waldemiro, nasceram: Hilario de Araujo, comerciario, filho de Ar-
mando de Araujo e de D . Zelia de Araujo .
2 - 1:-Maria Eulalia Soares Pinto, n., 25-8-1921,
funcionária da Companhia de Seguros "São
Paulo", noiva de Jorge Ayres Bonecker, n.,
12-8-1921, filho de Cyro Galvãn Bonecker, fa- CAPITULO XXVIII
lecido, e D. Albina Barcantke Ayres Bene-
cker ; Descendencia do Alferes João Augusto de Macedo Soa-
res e D. Mariu Gertrudes R2be3o de Macedo Soares
2 - 2:-Milton Soares Pinto, n., 28-12-1923, caixa da
Companhia Seguros "São Paulo" ; 1 - 1:-Octaviu Ribeiro de Macedo Soares, n., em
Araruama, 12-8-1871, bacharel em direito,
2 - 3 :-Mauricio Soares Pinto, n., 28-1-1926, estu- (turma de 1916), advogado, chefe de secção
dante. da Caixa Econômica do Distrito Federal.
Waldemiro faleceu nesta Capital ( C . F. ) ;i aposentado; casou-se com a sua prima D .
10-6-1930. Lidia Pires de Macedo Soares, filha de João
1 - 10 :-José Belisario de Lima Soares, n., 28-5-1893, Francisco Pires e D . Leopoldina Maria Pires,
ambos falecidos ; filhos :
comerciario, artifice; casou-se á 18-9-1920
com D. Belmira do Rego Soares, filha de An- 3 - 1:-Maria Leopoldina, n., 18-12-1899, falecida :
tonio Rego e D . Maria Rego, n., 11-3-1891 ;
filhos : 2 - 2 :-Leopoldina, n., 13-3-1901, solteira.
2 - 1:-Jair de Lima Soares, n., 3-7-1921, comercia-
rio, casado com D . Carolina Rainha Soares, 1 - 2 :-Braulio de Macedo Soares, n., 19-5-1873 ; fiel
n . , 20-3--1924, filha de Jacintho Rainha e D. de tesoureiro da Caixa Econômica . Aposen-
Maria da Gloria Rainha, portuguêses; filha : tou-se para colaborar com sua irmã D . Vir-
ginia e a seus sobrinhos na direção dos cole-
3 - 1:-Marlene )inha Soares, n., 1946 gios reunidos "Vera-Cruz", nesta Capital.
2 - 2:-Osiris Lima Soares, n., 24-9-1923, comercia- - Faleceu, conservando-se solteiro, em
rio, solteiro. 30-7-1943.
2 - 3:-Lqcy de Lima Soares, n., 13-10-1925, casada 1 - 3 :-Jorge Ribeiro de Macedo Soares, n., 13-3-
com Augusto Ferreira Sampaio, n., 29-1- 1875 ; lavrador em Araruama; casou-se com
1922, filho de Malaquias Augusto Sampaio, sua prima D . Maria Novaes, filha de Ale-
natural de Portugal e de D . Zulmira Ferreira xandrino Gomes dos Santos e D . Anna Ma-
Santos ; natural de D . F . ; filho : ria Novaes, netc de D. Cipriana Novaes, ir-
má de D . Maria Gertrudes cap n. supra; fi-
3 - 1:-Ronaldo Cesar, n., julho de 1946. lhos :
236 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- - -- .
2 - 1:-Dr. Argemiro Ribeiro de Macedo Soares n., 3 - 10 :-Maria Virginia, n., 19-4-1936;
12-11-1898, bacharel em direito, advogano
nos auditórios de Araruama, inscrito na Or- :3 - 21 :-Hosannah, n.. 15-11-1937;
dem dos Advogados, casou-se em primeiras 3 - 12 :-Maria Mariiena, n., 17-7-1939 ;
nupcias com D . Maria Olimpia Bragança, fi- I ,
lha de Olimpio Augusto de Bragança e D . :: - 1 3 :-Juda Jessé, n., 12-2-1941;
Idalina Santos de Bragança, neta paterna de
Augusto Marinho de Bragança, e D . Geno- 3 - 14 :-Maria Inah, n., 9-5-1943 ;
veva Elisa Meirelles de Bragança, e materna 3 - 15 :-Emmanuel, n., 3-9-1945, data em que faleceu
de Joaquim Manuel dos Santos, e D . Joaqui- sua mãe D . Leonor.
na Maria da Trindade ; filhos : O D r . Argemiro R . de Macedo Soares casa-
3 - 1: - J o r g e de Macedo Soares, n., 14-5-1922, mili- se, pela 4.a vês, á 12-12-1946, com D . Alzira
tar, solteiro. Paradivino, professora publica, em Ararua-
ma.
3 - 2 :-Argemiro de Macedo Soares, n., 16-7-1923,
funcionário publico, solteiro ; 2 - 2:-Elviro de Macedo Soares, n., 22-1-1900, co-
merciario estabelecido em Rio d'Areia, Sa-
3 - 3 :-Maria Magdalena, n., 3-1-1925, freira de N . quarema, casado com Augusta Gomes dos
S . das Mercedes. Santos ; S . g . ;
3 - 4:-Maria Rosalva, n., 16-5-1926, casada com 2 - 3:-Edina, n., 8-6-1901, casada com Eduardo de
José de Oliveira, industrial. Oliveira, n., 31-1-1890, filho de Antonio José
Falecendo D . Maria Olimpia á 12-11-1927, de Oliveira e D . Laurentina Maria dos An-
casou-se o D r : Argemiro, em segundas nup- jos, mecanico ; filhos :
cias, com D . Virginia Marques de Bragança.
filha de Manuel Augusto de Bragança e D. 3 - 1:-Luiz, n., 1-9-1926;
Branca Amelia Marques de Bragança; neta 3 - 2:-Léa, n., 17-11-1827;
paterna de Augusto Marinho de Bragança e
D . Genoveva Elisa Meirelles de Bragança e 3 - 3 :-Luiza, n., 2-9-1929;
materna de Oscar Luiz Marques e D . There- 3 - 4:-Lauro, n., 30-11-1930;
za de Andrade Almada; filhos:
3 - 5 :-Mauro, n'., 30-3-1932 ;
3 - 5:-Jehovah, n., 17-5-1929;
3 - 6 :-Maria Lygia, n., 5-8-1934 ;
3 - 6:-Josaphat, n., 25-11-1930;
Com o falecimento de D. Virginia á 8-12- 3 - 7 :-Mario, n., 24-1-1938.
1930, casou-se, em terceiras nupcias, com D. 2 - 4:-Maria, n., 20-11-1902, casada com Joaquim
Leonor Marques de Bragança, irmã da pre- Maria da Silva, filho de Joaquim da Silva e
cedente D . Virginia ; filhos : D . Rosa Maria da Conceição; filhos :
3 - 7 :-Allah, n., 23-12-1931; 3 - 1:-Maria Olimpia, n., 4-5-1927;
3 - 8 :-Judá, n., 22-4-1933; falecido. ,3 - 2:-Maria José, n., 27-4-1928;
3 - 9 :-Joshuah, n., 9-10-1934; 3 - 3:Nair, n., 9-7-1929;
DRS. ANT.9 Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 239
.--
10s de Azeredo Coutinho, fazendeiro em Ara- 2 - 2:-Lavinia Soares de Mendonça, n., 27-8-1908,
ruama e influente politico, filho de Carlos de professora no Colegio da Imaculada Concei-
Azeredo Coutinho, e D . Maria Rosa de Men- ção, em Botafogo; Rio ; solteira ;
donça Coutinho ; filhos :
2 - 3:-Laura de Mendonça Moulin, n., 9-11-1910,
2 - 1:-José Soares Coutinho, n., 28-12-1915, co- caiada com Rodolpho de Lima Moulin, en-
mandante na marinha mercante, Lloyd Bra- genheiro técnico da Comp. Light and Power;
sileiro, casado com D . Magdalena do Couto
Mello, filha de Ulysses Alves de Mello, e D .
Zenith do Couto Mello; filho: 3 - 1 :-Neiiy de Mendonça Moulin, n., 29-11-1934;
3 - 1:-Fernando Octavio, n., 21-10-1945; 2 - 4:-Maria Soares de Mendonça, n., 27-12-1912,
solteira.
2 - 2:-Braulio Soares Coutinho, n., 4-9-1918, co-
merciáiio, casado com D. Aurora Novaes 2 - 5:-Feliciano Soares de Mendonça, n., 16-7-1913,
filha de Aristides Novaes, e D. Frutuosa Po- tenente instrutor da escola de Aeronáutica,
lycarpina de Mello Novaes ; filhos : solteiro.
1- 10 :-Cecilia de Macedo Soares, n., 3-2-1891 ; fale-
3 - 1:-JoséAdauto, n., 6-5-1943;
ceu em 1901;
3 - 2:-Maria Emilia, n., 1-8-1944; 1- 11:-Maria Augusta de Macedo Soares, n., 11-12-
2 - 3:-Antenor Soares Coutinho, n., 19-12-1923, mi- 1896, faleceu em 1901.
litar, solteiro ;
2 - 4:-Cyro S w e s Coutinho, n., 17-2-1924, lavra-
dor, solteiro. CAPITULO XXIX
2 - 5:-Abel Soares Coutinho, n., 18-10-1925, aluno L)esc@~denciade D. Maximiana de Macedo S o a m s Ab?w
da Escola Militar de Resende. e José Mariano Alves
1 - 7:-Lavinia de Macedo Soares, n., 2-5-1886; fa- 1 - 1:-D. Isabel de Macedo Soares Alves de Aze-
leceu aos 20 anos; vedo Sodré, n., em Cordeiros, 4-6-1866, ca-
1 - 8:-Ottilia de Macedo Soares Mendonça, n., sou-se em 4-6-1888, com José Paulo de Aze-
22-11-1888, casada com Alberto Feliciano de vedo Sodré, funcionário da Companhia de
Mendonça, fazendeiro em Araruama, faleci- Seguros "A Equitativa", depois alto funcio-
do em 8-11-1913, filho de Francisco Felicia- nário do Ministério da Agricultura, filho de
no de Mendonça, e D . Joaquina Motta de José Paulo de Azevedo Sodré e D . Candi-
Mendonça ; filhos : da Ribeiro de Almeida de h e v e d o Sodré,
senhores da fazenda do Coqueiro, Maricá
2 - 1:-Sebastião Soares de Mendonça, n., 20-1-1907, (Cap . n . 10) ; Filhos :
engenheiro agrimensor e construtor, casado
com D . Nyolanda Gama de Mendonça, filha 2 - 1:-Dr. Eurico de Azevedo Sodré, n., 24-4-1890,
de Fausto Correia da Gama, português, enge- bacharel em direito, advogado na Capital do
nheiro mecanico, e D . Evangelina Pelloti da Estado de S . Paulo, de importantes empre-
Gama, de origem italiana; filho: sas, como a Light and Power ; literato, apre-
ciado orador, vem de representar o Institu-
3 - 1:-Luiz Alberto Gama de Mendonça, n., 17-3- to dos Advogados daquele Estado no Con-
1938, estudante. gresso Nacional de Direito Judiciário (l936),
244 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT? Jm. E J~IilffoR. DE MACEDO SOARES '248
-
tendo apresentado importante tése, que de- 3 - 3:-Silvia, casada com o Dr. Ary Fernandes da
fendeu brilhantemente, sobre "desapropria- Costa, medico veterinário, em Jabbticabal;
ções", - e no Congresso de Juristas (1941). filhos :
Casou-se com D . Isabel Rodrigues, filha de
Augusto Rodrigues, e D . Nicolina de Lima 4 - 1:-Luiz Alberto, n., 25-7-1939;
Rodrigues, natural de Mogy-mirim. Filhos : 4 - 2 :-José ltobwto, n., 1-4-1943; ,
3 - 1:-Marina Sodré Meirelles, casada com Victor 4 - 3:-Maria Carmem, n., 3-7-1945;
Fonseca de Souza Meirelles, fazendeiro e co- 4 - 4 :-José Paulo, n . 9-7-946.
merciante, filho de Joaquim Victor de Souza
Meirelles, e D . Maria do Carmo da Fonseca 3 - 4:-Lucia, casada com Gentil Sanflorian, fazen-
Meirelles ; filhos : deiro e comerciante em Jaboticabal ; filho :
4 -. 1:-José Luiz, n., 15-2-1943 ;
3 - 5:-Heloisa, n., - estudante na Escola de Filo-
sofia.
2 - 3:-Dr. Alvaro de Azevedo Sodré, n., 3-10-1896,
3 - 2:-Roberto de Azevedo Sodré, bacharel em di- jornalista, engenheiro civil, chefe da impor-
reito e advogado em S. Paulo, que acaba de tante Iirma construtora - h'reire & Soare,
pedir em casamento á D . Maria Helena Pi- de belos edificios na Capital da 12epublica e
nheiro Borba, filha do D r . Alipio Graef Bor- na do Estado de S. Paulo. Casou-se com D .
ba, advogado e capitalista, falecido, e D . Juracy Laport Leitão, filha de Fidelcino Lei-
Alayde Pinheiro Borba, ambos de distintas tão, socio da casa Leitão & Irmãos, do Largo
familias paulistana. de Santa Rita, a mais importante desde o
Imperio no ramo - fazendas a varejo -, e
2 - 2:-Guiomar Sodré Dor:a, casada com o Dr. Pe- de D . Debora Laport Leitão; filho:
dro de Sampaio Doria, bacharel em Direito 3 -. 1:-Jordario, n . , 19-10-1921, solteiro, academicc
e advogado cm Jaboticabal, S . Paulo, de fa- da Escola de Belas Artes.
milia do Estado de Sergipe, irmão do profes-
sor Sampaio Doria, Juiz do Tribunal Supe- 2 - 4:-Dr. José Paulo de Azevedo Sodré, n., 25-7-
rior Eleitoral (1945-1946) e ministro da Jus- 1901, formado em medecina pela Faculdade
tiça no governo do ministro José Linhares, dc k i o de Janeiro; cirurgião-urologista, che-
presidente do Supremo Tribunal Federal. Fi- f e de serviço no Hospital Pronto Socorro, da
lhos ! Assistência Municipal do Distrito Federal;
docente daquela Faculdade ; membro da Aca-
3 - 1:-Celia, n., '7-10i1916, freira, professora di- demia Nacional de Medecina; autor de nu-
plomada, com função na Escola de Filoso- merasos trabalhos cientificos, entre outros,
fia; o de um tratado sobre urologia. Casou-se com
3 - 2:-Noemia, n., 17-11-1917, casada com o Dr. D . Maria Clara Miguel Pereira, filha do no-
tavel professor D r . Miguel Pereira, (1) cli-
Eduardo Chaves, advogado ; filhos :
nico de grande nomeada e de D. Maria Cla-
4 - 1:-Carlos Eduardo, n., 8-10-1941; r a Tolentino da Silva Pereira; filho :
4 - 2 :-Pedro Sergio, n., 20-9-1943.
(1) Vídt apendice: Estudo sobre o Dr. Mlguel Pepeira.
246 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
.. -
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 247
3 - 1:-José Paulo, p., 27-2-1930; o 4.O, na linha as-
# cendente. U - 3:-Eduardo, n., 23-1-1935; todos em Santos, S
1 - 2 :-D . Clotilde de Macedo Soares Alves de Moura Paulo.
Ribeiro, n., em Cordeiros, mun. S. Gonçalo, 2 -. 5:-Sylvio de Moura Ribeiro, n., 30-9-1895; fa-
Rio, em 21-1-1868; casou-se á 4-7-1890 com leceu 1-4-1920 ;
o D r . Benedito de Moura Ribeiro, n., em
Parnahyba, prov . do Piauhy, em 14-2-1866, 2 - 6:-Flavio de Moura Ribeiro, n., em Santos, S .
medico-clinico muito estimado n a cidade de Paulo, 3-11-1897, cirurgião-dentista; casou-
Santos, filho de João Adelino Gomes Ribeiro se 16-12-1930, com D . Alda Maria Ribeiro
e D . Maria Josepha de Moura Ribeiro, fale- Gomes, n., em Santos, S. Paulo, 1-4-1911,
cido á 13-1-1932. D . Clotilde faleceu 5 filha de Antonio Carlos Ribeiro Gomes e D.
15-10-1941 ; filhos : Enedina Mattos Trindade Ribeiro Gomes; fi-
2 - 1:-Osvaldo, li., 24-3-1891; faleceu no mês se- lhos ; todos de Santos :
guinte ; 3 - 1:Silva Maria, n., 22-10-1931 ;
2 - 2 :-h. Alberto de Moura Ribeiro, n., em Ça-
choeiras de Macacií, Rio de Janeiro, em 9-4- 3 - 2:-Luiz Carlos, n., 6-3-1934;
1892, medico-operador parteiro; chefe da ma- 2 - 7 :-Laura Beatriz, n., em Santos, S . Paulo, 17-8-
ternidade d a Santa Casa de Santos; casou- 1899, casada, 16-7'--1921, com o Dr. Adol-
.
se em 10-7-1918 com D Risoleta Porchat de pho Schmidt Sarmento, n., Pouso Alegre, Mi-
Assiz, n., em Santos, S. Paulo, em 7-6-1896, nas Gerais, 31-12-1883, medico, professor da
filha de Antonio Justino Porchat de Assiz Faculdade de Medecina de São Paulo; filho
Junior e D. Francisca Augusta Pinto de As' de Miguel Julio de Moraes Sarmento e D .
siz; filhos; todos de Santos, São Paulo: Guilhermina Schmidt Sarmento; faleceu
3 - 1:-Aloisio, n., 18-4-1919 ; 26-11-1939 ; Filhos :
3 - 2 :-Ilza, n., 30-6-1920; 3 - 1:-Carlos Adolfo, n., em S . Paulo, 26-4-1922,
3 - 3 :-Arnaldo, n., 22-12-1923; médico, casou-se, 9-1-1945, com D. Lila No-
3 - 4 :-Afranio, n., 23-8-192b ; gueira d a Silva Monteiro, n., D . F . , 18-2-
1925, filha do Dr. João da Silva Monteiro Fi-
3 - 5 :-Leila, n., 24-9-1929. lho e D. Alzira Nomeira da Silva Monteiro;
2 - 3 :-Dr .Dalberto de Moura Ribeiro, n., 9-4-1932, Filho :
gemeo, engenheiro civil, solteiro.
o - 1:-C&rlc~s Adolfo, n . , S. Paulo, 31-10-1945;
2 - 4:-João Adelino de Moura Ribeiro, n., em San-
tos, S. Paulo, em 12-3-1894, comerciario; 3 - 2 :-Lucia Beatriz, n., S . Paulo, 1-9-1923, casada
casou-se em 15-5-1927 com D. Ambrosina de 28-12-1944, com Caio Lacerda de Arruda Bo-
Moraes Barros; n., Piracicaba, S. Paulo, em telho, n., S . Paulo, 14-2-1923, filho de Car-
13-4-1902, filha de João de Moraes Barros e 10s Amadeu de Arruda Botelho e D . Brazilia
D. Albertina Pinto Novaes de Moraes Bar- Lacerda de Arruda Botelho.
ros; filhos: :: - 3 :---Luiz Alberto, n., S . Paulo, 24-10-1926;
3 - - 1:-Rubens, n., 12-12-1928;
3 - 2 :-Léa, n., 22-8-1931 ;
i! - 8 :-Heloisa Clotilde, n., em Paris, França, 7-11-
1905. casada á 28-12-1944 com o D r . Alber-
tino Gomes Moreira, n., em Uberlandia, M.
248 NOBiLIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 249
--v
--
-
Ferreira, que foi casada em primeiras nup-
cias com Siegmund Mickelsburg, e, em segun- 3 - 3:-Haroldo, n., 6-6-1941,
das nupcias, com Sebastião Affonso Ferreira. 3 4 :-Paulo, n., 11-1-1943;
Deixou ainda cincoenta netos e quarenta bis-
netos ; filhos : 3 - 2 :-Dr . Haroldo de Almeida Mattos, n., nesta ca-
pital, 11-3-1911; medico pela Faculdade de
4 - 1:-Thomaz, n., 6-11-1940; Medecina desta Capital; cirurgião do pronto
4 - 2 :-Guilherme, n., 4-5-1941; socorro da Assistencia Municipal. Abando-
nou a profissão para tomar o habito de mon-
4 - 3 :-Maria Martha, n., 29-8-1943; .
je beneditino, com o nome de D Leão Magno
de Almeida Mattos.
4 - 4 :-Sylvia, n., 13-5-1945;
3 - 3:-Maria da Gloria, casada com o Dr. Claudi-
3 - 3:-Dr. Joaquim de Almeida Mattos, n., nesta
capital, 17-1-1916, engenheiro arquiteto. Tem
no do Amaral, medico pela Faculdade de Me- exercido varias comissões importantes no
decina de S . Paulo, filho de Zepherino Alves Estado do Rio e em escritorios particulares.
do Amaral e D. Evelina Vairo do Amaral, Casado com D . Miriam da Rocha Miranda,
domiciliados em S. Paulo. Filho adotivo: filha do Dr. Aquila da RocFa Miranda, ad-
4 - 1:-Luiz Carios do Amaral, n., 7-11-1944. vogado e politico militante em Petropolis,
falecido recentemente, e de D . Luiza Guerra
1 - 6 :-Anna Alexandrina de Macedo Soares Ribeiro da Rocha Miranda; neta paterna de Luiz da
de Almeida Mattos, n., 7-7-1884; casou-se em. Rocha Miranda (Barão do Bananal), e de
26-6-1906 com o Dr. Joaquim de Oliveira D . Adriana Nogueira Torres da Rocha Mi-
Mattos, medico-cirurgião pela Faculdade do ranàa, irmã do integro magistrado, desenr
Rio de Janeiro, filho de Luiz de Mattos, por- , bargador Cesar Nogueira Torres; neta pelo
tuguês, comerciante e D. Leopoldina Rosa lado materno de José Tavares Guerra e de
de Mattos, brasileira. Filhos : D . Julia Fonseca Guimarães Guerra ; filha :
2 - 1 :-Lia, n., 8-6-1907, casou-se com o Dr. Clovis 4 - 1:-Miriam, n., nesta Capital, 12-6-1946.
Newton de Lemos, n., em Conde, Bahia, 16-9-
1905, bacharel em direito, prbfessor da ca-
(C. R i )
260 NOBILIARQUIA FLUMINl%SE
CAPITULO XXXI
Descendencia de D. Anna Augusta de Macedo Soares
Dias de Menexes e Antonio de Souza Dias de
Menexes
1 - l :-Edith de Macedo Soares Dias de Menezes, n.,
em Maricá, aos 25 de dezembro de 1870. Ma-
triculando-se no Colegio d a Imaculada Con-
ceição, á Praia de Botafogo, revelou desde
logo a sua vocação religiosa; concluindo os
seus estudos tomou o habito de irmã de cari-
dade, e passou chamar-se a irmã Catharlna.
Faleceu a 15-8-1913. A "União", sob a d1-
reção do Dr. Felicio dos Santos noticia: "A
irmã Catharina - Mais uma angelica filha
de S . Vicente de Paulo evolou á celeste man-
são. Terminou o arduo incolato que tanto
lhe foi suavisado pela ardencia da caridade,
a s consolações da esperança que luzem do
sol da f&inabalavel. E' que n a florescencia da
edade já estava saturada de meritorios ges-
tos a irman Catharina, no seculo chamada
Edith de Macedo Soares Dias de Menezes,
nascida em Maricá (E. do Rio) no dia de
Natal do Senhor (25 de dezembro de 1870)
e sepultada no dia da Assunção d a Virgem
Mãe (15 de agosto de 1913). A coincidencia
dessas datas ainda é mais sugestiva quando
se sabe que o nascimento da gentil menina
em uma fazenda agricola foi comunicado aos
avós residentes em outra por um inocente
~ ~ e g r i n henviado
o com a noticia escrita na D. Edith de Macedo Soares Mas de MeneZRs
fita do chapéu porque não saberia êle trans- - Irm& Catharlns.
miti-la verbalmente. Não lembra isso o evan-
gelho do Natal de Jesus comunicado aos pau
tcires pelos anjos? Foi uma digna filha do
Menino Jesus essa alma de escol cujas pere-
grrnas virtudes esplenderam n a Congregaçáo
em que entrou a 15 de julho de 1895 e es-
pecialmente no Colegio d a Imaculada Con-
ceição de Botafogo onde era idolatrada. A
irman Catharina e r a filha de D. Anna de
Macedo Soares Dias de Menezes, ainda viva
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 261
sempre ele, o Lucio, quando estudou em S . feliz. Mas eu. . . Veja que beleza nesta noite
Paulo. Foi aquilo uma graça especial, sem- de aflição horsivel para mim! Voce crê que
pre esperada pelo Padre Chiquinho; assim há um Deus capaz de ouvir os gemidos, de
me disse um dia em que me honrou almo- aliviar as torturas de um pai nesta minha
çando em minha casa com o Lucio e teve ~ontingencia? Sim. Creio.. . M a s . . . Es-
ele a consolação de, vindo de's. Paulo, ex- cute, disse êle interrompendo. - Si houvesse
pressamente, assistir a essa bela conversão. um Deus capaz de salvar minha filha, e que
Não podia eu prevê-la, mas, algum tempo an- o quizesse, eu o serviria como um escravo.
tes da minha intercessão junto ao Lucio, - Seria um áto de gratidão apenas, não é
sucedera caso que me animou a procurá-lo. para essa especie de negocio que ele deseja
Moravamos eu e êle em Santa Thereza. Fui
chamado uma noite á sua casa com urgencia.
ser invocado para se revelar - disse eu. -
Mas reflita bem! A's vezes conseguimos coi-
Achei-o consternado. . . Só um amigo como sas extraordinárias, si são sinceros nossos
Você posso solicitar este obsequio: ver uma votos. Bem semelhante é o seu caso ao
doentinha desenganada, para que, hoje, ou que aconteceu a um seu colega nota-
amanhan, dê o atestado de obito. O medico bilissimo magistrado de França. Conte-
assistente é parente proximo : será melhor me.. . Augusto Nicolas fez igual promessa
recorrermos a outro para a atestação.. . E' para obter a cura de uma filha. Foi atendido
minha filhinha, venha vê-la. E o Lucio, do- e empregou a sua vida em estudar a religião
tado como era de extremosissimo sentimen- católica, e em escrever admiraveis livros apo-
to, debulhado em lagrimas levou-me ao quar- logeticos que tenho lido com grande prazer.
to da doente. A pobrezinha, de uns 2 anos E despedi-me. No dia seguinte, bem cedo,
de edade, extinguia-se nas vascas de uma fui ver a doentinha: estava salva! Dois dias
meningite, naqueles agudos gemidos que tan- depois achei-a brincando. Lembrei ao Lu-
to compungem os assistentes e laceram o co- CIO a promessa! Riu-se e, com grande magua
ração das mães. . . A temperatura altissima minha, explicou as suas exclamações como
e as convulsões sucessivas presagiavam a explosão de sentimentos atavicos : chasqueou
proxima terminação anunciada pelo ilustra- das fraquezas de animo a que não escapam,
do e criterioso medico assistente. - Outro nas grandes angustias, os homens, emancipa-
não podia ser o meu prognostico. Prescrevi dos de crendices e superstições, como êle.. .
um calmante, apenas para minorar o sofri,- Pouco depois, enviou-me uma fotografia da
mento do anjinho. Depois procurei o pai filhinha com uma derdicatoria escrita por
para dizer-lhe algumas palavras de r e de. Ao seu salvador oferece F. em s i m 1 de
signação religiosi . Resignação ! - disse êle, g r a t i d ã o . Quanto me doeu isso! Debalde pro-
levando-me para junto da janela aberta, da testei que não fora mais que um instrumento,
qual se avistava o incomparavel panorama infeliz todavia, da graça divina. Minhas pres-
do mar na entrada da bahia, e da cidade crições em nada mereciam o titulo de "he-
profusamente iluminada, como repousando Y oicas", banalissimas tinham sido. Ora ago-
abrigada na falda da cordilheira de Santa r a cheguei ao motivo de minha visita ao
Thereza. O céo estava recamado de brilhan- Membro do Supremo Tribunal de Justiça. A
tes astros pestanejantes, e a brisa a nos aca- causa dos beneditinos era justissima, a meu
.
riciar embalsamada. . Resignação ! - re. ver; fui lembrar ao m a ç o n o que êle devia
petiu êle - Como? Você é um crente.. . é a Deus. Saí acabrunhado. O Lucio declarou-
264 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 265
rne que não podia perder aquela ocasião de desse belo gesto do integro magistrado, corri
defender a causa do liberalismo contra as ao Colégio. Irman Catharina, seu tio foi a
superstições catolicas, e, de mais a mais, tra- s ~ s s ã o !Ela deixou pender a cabeça suspi-
tanáo-se de frades. . . A causa ntto poude ser rando. E votou. . . a favor dos frades! A
decidida por falta de um juiz. Estava doente santa irman levantou o rosto radiante de
Macedo Soares, Vice-presidente do Tribunal. contentamento e disse apenas isso : Ah ! Nos-
E era êle nada menos que o Grão Mestre so Senhor fez mais do que eu pedi.. ." -
efetivo da Maçonaria no Brasil. Esperavam F. S."
poder fazê-lo comparecer á sessão proxima: 1 - 2:-TI. Zeni de Macedo Soares de Azevedo, n.,
seu voto romperia a empate. Empenhavam-
3e muito com êle para esse fim. - Nessa si- em Maricá. 18-7-1872, casou-se á 8-2-1896
tuação é que procurei a irman Catharina, so- com João Baptista de Azevedo, natural da
brinha de Macedo Soares. Desejava que fossc provincia do Ceará, conferente da Alfandeya
ela pedir-lhe - não o seu voto (naturalmen- de Santos; filhos:
t r contrario), mas que não arriscasse a sua 2 - 1:--Liicinda de Nacedo Soares Azevedo, n., 30-1-
saude, comparecendo á sessão. - Ouviu-me 1897, solteira;
a santa irman com a cabeça baixa e, suspi-
rando, respondeu-me. - Conheço, bem meu 2' - 2:-Edith de Azevedo Aulicino, n., 24-5-1899, ca-
tio. Nestas coisas um pedido meu nada vale : sada em 10-4-1920 com Miguel Aulicino, in-
talvês seja at6 pior. - O Senhor é amigo dusl:rial, residente n a Cidade de Santos, Es-
dele, mas creio que não conseguirá demovê- tado de S . Paulo ; filhos :
10. Vou procurar um caminho melhor. . . ?. - 1:-Josh-Aulicino, n., 9-4-1921, comerciario,
Como se calasse ela, perguntei: - Que ca-
minho é esse? Algum amigo? - Estavamos 3 - 2 :-Antonio Alberto, n., 27-8-1922, comerciario,
no jardim da frente cio colégio da Imaculada
Conceição, na Praia de Botafogo. Apontou-
me a Capela e disse: - Sim, grande amigo.
- No dia seguinte compareceu ao Tribunal
3 - 4:-Lucia, n., 4-1-1926, professora,
Macedo Soares. Foi acolhido com alvoroço g - 5 :-Paulo, n., 12-10-1927, estudante,
pelos contrarios aos beneditinos e com pesar 3 - 6 :-Miguel, n., 28-7-1929, estudante,
pelos que por eles se interessavam. - Oh!
Muito bem!. . . disseram aqueles. - Veiu, V - 7 :-Gilza, n., 4-12-1931, estudante,
fazendo um sacrificio. Imo é que é de um 3 - 8:-Lygia, n., 28-5-1934, estudante,
magistrado patriota. Seu voto vai decidir o
pleito. A favor dos frades. . . disse ele com 3 - 9 :-Luiz Roberto, n., 19-3-1936,
firmeza. Imagine-se o pasmo do Lucio e dos
outros ! Que! O Grão Mestre da Maçonaria Y - 10 :-Fernando Sergio, n., 19-7-1941,
votando a favor de frades estrangeiros? - 3 - 11:-Maria Edith, n., 19-9-1943.
disse alguem. Sim. A favor - disse Mace-
do Soares que pouco tempo antes tinha escri- 2 - 3 :-Olga, 20-3-1901 ; faleceu á 22-4-1901.
to terriveis artigos anti-catolicos. - Aqui &>.AI
2 - 4 :-Dr. Fabio Azevedo, n., 6-6-1902 medico, ca-
n5o sou maçon! Sou juiz. O direito sufraga sou-se a 28-10-1936 com D. Ilka Ribeiro
os frades. Voto pelo direito. Apenas soube Gomes ; Filhos :
266 NOBILIARQUIA FLUMINENSE )RS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 267
-.
: - 1:-Maria Cristina, n., 21-11-1937, com D. Carmem Almeida Prado Dias Mene-
3 - 2:-João Paulo, n., 13-5-1944, zes, n., em Rio Claro, S . P . , 21-9-1908, filha
de Eduardo de Almeida Prado e D . Alice
Z - 5 :-José, n., 26-5-1903 ; faleceu á 31-12-1903 ; Negreiros de Almeida Prado. Filhos :
2 - 6 :-Marja Celina, n., 9-2-1906, solteira. 1:-Maria Helena, n., 20-3-1928, em São Paulo,
2 - 7 :-Dr. Claudio Azevedo, n., ,12-8-1908, cirur- 2 :-Paulo Antonio, n., em Sorocaba, 2-6-1929
gião dentista, com consultorio n a C. F . , ca-
sado com D . Elza Fernandes; fliho: 2 :-Judith Dias Menezes, n., Juiz de Fora, Minas.
20-7-1905 ; falecida, 1906.
.. - 1 :-Claildio José, n., 20-7-1943.
2 - 8:-Maria Zeni, n., 16-4-1910; faleceu á 4-11- 3 :-Cyro Dias Menezes, n., em S. P . , 23-12-1907,
falecido á 22-6-1930.
1918.
2 - 9:--Helena, n., 13-6-1912; casou-se á 27-11-1936 4 :-José Dias Menezes, n., em S . P . , 18-4-1909 :
falecido, 9-5-1936.
com Atabalipa Castro, fiel de tesoureiro da
Alfandega de Santos ; filhos : 5:-Maria de Lourdes Dias Menezes, n.. em S.
2 - 1:--Maris% n., 2-9-1937, Salvador, Estado d a Bahia, 11-3-1911. Cur-
so ginasial, funcionaria do Banco Comercio
i:- 2 :-Gilberta, n., '8-8-1943. e Industria de S. Paulo, 1931 A 1935 ; secre-
taria da diretoria; em fins de março de 1935
2 - 10 :-Delia, n., 16-8-1914, solteira. passou a I.A.P.C., Delegacia de S. Paulo,
1 - 3 :-Hermann de Macedo Soares Dias Menezes, e em 1939, secretaria do Delegado. E m 1-3-
n., em Niterói, 20-11-1873, antigo funcioná- 1944 transferida para o Distrito Federal
rio bancário, procurador do Banco Comer- passou a exercer a s funções de auxiliar do
cial do Estado de S . Paulo, casou-se á 4-5- presidente do mesmo Instituto; atualmente,
1901 com D . Cacilda Leão, natural de S. as funções de secretaria do engenheiro che-
,
--- L - --
a
Soare, r~.,20-3-1905, filha de Manoel Ribeiro 1 - 2:-José Paulo de Macedo Soares, n., 24-1-1879,
de Azevedo Sodré, e D. Maria Candida Men- em Cordeiros, municipio de São Gonçalo, pro-
donça de Azevedo Sodré ; filhas : vincia do Rio de Janeiro, cirurgião dentista,
professor da Faculdade de Odontologia de S.
3 - 1:-Gilda Maria, n., 30-11-1926, casada, 16-10' Paulo ; alto funcionario da C . N . M . F . Ca-
1946, com o Dr. Benjamim Augusto Pereira sou-se, 7-2-1901 com D , Ernestina Leão, n.,
de Queiroz, bacharel em direito, funcionario 19-8-1885, filha de Firmino Leão de Moura,
.,
do 1.P. A. S. E departamento jurídico, fi- e de D . Julia Bressane de Almeida Leão;
lho de Paulo Colombo Pereira de Queiroz. filha :
3 - 2 :-Regina Maria, n., 28-10-1928, solteira. 2 - 1:-Estella, n., 19-12-1901; faleceu, 19-1-1904.
2 - 3 :-Léa Maria, n., 7-3-1931, solteira. 1 - 3:-Eunyce de Macedo Soares de Souza Campos,
n., no local acima, 28-1-1881. Casou-se á 4-7-
8 - 4:-Sonia Maria, n., 21-2-1941. 1903, com o Dr. Antonio de Souza Campos
2 - 3:-José Armando de Macedo Soares Affonseca, Junior, estudante que foi dos mais distintos
n., 9-11-1908, bacharel em direito, advogado, do afamado Cdegio Paula Freitas, Rio; en-
deputado federal pelo Estado de São Paulo, genheiro civil e fazendeiro, n., 17-10-1877,
n a Constituinte de 1946. Delegado do Brasil filho do D r . Antonio de Souza Campos, me-
a Conferencia Internacional do Comercio e dico, republicano historico, um dos signatk-
Industria, Genebra. 1947. Casou-se - 31-'5- rios do manifesto republicano de 1870, e de
1938 com D . Leda Fiorini, n., 17-12-1921, D . Candida Rosa de Bittencourt de Souza
filha de Mel10 Fiorini, e D . Dieonlra Fiorini. Campos, f.alecida em S . Paulo á 6-4-1932, na
avançada idade de 89 anos; neto paterno de
2 - 4:-Maria de Lourdes, n., 3-8-1909; faleceu, 14- Pedro José de Souza Pimentel, e de D . Es-
11-1911 ; cholastica de Ferraz Campos; e materno de
2 - 5:-José Humberto de Macedo Soares Affonseca, Candido José Velho * ~ i t t e n c o u r t e, de D .
n., 17-2-1914; funcionario da Companhia Si- Rosa Candida Bittencourt. O D r . Antonio de
derurgica Nacional. Casou-se, 16-9-1941 com Souza Campos Junior, faleceu em S . Paulo
D . Stella Maria, n., 16-7-1922, filha do Dr. em 1945, deixando os seguintes irmãos: D .
Antonio Sobral Netto, e D . Isabel Rinaldi Escolastica de Souza Campos Ferraz, casada
.
Sobral Filha : com Francisco Dantas Ferraz, falecida á
31-12-1946; Pedro de Souza Campos, tam-
3 - 1:-Vera Maria, n., 16-6-1942; bem falecido, casado que foi com D . Edith
, Novais de Souza Campos; Dr. Candido de
2 - 6:-José Candido Macedo Soares Affonseca, n., Souza Campos, viuvo de D. Zuleika Malta
9-3-1917, industrial; casou-se, 24-10-1942, de Campos; professor Dr. Ernesto de
com D . Lorenzina D'Angelo, n., 2-10-1923, Souza Campos, preclaro ministro de Educa-
filha de José D'Angelo, e D. Theolinda La- ção e Saude no governo do general Eurico
mano D'Angelo ; filhos : Gaspar Dutra, casado com D . Celestina Bri-
3 - 1:-Carlos Affonseca Netto, n., 5-8-1943; to de Souza Campos, e D . Elisa de Souza
Campos Dias de Toledo, casada com Manuel
H - 2:-José Armando Affonseca Sobrinho, n., 2-8- Dias de Toledo. Filhos:
1945 ;
i -
z - 1 : - J a n d i r a , n., 29-5-1904; casou-se, 30-5-1923 2 - 4:-José Fernando de Souza Campos, n., 29-5-
com o Dr. Levy de Azevedo Sodré, medico, 1912, bacharel em direito, advogado. Casou-
filho de Manuel Ribeiro de Azevedo SodrCI, se, 16-4-1940 com D . Maria Luiza Salles Tei-
e D. Maria Candida Mendonça Sodré; fi- %eira, falecida, 24-6-1943 ; filho :
lhos :
3 - 1:-José Fernando de Souza Campos Filho, n.,
3 - 1:-José Carlos Eduardo, n., 16-5-1925; faleceu, 23-6-1943.
21-7-1926 ;
2 - 5 :-Candida Eunyce, n., 23-8-1913 ; faleceu,
3 - 2:-Manuel Ribeiro de Azevedo Sodré Netto, n., 27-8-1913.
16-7-1926, estudante, solteiro. ,
? - 4:-José Eduardo de Macedo Soares, n., 4-9-1882,
3 - 3 :-Maria Eunyce, n., 14-6-1927 ; faleceu, 30-10- na freguezia de Cordeiros, municipio de S .
1928. Gonçalo, provincia do Rio de Janeiro. Curso
8 - 4:-Levy de Azevedo Sodré Filho, n., 21-2-1931,
de humanidades com real brilhantismo. No
gôso de suas férias junto a seu dileto irmão
estudante, solteiro. D r . José Eduardo, em S. Paulo, o Conse-
2 - 5 :-Antonio Augusto de Azevedo Sodré, n., lheiro Macedo Soares em carta intima a sua
16-6-1932, estudante. esposa, escreve : "O Eduardinho veiu do Rio
fazer exame de historia natural. Fê-lo hon-
2 - 2 :-José Antonio de Souza Campos, n., 30-6- tem, tirou distinção e voltou pelo nocturno.
1906, funcionario da I. A. P. C. Casou-se, Como Cesar nas Gallias, - "veiu, viu e ven-
29-9-1933 com D. Sylvia Barbosa, n., 16-6- ceu". E' um turuna o Eduardinho!". - Ma-
1914, filha do D r . Jayme Villares Barbosa, triculando-se na Escola Naval saiu-se bem,
engenheiro, e D . Celina Meyer Barbosa. Fi- ganhando os galões de guardamarinha, e,
lhos : 5. após a viajem de instrução, os de 2 . O tenente.
Comandando a divisão branca, rumo aos Es-
3 - 1:-Antonio de Souza Campos Netto, n., 5-2-1935, tados Unidos, o Almirante Duarte Huet Rar-
estudante. cellar Pinto Guedes levou o tenente José Edu-
ardo como seu ajudante de ordens. Por al-
3 - 2 :-Luiz Anionio de Souza Campos, n., 11-6- gum tempo exerceu essa comissão, e, já 1 . O
1946. tenente, quando, na Inglaterra, se não poude
2 - 3:-José Eduardo de Souza Campos. n., 29-10- refreiar na sua inclinação de servir a patria
1908, funcionario da Comp . Seguros S . Pau- num ambiente aberto, - a politica, o jorna-
10 ; casou-se 19-9-1935 com D . B a r i a do Car- lismo.. - Deu a sua demissão do serviço da
mo Villaça, n., 5-6-1915, filha do D r . soa- armada. - Regressa ao Rio de Janeiro, f u n
quim Pedro Meyer Villaça, advogado, e D. d a o "O Imparcial", jornal moderno, com
Zelinda Barros Villaça ; filhos : feição do dos melhores da Europa e da Ame-
rica; suplemento aos domingos, rico de co-
3 - 1:-Joaquim Pedro, n., 5-9-1936; laboração ornada de ilustrações interessan-
tissimas. Iniciou, então, a esteriotipia. na
3 - 2:- -José Eduardo, n., 13-7-1941; imprensa. Jornal de combate, franco, leal.
alcançou a liderança nos meios jornalisticos.
3 - 3 :-Fernando Antonio, n., 9-4-1946. Entre seus colaboradores, Rui Barbosa faz
(C. 92)
DRS. ANT.O Jm. E JULUSO R. DE MACEDO SOARES 275
274 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --
a campanha civilista. E' o jornalista, Mace- derante, decisiva. - A historia dirá do alto
do Soares desde logo, considerado, no l0pla- sentido civico desta revolução sem sangue
no. - De Fernando Azevedo, no seu opu- que culminou na entrega do governo sob a
lento 1.O volume de "A Cultura Brasileira", egide do poder civil n a pessoa do Presidente
ed. 1944, pg. 415 nt.". "Não caberia certa- do Supremo Tribunal Federal. - Vem as
mente nos limites de uma obra de sintese a eleições de 2 de dezembro, de fáto, livres e
citação de todas a s figuras que se destaca- honestas, dotando o pais com a Assembléia
ram, sob alguns aspéctos, no jornalismo do que soube organisar e proteger o regime de
periodo republicano. . . Entre os grandes liberdades e garantias legais instituido na
jornalistas - "de profissão" -, não seria Constituicão de 18 de Setembro de 1946. -
possivel esquecer os nomes ilustres de Quin- E na estacada, repetimos, aquela vós do bom
tino Bocayuva, de "O Pais", Alcindo Guana- senso, na coluna mestra do "O Diáriq Cario-
bara, José Carlos Rodrigues, Edmundo Bit- ca", franca, experiente, vai traçando o ca-
tencourt, Eduardo Salamonde, João Lage, minho que tanto almejam os bons brasileiros,
Julio de Mesquita, e, mais recentemente José oferecendo ao presidente da Republica a co-
Eduardo de Macedo Soares, fundador e di- iaboração dos partidos, ou, pelo menos, de
retor de "O Imparcial". . . Costa Rego e As- suas figuras mais representativas no cena-
sis Chateaubriand. . . ". - E m 1916 ingres- rio politico nacional. - E acaba de o obter
sou na Camara de Deputados como represen- com o mais completo êxito. - José Eduardo
tante do seu Estado natal. - Pela atitude de de Macedo Soares casou-se á 2-12-1908 com
desassombro, independente na sua profis- 1). Adelia de Carvalho Costallat, filha do
são, sofreu o jornalista Macedo Soares per- Marechal D r . José Alipio de Macedo da Fon-
seguições d e toda a ordem. J á em 1915 ha- toura Costallat, antigo professor da Escola
via sido encarcerado, como preso politico, no Militar e mais tarde diretor do Colegio Mi-
Quartel dos Barbonos. Em 1922 homisiou- litar, e de D . Maria Elvira Torres de Car-
se na Legação Argentina. E m 1924 preso valho; neta paterna de João Baptista Au-
em Maricá, metido numa ilha, logrou a fuga. gusto Costallat, natural de Limonges, Fran-
- E m 1927 funda o "O Diário Carioca", o ça, e de D . Maria Athanasia Macedo da
popular, em verdade, o jornal dos Cariocas. li'ontoura, natural de Rio Pardo, provincia
- E m 1930, novamente preso, por delito de do Rio Grande do Sul; (1) e materna de
imprensa, é, recolhido ao Quartel de cavala- José Dias Delgado de Carvalho, major aju-
r i a de policia, % rua Frei Caneca. Autentico dante de ordens do Comando Superior da
revolucionario pela liberdade, foi um dos li- Guarda Nacional de Araruama, Saquarema
deres do movimento de 1930. Politico de lar- e Cabo Frio, negociante matriculado na pra-
g a influencia no Estado do Rio foi eleito Se- ça do Rio de Janeiro, e, por ultimo, Diretor
nador na Constituinte de 1934. -Desencan- da Companhia Carris de S. Christovam; re-
tado com o governo Vargas, vemô-10 de novo cebeu, mais tarde, as honras de General dc
na estacada, auscultando, aconselhando, arti- Exercito, e de D . Maria Carlota Rodrigues
culando o movimento de 29 de outubro, ten- Torres de Carvalho, filha dos viscondes de
do, por lema, a liberdade da imprensa, e por Itaborahy ; filhos :
escopo, a restauração da vida democratica
do paiz. Nesse momento histórico a interven- (1) V j . apendice - Carta do Sr. Jorge G . Feljaairdo, aponta-
ção do jornalista Macedo Soares foi prepon- nientas sobre os Costallat.
276 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 277
-- -
2 1 :-Maria Carlota de Macedo Soares, n., Paris,
França, 16-3-1910 ; solteira ; S r . João Gonçalves do Nascimento, filho de
José Gonçalves do Nascimento e de D. Joa-
2 - 2 :Maria Elvira de Macedo Soares, n., Paris, 2-11- quina Freire de Andrade, dos Sá Freire, de
1911. Na revolução constitucionalista de São Guaratiba ( 2 ) . D . Luiza Lebon, filha de
Paulo, 1932, Maria Elvira seguiu alistada en- Gustavo Lebon, de origem belga e de D . Ca-
fermeira, e, nos embates da gloriosa luta, rnille Eugenie Lebon. Filho :
conheceu o D r . Antonio M. de Paula Leite,
que, então, comandava, como tenente, uma 8 - 3:-F'lavio Eduardo de Macedo Soares Regis do
companhia; os mesmos ideais os aproxima- Nascimento. n.. D . F ., 25-8-1942
r a m e veiu a nossa bonissima enfermeira il 1 - 5:-José Carlos de Macedo Soares, n., 6-10-1883,
s e casar a 9-12-1933, com o filho de Atali- na capital do Estado de São Paulo, á rua da
ba Paula Leite de Barros e de D . Maria Ju- Princeza, hoje rua Benjamin Constant. Cur-
lia de Carvalho Barros; neto paterno do Al- so primario na Escola Modelo Caetano de
feres Ignacio de Paula Leite de Barros, e de Campos e o de humanidades no Ginásio d a -
sua segunda mulher D . Anna Gertrudes de quela capital; com o diploma de bacharel em
,
Barros Leite; e pelo lado materno de Pedro Ciências e Letras, em 1901, recebeu o pre-
Alexandrino de Carvalho, e de D . Amelia mio - "Dr . Augusto Freire da Silva". -
Micheli de Carvalho, todos residentes em Matriculando-se na legendaria Faculdade de
Jaú, São Paulo ; (1) ; filhos : Direito de São Paulo, destacou-se dentre os
.", - 1:-José Eduardo, falecido em tenra edade; mais nobres academicos, tanto que Presiden-
te do Centro Academico X I de Agosto, rece'
t; - 2:-Antonio Eduardo de Macedo Soares de Paula beu depois o titulo de Presidente Honorario,
Leite, n., 15-3-1938. quando, em 1905, colou gráu de Bacharel em
Ciências Juridiczs e Sociais. - Diplomado.
Falecendo o Dr. Antonio Micheli de Paula foi Professor de Economia Politica e Finan-
Leite em S. Paulo, á 6-12-1938, passou D. ças no Curso Superior da Escola do Comer-
Maria Elvira a segundas nupcias com o Dr. cio Alvares Penteado, S . Paulo, e Diretor
Flavio Amilcar Regis do Nascimento, enge' do Ginásio Macedo Soares. - E m 1 5 de de-
nheiro civil e construtor, chefe da firma He- zembro de 1010 casou-se com D . Mathilde
gis & Agostini, estabelecida na praça do Rio Melchert da Fonseca. n., em S. Paulo. á 1-8-
de Janeiro, filho do Coronel de artilharia Fla- ,893, filha do Dr. Jose Maniiel da Fonseca
vio Queiroz do Nascimento, e de D . Olga Re- Junior., n . , em Itú, 16-6-1858, bacharel em
gis do Nascimento; neto paterno de João Direito, advogado e capitalista, falecido em
Gonçalves do Nascimento, farmaceutico es 1907, e de D . Escholastica de Anuiar Mel-
tabelecido á rua da Quitanda, muito popular, chert, veneranda senhora, inteligente e cul-
caridoso para com os sofredores, e de D . ta. sempre atenciosa; vive, de boa saude, em
Joanna Queiroz de Nascimento, naturais do companhia de sua distinta filha e genro ; neta
Distrito Federal; e materno de Alexandre paterna de José Manuel da Fonseca Leite e
Justino Regis e de D . Luiza Lebon Regis, de D. Thereza de Almeida Prado; pelo lado
naturais do Estado de Santa Catharina. O materno de Adolpho Julio de Aguiar Mel-
chert e de D . Escholastica Joaquina de Cam-
(1) S~.~bre a ascendencia d o D r . Paula Leite, v . mederico de
d e Barros trotero, d w - ? d e n t e s do Ouvidor Lourenço de Almeida
Prado, S. Paulo, 1988, pg. 372-8.
--
( 2 ) . Vj. suplemento - Carta do Conselheiro Macedo Soarzs ao
D . LUlz Mario de S& Fr~eire
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 279
--.
278
- NOBILIARQUIA F'LUMINENSE e- - d
~ o Melchert
s (1) . - E m verdade dificil um nando Azevedo, " A Cultura Brasileira", 1944,
iestudo biografico, mesmo esboço, do D r . pgs. 422; Ponte Inter-Americana, ed. enci-
José Carlos de Macedo Soares. - Varios es- clopkdica contemporanea inter-americana
critores se tem dado a esse trabalho. - O LTDA., 1947 Dotado de uma atividade fisi-
D r . Silveira de Menezes, apresenta-nos in- ca, ou por outra. de uma capacidade de tra-
teressante - "Retrato Psychologico do Mi- balho fóra do comum, milagrosa, no dizer
nistro Maccdo Soares, 1936". com a seguinte de João Luso, o Dr. José Carlos desde moço,
advertencia: - "E' bem difficil plasmar-se como vimos, passou a dedicar-se exclusiva-
em poucas linhas ou mesmo num pequeno vo- mente a seu Estado. - Duma vês que fui
lume a personalidade de um homem que pe- á sua cidade natal, observa João Luso, era
!as suas multiplas qualidades. como o Minis- o S r . José Carlos de Macedo Soares Presi-
tro José Carlos de Macedo Soares, tem esta- dente do Banco de S. Paulo e da Companhia
lado os mais ingremes labirynthos da vida de Seguros S . Paulo; fazia parte ativa e in-
publica. . . " -- Por isso mesmo preferimos fluente da diretoria de mais oito ou dez em'
indicar ao leitor, entre outros estudos. o re- prezas, comanditava f a b l h a s e fazendas ;
ferido acima, que reputamos, consciencioso, dedicava-se, em cargos dos mais exigentes, á
exato; o almanaque do Pessoal do Ministerio Santa Casa de Misericordia e ao Hospital dos
das Relações Exteriores - 1935, pg. 194; o Lazaros; e as varias mesas da sua sala de
discurso do ilustre escritor João Luso, pro- trabalho na Companhia de Seguros estavam
nunciado á 22 de Julho de 1937, no Gabi- c ~ b e r t a sde plantas, projetos, calculas, orça-
nete Português de Leitura, na homenagem mentos, para obras e serviços urbanos dc
prestada pela Federacão das Associacóes que ele ia dotar Campos do Jordão. - Foi
Portugueaes ao Snr. D r . J. C . de Macedo o que inspirou a frase de admiração e aféto
Soares, Ministro da Justiça. e que constou do inclito Arcebispo D . Duarte Leopoldo:
da entrega de um retrato á oleo, presentes o Este José Carlos, que homem! Nos seus va-
S r . Embaixador Martinho Nobre de Mello, gares constrói uma cidade! - Todas a s ins-
S . Excia. o S r . Cardeal D . Sebastião Leme, tituições paulistanas de caridade lhe devem
Felinto de Almeida, representando a Acade* auxilios avultados e em qualquer delas que
mia de Letras Conde Dias Garcia e muitas visitemos encontraremos o seu retrato en-
outras pessoas gradas. (Jornal do Commer- tre os benemeritos de alta categoria. Con-
cio, 23-7-937) : Luiz Autuori. Os Quarenta correu em medida dilatadissima, com a sua
Imortais, 1945, pgs. 145-150; C o n t e m ~ o r a - influência e a sua fortuna, para esse augus-
neos Inter-Americanos, ed . enciclopedica, to, imperecivel monumento de fé cristã que
1945, pgs. 58729 ; Dicionario Universal de Li- h á de ser a Catedral de S . Paulo. E durante
teratura, de H . Perdigão, Pcrto, 1940, p g . a revolução de 1924. quando a cidade suber-
719; Bio-bibliografia a o socio do Instituto ba e intransijente na sua força, esteve cerca-
Historico - Macedo Soares (José Carlos) da, isolada do mundo; quando a seguranç:
pela ilustrada eduradora D . Maria Carolina dentro dos seus muros se tornava de momen-
Max Fleuiss, Rev. do Instituto. vol. 181, to a momento mais precaria; quando o de-
Out. A Dez. - 1943 - pgs. 175-83 - Fer- sengano das massas populares se avizinhava
e com ela uma possivel revolta contra a re-
(1) Sobre a ascenidencia de D. Matilde M. da Fonseca, con- volta; quando o flagelo da fome já se alas-
sulte-se: - Frederlco de Barros Brotero - Descendentes do Ouvidor trava pelos bairros pobres e não tardaria a
Lourenço de Almeida Praclo, S. P., 1938, pg. 85 & 100.
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 281
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no reencontro de Boqueron, e que até o mo- te Roosevelt, sendo recebido com honras de
mento sofria as consequencias do ferimentc;. Chefe de Estado, presentes na estação, 0s
~ o g odepois aproximára-se a S r a . Elio. Srs. Cordel1 Hull e Summer Welles, secreta-
esposa do Ministro das Relações Exte- rio e subsecretario de Estado, e altas paten-
riores da Bolivia, a quem conhecia e a quem tes do Exercito e d a Marinha, pertencentes
muito estima. Percebera na fisionomia de á Casa Militar do Presidente da Republica.
No grande banquete, que foi oferecido ao
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NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
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noris causa" ao S r . Macedo Soares, o S r .
nosso Embaixador no Waldorf Astoria Ho- Summer Welles, afirmou ter sido o Delega-
tel, e a que compareceram o Sub-secretario do do Brasil o grande vitorioso n a paz do
de Estado, Embaixadores e Ministros Ex- Chaco. E porque viesse de Washington a
trangeiros, coube o logar de honra ao s r . New York especialmente para falar no ban-
José Carlos de Macedo Soares que ficou la- quete das damas de "Peoples Mandate", an-
deado pela Senhora Henry Goddard Leach, tes de iniciar seu longo e substancioso dis-
Presidente do "Peoples Mandate" e a Senho- curso sobre a nova politica pan-americana
r a James Roosevelt, a veneranda progenitora dos Estados Unidos, pronunciou algumas pa-
do Presidente da Republica. - De uma cor- lavras afim de chamar a atenção da assis-
respondencia de New York, fevereiro de tencia para a presença ali, do S r . José Car-
1937, i n Jornal do Commercio, Rio, 1 7 feve- 10s de Macedo Soares. Declarou, textual-
reiro de 1937, sob o titulo - "O CONCEITO mente, o Sub-Secretario de Estado: - "Não
HUMANO DA PAZ AMERICANA e sub-ti- conheço ninguem, no nosso hemisferio, que
tulos: - O presidente Roosevelt abriu em tenha trabalhado com menos publicidade s
Buenos Aires novos e amplos horizontes á mais abnegação e despreendimento em prol
doutrina de Monroe, permitindo que todos os da paz, do que o S r . Macedo Soares". -
paizes americanos tenham responsabilidark Quem conhece a psicologia do S r . Summer
propria n a sua realização. - A importancia Welles, um dos homens mais comedidos nas
da viagem do Sr. José Carlos de Macedo suas apreciações, póde facilmente avaliar a
Soares aos Estados Unidos, onde o Brasil importancia àe sua referencia no banquetc
possue agora uma situação privilegiada. -
O christianismo como fonte espiritual da do Baltimore Hotel. - E m 3 de junho de
America. - A paz como função da demo- 1937 assumiu a pasta da Justiça, - missão
cracia. - Lrvantando uma ponta do v60 de de terriveis dificuldades - acentuou o ilus-
Buenos Aires - Embaixador da Imprensa t r e Ministro, quando de sua posse. Como
-, extraimos o seguinte: "O S r . Hugues programa traçou nessas palavras : . . . "O
Estado moderno, mais do que nunca, concen-
Gibson, afirmou, em notavel discurso, que tra-se numa palavra: autoridade. O seu de-
transmitira a comunicação em 1932, e par-
ticipara, intimamente da Conferencia para ver precipuo é proteger as liberdades publi-
a Pacificação do Chaco, e declarara ha dois
cas, não mais no sentido ideologico da so-
ciedade méramente politica do começo do se-
dias, num grande banquete oferecido no Wal-
dorf Astoria Hotel ao S r . José Carlos de Ma- culo passado. As liberdades publicas, que lhe
cabe proteger no quadro da civilização atual,
cedo Soares que lhe era facil sustentar que
poucos homens trabalharam mais pela paz dependem dos fenômenos economicos, sociais
e politicos. A dificuldade está em ordenar
do que o antigo Ministro das Relações Ex-
tais fenomenos em vista do interesse geral
teriores do Brasil. Respondeu o S r . Em-
baixador Macedo Soares, em aplaudido dis-
e do bem comum, protegendo a personalida-
de humana e seus atributos essenciais con-
curso, que, por proposta de um senador, fi- t r a a tirania dos grupos, das classes ou das
cou fazendo parte dos anais por transcrito categorias, colocando cada um no seu lugar
no "O Diário Oficial" do Congresso Nacio- n a hierarquia dos seus valores, sempre su-
nal Americano. Uma semana antes, na sole- bordinando ao primado espiritual os interes-
nidade da entrega pela Universidade Cato- ses e exigencias materiais. O requisito da
lica de Washington do titulo de doutor "ho-
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(C. ?3)
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ca possa promulgar as duas leis monumen- Suas intrigas duram pouco tempo e não dei-
tais. Pedi ainda á Camara dos Deputados xam sinal de si. Na verdade tal inteligencia
que tomasse a iniciativa de organizar o Tri- é uma sombra, um sucedaneo, qualquer coi-
bunal de que t r a t a o a r t . 79 da Constituição s a que se sente falso e se reconhecc falso
de forma a descongestionar a enorme tarefa porque a arvore da inteligencia não pode dar
imposta á Côrte Suprema. - Por outro lado. frutos secos. - Um dos servidores do rei
estamos estudando, com o chefe de policia ai- Carlos I d a Inglaterra, o celebre Conde de
guns projetos de lei que garantam a efira- Strafford, observava uma divisa interessan-
cia de pesquizas e investigações em torno de te: - "Through", quer dizer: a fundo, até
fátos criminosos, e estamos cuidando de um o fim. Esse gentleman serviu bem, á sua ma-
vasto plano de aparelhamlento material que neira, a causa do poder absoliito que os reis
dê á* policia todos os recursos materiais, a Stuarts encarnaram num mau momento. De
instrução técnica, organização enfim, para fáto, o Conde de Strafford acabou mal, sou-
que se possa desempenhar cabalmente os seus be, porem, morrer com tão corajosa simpli-
encargos, quer no sector preventivo, quer no cidade, que os proprios carrascos no seu tris-
repressivo. Por outro lado, a nossa Policia, te mistér, guardaram um silencio comovente.
na orla de contáto das classes armadas com a Não sendo supersticioso, á s vezes considero a
população civil poderá prestar, em materia força de sintese da divisa de Strafford.
disciplinar, apreciavel concurso á s autorida- "Through" mística de constancia no cum-
des da Guerra e do Marinha. Eis aí, meiii; primento do dever, traduzida numa palavra
senhores, os topicos principais de um pro- forte. - Agradeço ainda uma vez, senhor
grama de estabelecimento da Justiça, de re- presidente e meus senhores, a graça do vosso
forma e aparelhamento da Policia, para ser acolhimento, e digo-vos que nunca esquecerei
executado, com presteza, no quadro dos meios a bondade de vossa participação na cerimo-
legais. - Ainda teria muito a dizer sobre nia da minha elevação á pasta de Justiça
um conjunto de medidas em estudo, para des- consagrando um homem que se esforca por
congestionar, acelerar e baratear a distri- ser um bom brasileiro, e, portanto, um bom
buição da Justiça no paiz. Não quero, porem, fluminense . " - A transcrição desse magni-
abusar da vossa paciencia, não convindo, de fico discurso do "O Diarfo Carioca", de 1-7-
resto, manipular frutos verdes. Mas não ter- 1937, mostra o alto apreço do ilustre Minis-
minarei sem vos pôr de cautela contra o mal tro ;i Justiqa Fluminense . - No mês seguin-
do nosso tempo: a intriga, a mentira, a con- te, á 4 de agosto o S r . Ministro da Justiça
jura, a traição. Os povos sofrem e morrem aue se fez acompanhar de seus oficiais de ga-
de tais insidias. Por isso, tomei como regra binete e assistente militar, visitou a CÔrtc
na vida publica abrir os olhos, falar claro e de Apelação do Distrito Federal. O S r . Pre-
direito. Falo como penso, e ajo como falo. sidente, desembargador Morais Sarmento,
O fáto de supreender tal sincronismo num em conceituoso discurso, disse : " . . .O nome
homem de governo, ainda que desvalioso, - de V. Ex. que tanto brilho teve na direqão
dá o retrato de uma época descrente e frivo- do &Tinisterio das Relações Exteriores, sendo
l a . - Temos entre nós a nossa politica os cognominado o Embaixador da Paz, é hoje
professores da inteligencia; escasseiam os uma garantia n a gestão do Ministerio da
mestres do caráter. O interessante é que os Justiça onde terá oportunidade de continuar
peritos da inteligencia não iludem a ninguem. a prestar ao paiz os seus serviços de alta re-
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estradas de ferro e outras empresas paulis- 2 - 5 :-Maria Irene Moreira Lima, n., 17-5-1922, ca-
t a s . Agraciado com a medalha comemorati- sada, em S. Paulo, na Igreja da Consolação,
va do centenario do nascimento do Barão do 2-2-1945, com o h. ftoberto Moreira Lima,
Rio Branco. Socio do Instituto Historico e medico pela Faculdade de Medecina da Uni-
Geografico de S . Paulo, do de Santos e da versidade de S. Paulo, n., 1-11-1915, Iilho de
Sociedade Brasileira de Geografia. Bibliogra- Jorge 1Moreira Lima e de D. Ottilia Soares
f i a : A Concepção e a Redação da Rerum N o - 1Uoreii-a Lima. Exerce suas atividades na
va?ufrn,conferencia lida em sessão do Insti- Capital, no liospital Municipal e na Compa-
Luto Historico e Geografico Brasileiro; Da- nnia de Seguros "Novo Mundo"; -
o filho:
Prescripção no Direito Trabalhista; Justiqa 3 - 1 :-José Guilherme, n., S. P., 16-7-1946 ;
Gratuita dos Pobres.
2 - 3:-José Cassio de Macedo Soares Junior, ri., 2 5
2 - 6:-Maria Silvia Junqueira de Almeida, n., 8-8-
1924, casada, em S. P., n a Basilica Abacial
1-1919, medico pela Faculdade de Medicina de S . Bento, 18-1-1944, com o D r . Antonio
da Universidade de S . Pauio, em 1943, com
consultorio naquela capital. Exerce suas ati- Varella Junqueira de Almeida, n., S . P . ,
16-3-1919, filho de Cristovam Junqueira de
vidades profissionais n a Companhia Seguro; Almeida, e de D . Carlota Varella Junqueira
"S. Paulo", e no Instituto de Aposentadori:. de Almeida ; medico pela Faculdade de Mede-
e Pensões dos Comerciarios. Casou-se, em cina da Universidade de S . Paulo, turma de
S. Paulo, na Igreja da Consolacão, 4-7-1944, 1943, com consultorio n a Capital, e profissio-
com D . Maria Helena Martins de Andrade, nais no Serviço de Transito e n a Companhia
n., 30-9-1924; filha do D r . Francisco Mar- Textil ; filho :
tins de Andrade, e de D . Oriandina Junquei-
r a de Oliveira Martins de Anarade ; filho : 3 - 1:-Antonio Luiz, n., S. P., 6-7-1946.
3 - 1:--'Maria Helena, n., S . P., 12-4-1945; 2 - 7:-Maria Mathilde Platt de Macedo Soares, n.,
28-2-1828 ; solteira.
2 - 4:-Maria do Carmo Ribeiro do Valle, n., 27-11
1920, casada, em S. Paulo, na Igreja da 1 - 9:-José Roberto de Macedo Soares, n., na capi-
Consolaçãc, 19-12-1944, com o D r . Marcos tal do Estado de São Paulo, 12-4-1893, Ba-
Ribeiro do Valle, medico pela Faculdade de charel em Ciências Juridicas e Sociais pela
Medecina da Universidade de S . Paulo, ri., Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em
em Serra Azul ( S . Paulo) 18-7-1920, filhb 1916. Socio do Instituto Historico e Geogra-
de Manuel Joaquiih Ribeiro do Valle, e de D. fico de S. Paulo e do Instituto Historico e
Lavinia Soares Ribeiro do Valle. O D r . Mar- Geografico Brasileiro; Membro da "Société
cos R . do Valle exerce suas atividades pro- des Gens de Lettres", da França. Ingressou
fissionais na Capital, no Hospital Municipal na carreira diplomatica como adido a Le-
e no Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, gação de Lisboa á 23-2-1916; 2.O secretario
Bibliografia : A Radioterapia no Granuloma em 27-7-1917, galgou todos os postos, sempre
Anular; A Radioterapia nos Fibromiomns por merecimento, 1.O secretario (1931) ; mi-
Uterinos; Cancer da Pele; filho: nistro Plenipotenciario de 2." classe, (1937) :
de la classe (1941) - Secretario Geral do
fr - 1 :-Manuel Joaquim, n., S. P . 3-7-1946 ; Ministerio das Relações Exteriores (1939) ;
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dos Unidos. - c) Legião do Merito do Chi- Com exceção do Dr. Gustsvo, todos os fi-
le, - d) Cruz de Campanha contra o Impe- lhos do Engenheiro Brotero, nasceram no
rio Alemão (la grande guerra mundial), --.- Distrito Federal.
2 semestus. - e) Medalha da Vitoria, inter-
nacional (Ia Grande Guerra Mundial), - f 1
Medalha de Serviços de Guerra, 2 estrelas, CAPITULO XXXIV
(2." Grande Guerra Mundial), - g) Meda- Desceniiericia de Paulino José Rodrigues de Azevedo
lha Militar de Bons Serviços (ouro) ; casaclu Soares e'D. Maria Antoniu Alves de Azevedo Soares
á 31-5-1923, com D . Yára de Almeida Mace-
do Soares, n., 14-3-1905. filha de Antonio M:i- I - 1:-Maria Joaquina de Azevedo Soares (Mariet-
ximo de Almeida, funcionario do Ministerio t a ) , n., 30-3-1862, casada com seu primo Cel-
da Viacão; e' jornalista, e de D. Maria da so Salathiel de Azevedo Soares, antigo fiel de
Gloria Pereira Pinto de Almeida. neta ~ 3 - pagador da Marinha, filho de Antonio José
terna de Francisco Maximo de Almeida. e de Azevedo Soares, e de D. Guilhermina da
de D . Maria Joaquina de Araujo Almeida; Costa de Azevedo Soares ; filhos :
e, pelo lado materno, do D r . Bernardo Ga-
vião Pereira Pinto, engenheiro, e de D . Lui- 2 - 1:-Paulino José de Azevedo Soares, capitão de
T a Barata Pereira Pinto; finos : corveta da Marinha de Guerra, casado com
D . Hilda Cuevas de Azevedo Soares, natural
1 :-Geyr de Macedo Soares, n., 29-3-1924, oficial do Estado do Espirito Santo. filha de Pedro
da Amada, solteiro. Cuevas, hespanhol, e de D. Leonor Cuevas,
2:-Jaime-Hermano de Macedo Soares, n., 4-3- brasileira ; o comandante Paulino faIeceu, em
1926, cadete da Escola Militar. Niterbi, onde sempre residiu, aos 45 anos;
filhos t
3 :-Hermano-Jaime de Macedo Soares, n., 4-8-
1926, cadete do a r . 3 - 1 :-Paulino, estudante;
6 :-Dr . Gualberto de Macedo Soares, n., 29-10- 3 - 2:+Nilda, professora diplomada aos 16 anos;
1895, funcionario publico e advogado. casado 3 - 3 :-Pedro Celso, estudante;
á 8-9-1927, com D . Dalva de Almeida de Ma-
cedo Soares, n., 17-9-1909 e cujos ascenden-
tes são os mesmos de D . Y&ra de Almeida 2 - 2 :-Celsina de Azevedo Soares, solteira;
de Macedo Soares, já mencionados; filhos:
2 - 3 :-Antonio Claudio de Azevedo Soares, solteiro,
1:-Gilson de Matedo Soares, n., 25-4-1931, es-
falecido aos 25 anos.
tudante ;
2:-Gilza de Macedo Soares, n., 5-9-1934, es-
2 - 4 :-Juracy, falecida, impubere .
tudante ; 1 - 2 :-Maria Carolina, n., 10-3-1870; faleceu soltei-
ra em 28-1-1895 ;
7 :-Dr . Gilberto de Macedo Soares, n.. 20-5-1898,
farmaceutico, solteiro, falecido, 24-6-1924; 1 - 3:-Mario de Azevedo Soares, n., 5-4-1875, fun-
cionario dos telegrafos, casou-se. em primei-
8 : D r . Guilmar de Macedo Soares, n., 1-4-1901, ras nupcias, com D . Maria Amelia da Costa,
enzenbeiro civil, solteiro, falecido á 8-11- filha de Francisco Luiz da Costa, e de D .
1935. '
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FLUMINENSE
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CAPITULO XXXV
.Descendencia. de D. Maria Paula de Azevedo Macedo 2 - 2 :-Enedina Correia de S&, solteira ;
Soares e D r . Joaquim Ma&ano de Macedo Soares.
(Vj . Capitulo XXIII) 2 - 3:-Mozart Correia de Sá. solteiro, faleceu no
posto de sargento-aviador.
3 -- 4 :-Francisco,
-
faleceu menor;
CAPITULQ XXXVI 2 - 5:-Eloyna Correia de S&,casada com Mario Nu-
nes, funcionario publico ; Filho :
Ilescendencia de Antonio José d e Azevedo Soares e D.
- Guilherrnina d a Costa de Azevedo Soares 8 - 1:-Mozart, n., julho de 1946.
1 - 3 :-Luiz Hostilio de Azevedo Soares, n., 4-9-1871,
1 - 1 :-Celso Salathiel de Azevedo Soares, n., 16-10-
falecido, em agosto de 1894. ,
1868, professor e fiel pagador da Marinha,
casado com sua prima D . Maria Joaquina de 1 - 4 :-Antonio, n, &em1872, falecido impubere;
Azevedo Soares, filha de Paulino José Rodri-
gues de Azevedo Soares, e de D . Maria An-
tonia Alves de Azevedo Soares; filhos:
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C, - 3 :-Maria Thereza,
3 :-Regina Maria. '-; - 4 :-Maria Luiza,
5 :-Ernani, falecido, impubere . I, - 5 :-Maria Regina,
2 :-Agenor de Azevedo Soares, n., 25-8-1873, ba- 3 - 6 :-Paulo Cezar.
charel em direito, advogado em São Paulo,
atualmente residente na Capital Federal, ca- 2 - 2:-Decio de Azevedo, funcionario bancario, sol-
sado, em primeiras nupcias, com D . Rosa teiro ;
Antonia de Aguiar Barros, filha do Dr. An- 1 - 5:-Regina de Azevedo Soares, falecida, menor.
tonio Francisco de Aguiar Barros, magis-
trado em S . Paulo, e de D . Genebra Souza 1 - 6:-Etelvina, de Azevedo Soares, falecida, menor.
.
Queiros de Barros ; S . g . e, em segundas
nupcias, com sua prima D . Judith Soares
de Azevedo, filha de Joaquim José de Azeve-
do Soares, e de D . Candida Borba de Azeve- CAPITULO XXXIX
do Soares; filhos: L)cscender~ciude Joaquim José de Azevedo Soares e D.
Candida Borba de Azevedo Soares
1 :-Luiz de Azevedo Soares. n., S . P . . 29-1-1918.
bacharel em direito. *advogado, casado com 1 - 1:- aii ia Orminda de Azevedo Silva, n., 13-5-
D . Heloisa Oliveira do Amaral, n., 22-3-1921, 1882, casada com o Dr. Gustavo da Silva,
filha de Carlos Augusto do Amaral, e de D . natural de S. P., medico, falecido naquela
Leonor Oliveira do Amaral ; filho : cidade, filho de José Augusto Gustavo da Sil-
va e de Alexandrina Fernandes da Silva; fi-
1:-Luiz Manoel, n., 9-9-1946 ; l h o :~
2 :-Claudio de Azevedo Soares, n., S . P ., 27-5- 2 - 1:-Lucia, n., em S. P., casada com o Dr. An-
1920, técnico em estatistica. solteiro. tonio Austregésilo Filho, medico, filho do
3:-Claudio de Azevedo Soares, n., 2-3-1875, fa- professor Antonio Austregésilo, da Faculda-
lecido aos 14 anos.
3M NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 317
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2 - 1:-ljirce, n., em S.P., casada com o D r . Ar- 1 - 1:-lùair Azevedo Soares Nobrega, n., 28-11-
quimedes de Barros Pimentel, engenheiro cl- 1893, casaua com Antonio 6arDosa lúobrega,
vil, Iilho de Francisco de Barros Pimentel, Iuncionario aa Gaixa bconomica, Ialecrao
comerciante, e de D. Georgina Sotto Maior. em março de 1938, íilho de Francisco No-
Pilho$ : brega Junior e de D . Elvira Barbosa No-
brega; s . g .
3 - 1:-Carlos Alberto,
2 - 2 :-Fernando de Azevedo Pimentel.
1 - 2:-Haydéa Azevedo Soares Araujo, n., 13-8-
1895, casada com Raul Tavares de Araujo,
? - 2:-Edith, n., S. P., casada com Julio Giorgi, funcionario do foro do Distrito Federal, fi-
industrial em S. Paulo, filho de Guilherme lho do escrivão Henrique Ferreira de Arau-
Giorgi, industrial, e de D. Maria Milanesi, jo, e de D . Mathilde Tavares de Araujo; fi-
auibos naturais da Italia. Filhos: lhos :
2 - 1 :-Leda, n., 28-11-1917, casada com Washing-
ton de Almeida, oficial do exercito;
8 - 2 :-Roberto de Azevedo Soares Giorgi.
2 - 2 :-Heine Evangelista, n., 16-2-1920,
rZ - 3 :-Edgardo de Azevedo Soares, n., em S. P . ,
engenheiro civil e industrial, casado com D.
.
Lourdes França dos Santos, n., em S. P , f i- 2 - 4 :-Evaldo Henrique, n., 21-2-1930.
lha de Luiz França dos Santos, comerciante
em Santos, e de D . Adelina Santos. 1 - 3:-Moacyr Pefina de Azevedo Soares, n., 29-8-
1899, medico pela Faculdade de Medecina do
'C - 4 :-Washington .
de Azevedo Soares, n., S . P , in- 3io de Janeiro, com função no quadro do^
dustrial, casado com D. Aurea Marques da inedicos do Ministerio da Fazenda, casado
Costa, n., em S. Paulo, filha de João Marques com D . Atimilda de Oliveira, distinta pro-
da Costa, industrial, e de D. Margarida fessora publica no Estado do Rio de Janei-
Marques da Costa. Filhas: ro, filha de Fidelis Custodio de Oliveira, e de
D. Prancisca Mattos de Oliveira, fazendeiros
em Nuam, municipio de Maricá ; filho :
4 - 2:-Suzana de Azevedo Soares.
2 - 1:-Gerardo Evangelista Pena de Oliveira Soa-
7 - 7:-Dirce de Azevedo Soares, falecida menor., res. estudante e eximio musicista, solteirc.
- D. Francisca Mattos de Oliveira, faleceu
! -- 8 :-Joaquim José, falecido impubere,. aos 30 anos, em 9-11-1944, em Niterói, dei-
1 - 9:-José Joaquim, gemeo, tambem pouco sobre- xando, do seu casal, filhos: D , Lidia de Oli-
veira, chefe da divisão de Industria, Comer-
viveu. cio e Organização da Produção da Secreta-
ria de Agricultura; D. Atimilda de Olivei-
ra, supra; D. Fidelina de Oliveira Sarama-
(c. 25)
320 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
APENDICE
JULIAO RANGEL DE MACEDO,
Fidalgo da Casa de1 Rey D. Philippe 1 . O de Por-
tugal, d'onde passou a conquista do Rio de Ja-
neiro, e, aqui, como 1 . O juiz de Orfãos, nos fins do
seculo 1 6 . O , e, em 1583, ficou substituindo a Sal-
vador Corrêa de Sá, no governo geral e a quem
muito ajudou na fundação da mesma cidade. -
(Padre Carvalho, Corografia, tom. 3, pg. 453)
hia até onde se acabar". Qurr isto dizer como tantas Christovão de Barros concedeu apenas sessenta
l.ezes o repito: todas essas terras foram sempre allo- braças ao longo do caminho que vae da lagoa grande e
c1iaes . 20 outro do meio p s r a a s olacias correndo ao longo do
Desta verdade ha provas inconcussas nas questões chão de Francisco de Souza que começarão onde acabar
havidas entre o governador Luiz Vahia Monteiro e a Thomé Rodrigues e setenta pelo outeiro acima etc."
Camara. Versavam acerca da construcção de casas fóra Antes de vir para o R i , de Janeiro, Antonio de
ao muro da cidade, meio de dclfesa posto a t é certo pon- Mariz residio na Capitania de S . Vic.ente. De 1562 a
to em executar e mais tarde abandonado por inutil 64 servio como juiz ordinario e vereador da Camara
para segurança do Rio de Janeiro. da Villa de S . Paulo. Consta tudo isto de um folheto
Volto ao ponto principal. Grande contentamento, o.ue me foi offerecido pelo operoso Eugenio Egas. Nes-
. pois, experimentei ao vêr n a monogrsphia do D r . Fe- :-e opusculo vem reproduzidas as actas da referida vil-
lisbello provas do que eu sempre asseverava: tantas la no precitado periodo. 1
eram as terras concedidas sem pensão ou fóro! A genealogia dus descendentes de Antonio foi feita
Não admira porque ainda em 1721 o governador como já disse pelo ministro Dr. Macedo Soares. E'
Ayres de Saldanha concedida no inter'or da cidade ses- trabalho de consciencie, e muito estudo.
marias, máo grado a prohibicão de 1716. facto que em Desse distincto brazileiro ocorre tambem curiosa
1748 ainda provocava por parte da Camara protesto ;?ata na 2.a edição do trabalho: "Regimento das Ca-
levado á presença do monarcha portuguez. maras Municipaes, nota que muito esclarece a perso-
P a r a os conquistadores + auxilizres de Estacio e validade de A. de Mariz"
Mem de Sá. abre o Dr. Felisbello em seu trabalho um Conforme. M . Soares, o verdadeiro nome daquelle
capitulo especial. O primeiro dos numerados é o mui 6 D r . Antonio de Mariz Coutinho: provedor da fazen-
conhecido Antonio de Mariz, immortslisado pela pen- da real no Rio de Janeiro, casado c o a D . Izabel Ve-
n a do egregio José de Alencar e tambem pela musica
eminentemente nacional do inesquecivel Carlos Gomes lha". . . Entretanto, José de Alencar, no seu romance n
Que Mariz teve terras fóra do Rio, basta ler o "Guarany", sem mais exame e só pelo que leu em Ral-
tomo 93 da Revista do Tnstituto Historico. thazar Lisboa (que erra muito nestas materias) enga-
Garante outrosim o S r . Felisbello que Mariz ob- nou-se, dando á mulher de Antonio de Mariz o nome
teve uma sesmaria no morro de Santo Antonio que ae Lauriana. Tambem não sabemos aonde elle foi bus-
doou aos Carmelitas. Não di7; a data nem precisamen- car o titulo de Dom com que condecorou o provedor do
te localisa o sitio. E' tão g r a r d e o alludido morro! Rjo de Janeiro. Imaginação de poeta mettido a histo-
Ignoro as particularidades desse facto. Sei apenas riador".
oue Antonio de Mariz teve um curral nas proximidades Falleceu A . de hlariz pouco mais ou menos em
da Lagoa Grande ou do Roqueirão. 1584, porque neste aniio pedia Ayres Fernandes o 10-
Deprehende-se isto )a sesmaria concedida em 11 y a r de mamposteiro dos captivos, vago pela morte de
de Setembro de 1573 por Christovão c?e Barros a Nuno Mariz.
Tavares. E.ste pedio cem bracas de terras de largo e Foi este, como bem disse o S r . Felisbello, tronco
duzentas, de comprido no Csbo da Vargem onde se de numerosa familia fluminense, cujt;s representantes
~ h a m ao penedo do descanso, as quaes cem braças se por muitos annos exerceram importante papel n a poli-
medirão da lagoa que está na t e r r a de Francisco de t x a e na administração.
Souza indo pelo caminho que vem da Aldeia de Martim E' em derredor de sua individualidade que José
Affonso cortando do eurral de Antonio de Moraes até de Alencar teceu o enredo do Guarany.
a praia do oleiro e as duzentas pelo monte arriba ao Bom é lembrar que o romance c3meça em 1606 e
longo do caminho que vae pelo monte arriba á roça Mariz estava enterrado desde 1584. Tambem nunca
de Salvador Corrêa de Sá. teve filha com o nome de Cecilia!
8 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- -
- APENDICE
. --. - -, / DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 9
go e duzentas de cumprido n o cabo da vargem, onde que tambem exerceu o cargo de provedor mór da fa-
se chama o penedo do descanso, as quaes cem bragas se zenda. Obteve elle uma sesmaria perto da lagôa gran-
medirão da lagoa que está n a terra de Francisco de de, terras cedidas, mais tarde, aos carmelitas que as
Souza, indo pelo caminho que v e m da aldeia de Martim venderam ao bispo D. Antonio do Desterro para edifi-
Afonso, cortando "ao curral de Antonio" de Mariz atk cação do convento da Ajuda (1750). Entre os verea-
(i praia do oleiro e as duzentas pelo monte arriba ao dores d'esta cidade (1609) encontramos um Antonio de
longo do caminho que wae pelo monte ás rogas de Sal- Mariz, que suppomos ser filho ou neto do Dr. Çoutinho.
vador Corrêa de Sá. E'oi seu descendente o prelado Antonio de Mariz Loii-
Tratando-se aqui do morro do Castello, da lagôa reiro, que perseguido por inimigos perdeu o juizo, por
do Boqueirão (hoje Passeio Publico), praia de Santa peçonha ou veneno ministrado na comida, e teve de fu-
Luzia ou caminho da forca e Chacara da Floresta, es- gir para Portugal.
tavam os curraes de Antonio de Mariz, salvo erro, nas Não ficou felizmente extincta a raça do valente ca-
proximidades do Cattete. Residiria elle n'esse hoje ele- valleiro, cuja psychologia foi magistralmente feita por
gante e aristocratico bairro d'esta capital? Quanto á José de Alencar. Da geração do antigo provedor da fa-
4poca da morte do Dr. Coutinho, sabemos pela provi- zenda provieram muitos e illustres brasileiros, notaveis
são passada ao filho Diogo de Mariz (31 de dezembrd nas armas, lettras e sciencias e da maior fama, perten-
de 1606) que: seu pae pelejara valorosamente na defe- cendo o sangue d'elle a muitas das nossas principaes
sa da cidade, onde falleceu, traspassado de settas, na familias: os Loureiros, Sodrés, Rangeis, Macedos, Frei-
lagôa depois chamada da Sentinella e antes Capuerus- res, Azevedos, Coutinhos e tantos outros são ramos do
sú (hoje rua Frei Caneca), onde os indios escondidos .
tronco principal - Dr . Antonio de Mariz e D Isabel
sahiram de improviso contra os portuguezes que sobre Velho. De seus numerosos descendentes citaremos o il-
elles iam. lustrado clinico D r . Joaquim Mariano de Macedo Soa-
Este triste acontecimento foi em 1584, pouco mais res e seu irmão o venerando ministro do Supremo Tri-
ou menos. Resulta esta nossa opinião da leitura do bunal Federal, D r . Antonio Joaquim de Macedo Soa-
Traslado da provisão de tlyres Ferrrandes de Manam- res, que possue todos os papeis genealogicos, perten-
posteiro-mor dos captivos, passada n a Bahia, em 11 de centes a seu avô materno o D r . Francisco de Xacedo
setembro de 1584, pelo governador geral Manuel Telles Freire de Azeredo Coutinho, capitão-mór de Cabo Frio,
Barreto . 4.' neto paterno e 6.O materno do Dr. Antonio de Ma-
riz, e ao seu parente o finado coronel Theodoro de Ma-
N'esse documento, impresso no Archivo do Distric-
to Federal (tomo 2.O, anno de 1895, pag. 262) encon- cedo Sodré, 7.O neto do mesmo Mariz.
tramos o seguinte: - Hei por serviço de Sua Magesta- D'este notavel varão sempre perdurar& a memoria,
ae o (Ayres Fernandes) encarregar do officio de Mam- graças á penna de ouro de Alencar e ao éstro sublime
posteiro-mór dos captivos da dita Capitania, que vago16 do immortal Carlos Gomee.
por MORTE DE ANTONIO DE MARIZ, etc. V , Fazenda.
Esse encargo, que consistia na arrecadação das es-
molas para redimir os prisioneiros victimas dos infieis Da "A Noticia" de 1 de outubro.
só era dado a pessoas de importancia, virtudes e saber.
E' isto mais uma prova do caracter do individuo para
cuja biographia apresentamos, aqui, apenas simples UMA FESTA TRADICIONAL NOSSA SENHORA
notas. DA GLORIA
Além do filho Diogo, acima referido, deixou o Dr.
Antonio de Mariz Coutinho, uma filha, D. Isabel Ve- Vieira Fazenda, cujo desapparecimento foi u m a gran-
lho Tenrefro. esposa de Chrispim da Cunha Tenreiro, de perda para o nosso Znst$tuto Histórico, d e ; o~ seu
~
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 15
-.
Carneiro, a qual passou depois aos Valdetaros. grande acerto, havendo-se com valor na occasião do real
serviço, dando inteira satisfação no que for encarre-
20 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 21
. -- .-*
~ a d oe esperando de sua pessoa que assim o execute e de Nossa Senhora da Gloria, cdificio no suburbio desta
no que tocar ao adiante do dito forte: Hei por bem fa- cidade, cujo edificio se dispunha a fabricar de novo".
zer mercê ao dito Claudio Gurgel de o nomear e prover Não lh-o permittiu a morte. >
em nome de Sua Majestade (como por esta minha car- Seu nome, porém. deve ber grato á Irmandade da
ta-patente o nomeio), do posto de Capitão do forte de Gloria, que teve inicio em 1739, terminadas todas as
Nossa Senhora da Gloria dct praia da Carioca, ctc." obras do novo templo.
Pelo referido se r ê a iinportancia de que gozava Durante tão longo espaco de tempo tem este so-
pesse tempo do Governo o benemerito bemfeitor da 4aiicio desempenhado santa e piedosa missão.
Gloria. A' sua frente está com<, Provedor o meu amigo
Entrado em annos, tomou o D r . Claudio ordens. Ulrich Carlos Rohr, a cujo kjedido escrevi, de pressa,
C D r . Diogo -de Vasconcellos, illustradc autor da His- rstas notas - exiguo preito 3 Virgem paraphrazeando
toria Antiga de Minas Geraes, pondo em destaque a cs versos de Frei S . Carlos :
influencia que os bispos procuravam sustentar ante o "Eu só pretende com meus versos rudes
poder temporal, escreveu o seguinte : "ordenavam o Tuas glorias cantar, tuas virtudes."
maior numero de padres q u podiam,
~ chegando a ponto
que criminosos protepidos por dignidade ecclesiastica 15 de Agosto de 1914. ( 1 )
não raras v a e s recebiam ordens para se livrarem da
jurisdicção do foro commum. Com Claudio Grugel do VZeZra Fazenda.
Amara1 deu-se o facto de urdir por questões de igreja, . .
co Rio, uma revolução, em que houve mortes. O bispo A PFNHA
ordenou-o e nomeou vigario de Ouro Preto, pelo que
Albuquerque ao Rei se queixcu e o Rei mandou por De Vie;ra Fazenda.
c.rdem de 1 8 de Novembro de 1712 que, se o bispo não Sou dos que mais apreciam a antiga e tradicional
o removesse, o Governador fizesse prender (Grugel) e mmaria que hoje se realiza.
fosse deportado para a Africa. Emquanto achamos ridiculos usos e costumes in-
Triste fim teve a vida do doador do Outeiro da teiramente nossos, importamos de extranhas terras,
Gloria. outros, que não têm o cunho nacional.
Ministro por duas vezes da Ordem da Penitmcia, E', pois, de louvar o modo por que o nosso povo
occupou tambem o cargo de Provedor da Misericordia, conserva inalteravel o entusiasmo pela festa da Penha,
onde, em um quarto particular veio, em 1716, a falle- que já em 1713 merecia menção especial de frei Agos-
cer, victima de uma smbosr;da. Odios antigos, intri- tinho de Santa Maria.
gas e passadas offensas diildiam, depois da invasão Censurem-se, e com razão, a s cenas ridiculas, in-
franceza (1711), as familias desta cidade em inimigos decentes e prejudiciais a que a festança dá lugar, nas-
irreconciliaveis. Energico, irascivel e caprichoso, Clau- cidas da indiferença de uns e da irreligiosidade de
dio não sahia esquecer e perdoar. Ferido por um tirtT muitos.
mcumbio, pois, na Santa C:iqa, onde prestára bons e A's autoridades competentes cumpre reprimil-as,
apreciaveis serviços. para que desordeiros e desclassificados não perturbem
Nesta pallida resenha dt. factos referentes á Glo- as sinceras manifestações de reverência de muita gen-
ria não pode tambem ser esqliecido o nome do Conego te que sobe os 365 degraus cavados n a rocha para le-
Francisco da Cunha Coronel, natural do Ro de Ja- var á Virgem homenagens de f é robusta e sinceras es-
neiro, e fallecido em 23 de bezembro de 1711. peranças.
Distribuio, disse Monsechor Pizarro, muita parte
de seus bens em obras pias, J e que participou o templo
--22 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 23
J
Maria Thereza Range1 de Sá Freire, meus trisavós. 5. -D . Maria Ignacia de Souza Pereira, soltei& ;
O coronel Luiz José era filho do Coronel João Bar-
boza de Sá e D . Clara de Souza Pereira; neto pa- 6.-D. Brites de Sá S d o - M a y o r ;
terno de João Barboza de S,i Souto Mayor e D. Joanna 7 .-D . Francisca de S5. Freire ;
de Soveral Freire; e neto materno do Coronel João
Gomes da Silva Pereira e D Andreza de Souza. 8 .-Joaquim José de Sá Freire, n . em 1758, mon-
O Coronel João Barboza de Sá e D. Clara de Súuza senhor ;
Pereira tiveram mais os segvintes filhos: - Rdo. João
Barboza de S á ; Francisco, padre da Companhia ; Ayres 9 . -Manuel Paes F e r r ~ i r ;a
Barboza de Macedo; e João Freire de Sá, nascido em 10.-D . Barbara Viegas de A. Coitinho ;
7734, posthumo, como leio r13 formal de partilhas (pr.
morte do Coronel) de um d31 herdeiros, em meu poder, 11.-José Ferrão de ~ a o t e l l oBranco;
Meu avô o Cap. Mór D r . Francisco de MBcedo 12-Bento BaPbos& Freive ;
Freire de A . C0it.O era filho do Coronel João Barboza 13-D. EschoJastica de Si4 Freire;
de S á Freire, nascido em 1716, e de sua mulher D . 14. -D . Mariana.
Anna Maria de Souza Pereira, nascida em 5 de Maio
R Presumo que V. S. é ceto de alqum d'estes meus
( 1 ) O origin3 consta do arci>ivo do h . Milcindes Mario de tios-avós; e n'este presupposfo, peço:lhe o favor de de-
86 Freire, que m'o confiou, para tirar a presente cópia.. --CJ. clarar-me :
R . M. S . ) .
28 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.OJm. E JULIAO' R. DE MACEDO SOARES 2s
1°-0s nomes dos S r s . seus paes; com a data do Major Luiz José d s S& Freire e Anna Rosa Roberta de
nascimento, =asarnepto e obito; cargos que o
S r . seu Pae occuyou; si foi fazendeiro, o lo- I
I
Filhos :
VascaWellob
g a r onde e o now! da fazenda; postos da
guarda nacional; condecorações que teve; al- 1-Tenente Coronel Jo..é Tiburcio de Sá Freire;
gum facto notavel de sua vida, e o mais que 2-Luiz ~ a r b o s ade SA Freire;
possa servir de elemento para uma biogra- 3-Ignacio Luiz de Sá Freire;
phia ; 4-Carlos Dantas de Sá Freire:
ZO-0s nomes de seus avós paternos e maternos, 5-João Luiz de Sá Freire;
até onde souber (bi~avós,trisavós, etc.) ; com 6-Tenente Coronel .;.xiquim José de Sá Freire
todas as especificações supra, relativas a + (pelos escravos j ;
cada pessoa; filhos que tiveram; genros e no- 7-Maria Perpetua de Jesus;
ras e a geração ascendente e descenclerites 8-Josepha Maria do Amor Divino;
d'estes, até onde hozver noticia; 9-Clementina de Jesus :
10-Anna Roberta de Jesus.
3O-Quem são uns moçcr; Paes Ferreira e Sás Frei-
res, que tenho vislo matriculados n a Eschola
Polytechnica e na Yaculdade de Medicina da
i
t ?enente Cor'onel José T i b u ~ c i ode Sú Freiire e M w i a
Corte; seus paes e avós, u t supra; Carolina de Ofiveira Freire
4O-Si existem por ahl, no Campo Grande, em Filhos :
Guaratiba, Jacarépagliá, Irajá, etc., papeis de
familia relativos á genealogia; quem os pos- 1-Joaquim Antonio de Oliveira Freire - +;
sue e como os poderei haver para consultar e 2-José Tiburcio de Sá Freire Junior - +;
extractar ; G D r . Luiz Mario de Sá Freire - t- ;
5O-Finalmente, si o S r . Capitão José Paes Fer-
4-Maria Carolina de Oliveira F'reire - +;
5-Jacintha C: de Oliveira Freire (reside em
reira, do Campo Grande, é de alguma d'essas
nossas familias . Portugal) ;
6-Francisca C. de Oliveira Freire - +;
O fim d'este pedido é cuinpletar uma obra que te- ?-Rita Fernandes Freire (reside em Itaguahy).
1ho em mãos, tendo por titulo - "Genealogia de al-
gumas das mais antigas fawilias brazileiras da Corte
e provincia do Rio de Janeiro". 2as. nupcias do T t e . C e l . José Tiburcio de Sá Freiw
Desde já agradeço qualquer informação que V. S. com Theresct- Maria cltr Purvificação Freirire
se dignar dar-me; e peço venia p'ara assignar-me, com
a mais distincta consideraçiin, Filhos :
de V . S .
a2t.O vm.w e crdo.
1-Francisco Tiburcio de Sá Freire, +:
Ant. Jm. de Macedo Soares. 2-Thomaz Joaquim Freire,
\
+;
Mar de Hespanha (Minas Geraes), 3-Antonio Francisco de Sá Freire; reside no
29 de Abril de 1877. Rio;
4-Flora Analia de Sá Freire, +;
- APENDICE
30 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE DR8. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES
-
31
José Tiburcio de S á Freire .iunior (fallecido) e Anna 2-Dr. Sylvio Mario de Sá Freire (Rio de Ja-
Luixa de Sá Frezre, residente no Realengo. neiro) ;
Filhos : 3-Dr . Enéas (fallecido) ;
1-José Tiburcio de Sá Freire (Agente), E. 3'. 4-I)r. Alcêo (fallecido) .
C . B., E . Rios;
2-Annibal de Sá Freire (telegraphista) ;
Thonzax Joaquim de Silva e ikipx-ia Carolina de Olweira
3-Anna ; Freire (falleridos) :
4-Idalina ; Filho :
5-Maria ; 1-José Joaquim da Silva Freire (Dr.), engenhei-
ro Officinas E. de Dentro.
6-Etelvina ;
7-Alice (vivos) .
--
Politico mllitante cêrca de trinta anos no Distrito Federal 18
mais se ouviu dizer nada contra a sua conduta moral. Antes 101
tido e havido como um exemplo de vlrtudes civicas, prolissionais c
DT.Luiz Mario de Sá Freire e Ma&a da Gloria Cardoso domésticas como um padrão de vida honrada e impoluta.
S á Freire (fallecidos) : Da linha indepenaente. leal e nobre de suas atitudes são conha-
cidos varias fatos. alguns ainda ontem citados. e quero agora apenas
recordar, a propósito da autonomia do Mstrlto Federal, a preceden-
Filhos : t cia que S$, Freire dava, quando presidente d o Instituto dos Advo-
gados e nas cK&sóes solenes dêste, ao prezeito d o Distrito Fedrral,
1-Dr. Milciades Ma;.io de Sá Freire (Ris de governador da cidade, sobre o ministro da Justiça e dos Neg6cios
interiores um dos secretarios do p r e s i d a b da Re&~bllca:
Janeiro) ; (1) ~ d v o i a d o militante, com escritório montado durante toda a
vida e ate alguns .anos após á insidiosa molestia que o acometeu,
- - foi u m exemplo p.ermanente para seus colegas, constituindo em
(1) O DT. Melciades M. de S& Freire faleaeu em avançada verdade o tipo per~eLkde "vir probus jurisperitus''.
fdade de 77 anoa, & 8-7-1947, em sua residmcia & R. Jos6 Higiiio, Entrou jovem para o Instituto dos Advogados, recem-formado,
n . ! X d . Era viuvo de D. Alice de &meire;
i deixa duas filhas viu- em maio de 1892, e ali tr&balhou uma existência, por mais d e cin-
vas, D. Silvia de 5& Freire Abreu, casada que foi com o Dr. SiiVlO quenta anos, pelo aperfeiçoamento de nossas instituiç6es juridlcas,
Pericles de Abreu, advogado, e D. Maria da Gloria Sá Freire Panta6, destacando-se em varias Qamissóes c-- -I
nPrtencendo ao Conselho Su-
casada que foi co mo h. Geremario Dantas, tambem admgado e in- perior e, afinal ascendendo- a&&sto m&ximo, ao cargo de pres!-
fluente politico no Distrito Federal. Deixou ainda 4 netos, sendo 3 dente que exerc'eu de forma admirhvel de 1924 a 1928.
maiores. Sobre este ilustre jurista e parlamentar, escreveu o professor Ainda em 1044, durante a minha prealdencla. SA Freira j6 eu-
H. Valadão, no "O Correio da Manhã", de 12 de Julho de 1947: fermo h& v&rios a-, veio Colaborar nos trabalhos do Instituto envi-
"UM VARKO DO DISTBJTO F%DF&%L - Com a morte do d r . ando-me longa carta, publimda n o "Correio d a Manha" e em outros
Milciades Mário de S6 FFreire perde o Brasil u m e u not(lve1 I m o e lormis. peça juridica de alto valor sobre o problema da extinçtw
da enfiteuse. I
o Distrito M e r a 1 um varão autêntico. A colaboraçilo de S4 meire nos trabalbw, do Código Civil fol das
Foi u m carlma integral; "jus soli", nascido nesta ddade: "jus mais eficientes'quer. como deputado. e m 1901 e 1902. membro da
sanguinis", filho de cariaca, d o ilusbre e saudoso clinioo de 680 Comissao Especial da Camara (oonheclds pela ComlesBo dos 21,
Cristwi&o, dr. Luiz Mario de S& Freire; "jus domicilii", criado, edU- representando o Distrito Federal, encarregado do capitulo da li-
cado e radioaüo toda a vida nesta capital. quidação das obrigaçóes, quer coma senador, em 1812 e 1816' na Co-
Vai estudar direito em Silo Paulo quando inexietiam aqui cursos rnissáo e n o plen&rio, a ponto de Clovfs Bevilaiqua lembrar "c'om sim-
juridicos. antes da Republiea. Mas ali famado em 1891 Tetorna patia a inteligenteatividade e o esfi3rço bem Intencionadoj1 de 58
logo ao Rio de Janeiro e ee dedica imediatamente & politdca e á Preire.
advomcia. E na tribuna do Instituto fol u m ardoroso t bri1hfmt.e defensor
E haveria de ser numa ou noutra dessas nobres atividades 0 daquele grandioso monumento de nossa oultura juridica.
numero um dee eua classe. Em 1930 produzia S$ meire o e x c e t e trabalho Manual do
Na ~umUltuogae agitada politica do Distrito Federal foi eleito Cbdigo Civil Brasileiro, v01 II., Parte Geral, ~ s ~ o s i ç óPrelimina-
&
intendente municipal, dqmtatio federal, senador federal, repregeu- res, Das Pessoas e dos B ~ n s .arta. 1 a 75.
t m d o o povo carioca por v8sias décadae, pugnando sempre com E assim foi a vida profissionaJ e publica de Sá Freire: um mo-
brilho, com altivez, c- justiça e com extrema dedicação pelos delo intelectual e moral para os juristas e para os politicos do Brasil.
interesses de sua cidade, que tanto soube honrar e dignificar, e da
qual foi, afinal. o prefeito n o govêrno do dr. Epitacio Pessoa. molã0 V W B a
-34 NOBILIARQULA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANTeoJm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--
35
Jacintha Ccwolina de O. Freire, viuva, não teve 2-Mario do Sá Freire, re~identeno Rio.
filhos. Ambos nasceram em Campos, E . do Rio.
Cap. João B a ~ b o s ade Sá Freira e Francisca Carolina, Joaquim Analia de S á Fwire e Sebastião Peçanha
de Oliveira Freire, (fallecidosJ (naturaes de Itaguahy e Campos, respectivamente)
Filhos : Filhos :
l-Mario Barbosa dt; Sá Freire, residente em 1-Nilo Peçanha (Dr . ) , Presidente do E . do Rio ;
Santa Cruz;
2-Dr . Alcibiades Peçiznha (Ministro na Rus-
2-Amelia Pnes Rodrigues, residente no Rio sia) ;
3-Arzibulo Peçanha, fallecido, natural do E . do
Cap. Antonio Roberto F e r n ~ i t d e s (capitalista), s Rito Rio ; Campos;
Ferwanà,es Prsire 4-Cicero Peçanha, fnlhxido, nntural de Campos.
Filhos : E. do Rio;
l - J a y m e Fernandes Freire (Cap . ) 5 4 e b a s t i ã o Peçanha, fallecido, natural de Cam-
pos, E . do Rio ;
2-Tte . Mario Fernaiides Freire.
6-Armenia Peçanha, residente em Nictheroy.
São os unicos da familia que residem em Itaguahy,
que 6 o berço de toda a familia.
Josepha Maria do Amor Divino e Sebastião Peçanha,
(de Itaguahy e Campos, respectivamente) .
Francisco Tiburcio de Stí Freire (solteiro; falle-
cido) . Filho :
l - J u l i ã o Peçanha e outros ignorados.
Thomaz Joaquim Freire (solteiro, fallecido)
Tirado por Mario Fernandes Freire, bisneto do
Major Luiz José de Sá Freire e Anna Rosa de Vascon-
Aritonio Francisco de Sá Freire (solteir ,, residente cellos, neto do Ten. Cel. José Tiburcio de Sá Freire e
no Rio)
Maria Carolina de Oliveira Freire e filho do Cap. An-
tonio Roberto Fernandes e Rita Fernandes Freire, que
offerece ao Illmo. Snr., Presado Parente, Dr. Julião de
Antonio Silva e Flora AnúPia de Sá Freire, (ambos Macedo Soares.
f allecictos)
Itaguahy, 28 de Novembro de 1916.
Filhos :
( a . ) Mario Fre.ire.
l-Cesar de Sá Freire; empregado do Correio-
Geral ;
36 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APRNDICE
---a
DRS. ANT.0 Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES 37
. .-
ACADEMIA BRASILEIRA como magistrado a vida de seu pae, pela applicação
dos dogmas educativos que hauriu de seus nobres exem-
A sessão de quinta-feira - Visita do Ministro Her- plos, lhe offerece opportunidade para prestar-lhe a de-
nandez Catá e do Desembargador Macedo Soares. - vida homenagem".
A próxima recepção do Sr. Barbosa Lima Sobrinho Continuando, disse o S r . Presidente que "o Minis-
tro Hernandez Catá é uma das mais altas figuras da
Realizou-se ante-hontem a sessão semanal da Aca- arte contemporanea. Sua obra comprehende todas as
demia Brasileira de Letras, presentes os Srs. Claudio formas literarias, das especulações esthetico-philosopbi-
de Souza, presidente ; A. Austregesilo, secretario geral ; cas - através do ensaio, do conto, do romance e da
Mucio Leão, 1 . O secretario; Levi Carneiro. Adelmar Ta- biographia - ao poema. Acha-se ella traduzida para o
\ares, Afranio Peixoto, A. Amoroso Lima, Ataulpho iiiglez, o francez, o italiano, o hollandez, e tambem,
(?e Paiva, Fernando Magalhães, Filinto de Almeida,
para o portuguez, em edições de Lisboa. Essa reper-
Gustavo Barroso, Helio Lobo,, João Neves. Luiz Guima- cussão em tantos paizes logo evidencia sua fama uni-
iães Filho, Miguel Osorio de Almeida. Olegario Maria- versal. Só consegue extravassar do leito nacional para
no, Octavio Mangabeira, Pereira da Silva, Ramiz Gal- tão grande dilatação a arte caudal, a torrente brotada
vão, Rodolpho Garcia, Roquette-Pinto e o membro cor- com impetuosidade da essencia cosmica pela inspira-
respondente S r . João Luso. cão infusa, que supera os marcos comarcãos e os lindes
Achando-se de visita C1 Academia os Srs. Desem-
iiacionaes para derramar-se em toda a terra, laborando
bargador Julião Range1 de Macedo Soares e D . Alfon- e fertilizando os espiritos e convolando os corações a
so Hernandez Catá, Ministro de Cuba, nomeou o S r . :.enovadas nupcias com a fantasia, repousando-os nos
Presidente os Srs. Ataulpho de Paiva, Octavio Manga- sonhos de amor e de belleza. Nessa funcção o artista
beira e Fernando Magalhães, para introduzirem no re- torna-se o summo sacerdote da lithurgia sobrehumana
cinto os illustres visitantes, os quaes foram recebidos que se processa sem o limo da realidade acima da vida,
com uma salva de palma. como as frizas que se desenham processionalmente nos
iievoeiros das alturas, fazendo-se e refazendo-se, tan-
Saudapio dos Srs. Hernandez Catá-Macedo Soares
gidos pela brisa ou esphacelados pelos ventos.
O S r . Presidente disse que a "Academia recebia Na maravilhosa arte de Hernandez Catá, no dra-
com grande jubilo a visita de duas figuras notaveis: a rria singelo ou na tragedia violenta, a majestade simples
do Desembargador Macedo Soares, que nos vem trazer c impositiva dos scenarios, das figuras e da acção faz
L expressão de seu agradecimento pela 'homenagem que lembrar o equilibrio e a potencia pathetica dos anti-
a Academia prestou á memoria de seu pae, o grande gos gregos. Seus contos de rapida mas intensa drama-
brasileiro Antonio Joaquim de Macedo Soares, e a do ticidade apresentam-se em poucas paginas, com perio-
eminentissimo escriptor Alfonso Hernandez Catá, novo dos curtos e adjectivações sobrias, sem artificos, den-
ministro de Cuba em nosso paik. O Desembargador Ma- tro da mais estricta humanidade, e provocam entretan-
cedo Soares traz-nos agradecimento a que não fizemos to, as mais fortes commoções. Sente-se o amadureci-
jús. O nome de seu pae, por sua luminosa projecção na mento classico, do qual se distilla a quintessencia de
historia nacional, incorporou-se ao patrimonio hagio- todos os sabores e de todos os perfumes da razão plena.
graphico de nossa devoção civica. Louval-o tornou-se, Cada um de seus contos poderia dilatar-se por
pois, dever cultural da raça para com suas figuras pri- muitos capitulos sem grande esforço do autor. A rique-
maciaes. Nunca se applicou com mais exactidão e mais za imaginativa do escriptor é, porém tão grande que
realidade a um agradecimento a fórma convencional de elle nos vae dando aquellas barras massiças de oiro,
escusa do "não h a de que". Agradecida está a Acade- sem lhes apressar o valor e sem que esse apparente des-
mia a Sua Ex . por sua visita, pois S. Ex . continuando cuido dadivoso implique no descuramento de qualquer
38 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E-JULIAO R. DE MACEDO SOARES 39
-- -.
dos elementos essenciaes da narrativa. Seu poder de Oração do Desernbargador Macedo Soares
concentração é quasi sem igual na literatura contem-
paranea. Usa com seus personagens do mesmo proces- Exmo. S r . Presidente. Exmos. Srs. da A c a d e
so aue certas tribus americanas empregavam para re- mia Brasileira de Letras.
duzir a cabeça do adversario morte a berloque de pe- Por força de circumstancias especiais, e, talvez,
auenas dimensões, com que se adornavam. Catá parece só por força dellas, encontro-me aqui neste augusto ce-
extrair-lhes toda a substancia inutil ao drama para de- naculo, fiado naquella nobre audacia que costumava
nois comprimil-os e no-los offerecer na miniatura per- Macedo Soares infundir nos estreantes da advocacia
feita. sem lhes alt~rara nhv.sinnomia de personacyrvi. e das letras, em geral, porque s6 escudado no c u m ~ r i -
F m toda sua obra Hernandez Catá revela essa forma mento de imperioso dever, poderia achar-me entre v6r.
nilclear do ~ensamento~sthetico,exposto em sua e:.-wn- Mas. eis aue nos congregamos sob a invocacão de
ria. sem necessidade de recurso ás circumstancias am- Antonio Joaquim de Macedo Soares. emiilo de Teixei-
bientaes ou de opisosicão P contraste. para fazer da ra de Freitas, como há bem pouco disse Vieira Ferrei-
mais tósca realidade a mais acabada obra de arte. No r a Netto, jovem e distincto mads'trado fluminense
conto esse ~ o d e rattinge ao maximo de efficiencia. E1 auando na solennidade commemorativa do centenario
Testigo, Deteres, Galteu7nita. Los Chinos, ou qualquer daquelle, no Tribunal de Aisiselacão do meu Estado.
outro volume Sus Meiores Cuentos, são obras primas Perdoai-me, v6s expoentes de nossa cultura, alçar
de lavor literario no juizo unanime dos mais rigorosos tão alto para dizer-vos algo da gratidão dosffilhos, dos
driticos . f descendentes, daauelles. emfim, que se honram de tra-
Ao fecundo poder de expressão. junta Hernandez zer o nome de Macedo Soares. nesse momento em que,
Catá a purea da linguagem. Assim como não busca de todos os recantos de nossa pátria, ouvimos o éco
peripeciâq rara a acção, desdenha as extravagancias abençoador a quem soube personificar a bondade desde
r!eologims, os tropos fatuos, as invenções onomato- a mais tenra idade, como filho, irmão, collega, amigo e
paicas, todo o zabumba de que se servem os instru- nas actividades publicas, como politico, juiz, cidadão
mentistas bisonhos. Usa a substancia vernacula na sua em summa.
fórma rtrlra. para isso não recorre á imitação do falar Eil-o na poesia: leiamos a ultima quadra que en-
classico, que sôa sempre como o falsete de um carna- viára, de S . Paulo, á sua carinhosa mãe, no dia de
val rett cspectIvo ; recorre, ao contrario ás formas mais seu natalicio :
viçosas e mais floridas da linguagem, sabendo dis-
pol-as com raro gosto de tons e de volumes. Não 6 "A' ti consagro este meu rude canto,
~ossivel,entretanto, analysar para enaltecer qinanto De um'alma enferma desbotada flor,
iilercce siia imponente obra literaria nos rapidos pe- A' ti, que de tão longe ao filho inspiras
riodos de uma saudação. Nem é mais preciso faze-lo, Co'a a tua imagem, vida, alento e amor."
pois basta conhece-la para admira-la, tão grande é 911tt Vêde com que delicadeza aos deseseis annos elle
belleza . se dirige a sua irmã, pelo mesmo motivo:
A Academia - conclue o Sr. Presidente agradece
as duas visitas que tanto a penhoram: a do magistrado "Se feliz, sê tam pura e encantadora:
illustre, e a do escriptor insigne, a cujo genio rende sin- - Sê Anjo dos Ceus, -
cera e affectuosa homenagem". , A poesia dos Ceus é a pureza,
- Sê Virgem de Deus.
- Dada a palavra ao D r . Julião de Macedo Soa- Oh! vive - vive muito e mui ditosa
res, leu este o seguinte discurso: P'ra gloria dos teus".
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 41
zemhro do mesmo anno fixou residencia em S . João Dr. Manoel Pinto Rodrigues de Britto, casou-se
(!a Barra. com d . Maria Antonia Baptista de Britto e tiveram ti
Foi ahi negociante e casou-se com Anna Pinto filhos, 10 netos e 4 bisnetos seguintes:
c l l Silveira (mãe dos Rodrigues de Britto, Rodrigues
do pae e Britto da av6 Maripnna Benedicta da Silvei-
va Britto) . I Anna Baptista Rodrigues de Britto, solteira.
- Theodora Maria Castello Branco, casada com
Em 1833 comprou uma fazenda em S. Francisco
de Paula, municipio de São João da Barra, dedicando-
se á lavoura.
I o dr. Francisco Gil Castello Branco e tiveram dois fi-
lhos :
--
Foi juiz de Paz, procurador da Camara em 1823, Coronel Francisco Gil Castello Branco Filho, ca-
vereador em 1828. sado com d . Dora Antonietta Castello Branco, tem 2
Em 1819 fôra eleito imperador do Espirito Santo, filhos.
festa instituida em São João da Barra por quatro aço-
rianos de accordo com o vigario, mediante certo esta- L Manuel Joaquim Pinto Rodrigues de Britto, sol-
tuto e ceremonial. teiro.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 47
Maria Thereza Pinto Rodrigues de Britto, solteira. Joaquim Pinto Rodrigues de Britto, casado com
I d . Marianna Mattos Rodrigues de Britto, tiveram 11
Marianna de Britto Araujo, casada com João Es-
tevam de Araujo; tiveram 3 filhos: Renato, Aracy, 1 fiihos, 25 netos e 22 bisnetos.
lkíarianna e Paulo Bruno. 1 José de Mattos Britto, casado com Celestina de
Mattos Britto, tiveram 2 filhos: Marianna e Celestina.
Clelia da Fonseca Rangel, casada com Antenor da
Fonseca Rangel; têm 6 filhos : Antenor da Fonseca Ran- Anna de Britto Alvarenga, casada com o dr. Edu-
yel Filho, Orlando da Fonseca Rangel, dr. Benjamin da ardo Alvarenga; tiveram 3 filhos: Zilda de Britto Ta-
Fonseca Rangel, Clelia. Theodora e Antonietta e dois v a r a , casada com o d r . Jeronymo Baptista Tavares;
netos com o nome de Antenor. Cyrene, fallecida, e Octavio de Britto Alvarenga, casa-
do com d . Nair de Britto Alvarenga, que tiveram 3
filhos : Arlette, Nadir e Nilton.
Jeronymo Pinto Rodrigues de Britto, casado com
d . Antonia Jorge. Tiveram 5 filhos: Maria Rodrigues de Britto, solteira.
João Rodrigues de Britto, casado com d . Gema 1 ldarianna R. de Britto, solteira,
3udrigues de Britto . Laura Mattos Rodrigues de Britto, casada com
D. Anna Ferreira Landim, casada com o dr. Ma- Antonio Saturnino Rodrigues de Britto. Tiveram 8 fi-
nuel Camillo Ferreira Landim. Este caaal teve 'i filhos: lhos e 10 netos:
Commandante Jorge Ferreira Land~m,casado com Laura, solteira; Climerio Rodrigues de Britto, ca-
d . Lilia Paula Freitas Landim; Ilde Landim, solteira ; sado com Alda Rocha de Britto, que tiveram 5 filhos:
tlr . Jayme Ferreira Landim, casado com d . Armelinda i Maria da Penha, Geraldo, Hilson, Hamilton e Arlette.
Fcrreira Landim e são progenitores de Sonia, casada ! Leandro Rodrigues de Britto, casado com Fernan-
com Gonçalo de Vasconcellos que tem um filho: Jaymc dina Rodrigues de Britto; tiveram 3 filhos: Eneida,
Francisco, e Angela e Gilda. Fcrnando e Celeste.
Jusé Ferreira Landim, casado com Celita Ferreira Manoel Rodrigues de Britto, casado com Maria
Landim e têm 3 filhos: Maria Augusta, José Eduardo Amelia Rodrigues de Britto; têm 2 filhos: Lauro e José
e Heloisa. Assumpção .
Dr. Manoel Ferrejra Landim. casado com d. Zil- Maria Antonietta, solteira.
de Landim, e tem um filho, Manoel Camillo.
Amenaide, Jandyra, Marianna, todas, tambem, sol-
Stella Landim, solteira. teiras.
Dr. Raul Ferreira Landim, casado com d . Lucia Joaquim de Mattos Britto, solteiro.
Lamy Landim, que são paes de Lucia Eleonora, Anna
Maria e Raul. Antonia de Mattos Britto, solteira.
Jeronymo Jorge de Britto. Luiz de Mattos Britto. casado com Haydée Wer-
rieck de Mattos Britto. Tiveram 3 filhos: Hayliz, sol-
José Jorge Rodrigues de Britto, casado com d . teira; Silay de Mattos Britto Zame, casada com Euge-
Maria da Penha de Britto Rodrigues, e têm 3 filhos vi- ne Zame, que tem uma filha: Beatriz; Maria Dulce de
vos: José, Maria José e Paulo e Ilda (fallecida) . Mattos Dias dos Santos, casada com o dr. Raphael Bar-
bosa Dias dos Santos; tem um filho: Marcello.
(C. 28)
48 NOBILIARQUIA F'LUMNENSE - APENDICE -- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 40
Ernestina de Mattos Britto, casada com Francis- Tiveram elles 3 filhos: Amir, Ary e Arlette. Ca-
co José Pinto. Tiveram 5 filhos e 9 netos: Maria, sol- sou-se em segundas nupcias e teve mais 4 filhos: Anto-
teira; Manoel de Mattos Pinto, casado com d. Carmen iiio, Aida, Alda e Arthur.
Caloineni de Mattos Pinto, que tem 3 filhos: Eduardo Antonia Eugenia e Rosa Eugenia, solteiras. Maria
e Jo:iquim, solteiros; Francisco de Mattos Pinto, casa-
Eugenia Saturnino aodrigues de Britto, casada com o
do com d. Enedina de Mattos Pinto; têm uma filha:
Maria Lucia. dr . Aristides Madeira. Filho deste ultimo casal : Car-
!OS.
Renato de Mattos Britto, casado com d. Antonia Antonio Saturnino Rodrigues de Britto, casou-se
de Mattos Britto. Tiveram duas filhas: Conceição e com Laura Mattos Saturnino de Britto e tiveram 8
Hervê . filhos e 10 netos: Laura, Maria Antonietta, Amenaide,
Adalberto de Mattos Britto, casado com d. Amalia Jandyra e Marianna, todas solteiras.
Werneck de Mattos Britto; tiveram 6 filhos e uma neta : Climeria Saturnino Rodrigues de Britto que espo-
Maria Amalia, Mario, Ivan, Thereza, Elli e Inice de sou Alda Rocha de Britto e tiveram 5 filhos: Maria da
Mattos Britto, casada com Renê Barbosa, que tem uma Penha, Geraldo, Ilsen, Amilton e Arlette. Leanyro Ro-
filha: Ritta de Cassia. drigues Saturnino de Britto que casou-se com Fernan-
dina Rodrigues de Britto e desse matrimonio nasceram
2 filhos : Eneida, Fernando e Celeste.
Francisco Pinto, Rodrigues de Britto, casado com Manoel Saturnino Rodrigues de Britto, casou-se
Marianna Marques Saturnino de Britto foi-progenitor com Maria Amalia Rodrigues de Britto e tiveram 2
de 15 filhos, 32 netos e 36 bisnetos: filhos : Lauro e José Assumpção.
Dr . Francisco Saturnino Rodrigues de Britto, ca- Maria Izabel Saturnino Povoa de Britto, casada
sado com Alice Saturnino Rodrigues de Britto e ti- com José Manoel Povoa de Britto. Não tiveram filhos.
veram 4 filhos :
Izabel, solteira.
Dr. Francisco Saturnino Rodrigues de Britto Fi-
lho, Maria Alice Saturnino Rodrigues de Britto, Maria Joaquim Saturnino Rodrigues de Britto, que casou-
Clotilde Saturnino Rodrigues de Britto e dr. Augusto se com Zelia Vasconcellos Rodrigues de Britto e tive-
Saturnino Rodrigues de Britto, todos solteiros. ram 7 filhos e 10 netos:
Na ultimo artigo desta série nos occuparemos mais Dr. Laerte Rodrigues de Britto, que esposou Ma-
detalhadamente do grande engenheiro, uma das glo- ria de Lourdes Osorio Rodrigues de Britto e tiveram 4
rias do Brasil. filhos: Haroldo, Therezinha, Gilberto e Roberto, os dois
ultimos gêmeos.
Marianna, solteira. 1 .
commandante Frederico Huet de Oliveira Sampaio. Fi- netos : Lucy Póvoa da Motta, casada com Feliciano Mot-
lha do casal: Jedda Maria. t a . Filhos deste casal: Derly e Nely..
Roseli Rodrigues de Britto, casada com o capitão Nelson Póvoa de Britto, casado com Maria Carlo-
Alvaro de Laroque Couto. Filho do casal: Carlos; Ecila ta Barreto Póvoa de Britto. Filhos do casal : Nely, Ir-
Britto Maia de Mendonça, casada com o dr. Nenato ma, CeIia e Debora; NelyGraça, casada com o dr. Gas-
Firmino Maia de Mendonça. São filhos do casal: Ee- tão Graça; não deixou filhos, Iná de Britto, casado
nato, Vera, Marina. com o dr. Jovelino Paes. Filhos deste casal: Hermano
e Rosa. Genaro Póvoa de Britto, casado com Yolanda
José Saturnino Rodrigues de Britto, casado com Póvoa de Britto, casado com Yolanda Póvoa de Britto.
Concetta Rodrigues de Britto. Tiveram 7 filhos e 2 ne- Filha do casal: Nisa.
tos : Maria Rosa Serra Martins, casada com Arthur Ser-
r a Martins. Tiveram 2 filhos : Fernando e Ivan, falle- Nahir Ferreira Paes, casada com o dr. Manoel
c~dos;Francisco Angelo, Stello e José, solteiros. Flora e F'erreira Paes. Filhos deste casal: Yedda, Madali e
Olga, solteiras e fallecidas. Fernando Saturnino Ro- Marcello .
drigues de Britto, casado com Antonietta Rodrigues de Dr. Oswaldo Póvoa de Britto, casado com Gerseni-
Britto. Não têm filhos. ts Póvoa de Britto. Filho do casal: Rossanf.
Erilzstina, solteira. Maria José, solteira. Arliette Costa Nunes, casada
como dr . Francisco Costa Nunes . Filha do casal : Bea-
Branca, solteira. triz Helena.
Delia, solteira. Urçula Póvoa Manhães Barreto, casada com o dr.
Feliciann Manhães Barreto. Tiveram 5 filhos, 3 netos
Rosa, solteira. e 1 bisneto:
Lucilia, solteira. Felicissima Manhães Barreto. casada com Euze-
bio Manhães Barretto. Filhos deste casal: Ecyla e
IIer8minia Izabel de Britto Vasconcellos, casada , Elide .
com o dr. Antonio Ribeiro de Vasconcellos. Este casal
tem 2 filhos : Antonio e Paulo. Francisco Manhães Barreto, casado com Antoniet-
ta Manhães Barreto. Tem uma filha : Heloisa Helena.
Alice Manhães Fonseca, casada com o d r . Carlos
Marianna Pinto Povoa Ferreira, casada com o dr. Fonseca. Não têm filhos. D r . Manoel Francisco Ma-
Manoel Francisco Povoa Ferreira. Tiverdm 3 filhos, nhães Barretto, casado com Izabel Alvarenqa Manhães
24 netos e 19 bisnetos: Barreto. Não tiveram filhos. Maria Manhães Miranda
casada com Renato Miranda. Não têm filhos. Etelvina
Anna Povoa Ferreira, casada com Antonio Povoa Neves e Almeida, casada com o dr. Alvaro de Castro
Ferreira. Tiveram uma filha: Edina Povoa Tavares, Tçeves e Almeida. Não têm filhos.
casada com Flavio Tavares. Estes tiveram os seguintes
filhos: Antonio Luiz, Flavio, Anide, Ovidio, Ozema, Cecilia Manhães Barreto, casada com o dr. João
José, Lupe. Ruth, Ondina e Anide, fallecida. Manhães Barreto; tiveram 2 filhos e 4 netos. Jocilia de
Azeredo Coutinho, casada com Gotchald de Azeredo
Francisco Povoa de Britto, casado com Izabel Ma- Coutinho. Filhos deste casal: Nilze e Roberto, Dr.
ria de Menezes Póvoa de Britto. Tiveram 9 filhos e 14 Ovidio Manhães Barreto, casado com Esmeralda Ma-
52 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE -- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 53
nhães Barreto. Filhos deste casal: Vera Manhães Bar- Maria Theodora Gesteira Passos, casada com o
retto Miranda, casada com Oswaldo Miranda. Tem uma d r . Manoel Gesteira Passos. Tiveram 7 filhos e 8 ne-
filha : Gilda Maria. tos : Anna, solteira. Maria Theodora Gesteira Rosa,
casada com Alfredo Rosa. Filho deste casal: Alfredo.
Neuze, solteira.
Alzira, Francisco, Hortencia solteiros.
Antonio Póvoa de Britto, casado com Maria da
Penha Menezes Póvoa. Tiveram 6 filhos, 11 netos e Orympia Gesteira Pinheiro, casada com o d r . Cae-
bisneto: Aracy Póvoa de Oliveira Campos, casada com tano Thomaz Pinheiro. (1) Filhos deste casal: Concei-
o dr. Alpheu Gomes de Oliveira Campos. Filhos deste ção Maria Izabel, Fernando e Marilia.
casal: Andral, Amir e Amorita. casada com o capitão D r . Manoel Gesteira Passos, casado com Atalá
Gilberto Pessanha. Este casal tem 1 filho: Alpheu Ser- Gesteira Passos. Filhos do casal: Helena, Helio e He-
gio. Raul Póvoa de Britto, casado com Alda Póvoa de loisa.
Rr:tto. Filhos deste casal: Maria Helena e Angela Ma-
r.!a. (Do "Monitor Campista", 22 e 23-6-1940).
Mary. solteira. D r . Hélion Póvoa de Britto, casado
com Nair Póvoa de Britto. Filhos deste casal: Roberto, RETRATO DE FAMILIA
Héliun. Gilda. Maria e Luiz Cesar.
Lúcia Miguel Pereira fala sobre Miguel Pereira. -
Sylvia Póvoa de Britto, casada com José Vieira de "Papae era um companheirão". - Um menino criado
Mello. Não tem filhos. Capitão Octavio Povoa de Brit- roça. - O médico, o professor e o apóstolo. - Mi-
to, casado com Carmen Póvoa de Britto. Filho deste pvel Pereira m ixtimiclade. - O preto David. - "O
casal : Angelo Antonio. LZrccsil 6 ~ l r nimenso ho:,yiftz!".- "Brincando de fa-
José Manoel Póvoa de Britto, casado com Maria l;ewleil.ow?taEsliva. -A gloria e o fim. - R~portagem
Isabel Povoa de Britto. Sem filhos. de Francisc,) dc Assis Bmbosa
Marianna Póvoa de Almeida, casada com o dr. Miguel Pereira nasccti numa fazenda, junto á
Manoel Themistocles de Almeida. Sem filhos. Serra da Eocaina. Sempre foi um homem preso á ter-
r a . "Eu sou um desenrrtimrio na cidade". costumava di-
Abelardo Póvoa de Britto, casado com Anna P Ó - aos intiinos. Era filho e neto de lavradores. Conta
voa de Britto. Tem 4 filhos e 1 neta. Sa;i?t Hilaire que foi na fazenda do capitão Miguel Pe-
Ruth Póvoa La Grota. casada com Armando de La reira que viu os primei~ospés de café plantados em
Grota. Filha do casal: Marley . alinhamento. De uma famdia de proprietários rurais,
o destino fez de Miguel Pereira um cientista. Não por
Eimar, Aluizio e Evaldo,' solteiros. seu gosto ou vontade própria. Bem que trocaria a sua
cátedra de ~ s r o f e s ~ opela
r vida da roça. E r a essa, pelo
menos, a vida aue êle deqejaria ter vivido.
Theodora Maria, solteira. - Meu pai - conta-me, hoje, Lucia Miguel Pe-
reira - foi criado na Fazenda do Campinho, em São
- - -- --
* * * José do Barreira. Aprendeu a ler com minha avó. Só
.
com 12 anos é que veio para o Rio. Aqui entrou para o
D r . José Pinto Rodrigues de Britto, solteiro.
54 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT."Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
.- - - 55
.&
Colégio Pedro 11. Sofreu muito, a principio. Não se A casa do largo São Salvador
conformava com a prisão do internato. O seu maior so-
frimento era ter de andar calçado. Nas visitas, vovô Depois de formado, Miguel Pereira volta á Fazen-
prometia pagar-lhe a 5 mil réis cada banco de honra da do Campinho. Sua tese de doutorando sobre Hema-
que êle tirasse. Mas vovô nunca cumpria a promessa. tologia tropical é considerada obra notável. E m São
Papai sempre tirou banco' de' honra e jámais recebeu José do Barreiro, Miguel Pereira não pensava em ou-
os 5 mil réis. Lembro-me de ouvir essa história conta- t r a coisa senão em caçadas. Montava a cava110 e esque-
da lá em casa mais de uma vez. cia da vida. E' o que me conta Lucia Miguel Pereira.
- Francisco de Castro escrevia chamando o dis-
E com ternura que Lucia Miguel Pereira recorda cipulo querido. Um sujeito atacou a tese. Pedro de
coisas da vida de seu pai. No coração da filha, o grande Almeida Magalhães defendeu-a. E papai caçando na
homem que foi Miguel Pereira está presente não como fazenda. Só depois de uma boa temporada no Campi-
unia d á t u a mas como um sêr humano. Simples, natu- nho (uns seis meses, pelo menos) é que achou de vol-
ral c sincero. Um homem que não sabia mentir. t a r . Meu pai começou a vida como médico visitador da
- Combativo e trabalhador ele sempre foi desde Asscciação dos Empregados do Comércio. Ganhava 250
rapazinho. No Pedro II. redigia um jornal de estudan- mil reis por mês. Quando se casou foi morar com meu
tes : "A Rlefrega" . Faria propaganda republicana den- avô numa casa do Largo São Salvador. E r a uma casa
tro do colégio. E nas horas vagas ensinava aos alunos enorme. Meu avô ali morava com seus sete filhos, mi-
das classes mais atrasadas. Lecionando a colegas, meu nha bisavó, que ainda vivia naquele tempo, e o segre-
pai ficava sem pensar no Campinho. gado da familia. Vovô era rico mas queria que 03 f i -
lhos trabalhassem. Dante dêle, meu pai guardava um
Logo que terminou o Pedro 11, Miguel Pereira foi grande respeito, a ponto de não fumar n a sua pre-
matar as saudades da fazenda. E lá fica algum tempo sença. Vovô era econômico. Papai, ao contrário, era
sem se preocupar com os exames vestibulares para a gastador. Vinha da cidade de tilburi mas para não
Faculdade de Medicina. Metia-se no mato com os ca- aborrecer meu avô mandava o cocheiro parar uma qua
maradas a caçar perdizes e não queria saber de outra dra antes. E dizia que tinha descido no ponto de sec-
vida. Voltou para o Rio, afinal. Tem 19 anos quando cão do Largo do Machado, como medida de economia.
entra para a velha escola d a rua Santa Luzia. E' um E Lucia Miguel Pereira continua:
belo rapaz. Forte, louro, olhos claros. Chamaram-lhe - Mas eu não me lembro de meu pai na casa do
D'Artagnan . Largo São Salvador. Começo a lembrar-me dêle na nos-
sa chácara de Gávea. Vivia do seu cargo de médico do
- Meu pai sempre foi o primeiro aluno da sua Hospicio. A clinica era pequena. Papai almoçava á s 7
turma - diz Lucia Miguel Pereira. Francisco de Cas- da manhã e saia a cavalo no "Tempestade" a visitar os
tro foi seu mestre. Um grande mestre, aliás. Por duas doentes. Depois ia para a Praia Vermelha, onde pas-
vezes, Miguel Pereira abandonou as aulas da Facul- sava grande parte do dia. Tratava das moléstias inter-
dade. A primeira em 93, na revolta de Floriano. Foi correntes dos loucos.
para Niterói. Como soldado, tomou parte na Batalha
da Armação. Depois, por ocasião de uma epidemia de O concurso para Professor
cólera no vale do Paraiba, no ano seguinte. E' que meu
pai não podia ficar indiferente a essas coisas. Ele se E r a esta a vida de Miguel Pereira quando se deu
comprometia em tudo. Nunca foi neutro. Sentia como a vaga de professor substituto da cadeira de clinica mé-
que uma necessidade imperiosa de definir-se. Se visse dica da Faculdade de Medicina, com a morte de Beni-
dois moleques brigando na rua, tomava logo o partido cio de Abreu. Juntamente com Aloisio de Castro, An-
de um deles. tonio Austregésilo e Rubiáo Meira, inscreve-se no çon-
.-
56
-- - . NOBILIARQUIA FLUMiNENSE - APENDICE ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
-- - - -DRS. 57
curso. Mas acontece um imprevisto. Adoece a esposa de sua primeira viagem á Europa. Vai com a esposa. Des-
Miguel Pereira. J á não é possivel pensar em outra i a vez, fica em Paris.
coisa.
- De regresso, retorna ás aulas. Estava já no
- Papai e mamãe - diz Lucia Miguel Pereira - cxercicio da cadeira de Clinica Médica quando é decre-
formavam um casal felicissimo. Os dois se adoravam. tada a Reforma Rivadávia. Meu pai manifesta-se con-
Fomos todos prá Bocaina. Que viagem estupenda! Su- tra a reforma. Em reunião da congregaçEo, expõe o
bimos a serra de troli e de carro de boi. Ficamos na seu ponto de vista. Acha que os professores precisam
casa de um amigo da nossa familia, Joãozinho Airosa, tumar uma atitude. Mas a congregação teme o Estado
num lugar chamado Lageado. Mamae melhorou depres- de Sitio. Que fazer? Meu pai, secundado pelo velho pro-
sa. E papai caiu na caçada. Quando se apanhava na fessor Augusto Brandão, chefia uma revolta entre os
fazenda parecia um menino. O concurso se aproximava. cstudantes. Nossa casa passa a ser vigiada pela poli-
Mamãe já estava boa. Papai tinha que vir. O tempo era cia, guardada por investigadores dia e noite. Meu pai
pouco para estudar. Vovô salvou a situação. Deu al- acaba suspenso por seis meses. A violência n80 o ame-
gum dinheiro a papai. O velho trancou-se no escritó- dronta. Propõe uma ação contra o govêrno. E' seu
rio e pôs-se estlldar. Não admitia que se fizesse o me- advogado o dr. Alfredo Bernardes. Entrega-lhe a cau-
nor barulho na casa. Todos nós éramos obrigados a sa e vai passar uns tempos na fazenda de um amigo
andar na pontinha dos pés. E papai fez o concurso. Foi em Poços de Caldas. Um mês depois a suspensão é can-
um dos mais brilhantes da história da Faculdade de celada. Ainda assim, meu pai achou que não devia re-
Medicina. Ai começa a sua vida de professor. assumir. Tocou a ação por diante, até que o Supremo
Miguel Pereira é logo nomeado professor de Pa- Tribunal lhe deu ganho de causa, tornando sem efeito R
tologia Interna. Seu nome está feito. A clinica aumen- suspensão e reconhecendc a violência da medida gover-
ta. J á agora reside na rua Bambina, tem automovel na namental.
porta. Suas aulas são famosas. Alunos de outras fa- Miguel Pereira só voltará á Faculdade em 1912.
culdades, como o estudante de Direito Osvaldo Aranha, de volta da sua segunda viagem á Europa. Desta vez,
vão ouvir-lhe as preleções. A casa da rua Bambina está ficára em Berlim, trabalhando com o professor Klem-
sempre cheia. Era uma romaria, todos os dias. Os estii- perer .
dantes iam lá para casa e ficavam horas conversando
com papai. - No ano seguinte, é escolhido para paraninfar a
Personalidade forte, Miguel Pereira despertava turma de doutorandos. Pronuncia, então, um grande
grandes simpatias. Mas era homem incapaz de adular discurso contra o governo. Está no apogeu da sua car-
a quem quer que fosse. Quando se realizavam as provas leria de professor. Sua posição é a de um lider na Fa-
cio concurso que o fez professor. soube por um amigo culdade. A clinica aumentando sempre. Papai tmba -
comum que um lente com quem não tinha relações lhe lha de manhã á noite. sem descanso.
ia dar o seu voto. E Lucia Miguel Pereira observa:
- Mas êle precisa saber 2 repiicou prontamente - Não sei como papai dava um geiio para nos le-
ao receber a noticia - que continuarei a não o cum- var ao Sion. O facto é que todos os dias, ás 10 horas,
primentar. . . O seu automovel "Lancia" estava na porta. Papai nunca
Lucia Miguel Pereira reportou-se uma vez a êsse deixou de levar as filhas ao colégio. E ia muito alegre,
upisódio, num artigo para a "Revista do Brasil" (3.a conversando conosco, perguntando coisas, demonstran-
fase) . do um grande interêsse pelos nossos estudos.
O Pae e o Esposo Se era assim amoroso com as filhas mais ainda o
Antes de assumir a cadeira de Clinica Médica, para ora com a esposa. E tinha razão para isso. D. Maria
a qual fora nomeado em 1909, Miguel Pereira faz a Clara foi-lhe sempre uma grande e estremosa compa-
nheira.
58
- NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE -.
I
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--- - - .
59.
- Papai e mamãe pareciam dois namorados - mas. Nós nos divertiamos á grande, espiando papai e
disse-me Lucia Miguel Pereira mais de uma vez no de- o amigo fazetido discursos pelo buraco da fechadura.
correr da entrevista. Miguel Pereira foi orador notável. Algumas vezes
ditava seus discursos á filha, naquele tempo aluna do
Colégio Sion .
- E r a muito orgulhoso dos filhos - diz Lucia
Um homem encantador, o Miguel Pereira intimo. Miguel Pereira. Um dia, êle chegou em casa muito tris-
Era alegre e brincalhão. Tinha lá os seus momentos de te dizendo que havia passado uma grande vergorrhtt por
r,eurastenia, mas quem é que não os tem? Não dispen- minha causa.
sava cerveja. "Fidalga" no almoço. Tomava vinho ao - Por que, papai? - perguntei-lhe.
jantar .Gostava de dizer: "Sou um homem que dorme - 0' ! minha filha! Aquele discurso ! Fui mostrá-
com prazer, que come com prazer, que trabalha com 10 ao Couto (assim tratava ao seu amigo Miguel Cou -
prazer". to) e você tinha escrito circunstancia com "n".
- E assim era de facto - garante-me Lucia Mi- No tempo de Miguel Pereira circunstaneia se es-
guel Pereira. Tinha paisão pelo "turf". Eu adorava crevia com "m". E todo mundo levava a sério coisas dt
i r com papai ao Jockey Clube, naquele tempo ainda em ortografia. Não era como hoje.
São Francisco Xavier. 'Uma vez, papai esqueceu em
casa o binóculo. Num dos páreos, tomou-se de um O Preto David
zrande entusiasmo. E como não visse direito a corrida, O retrato de liiguel Pereira na intimidade seria
não teve duvida em tomar o binóculo de um dos assis- incompleto sem a figura do preto David. David Pereira
tentes que estava ao seu lado e que naturalmente acom- de São Lázaro. Pereira porque se considerava uma pes-
panhava a carreira coni o mesmo interêsse que êle soa da familia. São Lázaro por ser filho de ferreiro;
Foi uma coisa tão inesperada que o pobre homem re- São Lázaro é o santo protetor dos ferreiros.. .
solveu não protestar. Terminada a carreira, papai todr,
atrapalhado devolveu o binóculo pedindo mil descul-
--
- David herdava os "fracks" de papai conta
Lucia Miguel Pereira. Tinha um a r digno e era de ama
pas ao dono estupefato. dedicação sem limites. Recebia os clientes no consultó-
Impulsivo e bom, Miguel Pereira era um misto de rio de meu pai, na rua da Assembléia. Havia n a ci-
"kerniano" e "dantas", de acordo com a classificação dade um outro d r . Miguel Pereira, medico tambem.
biotipológica de Mestre Jaime Ovalle. A história do Llavid não admitia confusões com o homônimo de meu
~ ~ r o v e d odar Santa Casa dá uma idéia da bondade e da pai. E' o que conta, pelo menos, o d r . Afonso de Tau-
paciência de Miguel Pereira. Lucia Miguel Pereira vai nay, que uma tarde bateu no consultório; tinha vindo
contá-la : de São Paulo com o fim unico e exclusivo de consultar-
- Meu pai tinha um grandk amigo no interior do se com meu pai. Foi subindo os degraus da escada 12
Kstado do Rio, que um dia foi nomeado provedor da ao atingir o primeiro andar topou com a figura im-
Santa Casa do lugar onãe morava. O amigo veio con- pressionante de David .
tsr-lhe a novidade, cheio de satisfação. E pediu-lhe - E' aqui o consultório do d r . Miguel Pereira,
que escrevesse o discurso de posse. Meu pai escreveu. não é?
Virava e mexia, lá vinha o homenzinho como um nova) David olhou-o de alto a baixo e respondeu:
pedido. Eram discursos e mais discursos. Por fim, não - Não, o SS. está enganado.
se contava em ter os discursos prontos. Queria apren- orno enganado?! - retrucou espantado o cli-
der a recitá-los. Meu pai achou graça e concordou. ente. Não é possivel. Eu vim de São Paulo especial-
Trancava-se com o amigo no escritório. Lia os discur- .
inerrte para consultar o dr Miguel Pereira.
sos. O homem também lia. Eram cenas engraçadissi- - Pois não é aqui, insistia o preto.
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60 --
- - - -- .-- .
O dr. Taunay ia retirar-se quando David saiu-se - Todo fim de semana, meu pai ia para a Estiva.
com esta : Como êle queria bem áquele sitio! Fazia madrugada,
- Aqui é o consultório do professor dr. Miguel traDalhava tanto uurante o dia que á noite estava rnor-
Pereira. E explicou serenamente: Há um outro d r . to de cansado e só pensava em dormir. E r a ele mes-
Niginel Pereira por ai mas nós não queremos confu- mo quem ia tirar berne de boi, quem raspava os cava-
sões. .. los. Mamãe costumava dizer que papai, na Estiva,
brincava de fazendeiro. Mandou vir um troli de Pira-
0 preto David não sabia. ler mas fingia muito bem.
tSuontlo viajava de trem, abria o "Jornal do Comér- cicaba de quatro cavalos. lkatava porco, montava a ca-
cio" com toda a solenidade e ficava atento vendo as le- talo. Na Estiva, vivia seinpre contente. 0 clima da Es-
trinhas impressas. Não sabia ler mas sabia contar tiva era o melhor do mundo. Aconselhava todos os
Sempre de uma honestidade a toda a prova era quem clientes a irem para lá.
entregava e recebja as contas. E' por esta época que Miguel Pereira inicia a gran-
- David possuia muitas qualidades mas não era de campanha do saneamento do Brasil. Passará á his-
lá muito meticuloso na limpeza. Meu pai, certa vez, re- toria o discurso em que sauda o professor Aloisio cte
solveti pregar-lhe uma peça. Chegou em casa contando Castro, em outubro de 1916, que regressa de uma via-
á mamãe o carão qae paesára em David. "Imagine que gem á Argentina. IIá um trecho que é preciso destacar.
o divã do consultório estava coberto de poeira. Ah, não "O exército, a força armada de uma nação, - disse
tive duvida. Escrevi com o dedo - "Burro". O David Miguel Pereira - a nação-em armas é a unidade na-
vai se p6r em brios, você verá". Mamãe riu-se e disse cional, e dessa unidade, una e indivisa, desentranha'.
a papai: "Ora Miguel, coitado do David! Ele não sabe uma dualidade é operação de que só nos manicômios
ler". . . se teríam provas. Não será exercito o que não for ho-
"O Brasil é um imenso Ho.pZtd9' mogêneo; na luta pela Pátria todos se acamaradam
Lia muito Miguel Pereira. E não lia apenas os li- emparceiram como diante da morte, que essa luta tan-
vros de medicina. G o s t a ~ ade literatura. De ler o seu tas vezes preludia, todos se nivelam na terra profunda.
Anatole France, o seu Henan. O ultimo livro que leu, E bem que se organizem milicias, que se armem legiões,
já doente, na Estiva, foi um volume de cartas de Bar- que se cerrem fileiras em torno da bandeira, mas me-
bey D'Aurevilly. Lia todas as noites antes de dormir. lhor seria que se não esquecessem nesse parsxismc de
entusiasmo que, fora do Rio e de São Paulo, capitais
- Quando minha irmã adoeceu, mamãe ficou mui- mais ou menos sanadas, e de algumas outras cidades em
to preocupada e f&ia dormir no seu quarto. Papai pas- que a providência superintende a higiene o Brasil 6
sou para o meu. Eu ficava acordada, ás vezes, até meia ainda um imenso hospital. Num impressionante arrou-
noite, esperando-o. Ele vinha, repreendia-me mas no bo de oratória já perorou na Camara ilustre parla-
fundo ficava todo "flatté". Papai se deitava na cama mentar que, se fosse mistér, iria êie. de montanha em
de minha irmã e se punha a' ler em voz alta. Trechos montanha, despertar os caboclos dêsses sertões. Em
de Renan e de Anatole France. Trechos de livros que chegando a tal extremo de zêlo patriótico, uma grande
não caiam nas minhas mãos de menina de 14 anos. parte e parte ponderável, dessa brava gente não se le-
E Lucia Miguel Pereira tem uma frase deliciosa, vantaria : invâlidos, exangues, esgotados pela anquilos-
que não quero deixar perder: tomiase e pela malária; estropiados e arrasadr,~
- Papai era um companheirão! pela molestia de Chagas; corroidos pela slfilis e
Esse cientista de gosto literário apurado se trans- pela lepra; devastados' pelo alcoolismo chupados
formava por completo quando se apanhava no campo. pela fome, igniorantès abandonados, sem ideal e
Em 1915, comprou um sitio na Estiva, vila que hoje sem letras ou não poderiam êstes tristes des-
tem o nome de Miguel Pereira. lembrados se erquer da sua modorra ao 3pê-
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NOBILIARQUIA
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FLUMINENSE - APENDICEp- -
DRS. ANT.O Jm. E JULLÃO R. DE MACEDO SOARES -
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lo tonitroante da trombeta guerreira, ecoando de que- não entregára ainda os originais porque pretendia fa-
brada em quebrada-ou quando, como espectros, se le- zer uns retoques. D. Maria Clara traz o livro. Mi
vantassem não poderia compreender porque a Pátria, guel Pereira senta-se na cama com esforço. Enche dr
que lhe negou a esmola do alfabeto, lhes pedia agora alcool uma bacla, onde mergulha o manuscrito. Acende
a vida e nas mãos ihes punha, antes do livro redentor, um fósioro. Tudo foi tão rápido que não se poude evi-
a arma defensiva". E m meio á exaltação nacionalista tar.
da primeira Grande Guerra, a s palavras de Miguel Pe- (Do "Correio da Manhã", de domingo, 10 de Se-
reira ecoaram com dureza. Eram vetdades que só OS tembro de 1944).
apóstolos têm a coragem de proclamar.
A morte, na Estiva
ACTA DIURNA DE LUIZ DA CAMARA CASCUDO
Os jornais abrem manchetes. Uns contra, outros
a favor do discurso. "O Pais" ataca. O "Correio da O p r i m e i r o sobrado em.Natal e seu dono
Manhã" defende. E Miguel Pereira continua a sua
campanha. São dois anos de luta .Por fim, em 1918. do em Natal ainda existe. E' o de
o governo de Wenceslau Braz inicia o saneamento do da Conceição. Está modificado li-
paiz. A campanha está vitoriosa. Pelo menos, em par- geiramente no telhado. Amputaram-lhe os finais do
te. A primeira pedra quem a plantou foi Miguel Pe- beirão em cauda de anuorinha, de sabor nitidamente
ieira. No dia 19 de maio de 1918. recebe o grande ho- colonial. A exigência da platibnnda alterou-lhe a fi-
mem a homenagem consagratória. O orador é o profes- sionomia marcadamente aristocrática, denunciando so -
sor Afranio Peixoto. Miguel Pereira pronuncia u Ri' !ar, ao gosto ainda fidalgo mas já sime burguês do
mo discurso. Ao voltar para a casa, dirá, abraçando a século XIX. Vive a varandinha, projetando a porta de
esposa : honra do andar, lembrando a época em que a s colchas
- Foi o meu canto de cisne. . . vistosas eram estendidas a passagem processional da
Dias depois, cái doente. Ninguem sabe dizer que Padroeira, levada, em lenta e oscilante marcha, pelos
estranha moléstia é aquela que abate o lutador em ple- fieis de outrora.
i;a maturidade. aos 47 anos. Os maiores médicos do Rio O primeiro sobrado foi mandado construir pel!)
de Janeiro, estiveram na cabeceira do enfermo ilustre. Capitão Mór José Alexantre Gomes de Melo, senhor de
Mas a moléstia era um enigma para todos. Três meses Pitimbú, o mais lindo, o mais desejado, o mais famo-
de padecimentos cruéis e nada! Ao fim de três meses so sitio na freguezia de N . S . da Apresentação.
de padecimentos, Miguel Pereira declara que deseja ir Esse Gomes de Melo era filho de Antonio Tei
morrer na Estiva. no sitio que êle fez e que tanto amou. xeira da Costa e d . Tereza Antonia de Melo. Casou
Nem o clima da Estiva, - o melhor clima do mundo! com d . Joana Evangelista de Vasconcelos. Carlos José
- consegue melhorar o seu estado de saude. Vai de mal de Vasconcelos e d . Josefa Maria da Conceição eram
st pior. Discipulos e amigos dedicados, como Aloisio de ~ o g r o sdo Capitão M6r. Gente de bom sangue. Anto-
Castro, Rocha Faria, Thompson Mota, Aristides de nio José de Souza Caldas, o fundador dos Souza Cal-
Me10 e Sousa e Leônidas Porto, acompanham-no até o das no Rio Grande do Norte, maridara com outra fi-
ultimo instante. Tudo inutil. Por fim, é o doente quem lha do casal, d . Josefa Maria de Nazaré .
faz, nas vésperas da morte o próprio dignóstico. Dias José Alexandre Gomes de Me10 era da primeira li-
antes de morrer, Miguel Pereira chama a esposa e pede nha social. Pertenceu ao Conselho do Governo, sendo
que lhe dê os originais do seu Tratccào de clinica mé- um dos seis primeiros conselheiros, o segundo na ordem
dica. Trabalhára muitos anos nesse livro. Estava quase * da votação, no pleito de 23-33-1824. Fez parte igualmen-
pronto para a tipografia. J á combinara a edição e só te do Conselho Geral da Provinda, eleito a 18-11-1828.
64 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm.E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 65
.4puração, a 2-2 do ano r~eguintena igreja de Sto. An- brincado, em i818 ou 1519, nos alicerces e paredes
tônio, forneceu-lhe o diploma e sua posse se deu é.t emergentes do edificio que se levantava n a rua da Con-
'?O-11-1830, dia da sessão preparatória. E r a um dos tre- ceição. Até pouco tempo lia-se a data sobre a moldura
ze e encontro seu nome presente a ultima reunião, de da porta. Era sobrado residencial, um luxo para aquele
31-1-1834, ano em que foi extinto o Conselho Gerai tempo e unico em sua espécie, depois da casa da Cama-
da Provincia pelo a r t . 1 . O da Lei de 12-8-1834 (cha- ra que se reunia num só piso superior da cadeia. O so-
mado ato adicional) substituido pela Assembléia Legis- brado do Coronel José Alexandre Gomes de Melo, de
lntiva Provincial. O Conselho era um ensaio legislati- onde provem os Seabra de Melo, era uma das maravi
vo em ponto mirim. lhas na mui nobre e leal Cidade de Natal do Rio Grande.
Gomes de Me10 frequentou assiduamente todas as Lado paterno:
quatro sessões do Conselho, opinando com dignidade c
clareza. E r a homeni hteiigente, original e prático, ten- Nota: - Coronel José Alexandre Gomes de Me10
rio idéias e sabendo-as ciiscutir. Numa sessão, a 3 de - bisavô.
fevereiro de 1832, propoz reduzir as férias escolares,
que eram de 3 de dezembro a 2 de fevereiro, ao curto Antônio Benevides Seabra de Melo - Avô.
prazo de 17 dias, isto é, de 21 de dezembro a 6 de ja- Conhecido por Major Benevides, condecorado com
neiro, por lhe parecer não só desnecessárias como opos- a medalha de Cavaleiro da Rosa. Nasceu em 13
tas ao progresso da instrução da mocidade. de junho de 1833 e faleceu em 18 de abril de 1888.
Discutiu a 3, 6 e 9 de fevereiro, foi a proposta adia- E r a casado com d . Francisca Adelina Pinto Bene-
da a 10. Um seu parecer sobre a fonte da Bica, on'de vides, nascida em 9 de janeiro de 1836 e faIecidt
a população retirava a água para beber, é dos nossos em 6 de dezembro de 1929. Ambos descendem de
Uias, pela logica e veemencia argumentaciora. fidalgos portugueses, capitães mores, etc. Antõnio
Votado deputado á legislatura inicial da Assem- Benevides era irmão do Comendador MigueP B e ,
bléia Provincial de 1835-1837 (obteve 28 votos), sendo nevides, grande figura nos tempos do Imperio.
G Presidente da mesa eleitoral instalada na Matriz de
Natal, a 10 de novembro de 1834. foi deputado á se- ~ o s Alexandre
é Seabra de Me10 - Pai - filho do Rio
guinte, 1838-39, positivmdo o prestigio. Grande do Norte, nascido a 2 de maio de 1870 9
Grande proprietário em Natal, era senhorio do falecido em 31 de março de 1937. E r a casado com
Conselho Geral que lhe rilugara uma casa, Pitimbú, in- Emilia Trindade Seabra de Melo, filha #do Rio
vejado pelos anjos do céu, dizia do conforto em que Grande do Norte, nascida em 6 de janeiro de 1871.
vivia o Capitão Mór, conhecido, depois da primeira e falecida em 5 de julho de 1921.
decada do século XIX por "Coronel".
O sobrado da rua da Conceição começou a ser fei- Lado malerno:
to em 1818 e terminou L' 1819 ou 1820. Não há noti- Luiz Bezerra Augusto da Trindade - Avô. - Depu-
cia de um outro em temyo anterior. Os da rua da Con- tado provincial, chefe politico do Partido Liberal
ceição são de 1847 a 1850. O casarão de Joaquim Iná na politica do Dr. Amaro Bezerra, deputado fe-
cio Pereira Senior, também, da rua Conceição, é muito deral. Nnsceu no Rio Grande do Norte em E 2 3
posterior, assim como o Vaca Amarela, de onde saiu e faleceu em 2 de fevereiro de 1882. E r a casado
c Atual Palácio do Govêtm. com Josina de Vasconcelos Bezerra da Trindade.
O velho Coronel Manoel Leopoldo Raposo da Ca- nascida no Rio Grande do Norte em 4 de setem-
mara, nasceu em setembro de 1810 e faleceu em novem- bro de 1832 e falecida em 8 de julho de 1925. Era
bro de 1905, com a idade de 95 anos, recordava-se. di- proprietário e fazendeiro no Municipio de Papari,
zia-me seu filho o D r . Augusto Leopoldo, de haver no Rio Grande do Norte.
-DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 67
.-
em que se reformou. Foi fazendeiro em Angra INFORMAÇ6ES PRESTADAS PELO SR. EUGENIO
dos Reis( fazenda de Araçátiba), onde occupou PINTO VIEIRA, EM 1-XI-1943
diversos cargos de eleição popular e foi instructor
da Guarda Nacional. O capitão de mar e guerra, Rodrigo José Ferreira,
da nossa marinha, comandante de varios portos, em
.-D. Felizarda Cesarina de S . José Goulart, era viagem a Republica do Uruaguay, conheceu e casou-se
filha de Ubatuba (S. Paulo), e de sua ascenden- com Nathalia Gonzalez, natural d'aquela Republica, de
cia nada se sabe. Teve irmãos entre os quaes um 12 para 13 anos, e de grande beleza; do seu consorcio
que ficou em Angra dos Reis 'e uma irmã D. En- nasceram :
gracia, casada com o Dr. Frederico José de Vilhe-
na. advogado ~rovissionadoem Angra dos Reis e 1 .-Carolina, n . á 8 de Agosto de 1826, faleceu sol-
della provierão alguns filhos. entre os cru2es o teira á 16 de Agosto de 1897.
Dr . Frederico José de Vilhena, comissario de hi-
2 .-Bento, solteiro, assassinado no Rio Grande do
giene, D r . Diniz Frederico de Vilhena, que foi Sul, solteiro.
representante da Angra dos Reis na Asseinbléia
prcvincial do Rio, e advogado. 3 .-Outro rapaz, cujo nome não se lembra.
-D. Amalia de Alencastro e Albuquerque Diniz 4 . -Belmira, n . em 1833, casada em Ias. nupcias com
Goulart era filha do o Senador Joaquim Franco de Sá; em 2as. com o
.-Coronel Joaquim da Silva Diniz. Official de Mi- Senador Viveiros de Castro; em 3as., com o
licias. Director da Secretaria de Marinha. falle- negociante José Pinto Vieira, estabelecido com
ceu depois de aposentado, em 1846, em Nicthe- charutaria á Rua Gonçalves Dias, ponto de reu-
roy e foi enterrado no Cemiterio do Maruhy. Foi nião dos nossos mais notaveis politicos; republi-
fazendeiro em Angra dos Reis. cano historico.
.-D. Maria José de Alencastro e Albuquerque Di- 5 .-Emilia, n., a 18 de Agosto de 1835, casada em
niz - era filha de Francisco Santiago Robalo Pa- las. nupcias com o comercianteJoão Baptista da
checo da Silva, official, não se sabendo o posto. Silva Teixeira e em 2as. com o Dr. Joaauin Bap-
Fazendeiro em Itaipti. A Igreja nesta localidade tista da Silva Castellões, notavel advogado, cspe-
foi Dor elle construida, assim como construiu um cialista em direito maritimo,' em cuja banca foi
prédio que depois foi convertido em asylo para substituido pelo seu auxiliar, Dr. Firmo de Al-
mulheres que abandonavam os maridos. Esta se- buquerque Diniz, tio materno do Dr. Gil Diniz
nhora descende dos Albuquerques, isto é, de Af- Goulart .
fonso de Albuquerque. O Conde de Diniz Cor- 6.-Henriqueta, n. em 1838, casada com Pedro Pi-
deiro possue uma justificacão para brazão a este nheiro Guimarães, sub-diretor da Secretaria do
respeito. Parece que Francisco era casado com Exterior, oficial de gabinete do ministro Quin-
uma filha do donatario do Maranhão, Pedro Al- tino Bocayuva, quando da proclamação da Re-
buquerque Maranhão (?) . publica.
-O Capitão Antonio Joaquim Goula.rt (que assi-
gnava Gularte, forma aportuguezada) era filho
de Do casal de Belmira com o Senador Franco de Sá :
.-F. Goulard, francez, negociante de calçado na Belarmina Franco de Sá, n., á 16-2-1851, faleceu
rua de S . José; não se sabendo com quem se ca- solteira.
sou.
q.flS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 73
. . .. . .. .
mo, filha de . . . . . . . . . . , jornalista portu- Do casal de Isabel com, Antonio da Rocha Moura:
guez, pae de outra filha casado com o caricaturista An- 1 .-Risoleta, casada com o Dr. Waldemar Bandeira,
gelo Agostini . jornalista, filho do Dr. Esmeraldino Olimpio 'I'or-
res Bandeira, professor de direito, ministro da
Justiga no Governo Nilo Peçanha.
Do casal de Albertina, com Eugenio Pinto Vieira : .
2. -~achel, casada com o jornalista Dr Oscar Lopes
1 .-Eugenia, n., em 12 de Março de 1885, solteira. Ferreira, filho do Dr. João Lopes, deputado pelo
Estado do Ceará.
2 . -Edith, n . 29-VI-1890, casada com Frederico Au-
gusto da Silva, filho de Thomaz Augusto da Sil- 3. -Regina casada com o Dr . Arthur Torres, filho do
va e Anna Guimarães da Silva; Dr. Alberto de Seixas Martins Torres, politico,
polygrapho, ministro do Supremo Tribunal.
3 .-Esther, casada com Alvaro Henriques de Carva-
lho, filho de Affonso Henriques de Carvalho e 4-Roberto, afilhado do Dr. Gil Goulart, industrial,
Alice Costa Pereira de Carvalho, afilhada do Dr. casado com
Augusto Alvares de Azevedo.
4. -Elsa, solteira. Do casal de Maria com o Dr. Antonio Augusto
5. -Edda, solteira. de Oliveira Roxo :
6.-Alberto Pinto Vieira, fiscal do imposto do con- 1.-Maria Cecilia, casada em las. nupcias com o Dr.
sumo no Distrito Federal, casado com Orlandina Gustavo Van Ervan, engenheiro da Inspetoria de
Bomfim, natural do Espirito Santo, filha de Acri- Aguas e Esgotos ; e em 2as., com Ernesto G. Fon-
sio Bomfim, Tabelião da Comarca de Santa The- tes, capitalista.
reza, daquele Estado e Ermelinda Bomfim, de 2. -Estella, casada com Raul Chaves, jornalista.
origem italiana.
3 .-Diva, casada com Lauro Teixeira, filho de
Constanga Tleixeira, da familia dos Teixeiras, fir-
ma Teixeira Borges;
Do casal de Luiz (2.O), casado com a sobrinha do
Dr. Nelson Almeida, ofical de Marinha, medico homeo. 4-Dagmar, casada com Silveira, filho de Silveira,
patha . jornalista.
5 T u l i a , casada com Dunsche de Abranches.
De Henrique com: 6. Z a i d e , faleceu de acidente, queimada.
Pedro, pae de Carmem c., com José Paranhos,
Nair, filha natural, casada com filho do Comendador José Paranhos e D. Wol-
Carmen, filha natural, casada com fanga Crissiuma Paranhos .
TESTAMENTO
Do casal de Joaquim Castellões com Conceição:
João Francisco Pires, falecido com testamento á
10 de Julho de 1890 : verba : instituo por herdeiros usu-
76 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE- -- DRS. ANT.0 Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOAItES -
77
fructuarios de minha terça a meus filhos Joaquim, Sa- quando alli residiu; Eleitor, Juiz de Paz, Presi-
muel, Isabel, Carolina, Alcida, Lydia e Maria Joaquina dente da Camara Municipal, Delegado de Poli-
Ylres, passando a uns e outros até o ultimo e por fa- cia, primeiro subdtituto do Juiz Municipal e de
lecimento deste ultimo, reverterá a propriedade da mes- Brphãos em Maricá. Em 16 de Setembro de 1834,
ma terça aos Iilhos e filhas somente das minhas ditas casou-se com D. Maria de Macedo Soares. ,Era
5 filhas acima mencionadas, ficando a mesma terça filho do
constltuida do meu predio á rua do Hospicio canto da
rua dos Andradas, completando-se a mesma terça no 2.-Alferes do Cass Antonio Joaquim Soares e U .
restante que falta com apólices da divida publica. Maria Antonia Reginalda. - D. mari ia de lua-
cedo Soares (n. 1 ) era filha do
Alvará da 2" Vara de Orphãos.
3.-Doutor Francisco de Macedo Freire de Azere-
Carolina, casada com o Dr. Brotero Frederico de do Coutinho~,Doutor em Direito pela Universi-
Macedo Soares, faleceu á 4 de Setembro de 1938. dade de Coimbra; CapitãoMór de Cabo-Frio; se-
nhor da Fazenda da Tiririca em Saquarema, fre-
Alcida faleceu solteira a 6 de Setembro de 1942. guezia de Araruama; casado, em segundas n u p
Maria Joaquina Pires, casada com Joaquim Fran- cias, com sua prima D. Maria Thereza de Sá
cisco Pires, faleceu a 6 de Março de 1920. Freire. -
Lydia, casada com o Dr. Qctavio Ribeiro de Mace- O Alferes Antonio Joaquim Soares (n. 2) era
do Soares, faleceu á 2 de Maio de 1923 - (Lydia Maria filho de
kires Soares). O Dr. Octavio faleceu a 8-5-1941. 4.-Simeão Soares de Azevedo e D . Isabel Maria
Isabel Pires Barbosa da Franca, viuva do Coronel Caetana Antunes. -
Barbosa da Franca, falecida a 31-10-1946. D. Maria Antoqia Reginalda era filha (n. 2) de
6 .-D . Joaquina Francisca de Alvarenga .
CAPITULO I O Capitão-mór Dr. Francisco de Macedo Freire
Ascmldsncia do Dr. Antonio Joaquim de Macedo de Azeredo Coutinho cra filho do (n. 3).
Soares 6.-Coronel João Barbosa de Sá Freire, nascido em
1716, e falecido, com testamento, em 5 de Mar- '
ço de 1771 e de D. Anna Maria de Souza Perei-
Antonio Joaquim de Macedo Soares é filho do ra, nascida em 5 de Maio de 1728.
-Doutor Joaquim Mariano de Azevedo Soares, D. Maria Thereza de Sá Freire (n. 3) era fi-
nascido em 1 de Fevereiro de 1809, Médico; re- iha do
sidente em sua fazenda no Bananal, municipio
de Maricá, provincia do Rio de Janeiro; Caval- 7.-Capitão Antonio dos Sanctos Silva, e sua mu-
lher D. Maria Antonia de Sá Freire. -
leiro da Ordem de Christo; Official do Imperial
Ordem da Rosa; Major comandante da primeira Simeáo Soares dte Azevedo (n. 4) era filho de
secção de Batalhão de infantaria da reserva da paes portuguezes, cujos nomes não pude obter.
Guarda Nacional da Provincia, em Maric6; pri-
meiro subdelegado de Policia e primeiro Presi- D. Isabel Maria Caetana Antunes era filha do
dente da Camara Municipal de Saguarems, (n. 4) .
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NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DItS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 79
8 .-Doutor José da Sylva, (José da Sylva Antuncs, 16.-Francisco Paes Fererira, nasoido em 1656, ca-
o dono da sesmaria do Quilombo?) e de sua mu- sado com D. Maria de Macedo Freire Soveral
lher D . Joanna Gomes Antunes . (alibi, Sobral) .-
D . Joaquina Francisca de Alvarenga era filha D. Brites de Sá Souto Mayor Freire era filha
de (n. 5). do (n. 10) .
9 . - J o s é da Costa Alvareriga, portuguez, casado com 17 .-Coronel Francisco de Macedo Freire, casado com
D. Antonia Maria Antupes. - D . Barbara Viegas de Azeredo (alibi, de Mace-
do Viegas) . Seus filhos D. Anna e Antonio de
O Coronel João Barbosa de Sa Freire (n. 6) era
Sá Freire casaram na familia de D. Helena da
filho do
Cruz Freire de Lemos, mulher de Francisco An-
10 .-Capitão Francisco Paes Ferreira, senhor do En- tunes Leão de Sá, quartos netos de Henrique Du-
genho de Guaratiba, casado com D. Brites de que Estrada e sua mulher D. Theodosia da
Sá Souto Mayor Freire. - Rosa e Aguiar.
D. Anna Maria de Souza Pereira (n. 6) era fi- Antonio Ferrão de Castello Branco Travassos
lha de (n. 11) era filho de
11.-Antonio Ferrão de Castello-Branco Travassos, 18.-Callixto Ferrão de Castello Branco, natural de
casado com D. Andreza de Souza Pereira. - .
Almada (Portugal), e de D Antonia Travassos.
Capitão Antonio dos Sanctos Silva (n. 7) era D. Andreza de Souza Pereira era filha (n. 11).
, filho de
19.-Coronel João Gomes da Silva Pereira, Moço fi-
12.-Sancho Manuel da Silva g de sua mulher Joanna
dalgo da Casa Real, Coronel dle Infantaria do
Coutinho Bragança. -
Rio de Janeiro, casado com D. Andreza de Sou-
D. Maria Antonia de Sá Freire era filha ( n . za.
7) de
Sancho Manuel da Silva (n. 12) era filho de
13.-Coronel Luiz José de Sá Freire, e sua mulher
D. Maria Thereza Rangel de Sá Freire. - 20.-Capitão José da Silva Motta e de D. Isabel An-
tunes da Motta.
Do Dr. José da Sylva, medico portuguez, não
ha tradição na familia acerca dos seus paes D. Joanna Coutinho de Bragança era filha de
(n. 8) . (n. 12) .
14 .-Antonio Antunes e sua mulher D. Aurelia An- 21.-João Coutinho de Bragança, bastardo da Caea
tunes . Real de Bragança, em Portugal.
Do portuguez José da Costa nada consta (n. 9) . O Coronel Luiz José de Sá Freire (n. 13), era
D . Antonia Maria Antunes era filha de filho do
15 .-Antonio Antunes e sua mulher D. Aurelia An- 22.-Coronel João Barbosa de Sá e de D. Clara de
tunes . Souza Pereira.
O Capitão Francisco P a e ~Ferreira era filho de
(n. 10) .
.
D . Maria Thereza Rangel de Sá Freire (n 13),
era filha do
80 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. A5iT.O Jm. E J U L U O R. DE MAOEDO O
i
l m
.
r
23.-Tenente Luiz Barbosz de Sá Freire te de D . .
Abreu Rangel) Tiveram mais um filho de ndüe
Maria Range1 de Azeredo Coutinho . José da Fonseca Rangel, que casou na famflfa
Sandoval, onde teve uma filha. D. Maria An-
Da ascendencia dos Antunes ns. 14 e 15, nada tonia de Abreu Range1 e Sandoval, casada com
consta. Paulo da Matta Duque Estrada, setimo filho do
Francisco Paes Ferreira (n. 16), era filho de Sargento-mór Ambrosio Dias Raposo e sua mu-
lher D. Anna Josepha da Cruz Duque Estrada.
24.-Domingos Paes Ferreira (irmão deste foi o re-
verendo Dr. Francisco Paes Ferreira) e D . O Capitão José da Silva Motta ( n . 20), era fi-
Ignez de Almeida. lho de
.
D . Maria de Macedo Freire Soveral (n 16) era 31 .-Francisco de Araujo.
filha do
De D. Isabel Antuneu da Motta (n. 20) nada
25.-Capitão Lucas do Couto, o velho, e de D . Ma- consta.
rianna (alibi D. Ignacia) de Soveral. - Do n . 21, idem.
O Coronel Francisco de Macedo Freire ( n . 17) O Coronel João Barbosa de Sá (n. 22) era fi-
era filho de lho de
26.-João Barbosa de Sá Souto-Maior, e de D. Joan- 32 .-João Barbosa de Sá Souto Mayor e de D. Joan-
na de Soveral Freire. na de Soveral Freire, nomeados a fls, sob o
D. Barbara Viegas de Azeredo (n. 17) era fi- n. 26.
lha do D. Clara de Souza Pereira (n. 22) era filha de
27.-Alferes Lucas do Couto, o moço, e de D. Isa- 33.-Coronel João Gomes da Silva Pereira, e de 1).
bel Coutinho . Andreza de Souza, nomeados sob o n. 19. -
Callixto Ferrão de C:istello Branco (n. 18) era \ - -
O Tenente Luiz Barbosa de Sá Freire (sob
filho de o n. 23) era filho de
.
28. -José Ferrão, e de D Franciscá Travassos . 34. -Pedro Barbosa Maxinio de Sá Soveral .
De D. Antonia Travassos consta apenas que era De D. Maria Range1 (n. 23), nihil.
filha legitima: supponho que sua mãe era ir-
mã de D. Francisca Travassos, sob o n . 28. Domingos Paes Ferreira (n. 24) era filho de
O Coronel João, Gomes da Silva P~ereira,filho de 35.-Doutor Francisco Paes Ferreira e de D. Maria
29.-Coronel Francisco Sodré Pereira, Moço Fidal- da Cunha. -
go da Casa Real, Coronel de um Regimento pago
do Rio de Janeiro, casado com D. Catharina da
.
D Ignez de Almeida (n. 24), era filha de
Silva Sandoval (alibi, D. Catharina Pereira de 36 .-Manoel Botelho e de D. Isabel, a velha.
Marins Sandoval) - . Lucas do Couto, o velho (n. 25) era filho de
D. Andreza de Souza (n. 19) era filha do -
37 .-Manuel do Couto e D. Domingas da Costa .'
30 ,-Coronel Ignacio de Oliveira Vargas, casado com
D. Maria de Abreu de Souto Mayor (alibi, de D. Marianna de Soveral (n. 25) era filha de
83 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE---
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MAOEDO 80- (b
Do Coronel João Gomes da Silva Pereira e sua De Antonio Esteves Ferrão e m a mulher (n.
mulher D . Andreza de Souza (n. 33) constam 42) ; de Bernardo Rodrigues Marins e sua mu-
os ascendentes dos ns. 29 e 30. lher (n. 43) nada se sabe.
De Pedro Barbosa Maximo de Sá Sobra1 (n. 34) D. Maria de Marins, ou Mariz, filha do
nada.
54 .-Dr . Diogo de Mariz Loureiro, Provedor da Fa-
O D r . Francisco Paes Ferreira, era filho de zenda Real, no Rio de Janeiro, casado com D .
Paula Rongel de Macedo.
48.-Pedro Lopes de Souza Bacoso, (Barroso?) natu-
na1 de Evora, casado com D . Philippa Ferrei- Dr. Diogo de Mariz Loureiro, era filho de
r a Peckim (Pechim, nos papeis dos Sodrés).
Tirou branzão em 1643. 55. A n t o n i o de Marins Coutinho e D . Isabel, a velha.
(Ver. em Carv.O, 3 - pg. 145 e 186) .
D. Maria da Cunha (n. 35) era filha de
De Francisco de Oliveira Vargas (n. 46), nihil.
49.-Bento da Rocha Gondim, natural de Lisbôa. D. Andreza de Souza (n. 46) lera filha de
De Antonio Marins Coutinho e D . Isabel, a ve- 56.-Jeronymo de Souza de Britto, casado com D.
lha (n. 36), assim de Manoel do Couto (n. 37)
nada se sabe.
Barbara Coutinho .
O Dr. Francisco da Fonseca Diniz (n. 47) era
D . Domingas da Costa ( n . 37) era filha de filho de
50. -Thomé Rodrimes da ?osta, casado com D . Pau- 57.-Jorge Fernandes da Fonseca e D. Brites da
Ia da Costa, ignora-se de que familia. Costa Homem.
De Antonio de Macedo V i e ~ a s(n. 38), Manoel Lucrecia filha do licenciado Francisco Viegas
Barbosa Pinto (n. 39), Francisco de Macedo e sua mulher D. Joanna de Soveral. De Anto-
Freire ( n . 40) não constam os ascendentes. nio de Macedo Viegas e Lucrecia Viegas des-
cendem Maria Viegas. mulher de Pedro de Abreu
D. Joanna de Soveral 'e Atouguia (n. 40) era Rangel, filho de Balthnzar de Abwu, o velho; o
filha de padre Henrique de Macedo (1645) e os mais
51. -Antonio de Macedo % íegas (n . 38), casado com aqui declarados.
uma Senhora da familia Soveral. D. Isabel Rongel de Macedo ( n . 47) era filha
de
Lucas do Couto, o vellio (n. 41) era filho de
52 .-Manuel do Couto e D . Domingas da Costa (n. 57.-Balthazar de Abreu do Souto Mayor e sua mu-
lher D . Isabel Ronge! de Macedo.
37).
De D. Domingas da Costa, deu-se a ascendencia
D. Marianna de Soveral (n. 41) era filha de em n . 50.
53 .-Antonio de Macedo Viegas (Rev. Inst. Hist ., De Antonio de Maoedo Viegas (n. 53), nada.
1843, 426), (n. 38), Fidalgo da Casa. Real
(1665) ou 1565?, casada com uma senhora da O Doutor Diogo de Mariz Loureiro (n. 54) era
familia Soveral . filho de
-
86 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. A W T . O Jm. E JWLUO 'R. DE.. I I [ m l n B 87
58. -Antonio de Mariz Coutinho, casado com D. Isa- 65.-D. Pedro Alvres Rongel, SenMr da Caia e
bel, a velha, (n. 36), onde o apelido de Mariz Quinta do Rongel, junto á Cidade Qs Coimbra,
..
se acha como sendo Marins. onde está o solar dos Rongeis, casado com D.
D . Paula Rongel de Mncedo (n . 54) era filha de Ignez Alvres Sanches de Macedo. Em seus de^
cendentes uniu-se como temos dito o appellido
69.-Julião Range1 de Maoedo (1583), casado com de Macedo ao de Rongel, hoje mudado para Ran-
D. Beatriz (alibi D . Brites) Sardinha. gel . Entre esses descendentes conta-se Callix-
A to Rongel Pereira de Sá, que foi morador em
D . Brites da Costa .gomem era filha de Coimbra, e cuja ascendencia relatada na "Co-
60 .-Aleixo Manuel, o velho, e D . Francisca da Cos- rographia Portugueza", tom. 111, pg. 653 e 654,
t a Homem: segundo o manuscripto que tenho á vista. Ahi
na "Corographiay' talvez se achem dados para
De Balthazar de Abreu de Souto Mayor (n. 57), supprir as muitas lacunas e alguns erros de ap-
nada. pellidos e de dados desta genealogia. (Vj. Tom.
D . Isabel Rongel de Macedo (n. 57) era filha 2.O, pg. 45, pgs. da 2a ed. (1869) - Inn. Bi-
bliot. 11, 111 - Cartas Primeiras - Diogo
de Couto e Barros. - Antonio Ferrão de Castello
61 .-Capitão Julião Ronge! de Macedo e D. Beatriz Branco em Mello Moraes, Braz. Hist . 111, 54.
Sardinha (n. 59) .
De Antonio de Marins e sua mulher (n. 58) e
do Capitão Julião Rongel (n . 61) . CAPITULO I1
D. Beatriz Sardinha (59) era filha de Coronel João Barbosa de Freire e D. Anm Maria de
Souza Pereira, n.O 6 deste Cap. 1.O
62 .-João Gomes Sardinha, da familia dos Sardinhas
de Sletubal. Filhos :
João Gomes Sardinha. era filho de 1°-D. 'Anna de Sá Sodré Castello Branco, c.
a
Extr; do formal de partilhas do Dr. Francisco de Jorge Fernandes da Fonseca. n . 56, capitão-m6r de
Macedo Freire, em meu poder. Campo Largo, 1875, Vicente. em 1660, com autorisaçio do governador Sal-
janeiro, -30. vador Corrêa de Sá'e Benevides, levou á Villa, a po-
" I - voação de Paraty, a requerimento de Domingos Gon-
. çalves capitão da dita povoação. - Milliet de St. Adol-
- Formal do Coronel João Barbosa de Sá e sua mu- phe, vb . Paraty .
1her.D. Clara-de Souza Pereira, n. 22, deste Cap . 1 . O
1.O-Francisco, nascido em 1724. Os Viegas tinham na fyeguezia do Campo Grande
2°-João Barbeaa de -S&- Rev ., padre da Compa- i;m ,magnifico engenho (diz MiMet de S. Adolphe, vb.
Campo Grande), onde havia uma capella dedicada a
.
_ nhia. , - . N . S . da Lapa.
3O-Ayres h r b o s a de Macedo, a. em 1731.
4O-Luiz José, nascido em 1733, n. 13, cap. 1.O N . 56 - Jeronymo de Souza de Britto, devia ser
supra. , . da familia dos Botafogos, que tinham esses appellidos,
5o-João Freire de Sá, nascido em 1734. como se vê em Pedro Taques, Rev. do Inst. Hist., tom.
.
, . - --. >
I ,, - 34, p. 2.O, pg. 21. -
Vj. titinbem tom. 35, p. 1.O, pg.
271, sobre a mesma familia de Botafogo: tomo 34, p.
2, pg. 21.
Ext. do formal de partilha do herdeiro João Bar-
bosa de Sá e em meu poder. Campo Largo (Paranti),
30 de janeiro de 1875. - .Antonio Joaquim de Macedo Sobre Sás Barbosa e Cgitinhos, Rev., tomo 34, p.
Soares. 2, pg. 189.
Domingos Paes Ferreira, n . 24, fundou, na Serra Sogros de Pedro Dias Paes Leme, casado com D.
da Piba Grande, a capella de N . S. do Desterro, depen- Francisca Joaquina da Horta Forjaz, foram Roque Pe-
dente da Matriz da fregueda de Itaipú -(173. ) Ha .. reira de Macedo e D . Aguardas. Rev. 36,1, pg. 37.
erro typographico em .Milliet de S t . .Adolphe, vb . Piba
Grande, onde se lê Domingoa Paes Ferreira.
.
Barbosas Souto-Mayor, Rev I, pgs . 78
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE M A O m )I
90 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDLCE - I
Diogo R . Sarmento, nasceria por 1.600. Seu pae O Capitão Marcellino dos Sanctos Coutinho falle-
Cosme Rangel, por 1570. Seu avô Damião Dias, por ceu em Julho de 1880, com cerca de 95 annos.
1530. Julião Rongel por 1540 : devia ser irmão de Da-
mião Dias; e ambos filhos de Diogo Rongel de Macedo,
A mulher de Antonio de Mariz não era Lauriana,
como se vê em Balthazar da Silva Lisboa ; era sim Isa-
N. 60 - Aleixo Manuel, o velho e sua mulher D .
.
bel, a velha, como dos pp . do Cap -mór Macedo e da es-
critura pgs. 301 da Rev. do Inst ., pg. 354, tom. n.
Francisca da Costa Homem, ambos naturaes da ilha 15 ; v j . no livro dos Antunes.
Terceira, tinham no monte que é hoje o morro da Glo-
ri2 uma granja e uma ermida de N. S. da Conceiçfio
da qual das terras circumsvizinhas e annexris f1zer:tin (nota 7) - D: - Francisco da Fonseca Diniz:
d o q ã o , em 1590, aos padres ds.0rdem clr: S . Hento Rev. 1854, 309 I
com a obrigação de festejarem a Senhora: Vide o mais
ria Rev. do Inst. Hist., tom. 36, p. 2, pg. 91. Nota: -
No titulo dos Abreus vem que Aleixo Manuel era da D r . Jorge Fernandes da Fonseca. R . I . H . , 'C'.,
Ilha do Fayal. 1843, 326.
2
N. 43 - D. Violmte Travassos parece ter sido da Antonio de Mariz - 4O p . e 6O, m. avô do Cap. -
familia dos Travassos de que trata Pedro Taques, na mór Macedo e 7O avô do Coronel Thleodoro - (Rev. do
Rev. do Inst. Hist., tom. 35, p . 1, pg. 98. Inst ., 1843, 40 falla delle) .
Sobre o Bispo D. Francisco de S. Jeronymo, Rev. Julião Rangel está nos mesmos gráus com ambos.
iom. 35, p. 1, pg. 96, e p . 2, pg. 9 .
Julião Rangel tem mais uma filha com D. Brites,
casada com Diogo de Sá da Rocha - (Vêr os pp. do
Sobre Vasco Fernande.~Coitinho, Rev. Inst. t. Coronel Theodoro, n . 22 da Genealogia. Encontro na m.
34, p. 2, pg. 159. ascend. n . 39 (cad. de 8O) .
João Pereira Ramos e irmãos, a mesma Rev. pg. Macedos e Coutinhos em Abrantes, Carvalho, 111,
168 e 169 e Pereira da Silva, 2 . O vol. 133.
Frederico de Barros Brotero - Apontamentos GenealOgl- Revista do Instituto Histórico e GeogMico Brasileiro
cos dos Queirozes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (RIH) - 18 - 20 - 21 - 26 -
51 - 72 - 84 - 85
Frederico de Barros Brotero - A vida de João Dabney
de Avelar Brotero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
135 - 138 - 139 -
278 - ap. 6 - 9 - 10 - 82
88 - 89 - 90 - 91 e ..............................
-
Frederico de Barros Brotero - Descendbcia do Ouvidor Revista Popular, Rio .................................
Lourenço de Almeida Prado - 276 e . . . . . ..,., Revista "A Selecta'', Rio - ap. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Gabriel Soares, in RIH. ............................ Rio de Janeiro (O), Jornal - Niterói ..................
Gaspar Frutuoso - História Genealdgica de São Miguel - Rocha Pitta - America Portuguêsa ....................
30 e .......................................... Sacramento Blake - Dicionhrio Bibliogrhfico Brasileiro
Gazeta (A), Jornal, S. P . ......................... Salvador de Mendonça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Haddock Lobo - O Tombo das Terras Municipais - ap. Sanches de Baena, Arquivo Herhldico Genealógico - ap.
4 e ............................................. Silveira de Menezes, Retrato Psicológico do Embaixador
Henrique de Macedo Soares - A Guerra de Canudos . . Macedo Soares ..................................
H Perdigão, Dicionhrio ........................... Simão de Vasconcellos - 85 - ap. ...................
Imuarcial (O), Rio - 123 - 147 - 273 e ..............
Tribuna (A), jornal, Rio ..........................
Varnhagem, História do Brasil ........................
João de Barros - Décadas .......................... Vieira Fazenda - ap. 8 - 13 e ........................
João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho
do Rio de Janeiro - 3 e .........................
- Os Abrem
Ascendência dos Macedos (Azevedo Macedo e Macedo Capitulo XV - Descendência de Joaquim José da, Costa
Soares) ........................................ e D. Joanna Francisca, em segundas núpcias ....
Mestre de Campo João Alvares de Azevedo - D. Maria Capitulo XVI - Descendência de João Lopes Ferreira e
de Macedo Freire de Azevedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . D . Joaquina Antunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Coronel Comendador Francisco Alvares de Azevedo Ma- Capitulo XVII - Descendência de Manuel Soares de Azc-
cedo - D. Theodora da Silveira Bueilo Alvares dn vedo e D. Maria Joaquina ........................
Azevedo ....................................... Capitulo XVITI -
Descendbcla de Fernando Henriqut
Ascendência do Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares . dos Santos e D. Maria Joaquina d a Conceição ....
Ascendência de D. Theodora Alvares de Azevedo de Ma- Capitulo XIX - Descendência de José Alves Pacheco e
cedo Soares .................................... D. Mariana Bernarda . . . . . . . . . . . . .. 4 . . ..........
Geração dos Paes Leme ............................. Capitulo XX - Descendência do Alferes Antonio Joaquim
Notas .............................................. Soares e D. Maria Antonia Reginalda ..............
Filhos do Coronel Barbosa de Sá Freyre e D. Anna Maria Capitulo XXI - Descendência de D. Maria Carolins de
de Souza Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Azevedo Alves e Joaquim Mariano Alves . . . . . . . . . .
Capitulo XXII - Descendência do Dr. Joaquim Marlano
de Azevedo Soares e D. Maria de Macedo Soares ...
Capitulo XXIII - Descendência do Major Luiz Manuel
de Azevedo Soares e D. Carolina Luiza de Azevedo
4Uk3ILIARQUIA PLUMINENSE - Parte I11 - Os SOA- Soares .......................................
RES e MACEDOS da Provincia do Rio de Janeiro.. .
Ueucendência dos Soares e Macedos da Província do Rio
de Janeiro. - Julião Rangel de Macedo: - Tronco
. Capitulo XXIV - Descendência do Dr. Joaquim Mariano
de Macedo Soares e D . Maria Paula de Azevedo Ma-
cedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
dos Macedos -- Simeão Soares de Azevedo: - Tronco Capitulo XXV -- Descendência do ~ o n s e f l e i r o Antonio
dos Soares ...................................... Joaquim de Macedo Soares e D. Theodora Alvares de
Capitulo I - Descendência de Antonio Antunes e D. Azevedo de Macedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aurelia Antunes ................................. C,~pitulo XXVI - Descendência de Francisco Américo
Capitulo I1 - Descendência do Dr. José da Sylva Gomes de Macedo Soares e D. F'eliciana Duarte de Macedo
e D. Joanna Gomes Antunes ..................... Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capitulo I11 - Descendência de José d a Costa Ferrei- Capitulo XXVII - Descendência de Francisco Américo
r a (Alvarenga) e D. Antonia Maria Antunes .... de Macedn Soares e D . Maria Eulalia de Lima ....
Capitdo IV - Descendência de Simeão Soares de Aze- Capitulo XXVIII - Descendência do Alfsres J&o Au-
vedo e D. Isabel Maria Caetana Antunes .......... gusto de Macedo Soares e D. Maria a e ~ $ &Ri-
Capitulo V - Descendência de João Pacheco de Resende beiro de Macedo Soares . . . . . . . . . . . . . ;r$. ........
e D. Maria Gertrudes ............................ Capitulo XXIX - Descendência de D. hcluiaõkr;l&M de
Capitulo VI - Descendência de Manuel Custodio Pacheco Macedo Soares Alves e José Mariano kl*Qi ":!i i? . ....
de Resende e D. Anna Josepha Anturies ............ Capitulo XXX - Descendência de D. ~ s r i & % & ~ W a
Capitulo VI1 - Descendência de João Coelho e D. Maria de Macedo Soares Ribeiro de Almeida e.
Antonia Antunes ............................... quim Ribeiro de Almeida . . . . . . . . . . . .f
.,
Capitulo VI11 - De ............ e D. Emerenciana .. Capitulo XXXI - Descendência de D. ~nd:#ig@&T+q
Capitu:~IX - Descendência de Antonio Josê d a i c o s t a Macedo Soares Dias de Menezes e Antonio dq
e D. Joanna Maria Ferreira ...................... Dias de Menezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..: ??&".r'! ...
Capitulo X - Descendência de Manuel Jose d a Costa e Capitulo XXXII - Descendência do Dr. J& %briaide
D. Anna Maria Corrêa ............................ de Macedo Soares e D. Candida Sodré de Macedo
Capitulo XI - Descendência de João Damasceno Chaves Soares . . . . .....................................
e D. Francisca de Paula Antunes .................. Capitulo XXXIII - Descendência do Dr. Brotero Fre-
Capitulo XII - Descendência do Capitão Francisco de derico de Macedo Soares e D. Carolina Pires de Ma-
Paula Antunes e D. Maria Paula do Nascimento, cedo Soares ......................................
filha de José Vieira Rangel e D. Maria Feliciana Fer- Capitulo XXXIV -
Descendência de Paulino José Rodri-
..--~
reira . . . . ....................................... gues de Azevedo Soares e D. Maria Antonia Alves de
Capitulo XIII - Descendência do tenente João Pachecu Azevedo Soares .................................
Ferreira. e D. Antonia Maria Joaquina .......... Capitulo XXXV - Descendência de D. Maria Paula de
Capirulo XIV - Descendência de Antonio Gonies da Cos- Azevedo de Macedo Soares e Dr. Joaquim Mariano de
t a e D. Joanna Francisca, em primeiras núpcias ..... Macedo Soares .................................
Capitulo XXXVI - Descendéncia de Antonio José de
Azevedo Soares e D. Guiihermina da Costa de Azeve-
. do Soares .......................................
Capitulo XXXVII - Descendéncia de Jos6 Rodrigues de
Azevedo Swres e de D. Lydia Antas de Azevedo
Soares ......................................
Capitulo XXXVIII - Descendência de Luiz Manuel de
.. ..
Azevedo Baares Júnior e D. Maria Luiaa Alves de
Azevedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
.. ...
Capitulo XXXIX - Descendência de Joaquim J& de
Azevedo Soares e D.. Candida Borba de Azevedo Soa-
res ............. w.............................
Capitulo XL - Descendéncia do Dr. Jo&o Evangelista de
Azevedo Soares e D. Amenda Pena de Azevedo soares
Apêndice .........................................
. .
. Juliáo Range1 de Macedo ..........................
O Caminho de Damaaco
Antonio de Maria
:
'
. ...........................
................................ ...
Uma festa tradicional fle Nossa Senhora da Gloria ...
A Penha ...........................................
Carta ao Dr. Luiz Mwlo de Sá Freire ................
A famili& ............................
Academia do académico Claudio de
Souza, JuliBo Range1 de Maoedo
Soares . . . . . .................................
,,,
Os grandes v u l t a de ~ P Q B A. familia Rodrigues de
Britto, e seu t r o w ..
,%, ........................
Retrato de famiila. Dr. iguel Pereira por Lucia Mi-
mel P e M ..................................
Acta Diurna .LI,& d a Camara Caacudo ... . . L . . ....
Carta do Br. Jm& PYiUzardo sobre os Costallat . . . . . .
lia Costallat ..................
Gil Diniz Ooulart ............
de Mar e Guerra Rodrigo José
Gonaalez . . . . . . . ..'. ......
10 Joaquim de Macedo Soa-
.................................
JoKo'Barboaa Freire e D. An-
Pereira .....................
....................................
..............................
..............................
1) > :