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OBRAS COMPLETAS
- DO -
Conselheiro Macedo Soam

PARTE I1

NOBILIARQUIA,. FLUM#$ENSE
#. ,t

CORTE E PROVINCIA DO RIO DE JANEIRO


Conruelheiro Antonio Joaquim de Macedo Soares ministro do Su-
premo Tribunal Federal - n., em Maric&, 14 de Janeiro de 1838. -
+, Capital Federal, 14 de Agosto de 1905.
OBRAS COMPLETAS

Conselheiro Macedo Soares


(Antônio Joaquim)
Ministro do Supremo Tribunal Federal, sócio
efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Bra-
sileiro, da Sociedade de Geografia e de outros
institutos literlirios e cientificos

COLIGIDAS, REVISTAS E PUBLICADAS


POR SEU FILHO
Desembargador Julião Range1 de Macedo Soares
Presidente do Tribunal de Apelação do Estado do Rio
de Janeiro (1936-1937), sócio do Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, membro da Academia Flumi-
nense de Letras, Vice-presidente do Tribunal Regional
Eleitoral do mesmo Estado (1945-1947)
OBRAS COMPLETAS

Conselheiro Macedo Soares


(Antônio Joaquim)

(PARTE ZSa)
NOBILIARQUIA-FLUMINENSE

GENEALOGIA
D A S
PRINCIPAIS E MAIS ANTIGAS FAMILIAS
DA
CORTE E PROVMCIA DO RIO DE JANEIRO
PELO
DR. ANTONIO JOAQUIM DE MACEDO SOARES
Juiz Municipal de Araruama
coligida, revista, completada e publicada
PELO
DR. JULIAO RANGEL DE MACEDO SOARES
GENEALOGIA
DE ALGUMAS
D A S
MAIS ANTIGAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS

C6RTE E PROVfNCIA DO RIO DE JANEIRO,


SEGUNDO DOCUMENTOS AUTfiNTICOS
E RELAÇõES GENEAL6GICAS TRANSMITIDAS
PELO CAPITHO-M6R DOUTOR
'
Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coitinho,
Barão de Itapacorá,
Conde de Iguassú, Barão do Monte Bello,
e outros.

Antônio Joaquim de Macedo Soares

De todos êstes existem títulos honorificos


de nobreza conhecida, de grandes serviços à
pátria e ao trono. A gratidão fluminense con-
sagrar& a mem6ria de tão ilustres cidadáios,
cujas notabilidades enobreceram a sua p&tria.
A nobreza é o capital do edificio da cfviliZa~ã0.
pelos estlmulos a virtude e ações gloriosas que
produziram.
Balthazar da S. Lisboa, Anats do Rio de
Janeiro, cap. 2, 9 11 tn fine.
ABREVIATURAS

Pp. C . Ig. Papéis do Sr. Conde de Iguassu (Corte).


Pp. B. M.B. Papéis do Sr. Barão do Monte Bello (Ara-
ruama).
Pp. Cap. M . PapBis do Capitão-mór Dr. Frco. de Ma-
c m o Frelre de Azeredo Coitinho.

Pp. B. I t . Pap6is do Barão de Itapacurá (Itaborahy).


Pp. Com. S. Papéis do Sr. Comendador Jm. Je. Soares
(Itaborahy) .
Pp. Cor. S . Papeis tlp Corel. Theodoro de Macedo So-
dr8 (Cantag.u?).
Pp. G. M. PapBis dos Ctagos Machados (Estrela?)
Pp. Ab. Papéis dos Abreus do R:o de Janeiro pelo
Dsor. J.0 Per. R.. de A . Coitinho.
NOBILIARQUIA FLUMINENSE

PARTE I1

os
ABREOS DO RIO DE JANEIRO
Illm., Exm. S r . Dr. Benjamin E'rancklin Ramiz
Galvão,
Segundo prometti a V. Ex., remetto-lhe para a Ex-
posição da Bibliotheca Nacional a genealogia dos
Abreos do Rio de Janeiro, escripta do proprio punho
do Desembargador João Pereira Ramos de Azeredo
Coitinho, Chanceller da Torre do Tombo, brazileiro dis-
tincto ainda por tantos outros titulou, politicos e ijt-
tcrarios. Veiu-me ás mãos esse manuscrito, ou por Ea-
vor de meu tio o Major João Barbosa de Azeredo Cou-
tinho, fazendeiro em Saquarema, entre outros papeis '

d e familia herdados de seu pae e meu avô materno o


D r . Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coitinho,
capitão-mór de Cabofrio e primo de João Pereira Ra-
mos; ou de meu primo, o Com0 Manoel Antonio Duarte
de Azevedo, que os houve de seu tio o Barão de Tapa-
curá .
Nas costas se lê a declaração em letra e tinta an-
tigas: - propria lettra do Sr. João Pereira Ramos.
Não é letra de meu avô, nem de meu tio, talvez seja
do finado Barão, ou, quem sabe, de seu pae, o Mestre
de campo Alexandre Alvares Duarte de Azevedo, cone
temporaneo do Dezembargador a

Data o papel de 1755 como se vê da sua ultima


linha; e não está mal conservado. [ 1
Si V. Ex. acha que tem algum valor, receba-o como
presente que faço á Bibliotheca, em homenagem a V.
Ex.. seu digno Director, de que tenho a honra de ser
servo obrigado e am.O attencioso,
(a) Antonio Joaquimdt Macedo Soares.
Casa, no Mar de Hispanha, 30 de Oitubro de 1881.

Segundo se v& da carta acima, encontrada entre as folhas do


manuscrito, o original "da pr6pria letra do Dezembargador Perelra
Ramos" se acha na Biblioteca Nacional. O h . Macedo Soares tinha
por habito conservar o mecunho das cartas que enviava a seus amigos
í J . R . M. S . ) .
NOBILIARCHIA FLUMINENSE
ABREOS do Rio de Janeiro
(Manuscripto da propria lettra do Dezembargador
João Yereira &amos de Azeredo Goitinho, guarda-maior
aa 'I'orre do 'lombo, procurador da Goròa, etç, etc,
annotado por A. J . de Nlacedo Soares, Juiz de Direito,
Cav. da 1. O. da l h a . (1).
Querendo Uiogo Rongel de Macedo, o moço, pôr a
ultima máo a um titulo de Rongeis em que pretendia
comprehender todos os ramos d'esta familia, e não
tendo a s noticias necessarias pelo que tocava aos Ron-
yeis (1) do Rio de Janeiro, fez um papel em que çon-
sultou sobre elles, e outros ramos, a José Freire de
.
Montarroyp Mascarenhas Este papel conservava José
Freire jui);ik. Êiam ó q e u titulo de Rongeis, onde eu o
seu logar u "Ç@W
qt
achei e d ' o r f 3 o e & $ % ' para o meu poder, deixando em
'elle se acha noticia do primei-
ro Abreu que passou ao Rio de Janeiro, de quem des-
cendem os que hoje se acham d'este appellido na mesma
cidade; a qual o dicto Diogo Rongel refere como dada
pelo conego José da Fonseca Rangel. Cingindo-me a
ella por não haver visto esta materia em outra parte,
referirei o quevonsta do mesmo papel, acrescentando
algumas noticias que depois adquiri a respeito das
successões posteriores da mesma familia, por occasião
de se achar aparentada com os Rongeis da mesma ci-
dade, de quem tambem eu sou descendente.
1.' - BALTHAZAR DE ABREU D E SOUTO-
MAYOR
Nasceu na Ílha da Madeira, e foi moço fidalgo da
Casa Real. Da sua ascendencia não se encontram alli
--
(1) O original do punho do Dr. A. J. de Mecedo Soarer, foi
enwegue ao Dr. Vieira Fazenda pelo Dr. JuliBo Rengel de Mecedo
Soares para constar, a seu pedido, dos arquivos do Institut~HisWrrco.
6 KOBILIARQUIA
--- FLUMINENSE - DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MADEDO SOARES 7

noticias; mas o seu filhamento e a qualidade da sua e terceiros netos de Pedro Alvres Rongel, Senhor da
mulher dão a conhecer que era das Iamilias dos seus Gasa e quinta do Ror~gel,juncto á cidade de Coimbra,
uppellidos, que ainda hoje se conservam com boa no- onde esta o solar dos Horigeis; e de sua mulher lgnez
breza na dicta ilha e, como tal, descendente de João Alvres banches de Macedo, em cujos descendentes se
E'ernandes de Abreu, Senhor da Lomba do Arco, de cniram os appeiiicios de Konyel e Macedo: do qual
quem provêm quasi toda a nobreza do Funchal, 1Machi- Yedro Aivres honyel é descenaente e possuidor da sua
co, Calheta, e ainda uma boa parte da de Angra, e de citsa Calixto Itonpel Yereira de ba, moraaor em Loini-
quem tracta o Padre Cordeiro, na sua Historia Insu- Lra; e a sua ascendencia se acha na Corogruphiu Portu-
Zuna, Liv. 3, cap. 7, n.' 48 e 49. Tenho por provavel se gzrenu, tom. S." pg. 6S3 e 654. (7)
achem as dictas noticias em poder do Domingos Fer- Produziu este rnatriirioiiio uc ucrl~hazarde Abreu
reira de Abreu, Secretario da Juncta dos 3 Estados, e com L). Isabel Kongel varios filhos, de que me Ialta?,
seu irmão Monsenhor Ferreira, que, como participan- noticias; eiitre os quaes parece 101 lilho ou u e ~ o~ 1 1 1
tes do sangue d'estes Abreus por sua mãe, e mais cui- doao ae ADreu nongel, que casanuo ria lamiiia aos
dadosos da sua genealogia que os parentes da Ameríca, bouzas firitos fior;aIOgos COUtlnhOS, (8) 101 ascendeii-
não deixarão de as ter averiguado com exacção. t.: ao ramo ue Hbreus uo becretario ua duncca aos 6
Passou o dicto Balthazar de Abreu ao Rio de Ja- hstados; e ao IJr. Uomingos Luiz Youzada, benllor do
neiro, onde casou com D. Isabel Rongel de Macedo, ir- engenho de 'l'umby; e do Conego lgnacio de Vliveira
ma inteira de Balthazar Rangel de Macedo, 3.O avô por Vargas e outros de que não tenho noticia exacta. bo
varonia de Julião Rangel de Souza Coutinho (2)) e me consta ao certo que 101 Iilho do dicto matrimonio.
tumbem irmã inteira de D Paula Rongel de Mace-
do, mulher de Diogo de ~ a r i zLoureiro, (3) Proveclor 2.O , 1). ISABEL KONGEL DE: MACEDO, a
da Fazenda Real, de quem descendem os Marizes e qual casou com o D r . Francisco da Fonseca Ueniz, ( )
quasi todos os Azeredos Coutinhos, e tambern irmã in- rjatural do Eio de Janeiro, e filho do D r . Jorge b'er-
teira de Belchior Rongel de Macedo, (4) que foi capi-. liandes da Fonseca, e de sua mulher Brites da Costa
tão na conquista do Maranhão, de cuja qualidade ae Homem, filha de Aleixo Manoel, ( ) o velho, natural
achará uma prova nos Annaes Historicos do Maranhão, . ela ilha do E'ayal, e Francisca da Costa Homem, da
compostos por Bernardo Pereira de Berredo, n.O 318 ilha Terceira, ambos pessoas principaes, e parentes de
e desde o n.O 248 até o 308. Pedro Homem de Albernaz, ( ) Acclamador d' E1
Eram todos filhos de Julião Rongel de Macedo, O Rey D. João, o 4.O, no Rio de Janeiro, e como tal pre-
velho, (5) capitão da conquista do Rio de Janeiro, onde' miado por elle com a Prelazia da mesma cidade, por
serviu muitos annos; e tambem foi fidalgo da Casa
Real, como se declara no mesmo papeli e Ouvidor Ge-
ser ecclesiastico (6) .
ral do Rio de Janeiro por Provisão de Sua Magestade, Teve d'este matrimonio :
de que tomou posse no ano de 1583, como consta do 1."
Livro da Camara, em que a dicta Provisão se acha 3 . O Balthazar de Abreu Cardoso, que segue.
registrada, emprego que n'aquelle tempo não andava 3.O D. Brites Rongel de Macedo, 5 2.
em homem de lettras, exercitando-o os mesmos que
seguiam as armas: e de sua mulher D. Brites Sardi- 3.O D . Isabel Rongel de Macedo, que casou com
nha, irmã inteiuá de D . Pedro F e r n ~ n d e sSardinha, Amador de Lemos de Azevedo, (7) pessoa principal
1.O Bispo do Brazil e filhos de João Gomes Sardinha, do Rio de Janeiro, de quem ha um neto por nome Jorge
da familia dos Sardinhas de Setuval. (a) (6) de Lemos, casado com filha do Mestre de Campo João
Netos por parte paterna de Damião Dias Rongel; de Abreu Pereira Sodré.
bisnetos de D. Diogo Dias Rongel, Commendatario de
--
Cete e Villela ; (a) (A lapb - 1844.'418 - refere-se 8. R . I . H . ?
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--
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NOBILIARQUIA FLUMINENSE
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3." D. Maria de Abreu de boutomayor, que caso; Teve d'este matrimonio :


com lgnacio a e Oliveira Vargas, (8) Coronel de um 4." João de Abreu Pereira Sodré, que segue.
regimento do h10 de Janeiro e Ioram paes clo Conego . 4 . O José Pereira Sodré, Presbytero Secular e Vi-
Jose da Fonseca Kongel e seus irmãos. gario perpetuo da freguezia matriz d a cidade de Cabo
3.O José da Fonseca Itorigel, que nunca casou, e Frio.
falleceu deixando filho bastardo: 4.O Francisco Sodré Preira, que morreu de bexi-
gas, sendo ainda moço.
3.O Fr. Jorge da Apresentação, Carmeiita Cal-
4.O Fr. Balthazar . . . Religioso Carmelita calçado.
çado e Prior do Convento do flio de Janeiro;
4." D . Maria. . ., que falleceu sem estado,
3 . O Fr. Francisco d,a Cruz, religioso Capucho, Tem bastardo :
quatro vezes Guardião, Definidor e Custodio da provin- 4 . O Antonio da Fonseca de Abreu, que foi Capi-
cia do Rio de Janeiro. tão de Ordenança em a cidade de Cabo Frio.
3.O Fr. Manuel de S . José, leigo na mesma reli- 4.O JOÃO DE ABREU PEREIRA SODRÉ, n.O 4.":
gião e de muita virtude. filho de Balthazar de Abreu Cardozo e D. Isabel Perei-
ra Sodré n. 3, é Coronel de um regimento de Ordenan-
4 . O João de Abreu da Fonseca, Capitão de infan-
ças do Rio de Janeiro, e tem servido com tanto zelo e
taria da Colonia no tempo da ultima guerra, Sargento-, satisfação do General Gomes Freire que este o pro-
rnór de Sanctos e Tenente General de S . Paulo. D'elle poz a S Magestade para um dos regimentos pagos da
se faz menção na Relação do Sitio da Colonia, pg.
mesma praça, em que não foi provido por falta de
3.' BALTHAZAR DE ABREU CARDOZO, (a) exemplo. E' senhor de um engenho em o sitio a que
n.O 3, filho de D . Isabel Rangel de Macedo e Francisco chamavam Tapacurá. (12) Casou duas vezes, e de
d a Fonseca Deniz n . O 2, foi homem dotado de bom sua segunda mulher e parenta D . Escholastica Pache-
juizo, e como tal respeitado. Foi Coronel de um regi- co, (13) cujos paes ainda não chegarão á minha noti-
mento do Rio de Janeiro e Senhor de dois engenhos. cia, teve:
Casou na mesma cidade com D . Isabel Pereira Sodré, 5 . O João de Abreu Pereira Sodré, tenente de uma
filha de Francisco Sodré Pereira, (10) Moço Fidalgo das companhias da guarnição do Rio de Janeiro, e sol-
cla Casa Real e Coronel de um regimento pago do Rio teiro em 1755.
de Janeiro; e de sua mulher D . Catharina da Sii- 5." D . Isabel. . . , (14) mulher de seu parente Jor-
va Sandoval, filha de João Gomes da Silva, (11) Ca- ga de Lemos.
pitão de infantaria e das fortalezas de S. Antonio,
5 . O L). Paula. . ., mulher de seu parente João Frei-
da barra da Bahia, e S . João, d a barra do Rio, Prove-
dor da Fazenda Real e Juiz dos Orphãos do Rio de re de Azeredo Coutinho, (15) de quem viuvou, fican-
Janeiro; e de D . Maria de Mariz, filha de Diogo de do-lhe um filho.
Mariz Loureiro, Provedor da Fazenda Real e D . Paula .
5 . O D Escolastica, mulher de Francisco Cordovil
Rangel de Macedo, de quem fallamos acima no n.O 1 ; de Sequeira, (16) C;oronel do regimento de Paraty. ( a )
e neta, por parte de seu pae Francisco Sodré, de Duar-
t c Sodré Pereira, Moço Fidalgo e Senhor da villa de
Aguas Bellas em Portugal, e D . Dionysia de Sande.
sua mulher.
(a) Vide artigos sob o titulo Nitheroy. noticia necrologica de
D. Anna Isabel Ferreira. assineido C . J . V. No Mário de Noticias da
(a) Pizarro 111. 12. B . de A . C . fundou a egreja de N . S. da Corte. 10 Fev.0 86 e outro sob o titulo "D. Anna Isabel Ferreira.
Penha de IrajB. por A . A. S. C . Fluminense. Niteroy. 17 fev.0 88.
Vj. apendice: artigo do Dr. Vieira Fazenda.
10 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULiAO R. DE MACEDO SOARES 11

4." D . Isabel de Azeredo Coutinho, mulher de seu


parente Antonio Barbosa de Sá, sem geração.
3" D . RRITES RANGEL DE MACEDO n.O 3, fi- 4.O José de Azeredo Coutinho de Macedo, que se-
lha de D . Isabel Rongel de Macedo e Francisco da gue.
Fonseca Deniz n.O 2 5 1, casou com Sebastião Martins
Coutinho, o velho, que depois foi clerigo e morreu com 4.O D . Anna de Azeredo Coutinho, mulher de An-
a roiineta da Companhia. Senhor do ensrenho de Giia- tonio Cardozo Barboza, c. g.
xindiba. e filho de Francisco Martins Ribeiro. Senhor 4." D. Brites Rongel de Macedo, mulher de seu pa-
do mesmo enrrenho. e D . Joanna Ferreira da Cunha, rente Antonio da Cunha Falcão, Senhor do engenho de
filha de Dominrros de Aeeredo Coutinho de Mello. Ca- Illerety, c. g.
r>;tGc>descobridor e administrador das minas das esme- * -. . . --
raldas no sertãn da C a n i t a n i ~do E s ~ i r i t nSanto. P to- 4." Sebastião Martins Coutinho Rongel, Capitão
das as mais do Rrazil, nor Provis5n de 12 de arnsto de d a nobreza do Rio, casou com sua parenta D . Isabel
IfiA.5. reaistrada no4 Livros i l a Clamara da villa da de Mariz, irmã inteira da mulher de seu irmão José
Victoria. T i v r o dos R e n M r o s fol. 34; e dp sua mulhei* de Azeredo Coutinho, e falleceu deixando d'elle gera-
i 3 . Anna Ferreira da Cunha. filha d~ Crisnim da ç&o.
C i i n h ~Teixeira P D Isabel Velho de Mariz: (17) e 0 4.O D. Maria Deniz Coutinho, mulher de seu pa-
iiicto Dominvos de Azeredo Coiitinho, filho de Marcos rente Luiz Barboza de Sá, c. g .
de Awredo. (1 8) 'Moco f i d a l ~ nda Casa Real CavaJlei-
rn da Ordem de Christo, Caaitão de infantaria n a Ca- 4. Fr. Boaventura do Monte Carmelo, Religioso
nitania do E s ~ i r i t oSancto, em que militaram os s e m Carmelita calçado.
tins Relrhinr ( ) e Ralthazar de Azeredo. e denois Ca-
nitFn-wiir Governador da mesma Cauitania, Provedor 4. Fr. João de Mariz, Religioso Capucho.
dn Fazenda Real e dns D ~ f i i n r t o se Auzentes e Ouvidor
Cernl: e de siia mulher D . Maria Coiitinho de Melln. 4. D . Michaela Coutinho de Azeredo, mulher de
irrn?i inteira de Vasco Pernandes Coutinho o moco. 2' Miguel Monteiro Barbosa, S. g.
senhor dnnatarjn da, dieta Canitsnia, e filhos smhoe 4. D. Luiza Josepha Grimalda, segunda mulher
(18) de Vawn Fcrnandes Coutinho. o grande. l0 se- de Antonio Dias Delgado, Cavalheiro da Ordem de
nFor e fiindado? d'ella. Dor mercê del'Rev D . João. 0 Christo e Mestre de Campo de um regimento das Or-
3 ". no anno 1525. p m q i i ~nassou a esta fundapfio, denanças do Rio, de quem teve entre outros:
como escreve Seb. da Rocha, Pita, n a sua America POT-
t7117~~1n. Liv. 2. n.O 5. Francisco Martins Coutinho Roneel, que succe-
Teve s dicta D . Brites Rongel de seu marido 0s deu a seu tio do mesmo nome no engenho de seu avô
filhos seguintes : c bisavô.
4.O D . Joanna de Azeredo Coutinho, mulher de 4. D . Antonia Sebastiana de Macedo. mulher de
seu primo com-irmão José Gomes Pereira, Senhor do Sebastião Fagundes Varella. e viuvando d'elle sem ge-
engenho de Taitindiba, com geração. ração. casou depois com o D r . Fiizebio Alvres Ribeiro.
4.O Francisco Martins Coutinho Rangel, Presby- de quem tem geração.
tcro secular, visitador do Bispado do Rio de Janeiro 4. JOSg DF: AZRREDO COUTTNHO DE MACE-
pelo Bispo D . Francisco de S. Jeronymo. Foi senhor DO n.O 4.q filho de D . Brites Range1 de Macedo e Se-
do engenho de seu pae e avô, que deixou a seu sobri- bastião Martins Coixtinho n.O 3 d'este 6 , é Capitão da
nho do mesmo nome, filho de sua irmã D. Luiza Gri- companhia da Nobreza do Rio de Janeiro, e senhor do
malda. engenho do Rio Grande. Instituiu morgado de seus
12 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 13 .
bens de mão commum com seu filho unico José de Aze- zemos por descuido, porque, tendo elle escripto
redo Coutinho de Mello, com obrigação dos appellidos o nome de seu pae Julião Rangel emendou o a
de Azeredos Coutinhos, chamando para elle em primei- para o, ficando Rongel, e assim repetiu no item seguin-
rc. logar o dicto filho, por escriptura de 8 de Novem- te. O Dezembargador João Pereira Ramos escreve qua-
bro de 1753, nas notas do tabelião Francisco Coelho b i sempre com o; não liga porém, grande importancin
da Silva, com obrigaçgo de tres capellas de missas to- n este ponto de orthographia, porquanto escreve indif-
dos os annos, duas pelas almas dos Instituidores, uma ferentemente o nome do Conego José da Fonseca, ora
pela de sua mulher e mãe D . Ignacia, e mais uma dicta Rongel, ora Rangel; e assim tambem o de D . Isabel
na primeira segunda-feira d a Quaresma pela alma de Rangel ou Rongel de Macedo. Hoje, está em completo
scw sogro José Barretto de Faria, na capella do Senhor desuso esta ultima forma, e ninguem assigna sinão
dos Passos do Carmo, de que elle foi senhor e padroeiro,
e onde os Instituidores têm o seu jazigo. Casou com sua
Range1 .
'prima D . Ignacia de Azeredo Coutinho, filha de José (2) Juliáo Rongel de Souza Coutinho - E r a ir-
Barretto de Faria, Senhor do engenho do Rio Grande, niiio de Miguel Rongel de Souza Coutinho, de quem
(19) e padroeiro da Capella do Senhor dos Passos, no possuimos o seguinte rascunho, precioso pelas informa-
Convento do Carmo onde jaz sepultado; e de D. Pau- ções que contem de Petição de Justificuçáo para Brazão.
la Rangel de Macedo, filha de Luiz de Barcellos Ma- "Diz Miguel Rongel de Souza Coutinho, natural
chado, Senhor do engenho de Merety, e instituidor do d'esta cidade, e pessoa de conhecida nobreza, e das pri-
morgado de Capivary-furado nos campos de Goaitaca- nieiras familias d'ella, que, para bem de seus requeri-
zes; e de D . Catharina Coutinho de Mello, filha de mentos, lhe é necessario justificar quem foram seus
Marcos de Azeredo Coutinho de Mello e D. Paula Ron- paes e avós, paternos e maternos, com toda a clareza
gel de Macedo, em titulo de Azeredos Coutinhos. c distincção, pelos itens seguintes:
Têm : 1 . O - Que o suppte é filho legitimo de Julião Ron-
5. José de Azeredo Coutinho de Mello, que insti- gel de Souza, natural d'esta cidade; e de sua mulher e
t;iiu juncto com seu pae morgado nos bens que lhe parenta D . Maria Josepha Pereira de Mariz.
pertenci50 a titulo de legitima de sua mãe, e casou
com sua prima com-irmã D . Anna Tenreiro de Macedo, 2.') - Que pelo dicto seu pae Julião Rongel de Sou-
filha de sua tia D. Antonia Sebastiana de Macedo zd é o suppte legitimo neto de Ralthazar Rongel de Sou-
e de seu segundo marido o Dr. Euzebio Alvres Ribeiro za, natural da Capitania do Espirito Sancto; e de sua
e vivem no Rio de Janeiro em 1755. mulher 1). Angela de Mendonça, natural da mesma
Capitania.
-
c \

t
- N O T A S 3 . O - Que pelo dicto seu avô paterno Balthazar
(1) Rongeis d o Rio de' Janeiro - O appellido de Rongel de Souza é o suppte legitimo bisneto de Julião
Eongel vinha da casa e quinta do Rongel, juncto a Rongel de Souza, natural da mesma Capitania, Capitão
Coirnbra, como lemos no texto e na C h o r o g r a p h k Por- da fortaleza de S. João e Provedor da Fazenda Real, e
tuguexa do P. Antonio de Carvalho, tom 3, pag. 454, Vedor Geral da gente de guerra da mesma Capitania;
onde alias o nome da quinta vem Rangel, e assim se es- e de sua mulher D . Leonor Caldeira, filha de. . .
creve sempre o appellido d a familia (2.a ed. Braga, 4."- Que pelo dicto seu bisavô paterno Julião Ron-
1869) . Quinta de Ronge vem na Petição d e Jzcstificação gel de Souza é o suppte 3.O neto legitimo de Balthazar
para Brazão (que adiante transcrevemos) de Miguel Rongel de Macedo e de sua mulher D. Joanna de Sou-
Rongel de Souza Coutinho, que escreve quasi sempre za, filha de Ambrosio de Souza e de sua mulher D .
Kongel, e uma outra vez, por descuido, Rangel. Di- Justa de Azeredo; e neta pela parte paterna de D. Jor-
14 NOEIILIARQUIA FZUMINENSE 15
-- b
DRS. ANT." Jm.E JULiAO R. D E MACEDO SOARES

ge de Souza, Fidalgo da Primeira Grandeza do Reino,


d'onde passou ao Brazil Commendador da Azambuja de Ayres Dias de Magalhães. . . . e de sua mulher D
na Ordem de Christo e Capitão-mór de duas armadas Maria Coutinho de Mello (ou como for, que aaui ha
da India; - bisneta por parte da sua varonia de D. pouca certeza ( ) ; bisneta por parte d'esta D. Maria
Antonio de Souza, Commendador de Alcacér e Alcaide- Coutinho de Mello, de Vasco Fernandes Coutinho. I."
mór de Souzel, e de sua primeira mulher D . Anna Ta- Senhor e C a ~ i t ã oDonatario da Capitania do Espirito
vares, filha de Gonçalo Figueira, Alcaide-mór de Be- Sancto. no Brazil. com toda a iorisdiccão civel e cri-
nevente; e 3.a neta de D . Martinho de Tavora que me. mero e mixto imnerio, o qual Vasco Fernandes Cou-
foi Capitão-mór de Alcacer Seguer, em Africa, e de tinho foi irmão inteiro de D. Antonia de Vilhena, mu-
sua mulher D. Isabel Pereira, filha de Ruy Lopes de lher de Pedro Affonso de Aauiar. dos quaes descendem
Sampayo, Senhor de Anciães e Villarinho, e de sua P Q Alrnotacés-mores do Reino, a auem por este titulo
r21ulher D . Constanca Pereira, filha de Rodrigo Alvres nassou o Senhorio da Canitania; bisneta ( ) nelo dic-
Pereira, Senhor de Aguas Bellas, e de D . Maria Affonso t o Vasco Fernandes de Jorge de Mello, Dor alcirnha O
do Casal: o qual D . Martinho de Tavora foi irmão T,ar?.eo. Copeiro-mór de1 Rey e Alcaide-m6r de Pavia @
legitimo de I). Pedro de Souza, 2 . O Senhor de Beringel Redondo, e de sua mulher D Branca Coutinho, filha
I.
c 1 . O Conde de Prado, de quem procedem hoje os Mar- de Vasco Fernandea Coutinho, Senhor de Rasto o Mon-
qwzes das Minas; - e 4.a neta de Ruy de Souza, 1."
I; telanjo, e de sua mulher D . Maria de Lima, filha de
Senhor de Reringel, Sagres, Reguengo, Montemór o no- 1 D . Leonel de Lima, 1.0 Visconde de Villa nova de Cer-
1.0 e do Castcllo de Pinhel, Almotacér-mór d'el Rey L) veira e ascendente d'esta Casa; e neta a mesma Bran-
João o 2." e do seu Conselho, e do de1 Rey D. Affonso ca Coutinho de Fernão Coutinho, Senhor de Basto e
5.O, seu F:mbaixador a Castella e Védor da Casa da Montelongo, Armamar, Penaguião, etc (irmão intei-
Raiiiha 1). Isabel (o qual era irmão inteiro de Fernão ro de D. Vasco Fernandes Coutinho, 1 . O Conde de Ma-
de Souza, Senhor de Gouvea, de quem é 7 . O neto por telonjo, e de m a mulher D. Maria de Lima, filha dc
varonia Fernão de Souza Coutinho, 3." Conde de Re- Fernão Vaz da Cunha, Senhor de Basto e Montelongo
dondo; e tambem era irmão inteiro de Pedro de Souza, c de sua ?nulher D. Branca de Vilhencr. ( ) a qual crn
Senhor do Prado, de quem descendem os Senhores de filha de D . Henrique Manoel, Conde de Cea e Cintra,
Alcoentre e Condes de Vimieiro), e de sua mulher I). e descendente por varonia do S. Fernando, Rei de Cas-
Isabel de Sequeira, dama da Rainha D. Isabel, filha de tella; e bisneto de Gonçalo Vasques Coutinho, Marechal
Pedro Annes de Torres, Védor da sua Casa, e de sua do Reino e 7 . O Senhor do Couto de T,eomil, solar da fa-
L milia dos Coutinhos; e de sua mulher D. Leonor Gon-
mulher Violante Alves da Sequeira; e finalmente, 5.a
neta por varonia de Martinho Affonso de Souza,
i çalves de Azevedo, filha de Gonçalo Vaz de Azevedo, 1 . O
Marechal de Portugal, dos quaes descenderam por varo-
Fronteiro-mór de1 Rey D . Affonso 5.", e do seu Con- nia a grande Casa dos Antigos Condes de Marialva, os
celho, e de sua mulher Violante Loues de Tavora, filha Condes de Borba, de Redondo, os Senhores de Almo-
de Pedro Lourenço de Tavara, Senhor do Mogadouro, ral Marechaes do Reino e por femea descendem hoje
e de sua mulher Brites Annes de Albergaria, ascen- os Marquezes de Marialva, possuidores da sua Casa,
dentes das Cazas dos Marquezes de Tavora, Condes e quasi todos os Grandes do Reino ; vindo a ser elle sup-
de S . João, Condes de Alvor, de S. Vicente, Villa no- plicante 9 . O neto do dicto Gonçalo Vasques Coutinho,
va de Portimão e outras muitas Casas illustres do Rei- 7.O Senhor do Couto de Leomil. - 3.a Neta a mesma
no; o qual Martinho Affonso de Souza era 3 . O neto por D . Joanna de Souza, 3.a av6 do supplicante, por parte
varonia de E1 Rey D . Affonso 3 . O de Portugal, de quem do dicto seu bisavô Jorge de Mello de Martim Affonso
e!le supplicante por esta parte fica sendo 1 3 . O neto. - de Mello, Copeiro-mór e Alcaide-mór de Pavia e Redon-
E por parte de sua mãe D. Justa de Azeredo era a do; e de sua mulher D . Guiomar de Menezes, filha de
dicta D. Joanna de Souza, 3.a avó do supplicante, neta Gonçalo Nunes Barreto, Alcaide-mór de Faro, e neto de
16 NOBILIARQUIA FZUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 17

I). Pedro de Menezes, Conde de Vianna e progenitor dos


Condes de Val do Reis, Duques de Gandia e Principes linha, 1.O Bispo do Brazil; os quaes são progenitores
de Esquilache em Castella, e outras muitas Casas illus- i e toda a familia de Rongel das Capitanias do Rio de
tres. - 4.a neta de João de Mello, Alcaide-mór de Ser- Janeiro e Espirito Sancto.
pa e Copeiro-mór do Reino, e de sua mulher D . Isabel 6.O - Que por parte do dicto seu 4.O avô paterno é
da SiIva, filha de Nuno Martins da Silveira, Escrivão o supplicante 5 . O neto por varonia de Damião Dias
da Puridade, Védor-mór das Obras do Reino, Coudél- I'Longel o l r de Balthazar ( 1 ) d e Mucedo Ronyel; 6 . O neto
mór e Senhor de Termo, e ascendente dos Condes de Sar.. de Digo 1)ias Rongel, Commendador de Cete e Villela;
zedas, Oriola, Barões do Alvito e outras muitas Casas 7.' neto de Pedro Alvres Rongel, Fidalgo Escudeiro da
da Primeira Grandeza ; do qual João de Mello descendem Casa de1 Rey D . Affonso 3.O, Juiz de Coimbra pelos
as Casas do Monteiro-mór e do Porteiro-mór do Reino annos de 1464 e Senhor da antiga quinta de Ronge,
e outros egualmente illustres. - 5." neta de Martinho juncto a Coimbra, solar da familia de Rongel, que
Affonso de Mello, Alcaide-mór de Evora e Olivença, d'elle tomou o appellido; e de sua mulher Ignez Alva-
Guarda-mór de1 Rey D . João 1.'; e de sua mulher res Sanches de Macedo por quem se unirão os dois ap-
D . Brites de Souza, filha de Martinho Affonso de pellidos de Rongel e Macedo. Aqui se continua até D.
Souza, Rico-Homem, 2.O Senhor de Mortagua e bis- Goncalo Gonçalves, o que é facil por certidões de Genea-
neto por varonia de1 Rey D . Affonso 3 . O de Portu- logicos: o poncto está em chegar até Pedro Alvarea
gal: o qual Martinho Affonso de Souza teve de sua Rongel; como tambem basta chegar ao Senhor D. Jor-
primeira mulher outro Ma'rtinho Affonso de Mello, ge de Souza e Senhor Vasco Fernandes Coutinho com
chamado o Moço, que foi progenitor das grandes Ca- a justificação continuada todas as sucessões até elles,
sas dos Duques do Cadaval, Duques de Aveiro, Mar-
quezes de Valença e toda a grande família de Lencas- porque d'alli por diante ficará o mais por minha conta
tre em Portugal e Castella. - 6." neta de Vasco Mar- c com vagar farei tirar com mais bulha.
tins de Mello, Senhor de Castanheira, Povos e Chilei- 1 . O - Saber-se, na Capitania do Espirito Sancto,
ros; e de sua mulher D . Maria Affonso de Brito. E de quem é filho Balthazar Rongel de Macedo, casado
finalmente, 7.a neta de Martim Affonso de Mello, 4.' com D. Joanna de Souza, filha de Ambrosio de Sou-
Senhor da Villa de Mello, solar d'esta família; e de zs. e de D. Justa de Azeredo. 2 . O De quem era filha
sua mulher D. Maria Vasques Soares, de quem o D . Justa de Azeredo. 3 . O Si D . Maria Coutinho de
suplicante fica sendo 11." neto. Mello, alem de casar com Marcos de Azeredo, teve
outro marido. 4 . O Si ella casou com Marcos de Aze-
5." - Que por parte do dicto seu 3 . O avô paterno redo por consentimento de seu pae Vasco Fernandes
Ralthazar Rongel de Macedo é o supplicante 4 . O neto Coutinho. 5 . O Si este a reconheceu por filha".
por varonia legitima de Julião Range1 de Macedo, que Até aqui a Petição; e do seu contexto, e mais
foi Fidalgo da Casa de1 Rey D . Philippe 1.' de Por- cl'este final, se está vendo que o supplicante, residindo
tugal, d'onde passou á Conquista do Rio de Janeiro, em em Lisboa ou outra parte, mandava por esse rascu-
que serviu com patente de Capitão, em que serviu com nho pedir a algum parente ou sabedor de .velharias,
tanto zelo que, havendo de se ausentar d'aquella cida- residente no Rio de Janeiro, noticias dos seus. NO
de o Governador Salvador Corrêa de Sá, que também fim, annotaremos este curioso e secular documento,
era Ouvidor Geral, E1 Rey lhe ordenou que ficasse elle onde escaparam algumas inexactidões, ou antes fab-
servindo, por Carta que para isso lhe mandou, em vir- taram mais seguras informações.
tiide da qual elle tomou posse do dicto emprego no ( 3 ) Diogo de Mariz Loureiro, Provedor da Fu-
anno de 1588 ou 83, como consta dos livros da Ca- tenda Real - E r a filho de Antônio de Mariz, (1) Cou-
mara d'aquella Cidade; e de sua mulher D. Beatriz
L-

Sardinha, irmã inteira de D. Pedro Fernandes Sar- (1) O Dr. Antonio de Mariz t e v e os seguintes filhos: 1.0 Bispo
Antonio de Mariz Loureiro; 2.0 O Dr. Dlogo de Mariz Loureiro; 9.O
'18 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 19

tinho e D. Isabel a velha, / de quem tambem nasceu 1869, tractando da Villa de Aguas Bellas, onde diz:
P. Ignez de Almeida/, que casou com Domingos Paes "Não se sabe do principio desta villa, porquanto foi
Ferreira, (1) iilho do Ur. Francisco Paes rScrreira, quinta honrada e contada, e muito antiga, e já no anno
natural de Lvora, e sua mulher D. Maria da Kocna, de 1394 tinha jurisdicção, como consta da doação con-
nhtural de Lisboa; neto paterno de l'edro Lopes de firmada por E1 Rey D . Pedro o 1.O, feita a Rodrigo
Souza Bacosu, natural de h o r a , e de sua mulher Dona Alvarez Pereira, 1.O Senhor d'esta Villa, n a sua des-
Philippa Ferreira Pechim (Pedro Lopes tirou brazão cendencia, que se conservou até o presente pelo modo
em lb43) ; neto materno de Bento da Xocha Gondim, seguinte :
natural de Lisboa. "Este Rodriyo Alvaws Pereira foi filho mais ve-
Aqui damos a descendemia de Antonio de Mariz lho de I). Alvaro Gonqalves Pereirli, 1). Prior do Cra-
pelos seus dois filhos (2) o Dr. Diogo de 1Mariz e to, e de Eyria ( I r i a ? ) Vicente, e irmão do Conde D .
I>. Ignez de Almeida, qual a achamos nos papeis do Nuno Alvares Pereira: foi legitimado por E1 Rey D .
Dr. Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coitinho, Pedro em Torres Vedras a 26 de Agosto do anno de
capitão-mór de Cabo-frio e descendente d'essa fami- 1367. Foi Senhor de Aguas Rellas c das villas de Sou-
lia : zel, Villa Nova e Villa Ruiva, e das Azenhas de Anha-
I. Do Dr. Diogo de Mariz Loureiro e 'sua mulhel! lburo e Remlhequero, no termo de Extremoz, por doa-
I?, Paula Rongel de Macedo, nasceu entre outros fi- ção que lhe fez E1-Iley D. Fernando em 14 de Ilezembro ,

lhos (3) D. Maria de Mariz, que casou com o D r . João de 1413. Foi Fitiulgo dos mais respeitados d'aquelle
Gomes d a Silva, Capitão de Infantaria e das fortale- tempo, e um dos que E1 Rey I). Henrique de Castella
zas de S. Antonio, n a Bahia, e de S. João, no Rio pediu a 1441 Rey D. Fernando em refens de paz, como re-
de Janeiro, Provedor da Fazenda Real, Juiz dos Or- fere Duarte Nunes na vida do dicto Rey : acompanhou a
pháos da cidade do Itio de Janeiro, de quem teve entre seu irmão D. Pedro Alvares Pereira, Prior do Crato,
outros filhos, D. Catharina da Silva Sandoval (al@i, quando foi a governar Lisboa, que estava sitiada pelos
U. Catharina Pereira de Mariz Sandoval), que casou Castelhanos: seguiu a E1 Rey D. João o 1 . O que lhe fez
com o Coronel Francisco Sodré Pereira, Moço Fidalgo algumas das mercês referidas: morreu em Castella, e
da Casa Real, Coronel de um regimento pago do Rio não se averigua a causa que houve para isso. Foi casa-
de Janeiro, filho de Duarte Sodré Pereira, Senhor de do com D . Maria Affonso do Casal, de que teve a Al-
Aguas Bellas, casado com D. Guiomar Ramires, alibi varo Pereira e Gonçalo Pereira.
C;. de Souza, e cuja ascendencia avóenga vamos achar "Alvaro Pereira herdou a Casa de seu pae, foi a
ria Corographia Portugueza do P. Antonio Carvalho tomada de Ceuta em companhia de seu tio o Conde D.
lho da Costa, tom. 3." pág. 148 da ed. de Braga, de Nuno Alvares Pereira: casou com D . Ignez Lourenço
de Abreu, de que teve a Galiote Pereira, Lizuarte Pe-
D. Maria de Mariz, mulher de ThomB de Alvarenga (4. D. Ignez reira, que foi Reposteiro-mór de1 Rey D. Affonso o 6.",
da Almeida, mulher de Domingos Paes Ferreira); 4.0 D. Isabel Ve-
lho de Mariz; 5.0 Francisco de Mari5 Loureiro; 6.0 (natural) Theo- D . Henrique Pereira, Commendador-mór de Sanctiago,
dor0 bons ( ? ) . Veador do Infante D . Fernando e seu Escrivão da Pu-
(1) 90mingas Paas Ferreira era filho do Dr. Francisco Paes, casa- ridade. D'elle descendem os Pereiras de Santarém e
do com D. Maria da Costa, filha de D. Isabel Velho. mulher de Chria-
pim da Costa, e filha de Antonio de Mariz, de quem vinha ser bisneto.
Nu50 se havia de ter caSad0 com uma tia-av6, como seria Ignez de
. .
outras muitas illustres familias. . . .
Almqda. Esta Senhora é dos f k s do skulo 500, e Domingos Paes "Galiole Pereira foi 3 O Senhor de Aguas Bellau e
Ferreira do6 fins do smUlo 6M). Ha quasl 100 annos de dífferença da Casa de seu pae, do Concelho de1 Rey D . Affonso O
entre elles.
(2) Ver si tambem foi filho O prelado do Rio de Janeiro, An-
5\', e Alcaide-mór e Couteiro-mór de Lisboa, por doa-
tonio de Mariz Loureiro, de que Pedro Taques, Rev. do Inst. 1847, ção feita no anno de 1451. Teve de Isabel Bernardes,
pg. 449, Floresceu no tempo de Diogo de Mariz d'onde p r e m o a ir-
mandade. Foi, e mais uma irmá D. Maria de Marlns, c o m doe pp. que recebeu por mulher a João Pereira. . . . . .
do Cel. Theodoro de M. 8adrd. "João Pereira foi 4 O Senhor de Aguas Bellas e do
(8) @ avó8 do bispo de Coimbra. D. mancisoo de Lemos. RIH.
V., a. d - Morgado da Palmeira: casou com Isabel Ferreira, de
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 31
ad NOBILIARQUIA FLUMINENSE

que teve a Ruy Pereira e Violante Pereira, que casou tharina da Silva Sandoval, (1) e d'ella teve entre ou-
tros filhos,
com Francisco Sodré .
João Gomes da Silva Pereira, Moço Fidalgo da
"Ruy Pereira, herdou a Casa de seu pae, achou- dasa Real, Coronel de infantaria do Rio de Janeira
se na tomada de Azamor, quando o Duque de Bragança casou com D. Andreza de Souza, filha do Coronel Zg-
a foi conquistar: casou com Anna da Costa, de que nncio de Oliveim Vargns (Rev. 1841, 8 ) e de sua mu-
teve a João Pereira. lher D . Maria de Abreu de Soutomayor, em titulo de
"João Pereira herdou a casa de seu pae, foi mente- Abreus, supva, n.O 2-3, bisneta do Capitão Julião Ron-
capto e não teve filhos: teve tutores que administra. gel de lllacedo. Do Coronel João Gomes e D. Andreza
ram sua pessoa e bens. Por sua morte, tomou a Corôa de Souza, nasceu, entre outros filhos,
posse de Aguas Uellas; a que se oppoz Violante Perei- Andreza de Souza Pereira, natural da freguezia
ra, filha de João Pereira, acima nomeada, dizendo que
Aguas Bellas e seu termo e Padroado da Egreja da Tamby, que casou com Antonio Ferrão de Castello
dicla Villa, tirada a Jurisdicção, era Morgado patrimo- Branco Travassos, (bisavó do Coronel Theodoro, avós
riial, por ser quinta honrada e contada: e passados mui- do Cap. mór), filho de Callixto Ferrão de Castello
tos annos de contenda, alcançou sentença á Corôa Branco, natural de Almada, ao pé de Lisbôa, e de D .
Uuarte Sodré Pereira, filho d'esta Violante Pereira, Antonia Josepha Travassos (nal. de Lisbôa) ; neto pa-
na qual s e julgou por nu110 o fora1 que E1 Rey Dom terno de José Ferrão, filho de Antonio Esteves Ferrão e
Manoel deu á dicta villa, e que Aguas Bellas, e seu 1). 1 ~ n Antunes
4 da Costa, e de D . Francisca Travas-
termo e Padroado da Egreja, com os direitos e prero- 808, filha de Bernardo Rodrigues Martins e D . Violan-
gativas que hoje se conservam n'esta Casa por Morga- te Travassos, sobrinha de D . João LO, Patriarcha da
do patrimonial, tirada a jurisdicção. (sic.) . Ethiopia: moravam na rua das Mudas, freguezia de S.
Nicolau, em Lisboa, Tiveram: D . Anna Maria de Sou-
"Violarite Pereira, filha de João Pereira e de Isa- za Pereira, nascida em 5 de maio de 1728, casou coi~!.
bel Ferreira, casou com Francisco Sodré, filho de Duar- o Mestre de Campo João Barboza de S á Freire (era
te Sodré, que foi Alcaide-mór das Villas de Thomar e
Cea, e Veador da Casa de1 Rey Dom Manoel, e no dicto irmão de Francisco de M. Freire, o moço, bisavô do
Cel. Theodoro) (Pizarro, 18,33), nascido em 1716 e
seu filho instituiu o Morgado com obrigação do seu fallecido no Rio de Janeiro, com testamento, em 5 de
appellido, que hoje se conserva n'esta descendencll; e Dezembro de 1771, filho do Capitão Francisco Paes
foi tambem Duarte Sodré, Commendador d a Ordem Ferreira, o moço, Senhor do engenho de Guarátiba, e
de Christo, e foi neto de João Sodré, que teve moradia de sua mulher D. Brites de Sá Soutomayor Freire; ne-
de Fidalgo na Casa de1 Rey D . Affonso o 5." D'esta to paterno de Francisco Paes Ferreira, o velho, nasci-
Violante Pereira e seu marido Francisco Sodré nas- do em 14 de Novembro de 1646, em S . João de Merety
ceu Duarte Sodré Pereira, que alcançou sentença con- baptizado na freguezia da Sé. e de sua mulher D .
t r a a Corôa, como ficou dicto : casou com D . Dyonysia Maria de Macedo Freire de Soveral, nascida em Irajá,
de Sande, de que teve a Pernão Sodré Pereira, que
herdou a Casa de Aguas Bellas e acompanhou a E1 em 22 de julho de 1646, e baptizada n a freguezia da Sé;
neto materno do (p. IV, 93) Coronel Francisco de Ma-
Rey D . Sebastião á Africa, e foi Commendador de cedo Freire (Rev. 1841, 15) e de sua mulher e prima
Sanctiago de Lanhoso n a Ordem de Christo, por mercê D . Rarbara Viegas de Azeredo; bisneto, por seu avô
de1 Rey D. Philippe o Prudente: casou com D. Branca paterno, do capitão Domingos Paes Ferreira e D . Ig-
Caldeira, de que teve a Duarte Sodré Pereira. (se- nez de Almeida (pp. Coronel Theodoro) ; e por sua
gue) ". D'estcs D . S . e D . Guiomar, é filho o Coronel
Francisco Sodré Pereira (1) que casou com D. Ca- -- (1) Catharina da Silva vemo-la assignando a escriptura de com-
posiç&o dos padres da Companhia pelos índios e os moradores do r10
(1) Rev. 1854. 310. Ver a Corographla do pe. Carv.0 Vivia em do 1856. (Murahy) da banda de S. Lourenço, ! H . , 313, 20 de junho
hIarl~uhY
1666.
22 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS.ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 2'3

avô ( ? Y) D . Maria de Macedo Freire de Soveral, bis- Freire Ribeiro Duque Estrada e D. Helena da Cruz
neto de Lucas do Couto Viegas, o velho, filho de Ma- e Lemos: neta materna do Sargento-mór Ambrosio Dias
noel do Couto e D . Domingas da Costa, filha de Tho- Raposo, cidadão das villas de São José e S . João d'el
mé Rodrigues e I). Paula, e de sua mulher, D. Marian- Rey, Comarca do Rio das Mortes, e de sua mulher D .
na de Soveral (rrlibi D . Isabel Coitinho) filha de An- Anna Josegha da Cruz Duque Estrada, filha dos mes-
tonio de Macedo Viegas, Fidalgo da Casa Real; bisne- mos Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada e D . Hele-
t materno, por parte do Coronel Francisco de Mace- ris da Cruz e Lemos, dos quais era bisneta D . Maria
do Freire. de João Barboza de Sá Soutomayor, filho de Isabel da Visitacão; trineta por seu bisavô de Pedro
Manoel Rarboza Pinto, natural de Vianna, e de sua Freire Ribeiro e D . Anna Duque Estrada, filha de Hen-
2." mulher D. Philippa de Stí Soutomayor, e de sua r:que Duque Estrada, o fundador d'esta familia no Rio
mulher D. Joanna de Soveral F'reirk, filha de Francis- de Janeiro e dos engenhos dos "Duq~ies"em Itaborahy,
co de Macedo Freire, natural de Beja, Sargento-mór filho do fidalgo João Duque Estrada e D . Anna de Pa-
dc infantal-ia, e de sua mulher D . Joanna de Soveral rady, de sua mulher D. Theodosla da Rosa e Aguiar,
la

e Atouguia, filha de Antonio de Macedo Viegas s u p w ( . filha do Capitão-mór Nuno Fernandes de Aguiar, Pro-
Do Coronel João Barhoza de Sá Freire teve I). vedor da fazenda Real em Angola, e de sua mulher D.
Anna Maria de Souza Pereira 14 filhos, a saber: Magdalena da Rosa.
1. D . Anna de S á Sodré Castello Branco, bapti- D'este seu primeiro matrimonio com D. Maria Isa-
sr~daem 3 de Novembro de 1744, casada com o Mestre bel da Visitaçáo Ferreira, sua prima, teve o Capitão-
de Campo Fernando José de Mascarenhas Castello niór Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho,
Branco, filho do tenente-Coronel João de Mascarenhas filha unica:
Castello Branco, Governador da fortaleza de S . José
D. Maria de Macedo Freire de Azevedo, (1) viuva
(!r Ilha das Cobras, e de sua mulher D . Anna Theodo-
r a Ramos de Mascarenhas ; Paes do bispo D . José Joa- de seu primo o (2) Mestre do Campo João Alvares de
quim Justiniano Mascarenhas Castello Branco - Rev., Azevedo, Senhor do Engenho de Tapacorá; filho do
1839, 231; 1842, 268 - neto paterno de Gonçalo de Mestre de Campo Alexandre Alvares Duarte de Azeve-
Lemos Mascsrenhas, natural da Bahia, Governador de do, cidadão do Rio de Janeiro, familiar do S . officio e
Angola e de sua mulher D . Francisca Lins de Castello muito devoto do serviço de S. Magestade em comissões
Branco, nascida em 30 de Janeiro de 1667;; neto ma- que lhe incumbiram os governadores e principalmente
terno de Goncalo da Costa Ramos e sua mulher D . Se- o Conde da Cunha; e de sua mulher D. Anna Maria
.bastiana de Mascarenhas e Sequeira. Joaquina da Cruz ( 3 ) Ouque Eetrada. D'este casamen-
to nasceram 1.9 filhos, dos quaes se crearam e estabe-
2 . Francisco de Macedo Freire de Azeredo Couti- leceram os 9 seguintes, de que só mencionamos os no-
nho, nascido em 1747, doutor formado em Leis pela mes sem a s dignidades e posiçdes que têm occupado por
Universidade de Coimbra, Capitão-mór de Cabofrio, estarem todos vivos :
Senhor dos Engenhos de, Fóra e de S . Anna que foram
de seus paes e do engenho da Tiririca, na freguezia de 1 . O D . Maria de Macedo Alvares de Azevedo Tor-
Araruama, que lhè trouxe sua 1." mulher, e onde fal- res, Viscondessa de Itaborahy, casada com o Viscon-
leceu a 9 de Julho de 1823, com testamento. Foi casa- de de Itaborahy, Joaquim José Rodrigues Torres, Se-
do duas vezes: a l." com D. Maria Isabel da Visitação iiador do lmperio, Conselheiro de Estado, nascido no
Ferreira, filha do Mestre de Campo Miguel Antunes Porto das Caixas, filho do negociunte Manoel José Ro-
Ferreira e D . Thereza Francisca da Cruz Duque Es- drigues Torres e D . Emerenciana Mathilde Torres, fi-
trada; neta paterna do Capitão Manoel Antunes F e r -
reira, cidadão do Rio de Janeiro, e de sua mulher D . (1)
(2)
+ e m 23 de Agosto d e 1863, na CBrte.
Sargento-m6r.
Catharina de Lemos e Duque Estrada, filha de Pedro (3) "Lemas".
24 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 25

lha de Antonio Jose da Costa e sua mulher D . Joanna


8 O D . Francisca Paula de Azevedo Macedo Hen-
Maria Ferreirã.
riques, casada com Feljciano José Henriques, negocian-
2" D . Marianna de Macedo Alvares Soares de Sou- ttl matriculado na Côrte, filho de Apollinario José Hen-
za, casada com o Conselheiro Eernardo Relisario Soa- iiques e sua mulher L). Joaquina Antonia Rosa.
res de Souza, Dezembargador da Relação da Corte.
9' D . Maria Isabel de Azevedo Motta, casada com
' :I0 D . Annã de Macedo Alvares Soares de Souza, o »r. Francisco Joaquim de Souza Motta.
Viscondessa de Uruguay, casada com o Visconde do Em segundas nupcias casou o Capitão-mór Fran-
riruguay, Paulino José Soares de Souza, Senador do clsco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho com sua
Tmperio, Conselheiro de Estado, nascido em Paris, em prima no 4" gráo por ambos os lados D . Maria There-
1808, filho do D r . José Antonio Soares de Souza, irmão za de S i Freire, n . 25 de Março de 1790 em Bacaxá de
dc Conselheiro Bernardo Eelisario, e de sua q u l h e r D . Suquarema, fallecida, em 19 de Settembro de 1845, na
Antoinette Magdeleine Soares de Souza. siia fazenda da Tiririca, em Araruama, filha do Capi-
4O Francisco Alvares de Azevedo Macedo, Coronel tão-mór Antonio dos Santos Silva, natural de Saqua-
Comandante Superior da Guarda Nacional de Saqua- rema, falecido em 27 de Outubro de 1802 com testamen-
rema, A r a r u m i a o Cabofrio, cornmendador da Ordem t s e sua mulher 1). Maria Antonia de Sá Freire, dona
da Rosa, casado a. 1." vez com D. Maria Carolina Tor- c1a fazenda do "Mandingueiro"; neta paterna de Sancho
1'6s de Azevedo, irmã inteira do Visconde de Itaborahy; Manoel da Silva e I). Joanna Coutinho de Bragança;
e 2.a vez com D . Theodora da Silveira Bueno de Aze- neta materna do Coronel Luiz José de Sá Freire, n.
vedo Macedo, filha do Coronel Francisco de Paula em 1732 e sua mulher D. Maria Thereza Rangel de S&
Rueno da Costa, Commandante Superior da Guarda Freire; bisn. por Sancho Manoel da Silva do Capitão
Nacional da Campaiiha, fim Minas Geraes, e de sua José da Silva Motta, natural do Rio de Janeiro, falleci-
mulher D . Alexandrina Justiniana da Silveira Bueno . do no Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1727 com testa-
5 O D . Guillierrnina Leopoldina Alvares de Azevedo niento, e sua mulher D. Isabel Antunes, natural do Ca-
Lemos, casada com o D r . Cyrino Antonio de Lemos, kafrio, filha de Manoel Rodrigues Villafranca e l).
nascido na Campãriha em 2810, deputado geral pela Francisca de Magalhães, filho aquelle de Francisco de
sua provincia de Minas; membro do Tribunal do Com- Araujo Soares e D. Sebastiana da Silva; bisneto por
mercio da Côrte, e Secretario aposentado do Supremo D . Joanna Coutinho de Bragança de João Coutinho de
Tribunal de Justiça; filho do Barão do Rio Verde, João Rraganda, bastardo da Casa Real de Bragança; bis-
Antonio de Lemos e de sua 1." mulher D . Luiza Ama- neto pelo Coronel Luiz José de Sá Freire do Coronel
lia de Lemos. João Barboza de Sá, fallecido, em 1734 e sua mulher
6 V o ã o Alvares de Azevedo Macedo, Coronel Com- D . Clara de Souza Pereira fallecida em 1747, estc?
mandante Superior da Guarda Nacional de Itaborahy filha do Coronel João Gomes da Silva Pereira r
c Maricá, Commendador da Ordem da Rosa, casado I ) . Andreza de Souza, jh nomeados, e aquelle filho de
com D. Maria Adelaide Teixeira de Azevedo, filha de João Barbosa de Sá Soutomayor e D . Joanna de So-
Manoel T e i x e i ~ ade Carvalho e D . Maria Torres de veral Freire, tambem já nomeados; bisneta por D . Ma-
Carvalho, irmã inteira do Visconde de Itaborahy. ria Thereza Rangel de Sá Freire, do Tenente Luiz Bar-
7 O D r . Luiz Alvares de Azevedo Macedo, foi ma- boza de Sá Freirc e D . Maria Rangel de Azeredo Cou-
gistrado na Corte, presidiu a provincia de Sergipe, ca- tinho, filho aquelle de Pedro Barbosa Maximo de Sá e
sado com D . Lucinda Correa de Azevedo Macedo, fi- Soveral e filha esta, ao que supponho, de Sebastião
lha de Joaquim José Correa e D . Felicissima Clara Martins Coutinho, o velho, e D . Brites Rangel de Ma-
Correa . cedo, eni titulr, de Abreus, 8 2, n. 3-4, onde vem com o
nome de Maria Deniz Coutinho.
26 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULiAO R. DE MACEDO SOARES 2'1
- - - ,
--

D'este Z0 casamento teve o Capitão-mór Macedo: Iies, filha legitima dos mesmos Antonio Antunes e D .
A urelia Antunes .
1" Francisco de Macedo Freire, que morreu in- Voltemos agora aos filhos do Coronel João de Sii
fante ; J'reire e D . Anna Maria de Souza Pereira, dos quaes já
2 O Francisco de Maeedo Freire, que morreo sol- v ~ ~ u m e r a m.o s
teiro ; D . Anna de S& Sodré Castelo Branco, e o
3 O D . Anna Maria de Souza Pereira, que casou a Capitão-mór L)r. Francisco de Macedo Freire de
1." vez com o Capitão Alexandre Alvares de Azevecb Azeredo Coutinho. Seguem :
Castro, filho do Major Domingos Alvares de Azevedo,
3.' Capitáo João Barbosa de Sá Freire, casado com
Senhor de Engenho em Maricá, e sua mulher e sobri-
nha D . Marianna Jacintha de Castro e Azevedo-Lemos; I . . Maria Thereza de Sampaio das familias Sampaios,
neto paterno do Mestre de Campo Alexandre Alvares Proenças e Almeidas Castanhos, de que trncta o D r .
E u a r t e de Azever?~e D . Anna Maria Joaquina da Cruz Pedro Taques, na s u a Nobilinr'chia Ptrulistana que se 16
Tluaue E s t r a d a ; neto materno do D r . Joaquim Maria- impressa na Reuistcr do Irrstiiuto Histo?.ico, tom. 33, p.1,
r.o de Castro, Auditor do Regimento Novo do Rio de lxrg. 234 e seg . D'ella teve filha unica :
Janeiro. e Senhor de engenho n a freguezia d a Trinda- D. Arma Joaquina Barboza de Sá Freire, que ca-
de em Maricá, de cuja ascendencia se verão alguns su- sou com Francisco Moniz Tello de Sampuio, d'aquellas
jeitos n a Nobiliarchia Paulistana do D r . Pedro T a - mesmas familias, como melhor se verA da seguinte a r -
ques, impressa n a Revista do Znstitz~toHistorico, tomo vore :
33, p. 2, pag. 136 e 139; e de sua mulher D . Catharina
Francisca de Lemos e Azevedo, filha do Mestre de Antonio Rodriyues de Almeitla, (hvaiheiro T~jtlal-
Campo Alexandre Alvares Duarte de Azevedo e s u a go d a (;asa de1 Rey 1). João Y',teve de siia mulher I).
mulher D. Helena Caetana de Lemos, filha do Ca- Maria Castanho, natural de Monte-mór o novo,
pitão Manoel Antunes Ferreira e D . Catharina de Le- I).Maria Castanho, que casou com Antonio l'roen-
mos e Duque Estrada, já nomeados. E m 2." nupcias, qa e teve
casou D . Anna Maria de Souza Pereira com Luiz An-
tonio Ferreira Valente, c. g. D . Isabel de Proença, que casou COM Fr~rlcisc~~
Vaz Coelho, e teve
4' João Barboza de Azeredo Coutinho, Major Aju-
dante d'ordens do Commando Superior de Araruama, Manoel Vaz Coelho, que casou com I ) . Andreza
Saquarema e Cabofrio, solteiro. Vive em s u a fazenda tlc Almeida; moradores na freguezia do I r a j k ; e teve:
do " Calembe ", no Municipio de Saquarema, freguezia
de A r a r u a m a . D . Francisca de Almeida, que casou com Antonio
tlt: Sampaio, o P?+ocossoq~re, natural do Rio de Janeiro,
5" D . Maria de Macedo Soares, casada com o D r . ('c~mmendadorda Ordem de S . Bento de Aviz, por Al-
Joaquim Mariano de Azevedo Soares, filho de Alferes vará de 21 de Marco de 1647, registrado á fls. 280 da
Antonio Joaquim Soares e D. Maria Antonia Reginalda; ( ' h a n ~ e l l a ~ ida
a Ordem; filho de Lourenço de Sampaio,
neto paterno de Simeão Soares de Azevedo e D . Izabel e neto de Antonio de Sampaio, Capitão de Infantaria,
Maria Antunes, filha do D r . José d a Sylva e D. Joanna que, vindo da Bahia em companhia do Governador Ge-
Gomes Antunes, filha legitima de Antonio Antunes e ia1 Mem de S á a conquistar e f u n d a r a cidade do Rio
I). Aurelia Antunes ; e por sua mãe, neto de D. Joaqui- (ir Janeiro, assistiu ii victoria de 20 de Janeiro de 1567,
n a Francisca de Alvarenga, filha de José d a Costa Al- i alli ficou servindo. Teve: Miguel de Sampaio e Al-
varenga, de nobre geração, e D . Antonia Maria Antu- rieida, que casou com D . Barbara de Mariz, teve: Ig-
28 NOBILIARQUIA PLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAQ R . DE MACEDO SOARES 29

nacio de Sampaio e Almeida, que casou com D . Ursula 8. D . Joanna Carolina Moniz Tello, casou com
de Oliveira e teve Anacleto Venancio Valdetaro, irmão do Conselheiro
Manuel Pimenta de Sampaio, que casou com D . Blanoel de Jesus Valdetaro, Ministro do Supremo Tri-
Anna Joaquina de Menezes, filha de Francisco Moniz bunal de Justiça, c. g.
de Albuquerque e D . Maria Pimenta de Menezes, ne-
t a por varonia de Pedro Moniz Tello, Mestre de Cam- 9 . Joaquina Moniz Tello, caiou com Jorge Naylor,
pc dos Auxiliares do Rio de Janeiro, e de sua mulher !:xiylez, negociante na Corte. ,
E . Ignez de Andrade; bisneta de Egas Moniz Tello, 10. D. Dorothéa de Sampaio, casou com seu primo
Cavalheiro Fidalgo da Casa Real, natural da Ilha da o Tenente Coronel Antonio Tello Barreto, nlibi de Sam-
Riiadeira, e de sua mulher D . Maria Pimenta de Car- paio, filho do Capitão João de Araujo Vargas e de sua
valho, irmã do Rev. D r . João Pimenta de Carvalho, mulher D . Barbara de Almeida e Vargas; alibi D .
deão da S é do Rio de Janeiro, Vigario Geral e Provedor Maria Pimenta, irmã do mesmo Francisco Moniz.
do Bispado; trineta de Manoel Pimenta de Carvalho,
natural de Villa Viçosa de Alemtejo, e de sua mulher ~ o n t i n u c mos filhos do Coronel João Barbosa de
11. Maria de Arldrade, filha de Belchior de Andrade Sri Freire e D . A m a Maria de Souza Pereira, dos
de Araujo, da Villa dos Arcos de Valdevez. Desse ca- quaes ficam tres enumerados :
samento nasceu :
4. Antonio Barbosa de SH, nascido em 1760.
Francisco Moniz Tello de Sampaio, que de D . An-
na Joaquina Barboza de S á Freire, teve: 5. L). Maria Ignacia de Souza Pereira, n. 1751, sol-
Icira .
1. Egas Moniz Tello de Sampaio, casado com I).
Maria de Macedo, alibi Maria Joaquina de Menezes, 6. D . Urites de Sá Soutomayor, n. 1752.
.
filha de F. . . . . Fonseca e sua mulher D . Antonia So-
7. 1). Francisca de Sá Freire, n.O 1754.
dré de Macedo, irmã do mesmo Francisco Moniz; c. g.
2 . João Moniz Tello de Azeredo Coutinho, casado 8 . Monsenhor Joaquim José de S á Freire, n. 1758,
I.&vez com D . Francisca de Paula, e 2.a com D . Anto- ua Capella Real, +
16 de Novembro de 1821, na casa
nia Joaquina Villaforte, c. g. de ambas a s nupcias. onde morou, chamada Palacio de Chr.ysta1, pertencente
ac Cabido, na rua do "Rosario", esquina da dos "La-
3. Ignacio Moniz Tello de Sampaio, casado com toeiros" (hoje, de "Gonçalves Dias"). Sobre o falle-
uma filha de D r . José Balthazar d a Silveira; c. g. cimento do Monsenhor Sá Freire correu a seguinte
4. Manuel Tello, morreu solteiro; S. g. anecdota, que vem referida no Bruzil Historico, tom.
1, pag. 160:
5. Luiz Moniz Tello de Sampaio, Major da Gyarda
Nacional, serviu na Guerra do Paraguay, casado com 9. Manoel Paes Ferreira, n. 1. 7 6 l .
D . Marianna Barbara de Almeida, viuva S. g. do D r .
Antonio Francisco Leal, irmã do Coronel João Pedro 10. D . Barbara Viegas de Azeredo Coutinho
de Almeida, de Angra dos Reis, S. g. n . 1.762.
6. D . Maria Barbara Moniz Tello, falleceu sol- 11. José Ferrão de Castello Branco, n . 1.763.
teira ; 12. Bento Barboza de Sá Freire, n . 1.764.
7. D . Francisca Moniz Tello, casou com o D r .
Manoel Francisco Jorge d a Silva, Ouvidor de Matto 13. D . Escholastica de S á Freire, n . 1.765.
grosso. Filho unico, Francisco. 14 D . Marianna, n . 1.769.
30 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 31

LI - De Domingos Paes Ferreira e D . Ignez dt Do Capitão Francisco Paes Ferreira e D . Brites


Almeira, filha (1) de Diogo de Mariz Loureiro e dr S á Soutomayor Freire provem, entre outros filhos,
I!. Paula Rongel de Macedo ( 2 ) , nasceu em 1646.
O Coronel João Barbosa de S á Freire, que, como
Francisco Paes Ferreira, que casou com D . Ma- se viu, casou com D . Anna Maria de Souza Pereira,
ria de Macedo Freire de Soveral, filha de Lucas do de quem, entre 1 4 filhos, teve:
Coulo, o velho, e sua mulher D . Marianna de Soveral.
~ ~ e paterna
ta de Antonio de Macedo Viegas, digo, de O D r . Francisco de Macedo Freire de Azeredo
Mamel do Couto e D . Domingas do Couto; neta ma- Coitinho, Capitão-mór de Cabofrio.
ferna de Antonio de Macedo Viegas, Fidalgo 6:t Casa
Eeal; e por parte de sua avó paterna era bisnet.t de J á que demos os netos d'este, descendentes do seu
ThoniS Rodrigues, e sua mulher D . Paula da Costa. primeiro matrimonio com D . Maria Isabel de Visita-
b., quaes, pelos appelidos dos seus descendentes, s u p p ~
çáo Ferreira, bem é que demos tambem os descenden-
ir;os, serem t o s Costas Homens, Macedos e Albernazes, les netos do seu seguiido casamento com D. Maria The-
da ilha de S . Miguel, cuja geracão traz o D r . Gas- reza de Sá Freire.
par Fructuoso, na sua h i s t o ~ i a Genenlogiccc de S. Mi- Sua filha D . A m a Maria de Souza pereira, em
guel, caps. 5, 6, 26 e 36. Ias. nupcias com o Capitilo Alexandre Alvares de Aze-
Tiveram, entre outros filhos : vedo Castro, teve os seguintes filhos:
O Capitão Francisco Paes Ferreira, Senhor do eri- 1.O n. Anna de Macedo Alvares dos Sanctos, ca-
genho de Guáratiba, casado com D . Brites de Sá Sou- s;ida com seu primo Honorio Antonio dos Sanctos, fi-
tomayor Freire, filha do Coronel Francisco de Mace- ~ dos Sanctos e D. Luiza, irmã inteirti .
lhc de J O SAlves
dt- Freire, e de sua mulher D . Barbara Viegas de Aze- da dicta D . Maria Thereza de S á Freire.
redo (alibi, de Macedo Viegas) ; neta paterna de João
Barbosa de S á Soutomayor e D . Joanna de Soveral Frei- 2 . O D. Maria de Macedo Alvares Mergulhão, ca-
r e ; neta materna de Alferes Lucas do Couto, o moco. mda com João Bernardo Alvares Mergulhão Bandeira,
e de sua mulher D . Isabel Coutinho; bisneta paterna, . (1) natural de Coimbra, em cuja Universidade dizia
por seu avô João Barbosa, de Manoel Barbosa Pinto, em este que seu pae fora lente; falecido - 1877. Tem 3
srgundas nupcias com D. Philippa de Sá Soutomayor .
fj!has : 1." D Jesuita ; 2." D . FIorinda ; 3." D. Olga.
(foi sua primeira mulher D . Brites Rangel, filha do 3 . O . Fmncisco Alvares de Azevedo Castro, fdle-
Commendador Diogo de Sá da Rocha, natural de Vian- ciclo, solteiro.
na, e de sua mulher D . Brites Rangel, filha de Anto-
nio de Macedo Rangel; bisneta pabrrna por sua avó 4.O Alexandre Alvares de Azevedo Castro, casado
D. Joanna de Soveral Freire, de Francisco de Macedo com D . . . . Deixa 1 filha: D . . .
Freire, Sargento-mór de infantaria, natural de Béja, e 5." TI. Marianna Luiza de Macedo Coitinho, ca-
cic sua mulher D . Joanna de Soveral e Atouguia, filha
sada com seu primo Marcellino dos Santos de Azeredo
+o referido Antonio de Macedo Viegas; bisneta mater- Coutinho Junior, filho do Capitão Marcellino dos Sanc-
na, por parte do Lucas do Couto, o moço, de Lucas do tos de Azeredo Coutinho (que vive, em 1877, com mais
Couto, o velho, e sua mulher D.Mariana de Soveral, dc 90 anos, na sua fazenda do Mandingueiro, herdada
filha do dicto Antonio de Macedo Viegas.
-
(1) João Bernardo Alvares MergulhBo Bandeira (tirou o AI-
(1) A fls. 1 5 est& como irmã e mio filha de Diogo de Mariz. vares ,de sua mulher) era filho de José Freire MergulhtBo Bandeira, c
(2) O Dr. Macedo Soares riscou a lapis desde Diogo até Ma- D Florinda Rosa Freire da Fonseca. Tem um irmBo Ismael Freirc
c : ~ ~eo por cima escreveu tambem a lapis "do Dr. Antonio de Ma- Mergulháo Bandeira, casado com D. Olmira. São da freguezia d a
r z e D. Isabel Velho". Moimenta da Beira Alta.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 33
32 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

de seus paes, em Saquarema), irmão inteiro da dicta nio; bisneta, por seu avô Francisco Duarte, de Fran-
D . Maria Thereza de S á Freire, de sua mulher D. Lui- cisco Duarte e Silva, natural da Villa do Rio Bonito,
za Duque dos Sanctos, da familia dos Quintanilhas. c D. Maria Francisca dos Sanctos; bisneta, por sda avó
Das 2.as nupcias com Luiz Antonio Ferreira Va- D . Maria Francisca, de João Francisco dos Sanctos e
lente, teve D . Anna Maria de Souza Pereira um casal D . Anna dos Sanctos, fazendeiros em Itaborahy, d'ondr
de filhos: se mudaram para Mato-grosso, em Saquarema ; bisne-
ta, pelo Major Adeodato, do brigadeiro Felicissimo Jos6
1. Luiz Antonio Ferreira de Macedo, que está Victorino de Souza, vivo ainda em 1819. ut fls. 109
solteiro. L notas Cabofrio, e D. Anna Angelica Victorina de
O

Souza, (1) ambos naturaes de Maricá; bisneta, por


2 . D . Guilhermina Luiza de Macedo Gomes, ca- D. Francisca Rosa, do Capitão Antônio Gonçalves Rico
sada com Luiz Pereira Gomes, filho de Antonio Pereira e D . Anna Vicencia; trineta, por seu avô e bisavô pa-
dos Sanctos e D. . . da familia dos . . . de Araruama. ternos, de Manoel Duarte e Silva e D. Aurelia Maria de
A 2." filha do Capitão-mór Francisco de Macedo Paiva; e trineta, pelo Capitão Antônio Rico, de Manoel
com D. Maria Thereza. D. Maria de Macedo Soares teve Conçalves Rico, mais conhecido pela autonomasia de
dc seu matrimonio com o Dr. Joaquim Mariano de Aze- Capa de rato e Branca Rosa de Nazareth + em sua
vedo Soares, 15 filhos, a saber: fazenda do Boqm. de S . José, Saquaremn, aos 7 de
Dezembro de 1774; 4." neta Manoel Gonçalves Rico c
1. O Dr. Joaquim Mariano de Macedo Soares, ca- Francisco de S . Antonio.
sado com L). Maria Paula de Azevedo da Macedo Soa- 4 . O Alferes João Augusto de Macedo Soares,
res, filha do Major Luiz Manoel de Azevedo Soares, Se- casado com sua parenta D . Maria Gertrudes Ribeiro
nhor do engenho do Bananal, em Maricá, irmão in- de Macedo Soares, filha de José Pinto Ribeirci
teiro do dicto Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soared. c D . Maria Custodia Vieira Ribeiro; neta pa-
e de sua mulher D . Carolina Luiza de Azevedo, des- terna de Vasco Gomes Pinto, vivia ainda em
cendente de Sebastião Martins Coutinho, o velho, e lb22, que a 13 de Abril de 22 assignou como testemu-
sua mulher D . Brites Rongel de Macedo, referidos no nha a escriptura de que dá noticia o livro dos
texto do M. S., 5 2. .
Marinhos, in fini: e D Bernardina Rosa da Con-
2 . O D r . Antonio Joaquim de Macedo Soares, ceição; neta materna de Francisco Pereira da Cos-
casado com D . Theodora Alvares de Azevedo de Ma- t a Vieira, natural da ilha do Pico, e D . Ger-
cedo Soares, filha do Coronel Francisco Alvares de Aze- trudes Maria Custodia; bisneta, por seu avô ma-
vedo Macedo e sua 2.a mulher D . Theodora da Silvei- terno Francisco Pereira, de Antonio Pereira da
r a Bueno de Azevedo Macedo, tambem já mencionados. Costa Dias e D. Agueda Thereza Vieira (como vimos
c10 seu testamento, no 2.O cartorio, em Araruama) ; bis-
3 . Francisco Americo de Macedo Soares, casa- neta, por sua av6 materna D . Gertrudes, de Manoel
do com D . Feliciana Duarte de Macedo Soares ( I ) , Custodio Pacheco de Rezende e D . Anna Josepha An-
filha do Tenente João Duarte dos Sanctos e D.. Anna tunes, e por esta, trineta do Dr. José da Silva e D.
Angelica, Victorina de Souza; neta paterna do Alferes Joanna Gomes Antunes, filha legitima de Antonio An-
Francisco Duarte e Silva, e D. Maria h a n c i s c a dos tunes, e D . Aurelia Antunes.
Sanctos; neta materna do Major Adeodato José Victo-
rino de Souza e D. Francisca Rosa do Sancto Anto-
--Em (1) 8 de Janelro de 1821 nas notas do tabellii%oda cidade
--- de Cabofrio, D . Anna A. V. de'Sousa, viuva do Brigadeiro Feli-
cissimo Victorino de Souza, fez procurpçáo geral, que assignou dt
( I ) I.&mulher, falleclda em 28 de Out.0 de 1881, de parto; seu punho com lsttra corrente e firme. Na escriptura ils. 110 das
mulher 6 D. Mar a Eulalia de Lima, filha ........................ nctas de C> Frio, (1820) apparece D. Anna coma viuvs do briga-
com quem casou Francis-o Americo em 1 de jan. de 1883, na Corte. C?eirO Felicissimo José Victorino de Souza.
freguwia de ........................
34 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. D E MACEDO 35
--- -- SOARES
--

5 . D . Maximiana de Macedo Soares Alves, casa- iihor do engenho da Posse, em Maricá, onde era o che-
da com seu primo-irmão José Mariano Alves, filho de fe do partido IiberaI.
Joaquim Mariano Alves, Senhor do engenho de Cordei-
ros, e D . Maria Carolina de Azevedo Alves, irmã intei- 10. 1). Mariana Mathilde de Macedo Soares, sol-
ra do Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares; neto ieira .
p:,terno de José Alves Pacheco e D. Marianna Bernardh 11. José, +, ao nascer.
de Jesus; bisneto paterno de Antônio Pacheco de Fi- 12 José Eduardo de 1Vlacedo Soares, pharmaceu-
gueredo e D . Perpetua Alves de Rezende; bisneto, por LKO pela & aculdade de Medicina da Corte, casado com
sua avó D . Mariana, de Simeão Soares de Azevedo e 1). bandids de Azevedo de Macedo Soares, filha do
1). Gabe1 Maria Antunes, filha do dicto D r . José da Lapitáo José Paulo de Azevedo Sodré e ll. Candida
Silva e D. Joanna Gomes Antunes, que era filha dos iiibeiro de Azevedo Sodré; neta paterna do Capitão
rt-feridos Antonio Antunes e I). Aurelia Antunes. EI sse:; 1~omlngosAivares de Azevedo e L). Paula dos 2anctos
l'achecos e Rezendes, vêm dos de que tracta o D r . Gas- Sodré; neta materna tios jii referidos Coronel Manoel
par li'ructuoso, na sua H i s t h i u Geneuloyiccc cl« ilhu d e Kibeiuo de Almeida e L). Aiina Alexandrina de Jesus
S . Mzguel, Caps. 3, 4, 10 e 2 7 . llibeiro; bisneta paterna do iVlajor Domingos Alvares
de Azevedo e I>. Mariana Jacintha de Castro e Azeve-
6. Mária, -1 ao nascer. do Lemos, iilha do D r . Joaquim Mariano de Castro
7 . D . &ria da Gloria Ribeiro de Almeida, ca- e sua mulher L). Catharina Francisca de Lemos e Aze-
s i d a com o Major Joayuiryi Ribeiro de ~ l m e i d a(viu- vedo, n'outro loyai. mericionados; bisneta paterna, por
vc, de D. Delphina da Veiga, filha do Commendador sua avó L). Paula, do Capitão-mór José Pereira Sodré
João Pedro da Veiga, Thezoureiro das Loterias da Cor- e I ) . Paula Isabel dos Sanctos (aquele desceriueri~r
dos Sodrés de que fallam o texto no 1-4, esta nota,
t e ) , iilho do Coronel Manoel Kibeiro de Almeida, Se-
t ~ a c t a n d odos sodrés Pereiras, Senhores da Villa dai.>
nhor do engenho do Lagarto, em Maricá e D . Anna
Alexandrina de Jesus kibeiro; neto paterno do Tenen- Aguas Bellas, em Portugal) .
te Coronel Joaquim Ribeiro de Almeida, Senhor do dic- 1 3 . Brotero Frederico de Macedo Soares, estu-
to engenho do Lagarto, Provedor da S . Casa de Mise- tliinte da Eschola Polytechnicil.
rxordia da Corte, Thezoureiro das Loterias, e D. Maria
l'hereza da Silva Ribeiro, filha do Capitão José da Sil- 14. Adolpho Aprigio de Macedo Soares.
va Alves, Senhor do engenho do Lamarão, na freguezitl 15. Manoel Theodoro de Macedo Soares, estudan-
de Campo Grande, e I). Maria Thereza de Jesus; neto : Curso de Phiirmacia da Faculdade de Medicina da
t ~ do
niaterno de . . . . . . . . . . . . . . . . . . ('õrte. Formou-se em 82.
8. D . Joaquim Emilia de Macedo Soares, sol-
teira. a
O S r . Dioyo de Mariz Loureiro foi Procedor de
9. D . Anna de Macedo Soares Dias Menezes, Alfandega do Rio de Janeiro, cargo em que succedeu a
casada com Antonio de Souza Dias Menezes, pharma- seu pae, e exercia pelos annos de 1607, como se vê nos
ceutico formado pela Faculdade de Medicina da Corte; Annaes do Rio de J a n e i ~ ode Balthazar da Silva Lis-
filho d o pharmaceutico portugues Antonio de Souza boa. Foi sua mãe D. Isabel, a velha. Não duvidamos que
Dias e sua mulher D . Rosa Alexandrina de Menezes, Antonio de Mariz houvesse casado com Lauriana Si-
filha do pharmaceutico Antonio José Ferreira de Mene- itiôa, natural de S . Paulo, como refere o mesmo chro-
zes e D . Cherubina, filha do Alferes José Gomes da nista; seria, porem, segundo casamento, de que não
Cunha Vieira, Commendador da Ordem da Rosa, se- fcllla o Dezembargador João Pereira Ramos, no texto
36 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULLBO R. DE MACPDO SOARES 37-

supra, nem os papeis do Capitão-m6r Francisco de Ma- Cardeal Rei. Mem de Sá lhe deu huma sesmaria de
cedo, nem os do coronel Theodoro de Macedo Sodré, huma legoa de terra ao longo do mar, e duas ao ser-
nem nenhum outro de tantos documentos e arvores ge- tão, começando das barreiras vermelhas. hlle se achou
nealogicas que temos A vista. O solar dos Marizes e com Antonio Salema em Cabo Frio contra os France-
S . Emilião de Mariz, vigaria annexa ao convento de zes que com os Indigenas vivião e commerciaviio, que
Villar de Frades, freguezia do termo e Comarca de Bar- foram desbaratados e as aldêils assoladas em 1 8 de
cellos, em Portugal. "Familia nobre (diz o padre An- Iievereiro de 1578: servio de Provedor da Real Fa-
tonio de Carvalho, tom. I.", pág. 268), que em todos os zenda em 3 de Dezembro de 1578, declarando-se na
tempos de grandes subjeitos, cujas Armas são um cam- nomeação que apresentava instrumento da qualidade
po azul cinco vieiras de ouro em cruz entre quatro rosas de sua pessoa; servio igualmente de Provedor da Al-
de prata, riscadas de preto; timbre, um leão nascente fandega; pelejou sempre mui valorosamente em todas
de azul com uma vieira na cabeça. O licenciado Manoel as guerras, com referia a Provisão de Provedor da
de Araujo de Castro, no seu Livro de Armas manus- Alfandega, passada a seu filho Diogo de Mariz a 31
cripto não lhe dá por timbre o leão, mas uma espada dc Dezembro de 1606. Teve carta de Brazão de Ar-
com uma cabeça de um principe mouro na ponta, mas, que se acha rio T. 1 . O do Arsenal Eiemldico, fl. 616
assim como um .cavalleiro a apresentou na batalha de a 617, dada em Evora a 14 de Settembro de 1534, em
Ourique a E1 Rey D . Affonso Henriques, depois de que se declara descender da linhagem dos Marizes, Fi-
haver morto aquelle barbaro, de que a tirara. A casa dalgos de Cota d'Armas por seu avo Lopo de Mariz,
do Paço do Mariz ou Arzemil, querem alguns seja o cujas Armas &o em campo, cinco vieiras de ouro ris-
mesmo de que se originou este appellido, chamando-se cadas, e de preto em cruz, entre quatro rosas de praia,
Marizes os Senhores d'elle, é hoje Morgado dos Ferrei- entre pallas e faixas, e por differença huma brica de
rzs, e o primeiro que esta familia o habitou foi Alvaro prata com um anel de vermelho, elmo de prata, guar-
F'erreira, filho segundo de Ayres Ferreira, Senhor da necido de ouro, paquife de ouro e azul, e por timbre
Casa e Quinta de Casal dos Cavalleiros, e de sua pri- hum meio leão de azul com huma vieira de ouro sobre
meira mulher Genebra Pereira". n cabeça". Antonio de Mariz deve ter fallecido pelos
fins de 1584, começos de 1585, porque por Provisão
Nos citados Annaes do Rio de Janeiro, tom. 1 . O . de 19 de Janeiro d'este anno, o Governador Geral Ma-
pág. 328, lemos a seguinte noticia biographica de An- noel Telles Barreto, nomeou a Ayres Fernandes, Mom-
tonio de Mariz: "Antonio Mariz, da familia e ramo dos posteiro-mór do Rio de Janeiro, po?. fallecimento de An-
Marizes, Fidalgo do Reino, servio como era digno do tonio de Mafvix,segundo refere Balth. da Silva Lisboa,
seu nascimento, assim nas guerras, como nos negocios nos Annaes do Rio de Janeiro, tom. 1, cap. 6 .j 8.
politicos e civis; e serviu de Mamposteiro-Mór dos Cap-
tivos e Provedor da Fazenda Real, e morreu nas acções
contra os indios. Elle em 1561 pediu terras a Pedro
Collaço, Capitão-mór de S . Vicente, por Martin Af-
IV - Belchior Rongel de Macedo.
fonso de Souza dizendo ser morador naquella Capita- Dr. Euzebio Alvares Ribeiro - José de Azevedo
nia, casado, e que na borda do Campo, onde se chama Coitinho de Macedo - Estes dois e mais Jeronymo Coi-
Ipiranga, termo da Villa de Piratininga, pediu huma tinho d a Silva, aos 1 5 de Janeiro de 1747, nas notas do
mata virgem hum pedaço de dez tiros de besta comprido tubelliam da Cidade de Cabofrio, Francisco Gomes 'da
c de largura outro tanto; que lhe fora concedido por Fonseca, por escriptura publica a fls. 43 do L." XVI,
Carta dada em S. Vicente aos 18 de Junho de 1561: lavrada n a fazenda de N . S. do Cabo do Paraty, ter-
passou-se para o Rio de Janeiro em 1567, e levou sua mo da cidade da Assumpção de Cabofrio, pertencente
mulher D . Laureana Simôa, foi n a guerra armado Ca- R Antonio Rodrigues de Mel10 e sua Consorte Luiza de
valheiro em 1578, cujo Alvará foi confirmado pelo Muurn, compraram a estes uma sorte d,e terras, que ti-
38 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 39

nham havido de D. Barbara de Madureira, viuva do "Transcripto de uma carta do Exmo. S r . Gene-
Cap.-mór José de Mcura Corte Real, sitos na restinga da ral que mandou lançar n'esta nota o Cagitão Mór Ani-
praia de Maçambaba, que principia no logar chamado ceto da Cunha Castello Branco.
Maçambaba, até a lagôa chamada do Ipitanga, que po- "Justamente entra Vm. na duvida de poder abi-
derá ter 4 leguas ou o que se achar, reservando para ir bar o lhestre ue w m p o ~oziode ADreu Pereira, sol-
a lagoa Pernambuco por 800$000. No fim da restinga, dados para auxiliares ao seu terço no districto de Vm.:
G juncto da lagôa de Ipitanga tinham elles vendido 30 L u lne orueno se abscerina a este procedimento c n ~
braças a Pedro Alvares Lugo, da costa do mar grosso segunda oruem minha, que sem ella Vm. lhe embara-
até a Lagôa de Iraruama. A rogo de D . Luiza de Moura sara a reIeriua ctiiigencla. - Lleus que actue multou
assignou um filho João Jacques de Mello. annos. kio ue Janeiro, a 24 de ~\iovembrode 1745. -
Cosme Rangel, Varnhagem, I, 339, era irmão de Gomes Freire de Anurade. - S r . Capitão Mor Xni-
Julião Rangel . ceto ua Cuiina de Castello Branco".
Vicente Rangel, idem, Ibid, 354, parece tambem
era, attentos os annos em que ambos viverão e a edade '-Lnao se coritirina mais nu uicta carta, que aqui
que deviam ter, um feito ouvidor geral em 1581; o lancei em uezasete de JLtllelrO de l'i4t.i annos. - k'r~rr-
outro, concessionario de uma sesmaria (1584) conce- cisco Gomes aa r onseca ' . (2)
dida pelo governo; e Julião Rangel, ouvidor do Rio de João DUARTE, 1 12 de Janeiro de 1881.
Janeiro em 1583 e depois Escrivão de Orphãos.
Responde-se a diffamação da memoria de Vasco Filhos :
Fernandes Coitinho por Varnhagem com a leitura de 1. D. Francisca Candida I h a r t e de Souza, S.
João de Barros e Gabriel Soares, contemporaneos
Vasco foi apenas infeliz, como forão a maior parte dos 2. Felisaimo
donatarios, dos quaes entretanto, Varnhagen desculpa
e lamenta os revezes. E m alguma parte do tomo 1 . O da
3. .
D Januaria Candida L). dos S . Lemos, c.
2.&edic. elle diz não carregar a mão sobre Chistovam 4. Claudio D. dos S . e Souza, S.
de Barros si bem me lembro, filho de Antonio Cardoso
de Barros, para não infamar a memoria do descen- 5. D . Joaquina Seryia D . dos Sanctou, S.
dente de um dos 12 primeiros donatários. Não duvida 6. D. Aurelia D. dos Sanctos Souza, c. com
confessar-se parcial aqui, para s6 se mostrar {mparcial, J . Felizardo de Oliveira.
mas lá a seu modo, com o donatario do Espirito Sanc-
to, tambem um dos doze, que, alem das mais desditas, 7. D. Ryp. Clara Uuarte de Figueiredo, viuva
teve a do leão da fabula, aquelle alquebrado, etc., etc. de ... Figueiredo.
Um filho de Cosme Rongel, em 1640, destinguiu- 8. D. Feliciana, c.
se nos actos d'acclamação de D . João 4 . O E r a moço,
devia de ter os seus 40 a 50 annos, e parece era mais 9. Juliáo Duarte dos Sanctos.
velho. E então Vicente Rangel de Macedo não podia 10. João Baptista D . dos Sanctos.
deixar de ter sido irmão ou primo de Cosme e de
Julião Rangel. (1) . 11. Euzebio D. da S . Paiva.

Mestre de Campo João de Abreu Pereira.


12. Pedro D . dos Sanctos Souza
No livro XVI deu notas de Cabofrio, fls 6 v, lê-se: 13. Lucio D. dos Sanctos Souza.

(1) Notas escritas na capa do ma.,pelo h. Macedo atoares. (2)'lWlha avulsa encontrada entre as phglnas de ms., copiada por
J. R . M. S .
40 NOBILIARQUIA FLUMINEI'iSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 41
14. Herdeiros de Epiphaneo I). dos Sanctos
Souza, casado com D . Maria Soares de Azevedo Duarte, Joanna de Souza, filha de Ambrozio de Souza e de
R saber sua mulher D . Justa de Azeredo e teve d'este matri-
monio o unico filho que segue:
1. D . Anna Paula Duarte de Azeredo, c. depois Julião Rongel de Souza, neto igualmente de Vas-
com seu tio Pedro Duarte, 18 annos. co Fernandes Coutinho, Donatario da Capitania do Es-
2. Alberto Duarte de Azevedo, 17 anriou. ~ i r i t oSanto, que acompanhou a Mem de S& na Veri-
ficacão do Rio de Janeiro. e expulsão dos Francezes e
3 . 1). Joaquina Sergia Duarte de 'Azevedo, 1 4 serviu nas Guerras com Estacio de Sá. Serviu de Es-
alinos. (1). crivão da c a m a r a do Rio de Janeiro, e Ouvidor n a Ci-
dade. e seus descendentes tiverão Brazáo de armas em
12 de Julho de 1746 esquartelado; no primeiro quar-
tel as armas dos S O U Z ~doS Prado. que são escudo es-
auartelado no primeiro asquinas de Portural. no se-
vundo em campo de prata um Lego rompente verme-
Julião Rurigel de lllacedo, natural de Portugal, lho e assim os contrarios; no s e a n d o auartel armas
veiu ao Rio de Janeiro na qualidade de Capitão, nas dos Coutinhos: que são: um campo de Ouro cinco es-
guerras contra o gentio. trellas vermelhas, postas em cantos de cincn nontns cada
, Casou com D . Brites Sardinha. irmã do primeiro uma: no terceiro quartel as armae dos Pereiras. qiie
PreIado do Brasil, filha legitima de João; Gomes Sar- sán em camno vermelho uma criiz de prata florente e
dinha e de sua mulher D . Philippa Gomes da Ilha da vasia do Campo; no quarto quartel a s armas dos Ron-
Madeira, oriundos de Setubal ; n'esse matrimonio teve : w i s criie são um CarnDo azul uma flôr de Liz de P r a t a ,
orla de ouro com sete ramos verdes abertos com hams
D . Paula Rangel de Nacedo. s ~ n m i ~ i rimo n ~ de m a t a aberto. airarnecidn de o i m
Belchior Rangel de Maceda. naauife dos metaes e cores das armas. timbre o d n ~
Cnutinhos. r i i i ~6 um Leão andante vermelho com i ~ m n
Gaspar Rangel de Macedo C ~ i ~ e l l íde
i fl6res na m l n direita. e urna estrella de
oinro na esnnda. e Dor differenca hrica de prata com
Balthazar Rongel de Macedo. um trifolio de Ouro.
D . Maria Rangel de Macedo. Foi rasadn rnm D. 1,eonor Caldeira filha de M a -
f h i a s Pinto Caldeira e teve:
D .Beatriz Rangel de Macedo.
Ralthaxar Rannel de Souza
D .Irania Rangel de Macedo. Matheus Pinto Caldeira
D. Isabel Rangel de Macedo. Relchior Rangel de Souza.
- Balthazar Rongel de Macedo, quarto filho de Salvador Range1 de Souza.
Julião Rangel Macedo e sua mulher D . Brites Sardi- - Baltazar Rangel de Souza (n." 4). filho de
nha, casou n a Capitania do Espirito Santo com D . Julião Rangel de Souza e D . Leonor Caldeira; casoii
com sua prima D . Angela de Mendonca, teve:
(1) Estes nomes constam de uma rolha avulsa escrita Pelo Julião Rangel de Souza.
Dr. Macedo Soares, encontrada tambem entre as folhas do Manus-
cripto, cuja copia vae transcripta ( J . R . M. S. ) .
(2) Este manuscripto creio ser da lama do solicitador E!:h D . Joanna de Souza.
Duque Estrada: as signaes a lapis azul que se vêm no original são
do Dr. Macedo Soares. ( J . R . M. 8 . ) . D . Ascença de Mendonça.
DRS. ANT.' Jm. E JULIÃO R. DB MACEDO SOARES 43
42 NOBILIARQUIA FLTJMINENSE -
- Julião Rangel de Souza (n.O5), filho de Bal- 3. D. Josepha
thazar Rangel de Souza, foi casado duas vezes, a La
com D . Maria Mendonça Borges, filha de Manoel Car-
4 D . Barbara
dozo Leitão e de sua mulher D. Maria de Mendonça 5. D. Antonia
3 d'este Matrimonio teve D. Angela de Mendonça, ca-
sou 2.& vez com D . Maria Josepha Pereira de Mariz 6. Balthazar
e teve: D . Maria Joanna, filha mais velha do Dr. Mi-
Julião Rangel de Souza Coutinho puel Rangel, casou n'esta freguezia de Guaratyba com
Sebastião Rodrigues, natural e baptisado na fregue-
D . Josepha da Silva Pereira zia de Montojo no reino de Portugal, filho legitimo
D. Antonia de Souza de Cypriano Rodrigues de Almeida e de sua mulher
i'). Catharina Vaz de Albuquerque . Sebastião Rodri-
D. Catharina da Silva Sandoval guez com testamento aos 18 de Marco de 1815, sem
deixar sucessão.
I3 .Luiza de Souza D. Catharina Rangel de Souza, filha segunda do
D . Thereza Joaquina . Dr. Miguel Rangel e de sua mulher D . Helena Frei-
re, solteira ainda em vida de seus pais.
D r . Miguel Rangel de Souza Coutinho. D. Josepha, terceira filha do D r . Miguel Ran-
gel e de D . Helena Freire depois de seus pais, no
Julião Rangel de Souza Coutinho. nroõrietarfo estado de solteira, 30 de Março de 1789.
dos Officios de seus avós; tendo-SP passado á LisbGa D . Barbara Luiza Perpetua Rangel, quarta filha
casou alli com D. Maria Antonia de Alencastro e dtr Dr. Miguel Rangel e D. Helena Freire, casou nesta
tendo fallecido sem sucessão, competia á propriedade freguezia em 10 de Julho de 1797, com o Alferes José
dos officios a seu irmão D r . Miguel Rangel, o qual Aptonio de Azeredo Coutinho, seu parente, filho le-
requerendo para si a dita propriedade, o Governo Por- gitimo de Francisco Martins Tenreiro e de sua mu-
tinguez já havia encartado outro individuo de nome lher D. Anna Maria D'Ascenção, batisado na fregue-
André Martins de Rritto, por somma maior de 40 aia da Candelaria da Côrte e do matrimonio houverão:
mil cruzados. . - - -- -. ,--- - -. D. Helena, baptisada em 23 de Abril do anno de
Dr. Miguel Rangel de Souza Coutinho, filho le- 1800, nascida em 21 de Março do mesmo anno. Seu
ritimo de Julião Rangel de Souza e de sua mulher +
yae .já vivo fez testamento em 5 de Abril de 1810, em
D . Maria Josepha Pereira da Mariz, foi moço fidalgo 18 de Abril do mesmo ano.
da casa real, fez seu assento na freguezia de Guara- D. Helena Rangel de Azeredo ( 5 4 . O n.O 8), ca-
tyba, onde tinha propriedade, e casou com D. Helena nou nesta freguezia com um seu parente, chamado Ju-
Freire, filha legitima de Bento Figueira Bravo e de H&o Rangel de Azeredo Coutinho, filho legitimo do
sua mulher D . Josepha Freire, esta filha do Capitão Sargento-mór Antonio Nunes Villa-forte e Ele sua mu-
Pedro Pereira Ribeiro e D. Josepha Pereira Ribeiro, lher D . Antonia Joaquina Rangel. Este casamento
e que ficara viuva do Capitão Mór Francisco Antu- foi celebrado em 23 de Julho de 1810 e teve:
nes Leão, e teve d'este segundo matrimonio os filhos 9. Julião Rangel de Azeredo Coutinho.
seguintes :
O. D. Maria Paula Rangel.
1. D . Maria Joanria
Julião Rangel de Azeredo Coutinho casou nesta
2. D. Catharina freguezia em 8 de Dezembro de 1848, com D. Amalia
44 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE ANT.O Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES
-DRS. 43

Duque de Castro, filha legitima do Capitão Florenti- 8. D . Luiza n.O 12 de Janeiro de 1793, bap. 6
n~ Duque de Castro e de sua mulher D. Josepha Tho- de Fevereiro do mesmo anno;
mazia, que ficou viuva de Francisco de Macedo Sodré.
8 . D . Antonia n.O 18 de Julho de 1794, bap. a
Teve : 28 do mesmo anno;
10. Antonio. 8 . Antonio, n.O 5 de Setembro de 1795, bap. n
10. D . Amalia, casada em Itaguahy com Hono-
+
22 do mesmo mez, 9 de Março de 1813;
rato Cesar da Silva, com 4 filhos. 8 . D . Rosa, n." 13, de Outubro de 1797, bap. a
18 do mesmo mez ;
10. D . Clarinda, casada com Francisco da S .
Campos Bayer, filho de J . Luiz Bayer e D . Rosa Ma- 8. José n.O 8 de M a r ~ ode 1800, bap. a 1 de
ria de Oliveira Campos. Abril do mesmo anno;
10. Amelia. S. D . Antonia, n.O 15 de Maio de 1801, bap. h
1 de Junho do mesmo anno;
10 . D . Thereza
8. Francisco, n.O 27 de Janeiro de 1804, bap. n
1 0 . D . Adelina. 20 de Fevereiro do mesmo mez;
D . Maria Paula (8 4." n.O 9 ) , casou na villa de 8. D . Anna, n." 5 de Junho de 1805, bap. a 1 4
Itaguahv com Francisco de Oliveira Coutinho, o qual de Junho de 1805, bap. a 14 de Junho do mesmo
fallecendo sem successão, passou a viuva a casar-se :mno (1).
COM Antonio de Oliveira Sampaio, que fallecendo sem
successão os seus bens ficarão no casal e reverterão a D . Antonia Nunes Villa-forte (8 5 n.0 8) casoii
Julião Rangel de Azevedo seu irmão por deixa. (1) riesta freguszia com o Capitão João Muniz Tello; fi-
lho legitimo de Francisco Muniz Tello de São Paio
c de sua mulher D . Anna Joaquina Barbosa de SA
Freire, naturaes de Jacarépagu6. João Muniz Tello
já. era viuvo de D . Francisca Paula de Almeida Bar-
bosa, de quem teve tres filhos, a saber: Francisco,
D . Antonia Joaquina Perpetua Rangel (Tit. 2." Joanna e Jacintha . D'este segundo matrimonio teve :
ti. 70), filha legitima do Dr. Miguel Rangel de Souza
Coutinho e de sua mulher D. Helena Freire, casou n'estn 9. D . Luiza
freguezia com o Tenente Coronel Antonio Nunes Vil-
1.1-forte ( ? ) em 26 de ,1788. Antonio Nunes Villa- 9 . Carlos, n. a 26 de Nov. de 1840 e bap. a
forte era natural e baptisado em Angra dos Reis (Vil- 27 de Setembro de 1841.
Ia), filho legitimo do Capitão-mór Felix Gonçalves do5 9. D . Maria José
Santos e de sua mulher D . Rosa Pimenta de Oliveira
e do matrimonio teve: 9. D . Maria Eulalia.
8. Julião n." 31 de Julho de 1791, bap. a 9 de 9. D . Maria Eugenia
Agosto do mesmo anno;
(1) O fllho mais velho de name Vicento e que esqueceu na.
Oxdem ChronOloglca. nasceu em 5 de Abril de 1790 e baptisou-se em
(1) Juliáo Rangel ( 8 4 n . Q), fallecera na Villa de Itaguahy 72 de Maio do mesmo anno. D. h t o n l a . sua M e . I en: 7 de Julho
onde era morador; seus filhos esta0 actualmente na Corte (1883) e dr 1808, e seu pae o Tenente Coronel Villa-forte 1- em 26 de Ja-
R excepç&o de D. Amelia, todos os outros estão solteiros. iieiro de 1818.
46 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 47

9. Bento
9. D. Antonia O Capitão Balthazar Rangel de Souza Coutinho
9. Bernardo (Tit. 2 . O n . O 7) casou na freguezia de S. José da
Corte a 8 de Maio de 1794, com D . Antonia Joaquina
9 . Joaquim, n.O 10 de Fevereiro de 1838, bap. de Duque Estrada Furtado de Mendonça, sua parenta,
Fev. de 1840. filha legitima do Capitão Joaquim Luiz Furtado de
9. Egas. Mendonça, e de sua mulher D . Maria Paula de Tor-
res Duque Estrada, natural de S. João de Itaborahy;
Francisco Luiz Villaforte (5 5." n.0 8) casou n'esta neta paterna de Joaé Furtado de Mendonça e D. Rosa
freguczia com D. Adelaide Francisca Rozaura, filha Maria de Araujo Coutinho; neta Materna de Paulo
legitima do Tenente João Alvaro Rosauro de Almei- da Matta Duque Estrada e de sua mulher D . Jero-
da e de sua mulher D. Francisca Fausta Rosauro de nima de Torres, e d'este matrimonio teve:
Almeida. Teve logar o casamento aos 17 de Novembro
de 1855, e d'elle procedem: ignoramos. 8 . Miguel, n.O a 24 de Fevereiro de 1795, bap.
2. +
27 de Maio a 27 de Fevereiro de 1854.
O Capitão Antonio Nunes Villaforte (5 5 . O nú-
8 . D . Maria Benedicta, n.O a 3 de Março de
mero 8) casou n'esta freguezia a 18 de Março de 1834
com D. Maria Clementina de Vasconcelos Drummond, +
1796, bap. em Abril a 26 de Outubro de 1888.
filha legitima do Sargento-mór Alexandre Ferreira de 8 . D . Maria Paula, n.O a 10 de Maio de 1797.
Vasconcelos Drumond e de sua mulher D . Claudia bap. a 10 de Julho + a 27 de Junho de 1893.
Ignacia de Oliveira Fagundes e d'elles procedem:
8. D . Antonia, n.O a 25 de Junho de 1798,
9 . Francisco, n.O a 15 de Nov." de 1834, bap. a bap. a 9 de Agosto.
16 de Julho de 1840.
8. Joaquim, nasc. a 12 de Maio de 1800, bap.
9 . Luiz, n.O a 12 de Dezembro de 1836 (?)
bap. a 16 de Julho de 1840.
em 3 de Junho +
em 29 de Outubro de 1860.
Miguel Rangel de Azeredo Coutinho (8 6." nú-
9 . Antonio, n.O a 1 de Setembro de 1838, bap. mero 8) fez testamento em 11 de Dezembro de 1833
a 16 de Julho de 1840. r +a 27 de Fevereiro de 1834, deixando um filhc!
9 . Claudia, n." a 28 de Junho de 1841, ( ? ) riatura1 reconhecido do mesmo nome.
bap. a de Janeiro de 1840 (?) . D . Maria Benedicta Furtado de Mendonça, ( 5 6.O
n.O 8) casou n'esta freguezia com Joaquim Antonio Lo-
D . Luiza Rosa Villa-fortk, casou n'esta fregue-
zia em 22 de fevereiro de 1814, com Francisco de Oli- pes de Souza, natural de Portugal, filho legitimo do Te-
veira Còutinho, filho legitimo de Manoel de Oliveira iiente Coronel Joaquim Theodoro Lopes e sua mulher
i?. Genoveva Rosa Delphina e bap. na Sé do Porto, D
Coutinho, e depois, casou com sua cunhada D. Rosa
Joaquina Villaforte Rangel em 12 de Outubro de 1818. +
Maria Benedicta em 26 de Outubro de 1888, com 92
annos, 10 meses e 27 dias.
Ignoramos sua descendencia.
+
9. Balthazar, solteiro, n. a 11 de 0ut.O de 1828,
bap. em Abril 1829 em S. José.
Nota: - D'este ramo do Sargento-mór Antonio Nunes Villa-forte 9. Joaquim, casado com D. Maria Pinto Faria,
ziinguem mais se encontra nesta freguezia; todos fizerão mudanya n . a 1 de Abril de 1830, bap. a 17 do mesmo mez.
para a Corte do Rio de Janeiro.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 4B
48 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
9 . Francisco, n. a 8 de Agosto de 1864, bap. s
9. D. Maria Benedicta, casada na Ilha Grande 12 de Dez." de 1865.
com o Com. João José de Carvalho.
9. IJ. Antoniã, n. a 26 de Fev,O de 1869, bap.
9. D. Antonia casada com o Tenente José Jus- a 28 de E'ev.O de 1870 (a)
tino da Silveira Machado.
L). Maria Paula Rangel de Azeredo Coutinho Bar-
9. Elias, n . a 24 de Outubro de 1833, com 45 roso ( $ 6 n . O 8) casou n'esta freguezia em 21 de Se-
annos de idade casado com D. Maria Joanna de Sou- tembro 1831, com o Cons." Joaquim Pereira Barroso
za, e a 2.a com D. Anna Leopoldina de Miranda, cas. a bap. no arraial do Tujuca da Prov. de Minas, filho le-
18/9/1875. gitimo do Dezembargador Antonio Barroso Pereira, na-
9 . D . Maria Celeste, + solteira em 2 de Junho tara1 de Portugal, e de sua mulher D . Maria Ignacia
de 1863, n . a 5 de Agosto de 1835. da Costa Sam Paio. Joaquim Barroso estava em Por-
tugal na ocasião da Independencia do Brasil ; empregado
9. Antonio, n.O a 18 de Agosto de 1834, recebeu rts, Diplomacia, foi nomeado Ministro de Portugal nos
Santos Oleos no 1 . O de Outubro de 1855, casado corri Estados Unidos. Ali recusou-se a reconhecer o Governo
D. Felisberta Adelaide Pinto, 18 de Novembro de 1875, de D . Miguel, esperando que o Governo de Washington
sg . (i sustasse; mas o Governo Americano inclinado a par-
Joaquim Elias Antonio Lopes de Souza ( 5 6 nú- cialidade de D . Miguel de Bragança, viu-se elle for-
mero 9) casou nesta freguezia em 26 de Agosto de çado a retirar-se para o Rio de Janeiro, onde casou c
1863, com D . Maria Rosa de Faria, filha legitima do teve :
Major Manoel Pinto de Faria e de sua mulher D. Ma-
ria Cardoso Pinto, e procedem d'estes: 9 . Bento, n. em 28 tle Agosto de 1832, bap. 2
de Agosto de 1833.
10. Joaquim, bap. 31 de Dezembro de 1808.
9 . Antonio, n. a 7 de Março de 1836, bap. em
10. Maria, n . a 6 de Setembro 1866, bap. a 21 14 do mesmo mez,
de Jan.O de 1868.
9. Maria da Gloria, + de menor idade.
10. Antonio, n . a 26 de Agosto de 1870, bay. LI
14 de Setembro de 1872. 9. Paulina + de menor idade.
10. Balthazar, n . a 15 de Marco de 3 872, bap. D.Antonia Joaquina Rangel (8 6 n." 8) casou
a 14 de Set." de 1872. nesttr freguezia aos 16 de Fevereiro de 1836 com o Te-
nente José Gervasio de Queiroz Carreira e teve um fi-
10. Elias, n . a 7 de Maio de 1874, bap. a 24 de lho José.
Fevereiro 1875.
10. Maria O D r . José Aldrete de Mendonça Rangel de Quei-
roz Carreira, casou no Rio de Janeiro, com D. Leo-
18. Manoel nor Corrêa de Sá Benevides de Queiroz Carreira, irmã
D. Antonia Joaquina Lopes casou n'esta fregueziii irdeira do actual Bispo de Marianna D. Antonio de
com o Tenente José Justino da Silveira Machado, filho S i e Benevides, filha legitima de José Maria Corrêa
legitimo do Cirurgião-Mór José Justino da Silvemo Ma- de Sá e de sua mulher D. Leonor Maria de Saldanha
chado e de sua mulher; José Justino + 6 de Novembro Corrêa de Sá, que era filha do Conde da Ponte, antigo
86; D . Antonia + a 14/8/1890 (sic.). Governador da Bahia e sobrinha do Duque de Salda-
nha José Maria, filho do Conde de Asseca, descenden-
9. José, n. a 16 de N0v.O de 1856, bap. a 6 te de' Salvador Corrêa de Sá Benevides e Estacio.
de Janeiro de 1857.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 51
50 NOBILIARQUIA FLUMINENSE I

O Commendador Joaquim Luiz Rangel de Azeve- Alves Ramirez casou com D. Catharina da Silva San-
do ($ 6 n.O 9) casou n'esta freguezia com D . Ludi- doval, quarta filha de João Gomes da Silva e D. Maria
vina Theodora Rangel, filha natural de D . Maria Theo- cif Mariz.
dora da Ilha Grande de Angra dos Reis. Joaquim
Luiz representou sempre como chefe, nesta freguezia, FAMILIA PAES FERREIRA
ci partido Conservador e era geralmente estimado pelo
povo, pelas suas qualidades benevolas, e por isso nun- Francis (sic) Paes Ferreira, natural de Evora de
c:t os seus adversarios politicos poderão derrubál-o do onde veiu para o Brasil em 1643, como Coronel, tinha
poder. Serviu de sub-delegado da Parochia e não exer- c brazão dos Souzas Carvalhos, filho legitimo de Do-
ceu vigancas (sic), teve: mingos Paes Sardinha e sua mulher Ignez de Almei-'
da foi casado com D. Maria Macedo Viegas filha de
3. Miguel Joaquim Rangel, bastardo Lucas de Couto e sua mulher Joanna Sobra1 teve um
fllho Francisco Paes Ferreira n. a 16 de Fev.O de 1681 ;
9. Joaquim Benedicto Rangel, bastardo. foi casado com D . Brites de Sá, tiverão 9 filhos:
9. Balthazar Rangel de Azeredo +- solteiro no 1. José, 2 . Francisco, 3 , Ignacio, 4. Barbara,
Rio de Janeiro. 5. Ignez, 6 . Gonçalo,
9. D. Luiz i- menor 7. Manoel, 8 . Maria Joanna de Sá Freire, 9.
Antonio de Sá Freire.
9. João + menor
José Paes Ferreira Tit. 1 n.O 3, casou com Maria
9. José + menor Barbosa de Oliveira e teve os filhos de que temos no-
ticia :
9. Balbino, + menor
Sebastião Macedo, José Paes Ferreira, Antonio
9. Joaquim, + menor. Luiz de Sá, D. Barbara, D. Josepha Pim. de Mello,
Nota: - D . Maria Benedicta Lopes casou com Anna Maria de Mello, D. Maria Thereza Dantas,
o Commendador João José de Carvalho, n a Ilha Grande D. Margarida, c . com Antonio Nunes Coutinho.
e teve filhos ; + 5-3-94. Elias casou no Rio de Janeiro :
a l.avez com D . Maria Joanna de Souza e a 2.a com
D. Anna Lepoldina de Miranda; Antonio casou igual- Asceridencia do Capitão Mór Doutor Francisco de
mente na Côrte 18 de Agosto de 1834, sua mulher cha- Mucedo F ~ e i r ede Azeredo Coutinho:
ma-se D. Felisberta Adelaide Pinto de Vellasco. Bal-
tazar vive solteiro. Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho,
doutor formado em Direito pela Universidade de Coim-
bra, Capitão-Mór de Cabo Frio, senhor da fazenda da
FAMILIA SODRB DA GUARATYBA (1) Tiririca, na freguezia de Araruama, municipio de Sa-
quarema, descendia em linha recta dos Paes Ferreira,
Sua origem e estabellecimento n'ella . que ajudaram a Salvador Correa de Sá e Benevides na
Tit. 1.O
fundação da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro,
como se lê na "Revista trimensal do Instituto Histo-
Francisco Sodré Pereira, filho 2." de Duarte Sodré r x o e Geographico", vol. anno de -. E r a filho do
Pereira e sua mulher Guiomar Ramiriz filha de Luiz
1. Mestre de Campo João Barbosa de Sá Frei-
( 1 ) Tambem manuscripto do sollcitador Elias A. L. Duque Ea- re, nascido em 1716, + na Corte em 5 de Dezembro de
trada. - J. R. M. S.
52 NOBIWIARQUIA FLUMXNENSE DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 5iJ

1771, casado .com D. Anna Maria de Souza Pereira, 4. Domingos Paes Ferreira, casado com D. Ig-
nascida aos 5 de Maio de 1728. nez de Almeida.
O mestre de campo João Barbosa de S á Freire, D. Maria de Macedo Freire de Soveral, filha de
i'iiho do
4. Lucas do Couto, o velho, casado com D. Ma-
2 . Capitão Francisco Paes r'erreiru, senhor clo riana do Soveral.
eiiyenho de tiuaratiba, casado com I>. Brites de S a O Coronel Francisco de Macedo Freire, filho de
bouto-Maior Freire .
i 4 . João Barbosa de Sií Souto-Maior, casado
i.). A m a Maria de Souza Pereira, filha. de O com D . Joanna de Soveral Freire.
2 . Antonio Ferrão de Castello-Branco Travas- D . Barbara Viegas de Azeredo, filha do
sou, casado com I). Andreza de Soliza Pereira.
4 Alferes Lucas do Couto, o moço, casado com
O Capitão Francisco Paes Ferreira, Silho D . Isabel Coutinho.
3 . Francisco Paes Ferreira, nascido em 1646, Calixto Ferrão de Castello Branco, filho de
casado com L). Maria de Macedo Freire de Soveral. l.

4 . José Ferrão de Castello Branco, casado


1). Brites de Sií Souto-Maior Freire, filha do com D . Francisca Travassos .
1

3 . Coronel Francisco de Macedo Freire, (1) ca- 4. r). Antonia Travassos ?


sado com D. Barbara Viegas de Azeredo, alibi de Ma-
cedo Viegas. Seus filhos D. Anna e Antonio de Sti O Coronel João Gomes da Silva Pereira, filho do
Freire casaram na familia de Francisco Antunes Leao 4. Coronel Francisco Sudré Pereira, Moço-Fi-
cie *cjá e sua mulher D. Helena da Cruz E'reire de Le- rl&1go da Real Casa, Coronel de um Regimento pago
mos, quartos netos de Henrique Duque Estrada e do Rio de Janeiro, casado cnm r). Catharina da Silva
L). Theodosia da ECosa e Aguiar. Sandoval, alibi Pereira de Marins Sandoval.
Antonio Ferrão de Castello Branco Travassos, D . Andreza de Souza, filha do
filho de
4. Coronel Ignacio de Oliveira Vargas, casado
3.Calixto Ferrão de Castello Branco, natural com D . Maria de Abreu de Souto-Maior, alibi de Abreu
da Almada, em Portugal, casado com D. Antonia Tra- Rangel. Tiveram outro filho de nome José da Fo-:-
vassos . seca Rangel, que casou n a familia Sandoval, onde tem
uma filha de nome D. Maria Antonia de Abreu Ran-
D.Andreza de Souza Pereira, filha do gel e Sandoval, casada com Paulo d a Matta Duque ES-
3 . Coronel João Gomes d a Silva Pereira, Moço- trada, setimo filho do Sargento-M6r Ambrosio Dias
Raposo e sua mulher D . Anna Josepha da Cruz DU-
Fidalgo da Casa Real, Coronel da Infantaria do Rio
de Janeiro, casado com D. Andreza de Souza.
que-Estrada .
Domingos Paes Ferreira, filho do
Francisco Paes Ferreira, filho de
5 . Doutor Francisco Paes Ferreira, casado com
D. Maria da Rocha. (1)
( 1 ) Nota & margem: "Br. Hist., pg. 156: 1704: ser& este mesmo
Coronel? O Capitão-m6r n . antes de 1760: seu pae n. em 1716 e +
em 71: logo o Capith' Francisco de Mace# Frelre do Br. H . 6 tal- (1) -: da Cunha nos pp. do Coronel Theodoro.
vee neto do Coeonel. k
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
54
--
NOBILIARQUIA FLUMINENSE -- - 56

I). Ignez de Almeida, filha de 5 . Duarte Sudré Pereira, Senhor do Morgado


de Aguas-bellas, em Portugal, casado com D. Guio-
5. Manoel Botelho, casado com I). Isabel, :i mar Ramires. Tornou a casar com D . Dionisia Lopes
velha. de Sande, filha de Fernão Lopes de Sande,
Lucas do Couto, o velho, filho de D . Catharina da Silva Sandoval, alibi Pereira de
IlIarins (ou Mariz) Sandoval, filha do
5 . Manoel do Couto, casado com D . Domin-
gas da Costa. 5. Doutor João Gomes d a Silva, Capitão de In-
fantaria e das Fortalezas de S. Antonio n a Bahia e
D . Mariana de Soveral, filha de de S. JoBo do Rio de Janeiro, onde foi Provedor da
,

5. Antonio de Macedo Viegas, casado com Real Fazenda e Juiz de Orphãos, casado com D. Maria
urna Soveral . de Mariz.

João Barbosa de Sá Souto-Maior, filho de O Coronel Ignacio de Oliveira Vargas, filho de

5. Manoel Barbosa Pinto, natural de Vianna, 5. Francisco de Oliveira Vargas, casado com
D . Andreza de Souza.
em Portugal, casado em segundas nupcias, com D. Phi-
lippa de S á Souto Maior. Sua primeira mulher foi D . Maria de Abreu de Souto-Maior, filha do
r). Brites Rangel, filha do Commendador Diogo de
Sá da Rocha, (2) natural de Vianna, casado com D. Br1- 5 . Doutor Francisco d a Fonseca Diniz, casado
tes Eongel, filha de Antonio de Macedo Rongel. com D. Isabel Rongel de Macedo, de quem teve mais
dois filhos :
D . Joanna de Soveral Freire, filha do
1.OBalthazar de Abreu Cardozo, que casou com
5. Sargento-mór Francisco de Macedo Frei- D. Isabel Pereira Sudré, filha de Francisco Sudré Pe-
re, natural de Beja, Sargento-mór de Infantaria, ca- reira e D. Catharina da Silva Sandoval; 2 . O D . Bri-
sado com D . Joanna de Soveral e Atouguia. tes Rongel de Macedo, casada com Sebastão d a r t i n s
Coutinho, o velho, senhor do Engenho de Guaxindiba,
O Alferes Lucas do Couto, filho de n a hoje freguezia de Cordeiros, municipio de Nictheroy
e descendente de Vasco Fernandes Coutinho, fidalgo
5 . Lucas do Couto, o velho, casado com D. Ma- portuguez de boa casa, 1.O donatario da Capitania do
riana de Soveral. Espirito Sancto (1525) . Um filho de Balthazar de
José Ferrão de Castello Branco, filho de Abreu Cardozo, de nome João de Abreu Pereira Su-
dré, casou-se, em segundas nupcias, com D . Escholas-
5. Antonio Esteves Ferrão, casado com D. Ig- tica Pacheco, de quem teve D . Paula Rangel de Abreu,
nez Antunes da Costa. , que veiu a casar com João Freire de Azeredo Couti-
D . Francisca Travassos, f i l h a de nho, filho de Psdro Freire Ribeiro Duque Estrada e
sua mulher e pMma D. Maria de Azeredo Coutinho,
5. Bernardo Rodrigues Martins, casado com dqscendente de Vasco Fernandes Coutinho .
D. Violante Travassos, sobrinha do D. João 1.O, Pa- O Doutor h a n c i s c o Paes Ferreira, filho de
triarcha d a Ethiopia .
6. Pedro Lopes de Souza Bacoso (Barroso?)
O Coronel Francisco Sudré Pereira, filho de natural de Evura, casado com D . Philippa Ferreira Pe-
chim . Tirou brazão em 1643.
(1) V . de Brasil Hlstorico, V1. 2.O, pag. 167.
56 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
---
DRB. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 67
D. Maria da Rocha, filha de
Bento da Rocha Gondim, natural de Lisboa,
D. Brites da Costa Homem, fiiha de
6.
7 . Aleixo Manoel, o velho, casado com
D . Domingas da Couta, filha de I). Francisca Homem.
6. Thomé Rodrigues da Costa, casado com D. Isabel Rongel de Macedo, filha de
1). Paula da Costa.
D . Joanna de Soveral Atouguia, filha de 7. Capitão Julião Rongel de Macedo, casado
com D . Beatriz Sardinha.
6 . Antonio de Macedo Viegas, casado com um?"
Senhora da famila Soveral, alibi Sobral. D . Beatriz Sardinha, filha de
D . Maria de Mariz, filha do 8. João Gomes Sardinha, dos Sardinhas de Se-
t u bal, Portugal.
6 . Doutor Diogo d~e Mariz Loureiro, Prove-
dor da Fazenda Real no Rio de Janeiro, casado com João Gomes Sardinha, filho de
D . Paula Rongel de Macedo.
9. Damião Dias Rongel.
O Doutor Francisco da Fonseca Diniz, filho do
Damião Dias Rongel, filho de
6. Doutor Jorge Fernandes d a Fonseca, ca-
sado com D . Brites da Costa Homem, 10. D . Diogo Dias Rongel, Commendatario de
Cote e Villella.
D. Isabel Rongel de Macedo, filha de
D . Diogo Dias Rongel, filho de
6. Balthazar de Abreu de Souto-Maior, (1)
casado com D . Isabel Rongel de Macedo, irmã de Pau- 11. D . Pedro Alvares Rongel, senhor da Casa
la Rongel de Macedo, mulher do Doutor Provedor Dio- e Quinta do Rongel, junto a cidade de Coimbra, onde
go de Mariz Loureiro. está o solar dos Rongeis; - casado com D . Ignez Al-
v a r w Sanches de Macedo, em cujos descendentes se uni-
D. Andreza de Souza, filha de r:im os appellidos de Rongel (por corrupção, Rangel)
6 . Jeronymo de Souza Brito, casado com e Macedo. Entre eles conta-se Calixto Rongel Pereira
1). Barbara Coutinho . de Sá, que foi morador em Coimbra, e cuja ascenden-
cia vem na "Corographia Portugueza", tom. 3 pag. 663
O Doutor Diogo de Mariz Loureiro, filho de e 654.
7. Antonio de Mariz Coutinho, alibi de Ma-
rins, casado com D . Isabel,' a velha, a fls. n.O 6 . Ascendencia de D. Marria Isabel da Visitação Fer-
D . Paula Rongel de Macedo, filha do mira, primeira mulher do Capitão-Mór Dr. Francisco
de Macsdo Freire d'dxeredo Coutinho :
7. Capitão Julião Rongel de Macedo (1683),
casado com D . Beatriz Sardinha, aIibi D. Brites D . Maria Isabel da Visitação Ferreira, viuva do
Sardinha. a 4 I - A
Capitão João Freire de Sá, que morreu sem geração,

( 1 ) Filho (?) de Pedro Aivares de Souto-Mapr e D. Francii.


Nota a margem: - O Cap. Julláo Rongel de Macedo era filho
Je Damiáo Dias Rangel ou de B . de Maoedo Rongel, filho de Dlogo
c- de Estrada. referidas n o L. 1.0 Cap. - Veja antea o Pp. dos Abreus, Dias Rongel, etc. Deve ser filho de B. de M. Rongel, porque, pelo
I 1 . O (Nota S margem). - J . R . M. S. pp. dos Abreus, a mulher de Juli&o 6 que era filha de Dami&o. --
J . R . M. S.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 59
58 NOBILIARQUIA FLUMMENSE - -- h

passou a segunaas nupcias com o Capitão-Mbr Dr. Paulo da Matta, fiiho de


Francisco de Macedo Freire de Azeredo Coutinho. li - Antono Feraandes da Matta, casado com
E r a filha do ri. Jsabel da Costa.
1 - Mestre de Campo Miguel Antunes Fer- D . Catharina de Freitas, filha de
reira, casado com- D. Thereza Francisca da Cruz Du-
que Estrada.
6 -
João Gomes Sardinha, dos Sardinhas de
Setubal, wsado com D. Luiza Gomes de Barros.
O Mestre de Campo Miguel Antunes Ferreira, fi- Henrique Duque Estrada, filho de
lho do
2 -Capitão Manuel Antunes Ferrefra, casado 6
de Parady.
- João Duque Estrada, casado com D, Anna
com D. Catharina de Lemos Duque Estrada.
D . Thereza Francisca da Cruz Duque Estrada, D . Theodosia da Rosa e Aguiar, filha do
filha de
6 - Capitão-Mór Nuno Fernandes de Aguiar,
2 - Sargento-m6r Ambrosio Dias Raposo, ca- casado com D . Magdalena da Rosa.
sado com D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada.
D . Anna de Parady, filha do
D . Catharina de Lemos Duque Estrada, filha de
7 - Dexembargador Henrique Pires de Souza,
3 - Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada, c& casado com I). Maria Rosa de Souza.
sado com D . Helena da Cruz e Lemos.
D. Anna Josepha da Cruz Duque Estrada, filha de
3 - Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada, ca-
Ascendencia de D. Maria Therexa d e Sá Freire se-
sado com D . Helena da Cruz e Lemos, ha pouco no- gunda mulher do Cap-Mór Dr. Francisco de Macedo
meados. Freim d e Azeredo Coutinho:

Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada, filho de D . Maria Thereza de Sá Freire, segunda mulher
do Capitão-Mór Dr. Francisco de Macedo Freire de
4 - Pedro Freire Ribeiro, casado com D. Anna Axeredo Coutinho, nasceu no logar de Bacaxá, muni-
Duque Estrada. cipio de Saquarema, aos 25 de Março de 1790, e mor-
D . Helena da Cruz e Lemos, filha de reu na sua fazenda da. Tiririca, em Araruama, aos 19
clc Setembro de 1845.
4 - Paulo da Matba, casado com D. Jerony-
Era filha de
ma de Lemos.
Pedro Freire Ribeiro, filho de 1. Antonio dos Sanctos Silva, casado com D. Ma-
ria Antonia de Sá Freire.
5 - Francisco Freire Ribeiro, casado com
D . Catharina de Freitas. Antonio dos Sanctos Silva, filho de
D . Anna Duque Estrada, filha de 2 . Sancho Manuel da Silva, casado com
1,. Joanna Coutinho de Bragança .
6 -Henrique Duque Estrada, casado com
D . Maria Antonia de Sá Freire, filha do
D . Theodosia da Rosa e Aguiar.
60 NOBILIARQUIA FLUMINENSE -DRS.ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES ti1

2. Coronel Luiz José de Sá Freire, casado com de 17. ., casada com o Mestre de Campo João Alvares
b Maria Thereza Rangel de Sá Freire e Azeredo Cou- de Azevedo, e fallecida aos 23 de Agosto de 1862, n a
tinho . Corte.
Sancho Manuel da Silva, filho do O Mestre de Campo João Alvares de Azevedo era
3 . Capitão José da Silva Motta, casado com filho do Mestre de Campo Alexandre Alvares Duarte de
D. Tsabel Antunes. Azevedo e D . Anna Maria Joaquina da Cruz Duque Es-
D . Joanna Coutinho de Bragança, filha de trada; neto materno do Sargento-mór Ambrosio Dias
Raposo e D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada, a
3 . Joãn Coutinho de Bragança, bastardo da
flsf. n.O
Real Casa de Bragança.
O Coronel Luiz José de Sá Freire. filho do Os filhos de D . Maria de Maceda Freire de .Aze-
3 . Coronel .Toão Barbosa de Sá, casado com
vedo e João Alvares de Azevedo são:
TI. Clara de Soiixa Pereira. 1. D . Maria de Macedo Torres, Viscondessa
T) Maria Thereza Range1 de Sá Freire e Azeredo de Itaborahy, casada com o Visconde de Itaborahy Joa-
Coutinho, filha do quim José Rodrigues Torres, a fls. de quem teve os se-
8 T ~ n ~ n T17ii7
t; Barboss de Sá Freire. casado guintes filhos :
c9m D . Maria Rangel de Azeredo Coutinho. 1. D . Maria Carlota, casada com o Major José
6 Capitão Josk da Silva Motta. filho de Dias Delgado de Carvalho, filho de D . Maria Colum-
na de Menezes, casada com o Coronel Francisco Dias
4 Franrisco CIP Araujo Soares, casado com
Pebastiana da Silva Delgado.
O Cnrone? João Barbosa de Sá, filho de 2 . D . Carlota, casada com o Dr. Custodio
Clotrim da Silva, filho do Capitão Jos6 Custodio CO-
4 .hão Rarbosb de Sá Souto-Mayor, casado trim. Tem filhos.
com 5. Joanna de Soveral Freire, a fls. n."
D . Clara de Souza Pereira, filha do 3 . D . Joaquina, casada com o Capitão José
4 . Coronel João Gomes da Silva Pereira, Moço Custodio Cotrim da Silva, filho do Capitão José CUS-
Ffdalgo da Casa Real, casado com D . Andreza de Souza, todio Cotrim. Tem filhos.
3 fls. n.O
4. D . Emmerenciana Mathilde, solteira.
O Tenente Luiz Barbosa de Sá Freire, filho de
5. D . Francisca Paula, idem.
4. Pedro Barbosa Maximo de S á e Soveral,
alibi Soberal ou Sobral. ' 6. João Torres, negociante.
7. Manoel, estudante.
Descendencia do Capitão-Mór Dr. Francisco de Macedo
Freire de Azeredo Coutinho, em primeiras nupcim colvb 2 . O Coronel Francisco Alvares de Azevedo
D . Maria Isabel da Visitação Ferreira Macedo, Cavalheiro de Christo e Comendador da Ro-
1. D . Maria de Macedo Freire de Azeredo sa, casado em primeiras nupcias com D . Maria Caro-
Coutinho (1) (depois de Azevedo), nascida aos lina Torres, fls. . ., de quem teve : - -- -
-7-

1. O D r . Francisco Alvares de Azevedo Macedo


(1) Depois de casada, passou a assignar-se Maria de Macedo
Freire de Azevedo. Junior .
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES tiJ

2 . João Alvares de Azevedo Macedo Sobrinho,


casado, em 22 de Novembro de 1862, com D . Maria 3 . D . Anna de Macedo Soares de Sousa, Vis-
José de Almeida, viuva com filhos do Doutor Domin- condessa do Uruguay, casada com o Visconde do Uru-
gos de Oliveira Maia, Juiz Municipal de Cabo Frio, e guay, Dr. Paulino José Soares de Souza, Senador do
filha do Doutor José Vieira de Almeida e D . Fran- Imperio, Ex-Ministro, Gran-Cruz de varias ordens
cisca . nacionais e extrangeiras, autor de uma importante
obra de Direito Administrativo, etc. Seus filhos são:
3. Maria Carolina Alvares de Azevedo Mace- 1. Doutor Paulino José soares de Souza, Depu-
do. (1)
tado Geral pela Provincia do Rio de Janeiro (2.O Dis-
4. D. Mariana Mathilde de Azevedo Marinho. tricto), casado com D. Maria Amelia da Silva, filha do
casada com o Doutor Francisco Antunes Marinho, fi- Commendador Joaquim José da Silva, fazendeiro em
lho do Commendador Francisco Antunes Marinho e D. Cantagallo . Tem filhos ;
li-ia, e della tem: 1. D . Maria Carolina, de edade qua-
tro annos. 2 . Doutor João Alvares Soares de Souza, me-
dico formado em Paris.
5 . O Alferes Manoel Alvsres de Azevedo Ma-
cedo; e em segunda nupcias com D. Theodora da Sil- 3. José Antonio Soares de Souza.
veira Bueno, filha do Commendador Francisco de Pau- 4. Antonio Paulino Soares de Souza, estudante
la Bueno, de Minas Gerais ; e d'ella tem: do 3.Oanno da Faculdade de Direito de S . Paulo.
6. D. Alexandrina Alvares de Azevedo Mace- 5. Francisco Paulino.
da.
6. Luiz Paulino.
7 . D. Theodora Alvares de Azevedo Macedo
Soares, casada com o Doutor Antonio Joaquim de Ma-
cedo Soares, Juiz Municipal de Saquarema e Ararua- 4 . D . Guilhermina de Macedo Lemos, casada
ma, a fls. ccm o Dr. Cyrino Antonio de Lemos, ex-Deputado Ge-
8. O Dr. Francisco de Paula Bueno de Aze- ral por Minas Geraes, filho legitimo do Barão do Rio
vedo, formou-se em medicna . Verde. Filhos são:
9. José Bueno Alvares de Azevedo Macedo. 1. João Alvares de Azevedo Lemos, casado com
D . Maria Benedicta.
10. Luiz Bueno Alvares de Azevedo Macedo.
2. Francisco Alvares de Azevedo Lemos.
11. Leopoldo Alvares de Azevedo Macedo.
5. D. Mariana de Macedo Alvares Soares de
12. D. Maria da Conceição de Azevedo Macedo. Souza, casada com o Desembargador Conselheiro Ber-
13. Alvaro Alvareq de Azevedo Macedo. nardo Belisario Soares de Souza, fallecido em 28 de
Maio de 1861; e d'elle teve:
14. D. Clothilde, edade, um anno, n . em 1862 1. Doutor João Belisario Soares de Souza, ca-
(2) sado com D. Anna Rachel de Castro Soares de Souza,
filha do Commendador João Ribeiro de Castro e D.
(1)Casada ccim Leger Palmer, engenheiro.
(2)Nssceram mais o n.0 16: C~crlose 16: O a s t h , em 16-10-1868,
que se casou com sua sobrinha D. Esther de Macedo Soar%, tilha 2 . Bernardo Belisario Soares de Souza, casado
do Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares. com D. Rachel Januaria de Castro Soares de Souza,
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES dá
64 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--- - -- - ---
ma, hoje pertencente ao Dr. Joaquim Mariano de Aze-
fallecida em 30 de Maio de 1861 e irmã Iegitima e in- vedo Soares, por cabeça de sua mulher D . Maria de
teira da precedente D. Anna Rachel. Kiacedo Soares. '

3 . Doutor Francisco Belisario Soares de Sousa, 2 . D . Anna Maria de Souza Pereira, casada
Deputado á Assembléia Provincial do Rio de Janeiro. em primeiras nupcias, com Alexandre Alvares de Aze-
vedo Castro, de quem teve:
6 . O Coronel João Alvares de Azevedo Ma-
cedo, Commendador da Rosa, casado com D. Maria 1. D. Anna Alvares dos Santos, cmada com o
Adelaide Teixeira, filha de seu primo Honorio Antonio dos Santos, de quem tem
filhos .
Filhos :
2. D . Maria. Casou-se com João Bernardo Mer-
1. João Alvares, estudante. gulhão Bandeira.
2. D . Maria Adelaide. 3 . Luiz Alvares de Azevedo Castro, morreu com
3. D . Adelina. dezenove annos de edade.

7. Doutor Luiz Alvares de Azevedo Macedo, 4. Alexandre Alvares de Azevedo Castro.


primeiro substituto de uma vara municipal n a Corte, 5. D . Mariana Luiza de Macedo Coutinho, ca-
Deputado Provincial, casado com D . Lucinda Corrêa sada com Marcellino dos Sanctos de Azevedo Coutinho
viuva, com uma filha de nome D. Lucinda. .
Jr , filho do Capitão Marcellino dos Sanctos de Azeredo
Filhos : Coutinho e D , Luiza Duque de Azeredo Coutinho e neto
paterno de Antonio dos Sanctos Silva e D. Maria An-
1. Alfredo. tonia de Sá Freire, a fls. . ., e em segundas nupcias
com Luiz Antonio Ferreira Valente, de quem é viuva
2. D . Alice. e tem os seguintes filhos:
8. D . Francisca Paula de Azevedo Macedo 6. I). Guilhermina Luiza de Macedo. Casou-se
Henriques, casada com Feliciano José Henriques, ne- em 30 de Novembro de 1865, com Luiz Pereira Gomes,
gociante da praça do Rio, natural de Minas Geraes. filho de Antonio Pereira dos Sanctos, casado com uma
cunhada do finado Antonio Rodrigues do Couto.
9 . D . Maria Isabel de Macedo Motta, casada
com o Dr. Francisco Joaquim de Souza, Motta, Me- 3 . O Major João Barbosa de Azeredo Couti-
dico na Freguezia de S . Vicente de Paula, municipio nho, lavrador e capitalista, solteiro.
de Araruama. Filhos :
4. D. Maria de Macedo Freire, hoje de Macedo
1 , João Alvares de ~ Ô u z aMotta. Soares, casada com o Dr. Joaquim Mariano de Aze-
cedo Soares, natural de Marich, a fls. . ., de quem
* 2. Francisco Alvares de Souza Motta. tem os seguintes filhosi:
1. O D r . Joaquim Mariano de Macedo Soares.
.
Descendencia do Cap -mór Dr . Francisco de Ma- Casou com D . Maria Paula de Azevedo Soores, em 21
cedo Freire de Ax-eredo Coutinho em segundas nupcias de Janeiro de 1865.
com D . Maria Therexa de Sá Freire.
2 . O Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares,
1. Francisco de Macedo Freire, morreu sol- Juiz Municipal e dos Orphãos de Saquaiiema e Ararua-
teiro, em 1855, no seu sitio de Tomacabo, em Ararua-
66 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE 67
DRS. A N T . O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
-.--
nia, casado, aos 22 de Novembro de 1862, com D. Theo-
.
dora Alvares de Azevedo Macedo Soares, a fls. . ., e 2 . Sargento-mór, depois, Major, José Cotrim
da Silva, (1) natural da Freguezia de Nossa Senhora
della tem:
das Arêas, termo da villa dos Pias, comarca de Tho-
1. Oscar de Macedo Soares, n . 15 de Setembro mar, Reino de Portugal, casado com D. Maria.Angelica
de 1863 e baptizado em 15 de Janeiro de 1864. Cotrim e filho de
2. D . Noemia de Macedo Soares, n. 22 de No- 3 . Antonio Cotrim da Silva, casado com D.
vembro de 1864. Izabel Ignacia de Jesus.
3 . Francisco Americo de Macedo Soares, ca-
sado com D. Feliciana Duarte de Macedo Soares, fi-
lha de João Duarte dos Santos e b. Anna Angelica Vic-
torina de Souza. Filhos : D. Paula, n. em 28 de Ja-
neiro de 1864 e D. Abigail, n . em 16 de Abril de 1865. I. L) Capm. José Custodio, já mencionado.
4. João Augusto de Macedo Soares. z. Lustodio José Cotrim da Silva, V~UVO.

5 . D . Maximiana Maria de Macedo Soares 3. Antonio Cotrim da Silva.


Casou em 21 de Outubro de 1865, com José Mariano
Alves, filho do finado J m . Mariano Alves e D . Ma- 4 . L). Anna Angelica Cotrim, casada em pri-
ria Carolina de Azevedo Alves. meiras nupcias com Melchior de Lemos Prado, de quem
teve :
6. D . Maria da Gloria de Macedo Soares.
1. D. Maria Angelica Cotrim, casada com Miguel
7. D . Joaquina Emilia de Macedo Soares. João Ferraz de Magalhães.
8. D . Anna Augusta de Macedo Soares. 2 . Belchior Prado da Silva Lemos.
- . .. . ... .
9. D . Mariana Luiza de Macedo Soares. e em segundas nupcias, com Manuel José da Costa, de
quem teve entre outros filhos:
10. José Eduardo de Macedo Soares.
1. José da Costa Cotrim, casado com D. L u c i y
11. Brotero Frederico de Macedo Soares. Duque de Azeredo Coutinho, filha do Capitão Marce i-
no dos Santos de Azeredo Coutinho e de D . Luiza Du-
12. Adolpho Aprigio de Macedo Soares. que dos Sanctos.
13. Manuel Theodoro de Macedo r9oares.

Filhos do Capitão José Cwtodio Cotrim da Silva;


ADITAMENTOS 1. Vicente Cardozo Cotrim.
Ascendencia do D r . Custodio Cotrim da Silva e de José 2. José Custodio Cotrim da Silva, casado com
Custodio Cotrim, nomeados a fls I). Joaquina de Macedo Torres, filha do Visconde de
O Doutor Custodio Cotrim da Silva e José Custo- Itaborahy .
dio Cotrim, filhos do --
(1) Este foi o 1.0 pla.ntador de café em ponto grande em 8a-
1. Capitão José Custodio Cotrim da SiIva, ca- quarema. Os outros que o imitaram foram Jogo de Ollvelra CaswJ
.. . . .
sado com D. . . . . . . . e filho do ..... .. . . .
.. . Vfanna, o Major Adeodato Jcaé Vlotorino da S11va e Manoel Q o n ~ S l -
ves Rlco Sobrinho -Vj. Cwv.0, 31, pg. 163.
-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARXS
-. 69
-.

3 . D r . Custodio Cotrim d a Silva, casado com Avós maternos :


D . Carlota de Macedo Torres, filha do Visconde de
Itaborahy . 2. Major Adeodato José Victorino de Sousa, (2)
grande cavalheiro, casado com D . Francisca Rosa de
4. D . Catharina Luizg Cotrim, solteira. S. Antonio, ( 3 ) , filha do Cap. Antonio Gonçalves Ri-
co (4) e sua mulher D . Anna Vicencia.
5. D . Feliciana Luiza Cotrim, c . com Jorge
Castrioto, S. g. Bisavós paternos :
6 . D. Delphina Luiza Ccitrim, c. com Felicissin!o Francisco Duarte e Silva, natural da Freguezia
Duarte dos Sanctos Silva, cav. da I. O. d a Rosa, filho de Nossa Senhora da Conceição do ~ i Bonito,
o casado
de José Duarte dos Santos e D. Anna, adiante. Têm em primeiras nupcias com D . Maria Francisca dos
i;ma filha, n . em 1876. ( 1 ) . Sanctos, e, em segundas (sem geração), com D . Maria
7, D r . Antonio Cardozo Cotrim da Silva, en- Francisca D'Assumpção, era filha de
genheiro, casou com D . Maria Rita Pereira, filha de 3 . Manoel Duarte e Silva, casado com D Au-
Manoel Pinto Pereira e D . Maria,.lavradores em Sa- relia Maria de Paiva.
quarema. Morreu deixando um filho de nome Anto-
nio, e sua viuva passou a 2."s nupcias com o D r . João
Coelho Bastos, Juiz de Direito de Araruama, ex-chefe Descendencia do Alfwes Francisco U u a ~ t ee Silva:
da Policia do Rio Grande do Sul e de Minas Geraes, l i
etc., filho do Coronel João Coelho Bastos, que foi Depu- O Alferes Francisco Uuarte e Silva, teve de D . Ma-
tado Geral pela Parahyba do Norte. Tem filhos. ria Francisca dos Sanctos, os filhos seguintes:
I
1. D . Maria Duarte, casada com Liberato Jose
Ferreira, de quem tem uma filha casada com um I?.
Ascendencia de D . FeEieiana Duarte de Maeedo Stock .
Soares, nomeada a fls.. . ....... 2 . D . Joaquina Duarte, casada com Miguel Gon-
D . Feliciana Duarte de Macedo Soares, casada çalves da Costa Lima.
com Francisco Americo de Macedo Soares, filha do
3 . O Tenente João Iluarte dos Sanctos, casado
1. Tenente João Duarte dos Santos, casado com com D . Anna Angelica Victorino de Souza.
I>. Anna Angelica Victorina de Souza.
4 . O Capm. Francisco Duarte dos Sanctos, ca-
Avós paternos : sado com filha de João Nunes da Cruz Pombo, donde
Alferes Francisco Quarte e Silva, casado com teve uma filha. que casou com o D r . Thibau; em se-
2 gundas nupcias com D . Maria, filha de D . Joaquina
D. Maria Francisco dos Santos, (1) filha de João
que segue. e duas sobrinhas.
Francisco dos Santos e D . Anna dos Santos, fazendei-
ros de Itaborahy d'onde se mudarão para Matto Grosso
(Saquarema) . --
( 2 ) Filho do Coronel Felicissimo José Victorino de Sousa e D.
Anna Angelica Victorino de Souza, elle C ella descendentes de Uns
( 1 ) Delphina, irm& de Caridade: diretora do Colégio Sion, na padres de Maric4.
Capital de S. Paulo. ( 3 ) D. Elizaria era mulher de Felicissimo José Victorino de
(1) D. Maria Francisca dos Santos era da familia das Castro8 Souza, filho do Major Adeodato;
de Ztaborahy e Capivary, a saber: AndrB de Castro, de Itab.: Felicfs- ( 4 ) O Capitão Antonio Gonçalves Rico era irmtio do Tenente
simo de Castro, de Capivary (Matto Grosso) e Bernardo de Cag- Coronel Manuel Goinçalves Rico, ambos filhos de Francisco Gon-
tro, de Matto alto ( A r m a m a ) . calves Rico, conhecido por Capa de rato.
70 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
- 71

Descendencia do Tenente João Duarte dos Sanctos: 1. O Capitão Marcellino dos Sanctos de Aze-
O Tenente João Duarte dos Sanctos teve de I). redo Coutinho, (1) casado com D . Luiza Duque dos
Sanctos, de quem tem:
Anna A . Victorina de Souza os filhos seguintes:
1 . Adeodato de Souza de Azeredo, casado.
1.. D. Francisca, n . 26 Janeiro 33.
2. D . Maria, casada com Manuel Alvares Pe-
2. Felicissimo Duarte dos Sanctos Silva, (1) c reira, filho do Capitão Philippe Alvares Pereira e D .
com D . Delphina Cotrim. Izabel, senhores que forão da fazenda de Paracatú, em
3. Claudio Duarte dos Sanctos Silva, solteiro. Araruama.
4 . Epiphaneo Duarte dos Sanctos Silva, casado Filho único:
com D . Maria Soares de Azevedo. filha de Simeão Soa- 3 . Marcellino dos Sanctos, casado com D . Ma-
I PS de Azevedo, declarado a fls. . . ; e d'ela tem: Filhos. riana Alvares, filha de D. Anna Maria de Sousa Ye-
6 . D . Januária. (2) c . som João Pedro de Le- reira e Alexandre Alvares de Azevedo Castro, a fls.
irios. negociante n a Côrte. Filho :
6. D . Aurelia. 4. L). Luciana, casada com José da Costa Co
tiim, a tis. . ., de quem teve:
7. D . Joaquina Sergia.
5. 1).Leonor;
8. D . Hypolita.
João Baptista, casado com D . 6, D , Anna;
9.
7. 1). lMarinha, c . com Luiz Dias;
10. Julio Duarte dos Sanctos Silva, casou com D .
Mariana, filha do Capm. Marcellino dos Santos de Aze- 8. Leonoi dos Santos;
redo Coutinho e D . Luiza Duque dos s a n t o s .
9. José;
3.1. D . Feliciana Duarte de Macedo Soares.
12. Euzebio Duarte de Paiva e Silva.
I 11. D . Luiza, c. com Julio Duarte;
13. Luiz Duarte.
2 . D . Izabel, casada com Thomaz Karr de
14. Pedro Duarte. Bustamante.
3. D. Luiza, casada com José Alves dos Sanc-
tos, de quem houve o seguinte:
Descendencia de Antonio dos Sanctos Silva e D , Unico filho: Honorio Antonio dos Sanctos, casa-
Maria Antonia de Sá Freire, a fls do com D . Antonia Alvares, filha de Alexandre Alva-
res de Azevedo Castro e D. Anna Maria de Souza Pe-
Antonio dos Sanctos Silva, casado com Maria An- reira, a fls. . ., e d'ella tem os seguintes Filhos: 1."
tonia de S á Freire, teve os seguintes filhoe:
4 . D . Maria Thereza de S á Freire, casada com
(1) Nascido 8 Julho 1884, padrinhas de batlsmo do Dr. Juii&O
CJ Capitão-mór D r . Francisco de Macedo Freire de
Range1 de Mecedo SoaxW.
( 2 ) n. 26 membro 1836.
(1) + Julho 1880.
72 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE - 7
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 73

Azeredo Coutinho, de quem teve a descendencia decla- 4. Francisco Paes Ferreira, nascido em 1 4 de
iada de fis. a fls. Novembro de 1646, natural de S. João de Merety e bagt.
5. D . Clara. :ia freg. da Sé, casado com D. Maria de Macedo Freire
Sobral, alibi Soveral, n . em Irajá, em 28 de Julho de
1646 e bapt. na freguezia da Sé (Corte).
Ascendencia dos Macedos (Azevedo Macedo e Ma- D. Brites de Sá Souto-Mayor era filha do Coronel
cedo Soares) :
1. Francisco de Macedo Freire de Azeredo 4. Francisco de Macedo Freire, casada com D .
Coutinho, doutor formado em Direito pela Universi- Barbara Viegas de Azeredo (alibi, de Macedo Viegas).
dade de Coimbra, Capitão-Mór de Cabo Frio e Senhor Seus filhos D . Anna e Antonio de Sá Freire, casaram-
das Fazendas (1) da Tiririca em Saquarema, foi casado se na familia de D. Helena d a Cruz Freire de Lemos,
duas vezes: a 1." com D . Maria Isabel da Visitação mulher de Francisco Antunes Leão de Sá, quartos ne-
Ferreira da familia dos Duque Estrada; e a 2." com tos de Henrique Duque Estrada, casado com D. Theo-
c;ua prima D . Maria Thereza de S á Freire. Teve das dosia da Rosa e Aguiar.
1 "s nupcias D. Maria de Macedo Freire, filha unica,
que casou com seu primo João Alvares de Azevedo: Antonio Ferrão de Castello Branco Travassos era
d'ahi provém o appellido de Azevedo Macedo. Do se- filho de
gundo casamento teve, entre outros filhos, D . Maria 4. Calixto Ferrão de Castello Branco, natural
de Macedo, que cazou com o D r . Joaquim Mariano de da Villa de Almada, ao pé de Lisboa, em Portugal, ca-
Azevedo Soares; d'onde provém o appellido de Macedo sado com D . Antonia Josepha Travassos.
Soares. O Capitão-Mór Francisco de Macedo Freire
descendia em linha reta dos Paes Ferreiras que a ~ b - D . Andreza de Sousa Pereira era filha do Coronel
daram a Salvador Corrêa de S a e Benevides na fun-
dação da cidade de S . Sebastião do Rio de Janeiro; o 4 . João Gomes da Sylva Pereira, Coronel de
que lê-se n a ''Revista Trimensal do Instituto Histórico", Infantaria do Rio de Janeiro, Moço Fidalgo da Casa
vol. . . anno de . . . . . . E r a filho do Mestre de Campo. . Real, casado com D . Andreaa de Souza.
, ---
2 . João Barboza de S á Freire, (2) nascido em Francisco Paes Ferreira, o velho, era filho de
1716, casado com D . Anna Maria de Souza Pereira, 5 . Domingos Paes Ferreira, casado com D.
nascida em 5 de Maio de 1728. O Mestre de Campo Ignez de Almeida, naturaes de Lisboa.
João Barboza era filho do, Capitão
D. Maria de Macedo Freire Sobral era filha de
3. Francisco Paes Ferreira, Senhor do enge-
nho de Guaratiba, casado com D . Brites, alibi, Beatriz 5. Lucas do Couto, o velho, casado com D.
&: Sá Souto-Mayor ~ r e i k e .D. Anna Maria de Souza Mariana Soberal (ou Sobral) .
Pereira era filha de
O coronel Francisco de Macedo Freire era filho
3.Antonio Ferrão Castello Branco Travassos, de João Barbosa de Sá Souto-Mayor, casado com D .
casado com D . Andreza de Souza Pereira, na1 . e bapt. Joanna de Sobral Freire.
na freg. de Tambi.
D . Barbara Viegas de Azeredo era filha de
O Capitão Francisco Paes Ferreira, era filho de 5. Lucas .do Couto, o moço, e de sua mulher
I). Isabel Coutinho .
(1) de S . Anna e Engenho de Fóra em , e de
(2) Vide pag. 172. Calixto Ferrão de Castello Branco era filho de
74 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS, ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 75

5 . José Ferrão, casado com D . Francisca Tra- João Barboza de S á Souto-Mayor e r a filho de
vassofl .
ri. Manoel Barbosa Pinto, natural de Vianna,
D. Antonia Travassos não consta de quem era fi- em Portugal, e de sua segunda mulher D. Philippa de
lha, sinão que o era legitima. Supponho que sua Mãe S& Souto-Mayor.. Sua primeira esposa foi D. Brites
ei a irmã de D . Francisca Travassos, mulher de Jos6 Rangel, filha do Commendador Diogo de Sá da Rocha,
Ferrão. .
--I -I

ixttural de Vianna, casado com D . Brites Rangel, filha


O Coronel João Gomes da Silva Pereira, era filho de Antonio de Macedo Rangel, alibi Rongel, de Mariz
do Coronel Rongel. (1)
5 . Francisco Sudré Pereira, Coronel de um
Regimento nano do Rio de Janeiro e Moco Fidalgo da D.. Joanna de Sobra1 Freyre era filha de
Vasa Real. casado com D . Catharina da Silva San, 6 . Francisco de Macedo Freyre, natural de
doval (alibi D . Catharina Pereira de Marins Sando-- .
Heja, Sargento-Mór de Infantaria, casado com D Joan-
val) . r:w de Soveral Atouguia.
D. Andreza de Souza era filha do Coronel O Alferes Lucas do Couto era filho de
5 . Tgnacio de Oliveira Vargas, casado com D 6 . Lucas do Couto, o velho, casado com D.
Maria de Abreu de Souto-Mayor (alibi de Abreu Ran- Mariana de Soveral.
vel) . Tiveram mais um filho de nome José da Fonseca
Rangel que casou na famila Sandoval, onde teve uma De D . Izabel Coutinho, nada se sabe.
filha de nome D. Maria Antonia de Abreu Ranpel San-
José Ferrão era filho de
doval. casada com Paulo da Matta Dclque Estrada. se-
timo filho do Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo, e 6 . Antonio Esteves Ferrão, casado com D.
de sua mulher D . Anna Josepha da Cruz Duque Es- lgiiez Antunes da Costa.
trada .
Domingos Paes Ferreira (1) era filho de D . Francisca Travassos, era filha de
6. Rernardo Rodriyues Martins, casado com
Francisco Paes Ferreira. natural de Evora,
8.
casado com D . Maria da Rocha, natural de I>. Violante Travassos. sobrinha de D . João lO0,
Pa-
triarcha da Ethiopia. Moravam n a rua dos Mudos,
D . Ignez de Almeida era filha de freg. de S . Nicolau. em
6. Antonio de Marins Coutinho, casado com O Coronel Francisco Sudré Pereira, era filho de
ll . Isabel, a velha.
6 . Duarte Sudré Pereira, Senhor do Morgado
Lucas.do Couto, o velho, era filho de dc Aguas Bellas em Portugal, casado em l.&s nupcias
6. Manuel do Couto, casado com D . Domin- com D . Guiomar Ramires, de quem houve aquelle fi-
gas da Costa. lho; e em segundas nupcias com D . Dyonisia Lopes de
Sande. filha de Fernão Lopes de Sande. (1).
D . Mariana de Soveral era filha de
D . Catharina da Silva Sandoval, era filha do
6 . Antonio de Macedo Viegas, casado com um8
Senhora. da familia Soveral. (2) 6 . Doutor João Gomes da Silva, Capitão de
Infantaria e das fortalezas de S. Antonio na Bahia e
(1) Vide pags. 1 7 1 P .
(a) Vide paga. 111. (1) Vtde pg. 101.
76 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE DRS. ANT." Jm. E JULIHO R . DE MACEDO SOARES 77

de S . João no Rio de Janeiro, Provedor da Fazenda De Antonio de Macedo Viegas, Manuel Barbosa
Real e Juiz de Orphãos do Rio de Janeiro, casado com Pinto e sua mulher, e Francisco de Macedo Freyre não
D . Maria de Mariz. (2) consta de quem fossem filhos.
O Coronel Ignacio de Oliveira Varaas e r a filho D. Joanna de Soveral Atouguia era filha de
de (3) 7. Antonio de Macedo Viegas
6. Francisco de OIiveira Vargas e de sua mu-
lher D . Andreza de Souza. Lucas do Couto, o velho, era filho de

n. Maria de Abreu de Souto-Mayor era filha do 7 . Manuel do Couto com T). Domingas da Cos-
Doutor t a , j A nomeados.
6. Francisco da Fonseca Diniz, casado com D . D . Mariana ,de Soveral era filha de
Tsabel Rongel de Macedo, de quem teve mais dous fi-
lhos : 1." Balthazar de Abreu Cardozo, casado com D . 7 . Antonio de Macedo Viegas, supra.
Trabel Pereira Sudré. filha de Francisco Sudré Pereira Francisco de Oliveira Vargas nada consta dos paes.
de D. Catharina da Silva Sandoval; 2.O D. Brites O mesmo a respeito de Bernardo Rodrigues Martins,
Ronael de Macedo, casada com Sebastião Martins Cou- Antonio Esteves Ferrão e suas respectivas mulheres, e
tinho, o velho, Senhor do Engenho de Guaxindiba e quanto ao D r . João Gomes da Sylva.
descendente de Vasco Fernandes Coutinho. fidalgo por-
tirguez de boa casa. 1 . O Donatario da Capitania do Es- 1). Maria de Mariz, mulher do D r . João Gumes,
pirito Sancto (1525) . Um filho de Balthazar, de nome wa filha de
de João de Abreu Pereira Sudré, casou-se em 2.as n u w 7. Diogo de Mariz Lamenha, digo, de Mariz
cias com D . Escholastica Pacheco, de quem houve D . Lourejro, Provedor da Fazenda Real no Rio de Janei-
Paula Rongel Abreu, que veiu a casar com João Freire ro, c~lsatlocom D . Paula Rongel de Macedo.
de Azeredo Coutinho, filho de Pedro Freire Ribeiro
Duque Estrada e de sua 2." mulher e prima D . Maria De Duarte Sudré Pereira. não se sãhe dos paes.
áe Azeredo Coutinho. 0 mesmo quanto aos de sua primeira mulher D . .Guio-
mar Ramires.
O Doutor Francisco Paes Ferreira, era filho de O D r , Francisco da Fonseca Diniz era filho do
7. Pedro Lopes de Souza Bacoso (ou Barro- 7 . Doutor Jorge Fernandes da Fonseca, (1)
s o ? ) , natural de Evora, casado com D. Philippa Fer- casado com D . Brites da Costa Homem.
reira Peckim. Tirou brazão em 1643.
L). Izabel Rongel de Macedo era filha de
D . Maria da Rocha e'ra filha de
7 . Balthazar de Abreu de Souto-Mayor, casado
t

Bento da Rocha Gondim, natural de Lisboa


7. com D . Isabel Rongel de Macedo, irmã de D . Paula,
De Antonio de Marins Coutinho, D . Izabel a velha mulher de Diogo de, Mariz.
e Man~ieldo Couto nada consta.
D . Andreza de Sousa, mulher de Francisco de 01i-
D . Domingas da Costa era filha de veira Vnrga~,era filha de
7. Thomé Rodrigues, casado com D. Paula
Rodrigues. 7 . Jernnymo de Souza de Brito, casado com
.
D Barbara Coutinho .
( 2 ) Vide pg. 191.
(3) Vide pg. 171. (1) Vide pg. 173.
-

ú R S . ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 79


78 NOBILIARQUIA FLUMINENSE -
-
O D r . Antonio Joaquim de Macedo Soares é filho
Diogo de Marins Loureiro era filho de ao
8 . Antonio de Mariz (alibi Marins) Coutinho, 1. D r . Joaquim Mariano de Azevedo Soares e
casado com D . Izabel, a velha, supra, pg. 3 . .. - de D . Maria de Macedo Soares.
2 . O D r . Joaquim Mariano de Azevedo Soa-
D . Paula e D . Izabel Rongel de Macedo, eram fi-
lhas do
- YPS. filho do Alferes Antonio Joaquim Soares e de D . -
I1Iaria A ntonia Reginalda . (1)
8 . Capitão Julião Rongel de Macedo (1583).
casado com D . Beatriz (alibi D . Brites) Sardinha. 2 . n . Maria d~ Macedn Soares. filha do Can.
n/i6ifiT)r. F'rr\iirisco de Macedo F r e i r ~de Azeredo Cou-
Ti. Brites da Costa Homem era filha de 1iiihv c clr. TI . Maria Thereza de SR Freire .
8 . Aleixo Manuel, o velho, casado com D. S. O Alferes Antonio Joaquim Soares. filho
iií. S i m ~ ã nSoarw i i ~
Azevedo e deT). Tmbel Maria
Francisca da Costa Homem.
Cactana Antunes.
D. Beatriz Sardinha era filha de 3 . D. Maria Antnnia Repinnlda, filha de i?.
9 . João Gomes Sardinha, da familia dos Sai- Jo;iaiiiiia Francisca fic Alvarenya .
(1 inhaa de Setinbal . S . TI. Mari.- Thereea de SR Freire filha de
Antonio dos Sanctec Silva. nntisral P ha~tiqailfiem Sa-
1 0 . João Gomes Sardinha era filho de Damião crimrema, e de D . Maria Antonia de S á Freire, idem.
Dias Rongel.
11. Damião Dias Rongel, (2) filho de D. Dr. . T nAd d anSil-i7n l \ KP g~~ i - C n ~ t g n qAntiir~!q filha do
T ~ S I ~
P r l r)~ Tnanns Comes Plntiinw
Diogo Dias Rongel, Commendador de Cete e Villela.
4 . D . .Toaquina Francisca de Alvarenga, fi-
12. D . Diogo Dias Rongel, filho de D . Pedro lha de Jnsé da Costa e de I). Antonia Maria Antunes.
Alvres Rongel, Senhor da Casa e Quinta do Ronge!,
juncto a cidade de Coimbra, onde está o solar dos Ron- 4 . Antonio dos Sanctos Silva. filho de Sancho
geis, - e de sua mulher D . Ignez Alvres Sanches de Manuel da Silva e de D. .Joanna Coutinho de Rraganca.
Macedo, em cujos descendentes se uniram os appellidos 4 . D . Maria Antnnia de Sá Freire, filha do
de Rongeis e Macedos. E n t r e elles conta-se Calixto Coronel Tluix José de Sá Freire e n . Maria Therexn
Rongel Pereira de Sá, que foi morador em Coimbra e Range1 de S& Freire.
cuja ascendemia se acha na "Corographia Portugueza",
tomo 3. pgs. 653 e 664. (1) 5. D . Joanna Gomes Antunes, filha\ de D .
Aurelia Antunes, casada não se nomêa com quem.
Mestre de Campo João 'Alvcwes de Azevedo 5. D . Antonia Maria Antunes, filha da mes-
D . Maria de Macedo Freire de Azevedo nia D . Aurelia Antunes.
5 . Sancho Manuel da Silva, filho do Cap. José
Coronel Commelidador FranciGco Alvares de Aze- da Silva Motfa e de D . Izabel Antunes da Motta.
vedo Macedo.
5. D. Joanna Coutinho de Bragança, filha de
D . Theodora da Silveira Bueno Alvares de Azevedo João Coutinho de Bragança, bastardo da Casa de Bra-
gança .
(2) Vicie pg. 171. (1) Vtde pg. 178.
(1) Vide pg. 171.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 81
80 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--

5 . O Coronel Luiz José de S á Freire, nascido lher D . Theodora da Silveira Bueno de Azevedo Mace.
em 1732, filho do Coronel João Barbosa de S á e D . Cla- do, (familia dos Buenos da Provincia de Minas Ge-
?*ade Souza Pereira. (1) raes) .
5 . D . Maria Thereza Range1 de Sá Freire, fi- 2 . O Coronel Francisco Alvares de Azevedo
lha do Tenente Luiz Barbosa de S á Freire e de D . Ma- Macedo, filho do Mestre de Campo João Alvares de
ria Range1 de Azeredo Coutinho. Azevedo e de D . Maria de Macedo Freire de Azevedo.
3 . O Mestre de Campo João Alvares de Aze-
Veste casal ficaram os filhos seguintes: vedo, filho do Mestre de Campo Alexandre Alvares
1. João Barbosa de S á ; foi o inventariante de Duarte de Azevedo, e de D . Anna Maria Joaquina da
sua mãe: n . em 1724; Cruz Duque-Estrada .

2 . O Rdo. Francisco de Sá, padre da Compa- 3 . D . Maria de Macedo Freire de Azevedo, fi-
nhia; n . em ? ( O ) !)ia do Capitão-Mór D r . Francisco de Macedo Freire
de Azeredo Coutinho, e D . Maria Izabel da Visitação
3. Ayres Barbosa de Macedo; n . em 1731. Ferreira.
2 '

4. Coronel Luiz José de S á Freire ; n . em 1732. 4. O Mestre de Campo Alexandre Alvarcs Tlu-
arte de Azevedo, natural de Portugal.
5 . João Freire (de S á ? ) n . em Janeiro de
1735 (O). Este foi o Cap. João Freire de Sá Barboza, 4 . D . Anna Maria Joaquina da Cruz Duque-
1 marido de D . Maria Izabel da Visitação Ferreira. Estrada, filha do Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo
e de D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada.
6 . O Capitão José da Silva Motta, filho de
Francisco de Araujo . 4 . O Capitão-Mór D r . Francisco de Macedc
E'reire de Azeredo Coutinho (Veja os appellidos de
6 . O Coronel João Barbosa de Sá, filho de João
Azevedo Macedo e Macedo Soares) .
Barbosa de S á Souto-Mayor e de D . Joanna de Soveral
Freire . 4 . D . Maria Izabel da Visitação Ferreira, fi-
6 . D . Clara de Souza Pereira, filha do Coro-
lha do Mestre de Campo Miguel Antunes Ferreira, e
de D . Thereza Francisca da Cruz Duque Estrada.
nel João Gomes da Sylva Pereira e de D . Andreza de
Souza. 5. O Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo,
6 . O Tenente Luiz Barbosa de S á Freire, filho
natural de Portugal.
de Pedro Barbosa Maximo de Sá e Soberal, 5 . D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada,
filha de Pedro Freire Ribeiro Duque-Estrada, e de D .
Helena da Cruz e Lemos.
5 . O Mestre de Campo Miguel Antunes Ferrei-
D . Theodora Alvares de Azevedo de Macedo Soa- rã, filho do Capitão Manuel Antunes Ferreira e de
res, casada com o Dr.Antonio Joaquim de Macedo D . Catharina de Lemos Duque Estrada.
Soares, é filha do
1 . Coronel Francisco Alvares de Azevedo Ma- 5. D . Thereza Francisca da Cruz Duque Es-
cedo, Commendador da Ordem da Rosa, e de sua mu. t-ada, filha do Sargento-Mór Ambrosio Dias Raposo
e de D . Anna Josepha da Cruz Duque Estrada, acima
nomeada.
- (1) Vide pg. 172. Falecida em 1747.
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 83
- -.
82 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
nicipio de Maricá. Foi baptizado no mesmo lugar e
6 . Pedro Freire Ribeiro Duque-Estrada, filho a m o , sendo padrinhos o Commendador Antonio Joa-
de Pedro Freire Ribeiro e de D . Anna Duque Estrada. quim Soares Kibeiro e D. Generosa kosa de Azevedo
6 . D . Helena da Cruz e Lemos, filha de Paulo Soares, aquelle primo-segundo e esta tia paterna do
tia Matta e de D . Jeronyma de Lemos. baptizado. Formou-se em Direito pela Faculdade de S.
Paulo, aos 22 de Novembro de 1861. Foi nomeado Ins-
6. O Capm. Manuel Antunes Ferreira, cida- pector da Instrução Publica e Particular da Comarca
dão do Rio de Janeiro. de Rio Bonito, aos 6 de Março de 1862. Cazou-se com
D . Theodora Alvares de Azevedo Macedo (hoje, de
6 . I). Catharina de Lemos Duque Estrada, fi- hkcedo Soares), aos 22 de Novembro de 1862. Foi no-
lha de Pedro Freire Ribeiro Duque Estrada e de D . meado Juiz Municipal e de orphãos dos termos reu-
Helena da Cruz e Lemos. nidos de Saquarema e Araruama, em 6 de Dezembro
7 . Pedro Freire Ribeiro, filho de Francisco de 1862. Eleito eleitor nas eleições de 9 de Agosto d*
Freire Ribeiro e de I). Catharina de Freitas. 1863, em Araruama,
7. D . Anna Duque Estrada, filha de Henrique
I h q u e Estrada e de D . Theodosia d a Rosa e Aguiar.
7. Paulo da Matta, filho de Antonio Fernaii-
des da Matta e de D. Izabel d a Costa. 1. O Sargento-Mór, Mestre de Campo, Fernan-
c10 Jus& de Mascarenhas Castello Branco, casado com
8 . D . Catharina de Freitas, filha de João Sar- I). Anna de Sii Sodri! Castello Rranco, baptizada em
dinha e de D . Luiza Gomes de Barros. 3 de Novembro de 1744, irmã do Cap. Mór Francisco
8 . Henrique Duque Estrada, filho de João de Macedo Freire de Azeredo Coutinho, era filho de
Duque Estrada e de D . Anna de Parady. 2 . Tenente Coronel João de Mascarenhas uae-
8. D. Theodosia da Rosa e Aguiar, filha do tello Branco, governador da Ilha das Cobras, e de D .
Capitão-Mór Nuno Fernandes de Aguiar e de D . Mag- Anna Theodora Ramos de Mascarenhas .
dalena da Rosa. 3 . O Tenente Coronel João de Mascarenhas
9. U . Anna de Parady, filha do Dezembarga- Clastello Branco. filho de Gonçalo de Lemos Mascare-
dor Henrique Pires de Souza e de D. Maria Rosa de nhas, natural da Bahia, Governador de Angola, casado
Souza . com D . Francisca Lins de Castello Branco. nascida em
30 de Janeiro de 1667.
D . Theodora Alvares de Azevedo Macedo Soares, 3 . D. Anna Theodora Ramos de Mascarenhas,
nasceu aos 29 de Abril de 1846, na fazenda de Itapa- filha de Gonçalo da Costa Ramos e de D. Sebastiana
corá, municipio de Itaborahy. Foi baptizada pelo Pa- de Mascarenhas e Siqueira.
dre Pedro de Mel10 Alcanforado, 3 de Junho de 1849,
n a mesma fazenda, sendo madrinha N . S. de Naza- Foi com uma filha ( ? ) do Sargento-Mór Fernando
rsth e padrinho o Delegado de Policia Antonio José de Mascarenhas, de nome Mariana Coutinho, digo, Ca-
' Ferreira da Silva. Cazou-se com o D r . Antonio Joa- rolina de Souza Coutinho, que se cazou com o Marquez
quim de Macedo Soares, aos 22 de Novembro de 1862, de S . João Marcos, Pedro Dias Paes Leme. D'este con-
(celebrante o Padre Alcanforado) . sorcio provierão os seguintes filhos:
O D r . Antonio Joaquim de Macedo Soares ,nasceu 1. José Alves Paes Leme.
aos 14 de Janeiro de 1838, n a fazenda do Bananal, Mu-
84 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT." Jm. E JULIAO R, DE MACEDO SOARES
- 85

2. Fernando Dias Paes Leme. Veador da Casa (5) - Ve. a "Revista do Inst. Hist.O tom. 33, p. 2,
Imperial, casado com D. Maria Florencia Gordilho de pag. 66.
Barbuda e Souza, filha da ( ? ) Marqueza de Jacaré-
pagua . ( 6 ) - Damião Dias Rongel, supponho que casado na
3 . Luiz Leme Betim, casado com D. Maxima familia dos Sardinhas de Setubal, da qual seu
Emilia Navarro de Andrade, filha do D r . Sebastião filho Joáo Gomes tomou o appellido Sardinha.
>.iavarro de Andrade com sua mulher D. Maria Ade- IYesta familia de Sardinhas foi D. Pedro Fer-
laide Pinto Navarro. Luiz Leme cazou-se no dia 21 nandes Sardinha despachado para a India para
Vigarjo Geral e depois primeiro Bispo do Bra-
clc Maio de 1846 2.O dos Casamentos da Parochia de
Sta. Anna. - -
zil (15. . ) onde morreu ás mãos dos selvagens.
(Simão de Vasc. liv. I.", n. 37, liv. 14 nn .
4. Ignacio Dias Paes Leme. 14 e seg.
5. Fernão Paes Leme. (7) - Ahi na "Corographia" talvez se achem dados
para supprir as muitas lacunas e alguns erros
6. L). Anna Rita Iticardina Paes Leme. de appellidos e de datas desta genealogia. To-
7. D . Ealbina Paes Leme. mo 2.O pags. 45 e segs. da 2." edição (1869) .
Bibl. 11, 111. Cartas Primeiras. Diogo V. Ma-
8. D. Mariana Perpetua Paes Leme. cedo. Antonio Ferrão de Castello Branco em
Os Maryuezes de Itanhaem e Quixeramobim tam- Mel10 Moraes, Braz. Hist. 111, 54.
bem entraram na familia do dicto Sargento-Mór Fer-
nando José de Mascarenhas Castello Branco. O Mar-
quez de Quixeramobim foi casado com D. Francisca de Filhos do Cormel João Barbosa de Sá Freyre e D
Paula Mascarenhas Paes Leme. José Egygdio Gordilho A m a Maria de Souza Pereira ( 1 )
de Barlenda, 2." Visconde de Camamui tambem é pa- 1 . D . Anna de Sá Sodré Castello Branco, c .
rente. com o Mestre de Campo Fernando José de Mascarenhas
Castello Branco.
2 . Dr. Francisco de Macedo Freire de Azereds
NOTAS : Coutinho, n . em 1747.
(1) - Segundo os Pp. dos Sodrés, era f.O da 1." mu- 3 . João Barbosa de Sá Freire, n . em 1749.
lher. B r . H . pag. 167; Eev. do Inst. 29, p. 4. Antonio Barbosa de Sá, n . 1750.
2, pg. 279, de 1866.
5. D . Anna Maria de Souza Pereira, n . 1751-
(2) - R . Irist. Hist ., 1843, 426. Fidalgo da Casa
Real (1665 ou 1585?). Lucrecia Viegas, f." do 6. D . Brites de Sá Souto Mayor, n. 175.
Licenciado Francisco Viegas e sua mulher D.
Joanna de Soveral. (1) De Antonio Esteves 7. D. Francisca de Sá Freyre, 1754.
Ferrão e sua mulher e Bernardo Rodrigues 8. Joaquim José de Sá Freyre, 1758.
.
Martins e sua mulher, nada se sabe. . .
9. Mel. Paes Ferreira, 1761.
(3) - Carv.O, 3." pag. 149. (4) Carv.', 3.O, pag. 186.
10. D . Barbara Viegas de Azdo. Coitinho, 1762.
. ..
(1) De A . de M . Viegas.. . . . . Maria Viegas. . m'. de Abreu.
11. José Ferrão de Castello Branco, 1763.
- foi o que pude apanhar de U m a pg. inutllisada pelas traçaS.
86. NOBILIARQUIA FLUMINENSE -

12 Bento Barbosa Freyre, 1764.


13. D. Escholastica de Sá Freyre, 1765.
14. D. Mariana, 1769.

(1) Nascido em 1724. (2) Extraido do formal


dc part. em mel1 poder do herd.O João Barbosa de S á .
Campo Largo (Paraná), 30 de Janeiro de 1875.
(1) Domingos Paes Ferreira fundou na serra de
Piba Grande, a capella de N . S. do oesterro, depen-
dente da matriz da freguezia de Itaipú (173. . ) . Ha
erro typographico em Milliet de S . Adolphe, vb. Piba
Grande, onde se lê Domingos Paes Ferreira.
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
(1) D . Maria Antonia Reginalda, fundou na sua
fazenda do "Bananal", em Maricá, uma capella sob a
invocação de N . S . da Conceição, completa de gara- PARTE 111
mentos e alfaias e com licença do Bispo D . . . . . . . . . . .
para nélla se celebrarem os actos religiosos, o que se
te.m feito com applauso dos povos vizinhos, distantes OS
da villa e séde da freguezia duas ou tres leguas. SOARES E MACEDOS
(1) Jorge Fernandes da Fonseca, Cap. M6r de DA
S. Vicente em 1660, com a autorização do governador
Salvador Corrêa de Sá e Benevides. PROVINCTA no RIO nTi: JANEIRO
(1) E x t r . do formal de part. do D r . Francisco
de Mendonça, em meu poder. Campo Largo, 1875,
Jan.O, 30.
NOBILIAEQUIA FLUMINENSE
PARTE I11
DESCENDENCIA
dos
SOARES E MACEDOS
da
PROVINCIA DO RIO DE JANEIRO

TRONCO DOS MACEDOS

JULIÃO RANGEL DE MACEDO


casado com D . Brites Sardinha,
que aqui veio ao Rio de Janeiro, como juiz de orfãos
nos fins do seculo 16.O, e, em 1583, ficou substituindo iZ
Salvador Corrêa de Sá, no governo geral e a quem
muito ajudou na fundação da mesma cidade.
Vj . - Padre Carvalho, tomo 3, pag . 453.

TRONCO DOS SOARES

SIMEAO SOARES DE AZEVEDO


oasado com D . Isabel Maria Caetana Antunes,
que, em companhia do seu primo, o sargento-mór, de-
pois mestre de campo, Alexandre Alvares Duarte de
Azevedo, viéra para o Brasil, pelos meiados do seculo
XVIII, e se estabelecera em Itaborahy, com o enge-
nho e fazenda de Tapacurá.
I CAPITULO I
Descendência de Antonio Antunes e D. Aurelia
Antunes
1 . - D . Joanna Gomes Antunes, casada com o DOU-
,*
tor José da Sylva Gomes, Medico Portuguez.
2. - D. Antonia Maria Antunes, casada com José
da Costa Ferreira (Alvarenga) , portuguez .

CAPITULO 11
Descend6ncia d o Dr. José da Sylvrx Gomes e
D . Joanna Gomes Antunes
1. - D. Isabel Maria Caetana Antunes, casada com
Simeão Soares de Azevedo, natural de Portugal.
senhor de engenho em Tapacori (Itaborahy) .
2. - D. Maria Gertrudes Antunes, casada com Joáo
Pacheco de Rezende, filho de Antonio Pacheco
de Rezende e D. Perpetua Alves de Rezende.
3. - D. Anna Josepha Antunes, casada com Manuel
Custodio Pacheco de Rezende .
4. - D. Maria Antonia Antunes, casada com José
Coelho.
5. -
D . Joanna Emmerenciana, casada com . . . . . .
. . . . . . . . . ., com filhos.
e. - D . Anna Marianna, (Prirninha), solteira, fale-
ceu com cem anos de edade, na Fazenda "Ba-
nanal", em Ponta Negra, Maricá.
NOTAS
92 NOBILIARQUIA FLUMINENSE -
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 93

Pacheco, ibidern; José Alves Pacheco, infra 6 . -- D . Antonia Maria Joaquina, casada com o te-
Cap. n . 11; Antonio Pacheco, que casou com nente João Pacheco Ferreira, filho legitimo de
D . Brigida Michaela de Barros e Madureira; Matheus Ferreira.
Pedro Pacheco de Rezende (capitão), casado
com D . Ricarda, cuja geração daremos ade- 6. - L). Joanna Francísca, casada em primeiras nup-
ante. cias com ...................... e em segun-
das com Joaquim José da Silva.
7. - D. Joaquina Custodia Lopes, casada com Jogo
Lopes Ferreira.
CAPITULO 111
8. - D . Rita Angelica de Jesus, solteira. Teve tres
Uescendência de José da Costa Feweiru (Alvarenga) filhos que legitimou.
e D . Antonia Maria Antunes
I
9 . - Manoel Soares de Azevedo, casado com D . Ma-
1. - Antonio José da Costa, casado com D . Joanna
Maria Ferreira, filha de ...................
1 1

ria Joaquina .
e D. Marianna Ferreira. 10 .- D . Maria Catharina, casada com Fernando
Henriques dos Santos, filho legitimo de Marioel
2 . -Manuel José da Costa, casado com D . Anna Ma- Henriques dos Santos, português; e passou a
ria Corrêa, filha de Pedro José Corrêa e I). assignar-se Maria Joaquina da Conceição.
Maria Antonia do Sacramento.
11.- D . Marianna Bernarda de Jesus, casada com
3. - D . Joaquina Francisca de Alvarenga : teve uma José Alves Pacheco, filho de Antonio Pacheco
filha - D. Maria Antonia Reginalda, casada de Rezende e D. Perpetua Alves de Rezende.
com o Alferes Antonio Joaquim Soares.
I 1% - Alferes do Caes Antonio Joaquim Soares, senhor
da fazenda do Bananal (Maricá), casou com D .
Maria Antonia Reginalda, filha de Joaquina
Francisca de Alvarenga. D . Maria Antonia
CAPITULO IV Reginalda faleceu em 4 de Janeiro de 1873.
Descendência de Simeão Soares de Azevedo e D. Nascera em 1787.
Isabel Maria Caetana Antunes WOTAS
1. - Padre José Soares de Azevedo, senhor do em O Padre José Soares de Azevedo teve
genho do Pilar - (Maricá). dois filhos:
I
2. - Padre Joaquim Soares de ~ z e v e d o ,homem de 1. -O Capitão Antonio Joaquim Soares Ri-
lettras e virtudes. beiro, Oficial e depois Comendador da
3. - D. Francisca Paula Antunes do Amor Divino, Imperial Ordem da Rosa, Senhor da fa-
zenda do Pilar (Maricá), casado com
casada com João Damasceno Chaves.
D . Feliciana de Mattos, filha do tenente
4. - Capitão Franaisco de Paula Antunes, casado José Innocencio, da qual teve tres filhos :
com D . Maria Paula do Nascimento, filha de
José Vieira Range1 e D . Maria Feliciana Fer- 1 - D. Firmina, morreu solteira, 2 --
reira . José Antonio Soares Ribeiro, casado com
04 NOBILIARQUIA FLUMiNENBE

casado com D. Carolina Torres, S ~ l h


prima-irmã, filha do Commendador
Candido José Rodrigues Torres e
D. Restituta Soares. D. Carolina
Torres faleeeu em Paris, deixando
uma filha de nome Evelina, que veio a
ser a esposa do distinto diplomata, ora-
dor e escritor Joaquim Nabuco, o lea-
der dos abolicionistas no Brasil; em 2as.
nupcias, com D. Amelia Drumond, afi-
lhada da princeza D . Izabel. - 3 . O - D.
Guilhermina Soares Ribeiro Taques ca-
sada com o Conselheiro Benevenuto Au-
gusto da Magalhães Taques, deputado
geral pela provincia da Bahia, minis-
tro dos negocios extrangeiros, presiden-
te da provincia do Rio de Janeiro, ad-
vogado do Conselho d' Estado. Tem
duas filhas: la - D. Beatriz. - 2.a -
I). Maria Augusta, +, solteira.
TI. - I). Restituta Soares Ribeiro Torres,
casada com o Comendador Candido Jo-
sé Kodrigues Torres, de quem tem mui-
tos filhos, entre os quaes I). Maria
Candida, casada com Honorio Hermeto
Carneiro Leão, filho legitimo do Mar-
yuez do Paraná. e Candido José Rodri-
gues Torres Filho, estudante do quinto
anno da Faculdade de S . Paulo; forma-
do em 1862, casou-se em Novembro de
1864 com D. Anna Teixeira Leite Ro- Comendador Antonio Joaquim Soares Ribeiro
drigues Toyres. -

D . Rita Angelica, supra n. 8. legitimou


tres filhos naturaes :
1. -O Capitão Francisco de Paula Antunes,
oficial da I. O. da Rosa, casou com D.
Maria, filha de Fortunato José Antu-
nes .
DRS. ANT.O Jm. E J U L i i i 0 R. DE MACADO SOARES 5s

Foi homem importante no municipio de


Itaborahy, senhor do erigenho de Cas-
sorotiba, pequena; capitão da 2." com-
panhia de 2.' batalhão d' Infantaria de
reserva da provincia ; ocupou varios
cargos de eleição popular e de nomeação
do governo, e faleceu em 1870, em Ni-
teroi, para onde se havia mudado havia
a pouco.
I

2 . - Joaquim José Antunes, casado com D .'


Anna .
3. - Anna de tal.

Y
Descendência de João Pacheco de Rezende
e D . Maria Gertrudes
i. - Antonio Pacheco de Rezende, casado em pri-
meiras nupcias com D, Cecilia de Rezende, e
deles provem :
L, - D. Maria Pacheco de Rezende, casada com
Frutuoso Ferreira; e aquele em segundas nup-
cias, com D . Luiza Narciza Alves, filha legitima
de José Alves, Ilhéo e deles provem:
2. - José
D . Genuina de Rezende, casada com Belmiro
Alves, seu tio materno, e dele tem filhos.
3. - D. Maria Custodia de Rezende, casada, em pri-
meiras nupcias com Philippe José Alves, seu tio
materno; e em segundas, com Antonio José Al-
ves de Sá, filho de José Bento de Sá e sua mu-
lher D . Florentina Alves, irmã da dita D . Lúi-
za Narciza. Ha filhos de ambos os matrimo-
nios .
NOTA
José Alves teve, alem de D . Luiza Nar-
ciza, os seguintes filhos:
1 . - Belmiro José Alves casado com D . Ge-
nuina, sua sobrinha ;
96 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

2. - Capitão Philippe José


Alves, casado com
D . Maria Custodia, sua sobrinha;
3 . - I). Florentina, casada com o tenente
José Bento de Sá.

CAPITULO VI
Besccndência d e M a ~ ~ o Custodio
el Pacheco d e I i ? e a ~ d t :
e I). A n n u Josepha ' ~ n t z m e s .
1 - José Custodio de Resende, casado com I>. Ma-
ria Cordeiro dc Rezende, filha de Capitão Pe-
clro Pacheco tlc) Rezende e 1). Ricarda. (Cap.

2 . - João Manoel Custodio de Rezende, solteiro. Dei-


xou filhos naturaes, que não legitimou.
3 . - Claudio Manoel Custodio, casado com D . Maria
Joaquina de S . A m a , filha de Octavio de Marins
e I). Francisca de Marins ; S . g .
Dr . Joaquim Jos6 Hodrigues Torres.
Visconde &e 1tabo:ahy -- 1870
t i . - Roberto Manoel de Rezende, casado com D . Ma-
ria Luiza do Amor Divino, filha de Antonio Car-
closo da Silva (da familia Cardoso, de Bôa Es-
perança e Rio Bonito) e D. Joanna Maria de I
Jesus.
5 . - D. Maria Custodia de S . José, casada com An-
tonio Gomes Valente.
6. - D. Gertrudes Maria Custodia, casada com Fran-
cisco Pereira da Costa Vieira, (1) natural da
ilha do Pico, batisado na Freguesia de S. Anto-
nio da dita ilha, falecido (2) em sua fasenda
"Aurora", em Araruama, filho de Antonio Pe-
reira da Costa Dias e D. Agueda Thereza Viei-
ra.
NOTAS
1. D Gertrudes Maria Custodia e seu marido
~ r a n c i s c oPereira da Costa Vieira: 1 -
filha - D . Maria Custodia Vieira Ribeiro. D. Maria de Macedo Alvares de Azevedo
casada com José Pinto Ribeiro, pais de D. Torres, Visrondessa de Itaborahy. -
188a
DRS. AN?'." Jm. li; J&AO R. DE MACEDO SOARE6 O'f
--

Maria Gertrudes Ribeiro de Nlacedo Soa-


res, casada com o Alferes João Augusto Ue
.
lvlacedo' Soares (Cap , XXll, n. 4)
2. E m 21 de Julho de 1864. Vide o seu testa-
mento no cartório do Escrivão Porto, 2.'
oficio do Juizo da Provedoria.

CAPITULO VIL
'.
Descendência d e João Coelho e D . Maria Antonia '

Antunes
1.-Manoel Antonio Coelho, casado com D. Anna Ca-
tharina Chaves, filha de João de Chaves, e dela
teve :
1.-D. Maria Benedita, mãe natural do Conse-
selheiro Antonio Nicolau Tolentino, ex-Presi-
dente da Provincia do Rio de Janeiro, ex-
Inspetor da Alfandega &.

CAPITULO VI11
e D. Joana Emmerencianu
(Vj. Cap. 11, n." 5 )

CAPITULO I X
Descendência de Antonio José da Costa e D.
Joana Maria Ferreira
1 .-D . Emerenciana Mathilde, casada com Manuel
José Rodrigues Torres, português, negociante no
Porto das Caixas, e dele teve:
1 .-Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de
Itaborahy, parlamentar notavel, distinto eco-
nomista, Senador do Imperio, Conselheiro de
Estado &, casado com D. Maria, primeira fi-
lha de João Alvares de Azevedo e sua mulher
08 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm.E JULUO R. DE MACEDO SOARES t)Y

D . Maria de Macedo Freire de Azevedo, e dela 3 .-D. Maria Carolina Alvares de Azevedo Ma-
teve, entre outros filhos: cedo.
1.-De Maria, casada com José Dias Delgado de 4.-D. Marianna Mathilde, casada com o Dr.
de Carvalho, filho legitimo do coronel Fran- Francisco Antunes Marinho, filho do Comen-
cisco Dias Delgado de Carvalho, e D . Maria dador Francisco Antunes Marinho e D. Iria.
Columna de Menezes. Tem filhos. 5 . -O Alferes Manuel Alvares de Azevedo lvlacectu.
2.-D. Joaquina, casada com José Custodio Co- L .-U . Anna Bernarua, casaua com ~ o s éAntOn~ociu
t r i m d a Silva, filho legitimo do Capitão Co- bilva reixoto, portuguez.
t r i m . Tem filhos. 8 .-U . Maria J oaqulna, casada em primeiras nupcias
3 .-D . Carlota, casada com o Doutor Custodio com &leuterio dòse ae lvlagalnaes; e em segun-
Cotrim da Silva, filho do mesmo Capitão Co- aas com manuei k'inheiro.
trim .
2.-Candido José Rodrigues Torres, casado com U . NOTAS
Kestituta, filha do Padre José Soares de Azevedo. Bizia-se filha cte ~ n c o n i oJosé da Costa,
da qual tem filhos declarados a fls. u . Joanna (I) d e r n a r a a ae Alvarenya, que
3 .-Antonio José Rodrigues Sorres, casado, com filho;.' por ele era tratada com paternal afeição. Ga-
e netos. sou-se essa senhora com Joaquim Pereira aa
4. -Manuel Antonio Rodriyues Torres. Costa (dos Pereiras, de Maricá, no fispraia-
do) e dele teve;
5 . -0 .
D r Bernardino Jose Rodrigues Torres. 1.-Antonio (2) Joaquim da Costa Pereira,
6 .-D . Maria Jesuina, casada com iklanuel Teixeira casado com I). lvlaria Pereira, Iilna ae
de Carvalho. Antonio José Pereira e D. ...........
7. - D. Maria Carolina, casada com o Coronel Fran-
filha de Manuel José Vieira e D. ..........,
fiiha de José Francisco Vieira, Iazendeirci
cisco Alvares de Azevedo Macedo, filho legitimo de importante em Araruama, freguezia de S.
João Alvares de Azevedo e D . Maria de Macedo Vicente de Paula.
Freire de Azevedo, de quem teve os seguintes fi-
lhos : 2.-1). Maria Custodia (3) da Silva Tavares,
1 .-Francisco Alvares de Azevedo Macedo Junior, casada com Luiz Tavares da Fonseca, ia-,
estudante do terceiro anno d a Faculdade de vrador em Ponta Negra, portuguez, de
Direito de S . Paulo. quem houve muitos filhos; em segundab
nupcias, com o seu primo Antonio Luiz
2 . -João Alvares de Azevedo Macedo Sobrinho, Pereira, infra Cap.
casado com D . Maria José de Almeida, filha
legitima do Dr. José Vieira de Almeida e D .
Francisca, donos da Fazenda S . Jacintho, em - D . Joanna Bernarda faleceu de' edade
Cabo Frio. D . Maria José de Almeida foi ca- maior de 80 annos, em 1869; e seu genro Luiz
sada em primeiras nupcias com o Dr. Domin- Tavares, talvez de mesma edade, em 1870.
gos de Oliveira Maia, juiz municipal e dos
Orphãos do termo de Cabo Frio, de quem f i -
lhos ;
* I(@ NOBILIARQUIA FLUMINENSE -- - DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 101
- --
CAPITULO X 1.-José Alves Pacheco, casado em 1861 com D .
Descendência de IUanuel José da Costa e U . A n n a Marianna Antunes Quintanilha, neta do Al-
Maria Cowea feres José Gomes da Cunha Vieira, fazendeiro
ro em Maricá.
i ,-José Mariano da Costa, casado com D . Maria José
Vieira, filha de Francisco da Cunha Vieira e u . 2.-Joaquim Mariano de Azevedo Antunes, casa-
Juliana Alves Dias. b'rancisco da Cunha era ir- do com D . Maria de Abreu, filha de Antonio
de Abreu;
mem importante em Maricá.
-
mão do Alferes José Gomes da Cunha Vieira, ho-

2.-Antonio Candidu da Costa, casado com s u a x a -


da Maria José, viuva de José Mariano, supra.
3 . -D

4 . -D
. Senhorinha, casada com José Frederico de
Paula Antunes, seu primo;
. Marianna, solteira ;
3 . -D . Maria Antonia, casada com José Joaquim Fer- 5 .-D .Maria, solteira.
reira, filho de Lourenço José Ferreira.
2 -Major Fortunato José Antunes, casado com D
4. -D . Candida Maria Benedita, casada com Frutuo- Senhorinha Angelica Alves Pacheco, sua prima-
so de tal. irmã, filha de José Alves Pacheco e D . Mariana
Bernarda. Filhos são :
CAPITULO XI 1.-D . Maria, casada com Francisco de Paula An-
tunes, filho de D . Rita Angelica a fls.
Descendência de João Damasceno Chaves e D. Fran-
c.isca de Paula Antunes 2 . -Joaquim Mariano Antunes ;
1 -Justino Venancio de Moraes, casado com D. Anna 3 . -D . Joaquina Rosa.
, -- da Silva Antunes, sua prima irmã, filha de Joa-
quim José da Silva e D. Joanna Francisca, filha 3 -Joaquim José Soares, farmaceutico, fazendeiro e
de Simeão Soares de Azevedo e D. Isabel Maria proprietário em Itaborahy, onde é um dos chefes
Caetana Antunes . do partido conservador, cavaleiro da Ordem de
Christo e Oficial da I. O. da Rosa; casado com
2. -Rogerio Bento Saldanha. D . Generosa Rosa Soares, filha de José Alves Pa-
3 . -Honorato Florencio de Alvarenga. checo e D . Marianna Rernarda, da qual tem:
4. -Francisco de Paula Antunes. 1 .-José Mariano Alves Soares, casado com D .
5 .-D . Genuina Theodomira Chaves. Eernardina, filha de Bernardino José Antu-
nes e D . Maria Rosa das Mercês, neta pater-
na de José Pacheco Ferreira e D. Antonia
CAPITULO XII Maria a fls. ;
Descendência do Capitão Francisco de Paula An- 2 . -Joaquim Mariano Soares, casado com D . Ca-
tunes e D. M a k Paula do Nascimento, filha de tharina, neta de Cosme Botelho e por outra
José Vieira Range1 e D . Maria Feliciana Ferreira parte, de Luiz Francisco, filho de Gabriel de
tal ;
1 .-Antonio Antunes de Azevedo, casado com D. Anna
Luiza do Nascimento, de quem tem': 3 . -Francisco José Soares, e três filhas solteiras.
102 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
- DRS. ANT.P Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES -
103

4 .-Luiz Manuel de Azevedo. 1.-D. Maria Joanna, casada com Fidelis José
Alves ;
5 . -D . Feliciana Rosa Antunes.
2 .-D . Carlota, casada com Joaquim Mariano Al-
ves da Costa;
CAPITULO XIII S . -Joaquim Ferreira Pacheco, casado com D .
Descendência do tenente João Pacheco Ferreira e Ludgera, filha natural de Fidelis José Alves;
D . Antonia Maria Joaquina e em segundas nupcias com D . Maria Anto-
nia da Costa de quem teve:
1 .-Bemardino José Antunes. casado com D. Maria
Rosa das Mercês, filha de José Alves Pacheco e D. 1 .-D . Maria Francisca, casada com Reginaldo
Mariana Bernarda, da qual teve: José Alves ;
1.-Dr . .José Bernardino Ferreira Pacheco, casado com 2 . -José Antunes Ferreira Pacheco, casado com
D . Maria Carolina, filha de D . Claudina da D . Maria Lopes Ferreira, filha de José Lo-
Silva e Francisco Manuel dos Reis; pes Ferreira e D . Maria Joaquina de Vargas.
- Antonio Antunes Ferreira Serra, alferes,
2. -Joaquim Bernardino Alves 'Illu,stre, casado servindo no estado maior do 4 . O batalhão de
com D . Maria Rosa da Costa; infantaria em Itaborahy; vj. Alman. pg. 21;
3 .-Luiz Manuel Ferreira Pacheco, o França, c:, 4 . --Joaquim José Antunes, casado com Carlota Lopes
sado com D. Mariana, filha de A . J . da Ferreira ;
Costa ;
5.-João José Aiitunes (o Joanníco), casado com D.
4-Antonio Joaquim Fsrreira Pacheco, casado com Antonia Rariyel, filha de José Vieira Range1 e D .
D . Carlota Antunes da Costa; Maria Feliciana Ferreira.
5 .-Galdino Ferreira Pacheco, casado com D. ti .-I). Floriana, casada com João Nunes da Cruz Pom-
Apolinaria d a Costa ; bo, senhor d'engenho em Maricá, e dele teve:
6. -D . Maria Bernardina, casada com Antonio I .-,João Elisiario da (:rui, Pombo, casado com
Joaquim da Costa; I).Rlaria Thereza Nunes Fagnndes, irmã dos
Nunes Fagundes de Maricá e de Itaborahy;
7 . -D . Bernardina Alves Antunes, casada com
José Mariano Alyes Soares; 2 . -D . Maria Apollinaiia, casada em primeiras
8. .-Regbaldo José Alves, casado com D . Maria nupcias, com Alexandre José da Costa Thi-
Francisca Ferreira Pacheco ; báu, de quem teve:

2. -Padre José Antonio Ferreira Pacheco, senhor 1.-Alexandre José da Costa Thibhu, casado com
d'engenho de Itaborahy . uma. filha de Francisco Duarte dos Santos, ir-
mão de João Duarte dos Santos a fls. ; e em
3.-Antonio Antunes Ferreira Pacheco, casado, em segundas nupcias, com o Dr. Marcos Christini
primeiras nupcias com D . Genoveva, filha de Joa- Fioravanti Patrulhano, e tem um filho;
quim Luiz da Costa e D. Joanna Victoria; e dela
teve : 3 . -D . Maria Joanna. solteira..
104 NOBILIARQUIA FZUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 105

-D. Francisca Paula do Amor Divino, casada com Venancio de Moraes, seu primo-irmão, filho de
José Ferreira Torres, filho de Antonio de Olivei- João Damasceno Chaves e D . Francisca de Paula
r a Torres, e dele teve: Antunes.
1 .-D . Maria da Gloria, casada com Poluceno ? .-D. Maria Eugenia, casada com o Capitão José
José de Moura; Joaquim Henriques, seu primo-irmão, filho de Fer-
nando Henrique dos Santos e D . Maria Catharina.
2 .-D. Emilia Ferreira, casado com João Vieira
Rangel, filho de José Vieira Rangel; 4 -D. Claudina, casada com Francisco Manuel dos
Reis, de quem houve:
3 .-D . Restituta, casada com José Vieira Rangel,
filho de José Vieira Rangel; I . -D . Maria Carolina, casada com o D r . Jos6
Bernardino Ferreira Pacheco .
4 .-Joaquim José Ferreira Torres, casado com
uma filha de Severino Antunes de Figueiredo, 5 . -Bonifacio José da Silva, casado com uma Senhora
seu tio; do apelido de Mello.
5. -D . Maria da Gloria, casada com Antonio José
Corrêa ; CAPITULO XVI
6 . -José Ferreira Torres ; Desceiiclênciu de João Lopes Feweira e L).
7 . -Bemardino José Ferreira Torres, casado com Joaquina Antunes
uma filha de Antonio Joaquim da Costa. 1. - Francisco Xavier de Mattos, solteiro
2. - Marcellino José Ferreira Lopes, idem.
CAPITULO XIV 3 . - D . Maria Lopes, idem
Descendência de Antonio Gomes da Costa e D. Joannu 4 . - D . Jesuina, idem
Francisca, e m primeiras nupcias
1. , V i t o r i n o Antunes da Costa, casado com D . Joa-
5. - D. Carlota, casdda com Joaquim José Antu-
nes, seu primo irmão, filho do tenente João
quina, de quem teve, entre outros filhos: Pacheco Ferreira (Cap. XIII supra) e D . Anto-
1.-Da Thomazia, casada com Manuel Rodrigues. nia Maria Joaquina .

CAPITULO XVII
CAPITULO XV
Descendência de Manuel Soares de Azevedo e
D~scenddncinde Joaquim José da Silva e D. Joanna D . Maria Joaquina
Francisca ( 1 ) em segundas nupcias.
1-1 : - D . Anna Maria Joaquina casada com Luiz
1 .-Manuel Fidelis da Silva, casado. Barbosa, capitalista e fazendeiro em Mato
Grosso (Saquarema) . No testamento com
2 .-D. Anna da Silva Antunes, casada com Justino que faleceu Luiz José Barbosa, chama ele a
--4 - sua mulher Anna Thereza da Rosa. O ca-
(1) D Joanna faleceu em Ponta-Neera, Maric&, em Zl de sal teve:
hgosto de 1879, com 92 anos Nascera em 1787.
106 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 107

2-1: - Simeão Soares de Azevedo, casado com D 2--6 : - José Joaquim Barbosa, casado.
Laurentina, filha de Joaquim José Henriques
e D. Vicencia Maria de Amor Diviilo (Cãp.
1-2 : - D . Maria Joaquina da Rosa, casada com Ber-
XVII). - Simeão era bisneto e afilhado de nardino Ignacio da Costa.
Simeão Soares de Azevedo (Cap. 11, n. I ) ,
o pai de D. Candida de Azevedo Soares
(Cap. XXIII, n. 8 ) . Entre outros filhos te- CAPITULO XVIII
ve o casal Simeão e D . Laurentina :
Descendência de Fernando Henrique dos Santos a
3-1 : - D . Maria, casada com Ephiphaneo Duarte D . Maria Joaquina da Conceição
dos Santos Silva, filho de João Duarte do
Santos e D . Anna Vitorino Duarte de Sou- 1 - Joaquim José Henriques, cognominado, o Fa-
za; rias, casado com D . Vicencia Maria do Amor Di-
2-2: - D . Candida de Azevedo Soares, casada que vino, irmã de João José de Carvalho, da serra
foi com Luiz Manuel de Azevedo Soares Ju- da Urussanga. Faleceu em sua situação do Bam-
nior; s. g ; (Cap-XXIII, n. 8) - buhy, em 23 de Outubro de 1879. (Avós de D.
Candida de Azevedo Soares). - O casal teve:
2-2: - Francisca Maria Pires, casada com seu pri-
mo-irmão José Francisco Pires irmão de João 1. - O Padre ManueI Joaquim Henriques; 2 .
Francisco Pires, este pai de D. Carolina Pi- D . Candida Henriques, casada com José Mar-
res de Macedo Soares (Cap. n. 11); filhos: tins da Fonseca Portella, fazendeiro em Catim-
bau, filho de Manuel da Fonseca Portella e D .
8-1 :- D. Geraldina, casada com Julio Cesar Cor-
reia da Silva Bourbon;
Albina da Conceição; 3 . - D . Laurentina, e
outros.

3-3 : - Joaquim ;
2. -O Capitão José Joaquim Henriques, casado com
D. Maria Eugenia, sua prima-irmã filha de
3-4 : - D . Carolina e mais filhos menores. Moram Joaquim José da Silva e D. Joanna Francisca,
em Niteroi. e depois de casada mudou o nome para Maria
Rosa de Jesus.
2-3: - Joaquim Luiz Barbosa, tambem, Joaquim
Soares Barbosa, casado, teve entre outros n
C . - D. Rosa Maria de Jesus, casada com José An-
filhos : tonio da Cruz Vianna (Tia Rosinha) .
3-1 : - D . Maria, casada cdm Antonio José Ferrei- 4 - I). Anna Joaquina, casada com Manuel da Sil-
ra de Mendonça sobrinho do finado capita-
lista e fazendeiro Leandro Antonio Ferreira,
veira Dutra, de quem teve: 1. - José da Sil-
veira Henriques Dutra, cavalheiro da Ordem da
e um dos herdeiros uso frutuarios da fazenda Rosa, casado, com filhos;
de Ipitanga;
2--4: - Antonio Luiz ~ a r b o s i ou
, Antonio José Bar- 2. - João da Silveira Dutra, casado, com filhos. Av68
bosa ; de Anna Joaquim da Silveira Dutra - NhanhB,.
2-5: - D. Maria Barbosa Correia de Sá, casada 5. - D. Justiniana Maria, casada com Antonio José
com Bernardino Correia de Sá. Diniz.
108 -- NOE'ILTARQUIA FLUMINENSE -- DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R, DE MACEDO SOARES -- 10t)
-
-
6 . - D . Maria Rosa dos Prazeres, casada com Igna- ,. - Reginaldo José Alves, casado em primeiras nup-
cio Coelho da Costa, fazendeiro no Caldeirinho, cias com D. Anna Joaquina, S. g. e em segundas
em Maricá ; e dos quaes provieram os Coelhos do com D. Maria Joaquina, filha de João Vieirn
Calderinho . Rangel e D. Maria Rangel, com filhos.
4. - José Paulo Alvesde Azevedo, senhor do engenho
CAPITULO XIX do Meio, em Pacheco, Itaborahy. Casou, sendo
maior de 60 anos, com D . Carlota, irmã de D .
Descendência de José Alves Pacheco e D. Mariana Mãria Joanna, mulher de Fidelis José Alves, fi-
Bemda lha de Antonio Antunes Ferreira Pacheco e sua
1. - Joaquim Mariano Alves, casado em primeiras segunda mulher D . Antonia Maria d a Costa, co-
nupcias com D. Anna Joaquina Pacheco, de nhecida por D . Antonia Maria da Serra (Cap.
quem tem: - 1. - Joaquim MarianoAlves Fi- XIII, n. 3) -
lho, casado com D . Joanna, filha de Alexandre 5 . - D. Senhorinha Angelica, casada com Fortuna-
Bezerra; 2 - Antonio Joaquim Soares, casado to José Antunes, seu primo-irmão, filho do Ca-
com D . Francisca Hermenegilda de Azeredo pitão Francisco de Paula Antunes e l). Maria
Coutinho; 3 - D . Genoveva, casada com o seu Paula do Nascimento.
primo Ludgero Adrião Ferraz; 4 . - Joaquina,
casada com Francisco de Paula Pinto de Vascon- 6 . - D. Francisca Paula, casada com Antonio Joa-
cellos ; 5. - D . Maria, e 6 - Francisco, sui- quim da Costa, filho7de Joaquim da costa e D .
dos-mudos, solteiros; e em segundas nupcias Joaquina. Teve filhos: 1. - Antonio Joaquirn
com sua prima Maria Carolina de Azevedo Soa- da Costa, casado com D. Maria Bernardina An-
res, filha de Alferes, Antonio Joaquim Soares e tunes; 2. - Joaquim Mariano Alves da CosLa,
D . Maria Antonia Roginalda, de quem teve: 7 .
casado com D Carlota Ferreira ; 3 . - D . Ma-
- D . Maria Antonia Alves de Azevedo Soares, ria Rosa, casada com Joaquim Bernardino Alves
casada com Paulino José Rodrigues de Azevedo Illustre; 4 . - D. Mariana, casada com Luiz
Soares ; 8 - José Mariano Alves. Joaquim Ma- Manuel Ferreira Pacheco, o França; 5. - D.
riano Alves faleceu aos 70 anos, em 9 de Novem- Carlota, casada com Antonio Joaquim Ferreira
bro de 1863, na fazenda da freguezia de Cor1 Pacheco; 6. -D. Apolinaria, casada com Gal-
deiros, onde sempre gosou de muita estima e
respeito entre grandes e pequenos; o seu cada-
dino Ferreira Pacheco ; 7 . - D . Felicianl, sol-
teira; 8 . - D. Maria Antonia, casada em pri-
ver Ifoi ao Cemiterio em braços de pobres e ri- meiras nupcias com Antonio Antunes Ferreira
cos, contando-se o Barão de S. Gonçalo e outros Pacheco, de quem teve os filhos declarados a
fazendeiros no numeko dos que prestaram esse fls ; e em segundas, com o D r . Francisco Rebello
funebre obsequio. D . Maria Carolina de Aze- de Figueredo. Avós de D. Guilheymina d a Cos-
vedo Soares Alves, n., em abril de 1803 e fale- t a de Azevedo Soares (Cap. XXII, n. 3) -
' ceu % 2 3 de Maio de 1875, ás 10 1 / 2 horas da

noite. D . Anna Luiza, casada com Antonio Antunes de


Azevedo, seu primo-irmão, filho do Capitão
2. - Fidelis José Alves formado em fisicatura-mór Francisco de Paula Antunes, com filhos,- decla-
do Reino, fszendeiro, casado com D. Maria rados a fls.
Joanna Ferreira Pacheco, da qual tem dois fi-
Jh&. Faleceu aos 19 de maio de 1862, na sua D . Maria Rosa das Mercês, casada com Bernar-
fazenda de Monbrvedio, Itaborahy . dino José Antunes, seu primo-irmão, filho do
NOBILIARQUIA FLUMINENSE

tenente João Pacheco , Ferreira e D. Antonia


Maria Antunes .
- I). Generosa Rosa Soares, casada com Joaquim
José Soares, seu primo irmão, filho do Capi-
tão Francisco de Paula Antunes e D. Maria
Paula do Nascimento, cavalheiro da Ordem de
Christo e Oficial da Rosa, com filhos declara-
dos a fis. Esta senhora é cunhada, e não filha
de Bernardino José Antunes - .
CAPITULO XX
Descendência de Alferes Antonio Joaquim Soares
e D . Maria Antonia Reginalda.
- D. Maria Carolina de Azevedo Soares, nascida
em 20 de Abril de 1803, na fazenda do Bananal
em Maricá, casada á 9 de Novembro de 1863 com
seu primo-irmão Joaquim Mariano Alves, senhor
da fazenda de Cordeiros, municipio de S . Gon-
çalo, com filhos declarados no Cap., adiante. Fa-
leceu, em saa fazenda, aos 23 de Maio de 1875.
- nasceu
Tenente Antonio Joaquim de Azevedo Soares,
na fazenda acima, em 4 de Julho de
1804 e faleceu, solteiro, em 10 de julho de 1888.
-D. Generosa Rosa de Azevedo Soares. Nasceu em
1806 na fazenda do Bananal, e, faleceu, solteira, no
seu sitio do Angelim, na Figueira, Maricá, em 20
de fevereiro de 1889. Exemplo de virtudes. D. Oenerosa b a de Azevedo Soares
1806-1880
-D. Reginalda de Azevedo Soares, faleceu em ten-
r a edade.
-Doutor Joaquim Mariano de Azevedo Soares, nas-
cido na fazenda do Bananal, em 19 de fevereiro de
1809; formado em medecina pela antiga Escola do
Rio de Janeiro. Subdelegado de Policia, 1.O Presi-
dente da Camara Municipal de Saquarema ; Delega-
do de Policia, 1 . O Substituto de Juiz Municipal, e
dos Orfãos, presidente da Camara Municipal, Juiz
de Paz e Major comandante da 1." secção do Ba-
D. Maria Antonia Reginalda, casada com o alfer?;: Antonio
Joaquim Soares. - N.. l ' i 8 7 . -- +..4 - 1 - 1 8 7 3 .
I- .. _
D r . Jõayuim wariano de--&i-evedo Soares, m%dico, casado com D.
Maria d e Macedo Freire de Azevedo Coutinho, pai8 do Conselheiro
Antonio Joaquim de Macedo Soares
DRS. ANT.O J m . E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 111

talhão de Infantaria da reserva da Guarda Nacio-


nal de Maricá; cavalleiro da Ordem de Christo
Oficial da Imperial Ordem da Itosa. - Casou-se,
em 15 de Setembro de 1834, com D. Maria de Mace-
do Soares, Pilha do Capitão-mór de Cabo Frio, 1)r.
Francisco de lllacedo Freire de Azeredo Coutinho.
e de sua segunda mulher D . Maria Thereza de Sá
Freire, senhores da fazenda da Tiririca, em Ara-
ruama, nascida em 20 de Agosto de 1818 e bapti.
sada em 11 de fevereiro de 1819, pelo vigário da
vara da egreja de S . Sebastião de Araruama; sen-
do padrinhos João Evangelista Americo da Gama,
senhor do engenho de Uboassica, e D . Isabel Anto-
nia de Sá Freire, sua tia materna, no oratorio da
fazenda da Tiririca, sendo o dito vigario, o Reve-
rendo Manuel da Costa e Castro (antecessor do
ntual Pe. José Ferreira dos Santos) segundo tudo cons-
t a de um caderno de ascentos de seu pae, o Capitão-
mór Macedo, o qual me foi confiado pelo major
João Barbosa de Azeredo Coutinho, filho do mesmo
Capitão-mór e irmão inteiro de D . Maria de Ma-
cedo Soares. O D r . Joaquim Mariano de Azevedo
Soares, faleceu em seu sitio "Bananal", em 8 de
Agosto de 1898, e sua mulher, faleceu, no mesmo
sitio, em 26 de Dezembro de 1895.
6 .-Comendador, Major Luiz Manuel de Azevedo Soa-
res, nascido n a fazenda do Bananal em 21 de de-
zembro de 1810; major do 3 . O batalhão de Infan-
taria do serviço ativo, Juiz de Paz e Delegado de
Policia de Maricá; Oficial da Imperial Ordem da
Rosa. Casou-se em 1835 com D . Carolina Luiza de
Azevedo Soares, nascida em 17 de Julho de 1818,
filha de José Rodrigues Ferreira, 2 . O marido de
D . Maria Antonia Reginalda, e de sua mulher D.
Luiza Josefa Leopoldina, da familia Martins e
Barros e Simões da Fonseca. - O Major Luiz Ma-
nuel de Azevedo Soares, faleceu em sua fazenda do
Bananal Grande, á 30 de Abril de 1886 (1) ; e sua
-

(1) Em carta que dirigiu ao irmK.0, expressou Antonio Joaquim


o seu pezar: " . .chegou a vês do nosso bom tio Luiz!. . . Táo bom
tBc amavei, tão atencioso com todos, respeitador ate das crianças,
nniantpimo da familia, cavalheiro, circumspecto, foi um belo exem-
plo.. .
112 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- - .

mulher, D . Maria Carolina, no Rio de Janeiro, em


a residencia de seu genro, o D r . Joaquim Ma-
riano de Macedo Soares, em 23 de Abril de 1894.
José Rodrigues Ferreiru, Z0 marido de D. Maria
Antonia Reginalda, S . g . , era irmão do Tenente
Coronel Thomaz Rodrigues Ferreira, cavalheiro ciu
Ortleni de Christo, Oficial da da Rosa, fazendeiro
em Itamby & .
'i.-L). Joayuina Francisca de Azevedo Soares, iiasci-
da na fazenda do Bananal, em 1812, dois niese:,
antes da morte de seu pae, e falecida, no estado de
solteira, em junho de 1891, em Niteroi.

CAPITULO XXI
Iie.sceflclêktci« de D . Milria Carolinu d e Azevedo i l 1 w . s
e Joaquim Mariuno Alves
1 .-D. Maria Antonia Alves de Azevedo Soares, casa-
da com seu primo-irmão, Paulino José Rodrigues
de Azevedo Soares; nascera em 8 de julho de 1837;
faleceu, em Niterói, com 82 annos, em 6 de Maio
de 1919.
?.-José Mariano Alves, nascido em 29 de Março de
1839, baptisado a 20-1-1840, no oratório do sitio
de D . Maria Antonia Reginalda e padrinhos, seli
t ~ oU r . Joaquim Mariano de Azevedo Soares, e D.
J o a q ~ i i n aFrancisca de Alvarenga, casado com sua
prima-irmã. D . Muximiana de Macedo Soares Al-
ves, em 21 de Outubro de 1865, n a fazenda do Ea-
nanal. Eleitor e Substituto do Sub-Delegado de Po-
licia d a Freguezia de Cordeiros. Juiz de Paz da
mesma Freguezia, no quatrienio de 1873-77. Fa-
leceu em 1 6 de Abril de 1905, em casa de seu gen-
ro, José Paulo de Azevedo Sodré, no Alcantara, São
M a l a ) Luiz ,Yanoel de Azevcdo Soares
Gonçalo.
181011888
Cnpella da Fazenda do Bananal Gralide, Maricá
Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares,
medico. natural e rpsidente em Mrtricti.
D. Maria d e Macedo Soares
1818-1895
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
- 113
.

CAPITULO XXII
Descendência do Dr. Joaquim d e Azevedo S o « w s e
D . Maria de Macedo Soares
-Dr. Joaquim Mariano de Macedo Soares, nascido
na fazenda do Bananal, em Maricá, aos 31 de Ju-
lho de 1936, casou-se em primeiras nupcias, em 21
de janeiro de 1865, com D . Maria Paula de Aze-
vedo de Macedo Soares; e, em segundas, com D .
Maria Antonia de Azevedo Soares, em 23 de Maio
de 1890, S .g . ; ambas filhas do Major Luiz Ma-
nuel de Azevedo Soares e D . Carolina Luiza de
Azevedo Soares. - Fez o curso de humanidades no
Seminario de S . José. Formado em medecina pela
Faculdade do Rio de Janeiro em 26 de Novem-
bro de 1863; preparador de anatomia patologica
no Gabinete Estatistico medico-cirurgico do hos-
pital da Misericordia da Côrte (1859) ; aluno pen-
sionista do hospital militar da Côrte, por aviso de
22 de março do mesmo anno; 2 . O cirurgião interi-
no do dito hospital; 2 . O cirurgião Tenente do Cor.
po de Saude do Exercito, por decreto de 6 de fe-
vereiro de 1864; 2 . O cirurgião efetivo do Hospital
Militar. - No dia 1.O de Abril de 1865, seguiu
para Matto-Grosso, como dedico militar da força
expedicionaria do Coronel Manuel Pedro Drago,
Presidente da mesma Provincia, em operações na
Campanha do Paraguay; de S . Paulo voltou, e,
seguiu imediatamente para o Exercito em opera-
ções. - Apresentou-se em Corrientes com o 45.'
corpo de voluntarios. Assistiu ao combate da ilha
da Redenção a 10 de Abril. Serviu no hospital de
sangue do Passo da Patria nos combates de 2 c a
24 de Maio. Nomeado para servir no 3." corpo do
exercito. Assistiu aos combates de 16 e 18 de ju-
lho. Por ordem do dia de 1 3 de Outubro foi comis-
sionado no posto de 1 . O cirurgião. Nomeado coad-
juvante da enfermaria central. - Assistiu ao re-
conhecimento feito as trincheiras do Passo Espi-
nillo.,- Assistiu ao combate de 30 de Julho em
Tuyecuê. - Marchou para Parecuê e assistiu
vanguarda, aos bombardeios e reconhecimento da
-
114 NORTIJARQUIA FLUMINENSE

praça Humaytá, em 16 de julho de 1867. - Di-


rigiu o Hospital flutuante a bordo do transporte
"Annicota" (1). Foi louvado em partes oficiaes e
o Governo o condecorou com os habitos das Ordens
de Christo e d a Rosa. - Regressou 25 de dezem-
b r de 1868, acompanhando doentes, no posto de
1.O cirurgião. Assistente do cirurgião-mór do Exer-
cito. Consta do oficio do Comando da 12." Briga-
da d'Infantaria, em Pari-Cuê, dirigydo ao S r .
Brigadeiro Carlos Rezin, comandante da 4." divi-
são, o seguinte topico: " . . . Faltaria a um dever
se não fizesse chegar ao conhecimento de V. S . ,
fazendo especial menção, pelo valor e sangue frio
que mostraram durante a ação. . . o D r . Joaquim
Mariano de Macedo Soares que sempre acompa-
nhou a Brigada, prestando mesmo n a frente os
socorros relativos á sua arte, reunindo ao depois
todos os doentes ao acompanhamento onde com-
pletou os seus trabalhos". - a ) Manuel da Cunha
Wanderley Lins, tenente-coronel comandante da
Brigada. - Da "Revista Militar" sob o titulo --
"Serviço de Saude da Vanguarda", pelo cirurgião
General Alexandre Bayma, extraimos o seguinte :
" . . .No grande hospital de sangue do Passo da
Patria, depois doocombate, de 24 de Maio, não se
praticaram por dia mais do que duas operações de
alta cirurgia e dias houve que uma só não se pra-
ticou, quando aquele hospital continha então mui-
to mais de 1.400 feridos, brasileiros e paraguaios,
e nele serviam alguns cirurgiões experimentados e
não poucos moços de reconhecida aptidão e com Dr. Joaquim Mariano de Macedo Soares,
aspirações dignas de animação. Tres dentre esses medico, quando em operaçbea na guerra do
-- Paraguay - 1865 a 1868.
(1) Correspondencia do "O ~ o r h a ldo Commercio" - Ruinas d c
Humaytá, 15 de dezembro de 1868. Os dois hosp'itaes flutuantes, Vap.
S. D. Francisca e Anicota, tem prestado ultimamente muitos bons
serviços para a condução dos enterros e doe feri~dasdo exército. Na0
nos troxerão ainda os ultimos feridos. E' a raa8io a que dou acima.
Do D. Francisca é diretor o Dr. Dantas, de quem j& tratei de Uma
das anteriores. E' diretar do ultimo Hospital o M. Joaquim Mnrla-
no de Macedo Soares, um dos medicos mais notaveis do corpo de
saude do exercito Por uma casualidade esse facultativo tem servido
em todos os 3 corpos do exercitto, deixando sempre em todos um bom
nome. Náo é s6 na medecina que faz o cultlvo ;de sua intelligenci L .
A litteratura B uma das suas uteis appllcaçbes, sendo muito enten-
dido em geographia e historia. fsso não o priva de ser meaico habil
e feliz. Citarei para exemplo o seguinte facto chimlco delle, que
muito o honra, em prova do que affirmo: o Coronel Frederico AU-
DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 115
-- .

medicos não se conformmdo com semelhante pra-


tica resolveram, sem ostentação, antes com as re-
servas de quem tem a consciencia de que vae trans-
gredir uma ordem transmitida e essa simulada apa-
rencia de quem a desconhece, improvisar uma tur-
ma de curativo de ferimentos graves e operações
de alta cirurgia, para o que frzeram armar uma
grande barraca no extremo da ala esquerda do
grande hospital. Lá nesse pequeno hospital de
sangue, perdido na imensidade do abarracamento.
a turma dos discolos exerceu durante muitos dias,
logo depois do termo das horas consagradas ao
serviço regulamentar, que se prolongava quasi sem-
pre além das 3 horas da tarde, o seu criminoso ofi
cio, até que o escassear d a luz do dia viesse sur-
preende-la. Se ao conhecimento do Chefe de Cor-
po de Saude chegou a noticia do que se passava
então no misterioso barracão, é cousa que nunca
se liquidou, mas para render uma merecida ho-
menagem á memoria do distinto companheiro, che
fe da turma dos recalcitrantes, que, com outros
muitos, encontrou a morte n a fadiga dessa jorna-
da que devorou vidas e tesouros, ou bebeu-a nas
aguas pestilentas dos rios daqueles desertos, em
que repousam, perdidos para sempre os seus res-
tos, eu vou completar a narração deste falo his-
tórico. - O combate de 16 de Julho, dado por or-
dem do General Polidoro, havia levado á s ambu-
lancias da vanguarda consideravel numero de fe-

g~istode Mesqwta foi ferido no dia 16 de julho u l t i m . O teri-


mento foi por bala de f u ~ i lno terço superior da, coixa direita. A
bala entrou na face externa e sahiu na interna um poucoabaixo
da virilha. Nas primeiros dias foram extrahidos pedaços de panos
da ferlda, e tanto por uma como por outra abertura Vinte dias
dtpois, isto 6 , a 4 de agoato, o ferido foi accomettido de'tetano. Em-
pregou-se a medicação opierea, ch8gando o doente a tomar 7 gr&os
de sulphato de morphina durante 24 horas1 Conto, porem, esse medi-
camento niáo foi tolerado, o habil medico fez que esse doente to-
mam? tintura de opio, de que chegou a tomar cinco oitavu, tcwnbem
no espaço de 24 horas. A 26 de agogto, isto é, 21 dias depois do
aparecimento do tetano extrahiu-se da ferida, pela abertura dr sahi-
dz do projetil, um disco de panno de calça, de uma polegada de dia-
metro. Desde ent80 as melhores que j& se haviam manifestado, pro-
gred'ram rapidamente, e em 10 (dias mais o doente estava salvo do
tqtano e curado d o ferimento. A publicação dãsse caso clinico é tam-
bem importante, como prova da efficacia do opio dada em alta dose
para a cura doa tetanic05. A dose de cinco oitavos em 24 horas foi
a em que chegou o fa~ultat~ivo, tendo começado por dose inferior
Foi um feliz tratamento." - (J. Comm. 28-11-1868) - J. R. M. 8.
116 NOBJ.LIARQUIA FLUMINENSE
-- *-
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 117

ridos. A's 9 horas da noite daquele dia chegava ao porque eles preferiram ve-la, em proveito dos fe-
Passo da Patria, um despacho do Quartel General ridos, sempre dirigida pelos seus chefes naturaes.
em Chefe instando pela remessa imediata de 3 ou O chefe da turma auxiliar era o então 1." cirurgião
4 cirurgiões para auxiliarem o serviço daquelas am- D r . Julio Cesar da Silva, que a morte arrebatou ao
bulancias. A designação, que foi imediata, recaiu exercito na sua marcha triunfal para Assunção.
justa e exclusivamente sobre os tres companheiros Carater nobre e oficial de saude completo o D r .
do barracão da ala esquerda do vasto hospital e Julio Cesar da Silva era a um só tempo, medico,
com ele se realisava a profecia de um cieies: - A cirurgião e administrador. O segundo da turma
primeira comissão nos tocará. Uma hora depois era o então 2 . O cirurgião Dr. Joaquim Mariano
partiram os tres cirurgiões, sem guia, a pé, com a de Macedo Soares, que uma reforma prematura,
roupa que tinham no corpo e sob a ação de um afastou do serviço do exercito e da corporação, da
frio intenso, que uma chuva peneirada pela brisa qual foi um ornamento pela sua provada compe-
que sóe suceder aos ultimos rojões do pampeiro. tencia profissional, e exáta noção que tinha dos
tornava mais incomodo, resolvidos a vencer rapi- deveres do oficial de saude e o perfeito conheci-
damente o espaço que separa o Passo da Patria mento da legislação do corpo e das suas relações
dos campos de Tuyuty. Na travessia, feita na es- com a legislação militar em geral. Um dos pou-
curidão, da noite, quasi toda ela sobre um oceano
cos do antigo corpo de saude que ainda resiste á
de areia embebida d'agua da chuva, e retardada ruina do tempo, que vae tudo devorando para só
por algumas contra-marchas, empreendidas no pro-
posito de retomar o rumo perdido outras tantas deixar de pé na historia os fátos impereciveis des-
vezes, os tres companheiros se lembraram do seu sa luta heroica, invocando o seu testemunho, eu lhe
barracão, da sua mesa de operações, improvisada peço que preencha, se preciso for, em proveito da
com uma padiola, cujos braços fizeram repousar verdade historica, as lacunas e corrija os erros des-
sobre canastras das nossas ambulancias e eami- t a narração. O terceiro e ultimo da turma era o
nhando sempre de reflexão em reflexão, ora sobre ultimo dos cirurgiões do antigo quadro e o primei-
a caprichosa coincidencia d a designação e a sor- ro do atual. F'ragil é10 que prende as duas gera-
t e de seus doentes, ora sobre o termo dessa jorna- ções, eu me desvaneço de ter vindo daquela que
da homerica, que tanto mais parecia se afastar dos suportou firme, unida, disciplinada e resignada
combatentes quanto mais crescia entre eles a re- sempre a duras provações dessa demorada e rude
signação, eles avistaram enfim uma luz, que pouco campanha, e de poder pagarlhe em homenagem A
depois reconheceram ser a lanterna da caridade de verdade historica esta divida em nome do exercito
Christo conduzida pela mão de Frei Fidelis, co- a que ela muito serviu e que teve em cada um dos
missario geral dos Capuchinhos no Brasil, capelão- seus membros um companheiro inseparavel - um
mór, Coronel honorario. Achavam-se, pois, na Machaão da Illiada -". Rio, Setembro de 1899,
ambulancia da 3" divisão de infantaria, de que era pg. 297 - Por portaria de 18 de Julho de 1885
chefe, o então 1 . O cirurgião D r . Antonio de Souza foi designado para servir, como Delegado do Ci-
Dantas, que a um carater de r a r a moldura reunia rurgião-mór do Exercito na provincia do Ceara,
todas as qualidades de um verdadeiro chefe de ser- cargo que não aceitou, por achar-se gravemente
viço. Como nada havia que fazer em hora tão adi- enferma, sua esposa. Incompabitilisando-se com o
antada da noite, Q resto dela foi consagrado a um Cirurgião-mór, Chefe do Corpo de Saude, pediu re-
relativo repouso. - No dia seguinte das mãos do forma do serviço ativo do Exercito, o que lhe foi
chefe da ambulancia para a s do chefe da turma concedido por decreto de 12 de Setembro de 188h
auxiliar, e se não chegou a vez dos ajudantes, foi contra a vontade do Imperador D . Pedro 11, que
118 NORTLIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 119
- -- - - -- - -

muito o admirava. Havia sido promovido, por me- mada em 1863, porque o ultimo é o que repassado
recimento, ao posto de cirurgião-mór de Brigada, de saudades, escreve essas linhas. ...
Faziamos, ao
ou Major do Corpo de Saude do Exercito, com receber o gráu um juramento sobre os Santos
exercicii, das funções de Diretor do Hospital Mili- iivangeihos de exercer a nossa profissão segundo
t a r de Andarahy. As Republicas Argentina e do a s regras da mais estrita moral. Ainda me lem-
Uruguay coiiferiram-lhe a s medalhas coniemorati- bro do acatamento com que o Macedo praticava
vas da campanha do Paraguay. Nomeado medico esse áto. E' que e r a ele sincero catolico, muito
do Imperial Instituto dos cegos em 19 de Julho mais que nós os outros 11. Viéra do Seminario
de 1871, á 15 de Novembro de 1889 assumiu a di- para a Academia e conservou a s suas crenças sem-
reção da casa, em substituição do diretor, D r . , pre sem respeito humano. E todos o respeitavam,
Benjamin Constant Botelho de Magalhães, nomea- e todos o amavam. Fixou residencia aqui, casou-
do Ministro da Guerra. Por indicação do proprio se e teve boa prole e boa clientela, principalmente
General Benjamin Constant foi nomeado Diretor de pobres porque foi sempre desinteressado. De-
efetivo deste Instituto em 31. de dezembro de 1889 pois de mais de 60 annos de clinica morreu pobre
em cujo permaneceu até 25 de Abril de 1895, cumu- e nunca foi rico. Melhor elogio não posso fazer a
lativamente com as funções de medico, data eni um medico inteligente, sensato e laborioso como
que pediu e obteve a sua aposentadoria. Pertencia foi ele. Nos ultimos anos da vida foi dolorosamen-
a diversas ordens religiosas e associações como a t e valetudinario, teve longa velhice, morrendo qua-
Santa Cruz dos Militares, socio bemfeitor da Im- si nonagenario". - A curiosa tese de doutora-
perial Sociedade Auxiliadora de Artes Mecanicas e mento do ilustre medico figura em exposição per-
Liberaes, d a Sociedade Brasileira de Beneficencia. manente em uma das secções da Bibliotéca Nacio-
- Por decreto de 1 . O de Novembro de 1892 foi- nal. E documento rarissimo. De suas primeiras
lhe concedido o posto de Coronel Honorario do nupcias deixou filhos que trataremos adiante.
Exercito, por serviços relevantes. - Manteve, du- 2 . -Antonio Joaquim de Macedo Soares (1) Nasceu .
rante 40 annos, o seu consultorio medico á Traves- aos 14 de Janeiro de 1838, na fazenda do Bananal,
sa do Ouvidor, n . 2, esquina da Rua 7 de Setem- distrito de Ponta Negra, municipio de Maricá,
bro. Dada a sua competencia, despreendimento, provincia do Rio de Janeiro, imperio do Brasil.
precisão de diagmstico, especialista que se tornou Seu pae, o Sr. D r . Joaqum Mariano de Azevedo
das molestias do coração e pulmão logrou gran- Soares, medico, faleceu na mencionada paragem,
year vasta clientela na Côrte e Capital da Republi- com a idade de 89 anos, aos 8 de Agosto de 1898.
ca. E r a por assim dizer, o medico d a colonia f r a n . Sua mãe, a S r a . D. Maria de Macedo Soares, fi-
cesa desta Cidade. - Faleceu á s 16 horas do dia nou-se em 1895, com 77 anos de idade. Seu bisa-
11 de Maio de 1925, no predio sito á Rua Martins, vô paterno, Simeão Soares de Azevedo, português,
n. 32, Niterói, onde residiu, como inquilino, duran- estabeleceu-se pelos meiados do seculo XVIII, com
te 35 annos.-Na "União", o Dr. Felicio dos San- engenho de assucar, na freguezia de S. João de
tos, seu redator-chefe, noticiou o doloroso aconteci- Itaborahy, da citada provincia, denominado En-
mento: "Faleceu em Niterói o Dr. Joaquim Maria- genho do Poço Fundo, e af casou-se com D . Maria
no de Macedo Soares, esse bonissimo cidadão, exem- Isabel Antunes, donde descendem a s casas e fa-
plar chefe de familia, medico admiravel, não só por zendas dos Soares, Azevedos, Antunea, Costas, Fer-
sua pericia e clara intuição como porque a profissão
lhe era um sacerdocio, cousa que se vae tornando ( 1 ) Dados bio-bibllograticm, precedidos de uma noticia Wto-
r a r a infelizmente. E r a o penultimo d a turma for- blografica que Macado Soare8 comegou a emrever em 1808, porem,
nkio nos concluiu.
(C. 10)
I ao NOBILIARQUIA FLUMINENSE

reiras, Pachecos, Torres, Alves, Silvas, Gomes,


Serras e outras familias, mais ou menos abasta-
das, existentes n a mesma freguezia, hoje município
e Comarca de Itaborahy. Seu avô materno, o Dr.
Francisco de Macedo Freire, de Azeredo Coutinho,
formado em direito pela Universidade de Coim-
bra e penultimo capitão-mór de Cabo Frio, des-
cendia de ilustres brasileiros desde o seculo XVI,
assim como sua mulher e prima D . Maria Therem
de Sá Freire, donos ambos de grande fazenda da
Tiririca, freguezia de Saquarema, municipio de
Cabo Frio, hoje independente e formando o muni-
cipio e termo de Saquarema. Essa fazenda, além
de engenho de assucar, servido por numerosos es-
cravos e gados, trafegava os seus produtos para a
cidade do Rio de Janeiro, hoje Capital Federal da
Republica dos Estados Unidos do Brasil, por meio
de lanchas, que navegavam do porto da Ponte dos
Leites, pela lagoa de Araruama, e saíam para o
oceano pela barra de Cabo Frio. O Capitão-mór
D r . Macedo Freire era filho do Coronel João Bar-
bosa de S á Freire e neto do D r . Domingos Paes
Ferreira, cuja varonia se perdeu na familia, para
ficarem os nomes de outros avós, e, principalmente,
o de Macedo, que vem dos Rongeis (hoje Rangel)
de Macedo, da quinta de RONGE, perto de Coim-
b r a . D . Maria Thereza era filha do coronel Luiz
José de Sá Freire, de quem existe ainda memoria e
ilustre descendencia nas freguezias suburbanas da
Capital Federal. Todos esses ascendentes do nosso
biografado ajudaram a Salvador Corrêa de S á e o
valente Capitão Estacio de S á n a fundação da ci-
dade do Rio de J a n e i ~ o ,servindo no Senado da Ca-
mara e desempenhando cargos e postos na justi-
ça e na milicia. Foi o fundador da familia Ma-
cedo no Brasil o D r . Julião Rongel de Macedo, que
aqui veio ao Rio de Janeiro, como Juiz dos Orfãos,
na segunda metade do seculo XVI; e, em 1583,
ficou substituindo no governo geral a Salvador D. Tneodora Alvares de Amedo de Maoedo mares, esposa do Dr.
Antonio Joaquim de Macedo Soares N . , em Itaborahy em 29 de
Corrêa de Sá, por ocasião de i r este a S. Paulo Abril de 1846, L,Capital Fed~eral,1 1 de Fevereiro de 1915
compôr umas duvidas entre os vereadores do Se-
nado da Camara. Uma filha de Julião Rongel, a
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 121

mais velha, D . Isabel Rongel de Macedo, casou


com Diogo de Mariz Loureiro, filho de Antonio
de Mariz, que era, então, no Rio de Janeiro, pro-
vedor da fazenda real. E é desse consorcio que
descende o D r . Macedo Soares, pela linha mater-
na. Em 1853, matriculou-se no seminario episco-
pal do Rio de Janeiro, antiga Corte, e, em 1855
saíu pronto do curso teológico, com aprovações ple-
nas. distintas e cum laude. ( 2 ) . Não se sentindo,
porém, com vocação para a carreira sacerdotal, e
animado por seu padrinho e parente o S r . comen-
dador Antonio Joaquim Soares Ribero, matriculou-
se no curso juridico da Faculdade de S . Paulo, em
1857. Começa daí a fase literaria, juridica e jor-
nalistica do nosso biografado, e dela nos ocugare-
mos depois. Formado em ciencias sociaes e juri-
dicas sempre com aprovações plenas, em 1861, aos
22 de Novembro, foi fazer o seu ano de pratica
em Araruama, onde casou-se, em 22 de Novem-
bro de 1862, com sua prima D . Theodora Alvares
de Azevedo Macedo, filha do comendador Fran-
cisco Alvares de Azevedo Macedo, coronel coman-
dante superior da guarda nacional de Saquarema,
Araruama e Cabo Frio, e de sua mulher D. Theo-

(2) No nosso arquivo consta o seguinte documenM: "IllmQ.


Rmo. Snr. Conego Reitor Prefeito dos Eetudos. Diz Anton'o ~ o a q u i m
de Macedo Soares, Collegial interno d'este Episcopal Nminario de
S. Jos6 que tendo feito publicamente exame vago de Philosophia,
preciw que V. S . mande paasar por certiwo o que a seo respeib
constar no Livro. em que se l&nção GS termos dos exames e como
M o poasa fazer sem o respectivo despacho de V. S. por isso Pede a
V. S. Rma. sc digne deferir ao Supplicante como requer. E. R.
Mcê. - P. Rio. 29 de Novembro de 1863 - Bueno R. - Quinti-
l i a m Jos6 do Amaral, Presbytero Secular do Habito de S. PedCO,
Vice-Reitor e Secretair10 dos Estudos do Seminario Ep wopal de 5.
José do Rio de Janeiro &, & . - Certlfico que revendo os Livros
em que se 1ançEo os termos dos exames neste Seminario; em Um
delles o folhas 121 achei o termo do theor seguinte. Aos vinte
e sers Aias de Novembro do anno de mil oito centos e cincoenta
e trez; neste Seminario Episcopal de S JosB sob a Presidencia do
Illustrifsimo e Reverendlssimo Senhor coneg; Reitor e Prefeito dos
E5tUdo.s; sendo Examinadores o respectivo Lente Doutor Maximiano
Marques de Carvalho e o Lente de Canones Dr. José Pedro dít S-dva
Camacho, o collegial Antonio Joaquim de Macado Soares, fez exame
publico de Philosophia Racional e Moral; aberto o escrutlno foi
&pprovado nemine discrepante cum laude. D o que para constar fez
este termo. Eu o Padre Quintiliano José do Amara1 Secretario dos
Estudos o escrevi. Nada mais se continha no dito termo, que bem
e fielmente copiei do respectlvo Livro e o qual me reporto. Rfo
de Janeiro, 30 de Novembro de 1853. O P e - Quintiliano J-é do
Amaral.
122 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

dora da Silveira Bueno de Azevedo Macedo. Neta


paterna do major João Alvares de Azevedo e D.
Maria de Macedo Freire de Azevedo, filha do
primeiro matrimonio do D r . Francisco de
Macedo Freire, já citado, com D. Maria Isa-
bel da Visitação Ferreira. Neta materna do
comendador João Antonio da Costa Bueno,
coronel commandante superior da Guarda Na-
cional da Companha, provincia de Minas Gerais,
da celebre familia dos Buenos, de S. Paulo e Mi-
nas, que teve o seu tronco no grande patriota Ama-
dor Bueno, de quem rezam as cronicas que, numa
sedição popular, rejeitára o titulo de rei, para ser
fiel ao seu, que era el-rei de Portugal. - E por
parte do major João Alvares, era D . Theodora de
Macedo Soares bisneta paterna do sargento-mór
Alexandre Alvares Duarte de Azevedo, que em
companhia de seu primo Simeão Soares de Azeve-
do, já mencionado, viera para o Brasil, pelos meia-
dos do seculo XVIII, e se estabelecera em Itabo-
rahy, com engenho de assucar e fazenda de Tapa-
corá. e aí casar com D . Maria Joaquina da Cruz
Duaue Estrada, descendente de Henrique Duque
Estrada, ambos heróes nas campanhas de Angola,
e em Itaborahy fundaram a fazenda dos Duques,
ainda hoje moente e corrente. Do consorcio do
D r . Macedo Soares com D . Theodora Alvares de
Azevedo, provieram quinze filhos, dos quaes fa-
leceram duas meninas de baixa idade e uma de
25 anos, a interessante Judith, que, por sua for-
musura, educação, talento cultivado e a s mais ra-
ras virtudes, pessoais e domesticas, era uma das Uonvento de Santo Antonio - Cabo Frio
personalidades mais queridas da aIta sociedade do
Rio de Janeiro, e cujo falecimento e enterro fize-
ram sensação na cidade. Por ela ainda pranteiam
seus paes, e irmãos, amigos e conhecidos. Dos fi-
lhos vivos fazemos menção dos seguintes : Dr. Os-
car Paes Ferreira de Macedo Soares, auditor de
marinha e advogado (I),D. Noemia, casada com o
desembargador Celso Guimarães (2), Henrique

(1) 2, 3, 6. a 11, atualmente falecidos: 4. hoje deeernbargwlor.


ex-presidente do Tribunal de Apelapão do J3stado do Rio. vlw-prée.1-
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 123

Duque Estrada de Macedo Soares (3), tenente do


exercito, Dr. Julião Range1 de Macedo Soares, pro-
motor publico de Resende (4),Alexandre Alvares
de Azevedo de Macedo Soares (5) e Paulo Ama-
dor Bueno de Macedo Soares (6), academicos ; D .
Elisa, casada com o Dr. Edmundo Silva (7), D.
Maria de Nazareth, casada com o S r . Ernesto
Machado Guimarães (S), D. Sarah, casada com
o Dr. Antonio Joaquim Terra Passos (9), D
Esther (10) casada com Gastão Alvares de Aze
vedo Macedo (11), D. Deborah. casada com o Ca-
pitão Dr. Rosalvo Mariano da Silva (12) e D.
Abigail, solteira".
Quando estudante da academia de Direito de S .
Paulo, foi Macedo Soares redator do "Correio
Paulistano" e escreveu nos jornaes e revistas de S.
Paulo e Rio de Janeiro artigos de critica literaria,
transcritos. na maior parte, por jornaes do Rio,
Bahia, Pernambuco, Maranhão e Rio Grande do
Sul. - Salvador de Mendonça, pelo "O Imparcial"
de 13 de Abril de 1913, escreveu interessantissima
cronica com relação a influencia que teve Macedo
Soares sobre a mocidade academica do seu tempo:
"Macedo Soares - (Antonio Joaquim - Cousas
do meu tempo. - Era em 1860. Por essas noites
de inverno da Paulinéa, de garoa fria que convi-
dava ao aconchego do gabinete de estudo com a
classica lampada de oleo sobre a mesa, a republi-
ca de Macedo Soares costumava reunir o que cha-
mavamos a Colonia Fluminense. A republica de
Macedo Soares era situada então no alto da rua
de São José, proximo á casa da esquina em que
morava o padre Vicente Pires da Motta, diretor
da Faculdade de Direito, e em que outr'ora residira
e fora assassinado Libero Badaró. Essa republica
era constituida pelos estudantes Antonio Joaquim
de Macedo Soares, Francisco Belizario Soares de
Souza, Antonio Augusto Ribeiro de Almeida, Fran-
cisco Azarias de Queiroz BoteIho e AureIiano Au-
---
dente do Trlbunal Regional Eleitoral do mesmo E~tado:6 - A d v b
gado e alto funclonarb da Fazenda Federral. em S. Paulo; 19
Engenheiro miiitiar, general de brigada.
-
194 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

gusto de Andrade - o Licas, os tres primeiros flu-


minenses, e os dois ultimos mineiros.
Eramos visitas frequentes Luiz José de Carvalho
e Mel10 Mattos, o das "Theses Constitucionaes",
José Antonio de Azevedo Castro, que morreu de-
legado do Thesouro em Londres, Thomaz José Coe-
lho de Almeida e eu, que constituiamos a maioria
da Colonia. Compareciam tambem á s prosas noc-
turnas João Pinto Moreira, o Pinto Onça, o melhor
estudante de direito desse tempo, mineiro, e Au-
reliano Candido Tavares Bastos, de que tratei no
artigo anterior.
A ordem do dia, ou a ordem de uma dessas noi-
tes de p ~ o s a , foi a recapitulação feita pela dita
coionia de todos os homens mais notaveis que havia
produzido a antiga comarca de Itaborahy, quando
ainda abrangia as villas de Maricá e Rio Bonito.
Contavamos os seus homens de letras, os jor-
nalistas, os magistrados e os politicos que haviam
chegado a ministros. Mas o que não sabiamos en-
tão era que ninhada delles se estava ali creando.
Só da republica de Macedo Soares vieram a sahir
tres: Macedo Soares e Ribeiro de Almeida, para
ministros do Supremo Tribunal Federal, e Fran-
cisco Belizario, para ministro da Fazenda do Im-
perio. E que ministro! digno herdeiro em tudo e
por tudo das glorias de seu tio, o visconde de Ita-
horahy .
Quarenta annos mais tarde, em julho de 1900,
do alto da velha torre da matriz itaborahyense,
contemplava eu a linha do horizonte que me cer-
cava, desde os penedos da barra da nossa bahia,
ás serras da Tijuca, e dos Orgãos, a sudoeste e
-
oeste do valle que se estende no sopé da c o l h a ,
até ao Sambé e as linhas da costa, demarcadas ao Faculdade de Direito de S . Paulo. Bacharelandos de 186'1.
longe e a léste e ao sul, pelas nuvens que pairam Em pé: da esquerda para direita: (Bará,o de S . Geraldo), Estevam
<IR Resende; Antonio Joaquim de Mace'do Soares e Francisco Belizarill
de continuo sobre a Ponta Negra e pelas ilhas de Soares de Souza; Sentad~os: Antonio Augusto Ribeiro de Alrneidn,
Maricá e penedia de Itacoatiara. Contemplava essa Francisco Ignacio Carvalio de Resende. Aureliano Augusto de An-
drade. o Licais e J. Rocha LmGo.
linha do horizonte e voltava-me á memoria a con-
t a que fizeramos em S. Paulo, n a republica de
Macedo Soares.
DRS. ANT.O Jm. E JULIIÍO R. DE MACEDO SOARES 125

Puz-me a revel-a.
Se muitos filhos dessa terra haviam desapparecicio,
muitos nomes haviam ficado. E novos nomes vi-
nham surgindo, para novas glorias do presente e
gratas memorias no futuro.
Puz-me a contar ministros sahidos do distric-
to da antiga comarca, nascidos alli de filhos der
paes alli nascidos. Ministros de Estado no Impe-
rio: visconde de Itaborahy, Paulino José Soares
de Souza, o segundo, filho do visconde do Uru-
guay; Manoel Antonio Duarte de Azevedo e Fran-
cisco Belizario Soares de Souza. Pudera accrescen-
t a r em quinto logar o nome de Joaquim Manoel de
Macedo, que já disse como recusara duas pastas
no gabinete do conselheiro Furtado. Ministro de
Estado na Republica: Alberto Torres. Ministros do
supremo Tribunal Federal : Antonio Joaquim de
Macedo Soares, Antonio Augusto Ribeiro de Al-
meida e Lucio Drummond Furtado de Mendonça.
Ministros diplomaticos no Imperio e na Republica:
Candido José Rodrigues Torres Junior, depois vis-
conde de Torres, e o autor desta conta.
E quantos nomes illustres pudera eu aqui accres-
centar! Entre os que voluntariamente se recolhe-
ram ao esquecimento, Joaquim Alberto Ribeiro de
Mendonça, o notavel engenheiro civil e philosopho
ainda mais notavel da doutrina Comtista. Entre os
que involuntariamente surgiram para a gloria,
~ l b e r t ode Oliveira, o nosso poeta maximo.
E' de ver a influencia que teve sobre a mo-
cidade academica de S . Paulo o espirito lhano e
culto de Macedo Soares. Escrevia, a esse tempo
para as revistas dos Ensaios Literarios e do Athe-
neu Paulistano estudos de pratica literaria, o ro-
mance "Nininha", de costumes academicos, e poe-
sias lyricas; collaborava no "Correio Paulistano",
com "O folhetim do Domingo", no qual tratava de
assumptos varios, nos quaes revelava muita erudi-
ção. Escrevia para a "Revista Popular", da casa
Garnier, em que collaboraram assiduamente Ma-
126 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 127

chado de Assis, Joaquim Norberto de Souza e Sii- ciação e da lucta; que nem todos podiam ser Al-
va, o conego Fernandes Pinheiro e outros. O "Cor- fredos de Musset e de Vigny, Octavianos e Justi-
reio Mercantil" transcrevia-lhe, no Rio de Janeiro, tianos; que alguns era preciso que fossem pela
os seus principais artigos de critica literaria; en- agua abaixo ou que se afundassem; que para so-
tre estes, lembro-me de que mereceram essa honra brenadar um Garret era necessario que se afogas-
os seguintes : "Ensaio critico sobre Luiz José Jun- se muito Francisco Palha.
queira Freire. "Flores sylvestres", de Francisco
Leite de Bittencourt Sampaio, e "Tres poetas con- Riamo-nos todos, Macedo Soares sorria tambem
temporaneos" . dos paradoxos de Mello Mattos com o seu sorriso
de bondade paternal, e dada a ocasião, sahia em
Colleccionou, em S . Paulo, em 1859, sob o defesa dos "afogados do Mello Mattos".
titulo "Harmonias Brasileiras", produccóes poeti-
cas, parte ineditas, parte publicadas em varios pe- Nem só os assumptos puramente literarios
riodicos, redigidos quasi todos por essa esperan- occupavam as horas de lazer do critico benevolo.
çosa mocidade que se senta nos bancos das facul- Desde cedo começou a dar á publicidade obras ju-
dades de S . Paulo e do Recife, periodicos de ephe- ridicas. O seu primeiro estudo de Direito Consti-
mera duração", as quaes, enfeixando em livro, sal- tucional D a liberdade yeligiosa n o Brasil, cuja
vou do olvido em que tantas outras desapparece- primeira edição se fez em S. Paulo, reappareceu
ram ou esperam ainda outra mão benevola que se em 1865, em segunda ediçâo, no Rio de Janeiro.
lhes estenda. Publicou mais tarde, em 1869, as Advogava a liberdade de todos os cultos no Impe-
"Lamartinianas", outra collecção de diversos poe- rio. Sahiram-lhe ao encontro os beatos. A liberda-
tas brasileiros, além do volume de poesias "Medi- de religiosa segundo o sr. dr. Antonio Joaquim de
tações". Macado Soares, resposta attribuida ao conselheiro
Zacharias, foi o signal de alarma contra o "livre
A sua carinhosa benevolencia para com os estre- pensador". Monsenhor Felix Maria de Freitas e
antes na prosa e no verso era proverbial. Ao pas- Albuquerque, governador do bispado, veio logo com
so que recordava as melhores producções das pas- a sua "Circular aos parochos", para que prevenis-
sadas gerações academicas, para exemplo e esti- sem os seus freguezes contra os funestos effeitos
mulo da geração contemporanea, animava e guia- cio opusculo do d r . Antonio Jaquim de Macedo
va com mão segura a quantos davam os primeiros Soares". Mais tarde, quando se agitava o proces-
passos nas trilhas traiçoeiras da publicidade. so dos bispos, Macedo Soares escreveu-me uma sé-
Mello Mattos (Luiz José de Carvalho), o elo- rie de cartas, que, sob o titulo de Questão Religiosa,
quente orador do elogio funebre de GabrisI Josg ~ u b l i q u e ina Republica. Ainda hoje fora opportu-
Rodrigues dos Santos, com a sua natural mordaci- no reunir esses escriptos em volume.
dade, que era a 'manifestação superficial e ruidosa
da bondade mais profunda de coração, que todos As suas principais obras de direito foram:
lhe conheciamos, opinava nas palestras nocturnas, Tratado pratico dos testamentos e successões, an-
que Macedo Soares estava fazendo um deserviço ás notações a Antonio Joaquim Gouvêa Pinto, 1867;
letras nacionaes com a sua perenne animação a Regimento dos distribuidores e m geral 1868; " T r a -
quanto rabiscador apparecia; que se devia deixar tado juridico pratico d a medição e demarcação das
a gente nova provar se tinha ou não real talento; terras, 1878; Primeiras linhas sobre o processo
que a selecção se devia fazer pelos dotes naturaes orphanologico, por José Pereira de Carvalho, com
que mostrasse cada contendor no periodo da ini- as addições e notas do dr. José Maria Frederico de
128 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--
DRS. ANT.~JM. E: JULIAO R. DE MACEDO SOARES ias

Souza Pinto, revistas e augmentadas, 1880, e A fe-10 por descobrir naquele estudo qualidades rele-
lei da r e f o r m eleitoral, 1881. vantes, assim a da linguagem primorosa, assim a
do vigor dialético no combate á s restrições á li-
As suas principaes obras de linguistica e lexico- berdade religiosa mantida na Constituição e nas
graphia foram: Sobre a etgmologia da palavra leis do Imperio. A divulgação provocou amplo de-
Doava ou emboaba, 1879-80, artigo extrahido dos bate no parlamento, com o sacrificio, porem, de
seus Estudos Lexzcographicos "do dialecto brasi- Macedo Soares, que deixou de ser reconduzido por
leiro sobre algumas palavras africanas, introduzi- imposição de Zacarias de Góes, chefe do partido
das no portuguez que se fillla no Brasil", e Decla- liberal e presidente do concelho de ministros, nas
racion de h doutrina christiana, m w c r i p t o gua- funções do seu cargo de Juiz municipal de Ararua-
rany, traducção e annotação, precedido de uma ma. O ato do presidente do concelho dos minis-
carta do traductor ao senador Candldo Mendes de tros, obstando á nossa recondução, comenta Mace-
Almeida, 1880. do Soares, na 4." edição, em apenso, foi combatido
Duas grandes autoridades expressaram a sua opi- na camara dos deputados por Tavares Bastos,
nião ácerca de iVlacedo Soares : Francisco Octavia- Christiano Otoni e outros; no senado, por Furtado,
no, seu admirador, chamou-o "o nosso Sainte-Beu- Pompeu e já nos não lembra quem mais. O jor-
ve", e Lucio de Mendonça, seu collega no Supremo nalismo da oposição verberou a pequice do minis-
Tribunal -, disse delle que era "um dos nossos tro, em termos que nos faziam muita honra. E
maiores jurisconsultos e um dos nossos mais inte- eramos um humilimo juiz municipal de 29 anos,
gros magistrados. " que Deus louvado!" - Em verdade, pauperrimo,
chefe de numerosa familia, com oito filhos nasci-
Fez parte de diversas associações literarias e cien- dos e criando-os ás suas expensas, mas espirito al-
tificas. E m Araruama onde fixou residencia, depois tivo, emancipado, homem de combate, não se que-
de formado em direito, foi delegado de policia, ins- dou ante a perseguição de um gabinete retrogado e
petor escolar, juiz municipal e dos orfãos. - E m injusto, e, eil-o, a Macedo Soares, vitorioso na cau-
março de 1865 saíu publicado a 2.a edição do seu sa da liberdade de consciencia, já, agora, liberto
opusculo - "Da Liberdade Religiosa no Brasil". A das peias da magistratura, intemerato na sua faina
L." edição desta obrinha, escreve Macedo Soares, de investigar, de policiar os senhores de escravos,
foi feita em S . Paulo, pelos annos de 1858 ou 1859, pugnando de fáto e de direito pela liberdade da
em um dos jornaes academicos, a Revista, si bem pessoa humana, traduzida na abolição da escravi-
me lembra, do Ensaio Philosophico Paulistano, em dão. - A sua ação abolicionista, rompendo as ca-
forma de parecer dado pela commissão de scien- deias das conveniencias, cresce em grandeza, per-
cias sociaes, da qual eu era relator, ácerca da the- mita-se-me a enfase, atendendo-se ás exigencias
se: - "Si a nossa Constituição Politica consagra- da sua familia conservadora e catolica, genro de
va a liberdade religiosa em toda a sua amplitude". um dos grandes chefes do partido conservador na
Este trabalho teve o previlegio de divulgação pela antiga Provincia, e tão poderoso que tinha como
Sociedade Internacional de Imigração, composta do representantes a seus cunhados, os Viscondes de
escol da nosas inteletualidade, bastando citar, en- Itaborahy e do Uruguay ( I ) , com interesses in-
tre outros, Paula Souza, ministro da agricultura em .
teiramente ligados ao elemento servil e ás falhas
1866, Tavares Bastos e Quintino Bocayuva; por desta instituição, senhor de propriedades agricolas,
outro lado a referida sociedade requintára no seu
--
entusiasmo, deliberando recomendar, em geral, a (1) A esse tempo. os Chefes politicos nRo tinham representa-
sua leitura o que foi aceito, por unanimidade. E çAo politica: elegiam os seus representantes.

(C. 1 1 )
130 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

na baixada fluminense, com cerca de 3.000 es-


cravos. E m Araruama, tendo como companheiros
aos advogados Figueiredo Junior que mais tarde
.
deixou uma das cadeiras do Supremo Tribunal
para tornar á advocacia, Aleixo Marinho, Cortines
Laxe, Nascimento Silva, Sá Carvalho e Bernardo
de Vasconcellos, expoentes na advocacia, Macedo
Soares fez-se eleger vereador municipal para pres-
t a r á sua provincia os mais relevantes serviços.
Entre outros, citaremos o regimento da Camara
Municipal, aprovado pela lei n.O 1.568 de 3 de
janeiro de 1871, que foi mandado tornar comum
pela lei n . 2.339 de 16 de Novembro de 1878, á s
Camaras Municipaes que não o tiverem por pro-
posta do Deputado Vieira Souto, que, entre outras
consideracões, aduziu: "Há meio de remediar a fal-
t a : é autorisa-la para servir-se provisoriamente
de um regimento interno que está aprovado poi.
lei. e é o melhor dos que existem na provincia.
pois que foi cuidadosamente organizado por um
dos mais distintos e ilustrados membros desta As-
sembléia, o S r . D r . Macedo Soares, para a Cama-
r a de Araruama". E' de notar-se que só tinham
regimento interno as Camaras de Iguassú, Fribur-
bo. Barra de S . João e Angra dos Reis. Todos os
demais municipios adoptaram ou passaram a re-
ger-se pelo regimento de Araruama (2) . Tambem
muito contribuiu para a construção da estrada de
ierro de Niteroi a Campos, em artigos publicados
na Imprensa e em interessantes cartas abertas a Retrato do Dr. Antonlo Joaquim de Macedo
Salvador de Mendonça. - Eleito deputado pro- Soares. tal qual se vê em uma parede do
Clube Literario - Maredo Soat-es - em Cam-
vincial pelo 2." distrito do Rio de Janeiro, em 1870, po Largo, Parana. Esse meamo retrato ador-
e, sucessivamente reelejto á mesma assembléia em nou o sal&o do paço Municipal, na sem80
civica comemorativa do centenario do Gran-
1872, 1874, 1876 e 1878, a sua ação no legislativo -
de Juiz 1938
foi por igual notavel propugnando sempre pela in-
dependencia dos membros desse poder, como ja u
vinha fazendo em prol dos membros do judiciario.
As leis sobre o ensino primario são quasi todas de
sua autoria.
--
.
( 2 ) Vj. Campanha juridica pela libertaçáo dos escravos. pg. 207.
Foi tambem Macedo Soares quem primeiro tratou sobre secularisação
cios cemiterios.
casa, onde, om sua familia, morou, em Campo Largo. Paran&. o Juiz
de Direito, Dr. Macedo Soares - 1874-a876
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 131

Por decreto de 30 de Novembro de 1866, por ser-


viços prestados á integridade d a Patria, foi no-
meado cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. -
Nomeado promotor publico da comarca de Rio
Bonito, no ano seguinte, á 6 de janeiro, foi exone-
rado, a pedido. E m 21 de junho de 1874, por indi-
cação do ministro Duarte de Azevedo, foi nomeado
juiz de Direito de S. José do Campo Largo, então
provincia do Paraná, comarca por ele instalada.
Nesta provincia creou diversas associações litera-
rais, entre as quaes o Club Literario Campo Lar-
guense, de que foi Presidente e socio benemerito.
Campo Largo, hoje bela cidade, o seu logradouro
principal, é a praça Macedo Soares, onde se acha
edificado o - Grupo Escolar Macedo Soares. Ain-
da na provincia do Paraná exerceu o cargo de
chefe de policia no governo do D r . Frederico
Abranches. - E m 4 de Dezembro de 1876, foi re-
movido da comarca de Campo Largo, para a de
Mar de Hespanha, em Minas Gerais. Ai fundou
um club literario e uma bibliotéca, que atualmen-
te é uma das mais completas do Estado. - E m
1881 foi removido para a comarca de Cabo Frio,
provincia do Rio de Janeiro. Dando-se essa remo-
ção, o Tribunal da Relação de Ouro Preto consig-
nou em áta um voto de pesar por ter a magistra-
tura mineira sido privada de tão ilustre magis-
trado e felicitando-o. E m 14 de Março de 1886
foi removido para a 2.a vara comercial d a Corte;
e m 1887 cumulou o exercicio de juiz dos Feitos da
Fazenda. Deu grande relevo a vara comercial. Os
advogados davam-lhe preferencia, na. distribuição.
E por que? Di-lo Oliveira Coelho, um dos grandes
advogados de então: "A lhaneza, a amenidade do
trato, a natural modestia, a par de vastissima il-
lustração desse juiz modelo, estão ainda bem gra-
vadas na memoria dos que perante elle litigavam
em umas das varas commerciais desta Capital.
Quando acaso tinha por dever oppor alguma re-
cusa, seguindo o preceito de "As Noites Atticas",
usava de um modo tão gracioso que a propría re-
cusa equivalia quasi ao favor solicitado". -
132 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

J . C ., 15-8-1905. E não deixou de lado a causa


que sempre o preocupava: a da abolição dos es-
cravos. Fôra êle o primeiro magistrado que poz
em execução a lei de 1831. mandando passar. ex-
officio, carta de liberdade aos escravos importados
em fraude a lei. E tambem fora o primeiro a apli-
car a aurea lei n . 3.353 de 1 3 de maio de 1888. Ii:
por acaso feliz, anota "O Paiz". de 18 de Maio:
"Certos individuos que não queriam abandonar a
exploração do trabalho alheio, lhe haviam requeri-
do a justificação da posse nefanda de um homem
de cor que sentára praça no exercito, isto é, tinha
procurado a nobilissima profissão das armas. Os
autos tinham sul~idoá sentença daquele integro
magistrado, que á 14 deu este despacho: "Em face
da aurea lei n . 3.353 de hontem, 13 de Maio de
1888, não ha mais escravos no Brasil. Portanto,
julgo improcedente a justificação, e pague o jus-
tificante as custas da causa. Rio de Janeiro, 14 de
Maio de 1888. Devolvo o preparo. Antonio Joa- Placa comEmchratlva colocada ao lado direito da porta de entrada do
quim de Macedo Soares. - Bricio Filho, pelo Cor- Grupo Escolar - Macedo Soares: "Pelo centenario do Grande Brasi-
leiro, Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares - primeiro Juiz de
reio da Manhã de 29 de Julho de 1946, relata os -
Direlto da Comarca (1874-11876) Homenagem do povo Campo Lar-
festejos que duraram oito dias por motivo da lei guenae, prestada em 1938
abolindo a escravidão. Dançou-se nas ruas, conti-
nua o cronista. Bondes especiaes foram postos á
disposição da estudantada que, ao cair da tarde,
ia as moradas dos maioraes da redenção levar as
provas de sua admiração. No Largo de S. Fran-
cisco de Paula, diante da rua do Ouvidor, foi ar-
mado um coreto, de onde discursadores entusias.
mados traduziam a satisfação que sentiam. Eu1
determinada ocasião vinha do n. 47 da rua da
Constituição, local do funcionamento da 2." Vara
Comercial, para lanchar na confeitaria da esquina
da rua dos Andradas, como era de seu habito, o
d r . Antonio Joaquim de Macedo Soares. De cimd
do tablado o lobriguei e com força de meus pul-
mões de moço gritei: - "La vem o Juiz redentor".
- E o brado, pegou. E rapidamente todos clama-
vam: - "Viva o Juiz redentor". - Ele, porém:
se a~roxiinoue protestou: - "Não, a redenção é
obra vossa, e dos que concorreram para a glorio-

Grupo Escolar - Macedo Soares - Campo Largo - Paran&


DRS. ANT.O Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES
-- 133

sa conquista: o titulo cabe áquela que lançou sua


asainatura no decreto libertador; Chamemo-la -
Isabel, a redentora". E a denominação ficou. E
assim passou na história a ser cognominada a fi-
lha de Pedro 11. E o aclamado recebeu do punho de
Patrocinio um bouquet de cravos brancos, flores
que conservou, embora murchas, colocadas na es-
tante de livros, junto a sua mesa de estudos, no
escritorio, de sua residencia, até cerrar os olhos.
-- E esse magistrado foi um benemerito. Quem
estudar a campanha juridica pela libertação dos
escravos ha de reconhecer os seus merecimentos.
- Sua ação vem de 1867. Como simples Juiz mu-
nicipal de Araruama, na Provincia do Rio, tomou
a defesa de uma vitima da escravatura o que valia
por uma audacia naqueles tempos de tremendo es-
cravismo . Depois, no terreno judiciario, ao exer-
cer a magistratura, deu sentenças luminosas cal-
cadas nos textos legaes e no direito, sendo o pri-
meiro a dar o exemplo de independencia para dis-
tribuir justiça aos que sofriam os horrores do
tronco, logrando obter imitadores, entre os quaes de-
vem ser citados Amphilophio de Carvalho e Mon-
teiro de Azevedo". - Por seus serviços a esta cam-
panha, conferiu-lhe D. Isabel, a Redentora, o titu-
lo de - Conselheiro. Pertenceu a diversas asso-
1
ciações literarias e cientificas, entre as quaes, o
i Instituto Historico e Geografico Brasileiro, a sec-
ção da Sociedade de Geografia de Lisboa, no Rio
de Janeiro, socio correspondente da sociedade de
Geografia de Lisboa, da sociedade de Geografia
desta Capital. Em 14 de Outubro de 1888 foi no-
meado para fazer parte da comissão composta dos
drs. João José de Andrade Pinto, Eduardo de An-
drade Pinto, Affonso Celso de Assis Figueredo e
Luiz de Hollanda Cavalcanti, afim de elaborar a
lei de faleneias. Não conseguiu a comissão cum-
prir o mandato. Mas Macedo Soares apresentou um
magnifico trabalho - "Reflexões sobre a lei de
falencias", muito citado por Carval'ho de Mendon-
ça no seu Tratado de Direito Comercial. - E m 26
de Novembro de 1890 foi nomeado Juiz da CÔrk
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 135
134 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

te, quando da visita do ministro da justiça, o Sr.


de Apelação, nesta Capital. - Colaborou, com Ruy
Dr. Jose Carlos de Macedo Soares, a Côrte Supre-
Barbosa e o Barão de Sobral, em diversas leis do
governo provisório. De sua autoria o decreto n. ...
ma, assim se expressou : " Sois herdeiro colate-
25 de 30 de novembro de 1889, sobre formulas e ral do nome do Grande Ministro - Macedo Soa-
tratamento forense e, com a colaboração do Con- res. Este Ioi disse-o eu, ha pouco, desta caaeira,
selheiro Carlos de Carvalho, o d e ~ .n . 917 de 24 Ioi, sob o ponto de vista da cultura geral, o maior
juiz que honrou e exalçou uma das curues do en-
de Outubro de 1890, sobre falencias ( 1 ) . - Em
1891, sucedeu ao marechal Manuel Deodoro da tao bupremo Tribunal Federal. E - atenda-se
Fonseca, no cargo de Grão Mestre, grande comen- bem - quando hombreou então, com os gigantes
da nossa jurisprudencia - Barradas, fiarad
dador da Ordem Maçonica no Brasil. Reeleito em
1894, recusou a terceira reeleição, sendo substi- de Sobral, Yiza e Almeida, Lucio de lvlendonça,
tuido por Quintino Bocayuva. Grandes serviço. Jose Hygino, Americo Lobo e Epitacio Pessoa.
prestou á maçonaria brasileira. A reforma des- Sois, como disse e folgo em repetir, herdeiro colate-
ta instituição sob os moldes do regime federativo, ral desse grande nome. E, apezar de tão moço, já
instituindo a federação maçonica, é a sua grande sois notavel pela cultura juridica, revelada nos Ii-
obra. - Em 12 de dezembro de 1898 foi-lhe confe- vros que tendes publicado e nos discursos que pro-
rido o titulo de grão-mestre honorario da maçona- f e r i s t e ~em a nossa ultima constituinte. . . Assim
ria lusitana. - Em janeiro de 1892 foi nomeado continuará V. fix. a manter, galhardamente, o
nome imortal do seu saudosissimo tio paterno -
ministro do Supremo Tribunal Federal. Não hou.
ve campanha social, não houve prelio pelo bem o grande Macedo Soares. - (Sessão de Y de Junho
e pela justiça, em cerca de 14 anos em que exer- .
de 1937) - Hermenegildo de Barros, integro ma-
ceu suas funções nessa Egregia Corte, que ele não gistrado, vice-presidente do Supremo Tribunal Fe-
deixasse um traço incisivo e brilhante de sua pas- deral e Presidente do Superior Tribunal Eleitoral
sagem. Que tenham em vista os seus votos venci- (1934); incluiu Macedo Soares entre as grandes fi-
dos! O notavel advogado Jose Eduardo da Foli guras da Magistratura brasileira. Boletim do Ins-
seca disse: "Juiz tão grande e tão sabio que bem tituto Histórico -
pg. 257 a 365 - 1941.
Anais (Centenario) 2.O vol.
- O Conselheiro Macedo
merecia- vestir a toga romana que se envolveram
Ulpiano e Papiniano, nas luminosas éras do direi- Soares faleceu á s 12 1/4 de 14 de Agosto de 1905,
to. . . Macedo Soares soube conservar a mais fria n a casa sita á rua Haddock Lobo, n. 25, para onde
impassibilidade deante das grandes crises moraes fora transportado, por exigir o seu estado de sau-
que a vida moderna, com o seu sequito de competi- de, residencia do seu genro, o clinico Dr. Edmun-
ções e emulações, vae tornando frequentes na vida do Silva, e rodeado de sua familia, com assistencia
de cada homem publico ., Amava a justiça como um de muitos amigos. - Uma verdadeira romaria
ideal ; venerava a justiça como um sacerdocio. acorreu a visita e o seu enterro foi de tal forma
Lutou por ella e sofreu com ela. . . Nome nacio concorrido, que se esgotaram as carruagem da ci-
nal, a sua notoriedade não surgiu, em chamas, dos dade. O saimento efetuou-se a s 16 horas, obede-
inteletuais na paz austera de um gabinete.. . ha cendo, respeitante sua recomendação, ao ritual
de eternizar-se na história judiciaria do Brasil maçonico. As mais sentidas e eloquentes manifes-
como um preclaro exemplo de independencia pro- tações de pesar, se fizeram sentir por parte da
fissional". - Edmundo Lins, o notavel Presiden- Imprensa do Brasil e do extrangeiro, do Congres-
- -. - so Nacional, das Assembléas Estaduais, dos Tri-
1ciOi
(1) Vide -Cand7ido de Oliveira
- Nota & pgs.
- Legislaçb comparada - eu. bunais de Apelação, Juizes de primeira inctancia e
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 137
198 NOBILIARQUIA PLUMINENSE -
--
mento de partilhas em que as certidões de matricu-
de varios Institutos e associações cientificas.. No
Supremo Tribunal Federal, assim se manifestou o la atestavam a existencia de africanos importad~s
depois daquela data, sem dependencia de ação re-
ministro Lucio de Mendonça: "Permita o Tribunal
gular, sem mais forma nem figura de juizo, ime-
que á homenagem coletiva se acrescente o tribu-
diatamente os mandava excluir do inventario e os
to pessoal da minha mágoa, da minha saudade E: declarava livres. - Desde os primeiros passos na
da minha r~verência,e que, receios0 da comoção, vida publica manifestou-se livre pensador, e, como
eu não confie de improviso nem a meia duzia de Renan, como Gambetta, havendo recebido de pa-
frases que tenho de proferir. - Quando morre um dres o ensino de humanidades, torno'i-se por isso
magistrado da estatura do nosso egrégio colega, a
classe inteira sente-se mutilada; mas não é só a
mesmo adversario inconciliavel do clericalismo. -
A publicação de um opusculo acerca - Da liber-
familia togada que se cobre agora de dó é toda a dade religiosa no Brasil, custou-lhe, segundo con-
nossa civilisação, toda a inteletualidade brasileira, fissão oficial e publica, a não recanduqão no cargo
porque emudeceu para sempre a voz de um ponti- de juiz municipal. Para logo, como juiz de direito
fice do direito. - Macedo Soares, escritor, filoso-
e ( foi chamado "o primeiro juiz de direito do Bra-
fo, jurisconsulto, era, antes e acima de tudo, Juii., sil"), prégou e praticou a independencia do Poder
quer dizer - sacerdote da Justiça, com a mais
entranhavel devoção, coni a mais alta compreensão Judiciario em face do Executivo, rebelou-se contra
a irivasão de atribuições que se operava por meio de
desse culto e o mais nobre orgulho de o praticar. avisos. - Escrevia já em 1877, da sua comarca de
- Saído de um tirocinio academico dos mais lem-
brados na legendaria Faculdade de S. Paulo, h u - Mar de Hespanha: "Que força tem um aviso do
reado dos primeiros triunfos literarios, veiu, ila Governo para interpretação de uma Lei? - Es-
amada terra fluminense, que hoje o chora com queceis acaso que o Governo é incompetente para
lagrimas fulgurantes de dor e de gloria, exercer a interpretar as leis, decretos e restrições emanadas
advocacia com aquela "nobre audacia" que depois do poder legislativo? Esqueceis que a divisão dos
recomendava aos causidicos. - Pouco tempo, en- poderes politicos é a mola cardeal do nosso sis-
tretanto, demorou-se nessa profissão nobilissima tema de governo? - Um aviso 6 uma opinião e
quando nobremente cultivada; atraia-o com a vo- opinião nem sempre autorizada. Muitas vezes
cação de um destino a magistratura, onde havia de não passa do parecer sem valor de obscuro em-
brilhar como astro de primeira grandeza. - Nes- pregado de secretaria, ao qual ministros indolen
tes vão subscrevendo sem mais detido exame." -
ta carreira, digo neste sacerdocio, cujos fastos em
Diante dos superiores hierarquicos, guardava, sem-
nossa patria contam justos e martires imolados ao
pre em fórma respeitosa, a mais altiva indepen-
dever, nenhum se elevou mais que Macedo Soares.
dencia. - Juiz de Direito em Minas, sempre diri-
- De familia agricola, conservadora e catolica, gia-se nestes termos ao Tribunal da Relação do Dis-
com interesses intimamente vinculados á existen-
trito: "Sei que os exemplos dos superiores são a
cia do trabalho servil e das velhas instituições, fe-
norma de proceder dos juizes inferiores, mas sei
chou os ouvidos ás inspirações do egoismo, rompeu
tambem que non exemplis sed legibus judicandum
as cadeias das conveniencias, alistou-se resoluta-
est (1.13 cod. de sent. et interloc.) et non tamen
mente nas fileiras dos libertadores, dos que aboli- spectandum est, quid Romae factum est, quam quid
ram o cativeiro dos negros e fundaram a liber-
fieri debeat (1.12 D. de Off. Proesid.) ". Neste
dade de consciencia. - Juiz de direito, proclamou Supremo Tribunal, todos v& o sabeis, a sua ca-
a vigencia, insolentemente contestada, da lei de
deira, tão cedo vasia dêle, era um baluarte da 1i-
7 de Setembro de 1831, e nas sentenças e julga.
berdade individual, um dique sempre oposto á s vio-
lencias e abusos do poder. Se além do Juiz qui-
zese falar do homem que foi Macedo Soares, escus:l-
SARAH
va de dizer, pois é sabido, que o lar abençoado desse
Juiz pobre era um templo de caridade, de cuja por- POLKA HABANERA
ta, Iranca, nenhum desgraçado se abeirava que POR
não encontrasse agazalho e conforto. Neste mo-
mento da vida nacional em que a liberdade espi- A . J . de MACEDO SOARES
rlLua1, ainda que assegurada na lei das leis, gra-
vemente periga, ameaçada pela traiçoeira, raste-
jante venenosa, invasao do ciericaliamo, a peraa
vivo
de Macedo Soares é incomensuravel desgraça. Pe-
zames aos oprimidos e aos desamparados! pezames
aos sedentos e Iamintos de justiça! pexames ao cl-
vismo, á liberdade, ao direito! pezames ao povo
braslieiro! us Urs. Oiivelra Coeino (Jornal do CO-
merclo de 15 de Agosto de 19Uo) - Isouza níanaei-
r a (A Iribuna, de 171, APcindo Guana~ara,rari-
gioss, ''o r a i z , de 18, lv~eaeirosHIDuqueryue -
l v l . A. (H Noticia, de I Y ) e bouza ritariga, no
m m t u t o fiistorico, escreveram senuaos ar ugus e
noticias some a personalidade de Maceao auareb.
Ala intimidaae deleitava a Iamilia com a organiza-
çao de concertos musicais e tertulias literarias,
nos quais tomava parte, como riautista eximlo,
compositor, conversador admlravel. Deixa algumas
eomposições musicais. Ao aproximar-se a aaLa do
centenario do seu nascimento, os jornais anuncia-
ram a seguinte comunicação do Presidente do Su-
premo Tribunal Federal. "O ministro Bento de
Faria, presidente do Supremo Tribunal Federal eri-
dereçou, hoje, a todos os presidentes dos Tribunais
de Apelação do paiz,~o seguinte telegrama: "No
dia 14 deste verifica-se o centenario do nascimen-
to do saudoso ministro Macedo Soares, honra da
magistratura nacional por ter sido um dos seus
maiores juizes, notavel pelo saber, pela integrida-
de, pelo caracter, pelo desassombro de opinião.
Lembro esta data á V. Ex. por ter de ser grata
ao Brasil e aos seus juizes. Atenciosas saudações.
"Em todos os Estados do Brasil, os Tribunais de
Apelação, em sessão solene, e juizes singulares, nos I
I
(C. 72)
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 139

seus protocolos, homenagearam o grande Juiz. -


O Instituto Historico e Geografico Brasilewo, em
sessão especial, comemorou a data centenaria do
nascimento de Macedo Soares. Ao iniciar os tra-
balhos, falou o presidente D r . Manuel Cicero Pe-
regrino da Silva; em seguida, o ilustre socio Ur.
F e j ó Bittencourt fez brilhante conferencia sobre
o homenageado. Agradeceu, em nome da familia,
o desembargador Julião R . de Macedo Soares.
Terminada a sessão passaram os presentes a sala
publica de leitura, onde se fez a inauguração u ~ ,
retrato do ministro Macedo Soares, o qual se a e w
á gesto gentiiissimo do embaixaaor Jose Garios
de Macecio Soares, que incumbiu de fazer esse tra-
balho ao provecto artista proiessor Garlos Oswal-
do. Falou no áto o sr. D r . Manuel Cicero, peiu
Instituto, respondendo o desemDargaaor I V ~ ~ ~ U U

Soares. (flev. do Inst. Hist., 1940, vol. l ' í ~ ,pgs.


bu'r a tibu) . - A Academia arasileira de Leuas,
sob a pres~denciado acaaemico Llauaio ae auuza,
em sessao semanal realizada á 27 de Janeiro ut
19815, prestou significativa homenagem a Lvlaceuo
Soares. Falou o brilhante presidente ; resporiueu,
agradecendo, o desembargador J ulião kangel UL
Macedo Soares. E m apendice transcrevemos o no-
ticiario inserto no "O Jornal do Commercio", de
29 seguinte, dessa memoravel sessão. O povo de
Maricá não esqueceu o seu ilustre e digno t i l h o ,
fez erigir no principal logradouro a que deu o
nome de - Praça Macedo Soares - o seu busto
em bronze. De sua numrrosa descendencia, trata-
remos em outro capitulo.
3,-Francisco Americo de Macedo Soares, nascido na
fazenda do "Bananal", Maricá, em 29 de Agosto
de 1839, casou-se em 21 de fevereiro de 1863 com
D. Feliciana Duarte de Macedo Soares, filha do
tenente João Duarte dos Santos, fazendeiro em
Saquarema, substituto do juiz municipal do mes-
mo termo, eleitor, e de sua mulher D, Anna An-
Fotocopia reduzida de uma das muitas composições da h. Macedo gelica Vitorina de Souza; neta paterna do Alie-
Soares expostas ao publico, na casa Arthur Napoleiáo e outras da res Frandsco Duarte e Silva e sua mulher D. Ma-
rua dos Ourives e da do Ouvidor, CBrte
ria Francisca dos Santos; materna de Adeodato
140 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

José Vitorino de Souza e sua mulher D.. Elizarda


Angelica Vitorino de Souza; bisneta paterna de
ivlanuel Duarte Silva e sua mulher U . Aureiia:
Maria de Paiva, paes do Alferes Francisco Duar
te Silva ; e materna do Coronel Feiicissimo J ose V i-
torino de Souza e sua mulher D. Anna Angelica \/ i-
trlno de Souza, paes de Adeodato José Vitorino de
Souza, - O Alferes Francisco Duarte e Silva, ia-
zendeiro em Saquarema, era natural do Rio Moni--
to, e foi casado em segundas nupcias com D. Ma-
ria Francisca de Assumpção, de quem não houve
filhos. Eleitor especial de senador, nas eleições df
1868, em Araruama. Morrendo de parto L). Fe-
liciana em 28 de Outubro de 1881, Francisco Ame -
rico passou a segundas nupcias com D . Maria Eu-
lalia de Lima, filha de João Francisco de Lima e
D. Maria Felicidade de Lima. - Inteligente, cul-
,to, inspirado poeta, Macedo Soares trouxe a s "Har-
monias Brasileiras" a bela poesia de Francisco
Américo. - "O canto da Indiana". - Funciona-
rio da Biblioteca Nacional, faleceu, nesta Capital,
em 5 de Junho de 1899. D . Maria Eulalia faleceu
no Distrito Federal á 25-10-1919, deixando, além
dos filhos da casal, um irmão, o major reformado
do corpo de bombeiros, Jacob de Lima, e, entre
inumeros sobrinhos, Raul Salles, jornalista.
4.-João Augusto de Macedo Soares, nascido na fa-
zenda do "Bananal", Maricá, em 19 de Novembro
de 1840; casou-se em 21 de dezembro de 1867, com
D . Maria Gertrudes Ribeiro de Macedo Soares, fi-
lha de José Pinto Ribeiro e D . Maria Custodia Vi-
eira Ribeiro. (Cap. VI, .in fine); neta paterna de
Vasco Gomes Pinto e D . Bernardina Rosa da Con-
ceição; materna de Frapcisco Pereira da Costa
Vieira e D . Gertrudes Maria Custodia. - Sargen-
to-Quartel Mestre do Estado Menor do 2." Esqua--
drão de cavalaria de Araruama; 2.O Substituto de
Subdelegado de Policia da mesma freguezia, em
1868; Inspetor Paroquial da Instrução da mes-
ma freguezia, áto de 23 de Agosto de 1869. - Al-
feres Secretario do referido Esquadrão de caval-
laria. - Eleitor da citada freguezia, em 1869. - D. Maximiana de Macedo Soares Alvi
1842-1925
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 141

1 . O Substituto do Delegado de Policia de Ararua-


ma, em 1871. Eleitor especial de Araruama, em
1872. Exemplar chefe de familia; carater rijo,
muito respeitado por suas convicções. - Em 1895
recusou a patente de Coronel da guarda nacional,
porque, disse, a de Alferes conquistára por servi-
ços prestados á Nação, ao passo que a outra só
lhe era concedida em atenção a parentes proximos
altamente colocados. E continuou a assinar-se: -
alferes João Augusto de Macedo Soares. - Fale-
ceu em sua fazenda do Palmital, em Araruama, á
28 de Setembro de 1918. Deixou filhos.
5 -D. Maximiana de Macedo Soares Alves, nascida
em Maricá, em 21 de fevereiro de 1842; casada
com seu primo-irmão José Mariano Alves, em 21
,
de Outubro de 1865, na fazenda do "Bananal". Es-
posa amantissima; deu primorosa educação aos fi-
lhos, inteligente, possuidora de veros encantos es-
pirituais. Faleceu em Santos (São Paulo), em 12
de Janeiro de 1925.
6 -D. Maria da Gloria de Macedo Soares Ribeiro de
Almeida, nascida no Bananal, em 12 de dezembro
de 1844. Casou-se em 23 de janeiro de 1874, com
o Major Joaquim Ribeiro de Almeida, segundas
nupcias deste, Coletor Geral e Provincial em Mari-
cá. Extremamente amavel, bondosa, distintissima :
viuva á 4-12-1844, com filhos menores, soube edu-
cá-los primorosamente. Faleceu, em casa de seu
genro, Dr. Joaquim Mattos, á rua Mariz e Barros
n . 370, Capital Federal, em 17 de Agosto de 1916.
7.-D. Joaquina Emilia de Macedo Soares, nascida
no "Bananal", em 4 de dezembro de 1846; faleceu
em 27 de Abril de 1938, no estado de solteira, elr,
Niterói, na casa de sua sobrinha. D. Carolina de
Macedo Soares Almeida Baptista Pereira, cóm
quem residia.
8.-D. Anna Augusta de Macedo Soares Dias Mene-
zes, nascida na fazenda "Bananal", MaricA, em 22
de março de 1849; casada, em 6 de Novembro de
1869, com Antonio de Souza Dias Menezes, far-
142 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
.- -.

maceutico formado pela faculdade de Medecina do


Rio de Janeiro, filho do farmaceutico Antonio de
Souza Dias e D . Alexandrina de Menezes, filha do
farmaceutico Antonio JosQ Ferreira de Menezes r
D . Cherubina, filha do Alferes José Gomes da
Cunha Vieira, fazendeiro e chefe do partido liberal
em Maricá. ( V j . Cap . X) . - Antonio de Souza
Dias de Menezes, faleceu em 29 de Abril de 1874.
no Bananal, no quarto de minha mãe, anota Ma-
cedo Scnres . - D . Anna, tambem extremosa mãe,
faleceu em Santos (São Paulo), em 3-6-1938.
!f .-L). Mariariã Luiza de Macedo Soares, nascida na
propriedade acima, em Maricá, em 25 de Outubro
de 1850. Solteira. Vive, de boa saude, em compa-
nhia de sua sobrinha, D . Carolina de Macedo Soa.
res de Almeida Baptista Pereira, em Niterói.
13.-Dr. José Eduardo de Macedo Soares, nascido na
fazenda do Bananal, Ponta Negra, Maricá, em 26
de Agosto de 1852. Farmaceutico formado pela Fa-
culdade de Medecina da Corte, em 1874. - Casa-
do com D . Candida de Azevedo Sodré Macedo Soa-
res, filha de José Paulo de Azevedo Sodré e D .
Candida Ribeiro de Almeida de Azevedo Sodré.
senhores da fazenda do Coqueiro, em Maricá. Es-
tabeleceu-se, de inicio, com farmacia, em Cordei-
ros, municipio de São Gonçalo, entre Maricá e Ni-
terói, onde nasceram seus filhos : Eponina, José
Paulo, Eunyce e José Eduardo. Dotado de lucida
inteligencia, apreciavel cultura, a conselho de seus
irmãos d r s . Joaquim Mariano, medico, e Antonio
Joaauim, magistrado, seguiu para S . Paulo. onde
melhor poderia anroveitar sua grande capa-
cidade para o trabalho. E. em verdade venceu, e
brilhantemente. - De sua vida publica e parti-
cular melhor dirá a transcrição do noticiario, por
motivo do seu falecimento, ocorrido á 25 de fe-
vereiro de 1918. - O prematuro e lutuoso acon-
tecimento consequente a uma intervenção cirurgi-
ca. causou profundo abalo em todos os circulos cul-
Professor Jose Eduardo de Ma-edo Soare; e sua espcsa D Candidrt
turais da capital paulista. - A imprensa da capi- de Azevedo Sodre d e Macedo Soares
tal do paiz, e dos Estados do Rio e São Paulo, sem
DRS. ANT.O Jm.E JULUO R. DE MACEI30 SOARES 143

exeção, registra a dolorosa perda, exalçando a


Figura do admiravel educador. "Noticiando hon-
tem, a ultima hora, o faleeimento do distinto e
estimadissimo professor José Eduardo de Macedo
Soares, não nos era possivel traçar siquer rapida-
mente o seu perfil, que valerá sempre por um dos
mais belos e edificantes exemplos de vida cheia de
probidade, de modestia e de altruismo. Uma pala-
vra póde sintetizar os sessenta e cinco anos dessa
formosa e aureolada existencia : a Bondade. Mace-
do Soares era fundamentalmente, irradiantemente
bom. - A sua fisionomia afavel, de nobres tra-
ços, abria-se a todos n'um sorriso acolhedor e pa-
ternal, tanto mais animador e carinhoso, quanto
mais humildes e desprotegidos fossem as pessoas
a que se dirigisse. Durante trinta anos foi pro-
fessor e educador, e ninguem até hoje em São
Paulo, pode dizer-se, sem receio de suscetibilizar
precedencias, exerceu essa sagrada missão com
maior dedicação, com mais elevado e consciencioso
escrupulo. - O habito de t r a t a r com os alunos,
e mais tarde, a convivencia com as creanças do
seu importante internato da r u a Vergueiro, impri-
miam-lhe ao caráter já acessivel e amigo uma
brandura suavissima, verdadeiramente paternal.
Sempre inalteravel de paciencia, com uma facul-
dade preciosissima de dição e exposição, realizava
o ideal do professor metodico, classimo, cujas pre-
leções eram ouvidas, com prazer, atenção e o mais
perfeito aproveitamento. - Durante trinta anos,
desde 1888, deu apaixonadamente a sua cadeira
de fisica e quimica da Escola Normal secundaria
desta Capital o melhor do seu tempo, detendo-se
horas e horas com os seus alunos em trabalhos de
laboratorio, revelando no ensino d a ciencia um
culto beneditino. - E r a atualmente o decano da-
quela Congregação, cercapo da mais alta e mere-
cida consideração por todos os seus colégas e alvo,
desde muitos anos, de uma verdadeira idolatria
por parte dos seus discipulos. - Durante seis
lustros as turmas de professoras do nosso grande
estabelecimento do ensino levavam para f6ra da
144 + NOBILIARQUIA IFLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULiAO R. DE MACEDO SOARES 145
-- - --
Escola, espalhando-a por todo o Estado e por todo espirito voltado para a s coisas pedagogicas, servido
o paiz, a lenda desse mestre bondosissimo, exemplar por uma cultura verdadeiramente ecletica, soube-
e intatigavel no esiorço de comunicar aos seus r a formar em torno de si uma pleiade de profes-
alunos os conhecimentos necessarios . O programa sores distintos, que ele orientava com proficiencia,
a a sua cadeira constituia para o seu zelo nunca incutindo-lhes o seu instinto educativc, e as suas
arrereciao uma taboa de Te, explicanao-o ponto por belas faculdades de magisterio. A formação do
pomo, MO se satisxazenao quanao recoiiriecia que caráter, da personalidade dos seus alunos, corres-
Loua a aula, aurira perreitamente a materia pre- pondia a dois objetivos capitaes: a constituição do
lecionacia. u resultaao uessa incomyarauei. utuk tipo de robustez fisica e a cuidadosa modelagem
caçao sailencou-se aesde cedo no granae apreço ue do conjunto de qualidades civicas e patrioticas que
~ U L L U SUM seus alunos, caaa um aos quals yt: L ~ I J - devem distinguir o bom brasileiro. Tendo realiza-
rava ao curso propeaeutico com o maior entusias- do longas viajens ás republicas do Prata, á Fran-
mo e aIeLo pelo proveto mestre. - Ao laao cia ca, á Suissa, á Italia e á Inglaterra, e depois aos
sua ativiaaae n a hscoia Normal, desdobrava-se o Estados Unidos e ao Canadá, por todos eles o seu
prolessor maceao boares na direçao a e um concei- empenho era a observação dos metodos do ensino,
tuaaissimo estaDeiecimento de ensino, prelecronan- dos sistemas de educação, dos novos processos ado-
ao tamDem n a escola de Farmacia, a e que Iora tados em todos aqueles paizes para a elaboração
ruriuauor com o sauaoso D r . J3rauno Gomes, e que fisica e mental da juventude. Não havia nisso o
uirlgiu no trienio de 1911 a 1913. A sua iii~iu- espirito mercantil, de realizar aperfeiçoamentos
eiic~asoure a juvencuae nas cateuras a a s uuas ea- para a eles corresponderem lucros como uma in-
coias - lhormai e a e & armacia - equlvaieu yeiu dustria qualquer. Havia a paixão desinteressada de
CUIIIIO saiuLar e beneIlco a inIiueIlcla exerciua so- quem se afizera a educar as creanças com o cari-
bre a inIancia no seu moaelar escaueleclmenco ae nho de pai. No seu ginazio eram por dezenas os
erib~~io, O granae e sunzuoso coleglo que aau r a u l u meninos pobres, gratuitos. Dir-se-ia de certo modo
~ O U Oconriecia, i ~ s t a l a a on a chacara a a Lonceiçao, um asilo de desherdados; jámais consentiu que
em Vilia Mariana, teve como origem um mouesw um pai lhe retirasse um aluno por falta de recur-
curso de preparatorios, exiguamente iriiciaao no sos para o pensionato. Estão espalhados pelo Es-
porão da casa de sua residencia, á r u a General tado inteiro inumeros desses beneficiados que sem-
Jardim, em 1901. - Modesto, lutando para a ta- pre proclamaram o altruismo e o admiravel es-
reia gloriosa de educar os seus numerosos filhos, ~ i r i t ode beneficencia desse pranteado morto. -
ae que soube Iazer cidadãos notoriamente ilustres e Nessa faina de realizar a caridade mais formosa,
senhoras requintadamente bondosas e distintas, o oorque nunca deixou de ser a mais discreta, o pro-
professor Macedo Somes viu o seu pequeno nu- fessor Macedo Soares encontrava uma colaborado-
cleo de alunos de humanidades rapidamente acres- r a incomparavel na excelsa senhora, sua compa-
cido, transferindo em 1905 o curso para um predio nheira de quarenta e dois anos, no mais abençoado-
maior, á r u a do Arouche e anexando-lhe um in- dos lares, agora mergulhada na inconsolavel dôr
ternato. Três anos depois as proporções s e alar- que tantos sinceramente compartilham. Seria
gavam, impondo-lhe a aquisição da vasta chácara alongar demasiado um artigo rapido de jòrnal pre-
da Conceição, onde acabou de desabrochar a glo- tender dar uma justa ideia do que foi o papel de
riosa instituição do ensino e educação que h a pou- Macedo Soares como chefe sempre modelar de uma
co mais de um mês ele se via obrigado a declarar das mais belas e dignas familias de que se orgulha
fechada, por motivo de sua precaria saude. O seu a nossa sociedade. - A hospitalidade mais franca,
146 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

a pureza mais sagrada de costumes, foi sempre o


caracteristico desse l a r . Mesmo quando, no co-
meço de sua vida laboriosa, arcando com a s difi-
culdades que traz sempre a educação de uma de-
zena de filhos, tirava apenas do seu indefesso la-
bor de mestre os recursos para a subslstencia, o seu
lar era o mais acolhedor, aberto a todos os neces-
sitacios, abrigo de parentes pobres e de amigos oca
sionalmerite necessitados. A familia Rlaceuo sua-
res grangeára, por isso, em sua sociedade uma es-
tima merecidissima, dia a dia crescente, porquan-
to as vircuctes exceisas do casal hoje desteito vi:
nharri juntar-se as nobres qualidades dos Íilhos
que, por sua vês, constituiam nucleos de precla-
ras familias. Do elevado grau dessa justa estinir,,
foi demonstraçao eloquente a imponencia do cor-
tejo funebre de ontem, como já o haviam sido as
infinitas provas de carmho, de solicita inquieta-
ção, recebidas durante a rapida molestia que teve
ante-hontem o lamentadissimo desfecho. O pro-
fessor Macedo Soares em seus ultimos momentos,
foi confortado por todos os sacraments da egreja,
que lhe foram ministrados por D . Duarte Leo- -
Dr. Brotero Frederico de Maoedo Soares
p d d o e Silva, arcebispo metropolitano, que tam-
1856-1917
bem, a s 10 horas rezou, n a Capela do Sanatorio
Santa Catarina, a missa de corpo presente, assis-
tida por grande numero de parentes e de amigos
do ilustre finado. A ilustre familia enlutada, o
"Jornal do Comercio" apresenta as mais sentidas
condolencias". - 110 "O Estado de São Paulo"
colhemos o seguinte: "Macedo Soares, um dos
mais distintos educadores brasileiros e que por to--
dos os titulos gosava de grande acatamento e inu-
meras amizades no meiotsocial paulistano". - A
"Gazeta" sob o titulo Nomes do dia: - José Edu-
ardo de Macedo Soares. A's tres horas da madru-
gada, exalou o ultimo alento. Quem foi n a existen-
cia? S. Paulo inteiro o sabe, José Eduardo de Mace-
do Soares representava nesta Capital, uma tradição
viva. Deante dele, passaram vinte gerações de mo-
ços que, na idade viril, lhe tributavam a mais res- I D. Carolina Plres de Macedo Soares
peitosa das homenagens. E ele bem as soube mere- - Rio São Francisco - SertBo da Bania
1886

(C. 13)
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 147
-
cer; era um educador inteligente e perspicaz, um
caráter vigoroso e récto, que se impunha desde logo
Aqueles que vinham beber ao seu colégio - o Gi-
nasio Macedo Soares - os ensinamentos que ha.
viam de servir de base a instrução superior. . . No
momento extremo, porem, teve, felizmente o gran-
de consolo de ver-se cercado de numerosos amigos,
ue uma prole luzida, que lhe h a de tornar sempre
lembrado o nome com respeito. E a sua memoria
não se apagará nunca da memoria das gerações
que se sucederem, porque será por todos, um exem-
plo veneravel". -Do "O Imparcial" da Capital
Federal: -" ... Portador de um nome notavel no
paiz, e que ajudou a ilustrar com o esforço, o me-
rito e a dignidade de sua existencia dedicada ao
trabalho, o Doutor lvlacedo Soares, vivia cercado
do respeito e da estima da sociedade paulista e dos
seus antigos discipulos, habituados a acatar nele
um caráter puro e um coração generoso. O D r .
1Ylacedo Soares desaparece prematuramente, no
vigor de uma vida nobre e ultilmente ocupada, após
uma operação cirurgica, cujo resultado ainda ha
doia dias nao fazia prever o lamentavel desenlace".
- O enterro foi concorridissimo; o cortejo £une-
bre conduzido a mão, até o cemiterio, acompanha-
do de alunos da Escola Normal secundaria, teve
a, assistencia do representante do Presidente do
Estado, Dr . Altino Arantes, Dr. Candido Rodri-
gues, vice-presidente, de todos os secretarios de
Estado, Dr . Washington Luiz, prefeito da Capital,
professores da faculdade de Direito, da Congrega-
ção das Escolas Normal e de Farmacia e de toda
a sociedade paulista. De sua descendencia tratare-
mos em outro capitulo.
-Doutor Brotero Frederico de Macedo Soares.
Nasceu na fazenda "Bananal", Maricá, em 19 de
junho de 1856. Formado em engenharia civil pela
Escola Politécnica desta Capital, desde logo desem-
penhou varias comissões técnicas do governo, quer
no Imperio, quer na Republica. A sua primei-
r a nomeação foi para fazer parte da comissão de
desobstrução e melhoramentos do rio São Francis-
148 NOBiLIARQUIA FLUMWENSE

DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 149


co, no Estado da Bahia, da qual se nouve com
inteligencia e competencia, merecendo do Chefe da
comissão francos elogios. Deixando essa comissão carííter ilibado, os vossos sabios e fraternaes con-
-
foi nomeado para chefiar os trabalhos do prolonga- selhos, a vossa pertinacia foram cooperadores po-
mento da Estrada de Ferro Central do Brasil, em derosos para a conquista do honroso titulo que
Sabará, Estado de Minas. Voltanào a esta Capital, hoje possuo. A minha divida de gratidão para
foi designado para servir no Observatório Astro- comvosco é imensamente grande, meu caro ir-
nomico, onde desempenhou com assiduidade e de- mão! - Este distintissimo medico faleceu de beri-
dicação os cargos de Astronomo, Bibliotecario e beri, no estado de solteiro, dois anos após sua for-
Secretario, em cujo cargo foi aposentado, a pe- matura, em Cordeiros, 1889.
dido. Exerceu, durante muitos anos o magisteri~
particular, prelecionando matematicas. Dotado de
esmerada educação, de uma modestia e bondade I > CAPITULO XXIII
cativante, logrou no seio de sua classe gerais sim- Descendência do Major LuZz Manuel de Akevedo Soares
patias, muita estima e acatamento no circulo de e D . Cárolina Luiza de Azevedo Soares.
suas relações sociais, principalmente entrlv os me-
nos favorecidos, acessivel que sempre era para t --Paulino José de Azevedo Soares, n., na fazenda

.
com todos. Casou-se á 10-4-1886 com D. Carolina
Pire,s de Macedo Soares, sua prima, n., 4-XII-1861,
filha de João Francisco Pires e D. Leopoldina Ma-
-
-
"Bananal Grande", Maricá, em 3 de junho de 1839 :
casou-se em 23 de junho de 1861, com a sua prima
irmã D . Maria Antonia Alves de Azevedo Soares
ria Pires. Faleceu a 19 de outubro de 1917, no - Cap. XX). Substituto do Juiz Municipal de Ma-
"Cabuçú", Meyer, na chacara, de sua propriedade, ricá, no quatrienio de 1867 a 71; Juiz de Paz, no
n. 18, rua Winas, hoje rua Engenheiro Brotero, de 1873-77. Faleceu em Niterói, á 3 de julho de
justa homenagem que lhe prestou a Prefeitura do 1885. D . Maria Antonia faleceu, em Niterói, em
Distrito Federal. Deixoy filhos mui distintos que 6-5-1919. Deixou o casal 4 filhos declarados em
serão mencionados em outro capitulo. seguida.
12.-Adolpho Aprigio de Macedo Soares, nascido na -D. Maria Paula de Azevedo de Macedo Soares, n..
fazenda acima, em 3 de Janeiro de 1859, fazendeiro na fazenda do Bananal Grande, Maricá, em 20 de
em Maricá; solteiro. Politico militante de real Setembro de 1842, e batisada no Oratorio da refe-
prestigio na terra do seu nascimento. Faleceu em rida fazenda pelo Capelão Frei João Garda, em
2 de junho de 1896, 4 de junho de 1843, sendo seus padrinhos José Pau-
lo Alves de Azevedo (Cap. XVIII) e D. Generosa
13.-Doutor Manuel Theodoyo de Macedo Soares, nas- Rosa de Azevedo Soares (Cap. XIX) . Casou-se
cido no "Bananal", em 2 de dezembro de 1862, com o seu primo-irmão Dr. Joaquim Mariano de
Formado em medecina pela Faculdade do Rio de Macedo Soares, em 21 de janeiro de 1865. Faleceu.
Janeiro em dezembro de 1887, após curso dos mais no Bananal, em 28 de fevereiro de 1886. Foi espo-
brilhantes. A sua tése de doutoramento, aprovada sa e mãe modelar. De sua descendencia trataremoc
com distinção, foi por muitos anos citada por seus em outro capitulo.
contemporaneos. Ele a dedicou: "Ao meu carissi-
mo irmão, amigo sincero e segundo Pae, Dr. Joa- V.-Antonio José de Azevedo Soares, n., no local aci
quim Mariano de Macedo Soares. O vosso estimulo, ma, em 31 de dezembro de 1843; casado, em 1867,
a vossa sincera afeição, a vossa bondade, o vosso com D . GuiIhermina da Costa de Azevedo Soares.
filha de Antonio Joaquim da Costa, fazendeiro em
Itaborshy e D. Ricardina da Costa. Antonio Jose
150 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES 151

de Azevedo Soares, fazendeiro, foi Juiz de Paz em XVII) . Sem geração das segundas nupcias. Luiz
Itaborahy e Delegado de Policia em Niterói. Fale- Manuel faleceu, em São Paulo, em 25 de dezem-
ceu em 4 de Março de 1886, n a casa de residencia bro de 1914, e D . Maria Luiza em 15 de Setembro
do seu cunhado, D r . Joaquim Mariano de Macedo de 1884, em Niterói, n a residencia do sèu co-cunha-
Soares de quem foi muito amigo. Deixou descen- do, D r . Joaquim Mariano de Macedo Soares, cha-
dencia adeante declarada. cara, de propriedade, de Paulino José Azevedo
Soares, á rua do Cubango. D. Candida, 2.&esposa.
4 . -José Rodrigues de Azevedo" Soares, n., n a fazenda faleceu em Niterói, á 21-4-1941.
acima, em 21 de Agosto de 1845 ; farmaceutico for-
mado pela Faculdade de Medecina do Rio de Ja- 'i.-Joaquim José de Azevedo Soares, n., na fazenda
neiro. Serviu na campanha contra o Paraguay, a acima, em 3 de julho de 1852 ; casou-se com D. Can-
bordo da esquadra brasileira. Casou-se em 2 de dida Borba de Azevedo Soares, filha de Manuel
janeiro de 1888, em Niterói, com D . Lydia Antas José Borba, português, proprietario de uma grande
de Azevedo Soares, n., em 3 de julho de 1854, fi- caeira, no Rio de Janeiro, e D . Maria da Gloria de
lha de João Pinto de Finueiredo Mendes Antas e Borba. Professor da Escola Normal de São Pau-
D . Anna Carolina Mendes Antas, de familia de lo, fundador e diretor de conceituado Colégio par-
Angra dos Reis. Foi auxiliar de diretor e depois ticular, na mesma Capital, faleceu na Capital Fe-
vice-diretor do Hospital de Juquery, Estado de S. deral, em 27 de Setembro de 1938. Deixa ilustre
Paulo. Faleceu. em 3. Paulo, em 16 de janeiro de descendencia. D . Candida faleceu, no D . F.,5
1934 e sua mulher, naquele Estado, em 3 de Agos- 8-3-1943.
to de 1945, Deixou filhos que v l o declarados. I.-Doutor João Evangelista de Azevedo Soares, n., no
5 .-D. Maria Antonia 'de Azevêdo Soares, n., na pro- local acima, em 27 de dezembro de 1853, medico F!
priedade acima, em 28 de janeiro de 1849; casou- farmaceutico ,pela Faculdade de Medecina do Rio
se em 23 de Maio de 1890 com seu primoirmão Dr. de Janeiro. Casou-se em 1 6 de fevereiro de T893,
Joaquim Mariano de Macedo Soares, este, em se- com D . Amanda pena de Azevedo Soares, filha de
gundas nupcias. Faleceu, em Niterói, em 2 de fe- D . Erico Augusto Pena, consul Geral, no Brasil,
vereiro de 1933, aos 84 anos, conservando perfeitas da Republica Oriental do Uruguay, e de D . Luiza
suas faculdades, possuidora de memoria admira- Ramos Pena. O D r . Azevedo Soares faleceu, em
vel . sua fazenda "Bananal Grande", á 2 de dezembrc
6.-Luiz Manuel de Azevedo Soares Junior, n., no de 1935; e, antes, á 1 3 de outubro de 1932, ali fa-
"Bananal", em 20 de junho de 1850, fazendeiro em leceu sua esposa. D . Armanda Pena. Deixa filhos
Maricá e em São Paulo. - Casou-se em primei- que serão mencionados em outro capitulo.
r a s nupcias, e m 8 de dezembro de 1870, n a fazenda 9 .-D. Maria Luiza de Azevedo Soares, n., na fazen-
do Bananal, com D . Maria Luiza Alves de Azeve- da acima, em 6 de julho de 1855. Solteira. Vive.
do Soares, filha do Capitão Felippe José Alves e com 92 anos, em plena atividade, n a companhia de
D. Maria Custodia de Resende Alves (Cap. V, suas extremosas sobrinhas Celina e Beatriz, filhas
nota), de cujo consorcio teve 6 filhos, adeante de- do D r . Joaquim Mariano de Macedo Soares, á r u a
clarados; em segundas nupcias, casou-se Luiz Ma- Santa Rosa n . 24, Niterói.
nuel Junior, com D. Candida Soares de Azevedo,
filha de Simeão Soares de Azevedo (Cao. XVI) e 10.-D. Maria Ricardina de Azevedo Soares, n., no
D . Laurentina Hekriques de Azevedo, filha de "Bananal", em 1 4 de Janeiro de 1857. Solteira. Re-
Joaquim José Henriques e D. Vicericia ' (Cap, sidia com suas sobrinhas Celina e Beatriz. Falecev
152 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

á 1 de dezembro de 1933. - Teve o casal mais


4 filhos que faleceram impuberes.

CAPITULO XXIV
Descendên,cin d o Dr. .7onquim Mariano de Macedo Soc~-
res e D. Mcrricl Pamln de Azevedo de Macedo Soarr~s
1 :-Samuel de Macedo Soares, n.. em Niterói, em
1 7 de dezembro de 1865: farmaceutico for-
mado nela Faculdade de Medecina do Rio de
Janeiro. Estabelecendo-se em São Paiilo, ca-
SOU-SP COM D . Francjsca Martins de Siciuei-
ra. f i l h ~de Candidn Martins de Siqueira
D . Deolinda Alves Porto Martinq de Siquei-
ra, fazendeiros em Jacarehv. - Filhos :
2 - 1 :-Manoel Theodoro de Macedo Soares. n., em
23 de julho de 1901. formado em Odontolo-
gia ; funcionario publico ; solteiro.
2 - 2:-Doutor Milton de Macedo Soares, n., em 10
de Setembro de 1902, formado em medecina
pela Faculdade de Medecina do Rio de Ja-
neiro, casado com Maria de Lourdes Vargas,
filha de Serafim da Silva Vargas, natural de
Angra dos Reis, e D . Maria de Oliveira Var-
aas, fazendeiros em Limeira, S. Paulo; fi-
lhos :
3 - 1 :-Eduardo, n., em 17-12-1931.
'3 - 2:-Maria Cecilia, n., em 22 de novembro de
1933.
2 - 3:-D. Elza de Macedo Soares, n., em 8 de ju-
nho de 1904, professora publica, formada
pela Escola Normal de Niterói, com exerci-
cio no Colegio Salesiano, em Corumbá, Dr. Oscar de Macedo Soares, advogado, deputado estadual, lider Ea
Assembléia. 1892 a 1897. chefe de policia no governo Mauricio de
Estado de Matto-Grosso . Abreu, auditor de Marinha. N . em Saquarema, 15 de Setembro de
1863; + Capital Federal, 3 de Agosto de 1911.
2 - 4:-Maria Paula, n., em 1 3 de setembro de 1906,
professora pela Escola Normal de Niterói,
irmã Salesiana do Colegio, em Guaratingue-
tá, São Paulo.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 163

2 - 5:-Samuel Mariano de Macedo Soares, n., em


21 de junho de 1910, funcionario publico no
Estado do Rio, solteiro. Nadceram mais, Ma-
ria Alice e Ismael Mariano que faleceram em
tenra edade.
1 - 2:-Alice de Macedo Soares, n., em 16 de março
de 1870, e faleceu aos 25 anos, em 5 de se-
tembro de 1895, no estado de solteira. Dis-
tintissima, e inteligente, o seu falecimento
causou grande tristeza no seio de sua familia.
1 - 3:-Celina de Macedo Soares, n., em 23 de se-
tembro de 1877 ; solteira.
1 - 4:-Beatriz de Macedo Soares, n., em 4 de ju-
lho de 1882, solteira; residem em Niterói.

CAPITULO XXV
Descend6ncia do Conselheiro Antonio Joaquim de
Mcrccdo S o a m e D . Theodora Alvares de Azevedo de
Macedo Soares
1 -. 1;-Dr. Oscar de Macedo Soares, n., na fazenda
Bom-Sucesso, municipio de Saquarema, Esta-
do do Rio de Janeiro, em 15-9-1863. Fez o
curso de humanidades no Colegio Aquino, e o
de ciências juridicas e sociais na Faculdade de
Direito de São Paulo. Durante o curso foi re-
dactor do "O Correio Paulistano" jun-en-
te com os Conselheiros Antonio Prado, Rodri-
go Silva, Rodrigues Alves, Almeida Nogueira
e outros notaveis politicos da facção conser-
vadora. Além dos artigos politicos, pertencia-
lhe a secção de critica literaria, musica e tea-
tro. - Bacharel da turma de 1886 com Her-
menegildo de Barros, Rodrigo Octavio, Pe-
dro Mibielli, Julio Raja Gabaglia, Carlos Bor-
ges Monteiro, Alvaro de Carvalho e outros
que tantos serviços prestaram ao pais, foi o
Dr . Oscar de Macedo Soares nomeado promo-
tor publico e curador geral dos orfãos da Co-
DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES -
155

154 NOBJLIARQUIA FLUMINENSE


O chefe da Secretaria deve ser o primeiro a
dar o exemplo de ser o primeiro a chegar á
marca de Itú, então provincia de São Paulo. repartição. Para isso, deita-te cedo e levan-
- O Dr. Caio Prado, presidente da provin- ta-te cedo, procurando manter inalteravel a
I,
cia das Alagôas, levando em conta a compe- saude, mesmo para não precisares de licen-
tencia e a compustura do Promotor da Comar- ças, que são prejudiciais ao serviço e á bol-
ca, resolveu nomea-10 secretario do governo, sa. - VIII. - No conflito de tuas opiniões
cargo que exerceu até ser removido para com as de Presidente, cede ás d'elles, que
igual posto na provincia do Ceará. - Vem a áfinal é o responsavel pelo bom governo da
pêlo a transcrição das instruções que rece- provinvia. E m egual conflito com os outros
beu de seu pae, então juiz de direito da 2." empregados da administração, leva-o ao co-
Vara Comercial da Côrte t "Instruções a meu nhecimento do Presidente, e submete-te a
filho, nomeado Secretario do Governo da sua decisão, como sendo o superior de todas
provincia das Alagôas. - I - A mais per- as autoridades da provincia, e assim está ae-
feita solidariedade com o Presidente da Pro-
vincia, que te nomeou, confiando na tua le-
clarado no seu regimento. - IX - Metho-
do no trabalho. Cada coisa em seu logar e a
aldade. - I1 - Toda a cortezia e circums- seu tempo. Salvo motivo legal de preferen-
pecção com o Chefe de Policia e os emprega- cia. despacharás os negociob por ordem de
dos superiores da administração, sem os antiguidade. - X. - Paga, dentro tres dias,
quais o Presidente não pode governar. - as visitas que te fizerem; mas, não as amiu-
I11- Lhaneza e gravidade para com os em- des serri causa. Poucas selações, mas bem
, pregados da Secretaria. Ser superior, dando escolhidas. Nas provincias e mais ainda nas
ordens porque são legais, sem deixar perce- pequenas capitaes, este modus vivendi é es-
ber que as dás só por seres superior. Affabi-
lidade, sem familiaridades indiscretas. - sencial. - XI- Nas relações com os chefes
dos partidas, toda a prudencia: com os teus,
IV. - Continuar as tradições da Secretaria. cordialidade ; com os contzarios, deferencia ;
Pouco espirito reformista. Reformas, só as com todos, espírito de justiça e verdade. -
imprescindiveis, e que estejão nas forças do XII - Segredo absoluto. Nunca coriverses
'i orçamento da provincia. O prurido de refor- sobre negocios da provincia sinãa e só com
mar sem attender aos recursos orçamentarios o Presidente, e mais ninguem. Si algueni
só produz construções na areia. - V. - procurar saber a tua opinião sobre elles,
Summo respeito para com a magistratura. E' responde que vais examinar e submetter
ella grande elemento de força e de ordem
para o governo. Nunca t e esqueças que o Po-
á decisão do Presidente.- Observados estes
preceitos, não ]na Secretario âe Governo que
i
-
-' der Judiciario Q tão independente como o Po-
der Executivo. D'este o Presidente é agente
e orgão; d'aquelle é auxiliar e protetor. -
n8o seja optimo; e o teu escopo é este: seres
optimo. Rio, 30 de Agosto de 1887. Anto-
nio Joaquim de Macedo Soares". - Regres-
VI - Toda a paciencia e acessibilidade com sando, tempos depois, ao Rio de Janeiro, o
as partes. Lembra-te sempre do a ~ h o r i s m o D r . Oscar abriu escritorio de advocacia com
de Bacon: "Patientia et gravitas in causis 0s Doutores Miguel Joaquim Ribeiro de Car,
audiendis justitiae est pars essentialis; et valho, Manuel Ilenriques d a Fonseca Portel-
judex n h i u m interloquens m4niime est cgm- la e Paulino José Soares de Souza Junior, fi-
balzcm bene sonans". - VI1 - Assiduida-
+- de no serviço. O ponto é para os empregados.
156 NOBILIARQUIA F'LUMlNENlSE
--P
DRS. ANT." Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 157

liando-se ao partido conservador do Impe-


rio sob a direcção do Conselheiro Paulino redeas do poder local em suas mãos. Aman-
José Soares de Souza. Proclamada a Repu- do a linda e suggestiva terra de seu nasci-
blica em 1889, seguiu o seu partido, aderin- mento, abrio-lhe o cerebro e o coração, trans-
do com sinceridade ao novo regime; resolveu sormando-o em cornucopias milagrosas e
derramando beneflcios sem conta. Em ar-
entrar na politica do Estado do Rio, seu Es-
tado natal. Tendo o seu partido, então sob tisticos postes de ferro mandou colocar ar-
tisticos lampiões, dando á sua cidade uma far-
A chefia do Conselheiro Paulino, e do Dr.
José Thoma.: da Porciuncula, rompido em
t a iluminação publica. Macedo Soares
daí chamarmos o ilustre saquaremense de
- e
oposição ao governador Portella, o D r . Os-
estadista precoce - com uma visão segura
car de Macado Soares, fundou em Niteroi, o de construtor de civilisações estudou o seu
jornal de combate - "O Rio de Janeiro", e povo, a sua gente. Vio que a s populações
durante mais de um ano manteve com ar- praieiras são atacadas de molestias varias
dor uma luta em defesa do Estado e doa que as atrofiam, especialmente numa baixa-
principias do seu partido. Desaparecendo o
da-como a fluminense; viu que o fenomeno
partido moderado e reorganisando-se o par- de maternidade á abundantissimo nessas po-
tido, em memoravel convenção em Petrópo- pulações e que as mulheres da praia são ap-
lis, presidida pelo General Quintino Bocayu- tas para a procreção como nenhumas outras;
va e eleito presidente o Dr. Porciuncula, foi pois bem, o jovem estadista tão cedo roubado
deputado estadual em varias legislaturau c- pela morte, fundou em Saquarema, eni edi-
líder da Assembléia. Tomou parte saliente ficios amplos, confortaveis, com todas as re-
em todas as discussões, sendo suas quase to- gras de higiene ao alcance do meio e do mo-
das a s leis do Estado. A lei n , 43-A de 1893, mento, um hospital publico e uma materni-
uma das melhores no que concerne á organi- dade. A fundação de uma maternidade, em
sação judiciaria, é, na maior parte, de sua um ambiente fisico e social como Saquarema,
lavra. No governo do Dr. Mauricio de Abreu, por si sb, o sagrava um estadista, po% so-
nomeiado o Dr. Oscar de Macedo Soares,
chefe de policia fez completa remodelação
mente agora é que o Estado do Rio, 40 in-
terior, em cidades como Campos, rica, com
deste departamento, destacando-se a refor- cem mil habitantes, começa a fundar um es-
ma da Penitenciaria e a creação do gabinete tabelecimento dessa espécie. Quantas deze-
antropométrico. Na cisão do partido, no go- nas de saquaremenses se vivem, devem a
verno Alberto Torres, ficou em oposição, obe- sua vida ao seu glorioso e imortal conter-
diente ao partido chefiado pelo Dr. Migixel raneo? Não s6 ao traçarmos estas linhas
de Carvalho. Chefe politico de Saquarema, sentimos uns estremecimentos de orgulho e
prestou a sua terra natal relevantes serviços. de entusiasmo pelo nome do grande fltimi-
"A divina cidade de Saquarema -
De interessante crônica sob a epigrafe .-
O berço
de Oscar de Macedo Soares, Oliveira Vianna
nense, ao mesmo tempo que amaldiçoamos u
visão estreita da politicalha que lhe arran-
cou um dia o poder das mãos, condenando-o
e Alberto de Oliveira - extraimos os se- a um ostracismo que muito, ou principal-
guintes trechos: - "O Dr, Oscar de Ma- mente, contribuiu para que a vida se lhe ex-
cedo Soares, o talentos0 e culto jurista bra- tinguisse tão prematuramente. Mas não fi-
sileiro, filho de Saquarema, teve um dia as cou somente nestes traços a admiravel obra
adminisrativa de Macedo Soares. O "Dr. Os-
158 IJOBILIARQUIA FLUMINENSE

car", como ,entre suspiros de saudade o povo


saquaremense o chama, deu a Saquarema
água encanada vinda de bem distante. E tu-
do desapareceu!. .. Nas grandes paginas da
historia fluminense está o seu nome grava-
do, e enraizado eternamente está toda a sua
inuividualidade na memoria do povo de Sa-
suarema. De nossa parte - e ignoravamos
toda essa grande obra do notavel flumirien-
se - não deixaremos de divulgar o seu no-
me e a sua obra como modêios de civismo e
de estaçlismo de films muito nossos conheci-
dos e que felizmente já agora não se ideali-
sam nem se exibem eiri télas governamentais
rio Estado do Rio, porque o periodo da cine-
matografia politica e civica da terra flumi-
nense, graças aos céus, jh se extinguiu. Mas
1VLacedo Soares, que morreu pobre, ia alem
ainda, se mais além se pode ir, em &tos dessa
natureza: dava o que e r a seu, seus bens, ao
Estado .para que se convertessem em obras
, publicas. O Edificio do Telegrafo Nacional
de Saquarerna foi doriativo quc ele fez a
União, para que Saquarema fosse dotado de
telegrafo. E não se diga foi um casebre que
ele doou; não, foi um dos melhores o mais
bonitos predios d a cidade, colocado num dos
mais apraziveis e pitorescos pontos d a loca-
lidade. Depois de sua morte Saquarema mor-
reu tambem. Tudo ali paralisou. Nada mais,
quase, s e fez pela terra, que ficou ardendo
sob as chamas da politicalha. A colonia "Z
48" mantem uma escola, denominada escola
Oscar de Macedo Soares, justa lembrança do
pescador João Ramos". - Ficando em opo--
sição a t é a cisão do partido chefiado pelo Dr.
Nilo Peçanha, quando no governo, o D r .
Alfredo Backer, aproveitou esse longo tem-
po para aprofundar seus estudos juridicos,
comentando os codigos penal comum e o da
armada, a lei do casamento civil, o manual
do curador de orfãos, o consultor criminal,
civil, comercial e organologico, de Cordeiro,

(C. 14)
- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 159

completamente refundido, atualizado, pu-


blicando mais o consultor eleitoral, relatorios
e memoriais (1).Coube-lhe, após, pacientes
pesquizas, determinar a nascente do rio Pa-
rahyba, com aplausos do Conselheiro Dr. Ho-
mem de Mello, notavel geografo. Devido a
seus estudos sobre direito militar foi no-
meado auditor da marinha, tendo no exerci-
cio deste cargo, dado importantes pareceres.
Na Santa Casa de Misericordia prestou re-
levantes serviços; eleito mordomo de Hos-
picio de N . S. da Saude, na Gamboa, re-
moaelou este hospital, creanao emermarias
sob a direção aos drs. i\labuco de tiouvèa,
bernanao ae lUagaiháes, Joaquim m a t o s e
outros provectos clinicos de então. Na Aca-
aemia ae Comercio e lvluseu Lomercial, suk
a cireção do U r . Candido Mendes de Almei-
ua, prugramou e levou a eleito uma serie de
conIerencias sobre a s riquezas naturais do
Lstaao ao m o . L m 1Y3I, 19 ue juiino, o ilus-
.
traao desembargador L)r Aaelmar 1 avares,
na bociedade Brasileira de Grlminologia, em
sessão extraordinaria e solene, sob a presi-
dencia do Ministro de Justiça, o S r . Eq-
baixador José Carlos de lVIacedo Soares, leu
brilhante conferencia sobre o patrono de
sua cadeira: - Oscar de Macedo Soares,
um grande criminalista - Uma das cadeiras
-
da Academia Niteroiense de Lettras tem por
patrono - Dr. Oscar de Macedo Soares. -
O D r . Oscar de Macedo Soares casou-se em
2 de Maio de 1891 com sua prima D . Am-
brozina de Azevedo de Macedo Soares, filha
do comerciante matriculado na praça do Rio
de Janeiro, o S r . Joaquim Carlos de Aze-
vedo Silva, de tradicional familia da Cam-
panha, provincia de Minas Gerais, e de D
Maria da Gloria Ramos da Silva, irmã do
-. (1) VJ. Sgcramrnto Brake -- Dicc. Bibliog., Bras., VI, pgn.
340 e 394.
160
--
NOBILIARQUIA FLUMINENSE - DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 161
----

notavel engenheiro civil, D r . Marcelino R a - um voto de pezar, como homenagem á memo-


mos da Silva. Filhos: ria de um fluminense ilustre, de um brasi-
leiro distinto, que perlustrou estas bancadas,
2 - 1:-Ercyla de Macedo Soares, n., I). F . , 25-2- deixando a t é hoje seu nome indelevelmente
1893 ; solteira. gravado nos anais desta Casa. Quero refe-
2 -
,
2:-Edgard de Macedo Soares. academico de di-
reito, falecido em Paris.
rir-me ao Sr. D r . Oscar de Macedo Soares
(muito bem !) , um republicano distintissimo
(apoiados), um batalhador emerito, um in-
2 - 3:-Maria do Carmo de Macedo Soares, n., D.F., cançavel propugnador das riquezas e belezas
17-5-1900, casada com o S r . Rafael de Bar- naturais do Estado. Quer n a fase aguda, em
ros Vidigal, funcionario do ministerio da que ele esteve envolvido na politica, quer,
agricultura, filho do Dr . Ernesto Rodrigues mais tarde, quando dela se retirou, esse emi-
da Costa Vidigal, medico clinico, e de D . 1s:~- nente fluminense, procurou, por todos os
bel de Barros Vidigal; neto paterno de An- meios ao alcance de sua grande capacidade
tonio Ignacio Rodrigues, e de D . Anna da inteletual, servir á causa publica neste Es-
Conceição da Costa Vidigal Rodrigues e pelo tado, e, quando a servia, niio olhava os in-
lado materno do D r . Rafael de Aguiar Paes teresses mesquinhos do campanario (apoia-
de Barros, e de D. Francisca Aguiar Paes de dos), colocava-se num plano mais alto e dis-
Barros; familias radicadas em S. Paulo. Fi- tinto. Eis porque seu nome é respeitado por
lhos, todos náscidos na Capital 'Federal : todos, sem distinção de partidos politicos."
O requerimento apresentado á mesa é unani-
3 - 1:-Maria Thereza de Barros Vidigal,. n., 13-6- memente aprovado. - 8-8-1911. .
1928, professora inscrita do Ministerio de
Educação e Saude, solteira. 1 - 2:-Noemia de Macedo Soares Guimarães, n., n a
fazenda do Bom-Sucesso, municipio de Sa-
.) - 2 +Maria da Gloria, n., 7-8-1930; , i quarema, em 22 de novembro de 1864. Ca-
8 - 3 :-Luzia Maria, n., 20-9-1931; sou-se em 25 de janeiro de 1885, n a capela
da fazenda do "Bananal Grande", de pro-
3 - $:-Antonio Jorge, n . , 6-1-1939. priedade do seu tio avô, major Luiz Manuel
Faleceu o D r . Oscar de Macedo Soares, em de Azevedo Soares, em Ponta Negra, Maricá,
sua residencia, á r u a Senador Yergueiro, n. com o D r . Celso Aprigio Guimarães, bacha-
128, Capital Federal, á 3 de Agosto de 1911, rel em direito pela Faculdade do Recife, e,
sendo sepultado no cemiterio -S. , ~ o ã oBap- então promotor publico da comarca de Ara-
tista. A imprensa lançou sentido necrologio. ruama, provincia do Rio de Janeiro, filho do
Do "O Jornal do Commercio" este periodo: D r . Aprigio Justineano da Silva Guimarães,
"O nome do D r . Oscar de Macedo Soares, natural de Pernambuco, lente catedratico de
espirito inteligente e operoso, fica' ligado a s Economia Politica daquela Faculdade, advo-
letras juridicas, por varias obras, comenta- gado nos auditorias n a mesma cidade, poli-
rios e anotações. Foi jornalista nos Estados tico militante, filiado no partido liberal, no-
de S. Paulo e Rio de Janeiro". Na assem- tavel orador e autor de varios trabalhos ju-
bléia legislativa, o S r . Deputado Everardo ridicos compendiados em volume. - Discur-
Backeuser disse : "Sr. Presidente : Venho pe-- sos e diversos escritos - dedicado a seu
dir a inserção n a áta das nossas sessões de pae, o General José da Silva Guimarães, com
1
ANT.O Jm. E SULIA0 R. DE MACEDO SOARES
162 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE -- --- DRS. 163

a seguinte nota: "Como tenente-coronel co- terio de S. João Baptista com numeroso
mandante do 0.O batalhão d'infantaria, em- acinpanhamento. O Tribunal Pleno e todas
barcado na corveta "Parnahyba", esteve a as Camaras manifestaram o seu pesar pelo
frente do contingente do mesmo batalhão, lutuoso acontecimento, com a solidariedade
no memoravel combate do Riachuelo, aos 11 do Instituto dos Advogados pela palavra do
de junho de 1865", casado o Dr. Aprigio com Dr. Edgar Ribas Carneiro e do Club dos Ad-
D . Joaquina Hermenegilda Santiago Guima- vogados pela do Dr. João da Silveira Serpa.
rães; neto paterno do general acima e de O Supremo Tribunal; Federal, em sessão, o
D . Francisca Bellarmina de Abreu da SiI- ministro Edmundo Muniz Barreto proferiu as
va Guimarães, de familia sul-rio-grandense ; seguintes palavras: "Permiti que eu peça
e pelo lado materno, do desembargador sejam transcritas na áta as seguintes ex-
Custodio da Silva Guimarães, ministro do pressões referentes ao ilustre magistrado,
Superior Tribunal de Justiça, e de D. Anna hoje falecido, desembargador Celso Guima-
Santiago Guimarães, familia de origem cea- rães que exerceu, com dignidade e brilho,
rense. -- Iniciando o D r . Celso a sua car- diversos cargos de judicatura, no Distrito
Federal, tendo atingido ao mais elevado de
reira na provincia do Rio de Janeiro, ocupou
depois o cargo do Juiz municipal de Maricá, Presidente da Côrte de Apelação. - "Do-
Em principias de 1890 foi promovido a juiz res profundas não se manifestam com abun-
de Direito da Comarca de Santo Ignacio do dancia de palavqs, O coração conturbado não
Pinheiro, Estado de Maranhão mêses após sabe falar nesses transes de sofrimento: sa-
be, porem, sentir e chorar n'uma consterna-
removido para a Comarca da Encruzilhada,
no Estado do Rio Grande do Sul, não che- ção sufocante. - Os homens de honra e de
gou a assumir o cargo. Organisada nelo Dec. inteligencia não desaparecem com a morte;
n . 1,030, de 14 de novembro de 1890 a ius- continuam a viver nos grandes exemplos que
tiça do Distrito Federal, foi nomeado Pretor, deixam. O corpo, os vermes o devoram, mas
em cujas funcões permaneceu até que, em o espirito perdura no legado moral, que en-
1896, foi nomeado juiz do Tribunal Civil e riquece a sociedade e conforta a familia. Fe-
Criminal. Em 1905 foi nomeado desembar- lizes os que, como Celso Guimarães, podem
hador da Côrte de Apelação, cuja presidencia se finar assim, com o nome aureolado pelo
ocupou por duas veses. E m sua longa car- respeito publico e pela estima sincera dos
reira de magistrado, o D r . Celso Guimarãe~, homens de bem". - Filhos: -
não só se impoz á consideração dos cargos 2 .-. 1 :-Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares Gui-
superiores da magistratura e das adminis- marães, n., em Maricá. 22-6-1888; bacharel
trações sob as quaes servira, como de seuc em letras pelo colégio Pedro 11, então Gina-
colégas de judicatura e dos advogados, pela zio Nacional; enpenheiro civil pela Univer-
correcção de sua atitude e integridade com sidade de Ada, Ohio, Estados Unidos da
que se mostrou nas suas funções. Impoz-se. America. Tem desempenhado comissões té-
por isso mesmo, como representante de cnicas em escritórios de construções e na
maior relevo da magistratura brasileira. - Secretaria de Viação e Obras Publicas do
Faleceu, no exercicio da presidencia da Cor- Estado do Rio de Janeiro; autor de projetos
te de Apelacão, embora afastado por moles- de viadutos e pontes e fiscal de construção de
tia, em 15 de outubro de 1928. O enterro do estradas de rodagem e da grande ponte so-
venerando niagistrado realisau-se no Cemi-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 165

bre o Rio Parahyba, em Vargem Alegre, mu- Italia; - Oficial da Ordem do Mérito da Re-
nicipio da Barra do Pirahy. - Fundou o publica do Chile; -, Condecoração "Abdon
partido republicano nacional, tendo conse- Calderon" de segunda classe da Republica
guido a realisação dos principais pontos do do Equador; - Medalha Americana da Le-
programa, tais, a nacionalisação dos letrei- gião do Mérito, serviços de guerra. - "The
ros das industrias e casas comerciais, a lei Secretary of the Navy Washington. - Le-
dos 2/3 de empregados brasileiros nessas gião de Mérito, gráu de Oficial, concedida ao
atividades: nacionalisação da pesca, tendo Capitão de Fragata Celso Aprigio de Macedo
em vista a defesa nacional; levantou o mapa Soares Guimarães. Marinha do Brasil. "Por
do municipio de Maricá, classificado o me- conduta excepcionalmente meritória no de-
lhor trabalho. Casado com D . Zenith Quin- sempenho de serviços relevantes ao Governo
tanilha; filha de Joaquim dos Santos Quin- dos Estados Unidos como comandante de um
tanilha, fazendeiro e D . Laurentina Viana navio de guerra do Brasil e posteriormente
Quintanilha; neta paterna de Rafael Antu- como Assistente do Chefe da Missão Naval
nes Quintanilha e D . Anna Joaquina dos Americana. Trabalhando incansavelmente e
Santos Quintanilha; e pelo lado materno de com excepcional hdbilidade profis$ional, o
Francisco Qe Araujo Leão, e D . Maria Lui- Comandante Celso Guimarães prestou ines-
za Vianna'de Araujo Leão, todos naturais de timavel auxilio ao Governo dos Estados Uni-
Maricá. dos e por sua constante cooperação com as
autoridades navais Americanas contribuiu
- 2:-Dora de Macedo Soares Guimarães, nascida materialmente para o bom sucesso no mos-
em Santo Ignacio do Pinheiro,' Estado do Ma- seguimento da guerra no Atlântico Sul, daí
ranhão, em 22-8-1890, professora de canto rrrangeando grande crédito para si e para a
laureada, pelo Instituto Nacional de Musi- Marinha do Brasil, bem como fortalecendo os
ca, solteira. laços de amizade entre os Estados Unidos e
o Brasil." - Designado para o Estado
- 3 :-Comandante Celso Aprigio de Macedo Soares Maior Geral da Armada. Atualmente Prefei-
Guimarães, n., em Icarahy, Niteroi, 26-2- to de Niterói (1947). Casou-se com D .
1899; oficial superior da Marinha de Guer- Maria Thereza de La Roque Guimarães, fi-
r a . Tem o curso de artilharia, e vem de de- lha de João Luiz de La Rocque, francês, co-
sempenhar as funções de adido naval junto merciante no Estado do Pará e de D . Euge-
á missão americana. Professor de artilharia nia Belfort Roxo de La Rocque; neta pater-
, em viajens de instrução dos guarda-mari- na de João Luiz de La Rocque, residente em
nhas. Antigo deputado á Assembléia Legisla- França, e D . Maria TsaFe1 Cecilia de La
, tiva do Estado do Rio de Janeiro. Recebeu
Rocque. e materna do D r . Augusto Teixei-
as seguintes condecorações : Nacionais : - r a Belfort Roxo, e D . Maria Amelia Torreãc
Medalha da Vitória - Guerra de 1918; Me- Roxo, nonagenaria, de bôa saude, irmã do
dalha de Vinte (20) anos de serviços; - D r . Enéas Torreão, ministro do Tribunal de
Medalha Comemorativa do Cincoentenário Contas do Estado do Rio (1893-1904). Fi-
da Republica; - Medalha de serviços de
Guerra com 3 estrellas - 1945. - Extran-
jeiras: - De Guerra, dos Estados Unidos
lhos :
.José Celso de La Rocque Guimarães, n.,
- 1918; - Cavaleiro da Ordem da Corôa da 21-4-1923, oficial de marinha.
166 NOBILIARQUIA FLUMINENSE 167
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES

3 - 2:-João Luiz de La Rocque Guimarães, n., do engenheiro civil D r . João de Almeida Pi-
11-8-1924, estudante de engenharia. zarro, e D . Ida Kastrup Pizarro; neta pa-
S - 3:-Celso Aprigio Guimarães Neto. n., 15-8-1925, terna do D r . João Joaquim Pizarro, lente
estudante de preparatorios. catedratica de historia natural da Faculda-
2 - 4:-Celia de Macedo Soares Guimarães, n., C.F.. de de Medecina e Diretor do Jardim Bota-
nico, e de D . Josefina de Almeida Pizarro,
12-6-1901, casada com o Dr. Fernando Gui--
marães, engenheiro civil e professor muni- irmã dos Drs. Daniel de Almeida, medico, e
Rufino de Almeida, engenheiro; neta mater-
cipal, filho do D r . Adriano Guimarães, ba-
na de Arthur Francisco Kastrup, comercian-
charel em direito pela Faculdade d a Bahia e te, e D . Guilhermina Range1 de Abreu Kas-
de D . Maria Anna Aschlimann, de origem trup, esta filha do Coronel Faustino de
suissa, neto paterno do desembargador Pe- Abreu. - D . Marilia, mocn distintissima,
dro Francellino Guimarães, do Tribunal de faleceu dois dias após o nqscimento do filho:
Apelação da Bahia, e D . Maria Magdalena
Gordilho Guimarães ; irmã do Conselheiro ?, - 1 ;-Sergio, n., D . F . , 8-4-1943.
D r . Adriano Alves de Lima Gordilho, pro-
2 - 6 :-Dr. Fabio de Macedo Soares Guimarães, n.,
fessor de anatomia da Faculdade de Medi-
C.F., 26-4-1906; engenheiro civil pela Esco-
cina d a Bahia, agraciado pelo Imperador D. la Politécnica do Rio de Janeiro; engenheiro
Pedro I1 com o titulo de Barão de Itapoan da Prefeitura de Vitoria, Estado do Espirito
(vj. Dicc. Intern. IX, pg. 5.214), casado Santo; professor de Geografia e Histeria, di-
com Marie Gordilho, de origem francêsa plomado pela Faculdade Nacional de Filoso-
Bisneto paterno de Antonio Augusto Gui- fia do Distrito Federal; assistente coodena-
marães, tabelião n a Comarca de Feira de dor das secções de Estudo do Conselho Nacio-
Safit'Anna, Estado d a Bahia, e D . Maria nal de Geografia, com o curso de aperfeicoa-
Rosa Barcellar Guimarães; e do Coronel mento nos Estados Unidos da America; au-
João Pedro Alves de Lima Gordilho, grande tor de trabalhos de geografia, notadamente
fazendeiro e D . Rosa Gordilho: pelo lado ao que se refere a "Nova Divisão Regional
materno de Augusto Henrique Aschlimann. do Brasil". - Casou-se com D . Marina Ri-
suisso e D . Margarida Barbett, de origem beiro Corimbaba, filha de Luiz Magaessi Co-
ingleza, e vive com as faculdades integras, rimbaba, agente d a Prefeitura e do Lloyd
aos 93 anos; filhos: Brasileiro e D . Antonieta de Saldanha d a
C,- 1:-Fernando Celso, n., 19-2-1925, bacharel em Gama Ribeiro Maggessi Corimbaba; neta
direito ; advogado,. paterna de Bento Thomaz Gonçalves Corim-
3 - 2 :-Celia Maria, n., 26-2-1928. baba, mordomo da Casa Imperial, e D .
Constança Guedes Pinto Maggessi Corim-
2 - 5:-Dr. José de Macedo Soares Guimarães, n., baba; neta materna do Conselheiro Claudio
em Icarahy, Niterói, 29-3-1903. Medico pela Manuel Ribeiro, Diretor do Banco do Bra-
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro sl e D. Januaria de Saldanha da Gama Ri-
(1925) ; atualmente assistente do Serviço de beiro, prima-irmã do Almirante Luiz Fb-
Profilaxia Geral do Departamento de Saude lippe de Saldanha da Gama: Fiilhos:
Publka do Estado de São Paulo; casou-se
com D . Marilia de Almeida Pizarro, filha 3 - 1:-Fabiola Noemia, n., nesta Capital, á 12 de
janèiro de 1938;
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOAH.ES 16s
168
., ---
3 - 2:-Fabio Celso, n., 1 7 de maio de 1939; Conselho Nacional de Geografia, casado corri
I). Marina Hibeiro Corirri batia. tecnica de
3 - 3:-Luiz Felippe, n., 1 5 de Agosto de 1941; educação.
&a sua descendência c u t a m - s e nove
D. Noemia de Macedo Soares Guimarães netos: Jose Celso, 1 . O Tenente ao Corpo da
faleceu em sua residencia á r u a Eduardo Armada; João Luiz, geógra~o-auxiliar ao
Guinle no dia 1 de marco de 1947. Do noti- Conseiho Nacional a e G e o g r a ~ i a ;Celso Apri-
ciario do "O Jornal do Comerciol" de 4 se- gio, estudante ao curso pre-engenriaria; r er-
m i n t e : - "A veneranda senhora. viuva do riando Celso, bacharelando de uireito; Le-
desembargador Celso Aprigio Guimarães lia Maria funcionaria aas hmpresas gletrl-
nasceu n a fazenda do Bom sucesso. munici- cas 6rasileiras; e os menores aergio, b a -
~ i deo Saquarema, então provincia do Rio hioia, Fabio Celso e Luiz 3'ilipe.
de Janeiro aue pertencia a seu avô materno Herdeira ue muitas qua~iuadesa e seu
Coronel Francisco Alvares de Azevedo Ma- pai, u Conselheiro Macedo Soares, sempre s~
cedo. E r a a filha mais velha do Conselheiro ulstingiu pelo espirito empreendedor, ener-
Antonio Joaauini de Macedo Soares. noste- gia, bom senso e amor ao trabalho, acompa-
riormente Ministro do Supremo Tribunal nhando como colaboradora dedicaaa toaa a
Federal, e de D . Theodora Alvares de Aze- vida de seu mar*do, em sua carreira de ma-
vedo de Macedo Soares. gistrado, desde quanao este Ioi juiz na en-
Casou-se a 25 de Janeiro de 1885. na tao provincia do ktio de J a n e ~ r oe no hstaao
Fdzenda do Bananal, em Ponta Negra (mil- do Mamnhão, até 1928, quando o mesmo ra-
nicipio de Maricá), com o d r . Celso Anrigio leceu no exercicio do catgo de desembargauor
Guimarães, então juiz municipal. A Fazen- presidente da Côrte de Apelação do u w r i t o
da do Bananal. fundada por seus bisavós Federal.
naternos em fins do século XVIII, foi o Cultora entusiasta da memória do8 seus
berço da familia Macedo Soares, e é ainda antepassaaos e das tradições de sua famil,tr,
hoje ~ r o p r i e d a d ede descendentes diretos dos salientou-se pelo espirito de soiidackdztde
SAIIS fiindadorea. aos parentes e amigos, partilhando c 9 in-
Do seu consórcio houve oito filhos: teresse e orgulho de seus trabalhos e suces-
Aprigio e Cecilia, falecidos em tenra idade; sos, ao mesmo tempo sempre disposta a as-
Antonio Joaquim, engenheiro civil, casado sisti-los com dedicaqso afetuosa em suas difi-
com D . Zenith Vianna Quintanilha ; Dora, culdades e tristezas.
solteira, professora de canto, laureada pelo Acompanhou sempre com especial cari-
'Instituto Nacional da Música : Celso Apri- nho tudo que se referia á região fluminen-
gio, Capitão de Fragata do Corpo da Ar- se de Maricá a Cabo Frio, orade viveu a sua
mada, recem-nomeado Prefeito de Niterói, familia desde os fins do século XVII e onde
casado com D . Maria Thereza Relfort. Roxo ela própria residiu durante sua juventude.
de La Roque ; Celia. casada com o enpenheiro 4í estabeleceu sólidas amizades, que slçtmpre
civil S r . Fernando Guimarães ; José, médi- cultivou e que relembrava constantemente
c i dc Departamento de Saude do Estado de com saudade.
São Paulo, viuvo de D . Marilia Kastrup de Dotada de sólida e variada c u l t u r ~ hau-
,
Almeida Pizarro; Fabio, engenheiro civil. rida em grande parte dos ensinamantos de
professor de Geografia e chefe de servfçc nn neu pai, suas preferências eram voltadas pa-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
170 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --171
ra a botanica, história, literatura e arte, des- , tornava extremamente querida pelo grande
tacando-se a música, que cultivava como bri- numero das mais notaveis familias da nossa
lhante pianista. Uma das maneiras predile- Capital. D . Judith, discipula do professor
tas de aproveitar os breves lazeres, que se Jeronymo de Queiroz, era nomeiada pianis-
apresentavam em sua vida plenamente devo- t a eximia.
tada aos seus, era a organização e a consul- 1 - 5:-D. Esther, n., no local acima, 5 de junho de
ta de seu arquivo particular, com interessan- 1869. Casou-se com seu tio Gastão Alvares
tes recordações de familia . de Azevedo Macedo, funcionario da E . E'.
Deixou a seus filhos, e a todos que com Central. Faleceu D. Esther á 22-2-1924;
ela conviveram, um grande exemplo ae no- Gastão Macedo á 25-12-1925 ; S. y. ;
breza de caráter, pureza de sentimentos, cor- 1 - 6 :-Henrique Duque Estrada de Macedo Soares,
reção de atituaes, distinção de maneiras, fi- n., na Fazenda do Hananal, residáncia do seu
delidade aos compromissos, dedicação á fa- avo paterno, o Ur. Joaquim Mariano de Aze-
milia e crença religiosa, recebendo aeles 15 vedo Soares, em 2U de outubro de 1870.
de seu esposo - que tinham por ela verda- Abraçando, por inclinação, a carreira das
deira veneração - carinho e devotamento armas, apos o curso secundario no colégio
sempre crescentes. Abilio (Abilio Cesar Borges, Barão de Ma-
O seu passamento, após pertinaz molés- cahubas) , matriculou-se na Escola Militar
tia, causou a todos grande consterliação, da Praia Vermelha, ainda no Imperio. -
tendo recebido a s homenagens de que era Dado ao esportismo, era considerado o alu-
merecedora. no mais forte da Escola.- Promovido a al-
feres-aluno, depois efetivado, servio no 31°
1 - 3 : - J u d i t h , l.anascida na Fazendola "A China", batalhão de infantaria, estacionado em Ba-
Araruama á 31 de março de 1866 e faleci- gé, Rio Grande do Sul, sob o comando do Co-
da mêses após. ronel Carlos Telles. - Seguindo com o seu
1 - 4:-Judith, 2." - n., no mesmo sitio, 6 de abril batalhão para a campanha de Canudoa, tor-
nou-se um bravo, como artilheiro, aq lado
de 1868; faleceu aos 24 anos, no estado dc
solteira ,na residencia de seus pais, á rua de dos colégas Manoel Felix e Frutuoso Men-
Santa Alexandrina, n . 24. "No vigor da des. - Jornalista e historiador, de seu apre-
existencia, expressa-se um dos orgáos da im- ciado livro - "A Guerra de Canudos" nar-
prensa desta Capital, quando naturalmente rativa veraz, de ciencia propria, transcre-
lhe sorriam os mais belos sonhos, ao mesmo vemos a seguinte pagina do ilustre oficial-
tempo que era legitima esperança de seus escritor: "Num dos primeiros dias de Se-
amorosos paes, molestia traçoeira arrebatou tembro, foi morto um individuo regularmen-
deste mundo a exma. Sra. d . Judith de Ma- te trajado e de boa aparencia, que impru-
cedo Soares, o encanto do lar feliz de que dentemente aventurou-se em andar a peito
era um dos mais distintos ornamentos pela descoberto, proximo ao flanco direito da
sua fina educação e qualidades moraes. São igreja nova, quando sucedeu o fáto. Ao tom-
muitas as saudades que deixa a simpatica bar o dito individuo, que depois se soube ser
moça, que tinha em cada uma das pessoas ò de alcunha Senhorinha, um dos chefes dos
que a conheciam uma amizade pelas delica- fanaticos, houve entre estes grande movi-
dezas fidalgas que a distinguiam, o que a mento de pavor e de lastima. - Muitos de-
172 NOBLLIARQUIA F L U M I ~ N S E
-
les, inclusive mulheres, tentavam arrastar o
corpo daquelas imediações; mas não o con-
seguiram, porque era preciso descobrirem-
se e, assim, diversos cairam mortos sobre o
companheiro. Isso determinou-se enraivece-
rem os fanaticos, que romperam forte fuzi-
laria; só ií noite puderam transportar o ca-
daver, que Ioi levado em rêde, em ruidosa
procissao, entre cantos e archotes para a se-
pultura. - Chegou um comboio, trazenao
sómente munições d'artilharia, uns 400 ti-
ros. Com esses e os já existentes foram re-
encetados os bombaraeios interrompidos. -
A igreja velha estava de todo esburacada,
mantendo-se de pe a s paredes principaes e
parte do corpo lateral, constituindo a sacris-
tia. E r a o de massa informe a aspéto ofere-
cido pelo vetusto e forte templo, quando vis-
to pelos fundos, onde o bombardeio causara
maiores estragos. A parte anterior, estava
relativamente conservada, porque, dos pon-
tos onde estavam os canhões, e r a impossivel
a t i r a q s e .paça lá. - A igreja do Bom Je-
sus perdera o magestoso frontespicio, fican-
do em lugar dele um largo rombo,. ou falha
de 20 metros. . O s andaimes estavam que-
brados, a s taboas oscilantes, tudo produzin-
do um amalgama fantastico. A' noite so-
bresaia o vulto enorme do templo, donde par-
tiam os clarões fugaces dos bacamartes do
inimigo, sempre fazendo das torres, inda de
pé na sua solidez de granito, constituindo po.
derosos baluartes, - As terriveis torres ha-
viam resistido á dois mêses e dias de bom-
bardeios; mas agóra cairiam, pois que, os
comandantes dos canhões postados na Cida-
dela, tinham deliberado a sua quéda. - A' Tenente Henrique Duque Estrada de Macedo Soares. - "O Heroe
d e O~anudos"
eles, de ordem do comandante em chefe, fo-
r a fornecida grande cópia de granadas para
o dito f i m ; entre elas, umas setentas fabri-
cadas n a Casa de Moeda, inteiriças, com
ponta de aço e destinadas a perfurar os cas-
cos dos barcos da esquadra revoltada em 6 de
(C. 15)
DRS. ANTs0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 173

setembro. Essas granadas, de consideravel


pezo, vieram transformar nossa artilharia
em a de sitio, dando surpreendentes resul-
tados. - Estavamos em 6 de setembro, data
assinalada nos anais da vida republicana, e,
por uma notavel coincidencia, nesse dia os
fanaticos amargaram tremenda contrarieda-
d e , - Desde cêdo, após a s ordens emana-
das do general Silva Barbosa, o canhão da
esquerda, sob a direção do habil 2 . O tenente
1Manoel Felix, encetou o bombardeio n a tor-
re da direita da legendar~a igreja. O do
centro, ao mando do alferes Macedo Soares,
em seguida dirigiu seus fogos sobre o mes-
mo alvo, no que foi secundado pelo seguinte,
comandado pelo 2." tenente Frutuoso Men-
des, só deixando de atirar o da extrema di-
reita, visto estar mal colocado para aquele
fim. - O fogo prolongou-se, sustentado com
vigor até 11 Vi. Na. baze da torre, já muito
abalada e com enorme rombo, sumiam-se os
projetis. Mais uns 20 tiros e lá bateu uma
granada em cheio, apontada pelo 2.O tenente
1Manoel Felix. - Um estrondo atroador se-
guiu-se L quéda das torres, que espedaçou-se
na praça, espalhando formidaveis blocos de
granito á 15 metros, envolvendo o templo
em espessa nuvem de pó. - Depois de pe-
queno descanço, foi renovada a tarefa sobre
a torre esquerda. Os tres canhões despeja-
vam sem interrupção seus projetis no mes-
mo alvo. Toda a atenção do exercito estava
concentrada no bombardeio. Nem um tiro de
fuzil. Os fanaticos evacuaram a igreja. - O
fogo continuava, pouco faltando para a qué-
da da famigerada torre, colimada por mais
100 tiros. - Apenas uma haste d'um metro
de altura, mantinha suspensa a grande mas-
sa, por um milagre d'equilibrio e ainda o
éco das descargas reboava pelas serras e
grótas, ao longe. Tres tiros partiram segui-
damente: o primeiro, apontado por Manoel
Felix e a bala sumiu-se, roçando de leve na
174
-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-

parte incolume da torre; depois atirou F r u -


tuoso Mendes, sobre o lado oposto, com o
mesmo resultado; afinal, despediu o ultimo
tiro o alferes Macedo Soares e a bala chocou
em cheio a haste equilibrante. - O gigan-
tesco monolito inclinou'se lentamente e ruiu
com espantoso fragôr para frente, e, caiii-
do no solo, estrondou formidavelmente, es-
curecendo os ares espessa camada de poeira.
Por alguns segundos desapareceu o tem-
plo, para depois resurgir mutilado, em Ior-
ma extranha, tendo perdido seu poder e sua
invulnerabilidade. - Então, cenqenas de
bustos sobrelevaram, dominando a s trin-
cheiras, inclusive as do 5 . O de policia e 26.".
Houve uma geral movimentação. Vivas en-
tusiasticos, aclamações prolongadas por lon-
go tempo atroaram. Descargas sobre descw-
gas de fuzilaria enviaram milhares de pro-
jetis aos jagunços atonitos e espavoridos,
perturbados com aqueles fatos, para eles
extranhos e cuja inexequibiiidade o Conse-
lheiro sempre proclamára nas suas prédicas.
,- Andavam de um lado á outro; as mu-
lheres sobraçando trouxas e os guerreiros se
&pondo imprudentemente - talvez mpe-
rando um ataque geral das nossas forças,
que si na ocasião o tentassem, provavelmen-
t e obteriam grandes vantagens: tal o assom-
bro e panico a que se entregaram os jagun-
ços. - Os canhões da Favela se aproveita-
r a m do ensejo para enviar certeiras balas
sobre o arraial*. Grupos inteiros de jagunços
seguiam na direção das estradas de Uáuá e
Varxea da Emma, talvez prevendo o fim de
tantas desgraças, sobre eles desencadeadas .
Só á noite cessou a grande animação, que
parecia ter infiltrado novo vigor nas fileiras Igreja Nova "Canudos" Sertgo da Bahia, destruida prlos oficiais
legais. - No bombardeio foram gastos 700 Frutuoso Mendes, Manoel FeliX e Duque Estrada.
tiros em 6 horas de fogo. Os comandantes
dos canhões foram felicitados e elogiados
pelos generaes Oscar e Barbosa, em eloquen-
tes ordens do dia da mesma data, ns. 120
Igreja Velha - "Canudos" - Sertáo da Bahia.
DRS. ANT.O Jm.E JULUO R. DE MACEDO SOARES 176
-
do comando em chefe e 13 do da Ia coluna.
Enfim, estava o Exercito livre das terri-
veis e inexpugnaveis torres, d'onde partiu
a morte para centenas de soldados." pg. 265
á 270. - Da ordem do dia n . 120 do co-
mando em chefe, general Arthur Oscar, des-
tacamos o seguinte : "Aos segundos tenentes
Manuel Felix do Nascimento Msnezes e
Frutuosos Mendes e Alferes Henrique Duque
Estrada de Macedo Soares, coube a glorio-
sua missão desse acontecimento de nota (o
da destruição das torres da igreja nova)
operado n'um dia em que, n'uma cidade des-
coberta e tranquila, sem outras preocupações
que não fossem as do trabalho, tremulou no
mastro de um navio, a bandeira de uma re-
volução sem ardor justificavel, e me parece
que esta fatalidade tem sua razão de ser e
os belos dias nacionaes, indiretamente mes-
mo, inoculam no espirito brasileiro, a ener-
gia das boas causas, a vitoria das grandes
ideias". (Do "O Paiz", de 23 de setembro de
1897) . - Divulgada a noticia do termino
da nefanda luta, o povo estuante de alegria.
encheu as ruas, com radiante passeiata pela
rua do Ouvidor, aclamava os oficiais que
mais se salientaram, com vivas entusiasticos
aos artilheiros, destacadamente o alferes Ma-
cedo Soares, desde logo proclamado : "o herói
de Canudos". A residencia do Conselheiro
Macedo Soares, á rua de Santa Alexandrina.
encheu-se de amigos que ali foram felicita-lo
pela brilhante atuaçáo do valoroso filho. -
O alferes Macedo Soares, mais conhecido por
- o Duque Estrada - foi promovido. por
átos de bravura, a tenente. - Voltando ao
Rio, casado com D. Anna da Conceição Soa-
res, de familia de Bagé, e classificado no 24.'
de infantaria, á 21 de fevereiro de 1906,
veiu a falecer, aos 35 anos, esvaindo-se em
sangue, pela rutura da aorta abdominal, con-
sequente a aneurisma adquirido por excesso
de força no remover o canhão n'aquela cam-
176 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 177

panha. - Euclydes da Cunha no "Os Ser- ticia o acontecimento: "O Dr. Edmundo Sil-
tões", ed. 1945, cita os feitos do oficial Du- va, que ontem faleceu, depois de tres mêses
que Estrada de Macedo Soares, á pgs. 454 e - de molestia e sofrimento, era um dos mais
532. - Serviu, pois, ao exercito, como vero distintos representantes da classe medica
soldado, exemplo dignificante de patriotis- desta Capital. Mas não era só a medecina e
mo, de honra e amor profissional. Filhos: mais acentuadamente a ginecologia, especia-
lidade em que muito se distinguira, o cam-
? - 1:-Alice, n., a 26 de julho de 1901; po de sua inteligencia robusta e lucida. -
2 - 2:-Joaquim Mariano, n., 23 de abril de 1903, Era um talento tanto mais apreciavel quanto
ambos falecidos em tenra edade. mais variadas eram as suas manifestações.
- E entre as modalidades as mais brilhan-
I - 7:-Elisali de Macedo Soares e Silva, nascida tes de sua inteligencia aprimorada por uma
em Araruama, na chacara "A China", 12 solida cultura cientifica e literail-ia, é es-
de junho de 1872. Casou-se em 12 de junho pecialmente digna de destaque a de orador
de 1894 com o D r . Sebastião Edmundo Ma- que ele era, cintilante e corréto, conhecedor
riano e Silva, uma das mais robustas inteli- escrupuloso do vernaculo a que imprimia o
#mias do seu tempo, grande orador e pro- cunho original e forte de sua individualidade.
fessor de Botanica e ciencias naturaes no - Um dos documentos que ficam para ates-
Pedagogium, Distrito Federal e na Escola t a r o valor de sua eloquencia é o discurso
Normal de' Niterói. Quando estudante fez que, como orador da Maçonaria Brasileira,
parte do batalhão academico, tendo tomado proferiu na solenidade da posse de Quintino
parte no combate da Armação. Recebeu a Bocayuva, no elevado posto de grão-mestre
patente de tenente honorario do exercito por desta instituição. - Outra face não menos
serviços de guerra prestados na defesa da brilhante, do talento do Dr. Edmundo Sil-
legalidade. - 1893-94 : - Filho de Joaquim va, revelou-a ele no magisterio, em que na
José Mariano da Silva, n., em 25 de juIho qualidade de professor de historia natural,
de 1832, municipio de Rio Claro, e de D. deixa não s6 na saudosa lembrança dos dis-
Maria Candida da Silva, natural do munici- cipulos, como ainda na profunda estima e
pio de Angra dos Reis, em 23 de fevereiro de consideracão dos coléeaq 1 1 n 1 tracn l ~ r n i n o w
1846; fazendeiros em Barra Mansa, onde e duradouro. Pena é que tão moço ainda te-
nasceram seus filhos, seguiram 1892 para o &a sido implacavelmen'te arrancado pela
Oeste de São Paulo, onde, a exemplo de Pe- morte ao seio da familia e a sua atividade
reira Barreto, foram desbravadores da ter- cientifica e clinica. . . - Vindo para o Rio
ra roxa, abrindo e construindo moderna fa- de Janeiro, aqui estudou humanidades no
zenda de café. Faleceram Joaquim Mariano, Mosteiro de S . Bento e no Externato He-
na sua fazenda, no Sertãozinho, Ribeirão wett. Concluidos os preparatiros, matriculou-
Preto, 13-6-1906; e D . Maria Candida, em se em 1892 na Faculdade de Medecina, onde
São Paulo, á 20-9-1941, com 95 anos. O Dr. concluiu, com raro brilhantismo o curso
Edmundo Silva nasceu em 3 de outubro de médicocirurgico em 1895, apresentando mag-
1869 e faleceu, em sua residencia, á rua nifica tése de doutoramento sobre - "€lua-
Haddock Lobo, n. 25, á 14 de janeiro de rentenas e higiene no Rio de Janeiro". -
1909, aos 39 anos. - Foi sentidamente o A sua vida academica se realça por varias
desenlace. O "O Paiz" do dia seguinte no- fátos, entre os quaes cumpre não olvidar a
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. D E MACEDO SOARES 178
178 NOBILIARQUIA FLUMINENSE .-

parte decisiva que tomou na revolta de 6 de Ur. Edmundo Silva logrou a divulgação e
setembro, colocando-se ao lado da legalidade consequente ampliação ae sua patriotica con-
ameaçada e praticando átos de denodo e bra- cepçao, - as linhas de tiro -, ponto de
vura que muito relevo deram ao seu nome, partida para o sorteio militar, a reserva ao
os dos muitos bravos do batalhão academico. exercito, o centro de preparaçao de oIiciaes
- Estava no seu segundo ano-médico, quan- cxo exercito (C. l-' .O . i$, ) , que tão brilhante
do se apresentou candidato a uma vaga, a aLuaçao acaba de demonstrar em campanha
de historia natural, n a Congregação da Es- enrrentando o mais poderoso dos exerc~tos
cola Normal de Niterói. E tão brilhantes fo- no territorio italiano ! Foi um precursor ! lu ao
ram as suas provas nesse concurso que os se lhe arrebate o merito! Beixou o saudosci
demais candidatos desistiram de lhe dispu- clinico, dois Iilhos e três Iilhas:
t a r a cadeira que tão justamente conquistá- 2 - 1:-Dr. Edmundo de Macedo Soares e Silva, ri., .
r a . - Adquiriu com perseverante estudo e na Capital Federal, 9-6-1901; curso de nw
auxiliado pelo seu talento de escól, conheci- mmiaades no Colégio Militar, notas dis~in-
mentos cada vês mais profundos na discipli- tas; curso superior na Escola Militar, 1." da
na que professorava, a ponto de ter sido turma de engenharia, galgou desde logo 0
convidado para substituir na Faculdade de posto de 2 . O tenente e instrutor da arma de
Medecina ,o ilustre naturalista Doutor Joa.
quim Pizarro. - Casou-se com D . Elisah de
engenharia; com o fracasso da revolta de
1922 seguiu para a Europa, onde, em Paris,
Macedo Soares e Silva, filha do integro ma- matriculou-se na "Ecole de Chauffage I n -
gistrado e saudoso homem de letras, conse- dust~iel", tendo alcançado o 1 . O lugar na
lheiro Antonio Joaquim de Macedo Soares. sua turma; adido militar da Delegação do
ministro do Supremo Tribunal Federal. - Brasil nas homenagens ao General Giuseppe
Eha tambem o Dr. Edmundo Silva, um deci. Garibaldi, por ocasião do quinquagesimo ani-
di& esportista, tendodse distinguido como versario de sua morte, bem como na inau-
atirador emerito. Poucos dias antes de adoe- guração do monumento á Anita Garibaldi,
cer tinha sido vencedor em um campeonato em Roma, em 1932; adjunto a representaçáo
de tiro. A proposito de episodios de caqa, dÒ Brasil á Conferencia do desarmamento e
publicou no Brasil-Sport encantadores tre- ao Conselho de Administração do Bureau In-
chos literarios. - O Conselho Diretor do temaciona1 do Trabalho, em Genebra, sob a
Tiro do Leme, logo que chegou na séde 2 chefia do S r . Embaixador José Carlos de
dolorosa noticia do passamento do presiden- Macedo Soares (1932) ; membro da missão
te efetivo dessa ' sociedade, Dr . Edmundo general Leite de Castro, na França, Belgica
Silva, oficiou ao diretor-militar, para que e Alemanha (1930-1931) ; chefe do serviço
fossem, em sinal de pesar, suspensas os exer- técnico do arsenal de guerra, na Ponta do
cicios do tiro no Stand do forte Guanaba- Cajú ; construiu a fabrica de projetis de ar-
ra, e á noite no Quartel da Avenida Mem de tilharia, em Grajaú; sub-chefe do gabinete
Sá, n . 23, e conservar o pavilhão em fune- do ministro da justiça, o S r . embaixador J.
ral até a missa do 7.O dia. O Tiro de Leme C. de Macedo Soares (1937). - Especiali-
será representando no enterramento do sau-
sado em metalurgia e industrias correlatas,
doso D r . Edmundo Silva, pelo membro do
Conselho Diretor Dr. Victor de Mattos Rud- professa essa cadeira na Escola Técnica dù
ge". - Com a criação do Tiro do Leme, o Exercito. - Ideou, planejou e construiu a
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE BiACEDO SOARES 181
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
__ -
_. __-. - --
- -
de 1946, quando a s condições excepcionaes
grande Usina Siderurgica em Volta Redon- do comportamento de nosso carvão mineral,
da - (1941-1946). -
O ilustre jornalista relativamente a suas propriedades coqueirl-
J . E . de Macedo Soares, redator do "0 Diá- cantes foram praticamente confirmadas ; a
rio Carioca", em artigo de fundo, de 21 de primeira entrega dos produtos de Volt a Ke-
A

agosto de 1946, sob a epigrafe - Visita a


Volta Redonda", comenta: "Mas a conclu-
.
clonda ao mercado.. um dêles - o sulfato
de amônio - o nosso entrosamento inicial
são de tudo é quanto á alta capacidade orga-
nisadora do engenheiro brasileiro que ideou,
.
com a agricultura brasileira ;. . e outros
derivados do carvão que muito interessam as
planejou e construiu Volta Redonda. O s r industrias quimicas ligadas a defesa militar
Coronel Edmundo de Macedo Soares consa- do pais. - i3ssa etapa marcou, portanto, dois
grou-se um dos mais altos valores técnico; latos notaveis - a 1" contribuição direta ae
do nosso pais. Todavia a revelação desse Volta hedoncta para o aumento da eIicienciu
homem moço é o descortinio de sua inteli- ue nossa agricultura e o inicio ae sua co-
gencia, a força e a têmpera do seu caráter. operaçao para a garantia cta integridade na-
Os seus atributos são de um homem de Es- cional. - O sucesso obtido na coqueria ~ o i
tado e sobretudo de um chefe n a mais alta conrirmada, em seguida, quando íoi posto
acepçáo do valor moral, da capacidade de em runcionamento o majestoso Alto Eorno,
autoridade e da coragem da responsabilida- em 9 de junho de 1946, data escolhida em
de. Essa é afinal a grande e confortadora ini- homenagem ao Coronel Edmundo de lvlacedo
pressão que o visitante brasileiro traz de Soares e Silva, pela marcante atividade téc-
Volta Redonda". - 12 de outubro de 1946, nica que desenvolveu na construção da usi-
dia em que foi inaugurada oficialmente a na. - Aqui, além da confirmação do sucesso
Grande Usina Siderurgica de Volta Redon- obtido no emprego do coque brasileiro, moa-
da, sinála historica data do maior empreen- trou a aparelhagem perfeita flexibilidade de
dimento levado a efeito no Brasil. O S r . funcionamento, obedecendo rigorosamente a s
Coronel Silvio Raulino de Oliveira, presi- exigencias ditadas pelo emprego das mate-
dente da Companhia Siderurgica, em mag- rias primas nacionais. A terceira e quarta
nifica oração, disse : " . . . Na imagem feliz
do Exmo. Sr. Ministro da Viação, Coro-
etapa... verificaram-se em 22 de junho
quando entraram a funcionar um primeiro
nel Edmundo de Macedo Soares e Silva, forno de aço, e o laminador de desbaste. A
quando no exercicio do cargo de diretor téc- excelencia do equipamento e a capacidade
nico desta companhia, onde desempenhou dos nossos homens, permitiram que se obti-
com a animação e o brilho que lhe são pe- vessem resultados perfeitos.. como a exce-
culiares a árdua 'tarefa de superintendente lencia do aço fundido em nossa aciaria. -
geral do projéto e da construção da usina, E m 22 de julho inaugurou-se um segundo
foi dito que "é com o ferro de Volta Redon-
da que se foljará a grandeza do Brasil" -
.
forno de aço.. o que carateriza o inicio da
produção propriamente vendavel dos produ-
e é com o pensamehto fixado no patriotico tos de aço de Volta Redonda.. . - E não é
sentido dessa frase, que todos os que aqui somente em Volta Redonda que se ouve 0
labutam prosseguem na realização da gran- ritmo construtor da nossa independência eco-
de obra. - E n t r e irqsofismaveis sucessos nomica. No sul do pais, em Santa Catarina,
contam-se. . . o desenfornamento do coque, nas majestosas serras de Minas Geraes e
realizado pela primeira vês em 25 de abril
182 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JUíJAO R. DE M A c ~ D o SOARES 183
-.-

sobre nossos mares, outros brasilgircs cheios e ~ d m u n d ode Macedo Soares e Silva. O pri-
de f e patriotica trabalham com ardor na meiro valiosamente contribuiu para o e x m
.
construçáo da grande obra. , Uentro ue cia iniciativa com a respeitabilidade do set,
poucas semanas, entrará em funcionamento o iiume, e singular prestigio de sua ieputaçao
primeiro laminador instalado no Brasil para rinauiceira e o seu patriotico desinteresse.
a rabricação de chapas grossas de aço. Isso Ueu o segundo ao pais, em dedicaçao, em dis-
signirlca que, até dezembro, do corrente ano, cortirqio, em competencia especirka, toaos
Volta Kedonda estará em condições de produ- os conhecimentos acumuitdos durante uma
zir uma gama de utilidades ainda não rabri- vida de estudos, obscura, exe'mplar e perse-
cadas no Brasil, não somente quanto a di- verante. - Se a nação deve ao br. Getulio
mensões, mas tambem quanto a forma e a Vargas o apoio de sua autoridade ao empre-
finalidade do seu emprego '. - O "O Jornal endimento e ao atual Chefe da Nação, Ge-
uo Commercio" rias Várias Noticias, anota: neral Eurico Gaspar Dutra, a compeensão
"Com a inauguração oficial da Usina de Vol- da necessidade de levá-lo a termo com rapi-
ta kedonda, ontem realizada, na presença do dêz e dec~siio,incontestavel é que a marcha
Chefe da Nação, instala-se oticialmente no da idéia, para a realidade, se apoiou, preci-
Brasil a grande indústria siderúrgica. - puamente, na ação daqueles dois ilustres bra-
Nenhum acontecimento é mais significativo siieiros, secundados nesta fase final pela
do que esse para a economia nacional, na colab0ra~á0competente do S r . Coronel Sil-
vigéncia do regime republicano, O Brasil vio Raulino de Oliveira, todos com retidão,
inicia auspiciosamente a decisiva etapa da segurança e discernimento, indefessamente
industrialização, imprescindivel para que se postos ao serviço da Pátria, para que Voltb
torne uma potência no sentido politico; uma ktedonda não fosse um sonho de visionário,
genuina expressão de grandeza, no dominio afirmando-se hoje, de maneira pujante, na
economico; um pais de significação militar realidade que dentro de pouco tempo incor-
apreciavel. - Podemos dizer que nessas porará o Brasil ao conjunto das grandes na-
tres zonas de influência se acham situadas ç6es industriais do mundo (1). E' possivel
as possibilidades de um povo, para preen-
.
cher na face da terra destino relevante.. - (1, I i e alto valor histórico, o discurso seguinte. em r q m -
t a á saudação do Coronel Silvio Paulino de Oliveira, in :O Estadol1,
Temos, o dever de proclamar que a grande si- de 17-5-47: "Respondendo a saudaçáo, diwe o coronel Eümundo de
derurgia representa, inquestionavelmente, Macedo Soares e Silva que, numa tarde de junho, em Paris no ano
fie 1925 encontraram-se dois brasileiros. por acaso. Um, cuny>rlndo
um grande serviço prestado ao pais pelo S r . c seu dever numa comias&o do Exército; outro, exilado em vlrtuucie
Getulio Vargas, não só pelo apoio que as- de cincunstancias paliticas. Conversaram muito &bre os principal&
problemas do Brasil, concordando que o mais urgente era o de apro.
segurou ao exitô da unica solução ajustada veitamento das grandes reservas sider\lrgicas do território pcitrla,
Irmbrandcl-se do que escrevera Ellsio de Csrvaiho em sezi livro in-
á defesa dos interesses nacionais, conforme titulado: - "Brasil, Potência Mundial". Dos dois patrlcloo, o enttlo
varias veses aqui assinalamos, antes mesmo oapibáo de engenharia, era atual presidente da Companhia Stcle-
rúrgica Nacional: e o outro tenente de engenharia, exilado. era o atual
de constituida a comissão executiva encarre- crovernada do Estado do Rio. Como 6 caprichoso o destino dos
gada de planejar o empreendimento, mas, homens - acrescentou. Dai em diante foram cOlOCand0 peara sobre
pedra, a principio para =mar v0nta.m e aptidbes, e, por flm. pttra
caracteristicamente, pela felicidade com que obter recursos necessarios para realisar u m grande sonho: a
grannie siderurgia no Brasil. A p r i n c l ~ i o foi conseguida a
buscou, no campo financeiro e no campo téc- iabrieac&o dos primeiroo projetls de artilharia, de aço do
nico, duas personalidades que ficam tambem Brasil rumlido com os min6rios extraidos das entranhas
do solo brasileiro. Foi estabelecido um eecritório nos Estados Uni-
vinculadas á obra singular, de modo indele- dos e o meu problema seguinte fM trazer para a Companhia que
.
vel Referimo-nos aos Srs. Guilherme Guinle #c! fundava, o já então coronel Raulino de Oliveira Trouxe;-o para
184 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
--- -

dissentir dos métodos adotados para a solu-


ção de problemas de interesse coletivo. .A ..
implantação da grande siderurgia jámais re-
cebeu criticas de semelhante natureza. Nun-
ca ensanchou restrições substanciais por
parte da opinião nacional; menos ainda, da
parte dos espiritos aptos ao exame da mate-
ria, em virtude da sua aptidão especializada.
b'ez-se geral o testemunho de que a iniciati-
va marchou sempre modelarmente. Isso
mostra quanto é decisivo escolher homem
ajustados ás incumbencias que se lhes con-
fiam, em vês de improvisar tarefas para co-
modidade de criaturas que, por si mesmas,
não poderiam jámais ser bem sucedidas.. .
Selámos ontem, em Volta Fedonda, o com-
promisso de tornar cada vês mais flagrante
a grandeza econômica da Pátria. Ali tudo
foi feito, desde o inicio, para que a nação
não tardasse a testemunhar o labor frenéti-
co em que se caldeia definitivamente, num
futuro bem próximo, o apogeu económico do
Brasil". O ilustre Senador Pinto Aleixo in-
cluiu este noticiario no discurso que profe-
riu no Senado a proposito da inauguração
da Usina de Volta Redonda. E m conclusão
veio á mesa, foi lido e aprovado, unanime-
mente, o seguinte requerimento : - "Reque-
remos que, ouvida a Casa, seja consignado na

%tudar comigo os ultimos detalhes da grande obra. E, sem vaida-


de, posso dizer aqui que os engenheiros do Brasil s8o Capazes de
concretizar uma idBia tanto quanto o sejam 08 mais capmes de OU-
tros paises. Eu, que tive pportunidade de ver realizada esta obra,
uude melhor conhecer os engeniheiros d a minha @ria. E, trawndo
para Volta Redonda a experlêncla e os homens dos Estadoe Uni-
dos, pudemos todos atingir, finaimente, o n a s o objetivo.
Prosseguindo, declarou - Este exemplo poderia ser agora medi-
tado por todoe os brasileiros. Náo deve haver pessimismos na res-
lização de outras obras de vulto. Agora mesmo, diante da s i t u a ~ c o
financeira do Estado d o Rio, m&a %remos esmorecimentas. Os flu-
ninenses são realizadores, Sempre ocupam destacada poeição no CC-
n8rio nacional. No Instituto Biológico d e São Paulo e em lugares
r ~ u i t oimportantes no Distrito Federal, vejo fluminenses realizando
missões de grandes reepmsabilldadea. O que nos falta 6 pplaneja-
niento e sornação de valores para realbar os noâsos empreendimen-
tos. E' preciso somar energias, vontades e wpirito de cmtinuidade.
X concluiu o seu discurso dimndo de sua eatisfaçh revendo antigm
companheiros e reafirma?ido a aua confiança nos gloriosos destinos
de nossa P&trla."
186 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
__- _ _ -
-
v -
incansavelmente na imprensa e na tribuna o
evangelizador da nossa redenção econômlca,
iormando com sua robusta convicção a mis-
tica uo aço, que deu um nobre sentido á
vida de suas equipes de colaboradores, crian-
do a nova religiao da grandeza do Brasil
pelo poder da indústria.
'ludo isso e mais o resto de dificulda-
des vencidas, que não vale a pena esmiuçar,
tudo isso foi na realidade a obra da bravia
dedicação de um homem, o qual moveu-se
tocado por um conjugado de forças morais
na veraitde invenciveis: - a f é no Brasù,
confiança em si-niesrno, o gôsto da respori-
sabilidade .
Efetivamente, o S r . Edmundo de Ma-
cedo Soares nada teria realizado na sua gi-
gantesca tarefa, se não principiasse acredi-
tando no Brasil. Trabalhasse-o na menor
escala que fosse, o germen do pessimismo, o
veneno da descrença, a peste do septicismo
e o mais certo é que êsse homem tivesse re-
cuado diante da montanha, que sua f é deve-
ria remover. Mas para ter fé, no Brasil, foi
necessário que o s r . Edmundo de Macedo
Soares começasse por ter confiança em si-
mesmo. Ai está a saude do espirito, a cons-
ciência do valor próprio, o animo de luta
Para completar tal conjunto de forças mo-
rais ainda era necessário que não faltasse
au pioneiro a mais bela de todas as cora-
gens que é a coragem da responsabilidade.
Sem dúvida a mais bela de todas as co-
ragens e tambem 'a mais r a r a ; a mais dis-
farçada pelo convencionalismo da hierarquia,
a mais escondida pela hipocrisia dos que a
não tem, a mais esquecida de siprópria pela
sua generosidade congênita.
Não há grandes empreendimentos hu-
manos sem o mais alto sentido da responsa-
bilidade. Também não há marca mais evi-
dente da inferioridade dos que devem assu-
mir responsabilidades do que na hora refu-
188 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.b Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 189
-

de, competência dedicação á frente dos ne- O "Conselho Rodoviário" vem realizan-
g o c i o ~desse Ministério. E valendo-me do do, no breve periodo de sua existência, um
ensejo, congratulo-me com V. Ex. e com o trabalho notavel que muito concorre para
Estado do Rio de Janeiro pela escolha de seu facilitar a obra do Departamento Nacional
ilustre nome para candidato do P.S . D . ao de Estradas de Rodagem e a coordenção dos
govêrno constitucional do mesmo Estado. planos rodoviários dos Estados.
posto em que terá ocasião, uma vês eleito, de A ligação entre si das diferentes rêdes
continuar a bem servir á causa publica, como ferroviárias do Norte do pais foi continuada,
o vem fazendo de longa data, no Exercito e sob a direção do Departamento Nacional de
em f u n ~ õ e soutras, ligadas á Administração Estradas de Ferro apezar de todas as difi-
do Pais. Formulando sinceros votos pela sua culdades do momento. Do mesmo modo, a
felicidade pessoal, tenho a satisfação de Estrada de Ferro Central do Brasil ~ ã o
subscrever-me com o mais elevado aprêço de cessou os trabalhos de construção de varian-
V . Excia. - a ) Eurico Gaspar Dutra. - tes nas linhas do Centro e no ramal de S.
Na mesma data, transmitindo o cargo ao Paulo, devendo, tambem, inaugurar em De-
Sr. engenheiro Luiz Augusto da Silva Viei- zembro o prolongamento do trecho Montes
ra, chefe do gabinete que responderá pelo ex- Claros-Monte Azul, na fronteira bahiana.
pediente do mesmo ministério a t é a nomea- E m menos de dois anos, se não faltarem os
ção do novo titular, o Coronel Macedo Soa- recursos indispensaveis, teremos assegurada
res pronunciou o seguinte discurso : a continuidade da bitola estreita entre Belo .
Horizonte e Salvador.
"Engdnheiro Luiz Vieira. Minhas Se-
Os serviços a cargo dos Departamentos
nhoras. Meus Senhores :
de Obras e Saneamento e de Obras Contra
Ao assumir meu posto neste Ministério a s Secas prosseguiram devendo ser realçado
há oito meses e meio tive oportunidade de o Convênio assinado com o Rio Grande do
enunciar um programa geral de trabalho Sul para a execução, por intermédio do De-
que, a meu ver, deveria ser realizado para partamento Nacional de Obras e Saneamen-
permitir á Nação produzir e movimentar
to, de importantes obras hidráulicas, que fi-
riquezas. giiram no plano de eletrificacão do Estado.
Embora não pitetenda neste momento
fazer uma exposição completa da minha ges- De uma maneira geral, meu pensamen-
tão, desejo afirmar que miriha preocupação to sempre foi: a ) Assegurar a continuidade
constante, durante o lapso de tempo em que dos planos existentes; b) programar com
aqui permaneci, foi lançar a s bases da exe- maior rigor, no tempo, os trabalhos e reali-
cução desse programa. E m todos os depar- zar, a fim de permitir a organização de pla-
tamentos técnicos do Ministério faz-se uma nos financeiros; c) assegurar a aquisição de
revisão de planos anteriores, a f i m de serem material, tanto quanto possivel com a ob-
continuados ou atacados os trabalhos mais tenção de créditos no estrangeiro.
urgentes, visando atingir objetivo referido : O programa geral a realizar foi reunido
mobilidade d a produção. num relatório que servia de base á s nego-
A Comissão nomeada para rever o "Pia- ciações de um empréstimo nos Estados Uni-
no Geral de Viação" continuou seus estu- dos, operação que já está autorizada nesse
dos que, já agora, se aproximam do fim. pais s cuja realização depende, agora, de en-
190 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 191
-
tendirnento final com o Banco de Exportação peito convem sublinhar, ainda uma vez, que
e Importação, de Washington. só há um meio para conseguir o baratea-
Essa primeira parte de minha atuação mento das tarifas de transportes: melhorar
no Ministério teve a duração de quatro me- as condições técnicas das estradas, dotá-las
ses, pois, a I de Junho, na capital america- de bom material fixo e rodante e cuidar do
na, pude entregar ás autoridades compe- pessoal, elevando o seu preparo técnico e ni-
tentes o relatório e um plano de trabalhos veI de vida.
para cinco anos, justificando a solicitação A reestruturação do funcionalisma do
do empréstimo. Dois meses mais duraram. Ministério se fez sem a supressão de ear
nos Estados Unidos, as discussões de ordem aos técnicos e a adaptação da Fábrica Na-
técnica. e cional de Motores foi objeto de longo estudo
Imediatamente apds meti regresso cui- apresentado ao S r . Presidente da Republica.
dei com afinco do preparo do orçamento Aproveitando situação excepcional, pu-
para o próximo ano, a fim de que ele pudes- deram ser adquiridos para o porto do Rio
se, em tempo oportuno, ser apresentado ao uma cabrea, flutuante de 60 toneladas e quin-
Congresso. Na elaboração desse documen- ze guindastes de 5 toneladas. Muitos outros
to houve sempre a preocupação de atender materiais, todos excedentes de guerra. já fo-
5s urgentes necessidades do paiz no aue se ram ou estão sendo igualmente adquiridos
refere a transportes, saneamento e defesa por uma Comissão na Eurosa s a r a OS
contra as secas. Foram pedidos, tambem, OS DNER, DNOS, DNEF s DNOCS.
elementos essenciais Dara melhorar os servi- Os recursos do próximo orçamento e os
ços de Correios e Telegrafos, cuias neces- que foram oriundos de créditos estrangeiros
sidades prementes precisam ser satisfeitas. a permitirão, mesmo na conjuntura dificil que
estamos atravessando, realizar. neste Minis-
fim de que o pafs possa ter os beneficias de
um sistema de comunicacão á altura de suas tério obra util. Os homens para dirigi-la
existem e será sempre um grande prazer,
necessidades. para mim relembrar a competência com que
Muitos outros trabalhos foram realiza- vi discutidos pelos técnicos desta Casá os
dos, salientando-se: a colaboracão com o Mi- mais dificeis problemas e a dedicacão. que
nistério do Trabalho no sentido de reajustar êles põem. na realização dos trabalhos que
os vencimentos dos portuários e ferroviários Ihes incumbem.
ao nivel atpal do custo da vida, a reestrutu- Durante os últimos meses, houve a en- '
ração do funcionalismo do Ministério, os es- Qrentar um importante problema d~ admi-
tudos para a adaptação da Fábrica Nacional nistração que foi o da encampaclo da anti.
de Motores a uma tarefa normal de tempo ga "São Paulo Railway", hoje "Estrada dp
de paz. Os reajustamentos de tarifas foram Ferro Santos a Jundiaí" Assunto discutido
feitos de acordo com as propostas dos órgãos há muitos anos, suscitou interessante contro-
t6cnicos competentes e tiveram, exclusiva- vérsia, nBo quanto á necessidade da encam-
mente ,o objetivo de fornecer recursos para pacão, mas quanto á maneira de fazê-la. A i
o inadiavel aumento de salários de funcio- publicação do contrato de 1856 e da nova-
nários e trabalhadores colocados em situa- cão de 1895. bem como as ex~Iicaçõesque
ção angustiosa pelo encarecimento das uti- foram fornecidas ao público através da im-
lidades mais essenciais á vida. A êsse res- prensa, esclareceram, segundo penso, sufjci-
192 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 193
..
a

entemente, o assunto. A operação está sendo Wencesláu Braz (1) e o Deputado Octaric
realizada normalmente e t r a r á como é sa- Mangabeira são figuras que já transpuze-
bido, enormes vantagens a economia brasi-
r a m as fronteiras dos seus Estados, para
leira no Estado de São Paulo.
afirmar-se no panorama nacional como valo-
Desejo despedir-me dos funcionários do res altamente representativos de inteligên-
Ministério. Sou grato a todos pelo muito que cia, capacidade e realização. São todos três
fazem em pró1 do serviço público. Daqui saio expoentes de confiança, pelo merecimento
mais confiante nos grandes destinos do Bra- próprio, dignos dos mais altos postos públi-
sil. E', efetivamente, com dedicação, lealda- cos na vida brasileira.. . Possa o Brasil en-
de e competência que se constroem a s gran- contrar, para os demais Estados da federa-
des nações e essas qualidades não faltam nos ção, nomes desse conteúdo público e estará
que servem nesta Secretaria de Estado. assegurada a tranquilidade dos que anseiam
Quero, ainda, dirigir mais um agrade- por ver preservadas a s nobres tradicões de
cimento aos que participaram do meu gabi- liberdade, de honradez e de cultura do nosso
nete. Nas longas horas de trabalho em que, passado politico" .
diariamente, juntos, nos empenhamos, nun- E esses anceios foram satisfeitos. Reil-
c a lhes notei hesitação no conhecimento dos nidos, em memoraveis convenções, o partido
assuntos a seus cargos e nunca Ihes senti Social Democratico (P.S .D. ) á 19 de no-
fatiga. vembro de 1946, sob a presidencia d o S r .
Comandente Ernani do Amara1 Peixoto, e
Engenheiro Luiz Vieira: á 22 seguinte, a União Democratica Nacio-
Tanho a honra de passar-vos, neste nal (U. D .N . ) sob a presidencia do Sr. Em-
momento, a direção do Ministério da Vi- baixador D r . Raul Fernandes, proclamaram
ação e Obras Públicas". o S r . Coronel D r . Edmundo de Macedo Soa-
res e Silva, candidato, nas proximas eleições
E a proposito das ótimas soluções con- que terão lugar á 7 3 de janeiro de 1946, ao
seguidas, dado o apoio inicial de compreen- cargo de Governador do Estado do Rio de
siva boa vontade por parte do preclaro Che- Janeiro.
f e da Nação, no campo partidario dos Es-
tados do Rio, Minas Gerais e Bahia, o "O O engenheiro Edmundo de Macedo Soa-
Jornal do Commercio", com aquela autori- res e Silva mereceu o apoio de todos os par-
dade que lhe dá a liderança da nossa im- tidos que lograram representação á Assem-
prensa, comenta em "Noticias Varias", de bléia Constituinte fluminense . Nas eleições
27 de outubro de 1945: "Vimos, com sur- de 19 de janeiro recebeu 250.350 votos. en-
preza, surgir nesses cenários regionais de quanto seus competidores obtiveram apenas.
marcada relevância a s perspectivas tran- 9.163 e 1.548, respectivamente. Proclama-
quilizadoras trazidas por três nomes real. do Governador, em sessão do Tribunal Ilegio-
mente notaveis, escolhidos, com a mais alta na1 Eleitoral realisada á 14 de fevereiro, o
isenção patriótica, para o governo consti- D r . Macedo Soares e Silva tomou posse.
tucional que ali se organizará, no pleito es-
dual de 19 de janeiro proximo. O Coronei
( 1 O h . Wenceslbu Braz não mereceu o esperado apoio dos
Edmundo de Macedo Soares e Silva, o Dr. scus conterraneos; saiu vitorimo o Dr Milton Campos, deputado
federal e candidato da oposiçb.
DRS. A N T . O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 195
--
194 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
mente reguladas em lei. N a data de hoje,
em que se comemora o qurnquagésimo sextr~
como Governador eleito, perante á Assem- aniversario d a adoção no Brasil do regime
bléia. n a sessão de instalação, em seguida a republicano presidencialista, expresso na
eleição da mesa, realisada á 24 do mesmo C;onstituiçâo de 24 de Fevereiro de 1891, de-
mês. Recebendo o governo do senhor inter- sejo manifestar o entusiasmo que sempre ex-
ventor D r . Alvaro Rocha Pereira da Silva, perimentei por essa forma de Govêrno.
provecto advogado, S. Excia., por ocasião Quanto mais tenha tido oportunidade de vi-
d a transmissão do cargo, pronunciou o se- ver no estrangeiro e de observar o funcio-
guinte discurso, ora constante dos anais da namento das instituições de outros palses,
Assembléia, por proposta do deputado Hi- mais me convenço de que a Federação, sob L.
~ o l i t oPorto : rorma republicana presidencialista, e a q w
"Há cinco meses apenas a Assembléia, mais se adapta a s nossas condições. A ~ i x a -
eleita pelo povo brasileiro, concluiu seus tra- ção do periodo de govêrno do chefe do hxe-
balhos como Constituinte, e teve, pela sua cutivo e a existência dos três poderes, har-
Mesa, promulgada a Constituição que hoje mônicos e independentes, garantem a esta-
rege os destinos do nosso país. Vimos todos bilidade do regime em épocas politicamente
acompanhando, com interêsse patriótico, a dificeis, assegurando, ao mesmo tempo, uma
integração do Brasil num regime adequado ás administração fiscalizada, mas que pode ser
aspirações nacionais e á cultura que já atin- exercida com relativa autonomia. A inde-
gimos. A solenidade, que agora realizamos, pendência que tem o chefe do Executivo em
é uma das etapas de nossa constitucionaliza- relação aos partidos, não impede uma atua-
ção; é, desde já, mais uma etapa vencida. ção importante e decisiva desses n a admi-
Não é por acaso que o Estado do Rio é a nistração, não só por intermédio dos mem
primeira unidade d a Federação a ver insta- bros do Legislativo, que sairam dos seus
lada a sua Assembléia e empossado o seu quadros, como dos seus afiliados que possam
governador. Assim o quiseram os fluminen- exercer postos executivos. E' verdade que
ses. Tivemos um pleito notavelmente dirigi- as virtudes dos principios podem não 9e re.
do pela Justiça Eleitoral, a que desejo, neste velar acentuadamente n a prática corrente.
momento, prestar homenagem, fazendo uma porque homens são os que os interpretam e
referência particular aos eminentes membros põem em execução. Do valor intelectual dos
do Tribunal Regional, e, especialmente, ao que ocupam patriotismo e interêsse pelo bem
seu ilustre presidente, desembargador Fer- público, postos eletivos ou administrativos e
reira Pinto, que' não poupou esforços no sen- do seu depende, em grande parte, a excelên-
tido de concluir os trabalhos o mais depreu- cia do regime.
s a possivel. A lisura do pleito, o elevado es-
pirito dos candidatos e o admiravel "fair Não há dúvida que, no sentido da seleção
play" por êles demonstrado, facilitaram a de valores, para os cargos públicos, progre-
apuração que poude ser terminada rapida- dimos muito. Tenho ouvido de homens ex.
mente. A população fluminense deu mais perimentados a observação de que o presen-
uma demonstração cabal de sua notavel tra- te Congresso Nacional representa um grande
dição politica e da sua vocação para se go- avanço sobre o de 1934. Na representação
vernar dentro de um regime de liberdades estadual encontram-se, neste momento, reais
democraticas e de responsabilidades estrita-
196 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 197

valores das novas gerações fluminense, ao t a r os problemas com decisão e espirito de


lado de alguns já afeitos a s lides politicas, aacrif icio.
o que assegura ao nosso Estado uma bri- Sei que poderei contar com a inleligên-
lhante Assembléia, com entusiasmo, patrio- cia e o devotamento do funcionalismo do Es-
tismo e saber para cumprir a grande tarefa tado. Tenho recebido manifestaçáes inequí-
que lhe incumbe. O privilégio que tive, àe vocas nesse sentido. Não vejo porque não 10-
ser candidato de todos os partidos que estao graremos realizar obra util. A época é de
representados na Câmara, fizeram-me pri- trabalho persistente e honesto. Teremos que
var pessoalmente com muitos dos seus atuais encaminhar a ação de cada setor da admi-
membros, ainda durante a campanha eleito- nistração no sentido de facilitar e ordenar
ral. Esse conhecimento me dá a certeza da as tarefas da iniciativa particular, ao inv6s
atuação a que acabo de me referir. de dificulta-las. Todos, no govêrno e fora
Ao subir as escadas desse Palácio - a dele, deveremos ter a mesma mentalidade
Casa do Povo - penso no que disse aos flu- que deve ser a de produzir metodicamente,
minenses há poucas semanas atrás. Meço a com o melhor rendimento, para que possa-
enorme responsabilidade a que aludi então mos evitar crises e retrocessos. Na chefia dn
e que já agora pesa efetivamente sobre meus Govêrno, procurarei imprimir a todas as
ombros. Não me afastarei uma linha sequer iniciativas públicas um sentido econômicc.
da conduta que me tracei, de lutar, com in- para que não vivamos apenas no presente,
transigência, pelo bem público, e guardo in- mas se prepare o desenvolvimento constan-
tacta a minha confiança nos destinos de nos- te e gradativo do Estado. Vamos realizar
sa grande Pátria. obras públicas dentro de programas - no-
Tem sido costume recentemente mos- vos ou já existentes - procurando comple-
trar-se o nosso país como um monopolizador t a r cada trabalho o mais rapidamente pos-
de problemas quase insoluveis, que vos leva- sivel, a fim de que êle se torne logo repro-
rão fatalmente a dias sombrios. Podem-se dutivo. Essa orientação é, a meu vêr, de ca-
pital importancia; tenho a certeza de que,
ler, diariamente, a s mais pessimistas afirma- para segui-la, não me faltará o apoio da opi-
ções sobre o nosso futuro, vindas do estran- nião pública, que desejo ver sempre escla-
geiro ou, ainda pior, escritas por brasileiros. recida sobre as atividades do Govêrno.
Com toda a responsabilidade do cargo em
que me vejo empossado pelo voto dos flu- S r . D r . Alvaro Rocha.
rninenses, desejo dizer aos meus concidadãos
que não compartilho desse ponto de vista e Há cerca de trinta anos, quando termi-
que, ao contrario, condeno os que assim pro- nava o meu curso de Humanidades no Colé-
gio Militar do Rio de Janeiro, conheci Vossa
cedem. Não sou pessimista, nem otimista:
Excelência em Barra do Pirai. Já grangeara
sou realista, tendo o hábito de encarar os
problemas como êles se apresentam. Temos Vossa Excelência nessa época a admiração de
todos, pelas virtudes do seu carAter, lidima-
dificuldades sérias a enfrentar no momento mente fluminense; modéstia, dedicação no
e elas poderão ser ainda maiores no futuro. exercicio da profissão de advogado ou no
Mas todos os paises do mundo as têm. A serviço público, saber e prudencia. Mal po-
soluçiio para nós não poderá consistir em deria o adolescente de então supor que um
destruir nossas reservas morais e a crença dia viria a receber das mãos honradas de
que temos em nós mesmos, mas em enfren-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 190
198 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
- - -
médicos do exercito, irmão do grande Ma-
Vossa Excelência o govêrno do Estado. Isso rechal Manuel Deodoro da Fonseca, o fun-
constitue para mim uma grande alegria e
dador e 1."presidente da Iiepublica, e de U.
um estimulo. Alegria por ter visto Vossa hx- Analia d'Alincourt Fonseca, e pelo lado ma-
ceiència ascender ao mais alto posto da ter- terno de Francisco Pereira d a Silva, e de
r a fluminense, e estimulo, porque Vossa hx- D . Leopoldina da Rocha e Silva. Filhos:
ceiencia é a demonstração de que uma gran-
de e nobre vida alcança sempre a mais alta 3 - 2 :-Helio, n., 19-4-1940 ;
recompensa que poderemos esperar: o res-
peito e a consideração dos nossos conciaa- 3 - 3 :-Aleina, n., 1-4-1944;
dãos. 3 - 4 :-Edmundo, n ., ás 3 1/2 d a manhã, de 3-7-947
Meus senhores ; 2 - 2:-Helio de Macedo Soares e Silva, n., no Die-
Assumo, neste momento, recebendo do trito Federal, á 10-6-1906. - Curso de hu-
inclito fluminense Alvaro Rocha, o Governa manidades, no Colégio Santo Ignacio, em S.
do Estado do Rio de Janeiro. " Clemente, Rio, e o superior na Escola Mi-
O Dr. Edmundo de Macedo Soares e litar, 1 . O da turma de engenharia, titular do
Silva casou-se, em primeiras nupcias, com prêmio Conde de Linhares, promovido dire-
D . Maria José Muniz de Macedo Soares e tamente á 2 . O tenente; engenheiro militar;
Silva, filha do D r . Pedro Duarte Muniz, an- engenheiro civil pela Escola Politécnica,
tigo diretor do tesouro nacional, e de 1). prêmio engenheiro Morsing, orador da tur-
Maria Guedes Muniz; neta paterna de Mel- m a ; engenheiro eletricista (1933), tambem
1 . O prêmio. Fez parte da missão Leite de
quiades Silvino Muniz, industrial, e de D .
Alipia Duarte Muniz, e pelo lado materno de Castro, na Alemanha, onde visitou impor-
José Guedes Muniz, fazendeiro, e de D . An- tantes usinas hidro-elétrjcas, em busca de
na d a Cunha Guedes Nogueira. familias radi conhecimentos outros, no tocante a eletri-
'
cadas no EstMo das Alagôas. Deste consor cidade e ao seu emprêgo industrial. (1935-
cio nasceu: 1938). - De regresso, foi nomeado profes-
r.
sor de Mecanica Analitica da Escola Técni-
3 - 1:-Yedda, n., em Paulo, 27-11-1930, estu-. ca do Exercito. E m 1939, á 26 de junho, o
dante . O.
Interventor Ernani do Amaral Peixoto con-
vida-o a assumir a Secretaria da Viação e
Faleceu D . Maria José, par ocasião do nah- Obras Públicas. O Estado do Rio achava-se
cimento do 2 . O filho que não lhe sobreviveu, insolvente. A lavoura abandonada, as matas
li 15 de abril de 1937. - Convolou o Coro- devastadas, a industria sem combustivel,
nel Edmundo de Macedo Soares e Silva, a se- impostos sobre impostos escorraçando o ca-
gundas nupcias, em 26 de junho de 1939, pital. Os municipios, em desordem, recla-
com D . Alcina Fonseca de Macedo Soares e mam em vão. Campos, o centro industrial que
Silva, filha do coronel Hermes Severiano restava, carente de força e luz; seu serviço
d7Alincourt Fonseca, da arma de artilharia, de viação irregular, velho, imprestavel. O
com o curso do Estado Maior, falecido no planejamento da energia elétrica seria a so-
Estado de Santa Catharina, á 16 de janei- lução. O governo procura o professor Fran-
ro de 1938, e de D . Alcina Silva dJAlincourt ca do Amaral que, desde 1929, atirava-se aos
Fonseca ; neta paterna do General D r . João estudos sobre o aproveitamento dos rios
Severiano da Fonseca, patrono doa serviços
(C.17)
DRS. ANT.O Jm.E JUÍrIA0 R. DE MAcEÍ)o SOARES 201

Macabú e Glicério em potencial hidraulico. r á com vultoso material, que, a ser então re-
Apresenta, então, o ilustre professor subs- vendido, importara na recuperação de um
tancioso relatorio sobre a exequibilidade do minimo de Cr$ 25 .000.000,00. Este empre-
plano da construção da Central de Macabú. endimento verdadeiramente ciclopico contri-
O diligente Interventor, Sr. Comandante Er- buirá por decuplicar a renda pubiica e den-
nani do Amara1 Peixoto, manda abrir con- tro, em breve, ver-se-a resgatado o capital
currencia, e, em março de 1939, a "Bratac" nele invertido. Por certo esses ligeiros tra-
empreza japoneza, obtem a preferencia me- ços não comporta uma descrição minucio-
diante o orçamento de Cr$ 38.000.000,00. sa do grande parque industrial que nos ofe-
Mas a Bratac não suportou os encargos; rece a Usina de Macabú, auspicroso centro
quedou-se ineficiente. O Major Helio que com cerca de 12.000 habitantes. Em linhas
vinha acompanhando, de perto, os trabalhos gerais transcrevemos o que a respeito publi-
dos engenheiros j aponezes, determinou-se a ca a "ltevista do Comercio", janeiro de 194b :
avocar a direção da empreza. Sobrevem a "O plano Macabú-Glicério, coordenado e
guerra, dificuldades de toda a ordem e o jo- executado pela Comissão da Central de Ma-
vem engenheiro brasileiro, de 32 anos, as- cabú, baseou-se na ideia da transposição das
sume a responsabilidade de obra de maior aguas do rio Macabú para o vale uo filo
vulto jámais empreendida por qualquer Es- S. Pedro, por meio de um tunel cavado em
tado. E ei-10 residindo com sua familia em rocha viva, tunel este que, quando concluido,
local sem o menor conforto, com as vestes terá uma extensão de 5.464 ms. 80 x, - per-
de operario, lavrando e dirigindo para mais to de 6 quilometros! A êste plano, um outro
de 3.000 trabalhadores. Com larga visão de se seguirá, qual seja o do aproveitamento
quem conhece profundamente a organização hidroelétrico do rio Itabapoana, estimado em
de tais emprezas, tratou de ampliar o pro- cerca de 70.000kw. Este total da 76.000kw
grama, em execução, para atender as neces- somados aos 33.000 kw. de Macabú-Glicerio,
sidades, não já de Campos e municipios cir- quando estas ultimas usinas atingirem o seu
cunvizinhos, mas de todo o norte fluminen- máximo, formarão um total de 109.000kw
se, de Araruama ao ponto final de Itaperu- a serem distribuidos pelo Norte do Estado
na, de Macaé ao Carmo, passando por Fri- do Rio.. . A primeira fase do plano, ou seja
burgo, e ultrapassando nossos limites para o aproveitamento hidro-elétrico dos rios Ma-
servir a larga zona dos Estados de Minas cabú-Glicério, dando origem a a usinas de
Gerais e Espirito Santo. Estudioso, inteli- Macabú e nova usina de Glicério, já se en-
gente, profundo observador, soube o enge- contra em grande adiantamento, prevendo.
nheiro Helio aproveitar os ensinamentos que se para o primeiro semestre do corrente ano
adquirira no4 centros industriais da Alema- a sua conclusão. Entre os dois vales, o do
nha, Italia, França, Suissa e Norte Ameri- rio Macabú e o do rio São Pedro, o primeiro
ca para antever as dificuldades de transpor- a 600 e o segundo a 300 metros acima do ni-
te e consequente alta dos materiais de cons- vel do mar, passa a linha divisoria de um
trução. Dirige-se ao mercado e pessoalmen- contraforte da Serra do Mar, obstaculo oru-
te, sem intermediarios, logra adquirir gran- grafico este vencido pelo tunel em vesperas
de copia de material e sobressalentes para de total perfuração. As aguas conduzidas
a Usina, a baixo preço. Terminada a cons- através o tunel encontrarão na represa do
truçíio da Central de Macabú o Estado fica- Macabú uma queda de 330 metros. Depois
202 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

3RS.ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 203


de movimentarem a usina aí instalada, toma-
rão as aguas o curso do rio São Pedro, em
direção á usina de Glicério, onde serão apro- Tambem os jovens engenheiros de Macabú
veitadas num desnivel de 145 metros. O to- encontraram nas obras daquele vale flumi-
tal das duas quedas, ou sejam 475 metros de nense o seu primeiro campo de experiencia,
altitude, gerarão uma força de 45.000 cava- pois a maioria deles é recem-saida das au-
los-vapor distribuidas pelas duas usinas, que las da Escola Politécnica e Instituto de Ita-
estarão distanciadas 4 quilometros e meio jubá. E' um dos aspétos mais simpaticos de
uma da outra. . . O trabalho intensivo trans- Macabú : a ausencia da técnica estrangeira,
formára inteiramente a fisionomia de uma atuante e orientadora. Brasilc$ros são os
região, e o que era, h a poucos anos atrás seus engenheiros, nacionais são os seus ope-
campo e deserto, é hoje um nucleo vivo, uma rarios . Não erramos, portanto, quando es-
pequena cidade de 10.000 habitantes que se tabelecemos para Macabú o primado simbo-
aglutina, com sua vida propria, em torno lico de ser, nesta metade do Seculo XX, o
das obras monumentais. As casas opera- marco zero da verdadeira vontade nacional
rias, ás centenas, se enfileiram em ruas pre- de transformar uma Nação injustamente po-
viamente traçadas, a maioria trazendo, é lo- bre e insuficiente num poderoso conjunto in-
gico, êsse a r de abrigo provisorio, mas mui- dustrial, fruto dos seus proprios e ilimitados
tas outras já construidas solidamente, como recursos. Os homens de Macabú, técnicos e
lares definitivos.. . Macabú possue hoje o operários brasileiros, realizam um pouco
que muita cidade do interior ainda não tem: daquela vontade - como se construissem a
bom cinema, campos de esportes, fartas ca- a "maquete" que, de futuro, servirá do mo-
sas abastecedoras, médicos especializados. dê10 ás multiplas realisações congeneres que
higiene, eletriotidade, escolas, hospital, hn- se sucederão no pais. Estendendo seu raio
téis e restaurante. Obra de iniciativa do Go- de influencia siobre kodo o Norte ,do Es-
verno do Estado, amparada do governo da tado do Rio, alem de certas pequenas re-
União, Macabú (e nisso muita ela se apro- yi6es de sul de Espirito Santo e de Leste
xima do espirito que norteia Volta Redon- de Minas Gerais, um do objetivos da Central
da) não será somente um nucleo de trabalho de Macabú, bem como das usinas outras que,
fadado a desaparecer após o término das conforme o programa já estabelecido, sur-
obras. Os seus técnicos - todos eles nacio- girão mais tarde, é o de dotar toda a região
nais - sabem perfeitamente que o que se de energia elétrica barata e farta. As usi-
constrói naquela garganta de serra servirá nas construidas no Brasil, no momento atual,
como modelo á ,realisações congêneres que estão orçadas em torno de Cr$ 5 a 6.000,00
terão, fatalmente, que ser dispersadas pelas por kw, na partida da usina. A centralisa-
diversas regiões do pais. Mais de tudo Maca- ção de usinas de Macabú-Glicério deve custar
bú é uma escola, onde o nosso rustico homem Cr$ 100.000,00 nos bornes dos transforma-
rural, recrutado á sua vida camponeza, ali dores elevadores, para a potência final de
aprende os segredos de uma nova era - a 33.000 kw ou Cr$ 3.300,OO por kw. Isso se
era industrial, a era da eletricidade. Quaii- deve á felicidade do projéto (alta queda, fa-
tos operarios especializados, terminadas as voravel bacia de acumulação, situação no
obras, dali não sairão, aptos ã. empregar centro do mercado de consumo) ás circuns-
seus conhecimentos onde se faça mister? tâncias especiais de execução (fretes reduzi-
dos de 2076, material excepcionalmente a
baixo preço, adquirido antes da guerra ou
204 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.' Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 206
--- .

com prioridades especiais nos EE. UU. ) e tino administrativo, faz nascer o turismo,
á redução das despezas de administração. O fonte apreciavel de renda, tão cuidadosamen-
preço médio da energia nos bornes dos con- te explorada pelos mais adiantados paises
sumidores a baixa tensão, isto é, o preço da Europa. Aproveita as nossas belezas na-
médio dos sistemas até a rede de baixa ten- turais, mais empolgantes que as do sul da
são é de cerca de Cr$ 10.000,OO por qui- França, e contrói as cidades de Araruamr
lowatt. Prevê-se em Macabú a despeza finai e de S . João da Barra, com modernos e atra-
de Cr- 160.000.000,00 para a ultima eta- entes hotéis com aquelas linhas turisticas
pa, que corresponde á distribuição de 33.000 dos das praias do mediterraneo e mar do
kw com perdas de 13% ou 28.700 kw. Daí norte, desenvolve a encantadora Cabo Frio,
o preco médio de cerca de Cr$ 5.600,00 por dando enfim, aos fluminenses e cariocas
kw. E' quase a metade do preço comum nos aquele desejado e confortavel descanço do
aproveitamentos atuais . Explica-se, portan- fim de semana.. . Outro problema que en-
to, porque Macabd-Glicério, realizada dentro frentou foi o da saude publica e o da edu-
das anormalidades econômicas oriundas da cação. Saneou grande parte da baixada,
guerra, pode, graças a prioridades e as me- abriu rios e canais, construiu centros de
didas tomadas antes do conflito. enfrentar e saude, inumeros predios escolares, parques
vencer a super-valorização, e, consequente- e colonias de férias para a nossa infancia
mente, impedir a alta do preço por kw. con- desnutrida. A rêde de predios escolares é
seguidon. das modernas do pais. Até 1937 os prédios
O engenheiro Helio integrado na admi- escolares atingiam apenas a 86. Sob a ges-
nistração, no gôso, felizmente, de ótima sau- tão Helio subiram a 200. Construiu 45 es-
de, moço, multiplica-se em empreendimentos colas tipicas rurais e cerca de 60 grupos es-
outros necessários á conjuração da crise. O colares, correspondendo aproximadamente a
desanimo dos lavradores, estagnacão da 600 classes e abrigando em dois turnos
lavoura, resaltavam da falta de estradas 48.000 escolares. Sem preierencias regio-
proprias ao transporte. Formulando o di- nais ou qualquer interesse de ordem politi-
ficil problema, o engenheiro Helio, com a ca ,mas a difusão da instrução, diminuir ao
colaboracão competente do Dr . Saturnino minimo o analfabetismo, atendeu o governo
Braga, programou magnifica rêde rodovia- os municipios grandes e pequenos, cidades
ria em ordem a atender as ligações do Es- próximas ou distantes dos grandes centros.
tado aos de São Pmlo, Minas e Espirito San- Paratí, Itacurussá, Itabapoana, Itaperuna e
to e dos municipios entre si. Melhora con- mais 15 municipios do interior, foram con-
sideralmente a Rio-São Paulo e a Rio-Petro- templados com amplos e modernos grupos
polis. Constroi estradas tronco como a Ni- escolares. Um dos ultimos, situado em Juru-
terói-Campos ; a litoranea, Niterói-Macahé ; juba, tendo por patrono o inolvidavel e ta-
a de Barra Mansa a Angra dos Reis, a de ientoso educador Fernando Magalhães, foi
Itaboraí-Rio, contornando a bahia, passando belo presente aos pescadores e lavradores,
por Magé. Acessos que levavam todo o dia pequeninos e humildes, mas sempre dignos
como o de Campos, fazem-se em poucas ho- da atenção do governo. Com 5 classes, po-
ras. A terra fluminense desprezada de todos, derá ter mais 5 no futuro e para isso foram
desvalorizada, sobe a preços tentadores. previstas as fundações. O seu custo á razão
Como resultado, o D r . Helio, dotado de alto de Cr$ 565,OO por metro quadrado é mais
206 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 207
-- - - --
uma prova da capacidade d a engenharia flu- Antonia Terra de Azevedo Lima, fazendeiros
minense, que abriga a Divisão de Obras P u - em Itabapoana ; Filhos :
blicas, sob a direção do engenheiro Arêa
- 1:-Edmundo Henrique, n., (C. F. ) , 6-12-1!M4 ;
Leão e do arquitéto Orlando Campofiorito,
cujos trabalhos foram citados no "Arquic- :i - 2 :-Luiz Carlos, n., (C . F . ), 2-2-1942.
tural Forum", com palavras de aplausos. To- 3 - 3 :-Helio Marcio, n . ( C . F .) 5-11-947.
das a s comodidades dos grandes grupos fo-
ram previstas, quer para o ensino, quer para 2 - 3 :-Maria Elisah (Maisa), nascida na Capital
:i administração, quer para os serviços mé- Federal, casada com o oficial de marinha e
dicos e dentários . Amplo refeitorio, amplo industrial Carlos de Carvalho Rego, antigo
recreio coberto, com 300ms2, area para edu- oficial de gabinete do ministro das relações
cação fisica e jogos a razão de 10ms2 por exteriores e da justiça, o Sr. Embaixador
aluno, inclusive praia privativa, completam Macedo Soares, filho de João Francisco de
o prédio. O major Kelio, infatigavel, jámais Carvalho Rego, alto funcionario do Tribunal
recusou seus serviços quer ao Estado, quer de Contas, e de D . Ottilia Ferreira Rego:
a União. Além dos seus afazeres, como Se- filho :
cretario de Estado, aceitou varias outras co-
missões, como a de presidente da de Urba-
3 - 1:-Carlos Eduardo, n., 7-9-1929, estudante do
curso de humanidades.
nização de Araruama, d a Central de Maca.
bú, organização de Empreza Fluminense de 2 - 4:-Hygia de Macedo Soares e Silva Rocha, nas-
Energia Elnétrica; e no federal, membro da cida nesta Capital, casou-se com Waldemar
comissão de regulamentação do Código de Rocha, industrial e funcionário do Banco do
Aguas do Conselho Nacional de Aguas e Brasil, filho de Clovis da Silva Rocha, in-
energia elétrica, da grande comissão de pla- dustrial, e de D . Brasilia Franco de Lima
nificação, do comercio exterior, além da dos Rocha, naturais do Estado de Minas Gerais.
estudos do aproveitamento do Rio de S. 2 - 5:-Icléa, nascida no Distrito Federal, casada
Francisco, tendo apresentado minucioso, com Frederico Bittencourt Roxo, alto fun-
erudito relatorio com soluções praticas desse cionario do Banco do Brasil, secretario da
empreendimento basico para o desenvolvi- carteira de importação e exportação, filho do
mento do nordeste. (1) D r . Augusto Torreão Roxo, medico de gran-
Tenente Coronel de engenharia, o D r . de nomeada e de D . Consuelo de Bittencourt
Helio de Macedo Soares e Silva casou-se com Roxo; neto paterno do D r . Augusfo Teixeira
D . Marianita Caspary, filha do Capitão de Belfort Roxo, medico, e de D . Maria Amelia
fragata farmaceutico D r . Henrique Meirel- Torreão Roxo, vive, de boa saude aos 92
les Caspary, tambem formado em medecina anos; e materno do desembargador Gentil
e em direito, e de D . Josefa Terra Lima Cas- Augusto Morais Bittencourt e de D. F r a n -
pary; neta paterna de João Henrique Cas- cisca Ribeiro Bittencourt. Filhos :
pary, e de D . Marianna Meirelles Caspary,
fazendeiros em Lage do Muriahé; e mater- 1:-Consuelo, n., (D .F . ) , 30-3-1944 ;
na de José Carlos de Azevedo Lima, e de D. ti - 2:-Icléa, n., ( D . F . ) , 1-1-1946.
1 - 8:-Maria de Nazareth de Macedo Soares Ma-
(1) Eleito deputado estadual, o mais votado, exerce, na As-
sembléia, as funções de lider da maiaria. chado Guimarães, n., 22-1-1874, na fazenda
208 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 209
-...
I

do Bananal, Maricá. Casou-se á 6-4-1891 Alvares Guimarães, jornalista, diretor do


com Ernesto Machado Guimarães, comer- "O Diário da Bahia", deputado e de D. Ade-.
ciante de fazendas, por atacado, socio da laide de Castro Alves Guimarães, poetisa,
firma Machado Guimarães, Fernandes & autora do "O Imortal", irmã do poeta Cas-
Cia., estabelecida á r u a do Hospicio, hoje tro Alves. Filha:
Buenos Aires, n. 100, fundada pelos irmãos
Machado Guimarães, e Comendador Narciso 1:-Gilda, n . , C .F ., 25-1-1948.
Luiz Machado Guimarães, casado com D . 2 :-Iva Elsa Machado Guimarães Hime, L,
Olimpia de Souza Ribeiro Machado Guima- 30-9-1894, casada com Gilbert Leon Hime,
rães, pais de Ernesto, e o Barão de Joannes, antigo diretor gerente d~.,Banco Comercial
pae do D r . Bernardino Luiz Machado Gui- de São Paulo, e atualmente diretor superin-
marães, brasileiro nato, que adotou a nacio-. tendente do Banco do Estado de São Paulo,
nalidade do seu pai, e foi professor da Uni- filho de Edwin Hime e de I). Ernestina Har-
versidade de Coimbra, mais tarde, presideri per Hime, importante familia de industriais
te da Republica Portuguesa e grão mestre e de alta representação social. Filhos:
da maçonaria Portuguesa. Ernesto Macha- r; - 1:-Gilbert Leon Ernest Hime, ri., D . F . 25-7-
do Guimarães, inteligente, culto, de esmera- 1924 ;
da educação, ocupou posições no alto comer-
3 - 2 :-David Humphreys, n . , ( D . F . ), 18-8-1926;
cio, entre a s quais a de membro do Conce-
lho Fiscal do Banco do Brasil. Faleceu á 5 :: - 3 :-Geraldo Eduardo Gilbert, ri., (D . F . ), 6-4-
de junho de 1929. Filhos: 1929 ;
1:-Gilda Machado Guimarães Graenhalgh, :: , :; - 4:Iva Thereza, n., (D.F.), 26-11-1932;
D . F . , 24-5-1893, casada com o oficial de
marinha Juvenal Greenhalgh Ferreira Lima, Z - 5 :-Elisabeth Mary, n., São Paulo, 1-8-1935;
engenheiro naval, contra- almirante, mem- 2 - 3 :-Dr. Luiz de Macedo Soares Machado Gui-
bro do conselho do comercio exterior, filho marães, n., D .F ., 5-11-1895, curso de hu-
do D r . Gabriel Philadelpho Ferreira Lima c manidades no externado Aquino, superior na
de D. Mathilde Greenhalgh Ferreira Lima; Faculdade de ciências juridicas e soc~aisdo
Filhos : Rio de Janeiro, bacharel em direitc, laurea-
1:-Jorge Greenhalgh, chimico-industrial e enge- do, turma de 1916, notavel advogado, profes-
nheiro civil, em missão do Lloyd Brasileiro, sor de direito n a Universidade do Brasil, au-
nos E E . UU., n. 10-9-1920; casou-se, no tor de trabalhos juridicos de real valor, so-
Canadá, com Louise' Parenthau : Filho : cio e orador eleito do Instituto da Ordem dos
4 - 1:-Jorge Daniel, n., U.S.A., 12-2h8. advogados brasileiros, membro da mesmü
t! - 2:-Priscilla, n., 6-1-1924; casouse a 22-12-1945 ordem, membro do Tribunal de Etica pro-
com Fernando Guimarães de Cerqueira Li- fissional com os jui~isconsultos Mendes Pi-
ma, oficial de artilharia do exercito, filho mentel, Affonso Penna Junior, Moutinho Do-
do D r . Carlos Ayres de Cerqueira Lima, ad- ria, Odilon de Andrade, Targino Ribeiro e
vogado, e de D . Clelia Alves Guimaráes de Justo de Moraes, colaborador de revistas ju-
Cerqueira Lima; neto paterno de Bonifacio ridicas nacionais e extrangeiras, reputadc
Calmon de Cerqueira Lima, deputado pela um dos mais acatados jurisconsulto? con.
Bahia e de D . Maria da Pureza Ayres de temporaneos. Casou-se com D . Laura Bran
Cerqueira Lima; e materno do D r . Augusto dão Machado Guimarães, filha do D r . Julio
DRS. ANTeOJm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 211

210 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE


-- - - - do municipio d a Barra do Pirahy. Casou-
se com sua prima D. Odette Coutinho Terra
Brandão e de D . Maria do Carmo de Cam. Passos, professora e diretora do Grupo Es.
pos Brandão; neta paterna do D r . Julio Ce- colar daquele local, filha do professor Alfre-
s a r Ferreira Brandão, vulgarizador incan- do Alvares de Macedo Coutinho, autor de li-
çavel dos estabelecimentos hidroterapicos e vros didáticos e da professora D. Virginix
especialista em hidroterapia, e de D . Maria Vasconcellos Macedo Coutinho ; neta paterna
Augusta Viveiros Brandão, esta filha do Se- de Marcelino dos Santos de Azeredo Cou-
nador Viveiros de Castro, pela provincia do tinho Junior e de D . Mariana Francisca de
Maranhão, e de D . Belmira Ferreira Vivei Azeredo Coutjnho ; pelo lado materno de José
ros de Castro, irmã de D. Emilia, casadz de Almeida Vasconcellos, negociante, portu-
com o comerciante João Baptista da Silva guês, e de D . Maria Rosa de Vasconcellos, de
Teixeira, sogros do Senador Gil Diniz Gou- pais argentinos; bisneta do Capitão Marcel]
lart, e de Henriqueta casada com Pedro Pi- no dos Santos de Azeredo Coutinho e de D.
nheiro Guimarães ; neta pelo lado materno de Luiza Duque de Azeredo Coutinho. O capit59
Eduardo Maria Campos e de D . Maria dc Marcelino é um dos filhos do Capitão-Mór.
Carmo Palha Campos, portuguêses, esta so- D r . Francisco de Macedo Freire de Azeredo
brinha do Conde de Palha, da nobresa por. Coutinho ;
tuguêsa . Filha :
Filhos :
2 - 1:-Sonia, n., ( D . F . ) , 18-9-1926. 3 - 1:-Miriam, n . , 3-9-1917, casada com o industrial
1 - 9:-Sarah de Macedo Soares Terra Passos, n., Frederico Engelhard, de paes alemãs;
na cidade do Campo Largo, provincia do Pa- Filho :
raná, á 25-5-1875. Escritora, poetisa, foi
durante anos a secretaria de seu pae. Casou- 4 - 1:-Frederico Guilherme, n . , 23-6-1944 ;
se á 6-4-1893 com Antonio Joaquim Terra 3 - 2 :-Armando Joaquim, n., 24-4-1922; da aero-
Passos, filho do D r . Joaquim Antonio Ro- 'náutica.
drigues de Passos, engenheiro de Pontes e 3 - 3 :-Paulo Antonio, n., 8-8-1923; cirurgião
Calcadas pela Universidade de Gand, Belyi- dentista.
ca, e de D. Anna Terra Rodrigues de Passos,
de tradicional familia campista. Comercian- 2 - 2 :-Lourdes, n., D . F., 2-8-1900, funcionária da
te em Campos, Estado do Rio, mudou-se pa- Prefeitura da Barra do Pirahy, casada com
r a a Capital Federal, onde cursou a Facul- Carlos Slobada, originario da Austria :
dade de Medecina e diplomou-se em Odon- Filhos :
tologia. Estabele'ceu-se em Barra do Pirahy, 3- 1 :-Ama Maria, n., 7-11-1932;
onde conseguiu larga clientela; muito esti-
3 - 2 :-Antonio Sergio, n., 27-6-1936 ;
mado, trabalhou por melhoramentos daqulzla
cidade, exercendo varias comissões, entre as 3 - 3 :-Maria Apparecida, n., 27-6-1939.
quais a de suplente do juiz de Direito. Fa- 1- 10 :-Deborah de Macedo Soares e Silva, nascida no
leceu no D . F . , á 11-4-1931. Mar dYHespanha,provincia de Minas Gerais,
Filhos : á 16-10-1877; fez o curso de humanidades
no Colegio Rouanet e de professora de piano
2 - 1:Armando José de Macedo Soares Terra Passos, com o professor Jeronymo de Queiroz. Ca-
n., C. F. 22-12-1893; diplomado em Odon-
tologia, estabeleceu-se no distrito - Mendes
212 NOBILIARQUIA F'L~MIRE!NsE DRS. ANT.0 Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 213
-

sou-se á 8-9-1903 com o oficial do exercito, com D . Arilina de Almeida Rego, contadora,
D r . Rosalvo Mariano da Silva, engenheiro filha do Major Ariovisto de Almeida Rego,
militar, com brilhante f é de oficio, constru- alto funcionario da Caixa Econômica e de D.
tor de importantes estabelecimentos milita- Eulina de Almeida Rego; Filhos :
res, entre outros, quartéis em Juiz de Fóra, B - 1:-Itaci, n., 28-3-1941;
Escola de Grumetes, em Angra dos Reis, fá-
brica de pólvora "Trotyl", em Piquete, dire- 3 - 2:-Iaci, n., 3-7-1943;
tor de engenharia. Promovido á general de 3 - 3 :-Iberê, n., 13-2-1945.
brigada, reformou-se. Nasceu em Barra
Mansa á 13-7-1873, filho de Joaquim José 3 - 4 :-ltacê,, n., 11-2-1948.
Mariano da Silva e de D . Maria Candida da 2 - 5:-Ur. Rosauro Mariano d a Silva, n., 28-9-1912
Silva, mencionados acima. (D.F.). Engenheiro Civil pela Escola Poli-
Filhos : técnica; premio: o de fisica; medalha de ou-
ro. Engenheiro chefe do Departamento de
2 - 1:-Maria Deborah de Macedo Soares Silva, ri., Construções (D .C. T . ) da Companhia Side-
D .F . , 11-7-1904, professora diplomada pela rurgica de Volta Redonda, requisitado da Di-
Escola Normal do D . F ., chefe de escritorio retoria de Aguas e Esgotos. Casou-se com
d a firma Daudt Oliveira & Cia., solteira. D. Ilda Ribeiro dos Santos, bacharel em
2 - 2:-Déa de Macedo Soares Silva, n., D.F., 2-9- direito, filha de Alarico Ribeiro dos Santos,
1905, professora diplomada de canto pela comerciante em Sapê de Ubá, Minas Gerais e
Escola' Brasileira de musica e particular de D , Etelvina Ribeiro dos Santos ; Filhos :
inscrita no Instituto de Educação, solteira. 3 - 1:-Iraili, n,. 15-10-1941 ;
2 - 3 :-Dr. Ito Mariano d a Silva, n., D.F., 18-3-1909. 3 - 2 :-Roberto, n., 27-3-1944;
Médico diplomado pela Universidade do Bra- 3 - 3 :-Sergio, n., 16-6-1946;
sil. Capitão medico do exercito. Casou-se ií
22-2-1936 com D . Nadir Gomes, de familia 2 - 6:-Judith de Macedo Soares Scofano, n., D.F.,
domiliciada em Campo Grande, Estado de 7-8-1914. Professora de piano diplomada
Matto Grosso. - Filhos: pelo Instituto Nacional de Musica . Casou-
se com o contador-industrial Julio Scofano,
3 - 1:-Iná, n., 9-12-1936; filho de Francisco Scofano e . de D. Angelina
3 - 2 :-Rosalvo, n., 7-10-1938; Raimunda Scofano, de origem italiana; filha:
3 - 3 :-Ivany, n., 28-6-1942. 3 - 1 :-Helena Maria, n., D .F.,12-3-1946.
2 - 4:-Dr. Mauro Mariano da Silva, n., D . F . , 2 - 6:-Dr. Paulo Mariano da Silva, n., n a cidade de
29-9-1910. Engenheiro Civil pela Escola Po- Juiz de Fóra, Minas Gerais, 27-7-1919. Como
litécnica; premio: estudo gratuito no curso estudante trabalhou n a secção de quimica do
eletrotécnico que concluiu; engenheiro por Arsenal de Marinha. Engenheiro-quimico in-
concurso aberto pela Prefeitura do D . F . , re- dustrial com função na Companhia Belgo.
quisitado pela Companhia Siderurgica Nacio- Mieira. Casado com D. Maria Campos Del-
nal, exerce, em Volta Redonda, o cargo de gado, filha de Leão Campos Delgado e D .
engenheiro chefe do Departamento de Ele- Alice Campos, fazendeiros em Lima Duarte,
tricidade (D .E . L. ) . Casou-se em 17-6-1939 Estado de Minas Gerais.
214 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

1 - 11:-Julião Rangel de Macedo Soares, n., n a cidade


de Mar d'Hespanha, provincia de Minas Ge-
rais, á 5-12-1879. E m carta dirigida a seu
tio, o S r . Major Luiz Manuel de Azevedo
Soares felicitando-o pelo seu aniversario, faz
Antonio Jaquim a participação do nascimen-
to do filho: ". . . Guardei para hoje anun-
ciar-lhe o nascimento de meu filho JLI
Rangel, que é o n.O 11 da progenie ! Aqui che-
gando no dia 6, achei-o no mundo desde a
vespera, á s 3 Y2 da manhã. Dei-lhe o nome
do primeiro avô de minha mãe que veiu ao
Brasil nos fins do seculo 16.O) o capitão J u -
lião Rangel de Macedo, que substituiu a Sal-
vador Corrêa de Sá na Ouvidoria do R.o L.=
Janeiro; elle muito ajudou ao dito Salvadoi.
Corrêa na fundação da mesma cidade. E'
uma recordação histórica atestada pelos nos
sos mais autorizados cronistas, a qual desejo
perpetuar n a familia". . . S/C, no Mar de
Hespanha, 21 de Dezembro de 1879". O D r .
Julião Rangel de Macedo Soares fez o curso
primário no acreditado Colégio Rouanet e o
de preparatorios nos colegios Alfredo Gomes,
Paula Freitas e externato Aquino. Bacha-
rel em direito pela Faculdade de Direito do
Rio de Janeiro; turma de 1902. Promotor
Publico e Curador Geral nas Comarcas de
Cabo Frio, Resende, Paraiba do Sul e Iguas-
sú (1903 á 1918) ; Juiz de Direito das Co-
marcas de São Francisco de Paula (1918 á
1920), da 3" vara criminal de Niterói
(1921), da 2." vara civel e dos orfãos de Ni-
terói (1922 á 1927), dos Feitos da Fazenda
Estadual (1928) ; desembargador substituto,
em exercicio, no Tribunal da Relação do Es-
tado do Rio de Janeiro (1929 a 1931), efeti-
vado em 25 de Novembro de 1931 no governo
do preclaro Interventor, o S r . Coronel Pan-
taleão Pessoa. - Eleito, por unanimidade,
membro efetivo do Tribunal Eleitoral (1932
á 1937). - Presidente eleito, unanimimen-
te, do Tribunal de Apelação (1936 - 1937) .
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 215

- Classificado, em concurso, pelo Supremo


Tribunal Federal para a vaga de juiz federal

unanimimente. - (1910) -
do Estado do Espirito Santo, em 2 . O lugar,
ClasSiikado
em concurso, em primeiro lugar da lista tri-
plice, por unanimidade de votos dos minis-
tros do Supremo Tribunal Federal para :
vaga de juiz federal do P a r á . (1911) . -
Classificado, em concurso, em 1 . O lugar, una-
nimimente, pelos desembargadores d a Corte
de Apelação do Distrito Federal para a vaga
de Pretor. (1915) - Ainda classificado, em
concurso, em 1 . O lugar, unanimimente pelos
desembargadores da Côrte de Apelação do
Distrito Federal para a vaga de Pretor.
(1916) - Não logrou a nomeação por lhe
faltar apoio politico. Autor do ante-projeto
da lei que criou e organizou a vara criminsti
de Niterói e dos serviços de execuções crimi-
nais. (1920) - Autor de ante-projetos
(parte juridica) das leis sobre impostos de
industria e profissões inter-vivus e causa
nzortis, veículos e diversões no Estado do
Rio de Janeiro (1930). - Autor do ante-
projeto da lei de organização judiciaria elo-
giado pela comissão presidida pelo ministro
Bento de Faria e constituida pelos provetos
juristas professor Candido de Oliveira Fi-
lho e drs. Carlos Maximiliano, Miranda Val-
verde, Octavio Kelly e Pereira Braga pant
elaborar o ante-projeto d a reorganização da
Justiça Nacional "Diário Oficial", de 13
setembro 1932), ante-projeto aquele conver-
tido no Uecreto n. 2.684, de 24 de Novembro
de 1931. -. Governo Pantaleão Pessoa. -
Designado pelo conselho técnico-administra-
tivo da Faculdade de Direito de Niterói para
fazer parte da comissão examinadora do
concurso de livre docente d a cadeira-judi-
ciário-civil. - Designado pelo Tribunal de
Apelação do Estado do Rio de Janeiro, como
seu representante nos : a ) Congresso dos ju-
ristas (1934) ; b) no 1.O Congresso Nacional
216 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-
de Direito Judiciario (1936) ; c) no de cri- DRS. ANT.O Jm. E JULIÁO R. D E MACEDO SOARES 217
minologia, (1936) ; d ) no Juridico Nacional
(1343) . - Membro da Academia Fluminen. de Direito d a Universidade do Rio de Janei-
se de Letras. (1930) . Socio honorario, elei- ro, turma de 1928. Faleceu a 31 de Dezem-
to, do Instituto Historico e Geografico Bra- bro de 1939. "De uma familia de juristas
sileiro (1944). Designado pelo Governo Flii- notaveis, consigna a redação do "O Jornal d 1
minense para estagio e estudos de organiza- Commercio", o D r . Antonio Joaquim de Ma-
ções judiciarias da Franca, Portugal, Suis- cedo Soares desde muito moço se impoz, co-
sa, Italia e outros paizes, o que levou a efei- mo advogado, de alto conceito no foro da
to, sem a menor remuneração pelos cofres Capital da Republica e no do Estado do Rio
publicas. Autor de varios trabalhos juridi- e revelou-se um especialista em ciencias eco
cos nas Ewistas Cr.irni~a1de Evaristo de nomicas e em legislação industrial. Advoga-
Moraes, Direito e outras. Juiz, vice-presi- do militante foi convidado e nomeado pelo
denle do Tribunal Regional Eleitoral do Es- governo fluminense Diretor Comercial da
tado do Rio de Janeiro, nomeado pelo Presi- Companhia Salicola Flumjnense S . A ., apre-
dente Linhares. (1945 a 1946). - Recon- sentando fartissimo relatorio sobre o sal.
cluziclo nas mesmas Funções, por forca da E m 1936 teve o D r . Antonio Joaquim de Ma-
Constit~~ição de 1946. pelo Tribunal de J q s . cedo Soares outra e merecida acolhida no
tiça. - Publica atualmente as "Obras Com- seio da justica fluminense. Viu-se vencedor
pletas" do Conselheiro Macedo Soares. - no Tribunal de Apelação do Estado do Rio de
Em 25 de Novembro de 1905 contraiu matri- Janeiro ,e por unanimidade de votos, no con-
monio com D . Albertisa Goulart, filha dn curso para o lugar de Juiz de Direito: fcli
D r . Gil Diniz Goulart, senador, n a Consti- provido n a Comarca de Parati e pouco depois,
tuinte de 1891, pelo Estado do Espirito San- por promoção. ntt comarca de Nova Fribur-
to, 1.' secretario d 9 Senado, e notavel advo- go, cargo em que a morte o veiu surpreender
gado, e de D . Emilia Teixeira Goulart, neta em 31 de dezembro de 1939, aos 33 anos
paterna de Manuel Joaquim Goulart, natural Fez parte da junta eleitoral de Petropolís.
de Angra dos R.eis e T). Amalia de Albuquer. Suas decisões mais que muitas vezes, mere-
aup Diniz. da familia fluminense dos Albu- ceram confirmação por seus superiores, ain-
querques Diniz. da qual trataremos adiante; da a s relativas a materia eleitoral, como foi
e neta, pelo lado materno, de João Baptista o caso, por exemplo, do celebre pleito de Te-
da Silva Teixeira, português, comerciante resópolis, que veiu ter ao Supremo Tribunal
matriculado na praca do Rio de Janeiro, e Federal. Embora não divulgada a noticia do
D . Emilia Ferreira da Silva Teixeira, esta falecimento do juiz Macedo Soares, pela não
filha de D . Natalia Gonzales Ferreira, natu- publicação dos jornais, as ultimas homena-
ral da Republica dó Uruguay e do Capitão dr, gens foram prestadas por numerosas pessoi
Mar e Guerra, brasileiro Rodrigo José Fer- entre as quais, o Embaixador Macedo Soa-
reira : Filhos : res, ministro Jose Robwto de Macedo Soares
2 - 1 :-Antonio Joaquim de Macedo Soares, n., n a comandante Americo de Araujo Pimentel,
cidade de Parahiba do Sul, Estado do Rio juiz do Tribunal Maritimo, desembargador
de Janeiro, em 2 de Setembro de 1906, ba- Vieira E'erreira, membros dos Tribunais de
charel em letras pelo Colégio Anchieta, de Apelação do Distrito Federal e do Estado do
Nova Friburgo, e em direito pela Faculdade Rio, juizes de direito, capitão Helio de Ma-
cedo Soares, secretario da Viação e Obras
Publicas do Estado do Rio, professor Major
218 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 219

Edmundo de Macedo Soares, Almirante Oli- 3 - 2:-Evandro, n., 17 setembro 1939;


veira Sampaio e muitas outras pessoas de 3 - 3 :-Eliana, n., 1 3 de Junho de 1942 (1) .
alta representacão social. Deixa viuva. I).
Elza Moraes de Macedo Soares, filha do Dr. 2 - 3:--Dr. Henrique de Macedo Soares, n., nesta
Vicente Ferreira de Moraes, antigo secreta- Capital, 1 8 de junho 1909 - Bacharel em
rio das Finanças do Estado do Rio de J a - Direito pela Faculdade de Direito da Univer-
neiro e politico militante neste Estado, e dcl sidade do Brasil. Turma de 1931. Auditor de
D . Adelaide Marques Braga Ferreira de Fazenda junto á Caixa de Amortização e ad-
Moraes, neta paterna de Vicente Ferreira vogado. Casado com D . Maria Rosa Pimen-
de Moraes, fazendeiro nos municipios de Caz- te1 de Macedo Soares, filha do comandante
tagalo e São Francisco de $aula, casado com Americo de Araujo Pimentel, escritor, autor
a sua prima D . Amelia Ferreira de Moraes, do - meu primeiro comando - (1925-1927):
irmã do D r . Elias de Moraes, Barão das capitão de m a r e guerra, juiz do Tribunal
Duas Barras, e materna de Augusto Maritimo, antigo sub-chefe da casa militar
ques Braga e de D . Adelaide Marques Braga. no governo Getulio Vargas e de D . Ezilda
irmã do D r . Getulio das Neves, vice-presi- Correia de Mattos Pimentel: neta paterna do
dente do Estado do Rio: Filho: general Joaauim Silverio de Azevedo Pimen-
tel, natural do municipio - Rio Formoso,
3 - 1:--Carlos Eduardo, n., em Petropolis, em 9 de provincia de Pernambuco. e D . Amalia de
Fevereiro de 1936. Castro Lopes, irmã do ilustre filologo, D r .
O Dr. Vicente F. de Moraes faleceu, em Fri- Domingos de Araujo Castro Lopes, e pelo
burgo, 22-12-1946. lado materno do Capitão de corveta Alberto
Jacinto Correia de Mattos, e D . Rosa Morei-
2 - 2 :-Emilia, n., nesta Capital Federal, 2 Maio r a Correia de Mattos, natural da Republica
1908. - Professora de piano diplomada pelo do Uruguay. Filho:
Instituto Nacional de Musica . Casou-se com 3 - 1:-Antonio Joaquim de Macedo Soares, ri.,
o D r . Letelba Rodrigues de Britto, bacharel 5-6-1948.
em direito pela Faculdade de Direito da Uni- 2 - 4:-Dr. Alberto Goulart de Macedo Soares, n.,
versidade do Brasil, turma de 1931, profes- D . F . , 21-8-1910. Engenheiro agronomo pe-
sor do Instituto de Educação do Estado do la Escola de Agronomia do Distrito Federal.
Rio de Janeiro, advogado e banqueiro, filho Chefe do posto da defesa sanitária vegetai
do antigo deputado fluminense e industrial do Ministério da Agricultiira, T)O Estado do
Joaquim Saturniho Rodrigues de Britto, ir- Rio de Janeiro. Tem o curso de especializa-
mão do grande engenheiro D r . Saturnino de cão de fitopatologia e entomologia. em 1 . O
Brito, e de D . Zelia de Vasconcellos Rodri- lugar - Promovido a fitosanitarista. Atu-
gues de Britto, neto paterno de Francisco almente Prefeito do Municipio de São Gon-
Pinto Rodrigues de Rritto e D . Mariana Sa- calo, por indicação de todos os partidos po-
turnino Rodrigues de Brito, e materno de liticos. Casado com D . Inéa da Fonseca de
Sebastião Ribeiro de VasconcelIos, e D . Ig- Macedo Soares, filha do Tabelião Lino Alveq
nacia Ribeiro de Vasconcellos, antigas fami- da Fonseca Junior e de D. Joliva Ile Nunce
lias radicadas no municipio de Campos, pro- da Fonseca: neta paterna de Lino Alves da
vincia e Estado do Rio de Janeiro; filhos:
2 - 1:-Leonardo, n., nesta Capital, 8 abril 1938; (1) vj. apendice - Estudo 3.0 h. Lamego sobre os Rodrigues
de Britto.
2ao NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. D E MACEDO SOARES 221
4

Fon-a, tambem notario, e de D . Francis- na da Universidade do Brasil (1934) ; inter-


ca Thereza da Fonseca e materna de Donato no de cirurgia do D r . Raul Baptista no
Cesar De Nuncce, e de D. Luiza De Nuncce, Hospital de S . Francisco de Assis ; aprovado
naturais da Italia; Filho: em concurso para interno do Manicomio Ju-
3 - 1:-Marcius, n., D . F . , 13-6-1936; diciario; concluiu o curso de antropometria
2 - 5:--Dr. Oscar de Macedo Soares, (1) n., D . F . , do Museu Nacional (de expansão universi tá-
14-9-1913. Formado em medicina pela Fs- r i a ) , Delegado de higiene do municipio dc.
culdade de Medicina da Universidade do Bra- Rio do Sul, Estado de Santa Catarina, di-
sil. Tem o curso de organização e adminis- retor medico do hospital de Misericor-
tração hospitalares perante n Ministério dc dia de Massaramduba, municipio de B!ii-
Educacão e Saude. Organizou os serviços me- menau, Santa Catarina; assistente dos
dicas na Colonia Agricola Nacional de Goiás hospitais de Beneficencia Hespanhola, da
(1942 a 1944) ; nomeado assistente técnico Gamboa. atualmente chefe de clinica: ex-
da divisão social e hospitalar do Departa- professor de geografia humana no Instituto
mento da Saude Publica do Estado do Rio de de Educacão de Niterói; medico do depar-
Janeiro. Representou este Estado no 1.O Con- tamento de Saude do Estado do Rio, organi-
gresso Interamericano de Medicina, e conio zador do serviço em Teresopolis, com promo-
relator oficial da Sociedade de medicina e ção por merecimento no servico do Diswen-
cirurgia de Niterói no 2 . O Congresso medico sario de doenças venéreas do Centro de Sau-
L

realizado em Campos (1946), tendo em am- de de Niterói . Demissionario foi designado


bos apresentado trabalhos sobre o planeja- para servir no hospital da Companhia Side-
mento do servico hospitalar no Estado do nirgiea de Volta Redonda, onde organizou a
Rio. O Dr. Cesar Leal Ferreira, illustrado secção de cirurgia. Atualmente diretor da
Chefe do serviço de propaganda e educacão Casa de Saude "Santa Maria", que creou, eni
sanitaria, em recente e substanciosos traba- Laranjeiras. Filho do Tabelião Lino A:ves
lhos sobre "Higiene", 1946, a pg. 321 a 324. da Fonseca Junior e de D . Joliva De Nunc-
transcreve um resumo do trabalho do D r . ce da Fonseca, mencionados acima ; Filhos :
Oscar de Macedo Soares sobre - "Hospital 3 .--- 1:-Leylã, n., D . F ., 7-1-1940;
de Isolamento". - Casado (24-11-1945)
com D . 1;ucy Emilia, n., no municipio de 3 - 2 :-Vania, n., D . F . , 13-8-1945.
Magé, Estado do Rio, 10-1-1922, filha de Luiz 2 - 7 :-Dr . Geraldo Goulart de Macedo Sares, n., rua
da Costa Araujo, natural do mesmo munici- Professor Gabiso, D . F . , 30-5-1918, bacha-
pio, e de D. Antonietta Alves de Araujo, n., rel em direito pela Faculdade de Direito da
em Minas Gerais. Filho: Universidade do Brasil; 2.O tenente de cava-
3 - 1:-Paulo Araujo de Macedo Soares, n., D . F . , laria, reserva da 2a linha; Prefeito do Mct-
nicipio de Araruama, governo do desembar-
7-12-1946.
2 - 6 :-Maria de Macedo Soares Fonseca, n., C. F . , g a r Abel de Magalhães, tendo presidido as
28-1-1915, diplomada contadora pela Bristh eleições com gerais aplausos; nomeado au-
American Scool, casada co mo Dr. Urandolo xiliar do Consulado em New-York, U.S.A.,
Fonseca, medico pela Faculdade de Mediei- onde se encontra em função desde 4 de marco
de 1946. Oficial de Gabinete do Governador
(1) Sub-chefe do Departamento Medico da Liga de Remo do
Edmundo de Macedo Soares e Silva, por ato
Rio de Janelro. de 24 de fevereiro de 1947. Casou-se com
222 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 223
I

Maria Campos Gloria, de familias do Serro falecida aos 20-10-1942, com 85 anos que
e Guanhães, M . G. Filha: completaria a 27 do mesmo mês; neta pater-
3 - 1:-Zuleica, n., 18-4-1948.
na do D r . Joaquim Mariano de Azevedo
I - 12 :--Abigail, n., no Mar d'Hespanha, a 22-2-1882 ; Soares, medico, senhor d a fazenda "'B:rna-
ia 6 de Março seguinte.
, nal", em Maricá, provincia do Rio de Janei-
I -- 13:-Dr. Alexandre Alvares de Azevedo de Mace- ro, r? de D. Maria de Macedo Soares, e pelo
do Soares, n., em Cabo Frio, provincia do lado materno do Capitão José Paulo de Aze-
Rio de Janeiro, 13-8-1883. Fez o curso de vedo Sodré, senhor da fazenda do "Coquei-
humanidades no Colegio Militar, sob a dire- ro", do mesmo municipio e de D. Candida
câo do coronel D r . José Alipio de Macedo da ~ i b e i r ode Azevedo Sodré; bisneta paterna
Fontoura Costallat. Matriculando-se na Es- do Alferes Antonio Joaqiiim Soares e de D.
rola Militar do Realengo, completou o curso, Maria Antonia Reginalda ; do Capitão-mór .
com brilhantismo, ao lado de melhores estu- D r . Francisco de Macedo Freire de Azeredo
dantes como Eurico Gaspar Dutra, Pedro Coitinho e de D . Maria Thereza de S á Frei-
Cavalcanti, Christovam Barcellos, Mario r e ; bisneta pelo lado materno do Capitão
Pinto Guedes, Castro Guimarães e outros. Domingos Alvares de Azevedo e de D . Paula
Foi redator da revista da Escola. Dando bai- dos Santos Sodré; do Coronel Manuel Ribei-
xa do exercito, seguiu para São Paulo, onde ro àe Almeida e de D. Anna Alexandrina de
assumiu as funções de professor e vice-dire- Jesus Ribeiro. Filhos: todos nascidos em
tor do Externato Macedo Soares, sob a dire- São Paulo:
cão do grande Mestre D r . José Eduardo de
Macedo Soares. Matriculando-se n a Facul- 2 -- l :-José Alexandre, 20-7-1 910 ; falecido em
dade de Direito de São Paulo. recebeu g-~.áii 23-11-1911 ;
de bacharel em direito em 1913. após curso 2 --. 2 :--JosB Luiz, 23-3-1912 ; falecido 21-12-1913 ;
dos mais brilhantes. Abriu escritorio de ad-
vocacia com os Drs. Roherto Moreira, ;Toa- 2 - 3:-Lucia de Macedo Soares Moura Brasil do
quim Marra e outros colegas. Foi o idea- Amaral, em 19-2-1914, casou-se em 12-5-1937
lisador e um dos f u n d a d o ~ e sdo Instituto dos com o D r . Osvaldo Moura Brasil do Amaral,
advogados daquela Capital, e membro do medico oculista de grande clinica, por sua re-
Conselho Supremo por largos anos. Entran- conhecida cornpetencia; pertence ao quadro
do em concurso para fiscal do imposto de do exercito, com o posto de Major; dotado
consumo foi dos primeiros classificados; no- de alta cultura geral, politico militante no
meado para Campop, transferiu-se para Pe- Distrito Federal de largo prestigio, exerce
tropolis e mais tardo para as Alagôas. Pro- as funqóes de Presidente do Instituto de P r e -
movido para São Paulo, ainda encontra-se vidcncia e Assistencia dos Servidores do Es-
em exercicio na Capital. Casou-se a 2-5-1908 tado (Ipase). (1) Filho do Dr. Tobias Cor-
na capital do Estado de São Paulo. reia do Amaral, engenheiro civil, subdiretor
com sua prima-irmã D . Eudoxia de Mn- de Obras e Diretor em comissão da Prefeitu-
vecio Soares. n., n'aquela cidade de São ra do Distrito Federal, e de D. Maria Therezs
Faulo, 26-1-1887, filha do D r . José Edu- Moura Brasil do Amaral; neto paterno de
ardo de Macedo Soares e de D . Can- João Antonio do Amaral e de D . Maria Cor-
dida de Azevedo Sodré de Macedo Sca- reia do Amaral, portinguêses, fazendeiros es-
res, esposa amantissima, mãe modelar, --
(1) Atualmente Vereador & Camara do Distrito Federal.
224
-
NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
-
tabelecidos no Estado do Ceará; pelo lado
materno do D r . José Cardoso Moura Brasil.
natural do Ceará, o maior dos nosso. úcu1iz:-
tas, muito versado em a s s u n t r , ~de agronri-
mia, colaborador de varids revistas, politi-
co respeitado por sua reconhecida honradês,
c de D . Maria Fmilia Machado de Mouva
Er:is.il. zatural da pi-ovincia da Bahia. Fi-
IFos :
, --
I 1 :----Li[cia Maria, n., D . F., 21-5-1938 ;
,\ __ 2 :-Mai-ia Celina, n.. D . F . , 8-5-1943 ;
2 -- 4 :--Theodora, 21-2-1915 ; faleceu, 5-1-1916 ;
2 -- 5:--Dr. José Manuel de Macedo Soares, n.,
22-4-1916. Bacharel em direito pela F a c d ,
dade de Direito da Universidade do Rra<:l.
cem brilhante curso. Funcionario 41,) Insti-
tuto Brasileiro de Geografia e Esttl'istic'i.
~diernbrotitular da Sociedade Brasileira de
tkografia e da Sociedade Brasileira de Est:s-
ristica; Casou-se em 2-5-1947, com D . Le-
;!ma Pinheiro Bauerfeldt, n., na cidade de
Ceará, á 16-10-1918. funcionaria
cio Instituto dos Industriários, auxiliar de
qauinete do Presidente, filha de Lucio R I -
beiro Bauerfeldt, educado na Inglaterra, prp
!.esçor da cadeira - Inglês -, do Colégio
Petlro 11, demissionario, funcionario do
Instituto Blasileiro de Geografia e Estatis-
tica, e de E . C'lílabolena Pinheiro Baeufeldt ;
neta paterna de Alberto Bauerfeldt. de ori-
gem alemã, gerente da Western Telegmfic
Company e de D . , Lehena Ribeiro Bauer-
fieldt e materna de João Pinheiro, antigo
delegado de policia em Pirajíi, S . Paulo, e
de D . Amelia de Barnx Pinheiro, naturais
do Estado do Ceara.
2 - (i: -José de Macedo Soares, n., 11-1-1922: fun-
cionario do Instituto de Previdencia e A$-
sistcncia dos Servidores do Estado, soiteiro.
-3 - 7 :--12egina, 20-12-1922; faleceu, 4-1-1923.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 225

1,14 :-Dr . Paulo Amador Bueno de Macedo Soares,


n., no Cabo Frio, 15-4-1885. Fez o curso cle
humanidades no Colegio Paula Freitas, tendo
como condiscipulos a Alvaro Belftird, Silviri
Martins Teixeira, Mauricio de Lacerda, Beli-
sario de Souza, Porfirio Netto e cutros dis-
tintos moços que vieram a ser grandes do
Pais. Medico pela Faculdade de Medicina dr,
Capital da Republica, quando estudante fez
largo estagio no Hospital da Gamboa. corno
auxiliar do professor Nabuco de Gouvêa . Es-
clarecida inteligencia, vasta cultura litera-
ria, sobretudo a francêsa, atirou-se a9 jorna-
lismo, como redator de "O Paix", creou :L
secção - suelto - divulgada com sucesso.
Faleceu, no estado de solteiro, em São 13cn-
to de Sapucahy, em 6-10-1916. Do "O Jor-
nal do Commercio", a noticia do triste a w n -
tecimento: "Acaba de falecer, em S . Bento,
proximo dos Campos do Jordão, onde Je acha-
va em busca de alivio aos seus padecirncntos.
o D r . Paulo de Macedo Soares, que h6 três
anos concluira em nossa Faculdade de Medi-
cina um brilhante curso - verdadeira. re-
velação de talento e de amor ao estudo --
com que se dispunha á conquista de uma jm-
ta nomeada. Não o quiz a enfermidade que
lhe minou o organismo em plena mocidade,
pois o distinto medico desaparece aos 31 anos
de edade. O extinto, que era filho do eminen-
te jurisconsulto Macedo Soares, falecido no
cargo de Ministro do Supremo Tribunal Fe-
deral, não pôde deixar de sua formosa inteli-
gencia, senão um trabalho - a sua tése de
doutoramento, sobre - "Tumores placenta -
rios", mas este basta para lhe recomendar. O
nome dos estudiosos. De um belo caráter,
em que predominava uma empolgante afe-
lividade, ele será recordado com carinho por
quantos o conheceram.
1 - 15:-Abigail de Macedo Soares, n., no Cabo Frio,
30-11-1886, reside, no estado de solteira, em
companhia de sua irmã Deborah.
226 NOBILIARQUIA FLUMINENSE 227
-- DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
,
CAPITULO XXVI 28-8-1923, filha de Clemente Macias e de D.
Uê.scendêucia de Francisco Americo de Macedo Soares Adelaide Rodrigues Vaqueiro Macias ; Filho :
e D. Feliciunu Duarte d e Macedo Soares 1 - 1:-Marco Aurelio Macias Macedo, n., 23-6-1946;
1 - 1:-Paulita' de Macedo Soares Duarte, n., em 3 - 6:-Débora Mentzinger Duarte de Macedo, n.,
28-1-1864. Casou-se á 9-9-1882 com seu tio 7-11-1924
Euzebio Duarte, funcionário publico, filho
de João Duarte dos Santos, fazendeiro em 3 - 7:-Christina Mentzinger Duarte de Macedo, n.,
Saquarema e de D . Anna Angelica Victori- 17-10-1926;
n a de Souza, já mencionados; filhos: 8 - 8:-Ruth Mentzinger Duarte de Macedo, n.,
2 - 1:-Paulo Victorino Duarte de Macedo, n., 20-1-1928.
19-11-1884, comerciario, estabelecido em São 2 - 2 :-Vicente de Paula Duarte de Macedo, n,,
Paulo, casado com D . Alice Mentzinger Du- 22-1-1890, divorciado há muitos anos, comer-
a r t e de Macedo, n., 13-1-1887; filha de Gui- ciario no Distrito Federal;
lherme Mentzinger Junior e D . Maria JOW:
, Pereira Mentzinger ; Filhos : 2 - 3:-Dulce Duarte de Macedo, n., 19-3-1894, sol-
teira, enfermeira diplomada pela Escola An-
C, - 1 :-Paulo M:ntzinger n u a r t e de Macedo, n . , na Nery, com função no Cenko de Saude de
8-8-1 916, comerciario, casado com D . Moe- Madureira, D . Federal,
ma d a Rocha Macedo, n., 6-6-1919, filha de
Brigido da Rocha e de D . Maria Nery da 2 --- 4:-Gilda cle Macedo Soares Alves, n., 5-4-1896,
Rocha. Filho : casada com Djalma Xavier Alves, antigo e
prestimoso funcionário da Santa Casa de
4 -- 1:-Paulo Brigido, n., 5-9-1946; lMisericordia, Capital Federal, falecido R
12-12-1943 ; S. g.
3 - 2 :-Alice Mentzinger Duarte de Macedo, n.,
19-4-1918 ; professora, solteira. 2 - 5:-Estella Duarte de Macedo, n., 1-6-1898 e fa-
lecida a 21-2-1944.
3 - 3:-Joel Mentzinger Duarte de Macedo, n., 8-1-
1920. professor em S. Paulo, casado com I). O casal Euzebio Duarte - Paulita Duarte
Lina Isaura Cremaschi Macedo, n., 27-5-1919, teve mais 6 filhos que faleceram impuberes.
filha de Santo Cremaschi e de D. Ema C ~ L - . Euzebio Duarte, funcionario das Obras do
maschi ; Filhos : Porto, C. F ., faleceu á 1-1-1917 ; sua esposa,
Paulita, á 19-1-1935.
4 - 1:-Joel Cremaschi Macedo;
4 - 2 :-Anna Maria Creniaschi Macedo;
1 - 2 :-Abigail de Macedo Soares, n., 16-4-1865; fa-
leceu, solteira, aos 25 anos.
4 --3 :-Joel Macedo Junior, n., 7-3-1946 ; 1 - 3:-Theodomiro de Macedo Soares, n., 21-6-1866.
- Agronomo. Estabelecendo-se em S. P., ca-
3 - 4:-Jael Mentzinger Duarte de Macedo, n., sou-se .á 27-1-1894 com D . Graciliana Alves
20-6-1821 ; professora, solteira; de Freitas de Macedo Soares; filhos:
3 - 5:-Martinho Luthero Mentzinger Duarte de 2 - 1:-Mario de Macedo Soares, n., em 1894, cirur-
Macedo, n., 20-7-1923, comercbrio, casado giiio dentista em S. P., casado com D. Ben-
com D . Eunice Vaqueiro Macias Macedo, n.: vinda Duarte; filhos:
228 NOBILIARQUIA FLUMINENSE .
DRS. ANT.O Jm. E JUUAO R. DE MADEDO SOARES
- -
229

3 - 1:-Thamar, casbda com Antonio José Drago; 3 - 5:-Clizes, casada com José Belfiore, camercian-
filho : te em S . P . ; filhos :

I, - 2:-Thalita, solteira.
:: - 3 :-Thales, casado com D . ~ l ~ i Lucato.
r a 3 - 6:-José Rubens de Macedo Sares Quh,ceiro, es-
tudante, menor.
2 - 2:-Edmundo de Macedo Soares, n., em 1896, co-
- 7.:-Thaysa,
missario de policia em S. P ., casado com D . 3 estudante, menor.
Isabel Bueno de Oliveira; filhos: 2 - 4:-Octavio Macedo Soares, n., em 1899, comer-
3 - 1:-Haydée, casada com Cyro Passionato, comer- ciario em Paracamby, Estado do Rio de Ja-
ciante em S. P . ; filhos : neiro, casado com D. Emilia Carlos Macedo
Soares, filha de Antonio Carvalho Moura e
4 - 1:-Carlos Eduardo, de D. Emilia Carvalho Moura, esta falecida
á 12-12-1922, aquele em 1923; filha :
4 - 2:-José Paulo,
3 - 1 :-Emília, solteira.

3 - 2 :-Edméa, solteira,
2 - 5 :-Pedro Macedo Soares, n., em 1901, fazendeiro
e comerciante em S . P., casado com D. Ju-
3 - 3:-Aida, solteira, lia Gassarote, residentes na capital daquele
Estado ; filhos :
3 - 4:-Edmundo, menor, 3 - 1:-Djalma, solteiro.
3 - 5 :-Edna, menor. 3 - 2:-Dalton, menor.
2 - 3:-Judith de Macedo Soares Quinteiro, n., 1898, 2 - 6:-Floriano de Macedo Soares, n., em 1903, fa-
casada com o Dr. José Quinteiro, cirurgião lecido em 1907, solteiro.
dentista e técnico em mineralogia, residente
em S. P. ; filhos: 2 - 7 :-Mercedes, n., em 1905, casada com João
3 - 1:-Elza, casada com Osvaldo Mora de Freitas, Kuntz Busch, industrial em S . P . , residentes
comerciante em S. P. em ~ i m e i r a ,daquele Estado ; filhos :

3 - 2 :-Haydée, casada com o Dr. Lelio Moraes Al- 3 - 1:-Natemia, solteira.


ves, engenheiro civil em S. P., 3 - 2 :-João Baptista, menor.
3 - 3:-José Garlos de Macedo Soares Quinteiro, es- 3 - 3 : - J o s é oustavo, menor.
tudante de quimica-industrial, casado com D.
Celia de Lacerda Schroeder ; filho : 3 - 4:-Pedro Americo, menor.
4 - 1:-Eduardo José. 3 - 5 :-Neusa, menor.
3 - 4 : - J o s é Roberto de 3 - 6 :-Beatriz Aparecida, menor.
Macedo Soares Quinteiro,
jornalista, solteiro. 2 - 8:-Alzira, n., 19Q7,falecida solteira.
230 NOBILIARQUIA FLUMMENGE
--
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--231
2 - 9:-Irineu Macedo Soares, n., 1910, casado com
D . Clair Macedo Soares, natural dos Esta- mira tomou a direção da casa, incansavel, re-
dos Unidos da America. Irineu de Macedo signação incomparavel, enfim uma estoicida-
Soares é o conhecido speaker da Columbia de tal que impressionava a todos. Filhos:
Broadcasting Sistem of New-York, U. S . A . ;
filha : 1 :-Waldemar Guaracy de Macedo Silva, n., D.F.,
21-9-1896, 1 . O tenente do corpo de comissa-
3 - 1:-Priscila, menor. rios da armada, casado com D . Leonor Bel-
1 - 4 :-Sergio de Macedo Soares, n., 2-5-1868; oficial lart de Azevedo Macedo Silva, filha de An-
demissionario do Corpo de Bombeiros do D. tonio de Azevedo, funcionario do Lloyd Bra-
.
F . ; mudou-se para S . P Faleceu em Nova sileiro, e de D . Guilhermina Bellart de Aze-
vedo, sobrevivente; faleceu Waldemar Silva
Iguassíc, Estado do Rio, em 1918, solteiro.
em 1943, deixando os seguintes filhos:
i - 5:-Palmira Duarte de Macedo Soares e Silva,
2 - 1:-Osmar de Azevedo Macedo Silva, n., D . F . ,
n., 14-1-1877 ; casou-se á 14-3-1895 com An-
tonio Cecilio da Silva, filho do Capitão de 16-2-1927; dactilógrafo.
Fragata Pedro Antonio da Silva e de D. Eu-
genia Maria das Dores Mattos e Silva, fale-
3 - 2 :Norma de Azevedo Maceclo Silva, n., D . F . ,
23-3-1929, funcionaria da Companhia de Se-
cida a 22-6-1918; funcionário da secretaria guros - "São Paulo" ;
das finanças do Estado do Rio de Janeiro,
nomeado pelo D r . Joaquim Antunes de Fi-
gueiredo, quando secretario das finanças, no
3 - 3:-Silvio de Azevedo Macedo Silva, n., D . F.,
18-12-1934, estudante.
governo do Dr . Mauricio de Abreu. Conside-
rado funcionario modelar, por sua compe- 3 - 4 :-Dario de Azevedo Macedo Silva, n., D . F . ,
tencia, honestidade e assiduidade no traba- 28-10-1937
lho, foi Antonio Cecilio, no fim da vida, viti-
ma d a deslealdade de um companheiro que 3 - 5:-Celso de Azevedo Macedo Silva, n., D. F . ,
logrou envolvê-lo num desvio de coupons de 28-12-1939 ;
apólices. Saiu, em defesa do desditoso ser-
vidor, o seu colega Abelardo Antunes de Fi-
3 - 6 :-Ivo de Azevedo Macedo Silva, n., D . F .,
26-4-1940.
gueiredo, com representações ao governo, pu-
blicadas nos "A pedidos" de "O Jornal do 2 :-Oswaldo Jurandyr de Macedo Silva, n., D .F .,
Commercio". - A inocencia de Antonio Ce- 20-8-1897, funcionario do Banco do Brasil,
cilio no ato criminado ficou cabalmente pro- casado com D . Margarida de Carvalho Mace-
vada. O governo, a principio indiferente, do Silva, filha de Presciliano de Carvalho,
curvou-se afinal ante o clamor dos funciona- funcionario dos Correios e Telécrrafos. e de
rios; mas, tardiamente, pois, Antonio Ceci- D . Joanna de Carvalho; Oswaldo Silva é
lio, acabrunhado, enfermo, falece, precisa- falecido; Filhos, nascidos no Distrito Fe-
mente no dia da publicação do decreto que deral :
o readimitiu no emprego, com direito á apo-
3 - 1:Murillo, n.. 28-2-1923 ; falecido ;
sentadoria integral. E' ele bem merecedor
dessa homenagem postuma. E emquanto a 3 - 2:-Maisa de Macedo Silva Pereira Gomes. n..
adversidade do casal e depois de viuva, Pal- 18-8-1924, casada com Oswaldo Pereira Go-
mes, n., 28-2-1919 ; funcionario publico ;
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 233

9 - 3:-Marialdo de Macedo Silva, n., 3-4-1926, ban- 2 - 1:-Anedino Macedo Soares de Souza Vianna, n.,
cario, casado com D . Dorothy Rocha dos 27-4-1912, funcionario da Prefeitura do D .
Santos Macedo Silva ; F ., casado cm D . 'Idalina da Silva Vianna,
, n. 9-4-1917: filhos:
3 - 4:-Miracy de Macedo Silva, n., 29-9-1927, sol-
3 - 3 :-Maria Thereza;
teira.
2 - 3:-Humberto Juracy de Macedo Silva, n.,
8-7-1900, funcionario da 4." secção dos Cor-
reios e Telégrafos ; solteiro.
O casal Feliciana e Octavio teve mais 3 fi-
2 - 4:-Flavio Uirassú de Macedo Silva, n., D . F . , lhos: Octncilio, Maria Isabel e Antonio que
3-7-1911, funcionario da Prefeitura do Dis- faleceram em estado de menoridade.
trito Federal, casado com D . Rigoleta Almei- Enviuvando Feliciana contraiu segundas
da de Macedo Silva, filha de Octavio de Al- nupcias com Joaquim Monteiro da Silva, n.,
meida e D . Angelina de Almeida; filhos nas- 5-2-1 891, f uncionario da Prefeitura, secção
cidos no Distrito Federal: do asfalto, filho de Antonio Monteiro da Sil-
va e D . Maria de Jesus da Conceição, natu-
3 - 1:-Edith de Macedo Silva, n., 14-4-1932; rais de Portugal.
3 - 2 :-Celia, n., 24-5-1933 ;
3 - 3 :-Helio de Macedo Silva, n., 1-8. CAPITULO XXVII
3 - 4 :-Mauro de Macedo Silva, n., 18-7. Descendência de Francisco Americo de Macedo Soares
e D . Mariu Eulalia de Lima
3 - 5 :-Ubirajara, n.,
1 - 7 :-Antonio Americo, n., 23-2-1884:
2 - 5 :-Horacio Iberê de Macedo Silva, n.. 27-5-1912
(D . F. ), funcionario do Instituto Reseguros, 1 - 8 :-Augusta Mercedew Soares, n., 27-12-1 886;
casado com D . Esmeralda de Almeida Mace- casou-se á 11-11-1908 com Leandro da Silva
do Silva. filha de Octavio de Almeida e d . Rocha, funcionario da Imprensa Nacional, fi-
Angelina de Almeida ; lho de Horacio Gumercindo da Cruz e D .
Maria Francisca da Cruz; filhos:
2 - 6 :-Eiigenia Yára de Macedo Silva, n., D . F . ,
14-12-1915. funcionaria da Companhia de 2 - 1:-Iva, n., 20-6-1912;
Seguros "São Paulo"; 2 - 2:-Rodolfo, n., 22-7-1915;
2 - 7 :-Helena Aracy de Macedo Silva, n., D . F . , 2 - 3 :-Lygia, n., 8-11-1918;
16-5-1920, funcionaria de uma' Companhia de
Seguros. 2 - 4 :-Nara, n., 24-9-1923;
1 - 6 :-Feliciana Duarte de Macedo Soares Silva, n., 2 - 5 :-Juarez Tavora, n., 30-11-1930.
22-5-1882 ; casou-se á 12-3-1900, com Octa- Com o falecimento de seu marido passou D .
vio Moraes de Souza Vianna, n., 17-6-1876; Augusta a residir. com seus filhos, em São
filhos : João de Merity, Estado do Rio.
234 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 235
.
- - -p--p--p-p-- - --

1 - 9 :-Messias Adelaide Soares Pinto, n., 16-10- 1 - 11:-Victor de Lima Soares, n., 15-6-1895, profes-
1887, casada á 11-11-1920 com Waldemiro sor, casado com D . Amelia da Conceicão Fer-
Nogueira Pinto, farmacêutico, filho de Bal- nandes, filha de Bento Joaquim Fernandes e
bino Nogueira Pinto e D . R,ita de Cassia No- D . Maria da Conceição Fernandes, brasilei-
gueira Pinto, então viuvo de D . Maria das ros: filha:
Dôres Silva Pinto, trazendo uma filha: D .
Abigail Nogueira Pinto, n., 9-10-1909; do U - 1:-Arlete, ri., 2-12-1925, casada, Z6-1-1946 com
casal de Messias e Waldemiro, nasceram: Hilario de Araujo, comerciario, filho de Ar-
mando de Araujo e de D . Zelia de Araujo .
2 - 1:-Maria Eulalia Soares Pinto, n., 25-8-1921,
funcionária da Companhia de Seguros "São
Paulo", noiva de Jorge Ayres Bonecker, n.,
12-8-1921, filho de Cyro Galvãn Bonecker, fa- CAPITULO XXVIII
lecido, e D. Albina Barcantke Ayres Bene-
cker ; Descendencia do Alferes João Augusto de Macedo Soa-
res e D. Mariu Gertrudes R2be3o de Macedo Soares
2 - 2:-Milton Soares Pinto, n., 28-12-1923, caixa da
Companhia Seguros "São Paulo" ; 1 - 1:-Octaviu Ribeiro de Macedo Soares, n., em
Araruama, 12-8-1871, bacharel em direito,
2 - 3 :-Mauricio Soares Pinto, n., 28-1-1926, estu- (turma de 1916), advogado, chefe de secção
dante. da Caixa Econômica do Distrito Federal.
Waldemiro faleceu nesta Capital ( C . F. ) ;i aposentado; casou-se com a sua prima D .
10-6-1930. Lidia Pires de Macedo Soares, filha de João
1 - 10 :-José Belisario de Lima Soares, n., 28-5-1893, Francisco Pires e D . Leopoldina Maria Pires,
ambos falecidos ; filhos :
comerciario, artifice; casou-se á 18-9-1920
com D. Belmira do Rego Soares, filha de An- 3 - 1:-Maria Leopoldina, n., 18-12-1899, falecida :
tonio Rego e D . Maria Rego, n., 11-3-1891 ;
filhos : 2 - 2 :-Leopoldina, n., 13-3-1901, solteira.
2 - 1:-Jair de Lima Soares, n., 3-7-1921, comercia-
rio, casado com D . Carolina Rainha Soares, 1 - 2 :-Braulio de Macedo Soares, n., 19-5-1873 ; fiel
n . , 20-3--1924, filha de Jacintho Rainha e D. de tesoureiro da Caixa Econômica . Aposen-
Maria da Gloria Rainha, portuguêses; filha : tou-se para colaborar com sua irmã D . Vir-
ginia e a seus sobrinhos na direção dos cole-
3 - 1:-Marlene )inha Soares, n., 1946 gios reunidos "Vera-Cruz", nesta Capital.
2 - 2:-Osiris Lima Soares, n., 24-9-1923, comercia- - Faleceu, conservando-se solteiro, em
rio, solteiro. 30-7-1943.
2 - 3:-Lqcy de Lima Soares, n., 13-10-1925, casada 1 - 3 :-Jorge Ribeiro de Macedo Soares, n., 13-3-
com Augusto Ferreira Sampaio, n., 29-1- 1875 ; lavrador em Araruama; casou-se com
1922, filho de Malaquias Augusto Sampaio, sua prima D . Maria Novaes, filha de Ale-
natural de Portugal e de D . Zulmira Ferreira xandrino Gomes dos Santos e D . Anna Ma-
Santos ; natural de D . F . ; filho : ria Novaes, netc de D. Cipriana Novaes, ir-
má de D . Maria Gertrudes cap n. supra; fi-
3 - 1:-Ronaldo Cesar, n., julho de 1946. lhos :
236 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- - -- .
2 - 1:-Dr. Argemiro Ribeiro de Macedo Soares n., 3 - 10 :-Maria Virginia, n., 19-4-1936;
12-11-1898, bacharel em direito, advogano
nos auditórios de Araruama, inscrito na Or- :3 - 21 :-Hosannah, n.. 15-11-1937;
dem dos Advogados, casou-se em primeiras 3 - 12 :-Maria Mariiena, n., 17-7-1939 ;
nupcias com D . Maria Olimpia Bragança, fi- I ,
lha de Olimpio Augusto de Bragança e D . :: - 1 3 :-Juda Jessé, n., 12-2-1941;
Idalina Santos de Bragança, neta paterna de
Augusto Marinho de Bragança, e D . Geno- 3 - 14 :-Maria Inah, n., 9-5-1943 ;
veva Elisa Meirelles de Bragança, e materna 3 - 15 :-Emmanuel, n., 3-9-1945, data em que faleceu
de Joaquim Manuel dos Santos, e D . Joaqui- sua mãe D . Leonor.
na Maria da Trindade ; filhos : O D r . Argemiro R . de Macedo Soares casa-
3 - 1: - J o r g e de Macedo Soares, n., 14-5-1922, mili- se, pela 4.a vês, á 12-12-1946, com D . Alzira
tar, solteiro. Paradivino, professora publica, em Ararua-
ma.
3 - 2 :-Argemiro de Macedo Soares, n., 16-7-1923,
funcionário publico, solteiro ; 2 - 2:-Elviro de Macedo Soares, n., 22-1-1900, co-
merciario estabelecido em Rio d'Areia, Sa-
3 - 3 :-Maria Magdalena, n., 3-1-1925, freira de N . quarema, casado com Augusta Gomes dos
S . das Mercedes. Santos ; S . g . ;
3 - 4:-Maria Rosalva, n., 16-5-1926, casada com 2 - 3:-Edina, n., 8-6-1901, casada com Eduardo de
José de Oliveira, industrial. Oliveira, n., 31-1-1890, filho de Antonio José
Falecendo D . Maria Olimpia á 12-11-1927, de Oliveira e D . Laurentina Maria dos An-
casou-se o D r : Argemiro, em segundas nup- jos, mecanico ; filhos :
cias, com D . Virginia Marques de Bragança.
filha de Manuel Augusto de Bragança e D. 3 - 1:-Luiz, n., 1-9-1926;
Branca Amelia Marques de Bragança; neta 3 - 2:-Léa, n., 17-11-1827;
paterna de Augusto Marinho de Bragança e
D . Genoveva Elisa Meirelles de Bragança e 3 - 3 :-Luiza, n., 2-9-1929;
materna de Oscar Luiz Marques e D . There- 3 - 4:-Lauro, n., 30-11-1930;
za de Andrade Almada; filhos:
3 - 5 :-Mauro, n'., 30-3-1932 ;
3 - 5:-Jehovah, n., 17-5-1929;
3 - 6 :-Maria Lygia, n., 5-8-1934 ;
3 - 6:-Josaphat, n., 25-11-1930;
Com o falecimento de D. Virginia á 8-12- 3 - 7 :-Mario, n., 24-1-1938.
1930, casou-se, em terceiras nupcias, com D. 2 - 4:-Maria, n., 20-11-1902, casada com Joaquim
Leonor Marques de Bragança, irmã da pre- Maria da Silva, filho de Joaquim da Silva e
cedente D . Virginia ; filhos : D . Rosa Maria da Conceição; filhos :
3 - 7 :-Allah, n., 23-12-1931; 3 - 1:-Maria Olimpia, n., 4-5-1927;
3 - 8 :-Judá, n., 22-4-1933; falecido. ,3 - 2:-Maria José, n., 27-4-1928;
3 - 9 :-Joshuah, n., 9-10-1934; 3 - 3:Nair, n., 9-7-1929;
DRS. ANT.9 Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 239
.--

2 - 1:-João Paulo de Magalhães Castro, n., 18-8-


3 - 4:-Jorge, n., 10-6-1932; 1899, industrial, casou-se com D . Consuelo
Feraandes, filha de Victor Fernandes Alon-
2 - 5 :-Augusto de Macedo Soares, n., 3-10-1906, la- so, industrial, banqueiro, e de D . Innocencia
vrador, casado com America Gomes dos San- Tinoco Fernandes, falecida ; filhos :
tos. filha de Augusto Gomes dos Santos, e D .
Genny Maria da Conceiçiio; filhos: 3 - 1:-Adaut~, estudante, n., 30-3-1926;
3 - 1 :-Maria de Lourdes, 3 - 2:-Miriam Fernandes de Magalhães Castro, n.,
5-12-1928; casou-se 21-12-1944, com o D r .
3 - 2:-Jorge Augusto, Fernando Vieira da Silva advogado, filho de
3 - 3 :-José Mario, Luiz Antonio Vieira da Silva, e D . Zilda Pas-
sos Vieira da Silva; filha:
3 - 4 :-Therezinha, 4 - 1 :-Sonia, n., 4-11-1947.
3 - 3 :-Helvecio, n., 30-4-1935,
3 - 6 :-Luiz Roberto.
3 - 4 :-Virginia, n., 12-2-1937.
2 - 6:-Maria de Lourdes, n., 1-2-1908, funcionaria
2 - 2:-Maria Augusta de Magalhães Castro, n . ,
do Instituto Andrade Ramos, Distrito Fe- 14-7-1901, bacharel em direito, casou-se
deral, solteira. com o D r . Moacyr Orsini de Castro, advoga-
2 - 7:-José de Macedo Soares, n., 20-9-1900; faleceu do, filho de Antonio Orsini de Castro, funcio-
em 1910. nario publico aposentado, e D . Candida Or-
sini de Castro; filhos:
2 - 8:-Elysio de Macedo Soares, n., 3-2-1904, práti-
co de farmácia, casado com D . Orminda 3 - l:Cecy, n., 23-8-1936;
Haec ; filhos : 3 - 2 :-Moacyr, n., 1-5-1938 ;
3 - 1:-Ilka, n., C. F . , 21-6-1933. 3 - 3:-Yara, n., 17-12-1938;
3 - 2:-Alba, n., C. F F . , 2-5-1934.
Jorge de Macedo Soares faleceu, em Ara-
3 - 4 :-Rudk, n., 6-7-1940;
ruama, á 6-6-1921, e sua esposa D . Maria 2 - 3 :-Francisco de Magalhães Castro, n., 13-5-1903,
Novaes á 17-11-1909. bacharel em direito, advogado, professor, ca-
sou-se com D. Maria Cesilina, filha do Co-
4 :-D . Virginia de Macedo Soares Magalhães ronel Francisco de Paula Faria e D . Jenny
Castro, n., 21-8-1877; casou-se á 16-10-1898 Pinto de Faria; filhos 3
com o professor João Auto de Magalhães CasT
tro Junior, antigo seminarista, educado em 3 - 1:-Gustavo, n., 21-1-1937;
Roma, pintor retratista, fundador e diretor
do Colegio "Vera Cruz", filho de João Auto 3 - 2:-Paulo Sergio, n., 21-1-1938;
de Magalhães Castro e D . Francisca de Pau- 3 - 3:-Humberto, n., 9-2-1939;
la Ribeiro de Castro, esta filha de Maximia-
no de Paula Ribeiro e D. Luiza Cecilia de
Mattos Ribeiro ; filhos :
3 - 4 :-Joáo Autto, n., 28-8-1940;
2 - 4:-Julio Cesar de MagalhBes Castro, n., 8-7- Maximiliano André Remy, arquitéto, filho de
1904, médico pela Faculdade de Medicina e Lucien André Adolphe Remy, tambem arqui-
curso especialisado pelo Instituto "Osvaldo této e D. Celeste Mayo Remy, natiiraw de
Cruz" ; solteiro ; Nice, e residentes em Paris; filhos :
2 - 5:-Eugenio de Magalhães Castro, n., 8-11-1905, 3 - 1:-Mauro André, n., 6-1-1944;
bacharel em direito, advogado,. professor, ca- 3 - 2 :-Sonia Maria, n., 14-11-1946.
sado com D . Annitk Luz, filha do D r . Alvaro
- Luz, engenheiro, falecido, e - D . Andrelina 2 - 9:-José Vicente de Magalhães Castro, n., 21-9-
Luz ; filhos : 1914, falecido á 23-10-1931;
3 - 1:-Everardo, n., 12-4-1933; 2 - 10 :-Luiz Gonzaga cl'e Magalhães Castro, n., 3-4-
- 1916, bacharel em direito, advogado; casou-
3 - 2 :-Braulio, n., 19-3-1935; se á 15-1-1944 rio altar-mór da Igreja do
3 - 3:-Gerson, n., 23-10-1937; Mosteiro de São Bento, com L). Bertholina
Leite de Castro, filha do General de Divisão
3 - 4:-Anita, n., 3-8-1939. José Fernandes Leite de Castro, chefe da
I - 6 :-Maria José de Magalhiies Castro, n., 8-11- missão em paizes da Europa, ministro da
1907, .casada com o D r . Joaquim de Almeida guerra (1931 a 1932) ; possue 15 condecora-
Cardoso, médico, filho,de Francisco de Almei. ções, entre as quais: grã-cruz da Polonia, da
da Cardoso, propriet;ário eqn Jacarepagua, c Belgica, da Italia, do Chile, comendador da
Legion d'Honneur, France, comandou como
D . Cecflib de Almeida Cardoso; filhos :
teneiite-coronel, uma legião, na guerra de
3 -- 1:-Hoberto, n,, .24-2-1887 ; 1914, e, representou o Brasil na coroação do
Rei Jorge, recebendo uma condecoração es-
3 - 2 :-Edgardo, n., 3-9-1939 ; pecial, e de D. Marie Coulin de Castro, de
2 - 7:-Maria Nazarena de Magalhães Castro, n., origem francesa; neta paterna do Marechal
8-9-1908, casada com Pedro Carlos de Andra- João Vicente Leite de Castro, e D . Bertho-
de, funcionario da Caixa Econômica, filho de lina Braga Leite de Castro; filho:
Pedro Carlos de Andrade, e D. Maria Edmée 3 - 1: - J o s é Luiz, n., 3-7-1945;
Perriraz de Andrade ; filhos :
3 - 1:LEvandro, n., 17-10-1931, 3 - 2 :-Lina Maria, n., 5-2-1948.

3 - 2:-Sergio, n., 24-9-1933, 2 - 11:-Claudio Emmanuel, n., 29-5-1917, cirurgião


dentista; casou-se á 27-1-1948 com Yvonne
3 - 3:-Maruza, n., 20-11~1934, A . Oliveira, filha de Rodolpho Alves de Oli-
veira e D. Nair da Cunha Oliveira.
3 - 4 :-Fernando, n., 1-8-1936,
3 - 5 :-Liana, n., 21-9-1942,
1 - 5 :-Eugenia de Macedo Soares Ferreira, n., 9-11-
1879, casada com Quirino José Ferreira, f a -
3 - 6:-José Carlos, n., 29-4-1944; lecido em 7-10-1930, na sua fazenda no Pa-
mital, em Saquarema; S. g .
2 - 8:-Maria Gertrudes de Magalhães Castro, _n..
1 - 6:-Emilia de Macedo Soares de Azeredo Couti-
15-6-1911, tem o curso de arquitetura pela
Escola de. BeHas Artes, cxsladti com o -Dr*
1
nho, n., 29-9-1882, casada com Honorino Car-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 243

10s de Azeredo Coutinho, fazendeiro em Ara- 2 - 2:-Lavinia Soares de Mendonça, n., 27-8-1908,
ruama e influente politico, filho de Carlos de professora no Colegio da Imaculada Concei-
Azeredo Coutinho, e D . Maria Rosa de Men- ção, em Botafogo; Rio ; solteira ;
donça Coutinho ; filhos :
2 - 3:-Laura de Mendonça Moulin, n., 9-11-1910,
2 - 1:-José Soares Coutinho, n., 28-12-1915, co- caiada com Rodolpho de Lima Moulin, en-
mandante na marinha mercante, Lloyd Bra- genheiro técnico da Comp. Light and Power;
sileiro, casado com D . Magdalena do Couto
Mello, filha de Ulysses Alves de Mello, e D .
Zenith do Couto Mello; filho: 3 - 1 :-Neiiy de Mendonça Moulin, n., 29-11-1934;
3 - 1:-Fernando Octavio, n., 21-10-1945; 2 - 4:-Maria Soares de Mendonça, n., 27-12-1912,
solteira.
2 - 2:-Braulio Soares Coutinho, n., 4-9-1918, co-
merciáiio, casado com D. Aurora Novaes 2 - 5:-Feliciano Soares de Mendonça, n., 16-7-1913,
filha de Aristides Novaes, e D. Frutuosa Po- tenente instrutor da escola de Aeronáutica,
lycarpina de Mello Novaes ; filhos : solteiro.
1- 10 :-Cecilia de Macedo Soares, n., 3-2-1891 ; fale-
3 - 1:-JoséAdauto, n., 6-5-1943;
ceu em 1901;
3 - 2:-Maria Emilia, n., 1-8-1944; 1- 11:-Maria Augusta de Macedo Soares, n., 11-12-
2 - 3:-Antenor Soares Coutinho, n., 19-12-1923, mi- 1896, faleceu em 1901.
litar, solteiro ;
2 - 4:-Cyro S w e s Coutinho, n., 17-2-1924, lavra-
dor, solteiro. CAPITULO XXIX
2 - 5:-Abel Soares Coutinho, n., 18-10-1925, aluno L)esc@~denciade D. Maximiana de Macedo S o a m s Ab?w
da Escola Militar de Resende. e José Mariano Alves
1 - 7:-Lavinia de Macedo Soares, n., 2-5-1886; fa- 1 - 1:-D. Isabel de Macedo Soares Alves de Aze-
leceu aos 20 anos; vedo Sodré, n., em Cordeiros, 4-6-1866, ca-
1 - 8:-Ottilia de Macedo Soares Mendonça, n., sou-se em 4-6-1888, com José Paulo de Aze-
22-11-1888, casada com Alberto Feliciano de vedo Sodré, funcionário da Companhia de
Mendonça, fazendeiro em Araruama, faleci- Seguros "A Equitativa", depois alto funcio-
do em 8-11-1913, filho de Francisco Felicia- nário do Ministério da Agricultura, filho de
no de Mendonça, e D . Joaquina Motta de José Paulo de Azevedo Sodré e D . Candi-
Mendonça ; filhos : da Ribeiro de Almeida de h e v e d o Sodré,
senhores da fazenda do Coqueiro, Maricá
2 - 1:-Sebastião Soares de Mendonça, n., 20-1-1907, (Cap . n . 10) ; Filhos :
engenheiro agrimensor e construtor, casado
com D . Nyolanda Gama de Mendonça, filha 2 - 1:-Dr. Eurico de Azevedo Sodré, n., 24-4-1890,
de Fausto Correia da Gama, português, enge- bacharel em direito, advogado na Capital do
nheiro mecanico, e D . Evangelina Pelloti da Estado de S . Paulo, de importantes empre-
Gama, de origem italiana; filho: sas, como a Light and Power ; literato, apre-
ciado orador, vem de representar o Institu-
3 - 1:-Luiz Alberto Gama de Mendonça, n., 17-3- to dos Advogados daquele Estado no Con-
1938, estudante. gresso Nacional de Direito Judiciário (l936),
244 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT? Jm. E J~IilffoR. DE MACEDO SOARES '248
-
tendo apresentado importante tése, que de- 3 - 3:-Silvia, casada com o Dr. Ary Fernandes da
fendeu brilhantemente, sobre "desapropria- Costa, medico veterinário, em Jabbticabal;
ções", - e no Congresso de Juristas (1941). filhos :
Casou-se com D . Isabel Rodrigues, filha de
Augusto Rodrigues, e D . Nicolina de Lima 4 - 1:-Luiz Alberto, n., 25-7-1939;
Rodrigues, natural de Mogy-mirim. Filhos : 4 - 2 :-José ltobwto, n., 1-4-1943; ,
3 - 1:-Marina Sodré Meirelles, casada com Victor 4 - 3:-Maria Carmem, n., 3-7-1945;
Fonseca de Souza Meirelles, fazendeiro e co- 4 - 4 :-José Paulo, n . 9-7-946.
merciante, filho de Joaquim Victor de Souza
Meirelles, e D . Maria do Carmo da Fonseca 3 - 4:-Lucia, casada com Gentil Sanflorian, fazen-
Meirelles ; filhos : deiro e comerciante em Jaboticabal ; filho :
4 -. 1:-José Luiz, n., 15-2-1943 ;
3 - 5:-Heloisa, n., - estudante na Escola de Filo-
sofia.
2 - 3:-Dr. Alvaro de Azevedo Sodré, n., 3-10-1896,
3 - 2:-Roberto de Azevedo Sodré, bacharel em di- jornalista, engenheiro civil, chefe da impor-
reito e advogado em S. Paulo, que acaba de tante Iirma construtora - h'reire & Soare,
pedir em casamento á D . Maria Helena Pi- de belos edificios na Capital da 12epublica e
nheiro Borba, filha do D r . Alipio Graef Bor- na do Estado de S. Paulo. Casou-se com D .
ba, advogado e capitalista, falecido, e D . Juracy Laport Leitão, filha de Fidelcino Lei-
Alayde Pinheiro Borba, ambos de distintas tão, socio da casa Leitão & Irmãos, do Largo
familias paulistana. de Santa Rita, a mais importante desde o
Imperio no ramo - fazendas a varejo -, e
2 - 2:-Guiomar Sodré Dor:a, casada com o Dr. Pe- de D . Debora Laport Leitão; filho:
dro de Sampaio Doria, bacharel em Direito 3 -. 1:-Jordario, n . , 19-10-1921, solteiro, academicc
e advogado cm Jaboticabal, S . Paulo, de fa- da Escola de Belas Artes.
milia do Estado de Sergipe, irmão do profes-
sor Sampaio Doria, Juiz do Tribunal Supe- 2 - 4:-Dr. José Paulo de Azevedo Sodré, n., 25-7-
rior Eleitoral (1945-1946) e ministro da Jus- 1901, formado em medecina pela Faculdade
tiça no governo do ministro José Linhares, dc k i o de Janeiro; cirurgião-urologista, che-
presidente do Supremo Tribunal Federal. Fi- f e de serviço no Hospital Pronto Socorro, da
lhos ! Assistência Municipal do Distrito Federal;
docente daquela Faculdade ; membro da Aca-
3 - 1:-Celia, n., '7-10i1916, freira, professora di- demia Nacional de Medecina; autor de nu-
plomada, com função na Escola de Filoso- merasos trabalhos cientificos, entre outros,
fia; o de um tratado sobre urologia. Casou-se com
3 - 2:-Noemia, n., 17-11-1917, casada com o Dr. D . Maria Clara Miguel Pereira, filha do no-
tavel professor D r . Miguel Pereira, (1) cli-
Eduardo Chaves, advogado ; filhos :
nico de grande nomeada e de D. Maria Cla-
4 - 1:-Carlos Eduardo, n., 8-10-1941; r a Tolentino da Silva Pereira; filho :
4 - 2 :-Pedro Sergio, n., 20-9-1943.
(1) Vídt apendice: Estudo sobre o Dr. Mlguel Pepeira.
246 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
.. -
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 247
3 - 1:-José Paulo, p., 27-2-1930; o 4.O, na linha as-
# cendente. U - 3:-Eduardo, n., 23-1-1935; todos em Santos, S
1 - 2 :-D . Clotilde de Macedo Soares Alves de Moura Paulo.
Ribeiro, n., em Cordeiros, mun. S. Gonçalo, 2 -. 5:-Sylvio de Moura Ribeiro, n., 30-9-1895; fa-
Rio, em 21-1-1868; casou-se á 4-7-1890 com leceu 1-4-1920 ;
o D r . Benedito de Moura Ribeiro, n., em
Parnahyba, prov . do Piauhy, em 14-2-1866, 2 - 6:-Flavio de Moura Ribeiro, n., em Santos, S .
medico-clinico muito estimado n a cidade de Paulo, 3-11-1897, cirurgião-dentista; casou-
Santos, filho de João Adelino Gomes Ribeiro se 16-12-1930, com D . Alda Maria Ribeiro
e D . Maria Josepha de Moura Ribeiro, fale- Gomes, n., em Santos, S. Paulo, 1-4-1911,
cido á 13-1-1932. D . Clotilde faleceu 5 filha de Antonio Carlos Ribeiro Gomes e D.
15-10-1941 ; filhos : Enedina Mattos Trindade Ribeiro Gomes; fi-
2 - 1:-Osvaldo, li., 24-3-1891; faleceu no mês se- lhos ; todos de Santos :
guinte ; 3 - 1:Silva Maria, n., 22-10-1931 ;
2 - 2 :-h. Alberto de Moura Ribeiro, n., em Ça-
choeiras de Macacií, Rio de Janeiro, em 9-4- 3 - 2:-Luiz Carlos, n., 6-3-1934;
1892, medico-operador parteiro; chefe da ma- 2 - 7 :-Laura Beatriz, n., em Santos, S . Paulo, 17-8-
ternidade d a Santa Casa de Santos; casou- 1899, casada, 16-7'--1921, com o Dr. Adol-
.
se em 10-7-1918 com D Risoleta Porchat de pho Schmidt Sarmento, n., Pouso Alegre, Mi-
Assiz, n., em Santos, S. Paulo, em 7-6-1896, nas Gerais, 31-12-1883, medico, professor da
filha de Antonio Justino Porchat de Assiz Faculdade de Medecina de São Paulo; filho
Junior e D. Francisca Augusta Pinto de As' de Miguel Julio de Moraes Sarmento e D .
siz; filhos; todos de Santos, São Paulo: Guilhermina Schmidt Sarmento; faleceu
3 - 1:-Aloisio, n., 18-4-1919 ; 26-11-1939 ; Filhos :
3 - 2 :-Ilza, n., 30-6-1920; 3 - 1:-Carlos Adolfo, n., em S . Paulo, 26-4-1922,
3 - 3 :-Arnaldo, n., 22-12-1923; médico, casou-se, 9-1-1945, com D. Lila No-
3 - 4 :-Afranio, n., 23-8-192b ; gueira d a Silva Monteiro, n., D . F . , 18-2-
1925, filha do Dr. João da Silva Monteiro Fi-
3 - 5 :-Leila, n., 24-9-1929. lho e D. Alzira Nomeira da Silva Monteiro;
2 - 3 :-Dr .Dalberto de Moura Ribeiro, n., 9-4-1932, Filho :
gemeo, engenheiro civil, solteiro.
o - 1:-C&rlc~s Adolfo, n . , S. Paulo, 31-10-1945;
2 - 4:-João Adelino de Moura Ribeiro, n., em San-
tos, S. Paulo, em 12-3-1894, comerciario; 3 - 2 :-Lucia Beatriz, n., S . Paulo, 1-9-1923, casada
casou-se em 15-5-1927 com D. Ambrosina de 28-12-1944, com Caio Lacerda de Arruda Bo-
Moraes Barros; n., Piracicaba, S. Paulo, em telho, n., S . Paulo, 14-2-1923, filho de Car-
13-4-1902, filha de João de Moraes Barros e 10s Amadeu de Arruda Botelho e D . Brazilia
D. Albertina Pinto Novaes de Moraes Bar- Lacerda de Arruda Botelho.
ros; filhos: :: - 3 :---Luiz Alberto, n., S . Paulo, 24-10-1926;
3 - - 1:-Rubens, n., 12-12-1928;
3 - 2 :-Léa, n., 22-8-1931 ;
i! - 8 :-Heloisa Clotilde, n., em Paris, França, 7-11-
1905. casada á 28-12-1944 com o D r . Alber-
tino Gomes Moreira, n., em Uberlandia, M.
248 NOBiLIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 249
--v
--

G . , 9-10-1892, filho de Antonio Gomes Mo- firmada á 11-9-1942 no Palacio do Goverr.0


reira e D. Custodia Luiza Gomes Moreira; do Estado de S. Paulo, filha de Antonio $e
filha : Souza Vianna, natural de Itajubá, Minas Ge-
3 - 1:-Heloisa Regina, n., Santos, S . Paulo, em raes, pintor, premio de viajem do Salão da
Escola Nacional de Bellas-Artes, e de D.
21-12-1936. ,
Bertha Anna de Souza Vianna, nascida "Ten-
1 - 3 :-Alvaro de Macedo Soares Alves, n., 22-6-1869, nius" ; - Filhos :
comerciario da firma Macedo Sobrinho,
Abreu & Quartin, comissarios de café, á rua
3 - 1:-Maria Apparecida, n., 10-5-1923, em Maceió,
S. Bento, Rio de Janeiro; faleceu de variola, 3 - 2:Helio, n., em Santos, 7-2-1932;
solteiro, na casa de residencia de seu tio, o
Conselheiro Macedo Soares, em 1894. 3 - 3:-Marina, n., em Santos, 7-6-1936.
4:-Godofredo de Macedo Soares Alves, n., 1 - 6:-Paulo de Macedo Soares Alves, n., em Cor-
10-2-1872, funcionario, por muitos anos, do deiros, á 1-1-1876; fez o seu curso de hu-
Instituto Surdos-Mudos, e do Ministerio da manidades no antigo CZolegio D . Pedro 11,
Agricultura; faleceu, solteiro, aos 55 anos. funcionário bancario; casou-se, 4-7-1899,
- - -7. com D. Steila de Abreu e Souza, filha de
5 :-D. Clarice de Macedo Soares Alves Valle, n.. Bellarmino Carlos de Abreu e Souza e D .
em Cordeiros, S . Gonçalo, R . J . , em 8-7- Maria Carlota Soares de Mello de Abreu e
1873, casada no dia 4-7-1895 com Theophilo Souza, neta paterna do Comendador Baltha-
Ferreira Valle, n., na provincia do Mara- zar de Jacome de Abreu e Souza e de sua
nhão, em 13-10-1867, conferente da Alfande- segunda mulher, D . Mariana Theodora de
ga de Santos, de familia maranhense, e fale- Abreu e Souza; neta pelo lado materno de
cido, 30-9-1907. D . Clarice faleceu á 8-3- Candido Soares de Mello e de D . Maria Can-
1902,aos 28 anos incompletos; filhos do ca- dida de Sá Carvalho, esta filha de José de
sal : Sá Carvalho e de D . Carlota Joaquina de
2 - I :Marina Alires Valle, n., 4-9-1896, em Santos; Siaueira Quintanilha .
Filhos :
faleceu, 22-5-1900 ;
2 - 2 :-Alexandre Theophilo Alves Valle, n., em San- 2 - 1:-Alvaro de Macedo Soares Alves. n., 10-12-
1902, cirurgião dentista e funcionario dos
tos, S. Paulo, 21-9-1898, e falecido á 11-1- Correios ; casou-se, 23-8-1928, com D . Zaira
1921, no dia do encerramento das aulas da Maciel Levv, filha de Lucio Seoevola Maciel
Escola Militar dd Realengo, com brilhante Levy, funcionario publico no Estado do Rio
curso da arma de artilharia, resultando de e D . Evanv~linada Costa Levy; neta pater-
lamentavel acontecimento o retardamento da na de José Levy, comerciario, e de n .
declaração de oficiaes da turma de 1920, por rença Carlota Maciel Levy, naturais de Cam-
se tomar a escola de luto ; pos; e materna do D r . Dionysio da Costa e
2 - 3 :-Osvaldo Alves Valle, n., 18-5-1900, funciona- Silva, engenheiro civil, e de D . Cariota de Sá
rio do Banco do Brasil, em Santos, casado, da Costa e Silva, naturais de Niterói ; Filhos :
18-5-1921 com D .Candida Bertha Vianna 3 - 1 :-Fernando, n., 31-8-1929;
Alves Valle, n., em Munich, Bavaria, na AI-
iemanha, á 12-5-1902; Brasileira por opção 3 - 2 :-Vera, n., 30-3-1934;
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 251
- - -.- -- --- - < - -
2:-Clarice, n., 19-2-1904; casou-se 31-8-1935, CAPITULO XXX
com Antonio Kurtenbach, estabelecido com
oficina mecanica em PetrtSpolis, filho de Emi- Descenaerwza de D. Marz'a d a Gloriu de Mucedo Soares
lio Kurtenbac, e D . Amelia Kurtenbach, de R i b d ~ ode Almeida e Major Joaquim Ribeiro de
origem allemã ; filha : AlmeUEa.
1:-Regina, n., 10-4-1942:
1 - 1:-D. Delphina de Macedo Soares Ribeiro de
3 :-José Mariano, n., 7-8-1906, funcionario do Almeida, n., em Maricá, 11-11-1874; faleci-
ministerio da fazenda, casado com D . Ce- da, em 1923, solteira.
!este Viaira Alves, filha de José Vieira Alves, 1 - 2 :-D . Carolina de Macedo Soares Ribeiro de Al-
falecido, e D. Antonia Vieira Alves, ambos meida Baptista Pereira, n., em Maricá, 5-1-
de origem portuguêsa ; filhos : 1876, casou-se 18-1-1899 com o D r . Baltha-
1:-Paulo, n., 10-6-1938 ; zar Bernardino Baptista Pereira Junior. ci-
rurgiito dentista do Hospital de S. João Bap-
2 :-Sonia, n., 21-1-1940 ; tista, em Niterói, funcionario dos Correios,
4 :-Carmem, n., 3-9-1908 ; casou-se 27-1-1931 filho do Dr . Balthazar Bernardino Baptista
com o Dr. Antonio José Xavier da Silveira, Pereira, engenheiro civil, lente catedratico
bacharel em direito, advogado, funcionario da Escola de Marinha, antigo deputado pro-
do Ministerio da Educação e Saude Publica, vincial e depois deputado federal pelo Es-
filho de Argeu Xavier da Silveira, funciona- tado do Rio de Janeiro, falecido em 1911, e
rio da Diretoria da Saude Publica, e de D . de D. Amelia Guilhermina Alves Costa Bap-
Carmem Xavier da Silveira, familias radica- tista Pereira, neto paterno de Julião Bernar-
das em Santos, S. Paulo ; filhos : dino Baptista Pereira e de D. Mariana Jacin-
t a de Abreu Sodré (1) e neto materno do al-
1:-Roberto, n., 26-10-1932 ; feres Joaquim Mariano Alves Costa e de D.
Carlota Antunes da Costa (Cap . XIII) ; Fi-
2 :-Marlene. n., 21-7-1936 ; ; lhos :
3 :-Lucia, n., 23-4-1940 ; 2 - 1:-Walter de Almeida Baptista, ri., 13-11-1899,
4 :-Heloisa, n., 1-2-1946. alto funcionario do Banco do Brasil, casado
5 :-Vietor de Macedo Soares Alves, n., 24-10-
(1) D. Mariana Jacintha, 8.8 filha de R~lthazarde Abreu Car-
1912, professor de educação fisica, no minis- doso Sodré e de D. Marianna de Azevedo Sodré. teve os segu'ntes
terio de Educação, solteiro; irm&os:
10-Dr. Balthazar de Abreu Soáré, promotor publico, deputado,
advogado:
6:-Paulo de Macedo Soares Alves, n., 5-12-1914, 2°-Dr. .toso Balthazar. bacharel em direito por S . Paulo (1849 J :
comerciario na importante firma José Silva inspetor da instruc&o publlca: deputado prwin"a1: c0let0r
das rendes em RRsende.
& C., solteiro. 30-Tgna-io Balthazar. fazendeiro em ItaMrahy:
40-Di-. Manuel Balthaaar, meillco em Capivary e depois em
Cantagaio:
5O-Joaquim Marlano de Abreu Cardoso Sodré. funcionar:^ pu-
blico em Nterói.
Bo-iFrancisco de Paula Balthw,,~r,coletor das Rendas, em R:-
sende, demlagionarfo em 187e
W - P a u l h o Balthazar de Abreu Cardoso Sodré:
8-D. Marlana, acima mencioxwda:
9-D. Maria. oasada com o Ur. Joaauim Manuel de Macado,
medico; deputado prav~molale gera pela provinaia do Rio
952 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- --- - .- ---- - -- DRS. ANT.O Jm. E JULXAO R. DE MACEDO SOARES
.
253

com D . Odette Seabra de Mello Baptista ( 2 ) ,


2 - 2 :--Ruben de Almeida Baptista Pereira, n., 29-5-
nascida na cidade de Natal, Rio Grande do 1901, funcionario publico estadual, chefe da
Norte, filha de José Alexandre Seabra de Secretaria do Palacio do Governo do Estado
Meilo, funcionario da Alfandega, n., 2-5-1870
e falecido 31-3-1937 e de D. Emilia Trinda- do Rio de Janeiro, casado com D. Addy de
de Seabra de Mello, n., 6-1-1871 e falecida, Souza Baptista Pereira, n., em Saquarema,
5-7-1921; ambos naturais do Estado do Rio 30-9-1908, professora diplomada, atualmente
catedratica da escola noturna "Conselheiro
Grande do Norte; neta pelo lado paterno de
Antonio Benevides Seabra de Mello, conhe- Baptista Pereira", filha de Augusto Antonio
de Souza, n., 25-7-1881, escrivão de Paz e
cido por major Benevides, da Imperial Or- Oficial do Registro Civil em Rio d'Areia, Sa-
dem da Rosa, n., 13-6-1833 e falecido, 18-4- quarema, e de D . Ottilia Almeida de Souza,
1888, e de D . Francisca Adelina Pinto Be- 11.. 1-3-1892, ambos naquele municipio; neta
nevides, n., 9-1-1836 e falecida, 6-12-1929. paterna de Joaquim Antonio de Souza, n.,
Ambos descendem de pais portuguêses, capi- em Maricá, 26-7-1839, antigo Mestre-Escola
tãesmóres . Antonio Benevides era irmão do em Rio d'Areia, durante 40 anos, tendo fale-
Comendador Miguel Benevides, um dos gran- cido aos 93 anos em 1932, e de D . Maria Can-
des do Imperio; neta pelo lado materno de dida de Souza, n., em Saquarema, 15-11-1847,
Luiz Bezerra Augusto da Trindade, depu- coadjutora dedicada de seu marido. acolhia
tado proviricial, chefe politico do partido li- seus discipulos e os tratava como filhos. O
beral, n., naquele Estado, em 1823 e falecido nrofessor Souza viveu para o magisterio ; an-
em 2-2-882, e de D . 3osina de Vasconcellos tigo presidente da Camara Municipal de Sa-
Bezerra da Trindade, n., tambem no Rio rruarema; inteligente e erudito, professor de
Grande do Norte, 4-9-1832 e falecida, 8-7- letras e de musica teve por discipulos, entre
1925, Luiz Be.ter'ra era proprietario e fazen" muitos, Alberto de Oliveira e seus irmãos,
deiro no municipio de Papari. Bisavô de D . drs. Oscar de Macedo Soares, Octavio de Ma-
Odette: José Alexandre Gomes de Mello, de cedo Soares e Oliveira Vianna. D . Addy 6
que trata o estudo de Luiz da Camara Cas- neta pelo lado materno de Antonio Silvestre
cudo, publicado em apenso. Filhos: de Almeida, n., 31-12-1864, antigo fWXndei-
r0 e politico em Palmital de Saquarema, e
i: - 1 :-Walter, n.. 4-12-1930, D . Idalina Vieira de Almeida, n., em Saqua-
3 - 2:-Wanda, n., 22-12-1932, rema, 25-7-1865. Filhos :
3 - 3:-Wilma, n., 6-6-1938. o 3 - 1:-Maria Auxiliadora, n., 16-4-1934,
3 - 2 :-Maria Lecticia, n., 1-3-1936,
de Janeiro, membro do Instituto Historico e Geografico Bra-
sileiro, profelsnr de historia patria e geografia do Colegio
D . Pedro 11; poeta, autor da "NebUlOSa", romancista da "Mo-
3 - 3:-Maria Mercedes, n., 31-10-1938,
reninha", autar de mu!tas novela& dramaturgo, jornalista;
recusou a pasta de ministro, mestre da familla lmp-rlal, 3 - 4 :-Manuel Antonio, n., 12-12-1939.
viveu modestamente, na Corte, dos seus ordenadas de pro-
fessor;
100-5). Faulina, oasada com Manuel Odoriw Mendes, o tradutor
2 - 3 :-Dr . Durval de Almeida Baptista Pereira, n.,
de Virgilio e Eomero, deputado geral pelo Maranháo, onde 20-9-1902, cirurgião dentista, professor da
representou importante papel poli ti"^, como se vê da sua Faculdade de Odontologia e de Medecina de
biografia no "Pantheon MaraMenseV, do h.A . nenriques
Leal, tomo 1,s. Niterói, casado com D. Jandira Alves Costa
(2) Vide apendice - Artigo de Luiz da Camara CascuCW. Baptista Pereira, n., na Fazenda dos Duques,
DRS. ANT.O Jm.E JULLAO R. DE MACEDO SOARES 255
254 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
- -4
onae lecíonou as catedras de Arte Sacra,
em Itaborahy, filha de João Carlos Alves Apologética e Arquiologia; a sua profunda
Costa, n., 28-2-1863 e falecido, 22-4-1934, e cultura tem a realçá-la mais a cativante
de D . Albertina Torres Alves Costa, n., 27-9- afabilidade de uma alma de eleição, que tan-
1870 e falecida á 3-5-1919, ambos em Itabo- to bem há feito, amparando os humildes e
rahy; neta paterna do Coronel Joaquim Ma- socorrendo os pobrezinhos. Distinguindo-se
riano Alves Costa, n., 4-10-1819 e falecido a sempre pela sua piedade, inteligencia e zêlu
4-8-1892, e de D. Carlota Joaquina Alves apostólico, D. José Newton fez parte do Ca-
Costa, n., á 27-1-1828 e falecida á 8-7-1882, bide Metropolitano e ainda foi o diretor das
ambos de Itaborahy; neta materna de Ber- Vocações Sacerdotais da Arquidiocese do Rio
nardino José Ferreira Torres, n., 3-3-1825 e de Janeiro. Foi tambem secretario parti-
falecido á 27-4-1900, e de D . Maria Bernar- cular do Arcebispo D. Jaime Camara.
dina Rodrigues Ferreira Torres, n., 28-5-
1843, e falecida á 7-7-1897, naturais de Ita- 2 - 5 :-Dr. Moacyr de Almeida Baptista Pereira,
borahy . Filhos : n., 23-3-1911, medico assistente do Hospital
de S. João Baptista e cirurgião dentista, ca-
3 - 1:-Vera Apolonia, n., 31-10-1927; sado com D. Maria Thereza Villemor do
Amaral Baptista Pereira, nascida em Nite-
3 - 2 :-Luiz de Gonzaga, n., 21-12-1929 ; rói, filha do conceituado e antigo corretor de
3 - 3:-Margarida Maria, n., 7-7-1933; fundos publicos Alfredo Gastão Villemor do
Amaral, n., 1-12-1858 e falecido á 14-9-1933.
3 - 4 :-Maria da Gloria, n., 29-10-1935; e de D . Flora Augusta Villemor do Amaral,
3 - 5 :-José Newton, n., 8-11-1938. n., 7-2-1881 ; neta paterna do Dr. Luiz José
2 - 4 :-José Newton de Almeida Baptista, n., em Ni- Sergio do Amaral, medico-clinico em Can-
terói, 16-10-1904; ilustre sacerdote, Bispo de tagalo, e de D . Amelie Elizabeth Jeanne
Uruguayana. D. José Newton fez seus estu- Aimé de Villemor Amaral, filha dos Barões
dos p1:eparatorios no Seminario de Pirapora, de Villemor, residentes em Paris; e pelo lado
em S. Paulo, sendo mais tarde distinguido materno do Dr. Manuel Moreira de A r a u j ~
pelo saudoso Cardeal D . Leme com u'a ma- Silva, engenheiro civil, n., Rio de Janeiro,
tricula no Colegio Pio Latino Americano, em 7-10-1843, e de D. Josefina Tostes de Arau-
Roma, onde esteve durante oito anos, orde- jo Silva, natural da Bahia; n., á 27-5-1843 c
falecida aos 94 anos, á 17-8-1937. Filhos :
nando-se em 1928.
Ali, frequentou tambem a Universidade Gre- 3 - 1:-Thereza Maria, 'n., 3-10-1938 ;
goriana, doutorando-se em teologia e direito
canônico. Regressando da Etiropa, exerceu
3 - 2:-Margarida Maria, n., 26-6-1941, bella meni-
na, talecida em uma piscina no parque das
as vigararias de Paquetá, Osvaldo Cruz, Aguas Virtuosas de Lambary, em Março de
Inhauma e Santa Cruz, em cujo serviço reve- 1946, acontecimento que constristou a todos
lou-se o verdadeiro soldado de Christo, bata- os veranistas, entre os quais o autor destas
lhando pela salvação das almas, assistindo o notas e sua senhora,
moribundo, consolando os aflitos, recondu- 3 - 3 :-Luiza Maria, n., 25-8-1942 ;
zindo os transviados. Mais tarde, capelão do
Colegio Notre Dame de Sion, do Rio, profes- 3 - 4:-José Geraldo, n., 6-6-1945.
sor do Curso Superior do Seminario Arqui- 3 - 5 :-Helena Maria, n., 30-4-1947.
diocesano de São José, no Rio Comprido,
DRS. ANT.O U.E JULUO R. DE MACEDO SOARES 267
256 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --
L - 6:-Maria da Gloria, n., em Niterói, á 23-10- te e industrial, chefe da antiga e conceituada
1913 ; irmã da Congregação das 1Líercedarias. firma Isnard & Comp., e de D. Zulmira Gou-
2 - 7 :-Jose de Almeida aaptista, n., Zb-'l-l91'i ; sa-
cerdote secular, proIessor do C;olegio bale-
Gouvêa; neta materna do Coronel Francis o 8
vêa, irmã do notavel cirurgião, D r . Jorge e

Soares de Gouvêa, fazendeiro, figura de re-


sianos, em Niterói. levo na politica fluminense, em Petropolis,
1 - 3:-~athilcie de Macedo Soares Ribeiro ue Al-
meiaa, n., em luaricá, 19-9-187'L, proxessora
antigo deputado federal, e de D . Isabel da
Silva Soares de Gouvêa, falecida á 5-1-1937.
0 Coronel Soares de Gouvêa, natural de Sa-
puDlica aposentada do Estado do m o ae Ja-
bará, Minas Gerais, irmão do conhecido ocu-
neiro, solteira. lista D r . Hilario de Gouvêa, faleceu em Pe-
1 - 4:-Uolores de Macedo Soares Ribeiro de Almei- tropolis, á 12-6-1929 ; filhos :
aa, n., 9-4-1879; faleceu a rua Barão ae r e - 4 - 1:-José Carlos, n., 28-3-1938;
tropolis, kio, 1888, vitima da febre amareiia.
1 - 5 :-Dr . Joaquim Ribeiro de Almeida, n., em lua- 4 - 2 :-Clemente, n., 1-8-1939 ;
ricá, 6-3-1882, medico pela Faculdade de Me- 4 - 3 :-Paulo, n., 27-4-1941;
decina do kio de Janeiro, politlco militante
em São Gonçalo, deputado estadual, filiado a d - 5 :-Lourenço, n., 10-5-1946.
corrente Aiiredo Backer . Intransigente, dis- 3 - 2:-Dr. Tito Ribeiro de Almeida, n., 15-7-1913,
ciplinado, com a queda do partido preferiu casado com D. Magdalena Ribeiro, filha do
não aderir, mudando-se para S. Paulo, onae D r . Abrahão Ribeiro, advogado nos audito-
logrou uma das maiores clinicas. Por mais rios de São Paulo, atualmente prefeito da
de trinta anos exerceu o cargo de chefe de Capital, governo do embaixador, Dr . José
clinica da Santa Casa de Misericordia, e, por Carlos de Macedo Soares, e D . Martha Sche-
muitos anos, o de secretario geral da Socie- lezinger Ribeiro, de origem allemã; neta pa-
dade de Medecina e Cirurgia de São Paulo. terna de Francisco de Paula Ribeiro, e de
Em viajem de estudos á Alemanha, França D . Maria Isabel Coutinho Ribeiro, falecida,
e outros paizes da Europa, de volta conheceu na capital do Estado de São Paulo, á 27-12-
e casou-se, em S . Paulo, 30-9-1911, com D . 1946. A veneranda senhora que era filha
Aracy Moraes, filha de Camillo Antonio de de Sebastião Coutinho da Silva e de D.
Moraes e de D. Judith Queiroz Guimarães de Francisca Baptista Coutinho, falecidos há
Moraes, fazendeiros em Jacarehy . (1) O Dr. muitos anos, deixou os filhos: D. Isabel Ri-
Joaquim Ribeiro faleceu a 26-7-1943, em sua beiro Nickelsburg, viuva de Julio Burchard
residência, á rlia Brigadeiro Tobias, n., 127, Nickelsburg ; Dr . Samuel Ribeiro. casado
São Paulo. Filhos: com D . Heloisa Guinle Ribeiro; Dr. Abra-
hão Ribeiro, casado com D . Martha Ribei-
3 - 1:-Dr. Hugo Ribeiro de Almeida, n., em S ro; D. Branca Ribeiro Guinle, viuva do Dr.
Paulo, 6-8-1912, medico pela Faculdade de Eduardo Guinle; D . Eulalia Ribeiro de Sou-
Medecina de S . Paulo, casado com D . Isabel za Reis, viuva do Dr. Francisco Tito de Sou-
Isnard, filha de Ernesto Isnard, comercian- za Reis ; D . Lina Ribeiro Serva, viuva do Dr.
Lego Renato Pinto Serva ; Dr. David Ribeiro,
( 1 ) Sobre a wendencia de D. Aracy, consulte-se Rederico de
Barras Brotero. Apantamentos Genealoglcfos- Q u e l m s - S. Pau- .
casado com D Emilienne Berringer Ribeiro :
10 - 1987, w . 16.
DRS. ANT." Jm. E J U W R. DE B6ACHX) .SOARES -259-
D . J uiiana Ribeiro, solteira ; Dr . Noé Ribei- aeira de direito Internacional Privado da
ro, casado com D. Martha Whitaker Ribei- Faculdade de Direito da Bahia, procurador
ro; 1). Virginia Ribeiro Ferreira da hosa. Geral do mesmo Estado, filho do desembarga-
P casada com o Dr. Armando Ferreira da Ko- uor Arthur Newton de Lemos, do Tribuna1 de
sa ; I). Maria Ribeiro Cajado de Oliveira, ca- Apellação daquelle Estado, e de D. Maria Isa-
sacia com Alvaro Cajado de Oliveira; L). Au- bel Guimarães de Lemos, ambos de famllias
rea Ribeiro Freire de Carvalho, casacia com tradicionaes da Bahia. O Dr. Clovis faleceu
o D r . Heitor Freire de Carvalho; D. Evan- na Capital Federal, á 10-10-1944, muito jo-
yelina Ribeiro Tavares, casada com o 1)r. vem, com grande pezar para seus amigos e
Breno Tavares ; D . Celina Ribeiro Collet Sol- discipulos . Filhos :
berg, casada com B. D. Collet Solberg e D.
Heloisa Ribeiro de Castro. Teve ainda uma 3 - 1:-Anna Mario, n., 20-10-1934;
filha, já falecida, D. Maria Isabel Ribeiro 3 - 2 :-Claudio, n., 10-5-1940,

-
Ferreira, que foi casada em primeiras nup-
cias com Siegmund Mickelsburg, e, em segun- 3 - 3:-Haroldo, n., 6-6-1941,
das nupcias, com Sebastião Affonso Ferreira. 3 4 :-Paulo, n., 11-1-1943;
Deixou ainda cincoenta netos e quarenta bis-
netos ; filhos : 3 - 2 :-Dr . Haroldo de Almeida Mattos, n., nesta ca-
pital, 11-3-1911; medico pela Faculdade de
4 - 1:-Thomaz, n., 6-11-1940; Medecina desta Capital; cirurgião do pronto
4 - 2 :-Guilherme, n., 4-5-1941; socorro da Assistencia Municipal. Abando-
nou a profissão para tomar o habito de mon-
4 - 3 :-Maria Martha, n., 29-8-1943; .
je beneditino, com o nome de D Leão Magno
de Almeida Mattos.
4 - 4 :-Sylvia, n., 13-5-1945;
3 - 3:-Maria da Gloria, casada com o Dr. Claudi-
3 - 3:-Dr. Joaquim de Almeida Mattos, n., nesta
capital, 17-1-1916, engenheiro arquiteto. Tem
no do Amaral, medico pela Faculdade de Me- exercido varias comissões importantes no
decina de S . Paulo, filho de Zepherino Alves Estado do Rio e em escritorios particulares.
do Amaral e D. Evelina Vairo do Amaral, Casado com D . Miriam da Rocha Miranda,
domiciliados em S. Paulo. Filho adotivo: filha do Dr. Aquila da RocFa Miranda, ad-
4 - 1:-Luiz Carios do Amaral, n., 7-11-1944. vogado e politico militante em Petropolis,
falecido recentemente, e de D . Luiza Guerra
1 - 6 :-Anna Alexandrina de Macedo Soares Ribeiro da Rocha Miranda; neta paterna de Luiz da
de Almeida Mattos, n., 7-7-1884; casou-se em. Rocha Miranda (Barão do Bananal), e de
26-6-1906 com o Dr. Joaquim de Oliveira D . Adriana Nogueira Torres da Rocha Mi-
Mattos, medico-cirurgião pela Faculdade do ranàa, irmã do integro magistrado, desenr
Rio de Janeiro, filho de Luiz de Mattos, por- , bargador Cesar Nogueira Torres; neta pelo
tuguês, comerciante e D. Leopoldina Rosa lado materno de José Tavares Guerra e de
de Mattos, brasileira. Filhos : D . Julia Fonseca Guimarães Guerra ; filha :
2 - 1 :-Lia, n., 8-6-1907, casou-se com o Dr. Clovis 4 - 1:-Miriam, n., nesta Capital, 12-6-1946.
Newton de Lemos, n., em Conde, Bahia, 16-9-
1905, bacharel em direito, prbfessor da ca-

(C. R i )
260 NOBILIARQUIA FLUMINl%SE

CAPITULO XXXI
Descendencia de D. Anna Augusta de Macedo Soares
Dias de Menexes e Antonio de Souza Dias de
Menexes
1 - l :-Edith de Macedo Soares Dias de Menezes, n.,
em Maricá, aos 25 de dezembro de 1870. Ma-
triculando-se no Colegio d a Imaculada Con-
ceição, á Praia de Botafogo, revelou desde
logo a sua vocação religiosa; concluindo os
seus estudos tomou o habito de irmã de cari-
dade, e passou chamar-se a irmã Catharlna.
Faleceu a 15-8-1913. A "União", sob a d1-
reção do Dr. Felicio dos Santos noticia: "A
irmã Catharina - Mais uma angelica filha
de S . Vicente de Paulo evolou á celeste man-
são. Terminou o arduo incolato que tanto
lhe foi suavisado pela ardencia da caridade,
a s consolações da esperança que luzem do
sol da f&inabalavel. E' que n a florescencia da
edade já estava saturada de meritorios ges-
tos a irman Catharina, no seculo chamada
Edith de Macedo Soares Dias de Menezes,
nascida em Maricá (E. do Rio) no dia de
Natal do Senhor (25 de dezembro de 1870)
e sepultada no dia da Assunção d a Virgem
Mãe (15 de agosto de 1913). A coincidencia
dessas datas ainda é mais sugestiva quando
se sabe que o nascimento da gentil menina
em uma fazenda agricola foi comunicado aos
avós residentes em outra por um inocente
~ ~ e g r i n henviado
o com a noticia escrita na D. Edith de Macedo Soares Mas de MeneZRs
fita do chapéu porque não saberia êle trans- - Irm& Catharlns.
miti-la verbalmente. Não lembra isso o evan-
gelho do Natal de Jesus comunicado aos pau
tcires pelos anjos? Foi uma digna filha do
Menino Jesus essa alma de escol cujas pere-
grrnas virtudes esplenderam n a Congregaçáo
em que entrou a 15 de julho de 1895 e es-
pecialmente no Colegio d a Imaculada Con-
ceição de Botafogo onde era idolatrada. A
irman Catharina e r a filha de D. Anna de
Macedo Soares Dias de Menezes, ainda viva
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 261

e viuva há alguns anos. Era sobrinha do fa-


l e c i ~ presidente
~ do Supremo Tribunal
Federal, A. J. de Macedo Soares e prima do
Dr. J. E . de Macedo Soares, proprietario e
redator do "Imparcial". Escusado é dizer Y

quanto foi concorrido o enterro da santa ir-


man. Contemos a pena para não escrever
um fato em que se verifica o valor das ora-
ções da irman CatEarina. Mais tarde. tal-
vês, diremos dêle. Ela continuará no Céo a
interceder pelos pobres e pelos pecadores".
- Cumpriu a promessa a "União" de 8 de
fevereiro de 1914, sob o titulo "Casos reaes a
registrar . Lucio de Mendonça, Macedo Soa-
res, O Padre Chiquinho, a irman Catharina.
Quando, há alguns mêses, noticiei a morte
da santa irman de Caridade, que em relipião
honrou o nome de S . Catharina, aludi a
um fato de sua vida que me pareceu uma
graça divina. Não o referi, então, mas ago-
ra não vejo porque não deva revela-lo, ten-
do obtido a necessaria venia do meu velho
amigo e colega Dr . J . M . de Macedo Soares,
tio da falecida irman, e, seja dito de pas-
savem a~radavel.iim dos três aue restam dos
formados em medecina em 1863 - êle, eu e o
Lourenço de Almeida Baptista, barão de Mi-
racema. Estava a ser julgada no Supremo
Tribunal Federal, a rumorosa causa dos fra-
des de S. Bento, que até arruaças graves
causára. - Amigo, como fui, de Lucio de
Mendonça, julguei dever procimá-10 emne-
nhando-me a favor dos benedXnos atuais,
cuja aucessCLo era contestada pelo f ~ ) l p - . ; ~ n
Frei João. E r a o Lucio, Grão-Mestre adjunto
da Maçonaria e um anti-clerical apaixonado.
Como ousei, pois, dar esse passo? Valerá a
pena dizê-lo, mesmo porque o meu Lucio,
graças a Deus, morreu com os sacramentos
da Egreja e nos braços do seu velho e cons-
tante amipo, o santo Mons. Francisco de
Paula Rodrigues, o Padre Chiquinho como
sempre foi conhecido, e em cuja casa moroii
262 NOBILIARQUIA PZUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 263
- . --

sempre ele, o Lucio, quando estudou em S . feliz. Mas eu. . . Veja que beleza nesta noite
Paulo. Foi aquilo uma graça especial, sem- de aflição horsivel para mim! Voce crê que
pre esperada pelo Padre Chiquinho; assim há um Deus capaz de ouvir os gemidos, de
me disse um dia em que me honrou almo- aliviar as torturas de um pai nesta minha
çando em minha casa com o Lucio e teve ~ontingencia? Sim. Creio.. . M a s . . . Es-
ele a consolação de, vindo de's. Paulo, ex- cute, disse êle interrompendo. - Si houvesse
pressamente, assistir a essa bela conversão. um Deus capaz de salvar minha filha, e que
Não podia eu prevê-la, mas, algum tempo an- o quizesse, eu o serviria como um escravo.
tes da minha intercessão junto ao Lucio, - Seria um áto de gratidão apenas, não é
sucedera caso que me animou a procurá-lo. para essa especie de negocio que ele deseja
Moravamos eu e êle em Santa Thereza. Fui
chamado uma noite á sua casa com urgencia.
ser invocado para se revelar - disse eu. -
Mas reflita bem! A's vezes conseguimos coi-
Achei-o consternado. . . Só um amigo como sas extraordinárias, si são sinceros nossos
Você posso solicitar este obsequio: ver uma votos. Bem semelhante é o seu caso ao
doentinha desenganada, para que, hoje, ou que aconteceu a um seu colega nota-
amanhan, dê o atestado de obito. O medico bilissimo magistrado de França. Conte-
assistente é parente proximo : será melhor me.. . Augusto Nicolas fez igual promessa
recorrermos a outro para a atestação.. . E' para obter a cura de uma filha. Foi atendido
minha filhinha, venha vê-la. E o Lucio, do- e empregou a sua vida em estudar a religião
tado como era de extremosissimo sentimen- católica, e em escrever admiraveis livros apo-
to, debulhado em lagrimas levou-me ao quar- logeticos que tenho lido com grande prazer.
to da doente. A pobrezinha, de uns 2 anos E despedi-me. No dia seguinte, bem cedo,
de edade, extinguia-se nas vascas de uma fui ver a doentinha: estava salva! Dois dias
meningite, naqueles agudos gemidos que tan- depois achei-a brincando. Lembrei ao Lu-
to compungem os assistentes e laceram o co- CIO a promessa! Riu-se e, com grande magua
ração das mães. . . A temperatura altissima minha, explicou as suas exclamações como
e as convulsões sucessivas presagiavam a explosão de sentimentos atavicos : chasqueou
proxima terminação anunciada pelo ilustra- das fraquezas de animo a que não escapam,
do e criterioso medico assistente. - Outro nas grandes angustias, os homens, emancipa-
não podia ser o meu prognostico. Prescrevi dos de crendices e superstições, como êle.. .
um calmante, apenas para minorar o sofri,- Pouco depois, enviou-me uma fotografia da
mento do anjinho. Depois procurei o pai filhinha com uma derdicatoria escrita por
para dizer-lhe algumas palavras de r e de. Ao seu salvador oferece F. em s i m 1 de
signação religiosi . Resignação ! - disse êle, g r a t i d ã o . Quanto me doeu isso! Debalde pro-
levando-me para junto da janela aberta, da testei que não fora mais que um instrumento,
qual se avistava o incomparavel panorama infeliz todavia, da graça divina. Minhas pres-
do mar na entrada da bahia, e da cidade crições em nada mereciam o titulo de "he-
profusamente iluminada, como repousando Y oicas", banalissimas tinham sido. Ora ago-
abrigada na falda da cordilheira de Santa r a cheguei ao motivo de minha visita ao
Thereza. O céo estava recamado de brilhan- Membro do Supremo Tribunal de Justiça. A
tes astros pestanejantes, e a brisa a nos aca- causa dos beneditinos era justissima, a meu
.
riciar embalsamada. . Resignação ! - re. ver; fui lembrar ao m a ç o n o que êle devia
petiu êle - Como? Você é um crente.. . é a Deus. Saí acabrunhado. O Lucio declarou-
264 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 265

rne que não podia perder aquela ocasião de desse belo gesto do integro magistrado, corri
defender a causa do liberalismo contra as ao Colégio. Irman Catharina, seu tio foi a
superstições catolicas, e, de mais a mais, tra- s ~ s s ã o !Ela deixou pender a cabeça suspi-
tanáo-se de frades. . . A causa ntto poude ser rando. E votou. . . a favor dos frades! A
decidida por falta de um juiz. Estava doente santa irman levantou o rosto radiante de
Macedo Soares, Vice-presidente do Tribunal. contentamento e disse apenas isso : Ah ! Nos-
E era êle nada menos que o Grão Mestre so Senhor fez mais do que eu pedi.. ." -
efetivo da Maçonaria no Brasil. Esperavam F. S."
poder fazê-lo comparecer á sessão proxima: 1 - 2:-TI. Zeni de Macedo Soares de Azevedo, n.,
seu voto romperia a empate. Empenhavam-
3e muito com êle para esse fim. - Nessa si- em Maricá. 18-7-1872, casou-se á 8-2-1896
tuação é que procurei a irman Catharina, so- com João Baptista de Azevedo, natural da
brinha de Macedo Soares. Desejava que fossc provincia do Ceará, conferente da Alfandeya
ela pedir-lhe - não o seu voto (naturalmen- de Santos; filhos:
t r contrario), mas que não arriscasse a sua 2 - 1:--Liicinda de Nacedo Soares Azevedo, n., 30-1-
saude, comparecendo á sessão. - Ouviu-me 1897, solteira;
a santa irman com a cabeça baixa e, suspi-
rando, respondeu-me. - Conheço, bem meu 2' - 2:-Edith de Azevedo Aulicino, n., 24-5-1899, ca-
tio. Nestas coisas um pedido meu nada vale : sada em 10-4-1920 com Miguel Aulicino, in-
talvês seja at6 pior. - O Senhor é amigo dusl:rial, residente n a Cidade de Santos, Es-
dele, mas creio que não conseguirá demovê- tado de S . Paulo ; filhos :
10. Vou procurar um caminho melhor. . . ?. - 1:-Josh-Aulicino, n., 9-4-1921, comerciario,
Como se calasse ela, perguntei: - Que ca-
minho é esse? Algum amigo? - Estavamos 3 - 2 :-Antonio Alberto, n., 27-8-1922, comerciario,
no jardim da frente cio colégio da Imaculada
Conceição, na Praia de Botafogo. Apontou-
me a Capela e disse: - Sim, grande amigo.
- No dia seguinte compareceu ao Tribunal
3 - 4:-Lucia, n., 4-1-1926, professora,
Macedo Soares. Foi acolhido com alvoroço g - 5 :-Paulo, n., 12-10-1927, estudante,
pelos contrarios aos beneditinos e com pesar 3 - 6 :-Miguel, n., 28-7-1929, estudante,
pelos que por eles se interessavam. - Oh!
Muito bem!. . . disseram aqueles. - Veiu, V - 7 :-Gilza, n., 4-12-1931, estudante,
fazendo um sacrificio. Imo é que é de um 3 - 8:-Lygia, n., 28-5-1934, estudante,
magistrado patriota. Seu voto vai decidir o
pleito. A favor dos frades. . . disse ele com 3 - 9 :-Luiz Roberto, n., 19-3-1936,
firmeza. Imagine-se o pasmo do Lucio e dos
outros ! Que! O Grão Mestre da Maçonaria Y - 10 :-Fernando Sergio, n., 19-7-1941,
votando a favor de frades estrangeiros? - 3 - 11:-Maria Edith, n., 19-9-1943.
disse alguem. Sim. A favor - disse Mace-
do Soares que pouco tempo antes tinha escri- 2 - 3 :-Olga, 20-3-1901 ; faleceu á 22-4-1901.
to terriveis artigos anti-catolicos. - Aqui &>.AI
2 - 4 :-Dr. Fabio Azevedo, n., 6-6-1902 medico, ca-
n5o sou maçon! Sou juiz. O direito sufraga sou-se a 28-10-1936 com D. Ilka Ribeiro
os frades. Voto pelo direito. Apenas soube Gomes ; Filhos :
266 NOBILIARQUIA FLUMINENSE )RS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 267
-.

: - 1:-Maria Cristina, n., 21-11-1937, com D. Carmem Almeida Prado Dias Mene-
3 - 2:-João Paulo, n., 13-5-1944, zes, n., em Rio Claro, S . P . , 21-9-1908, filha
de Eduardo de Almeida Prado e D . Alice
Z - 5 :-José, n., 26-5-1903 ; faleceu á 31-12-1903 ; Negreiros de Almeida Prado. Filhos :
2 - 6 :-Marja Celina, n., 9-2-1906, solteira. 1:-Maria Helena, n., 20-3-1928, em São Paulo,
2 - 7 :-Dr. Claudio Azevedo, n., ,12-8-1908, cirur- 2 :-Paulo Antonio, n., em Sorocaba, 2-6-1929
gião dentista, com consultorio n a C. F . , ca-
sado com D . Elza Fernandes; fliho: 2 :-Judith Dias Menezes, n., Juiz de Fora, Minas.
20-7-1905 ; falecida, 1906.
.. - 1 :-Claildio José, n., 20-7-1943.
2 - 8:-Maria Zeni, n., 16-4-1910; faleceu á 4-11- 3 :-Cyro Dias Menezes, n., em S. P . , 23-12-1907,
falecido á 22-6-1930.
1918.
2 - 9:--Helena, n., 13-6-1912; casou-se á 27-11-1936 4 :-José Dias Menezes, n., em S . P . , 18-4-1909 :
falecido, 9-5-1936.
com Atabalipa Castro, fiel de tesoureiro da
Alfandega de Santos ; filhos : 5:-Maria de Lourdes Dias Menezes, n.. em S.
2 - 1:--Maris% n., 2-9-1937, Salvador, Estado d a Bahia, 11-3-1911. Cur-
so ginasial, funcionaria do Banco Comercio
i:- 2 :-Gilberta, n., '8-8-1943. e Industria de S. Paulo, 1931 A 1935 ; secre-
taria da diretoria; em fins de março de 1935
2 - 10 :-Delia, n., 16-8-1914, solteira. passou a I.A.P.C., Delegacia de S. Paulo,
1 - 3 :-Hermann de Macedo Soares Dias Menezes, e em 1939, secretaria do Delegado. E m 1-3-
n., em Niterói, 20-11-1873, antigo funcioná- 1944 transferida para o Distrito Federal
rio bancário, procurador do Banco Comer- passou a exercer a s funções de auxiliar do
cial do Estado de S . Paulo, casou-se á 4-5- presidente do mesmo Instituto; atualmente,
1901 com D . Cacilda Leão, natural de S. as funções de secretaria do engenheiro che-
,

João da Boa Vista, Estado de S. Paulo, n;; f e da Fundação da Casa Popular.


á 27-12-1881, filha de Firmino Leão de Moii- 6 :-Celia Dias Menezes, n., em S. P . , 26-8-1912 f
ra e D . Julia Bressane de Almeida Leão, esta faleceu á 20-11-1912.
de origem mineira, aquele de S. Paulo. Her-
mann faleceu á 19-4-1945. Filhos : 7:-Joaquim Mariano Dias Menezes, n., S. P . ,
19-2-1914. Curso ginasial, de aviador civil :
2 - 1:-Antonio Hermann &as Menezes, n., em San- é paraquedista da Ia turma brasileira. Che-
tos, 25-6-1902; cursou a Escola Agricola Pe- f e da secção de Publicidade da Panair em S.
reira de Queiroz, em Piracicaba . Dirigiu,. P . , e 'redator dos "Os Diarios Associados na
durante alguns anos o "Correio Paulistano" parte - A aviação - e como representante
e as radios "Tupi" e "Cultura", atualmente dessa empreza visitou a Inglaterra e os Es-
diretor das Emissoras Unidas de S . Paulo. tados Unidos da America, a convite dos res-
Tomou parte ativa nas revoluções paulistas pectivos governos. Casado com D . Odila
de 1924 e 1932 e foi levado ao exilio em com- Azevedo Dias Menezes, n., em Casa Branca,
panhia dos coroneis Palimercio de Resende e 24-6-1921, chefe da secção de Arrecadação
Euclydes de Figueiredo . Casado á 25-2-1927 do I. A . P . I., em S . P . , filha de Antonio
DRS. ANT.0 Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES * 269
0 -- --
268 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
CAPITULO XXXII
José de Azevedo, e de D. Elvira Ferraz de
Azevedo. Filhos : Llmcendenciu de Dr. José E'duxwdo de Macedo Soares
e D . Candida Sodré de Macedo Soares
3 - 1 :--Fernanda, n., S . P . , 9-8-1942,
3 - 2 :-Marcelo, n., S. P . 23-4-1946.
3 - 1:-Eponina de Macedo Soares Affonseçrt, li.,
em Cordeiros, municipio de S . Gonçalo, pro-
L? - 8 :-José Eduardo Dias Menezes, n., S. P., 7-12- vincia do Rio de Janeiro - 18-8-1877. Ca-
1915. Curso ginasial. E funcionario do I. sou-se - 18-11-1899 com Carlos Affonseca,
A. P. C., em S . P . , agência de Santos. n., 12-6-1870, fazendeiro e jornalista, filho
de Carlos Luiz de Affonseca, e D. Maria do
C - 9 :-José Carlos Dias Menezes, n., S. P., 17-10- Carmo Cockrane Sá de Affonseca; filhos:
1917 ; faleceu 27-11-1917.
2- 10:-Edith Dias Menezes de Azevedo, n., Piraci-
2 - 1:-Maria do Carmo, n., 15-2-1901, em Santos,
S. Paulo ; casou-se 19-3-1921, com Antonio
caba, 18-3-1919; curso ginasial e normal. Rogé Ferreira, n., 10-5-1897, funcionario da
Fundou o Externato "Irmã Catarina" em Diretoria de Rendas de S. Paulo, filho de
4-7-1938, com 4 alunos, alcançando atual- Antonio J. Ferreira Junior, e D . Emilia Ro-
mente, 190 alunos. Os seus alunos são, em gé Ferreira ; filhos :
regra, classificados em 1 . O lugar nos exames
de admissão aos cursos superiores ; professo- 3 - 1:-José Antonio Rogé Ferreira, ~ i . , 10-1-1922,
ra particular de português, francês e inglês. academico de direito, funcionario do I. A .
Ao seu Externato acresce a Escola de Bai- P. C. ; casou-se 14-3-1944 com D . Helena
lados. Casou-se com Rubens José de Azevedo, Maria Da1 Medico, n., 1-7-1923, S . Paulo,
n., 1-9-1915, em Casa Branca, filho de Anto- filha de Rafael Da1 Medico, e D . Esther Dal
nio José de Azevedo e D. Elvira Ferraz de Medico; filho :
Azevedo. Tem os cursos de ginasio, normal e
sociologia e Politica . Funcionario no I. E . 4 - 1:-José Antonio Rogé Ferreira Junior, n.,
P. A. I., em S . P., onde exerce as funcões 19-12-1944 ;
de chefe de secção de cadastro industrial.
3 - 11:-Mathilde Dias Menezes, n., S . P ., 4-1-1920 ;
3 - 2:-Luiz Fernando Rogé Ferreira, n., 11-1-1923r
funcionario do I . A . P . C. ; casou-se 30-6-
faleceu á 6-9-1924. 1945, com D. Ignês Cintra, n., 16-11-1926,
2 - 12 :-Thereza Dias Menezes, n., em Taauaritinga, filha de Francisco Antunes Cintra, e D .
22-9-1923. Curso ginasial e cientifico no Li- Odette Passos Cintra ; filha :
ceu Rio Branco; de ciencias naturais pela
escola de Filosofia e atualmente aluna da
4 - 1:-Maria Ignês Cintra Rogé Ferreira, n., 4-4-
1946 ;
escola de quimica industrial no Liceu Edu-
, ardo Prado, S . Paulo.
R - 3 :-Gilberto Affonseca Rogé Ferreira, -n., 24-10-
2 -- 13 :-Luiz Alberto Dias Menezes, n., Rio Claro, 1935.
1-12-1925. Estudante do curso de quimica in: 2 - 2:-Jo-aé Carlos de Macedo Soares Alfonseca, n.,
dustrial do Liceu Eduardo Prado; funciona- 12-8-1902, bacharel em direito, advogado, ca-
rio da Companhia de Seguros S. Paulo.
sou-se, 20-1-1925 com D. Gilda de Azevedo
270 NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 271
%

--- L - --
a

Soare, r~.,20-3-1905, filha de Manoel Ribeiro 1 - 2:-José Paulo de Macedo Soares, n., 24-1-1879,
de Azevedo Sodré, e D. Maria Candida Men- em Cordeiros, municipio de São Gonçalo, pro-
donça de Azevedo Sodré ; filhas : vincia do Rio de Janeiro, cirurgião dentista,
professor da Faculdade de Odontologia de S.
3 - 1:-Gilda Maria, n., 30-11-1926, casada, 16-10' Paulo ; alto funcionario da C . N . M . F . Ca-
1946, com o Dr. Benjamim Augusto Pereira sou-se, 7-2-1901 com D , Ernestina Leão, n.,
de Queiroz, bacharel em direito, funcionario 19-8-1885, filha de Firmino Leão de Moura,
.,
do 1.P. A. S. E departamento jurídico, fi- e de D . Julia Bressane de Almeida Leão;
lho de Paulo Colombo Pereira de Queiroz. filha :
3 - 2 :-Regina Maria, n., 28-10-1928, solteira. 2 - 1:-Estella, n., 19-12-1901; faleceu, 19-1-1904.
2 - 3 :-Léa Maria, n., 7-3-1931, solteira. 1 - 3:-Eunyce de Macedo Soares de Souza Campos,
n., no local acima, 28-1-1881. Casou-se á 4-7-
8 - 4:-Sonia Maria, n., 21-2-1941. 1903, com o Dr. Antonio de Souza Campos
2 - 3:-José Armando de Macedo Soares Affonseca, Junior, estudante que foi dos mais distintos
n., 9-11-1908, bacharel em direito, advogado, do afamado Cdegio Paula Freitas, Rio; en-
deputado federal pelo Estado de São Paulo, genheiro civil e fazendeiro, n., 17-10-1877,
n a Constituinte de 1946. Delegado do Brasil filho do D r . Antonio de Souza Campos, me-
a Conferencia Internacional do Comercio e dico, republicano historico, um dos signatk-
Industria, Genebra. 1947. Casou-se - 31-'5- rios do manifesto republicano de 1870, e de
1938 com D . Leda Fiorini, n., 17-12-1921, D . Candida Rosa de Bittencourt de Souza
filha de Mel10 Fiorini, e D . Dieonlra Fiorini. Campos, f.alecida em S . Paulo á 6-4-1932, na
avançada idade de 89 anos; neto paterno de
2 - 4:-Maria de Lourdes, n., 3-8-1909; faleceu, 14- Pedro José de Souza Pimentel, e de D . Es-
11-1911 ; cholastica de Ferraz Campos; e materno de
2 - 5:-José Humberto de Macedo Soares Affonseca, Candido José Velho * ~ i t t e n c o u r t e, de D .
n., 17-2-1914; funcionario da Companhia Si- Rosa Candida Bittencourt. O D r . Antonio de
derurgica Nacional. Casou-se, 16-9-1941 com Souza Campos Junior, faleceu em S . Paulo
D . Stella Maria, n., 16-7-1922, filha do Dr. em 1945, deixando os seguintes irmãos: D .
Antonio Sobral Netto, e D . Isabel Rinaldi Escolastica de Souza Campos Ferraz, casada
.
Sobral Filha : com Francisco Dantas Ferraz, falecida á
31-12-1946; Pedro de Souza Campos, tam-
3 - 1:-Vera Maria, n., 16-6-1942; bem falecido, casado que foi com D . Edith
, Novais de Souza Campos; Dr. Candido de
2 - 6:-José Candido Macedo Soares Affonseca, n., Souza Campos, viuvo de D. Zuleika Malta
9-3-1917, industrial; casou-se, 24-10-1942, de Campos; professor Dr. Ernesto de
com D . Lorenzina D'Angelo, n., 2-10-1923, Souza Campos, preclaro ministro de Educa-
filha de José D'Angelo, e D. Theolinda La- ção e Saude no governo do general Eurico
mano D'Angelo ; filhos : Gaspar Dutra, casado com D . Celestina Bri-
3 - 1:-Carlos Affonseca Netto, n., 5-8-1943; to de Souza Campos, e D . Elisa de Souza
Campos Dias de Toledo, casada com Manuel
H - 2:-José Armando Affonseca Sobrinho, n., 2-8- Dias de Toledo. Filhos:
1945 ;
i -

272 NOBILIARQULA FLUMINENSE


. DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 273
.-1

z - 1 : - J a n d i r a , n., 29-5-1904; casou-se, 30-5-1923 2 - 4:-José Fernando de Souza Campos, n., 29-5-
com o Dr. Levy de Azevedo Sodré, medico, 1912, bacharel em direito, advogado. Casou-
filho de Manuel Ribeiro de Azevedo SodrCI, se, 16-4-1940 com D . Maria Luiza Salles Tei-
e D. Maria Candida Mendonça Sodré; fi- %eira, falecida, 24-6-1943 ; filho :
lhos :
3 - 1:-José Fernando de Souza Campos Filho, n.,
3 - 1:-José Carlos Eduardo, n., 16-5-1925; faleceu, 23-6-1943.
21-7-1926 ;
2 - 5 :-Candida Eunyce, n., 23-8-1913 ; faleceu,
3 - 2:-Manuel Ribeiro de Azevedo Sodré Netto, n., 27-8-1913.
16-7-1926, estudante, solteiro. ,
? - 4:-José Eduardo de Macedo Soares, n., 4-9-1882,
3 - 3 :-Maria Eunyce, n., 14-6-1927 ; faleceu, 30-10- na freguezia de Cordeiros, municipio de S .
1928. Gonçalo, provincia do Rio de Janeiro. Curso
8 - 4:-Levy de Azevedo Sodré Filho, n., 21-2-1931,
de humanidades com real brilhantismo. No
gôso de suas férias junto a seu dileto irmão
estudante, solteiro. D r . José Eduardo, em S. Paulo, o Conse-
2 - 5 :-Antonio Augusto de Azevedo Sodré, n., lheiro Macedo Soares em carta intima a sua
16-6-1932, estudante. esposa, escreve : "O Eduardinho veiu do Rio
fazer exame de historia natural. Fê-lo hon-
2 - 2 :-José Antonio de Souza Campos, n., 30-6- tem, tirou distinção e voltou pelo nocturno.
1906, funcionario da I. A. P. C. Casou-se, Como Cesar nas Gallias, - "veiu, viu e ven-
29-9-1933 com D. Sylvia Barbosa, n., 16-6- ceu". E' um turuna o Eduardinho!". - Ma-
1914, filha do D r . Jayme Villares Barbosa, triculando-se na Escola Naval saiu-se bem,
engenheiro, e D . Celina Meyer Barbosa. Fi- ganhando os galões de guardamarinha, e,
lhos : 5. após a viajem de instrução, os de 2 . O tenente.
Comandando a divisão branca, rumo aos Es-
3 - 1:-Antonio de Souza Campos Netto, n., 5-2-1935, tados Unidos, o Almirante Duarte Huet Rar-
estudante. cellar Pinto Guedes levou o tenente José Edu-
ardo como seu ajudante de ordens. Por al-
3 - 2 :-Luiz Anionio de Souza Campos, n., 11-6- gum tempo exerceu essa comissão, e, já 1 . O
1946. tenente, quando, na Inglaterra, se não poude
2 - 3:-José Eduardo de Souza Campos. n., 29-10- refreiar na sua inclinação de servir a patria
1908, funcionario da Comp . Seguros S . Pau- num ambiente aberto, - a politica, o jorna-
10 ; casou-se 19-9-1935 com D . B a r i a do Car- lismo.. - Deu a sua demissão do serviço da
mo Villaça, n., 5-6-1915, filha do D r . soa- armada. - Regressa ao Rio de Janeiro, f u n
quim Pedro Meyer Villaça, advogado, e D. d a o "O Imparcial", jornal moderno, com
Zelinda Barros Villaça ; filhos : feição do dos melhores da Europa e da Ame-
rica; suplemento aos domingos, rico de co-
3 - 1:-Joaquim Pedro, n., 5-9-1936; laboração ornada de ilustrações interessan-
tissimas. Iniciou, então, a esteriotipia. na
3 - 2:- -José Eduardo, n., 13-7-1941; imprensa. Jornal de combate, franco, leal.
alcançou a liderança nos meios jornalisticos.
3 - 3 :-Fernando Antonio, n., 9-4-1946. Entre seus colaboradores, Rui Barbosa faz
(C. 92)
DRS. ANT.O Jm. E JULUSO R. DE MACEDO SOARES 275
274 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --

a campanha civilista. E' o jornalista, Mace- derante, decisiva. - A historia dirá do alto
do Soares desde logo, considerado, no l0pla- sentido civico desta revolução sem sangue
no. - De Fernando Azevedo, no seu opu- que culminou na entrega do governo sob a
lento 1.O volume de "A Cultura Brasileira", egide do poder civil n a pessoa do Presidente
ed. 1944, pg. 415 nt.". "Não caberia certa- do Supremo Tribunal Federal. - Vem as
mente nos limites de uma obra de sintese a eleições de 2 de dezembro, de fáto, livres e
citação de todas a s figuras que se destaca- honestas, dotando o pais com a Assembléia
ram, sob alguns aspéctos, no jornalismo do que soube organisar e proteger o regime de
periodo republicano. . . Entre os grandes liberdades e garantias legais instituido na
jornalistas - "de profissão" -, não seria Constituicão de 18 de Setembro de 1946. -
possivel esquecer os nomes ilustres de Quin- E na estacada, repetimos, aquela vós do bom
tino Bocayuva, de "O Pais", Alcindo Guana- senso, na coluna mestra do "O Diáriq Cario-
bara, José Carlos Rodrigues, Edmundo Bit- ca", franca, experiente, vai traçando o ca-
tencourt, Eduardo Salamonde, João Lage, minho que tanto almejam os bons brasileiros,
Julio de Mesquita, e, mais recentemente José oferecendo ao presidente da Republica a co-
Eduardo de Macedo Soares, fundador e di- iaboração dos partidos, ou, pelo menos, de
retor de "O Imparcial". . . Costa Rego e As- suas figuras mais representativas no cena-
sis Chateaubriand. . . ". - E m 1916 ingres- rio politico nacional. - E acaba de o obter
sou na Camara de Deputados como represen- com o mais completo êxito. - José Eduardo
tante do seu Estado natal. - Pela atitude de de Macedo Soares casou-se á 2-12-1908 com
desassombro, independente na sua profis- 1). Adelia de Carvalho Costallat, filha do
são, sofreu o jornalista Macedo Soares per- Marechal D r . José Alipio de Macedo da Fon-
seguições d e toda a ordem. J á em 1915 ha- toura Costallat, antigo professor da Escola
via sido encarcerado, como preso politico, no Militar e mais tarde diretor do Colegio Mi-
Quartel dos Barbonos. Em 1922 homisiou- litar, e de D . Maria Elvira Torres de Car-
se na Legação Argentina. E m 1924 preso valho; neta paterna de João Baptista Au-
em Maricá, metido numa ilha, logrou a fuga. gusto Costallat, natural de Limonges, Fran-
- E m 1927 funda o "O Diário Carioca", o ça, e de D . Maria Athanasia Macedo da
popular, em verdade, o jornal dos Cariocas. li'ontoura, natural de Rio Pardo, provincia
- E m 1930, novamente preso, por delito de do Rio Grande do Sul; (1) e materna de
imprensa, é, recolhido ao Quartel de cavala- José Dias Delgado de Carvalho, major aju-
r i a de policia, % rua Frei Caneca. Autentico dante de ordens do Comando Superior da
revolucionario pela liberdade, foi um dos li- Guarda Nacional de Araruama, Saquarema
deres do movimento de 1930. Politico de lar- e Cabo Frio, negociante matriculado na pra-
g a influencia no Estado do Rio foi eleito Se- ça do Rio de Janeiro, e, por ultimo, Diretor
nador na Constituinte de 1934. -Desencan- da Companhia Carris de S. Christovam; re-
tado com o governo Vargas, vemô-10 de novo cebeu, mais tarde, as honras de General dc
na estacada, auscultando, aconselhando, arti- Exercito, e de D . Maria Carlota Rodrigues
culando o movimento de 29 de outubro, ten- Torres de Carvalho, filha dos viscondes de
do, por lema, a liberdade da imprensa, e por Itaborahy ; filhos :
escopo, a restauração da vida democratica
do paiz. Nesse momento histórico a interven- (1) V j . apendice - Carta do Sr. Jorge G . Feljaairdo, aponta-
ção do jornalista Macedo Soares foi prepon- nientas sobre os Costallat.
276 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 277
-- -
2 1 :-Maria Carlota de Macedo Soares, n., Paris,
França, 16-3-1910 ; solteira ; S r . João Gonçalves do Nascimento, filho de
José Gonçalves do Nascimento e de D. Joa-
2 - 2 :Maria Elvira de Macedo Soares, n., Paris, 2-11- quina Freire de Andrade, dos Sá Freire, de
1911. Na revolução constitucionalista de São Guaratiba ( 2 ) . D . Luiza Lebon, filha de
Paulo, 1932, Maria Elvira seguiu alistada en- Gustavo Lebon, de origem belga e de D . Ca-
fermeira, e, nos embates da gloriosa luta, rnille Eugenie Lebon. Filho :
conheceu o D r . Antonio M. de Paula Leite,
que, então, comandava, como tenente, uma 8 - 3:-F'lavio Eduardo de Macedo Soares Regis do
companhia; os mesmos ideais os aproxima- Nascimento. n.. D . F ., 25-8-1942
r a m e veiu a nossa bonissima enfermeira il 1 - 5:-José Carlos de Macedo Soares, n., 6-10-1883,
s e casar a 9-12-1933, com o filho de Atali- na capital do Estado de São Paulo, á rua da
ba Paula Leite de Barros e de D . Maria Ju- Princeza, hoje rua Benjamin Constant. Cur-
lia de Carvalho Barros; neto paterno do Al- so primario na Escola Modelo Caetano de
feres Ignacio de Paula Leite de Barros, e de Campos e o de humanidades no Ginásio d a -
sua segunda mulher D . Anna Gertrudes de quela capital; com o diploma de bacharel em
,
Barros Leite; e pelo lado materno de Pedro Ciências e Letras, em 1901, recebeu o pre-
Alexandrino de Carvalho, e de D . Amelia mio - "Dr . Augusto Freire da Silva". -
Micheli de Carvalho, todos residentes em Matriculando-se na legendaria Faculdade de
Jaú, São Paulo ; (1) ; filhos : Direito de São Paulo, destacou-se dentre os
.", - 1:-José Eduardo, falecido em tenra edade; mais nobres academicos, tanto que Presiden-
te do Centro Academico X I de Agosto, rece'
t; - 2:-Antonio Eduardo de Macedo Soares de Paula beu depois o titulo de Presidente Honorario,
Leite, n., 15-3-1938. quando, em 1905, colou gráu de Bacharel em
Ciências Juridiczs e Sociais. - Diplomado.
Falecendo o Dr. Antonio Micheli de Paula foi Professor de Economia Politica e Finan-
Leite em S. Paulo, á 6-12-1938, passou D. ças no Curso Superior da Escola do Comer-
Maria Elvira a segundas nupcias com o Dr. cio Alvares Penteado, S . Paulo, e Diretor
Flavio Amilcar Regis do Nascimento, enge' do Ginásio Macedo Soares. - E m 1 5 de de-
nheiro civil e construtor, chefe da firma He- zembro de 1010 casou-se com D . Mathilde
gis & Agostini, estabelecida na praça do Rio Melchert da Fonseca. n., em S. Paulo. á 1-8-
de Janeiro, filho do Coronel de artilharia Fla- ,893, filha do Dr. Jose Maniiel da Fonseca
vio Queiroz do Nascimento, e de D . Olga Re- Junior., n . , em Itú, 16-6-1858, bacharel em
gis do Nascimento; neto paterno de João Direito, advogado e capitalista, falecido em
Gonçalves do Nascimento, farmaceutico es 1907, e de D . Escholastica de Anuiar Mel-
tabelecido á rua da Quitanda, muito popular, chert, veneranda senhora, inteligente e cul-
caridoso para com os sofredores, e de D . ta. sempre atenciosa; vive, de boa saude, em
Joanna Queiroz de Nascimento, naturais do companhia de sua distinta filha e genro ; neta
Distrito Federal; e materno de Alexandre paterna de José Manuel da Fonseca Leite e
Justino Regis e de D . Luiza Lebon Regis, de D. Thereza de Almeida Prado; pelo lado
naturais do Estado de Santa Catharina. O materno de Adolpho Julio de Aguiar Mel-
chert e de D . Escholastica Joaquina de Cam-
(1) S~.~bre a ascendencia d o D r . Paula Leite, v . mederico de
d e Barros trotero, d w - ? d e n t e s do Ouvidor Lourenço de Almeida
Prado, S. Paulo, 1988, pg. 372-8.
--
( 2 ) . Vj. suplemento - Carta do Conselheiro Macedo Soarzs ao
D . LUlz Mario de S& Fr~eire
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 279
--.
278
- NOBILIARQUIA F'LUMINENSE e- - d

~ o Melchert
s (1) . - E m verdade dificil um nando Azevedo, " A Cultura Brasileira", 1944,
iestudo biografico, mesmo esboço, do D r . pgs. 422; Ponte Inter-Americana, ed. enci-
José Carlos de Macedo Soares. - Varios es- clopkdica contemporanea inter-americana
critores se tem dado a esse trabalho. - O LTDA., 1947 Dotado de uma atividade fisi-
D r . Silveira de Menezes, apresenta-nos in- ca, ou por outra. de uma capacidade de tra-
teressante - "Retrato Psychologico do Mi- balho fóra do comum, milagrosa, no dizer
nistro Maccdo Soares, 1936". com a seguinte de João Luso, o Dr. José Carlos desde moço,
advertencia: - "E' bem difficil plasmar-se como vimos, passou a dedicar-se exclusiva-
em poucas linhas ou mesmo num pequeno vo- mente a seu Estado. - Duma vês que fui
lume a personalidade de um homem que pe- á sua cidade natal, observa João Luso, era
!as suas multiplas qualidades. como o Minis- o S r . José Carlos de Macedo Soares Presi-
tro José Carlos de Macedo Soares, tem esta- dente do Banco de S. Paulo e da Companhia
lado os mais ingremes labirynthos da vida de Seguros S . Paulo; fazia parte ativa e in-
publica. . . " -- Por isso mesmo preferimos fluente da diretoria de mais oito ou dez em'
indicar ao leitor, entre outros estudos. o re- prezas, comanditava f a b l h a s e fazendas ;
ferido acima, que reputamos, consciencioso, dedicava-se, em cargos dos mais exigentes, á
exato; o almanaque do Pessoal do Ministerio Santa Casa de Misericordia e ao Hospital dos
das Relações Exteriores - 1935, pg. 194; o Lazaros; e as varias mesas da sua sala de
discurso do ilustre escritor João Luso, pro- trabalho na Companhia de Seguros estavam
nunciado á 22 de Julho de 1937, no Gabi- c ~ b e r t a sde plantas, projetos, calculas, orça-
nete Português de Leitura, na homenagem mentos, para obras e serviços urbanos dc
prestada pela Federacão das Associacóes que ele ia dotar Campos do Jordão. - Foi
Portugueaes ao Snr. D r . J. C . de Macedo o que inspirou a frase de admiração e aféto
Soares, Ministro da Justiça. e que constou do inclito Arcebispo D . Duarte Leopoldo:
da entrega de um retrato á oleo, presentes o Este José Carlos, que homem! Nos seus va-
S r . Embaixador Martinho Nobre de Mello, gares constrói uma cidade! - Todas a s ins-
S . Excia. o S r . Cardeal D . Sebastião Leme, tituições paulistanas de caridade lhe devem
Felinto de Almeida, representando a Acade* auxilios avultados e em qualquer delas que
mia de Letras Conde Dias Garcia e muitas visitemos encontraremos o seu retrato en-
outras pessoas gradas. (Jornal do Commer- tre os benemeritos de alta categoria. Con-
cio, 23-7-937) : Luiz Autuori. Os Quarenta correu em medida dilatadissima, com a sua
Imortais, 1945, pgs. 145-150; C o n t e m ~ o r a - influência e a sua fortuna, para esse augus-
neos Inter-Americanos, ed . enciclopedica, to, imperecivel monumento de fé cristã que
1945, pgs. 58729 ; Dicionario Universal de Li- h á de ser a Catedral de S . Paulo. E durante
teratura, de H . Perdigão, Pcrto, 1940, p g . a revolução de 1924. quando a cidade suber-
719; Bio-bibliografia a o socio do Instituto ba e intransijente na sua força, esteve cerca-
Historico - Macedo Soares (José Carlos) da, isolada do mundo; quando a seguranç:
pela ilustrada eduradora D . Maria Carolina dentro dos seus muros se tornava de momen-
Max Fleuiss, Rev. do Instituto. vol. 181, to a momento mais precaria; quando o de-
Out. A Dez. - 1943 - pgs. 175-83 - Fer- sengano das massas populares se avizinhava
e com ela uma possivel revolta contra a re-
(1) Sobre a ascenidencia de D. Matilde M. da Fonseca, con- volta; quando o flagelo da fome já se alas-
sulte-se: - Frederlco de Barros Brotero - Descendentes do Ouvidor trava pelos bairros pobres e não tardaria a
Lourenço de Almeida Praclo, S. P., 1938, pg. 85 & 100.
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 281
-.

dominar a cidade, um homem surgiu, um cebendo de volta ao Brasil uma verdadeira


mediador, um salvador que assegurou a or- consagração, ficando cognominado o " Chan-
dem, evitou a miseria, conjurou a catastrofe celler da Paz", titulo, aliás, dado ao Ministro
já considerada inevitavel. Esse homem, não Macedo Soares pelo matutino "La Prensa"
há no Brasil quem o não saiba: foi José Car- de Buenos Aires, no dia em que o nosso emi-
10s de Macedo Soares". - E r a , então, o Dr. nente embaixador regressou pelo cruzador "5
José Carlos, Presidente da Associacão Co- de Maio" destacado para conduzi-lo ao Bra-
mercial. E por ter cuidado dos interesses do sil, por deferencia do Governo Argentino. Co-
povo paulista foi preso e exilado por cerca n ~ u testemunho apresentamos uma afir-
de 4 anos no estrangeiro. - E m 1930 fez mação de Cordell Hull. Num banquete
parte do primeiro governo provisório de S. em Washington. o ilustre Secretário de
Paulo. ocupando a Secretaria do Interior. - Estado declarou: "para salvar a, Confe- .
E m 1931 nomeado embaixador do Brasil na rencia de Buenos Aires, cujas primeiras
Belgica, demitiu-se. - Em 1932 seguiu para reuniões, que foram aliás as definiti-
Genebra como Chefe da Delegação do Brasil vas, dependeram unica e exclusivamente,
5 conferencia do Desarmamento e á 16." Con- como aqui muita gente sabe, do espirito
ferencia Internacional do Trabalho, repre- coordenador, do despreendimento e da abne-
sentante do Brasil no "Bureau" de admini:, gação do Sr. Macedo Soares". (Vj . "Jornal
tração do B. I . T . Sobre a atuação do nos- do Commercio", 17-2-1937) . - E para con-
ao embaixador depõe o Ministro Wilson, Che- firma10 transcrevemos a carta que, ainda, na
f e da Delegação Norte Americana, falando qualidade de Chefe da Delegação dos Estados
por ordem do Secretário de Estado, S r . Unidos da América á Conferencia Inter-
Stimpson : "lembro-me que na conferencia do Americana para a Consolidaqão da Paz, en-
desarmamento em Genebra, o Presiden- viou ao nosso Ministro das Relações Exterio-
t e Hoover fez comunciar ao Chefe da res e Chefe da Delegação Brasileira a mes-
Delegação Brasileira que se todos os outros ma Conferencia: - "Prezado Dr . Macedo
demais representantes tivessem levado, ao Soares. Agora que a delegação do Brasil, tão
certame de 1932, o mesmo espirito e a mes- competentemente chefiada por V . E x . , está
ma sinceridade emprestados aos trabalhos prestes a deixar Buenos Aires, desejo, em
pelo S r . José Carlos de Macedo Soares, o nome dos membros da delegação dos Esta-
desarmamento teria sido possivel". - Em dos Unidos e no meu próprio, expressar a
1932 o D r . José Carlos ainda desempenhou- seus auxiliares e a V . E x . a nossa sincera
se da missão de Embaixador junto ao Gover- admiracão e todo o nosso orgulho pelo es-
no da Italia. - De 1933-1934 exerceu o man- plendido serviço que prestaram á causa da
dato de deputado á Assembléia Constituin- paz, na Conferencia realizada nesta capital.
te. - Em 1934, julho, foi nomeado ministro O trabalho consciencioso, capaz e eficiente
das Relações Exteriores. - E m 1935, por dos ilustres representantes do seu paiz tem
ocasião da visita do presidente Vargas B Bue- sido evidente e considero alto e honroso pri-
nos Aires, deixou-se ficar na Capital Argen- vilegio para mim ter tido oportunidade de
tina, e, graças, sobretudo, á sua atuação ha- associar-me com os mesmos e com V. E x . ,
bil e energica, acentua Maria Carolina em nossos comuns esforcos pela paz. Since-
Fleuiss, foi o maior fator para a terminação ramente, etc. ( a ) Cordell Hull. ( V j . "Lhá-
da guerra entre a Bolivia e o Paraguai, re- rio Carioca", 27-12-1936) . - Vem de molde,
282
..
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DR,S. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 283

encerrando esse brilhante episodio da nossa


diphnacia, resaltar passagem de comovedo- ambas o mesmo sentimento de jubilo. Co-
r a beleza, gesto sublime, o da senhora Ma- movera-se e apresentára-as, levada por um
thilde de Macedo Soares, emquanto o grande impulso de coração, e sentindo que no abra-
oficio religioso celebrativo da paz, que fi- ço daquelas damas estaria simbolizado o
zéra se abraçassem as esposas dos chan- abraço fraternal de todas as mulheres para-
celeres boliviano e paraguaio. Eis a narrati- guais e bolivianas. sacrificadas em suas
va num telegrama: - Buenos Aires, 15 (Do mais caras afeições pelo dano da guer-
enviado especial d'A Noite). - Todos os ra. Sua atitude fora absolutamente ex-
jornais relataram com extrema simpatia o pontanea, e todas as mães compreende-
episodio verificado na Catedral onde as es- rão a simplicidade desse gesto. A pu-
posas dos chanceleres boliviano e paraguaio blicidade do episodio surpreendera-a por
se abraçaram, por delicada lembrança da isso. Entretanto, se repercutira e se a
ilustre consorte do ministro do Exterior do demonstração fraternal das ilustres da-
Brasil, S r a . Mathilde Macedo Soares. Tal mas impressionára o sentimento publico.
tem sido a repercussão desse gesto de tão que ela valesse por estimulo á confraternisa-
formoso sentimento, que procuramos falar ção sem reservas das mulheres dos dois pai-
a respeito á S r a . Macedo Soares, que nos re- zes . N a mesma ocasião demos á S r a . Macedo
cebeu com inexcetivel gentileza, não ocultan- Soares noticia de que o presidente Justo in-
do a surpreza que lhe causára tanta repey- dultára, a seu pedido, algumas sentenciadas,
cussão de uma conduta que assumira tão ex- o que lhe deu grande satisfação. Sabe-se
pontaneamente. - Referiu-nos que, no tem- ademais, que há quatro anos não se verifi-
plo, ficára casualmente próximo da S r a . cava um só caso de indulto no paiz, e isto en-
Riart, que chegára de Assunqão e a queru. carece o gesto de gentileza e de bondade d'
não conhecia ainda. Dirigiu-se-lhe,, então, chefe do governo argentino". - ("A Noite".
mostrando-se aquela dama comovidissima 15-6-1935) . - E m 1936 voltou á Argentina
com o esplendor da cerimonia, á qual esta- chefiando a Delegação do Brasil na Confe-
vam presentes representantes de todas as rencia Roosevelt para a Consolidação da Paz.
classes sociais, e oficiando o Arcebispo rlt: - E m 1936 visitou oficialmente o Chile,
Buenos Aires. - A essa manifestação, repli- onde foi recebido com honras de Chefe de Es-
cára dizendo a S r a . Riart que a ela mais 9111- tado, e, em seguida visitou a Republica do
polgava o espirito pensar que a celebração Uruguai. - No dia 19 de janeiro de 1937,
da paz transformára aquela missa, que de- ainda em Buenos Aires, exonerou-se do c a ~
vera ser votiva, em missa de ação de gr,r- go de Ministro das Relações Exteriores. -
ças. A esposa do ministro paraguaio referi- E m janeiro de 1937 seguiu para Os Estados
ra-lhe, então, que tinha três filhos na f r e r l e Unidos da America como representante do
da batalha, sendo que um deles fora ferido Brasil na posse do 2 . O mandato do Presiden-
,

no reencontro de Boqueron, e que até o mo- te Roosevelt, sendo recebido com honras de
mento sofria as consequencias do ferimentc;. Chefe de Estado, presentes na estação, 0s
~ o g odepois aproximára-se a S r a . Elio. Srs. Cordel1 Hull e Summer Welles, secreta-
esposa do Ministro das Relações Exte- rio e subsecretario de Estado, e altas paten-
riores da Bolivia, a quem conhecia e a quem tes do Exercito e d a Marinha, pertencentes
muito estima. Percebera na fisionomia de á Casa Militar do Presidente da Republica.
No grande banquete, que foi oferecido ao
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 285
NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
-
noris causa" ao S r . Macedo Soares, o S r .
nosso Embaixador no Waldorf Astoria Ho- Summer Welles, afirmou ter sido o Delega-
tel, e a que compareceram o Sub-secretario do do Brasil o grande vitorioso n a paz do
de Estado, Embaixadores e Ministros Ex- Chaco. E porque viesse de Washington a
trangeiros, coube o logar de honra ao s r . New York especialmente para falar no ban-
José Carlos de Macedo Soares que ficou la- quete das damas de "Peoples Mandate", an-
deado pela Senhora Henry Goddard Leach, tes de iniciar seu longo e substancioso dis-
Presidente do "Peoples Mandate" e a Senho- curso sobre a nova politica pan-americana
r a James Roosevelt, a veneranda progenitora dos Estados Unidos, pronunciou algumas pa-
do Presidente da Republica. - De uma cor- lavras afim de chamar a atenção da assis-
respondencia de New York, fevereiro de tencia para a presença ali, do S r . José Car-
1937, i n Jornal do Commercio, Rio, 1 7 feve- 10s de Macedo Soares. Declarou, textual-
reiro de 1937, sob o titulo - "O CONCEITO mente, o Sub-Secretario de Estado: - "Não
HUMANO DA PAZ AMERICANA e sub-ti- conheço ninguem, no nosso hemisferio, que
tulos: - O presidente Roosevelt abriu em tenha trabalhado com menos publicidade s
Buenos Aires novos e amplos horizontes á mais abnegação e despreendimento em prol
doutrina de Monroe, permitindo que todos os da paz, do que o S r . Macedo Soares". -
paizes americanos tenham responsabilidark Quem conhece a psicologia do S r . Summer
propria n a sua realização. - A importancia Welles, um dos homens mais comedidos nas
da viagem do Sr. José Carlos de Macedo suas apreciações, póde facilmente avaliar a
Soares aos Estados Unidos, onde o Brasil importancia àe sua referencia no banquetc
possue agora uma situação privilegiada. -
O christianismo como fonte espiritual da do Baltimore Hotel. - E m 3 de junho de
America. - A paz como função da demo- 1937 assumiu a pasta da Justiça, - missão
cracia. - Lrvantando uma ponta do v60 de de terriveis dificuldades - acentuou o ilus-
Buenos Aires - Embaixador da Imprensa t r e Ministro, quando de sua posse. Como
-, extraimos o seguinte: "O S r . Hugues programa traçou nessas palavras : . . . "O
Estado moderno, mais do que nunca, concen-
Gibson, afirmou, em notavel discurso, que tra-se numa palavra: autoridade. O seu de-
transmitira a comunicação em 1932, e par-
ticipara, intimamente da Conferencia para ver precipuo é proteger as liberdades publi-
a Pacificação do Chaco, e declarara ha dois
cas, não mais no sentido ideologico da so-
ciedade méramente politica do começo do se-
dias, num grande banquete oferecido no Wal-
dorf Astoria Hotel ao S r . José Carlos de Ma- culo passado. As liberdades publicas, que lhe
cabe proteger no quadro da civilização atual,
cedo Soares que lhe era facil sustentar que
poucos homens trabalharam mais pela paz dependem dos fenômenos economicos, sociais
e politicos. A dificuldade está em ordenar
do que o antigo Ministro das Relações Ex-
tais fenomenos em vista do interesse geral
teriores do Brasil. Respondeu o S r . Em-
baixador Macedo Soares, em aplaudido dis-
e do bem comum, protegendo a personalida-
de humana e seus atributos essenciais con-
curso, que, por proposta de um senador, fi- t r a a tirania dos grupos, das classes ou das
cou fazendo parte dos anais por transcrito categorias, colocando cada um no seu lugar
no "O Diário Oficial" do Congresso Nacio- n a hierarquia dos seus valores, sempre su-
nal Americano. Uma semana antes, na sole- bordinando ao primado espiritual os interes-
nidade da entrega pela Universidade Cato- ses e exigencias materiais. O requisito da
lica de Washington do titulo de doutor "ho-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 287
---

boa politica no Estado moderno, é pois: a as ditaduras de classes ou de facção, as ideo- .


autoridade. O metodo indeclinavel : a disci- logias que se servem da violencia - redun-
plina. Preocupação dominante: a defesa e dam na servidão da personalidade humana
preservação da personalidade. Finalida.de e se algum dia se impuzessem no Brasil se-
inalteravel :a supremaria espiritual na or- riam a degradação e vassalagem dos brasi-
denação da sociedade humana. . . Por nos- leiros. . . O meio em que se exercitam essas
sa conta, praticarei a politica que Aristote- forças do espirito chama-se liberdade juri-
ies aconselhava : "Inteligencia sem paixão"; dica. A liberdade condicionada pela lei, guia-
inteligencia, isto 6 , a boa vontade de com- da pela cultura politica consiste no que se
preender, sem paixão, quer dizer, sem a par- chama civilização, quer dizer o apogêo d:
cialidade dos interesses pessoais". - E es- forças do aspirito dirigindo as nações. . . O
ses princípios constituiram sempre norma na regime que não se inspire na filosofa do D;.
sua carreira politiva. - Num discurso que reito, que não se enquadre n a força da lei,
pronunciou para os moços de S . Paulo, ao para assegurar as liberdades politicas, é um
encerrar as comemorações da fundação dos cenario de tirania. . . A vossa formula na
Cursos Juridicos, agosto de 1937, disse o mi- vida que começa deve ser rija e sucinta: NE-
nistro da Justiça. . . .Os mais preciosos NHUM DESPOTISMO !" - De inicio surgi -
instrumentos d a mocidade são o espirito de ram dificuldades partidarias e administra-
empreendimento e a audacia; a confiança e tivas. 0 s politicos exigiam a intervenção nu
o entusiasmo; o despreendimento e a gene- Rio Grande do Sul. Pugnando pela autono-
rosidade.. . Mas é preciso que esse decorrer mia dos Estados, não n'a admitiu por consi-
na vida tenha um ideal, servindo Brasil, dig- derar erro politico de consequencias impre-
nificando cada vez mais a personalidade hu- visiveis, sem fundamento legal. Doutra fei-
mana dos brasileiros. . . E qual é o primeiro t a enfrenta imposições militares e evita vio-
requisito da dignidade d a personalidade nas lencias contra presos politicos. A maneira
sociedades humanas, em que vive? O primei- serena mas energica porque se conduziu na
ro de todos no reino do espirito, no da cons- pasta politica, tomando providencias razoa-
ciencia e do corpo, é, indubitavelmente a li- veis para a defesa da ordem publica, impôs-
berdade. . . Tudo quanto não seja liberdade, se S . E x . ao respeito e a confiança da opi-
dentro da ordem juridica; tudo o que não nião nacional. A caracteristica da sua admi-
assegure ao homem o amparo, a proteção e a nistração consistiu no respeito, na considera-
defesa da lei, egual para todos, é sofisma da ção, no prestigio á autoridade do poder ju-
violencia, B pretexto falaz de alguns exal- diciario. Não se demorou ao dever de corte-
tados e fanaticos, .é ,a mascara da ambição zfa á Côrte Suprema. Na visita, á 9 de junho,
desesperada de poucos individuos com mais foi S . E x . recebido pelos srs. Ministros
imaginação do que sabedoria. Assim, asse- Plinio Casado, Carvalho Mourão e Laudo de
guro-vos com a minha dura experiencia, não Camargo, comissionados . O Presidente, Exm.
ha governo, não h a regime, não h a sociedade S r . Ministro Edmundo Lins, em nome da
politica, sem um sistema juridico regulan- Côrte Suprema, congratula-se, efusivamente,
do e dominando. A formula representativa com o Brasil, por ter, á frente do Departa-
e a temporalidade dos mandatos são o que mento da sua justiça, o jurisconsulto insig-
de melhor se coadunam com um sistema de ne, que, em dois anos de gestão da pasta do
direito publico. Os poderes discricionarios, Exterior, se revelou o avatar de Rio Bran-
288 NOBILIARQUIA FLUNIINENSE
- -. ---
. - -
co, que a geriu por doze anos. E após consi.
derayões sobre a s prerogativas e finalidades
da Corte Suprenla, e, já não mais - a 2 ' 0 ~
c l ! r m u ? ~ t i si"iz deserto - porque lhe inspira
confianca a figura ilustre do Ministro da
Justiça, acrecenta: -- Sois herdeiro c o l ~ -
icral do nome do Grande Ministro - Mace-
do Soares. - Este foi - disse-o eu, há. pouco
tieutu cadeira, foi, sob o ponto de vista da
cultura geral, o maior juiz que honrou o exal-
cou uma das curúes do então Supremo Tri-
bunal Federal. -- E - atenda-se bem -
quando hombreou, então, com os gigantes da
nossa jurisprudencia - Barradas, Barão d~
Sobral, Piza e Almeida, Lucio de Mendonca,
José Hygino, Americo Lobo e Epitacio Pes-
soa. - Sois, como o disse e folgo em repe-
tir, herdeiro colateral desse grande nome.
- E, apezar de tão moço, j á sois notavel
pela cultura juridica, revelada nos livros que
tendes publicado e nos discursos que profe-
ristes em a nossa constituinte. - A Côrte
Suprema espera e confia, pois, que V . E x .
atenda, de pronto, ao seu justo e bradante
clamor". - O ilustre Ministro José Carlos,
entre outros conceitos, emitiu : . . . A home-
nagem que o Ministro d a Justiça presta hoje
:t mais alta magistratura da Nação, repre-
senta o proposito deliberado do Governo Fe-
deral de dar o testemunho de sua invariavel
fidelidade 5s formulas de estado-juridico, nv.5
q w i s se constituiu, através nossos maiores,
os descobridores e povoadores do paiz, se-
guindo a s linhas mais antigas da civilizacão
h u m a n a . . . As lacunas e faltas da organiza
cão do aparelho jucliciario, não são somente,
srs. Ninjstros, uma mancha p a r a a iicisa
cultura e civilização, são tambem um perigo
para a ordenacão social do paiz, cuja disci-
plina decorre da força moral do Direito. Os
corajosos protestos do venerando e ilustre
Presidente da Côrte Suprema contra a s coc-
rlicõeq de funcionamento do mais alto Tri-

(C. ?3)
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 289

bunal do país, são, pois, de grande patriotis-


mo, e dignos da maior admiração. Emquanto
permanecer na pasta que me confiou o S r .
Presidente da Republica, serei o orgão da
ponderosa reclamação de V. E x . perante os
dois outros poderes da Republica. Assim pro-
meto trabalhar para harmonizar as decisões
do Legislativo com as exigências da Justiça,
dando-lhe afinal a eficiencia, a rapidez, a
regularidade no seu exercicio que são os ele-
mentos normais da sua força e magestade".
- O gesto do ilustre titular da Justiça, real-
çou-se na mais alta e significativa expressão
ao compreender a justiça estadual, sempre a
margem, tendo a desprestigia-la o chamado
juizo federal. - O dia 30 de junho de 1937
tornou-se memoravel para a justiça f1um.-
nense. S . E x ., o S r . Ministro da Justiça o
D r . José Carlos de Macedo Soares, com o seu
gabinete completo, deu-nos a honra de sua
visita oficial .Como Presidente da Corte de
Apelação composta, no momento, de 13 de-
sembargadores, todos fluminenses, ou de san-
gue fluminense, disse: . . . esses juizes n5o
podiam quedar-se insensiveis n a indicação de
V . E x . , em cujas veias corre o sangue de
cinco gerações genuinamente fluminense.
Sim, continuei, os Macedos Soares que, nos
precedleram, foram grandes no Paiz, no sa-
cerdocio da medecina, na magistratura, na
engenharia, na lavoura e na industria, no
magisterio, este representado naquele bonis-
simo e preclaro educador da atual geracão
paulista que ocupa os postos de maior res-
ponsabilidade no nosso Estado lider e em
outros sectores nesse imenso Brasil: quero
referir-me ao seu saudosissimo progenitor,
ha pouco, lembrado pelo Presidente da Cór-
te Suprema, o S r . Ministro Edmundo Lins,
Juiz sábio, chefe venerando e veneravel. Os
atos de V. E x . , no proposito de repor o paiz
na ordem constitucional, restabelecendo as
franquias das nossas liberdades, sem prejui-
290 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

zo da disciplina, do prestigio da autoridade,


condição da ordem juridica, do respeito
áquelas mesmas liberdades, demonstram a
execução do programa consubstanciado nos
conceitos por V . Ex. emitidos, quais - "o
proposito deliberado do governo federal de
dar o testemunho de sua invariavel fidelida-
de ás formulas de estado juridico, em ordem
a que o Estado e o Direito mantenham rela-
ções complexas que atinjam, reciprocamer.
te, sua estructura intima de tal modo que a
ordem e a justiça social, resultante do Di-
reito por sua vês assentem em bases nas
quais o Estado se alicerça". . . O que acabo
de lembrar e expender, o faço sem o menor
constrangimento ou eiva de vituperio, por-
que verdades proclamadas que estão na cons-
ciencia de todo o mundo. - Non probandws
facbum notorium. - Bem haja, pois, V. Ex.,
como principal colaborador - "na constru-
ção de uma grande nação afim de que os
nossos descendentes possam rever, orgulho-
sos e felizes, a obra injente", - V. E x . ,
que vem de guardar as tradições dos seus
maiores e soube leva-las além das nossas
fronteiras, fazendo de Macedo Soares um
nome universalmente bemquisto e respeitado.
Queira, pois, V. E x . , aceitar os nossos agra-
decimentos pela honrosa visita, sem prece-
dentes, em carater oficial, fáto esse que nos
prestigia sobremaneira e h a de produzir, no
futuro, os mais beneficos frutos". O sr.
Ministro, agradecendo, acentuou que, con-
quanto paulista de nascimento e de formação
intelectual, orgulha-se da ascendencia flu-
minense, e sente nas intimas fibras do seu
coração o que deve da elevação dos seus sen-
timentos á herança de magistrados e senhc-
res d a gleba, nesta abençoada provinciã.
Agradeço muito, senhor presidente e meus
senhores, a s palavras ora proferidas, as quais
serão para mim poderoso estimulo na árdua
missão de governo, que assumi de olhos aber.
DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 293
NOBILIARQUIA FZUMINENSE
nal sendo a regra vital da Republica, havia
die, que se estabeleça o estado de paz. de ser a preliminar do programa do Gover-
Efetivamente. E sabem os ilustres juizes, on- no, depois de verificado que o regime dis-
de está esse impedimento especifico do re- cricionario, por sua propria indole não per-
gime descricionario? Está nas suas co- mite a organização e aperfeiçoomento e a efi-
modidades, na sua irresponsabilidade, ao ciencia do aparelho normal de defesa da or-
seu arbitrio, na expansão natural doa dem social e politica. Bem sabemos que não
temperamentos que são assiduo do bar- é facil conciliar autoridade, hierarquia, or-
barie dormindo no fundo da alma do dem, com o respeito integral ás liberdades
civilizado. - Felizmente, o s r . presidentc individuais. E bem certo, tambem que o
Getulio Vargas, com as qualidades intelec- Direito Social que se está cristalizando em
tuais e morais que o tornam tão destacada- nossos dias, se entrechoca ainda com o di-
mente respeitado e estimado, entendeu che- reito individual, dominador soberano nos se-
gada a hora da providencia completa, radi- culos XVIII e XIX. Na verdade, como ob-
cal, decisiva. Primeiro, a plenitude legal, de- servou Louis Le Fur, o eminente professor
pois a consideração dos problemas da sua da Faculdade de Direito de Paris, em seu li-
garantia, ajoujando-se o governo consciente- vro recentemente publicado : "Les grand 9
mente aos trabalhos, sacrificios e responsabi- problémes d.u Droit", no Direito Social e no
lidades para organizar e manter a ordem pu- Direito Individual é preciso ver dois elemen-
blica, para assegurar o regime social, e con- tos do Direito, e não dois Direitos distintos.
servando intangiveis as liberdades politicas. Todo o Direito é simultaneamente social e
- Aí está um programa bem simples. Pri- individual. O Direito visa a melhor orga-
meiro, desintoxicar o pais restituindo-lhe a nização da sociedade para a felicidade dos
consciencia e o goso dos seus direitos. De- individuos que a compõem. "Per asper acl
pois tratar de reparar os estragos do seu or- astra". Encarando a realidade brasileira, aí
ganismo, consertando as visceras, tonifican- mesmo encontrariamos a sugestão, o estimu-
do os nervos, fortificando os musculos. - lo, a determinação dos grandes atos do Go-
Gemem as cassandras anunciando os perigos verno, assecuratorios da ordem material, da
desse metodo. Muito bem. Mas os professo- tranquilidade, da disciplina. Não perderemos
res não encontraram solução alguma se- tempo, traçando, e, desde logo, entrando a
não perseverar na inercia, no abandono, executar um vasto plano de reforma e esta-
na passividade. O paiz rolaria indefinida- belecimento da Justiça e da Policia preventi-
mente no descredito, na angustia, no sofri- va e repressiva. Pedimos a colaboração sem-
mento; incerto do dia de amanhã, desmorali- pre esclarecida e patriotica de ambas as Ca-
zado no seu sistema de leis, ás portas dr? sas do Legislativo. Pedimos o andamento ra-
tirania. Ou seria exatamente esse o progra- pido das leis organicas indispensaveis ao ple-
ma dos professores? O caso é que o honrado no funcionamento da Constituição. Obtive-
s r . presidente Getulio Vargas, vendo claro, mos um entendimento entre as Comissões do
resolveu fazer voltar o paiz ao regime legal Senado e da Camara, que estuda, respectiva-
e assim pudemos emergir, energicamente, do mente, o Codigo Criminal e o Codigo de Pro-
mangue da inação para entestarmos e ven- cesso Criminal, de modo que tais estudos se
cermos nas realidades da vida nacional os façam combinada e simultaneamente para
seus angustiosos problemas. Evidentemen- que em Outubro o s r . Presidente da Republi-
te, meus senhores, a restauração constitucio-
-
294 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
-- .-
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. D E MACEDO SOARES 295

ca possa promulgar as duas leis monumen- Suas intrigas duram pouco tempo e não dei-
tais. Pedi ainda á Camara dos Deputados xam sinal de si. Na verdade tal inteligencia
que tomasse a iniciativa de organizar o Tri- é uma sombra, um sucedaneo, qualquer coi-
bunal de que t r a t a o a r t . 79 da Constituição s a que se sente falso e se reconhecc falso
de forma a descongestionar a enorme tarefa porque a arvore da inteligencia não pode dar
imposta á Côrte Suprema. - Por outro lado. frutos secos. - Um dos servidores do rei
estamos estudando, com o chefe de policia ai- Carlos I d a Inglaterra, o celebre Conde de
guns projetos de lei que garantam a efira- Strafford, observava uma divisa interessan-
cia de pesquizas e investigações em torno de te: - "Through", quer dizer: a fundo, até
fátos criminosos, e estamos cuidando de um o fim. Esse gentleman serviu bem, á sua ma-
vasto plano de aparelhamlento material que neira, a causa do poder absoliito que os reis
dê á* policia todos os recursos materiais, a Stuarts encarnaram num mau momento. De
instrução técnica, organização enfim, para fáto, o Conde de Strafford acabou mal, sou-
que se possa desempenhar cabalmente os seus be, porem, morrer com tão corajosa simpli-
encargos, quer no sector preventivo, quer no cidade, que os proprios carrascos no seu tris-
repressivo. Por outro lado, a nossa Policia, te mistér, guardaram um silencio comovente.
na orla de contáto das classes armadas com a Não sendo supersticioso, á s vezes considero a
população civil poderá prestar, em materia força de sintese da divisa de Strafford.
disciplinar, apreciavel concurso á s autorida- "Through" mística de constancia no cum-
des da Guerra e do Marinha. Eis aí, meiii; primento do dever, traduzida numa palavra
senhores, os topicos principais de um pro- forte. - Agradeço ainda uma vez, senhor
grama de estabelecimento da Justiça, de re- presidente e meus senhores, a graça do vosso
forma e aparelhamento da Policia, para ser acolhimento, e digo-vos que nunca esquecerei
executado, com presteza, no quadro dos meios a bondade de vossa participação na cerimo-
legais. - Ainda teria muito a dizer sobre nia da minha elevação á pasta de Justiça
um conjunto de medidas em estudo, para des- consagrando um homem que se esforca por
congestionar, acelerar e baratear a distri- ser um bom brasileiro, e, portanto, um bom
buição da Justiça no paiz. Não quero, porem, fluminense . " - A transcrição desse magni-
abusar da vossa paciencia, não convindo, de fico discurso do "O Diarfo Carioca", de 1-7-
resto, manipular frutos verdes. Mas não ter- 1937, mostra o alto apreço do ilustre Minis-
minarei sem vos pôr de cautela contra o mal tro ;i Justiqa Fluminense . - No mês seguin-
do nosso tempo: a intriga, a mentira, a con- te, á 4 de agosto o S r . Ministro da Justiça
jura, a traição. Os povos sofrem e morrem aue se fez acompanhar de seus oficiais de ga-
de tais insidias. Por isso, tomei como regra binete e assistente militar, visitou a CÔrtc
na vida publica abrir os olhos, falar claro e de Apelação do Distrito Federal. O S r . Pre-
direito. Falo como penso, e ajo como falo. sidente, desembargador Morais Sarmento,
O fáto de supreender tal sincronismo num em conceituoso discurso, disse : " . . .O nome
homem de governo, ainda que desvalioso, - de V. Ex. que tanto brilho teve na direqão
dá o retrato de uma época descrente e frivo- do &Tinisterio das Relações Exteriores, sendo
l a . - Temos entre nós a nossa politica os cognominado o Embaixador da Paz, é hoje
professores da inteligencia; escasseiam os uma garantia n a gestão do Ministerio da
mestres do caráter. O interessante é que os Justiça onde terá oportunidade de continuar
peritos da inteligencia não iludem a ninguem. a prestar ao paiz os seus serviços de alta re-
296 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

levancia. Acentuando que a Côrte se acha


instalada num edificio de má construção com
materiais de inferior qualidade carente de
melhoramentos e urgentes reparos, acrescen-
t a : "graças á boa vontade que encontrei da
parte de V. Ex. empenhado em melhorar a
situação da magistratura, já foi aberto o
credito de cem contos autorisado por inicia-
tiva do meu antecessor, o s r . desembarga-
dor Cesario Pereira, e assim em breve pode-
rão ser iniciados os trabalhos de reparos e
rn1:lhor adaptação desta Côrte". - O sr. Mi-
nistro, em longo discurso, mostrou conheces
as precnriedades de suas instalações, a des-
organisação material dos serviços, erros e
lacunas que vem de observar, e, continuou:
"Nos exiguos 50 dias de Ministério - afóua
esses problemas e a s resistencias e incom-
preensões, algumas naturais e sinceras, ou-
t r a s maliciosas, - deparei emperradas medi-
'das legislativas necessarias e casos adminis-
trativos em suspenso em quasi todas os re-
partições e serviços d a pasta. E lançou os fun-
damentos de um programa que mereceu
aplauso integral dos magistrados. Um dos
pontos do programa consistiu na construqiio
da nova penitenciaria. - No lançamento da
pedra fundamental, já em exercicio outro m 1
nistro disse o professor Candido Mendes, em
discurso, perante o sr. presidente da Republi-
ca: "Assumindo a pasta da Justiça, o minis-
tro Dr. José Carlos de Macedo Soares atendeu
desde logo, com o maior intrrewe ao proble-
ma complexo da Defesa Social contra r, cri-
me, sendo o seu primeiro cuidado a c0rati.u-
ção do Reformatorio Penal dn cidade do Rio
de Janeiro, aspiração constante e perlinaz
do Conselho Penitenciario do Distrito Fe-
deral há mais de doze anos como consta dos
seus sucessivos relatorios anuais publica-
dos". Da á t a da solenidade consta: ". . .foi
sol~nemectecolocada a pedra fundamental
de Penitenciaria do Rio de Janeiro ( Re
DRS. ANT.0 Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES -
2QQ
298 NOBILIARQUIA FLUMiNENSE
3 .- - 1. :--Nelly, n., S . P ., 29-4-1942;
tidade, procurando coordenar, unificar a po- .c; - 2 :-Celia, n., S . P ., 12-9-1943 ;
litica nessa fase de consolidação do regin??
democratico, isento de paixões, imparcial que 2 $:-José Carlos de Macedo Soares Sobrinho, n.,
se mostra ser, em verdade, o primeiro magis- S . P . , 15-5-1919. Casou-se 26-9-1940 com
trado do seu Estado. O embaixador Macedo TI. Jacy Gandra, n.. 31-8-1920, filha do D r .
Soares como diplomata e em carater parti- kntenor Gandra, medico e de D . Maria Ce-
cular tem percorrido e mesmo permanecido ieste Soares Gandra; filhos :
em diversos paizes da Europa, da America e
do Oriente. Por serviços prestados, por sua ; 1:-José Carlos, n., S . P . , 16-10-1941;
cultura e fino trato, tem sido agraciado com :i 2 :-Roualy, n., S . P . , 7-10-1944;
altas condecorações, entre outras, a Gran
Cruz da Legião de Honra, a Gran Cruz de 2 - 4 :-Maria Salesia de Macedo Soares, n., 3-7-1920,
Santo Sepulcro, a Gran Cruz da Ordem de casada com o D r . Dagmar Mallet de Andra-
Cristo, Gran Cruz de São Gregorio Magno, ae, n., 10-10-1918, engenheiro civil, filho do
Gran Cruz da Corôa da Belgica, "AI Meri- Dr . Pompilio Franco de Andrade, farmaceu-
to" do Chile, Gran Cruz Militar e Hospitalar tico, e de D . Anna Mallet de Andrade, f a r -
de São Lazaro, de Jerusalem, as Comendas maceutica ; filhos :
de S. Tiago, de Portugal, o Premio Briand,
da Paz e muitas outras de elevada distinção 3 - l :-Anna Maria, n.? 27-10-1942;
E' vasta e valiosa a sua bibliografia que se " - 2 :-Vera
G Lucia, n., 21-4-1944;
vê, em parte, enumerada no 1 . O volume das
obras completas de Macedo Soares - C a m - 3 -. 3 :-Luiz Dagmãr, n., 29-11,-1945,
panha, Jurz'dica pela Libertacão dos h'scra-
VOS."
2 - 5:-José Paulo de Macedo Soares Sobrinho, n.,
11-10-1923, funcionario da I. A . P . C . ;
1 - 6 :-José Fernando de Macedo Soares, n., na ca- solteiro.
pital de S . Paulo, 30-5-1885, funcionario da
Prefeitura daquela capital; casou-se á 8-6- 1 - 7:-Eudoxia de Macedo Soares, n., na capital de
S . Paulo, á 26-1-1887, professora e ex-vice-
1916 com D . Sarah Pereira d a Rocha, n.,
5-2-1897, filha do D r . Ignacio Pereira da Ro- diretor, secção feminina, do acreditado Col-
cha, medico, e de D . Alice Ferreira Braga legio Macedo Soares. Casou-se á 2 de Maio ik
Pereira da Rocha ; filhos : 1908 com o seu primo, o D r . Alexandre Al-
vares de Azevedo de Macedo Soares, n., em
2 - 1 :-Nelly de Macedo Soares) n., S. P . , 9-4-1917 Cabo Frio, provincia do Rio de Janeiro, á
bibliotecaria e secretaria particular do s r . 13-8-1883, filho do Juiz de Direito, depois,
Embaixador José Carlos de Macedo Soares, Ministro Antonio Joaquim de Macedo
solteira. Soares e de D. Theodora Alvares de Azeve-
do Macedo Soares; com descendencia, men-
2 - 2:-José Fernando de Macedo Soares Filho, n., cionada acima, capitulo n . XXIV n. 13.
22-5-1918; aviador civil; funcionario da I .
B . G . E . , naquela Capital. Casou-se á 9-6- 1 - 8:-José Cassio de Macedo Soares, n., na capital
1940, com D . Marion Xavier, 10-8-1921, fi- do Estado de S.. Paulo, 13-10-1889. Curso de
lha de Pompilio Xavier e de D . Ismenia Viei- humanidades : exemplar. Matriculando-se na
r a Xavier; filhas:
300 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 901

Faculdade de Medecina do Rio de Janeiro, re-


cebeu grau de doutor em 1913. Regressando za Queiroz Platt, (1) n., S . P . , 7-10-1893,
á S. Paulo exerceu sua profissão por mais de filha de Guilherme Bonamy Platt e de D .
dez anos, prestando seus serviços n a Compa- Isabel de Souza Queiroz; filhos: todos nasci-
nhia Telefônica e n a Prefeitura Municipal dos em São Paulo:
da mesma cidade. Dedicou-se a lavoura e ao 2 -- 1:-Maria Isabel de Macedo Soares Leite Cordei-
comercio. Diretor da Companhia Agricola ro, n., 19-5-1916; casou-se em S . Paulo, na
Araquá, e da Companhia de Seguros "S. Igreja da Consolação, 17-1-1939 com o Dr.
Paulo". - Possuidor de vultosos haveres in- José Pedro Leite Cordeiro, n., em Campinas,
vertidos em varias empresas, o D r . José daquele Estado, em 14-7-1914, filho do Dr.
Cassio consagra largo tempo a instituições Linneu Cordeiro, e de D . Dulce Leite Cor-
de caridade, á Assistencia Social. Dedicando- deiro. Diplomado em medecina, aos 23 unos,
se a estudos sobre a lepra, escreveu valiosa pela Faculdade de S. Paulo, vive de sua
monografia, a que deu o titulo de - "Pro- profissão. Socio do Instituto Historico e
filaxia da Lepra", - Faz parte do Conse- Gebgrafico de S . Paulo e do de Santos; da
lho administrativo d a Santa Casa de Miseri- Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro e
cordia de S . Paulo. Provedor do Asilo S . de Lisboa; socio correspondente, eleito, do
José (Casa de expostos), instituição modelar ; Instituto Historico e Geografico Brasileiro
mordomo dos Asilos Wanderley e de Araras : (1946) ; bibliografia: O visconde do Rio
e, durante, 26 anos, diretor-tesoureiro do Branco; o castelhano e seus ilustres desceri-
Instituto Anna Rosa, orfanato de crianças dentes em Piratininga (1943) ; o bandeirante
pobres, fundação do Barão de Souza Queiroz, Domingos Cordeiro (1944) ; a s confrarias de
bis-avô de sua esposa, e mantido exclusiva- S. Paulo nos seculos XVI e XVII; a vida e
mente por membros dessa ilustre familia. as realizações de D . Bernardo Rodrigues No-
Membro da Comissão Executiva da Catedral. gueira, 1.' Bispo de S . Paulo (1945) ; A cria-
Atualmente exerce a s funções de Diretor Ge- ção da diocese de S . Paulo (1945) . Ineditos :
ral do Departamento Social do Estado de S. O tronco Oliveira Cordeiro n a Capitania de
Paulo, subordinado á Secretaria da Justiça, S . Paulo; os Paulistas e a invasão holande-
mediante a remuneração de um cruzeiro (Cr$ za; o tenente-general Gaspar de Godoy Col-
1,OO) mensal. Participe no desenvolvimento laço. Foi agraciado com a medalha comemo-
do seu Estado, dotado de alto espirito publi- rativa do centenario do Nascimento do Ba-
co, foi Membro do Conselho Consultivo do rão do Rio Branco; filho:
Estado, nos governos Pedro de Toledo e Ar- 3 - 1:-Linnêo Luiz de Macedo Soares Leite Cordei-
mando Salles . Eleito deputado federal, repre- ro, n., S . P ., 16-5-1940;
sentou seu Estado n a Assembléia Constituin-
t e de 1934. Membro do Instituto Historico e 2 - 2:-José Eduardo de Macedo Soares Sobrinho.
Geografico de S. Paulo. Comendador da Or- n., 28-7-1917; bacharel em direito pela Fa-
dem de S. Lazaro, recebeu a medalha come- culdade de Direito da Universidade de São
morativa do centenario do nascimento do Ba- Paulo; advogado de profissão, do serviço de
rão do Rio Branco. O Dr. José Cassio de assistencia social, da companhia paulista de
Macedo Soares casou-se em S . Paulo aos
(1) Sobre a ascendencia de D. Maria do Carmo, consulte-se
20-5-1915, com D.. Maria do Carmo de Sou- - "h.kederico de Barros Brotero" - "h vida do Dr. Joáo Dabney
de Avellar Brotero", S. P . , pg. 239 a 230.
302 NOBILIARQUIA FLUMINENSE --
DRS.
-
ANT.O Jm. B JULIBO R. DE MACEDO SOARES
-. 303

estradas de ferro e outras empresas paulis- 2 - 5 :-Maria Irene Moreira Lima, n., 17-5-1922, ca-
t a s . Agraciado com a medalha comemorati- sada, em S. Paulo, na Igreja da Consolação,
va do centenario do nascimento do Barão do 2-2-1945, com o h. ftoberto Moreira Lima,
Rio Branco. Socio do Instituto Historico e medico pela Faculdade de Medecina da Uni-
Geografico de S . Paulo, do de Santos e da versidade de S. Paulo, n., 1-11-1915, Iilho de
Sociedade Brasileira de Geografia. Bibliogra- Jorge 1Moreira Lima e de D. Ottilia Soares
f i a : A Concepção e a Redação da Rerum N o - 1Uoreii-a Lima. Exerce suas atividades na
va?ufrn,conferencia lida em sessão do Insti- Capital, no liospital Municipal e na Compa-
Luto Historico e Geografico Brasileiro; Da- nnia de Seguros "Novo Mundo"; -
o filho:
Prescripção no Direito Trabalhista; Justiqa 3 - 1 :-José Guilherme, n., S. P., 16-7-1946 ;
Gratuita dos Pobres.
2 - 3:-José Cassio de Macedo Soares Junior, ri., 2 5
2 - 6:-Maria Silvia Junqueira de Almeida, n., 8-8-
1924, casada, em S. P., n a Basilica Abacial
1-1919, medico pela Faculdade de Medicina de S . Bento, 18-1-1944, com o D r . Antonio
da Universidade de S . Pauio, em 1943, com
consultorio naquela capital. Exerce suas ati- Varella Junqueira de Almeida, n., S . P . ,
16-3-1919, filho de Cristovam Junqueira de
vidades profissionais n a Companhia Seguro; Almeida, e de D . Carlota Varella Junqueira
"S. Paulo", e no Instituto de Aposentadori:. de Almeida ; medico pela Faculdade de Mede-
e Pensões dos Comerciarios. Casou-se, em cina da Universidade de S . Paulo, turma de
S. Paulo, na Igreja da Consolacão, 4-7-1944, 1943, com consultorio n a Capital, e profissio-
com D . Maria Helena Martins de Andrade, nais no Serviço de Transito e n a Companhia
n., 30-9-1924; filha do D r . Francisco Mar- Textil ; filho :
tins de Andrade, e de D . Oriandina Junquei-
r a de Oliveira Martins de Anarade ; filho : 3 - 1:-Antonio Luiz, n., S. P., 6-7-1946.
3 - 1:--'Maria Helena, n., S . P., 12-4-1945; 2 - 7:-Maria Mathilde Platt de Macedo Soares, n.,
28-2-1828 ; solteira.
2 - 4:-Maria do Carmo Ribeiro do Valle, n., 27-11
1920, casada, em S. Paulo, na Igreja da 1 - 9:-José Roberto de Macedo Soares, n., na capi-
Consolaçãc, 19-12-1944, com o D r . Marcos tal do Estado de São Paulo, 12-4-1893, Ba-
Ribeiro do Valle, medico pela Faculdade de charel em Ciências Juridicas e Sociais pela
Medecina da Universidade de S . Paulo, ri., Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em
em Serra Azul ( S . Paulo) 18-7-1920, filhb 1916. Socio do Instituto Historico e Geogra-
de Manuel Joaquiih Ribeiro do Valle, e de D. fico de S. Paulo e do Instituto Historico e
Lavinia Soares Ribeiro do Valle. O D r . Mar- Geografico Brasileiro; Membro da "Société
cos R . do Valle exerce suas atividades pro- des Gens de Lettres", da França. Ingressou
fissionais na Capital, no Hospital Municipal na carreira diplomatica como adido a Le-
e no Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, gação de Lisboa á 23-2-1916; 2.O secretario
Bibliografia : A Radioterapia no Granuloma em 27-7-1917, galgou todos os postos, sempre
Anular; A Radioterapia nos Fibromiomns por merecimento, 1.O secretario (1931) ; mi-
Uterinos; Cancer da Pele; filho: nistro Plenipotenciario de 2." classe, (1937) :
de la classe (1941) - Secretario Geral do
fr - 1 :-Manuel Joaquim, n., S. P . 3-7-1946 ; Ministerio das Relações Exteriores (1939) ;
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 300

1944; representante do Itamaraty junto á


Chefe do Departamento Diplomatico e Con- carteira de exportação e importação do Bari
sular (1944) ; 3 . O Delegado á Conferencia da cu do Brasil, 1945. Atualmente secretario da
Paz no Chaco, substituiu, interinamente, os embaixada do Brasil na Bepublica Aryen-
1 . O e 2.O delegados, exercendo, subsequente-
tina. Casou-se á 26-1-1946 com D. Maria
mente, a vice-presidencia da referida Confe- 'I'hereza Castello Branco, filha de Antonic:
rencia; designado, varias vezes, para consti- Castello Branco e de D. Rache1 Rodrigues
tuir comissões de recepção das altas persona- Castello Branco (Condes de Pombeiro) ; neLa .
lidades estrangeiras, em visita, no Brasil. paterna dos Marquezes de Bellas; e mater-
Membro da comissão da Construção do mo- na de Alexandre Herculano Rodrigues e d e
numento ao Barão do Rio Branco. Possue L). Maria de Carvalho Rodrigues. A ceri-
iriumeras condecorações que lhe foram conre- monia religiosa realizou-se no palacete dos
ridas por governos da Europa, Asia e paizes pais da noiva, á rua Marques de Olinda, n .
da America do Norte e do Sul. Atingiu o 74, sendo celebrante S. Ex. Rev. D. José
ultimo posto, na carreira diplomatica; no- Newton de Almeida Baptista, Bispo cie Uru-
meado, exerce as suas funções de Embaixa- guaiana ,primo do noivo; serviram de pa.
dor do Brasil na Republica Oriental do Urii- cirinhos, os Principes D. Pedro e Sra. 1).
guay (1946) . P a r a outras informações, con- Esperanza de Bragança, por parte da noiva,
sulte-se; Almanaque do Pessoal - Ministe- e do noivo, S. Ex., o Sr. Embaixador Jose
rio das Relações Exteriores - (1946) - . Garlos de Macedo Soares e a Sra. Embai-
Casou-se com D . Eugenia Lopes de Olivei- xatriz, D. Mathilde Melchert da Fonseca de
r a Prestes, n., 11-7-1897, filha do engenhei- Macedo Soares. O Marquês de Bellas se
ro Dr. José Augusto Prestes, e de D. Eu- achou representado, na cerimônia, pelo Si.
genia Lopes de Oliveira Prestes; falecida Conde das Galveias .
em 1946; neta pelo lado materno de Frai:- 2 - 2 :-Roberta Prestes de Macedo Soares, n., D .F.,
clsco Lopes de Oliveira e de D. Narcisa do
Amaral Lopes de Oliveira; bisneta (1.O) de 4-4-1921;
Manuel Lopes de Oliveira e de D. Maria I: - 3 !-José Eugenio Prestes de Macedo Soares, n.,
Joaquina de Oliveira; (2.9 de Francisco das D . F., 4-6-1923, técnico, com curso de aper-
Chagas Amaral Fontoura e de D. Gertrudes feiçoamento na Europa, distinguido com prê-
Pilar do Amaral Fontoura. D. Eugenia é mios na Universidade de Roma; nomeado
sobrinha do Dr. Ubaldino do Amaral, repu- 8-12-1946 professor de desenho decorativo da
blicano historico, senador, ministro do 8u'
premo Tribunal, presidente do Banco do Escola Técnica Nacional; oficial de gabine-
Brasil, um dos Brandes 8e 1889, um caracter te do ministro da Educação e Saude, Dr. Er-
de aço! Filhos : nesto de Souza Campos, continuando nas
mesmas funções com o atual Ministro, D r .
i! - 1:-José Augusto Prestes de Macedo Soares, n., Clemente Mariani Bittencourt .
3-2-1919 no Distrito Federal. Bacharel em
Ciências Juridicas e Sociais pela Faculdade 1- 10 :-Estella de Macedo Soares, n., S.P., 3-8-1894;
Nacional de Direito, 1945. Membro da So- faleceu á 14-11-1901.
ciedade de Geografia do Rio de Janeiro. Con-
sul de 3.a classe, 9-12-1943; secretario da
1- 11:-José Rubens de Macedo Soares, n., S. P .
Missão Especial do Brasil á posse do Dr. 25-6-1897; bacharel em Direito; delegado de
Policia, atualmente, em Jacarehy; São Paulo.
Grau San Martin, presidente de Cuba, 20-9-
306 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
- DRS. ANT.O Jm.
- -
E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 307
CAPITULO XXXIII
Capital Federal, 28-11-1891, casado a 24-12-
Uescmtienc.ia do D r . Brotero Frederico de Macedo Soa- 1918, com D. Clara Carneiro de Mendonça,
w s e 19.Carolina P i ~ e sde Macedo Soares n ., 16-11-1889, filha do Dr. Carlos Car-
1 - 1:-Di.. Gustavo de Macedo Soares, n., 14-2-1887, neiro de Mendonça, e de D. Francis-
ca de Araujo Carneiro de Mendonça,
em banL'Anna cio Sobradinho, sertão da pro-
vincla da Bahia, medico pela Faculaade de neta paterna do Coronel Joaquim Car-
iVledec~~ado Rio de Janeiro, turma de 1913, neiro de Mendonça e de D . Maria Au-
casou-se em 14-1-1911, com D. Edmée Cruls gtqts Carneiro de Mendonça e, pelo
de Macedo Soares, filha do Dr. Luiz Cruls, lado materno de Hypolito Candido de Assis
astrônomo, belga, e de D. Maria de Oliveira Araujo e D . Emilia de Brito Araujo. D .
Cruls; neta, pelo lado paterno de Philippe Clara é irmã do Major Roberto Carneiro de
Augustin Guilláume Cruls, e de D . Anna Eli- Mendonça, falecido,'12-4-1946. um doa gran-
zaheth Jordens, e, pelo lado materno de Fraiz- des valores moraes do nosso exercito, inter-
cisco Rodrigues de Oliveira e D. Anna Maria ventor em vários Estados, diretor do Banco
de Oliveira ; filhos : do Brasil, e Ministro do Trabalho, no gover-
no - Ministro José Linhares - Do consorcio
2 - 1:-Luiz Brotero, falecido em tenra edade; do Dr . Gualter e D. Maria Clara, nasceram :
2 - 2:-Maria Carolina Cruls de Araujo Penna, n., 2 - 1:-L6a de Saboia e Silva, n., 2-12-1919, casada
9-4-1913, casada com Carlos Americo de com o Dr . Luiz de Saboia e Silva, engenheiro
Araujo Penna ; filho : eletricista e mecanico, filho do Dr. Julio de
Saboia e Silva, engenheiro. natural do Esta-
do do Ceará, e de D . Adelina Lisbt3a.de Sa-
2. - 3 :-Lydia Maria, falecida em tenra edade; boia e Silva, de origem mineira; filhos:
2 - 4:-Dr. Gustavo Luiz Cruls de Macedo Soares, 3 - 1:-Lilian Maria, n., 30-10-1941,
n., 8-4-1916, engenheiro civil, solteiro. :i - 2 :-Luiz José, n., 10-11-1942,
2 - 5 :-Sergio Luiz, n., 8-6-1920; falecido em 1945; 2 - 3 :-Luiza Maria, n., 5-12-1944.
O Dr. Gustavo de Macedo Soares chamado,
o medico dos pobres, faleceu á 23 de Junho 2 - 2:-Jorge, falecido em tenra edade.
de 1931, teve a acompanhá-lo a sua ultima 2 -- 3:-Ruth, n., 11-5-1922, solteira.
morada, a população dos suburbios. Foi me-
dico da Estrada de Ferro Central do Brasil 2 - 4 :-Lucio, falecido em tenra edade.
e, era, com o Dr. Aristides Caire, das mais
acatadas e estimadas influencias politicas da 1 4:-Maria de Macedo Soares, n., na chacara do
zona suburbana. Meyer, D . F ., 21-2-1893 ; solteira.
1 - 2:-Guilherme da Macedo Soares, n., 16-8-1888; 1 - 5:-Comandante Gerson de Macedo Soares, n.,
faleceu aos 3 anos. 23-3-1894, oficial superior da Armada, Ca-
pitão de Mar e Guerra, socio da Sociedade
1 - 3 :-Dr. Gualter de Macedo Soares, engenheiro Brasileira de Geografia, do PEN-Club do
civil, professor da Escola Politécnica e as- Brasil, e do Instituto Técnico Naval, conde-
tronomo do Observatório Astronomico, n., na corado com - a ) Medalha da Ordem do Me-
rito Naval, - b) Legião do Merito dos Esta-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE
DRS. ANT." Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 309

dos Unidos. - c) Legião do Merito do Chi- Com exceção do Dr. Gustsvo, todos os fi-
le, - d) Cruz de Campanha contra o Impe- lhos do Engenheiro Brotero, nasceram no
rio Alemão (la grande guerra mundial), --.- Distrito Federal.
2 semestus. - e) Medalha da Vitoria, inter-
nacional (Ia Grande Guerra Mundial), - f 1
Medalha de Serviços de Guerra, 2 estrelas, CAPITULO XXXIV
(2." Grande Guerra Mundial), - g) Meda- Desceniiericia de Paulino José Rodrigues de Azevedo
lha Militar de Bons Serviços (ouro) ; casaclu Soares e'D. Maria Antoniu Alves de Azevedo Soares
á 31-5-1923, com D . Yára de Almeida Mace-
do Soares, n., 14-3-1905. filha de Antonio M:i- I - 1:-Maria Joaquina de Azevedo Soares (Mariet-
ximo de Almeida, funcionario do Ministerio t a ) , n., 30-3-1862, casada com seu primo Cel-
da Viacão; e' jornalista, e de D. Maria da so Salathiel de Azevedo Soares, antigo fiel de
Gloria Pereira Pinto de Almeida. neta ~ 3 - pagador da Marinha, filho de Antonio José
terna de Francisco Maximo de Almeida. e de Azevedo Soares, e de D. Guilhermina da
de D . Maria Joaquina de Araujo Almeida; Costa de Azevedo Soares ; filhos :
e, pelo lado materno, do D r . Bernardo Ga-
vião Pereira Pinto, engenheiro, e de D . Lui- 2 - 1:-Paulino José de Azevedo Soares, capitão de
T a Barata Pereira Pinto; finos : corveta da Marinha de Guerra, casado com
D . Hilda Cuevas de Azevedo Soares, natural
1 :-Geyr de Macedo Soares, n., 29-3-1924, oficial do Estado do Espirito Santo. filha de Pedro
da Amada, solteiro. Cuevas, hespanhol, e de D. Leonor Cuevas,
2:-Jaime-Hermano de Macedo Soares, n., 4-3- brasileira ; o comandante Paulino faIeceu, em
1926, cadete da Escola Militar. Niterbi, onde sempre residiu, aos 45 anos;
filhos t
3 :-Hermano-Jaime de Macedo Soares, n., 4-8-
1926, cadete do a r . 3 - 1 :-Paulino, estudante;
6 :-Dr . Gualberto de Macedo Soares, n., 29-10- 3 - 2:+Nilda, professora diplomada aos 16 anos;
1895, funcionario publico e advogado. casado 3 - 3 :-Pedro Celso, estudante;
á 8-9-1927, com D . Dalva de Almeida de Ma-
cedo Soares, n., 17-9-1909 e cujos ascenden-
tes são os mesmos de D . Y&ra de Almeida 2 - 2 :-Celsina de Azevedo Soares, solteira;
de Macedo Soares, já mencionados; filhos:
2 - 3 :-Antonio Claudio de Azevedo Soares, solteiro,
1:-Gilson de Matedo Soares, n., 25-4-1931, es-
falecido aos 25 anos.
tudante ;
2:-Gilza de Macedo Soares, n., 5-9-1934, es-
2 - 4 :-Juracy, falecida, impubere .
tudante ; 1 - 2 :-Maria Carolina, n., 10-3-1870; faleceu soltei-
ra em 28-1-1895 ;
7 :-Dr . Gilberto de Macedo Soares, n.. 20-5-1898,
farmaceutico, solteiro, falecido, 24-6-1924; 1 - 3:-Mario de Azevedo Soares, n., 5-4-1875, fun-
cionario dos telegrafos, casou-se. em primei-
8 : D r . Guilmar de Macedo Soares, n., 1-4-1901, ras nupcias, com D . Maria Amelia da Costa,
enzenbeiro civil, solteiro, falecido á 8-11- filha de Francisco Luiz da Costa, e de D .
1935. '
-
310
i -
NOBILIARQUIA
--
FLUMINENSE
- - DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
- ---.e.-
311

Carolina da Costa, naturais de Itaborahy; 2 - 1:-Capitão de corveta Paulino José de Azevedo


s.g.; e, em seguntlas nupcias, com D. Ma- Soares ;
ria Ferreira Horta, da familia Horta Barbo-
sa, de Pedro Leopoldo, Estado de Minas Ge- 2 - 2:-Celsina, solteira;
rais ; filhos : ? - 3 :-Antonio Claudio, solteiro.
2 - 1:-Octacilio Horta Soares, funcionario dos tele- 2 - 4:-Juracy, falecida, menor, declarados acima.
g r a f o ~ ,casado com D. Aracy Coelho Soa-
res, filha do oficial do exercito Edgard Coe- 1 - 2:-Eponina de Azevedo Soares, n., 28-3-1870,
lho, falecido, e de D . Evangelina Braga Coe- casada com Francisco da Costa Correia de
lho; filhos: Sá. ourives, relojoeiro, filho de Antonio d~
Costa Marinho, e de D . Francisca Correia de
3 - 1:-Lecticia Horta Soares, funcionaria dos Cor- Sá da Costa Marinho, naturais do municipio
reios ; cie Capivary, Rio de Janeiro; filhos :
3 - 2 :-Luiz Horta Soares, estudante; 2 - 1:-Alaor Correia de S&, ourives-relojoeiro, es-
3 - 3 :-Lucia Horta Soares, estudante. tabelecido em Campo Grande, Distrito Fe-
deral, casado com D . Maria de Jesus Correia
2 - 2 :-Zaira, falecida menor: de Sá ; filhos :
2 - 3 :-Diva, falecida impubere.
I. - 4:-Maria Christina de Azevedo Soares, n., 4-1-
1877 ; falecida menor.

CAPITULO XXXV
.Descendencia. de D. Maria Paula de Azevedo Macedo 2 - 2 :-Enedina Correia de S&, solteira ;
Soares e D r . Joaquim Ma&ano de Macedo Soares.
(Vj . Capitulo XXIII) 2 - 3:-Mozart Correia de Sá. solteiro, faleceu no
posto de sargento-aviador.
3 -- 4 :-Francisco,
-
faleceu menor;
CAPITULQ XXXVI 2 - 5:-Eloyna Correia de S&,casada com Mario Nu-
nes, funcionario publico ; Filho :
Ilescendencia de Antonio José d e Azevedo Soares e D.
- Guilherrnina d a Costa de Azevedo Soares 8 - 1:-Mozart, n., julho de 1946.
1 - 3 :-Luiz Hostilio de Azevedo Soares, n., 4-9-1871,
1 - 1 :-Celso Salathiel de Azevedo Soares, n., 16-10-
falecido, em agosto de 1894. ,
1868, professor e fiel pagador da Marinha,
casado com sua prima D . Maria Joaquina de 1 - 4 :-Antonio, n, &em1872, falecido impubere;
Azevedo Soares, filha de Paulino José Rodri-
gues de Azevedo Soares, e de D . Maria An-
tonia Alves de Azevedo Soares; filhos:
312
- --
NOBILIARQUIA FLUMiNENSE
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R . DE MACEDO SOARES
- -
313

CAPITULO XXXVII L. - 1:-Alexia Pena Pinto Pacca, casada com o prb-


1)escendencia de José Rodrigues d e ' d x e v e d o Soares e fessor José de Almeida Pinto Pacca, natural
D . Lydia Antas de Azevedo Soares de Guaratinguetá, S . Paulo, filho do Dr.
-
Gustavo Pinto Pacca e de D . Adelia de Al-
1 - 1 :-Ernani de Azevedo Soares, falecido, menor; meida Pacca ; filhos :
1 - 2 :-Luiz Hostilio de Azevedo Soares, n., 4-9-1871, 3 - 1:-Darcy,
engenheiro civil, com função na Prefeitura da
capital do Estado de S. Paulo, casado com
D. Maria de Lourdes Leite de Azevedo Soa-
res, filha do D r . Augusto Pereira Leite, ad-
vogado e diretor do Departamento - Segu-
rança Publica - do Estado de S . Paulo, e
de D . Ismenia de Almeida Pereira Leite;
filhos : 3-- - 6 :-Ornar, este falecido. * -

2 - 1:-Fausto de Azevedo Soares, n., 19-11-1922; --


2 - 2:-Mair de Azevedo Pena, engenheiro mecanico
2 - 2 :-Nicia de Azevedo Soares, ' n.; 24-11-1925. e eletricista pela Universidade de New-York,
U . S . A ., fazendeiro e industrial no munici-
- 3 :-José Cesar Antas de Azevedo Soares, n., 3-9- pio de Paraty, Estado do Rio de Janeiro, ca-
1894, cirurgião-dentista do hospital de Ju- saao com D. Amelia Moura Maia Pena. filha
query, com gabinete dentario n a capital do do D r . João de Almeida Maia, advogado, e
Estado de S. Paulo, casado em primeiras de D . Maria Amelia de Maura Maia; filhos;
nupcias com D . Elvira Gonçalves de Azeve- todos menores e estudantes :
do Soares, filha de Domingos José Gonçal-
ves, e de D . Sebastiana Gonçalves Pizzani ;
em segundas nupcias, com D . Maria da Glo-
ria Reis de Azevedo Soares (tambem fale-
cida), filha de Alvaro da Silva Reis e de D,
Elvira Pereira Reis, ambos do municipio de
Bananal, Estado de S. Paulo.
3 - 5 :-Luiz Antonio,
3 - 6:-Marcelo.
CAPITULO XXXVIIJ L - 3:-Marina Pena Colangelo Nobrega, diplomacia
pela Escola Normal de S. Paulo, casada com
Ilescendencia de Luiz Manoel d e Azevedo Soares Junior
o D r . Luiz Colangelo Nobrega, professor da
e D . Maria Luiza Alves de Azevedo Soares.
Escola Politécnica de S . Paulo, filho de Pas-
1 - i :-Evangelina de Azevedo Pena, n., 19-10-1872, coa1 Colangelo, e de D . Donata Colangelo;
casada com José Ramos Pefia, filho de D filhos :
Erico Augusto Pefia, consul geral da Repu-
blica Oriental do Uruguay, no Rio de Janeiro " - 1 :-Luiz Waldir,
e de D . Luiza Ramos Penfia ; filhos :
L, - 2 :-Luiz Gonzaga,
--
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES.. ----
316
NOBILIARQUIA F'LUMINENSE
-
--
1 - 4:-Felippe de Azevedo Soares, n., 11-12-1881,
3 :-Luiz Zildo, cirurgião dentista, falecido em Niterói, em
29-4-1945. Foi casado com D . Judith Costa
Velho de Azevedo, filha de João José da Cos-
5:-Luiz Paulo, todos menores, estudantes. .ca Velho e de D. Luiza Pefia da Costa Vr-
lho; filho:
4 :-Milton de Azevedo Pefia, medico pela Facul-
dade de Medecina da Universidade do Bra- 2 - 1:-Luiz Felippe de Azevedo, oficial do exercito,
sil, casado com D. Altair Noronha Pefia, fi- casado com D. Juracy da Matta de Azeve-
lha do general Julio Cezar de Noronha, an- do, filha de João Guilherme da Matta, e de
tigo prefeito de Niterói, e de D. Zulmira Re- I). Maria Isabel Santos da Matta; filhos, to-
go Lopes de Noronha; filhos; menores, es- dos menores:
tudantes : 8 - 1:-Luiz Felippe,

C, - 3 :-Maria Thereza,
3 :-Regina Maria. '-; - 4 :-Maria Luiza,
5 :-Ernani, falecido, impubere . I, - 5 :-Maria Regina,
2 :-Agenor de Azevedo Soares, n., 25-8-1873, ba- 3 - 6 :-Paulo Cezar.
charel em direito, advogado em São Paulo,
atualmente residente na Capital Federal, ca- 2 - 2:-Decio de Azevedo, funcionario bancario, sol-
sado, em primeiras nupcias, com D . Rosa teiro ;
Antonia de Aguiar Barros, filha do Dr. An- 1 - 5:-Regina de Azevedo Soares, falecida, menor.
tonio Francisco de Aguiar Barros, magis-
trado em S . Paulo, e de D . Genebra Souza 1 - 6:-Etelvina, de Azevedo Soares, falecida, menor.
.
Queiros de Barros ; S . g . e, em segundas
nupcias, com sua prima D . Judith Soares
de Azevedo, filha de Joaquim José de Azeve-
do Soares, e de D . Candida Borba de Azeve- CAPITULO XXXIX
do Soares; filhos: L)cscender~ciude Joaquim José de Azevedo Soares e D.
Candida Borba de Azevedo Soares
1 :-Luiz de Azevedo Soares. n., S . P . . 29-1-1918.
bacharel em direito. *advogado, casado com 1 - 1:- aii ia Orminda de Azevedo Silva, n., 13-5-
D . Heloisa Oliveira do Amaral, n., 22-3-1921, 1882, casada com o Dr. Gustavo da Silva,
filha de Carlos Augusto do Amaral, e de D . natural de S. P., medico, falecido naquela
Leonor Oliveira do Amaral ; filho : cidade, filho de José Augusto Gustavo da Sil-
va e de Alexandrina Fernandes da Silva; fi-
1:-Luiz Manoel, n., 9-9-1946 ; l h o :~
2 :-Claudio de Azevedo Soares, n., S . P ., 27-5- 2 - 1:-Lucia, n., em S. P., casada com o Dr. An-
1920, técnico em estatistica. solteiro. tonio Austregésilo Filho, medico, filho do
3:-Claudio de Azevedo Soares, n., 2-3-1875, fa- professor Antonio Austregésilo, da Faculda-
lecido aos 14 anos.
3M NOBILIARQUIA FLUMINENSE DRS. ANT.0 Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 317
-- - ---

de de Medecina do Rio de Janeiro, membro .


filha do professor D r Antonio Cezar Netto,
da Academia Brasileira de Letras, e de D . advogado, e D. Maria José Cezar Netto.
Hermrnia de Morais Austregésilo; filho:
L - 4 :-Luurival de Azevedo Soares, n., em S. i? .,
;r; - 1:-Antonio Austregésilo Neto, n., no Rio de 16-1-1886, bacharel em direito, advogauo,
Janeiro. casaao com L). liilda Vianna, filha do iiiaus-
3 - 2 :-Hernani de Azevedo Silva, n., em Milão (Ita- .
triai e banqueiro, C ; . P Vianna (Christiano
lia), bacharel em direito, advogado, e in- Yeregrlno Vianna), e de D. Elisa Carneiro
dustrial em S . Paulo, casado com D. Maria Braga ; Filhos :
Luiza Simonsen, filha do D r . Wallace Co- 2 - - 1:-liilda Vianna de Azevedo Soares, solteira.
ckrane Simonsen, banqueiro, comerciante e
industrial em S . Paulo e de D . Maria Mo 2 - 2:-Odette Vianna de Azevedo Soares, solteira.
retzsonhn Simonsen; filho : 2 - 3 :-Carmem Vianna de Azevedo Soares, solteira.
3 - 1:-H,ernani Wallace de Azevedo Silva, n., na 2 - 4:-Ruth, casada com Daniel Manoel da Costa,
capital do Ehtado de S . Paulo, natural de Portugal, comerciante no Rio de
1 - 2 :-Judith Soares de Azevedo, n., em S. P . , 16-6- Janeiro (Copacabana) .
1884, casada com seu primo D r . Agenor de
Azevedo Soares, advogado ; filhos :
1 - 5 :-Guiomar .
de Azevedo Soares, n., S . P , 27-11-
1889, casada com o D r . Celso Vianna, enge-
2 - 1:-Dr . ~ i i de
z Azevedo Soares, advogado ; nheiro civil, filho de Christiano Peregrino,
Vianna, industrial e banqueiro, e de D. Eli-
2 - ,2:-Claudio de Azevedo Soares, técnico em es- sa Carnein3 Braga. Filhos:
tatistica, mencionados acima.
f! -.l:-Ciro So*aresVianna, n., S. P., bancario, ca-
1 - 3 :-Carolina de Azevedo Soares Silva, n., S. P . , saqo com D . Maria da Conceição Lima, filha
4-3-1886, casada com Arthur Fernandes da do Dr . A l h o Lima, advogado e professor da
Silva, natural de Portugal, banqueiro e ca- Faculdade de Direito de São Paulo; filhas:
pitalista, residente em S. Paulo ; filhos :
8 - 1:-Maria Apparecida,
3 - 1 :--Arnaldo Soares da Silva, n., em S.P., bacha - 2 - -2:-'Maria Thereza.
charel em direito, advogado e industrial, ca-
Sado com D . Maria do Carmo Sette, filha de 2 - 2:-Rubens Soares Vianna, n., S. P ., bancar10
Dr. Primitivo de Castro Sette, ministro apo- casado com D . Silvia Marmo, filha de Cle-
sentado do Tribunal de Justiça do Estado de mente Marmo, chefe da Repartição Estadual,
S . Paulo, e de D. Thereza Colaço Sette natural do Rio Grande do Sul e de D. Rosa
Filhos : Marmo. Filha :
2 - 1 :-Maria do Carmo. 3 - 1:-Nair,
-
n., S. P., solteira.
b

: - 2 :-Arnaldo, ambos nascidos na &mital de S . 1 - 6 :-Edgardo de Azevedo Soares, n., S . P ., 1-1-


Paulo. 1892, engenheiro civil, industrial, banqueiro,
presidente d a Companhia de Seguros -
2 -. 2:-Guitavo Soares da Silva, n., em S . P . , in- "Italo-Brasileira", hoje, Companhia Segura-
dustrial, casado com D . Córa Cezar Netto, dora Brasileira, casado com D. Angelina
DRS. ANT.O Jm.E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 321PI
-
-- --

Peixoto, filha de Francisco Peixoto Ferreira CAPITULO XL


de Souza, natural de Portugal, comerciante
em S. Paulo, e de D . Antonia Peixoto, n., Descendencia do Dr..João E v m g e l i s t a de Azevedo Soa-
eM S. Paulo. Filhos : res tz L). Arnanda Pefia de Azevedo Soares

2 - 1:-ljirce, n., em S.P., casada com o D r . Ar- 1 - 1:-lùair Azevedo Soares Nobrega, n., 28-11-
quimedes de Barros Pimentel, engenheiro cl- 1893, casaua com Antonio 6arDosa lúobrega,
vil, Iilho de Francisco de Barros Pimentel, Iuncionario aa Gaixa bconomica, Ialecrao
comerciante, e de D. Georgina Sotto Maior. em março de 1938, íilho de Francisco No-
Pilho$ : brega Junior e de D . Elvira Barbosa No-
brega; s . g .
3 - 1:-Carlos Alberto,
2 - 2 :-Fernando de Azevedo Pimentel.
1 - 2:-Haydéa Azevedo Soares Araujo, n., 13-8-
1895, casada com Raul Tavares de Araujo,
? - 2:-Edith, n., S. P., casada com Julio Giorgi, funcionario do foro do Distrito Federal, fi-
industrial em S. Paulo, filho de Guilherme lho do escrivão Henrique Ferreira de Arau-
Giorgi, industrial, e de D. Maria Milanesi, jo, e de D . Mathilde Tavares de Araujo; fi-
auibos naturais da Italia. Filhos: lhos :
2 - 1 :-Leda, n., 28-11-1917, casada com Washing-
ton de Almeida, oficial do exercito;
8 - 2 :-Roberto de Azevedo Soares Giorgi.
2 - 2 :-Heine Evangelista, n., 16-2-1920,
rZ - 3 :-Edgardo de Azevedo Soares, n., em S. P . ,
engenheiro civil e industrial, casado com D.
.
Lourdes França dos Santos, n., em S. P , f i- 2 - 4 :-Evaldo Henrique, n., 21-2-1930.
lha de Luiz França dos Santos, comerciante
em Santos, e de D . Adelina Santos. 1 - 3:-Moacyr Pefina de Azevedo Soares, n., 29-8-
1899, medico pela Faculdade de Medecina do
'C - 4 :-Washington .
de Azevedo Soares, n., S . P , in- 3io de Janeiro, com função no quadro do^
dustrial, casado com D. Aurea Marques da inedicos do Ministerio da Fazenda, casado
Costa, n., em S. Paulo, filha de João Marques com D . Atimilda de Oliveira, distinta pro-
da Costa, industrial, e de D. Margarida fessora publica no Estado do Rio de Janei-
Marques da Costa. Filhas: ro, filha de Fidelis Custodio de Oliveira, e de
D. Prancisca Mattos de Oliveira, fazendeiros
em Nuam, municipio de Maricá ; filho :
4 - 2:-Suzana de Azevedo Soares.
2 - 1:-Gerardo Evangelista Pena de Oliveira Soa-
7 - 7:-Dirce de Azevedo Soares, falecida menor., res. estudante e eximio musicista, solteirc.
- D. Francisca Mattos de Oliveira, faleceu
! -- 8 :-Joaquim José, falecido impubere,. aos 30 anos, em 9-11-1944, em Niterói, dei-
1 - 9:-José Joaquim, gemeo, tambem pouco sobre- xando, do seu casal, filhos: D , Lidia de Oli-
veira, chefe da divisão de Industria, Comer-
viveu. cio e Organização da Produção da Secreta-
ria de Agricultura; D. Atimilda de Olivei-
ra, supra; D. Fidelina de Oliveira Sarama-
(c. 25)
320 NOBILIARQUIA FLUMINENSE

fs, esposa de Manuel de Pinho Saramago,


presidente do Sindicato dos Atacadistas; 1).
Fernandina de Oliveira, diretora do Grupo
Escolar "Matias Neto" e esposa de Carlos
Caetano da Silva, comerciante em Conceição
de Macabú; D . Malvina de Oliveira, viuw
de Benedito Bastos; D . Cecilia de Oliveira,
professora publica estadual; e José de Oli-
veira, sócio da firma Saramago, Crista &L
Cia., da prsça de Niterói.

APENDICE
JULIAO RANGEL DE MACEDO,
Fidalgo da Casa de1 Rey D. Philippe 1 . O de Por-
tugal, d'onde passou a conquista do Rio de Ja-
neiro, e, aqui, como 1 . O juiz de Orfãos, nos fins do
seculo 1 6 . O , e, em 1583, ficou substituindo a Sal-
vador Corrêa de Sá, no governo geral e a quem
muito ajudou na fundação da mesma cidade. -
(Padre Carvalho, Corografia, tom. 3, pg. 453)

Tirou Brazão de Armas em 12 de julho de 1746,


isto é, O seu neto Julião Range1 de Souza, brazão es-
Brazão de Armas dos Azeredos
quartelado; no primeiro quartel a s Armas dos Souzas
do Prado, que são escudo esquartelado no primeiro es-
quinas de Portugal, no segundo em campo de prata um
Leão rompente vermelho e assim os contrarios; no se-
gundo quartel Armas dos Coutinhos, que são: um cam-
po de ouro cinco estrelas vermelhas, postas em cantos
de cinco pontas cada uma : no terceiro quartel as Armas
dos Pereiras, que são em campo vermelho uma cruz de
prata florente e vasia do Campo; no quarto quartel
ús Armas dos Rongeis que são um campo azul uma
flor de liz de prata, orla de ouro com sete ramos verdes
abertos em bagos sangueiros elmo de prata abertc,
guarnecido de ouro paquife dos metais e cores das Ar-
mas, timbre o dos Coutinhos, que é um Leão andante
vermelho com uma Capela de flores n a mão direita, z
uma estrela de ouro na espada, e por diferença brica de
prata com um trifolio de ouro,
Brazão de Armas dos Coutinhos
4 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE -- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 5

O CAMINHO D F DAMASCO terra. Retorquia-me S. E x . com sua costumeira dia-


iectica, querendo mostrar como bravo filho do norte
Nada ha, diz o adagio popular, como um dia de- ser antes "de quebrar que de torcer".
pois do outro! Nunca me hei de esquecer da hermeneutica de S.
Em 1903, era corno hojc digno representante do E x . para explicar a decantada sesmaria de sobejos.
Esi.>dode Sergipe o illustre Pr. Felisbello Freire, sem- Como se tal palavra não significasse o que resta de ou-
pre distincto pelo seu saber. cwacter e virtudes civicas. trem possuidor ou o que não tem dono nem está apro-
Rm sessão de 30 de Julho daquelle anno e a propo- veitado.
sito de desapropriações. S. Ex. produzi0 notavel dis- Mais realista do que H. Lobo, o Dr . Felisbello fa-
curso com enthusiasmo apreciado, pelos seus dignos ria resurgir a utopia creada pelo prefeito Barata Ri-
pares. beiro quando felizmente em vão procurou onerar como
O Dr. Felisbello, então defensor do patrimonio foreiras todas as terras que se estendiam da antiga rua
municipal, descrevia as tres sesmarias que se fundavam. da Valla até a praia da cidade,
segundo esse Deputado, %emo dominio directo dos ter- Passam os annos e o illustrado Dr. Felisbello dá,
ienos desta capital, os quaes todos pertenciam á Ca- u imprensa o primeiro volume da sua Historia da Ci-
mara Municipal. dade do Rio de Janeiro. Poia bem, com esta notavel
Dizia o operoso representante da nação: "Estu- publicação, S . Ex. veio dar .?anho de causa a seu an-
dando essas tres sesmarias vê-se que não ha um s6 tigo contendor, o obscuro signatario destes aponta-
mo do terreno (sic) fóra do dominio da Camara Muni- mentos.
cipal do Rio de Janeiro. Logo. S r . Presidente, comprar Após 98 annos escreveu I, Dr Felisbello: "Os im-
qualquer immovel ou qualquer terrerio, é o Conselho portantes serviços prestados yelos conquistadores para
ou o prefeito comprar o que já é seu". a fundação da cidade foram recompensados pelo go-
Deante de tanto rasgo oratorio sem grandes pro- verno com doações de terrenos para a construcção das
vas, ninguem protestou contra semelhante inexactidão ! habitações e inicio de suas lavouras. Todos os logares
E na bancada do Districto Federal havia quem tinha da administração pubiica municipal que ia nascer fo-
o dever de o fazer com desaasombro. ram dadas a elles. As melhoi-cs zonas foram dadas aos
Este a quem me refiro, navia poucos annos. per- que mais se salientaram na Tuerra e aos que tinham
Imcendo ao Conselho Municipal (1895-96), onde por melhor herarchia social "
muitas vezes foram disciitidas questões de fóros e di- Ainda mais, a pags. 75 cita a opinião de H. Lobo
reitos patrimoniaes do municipio e até se pretendeu por uns annos antes tantas vezes lembrada no correr
por subrogação alienar o que pertenrja á edilidade nr) das nossas descripçóes ,
que ella realmente possiiia sJm duvida e contestacão. Escreveu H . Lobo : "Me.n de Sii assignalando no
em virtude das sesmarias que lhe foram concedidas Fora1 a direcção de NNO para ser obrigatoriamente
no inicio e fundação da aidade do Rto de Janeiro. seguido, quando se tratasse de medir a testada da ses-
Por esta folha "A Noticia" procurei com meus maria teve em vista alterar a concessão feita dois annos
minguados recursos provar 5i facilidade com que por antes por seu sobrinho Estacio de Sh, em proveito tão
errados conceitos o imaginoso deputado sergipano pro- somente dos edificadores de nova cidade, que, em vir-
curava resolver problema at6 então insoluvel!
Argumentei com provas extrahidas do Archivo Na- tude deste rumo deixavam de ser contribuintes á Ca-
mara por ficarem fóra dos limites de sua sesmaria. Se
cional, com os textos do D r . Haddock Lobo em sua
obra. O tombo das terras mufiicipais. Sustentava eu . ao contrario tivesse elle confirmado pura e simples-
com bons fundamentos que os terrenos da cidade velha mente a primeira dado o rumo da mecição seria outro;
eram em sua grande parte allodiaes. Tinha sido con- visto como os terrenos delln era uma legua e meia
cedidos sem foro aos primitivos conquistadores desta de terra, começando dã casa de pedra ao longo dei. ba-
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--- NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE- - DRS. ANT.0 Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 7

hia até onde se acabar". Qurr isto dizer como tantas Christovão de Barros concedeu apenas sessenta
l.ezes o repito: todas essas terras foram sempre allo- braças ao longo do caminho que vae da lagoa grande e
c1iaes . 20 outro do meio p s r a a s olacias correndo ao longo do
Desta verdade ha provas inconcussas nas questões chão de Francisco de Souza que começarão onde acabar
havidas entre o governador Luiz Vahia Monteiro e a Thomé Rodrigues e setenta pelo outeiro acima etc."
Camara. Versavam acerca da construcção de casas fóra Antes de vir para o R i , de Janeiro, Antonio de
ao muro da cidade, meio de dclfesa posto a t é certo pon- Mariz residio na Capitania de S . Vic.ente. De 1562 a
to em executar e mais tarde abandonado por inutil 64 servio como juiz ordinario e vereador da Camara
para segurança do Rio de Janeiro. da Villa de S . Paulo. Consta tudo isto de um folheto
Volto ao ponto principal. Grande contentamento, o.ue me foi offerecido pelo operoso Eugenio Egas. Nes-
. pois, experimentei ao vêr n a monogrsphia do D r . Fe- :-e opusculo vem reproduzidas as actas da referida vil-
lisbello provas do que eu sempre asseverava: tantas la no precitado periodo. 1
eram as terras concedidas sem pensão ou fóro! A genealogia dus descendentes de Antonio foi feita
Não admira porque ainda em 1721 o governador como já disse pelo ministro Dr. Macedo Soares. E'
Ayres de Saldanha concedida no inter'or da cidade ses- trabalho de consciencie, e muito estudo.
marias, máo grado a prohibicão de 1716. facto que em Desse distincto brazileiro ocorre tambem curiosa
1748 ainda provocava por parte da Camara protesto ;?ata na 2.a edição do trabalho: "Regimento das Ca-
levado á presença do monarcha portuguez. maras Municipaes, nota que muito esclarece a perso-
P a r a os conquistadores + auxilizres de Estacio e validade de A. de Mariz"
Mem de Sá. abre o Dr. Felisbello em seu trabalho um Conforme. M . Soares, o verdadeiro nome daquelle
capitulo especial. O primeiro dos numerados é o mui 6 D r . Antonio de Mariz Coutinho: provedor da fazen-
conhecido Antonio de Mariz, immortslisado pela pen- da real no Rio de Janeiro, casado c o a D . Izabel Ve-
n a do egregio José de Alencar e tambem pela musica
eminentemente nacional do inesquecivel Carlos Gomes lha". . . Entretanto, José de Alencar, no seu romance n
Que Mariz teve terras fóra do Rio, basta ler o "Guarany", sem mais exame e só pelo que leu em Ral-
tomo 93 da Revista do Tnstituto Historico. thazar Lisboa (que erra muito nestas materias) enga-
Garante outrosim o S r . Felisbello que Mariz ob- nou-se, dando á mulher de Antonio de Mariz o nome
teve uma sesmaria no morro de Santo Antonio que ae Lauriana. Tambem não sabemos aonde elle foi bus-
doou aos Carmelitas. Não di7; a data nem precisamen- car o titulo de Dom com que condecorou o provedor do
te localisa o sitio. E' tão g r a r d e o alludido morro! Rjo de Janeiro. Imaginação de poeta mettido a histo-
Ignoro as particularidades desse facto. Sei apenas riador".
oue Antonio de Mariz teve um curral nas proximidades Falleceu A . de hlariz pouco mais ou menos em
da Lagoa Grande ou do Roqueirão. 1584, porque neste aniio pedia Ayres Fernandes o 10-
Deprehende-se isto )a sesmaria concedida em 11 y a r de mamposteiro dos captivos, vago pela morte de
de Setembro de 1573 por Christovão c?e Barros a Nuno Mariz.
Tavares. E.ste pedio cem bracas de terras de largo e Foi este, como bem disse o S r . Felisbello, tronco
duzentas, de comprido no Csbo da Vargem onde se de numerosa familia fluminense, cujt;s representantes
~ h a m ao penedo do descanso, as quaes cem braças se por muitos annos exerceram importante papel n a poli-
medirão da lagoa que está na t e r r a de Francisco de t x a e na administração.
Souza indo pelo caminho que vem da Aldeia de Martim E' em derredor de sua individualidade que José
Affonso cortando do eurral de Antonio de Moraes até de Alencar teceu o enredo do Guarany.
a praia do oleiro e as duzentas pelo monte arriba ao Bom é lembrar que o romance c3meça em 1606 e
longo do caminho que vae pelo monte arriba á roça Mariz estava enterrado desde 1584. Tambem nunca
de Salvador Corrêa de Sá. teve filha com o nome de Cecilia!
8 NOBILIARQUIA FLUMINENSE
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- APENDICE
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Entre os descendentes desse primeiro povoador,


contam-se os Rangeis de Souza os Macedos Freires, os de de soldados - f é em Deus, amor da patria e dedica-
Podrés, Azeredos Coitinhos, Macedo Soares, Duque Es- cão ao rei - varreram das plagas cariocas intrusos es-
trada, Mascarenhas, etc., etc . trangeiros e ajudaram Mem de S á a lançar os alicer-
ces da cidade de S . Sebastião do Rio de Janeiro.
Falta-me espaco r a r a t r a t a r dos outros prematu-
Y O S poVoadores que tambem deixaram illustre e honra- Descendentes de Lopes de Mariz obtiveram os da
da descendencia. familia brazão de armas, dado em Evora por D . João
Todos elles foram tnmbem aquinhoados com ter- 111 em 1 3 de setembro de 1534, como refere o visconde
ras não foreiras. Sanches de Baêna, em seu importante trabalho Archi-
Ao velho cario-a perdoa o generoso D r . Felisbello T O Heraldico e Genealogico.
estas impertinencias, filhas do muito que me merece o Das indicações esparsas em documentos impres-
,operoso historiador o qual tem proccirado com os es- sos e ineditos nada podemos conhecer dos primeiros
forços de seu talento ?estabelecer a verdade com refe- tempos da vida de Antonio de Mariz. Ignora-os quando
rencia ao passado desta capital. chegou ao Brasil; mas é certo que já em 1561, se ha-
via fixado na Capitania de S . Vicente; pois n'esse anno
Viewa Fazenda. requeria a Pedro Collaço, capitão mór, preposto de Mar-
Domingo, 1 de Dezembro de 1912. tim Affonso de Souza, terras. na bórda do Campo, onde
se chama Ipyranga, termo da ilha de Piratininga, alle-
Da "A Noticia", de 11-12-1912. gando ser, de há muito, residente n a Capitania, e ser
casado. Camarista da villa de S. Paulo, Mariz e seus
companheiros, em 12 de maio de 1565, resolvem dirigir
energica representação a Estacio de Sá, capitão mór da
ANTONIO DE MARIZ armada real. Esse documento, impresso na chronolo-
Nem todos os frequentadores do Lyrico dispõem gin annexa aos Apontamentos Historicos Geogrnphicos,
de tempo para procurar saber quem foi o individuo, Biographicos de Azevedo Marques dá perfeita idéa
cujo nome encima os presentes apontamentos, o qual do carater e independencia d'esses antigos homens de-
da,s paginas de notabilissimo romance passou para liberados sempre a quebrar, mas nunca a torcer.
a opera - O Guarany, vocabulo de etymologia ain- Acompanhou, abandonando de vez S. Paulo, a Es-
da incerta tacio de Sá, tomando parte activa em todos os comba-
Para Theodoro Sampaio é corrupção de guarani tes contra francezes e seus alliados tamoyos, referidos
- o guerreiro, o que lucta. D'esse pensar foram por todos os historadores e chronistas. Dispersos os ini-
tambem Varnhagen e Couto de Magalhães. O d r . migos, obteve Antonio de Mariz, por actos de bravura, a
João Mendes de Almeida julga, porém, provir aquel- amisade e consideração do governador geral Mem de
la palavra - de Goára - ani - povo não originario Sá. Transferida por este a cidade para o morro de-
do logar. pois chamado do Castello obteve o brioso capitão de
Personagem de existencia historica averiguada o infantaria varias datas de terras que podemos ler na
D r . Antonio de Mariz Coutinho, se nunca teve o ti- Revista do Instituto Historico (tomo 63, parte 1.":
tulo de Dom, não possuio solar medieval nas cercanias "3.000 braças de largo e 6.000 para o sertão, que está
do Paquequer, nem falleceu victima de explosão e des- dentro n'este Rio, correndo por ele acima (fevereiro de
moronamento, occupa, todavia, notavel logar nas pa- 1568) - 4.500 e 9.000, para o sertão por esta Bahia
ginas da nossa historia colonial a que ligou o nome por a dentro, onde acaba Martim Affonso até o logar cha-
feitos de heroismo e abnegação, servio cargos do fun- mado Ibirapitanga (23 de março de 1568) - mais
cionalismo publico, fazendo parte d'essa illustre pleia- 3.000 braças ao longo do mar e 6 000 para o sertão,
principiando a medir de Ibirapitanga, onde acaba a
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 11
10
-..-
NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
dadãos e indios, tendo estes á sua frente o Arariboia.
data de Diogo da Rocha (23 de março de 1568) e fi- O governador mandou-lhe dar uma cadeira - e elle
nalmente em 8 de Janeiro de 1574 - 500 braças 1
m
:
em se assentando cavalgou "huma perna sobre a outra,
quadro, na praia em frente á s ilhas de Maricá". segundo o seu costume; manüou-lhe dizer o governador
Do desinteresse de Antonio de Mariz temos pro- pelo interprete que alli tinha que não era aquella boa
va na desistencia feita. em favor do Arariboia (Mar- cortezia, quando fallava com hum governador, que re-
tim Affonso), de uma sorte de terras, constando de presentava a pessoa de El-Rey. Respondeu o Indio de
uma legua de costa e duas de sertão, começando das repente, não sem colera e arrogancia, dizendo-lhe: Se
harreiras vermelhas. N'esse ponto, em 1573, formou-se tu souberas quão cançadas eu tenho a s pernas das guer-
a antiga aldeia de S . Lourenço, como está provado pe- ras em que servi a El-Rey, não estranhavas dar-lhes
las escripturas publicas, trasladadas por Joaquim Nor- agora este pequeno descanço, mas já que me achas pou-
berto de Sotlza e Silva, na parte documentada de sua co cortezão eu me vou para minha aldeia, onde nós
Memoria sobre as Aldeias de Indios da provincia do 1 5 0 curamos d'esses pontos, e não tornarei mais á t u a
Rio de Janeiro, impressa na Revista do Instituto His- corte. Porém nunca cieixou de se achar com os seus
torico, (Tomo 17. Anno 1854). em todas as occasiões que o occupou".
Da leitura d'essa importante monographia resulta Tempos depois como é sabido, determinoirc Salema
a certeza de ser a esposa de Antonio de Mariz, D . Isa- expulsar os francezes de Cabo Frio sendo valentemente
bel Velho e não Laureana Simoa, como pretendeu o Dr. auxiliado peio Arariboia e por quatrocentos portugue-
Balthazar Lisboa, no 1 . O volume de seus Annaes do zes, entre os quaes se achava o nosso Antonio de Mariz.
Rio de Janeiro. E facto curioso: mais adiante, no vo- A narração da jornada de Salema foi feita pelo profes-
lume 5.O da mesma obra, o D r . Balhazar sem se lem- sor Capistrano de Abreu, sob o titulo Gravetos da His-
b r a r da coritradicção, em que cahira, assignala á es- toria Patrz'a, impressa na "Gazeta de Noticias", de 6
posa de Mariz o nome verdadeiro. de novembro de 1882 e reproduzida pelo então juiz de
No documento acima apontado assignou a rogo direito e hoje ministro do Supremo Tribunal Federai
Pedro de Seabra, por ser D . Isabel Velho mulher e não D r . Macedo Soares, nas annotações á 2.a edição, do
saber escrever. Regimento das Camaras Municipaes, e tambem pelo il-
D a posse, em 1573, das terras cedidas ao Arari- lustrado D r . Augusto de Carvalho em sua monographia
boia resulta-nos a convicção de que este indio alliado
dos portuguezes so se passou para banda do além quan-
- A Capitania de S . Thomé.
Tal foi a relevancia cios serviços prestados n a ex-
do os primeiros governadores, em vista do socego da pedição de Cabo Frio por Antonio de Mariz, que o go-
terra, puderam dispensar o auxilio immediato do vo- vernador o armou cavalleiro. em 1 8 de fevereiro de
lente chefe dos Tupininós. D'esse modo o celebre com- 1578, segundo nos refere o auctor anonymo dos An-
bate, de 1568, do qual o Arariboia sahio vencedor, gra- naes do Rio de Janeiro existentes n a Bibliotheca
tas ao auxilio de Salvador Corrêa e ao denodo de Du- cional em parte empressos pelo D r . Mel10 Moraes no
arte Martins Mourão, teve Ibgar para a s bandas da Brasil Historico (1866-68) .
antiga Bica dos Marinheiros (Aterrado), primitivo as- P o r morte de Estevão Pires foi Mariz nomeado
sento da Aldeia de S . Lourenço. D'esse chefe, a quem provedor da fazenda real e juiz da alfandega. E m 1568.
D . Sebastião remunerou com o habito de Christo, a já exercia o cargo, que lhe não permittia ausentar-se
tenca de 1.200 e um vestuario de seu uso e sobre cuja ou ter residencia fóra do ambito da nascente cidade do
biographia andava reunindo materiaes o general Cou- Rio de Janeiro. Que teve grangearia, aqui, nos dá no-
to de Magalhães, vem a pello repetir aqui um facto nar- ticia o traslado de antiga sesmaria concedida a Nuno
rado por frei Vicente do Salvador. Tavares. Pedia este ao governador Christoviio de Bar-
Chegandc ao Rio de Janeiro, o governador Anto- ros, 11 de setembro de 1573, cem braças de terra de lar-
nio de Salema foi cmprimentado pelos principaes ci-
12 NOBILIARQUIA FLUAUNENSE - APENDICE DRS:ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES lb

go e duzentas de cumprido n o cabo da vargem, onde que tambem exerceu o cargo de provedor mór da fa-
se chama o penedo do descanso, as quaes cem bragas se zenda. Obteve elle uma sesmaria perto da lagôa gran-
medirão da lagoa que está n a terra de Francisco de de, terras cedidas, mais tarde, aos carmelitas que as
Souza, indo pelo caminho que v e m da aldeia de Martim venderam ao bispo D. Antonio do Desterro para edifi-
Afonso, cortando "ao curral de Antonio" de Mariz atk cação do convento da Ajuda (1750). Entre os verea-
(i praia do oleiro e as duzentas pelo monte arriba ao dores d'esta cidade (1609) encontramos um Antonio de
longo do caminho que wae pelo monte ás rogas de Sal- Mariz, que suppomos ser filho ou neto do Dr. Çoutinho.
vador Corrêa de Sá. E'oi seu descendente o prelado Antonio de Mariz Loii-
Tratando-se aqui do morro do Castello, da lagôa reiro, que perseguido por inimigos perdeu o juizo, por
do Boqueirão (hoje Passeio Publico), praia de Santa peçonha ou veneno ministrado na comida, e teve de fu-
Luzia ou caminho da forca e Chacara da Floresta, es- gir para Portugal.
tavam os curraes de Antonio de Mariz, salvo erro, nas Não ficou felizmente extincta a raça do valente ca-
proximidades do Cattete. Residiria elle n'esse hoje ele- valleiro, cuja psychologia foi magistralmente feita por
gante e aristocratico bairro d'esta capital? Quanto á José de Alencar. Da geração do antigo provedor da fa-
4poca da morte do Dr. Coutinho, sabemos pela provi- zenda provieram muitos e illustres brasileiros, notaveis
são passada ao filho Diogo de Mariz (31 de dezembrd nas armas, lettras e sciencias e da maior fama, perten-
de 1606) que: seu pae pelejara valorosamente na defe- cendo o sangue d'elle a muitas das nossas principaes
sa da cidade, onde falleceu, traspassado de settas, na familias: os Loureiros, Sodrés, Rangeis, Macedos, Frei-
lagôa depois chamada da Sentinella e antes Capuerus- res, Azevedos, Coutinhos e tantos outros são ramos do
sú (hoje rua Frei Caneca), onde os indios escondidos .
tronco principal - Dr . Antonio de Mariz e D Isabel
sahiram de improviso contra os portuguezes que sobre Velho. De seus numerosos descendentes citaremos o il-
elles iam. lustrado clinico D r . Joaquim Mariano de Macedo Soa-
Este triste acontecimento foi em 1584, pouco mais res e seu irmão o venerando ministro do Supremo Tri-
ou menos. Resulta esta nossa opinião da leitura do bunal Federal, D r . Antonio Joaquim de Macedo Soa-
Traslado da provisão de tlyres Ferrrandes de Manam- res, que possue todos os papeis genealogicos, perten-
posteiro-mor dos captivos, passada n a Bahia, em 11 de centes a seu avô materno o D r . Francisco de Xacedo
setembro de 1584, pelo governador geral Manuel Telles Freire de Azeredo Coutinho, capitão-mór de Cabo Frio,
Barreto . 4.' neto paterno e 6.O materno do Dr. Antonio de Ma-
riz, e ao seu parente o finado coronel Theodoro de Ma-
N'esse documento, impresso no Archivo do Distric-
to Federal (tomo 2.O, anno de 1895, pag. 262) encon- cedo Sodré, 7.O neto do mesmo Mariz.
tramos o seguinte: - Hei por serviço de Sua Magesta- D'este notavel varão sempre perdurar& a memoria,
ae o (Ayres Fernandes) encarregar do officio de Mam- graças á penna de ouro de Alencar e ao éstro sublime
posteiro-mór dos captivos da dita Capitania, que vago16 do immortal Carlos Gomee.
por MORTE DE ANTONIO DE MARIZ, etc. V , Fazenda.
Esse encargo, que consistia na arrecadação das es-
molas para redimir os prisioneiros victimas dos infieis Da "A Noticia" de 1 de outubro.
só era dado a pessoas de importancia, virtudes e saber.
E' isto mais uma prova do caracter do individuo para
cuja biographia apresentamos, aqui, apenas simples UMA FESTA TRADICIONAL NOSSA SENHORA
notas. DA GLORIA
Além do filho Diogo, acima referido, deixou o Dr.
Antonio de Mariz Coutinho, uma filha, D. Isabel Ve- Vieira Fazenda, cujo desapparecimento foi u m a gran-
lho Tenrefro. esposa de Chrispim da Cunha Tenreiro, de perda para o nosso Znst$tuto Histórico, d e ; o~ seu
~
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 15
-.

n o m e ligado á chronica do R ~ Gcujos


, faustos e tradi- maltece a belleza e o encanto do local em que ergue a
cões descreveu e m trabalhos numerosos. Sobre o a?difio moderna Igreja de Nossa Senhora da Gloria, Walsh,
e pinturesco templo d a Glória, onde o povo caq'ioca ce- D. José Guido, Moreira de Azevedo, João de Aboim.
lebra annualmente u m a das suas festividades, Vieirn C arlos de Sá, José de Alencar e tantos outros fallam
Fazenda escreveu este curioso artigo, que achanzos com enthusiasmo do pittoresco templo.
opportuno reproduzir. Ninguem melhor do que Mello Moraes Filho fallou
Em linguagem de verdadeiro poeta das festas brilhantes
Ha duzentos annos tiveram inicio as obras de um dos tempos áureos das romarias em que os grandes e
novo templo em substituição a uma antiga ermida fei- pequenos da terra, ricos e pobres á porfia sub;am a
t a de páo a pique e barro, a qual ameaçava desabar. Ictdeira para .prestar homenagem á Virgem. D . João
Ermida e novo sanctuario tiveram assento'tum um VI, os nossos dois Imperadores, suas consortes, suas
morro, hoje da Gloria e primitivamente de Levype e filhas o mesmo praticavam nesse dia 15 de Agosto,
mais tarde de Maximo o Sapateiro, como escreveu o consagrado á morte gloriosa de Maria. E tinham razão.
D r . Felisbello Freire na sua recente "Historia da Ci- "He, escreveu Frei Agustinho de Santa Maria, esta
n'ade do Rio de Janeiro". uantissima Imagem de r a r a formosura e assim está at-
Salvo melhor juizo esse Maximo foi Maximo traindo os corações de todos os que nella põem os olhos
Ribeiro de Souza. Seu nome com os de Heitor F'zr- e por esta causa he a sua casa e sanctuario muito fre-
nandes Carneiro. Padre Sebastião Fagundes Varclla, quentados com romagens, porque todos têm muita f é
Thomé Cabral, Antonio do Souto e Manoel Francisco com esta Senhora gloriosa e piedosa mãe. Hé muito as-
figuram como testemunhas no auto de verificação da sistida de seus devotos e ella lhes paga muito bem com
Casa de Pedra quando em 1667 o Conselho começou a as muitas mercês, que faz a todos, como estão apregoan.
mediciio da sesmaria concedida por Estacio de S á e do os muitos signaes que se estão vendo perder das pa-
modificada por Mem de Si. ~ e d e sde sua casa em quadros, mortalhas deste argu-
Aquelle monte ou outeiro desperta pois recorda- mento".
cões historicas. Lembral-as no dia de hoje é chamar a Corria o anno de 1671, quando Antonio Caminha,
sittenção dos presentes para um passado cheio de tra- m e depois accrescentou o sobrenome de Gloriano, fun-
dições, no presente quasi esquecido, porém curioso por dou a primitiva ermida, formando com um nucleo de
factos d a nossa vida de antanho e lendas poeticas, que devotos a primeira irmandade de Nossa Senhwa da
O cercam. Gloria. E r a o outeiro então cercado de roças perten-
Nas proximidades do actual morro da Gloria, es- centes a diversos donos, taes como João Lopes, Padre
tava situado o baluarte dos Tamoyos Ibiraguassú-mi- Vicente de Leão, Manoel Soares, João de Abreu e Mi-
rlm, invertido em 20 de Janeiro de 1567, O co-mbate yuel Couto Loureiro. Nas visinhanças notavam-se as
foi renhido, Francezes e Tamoyos alliados foram venci- olarias de Joanna Coutinho e de Domingos Coelho.
dos. Infelizmente o Capitão M6r Estacio de S á ficoii Seu primeiro proprietario fôra Julião Rangel de
ferido e falleda em meiados de Fevereiro daquelle anno Macedo. O caminho fazia-se pela praia, passando pelo
Por junto do morro espraiava um dos braços do lado da lagôa do Boqueirão, onde está o Passeio 2%-
rio Carioca, onde tambem os nossos antepassacios se blico .
proviam de água. Indios e negros de Guiné lá iam com A estrada junto ao mar era attingida pelas vagas,
potes. E para garantir a authenticidade do precioso sobretudo em tempos de resacas. Foi melhorada, no
liquido ornavam a s vasilhas com certa planta que só tempo do Marquez do Lavradio. Mais tarde, em 1858,
medrava naquellas paragens. iormou-se o chamado Cáes da Gloria. E m nossos dias,
Outeiro e sanctuario inspiravam poetas e Frei remodelada pelo inolvidavel Prefeito Pereira Passus, faz
Francisco, o S. Carlos, escreveu a t é um poema sob parte desta esplendida Avenida Beira Mar, tão justa-
r) titulo Assumpção. Portalegre nas suas Brasibianas, mente admirada por nacionaes e extrangeiros.
(C. 96)
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Obtida a necessaria concessão por parte de pro- Marianna da Silva Rosa, casou com Manoel Fernandes
prietario, Caminha poz por obra o religioso intuito. Por ila Costa. Este propoz á s freiras #Ajuda demanáa que
.nformações de frei Miguel de S . Francisco, refere durou 70 annos. Terminou em 1811 por um accôrdo
ainda o precitado frei Agostirho "a imagem de N . S. entre as religiosas e a filha de Fernandes da Costa -
da Gloria é formada de madeira e de perfeitissima es- D . Anna Joaquina de Jesus, viuva de Alexandre Tava-
culptura e parece que foi feita com muito espirito e res da Silva, unica herdeira sobrevivente do refericio
o seu artifice foi o mesmo ermitão Antonio Caminha Costa.
Tem sete palmos e como na soa manufactura poz o ar- Ao notavel e conhecido historiographo, ao t r a t a r da
tifice grande cuidado e devota applicação assim sahiu Gloria, pareceu extrariho que pudesse Caminha fundar
tão bella e tão formosa que é uma suspensão. Está em ermida ou capella em terras não de sua propriedade.
pé e tem em seus braços o Menino Deus que tanibem E r a facto muito commum. Entre outros, aqui mesmo
está em pé. " "A materia é de madeira incorruptivel, no Rio de Janeiro, temos o exemplo de Aleixo Manoel
mas por maior devoção e veneração a cobrem com rou- construindo a capella da Conceição, no actual morro de
pas de ricas sêdas e com um manto muito grandc e ro- S. Bento, então pertencente a Manoel de Brito e de-
çante e corôa de prata. " pois a seu filho Diogo de Brito Lacerda.
Em 15 de Agosto festeja-se tambem em Lagos, no Pedro Martins Negrão construiu a capella de S.
Algarve, a Senhora da Gloria. E notavel coincidencia, Fedro, junto a antiga igreja da Candelaria, em terre-
z. de Portugal é exactamente esculpida como a do Rio nos pertencentes a Antonio Martins da Palma.
de Janeiro! Seu artista foi o mesmo Caminha, natural Não póde, pois, ser posta em duvida a personali-
cle Aveiro, que ainda existia (1714) ao tempo em o dade de Antonio Caminha, tão romanescamente feita
qual foi publicado o tomo X do Sanctuario Msriano, de por José de Alencar, mas fundada em documentos ine-
lavra do já supracitado frei Agostinho. t
ditos e pouco conhecidos.
Entra este religioso em minucias acerca dessa ou- , Procede, pois, muito bem a Veneravel Irmandade
t r a imagem. Caminha foi ajudado por dous mancebos, da Gloria, grata á rnemoria desse ermitão fazendo an-
dous anjos disfarçados. Outros dizem cbadjuvado por malmente (13 de Junho), celebrar acto religioso em
um filho sacerdote de nome João Caminha. Pronipta a suffragio pelo eterno repouso desse primeiro institui-
Santa, Caminha fel-a emharcar na náo Falcão, cujo dor no Rio de Janeiro da devoção cujo titulo encima
capitão era Manoel da Rocha Lima. Intrigantes foram estas notas, simplesmente commemorativas .
denunciar o devoto ao bispo. Diziam que no caixão iam Outro, a quem com justiça a Veneravel Irmandade
.l'oias pertencentes a Nossa Senhora da Gloria do Outei- concede o primeiro lugar entre os seus grandes bem-
ro. Caminha foi preso. Nèsta triste emergencia disse feitores, é o D r . Clautiio Gurpel do Amara1
ao capitão que levasse a imagem e a offerecesse ao Rei Cahia em ruinas a capella erguida em 1671, quan-
D . João V. do em 20 de Junho de 1699, o D r . Claudio doava aos
O navio seguiu na froba de 1708. Assaltada por irmãos da Gloria, a posse do outeiro, em que h ~ j ese
"procellosa tempestade" a embarcação deu á costa nas ergue o pittoresco sanctuario .
praias de Lagos. Salvou-se o caixão e os Capuchos de A escriptura então lavrada no cartorio do tabel-
Santo Antonio retiraram do mar a imagem e a puze- lião Christovão Corrêa Leitão, reza mais ou menos o
r a m no altarmór da 'Igreja do seu convento. seguinte :
Posto á parte lendas, Antonio Caminha existiu. "Presentes os confrades da Gloria, o referido Dr.
Duvidas não póde haver. Foi grande proprietario na Claudio e o vigario geral D r Manoel da Costa Cor-
vasta zona em que até pouco tempo existiu o Conven- aeiro, e n a presença de testemunhas, declarou o D r .
to d'Ajuda. O ermitão teve flihos e netos que possuiram CJaudio fazer doação A Nossa Senhora da Gloria de um
por herança partes desses terrenos e prédios. Uma neta. outeiro de terras que possuia por titulo de compra que
18 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES
L-
--19
*izera ao capitão Gabriel da Rocha Freire, para no dito
wteiro se edificar uma ermida á mesma Senhora, que Máo grado a vigilancia dos Governadores, conti-
fosse permanente e, não sendo assim, ficaria revogada x a v a m os Francezes a fazer em Cabo Frio o contra-
a doação, e sem mais condição de que n a dita, ermida lhe bando de páo brazil. Um certo Toussaint Grugel, foi
dariam sepultura a elle doador e a todos os seus des- apanhado em flagrante e preso por João de Souza Pe-
cendentes e a quem lhes parecesse. Figuram neste curio- reira Botafogo. Grugel fixou residencia nesta cidade.
so documento como testemunhas, o padre João de Lima Residia na rua do Gadelha (Ouvidor), do lado direito,
e João de Souza Pereira. Por escriptura de 18 de Fe- :.cima do becco de Francisco Barreto (hoje das Can-
~ e r e i r ode 1687, lavrada pelo tabelliáo João Corrêa Xi- cellas), com fundos para á rua de Domingos Manoel
rr~enes,e na presença das testemunhas Ignacio Fran- (Rosario) . Falleceu antes ?e 1631. Fôra casado com
cisco de Araujo e Matheus d a Costa, Manoel Lopes Car- D . Domingas de Arão Ammal. Teve muitos descen-
rilho ao D r . Claudio Gurgel do Amara1 por 210$000 dentes, que se espalharam por varios pontos do Bra-
wndeu 100 braças de terras proprias, na praia da Ca- si!. De Toussaint Grugel era neto, por parte materna,
rioca, chacara do Oriente. em quadra e barreiras perto o D r . Claudio Grugel do Ainaral, cuja assinatura au-
dellas, partindo do lado direito com terras do Sena- thentica figura nos livros da Misericordia.
do, nellas fazenda testada. O vendedor declarou que ti- Cahia em ruinas um antigo fgrte, chamado de
riha herdado essas terras de seu pae, João Lopes. Por Nossa Senhora da Gloria, e a metropole confiou a re-
este documento se vê que a s terras iam até o mar, que edificação delle a Claudio Grugel do Amaral, com a
até então aiiida não estava aberta a rua do Gattete, e condição de que este de pedra e cal renovaria á sua
que o caminho fazia-se pela pittia, contornando o actual custa o forte. P a r a tal mistcr recebeu o mesmo Claudio
cuteiro d a Gloria. a patente de capitão, assigaada em 12 de Março de
Pois bem, não contente de doar o monte, o D r . 1703, pelo Governador D . Alvaro da Silveira de Albu-
Claudio, para patrimonio do novo templo, doou mais querque. Neste documento se faz o elogio dos serviços
aquella zona de terras, no ponto em que hoje se edi- militares prestados pelo nomeado. Diz mais que Clau-
fica o Palacio Cardinalicio e onde existem outras i n r c!io serviu com honra os caryos de Provedor da Corôa
portantes propriedades. e Fazenda Real, provido pelos Governadores Pedro Go-
Neste sitio existiu o palacete de Braz Carneiro mes, Duarte Teixeira Chaves e João Furtado de Men-
Leão. Passou depois á sua viuva, D . Anna Francisca rionça e depois por Sebastião de Castro Caldas, n w car-
Rosa Maciel da Costa, baroneza de S . Salvadcr de gos de Provedor da Fazenda Real. Juiz da Alfandega e
Campo; mais tarde a Manoel Lopes Pereira Bahia e Contador della. Occupou tres cargos, como diz a paten-
muito depois nesse immovel funccionou em nossos dias te, "grande zelo e desinternirse do serviço de Sua Ma-
a Secretaria de Extrangeiros . ~ . ~ i s t a d bavendn
p, antes occu!iado por suas lettras e me-
No predio em questão, demolido para a construc- recimentos, os honrados cargos da Republica, de Juiz
ção do palacio do Sr. ,Cardeal, deram-se iio tempo do Vereador e Escrivão da Cainara".
Imperio e na noite de 15 de Agosto, os sumptuosc~sbai- Nesta carta allude-se ainda á posição assumida por
les descriptos por Mello Moraes Filho. A estes earáos Claiidio na occasião da vinda, em 1695, de varios na-
assistiram D . Pedro I, D . Pedro I1 e suas consortes. vios francezes, e á generosidade com que contribui0 com
Os terrenos vendidos ao D r . Claudio por João Lo- dinheirc, escravos e materiaes, para o melhoramsnto
pes, sempre allodiaes entestavam com outros tambem de quarteis e fortificações da praça do Rio de janei-
Ilvres de foro. Vão do canto da rua do Cattete, a t é a ro. "Por cujos servi~os,reza ainda o documento, e
actual r u a Corrêa Dutra. Constituiam a sesmaria dada tendo consideração a que o dito Claudio Grugel por sua
em 1642 por Salvador Benevicies u ~ e i t o rFernandc -t obreza, autoridade e prudencia obrára em tudo com

Carneiro, a qual passou depois aos Valdetaros. grande acerto, havendo-se com valor na occasião do real
serviço, dando inteira satisfação no que for encarre-
20 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 21
. -- .-*

~ a d oe esperando de sua pessoa que assim o execute e de Nossa Senhora da Gloria, cdificio no suburbio desta
no que tocar ao adiante do dito forte: Hei por bem fa- cidade, cujo edificio se dispunha a fabricar de novo".
zer mercê ao dito Claudio Gurgel de o nomear e prover Não lh-o permittiu a morte. >
em nome de Sua Majestade (como por esta minha car- Seu nome, porém. deve ber grato á Irmandade da
ta-patente o nomeio), do posto de Capitão do forte de Gloria, que teve inicio em 1739, terminadas todas as
Nossa Senhora da Gloria dct praia da Carioca, ctc." obras do novo templo.
Pelo referido se r ê a iinportancia de que gozava Durante tão longo espaco de tempo tem este so-
pesse tempo do Governo o benemerito bemfeitor da 4aiicio desempenhado santa e piedosa missão.
Gloria. A' sua frente está com<, Provedor o meu amigo
Entrado em annos, tomou o D r . Claudio ordens. Ulrich Carlos Rohr, a cujo kjedido escrevi, de pressa,
C D r . Diogo -de Vasconcellos, illustradc autor da His- rstas notas - exiguo preito 3 Virgem paraphrazeando
toria Antiga de Minas Geraes, pondo em destaque a cs versos de Frei S . Carlos :
influencia que os bispos procuravam sustentar ante o "Eu só pretende com meus versos rudes
poder temporal, escreveu o seguinte : "ordenavam o Tuas glorias cantar, tuas virtudes."
maior numero de padres q u podiam,
~ chegando a ponto
que criminosos protepidos por dignidade ecclesiastica 15 de Agosto de 1914. ( 1 )
não raras v a e s recebiam ordens para se livrarem da
jurisdicção do foro commum. Com Claudio Grugel do VZeZra Fazenda.
Amara1 deu-se o facto de urdir por questões de igreja, . .
co Rio, uma revolução, em que houve mortes. O bispo A PFNHA
ordenou-o e nomeou vigario de Ouro Preto, pelo que
Albuquerque ao Rei se queixcu e o Rei mandou por De Vie;ra Fazenda.
c.rdem de 1 8 de Novembro de 1712 que, se o bispo não Sou dos que mais apreciam a antiga e tradicional
o removesse, o Governador fizesse prender (Grugel) e mmaria que hoje se realiza.
fosse deportado para a Africa. Emquanto achamos ridiculos usos e costumes in-
Triste fim teve a vida do doador do Outeiro da teiramente nossos, importamos de extranhas terras,
Gloria. outros, que não têm o cunho nacional.
Ministro por duas vezes da Ordem da Penitmcia, E', pois, de louvar o modo por que o nosso povo
occupou tambem o cargo de Provedor da Misericordia, conserva inalteravel o entusiasmo pela festa da Penha,
onde, em um quarto particular veio, em 1716, a falle- que já em 1713 merecia menção especial de frei Agos-
cer, victima de uma smbosr;da. Odios antigos, intri- tinho de Santa Maria.
gas e passadas offensas diildiam, depois da invasão Censurem-se, e com razão, a s cenas ridiculas, in-
franceza (1711), as familias desta cidade em inimigos decentes e prejudiciais a que a festança dá lugar, nas-
irreconciliaveis. Energico, irascivel e caprichoso, Clau- cidas da indiferença de uns e da irreligiosidade de
dio não sahia esquecer e perdoar. Ferido por um tirtT muitos.
mcumbio, pois, na Santa C:iqa, onde prestára bons e A's autoridades competentes cumpre reprimil-as,
apreciaveis serviços. para que desordeiros e desclassificados não perturbem
Nesta pallida resenha dt. factos referentes á Glo- as sinceras manifestações de reverência de muita gen-
ria não pode tambem ser esqliecido o nome do Conego te que sobe os 365 degraus cavados n a rocha para le-
Francisco da Cunha Coronel, natural do Ro de Ja- var á Virgem homenagens de f é robusta e sinceras es-
neiro, e fallecido em 23 de bezembro de 1711. peranças.
Distribuio, disse Monsechor Pizarro, muita parte
de seus bens em obras pias, J e que participou o templo
--22 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 23
J

Despontaram elas nos corações dos nossos antepas-


alto do monte existia uma sua imagem; que lá fosse
sados nos dias erh que circulou o boato do grande mila- construida uma ermida onde seria reverenciada.
gre realizado por intervenção da Senhora da Penha.
Ao alvorecer ergueu-se o peregrino. Mal sahiu do
Propensa sempre para o maravilhoso, a imagina- seu rancho, um coelhinho branco como a neve foi ca-
ção popular apoderou-se do fáto, embelesou-o, modifi-
c o ~ -de
- ~várias maneiras. minhando diante dele. Desceu para o outro lado do vale,
desviando-se do trilho que o caminhante havia seguido
E bela e poética a lenda, a que se prende a funda- na véspera.
ção do santuário, o qual, do pincaro de alterosa mon- Aos olhos deste de~arou-seum olho dágua fresca
tanha, domina os vastos campos de Inhauma e Irajá. e saborosa. Dela bebeu. Volta o coelhinho branco, não
Durante a maior forca dos ardores do sol, escre- para o ranchinho, de onde viera seguindo o caminhante,
veu o cronista do Ostensor Brasileiro, abrigava-se um porém para o alto da montanha, por onde ele tambem
dos pobres caminhantes á sombra de copada árvore, o acompanhou. Ai encontrou a imagem, que depois foi
que crescia na baixa da precipitada montanha. 9
sempre venerada com a invocação de Nossa Senhora da
Deposto o bordão de viagem, adormeceu o pobre Penha.
homem, descansado e sem temor. Eis que de um brejal Tem a lenda outras versões. Enumerá-las seria pro-
próximo sái horrendo jacaré com as queixadas abertas,
eriçadas de agudos dentes. Em sonho vê o viandante o lixo ; prefiro, porém, a história do coelhinho, a mim con-
iminente perigo, e bem assim entre nuvens a imagem tada e repetida quando criança.
de Nossa Senhora tendo nos lábios sorriso de angélica Do milagre a tradição conservou semnre a lei^
bondade. brança. Nos registos distribuidos pela Irmandade,
vêem-se, entre nuvens, a Virgem tendo ao colo o me-
Desperta o viajor. nino Jesus. um individuo de joelhos e de mãos postas,
Seus olhos descobrem na realidade o jacaré e uma e mais distante um jacaré e uma cobra.
serpente que, descendo da montanha, o vem ferir de Existe na sacristia da Misericordia um antiquissi-
morte. mo quadro representando a Senhora da Penha pela
Retira-se a cobra para o alto da montanha; ser- maneira acima indicada.
peia por entre as vassouras do sopé do monte, envereda Desçamos, porém, a terreno mais prosaico. Resam
por sobre a pedra lisa e enfim desaparece na crista al- cronicas que o verdadeiro edificador da Penha foi Bal-
vissima e descalvada. tazar de Abreu Cardoso, senhor de engenho e represen-
- Quererá esse animal indicar-me lugar onde tante de ilustre e abastada familia, de que foi tronco.
devo ir agradecer á Mãe de Deus o milagre que acaba Quanto á época da fundação da capela, escreveu
de obrar em minha salvação? disse o caminhante.
E logo uma nuvem branca e resplandecente se as- Ernesto Senna rio Jornal do Cornrnercio de 2 de Ou-
sentou no pincaro do monte. Deu o pobre homem volta tubro de 1898: "Homem de arraigadas crenças religio-
em derredor e não encontrou sitio próprio para subir. sas (Baltazar Cardoso), fez construir no cume desse
- Por aqui ficarei. Aqui, até morrer, darei gra- rochedo uma pequena ermida, em 1635, mais ou menos,
ças ao Senhor e á sua Mãe Santissima. sob a invocação de Nossa Senhora da Penha".
Esta data é tambem adotada pelo notaveí investi-
Largou o seu farnel e cajado, e ali mesmo onde de- gador Noronha Santos. Tais opiniões são aceitáveis.
pois, segundo á fama, se construiu a casa dos Romei- A freguezia de Irajá, fóra da área pertencente aos
ros, cortou alguns ramos e com eles fez tosca cabana, Jesuitas, a qual terminava na tapéra de Inhauma, foi
onde se dispôs a passar a noite.
Procurando agua ali por perto, não a poude en- retalhada em diversas sesmarias dadas pelos primei-
contrar. Deitou-se, tendo por leito a relva, e adorme- ros governadores do Rio de Janeiro.
Já em 14 de julho de 1568 Salvador Corrêa de
ceu. Aparece de novo Nossa Senhora e diz que lá no
Sá (O velho) concedia a Antonio de França, além de
24 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE 26
-- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES

terras ao trasto d a cidade, 1.500 b r q a s em I r a j á . Co-


meçavam elas no atual porto de Maria Angú até o rio Pelo lado materno foram avós de Baltazar Cardoso
Irajá . P
- Baltazar de Abreu Souto Mayor, natural da Madei-
França foi o fundador da Fazenda Grande ou de ra, e dona Isabel Rangel de Macedo, filha do dr. Julião
Nossa Senhora da Ajuda, da qual em 1642 era proprie- Rangel de Macedo (o velho), juiz de órfãos no Rio de
tário Jorge de Souza Coutinho, a quem o governador Janeiro.
Duarte Corrêa Vasqueannes concedia tambem uma ilha Em 1583, substituiu n a governança a Salvador Cor.
Ironteira ao referido engenho. rêa de Sá, quando este teve de i r a S . Paulo compór
Em 1652 Souza e sua mulher Maria de Galhegos dúvidas entre os vereadores da Camara.
faziam cessão dessas terras, sitas em Guguipiriri, aos Do exposto se deixa vêr que o dono do engenho da
dois filhos Inácio e Francisco. Penha, de quem hoje já ninguem se lembra, não foi
Demais, na lista das já referidas sesmarias en- simples desconhecido ou mero ermitáo.
contro a concedida em 1613 a Baltazar de Abreu. Este Pertenceu ao numero dos homens bons, e fazia par-
mais tarde cedeu á Santa Casa terrenos de seu enge- te da nobreza da terra, ainda que nas veias não lhe
nho, os quais passaram depois a outros donos. Corro- corresse sangue azul ou real.
bora este fáto a existência de montanhas entre a Pe- Mas foi com os serviços e esforços desses prestimo-
nha e Inhauma, as quais conservaram até hoje o nome sos cidadãos da Republica, como então se dizia, que a
de serra da Misericordia. metrópole poude conservar a integridade da sua vasta
E m 1637, Baltazar' Cardoso serviu o cargo de ve- colônia da América.
reador, tendo como companheiros Antonio de Sam Bem ou mal por mim apresentado, tem Baltazar
Payo, Gaspar Lopes de Figueiredo, Domingos de Arau- Abreu Cardoso jús á consideração dos devotos, que de
jo e Nicolau Alvares Gago. Parece que o fundador da ora avante galgarem os degráus da Penha.
Penha 'era já falecido em 1647. Para o fundador, pois, e por intenção de sua alma
P ~ I Ò alvará régio de 16 de fevereiro deste ano, fo- seja resado um Padre-Nosso e uma Ave-Maria.
ram confirmadas a s duas paróquias de I r a j á e Mirití. A' benemerita Irmandade, que tão bem soube con-
Por uma ordem constante do livro 6.O da Prove- servar com brilhantismo as tradições de antanho, peço
doria, determinava a metrópole quais os engenhos que vênia para uma lembrança:
deviam ficar pertencendo á zona de I r a j á . Mandar simplesmente inscrever em uma das mu-
Entre eles não figura o nome de Baltazar Cardoso, ralhas o nome de Baltazar de Abreu Cardoso.
mas sim o de Bartolomeu Abreu, naturalmente filho. Deste modo, ficarão os devotos e crentes conhe-
Póde-se hoje conhecer a ascendência do fundador cendo a individualidade de um bom católico da velha
da igreja da Penha. P a r a tal resultado muito contri- guarda.
buiram a s Notas Genealógicas, organizadas pelo fale- Por sua vez, os que vão á Penha por pandega sa-
cido ministro do Supremo Tribunal Federal, d r . Mace- berão o nome do dono dessas terras outrora essencial-
do Soares, e oferecidas ao Instituto Histórico pelo dr. mente agricolas e transformadas em teatro de ruido-
Julião Rangel de Macedo, filho do referido ministro. sos, estapafurdios, riciiculos e carnavalescos conves-
Baltazar Abreu Cardoso, era filho de d . Isabel cotes.
Rangel de Macedo e do d r . Francisco da Fonseca Di- Bom é quando neles não entram o cacete, a faca.
niz, que deu nome a uma paragem nas redondesas de á navalha ou o revólver.
Niterói ; e neto pelo lado paterno do Dr. Jorge Fernan-
des da França e d . Brites da Costa Homem, filha de
Areixo Manuel (o velho) e de d . Francisca da Costa
Homem.
(m Revista - "Eu %i Tudo" --- 339, de Outubro de 1944).
DRS. ANT." Jm. E JULIAO R . DE MACEDO SOARES 27
26
-- NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
-
Illm. S r . Dr. Luiz Mario de S á Freire. (3 ) de 1728; neto paterno do Càp. Francisco Paes Ferrei-
ra, senhor do engenho de Gwratiba, e de sua mulher D.
Itaguahy . Brites ce! S á Souto-Mayor Freire; neto materno de
Antonio Ferrão de Castellc. Branco Travassos e D .
Tenho a honra.de comprimentar a V. S., de quem Andreza de Souza Pereira, i ) m ã da referida D . Clara
desejo o favor de dar-me umas explicações relativas a de Souza Pereira, e filha rlo Coronel João Gomes da
;:ntepassados seus, que tarnb(.,m o são meus. Solicitei- Silva Pereira e D . Andreza de Souza.
i 8 do S r . Capitão José Paes Ferreira, do Campo Gran- O Coronel João Barbozsl de Sá Freire, meu bisavô,
de, o qual pelo appellido me parecia nosso parente; que teve os seguintes filhos:
tàes são Paes Ferreiras, Sás Freires, Castello-Brancos,
Rarbozas, Macedos, Azeredm Coitinhos, Sardinhas, So- 1.-D. Anna de Sá Sodr6 Castello Branco, casada
drés, Rangeis e outros; mas, S . S . não respondeu a com o mestre de campo Fernando José de Mas-
duas ou tres cartas que lhe erxrevi sobre esse assumpto. carenhas Castello Branco, sogros do Marquez
parecendo-me que as não renebeu: pois sei que é um de S . J9ão Marcos ;
cavalheiro estimavel. Permitta V. S. que lhe dA os 2 .-Dr. Francisco de M. Freire de A . Coutinho,
seguintes dados para chegar á concIusão do pedido que meu avô ;
lhe faço:
Minha Mãe, D. Maria de Macedo Soares, é filha do 3.-João Barboza de S5 Freire, casado com D
D r . Francisco de Macedo Fxeire de Azeredo Coitinho, Maria Theieza de Sampaio, morreu de pou-
senhor que foi do "Engenho de Fora", e depois Capi- ca edade, deixando uma unica filha. D . Anna
tão-inór de Cabofrio. em Araruama; e de sua 2.a mu- Joaquina Rarboza de S á Freire, que casou com
lher e prima D. Mari'a Thercea d e S á Freire. Esta Se- Francisco Moniz Tcllo de Sampaio; nasceu
nhora era filha do Cap. Antonio dos Sanctos Silva e sua em 1749;
mulher D . Maria Antonia de Sá Freire; neta materna
do Coronel Luiz José de SA Freire e sua mulher D . 4 .-Antonio Barboza de Sá, nascido em 1750;
- - CI
-ai

Maria Thereza Range1 de Sá Freire, meus trisavós. 5. -D . Maria Ignacia de Souza Pereira, soltei& ;
O coronel Luiz José era filho do Coronel João Bar-
boza de Sá e D . Clara de Souza Pereira; neto pa- 6.-D. Brites de Sá S d o - M a y o r ;
terno de João Barboza de S,i Souto Mayor e D. Joanna 7 .-D . Francisca de S5. Freire ;
de Soveral Freire; e neto materno do Coronel João
Gomes da Silva Pereira e D Andreza de Souza. 8 .-Joaquim José de Sá Freire, n . em 1758, mon-
O Coronel João Barboza de Sá e D. Clara de Súuza senhor ;
Pereira tiveram mais os segvintes filhos: - Rdo. João
Barboza de S á ; Francisco, padre da Companhia ; Ayres 9 . -Manuel Paes F e r r ~ i r ;a
Barboza de Macedo; e João Freire de Sá, nascido em 10.-D . Barbara Viegas de A. Coitinho ;
7734, posthumo, como leio r13 formal de partilhas (pr.
morte do Coronel) de um d31 herdeiros, em meu poder, 11.-José Ferrão de ~ a o t e l l oBranco;
Meu avô o Cap. Mór D r . Francisco de MBcedo 12-Bento BaPbos& Freive ;
Freire de A . C0it.O era filho do Coronel João Barboza 13-D. EschoJastica de Si4 Freire;
de S á Freire, nascido em 1716, e de sua mulher D . 14. -D . Mariana.
Anna Maria de Souza Pereira, nascida em 5 de Maio
R Presumo que V. S. é ceto de alqum d'estes meus
( 1 ) O origin3 consta do arci>ivo do h . Milcindes Mario de tios-avós; e n'este presupposfo, peço:lhe o favor de de-
86 Freire, que m'o confiou, para tirar a presente cópia.. --CJ. clarar-me :
R . M. S . ) .
28 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.OJm. E JULIAO' R. DE MACEDO SOARES 2s

1°-0s nomes dos S r s . seus paes; com a data do Major Luiz José d s S& Freire e Anna Rosa Roberta de
nascimento, =asarnepto e obito; cargos que o
S r . seu Pae occuyou; si foi fazendeiro, o lo- I
I
Filhos :
VascaWellob
g a r onde e o now! da fazenda; postos da
guarda nacional; condecorações que teve; al- 1-Tenente Coronel Jo..é Tiburcio de Sá Freire;
gum facto notavel de sua vida, e o mais que 2-Luiz ~ a r b o s ade SA Freire;
possa servir de elemento para uma biogra- 3-Ignacio Luiz de Sá Freire;
phia ; 4-Carlos Dantas de Sá Freire:
ZO-0s nomes de seus avós paternos e maternos, 5-João Luiz de Sá Freire;
até onde souber (bi~avós,trisavós, etc.) ; com 6-Tenente Coronel .;.xiquim José de Sá Freire
todas as especificações supra, relativas a + (pelos escravos j ;
cada pessoa; filhos que tiveram; genros e no- 7-Maria Perpetua de Jesus;
ras e a geração ascendente e descenclerites 8-Josepha Maria do Amor Divino;
d'estes, até onde hozver noticia; 9-Clementina de Jesus :
10-Anna Roberta de Jesus.
3O-Quem são uns moçcr; Paes Ferreira e Sás Frei-
res, que tenho vislo matriculados n a Eschola
Polytechnica e na Yaculdade de Medicina da
i
t ?enente Cor'onel José T i b u ~ c i ode Sú Freiire e M w i a
Corte; seus paes e avós, u t supra; Carolina de Ofiveira Freire
4O-Si existem por ahl, no Campo Grande, em Filhos :
Guaratiba, Jacarépagliá, Irajá, etc., papeis de
familia relativos á genealogia; quem os pos- 1-Joaquim Antonio de Oliveira Freire - +;
sue e como os poderei haver para consultar e 2-José Tiburcio de Sá Freire Junior - +;
extractar ; G D r . Luiz Mario de Sá Freire - t- ;
5O-Finalmente, si o S r . Capitão José Paes Fer-
4-Maria Carolina de Oliveira F'reire - +;
5-Jacintha C: de Oliveira Freire (reside em
reira, do Campo Grande, é de alguma d'essas
nossas familias . Portugal) ;
6-Francisca C. de Oliveira Freire - +;
O fim d'este pedido é cuinpletar uma obra que te- ?-Rita Fernandes Freire (reside em Itaguahy).
1ho em mãos, tendo por titulo - "Genealogia de al-
gumas das mais antigas fawilias brazileiras da Corte
e provincia do Rio de Janeiro". 2as. nupcias do T t e . C e l . José Tiburcio de Sá Freiw
Desde já agradeço qualquer informação que V. S. com Theresct- Maria cltr Purvificação Freirire
se dignar dar-me; e peço venia p'ara assignar-me, com
a mais distincta consideraçiin, Filhos :
de V . S .
a2t.O vm.w e crdo.
1-Francisco Tiburcio de Sá Freire, +:
Ant. Jm. de Macedo Soares. 2-Thomaz Joaquim Freire,
\
+;
Mar de Hespanha (Minas Geraes), 3-Antonio Francisco de Sá Freire; reside no
29 de Abril de 1877. Rio;
4-Flora Analia de Sá Freire, +;
- APENDICE
30 NOBILIARQUIA F'LUMINENSE DR8. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES
-
31

5-Joaquina Aoalia de $9 Freire (mãe do Dr. L A n n a (residente em Realengo) ;


Nilo Peçanha), +; 5-Maria (residente .no Rio) .
6-Josepha Maria do Amor Divino, +
Ma& Perpetua de Jesus (não teve filhos).
Luix Barbosa de Sá F'reire - (desconheço a Sra. deste)
I
Filhos : I Josepha Maria do Amor Divitto (eolteira) .
1-Cap. João Barbosa de Sá Freire, +;
2-Luiz Barbosa de SA Freire; Francisco Santiago Dantaá. e Clementina de Jesus
3-Maria, casada com Francisco de Oliveiia Filho :
Coutinhci (ignora-sc os filhos) ; 1-Cap . Francisco Scntiago Dantas (luctou na
4-Antonia, casada com José Borges da Cunha Guerra do Paraguay), +.
(filhos fallecidos) : I
l
i
5-Francisca, sem geração - A m a Roberta de Jesus e .4ntonio F'erna,ndes Costa
Filhos :
Ignacio Luk de Sá Freire (ignoro a Sra. deste) 1-Cap .Antonio. Roterto Feraandes (capitalis-
ta j , residente em Itnguahy ;
Filho :
1-Ignacio L. de Sá Freire (falleceu em Quei- 2-Cap . Francisco Fernandes Costa (professor
mados) . aposentado em Pamcamby) ;
3-João Fernandes Costa, +.
Curlos Dantas de Sá Freire (sem descendentes)
,loaquim Anto~zio de Olivenn Freire e Maria Amalia
João LuZx de Sá FreGe (filhos naturaes) de Ma& Freire
Filhos :
Joaquim José d c Sh Freire 1-Irineu Freire de Lima e S.a;
Filhos : 2-Thomaz Freire de Lima e S.&;
1-José Joaquim de Sá Freire (sub-Director E . 3-Turybio Freire dc Lima e S.&;
.-
F. C B. ; aposentado) ; $-Rosalina ;
,
2-Antonio Francisce '% Sá Freire (engenh~iro,
residente no Realengo) ;
5-Zulmira ;
6 R o s a l i n a Maria.
3-Joaquim Salomé (funccionario publico em
Taubaté) ;
(C. 27)
32 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 33

José Tiburcio de S á Freire .iunior (fallecido) e Anna 2-Dr. Sylvio Mario de Sá Freire (Rio de Ja-
Luixa de Sá Frezre, residente no Realengo. neiro) ;
Filhos : 3-Dr . Enéas (fallecido) ;
1-José Tiburcio de Sá Freire (Agente), E. 3'. 4-I)r. Alcêo (fallecido) .
C . B., E . Rios;
2-Annibal de Sá Freire (telegraphista) ;
Thonzax Joaquim de Silva e ikipx-ia Carolina de Olweira
3-Anna ; Freire (falleridos) :
4-Idalina ; Filho :
5-Maria ; 1-José Joaquim da Silva Freire (Dr.), engenhei-
ro Officinas E. de Dentro.
6-Etelvina ;
7-Alice (vivos) .
--
Politico mllitante cêrca de trinta anos no Distrito Federal 18
mais se ouviu dizer nada contra a sua conduta moral. Antes 101
tido e havido como um exemplo de vlrtudes civicas, prolissionais c
DT.Luiz Mario de Sá Freire e Ma&a da Gloria Cardoso domésticas como um padrão de vida honrada e impoluta.
S á Freire (fallecidos) : Da linha indepenaente. leal e nobre de suas atitudes são conha-
cidos varias fatos. alguns ainda ontem citados. e quero agora apenas
recordar, a propósito da autonomia do Mstrlto Federal, a preceden-
Filhos : t cia que S$, Freire dava, quando presidente d o Instituto dos Advo-
gados e nas cK&sóes solenes dêste, ao prezeito d o Distrito Fedrral,
1-Dr. Milciades Ma;.io de Sá Freire (Ris de governador da cidade, sobre o ministro da Justiça e dos Neg6cios
interiores um dos secretarios do p r e s i d a b da Re&~bllca:
Janeiro) ; (1) ~ d v o i a d o militante, com escritório montado durante toda a
vida e ate alguns .anos após á insidiosa molestia que o acometeu,
- - foi u m exemplo p.ermanente para seus colegas, constituindo em
(1) O DT. Melciades M. de S& Freire faleaeu em avançada verdade o tipo per~eLkde "vir probus jurisperitus''.
fdade de 77 anoa, & 8-7-1947, em sua residmcia & R. Jos6 Higiiio, Entrou jovem para o Instituto dos Advogados, recem-formado,
n . ! X d . Era viuvo de D. Alice de &meire;
i deixa duas filhas viu- em maio de 1892, e ali tr&balhou uma existência, por mais d e cin-
vas, D. Silvia de 5& Freire Abreu, casada que foi com o Dr. SiiVlO quenta anos, pelo aperfeiçoamento de nossas instituiç6es juridlcas,
Pericles de Abreu, advogado, e D. Maria da Gloria Sá Freire Panta6, destacando-se em varias Qamissóes c-- -I
nPrtencendo ao Conselho Su-
casada que foi co mo h. Geremario Dantas, tambem admgado e in- perior e, afinal ascendendo- a&&sto m&ximo, ao cargo de pres!-
fluente politico no Distrito Federal. Deixou ainda 4 netos, sendo 3 dente que exerc'eu de forma admirhvel de 1924 a 1928.
maiores. Sobre este ilustre jurista e parlamentar, escreveu o professor Ainda em 1044, durante a minha prealdencla. SA Freira j6 eu-
H. Valadão, no "O Correio da Manhã", de 12 de Julho de 1947: fermo h& v&rios a-, veio Colaborar nos trabalhos do Instituto envi-
"UM VARKO DO DISTBJTO F%DF&%L - Com a morte do d r . ando-me longa carta, publimda n o "Correio d a Manha" e em outros
Milciades Mário de S6 FFreire perde o Brasil u m e u not(lve1 I m o e lormis. peça juridica de alto valor sobre o problema da extinçtw
da enfiteuse. I
o Distrito M e r a 1 um varão autêntico. A colaboraçilo de S4 meire nos trabalbw, do Código Civil fol das
Foi u m carlma integral; "jus soli", nascido nesta ddade: "jus mais eficientes'quer. como deputado. e m 1901 e 1902. membro da
sanguinis", filho de cariaca, d o ilusbre e saudoso clinioo de 680 Comissao Especial da Camara (oonheclds pela ComlesBo dos 21,
Cristwi&o, dr. Luiz Mario de S& Freire; "jus domicilii", criado, edU- representando o Distrito Federal, encarregado do capitulo da li-
cado e radioaüo toda a vida nesta capital. quidação das obrigaçóes, quer coma senador, em 1812 e 1816' na Co-
Vai estudar direito em Silo Paulo quando inexietiam aqui cursos rnissáo e n o plen&rio, a ponto de Clovfs Bevilaiqua lembrar "c'om sim-
juridicos. antes da Republiea. Mas ali famado em 1891 Tetorna patia a inteligenteatividade e o esfi3rço bem Intencionadoj1 de 58
logo ao Rio de Janeiro e ee dedica imediatamente & politdca e á Preire.
advomcia. E na tribuna do Instituto fol u m ardoroso t bri1hfmt.e defensor
E haveria de ser numa ou noutra dessas nobres atividades 0 daquele grandioso monumento de nossa oultura juridica.
numero um dee eua classe. Em 1930 produzia S$ meire o e x c e t e trabalho Manual do
Na ~umUltuogae agitada politica do Distrito Federal foi eleito Cbdigo Civil Brasileiro, v01 II., Parte Geral, ~ s ~ o s i ç óPrelimina-
&
intendente municipal, dqmtatio federal, senador federal, repregeu- res, Das Pessoas e dos B ~ n s .arta. 1 a 75.
t m d o o povo carioca por v8sias décadae, pugnando sempre com E assim foi a vida profissionaJ e publica de Sá Freire: um mo-
brilho, com altivez, c- justiça e com extrema dedicação pelos delo intelectual e moral para os juristas e para os politicos do Brasil.
interesses de sua cidade, que tanto soube honrar e dignificar, e da
qual foi, afinal. o prefeito n o govêrno do dr. Epitacio Pessoa. molã0 V W B a
-34 NOBILIARQULA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANTeoJm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--
35

Jacintha Ccwolina de O. Freire, viuva, não teve 2-Mario do Sá Freire, re~identeno Rio.
filhos. Ambos nasceram em Campos, E . do Rio.

Cap. João B a ~ b o s ade Sá Freira e Francisca Carolina, Joaquim Analia de S á Fwire e Sebastião Peçanha
de Oliveira Freire, (fallecidosJ (naturaes de Itaguahy e Campos, respectivamente)
Filhos : Filhos :
l-Mario Barbosa dt; Sá Freire, residente em 1-Nilo Peçanha (Dr . ) , Presidente do E . do Rio ;
Santa Cruz;
2-Dr . Alcibiades Peçiznha (Ministro na Rus-
2-Amelia Pnes Rodrigues, residente no Rio sia) ;
3-Arzibulo Peçanha, fallecido, natural do E . do
Cap. Antonio Roberto F e r n ~ i t d e s (capitalista), s Rito Rio ; Campos;
Ferwanà,es Prsire 4-Cicero Peçanha, fnlhxido, nntural de Campos.
Filhos : E. do Rio;
l - J a y m e Fernandes Freire (Cap . ) 5 4 e b a s t i ã o Peçanha, fallecido, natural de Cam-
pos, E . do Rio ;
2-Tte . Mario Fernaiides Freire.
6-Armenia Peçanha, residente em Nictheroy.
São os unicos da familia que residem em Itaguahy,
que 6 o berço de toda a familia.
Josepha Maria do Amor Divino e Sebastião Peçanha,
(de Itaguahy e Campos, respectivamente) .
Francisco Tiburcio de Stí Freire (solteiro; falle-
cido) . Filho :
l - J u l i ã o Peçanha e outros ignorados.
Thomaz Joaquim Freire (solteiro, fallecido)
Tirado por Mario Fernandes Freire, bisneto do
Major Luiz José de Sá Freire e Anna Rosa de Vascon-
Aritonio Francisco de Sá Freire (solteir ,, residente cellos, neto do Ten. Cel. José Tiburcio de Sá Freire e
no Rio)
Maria Carolina de Oliveira Freire e filho do Cap. An-
tonio Roberto Fernandes e Rita Fernandes Freire, que
offerece ao Illmo. Snr., Presado Parente, Dr. Julião de
Antonio Silva e Flora AnúPia de Sá Freire, (ambos Macedo Soares.
f allecictos)
Itaguahy, 28 de Novembro de 1916.
Filhos :
( a . ) Mario Fre.ire.
l-Cesar de Sá Freire; empregado do Correio-
Geral ;
36 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APRNDICE
---a
DRS. ANT.0 Jm. E JULLAO R. DE MACEDO SOARES 37

. .-
ACADEMIA BRASILEIRA como magistrado a vida de seu pae, pela applicação
dos dogmas educativos que hauriu de seus nobres exem-
A sessão de quinta-feira - Visita do Ministro Her- plos, lhe offerece opportunidade para prestar-lhe a de-
nandez Catá e do Desembargador Macedo Soares. - vida homenagem".
A próxima recepção do Sr. Barbosa Lima Sobrinho Continuando, disse o S r . Presidente que "o Minis-
tro Hernandez Catá é uma das mais altas figuras da
Realizou-se ante-hontem a sessão semanal da Aca- arte contemporanea. Sua obra comprehende todas as
demia Brasileira de Letras, presentes os Srs. Claudio formas literarias, das especulações esthetico-philosopbi-
de Souza, presidente ; A. Austregesilo, secretario geral ; cas - através do ensaio, do conto, do romance e da
Mucio Leão, 1 . O secretario; Levi Carneiro. Adelmar Ta- biographia - ao poema. Acha-se ella traduzida para o
\ares, Afranio Peixoto, A. Amoroso Lima, Ataulpho iiiglez, o francez, o italiano, o hollandez, e tambem,
(?e Paiva, Fernando Magalhães, Filinto de Almeida,
para o portuguez, em edições de Lisboa. Essa reper-
Gustavo Barroso, Helio Lobo,, João Neves. Luiz Guima- cussão em tantos paizes logo evidencia sua fama uni-
iães Filho, Miguel Osorio de Almeida. Olegario Maria- versal. Só consegue extravassar do leito nacional para
no, Octavio Mangabeira, Pereira da Silva, Ramiz Gal- tão grande dilatação a arte caudal, a torrente brotada
vão, Rodolpho Garcia, Roquette-Pinto e o membro cor- com impetuosidade da essencia cosmica pela inspira-
respondente S r . João Luso. cão infusa, que supera os marcos comarcãos e os lindes
Achando-se de visita C1 Academia os Srs. Desem-
iiacionaes para derramar-se em toda a terra, laborando
bargador Julião Range1 de Macedo Soares e D . Alfon- e fertilizando os espiritos e convolando os corações a
so Hernandez Catá, Ministro de Cuba, nomeou o S r . :.enovadas nupcias com a fantasia, repousando-os nos
Presidente os Srs. Ataulpho de Paiva, Octavio Manga- sonhos de amor e de belleza. Nessa funcção o artista
beira e Fernando Magalhães, para introduzirem no re- torna-se o summo sacerdote da lithurgia sobrehumana
cinto os illustres visitantes, os quaes foram recebidos que se processa sem o limo da realidade acima da vida,
com uma salva de palma. como as frizas que se desenham processionalmente nos
iievoeiros das alturas, fazendo-se e refazendo-se, tan-
Saudapio dos Srs. Hernandez Catá-Macedo Soares
gidos pela brisa ou esphacelados pelos ventos.
O S r . Presidente disse que a "Academia recebia Na maravilhosa arte de Hernandez Catá, no dra-
com grande jubilo a visita de duas figuras notaveis: a rria singelo ou na tragedia violenta, a majestade simples
do Desembargador Macedo Soares, que nos vem trazer c impositiva dos scenarios, das figuras e da acção faz
L expressão de seu agradecimento pela 'homenagem que lembrar o equilibrio e a potencia pathetica dos anti-
a Academia prestou á memoria de seu pae, o grande gos gregos. Seus contos de rapida mas intensa drama-
brasileiro Antonio Joaquim de Macedo Soares, e a do ticidade apresentam-se em poucas paginas, com perio-
eminentissimo escriptor Alfonso Hernandez Catá, novo dos curtos e adjectivações sobrias, sem artificos, den-
ministro de Cuba em nosso paik. O Desembargador Ma- tro da mais estricta humanidade, e provocam entretan-
cedo Soares traz-nos agradecimento a que não fizemos to, as mais fortes commoções. Sente-se o amadureci-
jús. O nome de seu pae, por sua luminosa projecção na mento classico, do qual se distilla a quintessencia de
historia nacional, incorporou-se ao patrimonio hagio- todos os sabores e de todos os perfumes da razão plena.
graphico de nossa devoção civica. Louval-o tornou-se, Cada um de seus contos poderia dilatar-se por
pois, dever cultural da raça para com suas figuras pri- muitos capitulos sem grande esforço do autor. A rique-
maciaes. Nunca se applicou com mais exactidão e mais za imaginativa do escriptor é, porém tão grande que
realidade a um agradecimento a fórma convencional de elle nos vae dando aquellas barras massiças de oiro,
escusa do "não h a de que". Agradecida está a Acade- sem lhes apressar o valor e sem que esse apparente des-
mia a Sua Ex . por sua visita, pois S. Ex . continuando cuido dadivoso implique no descuramento de qualquer
38 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E-JULIAO R. DE MACEDO SOARES 39
-- -.
dos elementos essenciaes da narrativa. Seu poder de Oração do Desernbargador Macedo Soares
concentração é quasi sem igual na literatura contem-
paranea. Usa com seus personagens do mesmo proces- Exmo. S r . Presidente. Exmos. Srs. da A c a d e
so aue certas tribus americanas empregavam para re- mia Brasileira de Letras.
duzir a cabeça do adversario morte a berloque de pe- Por força de circumstancias especiais, e, talvez,
auenas dimensões, com que se adornavam. Catá parece só por força dellas, encontro-me aqui neste augusto ce-
extrair-lhes toda a substancia inutil ao drama para de- naculo, fiado naquella nobre audacia que costumava
nois comprimil-os e no-los offerecer na miniatura per- Macedo Soares infundir nos estreantes da advocacia
feita. sem lhes alt~rara nhv.sinnomia de personacyrvi. e das letras, em geral, porque s6 escudado no c u m ~ r i -
F m toda sua obra Hernandez Catá revela essa forma mento de imperioso dever, poderia achar-me entre v6r.
nilclear do ~ensamento~sthetico,exposto em sua e:.-wn- Mas. eis aue nos congregamos sob a invocacão de
ria. sem necessidade de recurso ás circumstancias am- Antonio Joaquim de Macedo Soares. emiilo de Teixei-
bientaes ou de opisosicão P contraste. para fazer da ra de Freitas, como há bem pouco disse Vieira Ferrei-
mais tósca realidade a mais acabada obra de arte. No r a Netto, jovem e distincto mads'trado fluminense
conto esse ~ o d e rattinge ao maximo de efficiencia. E1 auando na solennidade commemorativa do centenario
Testigo, Deteres, Galteu7nita. Los Chinos, ou qualquer daquelle, no Tribunal de Aisiselacão do meu Estado.
outro volume Sus Meiores Cuentos, são obras primas Perdoai-me, v6s expoentes de nossa cultura, alçar
de lavor literario no juizo unanime dos mais rigorosos tão alto para dizer-vos algo da gratidão dosffilhos, dos
driticos . f descendentes, daauelles. emfim, que se honram de tra-
Ao fecundo poder de expressão. junta Hernandez zer o nome de Macedo Soares. nesse momento em que,
Catá a purea da linguagem. Assim como não busca de todos os recantos de nossa pátria, ouvimos o éco
peripeciâq rara a acção, desdenha as extravagancias abençoador a quem soube personificar a bondade desde
r!eologims, os tropos fatuos, as invenções onomato- a mais tenra idade, como filho, irmão, collega, amigo e
paicas, todo o zabumba de que se servem os instru- nas actividades publicas, como politico, juiz, cidadão
mentistas bisonhos. Usa a substancia vernacula na sua em summa.
fórma rtrlra. para isso não recorre á imitação do falar Eil-o na poesia: leiamos a ultima quadra que en-
classico, que sôa sempre como o falsete de um carna- viára, de S . Paulo, á sua carinhosa mãe, no dia de
val rett cspectIvo ; recorre, ao contrario ás formas mais seu natalicio :
viçosas e mais floridas da linguagem, sabendo dis-
pol-as com raro gosto de tons e de volumes. Não 6 "A' ti consagro este meu rude canto,
~ossivel,entretanto, analysar para enaltecer qinanto De um'alma enferma desbotada flor,
iilercce siia imponente obra literaria nos rapidos pe- A' ti, que de tão longe ao filho inspiras
riodos de uma saudação. Nem é mais preciso faze-lo, Co'a a tua imagem, vida, alento e amor."
pois basta conhece-la para admira-la, tão grande é 911tt Vêde com que delicadeza aos deseseis annos elle
belleza . se dirige a sua irmã, pelo mesmo motivo:
A Academia - conclue o Sr. Presidente agradece
as duas visitas que tanto a penhoram: a do magistrado "Se feliz, sê tam pura e encantadora:
illustre, e a do escriptor insigne, a cujo genio rende sin- - Sê Anjo dos Ceus, -
cera e affectuosa homenagem". , A poesia dos Ceus é a pureza,
- Sê Virgem de Deus.
- Dada a palavra ao D r . Julião de Macedo Soa- Oh! vive - vive muito e mui ditosa
res, leu este o seguinte discurso: P'ra gloria dos teus".
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 41

bondade paternal, e dada a sccasião, sahia em defesa


dos "afogados do Mel10 Mattos".
E' de ver-se a influencia que teve sobre a moci-
dade academica de S . Paulo o espirito lhano e culto de
Macedo Soares.
De outro artigo, sobre Carlos Gomes, intimo, pii-
blicado no "Jornal do Commercio", de 2 de Julho de
3905, ainda vivo Macedo Soares, destaco os seguintes
wriodos, da lavra de tão illustre academico: "A' rua
do Meio. que corria Dor traz da Cadeia. hoie palacio do
Congresso, ficava a Republica de Macedo Soares (An-
tonio doaailim) o nosso Sainte-Beuve, (no dizer de
Francisco Octaviano) a melhor vocação para a critica
literaria que tenho conhecido, e a auem coube de di-
reito a honra de apresentar ao publico, nas columnas
do "Correio Paulistano", o jovem compositor. R e ~ u b l i -
cavam com elle Francisco Belisario e Ribeiro de AI-
meida. . . Nesta republica reuniam-se os estudantes das
diias anteriores e das que vão adiante. como no cena-
~ 1 1 1 0 . onde professava o mestre. . . Reune-se o cena-
ciilo e voto11 que Carlos Gomes seguisse para o Rio a es-
t i ~ d a rno Conservatorio de Milsica. A resolução ia de
encontro aos desejos de seu pae, que carecia de seus
servicos na orchestra de Campinas: mas ainda assim
iwevaleceu a opinião do cenaculo. Entre varias rartas
de recommendação que gente tão luzida podia forne-
cer. tres foram as que mais lhe approveitaram. Mace-
do Soares obteve uma carta de apresentação Dara a Sra.
Condessa de Barra1 escripta Dor Telles Ferrão, que nos
Estados Unidos conhecera a Sra. Condessa, quando ella
se educava em companhia das filhas de Fennimore
Cooper. Eu dei-lhe outra para o meu conterraneo Dr.
Joaquim Manoel de Macedo. Francisco Azarias recom-
mendou-a a um commerciante sjeu c o m p r ~ ~ i n c i a es-
n~,
tabelecido á rua Direita. As duas primeiras cartas
foram o inicio da protecção do Imperador, que até no
fim cumulou o artista de favores. A terceira deu-lhe a
aposentadoria na casa hospitaleira do generoso Mi-
neiro".
Essas reminiscencias marcam, de certo modo, a
posição de Macedo Soares entre os seus Collegas: no
circulo da intellectualidade daquelles dias.
42
---
NOBILIARQUIA FLUM-SE - APRNDICE DRS. ANT.0 Jm.E JULiAO R. DE MACEDO SOARES 43
I -

Em se tratante, portanto, de um auhentico. de Sim, porque o meio era o seu, em companhia de


um fino homem de letras, natural é que, nas manifes- muitos que elle habitualmente reunia, em tertulia, na
tações que lhe vem prestando todos os Tribunaes de sua residencia, e, orgulhosamente apresentava como
Appelação do Brasil, juizes singulares, advogados,
communguem, por igual e tambem os nossos centros
seus lidimos discipulos .
Dest'arte este egregio Collegio, se antecedera, sem
culturaes, da mais alta representação e responstibill- o perceber nas manifestações que se vem cumulando
dade, qual o Instituto Historico e Geographico Brasi- em torno de &acedo Soares.
leiro, qual esta sabia Academia Brasileira de Letras, A significativa eleição, em 1 . O turno, de José Car-
em cujo recinto ainda se ouve a voz do seu eminente 10s de Macedo Soares, quando fóra de quaesquer, posi-
presidente, Dr. Claudio de Souza, que proferiu, a res- ções officiaes, não podia deixar de nos sensibilizar, a
peito de Macedo Soares o mais brilhante e eloquente todos nós, que temos a correr nas nossas veias o san-
elogio a que nos foi dado assistir. gue de Macedo Soares. E vivo elle fosse, certamente,
E nenhuma outra, para mim, talvez mais impres- contaria, entre os dias mais felizes de sua vida, aquelle
sionante e caroavel, por sua alta significação de no- da ractificação dos seus augurios sobre o futuro de seu
breza )e de justiça, como e quanto a desta cdlenda Aca- dileto sobrinho, por quem nutria a mais profunda ad-
demia, por ser conhecida a irremovivel resistencia de miração dado o seu pendor pelas letras, dada a sizud:!z
Macedo Soares aos reiterados convites de Lucio de nos seus propositos, dada, finalmente, a intelligencia
Mendonça, Araripe Junior, Valentim Magalhães, Al- revelada desde a sua meninice.
berto de Oliveira, seu conterraneo, e por fim do pro- E aqui se me permitta intercalar aquellas palavras
prio Machado de Assis para nella figurar como um de do immortal Lucrecio, que tanto parecem accomoradas
seus fundadores. ao momento e ao falarmos num centenario:
Verdadeira contradição ! Proceder inconsequente ! "Vemos tudo correr em longe tempo, e o passado
Macedo Soares, o amigo do livro, o amante das sumir aos nossos olhos; dest'arte a Humanidade se ro-
letras. o fundador de Clubes literarios e bibliothecas, nova sempre, e os homens, entre si, como que assumem e
em todas as Comarcas onde exercitára a sua nobi- transmittem, correndo, a luz da vida".
lissima profissão de Juiz, deixára de prestar a sua so- Mais uma vez imploro o vosso perdão pelo tempo
lidariedade em igual commettimento que tinha por fim aue vos tomei com esta ensossa, mas despreteneíosa pa-
precisamente a cultura da lingua e da literatura nacio- lestra, longe que ficou da brilhante oração com que
nal, na Capital do Paiz. Claudio de Souza encantou, no dia 19 esta illustre
Embora passados 40 annos, sendo eu, áquelle tem- companhia".
po, simples preparatoriano, relembro essa passagem (Do "Jornal do Commercio", de 29 de Janeiro de
para dizer que a obstinação de Macedo Soares, não 1938).
accedendo ao convite para ser parte na fundação desta
academia, obedecera tão sómente áquelle sentimento do
mais entranhado nacionalismo - elle 0 autor do diccio- OS GRANDES VULTOS DE CAMPOS
nario da lingua brasileira - e a que h a pouco se re-
feriu o nosso preclaro mestre Claudio de Souza. Mace- A familia Rodrigues de B r i t t o e o seu tronco
do Soares levava-se ao exagero de s6 permittir o que
era exclusivamente nosso, ou se afastasse dos mode- Por Alberto Lamego, do Instituto Histórico
los estrangeiros.
Elle guardava aquella coherencia que, de tanto to-
car, no magistrado acaba por se tornar uma segunda João de Freitas e sua mulher Maria de Abreu, ti-
natureza. veram alguns filhos e entre elles Manoel de Freitas Sil-
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45

va (tataravô dos Britto), nascido na Ilha da Madeira Filhos desse casal:


em 1602 e fallecido em 4 de outubro de 1692 em São Marianna, fallecida, menor.
João da Barra então parte da capitania da Parahyba
:u Sul e donataria do Visconde de Asseca. Um dos - Dr. Manoel Pinto Rodrigues de Britto.
principaes moradores daquella villa que tinha o nome
dc S. João da Praia e que fora fundada em 18 de ju- - Jeronymo Pinto Rodrigues de Britto.
idio àe 1677, exerceu os cargos de ajudante, capitão- - Francisco, fallecido, menor.
mór, juiz ordinario em 1683 e 1688 e vereador em
16%. - Dr. Marianno Pinto Rodrigues de Britto.
Casou-se com Maria Pinto das Neves, 5." filha do -- Joaquim Pinto Rodrigues de Britto.
capitão-mór Salvador Alves de Magalhães e de dona
Marih de Oliveira e neta do capitão Francisco Alves - Anna, fallecida, menor.
de Barcellos e de Margarida Correia.
Deste matrimonio nasceram 8 filhos, sendo um - - Francisco Pinto Rodrigues de Britto.
delles Joaquim Pinto da Silva (bisavô dos Britto) que - Marianna Pinto Rodrigues de Britto.
se rasou com Anna Coutinho, filha de Antonio Ferrei-
ra Coutinho, que foram progenitores de Manoel de - Severo. fallecido. menor.
Britto Coutinho (avô da familia Britto) casado com
Marianna Benedicta da Silveira Britto, paes de Anne
- Antonio, fallecido, menor.
Pinto da Silveira, casada com Francisco José Rodrigues - Dr. José Pinto Rodrigues de Britto.
Fernandes, filho de Jeronymo Rodrigues e Maria Fer- - Maria Theodora Pinto Rodrigues de Britto.
.
i.anc!es, portuguezes
- Theodora Maria Pinto Rodrigues de Britto.
Ao todo 14 filhos que fixaram residencia em Cam-
Francisco José Rodrigues Fernandes (pae da fami- pos, com excepção do dr. Manoel Pinto Rodrigues
lia Rodrigues de Britto) nascido em S. Thomé de Bade, Britto que foi residir no Rio de Janeiro. ,
terr! o da villa da Barca, arcebispado de Braga, Por-
tugni, veiu para o Rio de Janeiro em 1804 e em de- i r * *

zemhro do mesmo anno fixou residencia em S . João Dr. Manoel Pinto Rodrigues de Britto, casou-se
(!a Barra. com d . Maria Antonia Baptista de Britto e tiveram ti
Foi ahi negociante e casou-se com Anna Pinto filhos, 10 netos e 4 bisnetos seguintes:
c l l Silveira (mãe dos Rodrigues de Britto, Rodrigues
do pae e Britto da av6 Maripnna Benedicta da Silvei-
va Britto) . I Anna Baptista Rodrigues de Britto, solteira.
- Theodora Maria Castello Branco, casada com
Em 1833 comprou uma fazenda em S. Francisco
de Paula, municipio de São João da Barra, dedicando-
se á lavoura.
I o dr. Francisco Gil Castello Branco e tiveram dois fi-
lhos :
--

Foi juiz de Paz, procurador da Camara em 1823, Coronel Francisco Gil Castello Branco Filho, ca-
vereador em 1828. sado com d . Dora Antonietta Castello Branco, tem 2
Em 1819 fôra eleito imperador do Espirito Santo, filhos.
festa instituida em São João da Barra por quatro aço-
rianos de accordo com o vigario, mediante certo esta- L Manuel Joaquim Pinto Rodrigues de Britto, sol-
tuto e ceremonial. teiro.
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 47

Maria Thereza Pinto Rodrigues de Britto, solteira. Joaquim Pinto Rodrigues de Britto, casado com
I d . Marianna Mattos Rodrigues de Britto, tiveram 11
Marianna de Britto Araujo, casada com João Es-
tevam de Araujo; tiveram 3 filhos: Renato, Aracy, 1 fiihos, 25 netos e 22 bisnetos.
lkíarianna e Paulo Bruno. 1 José de Mattos Britto, casado com Celestina de
Mattos Britto, tiveram 2 filhos: Marianna e Celestina.
Clelia da Fonseca Rangel, casada com Antenor da
Fonseca Rangel; têm 6 filhos : Antenor da Fonseca Ran- Anna de Britto Alvarenga, casada com o dr. Edu-
yel Filho, Orlando da Fonseca Rangel, dr. Benjamin da ardo Alvarenga; tiveram 3 filhos: Zilda de Britto Ta-
Fonseca Rangel, Clelia. Theodora e Antonietta e dois v a r a , casada com o d r . Jeronymo Baptista Tavares;
netos com o nome de Antenor. Cyrene, fallecida, e Octavio de Britto Alvarenga, casa-
do com d . Nair de Britto Alvarenga, que tiveram 3
filhos : Arlette, Nadir e Nilton.
Jeronymo Pinto Rodrigues de Britto, casado com
d . Antonia Jorge. Tiveram 5 filhos: Maria Rodrigues de Britto, solteira.
João Rodrigues de Britto, casado com d . Gema 1 ldarianna R. de Britto, solteira,
3udrigues de Britto . Laura Mattos Rodrigues de Britto, casada com
D. Anna Ferreira Landim, casada com o dr. Ma- Antonio Saturnino Rodrigues de Britto. Tiveram 8 fi-
nuel Camillo Ferreira Landim. Este caaal teve 'i filhos: lhos e 10 netos:
Commandante Jorge Ferreira Land~m,casado com Laura, solteira; Climerio Rodrigues de Britto, ca-
d . Lilia Paula Freitas Landim; Ilde Landim, solteira ; sado com Alda Rocha de Britto, que tiveram 5 filhos:
tlr . Jayme Ferreira Landim, casado com d . Armelinda i Maria da Penha, Geraldo, Hilson, Hamilton e Arlette.
Fcrreira Landim e são progenitores de Sonia, casada ! Leandro Rodrigues de Britto, casado com Fernan-
com Gonçalo de Vasconcellos que tem um filho: Jaymc dina Rodrigues de Britto; tiveram 3 filhos: Eneida,
Francisco, e Angela e Gilda. Fcrnando e Celeste.
Jusé Ferreira Landim, casado com Celita Ferreira Manoel Rodrigues de Britto, casado com Maria
Landim e têm 3 filhos: Maria Augusta, José Eduardo Amelia Rodrigues de Britto; têm 2 filhos: Lauro e José
e Heloisa. Assumpção .
Dr. Manoel Ferrejra Landim. casado com d. Zil- Maria Antonietta, solteira.
de Landim, e tem um filho, Manoel Camillo.
Amenaide, Jandyra, Marianna, todas, tambem, sol-
Stella Landim, solteira. teiras.
Dr. Raul Ferreira Landim, casado com d . Lucia Joaquim de Mattos Britto, solteiro.
Lamy Landim, que são paes de Lucia Eleonora, Anna
Maria e Raul. Antonia de Mattos Britto, solteira.
Jeronymo Jorge de Britto. Luiz de Mattos Britto. casado com Haydée Wer-
rieck de Mattos Britto. Tiveram 3 filhos: Hayliz, sol-
José Jorge Rodrigues de Britto, casado com d . teira; Silay de Mattos Britto Zame, casada com Euge-
Maria da Penha de Britto Rodrigues, e têm 3 filhos vi- ne Zame, que tem uma filha: Beatriz; Maria Dulce de
vos: José, Maria José e Paulo e Ilda (fallecida) . Mattos Dias dos Santos, casada com o dr. Raphael Bar-
bosa Dias dos Santos; tem um filho: Marcello.
(C. 28)
48 NOBILIARQUIA F'LUMNENSE - APENDICE -- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 40

Ernestina de Mattos Britto, casada com Francis- Tiveram elles 3 filhos: Amir, Ary e Arlette. Ca-
co José Pinto. Tiveram 5 filhos e 9 netos: Maria, sol- sou-se em segundas nupcias e teve mais 4 filhos: Anto-
teira; Manoel de Mattos Pinto, casado com d. Carmen iiio, Aida, Alda e Arthur.
Caloineni de Mattos Pinto, que tem 3 filhos: Eduardo Antonia Eugenia e Rosa Eugenia, solteiras. Maria
e Jo:iquim, solteiros; Francisco de Mattos Pinto, casa-
Eugenia Saturnino aodrigues de Britto, casada com o
do com d. Enedina de Mattos Pinto; têm uma filha:
Maria Lucia. dr . Aristides Madeira. Filho deste ultimo casal : Car-
!OS.
Renato de Mattos Britto, casado com d. Antonia Antonio Saturnino Rodrigues de Britto, casou-se
de Mattos Britto. Tiveram duas filhas: Conceição e com Laura Mattos Saturnino de Britto e tiveram 8
Hervê . filhos e 10 netos: Laura, Maria Antonietta, Amenaide,
Adalberto de Mattos Britto, casado com d. Amalia Jandyra e Marianna, todas solteiras.
Werneck de Mattos Britto; tiveram 6 filhos e uma neta : Climeria Saturnino Rodrigues de Britto que espo-
Maria Amalia, Mario, Ivan, Thereza, Elli e Inice de sou Alda Rocha de Britto e tiveram 5 filhos: Maria da
Mattos Britto, casada com Renê Barbosa, que tem uma Penha, Geraldo, Ilsen, Amilton e Arlette. Leanyro Ro-
filha: Ritta de Cassia. drigues Saturnino de Britto que casou-se com Fernan-
dina Rodrigues de Britto e desse matrimonio nasceram
2 filhos : Eneida, Fernando e Celeste.
Francisco Pinto, Rodrigues de Britto, casado com Manoel Saturnino Rodrigues de Britto, casou-se
Marianna Marques Saturnino de Britto foi-progenitor com Maria Amalia Rodrigues de Britto e tiveram 2
de 15 filhos, 32 netos e 36 bisnetos: filhos : Lauro e José Assumpção.
Dr . Francisco Saturnino Rodrigues de Britto, ca- Maria Izabel Saturnino Povoa de Britto, casada
sado com Alice Saturnino Rodrigues de Britto e ti- com José Manoel Povoa de Britto. Não tiveram filhos.
veram 4 filhos :
Izabel, solteira.
Dr. Francisco Saturnino Rodrigues de Britto Fi-
lho, Maria Alice Saturnino Rodrigues de Britto, Maria Joaquim Saturnino Rodrigues de Britto, que casou-
Clotilde Saturnino Rodrigues de Britto e dr. Augusto se com Zelia Vasconcellos Rodrigues de Britto e tive-
Saturnino Rodrigues de Britto, todos solteiros. ram 7 filhos e 10 netos:
Na ultimo artigo desta série nos occuparemos mais Dr. Laerte Rodrigues de Britto, que esposou Ma-
detalhadamente do grande engenheiro, uma das glo- ria de Lourdes Osorio Rodrigues de Britto e tiveram 4
rias do Brasil. filhos: Haroldo, Therezinha, Gilberto e Roberto, os dois
ultimos gêmeos.
Marianna, solteira. 1 .

Sebastião Francisco, fallecido, menor.


Anna, solteira.
Dr. Leklba Rodrigues de Britto, casado com Emi-
Dr . Manoel Saturnino Rodrigues de Britto, casado lia Macedo Soares Rodrigues de Britto. Tem 3 filhos:
com Etelvina Saturnino Rodrigues de Britto . Este casal Lenardo, Evandro, Eliana .
teve 4 filhos e 8 netos:
Carlos Rodrigues de Britto, casado com Margari-
Ramiro Saturnino Rodrigues de Britto, casado com aa Nieva Rodrigues de Britto. Não têm filhos. Maria
Maria Joanna da Cunha Britto. da Penha Britto de Oliveira Sampaio, casada com o
50 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE - .. -<
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 51

commandante Frederico Huet de Oliveira Sampaio. Fi- netos : Lucy Póvoa da Motta, casada com Feliciano Mot-
lha do casal: Jedda Maria. t a . Filhos deste casal: Derly e Nely..
Roseli Rodrigues de Britto, casada com o capitão Nelson Póvoa de Britto, casado com Maria Carlo-
Alvaro de Laroque Couto. Filho do casal: Carlos; Ecila ta Barreto Póvoa de Britto. Filhos do casal : Nely, Ir-
Britto Maia de Mendonça, casada com o dr. Nenato ma, CeIia e Debora; NelyGraça, casada com o dr. Gas-
Firmino Maia de Mendonça. São filhos do casal: Ee- tão Graça; não deixou filhos, Iná de Britto, casado
nato, Vera, Marina. com o dr. Jovelino Paes. Filhos deste casal: Hermano
e Rosa. Genaro Póvoa de Britto, casado com Yolanda
José Saturnino Rodrigues de Britto, casado com Póvoa de Britto, casado com Yolanda Póvoa de Britto.
Concetta Rodrigues de Britto. Tiveram 7 filhos e 2 ne- Filha do casal: Nisa.
tos : Maria Rosa Serra Martins, casada com Arthur Ser-
r a Martins. Tiveram 2 filhos : Fernando e Ivan, falle- Nahir Ferreira Paes, casada com o dr. Manoel
c~dos;Francisco Angelo, Stello e José, solteiros. Flora e F'erreira Paes. Filhos deste casal: Yedda, Madali e
Olga, solteiras e fallecidas. Fernando Saturnino Ro- Marcello .
drigues de Britto, casado com Antonietta Rodrigues de Dr. Oswaldo Póvoa de Britto, casado com Gerseni-
Britto. Não têm filhos. ts Póvoa de Britto. Filho do casal: Rossanf.
Erilzstina, solteira. Maria José, solteira. Arliette Costa Nunes, casada
como dr . Francisco Costa Nunes . Filha do casal : Bea-
Branca, solteira. triz Helena.
Delia, solteira. Urçula Póvoa Manhães Barreto, casada com o dr.
Feliciann Manhães Barreto. Tiveram 5 filhos, 3 netos
Rosa, solteira. e 1 bisneto:
Lucilia, solteira. Felicissima Manhães Barreto. casada com Euze-
bio Manhães Barretto. Filhos deste casal: Ecyla e
IIer8minia Izabel de Britto Vasconcellos, casada , Elide .
com o dr. Antonio Ribeiro de Vasconcellos. Este casal
tem 2 filhos : Antonio e Paulo. Francisco Manhães Barreto, casado com Antoniet-
ta Manhães Barreto. Tem uma filha : Heloisa Helena.
Alice Manhães Fonseca, casada com o d r . Carlos
Marianna Pinto Povoa Ferreira, casada com o dr. Fonseca. Não têm filhos. D r . Manoel Francisco Ma-
Manoel Francisco Povoa Ferreira. Tiverdm 3 filhos, nhães Barretto, casado com Izabel Alvarenqa Manhães
24 netos e 19 bisnetos: Barreto. Não tiveram filhos. Maria Manhães Miranda
casada com Renato Miranda. Não têm filhos. Etelvina
Anna Povoa Ferreira, casada com Antonio Povoa Neves e Almeida, casada com o dr. Alvaro de Castro
Ferreira. Tiveram uma filha: Edina Povoa Tavares, Tçeves e Almeida. Não têm filhos.
casada com Flavio Tavares. Estes tiveram os seguintes
filhos: Antonio Luiz, Flavio, Anide, Ovidio, Ozema, Cecilia Manhães Barreto, casada com o dr. João
José, Lupe. Ruth, Ondina e Anide, fallecida. Manhães Barreto; tiveram 2 filhos e 4 netos. Jocilia de
Azeredo Coutinho, casada com Gotchald de Azeredo
Francisco Povoa de Britto, casado com Izabel Ma- Coutinho. Filhos deste casal: Nilze e Roberto, Dr.
ria de Menezes Póvoa de Britto. Tiveram 9 filhos e 14 Ovidio Manhães Barreto, casado com Esmeralda Ma-
52 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE -- DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 53

nhães Barreto. Filhos deste casal: Vera Manhães Bar- Maria Theodora Gesteira Passos, casada com o
retto Miranda, casada com Oswaldo Miranda. Tem uma d r . Manoel Gesteira Passos. Tiveram 7 filhos e 8 ne-
filha : Gilda Maria. tos : Anna, solteira. Maria Theodora Gesteira Rosa,
casada com Alfredo Rosa. Filho deste casal: Alfredo.
Neuze, solteira.
Alzira, Francisco, Hortencia solteiros.
Antonio Póvoa de Britto, casado com Maria da
Penha Menezes Póvoa. Tiveram 6 filhos, 11 netos e Orympia Gesteira Pinheiro, casada com o d r . Cae-
bisneto: Aracy Póvoa de Oliveira Campos, casada com tano Thomaz Pinheiro. (1) Filhos deste casal: Concei-
o dr. Alpheu Gomes de Oliveira Campos. Filhos deste ção Maria Izabel, Fernando e Marilia.
casal: Andral, Amir e Amorita. casada com o capitão D r . Manoel Gesteira Passos, casado com Atalá
Gilberto Pessanha. Este casal tem 1 filho: Alpheu Ser- Gesteira Passos. Filhos do casal: Helena, Helio e He-
gio. Raul Póvoa de Britto, casado com Alda Póvoa de loisa.
Rr:tto. Filhos deste casal: Maria Helena e Angela Ma-
r.!a. (Do "Monitor Campista", 22 e 23-6-1940).
Mary. solteira. D r . Hélion Póvoa de Britto, casado
com Nair Póvoa de Britto. Filhos deste casal: Roberto, RETRATO DE FAMILIA
Héliun. Gilda. Maria e Luiz Cesar.
Lúcia Miguel Pereira fala sobre Miguel Pereira. -
Sylvia Póvoa de Britto, casada com José Vieira de "Papae era um companheirão". - Um menino criado
Mello. Não tem filhos. Capitão Octavio Povoa de Brit- roça. - O médico, o professor e o apóstolo. - Mi-
to, casado com Carmen Póvoa de Britto. Filho deste pvel Pereira m ixtimiclade. - O preto David. - "O
casal : Angelo Antonio. LZrccsil 6 ~ l r nimenso ho:,yiftz!".- "Brincando de fa-
José Manoel Póvoa de Britto, casado com Maria l;ewleil.ow?taEsliva. -A gloria e o fim. - R~portagem
Isabel Povoa de Britto. Sem filhos. de Francisc,) dc Assis Bmbosa
Marianna Póvoa de Almeida, casada com o dr. Miguel Pereira nasccti numa fazenda, junto á
Manoel Themistocles de Almeida. Sem filhos. Serra da Eocaina. Sempre foi um homem preso á ter-
r a . "Eu sou um desenrrtimrio na cidade". costumava di-
Abelardo Póvoa de Britto, casado com Anna P Ó - aos intiinos. Era filho e neto de lavradores. Conta
voa de Britto. Tem 4 filhos e 1 neta. Sa;i?t Hilaire que foi na fazenda do capitão Miguel Pe-
Ruth Póvoa La Grota. casada com Armando de La reira que viu os primei~ospés de café plantados em
Grota. Filha do casal: Marley . alinhamento. De uma famdia de proprietários rurais,
o destino fez de Miguel Pereira um cientista. Não por
Eimar, Aluizio e Evaldo,' solteiros. seu gosto ou vontade própria. Bem que trocaria a sua
cátedra de ~ s r o f e s ~ opela
r vida da roça. E r a essa, pelo
menos, a vida aue êle deqejaria ter vivido.
Theodora Maria, solteira. - Meu pai - conta-me, hoje, Lucia Miguel Pe-
reira - foi criado na Fazenda do Campinho, em São
- - -- --
* * * José do Barreira. Aprendeu a ler com minha avó. Só
.
com 12 anos é que veio para o Rio. Aqui entrou para o
D r . José Pinto Rodrigues de Britto, solteiro.
54 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT."Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
.- - - 55
.&

Colégio Pedro 11. Sofreu muito, a principio. Não se A casa do largo São Salvador
conformava com a prisão do internato. O seu maior so-
frimento era ter de andar calçado. Nas visitas, vovô Depois de formado, Miguel Pereira volta á Fazen-
prometia pagar-lhe a 5 mil réis cada banco de honra da do Campinho. Sua tese de doutorando sobre Hema-
que êle tirasse. Mas vovô nunca cumpria a promessa. tologia tropical é considerada obra notável. E m São
Papai sempre tirou banco' de' honra e jámais recebeu José do Barreiro, Miguel Pereira não pensava em ou-
os 5 mil réis. Lembro-me de ouvir essa história conta- t r a coisa senão em caçadas. Montava a cava110 e esque-
da lá em casa mais de uma vez. cia da vida. E' o que me conta Lucia Miguel Pereira.
- Francisco de Castro escrevia chamando o dis-
E com ternura que Lucia Miguel Pereira recorda cipulo querido. Um sujeito atacou a tese. Pedro de
coisas da vida de seu pai. No coração da filha, o grande Almeida Magalhães defendeu-a. E papai caçando na
homem que foi Miguel Pereira está presente não como fazenda. Só depois de uma boa temporada no Campi-
unia d á t u a mas como um sêr humano. Simples, natu- nho (uns seis meses, pelo menos) é que achou de vol-
ral c sincero. Um homem que não sabia mentir. t a r . Meu pai começou a vida como médico visitador da
- Combativo e trabalhador ele sempre foi desde Asscciação dos Empregados do Comércio. Ganhava 250
rapazinho. No Pedro II. redigia um jornal de estudan- mil reis por mês. Quando se casou foi morar com meu
tes : "A Rlefrega" . Faria propaganda republicana den- avô numa casa do Largo São Salvador. E r a uma casa
tro do colégio. E nas horas vagas ensinava aos alunos enorme. Meu avô ali morava com seus sete filhos, mi-
das classes mais atrasadas. Lecionando a colegas, meu nha bisavó, que ainda vivia naquele tempo, e o segre-
pai ficava sem pensar no Campinho. gado da familia. Vovô era rico mas queria que 03 f i -
lhos trabalhassem. Dante dêle, meu pai guardava um
Logo que terminou o Pedro 11, Miguel Pereira foi grande respeito, a ponto de não fumar n a sua pre-
matar as saudades da fazenda. E lá fica algum tempo sença. Vovô era econômico. Papai, ao contrário, era
sem se preocupar com os exames vestibulares para a gastador. Vinha da cidade de tilburi mas para não
Faculdade de Medicina. Metia-se no mato com os ca- aborrecer meu avô mandava o cocheiro parar uma qua
maradas a caçar perdizes e não queria saber de outra dra antes. E dizia que tinha descido no ponto de sec-
vida. Voltou para o Rio, afinal. Tem 19 anos quando cão do Largo do Machado, como medida de economia.
entra para a velha escola d a rua Santa Luzia. E' um E Lucia Miguel Pereira continua:
belo rapaz. Forte, louro, olhos claros. Chamaram-lhe - Mas eu não me lembro de meu pai na casa do
D'Artagnan . Largo São Salvador. Começo a lembrar-me dêle na nos-
sa chácara de Gávea. Vivia do seu cargo de médico do
- Meu pai sempre foi o primeiro aluno da sua Hospicio. A clinica era pequena. Papai almoçava á s 7
turma - diz Lucia Miguel Pereira. Francisco de Cas- da manhã e saia a cavalo no "Tempestade" a visitar os
tro foi seu mestre. Um grande mestre, aliás. Por duas doentes. Depois ia para a Praia Vermelha, onde pas-
vezes, Miguel Pereira abandonou as aulas da Facul- sava grande parte do dia. Tratava das moléstias inter-
dade. A primeira em 93, na revolta de Floriano. Foi correntes dos loucos.
para Niterói. Como soldado, tomou parte na Batalha
da Armação. Depois, por ocasião de uma epidemia de O concurso para Professor
cólera no vale do Paraiba, no ano seguinte. E' que meu
pai não podia ficar indiferente a essas coisas. Ele se E r a esta a vida de Miguel Pereira quando se deu
comprometia em tudo. Nunca foi neutro. Sentia como a vaga de professor substituto da cadeira de clinica mé-
que uma necessidade imperiosa de definir-se. Se visse dica da Faculdade de Medicina, com a morte de Beni-
dois moleques brigando na rua, tomava logo o partido cio de Abreu. Juntamente com Aloisio de Castro, An-
de um deles. tonio Austregésilo e Rubiáo Meira, inscreve-se no çon-
.-
56
-- - . NOBILIARQUIA FLUMiNENSE - APENDICE ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
-- - - -DRS. 57

curso. Mas acontece um imprevisto. Adoece a esposa de sua primeira viagem á Europa. Vai com a esposa. Des-
Miguel Pereira. J á não é possivel pensar em outra i a vez, fica em Paris.
coisa.
- De regresso, retorna ás aulas. Estava já no
- Papai e mamãe - diz Lucia Miguel Pereira - cxercicio da cadeira de Clinica Médica quando é decre-
formavam um casal felicissimo. Os dois se adoravam. tada a Reforma Rivadávia. Meu pai manifesta-se con-
Fomos todos prá Bocaina. Que viagem estupenda! Su- tra a reforma. Em reunião da congregaçEo, expõe o
bimos a serra de troli e de carro de boi. Ficamos na seu ponto de vista. Acha que os professores precisam
casa de um amigo da nossa familia, Joãozinho Airosa, tumar uma atitude. Mas a congregação teme o Estado
num lugar chamado Lageado. Mamae melhorou depres- de Sitio. Que fazer? Meu pai, secundado pelo velho pro-
sa. E papai caiu na caçada. Quando se apanhava na fessor Augusto Brandão, chefia uma revolta entre os
fazenda parecia um menino. O concurso se aproximava. cstudantes. Nossa casa passa a ser vigiada pela poli-
Mamãe já estava boa. Papai tinha que vir. O tempo era cia, guardada por investigadores dia e noite. Meu pai
pouco para estudar. Vovô salvou a situação. Deu al- acaba suspenso por seis meses. A violência n80 o ame-
gum dinheiro a papai. O velho trancou-se no escritó- dronta. Propõe uma ação contra o govêrno. E' seu
rio e pôs-se estlldar. Não admitia que se fizesse o me- advogado o dr. Alfredo Bernardes. Entrega-lhe a cau-
nor barulho na casa. Todos nós éramos obrigados a sa e vai passar uns tempos na fazenda de um amigo
andar na pontinha dos pés. E papai fez o concurso. Foi em Poços de Caldas. Um mês depois a suspensão é can-
um dos mais brilhantes da história da Faculdade de celada. Ainda assim, meu pai achou que não devia re-
Medicina. Ai começa a sua vida de professor. assumir. Tocou a ação por diante, até que o Supremo
Miguel Pereira é logo nomeado professor de Pa- Tribunal lhe deu ganho de causa, tornando sem efeito R
tologia Interna. Seu nome está feito. A clinica aumen- suspensão e reconhecendc a violência da medida gover-
ta. J á agora reside na rua Bambina, tem automovel na namental.
porta. Suas aulas são famosas. Alunos de outras fa- Miguel Pereira só voltará á Faculdade em 1912.
culdades, como o estudante de Direito Osvaldo Aranha, de volta da sua segunda viagem á Europa. Desta vez,
vão ouvir-lhe as preleções. A casa da rua Bambina está ficára em Berlim, trabalhando com o professor Klem-
sempre cheia. Era uma romaria, todos os dias. Os estii- perer .
dantes iam lá para casa e ficavam horas conversando
com papai. - No ano seguinte, é escolhido para paraninfar a
Personalidade forte, Miguel Pereira despertava turma de doutorandos. Pronuncia, então, um grande
grandes simpatias. Mas era homem incapaz de adular discurso contra o governo. Está no apogeu da sua car-
a quem quer que fosse. Quando se realizavam as provas leria de professor. Sua posição é a de um lider na Fa-
cio concurso que o fez professor. soube por um amigo culdade. A clinica aumentando sempre. Papai tmba -
comum que um lente com quem não tinha relações lhe lha de manhã á noite. sem descanso.
ia dar o seu voto. E Lucia Miguel Pereira observa:
- Mas êle precisa saber 2 repiicou prontamente - Não sei como papai dava um geiio para nos le-
ao receber a noticia - que continuarei a não o cum- var ao Sion. O facto é que todos os dias, ás 10 horas,
primentar. . . O seu automovel "Lancia" estava na porta. Papai nunca
Lucia Miguel Pereira reportou-se uma vez a êsse deixou de levar as filhas ao colégio. E ia muito alegre,
upisódio, num artigo para a "Revista do Brasil" (3.a conversando conosco, perguntando coisas, demonstran-
fase) . do um grande interêsse pelos nossos estudos.
O Pae e o Esposo Se era assim amoroso com as filhas mais ainda o
Antes de assumir a cadeira de Clinica Médica, para ora com a esposa. E tinha razão para isso. D. Maria
a qual fora nomeado em 1909, Miguel Pereira faz a Clara foi-lhe sempre uma grande e estremosa compa-
nheira.
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- NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE -.
I
DRS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
--- - - .
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- Papai e mamãe pareciam dois namorados - mas. Nós nos divertiamos á grande, espiando papai e
disse-me Lucia Miguel Pereira mais de uma vez no de- o amigo fazetido discursos pelo buraco da fechadura.
correr da entrevista. Miguel Pereira foi orador notável. Algumas vezes
ditava seus discursos á filha, naquele tempo aluna do
Colégio Sion .
- E r a muito orgulhoso dos filhos - diz Lucia
Um homem encantador, o Miguel Pereira intimo. Miguel Pereira. Um dia, êle chegou em casa muito tris-
Era alegre e brincalhão. Tinha lá os seus momentos de te dizendo que havia passado uma grande vergorrhtt por
r,eurastenia, mas quem é que não os tem? Não dispen- minha causa.
sava cerveja. "Fidalga" no almoço. Tomava vinho ao - Por que, papai? - perguntei-lhe.
jantar .Gostava de dizer: "Sou um homem que dorme - 0' ! minha filha! Aquele discurso ! Fui mostrá-
com prazer, que come com prazer, que trabalha com 10 ao Couto (assim tratava ao seu amigo Miguel Cou -
prazer". to) e você tinha escrito circunstancia com "n".
- E assim era de facto - garante-me Lucia Mi- No tempo de Miguel Pereira circunstaneia se es-
guel Pereira. Tinha paisão pelo "turf". Eu adorava crevia com "m". E todo mundo levava a sério coisas dt
i r com papai ao Jockey Clube, naquele tempo ainda em ortografia. Não era como hoje.
São Francisco Xavier. 'Uma vez, papai esqueceu em
casa o binóculo. Num dos páreos, tomou-se de um O Preto David
zrande entusiasmo. E como não visse direito a corrida, O retrato de liiguel Pereira na intimidade seria
não teve duvida em tomar o binóculo de um dos assis- incompleto sem a figura do preto David. David Pereira
tentes que estava ao seu lado e que naturalmente acom- de São Lázaro. Pereira porque se considerava uma pes-
panhava a carreira coni o mesmo interêsse que êle soa da familia. São Lázaro por ser filho de ferreiro;
Foi uma coisa tão inesperada que o pobre homem re- São Lázaro é o santo protetor dos ferreiros.. .
solveu não protestar. Terminada a carreira, papai todr,
atrapalhado devolveu o binóculo pedindo mil descul-
--
- David herdava os "fracks" de papai conta
Lucia Miguel Pereira. Tinha um a r digno e era de ama
pas ao dono estupefato. dedicação sem limites. Recebia os clientes no consultó-
Impulsivo e bom, Miguel Pereira era um misto de rio de meu pai, na rua da Assembléia. Havia n a ci-
"kerniano" e "dantas", de acordo com a classificação dade um outro d r . Miguel Pereira, medico tambem.
biotipológica de Mestre Jaime Ovalle. A história do Llavid não admitia confusões com o homônimo de meu
~ ~ r o v e d odar Santa Casa dá uma idéia da bondade e da pai. E' o que conta, pelo menos, o d r . Afonso de Tau-
paciência de Miguel Pereira. Lucia Miguel Pereira vai nay, que uma tarde bateu no consultório; tinha vindo
contá-la : de São Paulo com o fim unico e exclusivo de consultar-
- Meu pai tinha um grandk amigo no interior do se com meu pai. Foi subindo os degraus da escada 12
Kstado do Rio, que um dia foi nomeado provedor da ao atingir o primeiro andar topou com a figura im-
Santa Casa do lugar onãe morava. O amigo veio con- pressionante de David .
tsr-lhe a novidade, cheio de satisfação. E pediu-lhe - E' aqui o consultório do d r . Miguel Pereira,
que escrevesse o discurso de posse. Meu pai escreveu. não é?
Virava e mexia, lá vinha o homenzinho como um nova) David olhou-o de alto a baixo e respondeu:
pedido. Eram discursos e mais discursos. Por fim, não - Não, o SS. está enganado.
se contava em ter os discursos prontos. Queria apren- orno enganado?! - retrucou espantado o cli-
der a recitá-los. Meu pai achou graça e concordou. ente. Não é possivel. Eu vim de São Paulo especial-
Trancava-se com o amigo no escritório. Lia os discur- .
inerrte para consultar o dr Miguel Pereira.
sos. O homem também lia. Eram cenas engraçadissi- - Pois não é aqui, insistia o preto.
NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 61
60 --
- - - -- .-- .

O dr. Taunay ia retirar-se quando David saiu-se - Todo fim de semana, meu pai ia para a Estiva.
com esta : Como êle queria bem áquele sitio! Fazia madrugada,
- Aqui é o consultório do professor dr. Miguel traDalhava tanto uurante o dia que á noite estava rnor-
Pereira. E explicou serenamente: Há um outro d r . to de cansado e só pensava em dormir. E r a ele mes-
Niginel Pereira por ai mas nós não queremos confu- mo quem ia tirar berne de boi, quem raspava os cava-
sões. .. los. Mamãe costumava dizer que papai, na Estiva,
brincava de fazendeiro. Mandou vir um troli de Pira-
0 preto David não sabia. ler mas fingia muito bem.
tSuontlo viajava de trem, abria o "Jornal do Comér- cicaba de quatro cavalos. lkatava porco, montava a ca-
cio" com toda a solenidade e ficava atento vendo as le- talo. Na Estiva, vivia seinpre contente. 0 clima da Es-
trinhas impressas. Não sabia ler mas sabia contar tiva era o melhor do mundo. Aconselhava todos os
Sempre de uma honestidade a toda a prova era quem clientes a irem para lá.
entregava e recebja as contas. E' por esta época que Miguel Pereira inicia a gran-
- David possuia muitas qualidades mas não era de campanha do saneamento do Brasil. Passará á his-
lá muito meticuloso na limpeza. Meu pai, certa vez, re- toria o discurso em que sauda o professor Aloisio cte
solveti pregar-lhe uma peça. Chegou em casa contando Castro, em outubro de 1916, que regressa de uma via-
á mamãe o carão qae paesára em David. "Imagine que gem á Argentina. IIá um trecho que é preciso destacar.
o divã do consultório estava coberto de poeira. Ah, não "O exército, a força armada de uma nação, - disse
tive duvida. Escrevi com o dedo - "Burro". O David Miguel Pereira - a nação-em armas é a unidade na-
vai se p6r em brios, você verá". Mamãe riu-se e disse cional, e dessa unidade, una e indivisa, desentranha'.
a papai: "Ora Miguel, coitado do David! Ele não sabe uma dualidade é operação de que só nos manicômios
ler". . . se teríam provas. Não será exercito o que não for ho-
"O Brasil é um imenso Ho.pZtd9' mogêneo; na luta pela Pátria todos se acamaradam
Lia muito Miguel Pereira. E não lia apenas os li- emparceiram como diante da morte, que essa luta tan-
vros de medicina. G o s t a ~ ade literatura. De ler o seu tas vezes preludia, todos se nivelam na terra profunda.
Anatole France, o seu Henan. O ultimo livro que leu, E bem que se organizem milicias, que se armem legiões,
já doente, na Estiva, foi um volume de cartas de Bar- que se cerrem fileiras em torno da bandeira, mas me-
bey D'Aurevilly. Lia todas as noites antes de dormir. lhor seria que se não esquecessem nesse parsxismc de
entusiasmo que, fora do Rio e de São Paulo, capitais
- Quando minha irmã adoeceu, mamãe ficou mui- mais ou menos sanadas, e de algumas outras cidades em
to preocupada e f&ia dormir no seu quarto. Papai pas- que a providência superintende a higiene o Brasil 6
sou para o meu. Eu ficava acordada, ás vezes, até meia ainda um imenso hospital. Num impressionante arrou-
noite, esperando-o. Ele vinha, repreendia-me mas no bo de oratória já perorou na Camara ilustre parla-
fundo ficava todo "flatté". Papai se deitava na cama mentar que, se fosse mistér, iria êie. de montanha em
de minha irmã e se punha a' ler em voz alta. Trechos montanha, despertar os caboclos dêsses sertões. Em
de Renan e de Anatole France. Trechos de livros que chegando a tal extremo de zêlo patriótico, uma grande
não caiam nas minhas mãos de menina de 14 anos. parte e parte ponderável, dessa brava gente não se le-
E Lucia Miguel Pereira tem uma frase deliciosa, vantaria : invâlidos, exangues, esgotados pela anquilos-
que não quero deixar perder: tomiase e pela malária; estropiados e arrasadr,~
- Papai era um companheirão! pela molestia de Chagas; corroidos pela slfilis e
Esse cientista de gosto literário apurado se trans- pela lepra; devastados' pelo alcoolismo chupados
formava por completo quando se apanhava no campo. pela fome, igniorantès abandonados, sem ideal e
Em 1915, comprou um sitio na Estiva, vila que hoje sem letras ou não poderiam êstes tristes des-
tem o nome de Miguel Pereira. lembrados se erquer da sua modorra ao 3pê-
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NOBILIARQUIA
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FLUMINENSE - APENDICEp- -
DRS. ANT.O Jm. E JULLÃO R. DE MACEDO SOARES -
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lo tonitroante da trombeta guerreira, ecoando de que- não entregára ainda os originais porque pretendia fa-
brada em quebrada-ou quando, como espectros, se le- zer uns retoques. D. Maria Clara traz o livro. Mi
vantassem não poderia compreender porque a Pátria, guel Pereira senta-se na cama com esforço. Enche dr
que lhe negou a esmola do alfabeto, lhes pedia agora alcool uma bacla, onde mergulha o manuscrito. Acende
a vida e nas mãos ihes punha, antes do livro redentor, um fósioro. Tudo foi tão rápido que não se poude evi-
a arma defensiva". E m meio á exaltação nacionalista tar.
da primeira Grande Guerra, a s palavras de Miguel Pe- (Do "Correio da Manhã", de domingo, 10 de Se-
reira ecoaram com dureza. Eram vetdades que só OS tembro de 1944).
apóstolos têm a coragem de proclamar.

A morte, na Estiva
ACTA DIURNA DE LUIZ DA CAMARA CASCUDO
Os jornais abrem manchetes. Uns contra, outros
a favor do discurso. "O Pais" ataca. O "Correio da O p r i m e i r o sobrado em.Natal e seu dono
Manhã" defende. E Miguel Pereira continua a sua
campanha. São dois anos de luta .Por fim, em 1918. do em Natal ainda existe. E' o de
o governo de Wenceslau Braz inicia o saneamento do da Conceição. Está modificado li-
paiz. A campanha está vitoriosa. Pelo menos, em par- geiramente no telhado. Amputaram-lhe os finais do
te. A primeira pedra quem a plantou foi Miguel Pe- beirão em cauda de anuorinha, de sabor nitidamente
ieira. No dia 19 de maio de 1918. recebe o grande ho- colonial. A exigência da platibnnda alterou-lhe a fi-
mem a homenagem consagratória. O orador é o profes- sionomia marcadamente aristocrática, denunciando so -
sor Afranio Peixoto. Miguel Pereira pronuncia u Ri' !ar, ao gosto ainda fidalgo mas já sime burguês do
mo discurso. Ao voltar para a casa, dirá, abraçando a século XIX. Vive a varandinha, projetando a porta de
esposa : honra do andar, lembrando a época em que a s colchas
- Foi o meu canto de cisne. . . vistosas eram estendidas a passagem processional da
Dias depois, cái doente. Ninguem sabe dizer que Padroeira, levada, em lenta e oscilante marcha, pelos
estranha moléstia é aquela que abate o lutador em ple- fieis de outrora.
i;a maturidade. aos 47 anos. Os maiores médicos do Rio O primeiro sobrado foi mandado construir pel!)
de Janeiro, estiveram na cabeceira do enfermo ilustre. Capitão Mór José Alexantre Gomes de Melo, senhor de
Mas a moléstia era um enigma para todos. Três meses Pitimbú, o mais lindo, o mais desejado, o mais famo-
de padecimentos cruéis e nada! Ao fim de três meses so sitio na freguezia de N . S . da Apresentação.
de padecimentos, Miguel Pereira declara que deseja ir Esse Gomes de Melo era filho de Antonio Tei
morrer na Estiva. no sitio que êle fez e que tanto amou. xeira da Costa e d . Tereza Antonia de Melo. Casou
Nem o clima da Estiva, - o melhor clima do mundo! com d . Joana Evangelista de Vasconcelos. Carlos José
- consegue melhorar o seu estado de saude. Vai de mal de Vasconcelos e d . Josefa Maria da Conceição eram
st pior. Discipulos e amigos dedicados, como Aloisio de ~ o g r o sdo Capitão M6r. Gente de bom sangue. Anto-
Castro, Rocha Faria, Thompson Mota, Aristides de nio José de Souza Caldas, o fundador dos Souza Cal-
Me10 e Sousa e Leônidas Porto, acompanham-no até o das no Rio Grande do Norte, maridara com outra fi-
ultimo instante. Tudo inutil. Por fim, é o doente quem lha do casal, d . Josefa Maria de Nazaré .
faz, nas vésperas da morte o próprio dignóstico. Dias José Alexandre Gomes de Me10 era da primeira li-
antes de morrer, Miguel Pereira chama a esposa e pede nha social. Pertenceu ao Conselho do Governo, sendo
que lhe dê os originais do seu Tratccào de clinica mé- um dos seis primeiros conselheiros, o segundo na ordem
dica. Trabalhára muitos anos nesse livro. Estava quase * da votação, no pleito de 23-33-1824. Fez parte igualmen-
pronto para a tipografia. J á combinara a edição e só te do Conselho Geral da Provinda, eleito a 18-11-1828.
64 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm.E JULIÃO R. DE MACEDO SOARES 65

.4puração, a 2-2 do ano r~eguintena igreja de Sto. An- brincado, em i818 ou 1519, nos alicerces e paredes
tônio, forneceu-lhe o diploma e sua posse se deu é.t emergentes do edificio que se levantava n a rua da Con-
'?O-11-1830, dia da sessão preparatória. E r a um dos tre- ceição. Até pouco tempo lia-se a data sobre a moldura
ze e encontro seu nome presente a ultima reunião, de da porta. Era sobrado residencial, um luxo para aquele
31-1-1834, ano em que foi extinto o Conselho Gerai tempo e unico em sua espécie, depois da casa da Cama-
da Provincia pelo a r t . 1 . O da Lei de 12-8-1834 (cha- ra que se reunia num só piso superior da cadeia. O so-
mado ato adicional) substituido pela Assembléia Legis- brado do Coronel José Alexandre Gomes de Melo, de
lntiva Provincial. O Conselho era um ensaio legislati- onde provem os Seabra de Melo, era uma das maravi
vo em ponto mirim. lhas na mui nobre e leal Cidade de Natal do Rio Grande.
Gomes de Me10 frequentou assiduamente todas as Lado paterno:
quatro sessões do Conselho, opinando com dignidade c
clareza. E r a homeni hteiigente, original e prático, ten- Nota: - Coronel José Alexandre Gomes de Me10
rio idéias e sabendo-as ciiscutir. Numa sessão, a 3 de - bisavô.
fevereiro de 1832, propoz reduzir as férias escolares,
que eram de 3 de dezembro a 2 de fevereiro, ao curto Antônio Benevides Seabra de Melo - Avô.
prazo de 17 dias, isto é, de 21 de dezembro a 6 de ja- Conhecido por Major Benevides, condecorado com
neiro, por lhe parecer não só desnecessárias como opos- a medalha de Cavaleiro da Rosa. Nasceu em 13
tas ao progresso da instrução da mocidade. de junho de 1833 e faleceu em 18 de abril de 1888.
Discutiu a 3, 6 e 9 de fevereiro, foi a proposta adia- E r a casado com d . Francisca Adelina Pinto Bene-
da a 10. Um seu parecer sobre a fonte da Bica, on'de vides, nascida em 9 de janeiro de 1836 e faIecidt
a população retirava a água para beber, é dos nossos em 6 de dezembro de 1929. Ambos descendem de
Uias, pela logica e veemencia argumentaciora. fidalgos portugueses, capitães mores, etc. Antõnio
Votado deputado á legislatura inicial da Assem- Benevides era irmão do Comendador MigueP B e ,
bléia Provincial de 1835-1837 (obteve 28 votos), sendo nevides, grande figura nos tempos do Imperio.
G Presidente da mesa eleitoral instalada na Matriz de
Natal, a 10 de novembro de 1834. foi deputado á se- ~ o s Alexandre
é Seabra de Me10 - Pai - filho do Rio
guinte, 1838-39, positivmdo o prestigio. Grande do Norte, nascido a 2 de maio de 1870 9
Grande proprietário em Natal, era senhorio do falecido em 31 de março de 1937. E r a casado com
Conselho Geral que lhe rilugara uma casa, Pitimbú, in- Emilia Trindade Seabra de Melo, filha #do Rio
vejado pelos anjos do céu, dizia do conforto em que Grande do Norte, nascida em 6 de janeiro de 1871.
vivia o Capitão Mór, conhecido, depois da primeira e falecida em 5 de julho de 1921.
decada do século XIX por "Coronel".
O sobrado da rua da Conceição começou a ser fei- Lado malerno:
to em 1818 e terminou L' 1819 ou 1820. Não há noti- Luiz Bezerra Augusto da Trindade - Avô. - Depu-
cia de um outro em temyo anterior. Os da rua da Con- tado provincial, chefe politico do Partido Liberal
ceição são de 1847 a 1850. O casarão de Joaquim Iná na politica do Dr. Amaro Bezerra, deputado fe-
cio Pereira Senior, também, da rua Conceição, é muito deral. Nnsceu no Rio Grande do Norte em E 2 3
posterior, assim como o Vaca Amarela, de onde saiu e faleceu em 2 de fevereiro de 1882. E r a casado
c Atual Palácio do Govêtm. com Josina de Vasconcelos Bezerra da Trindade.
O velho Coronel Manoel Leopoldo Raposo da Ca- nascida no Rio Grande do Norte em 4 de setem-
mara, nasceu em setembro de 1810 e faleceu em novem- bro de 1832 e falecida em 8 de julho de 1925. Era
bro de 1905, com a idade de 95 anos, recordava-se. di- proprietário e fazendeiro no Municipio de Papari,
zia-me seu filho o D r . Augusto Leopoldo, de haver no Rio Grande do Norte.
-DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 67
.-

Porto Alegre, 22 de agosto de 1939.


2 . -José Francisco da Silveira Casado, capitão-mór,
Exmo. Sr. Desembargador. cognominado de Conde da Cunha, nasc. na freg.
D r . Julião Range1 de Macedo Soares. de Sta. Luzia da Ilha do Pico, bisp. de Angra, em
Rua Santo Amaro, 21 - RIO. 1733 e fal. em Porto Alegre a 16 de janeiro de
Jiespeitosos cumprimentos. 1825; casou provavelmente na Aldeia dos Anjos,
Rogo permissão a V. Excia. para manifestar mi- (Gravataí, R . G. Sul) cerca de 1759, com D .
nha satisfação ao tomar conhecimento d a sua m e r ~ t o - Bibiana Josefa Bittencourt do Canto, nasc. na
ria colaboração, ao trabalho do provecto genealogista freg. da Conceição dos Clerigos da cidade de An-
paulistano D r . Frederico de Barros Brotero, pubiicado gra, da Ilha Terceira e fal. em P. Alegre a 1 4
no ano passado, sobre a descendência do ouvidor Lou- de outubro de 1805, com 57 anos aproximadamen-
renço de Almeida Prado. A's paginas 377 e 378 aquede te, filha de Diogo Belmonte Ursua de Montojos
iirihagista reglstra informações de V. Excia., sobre a e de d . Luzia Josefa do Canto, naturais dos Aço-
ascendência de d. Maria Elvira de Macedo Soares, fi- res. Houve:
lha de José Eduardo de Macedo Soares e de D . Adelia ,-José Antonio d a Silveira Casado, coronel, bat. em
Costallat . Viamão, a 22 de janeira de 1766 e fal. em P.
Como um estudioso da genealogia riograndense, Alegre a 26 de dezembro de 1818; casou em P.
tomo a liberdade de informar a V. Excia. da ascenden- Alegre em 1782, com d. Maria Eulalia Veloso d a
cia gaucha do marechal José Alipio de Macedo Costal- Fontoura, nasc. n a vila de Rio Pardo ( R . G.
lat, pai de D. Adelia Costallat. Essa ascendencia gau- Sul) a 1 9 de dezembro de 1764 e fal. em P. Ale-
cha é de quasi 200 anos, com enxertos de duas linha- gre a 5 de Junho de 1852, cuja ascendencia é a
gens francesas : a dos Agon, em 1764 e a dos Costallat, seguinte :
em 1844.
E m folhas anexas organisei a arvore de costado a ) Antonio Carneiro da Fontoura, casou com (1.
.
da ascendencia riograndense de D Adelia Costallat Francisca Velosa, ambos naturais de Chaves,
Portugal. Houve :
que poderá ser ampliada, no tronco Carneiro da Fon-
toura, de mais 5 geragões, segundo a COMUNICAÇÃO b) João Carneiro da Fontoura, natural de vila
feita pelo sr. Barão da Ribeira de Pena, publicada ,;i de Chaves e fal. em Rio Pardo a 19 de agosto
pagina 95 do n.O 5 da Revista do Instituto de Estudos de 1769, com cerca de 90 anos; casou com d .
Genealogicos de S. Paulo. Izabel da Silva, n a t . de Torres Novas, Portu-
Queira V. Excia. aceitar com esta colaboração, a s gal e fal. no Rio Pardo a 1 7 de fevereiro de
saudações muito cordeais de seu patricio e admira- 1794, com cerca de 100 anos, filha de Gabriel
dor. da Costa e de d . Mariana de Souza. (Vêr GE-
(a) Jorge G. Felizardo. NEALOGIA RIOGRANDENSE vol. I e CO-
Jorge G. Felizardo, Edificio Bica de Medeiros. MUNICAÇÃO no n.O 5 da Revista do Insti-
Rua Jeronimo Coelho, 209-4.O-43. tuto de Estudos Genealogicos de S. Paulo de
Porto Alegre - R . G. Sul. 1939). Houve :
c) Maria Tereza Velosa da Fontoura, nasc. em
ASCENDENCIA D E DONA ADGLIA COSTALLAT' Viamão a 24 de março e bat. a 3 de abril de
1 .-Francisco Pires Casado, foi casado com d . Feli- 1750, fal. em Rio Pardo cerca de 1772, onde
pa Antonia da Silveira, ambos naturais dos Açô- casára a 8 de maio de 1764, com o alferes de
res. Houve: Dragões João Batista de Agon, nasc. na Fran-
ça em 1740 e fal. n a vila de Triunfo (R. G .
68 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULiAO R. DE MACEDO SOARES 69
-- -
S.) a 4 de Janeiro de 1779, filho de Manoel de 1825, fal. no Rio de Janeiro, a 25 de julho de
.
Agon e de D Maria Cardoso de Jesus. Houve : 1905; casou em Porto Alegre, a 30 de novembro
de 1844 com João Batista Augusto Costallat, nat.
d) Maria Eulalia Velosa da Fontoura, que, como de Limoges na França, filho de João Batista Cos-
vimos em 3 acima, casou com José Antonio tallat e de d . Catarina Emilia Bergognior. Houve :
da Silveira Casado. Houve :
6 .-José Alipio de Macedo da Fontoura Costallat, ma-
4 . -Bibiano José Carneiro da Fontoura, coronel, nasc. rechal e engenheiro militar, nasc. em Porto Ale-
em P. Alegre a 4 e bat. a 18 de agosto de 1787, gre a 15 de agosto de 1852 e bat. a 3 de janeiro
onde fal. a 28 de julho de 1861 ; casou em pri- de 1853; casou no Rio de Janeiro em 1883, com
meiras nupcias na mesma cidade a 10 de novem- d . Maria Elvira Torres de Carvalho, nasc. na
bro de 1816, com d . Ana Barbara Pereira de mesma cidade a 15 de novembro de 1855, filha do
Macedo, nasc. em R . Pardo a 29 de abril e bat. general José Dias Delgado de Carvalho e de d.
a 25 de maio de 1801 e fal. em P . Alegre a 3 de Carloia Rodrigues Torres. Houve:
janeiro de 1856, cuja ascendencia é a seguinte:
7.-Adelia Costallat, natural do Rio de Janeiro, onde
a) Antonio Albernaz foi casado com d. Maria casou com José Eduardo de Macedo Soares.
Duarte, ambos naturais da ilha do Faial e
fals em Rio Pardo. Houve :
16) Raimundo Albernaz, nasc. na freg. ds N. S. ASCENDENCIA DO SENADOR GIL DINIZ GOU-
da Ajuda da Ilha do Faial, em 1734 e fal. as- LART, NATURAL DE ANGRA DOS REIS, PROVIN-
sassinado em Rio Pardo a 21 de janeiro de CIA DO RIO DE JANEIRO.
1799; casou com d . Maria Tereza de Jesus,
nasc. na freg. de S . Mateus da Ilha do Pico 1.-O Dr. Gil Diniz Goulart é filho de
em 1750 e fal. no Rio Pardo a 31 de março de 2 .-Tenente Manoel Joaquim Goulart - Tenente da
1780, filho de Manoel da Rosa e de d. Maria Guarda Nacional. Negociante em Angra dos Reis,
Antonia, nats. da Ilha do Pico e fals. em Rio de onde ersc natural e por ultimo nzi cidade do
Pardo. Houve : Rio de Janeiro, onde falleceu em 1870 ou 71, com
C) Ana Maria de Assunção, nasc. em Rio Fardo 56 ou 57 anos.
a 8 de Maio de 1777 e fal. em P. Alegre a
de novembro de 1816; casou no Rio Pardo s 2 . -Amalia Gabriela de Alencastro Albuquerqiie Di-
niz Goulart; faleceu em 1892 com 71 annos de
4 de Novembro de 1790, com Manuel de Ma-
cedo Bruno, nasc. e bapt. em 1760 na Freg. edade.
do Santissima Tqindade das Lages da Ilha do -Manoel Joaquim Goulart era filho de
Pico e fal. em Porto Alegre a 16 de Novem-
bro de 1816, filho de Manuel de Macedo Ma- -Capitão Antonio Joaquim GouIart, falleceu com
druga, nat. da ilha do Pico e falecido no Rio 97 annos de edade, no Rio de Janeiro, em S.
Pardo. Houve : Christovam, hoje rua Figueira de Mello, em 1864.
d) Ana Barbara Pereira de Macedo, que, como Muito joven foi para companhia do General Cura-
vimos em 4 acima, foi a l.amulher do coronel do, que o educou com rigor, imbuindo sãos prin-
Bíbiano José Carneiro da Fontoura. Houve: cipio~.Foi para o Sul, onde tomou parte e se dis-
tinguiu em diversas batalhas (guerra Cisplatina
5.-Maria Anatasia Macedo da Fontoura, nasc. no e campanhas do Sul). galgando todos os postos
Rio Pardo a 5 de julho e bat. a 28 de agosto de desde soldado até Capitão da tropa de linha, posto
NOBILIARQUIA FLUIV~INENSE - AEENDICE DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES
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em que se reformou. Foi fazendeiro em Angra INFORMAÇ6ES PRESTADAS PELO SR. EUGENIO
dos Reis( fazenda de Araçátiba), onde occupou PINTO VIEIRA, EM 1-XI-1943
diversos cargos de eleição popular e foi instructor
da Guarda Nacional. O capitão de mar e guerra, Rodrigo José Ferreira,
da nossa marinha, comandante de varios portos, em
.-D. Felizarda Cesarina de S . José Goulart, era viagem a Republica do Uruaguay, conheceu e casou-se
filha de Ubatuba (S. Paulo), e de sua ascenden- com Nathalia Gonzalez, natural d'aquela Republica, de
cia nada se sabe. Teve irmãos entre os quaes um 12 para 13 anos, e de grande beleza; do seu consorcio
que ficou em Angra dos Reis 'e uma irmã D. En- nasceram :
gracia, casada com o Dr. Frederico José de Vilhe-
na. advogado ~rovissionadoem Angra dos Reis e 1 .-Carolina, n . á 8 de Agosto de 1826, faleceu sol-
della provierão alguns filhos. entre os cru2es o teira á 16 de Agosto de 1897.
Dr . Frederico José de Vilhena, comissario de hi-
2 .-Bento, solteiro, assassinado no Rio Grande do
giene, D r . Diniz Frederico de Vilhena, que foi Sul, solteiro.
representante da Angra dos Reis na Asseinbléia
prcvincial do Rio, e advogado. 3 .-Outro rapaz, cujo nome não se lembra.
-D. Amalia de Alencastro e Albuquerque Diniz 4 . -Belmira, n . em 1833, casada em Ias. nupcias com
Goulart era filha do o Senador Joaquim Franco de Sá; em 2as. com o
.-Coronel Joaquim da Silva Diniz. Official de Mi- Senador Viveiros de Castro; em 3as., com o
licias. Director da Secretaria de Marinha. falle- negociante José Pinto Vieira, estabelecido com
ceu depois de aposentado, em 1846, em Nicthe- charutaria á Rua Gonçalves Dias, ponto de reu-
roy e foi enterrado no Cemiterio do Maruhy. Foi nião dos nossos mais notaveis politicos; republi-
fazendeiro em Angra dos Reis. cano historico.
.-D. Maria José de Alencastro e Albuquerque Di- 5 .-Emilia, n., a 18 de Agosto de 1835, casada em
niz - era filha de Francisco Santiago Robalo Pa- las. nupcias com o comercianteJoão Baptista da
checo da Silva, official, não se sabendo o posto. Silva Teixeira e em 2as. com o Dr. Joaauin Bap-
Fazendeiro em Itaipti. A Igreja nesta localidade tista da Silva Castellões, notavel advogado, cspe-
foi Dor elle construida, assim como construiu um cialista em direito maritimo,' em cuja banca foi
prédio que depois foi convertido em asylo para substituido pelo seu auxiliar, Dr. Firmo de Al-
mulheres que abandonavam os maridos. Esta se- buquerque Diniz, tio materno do Dr. Gil Diniz
nhora descende dos Albuquerques, isto é, de Af- Goulart .
fonso de Albuquerque. O Conde de Diniz Cor- 6.-Henriqueta, n. em 1838, casada com Pedro Pi-
deiro possue uma justificacão para brazão a este nheiro Guimarães, sub-diretor da Secretaria do
respeito. Parece que Francisco era casado com Exterior, oficial de gabinete do ministro Quin-
uma filha do donatario do Maranhão, Pedro Al- tino Bocayuva, quando da proclamação da Re-
buquerque Maranhão (?) . publica.
-O Capitão Antonio Joaquim Goula.rt (que assi-
gnava Gularte, forma aportuguezada) era filho
de Do casal de Belmira com o Senador Franco de Sá :
.-F. Goulard, francez, negociante de calçado na Belarmina Franco de Sá, n., á 16-2-1851, faleceu
rua de S . José; não se sabendo com quem se ca- solteira.
sou.
q.flS. ANT.O Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOARES 73

Do casal de Belmira com o Senador Viveiros de


Castro : 2,-Edgard, n: em 25'1.-1886, faleceu solteir(! aos
f 6 anos.
Maria Augusta Viveiros Brandão, n., á 4 de Abril
de 1856, casada com o Dr. Julio Cesar Fsrreira Bran-
dão; faleceu á 20 de Abril de 1916. Do casal de ~ e n r i q u e t acom Pedro Pinheiro Gui-
marães :
1 .-Isabel, n . 25k-1859, casada com Antonio da Ro-
Do casal de Belmira com Jose Pinto Vieira: cha Moura, capitalista.
Eugenio Pinto Vieira, diretor da Contabilidade da 2 .-Maria, n . 5-XI-1861, casada com o Dr . Antonio
Comp. T . Light and Power, n., á 21 de Dezembro de Augusto de Oliveira Roxo, magistrado, juiz mu-
1858, casado com Albertina Pinto Vieira, filha de João nicipal da Comarca da Parahyba do Sul.
Baptista da Silva Teixeira e Emilia Ferreira Teixeira
mencionados acima. 3 .-Francisco Pinheiro GuimarSLes, n., em 1862, fale-
ceu solteiro.
4 . -Pedro Pinheiro Guimarães, consul em Posadas,
Do casal de Emilia, com João Baptista da Silva Republica Argentina. - Casado, aqui ficou a es-
Teixeira: posa ; amasiou-se com uma argentina.
1,-Emilia, n. á 9 de fevereiro de 1853, falecida a 18 5 -Edgard Pinheiro Guimarães, afilhado da av6 Na-
de Julho de 1898, casada com o Dr. Gil Diniz talia, casado com Floripes, faleceu demente;
Goulart, notavel advogadó, republicano historico 6 . -Belarmina, casada com Joaquim .José Moreira.
senador pelo Estado do Espirito Santo, na cons- sobrinho do Barão de Ipanema. -
tituinte, filho do comerciante Manuel Joaquim
Goulart, natural de Angra dos Reis e D. Amalia 7 .-Gastão Pinheiro Guimarães, funcionario do Mi-
de Albuquerque Diniz (vj . notas) . nisterio da Justiça, casado com JuJia de Souza.
sobrinha do Sr. Souza, um dos fundadores da casa
2 .--João, n . em 25-1 ; faleceu demente; Park Royal, de cujo tio herdou grande fortuna.
3 .-Luiz, n., faleceu menino, de croup. 8 . -Tibiriçá Pinheiro Guimarães, funcionario da Se-
4.-Albertina, n. a 4-IX-1858, falecida a 10-5-1930, cretaria do Exterior, oficial de gabinete do mi-
mencionada acima. nistro Dionysio Evangelista de Castro Cerqueira,
casado com D. Cecilia Roxo.
5 :-Henrique, n., 17-5-1860'.
9 . -Ernestina,n . em 8-XII, faleceu solteira, em pie-
6 .-Luiz (2.O) n. em 13-XI-1862, falecido em Vila No- na mocidade.
va de Lima, Minas Gerais, casado com

Do casal de Maria Augusta com o Dr. Julio Ce-


Do casal de Emilia com o Dr. Joaquim Baptista sar Ferreira Brandão :
Baptista da Silva Castellões: Julio Brandão Filho, prefeito de S. Salvador, ca-
.
1.-Joaquim, n em 1867, casado com pital do Estado da Bahia, casado com Carmita Campos
filha de Eduardo Maria Campos e D . Maria do Car-
bRS. ANT.O Jm.E JULYYO R. DE MACEDO SOARES 75

. . .. . .. .
mo, filha de . . . . . . . . . . , jornalista portu- Do casal de Isabel com, Antonio da Rocha Moura:
guez, pae de outra filha casado com o caricaturista An- 1 .-Risoleta, casada com o Dr. Waldemar Bandeira,
gelo Agostini . jornalista, filho do Dr. Esmeraldino Olimpio 'I'or-
res Bandeira, professor de direito, ministro da
Justiga no Governo Nilo Peçanha.
Do casal de Albertina, com Eugenio Pinto Vieira : .
2. -~achel, casada com o jornalista Dr Oscar Lopes
1 .-Eugenia, n., em 12 de Março de 1885, solteira. Ferreira, filho do Dr. João Lopes, deputado pelo
Estado do Ceará.
2 . -Edith, n . 29-VI-1890, casada com Frederico Au-
gusto da Silva, filho de Thomaz Augusto da Sil- 3. -Regina casada com o Dr . Arthur Torres, filho do
va e Anna Guimarães da Silva; Dr. Alberto de Seixas Martins Torres, politico,
polygrapho, ministro do Supremo Tribunal.
3 .-Esther, casada com Alvaro Henriques de Carva-
lho, filho de Affonso Henriques de Carvalho e 4-Roberto, afilhado do Dr. Gil Goulart, industrial,
Alice Costa Pereira de Carvalho, afilhada do Dr. casado com
Augusto Alvares de Azevedo.
4. -Elsa, solteira. Do casal de Maria com o Dr. Antonio Augusto
5. -Edda, solteira. de Oliveira Roxo :

6.-Alberto Pinto Vieira, fiscal do imposto do con- 1.-Maria Cecilia, casada em las. nupcias com o Dr.
sumo no Distrito Federal, casado com Orlandina Gustavo Van Ervan, engenheiro da Inspetoria de
Bomfim, natural do Espirito Santo, filha de Acri- Aguas e Esgotos ; e em 2as., com Ernesto G. Fon-
sio Bomfim, Tabelião da Comarca de Santa The- tes, capitalista.
reza, daquele Estado e Ermelinda Bomfim, de 2. -Estella, casada com Raul Chaves, jornalista.
origem italiana.
3 .-Diva, casada com Lauro Teixeira, filho de
Constanga Tleixeira, da familia dos Teixeiras, fir-
ma Teixeira Borges;
Do casal de Luiz (2.O), casado com a sobrinha do
Dr. Nelson Almeida, ofical de Marinha, medico homeo. 4-Dagmar, casada com Silveira, filho de Silveira,
patha . jornalista.
5 T u l i a , casada com Dunsche de Abranches.
De Henrique com: 6. Z a i d e , faleceu de acidente, queimada.
Pedro, pae de Carmem c., com José Paranhos,
Nair, filha natural, casada com filho do Comendador José Paranhos e D. Wol-
Carmen, filha natural, casada com fanga Crissiuma Paranhos .
TESTAMENTO
Do casal de Joaquim Castellões com Conceição:
João Francisco Pires, falecido com testamento á
10 de Julho de 1890 : verba : instituo por herdeiros usu-
76 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE- -- DRS. ANT.0 Jm. E JULUO R. DE MACEDO SOAItES -
77

fructuarios de minha terça a meus filhos Joaquim, Sa- quando alli residiu; Eleitor, Juiz de Paz, Presi-
muel, Isabel, Carolina, Alcida, Lydia e Maria Joaquina dente da Camara Municipal, Delegado de Poli-
Ylres, passando a uns e outros até o ultimo e por fa- cia, primeiro subdtituto do Juiz Municipal e de
lecimento deste ultimo, reverterá a propriedade da mes- Brphãos em Maricá. Em 16 de Setembro de 1834,
ma terça aos Iilhos e filhas somente das minhas ditas casou-se com D. Maria de Macedo Soares. ,Era
5 filhas acima mencionadas, ficando a mesma terça filho do
constltuida do meu predio á rua do Hospicio canto da
rua dos Andradas, completando-se a mesma terça no 2.-Alferes do Cass Antonio Joaquim Soares e U .
restante que falta com apólices da divida publica. Maria Antonia Reginalda. - D. mari ia de lua-
cedo Soares (n. 1 ) era filha do
Alvará da 2" Vara de Orphãos.
3.-Doutor Francisco de Macedo Freire de Azere-
Carolina, casada com o Dr. Brotero Frederico de do Coutinho~,Doutor em Direito pela Universi-
Macedo Soares, faleceu á 4 de Setembro de 1938. dade de Coimbra; CapitãoMór de Cabo-Frio; se-
nhor da Fazenda da Tiririca em Saquarema, fre-
Alcida faleceu solteira a 6 de Setembro de 1942. guezia de Araruama; casado, em segundas n u p
Maria Joaquina Pires, casada com Joaquim Fran- cias, com sua prima D. Maria Thereza de Sá
cisco Pires, faleceu a 6 de Março de 1920. Freire. -
Lydia, casada com o Dr. Qctavio Ribeiro de Mace- O Alferes Antonio Joaquim Soares (n. 2) era
do Soares, faleceu á 2 de Maio de 1923 - (Lydia Maria filho de
kires Soares). O Dr. Octavio faleceu a 8-5-1941. 4.-Simeão Soares de Azevedo e D . Isabel Maria
Isabel Pires Barbosa da Franca, viuva do Coronel Caetana Antunes. -
Barbosa da Franca, falecida a 31-10-1946. D. Maria Antoqia Reginalda era filha (n. 2) de
6 .-D . Joaquina Francisca de Alvarenga .
CAPITULO I O Capitão-mór Dr. Francisco de Macedo Freire
Ascmldsncia do Dr. Antonio Joaquim de Macedo de Azeredo Coutinho cra filho do (n. 3).
Soares 6.-Coronel João Barbosa de Sá Freire, nascido em
1716, e falecido, com testamento, em 5 de Mar- '
ço de 1771 e de D. Anna Maria de Souza Perei-
Antonio Joaquim de Macedo Soares é filho do ra, nascida em 5 de Maio de 1728.
-Doutor Joaquim Mariano de Azevedo Soares, D. Maria Thereza de Sá Freire (n. 3) era fi-
nascido em 1 de Fevereiro de 1809, Médico; re- iha do
sidente em sua fazenda no Bananal, municipio
de Maricá, provincia do Rio de Janeiro; Caval- 7.-Capitão Antonio dos Sanctos Silva, e sua mu-
lher D. Maria Antonia de Sá Freire. -
leiro da Ordem de Christo; Official do Imperial
Ordem da Rosa; Major comandante da primeira Simeáo Soares dte Azevedo (n. 4) era filho de
secção de Batalhão de infantaria da reserva da paes portuguezes, cujos nomes não pude obter.
Guarda Nacional da Provincia, em Maric6; pri-
meiro subdelegado de Policia e primeiro Presi- D. Isabel Maria Caetana Antunes era filha do
dente da Camara Municipal de Saguarems, (n. 4) .
78
--
NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DItS. ANT.O Jm.E JULIAO R. DE MACEDO SOARES 79

8 .-Doutor José da Sylva, (José da Sylva Antuncs, 16.-Francisco Paes Fererira, nasoido em 1656, ca-
o dono da sesmaria do Quilombo?) e de sua mu- sado com D. Maria de Macedo Freire Soveral
lher D . Joanna Gomes Antunes . (alibi, Sobral) .-
D . Joaquina Francisca de Alvarenga era filha D. Brites de Sá Souto Mayor Freire era filha
de (n. 5). do (n. 10) .
9 . - J o s é da Costa Alvareriga, portuguez, casado com 17 .-Coronel Francisco de Macedo Freire, casado com
D. Antonia Maria Antupes. - D . Barbara Viegas de Azeredo (alibi, de Mace-
do Viegas) . Seus filhos D. Anna e Antonio de
O Coronel João Barbosa de Sa Freire (n. 6) era
Sá Freire casaram na familia de D. Helena da
filho do
Cruz Freire de Lemos, mulher de Francisco An-
10 .-Capitão Francisco Paes Ferreira, senhor do En- tunes Leão de Sá, quartos netos de Henrique Du-
genho de Guaratiba, casado com D. Brites de que Estrada e sua mulher D. Theodosia da
Sá Souto Mayor Freire. - Rosa e Aguiar.
D. Anna Maria de Souza Pereira (n. 6) era fi- Antonio Ferrão de Castello Branco Travassos
lha de (n. 11) era filho de
11.-Antonio Ferrão de Castello-Branco Travassos, 18.-Callixto Ferrão de Castello Branco, natural de
casado com D. Andreza de Souza Pereira. - .
Almada (Portugal), e de D Antonia Travassos.
Capitão Antonio dos Sanctos Silva (n. 7) era D. Andreza de Souza Pereira era filha (n. 11).
, filho de
19.-Coronel João Gomes da Silva Pereira, Moço fi-
12.-Sancho Manuel da Silva g de sua mulher Joanna
dalgo da Casa Real, Coronel dle Infantaria do
Coutinho Bragança. -
Rio de Janeiro, casado com D. Andreza de Sou-
D. Maria Antonia de Sá Freire era filha ( n . za.
7) de
Sancho Manuel da Silva (n. 12) era filho de
13.-Coronel Luiz José de Sá Freire, e sua mulher
D. Maria Thereza Rangel de Sá Freire. - 20.-Capitão José da Silva Motta e de D. Isabel An-
tunes da Motta.
Do Dr. José da Sylva, medico portuguez, não
ha tradição na familia acerca dos seus paes D. Joanna Coutinho de Bragança era filha de
(n. 8) . (n. 12) .
14 .-Antonio Antunes e sua mulher D. Aurelia An- 21.-João Coutinho de Bragança, bastardo da Caea
tunes . Real de Bragança, em Portugal.
Do portuguez José da Costa nada consta (n. 9) . O Coronel Luiz José de Sá Freire (n. 13), era
D . Antonia Maria Antunes era filha de filho do
15 .-Antonio Antunes e sua mulher D. Aurelia An- 22.-Coronel João Barbosa de Sá e de D. Clara de
tunes . Souza Pereira.
O Capitão Francisco P a e ~Ferreira era filho de
(n. 10) .
.
D . Maria Thereza Rangel de Sá Freire (n 13),
era filha do
80 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. A5iT.O Jm. E J U L U O R. DE MAOEDO O
i
l m
.
r
23.-Tenente Luiz Barbosz de Sá Freire te de D . .
Abreu Rangel) Tiveram mais um filho de ndüe
Maria Range1 de Azeredo Coutinho . José da Fonseca Rangel, que casou na famflfa
Sandoval, onde teve uma filha. D. Maria An-
Da ascendencia dos Antunes ns. 14 e 15, nada tonia de Abreu Range1 e Sandoval, casada com
consta. Paulo da Matta Duque Estrada, setimo filho do
Francisco Paes Ferreira (n. 16), era filho de Sargento-mór Ambrosio Dias Raposo e sua mu-
lher D. Anna Josepha da Cruz Duque Estrada.
24.-Domingos Paes Ferreira (irmão deste foi o re-
verendo Dr. Francisco Paes Ferreira) e D . O Capitão José da Silva Motta ( n . 20), era fi-
Ignez de Almeida. lho de
.
D . Maria de Macedo Freire Soveral (n 16) era 31 .-Francisco de Araujo.
filha do
De D. Isabel Antuneu da Motta (n. 20) nada
25.-Capitão Lucas do Couto, o velho, e de D . Ma- consta.
rianna (alibi D. Ignacia) de Soveral. - Do n . 21, idem.
O Coronel Francisco de Macedo Freire ( n . 17) O Coronel João Barbosa de Sá (n. 22) era fi-
era filho de lho de
26.-João Barbosa de Sá Souto-Maior, e de D. Joan- 32 .-João Barbosa de Sá Souto Mayor e de D. Joan-
na de Soveral Freire. na de Soveral Freire, nomeados a fls, sob o
D. Barbara Viegas de Azeredo (n. 17) era fi- n. 26.
lha do D. Clara de Souza Pereira (n. 22) era filha de
27.-Alferes Lucas do Couto, o moço, e de D. Isa- 33.-Coronel João Gomes da Silva Pereira, e de 1).
bel Coutinho . Andreza de Souza, nomeados sob o n. 19. -
Callixto Ferrão de C:istello Branco (n. 18) era \ - -
O Tenente Luiz Barbosa de Sá Freire (sob
filho de o n. 23) era filho de
.
28. -José Ferrão, e de D Franciscá Travassos . 34. -Pedro Barbosa Maxinio de Sá Soveral .
De D. Antonia Travassos consta apenas que era De D. Maria Range1 (n. 23), nihil.
filha legitima: supponho que sua mãe era ir-
mã de D. Francisca Travassos, sob o n . 28. Domingos Paes Ferreira (n. 24) era filho de
O Coronel João, Gomes da Silva P~ereira,filho de 35.-Doutor Francisco Paes Ferreira e de D. Maria
29.-Coronel Francisco Sodré Pereira, Moço Fidal- da Cunha. -
go da Casa Real, Coronel de um Regimento pago
do Rio de Janeiro, casado com D. Catharina da
.
D Ignez de Almeida (n. 24), era filha de
Silva Sandoval (alibi, D. Catharina Pereira de 36 .-Manoel Botelho e de D. Isabel, a velha.
Marins Sandoval) - . Lucas do Couto, o velho (n. 25) era filho de
D. Andreza de Souza (n. 19) era filha do -
37 .-Manuel do Couto e D. Domingas da Costa .'
30 ,-Coronel Ignacio de Oliveira Vargas, casado com
D. Maria de Abreu de Souto Mayor (alibi, de D. Marianna de Soveral (n. 25) era filha de
83 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE---
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE MAOEDO 80- (b

38. -Antonio de Macedo Viegas ,(Rev. Inst . Hist .,


1843, 426), casado na familia Soveral ou Sobra1 da mulher D . Dionydia Lopes de Sancie, filha
e D. Francisca Viegaa. - (Vide n . 53) . de Fernão Lopes de Sande. (Carvalho, 3 . O pg.
149). -
João de Sá Souto-Mayor (n. 26) era filho de D . Catharina da Silva Sandoval (n. 29) era
39. -Manuel Barbosa Pinto, natural de Vianna, Por- filha de
tugal, casado em segundas nupcias com D . Phi- 45.-Doutor João Gomes da Silva, Capitão de Infan-
lippa de SA Souto-Mayor. Foi sua primeira taria e das Fortalezas de Santo Antonio na Ba-
mulher D. Brites Raiigel, filha do Comendador hia e de S . João no Rio de Janeiro. Provedor
Diogo de Sá da Rocha, natural de Vianna, casa- da Fazenda Real, Juiz de Orphãos da Cidade do
do com D. Brites Rangel, filha de Antonio dc Rio de Janeiro ; casado com D . Maria de Marins.
Mariz Rangel (alibi, Rongel) . - Br. Hist. 11,
pg. 167; Rev. Inst. Hist. 29, p . 2, pg 279, de O Coronel Ignacio de Oliveira Vargas ( n . 30)
1866. Segundo os papeis dos Sodrés, era filho era filho de (Vide Rev. do Inst. Hist., tomo
da La mulher. 33, p . 2, pg. 66) ; Carvalho, 3.O, pgs. 186). -
D. Joanna de Sovera!. Freire (n. 26) era fi- 46.-Francisco de Oliveira Vargas e D . Andreza de
lha de Souza.
D . Maria de Abreu Souto-Mayor ( n . 30) era
40.-Francisco de Macedo Freire, natural de Beja, . filha do
Sargento-mór de Infantaria, casado com D. Jo-
anna de Soveral e Atouguia (alibi, D . Maria 47. -Doutor Francisco da Fonseca Diniz e D . Isabel
de Soberal). Rongel de Macedo, de quem teve mais dois fi-
lhos: 1 . O Balthazar de Abreu Cardoso, casado
Lucas do Couto, o moço, Alferes (n. 27), era com Isabel Pereira Sudré, filha de Francisco Su-
filho de dré Pereira e de D . Catharina da Silva Sando-
41.-Lucas do Couto, o veiho e D. Marianna de So- val, supra, n . 29; 2.O - D . Brites Rongel de
veral (n. ) . Macedo, casada com Sebastião Marins Couti-
.
De D . Isabel Coutinho, n 27), nihil. nho, o velho, senhor do Engenho de Guaxindiba
e descendente de Vasco Fernandes Coutinho, fi-
José Ferrão (n . 28), era filho de dalgo português, de boa casa, 1 . O donatario da
42 .-Antonio Esteves Ferrão e D. Ignez Antunes da Capitania do Espirito Santo (1525) . - Um fi-
Costa. lho de Balthazar de Abreu Cardoso, de nome
D . Francisca Travassqs (n . 28) era filha de João de Abreu Pereira Sodré, foi casado, em
segundas nupcias com D . Escholastica Pacheco,
43. -Bemardo Rodrigues Marins, casado com D Vio- . de quem houve: D. Paula Rangel de Abreu,
lante Travassos, sobrinha de D. João 1.O, Pa- que veiu a casar com João Freire de Azeredo
triarcha da Ethiopia . Coutinho, filho de Pedro Freire Ribeiro Duque
O Coronel Francisco Sudré Pereira (n. 29) era Estrada e de sua segunda mulher D . Maria de
filho de Azeredo Coutinho; que era sua prima.
44.-Duarte Sudré Pereira, Senhor do Morgado de D . Francisca de Araujo (n . 31) nada consta.
Aguas-Bellas, em Portugal, casado em primeiras De João Barbosa de Sá Souto Mayor e sua mu-
nupcias com D. Guiomar Ramires. Foi segun- lher I3. Joanna de Soveral FreEe (n. 32) já se
disseram os ascendentes sob os ns. 39 e 40.
84 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
-1
DRS. ANT.O Jrn. E JULIAO R. DE MACEDO SOARES - 85

Do Coronel João Gomes da Silva Pereira e sua De Antonio Esteves Ferrão e m a mulher (n.
mulher D . Andreza de Souza (n. 33) constam 42) ; de Bernardo Rodrigues Marins e sua mu-
os ascendentes dos ns. 29 e 30. lher (n. 43) nada se sabe.
De Pedro Barbosa Maximo de Sá Sobra1 (n. 34) D. Maria de Marins, ou Mariz, filha do
nada.
54 .-Dr . Diogo de Mariz Loureiro, Provedor da Fa-
O D r . Francisco Paes Ferreira, era filho de zenda Real, no Rio de Janeiro, casado com D .
Paula Rongel de Macedo.
48.-Pedro Lopes de Souza Bacoso, (Barroso?) natu-
na1 de Evora, casado com D . Philippa Ferrei- Dr. Diogo de Mariz Loureiro, era filho de
r a Peckim (Pechim, nos papeis dos Sodrés).
Tirou branzão em 1643. 55. A n t o n i o de Marins Coutinho e D . Isabel, a velha.
(Ver. em Carv.O, 3 - pg. 145 e 186) .
D. Maria da Cunha (n. 35) era filha de
De Francisco de Oliveira Vargas (n. 46), nihil.
49.-Bento da Rocha Gondim, natural de Lisbôa. D. Andreza de Souza (n. 46) lera filha de
De Antonio Marins Coutinho e D . Isabel, a ve- 56.-Jeronymo de Souza de Britto, casado com D.
lha (n. 36), assim de Manoel do Couto (n. 37)
nada se sabe.
Barbara Coutinho .
O Dr. Francisco da Fonseca Diniz (n. 47) era
D . Domingas da Costa ( n . 37) era filha de filho de
50. -Thomé Rodrimes da ?osta, casado com D . Pau- 57.-Jorge Fernandes da Fonseca e D. Brites da
Ia da Costa, ignora-se de que familia. Costa Homem.
De Antonio de Macedo V i e ~ a s(n. 38), Manoel Lucrecia filha do licenciado Francisco Viegas
Barbosa Pinto (n. 39), Francisco de Macedo e sua mulher D. Joanna de Soveral. De Anto-
Freire ( n . 40) não constam os ascendentes. nio de Macedo Viegas e Lucrecia Viegas des-
cendem Maria Viegas. mulher de Pedro de Abreu
D. Joanna de Soveral 'e Atouguia (n. 40) era Rangel, filho de Balthnzar de Abwu, o velho; o
filha de padre Henrique de Macedo (1645) e os mais
51. -Antonio de Macedo % íegas (n . 38), casado com aqui declarados.
uma Senhora da familia Soveral. D. Isabel Rongel de Macedo ( n . 47) era filha
de
Lucas do Couto, o vellio (n. 41) era filho de
52 .-Manuel do Couto e D . Domingas da Costa (n. 57.-Balthazar de Abreu do Souto Mayor e sua mu-
lher D . Isabel Ronge! de Macedo.
37).
De D. Domingas da Costa, deu-se a ascendencia
D. Marianna de Soveral (n. 41) era filha de em n . 50.
53 .-Antonio de Macedo Viegas (Rev. Inst. Hist ., De Antonio de Maoedo Viegas (n. 53), nada.
1843, 426), (n. 38), Fidalgo da Casa. Real
(1665) ou 1565?, casada com uma senhora da O Doutor Diogo de Mariz Loureiro (n. 54) era
familia Soveral . filho de
-
86 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE DRS. A W T . O Jm. E JWLUO 'R. DE.. I I [ m l n B 87

58. -Antonio de Mariz Coutinho, casado com D. Isa- 65.-D. Pedro Alvres Rongel, SenMr da Caia e
bel, a velha, (n. 36), onde o apelido de Mariz Quinta do Rongel, junto á Cidade Qs Coimbra,
..
se acha como sendo Marins. onde está o solar dos Rongeis, casado com D.
D . Paula Rongel de Mncedo (n . 54) era filha de Ignez Alvres Sanches de Macedo. Em seus de^
cendentes uniu-se como temos dito o appellido
69.-Julião Range1 de Maoedo (1583), casado com de Macedo ao de Rongel, hoje mudado para Ran-
D. Beatriz (alibi D . Brites) Sardinha. gel . Entre esses descendentes conta-se Callix-
A to Rongel Pereira de Sá, que foi morador em
D . Brites da Costa .gomem era filha de Coimbra, e cuja ascendencia relatada na "Co-
60 .-Aleixo Manuel, o velho, e D . Francisca da Cos- rographia Portugueza", tom. 111, pg. 653 e 654,
t a Homem: segundo o manuscripto que tenho á vista. Ahi
na "Corographiay' talvez se achem dados para
De Balthazar de Abreu de Souto Mayor (n. 57), supprir as muitas lacunas e alguns erros de ap-
nada. pellidos e de dados desta genealogia. (Vj. Tom.
D . Isabel Rongel de Macedo (n. 57) era filha 2.O, pg. 45, pgs. da 2a ed. (1869) - Inn. Bi-
bliot. 11, 111 - Cartas Primeiras - Diogo
de Couto e Barros. - Antonio Ferrão de Castello
61 .-Capitão Julião Ronge! de Macedo e D. Beatriz Branco em Mello Moraes, Braz. Hist . 111, 54.
Sardinha (n. 59) .
De Antonio de Marins e sua mulher (n. 58) e
do Capitão Julião Rongel (n . 61) . CAPITULO I1

D. Beatriz Sardinha (59) era filha de Coronel João Barbosa de Freire e D. Anm Maria de
Souza Pereira, n.O 6 deste Cap. 1.O
62 .-João Gomes Sardinha, da familia dos Sardinhas
de Sletubal. Filhos :
João Gomes Sardinha. era filho de 1°-D. 'Anna de Sá Sodré Castello Branco, c.
a

com o mestre de campo Fernantlo 3osé de


63.-Damião Dias Rongel, filho de D. Diogo Dias Mascarenhas Castello Branco.
Rongel, Comendador de Cete e Villela. -
2O-Dr. Francisco de Macedo Freyre de Azeredo
Damião Dias Rongel, supponho que casado na Coutinho, n. em 1747.
familia dos Sardinhas de Setubal, da qual seu
filho João Gomes tomou o appellido de Sardi- 3O-João Barbosa de S& Freire, n . em 1749.
nha. Desta familia de Sardinhas foi D. Pedro 4°-Antonio Barbosa de Sá, n . em 1750.
Fernandes Sardinha, despachado para a India
para Vigario Geral, e depois primeiro Bispo 5O-D. Maria Antonia de Souza Pereira, n . em
(155. . ) onde morreu ás mãos dos selvagens. Si- 1751.
mão de Vasconcellos, liv. 1.O, n . 37; liv. 2.O ns.
14 e segs. H. G. BO-D. Brites de Sá Souto Mayor, n. em 1753.
Damião Dias Rongel (n. 63), era filho de 7O-D . Francisca de Sá Freire, n . em 1754.
64.-D. Diogo Dias Rongel, Comendador de Cete e 8O-Joaquim José de Sá Freire, n. em 1758.
Villela, filho de 9O-Manuel Paes Ferreira, n. em 1761.
88 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - AF%NDICE DRS. ANT.O Jm.E JULTXO R. DE MA4- Y)
1
10°-D. Barbára Viegas de Azeredo Coutinho, n .
em 1762.; D. Maria Antonia Reginalda n. 2, fundou na
sua Fazenda do "Bananal" em Maricá, uma capella sob
11°-José Ferrão de Castello Branco, n . em 1763. a invocação de N . S . da Conceição, completa de para-
12O-Bento Barbosa Freyre, n . em 1764.
. .
mentos e alfaias e com licenca do Bispo D . . . . . . . . .
. . . . . . . . para nella se celebrarem todos os actos reli-
13O-D. Escholastica de Sá Freyre, n . em 1765. giosos ; o que se tem feito com applausos dos povos vizi-
nhos, distantes da Villa e sede da Freguezia duas e
14O-D. Marianna de Sá Freire, n. em 1769. três leguas.

Extr; do formal de partilhas do Dr. Francisco de Jorge Fernandes da Fonseca. n . 56, capitão-m6r de
Macedo Freire, em meu poder. Campo Largo, 1875, Vicente. em 1660, com autorisaçio do governador Sal-
janeiro, -30. vador Corrêa de Sá'e Benevides, levou á Villa, a po-
" I - voação de Paraty, a requerimento de Domingos Gon-
. çalves capitão da dita povoação. - Milliet de St. Adol-
- Formal do Coronel João Barbosa de Sá e sua mu- phe, vb . Paraty .
1her.D. Clara-de Souza Pereira, n. 22, deste Cap . 1 . O
1.O-Francisco, nascido em 1724. Os Viegas tinham na fyeguezia do Campo Grande
2°-João Barbeaa de -S&- Rev ., padre da Compa- i;m ,magnifico engenho (diz MiMet de S. Adolphe, vb.
Campo Grande), onde havia uma capella dedicada a
.
_ nhia. , - . N . S . da Lapa.
3O-Ayres h r b o s a de Macedo, a. em 1731.
4O-Luiz José, nascido em 1733, n. 13, cap. 1.O N . 56 - Jeronymo de Souza de Britto, devia ser
supra. , . da familia dos Botafogos, que tinham esses appellidos,
5o-João Freire de Sá, nascido em 1734. como se vê em Pedro Taques, Rev. do Inst. Hist., tom.
.
, . - --. >
I ,, - 34, p. 2.O, pg. 21. -
Vj. titinbem tom. 35, p. 1.O, pg.
271, sobre a mesma familia de Botafogo: tomo 34, p.
2, pg. 21.
Ext. do formal de partilha do herdeiro João Bar-
bosa de Sá e em meu poder. Campo Largo (Paranti),
30 de janeiro de 1875. - .Antonio Joaquim de Macedo Sobre Sás Barbosa e Cgitinhos, Rev., tomo 34, p.
Soares. 2, pg. 189.

Domingos Paes Ferreira, n . 24, fundou, na Serra Sogros de Pedro Dias Paes Leme, casado com D.
da Piba Grande, a capella de N . S. do Desterro, depen- Francisca Joaquina da Horta Forjaz, foram Roque Pe-
dente da Matriz da fregueda de Itaipú -(173. ) Ha .. reira de Macedo e D . Aguardas. Rev. 36,1, pg. 37.
erro typographico em .Milliet de S t . .Adolphe, vb . Piba
Grande, onde se lê Domingoa Paes Ferreira.
.
Barbosas Souto-Mayor, Rev I, pgs . 78
DRS. ANT.O Jm. E JULIAO R. DE M A O m )I
90 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDLCE - I

Diogo R . Sarmento, nasceria por 1.600. Seu pae O Capitão Marcellino dos Sanctos Coutinho falle-
Cosme Rangel, por 1570. Seu avô Damião Dias, por ceu em Julho de 1880, com cerca de 95 annos.
1530. Julião Rongel por 1540 : devia ser irmão de Da-
mião Dias; e ambos filhos de Diogo Rongel de Macedo,
A mulher de Antonio de Mariz não era Lauriana,
como se vê em Balthazar da Silva Lisboa ; era sim Isa-
N. 60 - Aleixo Manuel, o velho e sua mulher D .
.
bel, a velha, como dos pp . do Cap -mór Macedo e da es-
critura pgs. 301 da Rev. do Inst ., pg. 354, tom. n.
Francisca da Costa Homem, ambos naturaes da ilha 15 ; v j . no livro dos Antunes.
Terceira, tinham no monte que é hoje o morro da Glo-
ri2 uma granja e uma ermida de N. S. da Conceiçfio
da qual das terras circumsvizinhas e annexris f1zer:tin (nota 7) - D: - Francisco da Fonseca Diniz:
d o q ã o , em 1590, aos padres ds.0rdem clr: S . Hento Rev. 1854, 309 I
com a obrigação de festejarem a Senhora: Vide o mais
ria Rev. do Inst. Hist., tom. 36, p. 2, pg. 91. Nota: -
No titulo dos Abreus vem que Aleixo Manuel era da D r . Jorge Fernandes da Fonseca. R . I . H . , 'C'.,
Ilha do Fayal. 1843, 326.
2

N. 43 - D. Violmte Travassos parece ter sido da Antonio de Mariz - 4O p . e 6O, m. avô do Cap. -
familia dos Travassos de que trata Pedro Taques, na mór Macedo e 7O avô do Coronel Thleodoro - (Rev. do
Rev. do Inst. Hist., tom. 35, p . 1, pg. 98. Inst ., 1843, 40 falla delle) .

Sobre o Bispo D. Francisco de S. Jeronymo, Rev. Julião Rangel está nos mesmos gráus com ambos.
iom. 35, p. 1, pg. 96, e p . 2, pg. 9 .
Julião Rangel tem mais uma filha com D. Brites,
casada com Diogo de Sá da Rocha - (Vêr os pp. do
Sobre Vasco Fernande.~Coitinho, Rev. Inst. t. Coronel Theodoro, n . 22 da Genealogia. Encontro na m.
34, p. 2, pg. 159. ascend. n . 39 (cad. de 8O) .

João Pereira Ramos e irmãos, a mesma Rev. pg. Macedos e Coutinhos em Abrantes, Carvalho, 111,
168 e 169 e Pereira da Silva, 2 . O vol. 133.

Licenciado Jorge Fernandes da Fonseca de Azerc-


Sobre o titulo de GrZmaldi, da familia de Sebastião do, em Mello Moraes, Chron. 142.
de Miranda Coitinho, ver B. Silva Lad., Annaes, I,
538. Vem de uma Grimaldi que casou com um filho
natural de Vasco Fernandes Coitinho, o grande. O Bispo de S . Paulo, D. Matheus.
92 NOBILIARQUIA FLUMINENSE - APENDICE
Abreu Pereira era descendente, ou seria irmão fie
João de Abreu, supra?

Sobre o Bispo Sardinha, Rocha Pitta, liv. 3O, 9.

.Vêr sobre quais todos e s t a parentes: Rev. Inst.


1843. 42.

O tenente coronel Antonio Barroso Pereira, o ma-


jor Bento Barroso Pereira, o Dr. Raul Capello Barroso,
D. Maria Benedicta Rongel Lopes Duque Estrada, e
seus filhos, o Dr. José Aldrete de Mendonça Rongel de
Qu'eiroz Carreira e o Capitão Miguel Joaquim Rongel
de Azeredo rogão as pessoas de sua amizade e parentes
o obsequio de assistirem ás missas de 'i0 dia que pelo
repouso d'alma de sua muito prezada mãe, av6, irmã,
.
e tia,D Maria Paula Rongel de Souza Coutinho e Aze-
redo Bairoso mandão celebrar hoje 3a-fe3ra, 3 do cor-
rente, ás 9 horas, na igreja S . Francisco de Paula
(Corte) na capella de-&&. -do Desterro da Pedra e na
matriz de Guaratyba, e por &te acto de religião se con-
fessam já a g r a d e c i b " J. C., 3 de julho de 1883.

FIM DO 2.1 VOLUME


TABUA RIBLIOGRÁFICA

Anais da Bibliotéca Nacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Antonio Carvalho da Costa . Corografía Portuguêsa .
7-12-18-20-36-57-67-78--84-
90 . a p. 3 . 83 . 85 . 87 e ....................
Arsenal Heráldico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Augusto de Carvalho . A Capitania de Sao Thomé . ap.
Autuori (Luix), . 0 s 40 Imortais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Azevedo Marques . Apontamentos Históricos Geográficos
. a p ...............................................
Baithazar d a Silva Lisboa. . Anais do Rio de Janeiro .
35 . 36 . 37 e a p .................................
Barão da Ribeira da Pena . RIEG., São Paulo . ap . . . .
Beinardo Pereira de Berredo, . Anais Históricos do Ma-
ranhão .........................................
Brasil Histórico - 29 - 52 - 54 - 84 - a p . 82 e . . . . .
Bricio Filho (Correio da Manhã) .....................
Candido de Oliveira - Legislação Comparada . . . . . . . . .
Capistrano de Abreu. Gravetos de História Pátria - a p .
Carvalho de Mendonça - Tratado de Direito Comercial
Cesar Leal Ferreira -
Higiene .........................
Contemporaneos Inter-Americanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Cordeiro (Padre) - História Insulana ..................
Correio d a Manhã ( O ) . Rio - 132 -297. - a p . 32 e . .
Correio Paulistano (S. Paulo) - 123 - 153 - a p . . . . . .
Diario Carioca ( O ) . Rio - 180 - 185 - 274 - 281 e ...
Diario de Noticias ( O ) Corte .....................
DicionBrío Internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Diogo do Couto e Barros - Décadas - ap. . . . . . . . . .
Diogo de Vasconcelos - História Antiga de Minas (3e-
rais - a p ........................................
.
Edmundo Silva (Dr Sebastifio Ed . Mariano Silva) .
Quarentenas e Higiene do Rio de Janeiro . . . . . . . . . .
Edinundo Silva (Dr.) - Brasil Sport ...............
.
Estado (O) - Niterói . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . .
Estado de São Paulo (O).jornal .......................
Evaristo de Morais - Revista Criminal ...............
Felicio dos Santos - ( A União. jornal Rio) - 116. .- 258 e
Fernando Azevedo - A Cultura Brasileira - 274 e . .
Felisbello Freire - História da Cidade do Rio de Ja
neiro - a p . 5 e ..................................
Fluminense (O) - Niterdi .......................
IV TABUA BLBLIOGRAFICA TABUA BIBLIOaRAFICA

Frederico de Barros Brotero - Apontamentos GenealOgl- Revista do Instituto Histórico e GeogMico Brasileiro
cos dos Queirozes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (RIH) - 18 - 20 - 21 - 26 -
51 - 72 - 84 - 85
Frederico de Barros Brotero - A vida de João Dabney
de Avelar Brotero . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
135 - 138 - 139 -
278 - ap. 6 - 9 - 10 - 82
88 - 89 - 90 - 91 e ..............................
-
Frederico de Barros Brotero - Descendbcia do Ouvidor Revista Popular, Rio .................................
Lourenço de Almeida Prado - 276 e . . . . . ..,., Revista "A Selecta'', Rio - ap. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Gabriel Soares, in RIH. ............................ Rio de Janeiro (O), Jornal - Niterói ..................
Gaspar Frutuoso - História Genealdgica de São Miguel - Rocha Pitta - America Portuguêsa ....................
30 e .......................................... Sacramento Blake - Dicionhrio Bibliogrhfico Brasileiro
Gazeta (A), Jornal, S. P . ......................... Salvador de Mendonça . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Haddock Lobo - O Tombo das Terras Municipais - ap. Sanches de Baena, Arquivo Herhldico Genealógico - ap.
4 e ............................................. Silveira de Menezes, Retrato Psicológico do Embaixador
Henrique de Macedo Soares - A Guerra de Canudos . . Macedo Soares ..................................
H Perdigão, Dicionhrio ........................... Simão de Vasconcellos - 85 - ap. ...................
Imuarcial (O), Rio - 123 - 147 - 273 e ..............
Tribuna (A), jornal, Rio ..........................
Varnhagem, História do Brasil ........................
João de Barros - Décadas .......................... Vieira Fazenda - ap. 8 - 13 e ........................
João Pereira Ramos de Azeredo Coutinho
do Rio de Janeiro - 3 e .........................
- Os Abrem

Jorge G. Felizardo - Apontamentos sobre os Costallat


- 275 - ap. ......................................
Jornal do Comércio (O) Rio - - 132 136 - 139 --
146 - 160 - 168 - 182 - 192 - 217 - 225 -- 278
281 - 284 - 297 - ap. 23 e ........................
Ladisláu (B. Silva) Anaia - qp. .....................
Lamego - Alberto. Estudos sobre os Rodrigues de Britta
219 - ap. .....................................
Lucia Miguel Pereira - Sobre Miguel Pereira ..........
Luiz da Camara Cascudo - O primelro sobrado em Na-
tal e seu dono - 252, - ap. ......................
Macedo Soares - Liberdade Religiosa no Brasil - 127
128 e ............................................
Macedo Soares - Regimento das Camaras Municipais
. .
- ap. ........................................
Maoedo Soares - Campanha Juridica pela Libertaç&o dos
Escravos - 130 e ..................................
Mel10 Morais - Chronica - 85 -
ap. 11 e ..............
Milliet de Saint Adolphe - Dicion&rio Geográfico do Im-
p6rio do Brasil - 86, - ap 88 e ....................
Noticia (A), jornal - Rio ..........................
Noite (A), Jornal - Rio - 282 e .......................
Paiz (O), jornal - Rio
Pedro Taques - in RIH
--
132 - 138 - 175 - 176 e ......
18 - 26 - 27 - ap. ........
Pereira da Silva, 2.O Vol - ap. ......................
Pizarro, Kemórias Históricas do Rio de Janeiro - 8 -
21 - ap. ........................................
Ponte Inter-Americana .............................
Revista Brasileira de Geografia e Estatística ..........
Revista do Comércio, Rio ............................
Revista - "Eu Sei Tudov - Rio - ap. . . . . . . . . .. .
Revista do Instituto dos Estudos Genealógicos - (S.P.)
- ap. 67 e ...............................
INDICE GERAL
u t i a s Completas do Conselheiro Macedo Soares - No-
biliarquia Fluminense ...........................
Obras Completas do Conselheiro Macedo Soares, Anto-
nio Joaquim. Coligidas, revistas e publicadas por seu
filho Desembargador Juliáo Rangel de Macedo Soares
Nobiliarquia Fluminense ou Genealogia das principais e
mais antigas familias fluminenses da Corte e Pro-
vincia do Rio de Janeiro coligida, revista, completa-
da e publicada pelo Dr. Juliáo Rangel de Macedo
Soares - Volume V - Parte I1 ....................
Carta ao Illmo. Exm. Snr. Dr. Benjamin Francklin
Ramiz Galváo ..................................
Nobiliarquia Fluminense - Abreos do Rio de Janeiro ....
Notas - Rongeis do Rio de Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . .
Juliáo Rongel de Souza Coutinho . . . . . . . . . . .
Diogo de Mariz Loureiro, Provedor da Fazenda
Real ....................................
Belchior Rongel de Macedo . . . . . . . . . . . . . . . .
Mestre de Campo João de Abreu Pereira .....
Familia Rangel de Guaratyba, sua origem e data do seu
estabelecimento nesta Freguezia . . . . . . . . . . . . . . .
Familia Sodré da Ouaratyba. Sua origem e estabeleci-
mento n'ella ..................................
Familia Paes Ferreira .............................
Ascendência do Capittío Mór Doutor Francisco de Ma-
cedo Freire de Azeredo Coutinho ..................
Ascendência de D. Maria Isabel da Visitaçáo Ferreira . .
Ascendência de D. Maria Thereza de S& Freire ..........
Descendencia do Capitão M6r Dr. Francisco de Macedo
Freire de Azeredo Coutinho em primeiras nupcias com
com D. Maria Isabel da Visitaçiio Ferreira ..........
Descendência do Capitão M6r Dr. Francisco de Macedo
Freire de Azeredo Coutinho em segundas nupcias com
D. Maria Thereza de SS Freire ....................
Aditamentos: Ascendencia do Dr. Custodio Cotrim da
da Silva e de Jasé Cotrim da Silva .................
Filhos do Sargento m6r José Cotrim da Silva ..........
Filhos do Capitáo José Custodio Cotrim da Silva .......
Ascendência de D. Feliciana Duarte de Macedo Soares
Descendência do Alferes Francisco Duarte e Silva .....
Descendencia do Tenente João Duarte dos Sanctos ....
Descendencia de Antonio dos Sanctos Silva e D. Maria
Antonia de SS Freire ............................
+
IV INDICE GERAL INDICE GERAL V
- -- ---- -
--

Ascendência dos Macedos (Azevedo Macedo e Macedo Capitulo XV - Descendência de Joaquim José da, Costa
Soares) ........................................ e D. Joanna Francisca, em segundas núpcias ....
Mestre de Campo João Alvares de Azevedo - D. Maria Capitulo XVI - Descendência de João Lopes Ferreira e
de Macedo Freire de Azevedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . D . Joaquina Antunes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Coronel Comendador Francisco Alvares de Azevedo Ma- Capitulo XVII - Descendência de Manuel Soares de Azc-
cedo - D. Theodora da Silveira Bueilo Alvares dn vedo e D. Maria Joaquina ........................
Azevedo ....................................... Capitulo XVITI -
Descendbcla de Fernando Henriqut
Ascendência do Dr. Antonio Joaquim de Macedo Soares . dos Santos e D. Maria Joaquina d a Conceição ....
Ascendência de D. Theodora Alvares de Azevedo de Ma- Capitulo XIX - Descendência de José Alves Pacheco e
cedo Soares .................................... D. Mariana Bernarda . . . . . . . . . . . . .. 4 . . ..........
Geração dos Paes Leme ............................. Capitulo XX - Descendência do Alferes Antonio Joaquim
Notas .............................................. Soares e D. Maria Antonia Reginalda ..............
Filhos do Coronel Barbosa de Sá Freyre e D. Anna Maria Capitulo XXI - Descendência de D. Maria Carolins de
de Souza Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Azevedo Alves e Joaquim Mariano Alves . . . . . . . . . .
Capitulo XXII - Descendência do Dr. Joaquim Marlano
de Azevedo Soares e D. Maria de Macedo Soares ...
Capitulo XXIII - Descendência do Major Luiz Manuel
de Azevedo Soares e D. Carolina Luiza de Azevedo
4Uk3ILIARQUIA PLUMINENSE - Parte I11 - Os SOA- Soares .......................................
RES e MACEDOS da Provincia do Rio de Janeiro.. .
Ueucendência dos Soares e Macedos da Província do Rio
de Janeiro. - Julião Rangel de Macedo: - Tronco
. Capitulo XXIV - Descendência do Dr. Joaquim Mariano
de Macedo Soares e D . Maria Paula de Azevedo Ma-
cedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
dos Macedos -- Simeão Soares de Azevedo: - Tronco Capitulo XXV -- Descendência do ~ o n s e f l e i r o Antonio
dos Soares ...................................... Joaquim de Macedo Soares e D. Theodora Alvares de
Capitulo I - Descendência de Antonio Antunes e D. Azevedo de Macedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Aurelia Antunes ................................. C,~pitulo XXVI - Descendência de Francisco Américo
Capitulo I1 - Descendência do Dr. José da Sylva Gomes de Macedo Soares e D. F'eliciana Duarte de Macedo
e D. Joanna Gomes Antunes ..................... Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capitulo I11 - Descendência de José d a Costa Ferrei- Capitulo XXVII - Descendência de Francisco Américo
r a (Alvarenga) e D. Antonia Maria Antunes .... de Macedn Soares e D . Maria Eulalia de Lima ....
Capitdo IV - Descendência de Simeão Soares de Aze- Capitulo XXVIII - Descendência do Alfsres J&o Au-
vedo e D. Isabel Maria Caetana Antunes .......... gusto de Macedo Soares e D. Maria a e ~ $ &Ri-
Capitulo V - Descendência de João Pacheco de Resende beiro de Macedo Soares . . . . . . . . . . . . . ;r$. ........
e D. Maria Gertrudes ............................ Capitulo XXIX - Descendência de D. hcluiaõkr;l&M de
Capitulo VI - Descendência de Manuel Custodio Pacheco Macedo Soares Alves e José Mariano kl*Qi ":!i i? . ....
de Resende e D. Anna Josepha Anturies ............ Capitulo XXX - Descendência de D. ~ s r i & % & ~ W a
Capitulo VI1 - Descendência de João Coelho e D. Maria de Macedo Soares Ribeiro de Almeida e.
Antonia Antunes ............................... quim Ribeiro de Almeida . . . . . . . . . . . .f
.,
Capitulo VI11 - De ............ e D. Emerenciana .. Capitulo XXXI - Descendência de D. ~nd:#ig@&T+q
Capitu:~IX - Descendência de Antonio Josê d a i c o s t a Macedo Soares Dias de Menezes e Antonio dq
e D. Joanna Maria Ferreira ...................... Dias de Menezes . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..: ??&".r'! ...
Capitulo X - Descendência de Manuel Jose d a Costa e Capitulo XXXII - Descendência do Dr. J& %briaide
D. Anna Maria Corrêa ............................ de Macedo Soares e D. Candida Sodré de Macedo
Capitulo XI - Descendência de João Damasceno Chaves Soares . . . . .....................................
e D. Francisca de Paula Antunes .................. Capitulo XXXIII - Descendência do Dr. Brotero Fre-
Capitulo XII - Descendência do Capitão Francisco de derico de Macedo Soares e D. Carolina Pires de Ma-
Paula Antunes e D. Maria Paula do Nascimento, cedo Soares ......................................
filha de José Vieira Rangel e D. Maria Feliciana Fer- Capitulo XXXIV -
Descendência de Paulino José Rodri-
..--~
reira . . . . ....................................... gues de Azevedo Soares e D. Maria Antonia Alves de
Capitulo XIII - Descendência do tenente João Pachecu Azevedo Soares .................................
Ferreira. e D. Antonia Maria Joaquina .......... Capitulo XXXV - Descendência de D. Maria Paula de
Capirulo XIV - Descendência de Antonio Gonies da Cos- Azevedo de Macedo Soares e Dr. Joaquim Mariano de
t a e D. Joanna Francisca, em primeiras núpcias ..... Macedo Soares .................................
Capitulo XXXVI - Descendéncia de Antonio José de
Azevedo Soares e D. Guiihermina da Costa de Azeve-
. do Soares .......................................
Capitulo XXXVII - Descendéncia de Jos6 Rodrigues de
Azevedo Swres e de D. Lydia Antas de Azevedo
Soares ......................................
Capitulo XXXVIII - Descendência de Luiz Manuel de
.. ..
Azevedo Baares Júnior e D. Maria Luiaa Alves de
Azevedo Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..
.. ...
Capitulo XXXIX - Descendência de Joaquim J& de
Azevedo Soares e D.. Candida Borba de Azevedo Soa-
res ............. w.............................
Capitulo XL - Descendéncia do Dr. Jo&o Evangelista de
Azevedo Soares e D. Amenda Pena de Azevedo soares
Apêndice .........................................
. .
. Juliáo Range1 de Macedo ..........................
O Caminho de Damaaco
Antonio de Maria
:
'
. ...........................
................................ ...
Uma festa tradicional fle Nossa Senhora da Gloria ...
A Penha ...........................................
Carta ao Dr. Luiz Mwlo de Sá Freire ................
A famili& ............................
Academia do académico Claudio de
Souza, JuliBo Range1 de Maoedo
Soares . . . . . .................................
,,,
Os grandes v u l t a de ~ P Q B A. familia Rodrigues de
Britto, e seu t r o w ..
,%, ........................
Retrato de famiila. Dr. iguel Pereira por Lucia Mi-
mel P e M ..................................
Acta Diurna .LI,& d a Camara Caacudo ... . . L . . ....
Carta do Br. Jm& PYiUzardo sobre os Costallat . . . . . .
lia Costallat ..................
Gil Diniz Ooulart ............
de Mar e Guerra Rodrigo José
Gonaalez . . . . . . . ..'. ......
10 Joaquim de Macedo Soa-
.................................
JoKo'Barboaa Freire e D. An-
Pereira .....................
....................................
..............................
..............................
1) > :

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